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DIGESTO
GCONOMICO SOB OS luspícios Dl ASSOCIAÇÍO COMERCIAL DE SAO PAULO E DD FEDERAÇÃO DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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•
S. Paulo
sumario Pág.
Regulamentação do Direito de Greve — Redação
O Café e o A.lgodão na Economia Brasileira — Frederico Pimentel Gomes 23y/ Ford e a Fordlãndia — Matias Arrudao Organização do Sistema Bancário Brasileiro — Orlando Almeida Prado -
y .
Os Preços do Café — Secretaria Técnica do Instituto de Economia da ACSP 39^/'
p itda.
A Pordlandia e a '*Hévea Brasiliensis*' — Amando IMendes O Jornalismo na Literatura Brasileira — Ruy Bloem
52 /
fl'"^
Píova Frota para o Lloyd Brasileiro — Comodoro E. E, Brady Jr
69 /
predisposição aos Acidentes — João Carvalhaes
74 .
fjauf® .
CO"
Racionalização Industrial — J. P. Coeli
■
A\ /
^
pesquisa e Análise de Mercado — Luís Mayer
^ Arine Xurgot, Estadista e Fisiocrata — S- Harcourt-Rivíngton Rstamos na Era Atômica — "Vinícius da Veiga
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perfumes e Cosméticos — Redação
86
panorama Econômico — Redação
92
p" N ® 16 — MARÇO DE 1946 — ANO 11
y
DIGESTO ECOIVO^MICO Aparecendo no primeiro sábado de cada mês, o OKilCSTO ECONIÓMICO, publicado pela Editora Comercial Ltda., sob os auspícios
r
EraprêsaS^S
da Associação Comercia! de São Paulo e da Federação do Comercio do Estado de São Paulo, procura ser útil e preciso nas informações,
correto e sóbrio nos comentários, cômodo e elegante na apresentação,
dando aos seus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.
de Transportes Urgeofes Ltda.
Revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Pau
lo e os maiores do Brasil, tem por isso mesmo ampla divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos principais países sul-ame
•'«•MM
ricanos.
Para publicidade os interessados poderão dirigir-se às Agencias de Publicidade ou diretamente ao D-epartamento de Publicidade da Editora Comercial Ltda. (Viaduto Boa Vista, 67 7." — Tcl. 3-7499). Distribuidores no Brasil:
DISTRIBUIDORA EDITORIAL BRASILEIRA LTDA. Avenida Graça Aranha, 81 — 12.° andar — RÍo de Janeiro. Representantes na República Argentina:
INTER-PRENSA — Florida 229 — Buenos Aires — Argentina.
Mt 1— o •«•«•«»»
•KAMM ••
Firmas que anunciam neste número: A Servlçal, Ltda.
Anglo Mexlcan
Petroleum
Co
Ltda.
Banco do Est; de São Paulo, S.A.
cal Contábil "Lux"
F. K. de Aqiiino & Cia., Ltda.
Bates Valve Bag Corp, of Brazll
Fábrica Aliança do Artefatos de
Brasileira Fornecedora Escolar,
Fábrica 'do Cofres "ünlco", LtJa.
S. A.
Caixa Econômica Federal de São Paulo
Casas Pcnambucanas Cia. Antártica Paulista
Cia. Cervejaria Brahma, S. A. Cia, do Cigarros Souza Cruz Cia. Mecânica Importadora do São Paulo
Co.
mérclo e Indústria Cia. Telefônica Brasileira
"Cipanal" — Comercial Informndora Pan.Americana, Ltda.
Comissária
SÃO PAULO
RIO.DE.JANEIRO
Rua Ouvidor, 2 (Êsq. José
RucMorcílío Dias, 12
Nncir/nal de Despn.
chos, Ltda.
Comp. Nacional de Ferro Puro Conip. Paulista de Seguros Comp. Seguradora Brasileira Concentrai, S. A.
Cortume Franco-Brasileiro
EmprÔsa S. E. S. de Transportes Urgentes, Ltda.
Escritório Comercial Hugo Abreu
BELO HORIZONTE -Roa
Espírílo Bsnto,24l TiliTon» 2-1486
Metais
e
C fi M P 1 N D S
Bonifácio com Libero Bodarõ]
e
Fracalanza
Telefones 2.8S6ó e 2-Ó6Ó1
General Motora do Brasil, S. A.
Telefone» £3-0797•33-0337
'fiíBEIfiao PRETO •
L. Figueiredo, S. A.
Casa Los Angeles
Cia. Nacional de Anillnas,
ESCRITÓRIOS CENTRAIS:
Escritório Técnico Jurídico
Luiz J-'. Braga «& Filhos
Silo lUURENCO
Idcx, Ltda. Irmãos Dei Guerra, Coniérclo o Indústria, .S. A.
N I 7 t B Ú t
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Irmãos Dl Glorglo
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Imobiliária Construtora America na, Ltda.
CBMPOS - ViTÚRIll e
Imcbiliárla Lacerda Soares, Ltda. Livraria Francisco
Metalúrgica
JUIZ DE rORD
Alvos
Abraino
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Eborle,
POÇOS DE CSlOfiS
Ltda.
e
Metalúrgica Matarnzzo, S. A. Móveis do Aço Fiel, Ltda. Oswaldo
Campos de JorE'âo •
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Panambra, S. A.
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Prudência Capitalização S. A. Fábricas "Orlon"
S. Magalhães «fc Cia., Ltda. Serras Vasone, S. A. Sllimax, Ltda. Sulacap Westingli calse
de domicilio a domicilio
i
Rua
Marllm Afonso, 42 Telefons 7370
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WESTINGHOUSE
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ELOCTRIC IWTEKIV/\TIOi\AL CO.
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EOIIP/IMK^TOS EIITHICOS EM GERIL P/lR/l I^DISTREIS, EM
VÃO LONGE OS tempos da China antiga dos
PRESAS DE ELETRICIDADE E estradas de ferro. OAIDIS ELÉTRICOS "VVESTRAM".
mandarins, emqueasfortunQsacorriam sem
pre aos mesmos tesouros, aumentando o poderio
. dos seus possuidores. O dinheiro ,corria para os grandes senhores, como os rios correm para o mar:
o capital era privilégio de alguns, porque se des conhecia acapitalização. Hoje, qualquer cidadão pode ter garantido o seu futuro e o de sua fa mília, graças aos modernos métodos de capita
[Jf
MEW lORK, l. S. A.
lização. Um pequeno depósito mensal, por meio
de um dos planos da Prudência Capitalização, assegura fi nanças tão folgadas quanto se desejem criar, peça prospectos ou a presença de um agente.
REPRESENTAIVrES:
"COBRAZIL" - CIA. OE MI\ERAÇÍO E METALIRGIA DRAZIL
PRiiCU CMTALIZiÇiO COMPANHIA GENUINAMENTE NACIONAL PAI^ FAVORECER A ECONOMIA
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TEL, 4-5136 - RUA MARCOIVI !\l.° 87, 7» E 8» AND. SAO PAULO
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Que faria, o sealior com
cmco METROS CtniCOV OE «ElIlEIRlt
^ nosíUíscRadm? Alguns metros cúbicos do madeira podem ser um tremendo
Impocilho — ou um inestimável auxdio píirn o bom desempenho
do seu escritório Tndo depende do que se favn com Cios E a arte do transformar a maiieiru num máximo de utilidade 6 o
quo nos em-inaram at) anos do trabalho progio si-ta O muito quo aprondemos so comprova nos Móveis l raFlleliu Padroni zados — onde cada delii'lio vis.i rendimento útil. solidez o
estética Nào deixe de couhecO-los; peça nosso catálogo grátis. DETALHES:
J - Vm gavefSo, com divisão removível • 2 • Umo govato cenfrol, com div/sôes fixos, outros removíveis • 3 - Quotro gavetos com divisões de encaixe • 4 • laferois das gavetas, mathelados: máxima fírmezo • 5 • Compensados super.comprimidos, com cola de aviação • ó • Sapalas de metal nos pés • 7 - Chapinha de metot iden./fícodoro
m
i
Êle nSo quer conversa.. Na hora do -seu" Brahma
Chopp. larga tudoI Parece fervor superficial.
Mas,
longe disso. Há razões_~e quantas!^ para esses encantos. SSo as mesmas que criaram milhões de
admiradores. De fato, Brahma Chopp fascina por que é super-deliciosa 1 Tudo devido à rigorosa seleção dos ingredientes pois, para criar esta fabulosa cer
veja, só slo adotados purissimo fermento, vigoroso malte e aromático lúpulo. Gostosa e saudável,Brahma
Chopp tem títulos reais para ser consagrada em todo o Brasil pela preferência de tão fervorosos consumidore-s
PIODUTO o* Cl*. CeiVOARt* MAHMA tOCIEDÁOC ANÔNIMA ÍBASIUÉIBA- «IO DE JANEIRO • SAO >AUlO« CURITU*
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Avenida Sfo. Marina, 780 — Telefone 5-9148 — ^guo Bronco — SSo Poulo Ruo Evaristo do Veigo, ló — Telefone 22-0180 • 7.o andar — Rio de Janeiro
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67r*?í
taüwW®®
\
M. OMOH Qualquer que seja o nosso ar tefato, desde o mais simples .bico ou chupeta. até os mais varia
à
dos objetos domésticos e dentíficos ou peças industriais, fabricamos a
maior variedade do país. e empregando sempre o melhor processo técnico de fabncaçâo e garantindo uma qualidade única, homogênea invariável - a qualidade mais alta
BAIXELAS TALHERES o M4lt 4ir0 P4B*iO 01
fxc(i/NCM m 4«r(Mros 01 tOIbUCM
PANAM — Csu d« Amigos
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1
L. FIGUEIREDO
S.
A.
(Armazéns Gerais - Despachos - llopresoiitaçôes)
Capital: Cr$ 15.000.000,00 Fandada em 1003
TRUE DEVELOPMENT CORR EXPORTADORES
PRODUTOS DE FERRO E AÇO
comissários de despachos AGENTES DE VALORES AGENTES DE SEGUROS ARMAZÉNS GERAIS REPRENSAGEM DE ALGODAO
CHAPAS — FOLHAS DE FIANDRES - FERRO 6 AÇO EM BARRAS ARAMES — FERRO ARCO — FITAS — TIRA . — AÇO ÇARBONO
MilTR IZ:
AÇO COM LIGA — AÇO INOXIDÁVEL — MATERIAIS PARA ESTRADAS DE FERRO _ FERRAGENS — FERRAMENTAS —ALPACA —ALLIMÍNIO.etc.
SAO PAULO
PRODUTOS QUÍMICOS, PARA FINS INDUSTRIAIS • ANILINAS
Rua José Boniíácio, 209 - 6." e 7." andares Caixa postal 14Ü7
Únicos Distribuidores no Brasil:
FILIillS:
PANAMBRA S.A. Ciiiiila! Sficial: Cf.S 4.0110.0011.0(1
MATRIZ: SÃO PAULO - Ruo Libero Bodoró, 158 — 9 <• - Tel'. 4-8103 — (Rodo Inlerna} Filloit;'
JANEISO — Avenida Rio Bronco, 3il
lelofono^ 23-I750 — (Rode interno)
I PORTO ALEGRE — Ruo Goriboldi, 298 — Tdeíone; 9-)002
Represenlonfe» I' ^^^RIZONTE: R. S. KOEPPEL. Ruo Rio de Janeiro, 324, t. 324, ^Grovri C P 324 em tod ot o> d odov do
SANTOS
PORTO ALEGRE
Rua General Gamara 168/170
Rua dos Andradas 1646
Caixa postal 13
Caixa postai 1066
Edilício CRUZEIRO DO SUL
i
SALVADOR (Bahia] DEPARTAMEMTQ ÍÍCHiCO com ESCRilÚRIO de ENGENHARIA
Avenida
• Tornos, Tornos Revolvers • Fretas • Plalnas
• Motores, monolásUos e triíásicos « Chaves
• furadeiras «eroqueadeifas • Retificas • Serras
automáticas e de alta tensáo • Máquinas para
. Prensas e Tesouras • HWUIHS pm HMflIUS. e».
soldar, elétricas • Eletrodos de todos os tipos
nfiRUHLKIflS - fl CESSÚRIOS, tTC. • Acessórios para solda elétrica • Geradores Sroco*. Míchos, Sorras, Proid*, furodoiroí a mào, TorrocKoi outoiióhcos, Colibros» MiCfômoIroi.
• Transformadores • Material isolanie, etc. etc.
M\QLIN\S I:M CLCHAL • INSTALAÇÜlSS COAIfl^UTAb P tAS M ü T O lí E S D I E S E L, TRATORES, oic. üuxsvLrm o liscmõnw nmrA) üa r/i)V/iAíü/};i .v. ^
=1!
da
França
Edilício «' CORRÊA RIBEIRO », 3.®
Secâo — Máqu i nas Seção — Eletricidade
Caixa postal 793 A S S O C I A D A S
L. Figueiredo [Riu] S/A
L. Figueiredo [Reci'e] S/A
Av. Rio Branco 66 74 - 2.^
Rua do Bom Jesús 160 Caixa piistal 671
Caixa postai 14ô9 Rio lie Janeiro
Reciíe
L. Figueiredo [Rio] S/A Rua São Lourenço 56
L. Figueiredo [Rio] S/A
Niterói
Belo Horizonte
Rua Carijns 468 - l.®
L
1
L. FIGUEIREDO
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4
AO da mot* alfa qualldada,a CIA. MCCHANiCA C IMPORTADORA DE SÂO PAULO^ oitd fabrl-
(onde «m quolquer bitola nos «asuinio» tlpoti
WICO
"BRAC" — Poro contttucãai, na> aaoaeil-co;6ai olieloii do I.P.T. E9.3-37CA — Ee.3-S0CA. a na atpacilKocãe
... a última
ASTM-A-llO.» (Hard Grada)
"8RAP' — Pota larremantoi «em faôr da eorbono vorlondo da 0.55% o 1.95%. cara 'obricocôo d» meritioi. mordaniai da lar-
no», molrjta». tarro», laiouro». aalampai, corro Irro», lomino da la-
palavra em MAGNETO!
1», íorirvAff, lollrodolroí rnanuüi», Farromanloi poro corro da covrOi. p«r(irrotrii»> olicoidai». frato». ouncôa». broco», f»rromar«to» pato .
corlor papal, atlaro», norolKoi. Intlrunantot da cirurgro. colibrai. buri» ■ limo».
"BRAG" — Poro larromenlot ogricolo». corri o laôr da cofbona 0,15% o 1,10%, acra labrIcocAo da anvodoi, rodo», Po», oivaeot, ditcot do orado, pleoratoi. cliiboncat, allongaa. machodair locdn, loicas, etc '"BRAM" — Poro (In» maeònleo», datda o itpa arfro doca ao
Desde OS mototores usados em fazendas aos mais possantes moto res de lancho, WICO é o magneto
duro, roríondo o taPr do eorbono da 0.06% O 0,65% aipaclors poro íobficocdo do
poFoíuios* orotnat*
porcoi#
de tFonfmlbCão, crigronogaf^t. ol*oi pofo eit/odoi da far» ro, ut«niil(os poro contrrvçdo da «nápuinoc.
''8RAS" — Po/o íobricocde de moloi am o^rot, com o fa6r da CQ'b^o vOTiando do o ^.0596 com tadr da ilUcIo ofA
escolhido para a garantia de um funcionamento perfeito. WICO...
0.5%. (0,50%). Ecpacip] poro mofot olieoidah o foUot da*mole» poro veicvioi am garol. eiirodot da íarro» mobiMo», cgmos» colcliAai. o mâquinoi am garol.'
a última palavra em MAGNETO!
Altfm aa •xp»rl<n<lo adquirida am longsl ano» da trabalho «Io rigor qwo dffpon>amM no fobrlce^Oo do» noioet produ* lo*r gmco» oe qu« tvmo» mor«eldo o confÍon<o o a profer^n» cia dOb nocioc Jnumopob cllontac, o» e<o» da noifo fobrJca<6 •de coMfolodoc por ròenicof aipaclolliedoip O que vem paran* ALTA QUAUDAOlI
os HOSSQS PRODUTOS SAü TECNICRMENTE PERFEITOS
DISTRIBUIDORES Podidos dirotamonfe o
lUIZ f. BRncn & fILHOS RUA EVARISTO DA VEIGA, 83-6
SAO PAULO — RUA FLORENCIO DE ABREU. 210 — TELEFONE 2-7)B5 RIO DE JANEIRO - RUA MAYRINK VEIGA, 28 — LOJA — TELEFONE 23-1655
STOP-.LB.2
—
RIO DE JANEIRO
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RIO DE JANEIRO
rÂ_. DE CIGARROS
/uik^
Agora» com a liberação dos combustíveis» chegou o momento em que V. S. pode fazer livremente
os seus planos» afim de aproveitar, do melhor modo possível, todas as oportunidades que surgirem. Em cada indústria qué emprega caldèiras a vapor e for nos, é conveniente estudar com o maior cuidado a questão do combustível apropriado» afim de assegu rar a maior eficiência e economia.
Com tantos
antfs de experiência e pesquisas científicas, SHELL dispõe de todos os recursos para ajudar V. S. na solução de seus problemas e convida-o a consultar o Departamento de Serviços Técnicos SHELL. Prodatoa do Petróloo
SHELL
Shell
ANGLO-MEXICAN PETBOI-EUM COMPANÜ ITD. Pfaça 15 de Novembro, n.» 10 - Rio
Filial de São Paulo - Rua Alegria, 300
L.oja, vendas a varejo - «losé Bonifácio, 301t
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dODipaniiíã Panlístã de Sepm k MAIS ANTiaA COMPANHIA DE SEGUROS DE SAo PAULO, FUNDADA EM 190S Indispensável
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COM OS EDITORES IrmSos bí Giórgiò & Cia. Rua do Lovradío, 114 e 1." de MarçO/ 2 — Rio de Janeiro Envie-me pelo reembolso postal o livro
Sede; SAO PAULO - R. Libero Badaró, 158 - TeL 4-4151
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DI6ESTQ ECONOMICO
DICESTO
O MUNDO OOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
ECONOMICO
Publicado lob os auspícios da
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO • do
FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO
O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
DD ESTADO DE SÃO PAULO
i DIrotor-SuporIntendent*: RUy FONSECA
OaDigCStO EííOI
Ano 11
Sao Paulo - l^lar^to cie 1940
16
WO
DIroforott
RUy 6LOEM
RUI NOGUEIRA MARTINS
publicará no
17
Regulamentação do direito de greve
Gorent*]
W. A. OaSllva
O DIQESTO ECONÔMICO, ôrgAo de inforxzutcCet econdmicai e fixuoceirM,
d« propriedade da Bditdra Comercial Ltda., é publicado no primeiro eébado de ceda mCa.
'.'PANORAMA ECONÔMICO DA AMA ZÔNIA" — Pimentel Gomes
"UMA INCURSÃO PELO MUNIX DOS COLECIONADORES DE SK
mencionedM, nem pelos conceitos emiti doa em artíKos assinados.
Na transcrição de artisos pede-ae citar
o nome do OIGESTO ECONÔMICO.
Aceita-ae intercâmbio c/ publicaçSea congtoerea nacionais c eatrangeiraa. Número do mCa: Cr$ 3,oo Atrasado: . . . Cr$ 5,C0
"A AMAZÔNIA - SEU PRESENTE
SEU FUTURO" - Êrico R. Nobre "UMA NOVA POLÍTICA DE CONS TRUÇÃO" — José Wamberto "NOVA FASE POLÍTICA DO BRA SIL" — Vinícius da Veiga
"O ESPÍRITO
DO
Digesto Econômico (ano) Cr$ 30,00
HEMISFÉRIO
OCIDENTAL" - Harry W. Fnmtl "ORGANIZAÇÃO BANCARIA" - Or lando" Almeida Prado
ASSINATUfiASi
todo o pais. Em São Paulo, são recentes os
que se verificaram entre os trabalhadores da
Light and Power e entre os bancários, os últi mos, aliás, articulados com colegas de outros Estados. No momento de redigirmos êste co
LOS" — Redação A dlrecSo n&o ae responubiliza pelos dadM cujaa fontes estejam devidamente
llíoviMENTOS grevistas estalam e pipocam por
mentário, continuam em parede, declarada há dias cêrca de cem mil operários da indústria
de fiação e tecelagem e empregados nas emprêsas de ônibus. Sabe-se, igualmente, de ati tude idêntica da parte dos metalúrgicos. Do sul, chegam-nos também notícias pou
co tranquilizadoras. Porto Alegre, por exem plo — dizem-no os telegramas - se acha sem fornecimento de luz e de energia. A origem dêsse estado de coisas? Não é outra senão a
greve dos mineiros de São Jerónimo e Bufiá, iniciada a 29 de janeiro. Como a usina gera
dora de energia para aquela cidade é do tipo termoelétrico, e esta se viu desabastecida de carvão mineral, teve de racionar o forneci
Em conjunto com o B le>
mento de fôrça, limitando-o apenas às neces
tím Semanal da Associação
sidades essenciais, tais corno serviços públicos,
Comercial da São Paulo Ano
. .
Semestre
Cr$ 130.00
Cr$ 70,00
PadoçOo a Admlnlsfroçôot
entreposto de leite, hospitais, etc. As grcvc.^, ou os dissídios coletivos, que também SO alastram, são indícios veementes do
quo o organismo econômico do pais eslá Cll-
fermo. Como a febre na paloloaia humana,
VIADUTO BOA VISTA, 67.7.- ANDAR
trazem êles à superfície um mal estar ttkiís
TÉU Í-74P9. CAIXA POSTAL, S40.8
profundo, que urge combater noy mtí focos do infecção. Ao assumir as suas funções na
SAO PAULO
pasta da Fazenda, o ministru Custão Vidigal
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DICESTO
O MUNDO OOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
ECONOMICO
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ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO • do
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Sao Paulo - l^lar^to cie 1940
16
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DIroforott
RUy 6LOEM
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Gorent*]
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O DIQESTO ECONÔMICO, ôrgAo de inforxzutcCet econdmicai e fixuoceirM,
d« propriedade da Bditdra Comercial Ltda., é publicado no primeiro eébado de ceda mCa.
'.'PANORAMA ECONÔMICO DA AMA ZÔNIA" — Pimentel Gomes
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SEU FUTURO" - Êrico R. Nobre "UMA NOVA POLÍTICA DE CONS TRUÇÃO" — José Wamberto "NOVA FASE POLÍTICA DO BRA SIL" — Vinícius da Veiga
"O ESPÍRITO
DO
Digesto Econômico (ano) Cr$ 30,00
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todo o pais. Em São Paulo, são recentes os
que se verificaram entre os trabalhadores da
Light and Power e entre os bancários, os últi mos, aliás, articulados com colegas de outros Estados. No momento de redigirmos êste co
LOS" — Redação A dlrecSo n&o ae responubiliza pelos dadM cujaa fontes estejam devidamente
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mentário, continuam em parede, declarada há dias cêrca de cem mil operários da indústria
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co tranquilizadoras. Porto Alegre, por exem plo — dizem-no os telegramas - se acha sem fornecimento de luz e de energia. A origem dêsse estado de coisas? Não é outra senão a
greve dos mineiros de São Jerónimo e Bufiá, iniciada a 29 de janeiro. Como a usina gera
dora de energia para aquela cidade é do tipo termoelétrico, e esta se viu desabastecida de carvão mineral, teve de racionar o forneci
Em conjunto com o B le>
mento de fôrça, limitando-o apenas às neces
tím Semanal da Associação
sidades essenciais, tais corno serviços públicos,
Comercial da São Paulo Ano
. .
Semestre
Cr$ 130.00
Cr$ 70,00
PadoçOo a Admlnlsfroçôot
entreposto de leite, hospitais, etc. As grcvc.^, ou os dissídios coletivos, que também SO alastram, são indícios veementes do
quo o organismo econômico do pais eslá Cll-
fermo. Como a febre na paloloaia humana,
VIADUTO BOA VISTA, 67.7.- ANDAR
trazem êles à superfície um mal estar ttkiís
TÉU Í-74P9. CAIXA POSTAL, S40.8
profundo, que urge combater noy mtí focos do infecção. Ao assumir as suas funções na
SAO PAULO
pasta da Fazenda, o ministru Custão Vidigal
'm
wr
O (:\i É i o
não alimentava ilusões a êste respeito. Homem prático, acostumado a ir diretalente à causa dos fenômenos, viu 7ogo a necessidade de um saneamento da moeda de limitação de gastos, de eliminação de obras suntuárias e de fomento à produção nacional.
ECOi\OMI/V
UR/VSILEIRil
Realmente, apenas por estas vias racionais poderemos romper o círculo vicioso
da crise em que nog debatemos, representado por um crescente encarecimento do custo de vida, que os aumentos sucessivos de salários não elinjinam. Êstes, como se sabe, apenas têm concorrido para transferir a um plano mais alto o nível dos preços. Dada a complexidade do problema, as soluções para tanto indicadas terão
por FnEDEnico Pimentel Gomes
( Do Corpo de Assistentes da Escola Superior dc
I.-
Agricultura "Luís de Queiroz") lESPECIAI. PARA C> "DIOESTO ECONÓMICO'*Í
de revestir-se de caracteres menos simplistas.
Reconhecendo embora a espontaneidade de muitas grevesjá manifestadas, ou que Trata-se de uma afirmativa contrária à rea
esião reponiando, industriais de São Pahlo chegaram à conclusão de que, alem dos fatores comuns,^ outros existem concorrendo para agravar a situação, já de si difícil. São fatôres políticos, ou, para sermos mais genéricos, extra-económicos. Em algu mas fábricas desta capital, casos houve de paredistas que, interrogados sobre os
lidade — esclarece o A. — dizer-se qíie o café ainda é o nuiis importante dos produtos agrí colas brasileiros. Sc o seu predomínio se ve
objetivos de seu movimento, respondiam singelamente: "Não temos reclamações
rifica na e.xportoção, o mesmo não aconiecc
especiais a fazer. . Estamos em greve porque recebemos ordens".
na cabotagem de 1941. Somadas as cifras
A verificação de tais fatos levou uma comissão de representantes das classes produtoras ao Rio de Janeiro, onde tiveram a oportunidade de expòr perante as mais altas autoridades do país o estado,, de coisas predominante em São Paulo. O govôrno, atendendo à importância da questão, que envolve aspectos vitais da economia brasileira, decidiu-se a expedir decreto-lei regulamentando as reivindi
correspotulenies a uma e outra, verifica-se a
primazia do algodão, com 2.581.000.000 de crtizeiros, em confronto com 2'.075.500.000 cruzeiros relativos ao café.
cações grevistas.
1. O Café
Não se trata, evidentemente, de negar o direito de greve. Fazô-lo, seria con
so que o açúcar caiu
Q cafeeiro é planta
sagrar esdruxulamente, precisarnente num momento de recuperação democrática, um dos recursos mais caraterísticos, e por isso mesmo contraproducente, dos Estados totalitários de tipo fascista. A Caria de Paz Social, que constitui um documento
História Econômica do mundo.
de sabedoria e de civismo das classes produtoras do país, de resto já indicou .o
sar disso, porém, seu passado é obs
caminho acertado para o estabelecimento de relações cordiais entre o capital e o trabalho. Mas, a exemplo do que já se procura legislar nos Estados Unidos e rio
curo, complicado e discutido.
Canadá, as greves deverão ser regulamentadas de maneira a não se tornarem, ape
foram as ilhas de java e Bourbon. En
nas, um instrumento de agitação estéril, muitas vêzes sem finalidade conhecida.
Eis porque estaria no pensamento do govêrno — e o dizemos com os elementos
de informação que possuímos no momento de redigirmos^ esta nota — determinar
que perca o operário paredista o direito ao respectivo salário. O direito de grecs não seria afetado em sua essência. Os riscos inerentes ao seu exercício limitariam,
bastante recente na
Ape
Os primeiros produtores importantes
a 2,2%. A borracha ini ciava então a sua bre-
vo carreira, já entrando com 10%. Durante todo o período da chamada
República Velha o café foi o rei do país. Empurrou a apagada província de S. Paulo dog^primeiros tempos do
tretanto, já em 1727 Francisco de Melo Palheta introduzia o cafeeiro no Pará
Império à posição de Estado líder da
e em 1760 ôle foi trazido para o Rio de Janeiro. E em 1822 já era o café
aldeia de 15.000 habitantes, que era
contudo, certos excessos por parte dos trabalhadores, vítimas, muitas vêzes, de
o terceiro produto na exportação do Brasil, vindo logo depois do açúcar e
sugestões estranhas aos seus próprios interêsses.
do algodão.
^
a 5,5% e o algodão
Dez anos depois o café tinha aleanr
çado o primeiro lugar, fornecendo 39% do total da exportação nacional, vindo
Federação Republicana.
Fez de uma
S. Paulo em 1840, a segunda cidade do
país, e a terceira da América do Sul.
Construiu ferrovias, povoou o sertão e
abriu caminho para o mar. Aparelhou o pôrto de Santos. S. Paulo, que era a quarta província, em população, no censo ,de 1872, já foi o terceiro Esta
em segundo lugar o açúcar^ com 30%,
do em 1890, e o segundo em 1900 e
6 em terceiro o algodão, com 12%. Daí por diante êle se manteve em primeiro lugar na nossa exportação, e
1920.
sua porcentagem foi subindo exagera-
imigrantes da Europa, e tomou-se dés pota absoluto depois que a borracha
damente. Em 1852 contribuiu com 49%
do total. E em 1889 com 66%, ao pas
O café fez política, fez empréstimos, endividou a Nação, trouxe milhões d© levou a breca.
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não alimentava ilusões a êste respeito. Homem prático, acostumado a ir diretalente à causa dos fenômenos, viu 7ogo a necessidade de um saneamento da moeda de limitação de gastos, de eliminação de obras suntuárias e de fomento à produção nacional.
ECOi\OMI/V
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Realmente, apenas por estas vias racionais poderemos romper o círculo vicioso
da crise em que nog debatemos, representado por um crescente encarecimento do custo de vida, que os aumentos sucessivos de salários não elinjinam. Êstes, como se sabe, apenas têm concorrido para transferir a um plano mais alto o nível dos preços. Dada a complexidade do problema, as soluções para tanto indicadas terão
por FnEDEnico Pimentel Gomes
( Do Corpo de Assistentes da Escola Superior dc
I.-
Agricultura "Luís de Queiroz") lESPECIAI. PARA C> "DIOESTO ECONÓMICO'*Í
de revestir-se de caracteres menos simplistas.
Reconhecendo embora a espontaneidade de muitas grevesjá manifestadas, ou que Trata-se de uma afirmativa contrária à rea
esião reponiando, industriais de São Pahlo chegaram à conclusão de que, alem dos fatores comuns,^ outros existem concorrendo para agravar a situação, já de si difícil. São fatôres políticos, ou, para sermos mais genéricos, extra-económicos. Em algu mas fábricas desta capital, casos houve de paredistas que, interrogados sobre os
lidade — esclarece o A. — dizer-se qíie o café ainda é o nuiis importante dos produtos agrí colas brasileiros. Sc o seu predomínio se ve
objetivos de seu movimento, respondiam singelamente: "Não temos reclamações
rifica na e.xportoção, o mesmo não aconiecc
especiais a fazer. . Estamos em greve porque recebemos ordens".
na cabotagem de 1941. Somadas as cifras
A verificação de tais fatos levou uma comissão de representantes das classes produtoras ao Rio de Janeiro, onde tiveram a oportunidade de expòr perante as mais altas autoridades do país o estado,, de coisas predominante em São Paulo. O govôrno, atendendo à importância da questão, que envolve aspectos vitais da economia brasileira, decidiu-se a expedir decreto-lei regulamentando as reivindi
correspotulenies a uma e outra, verifica-se a
primazia do algodão, com 2.581.000.000 de crtizeiros, em confronto com 2'.075.500.000 cruzeiros relativos ao café.
cações grevistas.
1. O Café
Não se trata, evidentemente, de negar o direito de greve. Fazô-lo, seria con
so que o açúcar caiu
Q cafeeiro é planta
sagrar esdruxulamente, precisarnente num momento de recuperação democrática, um dos recursos mais caraterísticos, e por isso mesmo contraproducente, dos Estados totalitários de tipo fascista. A Caria de Paz Social, que constitui um documento
História Econômica do mundo.
de sabedoria e de civismo das classes produtoras do país, de resto já indicou .o
sar disso, porém, seu passado é obs
caminho acertado para o estabelecimento de relações cordiais entre o capital e o trabalho. Mas, a exemplo do que já se procura legislar nos Estados Unidos e rio
curo, complicado e discutido.
Canadá, as greves deverão ser regulamentadas de maneira a não se tornarem, ape
foram as ilhas de java e Bourbon. En
nas, um instrumento de agitação estéril, muitas vêzes sem finalidade conhecida.
Eis porque estaria no pensamento do govêrno — e o dizemos com os elementos
de informação que possuímos no momento de redigirmos^ esta nota — determinar
que perca o operário paredista o direito ao respectivo salário. O direito de grecs não seria afetado em sua essência. Os riscos inerentes ao seu exercício limitariam,
bastante recente na
Ape
Os primeiros produtores importantes
a 2,2%. A borracha ini ciava então a sua bre-
vo carreira, já entrando com 10%. Durante todo o período da chamada
República Velha o café foi o rei do país. Empurrou a apagada província de S. Paulo dog^primeiros tempos do
tretanto, já em 1727 Francisco de Melo Palheta introduzia o cafeeiro no Pará
Império à posição de Estado líder da
e em 1760 ôle foi trazido para o Rio de Janeiro. E em 1822 já era o café
aldeia de 15.000 habitantes, que era
contudo, certos excessos por parte dos trabalhadores, vítimas, muitas vêzes, de
o terceiro produto na exportação do Brasil, vindo logo depois do açúcar e
sugestões estranhas aos seus próprios interêsses.
do algodão.
^
a 5,5% e o algodão
Dez anos depois o café tinha aleanr
çado o primeiro lugar, fornecendo 39% do total da exportação nacional, vindo
Federação Republicana.
Fez de uma
S. Paulo em 1840, a segunda cidade do
país, e a terceira da América do Sul.
Construiu ferrovias, povoou o sertão e
abriu caminho para o mar. Aparelhou o pôrto de Santos. S. Paulo, que era a quarta província, em população, no censo ,de 1872, já foi o terceiro Esta
em segundo lugar o açúcar^ com 30%,
do em 1890, e o segundo em 1900 e
6 em terceiro o algodão, com 12%. Daí por diante êle se manteve em primeiro lugar na nossa exportação, e
1920.
sua porcentagem foi subindo exagera-
imigrantes da Europa, e tomou-se dés pota absoluto depois que a borracha
damente. Em 1852 contribuiu com 49%
do total. E em 1889 com 66%, ao pas
O café fez política, fez empréstimos, endividou a Nação, trouxe milhões d© levou a breca.
Dicesto Econômico
(^ 24
Em um país com pouca ind^tna e
como na guerra, embebido em cera e
escasso mercado interno, o cafe c-orria freqüentemente com mais de 60%
de incendiar as fortificaçõcs inimigas.
do total da exportação.
çhamejante na ponta das setas, a fim
A exportação do algodão da térra
Dicesto Econónuco
A produção cresceu praticamente sem vacilações até 1941.
Nos dois anos se
guintes ela baixou, para voltar a subir
em 1944, como mostra o quadro se
Sujeito desde o começo do século a crises periódicas, aproveitou a maré de-
começou muito- cedo, ao mesmo tempo
guinte.
flacionista de 1929 e arrastou na que
do tecidos grosseiros.
Estado de São Paulo:
da a República Velha. Continuou ain da a manter por alguns anos os seus
No fim do céciilo XVIII o rápido de senvolvimento da industria têxtil inelè-
60 óu 70% na exportação tota! do Pais,
sa elevou os preços do algodão a al^-
mas a sua posição estava radicalmente
ras extraordináría.s e a c.xportação nacio
abalada.
nal foi muito ativa. Logo, porém, os Estados Unidos, qne antes importavam
O algodão, o velho competidor, vol tava a levantar a cabeça, e desta vez
era o Estado de São Paulo que o cor
tejava. Outros produtos tomaram" po sição. E o café foi caindo de 72% em
1931 e 73% em 1932 a 46% em 1936,
40% em 1939, 26% em 1942. Depois revigorou-se um pouco e passou a 32% em 1943 e 36% em 1944.
O café ainda é o primeiro produto
de exportação do País, mas perdeu, talvez írremediàvelmente, o posto ímpar que tinha na economia brasileira.
O papel mais importante é hoje re presentado pelo algodão, com seus nu
merosos sub-produtos e as indústrias que dêle dependem. 2. O Algodão
Em contraste com q cafeeíro, o al-
fodoeiró é planta conhecida e cultivada á muitos milhares de anos, pelo me
nos na China é na índia. Na América
]'á era cultivado pelos índios na época do descobrimento.
Supõe-se, porém, que a Europa só veio a conhecer o algodão quando Cris tóvão Colombo para lá levou os pri meiros fardos americanos. E a predo minância do produto na indústria de tecidos ó relativamente recente, datan do de menos de 200 anos, de acordo
com José Jobím. Os índios brasileiros conheciam e cul
quo se desenvolvia no pais a fabricação
Produção de algodão em pluma no % sobre o Anos
algodão do Brasil, expandiram suas cul turas e nos puseram fora de combate, com graves prejuízos para as regiões produtoras da época, que eram princi Por ocasião da Guerra de Secessão a
1936 1937
indústria inglêsa sofreu nova falta de matéria prima, pois a luta arruinou as plantações norte-americanas e o bloqueio sufocou a e.\portação. E o algodao aicançou novamente preços altíssimos, que acarretaram nova fase de prosperidade
aos nossos produtores dessa fibra. As plantações se estenderam, por algum tem
po. Mas a volta dos Estados^ Unidos ao
mercado esmagou a produção brasilei ra, incapaz de competir com a ianque no comércio internacional. Mas o con sumo interno sempre crescente contri buiu cada vez mais para manter uma
certa produção no Nprde.ste do Brasil. E essa produção tendia mesmo cons tantemente a aumentar, ainda que len tamente.
Foi a crise do café, resultante da cri
se mundial de 1929, que veio dar novo rumo à economia algodoeira nacional. Com a ruína da lavoura cafeeira os pau
listas se voltaram para o velho recurso
do plantar algodão. E a produção do Estado cresceu com grande rapidez, gra
ças principalmente às facilidades de transporte, capital e braços legados pelo café e ao sáoio controle e orientação
tivavam o algodoeiro e utilizavam o al
que a Secretaria da Agricultura soube
godão tanto na paz, para cordas e redes
estabelece/.
total do País
esforçado por eliminá-la. Mas na se gunda metade do século XVIII essa industiia era florescente no Maranhão e em Minas quando em 1785 a rainha de
Portugal, p. Maria I, mandou confiscar brasileiros, com exceção ape nas dos que produziam tecidos gros seiros para escravos e sacaria.
Entretanto, uma série de invenções 1930 1931 1932 1933 1934 1935
palmente o Maranliáo e Pernambuco.
Toneladas
mais grosseiros utilizados na Colônia,
embora q go\-êrno português se tenha
1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944
3.934
10.500 21.272 34.748 102.296 98.207 176.810 202.618 248.296 273.264 307.377 380.768 282.665
375.098 483.193
3,1 10.3 27,8
realizadas no fim do século
23,5 36.0 33.1 50.5
. j,b. deram extraordinário impulso à industria inglesa de tecidos. E a invenção do descaroçador nos Estados Unidos, juntamente com o crescente aproveitamento da máquina a vapor, completaram as condições que vieram
49.4 56.4
tria de tecidos comparável à atual.
63,1
permitir o aparecimento de uma indús
Mas não foi senão em 1869, depois
65.5
de algumas outras tentati\as infrutífe
74.6 75.0
ras, que surgiu no Brasil, em Itu, a pri meira fábrica de tecidos provida de apa-
75.5 79.1
relhamento moderno. (1) Daí por dian
A produção nacional, que provinha
quase tôda do Nordeste do País, e prin
cipalmente dos Estados de Paraíba, Cea-
te o progresso foi rápido. Por todo o País se multiplicaram as Instalações. Em 1901 o consumo de algodão do
Brasil já se elevava a 31.000 tonela das, que representavam quase três quar-
Rio Grande do Norte e Pernambu co,. passou a ser colhida na sua malòr 'tos da safra nacional. Em 1930 o Brasil já eia auto-sufi parte — mais de três quartos — em São
Paulo. Isso veio elevar o Brasil à po sição de quarto produtor mundial de al godão, logo depois dos Estados Unidos,
da índia e da U.R.S.S.. E cumpre não esquecer que a capacidade de pro^ dução do Estado está longe de atingir
ciente em matéria de tecidos de algo dão. A importação que ainda se fazia
era insignificante.
Hoje a indústria de tecidos atravessa invejável fase de progresso, pois além de suprir as necessidades internas, ela
o máximo, podendo ainda crescer mui
contribui em grande escala para a expor
to, se não houver algum imprevisto.
tação ,do País. Nos últimos três anos
3. A indústria nacional de tecidos
A fiação e tecelagem do algodão já se praticavam no Brasil antes mesmo do
os tecidos de algodão têm ocupado o segundo lugar na nossa exportação to tal. O quadro seguinte indica bem o progresso realizado nesse setor.
Exportação brasileira de produtos ma
descobrimento, como já esclarecemos atras. Com o inicio da colonização essa
nufaturados de algodão:
industria passou a fornecer os panos
(1) Ver "Digesto Econômico", n.® 4.
Dicesto Econômico
(^ 24
Em um país com pouca ind^tna e
como na guerra, embebido em cera e
escasso mercado interno, o cafe c-orria freqüentemente com mais de 60%
de incendiar as fortificaçõcs inimigas.
do total da exportação.
çhamejante na ponta das setas, a fim
A exportação do algodão da térra
Dicesto Econónuco
A produção cresceu praticamente sem vacilações até 1941.
Nos dois anos se
guintes ela baixou, para voltar a subir
em 1944, como mostra o quadro se
Sujeito desde o começo do século a crises periódicas, aproveitou a maré de-
começou muito- cedo, ao mesmo tempo
guinte.
flacionista de 1929 e arrastou na que
do tecidos grosseiros.
Estado de São Paulo:
da a República Velha. Continuou ain da a manter por alguns anos os seus
No fim do céciilo XVIII o rápido de senvolvimento da industria têxtil inelè-
60 óu 70% na exportação tota! do Pais,
sa elevou os preços do algodão a al^-
mas a sua posição estava radicalmente
ras extraordináría.s e a c.xportação nacio
abalada.
nal foi muito ativa. Logo, porém, os Estados Unidos, qne antes importavam
O algodão, o velho competidor, vol tava a levantar a cabeça, e desta vez
era o Estado de São Paulo que o cor
tejava. Outros produtos tomaram" po sição. E o café foi caindo de 72% em
1931 e 73% em 1932 a 46% em 1936,
40% em 1939, 26% em 1942. Depois revigorou-se um pouco e passou a 32% em 1943 e 36% em 1944.
O café ainda é o primeiro produto
de exportação do País, mas perdeu, talvez írremediàvelmente, o posto ímpar que tinha na economia brasileira.
O papel mais importante é hoje re presentado pelo algodão, com seus nu
merosos sub-produtos e as indústrias que dêle dependem. 2. O Algodão
Em contraste com q cafeeíro, o al-
fodoeiró é planta conhecida e cultivada á muitos milhares de anos, pelo me
nos na China é na índia. Na América
]'á era cultivado pelos índios na época do descobrimento.
Supõe-se, porém, que a Europa só veio a conhecer o algodão quando Cris tóvão Colombo para lá levou os pri meiros fardos americanos. E a predo minância do produto na indústria de tecidos ó relativamente recente, datan do de menos de 200 anos, de acordo
com José Jobím. Os índios brasileiros conheciam e cul
quo se desenvolvia no pais a fabricação
Produção de algodão em pluma no % sobre o Anos
algodão do Brasil, expandiram suas cul turas e nos puseram fora de combate, com graves prejuízos para as regiões produtoras da época, que eram princi Por ocasião da Guerra de Secessão a
1936 1937
indústria inglêsa sofreu nova falta de matéria prima, pois a luta arruinou as plantações norte-americanas e o bloqueio sufocou a e.\portação. E o algodao aicançou novamente preços altíssimos, que acarretaram nova fase de prosperidade
aos nossos produtores dessa fibra. As plantações se estenderam, por algum tem
po. Mas a volta dos Estados^ Unidos ao
mercado esmagou a produção brasilei ra, incapaz de competir com a ianque no comércio internacional. Mas o con sumo interno sempre crescente contri buiu cada vez mais para manter uma
certa produção no Nprde.ste do Brasil. E essa produção tendia mesmo cons tantemente a aumentar, ainda que len tamente.
Foi a crise do café, resultante da cri
se mundial de 1929, que veio dar novo rumo à economia algodoeira nacional. Com a ruína da lavoura cafeeira os pau
listas se voltaram para o velho recurso
do plantar algodão. E a produção do Estado cresceu com grande rapidez, gra
ças principalmente às facilidades de transporte, capital e braços legados pelo café e ao sáoio controle e orientação
tivavam o algodoeiro e utilizavam o al
que a Secretaria da Agricultura soube
godão tanto na paz, para cordas e redes
estabelece/.
total do País
esforçado por eliminá-la. Mas na se gunda metade do século XVIII essa industiia era florescente no Maranhão e em Minas quando em 1785 a rainha de
Portugal, p. Maria I, mandou confiscar brasileiros, com exceção ape nas dos que produziam tecidos gros seiros para escravos e sacaria.
Entretanto, uma série de invenções 1930 1931 1932 1933 1934 1935
palmente o Maranliáo e Pernambuco.
Toneladas
mais grosseiros utilizados na Colônia,
embora q go\-êrno português se tenha
1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944
3.934
10.500 21.272 34.748 102.296 98.207 176.810 202.618 248.296 273.264 307.377 380.768 282.665
375.098 483.193
3,1 10.3 27,8
realizadas no fim do século
23,5 36.0 33.1 50.5
. j,b. deram extraordinário impulso à industria inglesa de tecidos. E a invenção do descaroçador nos Estados Unidos, juntamente com o crescente aproveitamento da máquina a vapor, completaram as condições que vieram
49.4 56.4
tria de tecidos comparável à atual.
63,1
permitir o aparecimento de uma indús
Mas não foi senão em 1869, depois
65.5
de algumas outras tentati\as infrutífe
74.6 75.0
ras, que surgiu no Brasil, em Itu, a pri meira fábrica de tecidos provida de apa-
75.5 79.1
relhamento moderno. (1) Daí por dian
A produção nacional, que provinha
quase tôda do Nordeste do País, e prin
cipalmente dos Estados de Paraíba, Cea-
te o progresso foi rápido. Por todo o País se multiplicaram as Instalações. Em 1901 o consumo de algodão do
Brasil já se elevava a 31.000 tonela das, que representavam quase três quar-
Rio Grande do Norte e Pernambu co,. passou a ser colhida na sua malòr 'tos da safra nacional. Em 1930 o Brasil já eia auto-sufi parte — mais de três quartos — em São
Paulo. Isso veio elevar o Brasil à po sição de quarto produtor mundial de al godão, logo depois dos Estados Unidos,
da índia e da U.R.S.S.. E cumpre não esquecer que a capacidade de pro^ dução do Estado está longe de atingir
ciente em matéria de tecidos de algo dão. A importação que ainda se fazia
era insignificante.
Hoje a indústria de tecidos atravessa invejável fase de progresso, pois além de suprir as necessidades internas, ela
o máximo, podendo ainda crescer mui
contribui em grande escala para a expor
to, se não houver algum imprevisto.
tação ,do País. Nos últimos três anos
3. A indústria nacional de tecidos
A fiação e tecelagem do algodão já se praticavam no Brasil antes mesmo do
os tecidos de algodão têm ocupado o segundo lugar na nossa exportação to tal. O quadro seguinte indica bem o progresso realizado nesse setor.
Exportação brasileira de produtos ma
descobrimento, como já esclarecemos atras. Com o inicio da colonização essa
nufaturados de algodão:
industria passou a fornecer os panos
(1) Ver "Digesto Econômico", n.® 4.
,|Ç- «713^
Dicesto Econômici»] 26
Cfti2«iroA
An£>5
1939
30.339.000
1940
69.986.000
1941
220.095.000
1942
797.272.000
1943
1.104.250.000
1944
1.046.200.000
Em 1942 a produção nacional de te cidos foi estimada em 4.100 milhões
de cmzeiros. Nesse ano a exportação de café subiu apenas a 1.966 milhões do cruzeiros.
Exportação brasileira cin
Qifé 2.017.000.000,0í| 1 produtos .... 1.493.000.000,#'|
Cabotagem brasileira em 1941:
Algodão e seus L prodnto.s 1.0S8.000.000.0P
'
èlevado. Ora, se o café só é expori.v do como café, o algodão sai do Pa«S
Na cabotagem, porém, êle tem um
papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:
Algodão
línter, torta, fios, tecidos; etc. E e assim também que circula no território| nacional. Aparece, portanto, fradonado nas estatísticas.
Isso diminui muito, aos olhos menos
Por exemplo, o geógrafo brasileiro
Aroldo de Azevedo indica. os seguintes
Produção brasileira em milhões de
valores para a produção nacional de al godão e café em 1939.
cruzeiros:
1940
1941
1942
1.756
1.772
1.790
1-344
1.359
1.491
Cr$
Algodão Café
1.763.188.000,00 1.667.247.000,00
Algodão e seu caroço Café
Escolhemos o ano de 1939 porque
ciam bem o que afirmamos.
que têm aflígiao a lavoura cafeeira nos
da não há dados completos para o café,
'
Algodão e seus produtos Cx%
1.075.000.000,00 1.493.000.000,00 1.735.000.000,00
respondente ao café queimado, inteira
madas 76.844.500 sacas de café, isK* ó, u'a média anual dc pouco mais 6.400.000 sacas, correspondentes »»
mente inútil para a economia nacional.
(1) o autor, evidentemente, inclui neS»
período de 1931 a 1942 foram quei
Nos anos que se seguiram a predo minância do algodão se acentuou ain da mais, como mostra o qu.adro seguinte:
Não conseguimos obter os dados cor respondentes a 1943. Para 1944 ain
1.357.000.000,00
Ora, nos 12 anos correspondentes ao
de que se levem em conta as conside rações que fizemos.
dos efeitos da guerra e das calamidades
1.159.000.000,00
c) Não se costuma subtrair do va
uma importância econômica bem supe
decorreu normalmente para nós, livre
godoeira. Os dados, seguintes eviden
1940 838.000.000,00 1941 ,1.010.000,000,00 1942 644.000.000,00
lor da produção cafeeira a quantia cor
" Cr$ Café 1.734.000.000,00 Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00
atentos, a contribuição da economia ol-
Cr$
1939
mente os seguintes dados:
cidos não deixam de ter significação.
como algodão, como óleo comesüvcl.
Exportação bràsileira
Anos
dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada
ticas agrícolas. Constituem importante
rior à que geralmente lhe atribuem, c^s-^
tante. Os motivos que conduzem a essa
damente.
3.520.000 sacas de café para uma pro
orodulos .. 2.581.000.000.00 Café .V... 2.075.500.000,00
godão, que são numerosos c de valor
do País, e neste o café domina folga-
consult<á-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís
E nos permitem indicar para o algodão
mesmo a tomá-lo como o único impor
a) Em geral só se examinam as es tatísticas referentes ao comércio exterior
Mas se lex-annos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ....
Altioclão c .seus
no mercado interno, não se costuma^ levar em conta os sub-produto.s do al
afirmativa contrária à realidade são os
bre a produção de café.
Apes.ar disso, porém, os ciados conhe
rado como o mais importante dos pro dutos agrícolas brasileiros. Chega-se •«eguintes:
enorme discordância entre os dados so
marítimo de longo curso e cabotagem.
b) Tanto no comércio exterior comol
O café ainda é geralmente conside
nacional
exceção as que se referem ao comércio
Se somarmos a cabotagem ao com^ cio exterior, vamos ter os dados sepiin*
cia do algodão:
5. O Café e o Algodão na economia
pouco dignas de fé. Quem costuma
.58.500.000,OC
tes, que evidenciam bem a predominaB-
ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à fibra e ao caroço somados. Não con seguimos xlescobrir, porém, o motivo da
sileira.
As estatísticas brasileiras são muito
CrS
4. Ai' causas de êrro,
27
pouco menos de 30/r da produção bra
.Algodão e .seus
Café
Dicesto Econômico
ta cifra, também, os produtos ma nufaturados. — Nota da Redação.
mas para o algodão pode-se indicar a
últimos anos.
enorme quantia de 3.769 milhões de
Entretanto, iá o "Boletim do Conse
lho Federal de Comércio Exterior", ór
cruzeiros.
gão sempre cuidadoso e bem informa do, dá para o mesmo ano os seguintes dados sôbre o valor da produção bra
godão é ainda mais acentuado do que no resto do Pais. Em 1942 êsse Es
sileira.
tado produziu 75,00% do algodão bra sileiro contra apenas 61,66% do café.
Cr$
Algodão Café
Em São Paulo o predomínio do al
1.421.161.000.00 2.043.058.000,00 I
A diferença entre os dados referen
Êsses dados já evidenciam bem a van tagem que a lavoura algodoeira leva so bre a sua rival mais poderosa. Mas se
considerarmos que o algodão vai ali
tes .ao algodão tem fácil explicação. E' que o número fornecido pelo "Boletim
mentar não só a. maior das' indústrias brasileiras, qiio 6 a de tecidos, como as
QO Conselho Federal de Comércio Ex
importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,
terior" inclui apenas o algodão em plu-
,|Ç- «713^
Dicesto Econômici»] 26
Cfti2«iroA
An£>5
1939
30.339.000
1940
69.986.000
1941
220.095.000
1942
797.272.000
1943
1.104.250.000
1944
1.046.200.000
Em 1942 a produção nacional de te cidos foi estimada em 4.100 milhões
de cmzeiros. Nesse ano a exportação de café subiu apenas a 1.966 milhões do cruzeiros.
Exportação brasileira cin
Qifé 2.017.000.000,0í| 1 produtos .... 1.493.000.000,#'|
Cabotagem brasileira em 1941:
Algodão e seus L prodnto.s 1.0S8.000.000.0P
'
èlevado. Ora, se o café só é expori.v do como café, o algodão sai do Pa«S
Na cabotagem, porém, êle tem um
papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:
Algodão
línter, torta, fios, tecidos; etc. E e assim também que circula no território| nacional. Aparece, portanto, fradonado nas estatísticas.
Isso diminui muito, aos olhos menos
Por exemplo, o geógrafo brasileiro
Aroldo de Azevedo indica. os seguintes
Produção brasileira em milhões de
valores para a produção nacional de al godão e café em 1939.
cruzeiros:
1940
1941
1942
1.756
1.772
1.790
1-344
1.359
1.491
Cr$
Algodão Café
1.763.188.000,00 1.667.247.000,00
Algodão e seu caroço Café
Escolhemos o ano de 1939 porque
ciam bem o que afirmamos.
que têm aflígiao a lavoura cafeeira nos
da não há dados completos para o café,
'
Algodão e seus produtos Cx%
1.075.000.000,00 1.493.000.000,00 1.735.000.000,00
respondente ao café queimado, inteira
madas 76.844.500 sacas de café, isK* ó, u'a média anual dc pouco mais 6.400.000 sacas, correspondentes »»
mente inútil para a economia nacional.
(1) o autor, evidentemente, inclui neS»
período de 1931 a 1942 foram quei
Nos anos que se seguiram a predo minância do algodão se acentuou ain da mais, como mostra o qu.adro seguinte:
Não conseguimos obter os dados cor respondentes a 1943. Para 1944 ain
1.357.000.000,00
Ora, nos 12 anos correspondentes ao
de que se levem em conta as conside rações que fizemos.
dos efeitos da guerra e das calamidades
1.159.000.000,00
c) Não se costuma subtrair do va
uma importância econômica bem supe
decorreu normalmente para nós, livre
godoeira. Os dados, seguintes eviden
1940 838.000.000,00 1941 ,1.010.000,000,00 1942 644.000.000,00
lor da produção cafeeira a quantia cor
" Cr$ Café 1.734.000.000,00 Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00
atentos, a contribuição da economia ol-
Cr$
1939
mente os seguintes dados:
cidos não deixam de ter significação.
como algodão, como óleo comesüvcl.
Exportação bràsileira
Anos
dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada
ticas agrícolas. Constituem importante
rior à que geralmente lhe atribuem, c^s-^
tante. Os motivos que conduzem a essa
damente.
3.520.000 sacas de café para uma pro
orodulos .. 2.581.000.000.00 Café .V... 2.075.500.000,00
godão, que são numerosos c de valor
do País, e neste o café domina folga-
consult<á-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís
E nos permitem indicar para o algodão
mesmo a tomá-lo como o único impor
a) Em geral só se examinam as es tatísticas referentes ao comércio exterior
Mas se lex-annos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ....
Altioclão c .seus
no mercado interno, não se costuma^ levar em conta os sub-produto.s do al
afirmativa contrária à realidade são os
bre a produção de café.
Apes.ar disso, porém, os ciados conhe
rado como o mais importante dos pro dutos agrícolas brasileiros. Chega-se •«eguintes:
enorme discordância entre os dados so
marítimo de longo curso e cabotagem.
b) Tanto no comércio exterior comol
O café ainda é geralmente conside
nacional
exceção as que se referem ao comércio
Se somarmos a cabotagem ao com^ cio exterior, vamos ter os dados sepiin*
cia do algodão:
5. O Café e o Algodão na economia
pouco dignas de fé. Quem costuma
.58.500.000,OC
tes, que evidenciam bem a predominaB-
ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à fibra e ao caroço somados. Não con seguimos xlescobrir, porém, o motivo da
sileira.
As estatísticas brasileiras são muito
CrS
4. Ai' causas de êrro,
27
pouco menos de 30/r da produção bra
.Algodão e .seus
Café
Dicesto Econômico
ta cifra, também, os produtos ma nufaturados. — Nota da Redação.
mas para o algodão pode-se indicar a
últimos anos.
enorme quantia de 3.769 milhões de
Entretanto, iá o "Boletim do Conse
lho Federal de Comércio Exterior", ór
cruzeiros.
gão sempre cuidadoso e bem informa do, dá para o mesmo ano os seguintes dados sôbre o valor da produção bra
godão é ainda mais acentuado do que no resto do Pais. Em 1942 êsse Es
sileira.
tado produziu 75,00% do algodão bra sileiro contra apenas 61,66% do café.
Cr$
Algodão Café
Em São Paulo o predomínio do al
1.421.161.000.00 2.043.058.000,00 I
A diferença entre os dados referen
Êsses dados já evidenciam bem a van tagem que a lavoura algodoeira leva so bre a sua rival mais poderosa. Mas se
considerarmos que o algodão vai ali
tes .ao algodão tem fácil explicação. E' que o número fornecido pelo "Boletim
mentar não só a. maior das' indústrias brasileiras, qiio 6 a de tecidos, como as
QO Conselho Federal de Comércio Ex
importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,
terior" inclui apenas o algodão em plu-
*P»WV^-
Dicesto Econômico
DiGE.STO
26
Exportação brasileira em
Cruzeiros
Anos
1939 ._ .
30.339.000
1940 .
.
69.986.000
1941 .
.
220.095.000
Café
.
1943 .
.
.
1.104.250.000
1944 .
. .
1.046.200.000
pouco menos de 30% dn produção bra
^ ^
sileira.
2.017.OÍO.000.00 1,493.000.000.00
Cabotagem brasileira eio
797.272.000
1942 .
Cr$
58.500.000,00
Café
Algodão e seus
27
nOO 00
5. O Café e o Algodão no economia nacional
ticas agncolas. Constituem importante
coint?r*
exceção as que se referem ao comércio
de cruzeiros. Nesse ano a exportação
cio exterior vamos ter o.s '^«^"lominan-
de café subiu apenas a 1.966 milhões
tes, que evidenciam bem ^
de cruzeiros.
cia do algodão:
marítimo de longo ciinso e cabotagem Apesar disso, porém, os dados conhcados não deixam de ter significação E nos permitem indicar para o algodão uma importância econômica bem supe
r%
cidos foi estimada em 4.100 milhões
dutos ri mesmo ?
tante o afirmcK ^
Café
® geralmente conside-
probrasileiros. Chega-se
como o único imporque conduzem a essa
se™to£:
*
Algodão e seus «on aq produtos 2.581-000. '
4. As causas de êiro.
Ta£
«
Se somarmos a cabotagem'
2.075.500.000,00
b) Tanto no comércio no mercado interno, não se
levar em conta os sub-produtos a al godão, que são numerosos e cie vaior elevado. Ora, se o café só é do como café, o algodão sai do l ais
- como algodão, como óleo comesüvel,
torta, fios, tecidoS} etc. E é geral só se examinam as es- línter, assim também que circula no temtorio do Pais, e neste o café domina folga- nacional. Aparece, portanto, fraciona-
.^1.
telishcas referentes ao comércio exterior damente.
do nas estatísticas. , Isso diminui muito, aos olhos menos-
"
Na cabotagem, porém, êle tem um papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:
atentos, a contribuição da economia algodoeira. Os dados, seguintes eviden ciam bem o que afirmamos.
1939 1940 1941 1942
Algodão e seus produtos
Cr$ 1.159.000.000,00 838.000.000,00
1.357.000.000,00 1.075.000.000,00
1.010.000.000,00 644.000.000,00
1.493.000.000,00 1.735.000.000,00
c) Não se costuma subtrair do va
lor da produção cafeeíra a quantia cor respondente ao café queimado, inteira mente inútil para a economia nacional. Ora, nos 12 anos correspondentes ao
período de 1931 a 1942 foram quei
Por exemplo, o geógrafo brasileiro
Aroldo de Azevedo indica, os seguintes valores para a produção nacional de al
Algodão Café
Nos anos que se seguiram a predo da mais, como mostra o quadro seguinte:
Produção brasileira em núlhões de
cruzeiros:
1941
1942
Cr$
1.763.188.000,00 1.667.247.000,00
Escolhemos o ano de 1939 porque decorreu normalmente para nós, livre
dos efeitos da ^eixa e das calamidades que tem afligido a lavoura cafeeira nos
1.756 1.772 1,790
1.344 1.359 1.491
Não conseguimos obter os dados correspondX^a 1943. Para 1944 am-
da não há dados completos para o café, mas para o algodão pode se indicar a enorine quantia de 3.769 milhões de
lho Federal de Comércio Exterior", ór
cruzeiros.
gão sempre cuidadoso e bem informa
Em São Paulo o predomínio do al godão é ainda mais acentuado do que So resto do País. Em 1942 êsse Es tado produziu 75,00% do algodão bra
1.421.161.000,00 2.043.058.000,00
madas 76.844.500 sacas de café, isto A diferença entre os dados referen
siíiÁ
1.734.000.000,00
1940
Cri
nufaturados. — Nota da Redação.
Cr$
Café
godão e café em 1939.
Algodão Café
(1) o autor, evidentemente, inclui nes. ta cifra, também, os produtos ma
mente os seguintes dados:
minância do algodão se acentuou ain
sileira.
é, u'a média anual' de pouco mais de 6.400.000 sacas, correspondentes a
Mas se levanuos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ..•. 3.520.000 sacas do café para uma pro dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada
rações que fizemos.
do, dá para o mesmo ano os seguintes dados Sobre o x'alor da produção bra
Cr$
bro a produção de café.
Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00
Entretanto, iá o "Boletim do Conse
Exportação bràsileira
Algodão
Não con
seguimos "descobrir, porém, o motivo da
rior à que geralmente lhe atribuem de que se levem em conta as conside
últimos anos. Aiios
fibra e ao caroço somados.
enorme discordância entre os dados so
As estatísticas brasileiras são muito pouco dignas de fé. Quem cost\ima consultá-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís
1.088.000.OUU.uu
produtos
Em 1942 a produção nacional de te
ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à
sileiro contra apenas 61,66% do café. Êsses dados já evidenciam bem a van
tagem que a lavoura algodoeira leva ,sôbre a sua rival mais poderosa. Mas se considerarmos que o algodão vai ali
tes ao algodão tem fácil explicação. E'
mentar não só av maior das indústrias
aue o número fornecido pelo "Boletim
brasileiras, que é a de tecidos, como as importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,
do Conselho Federal de Comércio Ex
terior" inclui apenas o algodão em plu-
*P»WV^-
Dicesto Econômico
DiGE.STO
26
Exportação brasileira em
Cruzeiros
Anos
1939 ._ .
30.339.000
1940 .
.
69.986.000
1941 .
.
220.095.000
Café
.
1943 .
.
.
1.104.250.000
1944 .
. .
1.046.200.000
pouco menos de 30% dn produção bra
^ ^
sileira.
2.017.OÍO.000.00 1,493.000.000.00
Cabotagem brasileira eio
797.272.000
1942 .
Cr$
58.500.000,00
Café
Algodão e seus
27
nOO 00
5. O Café e o Algodão no economia nacional
ticas agncolas. Constituem importante
coint?r*
exceção as que se referem ao comércio
de cruzeiros. Nesse ano a exportação
cio exterior vamos ter o.s '^«^"lominan-
de café subiu apenas a 1.966 milhões
tes, que evidenciam bem ^
de cruzeiros.
cia do algodão:
marítimo de longo ciinso e cabotagem Apesar disso, porém, os dados conhcados não deixam de ter significação E nos permitem indicar para o algodão uma importância econômica bem supe
r%
cidos foi estimada em 4.100 milhões
dutos ri mesmo ?
tante o afirmcK ^
Café
® geralmente conside-
probrasileiros. Chega-se
como o único imporque conduzem a essa
se™to£:
*
Algodão e seus «on aq produtos 2.581-000. '
4. As causas de êiro.
Ta£
«
Se somarmos a cabotagem'
2.075.500.000,00
b) Tanto no comércio no mercado interno, não se
levar em conta os sub-produtos a al godão, que são numerosos e cie vaior elevado. Ora, se o café só é do como café, o algodão sai do l ais
- como algodão, como óleo comesüvel,
torta, fios, tecidoS} etc. E é geral só se examinam as es- línter, assim também que circula no temtorio do Pais, e neste o café domina folga- nacional. Aparece, portanto, fraciona-
.^1.
telishcas referentes ao comércio exterior damente.
do nas estatísticas. , Isso diminui muito, aos olhos menos-
"
Na cabotagem, porém, êle tem um papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:
atentos, a contribuição da economia algodoeira. Os dados, seguintes eviden ciam bem o que afirmamos.
1939 1940 1941 1942
Algodão e seus produtos
Cr$ 1.159.000.000,00 838.000.000,00
1.357.000.000,00 1.075.000.000,00
1.010.000.000,00 644.000.000,00
1.493.000.000,00 1.735.000.000,00
c) Não se costuma subtrair do va
lor da produção cafeeíra a quantia cor respondente ao café queimado, inteira mente inútil para a economia nacional. Ora, nos 12 anos correspondentes ao
período de 1931 a 1942 foram quei
Por exemplo, o geógrafo brasileiro
Aroldo de Azevedo indica, os seguintes valores para a produção nacional de al
Algodão Café
Nos anos que se seguiram a predo da mais, como mostra o quadro seguinte:
Produção brasileira em núlhões de
cruzeiros:
1941
1942
Cr$
1.763.188.000,00 1.667.247.000,00
Escolhemos o ano de 1939 porque decorreu normalmente para nós, livre
dos efeitos da ^eixa e das calamidades que tem afligido a lavoura cafeeira nos
1.756 1.772 1,790
1.344 1.359 1.491
Não conseguimos obter os dados correspondX^a 1943. Para 1944 am-
da não há dados completos para o café, mas para o algodão pode se indicar a enorine quantia de 3.769 milhões de
lho Federal de Comércio Exterior", ór
cruzeiros.
gão sempre cuidadoso e bem informa
Em São Paulo o predomínio do al godão é ainda mais acentuado do que So resto do País. Em 1942 êsse Es tado produziu 75,00% do algodão bra
1.421.161.000,00 2.043.058.000,00
madas 76.844.500 sacas de café, isto A diferença entre os dados referen
siíiÁ
1.734.000.000,00
1940
Cri
nufaturados. — Nota da Redação.
Cr$
Café
godão e café em 1939.
Algodão Café
(1) o autor, evidentemente, inclui nes. ta cifra, também, os produtos ma
mente os seguintes dados:
minância do algodão se acentuou ain
sileira.
é, u'a média anual' de pouco mais de 6.400.000 sacas, correspondentes a
Mas se levanuos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ..•. 3.520.000 sacas do café para uma pro dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada
rações que fizemos.
do, dá para o mesmo ano os seguintes dados Sobre o x'alor da produção bra
Cr$
bro a produção de café.
Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00
Entretanto, iá o "Boletim do Conse
Exportação bràsileira
Algodão
Não con
seguimos "descobrir, porém, o motivo da
rior à que geralmente lhe atribuem de que se levem em conta as conside
últimos anos. Aiios
fibra e ao caroço somados.
enorme discordância entre os dados so
As estatísticas brasileiras são muito pouco dignas de fé. Quem cost\ima consultá-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís
1.088.000.OUU.uu
produtos
Em 1942 a produção nacional de te
ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à
sileiro contra apenas 61,66% do café. Êsses dados já evidenciam bem a van
tagem que a lavoura algodoeira leva ,sôbre a sua rival mais poderosa. Mas se considerarmos que o algodão vai ali
tes ao algodão tem fácil explicação. E'
mentar não só av maior das indústrias
aue o número fornecido pelo "Boletim
brasileiras, que é a de tecidos, como as importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,
do Conselho Federal de Comércio Ex
terior" inclui apenas o algodão em plu-
D[Ge.sto EcoNÓ^^co 28
verificaremos que ò papel da economia
algodoeira nacional e ainda muito maior do que aqueles números indicam. Mas isto não significa que se deva abando nar o café, pois os progressos da lavou ra de algodão não devem ser feitos à
OBR.-VS CONSTLT.^DAS — "Digesto Econômico": "Brasil 1939-40" e "Brasil
1943.1944", do Ministério das Relações Exteriores: "O Brasil na Economia
Mundial", de-José Jobím: "Boletim do Conselho Federal de Comércio Exte
rior": "O Algodão na Economia Brasl, leira", de Nelson de Vincenzi; "Correio
custa de outra cultura. O que se tor na necessário é elevar uma sem deixar cair outra. Só assim conseguiremos ele
fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, do Ministério de Agricul
var o nível nacional de produção.
tura.
da Manhã, do Rio de Jane^o:
FORD E A
FORDLÂNDIA por Matias Arrudão
ItbHfcCÍAL PARA O "OXtíKSTO ECONÔMICO")
Porque Uennj Fará abriu mão de sua concessão na Amazônia, entregando ao goüdmo brasileiro, pelo preço irrisório
de 250 mil dólares, ou cinco milhões de cruzeiros em moeda iwcional, uma emprêsa que vale 15 milhões de dó lares, ou quase trezentos rnilhõcs de cruzeifo.s? E' a pergunta a que responde o
i
presente artigo. O grande industrial
.americano procura simplesmente adap tar-se às vitói^s indiscutíveis da Buna a borracho artificial.
'
A princípio, foi um telegraminha seco:
O Departamento Estrangeiro da Ford Motor Company está em ne queda da produção do café brasileiro
Em comunicação recente, apresentada à Sociedade Rural Brasileira, o sr. An tônio Queiroz Telles referiu-se à situação do café, mostrando que a lavoura cafeeira do nosso Estado necessita de uma srande reforma em virtude da sua avan
çada idade. Com os cafesais semi-abanaonados e deficitários, São Paulo possui, atualmente, pouco mais de um bilhão de pés de café. Essa situação de deca dência pode ser verificada através da queda da produção do café brasileiro, com parativamente com as safras de outros países, nos anos de 1941 a 1945: Ano
Total mundiali
Brasil
(Sacas)
(Sacas)
1
1941/42
32.047.000
15.815.000
1942/43
29.428.000
13.608.000
1943/44
28.150.000 25.980.000
12.106.000 9.400.000
1944/45
O índice da queda é bastante acentuado, de ano para ano. Assim vemos que
a nossa produção cafeeira comparada com o total mundial em 1941/2 foi de 49,35%; em 1942/43 desceu para 46,24%; em 1943/44 a baixa continuou, serído dé 43,01%;
em 1944/45 a queda acentuou-se mais, indo para 36,18%. • O sf. A. Queiroz Telles referiu-se, ainda, à futura safra paulista, que calculada em 6 milhões de sacas sofrerá, certamente, uma quebra de um milhão de sacas,
em virtude da falta de braços, do depauperamento do solo e da falta de adubação.
Ford: — a companhia empregara na Fordlàndia, desde 1927, mais de cinco milhões de dólares, valendo a imensa
gociações com o governo brasileiro para
propriedade cêrca de 15 milhões de
vender-lhe todas as instalações da Ford
dólares, ou quase trezentos milhões de
Plantation.
cruzeiros...
Depois, já de fontes nacionais, trou xeram os jornais novas informações. Propusera a Ford, ao Ministério da Agricultura, a venda total de suas ins
E' de estarrecerl
Finalmente, sem que a curiosidade
pública seja aplacada, publicam os ór
gãos da imprensa os relatos das nego
talações no vale do Taj^ajoz pelo preço
ciações finais para lavratura da escri
irrisório de 250 mil dólares, ou cinco
tura definitiva de aquisição.
milhões de cruzeiros em moeda nacional. Na sua informação ao presidente da
não encontra resposta.
posta constituía mais uma doação do
Consuma-se um negócio que talvez seja a operação mais vantajosa da his
República, disse o ministro que a pro
PorquePI — é a pergunta geral que
a àtmisição de grandes seringais em ple na floração, como a posse de um va lioso acervo de edifícios, .hospitais, alo
tória econômica do Brasil, e ninguém atina com as razões que levaram Henry Ford a desfazer-se da concessão que tanto assunto político forneceu no pas
jamentos, escolas, oficinas e outras ins
sado e tantas críticas despertou.
que uma venda, representando não só
talações.
Então — dizem os amigos de patrio-
Correm alguns dias mais.
tadas — então perdemos um excelente
Em seguida, de Detroit a U. P. nos
argumento contra o imperialismo nor
transmite declarações do gerente da
te-americano avassalador e ficamos no
D[Ge.sto EcoNÓ^^co 28
verificaremos que ò papel da economia
algodoeira nacional e ainda muito maior do que aqueles números indicam. Mas isto não significa que se deva abando nar o café, pois os progressos da lavou ra de algodão não devem ser feitos à
OBR.-VS CONSTLT.^DAS — "Digesto Econômico": "Brasil 1939-40" e "Brasil
1943.1944", do Ministério das Relações Exteriores: "O Brasil na Economia
Mundial", de-José Jobím: "Boletim do Conselho Federal de Comércio Exte
rior": "O Algodão na Economia Brasl, leira", de Nelson de Vincenzi; "Correio
custa de outra cultura. O que se tor na necessário é elevar uma sem deixar cair outra. Só assim conseguiremos ele
fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, do Ministério de Agricul
var o nível nacional de produção.
tura.
da Manhã, do Rio de Jane^o:
FORD E A
FORDLÂNDIA por Matias Arrudão
ItbHfcCÍAL PARA O "OXtíKSTO ECONÔMICO")
Porque Uennj Fará abriu mão de sua concessão na Amazônia, entregando ao goüdmo brasileiro, pelo preço irrisório
de 250 mil dólares, ou cinco milhões de cruzeiros em moeda iwcional, uma emprêsa que vale 15 milhões de dó lares, ou quase trezentos rnilhõcs de cruzeifo.s? E' a pergunta a que responde o
i
presente artigo. O grande industrial
.americano procura simplesmente adap tar-se às vitói^s indiscutíveis da Buna a borracho artificial.
'
A princípio, foi um telegraminha seco:
O Departamento Estrangeiro da Ford Motor Company está em ne queda da produção do café brasileiro
Em comunicação recente, apresentada à Sociedade Rural Brasileira, o sr. An tônio Queiroz Telles referiu-se à situação do café, mostrando que a lavoura cafeeira do nosso Estado necessita de uma srande reforma em virtude da sua avan
çada idade. Com os cafesais semi-abanaonados e deficitários, São Paulo possui, atualmente, pouco mais de um bilhão de pés de café. Essa situação de deca dência pode ser verificada através da queda da produção do café brasileiro, com parativamente com as safras de outros países, nos anos de 1941 a 1945: Ano
Total mundiali
Brasil
(Sacas)
(Sacas)
1
1941/42
32.047.000
15.815.000
1942/43
29.428.000
13.608.000
1943/44
28.150.000 25.980.000
12.106.000 9.400.000
1944/45
O índice da queda é bastante acentuado, de ano para ano. Assim vemos que
a nossa produção cafeeira comparada com o total mundial em 1941/2 foi de 49,35%; em 1942/43 desceu para 46,24%; em 1943/44 a baixa continuou, serído dé 43,01%;
em 1944/45 a queda acentuou-se mais, indo para 36,18%. • O sf. A. Queiroz Telles referiu-se, ainda, à futura safra paulista, que calculada em 6 milhões de sacas sofrerá, certamente, uma quebra de um milhão de sacas,
em virtude da falta de braços, do depauperamento do solo e da falta de adubação.
Ford: — a companhia empregara na Fordlàndia, desde 1927, mais de cinco milhões de dólares, valendo a imensa
gociações com o governo brasileiro para
propriedade cêrca de 15 milhões de
vender-lhe todas as instalações da Ford
dólares, ou quase trezentos milhões de
Plantation.
cruzeiros...
Depois, já de fontes nacionais, trou xeram os jornais novas informações. Propusera a Ford, ao Ministério da Agricultura, a venda total de suas ins
E' de estarrecerl
Finalmente, sem que a curiosidade
pública seja aplacada, publicam os ór
gãos da imprensa os relatos das nego
talações no vale do Taj^ajoz pelo preço
ciações finais para lavratura da escri
irrisório de 250 mil dólares, ou cinco
tura definitiva de aquisição.
milhões de cruzeiros em moeda nacional. Na sua informação ao presidente da
não encontra resposta.
posta constituía mais uma doação do
Consuma-se um negócio que talvez seja a operação mais vantajosa da his
República, disse o ministro que a pro
PorquePI — é a pergunta geral que
a àtmisição de grandes seringais em ple na floração, como a posse de um va lioso acervo de edifícios, .hospitais, alo
tória econômica do Brasil, e ninguém atina com as razões que levaram Henry Ford a desfazer-se da concessão que tanto assunto político forneceu no pas
jamentos, escolas, oficinas e outras ins
sado e tantas críticas despertou.
que uma venda, representando não só
talações.
Então — dizem os amigos de patrio-
Correm alguns dias mais.
tadas — então perdemos um excelente
Em seguida, de Detroit a U. P. nos
argumento contra o imperialismo nor
transmite declarações do gerente da
te-americano avassalador e ficamos no
Dicesto Econômico
Digesto EC0NÓN[IC0
31
30
"ora veja"? Ninguém diz nada, não escreve, não expuca;
Fordlàndia pertence hoje ao go-
vêmo
• ■ brasileiro.
Nela será
instalada —---
boa vontade do governador Dionísio Bcntcs, fundando nas proximidades de Santarém, confluência do /Muazonas e
adiante. Depois de todo o trabiilho rea
do Tapajoz. aquela que seria a famosa
lizado, quando as árvores se tornaram
uma grande estaçao experimental de
Fordlàndia.
zonas climatológícas mais típicas da re
nicos de grande valor, com demorados
agricultura tropical, dentro de uma das
A Fordlàndia ficou aquém do limite assinalado por Huber. Não pôde ir
Para formá-la ^-ícrani ao Brasil téc
adultas, verificou-se que era tudo tra balho perdido.
fôrto e avançar em busca das regiões
cursos de especialização nos seringaU
mento da concessão de uma grande parcela do solo sagrado da pátria 'a um magnata estrangeiro, tão explorador que
cultivados
''clones" nos chegaram do Oriente, des
onde as plantas silvestres apresentassem melhor índice de robustez e produção
cendentes aristocráticos de ar\'ores se
lactífera. .
acabou vendendo por cinco mil, o que vale trezentos milhões. Mas bem pou
zorg Java. Serviços monumentais de
ca gente está ao par dos verdadeiros motivos que levaram Henry Ford, ou-
trora tão esperançado, a arriar 'pesada mente a carga.
O monopólio da borracha
A história vem de trás. Depois que nos arrebatou o monopólio da borracha, a Inglaterra ínsti^iu o seu. Então é que os americanos viram o que era
monopólio. ^ Refere Bruno Born (1) que em prin
Pacífico. Sementes e
lecionadas pelos agrônomos de Buiteni drenamento se e.xecutaram,. critmdo-se um maravilhoso acampamento de pe
dra c cal no ponto onde se supôs haver eleito a seringueira o seu melhor ha bitai".
O primeiro érro
"A beleza da paisagem tapajônica, a
e.xcelôncia do porto de Santarém, a pro
ximidade dos mercados consumidores, devem ter influído no ânimo dos envia
dos de Ford, muito mais do que a ne
cessidade de procurar as zonas mais fa
voráveis do ponto de vista ecológico" — vaticinou com acerto o goxemador do
—ierritorio do Guaporé.
-Nessa ocasião cometerixhi os norte-
americanos o .seu primeiro éiro. Se é verdade que procuraram úni lugar ade
Beherra
quado ao plantio da árvore da borra-
cípios do século XX só havia borracha
clia, não menos certo é que também
silvestre, e das 54 mü toneladas pro duzidas 50 provinham do Brasil. Em 1907 foram lançadas no mercado, pela
olharam, talvez com excesso, para a
abandonada.
própria comodidade. A "hevea brasiliensi.s" quer umida
ranças se mudaram para Belterra.
primeira vez, 6 mil toneladas de bor
de, quer água, quer chuva. Pouco lhe importa a proliferação dos mosquitos e
britânica subia a 71 mil toneladas- a 317 mil em 1920, a 850 mil em 1929 quando foi limitado o plantio. A cota de borracha silvestre do Brasil desceu
de • 80'para 2%, Ficaram os inglêses com os 80% e mais o preço, que cfesandaram a esticar. Em 1921 a libra de
co vezes mais o que lhe custara em 1925.
Foi esse monopólio intolerável que
se desenvolvia, assustadoramente, cau sando senão o pânico, pelo menos o deSímimo entre os plantadores e os técni cos em geral.
Belterra também amea
Adiante estava Belterra — e as espe
Era o mal das fòlhas — a "Dothidela Ulei". A causa?
"Propagou-se pelçs meios comvms da publicidade — disse o ministro Apolònio Sales — que as nossas seringueiras,
que um dia foram levadas para o Orien te, agora retomavam ao Brasil, para aqui verterem látex mais abundante e mais conforme às exigências da indús tria.
De fato vieram, mas aí estão a
perecer, fustigadas pelas pragas arrasadoras a que suas irmãs nativas, em
meio da heterogeneidade vegetal das florestas, resistem garbosas. Os experi
mentos do Instituto Agronômico do Nor
te já demonstraram, e a prática do pio neiro do plantio sistemático da "hevea
nas nas zonas cujo limite higrometrico
Áreas mais ou menos contíguas, mas bem diversas do ponto de vista climato- •na Amazônia — Ford — o confirmam, logico, Belterra e Fordlàndia ficaram que as seringueiras selecionadas no fazendo parte da grande concessão Ford. Oriente, e até mesmo as "heveas" pouco produtivas no Brasil, quando plantadas Então, de novo os "clones" e as se mentes emigraram do Oriente rumo das em grandes massas, rompido o equilí
ultrapassa a casa dos 2.000 mm. "To
terras do Grão Pará.
a eclosão das febres.
Nos. seus estu
dos, Huber assinalou manchas de se
ringueiras de grande produtmdade ape da a ■ margem esquerda do Amazonas
Em 1941 escrevia Costa Rego que
— escreveu o coronel Aluísio Ferreira
Ford havia adotado "o sistema de en-
borracha custava um shilling, em 1925 - com índice de chuvas inferior a 2.000 mais de quatro shiUings e em 1944 cin
Aos poucos, porém, notícias pouco animadoras começaram a se divulgar nos
çava rooM pelo rio.
Então, viu-se esta coisa admirável; — depois de vários anos a Fordlàndia era
racha cultivada; èm 1914 a produção
silenciosamente.
círculos especializados. Uma praga ali
O homem liavia que renunciar ao con-
gião amazônica. Acabou-se o encanta
do
Os anos se debruçaram sôbre o vale verde do Tapajoz. E foram passando,
mm., está despida da "hevea brasiliensis". Os seringais medíocres do Ta
pajoz e do Xingu tomam-se opulentos
xertar nas plantas nativas, depois des tas chegarem à idade de um ano e
meio, mudas de proveniência inglesa, oriundas dumas sessenta variedades cuja importação lhe foi possível obter" (3). Era Belterra que surgia para o mun
levou Henry Ford a procurar liberda
à medida que se marcha para o sul e se altera o quadro das cKuvas, a ponto
de, um espaço livre onde pudessè res-
de se elevar.de 25% a produção dos
do, mais grandiosa que a própria Ford
pirar. Encontrou-o no Brasil, com a
seringueiros". (2)
làndia.
1 — Bruno Born, palestra proferida'em
3 — Costa Rego, "A borracha que vol
Sao Leopoldo, Rio Grande do Sul
2 — Aluísio Ferreira, Memorial ao pre. sidente da República, cópia mi-
ê publicada no boletim do Rotary
meografada por êle oferecida ao
Clube do Rio de Janeiro.
A.
ta", "Correio da Manhã", Rio, 3 de junho de 1941.
brio biológico da floresta virgem, su
cumbem em porcentagens desoladoras à mais temível enfermidade das folhas, a produzida pela "Dothidela Ulei". (4) Rompera-se o equilíbrio biológico do meio vegetal e a praga tomara alento. Luta contra a praga Desencadearam então os norte-ameri
canos uma violenta campanha de exter mínio do fungo devastador. 4 — Apolônio Sales, citado por Richo. mer Barros, In "Aspectos econô micos da borracha", separata do
Boletim do Ministério da Agri cultura, janeiro de 1945.
Dicesto Econômico
Digesto EC0NÓN[IC0
31
30
"ora veja"? Ninguém diz nada, não escreve, não expuca;
Fordlàndia pertence hoje ao go-
vêmo
• ■ brasileiro.
Nela será
instalada —---
boa vontade do governador Dionísio Bcntcs, fundando nas proximidades de Santarém, confluência do /Muazonas e
adiante. Depois de todo o trabiilho rea
do Tapajoz. aquela que seria a famosa
lizado, quando as árvores se tornaram
uma grande estaçao experimental de
Fordlàndia.
zonas climatológícas mais típicas da re
nicos de grande valor, com demorados
agricultura tropical, dentro de uma das
A Fordlàndia ficou aquém do limite assinalado por Huber. Não pôde ir
Para formá-la ^-ícrani ao Brasil téc
adultas, verificou-se que era tudo tra balho perdido.
fôrto e avançar em busca das regiões
cursos de especialização nos seringaU
mento da concessão de uma grande parcela do solo sagrado da pátria 'a um magnata estrangeiro, tão explorador que
cultivados
''clones" nos chegaram do Oriente, des
onde as plantas silvestres apresentassem melhor índice de robustez e produção
cendentes aristocráticos de ar\'ores se
lactífera. .
acabou vendendo por cinco mil, o que vale trezentos milhões. Mas bem pou
zorg Java. Serviços monumentais de
ca gente está ao par dos verdadeiros motivos que levaram Henry Ford, ou-
trora tão esperançado, a arriar 'pesada mente a carga.
O monopólio da borracha
A história vem de trás. Depois que nos arrebatou o monopólio da borracha, a Inglaterra ínsti^iu o seu. Então é que os americanos viram o que era
monopólio. ^ Refere Bruno Born (1) que em prin
Pacífico. Sementes e
lecionadas pelos agrônomos de Buiteni drenamento se e.xecutaram,. critmdo-se um maravilhoso acampamento de pe
dra c cal no ponto onde se supôs haver eleito a seringueira o seu melhor ha bitai".
O primeiro érro
"A beleza da paisagem tapajônica, a
e.xcelôncia do porto de Santarém, a pro
ximidade dos mercados consumidores, devem ter influído no ânimo dos envia
dos de Ford, muito mais do que a ne
cessidade de procurar as zonas mais fa
voráveis do ponto de vista ecológico" — vaticinou com acerto o goxemador do
—ierritorio do Guaporé.
-Nessa ocasião cometerixhi os norte-
americanos o .seu primeiro éiro. Se é verdade que procuraram úni lugar ade
Beherra
quado ao plantio da árvore da borra-
cípios do século XX só havia borracha
clia, não menos certo é que também
silvestre, e das 54 mü toneladas pro duzidas 50 provinham do Brasil. Em 1907 foram lançadas no mercado, pela
olharam, talvez com excesso, para a
abandonada.
própria comodidade. A "hevea brasiliensi.s" quer umida
ranças se mudaram para Belterra.
primeira vez, 6 mil toneladas de bor
de, quer água, quer chuva. Pouco lhe importa a proliferação dos mosquitos e
britânica subia a 71 mil toneladas- a 317 mil em 1920, a 850 mil em 1929 quando foi limitado o plantio. A cota de borracha silvestre do Brasil desceu
de • 80'para 2%, Ficaram os inglêses com os 80% e mais o preço, que cfesandaram a esticar. Em 1921 a libra de
co vezes mais o que lhe custara em 1925.
Foi esse monopólio intolerável que
se desenvolvia, assustadoramente, cau sando senão o pânico, pelo menos o deSímimo entre os plantadores e os técni cos em geral.
Belterra também amea
Adiante estava Belterra — e as espe
Era o mal das fòlhas — a "Dothidela Ulei". A causa?
"Propagou-se pelçs meios comvms da publicidade — disse o ministro Apolònio Sales — que as nossas seringueiras,
que um dia foram levadas para o Orien te, agora retomavam ao Brasil, para aqui verterem látex mais abundante e mais conforme às exigências da indús tria.
De fato vieram, mas aí estão a
perecer, fustigadas pelas pragas arrasadoras a que suas irmãs nativas, em
meio da heterogeneidade vegetal das florestas, resistem garbosas. Os experi
mentos do Instituto Agronômico do Nor
te já demonstraram, e a prática do pio neiro do plantio sistemático da "hevea
nas nas zonas cujo limite higrometrico
Áreas mais ou menos contíguas, mas bem diversas do ponto de vista climato- •na Amazônia — Ford — o confirmam, logico, Belterra e Fordlàndia ficaram que as seringueiras selecionadas no fazendo parte da grande concessão Ford. Oriente, e até mesmo as "heveas" pouco produtivas no Brasil, quando plantadas Então, de novo os "clones" e as se mentes emigraram do Oriente rumo das em grandes massas, rompido o equilí
ultrapassa a casa dos 2.000 mm. "To
terras do Grão Pará.
a eclosão das febres.
Nos. seus estu
dos, Huber assinalou manchas de se
ringueiras de grande produtmdade ape da a ■ margem esquerda do Amazonas
Em 1941 escrevia Costa Rego que
— escreveu o coronel Aluísio Ferreira
Ford havia adotado "o sistema de en-
borracha custava um shilling, em 1925 - com índice de chuvas inferior a 2.000 mais de quatro shiUings e em 1944 cin
Aos poucos, porém, notícias pouco animadoras começaram a se divulgar nos
çava rooM pelo rio.
Então, viu-se esta coisa admirável; — depois de vários anos a Fordlàndia era
racha cultivada; èm 1914 a produção
silenciosamente.
círculos especializados. Uma praga ali
O homem liavia que renunciar ao con-
gião amazônica. Acabou-se o encanta
do
Os anos se debruçaram sôbre o vale verde do Tapajoz. E foram passando,
mm., está despida da "hevea brasiliensis". Os seringais medíocres do Ta
pajoz e do Xingu tomam-se opulentos
xertar nas plantas nativas, depois des tas chegarem à idade de um ano e
meio, mudas de proveniência inglesa, oriundas dumas sessenta variedades cuja importação lhe foi possível obter" (3). Era Belterra que surgia para o mun
levou Henry Ford a procurar liberda
à medida que se marcha para o sul e se altera o quadro das cKuvas, a ponto
de, um espaço livre onde pudessè res-
de se elevar.de 25% a produção dos
do, mais grandiosa que a própria Ford
pirar. Encontrou-o no Brasil, com a
seringueiros". (2)
làndia.
1 — Bruno Born, palestra proferida'em
3 — Costa Rego, "A borracha que vol
Sao Leopoldo, Rio Grande do Sul
2 — Aluísio Ferreira, Memorial ao pre. sidente da República, cópia mi-
ê publicada no boletim do Rotary
meografada por êle oferecida ao
Clube do Rio de Janeiro.
A.
ta", "Correio da Manhã", Rio, 3 de junho de 1941.
brio biológico da floresta virgem, su
cumbem em porcentagens desoladoras à mais temível enfermidade das folhas, a produzida pela "Dothidela Ulei". (4) Rompera-se o equilíbrio biológico do meio vegetal e a praga tomara alento. Luta contra a praga Desencadearam então os norte-ameri
canos uma violenta campanha de exter mínio do fungo devastador. 4 — Apolônio Sales, citado por Richo. mer Barros, In "Aspectos econô micos da borracha", separata do
Boletim do Ministério da Agri cultura, janeiro de 1945.
Dicesto Eco
32
NÓMiciil Dicesto Econômico
Falharam.
Em 1944 escre%-ia o interventor fede ral no Pará no seu relatório ao presi
dente da República (5): — "Por ísso é que reputo da mais alta importância para o desenvolvimento da produção da tsorracha, em bases que venliam asse gurar pleno êxito ao esforço gigantesco que está sendo feito para o aproveita mento do nosso grande vale, a inter venção do Instituto Agronômico do Nor te, como órgão técnico do governo, na orientação das culturas e no forneci mento de mudas selecionadas de alto
rendimento e segura resistência às mo
léstias reinantes, principalmente à doen ça das folhas ("Dothidela Ulei"), que
Em vez do trabalho difícil nas plantações encharcadas, fugindo <\ ronda das
febres e do mosquito implacável, o que
atráí o grande industrial é a borracha sintética, a Buna, que desde a sua aairição em 1936 na exposição automoDi-
lística de Berlim fez até hoje conside ráveis progressos. Concorrência da Buna
A Buna, ao fabrico da qual Henn-
Ford se entregou com a mesma decisão com que fincou o pé na concessão do governo Dionísio Bentes, substitui em certos usos, com vantagem, a borracha natural, pois não é afetada pela gaso lina nem pelo óleo. Com a guerra ga
As verdadeiras razões dc Ford
Henry Ford do há multo \'ein com
preendendo essa situação. Achou que o preço do artigo sintético, num futu
ro próximo, poderá oscilar entre 8 e 15 centavos a libra, preço que não estará muito distante do custo da borracha na
1943 foram fabricados 5 milhões dc pneumáticos dc borracha artificial; em
1944 30 milhões; em 1945...
Reteve a Fordlândia enquanto a julSou conveniente aos seus interesses.
Quando agora percebe que com o fim
iniciativas, como dá exemplo o que ocorcom as plantações da Companhia ord, que, pela experiência de quase
850.000 toneladas - isso sem que se
Ford tomou-se de novos amores assim
^ guerra passou o monopólio do pre
paro da Buna, do governo aos i^arti-
vores, matando-as da tristeza de ficarem nuas.
Hoje, a Fordlândia encontra seu eco. Belterra também foi abandonada. Os lucros da concessão — dizem os tele gramas de Detroit — nunca deram nem ao menos para o pagamento do impos to de renda devido ao Tesouro dos EE. UU. Não é verdade.
5 — Magalhães Barata, "Situação Eco. nómlca" (contribuição do govôrno do Fiará ao X Congresso de Geografia), pág. 22. 6.— Aluísio Ferreira, mem. cit.
límerízação ou a condensação moleciUíir do hidrocarboneto.
Para conségui-la,
em vez do recurso à terebentina ou ao
álcool, empregam os americanos os ga ses desprendidos das refinarias de pe tróleo devidamente tratados, e com e.xtraordinária economia de despesas.
Hoje a borracha de laboratório ga nha incalculável terreno.
Ao ponto d®
administrador do Departamento da Bor
racha nos EE. UU., sr. William M. Jeffers, declarar alto e bom som que "o borracha sintética já ganhou caráter per manente."
Ao ponto de nós, brasilei
reciões do alto-Amazonas, ate os con-
da borracha artificial, procura desfazer-
^ de quanto possui no Tapajoz. Emancipa-se o gênio do automóvel, ^ue também quer ser o gcnio do pncumático. Êste — escreve Richomer Bar-
ros — tem duração maior de 20% quan do fabricado com a Buna, em virtude de sua resistência superior aos óleos, às pedras nas estradas e escassa suscetibi-
cidade servir de cmporio comercial as
fiifs do Pen. e da Colômbia sub-andmos. E' paupérrima a Amazônia, a terra !1-gina d» Gcne.s ^ue^nao cheirou a ser completada - na trase üo Sdò Euclides da Cunha. Nela, Bdtor. o Fordiãndhi, ou geuerKU.nente i,
Fcrdlàndiu. constituem veitludeiro oasts. o"c ugoru nos pertence, .ncorporado como foi ao putrimomo naconal.que o Cumpre-nos ganhar a batalha
lidade de fendilhamentos. E está livre
norte-americano abandonou em meio do
perseguição.
caminho.
da ".Dothidela Ulei" e sua implacável
Como aquele forte no Tacutu, que, segundo Viana Moog, foi expugnado pelas formigas de fogo, assim o magna ta norte-americano bate em retirada ru
mo de sua terra natal. Corre. Foge
ros, utilÍ2^rmos lioje em nossos pneu-
Pão de homens, nem de canhões, mas
máticos, fabricados aqui mesmo em nos sa terra, o famoso produto artificial.
presa que é o melhor quinhão do Es
de um fungo invisível, deixando-nos uma tado do Pará.
..W i. —A.
rcpetíndo-se cada ano as derrubadas pa■ ra roças no\ as, de par com a busca alea
feiçoamento dos processos da fabricação
lhões de dólares em pesquisas de aper
o proprio dólar norte-americano era o fungo que derrubava as folhas das ár
vivo de uma agricultura adstrita a min
guadas plantações de arroz c mandioca,
pender o Estado a soma de cinco mi
norte-americanos um novo campo de A Bima da vizinha nação amiga re
A pequena população rural da Ama zônia — nota Richomer Barros (7) —
da caça, da pesca c das indústrias n.vtrativas vegetais. O grande desenvol vimento de Belém não é devido à pro dução circunjacentc, mas ao fato dc a-
tamente, com a condição única dc des
Debalde jporfiaram os agrônomos, sulta da emulsão do gás butadiena (bu) procurando debelar a praga. Mais for com a ação catalítica do sódio (cuja te do que todos êles, mais forte do que notação química é Na),. ocorrendo po-
mes" não muito afastados dos canais dc
navegação.
tória dos produtos sil\'estres, resiiltantos'
que os químicos da Cia. Du Pont lo
nos meios especializados..." (6)
ção para as ilhas e margens pouco innn-
transferiu ao poder público as "suas pa tentes de invenção da Buna S, gratui
_ Por último depunha o coronel Aluísio Fepeira: — "O fracasso da Ford
riantation já é francamente admitido • vastas possibilidades.
A segunda região mais densa é a que so estende ao longo da estrada de ferro,
culares, e que só a Standard Oíl Co.
cultura da borracha:
graram imitar os alemães, abrindo aos
terço da população do Estado do Pará.
dá\'eis dos altos rios ou para os "fir
nhou extraordinário desen\'oIvimento, ao
cia aos que se vão empenhar na agri
zonas c também a mais despovoada. A cidade de Belém encerra mais dc um
soii, sobretudo, as estatísticas: — em
ponto da produção em 1944 subir a Rússia, da qual diz Maurice Hindus que é a maior produtora no mundo.
A Amazônia compreendo 46 por cen to da área total do Brasil. Dc tôdus as
até Bragança'. Resta uma pequena fra
seringais e de desânimo às mais audazes
quinze anos, deve servir de advertên
Pobreza da Amazônia
tural antes da guerra. Desconfiou da capacidade dos seringais do Oriente, de vastados pelos japoneses. E compul-
constitui o maior fator de destruição dos
conheçam as verdadeiras estatísticas da
33
.
,
j
,
Porque, se Ford cuidava liwar-se do
monopólio inglês da borracha cultiva
da, nós outros temos outro objetivo, cem vezes mais grandioso; — conquistar a Amazônia e redimir o trabalhador, pela \'alorização do homem. Desse homem, espoliado, escravizado, mas que é tam bém uma parcela do Brasil. 7 — Richomer Barros, idem.
Dicesto Eco
32
NÓMiciil Dicesto Econômico
Falharam.
Em 1944 escre%-ia o interventor fede ral no Pará no seu relatório ao presi
dente da República (5): — "Por ísso é que reputo da mais alta importância para o desenvolvimento da produção da tsorracha, em bases que venliam asse gurar pleno êxito ao esforço gigantesco que está sendo feito para o aproveita mento do nosso grande vale, a inter venção do Instituto Agronômico do Nor te, como órgão técnico do governo, na orientação das culturas e no forneci mento de mudas selecionadas de alto
rendimento e segura resistência às mo
léstias reinantes, principalmente à doen ça das folhas ("Dothidela Ulei"), que
Em vez do trabalho difícil nas plantações encharcadas, fugindo <\ ronda das
febres e do mosquito implacável, o que
atráí o grande industrial é a borracha sintética, a Buna, que desde a sua aairição em 1936 na exposição automoDi-
lística de Berlim fez até hoje conside ráveis progressos. Concorrência da Buna
A Buna, ao fabrico da qual Henn-
Ford se entregou com a mesma decisão com que fincou o pé na concessão do governo Dionísio Bentes, substitui em certos usos, com vantagem, a borracha natural, pois não é afetada pela gaso lina nem pelo óleo. Com a guerra ga
As verdadeiras razões dc Ford
Henry Ford do há multo \'ein com
preendendo essa situação. Achou que o preço do artigo sintético, num futu
ro próximo, poderá oscilar entre 8 e 15 centavos a libra, preço que não estará muito distante do custo da borracha na
1943 foram fabricados 5 milhões dc pneumáticos dc borracha artificial; em
1944 30 milhões; em 1945...
Reteve a Fordlândia enquanto a julSou conveniente aos seus interesses.
Quando agora percebe que com o fim
iniciativas, como dá exemplo o que ocorcom as plantações da Companhia ord, que, pela experiência de quase
850.000 toneladas - isso sem que se
Ford tomou-se de novos amores assim
^ guerra passou o monopólio do pre
paro da Buna, do governo aos i^arti-
vores, matando-as da tristeza de ficarem nuas.
Hoje, a Fordlândia encontra seu eco. Belterra também foi abandonada. Os lucros da concessão — dizem os tele gramas de Detroit — nunca deram nem ao menos para o pagamento do impos to de renda devido ao Tesouro dos EE. UU. Não é verdade.
5 — Magalhães Barata, "Situação Eco. nómlca" (contribuição do govôrno do Fiará ao X Congresso de Geografia), pág. 22. 6.— Aluísio Ferreira, mem. cit.
límerízação ou a condensação moleciUíir do hidrocarboneto.
Para conségui-la,
em vez do recurso à terebentina ou ao
álcool, empregam os americanos os ga ses desprendidos das refinarias de pe tróleo devidamente tratados, e com e.xtraordinária economia de despesas.
Hoje a borracha de laboratório ga nha incalculável terreno.
Ao ponto d®
administrador do Departamento da Bor
racha nos EE. UU., sr. William M. Jeffers, declarar alto e bom som que "o borracha sintética já ganhou caráter per manente."
Ao ponto de nós, brasilei
reciões do alto-Amazonas, ate os con-
da borracha artificial, procura desfazer-
^ de quanto possui no Tapajoz. Emancipa-se o gênio do automóvel, ^ue também quer ser o gcnio do pncumático. Êste — escreve Richomer Bar-
ros — tem duração maior de 20% quan do fabricado com a Buna, em virtude de sua resistência superior aos óleos, às pedras nas estradas e escassa suscetibi-
cidade servir de cmporio comercial as
fiifs do Pen. e da Colômbia sub-andmos. E' paupérrima a Amazônia, a terra !1-gina d» Gcne.s ^ue^nao cheirou a ser completada - na trase üo Sdò Euclides da Cunha. Nela, Bdtor. o Fordiãndhi, ou geuerKU.nente i,
Fcrdlàndiu. constituem veitludeiro oasts. o"c ugoru nos pertence, .ncorporado como foi ao putrimomo naconal.que o Cumpre-nos ganhar a batalha
lidade de fendilhamentos. E está livre
norte-americano abandonou em meio do
perseguição.
caminho.
da ".Dothidela Ulei" e sua implacável
Como aquele forte no Tacutu, que, segundo Viana Moog, foi expugnado pelas formigas de fogo, assim o magna ta norte-americano bate em retirada ru
mo de sua terra natal. Corre. Foge
ros, utilÍ2^rmos lioje em nossos pneu-
Pão de homens, nem de canhões, mas
máticos, fabricados aqui mesmo em nos sa terra, o famoso produto artificial.
presa que é o melhor quinhão do Es
de um fungo invisível, deixando-nos uma tado do Pará.
..W i. —A.
rcpetíndo-se cada ano as derrubadas pa■ ra roças no\ as, de par com a busca alea
feiçoamento dos processos da fabricação
lhões de dólares em pesquisas de aper
o proprio dólar norte-americano era o fungo que derrubava as folhas das ár
vivo de uma agricultura adstrita a min
guadas plantações de arroz c mandioca,
pender o Estado a soma de cinco mi
norte-americanos um novo campo de A Bima da vizinha nação amiga re
A pequena população rural da Ama zônia — nota Richomer Barros (7) —
da caça, da pesca c das indústrias n.vtrativas vegetais. O grande desenvol vimento de Belém não é devido à pro dução circunjacentc, mas ao fato dc a-
tamente, com a condição única dc des
Debalde jporfiaram os agrônomos, sulta da emulsão do gás butadiena (bu) procurando debelar a praga. Mais for com a ação catalítica do sódio (cuja te do que todos êles, mais forte do que notação química é Na),. ocorrendo po-
mes" não muito afastados dos canais dc
navegação.
tória dos produtos sil\'estres, resiiltantos'
que os químicos da Cia. Du Pont lo
nos meios especializados..." (6)
ção para as ilhas e margens pouco innn-
transferiu ao poder público as "suas pa tentes de invenção da Buna S, gratui
_ Por último depunha o coronel Aluísio Fepeira: — "O fracasso da Ford
riantation já é francamente admitido • vastas possibilidades.
A segunda região mais densa é a que so estende ao longo da estrada de ferro,
culares, e que só a Standard Oíl Co.
cultura da borracha:
graram imitar os alemães, abrindo aos
terço da população do Estado do Pará.
dá\'eis dos altos rios ou para os "fir
nhou extraordinário desen\'oIvimento, ao
cia aos que se vão empenhar na agri
zonas c também a mais despovoada. A cidade de Belém encerra mais dc um
soii, sobretudo, as estatísticas: — em
ponto da produção em 1944 subir a Rússia, da qual diz Maurice Hindus que é a maior produtora no mundo.
A Amazônia compreendo 46 por cen to da área total do Brasil. Dc tôdus as
até Bragança'. Resta uma pequena fra
seringais e de desânimo às mais audazes
quinze anos, deve servir de advertên
Pobreza da Amazônia
tural antes da guerra. Desconfiou da capacidade dos seringais do Oriente, de vastados pelos japoneses. E compul-
constitui o maior fator de destruição dos
conheçam as verdadeiras estatísticas da
33
.
,
j
,
Porque, se Ford cuidava liwar-se do
monopólio inglês da borracha cultiva
da, nós outros temos outro objetivo, cem vezes mais grandioso; — conquistar a Amazônia e redimir o trabalhador, pela \'alorização do homem. Desse homem, espoliado, escravizado, mas que é tam bém uma parcela do Brasil. 7 — Richomer Barros, idem.
Dicksto Econômico
um presidente, um vicc-prcsidentc c cin
Orsanização do Sistema Bancário Brasileiro por Orlando Almeida Prado
35
co outros governadores, todos noiueados pelo presiaenlc da República, "ad-rcfcrendum" ,do Senado Federal, por um período de 14 anos. O "inodus faciendi" desta nomeação deverá ser es
\
(especial para ü "OICESTü KCOíNÓMÍCo")
tabelecido de tal forma que expire, de
doi.s em dois anos, rotativamente, o mandato dc um diretor. A Comissão Federal do Mercado Li
^ONFORME O c|uadrd esquemático que O A. prcconixo o fotrruiçõo de um siste^ das as circunstâncias peculiares à ex
tiui âv Bancos de Reserva Federais, que seriam os bancos dos bancos e bancos
tensão territorial do Brasil e à diver
emissores das suas respectivas zonas ou
apresentarei a seguir, penso que, da sidade de produção e consumo de cada uma de suas zonas econômicas, o regi me bancário que melhor poderia satis
vre será composta dc doze membros,
distritos; os disciplinajdores e estimula' dores da crédito; os reguladores dits taxas dc desconto e os timoneiros dos
do sistema americano, traria enormes vantagens à economia das diferentes re
giões brasileiras. As necessidades e re clamos do país seriam atendidos com mais perfeito conhecimento de causa e com muito maior oportunidade do que num regime de centralização bancária • como o atual.
'
E, foi, exatamente, para atender a essas finalidades, e, assim, procurar con
tribuir para que o Brasil se aparelhe,
nas Corais, Rio de Janeiro e Espirito Santo, com sede na Capital Federal e
serva.
filiais nas capitais daqueles Estados è
o a sua função especializada, no sen
tido geral de manter as boas condições
do.s negócios comerciais, industriais e 'agrícolas do país, bem como de manter, constantemente, uma reserva aclcijúada
do crédito, a custo ra-zoàvelmcnte "baixo o acessível àquelas classes econômicas.
cia das finanças e da economia polí tica, - tem uni órgão responsável pela
A
direção e disciplina, em torno do qual devem gravitar todos os demais, quer pertençam, pròpriamente, ã organização ,
responsabilidade
desses
wodema e eficientemente, no sentido de oferecer aos seus fillios e a todos quantos, aqui conosco, mourejam nas ati
reservas, quer pertençam, como partes v'
serva Federais, um em cada um dos
vidades^ econômicas, que orientei a or
Estudemos, em primeiro lugar, a es- . trutura e a função dêsse órgão centralO núcleo supervisor e diretor do sis tema compor-se-á de um Conselho Fe^
seis distritos bancários, que serão cria dos para ôste fim, — devendo ser:' a) um na Amazônia cômpreenden• do os Estados do Piauí, Maranhão, Pará,
ganização do plano geral de sistematização bancária, financeira e monetária, que passo a expor.
Plano geral
O regime bancário planejado — co mo, aliás, acontece com todos os de
mais até hoje adotados pelos países
integrantes, ao mercado financeiro ou monetário.
deral
Governadores — dè uma Co
missão do Mercado Livre e de uiRí*
Junta Federal dos Conselheiros. O Conselho Federal dos Governadores
será composto de sete membros, assimi
gulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso e Pa raná, com sede em São Paulo e filiais
f) um no Sul, compreendendo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com
sede em Pôrto Alegre o filial em Flo
rianópolis e agências onde convier. • Êsses Bancos de Reserva Federais se
rão organizados pelos bancos parüculates existentes no distrito, que, por esse
fato seriam considerados e chamados bancos membros do Sistema de Reser va Federal.
órgãos . Somente poderão ser organizadores, exercer-se-á no campo bancário, finan subscritores de ações e acionistas efeti ceiro e monetário. A sua sede será na vos dos Bancos de Reserva Federais, os Capital da Repviblica. bancos particulares considerados idô Fazendo parte integrante do sistema, porétn, como órgãos dcscentralizadorcs, serão organizados seis Bancos de Re
do sistema emissor e organizador das
dendo os Estados de São Paulo, Triân
cias onde convier;
ãáos centrais serão, cada um exorcen-
e inteligência, por parto dos estadistas especializados no trato constante da ciên
agências onde convier; c) um no Centro Sul, compreen
nas Capitais daqueles Estados e agên
O objetivo e as atribuições desses ór-
carados e resolvidos com determinação
d) um no Centro, compYecndendo
Governadores o cinco eleitos pelos ban
Atribuições
onde problemas desta natureza são en
capitais daqueles Estados e agências ondo . convier;
cos membros do Sistema Federal de Re
dos, cada um deles, por cada um dos bancos de reserva fcchiral, distrital.
vanguardeiros da civilização muudial,
com sedo cm São Salvador c filiais nas
o Distrito Federal, os Estados dé Mi
será composta de seis membros, nomea
bancário, moldado nos princípios gerais
em Recife, com filiais nas capitais da queles Estados e agências onde convier: c) um no Norte, compreendendo os Estados da Bahia, Sergipe o Alagoas,
sendo sete nomeados pelo Conselho dos
A Junta Federal dos Conselheiros
fazer aos interesses gerais seria aquele mercados financeiros e monetários; os que correspondesse a uma adaptação in eeniralizadores de todas as atividades teligente e racional do Sistema Fede monetárias c financeiras do país; os Euarral de_ Reserva, adotado, desde 1913, diâes dn ouro nacional; e, cm ultima com tão felizes resultados, pelos Es-- análise, o arrimo das atividades tnonetados Unidos da América do Norte, iárias e financeiras do país; os cujas condições são as que mais se as- diões do ouro nacional; e, em ultima análise, o arrimo das atividades econô semelham às de nosso país. • A organização de um novo sistema micas e os propulsores do progresso.
b) um no Nordeste, compreenden do Ceará, Rio Grande do Norte, Pa raíba e Pernambuco. A sua sede seria
Amazonas e Territórios do Acre, Rio Branco etc..
A sua sede seria na Ca
pital do Pará, com filiais nas capitais daqueles Estados e Territórios e agên cias onde convier;
neos, qxie se denominarão bímcos mem bros' do Banco de Reserva dos distri tos'Cada um desses Bancos de Re-" serva servirá* a um distrito. Manterá, contudo, ligação íntima e fará o "clearing" com os* demais Bancos de Re serva Federais, no sentida de facilitar
o intercâmbio comercial e a compensa ção dos cheques, bem como a formação das "reservas" próprias de cada distrito
e seus Bancos de Reservas respectivos, objetivando o maior poder e difusão do crédito e capacidade de negócios, isto
Dicksto Econômico
um presidente, um vicc-prcsidentc c cin
Orsanização do Sistema Bancário Brasileiro por Orlando Almeida Prado
35
co outros governadores, todos noiueados pelo presiaenlc da República, "ad-rcfcrendum" ,do Senado Federal, por um período de 14 anos. O "inodus faciendi" desta nomeação deverá ser es
\
(especial para ü "OICESTü KCOíNÓMÍCo")
tabelecido de tal forma que expire, de
doi.s em dois anos, rotativamente, o mandato dc um diretor. A Comissão Federal do Mercado Li
^ONFORME O c|uadrd esquemático que O A. prcconixo o fotrruiçõo de um siste^ das as circunstâncias peculiares à ex
tiui âv Bancos de Reserva Federais, que seriam os bancos dos bancos e bancos
tensão territorial do Brasil e à diver
emissores das suas respectivas zonas ou
apresentarei a seguir, penso que, da sidade de produção e consumo de cada uma de suas zonas econômicas, o regi me bancário que melhor poderia satis
vre será composta dc doze membros,
distritos; os disciplinajdores e estimula' dores da crédito; os reguladores dits taxas dc desconto e os timoneiros dos
do sistema americano, traria enormes vantagens à economia das diferentes re
giões brasileiras. As necessidades e re clamos do país seriam atendidos com mais perfeito conhecimento de causa e com muito maior oportunidade do que num regime de centralização bancária • como o atual.
'
E, foi, exatamente, para atender a essas finalidades, e, assim, procurar con
tribuir para que o Brasil se aparelhe,
nas Corais, Rio de Janeiro e Espirito Santo, com sede na Capital Federal e
serva.
filiais nas capitais daqueles Estados è
o a sua função especializada, no sen
tido geral de manter as boas condições
do.s negócios comerciais, industriais e 'agrícolas do país, bem como de manter, constantemente, uma reserva aclcijúada
do crédito, a custo ra-zoàvelmcnte "baixo o acessível àquelas classes econômicas.
cia das finanças e da economia polí tica, - tem uni órgão responsável pela
A
direção e disciplina, em torno do qual devem gravitar todos os demais, quer pertençam, pròpriamente, ã organização ,
responsabilidade
desses
wodema e eficientemente, no sentido de oferecer aos seus fillios e a todos quantos, aqui conosco, mourejam nas ati
reservas, quer pertençam, como partes v'
serva Federais, um em cada um dos
vidades^ econômicas, que orientei a or
Estudemos, em primeiro lugar, a es- . trutura e a função dêsse órgão centralO núcleo supervisor e diretor do sis tema compor-se-á de um Conselho Fe^
seis distritos bancários, que serão cria dos para ôste fim, — devendo ser:' a) um na Amazônia cômpreenden• do os Estados do Piauí, Maranhão, Pará,
ganização do plano geral de sistematização bancária, financeira e monetária, que passo a expor.
Plano geral
O regime bancário planejado — co mo, aliás, acontece com todos os de
mais até hoje adotados pelos países
integrantes, ao mercado financeiro ou monetário.
deral
Governadores — dè uma Co
missão do Mercado Livre e de uiRí*
Junta Federal dos Conselheiros. O Conselho Federal dos Governadores
será composto de sete membros, assimi
gulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso e Pa raná, com sede em São Paulo e filiais
f) um no Sul, compreendendo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com
sede em Pôrto Alegre o filial em Flo
rianópolis e agências onde convier. • Êsses Bancos de Reserva Federais se
rão organizados pelos bancos parüculates existentes no distrito, que, por esse
fato seriam considerados e chamados bancos membros do Sistema de Reser va Federal.
órgãos . Somente poderão ser organizadores, exercer-se-á no campo bancário, finan subscritores de ações e acionistas efeti ceiro e monetário. A sua sede será na vos dos Bancos de Reserva Federais, os Capital da Repviblica. bancos particulares considerados idô Fazendo parte integrante do sistema, porétn, como órgãos dcscentralizadorcs, serão organizados seis Bancos de Re
do sistema emissor e organizador das
dendo os Estados de São Paulo, Triân
cias onde convier;
ãáos centrais serão, cada um exorcen-
e inteligência, por parto dos estadistas especializados no trato constante da ciên
agências onde convier; c) um no Centro Sul, compreen
nas Capitais daqueles Estados e agên
O objetivo e as atribuições desses ór-
carados e resolvidos com determinação
d) um no Centro, compYecndendo
Governadores o cinco eleitos pelos ban
Atribuições
onde problemas desta natureza são en
capitais daqueles Estados e agências ondo . convier;
cos membros do Sistema Federal de Re
dos, cada um deles, por cada um dos bancos de reserva fcchiral, distrital.
vanguardeiros da civilização muudial,
com sedo cm São Salvador c filiais nas
o Distrito Federal, os Estados dé Mi
será composta de seis membros, nomea
bancário, moldado nos princípios gerais
em Recife, com filiais nas capitais da queles Estados e agências onde convier: c) um no Norte, compreendendo os Estados da Bahia, Sergipe o Alagoas,
sendo sete nomeados pelo Conselho dos
A Junta Federal dos Conselheiros
fazer aos interesses gerais seria aquele mercados financeiros e monetários; os que correspondesse a uma adaptação in eeniralizadores de todas as atividades teligente e racional do Sistema Fede monetárias c financeiras do país; os Euarral de_ Reserva, adotado, desde 1913, diâes dn ouro nacional; e, cm ultima com tão felizes resultados, pelos Es-- análise, o arrimo das atividades tnonetados Unidos da América do Norte, iárias e financeiras do país; os cujas condições são as que mais se as- diões do ouro nacional; e, em ultima análise, o arrimo das atividades econô semelham às de nosso país. • A organização de um novo sistema micas e os propulsores do progresso.
b) um no Nordeste, compreenden do Ceará, Rio Grande do Norte, Pa raíba e Pernambuco. A sua sede seria
Amazonas e Territórios do Acre, Rio Branco etc..
A sua sede seria na Ca
pital do Pará, com filiais nas capitais daqueles Estados e Territórios e agên cias onde convier;
neos, qxie se denominarão bímcos mem bros' do Banco de Reserva dos distri tos'Cada um desses Bancos de Re-" serva servirá* a um distrito. Manterá, contudo, ligação íntima e fará o "clearing" com os* demais Bancos de Re serva Federais, no sentida de facilitar
o intercâmbio comercial e a compensa ção dos cheques, bem como a formação das "reservas" próprias de cada distrito
e seus Bancos de Reservas respectivos, objetivando o maior poder e difusão do crédito e capacidade de negócios, isto
mKm DiCliSTO EcONÓMK.o
36
ó, objetivando o maior e o mais seguro desenvolvimento econômico do pais. Os Bancos de Reser\'a Federais serão
a maioria dos diretores dos Bancos d,.
Tão a manutenção de bases para um
Reserva.
crédito bancário amplo, capaz de .satis
\'irão
As demais rcgrà.s a respeito
nos estatutos, na
conformidade
corporações organizadas para trabalhar a serviço público, sem visar lucros alem
dos interesses disciplínarcs e orgilniccs
do uma remuneração pequena, porem
Dcscentralizíição
fazer às necessidades comerciais, finan
ceiras e monetárias do país.
peculiares ao sistema.
justa, dó capital dos seus componentes. Êsse ó um dos caralerísticos que o.s
DíPESTO EcONÓNflCO
À Juntíi Federal dos Conselheiros,
que deverá, reunir-se trimestralmente,
A descentralização é o caraterístico
37
nacional c promover e disciplinar o cré dito, no sentido de estimular as ativi
dades econômicas, para o progresso da nação.
Sempre baseados e garantidos pelo privilégio de emitir, que o sistema lhes
pelo menos, na Capital da Rcpviblica, na sede do órgão central, incumbirá
assegura, na qualidade de bancos emis sores, os Bancos de Reserva Federais po
diferenciam dos demais bancos parti
essencial do .sistema.
estudar os problemas cconóniicos mo-
culares. Nos seus estatutos, disposi ções especiais serão incluídas, no sen
derão criar, -^conforme as circunstancias,
Rc.serva o cada filial serão uma orgaiii-
mcntosos, bem como a situação dos mer
zação regional c local, bem como parle
tido de restringir os direitos, os- privi légios e os poderes que comumente são
cados, em geral, e dos negócios, om par
integrante dc uma vasta organização. Seus diretores e cmprcgado.s deverão
conferidos aos acionistas, no que se re
tícula;'. Assim, poderá aconselhar os di rigente:: do Sistema de Reserva Federal,
tanto a moeda propriamente dita, repre sentada pelos metais preciosos amoeda-
residir no distrito, e suas transações sc
fere à direção das sociedades anôni mas — tudo, é certo, com a finalidade
orientandü-os relativamente aos proble
efetuarão com bancos regionais e locais, dando, esse fato, unia representação efe
mas de ordem bancária, financeira e
membros ou ao público em geral, e.s-
monetária, que, porventura, mereçam a sua atenção e análise.
der prestar o serviç-o público a que se destina, como entidade bancária propul
tiva aos pontos dc vista c aos interesses particulares c peculiares das regiões a que pertencem. Outrossim, auxiliarão a política bancária, financeira c mone
criturarem somas, em favor daqueles seus clientes, nas suas respectivas con
açao, por isso mesmo, devem estar aci-
tária da alta administração nacional, à
culiares a esta organização, cada banco
lhes conferem, os Bancos de Reserva
de garantir a corporação no sentido de
ter vida absolutamente autônoma e po
sora do progresso do país, cuja vida e
«na e a coberto do ínterêsse individual,
qoe, muita vez, não se coaduna com o interesso coletivo.
Os Bancos de Reserva Federais serão Oíngidos por nove diretores, democràticamento eleitos, representando vários hropos de interesses. Um têrço da Di retoria sera denominada diretores da
classe A, um terço da.classe B, e, outro terço, da classe C.
Os diretores da classe A serão esco lhidos pelos representantes dos bancos
de deposito e de crédito real e indus trial; os da classe B deverão ser pes soas que, na ocasião da eleição exer
Cada Banco dc
Reseruíjs monetárias
De conformidade com as regras pe
qual ficarão adstritos, através do Con
dos e pelas notas ou bilhetes bancários de sua emissão, como a moeda contábil,
quando, concedendo créditos aos bancos
tas de depósitos. Usando da faculdade de que o sis tema e o privilégio de bancos emissores Federais se acharão em condições de
selho Federal dos Governadores, da Co missão Federal do Mercado Livre c da
particular, membro bancário do Siste ma dq Reserva Federal, deverá contri
prestar relevantes serviços - à economia
buir com uma porcentagem do seu ca
nacional.
junta Federal dos Conselheiros.
pital, que fôr estabelecida, para for
Êles serão, no regime do sistema, os bancos dos bancos e os bancos emisso
Os Bancos de Reserva Federais de vem estabelecer, em seus estatutos, dis
mação da reserva monetária, ou encaixe, do Banco de Reserva Federal do
posições tendcnte.s à cobrança de uma
seu dishfto.
tritos; — serão os disciplinadores e esti-
cota sobre todas as suas operações, des
Os bancos particulares referidos de verão ser, outrossim, obrigados a man
muladores do crédito; serão os regu ladores das taxas de desconto e os ti
tinada, não somente a cobrir as suas
despesas e pagar um dividendo limitado a seis por cento ao ano, como, também, para pagar unia contribuição ao Te-
res das suas respectivas zonas ou dis
ter suas reservas legais, em depósito, no
moneiros dos mercados financeiros e mo
Banco de Reserva Federal do seu dis
netários; serão os centralizadores de to
souro Fecieral e fazer adições de fun
trito. Essas reservas legais deverão , ser proporcionais aos próprios depósitos dos
ràs do país; serão os guardiões do ouro
do de reserva.
bancos particulares — membros bancá rios — variando a proporção exigida,
Para orientação dos í3aiicos de Re
das as atividades monetárias e financeinacional; serão, em última análise, o arrimo das atividades econômicas e os
propulsores do progresso da nação. Órgãos de função especializada
serva Federais, na sua ação cotidiana,
segundo a posição do membro bancá
o contato dessas organizações côm o
classe C que não poderão ser funcio nários, diretores ou acionistas de ne
Conselho Federal dos Governadores, com a Comissão Federal do Mercado
rio, bem como segundo o caráter do seu depósito e as suas necessidades de tesouraria. Êsses depósitos não vence
Livre e com a Junta Fcdeial dos Con
rão juros.
nhum estabelecimento de crédito, serão esco hidos e indicados pelo Conselho Fe deral dos Governadores, como represen
selheiros deve ser íntimo e con.slantc. •
■ As leis orgânicas do sistema estabe
centrais, diretores e orientadores, e os
A Comissão Federal do Mercado Li
lecerão as regras referentes às obriga
Bancos de Reserva Federais distritais,
ções, direitos e vantagens dos bancos membros do Sistema Federal de Reserva.
constituirá o núcleo em torno do qual gravitarão todos os elementos bancários,
Foculchde de emitir
financeiros e monetáriõs do país. Entretanto, para que seja perfeita a
A função fundamental dos Bancos de Reserva Federal será criar a moeda
organização do sistema, é mister que sejam criados alguns outros órgãos de
çam, ativamente, em seu distrito car gos em qualquer empreendimento co
mercial, industrial ou agrícola; os da
tante, que será, do Governo Federal e,
"ipso facto", do povo que o elegeu! Nessa conformidade, os homens de negócios, não banqueiros, constituirão
vre é que incumbe estudar e dirigir as ooerações do mercado livre dos Bancos do Reserva.
Dir-llies-a da oportunida
de da compra e venda dos valores títulos, efeitos e obrigações ~ do "mer cado livre". E as suas finalidades seI
O Sistema de Reserva Federal, com
preendendo, nessa expressão, os órgãos
mKm DiCliSTO EcONÓMK.o
36
ó, objetivando o maior e o mais seguro desenvolvimento econômico do pais. Os Bancos de Reser\'a Federais serão
a maioria dos diretores dos Bancos d,.
Tão a manutenção de bases para um
Reserva.
crédito bancário amplo, capaz de .satis
\'irão
As demais rcgrà.s a respeito
nos estatutos, na
conformidade
corporações organizadas para trabalhar a serviço público, sem visar lucros alem
dos interesses disciplínarcs e orgilniccs
do uma remuneração pequena, porem
Dcscentralizíição
fazer às necessidades comerciais, finan
ceiras e monetárias do país.
peculiares ao sistema.
justa, dó capital dos seus componentes. Êsse ó um dos caralerísticos que o.s
DíPESTO EcONÓNflCO
À Juntíi Federal dos Conselheiros,
que deverá, reunir-se trimestralmente,
A descentralização é o caraterístico
37
nacional c promover e disciplinar o cré dito, no sentido de estimular as ativi
dades econômicas, para o progresso da nação.
Sempre baseados e garantidos pelo privilégio de emitir, que o sistema lhes
pelo menos, na Capital da Rcpviblica, na sede do órgão central, incumbirá
assegura, na qualidade de bancos emis sores, os Bancos de Reserva Federais po
diferenciam dos demais bancos parti
essencial do .sistema.
estudar os problemas cconóniicos mo-
culares. Nos seus estatutos, disposi ções especiais serão incluídas, no sen
derão criar, -^conforme as circunstancias,
Rc.serva o cada filial serão uma orgaiii-
mcntosos, bem como a situação dos mer
zação regional c local, bem como parle
tido de restringir os direitos, os- privi légios e os poderes que comumente são
cados, em geral, e dos negócios, om par
integrante dc uma vasta organização. Seus diretores e cmprcgado.s deverão
conferidos aos acionistas, no que se re
tícula;'. Assim, poderá aconselhar os di rigente:: do Sistema de Reserva Federal,
tanto a moeda propriamente dita, repre sentada pelos metais preciosos amoeda-
residir no distrito, e suas transações sc
fere à direção das sociedades anôni mas — tudo, é certo, com a finalidade
orientandü-os relativamente aos proble
efetuarão com bancos regionais e locais, dando, esse fato, unia representação efe
mas de ordem bancária, financeira e
membros ou ao público em geral, e.s-
monetária, que, porventura, mereçam a sua atenção e análise.
der prestar o serviç-o público a que se destina, como entidade bancária propul
tiva aos pontos dc vista c aos interesses particulares c peculiares das regiões a que pertencem. Outrossim, auxiliarão a política bancária, financeira c mone
criturarem somas, em favor daqueles seus clientes, nas suas respectivas con
açao, por isso mesmo, devem estar aci-
tária da alta administração nacional, à
culiares a esta organização, cada banco
lhes conferem, os Bancos de Reserva
de garantir a corporação no sentido de
ter vida absolutamente autônoma e po
sora do progresso do país, cuja vida e
«na e a coberto do ínterêsse individual,
qoe, muita vez, não se coaduna com o interesso coletivo.
Os Bancos de Reserva Federais serão Oíngidos por nove diretores, democràticamento eleitos, representando vários hropos de interesses. Um têrço da Di retoria sera denominada diretores da
classe A, um terço da.classe B, e, outro terço, da classe C.
Os diretores da classe A serão esco lhidos pelos representantes dos bancos
de deposito e de crédito real e indus trial; os da classe B deverão ser pes soas que, na ocasião da eleição exer
Cada Banco dc
Reseruíjs monetárias
De conformidade com as regras pe
qual ficarão adstritos, através do Con
dos e pelas notas ou bilhetes bancários de sua emissão, como a moeda contábil,
quando, concedendo créditos aos bancos
tas de depósitos. Usando da faculdade de que o sis tema e o privilégio de bancos emissores Federais se acharão em condições de
selho Federal dos Governadores, da Co missão Federal do Mercado Livre c da
particular, membro bancário do Siste ma dq Reserva Federal, deverá contri
prestar relevantes serviços - à economia
buir com uma porcentagem do seu ca
nacional.
junta Federal dos Conselheiros.
pital, que fôr estabelecida, para for
Êles serão, no regime do sistema, os bancos dos bancos e os bancos emisso
Os Bancos de Reserva Federais de vem estabelecer, em seus estatutos, dis
mação da reserva monetária, ou encaixe, do Banco de Reserva Federal do
posições tendcnte.s à cobrança de uma
seu dishfto.
tritos; — serão os disciplinadores e esti-
cota sobre todas as suas operações, des
Os bancos particulares referidos de verão ser, outrossim, obrigados a man
muladores do crédito; serão os regu ladores das taxas de desconto e os ti
tinada, não somente a cobrir as suas
despesas e pagar um dividendo limitado a seis por cento ao ano, como, também, para pagar unia contribuição ao Te-
res das suas respectivas zonas ou dis
ter suas reservas legais, em depósito, no
moneiros dos mercados financeiros e mo
Banco de Reserva Federal do seu dis
netários; serão os centralizadores de to
souro Fecieral e fazer adições de fun
trito. Essas reservas legais deverão , ser proporcionais aos próprios depósitos dos
ràs do país; serão os guardiões do ouro
do de reserva.
bancos particulares — membros bancá rios — variando a proporção exigida,
Para orientação dos í3aiicos de Re
das as atividades monetárias e financeinacional; serão, em última análise, o arrimo das atividades econômicas e os
propulsores do progresso da nação. Órgãos de função especializada
serva Federais, na sua ação cotidiana,
segundo a posição do membro bancá
o contato dessas organizações côm o
classe C que não poderão ser funcio nários, diretores ou acionistas de ne
Conselho Federal dos Governadores, com a Comissão Federal do Mercado
rio, bem como segundo o caráter do seu depósito e as suas necessidades de tesouraria. Êsses depósitos não vence
Livre e com a Junta Fcdeial dos Con
rão juros.
nhum estabelecimento de crédito, serão esco hidos e indicados pelo Conselho Fe deral dos Governadores, como represen
selheiros deve ser íntimo e con.slantc. •
■ As leis orgânicas do sistema estabe
centrais, diretores e orientadores, e os
A Comissão Federal do Mercado Li
lecerão as regras referentes às obriga
Bancos de Reserva Federais distritais,
ções, direitos e vantagens dos bancos membros do Sistema Federal de Reserva.
constituirá o núcleo em torno do qual gravitarão todos os elementos bancários,
Foculchde de emitir
financeiros e monetáriõs do país. Entretanto, para que seja perfeita a
A função fundamental dos Bancos de Reserva Federal será criar a moeda
organização do sistema, é mister que sejam criados alguns outros órgãos de
çam, ativamente, em seu distrito car gos em qualquer empreendimento co
mercial, industrial ou agrícola; os da
tante, que será, do Governo Federal e,
"ipso facto", do povo que o elegeu! Nessa conformidade, os homens de negócios, não banqueiros, constituirão
vre é que incumbe estudar e dirigir as ooerações do mercado livre dos Bancos do Reserva.
Dir-llies-a da oportunida
de da compra e venda dos valores títulos, efeitos e obrigações ~ do "mer cado livre". E as suas finalidades seI
O Sistema de Reserva Federal, com
preendendo, nessa expressão, os órgãos
'f TI
Vi'
DicacsTo Económic*)
38
função especializada, que deverão agir,
sombra de bancos especializados, tais
mercado monetário.
como os bancos de crédito industrial, como vem sendo feito, de longa data,
Nessa ordem de idéias, teríamos que
disciplinar a economia popular, de ma neira a-que os fundos dela provenientes
principalmente nos Estados Unidos, In
fossem aplicados, produtivamente, em benefício geral do país. Para tanto, se ria mister que fosse organizada uma Caixa de Depósitos e Consignações, com a atribuição exclusiva de colocar, quer
países industriais.
no mercado financeiro, quer no mer cado monetário, os fundos arrecadados,
por meio das Caixas Econômicas — pri vadas, oficiais e postais — das Socie
dades de Seguros, das Sociedades Mú tuas e de Capitalização, das Caixas de Aposentadoria e Pensões, e dos Institutos
da Previdência. No momento atual, grandes, vultosíssimas somas de dinhei
raís. prestariam relevantes serviços as ati
vidades produtiva? do país. Criá-los é um imperativo irrecusável do incoercível desejo dc progredir dos brasileiros, A instituição do crédito agrário e do crédito industrial, cm operações a prazo
longo e médio, estaria assegurada no regime do Sistema Federal de Reserva, em harmonia com aqueles institutos,
operando" no mercado financeiro das praças do país. Na órbita do merca
movimentos no sentido da produção e circulação das riquezas.
ções sôbre títulos públicos e efeitos co
dustria, o comércio, a pecuária e a agri cultura do país lutam contra uma sen
Bancos de Credito Real — hipotecá rios e agrícolas — Bancos de Crédito
Industrial ("Banques d'affaires") devem ser criados com grandes capitais, em moldes modernos, para auxiliarem o desenvolvimenfo das indústrias e da la voura.
A criação das indústrias básicas, das indústrias manufatureiras de matérias
São Paulo
tESPECIAL PARA O "DIGESTO ECONÜMICO")
E esses bancHJS, à
sombra dos Bancos de Reser\'a Fede^
sível falta de crédito, que lhes tolhe os
ntos, improdutivamente, quando a in
pela Secretaria Técnica do Instituto de Economia da Associação Comercial de
glaterra, Alemanha, b^^pão e em outros
do monetário, os Bancos de Depósito e de Descontos, as Casas de Aceitação e I os Bancos Especializados em ^certos e determinados ramos dc produção e con sumo, operando em negocios bancários
ro acumulam-se nessas Caixas e Insti
Os Preços do Café
primas nacionais, sònienle é possível
tanto no mercado financeiro, como no
a vista e créditos a prazo curto e mé
dio, em descontos, empréstimos e cau merciais, em negócios de compra e ven da de efeitos comerciais e outros va
lores, em operações de aceitação e cãm-
bio, de "report" e outras que lhes são próprias, completarão a organização dos elementos que deverão constituir a pè-
riferia do Sistema Federal de^ Reserva. O centro dêste será , constituído pelos seis Bancos de Reserva Federais.
A Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo de há lon
Somando-se tôdas as despesas que ocor rem antes que o café chegue ao consu-
ga data vem realizando trabalhos no
midor, tem-se a explicação para o fato
sentido de fazer um estudo tão com
do produto ser vendido no varejo a Cr$
pleto quanto possível do problema ca-
558,80, em média, deixando pequena margem de lucro ao úHimo infennedíd-
feetro no Brasil.
Neste sentido sua
secretaria técnica
rto.
O distribuidor tem um lucro mo
procurou efetuar um estudo sobre os
derado, bem ntelhor, contudo, que o
preços dó café como subsídio para o.
do plantador, por não estar sujeito aos múltiplos azares agrícolas.
trabalho que a Comissão de Produção Agrícola vem objetivando. Valeu-se,
para tanto, principalmente dos dados de um inquérito realizado pelo "Food Research Institute", da Universidade de Stanford, sôbre a economia cafeeira mundial.
O Comissariado Americano do Co
mércio do Brasil estimou que pode con siderar-se como produção média de uina
lavoura cafeeira a de 47 arrobas por mil pés. Atendendo-se a esta produ ção média, ps custos de produção do café por saca em São Paulo se distri buem assim: (1) Cr$ 60,00 — para despesas de cultivo; 16,00 — para despesas de co. lheita;
13,00 — para transporte da co lheita
desde o cafezal
até a estação;
27,00 — para despesas de trans porte ate o porto;
6,00 — para despesas de beneficiamento
e
conserva
ção do maquinário; 16,00 — para custo de adminis tração e
18,00 — para taxa da comissão
O capital exigido na produção Nessa base, o custo médio de uma saca de café ficaria em Cr$ 157,00,
restando Cr$ 123,00 para o fazendeiro, sendo o café vendido na base de Cr$
280,00 por saca (2). Êsses Cr$ 123,00 incluiriam, além do lucro líquido prò-
priamente dito, os juros de inversão do
Como se vê, a situação não é das mais
invejáveis, principalmente se considc rarmos que o capital exigido na produ ção do café é muito maior que o exi
gido em outras produções agrícolas e
está sujeito a maiores riscos. Além dis so, ocorre um inconveniente muito gran
de no fato do trato dos cafesais exigir despesa idêntica, seja a colheita gran de ou seja pequena, de sorte que de tal forma o custo se mantém relativamente estável.
Porisso há grande importância no au mento ou na redução das colheitas. Su pondo que a soma dos custos de nmn colheita normal seja igual a 100, a soma
dos comissários.
Transforme os seus érros em degraus da escada que o conduzirá ao sucesso seguro e permanente. .
'
(1) Estimativas médias.
M
capital e a depreciação dos cafeeiros. ^
(2) Médias fornecidas por Lima No gueira & Cia., .para 1945.
'f TI
Vi'
DicacsTo Económic*)
38
função especializada, que deverão agir,
sombra de bancos especializados, tais
mercado monetário.
como os bancos de crédito industrial, como vem sendo feito, de longa data,
Nessa ordem de idéias, teríamos que
disciplinar a economia popular, de ma neira a-que os fundos dela provenientes
principalmente nos Estados Unidos, In
fossem aplicados, produtivamente, em benefício geral do país. Para tanto, se ria mister que fosse organizada uma Caixa de Depósitos e Consignações, com a atribuição exclusiva de colocar, quer
países industriais.
no mercado financeiro, quer no mer cado monetário, os fundos arrecadados,
por meio das Caixas Econômicas — pri vadas, oficiais e postais — das Socie
dades de Seguros, das Sociedades Mú tuas e de Capitalização, das Caixas de Aposentadoria e Pensões, e dos Institutos
da Previdência. No momento atual, grandes, vultosíssimas somas de dinhei
raís. prestariam relevantes serviços as ati
vidades produtiva? do país. Criá-los é um imperativo irrecusável do incoercível desejo dc progredir dos brasileiros, A instituição do crédito agrário e do crédito industrial, cm operações a prazo
longo e médio, estaria assegurada no regime do Sistema Federal de Reserva, em harmonia com aqueles institutos,
operando" no mercado financeiro das praças do país. Na órbita do merca
movimentos no sentido da produção e circulação das riquezas.
ções sôbre títulos públicos e efeitos co
dustria, o comércio, a pecuária e a agri cultura do país lutam contra uma sen
Bancos de Credito Real — hipotecá rios e agrícolas — Bancos de Crédito
Industrial ("Banques d'affaires") devem ser criados com grandes capitais, em moldes modernos, para auxiliarem o desenvolvimenfo das indústrias e da la voura.
A criação das indústrias básicas, das indústrias manufatureiras de matérias
São Paulo
tESPECIAL PARA O "DIGESTO ECONÜMICO")
E esses bancHJS, à
sombra dos Bancos de Reser\'a Fede^
sível falta de crédito, que lhes tolhe os
ntos, improdutivamente, quando a in
pela Secretaria Técnica do Instituto de Economia da Associação Comercial de
glaterra, Alemanha, b^^pão e em outros
do monetário, os Bancos de Depósito e de Descontos, as Casas de Aceitação e I os Bancos Especializados em ^certos e determinados ramos dc produção e con sumo, operando em negocios bancários
ro acumulam-se nessas Caixas e Insti
Os Preços do Café
primas nacionais, sònienle é possível
tanto no mercado financeiro, como no
a vista e créditos a prazo curto e mé
dio, em descontos, empréstimos e cau merciais, em negócios de compra e ven da de efeitos comerciais e outros va
lores, em operações de aceitação e cãm-
bio, de "report" e outras que lhes são próprias, completarão a organização dos elementos que deverão constituir a pè-
riferia do Sistema Federal de^ Reserva. O centro dêste será , constituído pelos seis Bancos de Reserva Federais.
A Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo de há lon
Somando-se tôdas as despesas que ocor rem antes que o café chegue ao consu-
ga data vem realizando trabalhos no
midor, tem-se a explicação para o fato
sentido de fazer um estudo tão com
do produto ser vendido no varejo a Cr$
pleto quanto possível do problema ca-
558,80, em média, deixando pequena margem de lucro ao úHimo infennedíd-
feetro no Brasil.
Neste sentido sua
secretaria técnica
rto.
O distribuidor tem um lucro mo
procurou efetuar um estudo sobre os
derado, bem ntelhor, contudo, que o
preços dó café como subsídio para o.
do plantador, por não estar sujeito aos múltiplos azares agrícolas.
trabalho que a Comissão de Produção Agrícola vem objetivando. Valeu-se,
para tanto, principalmente dos dados de um inquérito realizado pelo "Food Research Institute", da Universidade de Stanford, sôbre a economia cafeeira mundial.
O Comissariado Americano do Co
mércio do Brasil estimou que pode con siderar-se como produção média de uina
lavoura cafeeira a de 47 arrobas por mil pés. Atendendo-se a esta produ ção média, ps custos de produção do café por saca em São Paulo se distri buem assim: (1) Cr$ 60,00 — para despesas de cultivo; 16,00 — para despesas de co. lheita;
13,00 — para transporte da co lheita
desde o cafezal
até a estação;
27,00 — para despesas de trans porte ate o porto;
6,00 — para despesas de beneficiamento
e
conserva
ção do maquinário; 16,00 — para custo de adminis tração e
18,00 — para taxa da comissão
O capital exigido na produção Nessa base, o custo médio de uma saca de café ficaria em Cr$ 157,00,
restando Cr$ 123,00 para o fazendeiro, sendo o café vendido na base de Cr$
280,00 por saca (2). Êsses Cr$ 123,00 incluiriam, além do lucro líquido prò-
priamente dito, os juros de inversão do
Como se vê, a situação não é das mais
invejáveis, principalmente se considc rarmos que o capital exigido na produ ção do café é muito maior que o exi
gido em outras produções agrícolas e
está sujeito a maiores riscos. Além dis so, ocorre um inconveniente muito gran
de no fato do trato dos cafesais exigir despesa idêntica, seja a colheita gran de ou seja pequena, de sorte que de tal forma o custo se mantém relativamente estável.
Porisso há grande importância no au mento ou na redução das colheitas. Su pondo que a soma dos custos de nmn colheita normal seja igual a 100, a soma
dos comissários.
Transforme os seus érros em degraus da escada que o conduzirá ao sucesso seguro e permanente. .
'
(1) Estimativas médias.
M
capital e a depreciação dos cafeeiros. ^
(2) Médias fornecidas por Lima No gueira & Cia., .para 1945.
DrcnsTO Ecoxóníto
dos custos de uma colheita dobrada será somente 125, enquanto numa colheita •
igual à metade da normal tal soma será superior a 87,5. Isto significa que, cus
í
i»
midor e, durante um tempo que esti mamos relati\'amcnte longo, será, se
gundo todas as probabilidades,'o único
tando uma saca de café, de uma co
consumidor maciço da no.s.sa produção
lheita normal, Cr$ 144,00, o custo da
cafeeira.
saca de uma colheita dobrada será Cr$
104,40 e o da saca de uma colheita pe
Ê.s.s-e preço do Cr$ 568,80 por saca, graças ao congelamento, manteve-se até
quena de Cr$ 252,00. Daí decorre uma grande fragilidade da cultura ca-
o ano dc 1945 inclusive. Aparentemen te, o lucro do varejista norte-americano
feeira. A lei do rendimento não pro porcional age de tal forma sobre ela que,
•1
to conslit"uí hoje o nosso r*aior consu
do café a Cr$ 280,00, deixa uma dife
í FORDlâlDU E d "IIEEEII BRdVIUEdSIS
saído do porto de Santos, se onera com
(Aulor de "A Crise Amezuiiicu e a Borracha'
é enorme, porquanto \cndida nossa saca
nccessàriamente, o trabalho da cultura rença de Cr$ 278,80. Entretanto, te cafeeira repre.senta uma veradeira aven-' mos a considerar que o café, uma vez
;
. tura.
Entraves à expansão do consumo
Os preços elevados do café torrado
nos. mercados consumidores são pode^"^raves à expansão de seu con
cirno. Mesmo nos Estados Unidos, one nenhuma taxa de entrada é cobrada, I
torrado fica em média França alcançava
rr<t
1-002.00,
em°
1939,
Unido Cr$... chegando a ele-
var-so na Itália a Cr$ 1 782 50
por Aniando MeíVoks
o -frete transoceânico, que custa em média Cr$ 29,00 por .saca; com os se
Já em 1938 a Companhia Ford, do tado, em terras dc sua concessão, tanto
guros, que se elevam a Cr$ 14,50; com as despesas de remoção de carga, trans
T^ajós, no Estado do Pará, havia plan-
A Concessão Ford compreende uma área do terras clevolutas, à margem di
porte e armazenamento que somam
na Fordlãndia como em Belterra* cerca
reita do rio Tapajós, de aproximada
Je 3,000.000 dc seringueiras (Ilévea
Cr$ 13,50.
A peor situação é a do pJantadòr
Brusiliensis), as quais foram cuidadosamento selecionadas e preparadas, u fim
Consideremos, ainda, que na ocasião
do ciarem o máximo de produção. Pe los estudos feitos, até aquela época, cada gnipo de 100 pés da hévea nativa podia
da torração há uma redução do volume,
que, conforme ,a espécie de café, chega a atingir 20%. O Bureau de Produção
fornecer de 100 a 150 quilos de látex,
paraa esta enorme e evaçãocontribuTAdo do preço, há
de Guerra Norte-Americano avaliou em
ao passo que de árvores escolhidas, nas
12% esta redução do volume. Se ava
CrS 310,73 por ta.s eram de saca.direitos Na Inelaterri Cr1%T7o''' elevaram-se Ur§ 74,70 por saca, enquantoapenas na Ale'A manha eram de Cr$ 703,40. Na Itália chegavam a alcançar Cr$ 92010 FeV
liarmos que o café verde chega ao cais ao preço médio de Cr$ 337,00, uma vez torrado passará a custar Cr$ 417,00. Somando-se as despesas de empacota mento, que oscilam entro Cr$ 26,10 e 120,50 por saca fracionada, os impostos
pJantaçoes orientais, do 500 a 1.200 quílo.?. Existiam, outrossim, nas culturas
tas as respectivas deduções dos direiT i? 1939, de Cr$ 558,80 para os EstadoscmUnidos
'^sto nao serern cobrados direitos âè
Cr^fe 30 «fílqn ' oo2,30 para
M
n®
a Itália.
^ França, e Cr$
Dctenhamo-nos mais no caso noríe-
(eSPECIM. r.VRA o
"nicESTo econômico")
e a comissão comercial, além dos lucros do atacadista, explica-se porque o café
regulava, então, em
moderado. Na verdade, .sua posição é, entretanto, bem melhor que a do plan
porque não está sujeito aos múl amcncano, visto que a América do Nor- '' tador, tiplos azares que vitimam a produção.
do Santarém, a fim de facilitar, em
qualquer época do ano, o "embar que de seus prodütos, como tam bém o desenvolvimento de novas plan
tações o e.xplorações agrícolas e in dustriais.
concementes
à
suá
con
cessão.
Instalações
Com o notícia de que foram transfe em tempo oportuno, ridas para o govêrno brasileiro as plan Amparada aos far mais de 5.000.000 tações de seringueiras da Companhia tos recursos do arde mudas. Ford, no norte do país, torna-se opor quimillonário ameri
média, deixando pequena^ margem" de tribuidor de café tem, pois, um lucro
por igual área de terras no município
rcm transplantadas,
A produção total do Estado do Pará
O dis
A Com
tado uma área de 281.500 hectares,
incipientes de Ford, ern viveiros para sc-
é vendido no varejo a Cr$ 558,80 em lucro ao último intermediário,
mente 1.000.000 de hectares.
panhia, em 1934, permutou com o Es
tuno o conhecimento sôhre 'as parti
cano e à iniciativa,
cularidades que ditaram c em que se que singulariza o processou êsse importante cometirnen- empreendimento ian
to. O A. do presente artigo, que há que, — a Emprêsa ladas anuais; e as tempos se dedica ao estudo do pro Ford tem, nas suas blema da borracha no Brasil, mosfm terras, o mais per necessidades da fa bricação de automó que a causa princip'al do abandono, da feito aparelhamento veis de Ford, nas referida emprêsa pelo fabricffnte ame agrícola - industrial, suas atividades nor ricano repousa no retórno e intensifi em 920 construções, mais, iam a 3.500 a cação das importações do procfwfo do destinadas aos vários 4.000 loneladas men Extremo Oriente por parle dos Esta misteres, com per 4.800 a 4.900 tone
sais.
dos Unidos.
feito serviço de luz
DrcnsTO Ecoxóníto
dos custos de uma colheita dobrada será somente 125, enquanto numa colheita •
igual à metade da normal tal soma será superior a 87,5. Isto significa que, cus
í
i»
midor e, durante um tempo que esti mamos relati\'amcnte longo, será, se
gundo todas as probabilidades,'o único
tando uma saca de café, de uma co
consumidor maciço da no.s.sa produção
lheita normal, Cr$ 144,00, o custo da
cafeeira.
saca de uma colheita dobrada será Cr$
104,40 e o da saca de uma colheita pe
Ê.s.s-e preço do Cr$ 568,80 por saca, graças ao congelamento, manteve-se até
quena de Cr$ 252,00. Daí decorre uma grande fragilidade da cultura ca-
o ano dc 1945 inclusive. Aparentemen te, o lucro do varejista norte-americano
feeira. A lei do rendimento não pro porcional age de tal forma sobre ela que,
•1
to conslit"uí hoje o nosso r*aior consu
do café a Cr$ 280,00, deixa uma dife
í FORDlâlDU E d "IIEEEII BRdVIUEdSIS
saído do porto de Santos, se onera com
(Aulor de "A Crise Amezuiiicu e a Borracha'
é enorme, porquanto \cndida nossa saca
nccessàriamente, o trabalho da cultura rença de Cr$ 278,80. Entretanto, te cafeeira repre.senta uma veradeira aven-' mos a considerar que o café, uma vez
;
. tura.
Entraves à expansão do consumo
Os preços elevados do café torrado
nos. mercados consumidores são pode^"^raves à expansão de seu con
cirno. Mesmo nos Estados Unidos, one nenhuma taxa de entrada é cobrada, I
torrado fica em média França alcançava
rr<t
1-002.00,
em°
1939,
Unido Cr$... chegando a ele-
var-so na Itália a Cr$ 1 782 50
por Aniando MeíVoks
o -frete transoceânico, que custa em média Cr$ 29,00 por .saca; com os se
Já em 1938 a Companhia Ford, do tado, em terras dc sua concessão, tanto
guros, que se elevam a Cr$ 14,50; com as despesas de remoção de carga, trans
T^ajós, no Estado do Pará, havia plan-
A Concessão Ford compreende uma área do terras clevolutas, à margem di
porte e armazenamento que somam
na Fordlãndia como em Belterra* cerca
reita do rio Tapajós, de aproximada
Je 3,000.000 dc seringueiras (Ilévea
Cr$ 13,50.
A peor situação é a do pJantadòr
Brusiliensis), as quais foram cuidadosamento selecionadas e preparadas, u fim
Consideremos, ainda, que na ocasião
do ciarem o máximo de produção. Pe los estudos feitos, até aquela época, cada gnipo de 100 pés da hévea nativa podia
da torração há uma redução do volume,
que, conforme ,a espécie de café, chega a atingir 20%. O Bureau de Produção
fornecer de 100 a 150 quilos de látex,
paraa esta enorme e evaçãocontribuTAdo do preço, há
de Guerra Norte-Americano avaliou em
ao passo que de árvores escolhidas, nas
12% esta redução do volume. Se ava
CrS 310,73 por ta.s eram de saca.direitos Na Inelaterri Cr1%T7o''' elevaram-se Ur§ 74,70 por saca, enquantoapenas na Ale'A manha eram de Cr$ 703,40. Na Itália chegavam a alcançar Cr$ 92010 FeV
liarmos que o café verde chega ao cais ao preço médio de Cr$ 337,00, uma vez torrado passará a custar Cr$ 417,00. Somando-se as despesas de empacota mento, que oscilam entro Cr$ 26,10 e 120,50 por saca fracionada, os impostos
pJantaçoes orientais, do 500 a 1.200 quílo.?. Existiam, outrossim, nas culturas
tas as respectivas deduções dos direiT i? 1939, de Cr$ 558,80 para os EstadoscmUnidos
'^sto nao serern cobrados direitos âè
Cr^fe 30 «fílqn ' oo2,30 para
M
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a Itália.
^ França, e Cr$
Dctenhamo-nos mais no caso noríe-
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moderado. Na verdade, .sua posição é, entretanto, bem melhor que a do plan
porque não está sujeito aos múl amcncano, visto que a América do Nor- '' tador, tiplos azares que vitimam a produção.
do Santarém, a fim de facilitar, em
qualquer época do ano, o "embar que de seus prodütos, como tam bém o desenvolvimento de novas plan
tações o e.xplorações agrícolas e in dustriais.
concementes
à
suá
con
cessão.
Instalações
Com o notícia de que foram transfe em tempo oportuno, ridas para o govêrno brasileiro as plan Amparada aos far mais de 5.000.000 tações de seringueiras da Companhia tos recursos do arde mudas. Ford, no norte do país, torna-se opor quimillonário ameri
média, deixando pequena^ margem" de tribuidor de café tem, pois, um lucro
por igual área de terras no município
rcm transplantadas,
A produção total do Estado do Pará
O dis
A Com
tado uma área de 281.500 hectares,
incipientes de Ford, ern viveiros para sc-
é vendido no varejo a Cr$ 558,80 em lucro ao último intermediário,
mente 1.000.000 de hectares.
panhia, em 1934, permutou com o Es
tuno o conhecimento sôhre 'as parti
cano e à iniciativa,
cularidades que ditaram c em que se que singulariza o processou êsse importante cometirnen- empreendimento ian
to. O A. do presente artigo, que há que, — a Emprêsa ladas anuais; e as tempos se dedica ao estudo do pro Ford tem, nas suas blema da borracha no Brasil, mosfm terras, o mais per necessidades da fa bricação de automó que a causa princip'al do abandono, da feito aparelhamento veis de Ford, nas referida emprêsa pelo fabricffnte ame agrícola - industrial, suas atividades nor ricano repousa no retórno e intensifi em 920 construções, mais, iam a 3.500 a cação das importações do procfwfo do destinadas aos vários 4.000 loneladas men Extremo Oriente por parle dos Esta misteres, com per 4.800 a 4.900 tone
sais.
dos Unidos.
feito serviço de luz
fmwr
Dicesto Econômico
Dicesto Econónhco
42
etru?ão''forcarínhosamente águ^ fütrada. tratada a
foi carinhosamente
A ins-
tipo e homogeneidade de goina-eiásti-
atendida, atendida, em
ca, a de mais "nervo" e consistêncú
riscolas. e dispensada a perto de 500 crianças de ambos os sexos. Há ah
fria; gabinetes dentários e serviç-os mé dicos, confiados a profissionais brasi leiros de competência reconhecida. Botâtiica da Hóvea
A hévea abrange, de acordo com o botânico Adolfo Ducke, cêrca de 12
espécies: H. Guianensis, Lutea, Benthamiana, Rigidiofolia, Brasiliensis, Palu-
ObA^O
física.
ilxiUufl
(ih-il 1
A Cultura
serviç-o hospitalar, com de 120 Depois de cultivado, no Oriente lon leitos, raios X e ultravioleta, laborató gínquo, até 1941, o total de 8.578.507 rios, farmácia, salas de operaçao, necro térios e instalações de água quente e
43
acres, com a produção, até outubro
5: inOf
•V
dêsse ano,, de 1.209.892 toneladas ex portadas c a capacidade franca de... 1.500.000 toneladas, sentiu o planta
dor que o problema do cometimeuto não mais estava na quantidade das ár vores e sim na melbora e maior abun dância laté.xica. Criou, então, pelo en
xerto, o "clone", — um tipo de alta produção, em menor área — e, ao mes
Sanlír-cm
fire
Maranlio
mo tempo, de maior robustez física. A demonstração prática e irrefragável dis so foi que o rendimento poi hectau'
y
crnani ■>HCO
so tomou duas a cinco vôzes maior do
que o de igual área plantada de serin
í(
gueiras comuns. Isto levou Ford a im portar de Sumatra, Java e Ceilão "clo nes" de alta produção, que foram em
pregados nas seringueiras plantadas em Belterra (2.672.225 árvores, até 1940), numa área do 4.856 hectares. De um
milhão, - quantidade aproximada, de seringueiras plantadas, até aquele ano, 60.000 estavam cm estado de cor
dosa, Humilior, Viridis, Pauciflora, Spruciana, Minor e Caporum. Delas, a Brasiliensis, a Benthamia-
na 6 a Guianensis são quase q'ue as
únicas espécies comercialmente explo radas no Grande Vale; e destas, a pri meira, a que produz borracha de me
lhor qualidade. Nota-se-lhe, entretan to, como nas héveas em geral, de indi víduo para indivíduo, o que botânicamente se chama variação, isto c, espé
te, produzindo de 10 a 100 c.c. dt" látex, por árvore, e a média de 33Í a 37% de borracha saca.
As plantações mais recentes, apre ciadas no seu desenvolvimento, em 1939foram iniciadas em 1935, em Belterr;'-
em solo argilo-sílico-humoso, permeável
ligeiramente ácido, próprio ao plantú'|
bre^%^°^' e estudos sô® hévea.s" em pesquisas geral, suas variações,
cruzamentos, doenças e cultura, de gran® importância sob o ponto de vista científico e econômico para a região ama("Hévea Brasiliensis" — Rela-
J^rio do dr. Luís Caetano de Oliveira Cabral 1940).
No entanto, c esse técnico experimen
tado
à página 13 do relatório, feito
cimes com maior ou . menor abundân
cia de látex, maior ou menor teor de
didas.
A Fordlandia tornou-se "o maior cam
ríca do Sul, onde técnicos na especia
lidade, aparelhados com magníficos la-
mento, - oons.dere que^^ vpn no Oriente, entra eu» corte com 6 a 7 anos, ao. metro corte atingir acima 54 o. de circunfemncia
ondrTdetrl fezer-a sangria.
O nosso clichê indicará o mapa ilus
levadas por êle, no vapor ^o Ama
sendo de conformação acidentada, em declive, concorre .para que as enxur
po experimental da seringueira da Ainá-
crer, devem co^^^ribuir aque
'ordlandia retardamento no desenvolvi--
bó e teak, que a. Companhia íntrodn* em culturas experimentais, bem suce
ças de coloração e espessura da casca, sem que cheguem a constituir, contu do, novas espécies ou sub-espécies. É a Br.isiliensis a produtora do melhor
estamos a
^trelanto
trativo da região, no Tapajós, de onde
da hévea, como também do outras cul* e turas, — o pau-de-balsa, o tung, o tim*
Perspectivas
ca,Outro/falôres, foi logo
orgâni-
luao visita à região, em fins de J39 diz apresentarem as plantações da das espécies cultivadas, o que poderia ser atribuído à constituição e
borracha, além de outras dissemelhan-
barragem àquela desagregação
pouca permeabilidade do terreno.
Êste,
radas das águas pluviais desagreguem o arrastem a matéria orgânica, empohrecendo-o.
Aliás, esse fenômeno de erosão, fà-
cilmente corrigido, hoje, pela plantação
da Pueraria Phaseloides, e outras, como
Wickham coletou as sementes, em 1876, zonas", para os Jardins de Kew, em Londres. (")•
A borracha das plantações do Oriente
provém de uma região que só produz a
qualidade inferior, conhecida nos meios
manufatureiros como "Tapajós-soft-cure",. certo, resultante das condições ecoló
gicas, ali prevalecentes.
Tal fato foi
(x) "On the Plantation, Cultivatlon, and
Curing Pará In-dian Rubber", 1908.
fmwr
Dicesto Econômico
Dicesto Econónhco
42
etru?ão''forcarínhosamente águ^ fütrada. tratada a
foi carinhosamente
A ins-
tipo e homogeneidade de goina-eiásti-
atendida, atendida, em
ca, a de mais "nervo" e consistêncú
riscolas. e dispensada a perto de 500 crianças de ambos os sexos. Há ah
fria; gabinetes dentários e serviç-os mé dicos, confiados a profissionais brasi leiros de competência reconhecida. Botâtiica da Hóvea
A hévea abrange, de acordo com o botânico Adolfo Ducke, cêrca de 12
espécies: H. Guianensis, Lutea, Benthamiana, Rigidiofolia, Brasiliensis, Palu-
ObA^O
física.
ilxiUufl
(ih-il 1
A Cultura
serviç-o hospitalar, com de 120 Depois de cultivado, no Oriente lon leitos, raios X e ultravioleta, laborató gínquo, até 1941, o total de 8.578.507 rios, farmácia, salas de operaçao, necro térios e instalações de água quente e
43
acres, com a produção, até outubro
5: inOf
•V
dêsse ano,, de 1.209.892 toneladas ex portadas c a capacidade franca de... 1.500.000 toneladas, sentiu o planta
dor que o problema do cometimeuto não mais estava na quantidade das ár vores e sim na melbora e maior abun dância laté.xica. Criou, então, pelo en
xerto, o "clone", — um tipo de alta produção, em menor área — e, ao mes
Sanlír-cm
fire
Maranlio
mo tempo, de maior robustez física. A demonstração prática e irrefragável dis so foi que o rendimento poi hectau'
y
crnani ■>HCO
so tomou duas a cinco vôzes maior do
que o de igual área plantada de serin
í(
gueiras comuns. Isto levou Ford a im portar de Sumatra, Java e Ceilão "clo nes" de alta produção, que foram em
pregados nas seringueiras plantadas em Belterra (2.672.225 árvores, até 1940), numa área do 4.856 hectares. De um
milhão, - quantidade aproximada, de seringueiras plantadas, até aquele ano, 60.000 estavam cm estado de cor
dosa, Humilior, Viridis, Pauciflora, Spruciana, Minor e Caporum. Delas, a Brasiliensis, a Benthamia-
na 6 a Guianensis são quase q'ue as
únicas espécies comercialmente explo radas no Grande Vale; e destas, a pri meira, a que produz borracha de me
lhor qualidade. Nota-se-lhe, entretan to, como nas héveas em geral, de indi víduo para indivíduo, o que botânicamente se chama variação, isto c, espé
te, produzindo de 10 a 100 c.c. dt" látex, por árvore, e a média de 33Í a 37% de borracha saca.
As plantações mais recentes, apre ciadas no seu desenvolvimento, em 1939foram iniciadas em 1935, em Belterr;'-
em solo argilo-sílico-humoso, permeável
ligeiramente ácido, próprio ao plantú'|
bre^%^°^' e estudos sô® hévea.s" em pesquisas geral, suas variações,
cruzamentos, doenças e cultura, de gran® importância sob o ponto de vista científico e econômico para a região ama("Hévea Brasiliensis" — Rela-
J^rio do dr. Luís Caetano de Oliveira Cabral 1940).
No entanto, c esse técnico experimen
tado
à página 13 do relatório, feito
cimes com maior ou . menor abundân
cia de látex, maior ou menor teor de
didas.
A Fordlandia tornou-se "o maior cam
ríca do Sul, onde técnicos na especia
lidade, aparelhados com magníficos la-
mento, - oons.dere que^^ vpn no Oriente, entra eu» corte com 6 a 7 anos, ao. metro corte atingir acima 54 o. de circunfemncia
ondrTdetrl fezer-a sangria.
O nosso clichê indicará o mapa ilus
levadas por êle, no vapor ^o Ama
sendo de conformação acidentada, em declive, concorre .para que as enxur
po experimental da seringueira da Ainá-
crer, devem co^^^ribuir aque
'ordlandia retardamento no desenvolvi--
bó e teak, que a. Companhia íntrodn* em culturas experimentais, bem suce
ças de coloração e espessura da casca, sem que cheguem a constituir, contu do, novas espécies ou sub-espécies. É a Br.isiliensis a produtora do melhor
estamos a
^trelanto
trativo da região, no Tapajós, de onde
da hévea, como também do outras cul* e turas, — o pau-de-balsa, o tung, o tim*
Perspectivas
ca,Outro/falôres, foi logo
orgâni-
luao visita à região, em fins de J39 diz apresentarem as plantações da das espécies cultivadas, o que poderia ser atribuído à constituição e
borracha, além de outras dissemelhan-
barragem àquela desagregação
pouca permeabilidade do terreno.
Êste,
radas das águas pluviais desagreguem o arrastem a matéria orgânica, empohrecendo-o.
Aliás, esse fenômeno de erosão, fà-
cilmente corrigido, hoje, pela plantação
da Pueraria Phaseloides, e outras, como
Wickham coletou as sementes, em 1876, zonas", para os Jardins de Kew, em Londres. (")•
A borracha das plantações do Oriente
provém de uma região que só produz a
qualidade inferior, conhecida nos meios
manufatureiros como "Tapajós-soft-cure",. certo, resultante das condições ecoló
gicas, ali prevalecentes.
Tal fato foi
(x) "On the Plantation, Cultivatlon, and
Curing Pará In-dian Rubber", 1908.
T
DifíE-STO Eros'ÓMic<
44
clocMinentado em capítulo do nosso^ es tudo "A Borracha no Brasil", 1.® Série,
americanas já começam a preconizar a substituição da "síntese" pelo produto
Tapajós, em que pese às alegações que
natural, especialmente nos artigos era quo o fator "qualidade" é predominante. "O.s Milagre.s da Química", de Wil-
Brasil, por cinco' milhões de cruzeiros,
liams Haynes, excelente versão de Víctor
às as paginas páginas 4b-o8, 45-58, e e acreditamos acreditamos ter concoii** * - -1 _ r7 -1 «í-» iribuído para o_ •insucesso de Ford, no
o levaram a transferir ao governo do as Fordlandia c — suas propriedades propiicuauvi da ua roruimi
séria ponderação, especialmente aquele
155.586.249.00.
Con.siderem-.se, por outro lado, os oito-
cento.s milhões de dólares, invertidos nas
fabricas e instalações do elastomero, co mo recurso de urgência, imposto pelas aperturas do conflito universal, em con seqüência do desastre de PearI Harbour, T EE. UU.—do do T® 1 milhão de toneladas, e oconsumo retômo
nwJüf"?
^^<^scente daquela produção
^ 1*500.000 toneladas, e ver-
reaiíçi}.^"®, influído no espírito abon/l fabricante americano, para cirriin?í!" empreendimento, que as nomirvf CrS QT
tornaram anti-ecopropriedades em
« Prejuízo verifi cado foi de Cr$ 67.245.000,00 rach-,'l'Tf?"' embarques de bor-
werZfn
por J. P. CoEU
(Encarregado da elaboração dc* normas técnicas dc administração do material do D*S.P, e secretário do Conselho dc Estudos do Material" do Estado dc S Paulo)
tulos .sôbrc o a.ssunto, que nos merece
Beltcrra, onde já dispendera Cr$
-se-á
de Azevedo, inclui dois longos capí
RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL
o voraz
swing de reconshtuição, - embarques
em que se diz: — "Não é borracha, se bem o pareça". O autor nos adverte que o seu país regularmente consome dois terços da borracha produzida com
os seus oitenta por cento de todos c# automóveis do iiTiindo, a rodarem sôbro
pneumático.s, e com o seu triplo dos ôni
bus e caminbõe.s, e tratores dc fazendas, que possuem os.demais países reunidos, a depender aquele sistema do transpor
te, grandemente, do material elásúco.
(ESrEClAl. 1'ARA O "dICESTO ECONÓRIICO")
houve, neste século, dois sur NotosBrasil de industrialização <|uc sc carac-'
tcrizaram pela improvisação, imposta, principalmente, pela falta dc importa ção de utilidades, durante as guerras dc 1914-18 c do 1938-45. A verdade c que, agora, contra as evidencias cm con
trario — a vastidão territorial e a bai.xa
densidade demográfica; a falta dc esco
Além disso, bá as necessidades dc sua
las técnicas de graus médio e superior
formidável frota aérea. Tudo isso requer
e a incipiente tecnologia indígena; a
20.000 toneladas diárias de um produ
ausência do capital c a de.sconfiança dos
to natural, dc qualidades físicas até aqui
particulares nas inversões a longo prazo — a verdade é que o Brasil deixou de
insubstituíveis.
Ao passo que a defesa econômica cia Amazônia nos aconselha a acompanhar com o máximo cuidado o restabelecimen
Dcpois dc uni cstudn do mercado, o ín- ^ dustrial que pretenda montar uma cm-
présa nova deverá entrar no- exame do cu.slo, computados a matéria prima e a secundária, a mão de obra e os gastos ■
gerais. Sem isto, a produção será cm-.' -pírica.' Sem dúvida, o interêsse do fa bricante é produzir um tipo padrão, pelo menor preço possível, o qúe lhe será im
possível sem o controle dos ensaios de laboratório, quanto à realidade, e da contabilidade de custo, quanto à eco nomia.
ser um "país essencialmente agrícola"
.mos informados, a montagem da .usina
o o empirismo dc que ,sc revestiu a sua
do alumínio dc Saramcnha, nas proxi midades dc Ouro Preto, em Minus, a
industrialização está exigindo a aplica ção urgente e cabal das idéias raciona-
primeira c a única instalada em nossa terra, ficou em 100 milhões de cruzei ros- possui 22 fomos elétrico.s, com ca pacidade para produzirem 200 tonela
to das importaçÕe.s, pelos Estados Uni dos, da matéria prima do Oriente, acautelando o nosso papel de produtores, não se deve perder de vista a advertência dc Haynes, do que podem conseguir, com os milagres da química, nas fábricas
Hzadoras nas empresas cm funcionamen
americanas, os seu.s persistentes "agluti-
cia do matéria prima, como a bauxita,
nadores de moléculas", para darem ao
por exemplo, da qual é extraído o alu
Política de inversão
afirma, produzir
.sub.ílituto da bor
mínio, e do baixo padrão de vida do
1.200.000 tone
racha natural
operariado, o Brasil parece oferecer as
aquilo
Desde que possuímos matéria prima em abundância e de fácil extração, o
do seT"™^™
do ÕSsrn
de auSc
cava 8 nín f P-, f = embarEF destino aos • Et,. un UU., ao'"""'"das. preço de com 221/2 centavos
por hbra-peso (2.2046 Ibs. = 1 bilog ) A fabncaçao do elaslòmoro, que podera>
segundo
se
ladas por ano, fnostra-se apreen
que lhe
to e nas que venham a ser criadas, se
não quisermos aumentar as lamentáveis conseqüências .da deflação c da concor
rência dos manufatores estrangeiros. À primeira vi.sta, graças à abundân
melhores possibilidades para a instala
das de alumínio por mês, e emprega
1 300 operários, com ordenados horários que iam, em setembro de 1945, de Cr$ 1,80 a 2,50.
seu aproveitamento fica na dependên
falta., e realizar-
ção de grandes indústrias. Todavia,
cia da obtenção do capital necessário
se a profecia de Nieuwland, ao
uma indústria como a do alumínio exi
dúzias de nbvos
partições oficiais
dágua, mas o seu aproveitamento para
para a montagem da usina de transfor mação. Acontece que nem sempre as jazidas se localizam próximas dos maio res centros industriais, em pontos ser vidos por meio de transporte eficientes
suceda n e o s da
e autorid a d e s
goma natural.
a produção de energia elétrica também requer vultoso capital. Segundo esta-
ferro e da hulha, em que a matéria prima
siva de vir a per• der o mercado, que lhe criou a.
afirmar que se
X:
riam descobertas
guerra; e as re
'
í r..
ge a montagem de altos fornos, de eus-,
to elevado e energia barata. Felizmen te, o Brasil possui abundantes quedas
e baratos ou", ainda, como é o caso do
T
DifíE-STO Eros'ÓMic<
44
clocMinentado em capítulo do nosso^ es tudo "A Borracha no Brasil", 1.® Série,
americanas já começam a preconizar a substituição da "síntese" pelo produto
Tapajós, em que pese às alegações que
natural, especialmente nos artigos era quo o fator "qualidade" é predominante. "O.s Milagre.s da Química", de Wil-
Brasil, por cinco' milhões de cruzeiros,
liams Haynes, excelente versão de Víctor
às as paginas páginas 4b-o8, 45-58, e e acreditamos acreditamos ter concoii** * - -1 _ r7 -1 «í-» iribuído para o_ •insucesso de Ford, no
o levaram a transferir ao governo do as Fordlandia c — suas propriedades propiicuauvi da ua roruimi
séria ponderação, especialmente aquele
155.586.249.00.
Con.siderem-.se, por outro lado, os oito-
cento.s milhões de dólares, invertidos nas
fabricas e instalações do elastomero, co mo recurso de urgência, imposto pelas aperturas do conflito universal, em con seqüência do desastre de PearI Harbour, T EE. UU.—do do T® 1 milhão de toneladas, e oconsumo retômo
nwJüf"?
^^<^scente daquela produção
^ 1*500.000 toneladas, e ver-
reaiíçi}.^"®, influído no espírito abon/l fabricante americano, para cirriin?í!" empreendimento, que as nomirvf CrS QT
tornaram anti-ecopropriedades em
« Prejuízo verifi cado foi de Cr$ 67.245.000,00 rach-,'l'Tf?"' embarques de bor-
werZfn
por J. P. CoEU
(Encarregado da elaboração dc* normas técnicas dc administração do material do D*S.P, e secretário do Conselho dc Estudos do Material" do Estado dc S Paulo)
tulos .sôbrc o a.ssunto, que nos merece
Beltcrra, onde já dispendera Cr$
-se-á
de Azevedo, inclui dois longos capí
RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL
o voraz
swing de reconshtuição, - embarques
em que se diz: — "Não é borracha, se bem o pareça". O autor nos adverte que o seu país regularmente consome dois terços da borracha produzida com
os seus oitenta por cento de todos c# automóveis do iiTiindo, a rodarem sôbro
pneumático.s, e com o seu triplo dos ôni
bus e caminbõe.s, e tratores dc fazendas, que possuem os.demais países reunidos, a depender aquele sistema do transpor
te, grandemente, do material elásúco.
(ESrEClAl. 1'ARA O "dICESTO ECONÓRIICO")
houve, neste século, dois sur NotosBrasil de industrialização <|uc sc carac-'
tcrizaram pela improvisação, imposta, principalmente, pela falta dc importa ção de utilidades, durante as guerras dc 1914-18 c do 1938-45. A verdade c que, agora, contra as evidencias cm con
trario — a vastidão territorial e a bai.xa
densidade demográfica; a falta dc esco
Além disso, bá as necessidades dc sua
las técnicas de graus médio e superior
formidável frota aérea. Tudo isso requer
e a incipiente tecnologia indígena; a
20.000 toneladas diárias de um produ
ausência do capital c a de.sconfiança dos
to natural, dc qualidades físicas até aqui
particulares nas inversões a longo prazo — a verdade é que o Brasil deixou de
insubstituíveis.
Ao passo que a defesa econômica cia Amazônia nos aconselha a acompanhar com o máximo cuidado o restabelecimen
Dcpois dc uni cstudn do mercado, o ín- ^ dustrial que pretenda montar uma cm-
présa nova deverá entrar no- exame do cu.slo, computados a matéria prima e a secundária, a mão de obra e os gastos ■
gerais. Sem isto, a produção será cm-.' -pírica.' Sem dúvida, o interêsse do fa bricante é produzir um tipo padrão, pelo menor preço possível, o qúe lhe será im
possível sem o controle dos ensaios de laboratório, quanto à realidade, e da contabilidade de custo, quanto à eco nomia.
ser um "país essencialmente agrícola"
.mos informados, a montagem da .usina
o o empirismo dc que ,sc revestiu a sua
do alumínio dc Saramcnha, nas proxi midades dc Ouro Preto, em Minus, a
industrialização está exigindo a aplica ção urgente e cabal das idéias raciona-
primeira c a única instalada em nossa terra, ficou em 100 milhões de cruzei ros- possui 22 fomos elétrico.s, com ca pacidade para produzirem 200 tonela
to das importaçÕe.s, pelos Estados Uni dos, da matéria prima do Oriente, acautelando o nosso papel de produtores, não se deve perder de vista a advertência dc Haynes, do que podem conseguir, com os milagres da química, nas fábricas
Hzadoras nas empresas cm funcionamen
americanas, os seu.s persistentes "agluti-
cia do matéria prima, como a bauxita,
nadores de moléculas", para darem ao
por exemplo, da qual é extraído o alu
Política de inversão
afirma, produzir
.sub.ílituto da bor
mínio, e do baixo padrão de vida do
1.200.000 tone
racha natural
operariado, o Brasil parece oferecer as
aquilo
Desde que possuímos matéria prima em abundância e de fácil extração, o
do seT"™^™
do ÕSsrn
de auSc
cava 8 nín f P-, f = embarEF destino aos • Et,. un UU., ao'"""'"das. preço de com 221/2 centavos
por hbra-peso (2.2046 Ibs. = 1 bilog ) A fabncaçao do elaslòmoro, que podera>
segundo
se
ladas por ano, fnostra-se apreen
que lhe
to e nas que venham a ser criadas, se
não quisermos aumentar as lamentáveis conseqüências .da deflação c da concor
rência dos manufatores estrangeiros. À primeira vi.sta, graças à abundân
melhores possibilidades para a instala
das de alumínio por mês, e emprega
1 300 operários, com ordenados horários que iam, em setembro de 1945, de Cr$ 1,80 a 2,50.
seu aproveitamento fica na dependên
falta., e realizar-
ção de grandes indústrias. Todavia,
cia da obtenção do capital necessário
se a profecia de Nieuwland, ao
uma indústria como a do alumínio exi
dúzias de nbvos
partições oficiais
dágua, mas o seu aproveitamento para
para a montagem da usina de transfor mação. Acontece que nem sempre as jazidas se localizam próximas dos maio res centros industriais, em pontos ser vidos por meio de transporte eficientes
suceda n e o s da
e autorid a d e s
goma natural.
a produção de energia elétrica também requer vultoso capital. Segundo esta-
ferro e da hulha, em que a matéria prima
siva de vir a per• der o mercado, que lhe criou a.
afirmar que se
X:
riam descobertas
guerra; e as re
'
í r..
ge a montagem de altos fornos, de eus-,
to elevado e energia barata. Felizmen te, o Brasil possui abundantes quedas
e baratos ou", ainda, como é o caso do
DIc;E^sTo Econômico 46
c natural do centro e o combustível do sul do país, e exigem o aparclhamen.o dor. meios de comunicação, a nni de quo
?. ejq^loraçâo compense economicamen te.
No caso de estradas de ferro por
onde trafegam trens excessivamente pe
sados, como ocorre Belgo-Mineira, uma não seja adequado, lamentos que, com
nas imediações da vez que seu leito sobrcvêm descarri o leihpo c o dc.s-
gastc da via permanente, se repetem
amiiidc, o que congestiona o tráfego, encarecendo-o
c
tornando-o
insuficiente
por irregular. Ora, tais problemas de
ponto básico dc <iuc elos dcvoni parlit o o oferecido pelo estudo do mercada no sentido principalmente de ver as van tagens e as dcs\anlíigens da montagem dc nova indústria ou cio lançamento df novo jiroduto. Em sc tratando de ii>dústria ou produto já c.xistenlc na praça
011 no país, o estudo cm apreço dew ser feito om ba.scs científicas, atravts
de levantamentos estatísticos e análises
cconómica.s c tecnológic-as, as primeiras .sòbrc a absorção cio mercado, situan do a freguesia e estudando as po.ssibílidades de aumcntar-lhc o consuino.
Digesto EIconómico
47
•guerra, faz-se imprescindível a adoção
não explorada no Brasil, que possui em abundância bauxita, a sua matéria pri
da contabilidade ae custo mais rigorosa em nossas indústrias. Assim como gra ças à racionalização toda operação re
ma, e ha\er sido instalada rente às suas
jazidas naquela ocasião, o produto bra
dundante deve ser extirpada, a fim do
sileiro estava sendo vendido à razão dc
aumentar a produção e barateá-la, tam bém é uma necessidade a elaboração do orçamento, que é, em si, um plano
Cr$ 12,00 o quilo e o norte-americano, a Cr$ 8,90, pela necessidade de amovli-zaçãü do \ultoso capital invertido 100.000.000,00). No entanto, a usi na estava com a sua" eficiência produ tiva reduzida a 50%, isto é, cm vez dc 22 fornos, funcionavam apenas 11. Nes
de trabalho, seja da produção em mas sa da empresa, seja de uma só peça a ser fabricada. Sem o exame do custo,
computados a matéria prima o a secun dária, a mão de obra o os gastos gerais,
sas circunstâncias, a fim de manter-lhc
continuarão as nossas indústrias a pro
o ritmo de trabalho, seria necessário
duzir empiricamente. Sem dú\ãda al guma, o interesso de todo industrial é
proccder-se à amortização dos 100 mi
produzii- um tipo padrão, pelo menor
preço possível, o que lhe será impos
to para baratear o preço do produto o dar-lhe elementos para competir com
sível sem o controle dos ensaios de la
o estrangeiro, aumentando-se-lhe a ven
Quando o novo produto a ser lan çado se acha em pé de igualdade com o já existente, quanto à qualidade e ao preço, então seréi forçoso elaborar-se um
boratório, quanto à qualidade, e da con-
da, pelo menos até as 1.700 tonelada.s
. tabilidáde de custo, quanto à economia. A propósito, o que se passava com a indústria do alumínio nacional, quando
do consumo nacional, o que implicaria também em funcionamento de quase to
empresa, a resposta 6 que os primeiros
vasto plano de propaganda, de acôrdo
visitamos a sua usina, esclarece tudo.
dos cs demais fomos que conriibuiram para elevar as despesas de instalação o
também não podem crer em aventurei
com a clientela a cjuc êlc se destina r caprichar-se no trabalho a ]3arlir da sua
Apesar cio tratar-se de iitilidade ainda
estavam paralisados.
vem ser afastados com tempo para as
as segundas sobre as qualidades dos ar
indústrias funcionarem
eficientemente,
tigo?: existentes na praça, os preços co
com largueza de capital e matéria prima.
tados e as possibilidades dc olerta de nova niercacíoria, igual na cpialidadc c menor no preço, ou melhor na qualida
Analí.sando-sc as falhas das nossas
grandes empresas, chegasse geralmente à conclusão de que duas são as causas da sua ineficiência, parcial ou geral: o empirismo e a falta de capital. Se se jilega a falta de confiança dos capita listas — s ^ patrícios
1 em nossos homens de
ros que se arriscam a explorar ramos
quais não possuem nenhuma expe
de o pelo mesmo preço.
apresentação, isto é, dar-lhe embalagem
riência. De fato, somos incapazes de inverter capital a longo prazo. Não te
adequada ao gôsto dos fregueses. Nes
mos paciência de esperar vários anos para receber o.s primeiros dividendo.s,' mesmo com juros capitalizados. E, as sim, os técnicos nacionais lutam contra
dades, o que já não acontece com a in
a desconfiança dos capitalistas e do po vo, principalmente depois do escândalo
das chamadas siderúrgicas, que, antes de tudo, foram um verdadeiro atentado con tra a economia popular." Ora, a tecno
tes casos, é claro (juo sc trata de utili
PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL EM 1944
dústria pesada, na qual, apesar de it passando de mão em mão o de ir sendo concomitantcmcnte transformado, o pi^
Produtos
ma> a exemplo dos metais. Nestes cosos, a publicidade pouco importa, prin
cipalmente num parcpie industrial onde
Caíé em grão Tecidos de algodão
..
Pinho Borracha
tiva aos regimes administrativos de eco
através de exames de laboratório, qu®
Arroz
verificarão se as especificações estão
Cacau em amêndoas
sendo obedecidas.
Cera de carnaúba Cristal de rocha .. '.
Estudo do mercado
Tanto para os industriais que de.sejam montar nova indústria como para os
que desejam lançar novo produto, o
% s/ o valor
3.879.343
36,2
1.046.193
9,8 6,2
Preço de custo Diante da ameaça da deflação o
- .. ..
667.941 381.419 365.839 331.200 307.859 298.222 280.114
..
3.168.379
2,6 29,4
10.726.509
100,0
Algodão em rama
a tecnologia impere, porque então a p^ dução c a cornpra serão fiscalizadas i
despesas, mas compensa pela qualida de e o custo unitário da produção.
Cr§ 1.000,00
duto ainda continua como matéria pn*
logia é uma ciência dispendiosa, proibi nomia estreita, isto é, acarreta grandes
lhões de cruzeiros mais lentamente. Is
'
. .. ., ..
Outros produtos
"
3,6 3,4
3,1 2,9 2.8
da exportação de utilidades pelas na ções em grau de indusírialização mais adiantado, cuja produção aumentou Ci
tècnícamente, foi melhorada durante a
■
TOTAL ..
DIc;E^sTo Econômico 46
c natural do centro e o combustível do sul do país, e exigem o aparclhamen.o dor. meios de comunicação, a nni de quo
?. ejq^loraçâo compense economicamen te.
No caso de estradas de ferro por
onde trafegam trens excessivamente pe
sados, como ocorre Belgo-Mineira, uma não seja adequado, lamentos que, com
nas imediações da vez que seu leito sobrcvêm descarri o leihpo c o dc.s-
gastc da via permanente, se repetem
amiiidc, o que congestiona o tráfego, encarecendo-o
c
tornando-o
insuficiente
por irregular. Ora, tais problemas de
ponto básico dc <iuc elos dcvoni parlit o o oferecido pelo estudo do mercada no sentido principalmente de ver as van tagens e as dcs\anlíigens da montagem dc nova indústria ou cio lançamento df novo jiroduto. Em sc tratando de ii>dústria ou produto já c.xistenlc na praça
011 no país, o estudo cm apreço dew ser feito om ba.scs científicas, atravts
de levantamentos estatísticos e análises
cconómica.s c tecnológic-as, as primeiras .sòbrc a absorção cio mercado, situan do a freguesia e estudando as po.ssibílidades de aumcntar-lhc o consuino.
Digesto EIconómico
47
•guerra, faz-se imprescindível a adoção
não explorada no Brasil, que possui em abundância bauxita, a sua matéria pri
da contabilidade ae custo mais rigorosa em nossas indústrias. Assim como gra ças à racionalização toda operação re
ma, e ha\er sido instalada rente às suas
jazidas naquela ocasião, o produto bra
dundante deve ser extirpada, a fim do
sileiro estava sendo vendido à razão dc
aumentar a produção e barateá-la, tam bém é uma necessidade a elaboração do orçamento, que é, em si, um plano
Cr$ 12,00 o quilo e o norte-americano, a Cr$ 8,90, pela necessidade de amovli-zaçãü do \ultoso capital invertido 100.000.000,00). No entanto, a usi na estava com a sua" eficiência produ tiva reduzida a 50%, isto é, cm vez dc 22 fornos, funcionavam apenas 11. Nes
de trabalho, seja da produção em mas sa da empresa, seja de uma só peça a ser fabricada. Sem o exame do custo,
computados a matéria prima o a secun dária, a mão de obra o os gastos gerais,
sas circunstâncias, a fim de manter-lhc
continuarão as nossas indústrias a pro
o ritmo de trabalho, seria necessário
duzir empiricamente. Sem dú\ãda al guma, o interesso de todo industrial é
proccder-se à amortização dos 100 mi
produzii- um tipo padrão, pelo menor
preço possível, o que lhe será impos
to para baratear o preço do produto o dar-lhe elementos para competir com
sível sem o controle dos ensaios de la
o estrangeiro, aumentando-se-lhe a ven
Quando o novo produto a ser lan çado se acha em pé de igualdade com o já existente, quanto à qualidade e ao preço, então seréi forçoso elaborar-se um
boratório, quanto à qualidade, e da con-
da, pelo menos até as 1.700 tonelada.s
. tabilidáde de custo, quanto à economia. A propósito, o que se passava com a indústria do alumínio nacional, quando
do consumo nacional, o que implicaria também em funcionamento de quase to
empresa, a resposta 6 que os primeiros
vasto plano de propaganda, de acôrdo
visitamos a sua usina, esclarece tudo.
dos cs demais fomos que conriibuiram para elevar as despesas de instalação o
também não podem crer em aventurei
com a clientela a cjuc êlc se destina r caprichar-se no trabalho a ]3arlir da sua
Apesar cio tratar-se de iitilidade ainda
estavam paralisados.
vem ser afastados com tempo para as
as segundas sobre as qualidades dos ar
indústrias funcionarem
eficientemente,
tigo?: existentes na praça, os preços co
com largueza de capital e matéria prima.
tados e as possibilidades dc olerta de nova niercacíoria, igual na cpialidadc c menor no preço, ou melhor na qualida
Analí.sando-sc as falhas das nossas
grandes empresas, chegasse geralmente à conclusão de que duas são as causas da sua ineficiência, parcial ou geral: o empirismo e a falta de capital. Se se jilega a falta de confiança dos capita listas — s ^ patrícios
1 em nossos homens de
ros que se arriscam a explorar ramos
quais não possuem nenhuma expe
de o pelo mesmo preço.
apresentação, isto é, dar-lhe embalagem
riência. De fato, somos incapazes de inverter capital a longo prazo. Não te
adequada ao gôsto dos fregueses. Nes
mos paciência de esperar vários anos para receber o.s primeiros dividendo.s,' mesmo com juros capitalizados. E, as sim, os técnicos nacionais lutam contra
dades, o que já não acontece com a in
a desconfiança dos capitalistas e do po vo, principalmente depois do escândalo
das chamadas siderúrgicas, que, antes de tudo, foram um verdadeiro atentado con tra a economia popular." Ora, a tecno
tes casos, é claro (juo sc trata de utili
PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL EM 1944
dústria pesada, na qual, apesar de it passando de mão em mão o de ir sendo concomitantcmcnte transformado, o pi^
Produtos
ma> a exemplo dos metais. Nestes cosos, a publicidade pouco importa, prin
cipalmente num parcpie industrial onde
Caíé em grão Tecidos de algodão
..
Pinho Borracha
tiva aos regimes administrativos de eco
através de exames de laboratório, qu®
Arroz
verificarão se as especificações estão
Cacau em amêndoas
sendo obedecidas.
Cera de carnaúba Cristal de rocha .. '.
Estudo do mercado
Tanto para os industriais que de.sejam montar nova indústria como para os
que desejam lançar novo produto, o
% s/ o valor
3.879.343
36,2
1.046.193
9,8 6,2
Preço de custo Diante da ameaça da deflação o
- .. ..
667.941 381.419 365.839 331.200 307.859 298.222 280.114
..
3.168.379
2,6 29,4
10.726.509
100,0
Algodão em rama
a tecnologia impere, porque então a p^ dução c a cornpra serão fiscalizadas i
despesas, mas compensa pela qualida de e o custo unitário da produção.
Cr§ 1.000,00
duto ainda continua como matéria pn*
logia é uma ciência dispendiosa, proibi nomia estreita, isto é, acarreta grandes
lhões de cruzeiros mais lentamente. Is
'
. .. ., ..
Outros produtos
"
3,6 3,4
3,1 2,9 2.8
da exportação de utilidades pelas na ções em grau de indusírialização mais adiantado, cuja produção aumentou Ci
tècnícamente, foi melhorada durante a
■
TOTAL ..
INCESTO Econômico
PESQUIS/^ E /9N/9LI5E DE MERCADO
(
(kspkciai. faha o
por Luís Mayer
••i)Ic;eí»tü econômico")
49
"•'1 econômico para determinar o nuc "seu mercado" necessitava. ^ objeto de pesquisa de mercado
Segundo definição da "National
^arkcting A.ssociation" dos Estados ^ "'dos, a pcsíiuisa, mais precisamente
mercado consiste no cstu-
Oí processos de pesquisa e análise de mercado, numa forma sisfcmalizada c raci^ riàl têm ainda cultivo diminuto no Brasil, restrito a poucas f^randcs companhias estrangeiras e a uma ernprésa individual de opinião pública c cstotistica. Entre tanto, a orientação segura sôbre as reais possibilidades de mercado, o conhecimento sobre as preferências dos consumidores e das cptalidadcs específicas da mercadoria que garantam a sua boa saída constituem ponto básico de uma propaganda eficiente.
de todos os problemas relativos à '"ítnsferência e venda de mercadorias
serviços, do produtor ao consumí-
P*"' Isso envolve as conexões e o 'Justamente entre faliricação e con-
sumo, o arranjo dos gêneros para a
proprietária ia imediatamente à co
Estados Unidos, uma jovem se-
zinha para investigar o motivo presu
nhora possuía um restaurante, dirigindo-o com- rara habilidade c êxito.
numerosos frcQuentadores do local sa-
r
mível c remediar o caso.
Nem
Os
os
fregueses
do
mais gostosos e o melhor serviço den
"pesquisa c análise de. mercado".
tre todos os restaurantes da ampla
Através do costume de tornar a en
metrópole, se obtihham justamente na sua sala de jantar. Os fregueses sa
biam também que a proprietária co brava um bom preço pela comida e Conseguia apreríáveis lucros: no en tanto, preferiam esperar sua vez, nesse estabelecimento, quase sempre super
lotado, a visitar um outro. Mas, o que
escapou à percepção dos visitantes, foi um hábito assaz interessante da dona do re.staurantc. Durante as ho
ras de refeição, ela mesma fazia em penho em encher os copos dágua de todas as mesas. Aproveitava essa oportunidade para averiguar como o.s
hóspedes apreciavam a comida, ouvir os comentários em tôrno da qualidade do alimento e da perfeição do serviço, e, particularmente, para verificar a quantidade e o tipo d^ refeição dei
xada nos pratos. Quando a couve-flor, por exemplo, era pouco procurada, a
^'^stigaçõcs abrangem três tipos prin-
C'Pais dc atividades: ^ — a coleta dos fatos a respeito do e acerca dos métodos c da po-
itica dc venda; .]
lados ;
da
pesquisa
do
mercado.
trando a viabilidade de uma merca doria ou negócio e diminuindo o risco. 5 — Permitem a observação da con
, •
c cm que quantidades produzir, para
tumam também perscrutar o seu esta-
^ mercado; onde oferecer ou colocar
proprietária acima aludida. Nisso era indiferente que a moça não houvesse cursado uma fáculdadc econômica,
agisse sem corpo dc assistentes e não dispusesse do equipamento de um la boratório. ..
O caraterístico essencial
da verdadeira análise de mercado rea
lizada por ela residia no fato de es colher o processo mais direto, racio-
produto Qu mesmo uma indústria, mos
corrência c indicam meios eficientes
cn do mercado se interessa ^ ? 5'" respostas mais acertadas lossiveis, concernentes a problemas
Naturalmente, milhares de outros donos ou chefes de restaurantes cos
imtureza "científica", observado pela
3 — Patenteiam novas fontes de lu cros pela descolicrta dc novos merca dos e produtos comercíávcis 4 — Constituem uma cspçcie de se
as conclusões deduzidas e reu
""damentais de negócios, a saber:
l)eIecimento. Com a diferença, porém, de que seu comportamento carcc'e de
e publicidade podem ser aplicados quanto às diversas transações.
guro contra mudanças imprevistas nó
nidas para um programa prático de
essencial
que as procuras reais do mercado não SC percam.
mercado, capazes de tornar obsoleto um
açao dc venda.
mira
para a organização comercial, fazendo com que a política o a prática dos ne gócios sejam dirigidas com acerto e
a análise desses fatos compi
cher os- copos dágua, a jovem dirigente
—
A pesquisa dc mercado age
na qualidade de intérprete do mercado
onio as questões financeiras corre-
tinha desenvolvido um método real mente científico para experimentar o
gósto e a satisfação da sua freguesia
cados.
2 — Racionalizam os processos de
'ii^ercado, dc suas condições e organiza-
biarn perfeitamente que os cardápios
1 — Rias mantém o negócio cm es treito c contínuo contato com os mer
venda: revelam quais os métodos mais eficazes c menos custosos dc venda
estabeleci
mento, nem a sua dona perceberam que tal procedimento .significava uniá
seguintes:
o processo dá distrilmição —
^^"dá por atacado e a varejo —bem
Na realidade, todas essas in-
jyUMA importante cíflade do oeste dos
mente contribuem para o aumento da
cficicncia dos negócios podem, dc modo geral, resumir-se nos pontos principais
produzir ou comerciar; quando
no mercado; para onde dirigir o es-fòrÇo dc venda c que preço mais conve niente estabelecer.
_Qucstõc.s dêsse gênero e ponderação
n.io podem ser resolvidas de modo
empírico c rotineiro. Reclamam, pelo
para enfrentá-la. 6 — Encerram um fator psicológico de alto valor para a organização pes soal da cmprêsa. Sabendo que a fir ma baseia a sua atividade no conheci mento científico do mercado, os- em
pregados e chefes se sentem inspira dos dc confiança e entusiasmo, o que . lhes cria uma mentalidade favorável
para o serviço. Assim, por exemplo, os representantes, caixcíros, etc. se
convencem^ de que seu produto de
contrário, um tratamento bem refle
venda é idôneo e que há bom merca
tido, racional e previdente. Proveitos valiosos da pesquisa e
apoiados por sólida propaganda e um
análise de mercado
As diversas maneiras pelas quais a pesquisa e análise de mercado direta-
do para éle. ^ Outrossim, sentem-se sistema de negócio experimentado pela ciência.
Enquanto a "pesquisa de mercado'
designa o estudo do mercado e dos
INCESTO Econômico
PESQUIS/^ E /9N/9LI5E DE MERCADO
(
(kspkciai. faha o
por Luís Mayer
••i)Ic;eí»tü econômico")
49
"•'1 econômico para determinar o nuc "seu mercado" necessitava. ^ objeto de pesquisa de mercado
Segundo definição da "National
^arkcting A.ssociation" dos Estados ^ "'dos, a pcsíiuisa, mais precisamente
mercado consiste no cstu-
Oí processos de pesquisa e análise de mercado, numa forma sisfcmalizada c raci^ riàl têm ainda cultivo diminuto no Brasil, restrito a poucas f^randcs companhias estrangeiras e a uma ernprésa individual de opinião pública c cstotistica. Entre tanto, a orientação segura sôbre as reais possibilidades de mercado, o conhecimento sobre as preferências dos consumidores e das cptalidadcs específicas da mercadoria que garantam a sua boa saída constituem ponto básico de uma propaganda eficiente.
de todos os problemas relativos à '"ítnsferência e venda de mercadorias
serviços, do produtor ao consumí-
P*"' Isso envolve as conexões e o 'Justamente entre faliricação e con-
sumo, o arranjo dos gêneros para a
proprietária ia imediatamente à co
Estados Unidos, uma jovem se-
zinha para investigar o motivo presu
nhora possuía um restaurante, dirigindo-o com- rara habilidade c êxito.
numerosos frcQuentadores do local sa-
r
mível c remediar o caso.
Nem
Os
os
fregueses
do
mais gostosos e o melhor serviço den
"pesquisa c análise de. mercado".
tre todos os restaurantes da ampla
Através do costume de tornar a en
metrópole, se obtihham justamente na sua sala de jantar. Os fregueses sa
biam também que a proprietária co brava um bom preço pela comida e Conseguia apreríáveis lucros: no en tanto, preferiam esperar sua vez, nesse estabelecimento, quase sempre super
lotado, a visitar um outro. Mas, o que
escapou à percepção dos visitantes, foi um hábito assaz interessante da dona do re.staurantc. Durante as ho
ras de refeição, ela mesma fazia em penho em encher os copos dágua de todas as mesas. Aproveitava essa oportunidade para averiguar como o.s
hóspedes apreciavam a comida, ouvir os comentários em tôrno da qualidade do alimento e da perfeição do serviço, e, particularmente, para verificar a quantidade e o tipo d^ refeição dei
xada nos pratos. Quando a couve-flor, por exemplo, era pouco procurada, a
^'^stigaçõcs abrangem três tipos prin-
C'Pais dc atividades: ^ — a coleta dos fatos a respeito do e acerca dos métodos c da po-
itica dc venda; .]
lados ;
da
pesquisa
do
mercado.
trando a viabilidade de uma merca doria ou negócio e diminuindo o risco. 5 — Permitem a observação da con
, •
c cm que quantidades produzir, para
tumam também perscrutar o seu esta-
^ mercado; onde oferecer ou colocar
proprietária acima aludida. Nisso era indiferente que a moça não houvesse cursado uma fáculdadc econômica,
agisse sem corpo dc assistentes e não dispusesse do equipamento de um la boratório. ..
O caraterístico essencial
da verdadeira análise de mercado rea
lizada por ela residia no fato de es colher o processo mais direto, racio-
produto Qu mesmo uma indústria, mos
corrência c indicam meios eficientes
cn do mercado se interessa ^ ? 5'" respostas mais acertadas lossiveis, concernentes a problemas
Naturalmente, milhares de outros donos ou chefes de restaurantes cos
imtureza "científica", observado pela
3 — Patenteiam novas fontes de lu cros pela descolicrta dc novos merca dos e produtos comercíávcis 4 — Constituem uma cspçcie de se
as conclusões deduzidas e reu
""damentais de negócios, a saber:
l)eIecimento. Com a diferença, porém, de que seu comportamento carcc'e de
e publicidade podem ser aplicados quanto às diversas transações.
guro contra mudanças imprevistas nó
nidas para um programa prático de
essencial
que as procuras reais do mercado não SC percam.
mercado, capazes de tornar obsoleto um
açao dc venda.
mira
para a organização comercial, fazendo com que a política o a prática dos ne gócios sejam dirigidas com acerto e
a análise desses fatos compi
cher os- copos dágua, a jovem dirigente
—
A pesquisa dc mercado age
na qualidade de intérprete do mercado
onio as questões financeiras corre-
tinha desenvolvido um método real mente científico para experimentar o
gósto e a satisfação da sua freguesia
cados.
2 — Racionalizam os processos de
'ii^ercado, dc suas condições e organiza-
biarn perfeitamente que os cardápios
1 — Rias mantém o negócio cm es treito c contínuo contato com os mer
venda: revelam quais os métodos mais eficazes c menos custosos dc venda
estabeleci
mento, nem a sua dona perceberam que tal procedimento .significava uniá
seguintes:
o processo dá distrilmição —
^^"dá por atacado e a varejo —bem
Na realidade, todas essas in-
jyUMA importante cíflade do oeste dos
mente contribuem para o aumento da
cficicncia dos negócios podem, dc modo geral, resumir-se nos pontos principais
produzir ou comerciar; quando
no mercado; para onde dirigir o es-fòrÇo dc venda c que preço mais conve niente estabelecer.
_Qucstõc.s dêsse gênero e ponderação
n.io podem ser resolvidas de modo
empírico c rotineiro. Reclamam, pelo
para enfrentá-la. 6 — Encerram um fator psicológico de alto valor para a organização pes soal da cmprêsa. Sabendo que a fir ma baseia a sua atividade no conheci mento científico do mercado, os- em
pregados e chefes se sentem inspira dos dc confiança e entusiasmo, o que . lhes cria uma mentalidade favorável
para o serviço. Assim, por exemplo, os representantes, caixcíros, etc. se
convencem^ de que seu produto de
contrário, um tratamento bem refle
venda é idôneo e que há bom merca
tido, racional e previdente. Proveitos valiosos da pesquisa e
apoiados por sólida propaganda e um
análise de mercado
As diversas maneiras pelas quais a pesquisa e análise de mercado direta-
do para éle. ^ Outrossim, sentem-se sistema de negócio experimentado pela ciência.
Enquanto a "pesquisa de mercado'
designa o estudo do mercado e dos
Digesto Econômico
51
DiGESTO EcONÓMIi;^ 50
cabe à métodos dc venda, duma maneira
larga e generalizada, a 'ana
.
mercado" se dedica a um campo i
tado, rigorosamente discriminado _ gócio, pretendendo resolver a questão. "Que possibilidade de venda oferece o mercado para os produtos especí ficos de uma determinada firma, e de que modo mais vantajoso chegarão
esses produtos às mãos dos comprado res ou consumidores?".
Em lugar de mercadorias pode tra-
produção da cervejaria X?
Quantos rádios, mais ou menos, estio ligados • durante o programa radiofò.
do mercado e dos métodos dc venda.
nico "Sapatos L"?
exemplo, a. comi)osição (idade, sexo,
Qual a concorrência princiiial do sa bonete " M "?
Qual o veículo de pulilicidade mais
convincente para propagar o óleo (jc salada "Z"?
Qual a verba a aplicar à canipaniu do perfume "O"? Classificação das pesquisas e análiiet
tar-sc, naturalmente, também de ser
de mercado
viço a serem prestados, como os de
Os métodos da pesquisa c análise dc
uma companhia de transporte ou uma estação de rádio.
Exemplificando, os seguintes temas »de estudo caberiam ao alcanc"e da pes quisa de mercado; Classificação dos bairros da Capital uo Estado conforme o poder aquisiti\io
da sua população; A influência dos costumes na com pra do vestuário no "hínterland" pau lista ; •
As possibilidades do mercado ^ riograndense para artefatos de alumínio; .0 valor de anúncios coloridos nas
revistas de moda; Métodos especiais na venda de rádios. A pesquisa de mercado se aproveita de números estatísticos, tanto demográ ficos como econômicos, para ter uma imagem panorâmica da situação co mercial. Tenciona, outrossim, desen volver princípios e processos cientí ficos utilizáveis na análise dc mercado, bem como prover a última de dados e informações.
mercado vêm sendo empregados para resolver quase todos os tipos dc ques tões referentes ao mercado e à venda.
Para se poder atingir e satisfazer as
exigências complexas dc tão vasta va riedade cie as.suntos, que dcniandain, além do mais, as técnicas individuais,
é indispensável um agrupamento inte ligente dessas, investigações. Os auto
res peritos estabeleceram, para tal fim. uma larga série de discriminações, usando bem diversos pontos de parti da.
No entanto, antes de uma classi
ficação minuciosa, rccomenda-se a di visão do objeto da pesquisa e análise
Que
porcentagem
aproximada
de
cerveja consumida no Distrito Federal
Consi
deram, também, as alterações que se estão passando no mercado. Ademais
indagam os processos mais eficazc.s de venda, o tipo adequado dc distribuição e de organização dos intermecliário.s comerciais, c a forma de publicidade mais persuasiva.
A análise quantitativa Hmita-se à de terminação do volume dos produtos
peculiares de propaganda. Conclusão
A explanação a respeito dos métodos cicntícos mais aplicados na pesquisa c análise do mercado — observação,
entrevista, experimentação, estatística e outras — deve ser reservada a um
artigo especial.
Finalizando, queremos lembrar que, -contràriamente ao desenvolvimento da
que o mercado c, presumivelmente ca
paz dc absorver. Assim, o estudo'que
publicidade em geral, os proccssõs de pesquisa e análise de mercado, numa forma sistematizada c racional, têm
intenta estimar a soma de perfumes
ainda cultivo diminuto no Brasil, res
que o mercado doméstico, certos se
tores geográficos, ou vários grupos dc consumidores podem adquirir, constitui exemplo parâ uma análise quantitativa. Outra classificação fundamental aventada pela notável "School of Bu-
sincss Administration" c pelo "Bureau of Business Research" da Universida
trito a poucas .grandes companhias c.^^trangeiras e a uma empresa indivi
dual de opinião pública e estatística. Entretanto, a orientação segura sôbre
as reais possibilidades de mercado, o
conhecimento sôbre as preferências dos consumidores e das qualidades especí ficas da mercadoria que garantam sua boa saída, constituem ponto básico de
1 — Estudo.s concernentes à, procura (procura total e relativa, procura de
uma propaganda eficiente.
substituição, etc.) ;
uma nova marca de sabonete de cheiro desagradável ao olfato de nosso pú
b —,no campo de consumo (mercadorias oferecidas ao consumo geral). Sim, porque as funções que deve
2 — Estudos concernentes ao siste
Quando
não, pode ocorrer o, que aconteceu com
de estabelecimentos manufatores ou dc
ma de venda (métodos, despesas, pro paganda, política de preços, etc.). Acentuamos que essas classificações
para fazer desaparecer o produto do
outro
essenciais
mercado o mais depressa possível...
cumprir uma companhia fornecedora ramo. industrial
qualquer se
acentuadas diferenças no tocante aos
introdução no Brasil?
qualidade, etc., dos produtos.
do uso, etc. do artigo ou aos processos
de dc Michigan, discerne :
por exemplo, nestes assuntos:
Os automóveis "A" adaptam-se á
estado social, etc.) da clientela, as suas
necessidades, desejos c interesses, a maneira" como êstcs sc manifestam, bem como as preferências dos compra dores quanto às marcas, ao aspecto, à
poder aquisitivo, aos costumes e gos
tos dos consumidores, sejam no' to cante às propriedades, à embalagem,
a — no terreno indiistrial (produtos e serviços destinados à indústria);
mercado, que visa a solução de pro blemas da emprêsa individual, temos,
pertencentes à esfera da análise de
Verificam, de maneira científica, por
grupos de análises, sejam com refe rência à composição demográfica, ao
de mercado, em sua aplicação:
apresentam bastante diferentes do sis tema de vendas duma casa comercia! que abastece a população de gêneros de consumo, resultando, daí, também,
Tipos ilustrativos de investigações
Análises c iiesciuisas qualitativas têm
por objeto a natureza das condições
métodos de propaganda. Uma outra distinção básica forma
a análise qualitativa c a, análise quan titativa,
eíivolvcm
numerosos
sub
blico: a ampla campanha promovida
para a sua colocação serviu apenas
Jt Se tiver uma palavra afável para dizer a alguém diga-a agora, pois amanhã poderá ser tarde.
Digesto Econômico
51
DiGESTO EcONÓMIi;^ 50
cabe à métodos dc venda, duma maneira
larga e generalizada, a 'ana
.
mercado" se dedica a um campo i
tado, rigorosamente discriminado _ gócio, pretendendo resolver a questão. "Que possibilidade de venda oferece o mercado para os produtos especí ficos de uma determinada firma, e de que modo mais vantajoso chegarão
esses produtos às mãos dos comprado res ou consumidores?".
Em lugar de mercadorias pode tra-
produção da cervejaria X?
Quantos rádios, mais ou menos, estio ligados • durante o programa radiofò.
do mercado e dos métodos dc venda.
nico "Sapatos L"?
exemplo, a. comi)osição (idade, sexo,
Qual a concorrência princiiial do sa bonete " M "?
Qual o veículo de pulilicidade mais
convincente para propagar o óleo (jc salada "Z"?
Qual a verba a aplicar à canipaniu do perfume "O"? Classificação das pesquisas e análiiet
tar-sc, naturalmente, também de ser
de mercado
viço a serem prestados, como os de
Os métodos da pesquisa c análise dc
uma companhia de transporte ou uma estação de rádio.
Exemplificando, os seguintes temas »de estudo caberiam ao alcanc"e da pes quisa de mercado; Classificação dos bairros da Capital uo Estado conforme o poder aquisiti\io
da sua população; A influência dos costumes na com pra do vestuário no "hínterland" pau lista ; •
As possibilidades do mercado ^ riograndense para artefatos de alumínio; .0 valor de anúncios coloridos nas
revistas de moda; Métodos especiais na venda de rádios. A pesquisa de mercado se aproveita de números estatísticos, tanto demográ ficos como econômicos, para ter uma imagem panorâmica da situação co mercial. Tenciona, outrossim, desen volver princípios e processos cientí ficos utilizáveis na análise dc mercado, bem como prover a última de dados e informações.
mercado vêm sendo empregados para resolver quase todos os tipos dc ques tões referentes ao mercado e à venda.
Para se poder atingir e satisfazer as
exigências complexas dc tão vasta va riedade cie as.suntos, que dcniandain, além do mais, as técnicas individuais,
é indispensável um agrupamento inte ligente dessas, investigações. Os auto
res peritos estabeleceram, para tal fim. uma larga série de discriminações, usando bem diversos pontos de parti da.
No entanto, antes de uma classi
ficação minuciosa, rccomenda-se a di visão do objeto da pesquisa e análise
Que
porcentagem
aproximada
de
cerveja consumida no Distrito Federal
Consi
deram, também, as alterações que se estão passando no mercado. Ademais
indagam os processos mais eficazc.s de venda, o tipo adequado dc distribuição e de organização dos intermecliário.s comerciais, c a forma de publicidade mais persuasiva.
A análise quantitativa Hmita-se à de terminação do volume dos produtos
peculiares de propaganda. Conclusão
A explanação a respeito dos métodos cicntícos mais aplicados na pesquisa c análise do mercado — observação,
entrevista, experimentação, estatística e outras — deve ser reservada a um
artigo especial.
Finalizando, queremos lembrar que, -contràriamente ao desenvolvimento da
que o mercado c, presumivelmente ca
paz dc absorver. Assim, o estudo'que
publicidade em geral, os proccssõs de pesquisa e análise de mercado, numa forma sistematizada c racional, têm
intenta estimar a soma de perfumes
ainda cultivo diminuto no Brasil, res
que o mercado doméstico, certos se
tores geográficos, ou vários grupos dc consumidores podem adquirir, constitui exemplo parâ uma análise quantitativa. Outra classificação fundamental aventada pela notável "School of Bu-
sincss Administration" c pelo "Bureau of Business Research" da Universida
trito a poucas .grandes companhias c.^^trangeiras e a uma empresa indivi
dual de opinião pública e estatística. Entretanto, a orientação segura sôbre
as reais possibilidades de mercado, o
conhecimento sôbre as preferências dos consumidores e das qualidades especí ficas da mercadoria que garantam sua boa saída, constituem ponto básico de
1 — Estudo.s concernentes à, procura (procura total e relativa, procura de
uma propaganda eficiente.
substituição, etc.) ;
uma nova marca de sabonete de cheiro desagradável ao olfato de nosso pú
b —,no campo de consumo (mercadorias oferecidas ao consumo geral). Sim, porque as funções que deve
2 — Estudos concernentes ao siste
Quando
não, pode ocorrer o, que aconteceu com
de estabelecimentos manufatores ou dc
ma de venda (métodos, despesas, pro paganda, política de preços, etc.). Acentuamos que essas classificações
para fazer desaparecer o produto do
outro
essenciais
mercado o mais depressa possível...
cumprir uma companhia fornecedora ramo. industrial
qualquer se
acentuadas diferenças no tocante aos
introdução no Brasil?
qualidade, etc., dos produtos.
do uso, etc. do artigo ou aos processos
de dc Michigan, discerne :
por exemplo, nestes assuntos:
Os automóveis "A" adaptam-se á
estado social, etc.) da clientela, as suas
necessidades, desejos c interesses, a maneira" como êstcs sc manifestam, bem como as preferências dos compra dores quanto às marcas, ao aspecto, à
poder aquisitivo, aos costumes e gos
tos dos consumidores, sejam no' to cante às propriedades, à embalagem,
a — no terreno indiistrial (produtos e serviços destinados à indústria);
mercado, que visa a solução de pro blemas da emprêsa individual, temos,
pertencentes à esfera da análise de
Verificam, de maneira científica, por
grupos de análises, sejam com refe rência à composição demográfica, ao
de mercado, em sua aplicação:
apresentam bastante diferentes do sis tema de vendas duma casa comercia! que abastece a população de gêneros de consumo, resultando, daí, também,
Tipos ilustrativos de investigações
Análises c iiesciuisas qualitativas têm
por objeto a natureza das condições
métodos de propaganda. Uma outra distinção básica forma
a análise qualitativa c a, análise quan titativa,
eíivolvcm
numerosos
sub
blico: a ampla campanha promovida
para a sua colocação serviu apenas
Jt Se tiver uma palavra afável para dizer a alguém diga-a agora, pois amanhã poderá ser tarde.
Droii:sTO EcoNÓxnco
imprensa pertencem, sem qualquer dv'i-
O JORNALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA por Ruy BívOe.m
"A imprensa c cm nossa terra o grande pôrto a que vão ler, por uma fatalidade da nossa organização econômica, os homens que sonham partir um dia, como poetas ou como prosadores, pelo oceano das letras. E é também o grande porto cm que sussohram as vocações fracassadas ou os espíritos menos tenazes, cujo naufrágio é
vicía, à arte literária c, pois, ao domínio da estética. É, por exemplo, o que acontece com a crônica social, cpiando não se limita a registar a eòr dos >'es-
tidos PU a originalidade dos chapéus da:: damas granlinas, mas assume a ver dadeira feição dc uma delicada obra dc arte, como tantas \ézes encontramos no:; jornais. E' o que j;c dá — mus nem sempre — com a critica de cinenia, dc teatro, de música e até mesmo
fácil nas suas águas por que estas, embora aparentemente límpidas, escondem uma vida de sacrifícios é de abnegações, de incomprecnsões e de injtistiças, de lutas c
rária, tcklas elas autênticas manifesta
de dissabores" — diz o A. desta conferência, realizada no auditório da Biblioteca
ções de jornalismo criador. E é sobre
Municipal de São Paulo.
tudo a literatura grave e'solene do ar-
do rádio, ou ainda com a crítica lite
hgo de fundo, através da (jual o jorna 1. O jornalismo e a literatura
trumontos de Iraballio não são a pe na c o vidro de tinta, mas a tesoura
/ornalísnío representará, na roalíclaO cle^ uni capítulo à parte na lítcru-
ttira brasileira? Há quem o conteste. Mas'eu o afirmo. Nem todas as for-
e o pote dc goina-arábica. Kofiro-me à "cozinba" do jornal, por onde, não obstante, se inicia, quase sempre, a car reira para a (piai são atraídas, no Bra-
de jornalismo, com efeito, são dig nas^ de se classificar na arte literária.
.sil, como a única ainda hoje em que as
Muitas delas nem mesmo merecem, "se
neradora, todas as voca(,íões de escritor.
quer, a inclu.são
f 41^
na própria arte T"í Frnabstica p o rff* ® exercício, os. ms-
letras representam uma profissão rcniuNesse e em
vários outros setores do
jornalismo não existe pròprianicnte um esforço criador, (pie é o que earacterizii a literatura.
Mas, em compensação,
muitos outros setores do trabalho da
lista exerce a sua grande função pública, (pie ninguém llie conferiu, mas ilu
que èle está realmente investido.
Porque o jornalista, na definição de João Ribeiro, "é o que governa sem ser go verno, é o juiz .sem lugar entre os inaí^istrados, c o tribuno sem eacloira nos
parlamentos, é enfim um suplemento que a civilização deu ás suas mesmas féir-
•nulas imperfeitas de escolha c de orga nização social." ("O Fabordãü, pág. n.
142). O jornalismo, assim eonsicleratlo, não é, portanto, apenas um gen(>ro lite
rário tão legitimo como a poesia, o to-.
53
manco ou o teatro. É mais que i.sso, porque ó também — c no Brasil o tem
sido mais talvez que em qualquer outro pais — o maior animador da atividade literária.
E esse, com efeito, o grande papel que É
temn eamcio, cabido, no Brasil, ürasil, ao jom: jornali.«mo. A
iinprensa é, em nossa terra, o grande porto a (]iic \ão ter, por uma fatalida de da nossa organização econômica, os iiomens que sonham partir um dia, co mo poetas ou como prosacloros, pelo
oceano das letras. E é também o gran de pòrlo cm (pie sossobram as vocações fracassadas ou .os espíritos meno.-; tejiazos, cujo naufrágio é fácil nas sua: águas jjonpjo estas, embora
aparentemeato límpi das,
escondem
uma
vida de sacrifícios e
de abncgaç-ões, de
Droii:sTO EcoNÓxnco
imprensa pertencem, sem qualquer dv'i-
O JORNALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA por Ruy BívOe.m
"A imprensa c cm nossa terra o grande pôrto a que vão ler, por uma fatalidade da nossa organização econômica, os homens que sonham partir um dia, como poetas ou como prosadores, pelo oceano das letras. E é também o grande porto cm que sussohram as vocações fracassadas ou os espíritos menos tenazes, cujo naufrágio é
vicía, à arte literária c, pois, ao domínio da estética. É, por exemplo, o que acontece com a crônica social, cpiando não se limita a registar a eòr dos >'es-
tidos PU a originalidade dos chapéus da:: damas granlinas, mas assume a ver dadeira feição dc uma delicada obra dc arte, como tantas \ézes encontramos no:; jornais. E' o que j;c dá — mus nem sempre — com a critica de cinenia, dc teatro, de música e até mesmo
fácil nas suas águas por que estas, embora aparentemente límpidas, escondem uma vida de sacrifícios é de abnegações, de incomprecnsões e de injtistiças, de lutas c
rária, tcklas elas autênticas manifesta
de dissabores" — diz o A. desta conferência, realizada no auditório da Biblioteca
ções de jornalismo criador. E é sobre
Municipal de São Paulo.
tudo a literatura grave e'solene do ar-
do rádio, ou ainda com a crítica lite
hgo de fundo, através da (jual o jorna 1. O jornalismo e a literatura
trumontos de Iraballio não são a pe na c o vidro de tinta, mas a tesoura
/ornalísnío representará, na roalíclaO cle^ uni capítulo à parte na lítcru-
ttira brasileira? Há quem o conteste. Mas'eu o afirmo. Nem todas as for-
e o pote dc goina-arábica. Kofiro-me à "cozinba" do jornal, por onde, não obstante, se inicia, quase sempre, a car reira para a (piai são atraídas, no Bra-
de jornalismo, com efeito, são dig nas^ de se classificar na arte literária.
.sil, como a única ainda hoje em que as
Muitas delas nem mesmo merecem, "se
neradora, todas as voca(,íões de escritor.
quer, a inclu.são
f 41^
na própria arte T"í Frnabstica p o rff* ® exercício, os. ms-
letras representam uma profissão rcniuNesse e em
vários outros setores do
jornalismo não existe pròprianicnte um esforço criador, (pie é o que earacterizii a literatura.
Mas, em compensação,
muitos outros setores do trabalho da
lista exerce a sua grande função pública, (pie ninguém llie conferiu, mas ilu
que èle está realmente investido.
Porque o jornalista, na definição de João Ribeiro, "é o que governa sem ser go verno, é o juiz .sem lugar entre os inaí^istrados, c o tribuno sem eacloira nos
parlamentos, é enfim um suplemento que a civilização deu ás suas mesmas féir-
•nulas imperfeitas de escolha c de orga nização social." ("O Fabordãü, pág. n.
142). O jornalismo, assim eonsicleratlo, não é, portanto, apenas um gen(>ro lite
rário tão legitimo como a poesia, o to-.
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manco ou o teatro. É mais que i.sso, porque ó também — c no Brasil o tem
sido mais talvez que em qualquer outro pais — o maior animador da atividade literária.
E esse, com efeito, o grande papel que É
temn eamcio, cabido, no Brasil, ürasil, ao jom: jornali.«mo. A
iinprensa é, em nossa terra, o grande porto a (]iic \ão ter, por uma fatalida de da nossa organização econômica, os iiomens que sonham partir um dia, co mo poetas ou como prosacloros, pelo
oceano das letras. E é também o gran de pòrlo cm (pie sossobram as vocações fracassadas ou .os espíritos meno.-; tejiazos, cujo naufrágio é fácil nas sua: águas jjonpjo estas, embora
aparentemeato límpi das,
escondem
uma
vida de sacrifícios e
de abncgaç-ões, de
55
Digesto Econókuco
DíOESTO Ecgxónuco 54
Toão do Rio, que fm um grande escn-
seta envenenada: "Nós temos, nesta
do taboletas; dos escultores pelos marmoristas... Sempre que uma profissão usa dos recursos de qualquer arte para fins industriais, os cultores da arte se
ter sendo também um grande jornalis ta'preocupou-sc, certa vez, com este mesmo problema. E, num inquérito em
terra - foi a sua rcspost^i - duas insU-
indignam e depreciam, sistemàticamen-
tuições fatíd!ca.s para os homens de le
te, os profissionais que assim se põem na sua vizinhança." E, depois, falando a sério: "Em nenhum país, dc grande literatura, debca de haver grande jorna lismo. Sem êste, aquela é impossível."
Rio de Janeiro do tempo, dos vicecompreemóes e de injusUça., de lulas do reis. desferiu contra o jornalismo uma t' de dissabores.
-
que envolveu os maiores escritore.s do
tras: unia ó a política e a outra o jor nalismo. O desgraçado que tem talen
seu tempo, poetas e romancistas, juris-
to, ou cai na coluna diana a matar a \
consultos e teatrólogos, críticos e liisto-
sua arte a 300$ por mos, ou vai apo
riadores, pediu-lhes resposta para éste tema: "O jornalismo, especialmente no
Brasil, é um fator bom ou mau para a arte literiíria?" Para que melhor se com preenda o espírito de algumas das res
drecer numa cadeira do Congresso a
75$ diários, entre os discursos sobre a lei do orçamento e sôbre o imposto do gado". (João do Rio "O momento lite
(Id. ibid., pág. 76). Bilac, já então considerado um dos maiores poetas brasileiros, também to mou posição, na polêmica, contra os
êsso instrumento de progresso três sé culos depois. O México foi a primeira
das nações americanas a possuir impren sa, que ali se inaugurou em 1539. O Peru já em 1583 possuía as suas ofici nas tipográficas. Nos Estados Unidos,
data GO 163Ü a criação da imprensa, a qual, no prodigioso desenvolvimento
que ali alcançou, viria a pôr, nos nossos tempos, a serviço daquele grande povo a mais perfeita organização publicitá ria, baseada na liberdade de pensamen to, que já existiu no mundo. Foi a
Outto gruntle poeta, Gu.maraes Pas sos - esse mesmo a flucm João do R.ü, poucos anos depois, substituiria na Aca demia Brasileira - não se contentou em ferir o jornalismo com a .seta da ironia. A sua resposta a respeito da .nfluen-
ôle a João do Rio — é, para todo o
imprensa, com efeito, que conseguiu difundir por todo o território dos Esta dos Unidos, penetrando e influindo na
escritor brasileiro, um grande bem. E'
consciência de cada cidadão, a fé ina
foi uma verdadeira pedrada: Péssima,
favor do jornalismo como fator de pro te, o do escritor que com maior auto
po: "Eram os mosqueteiros literários.
haver arte onde há trocos: nao pode haver arte onde "o trabalho e d.spersivd". (Id., ibid-, pág. 150)-
ridade poderia então opinar, no Brasil,
A sua vida econômica baseava-se neste
Mais cruel foi, entretanto a respos-
vel "História da Literatura Brasileira"
princípio que os economistas repeliriam: nunca ter dinheiro e ser sempre gene
ta dc Raimundo Correia. Ela caiu sô
até hoje publicada em nosso país, Síl
bre o jornalismo com o mesmo poder
vio Romero não teve meias medidas na
destruidor de uma "bomba atômica :
sua resposta: "Afirmo convicto, pôsto
"O jornalismo, na arte literária - opi
nunca tivesse sido um homem do ofício,
postas que João do Rio recebeu, quero recordar aqui o ambiente do Rio de Ja neiro desse tempo, isto é, dos fins do século passado e dos primeiros anos do nosso século. E ninguém melhor do
Sue o próprio Paulo Barreto poderia escrevê-lo, como o fêz, em 1910, ao
ser empossado na Academia Brasileira,
na cadeira que pertencera a Guimarães Passos. Foi este o quadro que então pintou dos homens de letras desse tem
rosíssimo. Quando um deles, por aca so, tirava o prêmio na loteria ou na
tômbola, ia, com espalliafato, aplausos e palmas à diretoria de qualquer asilo
rário", pág. 103).
.
. „
cia do jornalismo sôbre a arte iteraria O jornalismo é o balcao. Nao pode
nou Raimundo, em palavras secas, cor
poetas". "O jornalismo — respondeu mesmo o único meio ao escritor se fa
balável na Democracia, num momento
zer ler. O meio de ação nos falharia
em que ela era ameaçada nas .suas bases
absolutamente se não fôsse o jornal". (Id., ibid., pág. 10).
são, para cuja destruição definitiva —
Mas o depoimento mais incisivo em gresso da arte literária foi, precisamen Sôbre o assunto.
Autor da mais notá
que o jornalismo tem sido o animador,
tantes, cirúrgicas — não e uin tator: é c entregava o prêmio intacto. Depois, 'um subtraendo." (Id. ibid., pág. 319). ficavam furiosos contra o burguês rico, Mas não pensavam assim todos os escritores desse tempo. Um deles, Me julgando-se vítimas." (Academia Bra sileira, "Discursos acadêmicos" (1907deiros e Albuquerque, também poeta, 1913), vol. n, pág. 126). mas igualmente jornalista, teatiologo, ro mancista, crítico, ensaísta, recebeu^ a Esta simples evocação do espírito do
o protetor, e, mais ainda, o criador da
minante nos homens de letras da época
pergunta com aquele sorriso sarcástico
tava a um século, apenas, a influência
com que sublinhava — como Bemard Shaw na Inglaterra conservadora — a
em que João áo Rio realizou o seu in
literatura brásilelra de cerca de um sé
culo a esta parte." (Id. ibid., pág. 49).
Roosevelt comandou.
A6 Brasil não coube a mesma sorte
que favoreceu os seus irmãos do Novo Mundo. Durante trezentos anos, ou seja através dos três séculos em que per- " maneceu como colônia de Portugal, não lhe foi permiüdo possuir sequer um pre lo modesto, mesmo para a impressão de inocentes letras de câmbio. Nesses ti-ês séculos de trevas, que representam três
quartas partes da nossa existência de povo, não se consentiu que tivéssemos contato com as letras. Nem ao me
Por que, porémj Sílvio Romero limi
irreverência e o cinismo das suas atitu
sua maioria, negaram a influência do
des. A sua primeira preocupação foi
jornalismo sobre a literatura.
e.xplicar a odiosidade votada pelos ho
então por João do Rio como "o mais
mens de letras ao jornalismo: De um modo geral - disse ele - a prevenção
Portugal ela já existia antes do desco
simpático, dos nossos poetas" e que viria, nos nossos dias, a ser o grande cronista
dos literatos contra o jornalismo c a
brimento, o Brasil só pôde conhecer
mesma dos pintores de quadros pelos
ção incondicional do Japão — tão pode rosamente concorreram "os soldados que
nos, como disse, com as letras de camHo.' Não há, nesta afirmação, qual
quérito explica perfeitamente a atitude então assumida pelos poetas, que, na Um de
que, por uma feliz casualidade, no dia de hoje (1) se consolidou com a rendi
2 — O Brasil, antes da imprensa
exercida pela imprensa sôbre a literatu ra brasileira? É que fazia então sòmente um século que se instalara, no Brasil, o primeiro prelo. Enquanto outros paí ses do Movo Continente possuíram im
les, o sr. Luís Edmundo, apresentado
pelas fôrças da intolerância e da opres
quer proposital jogo de palavras, mas a pura expressão da realidade. Com
efeito, lá por volta de 1706 registam as nossas crônicas a primeira tentati\'a de
implantação da imprensa no Brasil. Ins talando então no Recife uma tipografia
prensa já no século XVI, e mesmo em (1) 14 de agôsto, data da realização da conferência.
55
Digesto Econókuco
DíOESTO Ecgxónuco 54
Toão do Rio, que fm um grande escn-
seta envenenada: "Nós temos, nesta
do taboletas; dos escultores pelos marmoristas... Sempre que uma profissão usa dos recursos de qualquer arte para fins industriais, os cultores da arte se
ter sendo também um grande jornalis ta'preocupou-sc, certa vez, com este mesmo problema. E, num inquérito em
terra - foi a sua rcspost^i - duas insU-
indignam e depreciam, sistemàticamen-
tuições fatíd!ca.s para os homens de le
te, os profissionais que assim se põem na sua vizinhança." E, depois, falando a sério: "Em nenhum país, dc grande literatura, debca de haver grande jorna lismo. Sem êste, aquela é impossível."
Rio de Janeiro do tempo, dos vicecompreemóes e de injusUça., de lulas do reis. desferiu contra o jornalismo uma t' de dissabores.
-
que envolveu os maiores escritore.s do
tras: unia ó a política e a outra o jor nalismo. O desgraçado que tem talen
seu tempo, poetas e romancistas, juris-
to, ou cai na coluna diana a matar a \
consultos e teatrólogos, críticos e liisto-
sua arte a 300$ por mos, ou vai apo
riadores, pediu-lhes resposta para éste tema: "O jornalismo, especialmente no
Brasil, é um fator bom ou mau para a arte literiíria?" Para que melhor se com preenda o espírito de algumas das res
drecer numa cadeira do Congresso a
75$ diários, entre os discursos sobre a lei do orçamento e sôbre o imposto do gado". (João do Rio "O momento lite
(Id. ibid., pág. 76). Bilac, já então considerado um dos maiores poetas brasileiros, também to mou posição, na polêmica, contra os
êsso instrumento de progresso três sé culos depois. O México foi a primeira
das nações americanas a possuir impren sa, que ali se inaugurou em 1539. O Peru já em 1583 possuía as suas ofici nas tipográficas. Nos Estados Unidos,
data GO 163Ü a criação da imprensa, a qual, no prodigioso desenvolvimento
que ali alcançou, viria a pôr, nos nossos tempos, a serviço daquele grande povo a mais perfeita organização publicitá ria, baseada na liberdade de pensamen to, que já existiu no mundo. Foi a
Outto gruntle poeta, Gu.maraes Pas sos - esse mesmo a flucm João do R.ü, poucos anos depois, substituiria na Aca demia Brasileira - não se contentou em ferir o jornalismo com a .seta da ironia. A sua resposta a respeito da .nfluen-
ôle a João do Rio — é, para todo o
imprensa, com efeito, que conseguiu difundir por todo o território dos Esta dos Unidos, penetrando e influindo na
escritor brasileiro, um grande bem. E'
consciência de cada cidadão, a fé ina
foi uma verdadeira pedrada: Péssima,
favor do jornalismo como fator de pro te, o do escritor que com maior auto
po: "Eram os mosqueteiros literários.
haver arte onde há trocos: nao pode haver arte onde "o trabalho e d.spersivd". (Id., ibid-, pág. 150)-
ridade poderia então opinar, no Brasil,
A sua vida econômica baseava-se neste
Mais cruel foi, entretanto a respos-
vel "História da Literatura Brasileira"
princípio que os economistas repeliriam: nunca ter dinheiro e ser sempre gene
ta dc Raimundo Correia. Ela caiu sô
até hoje publicada em nosso país, Síl
bre o jornalismo com o mesmo poder
vio Romero não teve meias medidas na
destruidor de uma "bomba atômica :
sua resposta: "Afirmo convicto, pôsto
"O jornalismo, na arte literária - opi
nunca tivesse sido um homem do ofício,
postas que João do Rio recebeu, quero recordar aqui o ambiente do Rio de Ja neiro desse tempo, isto é, dos fins do século passado e dos primeiros anos do nosso século. E ninguém melhor do
Sue o próprio Paulo Barreto poderia escrevê-lo, como o fêz, em 1910, ao
ser empossado na Academia Brasileira,
na cadeira que pertencera a Guimarães Passos. Foi este o quadro que então pintou dos homens de letras desse tem
rosíssimo. Quando um deles, por aca so, tirava o prêmio na loteria ou na
tômbola, ia, com espalliafato, aplausos e palmas à diretoria de qualquer asilo
rário", pág. 103).
.
. „
cia do jornalismo sôbre a arte iteraria O jornalismo é o balcao. Nao pode
nou Raimundo, em palavras secas, cor
poetas". "O jornalismo — respondeu mesmo o único meio ao escritor se fa
balável na Democracia, num momento
zer ler. O meio de ação nos falharia
em que ela era ameaçada nas .suas bases
absolutamente se não fôsse o jornal". (Id., ibid., pág. 10).
são, para cuja destruição definitiva —
Mas o depoimento mais incisivo em gresso da arte literária foi, precisamen Sôbre o assunto.
Autor da mais notá
que o jornalismo tem sido o animador,
tantes, cirúrgicas — não e uin tator: é c entregava o prêmio intacto. Depois, 'um subtraendo." (Id. ibid., pág. 319). ficavam furiosos contra o burguês rico, Mas não pensavam assim todos os escritores desse tempo. Um deles, Me julgando-se vítimas." (Academia Bra sileira, "Discursos acadêmicos" (1907deiros e Albuquerque, também poeta, 1913), vol. n, pág. 126). mas igualmente jornalista, teatiologo, ro mancista, crítico, ensaísta, recebeu^ a Esta simples evocação do espírito do
o protetor, e, mais ainda, o criador da
minante nos homens de letras da época
pergunta com aquele sorriso sarcástico
tava a um século, apenas, a influência
com que sublinhava — como Bemard Shaw na Inglaterra conservadora — a
em que João áo Rio realizou o seu in
literatura brásilelra de cerca de um sé
culo a esta parte." (Id. ibid., pág. 49).
Roosevelt comandou.
A6 Brasil não coube a mesma sorte
que favoreceu os seus irmãos do Novo Mundo. Durante trezentos anos, ou seja através dos três séculos em que per- " maneceu como colônia de Portugal, não lhe foi permiüdo possuir sequer um pre lo modesto, mesmo para a impressão de inocentes letras de câmbio. Nesses ti-ês séculos de trevas, que representam três
quartas partes da nossa existência de povo, não se consentiu que tivéssemos contato com as letras. Nem ao me
Por que, porémj Sílvio Romero limi
irreverência e o cinismo das suas atitu
sua maioria, negaram a influência do
des. A sua primeira preocupação foi
jornalismo sobre a literatura.
e.xplicar a odiosidade votada pelos ho
então por João do Rio como "o mais
mens de letras ao jornalismo: De um modo geral - disse ele - a prevenção
Portugal ela já existia antes do desco
simpático, dos nossos poetas" e que viria, nos nossos dias, a ser o grande cronista
dos literatos contra o jornalismo c a
brimento, o Brasil só pôde conhecer
mesma dos pintores de quadros pelos
ção incondicional do Japão — tão pode rosamente concorreram "os soldados que
nos, como disse, com as letras de camHo.' Não há, nesta afirmação, qual
quérito explica perfeitamente a atitude então assumida pelos poetas, que, na Um de
que, por uma feliz casualidade, no dia de hoje (1) se consolidou com a rendi
2 — O Brasil, antes da imprensa
exercida pela imprensa sôbre a literatu ra brasileira? É que fazia então sòmente um século que se instalara, no Brasil, o primeiro prelo. Enquanto outros paí ses do Movo Continente possuíram im
les, o sr. Luís Edmundo, apresentado
pelas fôrças da intolerância e da opres
quer proposital jogo de palavras, mas a pura expressão da realidade. Com
efeito, lá por volta de 1706 registam as nossas crônicas a primeira tentati\'a de
implantação da imprensa no Brasil. Ins talando então no Recife uma tipografia
prensa já no século XVI, e mesmo em (1) 14 de agôsto, data da realização da conferência.
iwwpij' ü.i 50
modestíssima, um cidadão, cujo nome infelizmente se perdeu de todo, fê-lo,
Dici^to EcoNÓNOcn
imprimir". "Não sendo conveniente haver aí tipografias, nem mesmo utili dade para os íinpressore.s, por serera maiores as despesas que no Reino, dc
Dicesto Econômico
vam a assumir, perante o mundo, outras
nações da Europa. As riquezas da ter ra, com tamanha eloqüência louvadas
não êom propósitos de dihisao de idéias ou qualquer outra preocupação mais no bre, mas puramente para fins comer ciais, inocentes e humildes. Na sua
onde podiam vir impressos õs 1í\tos e
câmSío e pequenas orações devotas. O
Conselho Ultramarino, sem as quais não
olhou, porisso, para o Brasil, durante
se podia imprimir nem correr obras", essa ordem rcgía mandou seqüestrar tais
trezentos anos, com o mesmo olhar con-
cupiscente e ciumento com que os por
"letras" para o Reino, por conta dos
tugueses dêsse tempo, herdeiros do san
seus donos, o notificar a estes que "não
gue mouro que encharcara a península defendiam as suas mulheres como se nhores -e donos. A Terra de Santa
tipografia, visava êle imprimir letras de
grande historiador da imprensa no Bra sil, Alfredo de Carvalho, ao mencionar essa primeira tentativa, lembra que o
próprio governador de Pernambuco, en
tão Francisco de Castro Morais, nela
não \áu qualquer inconveniente e por isso a tolerou. Mal, porém, chegou no
tícia dêsse fato às Côrtes de Lisboa, foi
imediatamente expedida a ordem regia de 8 de julho de 1706, na qual se de terminava àquele governador — e repito aqui a linguagem do documento - "se qüestrar as letras impressas e notificar
os donos delas e os oficiais da tipogra fia que não imprimissem nem consen
tissem que se imprimissem, livros ou papéis avulsos". (Alfredo de Carvalho
— "Gênese e progressos da imprensa periódica no Brasil").
Alguns anos mais tarde, um impressor português, que fôra anteriormente
estabelecido em Lisboa, Antônio Isidoro
da Fonseca, veio para o Brasil, trazen
do em sua bagagem o material tipogrático com que tencíonavá montar, como
montou, no Rio dè Janeiro, uma ijequena oncina. Corria então o ano de 1747
Mais uma vez, a notícia logo chegoj aos ouvidos dos homens do Reino E refere Moreira de Azevedo, nos 'seus
papéi.s, no mesmo tempo em que de viam ir as licenças da Inquisição e do
fusão de saúde e mocidade. Portugal
imprimissem livros, obras ou papéis al guns avulsos, sem embargo de quais quer lícença.s que tivessem para dita
Cniz foi para Portugal uma amante jo
impressão, sob pena dc que, fazendo o
vem e rica, cheia do frescura o de be-
contrário, seriam remetidos presos para
o Reino para se lhes impor as penas em qiie tivessem incorrido, de confor
lezíi, que precisava ficar distante da cobiça dc outras nações mais fortes. Foi essa a razão por que Portugal con
midade com as leis e ordens a respeito".
servou' o Brasil oculto aos olhos do
É que, no dizer de Moreira de Aze vedo, "não convinha a Portugal que houvesse civilização no Brasil.
Dese
mundo durante três séculos. Sabendo-se fraco temia ter de lutar contra a avidez do povos mais fortes que já lhe haviam
jando colocar essa colônia atada ao seu
arrebatado quase todo o seu império co
domínio, não queria arrancá-la das tre
lonial das índias.
vas e da ignorância".
E está aqui, acredito eu, uma teoria
3 — A Psicologia do colonizador luso E é precisamente por essa razão que podemos deduzir da vida do Brasil os trezonto.'?' anos em que permaneceu co
mo Colônia. Nesses três séculos, o Bra
sil não existiu para o mundo. Ao ser incorporado à Coroa Portuguesa por Ca
bral, portanto, o Brasil não estava nas cendo. Estava apenas sendo gerado, para nascer três séculos depois. Cabníl não passou do sacerdote, e Pero Vaz
Apontomentos históricos", que por essa Caminha do juiz de paz que celebra razao durou pouco a tipografia de Isi ram, em segredo, o casamento, morgadoro da Fonseca: "manSou a CÔrte do velho Portugal com o Novo aboü-la e queima-la, para não propagar nátíco Mundo. Portugal acabava de atingir o ideias que podiam ser contrárias ao in seu apògeu e penetrava, teresse do Estado". Era provávelmente melancólico, expansionísta, numa fase cruel dc de a essa tipografia q^ue se referia a ordem cadência. As terras por Pedro Alvares régia de 6 de julho de 1747, a qual incorporadas ao seu império vinham redeclarava haver chegado ao conhecimen to do governo da metrópole, ter vindo para o Brasil "quantidade de letras de
por Pero Vaz, exerceriam, sôbvc o orga nismo enfraquecido do império portupiês, o papel milagroso de uma trans
prc.sentar para êle um oportuno adia
mento no declínio que a fatalidade lhe impimha, ante a projeção que começa-
jâ
a ser desenvolvida pelos sociólogos, re
lativamente à atitude do colonizador pa ra com a Colônia. Qual era o com portamento do colonizador, na sua vida
privada e que por força se refletiria na
filia vida cie nação? À -mulher portu
57
ras, com medo de que os homens as comessem".
Desse espírito autoritário e prepoten te dos portuguèses daqueles tempos, da noção do propriedade que tinham so bro as suas mulheres, do temor de que elas, ao contato com o mundo, pudes sem fugir no seu domínio de senhores
— raz^o por ciue também as conserva vam distantes dos livros, em que podiam aprender a amar a liberdade — nos dá notícia uma página deliciosa da "Carta
de guia de casados", em que D.' Fran
cisco Manuel de Melo condensou, em
L650, os conselhos prudentes que se in dicavam aos homens casados "para sus tentar sua casa em honra e sem peri go'. Analisando, num dos capítulos dêsse lí\TO famoso, várias castas de mu lheres portuguesas, assim fazia êle a
apologia da ignoraneía em que- as espo sas deviam ser mantida.s: "Oh, como
folgo de ver uma mulher -ignorar aquilo
3ue não é razão saber, mas que verdaeiramente o saiba!" E, em períodos que atravessariam os séculos, acrescen tava: "Ouvi um dia, caminhando, e não era êle menos que um chapado recoveiro (\'eia V. M. que enjeitei os filó
sofos para citar êsses autores), enfim, ouvi-lhe que Deus o guardasse de mula
guesa conservou-se durante séculos, no-
que faz him e de mulher que sabe latim". E, e.sclarecendo o seu pensa
tadamente entre os séculos XVI e XVIII,
mento: "O ponto está em que o latim
como uma verdadeira escrava do pai ou do marido. Vivia encarcerada,
hão é o que dana; mas o que consigo
egcisticamente defendida, com zelo fe
le saber".
conventos a que muitas eram recolhi
aqui a anedota narrada em prossegui mento a essa página — e sempre com o objetivo de mostrar como era perigoso para os maridos-que as suas mulheres tivessem contato com os livros — nel saboroso clássico da língua- "Co f
roz, dos olhares mascirlinos. Quer nos
das, quer nos seus lares, só se lhes per
mitia acompanhar a vida, que estuava
nas ruas, através das rótulas que as pro tegiam dos olhares dos demais homens.
Dessa forma oprimidas, "as mulheres — no dizer de Júlio Dantas, historiador
do amcir cm Portugal no século XVIII — feehavam-.se, embiocavam-se, aferroIhavam-se à mourisca nas suas câma
traz do outros saberetes envoltos àquôNão me furto ao prazer de relembrar
sjiva-se uma mulher honrada' a um fra de velho e rabuj^ento; e. como" come çasse a dizer em lahm a confissão,
guntou-lhe o confessor: - "SabpU il
fim?" Disse-lhei - "Padre, ortím: èm
iwwpij' ü.i 50
modestíssima, um cidadão, cujo nome infelizmente se perdeu de todo, fê-lo,
Dici^to EcoNÓNOcn
imprimir". "Não sendo conveniente haver aí tipografias, nem mesmo utili dade para os íinpressore.s, por serera maiores as despesas que no Reino, dc
Dicesto Econômico
vam a assumir, perante o mundo, outras
nações da Europa. As riquezas da ter ra, com tamanha eloqüência louvadas
não êom propósitos de dihisao de idéias ou qualquer outra preocupação mais no bre, mas puramente para fins comer ciais, inocentes e humildes. Na sua
onde podiam vir impressos õs 1í\tos e
câmSío e pequenas orações devotas. O
Conselho Ultramarino, sem as quais não
olhou, porisso, para o Brasil, durante
se podia imprimir nem correr obras", essa ordem rcgía mandou seqüestrar tais
trezentos anos, com o mesmo olhar con-
cupiscente e ciumento com que os por
"letras" para o Reino, por conta dos
tugueses dêsse tempo, herdeiros do san
seus donos, o notificar a estes que "não
gue mouro que encharcara a península defendiam as suas mulheres como se nhores -e donos. A Terra de Santa
tipografia, visava êle imprimir letras de
grande historiador da imprensa no Bra sil, Alfredo de Carvalho, ao mencionar essa primeira tentativa, lembra que o
próprio governador de Pernambuco, en
tão Francisco de Castro Morais, nela
não \áu qualquer inconveniente e por isso a tolerou. Mal, porém, chegou no
tícia dêsse fato às Côrtes de Lisboa, foi
imediatamente expedida a ordem regia de 8 de julho de 1706, na qual se de terminava àquele governador — e repito aqui a linguagem do documento - "se qüestrar as letras impressas e notificar
os donos delas e os oficiais da tipogra fia que não imprimissem nem consen
tissem que se imprimissem, livros ou papéis avulsos". (Alfredo de Carvalho
— "Gênese e progressos da imprensa periódica no Brasil").
Alguns anos mais tarde, um impressor português, que fôra anteriormente
estabelecido em Lisboa, Antônio Isidoro
da Fonseca, veio para o Brasil, trazen
do em sua bagagem o material tipogrático com que tencíonavá montar, como
montou, no Rio dè Janeiro, uma ijequena oncina. Corria então o ano de 1747
Mais uma vez, a notícia logo chegoj aos ouvidos dos homens do Reino E refere Moreira de Azevedo, nos 'seus
papéi.s, no mesmo tempo em que de viam ir as licenças da Inquisição e do
fusão de saúde e mocidade. Portugal
imprimissem livros, obras ou papéis al guns avulsos, sem embargo de quais quer lícença.s que tivessem para dita
Cniz foi para Portugal uma amante jo
impressão, sob pena dc que, fazendo o
vem e rica, cheia do frescura o de be-
contrário, seriam remetidos presos para
o Reino para se lhes impor as penas em qiie tivessem incorrido, de confor
lezíi, que precisava ficar distante da cobiça dc outras nações mais fortes. Foi essa a razão por que Portugal con
midade com as leis e ordens a respeito".
servou' o Brasil oculto aos olhos do
É que, no dizer de Moreira de Aze vedo, "não convinha a Portugal que houvesse civilização no Brasil.
Dese
mundo durante três séculos. Sabendo-se fraco temia ter de lutar contra a avidez do povos mais fortes que já lhe haviam
jando colocar essa colônia atada ao seu
arrebatado quase todo o seu império co
domínio, não queria arrancá-la das tre
lonial das índias.
vas e da ignorância".
E está aqui, acredito eu, uma teoria
3 — A Psicologia do colonizador luso E é precisamente por essa razão que podemos deduzir da vida do Brasil os trezonto.'?' anos em que permaneceu co
mo Colônia. Nesses três séculos, o Bra
sil não existiu para o mundo. Ao ser incorporado à Coroa Portuguesa por Ca
bral, portanto, o Brasil não estava nas cendo. Estava apenas sendo gerado, para nascer três séculos depois. Cabníl não passou do sacerdote, e Pero Vaz
Apontomentos históricos", que por essa Caminha do juiz de paz que celebra razao durou pouco a tipografia de Isi ram, em segredo, o casamento, morgadoro da Fonseca: "manSou a CÔrte do velho Portugal com o Novo aboü-la e queima-la, para não propagar nátíco Mundo. Portugal acabava de atingir o ideias que podiam ser contrárias ao in seu apògeu e penetrava, teresse do Estado". Era provávelmente melancólico, expansionísta, numa fase cruel dc de a essa tipografia q^ue se referia a ordem cadência. As terras por Pedro Alvares régia de 6 de julho de 1747, a qual incorporadas ao seu império vinham redeclarava haver chegado ao conhecimen to do governo da metrópole, ter vindo para o Brasil "quantidade de letras de
por Pero Vaz, exerceriam, sôbvc o orga nismo enfraquecido do império portupiês, o papel milagroso de uma trans
prc.sentar para êle um oportuno adia
mento no declínio que a fatalidade lhe impimha, ante a projeção que começa-
jâ
a ser desenvolvida pelos sociólogos, re
lativamente à atitude do colonizador pa ra com a Colônia. Qual era o com portamento do colonizador, na sua vida
privada e que por força se refletiria na
filia vida cie nação? À -mulher portu
57
ras, com medo de que os homens as comessem".
Desse espírito autoritário e prepoten te dos portuguèses daqueles tempos, da noção do propriedade que tinham so bro as suas mulheres, do temor de que elas, ao contato com o mundo, pudes sem fugir no seu domínio de senhores
— raz^o por ciue também as conserva vam distantes dos livros, em que podiam aprender a amar a liberdade — nos dá notícia uma página deliciosa da "Carta
de guia de casados", em que D.' Fran
cisco Manuel de Melo condensou, em
L650, os conselhos prudentes que se in dicavam aos homens casados "para sus tentar sua casa em honra e sem peri go'. Analisando, num dos capítulos dêsse lí\TO famoso, várias castas de mu lheres portuguesas, assim fazia êle a
apologia da ignoraneía em que- as espo sas deviam ser mantida.s: "Oh, como
folgo de ver uma mulher -ignorar aquilo
3ue não é razão saber, mas que verdaeiramente o saiba!" E, em períodos que atravessariam os séculos, acrescen tava: "Ouvi um dia, caminhando, e não era êle menos que um chapado recoveiro (\'eia V. M. que enjeitei os filó
sofos para citar êsses autores), enfim, ouvi-lhe que Deus o guardasse de mula
guesa conservou-se durante séculos, no-
que faz him e de mulher que sabe latim". E, e.sclarecendo o seu pensa
tadamente entre os séculos XVI e XVIII,
mento: "O ponto está em que o latim
como uma verdadeira escrava do pai ou do marido. Vivia encarcerada,
hão é o que dana; mas o que consigo
egcisticamente defendida, com zelo fe
le saber".
conventos a que muitas eram recolhi
aqui a anedota narrada em prossegui mento a essa página — e sempre com o objetivo de mostrar como era perigoso para os maridos-que as suas mulheres tivessem contato com os livros — nel saboroso clássico da língua- "Co f
roz, dos olhares mascirlinos. Quer nos
das, quer nos seus lares, só se lhes per
mitia acompanhar a vida, que estuava
nas ruas, através das rótulas que as pro tegiam dos olhares dos demais homens.
Dessa forma oprimidas, "as mulheres — no dizer de Júlio Dantas, historiador
do amcir cm Portugal no século XVIII — feehavam-.se, embiocavam-se, aferroIhavam-se à mourisca nas suas câma
traz do outros saberetes envoltos àquôNão me furto ao prazer de relembrar
sjiva-se uma mulher honrada' a um fra de velho e rabuj^ento; e. como" come çasse a dizer em lahm a confissão,
guntou-lhe o confessor: - "SabpU il
fim?" Disse-lhei - "Padre, ortím: èm
Dícesto Econômico 58
mosteiro". Tomou a perguntar: — Que
estado tendes?" Respondeu-llie: — "Ca
sada". A que tornou: — "Onde está
aventura nessas longínquas regiões e se
frase de Ronald de Carvalho '("Estu
mãos o livro ou o jornal, onde essa gen-
toma conhecimento
dos Brasileiros", 1.^ série, pg. 74), é
intemilnáveis incursões dos antigos pau listas, sente-se uma espécie de assom
tendes marido na índia? Ora, ide-vos
barcos, roubando pedaços dos impérios
embora e vinde cá outro dia; que vos
alheios, se pusessem em contato coln
ó fôrça que tragais muito que dizer, e eu estou hoje muito depressa".'
aquela terra jovem e escancarassem as
Se era assim o português na sua vida
que cercava as suas mulheres.
m
Conser
vando o povo da Colônia na ignorân cia e não lhe permitindo sequer que pusesse_ mão em livros ou impressos que não passassem prèviamente pela censura feroz exercida no Reino, o colo nizador não fazia mais que aplicar, co mo Império, aquilo que aprendera co mo homem, Não era o latim (no caso representado pela imprensa) o que o danava. O que êle temia eram os "ou
tros saberetes" que podiam vir envoltos 4 — O colono
Se era assim o colonizador, vejamos agora o que era o colono.
rótulas por detrás das quais o Brasil permanecia oculto aos olhos do mundo civilizado!
A raça que no Brasil se formava já
dera ao português provas do seu amor à liberdade. Fora ela <iue repelira os piratas franceses e espanhóis, menos pa ra preservar a dominação lusitana do
que para manter as terras do Brasil
livres do jugo estiangeiro. Fora ela que expulsara o invasor holandês, com bravura, com paixão, com um amor u terra que só os povos amantes da liber dade sabem ter. E, por mais de uma
vez, até mesmo os próprios colonizadore" lusos se haviam visto obrigados u sufocar movimentos de rebeldia, denunciadores do esnírito de nacionalidade
que marcou o povo brasileiro desde as
naquele saber... "
Mereceria
ele o tempr reverente dos dominadores lusitanos, para assim ser mantido isola
do do mundo e afastado de qualquer atividade intelectual que se pudesse aprimorar através da leitura de livros e
jornais? Mereceria? É forçoso confessar que merecia. O português soube sen tir, desde os primeiros anos da sua. obra
colonizadora, que a raça que aqui se começava a formar era dotada de um
raro e forte sentimento de nacionalida
de. Não sabendo suportar a escravi dão mantinha, por isso mesmo, tal alti
vez em face do colonizador que este não podia deixar de adivinhar, por de trás dela, uma sincera e insopitável ân
5?
sia de liberdade. Ai da Colônia, por tanto, se a metrópole pusesse em suas
vosso marido?" — "Na índia, meu pa ■ te rude iria aprender que só são feli dre" (disse ela). Então, com agudeza zes os povos livres! Ai da Colônia, por repetiu o velho: — "Tende mão, filha: outro lado, se as nações mais fortes, sapeis latim, criastes-vos em mosteiro, que cortavam os oceanos com os seus
privada,' ao tempo do Brasil-Colónia, nada mais natural que, como coloni zador, procurasse adotar, em relação aos seus domínios, as mesmas cautelas de
Dicusto Econômico
do itinerário
das
homens pertenciam a uma raça de gi
um espelho do tempo. - Ela reflete os ridículos e os vícios da gente que nos governava de bola e esporas e de quem o poeta sofreu tanto". Para quê não
gantes".
se perdessem os .seus \efsos, o então
bro, tem-se a impres-são de que esses Ora, essa raça de gigantes sonhava
governador do Brasil, D. João de Alen-
tt>m um Brasil livre. Em \'ários mo mentos da vida da Colônia o demons
castrc, os "fazia copiar por debuxadas
trara.
ram a fôrça de difusão que cabe à im
Desse-lhe o colonizador o direi
to de conhecer melhor, pela leitura e pelo estudo, as su;is próprias forças, e
do amar ainda mais a liberdade que ins tintivamente a fascinava, c a Indepen dência teria vindo, para o Brasil, muito mais cedo. Para o Reino, portanto, a
imprensa, no Brasil, representava um pe rigo, muito embora em Portugal ela já existisse antes do descobrimento, pois
só em Lisboa havia, no século }^VI,
letras".
Com isso êles não só exeree-
prensa, como também obtiveram a fun
ção de registo que esta desempenha. E
foi por essa forma que chegaram até' os nossos dias as tremendas sátiras com que Gregório feriu os colonizadores e os po
derosos do seu tempo. Gregório de Matos repre.senla, por tudo i.sso, na história da imprensa bra sileira, o papel de um precursor. Por meio dos seus versos corrosivos, a ahna
quando se iniciou a colonização brasi
brasileira protestava contra o coloniza
leira, cinco oficinas tipográficas e cin
dor que a opinmiu. Mais tarde, a pro
qüenta e quatro loja.s de livros. (Jéilio Dantas, "A era manuelina"). Os precursores
Nesses três séculos, porém, a opres
paganda da conjuração mineira tam bém se serviu da sátira como veículo, nas "Cartas Chilenas". Durante o pe
ríodo colonial, portanto, a fôrça difu
sora da imprensa foi substituída pela
poesia satírica como meio de abalar os
suas origens. Êsse povo — Portugal
são obstinada exercida sôbre o colono
bem o sentia saberia, logo que pu desse, conquistar a sua independência e cortar os laços que o escravizaram à
sua ânsia de liberdade. E como onde
6 — O nascimento da imprensa
se manifesta a opressão surge a sátira, Quo é uma forma de reação do.s oprimi
em 1500, mas três séculos depois, quan
metrópole., O povo da Colônia apresentava, na
realidade, qualidades singulares. . Um viajante francês que por aqui andou
no.s primeiros anos do século passado para, como cientista, estudar u flora brasileira, encheu-se de assombro ao ve
rificar o que eram os homens'que Por tugal subjugara _ por três séculos. A obra de dilatação das fronteiras nacio nais, realizada pelos bandeirantes pau listas, provocou, porisso, esta e.xplosão
não impediu que este, sempre que pos sível, procurasse meios de" exprimir a
alicerces da dominação lusa.
Já lhes disse que O Brasil não nasceu"
dos contra aqueles que os subjugam, do para o Novo Continente se trasladou pode-se dizer que foi essa a nianoira a Corte Portuguesa. E nasceu, não só por que sé manifestou o espírito natí- porcpio os seus portos foram abertos aos vista durante o período colonial. Não •são numerosos os poetas satíricos dêsse tempo. Mas só a presença de \im Gre-
que adquiriu, com a implantação da imprensa, as forças que não pudera
gório de Matos na literatura brasileira
desenvolver anteriormente no teneno da
justificaria a minha a.s.serção. Porque
inteligência e da cultura. O destino, positivamente, estava conspirando, a essa tempo, contra Portugal, já tão amar
Gregório representou, na sua época, o primeiro jornal, meio escrito e meio fa
nayios estrangeiros, mas sobretudo por
sincera do jovem Saint-Hilaire: "Quan do se sabe, por experiência própria, quantas fadigas, privações, perigos ain
lado, que o Brasil possuiu. Os seus epigramas contundentes e impiedosos
gurado com a invasao do seu territó
corriam de mão em mão, talvez não
da hoje aguardam o viandante que se
pelo que significavam. "Sua obra, na
acaso, na bagagem trazida para o Brasil, pelos fidalgos que acompanharam o príncipe d. João, viera uma série de
tanto pelo que valessem, mas sobretudo
rio pelas fôiças de Junot. Por mero
Dícesto Econômico 58
mosteiro". Tomou a perguntar: — Que
estado tendes?" Respondeu-llie: — "Ca
sada". A que tornou: — "Onde está
aventura nessas longínquas regiões e se
frase de Ronald de Carvalho '("Estu
mãos o livro ou o jornal, onde essa gen-
toma conhecimento
dos Brasileiros", 1.^ série, pg. 74), é
intemilnáveis incursões dos antigos pau listas, sente-se uma espécie de assom
tendes marido na índia? Ora, ide-vos
barcos, roubando pedaços dos impérios
embora e vinde cá outro dia; que vos
alheios, se pusessem em contato coln
ó fôrça que tragais muito que dizer, e eu estou hoje muito depressa".'
aquela terra jovem e escancarassem as
Se era assim o português na sua vida
que cercava as suas mulheres.
m
Conser
vando o povo da Colônia na ignorân cia e não lhe permitindo sequer que pusesse_ mão em livros ou impressos que não passassem prèviamente pela censura feroz exercida no Reino, o colo nizador não fazia mais que aplicar, co mo Império, aquilo que aprendera co mo homem, Não era o latim (no caso representado pela imprensa) o que o danava. O que êle temia eram os "ou
tros saberetes" que podiam vir envoltos 4 — O colono
Se era assim o colonizador, vejamos agora o que era o colono.
rótulas por detrás das quais o Brasil permanecia oculto aos olhos do mundo civilizado!
A raça que no Brasil se formava já
dera ao português provas do seu amor à liberdade. Fora ela <iue repelira os piratas franceses e espanhóis, menos pa ra preservar a dominação lusitana do
que para manter as terras do Brasil
livres do jugo estiangeiro. Fora ela que expulsara o invasor holandês, com bravura, com paixão, com um amor u terra que só os povos amantes da liber dade sabem ter. E, por mais de uma
vez, até mesmo os próprios colonizadore" lusos se haviam visto obrigados u sufocar movimentos de rebeldia, denunciadores do esnírito de nacionalidade
que marcou o povo brasileiro desde as
naquele saber... "
Mereceria
ele o tempr reverente dos dominadores lusitanos, para assim ser mantido isola
do do mundo e afastado de qualquer atividade intelectual que se pudesse aprimorar através da leitura de livros e
jornais? Mereceria? É forçoso confessar que merecia. O português soube sen tir, desde os primeiros anos da sua. obra
colonizadora, que a raça que aqui se começava a formar era dotada de um
raro e forte sentimento de nacionalida
de. Não sabendo suportar a escravi dão mantinha, por isso mesmo, tal alti
vez em face do colonizador que este não podia deixar de adivinhar, por de trás dela, uma sincera e insopitável ân
5?
sia de liberdade. Ai da Colônia, por tanto, se a metrópole pusesse em suas
vosso marido?" — "Na índia, meu pa ■ te rude iria aprender que só são feli dre" (disse ela). Então, com agudeza zes os povos livres! Ai da Colônia, por repetiu o velho: — "Tende mão, filha: outro lado, se as nações mais fortes, sapeis latim, criastes-vos em mosteiro, que cortavam os oceanos com os seus
privada,' ao tempo do Brasil-Colónia, nada mais natural que, como coloni zador, procurasse adotar, em relação aos seus domínios, as mesmas cautelas de
Dicusto Econômico
do itinerário
das
homens pertenciam a uma raça de gi
um espelho do tempo. - Ela reflete os ridículos e os vícios da gente que nos governava de bola e esporas e de quem o poeta sofreu tanto". Para quê não
gantes".
se perdessem os .seus \efsos, o então
bro, tem-se a impres-são de que esses Ora, essa raça de gigantes sonhava
governador do Brasil, D. João de Alen-
tt>m um Brasil livre. Em \'ários mo mentos da vida da Colônia o demons
castrc, os "fazia copiar por debuxadas
trara.
ram a fôrça de difusão que cabe à im
Desse-lhe o colonizador o direi
to de conhecer melhor, pela leitura e pelo estudo, as su;is próprias forças, e
do amar ainda mais a liberdade que ins tintivamente a fascinava, c a Indepen dência teria vindo, para o Brasil, muito mais cedo. Para o Reino, portanto, a
imprensa, no Brasil, representava um pe rigo, muito embora em Portugal ela já existisse antes do descobrimento, pois
só em Lisboa havia, no século }^VI,
letras".
Com isso êles não só exeree-
prensa, como também obtiveram a fun
ção de registo que esta desempenha. E
foi por essa forma que chegaram até' os nossos dias as tremendas sátiras com que Gregório feriu os colonizadores e os po
derosos do seu tempo. Gregório de Matos repre.senla, por tudo i.sso, na história da imprensa bra sileira, o papel de um precursor. Por meio dos seus versos corrosivos, a ahna
quando se iniciou a colonização brasi
brasileira protestava contra o coloniza
leira, cinco oficinas tipográficas e cin
dor que a opinmiu. Mais tarde, a pro
qüenta e quatro loja.s de livros. (Jéilio Dantas, "A era manuelina"). Os precursores
Nesses três séculos, porém, a opres
paganda da conjuração mineira tam bém se serviu da sátira como veículo, nas "Cartas Chilenas". Durante o pe
ríodo colonial, portanto, a fôrça difu
sora da imprensa foi substituída pela
poesia satírica como meio de abalar os
suas origens. Êsse povo — Portugal
são obstinada exercida sôbre o colono
bem o sentia saberia, logo que pu desse, conquistar a sua independência e cortar os laços que o escravizaram à
sua ânsia de liberdade. E como onde
6 — O nascimento da imprensa
se manifesta a opressão surge a sátira, Quo é uma forma de reação do.s oprimi
em 1500, mas três séculos depois, quan
metrópole., O povo da Colônia apresentava, na
realidade, qualidades singulares. . Um viajante francês que por aqui andou
no.s primeiros anos do século passado para, como cientista, estudar u flora brasileira, encheu-se de assombro ao ve
rificar o que eram os homens'que Por tugal subjugara _ por três séculos. A obra de dilatação das fronteiras nacio nais, realizada pelos bandeirantes pau listas, provocou, porisso, esta e.xplosão
não impediu que este, sempre que pos sível, procurasse meios de" exprimir a
alicerces da dominação lusa.
Já lhes disse que O Brasil não nasceu"
dos contra aqueles que os subjugam, do para o Novo Continente se trasladou pode-se dizer que foi essa a nianoira a Corte Portuguesa. E nasceu, não só por que sé manifestou o espírito natí- porcpio os seus portos foram abertos aos vista durante o período colonial. Não •são numerosos os poetas satíricos dêsse tempo. Mas só a presença de \im Gre-
que adquiriu, com a implantação da imprensa, as forças que não pudera
gório de Matos na literatura brasileira
desenvolver anteriormente no teneno da
justificaria a minha a.s.serção. Porque
inteligência e da cultura. O destino, positivamente, estava conspirando, a essa tempo, contra Portugal, já tão amar
Gregório representou, na sua época, o primeiro jornal, meio escrito e meio fa
nayios estrangeiros, mas sobretudo por
sincera do jovem Saint-Hilaire: "Quan do se sabe, por experiência própria, quantas fadigas, privações, perigos ain
lado, que o Brasil possuiu. Os seus epigramas contundentes e impiedosos
gurado com a invasao do seu territó
corriam de mão em mão, talvez não
da hoje aguardam o viandante que se
pelo que significavam. "Sua obra, na
acaso, na bagagem trazida para o Brasil, pelos fidalgos que acompanharam o príncipe d. João, viera uma série de
tanto pelo que valessem, mas sobretudo
rio pelas fôiças de Junot. Por mero
DifJivSTO Econômico Digbsto Econômico
volumes colocados a bordo por Antônio
Europa, e do quando cm cjuundo as suas páginas eram ilustradas com alguns
Barca. Êsscs volumes continham mate-
documentos de ofício, notícia dos dias
ria\ tipográfico. Ao saber disso, o prín cipe- recente,_1instigado pelo conde n/-« de '
to da família reinante.
Araújo de Azevedo, depois conde da arca.
natalício.s, odes e jianegíricos u respei Não se man
Xiínhares, resolveu criar a imprensa no
chavam essas páginas com as eferves
Brasil.
E o decreto que assinou nesse
cência.': da democracia, neni com a ax-
sentido veio a representar, na frase de
posição de agraxos. A julgar-se do
tírnesto Sena, "a certidão de nascimen to da imprensa no Brasil". Eu vou
Brasil pelo seu único periódico, devia ser considerado um paraíso terrestre,
além, entretanto. O decreto que criou
onde nunca se tinha cxprcs.sado um só
a imprensa, tanto quanto o de abertu ra dos portos, é para mim a própria
rjueixumo".
certidão de nascimento do Bra.sil.
Ao
colocar a sua assinatura nesse documen
to, no dia-13 de maio de 180S, o prín
cipe d. João, sem o perceber, abolia a
escravidão dq povo brasileiro, como prec-isamente oitenta anos mais tarde uma
sua bisneta poria fim à escravidão do negro no Brasil.
Transferido para o Brasil com as Cor tes, o espírito cpie implantara cm Por tugal três cen.suras para qualquer pu
blicação — a censura real, a do bispo e a dos inquisidores (Ilandehnann, "His
tória do Brasil", pg. 718) — não po deria admitir, cfctix amcntc, que a im prensa fosse mais que isso. Daí a cria
Ao nascer para o mundo e ao adqui rir o direito de pensar por si próprio,
ção, também acjuí, da ccn.sura ao lado da imprensa. Nem sempre, porém, a
o Brasil cortava o cordão umbelícal que por três séculos o ligara à monarquia
nar os povos. E um povo ciieio de
portuguesa, que não.passara, no dizer
do .sr. Caio Prado Jiinior, de uma "gran
de empresa comercial, com o seu rei no balcão". ("Formação do Bra.sil Con
temporâneo", página 362).
prepotência é a melhor forma de domi viço, como o bva.sileiro, não tardaria em reagir.
No grande livro em que traçou o pa
de pensamento
Os primeiros anos da imprensa, no
Brasil, são marcados, só e só, pela pu blicação da "Gazeta do Rio de Janei ro", CUJO primeiro número saiu da Im pressão Regia a 10 de setembro de
1808. Mal chegava essa folha, contu
do, a ser verdadeiramente um jornal. Era um pobre papel impresso, desprovi do de c(ualquer brilho, e preocupado e.vclusivamente com o que se passava na Europa. E' de um historiador in
glês, Armilage, êste comentário irônico
à orientação adotada pela "Gazeta"; "Por meio dela, só se informava ao'
público, com toda a fidelidade, do e.s-
tado dc saúde de todos os príncipes da
que todos os portuguêsés c inglê.scs, cm relações com Portugal c Brasil, o com-
clarecendo, em anotação no manuscri
praxam v. exportavam. A tenacidade
o "a lua celestial bele/a" — o censor
to qtie tais expressões eram ofensivas à
divindade e, por i.ss"o, não podiam ser puhlicadaj.
A ccusura vesga c brutal exercida no
Brasil nesses primeiros tempos da vida du imprensa não teve força para aba far a consciência do povo brasileiro. Ao contrário, êsle logo verificou que o: colonizadores visavam tão somente
impedir riue o Brasil marchasse para a
Independência. E, como o jugo j5or-
terra por solicitação da Embai.xada, co
mo esta fizera com José Anselmo Cor reia. Para neutralizar a campanha de Hipólito o govêmo lusitano não teve outro meio senão criar também, em
Londres, um jornal que o contraditasse, "O investigador português", a despeito
lüpólito da Costa partiu para Londres, onde fundou nesse mesmo ano dc 1808 o "Correio Brasilícnso", a fim dc lutar
do parecer contrário do embaixador d. Domingos dc Sousa.Coutinbo, conde do
dc longe pela independência dc sua pá tria. E ó êle que nos explica porque assim procedia: "Resolvi lançar esta publicação na Capital inglêsa — escre veu Hipólito no primeiro número do
seu jornal — dada a dificuldade de pu blicar obras periódicas no Brasil, já pe la censura prévia, já pelos perigos a que os redatores se exporiam, falando
livremente das ações dos homens pode-
Krapotkin acentuou que representa qua
ro.sos" (Cf. Licurgo Costa e Barres Vi-
lítica num país em que não há liber dade política e no qual nada pode ser publicado sem prévia autorização de uma censura rigorosa. Na Rússia czarista, a que ele se referia, a censura
desse jornalista que lutava pela inde pendência do Brasil ia, porém, além. Para maior resguardo da sua ação, che gou êle a naturalizcr-se inglês, e por isso nao podia ser c.xpulso da Ingla
tuguês não se estendia a outras terras,
norama da literatura russa, o príncipe se uma ironia falar-.se dc literatura po
7 — Os primeiros jornais e a liberdade
cancelou, .sem piedade, esses versos, es
dal, "História e evolução da imprensa brasileira", página 17). Do que foi a ação exercida pelo "Cor
Funchal, para quem "com gazctciros geralmente não convém mais corresponclência do que a »rox'a de alguma fal
sidade que êles dizem". (Oliveira Li ma, op. cit., 766). Enquanto isso, no Brasil, a censura sufocava, já' não digo a imprensa não oficial que começax'£t a dar os seus pri
meiros passos, mas toda c qualquer ma nifestação do pensamento escrito.
Notí
cias, ax isos e até mesmo simples anún cios, para se publicar, deviam ser pre viamente vistos, examinados e aprova
não era, porém, mais rigorosa e mais
Brasil", ainda agora reeditado e que
brutal que no Brasil desses nrimeiros anos de j*ornaIismo. E a anedota nar rada por Krapotkin não se repetiria no
não pode deixar do figurar em todas as bibliotecas brasileiras. "O "Correio Bra
dos pelo intendente geral de polícia, sob pena de prisão e multa pecuniária, "além das mais que -impõem as leis aos que procuram quebrantar a segurança públi ca" (Alfredo de Carvalho, op. cit., pg. 28). Quanto aos jornais editados no estrangeiro, várias provisões de d. João VI proibiram a sua entrada no País
silicnse" — escreveu Oliveira Lima —
com ser o único periódico português do
o determinaram a apreensão dos exem-
Brasil somente nesses tôrvos anos de in
fância da imprensa. Muitos decênios depois, a cegueira e a intolerância da
tempo, que podia manifestar indepen
dência, porque se editava fora dos" do
pensamento, subjugada e esmagada, até
censura, em determinados períodos da
mínios reais e tinha à sua frente tim
nossa vida de povo livre, fomeceriajii ao nosso País material tão pitoresco co
bomem de espírito dcsassombrado e clarividente, constitui o melhor, senão
mo aquele a que o historiador da lite
o exclusivo repositório das falhas da
as vésperas da Independência, quando os acontecirpentos políticos de Portugal, refletindo-se no Brasil, deram h impren
ratura russa se refere. Conta êle que,
administração
quando Pushkin, falando de uma senliora, escreveu — "as tuas formas divinas"
reio Brasilicnse", nessa fase de luta, lem
bra-nos Oliveira Lima no seu monu mental estudo sobro "D. João VI no
brasileira". A
difusão
do jornal de Hipólito José da Costa se mzia, não só através cia grande venda que alcançava em Londres, como por
plare.s acaso aqui existentes. E assim permaneceu a liberdade de
sa, que nascia, uma relativa liberdade.
8 - A embriaguês da liberdade Como sempre acontece depois de)
uma compressão prolongada sôBre a U-
DifJivSTO Econômico Digbsto Econômico
volumes colocados a bordo por Antônio
Europa, e do quando cm cjuundo as suas páginas eram ilustradas com alguns
Barca. Êsscs volumes continham mate-
documentos de ofício, notícia dos dias
ria\ tipográfico. Ao saber disso, o prín cipe- recente,_1instigado pelo conde n/-« de '
to da família reinante.
Araújo de Azevedo, depois conde da arca.
natalício.s, odes e jianegíricos u respei Não se man
Xiínhares, resolveu criar a imprensa no
chavam essas páginas com as eferves
Brasil.
E o decreto que assinou nesse
cência.': da democracia, neni com a ax-
sentido veio a representar, na frase de
posição de agraxos. A julgar-se do
tírnesto Sena, "a certidão de nascimen to da imprensa no Brasil". Eu vou
Brasil pelo seu único periódico, devia ser considerado um paraíso terrestre,
além, entretanto. O decreto que criou
onde nunca se tinha cxprcs.sado um só
a imprensa, tanto quanto o de abertu ra dos portos, é para mim a própria
rjueixumo".
certidão de nascimento do Bra.sil.
Ao
colocar a sua assinatura nesse documen
to, no dia-13 de maio de 180S, o prín
cipe d. João, sem o perceber, abolia a
escravidão dq povo brasileiro, como prec-isamente oitenta anos mais tarde uma
sua bisneta poria fim à escravidão do negro no Brasil.
Transferido para o Brasil com as Cor tes, o espírito cpie implantara cm Por tugal três cen.suras para qualquer pu
blicação — a censura real, a do bispo e a dos inquisidores (Ilandehnann, "His
tória do Brasil", pg. 718) — não po deria admitir, cfctix amcntc, que a im prensa fosse mais que isso. Daí a cria
Ao nascer para o mundo e ao adqui rir o direito de pensar por si próprio,
ção, também acjuí, da ccn.sura ao lado da imprensa. Nem sempre, porém, a
o Brasil cortava o cordão umbelícal que por três séculos o ligara à monarquia
nar os povos. E um povo ciieio de
portuguesa, que não.passara, no dizer
do .sr. Caio Prado Jiinior, de uma "gran
de empresa comercial, com o seu rei no balcão". ("Formação do Bra.sil Con
temporâneo", página 362).
prepotência é a melhor forma de domi viço, como o bva.sileiro, não tardaria em reagir.
No grande livro em que traçou o pa
de pensamento
Os primeiros anos da imprensa, no
Brasil, são marcados, só e só, pela pu blicação da "Gazeta do Rio de Janei ro", CUJO primeiro número saiu da Im pressão Regia a 10 de setembro de
1808. Mal chegava essa folha, contu
do, a ser verdadeiramente um jornal. Era um pobre papel impresso, desprovi do de c(ualquer brilho, e preocupado e.vclusivamente com o que se passava na Europa. E' de um historiador in
glês, Armilage, êste comentário irônico
à orientação adotada pela "Gazeta"; "Por meio dela, só se informava ao'
público, com toda a fidelidade, do e.s-
tado dc saúde de todos os príncipes da
que todos os portuguêsés c inglê.scs, cm relações com Portugal c Brasil, o com-
clarecendo, em anotação no manuscri
praxam v. exportavam. A tenacidade
o "a lua celestial bele/a" — o censor
to qtie tais expressões eram ofensivas à
divindade e, por i.ss"o, não podiam ser puhlicadaj.
A ccusura vesga c brutal exercida no
Brasil nesses primeiros tempos da vida du imprensa não teve força para aba far a consciência do povo brasileiro. Ao contrário, êsle logo verificou que o: colonizadores visavam tão somente
impedir riue o Brasil marchasse para a
Independência. E, como o jugo j5or-
terra por solicitação da Embai.xada, co
mo esta fizera com José Anselmo Cor reia. Para neutralizar a campanha de Hipólito o govêmo lusitano não teve outro meio senão criar também, em
Londres, um jornal que o contraditasse, "O investigador português", a despeito
lüpólito da Costa partiu para Londres, onde fundou nesse mesmo ano dc 1808 o "Correio Brasilícnso", a fim dc lutar
do parecer contrário do embaixador d. Domingos dc Sousa.Coutinbo, conde do
dc longe pela independência dc sua pá tria. E ó êle que nos explica porque assim procedia: "Resolvi lançar esta publicação na Capital inglêsa — escre veu Hipólito no primeiro número do
seu jornal — dada a dificuldade de pu blicar obras periódicas no Brasil, já pe la censura prévia, já pelos perigos a que os redatores se exporiam, falando
livremente das ações dos homens pode-
Krapotkin acentuou que representa qua
ro.sos" (Cf. Licurgo Costa e Barres Vi-
lítica num país em que não há liber dade política e no qual nada pode ser publicado sem prévia autorização de uma censura rigorosa. Na Rússia czarista, a que ele se referia, a censura
desse jornalista que lutava pela inde pendência do Brasil ia, porém, além. Para maior resguardo da sua ação, che gou êle a naturalizcr-se inglês, e por isso nao podia ser c.xpulso da Ingla
tuguês não se estendia a outras terras,
norama da literatura russa, o príncipe se uma ironia falar-.se dc literatura po
7 — Os primeiros jornais e a liberdade
cancelou, .sem piedade, esses versos, es
dal, "História e evolução da imprensa brasileira", página 17). Do que foi a ação exercida pelo "Cor
Funchal, para quem "com gazctciros geralmente não convém mais corresponclência do que a »rox'a de alguma fal
sidade que êles dizem". (Oliveira Li ma, op. cit., 766). Enquanto isso, no Brasil, a censura sufocava, já' não digo a imprensa não oficial que começax'£t a dar os seus pri
meiros passos, mas toda c qualquer ma nifestação do pensamento escrito.
Notí
cias, ax isos e até mesmo simples anún cios, para se publicar, deviam ser pre viamente vistos, examinados e aprova
não era, porém, mais rigorosa e mais
Brasil", ainda agora reeditado e que
brutal que no Brasil desses nrimeiros anos de j*ornaIismo. E a anedota nar rada por Krapotkin não se repetiria no
não pode deixar do figurar em todas as bibliotecas brasileiras. "O "Correio Bra
dos pelo intendente geral de polícia, sob pena de prisão e multa pecuniária, "além das mais que -impõem as leis aos que procuram quebrantar a segurança públi ca" (Alfredo de Carvalho, op. cit., pg. 28). Quanto aos jornais editados no estrangeiro, várias provisões de d. João VI proibiram a sua entrada no País
silicnse" — escreveu Oliveira Lima —
com ser o único periódico português do
o determinaram a apreensão dos exem-
Brasil somente nesses tôrvos anos de in
fância da imprensa. Muitos decênios depois, a cegueira e a intolerância da
tempo, que podia manifestar indepen
dência, porque se editava fora dos" do
pensamento, subjugada e esmagada, até
censura, em determinados períodos da
mínios reais e tinha à sua frente tim
nossa vida de povo livre, fomeceriajii ao nosso País material tão pitoresco co
bomem de espírito dcsassombrado e clarividente, constitui o melhor, senão
mo aquele a que o historiador da lite
o exclusivo repositório das falhas da
as vésperas da Independência, quando os acontecirpentos políticos de Portugal, refletindo-se no Brasil, deram h impren
ratura russa se refere. Conta êle que,
administração
quando Pushkin, falando de uma senliora, escreveu — "as tuas formas divinas"
reio Brasilicnse", nessa fase de luta, lem
bra-nos Oliveira Lima no seu monu mental estudo sobro "D. João VI no
brasileira". A
difusão
do jornal de Hipólito José da Costa se mzia, não só através cia grande venda que alcançava em Londres, como por
plare.s acaso aqui existentes. E assim permaneceu a liberdade de
sa, que nascia, uma relativa liberdade.
8 - A embriaguês da liberdade Como sempre acontece depois de)
uma compressão prolongada sôBre a U-
> 11 - rnmjmmmm. Digesto Econômico
herdade de pensamento (e nós mesmos ainda recentemente, fomos testemunhas dc iffual fenômeno), logo que se atrou- \aram os rigores da censura a impren
sa brasileira foi tomada dc uma ver
dadeira embríaguês de liberdade. E os desmandos em que incidiu, no referver das lutas políticas desse período da nossa História, chegam a ser deploráveis, a ponto de merecerem de Moreira de Aze
tre outras valiosas contribuições ofere
cidas à história da imprensa brasileira ("Contribuição à história da imprensa brasileira". Rio, 1945), estuda o am
Os títulos dos demais pasquins sur
o "Spectador" transformàva-sc no "Jor
gidos nesse período o estudados, no seu
nal do Comércio", nesse mesmo "Jornal
Imo, pelo sr. Hélio Viana, quase sem
biente político do Pais, desde a regên cia do príncipe D. Pedro até a maiori-
ferviam em suas colunas. E* o caso,
do Comércio" que ainda hoje mais de um século depois, é um dos diários dc maior prestígio ho País, graças à sua austeridade, e que foi, nos seus primei
dade de D. Pedro II, através dos pas
quins que então pulularam no BrasilE sobretudo nos jornais do período da Regência Trína, entre 1831 e 1835, que
vedo esta observação melancólica no
podemos ver, nesse erudito o notável
seu estudo sobre a origem e desenvolvi
estudo, como era baixo o nível da im
mento da imprensa do Rio de Janeiro:
prensa de então. Geralmente, o próprio
"Or. partidos lutam na imprensa,, e é
título dos periódicos já denunciava o
pre, denunciam os ódios partidários que por exemplp, de um jomaleco, classifi cado por aquele historiador como in digno, "O Brasil aflito", cujo redator,
dedicada aos senhores negociantes", pre servado, pela orientação puramente no
sassinado, no mesmo ano em que ini
ticiosa o referente a interêsses mercan
ciara a sua publicação (1833) por uma
das vítimas dos seus ataques pessoais.
tis, das lutas políticas que agitavam o Rio de Janeiro nesse período trepidan-
Entre os quarenta e dois pasquins exa minados, no seu trabalho, pelo sr. Hé
te de jacobinismo. Não é, porém, o "Jornal do Comer
lio Viana, destaco ainda, pelo pitores
cio" o mais antigo dos jornais brasilei ros. Cronològicítmente, o segundo jor nal publicado no Paír é "A idade de
veemente e imprópria a linguagem de
seu caráter e o seu feitio polêmico. Ve
jamos alguns exemplos, a título de curio
co da sua epígrafe bem como pelo co
sidade.
lorido do seu título, "O grito dos opri midos", também de 1833. A sua epí
E é por
isso que o imperador Pedro I, na
Existia no Rio, em 1831, um
pasquim chamado "O filho da terra". Para contraditá-lo, surge logo a seguir
Fala do Trono com que abriu em 1830 a segunda legislatura do Império, um periódico com êste nome: "O Mi reclamou da Assembléia providências nhoca — Verdadeiro filho da terra". E enérgicas: "Vigilante e empenhado em a epígrafe deste pasquim (todos os jor manter a boa ordem — dizia Pedro I
nais dêsse tempo adotavam divisas que
nesse documento — é do meu mais ri goroso dever lembrar-vos a necessida
caracterizavam a sua orientação) defi
de de reprimir, por meios legais, o abu-
gôsto, a sua posição política:
, so que continua a fazer-se da liberdade
de imprensa em todo o Império. Se melhante abuso ameaça grandes males;
nia, em péssimos versos e muito mau
grafe era um grito de guerra: Somos firmes Brasileiros. Não queremos Ditadores Nem tão pouco Evaristeiros.'
Observar sempre devemos.
alheia, não obstante José Veríssimo, ao
"Protesto martelar sem piedade
estudar a imprensa carioca dêsse tempo,
A quantos contra a Pátria apa~
o caso da "Aurora Fluminense", xle
[recerem".
Evaristo da Veiga ou de "O Tamoyo"
Nem toda a imprensa merecia tal condenação. Jornais havia, nò Rio, em
S. Paulo e em outras províncias, que souberam manter-se 'dentro dos limi
tes impostos pelo respeito à dignidade
União e olho bem vivo
E' salvação do Brasil." "O Martelo", jornal caramuru, ado ta igualmente uma epígrafe denimciadora do seu espírito ae combate:
somente tenha reconhecido tal atitude
em Evaristo da Veiga, o grande jorna lista da "Aurora Fluminense".
Mas os desmandos não cessaram, por
— de que ainda recentemente, por feliz Evaristo da Veiga, o maior jornalis
ta da época, era um dos alvos predile
tos dos pasquins cariocas. Quando Eva
que a explosão dos oprimidos está sem risto sofreu em' 1832, brutal atentado, pre na razão direta da opressão sofri-- "O Martelo" assim glosou o. aconteci-
da. E esta se prolongara por três sé
culos de Colônia e penetrara no Brasil independente.
Num admirável traballio que acaba de publicar, em edição do Instituto Na cional do Livro, o sr. Hélio Viana, en
iniciativa do sr. Rubens Borba de Mo
rais, foi publicada uma preciosa edição fac-similar — são jornais exclusivamen te políticos. Outros, porém, como o
"Deu-se um tiro no Evaristo,
No livreiro-deputado. Muito mal feito foi isto! Foi tiro muito mal dado!"
> -"•íM
"Falai em tudo verdades
A quem em tudo a deveis.'
4
Talvez por assim querer falar as \'erdades, "A idade de ouro do Brasil" não durou muito. De todos os jornais des
sa época, editados nas províncias, o úni co que sobreviveu sendo hoje o deca no da imprensa brasileira, é o "Diário de Pernambuco", fundado em 1825 no
Recife, onde a imprensa já existia des de 1817.
10 — D nascimento da imprensa etT} São Paulo
São Paulo foi, dentre as províncias brasileiras, talvez a que mais tarde veio a conhecer a imprensa. Só em 1823
começaram os paulistas a preocimar-sè
com ò assunto, embora o Barão do Rio
primeiros anos de sua existência, se re
Branco, no excelente estudo que publi cou na "Grande Encyclopedie" e que tão grandes louvores mereceu de Rui Barbosa, tenha afirmado que em 1821
flete em suas colunas. Criado em 1826,
já existia uma tipografia em S. Paulo.
o "Spectador Brasileiro" logo adquiriu singular prestígio.. Pouco mais de um
em S. Paulo, um documento altamente
ano depois, em 1.° de outubro de 1827,
curioso, que e a petição dirigida pelo
"Jornal do Comércio", fogem da agi tação partidária, que iiem sequer, nos
'meiito:
Bahia e cuja divisa estava nêstes ver sos de Sá de Miranda:
9 — Os veteranos da imprensa
Do Dia Sete de Abril,
ouro do Brasil", fundado em 1811 na
"Não somos Restauradores:
Essas lamentáveis atitudes, próprias do iim nível cultural baixo, não eram, porém, adotadas por tôda a imprensa. Ao lado desses miseráveis jomalecos, emanação das paixões políticas que mar caram os primeiros anos da nossa vida da nação livre surgia, pouco a pouco, a grande imprensa. Em geral, como é
à Assembléia cumpre evitá-los".
ros tempos, uma "fôlha exclusivamènlc
Clemente José de Oliveira, acabou as
que se servem: muitos periódicos trans
formam-se em pasquins."^
63
Digesto Econômico
Há, a respeito da criação da imprensa
> 11 - rnmjmmmm. Digesto Econômico
herdade de pensamento (e nós mesmos ainda recentemente, fomos testemunhas dc iffual fenômeno), logo que se atrou- \aram os rigores da censura a impren
sa brasileira foi tomada dc uma ver
dadeira embríaguês de liberdade. E os desmandos em que incidiu, no referver das lutas políticas desse período da nossa História, chegam a ser deploráveis, a ponto de merecerem de Moreira de Aze
tre outras valiosas contribuições ofere
cidas à história da imprensa brasileira ("Contribuição à história da imprensa brasileira". Rio, 1945), estuda o am
Os títulos dos demais pasquins sur
o "Spectador" transformàva-sc no "Jor
gidos nesse período o estudados, no seu
nal do Comércio", nesse mesmo "Jornal
Imo, pelo sr. Hélio Viana, quase sem
biente político do Pais, desde a regên cia do príncipe D. Pedro até a maiori-
ferviam em suas colunas. E* o caso,
do Comércio" que ainda hoje mais de um século depois, é um dos diários dc maior prestígio ho País, graças à sua austeridade, e que foi, nos seus primei
dade de D. Pedro II, através dos pas
quins que então pulularam no BrasilE sobretudo nos jornais do período da Regência Trína, entre 1831 e 1835, que
vedo esta observação melancólica no
podemos ver, nesse erudito o notável
seu estudo sobre a origem e desenvolvi
estudo, como era baixo o nível da im
mento da imprensa do Rio de Janeiro:
prensa de então. Geralmente, o próprio
"Or. partidos lutam na imprensa,, e é
título dos periódicos já denunciava o
pre, denunciam os ódios partidários que por exemplp, de um jomaleco, classifi cado por aquele historiador como in digno, "O Brasil aflito", cujo redator,
dedicada aos senhores negociantes", pre servado, pela orientação puramente no
sassinado, no mesmo ano em que ini
ticiosa o referente a interêsses mercan
ciara a sua publicação (1833) por uma
das vítimas dos seus ataques pessoais.
tis, das lutas políticas que agitavam o Rio de Janeiro nesse período trepidan-
Entre os quarenta e dois pasquins exa minados, no seu trabalho, pelo sr. Hé
te de jacobinismo. Não é, porém, o "Jornal do Comer
lio Viana, destaco ainda, pelo pitores
cio" o mais antigo dos jornais brasilei ros. Cronològicítmente, o segundo jor nal publicado no Paír é "A idade de
veemente e imprópria a linguagem de
seu caráter e o seu feitio polêmico. Ve
jamos alguns exemplos, a título de curio
co da sua epígrafe bem como pelo co
sidade.
lorido do seu título, "O grito dos opri midos", também de 1833. A sua epí
E é por
isso que o imperador Pedro I, na
Existia no Rio, em 1831, um
pasquim chamado "O filho da terra". Para contraditá-lo, surge logo a seguir
Fala do Trono com que abriu em 1830 a segunda legislatura do Império, um periódico com êste nome: "O Mi reclamou da Assembléia providências nhoca — Verdadeiro filho da terra". E enérgicas: "Vigilante e empenhado em a epígrafe deste pasquim (todos os jor manter a boa ordem — dizia Pedro I
nais dêsse tempo adotavam divisas que
nesse documento — é do meu mais ri goroso dever lembrar-vos a necessida
caracterizavam a sua orientação) defi
de de reprimir, por meios legais, o abu-
gôsto, a sua posição política:
, so que continua a fazer-se da liberdade
de imprensa em todo o Império. Se melhante abuso ameaça grandes males;
nia, em péssimos versos e muito mau
grafe era um grito de guerra: Somos firmes Brasileiros. Não queremos Ditadores Nem tão pouco Evaristeiros.'
Observar sempre devemos.
alheia, não obstante José Veríssimo, ao
"Protesto martelar sem piedade
estudar a imprensa carioca dêsse tempo,
A quantos contra a Pátria apa~
o caso da "Aurora Fluminense", xle
[recerem".
Evaristo da Veiga ou de "O Tamoyo"
Nem toda a imprensa merecia tal condenação. Jornais havia, nò Rio, em
S. Paulo e em outras províncias, que souberam manter-se 'dentro dos limi
tes impostos pelo respeito à dignidade
União e olho bem vivo
E' salvação do Brasil." "O Martelo", jornal caramuru, ado ta igualmente uma epígrafe denimciadora do seu espírito ae combate:
somente tenha reconhecido tal atitude
em Evaristo da Veiga, o grande jorna lista da "Aurora Fluminense".
Mas os desmandos não cessaram, por
— de que ainda recentemente, por feliz Evaristo da Veiga, o maior jornalis
ta da época, era um dos alvos predile
tos dos pasquins cariocas. Quando Eva
que a explosão dos oprimidos está sem risto sofreu em' 1832, brutal atentado, pre na razão direta da opressão sofri-- "O Martelo" assim glosou o. aconteci-
da. E esta se prolongara por três sé
culos de Colônia e penetrara no Brasil independente.
Num admirável traballio que acaba de publicar, em edição do Instituto Na cional do Livro, o sr. Hélio Viana, en
iniciativa do sr. Rubens Borba de Mo
rais, foi publicada uma preciosa edição fac-similar — são jornais exclusivamen te políticos. Outros, porém, como o
"Deu-se um tiro no Evaristo,
No livreiro-deputado. Muito mal feito foi isto! Foi tiro muito mal dado!"
> -"•íM
"Falai em tudo verdades
A quem em tudo a deveis.'
4
Talvez por assim querer falar as \'erdades, "A idade de ouro do Brasil" não durou muito. De todos os jornais des
sa época, editados nas províncias, o úni co que sobreviveu sendo hoje o deca no da imprensa brasileira, é o "Diário de Pernambuco", fundado em 1825 no
Recife, onde a imprensa já existia des de 1817.
10 — D nascimento da imprensa etT} São Paulo
São Paulo foi, dentre as províncias brasileiras, talvez a que mais tarde veio a conhecer a imprensa. Só em 1823
começaram os paulistas a preocimar-sè
com ò assunto, embora o Barão do Rio
primeiros anos de sua existência, se re
Branco, no excelente estudo que publi cou na "Grande Encyclopedie" e que tão grandes louvores mereceu de Rui Barbosa, tenha afirmado que em 1821
flete em suas colunas. Criado em 1826,
já existia uma tipografia em S. Paulo.
o "Spectador Brasileiro" logo adquiriu singular prestígio.. Pouco mais de um
em S. Paulo, um documento altamente
ano depois, em 1.° de outubro de 1827,
curioso, que e a petição dirigida pelo
"Jornal do Comércio", fogem da agi tação partidária, que iiem sequer, nos
'meiito:
Bahia e cuja divisa estava nêstes ver sos de Sá de Miranda:
9 — Os veteranos da imprensa
Do Dia Sete de Abril,
ouro do Brasil", fundado em 1811 na
"Não somos Restauradores:
Essas lamentáveis atitudes, próprias do iim nível cultural baixo, não eram, porém, adotadas por tôda a imprensa. Ao lado desses miseráveis jomalecos, emanação das paixões políticas que mar caram os primeiros anos da nossa vida da nação livre surgia, pouco a pouco, a grande imprensa. Em geral, como é
à Assembléia cumpre evitá-los".
ros tempos, uma "fôlha exclusivamènlc
Clemente José de Oliveira, acabou as
que se servem: muitos periódicos trans
formam-se em pasquins."^
63
Digesto Econômico
Há, a respeito da criação da imprensa
Dicesto Econômico Dicesto Econômico
lislano". Entre êsse ano c 1854, quan
primeiro presidente da província, Lu cas Antônio Monteiro de Barros, em
1824, ao marquês de Maricá, então ti tular da pasta da Fazenda, reclamando a vinda da oficina tipográfica que des
CO destinado a suprir a falta de tipo
grafia*'» elaborado por Antônio Mariano de Azevedo Marque.s.
Numa iniciali\-a
ousada, semelhante à incorporação das sociedades anônimas dos nossos dias,
dor, destinada a S. Paulo. "Sendo esta
Azevedo Marques propunha aos paulis tas a criação de um jornal manuscrito.
província de S. Paulo — escreveu, nessa
E assim expunha o seu plano; "Como
de 1823 estava, por ordem do Impera
petição, o futuro \'isconde de Congo nhas do Campo — talvez a xinica que não tem, na sua Capital, uma oficina
tipográfica,"^ tão necessária para dar a devida extensão as ciências ç fazer cor rer o fluxo da civilização, eu não du
vido representar a v. exa. para fazer
subir à Augusta Presènça de S. M. o
Imperador, a fim de que se digne expe dir as ordens necessárias para ser en viada, quanto antes, a esta cidade, a Imprensa que ja estava para isso desti nada e pronta, com todos os caracteres e pertences, e um impressor para seu estabelecimento e direção." A petição do presidente da nrovíncia concluía com uma dessas atitudes altivas que S. Pau
desgraçadamente não tem sido possível à província de S. Paulo obter um prelo para se comunicarem c disseminarem
as idéias úteis e as luzes tão necessá
rias num país livre (...), é mister lan çar mão do único meio que nos resta. Deverá, pois, ser suprida a falta de ti
pografia pelo uso de amanuenses, que serão pagos por uma sociedade patrió tica e aos quais incumbe escre\'er o
número de folhas que devem ser repar tidas pelos subscritores no dia determi nado para sua publicação". A iniciativa mereceu o melhor aco lhimento dos paulistas. K Azevedo
lo sempre soube guardar no 'correr da
Marques pôde logo apresentar o seu plano à aprovação do governo geral, por intermédio da Junta Governativa
sa vir gratuita, peço ao menos licença
de S. Paulo. O despacho escarninho
sua vida política: "E, quando não pos
para a sua ereção à custa dos particula res, que não duvidam subscreverem pa
que recebeu o seu pedido não o de
sanimou. "Para isto — dizia o despa
do surge o "Correio Paulistano" hoje o
mais velho dos jornais paulistas, Afon so de Freitas regista o aparecimento de 64 pcriódico.s, todos de vida tão efê mera como a do "Farol Paulistano"
cuja publicação se interrompeu em 1833. Dentre êle.s, há a destacar apenas "O Observador Constitucional", fundado em 1829, porque viria criar o primeiro már tir da imprensa paulista, Libero Badaró,
defensor dos Andradas c liberal apaixo nado, morto à traição por adver.siirios políticos. Dentre os jornais fundados nesses primeiros anos da imprensa pau lista, apenas sobrevivem o "Correio Pau listano", que data, como disse, de 1854
já próximo, portanto, do seu centenário o cujo programa foi traçado por Pedro laques; "A Província de S, Paulo", mais tarde transformada em "O Estado de
S- Paulo", fundado em 1875 por Amé rico do Campos o llangel Pestana; c o
"Diário Popular", fundado em 1884 por Américo de Campos c josé Maria Lis boa.
E é verdade "O pensador", jornal Inimc^istico c de combate à Igreja, foi um do.s primeiros órgãos clc "imprensa
surgido.s cm S. Paulo. Data de 1839.
11- ~ A liberdade dc imprciim no segundo Império
Tôcla aquela exaltação renetida na imprensa brasileira, nos .seus anos inau
gurais, foi desaparecendo aos poucos no decorrer do segundo Império. E' que as suas bases não assentavam mais no ociio c na reação. A liberdade dc pcnsamerilo, assegurada durante todo o seu
reinado pelo mais liberal e pelo mais humano dos governantes que o Brasil já teve, Pedro II, conseguiu o milagre que a violência dos seus antecessores
nao alcançara. E de Joaquim Nabuco a observação do que "pelo exercício sa
gaz e moderado do seu papel de impcranto constitucional.
(Pedro II) con
servou intata a sua autoridade duran
te meio século, quando seu pai, o fun dador do Império, não se pôde man ter senão nove anos, c as três regên
Num artigo delicioso que escreveu por ocasião do centenário da imprensa pau cias, 4, 2 e 3 anos". "Nesse extenso lista, Antônio de Alcântara Machado, período — acrescenta Nabuco — faz ouja obra representa uma perfeita fu.sãó nascer a ordem, em todo o Império an
cho — não preciba de licença, contanto
do e.scritor com o jornalista, assim co-
tes anarquizado, sòmente pela tolerân
mcnlava a gravidade que sempre ca
cia". ("Um estadista do Império", II,
Afonso A. de Freitas, a quem devemos o mais completo estudo que já se
que não abuse, e deve por isso o reda tor assinar cada folha, visto não ser im
racterizou os jornais de S. Paulo: "Eu
rêz da imprensa paulista, refere, a êsse
çou a publicar-se em 22 de setembro
respeito, que os pedidos de S. Paulo
de 1823, escrito à mão em lauda e meia
nem sequer foram ouvidos. E, como
da papel de peso ou em duas laudas
ra um fim tão interessante".
pressa."
E assim "O Paulista" come
não conheço no mundo, nem de ouvir
falar, coisa mais triste cio que um jor
382).
Essa tolerância de Pedro II dizia' res
peito, particularmente, à imprensa, à
nao vinha mesmo para a província. a
de papel ordinário (Afonso A. de Frei
nal paulista". E, criticando, com a sua irreverência de. moço, a "gravidade ri dícula" dos nossos jornais, revelaclora
tipografia que os paulistas desejavam
tas, "A imprensa periódica de S. Pau
da "tristeza liercditária e incurável do
completa liberdade. E é por isso que, ao encerrar o capítulo que sobre o jor nalismo brasileiro escrevera para a
possuir, S. Paulo não cruzou os bra-
lo", antecipando-se ao primeiro jornal impresso, que só surgiu em S. Paulo
paulista", acrescentava, ferino: "Não^é
"Orando Encyclopcdie", poucos meses
preciso mais. nada: o primeiro jornal
quatro anos depois.
pornográfico de S. Paulo sabem como é
antes da queda do Império, o Barão do Rio Branco acentuava, com orgulho; "A
P^nrque nunca soube fazê-lo. Se
nao, lhe- permitiam ter um jornal imP esso, como já o tinham as demais' P viimias, havia de arranj'ar-se outro
meio de editar um jornal. E foi assim que nasceu em S. Paulo, em 1823, pou cos meses antes do apêlo do viscónde de Congonhas, o primeiro jornal. Cha
mava-se ^"O Paulista" e surgia graças ao IJano de um estabelecimento patrióti-
Porque a imprensa, a famosa impren sa que tanto preocupara os paulistas, só aqui chegou — e mesmo assim por iniciativa de um particular, José da
Costa Carvalho, mais tarde marquês de Monte Alegre — em 1827. Foi en tão que saiu à luz o primeiro jornal
impresso de S. Paulo. "O Farol P^au-
que se_ chamava? "O nu piratiningano ? Não. "S. Paulo em camisinha de
meia"? Também não. "O gemido do Ipiranga?" Também não. Chamava-se "O pensador". Formidável. E muitís
simo significativo". ("Cavaquinho e saxofone", pág. 369).
qual sempre procurou assegurar a mais
liberdade de,imprensa é completa". E o foi, na realidade, Há, relaüvamente^ ao respeito que Pedro II devo tava à liberdade de pensamento, um
depoiniento honesto e eloqüente, dei xado por Oliveira Borges, genro do marquês de S. Vicente. Quando, em
Dicesto Econômico Dicesto Econômico
lislano". Entre êsse ano c 1854, quan
primeiro presidente da província, Lu cas Antônio Monteiro de Barros, em
1824, ao marquês de Maricá, então ti tular da pasta da Fazenda, reclamando a vinda da oficina tipográfica que des
CO destinado a suprir a falta de tipo
grafia*'» elaborado por Antônio Mariano de Azevedo Marque.s.
Numa iniciali\-a
ousada, semelhante à incorporação das sociedades anônimas dos nossos dias,
dor, destinada a S. Paulo. "Sendo esta
Azevedo Marques propunha aos paulis tas a criação de um jornal manuscrito.
província de S. Paulo — escreveu, nessa
E assim expunha o seu plano; "Como
de 1823 estava, por ordem do Impera
petição, o futuro \'isconde de Congo nhas do Campo — talvez a xinica que não tem, na sua Capital, uma oficina
tipográfica,"^ tão necessária para dar a devida extensão as ciências ç fazer cor rer o fluxo da civilização, eu não du
vido representar a v. exa. para fazer
subir à Augusta Presènça de S. M. o
Imperador, a fim de que se digne expe dir as ordens necessárias para ser en viada, quanto antes, a esta cidade, a Imprensa que ja estava para isso desti nada e pronta, com todos os caracteres e pertences, e um impressor para seu estabelecimento e direção." A petição do presidente da nrovíncia concluía com uma dessas atitudes altivas que S. Pau
desgraçadamente não tem sido possível à província de S. Paulo obter um prelo para se comunicarem c disseminarem
as idéias úteis e as luzes tão necessá
rias num país livre (...), é mister lan çar mão do único meio que nos resta. Deverá, pois, ser suprida a falta de ti
pografia pelo uso de amanuenses, que serão pagos por uma sociedade patrió tica e aos quais incumbe escre\'er o
número de folhas que devem ser repar tidas pelos subscritores no dia determi nado para sua publicação". A iniciativa mereceu o melhor aco lhimento dos paulistas. K Azevedo
lo sempre soube guardar no 'correr da
Marques pôde logo apresentar o seu plano à aprovação do governo geral, por intermédio da Junta Governativa
sa vir gratuita, peço ao menos licença
de S. Paulo. O despacho escarninho
sua vida política: "E, quando não pos
para a sua ereção à custa dos particula res, que não duvidam subscreverem pa
que recebeu o seu pedido não o de
sanimou. "Para isto — dizia o despa
do surge o "Correio Paulistano" hoje o
mais velho dos jornais paulistas, Afon so de Freitas regista o aparecimento de 64 pcriódico.s, todos de vida tão efê mera como a do "Farol Paulistano"
cuja publicação se interrompeu em 1833. Dentre êle.s, há a destacar apenas "O Observador Constitucional", fundado em 1829, porque viria criar o primeiro már tir da imprensa paulista, Libero Badaró,
defensor dos Andradas c liberal apaixo nado, morto à traição por adver.siirios políticos. Dentre os jornais fundados nesses primeiros anos da imprensa pau lista, apenas sobrevivem o "Correio Pau listano", que data, como disse, de 1854
já próximo, portanto, do seu centenário o cujo programa foi traçado por Pedro laques; "A Província de S, Paulo", mais tarde transformada em "O Estado de
S- Paulo", fundado em 1875 por Amé rico do Campos o llangel Pestana; c o
"Diário Popular", fundado em 1884 por Américo de Campos c josé Maria Lis boa.
E é verdade "O pensador", jornal Inimc^istico c de combate à Igreja, foi um do.s primeiros órgãos clc "imprensa
surgido.s cm S. Paulo. Data de 1839.
11- ~ A liberdade dc imprciim no segundo Império
Tôcla aquela exaltação renetida na imprensa brasileira, nos .seus anos inau
gurais, foi desaparecendo aos poucos no decorrer do segundo Império. E' que as suas bases não assentavam mais no ociio c na reação. A liberdade dc pcnsamerilo, assegurada durante todo o seu
reinado pelo mais liberal e pelo mais humano dos governantes que o Brasil já teve, Pedro II, conseguiu o milagre que a violência dos seus antecessores
nao alcançara. E de Joaquim Nabuco a observação do que "pelo exercício sa
gaz e moderado do seu papel de impcranto constitucional.
(Pedro II) con
servou intata a sua autoridade duran
te meio século, quando seu pai, o fun dador do Império, não se pôde man ter senão nove anos, c as três regên
Num artigo delicioso que escreveu por ocasião do centenário da imprensa pau cias, 4, 2 e 3 anos". "Nesse extenso lista, Antônio de Alcântara Machado, período — acrescenta Nabuco — faz ouja obra representa uma perfeita fu.sãó nascer a ordem, em todo o Império an
cho — não preciba de licença, contanto
do e.scritor com o jornalista, assim co-
tes anarquizado, sòmente pela tolerân
mcnlava a gravidade que sempre ca
cia". ("Um estadista do Império", II,
Afonso A. de Freitas, a quem devemos o mais completo estudo que já se
que não abuse, e deve por isso o reda tor assinar cada folha, visto não ser im
racterizou os jornais de S. Paulo: "Eu
rêz da imprensa paulista, refere, a êsse
çou a publicar-se em 22 de setembro
respeito, que os pedidos de S. Paulo
de 1823, escrito à mão em lauda e meia
nem sequer foram ouvidos. E, como
da papel de peso ou em duas laudas
ra um fim tão interessante".
pressa."
E assim "O Paulista" come
não conheço no mundo, nem de ouvir
falar, coisa mais triste cio que um jor
382).
Essa tolerância de Pedro II dizia' res
peito, particularmente, à imprensa, à
nao vinha mesmo para a província. a
de papel ordinário (Afonso A. de Frei
nal paulista". E, criticando, com a sua irreverência de. moço, a "gravidade ri dícula" dos nossos jornais, revelaclora
tipografia que os paulistas desejavam
tas, "A imprensa periódica de S. Pau
da "tristeza liercditária e incurável do
completa liberdade. E é por isso que, ao encerrar o capítulo que sobre o jor nalismo brasileiro escrevera para a
possuir, S. Paulo não cruzou os bra-
lo", antecipando-se ao primeiro jornal impresso, que só surgiu em S. Paulo
paulista", acrescentava, ferino: "Não^é
"Orando Encyclopcdie", poucos meses
preciso mais. nada: o primeiro jornal
quatro anos depois.
pornográfico de S. Paulo sabem como é
antes da queda do Império, o Barão do Rio Branco acentuava, com orgulho; "A
P^nrque nunca soube fazê-lo. Se
nao, lhe- permitiam ter um jornal imP esso, como já o tinham as demais' P viimias, havia de arranj'ar-se outro
meio de editar um jornal. E foi assim que nasceu em S. Paulo, em 1823, pou cos meses antes do apêlo do viscónde de Congonhas, o primeiro jornal. Cha
mava-se ^"O Paulista" e surgia graças ao IJano de um estabelecimento patrióti-
Porque a imprensa, a famosa impren sa que tanto preocupara os paulistas, só aqui chegou — e mesmo assim por iniciativa de um particular, José da
Costa Carvalho, mais tarde marquês de Monte Alegre — em 1827. Foi en tão que saiu à luz o primeiro jornal
impresso de S. Paulo. "O Farol P^au-
que se_ chamava? "O nu piratiningano ? Não. "S. Paulo em camisinha de
meia"? Também não. "O gemido do Ipiranga?" Também não. Chamava-se "O pensador". Formidável. E muitís
simo significativo". ("Cavaquinho e saxofone", pág. 369).
qual sempre procurou assegurar a mais
liberdade de,imprensa é completa". E o foi, na realidade, Há, relaüvamente^ ao respeito que Pedro II devo tava à liberdade de pensamento, um
depoiniento honesto e eloqüente, dei xado por Oliveira Borges, genro do marquês de S. Vicente. Quando, em
Digesto Econóauco
66
Digesto Econômico 67
1870, a campanha republicana tomou corpo, surgiu no Rio o jornal **A Re-
Ímblica", que "não era uma dessas fôhas efêmeras como tantas tinham apa
recido antes, advogando a idéia repu blicana", mas uma "grande folha diá
ria destinada a ter vasta circulação".
Chefe do gabinete, o marquês de S. Vicente, ao ler nesse jornal o manifes
to republicano — em que figuravam as assinaturas de Saldanha Marinho. Aris-
tides Lôbo, Lafaiete, Rangel Pestana, Quintino Bocaiúva é tantos outros —
procura o imperador e lhe propõe que o governo imperial adote como norma in
variável a de não prover em empregos
púbUcos quem tivesse idéias republi?anas. Ouvindo a proposta, Pedro II res ponde a S. Vicente:
do as paixões deflagradas pelas grandes campanhas que levou u cabo, entre as quais a da Abolição e a da República, empolgavam os jornalistas. Nunca mais, entretanto, desceu às baixezas dos pas quins do primeiro Império. Porque o jornalista, quando se sente respeitado, também sabe respeitar. 12. — O jornalismo nâ República ' E' cedo ainda para uma análise do
teiíder^^Pe de razao a governe como tender quem Üvef". n do o^seu ministro:
rio, ao lado de alguns grandes exempla res de jornalismo autêntico. E' que cia soube corresponder ao respeito que o imperador assegurava à .sua liberdade, embora com isso nada perdesse das suas caracteristicas viris. Podia, por vezes, parecer mais virulcnla e agressi\ a, quan
en
escandalizan
— 'Se os brasileiros não me ouiseP™-
Ao relatar êye episódio, que tão ao
que representou a República para a li berdade de imprensa. Desde os seus primeiros dias, o regime republicano re
velou-se, para o jornalismo, um terreno acidentado em que a curtos períodos de tranqüilidade se substituíam, de brusco, longos dias de luta e sofrimento. O suceder dos governos, orientados por
do jornalismo durante o meio século do
segundo Império. O gráfico da liber
dade de imprensa sob a República, será
uma linha marcada vivamente por que das bruscas c oscilações
constantes.
Desde os primeiros dias do regime e através de todos os quatriênios, inclu sive o período que estamos atravessan
do, a liberdade de imprensa é uma su
cessão de surpresas c de decepções, em que à \aolência se substitui, quase sem transição, e muitas vezes sem transição nenhuma, uma fase de respeito à li berdade do espírito. E essas mudan
ças de rumo, no sentido da liberdade ou da compressão, se têm feito,' no de
curso do regime republicano, sem {lualquer lógica, em movimentos bruscos nascidos de impulsos do momento e rara mente clc uma diretriz inflexível e se
gura. E' por isso que digo que ainda é cedo para se proceder ao balanço da
liberdade de imprensa no Brasil repu blicano. O mais que .se pode afinnar
traditórios reflexos.
luta em favor da liberdade.
folheto publicado em 1891: "Nada aba
primeiros anos do regime, este fenô
lava as duas idéias do imperador; que nao se devia tocar na imprensa, e que as idéias republicanas não inabilitavam
nenhum cidadão para os cargos que a Constituição fizera só depender do mé rito". Lendo, no exílio, o trabalho de
Nabuco, Pedro II anotou à margem des sa frase: "Assim foi!" (Joaquim Nabu co, op. cít., II, 125).
^ foi realmente. Veemente, demoüdora, perniciosa mesmo, quando torçada a lutar contra os governos que
lhe arrancavam a bberdade, a imprLsa brasileira, no decurso do segundo Impeno, adquiriu uma nobreza que a distanciava de léguas do pequend iornailsmo que predominou nos tempos da Independência e do primeiro Impé-
meno curioso que foi o do agasalho
que os jornalistas que fugiam das per seguições permitidas pelo estado de sí tio, encontravam em Estados nos quais se mantinham íntegras as garantias cons titucionais.
Carlos de Last e. Olavo Bi-
lae, por exemplo, tiveram de procurar abrigo em Minas Gerais, ao tempo do
Floriano, para evitar "o regime cie ter ror e as delações que nq Rio de Ja neiro sucederam à explosão da revolta naval de setembro".
(Carlos de Laet,
"Em Minas", Rio, 1894). A liberda
de de imprensa, na República, durante os cinqüenta e poucos anos já decorri dos, não pôde suportar, se se passarem
para um gráfico as suas vicissitudes, qualquer confronto com a linha quase horizontal que representará a história
controu o clima necessário ao desenvol
vimento do seu irreprimh-el pendor para a^ arte literária. Foi na imprensa ca rioca que ele exerceu a maior parle da sua atmdadc do escritor, quer culti vando a crônica, quer o conto, quer mesmo o romance em folhetim, tão co
mum a esse tempo íj que tantas outras
grandes figuras de romancista conse guiu formar.
. Era o jornal então, praticamente o único veículo dc difusão das idéias.
O
dias — uma aventura perigosa e exaus
teve, sôbre a imprensa, os mais con Houve mesmo, nos
da Imprensa Nacional que Machado en controu, como tipógrafo, a sua verda-^ c eira vocação. Foi entre os jornalistas do Kio dc Janeiro que mais tarde en
livro,, para o escritor brasileiro, era —
pessoa do imperador, Joaquim Nabuco recorda esta frase que escrevera num
homens de temperamentos desiguais,
deveu ele, preponderantemente, a sua carreira do escritor. Foi nas oficinas
num juízo em que não entrem o exa
gero ou a paixão, c que na República, o jornalismo é, mais que uma profissão tranqüila e respeitada, uma página de
V ivo mostra o democrata que exisüa na
por Júlio Mesquita parà acompmihar a campanha de Canucms, que recolheu o material com que escreveria o seu grane ^\T0. O caso do Machado de Assiz ainda e mais expressivo. A imprensa
13 — A literatura brasileira e o jornalismo
E é por isso que na história da lite ratura brasileira não pode ser omitida a influência positiva que esta recebeu
do jornalismo. Não o digo só porque foi nas colunas dos jornais que inicia ram a .sua marcha vitoriosa, no terre
e continuou a sê-!o quase até os nossos tiva. Os raros editôres que existiam no
Rio eram obrigados, diante da pobreza dos nossos recursos tipográficos, a recor rer aos prelos da Europa. Os originais manuscritos, nesse tempo em que ainda
não existia a máquina de escrever, eram mandados geralmente para a França, a
fim de que os decifrassem tipógrafos estrangeiros, que não conheciam a nos sa língua e que, por isso, tomavam torturante e desanimadora a tarefa da
revisão das provas. Foi já nos nossos tempos, com a aventura malograda de Monteiro Lobato na "Revista do Bra
no das letras, os maiores e.scritores que o Brasil tem tido. Mesmo aí bastaria lembrar o exemplo dos dois nomes que
sil", que o livro nasceu em nosso País,
mais alto ergueram a lilciatura nacio nal: Euclides da Cunha e Machado de Assiz. Euclides não teria escrito "Os
tância que o jornalismo assumiu no Brasil, para o desenvolvimento da lite ratura nacional. E não, creio necessá
Sertões" se não fôsse o jornal, pois foi como jornalista, que iniciou, na "Pro víncia de S. Paulo", a sua vida de es critor. E, foi como jornalista, enviado
Só esse fato- demonstraria a impor rio relembrar outros exemplos, além dos de Machado de Assiz e Euclides da Cunha. Êsses dois nomes são bastan tes porque é nêles que, na síntese feliz
Digesto Econóauco
66
Digesto Econômico 67
1870, a campanha republicana tomou corpo, surgiu no Rio o jornal **A Re-
Ímblica", que "não era uma dessas fôhas efêmeras como tantas tinham apa
recido antes, advogando a idéia repu blicana", mas uma "grande folha diá
ria destinada a ter vasta circulação".
Chefe do gabinete, o marquês de S. Vicente, ao ler nesse jornal o manifes
to republicano — em que figuravam as assinaturas de Saldanha Marinho. Aris-
tides Lôbo, Lafaiete, Rangel Pestana, Quintino Bocaiúva é tantos outros —
procura o imperador e lhe propõe que o governo imperial adote como norma in
variável a de não prover em empregos
púbUcos quem tivesse idéias republi?anas. Ouvindo a proposta, Pedro II res ponde a S. Vicente:
do as paixões deflagradas pelas grandes campanhas que levou u cabo, entre as quais a da Abolição e a da República, empolgavam os jornalistas. Nunca mais, entretanto, desceu às baixezas dos pas quins do primeiro Império. Porque o jornalista, quando se sente respeitado, também sabe respeitar. 12. — O jornalismo nâ República ' E' cedo ainda para uma análise do
teiíder^^Pe de razao a governe como tender quem Üvef". n do o^seu ministro:
rio, ao lado de alguns grandes exempla res de jornalismo autêntico. E' que cia soube corresponder ao respeito que o imperador assegurava à .sua liberdade, embora com isso nada perdesse das suas caracteristicas viris. Podia, por vezes, parecer mais virulcnla e agressi\ a, quan
en
escandalizan
— 'Se os brasileiros não me ouiseP™-
Ao relatar êye episódio, que tão ao
que representou a República para a li berdade de imprensa. Desde os seus primeiros dias, o regime republicano re
velou-se, para o jornalismo, um terreno acidentado em que a curtos períodos de tranqüilidade se substituíam, de brusco, longos dias de luta e sofrimento. O suceder dos governos, orientados por
do jornalismo durante o meio século do
segundo Império. O gráfico da liber
dade de imprensa sob a República, será
uma linha marcada vivamente por que das bruscas c oscilações
constantes.
Desde os primeiros dias do regime e através de todos os quatriênios, inclu sive o período que estamos atravessan
do, a liberdade de imprensa é uma su
cessão de surpresas c de decepções, em que à \aolência se substitui, quase sem transição, e muitas vezes sem transição nenhuma, uma fase de respeito à li berdade do espírito. E essas mudan
ças de rumo, no sentido da liberdade ou da compressão, se têm feito,' no de
curso do regime republicano, sem {lualquer lógica, em movimentos bruscos nascidos de impulsos do momento e rara mente clc uma diretriz inflexível e se
gura. E' por isso que digo que ainda é cedo para se proceder ao balanço da
liberdade de imprensa no Brasil repu blicano. O mais que .se pode afinnar
traditórios reflexos.
luta em favor da liberdade.
folheto publicado em 1891: "Nada aba
primeiros anos do regime, este fenô
lava as duas idéias do imperador; que nao se devia tocar na imprensa, e que as idéias republicanas não inabilitavam
nenhum cidadão para os cargos que a Constituição fizera só depender do mé rito". Lendo, no exílio, o trabalho de
Nabuco, Pedro II anotou à margem des sa frase: "Assim foi!" (Joaquim Nabu co, op. cít., II, 125).
^ foi realmente. Veemente, demoüdora, perniciosa mesmo, quando torçada a lutar contra os governos que
lhe arrancavam a bberdade, a imprLsa brasileira, no decurso do segundo Impeno, adquiriu uma nobreza que a distanciava de léguas do pequend iornailsmo que predominou nos tempos da Independência e do primeiro Impé-
meno curioso que foi o do agasalho
que os jornalistas que fugiam das per seguições permitidas pelo estado de sí tio, encontravam em Estados nos quais se mantinham íntegras as garantias cons titucionais.
Carlos de Last e. Olavo Bi-
lae, por exemplo, tiveram de procurar abrigo em Minas Gerais, ao tempo do
Floriano, para evitar "o regime cie ter ror e as delações que nq Rio de Ja neiro sucederam à explosão da revolta naval de setembro".
(Carlos de Laet,
"Em Minas", Rio, 1894). A liberda
de de imprensa, na República, durante os cinqüenta e poucos anos já decorri dos, não pôde suportar, se se passarem
para um gráfico as suas vicissitudes, qualquer confronto com a linha quase horizontal que representará a história
controu o clima necessário ao desenvol
vimento do seu irreprimh-el pendor para a^ arte literária. Foi na imprensa ca rioca que ele exerceu a maior parle da sua atmdadc do escritor, quer culti vando a crônica, quer o conto, quer mesmo o romance em folhetim, tão co
mum a esse tempo íj que tantas outras
grandes figuras de romancista conse guiu formar.
. Era o jornal então, praticamente o único veículo dc difusão das idéias.
O
dias — uma aventura perigosa e exaus
teve, sôbre a imprensa, os mais con Houve mesmo, nos
da Imprensa Nacional que Machado en controu, como tipógrafo, a sua verda-^ c eira vocação. Foi entre os jornalistas do Kio dc Janeiro que mais tarde en
livro,, para o escritor brasileiro, era —
pessoa do imperador, Joaquim Nabuco recorda esta frase que escrevera num
homens de temperamentos desiguais,
deveu ele, preponderantemente, a sua carreira do escritor. Foi nas oficinas
num juízo em que não entrem o exa
gero ou a paixão, c que na República, o jornalismo é, mais que uma profissão tranqüila e respeitada, uma página de
V ivo mostra o democrata que exisüa na
por Júlio Mesquita parà acompmihar a campanha de Canucms, que recolheu o material com que escreveria o seu grane ^\T0. O caso do Machado de Assiz ainda e mais expressivo. A imprensa
13 — A literatura brasileira e o jornalismo
E é por isso que na história da lite ratura brasileira não pode ser omitida a influência positiva que esta recebeu
do jornalismo. Não o digo só porque foi nas colunas dos jornais que inicia ram a .sua marcha vitoriosa, no terre
e continuou a sê-!o quase até os nossos tiva. Os raros editôres que existiam no
Rio eram obrigados, diante da pobreza dos nossos recursos tipográficos, a recor rer aos prelos da Europa. Os originais manuscritos, nesse tempo em que ainda
não existia a máquina de escrever, eram mandados geralmente para a França, a
fim de que os decifrassem tipógrafos estrangeiros, que não conheciam a nos sa língua e que, por isso, tomavam torturante e desanimadora a tarefa da
revisão das provas. Foi já nos nossos tempos, com a aventura malograda de Monteiro Lobato na "Revista do Bra
no das letras, os maiores e.scritores que o Brasil tem tido. Mesmo aí bastaria lembrar o exemplo dos dois nomes que
sil", que o livro nasceu em nosso País,
mais alto ergueram a lilciatura nacio nal: Euclides da Cunha e Machado de Assiz. Euclides não teria escrito "Os
tância que o jornalismo assumiu no Brasil, para o desenvolvimento da lite ratura nacional. E não, creio necessá
Sertões" se não fôsse o jornal, pois foi como jornalista, que iniciou, na "Pro víncia de S. Paulo", a sua vida de es critor. E, foi como jornalista, enviado
Só esse fato- demonstraria a impor rio relembrar outros exemplos, além dos de Machado de Assiz e Euclides da Cunha. Êsses dois nomes são bastan tes porque é nêles que, na síntese feliz
III Digesto Econ6>uco
68
dc Fernando dC Azevedo, "sc afirmam com uma grande intensidade, de um
Sc, pois, a literatura nacional nacb mais devesse ao jornalismo, só aí. nesse
lado a universalidade
trabalho, encontraria a
do pensamento, pela ri queza do conteúdo hu
sua maior dívida.
Por-
que ao jornalismo a li
mano, e, dc outro,
teratura brasileira dc\t
atração pela terra e p (Fernando de Azevedo,
tudo fiiianto c. Sc não há jornalismo útil som liberdade, não podo
"A Cultura Brasileira",
lambem
Io homem americano
pág. 198). ^las a ação benéfica
servidão.
O jornalismo não é,
literatura brasileira não só
essa.
uma
grande literatura sob a
do iornalisnm sôl>rc a foi
existir
portanto, um
Pertence
ao jornalismo, como for
colaborador
ça dinâmica, a tarefa da luta em favor da iy)er-
tura.
simples
da
litera
No Brasil, èlc ó
dade de pensamento no
mais que isso. E* o ali cerce sobre o qual cia
Brasil.
SC ergueu.
^OV/V IROT/V Pi\llil O LLOYD RRISILLIRO pelo CoMODono E. E. Buady Jn. |lla Mariiilin Norlc.tnieri mm. ciHisullur iln Tdmlssaa de Matiiilii Mrrrnsilc du Urosllj (especial 1'AUA o "dicesto econômico")
Vrèviamente aprovado pelo nosso govâr-
no, foi firmado com a einprôsa Ingalls o contrato para construção de 14 novos navios mercantes, indispensáveis, como
SC verá pelo contexto do presente tra balho, para tomar lugar dos que foram
torpedeados e das unidades velhas, já no fim de sua carreira. ' À companhia Canadian Vichers também foram feitas encomendas no mesmo sentido.
projetos de renovação da frota do O|SLloyd Brasileiro têm com certeza
estaleiros estavam sendo grandemente ampliados naquela ocasião.
Meus primeiros contatos com este as
material de reparo, o qual começou a
quase a mesma idade do próprio Lloyd. sunto foram feitos durante a gestão do
A SAFRA ALGODOEIRA DOS ESTADOS UNIDOS EM 1945
Dos oígarismoa que publicamos uo quadro abaixo — organizado com cijraí provisórias do "Agriculture Departmenl" dos EE. UU., vemos que a safra dc algodão naquele país, durante o ano findo, foi dc 23,8% menos que no dccèn\a 1934-43.
Acrescente-se que, desde 1921, foi essa a menor safra algodocira dos
Estados Unidos. S
tons.
/,, sobre o total
20,1
Arcansas ..
426.200 367.300 260.700
Alabama
212.000
10,0
Geórgia
■ 6,9
Sul-Carolína
147.400 145.100
Tencsse
112.200
5,3 4,7 16,6
Texas
Mississipi
99.700
Norte-Carolina
Outros
353.100
"TOTAL
■"
Média do Decênio de 1934-1943
2.123.700
2.786.800
<liu ilc librns |K>r nnrc (—JIUG ijiiilos 67 154 157 148 114 137 180 163
17,3 12,3
6,8
100,0
113
t % menos cm 1945: 23,8
Fonte-, "Agriculture Department".
almirante Graça Aranha, quando come
çamos a construção dos tT's na AMIC.
infelizmente, os navios do Lloyd não foram adquiridos por falta de dinheiro.
Em novembro de 1941, a pedido do govôrno do Brasil, vim investigar as pos sibilidades de aumentar-se o número de
AFRA
ESTADOS — PRODUTORES
/m
unidades da marinha mercante em ser
viço entre os nossos dois países.
En
contrei muitos navios parados por falta do material.
Êste não podia ser fabri
cado no território brasileiro, incluindo-se
no seu número, por exemplo, chapas, cantoneiras, tubos de condensador, ca bos de arame, etc. sível, se iniciasse aqui a construção de Sendo
necessário
chegar aos armazéns do. Lloyd em .Nova Iorque, em janeiro de 1942. Durante a guerra esta prioridade foi usada mui tas vezes para a compra do que fosse necessário para reaparelhainento da ma rinha mercante.
Renovação da marinha mercante Durante o ano de 1942, quando fui adido naval no Brasil di.scuti muitas ve zes com a Comissão de Marinha Mer
cante a necessidade de navios novos pa ra êste país, não só para tomar o lu gar daqueles que tinham sido torpedea dos como também para substituir uni dades velhas, já no fim de sua çarreira. Durante 1943 e 1944, todos os esta
O governo do "Brasil quis que, se pos navio.s.
Eu consegui arranjar prioridade para
mandar
vir
grande quantidade de material dos Es
tados Unidos, o almirante Land, presi dente da Comissão cie. Marinha
Mer
cante dos Estados Unidos, achou que seria mais rápido fazer a construção naquele país, pois, além do mais, os
leiros do mundo, capazes de construir
navio.s transatlânticos, estavam ocupa
dos. Em abril de 1944, o comandante Mário Celestino assinou um contrato
com a Canadian Vickers, em Montreal,Canadá, para a construção de 4 peque nos barcos costeiros, de 4.600 tonelada.s, do tipo do "Cabedelo". Essa com
panhia tinha ' carreiras vazias naquela
III Digesto Econ6>uco
68
dc Fernando dC Azevedo, "sc afirmam com uma grande intensidade, de um
Sc, pois, a literatura nacional nacb mais devesse ao jornalismo, só aí. nesse
lado a universalidade
trabalho, encontraria a
do pensamento, pela ri queza do conteúdo hu
sua maior dívida.
Por-
que ao jornalismo a li
mano, e, dc outro,
teratura brasileira dc\t
atração pela terra e p (Fernando de Azevedo,
tudo fiiianto c. Sc não há jornalismo útil som liberdade, não podo
"A Cultura Brasileira",
lambem
Io homem americano
pág. 198). ^las a ação benéfica
servidão.
O jornalismo não é,
literatura brasileira não só
essa.
uma
grande literatura sob a
do iornalisnm sôl>rc a foi
existir
portanto, um
Pertence
ao jornalismo, como for
colaborador
ça dinâmica, a tarefa da luta em favor da iy)er-
tura.
simples
da
litera
No Brasil, èlc ó
dade de pensamento no
mais que isso. E* o ali cerce sobre o qual cia
Brasil.
SC ergueu.
^OV/V IROT/V Pi\llil O LLOYD RRISILLIRO pelo CoMODono E. E. Buady Jn. |lla Mariiilin Norlc.tnieri mm. ciHisullur iln Tdmlssaa de Matiiilii Mrrrnsilc du Urosllj (especial 1'AUA o "dicesto econômico")
Vrèviamente aprovado pelo nosso govâr-
no, foi firmado com a einprôsa Ingalls o contrato para construção de 14 novos navios mercantes, indispensáveis, como
SC verá pelo contexto do presente tra balho, para tomar lugar dos que foram
torpedeados e das unidades velhas, já no fim de sua carreira. ' À companhia Canadian Vichers também foram feitas encomendas no mesmo sentido.
projetos de renovação da frota do O|SLloyd Brasileiro têm com certeza
estaleiros estavam sendo grandemente ampliados naquela ocasião.
Meus primeiros contatos com este as
material de reparo, o qual começou a
quase a mesma idade do próprio Lloyd. sunto foram feitos durante a gestão do
A SAFRA ALGODOEIRA DOS ESTADOS UNIDOS EM 1945
Dos oígarismoa que publicamos uo quadro abaixo — organizado com cijraí provisórias do "Agriculture Departmenl" dos EE. UU., vemos que a safra dc algodão naquele país, durante o ano findo, foi dc 23,8% menos que no dccèn\a 1934-43.
Acrescente-se que, desde 1921, foi essa a menor safra algodocira dos
Estados Unidos. S
tons.
/,, sobre o total
20,1
Arcansas ..
426.200 367.300 260.700
Alabama
212.000
10,0
Geórgia
■ 6,9
Sul-Carolína
147.400 145.100
Tencsse
112.200
5,3 4,7 16,6
Texas
Mississipi
99.700
Norte-Carolina
Outros
353.100
"TOTAL
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Média do Decênio de 1934-1943
2.123.700
2.786.800
<liu ilc librns |K>r nnrc (—JIUG ijiiilos 67 154 157 148 114 137 180 163
17,3 12,3
6,8
100,0
113
t % menos cm 1945: 23,8
Fonte-, "Agriculture Department".
almirante Graça Aranha, quando come
çamos a construção dos tT's na AMIC.
infelizmente, os navios do Lloyd não foram adquiridos por falta de dinheiro.
Em novembro de 1941, a pedido do govôrno do Brasil, vim investigar as pos sibilidades de aumentar-se o número de
AFRA
ESTADOS — PRODUTORES
/m
unidades da marinha mercante em ser
viço entre os nossos dois países.
En
contrei muitos navios parados por falta do material.
Êste não podia ser fabri
cado no território brasileiro, incluindo-se
no seu número, por exemplo, chapas, cantoneiras, tubos de condensador, ca bos de arame, etc. sível, se iniciasse aqui a construção de Sendo
necessário
chegar aos armazéns do. Lloyd em .Nova Iorque, em janeiro de 1942. Durante a guerra esta prioridade foi usada mui tas vezes para a compra do que fosse necessário para reaparelhainento da ma rinha mercante.
Renovação da marinha mercante Durante o ano de 1942, quando fui adido naval no Brasil di.scuti muitas ve zes com a Comissão de Marinha Mer
cante a necessidade de navios novos pa ra êste país, não só para tomar o lu gar daqueles que tinham sido torpedea dos como também para substituir uni dades velhas, já no fim de sua çarreira. Durante 1943 e 1944, todos os esta
O governo do "Brasil quis que, se pos navio.s.
Eu consegui arranjar prioridade para
mandar
vir
grande quantidade de material dos Es
tados Unidos, o almirante Land, presi dente da Comissão cie. Marinha
Mer
cante dos Estados Unidos, achou que seria mais rápido fazer a construção naquele país, pois, além do mais, os
leiros do mundo, capazes de construir
navio.s transatlânticos, estavam ocupa
dos. Em abril de 1944, o comandante Mário Celestino assinou um contrato
com a Canadian Vickers, em Montreal,Canadá, para a construção de 4 peque nos barcos costeiros, de 4.600 tonelada.s, do tipo do "Cabedelo". Essa com
panhia tinha ' carreiras vazias naquela
Digesto EcoNÓ>nco
70
Dicesto Econômico
Temos ainda um camarote para o "do
ocasião, devido ao cancelamento de cer vios com a Canadian Vicker.s, para se tos programas de construção no Canada. rem entregues em 1946 e 1947. Em As referidas unidades já foram entregues. 28 do fevereiro, o almirante Land nos Em agosto de 1944, quando estava deu permissão de entrar em negociações mais ou menos certo que nossos pro com a Betblebem e a Ingalls, pois pa gramas de construção naval e mercante recia que antes do fim do ano teriam iam garantir um grande número de na carreiras vazias. Mandamos-lhe as cavios no ano de 1945, para a derrota do
Japão e da Alemanha, o nosso Navy De"partment, a pedido do governo brasi leiro, me mandou aqui. para estudar, com a Comissão de Marinha Mercante, .um plano para a construção de transa tlânticos
nos
estaleiros
dos
Estados
Unidos.
Quando saí dos Estados Unidos em
novembro de 1944, fui informado pelo almirante ^Land que talvez em feverei
ro ou março de 1945 êle pudesse con
seguir carreiras vazias, nas quais se po deria começar a construção dos navios
pedida pelo governo brasileiro num pro grama ae 20 cargueiros do tipo C-3, e outros do tipo "Liberty", para serem entregues quando fôsse possível. Flanos de construção
Em dezembro de 1944, quando os
Aliados sofreram pequeno revés na Fran
ça, os nossos programas de construção foram aumentados em mais de 170 uni
dades, para serem entregues em 1945. Em janeiro desse ano o almirante Land
raterístícas dos navios desejados.
71
no da linha", igual ao camarote do co
mandante. Temos o camarote do pilo to e mais dois camarotes sobressalentes.
No princípio de maio fui a Nova Ior
Em
que acompanhado pelos representantes
ao
Lloyde e da Comissão de Marinha Mercante Brasileira, para uma reunião
quelas duas firmas.
A Ingalls apresentou o projeto de.uni navio desenhado pelo conhecido arqui
com o sr. Sharp e os representantes de IngalLs e Bethlehem e outras firmas.
teto naval de Nova Iorque, sr. George
Ficou resolvido que o sr. Sharp prepa
G. Sharp. o qual durante a guerra tra çou os projetos e planos de muitos tipos construídos pela iios.sa Maritinic Coin-
raria os planos de con trato e especificações,
mission. Eu- calcul-,") qiio o projeto dele
os quais seriam man
deve ser 10 ou 15 por cento mais efi ciente na capacidade de carga do que qualauer outro projeto apresentado, com
dados para as várias companhias do idonei
17 nós ao invés de 16, e tendo os mes
tas fizessem as suas
mos cavalos de fôrça.
respectivas propostas.
rem construídos pelos planos de Geor-
g<3 Sharp. O preço das unidades a serem cons
truídas pela Ingalls é de 2.645,000
Proposta para 14 navios
abril chegaram aqui representantes da
6 navios, iguais a êsses 14, todos a se
dólares cada uma, e o da Canadian Vi ckers de 2.778.686 dólares canaden ses, ou côrca de 2.500.000 dólares
americanos, os quais, convertidos em cruzeiros, dão respectivamente Cr$... 51.842.000.00 e Cr$ 49.000.000,00. Êstes preços, no caso da Ingalls, nuo podem ir além de 2.645.000 dólares,
pois a proposta dessa empresa foi fei ta para preço fixo. Poderá, no entanto, ser reduzido de acôrdo
com
o
contrato,
pelos descontos para
dade, a fim de que es
material comprado na nossa Maritime Com mission.
O
contrato
Depois ficou decidido que se dariam
à minha chegada a
instruções à Canadian Vickers a fim de parar com a construção dos navios pro
Nova Iorque, o almi
ckers é um pouco di
rante Land nos deu
ferente, contendo as
jetados, dizendo-se que os planos de viam ser fornecidos pelo Llovd, dentro do orçamento feito de acordo com o sr. Sharp. Os navios serão classificados no Ame-
rican Bureau of Shipping e também te rão inspeção do U.S. Coast Guard, Bu reau of Marina Inspection and Naviga-
com a Canadian Vi
permissão para abrir
cláusulas na constru
negociações com qua
ção naval. Caso o sa-.
isquer firmas nos EE. UU., aconselhandonos, porém, a tomar
ja aumentado pelo go vêrno, também o pre
lário dos operários se
cuidado, pois algumas seriam
fechadas
ço dos navios será au mentado proporcional
de
pois da guerra.
tion, U.S. Public Health Service and
mente.
No fim. de junho do 1945, mandamos
Ingalls pretende en
telefonou-me de Washington para comu nicar este fato. Informou-me que talvez não fôsse possível constriiir quaisquer
pecificações para material e equipamen
planos e especificações para quatro fir
vio em agôsto pró.vimo, è .se não hou
to serão de acordo com os últimos re
mas nos EE. yU., — Bethlehem, In
navios nos Estados
gulamentos e especificações do U.S.
galls, Sun e Federal, — e no dia 31 de
ver dificuldades imprevistas, todos os 14 navios estarão prontos antes do fim
Maritime Commission, com porcentagem
julho, na presença de todos os interes
do ano. Vickers entregará 3 ou 4 na
nos nossos planos. Êle me informaria
de sobressalentes acima da U.S. Mari
sados, reunidos no escritório de Nova
vios antes de dezembro de 1946, e os
periòdicamente sobre a situação.
time Cgmmission.
Iorque, abrimos as propostas para 14
restantes em abril de 1947.
navios a serem construídos nos EE. UU.
A proposta de Ingalls foi de mais de 100.000 dólares por navio mais
Dou agora uma ligeira descrição, com planos, dos navios novos. Como se sabe, não adianta muito au
25 17
baixa do que as outras. Depois de re ceber aprovação do govêrno brasileiro,
mentar o número de navios se as faci lidades para manutenção, tais como es
9
o contrato de construção foi dado a
taleiros de reparos, diques e pessoal, não
essa emprôsa.
forem também acrescidas. O Lloyd, que ó a linha principal, tinha no fim dr
Unidos antes de
1946. 'Deveríamos, contudo, prosseguir Imediatamente nos comunicamos com
a Canadian Vickers a respeito. Essa com panhia mandou para aqui técnicos, com
os quais programamos navios de 16 nós,
7.500 toneladas D. W., de tipo con vencional, dotados de máquinas tipo C-2, a serem comprados nos Estados Unidos.
Em abril, assinamos contrato para 6 na
U. S.
Customs Service.
Todas as es
A equipagem, incluindo oficiais, seria a seguinte:
Pessoal do^ convés Pessoal da máquina Pessoal do comissário Total
"
O contrato anterior com
a Canadian Vickei;s foi modificado para
51 .ftu.
tregar o primeiro na
Digesto EcoNÓ>nco
70
Dicesto Econômico
Temos ainda um camarote para o "do
ocasião, devido ao cancelamento de cer vios com a Canadian Vicker.s, para se tos programas de construção no Canada. rem entregues em 1946 e 1947. Em As referidas unidades já foram entregues. 28 do fevereiro, o almirante Land nos Em agosto de 1944, quando estava deu permissão de entrar em negociações mais ou menos certo que nossos pro com a Betblebem e a Ingalls, pois pa gramas de construção naval e mercante recia que antes do fim do ano teriam iam garantir um grande número de na carreiras vazias. Mandamos-lhe as cavios no ano de 1945, para a derrota do
Japão e da Alemanha, o nosso Navy De"partment, a pedido do governo brasi leiro, me mandou aqui. para estudar, com a Comissão de Marinha Mercante, .um plano para a construção de transa tlânticos
nos
estaleiros
dos
Estados
Unidos.
Quando saí dos Estados Unidos em
novembro de 1944, fui informado pelo almirante ^Land que talvez em feverei
ro ou março de 1945 êle pudesse con
seguir carreiras vazias, nas quais se po deria começar a construção dos navios
pedida pelo governo brasileiro num pro grama ae 20 cargueiros do tipo C-3, e outros do tipo "Liberty", para serem entregues quando fôsse possível. Flanos de construção
Em dezembro de 1944, quando os
Aliados sofreram pequeno revés na Fran
ça, os nossos programas de construção foram aumentados em mais de 170 uni
dades, para serem entregues em 1945. Em janeiro desse ano o almirante Land
raterístícas dos navios desejados.
71
no da linha", igual ao camarote do co
mandante. Temos o camarote do pilo to e mais dois camarotes sobressalentes.
No princípio de maio fui a Nova Ior
Em
que acompanhado pelos representantes
ao
Lloyde e da Comissão de Marinha Mercante Brasileira, para uma reunião
quelas duas firmas.
A Ingalls apresentou o projeto de.uni navio desenhado pelo conhecido arqui
com o sr. Sharp e os representantes de IngalLs e Bethlehem e outras firmas.
teto naval de Nova Iorque, sr. George
Ficou resolvido que o sr. Sharp prepa
G. Sharp. o qual durante a guerra tra çou os projetos e planos de muitos tipos construídos pela iios.sa Maritinic Coin-
raria os planos de con trato e especificações,
mission. Eu- calcul-,") qiio o projeto dele
os quais seriam man
deve ser 10 ou 15 por cento mais efi ciente na capacidade de carga do que qualauer outro projeto apresentado, com
dados para as várias companhias do idonei
17 nós ao invés de 16, e tendo os mes
tas fizessem as suas
mos cavalos de fôrça.
respectivas propostas.
rem construídos pelos planos de Geor-
g<3 Sharp. O preço das unidades a serem cons
truídas pela Ingalls é de 2.645,000
Proposta para 14 navios
abril chegaram aqui representantes da
6 navios, iguais a êsses 14, todos a se
dólares cada uma, e o da Canadian Vi ckers de 2.778.686 dólares canaden ses, ou côrca de 2.500.000 dólares
americanos, os quais, convertidos em cruzeiros, dão respectivamente Cr$... 51.842.000.00 e Cr$ 49.000.000,00. Êstes preços, no caso da Ingalls, nuo podem ir além de 2.645.000 dólares,
pois a proposta dessa empresa foi fei ta para preço fixo. Poderá, no entanto, ser reduzido de acôrdo
com
o
contrato,
pelos descontos para
dade, a fim de que es
material comprado na nossa Maritime Com mission.
O
contrato
Depois ficou decidido que se dariam
à minha chegada a
instruções à Canadian Vickers a fim de parar com a construção dos navios pro
Nova Iorque, o almi
ckers é um pouco di
rante Land nos deu
ferente, contendo as
jetados, dizendo-se que os planos de viam ser fornecidos pelo Llovd, dentro do orçamento feito de acordo com o sr. Sharp. Os navios serão classificados no Ame-
rican Bureau of Shipping e também te rão inspeção do U.S. Coast Guard, Bu reau of Marina Inspection and Naviga-
com a Canadian Vi
permissão para abrir
cláusulas na constru
negociações com qua
ção naval. Caso o sa-.
isquer firmas nos EE. UU., aconselhandonos, porém, a tomar
ja aumentado pelo go vêrno, também o pre
lário dos operários se
cuidado, pois algumas seriam
fechadas
ço dos navios será au mentado proporcional
de
pois da guerra.
tion, U.S. Public Health Service and
mente.
No fim. de junho do 1945, mandamos
Ingalls pretende en
telefonou-me de Washington para comu nicar este fato. Informou-me que talvez não fôsse possível constriiir quaisquer
pecificações para material e equipamen
planos e especificações para quatro fir
vio em agôsto pró.vimo, è .se não hou
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mas nos EE. yU., — Bethlehem, In
navios nos Estados
gulamentos e especificações do U.S.
galls, Sun e Federal, — e no dia 31 de
ver dificuldades imprevistas, todos os 14 navios estarão prontos antes do fim
Maritime Commission, com porcentagem
julho, na presença de todos os interes
do ano. Vickers entregará 3 ou 4 na
nos nossos planos. Êle me informaria
de sobressalentes acima da U.S. Mari
sados, reunidos no escritório de Nova
vios antes de dezembro de 1946, e os
periòdicamente sobre a situação.
time Cgmmission.
Iorque, abrimos as propostas para 14
restantes em abril de 1947.
navios a serem construídos nos EE. UU.
A proposta de Ingalls foi de mais de 100.000 dólares por navio mais
Dou agora uma ligeira descrição, com planos, dos navios novos. Como se sabe, não adianta muito au
25 17
baixa do que as outras. Depois de re ceber aprovação do govêrno brasileiro,
mentar o número de navios se as faci lidades para manutenção, tais como es
9
o contrato de construção foi dado a
taleiros de reparos, diques e pessoal, não
essa emprôsa.
forem também acrescidas. O Lloyd, que ó a linha principal, tinha no fim dr
Unidos antes de
1946. 'Deveríamos, contudo, prosseguir Imediatamente nos comunicamos com
a Canadian Vickers a respeito. Essa com panhia mandou para aqui técnicos, com
os quais programamos navios de 16 nós,
7.500 toneladas D. W., de tipo con vencional, dotados de máquinas tipo C-2, a serem comprados nos Estados Unidos.
Em abril, assinamos contrato para 6 na
U. S.
Customs Service.
Todas as es
A equipagem, incluindo oficiais, seria a seguinte:
Pessoal do^ convés Pessoal da máquina Pessoal do comissário Total
"
O contrato anterior com
a Canadian Vickei;s foi modificado para
51 .ftu.
tregar o primeiro na
DrcnsTO Econômico
72
1944 as Ilhas de Conceição, Mocangue e Pombeba (depósito de carvão) ao seu
começamos a elaborar um projeto,para
Digksto Econômico
O dique Afon.so Pena já
Vi^ção e Obras -Públicas
fazer na Ilha Pombeba uma base de re
está com 36 anos de ida
dispor, e tinha alugado uma antiga ofi
paros de emergência, com idéia de aban
de. Temos recebido pro
cina da Brazilian Coal na Ilha dos Fer
donar a Ilha dos Ferreiros. Esta base
postas de firmas dos EE.
foi projetada pela firma Raymond-Morrison-Knudsen, do Brasil, baseada nos detalhes e na capacidade das bases de reparo montadas em Recife e na Bahia pela Marinha Americana, durante a guerra, para coiisertos de navios de es
tlU. e do Canadá para a
reiros.
A primeira providência a ser toma da foi a ampliação e limpeza da Ilha Mocanguê, a fira de haver espaço para o trabalho, sendo também aumentadas
as oficinas e outras dependências. O Comandante Celestino já tinha iní. ciado algumas obras, como o novo cais,
e tinha comprado muitas máquinas e
colta e navios de comboios.
O Navy Department nos deu relações
rinha Mercante.
ladas, pelo preço de
Uma escola para o pessoal
2.900.000 dólares, enlre-
dos navios
gue no prazo de um ano.
O preço de reboque e se
. Como se sabe, não adian
guros será de cêrca de
ta termos navios e
leiros sem pes.soal prepara
Morrison-Knudsen já fez as sondagens geológicas que aparecem nas plantas,
vos foram examinados pela Diretoria de Obras e Serviços Hidráulicos da nossa
estando a conclusão do projeto de cons trução calculado para o prazo de 30 meses. O comandante Thiers Flerrting,
Marinha, a qual está encarregada dês- da Armada com o comandante Thiers le assunto. Na sua opinião, a propos- " Fleming, iniciamos uma escola para o ta é muito razoável e o dique de pri ]5essoal dos navios. Está ela sob a dire
terminados os trabalhos em Mocanguê
meira ordem.
cooperação para a realização deste pro jeto, e estou certo de que a base ame ricana no Brasil será de grande vanta
gem para os navios da Marinha Mer cante.
O problema dos diques Sôbre a questão dos diques, em abril
de 1945, fiz uma recomendação na qual afirmava serem imprescindíveis maiores
facilidade para docar navios no pôrto
ferramentas necessária.?, algumas das -do Rio. Também recomendei que o
grande dique da Ilha do Viana devia
espaço. Como princípio básico, ficou sei" terminado. , . . resolvido que nós deviamos passar tôdas Fui informado naquela ocas.ao de as obras de fabricação para a Ilha Con-' que o orçamento para construção dd di ceição, deixando as obras de reparos na que era de 35.000.000 de cruzeiros. Ilha Mocanguê. Quando regressei ao Brasil soube conQuando'Voltei aqui era 15 de dezem hido, que o orçamento tinha sido au bro, o comandante Thiers Fleming já mentado para soma superior a tinha nomeado uma Comissão de Apa- 50.000.000 de cruzeiros. Nao obstan relhamento, composta dos capitães de te, sou de opinião de que o dique em
relliamento das Ilhas cfe Mocanguê e
apreço deve .ser completado. Assim mesmo, não bastarão para as necessida des do porto do Rio os diques atual
Conceição. Em janeiro do ano passado
mente existentes.
Mar 6 Guerra, Juvenal, Cícero e We-
reparos de navios da Ma
flutuante de 15.000 tone
400.000 a 500.000
• riência, pretende tratar deste caso. O Navy Department nos oferece a sua
guelin, para elaborar o projeto de apa-
nacional, dcstinando-o aos
construção de um dique
de ferramentas, planos, etc. para auxi liar nossos estudos, e a firma Raymond-
o Conceição, de acordo com sua expe-
quais não foram montadas por falta de
quo complete o dique da Ilha do Viana, a qual está incoiqjoratla ao patrimônio
dó
lares. Os planos respecti
do para manobrá-los. Gra ças à ampla cooperação do sr. Ministro da Marinha e do chefe do Estado Maior
ção do contra-almirante Leonel Aragão,
Todo o mundo sabe que um dique flutuante precisa de mais conserva' do que um dique gravado na rocha. Mes
mo assim, a eficiência de um dique fundeado ao lado do "pier" de um
estaleiro é muito maior do que a de um dique sôco. A prova temo-la no fato de raramente encontrar-se em um estaleiro de reparos um dique construí
do na rocha. Quase todos eles pos
suem, porém, diques flutuantes.
v
A nossa Marinha construiu durante a
guerra 152 diques flutuantes de vários tamanhos, desde 1.000 até 100.000 to
neladas do capacidade.
esta
Um dôles, do
1.200 toneladas, está em Natal, e outro
e outros oficiais da Marinha de Gtierra o Mercante. Já em pleno funciona
mento, dará instruções práticas e teó ricas sôbre os novos navios, usando os
destrcyers da classe M para a instrução prática. Após, as guarnições irão para o? EE. UU. a fim de receberem insb-uções nos estaleiros de Ingalls, onde estão sendo construídos os 14 navios encomendados pelo Brasil, e também
para as fábricas onde estão sendo fabri cadas as máquinas correspondentes. Assim, ó curta a história da renovação da frota do Lloyd, que vai ser aumen tada de 24 navios novos. Tenho orgu lho em dizer que a cooperação entre
Eu fiz tudo nos EE. UU. para adqui
os covernos norte-americano e brasilei ro tem sido de 100%. Os EE. UU., por intermédio do Export-Import Bank, de
rir um dique sobressalente. Fui intormado, porém, quç nenhum dos novos
navios com o empréstimo de 38.000.000
do 3.500 toneladas estava na Bahia.
será vendido. Portanto, a única solu
ção será construir um sob encomenda
especiaT.
A ampliação projetada para os diques n.® 1 e 2 da ilha de Mocanguê vai reali
Washington, ajudaram na construção dos
rio dólares. Pretendemos ampliar as instalações das ilhas de Mocanguê e Con ceição o suficiente para a manutenção da nova frota, no èstilo, mas não nas mesmas proporções, do que fizemos no
zar uma melhora relativa, mus não sex'á
Arsenal da Marinha da Ilha das Cobras
o suficiente. O comandante Tliiers Fle
para a manutenção da Marinha de Guer ra do Brasil (S.I.H.).
ming e eu pedimos ao sr. Ministro'da
DrcnsTO Econômico
72
1944 as Ilhas de Conceição, Mocangue e Pombeba (depósito de carvão) ao seu
começamos a elaborar um projeto,para
Digksto Econômico
O dique Afon.so Pena já
Vi^ção e Obras -Públicas
fazer na Ilha Pombeba uma base de re
está com 36 anos de ida
dispor, e tinha alugado uma antiga ofi
paros de emergência, com idéia de aban
de. Temos recebido pro
cina da Brazilian Coal na Ilha dos Fer
donar a Ilha dos Ferreiros. Esta base
postas de firmas dos EE.
foi projetada pela firma Raymond-Morrison-Knudsen, do Brasil, baseada nos detalhes e na capacidade das bases de reparo montadas em Recife e na Bahia pela Marinha Americana, durante a guerra, para coiisertos de navios de es
tlU. e do Canadá para a
reiros.
A primeira providência a ser toma da foi a ampliação e limpeza da Ilha Mocanguê, a fira de haver espaço para o trabalho, sendo também aumentadas
as oficinas e outras dependências. O Comandante Celestino já tinha iní. ciado algumas obras, como o novo cais,
e tinha comprado muitas máquinas e
colta e navios de comboios.
O Navy Department nos deu relações
rinha Mercante.
ladas, pelo preço de
Uma escola para o pessoal
2.900.000 dólares, enlre-
dos navios
gue no prazo de um ano.
O preço de reboque e se
. Como se sabe, não adian
guros será de cêrca de
ta termos navios e
leiros sem pes.soal prepara
Morrison-Knudsen já fez as sondagens geológicas que aparecem nas plantas,
vos foram examinados pela Diretoria de Obras e Serviços Hidráulicos da nossa
estando a conclusão do projeto de cons trução calculado para o prazo de 30 meses. O comandante Thiers Flerrting,
Marinha, a qual está encarregada dês- da Armada com o comandante Thiers le assunto. Na sua opinião, a propos- " Fleming, iniciamos uma escola para o ta é muito razoável e o dique de pri ]5essoal dos navios. Está ela sob a dire
terminados os trabalhos em Mocanguê
meira ordem.
cooperação para a realização deste pro jeto, e estou certo de que a base ame ricana no Brasil será de grande vanta
gem para os navios da Marinha Mer cante.
O problema dos diques Sôbre a questão dos diques, em abril
de 1945, fiz uma recomendação na qual afirmava serem imprescindíveis maiores
facilidade para docar navios no pôrto
ferramentas necessária.?, algumas das -do Rio. Também recomendei que o
grande dique da Ilha do Viana devia
espaço. Como princípio básico, ficou sei" terminado. , . . resolvido que nós deviamos passar tôdas Fui informado naquela ocas.ao de as obras de fabricação para a Ilha Con-' que o orçamento para construção dd di ceição, deixando as obras de reparos na que era de 35.000.000 de cruzeiros. Ilha Mocanguê. Quando regressei ao Brasil soube conQuando'Voltei aqui era 15 de dezem hido, que o orçamento tinha sido au bro, o comandante Thiers Fleming já mentado para soma superior a tinha nomeado uma Comissão de Apa- 50.000.000 de cruzeiros. Nao obstan relhamento, composta dos capitães de te, sou de opinião de que o dique em
relliamento das Ilhas cfe Mocanguê e
apreço deve .ser completado. Assim mesmo, não bastarão para as necessida des do porto do Rio os diques atual
Conceição. Em janeiro do ano passado
mente existentes.
Mar 6 Guerra, Juvenal, Cícero e We-
reparos de navios da Ma
flutuante de 15.000 tone
400.000 a 500.000
• riência, pretende tratar deste caso. O Navy Department nos oferece a sua
guelin, para elaborar o projeto de apa-
nacional, dcstinando-o aos
construção de um dique
de ferramentas, planos, etc. para auxi liar nossos estudos, e a firma Raymond-
o Conceição, de acordo com sua expe-
quais não foram montadas por falta de
quo complete o dique da Ilha do Viana, a qual está incoiqjoratla ao patrimônio
dó
lares. Os planos respecti
do para manobrá-los. Gra ças à ampla cooperação do sr. Ministro da Marinha e do chefe do Estado Maior
ção do contra-almirante Leonel Aragão,
Todo o mundo sabe que um dique flutuante precisa de mais conserva' do que um dique gravado na rocha. Mes
mo assim, a eficiência de um dique fundeado ao lado do "pier" de um
estaleiro é muito maior do que a de um dique sôco. A prova temo-la no fato de raramente encontrar-se em um estaleiro de reparos um dique construí
do na rocha. Quase todos eles pos
suem, porém, diques flutuantes.
v
A nossa Marinha construiu durante a
guerra 152 diques flutuantes de vários tamanhos, desde 1.000 até 100.000 to
neladas do capacidade.
esta
Um dôles, do
1.200 toneladas, está em Natal, e outro
e outros oficiais da Marinha de Gtierra o Mercante. Já em pleno funciona
mento, dará instruções práticas e teó ricas sôbre os novos navios, usando os
destrcyers da classe M para a instrução prática. Após, as guarnições irão para o? EE. UU. a fim de receberem insb-uções nos estaleiros de Ingalls, onde estão sendo construídos os 14 navios encomendados pelo Brasil, e também
para as fábricas onde estão sendo fabri cadas as máquinas correspondentes. Assim, ó curta a história da renovação da frota do Lloyd, que vai ser aumen tada de 24 navios novos. Tenho orgu lho em dizer que a cooperação entre
Eu fiz tudo nos EE. UU. para adqui
os covernos norte-americano e brasilei ro tem sido de 100%. Os EE. UU., por intermédio do Export-Import Bank, de
rir um dique sobressalente. Fui intormado, porém, quç nenhum dos novos
navios com o empréstimo de 38.000.000
do 3.500 toneladas estava na Bahia.
será vendido. Portanto, a única solu
ção será construir um sob encomenda
especiaT.
A ampliação projetada para os diques n.® 1 e 2 da ilha de Mocanguê vai reali
Washington, ajudaram na construção dos
rio dólares. Pretendemos ampliar as instalações das ilhas de Mocanguê e Con ceição o suficiente para a manutenção da nova frota, no èstilo, mas não nas mesmas proporções, do que fizemos no
zar uma melhora relativa, mus não sex'á
Arsenal da Marinha da Ilha das Cobras
o suficiente. O comandante Tliiers Fle
para a manutenção da Marinha de Guer ra do Brasil (S.I.H.).
ming e eu pedimos ao sr. Ministro'da
DicESTO Econômico
Predisposição aos Acidentes por João Cabvalhaes (especial para o "digesto econômico") conhecimento dos resultados alcan
O çados
no trabalho pelos métodos da psicologia não é mais novidade entre os
industriais.
Antes mesmo de se ter
comprovado o benefício das ciências nas atividades profissionais ou de se terem
pleno desenvolvimento.
disposição depende também da raça".
sociologia ou da psicologia, cem de fa-
Traz vários dados querendo comprovar
tórcs internos e externos que impedem o real ajustamento. Compreende-se que,
esta afirmação.
se houver um acidente no trabalho ori
trabalho não obedeciam a uma rapidez imposta, não havia diferença entre bs
No "Bulletin
de Tlnstítut
balhadores, são tanto mais freqüentes quanto maior for o número de aciden tes já anteriormente sofridos".
Na França, J- M. Lahy e S. Korgold submeteram a diversas provas 200 tra balhadores freqüentemente acidentados e 300 que não haviam sofrido nenhum acidente. Em tôdas as provas de ta-
perigoso contrariar as opiniões dos ci
tados estudiosos, cujos nomes são co
to de um trabalhador ser acidentado
várias vêzes. Se a execução de um serviço reclama uma enscenação orde
nada de movimentos ou uma prévia
nhecidos nos livros de grande reper
aprendizagem, o trabalhador que não possuir êsses requisitos fatalmente será
cussão científica.
vítima de fenômenos desastrosos.
Entretanto, não se
está de acôrdo que já haja pessoas pre dispostas aos acidentes, mas sim pes soas que, de uSua maneira ou outra,
Porque os prejuízos materiais ou físi cos não se diferenciam na maior parte
desajustamento do que o acidente. Todo
dos acidentados mostrava-se sistemàti-
ser que o significado da palavra "pre
camente inferior ao dos não acidentados.
disposição" esteja sendo encarado errô-
cia, quase sempre, a principal habilida de requerida. Geralmente, as causas que levam cs trabalhadores ao acidente,
oôsto, ou limitado o tempo, o grupo
Rapidez imposta, complexidade de
Em um dos artigos do "Scienoe Di-
gest" de agosto de 1942, encontram-se as seguintes observações: "A repetição de acidentes parece ser traço de perso do álcool, associados com fatôres emo
as possibilidades de acidentes, nos tra
Como bem o leitor pode ver, será
tarefa qualquer, advém, era última aná
lise, o acidente. Não se pode, por con seguinte, chamar de predisposição o fa
das profissões ou atividades humanas?
nalidade, como a gagueira ou o vício National
O que se entende por predisposição
Acredita-se, pois, que da falsa posse de certas habilidades para executar uma
das no campo das profissões.
aos acidentes.
d*Orientatíon Profissionale", Henry Piéron diz que "á lei Marbe estabelece que
Desajustainento profissional
estão séria e complexamente desajusta
acidentes do trabalho". Resumidamen
Experiências
trabalhos.
provam a existência de uma" especial
estudado nu campo da fisiologia, da
tarefas, caracterizam, pois, as provas sucetíveis de assinalar os predispostos
acidentadas repetidamente.
radas do arquivo das Cias. de seguros do vida e algumas outras), que com
vém do desajustamento profissional, essa "predisposição" nada mais é que um desacordo de difícil diagnóstico, entre as aptidões e.xigidas por determinados
predisposição individual para os aciden
valor que lhes era dado anteriormente. Sabe-se quão perigoso é criticar tais fundamentos tão hàbilmente formulados e orientados por êsses estudiosos. Mes mo assim, procurar-se-á aqui contrariar uma dessas teorias: "a predisposição aos
te, a predisposição aos acidentes signi
ve: "É interessante a lei que Marbe descobriu por meio de estatísticas (ti
tes". Mais adiante diz que esta pre
quanto à precisão e à velodE^stem, entretanto, muitas teorias 2 grupos do trabalho. Ao contrário, po criadas por estudiosos da psicologia, as -dade quais, hoje, perderam, em parte, o seu rém, quando um ritmo definido era ím-
fica que há pessoas inclinadas a serem
O prof. Fritz Giese no seu livro "PSICOTECNIA", sôbre êstc assunto escre
Qualquer acidente do trabalho, seja êle
explorado os recursos da psicologia pa ginado por uma deficiência do operário, ra se ^ chegar ao ajustamento profissio o diagnóstico será, sem dúvida, um de nal, já se concebia a importância dos finido desajustamento profissional. traços ^da personalidade em relação à ideia ae eficiência e da utilização do eJemento humano nos afazeres que a refa uniforme, em que as condições de eJe são determinados, estudo este em
75
cionais bem definidos.
Pessoas que estão sempre^ caindo ou tendo
acidentes
automobilísticos, são
caracterizadas pelo amor às aventuras 6 ressentimentos contra as autoridades. O Dr. Flandes Dunbar sugeriu que estas
pessoas fariam bem em serem utiliza das em serviços fora de rotina^ que ne
cessitem de iniciativa pessoal, tais como em unidades de "comando", e seriam
mal empregadas em um serviço de guer ra que requeira obediência cega".
A não
neamentc ou se tenha incompreensão do sentido das coisas.
Entende-se por predisposição uma ten
dência natural para alguma coisa. Ora, ninguém está predisposto ao acidente se
conseguir empregar devidamente as suas aptidões em um trabalho que re
Não e.xiste melhor diagnóstico de um
histórico em tômo do acidente eviden
são as mesmas na maioria das funções.
Êsses prejuízos, portanto, diferenciam-se de profissão para profissão, de acôrdo com os ifistriunentos usados, ambiente
ca resumida em "onde houver perfeita
físico ocupado, aptidões exigidas e a ação de outros fatôres integrantes do serviço em aprêço. Qualquer acidente do trabalho, seja êle estudado no campo da fisiologia,
harmonia entre as condições do traba lho e as habilidades do elemento hu
fatôres internos e externos que impe
queira essas mesmas aptidões. De outro
lado, se se considerar esta afinnação, o princípio mais importante da psicotécni
mano, haverá felicidade profissional", está sendo pôsto de lado. Êste ajustamento que todo trabalha
dor deve procurar, sem exceção de sexo, povo ou qualquer fator alheio, dá-lhe uma franca liberdade das atividades exi
gidas num mínimo dispêndio de ener gia. Se, portanto, esse princípio da psicotécnica reza que o acidente pro-
da sociologia ou da psicologia, vem de
dem o real ajustamento. Compreen de-se que, se houver um acidente no
trabalho originado por uma deficiência do operário, o diagnóstico será, sem dú
vida, Lim definido desajustamento pro fissional. Verificando-se a repetição aesse acidente, conclui-se haver mais
uma confirmação do citado diagnó»' tico.
I
DicESTO Econômico
Predisposição aos Acidentes por João Cabvalhaes (especial para o "digesto econômico") conhecimento dos resultados alcan
O çados
no trabalho pelos métodos da psicologia não é mais novidade entre os
industriais.
Antes mesmo de se ter
comprovado o benefício das ciências nas atividades profissionais ou de se terem
pleno desenvolvimento.
disposição depende também da raça".
sociologia ou da psicologia, cem de fa-
Traz vários dados querendo comprovar
tórcs internos e externos que impedem o real ajustamento. Compreende-se que,
esta afirmação.
se houver um acidente no trabalho ori
trabalho não obedeciam a uma rapidez imposta, não havia diferença entre bs
No "Bulletin
de Tlnstítut
balhadores, são tanto mais freqüentes quanto maior for o número de aciden tes já anteriormente sofridos".
Na França, J- M. Lahy e S. Korgold submeteram a diversas provas 200 tra balhadores freqüentemente acidentados e 300 que não haviam sofrido nenhum acidente. Em tôdas as provas de ta-
perigoso contrariar as opiniões dos ci
tados estudiosos, cujos nomes são co
to de um trabalhador ser acidentado
várias vêzes. Se a execução de um serviço reclama uma enscenação orde
nada de movimentos ou uma prévia
nhecidos nos livros de grande reper
aprendizagem, o trabalhador que não possuir êsses requisitos fatalmente será
cussão científica.
vítima de fenômenos desastrosos.
Entretanto, não se
está de acôrdo que já haja pessoas pre dispostas aos acidentes, mas sim pes soas que, de uSua maneira ou outra,
Porque os prejuízos materiais ou físi cos não se diferenciam na maior parte
desajustamento do que o acidente. Todo
dos acidentados mostrava-se sistemàti-
ser que o significado da palavra "pre
camente inferior ao dos não acidentados.
disposição" esteja sendo encarado errô-
cia, quase sempre, a principal habilida de requerida. Geralmente, as causas que levam cs trabalhadores ao acidente,
oôsto, ou limitado o tempo, o grupo
Rapidez imposta, complexidade de
Em um dos artigos do "Scienoe Di-
gest" de agosto de 1942, encontram-se as seguintes observações: "A repetição de acidentes parece ser traço de perso do álcool, associados com fatôres emo
as possibilidades de acidentes, nos tra
Como bem o leitor pode ver, será
tarefa qualquer, advém, era última aná
lise, o acidente. Não se pode, por con seguinte, chamar de predisposição o fa
das profissões ou atividades humanas?
nalidade, como a gagueira ou o vício National
O que se entende por predisposição
Acredita-se, pois, que da falsa posse de certas habilidades para executar uma
das no campo das profissões.
aos acidentes.
d*Orientatíon Profissionale", Henry Piéron diz que "á lei Marbe estabelece que
Desajustainento profissional
estão séria e complexamente desajusta
acidentes do trabalho". Resumidamen
Experiências
trabalhos.
provam a existência de uma" especial
estudado nu campo da fisiologia, da
tarefas, caracterizam, pois, as provas sucetíveis de assinalar os predispostos
acidentadas repetidamente.
radas do arquivo das Cias. de seguros do vida e algumas outras), que com
vém do desajustamento profissional, essa "predisposição" nada mais é que um desacordo de difícil diagnóstico, entre as aptidões e.xigidas por determinados
predisposição individual para os aciden
valor que lhes era dado anteriormente. Sabe-se quão perigoso é criticar tais fundamentos tão hàbilmente formulados e orientados por êsses estudiosos. Mes mo assim, procurar-se-á aqui contrariar uma dessas teorias: "a predisposição aos
te, a predisposição aos acidentes signi
ve: "É interessante a lei que Marbe descobriu por meio de estatísticas (ti
tes". Mais adiante diz que esta pre
quanto à precisão e à velodE^stem, entretanto, muitas teorias 2 grupos do trabalho. Ao contrário, po criadas por estudiosos da psicologia, as -dade quais, hoje, perderam, em parte, o seu rém, quando um ritmo definido era ím-
fica que há pessoas inclinadas a serem
O prof. Fritz Giese no seu livro "PSICOTECNIA", sôbre êstc assunto escre
Qualquer acidente do trabalho, seja êle
explorado os recursos da psicologia pa ginado por uma deficiência do operário, ra se ^ chegar ao ajustamento profissio o diagnóstico será, sem dúvida, um de nal, já se concebia a importância dos finido desajustamento profissional. traços ^da personalidade em relação à ideia ae eficiência e da utilização do eJemento humano nos afazeres que a refa uniforme, em que as condições de eJe são determinados, estudo este em
75
cionais bem definidos.
Pessoas que estão sempre^ caindo ou tendo
acidentes
automobilísticos, são
caracterizadas pelo amor às aventuras 6 ressentimentos contra as autoridades. O Dr. Flandes Dunbar sugeriu que estas
pessoas fariam bem em serem utiliza das em serviços fora de rotina^ que ne
cessitem de iniciativa pessoal, tais como em unidades de "comando", e seriam
mal empregadas em um serviço de guer ra que requeira obediência cega".
A não
neamentc ou se tenha incompreensão do sentido das coisas.
Entende-se por predisposição uma ten
dência natural para alguma coisa. Ora, ninguém está predisposto ao acidente se
conseguir empregar devidamente as suas aptidões em um trabalho que re
Não e.xiste melhor diagnóstico de um
histórico em tômo do acidente eviden
são as mesmas na maioria das funções.
Êsses prejuízos, portanto, diferenciam-se de profissão para profissão, de acôrdo com os ifistriunentos usados, ambiente
ca resumida em "onde houver perfeita
físico ocupado, aptidões exigidas e a ação de outros fatôres integrantes do serviço em aprêço. Qualquer acidente do trabalho, seja êle estudado no campo da fisiologia,
harmonia entre as condições do traba lho e as habilidades do elemento hu
fatôres internos e externos que impe
queira essas mesmas aptidões. De outro
lado, se se considerar esta afinnação, o princípio mais importante da psicotécni
mano, haverá felicidade profissional", está sendo pôsto de lado. Êste ajustamento que todo trabalha
dor deve procurar, sem exceção de sexo, povo ou qualquer fator alheio, dá-lhe uma franca liberdade das atividades exi
gidas num mínimo dispêndio de ener gia. Se, portanto, esse princípio da psicotécnica reza que o acidente pro-
da sociologia ou da psicologia, vem de
dem o real ajustamento. Compreen de-se que, se houver um acidente no
trabalho originado por uma deficiência do operário, o diagnóstico será, sem dú
vida, Lim definido desajustamento pro fissional. Verificando-se a repetição aesse acidente, conclui-se haver mais
uma confirmação do citado diagnó»' tico.
I
D1CF.ST0 -EcoNÓ^^co 76
MESTRES ü\ ECO^OMIil
bretudo, se são do mesmo gênero, é necessário submetê-lo a exame psicotéc nico para dar-lhe um outro serviço em
Conclusão
se acreditar na existência da pre
Anne Turgot
que não esteja sujeito a causar novos
disposição aos acidentes no trabalho, to-
acidentes".
os leitores estarao sineitos a serem
nredispostos. Bastará coloca-los numa
Um professor de filosofia ou de psico
ktoação idêntica dc traballio cujos re-
logia, por exemplo, poderá estar per
ESTADISTA E FI510CRATA
por S. Harcourt-Rivington
feitamente ajustado eomo professor. En
ouisitos reclamados não "estejam casa
tretanto, se se llie der, embora com a
dos com o conjunto de "disposições" de que todos são portadores.
(Membro da Sociedade ' Real de Eco
necessária aprendizagem, o irabalho de
nomia de
estivador no cais, para o qual c neces sário possuir certas habilidades a fim
Raul Rocha parece concordar com esta presente crítica, dizendo no seu li vro «'ASSISTÊNCIA PSICOTÉCNICA"
(Especial para o "Dlgcsto Econômico")
de eliminar as situações pro\()cadoras " de acidentes, êlc será clcrnaincnle um
que "quando os acidentes se repetem
empregado com predisposição para o
causados pelo mesmo indivíduo, e, so-
acidente.
Londres)
* 5?; *
"-i-
Na sua carreira dc homem público hou
ve pouca coisa que pudesse dar fama duradoura ao nome de Turgoí. Então porque foi êlc Iransmilido d ]>osteridade? Os seus escritos não eram volumo
— Estados Unidos, índia e União Soviética, sofreram redução em suas safras, entre
mentos originais para a ciência econômi
do ponto de vista histórico Ostc último
seus contemporâneos, entre os quais
1938/39 e 1943/44. Enquanto isso, o Brasil que em 1938/39 ocupava o /ugur dc
Adam Smith, mas também sobre econo
4." produtor mundial, com uma produção de. 433.353 toneladas, manteve, cm 1943/44, o mesmo posto, tendo, no entanto, ao contrário dos três países mencio
mistas de muitas gerações.
Estados Unidos
'.
índia
".
% «/
2.519.640
2.444.420 yiU.5()0 758.800
41,1 16,1 13,4
42,9 16,0
13,3
Brasil
4.33.353 367.848 270.000 85.281 . 70.891 69.440 498.677
594.000 130.920
7,1
6,0
10,4 2.3
215.000
4,4
3,8
62.100
99.945 99.728 385.447
1,4 1.2 1.1
1,1 1,7
8.2
1.7 6,8
6.123.914
5.700.000
100,0
100,0
China Peru ..
..
.
.. ■
Argentina • Outros . . . . ' TOTAL
. .
f?sto Econômico" escrevi uma cur-
iografia do Françóis Qucsnay, que
1938/9| 1943/4
1943/44
820.800
.■• ..
edição de dezembro último do "Di-
(1)
União Soviética
Egito
mo quer que seja, os trabalhos dc Tur got são importantes como' documciilos
do tempo, especialmente um dos mais divulgados. "Reflections sur Ia Forma-
que — e isto é bastante curioso — foi
os totais
1938/39 987.984
mereça, talvez, maior cousidoração. Co
escrito não como um tratado clássico,
SAFRAS
PAÍSES
no seu tempo do que Qucsnay, embora
tion et Ia Distribution des Richcsscs",
nados, aumentado sua produção, que subiu para 594.000 toneladas. Volume - toneladas
Por ter sido estadista o ocupado al tos cargos sob o reinado dc Luís XV, da França, Turgot foi mais conhecido
na fisiocrática. As suas idéias tiveram grcnrfc influência não apenas sobre os
O auaclro abaixo mostra que os trás principais produtores mundiais de alfj^odào
genário.
sos. Contudo, contribuiu com pensa
ca e esclareceu certos pontos do doutri
PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALGODÃO
vou notoriedade até tornar-se um octo
de São Paulo. (1) Dados sujeitos a modificações.
caracterizei como o pai da oscola eco
\
nômica dos fisiocratas e como o melhor
expoente dc suas doutrinas.
Segundo
cm importância nessa corrente de idéias
foi Anne Robert Jacques Turgot, Barão do Laune.
Embora amigo e contemporâneo dc
Qucsnay, Turgot dc fato pertence à ge ração posterior. O primeiro já tinha 33 anos de idade quando o segundo nasceu em 1727.
Contudo, os escritos de Tur
got SC incluem no mesmo período, pois faleceu em 1781, com 54 anos apenas, ao passo que (^uesnay viveu e conser
para a publicação, mas apenas como li ções de economia destinadas a alguns alunos particulares que êlc estava pre parando para o grau universitário. Tur got teve uma vida aventiirosa, cujo fim
não se coroou com as honras que a sua habilidade, o seu mérito e a sua origi nalidade justificavam. Ahiie Robert Jacques Turgot nasceu
em Paris. Era o filho mais moço de Micbel Turgot, preboste dos comercian tes da cidade. Estava destinado à car reira eclesiástica} e com êste fim che gou a entrar para a Sorbonne, Univer sidade de Paris, como abade de Bnicourí. Contudo, em 1750, á idade de 23 anos, resolveu abandonar o estado sacerdatal: o seu biôerafo Dunont tIr
D1CF.ST0 -EcoNÓ^^co 76
MESTRES ü\ ECO^OMIil
bretudo, se são do mesmo gênero, é necessário submetê-lo a exame psicotéc nico para dar-lhe um outro serviço em
Conclusão
se acreditar na existência da pre
Anne Turgot
que não esteja sujeito a causar novos
disposição aos acidentes no trabalho, to-
acidentes".
os leitores estarao sineitos a serem
nredispostos. Bastará coloca-los numa
Um professor de filosofia ou de psico
ktoação idêntica dc traballio cujos re-
logia, por exemplo, poderá estar per
ESTADISTA E FI510CRATA
por S. Harcourt-Rivington
feitamente ajustado eomo professor. En
ouisitos reclamados não "estejam casa
tretanto, se se llie der, embora com a
dos com o conjunto de "disposições" de que todos são portadores.
(Membro da Sociedade ' Real de Eco
necessária aprendizagem, o irabalho de
nomia de
estivador no cais, para o qual c neces sário possuir certas habilidades a fim
Raul Rocha parece concordar com esta presente crítica, dizendo no seu li vro «'ASSISTÊNCIA PSICOTÉCNICA"
(Especial para o "Dlgcsto Econômico")
de eliminar as situações pro\()cadoras " de acidentes, êlc será clcrnaincnle um
que "quando os acidentes se repetem
empregado com predisposição para o
causados pelo mesmo indivíduo, e, so-
acidente.
Londres)
* 5?; *
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Na sua carreira dc homem público hou
ve pouca coisa que pudesse dar fama duradoura ao nome de Turgoí. Então porque foi êlc Iransmilido d ]>osteridade? Os seus escritos não eram volumo
— Estados Unidos, índia e União Soviética, sofreram redução em suas safras, entre
mentos originais para a ciência econômi
do ponto de vista histórico Ostc último
seus contemporâneos, entre os quais
1938/39 e 1943/44. Enquanto isso, o Brasil que em 1938/39 ocupava o /ugur dc
Adam Smith, mas também sobre econo
4." produtor mundial, com uma produção de. 433.353 toneladas, manteve, cm 1943/44, o mesmo posto, tendo, no entanto, ao contrário dos três países mencio
mistas de muitas gerações.
Estados Unidos
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2.519.640
2.444.420 yiU.5()0 758.800
41,1 16,1 13,4
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13,3
Brasil
4.33.353 367.848 270.000 85.281 . 70.891 69.440 498.677
594.000 130.920
7,1
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215.000
4,4
3,8
62.100
99.945 99.728 385.447
1,4 1.2 1.1
1,1 1,7
8.2
1.7 6,8
6.123.914
5.700.000
100,0
100,0
China Peru ..
..
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Argentina • Outros . . . . ' TOTAL
. .
f?sto Econômico" escrevi uma cur-
iografia do Françóis Qucsnay, que
1938/9| 1943/4
1943/44
820.800
.■• ..
edição de dezembro último do "Di-
(1)
União Soviética
Egito
mo quer que seja, os trabalhos dc Tur got são importantes como' documciilos
do tempo, especialmente um dos mais divulgados. "Reflections sur Ia Forma-
que — e isto é bastante curioso — foi
os totais
1938/39 987.984
mereça, talvez, maior cousidoração. Co
escrito não como um tratado clássico,
SAFRAS
PAÍSES
no seu tempo do que Qucsnay, embora
tion et Ia Distribution des Richcsscs",
nados, aumentado sua produção, que subiu para 594.000 toneladas. Volume - toneladas
Por ter sido estadista o ocupado al tos cargos sob o reinado dc Luís XV, da França, Turgot foi mais conhecido
na fisiocrática. As suas idéias tiveram grcnrfc influência não apenas sobre os
O auaclro abaixo mostra que os trás principais produtores mundiais de alfj^odào
genário.
sos. Contudo, contribuiu com pensa
ca e esclareceu certos pontos do doutri
PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALGODÃO
vou notoriedade até tornar-se um octo
de São Paulo. (1) Dados sujeitos a modificações.
caracterizei como o pai da oscola eco
\
nômica dos fisiocratas e como o melhor
expoente dc suas doutrinas.
Segundo
cm importância nessa corrente de idéias
foi Anne Robert Jacques Turgot, Barão do Laune.
Embora amigo e contemporâneo dc
Qucsnay, Turgot dc fato pertence à ge ração posterior. O primeiro já tinha 33 anos de idade quando o segundo nasceu em 1727.
Contudo, os escritos de Tur
got SC incluem no mesmo período, pois faleceu em 1781, com 54 anos apenas, ao passo que (^uesnay viveu e conser
para a publicação, mas apenas como li ções de economia destinadas a alguns alunos particulares que êlc estava pre parando para o grau universitário. Tur got teve uma vida aventiirosa, cujo fim
não se coroou com as honras que a sua habilidade, o seu mérito e a sua origi nalidade justificavam. Ahiie Robert Jacques Turgot nasceu
em Paris. Era o filho mais moço de Micbel Turgot, preboste dos comercian tes da cidade. Estava destinado à car reira eclesiástica} e com êste fim che gou a entrar para a Sorbonne, Univer sidade de Paris, como abade de Bnicourí. Contudo, em 1750, á idade de 23 anos, resolveu abandonar o estado sacerdatal: o seu biôerafo Dunont tIr
Djcesto EcoNÓAnco
78
científico, distinto do ponto de vista da
lução insólita, porque "não podia usar
atualmente em vigor no hemisfério oci dental. No tempo de Turgot a parle nacional da tributação era cobrada pelo
uma máscara tôda a sua vida". Orien-
monarca: cada distrito era obrigado a
do a interferência do Estado na produ
tou-se para a política, e em 1752 se tor
levantar uma soma predeterminada. Acontecia, porém, que as autoridades
ção e no comércio.
Nemours, que conheceu Turgot intimamente nos
que êle tomou esta reso
nou conselheiro no Parlamento de Pa ris. Dois anos mais tarde era membro
da Câmara Real. Em 1756 renunciou
o seu posto. Sentindo que, para o seu êxito completa, teria que possuir maio
res conhecimentos sobre o seu país, acompanhou Goumay, um dos fisiocratas, em viagens pela França, no desem
penho de suas funções de comissário oficial do comércio. Durante essas via gens Turgot entrou em relações com os
chefes da escola econômica dos fisiocra-
tas, inclusive Quesnay, Dupont de Ne mours, D'AIembert e Helvetius. Numa
de suas visitas ao leste da França, entrevistou-se com o famoso sábio Voltaíre
i
Dicesto Econômico
No decurso da primeira década de sua ^1da adulta, escreveu bastante. Seus
de algumas regiões encontravam maio res dificuldades para arrecadar as suas cotas do que as de outras províncias. Ora, o distrito de Limoges, para o qual Turgot fora nomeado,.era um dos mais
pobres e dos mais gravados da França.
Éste fato lhe deu a oportunidade de pôr à prova as suas teorias econômicas de
fisiocrata. Assim que se tornou res ponsável pela cobrança da renda do Es tado na sua região, alterou o sistema em vigor.
Modificou o "cadastre" e o
relações, a um estudo mais sério das questões econômicas. Quando em Li-
o seu contato com as finanças, o qual por fim o levou ao mais alto cargo do reino.
Problemas de tributação
Durante o século XVIII, sob os Liiíses da França, os métodos de tributa
ção^ eram ^puramente medievais. Não avia governo central que cobrasse e CO etasse impostos específicos lançados segundo uma norma uniforme, em todo o pais, como hoje é comum na França,
na faglaterra e outros Estados europeus. Havia um duplo sistema - em parte nacional e em parte regional - o qual correspondia em certo sentido ao sis tema de tributarão federal e estadual
na França, em conseqüência de uma
má colheita. No distrito de Turgot verificou-sc muita miséria em virtude de
desemprego. Organizou, ele, então, os "bureaux de charíté", conclamando os
ricos a prestigiú-los. Criou, outrossim, um escritório de emprego, destinado a
Srovidenciar trabalho para os necessitaos. No ano seguinte endereçou a sua
estavam açambarcando o abastecimen
rante 13 anos.
repas, foi-lhe oferecido, e aceitou, o car go de intendente geral Começou assim
Em 1770, houve uma crise calamitosa
cias fiscais. Suas inovações práticas re
sultaram em melhoria considerável para Turgot permaneceu em Limoges du Familiarizou-se inteira
mente com a vida da região.
Tornou-se
presidente da Societc d'Agriculture de
Limoges. Suas qualidades o fizeram muito popular. Era simples, honrado e justiceiro,• um apaixonado da retidão e da verdade, com alguma coisa de idea lista. Escreveu incessantemente, apesar do peso de seus encargos oficiais. Em 1762, apareceu o seu "Avis sur i'assiette 6t Ia Repartition de Ia Taille", oorpori-
ficando os princípios que adotou para melhoramento das condições prevalecen-
tes em Limoges. O seu próximo tra
balho entrou em antagonismo com uma
proposta de Quesnay a respeito de im postos. Turgot opinava por um siste
ma de "repartition", isto é, de distri buição. Quanto a Quesnay, advogava os "impots de quotité", ou incidências proporcionais. Em 1769, Turgot publi cou lima "Memoire sur les Piêts à Inte-
ret", que foi a primeira obra a estudar a questão do juro de um ponto de vista
cas nos gastos administrativos; 2) redu
ção sistemática dos privilégios enormes concedidos a favoritos da Corte; 3) com pleta reorganização dos métodos e dos objetivos da tributação; 4) finalmente,
criação de uma estrutura comercial pa
Ministro
famosa carta ao abade Terray, na qual condenou os especuladores de trigo que
primeiros escritos versavam temos reli giosos e crítica literária, mas cederam
moges, em 1761, pela influência de Mau-
te, uma importante memória condenan
"taille". Além dí.sso, conseguiu uma redução, para a província, das exigên a situação econômica do povo, em geral, e dos trabalhadores em particular.
lupr, sob a inspiração de suas novas
moral tradicional. E.scrcvcu, igualmen
to e impondo preços elevados com sa
crifício do pobre. O espírito público de Turgot e o seu êxito indiscutível como administrador fi zeram o seu nome bem conhecido na França central. A notícia de seu tra
balho acabou por chegar a Paris, onde lho foi oferecido, graças à influencia de Maurepas, um pôsto no governo real. Assim, em 1774, com a idade de 47 anos, Turgot se tornou ministro dá" Ma
ra o Orçamento do Estado.
O seu êxito, do ponto de vista na
cional, representou a sua ruína pessoal As suas reformas, particularmente as re lacionadas ,com os favoritos da Côrtc o a modificação na incidência da tri butação! lhe acarretaram a inimizade
de classes poderosas, como a nobreza, os grandes proprietários territoriais e os
ricos especulaaores de gêneros alimen tícios, que êle colliera nas malhas do fisco.
Combatido por adversários influentes, que eram apoiados pelo novo monarca, Luís XVT, Turgot deixou o cargo no
seu quinquagésimo ano administrativo. Retirou-se a seguir para a região de Ro-
cho Guyon, fixando residência no cas
telo da Duquesa d'Enville. Contudo,
logo retomou a Paris, onde foi eleito vice-presidente da Academie des Inscriptions et Belles Lettres. Permaneceu na capital até a sua morte, ocupando êsses poucos anos com a sua atmdade de escritor e seus estudos científicos.
rinha. A sua administração foi um triunfo imediato. Ràpidamente mereceu
transferência, que havia muito tempo ambicionava e no sentido da qual esta va bem preparado, para as funções de
O economista
Na sua carreira de homem público
houve pouca coisa que pudesse dar fa ma duradoura ao nome de Turgot. En
controlador geral do Fisco. Sua nomea
tão porque foi êle transmitido à pos
ção constituiu medida acertada do sobe rano Luís XV. Turgot ascendia a esse
teridade? Os seus escritos não eram
cargo num momento em que os negó estado ruinoso e inteiramente caótico.
pensamentos originais para a ciência eco nômica o esclareceu certos pontos da doutrina fisiocrática. As suas idéias ti
Mediante uma reorganização da receita o da despesa do seu Ministério, arran
bre os seus contemporâneos, entre os
cios financeiros da França estavam niom
cou o país de sua posição desesperada e estabilizou as finanças de forma no tável A sua reforma obedeceu a três tipos principais: 1) economias drásti
volumosos.
Contudo, contribuiu com
veram grande influência não apenas sôquais Adam Smith, mas também sobre os seus sucessores, entre os quais os
principais economistas de muitas gera
ções. Turgot tinha opiniões claras sô-
Djcesto EcoNÓAnco
78
científico, distinto do ponto de vista da
lução insólita, porque "não podia usar
atualmente em vigor no hemisfério oci dental. No tempo de Turgot a parle nacional da tributação era cobrada pelo
uma máscara tôda a sua vida". Orien-
monarca: cada distrito era obrigado a
do a interferência do Estado na produ
tou-se para a política, e em 1752 se tor
levantar uma soma predeterminada. Acontecia, porém, que as autoridades
ção e no comércio.
Nemours, que conheceu Turgot intimamente nos
que êle tomou esta reso
nou conselheiro no Parlamento de Pa ris. Dois anos mais tarde era membro
da Câmara Real. Em 1756 renunciou
o seu posto. Sentindo que, para o seu êxito completa, teria que possuir maio
res conhecimentos sobre o seu país, acompanhou Goumay, um dos fisiocratas, em viagens pela França, no desem
penho de suas funções de comissário oficial do comércio. Durante essas via gens Turgot entrou em relações com os
chefes da escola econômica dos fisiocra-
tas, inclusive Quesnay, Dupont de Ne mours, D'AIembert e Helvetius. Numa
de suas visitas ao leste da França, entrevistou-se com o famoso sábio Voltaíre
i
Dicesto Econômico
No decurso da primeira década de sua ^1da adulta, escreveu bastante. Seus
de algumas regiões encontravam maio res dificuldades para arrecadar as suas cotas do que as de outras províncias. Ora, o distrito de Limoges, para o qual Turgot fora nomeado,.era um dos mais
pobres e dos mais gravados da França.
Éste fato lhe deu a oportunidade de pôr à prova as suas teorias econômicas de
fisiocrata. Assim que se tornou res ponsável pela cobrança da renda do Es tado na sua região, alterou o sistema em vigor.
Modificou o "cadastre" e o
relações, a um estudo mais sério das questões econômicas. Quando em Li-
o seu contato com as finanças, o qual por fim o levou ao mais alto cargo do reino.
Problemas de tributação
Durante o século XVIII, sob os Liiíses da França, os métodos de tributa
ção^ eram ^puramente medievais. Não avia governo central que cobrasse e CO etasse impostos específicos lançados segundo uma norma uniforme, em todo o pais, como hoje é comum na França,
na faglaterra e outros Estados europeus. Havia um duplo sistema - em parte nacional e em parte regional - o qual correspondia em certo sentido ao sis tema de tributarão federal e estadual
na França, em conseqüência de uma
má colheita. No distrito de Turgot verificou-sc muita miséria em virtude de
desemprego. Organizou, ele, então, os "bureaux de charíté", conclamando os
ricos a prestigiú-los. Criou, outrossim, um escritório de emprego, destinado a
Srovidenciar trabalho para os necessitaos. No ano seguinte endereçou a sua
estavam açambarcando o abastecimen
rante 13 anos.
repas, foi-lhe oferecido, e aceitou, o car go de intendente geral Começou assim
Em 1770, houve uma crise calamitosa
cias fiscais. Suas inovações práticas re
sultaram em melhoria considerável para Turgot permaneceu em Limoges du Familiarizou-se inteira
mente com a vida da região.
Tornou-se
presidente da Societc d'Agriculture de
Limoges. Suas qualidades o fizeram muito popular. Era simples, honrado e justiceiro,• um apaixonado da retidão e da verdade, com alguma coisa de idea lista. Escreveu incessantemente, apesar do peso de seus encargos oficiais. Em 1762, apareceu o seu "Avis sur i'assiette 6t Ia Repartition de Ia Taille", oorpori-
ficando os princípios que adotou para melhoramento das condições prevalecen-
tes em Limoges. O seu próximo tra
balho entrou em antagonismo com uma
proposta de Quesnay a respeito de im postos. Turgot opinava por um siste
ma de "repartition", isto é, de distri buição. Quanto a Quesnay, advogava os "impots de quotité", ou incidências proporcionais. Em 1769, Turgot publi cou lima "Memoire sur les Piêts à Inte-
ret", que foi a primeira obra a estudar a questão do juro de um ponto de vista
cas nos gastos administrativos; 2) redu
ção sistemática dos privilégios enormes concedidos a favoritos da Corte; 3) com pleta reorganização dos métodos e dos objetivos da tributação; 4) finalmente,
criação de uma estrutura comercial pa
Ministro
famosa carta ao abade Terray, na qual condenou os especuladores de trigo que
primeiros escritos versavam temos reli giosos e crítica literária, mas cederam
moges, em 1761, pela influência de Mau-
te, uma importante memória condenan
"taille". Além dí.sso, conseguiu uma redução, para a província, das exigên a situação econômica do povo, em geral, e dos trabalhadores em particular.
lupr, sob a inspiração de suas novas
moral tradicional. E.scrcvcu, igualmen
to e impondo preços elevados com sa
crifício do pobre. O espírito público de Turgot e o seu êxito indiscutível como administrador fi zeram o seu nome bem conhecido na França central. A notícia de seu tra
balho acabou por chegar a Paris, onde lho foi oferecido, graças à influencia de Maurepas, um pôsto no governo real. Assim, em 1774, com a idade de 47 anos, Turgot se tornou ministro dá" Ma
ra o Orçamento do Estado.
O seu êxito, do ponto de vista na
cional, representou a sua ruína pessoal As suas reformas, particularmente as re lacionadas ,com os favoritos da Côrtc o a modificação na incidência da tri butação! lhe acarretaram a inimizade
de classes poderosas, como a nobreza, os grandes proprietários territoriais e os
ricos especulaaores de gêneros alimen tícios, que êle colliera nas malhas do fisco.
Combatido por adversários influentes, que eram apoiados pelo novo monarca, Luís XVT, Turgot deixou o cargo no
seu quinquagésimo ano administrativo. Retirou-se a seguir para a região de Ro-
cho Guyon, fixando residência no cas
telo da Duquesa d'Enville. Contudo,
logo retomou a Paris, onde foi eleito vice-presidente da Academie des Inscriptions et Belles Lettres. Permaneceu na capital até a sua morte, ocupando êsses poucos anos com a sua atmdade de escritor e seus estudos científicos.
rinha. A sua administração foi um triunfo imediato. Ràpidamente mereceu
transferência, que havia muito tempo ambicionava e no sentido da qual esta va bem preparado, para as funções de
O economista
Na sua carreira de homem público
houve pouca coisa que pudesse dar fa ma duradoura ao nome de Turgot. En
controlador geral do Fisco. Sua nomea
tão porque foi êle transmitido à pos
ção constituiu medida acertada do sobe rano Luís XV. Turgot ascendia a esse
teridade? Os seus escritos não eram
cargo num momento em que os negó estado ruinoso e inteiramente caótico.
pensamentos originais para a ciência eco nômica o esclareceu certos pontos da doutrina fisiocrática. As suas idéias ti
Mediante uma reorganização da receita o da despesa do seu Ministério, arran
bre os seus contemporâneos, entre os
cios financeiros da França estavam niom
cou o país de sua posição desesperada e estabilizou as finanças de forma no tável A sua reforma obedeceu a três tipos principais: 1) economias drásti
volumosos.
Contudo, contribuiu com
veram grande influência não apenas sôquais Adam Smith, mas também sobre os seus sucessores, entre os quais os
principais economistas de muitas gera
ções. Turgot tinha opiniões claras sô-
//
Dk:iísto Econômico 80
bre vários problemas que ate então per turbavam a economia política. Referiam-so ao valor, ao nível dc salários, ao capitai e aos juros. Embora Turgot seguisse as bases das
antigas doutrinas fisiocráticas — que eu tivo ocasião dc resumir na-minha bio
grafia dc Quesnay — elaborou novas
"capital", lançou os alicerces da moder na concepção das finanças.
va, por conseguinte, a "procura" como
soas necessitadas dc adiantamentos. Pa
um fator vital. Observava que sem pro
ra Turgot o juro vinha a ser o prc^-o
tério.
Admitiu
que
houvesse
muitos
fatores' a determinarem o preço de uma mercadoria, mas acentuou que, em certas
circunstâncias,
o
uso
indivi
por Vinícius da Veiga
tava a teoria dc David Hume, dc que
É natural que o mundo esteja preo cupado com os resultados da primeira explosão da bomba atômica sol^rc o
Japão, que foi desintegrar as casas, as indústrias c os corpos Immanos numa
zona desse país, dc forma tão comple ta e devastador?, jamais vista na his tória da humanidade.
cura a questão da oferta não tem sen
pago por um adiantamento de dinheiro.
tido. Que nos importa que haja pou
Esta idéia era nova.
co ou muito de determinada coisa se
o dinheiro não tinlia direito a juros,
as gerações presentes e futuras, são as
ninguém a de.seja? A terra, cm si mes ma, dizia Turgot, não tem valor. O
geralmente capitulados como usura.
conseqüências dessa descoberta, que veio abrir um novo caniijiho para o conhecimento, depois que as pesquisas
Tradicíonalmenle,
— a ba.sc de todos os valores e da ri
Finalmente, Turgot lançou tòda a sua força nos escritos contra os monopólios e os privilégios estatais concedidos c.^-
queza, segundo os fisiocratas. Turgot
clusivamcnte a ccrto.s negociantes. For
c os seus irmãos fisiocratas viveram an
êsso motivo comljateu o Mercantilismo.
tes da "era industrial", que deu lugar ao desenvolvimento de grandes cidades. Dc outra forma teriam reconhecido a
Achava que a produção e o comércio eram prerrogativas da mas.sa do povo e quo o governo deveria limitar a sua ati vidade aos inequívocos deveres do lis
mem valor à terra.
tado, ■noladamentc a defe.sa, a manuten ção da ordem, a instrução c a repressão
trabalho é que cria o "produto liquido"
e.xistêncía cíc outros fatores que impri
Turgot foi o primeiro economista a
ter uma noção especifica do uso da pa lavra "capital". Antes dele, o dinheiro empregado em sementes, ferramentas sa lários etc., até o resultado da colhdta era cla.s.sificado como "reserva". Tur got, ao cla.ssificar todas as coisas neces sárias ao processo da produção como
dos abusos. Reconhecia que o Estado deve ter dinliciro para os seus fins e achava que esses recursos poderiam pro vir de uma "tributação única" do "produit net" da terra. Declarou, outrossim,
que o bem estar do Estado c do povo decorriam da obcdicucia a esta * lei na-, tural".
/ Dedicação ao trabalho, estudo, observação atenciosa, esjnrito alerta, os olhos abertos para ver os erros e comparar os seus com método e pratica'dos </"<; estão sendo bem sucedidos - essas são as qualidades básicas que nos levaruo ao sucesso.
(especial para o "digesto econômico")
Cônsul do Brasil
luivendo poucos prestamistus c, em po
dual era o que mais importava. Olha
estabeleceu a "utilidade" como um cri
P'
Tinlia, igualmente, idéias originais o rc.speito da questão dos juros. Acei tencial, muitas pessoas dispostas a pe dir emprestado, as taxas de juros pode riam subir, e vice-versa. Ma.s Turgot acrescentou que as taxas dc juro depen diam da previdência, ou antes, da pros peridade. Uma nação pró.spera teria módicas taxas de juro, dada a abundân cia do prestamistus c a escassez das pes
teses, que ampliaram as suas perspecti vas. A respeito do valor, por exemplo,
^ ESTAMOS
Conceito do juro
Importantes, porém, c essenciais para
SC desenvolveram intensiva c extensi vamente além dos efeitos dc uma sim ples arma de destruição bélica. . E é por isso que os seus descobridores um grupo dc cientistas americanos in-
glpscs e canadenses — relutam ern re velar os seus segredos, pois o conheci mento exato desse engenho de guerra seria bastante para desencadear uma onda de histeria c desespero entre as nações civilizadas do globo terrestre e que já não é como pensava R. S,
Millican, "a childish utopian" fancy". Essa descoberta toma, na nossa opi nião, três aspectos, que abaixo discuti remos para esclarecimentos dos leito
res do Digesto: 1.^) o aspecto ci entífico, pròpriamente dito; 2.°) o bé lico c 3.°) o político, que passam a constituir os problemas da Era Atô
mica,
Cientificamente, a descoberta da energia atômica parte do princípio conhecido dos c'orpos que se desinte
gram cm cadeia, isto é, dois elementos — formando um terceiro e vice-versa, — um bipartindo-se em dois ou mais elementos, como, dc hà dez anos a
esta parte, se observa na síntese do carbono (C) e do liidrogênio (H) nos derivados do petróleo, de que já se obtcm a maravilha das matérias plás ticas de natureza vinílica, acrílica e o
tecido nylon (polyamido). Foi em janeiro de 1939 que o pro
fessor Otto Hahn, físico alemão, bbtcve um resultado inesperado com o
bombardeio do urânio pelos neutronos, estudando, em companhia de seu ajurinntc dr. Strassemann, no Instituto
Kaisér
Guilherme, de
Berlim, os
fragmentos decorrentes dessa ex-
nlosão, entre os quais se distinguiu,
em primeiro-lugar, o bario que tem
pouco mais em peso da metade do ura-
nio o que significa que os projeteis
do ncutrono não só desprendem desse bloco alguns raios fragmentários, como fazem explodir o átomo. Ou seja, ma há assunto mais empolgante, nos dias que correm, depois do bombar deio s da destriiição espetacular de mgasake e Hiroshima, do que o rela tivo à energia atômica. O A., em íin-
giiâgem acessível aos leigos, conta a história dos grandes estudos ctenít/tcos
que se fizeram nesse terreno, desde as
descobertas do químico alemão Otto
Hahn, até a aplicação da teoria da dis sociação nuçlear, por parte dos Estados Unidos, para fins bélicos
//
Dk:iísto Econômico 80
bre vários problemas que ate então per turbavam a economia política. Referiam-so ao valor, ao nível dc salários, ao capitai e aos juros. Embora Turgot seguisse as bases das
antigas doutrinas fisiocráticas — que eu tivo ocasião dc resumir na-minha bio
grafia dc Quesnay — elaborou novas
"capital", lançou os alicerces da moder na concepção das finanças.
va, por conseguinte, a "procura" como
soas necessitadas dc adiantamentos. Pa
um fator vital. Observava que sem pro
ra Turgot o juro vinha a ser o prc^-o
tério.
Admitiu
que
houvesse
muitos
fatores' a determinarem o preço de uma mercadoria, mas acentuou que, em certas
circunstâncias,
o
uso
indivi
por Vinícius da Veiga
tava a teoria dc David Hume, dc que
É natural que o mundo esteja preo cupado com os resultados da primeira explosão da bomba atômica sol^rc o
Japão, que foi desintegrar as casas, as indústrias c os corpos Immanos numa
zona desse país, dc forma tão comple ta e devastador?, jamais vista na his tória da humanidade.
cura a questão da oferta não tem sen
pago por um adiantamento de dinheiro.
tido. Que nos importa que haja pou
Esta idéia era nova.
co ou muito de determinada coisa se
o dinheiro não tinlia direito a juros,
as gerações presentes e futuras, são as
ninguém a de.seja? A terra, cm si mes ma, dizia Turgot, não tem valor. O
geralmente capitulados como usura.
conseqüências dessa descoberta, que veio abrir um novo caniijiho para o conhecimento, depois que as pesquisas
Tradicíonalmenle,
— a ba.sc de todos os valores e da ri
Finalmente, Turgot lançou tòda a sua força nos escritos contra os monopólios e os privilégios estatais concedidos c.^-
queza, segundo os fisiocratas. Turgot
clusivamcnte a ccrto.s negociantes. For
c os seus irmãos fisiocratas viveram an
êsso motivo comljateu o Mercantilismo.
tes da "era industrial", que deu lugar ao desenvolvimento de grandes cidades. Dc outra forma teriam reconhecido a
Achava que a produção e o comércio eram prerrogativas da mas.sa do povo e quo o governo deveria limitar a sua ati vidade aos inequívocos deveres do lis
mem valor à terra.
tado, ■noladamentc a defe.sa, a manuten ção da ordem, a instrução c a repressão
trabalho é que cria o "produto liquido"
e.xistêncía cíc outros fatores que impri
Turgot foi o primeiro economista a
ter uma noção especifica do uso da pa lavra "capital". Antes dele, o dinheiro empregado em sementes, ferramentas sa lários etc., até o resultado da colhdta era cla.s.sificado como "reserva". Tur got, ao cla.ssificar todas as coisas neces sárias ao processo da produção como
dos abusos. Reconhecia que o Estado deve ter dinliciro para os seus fins e achava que esses recursos poderiam pro vir de uma "tributação única" do "produit net" da terra. Declarou, outrossim,
que o bem estar do Estado c do povo decorriam da obcdicucia a esta * lei na-, tural".
/ Dedicação ao trabalho, estudo, observação atenciosa, esjnrito alerta, os olhos abertos para ver os erros e comparar os seus com método e pratica'dos </"<; estão sendo bem sucedidos - essas são as qualidades básicas que nos levaruo ao sucesso.
(especial para o "digesto econômico")
Cônsul do Brasil
luivendo poucos prestamistus c, em po
dual era o que mais importava. Olha
estabeleceu a "utilidade" como um cri
P'
Tinlia, igualmente, idéias originais o rc.speito da questão dos juros. Acei tencial, muitas pessoas dispostas a pe dir emprestado, as taxas de juros pode riam subir, e vice-versa. Ma.s Turgot acrescentou que as taxas dc juro depen diam da previdência, ou antes, da pros peridade. Uma nação pró.spera teria módicas taxas de juro, dada a abundân cia do prestamistus c a escassez das pes
teses, que ampliaram as suas perspecti vas. A respeito do valor, por exemplo,
^ ESTAMOS
Conceito do juro
Importantes, porém, c essenciais para
SC desenvolveram intensiva c extensi vamente além dos efeitos dc uma sim ples arma de destruição bélica. . E é por isso que os seus descobridores um grupo dc cientistas americanos in-
glpscs e canadenses — relutam ern re velar os seus segredos, pois o conheci mento exato desse engenho de guerra seria bastante para desencadear uma onda de histeria c desespero entre as nações civilizadas do globo terrestre e que já não é como pensava R. S,
Millican, "a childish utopian" fancy". Essa descoberta toma, na nossa opi nião, três aspectos, que abaixo discuti remos para esclarecimentos dos leito
res do Digesto: 1.^) o aspecto ci entífico, pròpriamente dito; 2.°) o bé lico c 3.°) o político, que passam a constituir os problemas da Era Atô
mica,
Cientificamente, a descoberta da energia atômica parte do princípio conhecido dos c'orpos que se desinte
gram cm cadeia, isto é, dois elementos — formando um terceiro e vice-versa, — um bipartindo-se em dois ou mais elementos, como, dc hà dez anos a
esta parte, se observa na síntese do carbono (C) e do liidrogênio (H) nos derivados do petróleo, de que já se obtcm a maravilha das matérias plás ticas de natureza vinílica, acrílica e o
tecido nylon (polyamido). Foi em janeiro de 1939 que o pro
fessor Otto Hahn, físico alemão, bbtcve um resultado inesperado com o
bombardeio do urânio pelos neutronos, estudando, em companhia de seu ajurinntc dr. Strassemann, no Instituto
Kaisér
Guilherme, de
Berlim, os
fragmentos decorrentes dessa ex-
nlosão, entre os quais se distinguiu,
em primeiro-lugar, o bario que tem
pouco mais em peso da metade do ura-
nio o que significa que os projeteis
do ncutrono não só desprendem desse bloco alguns raios fragmentários, como fazem explodir o átomo. Ou seja, ma há assunto mais empolgante, nos dias que correm, depois do bombar deio s da destriiição espetacular de mgasake e Hiroshima, do que o rela tivo à energia atômica. O A., em íin-
giiâgem acessível aos leigos, conta a história dos grandes estudos ctenít/tcos
que se fizeram nesse terreno, desde as
descobertas do químico alemão Otto
Hahn, até a aplicação da teoria da dis sociação nuçlear, por parte dos Estados Unidos, para fins bélicos
DioF-STo E(;oNÓ^^u:o
Digesto Econômico
8.1
82
uma quantidade terrífica de tendo-sc em vista o diagrama (n 1) gerasse energia; e que de íloís dos seus frag que acompanha êste artigo, a^ reaçao
leorética em cadeia para o urânio, no
mentos
seguinte esquema: o neutrono. incidin
200.000.000 de cletronos, surgisse unia energia total maior que os fenômenos atômicos dos raios cósmiêos, que ge
do sobre o urânio, fragmenta os nú cleos A cm partícula í o partícula 11 e êstes, respectivamente, em átomos e ncutronos D ; dos núcleos A neutrono?
ativados
pela
voltagem
de
ram, na opinião de Jeans, sistemas
t □o
humanas, no âniago do infinito Uni
neutrónicos na explosão para B, resul tando no? fragmentos C mais três neu
verso desconhecido.
^ ÓTOIHO
,
firOHOO 9 MtUrROMO w-»
0
—
ruAj&MLNTO Qr
ueurí^OMOç
—^
D
fraomento
c
grama.
significant that since carly spring, no
nadá, em 1944, trouxeram a certeza de
accounts of rcsearch on nuclear fis-
que o mundo entrava diretamente nos
conseguia os mesmos resultados do
bombardeio do urânio, tendo como conseqüência o conhecimento prático de laboratório de que tanto o urânio como'o tório se desassociavam em dois
novos elementos pelò bombardeio do , neutrono, processo esse denominado desintegração nuclear (I).
A largo Conccntration
of isotope 235, suhjcctcd to neutron bomiíardment, might conceivably blow up ali London or Paris".
Eis aqui
um pouco da profecia informativa da
imprensa técnica, que se realizou com pletamente,. como vimos com a expe riência de duas Ijombas sóbre o Japão, que se fossem multiplicadas por dez,
Até então, porém, tais estudos e rea teriam destruído todas as ilhas do Ar ções científicas no campo da física quipélago nipônico e todos os seres não passavam da teoria, sem nenhum vivos que as habitavam, em questão resultado prático para a humanidade. de poucos minutos, mas, felizmente, As experiências continuaram, todavia, êsse poderoso engenho de destruição sóbre a teoria da desintegração nu pode ser controlado, nos seus efeitos clear do urânio, dando em resultado
novas pesquisas sobre o comporta mento dos átomos e seu destino, e na
descoberta porque são tão espessos e quais as forças que os mantêm unidos.
Pelos leigos ainda não pode ser ava
liada a importância da desintegração do átomo, que tanto assombrou os sá
bios e os^ técnicos, pois basta imaginar jamais fosse possível que, quando uni .simples niicleo de urânio explode se
chegar aos mesmos resul tados, pois a teoria da dcsassociação nuclear é co E' também sa
bido que não só na Ale manha, como no próprio sota, as pesquisas posteriores, realiza das na Inglaterra, na França e no Ca
investígations.
tro país do mundo, pode
nhecida.
Em 1939, a propósito do bombardeio do urânio pelo prof. Otto Hahn, a re
Estas'mesmas experiências foram, sion bave been hcard- from Germany. mais tarde, realizadas em Copenhague It is not unlikcly that the German pelo dr. O. R. Frisch e o prof. Lise spoting a potcntially powMeitner, enquanto outro grupo de cien governmcnt, erful weapon of war. has imposed mitistas da Universidade de Colúmbia, en Htary secrecy on ali rccent German
e.xiste,
cientistas, em qualquer ou
HtUTRONO 9 O«T0ti*0 •
segredo
ou que, qualquer grupo dc
'
Io
•
o
científico já não
vista "Sríentific .Amcrican" escrevia o seguinte; "It may or niay not bc
tre os quais se incluía o prof. Fernii.
acentuar que
»R/VCKnCMTO B
NÚCLEO PCJ s UüRAKilO
ção D, à esquerda e à direita do dia
um neutrono, de acòrdo com a indica
atômica. Quando dize mos técnico, queremos
l MtUTROrJO
T
rRASMCNTO )
planetários e mundos, longe das vistas
extra se desenvolvem em três ramos
trónicos internos, vendo-se que cada átomo é sempre acompanhado de mais
DiAGRAM>Sk
caminhos da Era Atômica:
Foi o que
aconteceu quando o joven físico dr.
Alfred O. C. Nier isolava o isótopo
denominado
U-235. Sc, então, nos laboratórios dc Fístca da Universidade de Minesota nascêu a idéia dos fundamentos econó-
micos de um mundo novo, quiçá com
a destruição do velho, especificada na seguinte
proporção proporção
quantitativa
dc
energia: 20.000 libras de energia atô-
• . « a. energia pela combustão — mica Igual de 200.000.000 de libras de carvão mi neral.
Êstes são os primórdios de experién-
cias que nòs levaram à realização cien-
■ importante ■ tífica mais de todos os tempos.
Japão, SC realizavam experiências dê.>se gênero, que só não levaram os mi
migos da Democrada ao seuJesen^^ívimcnto ate o e.xplosivo atomico .
CO, por falta de recursos ft"ance.ro
Os Estados Unidos foram, portanto,^ So-se da defesa própria c
potência
de toda a n lamento c
riam
civilização do amquiq^c lhe sc^
4
todos, seus
' potências bárbaras da
aliados, pe j^pSo. Alemanha O ue' importa, pois, que o primeiro « . ;«,nnrtante descoberta atoI a tão d< uso ae uc importante ^ bélico, como elejnica temici
_ ^
d e destruição, se o seu empre-
ainfa P^râ. controlado, ser a
da libertaçaí libertação aa. da
da humanidade do
^ Kollm debilitante de todos os. dias, " ^ emprego de combustíveis das
pXaíhas da terra e sem as grandes
Vimos, até aqui, como os dcscnvoltin. A cons rnnsnos laboratórios nos levaram à
bras hidráulicas, e com a ajuda dc instrumentos e máquinas? Sob iornada o aspecto militar, no fim de ^a de grandes esforços de máquinas "e homens, que foi c gq^^ra mundial, podcmos
sua cadeia de reações em partículas de toda uma série de átomos e extra
t rução da bomba atômica, como o mais
abençoar a descoberta da bomba atô
ncutronos.
bélicos que a humanidade já conheceu. Pelos resultados de Hiroshima e Na-
de calor, radiação c velocidade, cm Conseqüência da desintegração de dois núcleos de urânio, que, por sua vez,
são instáveis, e podem prosseguir na
Se em julho de 1940 a energia atô
•II
vimentos da desassociação do átomo formidável e decisivo dos instrumentos
mica era vislumbrada pela imaginação
gasake, hoje ninguém duvida da supre
dos cientistas, na expressão de Roy C. Copperud, da Universidade de Mine-
possuem o segredo técnic'0 da bomba
macia militar da nação ou nações que
mica, porque ela veio, de fato, pôr ter mo ao derramamento inútil de mais sangue, tanto dos soldados das potên
cias democráticas como dc seus agres sores. Temos quase a certeza que' os
DioF-STo E(;oNÓ^^u:o
Digesto Econômico
8.1
82
uma quantidade terrífica de tendo-sc em vista o diagrama (n 1) gerasse energia; e que de íloís dos seus frag que acompanha êste artigo, a^ reaçao
leorética em cadeia para o urânio, no
mentos
seguinte esquema: o neutrono. incidin
200.000.000 de cletronos, surgisse unia energia total maior que os fenômenos atômicos dos raios cósmiêos, que ge
do sobre o urânio, fragmenta os nú cleos A cm partícula í o partícula 11 e êstes, respectivamente, em átomos e ncutronos D ; dos núcleos A neutrono?
ativados
pela
voltagem
de
ram, na opinião de Jeans, sistemas
t □o
humanas, no âniago do infinito Uni
neutrónicos na explosão para B, resul tando no? fragmentos C mais três neu
verso desconhecido.
^ ÓTOIHO
,
firOHOO 9 MtUrROMO w-»
0
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nadá, em 1944, trouxeram a certeza de
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que o mundo entrava diretamente nos
conseguia os mesmos resultados do
bombardeio do urânio, tendo como conseqüência o conhecimento prático de laboratório de que tanto o urânio como'o tório se desassociavam em dois
novos elementos pelò bombardeio do , neutrono, processo esse denominado desintegração nuclear (I).
A largo Conccntration
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Eis aqui
um pouco da profecia informativa da
imprensa técnica, que se realizou com pletamente,. como vimos com a expe riência de duas Ijombas sóbre o Japão, que se fossem multiplicadas por dez,
Até então, porém, tais estudos e rea teriam destruído todas as ilhas do Ar ções científicas no campo da física quipélago nipônico e todos os seres não passavam da teoria, sem nenhum vivos que as habitavam, em questão resultado prático para a humanidade. de poucos minutos, mas, felizmente, As experiências continuaram, todavia, êsse poderoso engenho de destruição sóbre a teoria da desintegração nu pode ser controlado, nos seus efeitos clear do urânio, dando em resultado
novas pesquisas sobre o comporta mento dos átomos e seu destino, e na
descoberta porque são tão espessos e quais as forças que os mantêm unidos.
Pelos leigos ainda não pode ser ava
liada a importância da desintegração do átomo, que tanto assombrou os sá
bios e os^ técnicos, pois basta imaginar jamais fosse possível que, quando uni .simples niicleo de urânio explode se
chegar aos mesmos resul tados, pois a teoria da dcsassociação nuclear é co E' também sa
bido que não só na Ale manha, como no próprio sota, as pesquisas posteriores, realiza das na Inglaterra, na França e no Ca
investígations.
tro país do mundo, pode
nhecida.
Em 1939, a propósito do bombardeio do urânio pelo prof. Otto Hahn, a re
Estas'mesmas experiências foram, sion bave been hcard- from Germany. mais tarde, realizadas em Copenhague It is not unlikcly that the German pelo dr. O. R. Frisch e o prof. Lise spoting a potcntially powMeitner, enquanto outro grupo de cien governmcnt, erful weapon of war. has imposed mitistas da Universidade de Colúmbia, en Htary secrecy on ali rccent German
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'
Io
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tre os quais se incluía o prof. Fernii.
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ção D, à esquerda e à direita do dia
um neutrono, de acòrdo com a indica
atômica. Quando dize mos técnico, queremos
l MtUTROrJO
T
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planetários e mundos, longe das vistas
extra se desenvolvem em três ramos
trónicos internos, vendo-se que cada átomo é sempre acompanhado de mais
DiAGRAM>Sk
caminhos da Era Atômica:
Foi o que
aconteceu quando o joven físico dr.
Alfred O. C. Nier isolava o isótopo
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U-235. Sc, então, nos laboratórios dc Fístca da Universidade de Minesota nascêu a idéia dos fundamentos econó-
micos de um mundo novo, quiçá com
a destruição do velho, especificada na seguinte
proporção proporção
quantitativa
dc
energia: 20.000 libras de energia atô-
• . « a. energia pela combustão — mica Igual de 200.000.000 de libras de carvão mi neral.
Êstes são os primórdios de experién-
cias que nòs levaram à realização cien-
■ importante ■ tífica mais de todos os tempos.
Japão, SC realizavam experiências dê.>se gênero, que só não levaram os mi
migos da Democrada ao seuJesen^^ívimcnto ate o e.xplosivo atomico .
CO, por falta de recursos ft"ance.ro
Os Estados Unidos foram, portanto,^ So-se da defesa própria c
potência
de toda a n lamento c
riam
civilização do amquiq^c lhe sc^
4
todos, seus
' potências bárbaras da
aliados, pe j^pSo. Alemanha O ue' importa, pois, que o primeiro « . ;«,nnrtante descoberta atoI a tão d< uso ae uc importante ^ bélico, como elejnica temici
_ ^
d e destruição, se o seu empre-
ainfa P^râ. controlado, ser a
da libertaçaí libertação aa. da
da humanidade do
^ Kollm debilitante de todos os. dias, " ^ emprego de combustíveis das
pXaíhas da terra e sem as grandes
Vimos, até aqui, como os dcscnvoltin. A cons rnnsnos laboratórios nos levaram à
bras hidráulicas, e com a ajuda dc instrumentos e máquinas? Sob iornada o aspecto militar, no fim de ^a de grandes esforços de máquinas "e homens, que foi c gq^^ra mundial, podcmos
sua cadeia de reações em partículas de toda uma série de átomos e extra
t rução da bomba atômica, como o mais
abençoar a descoberta da bomba atô
ncutronos.
bélicos que a humanidade já conheceu. Pelos resultados de Hiroshima e Na-
de calor, radiação c velocidade, cm Conseqüência da desintegração de dois núcleos de urânio, que, por sua vez,
são instáveis, e podem prosseguir na
Se em julho de 1940 a energia atô
•II
vimentos da desassociação do átomo formidável e decisivo dos instrumentos
mica era vislumbrada pela imaginação
gasake, hoje ninguém duvida da supre
dos cientistas, na expressão de Roy C. Copperud, da Universidade de Mine-
possuem o segredo técnic'0 da bomba
macia militar da nação ou nações que
mica, porque ela veio, de fato, pôr ter mo ao derramamento inútil de mais sangue, tanto dos soldados das potên
cias democráticas como dc seus agres sores. Temos quase a certeza que' os
Dicesto Econômico
84
Dicesto EcoNÓAnco
próprios japoneses, passados os pri
esqueceu de forjar no âmago da terra, quando o globo era uma bola ainda
o txiomcnto cm rinc a guerra cessou
comburente; ali, as anilinas, sem com
embora isto lhes tenha custado des
paração no reino vegetal, animal ou
truição c humilhação sem igual na sua
mineral, extraídas, dos Iiidrocarbonos,
história de deuses e homens heróicos. Êles que, como os russos, ainda vi vem pensando num mundo aparte e
que causariam inveja aos beija-flores
na hegemonia territorial e racial, sò-
a Era Atômica, em que, talvez,
sos olhos ávidos de maravilha se vol
•de carvão nas fábricas e milhões de li
tros de gasolina nos motores dos auto móveis, e milhões de volts das usinas
elétricas, em que tanto a força vapor da combustão, como a energia hidráu lica serão obsoletas.
mais além, para onde quer que os nos
Como ir ao cinema ver um filme sem a nitroccIulo.sc, nos quais as ima
gens fotográficas, negras ou coloridas,
ceu do carvão: como as meias "Ny-
dos para destruir sem aniquilar a si
lon", um produto da síntese!
próprios e as nações que os armou.
A destruição resultará, para a raça hu mana e todos os outros seres vivos,
do mesmo princípio da desintegração nuclear: — "dois e um e vice-versa", na cadeia ininterrupta de suas conse-
Quências desintcgrantes dos indivíduos e das coisas. III
terceiro aspecto, acima enumera
Sínteso
não
significa
sica atômica, de alta pressão.
> Eu creio na ciência c nos milagres
que poderá obrar em benefício do ho mem. sem o que. diante da onda dc crimes Contra a humanidade que cres
ceu na .Alemanha e cobriu a Europa dc
sofrimentos c opróbrio. voltaremos a
primitiva, se não .^recern^
todos de um golpe. sobre a planeta.
ê
tfm fsss elementos cons da natur posi. estrutura, stindoa^ núcleos eletronos
genia, adaptando-se como outros oi*- tivos negativa (o ganismos quaisquer, ao seu novo am ou jQ átomo é igual ao nupêso normal do a ^as cargas biente, mudado pela química e a en-' genharia.
Isto de certo virá de en
contro aos ideais de muitos sociologistas que nunca
estiveram
contentes
com o homem, porque as prisões, os
sonhou, como o índigo igual ao anil das plantas, extraído,-porém, do fcnol, que a natureza esqueCeu dc criar. O químico não é um sonhador, mas C homem que pesa o átomo e mistura os
hospitais, os loucos c os criminosos
são incompatíveis com a vida como a imaginamos.
seus fragmentos para as coisas que de seja duplicar, combinando grupos e diagramas atômicos e moleculares co
nações dão certo, outras falham e mui tas explodem com perigo dos seus
Era Atômica, precedidos da Era dos
sistir na Era Atômica, terá de evoluir
cm política, sociologia, religião e eu
tigos naturais, ou seja, uma combina ção de átomos que a natureza jamais
angular da próxima Conferência da dúvida um fato, para os
Portanto, se o homem quiser sub
imitação,
mo um arquiteto o faria com os ma teriais de construção. Muitas combi
indivíduos como para os dirigentes e miefes dos governos que estamos na
campo da química orgânica e da fí
mas substituição para melhor dos ar
do, isto é, o político e o social, já agi ta as chancelarias e constitui a pedra .
tanciar da síntese que o precedeu no
teve início, sem o conhecimento das li
diferente.
gens ? Há um certo baton que melhora de
porque os exércitos estão incapacita
condições sociais do futuro, sem se dis
do bronze, quando a fusão dos metais
tomóveis, trens e aeroplanos, tudo 6
reproduzem o movimento e as ima
sessenta por cento os lábios e o aspec to dc um rosto pálido dc mullicr : nas
caremos que tudo começou ha idade
Hoje, que a teoria da força pelo peso SC converteu na da resistência pelo mais leve, com o úso do aço e do alu mínio nas estruturas metálicas de au
verem, teremos os milagres da química.
A ameaça bélica da desassociação nuclear há dc, portanto, desaparecer,
a terra, das épocas primárias, verifi
mente, apoiado pelos biologistas, que o homem se poderá transformar ou se modificar, a fim de se ajustar aa
gas, hoje inúmeras de acòrdo com o metal que se deseja c as resistências em número superior a l.CüO combina ções, porque os depósitos minerais da terra ainda são ricos e inexauríveis.
mes e as drogas, os explosivos, os fil mes, os tecidos, originários do alcatr«ão c outros resíduos das minas c fornos;
um
No entanto, se meditarmos um ins tante sôbre a marcha do homem sòbrc
c borboletas do Brasil; acolá os perfu
bre os demais povos, decerto com preendem agora quão promissora será grão de urânio substituirá toneladas
> I,
o sódio c outras Ugas que a "natureza
vingança, como nós todos, abençoarão
meiros momentos dc pasmo, odio c
85
social,
inero da ""'dade pos^v^ eletricidade atômico de um
310S núcleos q
neutra).
0 excesso de
gativas na
o numero
mos esquecer, porém, de que a socie dade exige sacrifícios, moralidade e
cada
desprendimento, qué já não é o apa nágio de grupos em dado pais, mas de
um
Seria absurdo que eu exigisse, na
em prótonos. isto é.
do átomo ^pPJjogitivos sôbre cargas ne-
Não nos deve
nações em todo o universo.
„„„qpnta a carga nuclear
elemento í"®!?
núcleos o
gigt,.onos que giram em jg^g positivos do átomo e
Sateoria rotação em órbitas ê expli. quantitativa. Os nu_ „g são compostos de áto_
cleos pró
io, faltando a cada um negativo e contendo a sua
o diâmetro dos nú-
SSs de 000001 qêõs na na ordem ordem ae uwwi vêzes vezes do uu áto, ato. ne uma fôrma clara e empírica De
condusão deste en.saio, que o homem
!^° teoria atômica pode ser descrita co-
também se tornasse um ser sintético como Frankstein, mas acredito firmc-
íariada de matéria e energia." Nota do autor
mn- reações químicas da distribuição
membros e da sua vida; alguns áto
mos não reagem porque são inertes ou
A
pesados demais, mas, no fim, o quími
Sintéticos, que se abriu para as naçõe.s, co acaba vencendo, porque, como disse bem visível em cada artigo que as Berthelet, um dos grandes mágicos da ínãos do homem tocam, como um pro síntese: "o domínio da síntese na quí duto químico sem parclha na natureza. mica, no exercício de seus poderes, c Aqui são os metais como o alumínio, maior que o da própria natureza".
/. Aponte-me um homem que nunco errou e lhe mostrarei um homem que nnncfl realizou nada de bom.
Dicesto Econômico
84
Dicesto EcoNÓAnco
próprios japoneses, passados os pri
esqueceu de forjar no âmago da terra, quando o globo era uma bola ainda
o txiomcnto cm rinc a guerra cessou
comburente; ali, as anilinas, sem com
embora isto lhes tenha custado des
paração no reino vegetal, animal ou
truição c humilhação sem igual na sua
mineral, extraídas, dos Iiidrocarbonos,
história de deuses e homens heróicos. Êles que, como os russos, ainda vi vem pensando num mundo aparte e
que causariam inveja aos beija-flores
na hegemonia territorial e racial, sò-
a Era Atômica, em que, talvez,
sos olhos ávidos de maravilha se vol
•de carvão nas fábricas e milhões de li
tros de gasolina nos motores dos auto móveis, e milhões de volts das usinas
elétricas, em que tanto a força vapor da combustão, como a energia hidráu lica serão obsoletas.
mais além, para onde quer que os nos
Como ir ao cinema ver um filme sem a nitroccIulo.sc, nos quais as ima
gens fotográficas, negras ou coloridas,
ceu do carvão: como as meias "Ny-
dos para destruir sem aniquilar a si
lon", um produto da síntese!
próprios e as nações que os armou.
A destruição resultará, para a raça hu mana e todos os outros seres vivos,
do mesmo princípio da desintegração nuclear: — "dois e um e vice-versa", na cadeia ininterrupta de suas conse-
Quências desintcgrantes dos indivíduos e das coisas. III
terceiro aspecto, acima enumera
Sínteso
não
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sica atômica, de alta pressão.
> Eu creio na ciência c nos milagres
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ceu na .Alemanha e cobriu a Europa dc
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todos de um golpe. sobre a planeta.
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tfm fsss elementos cons da natur posi. estrutura, stindoa^ núcleos eletronos
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Isto de certo virá de en
contro aos ideais de muitos sociologistas que nunca
estiveram
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com o homem, porque as prisões, os
sonhou, como o índigo igual ao anil das plantas, extraído,-porém, do fcnol, que a natureza esqueCeu dc criar. O químico não é um sonhador, mas C homem que pesa o átomo e mistura os
hospitais, os loucos c os criminosos
são incompatíveis com a vida como a imaginamos.
seus fragmentos para as coisas que de seja duplicar, combinando grupos e diagramas atômicos e moleculares co
nações dão certo, outras falham e mui tas explodem com perigo dos seus
Era Atômica, precedidos da Era dos
sistir na Era Atômica, terá de evoluir
cm política, sociologia, religião e eu
tigos naturais, ou seja, uma combina ção de átomos que a natureza jamais
angular da próxima Conferência da dúvida um fato, para os
Portanto, se o homem quiser sub
imitação,
mo um arquiteto o faria com os ma teriais de construção. Muitas combi
indivíduos como para os dirigentes e miefes dos governos que estamos na
campo da química orgânica e da fí
mas substituição para melhor dos ar
do, isto é, o político e o social, já agi ta as chancelarias e constitui a pedra .
tanciar da síntese que o precedeu no
teve início, sem o conhecimento das li
diferente.
gens ? Há um certo baton que melhora de
porque os exércitos estão incapacita
condições sociais do futuro, sem se dis
do bronze, quando a fusão dos metais
tomóveis, trens e aeroplanos, tudo 6
reproduzem o movimento e as ima
sessenta por cento os lábios e o aspec to dc um rosto pálido dc mullicr : nas
caremos que tudo começou ha idade
Hoje, que a teoria da força pelo peso SC converteu na da resistência pelo mais leve, com o úso do aço e do alu mínio nas estruturas metálicas de au
verem, teremos os milagres da química.
A ameaça bélica da desassociação nuclear há dc, portanto, desaparecer,
a terra, das épocas primárias, verifi
mente, apoiado pelos biologistas, que o homem se poderá transformar ou se modificar, a fim de se ajustar aa
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mes e as drogas, os explosivos, os fil mes, os tecidos, originários do alcatr«ão c outros resíduos das minas c fornos;
um
No entanto, se meditarmos um ins tante sôbre a marcha do homem sòbrc
c borboletas do Brasil; acolá os perfu
bre os demais povos, decerto com preendem agora quão promissora será grão de urânio substituirá toneladas
> I,
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vingança, como nós todos, abençoarão
meiros momentos dc pasmo, odio c
85
social,
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310S núcleos q
neutra).
0 excesso de
gativas na
o numero
mos esquecer, porém, de que a socie dade exige sacrifícios, moralidade e
cada
desprendimento, qué já não é o apa nágio de grupos em dado pais, mas de
um
Seria absurdo que eu exigisse, na
em prótonos. isto é.
do átomo ^pPJjogitivos sôbre cargas ne-
Não nos deve
nações em todo o universo.
„„„qpnta a carga nuclear
elemento í"®!?
núcleos o
gigt,.onos que giram em jg^g positivos do átomo e
Sateoria rotação em órbitas ê expli. quantitativa. Os nu_ „g são compostos de áto_
cleos pró
io, faltando a cada um negativo e contendo a sua
o diâmetro dos nú-
SSs de 000001 qêõs na na ordem ordem ae uwwi vêzes vezes do uu áto, ato. ne uma fôrma clara e empírica De
condusão deste en.saio, que o homem
!^° teoria atômica pode ser descrita co-
também se tornasse um ser sintético como Frankstein, mas acredito firmc-
íariada de matéria e energia." Nota do autor
mn- reações químicas da distribuição
membros e da sua vida; alguns áto
mos não reagem porque são inertes ou
A
pesados demais, mas, no fim, o quími
Sintéticos, que se abriu para as naçõe.s, co acaba vencendo, porque, como disse bem visível em cada artigo que as Berthelet, um dos grandes mágicos da ínãos do homem tocam, como um pro síntese: "o domínio da síntese na quí duto químico sem parclha na natureza. mica, no exercício de seus poderes, c Aqui são os metais como o alumínio, maior que o da própria natureza".
/. Aponte-me um homem que nunco errou e lhe mostrarei um homem que nnncfl realizou nada de bom.
87
Dicf-sto Econômico
nio de Holofernes por Judith, assassí- . cadorcs de amor", conseguiam enviar suas essências para fora: E o remédio niü do qual os perfumes participaram. Antes do crime, juditli tomou um banho foi Licurgo expulsá-los de Esparta. do essências perfumadas, e tão forte.s fo Em Alexandria o incenso era uma
f
ram os elementos que utilizou, <jue Ho
mercadoria tão valiosa, que para se evi
lofernes ficou tonto e meio adormecido
tarem roubos dessa essência os escra
ao seu lado, não lhe sendo difícil, então, cortar a cabeça daciucle rei cruel. Nas cerimonias "religiosas primitivas, (piando dos holocaustos aos deuses, o
com uma tan^a.
Aliás, perfume, que vem do latim — "perfunium", cpier dizer "fumaça de
lima época de apogeu. Ela descobriu, escrevo VViUiam Haynes, que "as loções
queimavam-se em honra dos deuses plantas e substâncias cuja fumaça era
rosas nos negócios internacionais, tanto (iuanto as legiões revestidas de com o mesmo alcance das galeras cie
perfume ocupava uma parte importante.
Mostrando a importâncã
m
perfumaria através dos
coisa que queima", e sabemos que nas cerimônias rcligio.sas da antigüidade
tempos, êste artigo revele ^ambém, algumas informa-
ções sôbre o desenvolvimi
j^uiTA gente julga que o perfume é -uma invenção moderna.
O
perfume e os cosméticos. À vista
dessa indústria no Brasil.
"Ah, nada como os perfumes que a França inventou!", diziam. No en tanto, quanto engano há nisso! En
daqueles minúsculos e artísticos
gano, sim, porque não foram os
frascos acondícíonados em caixinhas
franceses que inventaram o perfu
verdadeiramente mágicas, e aos quais vinha- pregada uma etiqueta —■ "Made in France", todos pensa vam logo em mais uma sedução de
Paris, que até com aromas embria-
gadores pretendia conquistar tudo, invadir o mundo.
Os nomes dos perfumes, sàbiamente escolhidos, falavam tanto à sensibilidade das criaturas como o
seu odor. Uns havia puros e sim ples — "Nuit de Noel"; outros es tranhos e exóticos — "Mitsouko";
alguns insinuantes e maliciosos —
"Ce soir ou jamais. . ."
E os perfumes parisienses eram tão conhecidos, tão procurados, tão
usados, que todos acredita vam ser o perfume uma in venção francesa.
Veio a guerra em 39 e,
com ela, a queda da França.
me, que é uma das coisas mais an
foram a Bethlem para prestar bomena-
Os perfumes nos tempos bíblicos
No "Cântico dos Cânticos", aque le belíssimo "intermezzo" lírico que
se'encontra no Velho Testamento, são mencionados cinco perfumes: a niirra, o incenso, o aloés, o cinamomo e o nardo.
Cada um dêles
tinha uma propriedade especiaT — a mirra era o perfume religioso, o
perfume usado para os deuses; o incenso, também perfume religioso, seria mais tarde o grande per fume do cristianismo; o aloés,
perfume da madeira, erà usa
do na mesa e no interior das
casas; o cinamomo e o nar
deram seus mercados, mas os
morados,
guerreiros que findavam o
com as que lhes chegavam de outras partes do mundo ~
Acrescente-se, para acentuar a impor
a êle na Bíblia.
consumidores
francesas não se satisfizeram
perfume são sacerdotes à paisana. . .
tância que os perfumes já tinham nos
do eram os perfumes dos ena
essências
que em nossa época materialista e des crente, os perfumistas e industriais de
tigas que existem no mundo. Tão antigo que encontramos referências
Os perfumes parisienses per das
aromática. Daí uín escritor espanhol ter afirmado, com muita propriedade,
dos
amantes,
dos
combate. Ainda na Bíblia vamos en
contrar a história do assassí-
tempos bíblicos, que dos três reis que gens ao Cristo que nasc'era, dois leva
ram-lhe, como presente, incenso e mirra. Os peifumes na antigüidade
Com o decorrer dos tempos os per
vos eram obrigados a trabalhar sòmente da sua esposa-em incenso,
Com Cleópatra os perfumes atingem
c os perfumes podem ser forças pode
cuerra movidas por três séries de remarinre-:". Conta-se que para conquistar Marco Antônio ela fez.o mesmo que
Tiiditli — banhou-se com essências de
i ores embriagantes. E na sua -época
■v-;='-Cf
'f nlombÍEina, óxidos de ferro e co- . pardo, verde -laquita a cn-
<;ocola" denominada Kohi . Fhiubcrt, o grande rigorosamente Fh^nbcrt romancista franesantes'de escritas, permite-nos tw''aa importância que noos seu perfumes •avaliar P ijade hvro
fumes foram ampliando a sua serventia.
exerciam n.
vam,
Salumbo, in ,
Já não serviam tanto aos deuses, ajuda sobretudo,
aos
namorados,
aos
amantes, servindo de afrodisíacos e cor
rompendo os homens.
Bem por isso
existiam leis considerando os fabrican
tes de perfumes como homens perigo sos, que deviam ser postos à margem da sociedade. E Licurgo, o grande le- ' gislador de Esparta, fez com eles o que o fascismo em nossos dias fez com os
judeus — colocou-os num, sítio fechado, uma espécie de campo de concentração, impedindo-os, assim, de se misturarem com os espartanos, que \úviam sob uma
rígida disciplina militar.
Mas isso não
foi bastante, porque assim mesmo os
perfumistas, con.siderados como "mer-
E o rei Juba, ao se
casar, teve que pagar ao sogro o pêso
"Salambò .
descrevendo a casa de
'
_
centro havia
marfim coberto de
Tde lince e almofadas de .plumas
af papagaio.. . nos y.atro cantos viam-
i: WoSlas p cheias de nardo incenso, mirra . A certa altura seguinte descrição de uma fábiica dea peffumes em Çartago: - "Holens nus amassavam substancias, moiam
irvas, agitavam carvões, vertiam azei
to em jarros, abriam e fechavam as câmaras ovais construídas nas paredes e tão numerosas que o quarto se asseme
lhava ao interior de uma colmeia. O
açafrão e as violetas, abundavam por lArld Tkurf-p
F.m tndoç n<5 pantns viam-sp.
87
Dicf-sto Econômico
nio de Holofernes por Judith, assassí- . cadorcs de amor", conseguiam enviar suas essências para fora: E o remédio niü do qual os perfumes participaram. Antes do crime, juditli tomou um banho foi Licurgo expulsá-los de Esparta. do essências perfumadas, e tão forte.s fo Em Alexandria o incenso era uma
f
ram os elementos que utilizou, <jue Ho
mercadoria tão valiosa, que para se evi
lofernes ficou tonto e meio adormecido
tarem roubos dessa essência os escra
ao seu lado, não lhe sendo difícil, então, cortar a cabeça daciucle rei cruel. Nas cerimonias "religiosas primitivas, (piando dos holocaustos aos deuses, o
com uma tan^a.
Aliás, perfume, que vem do latim — "perfunium", cpier dizer "fumaça de
lima época de apogeu. Ela descobriu, escrevo VViUiam Haynes, que "as loções
queimavam-se em honra dos deuses plantas e substâncias cuja fumaça era
rosas nos negócios internacionais, tanto (iuanto as legiões revestidas de com o mesmo alcance das galeras cie
perfume ocupava uma parte importante.
Mostrando a importâncã
m
perfumaria através dos
coisa que queima", e sabemos que nas cerimônias rcligio.sas da antigüidade
tempos, êste artigo revele ^ambém, algumas informa-
ções sôbre o desenvolvimi
j^uiTA gente julga que o perfume é -uma invenção moderna.
O
perfume e os cosméticos. À vista
dessa indústria no Brasil.
"Ah, nada como os perfumes que a França inventou!", diziam. No en tanto, quanto engano há nisso! En
daqueles minúsculos e artísticos
gano, sim, porque não foram os
frascos acondícíonados em caixinhas
franceses que inventaram o perfu
verdadeiramente mágicas, e aos quais vinha- pregada uma etiqueta —■ "Made in France", todos pensa vam logo em mais uma sedução de
Paris, que até com aromas embria-
gadores pretendia conquistar tudo, invadir o mundo.
Os nomes dos perfumes, sàbiamente escolhidos, falavam tanto à sensibilidade das criaturas como o
seu odor. Uns havia puros e sim ples — "Nuit de Noel"; outros es tranhos e exóticos — "Mitsouko";
alguns insinuantes e maliciosos —
"Ce soir ou jamais. . ."
E os perfumes parisienses eram tão conhecidos, tão procurados, tão
usados, que todos acredita vam ser o perfume uma in venção francesa.
Veio a guerra em 39 e,
com ela, a queda da França.
me, que é uma das coisas mais an
foram a Bethlem para prestar bomena-
Os perfumes nos tempos bíblicos
No "Cântico dos Cânticos", aque le belíssimo "intermezzo" lírico que
se'encontra no Velho Testamento, são mencionados cinco perfumes: a niirra, o incenso, o aloés, o cinamomo e o nardo.
Cada um dêles
tinha uma propriedade especiaT — a mirra era o perfume religioso, o
perfume usado para os deuses; o incenso, também perfume religioso, seria mais tarde o grande per fume do cristianismo; o aloés,
perfume da madeira, erà usa
do na mesa e no interior das
casas; o cinamomo e o nar
deram seus mercados, mas os
morados,
guerreiros que findavam o
com as que lhes chegavam de outras partes do mundo ~
Acrescente-se, para acentuar a impor
a êle na Bíblia.
consumidores
francesas não se satisfizeram
perfume são sacerdotes à paisana. . .
tância que os perfumes já tinham nos
do eram os perfumes dos ena
essências
que em nossa época materialista e des crente, os perfumistas e industriais de
tigas que existem no mundo. Tão antigo que encontramos referências
Os perfumes parisienses per das
aromática. Daí uín escritor espanhol ter afirmado, com muita propriedade,
dos
amantes,
dos
combate. Ainda na Bíblia vamos en
contrar a história do assassí-
tempos bíblicos, que dos três reis que gens ao Cristo que nasc'era, dois leva
ram-lhe, como presente, incenso e mirra. Os peifumes na antigüidade
Com o decorrer dos tempos os per
vos eram obrigados a trabalhar sòmente da sua esposa-em incenso,
Com Cleópatra os perfumes atingem
c os perfumes podem ser forças pode
cuerra movidas por três séries de remarinre-:". Conta-se que para conquistar Marco Antônio ela fez.o mesmo que
Tiiditli — banhou-se com essências de
i ores embriagantes. E na sua -época
■v-;='-Cf
'f nlombÍEina, óxidos de ferro e co- . pardo, verde -laquita a cn-
<;ocola" denominada Kohi . Fhiubcrt, o grande rigorosamente Fh^nbcrt romancista franesantes'de escritas, permite-nos tw''aa importância que noos seu perfumes •avaliar P ijade hvro
fumes foram ampliando a sua serventia.
exerciam n.
vam,
Salumbo, in ,
Já não serviam tanto aos deuses, ajuda sobretudo,
aos
namorados,
aos
amantes, servindo de afrodisíacos e cor
rompendo os homens.
Bem por isso
existiam leis considerando os fabrican
tes de perfumes como homens perigo sos, que deviam ser postos à margem da sociedade. E Licurgo, o grande le- ' gislador de Esparta, fez com eles o que o fascismo em nossos dias fez com os
judeus — colocou-os num, sítio fechado, uma espécie de campo de concentração, impedindo-os, assim, de se misturarem com os espartanos, que \úviam sob uma
rígida disciplina militar.
Mas isso não
foi bastante, porque assim mesmo os
perfumistas, con.siderados como "mer-
E o rei Juba, ao se
casar, teve que pagar ao sogro o pêso
"Salambò .
descrevendo a casa de
'
_
centro havia
marfim coberto de
Tde lince e almofadas de .plumas
af papagaio.. . nos y.atro cantos viam-
i: WoSlas p cheias de nardo incenso, mirra . A certa altura seguinte descrição de uma fábiica dea peffumes em Çartago: - "Holens nus amassavam substancias, moiam
irvas, agitavam carvões, vertiam azei
to em jarros, abriam e fechavam as câmaras ovais construídas nas paredes e tão numerosas que o quarto se asseme
lhava ao interior de uma colmeia. O
açafrão e as violetas, abundavam por lArld Tkurf-p
F.m tndoç n<5 pantns viam-sp.
r
Digesto Econômico
espalhados pós, gomas, raízes, pequenos ^rainha "o perfume para as suas noites frascos de cristaT, ramos de pétalas de de prazer prazer ao ao mesmo mesmo tempo tei que o ve rosas; tantos perfumes sufocavam, ape neno para seus inimigos jjolíticos". Ini sar dos torvelinhos do estoraque, que ciou-se, então, a época eme ficou co ardia ha trempe de bronze colocada no meio".
'Na Idade Média e na Renascença Na Idade Média, os bárbaros invadi
ram o ocidente, e a perfumaria se de senvolvo na Arábia.
Avicena, grande figura de intelectual
o cientista, de seu tempo, é quem pri meiro consegue distilar uma gota de essencia da rosa, e Xrotula, dos maiores médicos do século XI, escreve três vo
lumes que se tomam célebres, dando fórmulas e receitas de perfume. Mas se o "conhecimento dos ára
bes, divulgando-se por to
dos os guadrantes, constituí-
Digesto EcoNÔ^^co
loções, etc. A França e a Inglaterra eram os nossos principais fornecedores,
linstalando filiais de alguns dos seus mais
e até 1930, apesar da indústria nacional
Em menor escala, a França e a Ingla
já haver atingido um grande desenvol vimento e mesmo uma vida próprúi, aqueles, dois países mantinham-se, ain
terra fizeram o mesmo. O quadro fiue
diferentes preparados: pomadas, essên cias, bálsamos, pintura para os ollios, faces e unhas; e um ritual complicado
da, na vanguarda da nossa importação.
principais fornecedores — Estados Uni dos, Inglaterra, França e Alemanha, vai
mentaram as .suas vendas do artigos de
permitir o exame de nossas compras
Bo formou, chegando cpiasc a receber sanção legal. Havia tipos estabeleci
perfumo c toucador para o nosso país.
nesso período.
nhecida como a Idade cie Ouro dos Cosméticos. "Apareceram milhares de
De 30 em cíiante os Estados Unidos au
burguèsas. Os galãs, que, na era da
Estados Unidos Anos
cavalaria, gostavam de levar no elmo
Ton.*-
as cores de suas damas, arvoravam ago
tação de 1937 a 1941, com os nossos
ra o perfume favorito da amada", in-
1937
fonna Wílliam Ilaynes no seu volume
1938
sobre "Os milagres da quí mica".
Luís XIV tem um
Í939
ram as bases não apenas da moderna arte dos corpos aro-
do maior prestígio na corte
1941
máticos, mas também do seu
peitado e venerado como um
— chama-se Marcial e é res
preparo", Florença e Vene
ministro de Estado. Luís XV
za são as cidades que, por
ordena que os seus aposen tos sejam perfumados cada dia com uma essência.
E
1.000
Inglaterra Tons.
criizeirns
1940
artigos de perfumaria, os quais, atingem, aí, uma fase
damos abai.xo, referente â nossa impor
>
dos de maquilagem para as senhoras de categoria, para as. cortesãs e para as
perfumista que c homem dos
seu luxo, mais consomem
importar.te.s estabelecimentos entre nós.
(rmilc:
17,4 12,7 15,6 16,3 32,8
França
1.000
Totis.
Alemanha
1.000^
Tons.
cruzeiros
cnizüiros
1.000 cttizelrus
1.517
5,8 1 239
12,5
2.894
3,6
205
1.517
3,2
1 215
12,3 9,3
3.334
289
2.677
4,1 1,4
5,2
1.678
, 2.413
3.089 0.931
3,4 1 244 4,7 1 345 12,2 1 .347
-
-1
-
74 —
-
de I^NlnlíxlIrn i-lcoiimnica c riitoiiccira ilu MiRÍ.stt-[io ck Fazenda).
Verificamos que em 1937 o nosso prin cipal fornecedor foram os Estados Uni
dos, de quem importamos 17,4 tonela
das, contra apenas 5,8 da Inglaterra,
cipais fornecedores de artigos de per fumaria e toucador.
Com dados obtido-s, ainda, do Servi
de comércio bastante signi
cosméticos atingem, nas lo
12,.5 da França e 3,8 da Alemanha. No
ço de Estatística "Econômica e Finan ceira do Ministério da Fazenda, orga
ficativa. I Durante o Renascimento a
jas parisienses, segundo Wil-
ano seguinte, de 38, a importação com
nizamos o seguinte quadro referente à
liam Haynes, a importância
O-S EE. UU. cai ligeiramente (12,7) pa
nossa exportação entre 1937 e 1944:
perfumaria se transforma nu
de 50.000.000 de francos.
ra nos anos seguintes, até 1941, con
os ga.stos com perfumes e
ma verdadeira arte e surgem preparados
Daí em diante, com a França na van
tinuar de forma ascendente. Até 1940,
com os mais extravagantes aromas. Artu-
guarda da. produção mundial de perfu
data da queda da França, êsse país
ro Berenguer Carisomo, escreve que al guns daqueles perfumes usados pela mais
mes e cosméticos, entramos no que se
mantém a segunda colocação entre os
poderia chapiar a Idade Modem.^ da
nossos quatro principais fornecedores.
1937
Perfumaria, que chega e continua até
Em 1941 já nada importamos de lá, e a
os nossos dias, caracterizando-se pela
Inglaterra, que em 1940 nos havia en
1938 1939 1940 1941
alta aristocracia, seriam classificados por nós, do século XX, como perfumes de
viado 4,7 toneladas de artigos, triplica
"cozinheira", em virtude do esquisito do
industrialização crescente da produção.
seu cheiro. Mas é por êsse tempo, em 1562, que Giovanní Marinello escreve, sôbre os perfumes e os cosméticos, um livro
A indústria de perfumes no Brasil
cimento passa a ser de 12,2 em 1941.
O nosso comércio de perfumes com a
considerado notável e do qual se fize
Foi sòmente depois da primeira gran de guerra que a indústria de perfumes
ram, ràpidamente, várias edições — "A
e cosméticos começou a ter, em nosso
as suas vendas, pois que o seu forne
ornamentação das damas". Catarina de
país, uma situação ponderável. Até en
Médicis, ao partir para a França, faz-se
tão dependíamos inteiramente dos paí-
acompanhar do perfumista René, cujo
estrangeiros para os nossos supri mentos de sabonetes, pastas de dentes,
serviço consistia em preparar para a
Alemanha cessou em 1940. Mas já nos anos de 1937, 38 e 39 o.s algarismos mostram que foi bem pequeno. Infe lizmente não temos dados sobre a im portação argentina, que nestes últimos
anos passou a ser um dos nossos prin
1.000 Anos
1942 1943 1944
Toneladas
cruzeiros 382 265 219 152 203
29 31
11
5 6"
não há dados 9f
ff
12
}}
não há dados >1
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Notamos, através dos algarismos aci ma, que tem sido bastante irregular o nosso comércio e.xportador de perfumes
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Digesto Econômico
espalhados pós, gomas, raízes, pequenos ^rainha "o perfume para as suas noites frascos de cristaT, ramos de pétalas de de prazer prazer ao ao mesmo mesmo tempo tei que o ve rosas; tantos perfumes sufocavam, ape neno para seus inimigos jjolíticos". Ini sar dos torvelinhos do estoraque, que ciou-se, então, a época eme ficou co ardia ha trempe de bronze colocada no meio".
'Na Idade Média e na Renascença Na Idade Média, os bárbaros invadi
ram o ocidente, e a perfumaria se de senvolvo na Arábia.
Avicena, grande figura de intelectual
o cientista, de seu tempo, é quem pri meiro consegue distilar uma gota de essencia da rosa, e Xrotula, dos maiores médicos do século XI, escreve três vo
lumes que se tomam célebres, dando fórmulas e receitas de perfume. Mas se o "conhecimento dos ára
bes, divulgando-se por to
dos os guadrantes, constituí-
Digesto EcoNÔ^^co
loções, etc. A França e a Inglaterra eram os nossos principais fornecedores,
linstalando filiais de alguns dos seus mais
e até 1930, apesar da indústria nacional
Em menor escala, a França e a Ingla
já haver atingido um grande desenvol vimento e mesmo uma vida próprúi, aqueles, dois países mantinham-se, ain
terra fizeram o mesmo. O quadro fiue
diferentes preparados: pomadas, essên cias, bálsamos, pintura para os ollios, faces e unhas; e um ritual complicado
da, na vanguarda da nossa importação.
principais fornecedores — Estados Uni dos, Inglaterra, França e Alemanha, vai
mentaram as .suas vendas do artigos de
permitir o exame de nossas compras
Bo formou, chegando cpiasc a receber sanção legal. Havia tipos estabeleci
perfumo c toucador para o nosso país.
nesso período.
nhecida como a Idade cie Ouro dos Cosméticos. "Apareceram milhares de
De 30 em cíiante os Estados Unidos au
burguèsas. Os galãs, que, na era da
Estados Unidos Anos
cavalaria, gostavam de levar no elmo
Ton.*-
as cores de suas damas, arvoravam ago
tação de 1937 a 1941, com os nossos
ra o perfume favorito da amada", in-
1937
fonna Wílliam Ilaynes no seu volume
1938
sobre "Os milagres da quí mica".
Luís XIV tem um
Í939
ram as bases não apenas da moderna arte dos corpos aro-
do maior prestígio na corte
1941
máticos, mas também do seu
peitado e venerado como um
— chama-se Marcial e é res
preparo", Florença e Vene
ministro de Estado. Luís XV
za são as cidades que, por
ordena que os seus aposen tos sejam perfumados cada dia com uma essência.
E
1.000
Inglaterra Tons.
criizeirns
1940
artigos de perfumaria, os quais, atingem, aí, uma fase
damos abai.xo, referente â nossa impor
>
dos de maquilagem para as senhoras de categoria, para as. cortesãs e para as
perfumista que c homem dos
seu luxo, mais consomem
importar.te.s estabelecimentos entre nós.
(rmilc:
17,4 12,7 15,6 16,3 32,8
França
1.000
Totis.
Alemanha
1.000^
Tons.
cruzeiros
cnizüiros
1.000 cttizelrus
1.517
5,8 1 239
12,5
2.894
3,6
205
1.517
3,2
1 215
12,3 9,3
3.334
289
2.677
4,1 1,4
5,2
1.678
, 2.413
3.089 0.931
3,4 1 244 4,7 1 345 12,2 1 .347
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de I^NlnlíxlIrn i-lcoiimnica c riitoiiccira ilu MiRÍ.stt-[io ck Fazenda).
Verificamos que em 1937 o nosso prin cipal fornecedor foram os Estados Uni
dos, de quem importamos 17,4 tonela
das, contra apenas 5,8 da Inglaterra,
cipais fornecedores de artigos de per fumaria e toucador.
Com dados obtido-s, ainda, do Servi
de comércio bastante signi
cosméticos atingem, nas lo
12,.5 da França e 3,8 da Alemanha. No
ço de Estatística "Econômica e Finan ceira do Ministério da Fazenda, orga
ficativa. I Durante o Renascimento a
jas parisienses, segundo Wil-
ano seguinte, de 38, a importação com
nizamos o seguinte quadro referente à
liam Haynes, a importância
O-S EE. UU. cai ligeiramente (12,7) pa
nossa exportação entre 1937 e 1944:
perfumaria se transforma nu
de 50.000.000 de francos.
ra nos anos seguintes, até 1941, con
os ga.stos com perfumes e
ma verdadeira arte e surgem preparados
Daí em diante, com a França na van
tinuar de forma ascendente. Até 1940,
com os mais extravagantes aromas. Artu-
guarda da. produção mundial de perfu
data da queda da França, êsse país
ro Berenguer Carisomo, escreve que al guns daqueles perfumes usados pela mais
mes e cosméticos, entramos no que se
mantém a segunda colocação entre os
poderia chapiar a Idade Modem.^ da
nossos quatro principais fornecedores.
1937
Perfumaria, que chega e continua até
Em 1941 já nada importamos de lá, e a
os nossos dias, caracterizando-se pela
Inglaterra, que em 1940 nos havia en
1938 1939 1940 1941
alta aristocracia, seriam classificados por nós, do século XX, como perfumes de
viado 4,7 toneladas de artigos, triplica
"cozinheira", em virtude do esquisito do
industrialização crescente da produção.
seu cheiro. Mas é por êsse tempo, em 1562, que Giovanní Marinello escreve, sôbre os perfumes e os cosméticos, um livro
A indústria de perfumes no Brasil
cimento passa a ser de 12,2 em 1941.
O nosso comércio de perfumes com a
considerado notável e do qual se fize
Foi sòmente depois da primeira gran de guerra que a indústria de perfumes
ram, ràpidamente, várias edições — "A
e cosméticos começou a ter, em nosso
as suas vendas, pois que o seu forne
ornamentação das damas". Catarina de
país, uma situação ponderável. Até en
Médicis, ao partir para a França, faz-se
tão dependíamos inteiramente dos paí-
acompanhar do perfumista René, cujo
estrangeiros para os nossos supri mentos de sabonetes, pastas de dentes,
serviço consistia em preparar para a
Alemanha cessou em 1940. Mas já nos anos de 1937, 38 e 39 o.s algarismos mostram que foi bem pequeno. Infe lizmente não temos dados sobre a im portação argentina, que nestes últimos
anos passou a ser um dos nossos prin
1.000 Anos
1942 1943 1944
Toneladas
cruzeiros 382 265 219 152 203
29 31
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Notamos, através dos algarismos aci ma, que tem sido bastante irregular o nosso comércio e.xportador de perfumes
Dicesto EcoNÓxnco
90
3Q, em 40 e 41, e em 44 ainda se en
Quanto à produção por Estado, um quadro divulgado pelo "Brasil 19-4041", volume editado pelo Ministério das
contrava em posição bastante inferior aos anos de 37 e 38, quando exporta mos 29 e 31 toneladas, respectivamente.
Paulo e o Distrito Federal áão os gran des produtores do pais:
o cosméticos. Iníciando-se bem
nos
dois primeiros anos, foi decrescendo em
ARTIGOS DE PERFUMARIA E
Relações Exteriores, mostra que . São
TOUCADOR
produção do Brasil por Estado por milhares de objetos ESTADOS -
1925
1939
1937
1938
1939
Conío.y de réis
1938
1939
(1)
Dicesto Econômico
Í>1
artigo, outras informações e dados além dos que publicamos. Mas as sim mesmo incompletos e espar.sos, os algarismos que aí ficíiram dizem Idciii
bem distanciados daqueles tempos ' em
que nesse campo o Brasil progrediu bas tante e não estará longe o dia em que, ampliando a sua produção, concorrerá
te de nossas fábricas são constituídas por
aue importávamos o dentifrício, a água
o colônia, os sabonetes, brilhanlinas e
pó de arroz. E' verdade que grande par filiais de grandes firmas norte-america
nas, inglesas, francesas e espanholas.
ao mercado internacional como um dos
Mas também é Verdade, como acentuou
maiores exportadores dêste continente.
uma publicação oficial, que "se excluir
Em São. Paulo e no Distrito Federal as fábri
mos
cas de perfumes e artigos
pós de arroz e, é claro, os perfumes, os demais pro dutos são manufaturados,
de
toucador
aumentam
cada ano, e as mais an
Dístr. Federal 21.604 32.034 69.471 79.472 69.936 111.261 138.893
consideràvelmente
instalações.'
dentifrícios,
os
na ■ sua quase totalidade,
tigas renovam e umpliain
São Paulo . . 19.054 27.042 96.447 115.293 59.922 138.351 95.876 R. G. do Sul . 1.448 2.631 9.952 9.981 8.178 9.952 11.869 Minas Gerais . 461 1.097 7.340 2.141 3.195 6.117 2.875 Pará . . . . 5.005 4.597 2.826 3.395 8.445 5.067 3.390
os
sabões para barbear, os
em fábricas le.gítimamente
.s n a s
brasileiras".
já estamos
Total: (incl. outros) Mi lhares de ob
jetos , . .'52.099 73.295 188.605 224.554 158.511 Contos . .
ESCOAMENTO DE AÇÜCAR DOS ESTADOS DO JVORTE
_
—
38.995 61.690 231.452 274.281 270.097 274.281 270.097
Vemos que São Paulo, onde está
{Safra de 1944-45)
O quadro que publicamos mostra quais as unidades federadas
taram açúcar do Norte, na safra de 1944-45. Vemos, então, que
de rouges e carmíns líquidos;
localizada a maioria das fábricas de
11.315.078
perfumes e artigos de toucador do país,
quidas e óleos perfumados; 135.700
vidros
de
brilhantinas
lí
manteve o primeiro posto durante os
vidros de essências © óleo.s que consti
anos de 37.e 38. Em 1939 a produ
tuem matéria prima de perfumaria:.. .
ção do Distrito Federal ascendeu a i ...
51,38% sôbre o total, cabendo a São
48.107.831 sabões e sabonetes perfu mados e 22.200.095 sabões e sabone
Paulo 35,49%.
tes não perfumados ("Brasil", 1942).
Em 1942 o nosso país contava com
1.182 fábricas de perfumes e artigos
portante e já auto-
"maquillage",
suficiente, não pu demos conseguir, para elaborar este
•de beleza, etc., e
(1) E», certamente,
quina,
de
rosas,
um êrro de re
tônicos e tinturas
para cabelos; ...
visão. 1939, ai.
8.361.310
ponder a 1930,
deve
cai.xas
de pó de arroz; 11.335.396 vidro.s
■MÊf.
ESTADOS Importadores
Sacas
2.128.751
Muito embora a indústria de perfucosméticos seja, em nosso país,
Distrito Federal .. .. .. Rio Grande do Sul Bahia • Pará .. Paraná Outros Estados do Brasil
Uruguai
. .
..
..
296.298 231.041 217.600
> '..
Argentina
1.Ó10.054 1.350.201
..
TOTAL
1929.
30,5 23,0
19,3 4.2 .3,3
390.000 50.000
0,7
/
corres
^ sôbre o total
3,1 10,3 5,6
717.693
6.991.638
ou 35, ou talvez mesmo
r
midores.
Conclusão
uma indústria im
cie
tnto Federal e o Rio Grande do Sul foram, respectivamente, os p
^
corwu-
Fonte: "Monitor Mercantil" —• èol. n. 18.262.
Dicesto EcoNÓxnco
90
3Q, em 40 e 41, e em 44 ainda se en
Quanto à produção por Estado, um quadro divulgado pelo "Brasil 19-4041", volume editado pelo Ministério das
contrava em posição bastante inferior aos anos de 37 e 38, quando exporta mos 29 e 31 toneladas, respectivamente.
Paulo e o Distrito Federal áão os gran des produtores do pais:
o cosméticos. Iníciando-se bem
nos
dois primeiros anos, foi decrescendo em
ARTIGOS DE PERFUMARIA E
Relações Exteriores, mostra que . São
TOUCADOR
produção do Brasil por Estado por milhares de objetos ESTADOS -
1925
1939
1937
1938
1939
Conío.y de réis
1938
1939
(1)
Dicesto Econômico
Í>1
artigo, outras informações e dados além dos que publicamos. Mas as sim mesmo incompletos e espar.sos, os algarismos que aí ficíiram dizem Idciii
bem distanciados daqueles tempos ' em
que nesse campo o Brasil progrediu bas tante e não estará longe o dia em que, ampliando a sua produção, concorrerá
te de nossas fábricas são constituídas por
aue importávamos o dentifrício, a água
o colônia, os sabonetes, brilhanlinas e
pó de arroz. E' verdade que grande par filiais de grandes firmas norte-america
nas, inglesas, francesas e espanholas.
ao mercado internacional como um dos
Mas também é Verdade, como acentuou
maiores exportadores dêste continente.
uma publicação oficial, que "se excluir
Em São. Paulo e no Distrito Federal as fábri
mos
cas de perfumes e artigos
pós de arroz e, é claro, os perfumes, os demais pro dutos são manufaturados,
de
toucador
aumentam
cada ano, e as mais an
Dístr. Federal 21.604 32.034 69.471 79.472 69.936 111.261 138.893
consideràvelmente
instalações.'
dentifrícios,
os
na ■ sua quase totalidade,
tigas renovam e umpliain
São Paulo . . 19.054 27.042 96.447 115.293 59.922 138.351 95.876 R. G. do Sul . 1.448 2.631 9.952 9.981 8.178 9.952 11.869 Minas Gerais . 461 1.097 7.340 2.141 3.195 6.117 2.875 Pará . . . . 5.005 4.597 2.826 3.395 8.445 5.067 3.390
os
sabões para barbear, os
em fábricas le.gítimamente
.s n a s
brasileiras".
já estamos
Total: (incl. outros) Mi lhares de ob
jetos , . .'52.099 73.295 188.605 224.554 158.511 Contos . .
ESCOAMENTO DE AÇÜCAR DOS ESTADOS DO JVORTE
_
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38.995 61.690 231.452 274.281 270.097 274.281 270.097
Vemos que São Paulo, onde está
{Safra de 1944-45)
O quadro que publicamos mostra quais as unidades federadas
taram açúcar do Norte, na safra de 1944-45. Vemos, então, que
de rouges e carmíns líquidos;
localizada a maioria das fábricas de
11.315.078
perfumes e artigos de toucador do país,
quidas e óleos perfumados; 135.700
vidros
de
brilhantinas
lí
manteve o primeiro posto durante os
vidros de essências © óleo.s que consti
anos de 37.e 38. Em 1939 a produ
tuem matéria prima de perfumaria:.. .
ção do Distrito Federal ascendeu a i ...
51,38% sôbre o total, cabendo a São
48.107.831 sabões e sabonetes perfu mados e 22.200.095 sabões e sabone
Paulo 35,49%.
tes não perfumados ("Brasil", 1942).
Em 1942 o nosso país contava com
1.182 fábricas de perfumes e artigos
portante e já auto-
"maquillage",
suficiente, não pu demos conseguir, para elaborar este
•de beleza, etc., e
(1) E», certamente,
quina,
de
rosas,
um êrro de re
tônicos e tinturas
para cabelos; ...
visão. 1939, ai.
8.361.310
ponder a 1930,
deve
cai.xas
de pó de arroz; 11.335.396 vidro.s
■MÊf.
ESTADOS Importadores
Sacas
2.128.751
Muito embora a indústria de perfucosméticos seja, em nosso país,
Distrito Federal .. .. .. Rio Grande do Sul Bahia • Pará .. Paraná Outros Estados do Brasil
Uruguai
. .
..
..
296.298 231.041 217.600
> '..
Argentina
1.Ó10.054 1.350.201
..
TOTAL
1929.
30,5 23,0
19,3 4.2 .3,3
390.000 50.000
0,7
/
corres
^ sôbre o total
3,1 10,3 5,6
717.693
6.991.638
ou 35, ou talvez mesmo
r
midores.
Conclusão
uma indústria im
cie
tnto Federal e o Rio Grande do Sul foram, respectivamente, os p
^
corwu-
Fonte: "Monitor Mercantil" —• èol. n. 18.262.
Dicesto EcoNÓ^^co
exceto dos produtos que continuam su
MICO
PANO
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ALGODÃO EM RAMA
^ Serviço -de Estatística Econômica e Finanças, do Ministério da Fazenda, «»" ^ dos do. ' órgãos - centrais • - ' do I.B.G.E., divulga várias informações sobre as exportações ões brasileiras de algodão em rama, no período de janeiro a julho dos anos de Ifí 1944 1Q4/1 e /, 1945. TQ/ltr 1943,
'
'
'
Em dados absolutos, essa exportação foi, nos sete meses iniciais do primeiro do.s-anos em oprêço, de 28.406 toneladas, no valor de Cr$ 143.615.000.00.
Ein 1944 as vendas brasileiras de algodão, no mesmo período, elevaram-sc a 65^350 toneladas com o valor correspondente de Ct$ 398.290.000,00. innalmente, de janeiro a julho de 1945, último ano do período considerado, declinaram ligeiramente nossas vendas de algodão.' Elas se fizeram representar ^""^^rcio exterior com um total de 58.167 toneladas, no valor 5.226.000,00. Relativamente ao valor médio da tonelada, verifica-se Im '"^^rs favorável foi igualmente o de 1944. Assim, de 5.056 crftzeiros, de .. o cruzeiros no6.139 em 1944, parasempre situar-.^e a posição levemente inferiord ano próximo findo, se .'ntendo em vista unicamente período dos primeiros sete meses.
de algodão vem ^ o Estado c.Tporí<j<íor de Pernambuco.
tem sido o Estado de São Paulo. A seguir, ^ Os prmcipah- compradores do Brasil foram, por sua voz, a Grã-Bretanha, a
Suécia, a Espanha e a Colômbia. BRASIL
Safra cafeeira para 1946-47
Em comunicação dirigida u Socieda
. um total de 2.090.918.150 cafeeiros,
com a produção de 14.562.728 sacas, haverá una consumo interno de
4.032.338 sacas e um líquido exportá vel de 10.607.092 sacas. No que toca
de Rural Brasileira, o estatístico sr. José do Queiroz,Teles oferece um quadro da
particularmente a São Paulo, a estima
estimativa provável da safra cafeeira
tiva feita
para 1946-47. Considera-a ainda pe quena, ao compará-la com as de anos
em que se apuravam colheitas supenores a 20.000.000 de sacas. Em tô-
das as zonas cafeeiras do Brasil o au
mento previsto para a safra cm ques tão não irá além de 25% relativamente a anterior, calculada em 12.000.000 de sacas.
Os cálculos do sr. José de Queiroz Teles compreendem os Estados de San
ta Catarina, Bahia, Espírito Santo, Goiá.s, Minas Gerais, Paraná, Pernam buco, Rio de Janeiro e São Paulo. Para
lhe
atribui
1.004.488.979
cafeeiros, dos quais 88.000.000 novos. Para um total de 7.495.033 sacas, sai rão 5.895.033 para os portos de em
barque e 1.600.000 para o consumo interno.
Portos liberados
A Comissão de Marinha Mercante de
liberou que em todos os pequenos por tos não organizados do litoral brasileiro e dentro das linhas autorizadas, os ar
madores — respeitadas as tabelas de fre te em vigor — poderão angariar e car rear livremente as cargas exislente.s.
jeitos ao regime de economia dirigida, subordinados a autarquias oficiais, tais como açúcar, sal, pinho, etc.
Da mesma forma, são liberados, para efeito de embarques, os portos organi zados de Manaus, Natal, Cabedelo, Ma ceió, Ilhéus, Niterói, Angra dos Reis, Paranaguá, Imbituna o Laguna. Nas mesmas condições os portos do Rio de Janeiro e Santos já estão libe rados no que se refere aos carregamen tos para os portos do sul do país. Devido a um relativo acúmulo de
mercadorias transportadas para o norte do país, a Comissão de Marinha Mer cante resolveu prosseguir'temporaria mente no controle dos embarques no
Rio de Janeiro e em Santos para. aque
la parte do território nacional.
Padrão de vida no Rio Grande do Sul O Departamento Estadual de Esta
tística do Rio Grande do Sul, segundo o que lemos na "Revista Brasileira de Estatística", promoveu um inquérito sô-
93
"É muito comum — comenta o rela
tório do Departamento Estadual dc Es tatística do Rio Grande — e uso quase generalizado, o funcionário distribuir uma parte dos seus vencimentos a cada
credor ou satisfazer uns com o prejuízo de outros".
Produtos de origem mineral Num dos ramos da economia brasi
leira, o que diz respeito aos produtos do origem rhincral, verifica-se mie atin-
go a quase uma centena a varicdàde das matérias primas exportadas por nosso
país, segundo dados fornecidos pelo Ser viço de Estatística da Produção do Mi nistério da Agricultura. Muitos produ tos que, antes da guerra, mal figura vam nos índices de nossa produção mi
neral agora aciipam uma posição dc primeira plana. Cita-se, como exemplo, a bauxita. Trata-se, como se sabe, de um minério de alumínio mtensamente
consumido pela indústria bebca das Niw
brc o padrão de vida dos funcionários públicos e classes sindicalizadas em 29
cões Unidas. Em 1936, a baimta fi gurava com o total exportado de sete Slhões dc quilos. Daí em diante foi ^
va despesas com empregadas, nem com medico, dentista, cinema e jornais, sen
& nos indiçes estatísticos da produ-
cidades daquele Estado. Dos 220 ques progredindo extraordinàriamente ate tionários distribuídos, apenas 54 foram atingir, em 1943. a soma de /6.761.232 devolvidos. Verificou-sc que a maio ''"como essa, outras matérias primas, alria das famílias informantes não acusa
m.ma? do taportànoia estratemca, sm-
mineral, como, por ex_emplo, argila do elevado também o número das que S refeatária, caolim, gte em bni o ou pre filhos. O maior número de Èamílías parado granito, águas marinhas, arnedWnos, prata em resíduos e nao com filhos tem o seu chefe percebendo Sas, Ppecificad.a, topázios, turma,mas, benvencimentos inferiores a Cr$ 1.000,00. não gastam com frutas ou instrução dos
colnmbita, hematita, volframo, rutilo, A receita das 54 famílias inqueridas, Io tantalita, aço, ferro preparado, siHca, ci mento e ainda outras econòmicamente 42.056,60, dando, em média, por fa menos importantes. mília, Cr$ 778,81, o 141,12, por pes num mes, atingiu a soma de Cr$.;.
soa. A receita média diária por famí
lia ó de Cr$ 25,96 e 4,70 por pessoa. Da receita e despesa diária resulta
um "déficit" de Cr? 9,09 por família e 1,65 por pessoa. Apuram-sc, assim,
Do Exterior argentina Fiava linha aérea
o.s seguintes "deficits" mensais: Cr§.. .
O governo da Argentina — noticia a
272,84, por família e 49,44 por pessoa.
revista americana "Newsweek" — decre-
Dicesto EcoNÓ^^co
exceto dos produtos que continuam su
MICO
PANO
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ALGODÃO EM RAMA
^ Serviço -de Estatística Econômica e Finanças, do Ministério da Fazenda, «»" ^ dos do. ' órgãos - centrais • - ' do I.B.G.E., divulga várias informações sobre as exportações ões brasileiras de algodão em rama, no período de janeiro a julho dos anos de Ifí 1944 1Q4/1 e /, 1945. TQ/ltr 1943,
'
'
'
Em dados absolutos, essa exportação foi, nos sete meses iniciais do primeiro do.s-anos em oprêço, de 28.406 toneladas, no valor de Cr$ 143.615.000.00.
Ein 1944 as vendas brasileiras de algodão, no mesmo período, elevaram-sc a 65^350 toneladas com o valor correspondente de Ct$ 398.290.000,00. innalmente, de janeiro a julho de 1945, último ano do período considerado, declinaram ligeiramente nossas vendas de algodão.' Elas se fizeram representar ^""^^rcio exterior com um total de 58.167 toneladas, no valor 5.226.000,00. Relativamente ao valor médio da tonelada, verifica-se Im '"^^rs favorável foi igualmente o de 1944. Assim, de 5.056 crftzeiros, de .. o cruzeiros no6.139 em 1944, parasempre situar-.^e a posição levemente inferiord ano próximo findo, se .'ntendo em vista unicamente período dos primeiros sete meses.
de algodão vem ^ o Estado c.Tporí<j<íor de Pernambuco.
tem sido o Estado de São Paulo. A seguir, ^ Os prmcipah- compradores do Brasil foram, por sua voz, a Grã-Bretanha, a
Suécia, a Espanha e a Colômbia. BRASIL
Safra cafeeira para 1946-47
Em comunicação dirigida u Socieda
. um total de 2.090.918.150 cafeeiros,
com a produção de 14.562.728 sacas, haverá una consumo interno de
4.032.338 sacas e um líquido exportá vel de 10.607.092 sacas. No que toca
de Rural Brasileira, o estatístico sr. José do Queiroz,Teles oferece um quadro da
particularmente a São Paulo, a estima
estimativa provável da safra cafeeira
tiva feita
para 1946-47. Considera-a ainda pe quena, ao compará-la com as de anos
em que se apuravam colheitas supenores a 20.000.000 de sacas. Em tô-
das as zonas cafeeiras do Brasil o au
mento previsto para a safra cm ques tão não irá além de 25% relativamente a anterior, calculada em 12.000.000 de sacas.
Os cálculos do sr. José de Queiroz Teles compreendem os Estados de San
ta Catarina, Bahia, Espírito Santo, Goiá.s, Minas Gerais, Paraná, Pernam buco, Rio de Janeiro e São Paulo. Para
lhe
atribui
1.004.488.979
cafeeiros, dos quais 88.000.000 novos. Para um total de 7.495.033 sacas, sai rão 5.895.033 para os portos de em
barque e 1.600.000 para o consumo interno.
Portos liberados
A Comissão de Marinha Mercante de
liberou que em todos os pequenos por tos não organizados do litoral brasileiro e dentro das linhas autorizadas, os ar
madores — respeitadas as tabelas de fre te em vigor — poderão angariar e car rear livremente as cargas exislente.s.
jeitos ao regime de economia dirigida, subordinados a autarquias oficiais, tais como açúcar, sal, pinho, etc.
Da mesma forma, são liberados, para efeito de embarques, os portos organi zados de Manaus, Natal, Cabedelo, Ma ceió, Ilhéus, Niterói, Angra dos Reis, Paranaguá, Imbituna o Laguna. Nas mesmas condições os portos do Rio de Janeiro e Santos já estão libe rados no que se refere aos carregamen tos para os portos do sul do país. Devido a um relativo acúmulo de
mercadorias transportadas para o norte do país, a Comissão de Marinha Mer cante resolveu prosseguir'temporaria mente no controle dos embarques no
Rio de Janeiro e em Santos para. aque
la parte do território nacional.
Padrão de vida no Rio Grande do Sul O Departamento Estadual de Esta
tística do Rio Grande do Sul, segundo o que lemos na "Revista Brasileira de Estatística", promoveu um inquérito sô-
93
"É muito comum — comenta o rela
tório do Departamento Estadual dc Es tatística do Rio Grande — e uso quase generalizado, o funcionário distribuir uma parte dos seus vencimentos a cada
credor ou satisfazer uns com o prejuízo de outros".
Produtos de origem mineral Num dos ramos da economia brasi
leira, o que diz respeito aos produtos do origem rhincral, verifica-se mie atin-
go a quase uma centena a varicdàde das matérias primas exportadas por nosso
país, segundo dados fornecidos pelo Ser viço de Estatística da Produção do Mi nistério da Agricultura. Muitos produ tos que, antes da guerra, mal figura vam nos índices de nossa produção mi
neral agora aciipam uma posição dc primeira plana. Cita-se, como exemplo, a bauxita. Trata-se, como se sabe, de um minério de alumínio mtensamente
consumido pela indústria bebca das Niw
brc o padrão de vida dos funcionários públicos e classes sindicalizadas em 29
cões Unidas. Em 1936, a baimta fi gurava com o total exportado de sete Slhões dc quilos. Daí em diante foi ^
va despesas com empregadas, nem com medico, dentista, cinema e jornais, sen
& nos indiçes estatísticos da produ-
cidades daquele Estado. Dos 220 ques progredindo extraordinàriamente ate tionários distribuídos, apenas 54 foram atingir, em 1943. a soma de /6.761.232 devolvidos. Verificou-sc que a maio ''"como essa, outras matérias primas, alria das famílias informantes não acusa
m.ma? do taportànoia estratemca, sm-
mineral, como, por ex_emplo, argila do elevado também o número das que S refeatária, caolim, gte em bni o ou pre filhos. O maior número de Èamílías parado granito, águas marinhas, arnedWnos, prata em resíduos e nao com filhos tem o seu chefe percebendo Sas, Ppecificad.a, topázios, turma,mas, benvencimentos inferiores a Cr$ 1.000,00. não gastam com frutas ou instrução dos
colnmbita, hematita, volframo, rutilo, A receita das 54 famílias inqueridas, Io tantalita, aço, ferro preparado, siHca, ci mento e ainda outras econòmicamente 42.056,60, dando, em média, por fa menos importantes. mília, Cr$ 778,81, o 141,12, por pes num mes, atingiu a soma de Cr$.;.
soa. A receita média diária por famí
lia ó de Cr$ 25,96 e 4,70 por pessoa. Da receita e despesa diária resulta
um "déficit" de Cr? 9,09 por família e 1,65 por pessoa. Apuram-sc, assim,
Do Exterior argentina Fiava linha aérea
o.s seguintes "deficits" mensais: Cr§.. .
O governo da Argentina — noticia a
272,84, por família e 49,44 por pessoa.
revista americana "Newsweek" — decre-
Digesto Econômico 94
criarão de uma linha de transporr.lreó controlada pelo Estado, a fin,
"Newsweek".
Êssc país .sempre foi riai
de cobre e de nitrato.s.
Contudo, os
atender às necessidades internas e en trar na concorrência internacional.
90.000.000 de galões de combustível lí quido que consome anualmente são re cebidos de fora. Desde 1942 que as
cão «prá será a a LADE LAUH' (Lineas (.^--meas Aéreas Aereas dei ücl
sondagens no território de Magallanc-s
A espinha dorsal da nova organiza-
95
ÜiOKSTo EcoNÓ^^co
de obra, o (pial varia de 1 a 2 dólares
mércio lutcmacional.
por hora".
verificou
ESTADOS
Executiva do presidente Truman deci
UNIDOS
de acôrdo
E.sla mudança .se com
uma
Ordem
dindo que as funções da FE A fossem transferidas aos Departrímcntos dc Es
Experiência socialista
tado, Comércio e Agricultura e tam
O governo norte-americano, segundo telegrama recente da Rcuters. pretende
bém à Corporação dc "Finanças de-Re
monte desolado da Terra do Fogo o
fazer experiências de socialismo num
construção.
território onde, dc acôrdo com todas as
autoridades, a iniciativa particular se
MÉXICO
Diz-se nos meios oficiais que a nova
petróleo já jorrou com força, fato teste munhado por Eduardo Octopu.s Simían o Lawrcnce K. Morris, este da Unilcd
rinha mercante do governo. Ela não afetará, contudo, as linhas internacio
Geophysical Co.. A sonda instalada no local alcançara então uma profundidade de 7.428 pés. O petróleo começou a
Estado), do cunho militar. As linhas
de propriedade particular, que operam no país, serão convidadas a participar da nova empresa.
d?, nu Vil
organização lera organização terá símilitüde biiinmuue com com aa
ma-
nais que já servem a Argentina, princi
vêm sendo realizadas.
As últimas no
tícias a respeito informam que nuia
palmente a Pan American e a Pan Ame-
fluir na proporção de um barril e meio
rican Grace Airways.
por minuto.
No dia .seguinte, depois dc uma via
A indústria argentina em 1944
gem perigosa, com mau tempo, através
do estreito de Magalhães, Simian che
lares na pesquisa de petróleo no terri tório de Magallahes, segundo informa ..
'A,' I
ços dc utilidade pública.
O problema Os
proporcionar padrão de vida decente Habitantes.
COLÔMBIA
Inversões americanas
Cultura do café
Um alto representante da Associação
O embaixador da Colômbia nos Es-
a situação da cultura cafccira em seu país: '
Nas plantações dc café, nós pagamos o salário médio de 10 centavos por ho
ra, moeda norte-americana, -a fim de po dermos vender o produto ao preço atual. Os trabalhadores são obrigados a utili cadorias norte-americanas manufatura
sentemente mais de 3.000.000 de dó
ano.s, no valor de trinta milhões de dó
giam aumento de 40% de salários. Al-
p.ira a metade de seus dois milhões de
zar parte do salário em compras de mer
O governo chileno está gastando pre
Aí o governador Guy Rexordt Tugwell e a legislatura local estão pondo em execução um plano dc seis
talada a sonda em questão.
maria, fez as .seguintes declarações sôbre
Pesquisas de ■petróleo
americano.
ção verificada na produção da prata mexicana. Essa diminuição foi de 500 onças, mais ou menos, durante a greve do seis semanas dos mineiros, que exi
ghill, nome do monte em que está ins
O índice geral correspondente ao tra
CHILE
contincnle
baSeavam-se na autorização da Organi zação de Administração de Preços nor te americana para compra de prata me-
Habitantes dessa loca
tado.s Unidos, sr. Carlos Saenz Santa-
mdices têm como período-base as mé dias mensais correspondentes a 1937.
do
recursos nela existentes sòmente podem
de dezembro de 1944, em comparação
ao ano de 1943. Todos esses números-
sudeste
básico c a super-população da ilha.
tróleo chileno.
com o do mesmo mês do ano de 1943, é de 16,3%.
o ano de 1944, foi de 131,1 represen tando uma elevação de 4,0% em relação
a
dírigiram-.se imediatamente para Sprin-
gou a Punta Arenas, a cidade mais me
aumento verificado nesta rubrica no mês
balho de operários na indústria, durante
quilômetros
Press — fornece dados .sôbre a diminui
neiros mas a maior parte permaneceu
lidade, entusiasmados com a boa no\'a,
anterior, um acréscimo de 12,8%. O
ilha de Puerto Rico, a mil e quinhentos
recentemente um telegrama da United
mico da agricultura, indústria c servi
diçe referente às somas dispendidas no
algarismos revelam, em relação ao ano
O local da experiência c a pequena
cuns pequenos produtores entraram em acôrdo com o Sindicato Nacional de Mi
ridional do mundo, com garrafas de pe
junto de determinadas atividades sub metidas a exame, elevou-se a 169,9. Tais
mento.
Produção de prata O Ministério da Economia — anunciou
lares, para o desenvolvimento econô
Em comunicado da Dixeccion Gene ral de Estadistica e Censos de Ia Nación Argentina se lê que o número-ín-
país, com salários ao operariado, duran te o ano de 1944, correspondente áo con
mostrou incapaz dc dominar a situação econômica agora em pleno desmorona
das, tais como ferramentas agrícolas, produtos farmacêuticos, etc., a preços que vigoram nos Estados Unidos, e são, às vezes, mais elevados' do que os esta belecidos de acôrdo com o custo da mão ii .li.
«Mil 1
de Banqueiros de Inversões da América
declarou publicamente que os filiados dessa entidade tem boas perspectivas de
prosperidade, num período que deverá durar,. no mínimo, dois anos.
Acres
centou que tal prosperidade será mate
rialmente aumentada se a eyolução das finanças internacionais se processar poi bom caminho.
Os "excedentes" no estrangeiro O destino a ser dado aos "excedentes"
qiie se encontram no exterior, e que estavam à disposição e sob a responsa bilidade da Administração de Economia Estrangeira, passou recentemente a ser
da competência de um dos departamen tos do Escritório de Operações do Co-
inativa. As reivindicações dos mineiros
Scana a 71 centavos por cinco onças, lnnZ\ente prata norte-ameequivaiei ao preço da autonzaçao, a prarmexicana ora ad-irtóa pelos EstaA,s Unidos na base âe 43 centavos por
""Sscír o'anmento_de preç^ o
tro 'r^Fazlnda determinou maioraçáo denrexicano taPf'" ™ de 40Í%ôb'e a produção, e distribuição do
uma
^'ire ii
"
metal Os proprietários dc mmas, po rém alegam que os lucros auferidos com êsse' aumento de preço foram absorvi dos pela nova tributação. ALEMANHA
A produção do^aço'
Segundo despacho da agência S.F.I,
apresentou-se novo e muito complexo problema a Comissão de Administração que atua em Berlim: a fixação do futu ro nível econômico da Alemanha.
Sur-
■ i
Digesto Econômico 94
criarão de uma linha de transporr.lreó controlada pelo Estado, a fin,
"Newsweek".
Êssc país .sempre foi riai
de cobre e de nitrato.s.
Contudo, os
atender às necessidades internas e en trar na concorrência internacional.
90.000.000 de galões de combustível lí quido que consome anualmente são re cebidos de fora. Desde 1942 que as
cão «prá será a a LADE LAUH' (Lineas (.^--meas Aéreas Aereas dei ücl
sondagens no território de Magallanc-s
A espinha dorsal da nova organiza-
95
ÜiOKSTo EcoNÓ^^co
de obra, o (pial varia de 1 a 2 dólares
mércio lutcmacional.
por hora".
verificou
ESTADOS
Executiva do presidente Truman deci
UNIDOS
de acôrdo
E.sla mudança .se com
uma
Ordem
dindo que as funções da FE A fossem transferidas aos Departrímcntos dc Es
Experiência socialista
tado, Comércio e Agricultura e tam
O governo norte-americano, segundo telegrama recente da Rcuters. pretende
bém à Corporação dc "Finanças de-Re
monte desolado da Terra do Fogo o
fazer experiências de socialismo num
construção.
território onde, dc acôrdo com todas as
autoridades, a iniciativa particular se
MÉXICO
Diz-se nos meios oficiais que a nova
petróleo já jorrou com força, fato teste munhado por Eduardo Octopu.s Simían o Lawrcnce K. Morris, este da Unilcd
rinha mercante do governo. Ela não afetará, contudo, as linhas internacio
Geophysical Co.. A sonda instalada no local alcançara então uma profundidade de 7.428 pés. O petróleo começou a
Estado), do cunho militar. As linhas
de propriedade particular, que operam no país, serão convidadas a participar da nova empresa.
d?, nu Vil
organização lera organização terá símilitüde biiinmuue com com aa
ma-
nais que já servem a Argentina, princi
vêm sendo realizadas.
As últimas no
tícias a respeito informam que nuia
palmente a Pan American e a Pan Ame-
fluir na proporção de um barril e meio
rican Grace Airways.
por minuto.
No dia .seguinte, depois dc uma via
A indústria argentina em 1944
gem perigosa, com mau tempo, através
do estreito de Magalhães, Simian che
lares na pesquisa de petróleo no terri tório de Magallahes, segundo informa ..
'A,' I
ços dc utilidade pública.
O problema Os
proporcionar padrão de vida decente Habitantes.
COLÔMBIA
Inversões americanas
Cultura do café
Um alto representante da Associação
O embaixador da Colômbia nos Es-
a situação da cultura cafccira em seu país: '
Nas plantações dc café, nós pagamos o salário médio de 10 centavos por ho
ra, moeda norte-americana, -a fim de po dermos vender o produto ao preço atual. Os trabalhadores são obrigados a utili cadorias norte-americanas manufatura
sentemente mais de 3.000.000 de dó
ano.s, no valor de trinta milhões de dó
giam aumento de 40% de salários. Al-
p.ira a metade de seus dois milhões de
zar parte do salário em compras de mer
O governo chileno está gastando pre
Aí o governador Guy Rexordt Tugwell e a legislatura local estão pondo em execução um plano dc seis
talada a sonda em questão.
maria, fez as .seguintes declarações sôbre
Pesquisas de ■petróleo
americano.
ção verificada na produção da prata mexicana. Essa diminuição foi de 500 onças, mais ou menos, durante a greve do seis semanas dos mineiros, que exi
ghill, nome do monte em que está ins
O índice geral correspondente ao tra
CHILE
contincnle
baSeavam-se na autorização da Organi zação de Administração de Preços nor te americana para compra de prata me-
Habitantes dessa loca
tado.s Unidos, sr. Carlos Saenz Santa-
mdices têm como período-base as mé dias mensais correspondentes a 1937.
do
recursos nela existentes sòmente podem
de dezembro de 1944, em comparação
ao ano de 1943. Todos esses números-
sudeste
básico c a super-população da ilha.
tróleo chileno.
com o do mesmo mês do ano de 1943, é de 16,3%.
o ano de 1944, foi de 131,1 represen tando uma elevação de 4,0% em relação
a
dírigiram-.se imediatamente para Sprin-
gou a Punta Arenas, a cidade mais me
aumento verificado nesta rubrica no mês
balho de operários na indústria, durante
quilômetros
Press — fornece dados .sôbre a diminui
neiros mas a maior parte permaneceu
lidade, entusiasmados com a boa no\'a,
anterior, um acréscimo de 12,8%. O
ilha de Puerto Rico, a mil e quinhentos
recentemente um telegrama da United
mico da agricultura, indústria c servi
diçe referente às somas dispendidas no
algarismos revelam, em relação ao ano
O local da experiência c a pequena
cuns pequenos produtores entraram em acôrdo com o Sindicato Nacional de Mi
ridional do mundo, com garrafas de pe
junto de determinadas atividades sub metidas a exame, elevou-se a 169,9. Tais
mento.
Produção de prata O Ministério da Economia — anunciou
lares, para o desenvolvimento econô
Em comunicado da Dixeccion Gene ral de Estadistica e Censos de Ia Nación Argentina se lê que o número-ín-
país, com salários ao operariado, duran te o ano de 1944, correspondente áo con
mostrou incapaz dc dominar a situação econômica agora em pleno desmorona
das, tais como ferramentas agrícolas, produtos farmacêuticos, etc., a preços que vigoram nos Estados Unidos, e são, às vezes, mais elevados' do que os esta belecidos de acôrdo com o custo da mão ii .li.
«Mil 1
de Banqueiros de Inversões da América
declarou publicamente que os filiados dessa entidade tem boas perspectivas de
prosperidade, num período que deverá durar,. no mínimo, dois anos.
Acres
centou que tal prosperidade será mate
rialmente aumentada se a eyolução das finanças internacionais se processar poi bom caminho.
Os "excedentes" no estrangeiro O destino a ser dado aos "excedentes"
qiie se encontram no exterior, e que estavam à disposição e sob a responsa bilidade da Administração de Economia Estrangeira, passou recentemente a ser
da competência de um dos departamen tos do Escritório de Operações do Co-
inativa. As reivindicações dos mineiros
Scana a 71 centavos por cinco onças, lnnZ\ente prata norte-ameequivaiei ao preço da autonzaçao, a prarmexicana ora ad-irtóa pelos EstaA,s Unidos na base âe 43 centavos por
""Sscír o'anmento_de preç^ o
tro 'r^Fazlnda determinou maioraçáo denrexicano taPf'" ™ de 40Í%ôb'e a produção, e distribuição do
uma
^'ire ii
"
metal Os proprietários dc mmas, po rém alegam que os lucros auferidos com êsse' aumento de preço foram absorvi dos pela nova tributação. ALEMANHA
A produção do^aço'
Segundo despacho da agência S.F.I,
apresentou-se novo e muito complexo problema a Comissão de Administração que atua em Berlim: a fixação do futu ro nível econômico da Alemanha.
Sur-
■ i
Digesto Econókuco
96
giram divergências entre a Inglaterra c as outras potências ocupantes. Ainda
mente, o primeiro carregamento cie 300 toneladas dêssc produto. ,
'4
não se poaem avaliar as possíveis con
seqüências dêsses antagonismos de opi
ESPANHA
/Imptomenfe gar
nião. Parece, contudo, serem grandes. Com efeito, decidira-se em Potsdam resolver-se até I.° de fe\'ereiro do cor
rente ano o problema geral de repara
Eletrificação de ferrovias
Telegrama da Reuters informa que o
ções. Acreditavam os ingleses servir o
Ígabinete espanhol aprovou planos de
total, já aceito, de 7.500.000 toneladas de aço para determinar o futuro nível
pleta de todas as estradas de ferro do
da indústria alemã. As três outras po
tências ocupantes consideram que o nível deve ser de 5.800.000 toneladas. É pojs, numa diferença de 1.700.000 to-
rnSadlr
ongo prazo para a eletrificação com
GENERAL MOTORS
paí.s, de bitola normal, agora nacionali zadas sob o nlome de R.E.N.F.E. —
Rede Nacional de Ferrocarriles Espanoles.
X
A primeira parte dessa conversão de
grancfe escala afeta cêrca de 4.500 qui produção alemã,
dri7 aéreos,depois é ainda de 17 f a 19 milhões, embora da nas_ de 100 mil. Prevê-se narde P-^o^ução tenhaumasiSoexpor ape-
tação de 600 mÜ toneladas anuais?^sò-
lômetros de estradas de ferro, dos 13
mil da Espanha. Contudo, as notícias referentes ao assunto não dizem quan do será executada essa obra gigantesca. O comunicado oficial anunciando a
decisão do governo admite "as condi
mente de produtos da indústria leve.
ções retrógradas das estradas de ferro
Nenhuma objeção poderia ter sido teita quanto ao montante e.xigido para a industria de aço alemã por parte dos Estados Umdos, França e União Sovié tica, especialmente se se lembrar que a
espanliolas, cujo número é insuficiente para atender às necessidades nacionais".
O comunicado passa a enumerar as vantagens que decorrerão da execução
do aludido plano, citando entre elas a
produção germâmca nesse ramo, em grande economia que se conseguirá com 1932, antes_ do advento do nazismo, foi a eletrificação das estradas e com a li de 6 milhões. Assim, o nível estabe- beração de 1.200 locomotivas a vapor,
íf sm KZ coiresponderá potências, isto ée, 5.800.000, às necessida des de uma Alemanha pacífica. Borracha sintética
Segundo informou a emissora do Pa ris, as fábricas alemãs de borracha sin tética, situadas na zona francesa de ocupação, reiniciaram a atividade. De vera ser enviado para a França, breve
urgentemente reclamadas pelas ferrovias que continuarão a funcionar como até
agora, ou que serão as últimas a serem beneficiadas pelo melhoramento em pers pectiva.
A maioria das estradas já eletrifi
Todo acumulador Delco é vendido sob ampia garantia da General Motors do Brasil. Êste é um dos 6 pontos de vantagem que Delco lhe oferece. Por isso, exija o acumulador de maior rendimento e de longa vida... Exija DELCO I
cadas na Espanha, num total pouco inferior a 1.600 quilômetros, está loca
lizada nas regiões norte e nordeste. As últimas a passarem por esse melhora mento foram as de Madríd-Escorial-Âvi-
la e Madri-Segóvia.
.Acumuêacüpied de C^ÁioÂidad^
DELCO PRODUTO
DA
GENERAL
MOTORS
'•
■^1
Digesto Econókuco
96
giram divergências entre a Inglaterra c as outras potências ocupantes. Ainda
mente, o primeiro carregamento cie 300 toneladas dêssc produto. ,
'4
não se poaem avaliar as possíveis con
seqüências dêsses antagonismos de opi
ESPANHA
/Imptomenfe gar
nião. Parece, contudo, serem grandes. Com efeito, decidira-se em Potsdam resolver-se até I.° de fe\'ereiro do cor
rente ano o problema geral de repara
Eletrificação de ferrovias
Telegrama da Reuters informa que o
ções. Acreditavam os ingleses servir o
Ígabinete espanhol aprovou planos de
total, já aceito, de 7.500.000 toneladas de aço para determinar o futuro nível
pleta de todas as estradas de ferro do
da indústria alemã. As três outras po
tências ocupantes consideram que o nível deve ser de 5.800.000 toneladas. É pojs, numa diferença de 1.700.000 to-
rnSadlr
ongo prazo para a eletrificação com
GENERAL MOTORS
paí.s, de bitola normal, agora nacionali zadas sob o nlome de R.E.N.F.E. —
Rede Nacional de Ferrocarriles Espanoles.
X
A primeira parte dessa conversão de
grancfe escala afeta cêrca de 4.500 qui produção alemã,
dri7 aéreos,depois é ainda de 17 f a 19 milhões, embora da nas_ de 100 mil. Prevê-se narde P-^o^ução tenhaumasiSoexpor ape-
tação de 600 mÜ toneladas anuais?^sò-
lômetros de estradas de ferro, dos 13
mil da Espanha. Contudo, as notícias referentes ao assunto não dizem quan do será executada essa obra gigantesca. O comunicado oficial anunciando a
decisão do governo admite "as condi
mente de produtos da indústria leve.
ções retrógradas das estradas de ferro
Nenhuma objeção poderia ter sido teita quanto ao montante e.xigido para a industria de aço alemã por parte dos Estados Umdos, França e União Sovié tica, especialmente se se lembrar que a
espanliolas, cujo número é insuficiente para atender às necessidades nacionais".
O comunicado passa a enumerar as vantagens que decorrerão da execução
do aludido plano, citando entre elas a
produção germâmca nesse ramo, em grande economia que se conseguirá com 1932, antes_ do advento do nazismo, foi a eletrificação das estradas e com a li de 6 milhões. Assim, o nível estabe- beração de 1.200 locomotivas a vapor,
íf sm KZ coiresponderá potências, isto ée, 5.800.000, às necessida des de uma Alemanha pacífica. Borracha sintética
Segundo informou a emissora do Pa ris, as fábricas alemãs de borracha sin tética, situadas na zona francesa de ocupação, reiniciaram a atividade. De vera ser enviado para a França, breve
urgentemente reclamadas pelas ferrovias que continuarão a funcionar como até
agora, ou que serão as últimas a serem beneficiadas pelo melhoramento em pers pectiva.
A maioria das estradas já eletrifi
Todo acumulador Delco é vendido sob ampia garantia da General Motors do Brasil. Êste é um dos 6 pontos de vantagem que Delco lhe oferece. Por isso, exija o acumulador de maior rendimento e de longa vida... Exija DELCO I
cadas na Espanha, num total pouco inferior a 1.600 quilômetros, está loca
lizada nas regiões norte e nordeste. As últimas a passarem por esse melhora mento foram as de Madríd-Escorial-Âvi-
la e Madri-Segóvia.
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DELCO PRODUTO
DA
GENERAL
MOTORS
'•
■^1
Tim
I 9
Tijolos e peças de alia reírafarledade Akffl™» — Sílko-Al«niiio«>^Silico»o.
•fali Refntám — Cúnento Refratíno
Às pessoas c/e gosfo aprimorado, desejosas de oferecer um presehfe sem par,suc|erimos uma visita á nossa casa.
,C^apmboi par» fvodiçte
(Ahimiaosos. Mirocsím. Zircflnto)
VENDAS A PRAZO
SILIMAX LTD A.
S. MAGALHÃES & CIA.
PRODUTOS CERÂMICOS REFRATÁRIOS fikritai Roí Alcides Q o e i r o i. «7 — S T O. A N D R £
Rua MarconL 84 -
DtfmrUMtw ^ VtmUs! Pnçi d* Sé. 297," /loJ*» s»l« < « « - "d j-iíji Sfo Poolo
Caixa Econômica Federal de Suo Paulo MOVIMENTO DE DEPÓSITOS E SAEDOS DE DEPOSITANTES
sk-
MÓVEIS
de AÇO
PARA ESCRITÓRIOS!
CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 1945
Foi o segruinte o Tnovimento total de depositantes: —
ENTRADAS; Quantidade
Iniciais ..- .. 53.640 Continuação 627.838
Total
Valor
Total
681.478
283.181.384,00' 1.125.992.760,20
— 1.409.174.144,20
Parciais .. 495.982 Liquidação.. 11.214
— 507.196
1.048.271.266,80 106.041.798,10:
— 1.154.313.064,90
Diferença
174.282
—
retiradas:
Cr$ 254.861.079,30
Pelos algarismos acima se vê que, entre as Entradas e as Retiradas, há uma diferença de 174.282 operações a favor das Entradas, na im portância de Cr$ 254.861.079,30. SALDOS DE DEPOSITANTES — O saldo total em 31 de dezembro
de 1945 era de Cr$ 1.848.817.025.80, a saber:
Cr$
Populares Prazo Fixo .. Especiais .. ..
Contratuais Total
rência de seus escritórios
equipando-os com Móveis de
■
—
PaDkuNIZE o serviço e apa
1.633.201.490,90 206.196.714,30 .. ..
3.173.043,00
6.245.777,60 1.848.817.025,80
O saldo em apreço está distribuído ern 5G1.379 cadernetas.
Aço Único. Resistentes, ele gantes, permanecem inalterá veis, pois são construídos de
aço especial, de alta tempe ra. Peça, sem compromis
so algum, a p eseriça de um nosso vendedor.
Fábrica de Cofres''ÚNICO" Ltda. ãbricct Ruc Coronel Carlos Oliva, 76 - Telefone 9-54ô1p' - Cglxo Postei, 30f4
Tim
I 9
Tijolos e peças de alia reírafarledade Akffl™» — Sílko-Al«niiio«>^Silico»o.
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Às pessoas c/e gosfo aprimorado, desejosas de oferecer um presehfe sem par,suc|erimos uma visita á nossa casa.
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(Ahimiaosos. Mirocsím. Zircflnto)
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MÓVEIS
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CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 1945
Foi o segruinte o Tnovimento total de depositantes: —
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681.478
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Parciais .. 495.982 Liquidação.. 11.214
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OFICINA DE CLICH .t
DESENHOS
COMPMIlIil SEGlRiDORil BRASILElRil
^ O
Funídada
em
1921
Sede; RUA DIREITA, 49 - SÃO PAULO
(Edifício próprio) í o
RÚA WASHINGTON LUIZ, 242
tO
CAPITAL INTEGRALMENTE REALIZADO Cr$- 10.000.000,00
FONE4-3111 • SÃO PAULO
> \o(
Io »At*
RESERVAS. MAIS DE CR$ 47.828.66i;00
Sinistros pagos desde a sua fundação em 1921 mais de Cr$ 92.636.871,80
.
*^
SEGUROS DE VIDA — FOGO — TRANSPORTES — AERONÁUTI
• . o ^
COS — ACIDENTES PESSOAIS — TIQUETES — RESPONSABILIDADE
CIVIL - FIDELIDADE £ DOENÇAS Filiais e Agencias em todo o Brasil J '^■■ií-.yyA
TELEFONES;,
- STUDIO
3-4592 - 3-4593 - 3-4594 - 3-4595 - 3-4596 e 3-4597
Endereço telegráfico "COSEBRAS" — Caixa Postal 1798
8011 MfiRCOHI 138 • V - S:306 - FONE 4-251
AGENTES EM TODOS
DESPACHOS
OS PORTOS DO PAíZ
MARÍTIMOS E AÉREOS
O
ti
ft -
cOt
com Pf'"'"'
'""^oV^ÁcucA»'°Ár'Ínha5, cevada ^
PRAÇA ANTONIO PRADO, S 11.0 AND. - FONE: 3-3344
SAO PAULO
.....ÍMIO- CARVAO,
e OUALOUE» MATÉRIA. í»
importação - exportação - CABOTAGEM - COLIS POSTAUX MATRIZi
.
90 OU
G«AO.
ensacaoeuas automáticas.
FILIAL I
R. QEN. CAMARA, 91
SOB.
FONEi 7-673
Bates Valve Bag <orp. of Brazil SÂO PAULO
8U A 8ASAO ITAOEIININGA »3 - IV
SANTOS
í*6M I r
Coi.a Po.iol
T.1.9
'•'•'O"*
U1.B
BaHibog»
<-5103.
OFICINA DE CLICH .t
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CASAS E TERRENOS
DESPACHANTE
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de cuidadoso estudo sobre a
oportunidade do negocio.
Junta Comercial —- Recebedoria Federal — Cartórios — Ser
viço Sanitário — Livros fiscais — Contratos, dLtratos, abcr» eiusis nsciis
mra, traruferência e baixa de firmas comerciais — Carteiras
de Identidade, Profissional e Saúde — Alvarás — Folhas OIRCÍORII. 00 SER.
corridas — Registros de marcas e patentes. Licenciamento de veículo — Substituição, obtenção e'revali
VIÇO DE TRáHsnO:
dação de cartas de motoristas e cocheiros — Transferências
DEIE6ICI1
Buscas e certidões — Requerimentos. Obtenção, retifiçação e revalidação de carteiras modelo 19 — Transferencia de Residência — Passaportes — Vistos Consula res — Serviços no Conselho Nacional de Imigração.
ISPECIAIIZAOA
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Escritório Comercial
Libero Badaró, 488 - 4.» - e. 39 - Tel. 6-5873 - S. Paulo
HUGO ABREU está habilitado para
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Escritório: Rua Monsenhor Andrade, 458
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