DIGESTO ECONÔMICO, número 16, março 1946

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DIGESTO

GCONOMICO SOB OS luspícios Dl ASSOCIAÇÍO COMERCIAL DE SAO PAULO E DD FEDERAÇÃO DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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S. Paulo

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Regulamentação do Direito de Greve — Redação

O Café e o A.lgodão na Economia Brasileira — Frederico Pimentel Gomes 23y/ Ford e a Fordlãndia — Matias Arrudao Organização do Sistema Bancário Brasileiro — Orlando Almeida Prado -

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Os Preços do Café — Secretaria Técnica do Instituto de Economia da ACSP 39^/'

p itda.

A Pordlandia e a '*Hévea Brasiliensis*' — Amando IMendes O Jornalismo na Literatura Brasileira — Ruy Bloem

52 /

fl'"^

Píova Frota para o Lloyd Brasileiro — Comodoro E. E, Brady Jr

69 /

predisposição aos Acidentes — João Carvalhaes

74 .

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Racionalização Industrial — J. P. Coeli

A\ /

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pesquisa e Análise de Mercado — Luís Mayer

^ Arine Xurgot, Estadista e Fisiocrata — S- Harcourt-Rivíngton Rstamos na Era Atômica — "Vinícius da Veiga

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perfumes e Cosméticos — Redação

86

panorama Econômico — Redação

92

p" N ® 16 — MARÇO DE 1946 — ANO 11

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DIGESTO ECOIVO^MICO Aparecendo no primeiro sábado de cada mês, o OKilCSTO ECONIÓMICO, publicado pela Editora Comercial Ltda., sob os auspícios

r

EraprêsaS^S

da Associação Comercia! de São Paulo e da Federação do Comercio do Estado de São Paulo, procura ser útil e preciso nas informações,

correto e sóbrio nos comentários, cômodo e elegante na apresentação,

dando aos seus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.

de Transportes Urgeofes Ltda.

Revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Pau

lo e os maiores do Brasil, tem por isso mesmo ampla divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos principais países sul-ame

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ricanos.

Para publicidade os interessados poderão dirigir-se às Agencias de Publicidade ou diretamente ao D-epartamento de Publicidade da Editora Comercial Ltda. (Viaduto Boa Vista, 67 7." — Tcl. 3-7499). Distribuidores no Brasil:

DISTRIBUIDORA EDITORIAL BRASILEIRA LTDA. Avenida Graça Aranha, 81 — 12.° andar — RÍo de Janeiro. Representantes na República Argentina:

INTER-PRENSA — Florida 229 — Buenos Aires — Argentina.

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. dos seus possuidores. O dinheiro ,corria para os grandes senhores, como os rios correm para o mar:

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M. OMOH Qualquer que seja o nosso ar tefato, desde o mais simples .bico ou chupeta. até os mais varia

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JANEISO — Avenida Rio Bronco, 3il

lelofono^ 23-I750 — (Rode interno)

I PORTO ALEGRE — Ruo Goriboldi, 298 — Tdeíone; 9-)002

Represenlonfe» I' ^^^RIZONTE: R. S. KOEPPEL. Ruo Rio de Janeiro, 324, t. 324, ^Grovri C P 324 em tod ot o> d odov do

SANTOS

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L. Figueiredo [Rio] S/A Rua São Lourenço 56

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Belo Horizonte

Rua Carijns 468 - l.®

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DI6ESTQ ECONOMICO

DICESTO

O MUNDO OOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

ECONOMICO

Publicado lob os auspícios da

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO • do

FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO

O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

DD ESTADO DE SÃO PAULO

i DIrotor-SuporIntendent*: RUy FONSECA

OaDigCStO EííOI

Ano 11

Sao Paulo - l^lar^to cie 1940

16

WO

DIroforott

RUy 6LOEM

RUI NOGUEIRA MARTINS

publicará no

17

Regulamentação do direito de greve

Gorent*]

W. A. OaSllva

O DIQESTO ECONÔMICO, ôrgAo de inforxzutcCet econdmicai e fixuoceirM,

d« propriedade da Bditdra Comercial Ltda., é publicado no primeiro eébado de ceda mCa.

'.'PANORAMA ECONÔMICO DA AMA ZÔNIA" — Pimentel Gomes

"UMA INCURSÃO PELO MUNIX DOS COLECIONADORES DE SK

mencionedM, nem pelos conceitos emiti doa em artíKos assinados.

Na transcrição de artisos pede-ae citar

o nome do OIGESTO ECONÔMICO.

Aceita-ae intercâmbio c/ publicaçSea congtoerea nacionais c eatrangeiraa. Número do mCa: Cr$ 3,oo Atrasado: . . . Cr$ 5,C0

"A AMAZÔNIA - SEU PRESENTE

SEU FUTURO" - Êrico R. Nobre "UMA NOVA POLÍTICA DE CONS TRUÇÃO" — José Wamberto "NOVA FASE POLÍTICA DO BRA SIL" — Vinícius da Veiga

"O ESPÍRITO

DO

Digesto Econômico (ano) Cr$ 30,00

HEMISFÉRIO

OCIDENTAL" - Harry W. Fnmtl "ORGANIZAÇÃO BANCARIA" - Or lando" Almeida Prado

ASSINATUfiASi

todo o pais. Em São Paulo, são recentes os

que se verificaram entre os trabalhadores da

Light and Power e entre os bancários, os últi mos, aliás, articulados com colegas de outros Estados. No momento de redigirmos êste co

LOS" — Redação A dlrecSo n&o ae responubiliza pelos dadM cujaa fontes estejam devidamente

llíoviMENTOS grevistas estalam e pipocam por

mentário, continuam em parede, declarada há dias cêrca de cem mil operários da indústria

de fiação e tecelagem e empregados nas emprêsas de ônibus. Sabe-se, igualmente, de ati tude idêntica da parte dos metalúrgicos. Do sul, chegam-nos também notícias pou

co tranquilizadoras. Porto Alegre, por exem plo — dizem-no os telegramas - se acha sem fornecimento de luz e de energia. A origem dêsse estado de coisas? Não é outra senão a

greve dos mineiros de São Jerónimo e Bufiá, iniciada a 29 de janeiro. Como a usina gera

dora de energia para aquela cidade é do tipo termoelétrico, e esta se viu desabastecida de carvão mineral, teve de racionar o forneci

Em conjunto com o B le>

mento de fôrça, limitando-o apenas às neces

tím Semanal da Associação

sidades essenciais, tais corno serviços públicos,

Comercial da São Paulo Ano

. .

Semestre

Cr$ 130.00

Cr$ 70,00

PadoçOo a Admlnlsfroçôot

entreposto de leite, hospitais, etc. As grcvc.^, ou os dissídios coletivos, que também SO alastram, são indícios veementes do

quo o organismo econômico do pais eslá Cll-

fermo. Como a febre na paloloaia humana,

VIADUTO BOA VISTA, 67.7.- ANDAR

trazem êles à superfície um mal estar ttkiís

TÉU Í-74P9. CAIXA POSTAL, S40.8

profundo, que urge combater noy mtí focos do infecção. Ao assumir as suas funções na

SAO PAULO

pasta da Fazenda, o ministru Custão Vidigal


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wr

O (:\i É i o

não alimentava ilusões a êste respeito. Homem prático, acostumado a ir diretalente à causa dos fenômenos, viu 7ogo a necessidade de um saneamento da moeda de limitação de gastos, de eliminação de obras suntuárias e de fomento à produção nacional.

ECOi\OMI/V

UR/VSILEIRil

Realmente, apenas por estas vias racionais poderemos romper o círculo vicioso

da crise em que nog debatemos, representado por um crescente encarecimento do custo de vida, que os aumentos sucessivos de salários não elinjinam. Êstes, como se sabe, apenas têm concorrido para transferir a um plano mais alto o nível dos preços. Dada a complexidade do problema, as soluções para tanto indicadas terão

por FnEDEnico Pimentel Gomes

( Do Corpo de Assistentes da Escola Superior dc

I.-

Agricultura "Luís de Queiroz") lESPECIAI. PARA C> "DIOESTO ECONÓMICO'*Í

de revestir-se de caracteres menos simplistas.

Reconhecendo embora a espontaneidade de muitas grevesjá manifestadas, ou que Trata-se de uma afirmativa contrária à rea

esião reponiando, industriais de São Pahlo chegaram à conclusão de que, alem dos fatores comuns,^ outros existem concorrendo para agravar a situação, já de si difícil. São fatôres políticos, ou, para sermos mais genéricos, extra-económicos. Em algu mas fábricas desta capital, casos houve de paredistas que, interrogados sobre os

lidade — esclarece o A. — dizer-se qíie o café ainda é o nuiis importante dos produtos agrí colas brasileiros. Sc o seu predomínio se ve

objetivos de seu movimento, respondiam singelamente: "Não temos reclamações

rifica na e.xportoção, o mesmo não aconiecc

especiais a fazer. . Estamos em greve porque recebemos ordens".

na cabotagem de 1941. Somadas as cifras

A verificação de tais fatos levou uma comissão de representantes das classes produtoras ao Rio de Janeiro, onde tiveram a oportunidade de expòr perante as mais altas autoridades do país o estado,, de coisas predominante em São Paulo. O govôrno, atendendo à importância da questão, que envolve aspectos vitais da economia brasileira, decidiu-se a expedir decreto-lei regulamentando as reivindi

correspotulenies a uma e outra, verifica-se a

primazia do algodão, com 2.581.000.000 de crtizeiros, em confronto com 2'.075.500.000 cruzeiros relativos ao café.

cações grevistas.

1. O Café

Não se trata, evidentemente, de negar o direito de greve. Fazô-lo, seria con

so que o açúcar caiu

Q cafeeiro é planta

sagrar esdruxulamente, precisarnente num momento de recuperação democrática, um dos recursos mais caraterísticos, e por isso mesmo contraproducente, dos Estados totalitários de tipo fascista. A Caria de Paz Social, que constitui um documento

História Econômica do mundo.

de sabedoria e de civismo das classes produtoras do país, de resto já indicou .o

sar disso, porém, seu passado é obs

caminho acertado para o estabelecimento de relações cordiais entre o capital e o trabalho. Mas, a exemplo do que já se procura legislar nos Estados Unidos e rio

curo, complicado e discutido.

Canadá, as greves deverão ser regulamentadas de maneira a não se tornarem, ape

foram as ilhas de java e Bourbon. En

nas, um instrumento de agitação estéril, muitas vêzes sem finalidade conhecida.

Eis porque estaria no pensamento do govêrno — e o dizemos com os elementos

de informação que possuímos no momento de redigirmos^ esta nota — determinar

que perca o operário paredista o direito ao respectivo salário. O direito de grecs não seria afetado em sua essência. Os riscos inerentes ao seu exercício limitariam,

bastante recente na

Ape

Os primeiros produtores importantes

a 2,2%. A borracha ini ciava então a sua bre-

vo carreira, já entrando com 10%. Durante todo o período da chamada

República Velha o café foi o rei do país. Empurrou a apagada província de S. Paulo dog^primeiros tempos do

tretanto, já em 1727 Francisco de Melo Palheta introduzia o cafeeiro no Pará

Império à posição de Estado líder da

e em 1760 ôle foi trazido para o Rio de Janeiro. E em 1822 já era o café

aldeia de 15.000 habitantes, que era

contudo, certos excessos por parte dos trabalhadores, vítimas, muitas vêzes, de

o terceiro produto na exportação do Brasil, vindo logo depois do açúcar e

sugestões estranhas aos seus próprios interêsses.

do algodão.

^

a 5,5% e o algodão

Dez anos depois o café tinha aleanr

çado o primeiro lugar, fornecendo 39% do total da exportação nacional, vindo

Federação Republicana.

Fez de uma

S. Paulo em 1840, a segunda cidade do

país, e a terceira da América do Sul.

Construiu ferrovias, povoou o sertão e

abriu caminho para o mar. Aparelhou o pôrto de Santos. S. Paulo, que era a quarta província, em população, no censo ,de 1872, já foi o terceiro Esta

em segundo lugar o açúcar^ com 30%,

do em 1890, e o segundo em 1900 e

6 em terceiro o algodão, com 12%. Daí por diante êle se manteve em primeiro lugar na nossa exportação, e

1920.

sua porcentagem foi subindo exagera-

imigrantes da Europa, e tomou-se dés pota absoluto depois que a borracha

damente. Em 1852 contribuiu com 49%

do total. E em 1889 com 66%, ao pas

O café fez política, fez empréstimos, endividou a Nação, trouxe milhões d© levou a breca.


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não alimentava ilusões a êste respeito. Homem prático, acostumado a ir diretalente à causa dos fenômenos, viu 7ogo a necessidade de um saneamento da moeda de limitação de gastos, de eliminação de obras suntuárias e de fomento à produção nacional.

ECOi\OMI/V

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Realmente, apenas por estas vias racionais poderemos romper o círculo vicioso

da crise em que nog debatemos, representado por um crescente encarecimento do custo de vida, que os aumentos sucessivos de salários não elinjinam. Êstes, como se sabe, apenas têm concorrido para transferir a um plano mais alto o nível dos preços. Dada a complexidade do problema, as soluções para tanto indicadas terão

por FnEDEnico Pimentel Gomes

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I.-

Agricultura "Luís de Queiroz") lESPECIAI. PARA C> "DIOESTO ECONÓMICO'*Í

de revestir-se de caracteres menos simplistas.

Reconhecendo embora a espontaneidade de muitas grevesjá manifestadas, ou que Trata-se de uma afirmativa contrária à rea

esião reponiando, industriais de São Pahlo chegaram à conclusão de que, alem dos fatores comuns,^ outros existem concorrendo para agravar a situação, já de si difícil. São fatôres políticos, ou, para sermos mais genéricos, extra-económicos. Em algu mas fábricas desta capital, casos houve de paredistas que, interrogados sobre os

lidade — esclarece o A. — dizer-se qíie o café ainda é o nuiis importante dos produtos agrí colas brasileiros. Sc o seu predomínio se ve

objetivos de seu movimento, respondiam singelamente: "Não temos reclamações

rifica na e.xportoção, o mesmo não aconiecc

especiais a fazer. . Estamos em greve porque recebemos ordens".

na cabotagem de 1941. Somadas as cifras

A verificação de tais fatos levou uma comissão de representantes das classes produtoras ao Rio de Janeiro, onde tiveram a oportunidade de expòr perante as mais altas autoridades do país o estado,, de coisas predominante em São Paulo. O govôrno, atendendo à importância da questão, que envolve aspectos vitais da economia brasileira, decidiu-se a expedir decreto-lei regulamentando as reivindi

correspotulenies a uma e outra, verifica-se a

primazia do algodão, com 2.581.000.000 de crtizeiros, em confronto com 2'.075.500.000 cruzeiros relativos ao café.

cações grevistas.

1. O Café

Não se trata, evidentemente, de negar o direito de greve. Fazô-lo, seria con

so que o açúcar caiu

Q cafeeiro é planta

sagrar esdruxulamente, precisarnente num momento de recuperação democrática, um dos recursos mais caraterísticos, e por isso mesmo contraproducente, dos Estados totalitários de tipo fascista. A Caria de Paz Social, que constitui um documento

História Econômica do mundo.

de sabedoria e de civismo das classes produtoras do país, de resto já indicou .o

sar disso, porém, seu passado é obs

caminho acertado para o estabelecimento de relações cordiais entre o capital e o trabalho. Mas, a exemplo do que já se procura legislar nos Estados Unidos e rio

curo, complicado e discutido.

Canadá, as greves deverão ser regulamentadas de maneira a não se tornarem, ape

foram as ilhas de java e Bourbon. En

nas, um instrumento de agitação estéril, muitas vêzes sem finalidade conhecida.

Eis porque estaria no pensamento do govêrno — e o dizemos com os elementos

de informação que possuímos no momento de redigirmos^ esta nota — determinar

que perca o operário paredista o direito ao respectivo salário. O direito de grecs não seria afetado em sua essência. Os riscos inerentes ao seu exercício limitariam,

bastante recente na

Ape

Os primeiros produtores importantes

a 2,2%. A borracha ini ciava então a sua bre-

vo carreira, já entrando com 10%. Durante todo o período da chamada

República Velha o café foi o rei do país. Empurrou a apagada província de S. Paulo dog^primeiros tempos do

tretanto, já em 1727 Francisco de Melo Palheta introduzia o cafeeiro no Pará

Império à posição de Estado líder da

e em 1760 ôle foi trazido para o Rio de Janeiro. E em 1822 já era o café

aldeia de 15.000 habitantes, que era

contudo, certos excessos por parte dos trabalhadores, vítimas, muitas vêzes, de

o terceiro produto na exportação do Brasil, vindo logo depois do açúcar e

sugestões estranhas aos seus próprios interêsses.

do algodão.

^

a 5,5% e o algodão

Dez anos depois o café tinha aleanr

çado o primeiro lugar, fornecendo 39% do total da exportação nacional, vindo

Federação Republicana.

Fez de uma

S. Paulo em 1840, a segunda cidade do

país, e a terceira da América do Sul.

Construiu ferrovias, povoou o sertão e

abriu caminho para o mar. Aparelhou o pôrto de Santos. S. Paulo, que era a quarta província, em população, no censo ,de 1872, já foi o terceiro Esta

em segundo lugar o açúcar^ com 30%,

do em 1890, e o segundo em 1900 e

6 em terceiro o algodão, com 12%. Daí por diante êle se manteve em primeiro lugar na nossa exportação, e

1920.

sua porcentagem foi subindo exagera-

imigrantes da Europa, e tomou-se dés pota absoluto depois que a borracha

damente. Em 1852 contribuiu com 49%

do total. E em 1889 com 66%, ao pas

O café fez política, fez empréstimos, endividou a Nação, trouxe milhões d© levou a breca.


Dicesto Econômico

(^ 24

Em um país com pouca ind^tna e

como na guerra, embebido em cera e

escasso mercado interno, o cafe c-orria freqüentemente com mais de 60%

de incendiar as fortificaçõcs inimigas.

do total da exportação.

çhamejante na ponta das setas, a fim

A exportação do algodão da térra

Dicesto Econónuco

A produção cresceu praticamente sem vacilações até 1941.

Nos dois anos se

guintes ela baixou, para voltar a subir

em 1944, como mostra o quadro se

Sujeito desde o começo do século a crises periódicas, aproveitou a maré de-

começou muito- cedo, ao mesmo tempo

guinte.

flacionista de 1929 e arrastou na que

do tecidos grosseiros.

Estado de São Paulo:

da a República Velha. Continuou ain da a manter por alguns anos os seus

No fim do céciilo XVIII o rápido de senvolvimento da industria têxtil inelè-

60 óu 70% na exportação tota! do Pais,

sa elevou os preços do algodão a al^-

mas a sua posição estava radicalmente

ras extraordináría.s e a c.xportação nacio

abalada.

nal foi muito ativa. Logo, porém, os Estados Unidos, qne antes importavam

O algodão, o velho competidor, vol tava a levantar a cabeça, e desta vez

era o Estado de São Paulo que o cor

tejava. Outros produtos tomaram" po sição. E o café foi caindo de 72% em

1931 e 73% em 1932 a 46% em 1936,

40% em 1939, 26% em 1942. Depois revigorou-se um pouco e passou a 32% em 1943 e 36% em 1944.

O café ainda é o primeiro produto

de exportação do País, mas perdeu, talvez írremediàvelmente, o posto ímpar que tinha na economia brasileira.

O papel mais importante é hoje re presentado pelo algodão, com seus nu

merosos sub-produtos e as indústrias que dêle dependem. 2. O Algodão

Em contraste com q cafeeíro, o al-

fodoeiró é planta conhecida e cultivada á muitos milhares de anos, pelo me

nos na China é na índia. Na América

]'á era cultivado pelos índios na época do descobrimento.

Supõe-se, porém, que a Europa só veio a conhecer o algodão quando Cris tóvão Colombo para lá levou os pri meiros fardos americanos. E a predo minância do produto na indústria de tecidos ó relativamente recente, datan do de menos de 200 anos, de acordo

com José Jobím. Os índios brasileiros conheciam e cul

quo se desenvolvia no pais a fabricação

Produção de algodão em pluma no % sobre o Anos

algodão do Brasil, expandiram suas cul turas e nos puseram fora de combate, com graves prejuízos para as regiões produtoras da época, que eram princi Por ocasião da Guerra de Secessão a

1936 1937

indústria inglêsa sofreu nova falta de matéria prima, pois a luta arruinou as plantações norte-americanas e o bloqueio sufocou a e.\portação. E o algodao aicançou novamente preços altíssimos, que acarretaram nova fase de prosperidade

aos nossos produtores dessa fibra. As plantações se estenderam, por algum tem

po. Mas a volta dos Estados^ Unidos ao

mercado esmagou a produção brasilei ra, incapaz de competir com a ianque no comércio internacional. Mas o con sumo interno sempre crescente contri buiu cada vez mais para manter uma

certa produção no Nprde.ste do Brasil. E essa produção tendia mesmo cons tantemente a aumentar, ainda que len tamente.

Foi a crise do café, resultante da cri

se mundial de 1929, que veio dar novo rumo à economia algodoeira nacional. Com a ruína da lavoura cafeeira os pau

listas se voltaram para o velho recurso

do plantar algodão. E a produção do Estado cresceu com grande rapidez, gra

ças principalmente às facilidades de transporte, capital e braços legados pelo café e ao sáoio controle e orientação

tivavam o algodoeiro e utilizavam o al

que a Secretaria da Agricultura soube

godão tanto na paz, para cordas e redes

estabelece/.

total do País

esforçado por eliminá-la. Mas na se gunda metade do século XVIII essa industiia era florescente no Maranhão e em Minas quando em 1785 a rainha de

Portugal, p. Maria I, mandou confiscar brasileiros, com exceção ape nas dos que produziam tecidos gros seiros para escravos e sacaria.

Entretanto, uma série de invenções 1930 1931 1932 1933 1934 1935

palmente o Maranliáo e Pernambuco.

Toneladas

mais grosseiros utilizados na Colônia,

embora q go\-êrno português se tenha

1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944

3.934

10.500 21.272 34.748 102.296 98.207 176.810 202.618 248.296 273.264 307.377 380.768 282.665

375.098 483.193

3,1 10.3 27,8

realizadas no fim do século

23,5 36.0 33.1 50.5

. j,b. deram extraordinário impulso à industria inglesa de tecidos. E a invenção do descaroçador nos Estados Unidos, juntamente com o crescente aproveitamento da máquina a vapor, completaram as condições que vieram

49.4 56.4

tria de tecidos comparável à atual.

63,1

permitir o aparecimento de uma indús

Mas não foi senão em 1869, depois

65.5

de algumas outras tentati\as infrutífe

74.6 75.0

ras, que surgiu no Brasil, em Itu, a pri meira fábrica de tecidos provida de apa-

75.5 79.1

relhamento moderno. (1) Daí por dian

A produção nacional, que provinha

quase tôda do Nordeste do País, e prin

cipalmente dos Estados de Paraíba, Cea-

te o progresso foi rápido. Por todo o País se multiplicaram as Instalações. Em 1901 o consumo de algodão do

Brasil já se elevava a 31.000 tonela das, que representavam quase três quar-

Rio Grande do Norte e Pernambu co,. passou a ser colhida na sua malòr 'tos da safra nacional. Em 1930 o Brasil já eia auto-sufi parte — mais de três quartos — em São

Paulo. Isso veio elevar o Brasil à po sição de quarto produtor mundial de al godão, logo depois dos Estados Unidos,

da índia e da U.R.S.S.. E cumpre não esquecer que a capacidade de pro^ dução do Estado está longe de atingir

ciente em matéria de tecidos de algo dão. A importação que ainda se fazia

era insignificante.

Hoje a indústria de tecidos atravessa invejável fase de progresso, pois além de suprir as necessidades internas, ela

o máximo, podendo ainda crescer mui

contribui em grande escala para a expor

to, se não houver algum imprevisto.

tação ,do País. Nos últimos três anos

3. A indústria nacional de tecidos

A fiação e tecelagem do algodão já se praticavam no Brasil antes mesmo do

os tecidos de algodão têm ocupado o segundo lugar na nossa exportação to tal. O quadro seguinte indica bem o progresso realizado nesse setor.

Exportação brasileira de produtos ma

descobrimento, como já esclarecemos atras. Com o inicio da colonização essa

nufaturados de algodão:

industria passou a fornecer os panos

(1) Ver "Digesto Econômico", n.® 4.


Dicesto Econômico

(^ 24

Em um país com pouca ind^tna e

como na guerra, embebido em cera e

escasso mercado interno, o cafe c-orria freqüentemente com mais de 60%

de incendiar as fortificaçõcs inimigas.

do total da exportação.

çhamejante na ponta das setas, a fim

A exportação do algodão da térra

Dicesto Econónuco

A produção cresceu praticamente sem vacilações até 1941.

Nos dois anos se

guintes ela baixou, para voltar a subir

em 1944, como mostra o quadro se

Sujeito desde o começo do século a crises periódicas, aproveitou a maré de-

começou muito- cedo, ao mesmo tempo

guinte.

flacionista de 1929 e arrastou na que

do tecidos grosseiros.

Estado de São Paulo:

da a República Velha. Continuou ain da a manter por alguns anos os seus

No fim do céciilo XVIII o rápido de senvolvimento da industria têxtil inelè-

60 óu 70% na exportação tota! do Pais,

sa elevou os preços do algodão a al^-

mas a sua posição estava radicalmente

ras extraordináría.s e a c.xportação nacio

abalada.

nal foi muito ativa. Logo, porém, os Estados Unidos, qne antes importavam

O algodão, o velho competidor, vol tava a levantar a cabeça, e desta vez

era o Estado de São Paulo que o cor

tejava. Outros produtos tomaram" po sição. E o café foi caindo de 72% em

1931 e 73% em 1932 a 46% em 1936,

40% em 1939, 26% em 1942. Depois revigorou-se um pouco e passou a 32% em 1943 e 36% em 1944.

O café ainda é o primeiro produto

de exportação do País, mas perdeu, talvez írremediàvelmente, o posto ímpar que tinha na economia brasileira.

O papel mais importante é hoje re presentado pelo algodão, com seus nu

merosos sub-produtos e as indústrias que dêle dependem. 2. O Algodão

Em contraste com q cafeeíro, o al-

fodoeiró é planta conhecida e cultivada á muitos milhares de anos, pelo me

nos na China é na índia. Na América

]'á era cultivado pelos índios na época do descobrimento.

Supõe-se, porém, que a Europa só veio a conhecer o algodão quando Cris tóvão Colombo para lá levou os pri meiros fardos americanos. E a predo minância do produto na indústria de tecidos ó relativamente recente, datan do de menos de 200 anos, de acordo

com José Jobím. Os índios brasileiros conheciam e cul

quo se desenvolvia no pais a fabricação

Produção de algodão em pluma no % sobre o Anos

algodão do Brasil, expandiram suas cul turas e nos puseram fora de combate, com graves prejuízos para as regiões produtoras da época, que eram princi Por ocasião da Guerra de Secessão a

1936 1937

indústria inglêsa sofreu nova falta de matéria prima, pois a luta arruinou as plantações norte-americanas e o bloqueio sufocou a e.\portação. E o algodao aicançou novamente preços altíssimos, que acarretaram nova fase de prosperidade

aos nossos produtores dessa fibra. As plantações se estenderam, por algum tem

po. Mas a volta dos Estados^ Unidos ao

mercado esmagou a produção brasilei ra, incapaz de competir com a ianque no comércio internacional. Mas o con sumo interno sempre crescente contri buiu cada vez mais para manter uma

certa produção no Nprde.ste do Brasil. E essa produção tendia mesmo cons tantemente a aumentar, ainda que len tamente.

Foi a crise do café, resultante da cri

se mundial de 1929, que veio dar novo rumo à economia algodoeira nacional. Com a ruína da lavoura cafeeira os pau

listas se voltaram para o velho recurso

do plantar algodão. E a produção do Estado cresceu com grande rapidez, gra

ças principalmente às facilidades de transporte, capital e braços legados pelo café e ao sáoio controle e orientação

tivavam o algodoeiro e utilizavam o al

que a Secretaria da Agricultura soube

godão tanto na paz, para cordas e redes

estabelece/.

total do País

esforçado por eliminá-la. Mas na se gunda metade do século XVIII essa industiia era florescente no Maranhão e em Minas quando em 1785 a rainha de

Portugal, p. Maria I, mandou confiscar brasileiros, com exceção ape nas dos que produziam tecidos gros seiros para escravos e sacaria.

Entretanto, uma série de invenções 1930 1931 1932 1933 1934 1935

palmente o Maranliáo e Pernambuco.

Toneladas

mais grosseiros utilizados na Colônia,

embora q go\-êrno português se tenha

1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944

3.934

10.500 21.272 34.748 102.296 98.207 176.810 202.618 248.296 273.264 307.377 380.768 282.665

375.098 483.193

3,1 10.3 27,8

realizadas no fim do século

23,5 36.0 33.1 50.5

. j,b. deram extraordinário impulso à industria inglesa de tecidos. E a invenção do descaroçador nos Estados Unidos, juntamente com o crescente aproveitamento da máquina a vapor, completaram as condições que vieram

49.4 56.4

tria de tecidos comparável à atual.

63,1

permitir o aparecimento de uma indús

Mas não foi senão em 1869, depois

65.5

de algumas outras tentati\as infrutífe

74.6 75.0

ras, que surgiu no Brasil, em Itu, a pri meira fábrica de tecidos provida de apa-

75.5 79.1

relhamento moderno. (1) Daí por dian

A produção nacional, que provinha

quase tôda do Nordeste do País, e prin

cipalmente dos Estados de Paraíba, Cea-

te o progresso foi rápido. Por todo o País se multiplicaram as Instalações. Em 1901 o consumo de algodão do

Brasil já se elevava a 31.000 tonela das, que representavam quase três quar-

Rio Grande do Norte e Pernambu co,. passou a ser colhida na sua malòr 'tos da safra nacional. Em 1930 o Brasil já eia auto-sufi parte — mais de três quartos — em São

Paulo. Isso veio elevar o Brasil à po sição de quarto produtor mundial de al godão, logo depois dos Estados Unidos,

da índia e da U.R.S.S.. E cumpre não esquecer que a capacidade de pro^ dução do Estado está longe de atingir

ciente em matéria de tecidos de algo dão. A importação que ainda se fazia

era insignificante.

Hoje a indústria de tecidos atravessa invejável fase de progresso, pois além de suprir as necessidades internas, ela

o máximo, podendo ainda crescer mui

contribui em grande escala para a expor

to, se não houver algum imprevisto.

tação ,do País. Nos últimos três anos

3. A indústria nacional de tecidos

A fiação e tecelagem do algodão já se praticavam no Brasil antes mesmo do

os tecidos de algodão têm ocupado o segundo lugar na nossa exportação to tal. O quadro seguinte indica bem o progresso realizado nesse setor.

Exportação brasileira de produtos ma

descobrimento, como já esclarecemos atras. Com o inicio da colonização essa

nufaturados de algodão:

industria passou a fornecer os panos

(1) Ver "Digesto Econômico", n.® 4.


,|Ç- «713^

Dicesto Econômici»] 26

Cfti2«iroA

An£>5

1939

30.339.000

1940

69.986.000

1941

220.095.000

1942

797.272.000

1943

1.104.250.000

1944

1.046.200.000

Em 1942 a produção nacional de te cidos foi estimada em 4.100 milhões

de cmzeiros. Nesse ano a exportação de café subiu apenas a 1.966 milhões do cruzeiros.

Exportação brasileira cin

Qifé 2.017.000.000,0í| 1 produtos .... 1.493.000.000,#'|

Cabotagem brasileira em 1941:

Algodão e seus L prodnto.s 1.0S8.000.000.0P

'

èlevado. Ora, se o café só é expori.v do como café, o algodão sai do Pa«S

Na cabotagem, porém, êle tem um

papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:

Algodão

línter, torta, fios, tecidos; etc. E e assim também que circula no território| nacional. Aparece, portanto, fradonado nas estatísticas.

Isso diminui muito, aos olhos menos

Por exemplo, o geógrafo brasileiro

Aroldo de Azevedo indica. os seguintes

Produção brasileira em milhões de

valores para a produção nacional de al godão e café em 1939.

cruzeiros:

1940

1941

1942

1.756

1.772

1.790

1-344

1.359

1.491

Cr$

Algodão Café

1.763.188.000,00 1.667.247.000,00

Algodão e seu caroço Café

Escolhemos o ano de 1939 porque

ciam bem o que afirmamos.

que têm aflígiao a lavoura cafeeira nos

da não há dados completos para o café,

'

Algodão e seus produtos Cx%

1.075.000.000,00 1.493.000.000,00 1.735.000.000,00

respondente ao café queimado, inteira

madas 76.844.500 sacas de café, isK* ó, u'a média anual dc pouco mais 6.400.000 sacas, correspondentes »»

mente inútil para a economia nacional.

(1) o autor, evidentemente, inclui neS»

período de 1931 a 1942 foram quei

Nos anos que se seguiram a predo minância do algodão se acentuou ain da mais, como mostra o qu.adro seguinte:

Não conseguimos obter os dados cor respondentes a 1943. Para 1944 ain

1.357.000.000,00

Ora, nos 12 anos correspondentes ao

de que se levem em conta as conside rações que fizemos.

dos efeitos da guerra e das calamidades

1.159.000.000,00

c) Não se costuma subtrair do va

uma importância econômica bem supe

decorreu normalmente para nós, livre

godoeira. Os dados, seguintes eviden

1940 838.000.000,00 1941 ,1.010.000,000,00 1942 644.000.000,00

lor da produção cafeeira a quantia cor

" Cr$ Café 1.734.000.000,00 Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00

atentos, a contribuição da economia ol-

Cr$

1939

mente os seguintes dados:

cidos não deixam de ter significação.

como algodão, como óleo comesüvcl.

Exportação bràsileira

Anos

dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada

ticas agrícolas. Constituem importante

rior à que geralmente lhe atribuem, c^s-^

tante. Os motivos que conduzem a essa

damente.

3.520.000 sacas de café para uma pro

orodulos .. 2.581.000.000.00 Café .V... 2.075.500.000,00

godão, que são numerosos c de valor

do País, e neste o café domina folga-

consult<á-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís

E nos permitem indicar para o algodão

mesmo a tomá-lo como o único impor

a) Em geral só se examinam as es tatísticas referentes ao comércio exterior

Mas se lex-annos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ....

Altioclão c .seus

no mercado interno, não se costuma^ levar em conta os sub-produto.s do al

afirmativa contrária à realidade são os

bre a produção de café.

Apes.ar disso, porém, os ciados conhe

rado como o mais importante dos pro dutos agrícolas brasileiros. Chega-se •«eguintes:

enorme discordância entre os dados so

marítimo de longo curso e cabotagem.

b) Tanto no comércio exterior comol

O café ainda é geralmente conside

nacional

exceção as que se referem ao comércio

Se somarmos a cabotagem ao com^ cio exterior, vamos ter os dados sepiin*

cia do algodão:

5. O Café e o Algodão na economia

pouco dignas de fé. Quem costuma

.58.500.000,OC

tes, que evidenciam bem a predominaB-

ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à fibra e ao caroço somados. Não con seguimos xlescobrir, porém, o motivo da

sileira.

As estatísticas brasileiras são muito

CrS

4. Ai' causas de êrro,

27

pouco menos de 30/r da produção bra

.Algodão e .seus

Café

Dicesto Econômico

ta cifra, também, os produtos ma nufaturados. — Nota da Redação.

mas para o algodão pode-se indicar a

últimos anos.

enorme quantia de 3.769 milhões de

Entretanto, iá o "Boletim do Conse

lho Federal de Comércio Exterior", ór

cruzeiros.

gão sempre cuidadoso e bem informa do, dá para o mesmo ano os seguintes dados sôbre o valor da produção bra

godão é ainda mais acentuado do que no resto do Pais. Em 1942 êsse Es

sileira.

tado produziu 75,00% do algodão bra sileiro contra apenas 61,66% do café.

Cr$

Algodão Café

Em São Paulo o predomínio do al

1.421.161.000.00 2.043.058.000,00 I

A diferença entre os dados referen

Êsses dados já evidenciam bem a van tagem que a lavoura algodoeira leva so bre a sua rival mais poderosa. Mas se

considerarmos que o algodão vai ali

tes .ao algodão tem fácil explicação. E' que o número fornecido pelo "Boletim

mentar não só a. maior das' indústrias brasileiras, qiio 6 a de tecidos, como as

QO Conselho Federal de Comércio Ex

importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,

terior" inclui apenas o algodão em plu-


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Dicesto Econômici»] 26

Cfti2«iroA

An£>5

1939

30.339.000

1940

69.986.000

1941

220.095.000

1942

797.272.000

1943

1.104.250.000

1944

1.046.200.000

Em 1942 a produção nacional de te cidos foi estimada em 4.100 milhões

de cmzeiros. Nesse ano a exportação de café subiu apenas a 1.966 milhões do cruzeiros.

Exportação brasileira cin

Qifé 2.017.000.000,0í| 1 produtos .... 1.493.000.000,#'|

Cabotagem brasileira em 1941:

Algodão e seus L prodnto.s 1.0S8.000.000.0P

'

èlevado. Ora, se o café só é expori.v do como café, o algodão sai do Pa«S

Na cabotagem, porém, êle tem um

papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:

Algodão

línter, torta, fios, tecidos; etc. E e assim também que circula no território| nacional. Aparece, portanto, fradonado nas estatísticas.

Isso diminui muito, aos olhos menos

Por exemplo, o geógrafo brasileiro

Aroldo de Azevedo indica. os seguintes

Produção brasileira em milhões de

valores para a produção nacional de al godão e café em 1939.

cruzeiros:

1940

1941

1942

1.756

1.772

1.790

1-344

1.359

1.491

Cr$

Algodão Café

1.763.188.000,00 1.667.247.000,00

Algodão e seu caroço Café

Escolhemos o ano de 1939 porque

ciam bem o que afirmamos.

que têm aflígiao a lavoura cafeeira nos

da não há dados completos para o café,

'

Algodão e seus produtos Cx%

1.075.000.000,00 1.493.000.000,00 1.735.000.000,00

respondente ao café queimado, inteira

madas 76.844.500 sacas de café, isK* ó, u'a média anual dc pouco mais 6.400.000 sacas, correspondentes »»

mente inútil para a economia nacional.

(1) o autor, evidentemente, inclui neS»

período de 1931 a 1942 foram quei

Nos anos que se seguiram a predo minância do algodão se acentuou ain da mais, como mostra o qu.adro seguinte:

Não conseguimos obter os dados cor respondentes a 1943. Para 1944 ain

1.357.000.000,00

Ora, nos 12 anos correspondentes ao

de que se levem em conta as conside rações que fizemos.

dos efeitos da guerra e das calamidades

1.159.000.000,00

c) Não se costuma subtrair do va

uma importância econômica bem supe

decorreu normalmente para nós, livre

godoeira. Os dados, seguintes eviden

1940 838.000.000,00 1941 ,1.010.000,000,00 1942 644.000.000,00

lor da produção cafeeira a quantia cor

" Cr$ Café 1.734.000.000,00 Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00

atentos, a contribuição da economia ol-

Cr$

1939

mente os seguintes dados:

cidos não deixam de ter significação.

como algodão, como óleo comesüvcl.

Exportação bràsileira

Anos

dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada

ticas agrícolas. Constituem importante

rior à que geralmente lhe atribuem, c^s-^

tante. Os motivos que conduzem a essa

damente.

3.520.000 sacas de café para uma pro

orodulos .. 2.581.000.000.00 Café .V... 2.075.500.000,00

godão, que são numerosos c de valor

do País, e neste o café domina folga-

consult<á-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís

E nos permitem indicar para o algodão

mesmo a tomá-lo como o único impor

a) Em geral só se examinam as es tatísticas referentes ao comércio exterior

Mas se lex-annos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ....

Altioclão c .seus

no mercado interno, não se costuma^ levar em conta os sub-produto.s do al

afirmativa contrária à realidade são os

bre a produção de café.

Apes.ar disso, porém, os ciados conhe

rado como o mais importante dos pro dutos agrícolas brasileiros. Chega-se •«eguintes:

enorme discordância entre os dados so

marítimo de longo curso e cabotagem.

b) Tanto no comércio exterior comol

O café ainda é geralmente conside

nacional

exceção as que se referem ao comércio

Se somarmos a cabotagem ao com^ cio exterior, vamos ter os dados sepiin*

cia do algodão:

5. O Café e o Algodão na economia

pouco dignas de fé. Quem costuma

.58.500.000,OC

tes, que evidenciam bem a predominaB-

ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à fibra e ao caroço somados. Não con seguimos xlescobrir, porém, o motivo da

sileira.

As estatísticas brasileiras são muito

CrS

4. Ai' causas de êrro,

27

pouco menos de 30/r da produção bra

.Algodão e .seus

Café

Dicesto Econômico

ta cifra, também, os produtos ma nufaturados. — Nota da Redação.

mas para o algodão pode-se indicar a

últimos anos.

enorme quantia de 3.769 milhões de

Entretanto, iá o "Boletim do Conse

lho Federal de Comércio Exterior", ór

cruzeiros.

gão sempre cuidadoso e bem informa do, dá para o mesmo ano os seguintes dados sôbre o valor da produção bra

godão é ainda mais acentuado do que no resto do Pais. Em 1942 êsse Es

sileira.

tado produziu 75,00% do algodão bra sileiro contra apenas 61,66% do café.

Cr$

Algodão Café

Em São Paulo o predomínio do al

1.421.161.000.00 2.043.058.000,00 I

A diferença entre os dados referen

Êsses dados já evidenciam bem a van tagem que a lavoura algodoeira leva so bre a sua rival mais poderosa. Mas se

considerarmos que o algodão vai ali

tes .ao algodão tem fácil explicação. E' que o número fornecido pelo "Boletim

mentar não só a. maior das' indústrias brasileiras, qiio 6 a de tecidos, como as

QO Conselho Federal de Comércio Ex

importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,

terior" inclui apenas o algodão em plu-


*P»WV^-

Dicesto Econômico

DiGE.STO

26

Exportação brasileira em

Cruzeiros

Anos

1939 ._ .

30.339.000

1940 .

.

69.986.000

1941 .

.

220.095.000

Café

.

1943 .

.

.

1.104.250.000

1944 .

. .

1.046.200.000

pouco menos de 30% dn produção bra

^ ^

sileira.

2.017.OÍO.000.00 1,493.000.000.00

Cabotagem brasileira eio

797.272.000

1942 .

Cr$

58.500.000,00

Café

Algodão e seus

27

nOO 00

5. O Café e o Algodão no economia nacional

ticas agncolas. Constituem importante

coint?r*

exceção as que se referem ao comércio

de cruzeiros. Nesse ano a exportação

cio exterior vamos ter o.s '^«^"lominan-

de café subiu apenas a 1.966 milhões

tes, que evidenciam bem ^

de cruzeiros.

cia do algodão:

marítimo de longo ciinso e cabotagem Apesar disso, porém, os dados conhcados não deixam de ter significação E nos permitem indicar para o algodão uma importância econômica bem supe

r%

cidos foi estimada em 4.100 milhões

dutos ri mesmo ?

tante o afirmcK ^

Café

® geralmente conside-

probrasileiros. Chega-se

como o único imporque conduzem a essa

se™to£:

*

Algodão e seus «on aq produtos 2.581-000. '

4. As causas de êiro.

Ta£

«

Se somarmos a cabotagem'

2.075.500.000,00

b) Tanto no comércio no mercado interno, não se

levar em conta os sub-produtos a al godão, que são numerosos e cie vaior elevado. Ora, se o café só é do como café, o algodão sai do l ais

- como algodão, como óleo comesüvel,

torta, fios, tecidoS} etc. E é geral só se examinam as es- línter, assim também que circula no temtorio do Pais, e neste o café domina folga- nacional. Aparece, portanto, fraciona-

.^1.

telishcas referentes ao comércio exterior damente.

do nas estatísticas. , Isso diminui muito, aos olhos menos-

"

Na cabotagem, porém, êle tem um papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:

atentos, a contribuição da economia algodoeira. Os dados, seguintes eviden ciam bem o que afirmamos.

1939 1940 1941 1942

Algodão e seus produtos

Cr$ 1.159.000.000,00 838.000.000,00

1.357.000.000,00 1.075.000.000,00

1.010.000.000,00 644.000.000,00

1.493.000.000,00 1.735.000.000,00

c) Não se costuma subtrair do va

lor da produção cafeeíra a quantia cor respondente ao café queimado, inteira mente inútil para a economia nacional. Ora, nos 12 anos correspondentes ao

período de 1931 a 1942 foram quei

Por exemplo, o geógrafo brasileiro

Aroldo de Azevedo indica, os seguintes valores para a produção nacional de al

Algodão Café

Nos anos que se seguiram a predo da mais, como mostra o quadro seguinte:

Produção brasileira em núlhões de

cruzeiros:

1941

1942

Cr$

1.763.188.000,00 1.667.247.000,00

Escolhemos o ano de 1939 porque decorreu normalmente para nós, livre

dos efeitos da ^eixa e das calamidades que tem afligido a lavoura cafeeira nos

1.756 1.772 1,790

1.344 1.359 1.491

Não conseguimos obter os dados correspondX^a 1943. Para 1944 am-

da não há dados completos para o café, mas para o algodão pode se indicar a enorine quantia de 3.769 milhões de

lho Federal de Comércio Exterior", ór

cruzeiros.

gão sempre cuidadoso e bem informa

Em São Paulo o predomínio do al godão é ainda mais acentuado do que So resto do País. Em 1942 êsse Es tado produziu 75,00% do algodão bra

1.421.161.000,00 2.043.058.000,00

madas 76.844.500 sacas de café, isto A diferença entre os dados referen

siíiÁ

1.734.000.000,00

1940

Cri

nufaturados. — Nota da Redação.

Cr$

Café

godão e café em 1939.

Algodão Café

(1) o autor, evidentemente, inclui nes. ta cifra, também, os produtos ma

mente os seguintes dados:

minância do algodão se acentuou ain

sileira.

é, u'a média anual' de pouco mais de 6.400.000 sacas, correspondentes a

Mas se levanuos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ..•. 3.520.000 sacas do café para uma pro dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada

rações que fizemos.

do, dá para o mesmo ano os seguintes dados Sobre o x'alor da produção bra

Cr$

bro a produção de café.

Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00

Entretanto, iá o "Boletim do Conse

Exportação bràsileira

Algodão

Não con

seguimos "descobrir, porém, o motivo da

rior à que geralmente lhe atribuem de que se levem em conta as conside

últimos anos. Aiios

fibra e ao caroço somados.

enorme discordância entre os dados so

As estatísticas brasileiras são muito pouco dignas de fé. Quem cost\ima consultá-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís

1.088.000.OUU.uu

produtos

Em 1942 a produção nacional de te

ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à

sileiro contra apenas 61,66% do café. Êsses dados já evidenciam bem a van

tagem que a lavoura algodoeira leva ,sôbre a sua rival mais poderosa. Mas se considerarmos que o algodão vai ali

tes ao algodão tem fácil explicação. E'

mentar não só av maior das indústrias

aue o número fornecido pelo "Boletim

brasileiras, que é a de tecidos, como as importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,

do Conselho Federal de Comércio Ex

terior" inclui apenas o algodão em plu-


*P»WV^-

Dicesto Econômico

DiGE.STO

26

Exportação brasileira em

Cruzeiros

Anos

1939 ._ .

30.339.000

1940 .

.

69.986.000

1941 .

.

220.095.000

Café

.

1943 .

.

.

1.104.250.000

1944 .

. .

1.046.200.000

pouco menos de 30% dn produção bra

^ ^

sileira.

2.017.OÍO.000.00 1,493.000.000.00

Cabotagem brasileira eio

797.272.000

1942 .

Cr$

58.500.000,00

Café

Algodão e seus

27

nOO 00

5. O Café e o Algodão no economia nacional

ticas agncolas. Constituem importante

coint?r*

exceção as que se referem ao comércio

de cruzeiros. Nesse ano a exportação

cio exterior vamos ter o.s '^«^"lominan-

de café subiu apenas a 1.966 milhões

tes, que evidenciam bem ^

de cruzeiros.

cia do algodão:

marítimo de longo ciinso e cabotagem Apesar disso, porém, os dados conhcados não deixam de ter significação E nos permitem indicar para o algodão uma importância econômica bem supe

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dutos ri mesmo ?

tante o afirmcK ^

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® geralmente conside-

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*

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4. As causas de êiro.

Ta£

«

Se somarmos a cabotagem'

2.075.500.000,00

b) Tanto no comércio no mercado interno, não se

levar em conta os sub-produtos a al godão, que são numerosos e cie vaior elevado. Ora, se o café só é do como café, o algodão sai do l ais

- como algodão, como óleo comesüvel,

torta, fios, tecidoS} etc. E é geral só se examinam as es- línter, assim também que circula no temtorio do Pais, e neste o café domina folga- nacional. Aparece, portanto, fraciona-

.^1.

telishcas referentes ao comércio exterior damente.

do nas estatísticas. , Isso diminui muito, aos olhos menos-

"

Na cabotagem, porém, êle tem um papel' inteiramente secundário, como provam os dados seguintes:

atentos, a contribuição da economia algodoeira. Os dados, seguintes eviden ciam bem o que afirmamos.

1939 1940 1941 1942

Algodão e seus produtos

Cr$ 1.159.000.000,00 838.000.000,00

1.357.000.000,00 1.075.000.000,00

1.010.000.000,00 644.000.000,00

1.493.000.000,00 1.735.000.000,00

c) Não se costuma subtrair do va

lor da produção cafeeíra a quantia cor respondente ao café queimado, inteira mente inútil para a economia nacional. Ora, nos 12 anos correspondentes ao

período de 1931 a 1942 foram quei

Por exemplo, o geógrafo brasileiro

Aroldo de Azevedo indica, os seguintes valores para a produção nacional de al

Algodão Café

Nos anos que se seguiram a predo da mais, como mostra o quadro seguinte:

Produção brasileira em núlhões de

cruzeiros:

1941

1942

Cr$

1.763.188.000,00 1.667.247.000,00

Escolhemos o ano de 1939 porque decorreu normalmente para nós, livre

dos efeitos da ^eixa e das calamidades que tem afligido a lavoura cafeeira nos

1.756 1.772 1,790

1.344 1.359 1.491

Não conseguimos obter os dados correspondX^a 1943. Para 1944 am-

da não há dados completos para o café, mas para o algodão pode se indicar a enorine quantia de 3.769 milhões de

lho Federal de Comércio Exterior", ór

cruzeiros.

gão sempre cuidadoso e bem informa

Em São Paulo o predomínio do al godão é ainda mais acentuado do que So resto do País. Em 1942 êsse Es tado produziu 75,00% do algodão bra

1.421.161.000,00 2.043.058.000,00

madas 76.844.500 sacas de café, isto A diferença entre os dados referen

siíiÁ

1.734.000.000,00

1940

Cri

nufaturados. — Nota da Redação.

Cr$

Café

godão e café em 1939.

Algodão Café

(1) o autor, evidentemente, inclui nes. ta cifra, também, os produtos ma

mente os seguintes dados:

minância do algodão se acentuou ain

sileira.

é, u'a média anual' de pouco mais de 6.400.000 sacas, correspondentes a

Mas se levanuos em conta que em 1939 foram queimadas cerca de ..•. 3.520.000 sacas do café para uma pro dução de 23.245.000, e se ao valor do algodão em pluma acrescentarmos o preço do caroço teremos aproximada

rações que fizemos.

do, dá para o mesmo ano os seguintes dados Sobre o x'alor da produção bra

Cr$

bro a produção de café.

Algodão e seu caroço 1.763.000.000,00

Entretanto, iá o "Boletim do Conse

Exportação bràsileira

Algodão

Não con

seguimos "descobrir, porém, o motivo da

rior à que geralmente lhe atribuem de que se levem em conta as conside

últimos anos. Aiios

fibra e ao caroço somados.

enorme discordância entre os dados so

As estatísticas brasileiras são muito pouco dignas de fé. Quem cost\ima consultá-las sabe como são contraditó rias e falhas, principalmente as estatís

1.088.000.OUU.uu

produtos

Em 1942 a produção nacional de te

ma produzido, ao passo que Aroldo Aze vedo nos dá o valor correspondente à

sileiro contra apenas 61,66% do café. Êsses dados já evidenciam bem a van

tagem que a lavoura algodoeira leva ,sôbre a sua rival mais poderosa. Mas se considerarmos que o algodão vai ali

tes ao algodão tem fácil explicação. E'

mentar não só av maior das indústrias

aue o número fornecido pelo "Boletim

brasileiras, que é a de tecidos, como as importantes fábricas que realizam o aproveitamento integral do seu caroço,

do Conselho Federal de Comércio Ex

terior" inclui apenas o algodão em plu-


D[Ge.sto EcoNÓ^^co 28

verificaremos que ò papel da economia

algodoeira nacional e ainda muito maior do que aqueles números indicam. Mas isto não significa que se deva abando nar o café, pois os progressos da lavou ra de algodão não devem ser feitos à

OBR.-VS CONSTLT.^DAS — "Digesto Econômico": "Brasil 1939-40" e "Brasil

1943.1944", do Ministério das Relações Exteriores: "O Brasil na Economia

Mundial", de-José Jobím: "Boletim do Conselho Federal de Comércio Exte

rior": "O Algodão na Economia Brasl, leira", de Nelson de Vincenzi; "Correio

custa de outra cultura. O que se tor na necessário é elevar uma sem deixar cair outra. Só assim conseguiremos ele

fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, do Ministério de Agricul

var o nível nacional de produção.

tura.

da Manhã, do Rio de Jane^o:

FORD E A

FORDLÂNDIA por Matias Arrudão

ItbHfcCÍAL PARA O "OXtíKSTO ECONÔMICO")

Porque Uennj Fará abriu mão de sua concessão na Amazônia, entregando ao goüdmo brasileiro, pelo preço irrisório

de 250 mil dólares, ou cinco milhões de cruzeiros em moeda iwcional, uma emprêsa que vale 15 milhões de dó lares, ou quase trezentos rnilhõcs de cruzeifo.s? E' a pergunta a que responde o

i

presente artigo. O grande industrial

.americano procura simplesmente adap tar-se às vitói^s indiscutíveis da Buna a borracho artificial.

'

A princípio, foi um telegraminha seco:

O Departamento Estrangeiro da Ford Motor Company está em ne queda da produção do café brasileiro

Em comunicação recente, apresentada à Sociedade Rural Brasileira, o sr. An tônio Queiroz Telles referiu-se à situação do café, mostrando que a lavoura cafeeira do nosso Estado necessita de uma srande reforma em virtude da sua avan

çada idade. Com os cafesais semi-abanaonados e deficitários, São Paulo possui, atualmente, pouco mais de um bilhão de pés de café. Essa situação de deca dência pode ser verificada através da queda da produção do café brasileiro, com parativamente com as safras de outros países, nos anos de 1941 a 1945: Ano

Total mundiali

Brasil

(Sacas)

(Sacas)

1

1941/42

32.047.000

15.815.000

1942/43

29.428.000

13.608.000

1943/44

28.150.000 25.980.000

12.106.000 9.400.000

1944/45

O índice da queda é bastante acentuado, de ano para ano. Assim vemos que

a nossa produção cafeeira comparada com o total mundial em 1941/2 foi de 49,35%; em 1942/43 desceu para 46,24%; em 1943/44 a baixa continuou, serído dé 43,01%;

em 1944/45 a queda acentuou-se mais, indo para 36,18%. • O sf. A. Queiroz Telles referiu-se, ainda, à futura safra paulista, que calculada em 6 milhões de sacas sofrerá, certamente, uma quebra de um milhão de sacas,

em virtude da falta de braços, do depauperamento do solo e da falta de adubação.

Ford: — a companhia empregara na Fordlàndia, desde 1927, mais de cinco milhões de dólares, valendo a imensa

gociações com o governo brasileiro para

propriedade cêrca de 15 milhões de

vender-lhe todas as instalações da Ford

dólares, ou quase trezentos milhões de

Plantation.

cruzeiros...

Depois, já de fontes nacionais, trou xeram os jornais novas informações. Propusera a Ford, ao Ministério da Agricultura, a venda total de suas ins

E' de estarrecerl

Finalmente, sem que a curiosidade

pública seja aplacada, publicam os ór

gãos da imprensa os relatos das nego

talações no vale do Taj^ajoz pelo preço

ciações finais para lavratura da escri

irrisório de 250 mil dólares, ou cinco

tura definitiva de aquisição.

milhões de cruzeiros em moeda nacional. Na sua informação ao presidente da

não encontra resposta.

posta constituía mais uma doação do

Consuma-se um negócio que talvez seja a operação mais vantajosa da his

República, disse o ministro que a pro

PorquePI — é a pergunta geral que

a àtmisição de grandes seringais em ple na floração, como a posse de um va lioso acervo de edifícios, .hospitais, alo

tória econômica do Brasil, e ninguém atina com as razões que levaram Henry Ford a desfazer-se da concessão que tanto assunto político forneceu no pas

jamentos, escolas, oficinas e outras ins

sado e tantas críticas despertou.

que uma venda, representando não só

talações.

Então — dizem os amigos de patrio-

Correm alguns dias mais.

tadas — então perdemos um excelente

Em seguida, de Detroit a U. P. nos

argumento contra o imperialismo nor

transmite declarações do gerente da

te-americano avassalador e ficamos no


D[Ge.sto EcoNÓ^^co 28

verificaremos que ò papel da economia

algodoeira nacional e ainda muito maior do que aqueles números indicam. Mas isto não significa que se deva abando nar o café, pois os progressos da lavou ra de algodão não devem ser feitos à

OBR.-VS CONSTLT.^DAS — "Digesto Econômico": "Brasil 1939-40" e "Brasil

1943.1944", do Ministério das Relações Exteriores: "O Brasil na Economia

Mundial", de-José Jobím: "Boletim do Conselho Federal de Comércio Exte

rior": "O Algodão na Economia Brasl, leira", de Nelson de Vincenzi; "Correio

custa de outra cultura. O que se tor na necessário é elevar uma sem deixar cair outra. Só assim conseguiremos ele

fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, do Ministério de Agricul

var o nível nacional de produção.

tura.

da Manhã, do Rio de Jane^o:

FORD E A

FORDLÂNDIA por Matias Arrudão

ItbHfcCÍAL PARA O "OXtíKSTO ECONÔMICO")

Porque Uennj Fará abriu mão de sua concessão na Amazônia, entregando ao goüdmo brasileiro, pelo preço irrisório

de 250 mil dólares, ou cinco milhões de cruzeiros em moeda iwcional, uma emprêsa que vale 15 milhões de dó lares, ou quase trezentos rnilhõcs de cruzeifo.s? E' a pergunta a que responde o

i

presente artigo. O grande industrial

.americano procura simplesmente adap tar-se às vitói^s indiscutíveis da Buna a borracho artificial.

'

A princípio, foi um telegraminha seco:

O Departamento Estrangeiro da Ford Motor Company está em ne queda da produção do café brasileiro

Em comunicação recente, apresentada à Sociedade Rural Brasileira, o sr. An tônio Queiroz Telles referiu-se à situação do café, mostrando que a lavoura cafeeira do nosso Estado necessita de uma srande reforma em virtude da sua avan

çada idade. Com os cafesais semi-abanaonados e deficitários, São Paulo possui, atualmente, pouco mais de um bilhão de pés de café. Essa situação de deca dência pode ser verificada através da queda da produção do café brasileiro, com parativamente com as safras de outros países, nos anos de 1941 a 1945: Ano

Total mundiali

Brasil

(Sacas)

(Sacas)

1

1941/42

32.047.000

15.815.000

1942/43

29.428.000

13.608.000

1943/44

28.150.000 25.980.000

12.106.000 9.400.000

1944/45

O índice da queda é bastante acentuado, de ano para ano. Assim vemos que

a nossa produção cafeeira comparada com o total mundial em 1941/2 foi de 49,35%; em 1942/43 desceu para 46,24%; em 1943/44 a baixa continuou, serído dé 43,01%;

em 1944/45 a queda acentuou-se mais, indo para 36,18%. • O sf. A. Queiroz Telles referiu-se, ainda, à futura safra paulista, que calculada em 6 milhões de sacas sofrerá, certamente, uma quebra de um milhão de sacas,

em virtude da falta de braços, do depauperamento do solo e da falta de adubação.

Ford: — a companhia empregara na Fordlàndia, desde 1927, mais de cinco milhões de dólares, valendo a imensa

gociações com o governo brasileiro para

propriedade cêrca de 15 milhões de

vender-lhe todas as instalações da Ford

dólares, ou quase trezentos milhões de

Plantation.

cruzeiros...

Depois, já de fontes nacionais, trou xeram os jornais novas informações. Propusera a Ford, ao Ministério da Agricultura, a venda total de suas ins

E' de estarrecerl

Finalmente, sem que a curiosidade

pública seja aplacada, publicam os ór

gãos da imprensa os relatos das nego

talações no vale do Taj^ajoz pelo preço

ciações finais para lavratura da escri

irrisório de 250 mil dólares, ou cinco

tura definitiva de aquisição.

milhões de cruzeiros em moeda nacional. Na sua informação ao presidente da

não encontra resposta.

posta constituía mais uma doação do

Consuma-se um negócio que talvez seja a operação mais vantajosa da his

República, disse o ministro que a pro

PorquePI — é a pergunta geral que

a àtmisição de grandes seringais em ple na floração, como a posse de um va lioso acervo de edifícios, .hospitais, alo

tória econômica do Brasil, e ninguém atina com as razões que levaram Henry Ford a desfazer-se da concessão que tanto assunto político forneceu no pas

jamentos, escolas, oficinas e outras ins

sado e tantas críticas despertou.

que uma venda, representando não só

talações.

Então — dizem os amigos de patrio-

Correm alguns dias mais.

tadas — então perdemos um excelente

Em seguida, de Detroit a U. P. nos

argumento contra o imperialismo nor

transmite declarações do gerente da

te-americano avassalador e ficamos no


Dicesto Econômico

Digesto EC0NÓN[IC0

31

30

"ora veja"? Ninguém diz nada, não escreve, não expuca;

Fordlàndia pertence hoje ao go-

vêmo

• ■ brasileiro.

Nela será

instalada —---

boa vontade do governador Dionísio Bcntcs, fundando nas proximidades de Santarém, confluência do /Muazonas e

adiante. Depois de todo o trabiilho rea

do Tapajoz. aquela que seria a famosa

lizado, quando as árvores se tornaram

uma grande estaçao experimental de

Fordlàndia.

zonas climatológícas mais típicas da re

nicos de grande valor, com demorados

agricultura tropical, dentro de uma das

A Fordlàndia ficou aquém do limite assinalado por Huber. Não pôde ir

Para formá-la ^-ícrani ao Brasil téc

adultas, verificou-se que era tudo tra balho perdido.

fôrto e avançar em busca das regiões

cursos de especialização nos seringaU

mento da concessão de uma grande parcela do solo sagrado da pátria 'a um magnata estrangeiro, tão explorador que

cultivados

''clones" nos chegaram do Oriente, des

onde as plantas silvestres apresentassem melhor índice de robustez e produção

cendentes aristocráticos de ar\'ores se

lactífera. .

acabou vendendo por cinco mil, o que vale trezentos milhões. Mas bem pou

zorg Java. Serviços monumentais de

ca gente está ao par dos verdadeiros motivos que levaram Henry Ford, ou-

trora tão esperançado, a arriar 'pesada mente a carga.

O monopólio da borracha

A história vem de trás. Depois que nos arrebatou o monopólio da borracha, a Inglaterra ínsti^iu o seu. Então é que os americanos viram o que era

monopólio. ^ Refere Bruno Born (1) que em prin

Pacífico. Sementes e

lecionadas pelos agrônomos de Buiteni drenamento se e.xecutaram,. critmdo-se um maravilhoso acampamento de pe

dra c cal no ponto onde se supôs haver eleito a seringueira o seu melhor ha bitai".

O primeiro érro

"A beleza da paisagem tapajônica, a

e.xcelôncia do porto de Santarém, a pro

ximidade dos mercados consumidores, devem ter influído no ânimo dos envia

dos de Ford, muito mais do que a ne

cessidade de procurar as zonas mais fa

voráveis do ponto de vista ecológico" — vaticinou com acerto o goxemador do

—ierritorio do Guaporé.

-Nessa ocasião cometerixhi os norte-

americanos o .seu primeiro éiro. Se é verdade que procuraram úni lugar ade

Beherra

quado ao plantio da árvore da borra-

cípios do século XX só havia borracha

clia, não menos certo é que também

silvestre, e das 54 mü toneladas pro duzidas 50 provinham do Brasil. Em 1907 foram lançadas no mercado, pela

olharam, talvez com excesso, para a

abandonada.

própria comodidade. A "hevea brasiliensi.s" quer umida

ranças se mudaram para Belterra.

primeira vez, 6 mil toneladas de bor

de, quer água, quer chuva. Pouco lhe importa a proliferação dos mosquitos e

britânica subia a 71 mil toneladas- a 317 mil em 1920, a 850 mil em 1929 quando foi limitado o plantio. A cota de borracha silvestre do Brasil desceu

de • 80'para 2%, Ficaram os inglêses com os 80% e mais o preço, que cfesandaram a esticar. Em 1921 a libra de

co vezes mais o que lhe custara em 1925.

Foi esse monopólio intolerável que

se desenvolvia, assustadoramente, cau sando senão o pânico, pelo menos o deSímimo entre os plantadores e os técni cos em geral.

Belterra também amea

Adiante estava Belterra — e as espe

Era o mal das fòlhas — a "Dothidela Ulei". A causa?

"Propagou-se pelçs meios comvms da publicidade — disse o ministro Apolònio Sales — que as nossas seringueiras,

que um dia foram levadas para o Orien te, agora retomavam ao Brasil, para aqui verterem látex mais abundante e mais conforme às exigências da indús tria.

De fato vieram, mas aí estão a

perecer, fustigadas pelas pragas arrasadoras a que suas irmãs nativas, em

meio da heterogeneidade vegetal das florestas, resistem garbosas. Os experi

mentos do Instituto Agronômico do Nor

te já demonstraram, e a prática do pio neiro do plantio sistemático da "hevea

nas nas zonas cujo limite higrometrico

Áreas mais ou menos contíguas, mas bem diversas do ponto de vista climato- •na Amazônia — Ford — o confirmam, logico, Belterra e Fordlàndia ficaram que as seringueiras selecionadas no fazendo parte da grande concessão Ford. Oriente, e até mesmo as "heveas" pouco produtivas no Brasil, quando plantadas Então, de novo os "clones" e as se mentes emigraram do Oriente rumo das em grandes massas, rompido o equilí

ultrapassa a casa dos 2.000 mm. "To

terras do Grão Pará.

a eclosão das febres.

Nos. seus estu

dos, Huber assinalou manchas de se

ringueiras de grande produtmdade ape da a ■ margem esquerda do Amazonas

Em 1941 escrevia Costa Rego que

— escreveu o coronel Aluísio Ferreira

Ford havia adotado "o sistema de en-

borracha custava um shilling, em 1925 - com índice de chuvas inferior a 2.000 mais de quatro shiUings e em 1944 cin

Aos poucos, porém, notícias pouco animadoras começaram a se divulgar nos

çava rooM pelo rio.

Então, viu-se esta coisa admirável; — depois de vários anos a Fordlàndia era

racha cultivada; èm 1914 a produção

silenciosamente.

círculos especializados. Uma praga ali

O homem liavia que renunciar ao con-

gião amazônica. Acabou-se o encanta

do

Os anos se debruçaram sôbre o vale verde do Tapajoz. E foram passando,

mm., está despida da "hevea brasiliensis". Os seringais medíocres do Ta

pajoz e do Xingu tomam-se opulentos

xertar nas plantas nativas, depois des tas chegarem à idade de um ano e

meio, mudas de proveniência inglesa, oriundas dumas sessenta variedades cuja importação lhe foi possível obter" (3). Era Belterra que surgia para o mun

levou Henry Ford a procurar liberda

à medida que se marcha para o sul e se altera o quadro das cKuvas, a ponto

de, um espaço livre onde pudessè res-

de se elevar.de 25% a produção dos

do, mais grandiosa que a própria Ford

pirar. Encontrou-o no Brasil, com a

seringueiros". (2)

làndia.

1 — Bruno Born, palestra proferida'em

3 — Costa Rego, "A borracha que vol

Sao Leopoldo, Rio Grande do Sul

2 — Aluísio Ferreira, Memorial ao pre. sidente da República, cópia mi-

ê publicada no boletim do Rotary

meografada por êle oferecida ao

Clube do Rio de Janeiro.

A.

ta", "Correio da Manhã", Rio, 3 de junho de 1941.

brio biológico da floresta virgem, su

cumbem em porcentagens desoladoras à mais temível enfermidade das folhas, a produzida pela "Dothidela Ulei". (4) Rompera-se o equilíbrio biológico do meio vegetal e a praga tomara alento. Luta contra a praga Desencadearam então os norte-ameri

canos uma violenta campanha de exter mínio do fungo devastador. 4 — Apolônio Sales, citado por Richo. mer Barros, In "Aspectos econô micos da borracha", separata do

Boletim do Ministério da Agri cultura, janeiro de 1945.


Dicesto Econômico

Digesto EC0NÓN[IC0

31

30

"ora veja"? Ninguém diz nada, não escreve, não expuca;

Fordlàndia pertence hoje ao go-

vêmo

• ■ brasileiro.

Nela será

instalada —---

boa vontade do governador Dionísio Bcntcs, fundando nas proximidades de Santarém, confluência do /Muazonas e

adiante. Depois de todo o trabiilho rea

do Tapajoz. aquela que seria a famosa

lizado, quando as árvores se tornaram

uma grande estaçao experimental de

Fordlàndia.

zonas climatológícas mais típicas da re

nicos de grande valor, com demorados

agricultura tropical, dentro de uma das

A Fordlàndia ficou aquém do limite assinalado por Huber. Não pôde ir

Para formá-la ^-ícrani ao Brasil téc

adultas, verificou-se que era tudo tra balho perdido.

fôrto e avançar em busca das regiões

cursos de especialização nos seringaU

mento da concessão de uma grande parcela do solo sagrado da pátria 'a um magnata estrangeiro, tão explorador que

cultivados

''clones" nos chegaram do Oriente, des

onde as plantas silvestres apresentassem melhor índice de robustez e produção

cendentes aristocráticos de ar\'ores se

lactífera. .

acabou vendendo por cinco mil, o que vale trezentos milhões. Mas bem pou

zorg Java. Serviços monumentais de

ca gente está ao par dos verdadeiros motivos que levaram Henry Ford, ou-

trora tão esperançado, a arriar 'pesada mente a carga.

O monopólio da borracha

A história vem de trás. Depois que nos arrebatou o monopólio da borracha, a Inglaterra ínsti^iu o seu. Então é que os americanos viram o que era

monopólio. ^ Refere Bruno Born (1) que em prin

Pacífico. Sementes e

lecionadas pelos agrônomos de Buiteni drenamento se e.xecutaram,. critmdo-se um maravilhoso acampamento de pe

dra c cal no ponto onde se supôs haver eleito a seringueira o seu melhor ha bitai".

O primeiro érro

"A beleza da paisagem tapajônica, a

e.xcelôncia do porto de Santarém, a pro

ximidade dos mercados consumidores, devem ter influído no ânimo dos envia

dos de Ford, muito mais do que a ne

cessidade de procurar as zonas mais fa

voráveis do ponto de vista ecológico" — vaticinou com acerto o goxemador do

—ierritorio do Guaporé.

-Nessa ocasião cometerixhi os norte-

americanos o .seu primeiro éiro. Se é verdade que procuraram úni lugar ade

Beherra

quado ao plantio da árvore da borra-

cípios do século XX só havia borracha

clia, não menos certo é que também

silvestre, e das 54 mü toneladas pro duzidas 50 provinham do Brasil. Em 1907 foram lançadas no mercado, pela

olharam, talvez com excesso, para a

abandonada.

própria comodidade. A "hevea brasiliensi.s" quer umida

ranças se mudaram para Belterra.

primeira vez, 6 mil toneladas de bor

de, quer água, quer chuva. Pouco lhe importa a proliferação dos mosquitos e

britânica subia a 71 mil toneladas- a 317 mil em 1920, a 850 mil em 1929 quando foi limitado o plantio. A cota de borracha silvestre do Brasil desceu

de • 80'para 2%, Ficaram os inglêses com os 80% e mais o preço, que cfesandaram a esticar. Em 1921 a libra de

co vezes mais o que lhe custara em 1925.

Foi esse monopólio intolerável que

se desenvolvia, assustadoramente, cau sando senão o pânico, pelo menos o deSímimo entre os plantadores e os técni cos em geral.

Belterra também amea

Adiante estava Belterra — e as espe

Era o mal das fòlhas — a "Dothidela Ulei". A causa?

"Propagou-se pelçs meios comvms da publicidade — disse o ministro Apolònio Sales — que as nossas seringueiras,

que um dia foram levadas para o Orien te, agora retomavam ao Brasil, para aqui verterem látex mais abundante e mais conforme às exigências da indús tria.

De fato vieram, mas aí estão a

perecer, fustigadas pelas pragas arrasadoras a que suas irmãs nativas, em

meio da heterogeneidade vegetal das florestas, resistem garbosas. Os experi

mentos do Instituto Agronômico do Nor

te já demonstraram, e a prática do pio neiro do plantio sistemático da "hevea

nas nas zonas cujo limite higrometrico

Áreas mais ou menos contíguas, mas bem diversas do ponto de vista climato- •na Amazônia — Ford — o confirmam, logico, Belterra e Fordlàndia ficaram que as seringueiras selecionadas no fazendo parte da grande concessão Ford. Oriente, e até mesmo as "heveas" pouco produtivas no Brasil, quando plantadas Então, de novo os "clones" e as se mentes emigraram do Oriente rumo das em grandes massas, rompido o equilí

ultrapassa a casa dos 2.000 mm. "To

terras do Grão Pará.

a eclosão das febres.

Nos. seus estu

dos, Huber assinalou manchas de se

ringueiras de grande produtmdade ape da a ■ margem esquerda do Amazonas

Em 1941 escrevia Costa Rego que

— escreveu o coronel Aluísio Ferreira

Ford havia adotado "o sistema de en-

borracha custava um shilling, em 1925 - com índice de chuvas inferior a 2.000 mais de quatro shiUings e em 1944 cin

Aos poucos, porém, notícias pouco animadoras começaram a se divulgar nos

çava rooM pelo rio.

Então, viu-se esta coisa admirável; — depois de vários anos a Fordlàndia era

racha cultivada; èm 1914 a produção

silenciosamente.

círculos especializados. Uma praga ali

O homem liavia que renunciar ao con-

gião amazônica. Acabou-se o encanta

do

Os anos se debruçaram sôbre o vale verde do Tapajoz. E foram passando,

mm., está despida da "hevea brasiliensis". Os seringais medíocres do Ta

pajoz e do Xingu tomam-se opulentos

xertar nas plantas nativas, depois des tas chegarem à idade de um ano e

meio, mudas de proveniência inglesa, oriundas dumas sessenta variedades cuja importação lhe foi possível obter" (3). Era Belterra que surgia para o mun

levou Henry Ford a procurar liberda

à medida que se marcha para o sul e se altera o quadro das cKuvas, a ponto

de, um espaço livre onde pudessè res-

de se elevar.de 25% a produção dos

do, mais grandiosa que a própria Ford

pirar. Encontrou-o no Brasil, com a

seringueiros". (2)

làndia.

1 — Bruno Born, palestra proferida'em

3 — Costa Rego, "A borracha que vol

Sao Leopoldo, Rio Grande do Sul

2 — Aluísio Ferreira, Memorial ao pre. sidente da República, cópia mi-

ê publicada no boletim do Rotary

meografada por êle oferecida ao

Clube do Rio de Janeiro.

A.

ta", "Correio da Manhã", Rio, 3 de junho de 1941.

brio biológico da floresta virgem, su

cumbem em porcentagens desoladoras à mais temível enfermidade das folhas, a produzida pela "Dothidela Ulei". (4) Rompera-se o equilíbrio biológico do meio vegetal e a praga tomara alento. Luta contra a praga Desencadearam então os norte-ameri

canos uma violenta campanha de exter mínio do fungo devastador. 4 — Apolônio Sales, citado por Richo. mer Barros, In "Aspectos econô micos da borracha", separata do

Boletim do Ministério da Agri cultura, janeiro de 1945.


Dicesto Eco

32

NÓMiciil Dicesto Econômico

Falharam.

Em 1944 escre%-ia o interventor fede ral no Pará no seu relatório ao presi

dente da República (5): — "Por ísso é que reputo da mais alta importância para o desenvolvimento da produção da tsorracha, em bases que venliam asse gurar pleno êxito ao esforço gigantesco que está sendo feito para o aproveita mento do nosso grande vale, a inter venção do Instituto Agronômico do Nor te, como órgão técnico do governo, na orientação das culturas e no forneci mento de mudas selecionadas de alto

rendimento e segura resistência às mo

léstias reinantes, principalmente à doen ça das folhas ("Dothidela Ulei"), que

Em vez do trabalho difícil nas plantações encharcadas, fugindo <\ ronda das

febres e do mosquito implacável, o que

atráí o grande industrial é a borracha sintética, a Buna, que desde a sua aairição em 1936 na exposição automoDi-

lística de Berlim fez até hoje conside ráveis progressos. Concorrência da Buna

A Buna, ao fabrico da qual Henn-

Ford se entregou com a mesma decisão com que fincou o pé na concessão do governo Dionísio Bentes, substitui em certos usos, com vantagem, a borracha natural, pois não é afetada pela gaso lina nem pelo óleo. Com a guerra ga

As verdadeiras razões dc Ford

Henry Ford do há multo \'ein com

preendendo essa situação. Achou que o preço do artigo sintético, num futu

ro próximo, poderá oscilar entre 8 e 15 centavos a libra, preço que não estará muito distante do custo da borracha na

1943 foram fabricados 5 milhões dc pneumáticos dc borracha artificial; em

1944 30 milhões; em 1945...

Reteve a Fordlândia enquanto a julSou conveniente aos seus interesses.

Quando agora percebe que com o fim

iniciativas, como dá exemplo o que ocorcom as plantações da Companhia ord, que, pela experiência de quase

850.000 toneladas - isso sem que se

Ford tomou-se de novos amores assim

^ guerra passou o monopólio do pre

paro da Buna, do governo aos i^arti-

vores, matando-as da tristeza de ficarem nuas.

Hoje, a Fordlândia encontra seu eco. Belterra também foi abandonada. Os lucros da concessão — dizem os tele gramas de Detroit — nunca deram nem ao menos para o pagamento do impos to de renda devido ao Tesouro dos EE. UU. Não é verdade.

5 — Magalhães Barata, "Situação Eco. nómlca" (contribuição do govôrno do Fiará ao X Congresso de Geografia), pág. 22. 6.— Aluísio Ferreira, mem. cit.

límerízação ou a condensação moleciUíir do hidrocarboneto.

Para conségui-la,

em vez do recurso à terebentina ou ao

álcool, empregam os americanos os ga ses desprendidos das refinarias de pe tróleo devidamente tratados, e com e.xtraordinária economia de despesas.

Hoje a borracha de laboratório ga nha incalculável terreno.

Ao ponto d®

administrador do Departamento da Bor

racha nos EE. UU., sr. William M. Jeffers, declarar alto e bom som que "o borracha sintética já ganhou caráter per manente."

Ao ponto de nós, brasilei

reciões do alto-Amazonas, ate os con-

da borracha artificial, procura desfazer-

^ de quanto possui no Tapajoz. Emancipa-se o gênio do automóvel, ^ue também quer ser o gcnio do pncumático. Êste — escreve Richomer Bar-

ros — tem duração maior de 20% quan do fabricado com a Buna, em virtude de sua resistência superior aos óleos, às pedras nas estradas e escassa suscetibi-

cidade servir de cmporio comercial as

fiifs do Pen. e da Colômbia sub-andmos. E' paupérrima a Amazônia, a terra !1-gina d» Gcne.s ^ue^nao cheirou a ser completada - na trase üo Sdò Euclides da Cunha. Nela, Bdtor. o Fordiãndhi, ou geuerKU.nente i,

Fcrdlàndiu. constituem veitludeiro oasts. o"c ugoru nos pertence, .ncorporado como foi ao putrimomo naconal.que o Cumpre-nos ganhar a batalha

lidade de fendilhamentos. E está livre

norte-americano abandonou em meio do

perseguição.

caminho.

da ".Dothidela Ulei" e sua implacável

Como aquele forte no Tacutu, que, segundo Viana Moog, foi expugnado pelas formigas de fogo, assim o magna ta norte-americano bate em retirada ru

mo de sua terra natal. Corre. Foge

ros, utilÍ2^rmos lioje em nossos pneu-

Pão de homens, nem de canhões, mas

máticos, fabricados aqui mesmo em nos sa terra, o famoso produto artificial.

presa que é o melhor quinhão do Es

de um fungo invisível, deixando-nos uma tado do Pará.

..W i. —A.

rcpetíndo-se cada ano as derrubadas pa■ ra roças no\ as, de par com a busca alea

feiçoamento dos processos da fabricação

lhões de dólares em pesquisas de aper

o proprio dólar norte-americano era o fungo que derrubava as folhas das ár

vivo de uma agricultura adstrita a min

guadas plantações de arroz c mandioca,

pender o Estado a soma de cinco mi

norte-americanos um novo campo de A Bima da vizinha nação amiga re

A pequena população rural da Ama zônia — nota Richomer Barros (7) —

da caça, da pesca c das indústrias n.vtrativas vegetais. O grande desenvol vimento de Belém não é devido à pro dução circunjacentc, mas ao fato dc a-

tamente, com a condição única dc des

Debalde jporfiaram os agrônomos, sulta da emulsão do gás butadiena (bu) procurando debelar a praga. Mais for com a ação catalítica do sódio (cuja te do que todos êles, mais forte do que notação química é Na),. ocorrendo po-

mes" não muito afastados dos canais dc

navegação.

tória dos produtos sil\'estres, resiiltantos'

que os químicos da Cia. Du Pont lo

nos meios especializados..." (6)

ção para as ilhas e margens pouco innn-

transferiu ao poder público as "suas pa tentes de invenção da Buna S, gratui

_ Por último depunha o coronel Aluísio Fepeira: — "O fracasso da Ford

riantation já é francamente admitido • vastas possibilidades.

A segunda região mais densa é a que so estende ao longo da estrada de ferro,

culares, e que só a Standard Oíl Co.

cultura da borracha:

graram imitar os alemães, abrindo aos

terço da população do Estado do Pará.

dá\'eis dos altos rios ou para os "fir

nhou extraordinário desen\'oIvimento, ao

cia aos que se vão empenhar na agri

zonas c também a mais despovoada. A cidade de Belém encerra mais dc um

soii, sobretudo, as estatísticas: — em

ponto da produção em 1944 subir a Rússia, da qual diz Maurice Hindus que é a maior produtora no mundo.

A Amazônia compreendo 46 por cen to da área total do Brasil. Dc tôdus as

até Bragança'. Resta uma pequena fra

seringais e de desânimo às mais audazes

quinze anos, deve servir de advertên

Pobreza da Amazônia

tural antes da guerra. Desconfiou da capacidade dos seringais do Oriente, de vastados pelos japoneses. E compul-

constitui o maior fator de destruição dos

conheçam as verdadeiras estatísticas da

33

.

,

j

,

Porque, se Ford cuidava liwar-se do

monopólio inglês da borracha cultiva

da, nós outros temos outro objetivo, cem vezes mais grandioso; — conquistar a Amazônia e redimir o trabalhador, pela \'alorização do homem. Desse homem, espoliado, escravizado, mas que é tam bém uma parcela do Brasil. 7 — Richomer Barros, idem.


Dicesto Eco

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NÓMiciil Dicesto Econômico

Falharam.

Em 1944 escre%-ia o interventor fede ral no Pará no seu relatório ao presi

dente da República (5): — "Por ísso é que reputo da mais alta importância para o desenvolvimento da produção da tsorracha, em bases que venliam asse gurar pleno êxito ao esforço gigantesco que está sendo feito para o aproveita mento do nosso grande vale, a inter venção do Instituto Agronômico do Nor te, como órgão técnico do governo, na orientação das culturas e no forneci mento de mudas selecionadas de alto

rendimento e segura resistência às mo

léstias reinantes, principalmente à doen ça das folhas ("Dothidela Ulei"), que

Em vez do trabalho difícil nas plantações encharcadas, fugindo <\ ronda das

febres e do mosquito implacável, o que

atráí o grande industrial é a borracha sintética, a Buna, que desde a sua aairição em 1936 na exposição automoDi-

lística de Berlim fez até hoje conside ráveis progressos. Concorrência da Buna

A Buna, ao fabrico da qual Henn-

Ford se entregou com a mesma decisão com que fincou o pé na concessão do governo Dionísio Bentes, substitui em certos usos, com vantagem, a borracha natural, pois não é afetada pela gaso lina nem pelo óleo. Com a guerra ga

As verdadeiras razões dc Ford

Henry Ford do há multo \'ein com

preendendo essa situação. Achou que o preço do artigo sintético, num futu

ro próximo, poderá oscilar entre 8 e 15 centavos a libra, preço que não estará muito distante do custo da borracha na

1943 foram fabricados 5 milhões dc pneumáticos dc borracha artificial; em

1944 30 milhões; em 1945...

Reteve a Fordlândia enquanto a julSou conveniente aos seus interesses.

Quando agora percebe que com o fim

iniciativas, como dá exemplo o que ocorcom as plantações da Companhia ord, que, pela experiência de quase

850.000 toneladas - isso sem que se

Ford tomou-se de novos amores assim

^ guerra passou o monopólio do pre

paro da Buna, do governo aos i^arti-

vores, matando-as da tristeza de ficarem nuas.

Hoje, a Fordlândia encontra seu eco. Belterra também foi abandonada. Os lucros da concessão — dizem os tele gramas de Detroit — nunca deram nem ao menos para o pagamento do impos to de renda devido ao Tesouro dos EE. UU. Não é verdade.

5 — Magalhães Barata, "Situação Eco. nómlca" (contribuição do govôrno do Fiará ao X Congresso de Geografia), pág. 22. 6.— Aluísio Ferreira, mem. cit.

límerízação ou a condensação moleciUíir do hidrocarboneto.

Para conségui-la,

em vez do recurso à terebentina ou ao

álcool, empregam os americanos os ga ses desprendidos das refinarias de pe tróleo devidamente tratados, e com e.xtraordinária economia de despesas.

Hoje a borracha de laboratório ga nha incalculável terreno.

Ao ponto d®

administrador do Departamento da Bor

racha nos EE. UU., sr. William M. Jeffers, declarar alto e bom som que "o borracha sintética já ganhou caráter per manente."

Ao ponto de nós, brasilei

reciões do alto-Amazonas, ate os con-

da borracha artificial, procura desfazer-

^ de quanto possui no Tapajoz. Emancipa-se o gênio do automóvel, ^ue também quer ser o gcnio do pncumático. Êste — escreve Richomer Bar-

ros — tem duração maior de 20% quan do fabricado com a Buna, em virtude de sua resistência superior aos óleos, às pedras nas estradas e escassa suscetibi-

cidade servir de cmporio comercial as

fiifs do Pen. e da Colômbia sub-andmos. E' paupérrima a Amazônia, a terra !1-gina d» Gcne.s ^ue^nao cheirou a ser completada - na trase üo Sdò Euclides da Cunha. Nela, Bdtor. o Fordiãndhi, ou geuerKU.nente i,

Fcrdlàndiu. constituem veitludeiro oasts. o"c ugoru nos pertence, .ncorporado como foi ao putrimomo naconal.que o Cumpre-nos ganhar a batalha

lidade de fendilhamentos. E está livre

norte-americano abandonou em meio do

perseguição.

caminho.

da ".Dothidela Ulei" e sua implacável

Como aquele forte no Tacutu, que, segundo Viana Moog, foi expugnado pelas formigas de fogo, assim o magna ta norte-americano bate em retirada ru

mo de sua terra natal. Corre. Foge

ros, utilÍ2^rmos lioje em nossos pneu-

Pão de homens, nem de canhões, mas

máticos, fabricados aqui mesmo em nos sa terra, o famoso produto artificial.

presa que é o melhor quinhão do Es

de um fungo invisível, deixando-nos uma tado do Pará.

..W i. —A.

rcpetíndo-se cada ano as derrubadas pa■ ra roças no\ as, de par com a busca alea

feiçoamento dos processos da fabricação

lhões de dólares em pesquisas de aper

o proprio dólar norte-americano era o fungo que derrubava as folhas das ár

vivo de uma agricultura adstrita a min

guadas plantações de arroz c mandioca,

pender o Estado a soma de cinco mi

norte-americanos um novo campo de A Bima da vizinha nação amiga re

A pequena população rural da Ama zônia — nota Richomer Barros (7) —

da caça, da pesca c das indústrias n.vtrativas vegetais. O grande desenvol vimento de Belém não é devido à pro dução circunjacentc, mas ao fato dc a-

tamente, com a condição única dc des

Debalde jporfiaram os agrônomos, sulta da emulsão do gás butadiena (bu) procurando debelar a praga. Mais for com a ação catalítica do sódio (cuja te do que todos êles, mais forte do que notação química é Na),. ocorrendo po-

mes" não muito afastados dos canais dc

navegação.

tória dos produtos sil\'estres, resiiltantos'

que os químicos da Cia. Du Pont lo

nos meios especializados..." (6)

ção para as ilhas e margens pouco innn-

transferiu ao poder público as "suas pa tentes de invenção da Buna S, gratui

_ Por último depunha o coronel Aluísio Fepeira: — "O fracasso da Ford

riantation já é francamente admitido • vastas possibilidades.

A segunda região mais densa é a que so estende ao longo da estrada de ferro,

culares, e que só a Standard Oíl Co.

cultura da borracha:

graram imitar os alemães, abrindo aos

terço da população do Estado do Pará.

dá\'eis dos altos rios ou para os "fir

nhou extraordinário desen\'oIvimento, ao

cia aos que se vão empenhar na agri

zonas c também a mais despovoada. A cidade de Belém encerra mais dc um

soii, sobretudo, as estatísticas: — em

ponto da produção em 1944 subir a Rússia, da qual diz Maurice Hindus que é a maior produtora no mundo.

A Amazônia compreendo 46 por cen to da área total do Brasil. Dc tôdus as

até Bragança'. Resta uma pequena fra

seringais e de desânimo às mais audazes

quinze anos, deve servir de advertên

Pobreza da Amazônia

tural antes da guerra. Desconfiou da capacidade dos seringais do Oriente, de vastados pelos japoneses. E compul-

constitui o maior fator de destruição dos

conheçam as verdadeiras estatísticas da

33

.

,

j

,

Porque, se Ford cuidava liwar-se do

monopólio inglês da borracha cultiva

da, nós outros temos outro objetivo, cem vezes mais grandioso; — conquistar a Amazônia e redimir o trabalhador, pela \'alorização do homem. Desse homem, espoliado, escravizado, mas que é tam bém uma parcela do Brasil. 7 — Richomer Barros, idem.


Dicksto Econômico

um presidente, um vicc-prcsidentc c cin

Orsanização do Sistema Bancário Brasileiro por Orlando Almeida Prado

35

co outros governadores, todos noiueados pelo presiaenlc da República, "ad-rcfcrendum" ,do Senado Federal, por um período de 14 anos. O "inodus faciendi" desta nomeação deverá ser es

\

(especial para ü "OICESTü KCOíNÓMÍCo")

tabelecido de tal forma que expire, de

doi.s em dois anos, rotativamente, o mandato dc um diretor. A Comissão Federal do Mercado Li

^ONFORME O c|uadrd esquemático que O A. prcconixo o fotrruiçõo de um siste^ das as circunstâncias peculiares à ex

tiui âv Bancos de Reserva Federais, que seriam os bancos dos bancos e bancos

tensão territorial do Brasil e à diver

emissores das suas respectivas zonas ou

apresentarei a seguir, penso que, da sidade de produção e consumo de cada uma de suas zonas econômicas, o regi me bancário que melhor poderia satis

vre será composta dc doze membros,

distritos; os disciplinajdores e estimula' dores da crédito; os reguladores dits taxas dc desconto e os timoneiros dos

do sistema americano, traria enormes vantagens à economia das diferentes re

giões brasileiras. As necessidades e re clamos do país seriam atendidos com mais perfeito conhecimento de causa e com muito maior oportunidade do que num regime de centralização bancária • como o atual.

'

E, foi, exatamente, para atender a essas finalidades, e, assim, procurar con

tribuir para que o Brasil se aparelhe,

nas Corais, Rio de Janeiro e Espirito Santo, com sede na Capital Federal e

serva.

filiais nas capitais daqueles Estados è

o a sua função especializada, no sen

tido geral de manter as boas condições

do.s negócios comerciais, industriais e 'agrícolas do país, bem como de manter, constantemente, uma reserva aclcijúada

do crédito, a custo ra-zoàvelmcnte "baixo o acessível àquelas classes econômicas.

cia das finanças e da economia polí tica, - tem uni órgão responsável pela

A

direção e disciplina, em torno do qual devem gravitar todos os demais, quer pertençam, pròpriamente, ã organização ,

responsabilidade

desses

wodema e eficientemente, no sentido de oferecer aos seus fillios e a todos quantos, aqui conosco, mourejam nas ati

reservas, quer pertençam, como partes v'

serva Federais, um em cada um dos

vidades^ econômicas, que orientei a or

Estudemos, em primeiro lugar, a es- . trutura e a função dêsse órgão centralO núcleo supervisor e diretor do sis tema compor-se-á de um Conselho Fe^

seis distritos bancários, que serão cria dos para ôste fim, — devendo ser:' a) um na Amazônia cômpreenden• do os Estados do Piauí, Maranhão, Pará,

ganização do plano geral de sistematização bancária, financeira e monetária, que passo a expor.

Plano geral

O regime bancário planejado — co mo, aliás, acontece com todos os de

mais até hoje adotados pelos países

integrantes, ao mercado financeiro ou monetário.

deral

Governadores — dè uma Co

missão do Mercado Livre e de uiRí*

Junta Federal dos Conselheiros. O Conselho Federal dos Governadores

será composto de sete membros, assimi

gulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso e Pa raná, com sede em São Paulo e filiais

f) um no Sul, compreendendo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com

sede em Pôrto Alegre o filial em Flo

rianópolis e agências onde convier. • Êsses Bancos de Reserva Federais se

rão organizados pelos bancos parüculates existentes no distrito, que, por esse

fato seriam considerados e chamados bancos membros do Sistema de Reser va Federal.

órgãos . Somente poderão ser organizadores, exercer-se-á no campo bancário, finan subscritores de ações e acionistas efeti ceiro e monetário. A sua sede será na vos dos Bancos de Reserva Federais, os Capital da Repviblica. bancos particulares considerados idô Fazendo parte integrante do sistema, porétn, como órgãos dcscentralizadorcs, serão organizados seis Bancos de Re

do sistema emissor e organizador das

dendo os Estados de São Paulo, Triân

cias onde convier;

ãáos centrais serão, cada um exorcen-

e inteligência, por parto dos estadistas especializados no trato constante da ciên

agências onde convier; c) um no Centro Sul, compreen

nas Capitais daqueles Estados e agên

O objetivo e as atribuições desses ór-

carados e resolvidos com determinação

d) um no Centro, compYecndendo

Governadores o cinco eleitos pelos ban

Atribuições

onde problemas desta natureza são en

capitais daqueles Estados e agências ondo . convier;

cos membros do Sistema Federal de Re

dos, cada um deles, por cada um dos bancos de reserva fcchiral, distrital.

vanguardeiros da civilização muudial,

com sedo cm São Salvador c filiais nas

o Distrito Federal, os Estados dé Mi

será composta de seis membros, nomea

bancário, moldado nos princípios gerais

em Recife, com filiais nas capitais da queles Estados e agências onde convier: c) um no Norte, compreendendo os Estados da Bahia, Sergipe o Alagoas,

sendo sete nomeados pelo Conselho dos

A Junta Federal dos Conselheiros

fazer aos interesses gerais seria aquele mercados financeiros e monetários; os que correspondesse a uma adaptação in eeniralizadores de todas as atividades teligente e racional do Sistema Fede monetárias c financeiras do país; os Euarral de_ Reserva, adotado, desde 1913, diâes dn ouro nacional; e, cm ultima com tão felizes resultados, pelos Es-- análise, o arrimo das atividades tnonetados Unidos da América do Norte, iárias e financeiras do país; os cujas condições são as que mais se as- diões do ouro nacional; e, em ultima análise, o arrimo das atividades econô semelham às de nosso país. • A organização de um novo sistema micas e os propulsores do progresso.

b) um no Nordeste, compreenden do Ceará, Rio Grande do Norte, Pa raíba e Pernambuco. A sua sede seria

Amazonas e Territórios do Acre, Rio Branco etc..

A sua sede seria na Ca

pital do Pará, com filiais nas capitais daqueles Estados e Territórios e agên cias onde convier;

neos, qxie se denominarão bímcos mem bros' do Banco de Reserva dos distri tos'Cada um desses Bancos de Re-" serva servirá* a um distrito. Manterá, contudo, ligação íntima e fará o "clearing" com os* demais Bancos de Re serva Federais, no sentida de facilitar

o intercâmbio comercial e a compensa ção dos cheques, bem como a formação das "reservas" próprias de cada distrito

e seus Bancos de Reservas respectivos, objetivando o maior poder e difusão do crédito e capacidade de negócios, isto


Dicksto Econômico

um presidente, um vicc-prcsidentc c cin

Orsanização do Sistema Bancário Brasileiro por Orlando Almeida Prado

35

co outros governadores, todos noiueados pelo presiaenlc da República, "ad-rcfcrendum" ,do Senado Federal, por um período de 14 anos. O "inodus faciendi" desta nomeação deverá ser es

\

(especial para ü "OICESTü KCOíNÓMÍCo")

tabelecido de tal forma que expire, de

doi.s em dois anos, rotativamente, o mandato dc um diretor. A Comissão Federal do Mercado Li

^ONFORME O c|uadrd esquemático que O A. prcconixo o fotrruiçõo de um siste^ das as circunstâncias peculiares à ex

tiui âv Bancos de Reserva Federais, que seriam os bancos dos bancos e bancos

tensão territorial do Brasil e à diver

emissores das suas respectivas zonas ou

apresentarei a seguir, penso que, da sidade de produção e consumo de cada uma de suas zonas econômicas, o regi me bancário que melhor poderia satis

vre será composta dc doze membros,

distritos; os disciplinajdores e estimula' dores da crédito; os reguladores dits taxas dc desconto e os timoneiros dos

do sistema americano, traria enormes vantagens à economia das diferentes re

giões brasileiras. As necessidades e re clamos do país seriam atendidos com mais perfeito conhecimento de causa e com muito maior oportunidade do que num regime de centralização bancária • como o atual.

'

E, foi, exatamente, para atender a essas finalidades, e, assim, procurar con

tribuir para que o Brasil se aparelhe,

nas Corais, Rio de Janeiro e Espirito Santo, com sede na Capital Federal e

serva.

filiais nas capitais daqueles Estados è

o a sua função especializada, no sen

tido geral de manter as boas condições

do.s negócios comerciais, industriais e 'agrícolas do país, bem como de manter, constantemente, uma reserva aclcijúada

do crédito, a custo ra-zoàvelmcnte "baixo o acessível àquelas classes econômicas.

cia das finanças e da economia polí tica, - tem uni órgão responsável pela

A

direção e disciplina, em torno do qual devem gravitar todos os demais, quer pertençam, pròpriamente, ã organização ,

responsabilidade

desses

wodema e eficientemente, no sentido de oferecer aos seus fillios e a todos quantos, aqui conosco, mourejam nas ati

reservas, quer pertençam, como partes v'

serva Federais, um em cada um dos

vidades^ econômicas, que orientei a or

Estudemos, em primeiro lugar, a es- . trutura e a função dêsse órgão centralO núcleo supervisor e diretor do sis tema compor-se-á de um Conselho Fe^

seis distritos bancários, que serão cria dos para ôste fim, — devendo ser:' a) um na Amazônia cômpreenden• do os Estados do Piauí, Maranhão, Pará,

ganização do plano geral de sistematização bancária, financeira e monetária, que passo a expor.

Plano geral

O regime bancário planejado — co mo, aliás, acontece com todos os de

mais até hoje adotados pelos países

integrantes, ao mercado financeiro ou monetário.

deral

Governadores — dè uma Co

missão do Mercado Livre e de uiRí*

Junta Federal dos Conselheiros. O Conselho Federal dos Governadores

será composto de sete membros, assimi

gulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso e Pa raná, com sede em São Paulo e filiais

f) um no Sul, compreendendo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com

sede em Pôrto Alegre o filial em Flo

rianópolis e agências onde convier. • Êsses Bancos de Reserva Federais se

rão organizados pelos bancos parüculates existentes no distrito, que, por esse

fato seriam considerados e chamados bancos membros do Sistema de Reser va Federal.

órgãos . Somente poderão ser organizadores, exercer-se-á no campo bancário, finan subscritores de ações e acionistas efeti ceiro e monetário. A sua sede será na vos dos Bancos de Reserva Federais, os Capital da Repviblica. bancos particulares considerados idô Fazendo parte integrante do sistema, porétn, como órgãos dcscentralizadorcs, serão organizados seis Bancos de Re

do sistema emissor e organizador das

dendo os Estados de São Paulo, Triân

cias onde convier;

ãáos centrais serão, cada um exorcen-

e inteligência, por parto dos estadistas especializados no trato constante da ciên

agências onde convier; c) um no Centro Sul, compreen

nas Capitais daqueles Estados e agên

O objetivo e as atribuições desses ór-

carados e resolvidos com determinação

d) um no Centro, compYecndendo

Governadores o cinco eleitos pelos ban

Atribuições

onde problemas desta natureza são en

capitais daqueles Estados e agências ondo . convier;

cos membros do Sistema Federal de Re

dos, cada um deles, por cada um dos bancos de reserva fcchiral, distrital.

vanguardeiros da civilização muudial,

com sedo cm São Salvador c filiais nas

o Distrito Federal, os Estados dé Mi

será composta de seis membros, nomea

bancário, moldado nos princípios gerais

em Recife, com filiais nas capitais da queles Estados e agências onde convier: c) um no Norte, compreendendo os Estados da Bahia, Sergipe o Alagoas,

sendo sete nomeados pelo Conselho dos

A Junta Federal dos Conselheiros

fazer aos interesses gerais seria aquele mercados financeiros e monetários; os que correspondesse a uma adaptação in eeniralizadores de todas as atividades teligente e racional do Sistema Fede monetárias c financeiras do país; os Euarral de_ Reserva, adotado, desde 1913, diâes dn ouro nacional; e, cm ultima com tão felizes resultados, pelos Es-- análise, o arrimo das atividades tnonetados Unidos da América do Norte, iárias e financeiras do país; os cujas condições são as que mais se as- diões do ouro nacional; e, em ultima análise, o arrimo das atividades econô semelham às de nosso país. • A organização de um novo sistema micas e os propulsores do progresso.

b) um no Nordeste, compreenden do Ceará, Rio Grande do Norte, Pa raíba e Pernambuco. A sua sede seria

Amazonas e Territórios do Acre, Rio Branco etc..

A sua sede seria na Ca

pital do Pará, com filiais nas capitais daqueles Estados e Territórios e agên cias onde convier;

neos, qxie se denominarão bímcos mem bros' do Banco de Reserva dos distri tos'Cada um desses Bancos de Re-" serva servirá* a um distrito. Manterá, contudo, ligação íntima e fará o "clearing" com os* demais Bancos de Re serva Federais, no sentida de facilitar

o intercâmbio comercial e a compensa ção dos cheques, bem como a formação das "reservas" próprias de cada distrito

e seus Bancos de Reservas respectivos, objetivando o maior poder e difusão do crédito e capacidade de negócios, isto


mKm DiCliSTO EcONÓMK.o

36

ó, objetivando o maior e o mais seguro desenvolvimento econômico do pais. Os Bancos de Reser\'a Federais serão

a maioria dos diretores dos Bancos d,.

Tão a manutenção de bases para um

Reserva.

crédito bancário amplo, capaz de .satis

\'irão

As demais rcgrà.s a respeito

nos estatutos, na

conformidade

corporações organizadas para trabalhar a serviço público, sem visar lucros alem

dos interesses disciplínarcs e orgilniccs

do uma remuneração pequena, porem

Dcscentralizíição

fazer às necessidades comerciais, finan

ceiras e monetárias do país.

peculiares ao sistema.

justa, dó capital dos seus componentes. Êsse ó um dos caralerísticos que o.s

DíPESTO EcONÓNflCO

À Juntíi Federal dos Conselheiros,

que deverá, reunir-se trimestralmente,

A descentralização é o caraterístico

37

nacional c promover e disciplinar o cré dito, no sentido de estimular as ativi

dades econômicas, para o progresso da nação.

Sempre baseados e garantidos pelo privilégio de emitir, que o sistema lhes

pelo menos, na Capital da Rcpviblica, na sede do órgão central, incumbirá

assegura, na qualidade de bancos emis sores, os Bancos de Reserva Federais po

diferenciam dos demais bancos parti

essencial do .sistema.

estudar os problemas cconóniicos mo-

culares. Nos seus estatutos, disposi ções especiais serão incluídas, no sen

derão criar, -^conforme as circunstancias,

Rc.serva o cada filial serão uma orgaiii-

mcntosos, bem como a situação dos mer

zação regional c local, bem como parle

tido de restringir os direitos, os- privi légios e os poderes que comumente são

cados, em geral, e dos negócios, om par

integrante dc uma vasta organização. Seus diretores e cmprcgado.s deverão

conferidos aos acionistas, no que se re

tícula;'. Assim, poderá aconselhar os di rigente:: do Sistema de Reserva Federal,

tanto a moeda propriamente dita, repre sentada pelos metais preciosos amoeda-

residir no distrito, e suas transações sc

fere à direção das sociedades anôni mas — tudo, é certo, com a finalidade

orientandü-os relativamente aos proble

efetuarão com bancos regionais e locais, dando, esse fato, unia representação efe

mas de ordem bancária, financeira e

membros ou ao público em geral, e.s-

monetária, que, porventura, mereçam a sua atenção e análise.

der prestar o serviç-o público a que se destina, como entidade bancária propul

tiva aos pontos dc vista c aos interesses particulares c peculiares das regiões a que pertencem. Outrossim, auxiliarão a política bancária, financeira c mone

criturarem somas, em favor daqueles seus clientes, nas suas respectivas con

açao, por isso mesmo, devem estar aci-

tária da alta administração nacional, à

culiares a esta organização, cada banco

lhes conferem, os Bancos de Reserva

de garantir a corporação no sentido de

ter vida absolutamente autônoma e po

sora do progresso do país, cuja vida e

«na e a coberto do ínterêsse individual,

qoe, muita vez, não se coaduna com o interesso coletivo.

Os Bancos de Reserva Federais serão Oíngidos por nove diretores, democràticamento eleitos, representando vários hropos de interesses. Um têrço da Di retoria sera denominada diretores da

classe A, um terço da.classe B, e, outro terço, da classe C.

Os diretores da classe A serão esco lhidos pelos representantes dos bancos

de deposito e de crédito real e indus trial; os da classe B deverão ser pes soas que, na ocasião da eleição exer

Cada Banco dc

Reseruíjs monetárias

De conformidade com as regras pe

qual ficarão adstritos, através do Con

dos e pelas notas ou bilhetes bancários de sua emissão, como a moeda contábil,

quando, concedendo créditos aos bancos

tas de depósitos. Usando da faculdade de que o sis tema e o privilégio de bancos emissores Federais se acharão em condições de

selho Federal dos Governadores, da Co missão Federal do Mercado Livre c da

particular, membro bancário do Siste ma dq Reserva Federal, deverá contri

prestar relevantes serviços - à economia

buir com uma porcentagem do seu ca

nacional.

junta Federal dos Conselheiros.

pital, que fôr estabelecida, para for

Êles serão, no regime do sistema, os bancos dos bancos e os bancos emisso

Os Bancos de Reserva Federais de vem estabelecer, em seus estatutos, dis

mação da reserva monetária, ou encaixe, do Banco de Reserva Federal do

posições tendcnte.s à cobrança de uma

seu dishfto.

tritos; — serão os disciplinadores e esti-

cota sobre todas as suas operações, des

Os bancos particulares referidos de verão ser, outrossim, obrigados a man

muladores do crédito; serão os regu ladores das taxas de desconto e os ti

tinada, não somente a cobrir as suas

despesas e pagar um dividendo limitado a seis por cento ao ano, como, também, para pagar unia contribuição ao Te-

res das suas respectivas zonas ou dis

ter suas reservas legais, em depósito, no

moneiros dos mercados financeiros e mo

Banco de Reserva Federal do seu dis

netários; serão os centralizadores de to

souro Fecieral e fazer adições de fun

trito. Essas reservas legais deverão , ser proporcionais aos próprios depósitos dos

ràs do país; serão os guardiões do ouro

do de reserva.

bancos particulares — membros bancá rios — variando a proporção exigida,

Para orientação dos í3aiicos de Re

das as atividades monetárias e financeinacional; serão, em última análise, o arrimo das atividades econômicas e os

propulsores do progresso da nação. Órgãos de função especializada

serva Federais, na sua ação cotidiana,

segundo a posição do membro bancá

o contato dessas organizações côm o

classe C que não poderão ser funcio nários, diretores ou acionistas de ne

Conselho Federal dos Governadores, com a Comissão Federal do Mercado

rio, bem como segundo o caráter do seu depósito e as suas necessidades de tesouraria. Êsses depósitos não vence

Livre e com a Junta Fcdeial dos Con

rão juros.

nhum estabelecimento de crédito, serão esco hidos e indicados pelo Conselho Fe deral dos Governadores, como represen

selheiros deve ser íntimo e con.slantc. •

■ As leis orgânicas do sistema estabe

centrais, diretores e orientadores, e os

A Comissão Federal do Mercado Li

lecerão as regras referentes às obriga

Bancos de Reserva Federais distritais,

ções, direitos e vantagens dos bancos membros do Sistema Federal de Reserva.

constituirá o núcleo em torno do qual gravitarão todos os elementos bancários,

Foculchde de emitir

financeiros e monetáriõs do país. Entretanto, para que seja perfeita a

A função fundamental dos Bancos de Reserva Federal será criar a moeda

organização do sistema, é mister que sejam criados alguns outros órgãos de

çam, ativamente, em seu distrito car gos em qualquer empreendimento co

mercial, industrial ou agrícola; os da

tante, que será, do Governo Federal e,

"ipso facto", do povo que o elegeu! Nessa conformidade, os homens de negócios, não banqueiros, constituirão

vre é que incumbe estudar e dirigir as ooerações do mercado livre dos Bancos do Reserva.

Dir-llies-a da oportunida

de da compra e venda dos valores títulos, efeitos e obrigações ~ do "mer cado livre". E as suas finalidades seI

O Sistema de Reserva Federal, com

preendendo, nessa expressão, os órgãos


mKm DiCliSTO EcONÓMK.o

36

ó, objetivando o maior e o mais seguro desenvolvimento econômico do pais. Os Bancos de Reser\'a Federais serão

a maioria dos diretores dos Bancos d,.

Tão a manutenção de bases para um

Reserva.

crédito bancário amplo, capaz de .satis

\'irão

As demais rcgrà.s a respeito

nos estatutos, na

conformidade

corporações organizadas para trabalhar a serviço público, sem visar lucros alem

dos interesses disciplínarcs e orgilniccs

do uma remuneração pequena, porem

Dcscentralizíição

fazer às necessidades comerciais, finan

ceiras e monetárias do país.

peculiares ao sistema.

justa, dó capital dos seus componentes. Êsse ó um dos caralerísticos que o.s

DíPESTO EcONÓNflCO

À Juntíi Federal dos Conselheiros,

que deverá, reunir-se trimestralmente,

A descentralização é o caraterístico

37

nacional c promover e disciplinar o cré dito, no sentido de estimular as ativi

dades econômicas, para o progresso da nação.

Sempre baseados e garantidos pelo privilégio de emitir, que o sistema lhes

pelo menos, na Capital da Rcpviblica, na sede do órgão central, incumbirá

assegura, na qualidade de bancos emis sores, os Bancos de Reserva Federais po

diferenciam dos demais bancos parti

essencial do .sistema.

estudar os problemas cconóniicos mo-

culares. Nos seus estatutos, disposi ções especiais serão incluídas, no sen

derão criar, -^conforme as circunstancias,

Rc.serva o cada filial serão uma orgaiii-

mcntosos, bem como a situação dos mer

zação regional c local, bem como parle

tido de restringir os direitos, os- privi légios e os poderes que comumente são

cados, em geral, e dos negócios, om par

integrante dc uma vasta organização. Seus diretores e cmprcgado.s deverão

conferidos aos acionistas, no que se re

tícula;'. Assim, poderá aconselhar os di rigente:: do Sistema de Reserva Federal,

tanto a moeda propriamente dita, repre sentada pelos metais preciosos amoeda-

residir no distrito, e suas transações sc

fere à direção das sociedades anôni mas — tudo, é certo, com a finalidade

orientandü-os relativamente aos proble

efetuarão com bancos regionais e locais, dando, esse fato, unia representação efe

mas de ordem bancária, financeira e

membros ou ao público em geral, e.s-

monetária, que, porventura, mereçam a sua atenção e análise.

der prestar o serviç-o público a que se destina, como entidade bancária propul

tiva aos pontos dc vista c aos interesses particulares c peculiares das regiões a que pertencem. Outrossim, auxiliarão a política bancária, financeira c mone

criturarem somas, em favor daqueles seus clientes, nas suas respectivas con

açao, por isso mesmo, devem estar aci-

tária da alta administração nacional, à

culiares a esta organização, cada banco

lhes conferem, os Bancos de Reserva

de garantir a corporação no sentido de

ter vida absolutamente autônoma e po

sora do progresso do país, cuja vida e

«na e a coberto do ínterêsse individual,

qoe, muita vez, não se coaduna com o interesso coletivo.

Os Bancos de Reserva Federais serão Oíngidos por nove diretores, democràticamento eleitos, representando vários hropos de interesses. Um têrço da Di retoria sera denominada diretores da

classe A, um terço da.classe B, e, outro terço, da classe C.

Os diretores da classe A serão esco lhidos pelos representantes dos bancos

de deposito e de crédito real e indus trial; os da classe B deverão ser pes soas que, na ocasião da eleição exer

Cada Banco dc

Reseruíjs monetárias

De conformidade com as regras pe

qual ficarão adstritos, através do Con

dos e pelas notas ou bilhetes bancários de sua emissão, como a moeda contábil,

quando, concedendo créditos aos bancos

tas de depósitos. Usando da faculdade de que o sis tema e o privilégio de bancos emissores Federais se acharão em condições de

selho Federal dos Governadores, da Co missão Federal do Mercado Livre c da

particular, membro bancário do Siste ma dq Reserva Federal, deverá contri

prestar relevantes serviços - à economia

buir com uma porcentagem do seu ca

nacional.

junta Federal dos Conselheiros.

pital, que fôr estabelecida, para for

Êles serão, no regime do sistema, os bancos dos bancos e os bancos emisso

Os Bancos de Reserva Federais de vem estabelecer, em seus estatutos, dis

mação da reserva monetária, ou encaixe, do Banco de Reserva Federal do

posições tendcnte.s à cobrança de uma

seu dishfto.

tritos; — serão os disciplinadores e esti-

cota sobre todas as suas operações, des

Os bancos particulares referidos de verão ser, outrossim, obrigados a man

muladores do crédito; serão os regu ladores das taxas de desconto e os ti

tinada, não somente a cobrir as suas

despesas e pagar um dividendo limitado a seis por cento ao ano, como, também, para pagar unia contribuição ao Te-

res das suas respectivas zonas ou dis

ter suas reservas legais, em depósito, no

moneiros dos mercados financeiros e mo

Banco de Reserva Federal do seu dis

netários; serão os centralizadores de to

souro Fecieral e fazer adições de fun

trito. Essas reservas legais deverão , ser proporcionais aos próprios depósitos dos

ràs do país; serão os guardiões do ouro

do de reserva.

bancos particulares — membros bancá rios — variando a proporção exigida,

Para orientação dos í3aiicos de Re

das as atividades monetárias e financeinacional; serão, em última análise, o arrimo das atividades econômicas e os

propulsores do progresso da nação. Órgãos de função especializada

serva Federais, na sua ação cotidiana,

segundo a posição do membro bancá

o contato dessas organizações côm o

classe C que não poderão ser funcio nários, diretores ou acionistas de ne

Conselho Federal dos Governadores, com a Comissão Federal do Mercado

rio, bem como segundo o caráter do seu depósito e as suas necessidades de tesouraria. Êsses depósitos não vence

Livre e com a Junta Fcdeial dos Con

rão juros.

nhum estabelecimento de crédito, serão esco hidos e indicados pelo Conselho Fe deral dos Governadores, como represen

selheiros deve ser íntimo e con.slantc. •

■ As leis orgânicas do sistema estabe

centrais, diretores e orientadores, e os

A Comissão Federal do Mercado Li

lecerão as regras referentes às obriga

Bancos de Reserva Federais distritais,

ções, direitos e vantagens dos bancos membros do Sistema Federal de Reserva.

constituirá o núcleo em torno do qual gravitarão todos os elementos bancários,

Foculchde de emitir

financeiros e monetáriõs do país. Entretanto, para que seja perfeita a

A função fundamental dos Bancos de Reserva Federal será criar a moeda

organização do sistema, é mister que sejam criados alguns outros órgãos de

çam, ativamente, em seu distrito car gos em qualquer empreendimento co

mercial, industrial ou agrícola; os da

tante, que será, do Governo Federal e,

"ipso facto", do povo que o elegeu! Nessa conformidade, os homens de negócios, não banqueiros, constituirão

vre é que incumbe estudar e dirigir as ooerações do mercado livre dos Bancos do Reserva.

Dir-llies-a da oportunida

de da compra e venda dos valores títulos, efeitos e obrigações ~ do "mer cado livre". E as suas finalidades seI

O Sistema de Reserva Federal, com

preendendo, nessa expressão, os órgãos


'f TI

Vi'

DicacsTo Económic*)

38

função especializada, que deverão agir,

sombra de bancos especializados, tais

mercado monetário.

como os bancos de crédito industrial, como vem sendo feito, de longa data,

Nessa ordem de idéias, teríamos que

disciplinar a economia popular, de ma neira a-que os fundos dela provenientes

principalmente nos Estados Unidos, In

fossem aplicados, produtivamente, em benefício geral do país. Para tanto, se ria mister que fosse organizada uma Caixa de Depósitos e Consignações, com a atribuição exclusiva de colocar, quer

países industriais.

no mercado financeiro, quer no mer cado monetário, os fundos arrecadados,

por meio das Caixas Econômicas — pri vadas, oficiais e postais — das Socie

dades de Seguros, das Sociedades Mú tuas e de Capitalização, das Caixas de Aposentadoria e Pensões, e dos Institutos

da Previdência. No momento atual, grandes, vultosíssimas somas de dinhei

raís. prestariam relevantes serviços as ati

vidades produtiva? do país. Criá-los é um imperativo irrecusável do incoercível desejo dc progredir dos brasileiros, A instituição do crédito agrário e do crédito industrial, cm operações a prazo

longo e médio, estaria assegurada no regime do Sistema Federal de Reserva, em harmonia com aqueles institutos,

operando" no mercado financeiro das praças do país. Na órbita do merca

movimentos no sentido da produção e circulação das riquezas.

ções sôbre títulos públicos e efeitos co

dustria, o comércio, a pecuária e a agri cultura do país lutam contra uma sen

Bancos de Credito Real — hipotecá rios e agrícolas — Bancos de Crédito

Industrial ("Banques d'affaires") devem ser criados com grandes capitais, em moldes modernos, para auxiliarem o desenvolvimenfo das indústrias e da la voura.

A criação das indústrias básicas, das indústrias manufatureiras de matérias

São Paulo

tESPECIAL PARA O "DIGESTO ECONÜMICO")

E esses bancHJS, à

sombra dos Bancos de Reser\'a Fede^

sível falta de crédito, que lhes tolhe os

ntos, improdutivamente, quando a in

pela Secretaria Técnica do Instituto de Economia da Associação Comercial de

glaterra, Alemanha, b^^pão e em outros

do monetário, os Bancos de Depósito e de Descontos, as Casas de Aceitação e I os Bancos Especializados em ^certos e determinados ramos dc produção e con sumo, operando em negocios bancários

ro acumulam-se nessas Caixas e Insti

Os Preços do Café

primas nacionais, sònienle é possível

tanto no mercado financeiro, como no

a vista e créditos a prazo curto e mé

dio, em descontos, empréstimos e cau merciais, em negócios de compra e ven da de efeitos comerciais e outros va

lores, em operações de aceitação e cãm-

bio, de "report" e outras que lhes são próprias, completarão a organização dos elementos que deverão constituir a pè-

riferia do Sistema Federal de^ Reserva. O centro dêste será , constituído pelos seis Bancos de Reserva Federais.

A Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo de há lon

Somando-se tôdas as despesas que ocor rem antes que o café chegue ao consu-

ga data vem realizando trabalhos no

midor, tem-se a explicação para o fato

sentido de fazer um estudo tão com

do produto ser vendido no varejo a Cr$

pleto quanto possível do problema ca-

558,80, em média, deixando pequena margem de lucro ao úHimo infennedíd-

feetro no Brasil.

Neste sentido sua

secretaria técnica

rto.

O distribuidor tem um lucro mo

procurou efetuar um estudo sobre os

derado, bem ntelhor, contudo, que o

preços dó café como subsídio para o.

do plantador, por não estar sujeito aos múltiplos azares agrícolas.

trabalho que a Comissão de Produção Agrícola vem objetivando. Valeu-se,

para tanto, principalmente dos dados de um inquérito realizado pelo "Food Research Institute", da Universidade de Stanford, sôbre a economia cafeeira mundial.

O Comissariado Americano do Co

mércio do Brasil estimou que pode con siderar-se como produção média de uina

lavoura cafeeira a de 47 arrobas por mil pés. Atendendo-se a esta produ ção média, ps custos de produção do café por saca em São Paulo se distri buem assim: (1) Cr$ 60,00 — para despesas de cultivo; 16,00 — para despesas de co. lheita;

13,00 — para transporte da co lheita

desde o cafezal

até a estação;

27,00 — para despesas de trans porte ate o porto;

6,00 — para despesas de beneficiamento

e

conserva

ção do maquinário; 16,00 — para custo de adminis tração e

18,00 — para taxa da comissão

O capital exigido na produção Nessa base, o custo médio de uma saca de café ficaria em Cr$ 157,00,

restando Cr$ 123,00 para o fazendeiro, sendo o café vendido na base de Cr$

280,00 por saca (2). Êsses Cr$ 123,00 incluiriam, além do lucro líquido prò-

priamente dito, os juros de inversão do

Como se vê, a situação não é das mais

invejáveis, principalmente se considc rarmos que o capital exigido na produ ção do café é muito maior que o exi

gido em outras produções agrícolas e

está sujeito a maiores riscos. Além dis so, ocorre um inconveniente muito gran

de no fato do trato dos cafesais exigir despesa idêntica, seja a colheita gran de ou seja pequena, de sorte que de tal forma o custo se mantém relativamente estável.

Porisso há grande importância no au mento ou na redução das colheitas. Su pondo que a soma dos custos de nmn colheita normal seja igual a 100, a soma

dos comissários.

Transforme os seus érros em degraus da escada que o conduzirá ao sucesso seguro e permanente. .

'

(1) Estimativas médias.

M

capital e a depreciação dos cafeeiros. ^

(2) Médias fornecidas por Lima No gueira & Cia., .para 1945.


'f TI

Vi'

DicacsTo Económic*)

38

função especializada, que deverão agir,

sombra de bancos especializados, tais

mercado monetário.

como os bancos de crédito industrial, como vem sendo feito, de longa data,

Nessa ordem de idéias, teríamos que

disciplinar a economia popular, de ma neira a-que os fundos dela provenientes

principalmente nos Estados Unidos, In

fossem aplicados, produtivamente, em benefício geral do país. Para tanto, se ria mister que fosse organizada uma Caixa de Depósitos e Consignações, com a atribuição exclusiva de colocar, quer

países industriais.

no mercado financeiro, quer no mer cado monetário, os fundos arrecadados,

por meio das Caixas Econômicas — pri vadas, oficiais e postais — das Socie

dades de Seguros, das Sociedades Mú tuas e de Capitalização, das Caixas de Aposentadoria e Pensões, e dos Institutos

da Previdência. No momento atual, grandes, vultosíssimas somas de dinhei

raís. prestariam relevantes serviços as ati

vidades produtiva? do país. Criá-los é um imperativo irrecusável do incoercível desejo dc progredir dos brasileiros, A instituição do crédito agrário e do crédito industrial, cm operações a prazo

longo e médio, estaria assegurada no regime do Sistema Federal de Reserva, em harmonia com aqueles institutos,

operando" no mercado financeiro das praças do país. Na órbita do merca

movimentos no sentido da produção e circulação das riquezas.

ções sôbre títulos públicos e efeitos co

dustria, o comércio, a pecuária e a agri cultura do país lutam contra uma sen

Bancos de Credito Real — hipotecá rios e agrícolas — Bancos de Crédito

Industrial ("Banques d'affaires") devem ser criados com grandes capitais, em moldes modernos, para auxiliarem o desenvolvimenfo das indústrias e da la voura.

A criação das indústrias básicas, das indústrias manufatureiras de matérias

São Paulo

tESPECIAL PARA O "DIGESTO ECONÜMICO")

E esses bancHJS, à

sombra dos Bancos de Reser\'a Fede^

sível falta de crédito, que lhes tolhe os

ntos, improdutivamente, quando a in

pela Secretaria Técnica do Instituto de Economia da Associação Comercial de

glaterra, Alemanha, b^^pão e em outros

do monetário, os Bancos de Depósito e de Descontos, as Casas de Aceitação e I os Bancos Especializados em ^certos e determinados ramos dc produção e con sumo, operando em negocios bancários

ro acumulam-se nessas Caixas e Insti

Os Preços do Café

primas nacionais, sònienle é possível

tanto no mercado financeiro, como no

a vista e créditos a prazo curto e mé

dio, em descontos, empréstimos e cau merciais, em negócios de compra e ven da de efeitos comerciais e outros va

lores, em operações de aceitação e cãm-

bio, de "report" e outras que lhes são próprias, completarão a organização dos elementos que deverão constituir a pè-

riferia do Sistema Federal de^ Reserva. O centro dêste será , constituído pelos seis Bancos de Reserva Federais.

A Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo de há lon

Somando-se tôdas as despesas que ocor rem antes que o café chegue ao consu-

ga data vem realizando trabalhos no

midor, tem-se a explicação para o fato

sentido de fazer um estudo tão com

do produto ser vendido no varejo a Cr$

pleto quanto possível do problema ca-

558,80, em média, deixando pequena margem de lucro ao úHimo infennedíd-

feetro no Brasil.

Neste sentido sua

secretaria técnica

rto.

O distribuidor tem um lucro mo

procurou efetuar um estudo sobre os

derado, bem ntelhor, contudo, que o

preços dó café como subsídio para o.

do plantador, por não estar sujeito aos múltiplos azares agrícolas.

trabalho que a Comissão de Produção Agrícola vem objetivando. Valeu-se,

para tanto, principalmente dos dados de um inquérito realizado pelo "Food Research Institute", da Universidade de Stanford, sôbre a economia cafeeira mundial.

O Comissariado Americano do Co

mércio do Brasil estimou que pode con siderar-se como produção média de uina

lavoura cafeeira a de 47 arrobas por mil pés. Atendendo-se a esta produ ção média, ps custos de produção do café por saca em São Paulo se distri buem assim: (1) Cr$ 60,00 — para despesas de cultivo; 16,00 — para despesas de co. lheita;

13,00 — para transporte da co lheita

desde o cafezal

até a estação;

27,00 — para despesas de trans porte ate o porto;

6,00 — para despesas de beneficiamento

e

conserva

ção do maquinário; 16,00 — para custo de adminis tração e

18,00 — para taxa da comissão

O capital exigido na produção Nessa base, o custo médio de uma saca de café ficaria em Cr$ 157,00,

restando Cr$ 123,00 para o fazendeiro, sendo o café vendido na base de Cr$

280,00 por saca (2). Êsses Cr$ 123,00 incluiriam, além do lucro líquido prò-

priamente dito, os juros de inversão do

Como se vê, a situação não é das mais

invejáveis, principalmente se considc rarmos que o capital exigido na produ ção do café é muito maior que o exi

gido em outras produções agrícolas e

está sujeito a maiores riscos. Além dis so, ocorre um inconveniente muito gran

de no fato do trato dos cafesais exigir despesa idêntica, seja a colheita gran de ou seja pequena, de sorte que de tal forma o custo se mantém relativamente estável.

Porisso há grande importância no au mento ou na redução das colheitas. Su pondo que a soma dos custos de nmn colheita normal seja igual a 100, a soma

dos comissários.

Transforme os seus érros em degraus da escada que o conduzirá ao sucesso seguro e permanente. .

'

(1) Estimativas médias.

M

capital e a depreciação dos cafeeiros. ^

(2) Médias fornecidas por Lima No gueira & Cia., .para 1945.


DrcnsTO Ecoxóníto

dos custos de uma colheita dobrada será somente 125, enquanto numa colheita •

igual à metade da normal tal soma será superior a 87,5. Isto significa que, cus

í

midor e, durante um tempo que esti mamos relati\'amcnte longo, será, se

gundo todas as probabilidades,'o único

tando uma saca de café, de uma co

consumidor maciço da no.s.sa produção

lheita normal, Cr$ 144,00, o custo da

cafeeira.

saca de uma colheita dobrada será Cr$

104,40 e o da saca de uma colheita pe

Ê.s.s-e preço do Cr$ 568,80 por saca, graças ao congelamento, manteve-se até

quena de Cr$ 252,00. Daí decorre uma grande fragilidade da cultura ca-

o ano dc 1945 inclusive. Aparentemen te, o lucro do varejista norte-americano

feeira. A lei do rendimento não pro porcional age de tal forma sobre ela que,

•1

to conslit"uí hoje o nosso r*aior consu

do café a Cr$ 280,00, deixa uma dife

í FORDlâlDU E d "IIEEEII BRdVIUEdSIS

saído do porto de Santos, se onera com

(Aulor de "A Crise Amezuiiicu e a Borracha'

é enorme, porquanto \cndida nossa saca

nccessàriamente, o trabalho da cultura rença de Cr$ 278,80. Entretanto, te cafeeira repre.senta uma veradeira aven-' mos a considerar que o café, uma vez

;

. tura.

Entraves à expansão do consumo

Os preços elevados do café torrado

nos. mercados consumidores são pode^"^raves à expansão de seu con

cirno. Mesmo nos Estados Unidos, one nenhuma taxa de entrada é cobrada, I

torrado fica em média França alcançava

rr<t

1-002.00,

em°

1939,

Unido Cr$... chegando a ele-

var-so na Itália a Cr$ 1 782 50

por Aniando MeíVoks

o -frete transoceânico, que custa em média Cr$ 29,00 por .saca; com os se

Já em 1938 a Companhia Ford, do tado, em terras dc sua concessão, tanto

guros, que se elevam a Cr$ 14,50; com as despesas de remoção de carga, trans

T^ajós, no Estado do Pará, havia plan-

A Concessão Ford compreende uma área do terras clevolutas, à margem di

porte e armazenamento que somam

na Fordlãndia como em Belterra* cerca

reita do rio Tapajós, de aproximada

Je 3,000.000 dc seringueiras (Ilévea

Cr$ 13,50.

A peor situação é a do pJantadòr

Brusiliensis), as quais foram cuidadosamento selecionadas e preparadas, u fim

Consideremos, ainda, que na ocasião

do ciarem o máximo de produção. Pe los estudos feitos, até aquela época, cada gnipo de 100 pés da hévea nativa podia

da torração há uma redução do volume,

que, conforme ,a espécie de café, chega a atingir 20%. O Bureau de Produção

fornecer de 100 a 150 quilos de látex,

paraa esta enorme e evaçãocontribuTAdo do preço, há

de Guerra Norte-Americano avaliou em

ao passo que de árvores escolhidas, nas

12% esta redução do volume. Se ava

CrS 310,73 por ta.s eram de saca.direitos Na Inelaterri Cr1%T7o''' elevaram-se Ur§ 74,70 por saca, enquantoapenas na Ale'A manha eram de Cr$ 703,40. Na Itália chegavam a alcançar Cr$ 92010 FeV

liarmos que o café verde chega ao cais ao preço médio de Cr$ 337,00, uma vez torrado passará a custar Cr$ 417,00. Somando-se as despesas de empacota mento, que oscilam entro Cr$ 26,10 e 120,50 por saca fracionada, os impostos

pJantaçoes orientais, do 500 a 1.200 quílo.?. Existiam, outrossim, nas culturas

tas as respectivas deduções dos direiT i? 1939, de Cr$ 558,80 para os EstadoscmUnidos

'^sto nao serern cobrados direitos âè

Cr^fe 30 «fílqn ' oo2,30 para

M

a Itália.

^ França, e Cr$

Dctenhamo-nos mais no caso noríe-

(eSPECIM. r.VRA o

"nicESTo econômico")

e a comissão comercial, além dos lucros do atacadista, explica-se porque o café

regulava, então, em

moderado. Na verdade, .sua posição é, entretanto, bem melhor que a do plan

porque não está sujeito aos múl amcncano, visto que a América do Nor- '' tador, tiplos azares que vitimam a produção.

do Santarém, a fim de facilitar, em

qualquer época do ano, o "embar que de seus prodütos, como tam bém o desenvolvimento de novas plan

tações o e.xplorações agrícolas e in dustriais.

concementes

à

suá

con

cessão.

Instalações

Com o notícia de que foram transfe em tempo oportuno, ridas para o govêrno brasileiro as plan Amparada aos far mais de 5.000.000 tações de seringueiras da Companhia tos recursos do arde mudas. Ford, no norte do país, torna-se opor quimillonário ameri

média, deixando pequena^ margem" de tribuidor de café tem, pois, um lucro

por igual área de terras no município

rcm transplantadas,

A produção total do Estado do Pará

O dis

A Com

tado uma área de 281.500 hectares,

incipientes de Ford, ern viveiros para sc-

é vendido no varejo a Cr$ 558,80 em lucro ao último intermediário,

mente 1.000.000 de hectares.

panhia, em 1934, permutou com o Es

tuno o conhecimento sôhre 'as parti

cano e à iniciativa,

cularidades que ditaram c em que se que singulariza o processou êsse importante cometirnen- empreendimento ian

to. O A. do presente artigo, que há que, — a Emprêsa ladas anuais; e as tempos se dedica ao estudo do pro Ford tem, nas suas blema da borracha no Brasil, mosfm terras, o mais per necessidades da fa bricação de automó que a causa princip'al do abandono, da feito aparelhamento veis de Ford, nas referida emprêsa pelo fabricffnte ame agrícola - industrial, suas atividades nor ricano repousa no retórno e intensifi em 920 construções, mais, iam a 3.500 a cação das importações do procfwfo do destinadas aos vários 4.000 loneladas men Extremo Oriente por parle dos Esta misteres, com per 4.800 a 4.900 tone

sais.

dos Unidos.

feito serviço de luz


DrcnsTO Ecoxóníto

dos custos de uma colheita dobrada será somente 125, enquanto numa colheita •

igual à metade da normal tal soma será superior a 87,5. Isto significa que, cus

í

midor e, durante um tempo que esti mamos relati\'amcnte longo, será, se

gundo todas as probabilidades,'o único

tando uma saca de café, de uma co

consumidor maciço da no.s.sa produção

lheita normal, Cr$ 144,00, o custo da

cafeeira.

saca de uma colheita dobrada será Cr$

104,40 e o da saca de uma colheita pe

Ê.s.s-e preço do Cr$ 568,80 por saca, graças ao congelamento, manteve-se até

quena de Cr$ 252,00. Daí decorre uma grande fragilidade da cultura ca-

o ano dc 1945 inclusive. Aparentemen te, o lucro do varejista norte-americano

feeira. A lei do rendimento não pro porcional age de tal forma sobre ela que,

•1

to conslit"uí hoje o nosso r*aior consu

do café a Cr$ 280,00, deixa uma dife

í FORDlâlDU E d "IIEEEII BRdVIUEdSIS

saído do porto de Santos, se onera com

(Aulor de "A Crise Amezuiiicu e a Borracha'

é enorme, porquanto \cndida nossa saca

nccessàriamente, o trabalho da cultura rença de Cr$ 278,80. Entretanto, te cafeeira repre.senta uma veradeira aven-' mos a considerar que o café, uma vez

;

. tura.

Entraves à expansão do consumo

Os preços elevados do café torrado

nos. mercados consumidores são pode^"^raves à expansão de seu con

cirno. Mesmo nos Estados Unidos, one nenhuma taxa de entrada é cobrada, I

torrado fica em média França alcançava

rr<t

1-002.00,

em°

1939,

Unido Cr$... chegando a ele-

var-so na Itália a Cr$ 1 782 50

por Aniando MeíVoks

o -frete transoceânico, que custa em média Cr$ 29,00 por .saca; com os se

Já em 1938 a Companhia Ford, do tado, em terras dc sua concessão, tanto

guros, que se elevam a Cr$ 14,50; com as despesas de remoção de carga, trans

T^ajós, no Estado do Pará, havia plan-

A Concessão Ford compreende uma área do terras clevolutas, à margem di

porte e armazenamento que somam

na Fordlãndia como em Belterra* cerca

reita do rio Tapajós, de aproximada

Je 3,000.000 dc seringueiras (Ilévea

Cr$ 13,50.

A peor situação é a do pJantadòr

Brusiliensis), as quais foram cuidadosamento selecionadas e preparadas, u fim

Consideremos, ainda, que na ocasião

do ciarem o máximo de produção. Pe los estudos feitos, até aquela época, cada gnipo de 100 pés da hévea nativa podia

da torração há uma redução do volume,

que, conforme ,a espécie de café, chega a atingir 20%. O Bureau de Produção

fornecer de 100 a 150 quilos de látex,

paraa esta enorme e evaçãocontribuTAdo do preço, há

de Guerra Norte-Americano avaliou em

ao passo que de árvores escolhidas, nas

12% esta redução do volume. Se ava

CrS 310,73 por ta.s eram de saca.direitos Na Inelaterri Cr1%T7o''' elevaram-se Ur§ 74,70 por saca, enquantoapenas na Ale'A manha eram de Cr$ 703,40. Na Itália chegavam a alcançar Cr$ 92010 FeV

liarmos que o café verde chega ao cais ao preço médio de Cr$ 337,00, uma vez torrado passará a custar Cr$ 417,00. Somando-se as despesas de empacota mento, que oscilam entro Cr$ 26,10 e 120,50 por saca fracionada, os impostos

pJantaçoes orientais, do 500 a 1.200 quílo.?. Existiam, outrossim, nas culturas

tas as respectivas deduções dos direiT i? 1939, de Cr$ 558,80 para os EstadoscmUnidos

'^sto nao serern cobrados direitos âè

Cr^fe 30 «fílqn ' oo2,30 para

M

a Itália.

^ França, e Cr$

Dctenhamo-nos mais no caso noríe-

(eSPECIM. r.VRA o

"nicESTo econômico")

e a comissão comercial, além dos lucros do atacadista, explica-se porque o café

regulava, então, em

moderado. Na verdade, .sua posição é, entretanto, bem melhor que a do plan

porque não está sujeito aos múl amcncano, visto que a América do Nor- '' tador, tiplos azares que vitimam a produção.

do Santarém, a fim de facilitar, em

qualquer época do ano, o "embar que de seus prodütos, como tam bém o desenvolvimento de novas plan

tações o e.xplorações agrícolas e in dustriais.

concementes

à

suá

con

cessão.

Instalações

Com o notícia de que foram transfe em tempo oportuno, ridas para o govêrno brasileiro as plan Amparada aos far mais de 5.000.000 tações de seringueiras da Companhia tos recursos do arde mudas. Ford, no norte do país, torna-se opor quimillonário ameri

média, deixando pequena^ margem" de tribuidor de café tem, pois, um lucro

por igual área de terras no município

rcm transplantadas,

A produção total do Estado do Pará

O dis

A Com

tado uma área de 281.500 hectares,

incipientes de Ford, ern viveiros para sc-

é vendido no varejo a Cr$ 558,80 em lucro ao último intermediário,

mente 1.000.000 de hectares.

panhia, em 1934, permutou com o Es

tuno o conhecimento sôhre 'as parti

cano e à iniciativa,

cularidades que ditaram c em que se que singulariza o processou êsse importante cometirnen- empreendimento ian

to. O A. do presente artigo, que há que, — a Emprêsa ladas anuais; e as tempos se dedica ao estudo do pro Ford tem, nas suas blema da borracha no Brasil, mosfm terras, o mais per necessidades da fa bricação de automó que a causa princip'al do abandono, da feito aparelhamento veis de Ford, nas referida emprêsa pelo fabricffnte ame agrícola - industrial, suas atividades nor ricano repousa no retórno e intensifi em 920 construções, mais, iam a 3.500 a cação das importações do procfwfo do destinadas aos vários 4.000 loneladas men Extremo Oriente por parle dos Esta misteres, com per 4.800 a 4.900 tone

sais.

dos Unidos.

feito serviço de luz


fmwr

Dicesto Econômico

Dicesto Econónhco

42

etru?ão''forcarínhosamente águ^ fütrada. tratada a

foi carinhosamente

A ins-

tipo e homogeneidade de goina-eiásti-

atendida, atendida, em

ca, a de mais "nervo" e consistêncú

riscolas. e dispensada a perto de 500 crianças de ambos os sexos. Há ah

fria; gabinetes dentários e serviç-os mé dicos, confiados a profissionais brasi leiros de competência reconhecida. Botâtiica da Hóvea

A hévea abrange, de acordo com o botânico Adolfo Ducke, cêrca de 12

espécies: H. Guianensis, Lutea, Benthamiana, Rigidiofolia, Brasiliensis, Palu-

ObA^O

física.

ilxiUufl

(ih-il 1

A Cultura

serviç-o hospitalar, com de 120 Depois de cultivado, no Oriente lon leitos, raios X e ultravioleta, laborató gínquo, até 1941, o total de 8.578.507 rios, farmácia, salas de operaçao, necro térios e instalações de água quente e

43

acres, com a produção, até outubro

5: inOf

•V

dêsse ano,, de 1.209.892 toneladas ex portadas c a capacidade franca de... 1.500.000 toneladas, sentiu o planta

dor que o problema do cometimeuto não mais estava na quantidade das ár vores e sim na melbora e maior abun dância laté.xica. Criou, então, pelo en

xerto, o "clone", — um tipo de alta produção, em menor área — e, ao mes

Sanlír-cm

fire

Maranlio

mo tempo, de maior robustez física. A demonstração prática e irrefragável dis so foi que o rendimento poi hectau'

y

crnani ■>HCO

so tomou duas a cinco vôzes maior do

que o de igual área plantada de serin

í(

gueiras comuns. Isto levou Ford a im portar de Sumatra, Java e Ceilão "clo nes" de alta produção, que foram em

pregados nas seringueiras plantadas em Belterra (2.672.225 árvores, até 1940), numa área do 4.856 hectares. De um

milhão, - quantidade aproximada, de seringueiras plantadas, até aquele ano, 60.000 estavam cm estado de cor

dosa, Humilior, Viridis, Pauciflora, Spruciana, Minor e Caporum. Delas, a Brasiliensis, a Benthamia-

na 6 a Guianensis são quase q'ue as

únicas espécies comercialmente explo radas no Grande Vale; e destas, a pri meira, a que produz borracha de me

lhor qualidade. Nota-se-lhe, entretan to, como nas héveas em geral, de indi víduo para indivíduo, o que botânicamente se chama variação, isto c, espé

te, produzindo de 10 a 100 c.c. dt" látex, por árvore, e a média de 33Í a 37% de borracha saca.

As plantações mais recentes, apre ciadas no seu desenvolvimento, em 1939foram iniciadas em 1935, em Belterr;'-

em solo argilo-sílico-humoso, permeável

ligeiramente ácido, próprio ao plantú'|

bre^%^°^' e estudos sô® hévea.s" em pesquisas geral, suas variações,

cruzamentos, doenças e cultura, de gran® importância sob o ponto de vista científico e econômico para a região ama("Hévea Brasiliensis" — Rela-

J^rio do dr. Luís Caetano de Oliveira Cabral 1940).

No entanto, c esse técnico experimen

tado

à página 13 do relatório, feito

cimes com maior ou . menor abundân

cia de látex, maior ou menor teor de

didas.

A Fordlandia tornou-se "o maior cam

ríca do Sul, onde técnicos na especia

lidade, aparelhados com magníficos la-

mento, - oons.dere que^^ vpn no Oriente, entra eu» corte com 6 a 7 anos, ao. metro corte atingir acima 54 o. de circunfemncia

ondrTdetrl fezer-a sangria.

O nosso clichê indicará o mapa ilus

levadas por êle, no vapor ^o Ama

sendo de conformação acidentada, em declive, concorre .para que as enxur

po experimental da seringueira da Ainá-

crer, devem co^^^ribuir aque

'ordlandia retardamento no desenvolvi--

bó e teak, que a. Companhia íntrodn* em culturas experimentais, bem suce

ças de coloração e espessura da casca, sem que cheguem a constituir, contu do, novas espécies ou sub-espécies. É a Br.isiliensis a produtora do melhor

estamos a

^trelanto

trativo da região, no Tapajós, de onde

da hévea, como também do outras cul* e turas, — o pau-de-balsa, o tung, o tim*

Perspectivas

ca,Outro/falôres, foi logo

orgâni-

luao visita à região, em fins de J39 diz apresentarem as plantações da das espécies cultivadas, o que poderia ser atribuído à constituição e

borracha, além de outras dissemelhan-

barragem àquela desagregação

pouca permeabilidade do terreno.

Êste,

radas das águas pluviais desagreguem o arrastem a matéria orgânica, empohrecendo-o.

Aliás, esse fenômeno de erosão, fà-

cilmente corrigido, hoje, pela plantação

da Pueraria Phaseloides, e outras, como

Wickham coletou as sementes, em 1876, zonas", para os Jardins de Kew, em Londres. (")•

A borracha das plantações do Oriente

provém de uma região que só produz a

qualidade inferior, conhecida nos meios

manufatureiros como "Tapajós-soft-cure",. certo, resultante das condições ecoló

gicas, ali prevalecentes.

Tal fato foi

(x) "On the Plantation, Cultivatlon, and

Curing Pará In-dian Rubber", 1908.


fmwr

Dicesto Econômico

Dicesto Econónhco

42

etru?ão''forcarínhosamente águ^ fütrada. tratada a

foi carinhosamente

A ins-

tipo e homogeneidade de goina-eiásti-

atendida, atendida, em

ca, a de mais "nervo" e consistêncú

riscolas. e dispensada a perto de 500 crianças de ambos os sexos. Há ah

fria; gabinetes dentários e serviç-os mé dicos, confiados a profissionais brasi leiros de competência reconhecida. Botâtiica da Hóvea

A hévea abrange, de acordo com o botânico Adolfo Ducke, cêrca de 12

espécies: H. Guianensis, Lutea, Benthamiana, Rigidiofolia, Brasiliensis, Palu-

ObA^O

física.

ilxiUufl

(ih-il 1

A Cultura

serviç-o hospitalar, com de 120 Depois de cultivado, no Oriente lon leitos, raios X e ultravioleta, laborató gínquo, até 1941, o total de 8.578.507 rios, farmácia, salas de operaçao, necro térios e instalações de água quente e

43

acres, com a produção, até outubro

5: inOf

•V

dêsse ano,, de 1.209.892 toneladas ex portadas c a capacidade franca de... 1.500.000 toneladas, sentiu o planta

dor que o problema do cometimeuto não mais estava na quantidade das ár vores e sim na melbora e maior abun dância laté.xica. Criou, então, pelo en

xerto, o "clone", — um tipo de alta produção, em menor área — e, ao mes

Sanlír-cm

fire

Maranlio

mo tempo, de maior robustez física. A demonstração prática e irrefragável dis so foi que o rendimento poi hectau'

y

crnani ■>HCO

so tomou duas a cinco vôzes maior do

que o de igual área plantada de serin

í(

gueiras comuns. Isto levou Ford a im portar de Sumatra, Java e Ceilão "clo nes" de alta produção, que foram em

pregados nas seringueiras plantadas em Belterra (2.672.225 árvores, até 1940), numa área do 4.856 hectares. De um

milhão, - quantidade aproximada, de seringueiras plantadas, até aquele ano, 60.000 estavam cm estado de cor

dosa, Humilior, Viridis, Pauciflora, Spruciana, Minor e Caporum. Delas, a Brasiliensis, a Benthamia-

na 6 a Guianensis são quase q'ue as

únicas espécies comercialmente explo radas no Grande Vale; e destas, a pri meira, a que produz borracha de me

lhor qualidade. Nota-se-lhe, entretan to, como nas héveas em geral, de indi víduo para indivíduo, o que botânicamente se chama variação, isto c, espé

te, produzindo de 10 a 100 c.c. dt" látex, por árvore, e a média de 33Í a 37% de borracha saca.

As plantações mais recentes, apre ciadas no seu desenvolvimento, em 1939foram iniciadas em 1935, em Belterr;'-

em solo argilo-sílico-humoso, permeável

ligeiramente ácido, próprio ao plantú'|

bre^%^°^' e estudos sô® hévea.s" em pesquisas geral, suas variações,

cruzamentos, doenças e cultura, de gran® importância sob o ponto de vista científico e econômico para a região ama("Hévea Brasiliensis" — Rela-

J^rio do dr. Luís Caetano de Oliveira Cabral 1940).

No entanto, c esse técnico experimen

tado

à página 13 do relatório, feito

cimes com maior ou . menor abundân

cia de látex, maior ou menor teor de

didas.

A Fordlandia tornou-se "o maior cam

ríca do Sul, onde técnicos na especia

lidade, aparelhados com magníficos la-

mento, - oons.dere que^^ vpn no Oriente, entra eu» corte com 6 a 7 anos, ao. metro corte atingir acima 54 o. de circunfemncia

ondrTdetrl fezer-a sangria.

O nosso clichê indicará o mapa ilus

levadas por êle, no vapor ^o Ama

sendo de conformação acidentada, em declive, concorre .para que as enxur

po experimental da seringueira da Ainá-

crer, devem co^^^ribuir aque

'ordlandia retardamento no desenvolvi--

bó e teak, que a. Companhia íntrodn* em culturas experimentais, bem suce

ças de coloração e espessura da casca, sem que cheguem a constituir, contu do, novas espécies ou sub-espécies. É a Br.isiliensis a produtora do melhor

estamos a

^trelanto

trativo da região, no Tapajós, de onde

da hévea, como também do outras cul* e turas, — o pau-de-balsa, o tung, o tim*

Perspectivas

ca,Outro/falôres, foi logo

orgâni-

luao visita à região, em fins de J39 diz apresentarem as plantações da das espécies cultivadas, o que poderia ser atribuído à constituição e

borracha, além de outras dissemelhan-

barragem àquela desagregação

pouca permeabilidade do terreno.

Êste,

radas das águas pluviais desagreguem o arrastem a matéria orgânica, empohrecendo-o.

Aliás, esse fenômeno de erosão, fà-

cilmente corrigido, hoje, pela plantação

da Pueraria Phaseloides, e outras, como

Wickham coletou as sementes, em 1876, zonas", para os Jardins de Kew, em Londres. (")•

A borracha das plantações do Oriente

provém de uma região que só produz a

qualidade inferior, conhecida nos meios

manufatureiros como "Tapajós-soft-cure",. certo, resultante das condições ecoló

gicas, ali prevalecentes.

Tal fato foi

(x) "On the Plantation, Cultivatlon, and

Curing Pará In-dian Rubber", 1908.


T

DifíE-STO Eros'ÓMic<

44

clocMinentado em capítulo do nosso^ es tudo "A Borracha no Brasil", 1.® Série,

americanas já começam a preconizar a substituição da "síntese" pelo produto

Tapajós, em que pese às alegações que

natural, especialmente nos artigos era quo o fator "qualidade" é predominante. "O.s Milagre.s da Química", de Wil-

Brasil, por cinco' milhões de cruzeiros,

liams Haynes, excelente versão de Víctor

às as paginas páginas 4b-o8, 45-58, e e acreditamos acreditamos ter concoii** * - -1 _ r7 -1 «í-» iribuído para o_ •insucesso de Ford, no

o levaram a transferir ao governo do as Fordlandia c — suas propriedades propiicuauvi da ua roruimi

séria ponderação, especialmente aquele

155.586.249.00.

Con.siderem-.se, por outro lado, os oito-

cento.s milhões de dólares, invertidos nas

fabricas e instalações do elastomero, co mo recurso de urgência, imposto pelas aperturas do conflito universal, em con seqüência do desastre de PearI Harbour, T EE. UU.—do do T® 1 milhão de toneladas, e oconsumo retômo

nwJüf"?

^^<^scente daquela produção

^ 1*500.000 toneladas, e ver-

reaiíçi}.^"®, influído no espírito abon/l fabricante americano, para cirriin?í!" empreendimento, que as nomirvf CrS QT

tornaram anti-ecopropriedades em

« Prejuízo verifi cado foi de Cr$ 67.245.000,00 rach-,'l'Tf?"' embarques de bor-

werZfn

por J. P. CoEU

(Encarregado da elaboração dc* normas técnicas dc administração do material do D*S.P, e secretário do Conselho dc Estudos do Material" do Estado dc S Paulo)

tulos .sôbrc o a.ssunto, que nos merece

Beltcrra, onde já dispendera Cr$

-se-á

de Azevedo, inclui dois longos capí

RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL

o voraz

swing de reconshtuição, - embarques

em que se diz: — "Não é borracha, se bem o pareça". O autor nos adverte que o seu país regularmente consome dois terços da borracha produzida com

os seus oitenta por cento de todos c# automóveis do iiTiindo, a rodarem sôbro

pneumático.s, e com o seu triplo dos ôni

bus e caminbõe.s, e tratores dc fazendas, que possuem os.demais países reunidos, a depender aquele sistema do transpor

te, grandemente, do material elásúco.

(ESrEClAl. 1'ARA O "dICESTO ECONÓRIICO")

houve, neste século, dois sur NotosBrasil de industrialização <|uc sc carac-'

tcrizaram pela improvisação, imposta, principalmente, pela falta dc importa ção de utilidades, durante as guerras dc 1914-18 c do 1938-45. A verdade c que, agora, contra as evidencias cm con

trario — a vastidão territorial e a bai.xa

densidade demográfica; a falta dc esco

Além disso, bá as necessidades dc sua

las técnicas de graus médio e superior

formidável frota aérea. Tudo isso requer

e a incipiente tecnologia indígena; a

20.000 toneladas diárias de um produ

ausência do capital c a de.sconfiança dos

to natural, dc qualidades físicas até aqui

particulares nas inversões a longo prazo — a verdade é que o Brasil deixou de

insubstituíveis.

Ao passo que a defesa econômica cia Amazônia nos aconselha a acompanhar com o máximo cuidado o restabelecimen

Dcpois dc uni cstudn do mercado, o ín- ^ dustrial que pretenda montar uma cm-

présa nova deverá entrar no- exame do cu.slo, computados a matéria prima e a secundária, a mão de obra e os gastos ■

gerais. Sem isto, a produção será cm-.' -pírica.' Sem dúvida, o interêsse do fa bricante é produzir um tipo padrão, pelo menor preço possível, o qúe lhe será im

possível sem o controle dos ensaios de laboratório, quanto à realidade, e da contabilidade de custo, quanto à eco nomia.

ser um "país essencialmente agrícola"

.mos informados, a montagem da .usina

o o empirismo dc que ,sc revestiu a sua

do alumínio dc Saramcnha, nas proxi midades dc Ouro Preto, em Minus, a

industrialização está exigindo a aplica ção urgente e cabal das idéias raciona-

primeira c a única instalada em nossa terra, ficou em 100 milhões de cruzei ros- possui 22 fomos elétrico.s, com ca pacidade para produzirem 200 tonela

to das importaçÕe.s, pelos Estados Uni dos, da matéria prima do Oriente, acautelando o nosso papel de produtores, não se deve perder de vista a advertência dc Haynes, do que podem conseguir, com os milagres da química, nas fábricas

Hzadoras nas empresas cm funcionamen

americanas, os seu.s persistentes "agluti-

cia do matéria prima, como a bauxita,

nadores de moléculas", para darem ao

por exemplo, da qual é extraído o alu

Política de inversão

afirma, produzir

.sub.ílituto da bor

mínio, e do baixo padrão de vida do

1.200.000 tone

racha natural

operariado, o Brasil parece oferecer as

aquilo

Desde que possuímos matéria prima em abundância e de fácil extração, o

do seT"™^™

do ÕSsrn

de auSc

cava 8 nín f P-, f = embarEF destino aos • Et,. un UU., ao'"""'"das. preço de com 221/2 centavos

por hbra-peso (2.2046 Ibs. = 1 bilog ) A fabncaçao do elaslòmoro, que podera>

segundo

se

ladas por ano, fnostra-se apreen

que lhe

to e nas que venham a ser criadas, se

não quisermos aumentar as lamentáveis conseqüências .da deflação c da concor

rência dos manufatores estrangeiros. À primeira vi.sta, graças à abundân

melhores possibilidades para a instala

das de alumínio por mês, e emprega

1 300 operários, com ordenados horários que iam, em setembro de 1945, de Cr$ 1,80 a 2,50.

seu aproveitamento fica na dependên

falta., e realizar-

ção de grandes indústrias. Todavia,

cia da obtenção do capital necessário

se a profecia de Nieuwland, ao

uma indústria como a do alumínio exi

dúzias de nbvos

partições oficiais

dágua, mas o seu aproveitamento para

para a montagem da usina de transfor mação. Acontece que nem sempre as jazidas se localizam próximas dos maio res centros industriais, em pontos ser vidos por meio de transporte eficientes

suceda n e o s da

e autorid a d e s

goma natural.

a produção de energia elétrica também requer vultoso capital. Segundo esta-

ferro e da hulha, em que a matéria prima

siva de vir a per• der o mercado, que lhe criou a.

afirmar que se

X:

riam descobertas

guerra; e as re

'

í r..

ge a montagem de altos fornos, de eus-,

to elevado e energia barata. Felizmen te, o Brasil possui abundantes quedas

e baratos ou", ainda, como é o caso do


T

DifíE-STO Eros'ÓMic<

44

clocMinentado em capítulo do nosso^ es tudo "A Borracha no Brasil", 1.® Série,

americanas já começam a preconizar a substituição da "síntese" pelo produto

Tapajós, em que pese às alegações que

natural, especialmente nos artigos era quo o fator "qualidade" é predominante. "O.s Milagre.s da Química", de Wil-

Brasil, por cinco' milhões de cruzeiros,

liams Haynes, excelente versão de Víctor

às as paginas páginas 4b-o8, 45-58, e e acreditamos acreditamos ter concoii** * - -1 _ r7 -1 «í-» iribuído para o_ •insucesso de Ford, no

o levaram a transferir ao governo do as Fordlandia c — suas propriedades propiicuauvi da ua roruimi

séria ponderação, especialmente aquele

155.586.249.00.

Con.siderem-.se, por outro lado, os oito-

cento.s milhões de dólares, invertidos nas

fabricas e instalações do elastomero, co mo recurso de urgência, imposto pelas aperturas do conflito universal, em con seqüência do desastre de PearI Harbour, T EE. UU.—do do T® 1 milhão de toneladas, e oconsumo retômo

nwJüf"?

^^<^scente daquela produção

^ 1*500.000 toneladas, e ver-

reaiíçi}.^"®, influído no espírito abon/l fabricante americano, para cirriin?í!" empreendimento, que as nomirvf CrS QT

tornaram anti-ecopropriedades em

« Prejuízo verifi cado foi de Cr$ 67.245.000,00 rach-,'l'Tf?"' embarques de bor-

werZfn

por J. P. CoEU

(Encarregado da elaboração dc* normas técnicas dc administração do material do D*S.P, e secretário do Conselho dc Estudos do Material" do Estado dc S Paulo)

tulos .sôbrc o a.ssunto, que nos merece

Beltcrra, onde já dispendera Cr$

-se-á

de Azevedo, inclui dois longos capí

RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL

o voraz

swing de reconshtuição, - embarques

em que se diz: — "Não é borracha, se bem o pareça". O autor nos adverte que o seu país regularmente consome dois terços da borracha produzida com

os seus oitenta por cento de todos c# automóveis do iiTiindo, a rodarem sôbro

pneumático.s, e com o seu triplo dos ôni

bus e caminbõe.s, e tratores dc fazendas, que possuem os.demais países reunidos, a depender aquele sistema do transpor

te, grandemente, do material elásúco.

(ESrEClAl. 1'ARA O "dICESTO ECONÓRIICO")

houve, neste século, dois sur NotosBrasil de industrialização <|uc sc carac-'

tcrizaram pela improvisação, imposta, principalmente, pela falta dc importa ção de utilidades, durante as guerras dc 1914-18 c do 1938-45. A verdade c que, agora, contra as evidencias cm con

trario — a vastidão territorial e a bai.xa

densidade demográfica; a falta dc esco

Além disso, bá as necessidades dc sua

las técnicas de graus médio e superior

formidável frota aérea. Tudo isso requer

e a incipiente tecnologia indígena; a

20.000 toneladas diárias de um produ

ausência do capital c a de.sconfiança dos

to natural, dc qualidades físicas até aqui

particulares nas inversões a longo prazo — a verdade é que o Brasil deixou de

insubstituíveis.

Ao passo que a defesa econômica cia Amazônia nos aconselha a acompanhar com o máximo cuidado o restabelecimen

Dcpois dc uni cstudn do mercado, o ín- ^ dustrial que pretenda montar uma cm-

présa nova deverá entrar no- exame do cu.slo, computados a matéria prima e a secundária, a mão de obra e os gastos ■

gerais. Sem isto, a produção será cm-.' -pírica.' Sem dúvida, o interêsse do fa bricante é produzir um tipo padrão, pelo menor preço possível, o qúe lhe será im

possível sem o controle dos ensaios de laboratório, quanto à realidade, e da contabilidade de custo, quanto à eco nomia.

ser um "país essencialmente agrícola"

.mos informados, a montagem da .usina

o o empirismo dc que ,sc revestiu a sua

do alumínio dc Saramcnha, nas proxi midades dc Ouro Preto, em Minus, a

industrialização está exigindo a aplica ção urgente e cabal das idéias raciona-

primeira c a única instalada em nossa terra, ficou em 100 milhões de cruzei ros- possui 22 fomos elétrico.s, com ca pacidade para produzirem 200 tonela

to das importaçÕe.s, pelos Estados Uni dos, da matéria prima do Oriente, acautelando o nosso papel de produtores, não se deve perder de vista a advertência dc Haynes, do que podem conseguir, com os milagres da química, nas fábricas

Hzadoras nas empresas cm funcionamen

americanas, os seu.s persistentes "agluti-

cia do matéria prima, como a bauxita,

nadores de moléculas", para darem ao

por exemplo, da qual é extraído o alu

Política de inversão

afirma, produzir

.sub.ílituto da bor

mínio, e do baixo padrão de vida do

1.200.000 tone

racha natural

operariado, o Brasil parece oferecer as

aquilo

Desde que possuímos matéria prima em abundância e de fácil extração, o

do seT"™^™

do ÕSsrn

de auSc

cava 8 nín f P-, f = embarEF destino aos • Et,. un UU., ao'"""'"das. preço de com 221/2 centavos

por hbra-peso (2.2046 Ibs. = 1 bilog ) A fabncaçao do elaslòmoro, que podera>

segundo

se

ladas por ano, fnostra-se apreen

que lhe

to e nas que venham a ser criadas, se

não quisermos aumentar as lamentáveis conseqüências .da deflação c da concor

rência dos manufatores estrangeiros. À primeira vi.sta, graças à abundân

melhores possibilidades para a instala

das de alumínio por mês, e emprega

1 300 operários, com ordenados horários que iam, em setembro de 1945, de Cr$ 1,80 a 2,50.

seu aproveitamento fica na dependên

falta., e realizar-

ção de grandes indústrias. Todavia,

cia da obtenção do capital necessário

se a profecia de Nieuwland, ao

uma indústria como a do alumínio exi

dúzias de nbvos

partições oficiais

dágua, mas o seu aproveitamento para

para a montagem da usina de transfor mação. Acontece que nem sempre as jazidas se localizam próximas dos maio res centros industriais, em pontos ser vidos por meio de transporte eficientes

suceda n e o s da

e autorid a d e s

goma natural.

a produção de energia elétrica também requer vultoso capital. Segundo esta-

ferro e da hulha, em que a matéria prima

siva de vir a per• der o mercado, que lhe criou a.

afirmar que se

X:

riam descobertas

guerra; e as re

'

í r..

ge a montagem de altos fornos, de eus-,

to elevado e energia barata. Felizmen te, o Brasil possui abundantes quedas

e baratos ou", ainda, como é o caso do


DIc;E^sTo Econômico 46

c natural do centro e o combustível do sul do país, e exigem o aparclhamen.o dor. meios de comunicação, a nni de quo

?. ejq^loraçâo compense economicamen te.

No caso de estradas de ferro por

onde trafegam trens excessivamente pe

sados, como ocorre Belgo-Mineira, uma não seja adequado, lamentos que, com

nas imediações da vez que seu leito sobrcvêm descarri o leihpo c o dc.s-

gastc da via permanente, se repetem

amiiidc, o que congestiona o tráfego, encarecendo-o

c

tornando-o

insuficiente

por irregular. Ora, tais problemas de

ponto básico dc <iuc elos dcvoni parlit o o oferecido pelo estudo do mercada no sentido principalmente de ver as van tagens e as dcs\anlíigens da montagem dc nova indústria ou cio lançamento df novo jiroduto. Em sc tratando de ii>dústria ou produto já c.xistenlc na praça

011 no país, o estudo cm apreço dew ser feito om ba.scs científicas, atravts

de levantamentos estatísticos e análises

cconómica.s c tecnológic-as, as primeiras .sòbrc a absorção cio mercado, situan do a freguesia e estudando as po.ssibílidades de aumcntar-lhc o consuino.

Digesto EIconómico

47

•guerra, faz-se imprescindível a adoção

não explorada no Brasil, que possui em abundância bauxita, a sua matéria pri

da contabilidade ae custo mais rigorosa em nossas indústrias. Assim como gra ças à racionalização toda operação re

ma, e ha\er sido instalada rente às suas

jazidas naquela ocasião, o produto bra

dundante deve ser extirpada, a fim do

sileiro estava sendo vendido à razão dc

aumentar a produção e barateá-la, tam bém é uma necessidade a elaboração do orçamento, que é, em si, um plano

Cr$ 12,00 o quilo e o norte-americano, a Cr$ 8,90, pela necessidade de amovli-zaçãü do \ultoso capital invertido 100.000.000,00). No entanto, a usi na estava com a sua" eficiência produ tiva reduzida a 50%, isto é, cm vez dc 22 fornos, funcionavam apenas 11. Nes

de trabalho, seja da produção em mas sa da empresa, seja de uma só peça a ser fabricada. Sem o exame do custo,

computados a matéria prima o a secun dária, a mão de obra o os gastos gerais,

sas circunstâncias, a fim de manter-lhc

continuarão as nossas indústrias a pro

o ritmo de trabalho, seria necessário

duzir empiricamente. Sem dú\ãda al guma, o interesso de todo industrial é

proccder-se à amortização dos 100 mi

produzii- um tipo padrão, pelo menor

preço possível, o que lhe será impos

to para baratear o preço do produto o dar-lhe elementos para competir com

sível sem o controle dos ensaios de la

o estrangeiro, aumentando-se-lhe a ven

Quando o novo produto a ser lan çado se acha em pé de igualdade com o já existente, quanto à qualidade e ao preço, então seréi forçoso elaborar-se um

boratório, quanto à qualidade, e da con-

da, pelo menos até as 1.700 tonelada.s

. tabilidáde de custo, quanto à economia. A propósito, o que se passava com a indústria do alumínio nacional, quando

do consumo nacional, o que implicaria também em funcionamento de quase to

empresa, a resposta 6 que os primeiros

vasto plano de propaganda, de acôrdo

visitamos a sua usina, esclarece tudo.

dos cs demais fomos que conriibuiram para elevar as despesas de instalação o

também não podem crer em aventurei

com a clientela a cjuc êlc se destina r caprichar-se no trabalho a ]3arlir da sua

Apesar cio tratar-se de iitilidade ainda

estavam paralisados.

vem ser afastados com tempo para as

as segundas sobre as qualidades dos ar

indústrias funcionarem

eficientemente,

tigo?: existentes na praça, os preços co

com largueza de capital e matéria prima.

tados e as possibilidades dc olerta de nova niercacíoria, igual na cpialidadc c menor no preço, ou melhor na qualida

Analí.sando-sc as falhas das nossas

grandes empresas, chegasse geralmente à conclusão de que duas são as causas da sua ineficiência, parcial ou geral: o empirismo e a falta de capital. Se se jilega a falta de confiança dos capita listas — s ^ patrícios

1 em nossos homens de

ros que se arriscam a explorar ramos

quais não possuem nenhuma expe

de o pelo mesmo preço.

apresentação, isto é, dar-lhe embalagem

riência. De fato, somos incapazes de inverter capital a longo prazo. Não te

adequada ao gôsto dos fregueses. Nes

mos paciência de esperar vários anos para receber o.s primeiros dividendo.s,' mesmo com juros capitalizados. E, as sim, os técnicos nacionais lutam contra

dades, o que já não acontece com a in

a desconfiança dos capitalistas e do po vo, principalmente depois do escândalo

das chamadas siderúrgicas, que, antes de tudo, foram um verdadeiro atentado con tra a economia popular." Ora, a tecno

tes casos, é claro (juo sc trata de utili

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL EM 1944

dústria pesada, na qual, apesar de it passando de mão em mão o de ir sendo concomitantcmcnte transformado, o pi^

Produtos

ma> a exemplo dos metais. Nestes cosos, a publicidade pouco importa, prin

cipalmente num parcpie industrial onde

Caíé em grão Tecidos de algodão

..

Pinho Borracha

tiva aos regimes administrativos de eco

através de exames de laboratório, qu®

Arroz

verificarão se as especificações estão

Cacau em amêndoas

sendo obedecidas.

Cera de carnaúba Cristal de rocha .. '.

Estudo do mercado

Tanto para os industriais que de.sejam montar nova indústria como para os

que desejam lançar novo produto, o

% s/ o valor

3.879.343

36,2

1.046.193

9,8 6,2

Preço de custo Diante da ameaça da deflação o

- .. ..

667.941 381.419 365.839 331.200 307.859 298.222 280.114

..

3.168.379

2,6 29,4

10.726.509

100,0

Algodão em rama

a tecnologia impere, porque então a p^ dução c a cornpra serão fiscalizadas i

despesas, mas compensa pela qualida de e o custo unitário da produção.

Cr§ 1.000,00

duto ainda continua como matéria pn*

logia é uma ciência dispendiosa, proibi nomia estreita, isto é, acarreta grandes

lhões de cruzeiros mais lentamente. Is

'

. .. ., ..

Outros produtos

"

3,6 3,4

3,1 2,9 2.8

da exportação de utilidades pelas na ções em grau de indusírialização mais adiantado, cuja produção aumentou Ci

tècnícamente, foi melhorada durante a

TOTAL ..


DIc;E^sTo Econômico 46

c natural do centro e o combustível do sul do país, e exigem o aparclhamen.o dor. meios de comunicação, a nni de quo

?. ejq^loraçâo compense economicamen te.

No caso de estradas de ferro por

onde trafegam trens excessivamente pe

sados, como ocorre Belgo-Mineira, uma não seja adequado, lamentos que, com

nas imediações da vez que seu leito sobrcvêm descarri o leihpo c o dc.s-

gastc da via permanente, se repetem

amiiidc, o que congestiona o tráfego, encarecendo-o

c

tornando-o

insuficiente

por irregular. Ora, tais problemas de

ponto básico dc <iuc elos dcvoni parlit o o oferecido pelo estudo do mercada no sentido principalmente de ver as van tagens e as dcs\anlíigens da montagem dc nova indústria ou cio lançamento df novo jiroduto. Em sc tratando de ii>dústria ou produto já c.xistenlc na praça

011 no país, o estudo cm apreço dew ser feito om ba.scs científicas, atravts

de levantamentos estatísticos e análises

cconómica.s c tecnológic-as, as primeiras .sòbrc a absorção cio mercado, situan do a freguesia e estudando as po.ssibílidades de aumcntar-lhc o consuino.

Digesto EIconómico

47

•guerra, faz-se imprescindível a adoção

não explorada no Brasil, que possui em abundância bauxita, a sua matéria pri

da contabilidade ae custo mais rigorosa em nossas indústrias. Assim como gra ças à racionalização toda operação re

ma, e ha\er sido instalada rente às suas

jazidas naquela ocasião, o produto bra

dundante deve ser extirpada, a fim do

sileiro estava sendo vendido à razão dc

aumentar a produção e barateá-la, tam bém é uma necessidade a elaboração do orçamento, que é, em si, um plano

Cr$ 12,00 o quilo e o norte-americano, a Cr$ 8,90, pela necessidade de amovli-zaçãü do \ultoso capital invertido 100.000.000,00). No entanto, a usi na estava com a sua" eficiência produ tiva reduzida a 50%, isto é, cm vez dc 22 fornos, funcionavam apenas 11. Nes

de trabalho, seja da produção em mas sa da empresa, seja de uma só peça a ser fabricada. Sem o exame do custo,

computados a matéria prima o a secun dária, a mão de obra o os gastos gerais,

sas circunstâncias, a fim de manter-lhc

continuarão as nossas indústrias a pro

o ritmo de trabalho, seria necessário

duzir empiricamente. Sem dú\ãda al guma, o interesso de todo industrial é

proccder-se à amortização dos 100 mi

produzii- um tipo padrão, pelo menor

preço possível, o que lhe será impos

to para baratear o preço do produto o dar-lhe elementos para competir com

sível sem o controle dos ensaios de la

o estrangeiro, aumentando-se-lhe a ven

Quando o novo produto a ser lan çado se acha em pé de igualdade com o já existente, quanto à qualidade e ao preço, então seréi forçoso elaborar-se um

boratório, quanto à qualidade, e da con-

da, pelo menos até as 1.700 tonelada.s

. tabilidáde de custo, quanto à economia. A propósito, o que se passava com a indústria do alumínio nacional, quando

do consumo nacional, o que implicaria também em funcionamento de quase to

empresa, a resposta 6 que os primeiros

vasto plano de propaganda, de acôrdo

visitamos a sua usina, esclarece tudo.

dos cs demais fomos que conriibuiram para elevar as despesas de instalação o

também não podem crer em aventurei

com a clientela a cjuc êlc se destina r caprichar-se no trabalho a ]3arlir da sua

Apesar cio tratar-se de iitilidade ainda

estavam paralisados.

vem ser afastados com tempo para as

as segundas sobre as qualidades dos ar

indústrias funcionarem

eficientemente,

tigo?: existentes na praça, os preços co

com largueza de capital e matéria prima.

tados e as possibilidades dc olerta de nova niercacíoria, igual na cpialidadc c menor no preço, ou melhor na qualida

Analí.sando-sc as falhas das nossas

grandes empresas, chegasse geralmente à conclusão de que duas são as causas da sua ineficiência, parcial ou geral: o empirismo e a falta de capital. Se se jilega a falta de confiança dos capita listas — s ^ patrícios

1 em nossos homens de

ros que se arriscam a explorar ramos

quais não possuem nenhuma expe

de o pelo mesmo preço.

apresentação, isto é, dar-lhe embalagem

riência. De fato, somos incapazes de inverter capital a longo prazo. Não te

adequada ao gôsto dos fregueses. Nes

mos paciência de esperar vários anos para receber o.s primeiros dividendo.s,' mesmo com juros capitalizados. E, as sim, os técnicos nacionais lutam contra

dades, o que já não acontece com a in

a desconfiança dos capitalistas e do po vo, principalmente depois do escândalo

das chamadas siderúrgicas, que, antes de tudo, foram um verdadeiro atentado con tra a economia popular." Ora, a tecno

tes casos, é claro (juo sc trata de utili

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL EM 1944

dústria pesada, na qual, apesar de it passando de mão em mão o de ir sendo concomitantcmcnte transformado, o pi^

Produtos

ma> a exemplo dos metais. Nestes cosos, a publicidade pouco importa, prin

cipalmente num parcpie industrial onde

Caíé em grão Tecidos de algodão

..

Pinho Borracha

tiva aos regimes administrativos de eco

através de exames de laboratório, qu®

Arroz

verificarão se as especificações estão

Cacau em amêndoas

sendo obedecidas.

Cera de carnaúba Cristal de rocha .. '.

Estudo do mercado

Tanto para os industriais que de.sejam montar nova indústria como para os

que desejam lançar novo produto, o

% s/ o valor

3.879.343

36,2

1.046.193

9,8 6,2

Preço de custo Diante da ameaça da deflação o

- .. ..

667.941 381.419 365.839 331.200 307.859 298.222 280.114

..

3.168.379

2,6 29,4

10.726.509

100,0

Algodão em rama

a tecnologia impere, porque então a p^ dução c a cornpra serão fiscalizadas i

despesas, mas compensa pela qualida de e o custo unitário da produção.

Cr§ 1.000,00

duto ainda continua como matéria pn*

logia é uma ciência dispendiosa, proibi nomia estreita, isto é, acarreta grandes

lhões de cruzeiros mais lentamente. Is

'

. .. ., ..

Outros produtos

"

3,6 3,4

3,1 2,9 2.8

da exportação de utilidades pelas na ções em grau de indusírialização mais adiantado, cuja produção aumentou Ci

tècnícamente, foi melhorada durante a

TOTAL ..


INCESTO Econômico

PESQUIS/^ E /9N/9LI5E DE MERCADO

(

(kspkciai. faha o

por Luís Mayer

••i)Ic;eí»tü econômico")

49

"•'1 econômico para determinar o nuc "seu mercado" necessitava. ^ objeto de pesquisa de mercado

Segundo definição da "National

^arkcting A.ssociation" dos Estados ^ "'dos, a pcsíiuisa, mais precisamente

mercado consiste no cstu-

Oí processos de pesquisa e análise de mercado, numa forma sisfcmalizada c raci^ riàl têm ainda cultivo diminuto no Brasil, restrito a poucas f^randcs companhias estrangeiras e a uma ernprésa individual de opinião pública c cstotistica. Entre tanto, a orientação segura sôbre as reais possibilidades de mercado, o conhecimento sobre as preferências dos consumidores e das cptalidadcs específicas da mercadoria que garantam a sua boa saída constituem ponto básico de uma propaganda eficiente.

de todos os problemas relativos à '"ítnsferência e venda de mercadorias

serviços, do produtor ao consumí-

P*"' Isso envolve as conexões e o 'Justamente entre faliricação e con-

sumo, o arranjo dos gêneros para a

proprietária ia imediatamente à co

Estados Unidos, uma jovem se-

zinha para investigar o motivo presu

nhora possuía um restaurante, dirigindo-o com- rara habilidade c êxito.

numerosos frcQuentadores do local sa-

r

mível c remediar o caso.

Nem

Os

os

fregueses

do

mais gostosos e o melhor serviço den

"pesquisa c análise de. mercado".

tre todos os restaurantes da ampla

Através do costume de tornar a en

metrópole, se obtihham justamente na sua sala de jantar. Os fregueses sa

biam também que a proprietária co brava um bom preço pela comida e Conseguia apreríáveis lucros: no en tanto, preferiam esperar sua vez, nesse estabelecimento, quase sempre super

lotado, a visitar um outro. Mas, o que

escapou à percepção dos visitantes, foi um hábito assaz interessante da dona do re.staurantc. Durante as ho

ras de refeição, ela mesma fazia em penho em encher os copos dágua de todas as mesas. Aproveitava essa oportunidade para averiguar como o.s

hóspedes apreciavam a comida, ouvir os comentários em tôrno da qualidade do alimento e da perfeição do serviço, e, particularmente, para verificar a quantidade e o tipo d^ refeição dei

xada nos pratos. Quando a couve-flor, por exemplo, era pouco procurada, a

^'^stigaçõcs abrangem três tipos prin-

C'Pais dc atividades: ^ — a coleta dos fatos a respeito do e acerca dos métodos c da po-

itica dc venda; .]

lados ;

da

pesquisa

do

mercado.

trando a viabilidade de uma merca doria ou negócio e diminuindo o risco. 5 — Permitem a observação da con

, •

c cm que quantidades produzir, para

tumam também perscrutar o seu esta-

^ mercado; onde oferecer ou colocar

proprietária acima aludida. Nisso era indiferente que a moça não houvesse cursado uma fáculdadc econômica,

agisse sem corpo dc assistentes e não dispusesse do equipamento de um la boratório. ..

O caraterístico essencial

da verdadeira análise de mercado rea

lizada por ela residia no fato de es colher o processo mais direto, racio-

produto Qu mesmo uma indústria, mos

corrência c indicam meios eficientes

cn do mercado se interessa ^ ? 5'" respostas mais acertadas lossiveis, concernentes a problemas

Naturalmente, milhares de outros donos ou chefes de restaurantes cos

imtureza "científica", observado pela

3 — Patenteiam novas fontes de lu cros pela descolicrta dc novos merca dos e produtos comercíávcis 4 — Constituem uma cspçcie de se

as conclusões deduzidas e reu

""damentais de negócios, a saber:

l)eIecimento. Com a diferença, porém, de que seu comportamento carcc'e de

e publicidade podem ser aplicados quanto às diversas transações.

guro contra mudanças imprevistas nó

nidas para um programa prático de

essencial

que as procuras reais do mercado não SC percam.

mercado, capazes de tornar obsoleto um

açao dc venda.

mira

para a organização comercial, fazendo com que a política o a prática dos ne gócios sejam dirigidas com acerto e

a análise desses fatos compi

cher os- copos dágua, a jovem dirigente

A pesquisa dc mercado age

na qualidade de intérprete do mercado

onio as questões financeiras corre-

tinha desenvolvido um método real mente científico para experimentar o

gósto e a satisfação da sua freguesia

cados.

2 — Racionalizam os processos de

'ii^ercado, dc suas condições e organiza-

biarn perfeitamente que os cardápios

1 — Rias mantém o negócio cm es treito c contínuo contato com os mer

venda: revelam quais os métodos mais eficazes c menos custosos dc venda

estabeleci

mento, nem a sua dona perceberam que tal procedimento .significava uniá

seguintes:

o processo dá distrilmição —

^^"dá por atacado e a varejo —bem

Na realidade, todas essas in-

jyUMA importante cíflade do oeste dos

mente contribuem para o aumento da

cficicncia dos negócios podem, dc modo geral, resumir-se nos pontos principais

produzir ou comerciar; quando

no mercado; para onde dirigir o es-fòrÇo dc venda c que preço mais conve niente estabelecer.

_Qucstõc.s dêsse gênero e ponderação

n.io podem ser resolvidas de modo

empírico c rotineiro. Reclamam, pelo

para enfrentá-la. 6 — Encerram um fator psicológico de alto valor para a organização pes soal da cmprêsa. Sabendo que a fir ma baseia a sua atividade no conheci mento científico do mercado, os- em

pregados e chefes se sentem inspira dos dc confiança e entusiasmo, o que . lhes cria uma mentalidade favorável

para o serviço. Assim, por exemplo, os representantes, caixcíros, etc. se

convencem^ de que seu produto de

contrário, um tratamento bem refle

venda é idôneo e que há bom merca

tido, racional e previdente. Proveitos valiosos da pesquisa e

apoiados por sólida propaganda e um

análise de mercado

As diversas maneiras pelas quais a pesquisa e análise de mercado direta-

do para éle. ^ Outrossim, sentem-se sistema de negócio experimentado pela ciência.

Enquanto a "pesquisa de mercado'

designa o estudo do mercado e dos


INCESTO Econômico

PESQUIS/^ E /9N/9LI5E DE MERCADO

(

(kspkciai. faha o

por Luís Mayer

••i)Ic;eí»tü econômico")

49

"•'1 econômico para determinar o nuc "seu mercado" necessitava. ^ objeto de pesquisa de mercado

Segundo definição da "National

^arkcting A.ssociation" dos Estados ^ "'dos, a pcsíiuisa, mais precisamente

mercado consiste no cstu-

Oí processos de pesquisa e análise de mercado, numa forma sisfcmalizada c raci^ riàl têm ainda cultivo diminuto no Brasil, restrito a poucas f^randcs companhias estrangeiras e a uma ernprésa individual de opinião pública c cstotistica. Entre tanto, a orientação segura sôbre as reais possibilidades de mercado, o conhecimento sobre as preferências dos consumidores e das cptalidadcs específicas da mercadoria que garantam a sua boa saída constituem ponto básico de uma propaganda eficiente.

de todos os problemas relativos à '"ítnsferência e venda de mercadorias

serviços, do produtor ao consumí-

P*"' Isso envolve as conexões e o 'Justamente entre faliricação e con-

sumo, o arranjo dos gêneros para a

proprietária ia imediatamente à co

Estados Unidos, uma jovem se-

zinha para investigar o motivo presu

nhora possuía um restaurante, dirigindo-o com- rara habilidade c êxito.

numerosos frcQuentadores do local sa-

r

mível c remediar o caso.

Nem

Os

os

fregueses

do

mais gostosos e o melhor serviço den

"pesquisa c análise de. mercado".

tre todos os restaurantes da ampla

Através do costume de tornar a en

metrópole, se obtihham justamente na sua sala de jantar. Os fregueses sa

biam também que a proprietária co brava um bom preço pela comida e Conseguia apreríáveis lucros: no en tanto, preferiam esperar sua vez, nesse estabelecimento, quase sempre super

lotado, a visitar um outro. Mas, o que

escapou à percepção dos visitantes, foi um hábito assaz interessante da dona do re.staurantc. Durante as ho

ras de refeição, ela mesma fazia em penho em encher os copos dágua de todas as mesas. Aproveitava essa oportunidade para averiguar como o.s

hóspedes apreciavam a comida, ouvir os comentários em tôrno da qualidade do alimento e da perfeição do serviço, e, particularmente, para verificar a quantidade e o tipo d^ refeição dei

xada nos pratos. Quando a couve-flor, por exemplo, era pouco procurada, a

^'^stigaçõcs abrangem três tipos prin-

C'Pais dc atividades: ^ — a coleta dos fatos a respeito do e acerca dos métodos c da po-

itica dc venda; .]

lados ;

da

pesquisa

do

mercado.

trando a viabilidade de uma merca doria ou negócio e diminuindo o risco. 5 — Permitem a observação da con

, •

c cm que quantidades produzir, para

tumam também perscrutar o seu esta-

^ mercado; onde oferecer ou colocar

proprietária acima aludida. Nisso era indiferente que a moça não houvesse cursado uma fáculdadc econômica,

agisse sem corpo dc assistentes e não dispusesse do equipamento de um la boratório. ..

O caraterístico essencial

da verdadeira análise de mercado rea

lizada por ela residia no fato de es colher o processo mais direto, racio-

produto Qu mesmo uma indústria, mos

corrência c indicam meios eficientes

cn do mercado se interessa ^ ? 5'" respostas mais acertadas lossiveis, concernentes a problemas

Naturalmente, milhares de outros donos ou chefes de restaurantes cos

imtureza "científica", observado pela

3 — Patenteiam novas fontes de lu cros pela descolicrta dc novos merca dos e produtos comercíávcis 4 — Constituem uma cspçcie de se

as conclusões deduzidas e reu

""damentais de negócios, a saber:

l)eIecimento. Com a diferença, porém, de que seu comportamento carcc'e de

e publicidade podem ser aplicados quanto às diversas transações.

guro contra mudanças imprevistas nó

nidas para um programa prático de

essencial

que as procuras reais do mercado não SC percam.

mercado, capazes de tornar obsoleto um

açao dc venda.

mira

para a organização comercial, fazendo com que a política o a prática dos ne gócios sejam dirigidas com acerto e

a análise desses fatos compi

cher os- copos dágua, a jovem dirigente

A pesquisa dc mercado age

na qualidade de intérprete do mercado

onio as questões financeiras corre-

tinha desenvolvido um método real mente científico para experimentar o

gósto e a satisfação da sua freguesia

cados.

2 — Racionalizam os processos de

'ii^ercado, dc suas condições e organiza-

biarn perfeitamente que os cardápios

1 — Rias mantém o negócio cm es treito c contínuo contato com os mer

venda: revelam quais os métodos mais eficazes c menos custosos dc venda

estabeleci

mento, nem a sua dona perceberam que tal procedimento .significava uniá

seguintes:

o processo dá distrilmição —

^^"dá por atacado e a varejo —bem

Na realidade, todas essas in-

jyUMA importante cíflade do oeste dos

mente contribuem para o aumento da

cficicncia dos negócios podem, dc modo geral, resumir-se nos pontos principais

produzir ou comerciar; quando

no mercado; para onde dirigir o es-fòrÇo dc venda c que preço mais conve niente estabelecer.

_Qucstõc.s dêsse gênero e ponderação

n.io podem ser resolvidas de modo

empírico c rotineiro. Reclamam, pelo

para enfrentá-la. 6 — Encerram um fator psicológico de alto valor para a organização pes soal da cmprêsa. Sabendo que a fir ma baseia a sua atividade no conheci mento científico do mercado, os- em

pregados e chefes se sentem inspira dos dc confiança e entusiasmo, o que . lhes cria uma mentalidade favorável

para o serviço. Assim, por exemplo, os representantes, caixcíros, etc. se

convencem^ de que seu produto de

contrário, um tratamento bem refle

venda é idôneo e que há bom merca

tido, racional e previdente. Proveitos valiosos da pesquisa e

apoiados por sólida propaganda e um

análise de mercado

As diversas maneiras pelas quais a pesquisa e análise de mercado direta-

do para éle. ^ Outrossim, sentem-se sistema de negócio experimentado pela ciência.

Enquanto a "pesquisa de mercado'

designa o estudo do mercado e dos


Digesto Econômico

51

DiGESTO EcONÓMIi;^ 50

cabe à métodos dc venda, duma maneira

larga e generalizada, a 'ana

.

mercado" se dedica a um campo i

tado, rigorosamente discriminado _ gócio, pretendendo resolver a questão. "Que possibilidade de venda oferece o mercado para os produtos especí ficos de uma determinada firma, e de que modo mais vantajoso chegarão

esses produtos às mãos dos comprado res ou consumidores?".

Em lugar de mercadorias pode tra-

produção da cervejaria X?

Quantos rádios, mais ou menos, estio ligados • durante o programa radiofò.

do mercado e dos métodos dc venda.

nico "Sapatos L"?

exemplo, a. comi)osição (idade, sexo,

Qual a concorrência princiiial do sa bonete " M "?

Qual o veículo de pulilicidade mais

convincente para propagar o óleo (jc salada "Z"?

Qual a verba a aplicar à canipaniu do perfume "O"? Classificação das pesquisas e análiiet

tar-sc, naturalmente, também de ser

de mercado

viço a serem prestados, como os de

Os métodos da pesquisa c análise dc

uma companhia de transporte ou uma estação de rádio.

Exemplificando, os seguintes temas »de estudo caberiam ao alcanc"e da pes quisa de mercado; Classificação dos bairros da Capital uo Estado conforme o poder aquisiti\io

da sua população; A influência dos costumes na com pra do vestuário no "hínterland" pau lista ; •

As possibilidades do mercado ^ riograndense para artefatos de alumínio; .0 valor de anúncios coloridos nas

revistas de moda; Métodos especiais na venda de rádios. A pesquisa de mercado se aproveita de números estatísticos, tanto demográ ficos como econômicos, para ter uma imagem panorâmica da situação co mercial. Tenciona, outrossim, desen volver princípios e processos cientí ficos utilizáveis na análise dc mercado, bem como prover a última de dados e informações.

mercado vêm sendo empregados para resolver quase todos os tipos dc ques tões referentes ao mercado e à venda.

Para se poder atingir e satisfazer as

exigências complexas dc tão vasta va riedade cie as.suntos, que dcniandain, além do mais, as técnicas individuais,

é indispensável um agrupamento inte ligente dessas, investigações. Os auto

res peritos estabeleceram, para tal fim. uma larga série de discriminações, usando bem diversos pontos de parti da.

No entanto, antes de uma classi

ficação minuciosa, rccomenda-se a di visão do objeto da pesquisa e análise

Que

porcentagem

aproximada

de

cerveja consumida no Distrito Federal

Consi

deram, também, as alterações que se estão passando no mercado. Ademais

indagam os processos mais eficazc.s de venda, o tipo adequado dc distribuição e de organização dos intermecliário.s comerciais, c a forma de publicidade mais persuasiva.

A análise quantitativa Hmita-se à de terminação do volume dos produtos

peculiares de propaganda. Conclusão

A explanação a respeito dos métodos cicntícos mais aplicados na pesquisa c análise do mercado — observação,

entrevista, experimentação, estatística e outras — deve ser reservada a um

artigo especial.

Finalizando, queremos lembrar que, -contràriamente ao desenvolvimento da

que o mercado c, presumivelmente ca

paz dc absorver. Assim, o estudo'que

publicidade em geral, os proccssõs de pesquisa e análise de mercado, numa forma sistematizada c racional, têm

intenta estimar a soma de perfumes

ainda cultivo diminuto no Brasil, res

que o mercado doméstico, certos se

tores geográficos, ou vários grupos dc consumidores podem adquirir, constitui exemplo parâ uma análise quantitativa. Outra classificação fundamental aventada pela notável "School of Bu-

sincss Administration" c pelo "Bureau of Business Research" da Universida

trito a poucas .grandes companhias c.^^trangeiras e a uma empresa indivi

dual de opinião pública e estatística. Entretanto, a orientação segura sôbre

as reais possibilidades de mercado, o

conhecimento sôbre as preferências dos consumidores e das qualidades especí ficas da mercadoria que garantam sua boa saída, constituem ponto básico de

1 — Estudo.s concernentes à, procura (procura total e relativa, procura de

uma propaganda eficiente.

substituição, etc.) ;

uma nova marca de sabonete de cheiro desagradável ao olfato de nosso pú

b —,no campo de consumo (mercadorias oferecidas ao consumo geral). Sim, porque as funções que deve

2 — Estudos concernentes ao siste

Quando

não, pode ocorrer o, que aconteceu com

de estabelecimentos manufatores ou dc

ma de venda (métodos, despesas, pro paganda, política de preços, etc.). Acentuamos que essas classificações

para fazer desaparecer o produto do

outro

essenciais

mercado o mais depressa possível...

cumprir uma companhia fornecedora ramo. industrial

qualquer se

acentuadas diferenças no tocante aos

introdução no Brasil?

qualidade, etc., dos produtos.

do uso, etc. do artigo ou aos processos

de dc Michigan, discerne :

por exemplo, nestes assuntos:

Os automóveis "A" adaptam-se á

estado social, etc.) da clientela, as suas

necessidades, desejos c interesses, a maneira" como êstcs sc manifestam, bem como as preferências dos compra dores quanto às marcas, ao aspecto, à

poder aquisitivo, aos costumes e gos

tos dos consumidores, sejam no' to cante às propriedades, à embalagem,

a — no terreno indiistrial (produtos e serviços destinados à indústria);

mercado, que visa a solução de pro blemas da emprêsa individual, temos,

pertencentes à esfera da análise de

Verificam, de maneira científica, por

grupos de análises, sejam com refe rência à composição demográfica, ao

de mercado, em sua aplicação:

apresentam bastante diferentes do sis tema de vendas duma casa comercia! que abastece a população de gêneros de consumo, resultando, daí, também,

Tipos ilustrativos de investigações

Análises c iiesciuisas qualitativas têm

por objeto a natureza das condições

métodos de propaganda. Uma outra distinção básica forma

a análise qualitativa c a, análise quan titativa,

eíivolvcm

numerosos

sub

blico: a ampla campanha promovida

para a sua colocação serviu apenas

Jt Se tiver uma palavra afável para dizer a alguém diga-a agora, pois amanhã poderá ser tarde.


Digesto Econômico

51

DiGESTO EcONÓMIi;^ 50

cabe à métodos dc venda, duma maneira

larga e generalizada, a 'ana

.

mercado" se dedica a um campo i

tado, rigorosamente discriminado _ gócio, pretendendo resolver a questão. "Que possibilidade de venda oferece o mercado para os produtos especí ficos de uma determinada firma, e de que modo mais vantajoso chegarão

esses produtos às mãos dos comprado res ou consumidores?".

Em lugar de mercadorias pode tra-

produção da cervejaria X?

Quantos rádios, mais ou menos, estio ligados • durante o programa radiofò.

do mercado e dos métodos dc venda.

nico "Sapatos L"?

exemplo, a. comi)osição (idade, sexo,

Qual a concorrência princiiial do sa bonete " M "?

Qual o veículo de pulilicidade mais

convincente para propagar o óleo (jc salada "Z"?

Qual a verba a aplicar à canipaniu do perfume "O"? Classificação das pesquisas e análiiet

tar-sc, naturalmente, também de ser

de mercado

viço a serem prestados, como os de

Os métodos da pesquisa c análise dc

uma companhia de transporte ou uma estação de rádio.

Exemplificando, os seguintes temas »de estudo caberiam ao alcanc"e da pes quisa de mercado; Classificação dos bairros da Capital uo Estado conforme o poder aquisiti\io

da sua população; A influência dos costumes na com pra do vestuário no "hínterland" pau lista ; •

As possibilidades do mercado ^ riograndense para artefatos de alumínio; .0 valor de anúncios coloridos nas

revistas de moda; Métodos especiais na venda de rádios. A pesquisa de mercado se aproveita de números estatísticos, tanto demográ ficos como econômicos, para ter uma imagem panorâmica da situação co mercial. Tenciona, outrossim, desen volver princípios e processos cientí ficos utilizáveis na análise dc mercado, bem como prover a última de dados e informações.

mercado vêm sendo empregados para resolver quase todos os tipos dc ques tões referentes ao mercado e à venda.

Para se poder atingir e satisfazer as

exigências complexas dc tão vasta va riedade cie as.suntos, que dcniandain, além do mais, as técnicas individuais,

é indispensável um agrupamento inte ligente dessas, investigações. Os auto

res peritos estabeleceram, para tal fim. uma larga série de discriminações, usando bem diversos pontos de parti da.

No entanto, antes de uma classi

ficação minuciosa, rccomenda-se a di visão do objeto da pesquisa e análise

Que

porcentagem

aproximada

de

cerveja consumida no Distrito Federal

Consi

deram, também, as alterações que se estão passando no mercado. Ademais

indagam os processos mais eficazc.s de venda, o tipo adequado dc distribuição e de organização dos intermecliário.s comerciais, c a forma de publicidade mais persuasiva.

A análise quantitativa Hmita-se à de terminação do volume dos produtos

peculiares de propaganda. Conclusão

A explanação a respeito dos métodos cicntícos mais aplicados na pesquisa c análise do mercado — observação,

entrevista, experimentação, estatística e outras — deve ser reservada a um

artigo especial.

Finalizando, queremos lembrar que, -contràriamente ao desenvolvimento da

que o mercado c, presumivelmente ca

paz dc absorver. Assim, o estudo'que

publicidade em geral, os proccssõs de pesquisa e análise de mercado, numa forma sistematizada c racional, têm

intenta estimar a soma de perfumes

ainda cultivo diminuto no Brasil, res

que o mercado doméstico, certos se

tores geográficos, ou vários grupos dc consumidores podem adquirir, constitui exemplo parâ uma análise quantitativa. Outra classificação fundamental aventada pela notável "School of Bu-

sincss Administration" c pelo "Bureau of Business Research" da Universida

trito a poucas .grandes companhias c.^^trangeiras e a uma empresa indivi

dual de opinião pública e estatística. Entretanto, a orientação segura sôbre

as reais possibilidades de mercado, o

conhecimento sôbre as preferências dos consumidores e das qualidades especí ficas da mercadoria que garantam sua boa saída, constituem ponto básico de

1 — Estudo.s concernentes à, procura (procura total e relativa, procura de

uma propaganda eficiente.

substituição, etc.) ;

uma nova marca de sabonete de cheiro desagradável ao olfato de nosso pú

b —,no campo de consumo (mercadorias oferecidas ao consumo geral). Sim, porque as funções que deve

2 — Estudos concernentes ao siste

Quando

não, pode ocorrer o, que aconteceu com

de estabelecimentos manufatores ou dc

ma de venda (métodos, despesas, pro paganda, política de preços, etc.). Acentuamos que essas classificações

para fazer desaparecer o produto do

outro

essenciais

mercado o mais depressa possível...

cumprir uma companhia fornecedora ramo. industrial

qualquer se

acentuadas diferenças no tocante aos

introdução no Brasil?

qualidade, etc., dos produtos.

do uso, etc. do artigo ou aos processos

de dc Michigan, discerne :

por exemplo, nestes assuntos:

Os automóveis "A" adaptam-se á

estado social, etc.) da clientela, as suas

necessidades, desejos c interesses, a maneira" como êstcs sc manifestam, bem como as preferências dos compra dores quanto às marcas, ao aspecto, à

poder aquisitivo, aos costumes e gos

tos dos consumidores, sejam no' to cante às propriedades, à embalagem,

a — no terreno indiistrial (produtos e serviços destinados à indústria);

mercado, que visa a solução de pro blemas da emprêsa individual, temos,

pertencentes à esfera da análise de

Verificam, de maneira científica, por

grupos de análises, sejam com refe rência à composição demográfica, ao

de mercado, em sua aplicação:

apresentam bastante diferentes do sis tema de vendas duma casa comercia! que abastece a população de gêneros de consumo, resultando, daí, também,

Tipos ilustrativos de investigações

Análises c iiesciuisas qualitativas têm

por objeto a natureza das condições

métodos de propaganda. Uma outra distinção básica forma

a análise qualitativa c a, análise quan titativa,

eíivolvcm

numerosos

sub

blico: a ampla campanha promovida

para a sua colocação serviu apenas

Jt Se tiver uma palavra afável para dizer a alguém diga-a agora, pois amanhã poderá ser tarde.


Droii:sTO EcoNÓxnco

imprensa pertencem, sem qualquer dv'i-

O JORNALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA por Ruy BívOe.m

"A imprensa c cm nossa terra o grande pôrto a que vão ler, por uma fatalidade da nossa organização econômica, os homens que sonham partir um dia, como poetas ou como prosadores, pelo oceano das letras. E é também o grande porto cm que sussohram as vocações fracassadas ou os espíritos menos tenazes, cujo naufrágio é

vicía, à arte literária c, pois, ao domínio da estética. É, por exemplo, o que acontece com a crônica social, cpiando não se limita a registar a eòr dos >'es-

tidos PU a originalidade dos chapéus da:: damas granlinas, mas assume a ver dadeira feição dc uma delicada obra dc arte, como tantas \ézes encontramos no:; jornais. E' o que j;c dá — mus nem sempre — com a critica de cinenia, dc teatro, de música e até mesmo

fácil nas suas águas por que estas, embora aparentemente límpidas, escondem uma vida de sacrifícios é de abnegações, de incomprecnsões e de injtistiças, de lutas c

rária, tcklas elas autênticas manifesta

de dissabores" — diz o A. desta conferência, realizada no auditório da Biblioteca

ções de jornalismo criador. E é sobre

Municipal de São Paulo.

tudo a literatura grave e'solene do ar-

do rádio, ou ainda com a crítica lite

hgo de fundo, através da (jual o jorna 1. O jornalismo e a literatura

trumontos de Iraballio não são a pe na c o vidro de tinta, mas a tesoura

/ornalísnío representará, na roalíclaO cle^ uni capítulo à parte na lítcru-

ttira brasileira? Há quem o conteste. Mas'eu o afirmo. Nem todas as for-

e o pote dc goina-arábica. Kofiro-me à "cozinba" do jornal, por onde, não obstante, se inicia, quase sempre, a car reira para a (piai são atraídas, no Bra-

de jornalismo, com efeito, são dig nas^ de se classificar na arte literária.

.sil, como a única ainda hoje em que as

Muitas delas nem mesmo merecem, "se

neradora, todas as voca(,íões de escritor.

quer, a inclu.são

f 41^

na própria arte T"í Frnabstica p o rff* ® exercício, os. ms-

letras representam uma profissão rcniuNesse e em

vários outros setores do

jornalismo não existe pròprianicnte um esforço criador, (pie é o que earacterizii a literatura.

Mas, em compensação,

muitos outros setores do trabalho da

lista exerce a sua grande função pública, (pie ninguém llie conferiu, mas ilu

que èle está realmente investido.

Porque o jornalista, na definição de João Ribeiro, "é o que governa sem ser go verno, é o juiz .sem lugar entre os inaí^istrados, c o tribuno sem eacloira nos

parlamentos, é enfim um suplemento que a civilização deu ás suas mesmas féir-

•nulas imperfeitas de escolha c de orga nização social." ("O Fabordãü, pág. n.

142). O jornalismo, assim eonsicleratlo, não é, portanto, apenas um gen(>ro lite

rário tão legitimo como a poesia, o to-.

53

manco ou o teatro. É mais que i.sso, porque ó também — c no Brasil o tem

sido mais talvez que em qualquer outro pais — o maior animador da atividade literária.

E esse, com efeito, o grande papel que É

temn eamcio, cabido, no Brasil, ürasil, ao jom: jornali.«mo. A

iinprensa é, em nossa terra, o grande porto a (]iic \ão ter, por uma fatalida de da nossa organização econômica, os iiomens que sonham partir um dia, co mo poetas ou como prosacloros, pelo

oceano das letras. E é também o gran de pòrlo cm (pie sossobram as vocações fracassadas ou .os espíritos meno.-; tejiazos, cujo naufrágio é fácil nas sua: águas jjonpjo estas, embora

aparentemeato límpi das,

escondem

uma

vida de sacrifícios e

de abncgaç-ões, de


Droii:sTO EcoNÓxnco

imprensa pertencem, sem qualquer dv'i-

O JORNALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA por Ruy BívOe.m

"A imprensa c cm nossa terra o grande pôrto a que vão ler, por uma fatalidade da nossa organização econômica, os homens que sonham partir um dia, como poetas ou como prosadores, pelo oceano das letras. E é também o grande porto cm que sussohram as vocações fracassadas ou os espíritos menos tenazes, cujo naufrágio é

vicía, à arte literária c, pois, ao domínio da estética. É, por exemplo, o que acontece com a crônica social, cpiando não se limita a registar a eòr dos >'es-

tidos PU a originalidade dos chapéus da:: damas granlinas, mas assume a ver dadeira feição dc uma delicada obra dc arte, como tantas \ézes encontramos no:; jornais. E' o que j;c dá — mus nem sempre — com a critica de cinenia, dc teatro, de música e até mesmo

fácil nas suas águas por que estas, embora aparentemente límpidas, escondem uma vida de sacrifícios é de abnegações, de incomprecnsões e de injtistiças, de lutas c

rária, tcklas elas autênticas manifesta

de dissabores" — diz o A. desta conferência, realizada no auditório da Biblioteca

ções de jornalismo criador. E é sobre

Municipal de São Paulo.

tudo a literatura grave e'solene do ar-

do rádio, ou ainda com a crítica lite

hgo de fundo, através da (jual o jorna 1. O jornalismo e a literatura

trumontos de Iraballio não são a pe na c o vidro de tinta, mas a tesoura

/ornalísnío representará, na roalíclaO cle^ uni capítulo à parte na lítcru-

ttira brasileira? Há quem o conteste. Mas'eu o afirmo. Nem todas as for-

e o pote dc goina-arábica. Kofiro-me à "cozinba" do jornal, por onde, não obstante, se inicia, quase sempre, a car reira para a (piai são atraídas, no Bra-

de jornalismo, com efeito, são dig nas^ de se classificar na arte literária.

.sil, como a única ainda hoje em que as

Muitas delas nem mesmo merecem, "se

neradora, todas as voca(,íões de escritor.

quer, a inclu.são

f 41^

na própria arte T"í Frnabstica p o rff* ® exercício, os. ms-

letras representam uma profissão rcniuNesse e em

vários outros setores do

jornalismo não existe pròprianicnte um esforço criador, (pie é o que earacterizii a literatura.

Mas, em compensação,

muitos outros setores do trabalho da

lista exerce a sua grande função pública, (pie ninguém llie conferiu, mas ilu

que èle está realmente investido.

Porque o jornalista, na definição de João Ribeiro, "é o que governa sem ser go verno, é o juiz .sem lugar entre os inaí^istrados, c o tribuno sem eacloira nos

parlamentos, é enfim um suplemento que a civilização deu ás suas mesmas féir-

•nulas imperfeitas de escolha c de orga nização social." ("O Fabordãü, pág. n.

142). O jornalismo, assim eonsicleratlo, não é, portanto, apenas um gen(>ro lite

rário tão legitimo como a poesia, o to-.

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manco ou o teatro. É mais que i.sso, porque ó também — c no Brasil o tem

sido mais talvez que em qualquer outro pais — o maior animador da atividade literária.

E esse, com efeito, o grande papel que É

temn eamcio, cabido, no Brasil, ürasil, ao jom: jornali.«mo. A

iinprensa é, em nossa terra, o grande porto a (]iic \ão ter, por uma fatalida de da nossa organização econômica, os iiomens que sonham partir um dia, co mo poetas ou como prosacloros, pelo

oceano das letras. E é também o gran de pòrlo cm (pie sossobram as vocações fracassadas ou .os espíritos meno.-; tejiazos, cujo naufrágio é fácil nas sua: águas jjonpjo estas, embora

aparentemeato límpi das,

escondem

uma

vida de sacrifícios e

de abncgaç-ões, de


55

Digesto Econókuco

DíOESTO Ecgxónuco 54

Toão do Rio, que fm um grande escn-

seta envenenada: "Nós temos, nesta

do taboletas; dos escultores pelos marmoristas... Sempre que uma profissão usa dos recursos de qualquer arte para fins industriais, os cultores da arte se

ter sendo também um grande jornalis ta'preocupou-sc, certa vez, com este mesmo problema. E, num inquérito em

terra - foi a sua rcspost^i - duas insU-

indignam e depreciam, sistemàticamen-

tuições fatíd!ca.s para os homens de le

te, os profissionais que assim se põem na sua vizinhança." E, depois, falando a sério: "Em nenhum país, dc grande literatura, debca de haver grande jorna lismo. Sem êste, aquela é impossível."

Rio de Janeiro do tempo, dos vicecompreemóes e de injusUça., de lulas do reis. desferiu contra o jornalismo uma t' de dissabores.

-

que envolveu os maiores escritore.s do

tras: unia ó a política e a outra o jor nalismo. O desgraçado que tem talen

seu tempo, poetas e romancistas, juris-

to, ou cai na coluna diana a matar a \

consultos e teatrólogos, críticos e liisto-

sua arte a 300$ por mos, ou vai apo

riadores, pediu-lhes resposta para éste tema: "O jornalismo, especialmente no

Brasil, é um fator bom ou mau para a arte literiíria?" Para que melhor se com preenda o espírito de algumas das res

drecer numa cadeira do Congresso a

75$ diários, entre os discursos sobre a lei do orçamento e sôbre o imposto do gado". (João do Rio "O momento lite

(Id. ibid., pág. 76). Bilac, já então considerado um dos maiores poetas brasileiros, também to mou posição, na polêmica, contra os

êsso instrumento de progresso três sé culos depois. O México foi a primeira

das nações americanas a possuir impren sa, que ali se inaugurou em 1539. O Peru já em 1583 possuía as suas ofici nas tipográficas. Nos Estados Unidos,

data GO 163Ü a criação da imprensa, a qual, no prodigioso desenvolvimento

que ali alcançou, viria a pôr, nos nossos tempos, a serviço daquele grande povo a mais perfeita organização publicitá ria, baseada na liberdade de pensamen to, que já existiu no mundo. Foi a

Outto gruntle poeta, Gu.maraes Pas sos - esse mesmo a flucm João do R.ü, poucos anos depois, substituiria na Aca demia Brasileira - não se contentou em ferir o jornalismo com a .seta da ironia. A sua resposta a respeito da .nfluen-

ôle a João do Rio — é, para todo o

imprensa, com efeito, que conseguiu difundir por todo o território dos Esta dos Unidos, penetrando e influindo na

escritor brasileiro, um grande bem. E'

consciência de cada cidadão, a fé ina

foi uma verdadeira pedrada: Péssima,

favor do jornalismo como fator de pro te, o do escritor que com maior auto

po: "Eram os mosqueteiros literários.

haver arte onde há trocos: nao pode haver arte onde "o trabalho e d.spersivd". (Id., ibid-, pág. 150)-

ridade poderia então opinar, no Brasil,

A sua vida econômica baseava-se neste

Mais cruel foi, entretanto a respos-

vel "História da Literatura Brasileira"

princípio que os economistas repeliriam: nunca ter dinheiro e ser sempre gene

ta dc Raimundo Correia. Ela caiu sô

até hoje publicada em nosso país, Síl

bre o jornalismo com o mesmo poder

vio Romero não teve meias medidas na

destruidor de uma "bomba atômica :

sua resposta: "Afirmo convicto, pôsto

"O jornalismo, na arte literária - opi

nunca tivesse sido um homem do ofício,

postas que João do Rio recebeu, quero recordar aqui o ambiente do Rio de Ja neiro desse tempo, isto é, dos fins do século passado e dos primeiros anos do nosso século. E ninguém melhor do

Sue o próprio Paulo Barreto poderia escrevê-lo, como o fêz, em 1910, ao

ser empossado na Academia Brasileira,

na cadeira que pertencera a Guimarães Passos. Foi este o quadro que então pintou dos homens de letras desse tem

rosíssimo. Quando um deles, por aca so, tirava o prêmio na loteria ou na

tômbola, ia, com espalliafato, aplausos e palmas à diretoria de qualquer asilo

rário", pág. 103).

.

. „

cia do jornalismo sôbre a arte iteraria O jornalismo é o balcao. Nao pode

nou Raimundo, em palavras secas, cor

poetas". "O jornalismo — respondeu mesmo o único meio ao escritor se fa

balável na Democracia, num momento

zer ler. O meio de ação nos falharia

em que ela era ameaçada nas .suas bases

absolutamente se não fôsse o jornal". (Id., ibid., pág. 10).

são, para cuja destruição definitiva —

Mas o depoimento mais incisivo em gresso da arte literária foi, precisamen Sôbre o assunto.

Autor da mais notá

que o jornalismo tem sido o animador,

tantes, cirúrgicas — não e uin tator: é c entregava o prêmio intacto. Depois, 'um subtraendo." (Id. ibid., pág. 319). ficavam furiosos contra o burguês rico, Mas não pensavam assim todos os escritores desse tempo. Um deles, Me julgando-se vítimas." (Academia Bra sileira, "Discursos acadêmicos" (1907deiros e Albuquerque, também poeta, 1913), vol. n, pág. 126). mas igualmente jornalista, teatiologo, ro mancista, crítico, ensaísta, recebeu^ a Esta simples evocação do espírito do

o protetor, e, mais ainda, o criador da

minante nos homens de letras da época

pergunta com aquele sorriso sarcástico

tava a um século, apenas, a influência

com que sublinhava — como Bemard Shaw na Inglaterra conservadora — a

em que João áo Rio realizou o seu in

literatura brásilelra de cerca de um sé

culo a esta parte." (Id. ibid., pág. 49).

Roosevelt comandou.

A6 Brasil não coube a mesma sorte

que favoreceu os seus irmãos do Novo Mundo. Durante trezentos anos, ou seja através dos três séculos em que per- " maneceu como colônia de Portugal, não lhe foi permiüdo possuir sequer um pre lo modesto, mesmo para a impressão de inocentes letras de câmbio. Nesses ti-ês séculos de trevas, que representam três

quartas partes da nossa existência de povo, não se consentiu que tivéssemos contato com as letras. Nem ao me

Por que, porémj Sílvio Romero limi

irreverência e o cinismo das suas atitu

sua maioria, negaram a influência do

des. A sua primeira preocupação foi

jornalismo sobre a literatura.

e.xplicar a odiosidade votada pelos ho

então por João do Rio como "o mais

mens de letras ao jornalismo: De um modo geral - disse ele - a prevenção

Portugal ela já existia antes do desco

simpático, dos nossos poetas" e que viria, nos nossos dias, a ser o grande cronista

dos literatos contra o jornalismo c a

brimento, o Brasil só pôde conhecer

mesma dos pintores de quadros pelos

ção incondicional do Japão — tão pode rosamente concorreram "os soldados que

nos, como disse, com as letras de camHo.' Não há, nesta afirmação, qual

quérito explica perfeitamente a atitude então assumida pelos poetas, que, na Um de

que, por uma feliz casualidade, no dia de hoje (1) se consolidou com a rendi

2 — O Brasil, antes da imprensa

exercida pela imprensa sôbre a literatu ra brasileira? É que fazia então sòmente um século que se instalara, no Brasil, o primeiro prelo. Enquanto outros paí ses do Movo Continente possuíram im

les, o sr. Luís Edmundo, apresentado

pelas fôrças da intolerância e da opres

quer proposital jogo de palavras, mas a pura expressão da realidade. Com

efeito, lá por volta de 1706 registam as nossas crônicas a primeira tentati\'a de

implantação da imprensa no Brasil. Ins talando então no Recife uma tipografia

prensa já no século XVI, e mesmo em (1) 14 de agôsto, data da realização da conferência.


55

Digesto Econókuco

DíOESTO Ecgxónuco 54

Toão do Rio, que fm um grande escn-

seta envenenada: "Nós temos, nesta

do taboletas; dos escultores pelos marmoristas... Sempre que uma profissão usa dos recursos de qualquer arte para fins industriais, os cultores da arte se

ter sendo também um grande jornalis ta'preocupou-sc, certa vez, com este mesmo problema. E, num inquérito em

terra - foi a sua rcspost^i - duas insU-

indignam e depreciam, sistemàticamen-

tuições fatíd!ca.s para os homens de le

te, os profissionais que assim se põem na sua vizinhança." E, depois, falando a sério: "Em nenhum país, dc grande literatura, debca de haver grande jorna lismo. Sem êste, aquela é impossível."

Rio de Janeiro do tempo, dos vicecompreemóes e de injusUça., de lulas do reis. desferiu contra o jornalismo uma t' de dissabores.

-

que envolveu os maiores escritore.s do

tras: unia ó a política e a outra o jor nalismo. O desgraçado que tem talen

seu tempo, poetas e romancistas, juris-

to, ou cai na coluna diana a matar a \

consultos e teatrólogos, críticos e liisto-

sua arte a 300$ por mos, ou vai apo

riadores, pediu-lhes resposta para éste tema: "O jornalismo, especialmente no

Brasil, é um fator bom ou mau para a arte literiíria?" Para que melhor se com preenda o espírito de algumas das res

drecer numa cadeira do Congresso a

75$ diários, entre os discursos sobre a lei do orçamento e sôbre o imposto do gado". (João do Rio "O momento lite

(Id. ibid., pág. 76). Bilac, já então considerado um dos maiores poetas brasileiros, também to mou posição, na polêmica, contra os

êsso instrumento de progresso três sé culos depois. O México foi a primeira

das nações americanas a possuir impren sa, que ali se inaugurou em 1539. O Peru já em 1583 possuía as suas ofici nas tipográficas. Nos Estados Unidos,

data GO 163Ü a criação da imprensa, a qual, no prodigioso desenvolvimento

que ali alcançou, viria a pôr, nos nossos tempos, a serviço daquele grande povo a mais perfeita organização publicitá ria, baseada na liberdade de pensamen to, que já existiu no mundo. Foi a

Outto gruntle poeta, Gu.maraes Pas sos - esse mesmo a flucm João do R.ü, poucos anos depois, substituiria na Aca demia Brasileira - não se contentou em ferir o jornalismo com a .seta da ironia. A sua resposta a respeito da .nfluen-

ôle a João do Rio — é, para todo o

imprensa, com efeito, que conseguiu difundir por todo o território dos Esta dos Unidos, penetrando e influindo na

escritor brasileiro, um grande bem. E'

consciência de cada cidadão, a fé ina

foi uma verdadeira pedrada: Péssima,

favor do jornalismo como fator de pro te, o do escritor que com maior auto

po: "Eram os mosqueteiros literários.

haver arte onde há trocos: nao pode haver arte onde "o trabalho e d.spersivd". (Id., ibid-, pág. 150)-

ridade poderia então opinar, no Brasil,

A sua vida econômica baseava-se neste

Mais cruel foi, entretanto a respos-

vel "História da Literatura Brasileira"

princípio que os economistas repeliriam: nunca ter dinheiro e ser sempre gene

ta dc Raimundo Correia. Ela caiu sô

até hoje publicada em nosso país, Síl

bre o jornalismo com o mesmo poder

vio Romero não teve meias medidas na

destruidor de uma "bomba atômica :

sua resposta: "Afirmo convicto, pôsto

"O jornalismo, na arte literária - opi

nunca tivesse sido um homem do ofício,

postas que João do Rio recebeu, quero recordar aqui o ambiente do Rio de Ja neiro desse tempo, isto é, dos fins do século passado e dos primeiros anos do nosso século. E ninguém melhor do

Sue o próprio Paulo Barreto poderia escrevê-lo, como o fêz, em 1910, ao

ser empossado na Academia Brasileira,

na cadeira que pertencera a Guimarães Passos. Foi este o quadro que então pintou dos homens de letras desse tem

rosíssimo. Quando um deles, por aca so, tirava o prêmio na loteria ou na

tômbola, ia, com espalliafato, aplausos e palmas à diretoria de qualquer asilo

rário", pág. 103).

.

. „

cia do jornalismo sôbre a arte iteraria O jornalismo é o balcao. Nao pode

nou Raimundo, em palavras secas, cor

poetas". "O jornalismo — respondeu mesmo o único meio ao escritor se fa

balável na Democracia, num momento

zer ler. O meio de ação nos falharia

em que ela era ameaçada nas .suas bases

absolutamente se não fôsse o jornal". (Id., ibid., pág. 10).

são, para cuja destruição definitiva —

Mas o depoimento mais incisivo em gresso da arte literária foi, precisamen Sôbre o assunto.

Autor da mais notá

que o jornalismo tem sido o animador,

tantes, cirúrgicas — não e uin tator: é c entregava o prêmio intacto. Depois, 'um subtraendo." (Id. ibid., pág. 319). ficavam furiosos contra o burguês rico, Mas não pensavam assim todos os escritores desse tempo. Um deles, Me julgando-se vítimas." (Academia Bra sileira, "Discursos acadêmicos" (1907deiros e Albuquerque, também poeta, 1913), vol. n, pág. 126). mas igualmente jornalista, teatiologo, ro mancista, crítico, ensaísta, recebeu^ a Esta simples evocação do espírito do

o protetor, e, mais ainda, o criador da

minante nos homens de letras da época

pergunta com aquele sorriso sarcástico

tava a um século, apenas, a influência

com que sublinhava — como Bemard Shaw na Inglaterra conservadora — a

em que João áo Rio realizou o seu in

literatura brásilelra de cerca de um sé

culo a esta parte." (Id. ibid., pág. 49).

Roosevelt comandou.

A6 Brasil não coube a mesma sorte

que favoreceu os seus irmãos do Novo Mundo. Durante trezentos anos, ou seja através dos três séculos em que per- " maneceu como colônia de Portugal, não lhe foi permiüdo possuir sequer um pre lo modesto, mesmo para a impressão de inocentes letras de câmbio. Nesses ti-ês séculos de trevas, que representam três

quartas partes da nossa existência de povo, não se consentiu que tivéssemos contato com as letras. Nem ao me

Por que, porémj Sílvio Romero limi

irreverência e o cinismo das suas atitu

sua maioria, negaram a influência do

des. A sua primeira preocupação foi

jornalismo sobre a literatura.

e.xplicar a odiosidade votada pelos ho

então por João do Rio como "o mais

mens de letras ao jornalismo: De um modo geral - disse ele - a prevenção

Portugal ela já existia antes do desco

simpático, dos nossos poetas" e que viria, nos nossos dias, a ser o grande cronista

dos literatos contra o jornalismo c a

brimento, o Brasil só pôde conhecer

mesma dos pintores de quadros pelos

ção incondicional do Japão — tão pode rosamente concorreram "os soldados que

nos, como disse, com as letras de camHo.' Não há, nesta afirmação, qual

quérito explica perfeitamente a atitude então assumida pelos poetas, que, na Um de

que, por uma feliz casualidade, no dia de hoje (1) se consolidou com a rendi

2 — O Brasil, antes da imprensa

exercida pela imprensa sôbre a literatu ra brasileira? É que fazia então sòmente um século que se instalara, no Brasil, o primeiro prelo. Enquanto outros paí ses do Movo Continente possuíram im

les, o sr. Luís Edmundo, apresentado

pelas fôrças da intolerância e da opres

quer proposital jogo de palavras, mas a pura expressão da realidade. Com

efeito, lá por volta de 1706 registam as nossas crônicas a primeira tentati\'a de

implantação da imprensa no Brasil. Ins talando então no Recife uma tipografia

prensa já no século XVI, e mesmo em (1) 14 de agôsto, data da realização da conferência.


iwwpij' ü.i 50

modestíssima, um cidadão, cujo nome infelizmente se perdeu de todo, fê-lo,

Dici^to EcoNÓNOcn

imprimir". "Não sendo conveniente haver aí tipografias, nem mesmo utili dade para os íinpressore.s, por serera maiores as despesas que no Reino, dc

Dicesto Econômico

vam a assumir, perante o mundo, outras

nações da Europa. As riquezas da ter ra, com tamanha eloqüência louvadas

não êom propósitos de dihisao de idéias ou qualquer outra preocupação mais no bre, mas puramente para fins comer ciais, inocentes e humildes. Na sua

onde podiam vir impressos õs 1í\tos e

câmSío e pequenas orações devotas. O

Conselho Ultramarino, sem as quais não

olhou, porisso, para o Brasil, durante

se podia imprimir nem correr obras", essa ordem rcgía mandou seqüestrar tais

trezentos anos, com o mesmo olhar con-

cupiscente e ciumento com que os por

"letras" para o Reino, por conta dos

tugueses dêsse tempo, herdeiros do san

seus donos, o notificar a estes que "não

gue mouro que encharcara a península defendiam as suas mulheres como se nhores -e donos. A Terra de Santa

tipografia, visava êle imprimir letras de

grande historiador da imprensa no Bra sil, Alfredo de Carvalho, ao mencionar essa primeira tentativa, lembra que o

próprio governador de Pernambuco, en

tão Francisco de Castro Morais, nela

não \áu qualquer inconveniente e por isso a tolerou. Mal, porém, chegou no

tícia dêsse fato às Côrtes de Lisboa, foi

imediatamente expedida a ordem regia de 8 de julho de 1706, na qual se de terminava àquele governador — e repito aqui a linguagem do documento - "se qüestrar as letras impressas e notificar

os donos delas e os oficiais da tipogra fia que não imprimissem nem consen

tissem que se imprimissem, livros ou papéis avulsos". (Alfredo de Carvalho

— "Gênese e progressos da imprensa periódica no Brasil").

Alguns anos mais tarde, um impressor português, que fôra anteriormente

estabelecido em Lisboa, Antônio Isidoro

da Fonseca, veio para o Brasil, trazen

do em sua bagagem o material tipogrático com que tencíonavá montar, como

montou, no Rio dè Janeiro, uma ijequena oncina. Corria então o ano de 1747

Mais uma vez, a notícia logo chegoj aos ouvidos dos homens do Reino E refere Moreira de Azevedo, nos 'seus

papéi.s, no mesmo tempo em que de viam ir as licenças da Inquisição e do

fusão de saúde e mocidade. Portugal

imprimissem livros, obras ou papéis al guns avulsos, sem embargo de quais quer lícença.s que tivessem para dita

Cniz foi para Portugal uma amante jo

impressão, sob pena dc que, fazendo o

vem e rica, cheia do frescura o de be-

contrário, seriam remetidos presos para

o Reino para se lhes impor as penas em qiie tivessem incorrido, de confor

lezíi, que precisava ficar distante da cobiça dc outras nações mais fortes. Foi essa a razão por que Portugal con

midade com as leis e ordens a respeito".

servou' o Brasil oculto aos olhos do

É que, no dizer de Moreira de Aze vedo, "não convinha a Portugal que houvesse civilização no Brasil.

Dese

mundo durante três séculos. Sabendo-se fraco temia ter de lutar contra a avidez do povos mais fortes que já lhe haviam

jando colocar essa colônia atada ao seu

arrebatado quase todo o seu império co

domínio, não queria arrancá-la das tre

lonial das índias.

vas e da ignorância".

E está aqui, acredito eu, uma teoria

3 — A Psicologia do colonizador luso E é precisamente por essa razão que podemos deduzir da vida do Brasil os trezonto.'?' anos em que permaneceu co

mo Colônia. Nesses três séculos, o Bra

sil não existiu para o mundo. Ao ser incorporado à Coroa Portuguesa por Ca

bral, portanto, o Brasil não estava nas cendo. Estava apenas sendo gerado, para nascer três séculos depois. Cabníl não passou do sacerdote, e Pero Vaz

Apontomentos históricos", que por essa Caminha do juiz de paz que celebra razao durou pouco a tipografia de Isi ram, em segredo, o casamento, morgadoro da Fonseca: "manSou a CÔrte do velho Portugal com o Novo aboü-la e queima-la, para não propagar nátíco Mundo. Portugal acabava de atingir o ideias que podiam ser contrárias ao in seu apògeu e penetrava, teresse do Estado". Era provávelmente melancólico, expansionísta, numa fase cruel dc de a essa tipografia q^ue se referia a ordem cadência. As terras por Pedro Alvares régia de 6 de julho de 1747, a qual incorporadas ao seu império vinham redeclarava haver chegado ao conhecimen to do governo da metrópole, ter vindo para o Brasil "quantidade de letras de

por Pero Vaz, exerceriam, sôbvc o orga nismo enfraquecido do império portupiês, o papel milagroso de uma trans

prc.sentar para êle um oportuno adia

mento no declínio que a fatalidade lhe impimha, ante a projeção que começa-

a ser desenvolvida pelos sociólogos, re

lativamente à atitude do colonizador pa ra com a Colônia. Qual era o com portamento do colonizador, na sua vida

privada e que por força se refletiria na

filia vida cie nação? À -mulher portu

57

ras, com medo de que os homens as comessem".

Desse espírito autoritário e prepoten te dos portuguèses daqueles tempos, da noção do propriedade que tinham so bro as suas mulheres, do temor de que elas, ao contato com o mundo, pudes sem fugir no seu domínio de senhores

— raz^o por ciue também as conserva vam distantes dos livros, em que podiam aprender a amar a liberdade — nos dá notícia uma página deliciosa da "Carta

de guia de casados", em que D.' Fran

cisco Manuel de Melo condensou, em

L650, os conselhos prudentes que se in dicavam aos homens casados "para sus tentar sua casa em honra e sem peri go'. Analisando, num dos capítulos dêsse lí\TO famoso, várias castas de mu lheres portuguesas, assim fazia êle a

apologia da ignoraneía em que- as espo sas deviam ser mantida.s: "Oh, como

folgo de ver uma mulher -ignorar aquilo

3ue não é razão saber, mas que verdaeiramente o saiba!" E, em períodos que atravessariam os séculos, acrescen tava: "Ouvi um dia, caminhando, e não era êle menos que um chapado recoveiro (\'eia V. M. que enjeitei os filó

sofos para citar êsses autores), enfim, ouvi-lhe que Deus o guardasse de mula

guesa conservou-se durante séculos, no-

que faz him e de mulher que sabe latim". E, e.sclarecendo o seu pensa

tadamente entre os séculos XVI e XVIII,

mento: "O ponto está em que o latim

como uma verdadeira escrava do pai ou do marido. Vivia encarcerada,

hão é o que dana; mas o que consigo

egcisticamente defendida, com zelo fe

le saber".

conventos a que muitas eram recolhi

aqui a anedota narrada em prossegui mento a essa página — e sempre com o objetivo de mostrar como era perigoso para os maridos-que as suas mulheres tivessem contato com os livros — nel saboroso clássico da língua- "Co f

roz, dos olhares mascirlinos. Quer nos

das, quer nos seus lares, só se lhes per

mitia acompanhar a vida, que estuava

nas ruas, através das rótulas que as pro tegiam dos olhares dos demais homens.

Dessa forma oprimidas, "as mulheres — no dizer de Júlio Dantas, historiador

do amcir cm Portugal no século XVIII — feehavam-.se, embiocavam-se, aferroIhavam-se à mourisca nas suas câma

traz do outros saberetes envoltos àquôNão me furto ao prazer de relembrar

sjiva-se uma mulher honrada' a um fra de velho e rabuj^ento; e. como" come çasse a dizer em lahm a confissão,

guntou-lhe o confessor: - "SabpU il

fim?" Disse-lhei - "Padre, ortím: èm


iwwpij' ü.i 50

modestíssima, um cidadão, cujo nome infelizmente se perdeu de todo, fê-lo,

Dici^to EcoNÓNOcn

imprimir". "Não sendo conveniente haver aí tipografias, nem mesmo utili dade para os íinpressore.s, por serera maiores as despesas que no Reino, dc

Dicesto Econômico

vam a assumir, perante o mundo, outras

nações da Europa. As riquezas da ter ra, com tamanha eloqüência louvadas

não êom propósitos de dihisao de idéias ou qualquer outra preocupação mais no bre, mas puramente para fins comer ciais, inocentes e humildes. Na sua

onde podiam vir impressos õs 1í\tos e

câmSío e pequenas orações devotas. O

Conselho Ultramarino, sem as quais não

olhou, porisso, para o Brasil, durante

se podia imprimir nem correr obras", essa ordem rcgía mandou seqüestrar tais

trezentos anos, com o mesmo olhar con-

cupiscente e ciumento com que os por

"letras" para o Reino, por conta dos

tugueses dêsse tempo, herdeiros do san

seus donos, o notificar a estes que "não

gue mouro que encharcara a península defendiam as suas mulheres como se nhores -e donos. A Terra de Santa

tipografia, visava êle imprimir letras de

grande historiador da imprensa no Bra sil, Alfredo de Carvalho, ao mencionar essa primeira tentativa, lembra que o

próprio governador de Pernambuco, en

tão Francisco de Castro Morais, nela

não \áu qualquer inconveniente e por isso a tolerou. Mal, porém, chegou no

tícia dêsse fato às Côrtes de Lisboa, foi

imediatamente expedida a ordem regia de 8 de julho de 1706, na qual se de terminava àquele governador — e repito aqui a linguagem do documento - "se qüestrar as letras impressas e notificar

os donos delas e os oficiais da tipogra fia que não imprimissem nem consen

tissem que se imprimissem, livros ou papéis avulsos". (Alfredo de Carvalho

— "Gênese e progressos da imprensa periódica no Brasil").

Alguns anos mais tarde, um impressor português, que fôra anteriormente

estabelecido em Lisboa, Antônio Isidoro

da Fonseca, veio para o Brasil, trazen

do em sua bagagem o material tipogrático com que tencíonavá montar, como

montou, no Rio dè Janeiro, uma ijequena oncina. Corria então o ano de 1747

Mais uma vez, a notícia logo chegoj aos ouvidos dos homens do Reino E refere Moreira de Azevedo, nos 'seus

papéi.s, no mesmo tempo em que de viam ir as licenças da Inquisição e do

fusão de saúde e mocidade. Portugal

imprimissem livros, obras ou papéis al guns avulsos, sem embargo de quais quer lícença.s que tivessem para dita

Cniz foi para Portugal uma amante jo

impressão, sob pena dc que, fazendo o

vem e rica, cheia do frescura o de be-

contrário, seriam remetidos presos para

o Reino para se lhes impor as penas em qiie tivessem incorrido, de confor

lezíi, que precisava ficar distante da cobiça dc outras nações mais fortes. Foi essa a razão por que Portugal con

midade com as leis e ordens a respeito".

servou' o Brasil oculto aos olhos do

É que, no dizer de Moreira de Aze vedo, "não convinha a Portugal que houvesse civilização no Brasil.

Dese

mundo durante três séculos. Sabendo-se fraco temia ter de lutar contra a avidez do povos mais fortes que já lhe haviam

jando colocar essa colônia atada ao seu

arrebatado quase todo o seu império co

domínio, não queria arrancá-la das tre

lonial das índias.

vas e da ignorância".

E está aqui, acredito eu, uma teoria

3 — A Psicologia do colonizador luso E é precisamente por essa razão que podemos deduzir da vida do Brasil os trezonto.'?' anos em que permaneceu co

mo Colônia. Nesses três séculos, o Bra

sil não existiu para o mundo. Ao ser incorporado à Coroa Portuguesa por Ca

bral, portanto, o Brasil não estava nas cendo. Estava apenas sendo gerado, para nascer três séculos depois. Cabníl não passou do sacerdote, e Pero Vaz

Apontomentos históricos", que por essa Caminha do juiz de paz que celebra razao durou pouco a tipografia de Isi ram, em segredo, o casamento, morgadoro da Fonseca: "manSou a CÔrte do velho Portugal com o Novo aboü-la e queima-la, para não propagar nátíco Mundo. Portugal acabava de atingir o ideias que podiam ser contrárias ao in seu apògeu e penetrava, teresse do Estado". Era provávelmente melancólico, expansionísta, numa fase cruel dc de a essa tipografia q^ue se referia a ordem cadência. As terras por Pedro Alvares régia de 6 de julho de 1747, a qual incorporadas ao seu império vinham redeclarava haver chegado ao conhecimen to do governo da metrópole, ter vindo para o Brasil "quantidade de letras de

por Pero Vaz, exerceriam, sôbvc o orga nismo enfraquecido do império portupiês, o papel milagroso de uma trans

prc.sentar para êle um oportuno adia

mento no declínio que a fatalidade lhe impimha, ante a projeção que começa-

a ser desenvolvida pelos sociólogos, re

lativamente à atitude do colonizador pa ra com a Colônia. Qual era o com portamento do colonizador, na sua vida

privada e que por força se refletiria na

filia vida cie nação? À -mulher portu

57

ras, com medo de que os homens as comessem".

Desse espírito autoritário e prepoten te dos portuguèses daqueles tempos, da noção do propriedade que tinham so bro as suas mulheres, do temor de que elas, ao contato com o mundo, pudes sem fugir no seu domínio de senhores

— raz^o por ciue também as conserva vam distantes dos livros, em que podiam aprender a amar a liberdade — nos dá notícia uma página deliciosa da "Carta

de guia de casados", em que D.' Fran

cisco Manuel de Melo condensou, em

L650, os conselhos prudentes que se in dicavam aos homens casados "para sus tentar sua casa em honra e sem peri go'. Analisando, num dos capítulos dêsse lí\TO famoso, várias castas de mu lheres portuguesas, assim fazia êle a

apologia da ignoraneía em que- as espo sas deviam ser mantida.s: "Oh, como

folgo de ver uma mulher -ignorar aquilo

3ue não é razão saber, mas que verdaeiramente o saiba!" E, em períodos que atravessariam os séculos, acrescen tava: "Ouvi um dia, caminhando, e não era êle menos que um chapado recoveiro (\'eia V. M. que enjeitei os filó

sofos para citar êsses autores), enfim, ouvi-lhe que Deus o guardasse de mula

guesa conservou-se durante séculos, no-

que faz him e de mulher que sabe latim". E, e.sclarecendo o seu pensa

tadamente entre os séculos XVI e XVIII,

mento: "O ponto está em que o latim

como uma verdadeira escrava do pai ou do marido. Vivia encarcerada,

hão é o que dana; mas o que consigo

egcisticamente defendida, com zelo fe

le saber".

conventos a que muitas eram recolhi

aqui a anedota narrada em prossegui mento a essa página — e sempre com o objetivo de mostrar como era perigoso para os maridos-que as suas mulheres tivessem contato com os livros — nel saboroso clássico da língua- "Co f

roz, dos olhares mascirlinos. Quer nos

das, quer nos seus lares, só se lhes per

mitia acompanhar a vida, que estuava

nas ruas, através das rótulas que as pro tegiam dos olhares dos demais homens.

Dessa forma oprimidas, "as mulheres — no dizer de Júlio Dantas, historiador

do amcir cm Portugal no século XVIII — feehavam-.se, embiocavam-se, aferroIhavam-se à mourisca nas suas câma

traz do outros saberetes envoltos àquôNão me furto ao prazer de relembrar

sjiva-se uma mulher honrada' a um fra de velho e rabuj^ento; e. como" come çasse a dizer em lahm a confissão,

guntou-lhe o confessor: - "SabpU il

fim?" Disse-lhei - "Padre, ortím: èm


Dícesto Econômico 58

mosteiro". Tomou a perguntar: — Que

estado tendes?" Respondeu-llie: — "Ca

sada". A que tornou: — "Onde está

aventura nessas longínquas regiões e se

frase de Ronald de Carvalho '("Estu

mãos o livro ou o jornal, onde essa gen-

toma conhecimento

dos Brasileiros", 1.^ série, pg. 74), é

intemilnáveis incursões dos antigos pau listas, sente-se uma espécie de assom

tendes marido na índia? Ora, ide-vos

barcos, roubando pedaços dos impérios

embora e vinde cá outro dia; que vos

alheios, se pusessem em contato coln

ó fôrça que tragais muito que dizer, e eu estou hoje muito depressa".'

aquela terra jovem e escancarassem as

Se era assim o português na sua vida

que cercava as suas mulheres.

m

Conser

vando o povo da Colônia na ignorân cia e não lhe permitindo sequer que pusesse_ mão em livros ou impressos que não passassem prèviamente pela censura feroz exercida no Reino, o colo nizador não fazia mais que aplicar, co mo Império, aquilo que aprendera co mo homem, Não era o latim (no caso representado pela imprensa) o que o danava. O que êle temia eram os "ou

tros saberetes" que podiam vir envoltos 4 — O colono

Se era assim o colonizador, vejamos agora o que era o colono.

rótulas por detrás das quais o Brasil permanecia oculto aos olhos do mundo civilizado!

A raça que no Brasil se formava já

dera ao português provas do seu amor à liberdade. Fora ela <iue repelira os piratas franceses e espanhóis, menos pa ra preservar a dominação lusitana do

que para manter as terras do Brasil

livres do jugo estiangeiro. Fora ela que expulsara o invasor holandês, com bravura, com paixão, com um amor u terra que só os povos amantes da liber dade sabem ter. E, por mais de uma

vez, até mesmo os próprios colonizadore" lusos se haviam visto obrigados u sufocar movimentos de rebeldia, denunciadores do esnírito de nacionalidade

que marcou o povo brasileiro desde as

naquele saber... "

Mereceria

ele o tempr reverente dos dominadores lusitanos, para assim ser mantido isola

do do mundo e afastado de qualquer atividade intelectual que se pudesse aprimorar através da leitura de livros e

jornais? Mereceria? É forçoso confessar que merecia. O português soube sen tir, desde os primeiros anos da sua. obra

colonizadora, que a raça que aqui se começava a formar era dotada de um

raro e forte sentimento de nacionalida

de. Não sabendo suportar a escravi dão mantinha, por isso mesmo, tal alti

vez em face do colonizador que este não podia deixar de adivinhar, por de trás dela, uma sincera e insopitável ân

5?

sia de liberdade. Ai da Colônia, por tanto, se a metrópole pusesse em suas

vosso marido?" — "Na índia, meu pa ■ te rude iria aprender que só são feli dre" (disse ela). Então, com agudeza zes os povos livres! Ai da Colônia, por repetiu o velho: — "Tende mão, filha: outro lado, se as nações mais fortes, sapeis latim, criastes-vos em mosteiro, que cortavam os oceanos com os seus

privada,' ao tempo do Brasil-Colónia, nada mais natural que, como coloni zador, procurasse adotar, em relação aos seus domínios, as mesmas cautelas de

Dicusto Econômico

do itinerário

das

homens pertenciam a uma raça de gi

um espelho do tempo. - Ela reflete os ridículos e os vícios da gente que nos governava de bola e esporas e de quem o poeta sofreu tanto". Para quê não

gantes".

se perdessem os .seus \efsos, o então

bro, tem-se a impres-são de que esses Ora, essa raça de gigantes sonhava

governador do Brasil, D. João de Alen-

tt>m um Brasil livre. Em \'ários mo mentos da vida da Colônia o demons

castrc, os "fazia copiar por debuxadas

trara.

ram a fôrça de difusão que cabe à im

Desse-lhe o colonizador o direi

to de conhecer melhor, pela leitura e pelo estudo, as su;is próprias forças, e

do amar ainda mais a liberdade que ins tintivamente a fascinava, c a Indepen dência teria vindo, para o Brasil, muito mais cedo. Para o Reino, portanto, a

imprensa, no Brasil, representava um pe rigo, muito embora em Portugal ela já existisse antes do descobrimento, pois

só em Lisboa havia, no século }^VI,

letras".

Com isso êles não só exeree-

prensa, como também obtiveram a fun

ção de registo que esta desempenha. E

foi por essa forma que chegaram até' os nossos dias as tremendas sátiras com que Gregório feriu os colonizadores e os po

derosos do seu tempo. Gregório de Matos repre.senla, por tudo i.sso, na história da imprensa bra sileira, o papel de um precursor. Por meio dos seus versos corrosivos, a ahna

quando se iniciou a colonização brasi

brasileira protestava contra o coloniza

leira, cinco oficinas tipográficas e cin

dor que a opinmiu. Mais tarde, a pro

qüenta e quatro loja.s de livros. (Jéilio Dantas, "A era manuelina"). Os precursores

Nesses três séculos, porém, a opres

paganda da conjuração mineira tam bém se serviu da sátira como veículo, nas "Cartas Chilenas". Durante o pe

ríodo colonial, portanto, a fôrça difu

sora da imprensa foi substituída pela

poesia satírica como meio de abalar os

suas origens. Êsse povo — Portugal

são obstinada exercida sôbre o colono

bem o sentia saberia, logo que pu desse, conquistar a sua independência e cortar os laços que o escravizaram à

sua ânsia de liberdade. E como onde

6 — O nascimento da imprensa

se manifesta a opressão surge a sátira, Quo é uma forma de reação do.s oprimi

em 1500, mas três séculos depois, quan

metrópole., O povo da Colônia apresentava, na

realidade, qualidades singulares. . Um viajante francês que por aqui andou

no.s primeiros anos do século passado para, como cientista, estudar u flora brasileira, encheu-se de assombro ao ve

rificar o que eram os homens'que Por tugal subjugara _ por três séculos. A obra de dilatação das fronteiras nacio nais, realizada pelos bandeirantes pau listas, provocou, porisso, esta e.xplosão

não impediu que este, sempre que pos sível, procurasse meios de" exprimir a

alicerces da dominação lusa.

Já lhes disse que O Brasil não nasceu"

dos contra aqueles que os subjugam, do para o Novo Continente se trasladou pode-se dizer que foi essa a nianoira a Corte Portuguesa. E nasceu, não só por que sé manifestou o espírito natí- porcpio os seus portos foram abertos aos vista durante o período colonial. Não •são numerosos os poetas satíricos dêsse tempo. Mas só a presença de \im Gre-

que adquiriu, com a implantação da imprensa, as forças que não pudera

gório de Matos na literatura brasileira

desenvolver anteriormente no teneno da

justificaria a minha a.s.serção. Porque

inteligência e da cultura. O destino, positivamente, estava conspirando, a essa tempo, contra Portugal, já tão amar

Gregório representou, na sua época, o primeiro jornal, meio escrito e meio fa

nayios estrangeiros, mas sobretudo por

sincera do jovem Saint-Hilaire: "Quan do se sabe, por experiência própria, quantas fadigas, privações, perigos ain

lado, que o Brasil possuiu. Os seus epigramas contundentes e impiedosos

gurado com a invasao do seu territó

corriam de mão em mão, talvez não

da hoje aguardam o viandante que se

pelo que significavam. "Sua obra, na

acaso, na bagagem trazida para o Brasil, pelos fidalgos que acompanharam o príncipe d. João, viera uma série de

tanto pelo que valessem, mas sobretudo

rio pelas fôiças de Junot. Por mero


Dícesto Econômico 58

mosteiro". Tomou a perguntar: — Que

estado tendes?" Respondeu-llie: — "Ca

sada". A que tornou: — "Onde está

aventura nessas longínquas regiões e se

frase de Ronald de Carvalho '("Estu

mãos o livro ou o jornal, onde essa gen-

toma conhecimento

dos Brasileiros", 1.^ série, pg. 74), é

intemilnáveis incursões dos antigos pau listas, sente-se uma espécie de assom

tendes marido na índia? Ora, ide-vos

barcos, roubando pedaços dos impérios

embora e vinde cá outro dia; que vos

alheios, se pusessem em contato coln

ó fôrça que tragais muito que dizer, e eu estou hoje muito depressa".'

aquela terra jovem e escancarassem as

Se era assim o português na sua vida

que cercava as suas mulheres.

m

Conser

vando o povo da Colônia na ignorân cia e não lhe permitindo sequer que pusesse_ mão em livros ou impressos que não passassem prèviamente pela censura feroz exercida no Reino, o colo nizador não fazia mais que aplicar, co mo Império, aquilo que aprendera co mo homem, Não era o latim (no caso representado pela imprensa) o que o danava. O que êle temia eram os "ou

tros saberetes" que podiam vir envoltos 4 — O colono

Se era assim o colonizador, vejamos agora o que era o colono.

rótulas por detrás das quais o Brasil permanecia oculto aos olhos do mundo civilizado!

A raça que no Brasil se formava já

dera ao português provas do seu amor à liberdade. Fora ela <iue repelira os piratas franceses e espanhóis, menos pa ra preservar a dominação lusitana do

que para manter as terras do Brasil

livres do jugo estiangeiro. Fora ela que expulsara o invasor holandês, com bravura, com paixão, com um amor u terra que só os povos amantes da liber dade sabem ter. E, por mais de uma

vez, até mesmo os próprios colonizadore" lusos se haviam visto obrigados u sufocar movimentos de rebeldia, denunciadores do esnírito de nacionalidade

que marcou o povo brasileiro desde as

naquele saber... "

Mereceria

ele o tempr reverente dos dominadores lusitanos, para assim ser mantido isola

do do mundo e afastado de qualquer atividade intelectual que se pudesse aprimorar através da leitura de livros e

jornais? Mereceria? É forçoso confessar que merecia. O português soube sen tir, desde os primeiros anos da sua. obra

colonizadora, que a raça que aqui se começava a formar era dotada de um

raro e forte sentimento de nacionalida

de. Não sabendo suportar a escravi dão mantinha, por isso mesmo, tal alti

vez em face do colonizador que este não podia deixar de adivinhar, por de trás dela, uma sincera e insopitável ân

5?

sia de liberdade. Ai da Colônia, por tanto, se a metrópole pusesse em suas

vosso marido?" — "Na índia, meu pa ■ te rude iria aprender que só são feli dre" (disse ela). Então, com agudeza zes os povos livres! Ai da Colônia, por repetiu o velho: — "Tende mão, filha: outro lado, se as nações mais fortes, sapeis latim, criastes-vos em mosteiro, que cortavam os oceanos com os seus

privada,' ao tempo do Brasil-Colónia, nada mais natural que, como coloni zador, procurasse adotar, em relação aos seus domínios, as mesmas cautelas de

Dicusto Econômico

do itinerário

das

homens pertenciam a uma raça de gi

um espelho do tempo. - Ela reflete os ridículos e os vícios da gente que nos governava de bola e esporas e de quem o poeta sofreu tanto". Para quê não

gantes".

se perdessem os .seus \efsos, o então

bro, tem-se a impres-são de que esses Ora, essa raça de gigantes sonhava

governador do Brasil, D. João de Alen-

tt>m um Brasil livre. Em \'ários mo mentos da vida da Colônia o demons

castrc, os "fazia copiar por debuxadas

trara.

ram a fôrça de difusão que cabe à im

Desse-lhe o colonizador o direi

to de conhecer melhor, pela leitura e pelo estudo, as su;is próprias forças, e

do amar ainda mais a liberdade que ins tintivamente a fascinava, c a Indepen dência teria vindo, para o Brasil, muito mais cedo. Para o Reino, portanto, a

imprensa, no Brasil, representava um pe rigo, muito embora em Portugal ela já existisse antes do descobrimento, pois

só em Lisboa havia, no século }^VI,

letras".

Com isso êles não só exeree-

prensa, como também obtiveram a fun

ção de registo que esta desempenha. E

foi por essa forma que chegaram até' os nossos dias as tremendas sátiras com que Gregório feriu os colonizadores e os po

derosos do seu tempo. Gregório de Matos repre.senla, por tudo i.sso, na história da imprensa bra sileira, o papel de um precursor. Por meio dos seus versos corrosivos, a ahna

quando se iniciou a colonização brasi

brasileira protestava contra o coloniza

leira, cinco oficinas tipográficas e cin

dor que a opinmiu. Mais tarde, a pro

qüenta e quatro loja.s de livros. (Jéilio Dantas, "A era manuelina"). Os precursores

Nesses três séculos, porém, a opres

paganda da conjuração mineira tam bém se serviu da sátira como veículo, nas "Cartas Chilenas". Durante o pe

ríodo colonial, portanto, a fôrça difu

sora da imprensa foi substituída pela

poesia satírica como meio de abalar os

suas origens. Êsse povo — Portugal

são obstinada exercida sôbre o colono

bem o sentia saberia, logo que pu desse, conquistar a sua independência e cortar os laços que o escravizaram à

sua ânsia de liberdade. E como onde

6 — O nascimento da imprensa

se manifesta a opressão surge a sátira, Quo é uma forma de reação do.s oprimi

em 1500, mas três séculos depois, quan

metrópole., O povo da Colônia apresentava, na

realidade, qualidades singulares. . Um viajante francês que por aqui andou

no.s primeiros anos do século passado para, como cientista, estudar u flora brasileira, encheu-se de assombro ao ve

rificar o que eram os homens'que Por tugal subjugara _ por três séculos. A obra de dilatação das fronteiras nacio nais, realizada pelos bandeirantes pau listas, provocou, porisso, esta e.xplosão

não impediu que este, sempre que pos sível, procurasse meios de" exprimir a

alicerces da dominação lusa.

Já lhes disse que O Brasil não nasceu"

dos contra aqueles que os subjugam, do para o Novo Continente se trasladou pode-se dizer que foi essa a nianoira a Corte Portuguesa. E nasceu, não só por que sé manifestou o espírito natí- porcpio os seus portos foram abertos aos vista durante o período colonial. Não •são numerosos os poetas satíricos dêsse tempo. Mas só a presença de \im Gre-

que adquiriu, com a implantação da imprensa, as forças que não pudera

gório de Matos na literatura brasileira

desenvolver anteriormente no teneno da

justificaria a minha a.s.serção. Porque

inteligência e da cultura. O destino, positivamente, estava conspirando, a essa tempo, contra Portugal, já tão amar

Gregório representou, na sua época, o primeiro jornal, meio escrito e meio fa

nayios estrangeiros, mas sobretudo por

sincera do jovem Saint-Hilaire: "Quan do se sabe, por experiência própria, quantas fadigas, privações, perigos ain

lado, que o Brasil possuiu. Os seus epigramas contundentes e impiedosos

gurado com a invasao do seu territó

corriam de mão em mão, talvez não

da hoje aguardam o viandante que se

pelo que significavam. "Sua obra, na

acaso, na bagagem trazida para o Brasil, pelos fidalgos que acompanharam o príncipe d. João, viera uma série de

tanto pelo que valessem, mas sobretudo

rio pelas fôiças de Junot. Por mero


DifJivSTO Econômico Digbsto Econômico

volumes colocados a bordo por Antônio

Europa, e do quando cm cjuundo as suas páginas eram ilustradas com alguns

Barca. Êsscs volumes continham mate-

documentos de ofício, notícia dos dias

ria\ tipográfico. Ao saber disso, o prín cipe- recente,_1instigado pelo conde n/-« de '

to da família reinante.

Araújo de Azevedo, depois conde da arca.

natalício.s, odes e jianegíricos u respei Não se man

Xiínhares, resolveu criar a imprensa no

chavam essas páginas com as eferves

Brasil.

E o decreto que assinou nesse

cência.': da democracia, neni com a ax-

sentido veio a representar, na frase de

posição de agraxos. A julgar-se do

tírnesto Sena, "a certidão de nascimen to da imprensa no Brasil". Eu vou

Brasil pelo seu único periódico, devia ser considerado um paraíso terrestre,

além, entretanto. O decreto que criou

onde nunca se tinha cxprcs.sado um só

a imprensa, tanto quanto o de abertu ra dos portos, é para mim a própria

rjueixumo".

certidão de nascimento do Bra.sil.

Ao

colocar a sua assinatura nesse documen

to, no dia-13 de maio de 180S, o prín

cipe d. João, sem o perceber, abolia a

escravidão dq povo brasileiro, como prec-isamente oitenta anos mais tarde uma

sua bisneta poria fim à escravidão do negro no Brasil.

Transferido para o Brasil com as Cor tes, o espírito cpie implantara cm Por tugal três cen.suras para qualquer pu

blicação — a censura real, a do bispo e a dos inquisidores (Ilandehnann, "His

tória do Brasil", pg. 718) — não po deria admitir, cfctix amcntc, que a im prensa fosse mais que isso. Daí a cria

Ao nascer para o mundo e ao adqui rir o direito de pensar por si próprio,

ção, também acjuí, da ccn.sura ao lado da imprensa. Nem sempre, porém, a

o Brasil cortava o cordão umbelícal que por três séculos o ligara à monarquia

nar os povos. E um povo ciieio de

portuguesa, que não.passara, no dizer

do .sr. Caio Prado Jiinior, de uma "gran

de empresa comercial, com o seu rei no balcão". ("Formação do Bra.sil Con

temporâneo", página 362).

prepotência é a melhor forma de domi viço, como o bva.sileiro, não tardaria em reagir.

No grande livro em que traçou o pa

de pensamento

Os primeiros anos da imprensa, no

Brasil, são marcados, só e só, pela pu blicação da "Gazeta do Rio de Janei ro", CUJO primeiro número saiu da Im pressão Regia a 10 de setembro de

1808. Mal chegava essa folha, contu

do, a ser verdadeiramente um jornal. Era um pobre papel impresso, desprovi do de c(ualquer brilho, e preocupado e.vclusivamente com o que se passava na Europa. E' de um historiador in

glês, Armilage, êste comentário irônico

à orientação adotada pela "Gazeta"; "Por meio dela, só se informava ao'

público, com toda a fidelidade, do e.s-

tado dc saúde de todos os príncipes da

que todos os portuguêsés c inglê.scs, cm relações com Portugal c Brasil, o com-

clarecendo, em anotação no manuscri

praxam v. exportavam. A tenacidade

o "a lua celestial bele/a" — o censor

to qtie tais expressões eram ofensivas à

divindade e, por i.ss"o, não podiam ser puhlicadaj.

A ccusura vesga c brutal exercida no

Brasil nesses primeiros tempos da vida du imprensa não teve força para aba far a consciência do povo brasileiro. Ao contrário, êsle logo verificou que o: colonizadores visavam tão somente

impedir riue o Brasil marchasse para a

Independência. E, como o jugo j5or-

terra por solicitação da Embai.xada, co

mo esta fizera com José Anselmo Cor reia. Para neutralizar a campanha de Hipólito o govêmo lusitano não teve outro meio senão criar também, em

Londres, um jornal que o contraditasse, "O investigador português", a despeito

lüpólito da Costa partiu para Londres, onde fundou nesse mesmo ano dc 1808 o "Correio Brasilícnso", a fim dc lutar

do parecer contrário do embaixador d. Domingos dc Sousa.Coutinbo, conde do

dc longe pela independência dc sua pá tria. E ó êle que nos explica porque assim procedia: "Resolvi lançar esta publicação na Capital inglêsa — escre veu Hipólito no primeiro número do

seu jornal — dada a dificuldade de pu blicar obras periódicas no Brasil, já pe la censura prévia, já pelos perigos a que os redatores se exporiam, falando

livremente das ações dos homens pode-

Krapotkin acentuou que representa qua

ro.sos" (Cf. Licurgo Costa e Barres Vi-

lítica num país em que não há liber dade política e no qual nada pode ser publicado sem prévia autorização de uma censura rigorosa. Na Rússia czarista, a que ele se referia, a censura

desse jornalista que lutava pela inde pendência do Brasil ia, porém, além. Para maior resguardo da sua ação, che gou êle a naturalizcr-se inglês, e por isso nao podia ser c.xpulso da Ingla

tuguês não se estendia a outras terras,

norama da literatura russa, o príncipe se uma ironia falar-.se dc literatura po

7 — Os primeiros jornais e a liberdade

cancelou, .sem piedade, esses versos, es

dal, "História e evolução da imprensa brasileira", página 17). Do que foi a ação exercida pelo "Cor

Funchal, para quem "com gazctciros geralmente não convém mais corresponclência do que a »rox'a de alguma fal

sidade que êles dizem". (Oliveira Li ma, op. cit., 766). Enquanto isso, no Brasil, a censura sufocava, já' não digo a imprensa não oficial que começax'£t a dar os seus pri

meiros passos, mas toda c qualquer ma nifestação do pensamento escrito.

Notí

cias, ax isos e até mesmo simples anún cios, para se publicar, deviam ser pre viamente vistos, examinados e aprova

não era, porém, mais rigorosa e mais

Brasil", ainda agora reeditado e que

brutal que no Brasil desses nrimeiros anos de j*ornaIismo. E a anedota nar rada por Krapotkin não se repetiria no

não pode deixar do figurar em todas as bibliotecas brasileiras. "O "Correio Bra

dos pelo intendente geral de polícia, sob pena de prisão e multa pecuniária, "além das mais que -impõem as leis aos que procuram quebrantar a segurança públi ca" (Alfredo de Carvalho, op. cit., pg. 28). Quanto aos jornais editados no estrangeiro, várias provisões de d. João VI proibiram a sua entrada no País

silicnse" — escreveu Oliveira Lima —

com ser o único periódico português do

o determinaram a apreensão dos exem-

Brasil somente nesses tôrvos anos de in

fância da imprensa. Muitos decênios depois, a cegueira e a intolerância da

tempo, que podia manifestar indepen

dência, porque se editava fora dos" do

pensamento, subjugada e esmagada, até

censura, em determinados períodos da

mínios reais e tinha à sua frente tim

nossa vida de povo livre, fomeceriajii ao nosso País material tão pitoresco co

bomem de espírito dcsassombrado e clarividente, constitui o melhor, senão

mo aquele a que o historiador da lite

o exclusivo repositório das falhas da

as vésperas da Independência, quando os acontecirpentos políticos de Portugal, refletindo-se no Brasil, deram h impren

ratura russa se refere. Conta êle que,

administração

quando Pushkin, falando de uma senliora, escreveu — "as tuas formas divinas"

reio Brasilicnse", nessa fase de luta, lem

bra-nos Oliveira Lima no seu monu mental estudo sobro "D. João VI no

brasileira". A

difusão

do jornal de Hipólito José da Costa se mzia, não só através cia grande venda que alcançava em Londres, como por

plare.s acaso aqui existentes. E assim permaneceu a liberdade de

sa, que nascia, uma relativa liberdade.

8 - A embriaguês da liberdade Como sempre acontece depois de)

uma compressão prolongada sôBre a U-


DifJivSTO Econômico Digbsto Econômico

volumes colocados a bordo por Antônio

Europa, e do quando cm cjuundo as suas páginas eram ilustradas com alguns

Barca. Êsscs volumes continham mate-

documentos de ofício, notícia dos dias

ria\ tipográfico. Ao saber disso, o prín cipe- recente,_1instigado pelo conde n/-« de '

to da família reinante.

Araújo de Azevedo, depois conde da arca.

natalício.s, odes e jianegíricos u respei Não se man

Xiínhares, resolveu criar a imprensa no

chavam essas páginas com as eferves

Brasil.

E o decreto que assinou nesse

cência.': da democracia, neni com a ax-

sentido veio a representar, na frase de

posição de agraxos. A julgar-se do

tírnesto Sena, "a certidão de nascimen to da imprensa no Brasil". Eu vou

Brasil pelo seu único periódico, devia ser considerado um paraíso terrestre,

além, entretanto. O decreto que criou

onde nunca se tinha cxprcs.sado um só

a imprensa, tanto quanto o de abertu ra dos portos, é para mim a própria

rjueixumo".

certidão de nascimento do Bra.sil.

Ao

colocar a sua assinatura nesse documen

to, no dia-13 de maio de 180S, o prín

cipe d. João, sem o perceber, abolia a

escravidão dq povo brasileiro, como prec-isamente oitenta anos mais tarde uma

sua bisneta poria fim à escravidão do negro no Brasil.

Transferido para o Brasil com as Cor tes, o espírito cpie implantara cm Por tugal três cen.suras para qualquer pu

blicação — a censura real, a do bispo e a dos inquisidores (Ilandehnann, "His

tória do Brasil", pg. 718) — não po deria admitir, cfctix amcntc, que a im prensa fosse mais que isso. Daí a cria

Ao nascer para o mundo e ao adqui rir o direito de pensar por si próprio,

ção, também acjuí, da ccn.sura ao lado da imprensa. Nem sempre, porém, a

o Brasil cortava o cordão umbelícal que por três séculos o ligara à monarquia

nar os povos. E um povo ciieio de

portuguesa, que não.passara, no dizer

do .sr. Caio Prado Jiinior, de uma "gran

de empresa comercial, com o seu rei no balcão". ("Formação do Bra.sil Con

temporâneo", página 362).

prepotência é a melhor forma de domi viço, como o bva.sileiro, não tardaria em reagir.

No grande livro em que traçou o pa

de pensamento

Os primeiros anos da imprensa, no

Brasil, são marcados, só e só, pela pu blicação da "Gazeta do Rio de Janei ro", CUJO primeiro número saiu da Im pressão Regia a 10 de setembro de

1808. Mal chegava essa folha, contu

do, a ser verdadeiramente um jornal. Era um pobre papel impresso, desprovi do de c(ualquer brilho, e preocupado e.vclusivamente com o que se passava na Europa. E' de um historiador in

glês, Armilage, êste comentário irônico

à orientação adotada pela "Gazeta"; "Por meio dela, só se informava ao'

público, com toda a fidelidade, do e.s-

tado dc saúde de todos os príncipes da

que todos os portuguêsés c inglê.scs, cm relações com Portugal c Brasil, o com-

clarecendo, em anotação no manuscri

praxam v. exportavam. A tenacidade

o "a lua celestial bele/a" — o censor

to qtie tais expressões eram ofensivas à

divindade e, por i.ss"o, não podiam ser puhlicadaj.

A ccusura vesga c brutal exercida no

Brasil nesses primeiros tempos da vida du imprensa não teve força para aba far a consciência do povo brasileiro. Ao contrário, êsle logo verificou que o: colonizadores visavam tão somente

impedir riue o Brasil marchasse para a

Independência. E, como o jugo j5or-

terra por solicitação da Embai.xada, co

mo esta fizera com José Anselmo Cor reia. Para neutralizar a campanha de Hipólito o govêmo lusitano não teve outro meio senão criar também, em

Londres, um jornal que o contraditasse, "O investigador português", a despeito

lüpólito da Costa partiu para Londres, onde fundou nesse mesmo ano dc 1808 o "Correio Brasilícnso", a fim dc lutar

do parecer contrário do embaixador d. Domingos dc Sousa.Coutinbo, conde do

dc longe pela independência dc sua pá tria. E ó êle que nos explica porque assim procedia: "Resolvi lançar esta publicação na Capital inglêsa — escre veu Hipólito no primeiro número do

seu jornal — dada a dificuldade de pu blicar obras periódicas no Brasil, já pe la censura prévia, já pelos perigos a que os redatores se exporiam, falando

livremente das ações dos homens pode-

Krapotkin acentuou que representa qua

ro.sos" (Cf. Licurgo Costa e Barres Vi-

lítica num país em que não há liber dade política e no qual nada pode ser publicado sem prévia autorização de uma censura rigorosa. Na Rússia czarista, a que ele se referia, a censura

desse jornalista que lutava pela inde pendência do Brasil ia, porém, além. Para maior resguardo da sua ação, che gou êle a naturalizcr-se inglês, e por isso nao podia ser c.xpulso da Ingla

tuguês não se estendia a outras terras,

norama da literatura russa, o príncipe se uma ironia falar-.se dc literatura po

7 — Os primeiros jornais e a liberdade

cancelou, .sem piedade, esses versos, es

dal, "História e evolução da imprensa brasileira", página 17). Do que foi a ação exercida pelo "Cor

Funchal, para quem "com gazctciros geralmente não convém mais corresponclência do que a »rox'a de alguma fal

sidade que êles dizem". (Oliveira Li ma, op. cit., 766). Enquanto isso, no Brasil, a censura sufocava, já' não digo a imprensa não oficial que começax'£t a dar os seus pri

meiros passos, mas toda c qualquer ma nifestação do pensamento escrito.

Notí

cias, ax isos e até mesmo simples anún cios, para se publicar, deviam ser pre viamente vistos, examinados e aprova

não era, porém, mais rigorosa e mais

Brasil", ainda agora reeditado e que

brutal que no Brasil desses nrimeiros anos de j*ornaIismo. E a anedota nar rada por Krapotkin não se repetiria no

não pode deixar do figurar em todas as bibliotecas brasileiras. "O "Correio Bra

dos pelo intendente geral de polícia, sob pena de prisão e multa pecuniária, "além das mais que -impõem as leis aos que procuram quebrantar a segurança públi ca" (Alfredo de Carvalho, op. cit., pg. 28). Quanto aos jornais editados no estrangeiro, várias provisões de d. João VI proibiram a sua entrada no País

silicnse" — escreveu Oliveira Lima —

com ser o único periódico português do

o determinaram a apreensão dos exem-

Brasil somente nesses tôrvos anos de in

fância da imprensa. Muitos decênios depois, a cegueira e a intolerância da

tempo, que podia manifestar indepen

dência, porque se editava fora dos" do

pensamento, subjugada e esmagada, até

censura, em determinados períodos da

mínios reais e tinha à sua frente tim

nossa vida de povo livre, fomeceriajii ao nosso País material tão pitoresco co

bomem de espírito dcsassombrado e clarividente, constitui o melhor, senão

mo aquele a que o historiador da lite

o exclusivo repositório das falhas da

as vésperas da Independência, quando os acontecirpentos políticos de Portugal, refletindo-se no Brasil, deram h impren

ratura russa se refere. Conta êle que,

administração

quando Pushkin, falando de uma senliora, escreveu — "as tuas formas divinas"

reio Brasilicnse", nessa fase de luta, lem

bra-nos Oliveira Lima no seu monu mental estudo sobro "D. João VI no

brasileira". A

difusão

do jornal de Hipólito José da Costa se mzia, não só através cia grande venda que alcançava em Londres, como por

plare.s acaso aqui existentes. E assim permaneceu a liberdade de

sa, que nascia, uma relativa liberdade.

8 - A embriaguês da liberdade Como sempre acontece depois de)

uma compressão prolongada sôBre a U-


> 11 - rnmjmmmm. Digesto Econômico

herdade de pensamento (e nós mesmos ainda recentemente, fomos testemunhas dc iffual fenômeno), logo que se atrou- \aram os rigores da censura a impren

sa brasileira foi tomada dc uma ver

dadeira embríaguês de liberdade. E os desmandos em que incidiu, no referver das lutas políticas desse período da nossa História, chegam a ser deploráveis, a ponto de merecerem de Moreira de Aze

tre outras valiosas contribuições ofere

cidas à história da imprensa brasileira ("Contribuição à história da imprensa brasileira". Rio, 1945), estuda o am

Os títulos dos demais pasquins sur

o "Spectador" transformàva-sc no "Jor

gidos nesse período o estudados, no seu

nal do Comércio", nesse mesmo "Jornal

Imo, pelo sr. Hélio Viana, quase sem

biente político do Pais, desde a regên cia do príncipe D. Pedro até a maiori-

ferviam em suas colunas. E* o caso,

do Comércio" que ainda hoje mais de um século depois, é um dos diários dc maior prestígio ho País, graças à sua austeridade, e que foi, nos seus primei

dade de D. Pedro II, através dos pas

quins que então pulularam no BrasilE sobretudo nos jornais do período da Regência Trína, entre 1831 e 1835, que

vedo esta observação melancólica no

podemos ver, nesse erudito o notável

seu estudo sobre a origem e desenvolvi

estudo, como era baixo o nível da im

mento da imprensa do Rio de Janeiro:

prensa de então. Geralmente, o próprio

"Or. partidos lutam na imprensa,, e é

título dos periódicos já denunciava o

pre, denunciam os ódios partidários que por exemplp, de um jomaleco, classifi cado por aquele historiador como in digno, "O Brasil aflito", cujo redator,

dedicada aos senhores negociantes", pre servado, pela orientação puramente no

sassinado, no mesmo ano em que ini

ticiosa o referente a interêsses mercan

ciara a sua publicação (1833) por uma

das vítimas dos seus ataques pessoais.

tis, das lutas políticas que agitavam o Rio de Janeiro nesse período trepidan-

Entre os quarenta e dois pasquins exa minados, no seu trabalho, pelo sr. Hé

te de jacobinismo. Não é, porém, o "Jornal do Comer

lio Viana, destaco ainda, pelo pitores

cio" o mais antigo dos jornais brasilei ros. Cronològicítmente, o segundo jor nal publicado no Paír é "A idade de

veemente e imprópria a linguagem de

seu caráter e o seu feitio polêmico. Ve

jamos alguns exemplos, a título de curio

co da sua epígrafe bem como pelo co

sidade.

lorido do seu título, "O grito dos opri midos", também de 1833. A sua epí

E é por

isso que o imperador Pedro I, na

Existia no Rio, em 1831, um

pasquim chamado "O filho da terra". Para contraditá-lo, surge logo a seguir

Fala do Trono com que abriu em 1830 a segunda legislatura do Império, um periódico com êste nome: "O Mi reclamou da Assembléia providências nhoca — Verdadeiro filho da terra". E enérgicas: "Vigilante e empenhado em a epígrafe deste pasquim (todos os jor manter a boa ordem — dizia Pedro I

nais dêsse tempo adotavam divisas que

nesse documento — é do meu mais ri goroso dever lembrar-vos a necessida

caracterizavam a sua orientação) defi

de de reprimir, por meios legais, o abu-

gôsto, a sua posição política:

, so que continua a fazer-se da liberdade

de imprensa em todo o Império. Se melhante abuso ameaça grandes males;

nia, em péssimos versos e muito mau

grafe era um grito de guerra: Somos firmes Brasileiros. Não queremos Ditadores Nem tão pouco Evaristeiros.'

Observar sempre devemos.

alheia, não obstante José Veríssimo, ao

"Protesto martelar sem piedade

estudar a imprensa carioca dêsse tempo,

A quantos contra a Pátria apa~

o caso da "Aurora Fluminense", xle

[recerem".

Evaristo da Veiga ou de "O Tamoyo"

Nem toda a imprensa merecia tal condenação. Jornais havia, nò Rio, em

S. Paulo e em outras províncias, que souberam manter-se 'dentro dos limi

tes impostos pelo respeito à dignidade

União e olho bem vivo

E' salvação do Brasil." "O Martelo", jornal caramuru, ado ta igualmente uma epígrafe denimciadora do seu espírito ae combate:

somente tenha reconhecido tal atitude

em Evaristo da Veiga, o grande jorna lista da "Aurora Fluminense".

Mas os desmandos não cessaram, por

— de que ainda recentemente, por feliz Evaristo da Veiga, o maior jornalis

ta da época, era um dos alvos predile

tos dos pasquins cariocas. Quando Eva

que a explosão dos oprimidos está sem risto sofreu em' 1832, brutal atentado, pre na razão direta da opressão sofri-- "O Martelo" assim glosou o. aconteci-

da. E esta se prolongara por três sé

culos de Colônia e penetrara no Brasil independente.

Num admirável traballio que acaba de publicar, em edição do Instituto Na cional do Livro, o sr. Hélio Viana, en

iniciativa do sr. Rubens Borba de Mo

rais, foi publicada uma preciosa edição fac-similar — são jornais exclusivamen te políticos. Outros, porém, como o

"Deu-se um tiro no Evaristo,

No livreiro-deputado. Muito mal feito foi isto! Foi tiro muito mal dado!"

> -"•íM

"Falai em tudo verdades

A quem em tudo a deveis.'

4

Talvez por assim querer falar as \'erdades, "A idade de ouro do Brasil" não durou muito. De todos os jornais des

sa época, editados nas províncias, o úni co que sobreviveu sendo hoje o deca no da imprensa brasileira, é o "Diário de Pernambuco", fundado em 1825 no

Recife, onde a imprensa já existia des de 1817.

10 — D nascimento da imprensa etT} São Paulo

São Paulo foi, dentre as províncias brasileiras, talvez a que mais tarde veio a conhecer a imprensa. Só em 1823

começaram os paulistas a preocimar-sè

com ò assunto, embora o Barão do Rio

primeiros anos de sua existência, se re

Branco, no excelente estudo que publi cou na "Grande Encyclopedie" e que tão grandes louvores mereceu de Rui Barbosa, tenha afirmado que em 1821

flete em suas colunas. Criado em 1826,

já existia uma tipografia em S. Paulo.

o "Spectador Brasileiro" logo adquiriu singular prestígio.. Pouco mais de um

em S. Paulo, um documento altamente

ano depois, em 1.° de outubro de 1827,

curioso, que e a petição dirigida pelo

"Jornal do Comércio", fogem da agi tação partidária, que iiem sequer, nos

'meiito:

Bahia e cuja divisa estava nêstes ver sos de Sá de Miranda:

9 — Os veteranos da imprensa

Do Dia Sete de Abril,

ouro do Brasil", fundado em 1811 na

"Não somos Restauradores:

Essas lamentáveis atitudes, próprias do iim nível cultural baixo, não eram, porém, adotadas por tôda a imprensa. Ao lado desses miseráveis jomalecos, emanação das paixões políticas que mar caram os primeiros anos da nossa vida da nação livre surgia, pouco a pouco, a grande imprensa. Em geral, como é

à Assembléia cumpre evitá-los".

ros tempos, uma "fôlha exclusivamènlc

Clemente José de Oliveira, acabou as

que se servem: muitos periódicos trans

formam-se em pasquins."^

63

Digesto Econômico

Há, a respeito da criação da imprensa


> 11 - rnmjmmmm. Digesto Econômico

herdade de pensamento (e nós mesmos ainda recentemente, fomos testemunhas dc iffual fenômeno), logo que se atrou- \aram os rigores da censura a impren

sa brasileira foi tomada dc uma ver

dadeira embríaguês de liberdade. E os desmandos em que incidiu, no referver das lutas políticas desse período da nossa História, chegam a ser deploráveis, a ponto de merecerem de Moreira de Aze

tre outras valiosas contribuições ofere

cidas à história da imprensa brasileira ("Contribuição à história da imprensa brasileira". Rio, 1945), estuda o am

Os títulos dos demais pasquins sur

o "Spectador" transformàva-sc no "Jor

gidos nesse período o estudados, no seu

nal do Comércio", nesse mesmo "Jornal

Imo, pelo sr. Hélio Viana, quase sem

biente político do Pais, desde a regên cia do príncipe D. Pedro até a maiori-

ferviam em suas colunas. E* o caso,

do Comércio" que ainda hoje mais de um século depois, é um dos diários dc maior prestígio ho País, graças à sua austeridade, e que foi, nos seus primei

dade de D. Pedro II, através dos pas

quins que então pulularam no BrasilE sobretudo nos jornais do período da Regência Trína, entre 1831 e 1835, que

vedo esta observação melancólica no

podemos ver, nesse erudito o notável

seu estudo sobre a origem e desenvolvi

estudo, como era baixo o nível da im

mento da imprensa do Rio de Janeiro:

prensa de então. Geralmente, o próprio

"Or. partidos lutam na imprensa,, e é

título dos periódicos já denunciava o

pre, denunciam os ódios partidários que por exemplp, de um jomaleco, classifi cado por aquele historiador como in digno, "O Brasil aflito", cujo redator,

dedicada aos senhores negociantes", pre servado, pela orientação puramente no

sassinado, no mesmo ano em que ini

ticiosa o referente a interêsses mercan

ciara a sua publicação (1833) por uma

das vítimas dos seus ataques pessoais.

tis, das lutas políticas que agitavam o Rio de Janeiro nesse período trepidan-

Entre os quarenta e dois pasquins exa minados, no seu trabalho, pelo sr. Hé

te de jacobinismo. Não é, porém, o "Jornal do Comer

lio Viana, destaco ainda, pelo pitores

cio" o mais antigo dos jornais brasilei ros. Cronològicítmente, o segundo jor nal publicado no Paír é "A idade de

veemente e imprópria a linguagem de

seu caráter e o seu feitio polêmico. Ve

jamos alguns exemplos, a título de curio

co da sua epígrafe bem como pelo co

sidade.

lorido do seu título, "O grito dos opri midos", também de 1833. A sua epí

E é por

isso que o imperador Pedro I, na

Existia no Rio, em 1831, um

pasquim chamado "O filho da terra". Para contraditá-lo, surge logo a seguir

Fala do Trono com que abriu em 1830 a segunda legislatura do Império, um periódico com êste nome: "O Mi reclamou da Assembléia providências nhoca — Verdadeiro filho da terra". E enérgicas: "Vigilante e empenhado em a epígrafe deste pasquim (todos os jor manter a boa ordem — dizia Pedro I

nais dêsse tempo adotavam divisas que

nesse documento — é do meu mais ri goroso dever lembrar-vos a necessida

caracterizavam a sua orientação) defi

de de reprimir, por meios legais, o abu-

gôsto, a sua posição política:

, so que continua a fazer-se da liberdade

de imprensa em todo o Império. Se melhante abuso ameaça grandes males;

nia, em péssimos versos e muito mau

grafe era um grito de guerra: Somos firmes Brasileiros. Não queremos Ditadores Nem tão pouco Evaristeiros.'

Observar sempre devemos.

alheia, não obstante José Veríssimo, ao

"Protesto martelar sem piedade

estudar a imprensa carioca dêsse tempo,

A quantos contra a Pátria apa~

o caso da "Aurora Fluminense", xle

[recerem".

Evaristo da Veiga ou de "O Tamoyo"

Nem toda a imprensa merecia tal condenação. Jornais havia, nò Rio, em

S. Paulo e em outras províncias, que souberam manter-se 'dentro dos limi

tes impostos pelo respeito à dignidade

União e olho bem vivo

E' salvação do Brasil." "O Martelo", jornal caramuru, ado ta igualmente uma epígrafe denimciadora do seu espírito ae combate:

somente tenha reconhecido tal atitude

em Evaristo da Veiga, o grande jorna lista da "Aurora Fluminense".

Mas os desmandos não cessaram, por

— de que ainda recentemente, por feliz Evaristo da Veiga, o maior jornalis

ta da época, era um dos alvos predile

tos dos pasquins cariocas. Quando Eva

que a explosão dos oprimidos está sem risto sofreu em' 1832, brutal atentado, pre na razão direta da opressão sofri-- "O Martelo" assim glosou o. aconteci-

da. E esta se prolongara por três sé

culos de Colônia e penetrara no Brasil independente.

Num admirável traballio que acaba de publicar, em edição do Instituto Na cional do Livro, o sr. Hélio Viana, en

iniciativa do sr. Rubens Borba de Mo

rais, foi publicada uma preciosa edição fac-similar — são jornais exclusivamen te políticos. Outros, porém, como o

"Deu-se um tiro no Evaristo,

No livreiro-deputado. Muito mal feito foi isto! Foi tiro muito mal dado!"

> -"•íM

"Falai em tudo verdades

A quem em tudo a deveis.'

4

Talvez por assim querer falar as \'erdades, "A idade de ouro do Brasil" não durou muito. De todos os jornais des

sa época, editados nas províncias, o úni co que sobreviveu sendo hoje o deca no da imprensa brasileira, é o "Diário de Pernambuco", fundado em 1825 no

Recife, onde a imprensa já existia des de 1817.

10 — D nascimento da imprensa etT} São Paulo

São Paulo foi, dentre as províncias brasileiras, talvez a que mais tarde veio a conhecer a imprensa. Só em 1823

começaram os paulistas a preocimar-sè

com ò assunto, embora o Barão do Rio

primeiros anos de sua existência, se re

Branco, no excelente estudo que publi cou na "Grande Encyclopedie" e que tão grandes louvores mereceu de Rui Barbosa, tenha afirmado que em 1821

flete em suas colunas. Criado em 1826,

já existia uma tipografia em S. Paulo.

o "Spectador Brasileiro" logo adquiriu singular prestígio.. Pouco mais de um

em S. Paulo, um documento altamente

ano depois, em 1.° de outubro de 1827,

curioso, que e a petição dirigida pelo

"Jornal do Comércio", fogem da agi tação partidária, que iiem sequer, nos

'meiito:

Bahia e cuja divisa estava nêstes ver sos de Sá de Miranda:

9 — Os veteranos da imprensa

Do Dia Sete de Abril,

ouro do Brasil", fundado em 1811 na

"Não somos Restauradores:

Essas lamentáveis atitudes, próprias do iim nível cultural baixo, não eram, porém, adotadas por tôda a imprensa. Ao lado desses miseráveis jomalecos, emanação das paixões políticas que mar caram os primeiros anos da nossa vida da nação livre surgia, pouco a pouco, a grande imprensa. Em geral, como é

à Assembléia cumpre evitá-los".

ros tempos, uma "fôlha exclusivamènlc

Clemente José de Oliveira, acabou as

que se servem: muitos periódicos trans

formam-se em pasquins."^

63

Digesto Econômico

Há, a respeito da criação da imprensa


Dicesto Econômico Dicesto Econômico

lislano". Entre êsse ano c 1854, quan

primeiro presidente da província, Lu cas Antônio Monteiro de Barros, em

1824, ao marquês de Maricá, então ti tular da pasta da Fazenda, reclamando a vinda da oficina tipográfica que des

CO destinado a suprir a falta de tipo

grafia*'» elaborado por Antônio Mariano de Azevedo Marque.s.

Numa iniciali\-a

ousada, semelhante à incorporação das sociedades anônimas dos nossos dias,

dor, destinada a S. Paulo. "Sendo esta

Azevedo Marques propunha aos paulis tas a criação de um jornal manuscrito.

província de S. Paulo — escreveu, nessa

E assim expunha o seu plano; "Como

de 1823 estava, por ordem do Impera

petição, o futuro \'isconde de Congo nhas do Campo — talvez a xinica que não tem, na sua Capital, uma oficina

tipográfica,"^ tão necessária para dar a devida extensão as ciências ç fazer cor rer o fluxo da civilização, eu não du

vido representar a v. exa. para fazer

subir à Augusta Presènça de S. M. o

Imperador, a fim de que se digne expe dir as ordens necessárias para ser en viada, quanto antes, a esta cidade, a Imprensa que ja estava para isso desti nada e pronta, com todos os caracteres e pertences, e um impressor para seu estabelecimento e direção." A petição do presidente da nrovíncia concluía com uma dessas atitudes altivas que S. Pau

desgraçadamente não tem sido possível à província de S. Paulo obter um prelo para se comunicarem c disseminarem

as idéias úteis e as luzes tão necessá

rias num país livre (...), é mister lan çar mão do único meio que nos resta. Deverá, pois, ser suprida a falta de ti

pografia pelo uso de amanuenses, que serão pagos por uma sociedade patrió tica e aos quais incumbe escre\'er o

número de folhas que devem ser repar tidas pelos subscritores no dia determi nado para sua publicação". A iniciativa mereceu o melhor aco lhimento dos paulistas. K Azevedo

lo sempre soube guardar no 'correr da

Marques pôde logo apresentar o seu plano à aprovação do governo geral, por intermédio da Junta Governativa

sa vir gratuita, peço ao menos licença

de S. Paulo. O despacho escarninho

sua vida política: "E, quando não pos

para a sua ereção à custa dos particula res, que não duvidam subscreverem pa

que recebeu o seu pedido não o de

sanimou. "Para isto — dizia o despa

do surge o "Correio Paulistano" hoje o

mais velho dos jornais paulistas, Afon so de Freitas regista o aparecimento de 64 pcriódico.s, todos de vida tão efê mera como a do "Farol Paulistano"

cuja publicação se interrompeu em 1833. Dentre êle.s, há a destacar apenas "O Observador Constitucional", fundado em 1829, porque viria criar o primeiro már tir da imprensa paulista, Libero Badaró,

defensor dos Andradas c liberal apaixo nado, morto à traição por adver.siirios políticos. Dentre os jornais fundados nesses primeiros anos da imprensa pau lista, apenas sobrevivem o "Correio Pau listano", que data, como disse, de 1854

já próximo, portanto, do seu centenário o cujo programa foi traçado por Pedro laques; "A Província de S, Paulo", mais tarde transformada em "O Estado de

S- Paulo", fundado em 1875 por Amé rico do Campos o llangel Pestana; c o

"Diário Popular", fundado em 1884 por Américo de Campos c josé Maria Lis boa.

E é verdade "O pensador", jornal Inimc^istico c de combate à Igreja, foi um do.s primeiros órgãos clc "imprensa

surgido.s cm S. Paulo. Data de 1839.

11- ~ A liberdade dc imprciim no segundo Império

Tôcla aquela exaltação renetida na imprensa brasileira, nos .seus anos inau

gurais, foi desaparecendo aos poucos no decorrer do segundo Império. E' que as suas bases não assentavam mais no ociio c na reação. A liberdade dc pcnsamerilo, assegurada durante todo o seu

reinado pelo mais liberal e pelo mais humano dos governantes que o Brasil já teve, Pedro II, conseguiu o milagre que a violência dos seus antecessores

nao alcançara. E de Joaquim Nabuco a observação do que "pelo exercício sa

gaz e moderado do seu papel de impcranto constitucional.

(Pedro II) con

servou intata a sua autoridade duran

te meio século, quando seu pai, o fun dador do Império, não se pôde man ter senão nove anos, c as três regên

Num artigo delicioso que escreveu por ocasião do centenário da imprensa pau cias, 4, 2 e 3 anos". "Nesse extenso lista, Antônio de Alcântara Machado, período — acrescenta Nabuco — faz ouja obra representa uma perfeita fu.sãó nascer a ordem, em todo o Império an

cho — não preciba de licença, contanto

do e.scritor com o jornalista, assim co-

tes anarquizado, sòmente pela tolerân

mcnlava a gravidade que sempre ca

cia". ("Um estadista do Império", II,

Afonso A. de Freitas, a quem devemos o mais completo estudo que já se

que não abuse, e deve por isso o reda tor assinar cada folha, visto não ser im

racterizou os jornais de S. Paulo: "Eu

rêz da imprensa paulista, refere, a êsse

çou a publicar-se em 22 de setembro

respeito, que os pedidos de S. Paulo

de 1823, escrito à mão em lauda e meia

nem sequer foram ouvidos. E, como

da papel de peso ou em duas laudas

ra um fim tão interessante".

pressa."

E assim "O Paulista" come

não conheço no mundo, nem de ouvir

falar, coisa mais triste cio que um jor

382).

Essa tolerância de Pedro II dizia' res

peito, particularmente, à imprensa, à

nao vinha mesmo para a província. a

de papel ordinário (Afonso A. de Frei

nal paulista". E, criticando, com a sua irreverência de. moço, a "gravidade ri dícula" dos nossos jornais, revelaclora

tipografia que os paulistas desejavam

tas, "A imprensa periódica de S. Pau

da "tristeza liercditária e incurável do

completa liberdade. E é por isso que, ao encerrar o capítulo que sobre o jor nalismo brasileiro escrevera para a

possuir, S. Paulo não cruzou os bra-

lo", antecipando-se ao primeiro jornal impresso, que só surgiu em S. Paulo

paulista", acrescentava, ferino: "Não^é

"Orando Encyclopcdie", poucos meses

preciso mais. nada: o primeiro jornal

quatro anos depois.

pornográfico de S. Paulo sabem como é

antes da queda do Império, o Barão do Rio Branco acentuava, com orgulho; "A

P^nrque nunca soube fazê-lo. Se

nao, lhe- permitiam ter um jornal imP esso, como já o tinham as demais' P viimias, havia de arranj'ar-se outro

meio de editar um jornal. E foi assim que nasceu em S. Paulo, em 1823, pou cos meses antes do apêlo do viscónde de Congonhas, o primeiro jornal. Cha

mava-se ^"O Paulista" e surgia graças ao IJano de um estabelecimento patrióti-

Porque a imprensa, a famosa impren sa que tanto preocupara os paulistas, só aqui chegou — e mesmo assim por iniciativa de um particular, José da

Costa Carvalho, mais tarde marquês de Monte Alegre — em 1827. Foi en tão que saiu à luz o primeiro jornal

impresso de S. Paulo. "O Farol P^au-

que se_ chamava? "O nu piratiningano ? Não. "S. Paulo em camisinha de

meia"? Também não. "O gemido do Ipiranga?" Também não. Chamava-se "O pensador". Formidável. E muitís

simo significativo". ("Cavaquinho e saxofone", pág. 369).

qual sempre procurou assegurar a mais

liberdade de,imprensa é completa". E o foi, na realidade, Há, relaüvamente^ ao respeito que Pedro II devo tava à liberdade de pensamento, um

depoiniento honesto e eloqüente, dei xado por Oliveira Borges, genro do marquês de S. Vicente. Quando, em


Dicesto Econômico Dicesto Econômico

lislano". Entre êsse ano c 1854, quan

primeiro presidente da província, Lu cas Antônio Monteiro de Barros, em

1824, ao marquês de Maricá, então ti tular da pasta da Fazenda, reclamando a vinda da oficina tipográfica que des

CO destinado a suprir a falta de tipo

grafia*'» elaborado por Antônio Mariano de Azevedo Marque.s.

Numa iniciali\-a

ousada, semelhante à incorporação das sociedades anônimas dos nossos dias,

dor, destinada a S. Paulo. "Sendo esta

Azevedo Marques propunha aos paulis tas a criação de um jornal manuscrito.

província de S. Paulo — escreveu, nessa

E assim expunha o seu plano; "Como

de 1823 estava, por ordem do Impera

petição, o futuro \'isconde de Congo nhas do Campo — talvez a xinica que não tem, na sua Capital, uma oficina

tipográfica,"^ tão necessária para dar a devida extensão as ciências ç fazer cor rer o fluxo da civilização, eu não du

vido representar a v. exa. para fazer

subir à Augusta Presènça de S. M. o

Imperador, a fim de que se digne expe dir as ordens necessárias para ser en viada, quanto antes, a esta cidade, a Imprensa que ja estava para isso desti nada e pronta, com todos os caracteres e pertences, e um impressor para seu estabelecimento e direção." A petição do presidente da nrovíncia concluía com uma dessas atitudes altivas que S. Pau

desgraçadamente não tem sido possível à província de S. Paulo obter um prelo para se comunicarem c disseminarem

as idéias úteis e as luzes tão necessá

rias num país livre (...), é mister lan çar mão do único meio que nos resta. Deverá, pois, ser suprida a falta de ti

pografia pelo uso de amanuenses, que serão pagos por uma sociedade patrió tica e aos quais incumbe escre\'er o

número de folhas que devem ser repar tidas pelos subscritores no dia determi nado para sua publicação". A iniciativa mereceu o melhor aco lhimento dos paulistas. K Azevedo

lo sempre soube guardar no 'correr da

Marques pôde logo apresentar o seu plano à aprovação do governo geral, por intermédio da Junta Governativa

sa vir gratuita, peço ao menos licença

de S. Paulo. O despacho escarninho

sua vida política: "E, quando não pos

para a sua ereção à custa dos particula res, que não duvidam subscreverem pa

que recebeu o seu pedido não o de

sanimou. "Para isto — dizia o despa

do surge o "Correio Paulistano" hoje o

mais velho dos jornais paulistas, Afon so de Freitas regista o aparecimento de 64 pcriódico.s, todos de vida tão efê mera como a do "Farol Paulistano"

cuja publicação se interrompeu em 1833. Dentre êle.s, há a destacar apenas "O Observador Constitucional", fundado em 1829, porque viria criar o primeiro már tir da imprensa paulista, Libero Badaró,

defensor dos Andradas c liberal apaixo nado, morto à traição por adver.siirios políticos. Dentre os jornais fundados nesses primeiros anos da imprensa pau lista, apenas sobrevivem o "Correio Pau listano", que data, como disse, de 1854

já próximo, portanto, do seu centenário o cujo programa foi traçado por Pedro laques; "A Província de S, Paulo", mais tarde transformada em "O Estado de

S- Paulo", fundado em 1875 por Amé rico do Campos o llangel Pestana; c o

"Diário Popular", fundado em 1884 por Américo de Campos c josé Maria Lis boa.

E é verdade "O pensador", jornal Inimc^istico c de combate à Igreja, foi um do.s primeiros órgãos clc "imprensa

surgido.s cm S. Paulo. Data de 1839.

11- ~ A liberdade dc imprciim no segundo Império

Tôcla aquela exaltação renetida na imprensa brasileira, nos .seus anos inau

gurais, foi desaparecendo aos poucos no decorrer do segundo Império. E' que as suas bases não assentavam mais no ociio c na reação. A liberdade dc pcnsamerilo, assegurada durante todo o seu

reinado pelo mais liberal e pelo mais humano dos governantes que o Brasil já teve, Pedro II, conseguiu o milagre que a violência dos seus antecessores

nao alcançara. E de Joaquim Nabuco a observação do que "pelo exercício sa

gaz e moderado do seu papel de impcranto constitucional.

(Pedro II) con

servou intata a sua autoridade duran

te meio século, quando seu pai, o fun dador do Império, não se pôde man ter senão nove anos, c as três regên

Num artigo delicioso que escreveu por ocasião do centenário da imprensa pau cias, 4, 2 e 3 anos". "Nesse extenso lista, Antônio de Alcântara Machado, período — acrescenta Nabuco — faz ouja obra representa uma perfeita fu.sãó nascer a ordem, em todo o Império an

cho — não preciba de licença, contanto

do e.scritor com o jornalista, assim co-

tes anarquizado, sòmente pela tolerân

mcnlava a gravidade que sempre ca

cia". ("Um estadista do Império", II,

Afonso A. de Freitas, a quem devemos o mais completo estudo que já se

que não abuse, e deve por isso o reda tor assinar cada folha, visto não ser im

racterizou os jornais de S. Paulo: "Eu

rêz da imprensa paulista, refere, a êsse

çou a publicar-se em 22 de setembro

respeito, que os pedidos de S. Paulo

de 1823, escrito à mão em lauda e meia

nem sequer foram ouvidos. E, como

da papel de peso ou em duas laudas

ra um fim tão interessante".

pressa."

E assim "O Paulista" come

não conheço no mundo, nem de ouvir

falar, coisa mais triste cio que um jor

382).

Essa tolerância de Pedro II dizia' res

peito, particularmente, à imprensa, à

nao vinha mesmo para a província. a

de papel ordinário (Afonso A. de Frei

nal paulista". E, criticando, com a sua irreverência de. moço, a "gravidade ri dícula" dos nossos jornais, revelaclora

tipografia que os paulistas desejavam

tas, "A imprensa periódica de S. Pau

da "tristeza liercditária e incurável do

completa liberdade. E é por isso que, ao encerrar o capítulo que sobre o jor nalismo brasileiro escrevera para a

possuir, S. Paulo não cruzou os bra-

lo", antecipando-se ao primeiro jornal impresso, que só surgiu em S. Paulo

paulista", acrescentava, ferino: "Não^é

"Orando Encyclopcdie", poucos meses

preciso mais. nada: o primeiro jornal

quatro anos depois.

pornográfico de S. Paulo sabem como é

antes da queda do Império, o Barão do Rio Branco acentuava, com orgulho; "A

P^nrque nunca soube fazê-lo. Se

nao, lhe- permitiam ter um jornal imP esso, como já o tinham as demais' P viimias, havia de arranj'ar-se outro

meio de editar um jornal. E foi assim que nasceu em S. Paulo, em 1823, pou cos meses antes do apêlo do viscónde de Congonhas, o primeiro jornal. Cha

mava-se ^"O Paulista" e surgia graças ao IJano de um estabelecimento patrióti-

Porque a imprensa, a famosa impren sa que tanto preocupara os paulistas, só aqui chegou — e mesmo assim por iniciativa de um particular, José da

Costa Carvalho, mais tarde marquês de Monte Alegre — em 1827. Foi en tão que saiu à luz o primeiro jornal

impresso de S. Paulo. "O Farol P^au-

que se_ chamava? "O nu piratiningano ? Não. "S. Paulo em camisinha de

meia"? Também não. "O gemido do Ipiranga?" Também não. Chamava-se "O pensador". Formidável. E muitís

simo significativo". ("Cavaquinho e saxofone", pág. 369).

qual sempre procurou assegurar a mais

liberdade de,imprensa é completa". E o foi, na realidade, Há, relaüvamente^ ao respeito que Pedro II devo tava à liberdade de pensamento, um

depoiniento honesto e eloqüente, dei xado por Oliveira Borges, genro do marquês de S. Vicente. Quando, em


Digesto Econóauco

66

Digesto Econômico 67

1870, a campanha republicana tomou corpo, surgiu no Rio o jornal **A Re-

Ímblica", que "não era uma dessas fôhas efêmeras como tantas tinham apa

recido antes, advogando a idéia repu blicana", mas uma "grande folha diá

ria destinada a ter vasta circulação".

Chefe do gabinete, o marquês de S. Vicente, ao ler nesse jornal o manifes

to republicano — em que figuravam as assinaturas de Saldanha Marinho. Aris-

tides Lôbo, Lafaiete, Rangel Pestana, Quintino Bocaiúva é tantos outros —

procura o imperador e lhe propõe que o governo imperial adote como norma in

variável a de não prover em empregos

púbUcos quem tivesse idéias republi?anas. Ouvindo a proposta, Pedro II res ponde a S. Vicente:

do as paixões deflagradas pelas grandes campanhas que levou u cabo, entre as quais a da Abolição e a da República, empolgavam os jornalistas. Nunca mais, entretanto, desceu às baixezas dos pas quins do primeiro Império. Porque o jornalista, quando se sente respeitado, também sabe respeitar. 12. — O jornalismo nâ República ' E' cedo ainda para uma análise do

teiíder^^Pe de razao a governe como tender quem Üvef". n do o^seu ministro:

rio, ao lado de alguns grandes exempla res de jornalismo autêntico. E' que cia soube corresponder ao respeito que o imperador assegurava à .sua liberdade, embora com isso nada perdesse das suas caracteristicas viris. Podia, por vezes, parecer mais virulcnla e agressi\ a, quan

en

escandalizan

— 'Se os brasileiros não me ouiseP™-

Ao relatar êye episódio, que tão ao

que representou a República para a li berdade de imprensa. Desde os seus primeiros dias, o regime republicano re

velou-se, para o jornalismo, um terreno acidentado em que a curtos períodos de tranqüilidade se substituíam, de brusco, longos dias de luta e sofrimento. O suceder dos governos, orientados por

do jornalismo durante o meio século do

segundo Império. O gráfico da liber

dade de imprensa sob a República, será

uma linha marcada vivamente por que das bruscas c oscilações

constantes.

Desde os primeiros dias do regime e através de todos os quatriênios, inclu sive o período que estamos atravessan

do, a liberdade de imprensa é uma su

cessão de surpresas c de decepções, em que à \aolência se substitui, quase sem transição, e muitas vezes sem transição nenhuma, uma fase de respeito à li berdade do espírito. E essas mudan

ças de rumo, no sentido da liberdade ou da compressão, se têm feito,' no de

curso do regime republicano, sem {lualquer lógica, em movimentos bruscos nascidos de impulsos do momento e rara mente clc uma diretriz inflexível e se

gura. E' por isso que digo que ainda é cedo para se proceder ao balanço da

liberdade de imprensa no Brasil repu blicano. O mais que .se pode afinnar

traditórios reflexos.

luta em favor da liberdade.

folheto publicado em 1891: "Nada aba

primeiros anos do regime, este fenô

lava as duas idéias do imperador; que nao se devia tocar na imprensa, e que as idéias republicanas não inabilitavam

nenhum cidadão para os cargos que a Constituição fizera só depender do mé rito". Lendo, no exílio, o trabalho de

Nabuco, Pedro II anotou à margem des sa frase: "Assim foi!" (Joaquim Nabu co, op. cít., II, 125).

^ foi realmente. Veemente, demoüdora, perniciosa mesmo, quando torçada a lutar contra os governos que

lhe arrancavam a bberdade, a imprLsa brasileira, no decurso do segundo Impeno, adquiriu uma nobreza que a distanciava de léguas do pequend iornailsmo que predominou nos tempos da Independência e do primeiro Impé-

meno curioso que foi o do agasalho

que os jornalistas que fugiam das per seguições permitidas pelo estado de sí tio, encontravam em Estados nos quais se mantinham íntegras as garantias cons titucionais.

Carlos de Last e. Olavo Bi-

lae, por exemplo, tiveram de procurar abrigo em Minas Gerais, ao tempo do

Floriano, para evitar "o regime cie ter ror e as delações que nq Rio de Ja neiro sucederam à explosão da revolta naval de setembro".

(Carlos de Laet,

"Em Minas", Rio, 1894). A liberda

de de imprensa, na República, durante os cinqüenta e poucos anos já decorri dos, não pôde suportar, se se passarem

para um gráfico as suas vicissitudes, qualquer confronto com a linha quase horizontal que representará a história

controu o clima necessário ao desenvol

vimento do seu irreprimh-el pendor para a^ arte literária. Foi na imprensa ca rioca que ele exerceu a maior parle da sua atmdadc do escritor, quer culti vando a crônica, quer o conto, quer mesmo o romance em folhetim, tão co

mum a esse tempo íj que tantas outras

grandes figuras de romancista conse guiu formar.

. Era o jornal então, praticamente o único veículo dc difusão das idéias.

O

dias — uma aventura perigosa e exaus

teve, sôbre a imprensa, os mais con Houve mesmo, nos

da Imprensa Nacional que Machado en controu, como tipógrafo, a sua verda-^ c eira vocação. Foi entre os jornalistas do Kio dc Janeiro que mais tarde en

livro,, para o escritor brasileiro, era —

pessoa do imperador, Joaquim Nabuco recorda esta frase que escrevera num

homens de temperamentos desiguais,

deveu ele, preponderantemente, a sua carreira do escritor. Foi nas oficinas

num juízo em que não entrem o exa

gero ou a paixão, c que na República, o jornalismo é, mais que uma profissão tranqüila e respeitada, uma página de

V ivo mostra o democrata que exisüa na

por Júlio Mesquita parà acompmihar a campanha de Canucms, que recolheu o material com que escreveria o seu grane ^\T0. O caso do Machado de Assiz ainda e mais expressivo. A imprensa

13 — A literatura brasileira e o jornalismo

E é por isso que na história da lite ratura brasileira não pode ser omitida a influência positiva que esta recebeu

do jornalismo. Não o digo só porque foi nas colunas dos jornais que inicia ram a .sua marcha vitoriosa, no terre

e continuou a sê-!o quase até os nossos tiva. Os raros editôres que existiam no

Rio eram obrigados, diante da pobreza dos nossos recursos tipográficos, a recor rer aos prelos da Europa. Os originais manuscritos, nesse tempo em que ainda

não existia a máquina de escrever, eram mandados geralmente para a França, a

fim de que os decifrassem tipógrafos estrangeiros, que não conheciam a nos sa língua e que, por isso, tomavam torturante e desanimadora a tarefa da

revisão das provas. Foi já nos nossos tempos, com a aventura malograda de Monteiro Lobato na "Revista do Bra

no das letras, os maiores e.scritores que o Brasil tem tido. Mesmo aí bastaria lembrar o exemplo dos dois nomes que

sil", que o livro nasceu em nosso País,

mais alto ergueram a lilciatura nacio nal: Euclides da Cunha e Machado de Assiz. Euclides não teria escrito "Os

tância que o jornalismo assumiu no Brasil, para o desenvolvimento da lite ratura nacional. E não, creio necessá

Sertões" se não fôsse o jornal, pois foi como jornalista, que iniciou, na "Pro víncia de S. Paulo", a sua vida de es critor. E, foi como jornalista, enviado

Só esse fato- demonstraria a impor rio relembrar outros exemplos, além dos de Machado de Assiz e Euclides da Cunha. Êsses dois nomes são bastan tes porque é nêles que, na síntese feliz


Digesto Econóauco

66

Digesto Econômico 67

1870, a campanha republicana tomou corpo, surgiu no Rio o jornal **A Re-

Ímblica", que "não era uma dessas fôhas efêmeras como tantas tinham apa

recido antes, advogando a idéia repu blicana", mas uma "grande folha diá

ria destinada a ter vasta circulação".

Chefe do gabinete, o marquês de S. Vicente, ao ler nesse jornal o manifes

to republicano — em que figuravam as assinaturas de Saldanha Marinho. Aris-

tides Lôbo, Lafaiete, Rangel Pestana, Quintino Bocaiúva é tantos outros —

procura o imperador e lhe propõe que o governo imperial adote como norma in

variável a de não prover em empregos

púbUcos quem tivesse idéias republi?anas. Ouvindo a proposta, Pedro II res ponde a S. Vicente:

do as paixões deflagradas pelas grandes campanhas que levou u cabo, entre as quais a da Abolição e a da República, empolgavam os jornalistas. Nunca mais, entretanto, desceu às baixezas dos pas quins do primeiro Império. Porque o jornalista, quando se sente respeitado, também sabe respeitar. 12. — O jornalismo nâ República ' E' cedo ainda para uma análise do

teiíder^^Pe de razao a governe como tender quem Üvef". n do o^seu ministro:

rio, ao lado de alguns grandes exempla res de jornalismo autêntico. E' que cia soube corresponder ao respeito que o imperador assegurava à .sua liberdade, embora com isso nada perdesse das suas caracteristicas viris. Podia, por vezes, parecer mais virulcnla e agressi\ a, quan

en

escandalizan

— 'Se os brasileiros não me ouiseP™-

Ao relatar êye episódio, que tão ao

que representou a República para a li berdade de imprensa. Desde os seus primeiros dias, o regime republicano re

velou-se, para o jornalismo, um terreno acidentado em que a curtos períodos de tranqüilidade se substituíam, de brusco, longos dias de luta e sofrimento. O suceder dos governos, orientados por

do jornalismo durante o meio século do

segundo Império. O gráfico da liber

dade de imprensa sob a República, será

uma linha marcada vivamente por que das bruscas c oscilações

constantes.

Desde os primeiros dias do regime e através de todos os quatriênios, inclu sive o período que estamos atravessan

do, a liberdade de imprensa é uma su

cessão de surpresas c de decepções, em que à \aolência se substitui, quase sem transição, e muitas vezes sem transição nenhuma, uma fase de respeito à li berdade do espírito. E essas mudan

ças de rumo, no sentido da liberdade ou da compressão, se têm feito,' no de

curso do regime republicano, sem {lualquer lógica, em movimentos bruscos nascidos de impulsos do momento e rara mente clc uma diretriz inflexível e se

gura. E' por isso que digo que ainda é cedo para se proceder ao balanço da

liberdade de imprensa no Brasil repu blicano. O mais que .se pode afinnar

traditórios reflexos.

luta em favor da liberdade.

folheto publicado em 1891: "Nada aba

primeiros anos do regime, este fenô

lava as duas idéias do imperador; que nao se devia tocar na imprensa, e que as idéias republicanas não inabilitavam

nenhum cidadão para os cargos que a Constituição fizera só depender do mé rito". Lendo, no exílio, o trabalho de

Nabuco, Pedro II anotou à margem des sa frase: "Assim foi!" (Joaquim Nabu co, op. cít., II, 125).

^ foi realmente. Veemente, demoüdora, perniciosa mesmo, quando torçada a lutar contra os governos que

lhe arrancavam a bberdade, a imprLsa brasileira, no decurso do segundo Impeno, adquiriu uma nobreza que a distanciava de léguas do pequend iornailsmo que predominou nos tempos da Independência e do primeiro Impé-

meno curioso que foi o do agasalho

que os jornalistas que fugiam das per seguições permitidas pelo estado de sí tio, encontravam em Estados nos quais se mantinham íntegras as garantias cons titucionais.

Carlos de Last e. Olavo Bi-

lae, por exemplo, tiveram de procurar abrigo em Minas Gerais, ao tempo do

Floriano, para evitar "o regime cie ter ror e as delações que nq Rio de Ja neiro sucederam à explosão da revolta naval de setembro".

(Carlos de Laet,

"Em Minas", Rio, 1894). A liberda

de de imprensa, na República, durante os cinqüenta e poucos anos já decorri dos, não pôde suportar, se se passarem

para um gráfico as suas vicissitudes, qualquer confronto com a linha quase horizontal que representará a história

controu o clima necessário ao desenvol

vimento do seu irreprimh-el pendor para a^ arte literária. Foi na imprensa ca rioca que ele exerceu a maior parle da sua atmdadc do escritor, quer culti vando a crônica, quer o conto, quer mesmo o romance em folhetim, tão co

mum a esse tempo íj que tantas outras

grandes figuras de romancista conse guiu formar.

. Era o jornal então, praticamente o único veículo dc difusão das idéias.

O

dias — uma aventura perigosa e exaus

teve, sôbre a imprensa, os mais con Houve mesmo, nos

da Imprensa Nacional que Machado en controu, como tipógrafo, a sua verda-^ c eira vocação. Foi entre os jornalistas do Kio dc Janeiro que mais tarde en

livro,, para o escritor brasileiro, era —

pessoa do imperador, Joaquim Nabuco recorda esta frase que escrevera num

homens de temperamentos desiguais,

deveu ele, preponderantemente, a sua carreira do escritor. Foi nas oficinas

num juízo em que não entrem o exa

gero ou a paixão, c que na República, o jornalismo é, mais que uma profissão tranqüila e respeitada, uma página de

V ivo mostra o democrata que exisüa na

por Júlio Mesquita parà acompmihar a campanha de Canucms, que recolheu o material com que escreveria o seu grane ^\T0. O caso do Machado de Assiz ainda e mais expressivo. A imprensa

13 — A literatura brasileira e o jornalismo

E é por isso que na história da lite ratura brasileira não pode ser omitida a influência positiva que esta recebeu

do jornalismo. Não o digo só porque foi nas colunas dos jornais que inicia ram a .sua marcha vitoriosa, no terre

e continuou a sê-!o quase até os nossos tiva. Os raros editôres que existiam no

Rio eram obrigados, diante da pobreza dos nossos recursos tipográficos, a recor rer aos prelos da Europa. Os originais manuscritos, nesse tempo em que ainda

não existia a máquina de escrever, eram mandados geralmente para a França, a

fim de que os decifrassem tipógrafos estrangeiros, que não conheciam a nos sa língua e que, por isso, tomavam torturante e desanimadora a tarefa da

revisão das provas. Foi já nos nossos tempos, com a aventura malograda de Monteiro Lobato na "Revista do Bra

no das letras, os maiores e.scritores que o Brasil tem tido. Mesmo aí bastaria lembrar o exemplo dos dois nomes que

sil", que o livro nasceu em nosso País,

mais alto ergueram a lilciatura nacio nal: Euclides da Cunha e Machado de Assiz. Euclides não teria escrito "Os

tância que o jornalismo assumiu no Brasil, para o desenvolvimento da lite ratura nacional. E não, creio necessá

Sertões" se não fôsse o jornal, pois foi como jornalista, que iniciou, na "Pro víncia de S. Paulo", a sua vida de es critor. E, foi como jornalista, enviado

Só esse fato- demonstraria a impor rio relembrar outros exemplos, além dos de Machado de Assiz e Euclides da Cunha. Êsses dois nomes são bastan tes porque é nêles que, na síntese feliz


III Digesto Econ6>uco

68

dc Fernando dC Azevedo, "sc afirmam com uma grande intensidade, de um

Sc, pois, a literatura nacional nacb mais devesse ao jornalismo, só aí. nesse

lado a universalidade

trabalho, encontraria a

do pensamento, pela ri queza do conteúdo hu

sua maior dívida.

Por-

que ao jornalismo a li

mano, e, dc outro,

teratura brasileira dc\t

atração pela terra e p (Fernando de Azevedo,

tudo fiiianto c. Sc não há jornalismo útil som liberdade, não podo

"A Cultura Brasileira",

lambem

Io homem americano

pág. 198). ^las a ação benéfica

servidão.

O jornalismo não é,

literatura brasileira não só

essa.

uma

grande literatura sob a

do iornalisnm sôl>rc a foi

existir

portanto, um

Pertence

ao jornalismo, como for

colaborador

ça dinâmica, a tarefa da luta em favor da iy)er-

tura.

simples

da

litera

No Brasil, èlc ó

dade de pensamento no

mais que isso. E* o ali cerce sobre o qual cia

Brasil.

SC ergueu.

^OV/V IROT/V Pi\llil O LLOYD RRISILLIRO pelo CoMODono E. E. Buady Jn. |lla Mariiilin Norlc.tnieri mm. ciHisullur iln Tdmlssaa de Matiiilii Mrrrnsilc du Urosllj (especial 1'AUA o "dicesto econômico")

Vrèviamente aprovado pelo nosso govâr-

no, foi firmado com a einprôsa Ingalls o contrato para construção de 14 novos navios mercantes, indispensáveis, como

SC verá pelo contexto do presente tra balho, para tomar lugar dos que foram

torpedeados e das unidades velhas, já no fim de sua carreira. ' À companhia Canadian Vichers também foram feitas encomendas no mesmo sentido.

projetos de renovação da frota do O|SLloyd Brasileiro têm com certeza

estaleiros estavam sendo grandemente ampliados naquela ocasião.

Meus primeiros contatos com este as

material de reparo, o qual começou a

quase a mesma idade do próprio Lloyd. sunto foram feitos durante a gestão do

A SAFRA ALGODOEIRA DOS ESTADOS UNIDOS EM 1945

Dos oígarismoa que publicamos uo quadro abaixo — organizado com cijraí provisórias do "Agriculture Departmenl" dos EE. UU., vemos que a safra dc algodão naquele país, durante o ano findo, foi dc 23,8% menos que no dccèn\a 1934-43.

Acrescente-se que, desde 1921, foi essa a menor safra algodocira dos

Estados Unidos. S

tons.

/,, sobre o total

20,1

Arcansas ..

426.200 367.300 260.700

Alabama

212.000

10,0

Geórgia

■ 6,9

Sul-Carolína

147.400 145.100

Tencsse

112.200

5,3 4,7 16,6

Texas

Mississipi

99.700

Norte-Carolina

Outros

353.100

"TOTAL

■"

Média do Decênio de 1934-1943

2.123.700

2.786.800

<liu ilc librns |K>r nnrc (—JIUG ijiiilos 67 154 157 148 114 137 180 163

17,3 12,3

6,8

100,0

113

t % menos cm 1945: 23,8

Fonte-, "Agriculture Department".

almirante Graça Aranha, quando come

çamos a construção dos tT's na AMIC.

infelizmente, os navios do Lloyd não foram adquiridos por falta de dinheiro.

Em novembro de 1941, a pedido do govôrno do Brasil, vim investigar as pos sibilidades de aumentar-se o número de

AFRA

ESTADOS — PRODUTORES

/m

unidades da marinha mercante em ser

viço entre os nossos dois países.

En

contrei muitos navios parados por falta do material.

Êste não podia ser fabri

cado no território brasileiro, incluindo-se

no seu número, por exemplo, chapas, cantoneiras, tubos de condensador, ca bos de arame, etc. sível, se iniciasse aqui a construção de Sendo

necessário

chegar aos armazéns do. Lloyd em .Nova Iorque, em janeiro de 1942. Durante a guerra esta prioridade foi usada mui tas vezes para a compra do que fosse necessário para reaparelhainento da ma rinha mercante.

Renovação da marinha mercante Durante o ano de 1942, quando fui adido naval no Brasil di.scuti muitas ve zes com a Comissão de Marinha Mer

cante a necessidade de navios novos pa ra êste país, não só para tomar o lu gar daqueles que tinham sido torpedea dos como também para substituir uni dades velhas, já no fim de sua çarreira. Durante 1943 e 1944, todos os esta

O governo do "Brasil quis que, se pos navio.s.

Eu consegui arranjar prioridade para

mandar

vir

grande quantidade de material dos Es

tados Unidos, o almirante Land, presi dente da Comissão cie. Marinha

Mer

cante dos Estados Unidos, achou que seria mais rápido fazer a construção naquele país, pois, além do mais, os

leiros do mundo, capazes de construir

navio.s transatlânticos, estavam ocupa

dos. Em abril de 1944, o comandante Mário Celestino assinou um contrato

com a Canadian Vickers, em Montreal,Canadá, para a construção de 4 peque nos barcos costeiros, de 4.600 tonelada.s, do tipo do "Cabedelo". Essa com

panhia tinha ' carreiras vazias naquela


III Digesto Econ6>uco

68

dc Fernando dC Azevedo, "sc afirmam com uma grande intensidade, de um

Sc, pois, a literatura nacional nacb mais devesse ao jornalismo, só aí. nesse

lado a universalidade

trabalho, encontraria a

do pensamento, pela ri queza do conteúdo hu

sua maior dívida.

Por-

que ao jornalismo a li

mano, e, dc outro,

teratura brasileira dc\t

atração pela terra e p (Fernando de Azevedo,

tudo fiiianto c. Sc não há jornalismo útil som liberdade, não podo

"A Cultura Brasileira",

lambem

Io homem americano

pág. 198). ^las a ação benéfica

servidão.

O jornalismo não é,

literatura brasileira não só

essa.

uma

grande literatura sob a

do iornalisnm sôl>rc a foi

existir

portanto, um

Pertence

ao jornalismo, como for

colaborador

ça dinâmica, a tarefa da luta em favor da iy)er-

tura.

simples

da

litera

No Brasil, èlc ó

dade de pensamento no

mais que isso. E* o ali cerce sobre o qual cia

Brasil.

SC ergueu.

^OV/V IROT/V Pi\llil O LLOYD RRISILLIRO pelo CoMODono E. E. Buady Jn. |lla Mariiilin Norlc.tnieri mm. ciHisullur iln Tdmlssaa de Matiiilii Mrrrnsilc du Urosllj (especial 1'AUA o "dicesto econômico")

Vrèviamente aprovado pelo nosso govâr-

no, foi firmado com a einprôsa Ingalls o contrato para construção de 14 novos navios mercantes, indispensáveis, como

SC verá pelo contexto do presente tra balho, para tomar lugar dos que foram

torpedeados e das unidades velhas, já no fim de sua carreira. ' À companhia Canadian Vichers também foram feitas encomendas no mesmo sentido.

projetos de renovação da frota do O|SLloyd Brasileiro têm com certeza

estaleiros estavam sendo grandemente ampliados naquela ocasião.

Meus primeiros contatos com este as

material de reparo, o qual começou a

quase a mesma idade do próprio Lloyd. sunto foram feitos durante a gestão do

A SAFRA ALGODOEIRA DOS ESTADOS UNIDOS EM 1945

Dos oígarismoa que publicamos uo quadro abaixo — organizado com cijraí provisórias do "Agriculture Departmenl" dos EE. UU., vemos que a safra dc algodão naquele país, durante o ano findo, foi dc 23,8% menos que no dccèn\a 1934-43.

Acrescente-se que, desde 1921, foi essa a menor safra algodocira dos

Estados Unidos. S

tons.

/,, sobre o total

20,1

Arcansas ..

426.200 367.300 260.700

Alabama

212.000

10,0

Geórgia

■ 6,9

Sul-Carolína

147.400 145.100

Tencsse

112.200

5,3 4,7 16,6

Texas

Mississipi

99.700

Norte-Carolina

Outros

353.100

"TOTAL

■"

Média do Decênio de 1934-1943

2.123.700

2.786.800

<liu ilc librns |K>r nnrc (—JIUG ijiiilos 67 154 157 148 114 137 180 163

17,3 12,3

6,8

100,0

113

t % menos cm 1945: 23,8

Fonte-, "Agriculture Department".

almirante Graça Aranha, quando come

çamos a construção dos tT's na AMIC.

infelizmente, os navios do Lloyd não foram adquiridos por falta de dinheiro.

Em novembro de 1941, a pedido do govôrno do Brasil, vim investigar as pos sibilidades de aumentar-se o número de

AFRA

ESTADOS — PRODUTORES

/m

unidades da marinha mercante em ser

viço entre os nossos dois países.

En

contrei muitos navios parados por falta do material.

Êste não podia ser fabri

cado no território brasileiro, incluindo-se

no seu número, por exemplo, chapas, cantoneiras, tubos de condensador, ca bos de arame, etc. sível, se iniciasse aqui a construção de Sendo

necessário

chegar aos armazéns do. Lloyd em .Nova Iorque, em janeiro de 1942. Durante a guerra esta prioridade foi usada mui tas vezes para a compra do que fosse necessário para reaparelhainento da ma rinha mercante.

Renovação da marinha mercante Durante o ano de 1942, quando fui adido naval no Brasil di.scuti muitas ve zes com a Comissão de Marinha Mer

cante a necessidade de navios novos pa ra êste país, não só para tomar o lu gar daqueles que tinham sido torpedea dos como também para substituir uni dades velhas, já no fim de sua çarreira. Durante 1943 e 1944, todos os esta

O governo do "Brasil quis que, se pos navio.s.

Eu consegui arranjar prioridade para

mandar

vir

grande quantidade de material dos Es

tados Unidos, o almirante Land, presi dente da Comissão cie. Marinha

Mer

cante dos Estados Unidos, achou que seria mais rápido fazer a construção naquele país, pois, além do mais, os

leiros do mundo, capazes de construir

navio.s transatlânticos, estavam ocupa

dos. Em abril de 1944, o comandante Mário Celestino assinou um contrato

com a Canadian Vickers, em Montreal,Canadá, para a construção de 4 peque nos barcos costeiros, de 4.600 tonelada.s, do tipo do "Cabedelo". Essa com

panhia tinha ' carreiras vazias naquela


Digesto EcoNÓ>nco

70

Dicesto Econômico

Temos ainda um camarote para o "do

ocasião, devido ao cancelamento de cer vios com a Canadian Vicker.s, para se tos programas de construção no Canada. rem entregues em 1946 e 1947. Em As referidas unidades já foram entregues. 28 do fevereiro, o almirante Land nos Em agosto de 1944, quando estava deu permissão de entrar em negociações mais ou menos certo que nossos pro com a Betblebem e a Ingalls, pois pa gramas de construção naval e mercante recia que antes do fim do ano teriam iam garantir um grande número de na carreiras vazias. Mandamos-lhe as cavios no ano de 1945, para a derrota do

Japão e da Alemanha, o nosso Navy De"partment, a pedido do governo brasi leiro, me mandou aqui. para estudar, com a Comissão de Marinha Mercante, .um plano para a construção de transa tlânticos

nos

estaleiros

dos

Estados

Unidos.

Quando saí dos Estados Unidos em

novembro de 1944, fui informado pelo almirante ^Land que talvez em feverei

ro ou março de 1945 êle pudesse con

seguir carreiras vazias, nas quais se po deria começar a construção dos navios

pedida pelo governo brasileiro num pro grama ae 20 cargueiros do tipo C-3, e outros do tipo "Liberty", para serem entregues quando fôsse possível. Flanos de construção

Em dezembro de 1944, quando os

Aliados sofreram pequeno revés na Fran

ça, os nossos programas de construção foram aumentados em mais de 170 uni

dades, para serem entregues em 1945. Em janeiro desse ano o almirante Land

raterístícas dos navios desejados.

71

no da linha", igual ao camarote do co

mandante. Temos o camarote do pilo to e mais dois camarotes sobressalentes.

No princípio de maio fui a Nova Ior

Em

que acompanhado pelos representantes

ao

Lloyde e da Comissão de Marinha Mercante Brasileira, para uma reunião

quelas duas firmas.

A Ingalls apresentou o projeto de.uni navio desenhado pelo conhecido arqui

com o sr. Sharp e os representantes de IngalLs e Bethlehem e outras firmas.

teto naval de Nova Iorque, sr. George

Ficou resolvido que o sr. Sharp prepa

G. Sharp. o qual durante a guerra tra çou os projetos e planos de muitos tipos construídos pela iios.sa Maritinic Coin-

raria os planos de con trato e especificações,

mission. Eu- calcul-,") qiio o projeto dele

os quais seriam man

deve ser 10 ou 15 por cento mais efi ciente na capacidade de carga do que qualauer outro projeto apresentado, com

dados para as várias companhias do idonei

17 nós ao invés de 16, e tendo os mes

tas fizessem as suas

mos cavalos de fôrça.

respectivas propostas.

rem construídos pelos planos de Geor-

g<3 Sharp. O preço das unidades a serem cons

truídas pela Ingalls é de 2.645,000

Proposta para 14 navios

abril chegaram aqui representantes da

6 navios, iguais a êsses 14, todos a se

dólares cada uma, e o da Canadian Vi ckers de 2.778.686 dólares canaden ses, ou côrca de 2.500.000 dólares

americanos, os quais, convertidos em cruzeiros, dão respectivamente Cr$... 51.842.000.00 e Cr$ 49.000.000,00. Êstes preços, no caso da Ingalls, nuo podem ir além de 2.645.000 dólares,

pois a proposta dessa empresa foi fei ta para preço fixo. Poderá, no entanto, ser reduzido de acôrdo

com

o

contrato,

pelos descontos para

dade, a fim de que es

material comprado na nossa Maritime Com mission.

O

contrato

Depois ficou decidido que se dariam

à minha chegada a

instruções à Canadian Vickers a fim de parar com a construção dos navios pro

Nova Iorque, o almi

ckers é um pouco di

rante Land nos deu

ferente, contendo as

jetados, dizendo-se que os planos de viam ser fornecidos pelo Llovd, dentro do orçamento feito de acordo com o sr. Sharp. Os navios serão classificados no Ame-

rican Bureau of Shipping e também te rão inspeção do U.S. Coast Guard, Bu reau of Marina Inspection and Naviga-

com a Canadian Vi

permissão para abrir

cláusulas na constru

negociações com qua

ção naval. Caso o sa-.

isquer firmas nos EE. UU., aconselhandonos, porém, a tomar

ja aumentado pelo go vêrno, também o pre

lário dos operários se

cuidado, pois algumas seriam

fechadas

ço dos navios será au mentado proporcional

de

pois da guerra.

tion, U.S. Public Health Service and

mente.

No fim. de junho do 1945, mandamos

Ingalls pretende en

telefonou-me de Washington para comu nicar este fato. Informou-me que talvez não fôsse possível constriiir quaisquer

pecificações para material e equipamen

planos e especificações para quatro fir

vio em agôsto pró.vimo, è .se não hou

to serão de acordo com os últimos re

mas nos EE. yU., — Bethlehem, In

navios nos Estados

gulamentos e especificações do U.S.

galls, Sun e Federal, — e no dia 31 de

ver dificuldades imprevistas, todos os 14 navios estarão prontos antes do fim

Maritime Commission, com porcentagem

julho, na presença de todos os interes

do ano. Vickers entregará 3 ou 4 na

nos nossos planos. Êle me informaria

de sobressalentes acima da U.S. Mari

sados, reunidos no escritório de Nova

vios antes de dezembro de 1946, e os

periòdicamente sobre a situação.

time Cgmmission.

Iorque, abrimos as propostas para 14

restantes em abril de 1947.

navios a serem construídos nos EE. UU.

A proposta de Ingalls foi de mais de 100.000 dólares por navio mais

Dou agora uma ligeira descrição, com planos, dos navios novos. Como se sabe, não adianta muito au

25 17

baixa do que as outras. Depois de re ceber aprovação do govêrno brasileiro,

mentar o número de navios se as faci lidades para manutenção, tais como es

9

o contrato de construção foi dado a

taleiros de reparos, diques e pessoal, não

essa emprôsa.

forem também acrescidas. O Lloyd, que ó a linha principal, tinha no fim dr

Unidos antes de

1946. 'Deveríamos, contudo, prosseguir Imediatamente nos comunicamos com

a Canadian Vickers a respeito. Essa com panhia mandou para aqui técnicos, com

os quais programamos navios de 16 nós,

7.500 toneladas D. W., de tipo con vencional, dotados de máquinas tipo C-2, a serem comprados nos Estados Unidos.

Em abril, assinamos contrato para 6 na

U. S.

Customs Service.

Todas as es

A equipagem, incluindo oficiais, seria a seguinte:

Pessoal do^ convés Pessoal da máquina Pessoal do comissário Total

"

O contrato anterior com

a Canadian Vickei;s foi modificado para

51 .ftu.

tregar o primeiro na


Digesto EcoNÓ>nco

70

Dicesto Econômico

Temos ainda um camarote para o "do

ocasião, devido ao cancelamento de cer vios com a Canadian Vicker.s, para se tos programas de construção no Canada. rem entregues em 1946 e 1947. Em As referidas unidades já foram entregues. 28 do fevereiro, o almirante Land nos Em agosto de 1944, quando estava deu permissão de entrar em negociações mais ou menos certo que nossos pro com a Betblebem e a Ingalls, pois pa gramas de construção naval e mercante recia que antes do fim do ano teriam iam garantir um grande número de na carreiras vazias. Mandamos-lhe as cavios no ano de 1945, para a derrota do

Japão e da Alemanha, o nosso Navy De"partment, a pedido do governo brasi leiro, me mandou aqui. para estudar, com a Comissão de Marinha Mercante, .um plano para a construção de transa tlânticos

nos

estaleiros

dos

Estados

Unidos.

Quando saí dos Estados Unidos em

novembro de 1944, fui informado pelo almirante ^Land que talvez em feverei

ro ou março de 1945 êle pudesse con

seguir carreiras vazias, nas quais se po deria começar a construção dos navios

pedida pelo governo brasileiro num pro grama ae 20 cargueiros do tipo C-3, e outros do tipo "Liberty", para serem entregues quando fôsse possível. Flanos de construção

Em dezembro de 1944, quando os

Aliados sofreram pequeno revés na Fran

ça, os nossos programas de construção foram aumentados em mais de 170 uni

dades, para serem entregues em 1945. Em janeiro desse ano o almirante Land

raterístícas dos navios desejados.

71

no da linha", igual ao camarote do co

mandante. Temos o camarote do pilo to e mais dois camarotes sobressalentes.

No princípio de maio fui a Nova Ior

Em

que acompanhado pelos representantes

ao

Lloyde e da Comissão de Marinha Mercante Brasileira, para uma reunião

quelas duas firmas.

A Ingalls apresentou o projeto de.uni navio desenhado pelo conhecido arqui

com o sr. Sharp e os representantes de IngalLs e Bethlehem e outras firmas.

teto naval de Nova Iorque, sr. George

Ficou resolvido que o sr. Sharp prepa

G. Sharp. o qual durante a guerra tra çou os projetos e planos de muitos tipos construídos pela iios.sa Maritinic Coin-

raria os planos de con trato e especificações,

mission. Eu- calcul-,") qiio o projeto dele

os quais seriam man

deve ser 10 ou 15 por cento mais efi ciente na capacidade de carga do que qualauer outro projeto apresentado, com

dados para as várias companhias do idonei

17 nós ao invés de 16, e tendo os mes

tas fizessem as suas

mos cavalos de fôrça.

respectivas propostas.

rem construídos pelos planos de Geor-

g<3 Sharp. O preço das unidades a serem cons

truídas pela Ingalls é de 2.645,000

Proposta para 14 navios

abril chegaram aqui representantes da

6 navios, iguais a êsses 14, todos a se

dólares cada uma, e o da Canadian Vi ckers de 2.778.686 dólares canaden ses, ou côrca de 2.500.000 dólares

americanos, os quais, convertidos em cruzeiros, dão respectivamente Cr$... 51.842.000.00 e Cr$ 49.000.000,00. Êstes preços, no caso da Ingalls, nuo podem ir além de 2.645.000 dólares,

pois a proposta dessa empresa foi fei ta para preço fixo. Poderá, no entanto, ser reduzido de acôrdo

com

o

contrato,

pelos descontos para

dade, a fim de que es

material comprado na nossa Maritime Com mission.

O

contrato

Depois ficou decidido que se dariam

à minha chegada a

instruções à Canadian Vickers a fim de parar com a construção dos navios pro

Nova Iorque, o almi

ckers é um pouco di

rante Land nos deu

ferente, contendo as

jetados, dizendo-se que os planos de viam ser fornecidos pelo Llovd, dentro do orçamento feito de acordo com o sr. Sharp. Os navios serão classificados no Ame-

rican Bureau of Shipping e também te rão inspeção do U.S. Coast Guard, Bu reau of Marina Inspection and Naviga-

com a Canadian Vi

permissão para abrir

cláusulas na constru

negociações com qua

ção naval. Caso o sa-.

isquer firmas nos EE. UU., aconselhandonos, porém, a tomar

ja aumentado pelo go vêrno, também o pre

lário dos operários se

cuidado, pois algumas seriam

fechadas

ço dos navios será au mentado proporcional

de

pois da guerra.

tion, U.S. Public Health Service and

mente.

No fim. de junho do 1945, mandamos

Ingalls pretende en

telefonou-me de Washington para comu nicar este fato. Informou-me que talvez não fôsse possível constriiir quaisquer

pecificações para material e equipamen

planos e especificações para quatro fir

vio em agôsto pró.vimo, è .se não hou

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mas nos EE. yU., — Bethlehem, In

navios nos Estados

gulamentos e especificações do U.S.

galls, Sun e Federal, — e no dia 31 de

ver dificuldades imprevistas, todos os 14 navios estarão prontos antes do fim

Maritime Commission, com porcentagem

julho, na presença de todos os interes

do ano. Vickers entregará 3 ou 4 na

nos nossos planos. Êle me informaria

de sobressalentes acima da U.S. Mari

sados, reunidos no escritório de Nova

vios antes de dezembro de 1946, e os

periòdicamente sobre a situação.

time Cgmmission.

Iorque, abrimos as propostas para 14

restantes em abril de 1947.

navios a serem construídos nos EE. UU.

A proposta de Ingalls foi de mais de 100.000 dólares por navio mais

Dou agora uma ligeira descrição, com planos, dos navios novos. Como se sabe, não adianta muito au

25 17

baixa do que as outras. Depois de re ceber aprovação do govêrno brasileiro,

mentar o número de navios se as faci lidades para manutenção, tais como es

9

o contrato de construção foi dado a

taleiros de reparos, diques e pessoal, não

essa emprôsa.

forem também acrescidas. O Lloyd, que ó a linha principal, tinha no fim dr

Unidos antes de

1946. 'Deveríamos, contudo, prosseguir Imediatamente nos comunicamos com

a Canadian Vickers a respeito. Essa com panhia mandou para aqui técnicos, com

os quais programamos navios de 16 nós,

7.500 toneladas D. W., de tipo con vencional, dotados de máquinas tipo C-2, a serem comprados nos Estados Unidos.

Em abril, assinamos contrato para 6 na

U. S.

Customs Service.

Todas as es

A equipagem, incluindo oficiais, seria a seguinte:

Pessoal do^ convés Pessoal da máquina Pessoal do comissário Total

"

O contrato anterior com

a Canadian Vickei;s foi modificado para

51 .ftu.

tregar o primeiro na


DrcnsTO Econômico

72

1944 as Ilhas de Conceição, Mocangue e Pombeba (depósito de carvão) ao seu

começamos a elaborar um projeto,para

Digksto Econômico

O dique Afon.so Pena já

Vi^ção e Obras -Públicas

fazer na Ilha Pombeba uma base de re

está com 36 anos de ida

dispor, e tinha alugado uma antiga ofi

paros de emergência, com idéia de aban

de. Temos recebido pro

cina da Brazilian Coal na Ilha dos Fer

donar a Ilha dos Ferreiros. Esta base

postas de firmas dos EE.

foi projetada pela firma Raymond-Morrison-Knudsen, do Brasil, baseada nos detalhes e na capacidade das bases de reparo montadas em Recife e na Bahia pela Marinha Americana, durante a guerra, para coiisertos de navios de es

tlU. e do Canadá para a

reiros.

A primeira providência a ser toma da foi a ampliação e limpeza da Ilha Mocanguê, a fira de haver espaço para o trabalho, sendo também aumentadas

as oficinas e outras dependências. O Comandante Celestino já tinha iní. ciado algumas obras, como o novo cais,

e tinha comprado muitas máquinas e

colta e navios de comboios.

O Navy Department nos deu relações

rinha Mercante.

ladas, pelo preço de

Uma escola para o pessoal

2.900.000 dólares, enlre-

dos navios

gue no prazo de um ano.

O preço de reboque e se

. Como se sabe, não adian

guros será de cêrca de

ta termos navios e

leiros sem pes.soal prepara

Morrison-Knudsen já fez as sondagens geológicas que aparecem nas plantas,

vos foram examinados pela Diretoria de Obras e Serviços Hidráulicos da nossa

estando a conclusão do projeto de cons trução calculado para o prazo de 30 meses. O comandante Thiers Flerrting,

Marinha, a qual está encarregada dês- da Armada com o comandante Thiers le assunto. Na sua opinião, a propos- " Fleming, iniciamos uma escola para o ta é muito razoável e o dique de pri ]5essoal dos navios. Está ela sob a dire

terminados os trabalhos em Mocanguê

meira ordem.

cooperação para a realização deste pro jeto, e estou certo de que a base ame ricana no Brasil será de grande vanta

gem para os navios da Marinha Mer cante.

O problema dos diques Sôbre a questão dos diques, em abril

de 1945, fiz uma recomendação na qual afirmava serem imprescindíveis maiores

facilidade para docar navios no pôrto

ferramentas necessária.?, algumas das -do Rio. Também recomendei que o

grande dique da Ilha do Viana devia

espaço. Como princípio básico, ficou sei" terminado. , . . resolvido que nós deviamos passar tôdas Fui informado naquela ocas.ao de as obras de fabricação para a Ilha Con-' que o orçamento para construção dd di ceição, deixando as obras de reparos na que era de 35.000.000 de cruzeiros. Ilha Mocanguê. Quando regressei ao Brasil soube conQuando'Voltei aqui era 15 de dezem hido, que o orçamento tinha sido au bro, o comandante Thiers Fleming já mentado para soma superior a tinha nomeado uma Comissão de Apa- 50.000.000 de cruzeiros. Nao obstan relhamento, composta dos capitães de te, sou de opinião de que o dique em

relliamento das Ilhas cfe Mocanguê e

apreço deve .ser completado. Assim mesmo, não bastarão para as necessida des do porto do Rio os diques atual

Conceição. Em janeiro do ano passado

mente existentes.

Mar 6 Guerra, Juvenal, Cícero e We-

reparos de navios da Ma

flutuante de 15.000 tone

400.000 a 500.000

• riência, pretende tratar deste caso. O Navy Department nos oferece a sua

guelin, para elaborar o projeto de apa-

nacional, dcstinando-o aos

construção de um dique

de ferramentas, planos, etc. para auxi liar nossos estudos, e a firma Raymond-

o Conceição, de acordo com sua expe-

quais não foram montadas por falta de

quo complete o dique da Ilha do Viana, a qual está incoiqjoratla ao patrimônio

lares. Os planos respecti

do para manobrá-los. Gra ças à ampla cooperação do sr. Ministro da Marinha e do chefe do Estado Maior

ção do contra-almirante Leonel Aragão,

Todo o mundo sabe que um dique flutuante precisa de mais conserva' do que um dique gravado na rocha. Mes

mo assim, a eficiência de um dique fundeado ao lado do "pier" de um

estaleiro é muito maior do que a de um dique sôco. A prova temo-la no fato de raramente encontrar-se em um estaleiro de reparos um dique construí

do na rocha. Quase todos eles pos

suem, porém, diques flutuantes.

v

A nossa Marinha construiu durante a

guerra 152 diques flutuantes de vários tamanhos, desde 1.000 até 100.000 to

neladas do capacidade.

esta

Um dôles, do

1.200 toneladas, está em Natal, e outro

e outros oficiais da Marinha de Gtierra o Mercante. Já em pleno funciona

mento, dará instruções práticas e teó ricas sôbre os novos navios, usando os

destrcyers da classe M para a instrução prática. Após, as guarnições irão para o? EE. UU. a fim de receberem insb-uções nos estaleiros de Ingalls, onde estão sendo construídos os 14 navios encomendados pelo Brasil, e também

para as fábricas onde estão sendo fabri cadas as máquinas correspondentes. Assim, ó curta a história da renovação da frota do Lloyd, que vai ser aumen tada de 24 navios novos. Tenho orgu lho em dizer que a cooperação entre

Eu fiz tudo nos EE. UU. para adqui

os covernos norte-americano e brasilei ro tem sido de 100%. Os EE. UU., por intermédio do Export-Import Bank, de

rir um dique sobressalente. Fui intormado, porém, quç nenhum dos novos

navios com o empréstimo de 38.000.000

do 3.500 toneladas estava na Bahia.

será vendido. Portanto, a única solu

ção será construir um sob encomenda

especiaT.

A ampliação projetada para os diques n.® 1 e 2 da ilha de Mocanguê vai reali

Washington, ajudaram na construção dos

rio dólares. Pretendemos ampliar as instalações das ilhas de Mocanguê e Con ceição o suficiente para a manutenção da nova frota, no èstilo, mas não nas mesmas proporções, do que fizemos no

zar uma melhora relativa, mus não sex'á

Arsenal da Marinha da Ilha das Cobras

o suficiente. O comandante Tliiers Fle

para a manutenção da Marinha de Guer ra do Brasil (S.I.H.).

ming e eu pedimos ao sr. Ministro'da


DrcnsTO Econômico

72

1944 as Ilhas de Conceição, Mocangue e Pombeba (depósito de carvão) ao seu

começamos a elaborar um projeto,para

Digksto Econômico

O dique Afon.so Pena já

Vi^ção e Obras -Públicas

fazer na Ilha Pombeba uma base de re

está com 36 anos de ida

dispor, e tinha alugado uma antiga ofi

paros de emergência, com idéia de aban

de. Temos recebido pro

cina da Brazilian Coal na Ilha dos Fer

donar a Ilha dos Ferreiros. Esta base

postas de firmas dos EE.

foi projetada pela firma Raymond-Morrison-Knudsen, do Brasil, baseada nos detalhes e na capacidade das bases de reparo montadas em Recife e na Bahia pela Marinha Americana, durante a guerra, para coiisertos de navios de es

tlU. e do Canadá para a

reiros.

A primeira providência a ser toma da foi a ampliação e limpeza da Ilha Mocanguê, a fira de haver espaço para o trabalho, sendo também aumentadas

as oficinas e outras dependências. O Comandante Celestino já tinha iní. ciado algumas obras, como o novo cais,

e tinha comprado muitas máquinas e

colta e navios de comboios.

O Navy Department nos deu relações

rinha Mercante.

ladas, pelo preço de

Uma escola para o pessoal

2.900.000 dólares, enlre-

dos navios

gue no prazo de um ano.

O preço de reboque e se

. Como se sabe, não adian

guros será de cêrca de

ta termos navios e

leiros sem pes.soal prepara

Morrison-Knudsen já fez as sondagens geológicas que aparecem nas plantas,

vos foram examinados pela Diretoria de Obras e Serviços Hidráulicos da nossa

estando a conclusão do projeto de cons trução calculado para o prazo de 30 meses. O comandante Thiers Flerrting,

Marinha, a qual está encarregada dês- da Armada com o comandante Thiers le assunto. Na sua opinião, a propos- " Fleming, iniciamos uma escola para o ta é muito razoável e o dique de pri ]5essoal dos navios. Está ela sob a dire

terminados os trabalhos em Mocanguê

meira ordem.

cooperação para a realização deste pro jeto, e estou certo de que a base ame ricana no Brasil será de grande vanta

gem para os navios da Marinha Mer cante.

O problema dos diques Sôbre a questão dos diques, em abril

de 1945, fiz uma recomendação na qual afirmava serem imprescindíveis maiores

facilidade para docar navios no pôrto

ferramentas necessária.?, algumas das -do Rio. Também recomendei que o

grande dique da Ilha do Viana devia

espaço. Como princípio básico, ficou sei" terminado. , . . resolvido que nós deviamos passar tôdas Fui informado naquela ocas.ao de as obras de fabricação para a Ilha Con-' que o orçamento para construção dd di ceição, deixando as obras de reparos na que era de 35.000.000 de cruzeiros. Ilha Mocanguê. Quando regressei ao Brasil soube conQuando'Voltei aqui era 15 de dezem hido, que o orçamento tinha sido au bro, o comandante Thiers Fleming já mentado para soma superior a tinha nomeado uma Comissão de Apa- 50.000.000 de cruzeiros. Nao obstan relhamento, composta dos capitães de te, sou de opinião de que o dique em

relliamento das Ilhas cfe Mocanguê e

apreço deve .ser completado. Assim mesmo, não bastarão para as necessida des do porto do Rio os diques atual

Conceição. Em janeiro do ano passado

mente existentes.

Mar 6 Guerra, Juvenal, Cícero e We-

reparos de navios da Ma

flutuante de 15.000 tone

400.000 a 500.000

• riência, pretende tratar deste caso. O Navy Department nos oferece a sua

guelin, para elaborar o projeto de apa-

nacional, dcstinando-o aos

construção de um dique

de ferramentas, planos, etc. para auxi liar nossos estudos, e a firma Raymond-

o Conceição, de acordo com sua expe-

quais não foram montadas por falta de

quo complete o dique da Ilha do Viana, a qual está incoiqjoratla ao patrimônio

lares. Os planos respecti

do para manobrá-los. Gra ças à ampla cooperação do sr. Ministro da Marinha e do chefe do Estado Maior

ção do contra-almirante Leonel Aragão,

Todo o mundo sabe que um dique flutuante precisa de mais conserva' do que um dique gravado na rocha. Mes

mo assim, a eficiência de um dique fundeado ao lado do "pier" de um

estaleiro é muito maior do que a de um dique sôco. A prova temo-la no fato de raramente encontrar-se em um estaleiro de reparos um dique construí

do na rocha. Quase todos eles pos

suem, porém, diques flutuantes.

v

A nossa Marinha construiu durante a

guerra 152 diques flutuantes de vários tamanhos, desde 1.000 até 100.000 to

neladas do capacidade.

esta

Um dôles, do

1.200 toneladas, está em Natal, e outro

e outros oficiais da Marinha de Gtierra o Mercante. Já em pleno funciona

mento, dará instruções práticas e teó ricas sôbre os novos navios, usando os

destrcyers da classe M para a instrução prática. Após, as guarnições irão para o? EE. UU. a fim de receberem insb-uções nos estaleiros de Ingalls, onde estão sendo construídos os 14 navios encomendados pelo Brasil, e também

para as fábricas onde estão sendo fabri cadas as máquinas correspondentes. Assim, ó curta a história da renovação da frota do Lloyd, que vai ser aumen tada de 24 navios novos. Tenho orgu lho em dizer que a cooperação entre

Eu fiz tudo nos EE. UU. para adqui

os covernos norte-americano e brasilei ro tem sido de 100%. Os EE. UU., por intermédio do Export-Import Bank, de

rir um dique sobressalente. Fui intormado, porém, quç nenhum dos novos

navios com o empréstimo de 38.000.000

do 3.500 toneladas estava na Bahia.

será vendido. Portanto, a única solu

ção será construir um sob encomenda

especiaT.

A ampliação projetada para os diques n.® 1 e 2 da ilha de Mocanguê vai reali

Washington, ajudaram na construção dos

rio dólares. Pretendemos ampliar as instalações das ilhas de Mocanguê e Con ceição o suficiente para a manutenção da nova frota, no èstilo, mas não nas mesmas proporções, do que fizemos no

zar uma melhora relativa, mus não sex'á

Arsenal da Marinha da Ilha das Cobras

o suficiente. O comandante Tliiers Fle

para a manutenção da Marinha de Guer ra do Brasil (S.I.H.).

ming e eu pedimos ao sr. Ministro'da


DicESTO Econômico

Predisposição aos Acidentes por João Cabvalhaes (especial para o "digesto econômico") conhecimento dos resultados alcan

O çados

no trabalho pelos métodos da psicologia não é mais novidade entre os

industriais.

Antes mesmo de se ter

comprovado o benefício das ciências nas atividades profissionais ou de se terem

pleno desenvolvimento.

disposição depende também da raça".

sociologia ou da psicologia, cem de fa-

Traz vários dados querendo comprovar

tórcs internos e externos que impedem o real ajustamento. Compreende-se que,

esta afirmação.

se houver um acidente no trabalho ori

trabalho não obedeciam a uma rapidez imposta, não havia diferença entre bs

No "Bulletin

de Tlnstítut

balhadores, são tanto mais freqüentes quanto maior for o número de aciden tes já anteriormente sofridos".

Na França, J- M. Lahy e S. Korgold submeteram a diversas provas 200 tra balhadores freqüentemente acidentados e 300 que não haviam sofrido nenhum acidente. Em tôdas as provas de ta-

perigoso contrariar as opiniões dos ci

tados estudiosos, cujos nomes são co

to de um trabalhador ser acidentado

várias vêzes. Se a execução de um serviço reclama uma enscenação orde

nada de movimentos ou uma prévia

nhecidos nos livros de grande reper

aprendizagem, o trabalhador que não possuir êsses requisitos fatalmente será

cussão científica.

vítima de fenômenos desastrosos.

Entretanto, não se

está de acôrdo que já haja pessoas pre dispostas aos acidentes, mas sim pes soas que, de uSua maneira ou outra,

Porque os prejuízos materiais ou físi cos não se diferenciam na maior parte

desajustamento do que o acidente. Todo

dos acidentados mostrava-se sistemàti-

ser que o significado da palavra "pre

camente inferior ao dos não acidentados.

disposição" esteja sendo encarado errô-

cia, quase sempre, a principal habilida de requerida. Geralmente, as causas que levam cs trabalhadores ao acidente,

oôsto, ou limitado o tempo, o grupo

Rapidez imposta, complexidade de

Em um dos artigos do "Scienoe Di-

gest" de agosto de 1942, encontram-se as seguintes observações: "A repetição de acidentes parece ser traço de perso do álcool, associados com fatôres emo

as possibilidades de acidentes, nos tra

Como bem o leitor pode ver, será

tarefa qualquer, advém, era última aná

lise, o acidente. Não se pode, por con seguinte, chamar de predisposição o fa

das profissões ou atividades humanas?

nalidade, como a gagueira ou o vício National

O que se entende por predisposição

Acredita-se, pois, que da falsa posse de certas habilidades para executar uma

das no campo das profissões.

aos acidentes.

d*Orientatíon Profissionale", Henry Piéron diz que "á lei Marbe estabelece que

Desajustainento profissional

estão séria e complexamente desajusta

acidentes do trabalho". Resumidamen

Experiências

trabalhos.

provam a existência de uma" especial

estudado nu campo da fisiologia, da

tarefas, caracterizam, pois, as provas sucetíveis de assinalar os predispostos

acidentadas repetidamente.

radas do arquivo das Cias. de seguros do vida e algumas outras), que com

vém do desajustamento profissional, essa "predisposição" nada mais é que um desacordo de difícil diagnóstico, entre as aptidões e.xigidas por determinados

predisposição individual para os aciden

valor que lhes era dado anteriormente. Sabe-se quão perigoso é criticar tais fundamentos tão hàbilmente formulados e orientados por êsses estudiosos. Mes mo assim, procurar-se-á aqui contrariar uma dessas teorias: "a predisposição aos

te, a predisposição aos acidentes signi

ve: "É interessante a lei que Marbe descobriu por meio de estatísticas (ti

tes". Mais adiante diz que esta pre

quanto à precisão e à velodE^stem, entretanto, muitas teorias 2 grupos do trabalho. Ao contrário, po criadas por estudiosos da psicologia, as -dade quais, hoje, perderam, em parte, o seu rém, quando um ritmo definido era ím-

fica que há pessoas inclinadas a serem

O prof. Fritz Giese no seu livro "PSICOTECNIA", sôbre êstc assunto escre

Qualquer acidente do trabalho, seja êle

explorado os recursos da psicologia pa ginado por uma deficiência do operário, ra se ^ chegar ao ajustamento profissio o diagnóstico será, sem dúvida, um de nal, já se concebia a importância dos finido desajustamento profissional. traços ^da personalidade em relação à ideia ae eficiência e da utilização do eJemento humano nos afazeres que a refa uniforme, em que as condições de eJe são determinados, estudo este em

75

cionais bem definidos.

Pessoas que estão sempre^ caindo ou tendo

acidentes

automobilísticos, são

caracterizadas pelo amor às aventuras 6 ressentimentos contra as autoridades. O Dr. Flandes Dunbar sugeriu que estas

pessoas fariam bem em serem utiliza das em serviços fora de rotina^ que ne

cessitem de iniciativa pessoal, tais como em unidades de "comando", e seriam

mal empregadas em um serviço de guer ra que requeira obediência cega".

A não

neamentc ou se tenha incompreensão do sentido das coisas.

Entende-se por predisposição uma ten

dência natural para alguma coisa. Ora, ninguém está predisposto ao acidente se

conseguir empregar devidamente as suas aptidões em um trabalho que re

Não e.xiste melhor diagnóstico de um

histórico em tômo do acidente eviden

são as mesmas na maioria das funções.

Êsses prejuízos, portanto, diferenciam-se de profissão para profissão, de acôrdo com os ifistriunentos usados, ambiente

ca resumida em "onde houver perfeita

físico ocupado, aptidões exigidas e a ação de outros fatôres integrantes do serviço em aprêço. Qualquer acidente do trabalho, seja êle estudado no campo da fisiologia,

harmonia entre as condições do traba lho e as habilidades do elemento hu

fatôres internos e externos que impe

queira essas mesmas aptidões. De outro

lado, se se considerar esta afinnação, o princípio mais importante da psicotécni

mano, haverá felicidade profissional", está sendo pôsto de lado. Êste ajustamento que todo trabalha

dor deve procurar, sem exceção de sexo, povo ou qualquer fator alheio, dá-lhe uma franca liberdade das atividades exi

gidas num mínimo dispêndio de ener gia. Se, portanto, esse princípio da psicotécnica reza que o acidente pro-

da sociologia ou da psicologia, vem de

dem o real ajustamento. Compreen de-se que, se houver um acidente no

trabalho originado por uma deficiência do operário, o diagnóstico será, sem dú

vida, Lim definido desajustamento pro fissional. Verificando-se a repetição aesse acidente, conclui-se haver mais

uma confirmação do citado diagnó»' tico.

I


DicESTO Econômico

Predisposição aos Acidentes por João Cabvalhaes (especial para o "digesto econômico") conhecimento dos resultados alcan

O çados

no trabalho pelos métodos da psicologia não é mais novidade entre os

industriais.

Antes mesmo de se ter

comprovado o benefício das ciências nas atividades profissionais ou de se terem

pleno desenvolvimento.

disposição depende também da raça".

sociologia ou da psicologia, cem de fa-

Traz vários dados querendo comprovar

tórcs internos e externos que impedem o real ajustamento. Compreende-se que,

esta afirmação.

se houver um acidente no trabalho ori

trabalho não obedeciam a uma rapidez imposta, não havia diferença entre bs

No "Bulletin

de Tlnstítut

balhadores, são tanto mais freqüentes quanto maior for o número de aciden tes já anteriormente sofridos".

Na França, J- M. Lahy e S. Korgold submeteram a diversas provas 200 tra balhadores freqüentemente acidentados e 300 que não haviam sofrido nenhum acidente. Em tôdas as provas de ta-

perigoso contrariar as opiniões dos ci

tados estudiosos, cujos nomes são co

to de um trabalhador ser acidentado

várias vêzes. Se a execução de um serviço reclama uma enscenação orde

nada de movimentos ou uma prévia

nhecidos nos livros de grande reper

aprendizagem, o trabalhador que não possuir êsses requisitos fatalmente será

cussão científica.

vítima de fenômenos desastrosos.

Entretanto, não se

está de acôrdo que já haja pessoas pre dispostas aos acidentes, mas sim pes soas que, de uSua maneira ou outra,

Porque os prejuízos materiais ou físi cos não se diferenciam na maior parte

desajustamento do que o acidente. Todo

dos acidentados mostrava-se sistemàti-

ser que o significado da palavra "pre

camente inferior ao dos não acidentados.

disposição" esteja sendo encarado errô-

cia, quase sempre, a principal habilida de requerida. Geralmente, as causas que levam cs trabalhadores ao acidente,

oôsto, ou limitado o tempo, o grupo

Rapidez imposta, complexidade de

Em um dos artigos do "Scienoe Di-

gest" de agosto de 1942, encontram-se as seguintes observações: "A repetição de acidentes parece ser traço de perso do álcool, associados com fatôres emo

as possibilidades de acidentes, nos tra

Como bem o leitor pode ver, será

tarefa qualquer, advém, era última aná

lise, o acidente. Não se pode, por con seguinte, chamar de predisposição o fa

das profissões ou atividades humanas?

nalidade, como a gagueira ou o vício National

O que se entende por predisposição

Acredita-se, pois, que da falsa posse de certas habilidades para executar uma

das no campo das profissões.

aos acidentes.

d*Orientatíon Profissionale", Henry Piéron diz que "á lei Marbe estabelece que

Desajustainento profissional

estão séria e complexamente desajusta

acidentes do trabalho". Resumidamen

Experiências

trabalhos.

provam a existência de uma" especial

estudado nu campo da fisiologia, da

tarefas, caracterizam, pois, as provas sucetíveis de assinalar os predispostos

acidentadas repetidamente.

radas do arquivo das Cias. de seguros do vida e algumas outras), que com

vém do desajustamento profissional, essa "predisposição" nada mais é que um desacordo de difícil diagnóstico, entre as aptidões e.xigidas por determinados

predisposição individual para os aciden

valor que lhes era dado anteriormente. Sabe-se quão perigoso é criticar tais fundamentos tão hàbilmente formulados e orientados por êsses estudiosos. Mes mo assim, procurar-se-á aqui contrariar uma dessas teorias: "a predisposição aos

te, a predisposição aos acidentes signi

ve: "É interessante a lei que Marbe descobriu por meio de estatísticas (ti

tes". Mais adiante diz que esta pre

quanto à precisão e à velodE^stem, entretanto, muitas teorias 2 grupos do trabalho. Ao contrário, po criadas por estudiosos da psicologia, as -dade quais, hoje, perderam, em parte, o seu rém, quando um ritmo definido era ím-

fica que há pessoas inclinadas a serem

O prof. Fritz Giese no seu livro "PSICOTECNIA", sôbre êstc assunto escre

Qualquer acidente do trabalho, seja êle

explorado os recursos da psicologia pa ginado por uma deficiência do operário, ra se ^ chegar ao ajustamento profissio o diagnóstico será, sem dúvida, um de nal, já se concebia a importância dos finido desajustamento profissional. traços ^da personalidade em relação à ideia ae eficiência e da utilização do eJemento humano nos afazeres que a refa uniforme, em que as condições de eJe são determinados, estudo este em

75

cionais bem definidos.

Pessoas que estão sempre^ caindo ou tendo

acidentes

automobilísticos, são

caracterizadas pelo amor às aventuras 6 ressentimentos contra as autoridades. O Dr. Flandes Dunbar sugeriu que estas

pessoas fariam bem em serem utiliza das em serviços fora de rotina^ que ne

cessitem de iniciativa pessoal, tais como em unidades de "comando", e seriam

mal empregadas em um serviço de guer ra que requeira obediência cega".

A não

neamentc ou se tenha incompreensão do sentido das coisas.

Entende-se por predisposição uma ten

dência natural para alguma coisa. Ora, ninguém está predisposto ao acidente se

conseguir empregar devidamente as suas aptidões em um trabalho que re

Não e.xiste melhor diagnóstico de um

histórico em tômo do acidente eviden

são as mesmas na maioria das funções.

Êsses prejuízos, portanto, diferenciam-se de profissão para profissão, de acôrdo com os ifistriunentos usados, ambiente

ca resumida em "onde houver perfeita

físico ocupado, aptidões exigidas e a ação de outros fatôres integrantes do serviço em aprêço. Qualquer acidente do trabalho, seja êle estudado no campo da fisiologia,

harmonia entre as condições do traba lho e as habilidades do elemento hu

fatôres internos e externos que impe

queira essas mesmas aptidões. De outro

lado, se se considerar esta afinnação, o princípio mais importante da psicotécni

mano, haverá felicidade profissional", está sendo pôsto de lado. Êste ajustamento que todo trabalha

dor deve procurar, sem exceção de sexo, povo ou qualquer fator alheio, dá-lhe uma franca liberdade das atividades exi

gidas num mínimo dispêndio de ener gia. Se, portanto, esse princípio da psicotécnica reza que o acidente pro-

da sociologia ou da psicologia, vem de

dem o real ajustamento. Compreen de-se que, se houver um acidente no

trabalho originado por uma deficiência do operário, o diagnóstico será, sem dú

vida, Lim definido desajustamento pro fissional. Verificando-se a repetição aesse acidente, conclui-se haver mais

uma confirmação do citado diagnó»' tico.

I


D1CF.ST0 -EcoNÓ^^co 76

MESTRES ü\ ECO^OMIil

bretudo, se são do mesmo gênero, é necessário submetê-lo a exame psicotéc nico para dar-lhe um outro serviço em

Conclusão

se acreditar na existência da pre

Anne Turgot

que não esteja sujeito a causar novos

disposição aos acidentes no trabalho, to-

acidentes".

os leitores estarao sineitos a serem

nredispostos. Bastará coloca-los numa

Um professor de filosofia ou de psico

ktoação idêntica dc traballio cujos re-

logia, por exemplo, poderá estar per

ESTADISTA E FI510CRATA

por S. Harcourt-Rivington

feitamente ajustado eomo professor. En

ouisitos reclamados não "estejam casa

tretanto, se se llie der, embora com a

dos com o conjunto de "disposições" de que todos são portadores.

(Membro da Sociedade ' Real de Eco

necessária aprendizagem, o irabalho de

nomia de

estivador no cais, para o qual c neces sário possuir certas habilidades a fim

Raul Rocha parece concordar com esta presente crítica, dizendo no seu li vro «'ASSISTÊNCIA PSICOTÉCNICA"

(Especial para o "Dlgcsto Econômico")

de eliminar as situações pro\()cadoras " de acidentes, êlc será clcrnaincnle um

que "quando os acidentes se repetem

empregado com predisposição para o

causados pelo mesmo indivíduo, e, so-

acidente.

Londres)

* 5?; *

"-i-

Na sua carreira dc homem público hou

ve pouca coisa que pudesse dar fama duradoura ao nome de Turgoí. Então porque foi êlc Iransmilido d ]>osteridade? Os seus escritos não eram volumo

— Estados Unidos, índia e União Soviética, sofreram redução em suas safras, entre

mentos originais para a ciência econômi

do ponto de vista histórico Ostc último

seus contemporâneos, entre os quais

1938/39 e 1943/44. Enquanto isso, o Brasil que em 1938/39 ocupava o /ugur dc

Adam Smith, mas também sobre econo

4." produtor mundial, com uma produção de. 433.353 toneladas, manteve, cm 1943/44, o mesmo posto, tendo, no entanto, ao contrário dos três países mencio

mistas de muitas gerações.

Estados Unidos

'.

índia

".

% «/

2.519.640

2.444.420 yiU.5()0 758.800

41,1 16,1 13,4

42,9 16,0

13,3

Brasil

4.33.353 367.848 270.000 85.281 . 70.891 69.440 498.677

594.000 130.920

7,1

6,0

10,4 2.3

215.000

4,4

3,8

62.100

99.945 99.728 385.447

1,4 1.2 1.1

1,1 1,7

8.2

1.7 6,8

6.123.914

5.700.000

100,0

100,0

China Peru ..

..

.

.. ■

Argentina • Outros . . . . ' TOTAL

. .

f?sto Econômico" escrevi uma cur-

iografia do Françóis Qucsnay, que

1938/9| 1943/4

1943/44

820.800

.■• ..

edição de dezembro último do "Di-

(1)

União Soviética

Egito

mo quer que seja, os trabalhos dc Tur got são importantes como' documciilos

do tempo, especialmente um dos mais divulgados. "Reflections sur Ia Forma-

que — e isto é bastante curioso — foi

os totais

1938/39 987.984

mereça, talvez, maior cousidoração. Co

escrito não como um tratado clássico,

SAFRAS

PAÍSES

no seu tempo do que Qucsnay, embora

tion et Ia Distribution des Richcsscs",

nados, aumentado sua produção, que subiu para 594.000 toneladas. Volume - toneladas

Por ter sido estadista o ocupado al tos cargos sob o reinado dc Luís XV, da França, Turgot foi mais conhecido

na fisiocrática. As suas idéias tiveram grcnrfc influência não apenas sobre os

O auaclro abaixo mostra que os trás principais produtores mundiais de alfj^odào

genário.

sos. Contudo, contribuiu com pensa

ca e esclareceu certos pontos do doutri

PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALGODÃO

vou notoriedade até tornar-se um octo

de São Paulo. (1) Dados sujeitos a modificações.

caracterizei como o pai da oscola eco

\

nômica dos fisiocratas e como o melhor

expoente dc suas doutrinas.

Segundo

cm importância nessa corrente de idéias

foi Anne Robert Jacques Turgot, Barão do Laune.

Embora amigo e contemporâneo dc

Qucsnay, Turgot dc fato pertence à ge ração posterior. O primeiro já tinha 33 anos de idade quando o segundo nasceu em 1727.

Contudo, os escritos de Tur

got SC incluem no mesmo período, pois faleceu em 1781, com 54 anos apenas, ao passo que (^uesnay viveu e conser

para a publicação, mas apenas como li ções de economia destinadas a alguns alunos particulares que êlc estava pre parando para o grau universitário. Tur got teve uma vida aventiirosa, cujo fim

não se coroou com as honras que a sua habilidade, o seu mérito e a sua origi nalidade justificavam. Ahiie Robert Jacques Turgot nasceu

em Paris. Era o filho mais moço de Micbel Turgot, preboste dos comercian tes da cidade. Estava destinado à car reira eclesiástica} e com êste fim che gou a entrar para a Sorbonne, Univer sidade de Paris, como abade de Bnicourí. Contudo, em 1750, á idade de 23 anos, resolveu abandonar o estado sacerdatal: o seu biôerafo Dunont tIr


D1CF.ST0 -EcoNÓ^^co 76

MESTRES ü\ ECO^OMIil

bretudo, se são do mesmo gênero, é necessário submetê-lo a exame psicotéc nico para dar-lhe um outro serviço em

Conclusão

se acreditar na existência da pre

Anne Turgot

que não esteja sujeito a causar novos

disposição aos acidentes no trabalho, to-

acidentes".

os leitores estarao sineitos a serem

nredispostos. Bastará coloca-los numa

Um professor de filosofia ou de psico

ktoação idêntica dc traballio cujos re-

logia, por exemplo, poderá estar per

ESTADISTA E FI510CRATA

por S. Harcourt-Rivington

feitamente ajustado eomo professor. En

ouisitos reclamados não "estejam casa

tretanto, se se llie der, embora com a

dos com o conjunto de "disposições" de que todos são portadores.

(Membro da Sociedade ' Real de Eco

necessária aprendizagem, o irabalho de

nomia de

estivador no cais, para o qual c neces sário possuir certas habilidades a fim

Raul Rocha parece concordar com esta presente crítica, dizendo no seu li vro «'ASSISTÊNCIA PSICOTÉCNICA"

(Especial para o "Dlgcsto Econômico")

de eliminar as situações pro\()cadoras " de acidentes, êlc será clcrnaincnle um

que "quando os acidentes se repetem

empregado com predisposição para o

causados pelo mesmo indivíduo, e, so-

acidente.

Londres)

* 5?; *

"-i-

Na sua carreira dc homem público hou

ve pouca coisa que pudesse dar fama duradoura ao nome de Turgoí. Então porque foi êlc Iransmilido d ]>osteridade? Os seus escritos não eram volumo

— Estados Unidos, índia e União Soviética, sofreram redução em suas safras, entre

mentos originais para a ciência econômi

do ponto de vista histórico Ostc último

seus contemporâneos, entre os quais

1938/39 e 1943/44. Enquanto isso, o Brasil que em 1938/39 ocupava o /ugur dc

Adam Smith, mas também sobre econo

4." produtor mundial, com uma produção de. 433.353 toneladas, manteve, cm 1943/44, o mesmo posto, tendo, no entanto, ao contrário dos três países mencio

mistas de muitas gerações.

Estados Unidos

'.

índia

".

% «/

2.519.640

2.444.420 yiU.5()0 758.800

41,1 16,1 13,4

42,9 16,0

13,3

Brasil

4.33.353 367.848 270.000 85.281 . 70.891 69.440 498.677

594.000 130.920

7,1

6,0

10,4 2.3

215.000

4,4

3,8

62.100

99.945 99.728 385.447

1,4 1.2 1.1

1,1 1,7

8.2

1.7 6,8

6.123.914

5.700.000

100,0

100,0

China Peru ..

..

.

.. ■

Argentina • Outros . . . . ' TOTAL

. .

f?sto Econômico" escrevi uma cur-

iografia do Françóis Qucsnay, que

1938/9| 1943/4

1943/44

820.800

.■• ..

edição de dezembro último do "Di-

(1)

União Soviética

Egito

mo quer que seja, os trabalhos dc Tur got são importantes como' documciilos

do tempo, especialmente um dos mais divulgados. "Reflections sur Ia Forma-

que — e isto é bastante curioso — foi

os totais

1938/39 987.984

mereça, talvez, maior cousidoração. Co

escrito não como um tratado clássico,

SAFRAS

PAÍSES

no seu tempo do que Qucsnay, embora

tion et Ia Distribution des Richcsscs",

nados, aumentado sua produção, que subiu para 594.000 toneladas. Volume - toneladas

Por ter sido estadista o ocupado al tos cargos sob o reinado dc Luís XV, da França, Turgot foi mais conhecido

na fisiocrática. As suas idéias tiveram grcnrfc influência não apenas sobre os

O auaclro abaixo mostra que os trás principais produtores mundiais de alfj^odào

genário.

sos. Contudo, contribuiu com pensa

ca e esclareceu certos pontos do doutri

PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALGODÃO

vou notoriedade até tornar-se um octo

de São Paulo. (1) Dados sujeitos a modificações.

caracterizei como o pai da oscola eco

\

nômica dos fisiocratas e como o melhor

expoente dc suas doutrinas.

Segundo

cm importância nessa corrente de idéias

foi Anne Robert Jacques Turgot, Barão do Laune.

Embora amigo e contemporâneo dc

Qucsnay, Turgot dc fato pertence à ge ração posterior. O primeiro já tinha 33 anos de idade quando o segundo nasceu em 1727.

Contudo, os escritos de Tur

got SC incluem no mesmo período, pois faleceu em 1781, com 54 anos apenas, ao passo que (^uesnay viveu e conser

para a publicação, mas apenas como li ções de economia destinadas a alguns alunos particulares que êlc estava pre parando para o grau universitário. Tur got teve uma vida aventiirosa, cujo fim

não se coroou com as honras que a sua habilidade, o seu mérito e a sua origi nalidade justificavam. Ahiie Robert Jacques Turgot nasceu

em Paris. Era o filho mais moço de Micbel Turgot, preboste dos comercian tes da cidade. Estava destinado à car reira eclesiástica} e com êste fim che gou a entrar para a Sorbonne, Univer sidade de Paris, como abade de Bnicourí. Contudo, em 1750, á idade de 23 anos, resolveu abandonar o estado sacerdatal: o seu biôerafo Dunont tIr


Djcesto EcoNÓAnco

78

científico, distinto do ponto de vista da

lução insólita, porque "não podia usar

atualmente em vigor no hemisfério oci dental. No tempo de Turgot a parle nacional da tributação era cobrada pelo

uma máscara tôda a sua vida". Orien-

monarca: cada distrito era obrigado a

do a interferência do Estado na produ

tou-se para a política, e em 1752 se tor

levantar uma soma predeterminada. Acontecia, porém, que as autoridades

ção e no comércio.

Nemours, que conheceu Turgot intimamente nos

que êle tomou esta reso

nou conselheiro no Parlamento de Pa ris. Dois anos mais tarde era membro

da Câmara Real. Em 1756 renunciou

o seu posto. Sentindo que, para o seu êxito completa, teria que possuir maio

res conhecimentos sobre o seu país, acompanhou Goumay, um dos fisiocratas, em viagens pela França, no desem

penho de suas funções de comissário oficial do comércio. Durante essas via gens Turgot entrou em relações com os

chefes da escola econômica dos fisiocra-

tas, inclusive Quesnay, Dupont de Ne mours, D'AIembert e Helvetius. Numa

de suas visitas ao leste da França, entrevistou-se com o famoso sábio Voltaíre

i

Dicesto Econômico

No decurso da primeira década de sua ^1da adulta, escreveu bastante. Seus

de algumas regiões encontravam maio res dificuldades para arrecadar as suas cotas do que as de outras províncias. Ora, o distrito de Limoges, para o qual Turgot fora nomeado,.era um dos mais

pobres e dos mais gravados da França.

Éste fato lhe deu a oportunidade de pôr à prova as suas teorias econômicas de

fisiocrata. Assim que se tornou res ponsável pela cobrança da renda do Es tado na sua região, alterou o sistema em vigor.

Modificou o "cadastre" e o

relações, a um estudo mais sério das questões econômicas. Quando em Li-

o seu contato com as finanças, o qual por fim o levou ao mais alto cargo do reino.

Problemas de tributação

Durante o século XVIII, sob os Liiíses da França, os métodos de tributa

ção^ eram ^puramente medievais. Não avia governo central que cobrasse e CO etasse impostos específicos lançados segundo uma norma uniforme, em todo o pais, como hoje é comum na França,

na faglaterra e outros Estados europeus. Havia um duplo sistema - em parte nacional e em parte regional - o qual correspondia em certo sentido ao sis tema de tributarão federal e estadual

na França, em conseqüência de uma

má colheita. No distrito de Turgot verificou-sc muita miséria em virtude de

desemprego. Organizou, ele, então, os "bureaux de charíté", conclamando os

ricos a prestigiú-los. Criou, outrossim, um escritório de emprego, destinado a

Srovidenciar trabalho para os necessitaos. No ano seguinte endereçou a sua

estavam açambarcando o abastecimen

rante 13 anos.

repas, foi-lhe oferecido, e aceitou, o car go de intendente geral Começou assim

Em 1770, houve uma crise calamitosa

cias fiscais. Suas inovações práticas re

sultaram em melhoria considerável para Turgot permaneceu em Limoges du Familiarizou-se inteira

mente com a vida da região.

Tornou-se

presidente da Societc d'Agriculture de

Limoges. Suas qualidades o fizeram muito popular. Era simples, honrado e justiceiro,• um apaixonado da retidão e da verdade, com alguma coisa de idea lista. Escreveu incessantemente, apesar do peso de seus encargos oficiais. Em 1762, apareceu o seu "Avis sur i'assiette 6t Ia Repartition de Ia Taille", oorpori-

ficando os princípios que adotou para melhoramento das condições prevalecen-

tes em Limoges. O seu próximo tra

balho entrou em antagonismo com uma

proposta de Quesnay a respeito de im postos. Turgot opinava por um siste

ma de "repartition", isto é, de distri buição. Quanto a Quesnay, advogava os "impots de quotité", ou incidências proporcionais. Em 1769, Turgot publi cou lima "Memoire sur les Piêts à Inte-

ret", que foi a primeira obra a estudar a questão do juro de um ponto de vista

cas nos gastos administrativos; 2) redu

ção sistemática dos privilégios enormes concedidos a favoritos da Corte; 3) com pleta reorganização dos métodos e dos objetivos da tributação; 4) finalmente,

criação de uma estrutura comercial pa

Ministro

famosa carta ao abade Terray, na qual condenou os especuladores de trigo que

primeiros escritos versavam temos reli giosos e crítica literária, mas cederam

moges, em 1761, pela influência de Mau-

te, uma importante memória condenan

"taille". Além dí.sso, conseguiu uma redução, para a província, das exigên a situação econômica do povo, em geral, e dos trabalhadores em particular.

lupr, sob a inspiração de suas novas

moral tradicional. E.scrcvcu, igualmen

to e impondo preços elevados com sa

crifício do pobre. O espírito público de Turgot e o seu êxito indiscutível como administrador fi zeram o seu nome bem conhecido na França central. A notícia de seu tra

balho acabou por chegar a Paris, onde lho foi oferecido, graças à influencia de Maurepas, um pôsto no governo real. Assim, em 1774, com a idade de 47 anos, Turgot se tornou ministro dá" Ma

ra o Orçamento do Estado.

O seu êxito, do ponto de vista na

cional, representou a sua ruína pessoal As suas reformas, particularmente as re lacionadas ,com os favoritos da Côrtc o a modificação na incidência da tri butação! lhe acarretaram a inimizade

de classes poderosas, como a nobreza, os grandes proprietários territoriais e os

ricos especulaaores de gêneros alimen tícios, que êle colliera nas malhas do fisco.

Combatido por adversários influentes, que eram apoiados pelo novo monarca, Luís XVT, Turgot deixou o cargo no

seu quinquagésimo ano administrativo. Retirou-se a seguir para a região de Ro-

cho Guyon, fixando residência no cas

telo da Duquesa d'Enville. Contudo,

logo retomou a Paris, onde foi eleito vice-presidente da Academie des Inscriptions et Belles Lettres. Permaneceu na capital até a sua morte, ocupando êsses poucos anos com a sua atmdade de escritor e seus estudos científicos.

rinha. A sua administração foi um triunfo imediato. Ràpidamente mereceu

transferência, que havia muito tempo ambicionava e no sentido da qual esta va bem preparado, para as funções de

O economista

Na sua carreira de homem público

houve pouca coisa que pudesse dar fa ma duradoura ao nome de Turgot. En

controlador geral do Fisco. Sua nomea

tão porque foi êle transmitido à pos

ção constituiu medida acertada do sobe rano Luís XV. Turgot ascendia a esse

teridade? Os seus escritos não eram

cargo num momento em que os negó estado ruinoso e inteiramente caótico.

pensamentos originais para a ciência eco nômica o esclareceu certos pontos da doutrina fisiocrática. As suas idéias ti

Mediante uma reorganização da receita o da despesa do seu Ministério, arran

bre os seus contemporâneos, entre os

cios financeiros da França estavam niom

cou o país de sua posição desesperada e estabilizou as finanças de forma no tável A sua reforma obedeceu a três tipos principais: 1) economias drásti

volumosos.

Contudo, contribuiu com

veram grande influência não apenas sôquais Adam Smith, mas também sobre os seus sucessores, entre os quais os

principais economistas de muitas gera

ções. Turgot tinha opiniões claras sô-


Djcesto EcoNÓAnco

78

científico, distinto do ponto de vista da

lução insólita, porque "não podia usar

atualmente em vigor no hemisfério oci dental. No tempo de Turgot a parle nacional da tributação era cobrada pelo

uma máscara tôda a sua vida". Orien-

monarca: cada distrito era obrigado a

do a interferência do Estado na produ

tou-se para a política, e em 1752 se tor

levantar uma soma predeterminada. Acontecia, porém, que as autoridades

ção e no comércio.

Nemours, que conheceu Turgot intimamente nos

que êle tomou esta reso

nou conselheiro no Parlamento de Pa ris. Dois anos mais tarde era membro

da Câmara Real. Em 1756 renunciou

o seu posto. Sentindo que, para o seu êxito completa, teria que possuir maio

res conhecimentos sobre o seu país, acompanhou Goumay, um dos fisiocratas, em viagens pela França, no desem

penho de suas funções de comissário oficial do comércio. Durante essas via gens Turgot entrou em relações com os

chefes da escola econômica dos fisiocra-

tas, inclusive Quesnay, Dupont de Ne mours, D'AIembert e Helvetius. Numa

de suas visitas ao leste da França, entrevistou-se com o famoso sábio Voltaíre

i

Dicesto Econômico

No decurso da primeira década de sua ^1da adulta, escreveu bastante. Seus

de algumas regiões encontravam maio res dificuldades para arrecadar as suas cotas do que as de outras províncias. Ora, o distrito de Limoges, para o qual Turgot fora nomeado,.era um dos mais

pobres e dos mais gravados da França.

Éste fato lhe deu a oportunidade de pôr à prova as suas teorias econômicas de

fisiocrata. Assim que se tornou res ponsável pela cobrança da renda do Es tado na sua região, alterou o sistema em vigor.

Modificou o "cadastre" e o

relações, a um estudo mais sério das questões econômicas. Quando em Li-

o seu contato com as finanças, o qual por fim o levou ao mais alto cargo do reino.

Problemas de tributação

Durante o século XVIII, sob os Liiíses da França, os métodos de tributa

ção^ eram ^puramente medievais. Não avia governo central que cobrasse e CO etasse impostos específicos lançados segundo uma norma uniforme, em todo o pais, como hoje é comum na França,

na faglaterra e outros Estados europeus. Havia um duplo sistema - em parte nacional e em parte regional - o qual correspondia em certo sentido ao sis tema de tributarão federal e estadual

na França, em conseqüência de uma

má colheita. No distrito de Turgot verificou-sc muita miséria em virtude de

desemprego. Organizou, ele, então, os "bureaux de charíté", conclamando os

ricos a prestigiú-los. Criou, outrossim, um escritório de emprego, destinado a

Srovidenciar trabalho para os necessitaos. No ano seguinte endereçou a sua

estavam açambarcando o abastecimen

rante 13 anos.

repas, foi-lhe oferecido, e aceitou, o car go de intendente geral Começou assim

Em 1770, houve uma crise calamitosa

cias fiscais. Suas inovações práticas re

sultaram em melhoria considerável para Turgot permaneceu em Limoges du Familiarizou-se inteira

mente com a vida da região.

Tornou-se

presidente da Societc d'Agriculture de

Limoges. Suas qualidades o fizeram muito popular. Era simples, honrado e justiceiro,• um apaixonado da retidão e da verdade, com alguma coisa de idea lista. Escreveu incessantemente, apesar do peso de seus encargos oficiais. Em 1762, apareceu o seu "Avis sur i'assiette 6t Ia Repartition de Ia Taille", oorpori-

ficando os princípios que adotou para melhoramento das condições prevalecen-

tes em Limoges. O seu próximo tra

balho entrou em antagonismo com uma

proposta de Quesnay a respeito de im postos. Turgot opinava por um siste

ma de "repartition", isto é, de distri buição. Quanto a Quesnay, advogava os "impots de quotité", ou incidências proporcionais. Em 1769, Turgot publi cou lima "Memoire sur les Piêts à Inte-

ret", que foi a primeira obra a estudar a questão do juro de um ponto de vista

cas nos gastos administrativos; 2) redu

ção sistemática dos privilégios enormes concedidos a favoritos da Corte; 3) com pleta reorganização dos métodos e dos objetivos da tributação; 4) finalmente,

criação de uma estrutura comercial pa

Ministro

famosa carta ao abade Terray, na qual condenou os especuladores de trigo que

primeiros escritos versavam temos reli giosos e crítica literária, mas cederam

moges, em 1761, pela influência de Mau-

te, uma importante memória condenan

"taille". Além dí.sso, conseguiu uma redução, para a província, das exigên a situação econômica do povo, em geral, e dos trabalhadores em particular.

lupr, sob a inspiração de suas novas

moral tradicional. E.scrcvcu, igualmen

to e impondo preços elevados com sa

crifício do pobre. O espírito público de Turgot e o seu êxito indiscutível como administrador fi zeram o seu nome bem conhecido na França central. A notícia de seu tra

balho acabou por chegar a Paris, onde lho foi oferecido, graças à influencia de Maurepas, um pôsto no governo real. Assim, em 1774, com a idade de 47 anos, Turgot se tornou ministro dá" Ma

ra o Orçamento do Estado.

O seu êxito, do ponto de vista na

cional, representou a sua ruína pessoal As suas reformas, particularmente as re lacionadas ,com os favoritos da Côrtc o a modificação na incidência da tri butação! lhe acarretaram a inimizade

de classes poderosas, como a nobreza, os grandes proprietários territoriais e os

ricos especulaaores de gêneros alimen tícios, que êle colliera nas malhas do fisco.

Combatido por adversários influentes, que eram apoiados pelo novo monarca, Luís XVT, Turgot deixou o cargo no

seu quinquagésimo ano administrativo. Retirou-se a seguir para a região de Ro-

cho Guyon, fixando residência no cas

telo da Duquesa d'Enville. Contudo,

logo retomou a Paris, onde foi eleito vice-presidente da Academie des Inscriptions et Belles Lettres. Permaneceu na capital até a sua morte, ocupando êsses poucos anos com a sua atmdade de escritor e seus estudos científicos.

rinha. A sua administração foi um triunfo imediato. Ràpidamente mereceu

transferência, que havia muito tempo ambicionava e no sentido da qual esta va bem preparado, para as funções de

O economista

Na sua carreira de homem público

houve pouca coisa que pudesse dar fa ma duradoura ao nome de Turgot. En

controlador geral do Fisco. Sua nomea

tão porque foi êle transmitido à pos

ção constituiu medida acertada do sobe rano Luís XV. Turgot ascendia a esse

teridade? Os seus escritos não eram

cargo num momento em que os negó estado ruinoso e inteiramente caótico.

pensamentos originais para a ciência eco nômica o esclareceu certos pontos da doutrina fisiocrática. As suas idéias ti

Mediante uma reorganização da receita o da despesa do seu Ministério, arran

bre os seus contemporâneos, entre os

cios financeiros da França estavam niom

cou o país de sua posição desesperada e estabilizou as finanças de forma no tável A sua reforma obedeceu a três tipos principais: 1) economias drásti

volumosos.

Contudo, contribuiu com

veram grande influência não apenas sôquais Adam Smith, mas também sobre os seus sucessores, entre os quais os

principais economistas de muitas gera

ções. Turgot tinha opiniões claras sô-


//

Dk:iísto Econômico 80

bre vários problemas que ate então per turbavam a economia política. Referiam-so ao valor, ao nível dc salários, ao capitai e aos juros. Embora Turgot seguisse as bases das

antigas doutrinas fisiocráticas — que eu tivo ocasião dc resumir na-minha bio

grafia dc Quesnay — elaborou novas

"capital", lançou os alicerces da moder na concepção das finanças.

va, por conseguinte, a "procura" como

soas necessitadas dc adiantamentos. Pa

um fator vital. Observava que sem pro

ra Turgot o juro vinha a ser o prc^-o

tério.

Admitiu

que

houvesse

muitos

fatores' a determinarem o preço de uma mercadoria, mas acentuou que, em certas

circunstâncias,

o

uso

indivi

por Vinícius da Veiga

tava a teoria dc David Hume, dc que

É natural que o mundo esteja preo cupado com os resultados da primeira explosão da bomba atômica sol^rc o

Japão, que foi desintegrar as casas, as indústrias c os corpos Immanos numa

zona desse país, dc forma tão comple ta e devastador?, jamais vista na his tória da humanidade.

cura a questão da oferta não tem sen

pago por um adiantamento de dinheiro.

tido. Que nos importa que haja pou

Esta idéia era nova.

co ou muito de determinada coisa se

o dinheiro não tinlia direito a juros,

as gerações presentes e futuras, são as

ninguém a de.seja? A terra, cm si mes ma, dizia Turgot, não tem valor. O

geralmente capitulados como usura.

conseqüências dessa descoberta, que veio abrir um novo caniijiho para o conhecimento, depois que as pesquisas

Tradicíonalmenle,

— a ba.sc de todos os valores e da ri

Finalmente, Turgot lançou tòda a sua força nos escritos contra os monopólios e os privilégios estatais concedidos c.^-

queza, segundo os fisiocratas. Turgot

clusivamcnte a ccrto.s negociantes. For

c os seus irmãos fisiocratas viveram an

êsso motivo comljateu o Mercantilismo.

tes da "era industrial", que deu lugar ao desenvolvimento de grandes cidades. Dc outra forma teriam reconhecido a

Achava que a produção e o comércio eram prerrogativas da mas.sa do povo e quo o governo deveria limitar a sua ati vidade aos inequívocos deveres do lis

mem valor à terra.

tado, ■noladamentc a defe.sa, a manuten ção da ordem, a instrução c a repressão

trabalho é que cria o "produto liquido"

e.xistêncía cíc outros fatores que impri

Turgot foi o primeiro economista a

ter uma noção especifica do uso da pa lavra "capital". Antes dele, o dinheiro empregado em sementes, ferramentas sa lários etc., até o resultado da colhdta era cla.s.sificado como "reserva". Tur got, ao cla.ssificar todas as coisas neces sárias ao processo da produção como

dos abusos. Reconhecia que o Estado deve ter dinliciro para os seus fins e achava que esses recursos poderiam pro vir de uma "tributação única" do "produit net" da terra. Declarou, outrossim,

que o bem estar do Estado c do povo decorriam da obcdicucia a esta * lei na-, tural".

/ Dedicação ao trabalho, estudo, observação atenciosa, esjnrito alerta, os olhos abertos para ver os erros e comparar os seus com método e pratica'dos </"<; estão sendo bem sucedidos - essas são as qualidades básicas que nos levaruo ao sucesso.

(especial para o "digesto econômico")

Cônsul do Brasil

luivendo poucos prestamistus c, em po

dual era o que mais importava. Olha

estabeleceu a "utilidade" como um cri

P'

Tinlia, igualmente, idéias originais o rc.speito da questão dos juros. Acei tencial, muitas pessoas dispostas a pe dir emprestado, as taxas de juros pode riam subir, e vice-versa. Ma.s Turgot acrescentou que as taxas dc juro depen diam da previdência, ou antes, da pros peridade. Uma nação pró.spera teria módicas taxas de juro, dada a abundân cia do prestamistus c a escassez das pes

teses, que ampliaram as suas perspecti vas. A respeito do valor, por exemplo,

^ ESTAMOS

Conceito do juro

Importantes, porém, c essenciais para

SC desenvolveram intensiva c extensi vamente além dos efeitos dc uma sim ples arma de destruição bélica. . E é por isso que os seus descobridores um grupo dc cientistas americanos in-

glpscs e canadenses — relutam ern re velar os seus segredos, pois o conheci mento exato desse engenho de guerra seria bastante para desencadear uma onda de histeria c desespero entre as nações civilizadas do globo terrestre e que já não é como pensava R. S,

Millican, "a childish utopian" fancy". Essa descoberta toma, na nossa opi nião, três aspectos, que abaixo discuti remos para esclarecimentos dos leito

res do Digesto: 1.^) o aspecto ci entífico, pròpriamente dito; 2.°) o bé lico c 3.°) o político, que passam a constituir os problemas da Era Atô

mica,

Cientificamente, a descoberta da energia atômica parte do princípio conhecido dos c'orpos que se desinte

gram cm cadeia, isto é, dois elementos — formando um terceiro e vice-versa, — um bipartindo-se em dois ou mais elementos, como, dc hà dez anos a

esta parte, se observa na síntese do carbono (C) e do liidrogênio (H) nos derivados do petróleo, de que já se obtcm a maravilha das matérias plás ticas de natureza vinílica, acrílica e o

tecido nylon (polyamido). Foi em janeiro de 1939 que o pro

fessor Otto Hahn, físico alemão, bbtcve um resultado inesperado com o

bombardeio do urânio pelos neutronos, estudando, em companhia de seu ajurinntc dr. Strassemann, no Instituto

Kaisér

Guilherme, de

Berlim, os

fragmentos decorrentes dessa ex-

nlosão, entre os quais se distinguiu,

em primeiro-lugar, o bario que tem

pouco mais em peso da metade do ura-

nio o que significa que os projeteis

do ncutrono não só desprendem desse bloco alguns raios fragmentários, como fazem explodir o átomo. Ou seja, ma há assunto mais empolgante, nos dias que correm, depois do bombar deio s da destriiição espetacular de mgasake e Hiroshima, do que o rela tivo à energia atômica. O A., em íin-

giiâgem acessível aos leigos, conta a história dos grandes estudos ctenít/tcos

que se fizeram nesse terreno, desde as

descobertas do químico alemão Otto

Hahn, até a aplicação da teoria da dis sociação nuçlear, por parte dos Estados Unidos, para fins bélicos


//

Dk:iísto Econômico 80

bre vários problemas que ate então per turbavam a economia política. Referiam-so ao valor, ao nível dc salários, ao capitai e aos juros. Embora Turgot seguisse as bases das

antigas doutrinas fisiocráticas — que eu tivo ocasião dc resumir na-minha bio

grafia dc Quesnay — elaborou novas

"capital", lançou os alicerces da moder na concepção das finanças.

va, por conseguinte, a "procura" como

soas necessitadas dc adiantamentos. Pa

um fator vital. Observava que sem pro

ra Turgot o juro vinha a ser o prc^-o

tério.

Admitiu

que

houvesse

muitos

fatores' a determinarem o preço de uma mercadoria, mas acentuou que, em certas

circunstâncias,

o

uso

indivi

por Vinícius da Veiga

tava a teoria dc David Hume, dc que

É natural que o mundo esteja preo cupado com os resultados da primeira explosão da bomba atômica sol^rc o

Japão, que foi desintegrar as casas, as indústrias c os corpos Immanos numa

zona desse país, dc forma tão comple ta e devastador?, jamais vista na his tória da humanidade.

cura a questão da oferta não tem sen

pago por um adiantamento de dinheiro.

tido. Que nos importa que haja pou

Esta idéia era nova.

co ou muito de determinada coisa se

o dinheiro não tinlia direito a juros,

as gerações presentes e futuras, são as

ninguém a de.seja? A terra, cm si mes ma, dizia Turgot, não tem valor. O

geralmente capitulados como usura.

conseqüências dessa descoberta, que veio abrir um novo caniijiho para o conhecimento, depois que as pesquisas

Tradicíonalmenle,

— a ba.sc de todos os valores e da ri

Finalmente, Turgot lançou tòda a sua força nos escritos contra os monopólios e os privilégios estatais concedidos c.^-

queza, segundo os fisiocratas. Turgot

clusivamcnte a ccrto.s negociantes. For

c os seus irmãos fisiocratas viveram an

êsso motivo comljateu o Mercantilismo.

tes da "era industrial", que deu lugar ao desenvolvimento de grandes cidades. Dc outra forma teriam reconhecido a

Achava que a produção e o comércio eram prerrogativas da mas.sa do povo e quo o governo deveria limitar a sua ati vidade aos inequívocos deveres do lis

mem valor à terra.

tado, ■noladamentc a defe.sa, a manuten ção da ordem, a instrução c a repressão

trabalho é que cria o "produto liquido"

e.xistêncía cíc outros fatores que impri

Turgot foi o primeiro economista a

ter uma noção especifica do uso da pa lavra "capital". Antes dele, o dinheiro empregado em sementes, ferramentas sa lários etc., até o resultado da colhdta era cla.s.sificado como "reserva". Tur got, ao cla.ssificar todas as coisas neces sárias ao processo da produção como

dos abusos. Reconhecia que o Estado deve ter dinliciro para os seus fins e achava que esses recursos poderiam pro vir de uma "tributação única" do "produit net" da terra. Declarou, outrossim,

que o bem estar do Estado c do povo decorriam da obcdicucia a esta * lei na-, tural".

/ Dedicação ao trabalho, estudo, observação atenciosa, esjnrito alerta, os olhos abertos para ver os erros e comparar os seus com método e pratica'dos </"<; estão sendo bem sucedidos - essas são as qualidades básicas que nos levaruo ao sucesso.

(especial para o "digesto econômico")

Cônsul do Brasil

luivendo poucos prestamistus c, em po

dual era o que mais importava. Olha

estabeleceu a "utilidade" como um cri

P'

Tinlia, igualmente, idéias originais o rc.speito da questão dos juros. Acei tencial, muitas pessoas dispostas a pe dir emprestado, as taxas de juros pode riam subir, e vice-versa. Ma.s Turgot acrescentou que as taxas dc juro depen diam da previdência, ou antes, da pros peridade. Uma nação pró.spera teria módicas taxas de juro, dada a abundân cia do prestamistus c a escassez das pes

teses, que ampliaram as suas perspecti vas. A respeito do valor, por exemplo,

^ ESTAMOS

Conceito do juro

Importantes, porém, c essenciais para

SC desenvolveram intensiva c extensi vamente além dos efeitos dc uma sim ples arma de destruição bélica. . E é por isso que os seus descobridores um grupo dc cientistas americanos in-

glpscs e canadenses — relutam ern re velar os seus segredos, pois o conheci mento exato desse engenho de guerra seria bastante para desencadear uma onda de histeria c desespero entre as nações civilizadas do globo terrestre e que já não é como pensava R. S,

Millican, "a childish utopian" fancy". Essa descoberta toma, na nossa opi nião, três aspectos, que abaixo discuti remos para esclarecimentos dos leito

res do Digesto: 1.^) o aspecto ci entífico, pròpriamente dito; 2.°) o bé lico c 3.°) o político, que passam a constituir os problemas da Era Atô

mica,

Cientificamente, a descoberta da energia atômica parte do princípio conhecido dos c'orpos que se desinte

gram cm cadeia, isto é, dois elementos — formando um terceiro e vice-versa, — um bipartindo-se em dois ou mais elementos, como, dc hà dez anos a

esta parte, se observa na síntese do carbono (C) e do liidrogênio (H) nos derivados do petróleo, de que já se obtcm a maravilha das matérias plás ticas de natureza vinílica, acrílica e o

tecido nylon (polyamido). Foi em janeiro de 1939 que o pro

fessor Otto Hahn, físico alemão, bbtcve um resultado inesperado com o

bombardeio do urânio pelos neutronos, estudando, em companhia de seu ajurinntc dr. Strassemann, no Instituto

Kaisér

Guilherme, de

Berlim, os

fragmentos decorrentes dessa ex-

nlosão, entre os quais se distinguiu,

em primeiro-lugar, o bario que tem

pouco mais em peso da metade do ura-

nio o que significa que os projeteis

do ncutrono não só desprendem desse bloco alguns raios fragmentários, como fazem explodir o átomo. Ou seja, ma há assunto mais empolgante, nos dias que correm, depois do bombar deio s da destriiição espetacular de mgasake e Hiroshima, do que o rela tivo à energia atômica. O A., em íin-

giiâgem acessível aos leigos, conta a história dos grandes estudos ctenít/tcos

que se fizeram nesse terreno, desde as

descobertas do químico alemão Otto

Hahn, até a aplicação da teoria da dis sociação nuçlear, por parte dos Estados Unidos, para fins bélicos


DioF-STo E(;oNÓ^^u:o

Digesto Econômico

8.1

82

uma quantidade terrífica de tendo-sc em vista o diagrama (n 1) gerasse energia; e que de íloís dos seus frag que acompanha êste artigo, a^ reaçao

leorética em cadeia para o urânio, no

mentos

seguinte esquema: o neutrono. incidin

200.000.000 de cletronos, surgisse unia energia total maior que os fenômenos atômicos dos raios cósmiêos, que ge

do sobre o urânio, fragmenta os nú cleos A cm partícula í o partícula 11 e êstes, respectivamente, em átomos e ncutronos D ; dos núcleos A neutrono?

ativados

pela

voltagem

de

ram, na opinião de Jeans, sistemas

t □o

humanas, no âniago do infinito Uni

neutrónicos na explosão para B, resul tando no? fragmentos C mais três neu

verso desconhecido.

^ ÓTOIHO

,

firOHOO 9 MtUrROMO w-»

0

ruAj&MLNTO Qr

ueurí^OMOç

—^

D

fraomento

c

grama.

significant that since carly spring, no

nadá, em 1944, trouxeram a certeza de

accounts of rcsearch on nuclear fis-

que o mundo entrava diretamente nos

conseguia os mesmos resultados do

bombardeio do urânio, tendo como conseqüência o conhecimento prático de laboratório de que tanto o urânio como'o tório se desassociavam em dois

novos elementos pelò bombardeio do , neutrono, processo esse denominado desintegração nuclear (I).

A largo Conccntration

of isotope 235, suhjcctcd to neutron bomiíardment, might conceivably blow up ali London or Paris".

Eis aqui

um pouco da profecia informativa da

imprensa técnica, que se realizou com pletamente,. como vimos com a expe riência de duas Ijombas sóbre o Japão, que se fossem multiplicadas por dez,

Até então, porém, tais estudos e rea teriam destruído todas as ilhas do Ar ções científicas no campo da física quipélago nipônico e todos os seres não passavam da teoria, sem nenhum vivos que as habitavam, em questão resultado prático para a humanidade. de poucos minutos, mas, felizmente, As experiências continuaram, todavia, êsse poderoso engenho de destruição sóbre a teoria da desintegração nu pode ser controlado, nos seus efeitos clear do urânio, dando em resultado

novas pesquisas sobre o comporta mento dos átomos e seu destino, e na

descoberta porque são tão espessos e quais as forças que os mantêm unidos.

Pelos leigos ainda não pode ser ava

liada a importância da desintegração do átomo, que tanto assombrou os sá

bios e os^ técnicos, pois basta imaginar jamais fosse possível que, quando uni .simples niicleo de urânio explode se

chegar aos mesmos resul tados, pois a teoria da dcsassociação nuclear é co E' também sa

bido que não só na Ale manha, como no próprio sota, as pesquisas posteriores, realiza das na Inglaterra, na França e no Ca

investígations.

tro país do mundo, pode

nhecida.

Em 1939, a propósito do bombardeio do urânio pelo prof. Otto Hahn, a re

Estas'mesmas experiências foram, sion bave been hcard- from Germany. mais tarde, realizadas em Copenhague It is not unlikcly that the German pelo dr. O. R. Frisch e o prof. Lise spoting a potcntially powMeitner, enquanto outro grupo de cien governmcnt, erful weapon of war. has imposed mitistas da Universidade de Colúmbia, en Htary secrecy on ali rccent German

e.xiste,

cientistas, em qualquer ou

HtUTRONO 9 O«T0ti*0 •

segredo

ou que, qualquer grupo dc

'

Io

o

científico já não

vista "Sríentific .Amcrican" escrevia o seguinte; "It may or niay not bc

tre os quais se incluía o prof. Fernii.

acentuar que

»R/VCKnCMTO B

NÚCLEO PCJ s UüRAKilO

ção D, à esquerda e à direita do dia

um neutrono, de acòrdo com a indica

atômica. Quando dize mos técnico, queremos

l MtUTROrJO

T

rRASMCNTO )

planetários e mundos, longe das vistas

extra se desenvolvem em três ramos

trónicos internos, vendo-se que cada átomo é sempre acompanhado de mais

DiAGRAM>Sk

caminhos da Era Atômica:

Foi o que

aconteceu quando o joven físico dr.

Alfred O. C. Nier isolava o isótopo

denominado

U-235. Sc, então, nos laboratórios dc Fístca da Universidade de Minesota nascêu a idéia dos fundamentos econó-

micos de um mundo novo, quiçá com

a destruição do velho, especificada na seguinte

proporção proporção

quantitativa

dc

energia: 20.000 libras de energia atô-

• . « a. energia pela combustão — mica Igual de 200.000.000 de libras de carvão mi neral.

Êstes são os primórdios de experién-

cias que nòs levaram à realização cien-

■ importante ■ tífica mais de todos os tempos.

Japão, SC realizavam experiências dê.>se gênero, que só não levaram os mi

migos da Democrada ao seuJesen^^ívimcnto ate o e.xplosivo atomico .

CO, por falta de recursos ft"ance.ro

Os Estados Unidos foram, portanto,^ So-se da defesa própria c

potência

de toda a n lamento c

riam

civilização do amquiq^c lhe sc^

4

todos, seus

' potências bárbaras da

aliados, pe j^pSo. Alemanha O ue' importa, pois, que o primeiro « . ;«,nnrtante descoberta atoI a tão d< uso ae uc importante ^ bélico, como elejnica temici

_ ^

d e destruição, se o seu empre-

ainfa P^râ. controlado, ser a

da libertaçaí libertação aa. da

da humanidade do

^ Kollm debilitante de todos os. dias, " ^ emprego de combustíveis das

pXaíhas da terra e sem as grandes

Vimos, até aqui, como os dcscnvoltin. A cons rnnsnos laboratórios nos levaram à

bras hidráulicas, e com a ajuda dc instrumentos e máquinas? Sob iornada o aspecto militar, no fim de ^a de grandes esforços de máquinas "e homens, que foi c gq^^ra mundial, podcmos

sua cadeia de reações em partículas de toda uma série de átomos e extra

t rução da bomba atômica, como o mais

abençoar a descoberta da bomba atô

ncutronos.

bélicos que a humanidade já conheceu. Pelos resultados de Hiroshima e Na-

de calor, radiação c velocidade, cm Conseqüência da desintegração de dois núcleos de urânio, que, por sua vez,

são instáveis, e podem prosseguir na

Se em julho de 1940 a energia atô

•II

vimentos da desassociação do átomo formidável e decisivo dos instrumentos

mica era vislumbrada pela imaginação

gasake, hoje ninguém duvida da supre

dos cientistas, na expressão de Roy C. Copperud, da Universidade de Mine-

possuem o segredo técnic'0 da bomba

macia militar da nação ou nações que

mica, porque ela veio, de fato, pôr ter mo ao derramamento inútil de mais sangue, tanto dos soldados das potên

cias democráticas como dc seus agres sores. Temos quase a certeza que' os


DioF-STo E(;oNÓ^^u:o

Digesto Econômico

8.1

82

uma quantidade terrífica de tendo-sc em vista o diagrama (n 1) gerasse energia; e que de íloís dos seus frag que acompanha êste artigo, a^ reaçao

leorética em cadeia para o urânio, no

mentos

seguinte esquema: o neutrono. incidin

200.000.000 de cletronos, surgisse unia energia total maior que os fenômenos atômicos dos raios cósmiêos, que ge

do sobre o urânio, fragmenta os nú cleos A cm partícula í o partícula 11 e êstes, respectivamente, em átomos e ncutronos D ; dos núcleos A neutrono?

ativados

pela

voltagem

de

ram, na opinião de Jeans, sistemas

t □o

humanas, no âniago do infinito Uni

neutrónicos na explosão para B, resul tando no? fragmentos C mais três neu

verso desconhecido.

^ ÓTOIHO

,

firOHOO 9 MtUrROMO w-»

0

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conseguia os mesmos resultados do

bombardeio do urânio, tendo como conseqüência o conhecimento prático de laboratório de que tanto o urânio como'o tório se desassociavam em dois

novos elementos pelò bombardeio do , neutrono, processo esse denominado desintegração nuclear (I).

A largo Conccntration

of isotope 235, suhjcctcd to neutron bomiíardment, might conceivably blow up ali London or Paris".

Eis aqui

um pouco da profecia informativa da

imprensa técnica, que se realizou com pletamente,. como vimos com a expe riência de duas Ijombas sóbre o Japão, que se fossem multiplicadas por dez,

Até então, porém, tais estudos e rea teriam destruído todas as ilhas do Ar ções científicas no campo da física quipélago nipônico e todos os seres não passavam da teoria, sem nenhum vivos que as habitavam, em questão resultado prático para a humanidade. de poucos minutos, mas, felizmente, As experiências continuaram, todavia, êsse poderoso engenho de destruição sóbre a teoria da desintegração nu pode ser controlado, nos seus efeitos clear do urânio, dando em resultado

novas pesquisas sobre o comporta mento dos átomos e seu destino, e na

descoberta porque são tão espessos e quais as forças que os mantêm unidos.

Pelos leigos ainda não pode ser ava

liada a importância da desintegração do átomo, que tanto assombrou os sá

bios e os^ técnicos, pois basta imaginar jamais fosse possível que, quando uni .simples niicleo de urânio explode se

chegar aos mesmos resul tados, pois a teoria da dcsassociação nuclear é co E' também sa

bido que não só na Ale manha, como no próprio sota, as pesquisas posteriores, realiza das na Inglaterra, na França e no Ca

investígations.

tro país do mundo, pode

nhecida.

Em 1939, a propósito do bombardeio do urânio pelo prof. Otto Hahn, a re

Estas'mesmas experiências foram, sion bave been hcard- from Germany. mais tarde, realizadas em Copenhague It is not unlikcly that the German pelo dr. O. R. Frisch e o prof. Lise spoting a potcntially powMeitner, enquanto outro grupo de cien governmcnt, erful weapon of war. has imposed mitistas da Universidade de Colúmbia, en Htary secrecy on ali rccent German

e.xiste,

cientistas, em qualquer ou

HtUTRONO 9 O«T0ti*0 •

segredo

ou que, qualquer grupo dc

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Io

o

científico já não

vista "Sríentific .Amcrican" escrevia o seguinte; "It may or niay not bc

tre os quais se incluía o prof. Fernii.

acentuar que

»R/VCKnCMTO B

NÚCLEO PCJ s UüRAKilO

ção D, à esquerda e à direita do dia

um neutrono, de acòrdo com a indica

atômica. Quando dize mos técnico, queremos

l MtUTROrJO

T

rRASMCNTO )

planetários e mundos, longe das vistas

extra se desenvolvem em três ramos

trónicos internos, vendo-se que cada átomo é sempre acompanhado de mais

DiAGRAM>Sk

caminhos da Era Atômica:

Foi o que

aconteceu quando o joven físico dr.

Alfred O. C. Nier isolava o isótopo

denominado

U-235. Sc, então, nos laboratórios dc Fístca da Universidade de Minesota nascêu a idéia dos fundamentos econó-

micos de um mundo novo, quiçá com

a destruição do velho, especificada na seguinte

proporção proporção

quantitativa

dc

energia: 20.000 libras de energia atô-

• . « a. energia pela combustão — mica Igual de 200.000.000 de libras de carvão mi neral.

Êstes são os primórdios de experién-

cias que nòs levaram à realização cien-

■ importante ■ tífica mais de todos os tempos.

Japão, SC realizavam experiências dê.>se gênero, que só não levaram os mi

migos da Democrada ao seuJesen^^ívimcnto ate o e.xplosivo atomico .

CO, por falta de recursos ft"ance.ro

Os Estados Unidos foram, portanto,^ So-se da defesa própria c

potência

de toda a n lamento c

riam

civilização do amquiq^c lhe sc^

4

todos, seus

' potências bárbaras da

aliados, pe j^pSo. Alemanha O ue' importa, pois, que o primeiro « . ;«,nnrtante descoberta atoI a tão d< uso ae uc importante ^ bélico, como elejnica temici

_ ^

d e destruição, se o seu empre-

ainfa P^râ. controlado, ser a

da libertaçaí libertação aa. da

da humanidade do

^ Kollm debilitante de todos os. dias, " ^ emprego de combustíveis das

pXaíhas da terra e sem as grandes

Vimos, até aqui, como os dcscnvoltin. A cons rnnsnos laboratórios nos levaram à

bras hidráulicas, e com a ajuda dc instrumentos e máquinas? Sob iornada o aspecto militar, no fim de ^a de grandes esforços de máquinas "e homens, que foi c gq^^ra mundial, podcmos

sua cadeia de reações em partículas de toda uma série de átomos e extra

t rução da bomba atômica, como o mais

abençoar a descoberta da bomba atô

ncutronos.

bélicos que a humanidade já conheceu. Pelos resultados de Hiroshima e Na-

de calor, radiação c velocidade, cm Conseqüência da desintegração de dois núcleos de urânio, que, por sua vez,

são instáveis, e podem prosseguir na

Se em julho de 1940 a energia atô

•II

vimentos da desassociação do átomo formidável e decisivo dos instrumentos

mica era vislumbrada pela imaginação

gasake, hoje ninguém duvida da supre

dos cientistas, na expressão de Roy C. Copperud, da Universidade de Mine-

possuem o segredo técnic'0 da bomba

macia militar da nação ou nações que

mica, porque ela veio, de fato, pôr ter mo ao derramamento inútil de mais sangue, tanto dos soldados das potên

cias democráticas como dc seus agres sores. Temos quase a certeza que' os


Dicesto Econômico

84

Dicesto EcoNÓAnco

próprios japoneses, passados os pri

esqueceu de forjar no âmago da terra, quando o globo era uma bola ainda

o txiomcnto cm rinc a guerra cessou

comburente; ali, as anilinas, sem com

embora isto lhes tenha custado des

paração no reino vegetal, animal ou

truição c humilhação sem igual na sua

mineral, extraídas, dos Iiidrocarbonos,

história de deuses e homens heróicos. Êles que, como os russos, ainda vi vem pensando num mundo aparte e

que causariam inveja aos beija-flores

na hegemonia territorial e racial, sò-

a Era Atômica, em que, talvez,

sos olhos ávidos de maravilha se vol

•de carvão nas fábricas e milhões de li

tros de gasolina nos motores dos auto móveis, e milhões de volts das usinas

elétricas, em que tanto a força vapor da combustão, como a energia hidráu lica serão obsoletas.

mais além, para onde quer que os nos

Como ir ao cinema ver um filme sem a nitroccIulo.sc, nos quais as ima

gens fotográficas, negras ou coloridas,

ceu do carvão: como as meias "Ny-

dos para destruir sem aniquilar a si

lon", um produto da síntese!

próprios e as nações que os armou.

A destruição resultará, para a raça hu mana e todos os outros seres vivos,

do mesmo princípio da desintegração nuclear: — "dois e um e vice-versa", na cadeia ininterrupta de suas conse-

Quências desintcgrantes dos indivíduos e das coisas. III

terceiro aspecto, acima enumera

Sínteso

não

significa

sica atômica, de alta pressão.

> Eu creio na ciência c nos milagres

que poderá obrar em benefício do ho mem. sem o que. diante da onda dc crimes Contra a humanidade que cres

ceu na .Alemanha e cobriu a Europa dc

sofrimentos c opróbrio. voltaremos a

primitiva, se não .^recern^

todos de um golpe. sobre a planeta.

ê

tfm fsss elementos cons da natur posi. estrutura, stindoa^ núcleos eletronos

genia, adaptando-se como outros oi*- tivos negativa (o ganismos quaisquer, ao seu novo am ou jQ átomo é igual ao nupêso normal do a ^as cargas biente, mudado pela química e a en-' genharia.

Isto de certo virá de en

contro aos ideais de muitos sociologistas que nunca

estiveram

contentes

com o homem, porque as prisões, os

sonhou, como o índigo igual ao anil das plantas, extraído,-porém, do fcnol, que a natureza esqueCeu dc criar. O químico não é um sonhador, mas C homem que pesa o átomo e mistura os

hospitais, os loucos c os criminosos

são incompatíveis com a vida como a imaginamos.

seus fragmentos para as coisas que de seja duplicar, combinando grupos e diagramas atômicos e moleculares co

nações dão certo, outras falham e mui tas explodem com perigo dos seus

Era Atômica, precedidos da Era dos

sistir na Era Atômica, terá de evoluir

cm política, sociologia, religião e eu

tigos naturais, ou seja, uma combina ção de átomos que a natureza jamais

angular da próxima Conferência da dúvida um fato, para os

Portanto, se o homem quiser sub

imitação,

mo um arquiteto o faria com os ma teriais de construção. Muitas combi

indivíduos como para os dirigentes e miefes dos governos que estamos na

campo da química orgânica e da fí

mas substituição para melhor dos ar

do, isto é, o político e o social, já agi ta as chancelarias e constitui a pedra .

tanciar da síntese que o precedeu no

teve início, sem o conhecimento das li

diferente.

gens ? Há um certo baton que melhora de

porque os exércitos estão incapacita

condições sociais do futuro, sem se dis

do bronze, quando a fusão dos metais

tomóveis, trens e aeroplanos, tudo 6

reproduzem o movimento e as ima

sessenta por cento os lábios e o aspec to dc um rosto pálido dc mullicr : nas

caremos que tudo começou ha idade

Hoje, que a teoria da força pelo peso SC converteu na da resistência pelo mais leve, com o úso do aço e do alu mínio nas estruturas metálicas de au

verem, teremos os milagres da química.

A ameaça bélica da desassociação nuclear há dc, portanto, desaparecer,

a terra, das épocas primárias, verifi

mente, apoiado pelos biologistas, que o homem se poderá transformar ou se modificar, a fim de se ajustar aa

gas, hoje inúmeras de acòrdo com o metal que se deseja c as resistências em número superior a l.CüO combina ções, porque os depósitos minerais da terra ainda são ricos e inexauríveis.

mes e as drogas, os explosivos, os fil mes, os tecidos, originários do alcatr«ão c outros resíduos das minas c fornos;

um

No entanto, se meditarmos um ins tante sôbre a marcha do homem sòbrc

c borboletas do Brasil; acolá os perfu

bre os demais povos, decerto com preendem agora quão promissora será grão de urânio substituirá toneladas

> I,

o sódio c outras Ugas que a "natureza

vingança, como nós todos, abençoarão

meiros momentos dc pasmo, odio c

85

social,

inero da ""'dade pos^v^ eletricidade atômico de um

310S núcleos q

neutra).

0 excesso de

gativas na

o numero

mos esquecer, porém, de que a socie dade exige sacrifícios, moralidade e

cada

desprendimento, qué já não é o apa nágio de grupos em dado pais, mas de

um

Seria absurdo que eu exigisse, na

em prótonos. isto é.

do átomo ^pPJjogitivos sôbre cargas ne-

Não nos deve

nações em todo o universo.

„„„qpnta a carga nuclear

elemento í"®!?

núcleos o

gigt,.onos que giram em jg^g positivos do átomo e

Sateoria rotação em órbitas ê expli. quantitativa. Os nu_ „g são compostos de áto_

cleos pró

io, faltando a cada um negativo e contendo a sua

o diâmetro dos nú-

SSs de 000001 qêõs na na ordem ordem ae uwwi vêzes vezes do uu áto, ato. ne uma fôrma clara e empírica De

condusão deste en.saio, que o homem

!^° teoria atômica pode ser descrita co-

também se tornasse um ser sintético como Frankstein, mas acredito firmc-

íariada de matéria e energia." Nota do autor

mn- reações químicas da distribuição

membros e da sua vida; alguns áto

mos não reagem porque são inertes ou

A

pesados demais, mas, no fim, o quími

Sintéticos, que se abriu para as naçõe.s, co acaba vencendo, porque, como disse bem visível em cada artigo que as Berthelet, um dos grandes mágicos da ínãos do homem tocam, como um pro síntese: "o domínio da síntese na quí duto químico sem parclha na natureza. mica, no exercício de seus poderes, c Aqui são os metais como o alumínio, maior que o da própria natureza".

/. Aponte-me um homem que nunco errou e lhe mostrarei um homem que nnncfl realizou nada de bom.


Dicesto Econômico

84

Dicesto EcoNÓAnco

próprios japoneses, passados os pri

esqueceu de forjar no âmago da terra, quando o globo era uma bola ainda

o txiomcnto cm rinc a guerra cessou

comburente; ali, as anilinas, sem com

embora isto lhes tenha custado des

paração no reino vegetal, animal ou

truição c humilhação sem igual na sua

mineral, extraídas, dos Iiidrocarbonos,

história de deuses e homens heróicos. Êles que, como os russos, ainda vi vem pensando num mundo aparte e

que causariam inveja aos beija-flores

na hegemonia territorial e racial, sò-

a Era Atômica, em que, talvez,

sos olhos ávidos de maravilha se vol

•de carvão nas fábricas e milhões de li

tros de gasolina nos motores dos auto móveis, e milhões de volts das usinas

elétricas, em que tanto a força vapor da combustão, como a energia hidráu lica serão obsoletas.

mais além, para onde quer que os nos

Como ir ao cinema ver um filme sem a nitroccIulo.sc, nos quais as ima

gens fotográficas, negras ou coloridas,

ceu do carvão: como as meias "Ny-

dos para destruir sem aniquilar a si

lon", um produto da síntese!

próprios e as nações que os armou.

A destruição resultará, para a raça hu mana e todos os outros seres vivos,

do mesmo princípio da desintegração nuclear: — "dois e um e vice-versa", na cadeia ininterrupta de suas conse-

Quências desintcgrantes dos indivíduos e das coisas. III

terceiro aspecto, acima enumera

Sínteso

não

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sica atômica, de alta pressão.

> Eu creio na ciência c nos milagres

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ceu na .Alemanha e cobriu a Europa dc

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primitiva, se não .^recern^

todos de um golpe. sobre a planeta.

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genia, adaptando-se como outros oi*- tivos negativa (o ganismos quaisquer, ao seu novo am ou jQ átomo é igual ao nupêso normal do a ^as cargas biente, mudado pela química e a en-' genharia.

Isto de certo virá de en

contro aos ideais de muitos sociologistas que nunca

estiveram

contentes

com o homem, porque as prisões, os

sonhou, como o índigo igual ao anil das plantas, extraído,-porém, do fcnol, que a natureza esqueCeu dc criar. O químico não é um sonhador, mas C homem que pesa o átomo e mistura os

hospitais, os loucos c os criminosos

são incompatíveis com a vida como a imaginamos.

seus fragmentos para as coisas que de seja duplicar, combinando grupos e diagramas atômicos e moleculares co

nações dão certo, outras falham e mui tas explodem com perigo dos seus

Era Atômica, precedidos da Era dos

sistir na Era Atômica, terá de evoluir

cm política, sociologia, religião e eu

tigos naturais, ou seja, uma combina ção de átomos que a natureza jamais

angular da próxima Conferência da dúvida um fato, para os

Portanto, se o homem quiser sub

imitação,

mo um arquiteto o faria com os ma teriais de construção. Muitas combi

indivíduos como para os dirigentes e miefes dos governos que estamos na

campo da química orgânica e da fí

mas substituição para melhor dos ar

do, isto é, o político e o social, já agi ta as chancelarias e constitui a pedra .

tanciar da síntese que o precedeu no

teve início, sem o conhecimento das li

diferente.

gens ? Há um certo baton que melhora de

porque os exércitos estão incapacita

condições sociais do futuro, sem se dis

do bronze, quando a fusão dos metais

tomóveis, trens e aeroplanos, tudo 6

reproduzem o movimento e as ima

sessenta por cento os lábios e o aspec to dc um rosto pálido dc mullicr : nas

caremos que tudo começou ha idade

Hoje, que a teoria da força pelo peso SC converteu na da resistência pelo mais leve, com o úso do aço e do alu mínio nas estruturas metálicas de au

verem, teremos os milagres da química.

A ameaça bélica da desassociação nuclear há dc, portanto, desaparecer,

a terra, das épocas primárias, verifi

mente, apoiado pelos biologistas, que o homem se poderá transformar ou se modificar, a fim de se ajustar aa

gas, hoje inúmeras de acòrdo com o metal que se deseja c as resistências em número superior a l.CüO combina ções, porque os depósitos minerais da terra ainda são ricos e inexauríveis.

mes e as drogas, os explosivos, os fil mes, os tecidos, originários do alcatr«ão c outros resíduos das minas c fornos;

um

No entanto, se meditarmos um ins tante sôbre a marcha do homem sòbrc

c borboletas do Brasil; acolá os perfu

bre os demais povos, decerto com preendem agora quão promissora será grão de urânio substituirá toneladas

> I,

o sódio c outras Ugas que a "natureza

vingança, como nós todos, abençoarão

meiros momentos dc pasmo, odio c

85

social,

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310S núcleos q

neutra).

0 excesso de

gativas na

o numero

mos esquecer, porém, de que a socie dade exige sacrifícios, moralidade e

cada

desprendimento, qué já não é o apa nágio de grupos em dado pais, mas de

um

Seria absurdo que eu exigisse, na

em prótonos. isto é.

do átomo ^pPJjogitivos sôbre cargas ne-

Não nos deve

nações em todo o universo.

„„„qpnta a carga nuclear

elemento í"®!?

núcleos o

gigt,.onos que giram em jg^g positivos do átomo e

Sateoria rotação em órbitas ê expli. quantitativa. Os nu_ „g são compostos de áto_

cleos pró

io, faltando a cada um negativo e contendo a sua

o diâmetro dos nú-

SSs de 000001 qêõs na na ordem ordem ae uwwi vêzes vezes do uu áto, ato. ne uma fôrma clara e empírica De

condusão deste en.saio, que o homem

!^° teoria atômica pode ser descrita co-

também se tornasse um ser sintético como Frankstein, mas acredito firmc-

íariada de matéria e energia." Nota do autor

mn- reações químicas da distribuição

membros e da sua vida; alguns áto

mos não reagem porque são inertes ou

A

pesados demais, mas, no fim, o quími

Sintéticos, que se abriu para as naçõe.s, co acaba vencendo, porque, como disse bem visível em cada artigo que as Berthelet, um dos grandes mágicos da ínãos do homem tocam, como um pro síntese: "o domínio da síntese na quí duto químico sem parclha na natureza. mica, no exercício de seus poderes, c Aqui são os metais como o alumínio, maior que o da própria natureza".

/. Aponte-me um homem que nunco errou e lhe mostrarei um homem que nnncfl realizou nada de bom.


87

Dicf-sto Econômico

nio de Holofernes por Judith, assassí- . cadorcs de amor", conseguiam enviar suas essências para fora: E o remédio niü do qual os perfumes participaram. Antes do crime, juditli tomou um banho foi Licurgo expulsá-los de Esparta. do essências perfumadas, e tão forte.s fo Em Alexandria o incenso era uma

f

ram os elementos que utilizou, <jue Ho

mercadoria tão valiosa, que para se evi

lofernes ficou tonto e meio adormecido

tarem roubos dessa essência os escra

ao seu lado, não lhe sendo difícil, então, cortar a cabeça daciucle rei cruel. Nas cerimonias "religiosas primitivas, (piando dos holocaustos aos deuses, o

com uma tan^a.

Aliás, perfume, que vem do latim — "perfunium", cpier dizer "fumaça de

lima época de apogeu. Ela descobriu, escrevo VViUiam Haynes, que "as loções

queimavam-se em honra dos deuses plantas e substâncias cuja fumaça era

rosas nos negócios internacionais, tanto (iuanto as legiões revestidas de com o mesmo alcance das galeras cie

perfume ocupava uma parte importante.

Mostrando a importâncã

m

perfumaria através dos

coisa que queima", e sabemos que nas cerimônias rcligio.sas da antigüidade

tempos, êste artigo revele ^ambém, algumas informa-

ções sôbre o desenvolvimi

j^uiTA gente julga que o perfume é -uma invenção moderna.

O

perfume e os cosméticos. À vista

dessa indústria no Brasil.

"Ah, nada como os perfumes que a França inventou!", diziam. No en tanto, quanto engano há nisso! En

daqueles minúsculos e artísticos

gano, sim, porque não foram os

frascos acondícíonados em caixinhas

franceses que inventaram o perfu

verdadeiramente mágicas, e aos quais vinha- pregada uma etiqueta —■ "Made in France", todos pensa vam logo em mais uma sedução de

Paris, que até com aromas embria-

gadores pretendia conquistar tudo, invadir o mundo.

Os nomes dos perfumes, sàbiamente escolhidos, falavam tanto à sensibilidade das criaturas como o

seu odor. Uns havia puros e sim ples — "Nuit de Noel"; outros es tranhos e exóticos — "Mitsouko";

alguns insinuantes e maliciosos —

"Ce soir ou jamais. . ."

E os perfumes parisienses eram tão conhecidos, tão procurados, tão

usados, que todos acredita vam ser o perfume uma in venção francesa.

Veio a guerra em 39 e,

com ela, a queda da França.

me, que é uma das coisas mais an

foram a Bethlem para prestar bomena-

Os perfumes nos tempos bíblicos

No "Cântico dos Cânticos", aque le belíssimo "intermezzo" lírico que

se'encontra no Velho Testamento, são mencionados cinco perfumes: a niirra, o incenso, o aloés, o cinamomo e o nardo.

Cada um dêles

tinha uma propriedade especiaT — a mirra era o perfume religioso, o

perfume usado para os deuses; o incenso, também perfume religioso, seria mais tarde o grande per fume do cristianismo; o aloés,

perfume da madeira, erà usa

do na mesa e no interior das

casas; o cinamomo e o nar

deram seus mercados, mas os

morados,

guerreiros que findavam o

com as que lhes chegavam de outras partes do mundo ~

Acrescente-se, para acentuar a impor

a êle na Bíblia.

consumidores

francesas não se satisfizeram

perfume são sacerdotes à paisana. . .

tância que os perfumes já tinham nos

do eram os perfumes dos ena

essências

que em nossa época materialista e des crente, os perfumistas e industriais de

tigas que existem no mundo. Tão antigo que encontramos referências

Os perfumes parisienses per das

aromática. Daí uín escritor espanhol ter afirmado, com muita propriedade,

dos

amantes,

dos

combate. Ainda na Bíblia vamos en

contrar a história do assassí-

tempos bíblicos, que dos três reis que gens ao Cristo que nasc'era, dois leva

ram-lhe, como presente, incenso e mirra. Os peifumes na antigüidade

Com o decorrer dos tempos os per

vos eram obrigados a trabalhar sòmente da sua esposa-em incenso,

Com Cleópatra os perfumes atingem

c os perfumes podem ser forças pode

cuerra movidas por três séries de remarinre-:". Conta-se que para conquistar Marco Antônio ela fez.o mesmo que

Tiiditli — banhou-se com essências de

i ores embriagantes. E na sua -época

■v-;='-Cf

'f nlombÍEina, óxidos de ferro e co- . pardo, verde -laquita a cn-

<;ocola" denominada Kohi . Fhiubcrt, o grande rigorosamente Fh^nbcrt romancista franesantes'de escritas, permite-nos tw''aa importância que noos seu perfumes •avaliar P ijade hvro

fumes foram ampliando a sua serventia.

exerciam n.

vam,

Salumbo, in ,

Já não serviam tanto aos deuses, ajuda sobretudo,

aos

namorados,

aos

amantes, servindo de afrodisíacos e cor

rompendo os homens.

Bem por isso

existiam leis considerando os fabrican

tes de perfumes como homens perigo sos, que deviam ser postos à margem da sociedade. E Licurgo, o grande le- ' gislador de Esparta, fez com eles o que o fascismo em nossos dias fez com os

judeus — colocou-os num, sítio fechado, uma espécie de campo de concentração, impedindo-os, assim, de se misturarem com os espartanos, que \úviam sob uma

rígida disciplina militar.

Mas isso não

foi bastante, porque assim mesmo os

perfumistas, con.siderados como "mer-

E o rei Juba, ao se

casar, teve que pagar ao sogro o pêso

"Salambò .

descrevendo a casa de

'

_

centro havia

marfim coberto de

Tde lince e almofadas de .plumas

af papagaio.. . nos y.atro cantos viam-

i: WoSlas p cheias de nardo incenso, mirra . A certa altura seguinte descrição de uma fábiica dea peffumes em Çartago: - "Holens nus amassavam substancias, moiam

irvas, agitavam carvões, vertiam azei

to em jarros, abriam e fechavam as câmaras ovais construídas nas paredes e tão numerosas que o quarto se asseme

lhava ao interior de uma colmeia. O

açafrão e as violetas, abundavam por lArld Tkurf-p

F.m tndoç n<5 pantns viam-sp.


87

Dicf-sto Econômico

nio de Holofernes por Judith, assassí- . cadorcs de amor", conseguiam enviar suas essências para fora: E o remédio niü do qual os perfumes participaram. Antes do crime, juditli tomou um banho foi Licurgo expulsá-los de Esparta. do essências perfumadas, e tão forte.s fo Em Alexandria o incenso era uma

f

ram os elementos que utilizou, <jue Ho

mercadoria tão valiosa, que para se evi

lofernes ficou tonto e meio adormecido

tarem roubos dessa essência os escra

ao seu lado, não lhe sendo difícil, então, cortar a cabeça daciucle rei cruel. Nas cerimonias "religiosas primitivas, (piando dos holocaustos aos deuses, o

com uma tan^a.

Aliás, perfume, que vem do latim — "perfunium", cpier dizer "fumaça de

lima época de apogeu. Ela descobriu, escrevo VViUiam Haynes, que "as loções

queimavam-se em honra dos deuses plantas e substâncias cuja fumaça era

rosas nos negócios internacionais, tanto (iuanto as legiões revestidas de com o mesmo alcance das galeras cie

perfume ocupava uma parte importante.

Mostrando a importâncã

m

perfumaria através dos

coisa que queima", e sabemos que nas cerimônias rcligio.sas da antigüidade

tempos, êste artigo revele ^ambém, algumas informa-

ções sôbre o desenvolvimi

j^uiTA gente julga que o perfume é -uma invenção moderna.

O

perfume e os cosméticos. À vista

dessa indústria no Brasil.

"Ah, nada como os perfumes que a França inventou!", diziam. No en tanto, quanto engano há nisso! En

daqueles minúsculos e artísticos

gano, sim, porque não foram os

frascos acondícíonados em caixinhas

franceses que inventaram o perfu

verdadeiramente mágicas, e aos quais vinha- pregada uma etiqueta —■ "Made in France", todos pensa vam logo em mais uma sedução de

Paris, que até com aromas embria-

gadores pretendia conquistar tudo, invadir o mundo.

Os nomes dos perfumes, sàbiamente escolhidos, falavam tanto à sensibilidade das criaturas como o

seu odor. Uns havia puros e sim ples — "Nuit de Noel"; outros es tranhos e exóticos — "Mitsouko";

alguns insinuantes e maliciosos —

"Ce soir ou jamais. . ."

E os perfumes parisienses eram tão conhecidos, tão procurados, tão

usados, que todos acredita vam ser o perfume uma in venção francesa.

Veio a guerra em 39 e,

com ela, a queda da França.

me, que é uma das coisas mais an

foram a Bethlem para prestar bomena-

Os perfumes nos tempos bíblicos

No "Cântico dos Cânticos", aque le belíssimo "intermezzo" lírico que

se'encontra no Velho Testamento, são mencionados cinco perfumes: a niirra, o incenso, o aloés, o cinamomo e o nardo.

Cada um dêles

tinha uma propriedade especiaT — a mirra era o perfume religioso, o

perfume usado para os deuses; o incenso, também perfume religioso, seria mais tarde o grande per fume do cristianismo; o aloés,

perfume da madeira, erà usa

do na mesa e no interior das

casas; o cinamomo e o nar

deram seus mercados, mas os

morados,

guerreiros que findavam o

com as que lhes chegavam de outras partes do mundo ~

Acrescente-se, para acentuar a impor

a êle na Bíblia.

consumidores

francesas não se satisfizeram

perfume são sacerdotes à paisana. . .

tância que os perfumes já tinham nos

do eram os perfumes dos ena

essências

que em nossa época materialista e des crente, os perfumistas e industriais de

tigas que existem no mundo. Tão antigo que encontramos referências

Os perfumes parisienses per das

aromática. Daí uín escritor espanhol ter afirmado, com muita propriedade,

dos

amantes,

dos

combate. Ainda na Bíblia vamos en

contrar a história do assassí-

tempos bíblicos, que dos três reis que gens ao Cristo que nasc'era, dois leva

ram-lhe, como presente, incenso e mirra. Os peifumes na antigüidade

Com o decorrer dos tempos os per

vos eram obrigados a trabalhar sòmente da sua esposa-em incenso,

Com Cleópatra os perfumes atingem

c os perfumes podem ser forças pode

cuerra movidas por três séries de remarinre-:". Conta-se que para conquistar Marco Antônio ela fez.o mesmo que

Tiiditli — banhou-se com essências de

i ores embriagantes. E na sua -época

■v-;='-Cf

'f nlombÍEina, óxidos de ferro e co- . pardo, verde -laquita a cn-

<;ocola" denominada Kohi . Fhiubcrt, o grande rigorosamente Fh^nbcrt romancista franesantes'de escritas, permite-nos tw''aa importância que noos seu perfumes •avaliar P ijade hvro

fumes foram ampliando a sua serventia.

exerciam n.

vam,

Salumbo, in ,

Já não serviam tanto aos deuses, ajuda sobretudo,

aos

namorados,

aos

amantes, servindo de afrodisíacos e cor

rompendo os homens.

Bem por isso

existiam leis considerando os fabrican

tes de perfumes como homens perigo sos, que deviam ser postos à margem da sociedade. E Licurgo, o grande le- ' gislador de Esparta, fez com eles o que o fascismo em nossos dias fez com os

judeus — colocou-os num, sítio fechado, uma espécie de campo de concentração, impedindo-os, assim, de se misturarem com os espartanos, que \úviam sob uma

rígida disciplina militar.

Mas isso não

foi bastante, porque assim mesmo os

perfumistas, con.siderados como "mer-

E o rei Juba, ao se

casar, teve que pagar ao sogro o pêso

"Salambò .

descrevendo a casa de

'

_

centro havia

marfim coberto de

Tde lince e almofadas de .plumas

af papagaio.. . nos y.atro cantos viam-

i: WoSlas p cheias de nardo incenso, mirra . A certa altura seguinte descrição de uma fábiica dea peffumes em Çartago: - "Holens nus amassavam substancias, moiam

irvas, agitavam carvões, vertiam azei

to em jarros, abriam e fechavam as câmaras ovais construídas nas paredes e tão numerosas que o quarto se asseme

lhava ao interior de uma colmeia. O

açafrão e as violetas, abundavam por lArld Tkurf-p

F.m tndoç n<5 pantns viam-sp.


r

Digesto Econômico

espalhados pós, gomas, raízes, pequenos ^rainha "o perfume para as suas noites frascos de cristaT, ramos de pétalas de de prazer prazer ao ao mesmo mesmo tempo tei que o ve rosas; tantos perfumes sufocavam, ape neno para seus inimigos jjolíticos". Ini sar dos torvelinhos do estoraque, que ciou-se, então, a época eme ficou co ardia ha trempe de bronze colocada no meio".

'Na Idade Média e na Renascença Na Idade Média, os bárbaros invadi

ram o ocidente, e a perfumaria se de senvolvo na Arábia.

Avicena, grande figura de intelectual

o cientista, de seu tempo, é quem pri meiro consegue distilar uma gota de essencia da rosa, e Xrotula, dos maiores médicos do século XI, escreve três vo

lumes que se tomam célebres, dando fórmulas e receitas de perfume. Mas se o "conhecimento dos ára

bes, divulgando-se por to

dos os guadrantes, constituí-

Digesto EcoNÔ^^co

loções, etc. A França e a Inglaterra eram os nossos principais fornecedores,

linstalando filiais de alguns dos seus mais

e até 1930, apesar da indústria nacional

Em menor escala, a França e a Ingla

já haver atingido um grande desenvol vimento e mesmo uma vida próprúi, aqueles, dois países mantinham-se, ain

terra fizeram o mesmo. O quadro fiue

diferentes preparados: pomadas, essên cias, bálsamos, pintura para os ollios, faces e unhas; e um ritual complicado

da, na vanguarda da nossa importação.

principais fornecedores — Estados Uni dos, Inglaterra, França e Alemanha, vai

mentaram as .suas vendas do artigos de

permitir o exame de nossas compras

Bo formou, chegando cpiasc a receber sanção legal. Havia tipos estabeleci

perfumo c toucador para o nosso país.

nesso período.

nhecida como a Idade cie Ouro dos Cosméticos. "Apareceram milhares de

De 30 em cíiante os Estados Unidos au

burguèsas. Os galãs, que, na era da

Estados Unidos Anos

cavalaria, gostavam de levar no elmo

Ton.*-

as cores de suas damas, arvoravam ago

tação de 1937 a 1941, com os nossos

ra o perfume favorito da amada", in-

1937

fonna Wílliam Ilaynes no seu volume

1938

sobre "Os milagres da quí mica".

Luís XIV tem um

Í939

ram as bases não apenas da moderna arte dos corpos aro-

do maior prestígio na corte

1941

máticos, mas também do seu

peitado e venerado como um

— chama-se Marcial e é res

preparo", Florença e Vene

ministro de Estado. Luís XV

za são as cidades que, por

ordena que os seus aposen tos sejam perfumados cada dia com uma essência.

E

1.000

Inglaterra Tons.

criizeirns

1940

artigos de perfumaria, os quais, atingem, aí, uma fase

damos abai.xo, referente â nossa impor

>

dos de maquilagem para as senhoras de categoria, para as. cortesãs e para as

perfumista que c homem dos

seu luxo, mais consomem

importar.te.s estabelecimentos entre nós.

(rmilc:

17,4 12,7 15,6 16,3 32,8

França

1.000

Totis.

Alemanha

1.000^

Tons.

cruzeiros

cnizüiros

1.000 cttizelrus

1.517

5,8 1 239

12,5

2.894

3,6

205

1.517

3,2

1 215

12,3 9,3

3.334

289

2.677

4,1 1,4

5,2

1.678

, 2.413

3.089 0.931

3,4 1 244 4,7 1 345 12,2 1 .347

-

-1

-

74 —

-

de I^NlnlíxlIrn i-lcoiimnica c riitoiiccira ilu MiRÍ.stt-[io ck Fazenda).

Verificamos que em 1937 o nosso prin cipal fornecedor foram os Estados Uni

dos, de quem importamos 17,4 tonela

das, contra apenas 5,8 da Inglaterra,

cipais fornecedores de artigos de per fumaria e toucador.

Com dados obtido-s, ainda, do Servi

de comércio bastante signi

cosméticos atingem, nas lo

12,.5 da França e 3,8 da Alemanha. No

ço de Estatística "Econômica e Finan ceira do Ministério da Fazenda, orga

ficativa. I Durante o Renascimento a

jas parisienses, segundo Wil-

ano seguinte, de 38, a importação com

nizamos o seguinte quadro referente à

liam Haynes, a importância

O-S EE. UU. cai ligeiramente (12,7) pa

nossa exportação entre 1937 e 1944:

perfumaria se transforma nu

de 50.000.000 de francos.

ra nos anos seguintes, até 1941, con

os ga.stos com perfumes e

ma verdadeira arte e surgem preparados

Daí em diante, com a França na van

tinuar de forma ascendente. Até 1940,

com os mais extravagantes aromas. Artu-

guarda da. produção mundial de perfu

data da queda da França, êsse país

ro Berenguer Carisomo, escreve que al guns daqueles perfumes usados pela mais

mes e cosméticos, entramos no que se

mantém a segunda colocação entre os

poderia chapiar a Idade Modem.^ da

nossos quatro principais fornecedores.

1937

Perfumaria, que chega e continua até

Em 1941 já nada importamos de lá, e a

os nossos dias, caracterizando-se pela

Inglaterra, que em 1940 nos havia en

1938 1939 1940 1941

alta aristocracia, seriam classificados por nós, do século XX, como perfumes de

viado 4,7 toneladas de artigos, triplica

"cozinheira", em virtude do esquisito do

industrialização crescente da produção.

seu cheiro. Mas é por êsse tempo, em 1562, que Giovanní Marinello escreve, sôbre os perfumes e os cosméticos, um livro

A indústria de perfumes no Brasil

cimento passa a ser de 12,2 em 1941.

O nosso comércio de perfumes com a

considerado notável e do qual se fize

Foi sòmente depois da primeira gran de guerra que a indústria de perfumes

ram, ràpidamente, várias edições — "A

e cosméticos começou a ter, em nosso

as suas vendas, pois que o seu forne

ornamentação das damas". Catarina de

país, uma situação ponderável. Até en

Médicis, ao partir para a França, faz-se

tão dependíamos inteiramente dos paí-

acompanhar do perfumista René, cujo

estrangeiros para os nossos supri mentos de sabonetes, pastas de dentes,

serviço consistia em preparar para a

Alemanha cessou em 1940. Mas já nos anos de 1937, 38 e 39 o.s algarismos mostram que foi bem pequeno. Infe lizmente não temos dados sobre a im portação argentina, que nestes últimos

anos passou a ser um dos nossos prin

1.000 Anos

1942 1943 1944

Toneladas

cruzeiros 382 265 219 152 203

29 31

11

5 6"

não há dados 9f

ff

12

}}

não há dados >1

ff

ft

624

Notamos, através dos algarismos aci ma, que tem sido bastante irregular o nosso comércio e.xportador de perfumes


r

Digesto Econômico

espalhados pós, gomas, raízes, pequenos ^rainha "o perfume para as suas noites frascos de cristaT, ramos de pétalas de de prazer prazer ao ao mesmo mesmo tempo tei que o ve rosas; tantos perfumes sufocavam, ape neno para seus inimigos jjolíticos". Ini sar dos torvelinhos do estoraque, que ciou-se, então, a época eme ficou co ardia ha trempe de bronze colocada no meio".

'Na Idade Média e na Renascença Na Idade Média, os bárbaros invadi

ram o ocidente, e a perfumaria se de senvolvo na Arábia.

Avicena, grande figura de intelectual

o cientista, de seu tempo, é quem pri meiro consegue distilar uma gota de essencia da rosa, e Xrotula, dos maiores médicos do século XI, escreve três vo

lumes que se tomam célebres, dando fórmulas e receitas de perfume. Mas se o "conhecimento dos ára

bes, divulgando-se por to

dos os guadrantes, constituí-

Digesto EcoNÔ^^co

loções, etc. A França e a Inglaterra eram os nossos principais fornecedores,

linstalando filiais de alguns dos seus mais

e até 1930, apesar da indústria nacional

Em menor escala, a França e a Ingla

já haver atingido um grande desenvol vimento e mesmo uma vida próprúi, aqueles, dois países mantinham-se, ain

terra fizeram o mesmo. O quadro fiue

diferentes preparados: pomadas, essên cias, bálsamos, pintura para os ollios, faces e unhas; e um ritual complicado

da, na vanguarda da nossa importação.

principais fornecedores — Estados Uni dos, Inglaterra, França e Alemanha, vai

mentaram as .suas vendas do artigos de

permitir o exame de nossas compras

Bo formou, chegando cpiasc a receber sanção legal. Havia tipos estabeleci

perfumo c toucador para o nosso país.

nesso período.

nhecida como a Idade cie Ouro dos Cosméticos. "Apareceram milhares de

De 30 em cíiante os Estados Unidos au

burguèsas. Os galãs, que, na era da

Estados Unidos Anos

cavalaria, gostavam de levar no elmo

Ton.*-

as cores de suas damas, arvoravam ago

tação de 1937 a 1941, com os nossos

ra o perfume favorito da amada", in-

1937

fonna Wílliam Ilaynes no seu volume

1938

sobre "Os milagres da quí mica".

Luís XIV tem um

Í939

ram as bases não apenas da moderna arte dos corpos aro-

do maior prestígio na corte

1941

máticos, mas também do seu

peitado e venerado como um

— chama-se Marcial e é res

preparo", Florença e Vene

ministro de Estado. Luís XV

za são as cidades que, por

ordena que os seus aposen tos sejam perfumados cada dia com uma essência.

E

1.000

Inglaterra Tons.

criizeirns

1940

artigos de perfumaria, os quais, atingem, aí, uma fase

damos abai.xo, referente â nossa impor

>

dos de maquilagem para as senhoras de categoria, para as. cortesãs e para as

perfumista que c homem dos

seu luxo, mais consomem

importar.te.s estabelecimentos entre nós.

(rmilc:

17,4 12,7 15,6 16,3 32,8

França

1.000

Totis.

Alemanha

1.000^

Tons.

cruzeiros

cnizüiros

1.000 cttizelrus

1.517

5,8 1 239

12,5

2.894

3,6

205

1.517

3,2

1 215

12,3 9,3

3.334

289

2.677

4,1 1,4

5,2

1.678

, 2.413

3.089 0.931

3,4 1 244 4,7 1 345 12,2 1 .347

-

-1

-

74 —

-

de I^NlnlíxlIrn i-lcoiimnica c riitoiiccira ilu MiRÍ.stt-[io ck Fazenda).

Verificamos que em 1937 o nosso prin cipal fornecedor foram os Estados Uni

dos, de quem importamos 17,4 tonela

das, contra apenas 5,8 da Inglaterra,

cipais fornecedores de artigos de per fumaria e toucador.

Com dados obtido-s, ainda, do Servi

de comércio bastante signi

cosméticos atingem, nas lo

12,.5 da França e 3,8 da Alemanha. No

ço de Estatística "Econômica e Finan ceira do Ministério da Fazenda, orga

ficativa. I Durante o Renascimento a

jas parisienses, segundo Wil-

ano seguinte, de 38, a importação com

nizamos o seguinte quadro referente à

liam Haynes, a importância

O-S EE. UU. cai ligeiramente (12,7) pa

nossa exportação entre 1937 e 1944:

perfumaria se transforma nu

de 50.000.000 de francos.

ra nos anos seguintes, até 1941, con

os ga.stos com perfumes e

ma verdadeira arte e surgem preparados

Daí em diante, com a França na van

tinuar de forma ascendente. Até 1940,

com os mais extravagantes aromas. Artu-

guarda da. produção mundial de perfu

data da queda da França, êsse país

ro Berenguer Carisomo, escreve que al guns daqueles perfumes usados pela mais

mes e cosméticos, entramos no que se

mantém a segunda colocação entre os

poderia chapiar a Idade Modem.^ da

nossos quatro principais fornecedores.

1937

Perfumaria, que chega e continua até

Em 1941 já nada importamos de lá, e a

os nossos dias, caracterizando-se pela

Inglaterra, que em 1940 nos havia en

1938 1939 1940 1941

alta aristocracia, seriam classificados por nós, do século XX, como perfumes de

viado 4,7 toneladas de artigos, triplica

"cozinheira", em virtude do esquisito do

industrialização crescente da produção.

seu cheiro. Mas é por êsse tempo, em 1562, que Giovanní Marinello escreve, sôbre os perfumes e os cosméticos, um livro

A indústria de perfumes no Brasil

cimento passa a ser de 12,2 em 1941.

O nosso comércio de perfumes com a

considerado notável e do qual se fize

Foi sòmente depois da primeira gran de guerra que a indústria de perfumes

ram, ràpidamente, várias edições — "A

e cosméticos começou a ter, em nosso

as suas vendas, pois que o seu forne

ornamentação das damas". Catarina de

país, uma situação ponderável. Até en

Médicis, ao partir para a França, faz-se

tão dependíamos inteiramente dos paí-

acompanhar do perfumista René, cujo

estrangeiros para os nossos supri mentos de sabonetes, pastas de dentes,

serviço consistia em preparar para a

Alemanha cessou em 1940. Mas já nos anos de 1937, 38 e 39 o.s algarismos mostram que foi bem pequeno. Infe lizmente não temos dados sobre a im portação argentina, que nestes últimos

anos passou a ser um dos nossos prin

1.000 Anos

1942 1943 1944

Toneladas

cruzeiros 382 265 219 152 203

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Notamos, através dos algarismos aci ma, que tem sido bastante irregular o nosso comércio e.xportador de perfumes


Dicesto EcoNÓxnco

90

3Q, em 40 e 41, e em 44 ainda se en

Quanto à produção por Estado, um quadro divulgado pelo "Brasil 19-4041", volume editado pelo Ministério das

contrava em posição bastante inferior aos anos de 37 e 38, quando exporta mos 29 e 31 toneladas, respectivamente.

Paulo e o Distrito Federal áão os gran des produtores do pais:

o cosméticos. Iníciando-se bem

nos

dois primeiros anos, foi decrescendo em

ARTIGOS DE PERFUMARIA E

Relações Exteriores, mostra que . São

TOUCADOR

produção do Brasil por Estado por milhares de objetos ESTADOS -

1925

1939

1937

1938

1939

Conío.y de réis

1938

1939

(1)

Dicesto Econômico

Í>1

artigo, outras informações e dados além dos que publicamos. Mas as sim mesmo incompletos e espar.sos, os algarismos que aí ficíiram dizem Idciii

bem distanciados daqueles tempos ' em

que nesse campo o Brasil progrediu bas tante e não estará longe o dia em que, ampliando a sua produção, concorrerá

te de nossas fábricas são constituídas por

aue importávamos o dentifrício, a água

o colônia, os sabonetes, brilhanlinas e

pó de arroz. E' verdade que grande par filiais de grandes firmas norte-america

nas, inglesas, francesas e espanholas.

ao mercado internacional como um dos

Mas também é Verdade, como acentuou

maiores exportadores dêste continente.

uma publicação oficial, que "se excluir

Em São. Paulo e no Distrito Federal as fábri

mos

cas de perfumes e artigos

pós de arroz e, é claro, os perfumes, os demais pro dutos são manufaturados,

de

toucador

aumentam

cada ano, e as mais an

Dístr. Federal 21.604 32.034 69.471 79.472 69.936 111.261 138.893

consideràvelmente

instalações.'

dentifrícios,

os

na ■ sua quase totalidade,

tigas renovam e umpliain

São Paulo . . 19.054 27.042 96.447 115.293 59.922 138.351 95.876 R. G. do Sul . 1.448 2.631 9.952 9.981 8.178 9.952 11.869 Minas Gerais . 461 1.097 7.340 2.141 3.195 6.117 2.875 Pará . . . . 5.005 4.597 2.826 3.395 8.445 5.067 3.390

os

sabões para barbear, os

em fábricas le.gítimamente

.s n a s

brasileiras".

já estamos

Total: (incl. outros) Mi lhares de ob

jetos , . .'52.099 73.295 188.605 224.554 158.511 Contos . .

ESCOAMENTO DE AÇÜCAR DOS ESTADOS DO JVORTE

_

38.995 61.690 231.452 274.281 270.097 274.281 270.097

Vemos que São Paulo, onde está

{Safra de 1944-45)

O quadro que publicamos mostra quais as unidades federadas

taram açúcar do Norte, na safra de 1944-45. Vemos, então, que

de rouges e carmíns líquidos;

localizada a maioria das fábricas de

11.315.078

perfumes e artigos de toucador do país,

quidas e óleos perfumados; 135.700

vidros

de

brilhantinas

manteve o primeiro posto durante os

vidros de essências © óleo.s que consti

anos de 37.e 38. Em 1939 a produ

tuem matéria prima de perfumaria:.. .

ção do Distrito Federal ascendeu a i ...

51,38% sôbre o total, cabendo a São

48.107.831 sabões e sabonetes perfu mados e 22.200.095 sabões e sabone

Paulo 35,49%.

tes não perfumados ("Brasil", 1942).

Em 1942 o nosso país contava com

1.182 fábricas de perfumes e artigos

portante e já auto-

"maquillage",

suficiente, não pu demos conseguir, para elaborar este

•de beleza, etc., e

(1) E», certamente,

quina,

de

rosas,

um êrro de re

tônicos e tinturas

para cabelos; ...

visão. 1939, ai.

8.361.310

ponder a 1930,

deve

cai.xas

de pó de arroz; 11.335.396 vidro.s

■MÊf.

ESTADOS Importadores

Sacas

2.128.751

Muito embora a indústria de perfucosméticos seja, em nosso país,

Distrito Federal .. .. .. Rio Grande do Sul Bahia • Pará .. Paraná Outros Estados do Brasil

Uruguai

. .

..

..

296.298 231.041 217.600

> '..

Argentina

1.Ó10.054 1.350.201

..

TOTAL

1929.

30,5 23,0

19,3 4.2 .3,3

390.000 50.000

0,7

/

corres

^ sôbre o total

3,1 10,3 5,6

717.693

6.991.638

ou 35, ou talvez mesmo

r

midores.

Conclusão

uma indústria im

cie

tnto Federal e o Rio Grande do Sul foram, respectivamente, os p

^

corwu-

Fonte: "Monitor Mercantil" —• èol. n. 18.262.


Dicesto EcoNÓxnco

90

3Q, em 40 e 41, e em 44 ainda se en

Quanto à produção por Estado, um quadro divulgado pelo "Brasil 19-4041", volume editado pelo Ministério das

contrava em posição bastante inferior aos anos de 37 e 38, quando exporta mos 29 e 31 toneladas, respectivamente.

Paulo e o Distrito Federal áão os gran des produtores do pais:

o cosméticos. Iníciando-se bem

nos

dois primeiros anos, foi decrescendo em

ARTIGOS DE PERFUMARIA E

Relações Exteriores, mostra que . São

TOUCADOR

produção do Brasil por Estado por milhares de objetos ESTADOS -

1925

1939

1937

1938

1939

Conío.y de réis

1938

1939

(1)

Dicesto Econômico

Í>1

artigo, outras informações e dados além dos que publicamos. Mas as sim mesmo incompletos e espar.sos, os algarismos que aí ficíiram dizem Idciii

bem distanciados daqueles tempos ' em

que nesse campo o Brasil progrediu bas tante e não estará longe o dia em que, ampliando a sua produção, concorrerá

te de nossas fábricas são constituídas por

aue importávamos o dentifrício, a água

o colônia, os sabonetes, brilhanlinas e

pó de arroz. E' verdade que grande par filiais de grandes firmas norte-america

nas, inglesas, francesas e espanholas.

ao mercado internacional como um dos

Mas também é Verdade, como acentuou

maiores exportadores dêste continente.

uma publicação oficial, que "se excluir

Em São. Paulo e no Distrito Federal as fábri

mos

cas de perfumes e artigos

pós de arroz e, é claro, os perfumes, os demais pro dutos são manufaturados,

de

toucador

aumentam

cada ano, e as mais an

Dístr. Federal 21.604 32.034 69.471 79.472 69.936 111.261 138.893

consideràvelmente

instalações.'

dentifrícios,

os

na ■ sua quase totalidade,

tigas renovam e umpliain

São Paulo . . 19.054 27.042 96.447 115.293 59.922 138.351 95.876 R. G. do Sul . 1.448 2.631 9.952 9.981 8.178 9.952 11.869 Minas Gerais . 461 1.097 7.340 2.141 3.195 6.117 2.875 Pará . . . . 5.005 4.597 2.826 3.395 8.445 5.067 3.390

os

sabões para barbear, os

em fábricas le.gítimamente

.s n a s

brasileiras".

já estamos

Total: (incl. outros) Mi lhares de ob

jetos , . .'52.099 73.295 188.605 224.554 158.511 Contos . .

ESCOAMENTO DE AÇÜCAR DOS ESTADOS DO JVORTE

_

38.995 61.690 231.452 274.281 270.097 274.281 270.097

Vemos que São Paulo, onde está

{Safra de 1944-45)

O quadro que publicamos mostra quais as unidades federadas

taram açúcar do Norte, na safra de 1944-45. Vemos, então, que

de rouges e carmíns líquidos;

localizada a maioria das fábricas de

11.315.078

perfumes e artigos de toucador do país,

quidas e óleos perfumados; 135.700

vidros

de

brilhantinas

manteve o primeiro posto durante os

vidros de essências © óleo.s que consti

anos de 37.e 38. Em 1939 a produ

tuem matéria prima de perfumaria:.. .

ção do Distrito Federal ascendeu a i ...

51,38% sôbre o total, cabendo a São

48.107.831 sabões e sabonetes perfu mados e 22.200.095 sabões e sabone

Paulo 35,49%.

tes não perfumados ("Brasil", 1942).

Em 1942 o nosso país contava com

1.182 fábricas de perfumes e artigos

portante e já auto-

"maquillage",

suficiente, não pu demos conseguir, para elaborar este

•de beleza, etc., e

(1) E», certamente,

quina,

de

rosas,

um êrro de re

tônicos e tinturas

para cabelos; ...

visão. 1939, ai.

8.361.310

ponder a 1930,

deve

cai.xas

de pó de arroz; 11.335.396 vidro.s

■MÊf.

ESTADOS Importadores

Sacas

2.128.751

Muito embora a indústria de perfucosméticos seja, em nosso país,

Distrito Federal .. .. .. Rio Grande do Sul Bahia • Pará .. Paraná Outros Estados do Brasil

Uruguai

. .

..

..

296.298 231.041 217.600

> '..

Argentina

1.Ó10.054 1.350.201

..

TOTAL

1929.

30,5 23,0

19,3 4.2 .3,3

390.000 50.000

0,7

/

corres

^ sôbre o total

3,1 10,3 5,6

717.693

6.991.638

ou 35, ou talvez mesmo

r

midores.

Conclusão

uma indústria im

cie

tnto Federal e o Rio Grande do Sul foram, respectivamente, os p

^

corwu-

Fonte: "Monitor Mercantil" —• èol. n. 18.262.


Dicesto EcoNÓ^^co

exceto dos produtos que continuam su

MICO

PANO

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ALGODÃO EM RAMA

^ Serviço -de Estatística Econômica e Finanças, do Ministério da Fazenda, «»" ^ dos do. ' órgãos - centrais • - ' do I.B.G.E., divulga várias informações sobre as exportações ões brasileiras de algodão em rama, no período de janeiro a julho dos anos de Ifí 1944 1Q4/1 e /, 1945. TQ/ltr 1943,

'

'

'

Em dados absolutos, essa exportação foi, nos sete meses iniciais do primeiro do.s-anos em oprêço, de 28.406 toneladas, no valor de Cr$ 143.615.000.00.

Ein 1944 as vendas brasileiras de algodão, no mesmo período, elevaram-sc a 65^350 toneladas com o valor correspondente de Ct$ 398.290.000,00. innalmente, de janeiro a julho de 1945, último ano do período considerado, declinaram ligeiramente nossas vendas de algodão.' Elas se fizeram representar ^""^^rcio exterior com um total de 58.167 toneladas, no valor 5.226.000,00. Relativamente ao valor médio da tonelada, verifica-se Im '"^^rs favorável foi igualmente o de 1944. Assim, de 5.056 crftzeiros, de .. o cruzeiros no6.139 em 1944, parasempre situar-.^e a posição levemente inferiord ano próximo findo, se .'ntendo em vista unicamente período dos primeiros sete meses.

de algodão vem ^ o Estado c.Tporí<j<íor de Pernambuco.

tem sido o Estado de São Paulo. A seguir, ^ Os prmcipah- compradores do Brasil foram, por sua voz, a Grã-Bretanha, a

Suécia, a Espanha e a Colômbia. BRASIL

Safra cafeeira para 1946-47

Em comunicação dirigida u Socieda

. um total de 2.090.918.150 cafeeiros,

com a produção de 14.562.728 sacas, haverá una consumo interno de

4.032.338 sacas e um líquido exportá vel de 10.607.092 sacas. No que toca

de Rural Brasileira, o estatístico sr. José do Queiroz,Teles oferece um quadro da

particularmente a São Paulo, a estima

estimativa provável da safra cafeeira

tiva feita

para 1946-47. Considera-a ainda pe quena, ao compará-la com as de anos

em que se apuravam colheitas supenores a 20.000.000 de sacas. Em tô-

das as zonas cafeeiras do Brasil o au

mento previsto para a safra cm ques tão não irá além de 25% relativamente a anterior, calculada em 12.000.000 de sacas.

Os cálculos do sr. José de Queiroz Teles compreendem os Estados de San

ta Catarina, Bahia, Espírito Santo, Goiá.s, Minas Gerais, Paraná, Pernam buco, Rio de Janeiro e São Paulo. Para

lhe

atribui

1.004.488.979

cafeeiros, dos quais 88.000.000 novos. Para um total de 7.495.033 sacas, sai rão 5.895.033 para os portos de em

barque e 1.600.000 para o consumo interno.

Portos liberados

A Comissão de Marinha Mercante de

liberou que em todos os pequenos por tos não organizados do litoral brasileiro e dentro das linhas autorizadas, os ar

madores — respeitadas as tabelas de fre te em vigor — poderão angariar e car rear livremente as cargas exislente.s.

jeitos ao regime de economia dirigida, subordinados a autarquias oficiais, tais como açúcar, sal, pinho, etc.

Da mesma forma, são liberados, para efeito de embarques, os portos organi zados de Manaus, Natal, Cabedelo, Ma ceió, Ilhéus, Niterói, Angra dos Reis, Paranaguá, Imbituna o Laguna. Nas mesmas condições os portos do Rio de Janeiro e Santos já estão libe rados no que se refere aos carregamen tos para os portos do sul do país. Devido a um relativo acúmulo de

mercadorias transportadas para o norte do país, a Comissão de Marinha Mer cante resolveu prosseguir'temporaria mente no controle dos embarques no

Rio de Janeiro e em Santos para. aque

la parte do território nacional.

Padrão de vida no Rio Grande do Sul O Departamento Estadual de Esta

tística do Rio Grande do Sul, segundo o que lemos na "Revista Brasileira de Estatística", promoveu um inquérito sô-

93

"É muito comum — comenta o rela

tório do Departamento Estadual dc Es tatística do Rio Grande — e uso quase generalizado, o funcionário distribuir uma parte dos seus vencimentos a cada

credor ou satisfazer uns com o prejuízo de outros".

Produtos de origem mineral Num dos ramos da economia brasi

leira, o que diz respeito aos produtos do origem rhincral, verifica-se mie atin-

go a quase uma centena a varicdàde das matérias primas exportadas por nosso

país, segundo dados fornecidos pelo Ser viço de Estatística da Produção do Mi nistério da Agricultura. Muitos produ tos que, antes da guerra, mal figura vam nos índices de nossa produção mi

neral agora aciipam uma posição dc primeira plana. Cita-se, como exemplo, a bauxita. Trata-se, como se sabe, de um minério de alumínio mtensamente

consumido pela indústria bebca das Niw

brc o padrão de vida dos funcionários públicos e classes sindicalizadas em 29

cões Unidas. Em 1936, a baimta fi gurava com o total exportado de sete Slhões dc quilos. Daí em diante foi ^

va despesas com empregadas, nem com medico, dentista, cinema e jornais, sen

& nos indiçes estatísticos da produ-

cidades daquele Estado. Dos 220 ques progredindo extraordinàriamente ate tionários distribuídos, apenas 54 foram atingir, em 1943. a soma de /6.761.232 devolvidos. Verificou-sc que a maio ''"como essa, outras matérias primas, alria das famílias informantes não acusa

m.ma? do taportànoia estratemca, sm-

mineral, como, por ex_emplo, argila do elevado também o número das que S refeatária, caolim, gte em bni o ou pre filhos. O maior número de Èamílías parado granito, águas marinhas, arnedWnos, prata em resíduos e nao com filhos tem o seu chefe percebendo Sas, Ppecificad.a, topázios, turma,mas, benvencimentos inferiores a Cr$ 1.000,00. não gastam com frutas ou instrução dos

colnmbita, hematita, volframo, rutilo, A receita das 54 famílias inqueridas, Io tantalita, aço, ferro preparado, siHca, ci mento e ainda outras econòmicamente 42.056,60, dando, em média, por fa menos importantes. mília, Cr$ 778,81, o 141,12, por pes num mes, atingiu a soma de Cr$.;.

soa. A receita média diária por famí

lia ó de Cr$ 25,96 e 4,70 por pessoa. Da receita e despesa diária resulta

um "déficit" de Cr? 9,09 por família e 1,65 por pessoa. Apuram-sc, assim,

Do Exterior argentina Fiava linha aérea

o.s seguintes "deficits" mensais: Cr§.. .

O governo da Argentina — noticia a

272,84, por família e 49,44 por pessoa.

revista americana "Newsweek" — decre-


Dicesto EcoNÓ^^co

exceto dos produtos que continuam su

MICO

PANO

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ALGODÃO EM RAMA

^ Serviço -de Estatística Econômica e Finanças, do Ministério da Fazenda, «»" ^ dos do. ' órgãos - centrais • - ' do I.B.G.E., divulga várias informações sobre as exportações ões brasileiras de algodão em rama, no período de janeiro a julho dos anos de Ifí 1944 1Q4/1 e /, 1945. TQ/ltr 1943,

'

'

'

Em dados absolutos, essa exportação foi, nos sete meses iniciais do primeiro do.s-anos em oprêço, de 28.406 toneladas, no valor de Cr$ 143.615.000.00.

Ein 1944 as vendas brasileiras de algodão, no mesmo período, elevaram-sc a 65^350 toneladas com o valor correspondente de Ct$ 398.290.000,00. innalmente, de janeiro a julho de 1945, último ano do período considerado, declinaram ligeiramente nossas vendas de algodão.' Elas se fizeram representar ^""^^rcio exterior com um total de 58.167 toneladas, no valor 5.226.000,00. Relativamente ao valor médio da tonelada, verifica-se Im '"^^rs favorável foi igualmente o de 1944. Assim, de 5.056 crftzeiros, de .. o cruzeiros no6.139 em 1944, parasempre situar-.^e a posição levemente inferiord ano próximo findo, se .'ntendo em vista unicamente período dos primeiros sete meses.

de algodão vem ^ o Estado c.Tporí<j<íor de Pernambuco.

tem sido o Estado de São Paulo. A seguir, ^ Os prmcipah- compradores do Brasil foram, por sua voz, a Grã-Bretanha, a

Suécia, a Espanha e a Colômbia. BRASIL

Safra cafeeira para 1946-47

Em comunicação dirigida u Socieda

. um total de 2.090.918.150 cafeeiros,

com a produção de 14.562.728 sacas, haverá una consumo interno de

4.032.338 sacas e um líquido exportá vel de 10.607.092 sacas. No que toca

de Rural Brasileira, o estatístico sr. José do Queiroz,Teles oferece um quadro da

particularmente a São Paulo, a estima

estimativa provável da safra cafeeira

tiva feita

para 1946-47. Considera-a ainda pe quena, ao compará-la com as de anos

em que se apuravam colheitas supenores a 20.000.000 de sacas. Em tô-

das as zonas cafeeiras do Brasil o au

mento previsto para a safra cm ques tão não irá além de 25% relativamente a anterior, calculada em 12.000.000 de sacas.

Os cálculos do sr. José de Queiroz Teles compreendem os Estados de San

ta Catarina, Bahia, Espírito Santo, Goiá.s, Minas Gerais, Paraná, Pernam buco, Rio de Janeiro e São Paulo. Para

lhe

atribui

1.004.488.979

cafeeiros, dos quais 88.000.000 novos. Para um total de 7.495.033 sacas, sai rão 5.895.033 para os portos de em

barque e 1.600.000 para o consumo interno.

Portos liberados

A Comissão de Marinha Mercante de

liberou que em todos os pequenos por tos não organizados do litoral brasileiro e dentro das linhas autorizadas, os ar

madores — respeitadas as tabelas de fre te em vigor — poderão angariar e car rear livremente as cargas exislente.s.

jeitos ao regime de economia dirigida, subordinados a autarquias oficiais, tais como açúcar, sal, pinho, etc.

Da mesma forma, são liberados, para efeito de embarques, os portos organi zados de Manaus, Natal, Cabedelo, Ma ceió, Ilhéus, Niterói, Angra dos Reis, Paranaguá, Imbituna o Laguna. Nas mesmas condições os portos do Rio de Janeiro e Santos já estão libe rados no que se refere aos carregamen tos para os portos do sul do país. Devido a um relativo acúmulo de

mercadorias transportadas para o norte do país, a Comissão de Marinha Mer cante resolveu prosseguir'temporaria mente no controle dos embarques no

Rio de Janeiro e em Santos para. aque

la parte do território nacional.

Padrão de vida no Rio Grande do Sul O Departamento Estadual de Esta

tística do Rio Grande do Sul, segundo o que lemos na "Revista Brasileira de Estatística", promoveu um inquérito sô-

93

"É muito comum — comenta o rela

tório do Departamento Estadual dc Es tatística do Rio Grande — e uso quase generalizado, o funcionário distribuir uma parte dos seus vencimentos a cada

credor ou satisfazer uns com o prejuízo de outros".

Produtos de origem mineral Num dos ramos da economia brasi

leira, o que diz respeito aos produtos do origem rhincral, verifica-se mie atin-

go a quase uma centena a varicdàde das matérias primas exportadas por nosso

país, segundo dados fornecidos pelo Ser viço de Estatística da Produção do Mi nistério da Agricultura. Muitos produ tos que, antes da guerra, mal figura vam nos índices de nossa produção mi

neral agora aciipam uma posição dc primeira plana. Cita-se, como exemplo, a bauxita. Trata-se, como se sabe, de um minério de alumínio mtensamente

consumido pela indústria bebca das Niw

brc o padrão de vida dos funcionários públicos e classes sindicalizadas em 29

cões Unidas. Em 1936, a baimta fi gurava com o total exportado de sete Slhões dc quilos. Daí em diante foi ^

va despesas com empregadas, nem com medico, dentista, cinema e jornais, sen

& nos indiçes estatísticos da produ-

cidades daquele Estado. Dos 220 ques progredindo extraordinàriamente ate tionários distribuídos, apenas 54 foram atingir, em 1943. a soma de /6.761.232 devolvidos. Verificou-sc que a maio ''"como essa, outras matérias primas, alria das famílias informantes não acusa

m.ma? do taportànoia estratemca, sm-

mineral, como, por ex_emplo, argila do elevado também o número das que S refeatária, caolim, gte em bni o ou pre filhos. O maior número de Èamílías parado granito, águas marinhas, arnedWnos, prata em resíduos e nao com filhos tem o seu chefe percebendo Sas, Ppecificad.a, topázios, turma,mas, benvencimentos inferiores a Cr$ 1.000,00. não gastam com frutas ou instrução dos

colnmbita, hematita, volframo, rutilo, A receita das 54 famílias inqueridas, Io tantalita, aço, ferro preparado, siHca, ci mento e ainda outras econòmicamente 42.056,60, dando, em média, por fa menos importantes. mília, Cr$ 778,81, o 141,12, por pes num mes, atingiu a soma de Cr$.;.

soa. A receita média diária por famí

lia ó de Cr$ 25,96 e 4,70 por pessoa. Da receita e despesa diária resulta

um "déficit" de Cr? 9,09 por família e 1,65 por pessoa. Apuram-sc, assim,

Do Exterior argentina Fiava linha aérea

o.s seguintes "deficits" mensais: Cr§.. .

O governo da Argentina — noticia a

272,84, por família e 49,44 por pessoa.

revista americana "Newsweek" — decre-


Digesto Econômico 94

criarão de uma linha de transporr.lreó controlada pelo Estado, a fin,

"Newsweek".

Êssc país .sempre foi riai

de cobre e de nitrato.s.

Contudo, os

atender às necessidades internas e en trar na concorrência internacional.

90.000.000 de galões de combustível lí quido que consome anualmente são re cebidos de fora. Desde 1942 que as

cão «prá será a a LADE LAUH' (Lineas (.^--meas Aéreas Aereas dei ücl

sondagens no território de Magallanc-s

A espinha dorsal da nova organiza-

95

ÜiOKSTo EcoNÓ^^co

de obra, o (pial varia de 1 a 2 dólares

mércio lutcmacional.

por hora".

verificou

ESTADOS

Executiva do presidente Truman deci

UNIDOS

de acôrdo

E.sla mudança .se com

uma

Ordem

dindo que as funções da FE A fossem transferidas aos Departrímcntos dc Es

Experiência socialista

tado, Comércio e Agricultura e tam

O governo norte-americano, segundo telegrama recente da Rcuters. pretende

bém à Corporação dc "Finanças de-Re

monte desolado da Terra do Fogo o

fazer experiências de socialismo num

construção.

território onde, dc acôrdo com todas as

autoridades, a iniciativa particular se

MÉXICO

Diz-se nos meios oficiais que a nova

petróleo já jorrou com força, fato teste munhado por Eduardo Octopu.s Simían o Lawrcnce K. Morris, este da Unilcd

rinha mercante do governo. Ela não afetará, contudo, as linhas internacio

Geophysical Co.. A sonda instalada no local alcançara então uma profundidade de 7.428 pés. O petróleo começou a

Estado), do cunho militar. As linhas

de propriedade particular, que operam no país, serão convidadas a participar da nova empresa.

d?, nu Vil

organização lera organização terá símilitüde biiinmuue com com aa

ma-

nais que já servem a Argentina, princi

vêm sendo realizadas.

As últimas no

tícias a respeito informam que nuia

palmente a Pan American e a Pan Ame-

fluir na proporção de um barril e meio

rican Grace Airways.

por minuto.

No dia .seguinte, depois dc uma via

A indústria argentina em 1944

gem perigosa, com mau tempo, através

do estreito de Magalhães, Simian che

lares na pesquisa de petróleo no terri tório de Magallahes, segundo informa ..

'A,' I

ços dc utilidade pública.

O problema Os

proporcionar padrão de vida decente Habitantes.

COLÔMBIA

Inversões americanas

Cultura do café

Um alto representante da Associação

O embaixador da Colômbia nos Es-

a situação da cultura cafccira em seu país: '

Nas plantações dc café, nós pagamos o salário médio de 10 centavos por ho

ra, moeda norte-americana, -a fim de po dermos vender o produto ao preço atual. Os trabalhadores são obrigados a utili cadorias norte-americanas manufatura

sentemente mais de 3.000.000 de dó

ano.s, no valor de trinta milhões de dó

giam aumento de 40% de salários. Al-

p.ira a metade de seus dois milhões de

zar parte do salário em compras de mer

O governo chileno está gastando pre

Aí o governador Guy Rexordt Tugwell e a legislatura local estão pondo em execução um plano dc seis

talada a sonda em questão.

maria, fez as .seguintes declarações sôbre

Pesquisas de ■petróleo

americano.

ção verificada na produção da prata mexicana. Essa diminuição foi de 500 onças, mais ou menos, durante a greve do seis semanas dos mineiros, que exi

ghill, nome do monte em que está ins

O índice geral correspondente ao tra

CHILE

contincnle

baSeavam-se na autorização da Organi zação de Administração de Preços nor te americana para compra de prata me-

Habitantes dessa loca

tado.s Unidos, sr. Carlos Saenz Santa-

mdices têm como período-base as mé dias mensais correspondentes a 1937.

do

recursos nela existentes sòmente podem

de dezembro de 1944, em comparação

ao ano de 1943. Todos esses números-

sudeste

básico c a super-população da ilha.

tróleo chileno.

com o do mesmo mês do ano de 1943, é de 16,3%.

o ano de 1944, foi de 131,1 represen tando uma elevação de 4,0% em relação

a

dírigiram-.se imediatamente para Sprin-

gou a Punta Arenas, a cidade mais me

aumento verificado nesta rubrica no mês

balho de operários na indústria, durante

quilômetros

Press — fornece dados .sôbre a diminui

neiros mas a maior parte permaneceu

lidade, entusiasmados com a boa no\'a,

anterior, um acréscimo de 12,8%. O

ilha de Puerto Rico, a mil e quinhentos

recentemente um telegrama da United

mico da agricultura, indústria c servi

diçe referente às somas dispendidas no

algarismos revelam, em relação ao ano

O local da experiência c a pequena

cuns pequenos produtores entraram em acôrdo com o Sindicato Nacional de Mi

ridional do mundo, com garrafas de pe

junto de determinadas atividades sub metidas a exame, elevou-se a 169,9. Tais

mento.

Produção de prata O Ministério da Economia — anunciou

lares, para o desenvolvimento econô

Em comunicado da Dixeccion Gene ral de Estadistica e Censos de Ia Nación Argentina se lê que o número-ín-

país, com salários ao operariado, duran te o ano de 1944, correspondente áo con

mostrou incapaz dc dominar a situação econômica agora em pleno desmorona

das, tais como ferramentas agrícolas, produtos farmacêuticos, etc., a preços que vigoram nos Estados Unidos, e são, às vezes, mais elevados' do que os esta belecidos de acôrdo com o custo da mão ii .li.

«Mil 1

de Banqueiros de Inversões da América

declarou publicamente que os filiados dessa entidade tem boas perspectivas de

prosperidade, num período que deverá durar,. no mínimo, dois anos.

Acres

centou que tal prosperidade será mate

rialmente aumentada se a eyolução das finanças internacionais se processar poi bom caminho.

Os "excedentes" no estrangeiro O destino a ser dado aos "excedentes"

qiie se encontram no exterior, e que estavam à disposição e sob a responsa bilidade da Administração de Economia Estrangeira, passou recentemente a ser

da competência de um dos departamen tos do Escritório de Operações do Co-

inativa. As reivindicações dos mineiros

Scana a 71 centavos por cinco onças, lnnZ\ente prata norte-ameequivaiei ao preço da autonzaçao, a prarmexicana ora ad-irtóa pelos EstaA,s Unidos na base âe 43 centavos por

""Sscír o'anmento_de preç^ o

tro 'r^Fazlnda determinou maioraçáo denrexicano taPf'" ™ de 40Í%ôb'e a produção, e distribuição do

uma

^'ire ii

"

metal Os proprietários dc mmas, po rém alegam que os lucros auferidos com êsse' aumento de preço foram absorvi dos pela nova tributação. ALEMANHA

A produção do^aço'

Segundo despacho da agência S.F.I,

apresentou-se novo e muito complexo problema a Comissão de Administração que atua em Berlim: a fixação do futu ro nível econômico da Alemanha.

Sur-

■ i


Digesto Econômico 94

criarão de uma linha de transporr.lreó controlada pelo Estado, a fin,

"Newsweek".

Êssc país .sempre foi riai

de cobre e de nitrato.s.

Contudo, os

atender às necessidades internas e en trar na concorrência internacional.

90.000.000 de galões de combustível lí quido que consome anualmente são re cebidos de fora. Desde 1942 que as

cão «prá será a a LADE LAUH' (Lineas (.^--meas Aéreas Aereas dei ücl

sondagens no território de Magallanc-s

A espinha dorsal da nova organiza-

95

ÜiOKSTo EcoNÓ^^co

de obra, o (pial varia de 1 a 2 dólares

mércio lutcmacional.

por hora".

verificou

ESTADOS

Executiva do presidente Truman deci

UNIDOS

de acôrdo

E.sla mudança .se com

uma

Ordem

dindo que as funções da FE A fossem transferidas aos Departrímcntos dc Es

Experiência socialista

tado, Comércio e Agricultura e tam

O governo norte-americano, segundo telegrama recente da Rcuters. pretende

bém à Corporação dc "Finanças de-Re

monte desolado da Terra do Fogo o

fazer experiências de socialismo num

construção.

território onde, dc acôrdo com todas as

autoridades, a iniciativa particular se

MÉXICO

Diz-se nos meios oficiais que a nova

petróleo já jorrou com força, fato teste munhado por Eduardo Octopu.s Simían o Lawrcnce K. Morris, este da Unilcd

rinha mercante do governo. Ela não afetará, contudo, as linhas internacio

Geophysical Co.. A sonda instalada no local alcançara então uma profundidade de 7.428 pés. O petróleo começou a

Estado), do cunho militar. As linhas

de propriedade particular, que operam no país, serão convidadas a participar da nova empresa.

d?, nu Vil

organização lera organização terá símilitüde biiinmuue com com aa

ma-

nais que já servem a Argentina, princi

vêm sendo realizadas.

As últimas no

tícias a respeito informam que nuia

palmente a Pan American e a Pan Ame-

fluir na proporção de um barril e meio

rican Grace Airways.

por minuto.

No dia .seguinte, depois dc uma via

A indústria argentina em 1944

gem perigosa, com mau tempo, através

do estreito de Magalhães, Simian che

lares na pesquisa de petróleo no terri tório de Magallahes, segundo informa ..

'A,' I

ços dc utilidade pública.

O problema Os

proporcionar padrão de vida decente Habitantes.

COLÔMBIA

Inversões americanas

Cultura do café

Um alto representante da Associação

O embaixador da Colômbia nos Es-

a situação da cultura cafccira em seu país: '

Nas plantações dc café, nós pagamos o salário médio de 10 centavos por ho

ra, moeda norte-americana, -a fim de po dermos vender o produto ao preço atual. Os trabalhadores são obrigados a utili cadorias norte-americanas manufatura

sentemente mais de 3.000.000 de dó

ano.s, no valor de trinta milhões de dó

giam aumento de 40% de salários. Al-

p.ira a metade de seus dois milhões de

zar parte do salário em compras de mer

O governo chileno está gastando pre

Aí o governador Guy Rexordt Tugwell e a legislatura local estão pondo em execução um plano dc seis

talada a sonda em questão.

maria, fez as .seguintes declarações sôbre

Pesquisas de ■petróleo

americano.

ção verificada na produção da prata mexicana. Essa diminuição foi de 500 onças, mais ou menos, durante a greve do seis semanas dos mineiros, que exi

ghill, nome do monte em que está ins

O índice geral correspondente ao tra

CHILE

contincnle

baSeavam-se na autorização da Organi zação de Administração de Preços nor te americana para compra de prata me-

Habitantes dessa loca

tado.s Unidos, sr. Carlos Saenz Santa-

mdices têm como período-base as mé dias mensais correspondentes a 1937.

do

recursos nela existentes sòmente podem

de dezembro de 1944, em comparação

ao ano de 1943. Todos esses números-

sudeste

básico c a super-população da ilha.

tróleo chileno.

com o do mesmo mês do ano de 1943, é de 16,3%.

o ano de 1944, foi de 131,1 represen tando uma elevação de 4,0% em relação

a

dírigiram-.se imediatamente para Sprin-

gou a Punta Arenas, a cidade mais me

aumento verificado nesta rubrica no mês

balho de operários na indústria, durante

quilômetros

Press — fornece dados .sôbre a diminui

neiros mas a maior parte permaneceu

lidade, entusiasmados com a boa no\'a,

anterior, um acréscimo de 12,8%. O

ilha de Puerto Rico, a mil e quinhentos

recentemente um telegrama da United

mico da agricultura, indústria c servi

diçe referente às somas dispendidas no

algarismos revelam, em relação ao ano

O local da experiência c a pequena

cuns pequenos produtores entraram em acôrdo com o Sindicato Nacional de Mi

ridional do mundo, com garrafas de pe

junto de determinadas atividades sub metidas a exame, elevou-se a 169,9. Tais

mento.

Produção de prata O Ministério da Economia — anunciou

lares, para o desenvolvimento econô

Em comunicado da Dixeccion Gene ral de Estadistica e Censos de Ia Nación Argentina se lê que o número-ín-

país, com salários ao operariado, duran te o ano de 1944, correspondente áo con

mostrou incapaz dc dominar a situação econômica agora em pleno desmorona

das, tais como ferramentas agrícolas, produtos farmacêuticos, etc., a preços que vigoram nos Estados Unidos, e são, às vezes, mais elevados' do que os esta belecidos de acôrdo com o custo da mão ii .li.

«Mil 1

de Banqueiros de Inversões da América

declarou publicamente que os filiados dessa entidade tem boas perspectivas de

prosperidade, num período que deverá durar,. no mínimo, dois anos.

Acres

centou que tal prosperidade será mate

rialmente aumentada se a eyolução das finanças internacionais se processar poi bom caminho.

Os "excedentes" no estrangeiro O destino a ser dado aos "excedentes"

qiie se encontram no exterior, e que estavam à disposição e sob a responsa bilidade da Administração de Economia Estrangeira, passou recentemente a ser

da competência de um dos departamen tos do Escritório de Operações do Co-

inativa. As reivindicações dos mineiros

Scana a 71 centavos por cinco onças, lnnZ\ente prata norte-ameequivaiei ao preço da autonzaçao, a prarmexicana ora ad-irtóa pelos EstaA,s Unidos na base âe 43 centavos por

""Sscír o'anmento_de preç^ o

tro 'r^Fazlnda determinou maioraçáo denrexicano taPf'" ™ de 40Í%ôb'e a produção, e distribuição do

uma

^'ire ii

"

metal Os proprietários dc mmas, po rém alegam que os lucros auferidos com êsse' aumento de preço foram absorvi dos pela nova tributação. ALEMANHA

A produção do^aço'

Segundo despacho da agência S.F.I,

apresentou-se novo e muito complexo problema a Comissão de Administração que atua em Berlim: a fixação do futu ro nível econômico da Alemanha.

Sur-

■ i


Digesto Econókuco

96

giram divergências entre a Inglaterra c as outras potências ocupantes. Ainda

mente, o primeiro carregamento cie 300 toneladas dêssc produto. ,

'4

não se poaem avaliar as possíveis con

seqüências dêsses antagonismos de opi

ESPANHA

/Imptomenfe gar

nião. Parece, contudo, serem grandes. Com efeito, decidira-se em Potsdam resolver-se até I.° de fe\'ereiro do cor

rente ano o problema geral de repara

Eletrificação de ferrovias

Telegrama da Reuters informa que o

ções. Acreditavam os ingleses servir o

Ígabinete espanhol aprovou planos de

total, já aceito, de 7.500.000 toneladas de aço para determinar o futuro nível

pleta de todas as estradas de ferro do

da indústria alemã. As três outras po

tências ocupantes consideram que o nível deve ser de 5.800.000 toneladas. É pojs, numa diferença de 1.700.000 to-

rnSadlr

ongo prazo para a eletrificação com

GENERAL MOTORS

paí.s, de bitola normal, agora nacionali zadas sob o nlome de R.E.N.F.E. —

Rede Nacional de Ferrocarriles Espanoles.

X

A primeira parte dessa conversão de

grancfe escala afeta cêrca de 4.500 qui produção alemã,

dri7 aéreos,depois é ainda de 17 f a 19 milhões, embora da nas_ de 100 mil. Prevê-se narde P-^o^ução tenhaumasiSoexpor ape-

tação de 600 mÜ toneladas anuais?^sò-

lômetros de estradas de ferro, dos 13

mil da Espanha. Contudo, as notícias referentes ao assunto não dizem quan do será executada essa obra gigantesca. O comunicado oficial anunciando a

decisão do governo admite "as condi

mente de produtos da indústria leve.

ções retrógradas das estradas de ferro

Nenhuma objeção poderia ter sido teita quanto ao montante e.xigido para a industria de aço alemã por parte dos Estados Umdos, França e União Sovié tica, especialmente se se lembrar que a

espanliolas, cujo número é insuficiente para atender às necessidades nacionais".

O comunicado passa a enumerar as vantagens que decorrerão da execução

do aludido plano, citando entre elas a

produção germâmca nesse ramo, em grande economia que se conseguirá com 1932, antes_ do advento do nazismo, foi a eletrificação das estradas e com a li de 6 milhões. Assim, o nível estabe- beração de 1.200 locomotivas a vapor,

íf sm KZ coiresponderá potências, isto ée, 5.800.000, às necessida des de uma Alemanha pacífica. Borracha sintética

Segundo informou a emissora do Pa ris, as fábricas alemãs de borracha sin tética, situadas na zona francesa de ocupação, reiniciaram a atividade. De vera ser enviado para a França, breve

urgentemente reclamadas pelas ferrovias que continuarão a funcionar como até

agora, ou que serão as últimas a serem beneficiadas pelo melhoramento em pers pectiva.

A maioria das estradas já eletrifi

Todo acumulador Delco é vendido sob ampia garantia da General Motors do Brasil. Êste é um dos 6 pontos de vantagem que Delco lhe oferece. Por isso, exija o acumulador de maior rendimento e de longa vida... Exija DELCO I

cadas na Espanha, num total pouco inferior a 1.600 quilômetros, está loca

lizada nas regiões norte e nordeste. As últimas a passarem por esse melhora mento foram as de Madríd-Escorial-Âvi-

la e Madri-Segóvia.

.Acumuêacüpied de C^ÁioÂidad^

DELCO PRODUTO

DA

GENERAL

MOTORS

'•

■^1


Digesto Econókuco

96

giram divergências entre a Inglaterra c as outras potências ocupantes. Ainda

mente, o primeiro carregamento cie 300 toneladas dêssc produto. ,

'4

não se poaem avaliar as possíveis con

seqüências dêsses antagonismos de opi

ESPANHA

/Imptomenfe gar

nião. Parece, contudo, serem grandes. Com efeito, decidira-se em Potsdam resolver-se até I.° de fe\'ereiro do cor

rente ano o problema geral de repara

Eletrificação de ferrovias

Telegrama da Reuters informa que o

ções. Acreditavam os ingleses servir o

Ígabinete espanhol aprovou planos de

total, já aceito, de 7.500.000 toneladas de aço para determinar o futuro nível

pleta de todas as estradas de ferro do

da indústria alemã. As três outras po

tências ocupantes consideram que o nível deve ser de 5.800.000 toneladas. É pojs, numa diferença de 1.700.000 to-

rnSadlr

ongo prazo para a eletrificação com

GENERAL MOTORS

paí.s, de bitola normal, agora nacionali zadas sob o nlome de R.E.N.F.E. —

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A primeira parte dessa conversão de

grancfe escala afeta cêrca de 4.500 qui produção alemã,

dri7 aéreos,depois é ainda de 17 f a 19 milhões, embora da nas_ de 100 mil. Prevê-se narde P-^o^ução tenhaumasiSoexpor ape-

tação de 600 mÜ toneladas anuais?^sò-

lômetros de estradas de ferro, dos 13

mil da Espanha. Contudo, as notícias referentes ao assunto não dizem quan do será executada essa obra gigantesca. O comunicado oficial anunciando a

decisão do governo admite "as condi

mente de produtos da indústria leve.

ções retrógradas das estradas de ferro

Nenhuma objeção poderia ter sido teita quanto ao montante e.xigido para a industria de aço alemã por parte dos Estados Umdos, França e União Sovié tica, especialmente se se lembrar que a

espanliolas, cujo número é insuficiente para atender às necessidades nacionais".

O comunicado passa a enumerar as vantagens que decorrerão da execução

do aludido plano, citando entre elas a

produção germâmca nesse ramo, em grande economia que se conseguirá com 1932, antes_ do advento do nazismo, foi a eletrificação das estradas e com a li de 6 milhões. Assim, o nível estabe- beração de 1.200 locomotivas a vapor,

íf sm KZ coiresponderá potências, isto ée, 5.800.000, às necessida des de uma Alemanha pacífica. Borracha sintética

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'•

■^1


Tim

I 9

Tijolos e peças de alia reírafarledade Akffl™» — Sílko-Al«niiio«>^Silico»o.

•fali Refntám — Cúnento Refratíno

Às pessoas c/e gosfo aprimorado, desejosas de oferecer um presehfe sem par,suc|erimos uma visita á nossa casa.

,C^apmboi par» fvodiçte

(Ahimiaosos. Mirocsím. Zircflnto)

VENDAS A PRAZO

SILIMAX LTD A.

S. MAGALHÃES & CIA.

PRODUTOS CERÂMICOS REFRATÁRIOS fikritai Roí Alcides Q o e i r o i. «7 — S T O. A N D R £

Rua MarconL 84 -

DtfmrUMtw ^ VtmUs! Pnçi d* Sé. 297," /loJ*» s»l« < « « - "d j-iíji Sfo Poolo

Caixa Econômica Federal de Suo Paulo MOVIMENTO DE DEPÓSITOS E SAEDOS DE DEPOSITANTES

sk-

MÓVEIS

de AÇO

PARA ESCRITÓRIOS!

CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 1945

Foi o segruinte o Tnovimento total de depositantes: —

ENTRADAS; Quantidade

Iniciais ..- .. 53.640 Continuação 627.838

Total

Valor

Total

681.478

283.181.384,00' 1.125.992.760,20

— 1.409.174.144,20

Parciais .. 495.982 Liquidação.. 11.214

— 507.196

1.048.271.266,80 106.041.798,10:

— 1.154.313.064,90

Diferença

174.282

retiradas:

Cr$ 254.861.079,30

Pelos algarismos acima se vê que, entre as Entradas e as Retiradas, há uma diferença de 174.282 operações a favor das Entradas, na im portância de Cr$ 254.861.079,30. SALDOS DE DEPOSITANTES — O saldo total em 31 de dezembro

de 1945 era de Cr$ 1.848.817.025.80, a saber:

Cr$

Populares Prazo Fixo .. Especiais .. ..

Contratuais Total

rência de seus escritórios

equipando-os com Móveis de

PaDkuNIZE o serviço e apa

1.633.201.490,90 206.196.714,30 .. ..

3.173.043,00

6.245.777,60 1.848.817.025,80

O saldo em apreço está distribuído ern 5G1.379 cadernetas.

Aço Único. Resistentes, ele gantes, permanecem inalterá veis, pois são construídos de

aço especial, de alta tempe ra. Peça, sem compromis

so algum, a p eseriça de um nosso vendedor.

Fábrica de Cofres''ÚNICO" Ltda. ãbricct Ruc Coronel Carlos Oliva, 76 - Telefone 9-54ô1p' - Cglxo Postei, 30f4


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OFICINA DE CLICH .t

DESENHOS

COMPMIlIil SEGlRiDORil BRASILElRil

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Funídada

em

1921

Sede; RUA DIREITA, 49 - SÃO PAULO

(Edifício próprio) í o

RÚA WASHINGTON LUIZ, 242

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CAPITAL INTEGRALMENTE REALIZADO Cr$- 10.000.000,00

FONE4-3111 • SÃO PAULO

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RESERVAS. MAIS DE CR$ 47.828.66i;00

Sinistros pagos desde a sua fundação em 1921 mais de Cr$ 92.636.871,80

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SEGUROS DE VIDA — FOGO — TRANSPORTES — AERONÁUTI

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COS — ACIDENTES PESSOAIS — TIQUETES — RESPONSABILIDADE

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3-4592 - 3-4593 - 3-4594 - 3-4595 - 3-4596 e 3-4597

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importação - exportação - CABOTAGEM - COLIS POSTAUX MATRIZi

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