DIGESTO ECONÔMICO, número 179, setembro e outubro 1964

Page 1


UICESTO EMMICO

SOB OS flüspícios Dfl ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SU^RIO

Solidarismo CrUlão — Afonso Arinos de Melo Franco

Amazônia — Artur César Ferreira Reis

Crise o Revolução na Conjuntura Brasileira — José Artur Rios

Saturnino de Brito — Prof. Lucas Nogueira Garcez

Racismo no Mundo Atual — Marinho de Azevedo

A Economia Pecuária no Brasil — Jaime Pinsky

Reflexões de Joan Robinson sóbre Marx e Keynes — Djacir Menezes ...

Comércio Exterior do Brasil — Ministro João Paulo do Rio Branco

Agricultura e

— José Augusto

A Fotografia Aérea e o Boi — José Setzer

São Paulo e Minas Gerais — Antônio Gontijo de Carvalho

Pelotas e 08 seus Destinos — Batista Pereira

Em Defesa de um Programa de Governo — Roberto de Oliveira Campos

Segurança e Propaganda Psico-Social — Júlio Araiites

Capital do Exterior como

do Salário Mínimo na Agricultura como Medida Preparatória

o DIGESTO ECONÔMICO

esta a venda

nos principais pontos de jornais do Brasil, ao preço de Cr$ 2°0.00 Os nossos agentes da relação abaixo estão aptos a suprir quaiq encomenda, bem como a receber pedidos de assinaturas, ao preço de Cr$ 1.000,00 anuais.

Agento Geral para lodo o Brasil: FERNANDO CHINAGLIA DISTRIBUIDORA S/A.

Av. Presidente Vargas, 502 —● 19.® andar de Janeiro Rio

DUtrlbuldoTB de Jornais e RoTrlslas X,tda.

Rua Pro£ Domingos Moeda. 60 Maceió — Alagoas.

Livraria Escolar Ltda.

Caixa Postal 102 Manâus

Distribuidora Associada de cações S/A,

Publl-

Rua General OsóriÔ. 441 — l-° andar

João Pessoa

Distribuidora cações S/A.

Paraíba. Associada do Publl*

DUlr^uIdora de Revlslas Souza Ltda

Rua Saldanha da Gama 6

Salvador — Bahia.

J. Alaôr de Albuquerque êc Cia Praça do Ferreira, 621 Fortaleza — Ceará

Alfredo CopoliUo

Rua Jerônimo Monteiro, 361 Vitória — Espirito Santo.

Agrido Braga

Avenida Centrol. 1480 (Núcleo Ban deirantes)

Brasília

Agrlcio Braga

Av Anhanguera, 78 Goiânia — Goiás.

Ramos D'Almolda

São Luiz

Rua Ouro Branco, 47 Campina Grande

Paraíba.

J. Ghignono & Cia. Ltda.

Rua 15 dc Novembro, 423 Curitiba

Distribuidora cações 8/A.

Rua 24 de AgdSto. 106 Recife — Pernambuco.

Cláudio Moura Tote

Rua Coelho Rodrigues, 1189 Terezina

Paraná Associada do PubllPlaul

Distribuidora Associada do publU coçõos S/A.

Rua Vigário Bartolomeu, 632

Natal ■— Rio Grande do Norte. Octavlo Segoblm Distribuidora de Revistas S/A.

Rua General Andrade Neves. 90 - fl/2

Praça JoSo Lisboa, 114

R. Caivalbo & Cia.

Goiás. Maranhão.

Praça da República, 162 Cuiabá — Mato Grosso.

Sociedade Distribuidora de Jornais e Revistas Ltda.

Av dos Andradas, 280

Belo Horizonte — Minas Gerais.

Albano H. Martins & Cia.

Rua Campos Sales, 85/89

Belém — Pará. Amazonas.

Pôrto Alegre —● Klo Grande do Sul. Emprésa Distribuidora do Rovlslas

Rua Saldanha Marinho, s/n.<* Florianópolis — Sant.a Catarina. Rlstrlbuldora do Jornais. Livros Revistas A Intolcclual S/A.

Viaduto Santa IflgCnia, 281 São Paulo — Capital. Livraria Regina Ltda.

Rua João Pes.soa, 137 Aracaju — Sergipe. A. Costro SuBBuarana Macapá — Território do Amapá.

Banco do Estado de São Paulo S.A.

CAPITAL

niíPòSITOS

CrS 8.600.799.073,10

C01íR \N'CAS — TP “ descontos — CAMBIO * ^ ~ COERES DE ALUGUEL depósitos noturnos

AGÊNCIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

CAPITAL

Aeroporto de Congonhas

Brás

Mercado

São Luís

INTERIOR

Adamantina

Americana

Amparo

Andradina

Araçatuba

Araraquara

Araras

Assis

Atibaia

Avaré

Barretos

Batatais

Bauru

Bebedouro

Birigui

Botucatu

Bragança Paulista

Caçapava

Campinas

Campos do Jordão

Casa Branca

Catanduva

Dracena

Fernandópolls

Franca

Gália

Guaratinguetá

Ibitinga

Itapetlninga

Itapeva

Itápolis

Itu

Ituverava

Jaboticabal

Jalcs

Jaú

Jundlal

Lençóis Paulista

Limeira

Lins

Lucélia

Marilia

Mirassol

Mogi das Cruzes

Mogi Mirim

N6vo Horizonte

Olímpia

Ourinhos

Palmital

Penápolis

Pinhal

Piracicaba

Pirajuí

Pirassununga

Pompóia

Piesidcnto Prudente

Presidente Vonceslau

Qualá

Ranchavla

Registro

Ribeirão Prêto

Rio Claro

Santa Cruz do Rio Pardo

Santo Anastácio

Santos

São Bernardo do Campo

São Carlos

São João da Boa Vista

São Joaquim da Barra

São José dos Campos

São José do Rio Pardo

São José do Rio Prêto

São Simão

Sorocaba

Tanabi

Taubaté

Tietê

Tupã

Uchoa

Votuporanga

AGÊNCIAS EM OUTROS ESTADOS

BRASÍLIA — Distrito Federal

SALVADOR — Bahia

ANAPOLIS — Goiás

GOIÂNIA — Goiás

RIO DE JANEIRO — Guanabara

CAMPO GRANDE — Mato Grosso

BELO HORIZONTE — Minas Gerais

UBERABA — Minas Gerais

UBERLÂNDIA — Minas Gerais

CURITIBA — Paraná

RECIFE — Pernambuco

TERESINA — Piauí

NATAL — Rio Grande do Norte

PÔRTO ALEGRE — Rio Grande do Sul

MATRIZ: Praça Antônio Prado, 6 — São Paulo

Caixa Postal, 8060 — End. Telegráfico:

BANCO SUL AMERICANO DO BRASIL S.A.

Carta Patente N.° 2.948

Séde: S. PAULO

RUA ÁLVARES PENTEADO, 65 — CX. POSTAL, 8.222

ENDEREÇO TELEGRÁFICO: SULBANCO CAPITAL E RESERVAS . . . . CrS 2.070.000.000,00

AGÊNCIAS

ALVARES MACHADO

ANDRADAS (M. Gerais)

AURIFLAMA BALSAMO BURITAMA

CAMPINAS

CAPIVARI

CARAGUATATUBA

CIANORTE (Paraná)

ENG. SCHMIDT

FERNANDÓPOLIS GUAPIAÇU

ITAGUAGÉ (Paraná)

ITAPEVt JACAREí

JOSÉ BONIFÁCIO

LEME

LONDRINA (Paraná)

LOUVEIRA MACAUBAL

MARINGA (Paraná)

MIRANTE DO PARANAPANEMA

NEVES PAULISTA

PARANAGUÁ (Paraná)

PENAPOLIS

PINDAMONHANGABA

PINDORAMA

PINHAL PIRACICABA

PIRAPOZINHO POLONI

PRESIDENTE PRUDENTE RIBEIRÃO PRÈTO RIO DE JANEIRO

URBANA N.o 1

S. JOSÉ — Rio

SANTA ALBERTINA

SANTOS

SANTOS

Centro Mercado

SAO JOAO DO CAIUA (Paraná)

SAO JOSÉ DOS CAMPOS

SAO JO.SÉ DO RIO PRÊTO

SUD MENUCCI TATUl

UMUARAMA (Pafaná)

VINHEDO

URBANA N.o 1 — Centro

URBANA N.o 2 — Vila Prudente

URBANA N.o 3

Bclòzínho e

URBANA N.o 4 — Av. São João

URBANA N.o 5 — Mercado (SP)

URBANA N.o G — J. América

URBANA N.o 7 — Praça da República

URBANA N.o 8 — Moinlio Velho

URBANA N.o ü — Bng. Luiz Antônio

NURURBANA N.o 10 — São Luiz

URBANA N.o 11 — Iplrang

URBANA N.o 12 — Moóca

URBANA N.o 13 — Vda Lcopoldina

diretoria

João Baplisla Leopoldo Figueiredo — Manoel Carlos Aranha

Luiz de Moraes Barros — Hermann Moraes Barros

Antonio

A. Monteiro de Barros Neto — Jorge Leão Ludolf — Marcos de Souza Dantas — Genesio Pires — Manoel José de Carvalho — Luiz Eduardo Campello.

- 'th'

OÔtdè 1936' éei^indó «● Indíúatrto conatrwfãe dVH :dp Brasil. ..

Chopàs; ferrà ^oro cònstral^áo, chato, confóneira, quodíoclp,Tee>.yid.os, tubos ■ pqrq todos os\ fink, .órómes;’ cimerjBtó materiol de importação

DEIRAf f. t

Macife São Poulo S'A. Materiais de Constru$ã*o

Vua FlorSnclo Abrtu, 763 ~ T.Li 37.0SS1 Seda Interno

Coüia Potiol 474 - End. Tategrófkei 'Mscife'' - SÃO PAULO

CASAS EM: Rio de Janeiro - São Paulo Brasília

Goiânia - Niterói - Vilória - Pôrlo Alegre - Belo Horizonte - Curitiba > Campinas - Limeira - Piracicaba

São José do Rio Prelo - Ribeirão Preto -

Governador Valadaroa - Montes Claros - Anápolis - Jundlal

Presidenta Prudente

Ponta Grossa

PINCÉIS

OS MELHORES

FABRICAÇÃO MODERNA DE LATAS BRANCAS E LITOGRAFADAS DE TODOS TlPOS E PARA TODOS OS FINS CARTAZES LITOGRAFADOS PARA RECLAMES, ETC. — aríigos domésiicos e brinquedos marca METALMA

Séde; FONES: 33-2133 e 33-2137

RUA CAETANO PINTO, 575 — CAIXA POSTAL, 2.400 TELEGRAMAS: "METALMA"

Códigos?

Borges, Ribeiro, Lieber e Mascote, l.a e 2.a Ed. SÃO PAULO

PRODUTOS QUÍMICOS

iXOMULO
«lONMNtWO

0 MUNDO DOS NCGflClOS NIM P^ORÍNH DIMESTRAL

FuhUcado xoh os auspicins da ASSOC1.\Ç^O COMERCULDE S.PAILO i e da FEDER^VÇAO

do tOMÊRClO DO EST/iUO DE S^O PAILO

Diretor superintendente: Nivaldo de Ulhôa Cintra I

Diretor: Antônio Gontljo de Carvalho

O Dlgesto Econômico, ôrsão Ha íormaçõ(;s econômicas e íinaLei.

Del4 bimeslralmente peia Editora Comerciai Ltd

O Digesto JBconômIco

a. publicará no próximo número:

s:a.?S~l£f.“£sss

conceitos emitidos em art^osS

A REVOLUÇÃO DO ENSINO DA ENGENHARIA HIDRÁULICA NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO — Luens Nogueira Garcez.

Na transcrição de artlcos non» » citar o nome do D i ®q Econômico. ««ato í

Aceita-se intercâmbio com nuhn cações congeneres nacionais g m trangeíras. ^

ASSINATURAS: Digesto Econômico

Ano (simples)

Número do mês

Atrasado:

Cr? 1.000,00

Cr$ 200,00

Cr$ 250,00

Redação e Administração; Rua Boa Vista, 51 Telefone: 37-8101

9.0 an dar Ramal 19

Caixa Postal, 8082 São Paulo

SOLIDARISMO CRISTÃO

J^cfutanclo, faz alg meus tempo, um dos artigos sobro a conveniência para o Brasil, da instauração do siste ma parlamentar de go\’êrno, o meu amigo Celso de Sousa o Silva basea\-a sua di\crgoncia da minha tese, gumenlo do (pio a ausência de partidos verdadeiramonte estruturados, entre nós, tornaria inviável a adoção do parlamen tarismo. Não pretendo abordar, aqui, em profundidade esta argüição do briIbanlo jornalista, embora un

no ar¬ seja possível

cpie o faça em outra oportunidade. Limitar-mc-ci, por enquanto, a observar que o argumento de Celso c bastante forte c abrangente para servir tanto aos .seus pontos-dü-vista quanto aos meus. Na verdade, se o sistema parlamentar, para funcionar convenientemente, pres supõe uma organização partidária estru turada c permanente, não é menos certo que o mesmo se dá com referência ao governo presidencial. Isto podería ser demonstrado ex-ahinulantia, principalmente c-oni exemplos tirados à doutrina e u prática políticas dos Estados Uni dos, o que viría colocar a objeção de Celso naquele grupo de argumentos, dos quais se costuma dizer que provam de mais. A questão dos partidos só seria decisiva como argumento (uma vez que a presença dêles é condição necessária ao funcionamento dc qualquer dos dois sistemas) sc fosse possível provar que, no BravSil, o presidencialismo facilitaria mais a formação de um quadro partidá rio verdadeiramente representativo da realidade nacional, do que o parlamen tarismo. Ora, isto não foi demonstrado, nossa experiência de tantos anos de e a

presidencialismo não é con\incente no tocante a criação de condições oias à vida partidária, a breve propíPclo contrário, e.vperiência piulame i ntarista, sar de tantos fatôres voluntàriament gati\os coin demon.strou apee neque se defrontou, é que R sua capacidade de vitaÜ-

com nliou

znr os partidos c de fazer dêles, «e alguns homens, política nacional, este e não o centro da atenção Basta lembrarmos, a o interesse apaixonado que a opinião brasileira acompaas combinações partidárias propósito. nas vc-

que o ex-Presidente Goulart Congresso os nomes indicapara Primeiro-Ministro, petimos, não é Zes em remeteu dos ao Mas, renosso intuito discutir, por enquanto, esta questão. Dela de sejamos retirar somente algumas obser vações laterais, no propósito de tentar esclarecer alguns avspcctos da fusa nossa conconjuntura política.

O assunto que tenho cm vista abor dar hoje diz respeito precisamenle às ligações entre problema partidário o e o conjunto das reformas políticas eionais. Não me referirei à portante delas, a única que para mim traria solução histórica à (jstrutura go vernativa do Brasil, que é a implanta ção do parlamentarismo. Embora vencido das insuperáveis dificuldades da estabilização do sistema presidencial, sinto-me obrigado, como todos aquêles que colocam a pátria acima de tudo, inclusive das próprias convicções, a cooainda que modestamenle, no aperfeiçoamento do que existe, embora sempre à espera do que deve existir em futuro mais ou menos remoto. namais imconperar,

As causas mais profundas do fracasso histórico do presidencial,suro residem na incxislóncia, ’ funcionamento extremamente defetuodas três insUlníçõcs que, nos i constituiram os inslrudo sistema e de Estados so Unidos, semprementos de equilíbrio

.dúvida, em priim iro plano, a insti m do voto projiorcionai. A campanha d« sta forma de sufrágio çao pela conquista

foi árdua e demorada, c sempre sc <N>nfundiu com os esforços mais bem orien tados no sentido da conti nção do jxider Lc-mbro-me, ainda, como presidencial. , , , c.ontròlc do poder pessoal do Presidente. Estas três instituições, como c mais do sabido, são a Suprema Corte, o que

Congresso (principalmente o Senado) e, prccisamentc, os par tidos políticos tradi- t cionais existentes des de o tempo da Inde pendência, Entre nós, a inefi ciência destas fôrças de equilíbrio e de controle, sensível des de o período inicial do sistema presiden cial, determinou precoce evolução da doutrina constitucio nal brasileira para a in.stalação do proporcional, que suru voto

gm como unico expe diente capaz de di minuir o poder pràticamente ditatorial do Chefe do Execu tivo. Ninguém, de pois dc Rui Barbosa, exerceu influência mais profunda, embora muitas vôzes es quecida, nas ada2>tações que foi sofren do o presidencialismo brasileiro, do que o velho republicano gaúcho, Assis Bra sil. Muitas das inovações consignadas no texto da Con.stituição de 34 e des ta tran.sportada para a Constituição de 46, são, de fato, realizações decorrentes das idéias sustentadas pelo ilustre riograndense. Entre elas destaca-se, sem

<.stndanlc de j:)in ito, d.is prcleçocs que ●Iho Profe.ssor a nossa turma fazia o \e

João Cabral, nm dos arautos mais eonvictos da representação proporcional, a I chegou u dediesludo espe- ear uiii

eiidizado. Outro mestri' da ininlia geraçao l.iinbém sc inte- (]UC ressou foi o cundo CilluTto seu livro lic)>rcsí’ut(ição. O propósito de Io dos estes estadista.s c profe.ssôrcs belc‘ccr tal forma de representação entronestudos dc Assis Brasil, publica dos desde 1894, c viassunlo pelo ainda hoje fcc admirável Amado, no Eleição c dc estacava nos

sa\’am precisamente a eontróle jurídico e |i()lítico do Supremo Tribunal, do Congres.so c dos i:>artidos, j^elo fracionamonto fatal das forças políticas icsullado inevitásnbstiluir o no Legislativo, que 6 o vcl do voto proporcional, através multiplicação dos jiartidos. Assim, o Presidente, inqiossibilitado dc possuir uma sólida maioria partidária no ConIcvado a contemporizar da gresso, ficaria trabalho constante de equilíbrio entre as diversas fôrças que o poderíam num apoiar.

Os rosiiitaclos, pelo salisfalorios.

rtalidacle, foi

ConstUiiií^ão cU‘ -16, uma inaiori.í partidária \ O ’isto, não foram (pie xsc* verificou, (lue os Presidentes, não contando na na com

tranqüilizudora ou tèm sido obrigados a colocar terèsses os Ili da administração .subordinados as competições e comenièncias partidá rios no Congresso, transigindo e, do que isso, transacionando, para con seguir base na nmltiplieidade de cor rentes, ou o (pie é pior, tem sido le dos a se apoiar em forças estranhas ao

C^mgresso para pressionar a èste, sejam organizações simlicais, entidades

mais vaou gru

pos econômicos e como solução final, as próprias Eôrças Armadas.

Nestas condições, a \'erdadeira trutnração do presidencialismo não de veria ser feita a partir da reconstrução da cúpula do sistema, através da ‘im plantação da maioria absoluta para as eleições presidenciais, mas, sim, partin do dos pilares ou alicerces da constnicneontram oxatamente no reesçao, ([uc se

sistema eleitoral. Considero que a maio ria absoluta representaria uni aiicrfciçoainrnlo do sistema presidencial 2>or(jiie, do nin lado, oferecoria inna base pojjnlar mais ampla ao Presidente e, dc outro, evitaria a \'itória eventual dc cor rentes extremistas ou radicais que, sendo sempre minoritárias em relação a todas as demais, jjodem, no entanto, tornar-se rclativamcntc majoritárias, cm momentos de exaltação ou de crise. De resto, o fundamento político verdadeiro do j^rincqiio da maioria absoluta é êste, de im2icdir a constituição ocasional de gover nos radicais, que tcniiam contra si maioria moderada, ^^oréni dispersa, conseguinte, o uma Por aiirinioramcnto do regi

me lircsidoncial cm nosso País está cessãriamente vinculado a uma emenda constitucional que substitua a represenne-

taçao proporcional pelo voto majoritáO melhor sistema seria o de se cstalielecer a eleição j>or círculos nominais, com a possibilidade de dois turnos, sendo que no segundo permitirsc-ia a desistência ou a aliança cntie eandiclalos, de forma a se constituir, também, a maioria absoluta para as elei ções lcgislati^●as. Êste processo levaria falalmcnto, ao termo de algum tempo, a formação do dois partidos que contem de fato, tal como existe no regime bipartidário da Inglaterra e dos Estados Unidos, bipartidário. no.

Uni¬ E sòmcntc atra\'és do sistema é que. no meu modo de

pensar, será possíiel estabilizar, rclativamente, presidencialismo entro nós,

l>orque seriam criades os dois instru mentos de eontróle que .sempre faltaram a vida p.irtidária e a ação o que são do Congresso.

Voltando ao jianorama partidário bra.silciro, c não j>odeniü.s deixar dc consiga sua total falta dc corres25onclència, no momento atual, com a situação do País, jírincijDalmente considerada de pois da vitória da Revolução. Em mui tas democracias atuais se observa movimento dc reação coletiva do elei torado contra a.s tendências representa das jjelos partidos que disjmseram do poder, ou da liderança política, nos últiE’ curioso obser\'ar-se que reação pendular não segue uma mesma orientação internacional, senão que tende a contrariar as fôrças vigen tes internamente em cada Pais.

nar um mos anos. esta Por

exemplo: nos Estados Unidos obser\ase uma \igorosa renovação do pensa mento conservador, como uma de reação espécie ao liberalismo que, naquele 23aís, se poderia considerar e.squerdizante, vindo dos tempos do New Deal cie Roosevelt até a chamada nova fronteira dos Kennedys. Assim, a súbita e espe-

soliclarísmo,

mo cristão. Esta (íxprcssao foi há pouco rcvigor.itla nos cstiiclos do brilhante Professor ele Sociologia Pohüca da Univcrsid.ult* fl<‘ Minas Gerais, José Faria Tavares, suplente do Senador Milton Campos, no Senado da Repúblb Concordo phuiamcntc com o ilus tre mestre mineiro nas , ca. suas olxserv.ições

tacular ascensão de um retrógrado temí vel como o Senador Goldwatcr repre senta talvez menos a vitória dc uma li derança pessoal, do que a concentração de divergências contra vários anos de liberalismo democrática). Por outro la do, e em sentido contrário, vemos na Inglaterra a marcha desimpedida df) Partido Trabalhista para o poder, numa espécie dc movimento imerso ao que Estados Unidos, mas, afi- se opera nos ●nto brasileiro segundo as íjuais o nionu exige a convergência ele todas as forças ativas da .sociedade no (juadro político, dentro de nm sistema de ação e de pensnmar c não clis.'Vs denominações limi.sarnento (pj(; tenda a tanciar os homens, parciais ou sectárias nal, determinado por razões .semelhan tes, ou seja, um mesmo tipo de xeaç.ão contra o longo domínio da orientação conservadora. Portanto, as mudanças operam no pbno interno e não têm qualquer significação internacional.

A vitória de De Gaulle, na França, exprime sem dúvida, em grande parte, o ê.xito e o predomínio dc uma persona lidade histórica excepcional, mas, êste predomínio não seria possível se o Ge neral De Gaulle não tivesse subido camar no momento SC en--0 oportuno o espírito , (jue marcam tações programáticas, no interesse cla.sses sociais ou dc grupos econômi cos, só conscgiuMii aprofundar a radica lização infclizmcnle já tão marcada no Brasil. do k

solida-

A minha contribuição à Icsc risla social do Prof. Faria Tavares seria apenas a de cnquadrá-la dentro do pensajnento cristão, por vários moti\os -quais ressaltarei somente os mais imdos de desajuste e resistência contra o lonatravés go predomínio das esquerdas, das alianças sucessivas entre o portantes.

s socia listas e os radicais. Sc observamos

objetividade a situação atual do Brasil, veremos que o regime democrático só poderá escapar legalmentc das ameaças que o cercam, na medida em que uma corajosa reformulação dos quadros partidário.s- venha permitir a formação de in.strumentos políticos capazes de tradu zir os novos anseios populares, c|ue não mais se podem enquadrar em nenhuma das legendas existentes. Talvez uma solução para o vácuo po lítico brasileiro, seria grande partido nacional para o qual pu dessem convergir, sem ódios, ressenti mentos ou incompatibilidades, todas as forças atuantes do meio político, que sentido do solidariscom

criação de um a se orientassem no À ●> r.

O primeiro dêlcs é a vinculação da idéia dc solidariedade social com as te ses da doutrina .social da Igrej,), teses estas já pcrfcilnmcntc elaboradas c concatenadas, na .série de documentos pon tifícios memoráveis, iniciada por Leão XIII, continuada por PÍo XI c levada apogeu por João XXIII c Paulo VI. Assim, um partido nacional dc tipo solidarisla cristão teria, desde logo. a sua apresentação evidente, porque mos traria sua repulsa ao socialismo revolu cionário, ao mesmo tempo que sua re cusa ao capitalismo predatório o egoístico. Além disto, seria uma organização que não precisaria credenciais particu lares para se impor, ncm tempo para afirmar, porquanto a sua notória e ini cial adesão aos princípios sociais da ao se

Igrcja a colocaria, tanto terno, quanto no internacionaí, posição verdadeira sem Seria um

no p ço. lano inna sua qualquer esforpurlido já adulto ao a chefia decapitada e os quadros divi didos, não tem nenhuma mensagem paz dc atrair as esperanças do povo. Há poucos dias, falando no Senado, ca¬ procu rei retratar a temível situação de de sordem quadros políticos brasileiros nascer.

Uma organização désse tipo restituiria, por outro lado, dentro da tradição brasileira, a confiança desaparecida nos meios trabalhadores sòbrc a eficácia do .sistema dcniocrálico.

O ilustre Profes¬ rc-

sor Amoroso Lima, cm uma das impres sionantes crônicas políticas que ullimamente Icm escrito, ciiama\-a a atenção, muito justamímtc, para o temível silên cio das massas populares diante dos sultndos da Revolução. Êste silêncio traduz um sentimento dc insegurança e desamparo, que muito so assemelha ao dc orfandade.

zer tal coisa, primeiro porque estão tôdas divididas profundamente, e, segun do, porque não se preocupam a não ser com as manhas e artimanhas da con quista de um poder que não sabem co mo utilizar. em , pode pressagiar nada de bom. O parti do, que desde 1946 proemou represen tar as reivindicações dos tr.abalhadores, comprometeu-se irrcmediàvclmente com a ordem democrática, pela cobertura que foi levado a dar aos métodos anti democráticos dos dois Presidentes recru tados no seu seio. Por outro lado, o partido que sempre lutou pela defesa da ordem democrática, também se en contra comprometido aos olhos das mas sas traballiadoras, pelos processos de luta que foi também obrigado a adotar e, agora, pela derivação conservadora que o vai levando a posições de extrema direita. O terceiro grande partido, com

E a falta dc canais , algumas palavras que creio acerta das embora aparentemente pessimistas. ^ Os partidos, na sua configuração atual, so se prt'ocupam em atingir ao poder supremo, atra\'és de lideranças mais ou menos caudilliistas, mas nenhum dêlcs sabe ; nos em 10 certo o que vai Lazer, quando posse deste poder, dentro de todos de Claro está que partidos existem os pessoas capazes de discernir e de se orientar com referência aos problemas mais urgentes do País. das organizações, Mas nenhuma conjunto, pode dicomunicação, ontre as reivindicações das camadas mais profundas da socie dade de c os círculos governativos

Um novo partido exclusivamente volucionário não resolvería a questão, porque os ideais da revolução são prazo e correspondem mais à de molição de erros e vícios do que à cons trução de soluções. Por tudo isto é rea curto que a idéia em marcha do solidarismo cri tão, na medida - criscm que fôr capaz de se ajustar à situação nacional, poderia a jx)rtn de entrada de numerosas correntes que almejam, dentro e fora do Congresso, a fazer qualquer coisa de realmente novo e eficaz para o Brasil. ser

AMAZÔN IA

uma rcguio suQue sabe-

cípiipcs do IBBD mostra como os uin cm sua rio, rcaliz-ido pelas e INPA, e.sfurço (pie técnicos brasileiros, cada

X Amazônia nao e ^ ficientemente estudada, de suas possibilidades para a agria criação de planteis, dc mos cultura, para trabalho que pesquisa especialidade, fizeram nm dignifica a honra a cicncía e habitabilidade, de suas florestas, dc sua rède hidrográfica, dc seu subsolo?

Por que não cresce demogràficamenle região? É um logro ou uma reali dade paru o futuro? .sua a brasileira.

Sua descoberta é uma façanha inicia da no século XVI pelos espanhóis c prosseguida pelos portuguèscs. de expressão na façanha: P. Teixeira, nessa fase e sua Nomes Orellana

O Acre que lí econômica l encerrou o capítulo da expansão impe rial, iniciada com o bandeirantismo lista. pau-

I Quando exerci a Superintendência do j, Plano de Valorizíição Econômica da Amazônia, e, posteriormente, a direção do INPA, uma das minbas prcocupa? ções foi fazer proceder a um balanço

A Amazônia incorporou-se ao mundo como uma área a .ser jxissuída, cm ca minho de po.ssc efetiva, a começar ' Século XVI, quando o mundo sul-aniericano era parle integrante da Espanha dc Orellana, \inda Vale Amazôdo c uma e.xpedição, a do Pacífico, atravessou o

Sua posse física integração liumana e nico e atingiu o Atlântico. Durou doi.s anos a aventura. Foi a primeira reve lação em termos dc entusiasmo, da literatura exótica, di\ulgada na Eu ropa, c que apresentava a região como um paraíso terrestre. Depois tivemos, em sentido contrário, Atlàntico-Pacífico, a aventura dos portugueses, ligados a elementos do Nordeste, portugueses que desde então estiveram presentes à Ama zônia e foram seus mais autênticos desà base principiou no século XIX . com a ocupação nordestina, resultou dessa empresa sensacional começou

I a respeito do que havia de seguro estuk dado, de exato, sobre a Amazônia, f- fim de que pudéssemos ter um plancjarealístíco, baseado na verdade c dos entusiasmo.? fáa ! mento não no empirismo

. campos em que náo houvesse segurande conclusões e penetrando naqueles nada houvesse dc concreto, assaltaram podem do trabalho, a Biem ça H' sôbre que p As dúvidas que L*' ser atestadas através j£. bliografia da Amazônia, que representa resultado de um esforço cvtraordináme O

cobridores. A emprêsa começou com Pedro Teixeira que saiu de Belém, atrnVC.SSOU u callia central do rÍo, atingindo Quito, no Equador, numa façanlia ex traordinária. Enfrentou os maiores obs táculos. Subiu G de]^>ois bai.xou em reção ao Atlântico, estabelecendo fron teira cm terras que fêz nossas e (luo se nos déssemos a entusiasmos imperia listas deveríam ser mantidas, mas que hoje fazem parte do território peruano, na área do Departamento de Lorelo, fronteira fixada para confinar as duas soberanias — a que seria dc Espanha e a que seria de Portugal.

Seguiu-se a penetração da região por diceis- e prosseguir nas pesquisas, não perdendo tempo, insistindo apenas

sirtani.slas locais c por Ordens Rcligio: Fraiiciscanos, Carmelitas, Jesuítas, xMercedários

Teixeira, in.sUtlaram-se em Belcni, c tiuin comportamento \itil, í[iie, ein 16-10, quando Portugal sc li vrou do domínio espanliol, a populaçfio dacpiela cidade pediu que permaneces sem em Belém. sas que acompanharam Pedro veram tanto Exerceram uma fun-

Seminário — que formou a geraçao (pie preparou a independência na região aniaz('miea; deram ao Pará ao Brasil o primeiro Bispo loc.il, D. Bomualdo, e coneentraram, cm Belém, ção extraordinária: deram escola c

uma túrio

gigantesca biblioteca, cujo invenlX)de ser examinado, porque ainda Seção dc Manuscritos da Bi-

existe na blioteca do Pará. A

Essa penetração, evidcntcmcnlo, era de natureza política, porque Portugal desejava ampliar sua base física, o que conseguiu, vencendo os ingleses c holandeses, que lutavam contra Portugal. Nordestinos, de Per nambuco participaram da disputa, região de Macapá, o Marajó, o Amazo nas até o Tapajós, o Tocantins c o Xin gu foram áreas do entrovero entre os que chegavam c os que já estavam na região. As Ordens Religiosas, com os Sertanistas, permitiram, nessas jornadas, (pie SC escrevesse na região o seu capí tulo lieróieo.

Ao lado da a^’ão política de empossamcnto, de domínio, no entanto, uma atuação c uma preo- i cupaçao de natureza científica. Os primeiros sertanistas, evidentemente, rea lizaram-se no aspecto político. Encon-tnindo, porém, um ambiente de águas, , florestas puras, riqueza de solo, deixa-J raiu-se jxjssuir de entusiasmos naturais,* muito comuns nos séculos XVI e XVII.J E’ rotina dizer-se que foram os holan-1 clese.s, que acompanharam Maurício de | Aassau, os primeiros a identificar a na-J tureza do Brasil, procedendo a estudos! c a natureza física e humana do Nordes-! Não é exato. vamos encontrar, te.

Foram os portuguê-

primeiros a realizar êsse traba- esse trabalho, na Amazônia,"

ses os Iho. E quem o realizou foi Frei Cristovão de Eisboa. Infelizmente o livro que es creveu, História dos Animais e Plantas clü Maranhao, — continua inédito na Biblioteca Nacional de Lisboa. Maurí- I cio de Hcriarte foi outro revelador do extremo norte, em grande descrição, di vidindo-o em províncias, de acordo caiactensticas físicas e humanas que se defrontou. Acompanhara Pedro Teixeira na subida livro esteve, rado. com com . e na descida. Seu | porém, muitos anos igno- , Foi encontrado na Áustria, edi-tado por Varnhagem, e hoje circula apêndice à História do Brasil, do Visconde. Nesse livro jj deu-nos infomiaçõcs interessantes, descreveu o j uso do leite da serin- i gueira, trabalhada pe- ''i ■ los índios Cambehas, 1 do Soliniücs, que apre- ^ sentavam peculiarida- H des, — entalavam cabeça das para que ficasse afina- ' da, em forma de funil. í em a crianças fZr 52^ f;

estavam inétlitas e só agora, através de publicadas. convênio, cumcçarain a ser de Outra particularidade foi a do uso totens. Diz-se que os totens são apenas dos índios norte-amcricanos; Her.artc encontrou-os porém, na região, entre os Cambebas, assinalando que à porta das tabas havia grandes monumentos de madeira talhada, com figuras de aniÈsses Índios usavam mais e pessoas,

bolas de borracha para brincar c uten sílios de borracha para uso pessoal. Já possuíam disposição industrial.

Outro autor dessa época, que pode mos incorporar aos que tiveram visão menos imediatista, menos política, foi Simão Estacio da Silveira, que acompa lizmentc esse trabalho permanece qua se todo inédito. nhou os primeiros açorianos que chega ram ao Maranhão e ao Pará. Escreveu um livro bastante interessante, pedindo que homens da Europa, particularmen te de Portugal, viessem fazer zônia, porque ali estava a terra da denção, tendo fédades ilimitadas de a Amaresegura nas possibili- enriquecimento de

De Alexandre Uodr.gues lerrcira íorain divulgad.is poucas jiioiiogralias, alguT11..S ciehis pi-lo .Ministério da Educação, na He\ista dirigida por Uoquete Pinto e pelo Instituto llistur.cü Brasileiro, na respecti\ a re\ ista. leoas para iiilura tilição. que ciieiiini percorreu da Amazônia, costa do Macapá, àíarajó, rios Nt gro, Branco c Madeira, seus tmballios idcnlificou milhares de Iiife*

O j.NPA possui-as A Com.ssão grandes partes Em espécies botânicas c zoológicas,

lheto raro, ésse, mas há dêle hoje uma ediçao hmitada, publicada em Lisboa. Tivemos, depois, três nomes admiráveis: José Antônio Landi, Alexandre R, Ferreira e Dr. Antônio Corrêa de La cerda. Alexandre era professor na Uni versidade de Coimbra e foi mandado de Portugal para visitar a Amazônia, Comissão que devia fazer o le vantamento das realidades regionais, ■ líticas e sociais, botânicas, zoológicas c sociolográficas. Revelou-se extraordiná rio, para sua época. Suas monografias estão arquivadas na Biblioteca Nacional do Rio, e foram cedidas ao Brasil, de pois da Independência, pelo Govêmo português. Tiveram a mesma sorte que as monografias escritas por Mutis e CalColômbia, Equador e Veséculo XVIII, estudaram

O Dr. Antônio Corrêa de Lacerda era médico, português, c escreveu sobre as condições paltdógica.s da Amazônia. Iné^ditos, na Biblioteca Nacional do R>Oj guardani-se dois traljalbos interessantes dêle. Presidiu à segunda junta dc Go verno do P..rá na fase dos inícios c.xperiència liberal no Brasil; dirigiu a l.a Junta dc Censura, dc que se demi tiu por não se sentir hem no pôsto inEstudou também a patologia

Tudo quanto escreveu continua inédito na Biblioteca Nucion.il. identigrato. do Maranhão. Foram esses os homens que quem quisesse vir fazer a colônia

numa das, que, na nezuela, no

ficaram a região, na primeira etapa processo dc reconhecimento c inven tario, pelos elementos que era po- examinar c com os recursos de que pu deram dispor. Por fim, José Antônio Landi. Meu amigo, o Dr. Leandro Tocantins, esteve recentemente Bolsa de Estudos do.s Governos Brasi leiro, Português e Italiano, estudando a figura dc Landi. Encontrou gigan tesco documentário, e vai nos dar, além da História Natural do Pará, escrita por Landi, sacional do que realizou como artista. Landi é o responsável pelas igrejas de dü possível com notícia pormenorizada e sen- a aquelas partes do império espanhol, mas

Belcni, pelo Palácio do Govcmo e pelo prédio da Prefeitura, as obras mentais cpie maream Belém gem cultural do país. Landi é tipo ig norado completanuMíte. Seus álbuns de plantas são valiosíssimos na galeria dos pioneiros da do Br.;sil amazônico. monuna puisae o colocam revelação

Quando .sc encerrou o período colo nial, podcr-sc-ia dar um balanço fôrço realizado, \isnndo a identificar Amazônia o seria fácil, inclusive, pelo exame do esfôreo das Comissões Deno esa marcador.is de Limites, que haviam realizado trabalho socbgráfico. botâni co, naluralíslico. Essas eram operações técnicas. A primeira comissão integra da por equipe estrangeira, mas a se gunda composta dc elementos nacionais c alguns brasileiros —, levantamento pre—portuíniêscs que procederam ao liminar cartográfico da região, levanta mento dc que encontrarão, volumes da Cartografia da Amazônia, dc Isa Adonias. obra mandada realizar e publicada polo INPA a notícia por menorizada, licença p''ra nos dois Êss(’s técnicos, — peço citar-lhes os nomes — fize-

ram um Iná- io

trabalho extraordinário e foStzemartoni, iesuíta, Hen-

Antônio G lúcio, Frlpe Stun-ni, ram: riquo

João André Schcucvcl. Adão Leopoldo Brciinmg João Geraldo de Cronsfold, Ricardo Franco de Almeida Serra. Eusebio Antônio de Ribeiros, Manuel da

Ao lado délcs será necessário referir mais alguns Pfeill e Antônio Vicente Cochado. Nascido na Boêmia, nobre, Frit2 abandonou seu bem-eshu- na Europa para atuar na Amazônia. Deve-se-lhe priinc:ra carta da bacia amazônica em extensão, com detalhes interessantes em relação às bacias do Negro e Orenoco. Aluísio Conrado Pfeill levantou a carta da fronteira com a Guiana Francesa. Estava essa peca cm poder dc Pedro II, com o trabalho que escreveu de justificação da fronteira monumental, fonte de que se valeu Rio Branco para defender os títulos do BraDèlo há cópia no Itamarati. Antonio Vicente Cochado, expedição elaborou a Carta do delta do Amazonomes — Samuel Fritz, a trabalho sil. que veio na para fundação de Belém,

nas. muito interessante, e que permite vcrificar-se ilha, mas um que Marajó não era uma arquipélago que, evidenteniente. com o correr dos tempos, com o movimento de terras c o ímpeto das águas, transformou-se em ilha. No Ma pa dc Antônio Vicente, cujo original se encontra na Biblioteca Nacional, estão ind'cadas as posições ocupad'’s pelos inulêscs e holandeses. Encontrarão, no primeiro volume da Cartografia, uma e,splêndida reprodução.

Antônio Ladislau Monteiro Baena e Inácio Acioli de Cerqueira e Silva, no final do período colonial, traçaram Coregrafias do Pará, dc cujas páginas constam as informações mais atuais pa ra a éonca, do ponto-de-Msta social, econômico e político. Livros interes santes. evidentemente arcaicos hoje. mas que deram a indicação preciosa de co mo era a região, como era possuída e uHlizada. em retrato que registrava acidentes físVos e a ■notenciaPdade da Amazônia. os Baena, além de geógrafo

Gama Lobo d’Almada. Simões de Car valho. Vitórin da Costa. Tendoro Constantino de Chermont, João Batista Mardel. Êsses homens realizaram o levan tamento cartográfico de cursos d’água, e perconeram os extremos da fronteira norte e procederam ao p^^ime-ro traba lho do demarcação dos limites do Brasil na Amazônia. ,

a Guiana e .Sustentou, então, Belém, transferiu-se para de lá para a I''rança. em seu Diário, a tc‘se do <jiie o Vicente Se \ cn- Pínzoii iiâo era o rio Oiapoc.

Curso de ArtilhaEra foi militar, dirigiu um ria, comandou xinidades militares, membro do Instituto Histórico e GeoMuitas vezes, por gráfico Brasileiro, cedora essa l(‘se, Territ(')rio do .Amapá, clieg .do a Paris, à Academia sòbr<* o pelos índios (àmil)i-bas. revelação em lèrmos ' ineçaxa o interèsse do mimdo pelo pro|{)() anos, fundaeeoMomiea (hi extreiuo-

interêsses políticos, pediram os nacio nalistas de então que fôsse mandado sair do Brasil. E’ que tinha o pensascu Portugal. Deve- mento preso ao sc-lhc iini li\TO, hoje raríssimo, um priIcvantamento histórico da região meiro amazônica, tendo como centro o Esta do do Pará, mas refletindo \isão global do extrcmo-norle — Compêndio dos Eras, de preço altíssimo no nu;rcado dc livros, mas prestes a editar-sc pela Uni versidade do Pará. norte.

(luto (pie, (Iiiraiile nientoii a \ ida

leriamos jx-rdido o I.a Condainine, informações da borracha l''oi a primeira científicos. prestou uso Co-

O Brasil, abandon.mdo a(|uela jxjlíti* porta fi;eliada, jicrmitiii (jue liomeiis dc ciência estrangeiros \ie.ssem da re¬ de os ca cooptrar conosco, n.i i(“\'elaçao

Encerrada essa fase, vamos começar a revelação da região amazcmíca lizada com a reaparticipação do elemento Os portugueses haviam gião. Em conseqüêneia. s\s vés^jeras da Independência, li\emos a visita dc Spi.x o Marliu.s, dois bávaros que contraram j>ossii)iIidados de penetrar c ver o Brasil na intimidade. Legaram* no.s um material fabidoso, que levaram Europa (' permitiu trabalhos sôDepois vez de um russo: nobre, c foi autovisitar cnpara a bre fauna c flora amazônicas, de Martins, foi a Langsdorf, (pie era rízado pejo go\‘crno nrasiic.ro a estrangeiro.

procurado, é lógico, impedir qiic estrs geiros frequentassem ana região, pondo perigo a soberania que ali exerPortugal manteve, nesse particu lar, uma política de não deixando cm ciam. portas fechada.s, que o alienígena pene trasse o Brasil, para ver o que havia nas áreas interiores. Em pleno período colonial, no entanto, abriu-se uma exce ção: o rei Luís, de França, conseguiu que D. João V, de Portugal, concordas se em que um estrangeiro atravcssa.sse a região, e êsse estrangeiro era Charle.s Marie dc la Condamine, membro da Academia de Ciências da França. Ti nha vindo medir os arcos do meridiaRealizada, no Equador a sua tare fa, dc.sceii o Amazonas até Belém. Foi Só o deixavam. no. h()spcdc do Go\erno.

o interior do Império. Enlouqueceu duúltima \'iagem. Houve a material recolhido pn^ perdido. Recentemente, ti vemos u grata nolíci:i de que o mate rial foi encontrado, estando a Academia de Ciências dc Moscou a estudá-lo pa ra possível divulgação. Como se soube isto?.. . Por ocasião do Congresso In ternacional dc Geografia, realizado luiui no Rio, a delegação nissa, que e,stêvo em Belém, Manaus e Macapá, aprc.sentoii uma comunicação, ao Congresso torno dêsse material, noticiando-llie a existência e e.sclarcccndo (pie a Aca demia de Ciências projetava a grande rante a sua idéia de que o êle estava em no entanto, viajar à noite. Mesmo as sim, viu, apurou e fez o segundo gran de mapa global, tendo por base o dc Samuel Fritz. Os portugueses tinham razão quando diziam que os alieníge nas eram perigosos. La Condamine, de

no mim-

edição, estiveram Os membros dessa delegação em Manaus, Belém e AmaCom éles \iajou olcincnlo do da seringueira como se processava, o Brasil perderia seu monopólio mais adiantadas produziríam Achou-se

o prof. Krancis Bucllan, estar deslumbrado, cientista,s conbeciani de geologia da (|ue cm IiNTA, sua volta disse-me pois que acpiêles

melhor os prolileinas

Amazônia (pie êle própno. A série de nomes que fizeram a Ama/ònia. as facilidades concedidas brasileiro foi, daí iXatlarrér, no\’as de aves e 73 de

lamosos no mundo aproveitando p('lo governo por diante, imensa: (pie idenUficoii 205 espécies mamíferos;

D’Orbigny, botânico, geólogo, gee^grafo c antropólogo; Eduardo Poepig (1832), Wallace (18-18), Ricardo Spruce (184864), o maior explorador da flora amaZ('mica; Ilerdon-Gibson (1851); Chandless (1861-62); Luís Agassiz c senho ra (1865-66) dcxendo-se-llie a identi ficação dc 1800 e.spé;ies de peixes; j.imes Orton (1867); Ovville Derby (1870); Herbcrt Smilh (1870-74); KclIcr-Lcuzinger (1873); Von Stein (188488); Stradclli (1889); Coudreau (189599);

as pa.

Gnimbcrg (1903-5); H. Bicc (1906-7); Eritz Krauscr (1908); Adalberto da Prússia; Caetano Osculatti; Francisco Castelnau; Bates (1848); Ccl. Church, a quem sc deve o projeto da Madeiru-Mamoré; Alexandre Haag, autor da primeira tentativa de traçado para ligar Manaus a Boa Vista, no Rio Branco; Paul le Cointe, rcccntcmentc falecido cm Belém; c llarold Sioli, especialista na análise dc águas flu viais, alemão qiic trabalhou no Museu Goeldi e no INPA, vive hoje na Ale manha, mas tem n paixão do Brasil. Kcller e Leuzinger, no livro cni descreveram a (1900-1); K. Max Sebimidt que \-‘agom à Amazônia

do, porque as nações plantá-la e as usinas Isto em 1867.

iriam siiceclàneos.

interessante o que afirmaram, nenhuma providência tomamos. Coudreau, que trabalhou no Pará a serviço do Gover no Paraense era, nada mais nada menos qiie agente francês, a serviço de po tência estrangeira. Por fim temos os doi.s oficiai.s da marinha norte-anicricaque visitaram a região e apresenta ram ao Senado dos Estados Unidos um relatório, nêlc manifestando-se contrá rios a que a região permanecesse cada ao mundo c dizendo que ca do Brasil cra contrária aos interesses da humanidade, pois que ali havia \im inundo dc riquezas a explorar e o Bra sil não apresentava condições p.ara procedc-la. O govêino norte-americano começou, então, a insistir na tese da abertura do Amazonas à navegação. Insistiu sem êxito. Trabalhou depois Kcpúblicas vizinhas, vinculadas à Amazônia brasileira pelas vias hidro gráficas, conseguindo que Peru, Colôm bia, Venezuela, Equador, através dc de cretos, llie satisfizessem os desejos. Era uma maneira dc movimentar países \-izinhos, paru forçar o Brasil a adotar a nova política. Tivemos, porém, a vitó ria final, porque conseguimos a revo gação daqueles atos e só quando acha mos conveniente é que cleerctamos a abertura do rio.

na.

tran¬ políti- a

Êsses estrangeiros deram ao mundo uma notícia fabulosa do que havia na Amazônia. Agassiz, por exemplo, que ●se apaixonou pela região, cuja preocu pação maior era a Amazônia, e que, , pela região do Madeira, afinnaram que se continuasse a e.xploração predatória

no Colégio Pedro II, realizou uma sé rie dc conferências divulgando-as, fundo no servia não apenas aos interêsses

Escrevendo para revistas da ciência, francesas umá série de artigos propon do a Am-zônia como área fornecedora de matéria-prima ao mercado interna cional, na verdade estava propondo a interesse universal, contra os soberanos do Brasil.

amazônica. Eusé- prohlemas cia groloi;i Nem sempre acrcditaiulo nela. exemplo, não cra (Ifiiotassem entusias¬ ta os bio de Oliveira, jM>r daqueles cjuu llm '

Num

— A Amazônia e a Cobiça região ao interesses livro meu.

Internacional, exam no, desde os pri meiros tempos até boje, o que tem sido êsse interêsse universal pela Amazônia, não o científico, mas aquôlc oculto, in sistindo em que o Brasil precisa tomar crutelas, para evitar surpresa desagra dável.

Suas conclusões não o mo. levaram a subsolo, uma iinagín ;r cpie bom esse;, no !imitisse- exploração O grujx) da Coniisde ncjiicza cjiie p caráter econômico,

são Rondon, muito cstiucc do. inas cuja série de volumes obra, divulgada manivilhoso.s, represe nta o csfôrço tesco dos hoiTK.-ns (pic traballuiram no que SC chanvi boje a Rondônia: botani— Alberto Sampaio, Carlos Ilocne, Geraldo Kuhlman. antropólogo Barbosa dc Faria, zoólogo Miramla Rib. iro. geóOlivciia, Melo VilheAmarantc e Píricm

COS logo Eusébio dc Tenentíí na,

Mas se houve êsse conjunto dc ho mens de ciência estrangeiros, a e.stimular e divulgar a Amazôn-a, porque os .s Lira. ncu.s, Am’l' ar brasileiros ficaram de braços cruzados? A contribuição brasileira cxi.stiu. realmente E foi Pena magnífica: Ferreira

M galhãcs, Tomás Pires c Polidoro Barbosa, completam a equipe. , que organizou o Museu Paraense, creveu monografia interessante sobre Marajó; Barbosa Rodrigues, antropólogo e botân co, diretor, durante mirtos anos, do Tardiin Botânico de Manaus; Conto de M-^galhães, que deixou um trabalho sobre a navegabilidade dos rios Tocantin.s e Aratruaía; Gonç'lvcs Tocantms, explorador do Tocantins; João Martins da S’Iva Coutinho, o maior de todo.s, complctnmcnte e.squerido do Brasil, dei- exérc'to para viver no Brasil potencialidade. João Martins da Silva Coutinlio tem a sua obra quase ignorada. Foi companheiro dc Agassiz, ^ dele dizia — nm país qnc possuí um paí.s feliz poreso xou o stia om que João Martins é iim

Finalmcnle, a.s Comis.sões de Limites. O que essas Comissões têm realizado é extraordinário c \a'm completar o csno pt-ríodo colonial fi- fôrço dt>s í|iic, zortnn a primeira identificação da Ama zônia. Entre outros: nioiií.sio Cerqucira Ferreira da Sil\'a. lírás de Aguiar, Când-do GiiMhobel, Costa Aze\edo, que trabalharam eoni .sentimento eí\'ico difícM dc sc enennírar. Merecem, pur isso, do.s bra.sil(-’ros. a maior simpRia e o maior en(usi;ismn, porípic o que realizaram ontem, o realizando \"d'‘ niai.s de.shinibranics.

que continuam <'omo Tiátrina cívica das Quero aind i referir-mc a dois \'uIlos eminentes: Tavares Bastos, alagoano que .so balcu jjara a abertura da Amazônhi à navegação es trangeira. escre\'cu um livro que aind.i hom pode scr con.s'dcr' clo romo uma B'blia

AMAZONAS — e foi, na época, nm livro c.andente; o nut^-o. n pirmnse José Francisco ele Araiiio Lima. O livro qne escreveu, já em 3.a ou 4.a edição, é — O VALE DO a rcg'ão para pos.sui boiTicm da maior expressão Sua obra está coleedicão f’nal. Euséque e valor ciilfmal. tnda no TNPA. para bio de Ol veira, Adolfo Dneke, Glvcon de Paiva. Pedro Moura. Márcio Nery, Torquato Tapaíós. Alfredo da Mata. esflora, a fauna. tudaram a patologia, a

um clássico, dentro da visão, do ângulo pela porque procurou compreender a Ama zônia.

Ainda

sua produção de borracha. Quan do se fundou o INPA, o Govèmo do Estado do Pará, através de convênio com o Conselho Nacional de Pesquisas, entrcgoii-lhc o Museu, para que o Ins tituto o recuperasse. Essa recuperação, iniciada pelo Professor José Cândido dc Melo Car\'alho, primeiro diretor no no vo período que vive. Seu substituto foi Egier, que morreu a serviço da ciên cia, adorado pelos funcionários, pela bondade que o distinguia. Era uin autentico homem dc ciência.

Di

s.se há pouco, que devemos ter cautela com as c.xpedições estrangeiras pelos perigos que podiam trazer à gião. Registramos então o caso de Herdon e Gibon.

porque já fizemos o mesmo; o café, por exemplo, foi resultado de re¬

ça no CC.SC.S. que

Mas a Amazônia não foi sòinenlc obra indi\idual do indagação c curiosidade desses tipos marcantes da Immanidadc. Houve igualmenlc a contribuição de entidades públicas c privadas, no período colonial, o Jardim Botânico de Belém, criação de Sousa Coutinho, irmão do Conde dc Linhares, figura proeminente na Côrte do Portugal. Con seguiu montar cm Belém o Jardim Bo tânico, Jardim dc Aclimação, onde espé cies locais começaram a ser c.xperimcntadas, e depois passaram para Pernam buco, para Bahia c Rio, dando origem aos 3 jardins botânicos, que tiveram orig<*m no dc Belém, extinto no período regencial. Ês.se Jardim Botânico per mitiu a jxrssibilidadc da aclimação de espécies cstr. nbavS, ou o tratamento no vo p;.ra espécies locais. Foi inaugura do com a colaboração de técnicos franA respeito c.screvi monografia, foi publicada pelo Museu Nacional

dc Manaus foi

Seu funVelosia, rc-

Rodemos reafirmar uma presen ssa no exterior, — trazido da Guia na Francesa por Francisco Xavier Botero. E, trazido da Guiana, foi levado para Belém, depois até o Rio, tornan do-se a base da vida brasileira na sua projeção econômica, internacional. Postenormente, transferimos da Guiana pa ra 0 Brasil, tudo o que a Guiana pos suía de interessante como experiência agrícola. Trouxemos espécies vegetais que aqui se adaptaram esplêndidamcn-

Por exemplo — fruta-pâo, a cana caiana etc. Ora, se já temos a lição dada por nós, é natural que tenhamos preocupações. Sabemos todos que foi um aventureiro, a serviço da Inglater ra, Wickman, quem levou para lá as obra do Império, padeceu a pena dc sementes da seringueira, que permitido Rio.

O Mu.scu Botânico a instituição que se seguiu, dador, Barbosa Rodrigues, vista do Museu, divulgou quanta pes- te. quisa realizou. Êsse Museu, que fun cionava 100%, foi extinto quando se proclamou a República. Sabem por que?... Foi extinto porque estava sob o domínio de D. Isabel. Como cra extinção. O Museu Paraense, fundado ram as grandes plantações do Oriente, por Ferreira Pena, alcanç-ou a maior Wickman, a serviço da Inglaterra na glória. Nele trabalharam Emílio Goel- região do Tapajós, conseguiu alguns midi, jaeques Ilaler, Frederico Katzer o Ihares de sementes, que foram embarE mílío Stcinolage. A Amazônia, cm cadas em navio inglês, A Alfândega certa fase, teve o seu nome dRailgado de Belém viu a carga, mas à declara muito mais pelo Boletim do Museu, que ção de que se tratava de carga desti-

Rainha da Inglaterra, nenhum E daí algumas dé“ cadas tínhamos a c-oncorrència do Orihavíamos feito na Guianada à obstáculo ocorreu.

O que na Francesa, ôles fizeram conosco. Perdemos o domínio, o monopólio da pro dução de borracha no mundo. Por isso insisto — é preciso ter os olhos aber tos — podem tais expedições dar-nos excelente contribuição, mas é pre ciso acompanhá-las. ente.

uma

Há, no momento, uma série de ganismos brasileiros (|ue estudam Amazônia, e procuram contribuir revelá-la ao mundo. p ora .ira Êstes órgãos .são: INSTITUTO AGRONÔMICO DO NOR TE, DEPARTAMENTO DE PRODU ÇÃO MINERAL, INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, CONSELHO NACIONAL de pesquisas, alravés l.\'PA e do MUSEU EMÍLIO GOELDI. As Comissões Dcmarcadoras de continuam fronteira ca foi demarcada. Limites operação fronteira, com a Guiana Francesa a A nunO rio Oiapoc nin

Os trabalhos guém sabe onde das duas nações, realizados mente, não coincidem. A PETROBRÁS nas suas pesquisas para a descoberta de petróleo, tem realizado um esforço magnífico. Sabemos que êle se reali za, mas não são revelados os resultados que podem constituir uma excelente tribuição para o conhecimento do sub solo da região. O Conselho Nacional de Geografia tem procedido a levanta mentos aerofotogrametricos. gitar de fixar as nia, para criação Iho de Geografia trouxe a sua contri buição, nesse particular, contribuição que permitiu o conhecimento de uma área de campo no norte de Mato Gros so, inteiramente ignorada. A Universi dade do Pará que através de seus nasce. unilateralcon-

Institutos t'in in<mt;i^i-m, i-in começo tic fiincionaincMito, inicia Irah.iIIios de pc’S* quisa, dc formação necessãrío à identificação mais nova dessas iii'.titiiições. ilc pessoal técnico reg'onal. é a N'u Bi'

hlio^rafia da Am<tzònia. inuilo do que foi idcntificadí) está registrado, inicial. Já \alc contiiclo, ct)mo demons tração do (jiic prochiz<‘iu os nossos téc nicos. E’ ol)ra (lí) C^\P<^. ulra\és do ÍBBD e do IXP/\, «● dela constam 7.6ÍM) \X‘rbctcs. A edição, pnliiuínar. repre senta o csfíãrçí) dc um grupo di- niôçiis (juc, com paixão, ardor, (|uc si) mulhoi possui, dedicou-se ao tr. lialho. O ou tro trabalho (juc scr\(* á revelação da região é a Cartof/rafia da /iegmo A»i«* zônica. Quando dirígi o IXPA, tomei* jnc de entusia.smo pela idéia. Tsa Adocm elid)orá-la. A obra E‘ obra nias aqincsccu

é qualquer coisa de gig.mlesco como poderão \-crifícar. Fruto de trabalho conjunto, realizado pelo INPA e pela Universidade dc Paris, sob a orientação do Professor Ruclan. (joe já havia pu blicado os primeiros d idos da jiesquisn dc cnmpo levada a efeito no \^ile do Rio Branco, é La rcg/mi amazuniqtic du grand Rio Branco, de Yvonnc Beigbeder. Publicados pela Uni\’ersidade do Pará, já circulam os primeiros volu mes da Coleção Amazêinica, a IlistórUi do Pará — (íscrita por Ernesto Cruz. Esta coleção está confiada a mim, c projetada, inicialmente, para 90 volu mes, que incluirão os clássicos da re gião, trabalhos dc cientistas estrangeiros e nacionais, geógrafos, sociólogos, também, os ensaios, monografias rcísultantes da atividade atual. A esta His tória, seguir-.se-á a Companhia do Co mércio do Grão Porá e Maranhão, de autoria de Manuel Nunes Dias, prof. da Universidade de S. Paulo. Nesse livro poderá cncontrar-se a resposta aos c,

Ao se cofronteiras da Amazôda SPVEA, o Conse1

produzido

O ciclo da cm por um interpreta-

que afirmam ou contestam a existência de uma tradição agrícola na Amazônia. Ejn suas páginas, encontraremos a com provação dc quanto lunive cm matéria dc c.xporlação dc café, tabaco e açúcar, sendo que o café era quantidades pondcrá\cis. Ijorraeha é que acabou com a produ ção agrícola. Por fim, o livro, que está sendo lançado no Rio, c.scrito paraense, e valo como uma ção muito bem fundamentada da cidade de Santa Maria ch’ Belém do Grão-Pará

— lançamento da Editora Civilização Brasileira, da autoria de Leandro To cantins.

A Amazônia, apesar de todo o esfor ço que SC realiza nos institutos de pes<juisas, mas que ainda não satisfazem, não está suficientomente estudada e co nhecida. Em recente Forum, em que se debateram vários problemas, inclusi\ e o da habitabilidade, mostrando a pos sibilidade dc criação

na Amazônia, dc a ci\’ilização, coManaus, revclou-se que

u

áreas definitivas pnra mo Belém e iá realizamos obra de humanização da paisagem. As pesquisas de solo, sub solo, problemas dc água-floresta, podem parar. São |X‘squisas que estão nos seus primeiros clias. Reccntemcntc tilizando material obtido durante a guerra pelo serviço acrofotogramétrico americano, foi possível identificar a área de floresta homogênea, entre o Xingu

nao

p o Tapajós, pondo fim à conclusão de que a floresta amazônica era heterogèimpossibilitando a exploração eco-- e rentável.

nea, nômica

Os debates que ocorreram no Forum, objeto da maior atenção do público que a èle compare ceu, mostraram necessidade de aprofun dar os estudos sôbre a Amazônia. Quan do instalamos a SPVEA, ao levantamento preliminar, tomada de procedemos e para uma consciência do mundo que a conclusão n tínhamos do enfrentar, que chegamos foi a de que a Amazô nia, de acôrdo com o Decreto que criou órgão, representando 2/3 do Brasil, 3.500 mil hao c nela vivendo apenas bitantes, era uma região desprotegida. O deserto representava lidade. E’ a sua maior reapreciso, portanto, que se crie uma (Xjnsciência brasileira sôbre a Amazêmia. Impõe-.se que o Brasil sinta gravidade do problema. A Amazônia tem escassez de população. Será apenas uma região exótica?

Vivemos num mundo que abandonou preocupações espirituais para prefe rir a realidade pragmática d.i ^’ida. Te mos que enfrentá-lo como se apresenta e existe. Ora, se o Brasil não se con vencer de que na Amazônia há proble ma sério a exigir a sua ação equilibra da, enérgica, intensa, continuada, obje tiva, um dia poderá ter o desprazer de saber que a Amazônia não lhe pertence a as mais.

Crise e Revolução no Conjuntura Brasileira

HÁ algum tempo, vem se falando em “Revolução Brasileira”, têr-

que temperado dos mais diver sos matizes ideológicos, de.signava, em geral, a fase de mudança inten sa e acelerada que o país atravessa. O sociólogo americano Wagley, inicia um ensaio recente so bre a realidade brasileira guintes palavras: século XX, o Brasil parece viver em permanente crise. mo

U É difícil pai*a o

observador estrangeiro e até para os próprios brasileiros, entender dências as tene os acontecimentos confu

sos e muitas vêzes aparentemente contraditórios da vida nacional”.

E resumindo dessa crise diz: os vários aspecto.^ “Êste processo de transformação da sociedade, que de nomino “Revolução Brasileira”, é ao mesmo tempo, uma revolução econô mica, política G social. Não assumiu a forma de uma rebelião armada de uma guerra civil, nem é uma soqüência de diretrizes e ideais cientemente planejados. . . Vai-se, ao contrário, desenrolando sem pl ideologia, exceto quando cada ou consano ou administração tenta resolver alguns problemas urgentes, lução transformações entrelaçadas na so ciedade brasileira”.

mentos que merecem destaque. Revolução” é uma crise e por tro lado desenrola-se sem plano mer cê de profunda.s transformações sociedade lu-asileira. Na idéia de revolução há um elemento essencial. Charles É a idéia de futuro, de meta mais ou menos recuada, de programa mais com as se- ou menos consciente. Tudo isso esna Nos meados do tava contido no lema algo ingênuo que os republicanos inscreveram na nossa bandeira. Dentro do espírito positivista, a ordem era compatível com o progresso, a estrutiu’a coin a j' mudança, as instituições com transformações. Os homens de 89 ' as não pareciam ter previsto a ruptura desse precário equilíbrio. O binô mio começou a deslocar-se a partir de 1930 G sua desagregação, daí em diante vem sofrendo indiscutível ace leração.

Nessas observações de um cien tista estrangeiro, familiarizado com as coisas de nosso país, há dois eleEssa “Rovoconsiste em uma série de ff

Êsse processo interno não pode ser entendido sem uma referência ao niomento histórico qiie o mundo atra vessa. Um dos aspectos precisainen- || te dessa crise são as repercussões no Brasil de certas tendências recentes nos sistemas internacionais de do minação política, que se manifestam |: uma consciência aguda dessas subordi- II

relações de dependência ou nação, maior

Parece paradoxal que o relacionamento internacional ● j se tenha feito acompanhar por mna

■ Conferência pronunciada no Estado i i Maior do Exérc.to em 11 de dezembro de |j 1863.

in*upção de sentimentos nacionalis tas. A nosso ver são aspectos interlií?ados de u’a mesma fase histórica. O que se vê por tôda a parte, no

A crise, portanto, é histórica, ge ral, relativa a uma área de civiliza ção e não somente nacional fica ao nosso país. precisamente naqueles países que es tariam agora galgando grau da história. especíParece ocorrer um novo deSeria o "take off" mundo de hojo, é um movimento ge ral de participação de massas huma nas marginais nas fontes de produ ção e de rique;.a e, ao mesmo tempo, seu acesso aos centros de poder o decisão liistorica.

ou decolagem de que fala o Pro- ' fessor Eostow... - :

take off” brasileiro também se caracteriza de mudança

por linhas profundas ’ que parecem projetar

Essas reivindicações não revestem forma ideológica sem uma explica ção demográfica. A ))opulação mun dial nã.0 vem só crescendo; êsse crescimento, nas áreas menos favo recidas, não encontra proporção no aumento dos recursos. Nem sempre em três direções. A primeira mudança ocorre na economia e con siste numa passagem da agricultur tradicional se a para um processo de in tensa comercialização envolve aspectos industriais. A nota dominante que também nessa mu isso ocorre apenas por po breza do meio ou deficiêndança não é precisamente a transição da agricultura ra a indústria pacomo muitos cias da técnica. Na maioria dos casos a mográfica mente essas proporções e toma êsse nome por ocor rer dentro de sistemas so ciais e econômicos fechados explosão deassumo justaquerem ver. nias a comer- ^ ciahzação, mais importante ■: do que o próprio fenômeno da industrialização. Não é propriamente a industr?aMzação que está transforman do a agricultura brasileir comercialização de a mas certos produtos que nao pareciam prever qualquer possibilidade de expansão humana. O crescimento dos índices demográficos vem ocor rendo dentro de estruturas tradicio nais onde se encontra u’a mulfplicidade de situações, desde a organi zação tribal até a estrutura feudal ou semifeudal. Essas populações vi viam até bem pouco num sistema econômico caracterizado pela troca ou o escambo e, repentinamente, vêem-se incorporadas a uma economia de mercado de características capita listas. Seus padrões de vida tra dicional sofrem um impacto dema siado violento que se reflete casos de desintegração familiar e pessoal.

em que exerce profundas mudanças setor agrícola, na faixa industr=aí, ligando-os a uma economia do cado com tôdas a no mer as suas caracterís ticas de especulação e flutuação cí clica.

Essa linha geral de transformação econômica assume aspectos sociais

A sociedade brasileira, do passo que se comercializa, atravessa uma fase intensa de urbani.açào Êsse processo é recente. Faz apenas três gerações que o povo brasileiro passou a adotar, em escala vel, padrões urbanos de

mesmo apreciaconvivência.

1 (ie

O passado agrário ainda é muito remanifesta sob várias forcomportainento desSa popuPara muitos êsse passado Essas transcente e se mas no lação. ainda é um presente, novos aos de ))rodução, ao e às vantagens da educação sob to dos os seus asjicctos. Isso não pa rece estar ocorrendo no Brasil. Sa» claros: isso está sem jamos mais foi-mações econômicas e sociais não poderíam deixar de se ti-aduzir cm manifestações de conduta política. A sociedade patriarcal se desintegra dan do lugar a uma outra de tipo igua litário, exigido pelas condições urbanização, implantação industrial e desenvolvimento técnico.

Certos dados estatísticos vevelam essas ti*ansformações. urbana passou de 31% em 1040 45%. em 1960.

A populaç Embora o ritmo ão a de crescimento da população brasilei seja de 3%. a.a., ra mais reveladora c a taxa de crescimento das cidade.s (7%). Essa população concentra-se maciçamente em grupos jovens de idade. Do total de brasileiros. 40% estão incluídos nos gi-upos de idade até 15 anos e mais de metade idades abaixo de 20. nas Se outros fa

tôres não exi.stissem bastana pacto desses jovens estruturas tradicionais. E o im pura aluir a.s é bom notar que na medida em que se es tendem os recursos de combate u mortalidade infantil e às doenças que ceifam a adolescência, esta populatornai’á, na sua composição çao se percentual, ainda mais jovem.

Êsse aspecto bastaria para encherde otimismo e justificar aqueles consideram o Brasil “o País do Não basta, entretanto, um _ imento demográfico ou certas 'acterísticas jovens de uma popumodelar seu desenvolvinos que Futuro ”. crescí car lação para mento. Para que essas energias jo vens se liberem, tornando-se criado ras e produtivas, é pi’eciso que os

indivíduos tenham fácil acesso bens da civilização, aos meios trabalho, à técnic^

dúvida ocorrendo numa escala multo maior do que ocorria há 30 anos pas sados, mas nunca, de forma alguma, na medida das nece.ssidades qualita tivas e quantitativas dessa populaçao.

Entre as jovens geraçrtcs brasilei ras e os benefícios da civilização existem pontos de estrangulamento que se torna imi>ortante definir para . poder rompê-los numa ação desapni- \ xonada o eficaz. Êsses pontos de cs« ' trangulaniento caracterizam uma os* ! trutura social, isto é, um sistema do i relações entre grupos ainda marc.i* j dos por profundas desigualdades econômieas, sociais o iiolíticas. No co- I mêço do século um historiador bra sileiro publicou um opúsculo intitu lado “Funcionários e Doutores”. É claro que já naquele tempo a socic- ' clade brasileira não poderia resumir- ; se nessas duas categorias, mas é ox- | pressivo que iini es)nrito lúcido as tenha tomado como ponto-de-rcíevéncia para seus comentários. Aiu- ' da hoje lui uma diferença profunda entre as classes dirigentes e o que , se chama, em cortas áreas do Bracom uma nota depreciativa, “povo”. A sociedade lirasileira ain da hoje é uma sociedade de manda- ' i'ins, e o número reduzido dos indiví duos, de categorias profissionais que dão acesso à classe dirigente c um indício nítido dessa estrutura que não se pode chamar precisamento , aristocrática, nem plutoerática mas i sil,

sopresgi'andes. ao acesso obstáculos coinplexo

que, sendo uma olig-arquia, tem algo de ambas. As dificuldades de aces so das camadas inferiores dessa ciedade às posições tie decisão e tígrio. são ainda muito Acumulam-se obstáculos dos menos favorecidos, que não são apenas econômicos mas também rosulUun. do inn aparelho Inirocrático que se infiltra em todos os setores de atividades do país, desde o comércio até a educa ção. Desde o momento em que se exige a chancela do Estado para todo e (luakjuer tipo de passaporte social, tanto para o ingresso no coméi’cio como para o exercício de uma profis são, a burocracia passa a adquirir grande poder, controlando pràtícamente todo o processo de mobilidade social e vertical.

Êsse tipo de sociedade a que cha maríamos algo rebarbativamente oligo-burocrática seria dificilmente compreendida sem uma análise da tradição econômica que a anima e que jior sua vez alimenta. A aná lise dessa tradição econômica não pode ser feita nos termos simplistas da teoria marxista. Não se trata de uma infra-estrutura determinan do rigidamente as instituições, os comportamentos sociais. 0 que se verifica, ao contrário, é que a in fra-estrutura modifica-se rapida mente, gi'aças à introdução de pro cessos e equipamentos técnicos avan çados e que nem por isso se altera o sistema social. Vivemos hoje no Brasil na era do jato, do ciclotroni e do cérebro eletrônico e tudo isso a serviço de uma tradição, de uma mentalidade, e uma estrutura social inadequadas às novas necessidades do país.

Entre a infra-estrutura econômie as formas institucionais há. quando muito, uma relação funcio nal. A economia é também uma for ma de comportamento, embora ainda pouco entendida sob êsse prisma. É nesse comportamento econômico que residem as motivações ou, ao contrário, os bloqueios fundamentais para o desenvolvimento.

0 comportamento econômico brasi leiro inspira-se em formas e padrões que datam de uma fase já supe rada nos países mais avançados da civilização ocidental. A nossa for mação colonial marcou profunda mente êsse comportamento econômi co pelo tipo de sociedade da metró pole que a orientou. Não se devo esquecer que a economia brasileira formou suas estruturas básicas atra vés de Portugal, país que conservou por mais tempo, na Europa, as ca racterísticas da fase mercantilista da economia européia. O embate das idéias liberais do século XIX, reper cutindo nas Constituições dos países latino-americanos, não modificou es sencialmente entre nós as relações econômicas externas e internas. Ti vemos regimes políticos liberais fraternizando com sistemas econômicos de origens mais remotas.

A expressão “capitalista nao se harmoniza com o tipo de comporta mento econômico vigente no país e em outras áreas da América Latina. O capitalismo pressupõe um patri mônio cultural onde entram, como traços essenciais, a economia de mer cado, a liberdade de iniciativa, a fá cil e ampla circulação da mão-deobra e das mercadorias. Mesmo fase em que professavamos explicitamente uma doutrina de liberalismo na

econômico jamais atingimos essa li berdade, tal como a encontramos em países tipicamente capitalistas, economia de mercado e de dinheiro cobriu áreas reduzidas do O restante, a maior parte do A sempre país.

negócio que procura acompanhar as flutuações de preços do mercado in ternacional delas tirar partido e

território, caracterizava-se pela eco nomia natural, de troca. Além disso o Estado sempre assumiu entx'c nóa liderança do processo econômico e, através dêle, a ati-ddade produ tora sofreu profunda burocratização. A px*ópria iniciativa privada no Bra sil gira em torno do Estado, curando dêle obter vantagens, raramente competir êle.

pio o máximo de com r

\ O mercantilismo caracterizou-se historicamente pela criação e preser vação de monopólios e, através des tes, pela busca do mais alto lucro por unidade. Monopólio do comérCIO, monopólio da terra, monopólio dos meios de produção, formas mais que sob as variadas

. . j estende através de toda a história do Brasil. O monopólio do comércio, predomi nante na fase colonial e na relação entre colônia e metrópole desap ceu nas suas formas aparentes, contínua, latente, nas aremas relações de comércio entre o país internacional. A monocultura ainda perdura, na diferenciação radical tre culturas de mercado e culturas de subsistência, sem a qual é im possível compreender a agricultura brasileira. No Brasil de hoje há uma radical diferença entre a agTicultura dá divisas, que mantém os al-

e o mercado

A outra é marginal destinada quase que exclusivamcnte a forne cer “braços” u primeira. A evolu ção da estrutura agrária brasileira, exaustivamente analisada, comprova através da e.speculaçao. uma atividade \

essas asserções. , A desj)ro})oiçãü entro o número de| proprietários do.s meios de produção, ; sobretudo a terra, e o dos que efetivamento trabalham, o latífundisnio e principalmonte o absenteísmo agrí cola são nítidas manifestações desse comportamento e dessa mentalida de econômica que remonta à fase A eco- colonial de nossa formação,

nomia brasileira continua vivendo da de exportação de matérias-primas e certos produtos alimentares, respon sáveis pela obtenção de divisas com as quais adquirimo.s não só equipa mento básico mas alimentos essen ciais como o trigo. Essa configu ração interna da economia brasilei* ra e os grupos que a preservam ex plicam a dependência em que o país se encontra em relação aos merca dos internacionais e aos centros do poder que os controlam. Nos altibaixos dos ciclos econôini-

cnque cos, o trabalhador e o consumidor so frem duramente. O grande produ tor transfere sistematicamente seus prejuízos, através do Estado, para essas categorias, sob a forma de ta- I rifas, subvenções, moratórias, reser- , vando-se no momento oportuno a , exclusividade na nata gorda dos luO Estado, entre outras fun- cros.

tos níveis de vida e o consumo conspícuo de uma classe privilegiada; e nômade dos pés-no- a agricultura ções vem desempenhando no Brasil a de instrumento dessa classe pri vilegiada que, assumindo o conti’ôle

chão que floresce à margem do pro tecionismo oficial. A primeira é um

dos fvutos da teiTa, numa economiu onde esta constitui o capital por ex celência sistema. passou a dominar todo 0

c seu es¬

naturalmente a baratear o produto. A industrialização lançada de cima para baixo nessa estrutura, encon tra sérios pontos de estrangulamento, dos quais o mais importante não ^ propriamente a falta de capital. 0 capital se obtém quase sempre pela interferência do Estado avalista. O maior problema é a formação, no ritmo e volume necessários, do pes soal técnico e da mão-de-obra qua lificada. Essa mão-de-obra vem in*

G as poi*

Êsses fenômenos de cúpula reper cutem necessariamente em todo campo da economia e explicam dificuldades da industrinli. ação. Não é esta no Brasil um fenômeno pontâneo, de massa, que momento de maturação o as esocorre num econômica; resulta de uma decisão planejada e consciente de uma classe que resol ve transferir seus capitais pírito de iniciativa de uma atividade para outra quando a primeira já não lhe oferece u margem de lucro condições dc segurança necessárias. Êsse processo de industrialização ó feito sob a égide e o financiamente do Estado o sempre dentro das li nhas mercantilistas da estrutura, is to é, visando o mais alto lucro unidade e tendo como premissa a exigüidade do mercado consumidor. Êsse elemento restritivo ou inibidor da economia é sempre considerado invariável, ou pelo menos julga-se que se modifica apenas de forma vegetativa pelo espontâneo cresci mento da população. A idéia do ba rateamento é contrária ao próprio espírito do sistema e inviável den tro da espiral inflacionária.

O intermediarismo é outro carac terístico da engrenagem do espírito monopolístico. Cada um procura, mobilizando as forças de que dispõe, situar-se estrategicamente num pon to vital do sistema para dêle reti rar todas as possíveis vantagens. No mesmo sentido cada um procura ampliar ao máximo sua margem de lucro, aumentando a sua comissão, subcomissão, etc., o que não tende

variàvelmente do setor agrícola por uma transferência que os países de senvolvidos já efetuaram no século passado, graças à mecanização e à difusão da instrução nas massas ti'abalhadoras. Outro grave problema da industrialização é a capacidade gerencial que em outros países for mou-se na dura escola da pequena emprêsa artesanal ou agro-artesanal e que, em nossa estrutura econômica constitui, onde existe, exceção despre..ível. Nem falemos na ausên cia de poder aquisitivo nas massas capaz de absoi-ver a produção indus trial.

A massa existe, mas para dinamizá-la como poder consumidor seria necessária uma adequação tre os preços das mercadorias, o tipo do instrumental ou material pôsto ao seu alcance e os seus atuais níveis de vida. Essa adequação está longe de existir. É intensa dução de bens de consumo de luxo em detrimento dos essenciais e dos bens de produção; e seu preço não se adapta u remuneração do traba lho na maior parte do interlande brasileiro. ena ser a pro-

Essa tradição econômica não pode deixar de produzir certas manifesta ções na ordem social. Não : sível analisá-las extensamente será posj nesta

econômico jamais atingimos essa li berdade, tal como a encontramos em países tipicamente capitalistas, economia de mercado e de dinheiro cobriu áreas reduzidas do O restante, a maior parte do A sempre país.

negócio que procura acompanhar as flutuações de preços do mercado in ternacional delas tirar partido e

pio o máximo de com r

território, caracterizava-se pela eco nomia natural, de troca. Além disso o Estado sempre assumiu entx'c nóa liderança do processo econômico e, através dêle, a ati-ddade produ tora sofreu profunda burocratização. A px*ópria iniciativa privada no Bra sil gira em torno do Estado, curando dêle obter vantagens, raramente competir êle.

O mercantilismo caracterizou-se historicamente pela criação e preser vação de monopólios e, através des tes, pela busca do mais alto lucro por unidade. Monopólio do comérCIO, monopólio da terra, monopólio dos meios de produção, formas mais que sob as variadas

. . j estende através de toda a história do Brasil. O monopólio do comércio, predomi nante na fase colonial e na relação entre colônia e metrópole desap ceu nas suas formas aparentes, contínua, latente, nas aremas relações de comércio entre o país internacional. A monocultura ainda perdura, na diferenciação radical tre culturas de mercado e culturas de subsistência, sem a qual é im possível compreender a agricultura brasileira. No Brasil de hoje há uma radical diferença entre a agTicultura dá divisas, que mantém os al-

e o mercado

A outra é marginal destinada quase que exclusivamcnte a forne cer “braços” u primeira. A evolu ção da estrutura agrária brasileira, exaustivamente analisada, comprova através da e.speculaçao. uma atividade \

essas asserções. , A desj)ro})oiçãü entro o número de| proprietários do.s meios de produção, ; sobretudo a terra, e o dos que efetivamento trabalham, o latífundisnio e principalmonte o absenteísmo agrí cola são nítidas manifestações desse comportamento e dessa mentalida de econômica que remonta à fase A eco- colonial de nossa formação,

nomia brasileira continua vivendo da de exportação de matérias-primas e certos produtos alimentares, respon sáveis pela obtenção de divisas com as quais adquirimo.s não só equipa mento básico mas alimentos essen ciais como o trigo. Essa configu ração interna da economia brasilei* ra e os grupos que a preservam ex plicam a dependência em que o país se encontra em relação aos merca dos internacionais e aos centros do poder que os controlam. Nos altibaixos dos ciclos econôini-

cnque cos, o trabalhador e o consumidor so frem duramente. O grande produ tor transfere sistematicamente seus prejuízos, através do Estado, para essas categorias, sob a forma de ta- I rifas, subvenções, moratórias, reser- , vando-se no momento oportuno a , exclusividade na nata gorda dos luO Estado, entre outras fun- cros.

tos níveis de vida e o consumo conspícuo de uma classe privilegiada; e nômade dos pés-no- a agricultura ções vem desempenhando no Brasil a de instrumento dessa classe pri vilegiada que, assumindo o conti’ôle

chão que floresce à margem do pro tecionismo oficial. A primeira é um

dos fvutos da teiTa, numa economiu onde esta constitui o capital por ex celência sistema. passou a dominar todo 0

c seu es¬

naturalmente a baratear o produto. A industrialização lançada de cima para baixo nessa estrutura, encon tra sérios pontos de estrangulamento, dos quais o mais importante não ^ propriamente a falta de capital. 0 capital se obtém quase sempre pela interferência do Estado avalista. O maior problema é a formação, no ritmo e volume necessários, do pes soal técnico e da mão-de-obra qua lificada. Essa mão-de-obra vem in*

G as poi*

Êsses fenômenos de cúpula reper cutem necessariamente em todo campo da economia e explicam dificuldades da industrinli. ação. Não é esta no Brasil um fenômeno pontâneo, de massa, que momento de maturação o as esocorre num econômica; resulta de uma decisão planejada e consciente de uma classe que resol ve transferir seus capitais pírito de iniciativa de uma atividade para outra quando a primeira já não lhe oferece u margem de lucro condições dc segurança necessárias. Êsse processo de industrialização ó feito sob a égide e o financiamente do Estado o sempre dentro das li nhas mercantilistas da estrutura, is to é, visando o mais alto lucro unidade e tendo como premissa a exigüidade do mercado consumidor. Êsse elemento restritivo ou inibidor da economia é sempre considerado invariável, ou pelo menos julga-se que se modifica apenas de forma vegetativa pelo espontâneo cresci mento da população. A idéia do ba rateamento é contrária ao próprio espírito do sistema e inviável den tro da espiral inflacionária.

O intermediarismo é outro carac terístico da engrenagem do espírito monopolístico. Cada um procura, mobilizando as forças de que dispõe, situar-se estrategicamente num pon to vital do sistema para dêle reti rar todas as possíveis vantagens. No mesmo sentido cada um procura ampliar ao máximo sua margem de lucro, aumentando a sua comissão, subcomissão, etc., o que não tende

variàvelmente do setor agrícola por uma transferência que os países de senvolvidos já efetuaram no século passado, graças à mecanização e à difusão da instrução nas massas ti'abalhadoras. Outro grave problema da industrialização é a capacidade gerencial que em outros países for mou-se na dura escola da pequena emprêsa artesanal ou agro-artesanal e que, em nossa estrutura econômica constitui, onde existe, exceção despre..ível. Nem falemos na ausên cia de poder aquisitivo nas massas capaz de absoi-ver a produção indus trial.

A massa existe, mas para dinamizá-la como poder consumidor seria necessária uma adequação tre os preços das mercadorias, o tipo do instrumental ou material pôsto ao seu alcance e os seus atuais níveis de vida. Essa adequação está longe de existir. É intensa dução de bens de consumo de luxo em detrimento dos essenciais e dos bens de produção; e seu preço não se adapta u remuneração do traba lho na maior parte do interlande brasileiro. ena ser a pro-

Essa tradição econômica não pode deixar de produzir certas manifesta ções na ordem social. Não : sível analisá-las extensamente será posj nesta

0 fenômeno da sub»lia- demapTOííia. oportunidade, tentar escrever uma subdesenvolvimento, indicar alíruns sintomas propria mente sociais do subdesenvolvimenSeria o mesmo que socioloK^a do Suficiente aqui qual convergem as bitação para o atenções dos governantes e adminis tradores de formação paternalista é a exteriorização apenas o sintoma, de desajustamentos mais profundos envolvem tensões e conflitos sotôda a área naverdaquo ciais reinantes em cional to em nosso país.

TJm dos mais impressionantes é o que se prende ao crescimento de sordenado das cidades brasileiras e eiTÔneamente denominado zação”. A palavra dá a entender que as populações rurais vêm para a ci dade buscar os benefícios da civili zação ainda escassos que vivem. U urbaninas areas em As migi-ações internas . deira favelização das massas runus c uma suburbanização com maior amplitude, as O que ocorre e uma que atinge, metrópo* les do país.

que buscam as cidades e contribuem ●para o seu acelerado crescimento tem como principal meta a melhoria do nível de vida. através do único o de acesso de que dispõe balhador braçal

O salário tem, portância sôbre o trae que é o salário, portanto, uma imenoi-me porque é a ponte a miséria

O fenômeno é grave porque acar reta uma deterioração de valores e mentalidades contrária ao processo de modernização e tie tecnificação na plitude de.sejável Não se trata aqui de analisar êsse fato do ponto-de-vista de uma consfaveescala e na am ciência burguesa (lue

lado ou nas diversas desse marginal um tipo jável mas útil, porque fornece a mão-de-obi'a barata e abundante pai^ serviçaia ve no modalidade? indeseas construções urbanas, os , o benefício u a massa cada dera credenciada. No entanto, também não escapam à influência de légios a que vez maior se consias cidades - privique causa seus efeitos no de todo o tipo de empreendimentos e até da economia doméstica. Dencampo, ati-avés das relações de balho da atividade agrícola, csades brasileiras não obedecem um planejamento e isto já é um grave sintoma de desigualdades

tra-

As cia so¬ ciais, em-

Daí o afluxo dessas popula-

tro de um critério puramente pírico, partindo do princípio de Quo a ampliação do comportamento téc nico e científico é necessária e de sejável, conclui-se que êsse afluxo de margánais aos centros ui'bíinos não atinge as metas preconizadas. É a transformação do pária rural em proletário, que representa, sem dúvida, um avanço sôbre a situação anterior, mas é deficiente em ter mos humanos.

A proletarização não se faz, en- ‘ tretanto, apenas num sentido, de bai xo para cima na escala social bra sileira, mas também de cima para baixo, desclassificação que numa ções, não para a vida urbana orga nizada mas para aglomerados, suburbanos, faveNesmarginalidade a nos Ias, mocambos, malocas, etc. aglomerados concentra-se uma população analfabeta ou semi-anal fabeta de trabalhadores desqualifi cados ou imperfeitamente qualifica dos, massa passiva e inerte, disponí vel a tôda fonna de politizaçáo e ses

os alicerces da classe média impedindo que se torne uma força positiva no desenvolvimento, queza da classe média fenômeno tradicional mina

' é uma das

rentemento inexpressivo falhas mais graves da nossa estrutu-

Isso não quer di er que a classe média não tenha aumentado, mentou, sem dúvida, numericamente, numa .sedimentação lenta ra.

Aue penosa mas nunca assumiu o papel de uma fôrça .social independente, teve uma ideologia própria e, sobre tudo, nunca foi uma dominante ciai.

A frano Brasil, e por ISSO apatuação. Como esperar um aumento su )stancial do número de eleitores quando cerca de 507c da populaçã brasileira é analfabeta? Sabemos ainda zução até tos 0 E quando mais que a alfabetiagora utilizada casos como si em rauimples processo de alistamento eleitoral -um meio de politizaçáo? tica consiste numa forma de contemporização de que lançam mão as classes dominantes para u’a mímica de democracia e socialização, na rea lidade para manter intatos de contrôle das fontes de queza e prestígio, grupos têm se identificado com o s a o, a tal ponto que seria in concebível na situação atual uma Descentralização ou uma redução do poder estatal. Sob êsse ponto-devista 0 marxismo representou para as classes dirigentes um reforço e nao um abalo de passou a ser A políos nieios poder, riAo fazê-lo, esses posiçao porque do

nunca so-

As cidades, reduto ti-adicional da classe média, representam verdadei ros elevadores e aspiradores sociais, pelos quais o migrante, oiv pária ru ral ingressa na condição econômica de proletário e, como eleitor, numa cidadania frustrada. Um olhar aos dados demográficos comprova esta assertiva. A população urbana vem crescendo de censo pai*a censo, mas ainda mais expressivo é o cresci mento da população suburbana, ten do em vista que o subúrbio no Brasil não é apenas uma divisão adminis trativa, mas a expressão ecológica de uma distância social, feração das favelas e dos vários ti pos de su’b-habitação e o crescimen to da população favelada são outros índices a levar em conta numa ri gorosa avaliação do fenômeno.

conjunto heterogêneo da filosofia marxista tiraram prineipalmente a içao 0 estatismo, da concentração do poder nas mãos da cúpula diri gente.

A prolique souma inque

Por trás de tudo isso há um formigamento humano incontrolável não encontra no nosso sistema ciai os meios institucionais, sociais educacionais, políticos para tegi*ação no coi*po da sociedade.

Não é de estranhar, portanto, a política seja um reflexo desta si-

Cabe aqui considerar um fenôme no inseparável do sistema, hoje alma mater sua e cujo enoiTue papel já loi, linhas atrás, sugerido. A infla ção no Brasil não pode ser entendida como simples recurso econômico vi sando a acelerar o desenvolvimento mas como arma política para asse gurar 0 predomínio dos atuais pos de podea*. Não há, no Brasil, até este momento, um estudo objetivo dos efeitos sociais da inflação. Con tentam-se os estudiosos la dentro de modelos econômicos mo se as forças econômicas vácuo, desencaiTiadas dos em analisácooperas- comsem a

O Estado é o pai e aliado dessa Nova Classe íjue nele vai buscar, sob diversas, os lucros 5 vantajcens do inprestígrios da observador estrutural de aparentemente defesa dos interesses as formas mais inflacionários, as termediarismo burocracia. c o.s E.scapa ao de.sprevenido a função certas organi. açõo.s, criadas para histórioes. portamentos

Em tese, a manipulada, dentro de determinadas conjunturas pode até exercer efeitos benéficos. Na conjuntura brasileira atua como forma de protelação das reformas essenciais, criando em cer tas camadas a euforia do enriqueci mento rápido e noutras a ilusão da prosperidade, através do acesso a certo instrumental que não amplia de forma alguma a capacidade de produção. humanos inflação adequadamente nem a poupança

cm

nacionais c que representam, na lea* abertas à farta burocráticas. lidade, novas searas messo das pronioçoes É o ca.so das sociedades de economia mista qive, iniciadas para proteção do interesses legítimos, rapidamente campos mo e de negociata, dados, os vencimentos atingem prointeiramente tornam-se de empreguisNessas sociecí-pantosas, porçoes , mas dá ao povo a sensação da integração camadas superiores. A inflação, nesse sentido, é um fator de abur guesamento.

A inflação atua no sentido de criar uma Nova Classe, elementos de todo que arrebanha desligados da qimlificaçao dos beneesca- ficiários ^ o coiqio social e que nao sofre analogia com as clas ses dominantes nal, no sentido tradicioquer as de corte aristocráti . Funcionários dos lões inferiores recebenn ordenados em desproporção com seu valor, capa* cidade, treinamento ou aptidões, paternalismo do Estado se exerce nu ma falsa jiromoção das massas, me diante a burocratização c por meio de uma distribuição anticiemocráticu do dinheiro inflacionado. Entre » Nova Classe, sua aliada, e as massas reivinclicantes o Estado lança nião da demagogia como política manten do-as numa atmosfera viciada do fal sos prestígios c ilusões. Retomando o tema inicial, temos que concluir que o Brasil atravessa uma crise histórica permanente a partir cia Abolição. Neste sentido pode-se falar, acompanhando o so ciólogo, numa “revolução brasileira" para a qual já se chegou até a es crever uma Introdução, o que nos valería singular precedente histórico. Essa revolução, entretanto, não se pi*ocessa propriamente no cenário 0 co ou plutocrático. A Nova Classe e um fenômeno recente com seus tilos de vida, “a dolce vita”, mentalidade, seus padrões de ’ portamento e tem tida indispensável como contra a essua corn¬ parproletarizaçãc das massas. Não é por acaso que, nesse clima, ao invés de se produ zirem artigos de primeira dade, alimentos ou bens de produ ção, 0 interesse dessa classe se vol te para indústrias de luxo que vão beneficiar unicamente uma tênue ca mada da população. Para exempli ficar, numa sociedade em que a clas se média é dominante, produzem-se arados e bicicletas, abrem-se fronNuma sociedade necessiteiras econômicas.

Nova Classe é dominante, em que a produzem-se automóveis c constrói-se uma nova capital.

político, onde as mudanças de têm apenas papéis, sem alteração texto, permanente, si mesma, blica teria substanc

cena o valor de troca de ial de

A República viveu em crise ra de

como que a procu

A insatisfação da Repúseu desfecho necessário

crítica marxista, treinada em demo lir precisamente êsses tipos de im postura ou equívoco político-social. A propagação do marxismo-leninismo entre as elites brasileiras corresponoe ao aparecimento da toxina gamsmo já doente, prestigio ante no orSeu sucesso, seu as novas gerações

na Revolução do lí)30. ela própria um intermezzo” para a Ditadura do É a re- Estado Novo. Durante todo esse

nao nos deve surpreender petição monótona dos mesmos pro cessos de decomposição da burguesia a que estamos assistindo areas do mundo ...

O Brasil de hoje uma opção histórica, propriamente entre privada em outras contemporâneo. está diante de Essa opção não a iniciativa e a estati e

comunismo têrnios

período os fatores essenciais no pro cesso sü tenaeram a agravar-se: o enfraquecimento do Poder Civil espiral poder du burocracia civil e militar transforma o E.xórcito, no nosso sisnia presidencialista, em árbitro dispartidárias, convocado no a inflacionária, o aumento do sençoes ^ação, ou entre o e a democracia em forma Êsses vaga e genérica momento oportuno para decidir o im passe político pela fôrça. É verdade quo essa intervenção, nos anos re centes tem sido pacífica, reduzindose, na maioria dos casos, a um des file ou parada militar, o que não lhe tira a clara significação como ates tado de instabilidade institucional.

Coube ao Estado Novo disciplinar e ate teorizar esse iirocesso, reco nhecendo pelo menos nominalmente

verdadeiro conflito ou niascaram 1’evelam gica. usar a o penas a Temos diante . " linguagem dos sua clois modelos de cuja caracterização nos ajudarão portamentos adeptos.

capa ideolóde nós, para economistas, desenvolvimento eni têrmos ideais, compreender, atuais dos a os comrespectivos

Chamaremos concentracionário tribuem-se

primeiro modêlo ● Seus adeptos dis-

espectro iáZZfJZT: ficam singularmento ^ fendendo ao na prática, dc* a presença das massas proletárias às quais pela primeira vo., se con feria um slatu.s ma.s, de outro lado, estiíruilanclo por todos os meios formação da Nova Classe.

Daí por diante criou-se um singu lar* dilema para os governantes: toriarri que assegurar-se o exercício do poder, nuin clima de contensão contemporizaçuo que criasse democracia legal ou de fachada, urna equivalente distribuição ou so cialização de riquezas, presentaria dominante, gilidade desse a ou uma sem o que rea destruição da classe

É compreensível a fra« status quo ante a

ppnnAmi ^ ^^csnio tipo de soluçÕcs economicas e sociais, dores tanto da reita sustentam o Brasil, de lização com Os doutrinaesquerda como da dia necessidade, para «ma forma de industriaapoio do Estado. Apeneocapitalistas desej o Estado se limite , processo, deixando-lhe de geri-lo nas os am que a financiar esse liberdade a e de recolher que proporciona. Em como sempre ocorreu na “a etonomia

sorte de melhoramentos técnicos eni sua fazenda, ou agro-indústria como também a favorecer medidas de cavenham bensíiciar ráter social que adeptos dessa correna purcom o Estado brasileira, os de idéias estão dispostos tilhar seus prejuízos te os seus ti'aballiadüi'es. dividir com êle seus lu- mas nao a Essas piocaracterizam pela exPara êles o papel do Estado o de modificar ci-üs. deve ser apenas processo, através do suprimento de numerário, ou pelo estabelecimento de condições que assegurem a êsses industriais um monopólio prático do mercado. Sob êsse prima, estão perfeitamente resignados custo da Legislação Trabalhi.sta e a pagar o priedades se so- dos chamados serviços jiagamento de salários traballiador e por um pansao ciais, pelo elevados ao tipo de relação emjiresarial entre o empregados, que tipo tradicioproprietário c os nelas vêm sub.stituir o nal de relacionamento, de caráter É aí que se processa rapi damente a tran.sformação do traba lhador rural em proletário, não l pela rotina do trabalho tjue muito se assemellia ao da fábrica, pela hieraríiuia rígida que se belece e jiclo tipo de contato entre o patrão e os emiiregados.

ü modelo comunista, também ehamado de socialismo de Estado c Que pessoal. só conio estaa arcar com os sucessivos aumentos de salário, defendendo-se dessas me didas quer descarregando-as comoda mente sobre o consumidor quer , recursos desde usando tôda sorte de a evasão fiscal até o subfaturamen\to e 0 subsalário. ta concordará nacionalistas e sua alta

O neocapitaliscom tôdas as medidas “sociais desde que margem de lucros se manPrisioneiro do siste ma, condicionado pelas limitações do mercado consumidor e pelo baixo der aquisitivo das populações, dep de da inflação para sobreviver. Êsse modélo de comportamento se limita, entretanto, dustrial ou comercial. tenha intata.

traduz nas suas linlias gerais a con cepção marxista-leninista da socieda de, difere do anterior na acentuaçào dos controles do Estado e nu proletário tomada de consciência o como tal que passaria a comandar excliisivamonte o processo do desen volvimento. Na prática, isso não so verificou em parte alguma poi^^ omergência, que Marx não previu, de uma classe de burocratas que não só concentra em sua mão todo o poder, como se reserva o mellior qui nhão dos benefícios sociais. igulamente à agricultura. Uma das formas características de evoluçã do latifúndio no Brasil é a grande propriedade capitalizada que tende transformar em fábrica agrícola. Isso acontece, sobretudo, na área dos cultivos favorecidos, no momento, no mercado ino a se por alta de preços

poennao ao setor inEstende-se

Não se trata de fazer aqui uniu análise da concepção nista da sociedade, muito menos óe confrontá-la com a realidade sóciopolítica dos países em que o regi me se implantou. Importante é acen tuar que a doutrina marxista-leni nista não modifica essencialmente as marxista-leniternacional ou nacional, e que ace nam com o prêmio dos lucros mais Nesse tipo de proprie- elevados, dade o capitalista é geralmente um homem de mentalidade avançada, disposto não só a introduzir tôda a

, l

ila.s como dogmas dêsso sistema, trial vem se principal vimento. na liderança do desonvolTeóricos do vários matizes ox-conversos do nazi-fascisnio logistas do marxismo encontram-se e identificam-sc nesse terreno e apo. comum

inhas estruturais do sistema: ploração da massa trabalhador um ííi-upo de trôle (lo Kstado privilegiados. por esse mesmo a exa por o conesmagamento do contribuinte, consumidor e do como se entendem proletanzaçao indistinta, pela infla çao e pela tributação, daquelas tegorias humanas na caque constituem o gru po e a burocratização de uma área extensa de relaçõe.s humanas Daí democrática. . ina cerne de uma sociedade Não é de estranhar, na política brasilei chamadas de ra certamente o marx ista-1o n i n ista tes cubanas, chinesa.^;, etc. entre da burguesia. prestígio da doutri 0 tie suas vananre¬ presentantes típicos portanto, que as soluções esquerda sejam reprepor latifundiários, capitao '●essas duas clas¬ ses. O Presidente Getúli„ Vargas com o senso da oportunidade política Hue seus adversários sempre llie re conheceram, descobriu a fórmula paia conciliar essas duas fôrça i-entemente antagônicas de brasileira, o capitalismo progres sista e 0 salariato em formação A solução é dada nelas j h sentadas listas 011 s apaiia sociedan«n» 4. J pcias reformas de base outorgadas paternalisticameate, cie cima para bai reivindicações -1X0, mediante capitalistas, nais liberais funcionários, e universitáriü.s. Nesse caso a fonnaçào de uma Nova Cl; Se de um lado e, de outro, letarização tias massas pvofissioisa prosao encarae até como metas À burguesia indu atriluvindo um spapel

soluto da maquina sindical e ni-in. e.palmente, através do ura ti^o sinou distributisque confere determinadas u ilusão da gular de mo inflacionário mios o vantagens tegorias dando-lhes peridade socialização pre- a caprosdo totalitarismo concentracionário. Além disso, a falta de formação cívica nas elites brasileiras leva-j às vezes, inconscientemente. çar soluções de sentido nitidament totalitário, subitamente \s a abrae apregoadas .

por como panacéias. É o caso, exemplo, das fazendas coletivas comendadas até por representantes do neocapitalismo como solução nômica do problema agrícola, pelos comunistas como solução social los técnicos neutros como medida cional de promover o desenvolvimen to agrícola. Coincidem, portanto, representantes das duas reecoe peraos correntes na mesma tendência concentracionária e antidemocrática, o que não de espantar porque foi no bôjo do capitalismo liberal que se formou marxismo-leninismo. o o Na realidade, as duas correntes se entendem no

Io nr»v 4. ^ diretamen1 ●=''‘“'●0 na massa

n. teorizadores do problenarth H brasileiro parecem nnt.l 1 Pi-emissa de que não há outia so uçao a não ser dentro desse quadro de forças. Por isso, não he sitamos em chamar o segundo mode desenvolvimento utópico. Nesse tipo de desenvolvimento busi-se uma harmonia dos setor nômicos, através de uma hierarquiza çao das necessidades. A verdadeir revolução econômica dos nossos dias nao e a transferência dos contrôles delo ca es ecoa

da produção dos grupos privados para Estado, mas uma subordinação de ambos aos interesses reais de sobree criação da pes-

Nessa perspectiva o o vivência, expansao soa humana, desenvolvimento tem como ponto de de necessidade o partida a noçao não a de lucro ou de intei-venção estatal.

A verdadeira modificação do sis tema social brasileiro só poderá ad vir de uma radical transformação das estnituras vigentes, não pelo enriquecimento ou pela concessão de maior poder à burguesia capitalista, ou à Nova Classe, mas pela libera ção das forças criadoras e das re servas potenciais de trabalho laten tes na sociedade e no povo brasileiÉ ponto fundamental ro. nesse pro-

do mundo que, por cia interessante são dos mais velhos, representam encarnações ainda imperfeiUs desse mo delo. As nações do Mercado Co* mum Europeu, o Canadá, a Austálw. Israel, procuram ainda do forma tateante reali^.ar um tipo de desenvol vimento que concilie prosperidade e liberdade. É nesses países que, fato, está nascendo o mundo de amanhã.

A deflação progi-essiva, essencial à mudança do sistema, só poderá fazer através de uma intensa quali ficação da mão-de-obra acompanha da de uma socialização dos recursos. Essa socialização nada tem a solução marxista-leninista com 0 tipo de socialização comandado rigidamente pelo Estado. É uma socialização do democrático e de caráter pluvisa principalmente forsocíais ameaçados se a ver com nem rebours ”, a tipo ralista que talecer os grupos

Os países novos de tário e res e ciedade moderna. recursos que

uma 00111014^“ 1

històi’icament« I

Êsse modelo de de desenvolvimento

socialista (no sentido tradicional da palavra), democrático e plurali^U tem hoje no Brasil poucas possibili dades políticas de implantação. Unia das ban-eiras à sua formação e a estrutura agrária sôbre a qual pousa todo o sistema, imediata dêsse tipo de medida ao campo das relações agiúcolas deter minaria a íomiação de uma classe média rural e através desta a fusão das aptidões técnicas e gerenbrare-

A apIicaçao dif^-ande massa do povo ciais na

a criação do mercado intemo e o levantamento do poder aquisitivo das nvassas, o rer através de um conjunto de me didas de verdadeira cesso que só poderá ocorreforma social que visem a criar formas generali zadas de poupança e de multiplica Apesar de tudo que industrialização, * se sileiro. ção dos recursos humanos.

disse sôbre a agricultura ainda é e será no P**®' ximo lustro o campo estratégico de se decidirá a sorte geral do PO‘5 e sua configuração neste fim de sé culo. É do perfil esboçado pela ati vidade agrícola que dependerá suas características essenciais o tipo êsse 0 onde industrialização. Seria conteúdo de uma economia huniana, isto é, um. sistema de relações nômicas baseado primordialmente nas necessidades humanas e não no favoritismo de grupos ou classes sociais, quer sejam latifundiários ou capitães de indústria, burocratas ou pelegos. Na sociedade brasileira de hoj'e, no processo de radicalização a eco_ , esmaganiento pelo Estado totalipela enorme soma de podeconcentra na so-

que vem sendo submetida, não há condições de liderança ou quadros partidários para a implantação desse modelo, nenhum pessimismo essencial, reservas iumianas do povo brasileiro constituem o maior penhor de perança. exemplos históricos contemporânc que a conjuntura politica é extrema mente susceptível ã mudança desde ^ue as idéias lançadas ao debate, num clima democrático se apresen tem com tal força de evidência persuasão que possam an*astar de cisivamente a opinião pública, desde que aquêles que as apresen tem consigam manter-se numa linha de coerência inalterável às solicita ções da radicalização, quer da es¬

Não vai nessa afirmação As esE sabemos pelos fartos ob e F.

querda quer da direita. 0 país é uma cadeia de gerações e muitas vêas idéias lançadas numa deter ● minada fase zes por um grupo de ho mens só terão oportunidade de fiolescer e produnr resultados muitos anos mais tarde, i, o que estamos vendo hoje com a refonua É ●i .r agrária, pi oposta ja no século passado pelos liberais, de José Bonifácio a Joa quim Nabuco, de Tavares Bastos Rebouças. É pela fidelidade linha de a a uma pensamento que se criará 1 1

a aresta doutrinária onde se venliam romper os redemoinhos superficiais na opinião, muitas vezes correntes emocionais sem profundidade e sem rumo que, após agitarem o debate político, vao se perder esquecidas desvãos da história. nos 3

SATURNINO DE BRITO

Phok. Lucas Nor.ui-;mA Gahci-.v:

(Pale.stra cm homenagem ao grande engenheiro no Engenharia de São Patdo — 20-7-1901)

Inslitiito de

o dia 14 de julho de 1864 — há

100 anos — nascia em Campos. Estado do Rio de Janeiro, FRAX-

l"’ CISCO SATURNINO RODRIGUES

^ DE BRITO, filho de Francisco Pin^. to Rodrigues de Brito e de D. Ma' riana Saturnino Marques de Brito.

Poucos homens sei*viram tanto à » sua pátria como êsse inolvidável brasileiro que não teve "Sei*vi-la outra ambição sem desfalecimentos it senão e deixar aos filhos o legado do nom ; c dos e.xempl declarou tf como êle os proprio no dia 23 de abril de 1913 ao serem inaugurados os serviços de Saneamento de Santos, uma das mais notáveis obras de Engenharia Sanitaria das Américas. que

tá-lo como um dos haluarte.s mun diais dessa esiiccialidade no primeiro quartel do Século XX.

Na impossibilida<lc de. — iio tempo permitido a esta iialestra, — acom panhar tôda a sua trajetória de engenheii‘0, vamos nos dotor em guns pontos que nos iiarccem carac terísticos para definii’ o profissional e o homem e para mostrar, ao laclo da inteligência, a ráter e a nobre, a grande brasileiro, cujo centenário dc nascimento estamos comemorando. alintegrúlade dc ca dê atitudes do

Observamo.s, de início, as suas piiliando meiras publicações em 1882, <j estudante da E.scola Politécnica dc

Rio de Janeiro, com menos anos de idade. São três artigos so bre matemática — “Apontamentos dc Geometria Analítica”. “Um capítulo de Geometria Diferencial” e ponto didático de Mecânica Racio nal” — e um sôbre Resistência dos Materiais. Num deles o autor dis estudo da Geometria de 20 Uni que . Mais do ● um profissional culto, forrado de bom senso exti-aordinái-io, foi apóstolo que percorreu todo sil ensinando pelo exemplo de vida de trabalho e de u preocupa um um o Brama ção com o bem-estar de seus concidadãos. A morte colheu-o no extrenio me ridional do país, em Pelotas, Rio Grande do Sul. no dia 10 de março Analítica não ba.stam a aplicação a inteligência; é necessário ainda re conhecer nela o que há de belo ● Nas quatro publicações já sentinio? o jovem Saturnino de Brito preo cupado tanto com a básica quanto com a prática, o que aliás seria uma cons tante em tôda a sua obra.

Em 1887 pública Filosofia Matemática, onde se à Escola Positivista; aí o estudioso « para o parte teórica de aplicaçao Folheto de filia um y de 1929, com menos de 65 anos de idade, eni plena atividade profissioNão foi uma lon- nai e patriótica, ga vida no sentido cronológico, mas uma grande vida pela intensidade foi vivida e pela extensão , com que dos benefícios que proporcionou-. Nós, Saturnino de ● sanitaristas, temos em ’ Brito, o chefe e o paradigma da Es cola Brasileira de Engenharia Sa nitária, e, não há exagêro em apon-

vai encontrar pela tendência de Saturnino colocar pr problemas os imeira vez a de Brito de Píii'ticulaves em fun^*ao das e:i-andes relações de conjunto, que, sendo um dos * mentos de Aimust ensinaComto, passou a C)

Ser uma permanente Mestre brasileiro, atividades.

preocupação c'o em tedas

Veremos como êsse prin cípio flore.sceu e frutificou vida profissional.

Formado em engenharia civil, ini ciou sua blemas

Abastecimento de nas, São Paulo. Água de CampiNo íii’tigo sôbre publicado

pormenores piezométrica dos o caso corta

íis suas na sua carreira cuidando de ferroviários pro sei d urante v Relató rio do Reconhecimento de Qui.ver mobim ao Crato na Estrada de ro Baturitó”. bom e.xemplo de locação de um problema em função das grandes rela-

ni* que no mesmo artigo já - em embrião a análise comparativa entre soluçoes alternativas equivalentes de adutoras de á en¬ canamento, de Bechm

Condutos Força- -I em 1897. estuda em em que a linha o perfil do contestando afirmação seu Tratado de É interessan-

Distribuição de á te obsenann no Agua. se encontra econômica - agua

nm marco i Fngenhar

É dôsse jieríodo anos. o aFcrco particular . 0 ano de 1898 é J importante na História da i no Brasil. Sanitária

Respondendo ã la j r, consulta da Munici-

n e ai dorosaniente a solução ^ "p problema de esgotos sanitá- j nos do principal pôrto paulis ções de conjunto.

Entre os anos de 1894 e 1895 tíá-so o seu ingresso no campo da Engenliaria Urbana, quantrabalhou Comissãoemprêgo do sistema separador absoluto, com elevaçao mecânica distrital, quanto ta pelo ena maioria dos técnicos ' Construtora da Nova Capital de Mi nas Gerais. do na a optar pelo sistema uni- , separador parcial, profundos com coe elevação final continuava tário ou

O episódio da divergência entr jovem engenheiro Saturnino Brito e o Eng.° Caetano César de Campos dá uma medida de inteireza de caráter do primeiro. Não é apenas um choque pessoal; é uma luta de princípios:— objetividade de um tra o personalismo de outro.

Saturnino de Brito vai até pimento com o provecto- Eng.° Aavão Reis, Chefe da Comissão, e o de cono romcom quem, teve relações cortadas mais de 25 anos

letores única.

Em 1 905 é a Capital do Estado do i de Janeiro que é aconselhada í pelo grande v. ., engenheiro a executar '■ a rede coletora de esgotos sanitários pelo sistema separador absoluto eevação distrital; nesse projeto já sao discutidas as declividades míni mas para os coletores, as quais, com pequenas alterações, são as que vi goram até hoje em todo país. tanques fluxíveis de lavagem mática por êle projetados a ser adotadas. Para com Os autocomeçam se ter idéia da luta implantação do sistema absoluto é bom relembr pela separador ar que as rêí- lUJttru fi I

A partir daí se

cargo que ocupava, quase todas as suas atividades concentram na Engenharia Sanitária. Em 1896 publica o Relatório do por e ao abandono do

mente para cessidades no.s se construídas nas ci- des de esgotos , , dades do interior de Sao Paulo pela de Saneamento de 1895 â todas do tipo separador cidade como Comissão 1898 eram

parcial e mesmo uma

São João da Boa Vista, de topo grafia acidentada e com facilidade para o escoamento pluvial, só pôde adotar o separador absoluto, depois de parecer escrito de Saturnino de Brito (1908).

Em 191& situa-se outro importan te marco na cai*reira de Saturnino de Brito com o estudo do Plano Ge ral para o Abastecimento de Água São Paulo. n

Aí a tônica fundamental do grande Mestre é o futuro desenvol vimento da cidade,

crítica à situação vigente na época:

ses provenionte.s mento da Cajntal”. “De 1911 h 1925. partição de Agua e Claro seria j) o Rio

atenderem as nemomentos das cri* | do rápido ci^esci*

revendo a ReEsgotos que aduzido paru

manter o seu programa dc aduçao j exclu.siva das “cabeceiras das” deveria ter feito os estudo- ^ instruir o Gover- necessário.s para no oportunamente”.

E mais adiante:

“Parece-mc preferível todos os ]iontos-de-vista. deixai o Governo ao Engenbeiro-Chefe a li berdade do organizar êsse plunc geral sem lhe imjior a obrigação i nêle enquadrai' o Rio Claro, cujo? estudos e.stavam c estao incom as obras já estejau' , seria, sob de pletos, embora

“os defeitos principais que com plicaram e prejudicaram Ouçamo-lo na o servi postas em concorrência Apesar do reiterar os ensinain*^*^' tos, de insistir nos planos gerais, a> obras de adução do Rio Claro foniu' iniciadas sem os estudos reclamados. ..... são do conhecimei^**'

ço de São Paulo resultam de sc ter acudido às crises sob o clamo*das necessidades prementes, os recursos com mais a mão ou de mais econômica cução”. e pronta exe-

Suas palavi-as não foram ouvidas, e, em 1925, nova crise e o Governo tem que decidir a execução de obr sem as estudos completos.

Além da insuficiência de dados hidrológicos, a barragem P’®’ vista em Poço Preto, teve que deslocada 16 km a juzante, no denominado Casa Grande, mais, a nova barragem Os 1'csultados de todos. ser local Aiu^« delineado

O nosso Instituto de Engenharia pede 0 parecer de Saturnino de Brito mais uma vez afirma em 1926: São Paulo o valor destes princípios não está integralmente ●dem das coisas sabidas e praque Se em « SUft com 50 m de altura, teve a crista abaixada de 22 ni e houve | necessidade de se construir duas bar ragens auxiliares em gargantas bai xas, o que exigia uma elevação me cânica, antes não prevista, de 12,60 * m, porque as obras da extensa adu- í tora já se achavam atacadas em grande parte!

tíadas (e por isso convem insis tir no assunto) é de se notai que, há mais de vinte anos, homens de governo têm falado na necessida de de pôr em ordem os serviços, que têm sido feitos desordenada-

Em 1916 defendendo o seu pare- 1 barragem de Pedro | Mestre faz interessante ! cer sôbre a Beicht, o

dissertíição massas. sobro cliagrrama do

J^n 1013, om aiti^>o escrito parn Rev.sta do Enírenharia sôbie Sanoamento do Santos, serviço que por SI so seria suficiente para gloriticai um eiiívejiiíeii-o^ encontramos seg-uintos conselhos oijortunos;

Dizemos ; limar evitar o a o os que são sempr« U sempre que devemos o mau e fazer o bom

Façamos o bom o ótimo para a os crí¬ a querer mente impecável, e dei.xemos ticos que nada fazem ou para privilegiados da Humanidade”. E já que estamos falando de Sí tos, seja-nos permitido trazer a bai la a polêmica sôbro Santos”, onde o Mestre o ardor na defesa de o m

a sistema ■urbano de esgoto, xemos também de lado as suas atividades no campo do Urbanismo, da loogia 0 da Moral para nos i"oT dTDei:í"cont°' Tí Contra Inundações, om ,9 °4 “r de sua vida, n-«ni r? ^^^^^tre brindou' a En-

“Defesa Deicontra inunda , ou mesmo_ o sofrível, porquanto a preocupação de fazer o ótimo ralniente coge- conduz se não fa

ções do Rio Paulistana” e da P;n ^ "o ^*^**^^ Campos e dàções” ^ inun-

Hidrolopta’™ mátir-n J sisteCicll hidrnV— sitíade da organização, Tietê em caráter perman coisa alguma, zer no temor da crítica, um traballio absoluta-

A Planta d seus pontos s -

serviços de coleta nietereorológicos. i’eferente à Baixada uma 0 contribuição inteente, de análise de dados No estudo Campista há 1 essantíssima sôbr goas em, comunica e pôs todoum então Os arde-vista, esgrimindo com jovem e inteligente colega, tigos publicados na sessão livre do “Estado de São Paulo e as réplicas e o regime de lação com o mar. - São Paulo, sotTJl Tu

Prof TliVian n- ^ ^^-^ôoso mestre o -/--o P27-7-1938.

mu-

a Sa¬

do colega ilustre da Prefeitura de Santos, escoimados de alguns exageros de ambas as partes, são cheios de ensinamentos ainda atuais. Pena é que alguns escribas de idoneidade duvidosa, por razões de política nicipal, descessem a injustos e in toleráveis ataques pessoais turnino de Brito, que, não obstante estar em Recife, com todas as di ficuldades de comunicações da épo ca, respondeu também aos que quiseram vilipendiá-lo.

modernos foram magistialmente lançados em

« 1 ^ . Poi-’ Saturmo de Brito, inesquecível glória da engenharia nacional. Seus es tudos, projetos e conselhos cons tituem o arcabouço sólido sôbre o qual nos apoiamos e nos apoiare mos sempre ao dar as últimas de mãos aos estudos tão exigidos por obras deste vulto em que continuamente antolham novos complexos gênero e - se nos qne i aspectos mExaminemos agora a sua atuação em assunto não diretamente ligad água ou o a abastecimento urbano de

impõem il soperiosamente lução”.

Nada mais precisaremos tumino de Brito. Pai da EnRenluiria Sanitária do Brasil, não foi apenas Acirmi do se dizer. Sagrande engenheiro. um

tudo foi um «tundo homem que me vece ser lembrado e veuerndo porque uão teve outra amluçao que nao fosuao ic p-itria e dcMxar aos fi-

Lrrao;eoimidadãos o legado de ,io<í seus exemplos! seu nome e uo.

RACISMO NO MUNDO ATUAL

Oracismo e as diversas formas d« discriminação grandes problemas do hoje. O anti-semitismo serviu de justificativa aos massacres do nazis mo, foi utilizado por Stalin e ainda hoje sobrevive na União Soviética, assim como em outras partes do Ocidente. A discriminação contra negro é oficial na África do Sul na Rodósia do Sul e o era, COS dias. nos Estados Unidos, inúmeras partes do mundo, raciais são explorados por outros, das mais variadas maneiras.

racial são um dos mundo de o c até pou-

Em grupos a ei*ain e uma os não

No ano passado, em Zanzibar, revolução tove como principal mo’a o re.ssentimento da maioria negi-a, que estava dominada por uma mino ria árabe. Pouco antes, no Panamá, os conflitos no canal assumiram tam bém a forma de i-eivindicação dos trabalhadores nativos, que preteridos pelos norte-americanos. Há poucas semanas, na Guiana In glesa, a luta política irrompeu nova mente com grande violência de suas princijíais causas é a riva lidade entre os hindus e hindus.

Se em todos esses exemplos a]>a ● reco como constante a existência de uma discriminação racial mais ou menos oficializada, é necessáino, para compreendê-los um pouco melhor, separar os problemas raciais em três grandes grupos:

1 — A discriminação de fundo co lonialista, que consiste na opressão

de uma maioria nativa por uma minoria estrangeii‘a;

2 — A discriminação nacionalista que faz com que, dentro de certos países, uma minoria racial sofra a opressão de uma maioria nativa;

2 — O anti-semitismo.

AS COLÔNIAS

Na primeira categoria, poderemos rolocar diversos africanos países principalmente a África do Sul e a Hodésin do Sul. onde çao é oficializada. Latina discrimina- n

Mas, na América o problema também existe: embora não haja nenhuma lei con tra os índios, nos países andinos, es tes se encontram em uma situação de enorme inferioridade em relação íios descendentes dos conquistadores espanhóis. No último caso, porém, problema, embora assuma uma configuração racial, é antes de ori gem econômica.

Em todos êsses exemplos há uma constante; origem européia e, as vezes, árabe, mantém a maioria da população em ■'●im estado de submissão e inferioi‘idade destinado a canalizar a maior parte da renda racional para as mãos da minoria dominante e impossibi litar à maioria nativa qualquer me lhora de instrução ou padrão de vida que possam torná-la apta à com petição. o colonizador branco, de o

0 melhor exemplo dessa política é o aparfheid, praticado na África do Sul, que determina áreas de habita.-

jjanhou a conqui.sta do mundo pelo Ocidente, como cxpre.ssão do desprêÁo do coníiuistadoj* euroj)ou por qual quer forma do cultui‘a que encon trava. separadas para afrikaners brane para nativos negros. Como çao COS conseqüência disto, 70% da populade oi-igem negi-a, vive em 14% do território do país: o cen.so de 1946 indicava um índice geral de ocupação de 24 pessoas por milha ■ quadrada; em certas áreas destina das aos negros êste índice subia 400 , pessoas por milha quadrada.

Além disto, uma série de medidas cerceiam a liberdade de ' dos nativos: çao. movimento um negi*o não pode fi

A expressão dê.sse rece, entre outros lugares, na ratura. Camões, por exemplo. Lusíadas, diz que canta dos reis ao mórias gloriosas imciar os rá as que me ... U as terra.s viciosas

desprezo apalite-

D’África e d'Ásia andaram

car em uma área urbana de 72 horas, a menos por mais que resida per[devastando”. ten*as viciosas"

Devastadas U as 1 manentemente ou tenha nascido nest sa área, tenha trabalhado para um - so empregador por mais de dez t ou tenha permissão oficial & de 1952 diz

k qualquer nativo W pode ser anos

Uma lei que prêso

em áreas urba- r nas, caso um ofi cial “tenha ra zão para crer” que êle seja socupado dissoluto ou desordeiro”

Depois de preso, caso o Comissário de nativos o autorize, o negro pode ' ser enviado para uma colônia de tra , balho ou uma fazenda de trabalhos forçados.

A TRADIÇÃO

— GO ciclo colonizador foi sempre o nativo era escravi zado e o jjaís passava a funcionni com a única finalidade de enrique cer a metrópole. A discriminação racial ci*a corolário estado do coisas. Hoje em nos países que i-osiiltaram des sas conf|uistas, a discriminação ciai é, antes do mais nada, conse qüência do coloniali.smo. Politica mente, ó verdade, a União Sul-Africana não pode ser considerada unia colônia, já que ó um país indepenNa prática, porém, o que existe G a coincidência no mesmo país de uma metrópole e uma colônia: para a maioria negra iiouco importa que os brancos de origem européia sejam holandeses mo, o me.smo um dêsse dia. rnte. ou afrilíancrs, assim co para os argelinos, pouca dife

V da África, no ' .

A África e a Rodésia do Sul são, hoje em dia, os últimos baluartes dessa discriminação pura e simples, Poi’tugal o é do colo- assim como rença havia entre os franceses da metrópole e os pieds noirs. nialismo em sua forma mais rudiEm quase toda a totalidade entanto, práticas se-

Nesta primeira categoria, portan to. o problema é antes colonial do : mentar.

V melhantes eram de uso corrente há

■ alguns anos atrás, e, de uma maneira geral, a discriminação acom-

que racial, o que faz com que, em última instância, a solução dos pro blemas do negrO’ da União Sul-Afri-

cana não seja muito diferente da do neí-rro de Angola e Moçambique, bora nas colônias emportuguêsas não

Indo mais coe os cona metrópole, países andinos o , problema se confunde com o do ca pitalismo, e só poderá ser resolvido quando houver justiça social.

longe ainda, nos países onde a loni;^.ação foi mais antiga quistadores já perderam há muito tempo qualquer elo com Como no caso dos

Quando, então, o estado de pobre e fraco coincide com uma diferença de raça ou de côr, o desprezo do mais forte assume formas assustadoras e. quando contrariado, degenera em ódio incontrolável. Quando havia es cravidão nos Estados Unidos e to dos aceitavam que o preto fôsse um ser congenitalmente inf.rior, poden do ser possuído como um animal do méstico, êle. embora freqüentemente maltratado mas quem não se sen haja preconceito racial. '

O DESPHÈZO

te no direito de castigar um animal? — não era objeto de ódio. Êsse ódio começou

racismo apase assim poA prevenque com as sao um bom Lá, o negro, descenasao prea um

No segundo caso o rece cm uma forma, demos dizer, mais pura. ção contra as minorias raciais, se identificam qinise sempre camadas mais baixas da população, assume a forma do desprezo polo mais fraco c pelo que é difrente. Os Estados Unidos exemplo disso, dente dc escravos, foi fàcilmento similado ao pobre, ao inculto, guiçoso G mesmo ao ladrão, ser, em suma, basicamente diferente do branco.

Êsse dresprezo que os mais fortes sentem pelos mais fracos tivos pelos estrangeiros é uma tante na história do mundo: e os naconsna antigaxidade o ateniense chamava resto do mundo de “bárbaro”; Idade Média o nobre desprezava o trabalhador manual e o guerreiro des prezava o agricultor; nos países feu dais, de antes da Revolução Fran cesa e ainda depois, os aristocratas desprexavam o negociante; nos paí ses capitalistas o rico despreza pobre. 0 na o

a abolição, e dá provas de sua vita lidade

rescer com sempre que uma nova lei fe

deral iguala os direitos dos negros e dos brancos, dos, êle assume a fonna de um ver dadeiro fanatismo e leva a assassí nios e linchamentos. Nos menos vio lentos êle se transfoima na aceitaçao tácita dc qualquer injustiça que tenha por base provar, ou manter, a supremacia do branco. Nos mais exalta-

NO MUNDO

Mas se nos Estados Unidos a dis criminação e o ódio contra minoxias raciais assume formas violentas, é preciso não esquecer que êsse pi*econceito sobrevive em inúmex^as ou tras partes do mundo, consciência disso não

Dessa prevenção diluída — embo ra igualmente irracional política de discriminação, há, Para ter é preciso ir a uma na ver-

muito longe: no Brasil, onde real mente não há preconceitos raciais, não era difícil, há poucos anos ainda, encontrar-se anúncios nos jornais exigindo empregados domésticos que fossem de côr bi*anca.

dade, uma distância muito prande. Mas tanto em um quanto em outro constância de um caso permanece a preconceito:

seja superior está provado qu.? os mil argumentos e exemplos práticos de tjue se lan çou mão para justificar essa crença repousam sobre nenituma rea-

a idéia que uma raça a outra. Hoje em dia nao

é mais jrrave do que possa parecer ^ e po-icrá loaparecer em circunsíân cias semelhantes.

O

AN'I'I-SK.MITISM0

E é acjui. ção de fundo colonial que tocamos o ficamos atônitos com lidade. Sem — ou, jnor tificativas .seguidos no a Idade Média. 0 lidade.

Também outra constante pode notada: do Conde de Gobineau, baixador no Brasil e amigo de D Pedro II, aos teóricos alemães do nazismo, a pregação racista esteve intimamente entrosada tos nacionalistas e direitistas, ve, é verdade ser emaos movimenliou ● — e êle subsiste ain ¬ da na Rússia atuul tismo de Stalin. particular, o problema tes inerente às que do comunismo, recíproca, Tedas tôda a obra de imperialista

Mas p A porem, deira. o anti-seniinêsse caso , i arece ser ancondiçõe.s da Rússia

não é verda* as teorias de direita, ^ conquista colonial e se basear mais üLi Já vi^ , e da Amée todos se lembram dar; praticas do nazismo. Antes disso na França, a Artion Française de Maurras era anti-semita. ani. menos, em crenças mos o caso da África rica Latina raciais. Em

mais íjue ini discrimincou econômico, cerne do problema r sua irracionanenhuma Justificativa aimla, sol* tódas as jus— os judeus foram per mundo ocidental desde O ódio racial assu me nesse caso cariicterísticas dar mais divei>’as: o judeu é persegudo por tei’ sido responsável pela moi-to de Cristo, por ser lierético por ser muito rico. poi- ser dife rente, por não ter prática o por mui tos outros motivos ainda.

Partindo da idéia central que judeu é basicamente diferente do cristão, êle foi assimilado, nas mais diversas épocas, com todos os crimi nosos: nas histórias da Idade Mé-

dia o vilão frefiücntementc ê judeu: uma das grandes obras da jiintuni renascentista, o Milagre da líósti». do Paolo Ucello, conta a história do um judeu que vende uma hóstia na jnópria linguagem, ))assou a ser sinônimo de consagrada; jutiiária . certos lu¬ gares públicos aas :onas ocidentais na China de antes da Revolução ha via cartazes proibindo a entrada de chineses e cachorros. malvadeza. Os exemplos são tantos que não vale a pena insistir neles, nem eni fazer um histórico das ])erseguições sofridas pelos judeus. Dessas, n mais talvez porque

Essas crenças de superioridade ciai atingiram seu auge no histeriscoletivo da Alemanha nazista. E o fato que um fenômeno de tal gr vidade tenha sido possível em um país dito civilizado, defentlido por tantos e aceito tàcitaniente por tané sinal que o problema ramo atos outroS; mais próxima de nós — foi a efe tuada pelos nazistas alemães. Hoje em dia revoltante , no processo de Franeforte, todos ficam horrorizados com fissão a conserena dos oficiais que trabai

lhavam cm campos de concentração. Mas, mais do (lue um espetáculo de horror, esse processo deve ser um exame <ie consciência.

Isto porque o anti-semitismo rea pareceu com grande violência há alatrás. Ilá dois anos foi guns anos fundado cm Madri um semanário intitulado (iué Pasa? que, juntamente uma intensa proinigamla contra comunistas, e os católicos liberais e favorável à O.AS, realiza uma vio lenta pregação anti-scunita. Nêle i'cproduzi(las acusações a méjudeus quo teriam inoculado a seus paciente.s; na seção letras e artes, o diário de Anne Frank é ridicularizado e exposição do dosonlios de crianças judias mortas pealemães é descrita em termos irônicos. O autor, entre outras coise detém a imaginar a cena das sendo introdu..idas nos forcrematórios “como se fôssem com os sao dieo.s câncer reservada a 0 poc- uma mas los pas. crianças nos

da vez mais uma atitude oficial, guerra fria contra Israel e contra sionismo internacional”. Um pan fleto anti-semita, publicado mente em Leningrado. sob o título de O Judaísmo sem máscara, mostra que, problema na 0 recentedentro da União Soviética, persiste. 0

O RACISMO NEGRO

Há um quarto tipo de entanto racismo, no que, pavadoxalniente, vêm sendo ültiinamente denunciado pelos próprios defensores do colonialismo e dü upiirtheid: é o cliamado racis mo negro. Colonialistas portugueses falam freqüentemente da necessida de de salvar os brancos da África do terrorisnio negro e do racismo Uma fotografia, publipoucos dias na imprensa, nntibranco. cada há ^ grupo de mulheres branae Pretória, treinando em uma tiro ao escola de sobrevivên mostra um cas, alvo cia”, Empara se defenderem dos negros, uma publicação de 1963, in titulada Consequências rociais das econômicas e práticas de discriminação pãezinhos”.

Em um dos números de Qué Pasa? anti-semitismo assumo, curiosaforma de iiropagancla fr Num i>ooma, enviado por o mente, quista. um lacial, a Comissão Econômica a África, das Nações Unidas, coisas em seus devidos lugares definir discriminação para poe as ao qual leitor, vemos um menino rezar dian te da imagem de Cristo crucificado an-

Foram os judeus”, E o menino, civisuspirando: U So Franco estivesse lá

Os judeus nunca o matariam!

quer distinção, exclusão ou preferên cia feita na base de raça, côr... que tenha por efeito anular ou pre judicar a igualdade de oportunidade e de tratamento”.

É igualmente importante distin guir tal discriminação da que possa haver entre estrangeiros e nativos, como. por exemplo, a preferência ser dada a africanos no H como E ao acrescentar: U a processo da ao voltar para casa, perguntar à mãe quem havia crucificado irmão Cristo”, responde a mãe. camente, termina Ah! e, U nieii

Também na Argentina o anti-se mitismo ressurgiu com violência: A taíjuara efetua atos da terrorismo contra judeus e realiza uma intensa atividade anti-semita.

ái'abes, o anti-semitismo se torna ca»

Nos países serviços públicos, depois da independência política so pode, com efeito, ter element africanização dos Isos

jicíçra. É um tipo de vinírança melhante à dos piprmous, que foram durante séculos escravos dos watu*

Sei-ia também inexato apontar o como inspirador de uma se de crimes e violências praticadas ● terroristas e revolucionários necontra os brancos. Êstes crisão muito mais dingidos contra , mas nao e intencionada como tal. racismo rie poi gros mes I os opressores que contra os brancos. O que aconteceu em Zam.ibar, poi exemplo, — onde os membros das comrunidades árabes foram caçados pelas ruas — não deve ser descul pados mas torna-se compreensível l._ lembrarmos que uma minoria árabe dominava há séculos se população a

SIS e que atrora, libertos, estão ex terminando sistemàticamente antig:os proprietários, eml)ora scjaiii todos da mesma côr.

É evidente que uma visão tão su mária do problema racial não pode dar uma idéia exata de sua comple xidade e de suas amplificações, em tôdas as lutas, na luta ra cial a violência íjcra a violência e acumulam de ambos o® se¬ seus Co¬ mo os crimes se de discriminação racial, planejada ou : É, basicamente, nm problema entre nativos (que podem ser de qualquer raça), e estrangeiros (que podem ser também de qualquer raça)”.

lados. Mas, sc nos ativennos oo es sencial, o racismo, no nuu.principalmente como expressão lógica, aparece, antes do mais nado, como uma criação do brancos de o^'>* gem européia. ndo atual, ideo-

A ECONOMIA PECUÁRIA NO BRASIL

A) Introdução

Tradicionalmente sao considerados quatro ciclos econômicos no Brasil: pau-brasil, cana-de-açúcar, minera ção e café. Se considerarmos como

Caio Prado Júnior somente “o ca ráter geral da civilização brasileira”

‘êle é 0 de uma coa fornecer ao cogêneros de verificamos que lonia destinada niércio Europeu, alguns

pomposa

giande importância que a pecuária teve como elemento de integração unidade brasileira nacional é ine gável. nem brilhante, mas a na

B) O AÇÚCAR E O BOI

No litoral, o predomínio da cana- . de-açúcar era absoluto, ninguém tro- ‘ caria seu cultivo por qualquer outra "cultura de subsistência”.

Pi*eferiam os senhores de engenho ^ pagar bem caro pelo que comiam, do que ocupar a parte mínima que fôsse, de suas terras, com outras ati vidades que nao a cana-de-açúcar grande expressão econômica

grandes produtos de exportação, o país teve que produzir os meios de subsistência à população que se de dicava aqueles produtos. a economia de subsistên- É nessa que se enquadra a pecuária, este caráter da pecuária pacia Sôbrc

rece não haver dúvida alguma, um elemento, um fator de O gado é economia interna. Não pertence ao setor de atividade econômica, que produz para exportação, para o mer cado internacional” (2).

Dessa maneira, considerando a nossa economia uma economia reflexa, vol tada não para as necessidades inter nas, mas para a satisfação do mer cado internacional, será bastante razoável a divisão em ciclos acima par dos (1). Entretanto, expostos, , j cuja exportação não era vantajosa para tôda a população senão para os S mesmos senliores de engenho e mer- Jj cadores que dela se beneficiavam. 0 í açúcar tinha interesse para estas n classes, então dominantes, que pela i riqueza que advinha de sua exporta- 1 ção podiam dar-se ao luxo de IMPORTAR ALIMENTOS. As lavou- 1 ras de subsistência, ções, eram feitas sem sacrifício al- J gum das terras destinadas ao açú- 3 car. A própria lei excluía a pecuá- j ria de dez léguas marítimas através s de uma Carta Régia de D. Pedro II ^ de Portugal, datada de 1701. ® como as cria-'

Afonso Arinos esclarece, porém, que a pecuária nasceu da cana-deaçúcar, sob o internacional.

Na verdade, não houve por causa dos rebanhos, lutas econômicas, os criadores de gado não levavam vida e lhe foi sempre vassala, ponto-de-vista do comércio

Para Simonsen que enxergou só ! parte o problema, tudo não passou í de uma luta que "restringiu-se ao conflito entre lavradores e criado- -

Daí uma das razões da reti rada dos cuiTais de criação para sertão brasileiro, longe dos res. 0 enge- . ,

nhos, dos canaviais e dos inandiocais e, em terras mais pobres que não poderíam ser aproveitadas para as culturas exigidas pelo crescente nú(*1). a lavoura de subsistêncii próxima da ; ona mero de engenhos do litoral Assim ficou canjiviei-

expraiou-se em

maneira

ra. de maneira a poder atender ao imcdiatismo da demanda local. A pecuária, contudo, direção ao sertão, ocujianõo, embora de rala, vasto território.

C1.EXPANSÃO

A rapidez com , ^ que se alastraram as fazendas sertão nordestino plica se parte pelo consumidor cente do litoral onde aesenvolvia ativamente produção

outro lado. pela facilida de com em tencial cres açucareira. que se estabeleciam as fazendas, segundo conta o hi.storiador: vantada uma casa. berta, em geral de palha, feitos uns toscos currais, e introduzido o gado, es. tão ocupados três léguaf^^^e formado um estabele cimento (4).

leco-

Havia ainda a presença freqüenl? <lo aflorament(js salinos, os “lanibetlouros”. onde o gad<i se satisfazia do indi.spensíivei alimento. Além disso tudo, “o gado tinha a vanta gem de SCI- seniovente, produto quo .se t?-ansjj(.»rtii a si mesi>m. condi ção de máxima importância para essas regiões extíuisas e desprovidas de meio de conuinicaçãu

D) O hoiadeiiío

(’ai)eria a<|iii uma anaise a partir do uma perelomento gunta; o

desbi-avador <]U0 tomou para si a função de pene trar seiáão adentn)? Pura responder a esta (]uestãc ó necessário constatar » estralificação da sociedndade latifundiária

(|ual, ao lado da jíopuiu* ção de proletários e cravos de um lado, e gran des pi-oi)i'ietários do ou tro, surgiram os homens de pecjucnas posses, mas grandes amluções. ftsses homens, impossibilitados de penetrar na aristocra(jual n£i esde

a uma

As nos ausência de

Pierre Deffontaines encontis grande vantagem de ordem técnica na Interiorização da pecuária: zonas de criação... localizam-se planaltos do interior, nos .sertões, nas regiões dos campos, dos serrados ou das caatingas, onde a florestas densas deixava espaço li vre à vegetação herbácea e aos re banhos” (5).

cia latifundiária e incon formados com tal situa¬ ção, dctlicaram-se àquilo que seria o latifúndio pastorial, co mo explica Oliveira Viana em sua “Evolução do Povo Brasileiro”. Quanto ao pessoal não havia maiodificLildades: índios (que não res SG acostumavam com o trabalho se dentário nas lavouras de canu-deaçucar), mestiços, escravos em fuga, criminosos escapos da justiça — to dos êles encontravam liberdade no

deserto da criação e constituíam, fàcilmento, homens necessários )>essoal de dez ou doze o à equipagem

Hepois <le quatro cu cinco anos de serviço, começava o vaqueiro a ser as... (8) pago; do quuti-o crias, cabia-lhe uma; assim podia fundar, com tempo, uma fazenda. por sua conta.

ços, o rio São Miguel, as duas la goas, e de todos estes vão boiadas e suas vi- para o Recife e Olinda I \ .

O mesmo Antonil, autor coevo, naira de maneira realista o trajeto cumprido pelas boiadas: as boiadas U Constam que ordinariamente vem

Adquirida a terra jiara uma fao ti'abalho primeiro era acos-

« zcnda, tumar gado ao novo pasto que c.xigia algum tempo e muita gente; depois ficava o tudo entreg’ue ao va-

A este cabia amansar e os bezerros, curá-los das biqueiro. ferrar cheiras, damont tinguir

queimar os campos alternae na cotação apropriada, exonças, cobras e morcegos, conhecer as malliaclas escolliidas pelo gado gregàriamente, paru ruminar

abrir caeimba.s o bebedouros (7).

pcu-u a Bahia, de cem, cento e cin quenta, dii:.entas e trezentas cabeças e gado; e destas quase cada se mana chegam algumas a Capoame, Higar distante da cidade oito légi.ias, onde tem pasto e onde os marchan tes as pos do compram; e eni alguns temhá semanas em que cada

f la chegam boiadas. Os que as tra cem são brancos, mulatos e pretos, e também índios balho

Guiam que com êste traprocuram ter algum lucro se indo uns adiante cantando

paia serem desta sorte seguidos do gado; e outros vem atrás das reses ngendo-as e tendo cuidado que não saiam do caminho

Os primeiros possuíam quarenta léguas de terra o os outros, cento G sessenta.

E) PECUAKIA E POVOAMENTO'

Como a pecuária tivesse o gimento e desenvolvimento inicial condicionados à cana-de-açúcar, dois foram os grandes núcleos, a oeste dos quais desenvolveu-se. Um dêles localizava-se no nordeste, de Pernambuco que, por terem jun to de si pastos competentes, estão povoados com gado, são o rio Caba-

As jornadas são de quatro, cinco e seis léguas, conforme a comodidade uos pastos ou de não parar. Porém onde há falta d’água seguem o ca minho de quinze e vinte léguas mar chando de dia e de noite, com pouco descahso, onde e se amontoem até que achem paragem possam parar

1 ,

Apesar de tudo, no início do sé culo XVIII, predominavam os gran des proprietários, conforme teste munha Antonil, em sua obra quando diz que todo o sul da Bahia pergrandes famílias; os conhecidos como os tenda Garcia d’Avil a duas a <1 da Casa da ^.Pôrre e os herdeiros do Mestre Antônio Guedes de Brito

trezentas o . Nas passagens de alguns rios, um dos que guiam o boiada pondo cabeça e nadando, mostra às re ses sar”

seu SLirOs rios .

armação de boi uma

0 vão por onde hão de pas(9)

Outro núcleo era o que se situava notadamente cujo desenvolvimento dependeu dc açúcar da região de São Vicente. Nestas regáões as condições naturais eram muito superiores às do nordes te. Em Campos Gerais e nos conseqüência a qualidade do

te maneira:

1 — Irregularidade na distribuiçao.

Maranhão de um lado e até o densidade mais até o Ceará e Pernambuco de outro, deríamos caracterizar a ocupação do nordeste graças à criação, da seguinPo gado era melhor, sua elevada e as fazendas mais concen tradas. Tudo isso considerado em função às necessidades diminutas dos centros populacionais do Rio de .TaSão Vicente, sensivelmente aquelas do nordeste. neiro e menoi'es que

A PECUÁRIA NO SÉCULO XVII F)

2 — Ocupação escassa e rala. Comércio pobi*c. inclusive por falta de demento humano.

— Baixa dcn.sidade demográfica .3 4

(poucos povoados do pouca popu lação).

5 gioes como as margens rios do Piauí e alto Maranhão. gioes mineiras. De outro lado, direção norte, ainda grande consumidor. ce em G)

De um lado. quanas re¬

Em meados do século XVII a ex pansão das fazendas de gado to mou uma dupla direção do rio São Francisco, em direção sul, notadamente do foi necessário abastecer a partir

ntro

Posteriormente, já não condiciona da a cana-de-açúcar mas à mi

APOGEU E DECADÉNCIAJIA - PECUÁRIA NÓRDÈSTINA

O sertão do nordeste alcançou o apogeu de seu desenvolvimento cm meados do século XVIII. O gado consumido no litoral, desde o Bahia, provinha todo Jlaranhão até a ne ração, desenvolveu-se a pecuária no sul de Minas Gerais,

cuidado às reses, não como de vigia exclusivamente.

serviço

A alimen tação era melhor, pois o capim gor dura era tratado. O sal era distri buído sem haver necessidade das ses recoiTerem aos lambedouros, mis tos de sal e barro, como no nordeste.

oições eiam muito superiores, meio geográfico mais apropriado': divisórios permitiam mão-de-obra Lá, as cono os marcos concentração da uma em desta região. Capistrano de Abreu assim disserta sôbre a maneira povoamento Por maior eniqual a pecuária levou o a várias regiões:

Continuando em sua marcha exfazenda de gado chegou re pansiva, a

Em fins do século, o interior do Piauí foi ocupado localizando-se aí, logo a seguir as maiores e mais im portantes fazendas de gado do nor deste. Os dados dessa época mostraram, por exemplo, que a maior parte do gado consumido na Bahia pro vinha do Piauí.

dado na condução das boiadas, tronsviavam-se algumas reses, outras pop fracas, ficavam incapazes de contiContando com í^so, nuar a marcha,

Maior concentração em i‘C- . melhor fornecidas de água, do São Francisco.

alguns mercadores se estabolecerani no.s caminhos e por pouco preço compravam êste gado depreciativo que mais tarde cediam em boas con- ^ dições. Além disso, faziam uma pe quena Lavoura, cujas sobras ven diam aos transeuntes; alguns, gra ças aos conhecimentos locais, melho ravam e encurtavam as estradas; fizeram açudes, plantaram cana^ pro porcionaram ao sertanejo uma de i.

suas aleí?rias, a rapadura. No rio São Francisco, desde a Barra do SaÜtre até São Romão, descobriram-se ja/.idas de sal na extensão de três gi*aus geoíTi*áficos. que preparado com algrum traballio, provou celente.

cias, formou-se no trajeto do gado, uma população relativamente densa, como só houve igual depois de des cobertas as minas, nas cercanias do Rio ser exGraças a estas circunstân(10).

H)^-^ECT0S econômicos da pecuária '■

Visto o alcance geográfico da cuária, convém voltamos para alguns dados estatísticos, nos autorií.ani a valorizá-la. nos Antonil (11) que escreveu os o que, na época pelhos que Conta¬ em o livro (1711), todos os rolos de tabaco que eram embar cados para qualquer courados. regiao eram eneram expor Além disso(Portugal), 110.000 meios de sola, dos quais 50 mu da Bahia e 40 mil de Pernam buco! tados Entretanto, mais para o fim do século, surgiram, entre outras, di ficuldades de ordem climática, ocorrência das sêcas é cada vez mais intensa, e a chamada “Grande Sêca”, vai do 1791 o 1793, assenta A uní que

Para efeito de comparação eis o valor de alguns produtos de exporta ção daquela época: poderoso golpe à pecuária nordes tina, leira vai sendo ocupado pelo Rio Grande do Sul que. desde então, in tensifica mais c mais sua prepondeSeu papel na economia brasiaçúcar tabaco ouro couro pau-brasil

2.535.142$800 344.G50$000 G14.400$000 201.800$000 48.0008000 rância.

Há que se dizer alguma coisa so bre a pecuária no sul do país. De início vem a constatação para a portanto, de que as melhores terras pecuária situam-se nessa região, tre os Campos Gerais e os Pampas Gaúchos. A vegetação equilibrada, água cristalina, o relevo com levej ondulações, são amostras de excelên cia da região. O gado aí, a despeitu de há muito introduzido, somente vi ría a ter importância econômica partir da segunda metade do sé culo XVIII, quando da decadência da pecuária nordestina. Mais importan te foi o predomínio da pecuária lina, pois realizou-se paralelamente à industrialização da carne do Rio Grande do Sul, com a obtenção da carne sêca, o charque, como é cha mada nas regiões meridionais do país. ena a su-

Pp^caios assim obsei'\'ar início do século XVIII que havia surgido como produto de economia de subsistência, adquire um cunho de relativa importância no co mercio inteiTiacional ”.

Pandiá Calógeras calcula em cêrea de 1,5 milhões o número de cabeças de gado em fins do século XVIII que no a pecuária (12).

Celso Furtado fala da importância que tinham os bois como animais de tração nas moendas (13). Aliás todo um livi*o foi escrito acerca da im portância do caiTo de bois no Brasil. Dêle retiramos esta ilustrativa frase* “Contemporâneo da introdução da lavoura de cana-de-açúcar esse caiTo (o de bois) no Brasil acompaa

a inipoí'tâ*icia que teve > de Sorocaba, noUda* nhou no seu desenvolvimento através dos anos e dos séculos (^4).

I) OS MUARES E^.-A FEIIGV DE SOROCABA

A par do gado bovino, criaram-se

ressaltai* Grande P'eira mente nos primeiros anos do século pa.s.sado, quando para cá vinham presentantes do norte, nordeste, cen tro e sul brasileiros.

chegaram j-eu- '

Campos Gerais serviam de invernada para as tropas que vinham do sul e aí repousavam antes de alca çar a Feira de Sorocaba, onde, tão, se faria a venda ' no no pampas

Rio Grande do Sul cavalos e, so bretudo, muares. Êsses muares eram destinados às regiões localizadas centro do país, já que nos utilizava-se somente o cavalo.

Os nene a distribuição das bestas.

Essas bestas notadamente eram distribuídas, para os mineiros

Admite-se qne nir 200 niil animais, iiuando da feira. a se tivação da referida Visto co isto, ncorda nios (juamlo fala do teve com ‘ Eduardo Prado

]:ortantc papel que esta feira sentido de consolidar a comuni dade nacional, através da reunião econóniieo< e comcrcín'^ no interê.sses

<iue promoveu.

A estrada de ferro foi o fator uecisivo {lara a dec;idência do mum como Sorocaba como d( elemento transportador c feira. que necessitavam-nas como transporte.

O trajeto das tropas era longo extremo sul meio de mu de

.1) SUnPRODUTtjS^

PKCUÁltlA

X are.s e cansativo. Partiam d - rio-grandenso, atravessayam a nado o Rio Grknde T Pelotas do Sul. Realizavam as últ.mas mv.rnagens nos ea.n„„s 1 Panana, aproveitando as águas d„

Tibagy, chegando finalmente a So rocaba, a grande feira do século XVIII e princípios do XIX, em nosso país.

Consta que as boas mulas o o

Antes de falar sóbre os subp>'®' rádutos da pecuária, faremos uma pida menção aos outros gados m'*”' dos em nosso j>ais.

O gado cavalar er;i criado iu>tadamento no.s pampas gaúclios ond»-’ era muito utilizado, e no nordest®' A topografia des.sas regiões assuu determinava. 0 Além disso, sem cavalo, em, cima do qual os vaqi**^'* , ,, chega¬ vam a valer o alto preço de 12S000 embora o preço médio fôsse 3.$000* o que é indício da importância nômica do muar.

criado no sul de O porco era nas Gerais, tendo um consumo bflStante grande na região.

Assim, em todos os rincões do ternacional, onde os acidentes ou a falta de estradas ecoritório geográficos 0 ros cercavam, seguiam e laçavani gado, era, pràticamente impossí' criá-lo. vcl 1

O gado lanígero subsistia no Grande do Sul e, principalmente ' Campos Gerais.

Entre os derivados do g*ado vacum havia o queijo (produzido por tôdn I não permitiam sequer o uso do carde bois. lá ia o tropeiro preen cher a sua insubstituível função. Toro dos os cronistas são unânimes em

parte), a coalhada (pvincipalmente nordeste) e a mantoiíra, exclusiva mente no sul, ondo permitia.

Se considerarnios no clima frio o conjunto a cm

Se se levanta alguma dúvida to a esta particularidade daquan* socie dade pecuária, dúvidas não subsis tem quanto à conquista do sertão, da ocupação da terra, da abertura e caminhos, da ligação entre províncias isoladas . unia nova fonte de riquezas. Esses as e da criação de verdadeiros serviços da os corte e de procura de gado muares para transporte, pecuária constituiu para a economia no século XVII mercados do proporções .superiores que havia proporcionado a economia açucareira ein sua prosperidade. Dessa latinamentc, o eixo ao epoca de maior maneira, oconômico foi e daí sua im- pecuária no Brasil, portação nacional. no processo de unificação

sendo transportado da região nordes tina à região de Min; daí para pau-

Gerais o is o sul.

NOTAS

(1) Prado Júnior, Caio — História Econômica do Brasil — S. Paulo. 1961, pag. 41. K) CONCLUSÃO

Um aspecto que chama a atenção do pesquisador é aquêle quo diz res

peito a uma tlomocratização que tehavido nas zonas do criação. . 45.

Afonso Arinos fala da elevação do nível social do empregado baixamento do nível do na e do repatrão, co

(2) “ Martins, Ivan Pedro 1061 Economia Brasileira pag In, S. Paulo, . 37. ""T Simonsen. Roberto — História Economica do Brasil; “ Prado Junior. Cato — op. cit. (3) S. Paulo, 1957, pag. (4) pag

(5) ,1 „ Deffontaines, Pierre — GeograPag 199 cio Brasil: S. Paulo, 1952, (6) pag 199 Junior, Caio — Op. cit. locando-os num plano dc igualdade. Caio Prado Júnior afirma que, principalniento no sul de Minas, lações entre empregadores e tropei ros eram altamente demccráticas.

Já Ivan Pedro Martins.

Introdução à Economia Brasileira”, defende que “a relação fundamental é a dos trabalhadores contra nhor”. as reont siva o seE conclui dogmaticamente:

Essa (relação) era a de senhor ver-

(7) tulo>! rt« Capistrano de — Caplneiro ^1954^'®^'^^*^ Colonial; Rio de Ja- ífi» A . ● 218.

Opuíôncla So’ “ 2G3. Cultura e Brasil; S. Paulo. 1923. pag. (9) Ici. ibid. — pag. 268.

Abreu, Capistrano de — Op. cit. (10) pag. 220.

(11) Antonil. André João — Op. cit. e seg. Calógeras. Pandiá — Formação Histórica do Brasil; S. Paulo, 1957, pag. pag. 268 (12)

(13) Furtado Celso — Formação Eco nômica 1959.

(14) Janeiro do Brasil: Rio de Souza, Bernardino José de « Ciclo do Carro de Bois no Brasil; Rio ae Janeiro. 1958, pag. 111.

(15) — Martins, Ivan Pedro — Op. cit. pag- 111. sus escravos e nenhum detalhe terno do trato diário entre êles pode fazer êsse gênero de relações ser de mocrático exM (15).

REFLEXÕES DE JOAN ROBINSON’ SÒBRE MARX E KEYNES

DjAcm .\1knp3".ks

um Vanini, morrendo e rugindo furi- 1. bundamente contra...

t Dedico-me à mai-xologia, isto é, ao estudo do marxismo como Renan ao estudo do cristianismo: mesmo espírito herético, como ele, apaixonado polo tema, gava a divindade de Cristo, grau minúsculo de minhas possibi lidades, recuso Karl Marx.

com o E assim neeu, no a infalibilidade de Não há dúvida que o

Mas é do.s estudos de uma mar.xo« Trata-se de Joan Ioga que vou falar.

Robinson. da Univcr.^idade de Camtiahalhos sobre teona pela bridge, cujo.s econômica, a começar Econoniic of Inípcrfect Compctilion. atrairam a atenção dos especialistas do mundo inteiro. O que. entretan to, me fascinou na sua análise fo> o alto teor crítico, de fina sensibili dade doutrinária, revelado no exame dos grandes pensadores. Dêles se luminoso heresiarca mando à sua viu de fora, visão 0 lado interno, porque era um quase defroqué. Mui diversa a atitude do crente. Êste ^ pode compreender metido sonao o aspecto externo, que está dentro da cáps a grandeza do ula doutrinária, onde é feliz e paradoxal mente livre,

seus desejos são exatamente lhe dita a doutrina Sim, livre porque os os que e não anseia

maiores espaços do que lhe concede cápsula, que pode ser êste mun do e o outro. Estou quase recordan do a verbosidade barroca do genial Vieira no sermão sobre a Nossa Se nhora cio 0 — um circuito que universo, contendo universo et qiiibusdam aliis.

Já aqui temos um desencontro pal. entre as duas cosmovisões a era 0 a mar do crente e a do hereje. Como as: entendam? Mesmo na da heresia adoçada em pirar a que se forma suave ceticismo do tipo renaniano acremente divergentes. os caminhos são 2.

Imagine-se quando ela desponta Bruno ou de na forma crêspa de um

aproxima sem recear vulto nem o resplendor da auréola brunida na consagração — e vai singç mente desenvolvendo suas reflexões. Esquece com (juem trata; absorve*se no de que se trata. Quem o disse,^ não a impi'essiona o mínimo. E destarte vai conversando com Adam Snnth e Ricardo, com Marx e Keynes. Êste teve uma legião prostrada cm rência e outra, a dos neoclássicos. contrariada, bradando o racea! a porta do templo. Que féz Robinson. Reuniu-se a poucos economistas 'Spostos a ouvir a lição nova e passa* la pelo crivo da análise dissidente, sem olvidar, entretanto, que ele era, na realidade, úm dos grandes Mes tres do pensamento moderno.

Para analisar o marxismo, Joan Robinson fê.:, preliminannente, essa

coisa estranha — leu o Capital. Sim, porque a maioria dos adversários fo lheava apressadaniente as primeiras páginas, bocejando nos primeiros sos. pasRobinson leu-o com meditação mo. Sua visão da realidade é essen cialmente transformadora, inspirada . paixao política de um proleta- , riado messiânico: na os expropriados se, estudando-o. lápis cm imnho que só assim potlcria escrevei', em 1942, o notável livrinho — Es.say on marxian Economy. Hcnestamente conheceu estar diante de um porrepensarao os expropriadores. Eis um dos ' resumos desses pontos centrais da ’ doutrina feitos por Robinson:

c e como um pe nsanas

A crítica

A mais frisante diferença entre Marx e os economistas ortodoxos

Í( surge na concepção da Para Marx, depreciação são apenas custos necessários de . produção e renda, juro e lucro são subdivisões da mais-valia. mais-valia. u* e salários ■ | dor serio mento sério que decidi tratá-lo

“do escada abaixo”, como dizia Ca milo, já falou, vociferante, contra homem, contra o pensador e contra o profeta. Nunca j páginas seguintes (1). o onda mais rugidora Jf . , No sis- ^ tema ortodoxo, a renda territorial é 'j uma mais-valia (surplus), porque a terra é um livre"^ doni da natureza, tiria e exismesmo sem nenhum uma rugiu em tôrno duma obra com entusiasmo mais cres-

É tempo de rotofio da análise de cente. mar o

^. poderia i^^felários, i juro e lucro

pagamento por ela, mas são 0 preço '-J necessário da oferta do \ capital,

sem o qual não ser oferecido. Sajuros e lucros agi*uBortkwiccz, de Bohm-BaTugan-Bara- de werk, ovsky, de Vorlander, de Bernstein, dc Konrad Sebmidt, para medir o talhe do cientista e até onde sua ciência. n vai a

A pi*imcira nota de Ro binson fere a crua imperfeição do.s instrumentos conceituais. Ela enxerMarx animado por da realidade e seus argumen' um forte ga senso

tos acima de suas intrincadas cons truções, numa grandeza rude e cin tilante”. Êlc introduzirá no sistema clássico, alterando-lhe as bases, elemento explosivo, concebendo a re lação de exploração entre as classes como o motor histórico do capitaliso

^ pam-se juntos

^ niuneraçào dos esforços esacrifícios humanos. Dest’arte a atenção é desvia-

da do trabalho e renda da propr.edade, proporcionando-se ao juro e lucro uma justificação moral”

No exame do problema, Robinson re conhece a sutileza acadêmica dos economistas modernos, preocupados na justificativa da produtividade do capital; nêsse afã, engenham expli cações escolásticas sôbre minúcias ou ' fogem para a especulação matemá tica, onde a substância histórica das relações humanas se volatilizou símbolos. Mas dêsse trabalho como re(2). em resul-

(1) J. Robinson, Jn Essay on marxian Economy, Macmillan, & Co. 2 ed. London, 1949, p.5. (2) Idem, ibidem, p. 52,

Já todo estudante .'^abe que o valor tou saldo positivo, que é a maior e plasticidade do aparelha- fôrça é unia relação entro jiessoas a pro. e se a questão respondida, confomu' pó.sito de coisas não pode ser mento analítico, bem superior ao que fôra legrado na herança idcardiana. A tese agora abordada afunda raj exausto e revolvido solo do zes no anota a autora, é ponjue a questào crjôneaniente. Já nas se formulava suas meditações, epistolarmente e.\« debatedoi* Malthus, s: dúvidas signipostas ao seu deparam liesitações e

A sua unidade-trabalho. como medida do valor, {larecia conduzir a pen samentos peidgosos. dito de criar valor

Implicaria

problema do valor, considerado por muitos um pseudo-problema, tantos outros, na história da ciên cia. Não vou embitesgar ne.ssa selva selvaggia tão áspera e forte, onde as patrulhas comunistas, vigilantes, rínovam la paura dos meter a mão profana no tabej-náculo da lei do valor. Com a sinonimis.açao de que valor é o trabalho socialmente cristalizado Marx, tornando como que tentam no produto, um dogma ficativas sobro a gênese do valor (3)?

Cabería o crêunicamente aoisto em qu' \ trabalho ? os lucros são uma imposição nos trabalhadores? A.s correções quo

Ricardo fôz nas suas pes(juisas sôbr> uma unidade do valor revelaram nlmitir êlc fiue o capital era também produtivo, e todos seus al●gumento^ se envolvei‘ani num nevoeiro da me de análise” (●!)● tafísica, disfarçada ( , por tan uma tese absoluta, a hesitante de Ricardo, forjou de toque do socialismo to assertiva a pedra autocrático . 3.

Pressupondo suficientemonte divul gados os fundamentos do , niarxism<í vulgar, ouçamos a observação do Ro binson: con.seqüéncia.s.

Ricardo utilizou <( a unidade trabalho-tempo, mas isso nunca o sa tisfez, e, como Sraffa o revelou, féz diversas tentativas, em várias edidos ÍVinciples. A questão çoes apa4. o tei'ceiro volume fio onze an'3 depois papelada pneien-

Mas eis ejue

Capital, puldicado da morte de Marx, mais claramente no seu último rece ensaio, encontrado no espólio de Raúnicas qualidades necestt heny; as

Econômica. “A (3) J. Robinson, Liv. Lor, lf)02. d. 35, segs. primeira formulação da teoria «o salário ê puramonte dogmática. A fôrça dc trabalho, como as outras mercadorias, tendem a ser vendidas por seu valor e o valor da fôrça de produzir os meios do subsistôncia dos tra balhadores e dos filhos que diz J. R. em nota Capital tl. Filosofia trabalho necessário para irão substituí-los” a pág. 30, citando sárifis pura tornar perfeita uma me dida de valor são que a própria me dida tenha valor e que êsse valor da mesma forma seja invariável. edida de comprimento é o comprimeníj aumentar ou dimique uma m sempre a mesma e não pode nunca nuir; ou que, numa medida de pêso, esta é sempre constante”. 149-52, ed de Glaisher. 1920).

(4) Idem, ibidem, p. 36.

Estava, contudo, lançada a idém, q«' Marx recolheu, c apaixonadamentp analisou e dcsenvol-. 'u cm tedas as I

temente compilada e ordenada por Engels, trouxe aos estudiosos os lincamentos de uma explicação que dispensava a teoida do valor-trabaIho. Imedialamente, e com estrépito, os advei‘sários arremessaram-se ao

tende a moldar o pensamento, anes tesiando-lhe a perspicácia crítica em benefício do valor pragmático. E um dos aspectos mais curiosos nesse momento é a transição do marxismo como instrumento de análise para sua sacralização sob forma de ideo logia religiosa. Nessa metamorfose reside a energia virulenta de suas descargas emocionais em face do es pirito cientificamente educado.

Qualquer método ou invenção téc nica que se introduza no processo produtivo diminuindo o tempo de tra balho socialmente necessário incor porado à mercadoria reduz seu valor. Não havendo mercado para sua ab sorção, seu preço declinará. Por sua vez, não têm nem produ em valor — e é sua limitação os agentes e coisas naturais ou escassez que in I combate da obra, no esforço de des cobrir uma contradição com o pri meiro volume. Ao passar para o plano da macro-economia e discer nir o movimento total do processo capitalista, Marx prescindiu da tese avançada antes, ainda imiiregnada de ituiçõe.s hegelian sobre as do valor (5), nas explitransforniaçõc? em cujas caçoes dialéticas o robinsonismo esquematizaçõGs há ridicularizou na ortodoxia clásAs perspectivas abertas que sica. sao i ( liara o pensamento dos fins novas do século passado — e Rosa Luxemiria dedicar obra notável burgo ao fluem na determinação de seus pre ços. É nesse ponto — discorre Ro- estudo da macro-economia do prode acumulação, suscitando disteóricas no seio da grei binson — que o primeiro volume se atrita e discrepa do terceiro: “Num sistema em que os preços correspondem aos valores, o produto líquido i de ipial quantidade de trabalho c vendido por igual quantidade de 1 i moecesso sidências mai’xista.

Robinson percebo claramente o va lor do terceiro volume, que tomou como eixo de sua crítica. Diz-nos sentido substancial da teoria

Die Dialektik in Marx’ Dietz-Verlag, Berlin, 1957, 5) Rosenthal Kapital,

Assim (dada uma taxa unifor me de salário-moeda), a mais-valia, em termos monetários, por unidade é igual em tôda parporém, a composição oigânica do capital (isto é, o ca pital por homem empregado) difere nos diversos ramos da indústria, a desigualdade da niais-valia só foi abordada no terceiro volume, condu^ zida por caminhos inteiramente no vos, vergem de seus valores de tal modo quanto fazer as taxas de exploração atualmente praticadas pelos capita listas nas diferentes indústrias da.

Os preços das mercadorias divaque o de Marx pode ser expresso sem uticonceilo de valor lizar o o que exageradamente aos zelo- enfuvece tas mais fiéis da ideologia; e a ideodesemi)enha, na evolução logiaciai, o papel que o instinto desem penha na evolução biológica. guélTL, so Nin é claro, tem consciência de própria ideologia, da mesma qtve ninguém pode cheirar próprio bafo” ● Històvicamente diz a autransmitida, I sua forma seu tora

composição orçânica de E conclui: “Como se conflito entre o I e o III voalém da Adam Smitli. (7) concepção nem com a seus capitais". ve, o lume é um conflito entre misticisKo III volume mo e senso comum, 5. o senso comum triunfa, porém deve sempre fragar Up-service ao misticis mo em suas fonnulações verbais”. (6)

c cristalinameníe

Corriu 311cd íocrc econômica, com brilhanfiligranando doutrinas a indagação tes e.spíi-itC'S da utilidade mai'ginal a custa do úlclássico que foi Al- tinio gi‘andc

Tenho minhas dúvidas sóbre a afir mação de Robinson de que Mai-x, já na altura em que acumulava dados e digressões para o terceiro volume, tivesse percebido o teoria do valor. erro místico da Trata-se de hipó fred Marshall — (puindo começararc trabalhos de a aparecer os j}i'i3iieiro.s Keynes. continuador De inicio, e U ra mais um educado na mais se vera seita dos fariseus, um dogma— que íôra dos interêses britânicos tico do livre-cambisnio a bandeii-a -

tese que não valería a pena analie Marx tamerigida em teoria econômica dos poLembro-me que disse isso num 1940 (8) e uni eminente galhofeiramente Joan Robinson esiiesse ensaio vos. livreco em catedrático minhas palavras. citou creve a mesma coisa sar, pois já sabemos, bém o sabia. nao ser exata”, contrário, no seu espírito, palpita“a convicção da coerência interna do de senvolvimento em tôda Ao teórico. comprovada corr a larga espondência, maciços, entre por quatro volumes êle e Engels. Ali de 1963, avisando-nos que discípulos de Marshall sabiam que ele fôra tão indiscreto a ponto tie mencionar que o comércio livre era benefício para nós, mas que não ern tão bom para os outros” (9). ii pOUCOv' í^ao se revela que confirme a susqualquer indício peita.

Bohm-Bawerk ii . . úiz Robinson gostou muito de exercitar sua iro nia a custa de Mai-x, e os economis tas acadêmicos, desde então sen tiram-se muito aliviados por pode' rein explicar aos seus alunos que o sistema de Marx é fundado numa simples confusão”. Travou-se a pe leja — e da grande bulha saiu mui to pouca coisa. Robinson zombeteiramente que a teoria de relativos, depois da considera preços escara-

Mas, como ia dizendo, distraiamse todos os economistas acadêmicos tentativas apologéticas do sis- j nas tema e nas teorizações matemáticas de aperfeiçoar instnjmentos de pes quisa — quando, depois de algumas

J. Robinson, Filosofia

P. 43, trad. br.. Livraria Ler, Rio. 1964.

Econômicai muça sica e os havida entre a ortodoxia clásmarxistas, não avançou (8) Djacir Menezes. O Ouro e a Nova Concepção de Moeda, Alba, 1940. Rio, (6) J. Robinson, Essay on Marxian Eco. nomy, p. 15, nota. (9) J. Robinson. p. 66. Filosofia Econfimies,

singulares. interpretações lança em lí>37 a Teoria Geral, mundo dos economistas aj^itou-se, as sustou-se, alfcuns entusiastas falarevolução kcunosiana. Vinha, Keynes O ram na

o laisser faire, de tempos a tempos, se arrimou. indivíduos Não ó verdade que os liberdade possuem uma natural prescritiva nas suas relações econômicas. Não existe regra que confira direitos perpétuos aos que têm ou aos que adquirem. O mundo não é govemado de cima, de modo que os interesses gerais coincidam sempre com os interesses pessoais. Não é uma dedução correta que os princípios da Economia política, es clarecedores do interesse próprio, operam sempre no interesse pú blico...” (12). de fato, romper o isolacionismo esrevivondo U os problemas peculativo. morais que a teoria do laisser faire (10). Por que ocultar os abolii'a estímulos que fazem funcionar o Por trás da fachada da sistema ?

(lo laisser faire — pondera teoria Robinson — governos de todas as capitalistas têm impulsiona- nações do e adotado instituições para ajupróprios concidadãos a gavantagens. A própria do comércio livre, como manhosamente observou, passou, rcalmeiite, de uma dos interesses nacionais bridar seus nhar novas doutrina Marshall nunca projeção

nação agressora, rufando seus cívicos, sempre fala a da dignidade e da beneConta Robinson que o cibritãnico indignou-se quando linguagem volência. dadão .

leu o relatório Devim, que dizia ser - Niassalândia ■ Estado policial. Não porque se envergonhassem das brutalidades praticadas contra a peshumana, mas porque não se dea soa via enxovalhar uma dependencia do Império com tão feia suspeita, harmonia do laisser faire foi atacaKeynes bem antes das págiclássicas da Teoria Geral: A da por nas

6.

Não se discutem as teorias dc Keynes sem que venha à tona o problema do emprego pleno, que é a peça ideológica central da Teoria Ge ral. Diz Robinson, com sua habitual perspicácia, que tem de ser, forçosamente, uma con cepção vaga”. Por que? Porque não é possível eliminar o que há de equívoco na medida do tempo de tra balho, das unidades constitutivas da fôi*ça de trabalho, da questão do auto-emprêgo e da desustilidade marginal de mão-de-obi*a (13). De todos os ingredientes da herança marshaliana incoi*porados em Key nes, adverte Robinson, êste é o mais metafísico.

Não cabe nos limites desta pales tra apreciar as variadas consequên cias do pensamento de uma econo0 pleno emprego. tânicos pectiva e a tambores (11). Cada um tem a persde seus próprios objetivos

“Vari'amos do terreno os princípios metafísicos sobre os quais gerais ou

(12) Keynes, Essays on Persuasion, p 312-13. 74. (10) Idem, Ibidem. p.

(11) Idem, Ibidem, p. 123.

(13) J. Robinson, Filosofia Econômica,

mista superiormente dotada de tanta intuição crítica e lucidez científica. Referi-me apenas a dois pequenos livros onde se condensam reflexõe.; <le grande independência

Ela tem autoridade para dizer seus discípulos no mundo inteiro: herança neoclássica ainda te de influência não mental. a A m gi*anso no ensino da

Economia, mas na formação de opinião pública em geral menos no fornecimento

U7na ou pclo , , a esta de alguns de seus slogans favoritos

Mas quando se chega blema real a um pronunca há nada de con creto para dizer. Os .seus pratican tes mais recentes refugiaram-se nn construção de manipulações matemá

Economia variando com as estrutu* i-as sociais mediante as (juais se rea lizam a criação e distiãbuição dos bens necessários à vida lumiana, so fre a deformação imposta pelas ideo logias, que a toniam excessivamente política. Reduzimos, então, o con teúdo histórico pai-a dai* rclêvo n teorização abstrata ? Ou elaboramos esquemas al)stratos, relegando a substancia social das relações con* cx*etas cjue a História oferece? En tre êsses dois pol<JS oscila a espe culação. Os 7'eformadores urgentes viram revolucir)náídos minhar do o — querem camuito depressa, prccipitan-

que ficamos? nheço triagas como salvar nada. salvadores o

atéria da

tl4) Idem, ibidem, ps. 125-26.

Sd: """I intrineadàf"ot nuandj precisamente que (14), ade resido a m em que '

pi'ocosso, fjuo é irreversível i vamo.s fabiácar diagnósticos de redenção o felicidade humanas? Em i Ou

Meus amigos, não cocurativas. Não SOI Antes, direi nos f|L*e Ramallu) osci^eveu nas Farpa.s: venho de onde vós cs\ táveis e vou iiara onde vós não os* «.tiverdes.

COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL

Inlrotliicão

Ã^ez por outra, surge campanha oficial no sentido de estimular poi tação. Cada qual ecoando a que a l>iecedeu, cada qual deparando-se à mesma indiferença e ceticismo e naufi’agando da a exmesma desalentadora

Històricamonte, as sociedades abeirantes ao mar tendem a viver do co mércio internacional. Nêle se espe cializam, dêle enriquecem, adquirin do. sôbre seus vizinhos do “hinterV^erdade se.ia dita: não há administração à qual escapa a serie dade do problema e não há Governo desatento a sua solução.

Não maneira.

nie escapa aspecto consolador land”, decisiva vantagem nos teres desta arte. Ainda que, no de senrolar do processo histórico cam as vezes a hegemonia dos nos para competidores organizados ou vorazes, contenpaj)cl assessório. nível de atividades dentro de sua faina tradicional. É essa, desde os fenícios aos ingleses, em sestércios, mara edis ou guinéus lei que ])adecc do tamunirdia exceção. misporocoamais poderosos, tam-se com tendo razoável map

O Brasil, com seus 8.000 quilôme tros de costa, com a esmagadoi*a de sua poiuilação concentra- maioria da na orla. marítima, com a hex^ançu de um povo navegador e comer- premente necessidade.

c, guardadas as proporções, positivo te nossa atual inabilidade portar; a explosiva, exigente e poli morfa demanda imanente à criação de um poderoso mercado consumidor doméstico. Em tais condições, o ní vel dos preços internos, não raro, tende a sobrancear a dos preços in ternacionais (o que ocorre, por exem plo, no setor automobilístico), frus trando exportação da qual. por outro lado. em exo produtor ainda não sentiu

Ê um reverso de medalha de certa forma inevitável, cuja influência é contudo temporária. Com efeito aquelas indústrias que nasceram “pe quenas para atende uma enorme variedade ciante, com de produtos exportáveis, conseguiu i’oinper esta milenária tradição. Não revela crônica inabilidade apenas diversificar seu comércio internacio nal, senão que, periodicamente timbra perder exportação da qual geral, pela força de circunstâncias eco-climáticas favoráveis exclusividade. A pertinaz recorrênem em em detinha

rem a um mercado consumidor ainda reduiido estão — sob pena de decrescendo para médias (( ou saparecimento acompanhar a explosiva dilatação dêsse mercado; este processo de cres cimento industrial deparar-se-á fa talmente com uma desaceleração da procura, a partir do momento não remoto — em que desta desa pareça 0 que tem de anômalo e cia do fenômeno o transformou em manifestação de lei rígida, exclusi vamente aplicável ao org-anismo bra sileiro, de uso interno. Uma espécie de fatalidade 'j i

Na verdade, cei-tas in- transitório. dústrias brasileiras já chegaram a estágio e, enquanto marcam esse compasso de espera, começam a son dar o panorama de exportação paia completamente utilizar sua ca- mais

déficit do nosso b»- vel e perigoso lanço de pagamento.s. Assim, de modo algo desordenada sem sistemática ncni orientação preconsciêa* . ci

.sa, foi-so criando uma cia nova de um problema muito anmclnncíMica denxicada de colocarmos pelo , tigo: a nossa ]iorfia em pacidade produtiva. Em outros caa indústria, para poder nascer. sos, mundo afora um jiouco mais que j 0 ou 7 produtos primários que com- i tituem, ainda hoje. un.s da nossa

A recente criação de exportação. tem, mesmo, de nascer gigante, pois não se lhe justificaria a existência, econômica ou tecnicamente, abaixo de uma certa escala. Em tal alterum Ministério do Comércio Exterior e, simultaneamente, de um Conselho do Comércio Exterior atesta ta progressiva tomada de consciên cia chegou a estágio de maturação. O SEPRO de Nova Iorque recla justiça, pequena ma, creio que com nativa, a indústria, uma vez mon tada, está habilitada a satisfazer a totalidade da demanda doméstica sem utilizar sua capacidade produ tiva integral e a exportação se transfoima em condição “sine qua non” de sua rentabilidade.

Há cêrea de parcela de responsabilidade pela for mação desta consciência e não podeser de outra forma: sus continua ria, aliás, função pi*ecípua era, como . ura ano que se vêm notando na imprensa, no Coneresso em certas esferas do ExecutS^ sU nais de um crescente interesse pelo aumento da exportação brasilei,® e sobretudo pela sua diversificação Resultante, em parte, do crescimem to do nosso paique industrial (com algumas industrias já confrontadas com uma demand saturada), resultante preocupação oficial pelo

doméstica a quase também da consideráde fomentar as exportasua localização, o a ser, a ções do Brasil; principal mercado consumidor qne sí pretende conquistar, dições, o fracasso de nossos esforços passados neste campo constituí pop o SEPRO seu quinhão de cada din. sua frustração de cada momento. Em 2 anos de che fia do Escritório Co mercial de Nova lor* Em tais conque posso contar seni dificuldade umas 730

malogra- teiitativas das, posso contar inú* meras experiências que, após começo aus picioso, foram-se es vaindo para morrer, ' sem ruído nem alar-

de, apenas no silên cio. Às vêzes silêncio

do importador; muito mais freqüen- mos de se livrar de pequeno excesso, temente silêncio do exportador brasi* e isto pelo maior preço possível, leiro que, do dia para a noite, sim- Esta filosofia é duas vêzes espúplesmente desaparecia. Creio que ria: l.<^) o mercado norte-americano a vivência do problema adquirida por é grande, colossal mesmo, e qualquer este SEPlvO e pelos seus congêne- exportação que se alicerça num con* res pelo mundo afora deve ser le- tingente de suprimento exíguo e que vada ao conhecimento dos brasileiros, parta, ademais, da premissa de uma pois o equacionamento completo do operação única ao invés da do estaproblema exige seu exame sob o belecimento de um fluxo regular é. maior numero de ângulos possível, liminarmente, fadada ao malôgi-o exige que nenhuma perspectiva seja Venda de um produto brasileiro ao menoscabada: ora, embora meticulo- importador americano significa, co sa e repetidamente analisado de mo é evidente, revenda deste pro“dentro imra fora , o problema ain- duto pelo importador ao distribuidor, da carece muito de ser estudado de pelo distribuidor ao retalhista e, pa“fora para dentro . terminar o ciclo, pelo retalhista no consumidor,

I — O setor da iniciativa privada

níveis, uma série de providências, de ações e iniciativas, de formalidades também, são exigidas pelas próprias características do a americano. Em cada um desses

Do lado da iniciativa particular fator transcende todos os demais: m comércio norteDespesas enormes são falta de conhecimento, às vêzes tarrecedora, das características exigências do mercado consumidor conquistado. As u e

geradas pela propaganda, pela estoe cagem, pelo transporte do produto, pelos métodos distributivos que trao sei*vações duzem as leis do marketing nos que se seguem concernem, natural- EUA. Raramente, quase nunca, enmente, ao inteicamluo comercial en- tra o produto nos EUA na base Brasil e os EUA, parecendo, do episódico, na base de uma operamu sa ser tre o - çao singular, na base de uma tenta¬ tiva única.

contudo, provável, que possam tatis imitandis ser generalizadas.

Com raras exceções, nosso indus trial só começa a cogitar de expor tação quando, Iravendo sua produção atendido à procura interna, ainda dispõe de excedente que desejaria locar no exterior ou, no caso de in dústrias mais complexas, de um certo de capacidade industrial coexcesso

deveria ser aproveitado para garan tir a melhor rentabilidade do esta belecimento fabril.

Via de regra, êste industrial, ao vi rar exportador, só raciocina em têrque

Tais despesas, com efeito, só se justificam face à instalação de uma corrente de suprimento substancial e regular. Mais manufaturado o pro duto de exportação, mais pronuncia da a influência deste postulado o que, en passant serve de explica ção parcial à enomie pr ponderância das matérias-primas na pauta de nossos produtos comumente tados. expor-

0 exportador não deve pensar nu ma operação de exportação insula-

Nâo deve da, de repetição aleatória, dessa foi*ma, mesmo quando cogita de uma experiência; pensar apenas pois a própria experiência de expor tação só adquire um poder conclu sivo através de sua repetição, disse acima que esta filosofia duplamente errada. O segundo ermais grave ainda, é o de tentar colocar o produto tável pelo mais alto preço unitário possível. É um erro.

2,0) era ro.

exporporem, cons , sua relativa lação às norte-americano, e à.s aptintemo

mas A rcgu* condjPreços baixos — sem dúvida, também preços rcírulares. lariõade do suprimento, como exportíição já destaou n«'ida vale sem a re«-ularidade do preço, à mssma associachj. Retornando aos “pecados’’ do nosso ênfar?ção basilar da cada acima, tle irouco exportador; se s, imlifcT-ença com

jjrefercncias do consumidor normas pelas com . tante, cuja presença verifiquei mente, algo inocente, do tesão como no raciocínio mais sofi.sticado do grande industrial lácia aqui é a de na pequeno ar-

A faQtie

, por possuir uma renda per capita que figura tre as mais altas do ricano eninundo, o anieestá disposto a culo preliminar a c|ualíiiier tentativa de exportação de tecidos bi^asileira* de dimensão unitária métrica. E pi-eço alto pelo produto a verdade é ser rico, cano é o

todos os produtores do mutdr petindo entre êles "unao produtor norte o sao come com -americano prio f ü , temente protegido por barreiras rifarias e tratamento fiscal legiado.

B~et„reX,S,^

Continuidade da o pró req p entarivi. . exportação, competitivo — e quando di titivo digo realmente preço - Qigo compe, , _ . Pi’eço mínimo possível — sao esses dois fatôre-^ cuja ausência de nossa “filosofia” exportadora explica decisívamente malogro da diversificação de o nossa

(juais se guia êste con.sunio. Por exemplo, teciclos dos EUA se calculam em jarda.s, não em juetros; as máquinas (fue utilizarão êsses te cidos também funcionam na base da obstá- jarda; isto se constitui em

pagar uni Oue importa; íjue, precisaniente consumidor pojnorte-ameri .so — por melhor (jue .seja a sua lidade: por mais competitivo que sej:* seu preço. Madeiras em toros apre sentam características semelhantes: ; devem ser, já no Dj*asil, cortadas e preparadas do maneira a atender ao.^^ i‘cquisitos básicos de medição norteamericana. Por outro lado, seu no me brasileiro deve vir com o equi valente inglês ou, na ausência deste, com a terminologia latina. ;paparicad,?’H cobiçado o

Esta série de observações enseja conclusão fundamental: para expor tar para um país, qual os tamente padronizado, respeitar-lhe os padrões de julg®* mento EUA, alé imperioso por mais absurdos, arbi trários, tolos ou inconseqüentes que nos possam parecer; o desafio aos costumes ou preferência do consu midor que pretendemos conquistar, sob o pretexto de que tais costumes e preferências são diferentes no Bra sil ou em outro mercado consumiexportação e. mais ainda, o crescente retraimento do Brasil de zonas do poi-tação em que, principalmente resultado de condições de proex como dução privilegiadas, detinha posição dominante.

dor, não 6

é um ato suicida. apenas uma sandice

É necessário, as sim, aprendermos as regras do jôgo — aliás, tle cada constitui cada jogo em que se operação do exportaciai, a colocação de artigos já nhecidamente aceitos pelo mercado norte-americano de demanda institu cionalizada. reco-

ção e não l.á

negar que cada ope ração de exportação é um microcos mo, do exploração difícil, de estudo complexo.

A exposição acima poderia ressumar um conceito falso: o de que o público norte-americano rio a produtos novos.

Isto não é verdade. Apenas é refratáa co

Por vê^es, circunstâncias fortuitas ensejam-nos condições suplementrires de êxito. Com o desaparecimento do produto cubano do mercado midor consunorte-americano, por exemplo, abrem-se-nos amplas avenidas de es coamento de produtos nossos até tão incapazes de concorrer congêneres cubanos. Neste somente contamos encom seus caso, nao com artigos já

locação e venda da “novidade" neste país estão sujeitas a um código pro cessual estrito e constituem avenque o competição tradicionalmente vito riosa. tura à parte fator propaganda passa a sobrepu jar todos 03 demais, implica, nos EUA, despesas incom patíveis com os recursos financeiros da grande maioria dos exportadores brasileiros. Sem essas despesas de propaganda, (que o distribuidor derá, ocasionalmente, assumir), trada do produto novo, sobre proble mática, será sempre diminuta muito paulatina tendência ao auinen-

aventura em

consagrados pela preferência do pú blico norte-americano, mas favorecenos um esvaziamento repentino dc

Charutos e tabaco em fôlha, aba caxis frescos ou em salmoura para só citar uns poucos produtos ~ do momento em que sua qualidaseja comparável à dos artigos tradicionalmente importados de Cuba, ser exportados por de podem facilmente nós.

Não a reputo impossível — (afia conquista de quase 20% do mercado norte-americano de bebidas alcoólicas fortes pela vodea, no esde 15 anos apenas.

E propaganda poa ene com to. nai fornece paço

Ocioso dizer: a situação é passa geira e outros supridores das AntiIhas e América Central, em parti cular, já se estão organizando encher o para vácuo criado pelo desapa recimento do fornecedor cubano.

Em que pese o caráter acidental do exemplo, vale pai'a salientar o tipo de oportunidade para as quais deve estar atento o exportador bra sileiro. Competição não é apenas exemplo estrondoso desta possibili dade) — apenas, julgo-a difícil, ticularmente difícil para um tador que não está ainda sequer fa miliarizado com os aspectos elementares de seu mister. par expor mais Seriaganha por quem fornece o melhor produto pelo preço mais baixo, senão que por quem se organiza primeiro para, primeiro, chegar midor. ao consu, esperar por exemplo, algo poético que a aguardente brasileira repetis se o milagre da vodea.

Donde a minha insistência em re comendar, pelo menos no estágio ini-

Não é só. tudos px'eliniinares. Uma vez feitos os esuma vez acumu-

possível de in- lado o maior acervo

formações pertinentes ao assunto, em suma, uma vez assesiurada, pela pes quisa pioneira, uma possibilidade teórica de exportação, será indispen sável a vinda do exportador, ou de seu representante categorizado, aos

dos brasileiros, o representante puum resultado Ines- cho levou consigo

A. meu ver, não há informapor mais precisa e completa que EUA. Çao. perado; o diata colocação KUA, da ])o d cm ras nos ssibilidade de inu^ brasileS- e gaspeas (juantidade subsAssim u visita foi duas tanciul. vezes proveitosa: identificou um obs táculo, indicando os meios de supe rá-lo; abriu i)or acaso — mas, de pois de jiensado duas vê.cs, por aca.so um nov muito relativo, uma , - . seja, capaz de substituir o valor edu cativo dessa visita, do pulso direta do importador pelo exportador não apenas servirá deci sivamente o propósito de consubs tanciar a operação planejada, ajudará o exportador brasilei imbuir-se desta filosofia exportador à qual já me referi nesta

Ainda há

Exemplos não faltam. Essa tomada como ro a u exposição.

avenida de exportações.

Uma Süliição simples é a ciinÇ»® Gu companlua de exportação, à qual caberá colocar, com exclusividade, no üdutos de uma serie A visitaexterior, os pi do indústrias do nossas, i'cpresentante so associaria mercadoria uma série dc esp aos EUA não ao escoamento de unia iiiais d uns trinta dias, chegou ao SEPUONova Iorque representante da indústria de calçados gaúcha, por sinal uma das mais progressivas do Brasil. Após estudos laboriosos e objetivos acompanhados por entrevistas * tactos com e cono comércio importad c ecifica, mas ao mercadorias, de pi’®' subs- comiietitivas ou Isto já existe no tradiferéncia não titutivas entre si. do nossas exportações café, cacau, óleos e cêras — sendo, porém, qu®> tais mercadorias, No coso seniicampo cionais vegetais etc... com respeito a especialização é a de artigos manufaturados ou regra. or

chegou a conclusão de que principalmente por diferenças de técnico, . , caráter nossa industria de calçados manufaturados, fere sensivelmente; apenas, desapa rece u preponderância da especializa ção, para permitir a diluição da desexportaviajan● dia situação não pesa inerente à operação dora caixeiros

ainda nao estava em Condições de enfrentar a concorrência intemacioLevou, contudo. nal. consigo conclusões conducentes à , , . ^«iplantação de uma tccnica que, eventualmente, colocaria em condição depetir no mercado consumidor ameResultado desalentador? nos comricano. , viagem de tes” incluída, entre diversas inercndorias. Várias firmas brasileiras ja das grandes possibi- se convenceram Muito dinheiro gasto à-toa. Julgue Pessoalmentc, não creio o leitor, fôsse só este o resul- mesmo que

Não foi. porém, só este o resulta do; com o chegar à conclusão da in viabilidade da exportação de calçaque fôsse tão desa-

lidades de empresas deste tipo, como o mostram as iniciativas, entre tas outras, da Forexji o da Socinda. desta Capital. Outra fórmula, que me parece p«rticularmente aplicável as atividadeis artesanais, é a da formação de cotado, e mesmo nimador este resultado.

operativa do exportação, ou pelo nos de cooperativa de produção niGnao passa de mera ganância; bolas e pao de borracha com pedra no meio, rolos de tecido de algodão tampados nos primeiros vinte me tros.. so es● são exemplos que já , se amparo federal, esta-

O alelier do tapossível coni tal ou municipal, peçarias e tapõtos artisticos de Madeleine Colaço constitui excelente boram bastante publicidade, casos, o desfecho é simples: o impora or embaído nâo incorre duaz ve zes no mesmo receEm tais erro e não perdoa exemplo do <iue se podo fazer neste sentido, mesmo som auxílio oficial.

numa zona

Não desejo alongar demasiado a exposição, especial monto

em que um pouco de bom senso vale mais de que qualquer conselho. ítme, contudo, necessário, antes de cerrar o capitulo, focalizar dois fa tores ciue. sem incidirem pioneira da exportação, contribuem tíecisivamente para sua continuação e desenvolvimento: a) a

en-

na fase rigorosa manutenção da qualidade do produto exportado, c b) a pontualidade entregas.

Com relação a ambos, nossa fé dc oficio tem deixado muito a desejar, provocando a retração e, o completo sobrestamento de tações <iue haviam sido à dura custa. Provocando, pior ainda, uma fama que se gene raliza e perpetua, a prejudicar, igual mente, inocentes o culpados. No mércio internacional, reputação titui precioso patrimônio e, infeliz mente, a nossa não é das melhores. O importador tende a receber marcado ceticismo produtos oriundos do Brasil, com base

nus por vêzes, exporconseguidas o que é coconscom novo.s em ex

periência negativa ocorrida, a êle ou companheiro de classe, há anos.

Para cada nota falsa do a um ex portador brasileiro, a classe impor tadora reage ã moda de uma imensa caixa do percurssão e o estrondo fi nal é infernal, seu eco interminável.

Em certos casos, raros felizmente, a mudança do produto exportado

O episódio passa para os anais da gatunice internacional, comprometendo, não raro de vez, qualquer possibilidade de colocação futura do produto no mercado onde se praticou a burla.

Com a falta e pontualidade tregas. focalizamos um fator que, infelizmento, talidade de hoje nunca mais. nas en-

caracteriza a quase tonossa exportação, ainda em diu. Admito que êle reflita unia série de influencias, muitas das quais escapam l)ortador —

cia do transporte marítimo, vagar e caiestia da estiva, falta de capaci dade dos portos, insegurança do avniazcnamento, cambaleies

chals do câmbio, extrema complica ção da burocracia pública, entre ouins, entretanto, refletem, também, nina certa complacência do tador ao controle do exíncerteza e insuficiêne entreexporeom o estado de coisas de certa forma já tradicionalizado e, falsamente. considerado como um mal de importância secundária.

Fato é: num mercado competitivo como dos EUA, a pontualidade se transforma num fator de importân cia dominante e, em condição de igualdade de preços e qualidade (o que fveqüentemsnte ocorre) do pro duto importado, representa papel de fiel da balança. Mais ainda, cei-tos casos (importação de roupas sobretudo femininas, ou de sens cn>yi! eni

FÔbro fonômeno bem amiúdc apreseTitado no comentário fitas, rendas etc... estações modificam radiponcntes em que as calmente estilos e tipos, por exem plo), a exatidão nas entregas c, pre cisamente, o fator predominante. Na finalmente malogi-ada tentativa df colocação de vinhos brasileiros noEUA. a falta de pontualidade de nosfornecedores teve papel prepon derante: numa zona de competição aguda, qual seja a dos vinhos onde, além do produto domé.stico, existem os importados da França, da Itália. Espanha, Portugal e Alemanha entre muitos outros, a regularidade das entregas é fator decisivo. sos

pou

cos produtos (carne verde e laranjas o certos tipos de queijo, tecidos, lugar de relevo)

identificado o como ob.-;táculo intransponível ao coEU.A: o* mércio l>rasÍl(‘iro ara os que se jindoiia mcnsural)ili<lado” a demanda ji den ra com ominar a “incoda oferta brasilei* 0 americana.

argumento ó racionalizado da sea) as encomendas desencadearão volume de suguinte maneira: do importador só se acima de um certo b) a oferta é inferior a primento; êsto volume; c) o círculo vicioso: o encomenda coloca importador enquanto o suprimento nâo lhe pa recer suficiente; o iiroclutor luio : I)rodiição nao se sem anima a estendei- a Fato é: com exceção de uns contar com encomendas seguras. Não há negar tiuo a oxigüidade da íconibinatla. uhás. . consefinanceiro) inibido 0 iaoferta brasileira subcajiitalização c com sua qüente vulncMabilida<le tem

proibida ou contingenciada nos EUA, o mercado consumidor norte-ameri cano está cm condições de absoi-ver qualquer — repito qualquer duto nosso. om cuja entrada é proAs condições basil , ocasionalmento, torêsKo da jirocura

A negativa cxjioricMicia ensejada p_e* muitas tentativas de colocação mercados extra¬ norto-aniericann. las da erva-male em ar

1) 0 produto deve petitivo, em preço, com congêneres de comparável qualidade, seja sua origem doméstica ou importada; 2) . ,,, manter estᬠveis; 3) esta qualid estes preços devem-se ade jamais deve .ser abaixo de certos standards e deve atender às preferências já institu cionalizadas do consumidor; suprimento deve, pelo seu volume e regularidade, satisfazer à demanda. Quanto a esta última condição, é natureza do produto

C3 são 4: ser com4) o claro que

xistência de exportações num setor onde elas seriam potencialmente pos síveis, geral mente, um, ou a combinação de alguns, dos seguinte.s fatores:

1) êrro de escolha na seleção do importador ou distribuidor; encontrar-se-á

por exemplo, corrobora a fator apontado. Na verdade, o argumento, tal como apresentado, comporta dois 1) é rara a platinos, influência do acima grandes exageros: cidcncia do fator em apreço; 2) sua existe. influência, nos casos cm que é muito menos pronunciada do Que imensa maioria dos I se alega, casos onde a interferência dêste íaineNa tor é invocada para explicar a tenderá a condicionar o volume de sua exportação, convindo ressaltar que “pequeno”, em tênnos de mer cado importador americano, freqüentemente significa “gi'ande”, em ter mos de mercado supridor biasileiEsta obsei-vaçâo enseja oportua ro.

2) erro de programação na colo cação do produto, mormente em tratando de produto novo;

3) insuficiente estudo de mercado e conseqüente alheiamento às exigên cias do mercado consumidor;

4) excessiva e artificial ênfase bre uma conquista global, de regional, do mercado consumidor objetivado; se sôao invés

5) êrro na fixação dos preços;

6) excessivo receio do risco exis tente cm qualquer aventura comer cial, exportadora inclusive;

7) falta de espírito de rança, de agressividade;

fundado dos fatos — em que seja tão aperfeiçoada a técnica de difi cultar a exportação, tão denegindo o mister de quem tenta realizá-la. Em número recente, a revista O Cruzeiro, em lúcido gráfico, ilustrou vivamente o estranho e complicadís simo labirinto burocrático pelo qual tem de trafegar a mercadoria que se destina à exportação, lação de formalidades que forneço a seguir serve, de certa forma, para confirmar A enume0 referido gráfico

8) tendência a persevecontemplar , resu mindo as múltiplas tarefas que se deparam ao João Teimoso, herói do artigo da referida revista. , E herói e mesmo, em todos os sentidos da palavra. . , ^ ope¬ ração almejada como apendicular a um comércio doméstico já institu cionalizado e injustificada zação” daquela a êste;

9) relutância satelitiem incorrer certos

gastos preliminares (envio de repre sentantes etc.. ..) indispensáveis.

Eis a lista, singularizando, para os efeitos do exemplo, mercadoria de origem paulista, a ser exportada pelo Porto de Santos:

l-°) Obter pedido do cliente;

nor-

Um fato é certo: o argumento da incompatibilidade da demanda te-americana com a oferta brasileira é doentiamente don-otista. Traduz, muito mais de que um fato concreto, falta de imaginação, de coragem e visão; traduz preguiça e inércia.

II — O Setor da Ação Oficial

Se é fato qne nosso industrial, artesão ou comerciante parece não

possuir vocação exportadora, é fato mais flagi-ante ainda que, mesmo a tivesse, poderes públicos, um obstáculo se insuperável à realização de missão. que encontraria na açao dos quasua

2.0) Mandar embalar os produtos para fazer constar na licença de ex portação: as unidades — peso bruto — pêso líquido e valor de frete quando GIF;

ao

3.0) Pedir licença de exportação Banco do Brasil (Cacex) em conjun to de 9 (nove) vias, colocando no verso da 6.^ via o preço do produto no mercado interno, acompanhado de uma carta ao cliente confirmando pe dido;

4.°) De posse da licença de expor tação entregar ao corretor para fe chamento do respectivo câmbio;

5.°) Preparar guia de embarque Banco do Brasil (Fiban) em conjun to de 9 (nove) vias;

6.0) Carta em 3 (três) vias à Ca-

— Fiscalização de Embarque, marcando o local e data de vistoria dos volumes

cex para compareciment

Não sei de país algum e digo isto, não como figura de tilo, mas na base de um estudo esapro- o

do fiscal, sendo que a mesma pode feita no porto ou em casos esfirma; Estação Aduaneira ser peciais na própria

7.0) Carta à de Exportação pedindo comparecimento do fiscal na vistoria; 8.°) Recolhimento da Lei 4.0G9, comissão do despachante aduaneiro seu sindicato; 9.0) Emitir certificado de origem no Centro das Indústrias do Estad de São Paulo; no o toridades responsáveis a isenção do Imposto dc Vendas e Consignações que viria onerar cm 4,8% o valor CIP da mercadoria que pretende ex portar. (Vide item 12 acima). Convém ainda rc.ssaltar que a enuciclo encerra o meraçao acima nuo

dc Mercadorias, clatura Brasileira há casos cni nue o exportador é obri gado a emitir diversas licenças de exportação, cada qual exigindo utna guia dc embarque, c cada guia de embaríjue pagamento da comissão acima O exportador, muitas vêainda tem de conseguir das auexigindo, por sua vez, o referida, zes,

10.®) Levar guia de embarque à Alfândega, para ser numerada; 11.°) Vistoria dos volumes na pre sença do fiscal do Banco do Brasil e da Estação Aduaneira de Paulo e respectiva lavração*

São de na base de 5 (cinco) vias. em das peripécias do exportador, regulamentos ad hoc para, virtualmercadoria exportada caso, vêm compli*^®^ Há mente, cada que, em cada mais ainda a operação de exportaçao.

12.0) Recolhimento do Imposto Vendas e Consignações 4,8% impressos 13.0)

Providencias consulares emissão de fatura consular em 4 4 (quatro) vias até 6 (seis) mento das taxas e vistos*

Há comissões, no Executivo ® simpli* Legislativo

15 0) Pi-aça’marítima; 15. ) Entregar os volu pagames na com panhia transportadora* 16.0) De , empenhadas em ficar esta avassaladora burocracia.

... posse dos documentos emitir saque juntando a documenta ção necessária para cobrança gando ao Banco do Brasil, câmbio;

Há umu corrente dc opinião pública que trabalha no mesmo sentido. En fim, há do par com uma consciên cia do problema, uma ciência dos meios para solvé-lo.

Há, porém, a dificultar a conse cução dos objetivos simplificadores. a oposição de todos os pequenos gru pos e subgrupos que vivem destas dificuldades artificialmente criadas s êste multiplicadas

17.0) Dar baixa no contrato câmbio no Banco do Brasil (FIBAN)^ 18.0) Recolhimento das taxas ’ entroseção de de por¬ . Há, também, imenso poder de inércia que adquire um organismo habituado a, por sé culos, funcionar dentro da mesma ro tina e que o torna refratário a qual quer desvio de seu circuito tradi cional, mesmo que o desvio seja na realidade um atalho.

0 resultado é que, entre a saída da mercadoria do armazém e sua tuárias.

A esta estarrecedora enumeração, deve ser acrescentada a circunstân cia de a legislação brasileira refe rente aos Despachantes Aduaneiros (Lei número 4 069, de 11/6/1962) pagamento de uma comis- exigir o são para cada guia de embarque, sendo que, de acordo coni a Nomen- entrada no navio, seu custo, não raro

aumenta cêrca de 15 a 20%.

Como, por outro lado, a legislação brasileira, veda, via de regra, a ven da de mercadorias em em consignação pendiosa e morosa aventura expor tadora, num simultâneo processo de banimento do pequeno produtor e de glorificação do intermediário.

o importador estrangeiro tem de, a forinu da Sü’j abertura de carta do crédito irre\’ogável, pitai considerável empatar um caaté que nosso roteiro de exportação Isto se traduz no avilse complexo complete, tanieiito do preço dc ria. em comparação nossa mercadoaos congeneres de qualidade comparável exportados por outros mercados supridores: pitai empatado vence juros que turalmente, são debitados pelo' i portador ao valor do

ca¬ naiinmercadoria importada.

Não creio que haja motivo para elaboração mais aprofundada do sunto: o que foi dito — fragmento pequeno do quadro geral — chega para patentear a tragédia as¬ em que se transforma a operação de tação. Poucos são os que sentem a índole de enfrentá-la; menos nume rosas ainda, os que têm as condi ções materiais de enfrentá-la.

exporUm mao assunto, explorane ramificações

Não reputo lastimável a fonnação de entidades que se dediquem ex clusivamente à exportação: pelo con trário, em parágrafo anterior, apontei-lhes a utilidade, e, dispensabilidade.

É pena, contudo que sua formação se deva ao retraimento e obliteração das fontes produtoras; é pena que elas surjam, não como um estágio mais aperfeiçoado num progressivo processo de especialização comercial, mas como uma inglória resposta aos caciquisinos ineptos de uma buro cracia dedálea e vetusta.

A ameaça mais desalentadora des ta burocracia é sua nítida tendência *0 gigantismo, através de um pro cesso de biodiânimica administrativa singular: mesmo, a ino êrro não é corrigido pela ,

pequeno, o, por sinal, excelente, nual foi recentemente publicado pela CACEX sobre do-Ihe as ambages

eliminação de suas causas, mas pela criação de um novo instrumento cor retivo. À medida tro burocrático, ^ais complicado ritual de formali dades, regulamentos, instruções e formulários em nove vias, cresce na turalmente a tentação do recurso à fraude. Nesse estágio, a exporta ção, já vitimada de tantas maneiras, que cresce o monscom seu cada vez

principais: a mera necessidade da elaboração de um manual para pesquisa exploratória ilustra, de for nia vivida, a extrema complicação da operação exportadora. Eliminada, assim, do mercado in ternacional SC encontra uma a maioria passa a ser policiada, com o expor tador colocado em caráter liminar, ua posição de réu. 0 que acontece c que 0 comerciante tradicional se retira, mento mais destro profissionalmen te, para enfrentar o policiamento: o contrabandista.

Ao mesmo tempo, nosso são artesanato, favorecidos grupos econômicos mais fortes, com recursos materiais suficientes para arrostar a perigosa, dis-

Hoje, é fato conhecido que o co mércio fi*audulento tomou conta de importantes setores de nossa sendo substituído por eleexporde nossas indústrias pequenas e mé dias, a virtual totalidade de

Os gemas para em os

tação, subtraindo aos cofres públicos substancial renda fiscal e cambial c causando à Nação despesas suple mentares sob a forma de uma fisca lização bem intencionada mas de exíguo resultado prático, círculos diamantários norteamericanos estimam em não menos de 20 milhões de dólares o valor das brasileiras contrabandeadas, geral através da Europa, Estados Unidos. Via dc regra, o diamante sai do Brasil como pedra bruta, sendo lapidado em Antuérpia e Roterdão, dali sendo, desta vez, ofi cialmente, exportado para os Estados Unidos.

A quase totalidade das pedras mipreciosas brasileiras lapidadas saem do Brasil elandestinamente, quanto os exemplares mais bonitos e valisos de água-marinha, topázio, ametista o rubi são transportados em estado bruto, ilicitamente, a Alemanha, tendo ’ seenpara seu maior mer

casualidade de ridade, complicação c cambial. nossa política

Fato é: a i mbial do Go- Jülilica itudo critico já foi feito e e.sc:ipariii, desfarte ca vérno, cujo e.s muitas vezes . . . ao âmbito <lèste artigo, constitui, irmanada a papelocracia obstáculo complcnicmtai

ção, possivelmente o mais importfuite de todos.

É verdade problema é não se trata existente, um à exportaaspecto do éste mais complexo; efeito, de i <jue muito mais, com nfini- uma simplifioar sujiriinir ou dade de formalidades mais ou menoá . mas de bulir em matéria exemaranhada de unia parte inócuas tremamente delicada e onde a manipulação

afeta o conjunto todo de unia neira difícil a prever exatamente. Impõe-.se contudo observação^ fun damental no teneno dos princípios, ●actcrística mais perniciosa de reside niearbitrariemna cai nossa política cambial nos na variedade ou cado internacional na Cidade de IdarOberstein. Eis uns outros tantos

dade das taxas cambiais dc que na sua rigidez. (Qualquer sistema c 15 a 20 milhões de dólares sub traídos ã nossa receita cambial.

Em ambos casos, a fiscalização, posto que severíssima, adiantado para sustar o fluxo de exportação ilícito.

Um fato é conspicuo: o comercian te tradicional diamanteiro saiu vir tualmente da exportação de diamanFoi substituído pelo contraban dista, cujo lucro aumenta em pro porção direta da severidade e variedade do controle exercido.

O contrabando e a fraude, qualquer forma que esta assuma, 0 resultado de uma traduzem tamuada tem tes. que seja a não são apenas burocracia indouta;

_ , bém a tremenda vacilaçâo, uuegula-

imobilização das taxas de conversão, admitindo revisões pe- mesmo que riódicas, introduz, na exportnçuo, um do influência elemento cie incerteza

Taxas fixas oii negativa poderosa, revistas periodicamente agregadas a custos de produção móveis, intinw* mento associados ao desenroscar da impossibilitai'' da exportaÉ ncespiral inflacionária qualquer programuçao curto têrnio. çao sistema inclua nui' automática, a aumento do custo de da deterio, mesmo a cessário que o canismos de correção

íim de que o produção, representativo ração do valor interno da moeda, seja contrapesado polo fator de con versão cambial, ao invés de, artifi- |

cialmente, hipertrofiar o valor-dólav da mercadoria exportada.

Note-se (pic a suírestão formulada não c obriíralòriamente no sentido de colocar a exjiortação no câmbio livre, embora fô.sso esta, jior ser simples, a solução mais natural. O que SC recomenda ó a inclusão de servo-mecanismos que estabeleçam correlação constante entre custo da vida e valor-dólar da moeda nacio nal. com vistas a permitir a esta bilização a curto, médio o, sivel, lonpTo prazos do valor-dólar da mercadoria exportada.

Ao invés de um sistema de revi sões sincopado, um que assoR-ura a continuidade da revisão e a regularidade do fluxo exportador. Assim, e só assim. ])oiiorá o tador proR-ramar — condição basilar do estabelecimento do fluxo de por’tação a mais se poscom isso, exporexao inves do jogar roleta.

Em síntese, o que, para muitos, parece operação fraudulenta; o que, face â lei, de fato é operação fi*audulenta. não passa, em essência, de um hedgiug contra a desvalorização de nossa moeda destinada soluções de continuidade no fluxo de exportação. a evitar Abusos poderá haver, mesmo porque é impossível ao portador fixar de antemão a dimen são da referida mitir sua exmargem para perprogrossiva absorção até a determinação de uma nova taxa de conversão cambial.

uma coml)inação. dos seguintes fa tores;

Esta ospecialniente aquelas exportações em que a taxa de câmbio específica fica muito distante da taxa do câm bio livre (ou melhor, do câmbio ralelo).

operação ilícita caracteriza pa-

2) Superfatura o valor da merca doria, rostituiiido ja em cruzeiros, ao importador, seseja em dólares li vres, pequena fração do preço oficialmente cobrado. É manobra de redu..ida utilização neste momento U que acontece no momento é o oposto: para poder manter um blante de estabilidade no valor-dól da mercadoria que exporta, o tador tom dc recorrer a um semar exporou a e inflação crescente, associando-sc a operações de (a) a taxa de exportação em que conversão cambial não

1) subfatura o valor-dólar da cadoria exportada, recebendo a di ferença no exterior, em dólares o, com isso, introduz uma variável de livre controle na rígida cambial, ve-lhc para manter inalterado lor-dülar do artigo que exporta obstante o aumento do custo-cruzeiro do mesmo, até que êste a absoi*ve totalmente; chegado o momen to de total absorção desta margem, a exportação só pode continuar as autoridades cambiais modifiquem a taxa de conversão. merseu equação

seja mmto afastada daquela vigo rando no mercado livre, e (b) um pieço mínimo de exportação tenha sido determinado pelo Brasil. Banco do

Esta pequena margem sero vanão caso

3) Não expoi*ta mercadoria de qualidade idêntica àquela descrita nos documentos de exportação, cebendo por fora a diferença de lor decorrente desta diferença de qualidade. reva-

4) Não exporta a quantidade de mercadorias idênticas àquela descri ta nos documentos de recebendo por íoz-a exportação, diferença d a e

Conclusão decorrente da diferença de valor > quantidade.

‘ Convénr assinalar que as recentes Instruções n.os 23G e 258 da Sumoc traduzem nova orientação de nossas f-. autoridades cambiais no que diz res●' peito à exportação de produtos f nufaturados. Ao facultar ao maexpoitador a possibilidade de dispor de r um têrço de seus proventos-dól f para aquisição de equipamentos, adoy u, de fato, um sistema de taxa I cambial móvel em are 5 que um têrço do

A diversificação de nossa expor tação, tema real <lêste artigo, consdifícil. Os obs- titui-se em empre.sa táculo.s íjue se lhe deparam são, gran des, numeroso.s; alguns são reais, oualguns, por cons^ ser removidos con’ tros artificiais; guinte, poderíam pouco de coragem, outros, contrário, levarão anos para ser e consciência da existenobstóculos. contudo, cria rá a ciência de sua eliminação; exenv seguidos' um minados. cia desses ]j1os não faltam a serem

dólar exportado passa ter seu valor detenninado pela taxa do câmbio hvre. Assim, o sistema não apenas mais enseja ao exportador um dólar remun modelos poderão ser .soluções finais, entretanto, deverão onsideraAs imitados. levar erador em termos de assegura-lhe cruz uma eiros; correspondência , em cada caso, ção, fatores peculiares costumes o comportamento, luções finais, ne.ste sentido, não po derão deixar de conter certo conter¬ em c nosso? As soa de originalidade — a nosso constante e automática entiior deste dólar híbrido cado livre.

É de se losofia esperar que esta e o vae o do mer-

nova fi em matéria de câmbio

se generalize; bremaneira

seus efeitos serão soauspiciosos sobre o pa norama mteiro da exportação.

ciante, a nossas tentes no setor de exportação berá em íntima cooperação, trá-las. autoridades con en tpecacon-

AGRICULTURA E FERTILIZANTES

Augusto

da Confcde n (I\ilcMra lut içao Nacional do Comércio)

JÁ houve <iucm escrevesse que prosperidade é semelhante uma árvore: a agricultura é a raiz, a indústria c o comércio são os ramos e as folhas, sofre, as folhas caem, os ramos destacam-se e a árvore morre. a a sua

Os progressos da ciência e da téc nica, entretanto, possibilitando vertiginosos avanços da os indústria, vão aos poucos tornando as cidades lentaculares e sacrificando a econo

Se a raiz cinados despovoam-se a passos céle-* res, o operariado rural, abandonado 3 dos cuidados e desvelos do poder pú-'‘ blico que os reserva para os gran- i, des núcleos urbanos de população mais instruída e mais exigente, peima-: nece largado de quaisquer medidas, ] mesmo rudimentares, de educação e de higiene.

CO, nações

O fenômen a quase todos longe. o é generalizado, atinge ,● os povos e vem de -i mia das nações, que, se não podem, devem deixar de enveredar pelo minho da industrialização, reclamam os imperativos da hora his tórica que estamos vivendo, podem e devem fav,ô-lo sem esquecer qvie a terra antes de tudo é a fonte soncial de riqueza o de prosperidade: ainsi languit ractivité d’im cacomo o estt pays

Contra êle tèm bradado, sem que ^ e cei o tempo nada, ou muito pou- 4 conseguissem homens de Estado'^ dos nm.s ilustres das várias prejudicadas.

Jules Méline escreveu em 1912 o ' seu famoso “Retour a la terre”, pleno de argumentos em prol do re- 2 torno a vida do campo que êle de- qui ne veut itas comprendre Tagriculture est sa source et que la prosperité agricole commande 1’ensemble de son que principale resecono-

mie (D’abor la terre Braibant).

sejava se fizesse “par la Science et ; para Ia concorde, par 1’union de tou- 3 tes les volontés Marce! j ct 1’effort commum ' e ous^ les français desireus d’éga- -v User, d’harmoniser l’ensemble de la ; produetion nationale”.

Um relancear de olhos sôbre atividades legislativas e governamen tais de quase todas as nações, de muitos decênios a esta parte, demonsti’a, à evidência, a preocupação, senão exclusiva, pelo menos prepoderante em todas elas, de estimular, defender, amparar a indústria, relegando-se para plano subalterno cundário os interesses da indústria mater, que é a agricultura.

Em conseqüência, os campos aluas e se-

Alguns anos depois, em 1903, Vandei^velde, estadista belga, lançava L’exode rural et le retour aux '* chanips”, o brado em prol das cias- ' 5€s agrícolas e da industrialização da agi-icultura, como alicerce do reergmimento. o « em seu

Sente-se que 0 mo-vimento de denção da vida rural vai hoje quistanJo as melhoi-es para a agricultura se voltam opiniõe os recons e hoj ■

les formos du comson salue, trios, et tontos mais advertidos de vá;i testa da civilização, argentino mens públicos intorossent a merco st>n , , j le rélévmnonf du pouvoir d’achat át ie lour ])crmettrait notro paysanncrie rias naçocs

Generali-a-se o que

Amadeo traduziu fielmente em relação às clas“Elíis son Ias prode Ias substancias alimenindispensables para la o Tomás nestas palavras agi'árias: scs veedoras ticias

vida y de Ias matérias primas ne la activiJad i:idu.strial.

mas cessarias a Todo el edificio economico dc una nacion está ba.seado sobre lo.s fun damentos cconomicos dc .sus indus trias rurales; y si se considera la in terdependência de los pueblos, cada vez mais intensa, puede assegurarse que la producion de la.s substan cias agricolas constiíuye ol funda mento economico dei progresso dei inundo”.

Preciso é acentuar que não defendemos aqui o abandono das ati vidades indus triais. Não so¬

de SC rclovor en ranimont notro mar* dcvoloppant no* chc intorieiir o( on tre inarcbé colonial. I/origÍno pnn* cipalo dos difficiiltés dc loutes les branches do 1’aclivité ccononiique est dans rabaissemonl du pouvoir d’acl-at de la paysaniioric; ar sujto de Ia deflation du priz dos prodinl.< agricolos, la nioitié do la population françaiso cst reduilo a une condition inforirour á uno oxistonco dc pvi’ mitifo”.

Estas palavras foram escritas p^J' França, mas aplicam-.so com tôda u justiça a tôdas as nações. As po pulações agnco* as classes ni* a Ias

e n) s a o, delas, a rais, nuvitas ●ande maioria, a grande con.sumidora. in a s s n Co* -.-to. _cv< i-'K? .vva mos contra a in dústria, porque não demos ser contra Indústria mano. avan çar, avolumar-.se, pro.sjierar a indús tria, o comércio, se essa gra*^do grande massa, pcl^’ fa/or mo maioria, se essa

somos nem poo progresso hue agricultura não são termos que se oponham ou ati vidades que se entredevorem. O que devemos é amparar uma harmonb.ando-as, criando e oupos- tra, abandono e pela jiobreza em que ve, em face das iirccárias conúidedica. VIções das atividades u que se não tem fôrça aquisitiva, não teni der de compra, não para adquirir o que a duz e o comércio faz tom recu indústria circular? sibilidades a que as duas vivam e prosperem, tratando com iguais cui dados os operários de ambas, a to dos permitindo condições de vida, educação, compatíveis com saúde e rso?

A interrogação cresce de releva> cia no Brasil, porque a população brasileira é a mais rural do miiudo; total. é das quo o standard dc bem-estar, reclamado pela situação presente do mundo vilizado.

É exatíssima a afirmaçao do MaTagriculture ne ei¬ ti rechal Braibant: , em relação ao seu das maiores percentagens de campo neses apresenta, sendo de obsei’var pior possível a condição do U que e a homem rural brasileiro”. (Luiz Ama- fait pas seulement vivre les indus-

ral “Aspectos fundamentais da vida ruraj brasileira’’).

É irrecusável a relevância da agri cultura no concerto da economia na cional. Urge, pois, aparelhá-la para que cumpra a sua tarefa.

suas

Um exame mais cuidadoso das necessidades, leva-nos a catalogá-las nas se;.=:uintes categorias essenciais: a) educação e saúde do trabalhador i-ural; b) crédito agrícola; c) trans porte; d) mecanização; e) seleção do sementes; f) armazenamento e silagem; g) conservação do solo; h) combate às pragas; i) irrigação; j) fei'tilização do solo.

Tratarei aqui dêste último aspecto: u fertilização do solo.

Para êste aspecto do problema cabe invocar os cuidados e a atenção das classes rurais e dos setores ad ministrativos do Brasil.

A população brasileira, não obstan te os recontes e rápidos progressos das atividades industriais, ainda vive em mais de 60% da agricultura e da pecuária.

Temos, assim, que encarar o solo. terra cultivável, como o mais va lioso patrimônio, e, do mesmo defender Osse patrimônio por todos os meios e processos ao nosso al cance.

Não cabe permanecer no ufanismo de que somos a terra mais rica do mundo, terra sc esgota pela agricultura in tensiva e ininterrupta, pela pela derrubada das florestas, pelo fogo e queimadas que o nosso agri cultor imprevidente e inciente ateando para conquistar terras que instalar as novas culturas. a passo.

0 resultado inevitável tem sido um só: 0 baixo índice de produtivi dade em que, já agora, nos apre sentamos aos olhos de outros povos mais avisados e mais sabedores de que também a terra precisa ser de fendida.

A lei universal nos ensina que só há um meio de manter ou restaurar a fertilidade do solo e assegurar a sua alta capacidade de produtivi dade: — é recorrer aos adubos c fertilizantes, é restituir ao solo, ou a êle trazer, os elementos minerais de que necessita para que possa vitalizar a vegetação, as lavouras, dc que o homem tira a sua subsistência. i

É preciso dar à nossa terra que empobrece os elementos de que ela necessita, os corretivos, os adubos, os fertilizantes de sua que carece para restauração em poder de pro

A verdade é que a nossa erosão, vai em dutividade.

É questão de utilizados o exige.

Por felicidade, temos, por êsse as pecto, recursos e elementos naturais, que tudo indica serem, quantitativa G qualificativamente, suficientes para atender às nossas necessidades, serem explorados e como 0 interesse nacional Os fosfatos, 0 fosfato moído, o cálcio, tudo isso as nossas ja zidas já conhecidas revelam em abundância, jazidas de fosfatos, de origem orgânica umas, de origem magnéticas outras, jazidas sedimen tares dos calcáreos ainda outras. Um trabalho de Noyer, citado por Sylvio Fróes de Abreu, e publicado em 1944, coloca o Brasil como o sexto país do mundo em matéria de reservas de fosfatos, logo abaixo dos Estados Unidos, União Soviética, Tu nísia, Argélia e Marrocos.

Fróes de Abreu contesta os dados do Técnico americano, mas ainda as sim vc com otimismo as nossas posna matéria, concluindo afirmar que há “quantidades supjira um enorme surto da sibilidadcs por ficientes indú.stria de fesfafos m> Brasil du rante mais de um século*’.

ino uma ativitlacie especulativa, vi» saneio a allris lucros e remuneração ráj)ida íle cai)ital.

Ela devo ser amplamente apoiada pelos po.leres piiblicííS a fim de go zar de estabilidade e de uma garan tia que liíc })ermita progredir com uma margem e Iiu-ros razoável.

O que é necessário é seguir política sistemática e seria de apro veitamento dos nossos recursos e das nossas possibilidades.

E indica as medidas

Sob o aspecto econômico vém onerar a indú.stria altos enquanto se pode cha fosfática uma a adotíir; não concom preços importar roa pi*eços muito redu zidos, mas dc outro lado, para a^ segurar uma estabilidade à indústria e colocar o abastecimento a salvo do crises consequentes à íalta T transporte ultramarino uriinr 1 seja aparelhada a nrodnr-in ^ ^ de minérios fosfatidos. Ess^d"”' ser a orientação a fivav ^

Para isso é necessário isentar do impostos, legular o mercado, fomen tar o consumo, dai- ciédito ao consu midor, enfim, criar um clima favorá vel a e.ssa atividade, para que j)ossa ser realmento um iirecioso multÍj)licador de ri(juezas. (.'omo o fosfato é um grande estijnulante da j)roduçá«> agrícola, su.\ indústria deve ser encarada conio atividade de Jilto inte-rêsse nacional, merecendo assim a maior atenção dos técnicos o dos dirigentes do País”.

te do estudo da nossa situaçârbiía"' ceanüo as nossas disponibilidad materias-pnmas e considerando rência de certos produto cado internacional.

A política nacional de tes fosfatados deve

zansando ao interesse da

1GS de a camer- s no fcrtili ser norteada vi-- produção agrí cola e como tal a industria deve-.so adaptar hs conveniências do con.su-1 midor para que o adubo possa ser para o lavrador um ampliador de colheitas e nâo um artigo de luxo, a ser usado com parcimônia.

Outro estudioso do prol)loma, Josc Eacerda, foinuila a política a seguir nestes têi-nios: “Não basta, a fim de quo a Nação fertilize as suas terras, em ))roccsso acelei*ado <1^ exaustão, com adubos existentes cm seu território, a existência dêsses mesmos adubos, cm estado latente. É mister igualmente a adoção dc uma política econômica, que posso resumir nestes itens; ela

IP) isenção dc todos os direitos importação de maquinismos destinados à fabricação de suporfosfatos, inclusive maquinismos neces sários rico, tilizantes; para à fabricação de ácido sulfúpara a composição dêsses fer- Dadas as condições econômicas do ainda essencialmente país, nosso agrícola, a senvolviniento industrial operado nos tempos recentes, a indústria de fer tilizantes não deve ser encarada codespeito do grande de-

2.0) isenção de direitos alfandc' gários para a estrada de autocaminhões para transporte de minérios

destinados à fabricação de fosfatos;

superfederais, estaduais e munie marítimos, as matérias-primas desfahrieação do adubos qui-

3.0) isenção de todos os impostos e taxas cipais que recaiam sôbre jazidas de rocha ajiatífera c sôbre fábrica de superfosfatos;

4.0) abatimento mínimo de ÔOÇ'»; nos fretes ferroviários de tedas tinadas à micos c nos transportes dêsses fer tilizantes”.

Como so vê. coincidem, núcias. os da matéria.

salvo mil>ontos de dois estudiosos

Nessa matéria <le fertilizantes to dos os ]lOVOS tando jiara de ]>roduzi-los c utili.á-los cada mais.

É que a perspectiva do imi mundo em que a produção de alimentos seja insuficiente para nutrir a pojnilaeão a todos poucos clcspera necessidade imperiosa vao aos vez contínuo crescimento em

Na Análise anual da Produção e Consumo Mundial de Fertilizantes referente ao ano de 1054. assinalaque no peiáodo compreendido en tre 1938 e 1953, isto é, em 15 anos, produção mundial de fertilizantes nitrogonados e potassicos duplicou e a de fosfatos elaborados 1.75 so a cresceu de A de fosforita subiu vezes.

de 500 toneladas om 1930 para dois milhões de toneladas em 1950. No que so refere ao consumo o mesmo trabalho assinala que duplicou cada decênio, embora haja ainda não pouregiõGs do globo em que não é conhecida a aplicação dos fertili zantes, e outras cm que faz cas 0 uso so om quantidade muito inferior ao que seria necessário.

Na nossa América do Sul, o que revelam os dados estatísticos é o qnc consumo de fertilizantes, de modo fforal. 6 ainda muito fraco, de modo que o que dele.s se utiliza ó ainda in suficiente para restituir ao solo senão em mínima parte os elementos ati vos que lhe são roubados pelas cul turas ou de qualquer outra forma, o^quo levou a Organização das Na ções Unidas o pnra a Alimentação c apavora.

E o meio de fugir à calamidade é um só; ó tornar a terra mais fér til. e dela tirar o máximo de rendi mento, é dar-lhe os adubos c ferti lizantes de nue necessita para cres cer e multiplicar a sua capacidade de produção.

As providências administrativas e legislativas dos povos mais adian tados orientam-se tôdas nessa sa lutar direção, e os resultados aí es tão a patentear a sabedoria da polí tica adotada.

a Agricultura a afirmar, em um dos seus relatórios, caso do Peru. que. excetuando o ns quantidades consu midas nor hectare de terra cultivada são diminutos em confi*onto com as dos países de agricultura evoluídaNa Conferência realizada no Pio de Janeiro em 1950 para examinar o problema dos fertilizantes na Amé rica Latina, há bem documenta o seguinte ciuadvo que nossa afirmação; a

ICONSUMO DE FERTILIZANTES COMERCIAIS NA AiMEUICA LATINA POR HECTARE E POR PAÍSES 1 í) 1‘=^-1 í> í9

Sunerfície cultivada País Ha

Areentina

Bolívia

Brasil

Colômbia

Costa Rica

Cuba

Cbile

Equador

El Salvador

Gxiatemala

Haiti

Honduras

México

Nicarágua

Panamá ’ ]

Paraguai

Peru * ’‘'

República Dominic

Uruguai

Venezuela

Como se vê o ,● i- A - «^o^sumo de ferti lizantes na America Latina ^ tão apenas de 3.33 quilogramhectare, enquanto os países evoíuV dos como é o ca-^o do Canadá e do' Estados Unidos, ofereciam de 17,8S.

A despeito disso, sente-se agora os paíse.s latino-americanos tão adquirindo consciência da rele vância do uso dos fertilizantes e adu bos. cra en¬ as por a cifra qne já es-

Daí a abundante legislação que se apresenta em vários deles, atenden do aos problemas relacionados aqueles produtos, desde os referentes com

h Produção, Uruguai, pof qivo exemplo, procura fomentar mediante faoilitacão reduzidos o módicos, méreio. focalizado e vigiado pelo po der público para evitar a fraude. o ao agricultor por preços até os do co-

É verdade que do ponto-de-vista íogislativo. a Améj-ica T-atina toni-se preocupado mais com o comércio doa íertili; antes do dução. que com a sua pro-

É assim que, em publicação recente da PAO, se verifica que a Argentina legislou sôbr dutos destinados à fertilização, a Co lômbia regulamentou o seu comércio, controle dos pro- G o

Costa Rica ciiidou da venda e regu lou esta venda sob a forma de em préstimo. a RejMíblica Dominicana

estatuiu os reciuisitos par tação, o Equador cuidou da qualida de do produto c facilitou a sua im portação. o que também fôz a Nica rágua, a Venezuela cxpeclui montação quanto a fabricação das, o Peru tem as suas leis volta das para o comércio, produtos Í7uportados, cupação do fovnocc-los duzidos. e. 7iosso mesmo

subsídios para a produção nacional, e facilitou-se a importação de ma terial destinado h fabricação ao país. declarada livre de direitos a sua en trada.

Também o Chile enveredou pelo caminho do auxilio ao uso dos ferti lizantes. e concede prêmios, créditos, bonificações aos agricultores e às suas cooperativas, para que possam desenvolver a exploração, elaboração e venda de seus produtos.

a a imporregulao vena venda do.s com a preoa preços rerumo, a legislação dos outros povos latinoamericanos. Mas as providências o Quanto ao Brasil, e ao que resulta do quadro anterior, o consumo de fertilizantes é ainda insignificantíssinio, inferior a outros países latinomcdiclas aclmiíiistrativas

C‘Ies exi.stem, visando n produção lo cal e o fornecimento à cm todo agricultura s americanos. como o Peru, Guatemala, Linle, Cuba. Honduras, Panamá c \ enezuela. Ü fato decorre em granoe parte da incultura dos meios agrí colas no seio dos quais de produtos em cotidiçõcs de produtividade das terras, tando sobretudo a quantidade Ihorando a qualidade dos genoros ali mentícios que a humanidade reclama cada vô'. mais agudamento, tai* os deficits que certos sociólogos e economistas .sombriamente acrescer íuimenc mea inwa evianun, em vastas i-egioes do país, ainda não se che gou a perceber a importância do fa tor adubação no trato das lavouras.

Mas nao cabe desanim gulhnr em pessimismo, elite de lavrador prática e ã salutar ar nem merJá há uma es entregues à boa - orientação ciam.

Por êsse aspecto cabe destacar orientação do Uruguai, onde, para u efeito cie fomentar a produção agricola aumentado o rendimento do lo e cio favorecer o cultivo inten das terras mediante a entrega agricultores de adubos a preços a sosivo aos , e eis poique 0 consumo de fertilizante? vai crescendo de ^ ano para ano, Certo é que temos de procurá-los em boa porção no exterior.

Assim é que, já em 195G, ora a se guinte a importação pelo Brasil de adubos, valor: exprossa em tonelagem e módicos, acha-se até a desapropria ção, declarando-se de utilidade pú blica a produção nacional, mo tempo, firmou-se uma política de Ao mes-

Produtos

Salitrc do Chile (sódio e potás.sio)

Sulfato de amônio

Nirtato de amônio e Cal e outros aminitratos .. . .

Sufanitrato de amônio

Uréia

Cianamida de Cálcio

Sunerfosfatos simples e triplo

Rhenânia fosfatos e outros

T^nnofosfato

Escória de Thomas

Farinha de ossos

Fo'5fatos naturais não moídos

Fosfatos naturais moídos

Cloreto de Potássio

Nitrato de potássio

Adubos complexos

Miscelânea

Ainda

nos seis primeiros meses do ano seguinte, de janeiro a junho, a nossa importação na espécie era es-

PRODUTOS

Adubos químicos diver

Cloreto de potássio

Fosfatos naturais

Salitre do Chile

Sulfato de potássio ..

Superfosfatos de cálcio sos

Cabe acentuar que a produção na cional de fertili;.antes vai em os fatores à vista indicam ascenque sao, e

Os Es- futuro proniissoí’ na espécie, tados de São Paulo. Minas Gerais. Rio Grande do Sul, Pernambuco, pe las camadas dirigentes de sua econnoniia e pelos seus governos, estão procurando entrar em uma fase dc crescerá. Não tenho dados recentes a respeito nias os mais antigos re 1944 produzimos só velam que em de minério fosfatado 5 216 tonelada.s métricas, em 1945 passamos a 7 463 e em 1946 a 10.421. As jazidas, so bretudo de fosfatos, descobertas no realizações prov^eitosas.

oficial do .‘v’56.617 ta, conforme publicação Banco do Brasil: > Mais ou menos em relação a

A jazida de Olinda em Pernam buco, para dar um exemplo, devido * à iniciativa de um industrial inteligente e progressista, tem uma ca- h Brasil, autorizam a pensar em um

pacidade do i>rodução de perto de 50 milhões de toneladas, em condições excelentes do explorabilidade.

Com os reno

pouquíssimos anos do início de explo ração, e com auxílio técnico do Minis tério da Afíi-icultura, já envovodou pelo caminho do produção c cabe sa lientar quo está batendo todos cordes internacionais de eficiência campo da industrialização de fosfonta.

será a fábrica de fertilizantes nitrogenados que a Petrobrás está cons truindo em terrenos da Refinaria de Cubatão, com a produção diária pre vista de 40 toneladas de Nitrato de amônio granulado e de 230 toneladas o mistura de nitrato de amônio com calcareo, devendo grande Estado fato muito . ma, Jacupiranga se acrescentar no íis reservas de fosconsideráveis em Ipanee Serrote-Juquiá. i V

Nos demais Estados do Brasil há. om 0 os êles, em alguns já em co meço de exploração, utilização muito há adubos minerais de cuja que colher em par e fertilizantes

Não há por êsse nssim senão motivos pai-a aspecto confiar no futuro a reeupc valorização do trabalho rural, com base sos minorais ricos em fertilizantes, de que dispõe o grande Estado nos recurmondo nosso País.

0 que é essencial é tiva privadaconjuguem na dia política de e da e rtcupe que a iniciae a governamental se pcática de uma satanhezQuanto a São Paulo, basta derai* o notável empreendimento c ração do solo valorização do trabalho rural. onsique

Quanto a Minas Gerais, cabe des tacar o louvável empreendimento d FERTISA, a que se associaram para o resultado o profícuo cientista Djalma Guimarães, o poder público tadual e a ação cio homens de animados de espírito a esnereali ● gócios } a acrescer nosso solo. produtividade do a zador, todos voltados para agrícola c a raçao

A FOTOGRAFIA AÉREA E O BOI

[osÉ SicT/im

PARECE que uma coisa nao tem nada que ver com a outra, realidade, no entanto, é que aquilo que enti-e nós faz mais falta ao boi, enxerga-se melhor, em extensão gravidade, nas fotogi-afias verticais.

por arqueólogos. j)OÍs pequenas de sigualdades do terreno, imperceptb alinhadas veis no chão )ai'eceram

A e aereas , nas fotografias de quai’teirões cí zena de metros aj denunciando ruínas ruas sob uma de. de areia. um dos 01 vegetação Quanto à pectos ejue mais tinguem nas foto dis.

Desde o começo de 19GI destas linhas fàcilmenle se aéreas c a cerrado c grafias o autor vem estu\.'ando diàriamente fotografias aéreas com controle de sempre campo o campo Com prática, e conformo das fotografias, aprende, distinguir os vários tipos dv os di. cüino diferença entre a mata. , tendo per corrido em jeep 10 mil km2 da narto NW do Estado de ^ maneira sistemá tica, a fim de retocar geológico.o mapeamento executad previamente « a escala mos a mata e capoeira, liem versos tii)OS dc cerrado, grafias na e.scala dc 1 ;40.000 o corrado possui tom iiniformemente acmzentado (a mata c pieta), nias ceirado de faveiro, que é o melhor dos tipos, se distingue polas copas algc 0 cin.

Diz-se sar> m-, fotografias aéreas sao maravilhoso livro aberto qual os que sabem ler encontram historias fascinant meiro lugar no es. O quG em prise ve é a topografia e a vegetaçao. Conhecendo a eeologm geral e o clima da região no demos identificar pormenores' geoló gicos pela forma e pelas i dades do relêvo. - irregulari-

Nas íotomais escuras destas árvores, o estudo das foto- apenas mediante í?rafias aéreas.

zonto-claro uniforme fica gado dc minúsculas manchinhas mais escuras, outros tantos faveiros, que podem ser contados usando lente do Cerrado de barbatiniào ))intalaumento, ,. , quebra de gradiente em encosta de cada infle.xão de córrego sua e.xplicação quando morro e possuem enxergamos nesta e.scala é uniformeniente acin zentado, mas em 1:25.000 já sc dis tingue 0 pintalgo, ainda mais miúdo que no caso anterior. O pior cor' rado, o de inclaiá e burba-de-bodo. é uniformomento acinzentado até m\ escala o 1:20.000, sondo cinzento muito claro na escala de 1:40.000. variação da intensidade do toiv cinzento dos cerrados indica muito bem a variação da natureza do solo gi'anulação o camada A e as mudanças, em espessura tôda e comparamos idên ticas feições cm muitos outros morPodemos ver a regjao ros e córregos, > aparentemente tão escondidas como a profundidade de decomposição da existência de água subterNo Oriente Médio as fotocoisas rocha ou rânea. if grafias aéreas permitiram surpreen dentes descobertas de cidades soter radas em regiões muito vasculhadas , que ocorrem na geológica aflorante. Mas antes do (

tudo indica no solo certo teor quí mico vital, limilanto, ]K\ra a agro pecuária.

No traballio de campo citado pro curamos com os agronomos regio

raizes, não podendo acumular-se porisso acima daquele limite, cousa, aliás, que se obseiTa também com o nitrogênio solúvel.

batimão, apresenta0,0-4 ME. Cervatlo de faveiro, 0,05 ME. Com 0,00 a vegetaçuo cerrado, mas elementos veget^iis típicos do cerraa invadir os pastevras do cultura fracas, chade segunda”, principalmonlongo de caminhos, onde as va rf nao era de do já começavam tos c madas (< te ao queimadas

Desdo 0,07 ME para cima não ha via mais elementos do cerrado. Boas matas apresentavam desde 0,10 ME, de cultura chamadas “de oram, mais frequentes. nas terras primeira 0,15 ME.

Com a prática, mal os citados ami gos nos mostravam na fotogi*afia o ponto de tomada da amostra de solo. era-nos fácil surpreendê-los nais e fazendeiros tôdas as análises do solo quando era possivol botar uma cruzolu em fotografia assinalando oxatamente o local onde a amostra do terra tinha sido tirada. Dc imediato verificamos que havia um teor estroitamente corrolaaerea 1 cie acertando o teor de fósforo dispo nível com precisão de 0,01 em cer rados, antes que nos fôsse apresen tado 0 resultado da análise, como se as fotografias aéreas fossem um instrumento de análise química, rá pida e exata, daquele elemento. Aqui está, pela mesma raião, correlação estreita entre as fotogi’afias aéreas e a boa cionado com a natureza do cerrado. Era o teor de fósforo disponível, isto é, não o teor total ou trocávcl desto elemento químico, mas o teor plantas no são capazes utilizar. Onde ^ que as geral de havia induiá o teor } não passava dc 0,03 ME. Campo cerrado ralo, de bar- menos vinocultura, pois o teor de fósforo dis ponível no solo é o fator mais impor tante na produtivi dade do gado. É questão de fisiologia vegetal que as raízes nas direções em que encontram suficiente fósforo assi milável. Quando este existe não ape nas na superfície do solo, mais rica em húmus e menos pobre em cál cio, mas também eni profundidades maiores, as raízes se fonnam abun dantes 0 longas. Quando o com primento delas dobra, o volume de solo utilinado pela planta fica mul tiplicado por 8, isto é, cubo de 2, por se tratar de espaço tridimensio nal, Os capins obtêm 8 vezes mais água e nutrimentos e escondem-se melhor da sêca, sofrendo muito me nos da falta de chuvas no semestre sêco. Na estação chuvosa o cres só crescem

altas e densas o solo não podia ter mais de 0,12 ME de fósforo dis ponível, porque este elemento químié intensamente utilizado pelas apresentavam mais de Certamente sob as matas CO

cimento da pastagem é muito mais rápido e exuberante, com teor mais alto de proteína, porque as nossas chuvas, acompanhadas de relâmpa gos, contêm nitrogênio solúvel, pois a ozona convei'te em nitrato o azôto atmosférico. Mas só as plantas

quo com suas raízes ocupam bem o solo são capazes de utilizar de maneira completa êste nitrato tuito antes que êle grase perca nas

Km toi>o^rafia plana, rocha 0 solo é

vas. j)obre significa arenito, permeável, fíicilmente lixiviado. Are nito Bauru com cimento calcário é bastante jjermcável, c a to])ografia é plana no alto <Ie lombadas, mas não se trata do rocha j)obre e porisso 7ião há cerrado.

Topogi*afia plana em bre significa que todo chuvas intemsas do .semestre chuvoso cálcio e lava o solo arrastando o profundidades do solo não alcança das pelas raízes. muitos outi'os mitrimcntos a profun didades não atingidas ]ielas plantas úteis, jiüis não liá movimento late ral (la água. O solo acidifica-se e o fósforo fieu imobilizado j)clos ses(le fei ro e alumínio, f(UÍóxidos livres

É verdade que, felizmente, íipenas pequena parte do nosso rebanho vi ve do campo cerrado. Mas grande parte pasta nas piores terra.s do da faxenda, problema é ponível. ca¬ nas quais. principal a falta de fósforo dison in - pode ser 5 10 vezes m aior, mas não influi ao plantas devido ao depauperamento no dez do solo. o orgânico e aci-

Ensinam ainda

reas quo o teor extemaSf" rado. baix do

Êste é 1'csultado^dT^ o coind' dêneia de 4 fatores: clima úmM' topografia plana, rocha pobr O baixo teor de fósforo r

resuJta da conjugação destes mos 4 fatores. Daí a de “ver" os baixos teores c e fogo. disponível mespossibilidade - nas fotografias aéreas.

arenito poo pêso das

tornando-se inassimiiável aos vege tais.

Mas êstes '1 fatóre.s por si sós não condicionariam o campo cernulo som o concurso do fog^o, jiois clima úmido em temperaturas altas ou produz vegetação natural de maUi. É mata de paus finos e iialinoirni' esguias, mas muito densa o cheia de cipós. Mantém ela em condições virgens teor tão alto do húmus no Solo que a estabilidade do cálcio c <le muitos outros elementos quími cos fica assegurada, o solo retém muito maiores quantidades de umi dade que no cerrado, e a sua per meabilidade não atinge valores ex cessivos, E tais teores de húmus, mesmo com modesta bagagem to tal de cálcio, seriam capazes de man ter quase todo o fósforo em estado disponível. amenas

Clima úmido significa que chove mais que evapora. O solo é global mente atravessado pela água de cibaixo, apresentando-se des- ma pai*a calcificado, verdadeiro resíduo de la- Com facilidade e do maneira per manente o fogo destrói tais matas por serem do árvores finas, muitos cipós e muito líter sêco na estiagem, quando o fogo é ateado. O fogo vagem.

Rocha pobre significa ausência de reservas minerais que pudessem substituir 0 que foi lavado pelas chu-

Tíâo queima a matéria orgânica den tro do .solo o só dostrói o Uter cima. compõem solo. sência de tal. por Mas os microorganismos demat黑ia organica a qual não se renova por au.suficiente cohertxira no voge

E quanto mais empobrece o

res íntimos de certos elementos quí micos, enquanto nas proximidades, fora do cerrado, tais teores nas plan tas eram incompariivelmente maio res, concluiu que o cerrado resulta de extrema pobreza química do solo No entanto, nas encostas declivosas das nossas serras quartziticas (ro campo cerrado, mais o homem o queima porque brotação nova é ali mento paini o gado ainda que tença a plantas usimlmente não co mestíveis. O fogo seleciona vegeta ção peculiar do cerrado que se dis tingue por enrai.amento extraordinàriamente profundo a fim de atingir o lençol freático, por vêzos a 15 e 20 m de profundidade, não só paro resistir à secura do solo como o fósforo, nas c‘ondições de solução absorvido soletivnmento raixes não ob.stante diluição

perliara disponível ali alcançar por estar nutritiva, pelas cha pobre), onde chove muito queimam os pastos, os solos e as plantas são da mesma ordem de po- sem que haja campo cerrado so porque a topografia não é plana Outro pesquisador, de adubação, dis se que não havia correlação entre o cerrado e o fogo, porque muitas ílas terras de cultura sofrem quei madas anuais som que apareça um so elemento do ceiTado. e se breza extrema.

No simpósio sobre pouco tivemos

ü cerrado que mais de um ano atrás, houve pronunciamentos falhos por pc.squisadores c|uo tinham estu dado o assunto do determinado to-de-vista, ma.s apresentaram clusões sobre a origem do cerrado que 6 assunto nuiltilateral, resultado da ação conjunta dos 4 fatores ci tados, visto que mas com e poncon-

verno ameno que entre havia correlação alguma, tanto, não há cerrados nos nossos climas sub-úmidos ou semi-áridos, pois a caatinga ou o sertão nordes tino são conipletamente diversos morfológica e fisiològicamente. O fitofisiólogo, notando no cerrado teo-

Tais conclusões unilaterais teriam sido evitadas se liouvesse interpre tação geológica das fotografias aéreas, as quais, tradu'. indo fielmente a distribuição geogi'áfica caprichosa de cada mancha de cerrado, indica- } riam que o mesmo é resultado de coincidência dos fatôi-es citados. Tal estudo, trôlc de t que sempre implica em concampo, daria a explicação

Assini o climatülogo, tendo o cerrado ocorre em clisem estiagem, de inda pobreza do solo e a indicação do caminho certo para combater o mal. E 0 primeiro beneficiado seria o boi, vada nas terras pobres. por ser n “cultura” mais cultic quente e frio, ou de verão ou imvito quente, concluiu o clima e o cerrado não

No en-

Enriquecendo o solo em cálcio c matéria orgânica, podemos solubili55ar o fósforo existente no solo em estado inerte, mas como isto deman da tempo, ao passo que a produti vidade, que é o segredo da agrope cuária próspera, consiste em alta produção área, mas também por unidade de tempo, o certo é adubar com fóssó por unidade de nao

4 1 4

a matéria orffânica entram para ga rantir o funcionamento do adube foro, porém prèviamentc misturado ’ matéria orgânica e calcário. com fosfórico.

A política porisso deve ser a do deixar crescer o mato só para tcr bastante massa vegetal a fim de en terrá-la com o arado pròviamente polvilhada com fosforita e calcápío. Entretanto em decomposição solo, a massa vegetal solubili ambos os pós a ela aderentes. Qual quer capim, plantado duas semanas depois, se tornará mais nutritivo e as más ervas desaparecerão por si incapazes de sustentar luta com ó capim, o único beneficiado. Quan do alguns anos depois o capim co meçar a enfraquecer, reaparecendo o sape e outros sinais de pobreza do solo, todo o processo deverá petido, por vezes replantar no zara ser resem necessidade de o capim

A cara de fome que c o campo cerrado e o pasto com saj>é o barbade-bode nas fotografias aéreas é re* sultado da nossa inconsciência, tivemos comjjlctanicmte errados queifacililar a aração” oü os pastos”. Esmando para “ limpa r Real- U para

mento o que queríamos era traÍ)alho o dos)u*sa arando com evita: cai¬ xa dc fósfoi-os”. necessária c urrevolução. DeveAgora so torna gente verdadeira contrário prt)ccdcr ao estivemos fazendoem fu¬ mos pas.sar fi do que sempre Ao invés fie transformanr.os i do solo. e que nêle empobremaça o que sai deveria retornar para nao cê-lo, devemos zedar para que a arnção .seja difícil pela das maiores (luantidados possíveis de Mas incorporação verde, massa vegetal . O necessaa™L°dr™'“ evidontemenU. tos químicos, simplesmente

mas tal tratamento sena mais produtivo se aplicado não a solos de cer rado, mas a pastos que começam o mostrar sinais de pobreza. Basta apresença de sapé ou barba-de-bode cm pequena quantidade tratamento seja necessário, uma série de elemenmaiores e menores não existem que no solo. para que ' e por ve polvilhar a fosforita e , sêca ou isto seria inútil sem massa pròviamente com calcário.

Fundamentalmente o jilano significa api’oveitar as chuvas e as nossas altas temperaturas para dos microorganismos a nosso favor e não conMas sem calcáreo so trabalhaí'cm, através do solo, tra nós. os zes sem que seja preciso aplicar tros elementos além de fósforo cálcio com matéria orgânica. u ou esole- niaus microorganismos seriam cionados e o fósforo não podería ser mantido assimilável. E sem fósforo cozinhai nada seria o mesmo quo, para sopa, ferver água sem por

As fotografias aéreas indicam que mal mais generalizado entre nós falta de fósforo. O calcário dentro. o e a

SÃO PAULO E MINAS GERAIS

NO Brasil, graças ao milagre liistórico-político (lue manteve ín tegra a nossa pátria, as fronteiras entre Estados, através de uma inte ligente tradição federativa que restabelecer, visam possibilitar o às peculiaridades locais, asseguran do a tôdas as nossas iiopulações ex pansão mais feliz e mais perfeita, deixando a cada uma, dentro da unidade nacional, o legítimo orgulho das suas próprias qualidades, e o jus to anseio c esforço pelas suas sa tisfações particulares.

Desfarte, pocle-se di;.er que essas fronteiras são antes meros símbolos, delimitam competências admia na-

urge principalmente atendimento especial que nistrativas, mas não dividem

O Digesto Econômico publica o discur so, não divulgado nns coámos dos jor nais da épora, que o seu diretor profe riu, cm nome do Fartido Republicano Paulista, cm 1945, no Concentração ^ Política de Uberlândia, Estado dc Mííhis Crrais.

Esta asserçao, quo por felicidade tí verdadeira em relação a todo Brasil, cresce de vulto e se enriquece de significado, quando se trata de Minas c de São Paulo, em cujos des tinos culturais, econômicos e políti-

Pátria comum pode encontaiitas e tão altas razões dc o

COS, a trar legítimo orgulho, resultantes umas dc afinidades profundas, manifesta das outras através de uma diversi ficação de qualidades, que mais exconipicmentação do que di-- prime vergência.

Desde cedo o Brasil se acostumou J a ver nos mineiros o civismo e a al--j tivez, que primeiramente se tradu- 'J ziram no esforço precursor e mar- d tirizante pela nossa independência,H| c que, mais tarde, amadurecidos elfl temperados, vieram a florescer num ^ municipalismo progressista, camente, Minas tem representado, no j desenrolar da vida brasileira, um 1 sentido de prudência e de equilíbrio, i em virtude da ação de alguns dos >4 seus maiores homens públicos co- fl ino Bernardo e Lafayette. Sob o aspecto social e moral, a riqueza ' das suas tradições e a solidez do seu sentimento de família constituem Politicionalidade, nem separam os cora dos brasileiros. çoes

Em verdade, quando os Bandeiranaudácia da sua epopéia, vio- tes, na laram os íntimos segredos da terra das Minas Gerais, estendenáurea cobiça desde os virgem do a sua

Campos de Cataguazes até outros J mais remotos rincões dêste Estado, fixando os primeiros núcleos de po- 1 pulação, nem de leve suspeitaram êles o imenso serviço que, sob o as- I pecto político-sociológico, estavam ' prestando no Brasil. Mais do que , todo ouro arrebatado às entranhas| da terra mineira, mais do que o pre- ^ 3 ço de tôdas as gemas aqui colhidas, J haveríam de valer para a 'pátria í futura as altas virtudes dêste povo ^ religioso e amante da oi*dem. j

das mais poderosas reservas da Soube ainda adquidomínio das letras e das arlugar que só se conquista esforço sério euma nacionalidade. nr, no tes, um graças a um tínuo de perfectibilidade, posto a ser viço da inteligência de que são exem plos Arinos e Aleijadinho. con Em sutão decantada “cultura minei, modelada por mestres france ses da célebre Escola de Ouro Prêtc e do lendário Caraça, templos de sa bedoria que iluminaram o Brasil

Kecebi com a mais ma. a 99 ra viva

nia a incumbência de vii- represen tar, nesta solenidade cívica a Sec ção Paulista do Partido Republicano' Filho que sou de Minas Gerais cri-/ do e educado, desde tenr ’ terra paulista, que tanto amo om cuja comunhão estou integiádo smto-me, nesta hora, como um troco do umao a ligar os incontidos ^ seios d(í liberdade democrática felicidade nacional, cujas esperanças de realização os dois grandes E.stados, lado de outros ir mãos da Federa ção, depositam com tanto ardor na can didatura de Eduar

do Gomes à Presidência da blíca.

os anos, em o ane (io ao Repu¬

confusa (jue cstíimos vivendo c as sumiu, num ^esto de fidelidade à pa lavra empcMihada. a chefia do Par tido Iie])iJÍ)lican(i j)ara a democrati. ação do r*rasil. Em recente e vi^rorosu ensaio pu blicado soli o siiyestivo título “Pouvoir” — Le.s trénies invisibles de Ia Cité”, Guíílielmo Feneio deixou pa tentes as razões pelas (piais a fe licidade nacional dos povos e a nor malidade das reiaçõ(?s entre jrovernantes e írovernados dcpondem essencialmente da ](‘íj:itimidade do Po der diiiírento. JCntre os j)rincípios ca pazes de fundamentar essa legitimi dade, aponta o «■rande sociólogo: o democrático e o eletivo. Pois bem: a um G a outro dês.ses princípios es tá ligado imiissolüvejmonte o Par tido Republicano. O seu apareci mento oficial, em São Paulo, na Convenção de Itu, pj-ccedeu de cêrea de vinte anos o advento da Repúl)lica, do cuja pro paganda ativa se encarregou. Sobre vindo a mudança Je regime, em 1 889, os Partidos Repu blicanos de São Paulo e de Minas

Gerais, numa co operação que deu ao Bi-asil vários de seus maiores estadi.stas, assegudurante largo período, o a estabilidade da vida raram, equilíbrio G

Cresce de vulto o meu se encontrar aqui ^Prazimenpresente política do País. Desta forma, ficou estabelecida, no subconeiente do nos so povo, entre uma indestrutível relação os princíjjios de legitimidade to, por 0 ilustre sr. Artur Bernardes, cida dão eminente com que a terra mipresenteou à vida pública do virtudes alcandoi*ada nobre

Dando à Pátria neira Brasil, cujas das bem refletem as gente montanhesa. , garantiam, o bem-estar, e a própria existência do Partido Re publicano que lhe que preconizou e reali- mais uma prova do seu afeto, não se arreceou das incertezas da hora na prática, aqueles princípios. zou,

Para os brasileiros, a atividade po lítica dos Partidos Republicanos sig nificava a manutenção do preceito democrático, através da realização sucessiva dos pleitos e da rotativi dade dos agentes do Poder, convicção não fêz mais do robustecer cm cada cidadão, tre abalos e sofrimentos que a Na ção vem padecendo, desde partir de 1 9S7, foi suspensa a vigên cia do princípio de legitimidade de mocrático, simultâneamente atividade dos partidos políticos, cujo prestígio o fôrça tem como condi ções essenciais: longa existência e constância de duração.

Esta que se por cnque, a com a e sua sem perderem substancial-

mentos. Eis a explicação da grande força dos anosos Partidos Republi canos, resistentes a todos os venda vais políticos destes últimos anos e agora reorganizados em âmbito na cional, com a renovação dos seus quadros e o amparo da mocidade das escolas superiores.

A formação do Partido Republi cano não representa qualquer dissí dio ou divergência nas hostes das oposições. Nenhum prejuízo trará à causa democrática a existência de dois ou mais partidos. Não haverá divisão de forças: elas melhor se distribuem o agremiam para atuação mais vigorosa.

^ A unidade que se obtem pela va riedade é mais real e fecunda que alcançada pela uniformidade. Se o que interessa é a vitória da a

Os partidos não se improvisam nem abandonam sua legenda bandeira mente em vigor e influência. É fá cil verificar quantos partidos quitetaram, no Bi*asil, de 1030 ta parte, os nomes se e morreram sem deixar vestígio, lhes faltava uma qualidade tradição, que sub-solo da conciência e dos timentos populares. O prestígio dos partidos se alimenta muito do timento do povo, das simpatias conquistam nas lutas travadas e que transmite como uma herança de

se ara esDe quase todos eles, recordam. nem Nasceram É es- que sencial: os fixaria a sen- no senque se

V causa comum, o contingente do Par tido Republicano lhe deve ser levado íntegro.

Êsse resultado só se alcançará, res tabelecendo a mística e a legenda das velhas agremiações, que hão de ressurgir na liça, renovadas no seu idealismo ou no seu espírito.

Como estou falando ao nobre po vo de Minas Gerais, em nome du Secção Paulista de um partido na cional, seja-me lícito reiterar uma verdade tantas vezes proclamada: não basta que retornemos à vigên cia de um Poder legitimado pelo respeito aos princípios democrático e eletivo. É preciso que se restaure também a vellia e tradicional cofamília.

Porque abrir mão dessas influênmorais, dessas forças psicolóemocionais? Por que descias gicas e truir aquilo que exprime a vida po lítica de tantas gerações? Seria es tranho que, tendo de travar uma luta de tanta magnitude, como a atual, fossemos nós, legatários das glorio sas tradições do Partido Republicano Paulista, abandonar tão preciosos ele-

operação política entre Minas e São Paulo, a qual o Brasil já ficou de vendo, no passado, os mais largos benefícios, e de cujo futuro de equi líbrio, de ordem e de eficiência, mui to mais será ainda lícito esperar.

lição colhida Apraz-me repetir a nciamento do fulj^urante

Introdução à Realidade pronu U em autor da Brasileira”: “a frente-única dos ropaulista e mineiro foi a fór- vernos mula ideada pela República para substituir o poder moderador do Im pério, que garantiu a paz e a segudo Brasil”. rança

saúda o j)Ovo de Minas Gerais, quí, na frase de Artur Bernardes, já não é mais um povo que se levanta, co» mo exclamou um dia João Pinheiro, marcha para os destinos. mas um povo em seus g-loriosos

Octaviano, em

Sao Paulo das Bandeiras fratev niza com a Mina« t O Inconfidência.

O Partido Republicano Paulista

segundo confessou no de um livro de pensamento Martinlio Campos, “o sul”, estava, cintilante prefácio Moniz Barreto, com o voltado para tipo mais perfeito dessa alta raça, simples e nobre, audaz e generosa'".

Quando Francisco célebre invocação, saudou, nas pá ginas do Correio Gerais como “a Mercantil, Minas brilhante esti'ela do Tendo como objetivo imediato vitória do bravo Eduardo Gomes e a organização de vigorosa repre sentação parlamentar que possa dar à sua ação o necessário apoio lítico, o Pai-tido Republicano, foi o precursor e o campeão dos pnncipios sôbre os quais estamos acostumados a ver assentar-se a le gitimidade do Poder no Brasil cum prira a alta missão de lig4r ina poque

Estrela tio Sul é hoje a denomi nação da pequenina cidade do dia mante, berço dos meus Dac|ui, da opulenta Uberlândia, saiido estendendo o meu ainplexo a Uberaba, minha querida terra nata!, joia engastada no coração de ourn de Minas Gerais. avoengos. a

PELOTAS E OS SEUS DESTINOS

NOSSA SENHORA DAS DÔRES

O casario da cidade, sobre-

A toalha colinas, magestosa sua prata. cas. tiro comercial,

Chegando a Porto Alegre, polo Guaíba, aos 11 de março coi-rente, dia aniver.sário do cm que ali nas cera. em 1 849, Meu Pai, meus ollios, embebidos no panorama da cidade que emergia na altura buscavam interrogá-la o apenas encontravam co mo resposta o azul das serranias dis tantes, erguida cm Acrópole sôbre pequenas alvejava ao sol. cias águas desenrolava a Biguás G marrecas arissobrevivas ao extermínio do que, com a tolerân-

“Pelotas c seus destinos", proferida cm 1924, fi«o ieve divulgação nos jornois dc São Paulo e Rio. Fode-se afirmar, para a nova geração, tratr.r-se de um trabalho fncdho. Escrlío com paixão, suscetível dc rcoisfío, ícm, confiido tre chos de grande sabor literário e cons titui uma fonte de estudos para a his tória da bela cidrde sulina. Um preiío ainda d memória do cintilante escritor

An/ònio Batista Pereira.

ali estavam nas sete espadas que atravessam o coração de Nossa Se nhora das Dores.

Não tenho a pretenção de escrever a História do Futuro. Do grande Antônio Vieira se não tenho a lín gua, como não tenho, muito menos o misticismo. cia do Governo, aqui devastou du rante dez anos a nossa fauna, acenaos lenços das asas. vam

De toda a perspectiva se destaulliando os aros com a pon- cava, ag ta das sLvas duas torres, uma igreja Perr-runtei como so chama-

A Igreja das Dores”, inforO liorizonte mo colonial. « va maram-mo. respon-

A paisagem me falara. A dera.

mudez dos serros distantes se queAli estava o símbolo da cido Estado, de Porto Alegre brara. dade, e do Rio Grande do Sul.

O espírito que erigira o belo tem plo colonial sob a invocação de NosSenhora das Dôres vira longo, descortinara o futuro, previva os tempos dc hoje. O orago anunciava o borgismo. As sete espadas, que atravessaram o coração da pátria riograndense nos sete qüinqüênios que vai completar sob a República, sa

Mas previsão não é advinhação Raciocínio não 6 profecia. Conclu são não ó lioróscopo. Sentindo o estunr do patriotismo e da fé nas ; veias do Rio Grande, raciocino e concluo; estamos próximos da liberda- I dade. Os sete qüinqüênios positivis- I tas do Rio Grande estão expirando.

As sete espadas de Nossa Senhora * das Dores, já foram cravadas no co0 martírio Dentro em ração da terra gaúcha, está prestes a terminar,

pouco a hora da redenção soará. E Nossa Senliora dns Dôres, encamada em Nossa Senhora da Assunção, derramará ns sims lares e as terras riogi'andenses. Tudo 0 anuncia. 0 movimento sísbênçãos sôbre os

da opinião liberal aqui tomou aspecto das grandes erupções oroabalam ao longe os

cam as É a luz

Não é uma Ê um moinimiga.s. mico e .sera.H, como sempre deslembrado. apólogo bíblico Só inaos. o gênicas, territórios e os mare.s. panha de partidos, vimento social, estremecendo até raízes mais fundas da .sociedade. É tôda a família riograndense conju gada num ideal coletivo, em marcha.

Esta é a certeza das certezas, dia vem. Mas quando?

Hoje? Amanhã? Num dois? Em três? que

ano? Em Até quando

Venham os dias da pai tens sido, c Contigo realiza-se o dc José e seus irse I<*nibram «le ti se o

teu Jo.sé é o s((brc*governo, é o sôbrc-estadista, o clianceler que rein» de fato sob a investidura aparente dos Faraós. Mas nom aí te amam. Tc*mem-te o guino cio machado. Respcitam-te a rijeza do pinheiro. Mas ocupados com seus concliavos, as os .seus interesses, os suas anibiçõe?. ))o.stergam os teus direitos, não vêem as tuas nc<-essidades. cerram ou - seremos escravos ?

Cícero no Senado Romano internelava Catilina, perguntando-lhe quando poria à prova a paciência do

até a mesma ímse. a anor: até

Não façamos precação ao tirano riograndenDeixemos de lado o Co tilma disfarçado em positivis^ ta.^ Levantemos mais alto apostrofe. Perguntemos tes, como Isaias ao Senhr quando? “Usquequo. Domine”’ Terra Gaúcha! Term L

Quando se transfoi-mará o dário? Até quando terás Rio Grande do Sul? “

DESTINO geográfico

RIO GRANDE DO

A natureza te destinou, desd tua posição geográfica, a mais exposto dos filhos da PederaTodo o Brasil z-epousa sôbr tuas espádiias de gigante, como o globo sôbre as do Atlas MitolóTeus irmãos só se lembram e a seres o çao. G as gico. de ti nos dias da gueri’a, quando és 0 primeiro a expor o peito às balas

vidos às exigências da tua organi zação para a paz o para a guerra. A fatalidade geográfica fez do teu território a Bélgica brasileira. Nos teus campos, oxalá em futuro remoto, oxalá nunca! em teus campos tudo indiiz a prever que se jogarão os destinos da nacionalidade.

Já jiagaste ao Brasil o tri buto do sangue de ccin mil do.? teus filhos. Todo o Brasil pele jou no Paraguai, mas tu contri buíste com a metade do imposto dc honra, que é o do sangue. És o sangue brasileiro mais sacríficado pelo estrangeiro. És o soldado bra.sileiro (]ue mais lavou as afrontas da nossa bandeira no sangue do ini* ^i.go. Podes levantar a cabeça e dizer com orgulho aos colossos do íiorte, mais ricos do qug tu, porque ínais bem administrados: "Vocês têm contribuído para o Brasil com mais dinheiro do que ou porque são mais ricos. Mas eu lhe tenho dado muito porque lhe tenho dado o ino'i sangue!

Êste é o valor da nossa terra. É sangue mais generoso, mais herói- o

Ninguém se oigullia mais de ser riograndense do rações dc antepassados aqui nasci dos acendram no meu coração a cen telha natalicia.

CO, mais ilustre na História que tem o Brasil. que, mesmo em terra estranha, fica semente de carvalho, mente do mata-cavalo acontece a mesma coisa. 0 Visconde de Caíni in ventou a designação de cidadão os soldados milícia cidadã, razo.

Três ge- (jue ou.

Com a serazo, sem divisas da É o que sou. Cidadão Mas cidadão i*a para

As viagens e as zo de Pelotas. vicissitudes da vida não mudaram meu cerne, feito tio inhanduvá das nossas florestas, ipie resiste a tôdas as intempéries.

SEU EI RIOGRANDENSE?

Nao vim a Pelotas falar de miin.

Bem pouco justos serão os que me taxarem de imodesto. Tenho a cons ciência de que não valho nada.

CAUTA DE DESNATÜRALIZAÇÃO

se começaram a ler no 10 Grande do Sul, publicadas em primeira mão no Estado de S. Paulo e tiradas em seguida numa edição que logo se esgotou, as minhas con«lencias pela nossa causa, certo jorua eco de Pôrto Alegre, em falta de ui, julgou de bom aviso afinnar que eu não era riograndense.

Mas, regressando a Pelotas, depois de tninta anos de ausência, é des culpável que ou infrinja por alguns minutos os preceitos que proíbem ocupar a atenção dos outros com a nossa pessoa, para re.solver um pi'oblema levantado pela política de exploração contra mim. como arma broncaria.

Sou riograndense ou não? Nasci Pelotas, como sabe todo o mun¬ em do, ou quei'o ser Pelotense, ploração, como entende o borgismo?

Toda Pelotas sabe do contrário. Há menos de dois anos baixou ao tú mulo cercada do carinho e do respeito gerais, a santa Senhora que ne lecebeu do seio materno e cujos us ras filhos me contam como um membro da família — D. Cecília Lrusque. outras Vivas ainda que estiveram n se acham

A ausência não tem a proprieda de dc mudar o berço do indivíduo. Bem humildes e despreteneiosos são meus trinta e três anos de Mas fossem quarenta, que José Bonifácio viveu Brasil, nem por isso bastaI^ara me despatriar do Não são só os Josés Boniviverem longe do pov exau- os sência. como os vir ao riam sem meu berço, fácios que por a casa de meus Pais no dia vidência lhes nito. em que a Promandava o primogê-

^ Quem tem destas certidões de ba tismo não precisa ir à Matriz de Pelotas pedir outras. Não pei*cam j tempo os inventores da balela, rabo de palha não pega.

Deixemos porém de lado a minha humilde pessoa e cheguemos mais alto. O torrão natal não ficam estrangeiros. O mais ínfimo dos cidadãos, eu, goza do mesmo direito, só a como Não é semente do carvalho alteroso

Paula majora canemus. Falemos do supremo capataz da estância idograndense.

É lUOORANDENSE O

DU. I30KGES?

cipc (los poetas, as cidades mineiras disputam u honra cie não ter sicc berço do príncij)e dos déspotas.

Borges será riograndcnso A dúvida e.stá entre Alfenas, BaeCaidas, Campanha, e Curral ü’el Rei nasceu em nasceu em Ü dr. nato ? pendi, Ayuruoca.

Sete

cidades disputaram a honra de ter sido o berço de Homero, não de outros Ilomeros de quem se ocu pam os jornais, mas do Homero au têntico, do Homero da Ilíada e da Odisséia,

Não sou Homero, ma.s mo risco.

inda que o fôsse não correria o mesÊ de evidência pública

Mar de K>panha

Ma.s Alfenas diz cpje eie Baependi; Jim-j)c‘ndi, (pie Ayuruoca; Ayuruoca, que nasceu em ^ Caloas e assim j)or diante. Nenhum| o (juer. Há um verdadeiro jôgo de presentes de Como êsses empurra,

primeiro do aliril, (juo iiassam Qum» ca.sa para outra, sem tiue ninguém se embeice pelo logro, nenliunia das cidades mineiras (pier a espiga<iue sou pelotense.

Com outros, conquanto épicos do despotismo, não se dá o mesmo Será o sr. Borges de Medeiros'riogi-andense nato ? Terá cido no nosso amado Rio Quem o viu nascer? à pia batismal? primeiro vagido ?

Tenho dizer

Estou o sr. Não estou gracejando, realniente convencido de que ó patrício do Borges de Medeiros melhor lombo de iiorco do Brasil e de que mãos industriadas consegui do livro rani arrancar as páginas \ paroquial que o provava, me engano, ,sc o que ouvi eni nas, por tóda a jiarte. não passa lenda, o que é possível, dou Borges ótimo ensejo de provar o certiMas se Mido ao dr. contrário, bli{]ue a sua .

mesmo nasGrande? Quem o levou Quem lhe ouviu o

as minhas dúvidas e vou porque

Em Minas, por onde falando em favor da em tôáa n a parte se peregrinei ossa causa, segredava que o doutor Borges não grandense e tinha nascido numa das varias comarcas do Sul do Estado por onde seu pai, integro magistra ÜO, perambulara no exercício do cargo. Pesquisas já foram feitas resultado, nos livros me era rioseu sem dão de batismo. Pu

Dá-se com rio do que com que Smyrna, Chio, Kime, Rhodes e Phocéa pugnam pela honra de ter sido o berço do prínêle, porém, Homero. o contráAo passo

O dr. Borges e.stá muito alto para ler conheciVive aUús saber destas coisas ou mento destas palavras, de uma verdadeira muralha chinesa. Cercam-no amigos que fazem do re dondo quadrado e do branco prêto. Não lhe tiveram o topete de dizer que o sr. Assis Bi*asil íôra recebido em Porto Alegre por quinhentas pes soas, quando a invicta capital H‘.e fi-era um préstito de mais de qua renta mil, um desses préstitos que passam à História como os de Glana campanha do Middlothian ou 03 de Rui Barbosa no civilisnio’ dstone ● , . XT P^i’oqmais do várias cidades. Numa delas, onde seu pai foi mais tempo juiz, há fôihas Daí a arrancadas, convicção do mineiros de que o s sr. Borges ali nasceu.

Cós, Colophon,

Pois (11U‘ Uin déssos 7)re.stc iini serviço que êl(* t* rio^ii aiuivnse.

A (juestão ó (li. ) lUc.-^mo rv.<)lvida .só tvi ia imia relev aria-o num. inativa, i amijros lhe prove jinte: - Imeida, o padroeiro republicano da cidade, o lierói civil de trinta e cinamiíro de Garibaldi, nasceu na ci( ade de Diamantina, em Minas Ge rais, ■ Um elevaviilto: CO, o U nao há iielotense maior. pouco mais longe, em Bagé, se a estátua de outro grande o dr apnna para pela afir-

Nstado a nato. uc

Acho (‘sso Ic.vto inconstiliuional e injusto.

Inconstitucional, entiv tivos, por«iue vem consagraiiiialia dum riograiulense

a de mo.strar a mportância: insinceridade <lo dv. Borges na inu-rpretação do artigo d\ Constituição <lo Kio (íi-ando. que exi- . Penna. a asa protetoi-a n caridade feita médico, medico feito renúncia e desintei;es.se. o exemplo a cujo influxo se 01 num a iileiade constelada dos nió< icos riograndenses, do dr. Penna tuja ressurreição, em Pelotas, o meu ^üíação assiste cemovido na pessoa queiida de Kdmundo Berchon des E.ssarts. da imlispcnsável go <-omo r(‘(]in.sito inve.stidiira nn go\.'rno P condição de riograndense

ção. pela família, ju-la residência lo.s serviços, poder .ser dento da RejniliHca edeito presidente do ivio Grande.

Injusto j)Or([iie todü.s vos são iguais e entre tacos não pode liaver sejiarações in ternacionais, como este, trangeiros.

<Hitros a pelo eleito e não jiotíor nu) ano' cora)i ‘prosiser U dl- Azevedo Pena Ustado nasceu no do Rio e o seu Azevedo co uiesmo IHístuma que iluminou para a glória a figura do seu primo Ál vares de Axevedo.

Consentiría Bagé em que lhe ar rancassem 0 dr. Penna. TOU que respi6 trabalhou

os brasilei os nossos Es me.«mo tenham, ministro dos Negócios Es(lue , viveu e morreu para ela ?

Deixem gente de i»digUado pois 0 dr. Borges e sua Se o -se

RÍOGlíANI>h3NSES -ALIENíííENAS bairrismo obtusos. caçapavano puder provar que nasceu no Rio Grande, melhor va ele. pa-

insiiprivel a exig^neia do a ser a da origem insubstituívol viços, ])elas tradiçôe.s de família, pela dedicação a e.stá teri-a, ti'ansfcrcncia tempováiia 7iais teria dosriograndensisado grande Hipólito da Costa, o formidá vel jornalista da Independência, dator do Correit> Hrasiliense, de Lon dres. que nasceu oni Montevidé.-» mas nem por isso deixou nunca de considerar-se riograndense.

Pem perto de nós. temos, melhor exemplo. A ser nascimento.

carncterizaçãj - pelos sero aca.=o da dos seus ao o reporem, Domingos José dj

● honra de pertencer à mais rija vei-gôntea do tronco brasi leiro. Se não puder provai-, tanto para nós, a maioria do Rio melhor

Não nos faz falta. DamocoTe-la-á para os energúmenos

Urande, lo de presente a Minas, que tendo o Tiradentes, isto é, a carne da carne da liberdade, bem pode guardar mo contrapeso esse osso do despo tismo.

Mas a questão no fundo nâo tem importância para os espíritos libe rais, da ditadura.

O DOUTOR FRANCIA

Não é virgem o fato do dé.spota não ter nascido na região que tra.:-. sob o seu azorrague. tencesse, sentiría mais o sofrimento

dos seus paisamos.

seus efeitos pr* imprevisíveis iri-ande coraçà:> Riograne tuição da política e aos ter-intcrnacionais inda se referira o liberal dense: Consti 21

Se Iho pervergonlia do regime”. Aquilo c a Meiados do março, achou-se entre os seus j)apéis de Petroi)oIis o seu paSó chegara a esMas 0 bas« 4i recer fragmentado, metade. crevê

O célebre colega do dr. Borges, o dr. Francía, não era, ao que parece, paraguaio. Por muito que me custe coníessá-lo investigadores da história chegaram nossa à conclusão de -lo pela tante para dar a opinião sobre i das reeleições Grande. su conliecer a suâ I inconstitucionalidadí no Ric ce que era paulista, de Pindamonbangaba ou Guaratinguetá.

tar a fusão hispano-guaicuim, ■ governava, como a rebanho ’ de cravos.

Se o nosso Francia tiver nascido alhures, nem por isso terá nascid em terntorio estrangeiro. E é pena. Se tivesse nascido no Paraguai, o pelo varao zei- P''®*tivista poderia dio Frnn^- ^ t mandaram o dr.

Daí o traa que os.ssivas impressão que me Tomei-o como c de Hui Barbosa. Tobrado de além-tülibordade riogianminha interferência Êsse 0 motivo oca-

Jii de.screvi n fêz êsse 2icliado. legado supremo um prol da Daí a mei-o como mulo em den.se.

nfi grande causa, sional da minha entrada na grande O motivo profundo, porém. causa, foi o meu sangue riograndense.

Ls o dr X mos o dl. Borges. Estamos Sou riograndense de se o não fôsse se-lo-i Provei-o há pagos ”. nascimento e -ia de coração. E muit pouco

Faz um ano exatamente, dia por dia. que,, cüligidos os piámeiros materiais, entrei a redigir a primeira das cinco favor da iiboi'- conferências que, em os do que tação e cm cumprimento da vonta de Rui Barbosa, profer; Preto, Belo Horizonte, de póstuma no Rio, Ouro , ainda não me leram o lembre. que consentirão Santos e São Paulo.

PORQUE ENTREI NA LUTA

Fervia a revolução nograndense.

Estávamos em março de 1923, em cujo primeiro dia o Brasil perdera a Rui Barbosa, surpreendido no tiansmonte da velhice gloriosa pela interposição do disco da eternidade, despedira os lampejos sôbre a riograndense.

Dias antes de estalar, como Evaristo da Veiga, devido aos desgostos 0 astro que fora sua derradeiros seus causa

Ninguém

Ninguém me chamou. Ninguém contava coordenança anônimo me esperava, migo. Como o que levanta a espada do chefo, que tomba na trincheira, quando o oenso de Rui Barbosa se apagou na Eter, na sombra tomei a pena que deixara em meio o seu parecer, para conti nuar com ela a batalha pida.

Dessa campanha não me competo |r> falar. Afogado o livro que a enfeixa numa edição esgotada, consuinterrom-

mida loíro em São Paulo e no Rio até o Rio Gi'ande quase que aind não cheiraram as aclamações receberam. Dêlo. porém, é vo7. cor rente, não enveriroíilia Rui Barbo que o ins]iirou, nem Pelotas, história do pcn.'^anu‘nto pertence.

Sim; o meu livro pertence a Pe lotas, como o seu Autor.

Não é obra de Arte. Nem de a que ü sa, a cuja es-

Não tem preocupações litorãTerá, so alguma coisa quizetilo. rias.

rem conceder ao trabalho insconsciente de uma inteligência que desde o desabrochar .sc abriu no culto da beleza, se aprofundou na ção do livro e .so embeveceu no con tacto da natureza, a just<yza de proo equilíbrio, com que tanas obras de coração explornporções, tas vezes se aproximam das dc inteligência, não ó obra de literato, Mas é obra de riograndense.

Plínio Casado contou-me há dias. em Porto Alegre, que respondera a alguém, qivc lhe gabara a minha dialética: “Não é eloquência; é coO grande tribuno ração”, consulto me definira como ninguém.

Mestro da pena e da palavra, tino lhe descobrira a mola e jiinso sou neal da

suas nieseus ins-

Esta pro-

confessa a inutilidade das didas e das suas linhas, dos tiumentos e dos seus segredos ante a obra da Providência. “ seirue. criando vidas e mundos,* na execução dos planos da sua impvescrutável finalidade.

o

hércules de neméa

Não. A inteligência não é nada quando nao a vitaliza

Nao; o talento, Ção de nada valem, senão quando o gemo de raça lhes transmite a vida como Pigmalião à pedra bruta. 1UI0 vede o exemplo. Pidias

●ico o melhor dos seus blocos de mármore branco e nêle

1 fôrça museX d„ “ o sentimento, a cultura e a eindiSees0

div criado para dai caça aos monstros e aos crinies, tinham achado a sua encarnaçao miraculosa. encarna-

Mas o herói ali. da Arte e na i Tia imortalidade mortalização do Gênio, fronte baixa e a embalde franze aperta as sob minha inspiração. rancelhas sobre os olhos abert pela divina cabeludas os e iluminados cegueira das estátuas.

Pid.as nao lhe deu o que somente Deus lhe podería dar: a alma, o sôpvo, a palavra, o exemplo, o apos- tolado, a vida.

Vede o contraste.

Ao passo que o gênio helênico

Os pensamentos, que vem do ração, não é preciso que sejam gran des, como queria Vanvenargues, para que se revistam da sxva forma defi nitiva. Basta que sejam simples verdadeiros. A beleza é o esplendor da verdade. Quando a verdade toma do sou escopro e do seu malho erigir estátuas votivas ao Direito à Liberdade, o milagre ateniense dos Pidias empalidece e o cinzel mara vilhoso, que cava e ^boleia, desbasta e arredonda a polpa do pentelico, coe para OU , conquanto eternize „a gran dos már mores divmos a figura maciça dos semideuses não as vote senão á perenidade dos museus, o gênio rio grandense aqui perto, em Bagé tiiã

ardonte do seu ver- fojío p'síla surça bü, o de joinalisla da Patrocínio da cultu do F nada o «igrante, do plasma hu mano fax o o bronze e. pondo anos na do semideus. da argila faz o sôpro dos miniicaverna toráxica dum ho-

na terra gaúcha a mem, improvisa sólida e maciça de Gaspar da figura

se. Tião deixaiam <> tá-la om lij-onzv a estátua do tiibuno Silveira Martins.

Aí tendes a diferença entre a Vida. Arte e a

Hércules de Neméa vive, a vida das estátuas. Gaspar da Sil veira Martins, trinta e três mas viv anos de ’ pois de ter o seu partido descido d., poder, e vinte depois de ter falecido, inda suscita legiões, r do fogão do gaúcho bandeii'a da liberdade exato que os homens passam enquan to as criações do gênio são impereÈ e.xato que os homens são os eternos efemero.s da li Eschylo. homens (j

Clue como êlc saem com a aa mão”. it civeis. inguagem de exceções, o..; Há, porém, cm que se

aíifa Ribas, o granredenção, o José do Abolição Rioín'andenFazeni b(*ni os tiranos que ainda (irande levan* ICstive.sso de pé Ivi<i

titánico e to<le Memnon, ao Rio Grande esLibsrdadcl dos os dias, como a raiar da aurora, o eutaria a i>alavra

AS.S.ÍS BR.\S'1L

Não mudemos por sunto. desçamos <la nicie. montanha.

c-mjuanto uc asFalemos <lc‘ liberdade, montanha para Pas.semo.-’ duma para Não a piaoutra

Numa assembléia de i iograndcnsoí livre.s, dejMíis de c‘v<jcarinos a figura g^ranítica <lo tem os dii'eitos de (Madstone gaúcho, quc primazia do tú pü-ações dum povo violam"^'^^ gencia das leis da à Arte o asa continnatureza e pedem levestimento d mulo, os nossos corações têm de volApóstolo dn Já falamos cio Gaspar Assis Brasiltar-se reverentes j>ara o Democracia. Martins. Falemos de a sua Eto,I nidade.

Não morrem

dum partido alai-gou-lhe as íilciras le coubesse todos os de boa vontade, e os G raspares, os Hercules de Aí tendes a prova, deralista. Quem o chamo da Redenção? nao morrem

O part como Neméa. ido feu para a causa Quem o alistofileira.? da Aliança Libertad u nas , -ora ?

Quem o levou a optar pelo Direito prélio em que êste se bato Rio Grande, há tantos anos, o arbítrio ?

Não tenhamos ilusões, gênio j-iograndense. da i’aça.

no no contra Foi o es])írito Foi o sôpro dos pampeio Foi

Grande c; iluminada ligura! Chefe organizado e definido, para cpie nêriügrandensef iiiargou-as tanto que elas hoje se confundem com os limites do E.stado e talvez estejam

O exceJso

liberal ainda não tem eni Bagé senão a estátua que ali to dos os dias lhe crije, modelada em

Grande descoriiorificouõade da oinniao. -o. jiaJavra de Gaspar a Foi l'OS. Martins.

em vésperas de confundir-se com os do Brasil. Individualidade comple-^a, mas limitada por dogmas parti dários, tirou-lhes a incompatibilidade, incompossibilidndc de existência credos diferentes, para quc partidti coLibo.ssem todos Of* O patriotismo O amor do Rio o. A nocessiredonção espiritualízou-o. a com os no aeu matizes de despersonalizou

Assis Brasil sil.

não ó mais Assis Br É o Rio Cíj-ando do Sul!

or-

solitário de Pedras Altas, cerremos fileiras em tòrno dêle.

Velho Gasjiar. flüilo no teu Rio Grande .m iml poiles dormir tr de Bag5. nao morreu Brasil. ziMo p an* , ABirr, EXCESSIT. a que vive Assis situdes <la política q

As vicis- Não é reito panha.

uizoram (juo teu antagonista d-,- ontem fôsse o te continuar-or de bü Só êle (» u .ie.

pôd

encurvar o .\rc-o de Ulisses da unifi cação do Rio (iramlo escravisado.

Dorme tramiüilo. orgulho da sa raça. O leu legado i m pério c* ;* .A 1 e x a nd re. dos ao nosso patrimônio teus ensinamento peixlurarão do o sempre.

nos nao será

Como em Rtmm tôdas das do império condu..iam CO miliário de ouro, erigido no vaçíão da Urhs, o leu roteiro do Assis Brasil convergem igualme te para a Canaã do futuro.

Não te traíram os teius discí pulos íiiie o compreenderam, desertaram os teus .soldados, acudiram ao novo sinal de Não te renegaram os fiéis abrigaram à sombra de um patrio tismo igual ao (lue fundiu os teus pulmões de gigante.

Quando há pouco tempo cas nossas cocliillias repercutiam sons duma trompa de bronze, seus acentos começou o marehe-niar che e o trojicar dos cavaleiros d redenção, a lioca podia ser mas a voz era a mesma: herdade.

Kncorjioramoral, por too os as estrano nmrcoc í n Nãf qu< comando q ue os eco: O'

Essa a única liandeira de hoje. Êstc momento comporta outra.

E nós, que temos a honra de la desfraldada pola mão augusta do

depôs as armas e , «i'?unientos. A per- i oinH-' no poder está ferida de ; ^ nomeação do vice-presi^ 01 parar na sucata das insti^uçoos paraguaias donde nos veio, ‘U entre os fenos velhos do despotismo e enverni.ada apenas dunms maos mais preciso discutir diconstitucional em a nossa cani.1 J verde

1^0 todo ;.-?alvou-se n esso naufrágio político pessoa do co-

As leis da honque o capia sair do barco

G ao outra a da Li cie anginstia nãc j ve .s de tinta seciocrática.

Mas parece que contista não são tão a ínandam penas imanoanto do navio, niuiitima ra i «cja o último ●) ^‘^so de .sinistro, d :ao a honra 'stritas. N j ° comandante da ^ y tripulação ao mar, alija i salva es -se s^sinho .m navto c k 20. _ Bem diferente ,<msao do heroísmo vrandensG una bota a carga, em casera a comprerp , do obscuro rioq p Silva, que aqui

II" ‘'O'» éie. Mas 3S tempo sao 10 outros, navio da ditadura ficou lU-vore sêca pois em 0 d e sem mastros ;. , .í 0 r. apenrs . Bovges de Medeiros salvou 1 sua cadeira

Não temos, >' 2utir a ditadu Cabe-nos, le discutir o ditador. ^ Nada mais penoso Mas presidencial, pois. mais q ra. perem. a triste que pe 'sar. que fazer ue distarefa rsonaliqunndo -^m1

SQH destas: liomem. causa e so uma balde se procura enconti*a um homem ?

Fulano c um Fiz uma viatfcm com U

prrande êle e Sicrano

Onde está a sagi-ada Constituic.*ão do Tlio Grande, esse monumento da sabedoida dc ” com <iue enchiam a boca turiferários? AbÜl, exccsevasit, eripuit. se positivista « maior ocidente os seus sit. (4 não me bateu a oarteii-a . 'ande cidadno; c meu vizinho furta as reses do e um gi de e.stílncia o Tião meu campo”. Muito baixo e.staria do Sul se .se afeidsse o valor dos seus mera limpeza liadicionalmcnte políticos Itio Grande o homens públicos peda de mãos. qualidade comum a todos os riograndenses.

Fugiu, sumiu, voou, evaneseeu. Que resta, portanto? Apenas o Borges.

Mas a este seus próprios amigos sr. \ apenas i-econhecem uma qualidade: sua integridade.

Não descobriram a pólvora.

Esta também nós não lha negamos. Queremos apenas saber Queremos apenas saber ne.sto dá direito nhuma qualidade. a se basta, se ser hoa não ter mais nc-

A honestidade do

Não adverte essa de um estadista ^ . gcMite que que honesto, está confessando t|ue é mm diz apenas que é

comjietente.

Quando se nos jiessoa é simpática, ficamos para Iofeia. Quando sc É muito precisa* trata dum informa que uma go certos de que é nos observa de algaiém: de mais não conservado }f mos para saber (lue SC \

DR. BORGES velho.

Quando se discute do dr. Borges, paixão de mando, petuidade no governo, . rio ditatorial, é com a i sua honestidade a p quando sua

^ sua perp seu impéinvocação da que os seus incensadores nos martelam I os ouvidos.

lembraria de alegar Ninguém se como a principal qualidade de Wados Estados shington ersonalidade se alega a . o patriarca Unidos, ou de José Bonifácio, o pa triarca do Brasil, a honestidade, fossem apenas nada.

. . ^ritegiddade constituiría um patrimônio nacional e supriría todos os outros requisitos g-overnamentais que reconhecidamen te lhe faltam.

Por essa teoria a rouba é o uma que assenta a sua construção.

Elogiar um estadista porque não mesmo que elogiar

Todos têm a obrigação de ser hoA honradez é o mais tri¬ sa nestos.

vial dos deveres.

Imagine-se que dora em diante se adotasse a regra de julgar os homens por não furtarem. Ouviriamos fra-

Não são feitos para aparecer os Indispensáveis, Necessários são inn-

O arquiteto não se ga^” sobre Se honestos não seriam alicerces da casa. são invisíveis. parentes, do enrocamento subterrâneo

E a honestidade é o alicerce dos estadistas. virgem porque é pura ou uma espôporque não prevarica.

VIRTUDES DE TABOLETA

Nada mais suspeito do que as vir tudes da taboleta. Quem põe tabo leta de honesto quase sempre tem alguma coisa que esconder. A ho-

nestidade sociocrática conder a ditadura.

Andrade Neves ôste anúncio: “ teza”.

í?io do dr. Kuryrcs.

aos seus cidadãos, des ruine es- procura Vi ontem à rua que os ar. , os reduza à

ig:ual com êste disUco: cia Honestidade”. uma A o Tro

taboleta com

vão da Bara-

mendicidade. Que vai ao Estado que o seu chefe seja pessoalmente honlado, so a sua honradez só serve para liquidá-lo?

Lembrei-me ilo grande olo- í uma taboleta ‘‘.^.o Trovão

A integridade talismã os empobreça pessoal não é um que supra todas as outras

qualidades. Porque um indivíduo seja serio não se tente. segue que seja compe-

Verdade seja, e confessomo-lo para honra do Rio Grande que no Brasil adniinistra„, ^ vendeiro da esquina, o da venda, é um tipo de homem lionrado. Não usa de pesos falsos a corrupção política e tiva tem tomado 'grandes ções e (lue a hone.stidade a honestidade na propori .

Na impecabilidade alheinmento implícitos pecuniária, no ao interesse não estão a sabedoria o e mais

Diz-se dum político: é muito ho nesto, é mais ou monos honesto, é pouco lionesto. Muito honesto c o que não furta deixa furtar. Mais

0 e chefe do família exemplar. Não se segue que tenha habilitações para ministro da Fazenda.

simide.s c íntegra que Ilá tipos na honestidade tr aovia ser. como no café e i nos couros. Há hone.stidade de tipo 1 a tipo 5 como nc café. Ilá honestiilades pezadas e leí ves como nos couros. , a experiên cia, o tacto, a tolerância, que se exigem aos homens de governo. Êstes, além de refratários ao azinhavre do metal, tos de superioridade, dem por êsse estalào.

nesto é o que não furta mas deixa que os para ou m outro si, nem enos liopara si s o faPouco honesto é o que furta çam.

para si e deixa que os outros o imi tem. Por essa técnica da coin

Se uma dona-de-casa tomasse uma cozinheira precisam ter requisique se não meque lhe apresentasse a

- niôscas, ou uma lavaque lhe rasgasse todas as pe ças de roupa, com certeza que havia 00 pô-la, sem tardar, no ôlho da rua, embora fôsse muito séria. Pouco so lhe daria que não ganhasse no balaio comida com deira que não aumentasse no 7 placência política, tão racional e intuitiva, que põe de um lado os honestos e de outro desonestos, desapareceu. Desonestos não existem.a velha divisão os

Os que lançam mão do i V «1 dinheiro do Estado para fins de poque almoedam jornais, liticagcm os preço das compras, desde que rela xasse no preparo das refeições, ou pi'ejudicasse no aceio da lençaria. os que arrematam em leilão as ciências venais. os que corro consmpem e subomam tudo que é corrompível e subornável, nem mesmo esses são. São mulheres 0 de César

Os funcionários públicos são em certo sentido os fâmulos dos povos. Embora sérios, se só são sérios, mas relaxados ou incompetentes, rua com êles. De que nos vale a sua hones tidade, se nos servem mal?

O dr. Borges de Medeiros, folgainos em reconhecê-lo, não pertence à , de quem nem se deve suspeitar, bemos com essa ilusão. AcaPouco im porta que um político não meta no bôlso o dinheiro que faz extorquir

credo. Vêde Júlio de re-

Sabe fu mita a moiílfi' <* mar t- hebcr.

ou siMas desuo que vimos

.

em certo poconio Roma. rante anos. Nao tenho i muitos à mão o livro, via* mas creio que não jante que sou, é o célebre conto de Daudet, talvez .se tenha in.spirado

A mula impli«‘'ai Mas nutua «> i riam os dias, as e os anos, o nada. ria dar o coico. tinha (ic ofcroceidu scla jeiônima. dos escravos cníiuanlo nhore.s. í.'m dia t> papa mula JiíIk^ou-sc cniamipada. tórro. ))ilhou *● rardoal das f(*n-adinas i* mais cortcdro a histój-ia.

A tiadivâo ])o!ítira do (onsiífna o pi-iticípio Idic-anismo da re<*lei(,-ão. O Pa))a consagrou-o, com os seus tifícios.

soprar: o A m (f»m a Itio do Re }’arf i<Io do

No on* ao alcance |H'spegou-lhc 0 dos coic-es do <iue reza Grnndo anti-vepu-

de semivirgens políticas, que nossa política, um Washington vai infinita: a da comgeraçao cabaretisam a cardea'. pilhava de gcito. Cor.'i<*manas. os meses com Mas daí a ser distância à mediocridade, verdadeiros homens de Esta* uma linha de consciuma petência Nosula queMas não podia, o lombo, arreiado mansidão nao .são semorreu. E A do, há sempre ência que lhes não permite abjurar. máxime em proveito próprio, os ar tigos do seu Castilhos. Nunca permitiu que o elegessem. Achava imoral a reelei ção: nunca a tolerou. Se fôsse vivo o Sumo rontífic.' da Sociocracia, nunca jamais o dr. Borges ousaria se trieloger, mular que se trielegia. parecido cie, foi

A .MUL.A l)í) I»APA publicano (Iodos pon- Li, há anos, certa mula manhosa, dos papas de Avignon, ríodo cidade pontifícia guardou um co um coice du nto, em que pertencente a um Borges Knejuanto ólo vivo, de Medei ros, tão manso sua vida, obedecam-ilu*. éle morreu, fc^z-sc tidoieger. Republicano extra* Pois aíiuéie homem, vida de Castilhos, êle morto contravinba os seus p^ncípios? Éles não conheciam o coicc da mula do jiapa. . .

o sr. durante a Mas logo que Os car* deais do Partido nliaram, humilde durante a tã'*

Essa mula de e.stimação,‘sôbre cui-i sela jerônima se jnstalava o pontí fice nas procissões, mandando ao povo genuflexD a bênção dos dois de dos, ti’atada. por um cardeal, vinho de Chipre e bôlo de vinho dc ))órto cm qun a nozes, e a mar¬ que eram o mu-

Mas deixemos os papa.s e as a honestidnu^ íhs. Mostremos como incompetente e politiqueira c às ve zes tão prejudicial como a desones tidade. Veja-SG o caso Férrea Jíio Grandense. da Viaçao melada daqueles tempos. Não sei Rio Grande as mulas aqui no sao e portanto se os seus háconhecidos; mas é certo bebem de tudo. O comuns; bitos são A VIAÇÃO FERRE.V RIOGRANDENSE que comem, e fato é curioso, mas não se admiralembrar que o morcego prendas comun.í com a espécie humana e não se lira quem se tem também suas

Os donos da empresa, belgas, ven do expirar a sua concessão, não que riam substituir o material rodante

agens, que se tradu ziam num aumento de fretes do vinte e cinco por cento, geral. Obrigar

estragadü pelo de certas vant uso, senão a troco goes, como oficiais, e bordados nas locomotivas, A idéia não é. veteranos qual como generais. parece extravagante, mas Rostoptchine, numa roda de em Moscou, discutindo-se maior herói da campanSra o

Eoi um alarido O aumento era uma extorsão! os lavradores e criadores

riograndonses a pagar te mais do Dificultar a ciuarta parpagando! merca que estavam o escoamento <lasivre surto oco- lni|)edir o

o inverno dorias!

vussa contra Napoleão. de que fôra a alma, ” cachimbada Inverno”. tirou. tranqüilamente, e declarou: Tinha uma O general Não fôsse raião

e a Grande Armce teria tomado conta da Rússia. .

ncmico riograndense! tais belga.s eram de topete! navam que isto aciui era o Congo c que no Rio («rande tadistas!. . . Caramba! Os Imnginão havia os- A capacidade militar de todos os chefes borgistas descora ante a es^●atégia do general Viação Férrea, l' 01 èsle denodado fator cabo de guerra o principal da resistê

Deu-se a encampação da Estrada. Duzentos milhões de francos pagaDuzeiitos milhões saimagro Tesouro. Ora ncia ofe^●ccula pela ditadura à Liberdade. Criiindada a essas alturas de her oísnio, bem se vê que a Viação Férlea íca deslocada quando se trata <la tarefa inglória de transportar nios poi‘ ela. ram do nosso os lielgas, pai-a condições dc trafegar, empi-egar atiui outros duzentos lliões. I''oram, teriam pois. quatrocentos liorom a Estrada em do mimieèrca de IdO eãmliiü de hoje. iiue c cebolas, frutos do país e Seria uma coisa esdrúxuIhões de. francos, ou mi! contos, ao deixaram de entrar no Brasil.

muares batatas. la. Seria andasse pelas bille, a vender de mão como se o marechal Foch Tudo estava bem. Era em favor Era para evitar cento de aumento

quatro-

A estrada de ferro, aqui caiada para o jiovo, viço da ditadura, tituiçãü administrativa ó um instrumento político, (le eleitores, tal a sua missão.

Mas não siimente viveiro de elei tores. As estradas de ferro do Ri CIvatule deviam ter galões nos não é ma.s para o ser va *

0 -

Dai . existir aqui o problema lerroviário por ter mente resolvido pela m?gativa. mos prová-lo.

sido definitivaVa-

Mal os . o goruas, como Crainqueoom a sua caiTocinha rabanetes e mvbos, hortaliças do Rio Grande, ominosos 25 ]ior do fretes, verno do Rio (JraiuU* Estrada, (pie se deu? os logo, Pois bcMii e legumes. se apossou da Aumentouaumentou logo os fretes, cem, duzentos, trezentos, centos, (]uinhentüs, seisssentos e ate setecentos ))or conto.

Há tempos, um grupo de pelotenses obteve dos belgas a certeza de quo no prazo máximo de três anos constniiriam um ramal servindo lo calidades agrícolas de grande futu ro e já de regular presente como

Não é uma inse econômica: Viveiro Encruzilhada. Cnmaquam, Cacimbinhas, mediante pequenas garantias, menores que as de uso corrente. O governo negou-as: 0 sul do Es¬ tado é pouco governista.

Daí a asfixia econômica do Estado. Daí o mau estar geral e cares- a so naí) sei'ao os Sul do E.stado no dr. Boi-ges nai de S.tJonçalo c íi prendeu o feijão piéto. esse dia não cli(*gar. irá i-ece!)endo Assis tia da vida.

Não pode haver fato que melhor honestidade incompetente, ^las com o govéino do Rio Gran de êstes raciocínios não valem cie Com êle é ali no duro. retrate a nada.

êle não há fumfum nem fole de ferQuer porque quer.

Com reír'o. Manda

Netto e Ilonório. como entusiasmo transbo quem pode. Só nos resta cabeça e obedecer.

Pelotas e o Rio Grande })ortos naturais <Iin om que o eoiiscíTuir prender o barra, como Enquanto Pórto Alepr? Brasil, Zeca recebeu. E do cadas coisas.

s, na fraAbdul Ilamid. se do nosso Gaspar, de um nao passamos miserável rebanho de lhas.. Somos ci-iados e nada mais. ovepara a tosquia

Diante dêle não passamo rdante coni

cpie os aclamou, mostr^aia cjuc prefere ao título de favorita do despotismo do .scr metralliada pelos janizaros no a honi‘a gloi-iosa na praça pública de cLU-var a

E, ao que parece, nenhuma ovelha lanzuda como Pelotas. pai a é tão o governo,

UIVAUDADES ACOROÇOADAS

Com o intuito de fa

zer de Pôrtn Alegre a Bastilha da ditadura

Jia meios de quo se não sirvà ^ verno para desviar do metrópole as nao gopara a E sul Pi’oduçòes do stado O escoadouro natural do sul sudoeste ó esta zona. poig vêrno tudo faz para que, mesmo” dan' GO uma grande volta, seia V Pôi-to Alegre. '' ""

Não estou fantasiando.

A mercadoria que sai por Pelot ou pelo Rio Grande paga uma sobre taxa de três por cento de que está isenta a que sai por Porto- Alegre, Fossem outros os riograndenses, fosse outro o nosso caráter e mente da rivalidade entre as duas cidades estaria plantada. Mas Pelotas não responsabiliza a capital pelo delírio do g’Ovêrno. Mas Porto Alegre não se cui^va aos ca prichos do Sultão. O poder da di tadura não conseguirá mudar a face e do as a se-

MINHA I.MPRKSSÂO DO RIO GR.\NDE

Sou um derado. Tenho s< incapaz de faltar com maiores adversários, extremos, censuráveis Oraiitaos Aqui tudo é grande, mc-

esjiírito tolerante e nioêde de justiça. Sou ela aos meus Vou nisso ate talvez, gulho-me do valor dos meus gonistas. A valentia o o clonôdo dos riogi’andenses cpie comiiateram lealmonte contra nós nie comove. Tanto horor tenho aos mcrccnáidos estran geiros, oficialmente engajados pdo governo, como respeito a convicção, a meu ver errônea, mas em todo o caso acatável, que arremessava nossos irmãos transviados ao entrevero das lanças c ao crepitar da fuzilaria.

A minha impressão do Rio Gran de devo crida, jiortaiito. jicla sua sin ceridade, ^os o governo.

Buckle disse grande, não conhecia Modificaria a sua frase.

que no Brasil tudo menos o homem, o Rio Grande cio Sul! Aqui tude» Êle

é prande. a natureza e o homem, não 6 írrando o povêrno.

Grande é o nosso território, que a Grécia de Péricles, Gran Bretanha de Só

Gran de.s são os nossos nos, maio res que ü Sena e o Tâmisa, em cujas águas se refletem os zimbórios e as cúpulas de Pari.s e Londres.

maior ou que a Lloyd Georgo e dissídios e adversários ju vitória fácil e já a cantavam em prosa e verso. Pensavam que os velhos paii^idos que se dividia a oposição riogran dense, antes de enfrentá-los, se entredevorariam. Pouco durou a ilusão.

É bem conhecida a fábula de Lafontaine.

Contando com os nossos desinteligências, contavam os com uma eiu Um lavrador que pediu quase igual ã França de Poincaré.

Grandes são os nossos lagos, anos interiores fadados oce a serem u aos filhos que lhe trouxessem um feixe de Mnndou que o que varas. pia batismal da civilização brasilei ra, como o iílediterrãnoo foi batismal da civilização

Grandes são as nossas nossas culturas. Grandes a pu\ européia, matas, a.* sao os osbrassem ao meio no joelho. Nenhum conseguiu.

O velho, então, tirou as varas do fei.xo, de uma a uma. e mandou que as quebrassem, ram. TÔdas se quebraEra a parábola ingênua da Gran- píritos (pie nos têm guiado. de.s são os nossos guerreiros, maiores do Brasil. Grandes perigos quo perpètuamonte nos çam. Grandes são sao os ventos União. os Unidas . os amoaas varas resistiam: não havia forças capazes de quebvá-las Separadas, de unia a uma, qualquer ciança as ..ompia ao meio. Nós, os oposicionistas, somos o fei.xe de va ias de Lafontaine, e Assis Brasil é o lavrador. Unidos na mão dêste que varrem as nossas cochilhas, os pam]joritos e os minuanos formam a Lagou dos Patos goa Mirim que transe a Laem polagos cneapehulos. E sôbre todas essas paira, eterna e rutilante, de da raça, provada na na paz, no sacrifício o no heroísmo, no labor e na fó. a vitalidade solav da raça riograndonse, todos obumbrada pelo despotismo dos os dias rediviva como renascente da aurora sobre a infini ta vastidão dos nossos Atlânticos i teriores.

magnitudes a vitalidíI ● guerra e os dias mas too sorriso inninguém poderá quebrar e nem mes mo torcer. Separados, que seria de nos. Teríainos a sorte das varas isoladas.

Não basta dizê-lo que o vosso Sei contudo. pensamento enche o meu coração, estua no- meu sangue, ferve nas minhas artérias, e não retumba na minha voz senão como o eco da nossa alma coletiva, dizê-lo. Mas não basta É preciso prová-lo ao país. Nesse desfilar de grandezas, há de pequeno? zer. Todos o sentem. que Não o precisarei di-

A PROVA DA NOSSA FÔRÇA

A UNIÃO SAGRADA

Falemos de nós, da União Sagí’ da, que precisamos manter. ar a reaa-

E como prová-lo? Brasil que abominamos amamos a liberdade? Como que somos o número, a fôrça lidade, a convicção, a vitória? Como dizer a a tirania prov Passemos adiante. o e

Votando.

Outro meio não conheço. De outro O voto é a fotografia da nao sei. nuiita.s liócas c cabeças.

Palavras .sem votos, são

melhor hiTem íí? pão Ue do Tmutíís nfastai--s(* dos smis na pdtose poi* moses <● anos. vida. que c o ari i.scar unia

Partidos sem eleiDizei convicção, tiros sem bala. leões sem garras. tores, sao que somos a maioria e perdermos as desmentirmos próprias palavra.s. eleições, é nos poi nossas

O DEVER DO VOTO

Se o voto é sempre um dever abstenção em dados casos é um cri-

Mas o cnibo.scado civil, o cado íl</ \olo não tem desculpa. Fojrpera<*r um clin para embo^ao .saciilício de

alistar-se, quando seus zem o sacrifício de s<*m fa- irmaos anas e nieinon^er.

fre{|ü(*ntemí‘iite jiara a transpoi tar-se de um lujra» a cliamada na se.s. Fo;;e

Quando os nossos irmãos inda não cicratizaram n me. o.s ferimentos d para outro, a esperar sua seção e não s< seu.s ccmjmiiheiros. ze.s, os (}ue não ram feridos, amiararn ■ niori Itnnbra de QUí* íeli- os nuus a fo- oram nem I ffuerra civil, quando ainda caram as lágrimas das dias, remon».'= expostos ao vento, a chuva, fi io. rotos, fainintaciirus, bibocas, só para teron ‘‘.Sou um riO'

nao .somães, da.s

íí me.«es, à temjicstade, ao \ tos. sedentos, poiatoioiros e banhado.-;, o direito de dizer; í-randense.

^uvas e dos órfãos, os que comun gam com a causa cuja nobre defesA os enlutou serão desumanos c covardes se não forem às

Nem todos puderam combatf.v ^em todo.s puderam empunhar mas pela causa da liberdade personalíssimas, i teriais e urnas. arQuestões impossibilidades int a- morais

Se houver emboscados do voto, en* os tre os nossos companheiros, se cle.sertores da.s urnas aparecerem cnmais ‘pisar, da COtre nó.^, não poderão .som remcr erpuzer m muitas vêzes entre panheiros e a cochilha, rém, podem votar. se os am .sos, um só palmo chilha gaúcha. A cada passo derem, a consciência lhes segredavíí nossos

Todo.s, compoaos ouvido.s:

OS EMBOSCADOS 1)0 VOTO

A França, durante a grande uma palavra guor para desi cidadãos que encontravam ra, criou nar os meios e prete.xtos para fugir ao sermilitar e aos perigos. Foi gviço palavra embusqué.

U

Pisa hem esta terra, covarde. rogada do sangue dum riograndciisc que o deri-amou para que pudesses votar livremente. Não és fillio nossa torra, iireeisas que te enterrem, eerás como truz”.

mi'J Quando morreres Apodreguacho da aves- o ovo

O emboscado militar inda pode desculpa: a família, a a alegar uma O ÔVO GrA,nío da avestruz doença, a necessidade, o sistema nera miséria fisiológica, a falta voso, Na ninhada da avestruz há sem pre um ôvo que fica de fora. ovo guacho. Fhndo o período da in-

É 0 de nervo, muita vez produto atávico depauperado. Tem de do sangue

cubação. Mal avestruzinhos. nascvin saenn fora da ])lantii-lo na horta, entre os nabos repolhos.

Mejancias! Vermelhas por dentro, os casca, a niao. com o ôvo p,uacho, quo As môscas, cliamadas iim coice, tiuebra está pôdre. pelo cheiro, acorrem nias verde por fora. A côr das au roras no miolo, mas o matiz do capim na casca. Não verberemos os milhares. Os filhotes <● niem-nas. Ê o seu leite infantil . aos É a sua matricjuia. , porém, aos Inda é tempo. Entrenós. lUudem-se das hor0 mi-

Eis portine comparei os melancias, «●uem-ae a alistèmios, os ausentes, os não votantes do nos so jiartido a ôvo uuaeho. tas para as seções eleitorais. Ij^ftro log:o se dará. I lojío passarão a homens. Deus. quo criou o homem

Apodrecerão no seu e^-eísmo. vilão de alimenlo às do.s os partidos, dos na terra, comidos pelo ventre da autoeraeia.

Se Não serão enterr rmoscas de ioa-

OS MEL.^Xri.AS

De hortaliças

Serão comidos e desà sua imaíjem e semelhança, fsz, de certo, os melancias à imagem e semelhan ça das abóboras de que são irmãos, oacudam os melancias com êsse palenteseo! Não se limitem à iitilidatie dos deglutidos, ^mo a fada dos contos de Perrault. iransformu as melancias

Com essa contamos c como a contingência os nem cias, enfim, ela ó inevitável

Não 1'aío da alistenção <los neutr dos (lue não são nem carne, peixe, dos quo acendem uma vela a Dons e outra ao Diabo, dos melan-

A liberdade é em prínci

pes e as Bonalheiras em Princesas. Melancias, transformardes tempo. Redenção. vinde a nós para vos em homens! Inda é Alistai-vos nas fileiras da humana.

O espírito riograndense. lampejos de gênio que lhe culiares, arrancou da família hu na e.ssa classe de timoratos messeu-a para a vegetal, alcunha, os quo não têm a das suas convicções não são homenssão civcurbitáceas. Não são entes do tados do sentimento o de vazão: são insensíveis e inertes; não são cria turas humanas: são melancias.

num dos são pcmae arre● Por essa coragem 0 Martin pescador

* neutros, que têm simpatias fiv, ^ cliamam melancias, c5 ^ dúvida, que não têm simpatia ous por ninguém. Não têm. -í as teião^ Terão pelos que vencelerão pelos que ficarem com e o queijo na mão. Êstes inda não têm nome. rem. a faca Velhos conhecidos do divino Dantc, que já pôs no Inferno os a sua existência es-

O esjiírito francês, feito do malí cia G trocadilho, o espírito alemão, fei to de bonJtomia e simplicidade, o espí rito inglês, feito do humor, isto é, da deformação da seriedade pelos vidro.s convexos do ridículo ou do 1exagero ao ôllio desarmado do vulgo. Mas se não ttm nome, têm missão a cumprir na terra. É a missão do martim pescador com o jacaré Quem não conheee muvtim pes'cador, o eleg:.-,nte passavo dos nossos an-ôIhos e lagoas ?

capa Quem 0 viu , mais feliz. nunca tiveram, achado Melancias! E pegar num homem e , ora

honra, caré ter comido um martim pesca dor. Não há exemplos de um mar tim pescador ter recusado os seu? profi.ssionais a um jacaré. O caso é serviço.s Não estou fantasiando.

Não iiii exemplo de um ja- cortando raso a flor das águas, ora furando os ares em linha reta. ho rizontal e rasteira?

martim pescador nasceu para ser amigo do jacaré. Os via jantes o asseveram e os naturali.stao o atestam. Como o gado tem outros pássaros, de nome pouco simpáti co aos riogi-andenses, qutj lhe cam os carrapatos, o jacaré tem martim pescador que lhe cata rasitas. Pois o cao os paNo Heródoto já o contava. velho.

O martim pescador é o chimango do jacaré. Mas vai mais longo o chimango e é mais hábil

O jacaré, depois de comer, escancanra as mandibulas ao sol, e mosa guela de quadra e meia martim pescador entre nnv *i -ovão a dentro e f^rta do tos, cue lhe enti t martim que tra O uao usa ao luxo de ter co o pescador

A lealdade do para com sou Porigoso amigo^^fab'' soluta, enquanto ôle vive m “ ’’ dia em que mon-e, a primeira

Egito êsses Ca.stor e Pollux do Nilo .SC chamavam o cursorius cgypcius e O Kio Grande do Sul terra o crocodilo, não os conhece menos que a de Tutakhamcn.

J*KLO'J'AS E DE PELOTAS

Mal despedirmos. E se (|iiisprdes que a defi-

É preciso nos falei de Pelota.s. a defina numa palavra nirei nesta: iniciativa.

Bem razão tinha Francisco Simões, o denodado batalhador da nossa CflUconferêncin eu sa, em afirmar mo dentista, martim , numa Pelotas é dc PeloQiie Pelo* j)olotcnses‘^ memorável, que tas. Quo quiz êle di:eJ'? tas só pertence aos Não.

ta e a do mart.m pescador, qu^ h. come os olhos

tôdas as ativi erguer r Polotas pertence a dades que aqui queiram sua tenda de trabalho. .

Sua frase não é um grito do egoísum brado de orgulho, Pelotas é oe c filha do Os neutros fazem o mesmo com quem esta no poder, prineipalmentò com a ditadura. Palitam-lhe tes e limpam-lhe as guelas to está de pé.

os den.. enquanMas se tombar mo; é do orgulho legítimo. Pelotas, porque Pelotas Pelotas, tem Pelotas, porque nao deve nada se , ai dela! Airancam-lhes os olhos martim pescador.

O jacaré é sério e cumpre os conSe todos os tratados de paz como 0 tratos, de tudo não aos lotenses.

Sob esto aspecto da iniciativa par ticular, Pelotas é o exemplo do BrasilAté chegar aqui e rcvê-Ia, pensava eu que a cidade modelo do Brasil fôsAraraquara, em São Paulo, calçamento, arborização, higiene, ser viços públicos, enfim, Araraquara é uín, padrão de cultura. Mas tude ali é feito pela Municipalidade, até Em se fossem cumpridos como o dêle com famflia do martim pescador, o mundo iria melhor, einbora o fiador do tratado qos dois bichos seja apeinstinto de utilidade e não a nas o f seja precisa entre êles a palavra de

0 Grando Ilotol, superior a todos os inveja às melhores das congêneres da própria capital paulista, até dois do Rio e São Paulo, anos atrás. Ao Clube Caixeiral, de grande puEm Pelotas, dá-se o contrário. Tu- com uma biblioteca de mais do é feito pelo pclotense. Tudo nãor 10.000 volumes; ao Sport Clube quase tudo. Não cometerei a in- Pelotas, que aqui ocupa o lugar do consciência de negar que todos os Pluminense na capital da Repúblic serviços municipais de Pelotas são Outras instituições, também de ini incomparavelmente superiores aos do ciativa particular, não se podem enuPôrto Alegi-e. Pelotas é calçada- merar sem especial referência. a.

Porto Alegre é ouriçada de podre- A Santa Casa de Misericórdia giilhos c apenas começa a conhe- i)rimeira do Estado, sob a chefia’cia cer as delicias do paralelopipedo. vúrgica do dr. Berchon, o Cellini do As instituições pelotenses, formi- bisturi, nome consagrado nos maio dáveis jiadrões da sua cultura, têm hosi)itais da Europa e a nol;e desenvolvido à revelia do go- távcl assistência dos drs. José Brusvêrno. mve, auxiliado por dois filhos, os Vejamo-las. e José Brusque, que sãc

A Biblioteca Pública, famosa em í^i»*maçoes e não esperanças; de todo o Estado, fundada cm 187-1. ^i'«nco, que na Europa Iniciativa particular. exercera as funções de cbefe de

A Escola de Agronomia, fundada l^ospitalar, honrando o nome num prédio doado pela família Ely- Brasileiro no estrangeiro e desdoseu Maciel. Iniciativa particular. brando na medicina a esteira de luz

A Escola de Artes e Ofícios, fun- i ° paterno, do dr. Ferreira Veldada mediante coleta pública. Ini co'f’ ^ de alto conciativa particular, desrespeitada, Pereira Lima, re aliás, ao que se diz. nos intuitos de consolidadas; de Ploti-sua destinação.

>-oivn José Antônio Mo-

A Sociedade Agrícola e Pastoril ‘ ^ '''^dade, valor i intelectual do Rio Grando do Sul. Iniciativa nao comuns, particular. , , Beneficiência Portuguesa, estac

O Instituto de Higiene de Pelotas, p ocimento modelar sob a preclara fundado como sucursal do Butantã ^^oçao cirúrgica de Urbano Garcia, que, pela sugestão de Berchon, foi o ousado iniciador dos processos do rejuvenescimento já entrevisto Descartes de São Paulo, por proposta da Socie dade Agrícola e Pastoril do Rio Gran de do Sul. Iniciativa particular.

Alé por 6 entre-realizados por Vo m de a essas instituições não me posso deixar de referir a outras:

Ao Asilo de Mendigos, ao Asilo de Órfãs, ao Conservatório de Música, ao Banco Pelotense, poderoso esta belecimento de crédito, ao Clube Co mercial, associação, cuja sede nãoronoff, de Urbano Garcia, o homem desprendimento, o homem dedicação, homem infatigabilidade, o coração cheio de humanidade e franqueza sistido por este grande médico que a nova geração enriquece tiga, Darcy Xavier. o ascom a an-

Mas o filho de Pelotas não tem de espantar e sim de que se que se orgulhar.

Só hoje compreendo porque Pe lotas mereceu o nome de Prince.sa do Sul. descortino, pela antevisão, pela cul tura de seus filhos.

Grande lava. «ratules lumiensí Ho landeses do Kio (irande, transforma dores de aí-eais c teironos argrilosos, coberto d;* Icvís.-iina camada de liúmus. 0J11 jaidinsl

Pela sua iniciativa. Pelo

PLANÍCIES DE pelotas AS

Quem procura em Pelotas a coí relaçao misteriosa do homem e da terra, fica, ao primeiro lance per plexo. A superfície da cidade é plana e rasa como um taboleiro uma sucessão de É campos

Pelotas na tena <»stenta os esfor ços do hfjniem Mas nos seus ho* ri/.<)ntes a Mão Jnvina, dadivosa. iadeniJcou-a róeiainemc da avareza do solo.

As sua.s aui'oias e crepiusculoi, as suas manhãs e laides são maravi lhas de colorido e haiinonia. Do can-

to rural em cpu* escrevo e.stas linhu^, numa estância que, por feliz jnedestinação, .se batisa c-om o Santo dc meu nome. vejo o horizonte Imrrado de faixas .snlfei inas. em cujo seio violeta esjilcmk*. lodo cíirmhn. todo tod(» fogo, ardendo e fiaiini sol imenso, um sol dc um sol de sêca como sc sangue, mejando. queimada, , campos e Nem um cêrro! Nem Nem uma um comoro! campos, colina!

Porque então, o cot-nome ,ie Prin ceead„Sul7 Não tende, idéia ' te a formosa expressão de Piincesa duma edade alterosa refletindo esmeraldas das águas 1an lar de r sebre as o cü emanso

A realidade é outra, cidade; merece a linda conti'ário.

Aqui temos a planura"da Hol-,n,i

Mas, como a Holanda é o jardim W Europa. Pelotas, e o jardim do Pb Grande.

-'Ias não des- por tantas carnificinas. A luzsuas colinas .sas de antes pelo ^tniosfcrica de Pelotas é l loculosa, csbatida, algocl(jada. cetínea. Hã nela espii-itiialidade brumosa das pai sagens (le Garricre. Deu.s, (]uando a América do .Sul, depois dc a criou l bacia de prata?

o Astro Rei quise.s.^t' fazi*r de si mes mo uma. hipérbole eschiliana para uma f»ansformar-so por instantes no co ração da terra gaúcim, cnsangüeii-

Da Holanda se diz que. excessã.; única entre os países do mundo, criada pelo homem e não pda naer feito o Uruguai antes de subir para o Etjuador, deixou cair nesta zona as neblinas dc jiiata. Mas vicminiianos (* adelgaçarani-nas Pc»n(|uant(' a.s não varressem de todo. nos nossos horizonto.s cnebiisorrir paracloxalmciite a hix )H>ontes ti()]>icai.s <lo ítio de 3aram os Daí nado.s dos

Da belera da terra de Pedo viço e do esplencloibüsque.s e jardins, jiode afirorgulho que .são filhos dos tureza. lotas. neiro. seus mar-se com dos pelotenses.

Véde as jiraça.s jardins e parques a flore.stação das avenidas c lograpúblicas, védc os particulares, vêdo CORniLIIElIfA UE PEI.OTAS

Quando HuUa düui'os.

a aurora, pela madrugada os corcéis da sua (iiiadriga pe-

Ias campinas ilo o céu dos tons alaranjados de Gojidü Rcmú.

p espaço. costumo

olhos e iançá-l(js pela tlevt‘ O dia clareia, das cochilhas si> no horizonte. seiTa de campo visual mais alta na de verdura.

A linha altiÚH conira os r^iratinin a curvii supeificie d

incelando o rubro.' abidr a infinita, ondnlo.sa mansament'-' os

sor brasileiro de Anatole France. o (atólieo em cuja pia batismal as fa das do berço derramaram gotas do espirito nicnse.

Além de gaulês e grãos de sal ateOutra. Álvaro Chaves, ár-

\ore ceifada em flor pelos golpes do destino.

fortes d;i descrevem tlimia no onda o qoe vem ligando os mais altos cimos históricos

ssa c políticos da raça: a occaiiii

Tenho a ilusão de uma cordilheira que se levanta serra dos Tai)os V tinin ? dilheira.

cordilheinr humana 9 j

Independência. Pii-atinin, o Paraguai, a Abolição, a Propaganda, quantos outros nao i'opresentani o talento

hoi-i;.onto. -A serra do PiraMns é uma coi-no A Não sei. \'ojo-a olhos do , n ilustração, a beneficiéncia. o traba lho, a abnegação: ^ , os .Antunes Maciel, os Cassiano do Nascimento, os Vis conde da Graça, os conselheiros lusque. os Gonçalves Chaves, os ^ Pu-atininos de Almeida, os endonças, os .Afonso .Alves, os Jtapitocays, os Seu. a Soares, os Nu nes Vieira. para não citar senão dc

rmontanhas?

Como so chamam?

''éde Bandoin a pn ■ i, o

Ê llipólito da Costa. o meira. libertador do ierritórit) o oxpulsador dos Vede o se. Ceballos. que a cidaih* nem .sou irmão,

E Domingos dc Alnunda da cidade. em por natu- o sua 0 cpie temos o patriar¬ ca

It a cordilheira de Pelota.?, se desenha fundo da nossa liistoria. Vède ● la montanlia ? com os coraçao. Vêde-a bom cemo no aquoaquela outra? ^'éde 1 Inda outra ? lembram q ue tantas. tantas mais o verso de Ciro Costa: cordilheiras os desaparecidos. memória 0 senão de montanhas, c montanhas e i Eis aí lotas. a cordilheira moral de Ps'.lis ai porque Pelotas é plana. Nao cabiam duas cordilheiras em seu soio. natureza deu-lhe a planície ,1 . l'^'<>''idència deu-lhe a cordilheira dos homens. Grande cidade!

joinalista da Independência, ralizado iielotense pelo amor da família a êstes pagos, do considei-ar nosso para quo o não considorem Liruguaio.

A outra ?

A outra, o general Neto, espada dc fcrinta c cinco, nheiro de Bento Gonçalves.

A outra, Osório, o legendário. Outra, Ferreira \'^iana, o pen pre

O solo é baixo alta. Mais feliz d a terra é alta .\osl

i'i

É Rafael Pint >( riograndoncastelhanos de a outra, vlo temp criada fôru

0 mas a raça o o que outras onde P os homens são baiQuem olhar Pelotas r olhos de filho nâo lamentará a inhnda unifoi midade das suas chans.

Vò-la-á como e: o arcabouço andino do orogiafia humana do Rio Grande. com os A

A transfiguração a e eoni pa-

Noslcs dias de , . . , fó e do luta, li-ansiçao e reforma, de melhor to e esiierança, de apostolado am de ene sacur-

Pelotas, mansa e insen crifício, ●um -nície recua c a xima e que sivelmente, se toma um ninho alpestre, coroado de cimos imarcessívois, entre cujos raspões azulados fulpuestrêla d’alva do poi*vir. sentis a verdade da prande transfiguração? Não sentis te próprio recinto se eleva e se alteia, como se um movimento subter râneo o levantasse para colocar a todos na grimpa duma seiTania?

aqui se dá ^ parece-me que fenômeno geolóí?ico: que a placordilheira se apro-

rapo.s, do Paraíruai, da Abolição, da Propaíranda, da República, da Alian ça LÍbertadoi‘a ?

Não sentis que esconstruída Pelotas

tamos desta vez na vci'dadeii'a Prin cesa do Sul, na sóbrc o livi'c coração dos seus filhos?

Eu o sinto.

Nós o sentimos.

Não sentis que estamos na Pelotas do futuro? ra a Não que os-nos Não sentis que estamos fé têm o immovimento? O j)ensamento o a pulso in-esistível dos l)rofundos com que as convulsões oronuimlos sobre a genicas imi)rovisam supoi-fície plana ou res e dos continentes. (le.sei La dos niaO teatro : realmente nas grimE do alto transfigin'ou-se pas dunua cordilluúra. desta eminência, do alto destas ser ranias, do alto desta cordillicira nia* i’avilhosa e improvisada, contemple mos. entre os clarões da auroi*a (]UC surge no horizonte da pátria, a fina Pelotas redimida, donde piamos, tranquilos, a visão dos sos descendentes contemnossorrinclo nos horiNâo sentis que zontes da pátria? estamos na Pelotas o rochedo da Não sentis construída sôbrc consciência nacional ? . que estamos na Pelotas eterna, na Pelotas edificada sôbíe o granito da Independência, dos Far-

gura madrugadoi’a do semeador, vai para as seara.s do futuro — e c' Rio Grande do Sul liliertado que passa!

EM DEFÊSA DE UM PROGRAMA DE GOVÊRNO

Huuivino

(Exposição íeila

Qnr. OuivF.mA C.\mpos

na (.amara ilos Dv'p\it;,dos em 13 de agosto do csirrcntc ano)

UISERA trazer

desta nobre Casa uma u consideração peça apu rada na serenidade da meditação e no cadinho da reflexão. Entretanto, a tarefa simultânea de organizar uma

Olhemos primeiro, com serenidade, som ódio nem pânico, a sombra do passado.

infra-estrutura de coordenação e pla nejamento e produi ir um programa de ação, não o permitiram. Falarei à base dc apontamentos compensando pela sinceridade houver cie descabido. Perderá, dúvida, elegância e autoridade discurso, mas ganhará, quero crer. sinceridade c espontaneidade.

esparsos. o que som meu em

Após minha exposição, colocar-meei â disposição dos nobres deputad qualquer inquirição relaciona O? para

0 segundo elemento de sombra o paralisação do desenvolvimento 3 ção ou com programa cie governo. econômico, na forma que evidencia-

da com a matéria de minha exposi- a do qual está hoje circulando um com- i’ei, citando os dados a seguir: o ; produto interno bruto total, que, na ^ média dos anos 1947 a 1961. havia pacto

È indiscutível que me sinto um intimidado e nervoso ante este e seleto auditório. resumo. pouco nobre

A ])rimeira coisa a notar é a in- ' flaçao galopante. 0 ritmo de al ta do custo de vida, na Guanabara. ^ medido em dezembro de cada ano, I passoxi de 43. em 1961, para em J 1962; e 81% em 1963, No primeiro 1 trimestre deste ano, antex'ior à Re- 1 volução, esse ritmo ascendeu a 25%. o que, 'Si tendencialmente levaria a uma Inflação de cêrea de 144% no fim do ano, se não fossem tomadas medidas coiTetivas.

I — A sombra do passado; II —

As opções básicas do g‘ovêrno; III

crescido à taxa de 5,8% ao ano, em 1963 para apenas 1,6%, o produto ' interno bruto por habitante que, na média de 46 a 61 havia ascendido Ó que ^ 3% ao ano baixou em 1962 para 2,2% ao ano. Em 1963 se transforcabe nesta hora repetir as palavras de Valéry, o poeta francês, no seu A Jovem Parca”. Só me poema doçura poder sobreviver à fôrça desdia!”. te mou numa quantidade negativa, me nos de 1,6% 0 que significa que, na realidade, pela primeira vez num quarto de século, decresceu o pro duto natural por habitante no Bra sil e 0 padrão de vida medido por habitante. Deixemos entretanto as magnitudes globais para contemplar o problema setorial.

Esta exposição, sr. presidente, sim se ordenará: 1 as- > i

A ação de emergência e problemas de transição; IV — A perspectiva do futuro. í J i

Indústria com a indústria ? crescido em 1917, 19G1 cérca dc> Em 1908 7,7',r ao ano. menos diem

Que aconteceu Essa havia média do pei íoíÍo em 9,7, di(?amos 107» ao ano. taxa decresceu para na essa dústria importante 1968 para 0,7''/ porque <i( upa irra mie parc-ela <d)ia não ipiali í içada, nado mais ou menos |)er.sistentcmen dos investi do <‘ssa de nião-de havia decli

loiiíío d*- tí*d<i <* período, entrou ç» fase aíruda de prostração, como i>. sultado de v;iíio.-^ fatôres, inclusiv? decreto d,. Aliás, de con.-, de investimento, ina Eei de Imjuilinalt) e o coMírelament <1 d ● .-iluiruéis. j)articipaçãí> na indústria tnição. no total

t(* de um tiítal de Õc:'» mentos 1'ú .

O que sucedeu com a airricultura.

Uma 5'» e ou antes com a aj^Topecuária ? taxa média dc cre.scimento d entre 47/61 decresceu para 5,5'; em 02 e em 68 para um décimo de 1'4 j:epitü um décimo / , cm 19IH, pai a cérca em 195H.

Que sucedeu ao panorama do ti-ui'^ portes. Na média de 47/(51 havia crescido o serviço, o esfoiç-o total de tiansporte a média de 8 2''

Em (52 o.ssa taxa de para de 1'/, ão ano. cre c .

.simento declinou em (53 para 6 para (5,8',; ,2';.

Que sucedeu, m eus senhn ecm a taxa da investimento determina que

cresc.mento econõmT e" Totna dc emprego no mercado de tratamo Inexiste.n dados sòbre o niverd"’"’ vestimentos em G3. Entretant ' nas indicações esparsas indicam havido queda substancial gfstro de investimento, que se havisituado, eni tênnos de for capital fixo. inclusive de D' ao ano. a um váter nêsse ro¬ k niação cio estoques, Caíram em tôrno

Créditi» no l*'xferior I

crédito externo realidade, ao dois anos. o.s

Que dixer sôl)r<* n do Raí.s? long-o uma dito do l’aís no sinteg raçãi lloiive. na dos últim aguda desintegração do créexterior, dc(pie se traduziu juimoiif), na ameaça de niorntoria unilateral, jnopalada cm fins do 1968. lação de alia.sados de 1ÍM5-1, na acumucomorciais, quci e começo

correspondentes a imi.iortações pe lais, quer mesmo a importações coríontos de iietróleo, no atraso de veiieimento.s de comjiromissos vencidos com o Export-Import Bank. com outras orpíi* nizaçõe.s financeiras e com os forne cedores estrangeiros. Finalmcnte. na queda e estancamento. seja no ingro.sso de cajiital de risco, mgresso de êstes ültim de pagamento no atraso seja no capitais de empréstimo, os, aliás, i)rcjudicando oj< as imj)ortaçõe.s de ben.s de pitai, caÍJ-am de quase 59'» portações de capitais autônomos, seja capitais de risco, seja financiamen tos para a indústria nacional. A indústria de máquinas, ferramen tas, indústrias de bens de produção em g-eral, acusaram capacidade ocioindústria de construção, em caa.s imsa, 0 a

empresários nacionais que dêles de pendem em Ijoa parcela, para reequipamento, conforme dados o evidenciam «s seguintes: o saldo geral do movimento de capitais, computando aí capital dc risco e capital do em- que já vinha sendo debilitada ao

no ]K'ríodo 195-1 um bilhão e : no período 19d2 transformou-se de 119 milhões

préstimo, havia sido positivo no pvríodo 10-17 1050 coo lôrc-a de -181 loiIhões de dólares: l&Gl em eèrea do milhões ile dóhn^es; lOdO. últiiro biênio, num salilo ji^^erativo de dólares.

òia da população; apresentou um nível declinante de in vestimentos; eontrou

uma economia qin uma economia que en uma ;proQução industrial crescendo a menos de 19í ao ano o pvoilução ajriMcola pràticamentc uma cslaírnada.

Este, seiiliores, O (jUe encontrou meus eone de envolvia Uevolução a verdade é que encontrou uma ecosombra em (pie estávamos

Disse ri‘eentt>moule doK. Meus senhores, a Itevolução não nomia adequadamente suprida do ali mentos que tivesse subitamente transformado cimento. s numa crise do abaste o presi dente Castelo Braiieo (pie muita Ktmte se comporta como se a Revolução livesse encontrado um mar de para, síulicamenle, transformá-lo de foi. ou ros:is num uma conspiração do mar e -

A verdade c que o crescias coisas, .justificando isa recente de tlois unui eminentes anihns monto da tem sido atingindo brasileira agropecuária comiiortamento dc cronicamente insuficiente, essa insuficiência ■

çoes extremamente dramáticas ano passado fatores propor¬ n*) quando, em parte, por climáticos pesqu Kc.ciólogos sòbre o mundo ocidental; i>es(piisas das «pmis tis sociidogos na ao fim

guivam identificar no homem ociden tal moderno nem o grego do nem o cristão confiante ra ● na i'o- 7.õeü,_

dençao, nem o homem venascentist.a liberador do poilor humano, mas ape7ias criatura deprimida com vastalento para ilistovcor a causa de sua pvóiiria to por realidade necossi ● clade psicológica. presidente, realidade. A verdade, Mas. sr. res, vale a verdade ?

mercadoria cuja oferta sempre lancülicamente supera a procura? A verdade é que a Revolução uão en controu uma economia dinâmic de dar emprego protlutivo

, em parte pela impiietação rural e em parte pela desatenção agropecuária, a produção cresceu apenas de um décimo de 1 poi cento. Nuin período mais lonmeus senhores, de 1957 a 1961. a taxa de crescimento da produção de alimentos de consumo interno foi ao ano e a da pe ão ano, enquanto a - a 3,1% _ . go, ds ap'.nas 3,3'/ cuária^ de 2% população a crescia ao ano e por habitante de 3,8% Era fácil da abastecimento, como dia renda ac ano. prever uma orise mas. Era fácil, o meu iimipo cronista ((so o consc

meus senhoDmle está a essa estranha mea ca, os profetas enxergam o óbvio”. Entveguomo-nos, democràticamento, tiea. mas não desprezemos tia da análise meus senho a ang res, ã delícia da crimilhão ou mais de pessoas que che gam anualmente ao mercado de tr ba’ho. a um a Encontrou, meus senhores

úse o desconforto da a oferta honesta de Não adotemos, vos, o conselho do poeta: 'pássaro, a mente humana tolerar a realidade”. reflexão, nem alternativas. peço- U Voe, iião pode voe, porque meus, economia que, pela primeira último quarto do século, apresen tou uma queda no produto real habitante e no padrão de vida uma vez no poi me,

senhores, é preciso enfrentar a rea lidade, a fim de poder mudá-la ou como

dizia o historiador francês: enca-

“Não se consegue jamais curar os males que a gente não ousa i'ar de frente

Inflação e desenvolviment

o

Esta a sombra do passado, impôs ao governo uni detcrniinad número de opções básica.s. a uma qu , , Frent explosiva inflação tenden e o e cial a estagnação econômica, no teve que enfrentar duas básicas, e 0 govêropçõesinflaçã quer em relação à o, ao de.sonvolviniento. ao problema inflacioná os cursos do ação que .se sentaram quer no tocante

No tocante apreeram os seguint

es: o ti-i

lao, ate o dia do juízo fitvii

ntos relativos dos dois favor do tratamento de eCue tia a mflaçao arguir-se-ia teria rapidamente o

Em conQi-ie conaumento d

o . ... daria tempo a mobihzaçao ferida dos de interesse beneficiário da i é, finalmente, que quanto pida e cirúrgica a cura da inflação maior a possibilidade de se retomar desenvolvimento estável.

O governo, meus senhores, rejei. ton a opção <Io ti'ataniento de cho(jue, con.siderandü-o inaplicável ac caso bra.siloiro.

Xa realidade, o tratamento de cho- ● que deflacionário ou dosinflacionário .só j)arece viável em duas hipòte.se.s extrema.s, amba.s desajustada? ^ ao caso I)rasiIeiro; ou na inflação iv- j lativamente suave em (pie seja pos sível jjurai* súbilaim-nte a ])reços, reduzindo a táriu ao nível iiossivel de incremen to da j)rodução ou, no oposto, nu hiiiorinfiação, Alemanha, Hungria ou que o sistema monetário entra em completo colajjso. A.s estruturas eco nômicas e, portanto, as deste gnipo desmorimam. aceitando a população, então, uma violência ci rúrgica para cscaj)ar ao alta de piocnra monecaso extremo como na China, em rc.sistèncias abismo.

O ca.sü bni.sileiro

0 caso brasHoiro é intermediário entre as dua.s posições, ção atingira, sem gravíssimo, bastando notar que, 1963, os meios de pagamento se liandiram de mais dc 60 a produção real do País 1.6% ao ano. reduzir a procura monetária existen te ao nível ofetivo ou realizável de produção seria uma tarefa cirúrgico de extraordinária violência. De ou tro lado, enquanto a inflação fosse aguda, não havia ainda destruído completamente o sistema monetário, Não havíamos ainda atingido a fase de hiperinflação, como na Alemanha de pós-guerra, onde os preços das mercadorias eram remarcados hora a hora, os salários dia a dia e os A inflatlúvida, um ritmo em ex* , enquanto ci'escia do Nestas circunstâncias. f/. /t

custo de vida grupos inflação mais ra11ni j .L desfavor dessa tese citam-se vários perigos, imensos perigos, risco de, na volta ao equilíbrl CoiTe-sc o 10 f de preços, ultrapassar o ponto de equilíbrio, entrando a economia permanente depressão, de liquidar ou sèriamente de¬ em CoiTe-se o risco bilitar a classe empresarial pela vio lência do reajustamento requerido.

contratos econômicos face da desintegração de todo tema.

pereceram em o sis-

A única opção que parecia vel no caso brasileiro gradualista.

razoáera a opção procura procurava rea pro-

Conter gradualmente a monetária, enquanto se agir do lado da oferta, mobilizar cursos internacionais, reativar dução paralisada por desincentivo e greve, de modo a diminuir gradual mente a alarmante brecha entre .a expansão dos meios do pagamento e os meios efetivos de incremento à produção do País.

Isso importa, sem dúvida, meu.s senhores, em aceitar, por algum tem ido, que os preços continuem subin do, mas, subindo em ritmo decrescen te à me<lida que se reduza a brecha entre uma expansão monetária que. no ano passado, foi de mais de 60 por cento, enquanto a produção cres cia de menos de 2 por cento.

Para isto. para dar corpo a esta oi)ção RTadualista, o que está fa zendo o governo? busca reduzir o rio. Êste ameaçava trilhões do cruzeiros, putar aí os ção de trigo, pel de imprensa, cruzeiros ei’a o déficit eni perspec tivas se continuasse a tendência pré-revolucionáría. A progi’amação financeira do governo buscou redu zir esse déficit a 703 bilhões de cru‘zeiros. A execução orçamentária até julho revela o seg-uinte compor tamento: o déficit tolerado, diria

algo inferior, portanto, às previsões. Isso, gi*aças ao desempenho e es forços do professor Octavio Bulliões. que prefere ser patriota a ser agra dável.

Novas fontes de receita

Primeiramente, déficit orçamentáatingir a dois som se comsubsídios, a iniportade petróleo e de paDois trilhões de mesmo programado, ei*a de 432 bi lhões de cruzeiros e o déficit efe tivo foi de 409 bilhões de cruzeiros,

Em segundo lugar, buscou o go verno obter novas fontes de receita, sejam compulsórias, através dos ini postos de renda, de consumo e de sêlo, sejam voluntárias, através da autorização para emissão de Letras do Tesouro com atrativo suficiente para permitir subscrição voluntária no mercado e para permitir criar-se um mercado de títulos do governo que possibilite eventualmente aliviar a carga fiscal em 1965/1966. Em terceiro lugar, buscou o go verno disciplinar prudentemente crédito ao setor privado, sem esque cer que 0 setor privado é precisa mente o mais diretnmente ligado ao esfôi”ço produtivo da Nação; sem es quecer que é importante, é contra producente, conter drasticamente o crédito do setor privado, enquanto ainda persiste uma inflação de custos. Na realidade, a preocupa ção constante do governo tem sido demorar o dispêndio. público, a fim de poder, se possível, ampliar a par ticipação do setor privado no pêndio nacional. Há, portanto, in justiça em vários comentários das classes produtoras à atitude do goEsquecem-se elas de que os constantes esforços de o disvêrno. esparsos e

combate à inflação em governos pas sados foram feitos predominante mente, às expensas do crédito pri vado, préstimo ao setor privado vigorante Assim, o nível real de em-

fin.s de 1902 era pràticamentc o de 1901. em t!rmos reais de

auxílio extern? lação interna daí decorrente, (' para em mesmo flacionados.

obstante o produto real lei Não ●escido de cêrea de 90'^ neste pe ríodo. êste ííovêrno foi o único ipiv como princípio oficial dc Cl enunciou, política monetária, que à União pete o esforço essencial de sanear a:' finanças para manter das atividades produtivas coma participaçao pnvadas no dispêndio nacional. A pclí tica de crédito ao setor pi ivado enun ciada pelo governo será suficientoinente controlada para impedir os ex cessos da inflação de bastante realista procura. ma.. -u-i- t , adaptar-se á irreversibihdade dos efeitos fiação de custos. da Admitimos in- I

cas, meus senhoies. ma.s regish^a mos melancòHcamente a inju.stica. t Aju:lu externa

Direi, finalmente, u.na palavra bie a ajuda externa n teve notável êxito na do crédito externo úo vés da consolidação de dívidas i-eativação da “Aliança ’ ’ para o P gresso”, da letomadade ü Banco Internacional,

SÜrocontacto com j,. . 9ue Se ajn-esta para tjnancmi- siibstaneiáveis i vestimentos no Brasil, ene1'gia elétrica. mno Setor de 0 nos enviará unifi

lesoluto. Kxecularenius o nosso proírrama com ou sem auxilio externo. Kste sòmenle pcdei;! determinar a ÍJitensidade d<i .<acrifieio e a dura ção do esforço. Xão afetaiá a nossa determinação hiisica <ie tributar, ciscij.dinar, de exportar, poríjue a verdadeira independência não vetn da ])oj)ularidade d-nnajivi^ica, mas da di.sciplina do tral)alho. Recorrer ao evitar a tribue a im}:oj)iilaridade ap.-nas uma atitu de errada, mais do <iue isso, é unia atitude fuiulanu-ntatmente ineficar.

A .scírunda ordem <le opção, meus senhores. <jue o «●ovêrno teve de en frentar. foi no tocante n eeononiit> esta^^nada. Havia ilois r■-’cursos a seííui)-: lelomar a nrudti inflacioná ria dos últimos tempos, ou planejar cuidado.samente o levantamento dc recurí^os internos e externos, para cjue Se retome o descTivolvimento. 0 íi’ovêi'no escolheu a sejru’i{la opção. A primeira é ilusória. i> 'is (jui*. com u ortíia inflaci(»!iúria dos últimos anos, l)aixou a fai.xa de investimen tos e paiTiIisou s<m desem’o|\-imento ecotiômico.

Já no oi-çaimnlo dc 19(i5, pm oxenq)]-., o governo planeja aumen tar GUI ttnnos reais dc investimouto, o mesmo flcficit mmiinal graças à contenção de des0. cusieio.

últimos ano-!, investimentos, cm desenvolvimento pesa do mantendo de 19ÍÍ4. pesas nos A verdade é qi'»' falava-se muito lalava-.^ic* muito mas a doscm cu.sleiü <io govêino tem oLituhro próximo. missão em

]>ança c investimento.s. nheres, ninguém, resolverá Ninguém resolvei-ú os no.'sos jiroblema.s.

Mas a posição fundamental do go verno c que o u si próprio, Brasil .se deve aju:h aumentando a Isiva pouc pIane.íamlo sèriamente sou.' Ninguém, meus se-

criacUi desordenadamente, com o sa crifício dos invGstimonto.s entre 19-10 e 1904 a tendência projetada nc.ste último ano. orçamentária, o custeio o problema que. poi’ timidez, incom petência oLi demagogia, deixaiam ir- governo, cm termos leais as/■ do

cendcM-ia, foni lorerência a 1900, toniandf) como aiu> baso iííual a 100. para 194 — as transferências para cobei-Uira de déficit para 242, eninvestimentos para 104. quanto os apenas

cresceram esse Apesar da anos por cento do nacional hiuto. no período

Pr<5bleinas do transição

Quais são os problemas de transi ção? Deis são êles a meu- ver: l.o — O período doloroso da inflação corretiva, fértil em frustrações e de sapontamento.'!; 2.0 — O período reCO.SSÍVO.

0,54 cm 19(M, se não íòra

imediatainente pelo menos 1

Um outro exemplo ilustraria problema cdaramento. orftia inflacionária dos últimos e do anúncio de jíijíantescos projjrainas de obinis rodoviárias, o esforço de eon.slrução rodoviária, nos últimos iuios, baixou do 1,09 produto 19.'>8-()2, para 0.92 em 02 o possivel mente aprovado o prog-rama rodoviário do gfovêrno. baseado numa revisão rea lista comiuanto prudente da tributa ção sebre combustíveis programa que prevê quu as obias rodoviárias reatinjam por cento do produto nacional bruto.

IManos

A opção do governo no jjrogramas

sentido de cuidadosamente traçados

(le recuperação econômica, baseados inflacionárias, medidas nao cm

abrango jirudentemente o Plano Ha bitacional destinado a reativar, num sentido marcantemente social, a indústiia de construção há muito tem po estagnada.

Um plano rodoviáiio baseado na previsão realista da tributação sô bre combustíveis e um programa de energia elétrica baseado no propó sito de eliminar racionalmonte. do brando a capacidade instalada até 1970. Estas, meus senhores, as op ções básicas.

A inflação corretiva consiste eni revelar custos já existentes na eco nomia, mas distribuídos de forma socialmente injusta. Foi o desejo de transformar uma inflação espiral, sem nenhuma virtude corretiva, cialmonte injusta, numa inflação es piral e autoeorretiva que levou o governo à Instrução 270 que elimi nou os subsídios que atenuaria ni tidamente o déficit de caixa do Te souro. Quais os resultados dessa me dida cci'ajosa? Ninguém pretendia que essa revelação de gastos para as classes urbanas não se traduzisse no impacto sôbre o custo de vida das zonas urbanas, porque, na rea lidade, se processaria, mente, uma transferência de custos injustamente distribuídos anteiiormente pelas grandes massas do In terior e massas rurais para o consu midor urbano, até então anti-socialmente protegido. Mas, na realidade, apesar da inflação corretiva, apesar do reajustamento doloroso, a média mensal da elevação do custo de vida na Guanabara, que era Instrução n.o 270, de 7,7'^/r ao ano, baixou para uma média, nos quatro meses pós-revolucionários, para 5,29r. Em termos do nível geral de predo custo de vida, a disoinevitàvelantes da ços, e nao

ferença entre os dois é que o nível geral de preços e do índice mais global, incluindo o índice do custo da construção, o índice dos preços

por atacado e o índice do custo de vida, os resultados foram ainda mais acentuados. A média do incremento mensal do primeiro trimestre dêste sem a Instrução n.o 270, ano,

pleno período de subvenção, era dc 89o ao mês, e baixou, revolucionária, para 5,39í Sejamos, portanto, justo.s. severos na análise. Logrou-se sar de con-igh- distorções, de transferir para o consumidor bano uma parte da sobr financiar i

em apos a fase ao mês. enquanto apeapesar urcearga dc importações que c-le pnnc.palmente consome muito mais do sar -Prritmo d"* <1 impopular, ritmo de incremento, ou seia do custo de vida seja do nível geral dc além -se, corretivo prazo. exercer que será sentido u m efeito ' a longo

Período de frustr

fiaistração e desapontamento‘°p4,Í palmentü para as massas que se vêem chamad custo real ação urbanas as a pagar . . que a economia já en¬ frentava mas que sôbre êles não in . Cldia. É 0 penodo da trave,ssia do tunel em que ha umidade e tudo es curece, antes que se lobrigueie a luz na bôea do horizonte.

um O segundo

sao os Alguns efeitos

ta transfere os estoque.s para o ata cadista. ê.ste para o industrial de produtos finais e éste para o indus trial de matéria-prima. Êste é um reajustamento normal, recompondose uma distribuição de anos de es tocagem, características de econo mia estável. Não liá nada de particuiarmente alannante nêsse fenô meno; é êle normal em fases de desinfjação. Há, sem dúvida, efei tos anormais recessivos (|ue é pre ciso controlar com cuidado, mas nu análise de fenómeno.s recessivos, in clusive do desemprego, é {)rociso dis tinguir claramente entre o desem prego estrutural de longo prazo e de semprego conjuntural de curto prazo indiscutível que, na discussão reeente, os efeitos recessivos em ter mos de desemprego têm sido grave mente subestimados, em parte da ausência de estatísticas, mcnsuração efetiva quer do emjirêgo quer do de semprego. líntretanto, há alguns índices que podem ser considerados significativos. Tomemos por exem plo um produto que não pode ser estocado e que, portanto, não refle te a transferência de estoques nor mal em fase deflacionária: a ener-

No segundo semestre gia elétrica, de 1964, posterior à Revolução, consumo de energia elétrica na zona industrial do São Paulo, consumo in dustrial, aumentou de 49,4%, em re lação 0 Seria ao primeiro trimestre, período da fase transição efeitos recessivos, fase desinflacionaria que dem considerar normais. na

difícil reconciliar êsse súbito cx*esci- se poO primei ro dêles é a transposição de estomento do consumo de energia indus trial com a evidência de desemprego. Na zona do Rio de Janeiro houve um ligeiro decréscimo do consumo in dustrial no segundo trimestre comparativamnte ti’e, 9%. ao primeiro triniesNa zona de Minas Geques. Toda a vez que cesse a ex pectativa de alta contínua e acele rada de preços, há um fenômeno que se descreve normalmente, como a retrog2’essão de estoques. O varejis-

rais, zona cm relação à qual mais so propala a existência de desemprêíro K-oneralizado, o consumo de energ-ia elétrica distribuído pela CEMIG aumentou de 2590 no sefirundo trimestre pos-inflacionário comparativamente ao primeiro tri mestre de 19()4.

primeiro trimestre anterior à Revo lução foi de 42.700 unidades. Rela tórios que estão chegando das fá bricas automobilísticas indicam que julho foi 0 melhor mês de vendas dos últimos anos. Apenas uma das fá bricas, a Volkswagen, vendeu 6.200 veículos num mês, e a outra, a Willys Overland do Brasil, 5.214 veículos, estando esta última agora prepara da para axpandir a produção, aumen tando 0 número de empregados dire tos em 500 e indiretos em cinco mil.

flctc de muito o estado da indústria de construção, como já disse, há londesestimulada. g-Q tempo

Indústria

auloniobilística

Tomemos um outro pavticularmente sensível — a indústria automobiNão houve nem decréscimo de emprego em Houve retração niês e meio lística. de produção, nem matéria de venda. apreciável durante um a dois meses, venda de caminhões pesados, já se notam sinais de visível recupeEntretanto, não houve departicularmente na Mas raçao. clínio de produção nem de desemprêNa realidade, houve um au- &o. mento da produção total. No segun do trimestre, após a Revolução, a produção foi de 46.100 unidades no

Que dizer da indústria siderúrgi ca ? Esta indústria encerra dois ra mos completamente difei’entes: a pe quena e média siderurgia e a gran de siderurgia. Existente, entretan to, há um problema de vendas. No caso da Companhia Siderúrgica Na cional, por exemplo, estó-se vei*ificando o fenômeno normal de trans ferência de estoques. Essa usina, que operava apenas com estoques volantes, passou a operar agora com estoques normais de um mês, ao in vés de cinco dias. Mas de onde proveio essa acumulação de esto ques? semestre?

De um recesso no primeiro Não, meus senhores: do a um

fato de que nessa progi’amação tri mestral habitual de 225 mil tonela das no primeiro trimestre só se con sumiram 191 mil toneladas, deixan do que “êsse estoque continua trans ferido de mês a mês, mas que não foi gerado na fase desinflacionária senão que a antecede. De um es toque, digamos, anoimal de 40 mil toneladas passou a emprêsa de 75 mil toneladas que provavel mente devia ser considerado um es toque normal eliminada a fase de inflação de procura em que o pro duto esteve pràticamente racionado,

1Olhemos o consumo do cimento, outro produto que não pode ser es tocado. e que normalmente deveria ter 'sido g-ravemente afetado, nãc ]ielo programa desínflacionário, mas pola estagnação de longa data da imlú.stria do construção afligida por Lei do inquilinato algo realís- uma ; tica e pelo Decreto do congelamento de aluguéis cm outubro passado. Nos jndmeiros cinco meses de 19G4 consmuo' aumentou de 89^ indica rcalmente nenhum grau nesse setor particular algo estranho, a indústria de cimento re0 o que nao de recessão conquanto seja isso porque

tendo a indústria senão estoque.» nao a acautelacon.^umidor é intivolantes.

Repito novaniente da estocagem é um problema criado longo do primerio trimestre, em houve uma severa retração de se re mas meproblema o ao que vendas que apenas lentamvnte no segundo trimestre, já oferecia perspectiva de cuperou que

Ihoria para o terceiro tnniei>tre.

preocupações do governo

Uma das preocupações do no, exatamente para enfrenta lilema da transferência da e para habituar e goverr o }u-ostoques a grande .siderur¬

gia a um comportamento psicológic normal, e aesenvolver frentes de portação. A USIMINAS, plo, já contratou e.\ a opor exeni-

ta Redonda ja cont.-atou cxpoitacõe no montante de 2 milhdos de ' lares. É necessár’ movimento de 10 encorajar êsse ^‘Jíportação f lo- . dos os paises que lançam programas antunílacionanos a preocupação dos governos e criar mna alternativa ' mercado interno no

fonte distorcida do depósito do va lor, não devamos Não quereremos, acredito (jue (|uercT per|)i*tuar essas

duas fonte.s de procura, tória, eni qm* o inado |)CÍo ]irodul<ti' com a ameaça livre, e a procura esa moeda perde VIU favor da queremos e deue um [ireço peculativa. em que o seu valor normal mercadoria. í) qiu*

vemos manter é n prot-ura normal da reposição e ate mesmo aumentar a procura normal de crescimento. Xão (jueiramos, entictanto, viver, se temos um long<» caminlio à frente e necessitnmo.s de i (*mla normal.

Um problema total mente diferen te. Xa |ieqiu.*na siderurgia parti< iilar. na siderurg ia de ferro gusa cni .Minas (íerais, ai o prolilemn c mais estrutura]. d(* longa data, do (jue Conjuntural. A crise da indús tria da pet|U"na sid'u urgi.a mineira data de llh!2. K, a essa ocasião, já um relat()rio do ronselho de Desen volvimento d(> Minas (Íerais pred’'/■iii o desfecho catastrófico para essa indú.sti-ia. Nasceu supeidimensionada, estinuilada pelas Jiespectivas, e.stimudas com exagéro. do consumo do ferro gusa iiara ven der. resultante do nascimento da it' dústriu automobilística. (da claramentc

Numa cconomiíi iniiií trê.s tipos de pro-

Para que, voltando procura a proporçoes haja uma alternativa manter a produção e o 21 normais qoe permita emprego. E fácil de compreender mn desinfJaciomirio. fjacionada, problema

Houvo, portiiMÍo. curiosanicnte, um fíuperdimensicmamcnt o da capacida de total da indústria t> um subdimeii sionanienlo dc cada Uva. unidade produpois (|iio se formaram inúmera'?

procura noianal, siibdividida crescimento: acautedatória, resultante du inna (■ui'a: a unidade.s |)0(|uonas (|ue tinham que operar, tos de forço.samonte. com altos eusprodução e <|ue em i-eposiçao o ])i'ocura expectativa ou da jiroteção do con.sumidor contra a alta de preços (jue ü. finalmente, pro- acredita certa; , tecnològicamente, tendem a ser deslocadas com nascimento o o crescimento da grande siderúrgica pesada. Apesar SC terem instalado mais de 800 0 de cura especulativa da(|ueles que fo gem ao dinheiro como depósito de valor, que buscam niercadcnias na ●M.

mil toneladas de capacidade, dução, a pro so num único ano. atinghi 400 mil toneladas, pouco mais de 400 mil toneladas, e o mercado normaj

uuiociacia. pressionando os governos estaduais a eliminarem o Imposto de endas e Consignações sobre prot utos exportados, com a idéia de que quisermos competir no mercado industrial temos fazem se que fazer o que países qu

se situa, estàticamente, em tôrno de 200 mil toneladas para a indús tria de fundição, que, durante algum tempo, foram acrescidas de 100 a 130 niil. utilizadas por Volta Re donda liara alimentação de fornos Ültimamente, Volta Redonda tem e dispensam , lfR«mento de impostos a mercaQonas de exportação e dispensam pea lazao muito válida de que não se pei G lenda interna. A produção não exportada provavelmente seria uma pioduçào abortada, não realizada ou estocada. cutros o Não se traduzindo

preferido recorrer à injeção dc óleos liara aumentar o rendimento de for nos, desaparecendo do mercado aque , por em incremento de renda para la procura maciça de ferro de 100 a 130 mil toneladas, problema ó do natureza estrutura'. Para cio, tom-sv (pie Imscar uma so liição. mas é injusto de.scarregar a i-esiionsabilidade dos problemas des sa indústria sobro a política desinflacionária. por<|ue se trata de pro blemas estruturais, meus senliores, o não de iiroblemas meramente conjungusa, tanto, -' Êsse os Estados. t

Em segundo lugar, está lançando o governo o programa habitacional através de projeto recentemente i apio\ado pelo Congresso Nacional. Visa êste surto de construções po pulares ativar uma indústria que muito merece ativação, esganada que está há muito tempo pelo resultado compensado da indecisão com o pro nunciamento final do Congresso so bre a Lei do Inqiiilinato ereto de e pelo decongelamento de alu turais.

I)e.senvolviincnl(i do exportações guéis.

É preciso desenvolver c.xportações. indústrias essasÉ preciso buscar

Mas não nos

K preciso auxiliar a se consolidarem, mercados altei'nativos. iludamos com a natureza do proble ma, que é de muito mais longa data do que se quer fazer crer. Mas ape sar de os índices recessivos seren' do validado estatística questionável, em alguns casos mesmo desmenti da pola evolução recente da pro dução 0 do consumo, não deve o go verno, não jiode o governo descuidai' de medidas anti-recessivas. Uma des sas medidas é a promoção de ex portações. A isso se tem lançado co rajosamente o governo, cortando .1

Mas procurou o governo reavivar indústria pelo seu ângulo ciai dando privilégios construção de baixo trução para essa mais soespeciais à à consNâo há iiin custo. o povo.

guem no governo que não seja ti picamente classe média preocupada com piolilemas do povo e êste ângu lo de ativar a indústria de trução, pelo seu aspecto social, teve sempre presente ã consideração do governo. conses1

Um terceiro programa anti-recesaprovação do Congresso — é o programa rodoviá rio, um amplo programa rodoviári u scr iniciado nêste govêrno e sivo depcnd(^ ainda da 10 con ●

sumado até 1970, nesse planejamen to do Executivo, por dois anos, me ramente projetivo pelo restante d período, mas que só pode ser fii*mementelançado o coi‘ajosamente e

preços

mínimos ro^jistrudos em fun dos produtos ●édito aíri-ícola melhor orêlP que

ção do custo compra: ci ganizado e mcdlior disseminado, para o que o govêrno já consentiu na 1>* beração de depósitos congelados Bancos privados, destinados ao cré dito agrícola, a fim a inseminação c a <lc* encorajar fei-tUi- niaximo revisão da legislação sôbre comUma revisão moderada, com uma bustíveis.

realista que, no fundo, diminua cer tos tributos de mais interês.se para o consumidor geral e acabe com ou tros de consumo mais específico, mas de forma moderada, de tal maneira

zação, at3-avé.s do mecanismo finan ceiro privado, suplementando o Ban do Bia.sil a im))ortação c incre mentando o con.sunio de fertilizantes, pai-a i*ealnicnte .so Ingiar uin impac to rápido e .substancial sôbi-e a pro dução agrícola; de treinamento e demonsti-ação, ço programa intensivo que, com pequeno acréscimo no dispendio de combustível, se logrará a execução de um programa que au xiliará a questão do transporte, bido como é que a pavimentação é um fato portador de transporte, na

Seira^^° conjuntura bra¬ sa-

A terecira medida programa da está também gresso, pois cia legislativa. recessiva é energia elétrica, apresentada ao Con exige alguma providên0 que

Agricultura

O quarto setor em que 6 preciso agir e o setor agrícola. Como i-i disse, era fácil, sem ser profeta prever uma crise de abastecimento’ de vez que a população urbana tem cre.scido à razão de 5.4% no ano a população geral em tôrno de 3,1% ao ano, se não mais, a renda real, até 62, 63, quando começou a fase de estagnação à taxa de 6,3%, ao ano, enquanto o ritmo de incremento à produção à agricultura baixava para 0.1% em 1963. Como atacar o problema da agricultura? É ne cessária uma combinação de medidas de preços mínimos fixados plurianualm,ente, para estimular o agricultor;

(Ia Revolução Jiilganicnlo

A Revolução, meus srs., não pode SOI- julgada cm função de uma relnde alimentos, quando não presidiu ainda a nenhuma semeadura e a ncnliuma colheita o não teve temjK), ainda, de exercitai' seu incentivo, equilibradaniente o sòrio* mento, no sentido do desenvolvimen to agropecuário, que é necessário es timular, sob pena de agravarmos de.scompasso existente entre indús tria e agricultura.

Gostaria de apontar iim probleino sério e grave da fase de transição

A impaciência legítima, compreensí vel, do consumidor urbano o leva n interpretar o fenômeno de escassez, as dificuldades de abastecimento, co mo simples resultado de ineficiência de fiscalização, ou de desatenção ad ministrativa, quando, na realidade, todos os indicadore.s são de que se trata de déficit básico na produção. Vê-se o presidente entre Silas e Ca ribes. tiva escassez 0

Os consumidores urbanos o pressiüiuun jmra que adote medidas de tabelamento do congelamento, há possibilidade de se acalmar sumidor urbano sem exercitar-se uma ação psicológica, neste sentido, dúvida útil para coibir certos abu sos, mas que contém determinados })erigos de desincentivar a produção. De outro lado, a massa consumidora urbana não aceita que o governo vire cxclusivamente no esforço de intensificar a produção, porque isso só podo produzir resultados a médios e h)ngüs prazos.

O governo se vê, portanto, entre Silas e Caribes. É preciso de um lado satisfa,;.er a necessidade psico lógica do consumidor urbano, que ([Uer ver resultados desinflacionários i-ápidos, sem, entretanto, ferir de morte a produção agropecuária pela falência na transmissão dos incene nao o consem se

lançar um olhar sobre o futuro. Fa larei sôbre o problema de governo, que uma visão compacta e resumida já foi distribuída ao Congresso.

O futuro

O progi-ama de govêrno comporta 'três níveis de ação: uma estratégia de desenvolvimento de longo prazo, con substanciada numa política tributá ria, numa política monetiírio, numa política fiscal, numa política habi tacional, numa política .de capital es trangeiros. numa política de salários etc. Um programa de ação imediato, ou seja, o orçamento de investimen tos para o próximo biênio e, finalmente, uma projeção de crescimento. O programa de govêrno é, portanto, normativo no que se refere à longa estratégia de desenvolvimento, e.xecutivo no que significa ação de investimentos anoS: É próximos dois é projetivo no que toca às ten

Entretanto, na so-

tivos que podem, a longo prazo, re solver o problema do abastecimento do custo de vida pelo aumento da Não há solução perfeita e pi-oduçâo. dências de crescimento, cuja proje ção varia conforme o setor, até 1970, por exemplo, na produção de energia eletrica; até 1969 viário; até 1970 cola. .E é nos no programa rodono programa agi'ímeramente indicativo no jiara o problema e havcri^ hesitação e aj)arente contradição, está empenhado o govêrno ^ lução de longo prazo, que é o es tímulo à atividade agropecuária, pro curando reconhecer, entretanto, a im paciência psicológica e política do consumidor urbano que, freqüentemente, tem uma interpretação algo apressada da conjuntura real de abastecimento.

tocante^ ao setor privado, pois cabe ao govêrno incentivar e orientar, po rém não dominar e amordaçar.

A grande estratégia de desenvolvi mento começa pela fixação de obje tivos. Quais são os objetivos de crescimento? Êsses serão, só depois de 65 e 66, porque seria pretensioso fixar um momento exato de tempo retomar um ritmo de crescimento médio de 6% que prevaleceu em 1957 a 1961. A partir de 1967, criar con dições para que êsse ritmo de desenUm misto de controle e incentivos será, portanto, a política do govêr no, não havendo alternativa melhor a seguir.

Tendo bosquejado a sombra do pas sado, as opções básicas e o proble ma da transição, resta-me, agora,

I

O primeiio retomar o volviniento suba a P' . será, portanto, numa economia estag-

O segundo esfôrço será acecrescimento. esfôrço crescimento. nada.

lerar o

O primeiro problema fjuo surge t; taxa de investimento.s. aumentar a Tem-be falado muito em investimendesenvolvimento econômiri, to, em nos

últimos anos, ma.s a verdade eeonômi >'■ de.senvolvi mento ce o n-

íjue quase cessou e a taxa de investinie tos baixou.

Para j-eativar o mento e estimular ritmo de cre.srio nível do itivetimento. o governo prefere dar mulo tributário; lucro.s OSiía reinver.são de e a formação de. l>oiipanças pessoais; a enação do instn,mentor voluntários da adaptação de ça privada e ainda de compulsória pelas viço público,

pitais estrangeiros e captar ajuda terna, I reocupa-se com o .saneamen to das finanças Kovernamentais c correção dos deficits das autarquias O sociedade.s do economia poiipanca))italização empresas de Dusca incentivar so¬ ca ● exmista il

Medidas desinflacinnárias

canto à desinflaçã» tiinflacionárdo df\’c gressivti ocntcnçãi) vernamentais. idos devo adaj»lar-se política monetária, a custos não aumentem proporcir>nalmcnte jirincípio a fii inar <■ que a média doí salário.s reais e deve ser ele¬ 0 pioiura. a vada, mas volvi mento economico.

u cíjmbate anpaitii- <la jirodos ílcficits gopciiitica de salaao <-ompasso da fim de tjue os mais do que

se a jiarlicipaçãr ]»roduto nacdmia!. Impede-se, de ou tro lado, (jue o combate à inflação SC tradu. a no .sa<-i ifício das classes menos favorctddas.

A fiolítica de crédi'<) das emprC*sas será suficdetileni» de <-ontroladi'. ])aja impedir os exoes:<bs da inflação d<* demanda, mas sufiidjnitomente realista para adaptar-se à irreversi* bilidaclo da inflação de eustos.

Uma segunda poliLiea extromiimcnte importante é a política de eniprégo de mão-de-obia. (’omo sabemos, ao longo dos últimos anos, a oferta de empi-egüs - - is.so não ó um pro blema de fase pós-revolucionária tem marchado otn ritmo inferior uo (lo crescimento da população urbana.

Em matéria de desinflação, jetivos do governo .são: moderar alta do ritmo de preços de 19(54 e em chegai’ a derada em pax’a razoável e.staliilidade no futuro. Ésses, os objetivos globais de cimento.

Como poderão verificar dojo«si? o do programa de govêrno que foi dis tribuído, o políticas que assim se cifram; no toos olja ^o resto 19ÔÕ, com vistas ... uma inflação a]>enas luo19()íJ. criando a condiçõe;; govêrno enunciou várias

Na realidade a inoporçâo dos ns.salariados contribuintes dos Institu tos de Providência, em rclaçà(.”'-^T’-^' pulação urbana, baixou de KiP/ em 3 950 para apenas PP í em 19(53, re velando um claro fenômeno de inempregos

apenas através do desenas.scgurandoassalariado no do suficiência de oferta de urbanos.

Trata-se de um ])rograma estrutural e não de uni problema conjuntural.

Uma política de empregos realista deve basear-se nos seguintes prin cípios: as políticas salarial, cambial e creditícia deverão imbuir-se de su-

exageuquaempregos

íicicnte realismo para que não se cric. pela distorção de preços dos fa tores de produção, incentivos rados à substituição da mão-de-obra por capital. A indústria de constr ção civil deverá ser reincentivada, portiue absorve mão-de-obra não lificada, através de um programa ha bitacional que torne a casa, a habi^ tação, acessível às classes menos fa vorecidas. A oferta de no setoi* urbano deverá ser ampliada por um projeto realista de reestru turação agrária. Deve ser dado in centivo às exportações, j>ara absor ver capacidade ociosa à indústria na cional.

Devem ser removidos óbices e desincontivos d'A natureza fiscal à apli cação de no*js capitais nacionais e estrangeiros na expansão industrial. Em sua programação financeira, r, govOrno deve conter a desastrosa temlcncia e contínua elevação das despesas de custeio, com o sacrifí cio cie investimentos geradores de emi)rêg'o. Deve ]>rocurar. através dc fonte não inflacionária, expandir a infra-estrutura de sei^viços públicos através do investimentos absorvedoles da mão-de-obra.

Gostaria aqui de prestar homena gem pelo corajoso serviço que está (íogn- --oivendo, de saneamento das autai.qiiias, nosso nobi’e ministro ma rechal Juarez Távora, também de putado, cuja presença no Congresso foi sempre marcada pela ação cons trutiva e que tem enviado o melhor de seu esfôrço, com coragem e às vezes açulado pela incompreensão para reduzir os deficits das autar quias de serviços públicos, a fim de liberar recursos para investimentos produtivos.

Distribuição de rendas

Outro objetivo de política econô mica é a distribuição de rendas. Os princípios a serem adotados serão os seguintes: a política sala rial deve conduzir-se de modo a man ter a participação na remuneração do trabalho do produto nacional. A obediência a esse princípio será as segurada por nonnas adequadas de reajustamento salarial, que sejam normas realistas, procurando garan tir o salário médio real do operário, sem expô-lo à ilusão de súbitos picos de salários reais, seguida de fases profundas de grande instabilidade. Nos últimos anos, a falsa política salarial não tem na realidade bene ficiado a classe operária, pois que se tem encurtado o período de du ração do salário real. 0 período de vigência do salário real médio en curtou de 23 meses para 11 meses pela aceleração da inflação, enquanto diminuiram as oportunidades de em prego para os assalariados, através da queda do nível de investimentos a curto prazo.

Dentro do objetivo de sanear as fi nanças públicas deverão aumentar os encargos tributários em percen tagem do produto interno; em con trapartida, a percentagem da des pesa pública do produto total deverá reduzir-se. Em conjunto, o setor privado arcará com maior carga tri butária ostensiva, mas se verá progre.ssivamente livre do confisco in^'''fionárío e das poupanças pelos üt; ‘its governamentais, 'ío ● bjetivo de sanear as finanças e permitir ao governo recursos não inflacionáinos para atender ao dispêndio, foram apresentados alguns

coiitráriu do im-

projetos de lei: no da, já aprovado, os objetivos do goextensao das área.- vêrno foram a de incidência, a simplificação de dis positivos fiscais, a reformulação da tributação sôbre renda das pessoa-; físicas, o alívio da tributação sôbre rendimentos ilusórios, a eliminaçã<, de incentivos à evasão, através d' atraso ao pagamento dos imposto.s, o estímulo à formação de poupança individual. Outro projeto submeti do ao Congresso tem sido mente discutido. É o projeto de visão ou de aumento temporário dn Imposto de Consumo.

Imposto de Ren- ao consumidor, ao posto de i'enda.

acerba

Je

Gostaria de deter-me um momen to sôbre este ponto, os srs. deputados terêsse do esse govêrno em apresenta' projeto de revisão trib socorrer os Estados, que não são cul pados da inflação, : os efeitos da inflação guns dêles com dificuldades até d pagar os vencimentos do funcion lismo, impossibilitados, para acompanhar ção federal.

Lombrar-so-ão que parte do iiiutária ( Êle mas que sofre.n no centro, alo asem fôlego o passo da iníla-

Impôsto de consumo

Há duas maneiras de encarar o problema do Imposto de Consumo. Em primeiro lugar, verificar se são justas as críticas que têm sido feiEm segundo lugar, verificar tas.

Mas, meus senliores, na moderna concepção de impôsto de consumo, pode-se transformá-lo — e no Brasil tem sido transformado — em impos to altamente seletivo de crédito, mui to mais seletivo do (pie o imposto de renda, já que o imposto de ren da discrimina entre pessoas e jrru* pos dc renda, poi i in não discrimina entre piodutos. Não .satisfaz, por tanto. a um dos olijetivos princij)ais do Ím))ôsto de con.-iimo: orientar n produção no sentido da maior osscncialidade. anLajíônicaniente à menor esscncialidade, sondo o tributo hoje "ací valorem” e írraduado em função da esscncialidade <lo piauluto. atiníre, talvez, um p:rau de seletivi dade maior do que no imposto dc renda, pois que é mais i)csadamentc tributado quem consome o produto mais valioso e menos essencial e, portanto, tem maior renda sobrnnte llevcmos, portanto, afastai- a ilusão — válida no tempo em que nosso imposto de renda era específico, não ífraduada a esscncialidade do pro duto — mas obsoleta hoje, de que o imposto dc consumo é um imposto anti-social.

A rigor, pola própria Constituição, todos os bens de consumo em massa e em um certo nível estão isentos da tributação de consumo, e mesmo alguns produtos de e.?scncialidndc que e.stão sujeitos ao imposto de consumo — como, por exemplo, os produtos farmacêuticos e consei^as alimentícias — foram excluídos do pedido do governo de revisão ou de adicional do imposto de consumo. Só restam, sujeitos ao tributo de con sumo alguns produtos de consumo em se há uma alternativa. Parece todo enfoque brasileiro no problema do imposto de consumo é um enfo

As duas objeque que algo obsoleto, ções principais é que se trata de imposto indireto e, portanto, anti-social; segundo trata de imposto tributado pre¬ sumivelmente, que se

massa, de um apenas, entretanto, certo nível de preços, caso dos calçados e tecidos. De poral. o írrosso da tributação de sumo p incide sôbre produtos artir

para o subsídio, até feitos por um dispositivo constitucional.

Transferência

0 que, na reaporque

É o modo conque não mesmo virtude da natureza do tributo, em virtude da política financeira gloNa União Soviética, por exem plo. que não pode ser acusada de fa vorecer o capitalista, o comerciante, o industrial privado ou o intermediá rio, 90% da tributação é sobre o volume do negócio, lidade, não é mais do que o imposto de consumo, o imposto de renda so bre o consumo, exataniente foi considerado o imposto mais ade quado para orientar a produção, en corajando a produção básica pela isenção tributária, e gravando a proCiiição do luxo pela concentração da carga fiscal. Sem dúvida, êsses as pectos importantes serão tomados cm consideração pelo Congresso Na cional, ao examinar a proposta go vernamental. mas bal.

Unia segunda ilusão que é preciso curar, é a dc que o imposto de seja tra7isferivcl sempre o con.sumicior emiuanto o imposto de ronda conpara .sumo nunca c transferível para o I consumidor. Na realidade, reza do tributo

1 a natunão é o que deter mina o grau do transferibilidade. O grau de transforibilicbule ó determi nado ))olo conjunto da política mo netária e fiscal. ci-ó(lito às

Se a política de empresas é lato, é laxn. 1. o SC liá contenção de salários, o im posto de renda c transferível conver-

Outro ponto que gostaria de cionnr é o problema feroz, severo, de alternativas. menQuais são as alter i nativas? Se 0 imposto do consumo fere a população pobre dito que não fira a população em sua grande massa, porque os bens de subsistência estão isentos — muito mais seria ela ferida pela emissão de papel moeda, esta sim, a forma mais cruel, injusta e inescapável da tributação. eu aevesamente; se liã descontentação sala rial G se se restringe o crédito, o imposto do consumo deixa de ser transferível.

Uaite da ilusão do transferibilidade provém do fato de que freqüentemonte se ignora que o imposto de renda, no Brasil, ú, principalmente, sôbre pessoas jurídicas e não sôbre pessoas físicas. No caso do imposto sôbre pessoas jurídicas, a transferibilitíado é mais fácil e franca do que no caso de pessoas físicas. Há cerca de 103.000 contribuintes como pes soas físicas, e 400.000 como pessoas jurídicas. A 'estrutura do imposto de renda no Brasil ainda é tal, que. na realidade, o- argumento de trans feribilidade ou intransferibilidade não é ])articularmente pertinente, Lembremos ainda que a consideração social tem que ser invocada não em

natureza do produto, a

Que fariam os Estados na ausên cia do auxílio federal possibilitado pela entrega de uma parcela da caclação do imposto de perado do decreto de lei em vigor? Os Estado se veriam obrigados agravar o imposto sôbre vendas e consignações, êste sim, um imposto pouco diferenciado — senão total mente não diferenciado aiTeconsumo, esa — conforme . ● .j. . imposto que tem incidências múltip’n<5.

A opção severa que se coloca pee perante todo rante o Congresso aquele qua tem. portanto, preocupajustiça social e a distribui ção equitativa da carpa fiscal, está entre o imposto de consumo, de um lado, com as cautelas e as ressalvas que já mencionei e, de outro, a emisde papel-moeda. tributação in-

çao com sao justa, brutal ou ainda o apravamento do imposto de vendas e consipinstrumento menos eficaz nações: menos seletivo, menos diferenciado e menos sutil que o imposto de sumo federal. con-

Plancja-se uma expansão muito considerável da produção aírropecuávia para resolver o problema <lo abas tecimento. A es.sa produção deve acrescentar-se a de realizar os pla nos de 10'r em 1ÍH55 até atin«-ir, em 11)70. cérea de 55Co de incrementos sôltre os uiveis atuais.

12'5 om 19(36,

Poderia, senhores alonparbre outros capítulos do povêrno, que dizem de capitais estranpeiros, nial etc. sôbre expor propramas setoriai

econômico, novos em-

■ nie sôprograma do tações, política salaEntretanto, limitar-me-ei s, de vez que a preocupação do governo é rea tivar o desenvolvimento promover a formação de pregos — Deus sabe

, que necessita¬ mos criar mais de 1 milhão de pregos produtivos por emano, a fim de escaparmos da viciosa, tenaz, inflação — estagnação.

Os principais itens do programa do governo compreendem, até 1960, para potencial instalado de eletrícid de, aumento de investimento da Pe trobrás em proporçfio substancial, amplo programa de pavimentação e melhoramentos que deverá atingir, no período de 1964-1969, 15.850' qui lômetros de pavimentação de rodomelhoramentos de 5.300 quilôo avias,

Projetamos uma i-elomada do cres cimento indu.strial. Lembramos a v. excias. (]ue o cj^escimento industrial havia baixado a menos de l'/c no ano de 10153. Através <le uma du plicação da indústi-ia .side^ir^■ica, de uma con.sidei*ável expansão das indústria.s cjuimicas e pctro<iuímicas que ainda nos consomem cêrca dc Í54 milhões de dólares do divisas anualmente ferrosos, sementes, jiapel. reaparelhamento da indústria têxtil, produção de fertilizantes. Ilá um amplo projrrama de habitações cujos detalhes podei-ão ser examinados no proírrama do ííovêi-no, assim como um proprama de saúde e saneamento (|ue, acre dito, loprará o iiropósito de aumen tar prandemcnte o prau de produti vidade e hipidez da economia brasi leira. Consideramos os investimentos em educação c saúde, não como mmi vapa inspiração da infra-estnitun^ social, mas como recurso de produ tividade econômica.

produção do não (Ia

Rcsponsabilidade

Gostaria, ao finalizar, de acentuar apenas um ponto. O governo do presidente Castelo Branco 6 um po vêrno homogêneo e integrado não por ministros franco-atiradores, quo vinculem suas preferências e precon ceitos pessoais, não a ministros primetros, implantação de 4.401 quilô metros.

I

Proprama

É bom que isto seja reNenhum minis-

Co-

mas-donas que insistem num trinado solitário, pisado e entendido, tro está apindo sob resimnsabilidade individual, todos estão apindo sob a responsabilidade do sr. presidente <la Repúl)lica. Não temos ilusão de (luo nossa tarefa seja fácil, será dificil. Temos de escapar do cone de .sombra resultante de eclipse astronô mico, o que fará ipualmente eclip sado o bom senso e a estética, mo o escritor francês Camus costu mava dizer, somos uma peraçào rea lista. Todas as porações no passado tCm tentado refazer o mundo. A nossa sabe que não pode refazê-lo

Mas a sua tarefa é mais árdua, nossa tarefa é impedir que o mundo e ^ Nação se desfaçam. Parodiando Visconde de Cairu que, certa feita, compareceu ao mento para explanar o problema do povênio, insistirei em dizer que tarefa do povêrno tem sido condu zida de forma coordenada e sistemá tica. Saímos de via apetite para o poder e inapetência para o povêrno. Para uma fase em que, parafraseando Cairu ao apresentar ao Parlamento o ponto-devista do conselho: o presidente não conspira, porém preside o povêrno e administra. parla* a fase em que ha- uma

SEGURANÇA E PROPAGANDA

PSICO-SOCIAL

(Tr.ibuliio apri-st ntado à Escola SupiTior JÚMO AUANrK-S rr.i) dr r.

Da

relatividade do conceito de segurança

É interessante, para iniciar êste trabalho, determinar a diferença tre os conceitos de Defesa e Sek gurança.

cada de 30, tinlni sido instintiva* mente usada por Ilitlcr o qual, pos teriormente, a .'íistematizoii em ba ses enipírica.s: a propaganda de mas-

; Segundo o “Pequeno Dicionário L Brasileiro da Língua Portuguê f “defesa” é o ato de defender; p que serve para defender; ato de’reg pelir um ataque; re.sguardo; ■ vativo; etc. e outros sentidos mais n específicos. “Segurança” é a condi^ çao do que está seguro; certezafiança; afirmação; firmena; etc

Escola Superior de GueiTa , " ^ alteração da estra¬ tégia dc g enesa”. Ü preserconE a considerando

uerra havida na preparaçao durante e após a 2.a gx-a^de conflagraçao mundial, alterou o m.. ceito de DEFESA NACIONAL n-n-,

SEGURANÇA NACIONAL enquadrando-se, desse modo, dentro de um têrmo mais adequado, moderatiial, englobando todos tôres do PODER NACIONAL, que conflitos de nossa época devem se integrar num só corpo, firme, cerde si e, dentre êsses o dc no e 0.S fanos to e seguro

sa. nau essa arma 21

A Rússia, (luo já tinha as ex periências de 1’avlov, alíando-ns ao.s resultados obtidos iiclo ditador zista, deu enorme <lesenvolvimento fim de utilizá-la como meio de expandir seu imperia lismo.

Dados o parco conliccimento de mero diletante do 2issunto e o curto temj)o disponível, esta exposição Hmitar-.se-íi aos fundamentos peda gógicos da projiagaiida ideológica c doutrináída do marxismo-leninisnio, dentro, por as.sim dizer, do puro anúncio, do reclame, oral ou escri to, deixando os ixj-oblomas da subver são, infiltração, terrorismo, etc. ati vidades baso2idas nos mesmos princí pios e com a mesma finalidade.

0 fundamento científico, o donde se originou essa propaganda c a famosa experiência do Pavlov coin o cão, a campainha c o 2ilimento, a Qual doLt origem à teoria dos reflexos con dicionados. ôvo E dos princípios daí gorados e esquematizados pelo fa moso cientista, seus seguidores de senvolveram todo um sistema de pro paganda política o também de edufatores, consta o fator psico-social. defesa” é insufieien- Já a palavra te, pois sugere um aspecto prepoderantemente material, parcial e, portanto, incompleto.

Durante a última guerra e depois, fria, destacou-se um desde a décom a gueixa novo tipo de arma que, caçao.

Resumidamente tentai^emos esquematizá-lo.

A Natureza procura conservar a vida sôbre a face da teiTa e, para

ISSO. uUl ii diferencia segundo 2 prin cípios; o do ' e o do soma

tritivo temos são. a ingestão e a expulNo sexual, a conjunção e a disjunção. E, finalmente, no parental, a aglomeração e a dispersão. Na medida em que se penetra no „ , g:erme . O primeiro, isto é, o indivíduo, portador do segundo, a espécie. O })rimoiro é e o mortal e, portanto imortal e estudo do homem, de sua inteligên- cia-definida número de dicionados como conjunto de maior grupos de reflexos conpassageiro, liermanonte. indivíduo me da mecanismos, o dc sua o último é Entretanto, consiga transmitir para que o ; conscientes, complexos e — de seus sentimentos, estamentos e profissões e também como massa humana, êsse esquema vai ’● se complicando, nunca perdendo, en tretanto, sua estrutura inicial. ordenados o gerespécie, foi dotado de dois própria conser vação frente o meio ambiente nutrição. e o do que êle cumpra E para sua finalidade de conservação da espécie foi aparelhado canismos do com os mosexo e da maternidade, êssos ele divulgação

As profissões, por exemplo, teriam seguinte classificação, de acordo com a preponderância de cada ins tinto: a Em têrnios mcc2inismos podeião de “instintos ser chamados 0 se classificam em: instintos de conserv2ição ou comba tivo, de nutrição, sexual e pareiital.

Tal esquema tem a proprietiade de servir de base para os fundamentos das diversas es-

cohis do psicologia. Assim a de Freud, acredita que a se xualidade ó a base de todo o com]K)itamento Inimano. 1’ara Adler é o instinto de nutrição e para a fi losofia cristã, o parental, ficando para 21 psicologia objetiva de Pavlov o combativo.

Talvez seja essa a razão da ex trema agressividade do materialismo comunista, já que sua filosofia educacional e de vida tíimbéni se alicerçam no evidentemente pior dos instintos animais.

Êsses instintos, despert2\dos por fjitôres condicionantes, produzem ações positivas e negativas jam: ações e inibições.

combativo: lítico, cia, etc...

esportista, militar, pocirurgiilo, chofer, polí-

nutritivo:

cozinheiro, hote leiro, comerciante, engenheiro, píidre. trabíilhador, funciontirio, agricultor, etc.

sexual: dançarino, arquiteto. , artista, cabeleireiro, manequim, etc. . .

parentol: cientista, professor, mé dico, JUIZ etc....

Objetivando os instintos básicos dc homem na temática de sua propa ganda e utilizando a palavi^a como fator condicionante de músico cantor. suas açoes e

Assim, no instinto combativo, leação positivix é a agTessão negativa o mêdo, a fuga. reou sea e na No nuinibições e à vista das necessidades primárias sofridas pela massa po pulacional, em virtude de situações, de miséria, fome, que por meio da ação subversiva êle mesmo ajudou a implantar, o comunismo, sem emprêgo de fôrça militar, tem conse guido resultados altamente compen sadores no seu avanço mundial.

Tão eficiente é essa propaganda e tais são os resultados que já há

hA eficiência do símbolo como procxplicar. basta uma verdahumanidaconsidere como violência contra a quem a deira

dade, criando até mesmo um neolo“menticídio”. palavra pagenocídio” e inexistente no gismo: o ralela a paganda .sei ia lembrar da cruz de Cristo, o melhoi ocioso exemplo existente, slogan” já é osscncialincnto de ordem, cinpregadi O uma palavra dicionário já referido, cuja edição é de 1939. propaganda mentar ainda mais os perigos de menticídio”.

E, além disso, a moderna subliminal veio auocorrer um de acordo com a estratégia de camservindo mais panhas jmbliciíárias e como tática. arma Às vezes tem até sentido divcr.so ao do programa é do utilidade a iliviilgaçào Mas c da doutrina, incontestável, Vcja-sc mundial do ‘ C

Haurida nesses ensinamentos, propaganda teria como móvel pr a uba si, yankees I»cla autono in cipal o apêlo ao instinto combativo, princi palm ente ’ no seu aspecto gativo: o medo. E todos os método

“O jictrólco é nosso”, determinação dos povos

A mensagem distingue-sc por .ser olirigatõriamente ligada direta ou indiretamente, . etc. dü “slo. gan à doutrina .s neempregados por Hitler munistas; e pelo.s COcomícios mons tros, enormes retratos, desfiles mi litares, sabotagens, o principal apélo empregado é o combativo, tido positivo, de ' num senpara os agi-essão militantes marchas. e , seus executores

no nepara os assistentes população. mais longas, coiTe.spondetulo ajiroximadamente da “comerciais aos gativo, de mêdo, e restante da TV.

, dela lembrando uma faceta ou a di retriz gei-al. Ex.: salário não é vengeral sào da. As mensagens em (

A doutrina e o jn-ograma destinamdirigentes da popuE, dentro da estratégia de Pavlov após a fase do terror, deverá surgir a do tedio, provocada pela repetição incessante e monótona de temas dou trinários, “'Slogans”, meios de comunicação em todos monopoliza

se às camadas laçüo e são oxpresso.s por discursos assembléias, da impolíticos em comícios, editoiiais congressos c em prensa.

Citando um conferências tr dos pelo Estado, ate que seja fixado na mente humana o pensamento drão.

conscientização das massas”, neologismo.

a massa

os paÉ o que êles chamam de (í outro das echo do uma pronunciadas curso vei'ifica-se que o tiue nêsle houve de ba- foi uma mudança do campo <las armas, onde a estrate- talha e gia militar foi .sub.stituída pola es tratégia no campo psico-social: invés dos boletins de guerra espa lham-se panfletos subversivos; troar dos canhões é sub.stituído pola atoarda que faz a proimgaiula dos repetição slogans", Ao 0 discursos ameaçadores; a enfadonha de chavões e

a men-

A forma da apresentação da pro paganda obedece ao princípio das pirâmides invertidas, ou seja, para base da pirâmide da po pulação, corresponde o ápice da pro paganda, formado pelo símbolo e pelo “slogan” (quando muito sag-em). Já para as elites, corres pondem 0 programa e a doutiina.

substituiu o matraquear das metra lhadoras e mata o raciocínio; tudo

isto se espallia dentro da nação, pek rádio, }iela televisão, pelo pixamento indiscriminado das cidades, forçan do o conliecimonto e intimidando mi lhões de indivíduos, dia e noite”.

Nesta altura, é interessante obser var que a proj)ap:anda comercial in conscientemente baseia-se nos citados instintos empregando alíiains de seus métodos, exceto, òbviamente, o da violência.

carro sobre qualquer outro menos dispendioso.

Naturalmente êsses instintos são empregados com apelos em anún cios de uma maneira crua e direta, sendo mais ou menos velados, de acordo com a maior ou menor espe cialização do mercado a que se des tina 0 produto anunciado.

Assim, através da repetição maçante de “sloííans” e anúncios no.s diversos veículos da publicidade, conse}i'Lie inculcar na pojnilação deter minada marca de jn-oduto.

E os termos dos anúncios apelam também para aqueles instintos bá sicos já citados, jiois vejamos como exemplos:

se o produto destina-se anças, òbviamente, apela-se ao ins tinto parental, objetivando atrair a mãe;

também a cri¬ ou remo-

se é para homens em g-eral. o me lhor apélo é o sexual; o instinto nu tritivo é utilizado próxima lamente se a mercadoria anunciada é para a própria nutrição ou des tina-se, por exemplo, à agricultura.

Quanto ao instinto combativo, de agTOSsividade, êle sc apresenta de uma maneira velada no desejo do homem de ser melhor que seiv conci dadão, ou de ter mais que seu vi-

É o caso dos anúncios de No fundo, compra-se rabo de peixe” zinho, automóveis. automóvel um muito mais pensando no meio social que se vive do que pela utilidade adi cional intrínseca que possa ter êsse

No caso do Brasil, com a com pleta falta de educação da massaseu povo, quando ela está, portanto, diretamente sujeita a uma pi“opaganda política insidiosa, apelando aos instintos mais primários do homem, nesta conjuntura mais sensíveis que nunca, condicionando-o negativamente. de modo a servir somente fim de de a nossos inimigos, e com o

preservar e orientar a opinião pu blica, parece-nos que deveria ser or ganizado um órgão de divulgação sem qualquer espécie de caráter ntonopolístico de informação, porque sim, seria ditadura — mas de pi'0‘ paganda doutrinária, empregando unicamente métodos compatíveis com a moral cristã e a ela adaptáveis e monstrando as vantagens práticas da Democracia e os resultados ob tidos nos países mais adiantados onde ela é vigente, nós é urgente porque não devemos esquecer que gTande parte de nossa elevada porcentagem de analfabetos tem possibilidades de “transistor”. . formulo votos que a Associação Dos Diplomados da Escola Superior dc Guerra possa, cada vez mais, espa lhar os seus inestimáveis ensina mentos por tôda a nossa querida Pátria. ai E isso para ouvir um Já para nossas elites,

Capital do exterior, como instrumento e

como

Qagente (1)

UAL a causa específica dc tantos choques emocionais cm lórno dós.sc tema quc> do campo puranicnte tecniadministrati\o, passou a consciência popular?

'ibrar a CO c

A briga opc-ra-sc muito além da árc*a dos pode jwnsáveis'. A propósito do caso c tranquilas relações doméstica.' mutam-sc de súbito dialéticas.

mais tensa ainda ■res ressuaves i-s transem vivas agressões A duração do conflito f

suspeitar (já é tempo) de ex-cIusívidacJe

qiio não há premissa n:i.s .s dos argiichoqiie. cm mento.ç ou critérios

CIliCUITOS CX)XFLITA,\TES

Onde conflit müth'ação?

ain os circuitos? Onde a s c

Simplesnu iite no inadequado uso con corrente ele dois conceitos, diamelrilmente diversos na.s interdependente ' na i^ráticn inseparáveis:

— o dc capital instr , mnento de produção, impcs.soal (clinhd mercadorias, serviços, na.s, técnicas); iro. íiiáqiil2,‘> — o cic agente ou proprietário dc capital (o Homem, “homem”, dotado do poder de di.-'por de um determinado pitai instrumento). ou o ca-

Em lugar de se colocarem como pre missas complementares (ou, por assim dizer, premissa composta, não dissociáveJ), incorre-se na impropríedade lógica,

não ajxai.is dc' divs.u mas ainda dc fazc-Ias loiicorreiites, fonte c\-idenfe de cnneliisões (jiie — pelo simples ilogisnií) de não se ínlegr.in in — deri\ ain par.i a ^ ioI<'-m ia irracional da lei do mais ff)rte.

Aqueles csclaiccidos apenas com resj>eito aos (lesaliadores j)roI)l( inas das liinil.ições cio IN.S'ritUMENTO. de (Tcsclm* nto econômico do país

matemáticos capitnl

|)iira in.inter a la.xa exterior, onde do a ;

●\A .MEDIDA E.M í,)L E OS LEIGOS DESESPEHA.M K.M 'l EH — alucinamse com as atitudes contra capitais do exterior, por parle desses Ieigo,s ou da(jiteles ínsiificienleineiite formados cm cc.nccílnação econômica.

Aqiiclcs esclareeíclos, ape nas com rc'lação às implicações dc' almso dc poder dc! alguns AGI'b\'rE.S ou proprietários do capital, enfiir(“cem-se com as cam panhas on argimicnlaçcH\s unilaterais daíjiieJc.s cpio só estão \'omIo a carência dramática dc capital instniimmlo nu im pessoal (que ingêimamente não di.sccríiein bem o mundo algo .selvagem do abusos cm certas áreas do jógo de ne gócios, nacionais tudo é moral c; legal porque nêlcs c.stá o centro do todos os paclercs).

Ambas as correntes não divisam bem importância do Direito aplicado con tra cgoí.smos medievais dc certo.s “do nos” de capital, do país e do fora (.scni embargo da relatividade do pudor do Du-cito .sobre um centro ou ápice dos poderes relntivamcnte ainda selvagem; dos males o inonor).

Do irracional diálogo das linguagens diferentes (a linguagem já é correntemc-nto mais fisiológica do que racional), criou-se o enorme campo de contiitantcs”.

ele monótona:

‘circuitos

\ és dc- longo c penoso caminho de r cionalidade.

Hepele-se aqui a xerdaatinge-se o racional atrairram.

Já é lenqx) dc mudar dc linguage A(picla. muito mais .simpl(\s, cio capital INSTRUMENTO OU IMPESSOAL. E aijuela, muito mais couqilexa, do AGEN TE do capital. Só então se poderá, ao mesmo tempo, usar as duas IIARMÒNKLWIIilNTE, condição p.ua a prelimi nar do direito de falar.

i.mpi,k:.\gõ1':s dos campos

,Só hawrá liarmoni/ação, sc as inqjlicações dos dois canqjos em conflito cstixerem ()l)\iadas no stm.so comum:

● a) coulabilizad.i a jjrodução bruta amiiil do 2>aís, só cêrea dc 15% a grosso modo .sobram j)ara in vestimentos; jjortanto, se decidir mos crescer mais do que conqjortam êsses 15%, não há como rev

em que muitos nacionais se me teram (pois se foi uma doação), agindo momentàneamente contra a tendência dc permanecer c leinvestir no sedutor mercado; por outro lado, é notório que déficit orçamentário da União é juntamente com o desregramento salarial o sem produtivida— ^ cxinscqüência direta cl.i concorrência dc melas de inves timentos cm nível muito acima dos 15íf retro mencionados (saeando-sc contra o futuro); do inc.smo passo que a dificuldade cie balanço de pagamento tem sido 90% filha legítima da estu2iidcz do confisco cambial, jamais do cajiilal do e.xterior (menos ainda do dc risco); abuso do poder econômico, de AGENTES do capital dc fora é tanibcnn uma \crdade que não pode ser ignorada; mas é igual, essência, ao de nacionais; isso, devem ser atacados, cmihos os cosos, ],or uma lei contra 0 abuso de poder, .sem mais distinções. de o om por que separe,

capital INSTRUMENTO cio exterior; as estatísticas pvoconsidciíivel saldo favorácusar \ am o . o joio do tngo;^outro.s meios de controle, ; êsse objetivo, interferem exemplo da COFAP (atual SUNAB) e cio confisco cambial ' j]iara perturbar o funcionamen to do mercado; uma disciplina c necessária, mas sem ferir funda mente as leis de mercado; taxar muito o com a p. c., café saído pelo vcl entre entrada e saída (fora o efeito multÍ2>licador interno); o famoso grande “retorno” lui 150UC0 mais de uma década atrás e que tanto estigmatizou o caj)ital do exterior, numa fala 2>residcncial de j^assagem de ano, dolosamcnte assessorada, decorreu do seguinte: o governo, a^^ós anos de nada deixar sair, j^ermitiu remessas de lucro à taxa ofi cial, àquela época já cerca de 50% abaixo do valor real; claro que foi um “estouro de boiada”.

pôrto do Rio fá-lo sair por Ni terói; confisco cambial reduz a ' exportação e, por conseqüência. suprimento básico de fora

duzindo a capacidade de impor tar; confisco de preço pela CO FAP (agora SUNAB) diminui1 o xc-

* - *-

feijão”; condiçõe.s capital do extefú-lo fugir ou não entrar; claro, óbvio, elementar; c freiaiido-sc o ingresso e desestinmlando-se a permanência c a produ tividade do capital do exterior na forma do INSTRUMENTO DE PR0DUÇ.\0, os controles

Bolívia?); o "lústórico” õ ram o pclrólc-o da critério de \aIor

compensação t.ixa “oficial” soorcv ivi iK'1.1. ra

remessas a cm contraditórios e irracionais relação ao item "a” podem .ser hábil ou inocenteme tc conduzidos

acima; m para proteger m

nopólios de Interesse Nacional (p< se freiain ou nacroiiais )r (]ue nao punem o.s capitais paulistas qnc demandam o Nor deste ou os nacionais (jue busca-

( ni (esse iiislnimeiito maluco ein que tantos nacion lís “s,- lev.iraiu”).

“arroz com draconianas ao rior são f ● lí iubromos <pio pura usurp.içao; tarifa.s (preço'') "gravosas” do serviços forçam innitas vè/.os, paas

LÓGICA DA MEC:àMCA as nocontra o .

Isto ó tudo para decidir (com a caÍ)cça e bons [irojjósitos).

Sem capital do exleriíM- não leriamos indústria aiilomobiiíslk a; e. depressão do café na nia da amargura; e nejado e no, ]3or nhos (((ue sem a Instrução I l-l da SUMÜC); dizem cjiii- "técnicos” (vsturiain (jm rendo "provar” a fantasia de a nossa indústria automobilística ler sido execu tada só i)or cainlais nacionais na pelo de estrangeiros; incsadinifindo-se cm caráter

S(‘iu esta, a já nos teria jogado mais; foi plaexecut.ido, o plaiiacionalistas ferreiião Ic-riam êxito mo

imaginário esse eriine fanlasio.so de emprc.sários e govérno nacionais ((piiçá "naciona listas") (piasc totalidade só para ar gumentar —, éle apena.s po dería confirmar-se na reduzitotalidade' ou na da expressão financeira; ja mais na gigantesca expressão do transplante do patrimônio só viável (2), tccnol()gico através os pniprios agentes (é Ford, ridícLilo pcn.sar-se ejue

G. M., M. Bens, Willys e In ternational aceitassem ser testas-de-ferro de nacionais).

.a w-y... L

Disc-iplinu lógica — a agentes nacio nais e (lo t'.\lcTÍor — não barreiras iló gicas ao “c-apital máquina e técnica (li‘ fora, isto c, ao elesonvoKimenfo na cional acima do cpic comportam os 15Í? (Ia formação bruta de capital do país. l^iis — teórica c pràticamcntc pilai adicional do exterior (instrumento de produção), direta ou indirclamcnte, (unciona como se o produto nacional desse um grande pulo acima das estri tas possibilidades da estrutura nacional l>re( xistentes di' produção e dos cèrca de \5% anuais de no\o capital ou de autncapitali/-acão. o ca-

E conro a pátria do capital é o lucro, as cxcclculcs condiçcics de nosso mer cado .s(> p;:dcm seduzi-lo a ficar c a rí‘invcslir mais do cjuc a remeter resul tados, havendo relativa (pie pcMcutiim nas (vaino.s insistir nesse realejo cuja dia está S(' perdendo cm irracional ou intencional). tranquilidade c teclas corretas mclüeis meio a tanto barulho

GRANDE CONTRADIÇÃO A

Apesar de.ssa mento macro-social nolorio

o comportatem sido o evidência

NACIONAL muios cerca de desenvolvimento to acima do (jiio comportam ele 15% da formação bruta de capital do país, condição pela qual obsessivamente porfiam bons e maus nacionalis(sobretudo os que paradoxalmcnte detratam o capital externo), mas só pos sível evidentemente com capital adicio nal do EXTERIOR. tas

A grande contradição c.stá em programar-se e decidir-se produzir muito acima do (pio comportam os 15% do ca pital nacional, mas cm condições inviá veis à participação efetiva dèsse instru-

mento exógeno c adicional de produ ção, “sinc qua non” (4). Contradição de aritmética elementar do comportamento macro-social, com os correspondentes efeitos macro-econônii* ^ COS contraditórios, tremendamente ne gativos cm múltiplos sentidos. Os "nacionalistas” (leigos e econo mistas alienados), não os nacionalistas, porfiam por uma tendência a igualarnos a curto prazo aos EE.UU., econo- J mia cèrca de 50 vezes maior do que ' a nossa (17 vèzes cm relação à nossa j população i^róxiina de 1/3 da sua), ob- J jcti\’0 que dcbaldc a grande Rússia bus- í lui mais de 40 anos. Mas, sem -H capital do exterior (de moto próprio) J tudo a favor, o produto 1 nacional dificilmente cresce mais de 5t? j per capita ao ano. ^ ca c mesmo com

E a OPA; SOLIDARIEDADE ou EXCLUSIVISMO?

Mais uma contradição. Afugenta-se o capital de riscos particular e apela-se veementemente para capitais de emprés timo. Ainda na hipótese (discutível) j de correto do ponto-de-vista nacional ^ (3), não 0 é em relação aos interesses de todos os demais países latino-ameri- ^ canos, que, oferecendo condições ainda ] pouco atrativas ao capital de risco, de pendem muito ainda dos capitais ofi- ’ ciais de empréstimo. Sendo estes relativamente escassos, nossa atitude tende a "tirar o pão da bôea” de nossos irmãos mais pobres de toda a América LaUna (e também da África, Ásia e Oceania).

Contradição com da Operação Pan-Americana, de que re sultou a Aliança para o Progresso (ins pirada no interesse de toda a América Latina ou só do Brasil, onde tão altruisticamente nasceu?). própria filosofia a

ISOLACIONISMO TARDIO VERSUS afirmação nacional

p.iis, equivocamente. século depois, hii.siando política sentido que assumiu nismo Estará nosso mais de uin reeditar a de MONRÜE, de puro isolacio-

Náo se pode ncg.ir o quanto há <\ autêntico no admirável afirmação Nacional, da da cultura material no TC c movimento de per.son ilização c o no .sp rihial de ^)vo, no proce.sso dc interação dependência com os clemai tamente sso e nniiiia us povos, e.\acoino na fraterna feder.ição de «OSSO.S Eslados. Ma, «us exug™“ de mt,«,cução _pc.|„ «cusso e Íul,ieãu — bem poderão funcionar como jsolacionismn eutanástico, de gano.so do comportamento Sobretudo do estrito fria filosofia materiali.sta um ■ egoísmo onmacro-social, ponto-dc-vista d .1

nades de d<'sciuoK itm iito sihiados mui to íicínui da cap.irálad»- <lc <apitaIiz;ição liKÍ<'pciidenti' do país (« in tôrno de 15? df» jjrodiito), daiido-s«-, siiiítdlànea e indj.siTiminad.íiiii ii(f. dos c pitais do exterior.

“nacionalista”, agora que os Es tados Unidos se peintenciani por .seus remanescentes e que a ONU já adquiuma estrutura e uma função, efetivas e iniludíveis, de Govêrno Internacional, sem apoio e obediência francos da pró pria Rússia?

.senso ap^jliira.s daquele conumidadi';

Questão di- íirítinéfic.i. l«’)Oi.a, hom e, sobretudo, de tíuisideração à.s r ‘KL’ dl- nos.sa o imlrleso <● inocento cidadão cojjiiim (un nome do «jtial se a conlradii,ão ).

eoim.te e prmcijí.iliiirnie os ]')rogramaque iiiduz.eiii as deeisôi s (Íos lei-

Ou jiao afiiiíenl.iiiios i i.tpdal inslrunietilo do i‘.vlerior. ou riilu/imos nossa anil)Í(,ao de eresceritios .sò/jii)ios (j)or td processo, fiirta-.se o ))e(|iiet)o cidadão aciisa-.sc todo inundo, na nos os respoiisá\'eis. ílores, Kos lio jíoder). cara" na soeu

Jl) Proliminnrmcnte sao do impõc-si* a exchianteparo mental como ora fiinciona o_ térmo “o.strangelro”. {ie pronta motivaçao conflitante. — Análise Iniciada Ptio autor o ilogismo icráncfn om nutui) (I do ern não dava vez a 1962. quando mai.s acirrado c n Inlo. J iinin divulgação cJcnlíficn do pura e ImPnrcínJ rclaçao do causa c efeito. , Í2) o IBGE úa CACEX, do coin base cni rlomentos d , que comanda o processo, a contradição fere a lógica com espanto.so primari.smo (a Uístórià se repete na obsessão pelo "bezerro de ouro”). , divulgou a seguinte entrada <io exterior, dc dezembro do rlnr^ (oriimdo e na ornhT de 'mporláncla dos EE..UU.. ’ Alomas Suíça, França. Canadá o assi m distribuída:

CONCLUSÕES-.

l.a, através cia Ici contra o abuso de poder, plicável de modo c.\ataincnte igual í abusos de nacíonai.s; jamais com instrunialiciosos dc tíxterior lOS a mentos equi\ocados ou perturbação das leis de mercado (.5).

selecionar capitais do Tn ! ● milhões Automobili.stiea c poças 235,2 Mecânica e Elét rica Leves ^dimica do Base e Petroquímica Mecânica o Elétrica Pesadas Aí e Implementos

2.a, não ferir a inteligência nacional e não massacrar o poder de compra do cidadão indefeso com programas aluci-

mi-

mesmo

préstimo é inexorável no retôrno (sem discutir sua limitação evidente para co brir um programa maciço)

nossa tão

ca-

A média anual do USS 128 milhões é bom pouco do ponto-de-vsta financei ro; significa apenas cérca de 9% de nos sa oxpoilação cm sua atual expressão ext-cmamente atrofiada por parte do “con fisco" (aproximadamente USS 1.400 Ihões cm 1903); o sòmcnte pouco mais dc r;. do produto nacional do ano. próximo de USS 9 biliiões à taxa de 1.200. Basta acrescentar que só o turismo na Itália dava há pouco uma entrada de canifal a êsso pais cm tôrno do USS (500 milliõcs anuais, equivalente à decantada exportação de cafó. Em ver dade, todavia, do ponto-de-vista do pitai tecnológico (QUE JAMAIS RETOR NA) a entrada nn Brasil foi considerávelmonte maior, sem dúvida um patrimônio espantoso se pudesse ser mensurado.

(3) Discutível: l.o, porque o capital íinnncc-iro do empréstimo não t-az automàticamcnto o muito mais importante ca pital técnico (caso da indústria automobiiística. só possível, na escala o na ve locidade ocorrida em nosso país, porque as emprésas titulares do exterior trans plantaram "in totum” — com seu capital financeiro c mecânico — o ".^bre-to Sé.raino" de sua técnica acumulada em qua se cem anos';

2.0, jíorquc, havendo tranqüilidadc po lítica 0 relativo equilíbrio econômico-financoiio, a tendência evidente do capital dc 'Isco é reinvestir mais do que reme tei' (sem contar o seu efeito multiplica dor, inclusive no sentido direto ou indi reto da exportação), quando o de em¬

(4) Questão que o autor já focalizou nos seguintes trabalhos: "O Financia mento Empresarial e Global do Ritmo Pretendido de Crescimento” (Revista Ban cária. de 28-2-61. n. 338); "TransportesConexao de Planos e dos Impactos Finan ceiros” (Revista "Pôrto e Navios” e “Re vista Bancária” de 30-10-61. n. 346), pro pondo. ao ir Congresso Nacional Sôbre Navegação, critérios básicos de um pla no nacional de viação. setor que absor via e talvez ainda absorva se incluída a indústria correlada cêrea de SOÇé do investimento nacional; e em “O Novo Govôrno e a Política Econômica” (D. Notí cias, de 5-11-61, e Revista Bancária de 30-9-61, n. 345), (5) Como nos EE.UU., cumpre a insta lação de um órgão de processamento su mário dos flagrantes de abuso de poder junto ao Ministério da Justiça, om co nexão com o Poder Judiciário, de cujas decisões seria imediato executor e sem 0 qual vingarão inoperáncia, malícia equívoco e contradição com as leis eco nómicas primárias e os processos admi nistrativos e jurídicos: Referido órgão nada mais seria que a transmutação do COFAP (atual SUNAB) para os fins de aprôço, com aproveitamento de seu pes soal e instalações junto ao Ministério da Justiça, mas sem os poderes atuais de interv r a-bitràriamente nas leis de mercado (por azar, principalmente po da agricultura). no cam-

A Instituição do Salário Mínimo na

Agricultura como Medido Preparatória

de qualquer Reforma Agrária

A.vrÔNio i)K Omvkiha Li-ii j Livre-docente das Univcrs;dad<-v Estado da tio Hrasil r (!') Guanabara

. sabido que a instituição do f o operário .salário minimo para J>re.stação de serviço. Gontimia cm aberto, seni solução ainda, a ques tão da atr-ibuiçã<» de um salário mí nimo ao traballiador ou operário na agricultura, t! esta é. sem dúvida, uma das medidas preliminares que deve necessài-iamente ser adotada, pelo govtuno da União, em caráter preparatório a tiualtpier reforma das cidades, em princípios deste sé culo XX, sob a inspiração da Èncíclica Rerum Novarum, de autori , da Igreja Católica, através um do 5 seus mais elevados expoentes o L íins do século r do la papa passa, vem contribuindo a chamada luta de B estabelece entr para amenizar classes, « e o patrão m end que sc ou empre endor. ávido de ganhos F e leservando por isso minguada cela desse a remuneração da maoce-obia, e o operário, isto é. o for necedor do trabalho não qualificado que acha sempre muito reduzida a parcela dos rendimentos destinada ^ remuneração dêsse trabalho ^ou lucros parqua Hficado. Foi necessário ou o govórno intervir0 Estad0 agraria.

Observe-se que estamos nos refe1‘indo apenas ao traballiador ou ope rário na indú.slriíi agrícola, o não de maneira geral a todas as atividades econômicas desenvolvidas no cam,po, que interessam ao li^abalhador niral.

do salário mínimo para da agricultura, jã se fêz, tria e do Mas a instituição o o[)erário a exemjilo do que com ojierário da indúscomcrcio, em geral. representa, j ,. . ^ . ^6ssa luta, criando o saJario minimo, para que ela decrescesse em intensidade, para que 0 Jitíg-io assumisse aspectos mais condi/.entes com a dignidade huma na, já que o princípio da igualdade de todos pei'ante a lei, de natureza eminente jurídica, passou a apresen tar então um substrato econômico nos contratos entre empreendedor e

operário,

O salário mínimo no entanto vi gora apenas para a atividade indus trial ou comercial, inclusive a de

em nosso modo de vor, bom ponto de partida para a extensão, já agoou mais tarde, dê.sse salário mí nimo a todo lhador ra, operário rural, guardadas as variações o peculiaridades de cada atividade do senvolvida. traba- o ou

em fins do século passado realce a

^ ^^Gnry George que tantos aclc])tos tez, inclusive o nosso escritor patrí cio Monteiro Lobato, om sua obra “Progress and Poverty”, publicada I)ôs em circunstância de, mal grado

a tecnologia vir propiciando sempre c cada vez mais melhores condições de produção, no campo, o salário do trabalhador agrícola, vir sofrendo, isso não obstante, uma redução, quando analisado em proporção ao rendimento total, e isso conduz ao êxodo do homem do campo para as cidades, fato sempre temido pelos go-

Daí a origem de sua cé- vernos. lebre teoria, de acordo com a qual a renda econômica decorrente da exploração da terra assume feição es pecial, quando posta em confronto com a renda das outras atividades, comerciais e industriais.

Preocupava-se George com o fato de existir uma certa indeterminacom vistas ã remu’de cada fator quando examina o processo de econômica çao, neração produtivo. se exploração

V/f \ da terra. Com efeito, na atividade explorativa de naturet.a industrial ou comercial, é perfeitaniente fácil destacar remuneração de cada fa tor produtivo.

O juro do capital, para George, Para bem en:'í' i a I ó remuneração justa, tendermos o sentido da afirmativa, convém esclarecer, em primeiro lu gar, o que se deva considerar como capital, socorrendo-nos para tanto da conceituação ministrada por Stonier e Hag-ue, em sua “Teoria Econômi ca”, 1961, Zahar Editores, pg. 341, quando afirmam que o capital é pro duto do homem, mas a terra é dá diva da natureza, não podendo o seu yolume aumentar através a ação

humana, ao passo que o capital, co*j»i' mo produto do homem, aumenta -m' decorrei- do tempo. Assim, constituem bens de capital, os veículos J ■ utilizados no processo produtivo, os instrumentos e ferramentas, a ma- » ' quinaria, etc., sôbre cuja criação e jl'aumento o homem exerce perfeito '■ ’ controle. Costuma-se dizer por isso que o capital tem uma ação suple tiva ou corretiva da natureza.

Para Georgre, o juro é renda jus ta, uma vez que deriva da produ tividade conferida aos bens de ca pital, quando postos em confronto com os bens que aumentam de valor devido a forças naturais. Para êle existem j duas classes de bens, os que sofrem o aumento de valor, em virtude de i forças naturais, como os i rebanhos de gado. o vi- \ nho, etc., e os bens de capital, propriamen te ditos, ferramentas, utensílios, etc., os quais ^ \ não sendo suscetíveis de aumentos lor no decorrer do tem- K po, não viviam a ser confeccionados ou produzidos, se não rendessem juros, o chamado juro do /p capital. Podendo ambas as catego- '● rias de bens serem trocadas por ca- J pital-dinheiro, claro é que se não ? houvesse o contencional juro do ca pital ou do bem de capital, ninguém se dedicaria à produção dos bens de capital, limitando-se à produção dos bens que aumentam de valor no de curso do tempo, em virtude de for ças naturais.

seu va-

Mas, se é certo que os economistas

do século XIX. inclusive George, e. infelizmente ainda muitos economis tas e financistas dêste século XX em que vivemos, aqui no I3rasil, consepTuiram distinguir entre o nao

dustrial ou conieic-ial. ó possível atri* buir uma romunci'ação ao fator pro dutivo c-nipros;írio ou iniciativa

— á vi.stn do liicio normal, aquela renuinoj-ação mínima que faz com <1UG o üc mantenha nura detoi-minado ramo de indústria ou juro e o lucro, o moderno conheci mento científico não tolera mais êsse grosseiro erro. ainda com Stonier Então, de acordo e Hague (pgs comércio, e scan atingir emj)j-c‘.sa abandona c-s.^o eando seus recursos ou a qual, a ramo. deslocapitais para . ?,62, da obra citada), o juro corres ponde a uma recompensa pela pera na aplicação do capital so que o lucro representa

e.sao pasuma i-e-

setores da indústria ou comércio qui* ofereçam maior rentabilidade.

Em qua!(iucr caso ccmercial ou do exploração imiustrial (com exclu compensa por aassuinir o einpresá rio os riscos do negócio. cal)endo ain da distinguir os ri.scos segurávei

de relatividade, facilidade dos

s. e avaliacãr;ao. pois esses úlque se acham estreitam te vinculados à oportunidade nas d,,

bro as condições de custo 1 dições de p>-ocu.a d^ ’ , "

são da agriculliira) a terra repre senta um instrumento de produção, isto é, um bem de eapUal, ou, quan do analisada em vinculação ao pré dio ou edifício a que se aclia indissolúvelmenti* ligada, vel de uni bem duráconsumo^ do acordo ainda

co m a Hague (pg. .‘Ml.

classificação do Stonier c da olira citada),

sendo coi-to (|uo ambas as categorias (bens do ca|)ital e ben.s duráveis de consumo) tica conuun do possuem a caracíeríssati.^-la neces¬ . c‘rem sidades durante um tempo, trada corto e.spaço dc A ronda comunicnte niini.sno decurso df) tcui])ü SC bem dui-ávol de por csconsumo (casa, inclusive a terra oni (pie assenta, a qual constitui unia jiarcein dessa fonte produtora dc ronda) revela loííTO a sua justa reniuiici-ação, e, por tanto, 6 possível l)cm discernir muneração do fatoj- lena, na explo ração comercial ou clusive a reindustrial (exagricultura) a lação a um mesmo ramo, cm qual empresa — isso porque os sultados obtidos pela empresa consequência fatal dessas conjetur em cuja formulação o empre.sário s6 pode confiar em si mesmo, e no jul gamento de mais ning'uém senão no seu próprio julgamento.

nai, <ie ™a/ela,u\t;?un td:r sas conjeturas é que variará tante do provável lucr (lucro negativo).

Os empresários ass.m subtraen, uma parte dos lucros obtidos empresa que dirigem, lucro ncrnial. isto é, aquela mínima que induzirá o r permanecer em tal ou qual indústria ou comércio, ou, nao scgurávei.s. timos é c*n-

so¬ o monprejuízo o ou pela ^ título de quantia

‘Empresário a ramo da com i'G-

Retomando a nossa exposição, na atividade explorativa de natureza inreserão as, .

Com relação exercício com que joga a emprêserá ainda fácil atribuir aos demais capitais iinin de sa, mínima a eles, para distingüi-la dos lucros que propi ciam, à vista do juro de capital viremuneração

gorante no mercado, em dado mo mento.

Em (jualquer caso de exploração comercial ou industrial (com exclu são da agricultura) é finalmente pos sível atribuir uma remuneração ao fator trabalho ou mão-de-obi*a, quer tio empregado no escritório, quer do operário na fábrica. A tarefa de atribuição dessa remuneração, a f}ual, tanto como ocorre com tôdas as outras remuneiações dos demais iatôres produtivos, se acha subor(iinadíi ao princí})io de igual vanta gem ([ue comanda ou deve coman dar. em teoria, a jmlítica distriibuUva funcional, — foi largamente fa cilitada com o advento do salário

mínimo luiva o operário urbano, o (lual amenizou, fica repetido, a lutíi de clas.scs entre patrão e operário, como já dito. Mas até hoje vem so falando, mas não se concretizou ain da em nosso país. a salário mínimo para da agricultura e essa confoi-me veremos a seguir, afigurade muito grande importância, a toda refoiinstituição do 0 trabalhador providência se-nos como tarefa preliminar ma agrária.

Diferente, sem dúvida, mais complexa, é a tarefa de sepa rar ou distinguir as remunerações que cabem a na exploração econômica da terra. Tanto como na atividade comere muito cada fator produtivo

cial e industrial (exclusão feita da agricultura), na indústria agrícola existe também um lucro normal, co mo remuneração do fator produtivj — iniciativa ou empresário. Mas ôste, o lucro normal do agi-icultor. já que não existe ainda nenhum ponto-de-referência por onde se pos sa aferi-lo, com segurança, em nos-

mesmo corrente do to.

so país, só pode ser inferido quan do pôsto em comparação com a re muneração que 0 agricultor recebe ría em qualquer outra atividade eco nômica comercial ou industrial, ou a título de remuneração deexercício de qualquer jjrofissâo, que lhe sirva de sustenEsta é também uma das cau sas do êxodo do homem do campo para as cidades.

Há necessidade de se fazer, com relação ao operário na indústria agrícola, que se confunde não raras vêzes com o próprio agricultor, o próprio lavrador ou cultivador da terra, atentando-se além do mais para a circunstância de que a agri cultura não conta ainda com o gi*au de especialização existente na gi-andc empresa comercial ou industrial, o que já foi feito com referência ao operário da indústria e comércio. Há necessidade de, na falta de encíclica que venha beneficiar o operário da agricultura, dianteira, e independente mesmo das prováveis negociações en tre o proprietário da ten¬ uma 0 govêmo tomar a a, que a

explora, ou mesmo o agricultor que explore terra da qual não é proprie tário, de um lado, e o próprio ope rário da terra, tivador 0 lavrador ou culque se confunde em nosso ambiente econômico não raras vê zes com 0 próprio agricultor, isto é, a pessoa sob cuja responsabilidade e risco está sendo feita a explora ção da terra, — adotar um salário mínimo para êsse último, do que advirão reais vantagens, as princi pais das quais serão assinaladas li nhas adiante.

Com relação aos capitais presentam equipamento fixo nenhuque re-

Com relação ainda aos capitais de exercício de menor poi‘te, tais como o instrumental (arados, maquinaria etc.) os adubos e as sementes, ne nhuma dificuldade ainda pode sobre vir paia determinação de sua enração mínima, face aos juros que esses bens de capital ou bens durá veis de consumo

remunendem atendendo-se à taxa vigorante em determinado momen no mercado to. reponta quando A dificuldade trata de analisar a remuneração da terra, como fator produtivo cesso agrícola. se no preHá que assinalar, que a terra, exisem quantidade limitada, um fator produtivo g:erar um rendiment especial. como o fêz George, tindo

dificuldade pode sobrevir para a ma determinação de sua justa remune ração, face à comércio e nos indústi-ia. sua remuneração no outros setoi-es da ou menor fertilidade ila terra, quí possibilita uimi nuuoi- ou menor renda, motivo polo qual o agricultor sõ cultivará a tora de menor fertili dade, quando não existirem terras de maior fertilidade. Surgem daí as chamadas rendas diferenciais, quer dizer as remunerações do um mes mo fator i)rodutiv»> j)as.sam a sofrer variação, ã vista dessa variabilidade na fej-tilidade da teira. A outra, de não menor significação, é a lo calização ou situação da terra, paz também do gerar rendas dife renciais, tendo em vista ou menor j>i'oximidíide do mercado consumidor do jnoduto agrícola, do mercado fronecedor das sementes e adubos; — maior ou menor proximi dade de um ponto do fácil transporto pai’a escoamento do produto, etc. Aí^ diferenças de i-enda. ou melhor, de re muneração do fator produtivo terra, na agricultura, são decorrentes des sas duas ordens de fatores, a fer tilidade, de um lado. a localização, de outro.

titui conscapaz de de feição tôd Acha-se em of o a erta fixa maneira que não obstante' aumentar, por um ou outr renda, renda econômica, zer os economistas, tante não sofre de tal o motivo, simplesmente costumam dia sua ou a como — ISSO não ob--um correspondente aumento de sua oferta. Daí então costumar dizer-se no terreno mico que a renda da terra dec em princípio da escassez da renda de escassez. eeonô-orre terra. e uma

péndios de economia, a partir de «n» tão. A primeiia cleia.s é a maior

vêm constituindo ob-

Como se isso não bastasse, para trazer complexidade ao problema, ainda que referir as duas in fluências preponderantes na formação da renda econômica, ou renda do fa tor produtivo terra, citadas em prin cípios do século passado por David Ricardo, e que jeto de sistemática menção nos comhá

No entender de Georgo, que en contra perfeito apoio no sadio ensi namento econômico, há uma certa indeterminação dentro do produto total ou rendimento total da terra. Não é possível, empresa de natureza industrial (ex ceção feita da agricultura) niercial, nos dias que correm, aditamos nós, — atribuir a cada fator, isoladamente considerado, terminada remuneração mínima. É possível abater dêsse montante, afirnia George, a soma relativa ao juro íio capital de exercício. É possível ciêle subtrair ainda o lucro normal, caa nvnoi como ocorre na ou coiima dc-

(Iiior dizer aquela quantia mínima que induz qualquer empreFÚrio, in clusive o agricultor, quando a diri(liretamente ou mesmo indiretanienle por meio de interposta pessoa, FO manter na indvistria.

cada aquele mínimo indispensável a mantê-lo apegado ao cultivo da terra.

ge a

●odutivo agrícola, de um lado, reniimeração devida ao trabaexplorador do campo, de Ambas integram um só e montante. Cada uma de per a renda da terra, so pi ci a lhador ou outro. iinico si constitui uma, sentido ricardiano. efeito, e outra, do trabalho não quano rcnuinoraçao a

lificado na exploração, causa.

Mas ambas englobam um só e úniro montante, de maneira que é con veniente não esquecer a pvc valiosa e oportuna, cie David Ri‘ i pm mincipios do século pas-

sndo^em sua monumental obra “The ● nf nolitical economy ana t Cô do <.om a qual paUNat.on , ,„ble.ua, há ue-

rèsskiTdrL distinguir enüe a tevexplorada pelo seu pvopno p oprietário, hipótese em QUO O \10pnetávio explorador auíere a t.tulo do lucros, o que hoje inteira adequação j isso porque esforço pessoal, para da terra, ra chama-se com de lucros extraornão concorre dinários maior e a terra o seu valorizaçao

determinacla pesa cede ou pertencente a (proprietário) que arrendamento, geralmente a uma soa dá cm

O proprietário da terra, quer seja o próprio agnucultor do solo, quer seja pessoa diferente que o dá em arrendamento, se acha, diante da própria natureza da estrutura capi talista, em condições de ahsoi^ver a quase totalidade dessa

o se afirmar, não sem certa proce dência. que a classe de proprietários de terra constitui uma classe de cer to modo privilegiado, porque são pro prietários de um fator produtivo, cuja renda assume feição tôda espe cial. — Quando o beneficiário fôr o soma. Daí

próprio proprietário da terra explo rada, nenhum inconveniente advém disso, pois os frutos da exploração, de acordo com nosso regime jmádico de propriedade, pertencem, de direito, ao patrão, isto é, ao proprietário do fator produtivo. Mas, quando a ter

ra tiver cido dada em arrendamento ao agricultor, cabará ao explorador uma minguada parcela, a título de remuneração do seu trabalho, a qual mal dará para seu sustento O ensinamento doutrinário econô mico afirma quo se se tratar de fa tor produtivo específico, como tal de vendo ser considerado o fator abso lutamente indispensável no processo produtivo, — como o é a terra na agricultura —, e que não encontra sucedâneos ou substitutivos, e des de que ocorra tuna terceira condição simultaneamente, isto é. desde que a oferta do fator produtivo seja inelástica — estará o proprietário des se fator específico em condiçoes de a totalidade da renda, no caso em tela, a renda econômica da obsorver

Xn-azos longos, a um outrem (explo rador ou agricultor), hipótese em que a Gsse viltimo, ao explorador arren datário caberá apenas como renumeração da mão-de-obra não qualifi- terra.

surgem dificuldades trata cie discriminar a devida ao solo, considefator isolado no procesNo cMitanto, (piando se remuneração 1 rado como 3

SC meno

O aspecto de injustiça social que encontra enquistado nesse fenôda renda da ten-a, e que im-

pressionou grandemente todos os eco nomistas espeeialmente

Henry George, é que, apesar de a estrutura econômica capitalista ter dentro de si mesma essa peculia ridade de absorção total da renda econômica, pelo proprietário, obstante a terra estar sendo expl rada por outrem, a que só cabe minguada remuneração, a qual raras vezes tende até ção à vista já agora da clássicos, connao ouma não a sofrer redu. - redução do salano no campo de competição de

possibilidade de rende^^S-.; íiâo ob.stante, é a título de ten-a, mas isso quem menos recebe muneração re-

Isso porque — af

irmou David Ri cardo na obra citada - estabelece do confronto entre terras ou solo, de maior ou menor fertilidade ten-a de maior fertilidade dá áo sen proprietário o direito de apoderar-se de uma quantidade de bens produzi dos (integrante da colheita agrícoevidentemente, quantidade proporcionada pela ten de menor fertilidade. Mas 1-i excedente, la), da ■a ao atri

Tudo isso íuiali.sado om conjunto, é que levou (íeorge a afirmar, com inteira procedência, (jue há um pa radoxo, entre de um lado o ])rogresso ou enriquecimento de uma classe social, a do ))rojirietáiio da teiTa. e o empobrecimento paralelo <le ou tra classe, a do explüiadoj- ou cul tivador dü solo, pei’tencente trem, acompanhando o progresso de uns, p2-imcira classe citada, breeimento de outi-os, .segunda clas se citada.

Geoi‘ge ao seu iivro:

Misery”, ou, como pj\‘tcndem algun.s, "Progress and Poverty". a ouo empoDaí o título tiado por “i»rogress and

Com base jmsse raciocínio é que em seu citado livro propôs George, uma tributação única que absoi*vesso tütalmente a renda economica, no

●Sentido genuinamente ricardiano, is to é, a retribuição tio fator terra.

Ao lançarmos a jniljlico êste trabalho no sentido de estamos fazendo não fazer es nosso forços confusão entre o problema econômico da dis tribuição funcional (fatores produ tivos) na exploração da terra, está sendo objeto desta ® qual em sadio terreno científicoGconômico recomenda a adoção do salário problemas que análise, e mínimo agrícola, relativos à tributaçãoconsiequípaniento de capital capaz de propiciar um certo rendimento, o seu proprie tário utiliza sistematicamente como ponto-de-referência a renda produ zida pela terra de mais fertilidade, dentro de uma área territorial, ou mesmo dentro de uma nação, ou de um continente, — muito embora seja proprietário de uma ten-a de menor fertilidade. buir a remuneração da terra, derada isoladamente como , que estão sendo aqui referidos, nas e tão-sòmente cidental. com os apeem caráter in-

Isso não obstante, forçoso é re conhecer que na vida real ambas as facetas têm estado uma à outra, própria evolução histórica, tureza sempre ligadas como nô-lo i-evela a de naeconômica e financeira, através a doutrina dos fisiocratas,

através a teoria do impôsto único do Georíío, etc. Se. no entanto, se pretender no futnro Estatuto da Ter ra vincular a política tributária à econômica, ou mais restritamento, .à reforma acrária. — claro é que será indispensável, antes do mais, aten tar para a discriminação do imposto.s ostai^elecida em nossa Carta Ma«-iia e suas modificações posterio res, as quais atribuem competência tributária aos municípios para insti tuir e cobrar o imposto territorial, cpie sendo em nosso país um imposto nominativo, cujo fato g-erador é a simples propriedade do terreno, assu me feição acentuada de tributo lo cal, nrotivo por que, de acordo princípio da conveniência, com o

grado o Brasil contar com uma grande área territorial, ela muito se reduz, quando se tratar de averi guar em números positivos, qual a área efetivamente passível de ser cultivada. Dentro dessa última, se se pretender vincular uma política tributária à política agráida, há de se distinguir enti*e os terrenos que já estejam sendo efetivamente cul tivados, e os que, embora cultiváveis, ainda não estejam sendo lavra dos, com 0 fim de tributar mais pesadamente êsses últimos, e também, com 0 objetivo ainda aqui extra-fiscal, de acabar com os latifúndios, e implantar o sistema de minifúndio.

Com a adoção ou instituição do salário mínimo agrícola, o Estado possibilitaria a perfeita discrimina ção da remuneração devida a cada fator produtivo, na exploração da Com isso, teria dados para, terra. atim na discriminação de impostos, deve- ser atribuído como em reali¬ I dade acontece nos dias à entidade política menor.

que correm. através os ainda pai-cos elementos de estatística com que conta (entre êles o do imposto de renda devido pelos agricultores, e pago na base do lucro real), ficar conhecendo em conjunto a renda econômica de todos

experiência

Se se pretender, hoje ou manhã, seguindo as pegadas de Geoi-ge, al cançar, embora não a título de im posto único, já que a vem revelando que os impostos múl tiplos apresentam vantagens linico não poderia outorgai-, parte ou totalidade da renda econômica, impor-.se-ão outras medidas conseqüentes e acessórias, também de política tributária.

Claro ó que. com relação ao nosso país, não basta mencionar a extenou área territorial com

que o a sao

os agricultores do país, com o que ficaria possuindo elementos seguros para tributá-la, agora ou mais. tar de, parcial ou totalmente, seguindo a trilha de George, com os correti vos que a época moderna impôs e re comenda.

Já decorre quase um século desde que George apresentou a sua propos ta. As condições evoluiram na maio ria dos países civilizados, e, nos dias que correm seria aquinhoado e, nos dias que corz-em seria aquinhoado de tôlo quem acreditasse subsistirem elas. A citação está sendo feita, entanto, para o fim de pôr em re¬ nf) ta, pois dentro dessa ái’ea será sário selecionar os terrenos aráveis ou cultiváveis, deixando de lado inclu sive aquêles julgados adequados pelos seus proprietários ao cultivo ou cul tura, mas que, em realidade, não apresentem condições de serem cul tivados. Verifica-se então que, malque conneces-

lêvo (jue o Estado, ou melhor, qualquev govêrno, encontra interesse em adotar uma política econômica, ou mais vestritamente agrícola, ou salarial-agrícola, — tal fjue, a seme lhança do que já ocorre na explora ção

tadino. estará sujeito a constantes reajustamcntos. com c's cjuai.s se há de vij- gradual e suce.ssivamente.

ciai, permita ao govêrno atribuir, e, de conseqüência ficar conhecendo com relativa segurança, a remunera ção mínima devida ao trabalho dc homem no campo. A indetermínação apontada por George desaparecería. O trabalhador do campo teria o seu direito de remuneração mínima a.s.segurado. o que não deixaria gi-ande alcance social.

Qualquer reforma eqüivalente que de nature. a industrial ou comerde ter ngraria ou coisa se tente fa

J^osso pais, há de ter início de ‘ luçao, lário sopensamos, mínimo na adoção do para o satrabalh

XViSso modo dc pensar, pois. na matéria, coii.sisti* em dar prioridade prcbicma do salário mínimo ao explorador agrícola, — (pie é um problema de natureza estrutural, o, — .somente ao ajió.s re.soivido ela er eiT'

ador

affricola. E não se alegue impossível ao Estado federal atribuir que ('; ou ao govêrno um salário mmiino Hã de se com vistas operário d»; ao explorador do campo, recorrer, como já se fêz ao salário mínimo do fábrica ou do comércio. , u um crité¬ rio empírico, que, inicialmente pel menos, forçosaniente há de leeer confronto entre o estabe0 ganho do , verse-á o Estado livi’t* dos sobressaltos decon-ontes da luta, entre o prolirietário da terra, de um lado. explorador da terra, de outro, dos os outros e 0 To¬ proldemas se acham agricultor, de pequeno porte, autônomo, como tal devendo mas ser con siderado 0 que exerce a explora ção, com terra de que é proprietário, e não arrendada, com capital pró prio, embora diminuto, e fornecend a mão-de-obra, em sua dupla feiçã de trabalho de direção ou inicia tiva (trabalho qualificado), de um lado, e trabalho não qualificado, do outro. Claro é que êsse salário mí nimo, tanto quanto vem ocorrendo com 0 salário mínimo do operário ci0 o, , sem sombra de dúvida, subordinados a essa questão fundamental. 0 desenvolvimento da técnica pecuária, que, eni termos econôm’CJS não passa disso, mento da técnica Assim, agroisto é, closenvolviagropecuária, com conseqüente aumento de produ ção e provavelmente do )>rò(lutivida— mas ao qual os políticos partidos poderão dar o pom poso nome de “reforma agrária” ou de, ou

atingindo um grau do inaioi' jus tiça. A <Jifcn-nva na consolidação cie um e (Jiitro sahirios não pre cisa scM' discipLilo dc Xo-tradamus ];aia fazei’ a assertiva residirá apeiias no lapso dc tcinpo, durante o qual as coisa.s retomará ● um ritmo Cí2 redativo C(|uilibrio, — o (pial, não 0 temerário supoi-, serão bom menor exig^ido no .setor do opcà vista da oxpc*ri.'n ia malç radt) as p.-culiarimas lovan so!) o .ãii(●'●onômioo-ciontínão muda de local, pi’ol)lema de j):)eronomica distributiva fimdo (|ue o rário url»;uuj, já athjuirida. dades da agricultura, do em coMl.i 1aiiil)’‘in que guio csti'ilam(‘iilc CO, o protileina continua sendo um lílica cional,

mesmo de ‘‘Estatuto cia Terra”. ó um asi)ocLo apenas da produção agrícola ou ser a «jualquer momento, pôsto em ciesonvolvi mento pelo govêrno, mas que não virá. não nos iludamos a respeito, resolver o inoblema social angustiante, decorrente da falta de determinação de imia remuneração minima ao traballtador do campo, só solueionãvel com a adoção do salálio mínimo. ropecuaria, cjue poae

isto é, a oferta da terra, se torna, perante tal agricultor, absolutamente inelástica, não poderá, êle pensar em arrendar outra terra. Tem en tão o proprietário o poder de absor ver totalmente a renda econômica.

Tal circunstância, fica aqui repetido, é atuante em regime econômico ca pitalista. e nenlium govêrno nela poderá influir.

A concessão de terras, antes de sai>ropriadas pelo Estado, aos agri viria, sem sombra de dú vida, estabelecer livre e ampla con- j cultores. corrência entre o solo explorado i pelo próprio proprietário, de um la- ' do, e a terra exploi’ada pelo agri- j cultor não proprietário, Mas a adoção dessa política, sem a preliminar concessão de salário mí nimo agrícola, como ao qne parece está se pretendendo fater aqui no cruciante de outro.

Brasil

E velha, e temos nós lembrança dc fiue nosso saudoso professor Sinich. ao dar aulas do Economia Po lítica, na Faculdade de Direito de ]'órlo Alegre, há mais do trinta anos. n consignava em sou ‘‘Programa de lOcononiia Social”, a afirmativa de (jue, em nosso ambiente econômico, agricultor iiuo não dispõe de ital-dinlieiro torna-so não raras ve zes um joguete nas mãos do comer ciante a (lucni recorrer para efeito financiamento do sua safra, de tal maneira, que, por ocasião de ser estu eoDuda, ele estará endividado junto a êsse comerciante, cm tal nionta (luo será obrigado a entrequase totalidade da colheita pagamento. Decorridos trinta malgrado os empréstimos ca- o 1> dc gar a cm anos c , longe de minorar problema social, viria provavelmente agravá-lo, isso porque o explorador da terra passaria, mntatis muland.s, 1 a ocupar o lugar privilipado com j quo conta o atual proprietário \ terra, e surgiria nova luta social, já agora entre o agricultor não pioprietário, beneficiado então com n reforma”, e aquele que, sendo seu representante ou figurando como ^ ele interposta na expio- J efetivamente a ’ 0 pessoa por ração do solo concedidos pelo Banco do Brasil, através sua carteira agrícola, o panoiama não parece ter sofrido al teração de monta. Essa circunstânagrava o problema, em nosso Isso- porque sempre que o cia pais. , viesse efetivar o processo de cultura ou , exploração. Assim agindo, no tanto, o govêrno estaria deslocando ^ 0 problema, excluindo da cena o * proprietário da terra, e incluindo no j cenário um novo elemento a ser ex- , piorado econôniicanieiite, a pessoa * interposta que afetivamente venha a cultivar ou explorar a terra, em noen- ' agricultor estiver vinculado por motivo.s financeiros ao proprietário do terreno que está explorando, surge então a terceira condição para que a terra passe a ser considerada eni realidade fator produtivo específico,

pormenor, e chegar-se-á à conclusão fatal de que a complexa questão há de ser resolvida com a preliminai instituição do salário mínimo na

conta e responsabilidade cançarâo os atuais a^rifultores, não proprietários de tcura. Primeiro, ao receberem om doação, ou conces são ou mesmo arr<‘ndaTiu*nto mais barato, a torra. Scítuiuío, ao i)assarem de ex])lorados a exi)h>radores. «t vista do que acaiai de ser dito. Bem compreensível e tiue a regu me e por tio a&x-icultor beneficiado com a doaconcessão de exploraPense-se bem nésscção, cessão ou da terra. çao

lamentação. esiíecialmente dos as pectos jurídicos relativos ã proprie dade da te)'ra, de cujo monopólio o Estado poderá passar a gozar, .'i vista a rofonua, - - c referentes, de outi'o lado, à i)i‘ópria modalidade de exploração da tei l a, jíelo beneficia do, ])odeião minorar os efeitos do gôzo tlêsse duj>Io piávilégio. Mas em assunto tão delicíido serão pos síveis distorções e fal.seaniento de conceitos em qualíjuer etaiia om qiic agiácultura.

Ko dia em que o Estado ou vêrno, sem pondei*ar bem qüências de seu gesto, conceder doar terras ao atual agricultor proprietário, para serem por óle tívadas, passará o agricultor, sição que mantém atualmente de poliado (pelo proprietário da para a pessoa o da ter situação de ospoliador por êle interpostaj da goas consoou nao cul-])()esra), soa que passar efetivament vrar ou cultivar a terra, governo, com a medida cenário do excluíd (da pese a la ● Terá o jiroblema esteja sondo discutido e ventilado, e o governo está na obri gação do cvitá-Ios a todo o transe, a fim do evitar do privilégio do a outra. — O certo. o o mor(j "endosso uma cla.sso social Í4 if j)üis, e que sem li o do angustiante problema propnetano de terra, que perderá s,tuaçao pr.v,Iegiada que sempre te ye e contmua tendo. Mas enáossa^ esse pnvileg.0 ao atual agriculto ■ que passara então a novo dono ten-a, e sem dúvida não irá os privilégios que essa lhe outorga.

a I CUl recusar nova posição Duplo benefício al instituir o salário mínimo para o ope rário da indústria agrícola, tão de luta entre classes, de roza social, das as demais a quesnatue (lue sobreleva a toper.sistirá.

Este não é um Ford

...mas êste é. Por quê?

Simplesmente, porque ao primeiro falta o “ok” final do Departamento de Controle de Qualidade 4 da Ford. E ésse controle ê um processo complexo, que começa na fundição, continua na fábrica .j de motores o, depois, com a superexigente e criteriosa inspeção de peças (adquiridas de forne- ● cedoros). Passa, então, sob controle constante, pela linha de pintura e montagem, de onde são retirados veículos para o teste de campo — 250 km seguidos, na Serra do Mar, sob rigoroso controle de aparelhos científicos. Por fim, conclui-se o processo na pista de testes da fábrica, com o exame final de todo o caminhão. É o momento em que o veículo aprovado, recebe seu “documento de identidade Agora já é mais um Ford, pronto a honrar a tradição de qualidade e eficiência dos produtos da Ford Motor do Brasil S.A. *KOBUTO M FMD UOlON 60 «USO. S k. 45 ANOS CRESCENDO COM O BRA8II. rihliti

café algodão amendoim soja babaçu

primas br^úi^fiira^ adqúirídas i^;iÍncíúVf.(lá!l2adàa « seus prl^p^^díatflbüídos no$ internos e OKtornòSf-ppfm

o amanha

está reservado deci didamente Brasil a o

E a participação do Grupo Brasmotor, nesse trabalho de transformá-lo tência do futuro, tem sido dos atuantes com a preocupação de oferecer o melhor e o mais atual para um padrão de vida mais elevado do povo de nossa terra. na pomais

PRAÇA DA REPUBLICA, 309
AUOU3TA EBQ. OA PAULI3TA. e, EM OANTO ANOHC. Ru. Stfl.dor C8
09 CORíUNTO NACIONAl

nova e moderna fase da tradicional série BRASILIANA

IVAN LINS

HISTÓRIA DO POSITIVISMO NO BRASIL

n ...obra substancial, oltamente informativa, que vem preencher grave lacuna que prejudicava sobremodo o estudo judicioso da formação política e social

/ / do nosso povo.

A. J. LACOMBE

.tÇ>bVcÜ prèparada

SO(X|MOADE DE ESTUPÔS HISTÓRICOS p. PEpRÓ, II , y

●QD OI CiUCpiclOg do ' ' ■ ■i>* ' 1

Volumo com 672 póginos

Cr$ 4.000,00 EM TÒDAS AS LIVRARIAS

aceitamoi pedidot pelo reembêlio pottal

Edição da COMPANHIA EDITORA NACIONAL

Coixo Poílol 7032 - Sõo Paulo A

uiiivdoiuaue pur vurresponoencia.

Digcsto Economico , a excelente revista sob os auspícios da Asso ciação Comercial e da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, já consagrada em nosso meio cultural por 21 anos de atividade, é magnífica fonte do informações sobre os problemas básicos da civilização moderna quo estuda, quer em profundidade, analisando-os; quer em extensão, apre ciando-os jia síntese de suas mútuas relações de interdependência, dessa visão panoramica, os assuntos de especial interesse para o Brasil c os grandes empr^ndimentos nacionais ali são estudados com particular cui dado, com espirito publjco e imparcialidade, visando, primordialmente, altos interesses da Naçao. <1

Dentro os

Cada questão e sempre tratada por um colaborador de reconhecida autoridade e expeiiencia, que apresenta a matéria objetivaniente, versando teoria e demonstrando sua concordância com as observações da realidade. Os mais variados assuntos, tanto de natureza econômica — conforme o título e a índole da revista —● como afins, de caráter financeiro, gover namental ou político, são estudados de modo a dar, aos responsáveis pela administração pública ou das grandes empresas particulares, uma inforniaçúo exata e uma orientação segura, suntos, de natureza mais geral, como os atinentes às atividades científicas, à tecnologia,^ a geografia humana, à sociologia, às relações internacionais, á nossa historia, a biografia de nossos grandes homens e à cultura geral, conio componentes da imensa síntese que constitue a civilização moderna.

Digesto Economico proporciona, assim, em cada número, como que lições do um curso de extensão universitária sôbre os problemas e acon tecimentos de maior importância no momento, estudados com a extensão e profundidade necessárias à sua plena apreensão; com a clareza e exatidão próprias à observação real dos fatos e com a segura e criteriosa orientação dos respectivos autores, selecionados pela direção da revista atendendo a rigorosos padrões de competência e idoneidade, assim como aos princípios de espírito público e de patriotismo que são o apanágio da magnífica publicação. 41

Seja-nos permitido, pois ao concluirmos esta breve apreciação, apre sentarmos a Antonio Gontijo de Carvalho, diretor desta excelente publi cação, a nossa hoinenag*em de admiração por esta realização — uma das “obras-primas” de sua vida e expressão de sua brilhante inteligência e da opulência de sua aprimorada cultura — que representa notável contribui ção para o progresso econômico do país, e para o enriquecimento cultural do nosso meio social. 4

“Digesto Econômico”, em sua missão de documentai-, transmitir e fa zer progredir o saber, nos vários domínios dos conhecimentos e das ativi dades humanas, no quadro da moderna civilização, desempenha, assim, efe tivamente, uma função complementar das nossas Universidades, sob uma forma atraente e útil, de interesse geral, que podemos considerar como constituindo uma verdadeira “Universidade por Correspondência”, pela sua contribuição sistemática de promover a difusão dc importantes ensinamentos para a formação cultural e a informação utilitária de seus leitores.

São também versados outros as- I I

Antônio Carlos Cardoso Professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. jíà

Sucursal do Est. da Guanabara: \

: R. da Assembléia, 83 ucursal de São Paulo: Rua 3 de Dezembro, 40 <

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.