DIGESTO ECONÔMICO, número 26, janeiro 1947

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As Crises Açucarciras no Brasil — José Honório Rodrigues História Econômica — Afonso Arinos de Melo A Cenoura e a Vara — " Tlic Econoniist"

Franco

.r.

Progressos do Brasil — Scaward Humpíiry A Crise do Carvão Britânico Repercute no Mundo Inteiro — Frank Lambe Considerações sôbrc a Inflação Brasileira — Amando Mendes A Pesquisa na Propaganda — Jouo Carvalhacs

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Panorama

Econômico

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>Ê>-í-^ í^ÍvS£i?>Mê.i-:

guintes RAPIDEZ

SEGURANÇA

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ECONOMIA São Paulo Rua Mercúrio, 115 Tels. 2-3229 - 2-4234 Rio

Rua General Pedra, 34 TeL: 43-0505

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SOMENTE NA

C^S£»«P11ESEMTES LfiO.S.FRimClSfO IfS £6

Santos

Rua

I

Antonio Prado, 55


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O

//

TfME IS MONEY

/#

O TRANSPORTE RÁPIDO REPRESENTA ECONOMIA.

O ÊXITO DO SEU NEGÓCIO DEPENDE DA EFICIÊNCIA DOS SEUS COLABORADORES.

Cada macaco no seu galho,..

PERMITA-NOS COLABORAR COM V.S., E NÓS LJÍE DAREMOS O MÁXIMO EM EFICIÊNCIA.

COM ÊSTE PROVÉRBIO O povo consagra a A con/ro-morco 4SA e o gofoní/o dos rádios

WEST POINT JEFFERSON HAMILTON

LINCOLN

Transportes diretos entre

especialização. A indústria dos rádios para satisfazer as exigências atuais, só pode ser entregue a engenheiros e técnicos espe

SÁO PAULO — SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL

.MmJíXV/Ç0JP£A60M

cialistas do ramo. Assim procede há 20 anos Indústria e Comércio Assumpção S A. fabri

O

wamBA

BW£rt£/tAU O nORiANOPOUS

POJtfffAlFOffE

lhos de qualquer proveniência.

TRAHSPORTADORA FARROUPILHA

>ndústria B COMÉRCIO

RESPONDE PELO QUE VENDE 1 XJ klj 7b

•'^OSfAL,2025 • SÃO

B.nosimno,

OWiTOS

cante dos aparelhos de contra-marca asa com o seu corpo de engenheiros, técnicos e operários especializados, assegurando uma qualidade apropriada às nossas condições climatéricas, atnda nlo superada por apare

c/pJOOOLFO

SAQPAVLO

Q

SÃO PAULO MATRIZ

Aviiltft Di|is it Cailit, 471

aeàeâáe VIX.I AI.

Alaniia Diqua ria Ciilat,

PORTO AlEGRE FILIAL

Abi CoDiiididir Carala, 421

FILIAL

Mirqalt ria Ciilat, 1SI-I

Fone 5-4891

Fone 1021

Fone 7033

Fone 1028

SÃO PAULO

BLUMENAU

PÕRTO ALEGRE

PELOTAS

Endereços TelegrAficos: TRANSROPILHA


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ryrr^r

DIGESTO

JLiuuii

o mm nas iíígUcíos huh fíndrems uanaiÂL Pob/icado sob os ausp/cíos do

HSSOCIP.CÍO COMERCWIDE SãO PIIÜLO

ECONOMICO

FEDERtCÕO DO COMERCIO DO estado de São paulo

O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA M E N Ano III

Difetor Supetintendente:

São Paulo - tlanoiro de 10-17

AURO soares de moura ANDRADE

O Digesto Eoomú»hí,.o Diretor:

íUI NOGUEIRA MART.NS

Eleirfies EslmluaivS

publicará pròxinianiciite;

Gereríte: A. DdSüvd

O DIGE5TQ ECONÓM CO.órgão de ^formações econó.ni:as e financei ras, de propriedade da Edilôra Co-

'"ercialLtda.,é publicado no primeTro sábado de cada mês.

A direção nã j se resp nsab liza pelos ados cujas fontes estejam deviclaniente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinadrs.

"A EXPERIÊNCIA UOOSEVELT" Dario de Almeida Maf/albfies

"MAIS CAFÉ" — Pimeiitel Goin ICS

tar o nome do D.Gósro ECONÔMICO.

Aceita-se íntenâTibio c/publicações

tiiação aiuhnala. Embora id tenhamos •

c.vcci/fíLo federal regularmente eleito pelo si

"USO MILITAR E USO iNDUSTnr

frií^io do povo e limitado pelas atribuiÇí^

DA ENERGIA ATÔMICA" _ q

cm plena atividade, nos diversos Estados pOT-

febvre d'Ovidío

'

"HENRY GEORGE, advogado "IMPOSTO ÜNICO" -Sn n. • 1 Rivington.

Na transcrição de artig is pede-se ci

país icm vivido, após a promttly.0Ç(''f> o Constituição dc 18 de setembro, timd ^

^'tircourt-

"A PSICOLOGIA A SERVlCo t-x

ATIVIDADES ECONÔMICAS"

Ludwig Mayer.

legislativas de uma C«»íi/íiy7 c de um Senado siste o reeime dos dccrcfos-leis.

Os intervém

fores aincm onvernam com a plenitude de atri buições que lhes foram conferidas pela caríX' nutor<iada a 10 de novembro de 1937 e os háhilos da ditadura. Aos .vcjís flancos, é ver dade, funcionam os conselhos íi^íniníí(rflfit^i mas o âmbito restrito do sua ação e o carátéi não eletivo de seus membros são suficientei

para caracterizá-los como projeções déssc'

congêneres naci.nais e estrangeiras.

mesmos interventores e do poder central, de que ambos detêm o mandato.

ASSINATURAS^

tido das próximas eleições estaduais, marca

Decorre destas circunstâncias o elevado sen^

das para 19 de janeiro. O povo será con-

Digesto Econômico

■Ano (simples) »

CrS 30,00

(registrado)

Cr$ 36,00

Número do mês: Atrasado:

Cr$ 3,00 CrS 5,00

vocado a escolher, nesse dia, os seus repre sentantes às assembléias que traçarão, por cer to, as linhas políticas e administrativas pe culiares a coda Estado.

Não poderemos nos esquecer jamais de qnc

t

a forma federativa, consagrada em nossa lei

Rodaçõo e Admlnístroçõo:

básica, foi até hoje àpenas uma aspiraçiio pràticainente irrealizada. Corrigindo a centra-^

VIADUTO BOA VISTA, 67-7." ANDAR TcL 3-7499 —CA'XA POSTAL, 240-B SÃO PAUIO

lízação imperante — a qual de resto quebrou^

uma sadia tradição inaugurada com a Bepu . blica de 1889 — os deputados com assento


ryrr^r

DIGESTO

JLiuuii

o mm nas iíígUcíos huh fíndrems uanaiÂL Pob/icado sob os ausp/cíos do

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ECONOMICO

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O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA M E N Ano III

Difetor Supetintendente:

São Paulo - tlanoiro de 10-17

AURO soares de moura ANDRADE

O Digesto Eoomú»hí,.o Diretor:

íUI NOGUEIRA MART.NS

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'"ercialLtda.,é publicado no primeTro sábado de cada mês.

A direção nã j se resp nsab liza pelos ados cujas fontes estejam deviclaniente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinadrs.

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Aceita-se íntenâTibio c/publicações

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"HENRY GEORGE, advogado "IMPOSTO ÜNICO" -Sn n. • 1 Rivington.

Na transcrição de artig is pede-se ci

país icm vivido, após a promttly.0Ç(''f> o Constituição dc 18 de setembro, timd ^

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ATIVIDADES ECONÔMICAS"

Ludwig Mayer.

legislativas de uma C«»íi/íiy7 c de um Senado siste o reeime dos dccrcfos-leis.

Os intervém

fores aincm onvernam com a plenitude de atri buições que lhes foram conferidas pela caríX' nutor<iada a 10 de novembro de 1937 e os háhilos da ditadura. Aos .vcjís flancos, é ver dade, funcionam os conselhos íi^íniníí(rflfit^i mas o âmbito restrito do sua ação e o carátéi não eletivo de seus membros são suficientei

para caracterizá-los como projeções déssc'

congêneres naci.nais e estrangeiras.

mesmos interventores e do poder central, de que ambos detêm o mandato.

ASSINATURAS^

tido das próximas eleições estaduais, marca

Decorre destas circunstâncias o elevado sen^

das para 19 de janeiro. O povo será con-

Digesto Econômico

■Ano (simples) »

CrS 30,00

(registrado)

Cr$ 36,00

Número do mês: Atrasado:

Cr$ 3,00 CrS 5,00

vocado a escolher, nesse dia, os seus repre sentantes às assembléias que traçarão, por cer to, as linhas políticas e administrativas pe culiares a coda Estado.

Não poderemos nos esquecer jamais de qnc

t

a forma federativa, consagrada em nossa lei

Rodaçõo e Admlnístroçõo:

básica, foi até hoje àpenas uma aspiraçiio pràticainente irrealizada. Corrigindo a centra-^

VIADUTO BOA VISTA, 67-7." ANDAR TcL 3-7499 —CA'XA POSTAL, 240-B SÃO PAUIO

lízação imperante — a qual de resto quebrou^

uma sadia tradição inaugurada com a Bepu . blica de 1889 — os deputados com assento


r ^,1,4'^ por/am€íifo5 regionais terão como tarefa primordial dar conteúdo real ' O R'""z f^izmente restaurada, depois de duras experiências, r r/iv

Desorientação Econômica

teíeidades símplificadoras de algumas correntes idcoln-

por João Di Pitmto

ESPtXlIAL PARA o "DtOESTO ECONÓMICO"

Se queremos baixar os preços dos gê neros alimentícios é evidente que tal

blcma já tão premente das concentra ções urbanas? Pretenderá que o país

dos gêneros de primeira ncccssulade? Oue o façam por meio do subsidio, tcc-

à subsistência de sua população, imporlando-os de oubos países? Ou será que

V^i^adeni o sentimento iacobitu) da nossa poptdaçâo, apres nfi-se como nação deexplorar aesencolvimento economico e social caracteristicamente dcstgua . uesacotiselha-se, portanto, qualquer tentativa de uniformização sistemática adotados para cada região. Êste fato, por si só, mostra-nos

1 f>rLn,ir ! jw •

cstoduais terõo a enfrentar, cm sua missão de

^ a«;arcnciafoe.s a cada uma dessas regiões, dentro do cono ganico da nação eparticulares de seu aífoíufo fundamental. conceito da autonomia dos Estados e dos municípios retoma nesta mn

^ juntam, um lugar singularmente relevante.

'ção oSíen^r,t" mogiutude c fÔTÇtt í'" RevúbUca. foi obra da Federary,,.!tnhistoríca, iá ferira as atenções dn ® emíiienfes esiadistas Segundo Império. Entremuito âles j^odemos atar Martinho Campos, Tavares Bastos doe Rui Barbosa. O últinw ^mtrTven damlrquicl lipcdrTffa dl goetr"nTo/"'' nutn^fS

/'í proclamara a falência do unitarismo mo

^ ínconcen/cuZc.

prdíícos centralizadoras em que temos incorrido, o movimento

/T,

9"® se concretizará, fatalmente, nas eleições de 19 de janeiro niu/ln

riiuf

^^^V^^sábilidade dos deputados que irão legislar nas assembléias es/n

ao vlpitn^^^ ^s^ponsabÜidade se reflete naturalmente nos partidos que concorrc/n dp spi, '^

condfdflíoí já se apresentam ao corpo eleitoral com a formularãn

VcXuriT'"-- ^

P'"^«los cabe a árdua tJrefa de abordar oJrZfèZ, equilíbrio e objetividade, traçando diretrizes que sirvam

de orientação ^

Vovo lTfZ ^^ T

de maneira a estabelecer entre êstel Tl

A ho característico das verdadeiras democracias, passou 9"^ o mundo atravessa é, sem dúvida, das mais dramáticas. A guerra 03 vaísei ÍILj conseqüências, porém, estão presentes em todos

íaJmZm Sí

""

'"certezas e dúvidas. Os povos civilizados

a elividudelZ fâ"cZZa'/T '"""

reatando

redução não deve, nem pode, como vem venha passar necessidades ou mesmo fleoníeccik/o, ficar a cargo exclusivo do fome pelo abandono das atividades produtor. Como esperar que êste pa agrícolas? Nutre, por acaso, a tola e gue ao seu trabalhador rural salários infundada esperança de transformar da deccnics, ou pelo tnciws suportáveis, noite para o dia um pais predominan SC muitas vâzes os preços fixados para temente agrícola em país indusbial de primeini plana, que possa exportar pro os produtos de sua atividade pouca ou dutos manufaturados em tal escala que nenhuma margem lhe deixam? Querem permita obter recursos com que pa as nossas autoridades baixar os preços lho gar os gêneros alimentícios necessários

nica que foi posta em prática cm todos os países queorientação. adotaram semelhante

17xaminanix>-se a poUtica econóniic. ti j,, Brasil, não podemos deixar de

1 • a"®« ríc «iGiis responsãveis se enconclmr alhciados da centram

dizer, se iicham

realidade e por

™nTÒ fvjao 'esticamos cru apenas^ intúito pelo desejo de criar de diftadXdes'i ação do governo Muito

■ mostras de sen

'i

; qualidades críífraç

^ Ih

: do pat recolTl

onÍfrZt-desSZ dcToZSZZT' ^tZTf ae nosso fi.fí'"',?"/ Estado, que "JJcdezendrro a 2 de d.

deu pública, apure ainda mais desta vez asfá suas

rnandatários com o discernimento

que a situação

política econômica do país possam igno rar os riscos bemendos que traz em seu

bojo semelliante atítude para com a so lução dos nossos problemas. A realidade

Apelamos para o seu bom senso. E o bom senso mostra que num país em que os preços dos artigos manufa-

do tomadas a esmo, sem um estudo

período de 7 anos; em que os salários

metódico e cuidadoso das condições eco

tiveram majorações sucessivas; em que

nômicas do país.

Tais reflexões acodem-nos ao exa^-

nar certos atos das nossas autoridades, e em especial as que se referem à la voura. Como compreender, por exem plo o tabelamento dos gêneros alimen tícios a baixos preços, num pais que

não tomou nenhuma providencia efeb=ie>H^

ca no sentido pejorabvo da palawa? Pensamos que não. Não podemos crer que as pessoas responsáveis pela

nelo contrário, a nossa intenção e de nôr em relevo as incongruências das medidas estatais que parecem vir sen

"'T;tZ""'

age le\'ianamcnte, visando impressionar as massas pela adoção de tais medidas anti-económicas? Estará fazendo políti

va contra a inflação? Pretenderá o Estado que os nossos

agricultores abandonem os campos e ve nham para as cidades agravar o pro-

hirados subiram de 300 a 400%, num

os meios de pagamento subiram assus tadoramente; em que a maior parte dos traballiadores (cerca de 9 em 11 ou

12 milhões) moureja nos campos; em que os níveis de vida na zona rural já eram ínfimos antes da guerra; mostra, como dizíamos, não ser possível a ado ção de medidas econômicas qiie este jam desbuindo as possibilidades de per manência do homem no campo.

Se, por acaso, pensam os nossos di rigentes que as classes operárias das ci-


r ^,1,4'^ por/am€íifo5 regionais terão como tarefa primordial dar conteúdo real ' O R'""z f^izmente restaurada, depois de duras experiências, r r/iv

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ESPtXlIAL PARA o "DtOESTO ECONÓMICO"

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1 f>rLn,ir ! jw •

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^ a«;arcnciafoe.s a cada uma dessas regiões, dentro do cono ganico da nação eparticulares de seu aífoíufo fundamental. conceito da autonomia dos Estados e dos municípios retoma nesta mn

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^ ínconcen/cuZc.

prdíícos centralizadoras em que temos incorrido, o movimento

/T,

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riiuf

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1 • a"®« ríc «iGiis responsãveis se enconclmr alhciados da centram

dizer, se iicham

realidade e por

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■ mostras de sen

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onÍfrZt-desSZ dcToZSZZT' ^tZTf ae nosso fi.fí'"',?"/ Estado, que "JJcdezendrro a 2 de d.

deu pública, apure ainda mais desta vez asfá suas

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que a situação

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bojo semelliante atítude para com a so lução dos nossos problemas. A realidade

Apelamos para o seu bom senso. E o bom senso mostra que num país em que os preços dos artigos manufa-

do tomadas a esmo, sem um estudo

período de 7 anos; em que os salários

metódico e cuidadoso das condições eco

tiveram majorações sucessivas; em que

nômicas do país.

Tais reflexões acodem-nos ao exa^-

nar certos atos das nossas autoridades, e em especial as que se referem à la voura. Como compreender, por exem plo o tabelamento dos gêneros alimen tícios a baixos preços, num pais que

não tomou nenhuma providencia efeb=ie>H^

ca no sentido pejorabvo da palawa? Pensamos que não. Não podemos crer que as pessoas responsáveis pela

nelo contrário, a nossa intenção e de nôr em relevo as incongruências das medidas estatais que parecem vir sen

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age le\'ianamcnte, visando impressionar as massas pela adoção de tais medidas anti-económicas? Estará fazendo políti

va contra a inflação? Pretenderá o Estado que os nossos

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hirados subiram de 300 a 400%, num

os meios de pagamento subiram assus tadoramente; em que a maior parte dos traballiadores (cerca de 9 em 11 ou

12 milhões) moureja nos campos; em que os níveis de vida na zona rural já eram ínfimos antes da guerra; mostra, como dizíamos, não ser possível a ado ção de medidas econômicas qiie este jam desbuindo as possibilidades de per manência do homem no campo.

Se, por acaso, pensam os nossos di rigentes que as classes operárias das ci-


.Liji

I

'• >v'

20

DiCESTO EcONtiNJICO

a

tíescontentes, não obstante

de víft

indiscutível de seu padrão

to -1 .

lembrar que <5sse desconé mundial e decorre evi

exportação, como vem sendo feita, lu^

dentemente da situação de desequilíurn)

moral Knerra.

. 1

,

-

social originado

*

-

pela

tomar quaisquer medijue venham benefiríar farc /<laceoc

e

mente íln niillm. que não poclc .ser eon-

Medithts conlraílitóriíLt

Sabemos que as nossas .safras dc ct?reais foram grandes. Limitada a sua

a qualquer momcn-

,^'enham beneficiar tais classes,

tal

tomem de forma

tal órgão e não trará reflexos desfa\(>rá\ei> na opinião inública sobre a ca

congestionam os transportes c os po^"

veis com a existência das respectivas

oferta e da procura ajiistani os preços de tais produtos aos níveis comj>atíatividades produtoras. Tabelar com o intuito dc, a cu.sta

do produtor, reduzir preços, só iioderá

resultar no encarécimento final ílèslos

^^^<^nnáo aqui, direta e . anen->c'^'r^^' rural e ««penas indiretamentetrabalhador ao fazendeiro.

Ibe permita lucro razoável. Não podemos compreender^ como .se

últímos. Sim, portiuo o lavrador fatal

estiueciíl-.^ qualquer proteção, sempre mente irá procurar outra atividade cjne EstirncK nossos poderes públicos. baixar os preços dos gê® evidente que tal

vem

pode, como

tomam medidas tão contraditórias, pro curando-se de um lado — pelo tabolamento — baixar os preço.s, e dc outro — polo financiamento das culturas — man tê-los em níveis relativamente razoáveis.

Como conciliar atitudes tão contra

éste n-ííT P^®^ntor. Como esperar que 1 l^irios de? ? trabalhador rural sa-

ditórias? E o que dizer dc certas pro

'

gêneros diversos concedidas polo Con

para oT? i

' PoutT r. produtos de sua atividade ' xain? nenhuma margem lhe dei-

'' xar nc

autoridades bai-

de meio primeira .' necpcdf1^íf?'^r^ cessidade? Que o gêneros façam por do

' Hr?

'

1'' ;?Lr 'Semelhante

pacidade adininistraliN-a dos nossos di

oneutação.

Para os demais pensamos que nenhu

ros n.ão escassos, não se justificam, e

só servem para desorganizar a produ

ção e criar "mercados negros" dos res-

i peclivos produtos.

portação.

_ sá trazem a desorganização do co

o mo\imcnto de cabotagem, de expor

ias parciais, quanto medidas parciais, como como as as que vem sciido tomadas. - medidas c|ue se contradi/ian, se chocam e se inutilizam

mércio. a (pu-da da produção pela desconfiançu í|.a- s™ic.a entro u_s rnd.vi-

duos, dostruindc-llios a nnc.aüva, pois

sabido d .pie num amb.cnte de incer

tezas ninunan se anima a trabídjrar, coin rccciZ, dc1 ver com „oro determinações fruto de ser. incs-

d:Z"ttl>ridades estatais. O que urge fazer

Cancelemos

tação c de importação.

Adote-se o critério da paridade, quan do se pretender financiar produtos agrí

colas, permitindo-se consequentemente a retenção do trabalhador ruml no caní-

po. Pela paridade, o lavrador irá re ceber pelo seu produto, proporcional

mente, importância equivalente à que recebia antes da guerra, restabelecendo

assim o seu poder aquisitivo e o dos trabalhadores rurais.

Revise-se toda a nossa política eco nômica, dando-lhe orientação única, que satisfaça às necessidades coletivas, sem

fa\'orecer quaisquer classes em detri

ou em grande parte compronietido pela

rle alltodão em que se lhe permite maior lucro na venda dos respectivos

paz social e de prosperidade econômica.

Os jornais comentararn o fato de que os agricultores não estão conseguindo

ma interferência do governo se toma hecessiiria. Os tabelamentos de gêne

tos. Numa palavra, programe-se tal ex

do'S fúí pSsivel compensar o prodn-

suprimentosa'pe-e compreendendo

Pamc, o trigo e mais uns dois ou três.

de-,

sorganizam a estrutura dos mercados,

que atos como êsse produzem no cam po das atividades agrícolas e comer

adoção de medidas contraditórias, que

sao poucos, ' nas as gorduras vegetais e animais, a

remessas de uma só vez, as quais

dcs elaborem um plano de conjunto, por

,

È iK-eessário <iue as nossas nuloricla-

a nossa políj^ca econômica dos efeitos

porém, não ser necessária

í-ÍFiôeftes

portações, não se permitindo grandes

Liípiidc-se ou reduza-se a ação do certos órgãos burocráticos, como a da Comissão de Marinha Mercante, a qual sòinenle de\eria dispor de uma parte da praça para atender a embarques de emergência, tomando assim mais fácil

rigentes?

selho Federal do Comércio Exterior? Já cogitaram as autoridades cjuc moldam

Já constataram que o chamado qne foi posta em pra- ciais? "plano de emergência" ficou completo adotaram

■I pratica, a não ser para os gêneros

L'

quanto à capacidade dos técnicos dc

vidências desorientadoras, como a .sus supor- pensão das licenças de e.^ortaçao para

'táve?s

Depois de verificada a |>ossibilidade

dos embarques de gêneros alimentícios,

ria, pois que a livre açTio da leri tia

nhuma outra medida se toma necessá

recaiam apenas sôJvmuiC VlveU 3 sempre viveu à

nernc

selho Federal do Comereio Exlorior. or-

.sub-produtos, conccdam-se subsídios aos (juo realmente os elaboram. faça-sc lun controle se\ero de tais ex

*1"^

í-viUentemente. ao trnbolli^ln.

ser\ado clc nm ano para outro? Não foram tais licenças concedidas pcJo Con

gão do g()\èioi) especializado no estu do de nossas jx)ssi!)ilidadi-s econômicas? Não ri'i5resenla Ia! proibição suspeita

coIpiTm °i^ ^"'■'^rgos se repartam etmdade e não recaiam aoena. pela ^Abre ",imr'''i'^ ln;irff/..« zem 11 I

21

Dk;f..sto Econóxuco

for como no caso da carne e do oleo

mento das demais, e teremos assim en

caminhado o país para um período de

"burlent de se trouver enscmble"?

obter preços compensadores para os seus produtos,'e isto deve expIicar-se pela orientação dos tabelamento.s, c prin

cipalmente pela proibição da exporta ção.

Os intermediários,

mesma, retrairam-se,

cm faoe

da

suspendendo

as compras, com receio de uma baixa es

petacular.

Como explicar o decreto da suspen são da exportação de cereais, principal-

, >-v , .

I I nnfji w"

.


.Liji

I

'• >v'

20

DiCESTO EcONtiNJICO

a

tíescontentes, não obstante

de víft

indiscutível de seu padrão

to -1 .

lembrar que <5sse desconé mundial e decorre evi

exportação, como vem sendo feita, lu^

dentemente da situação de desequilíurn)

moral Knerra.

. 1

,

-

social originado

*

-

pela

tomar quaisquer medijue venham benefiríar farc /<laceoc

e

mente íln niillm. que não poclc .ser eon-

Medithts conlraílitóriíLt

Sabemos que as nossas .safras dc ct?reais foram grandes. Limitada a sua

a qualquer momcn-

,^'enham beneficiar tais classes,

tal

tomem de forma

tal órgão e não trará reflexos desfa\(>rá\ei> na opinião inública sobre a ca

congestionam os transportes c os po^"

veis com a existência das respectivas

oferta e da procura ajiistani os preços de tais produtos aos níveis comj>atíatividades produtoras. Tabelar com o intuito dc, a cu.sta

do produtor, reduzir preços, só iioderá

resultar no encarécimento final ílèslos

^^^<^nnáo aqui, direta e . anen->c'^'r^^' rural e ««penas indiretamentetrabalhador ao fazendeiro.

Ibe permita lucro razoável. Não podemos compreender^ como .se

últímos. Sim, portiuo o lavrador fatal

estiueciíl-.^ qualquer proteção, sempre mente irá procurar outra atividade cjne EstirncK nossos poderes públicos. baixar os preços dos gê® evidente que tal

vem

pode, como

tomam medidas tão contraditórias, pro curando-se de um lado — pelo tabolamento — baixar os preço.s, e dc outro — polo financiamento das culturas — man tê-los em níveis relativamente razoáveis.

Como conciliar atitudes tão contra

éste n-ííT P^®^ntor. Como esperar que 1 l^irios de? ? trabalhador rural sa-

ditórias? E o que dizer dc certas pro

'

gêneros diversos concedidas polo Con

para oT? i

' PoutT r. produtos de sua atividade ' xain? nenhuma margem lhe dei-

'' xar nc

autoridades bai-

de meio primeira .' necpcdf1^íf?'^r^ cessidade? Que o gêneros façam por do

' Hr?

'

1'' ;?Lr 'Semelhante

pacidade adininistraliN-a dos nossos di

oneutação.

Para os demais pensamos que nenhu

ros n.ão escassos, não se justificam, e

só servem para desorganizar a produ

ção e criar "mercados negros" dos res-

i peclivos produtos.

portação.

_ sá trazem a desorganização do co

o mo\imcnto de cabotagem, de expor

ias parciais, quanto medidas parciais, como como as as que vem sciido tomadas. - medidas c|ue se contradi/ian, se chocam e se inutilizam

mércio. a (pu-da da produção pela desconfiançu í|.a- s™ic.a entro u_s rnd.vi-

duos, dostruindc-llios a nnc.aüva, pois

sabido d .pie num amb.cnte de incer

tezas ninunan se anima a trabídjrar, coin rccciZ, dc1 ver com „oro determinações fruto de ser. incs-

d:Z"ttl>ridades estatais. O que urge fazer

Cancelemos

tação c de importação.

Adote-se o critério da paridade, quan do se pretender financiar produtos agrí

colas, permitindo-se consequentemente a retenção do trabalhador ruml no caní-

po. Pela paridade, o lavrador irá re ceber pelo seu produto, proporcional

mente, importância equivalente à que recebia antes da guerra, restabelecendo

assim o seu poder aquisitivo e o dos trabalhadores rurais.

Revise-se toda a nossa política eco nômica, dando-lhe orientação única, que satisfaça às necessidades coletivas, sem

fa\'orecer quaisquer classes em detri

ou em grande parte compronietido pela

rle alltodão em que se lhe permite maior lucro na venda dos respectivos

paz social e de prosperidade econômica.

Os jornais comentararn o fato de que os agricultores não estão conseguindo

ma interferência do governo se toma hecessiiria. Os tabelamentos de gêne

tos. Numa palavra, programe-se tal ex

do'S fúí pSsivel compensar o prodn-

suprimentosa'pe-e compreendendo

Pamc, o trigo e mais uns dois ou três.

de-,

sorganizam a estrutura dos mercados,

que atos como êsse produzem no cam po das atividades agrícolas e comer

adoção de medidas contraditórias, que

sao poucos, ' nas as gorduras vegetais e animais, a

remessas de uma só vez, as quais

dcs elaborem um plano de conjunto, por

,

È iK-eessário <iue as nossas nuloricla-

a nossa políj^ca econômica dos efeitos

porém, não ser necessária

í-ÍFiôeftes

portações, não se permitindo grandes

Liípiidc-se ou reduza-se a ação do certos órgãos burocráticos, como a da Comissão de Marinha Mercante, a qual sòinenle de\eria dispor de uma parte da praça para atender a embarques de emergência, tomando assim mais fácil

rigentes?

selho Federal do Comércio Exterior? Já cogitaram as autoridades cjuc moldam

Já constataram que o chamado qne foi posta em pra- ciais? "plano de emergência" ficou completo adotaram

■I pratica, a não ser para os gêneros

L'

quanto à capacidade dos técnicos dc

vidências desorientadoras, como a .sus supor- pensão das licenças de e.^ortaçao para

'táve?s

Depois de verificada a |>ossibilidade

dos embarques de gêneros alimentícios,

ria, pois que a livre açTio da leri tia

nhuma outra medida se toma necessá

recaiam apenas sôJvmuiC VlveU 3 sempre viveu à

nernc

selho Federal do Comereio Exlorior. or-

.sub-produtos, conccdam-se subsídios aos (juo realmente os elaboram. faça-sc lun controle se\ero de tais ex

*1"^

í-viUentemente. ao trnbolli^ln.

ser\ado clc nm ano para outro? Não foram tais licenças concedidas pcJo Con

gão do g()\èioi) especializado no estu do de nossas jx)ssi!)ilidadi-s econômicas? Não ri'i5resenla Ia! proibição suspeita

coIpiTm °i^ ^"'■'^rgos se repartam etmdade e não recaiam aoena. pela ^Abre ",imr'''i'^ ln;irff/..« zem 11 I

21

Dk;f..sto Econóxuco

for como no caso da carne e do oleo

mento das demais, e teremos assim en

caminhado o país para um período de

"burlent de se trouver enscmble"?

obter preços compensadores para os seus produtos,'e isto deve expIicar-se pela orientação dos tabelamento.s, c prin

cipalmente pela proibição da exporta ção.

Os intermediários,

mesma, retrairam-se,

cm faoe

da

suspendendo

as compras, com receio de uma baixa es

petacular.

Como explicar o decreto da suspen são da exportação de cereais, principal-

, >-v , .

I I nnfji w"

.


U' ' O'"UM

25

Dickstí^ Ec:oNÓ\tit;o

o VALOR Do CRUZEIRO Por Eugênio Gudin à sériede dc conferi da Associação Comercial d ■ ■ do Estado de São Pnutn

de equilíbrio entre as moedas de dois paiscs e fazendo-se variar os graus de

preços, durante os próximos seis meses, mas que depois, quando o mundo pas sar o período de fome atual, haverá

dizia que se espera hoje nos Estados

inflação, eoni maior intcn.sidadc cm um

uma queda de preços. Quando che

® Instituto de Economia }ue o

tmo varie de seu vrofiramo.

flação. l-an outras pahuras, se a par

" realizou na sede daquela enti-

A reunião dêsse dia foi nuL.^ ^^^ferência que publicamos a scfiuir.

presidente da ACSP. Saudou

Machado Neto.

' sonalidade «'►uuut? e e a a sua sua autoridade auforidadj> ^ ^^^f^rencista, enaltecendo enunawiuiu a sua perdente do Instituto de Econn^sl^ prcsi Economia ^otéria, o^ dr. João Di Pictro, Pi Paiiln Pauln

ternational Nfonetarx' Fiind" cm que me

tá\«'l fpie se contém nesse princípio e a (Ic (jnc. ]>arlindo-.sc de uma siluapio

país do (iiie em outro, a taxa cambial temh- forçosamente para um nível cor-

e da Federação do Cí>nitVnV>

dade, a 27 de novembro último

pra da nuu-<la". . . A verdade incontcs-

respoiuh-nlc à relação dos graus de in tir (h'

digamos, os preç-os em cni-

zeiros no brasil tivessem quaclruplicazi-iros

Ml»

.

' ^ dianL

constrangimento

de

Econo^

rC

il

Presidente do Instituto de do meu merecimento. assuntos econó-

i'i ®Drnr,.sim IZ T ""T 1 ^"'ca üe

li " mite

verdade

O n.^ u_- '1.

serem, ma.s, prímciraniente, deve-.se procurar onde está a verdade.

2) Solicitado pelos "Diário.s^ Asso

ciados"» opinar sôbre o tôma

O Va-

lôr do Cruzeiro", escrevi dois artigos

aqui foram publicados e nos quais conferência 3ue isse em resumo:

lüeias, já oue t

científico ad-

° esclarecimento da

,, ,

,

riu Machado Neto refeh inipr -I®"^ justiça, entre outros elogios

I Srf ^ honestidade e à sincJrU ft ern^ minhas opiniões. O dever do Id ciaT'o^' ê d-ifi

tífica, intervenham as paixões, se qui-

procurar onde está a ver-

a) que uma vez restabelecida em

sua plenitude o comércio internacional, não poderia o cruzeiro manter-se na taxa cambial atual de cerca de Cr.$ 18.00;

b)

que considerava entretanto ino_

portuno reajustá-lo desde já.

Sôbre o primeiro ponto escrevi^ "A moeda vale pelo que compra; o

'^bem t!lT' tão americano, por exemplo, dara tanto M «'I" tmduziu em sua frase celebre: I ecns pour ceux qui cherchent Ia ve- maior valor ao cruzeiro quanto maior for o poder de compra desse cruzeiro "C e que Gide tão bem caracterizou r neste período lapidar: "L'indifférence fj superbe avec kquelle ces economistes

sôbre mercadorias brasileiras.

Ninguém

.s ílu iJs croient être Ia vérité, sans se

adquire moeda estrangeira com outro fim, já que a moeda só tem uma utili dade, — a de comprar. Transposto pa

p ra en tirer pour ediner ou pour démo-

mado da "paridade do poder de com-

i", dc^ 1'école ricardienne démontrent ce

ç préoccuper des conséquences qu'on pour-

ra a terminologia técnica e devidamen te desenvolvido, esse é o principio cha

Tais foram as proposições que eu enunciei sobre o valor do cruzeiro. Ao

aqui vos falar sôbre este mesmo te ma. eu lhe ponderei que já havia dito

lifiqúe".

Depois de atingida a verdade cien

país.

cado o Nalor do cruzeiro, expresso cm um

i "■ seleta í ,^^'stència tão numerosa e Pronunffo generosas que 1 ' ■'^lachadTNeio'"'"] l i pelo ie pS-1 T P^^oferidas

bial, sem abalo para a economia do

con\'idar-me o vosso presidente para

Estados Unidos tivessem apc-nas dupli

br, a vraiment une bellc allure scicn-

palestra, em Sã palest

gar a nora dos preç-os em dólares caí rem, poderemos reajustar a ta.Na cam

(Io. enquanto os preços em dólarc nos dólares tenderia para a metade do que era cm 1939. Digo "tenderia , coriio um pendido tendc^>ara ^P^f ão veriú <,n.- I.í ^ '.Í!:^;sóHasl"'Mpí-cialmcnlc nas ™ cc.ino• instáveis, , c,n™são^-«

êxito da referida fo, ' ,em precedentes!

Unidos um aumento de 15% a 20% nos

fprX .s prit-ries dos paises latinc-

amci i -ános, q"V dfio U;!?ar a repetidos

desv

da posieão tnádia desvios oca-

r nuníores, maior ou menor entrada V/14

*

- -

''"sôbre '

tudo quanto pensava sôbre o assunto. Mas o vosso presidente insistiu, não só

com a autoridade que decorre de sua

personalidade c do seu cargo, como com aquele irresistível poder de sedução que todos lhe reconhecem.

Obedeço portanto às suas ordens, mas isso me forçará a penetrar um

pouco no campo da teoria, pelo que peço desde já ao auditório minhas des culpas pelo fastídio da palestra.

I)

P°"'"

Ofiínistíjs e pessimistas

-

■■Penso contudo que, no momento, nao

. ..qn O reaiustamento da taxa cam-

biafao nivel da paridade do poder de Xprii, em que ela so tora de estabe lecer 1 ' ^7'

iiuc não sabemos a que altura se estalíilizará o poder de compra do dólar. Uma clesvaforizaçáo cio cruzeiro em re-

3) a

Dois são os pontos preliminares

esclarecer:

a)

Em matéria de valor do cruzei

ro, não há como ser baixista ou ser altista. Não há escolha. O cruzeiro,

m-

por fòrça das enormes quantídades que foram emitidas, já perdeu definitiva mente uma grande parte do seu póu^r de compra. Não há como restabelecê-lo, a não ser pela hipótese, hoje inaceitá

ex-

vel, de uma deflação drástica, que se

Uc -,o ao dólar, no momento atual, fa ria subir o preço das mercadonas iinportadas e ainda mais agravaria a ilação pela compra das leUas de

pirtaçrio à maior preço. O reajusta-

ria tanto ou mais perniciosa do que a

meu ver com repercussões muito me

nos violentas para a economia nacio

depreciação do poder de compra do dó lar e da libra equivalente à mie sofreu

xarão de baixar, os preços em dólares

to improvável.

mento cambial sc poderá processar, a

nal quando baixarem, como nao dei

inflação, salvo, claro é, se houver uma

o nosso cruzeiro, liipótese também mm-

b) Em vez de abordar o problema Depois de escrever cs retendes arb -do valor do cruzeiro pelo seu poder de

no exterior".

gos, recebi carta de um amigo do In -compra, isto é, pelas Índices gerais e


U' ' O'"UM

25

Dickstí^ Ec:oNÓ\tit;o

o VALOR Do CRUZEIRO Por Eugênio Gudin à sériede dc conferi da Associação Comercial d ■ ■ do Estado de São Pnutn

de equilíbrio entre as moedas de dois paiscs e fazendo-se variar os graus de

preços, durante os próximos seis meses, mas que depois, quando o mundo pas sar o período de fome atual, haverá

dizia que se espera hoje nos Estados

inflação, eoni maior intcn.sidadc cm um

uma queda de preços. Quando che

® Instituto de Economia }ue o

tmo varie de seu vrofiramo.

flação. l-an outras pahuras, se a par

" realizou na sede daquela enti-

A reunião dêsse dia foi nuL.^ ^^^ferência que publicamos a scfiuir.

presidente da ACSP. Saudou

Machado Neto.

' sonalidade «'►uuut? e e a a sua sua autoridade auforidadj> ^ ^^^f^rencista, enaltecendo enunawiuiu a sua perdente do Instituto de Econn^sl^ prcsi Economia ^otéria, o^ dr. João Di Pictro, Pi Paiiln Pauln

ternational Nfonetarx' Fiind" cm que me

tá\«'l fpie se contém nesse princípio e a (Ic (jnc. ]>arlindo-.sc de uma siluapio

país do (iiie em outro, a taxa cambial temh- forçosamente para um nível cor-

e da Federação do Cí>nitVnV>

dade, a 27 de novembro último

pra da nuu-<la". . . A verdade incontcs-

respoiuh-nlc à relação dos graus de in tir (h'

digamos, os preç-os em cni-

zeiros no brasil tivessem quaclruplicazi-iros

Ml»

.

' ^ dianL

constrangimento

de

Econo^

rC

il

Presidente do Instituto de do meu merecimento. assuntos econó-

i'i ®Drnr,.sim IZ T ""T 1 ^"'ca üe

li " mite

verdade

O n.^ u_- '1.

serem, ma.s, prímciraniente, deve-.se procurar onde está a verdade.

2) Solicitado pelos "Diário.s^ Asso

ciados"» opinar sôbre o tôma

O Va-

lôr do Cruzeiro", escrevi dois artigos

aqui foram publicados e nos quais conferência 3ue isse em resumo:

lüeias, já oue t

científico ad-

° esclarecimento da

,, ,

,

riu Machado Neto refeh inipr -I®"^ justiça, entre outros elogios

I Srf ^ honestidade e à sincJrU ft ern^ minhas opiniões. O dever do Id ciaT'o^' ê d-ifi

tífica, intervenham as paixões, se qui-

procurar onde está a ver-

a) que uma vez restabelecida em

sua plenitude o comércio internacional, não poderia o cruzeiro manter-se na taxa cambial atual de cerca de Cr.$ 18.00;

b)

que considerava entretanto ino_

portuno reajustá-lo desde já.

Sôbre o primeiro ponto escrevi^ "A moeda vale pelo que compra; o

'^bem t!lT' tão americano, por exemplo, dara tanto M «'I" tmduziu em sua frase celebre: I ecns pour ceux qui cherchent Ia ve- maior valor ao cruzeiro quanto maior for o poder de compra desse cruzeiro "C e que Gide tão bem caracterizou r neste período lapidar: "L'indifférence fj superbe avec kquelle ces economistes

sôbre mercadorias brasileiras.

Ninguém

.s ílu iJs croient être Ia vérité, sans se

adquire moeda estrangeira com outro fim, já que a moeda só tem uma utili dade, — a de comprar. Transposto pa

p ra en tirer pour ediner ou pour démo-

mado da "paridade do poder de com-

i", dc^ 1'école ricardienne démontrent ce

ç préoccuper des conséquences qu'on pour-

ra a terminologia técnica e devidamen te desenvolvido, esse é o principio cha

Tais foram as proposições que eu enunciei sobre o valor do cruzeiro. Ao

aqui vos falar sôbre este mesmo te ma. eu lhe ponderei que já havia dito

lifiqúe".

Depois de atingida a verdade cien

país.

cado o Nalor do cruzeiro, expresso cm um

i "■ seleta í ,^^'stència tão numerosa e Pronunffo generosas que 1 ' ■'^lachadTNeio'"'"] l i pelo ie pS-1 T P^^oferidas

bial, sem abalo para a economia do

con\'idar-me o vosso presidente para

Estados Unidos tivessem apc-nas dupli

br, a vraiment une bellc allure scicn-

palestra, em Sã palest

gar a nora dos preç-os em dólares caí rem, poderemos reajustar a ta.Na cam

(Io. enquanto os preços em dólarc nos dólares tenderia para a metade do que era cm 1939. Digo "tenderia , coriio um pendido tendc^>ara ^P^f ão veriú <,n.- I.í ^ '.Í!:^;sóHasl"'Mpí-cialmcnlc nas ™ cc.ino• instáveis, , c,n™são^-«

êxito da referida fo, ' ,em precedentes!

Unidos um aumento de 15% a 20% nos

fprX .s prit-ries dos paises latinc-

amci i -ános, q"V dfio U;!?ar a repetidos

desv

da posieão tnádia desvios oca-

r nuníores, maior ou menor entrada V/14

*

- -

''"sôbre '

tudo quanto pensava sôbre o assunto. Mas o vosso presidente insistiu, não só

com a autoridade que decorre de sua

personalidade c do seu cargo, como com aquele irresistível poder de sedução que todos lhe reconhecem.

Obedeço portanto às suas ordens, mas isso me forçará a penetrar um

pouco no campo da teoria, pelo que peço desde já ao auditório minhas des culpas pelo fastídio da palestra.

I)

P°"'"

Ofiínistíjs e pessimistas

-

■■Penso contudo que, no momento, nao

. ..qn O reaiustamento da taxa cam-

biafao nivel da paridade do poder de Xprii, em que ela so tora de estabe lecer 1 ' ^7'

iiuc não sabemos a que altura se estalíilizará o poder de compra do dólar. Uma clesvaforizaçáo cio cruzeiro em re-

3) a

Dois são os pontos preliminares

esclarecer:

a)

Em matéria de valor do cruzei

ro, não há como ser baixista ou ser altista. Não há escolha. O cruzeiro,

m-

por fòrça das enormes quantídades que foram emitidas, já perdeu definitiva mente uma grande parte do seu póu^r de compra. Não há como restabelecê-lo, a não ser pela hipótese, hoje inaceitá

ex-

vel, de uma deflação drástica, que se

Uc -,o ao dólar, no momento atual, fa ria subir o preço das mercadonas iinportadas e ainda mais agravaria a ilação pela compra das leUas de

pirtaçrio à maior preço. O reajusta-

ria tanto ou mais perniciosa do que a

meu ver com repercussões muito me

nos violentas para a economia nacio

depreciação do poder de compra do dó lar e da libra equivalente à mie sofreu

xarão de baixar, os preços em dólares

to improvável.

mento cambial sc poderá processar, a

nal quando baixarem, como nao dei

inflação, salvo, claro é, se houver uma

o nosso cruzeiro, liipótese também mm-

b) Em vez de abordar o problema Depois de escrever cs retendes arb -do valor do cruzeiro pelo seu poder de

no exterior".

gos, recebi carta de um amigo do In -compra, isto é, pelas Índices gerais e


25

D'C-l-S'H' líCONÓMiCC) 24

DicESTO EcoS^NtlCO

ign.il à (juantidiule nrocunula c o merahnrfV 1

procuram

mcTü

previsão do balanço de pessimistas dirão que

Pürbi -

escassas, que as im-

de senso, porque uma naç-ão s«j i-xporta 4) Entremos agora um poiicr) polo campo cia teoria pura x'rr cm cpu? ooii-

niuif-

no balanço de pagamentos. A taxa cíunbial traduz, a «|iialfpior

dixãf ^ ^^íí^í^ngeiro, etc. Os otimistas nossos produtos vão ter o turismo vai se in-

tensifi

Ços c-nn"^ ®

produzir a preconcorrer com o estran-

^<-'ro no exterior, etc.

Snortf-

Sítni Portac-ln'^f^ Produzir n ^ domo-: "'ildo fl H-t 40 'listíiria 'btória . ,'l'na adid n

e

T- '™''° " '«ta

e ástí importações, pasque podemos ® deduzem que poconsideravelmente o

balanço de pagamentos,

- 1' . ainfl.T lió

ouvindo üuvinüo esta esta poucos meses no.sso

Washington fez

siste a suposta teoria cam]>ial !>aseada momento, o prcc,í) da moeda estrangeira expresso em moeda nacMinal.

l*Jssa taxa

j^26-l93o

19.31-1935 ^^■36-194o

2.323.000 3.018.000 3.897.000 6.062.000 11.776.000

4.322.000

bial, a cada momento, para c.ssa moeda. Paru aplicar o método usual das cur vas do oferta c dc ]5rocnra. determi nantes dos prcço.s dc mercadorias, ao

ta pavsará de SS a S S ; o preçu passara ,r D .. P" «• a (luanlidade c-oiuprada,

A importação, a exportação, o aflu-xt' Dii o êxodo do capitais são forças estreilanionte interdependentes. Se cresce o

caso da moeda, basta tomar a

morda

estrangeira como se fòssc uma qualquer

^ mcoda1

I""'" ^ ic

»r«n<feira comprada ou j .u-p--ndcn, das \enditaxas

cax.. d s

camiaa.s í"

estrangeira,

dessa

,j j ^

,! procura cfclixa

importação) ao

/ o aumenta a procura

a

mercadoria para a qiial a "procura s©

expressa cm termos cfe moeda nacional. Na figura os preços cje moeda eslrau-

11.923.000

16.318.000

24.726.000

dos Y e as quantidades de moeda es

25»66a.000

geíra (isto é, as taxas de câmbio, ex moeda nacional a serem pagas

de uni

dade estrangeira) são medidas no eixo trangeira comprada ou vendida no eixo dos X.

querer aumentar sòmente as expor-

O ponto de interseção da curva DE> da procura e SS da oferta é P. Isto

PUrtações, o que seria aliás desprovido

tidade de moeda estrangeira oferecida é

^Çoes,^ sem o aumento paralelo das im- quer dizer que a ôsse preço PQ a quan

estrangeira.

\alor das exportações, o que em geral coincide com o incremento da entrada

de capitais (fases dc prosperidade nos paises-lideres), a abundância de recur-, sos estimula, por sua vez, as importa ções; e a alta dos custos dc produção domésticos, resultante dessa abundância

cie dinheiro, passa a refrear as exporta ções.

.transaç<it_ -'ir i„;^àcilais, tanto asas cidee ^,^.p(„-tação como

capitais (fases de depressão nos países-

r 1^'''\. traduz '

a' Q"' QUnnLj,lTd-:3

mente feliz porque exprime a estreita

Seüva r^ci, nacional (aumento dc exportações). imixirt.içao

pressas pelo número de unidades

g ^so bem mostra o absurdo de

7Â. uL ,.rc-c-. -.i. -.1." I>"Q^

natuiMinu Mle «'™" assún q..c da

4.903.000 7.397.000 15.224.000 17.572.000

15.545.000

apropriada. Essa imagem de Keynes ó especial

.•:ionam u procura c a oferta da moeda

a"

3.801.000

sólidos onde a dos líquidos .seria muis

feita. mas a mu preço mais alto P"Q'.

aítos por c-ssa mm-da. A curva da ofer

Cr$ 1.000,00

^^U-195 Í^21-192.5

tância fixa o em aplicar a teoria dos

dizc-r <|ue será piocâso pagar preços mais

do preço quo vigora no mercado cam

exportações e das

Exportação

balanç-o de pagamentos é uma impor

interdependência das forças que impul-

qne elas crescem paralelamente. É o que se oos seguintes algarismos:

Importação

Como bem disso Keynes (1) o èrro

dêsse raciocínio está em .supor que o

expor(:içãu. por i-.xemplo), o ({ue quer

^ estatística quin-

{^1-1905 ^906-l9if\

ÜD a D'0' e o ponto de interseção pas.sará a P'. A maior procura foi .satis

pagamentos seria um puro círculo \"icioso.

Iro preço. A propen.são a eomnrar ou a vender moeda estrangeira ciepcndo

forçosamente o das

^"^■Portac^.

•i

nal ))or parte dc pessoas ipic tem dc sati-sla/iT pagamentos ein iiuiecla esliangeira. A eur\a de procura passar:! de

passou. A suiwsta teoria do balanço do

Pode- também lunc-r uma redução do oferta de moeda estrangeira ((pieda de

b

n^ase

%

O baiunçx) de pagamentos é a sim

fica portanto sujeita ao inecanisaiio da oferta e da pnxnara, como r|ual<juer cui-

f Janeiro uma conferência sò"fm» Esquecem-se todos, pot oxXt' ^ adianl PortaSjpç ' aumento das ex-

1

moeda csliang«-iia aumenta, isto é. (lue.

ples trailução contubilislica do que se

à procura de ii»'i(la estrangeira pre existente. jnnla-se uniu procura adicio

Um pouco dc tcorUi

a forçosamente avultar, que canif^f'*''^ política e social afastará o

da profum.

S-^poubiiiiuis agtíra (pie a procura dc

para píxlcr importar.

uma forte interdependência da oferta ^

cadí) cst:i i iii cíiniliurio.

cstrangei-

' V fins, cujo conjunto se

- mta cl,,,,amada balanço das dc dependência

pagamentos, csui n. taxas cambiais.

i

,

Quando, ao contrário, baixa o

valor das e.xportações, o que em geral

coincide com a cessação da entrada de

lícleres), a deflação resultante reduz o volume das importaç-ões, baixa os custo.s

de produção domésticos, o que passa a estimular as exportações.

"Exportar muito e importar pouco" é um ranço do velho espírito mercan

Ora se o balanço dc pagamentos de pende' das taxas cambiais,

tilista.

Os "trends" das duas correntes

balanço dc pagamentos, como quiseram

nos possam comprar

de troca tendem forçosamente para o

pretender deduzir as taxas cambiais do

paralelismo.

Para que os outros paises

.sustentar alguns economistas alemaes (Helficricb, Ilavcnstcin, etc). No caso

ções) é indispensável que nós lhes su

como a procura dependem do preço.

como lhes havemos de suprir cruzeiros se não lhes comprannos? Em outras pa-

(nossas exporta

pramos os cmzeiros necessários, porque

dc iiualquer mercadoria tanto a oferta

só o Brasil pode suprir cinzeiros.

No caso da taxa cambial (preço da moeda estrangeira), mais ainda do que no caso do preço das mercadorias, ha

(1)

Economlc Journal — 1929. pág. 6.

E


25

D'C-l-S'H' líCONÓMiCC) 24

DicESTO EcoS^NtlCO

ign.il à (juantidiule nrocunula c o merahnrfV 1

procuram

mcTü

previsão do balanço de pessimistas dirão que

Pürbi -

escassas, que as im-

de senso, porque uma naç-ão s«j i-xporta 4) Entremos agora um poiicr) polo campo cia teoria pura x'rr cm cpu? ooii-

niuif-

no balanço de pagamentos. A taxa cíunbial traduz, a «|iialfpior

dixãf ^ ^^íí^í^ngeiro, etc. Os otimistas nossos produtos vão ter o turismo vai se in-

tensifi

Ços c-nn"^ ®

produzir a preconcorrer com o estran-

^<-'ro no exterior, etc.

Snortf-

Sítni Portac-ln'^f^ Produzir n ^ domo-: "'ildo fl H-t 40 'listíiria 'btória . ,'l'na adid n

e

T- '™''° " '«ta

e ástí importações, pasque podemos ® deduzem que poconsideravelmente o

balanço de pagamentos,

- 1' . ainfl.T lió

ouvindo üuvinüo esta esta poucos meses no.sso

Washington fez

siste a suposta teoria cam]>ial !>aseada momento, o prcc,í) da moeda estrangeira expresso em moeda nacMinal.

l*Jssa taxa

j^26-l93o

19.31-1935 ^^■36-194o

2.323.000 3.018.000 3.897.000 6.062.000 11.776.000

4.322.000

bial, a cada momento, para c.ssa moeda. Paru aplicar o método usual das cur vas do oferta c dc ]5rocnra. determi nantes dos prcço.s dc mercadorias, ao

ta pavsará de SS a S S ; o preçu passara ,r D .. P" «• a (luanlidade c-oiuprada,

A importação, a exportação, o aflu-xt' Dii o êxodo do capitais são forças estreilanionte interdependentes. Se cresce o

caso da moeda, basta tomar a

morda

estrangeira como se fòssc uma qualquer

^ mcoda1

I""'" ^ ic

»r«n<feira comprada ou j .u-p--ndcn, das \enditaxas

cax.. d s

camiaa.s í"

estrangeira,

dessa

,j j ^

,! procura cfclixa

importação) ao

/ o aumenta a procura

a

mercadoria para a qiial a "procura s©

expressa cm termos cfe moeda nacional. Na figura os preços cje moeda eslrau-

11.923.000

16.318.000

24.726.000

dos Y e as quantidades de moeda es

25»66a.000

geíra (isto é, as taxas de câmbio, ex moeda nacional a serem pagas

de uni

dade estrangeira) são medidas no eixo trangeira comprada ou vendida no eixo dos X.

querer aumentar sòmente as expor-

O ponto de interseção da curva DE> da procura e SS da oferta é P. Isto

PUrtações, o que seria aliás desprovido

tidade de moeda estrangeira oferecida é

^Çoes,^ sem o aumento paralelo das im- quer dizer que a ôsse preço PQ a quan

estrangeira.

\alor das exportações, o que em geral coincide com o incremento da entrada

de capitais (fases dc prosperidade nos paises-lideres), a abundância de recur-, sos estimula, por sua vez, as importa ções; e a alta dos custos dc produção domésticos, resultante dessa abundância

cie dinheiro, passa a refrear as exporta ções.

.transaç<it_ -'ir i„;^àcilais, tanto asas cidee ^,^.p(„-tação como

capitais (fases de depressão nos países-

r 1^'''\. traduz '

a' Q"' QUnnLj,lTd-:3

mente feliz porque exprime a estreita

Seüva r^ci, nacional (aumento dc exportações). imixirt.içao

pressas pelo número de unidades

g ^so bem mostra o absurdo de

7Â. uL ,.rc-c-. -.i. -.1." I>"Q^

natuiMinu Mle «'™" assún q..c da

4.903.000 7.397.000 15.224.000 17.572.000

15.545.000

apropriada. Essa imagem de Keynes ó especial

.•:ionam u procura c a oferta da moeda

a"

3.801.000

sólidos onde a dos líquidos .seria muis

feita. mas a mu preço mais alto P"Q'.

aítos por c-ssa mm-da. A curva da ofer

Cr$ 1.000,00

^^U-195 Í^21-192.5

tância fixa o em aplicar a teoria dos

dizc-r <|ue será piocâso pagar preços mais

do preço quo vigora no mercado cam

exportações e das

Exportação

balanç-o de pagamentos é uma impor

interdependência das forças que impul-

qne elas crescem paralelamente. É o que se oos seguintes algarismos:

Importação

Como bem disso Keynes (1) o èrro

dêsse raciocínio está em .supor que o

expor(:içãu. por i-.xemplo), o ({ue quer

^ estatística quin-

{^1-1905 ^906-l9if\

ÜD a D'0' e o ponto de interseção pas.sará a P'. A maior procura foi .satis

pagamentos seria um puro círculo \"icioso.

Iro preço. A propen.são a eomnrar ou a vender moeda estrangeira ciepcndo

forçosamente o das

^"^■Portac^.

•i

nal ))or parte dc pessoas ipic tem dc sati-sla/iT pagamentos ein iiuiecla esliangeira. A eur\a de procura passar:! de

passou. A suiwsta teoria do balanço do

Pode- também lunc-r uma redução do oferta de moeda estrangeira ((pieda de

b

n^ase

%

O baiunçx) de pagamentos é a sim

fica portanto sujeita ao inecanisaiio da oferta e da pnxnara, como r|ual<juer cui-

f Janeiro uma conferência sò"fm» Esquecem-se todos, pot oxXt' ^ adianl PortaSjpç ' aumento das ex-

1

moeda csliang«-iia aumenta, isto é. (lue.

ples trailução contubilislica do que se

à procura de ii»'i(la estrangeira pre existente. jnnla-se uniu procura adicio

Um pouco dc tcorUi

a forçosamente avultar, que canif^f'*''^ política e social afastará o

da profum.

S-^poubiiiiuis agtíra (pie a procura dc

para píxlcr importar.

uma forte interdependência da oferta ^

cadí) cst:i i iii cíiniliurio.

cstrangei-

' V fins, cujo conjunto se

- mta cl,,,,amada balanço das dc dependência

pagamentos, csui n. taxas cambiais.

i

,

Quando, ao contrário, baixa o

valor das e.xportações, o que em geral

coincide com a cessação da entrada de

lícleres), a deflação resultante reduz o volume das importaç-ões, baixa os custo.s

de produção domésticos, o que passa a estimular as exportações.

"Exportar muito e importar pouco" é um ranço do velho espírito mercan

Ora se o balanço dc pagamentos de pende' das taxas cambiais,

tilista.

Os "trends" das duas correntes

balanço dc pagamentos, como quiseram

nos possam comprar

de troca tendem forçosamente para o

pretender deduzir as taxas cambiais do

paralelismo.

Para que os outros paises

.sustentar alguns economistas alemaes (Helficricb, Ilavcnstcin, etc). No caso

ções) é indispensável que nós lhes su

como a procura dependem do preço.

como lhes havemos de suprir cruzeiros se não lhes comprannos? Em outras pa-

(nossas exporta

pramos os cmzeiros necessários, porque

dc iiualquer mercadoria tanto a oferta

só o Brasil pode suprir cinzeiros.

No caso da taxa cambial (preço da moeda estrangeira), mais ainda do que no caso do preço das mercadorias, ha

(1)

Economlc Journal — 1929. pág. 6.

E


r-

Dicesto Econónuco

lavras, como hão de êles nos comprar se nós não compramos deles? É sabido

3ue o maior "liandícap" às exportações

vai importar o muito que o.s outros ex

portam"?

os Estados Unidos tem sido a escassez

essa que, no conceito unânime dos ame

ricanos (2), só pode ser remediada por dois meios: aumento de importações ou exportação de capitais. Se os Estados Unidos não importam, o mundo não tem dólares para lhes comprar. Em outras

pala\Tas:_ sem importações não haverá exportações.

Acresce que nenhum país dispõe de fatores de produção em quantidade ili Se se procura substituir as im

portações por artigos de produção do méstica, os fatores de produção neces

.5)

Vemos portanto que a suposta

ser abordado sob outros aspectos, o da paridade do poder do compra. "Pagando um certo preço pela moe da estrangeira, escreve Cassei, nós en caramos especialmente essa moeda dp ponto do vista do poder de compra que ela possui quanto a mercadorias e ser

viços do país estrangeiro. Por outio la do, quando oferecemos uma certa quan

tidade de nossa própria moeda, estamos

doméstica só podem ser tirados do se

a.s nossas próprias mercadorias o servi

tações.

*'If there are less imports, there

wül be less exports and labor, if employed more in the new way is emploved less in the old", escreve Taus-

sig'(3). Èsse ranço mercantilista a que me re firo foi bem caracterizado pelo grande

oferecendo um poder de compra sobre Por conseguinte, nossa avaliação

de uma moeda estrangeira, oxiiressa em moeda nacional, depende principalmen te do poder de compra relativo das duas moedas em seus respectivos paí.ses de origem".

Cada moeda vale pelo que ela é ca paz de comprar ern seu pais de origem e a taxa de câmbio entre as moedas de

economista inglês Colin Clark, ao es

dois paí.ses tende a se estabelecer na relação dos preços em um e cm outro,

crever:

isto é, no nível da paridade do poder

"Se alguém inventasse um novo siste

ma de matemáticas, pelo qual cada país

pudesse importar menos e exportar mais,

prestaria ao mundo um grande serviço,

mas diante das nossas regras usuais de

aritmética, isso é impossível.

Os ba

lanços de pagamentos de todas as na ções do mundo, uns positivos outros ne gativos, devem necessariamente balan cear".

de compra das duas moedas. A

essa

teoria,

vamos

começar

por

opor uma primeira objeção. Podemos, em síntese simplificada, classificar as mercadorias sob o aspecto do comércio internacional, em 3 classes:

(4)

mogêneas e que são objeto usual de comércio internacional — ouro, prata, co

bre, trigo, borracha, café, chá, etc., de determinadas qualidades. Os preços

tava: "Mas se todos querem exportar muito e importar pouco, quem é que

telegrafados de um a outro mercado e

(3)

de.ssas mercadorias são constantemente

suas diferenças ràpidamente compensa

United States and the World (Eco-

das por operações de arbitragem.

U.S.A.) pág:s.*22 e 19.

(4)

nomy Department of Commerce —

Taussiff - ob. cit. 1.° Vol., pág. 511.

alto em Londrc.s do ípio cm No\'a. Ior

tina, seja ainda por serem merciidorias

de preços muito baixo em relação ao pêso ou ao volume, como pedra, tijolo, lenba, etc. Não há preços internacio nais para essa.s mercadorias.

O fato de os j^rcç-os de qualquer desses produtos no mercado internacional ser

Esta classificação não é, e\àdentementc, rigida; há gradações entre uma e

o mesmo não cpier aliás dizer que as

outra classe.

os mesma.s; um país podo produzir com

Examinando as três classes em que dividimos as mercadorias, vê-se desde

parcelas de custo de produção sejam salários elevados c aparelbamcnto aper feiçoado ao mesmo preço que outro pais com .salíirios imperfeito. b)

bai.xos

o

apnrelhamento

Produtos acabados ou semi-aca

bados de natureza um tanto especiali zada, diferindo cm qualidade o em de

talhe de tipo, de uma para outra nação. E-ssas diferenças destroem a unidade do mercado mundial. O.s aparelhos elétii-

logo que o princípio da paridade do

poder de compra aplica-se com quase precisão às mercadorias da 1.^ classe.

Sua aplicação às da 2.=^ classe teria de

.sofrer sensível desN-io. Quanto às da 3.® classe, isto é, às mercadorias e sersãços

que podemos chamar de domésticos, porc|ue não fazem parte do comércio inter nacional, nenhuma razão liá, em princi

C-O.S americanos, por exemplo, diferem

pio, para que seus preços se estabele çam no nível da paridade de poder de

mães.

compra definido pelas taxa.s cambiais.. Punx que liouvesse uniformidade de pre

em tipo e cm detalhe dos .similares ale

O automóvel americano difere,

por vários aspectos, do automóvel fran cês da mesma capacidade. É difícil, ne.s.sas condições, eslabele-

ccr-.se um mercado internacional cm que aparecem cotações homogêneas dê.sses produtos. Na ausência de um tal mer cado, os contados tomam um caráter

mais pessoal entre comprador e vende dor.

Os hábitos e correntes de comér

cio que a.ssim se formam só podem ser alterados por uma diferença de preços às vezes bastante superior à diferença de utilidade das mercadorias.

Muitos

serviços, como o de seguros, por exem-

plõ, pertencem a esta categoria, pela

ços nas mercadoria.s desta classe, sena

preciso supor uma perfeita mobilidade de fatôres de produção entre as nações, como se fosse um mundo só. Ora, al

guns dôsses fatôres são imóveis, como asinstalações, terras, mioutros, nas, como estradasa mãode deferroobra,e |^|

são de pouca mobilidade diante dos obs

táculos que se opõem à migrações; ou

tros ainda, com a capacidade científi<»» técnica e industrial são de mobilidade muito lenta e viscosa; o próprio

mento internacional de capitais .sofre restrições.

diferença de métodos- c do leis adotados

a) Mercadorias aproximadamente ho

Era o caso também do delegado hokndês à Liga das Nações, que pergun

(2)

O preço da prata, por exemplo, é mai.s ae-.sc em Londres, de forma a rapida

teoria do balanço de pagamentos não conduz a nada. O problema tem de

ços.

37

mente nivelar os prcç-os.

sários a esse incremento de produção tor da exportação, o que fará com que, paralelamente à redução das importa ções, se verifique a redução das expor

Dicesto Econômico

que, compra-.sc t:m Nova lorciuc c vcn-

Paridade do poder de compra

de dólares no resto do- mundo, escassez

mitada.

Ij.il Iiliwiii

■w

26

Se

HARRODS — TiiternationaJ Eco nômica, p&g'. 60.

em un.s e outros países, como pelas cor rentes cie hábitos e de relações que se estabelecem;

c)- Mercadorias c serviços que, por sua natureza, ficam fora do âmbito do

Difusão do nível de preços

Parece, portanto, que a teoria so se

aplica a certas classes de mercadorias.

Na verdade, porém, a objeção não

tem a fôrça que parece ter à primeira

comércio internacional, seja porque não

vista.

.são transportáveis, como edificios, ins talações, estradas de ferro, serviços do mésticos, etc., seja porque são peculia res aos hábitos e usos de cada país, co

três classes, que figurámos, nada tem

mo o feijíjo no Brasil, o mate na Argen

A divisão das mercadorias nas

de rígida; mercadorias doméstica.s po dem passar a ser exportáveis e vice-

versa. Importa, porém, sobretudo aten tar para a ínterconexão que existe, em


r-

Dicesto Econónuco

lavras, como hão de êles nos comprar se nós não compramos deles? É sabido

3ue o maior "liandícap" às exportações

vai importar o muito que o.s outros ex

portam"?

os Estados Unidos tem sido a escassez

essa que, no conceito unânime dos ame

ricanos (2), só pode ser remediada por dois meios: aumento de importações ou exportação de capitais. Se os Estados Unidos não importam, o mundo não tem dólares para lhes comprar. Em outras

pala\Tas:_ sem importações não haverá exportações.

Acresce que nenhum país dispõe de fatores de produção em quantidade ili Se se procura substituir as im

portações por artigos de produção do méstica, os fatores de produção neces

.5)

Vemos portanto que a suposta

ser abordado sob outros aspectos, o da paridade do poder do compra. "Pagando um certo preço pela moe da estrangeira, escreve Cassei, nós en caramos especialmente essa moeda dp ponto do vista do poder de compra que ela possui quanto a mercadorias e ser

viços do país estrangeiro. Por outio la do, quando oferecemos uma certa quan

tidade de nossa própria moeda, estamos

doméstica só podem ser tirados do se

a.s nossas próprias mercadorias o servi

tações.

*'If there are less imports, there

wül be less exports and labor, if employed more in the new way is emploved less in the old", escreve Taus-

sig'(3). Èsse ranço mercantilista a que me re firo foi bem caracterizado pelo grande

oferecendo um poder de compra sobre Por conseguinte, nossa avaliação

de uma moeda estrangeira, oxiiressa em moeda nacional, depende principalmen te do poder de compra relativo das duas moedas em seus respectivos paí.ses de origem".

Cada moeda vale pelo que ela é ca paz de comprar ern seu pais de origem e a taxa de câmbio entre as moedas de

economista inglês Colin Clark, ao es

dois paí.ses tende a se estabelecer na relação dos preços em um e cm outro,

crever:

isto é, no nível da paridade do poder

"Se alguém inventasse um novo siste

ma de matemáticas, pelo qual cada país

pudesse importar menos e exportar mais,

prestaria ao mundo um grande serviço,

mas diante das nossas regras usuais de

aritmética, isso é impossível.

Os ba

lanços de pagamentos de todas as na ções do mundo, uns positivos outros ne gativos, devem necessariamente balan cear".

de compra das duas moedas. A

essa

teoria,

vamos

começar

por

opor uma primeira objeção. Podemos, em síntese simplificada, classificar as mercadorias sob o aspecto do comércio internacional, em 3 classes:

(4)

mogêneas e que são objeto usual de comércio internacional — ouro, prata, co

bre, trigo, borracha, café, chá, etc., de determinadas qualidades. Os preços

tava: "Mas se todos querem exportar muito e importar pouco, quem é que

telegrafados de um a outro mercado e

(3)

de.ssas mercadorias são constantemente

suas diferenças ràpidamente compensa

United States and the World (Eco-

das por operações de arbitragem.

U.S.A.) pág:s.*22 e 19.

(4)

nomy Department of Commerce —

Taussiff - ob. cit. 1.° Vol., pág. 511.

alto em Londrc.s do ípio cm No\'a. Ior

tina, seja ainda por serem merciidorias

de preços muito baixo em relação ao pêso ou ao volume, como pedra, tijolo, lenba, etc. Não há preços internacio nais para essa.s mercadorias.

O fato de os j^rcç-os de qualquer desses produtos no mercado internacional ser

Esta classificação não é, e\àdentementc, rigida; há gradações entre uma e

o mesmo não cpier aliás dizer que as

outra classe.

os mesma.s; um país podo produzir com

Examinando as três classes em que dividimos as mercadorias, vê-se desde

parcelas de custo de produção sejam salários elevados c aparelbamcnto aper feiçoado ao mesmo preço que outro pais com .salíirios imperfeito. b)

bai.xos

o

apnrelhamento

Produtos acabados ou semi-aca

bados de natureza um tanto especiali zada, diferindo cm qualidade o em de

talhe de tipo, de uma para outra nação. E-ssas diferenças destroem a unidade do mercado mundial. O.s aparelhos elétii-

logo que o princípio da paridade do

poder de compra aplica-se com quase precisão às mercadorias da 1.^ classe.

Sua aplicação às da 2.=^ classe teria de

.sofrer sensível desN-io. Quanto às da 3.® classe, isto é, às mercadorias e sersãços

que podemos chamar de domésticos, porc|ue não fazem parte do comércio inter nacional, nenhuma razão liá, em princi

C-O.S americanos, por exemplo, diferem

pio, para que seus preços se estabele çam no nível da paridade de poder de

mães.

compra definido pelas taxa.s cambiais.. Punx que liouvesse uniformidade de pre

em tipo e cm detalhe dos .similares ale

O automóvel americano difere,

por vários aspectos, do automóvel fran cês da mesma capacidade. É difícil, ne.s.sas condições, eslabele-

ccr-.se um mercado internacional cm que aparecem cotações homogêneas dê.sses produtos. Na ausência de um tal mer cado, os contados tomam um caráter

mais pessoal entre comprador e vende dor.

Os hábitos e correntes de comér

cio que a.ssim se formam só podem ser alterados por uma diferença de preços às vezes bastante superior à diferença de utilidade das mercadorias.

Muitos

serviços, como o de seguros, por exem-

plõ, pertencem a esta categoria, pela

ços nas mercadoria.s desta classe, sena

preciso supor uma perfeita mobilidade de fatôres de produção entre as nações, como se fosse um mundo só. Ora, al

guns dôsses fatôres são imóveis, como asinstalações, terras, mioutros, nas, como estradasa mãode deferroobra,e |^|

são de pouca mobilidade diante dos obs

táculos que se opõem à migrações; ou

tros ainda, com a capacidade científi<»» técnica e industrial são de mobilidade muito lenta e viscosa; o próprio

mento internacional de capitais .sofre restrições.

diferença de métodos- c do leis adotados

a) Mercadorias aproximadamente ho

Era o caso também do delegado hokndês à Liga das Nações, que pergun

(2)

O preço da prata, por exemplo, é mai.s ae-.sc em Londres, de forma a rapida

teoria do balanço de pagamentos não conduz a nada. O problema tem de

ços.

37

mente nivelar os prcç-os.

sários a esse incremento de produção tor da exportação, o que fará com que, paralelamente à redução das importa ções, se verifique a redução das expor

Dicesto Econômico

que, compra-.sc t:m Nova lorciuc c vcn-

Paridade do poder de compra

de dólares no resto do- mundo, escassez

mitada.

Ij.il Iiliwiii

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Se

HARRODS — TiiternationaJ Eco nômica, p&g'. 60.

em un.s e outros países, como pelas cor rentes cie hábitos e de relações que se estabelecem;

c)- Mercadorias c serviços que, por sua natureza, ficam fora do âmbito do

Difusão do nível de preços

Parece, portanto, que a teoria so se

aplica a certas classes de mercadorias.

Na verdade, porém, a objeção não

tem a fôrça que parece ter à primeira

comércio internacional, seja porque não

vista.

.são transportáveis, como edificios, ins talações, estradas de ferro, serviços do mésticos, etc., seja porque são peculia res aos hábitos e usos de cada país, co

três classes, que figurámos, nada tem

mo o feijíjo no Brasil, o mate na Argen

A divisão das mercadorias nas

de rígida; mercadorias doméstica.s po dem passar a ser exportáveis e vice-

versa. Importa, porém, sobretudo aten tar para a ínterconexão que existe, em


1

Dicesto Econômico

28

cada país, entre os preços de umas e outras mercadorias e serviços, isto e,

para a difusão do nível de preços. A alta ou baixa de preços das mercado

tes c às vezes violentas oscilações de

rias ^s 1.^ e 2.^ olasses, que figurámos,

semestre de 1920, no Brasil, cair a ta.xa

repercute sôbre os preços das da 3.'*

cambial de 14 a 7 pcnce em 6 meses, em virtude da queda de preços dos pro

classe e vice-versa.

Uma alta de preços do car\'ão, do

empréstimo tomado no exterior, uma de

duas: ou o empréstimo ó diretamente utilizado para compras no exterior e não

preços. Chegamos a ver no segundo

dutos brasileiros no exterior.

afeta o câmbio, ou é transferido para

O mesmo

óleo, da gasolina, de máquinas, de ma térias-primas e de produtos de alimen

pode acontecer no caso do safras muito reduzidas por condições olimatéricas des

tação importados, tem forçosamente re percussão sôbre o custo do transporte e da fabricação de muitos dos produ tos que classificamos de domésticos. In

favoráveis.

ternos não tèm tempo de se adaptar desde logo, por difusão, à taxa cambial,

versamente, a alta ou baixa,de preços das mercadorias que cbamamos de do mésticas, afetam o custo da \'ida, o ní vel dos salários e portanto o custo dos fatores necessários à produção das mer

para atender a essas oscilações que se mantêm os fundos de compensação de

Nesses casos, os preços in

súbita e violentamente afetada.

E é

balanço de pagamentos e a organização do Fundo Monetário Internacional de

Bretton Woods, como é para evitar tais

A

oscilações violentas de preços que se

alta de preços dos produtos domésticos pode até fazer desaparecer do quadro

projetam organizações internacionais com o fim de manter uma relativa esta

29

igualmente sôbre os preços, e se é com

ções predominem os produtos agrícolas

o as matérias-primas, sujeitos a freqüen

cadorias da 1.^ e da 2.® classes.

Dicesto Econônoco

da", havendo, ao contrário, essa ten

de pagamento, que atuam, da mesma forma, sôbre os preços.

dência "para os países cuja moeda se

6) Há, entretanto, várias objeções e

ponderações de importância a opor à teoria.

Temos considerado até agora o mer cado de cambio apenas no que diz com

caso da moeda sub-avaliada). Se se tra

outros itens do balanço de pagamentos

tar de um empréstimo a ser feito em dólares para o Brasil, governos ou par-

a considerar; o do movimento de capi

tais, o dos juros o lucros e ainda o aos turistas, o dos imigrantes, etc., que to-

^ps se apresentam no mercado de câm

mários (International Commodities Con-

bio para comprar ou vender moeda es-

trol).

trangeira.

portáveis. A intensidade com que se processa a

dos, o proprio desvio temporário da taxa

lidade do comércio do país. Nos paí

de compra, pÕe em ação forças tenden

Quanto aos capitais, o que estimiüa Pnncípalmente a sua transferência de

país para outro é a diferença das de remuneração.

Isso é verda-

tes a corrigí-lo; se baixa o valor das

oeiro, não só no caso de empréstimos

contratados entre governos ou particulade dois países, como no caso de que emigram espontâneamente

mércio internacional para o do comér

cio total é elevada, a difusão se pro cessa com maior intensidade e rapidez

preços, o que estimula as exportações,

P^ra inversão no estrangeiro, à busca

reduz as importações e tende a resta

"C melhores lucros.

do que em países (como os Estados Uni

belecer o equilíbrio.

em que a proporção do volume do co

dos) em que o comércio internacional representa uma pequena proporção do comércio total.

Se um país resolver comprar no es trangeiro uma grande quantidade de aparelhamento para as suas estradas de

Em maior ou menor escala, porém,

ferro ou sua siderurgia, por exemplo,

todos os preços tendem a obedecer, em cada país, ao poder de compra geral da

isso poderá afetar a taxa cambial sem

moeda. Haverá, portanto, pelo menos uma tendência das taxas de cambio de

rado. Mas ésse país, para comprar esse aparelhamento, compra com alguma

oscilar em tômo do nível da paridade

coisa. Se e com a redução de consu

que os preços internos se tenham alte

do poder de compra das duas moedas.

mo (impostos), há baixa de preços, es

Ocorrerão comumente desvios tempo

tímulo às exportações e contração das importações; se é com novos meios de

rários entre as taxas cambiais e a rela

ticidares, os capitalistas americanos re cearão naturalmente que a provável des

valorização do cruzeiro em termos de

dólares possa criar sérios embaraços aos tomadores do empréstimo para satisfa

exportações, baixam os meios de paga mento, os rendimentos monetários (sal vo se houver inflação) e portanto os

ses (como a Bélgica por exemplo),

por moeda inferior (no sentido de po der de compra), pois nesse caso será

o comércio de mercadorias, isto é, com

bilidade dos preços dos produtos pri

cambial do nível da paridade do poder

o dólar, por exemplo, os americanos he sitarão, por certo, em trocar moéda boa

o "balanço do comércio". Piá, porém,

da exportação os produtos marginais, pa

difusão do nível de preços depende do maior ou menor gráu de internaciona-

acha sub-avaliada" (5). Se o valor do cruzeiro, no mercado cambial, está aci ma do nível normal da paridade com

natural a previsão, em prazo mais ou menos curto, de uma desvalorização da moeda super-avaliada (e vice-versa, no

ra os quais uma pequena alta de custo de produção basta para tomá-los inex-

Mas em qualquer dos casos figura

mento racional do capital, não haverá

tendência para sua emigração "para os países cuja moeda se acha super-avqlia-

o país e importa em aumento de meios

Afoviinento de capitais

,

dentes do nível da paridade do poder dc compra, mas, suposto um comporta

As taxas de juros

lucros nos países de capitais escassos

sao niais elevadas do que nos de capi

tais abundantes, e o estímulo à transfe rencia provém dessa diferença de re

zer o pagamento, no vencimento, dos juros e do principal. E se se tratar, não de um empréstimo e sim de uma in versão espontânea de capital estrangei ro, os seus proprietários hesitarão igual mente em trocar seus dólares por cru

zeiros siiper-a\'alÍados e aguardarão, pro vavelmente, uma taxa cambial mais fa vorável, salvo se a inversão se fizer, quase inteiramente, em máquinas e aparelliamento e.xportadog, caso em que

poucas serão as cambiais de dólares a trocar por cruzeiros.

Assim, se é verdade que, em prmci-

muneração, na medida em que ela não

pio, o movimento de capitais obedece

capitais, função das taxas de remimera-

ração do que à paridade do poder de compra, não é menos exato que haverá sempre relutância em trocar moeda de

seja contrabalançada por uma excessiva diferença de riscos. E o movimento de

Ção é, em princípio, independente do nível de preços em um e outro país, e independente portanto da paridade do poder de compra. No mercado de capitais são, pois, in

mais à diferença de ta.xas de remune

(5) Isso se verifica correntemente quanto aos capitais flutuantes; e. g. a sub.avaliação do franco. Poin. caré em 1926/28 atraindo para a

ção dos poderes de compra, sobretudo

pagamento criados dentro do país, a in

contestáveis 6 freqüentes os movimentos

França massa de capitais flutuan

nos países em cujo quadro de exporta

flação que atua sôbre o câmbio, atua

internacionais de transferência indepen

tes.


1

Dicesto Econômico

28

cada país, entre os preços de umas e outras mercadorias e serviços, isto e,

para a difusão do nível de preços. A alta ou baixa de preços das mercado

tes c às vezes violentas oscilações de

rias ^s 1.^ e 2.^ olasses, que figurámos,

semestre de 1920, no Brasil, cair a ta.xa

repercute sôbre os preços das da 3.'*

cambial de 14 a 7 pcnce em 6 meses, em virtude da queda de preços dos pro

classe e vice-versa.

Uma alta de preços do car\'ão, do

empréstimo tomado no exterior, uma de

duas: ou o empréstimo ó diretamente utilizado para compras no exterior e não

preços. Chegamos a ver no segundo

dutos brasileiros no exterior.

afeta o câmbio, ou é transferido para

O mesmo

óleo, da gasolina, de máquinas, de ma térias-primas e de produtos de alimen

pode acontecer no caso do safras muito reduzidas por condições olimatéricas des

tação importados, tem forçosamente re percussão sôbre o custo do transporte e da fabricação de muitos dos produ tos que classificamos de domésticos. In

favoráveis.

ternos não tèm tempo de se adaptar desde logo, por difusão, à taxa cambial,

versamente, a alta ou baixa,de preços das mercadorias que cbamamos de do mésticas, afetam o custo da \'ida, o ní vel dos salários e portanto o custo dos fatores necessários à produção das mer

para atender a essas oscilações que se mantêm os fundos de compensação de

Nesses casos, os preços in

súbita e violentamente afetada.

E é

balanço de pagamentos e a organização do Fundo Monetário Internacional de

Bretton Woods, como é para evitar tais

A

oscilações violentas de preços que se

alta de preços dos produtos domésticos pode até fazer desaparecer do quadro

projetam organizações internacionais com o fim de manter uma relativa esta

29

igualmente sôbre os preços, e se é com

ções predominem os produtos agrícolas

o as matérias-primas, sujeitos a freqüen

cadorias da 1.^ e da 2.® classes.

Dicesto Econônoco

da", havendo, ao contrário, essa ten

de pagamento, que atuam, da mesma forma, sôbre os preços.

dência "para os países cuja moeda se

6) Há, entretanto, várias objeções e

ponderações de importância a opor à teoria.

Temos considerado até agora o mer cado de cambio apenas no que diz com

caso da moeda sub-avaliada). Se se tra

outros itens do balanço de pagamentos

tar de um empréstimo a ser feito em dólares para o Brasil, governos ou par-

a considerar; o do movimento de capi

tais, o dos juros o lucros e ainda o aos turistas, o dos imigrantes, etc., que to-

^ps se apresentam no mercado de câm

mários (International Commodities Con-

bio para comprar ou vender moeda es-

trol).

trangeira.

portáveis. A intensidade com que se processa a

dos, o proprio desvio temporário da taxa

lidade do comércio do país. Nos paí

de compra, pÕe em ação forças tenden

Quanto aos capitais, o que estimiüa Pnncípalmente a sua transferência de

país para outro é a diferença das de remuneração.

Isso é verda-

tes a corrigí-lo; se baixa o valor das

oeiro, não só no caso de empréstimos

contratados entre governos ou particulade dois países, como no caso de que emigram espontâneamente

mércio internacional para o do comér

cio total é elevada, a difusão se pro cessa com maior intensidade e rapidez

preços, o que estimula as exportações,

P^ra inversão no estrangeiro, à busca

reduz as importações e tende a resta

"C melhores lucros.

do que em países (como os Estados Uni

belecer o equilíbrio.

em que a proporção do volume do co

dos) em que o comércio internacional representa uma pequena proporção do comércio total.

Se um país resolver comprar no es trangeiro uma grande quantidade de aparelhamento para as suas estradas de

Em maior ou menor escala, porém,

ferro ou sua siderurgia, por exemplo,

todos os preços tendem a obedecer, em cada país, ao poder de compra geral da

isso poderá afetar a taxa cambial sem

moeda. Haverá, portanto, pelo menos uma tendência das taxas de cambio de

rado. Mas ésse país, para comprar esse aparelhamento, compra com alguma

oscilar em tômo do nível da paridade

coisa. Se e com a redução de consu

que os preços internos se tenham alte

do poder de compra das duas moedas.

mo (impostos), há baixa de preços, es

Ocorrerão comumente desvios tempo

tímulo às exportações e contração das importações; se é com novos meios de

rários entre as taxas cambiais e a rela

ticidares, os capitalistas americanos re cearão naturalmente que a provável des

valorização do cruzeiro em termos de

dólares possa criar sérios embaraços aos tomadores do empréstimo para satisfa

exportações, baixam os meios de paga mento, os rendimentos monetários (sal vo se houver inflação) e portanto os

ses (como a Bélgica por exemplo),

por moeda inferior (no sentido de po der de compra), pois nesse caso será

o comércio de mercadorias, isto é, com

bilidade dos preços dos produtos pri

cambial do nível da paridade do poder

o dólar, por exemplo, os americanos he sitarão, por certo, em trocar moéda boa

o "balanço do comércio". Piá, porém,

da exportação os produtos marginais, pa

difusão do nível de preços depende do maior ou menor gráu de internaciona-

acha sub-avaliada" (5). Se o valor do cruzeiro, no mercado cambial, está aci ma do nível normal da paridade com

natural a previsão, em prazo mais ou menos curto, de uma desvalorização da moeda super-avaliada (e vice-versa, no

ra os quais uma pequena alta de custo de produção basta para tomá-los inex-

Mas em qualquer dos casos figura

mento racional do capital, não haverá

tendência para sua emigração "para os países cuja moeda se acha super-avqlia-

o país e importa em aumento de meios

Afoviinento de capitais

,

dentes do nível da paridade do poder dc compra, mas, suposto um comporta

As taxas de juros

lucros nos países de capitais escassos

sao niais elevadas do que nos de capi

tais abundantes, e o estímulo à transfe rencia provém dessa diferença de re

zer o pagamento, no vencimento, dos juros e do principal. E se se tratar, não de um empréstimo e sim de uma in versão espontânea de capital estrangei ro, os seus proprietários hesitarão igual mente em trocar seus dólares por cru

zeiros siiper-a\'alÍados e aguardarão, pro vavelmente, uma taxa cambial mais fa vorável, salvo se a inversão se fizer, quase inteiramente, em máquinas e aparelliamento e.xportadog, caso em que

poucas serão as cambiais de dólares a trocar por cruzeiros.

Assim, se é verdade que, em prmci-

muneração, na medida em que ela não

pio, o movimento de capitais obedece

capitais, função das taxas de remimera-

ração do que à paridade do poder de compra, não é menos exato que haverá sempre relutância em trocar moeda de

seja contrabalançada por uma excessiva diferença de riscos. E o movimento de

Ção é, em princípio, independente do nível de preços em um e outro país, e independente portanto da paridade do poder de compra. No mercado de capitais são, pois, in

mais à diferença de ta.xas de remune

(5) Isso se verifica correntemente quanto aos capitais flutuantes; e. g. a sub.avaliação do franco. Poin. caré em 1926/28 atraindo para a

ção dos poderes de compra, sobretudo

pagamento criados dentro do país, a in

contestáveis 6 freqüentes os movimentos

França massa de capitais flutuan

nos países em cujo quadro de exporta

flação que atua sôbre o câmbio, atua

internacionais de transferência indepen

tes.


.•

i. I II iiiipp|iiip|U|f

30

II I j I Digesto Econômico

bom poder de compra por moeda de poder de compra inferior (e vice-versa). Este segundo aspecto, provocando o re-

traimento de afluxo de capital estran-

constitui o elemento mais influente e

mais seguro para a previsão da tendên cia das taxas cambiais.

Porque se os desvios forem grandes

feiro para países de moeda super-ava-

e duradouros, o comércio exterior não

ada, tende a apressar sya desvaloriza

mais poderá funcionar. Vamo.s .supor

ção, e portanto a restabelecer o nível de paridade de poder de compra das duas

3ue .se vcrífica\a a paridade do poder

que, a partir de dctcrminadt) ano cm e compra do dólar o do cruzeiro, te

moedas.

DrcESTo Eco.nómico

31

chamado de "cai.sse de peréquation". que percebe fortes direitos de entrada sobre a.s mercadorias dc importação e aplica o .seu produto a não menos forle.s sub\ençües à exportação. Sem is.so, o comércio exterior ficaria paralisado. Víncr resumo bem siui opinião sobre a teoria (6) dizendo: "não há duvida

3ue o poder de compra comparativo de

mo nos Estados Unidos e no Brasil.

Isso seria uma interpretação inteiramen

te errônea da teoria. Essa igualdade de preç-os só se verifica para as mermm^rnín internacio infí^m:>nincadorias objeto fíp de comércio

nal corrente; e nes.se caso ela é unia sim

ples taiitologia. Para as demais merca dorias e scnàços, os preços cm um e

outro país dependem das respectivas es truturas de salários e preços. Nos Esta

nha o Brasil incorrido cm larga infla

lias moedas, cm têrmos de todas as

ção e insistido, apesar disso, èm man ços internos ter-se-ão considcrà\'elmen-

coisas, que são compráveis nos respecti vos países, é, pelo menos geralmente, o fator individual mais importante na de

empréstimos ou a prestações resultantes

te elevado por força da inflação; salá

terminação da taxa de câmbio entre as

te mais elevados do que no Brasil, ao

de compromissos anteriores, uma vez que êles são invariáveis e independentes do

rios, fretes, matérias-piimu.s, tudo terá

duas moedas..

passo que os preços das manufaturas,

Juros, lucros c turistas

ter inalterada a taxa cambial. Os pre Quanto aos juros, correspondentes a

nível geral de preços, sua influência no mercado cambiai é neutra.

Os lucros do capital estrangeiro, ob jeto de remessa para o exterior, agem, em princípio, no sentido da paridade do

subido de valor em cruzeiros. Supo nhamos que no ano de base o preço mundial da saca de café fòssc de 10 dólares, correspondentes à taxa cam

bial de 20 cnizeiro.s por dólar, diga mos, a 200 cruzoíro.s. Êsse preço de 200 cruzeiros, satisfatório para o Bra sil no ano de base, não poderá abso

vagem de automóvel custa nos Estados

compra não quer dizer, como muitos

Unidos duas ou três vêzes mais do que

no Brasil, ao passo que uma camisa e metade.

da alta dos preços internos, se tiver

devam ser equivalentes. Não o .são nem podem .ser, porque cada país tem sua estrutura própria de salários e preços, estrutura que dependo: a) do nível de

elevado de perto de 200 para porto de 400 cruzeiros. Apim, também, os pro

e capacidade técnica, isto é, em con

tam trigo, mas como a produtividade

dutos da industria nacional brasileira,

junto, do grau de produtividade.

cujos custos de produção teriam dobra do com a alta de salários, dc fretes, de

operário americano tem salário elevado,

do operário americano, graças a seu aparelhamento mecânico e ao alto nível

produção da saca de café, por fôrça

O movimento de turistas, de grande importância para certos países como a França e a Suíça, age nitidamente no sentido da paridade do poder de com

Outros itens do balanço de paga

em massa, são mais bai.vos. Uma la

8) A teoria da paridade do poder de

um tecido feito a máquina custam a

país remetente.

e.vpandem" se ela está barata.

em cujo custo predominam a maqxúnaria, a capacidade técnica e a produção

Interpretação

pensam, que os preço.s de todas as mer

lutamente .ser mantido se o custo de

pra, uma vez que os turistas se retraem

matérias-primas, etc., não mais poderiam suportar a concorrência do uma impor

salário.s; b) do capital, aparelhamento O

do sua técnica agrícola, é muito maior

isto é, porque o produto do "último

tividade marginal do primeiro, e por tanto seu salíirio é muito mais elevado

mentos são de pouca influência no mer

tação estrangeira, cujo preço em cru

operário empregado", com a coopera

zeiros teria ficado o mesmo que era no

ção da maquinaria aperfeiçoada e da

ano de base, pela manutenção artifi

capacidade técnica dos dirigentes, é

7) Como veremos pouco adiante, não

se pretende absolutamente que a teo

ria da paridade do poder de compra

cial da ta.xa de câmbio. As ex-portações cessariam e as indús

mais elevado nos Estados Unidos do

trias nacionais teriam de fechar as por

que em qualquer outro país. E o ní vel de salários estabelecido nas princi

tas. Os capitais relutariam em imigrar,

pais industrias do país ou da região

os turistas dei.xariam de afluir, por não

tende, em tôda parte, a '•'eneralizar-se

se conformarem em trocar dólares por

às demais atividades.

cruzeiros a uma taxa inteiramente fora

permita determinar os preços de todas as mercadorias e serviços em um país em função dos preços em outro país

de sua equivalência. Seria uma quase

Paridade de poder de compra não quer dizer que, para que ela e.xista en

e da taxa cambial entre as duas moedas.

paralisia da economia do país.

tre o dólar e o cruzeiro, por exemplo,

O que se pretende é que, "ceteris paribus", mau grado oscilações temporá rias e às vezes importantes, as taxas

cambiais tendem para o nível da pari dade do poder de compra e que isso

Podem até, em certos casos, ambos os países produzir, e.xportar e concorrer na venda de um mesmo produto. Os Es tados Unidos e a Rússia ambos expor

porque sua produtividade marginal "nas principais industrias do país" é elevada,

cado cambial.

Um exemplo

predominam os salários são forçosamen

cadorias e serviços em um e outro país

poder de compra, uma vez que se ele vam quando os preços sobem e se re duzem quando os preços baixam, no

se a moeda estrangeira está cara e se

dos Unidos o preço das mercadorias ou serviços em cujo custo de produção

do que a do operário russo, a produ

do que o do segundo. O custo de produção pode ser o mesmo^ nos dois países, mas a composição dêpe custo em um e outro país é muito diversa. E como os níveis de salários estabeleci

dos pelo padrão das atividades mais produtivas do país ou da região se pro pagam às menos produtivas, o pais de salíírios altos fica em posição compamtivamente desvantajosa naquelas ativi

dades em que a produtividade de seu operário não é maior do que a dos ou

Foi, aliás, a flagrante disparidade, que

seja preciso que o preço de um quarto

ora se verifica na França, entre as ta.xas

de hotel ou ae uma camisa seja o mes-

navios ou os serviços domésticos são

(G) Studies on the Theoi-y of International Trado, pág-. 384.

nos Estados Unidos.

oficiais do câmbio e a paridade do po der de compra do franco e das moedas estrangeiras, que deu lugar ao artifício-

tros países. É por isso que a estiva de muito mais baratos na Rússia do que


.•

i. I II iiiipp|iiip|U|f

30

II I j I Digesto Econômico

bom poder de compra por moeda de poder de compra inferior (e vice-versa). Este segundo aspecto, provocando o re-

traimento de afluxo de capital estran-

constitui o elemento mais influente e

mais seguro para a previsão da tendên cia das taxas cambiais.

Porque se os desvios forem grandes

feiro para países de moeda super-ava-

e duradouros, o comércio exterior não

ada, tende a apressar sya desvaloriza

mais poderá funcionar. Vamo.s .supor

ção, e portanto a restabelecer o nível de paridade de poder de compra das duas

3ue .se vcrífica\a a paridade do poder

que, a partir de dctcrminadt) ano cm e compra do dólar o do cruzeiro, te

moedas.

DrcESTo Eco.nómico

31

chamado de "cai.sse de peréquation". que percebe fortes direitos de entrada sobre a.s mercadorias dc importação e aplica o .seu produto a não menos forle.s sub\ençües à exportação. Sem is.so, o comércio exterior ficaria paralisado. Víncr resumo bem siui opinião sobre a teoria (6) dizendo: "não há duvida

3ue o poder de compra comparativo de

mo nos Estados Unidos e no Brasil.

Isso seria uma interpretação inteiramen

te errônea da teoria. Essa igualdade de preç-os só se verifica para as mermm^rnín internacio infí^m:>nincadorias objeto fíp de comércio

nal corrente; e nes.se caso ela é unia sim

ples taiitologia. Para as demais merca dorias e scnàços, os preços cm um e

outro país dependem das respectivas es truturas de salários e preços. Nos Esta

nha o Brasil incorrido cm larga infla

lias moedas, cm têrmos de todas as

ção e insistido, apesar disso, èm man ços internos ter-se-ão considcrà\'elmen-

coisas, que são compráveis nos respecti vos países, é, pelo menos geralmente, o fator individual mais importante na de

empréstimos ou a prestações resultantes

te elevado por força da inflação; salá

terminação da taxa de câmbio entre as

te mais elevados do que no Brasil, ao

de compromissos anteriores, uma vez que êles são invariáveis e independentes do

rios, fretes, matérias-piimu.s, tudo terá

duas moedas..

passo que os preços das manufaturas,

Juros, lucros c turistas

ter inalterada a taxa cambial. Os pre Quanto aos juros, correspondentes a

nível geral de preços, sua influência no mercado cambiai é neutra.

Os lucros do capital estrangeiro, ob jeto de remessa para o exterior, agem, em princípio, no sentido da paridade do

subido de valor em cruzeiros. Supo nhamos que no ano de base o preço mundial da saca de café fòssc de 10 dólares, correspondentes à taxa cam

bial de 20 cnizeiro.s por dólar, diga mos, a 200 cruzoíro.s. Êsse preço de 200 cruzeiros, satisfatório para o Bra sil no ano de base, não poderá abso

vagem de automóvel custa nos Estados

compra não quer dizer, como muitos

Unidos duas ou três vêzes mais do que

no Brasil, ao passo que uma camisa e metade.

da alta dos preços internos, se tiver

devam ser equivalentes. Não o .são nem podem .ser, porque cada país tem sua estrutura própria de salários e preços, estrutura que dependo: a) do nível de

elevado de perto de 200 para porto de 400 cruzeiros. Apim, também, os pro

e capacidade técnica, isto é, em con

tam trigo, mas como a produtividade

dutos da industria nacional brasileira,

junto, do grau de produtividade.

cujos custos de produção teriam dobra do com a alta de salários, dc fretes, de

operário americano tem salário elevado,

do operário americano, graças a seu aparelhamento mecânico e ao alto nível

produção da saca de café, por fôrça

O movimento de turistas, de grande importância para certos países como a França e a Suíça, age nitidamente no sentido da paridade do poder de com

Outros itens do balanço de paga

em massa, são mais bai.vos. Uma la

8) A teoria da paridade do poder de

um tecido feito a máquina custam a

país remetente.

e.vpandem" se ela está barata.

em cujo custo predominam a maqxúnaria, a capacidade técnica e a produção

Interpretação

pensam, que os preço.s de todas as mer

lutamente .ser mantido se o custo de

pra, uma vez que os turistas se retraem

matérias-primas, etc., não mais poderiam suportar a concorrência do uma impor

salário.s; b) do capital, aparelhamento O

do sua técnica agrícola, é muito maior

isto é, porque o produto do "último

tividade marginal do primeiro, e por tanto seu salíirio é muito mais elevado

mentos são de pouca influência no mer

tação estrangeira, cujo preço em cru

operário empregado", com a coopera

zeiros teria ficado o mesmo que era no

ção da maquinaria aperfeiçoada e da

ano de base, pela manutenção artifi

capacidade técnica dos dirigentes, é

7) Como veremos pouco adiante, não

se pretende absolutamente que a teo

ria da paridade do poder de compra

cial da ta.xa de câmbio. As ex-portações cessariam e as indús

mais elevado nos Estados Unidos do

trias nacionais teriam de fechar as por

que em qualquer outro país. E o ní vel de salários estabelecido nas princi

tas. Os capitais relutariam em imigrar,

pais industrias do país ou da região

os turistas dei.xariam de afluir, por não

tende, em tôda parte, a '•'eneralizar-se

se conformarem em trocar dólares por

às demais atividades.

cruzeiros a uma taxa inteiramente fora

permita determinar os preços de todas as mercadorias e serviços em um país em função dos preços em outro país

de sua equivalência. Seria uma quase

Paridade de poder de compra não quer dizer que, para que ela e.xista en

e da taxa cambial entre as duas moedas.

paralisia da economia do país.

tre o dólar e o cruzeiro, por exemplo,

O que se pretende é que, "ceteris paribus", mau grado oscilações temporá rias e às vezes importantes, as taxas

cambiais tendem para o nível da pari dade do poder de compra e que isso

Podem até, em certos casos, ambos os países produzir, e.xportar e concorrer na venda de um mesmo produto. Os Es tados Unidos e a Rússia ambos expor

porque sua produtividade marginal "nas principais industrias do país" é elevada,

cado cambial.

Um exemplo

predominam os salários são forçosamen

cadorias e serviços em um e outro país

poder de compra, uma vez que se ele vam quando os preços sobem e se re duzem quando os preços baixam, no

se a moeda estrangeira está cara e se

dos Unidos o preço das mercadorias ou serviços em cujo custo de produção

do que a do operário russo, a produ

do que o do segundo. O custo de produção pode ser o mesmo^ nos dois países, mas a composição dêpe custo em um e outro país é muito diversa. E como os níveis de salários estabeleci

dos pelo padrão das atividades mais produtivas do país ou da região se pro pagam às menos produtivas, o pais de salíírios altos fica em posição compamtivamente desvantajosa naquelas ativi

dades em que a produtividade de seu operário não é maior do que a dos ou

Foi, aliás, a flagrante disparidade, que

seja preciso que o preço de um quarto

ora se verifica na França, entre as ta.xas

de hotel ou ae uma camisa seja o mes-

navios ou os serviços domésticos são

(G) Studies on the Theoi-y of International Trado, pág-. 384.

nos Estados Unidos.

oficiais do câmbio e a paridade do po der de compra do franco e das moedas estrangeiras, que deu lugar ao artifício-

tros países. É por isso que a estiva de muito mais baratos na Rússia do que


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1411 ■-mi f.

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■' V, ■ - - '' * Dicesto Eco.ntónuco

32

Se não houvesse essa divergência bá sica de salários, então a "renda nacio

nal per capita", e portanto o padrão

CâmbU) e balanço de pap^amcnio

9)

Câmbio é o indico da procura

de \ida, teria de ser o mesmo nos Es

e da oferta, a cada momento, dc moeda

tados Unidos e no Brasil, em vez do ser, como é, cerca de 8 vezes maior

mentos é a contabilidade "cx-post" das

no primeiro do que no segundo. A e.strutura "salários-aparelhamento-preços"

transferências de meios dc pagamento.. Cambio e balanço dc pagamentos não

é muito diversa nos dois países.

são causa de coisa alguma e é mesmo

A teoria da paridade do poder de compra não se traduz, portanto, em

equivalência de preços de mercadorias e serviços nos dois países.

Mas, res

peitada a diversidade da estrutura sa-

iários-apareihamento-preços em dois países e fazendo variar o poder geral

de compra das respectivas moedas, os

preços em um e em outro tendem a reajustar-se em tomo da nova paridade do

poder de compra das duas moedas. Pode-se, portanto, enunciar a seguin te regra: quando duas moedas forem objeto de inflação, a táxa normal do

câmbio será igual à taxa antiga multi plicada pelo quociente do grau de in flação em um e em outro país. Esta nova taxa normal poderá sem pre variar, e mesmo em proporções bas tante fortes durante o período de tran sição. Mas a taxa que foi estabeleci da de acôrdo com o método de cálculo

acima pode ser considerada como uma nova paridade entre as duas moedas, isto é, como o ponto cm, tomo do qual,

apesar das flutuações temporárias, a ta xa ds cambio deverá sempre oscilar.

estrangeira, como o bíüanço de paga

por isso que não há teoria do balanço

de pagamentos. Qualquer coisa que pretenda ao título de teoria tem de pro

curar as causas que afetam o índice cambial e o índice de preços. E a causa principal, quer do índice

O CAFEEIRO, ÊSSE DESCONHECIDO

de preços, quer do de taxas cambiais, é o grau do inflação.

Hawtrey escla

rece bem essa relação de causa e efeito,

por Frederico Pimentel Gomes (Do Corpo do Assistentes da Esc. Supe-rior de Agricultura "Luiz de Queiroz")

dizendo: "Uma expansão do crédito pro vocou um balanço de pagamentos des favorável. Uma contração provocou um balanço favorável.

(Especial para o

"DiGESTO ECONÓ^OCo'

Em um caso como

em outro, o que o balanço de pagamen

1,

tos apresenta são os sintomas; a causa ó a expansão ou a contração do cré

Introdução

Brasil é a única que

merece atenção.

k

economia cafeeira do Brasil está,

^ neste momento, atravessando uma

dito".

Se a autoridade a quem se entregam

as alavancas de comando da política

muito desenvolvido, com a raiz princi

cional "ouro verde" em bases mais só

meio). Exige solos profundos, permeá veis, ricos em humus. Prefere climas sub-tropicais semi-úraido.s, com uma es

lidas e estáveis, como pode levar ao sou desaparecimento quase completo co

curar a origem desse movimento nas variações da quantidade de meios de pagamento e se contentar, como Helfterich na Alemanha de 1922, em dizer

mo uma das riquezas básicas da nação. Toma-se necessário, mais do que nun

que a causa é o balanço de pagamentos

sa lavoura, e as causas de suas crises

o o câmbio, então o barco acabará dan do o casco nos rochedos da catástrofe.

periódicas e da vantagem que tradicio

ou 5 anos de idade.

competidores sejam bem compreendi

Por isso é que escrevemos este artigo

de divulgação, encarando o problema de um ponto de vista pouco discutido, qual

seja o da biologia do cafeeiro.

2. Alguma coisa sôbre a biologia do

Por outro

cafeeiro

lado, notícias dali vindas informam também que nos garimpes de Gilbues, onde

se ativaram ultimamente as pesquisas diamantíferas, está grassando a malária e

a febre tifóide, provocando o ôxodo em grande escala dos faiscadores de pedras

A quase totalidade do café do mun do é produzida pela espécie "Coffea

preciosas.

i4k..

tação seca bem acentuada durante a colheita, e a umidade bem distribuída no resto do ano.

dos e esclarecidos.

Informações procedentes dc município goiano de Pôrto Nacional, no Tocan tins, relatam que estão melhorando cada vez mais os preços do cristal de rocha daquela região e que os garimpeiros começam de novo a movimentar-se, des

pal muito longa (mais de um metro e

ca, que os problemas fundamentais des

nalmente levam sôbre o Brasil os seus

PREÇOS DE CRISTAL DE ROCHA

O cafeeiro e um arbusto de 3 a 4

metros de altura, de sistema radicidar

notável fase de transição, que tanto

pode conduzir h restauração do tradi

monetária, diante de uma alta de pre ços e baixa de taxas cambiais, não pro

pertando nova corrente migratória para as zonas de Pium e Piaus.

arabica".

O cafeeiro começa a produzir aos 4 As primeiras sa

fras são pequenas, mas- crescem ràpixxxxxxxxxx^xxxxx-NLX^xxxxy

Até hoje os brasileiros sc têm limitado

a "explorar" o cafeeiro e a fertilidade de suas terras virgens. Ê preciso que Op>'€TldoiH OgOTCl (l CUltiVãdo COfTl Cfl-

pricho, com método, aproveitanão-sc QUuJHU possível do conhecimento quanto V de auu sua

biologia e da técnica do beneficiamento. O problema é difícil e requererá esforço longo e persistente. Mas nunca foi gló ria a resolução dos problemas fáceis.


■WS!

1411 ■-mi f.

liPi^

■' V, ■ - - '' * Dicesto Eco.ntónuco

32

Se não houvesse essa divergência bá sica de salários, então a "renda nacio

nal per capita", e portanto o padrão

CâmbU) e balanço de pap^amcnio

9)

Câmbio é o indico da procura

de \ida, teria de ser o mesmo nos Es

e da oferta, a cada momento, dc moeda

tados Unidos e no Brasil, em vez do ser, como é, cerca de 8 vezes maior

mentos é a contabilidade "cx-post" das

no primeiro do que no segundo. A e.strutura "salários-aparelhamento-preços"

transferências de meios dc pagamento.. Cambio e balanço dc pagamentos não

é muito diversa nos dois países.

são causa de coisa alguma e é mesmo

A teoria da paridade do poder de compra não se traduz, portanto, em

equivalência de preços de mercadorias e serviços nos dois países.

Mas, res

peitada a diversidade da estrutura sa-

iários-apareihamento-preços em dois países e fazendo variar o poder geral

de compra das respectivas moedas, os

preços em um e em outro tendem a reajustar-se em tomo da nova paridade do

poder de compra das duas moedas. Pode-se, portanto, enunciar a seguin te regra: quando duas moedas forem objeto de inflação, a táxa normal do

câmbio será igual à taxa antiga multi plicada pelo quociente do grau de in flação em um e em outro país. Esta nova taxa normal poderá sem pre variar, e mesmo em proporções bas tante fortes durante o período de tran sição. Mas a taxa que foi estabeleci da de acôrdo com o método de cálculo

acima pode ser considerada como uma nova paridade entre as duas moedas, isto é, como o ponto cm, tomo do qual,

apesar das flutuações temporárias, a ta xa ds cambio deverá sempre oscilar.

estrangeira, como o bíüanço de paga

por isso que não há teoria do balanço

de pagamentos. Qualquer coisa que pretenda ao título de teoria tem de pro

curar as causas que afetam o índice cambial e o índice de preços. E a causa principal, quer do índice

O CAFEEIRO, ÊSSE DESCONHECIDO

de preços, quer do de taxas cambiais, é o grau do inflação.

Hawtrey escla

rece bem essa relação de causa e efeito,

por Frederico Pimentel Gomes (Do Corpo do Assistentes da Esc. Supe-rior de Agricultura "Luiz de Queiroz")

dizendo: "Uma expansão do crédito pro vocou um balanço de pagamentos des favorável. Uma contração provocou um balanço favorável.

(Especial para o

"DiGESTO ECONÓ^OCo'

Em um caso como

em outro, o que o balanço de pagamen

1,

tos apresenta são os sintomas; a causa ó a expansão ou a contração do cré

Introdução

Brasil é a única que

merece atenção.

k

economia cafeeira do Brasil está,

^ neste momento, atravessando uma

dito".

Se a autoridade a quem se entregam

as alavancas de comando da política

muito desenvolvido, com a raiz princi

cional "ouro verde" em bases mais só

meio). Exige solos profundos, permeá veis, ricos em humus. Prefere climas sub-tropicais semi-úraido.s, com uma es

lidas e estáveis, como pode levar ao sou desaparecimento quase completo co

curar a origem desse movimento nas variações da quantidade de meios de pagamento e se contentar, como Helfterich na Alemanha de 1922, em dizer

mo uma das riquezas básicas da nação. Toma-se necessário, mais do que nun

que a causa é o balanço de pagamentos

sa lavoura, e as causas de suas crises

o o câmbio, então o barco acabará dan do o casco nos rochedos da catástrofe.

periódicas e da vantagem que tradicio

ou 5 anos de idade.

competidores sejam bem compreendi

Por isso é que escrevemos este artigo

de divulgação, encarando o problema de um ponto de vista pouco discutido, qual

seja o da biologia do cafeeiro.

2. Alguma coisa sôbre a biologia do

Por outro

cafeeiro

lado, notícias dali vindas informam também que nos garimpes de Gilbues, onde

se ativaram ultimamente as pesquisas diamantíferas, está grassando a malária e

a febre tifóide, provocando o ôxodo em grande escala dos faiscadores de pedras

A quase totalidade do café do mun do é produzida pela espécie "Coffea

preciosas.

i4k..

tação seca bem acentuada durante a colheita, e a umidade bem distribuída no resto do ano.

dos e esclarecidos.

Informações procedentes dc município goiano de Pôrto Nacional, no Tocan tins, relatam que estão melhorando cada vez mais os preços do cristal de rocha daquela região e que os garimpeiros começam de novo a movimentar-se, des

pal muito longa (mais de um metro e

ca, que os problemas fundamentais des

nalmente levam sôbre o Brasil os seus

PREÇOS DE CRISTAL DE ROCHA

O cafeeiro e um arbusto de 3 a 4

metros de altura, de sistema radicidar

notável fase de transição, que tanto

pode conduzir h restauração do tradi

monetária, diante de uma alta de pre ços e baixa de taxas cambiais, não pro

pertando nova corrente migratória para as zonas de Pium e Piaus.

arabica".

O cafeeiro começa a produzir aos 4 As primeiras sa

fras são pequenas, mas- crescem ràpixxxxxxxxxx^xxxxx-NLX^xxxxy

Até hoje os brasileiros sc têm limitado

a "explorar" o cafeeiro e a fertilidade de suas terras virgens. Ê preciso que Op>'€TldoiH OgOTCl (l CUltiVãdo COfTl Cfl-

pricho, com método, aproveitanão-sc QUuJHU possível do conhecimento quanto V de auu sua

biologia e da técnica do beneficiamento. O problema é difícil e requererá esforço longo e persistente. Mas nunca foi gló ria a resolução dos problemas fáceis.


Dicksto Eco.só>uco

34

damentc.

Nos cafezaís formados em

geral as safras variam muito de um ano para outro. A lun ano de urodii-

dc um lado, se valorizava artificialmen

te um produto mi siípcrpvodiiçrio, e, dc outro, SC trabaMiava ativanu-ntc no plan

<,'ão exagerada segue-se nutro de safra

tio dc novas lavoviras, para aumentar

muito reduzida.

ainda mais a superprodução.

Admíte-.se hoje que o cafeeiro prefere \aver protegido por uma sombra rala,

produzindo então com maior reguhiridade. E as árvores do sombra proporcio nam proteção ao solo, e criam sobre ele u'a manta de fòlhas sêcas extraordina

riamente vantajosa para os cafeeiros. Parece fora de ouvida que o clima da maior parte do Estado de São Paulo é quase ideal para a cultura do café. Entretanto, as geadas e as secas do nos-

Mas a compreensão

pericita dessa

cm grande parte, uma conseqüência da

1) O cafeeiro é uma planta de vida econômica muito longa, e um cafezal

vegetais cultivados.

outra.

2) Os cafeziiis novos .só começam Jimte-sc-a isso um terceiro fato fun

cionalmente longa entre as cultivadas.

damental — a conservação fácil e per

Um cafezal em terra boa dura 60 a 80

feita cio café jior longos anos — o te remos estabelecido as bases para a com

preensão dos problemas muito especiais das crises cafcciras.

É bem conhecida a história triste o

O fjue ocorreu dc 1890 cm diante é bem típico, Com o "Encilhamento" e

inglória das' crises sucessivas do café,

a escassez mundial os preços do café

que se seguiram desde o fim do século

subiram muito.

passado. É uma longa luta entre uma

à expansão da lavoura nus terras ainda

E isto foi um convite

produção rápida e desordenadamente

virgens o fcrtilíssimas do planalto pau

crescente e um consumo que não con

lista, onde já se iam entendendo as es

segue

acompanhá-la

com

suficiente

presteza, uma história estranha em que,

As crises do café foram, portanto,

biologia dessa planta singular cnlrc os

representa um capital vultoso que não pcíde .ser abandonado dc inna liora para

taclos.

O Passado

mai.s, com o aumento das colheitas da.s lavouras no\'as, e o inicio da produção de outras ainda mais recentes.

zos graves.

3.

além disso, haveria a possibilidade de baixar a safra logo no ano seguinte, ao passo que, no caso do café, a supei-produção tendia a se acentuar cada vez

.«•e nn.s lembrarmos do dois fatos fun damentais da biologia do cafeeiro:

a produzir 4 a 5 anos depois dc plan-

anos em boas condições.

35

fase da história do café só é possível

.so clima lhe trazem, por vèzes, prejuí O cafpeiro é planta de vida excep

DtcnsTo Econômico

tradas de ferro.

Mas como as novas

lavouras custavam a produzir, a alta continuou e a derrocada

já potencialmente concreti zada talvez cm 1891, só

4.

monto, consorciação de culturas, adu-

bações, utilização de novas variedades, etc. Mas aí é que intervém inna nova dificiddadc, uma dificuldade que é pouco conhecida fora dos meios técni cos: o cafeeiro é uma planta que con

tinua quase tão pouco estudada, técni

Atualmenle o problema cafeeiro do Brasil é inteiramente diverso do que ocorreu no passado. Já não sc tome a

5. O cafeeiro, êsse desconhecido

cnvdnecimcnto da.s lavouras, o macha

o cafeeiro, mais de 200 anos depois de

do, o clima adverso que tem predo

chegado a este país, ainda continua

sxípcrprodução, mas a falta do café. O

A triste e dolorosa verdade é que

minado nos últimos anos, tudo trouxe

quase um desconhecido. Sua cultura

uma queda rápida e grande na produ ção do país, queda tão grande que a

é realizada inteiramente sobre bases em

diminuição das exportações durante a

guerra não constituiu problema a ser enfrentado.

Dc sorte que, .áliuilmcnte, Irala-sc do aumentar a produção, para atender

píricas, com \ariedades aparecidas por acaso, com dundoso fundamenta em

e.xperiéncias na maioria realizadas por leigos, mal conduzidas e mal interpre tadas.

a um consumo mundial sempre cres

Essa revelação não é, porém, tão sen sacional quanto parece. Porque a ex

cente e para aproveitar os elevados pre ços que o produto está alcançando.

sa que data parte do século passado e

Mas hoje o aspecto do Eslaclo é com

pletamente diferente do que era em 1890. Reduzida é a área dc terras velhas, so não se quiser resignar ao

do já se tinham rcaliziido novos o formidáveis plan

tado do 'Rio c o Vale do Paraíba.

planta anual, como o algo-

métodos culturais adequados: sombrca-

CÍ.SCO de Melo Palheta a introduziu no Brasil, em 1727.

O Prasctitc

destino que tiveram no passado o Es

Sc se tratasse de uma

por preço muito elevado.. Êsse custo poderia, porém, ser muito reduzido por

ca e cientificamente, como quando Fran-

veio a furo em 1897, quan tios.

sível plantar café em terras velhas, mas

E

preciso mudar o tradicional c ruinoso

perimentação agrícola científica é coi parte do século atual, e a genética nasceu em 1900.

Os métodos experi

mentais foram estudados para plantas pequenas e anuais, como o trigo, o ar

roz, o algodoeiro.

A experimentação

com plantas arbóreas ou arbustivas. perene.s, como a laranjeira e o cafeeiro.

nomaclismo do cafeeiro, esse clcvovador

ainda constitui problema muito difícil.

dc matas e de liumus, sempre ávido

E o cafeeiro, com a sua reprodução

do "bafo do sertão". É preciso mudar

lerda, a sua longa vida econômica, e

rãpidamente a vellia rotina que vem

o seu porte avantajado, ptirece feito de

da Colônia e do Império e estabilizar a "onda verde" no planalto paulista. Caso contrário, cia terá que fugir para

tas e experimcntadores.

• "1 •quase ' . 1. -qJaivcKlo imediatamente

o Paraná c Goiás.

pública. E seus recursos, sempre pe

e a queda dos preços teria

Essa brusca reviravolta envolve pro blemas técnico-económicos formidáveis.

quenos, ainda hoje não são grandc.s.

dociro, a crise nunca teria

desencorajado logo novas extensões da cultura. E,

-É verdade que já se provou que é pos .Í4 V ..«fcUX.

propósito para desanimar os geneticisA agicnomia brasileira data da Re É claro que, com todos esses fato

res adversos não se poderia esperar um


Dicksto Eco.só>uco

34

damentc.

Nos cafezaís formados em

geral as safras variam muito de um ano para outro. A lun ano de urodii-

dc um lado, se valorizava artificialmen

te um produto mi siípcrpvodiiçrio, e, dc outro, SC trabaMiava ativanu-ntc no plan

<,'ão exagerada segue-se nutro de safra

tio dc novas lavoviras, para aumentar

muito reduzida.

ainda mais a superprodução.

Admíte-.se hoje que o cafeeiro prefere \aver protegido por uma sombra rala,

produzindo então com maior reguhiridade. E as árvores do sombra proporcio nam proteção ao solo, e criam sobre ele u'a manta de fòlhas sêcas extraordina

riamente vantajosa para os cafeeiros. Parece fora de ouvida que o clima da maior parte do Estado de São Paulo é quase ideal para a cultura do café. Entretanto, as geadas e as secas do nos-

Mas a compreensão

pericita dessa

cm grande parte, uma conseqüência da

1) O cafeeiro é uma planta de vida econômica muito longa, e um cafezal

vegetais cultivados.

outra.

2) Os cafeziiis novos .só começam Jimte-sc-a isso um terceiro fato fun

cionalmente longa entre as cultivadas.

damental — a conservação fácil e per

Um cafezal em terra boa dura 60 a 80

feita cio café jior longos anos — o te remos estabelecido as bases para a com

preensão dos problemas muito especiais das crises cafcciras.

É bem conhecida a história triste o

O fjue ocorreu dc 1890 cm diante é bem típico, Com o "Encilhamento" e

inglória das' crises sucessivas do café,

a escassez mundial os preços do café

que se seguiram desde o fim do século

subiram muito.

passado. É uma longa luta entre uma

à expansão da lavoura nus terras ainda

E isto foi um convite

produção rápida e desordenadamente

virgens o fcrtilíssimas do planalto pau

crescente e um consumo que não con

lista, onde já se iam entendendo as es

segue

acompanhá-la

com

suficiente

presteza, uma história estranha em que,

As crises do café foram, portanto,

biologia dessa planta singular cnlrc os

representa um capital vultoso que não pcíde .ser abandonado dc inna liora para

taclos.

O Passado

mai.s, com o aumento das colheitas da.s lavouras no\'as, e o inicio da produção de outras ainda mais recentes.

zos graves.

3.

além disso, haveria a possibilidade de baixar a safra logo no ano seguinte, ao passo que, no caso do café, a supei-produção tendia a se acentuar cada vez

.«•e nn.s lembrarmos do dois fatos fun damentais da biologia do cafeeiro:

a produzir 4 a 5 anos depois dc plan-

anos em boas condições.

35

fase da história do café só é possível

.so clima lhe trazem, por vèzes, prejuí O cafpeiro é planta de vida excep

DtcnsTo Econômico

tradas de ferro.

Mas como as novas

lavouras custavam a produzir, a alta continuou e a derrocada

já potencialmente concreti zada talvez cm 1891, só

4.

monto, consorciação de culturas, adu-

bações, utilização de novas variedades, etc. Mas aí é que intervém inna nova dificiddadc, uma dificuldade que é pouco conhecida fora dos meios técni cos: o cafeeiro é uma planta que con

tinua quase tão pouco estudada, técni

Atualmenle o problema cafeeiro do Brasil é inteiramente diverso do que ocorreu no passado. Já não sc tome a

5. O cafeeiro, êsse desconhecido

cnvdnecimcnto da.s lavouras, o macha

o cafeeiro, mais de 200 anos depois de

do, o clima adverso que tem predo

chegado a este país, ainda continua

sxípcrprodução, mas a falta do café. O

A triste e dolorosa verdade é que

minado nos últimos anos, tudo trouxe

quase um desconhecido. Sua cultura

uma queda rápida e grande na produ ção do país, queda tão grande que a

é realizada inteiramente sobre bases em

diminuição das exportações durante a

guerra não constituiu problema a ser enfrentado.

Dc sorte que, .áliuilmcnte, Irala-sc do aumentar a produção, para atender

píricas, com \ariedades aparecidas por acaso, com dundoso fundamenta em

e.xperiéncias na maioria realizadas por leigos, mal conduzidas e mal interpre tadas.

a um consumo mundial sempre cres

Essa revelação não é, porém, tão sen sacional quanto parece. Porque a ex

cente e para aproveitar os elevados pre ços que o produto está alcançando.

sa que data parte do século passado e

Mas hoje o aspecto do Eslaclo é com

pletamente diferente do que era em 1890. Reduzida é a área dc terras velhas, so não se quiser resignar ao

do já se tinham rcaliziido novos o formidáveis plan

tado do 'Rio c o Vale do Paraíba.

planta anual, como o algo-

métodos culturais adequados: sombrca-

CÍ.SCO de Melo Palheta a introduziu no Brasil, em 1727.

O Prasctitc

destino que tiveram no passado o Es

Sc se tratasse de uma

por preço muito elevado.. Êsse custo poderia, porém, ser muito reduzido por

ca e cientificamente, como quando Fran-

veio a furo em 1897, quan tios.

sível plantar café em terras velhas, mas

E

preciso mudar o tradicional c ruinoso

perimentação agrícola científica é coi parte do século atual, e a genética nasceu em 1900.

Os métodos experi

mentais foram estudados para plantas pequenas e anuais, como o trigo, o ar

roz, o algodoeiro.

A experimentação

com plantas arbóreas ou arbustivas. perene.s, como a laranjeira e o cafeeiro.

nomaclismo do cafeeiro, esse clcvovador

ainda constitui problema muito difícil.

dc matas e de liumus, sempre ávido

E o cafeeiro, com a sua reprodução

do "bafo do sertão". É preciso mudar

lerda, a sua longa vida econômica, e

rãpidamente a vellia rotina que vem

o seu porte avantajado, ptirece feito de

da Colônia e do Império e estabilizar a "onda verde" no planalto paulista. Caso contrário, cia terá que fugir para

tas e experimcntadores.

• "1 •quase ' . 1. -qJaivcKlo imediatamente

o Paraná c Goiás.

pública. E seus recursos, sempre pe

e a queda dos preços teria

Essa brusca reviravolta envolve pro blemas técnico-económicos formidáveis.

quenos, ainda hoje não são grandc.s.

dociro, a crise nunca teria

desencorajado logo novas extensões da cultura. E,

-É verdade que já se provou que é pos .Í4 V ..«fcUX.

propósito para desanimar os geneticisA agicnomia brasileira data da Re É claro que, com todos esses fato

res adversos não se poderia esperar um


30

3-

Dicesto Econômico

Dicesto EcoNÓ^acf)

e sempre cultivada em países relativa-

muito mais do que simples hipóteses sem base e.xperimental boa ou ruim, ou fundadas em observações rápidas e im

ção de maus odores.

cialmente resolvido pelos técnicos na cionais.

niente atrasados.

perfeitas.

Com a República, muitu coisa mu dou, mas a velha praxe de produzir

Mas há um outro perigo, que tende a se acentuar cada vez mais, e que pode

uma propaganda persistente e bem fei

do conhecimento das condições técni

conliecimento razoável dessa planta ori ginal, tão nova na história ao mundo, Compare-se o café com o milho, a

batatinha e a cana de açúcar, cujas variedades são fabricadas em série pe los experimentadores, com o algodoeiro, que o Instituto Agronômico mani

pula como bem lhe apraz, e até com a seringueira, planta ainda mais nova, para a qual já há uma razoável base experimental e numerosíssimos clones

altamente produtivos.

Não é de admirar, portanto, que, quando se aborda qualquer problema cafeeiro, surjam as opiniões mais dis paratadas, quase todas provenientes de

simples observação, sém base experi mental, ou oriundas de experiências fei

tas sem os cuidados requeridos pela técnica.

F . Vma-se o caso do sombreamento! Não ha duas opiniões concordantes. Até parecem teorias, de economia polítical

Isso nao impede, porém, que a situa ção do cafe, em futuro próximo, seja das mais animadoras. E é muito pos sível que, com a atual fase de bons preços e produção baixa, e com o de créscimo dos estragos da broca, a nos sa lavoura tradicional venha a se refa zer e a se^ firmar, mesmo nas zonas \elhas. E e muito provável que algu

cas do sombreamento e da possibilida

ra os defeitos dos cafés brasileiros, sem

de econômica do seu uso venha a de

da dos mercados.

fazer notar as suas qualidades. E o

pender todo o futuro da lavoura cateeira do Brasil.

6. A vitória dos tiossos competidores

Brasil tem sido, até hoje, forçado a ven der mais barato e a agüentar sozinho

Hoje é fato histórico que não se dis

de uma nova política de preços conse guiu aumentar um pouco a e.xportação.

te pelos seus concorrentes. Basta citar, com Taunay, alguns dados estatísticos.

Em 16 anos, isto é, de 1922 a 1937, os nossos competidores venderam lOOÍ

Mas na competição internacional o

preço do café é, até certo ponto, se cundário.

O custo de uma .xícara des

do café produzido (132.115.000 sacas)

sa bebida é insignificante em quase to

enquanto o nosso país se via abarro

portância relativa.

da parte, e, por isso mesmo, é de im

7.

Conclusões

Até hoje os brasileiros se têm limi tado a "e.xplorar" o cafeeiro e a ferti lidade de suas terras virgens. (Digo "explorar" em todo o sentido pejora tivo da palavra). É preciso que apren dam agora u cultivá-io, com capricho, com método, aproveitando-se quanto

bebida incomparúvel, um mau produto

possível do conhecimento de sua biolo gia e da técnica de beneficiamento. O problema é difícil e requererá esfôrço longo e persistente. Mas nunca foi glória a resolução dos problemas fáceis.

a destruir, em 12 anos, 76.844.500 sa

pode tornar-se verdadeiramente intragá

E o Brasil conta hoje com uma classe

cas de café, enquanto no resto do mun

vel. Ora, como até hoje o Brasil só

agronômica culta e numerosa, com ad

se tem mostrado capaz de vender café

miráveis centros de experimentação, com - diversas experiências bem feitas iniciadas e algumas terminadas. Já se

tado com mais de 80 milhões de sacas excedentes, representando mais de 25%

da sua produção (317.545.000 sacas). Por isso e que o Brasil se viu obrigado do não se queimou uma só. A que se deve êsse fato ruinoso e humilhante?

Parece já não haver dúvida que a

Já com a qualidade acorríece o con trário.

Pois se um bom café é uma

depois que os seus competidores expor taram tudo o que produziram, fica la

tente o perigo de um dia ser a nossa produção total ou quase totalmente ex

causa primordial tem sido e continua

cedente.

a ser a qualidade. E certo que no Bra

Para evitar esse perigo real, ainda que remoto, c preciso melhorar a qualida

tempo da nossa emperrada e sonolenta

monarquia.

E os nossos competidores-

se esforçavam por aumentá-la ainda;

do sr. Joaquim Alcântara, referente ao

mais. E o bom café brasileiro era mui

tas vezes vendido com o rótulo de ja-

breamento será, possivelmente, uma so

preço entre o bom e o mau café, é benr-

senta, porém, sem nenhuma dúvida.

É fato que, em 1937, a inauguração

Brasil vem sendo vencido invariavelmen

plantio de ingazeíros feito por êle e em Caçapava em um talJião de 8000 pés de café, convenceu-nos de que o som lução. A tentativa dêsse agrônomo fal tam, inegavelmente, os rigores de uma experimentação científica. Ela repre

com os excessos de produção.

cute que na competição internacional o

pre esteve em primeiro lugar. A má fama do café brasileiro data do-

Ainda recentemente uma conferência

De sorte que é muito possível que

ta capricnava em chamar a atenção pa

go, enquanto as nossas estações expe diamente iniciadas.

E

Mas o sombreamento é ainda

uma das chaves da questão.

vir deitar por terra o Brasil como ex

sil a preocupação da quantidade sem--

sariamente longas experiências, tão tar

muito e ordinário continuou firme.

um problema complicado, mas já par

portador de café. Èsse perigo c a per

ma solução empírica venha a surgir lo rimentais não terminam as suas neces

dêsse produto tão .sensível à impregna

vanes, moca, etc.

Apesar da enorme disparidade de-

verdade que entre nós sempre avultoa a produção de café ordinário.

Nunca-

houve, como regra geral, o cuidado es merado no preparo e armazenamento'

conhece alguma coisa sobre a gené

tica do café. Já há alguma luz sobre o problema da boa bebida. E, o que

de do café brasileiro, e fazê-la conhe

ó mais importante, a opinião pública já se convenceu de' que é preciso um grande esfôrço técnico e cientifico para

cida.

reerguer a cafeicultura nacional.

E aí encalhamos novamente em


30

3-

Dicesto Econômico

Dicesto EcoNÓ^acf)

e sempre cultivada em países relativa-

muito mais do que simples hipóteses sem base e.xperimental boa ou ruim, ou fundadas em observações rápidas e im

ção de maus odores.

cialmente resolvido pelos técnicos na cionais.

niente atrasados.

perfeitas.

Com a República, muitu coisa mu dou, mas a velha praxe de produzir

Mas há um outro perigo, que tende a se acentuar cada vez mais, e que pode

uma propaganda persistente e bem fei

do conhecimento das condições técni

conliecimento razoável dessa planta ori ginal, tão nova na história ao mundo, Compare-se o café com o milho, a

batatinha e a cana de açúcar, cujas variedades são fabricadas em série pe los experimentadores, com o algodoeiro, que o Instituto Agronômico mani

pula como bem lhe apraz, e até com a seringueira, planta ainda mais nova, para a qual já há uma razoável base experimental e numerosíssimos clones

altamente produtivos.

Não é de admirar, portanto, que, quando se aborda qualquer problema cafeeiro, surjam as opiniões mais dis paratadas, quase todas provenientes de

simples observação, sém base experi mental, ou oriundas de experiências fei

tas sem os cuidados requeridos pela técnica.

F . Vma-se o caso do sombreamento! Não ha duas opiniões concordantes. Até parecem teorias, de economia polítical

Isso nao impede, porém, que a situa ção do cafe, em futuro próximo, seja das mais animadoras. E é muito pos sível que, com a atual fase de bons preços e produção baixa, e com o de créscimo dos estragos da broca, a nos sa lavoura tradicional venha a se refa zer e a se^ firmar, mesmo nas zonas \elhas. E e muito provável que algu

cas do sombreamento e da possibilida

ra os defeitos dos cafés brasileiros, sem

de econômica do seu uso venha a de

da dos mercados.

fazer notar as suas qualidades. E o

pender todo o futuro da lavoura cateeira do Brasil.

6. A vitória dos tiossos competidores

Brasil tem sido, até hoje, forçado a ven der mais barato e a agüentar sozinho

Hoje é fato histórico que não se dis

de uma nova política de preços conse guiu aumentar um pouco a e.xportação.

te pelos seus concorrentes. Basta citar, com Taunay, alguns dados estatísticos.

Em 16 anos, isto é, de 1922 a 1937, os nossos competidores venderam lOOÍ

Mas na competição internacional o

preço do café é, até certo ponto, se cundário.

O custo de uma .xícara des

do café produzido (132.115.000 sacas)

sa bebida é insignificante em quase to

enquanto o nosso país se via abarro

portância relativa.

da parte, e, por isso mesmo, é de im

7.

Conclusões

Até hoje os brasileiros se têm limi tado a "e.xplorar" o cafeeiro e a ferti lidade de suas terras virgens. (Digo "explorar" em todo o sentido pejora tivo da palavra). É preciso que apren dam agora u cultivá-io, com capricho, com método, aproveitando-se quanto

bebida incomparúvel, um mau produto

possível do conhecimento de sua biolo gia e da técnica de beneficiamento. O problema é difícil e requererá esfôrço longo e persistente. Mas nunca foi glória a resolução dos problemas fáceis.

a destruir, em 12 anos, 76.844.500 sa

pode tornar-se verdadeiramente intragá

E o Brasil conta hoje com uma classe

cas de café, enquanto no resto do mun

vel. Ora, como até hoje o Brasil só

agronômica culta e numerosa, com ad

se tem mostrado capaz de vender café

miráveis centros de experimentação, com - diversas experiências bem feitas iniciadas e algumas terminadas. Já se

tado com mais de 80 milhões de sacas excedentes, representando mais de 25%

da sua produção (317.545.000 sacas). Por isso e que o Brasil se viu obrigado do não se queimou uma só. A que se deve êsse fato ruinoso e humilhante?

Parece já não haver dúvida que a

Já com a qualidade acorríece o con trário.

Pois se um bom café é uma

depois que os seus competidores expor taram tudo o que produziram, fica la

tente o perigo de um dia ser a nossa produção total ou quase totalmente ex

causa primordial tem sido e continua

cedente.

a ser a qualidade. E certo que no Bra

Para evitar esse perigo real, ainda que remoto, c preciso melhorar a qualida

tempo da nossa emperrada e sonolenta

monarquia.

E os nossos competidores-

se esforçavam por aumentá-la ainda;

do sr. Joaquim Alcântara, referente ao

mais. E o bom café brasileiro era mui

tas vezes vendido com o rótulo de ja-

breamento será, possivelmente, uma so

preço entre o bom e o mau café, é benr-

senta, porém, sem nenhuma dúvida.

É fato que, em 1937, a inauguração

Brasil vem sendo vencido invariavelmen

plantio de ingazeíros feito por êle e em Caçapava em um talJião de 8000 pés de café, convenceu-nos de que o som lução. A tentativa dêsse agrônomo fal tam, inegavelmente, os rigores de uma experimentação científica. Ela repre

com os excessos de produção.

cute que na competição internacional o

pre esteve em primeiro lugar. A má fama do café brasileiro data do-

Ainda recentemente uma conferência

De sorte que é muito possível que

ta capricnava em chamar a atenção pa

go, enquanto as nossas estações expe diamente iniciadas.

E

Mas o sombreamento é ainda

uma das chaves da questão.

vir deitar por terra o Brasil como ex

sil a preocupação da quantidade sem--

sariamente longas experiências, tão tar

muito e ordinário continuou firme.

um problema complicado, mas já par

portador de café. Èsse perigo c a per

ma solução empírica venha a surgir lo rimentais não terminam as suas neces

dêsse produto tão .sensível à impregna

vanes, moca, etc.

Apesar da enorme disparidade de-

verdade que entre nós sempre avultoa a produção de café ordinário.

Nunca-

houve, como regra geral, o cuidado es merado no preparo e armazenamento'

conhece alguma coisa sobre a gené

tica do café. Já há alguma luz sobre o problema da boa bebida. E, o que

de do café brasileiro, e fazê-la conhe

ó mais importante, a opinião pública já se convenceu de' que é preciso um grande esfôrço técnico e cientifico para

cida.

reerguer a cafeicultura nacional.

E aí encalhamos novamente em


Dige.sto Econômico

dos soldados americanos cm combate,

especialmente os aviadores, pois eru ne

/ím/a ^f-JUk

39

da bala quebradiça, cooperando ainda na empresa a Boonton Molding, a Re-

cessário ensinar-lhes a tática do com

mington Arms Compan>' o Shaw Insu-

bate, a fim de que os pilotos. na\egado-

Intor Co.

res c artilliciros dos bombardeiros não só conhecessem os aUos volantes como

Resultados das é.vpcriciicias

soubessem e\'itar os alaíjucs do inimi

go. Assim, foi inventado o "projétil

fíjviE^(Cfír\/fí

i

X^ \ V-

V

<•

por Vinícius da Veiga

jRAVEr conhecimento com o projétil T-44 em 1942, antes da nartida d-i

ond M DiplomáHca Americana de Roma, f diplomatas bra•dWni eiros estavam sob ngorosa vií>;ilància

obtidos com a matéria plástica c chum

c que ora nos ocupamos. Com o uso deles nos nòos dc treina

ze companhias do ramo de matéria plás

mento, os americanos poderiam entrar

tica c moldagem, bem como os fabri

cantes de prensas liidráulicas e eletrô

tempo, simulados, entre si. sem o pe

nicas, foram comidados a traballiar pa

rigo de morte. Isso não eválaria a mor

ra as Forças Armadas. Mus, como as resinas fenólicas da na

manha e da Itália, mas estava resol\-ido

o problema do trciiianienlo no ar do xando nenhum sinal mais forte que o de uma arranlmdurá sòbrc o verniz do

móvel e fragmentos pulverizados.

Compreendi que se tratava de uma

bo pura envoltório das novas balas, tre

em combates verdadeiros e, ao mesmo

te de muitos deles, no.s céus da A'c-

Especial papa o "Dicesto Econômico"

Em conseqüência dos bon.s resultados

auebradiço" (frangible bullet T-44),

uma maneira real e efetiva.

Foi cm 29 de maio do 1944 que o

tureza da baquelite demonstraram es peciais características na moldagem ex-

pcrinicnlal dc quatro polegadas,.a 600 libras de pressão requerida, os moldes

primeiro disparo, com a bala T-44, de

de\-iam ter dimensões diferentes, a fim

monstrou as vantagens práticas da in

do e\itar as proporções que tomaria a

'-^guardando a chegada dos

arma secreta, c não fiz perguntas in

venção dc um projétil dc cápsula mol dada cm chumbo e matéria plástica, por

discretas.

carga para a moldagem calculada de 0.6 polegadas á pressão de I.OOO libras.

dSos alemães e italianos ditados nn^R no Brasil a Lisboa, a fimacrede H Sr°'' para a capi-

obra c obstinação do major Cameron

Agora, acabo de receber dos Esta

Verificoii-se, afinal, que o emprego do eluimbo, embora cm proporção superior n da baquelite, produzia certa estratifieação do material durante a mo'dagein.

Foi no meu quarto, no Hotel Flora que meu colega americano ofereceumm o seu revolver carregado, pedíndo-me cntao que o guardasse para sempre, como lembrança. Abrindo o tambor \crlfi quei que as balas desse "Brôwning" eram mais leves do que as balas comuns e, como técnico em matéria pUstica, não me foi difícil identificá-las como feitas de uma composição em que entravam chumbo e resina sintética.

Isso era bastante estranho para mim mas meu espanto foi maior quando o meu amigo, sorrindo, pediu-me que dis parasse o revólver contra éle, a cinco

metros de distancia. Imaginando que bem poderia ser seu desejo suicidar-se nelas^ minhas próprias mãos, atirei na direção do guarda-roupa, c a bala foi

esfacelar-se ao atingir o alvo, não dei

dos Unidos nm relatório sobre o refe

rido projétil, cuja publicação foi auto

rizada pelo National Defense Research Council.

Referia-se à bala T-44, a bala

Fairchild, das Forças Aéreas America

nas. Êsse oficial sempre acreditou ser

ptssível atirar numa pessoa, usando

proictil real, sem matá-la. E para che gar a é.sse resultado grandes e penosas

foram as suas pesc^uisas no campo dos

<juebradiça que não mata.

materiais para a capsiila Jlistórin

cia

halo

T-44

de semelhante bala. Co

Sua história é a seguinte: no prin-,

meçou ele a usar projé

Os

deveriam ser de 61 cari-

cujo

Unidos, de saber qual seria a reação

bitivo.

y ;í': n x j*,

Foi cm> 29 cie maio cie 1944 cjiie o pri meiro clis-]yaro, com a halo T-44, dcmom-

trou as vant-aaens práticas cia ■ invenção

cie um projétil cie cápsula molclacla em chumbo e matéria plástica, por obra e obstinação do major Cameron Faírchihl, das Forças Aéreas Americanas.

Èsse

oficial sempre acreditou ser possível ati rar numa-^ pessoa, usando projétil real, sem matá-la.

controle da den.sidade e perfeição da conlextura.

teis de vidro soprado,

cípio da guerra trata\'a-se, nos Estados

y:x:c::r::i

Os primeiros moldes usados foram de

49 cavídadc.s, porque a bala quebradiça o.xigia baixas dimensões para absoluto

custo

seria

proi

Seria necessário,

moldes

imaginados

dades para boa produção em

massa.

ainda, obter técnicos de

Algumas companhias

Murano (Itália), para a fabricação dc semelhan

usaram material em pó

te \'ldro.

la T-44, mas outras pre

Fíxando-se

a

escollia

em outro material, isto

c, a baquclite com o chumbo, foi cons tituída uma comissão, sob os au.spícios da National Defense Rcsearclr Coun

cil, composta dos drs. Paul Gross, da Universidade de Duke, dos químicos da Bakelite Corporation, e oulios técni

cos, a fim de levar avante os estudos

para a moldagem da ba feriram matéria preparada

("preform") antecipada

mente no forno, isto é, amassada o

aquecida antes de entrar nas prensas. Outra fase do processo Outra fase característica do processo

foi a da urdução termal do material, pois o chumbo é mais intenso que a


Dige.sto Econômico

dos soldados americanos cm combate,

especialmente os aviadores, pois eru ne

/ím/a ^f-JUk

39

da bala quebradiça, cooperando ainda na empresa a Boonton Molding, a Re-

cessário ensinar-lhes a tática do com

mington Arms Compan>' o Shaw Insu-

bate, a fim de que os pilotos. na\egado-

Intor Co.

res c artilliciros dos bombardeiros não só conhecessem os aUos volantes como

Resultados das é.vpcriciicias

soubessem e\'itar os alaíjucs do inimi

go. Assim, foi inventado o "projétil

fíjviE^(Cfír\/fí

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X^ \ V-

V

<•

por Vinícius da Veiga

jRAVEr conhecimento com o projétil T-44 em 1942, antes da nartida d-i

ond M DiplomáHca Americana de Roma, f diplomatas bra•dWni eiros estavam sob ngorosa vií>;ilància

obtidos com a matéria plástica c chum

c que ora nos ocupamos. Com o uso deles nos nòos dc treina

ze companhias do ramo de matéria plás

mento, os americanos poderiam entrar

tica c moldagem, bem como os fabri

cantes de prensas liidráulicas e eletrô

tempo, simulados, entre si. sem o pe

nicas, foram comidados a traballiar pa

rigo de morte. Isso não eválaria a mor

ra as Forças Armadas. Mus, como as resinas fenólicas da na

manha e da Itália, mas estava resol\-ido

o problema do trciiianienlo no ar do xando nenhum sinal mais forte que o de uma arranlmdurá sòbrc o verniz do

móvel e fragmentos pulverizados.

Compreendi que se tratava de uma

bo pura envoltório das novas balas, tre

em combates verdadeiros e, ao mesmo

te de muitos deles, no.s céus da A'c-

Especial papa o "Dicesto Econômico"

Em conseqüência dos bon.s resultados

auebradiço" (frangible bullet T-44),

uma maneira real e efetiva.

Foi cm 29 de maio do 1944 que o

tureza da baquelite demonstraram es peciais características na moldagem ex-

pcrinicnlal dc quatro polegadas,.a 600 libras de pressão requerida, os moldes

primeiro disparo, com a bala T-44, de

de\-iam ter dimensões diferentes, a fim

monstrou as vantagens práticas da in

do e\itar as proporções que tomaria a

'-^guardando a chegada dos

arma secreta, c não fiz perguntas in

venção dc um projétil dc cápsula mol dada cm chumbo e matéria plástica, por

discretas.

carga para a moldagem calculada de 0.6 polegadas á pressão de I.OOO libras.

dSos alemães e italianos ditados nn^R no Brasil a Lisboa, a fimacrede H Sr°'' para a capi-

obra c obstinação do major Cameron

Agora, acabo de receber dos Esta

Verificoii-se, afinal, que o emprego do eluimbo, embora cm proporção superior n da baquelite, produzia certa estratifieação do material durante a mo'dagein.

Foi no meu quarto, no Hotel Flora que meu colega americano ofereceumm o seu revolver carregado, pedíndo-me cntao que o guardasse para sempre, como lembrança. Abrindo o tambor \crlfi quei que as balas desse "Brôwning" eram mais leves do que as balas comuns e, como técnico em matéria pUstica, não me foi difícil identificá-las como feitas de uma composição em que entravam chumbo e resina sintética.

Isso era bastante estranho para mim mas meu espanto foi maior quando o meu amigo, sorrindo, pediu-me que dis parasse o revólver contra éle, a cinco

metros de distancia. Imaginando que bem poderia ser seu desejo suicidar-se nelas^ minhas próprias mãos, atirei na direção do guarda-roupa, c a bala foi

esfacelar-se ao atingir o alvo, não dei

dos Unidos nm relatório sobre o refe

rido projétil, cuja publicação foi auto

rizada pelo National Defense Research Council.

Referia-se à bala T-44, a bala

Fairchild, das Forças Aéreas America

nas. Êsse oficial sempre acreditou ser

ptssível atirar numa pessoa, usando

proictil real, sem matá-la. E para che gar a é.sse resultado grandes e penosas

foram as suas pesc^uisas no campo dos

<juebradiça que não mata.

materiais para a capsiila Jlistórin

cia

halo

T-44

de semelhante bala. Co

Sua história é a seguinte: no prin-,

meçou ele a usar projé

Os

deveriam ser de 61 cari-

cujo

Unidos, de saber qual seria a reação

bitivo.

y ;í': n x j*,

Foi cm> 29 cie maio cie 1944 cjiie o pri meiro clis-]yaro, com a halo T-44, dcmom-

trou as vant-aaens práticas cia ■ invenção

cie um projétil cie cápsula molclacla em chumbo e matéria plástica, por obra e obstinação do major Cameron Faírchihl, das Forças Aéreas Americanas.

Èsse

oficial sempre acreditou ser possível ati rar numa-^ pessoa, usando projétil real, sem matá-la.

controle da den.sidade e perfeição da conlextura.

teis de vidro soprado,

cípio da guerra trata\'a-se, nos Estados

y:x:c::r::i

Os primeiros moldes usados foram de

49 cavídadc.s, porque a bala quebradiça o.xigia baixas dimensões para absoluto

custo

seria

proi

Seria necessário,

moldes

imaginados

dades para boa produção em

massa.

ainda, obter técnicos de

Algumas companhias

Murano (Itália), para a fabricação dc semelhan

usaram material em pó

te \'ldro.

la T-44, mas outras pre

Fíxando-se

a

escollia

em outro material, isto

c, a baquclite com o chumbo, foi cons tituída uma comissão, sob os au.spícios da National Defense Rcsearclr Coun

cil, composta dos drs. Paul Gross, da Universidade de Duke, dos químicos da Bakelite Corporation, e oulios técni

cos, a fim de levar avante os estudos

para a moldagem da ba feriram matéria preparada

("preform") antecipada

mente no forno, isto é, amassada o

aquecida antes de entrar nas prensas. Outra fase do processo Outra fase característica do processo

foi a da urdução termal do material, pois o chumbo é mais intenso que a


I

1-^

T^rw^ Dicesto EcoNÓAnco

40

resina fenólíca, exigindo, portanto, 80 segundos de cura apenas. A compo

sição do material é a seguinte: 90% de chumbo e 10% de baquelite, o que jus

lação pelos operários. No caso do em-

prêgo do chumbo, porém, na no\'a com posição, severas precauções tiveram de

tifica uma transferência de calor mais

ser tomadas, visto que o chumbo é alta mente tóxico, sobretudo em pó, que é

rápida. A produção foi calculada em 18" a 23 balas por libra de material,

absorvido nos locais de traballio. Além dos exaustores de ar, foram to

atingindo até 40 balas com o molde de 61 cavidades e uma perda de 372

gramas em 49 balas. A perda de ma terial, quando êle é termofixo, neste caso, seria anti-económica, porém no

madas tôda.s as medidas para que a acumulação de pó de chumbo no ar am biente das fábricas fosse limitada a 15

miligramas cada dez metros cúbicos, e

caso do chumbo e da substância fenó

muitas vêzes, abaixo desse bmite, de

líca, os restos podem ser reaquecidos e

pois dos estudos da Associação das Ma nufaturas de Chumbo c do Departamen

aproveitados.

_ As matérias plásticas, em geral, não são venenosas durante a sua manipu

Gimemi'

j

por Aiúzio DE

Especial para o "Dicesto Eco^•ó^^co'

A cííifl poUticm de Calógeras realça a cultura dc uma nação. Èle ara ojyjetioo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não lhes dava nenhum relôva especial; apenas os exibia como comparsas ou elementos complomeníarês do grande drama coletivo que é o

to de Saúde, que concorreram também

para o êxito da nova arma.

processamento dos negócios administrativos.

tmANTE O período de 1897 a 1915,

D quando representante de Minas Co

rais na Câmara dos Deputados, Caló zada e ouvida em matéria orçamentá ria.

em seus devidos têrmòs 'e no tempo

De 1915 a 1917, como Ministro

da Fazenda, teve ensejo de aplicar, di

retamente, na proposta de orçamento da República, os princípios que sempre

defendera. Em 1918, foi, ainda, o seu

profundo conhecimento da técnica orça mentária que Ibe proporcionou o méto do de elaborar, para o Presidente Ro drigues Alves, o famoso "Relatório Con ENERGIj^ ATÔMICA PARA FINS PACÍFICOS

fidencial", onde conseguiu esboçar a mais vigorosa, penetrante e sugestiva

r--^ P presidente do Instituto Doheleiiu, Pittsbursh, Estados C/mdoí, tnformou que de estáTecnologia, em projetosr.a Robert construção de um de sincro-cicloton de mil toneladas, com a potência de cerca de 200 milhões de® energia watts^ . atômico, Tal aparelho será construído no referido Instituio,

síntese, que se conhece, da situação ad

importando a sua construção em mais de meio milhão de dólares. Será o scmux-

atividades a que se dedicou. Dotado

ministrativa do país. Ê difícil falar de Calógeras sem re

petir que êle foi exemplar em tôdas as de poderosa cultura, enfrentava e ven cia tôdas as dificuldades dos negócios

públicos. Identificava-se, imediatamen te, com os mais graves e profundos pro blemas administrativos e nunca os dei xava sem solução. Era, sobretudo, um trabalhador infatigável. Produ

na indústria metaliirgica, o que poderá constituir verdadeira revolução ncwe

campo da produção.

zia depressa, sob a pressão dos fa : ià

ções infindáveis ou se deixava arrastar

e empolgar pelos aspectos secundários das questões, Calógeras sabia situá-las

geras foi no Brasil a voz mais autori

do gerador de energia atômica em ordem de importância surgido no pais, v7ndo em primeiro lugar o da Califórnia. O projeto de construção está entregue aos mesmos cientistas que trabalharam no apc^eiçoamento da bomba atômica; terá por objetivo, porém, o .emprêgo da energia atômica para fins pacíficos, es})ecialn^nte os trabalhos de investigação física nuclear, com aplicações particulares

tos e das e.xigências do momento. En quanto outros se perdiam em medita

justo. Com admirável senso de opor tunidade, atendia-as na hora exata. Suas

obras, na grande maioria e notadamente

aquelas que o consagraram estadista, fo ram produzidas em curto prazo. Basta citar duas, das mais significativas e ori ginais: "As Minas do Brasil" e "La

Politique Monetaire du Brésil". O pa

recer a propósito da legislação das mi nas foi escrito em plena faina parla mentar de 1903 a 1904.

No entanto,

não é um parecer, é um verdadeiro tra tado da matéria. Como dizia Capistra-

no, em qualquer outro país essa obra envelheceria rapidamente,^ porque ou tros cuidariam de continuá-la e desen-

\olvê-la; mas, no Brasil, haveria de per manecer durante decênios, e, de fato,

ainda hoje permanece, "como um mar co solitário", "La Politique Monetai

re du Brésil" é uma tese escrita e pu blicada em três meses para a 4.^ Con ferência Pan-Americana que so reuniu


I

1-^

T^rw^ Dicesto EcoNÓAnco

40

resina fenólíca, exigindo, portanto, 80 segundos de cura apenas. A compo

sição do material é a seguinte: 90% de chumbo e 10% de baquelite, o que jus

lação pelos operários. No caso do em-

prêgo do chumbo, porém, na no\'a com posição, severas precauções tiveram de

tifica uma transferência de calor mais

ser tomadas, visto que o chumbo é alta mente tóxico, sobretudo em pó, que é

rápida. A produção foi calculada em 18" a 23 balas por libra de material,

absorvido nos locais de traballio. Além dos exaustores de ar, foram to

atingindo até 40 balas com o molde de 61 cavidades e uma perda de 372

gramas em 49 balas. A perda de ma terial, quando êle é termofixo, neste caso, seria anti-económica, porém no

madas tôda.s as medidas para que a acumulação de pó de chumbo no ar am biente das fábricas fosse limitada a 15

miligramas cada dez metros cúbicos, e

caso do chumbo e da substância fenó

muitas vêzes, abaixo desse bmite, de

líca, os restos podem ser reaquecidos e

pois dos estudos da Associação das Ma nufaturas de Chumbo c do Departamen

aproveitados.

_ As matérias plásticas, em geral, não são venenosas durante a sua manipu

Gimemi'

j

por Aiúzio DE

Especial para o "Dicesto Eco^•ó^^co'

A cííifl poUticm de Calógeras realça a cultura dc uma nação. Èle ara ojyjetioo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não lhes dava nenhum relôva especial; apenas os exibia como comparsas ou elementos complomeníarês do grande drama coletivo que é o

to de Saúde, que concorreram também

para o êxito da nova arma.

processamento dos negócios administrativos.

tmANTE O período de 1897 a 1915,

D quando representante de Minas Co

rais na Câmara dos Deputados, Caló zada e ouvida em matéria orçamentá ria.

em seus devidos têrmòs 'e no tempo

De 1915 a 1917, como Ministro

da Fazenda, teve ensejo de aplicar, di

retamente, na proposta de orçamento da República, os princípios que sempre

defendera. Em 1918, foi, ainda, o seu

profundo conhecimento da técnica orça mentária que Ibe proporcionou o méto do de elaborar, para o Presidente Ro drigues Alves, o famoso "Relatório Con ENERGIj^ ATÔMICA PARA FINS PACÍFICOS

fidencial", onde conseguiu esboçar a mais vigorosa, penetrante e sugestiva

r--^ P presidente do Instituto Doheleiiu, Pittsbursh, Estados C/mdoí, tnformou que de estáTecnologia, em projetosr.a Robert construção de um de sincro-cicloton de mil toneladas, com a potência de cerca de 200 milhões de® energia watts^ . atômico, Tal aparelho será construído no referido Instituio,

síntese, que se conhece, da situação ad

importando a sua construção em mais de meio milhão de dólares. Será o scmux-

atividades a que se dedicou. Dotado

ministrativa do país. Ê difícil falar de Calógeras sem re

petir que êle foi exemplar em tôdas as de poderosa cultura, enfrentava e ven cia tôdas as dificuldades dos negócios

públicos. Identificava-se, imediatamen te, com os mais graves e profundos pro blemas administrativos e nunca os dei xava sem solução. Era, sobretudo, um trabalhador infatigável. Produ

na indústria metaliirgica, o que poderá constituir verdadeira revolução ncwe

campo da produção.

zia depressa, sob a pressão dos fa : ià

ções infindáveis ou se deixava arrastar

e empolgar pelos aspectos secundários das questões, Calógeras sabia situá-las

geras foi no Brasil a voz mais autori

do gerador de energia atômica em ordem de importância surgido no pais, v7ndo em primeiro lugar o da Califórnia. O projeto de construção está entregue aos mesmos cientistas que trabalharam no apc^eiçoamento da bomba atômica; terá por objetivo, porém, o .emprêgo da energia atômica para fins pacíficos, es})ecialn^nte os trabalhos de investigação física nuclear, com aplicações particulares

tos e das e.xigências do momento. En quanto outros se perdiam em medita

justo. Com admirável senso de opor tunidade, atendia-as na hora exata. Suas

obras, na grande maioria e notadamente

aquelas que o consagraram estadista, fo ram produzidas em curto prazo. Basta citar duas, das mais significativas e ori ginais: "As Minas do Brasil" e "La

Politique Monetaire du Brésil". O pa

recer a propósito da legislação das mi nas foi escrito em plena faina parla mentar de 1903 a 1904.

No entanto,

não é um parecer, é um verdadeiro tra tado da matéria. Como dizia Capistra-

no, em qualquer outro país essa obra envelheceria rapidamente,^ porque ou tros cuidariam de continuá-la e desen-

\olvê-la; mas, no Brasil, haveria de per manecer durante decênios, e, de fato,

ainda hoje permanece, "como um mar co solitário", "La Politique Monetai

re du Brésil" é uma tese escrita e pu blicada em três meses para a 4.^ Con ferência Pan-Americana que so reuniu


I UlU'iiPVV||PPPfipff|Í^^ Dicesto Econômico

eni Buenos Aires. É definitivamente

considerada um documento indispensá vel ao estudo das finanças públicas bra sileiras.

Xa última fase de sua vida, Calóee-

ras esteve, praticamente, afastado das atividades politicas. Ao deixar, em

43

Dicf-sto Econômico

dade.s e necessidades nacionais e, de outro, os interesses e jorojiósitos alheios.

tudo, sua impoluta fidelidade à demo

ao plenário, sua intervenção era aco

cracia, conservaram-no anli-fascista. No

lhida com intcrê.sse e respeito.

Ora, Calógcras conhecia tudo o que o

esplendor do sua inaluridado inlelcclual,

téria orçamentária, aparentemente en

Brasil possuía, produzia c necessitava.

escreveu, cm 1926, lun breve ensaio

fadonha c áspera, versada por conhe

Por outro lado, costiima\-a

.sòbrc as origens e a implantação do

cedor hábil c honesto, transformava, na

ter olhos

A ma

abertos c vigilantes sòbrc as cobiças e

fascismo na Itália.

rivalidades internacionais. Nada lhe fal

gem propositadamente elevada c serena,

sintcligência.s partidárias num clima sa

1922, o Ministério da Guerra, quando

tava, então, para sc tornar um legítimo chanceler brasileiro.

para não ferir .suscclibilidadcs de ita lianos incorporavlos à civilização bra

dio dò solidariedade construtiva dos des

terminou o mandato presidencial de Epitácio Pessoa, não voltou mais à Câma

ra dos Deputados. A máquina eleito

ral mineira não permitiu que o país continuasse a reccoer a prodigiosa co laboração do seu antigo e incansável parlamentar. É' verdade que, era 1934 Minas o elegeu deputado à Assembléia

Constítuínte. Mas essa eleição signi ficava, apenas, uma tardia reparação ao e.KÍlio injusto a que fòra condenado pela cegueira de seus contemporâneos. Na realidade, já não podia fazer nada. Velho e doente, naquele mesmo ano veio a falecer.

Grande parte desse abandono força-

tio da vida pública Calogeras a empre

gou em pesquisas históricas e ativida-

aes literárias. São dessa época a *'PoliUca E.xterior do Império", "A Formacif. f conferên cia e arhgos av-ulsos mai.s tarde reu

nidos sob o título de "Rcs Nostra" c Problemas de Governo"

A paixão do historiador parecia ocul-

Ao se converter à Igreja Católica Apos

Com uma lingua

Os Anais da Câmara dos Deputados

estão repletos de pareceres, relatórios e sugestõc.s de Calógeras acerca do orça-

formar, sua capacicla<Ic do compreender

da estupidez c do rctroccs.so. Adver tiu, enèrgicamenlo, o Brasil contra o perigo fascista o demonstrou que essa forma pedante o brutal do aventurismo político não podia enraizar-se em nosso país o que sua inconsistência teó rica perante as lições da história tor

ob)cti\amente, como sempre o fizera,

ná-la-ia incapaz de sobrev iver, por mui

uliás, os fenômenos que se passavam

to tempo, no próprio país de origem.

tólica Romana, pouco antes de morrer,

o ardor com que, então, se entregou às práticas religiosas absorveu o derra

deiro brilho de sua poderosa inteligên cia. Êssc recolhimento cspiririial teria, inc\'itàvclmenlc, de restringir, senão de

nos longínquos horizontes da política in ternacional. Causa, por exemplo, certa

tem o que aprender", como contessou,

xado influenciar pela Igreja a ponto de incidir no erro universal que se tem cometido do negar, sistcmàlicamente, as

singelamente, o deputado Martini Fran cisco, iim dos mais atentos, e assíduos

Esses ligeiros traços da personalidade de Calógcras nada pretendem senão pro

realizações da revolução russa sem que rer investigá-las o conhecê-las.

jetar a sombra do homem sobre a.s idéias

alie defendeu ao tratar dos problemas

Ê ter

rível o poder do dogma. Aliás, raras vezes .se rcTcriu Calógcras à experiência soviética. Num artigo em que comba

o Estado através do orçamento.

Êle

empregou o prestigiou como nenhum outro 'político, no Brasil, esse valioso

tia o divórcio e num ensaio em que

in'^trumento do governo.

Com lumino

sa precisão, • decdurou que "todo orça-

su.stentava o conceito cristão do traba

O conteúdo dessa frase, para um ho mem de sua estatura intelectual, con

pectos negativos, isolados e dramáticos,

densava, então, a totalidade dos proble

mostram, claramente, o conjunto de qua-

lidiides que possuía para dar o devido relevo e continuidade às tradições de Rio Branco. Nenhum homem está em condições de tratar em nome de seu pai.s- com as potências estrangeiras, se

desconhece, de um lado, as %ossibili-

cio do incontestável uperfeiç-oamento da técnica orçamentária, que tanto cuida do tem merecido, ultimamente, dos go

jjerple.xicladc, verificar que se tenha dei

gor, só enxergou na Rússia alguns as

intimo cia Conferência da Paz, onde compareceu como delegado do'Brasil

Concalenar êsses traballios é

vernos da União, dos Estados e Muni

tural do estadista. Êle fôra notável na zenda, excepcional na Guerra; seria fa talmente, insuperável nas ReÍaçõe.rExleriore.s. Os fragmentos do seu "diário

mènlo.

tarefa que reclama a paciência e a ha bilidade do pesquisador e hoje se impõe como nccc.ssária e urgente, em benefí

cípios. Reabnente, "com êlc sempre se

lho, pcrcobc-se que, católico convicto e

pasta da Agricultura, inimitável na Fa

tinos do Braail.

sileira, dissecou e.ssa estranha doutrina

(ar uma aspiraçao secreta de Calótrera.s — a diplomacia — ou servia de deriva

tivo Cjuem sabe, a essa inclinação na

Câmara, o ambiento mesquinho das de-

nienlo traduz uma política". Éle não

intransigente, não pôde fugir à discipli

era homem que proferisse frases vazias.

na cultural da Igreja e, com certo amar-

da construção socialista.

Hoje, como

mento.

Vamos tentar um pequeno roteiro

para clarear e abreviar os passos dos futuros pesquisadores. Para isso, divi dimos as idéias orçamentárias de Caló geras cm sete grupos gerais, sem outro

critério (jue o dc facilitar, pelo princi pio de homogeneidade, a reunião de teorias e sugestões por êle defendidas.

gnipo — A técnica do preparo e da discussão do orçamento

mas governamentais refletidos em sín

Churcliill, teria, naturalmente, modifi

teses numéricas.

cado suas opiniões e reconhecido que 0.Ç russos, até bem pouco tempo acusa

Desde seu ingresso na Câmara dos

Deputados, foi o orçamento o ponto de

dos de inimigos da humanidade, na ho

concentração de suas atividades parla

ra em que esta descobriu seus verda

mentares. Enquanto a maioria de seus

deiros inimigos, consagraram-se, peran te a história, sob os mais trágicos sa

colegas sc deixava, muitas vezes, entu-

.siasmar por questões eleitorais e parti

crifícios, os mais heróicos defensores da

dárias, Pandiá Calógeras, na scmi-obs-

civilização e da liberdade dos povos.

curidade afanosa das coraissões, esmiu

Embora contaminado pela inlolerâncin rdlígío.sa, sua esplêndida organização mental, sua firmeza de caráter e, sobre-

. ..

ouvintes dos seus discursos no parla

çava as propostas orçamentárias c foca lizava os problemas fundamentais da administração nacional. Quando vinha Jk

Sob êsse titulo, poderíamos reunir os

pareceres e intervenções na tribuna, que contém, especialmente, considerações teóricas desenvolvidas acerca de prin

cípios G normas que presidem a ela

boração orçamentária. "Obstrução da lei de meios" (Anais - 1909 - vol. 14,

pug. 532) é um tema em que Calóge ras chamava atenção para a inutilidade

de negar o Congresso ao governo a lei de meio.s, porque sem ela, na sua opi nião, êle não deixaria de go\'ernar. Qual-


I UlU'iiPVV||PPPfipff|Í^^ Dicesto Econômico

eni Buenos Aires. É definitivamente

considerada um documento indispensá vel ao estudo das finanças públicas bra sileiras.

Xa última fase de sua vida, Calóee-

ras esteve, praticamente, afastado das atividades politicas. Ao deixar, em

43

Dicf-sto Econômico

dade.s e necessidades nacionais e, de outro, os interesses e jorojiósitos alheios.

tudo, sua impoluta fidelidade à demo

ao plenário, sua intervenção era aco

cracia, conservaram-no anli-fascista. No

lhida com intcrê.sse e respeito.

Ora, Calógcras conhecia tudo o que o

esplendor do sua inaluridado inlelcclual,

téria orçamentária, aparentemente en

Brasil possuía, produzia c necessitava.

escreveu, cm 1926, lun breve ensaio

fadonha c áspera, versada por conhe

Por outro lado, costiima\-a

.sòbrc as origens e a implantação do

cedor hábil c honesto, transformava, na

ter olhos

A ma

abertos c vigilantes sòbrc as cobiças e

fascismo na Itália.

rivalidades internacionais. Nada lhe fal

gem propositadamente elevada c serena,

sintcligência.s partidárias num clima sa

1922, o Ministério da Guerra, quando

tava, então, para sc tornar um legítimo chanceler brasileiro.

para não ferir .suscclibilidadcs de ita lianos incorporavlos à civilização bra

dio dò solidariedade construtiva dos des

terminou o mandato presidencial de Epitácio Pessoa, não voltou mais à Câma

ra dos Deputados. A máquina eleito

ral mineira não permitiu que o país continuasse a reccoer a prodigiosa co laboração do seu antigo e incansável parlamentar. É' verdade que, era 1934 Minas o elegeu deputado à Assembléia

Constítuínte. Mas essa eleição signi ficava, apenas, uma tardia reparação ao e.KÍlio injusto a que fòra condenado pela cegueira de seus contemporâneos. Na realidade, já não podia fazer nada. Velho e doente, naquele mesmo ano veio a falecer.

Grande parte desse abandono força-

tio da vida pública Calogeras a empre

gou em pesquisas históricas e ativida-

aes literárias. São dessa época a *'PoliUca E.xterior do Império", "A Formacif. f conferên cia e arhgos av-ulsos mai.s tarde reu

nidos sob o título de "Rcs Nostra" c Problemas de Governo"

A paixão do historiador parecia ocul-

Ao se converter à Igreja Católica Apos

Com uma lingua

Os Anais da Câmara dos Deputados

estão repletos de pareceres, relatórios e sugestõc.s de Calógeras acerca do orça-

formar, sua capacicla<Ic do compreender

da estupidez c do rctroccs.so. Adver tiu, enèrgicamenlo, o Brasil contra o perigo fascista o demonstrou que essa forma pedante o brutal do aventurismo político não podia enraizar-se em nosso país o que sua inconsistência teó rica perante as lições da história tor

ob)cti\amente, como sempre o fizera,

ná-la-ia incapaz de sobrev iver, por mui

uliás, os fenômenos que se passavam

to tempo, no próprio país de origem.

tólica Romana, pouco antes de morrer,

o ardor com que, então, se entregou às práticas religiosas absorveu o derra

deiro brilho de sua poderosa inteligên cia. Êssc recolhimento cspiririial teria, inc\'itàvclmenlc, de restringir, senão de

nos longínquos horizontes da política in ternacional. Causa, por exemplo, certa

tem o que aprender", como contessou,

xado influenciar pela Igreja a ponto de incidir no erro universal que se tem cometido do negar, sistcmàlicamente, as

singelamente, o deputado Martini Fran cisco, iim dos mais atentos, e assíduos

Esses ligeiros traços da personalidade de Calógcras nada pretendem senão pro

realizações da revolução russa sem que rer investigá-las o conhecê-las.

jetar a sombra do homem sobre a.s idéias

alie defendeu ao tratar dos problemas

Ê ter

rível o poder do dogma. Aliás, raras vezes .se rcTcriu Calógcras à experiência soviética. Num artigo em que comba

o Estado através do orçamento.

Êle

empregou o prestigiou como nenhum outro 'político, no Brasil, esse valioso

tia o divórcio e num ensaio em que

in'^trumento do governo.

Com lumino

sa precisão, • decdurou que "todo orça-

su.stentava o conceito cristão do traba

O conteúdo dessa frase, para um ho mem de sua estatura intelectual, con

pectos negativos, isolados e dramáticos,

densava, então, a totalidade dos proble

mostram, claramente, o conjunto de qua-

lidiides que possuía para dar o devido relevo e continuidade às tradições de Rio Branco. Nenhum homem está em condições de tratar em nome de seu pai.s- com as potências estrangeiras, se

desconhece, de um lado, as %ossibili-

cio do incontestável uperfeiç-oamento da técnica orçamentária, que tanto cuida do tem merecido, ultimamente, dos go

jjerple.xicladc, verificar que se tenha dei

gor, só enxergou na Rússia alguns as

intimo cia Conferência da Paz, onde compareceu como delegado do'Brasil

Concalenar êsses traballios é

vernos da União, dos Estados e Muni

tural do estadista. Êle fôra notável na zenda, excepcional na Guerra; seria fa talmente, insuperável nas ReÍaçõe.rExleriore.s. Os fragmentos do seu "diário

mènlo.

tarefa que reclama a paciência e a ha bilidade do pesquisador e hoje se impõe como nccc.ssária e urgente, em benefí

cípios. Reabnente, "com êlc sempre se

lho, pcrcobc-se que, católico convicto e

pasta da Agricultura, inimitável na Fa

tinos do Braail.

sileira, dissecou e.ssa estranha doutrina

(ar uma aspiraçao secreta de Calótrera.s — a diplomacia — ou servia de deriva

tivo Cjuem sabe, a essa inclinação na

Câmara, o ambiento mesquinho das de-

nienlo traduz uma política". Éle não

intransigente, não pôde fugir à discipli

era homem que proferisse frases vazias.

na cultural da Igreja e, com certo amar-

da construção socialista.

Hoje, como

mento.

Vamos tentar um pequeno roteiro

para clarear e abreviar os passos dos futuros pesquisadores. Para isso, divi dimos as idéias orçamentárias de Caló geras cm sete grupos gerais, sem outro

critério (jue o dc facilitar, pelo princi pio de homogeneidade, a reunião de teorias e sugestões por êle defendidas.

gnipo — A técnica do preparo e da discussão do orçamento

mas governamentais refletidos em sín

Churcliill, teria, naturalmente, modifi

teses numéricas.

cado suas opiniões e reconhecido que 0.Ç russos, até bem pouco tempo acusa

Desde seu ingresso na Câmara dos

Deputados, foi o orçamento o ponto de

dos de inimigos da humanidade, na ho

concentração de suas atividades parla

ra em que esta descobriu seus verda

mentares. Enquanto a maioria de seus

deiros inimigos, consagraram-se, peran te a história, sob os mais trágicos sa

colegas sc deixava, muitas vezes, entu-

.siasmar por questões eleitorais e parti

crifícios, os mais heróicos defensores da

dárias, Pandiá Calógeras, na scmi-obs-

civilização e da liberdade dos povos.

curidade afanosa das coraissões, esmiu

Embora contaminado pela inlolerâncin rdlígío.sa, sua esplêndida organização mental, sua firmeza de caráter e, sobre-

. ..

ouvintes dos seus discursos no parla

çava as propostas orçamentárias c foca lizava os problemas fundamentais da administração nacional. Quando vinha Jk

Sob êsse titulo, poderíamos reunir os

pareceres e intervenções na tribuna, que contém, especialmente, considerações teóricas desenvolvidas acerca de prin

cípios G normas que presidem a ela

boração orçamentária. "Obstrução da lei de meios" (Anais - 1909 - vol. 14,

pug. 532) é um tema em que Calóge ras chamava atenção para a inutilidade

de negar o Congresso ao governo a lei de meio.s, porque sem ela, na sua opi nião, êle não deixaria de go\'ernar. Qual-


44

quer ilegalidade que decorresse daí para

orçamento da receita geral, proferido

pag. 224; 1899 — vol. 4, pag. 356; vol.

os atos governamentais seria ressalvada

na sessão de 26 de novembro de 1913

por um "bill" de indenidade, conquis

(Anais — 1913 — vol. 10, pag. 416). peras da l.'* Grande Guerra c animado por apartes dc ilus»res conhecedores do

5, pag. 623; vol. 6, pags. 113, 178, 229, 245, 252; vol. 7, pags. 71, 96; 1903 vol 7, pags. 730, 736, 746; 1905 vol. 8, pag. 515; 1907 — vol. 8, 1.® par te, pag. 485; 1908 — vol 10, pag. 635; vol 14, pag. 463; 1912 — vol. 15, pags.

assunto, como Simões Lopes, Carlos Pei xoto Filho o Homero Batista.

582, 670, vol 17, pag. 143. Fazenda — 1898 — vol 3, pag. 551;

Sôbrc orçamento da receita, a inter

vol. 6, pag. 6; 1908 — vol 9, pag. 423; 1909 — vol. 15, pag- 588; 1912 — vol 8, pags. 421, 487. Guerra — 1898 — vol. 4, pag. 308;

tado pela maioria sob coação partidá ria em época oportuna. A respeito de "Discriminação da des

pesa" (Anais - 1912 - vol. 9, pag. 610) Calógeras reivindica para o par lamento a competência de examinar e conhecer as despesas públicas segundo suas especificações: "para determinado

É um trabalho do fôlego. Rico de im pressões- da economia bra.sileira nas vés

venção de Calógcra.s está registrada nos

^r\áço um determinado quantitativo". Hecusa a doutrina de que a Câmara devena votar "esta ou aquela medida na te dos padrinhos, pela confiança que lhe devia merecer a Comissão ou o co-

.seguintes "Anais": 1897 — vol. 7, pag.

vemo ...

pag. 189; 1909 — vol. 12, pac. 289-

^

orçamentos" (Anais

dii? ~ TJexpe diente que lhe pareceu semprefoiconde

nável, como precedente perigoso para a independência do Congresso. Tal "ato nlTm ® minoria funtas aeonse-

390; 1898 — vol. 6, pag. 413; 1899 —

vol. 6, pag. 497; 1903 - vol.' 8, pags.

vol. 5, pag. 115; vol. 7, pag. 65; vol. 9, pag. 117; 1912 — vol 11, pags. 419, 931; vol. 12, pag. 42; vol. 17, pag. 22;

79, 119 c 932; 1904 - vol 6, pag. 744; 1905 - vo). 8. pag. 233; 1908 - vol. s!

1913 - vol. 10, pags. 103, 390; 1914 vol. 8, pag. 413. Marinha — 1903 — vol. 6, pag. 316;

1912 - vol. 15, pag. 612; 1913 - vol! 10, pag. 416.

Sobre tributação c assuntos correlatos: "Impostos interestaduais" — 1903

vol. 7, pag. 1; 1908 — vol 10, pag. 722; 1912 — vol. 8, pag. 261; vol. 12, pags. 411, 456; 1913 - vol 9, pag. 305.

- vol. 5, pag. 524; "Impôsto de sal" -

1904 - vol. S, pac. 702; "Aumento do

^ Gamara adotar (sessão de 27

impôsto sobre bebidas alcoólicas" —

Relações Exteriores — 1903 — vol. 5,

legislativo, corporação".

da taxa de 2% ouro — 1912, vo! 19

pag. 659; 1908 — vol. 4, pag. 203; vol. 6, pag. 106; 1912 — vol. 12, pag. 471;

dLoW-'"^" S te da üa propna

náo passa da por par-

sos.

1909 - vol. 15, pag. 267; "Cobrança pag. 741 e vol. 13 pag. 393.

"

trabalhos parlamenta-

3." grupo - Despesa e programas de'

anali^sados e discutidos, mas," incídent"' mente, nao constituíram, todavia como

Um dos poucos liomens a sustentar, inflexivelmente, o princípio de que os' itens da de.spesa pública devem ser vo

iíiard? Sssr"'-'"''''

tados em função dos programas dc tra

rcs de PaUrr

T as pa?Hn,rM'/'

toóricos

2." grupo - Receita e Tributação ao

Os notáveis ensaios que produziu sô bre estimaüvas anuais das rendas da üniao, legislação tributária e, notada mente, tarifas, devem ser recolhidos co

1913 — vol. 9, pag. 649. Interior e Justiça — 1903 — vol. 6,

pag. 608; 1908 — vol 7, pag. 408. Agricultura — 1912 — vol. 14, pags.

trabalho

534, 629 e 689.

eles, salientam-se: "Defesa Nacional" - 1912 — vol 16, pag. 129; 1914 —

vol. 4, pag. 17; "Requisições militares e particulares em tempo de paz e de

mo ensinanientos preciosas. Na enu meração é impossível salientar os mais

tica documentada e construtiva. Veja

guerra" — 1912, vol. 5, pag. 88; "For-

importantes sem incorrer no êrro das

mos, numa resenha, o farto material com

tificações do Brasil" — 1913, vol 9,

que contribuiu para o estudo do orça mento, por ordem de ministérios, e.xis-

pag. 316; "Força Naval" — 1913 — vol. 8, pag. 292; "Auxílios à lavoura" — 1903 "Reforma dos — vol 6, pag. 168 e 182; * Correios" — 1908 — vol 8, pa^. 209; "Exploração da Indústria Siderúrgica"

apreciações ligeiras que tanto repugnavam a Calógeras. Façamos apenas a catalogaçao, cumprindo, porém, desta

car p discurso relativo ao projeto de

tente nos Anais da Câmara:

Viaçõo — 1897 — vol. 7, pag. 429;

1898 - vol 5, pags. 214, $34; vol, g,

1

nas margens dos rios" — 1914 — vol 3, pag. 520; "Banco Brasileiro de Minera ção" — 1913 — vol. 11, pag. 238; "Con vênio entre o Brasil e o Uruguai" —

1913 — vol 9, pag. 574; "Revisão das

aposentadorias" — 1914 — vol. 3, pag. i 255.

40 grupo — Créditos Suplementares Sempre verberou Calógeras a insinceridade no orçamento, causa principal da abertura

dos créditos

suplementares.

Falseia a verdade, dizia, o tesouro quan

do propõe ao govêmo c este ao Con gresso crédito notòriamente insuficiente. Há uma aparência momentânea de eco nomia que mais tarde sera desfeita e desmoralizada.

Nos Anais de 1912 —

vol. 7, pags. 234, 290; vol. 8, pag. 779; vol 9, pags. 499 e 503 - "Um crédito extraordinário à Marinha" — 1913 vol

8, pag. 121 — há críticas instrutivas a respeito do instituto da suplementação. Seus argumentos, então expandidos, são eternos. Não seriam novos, nem ele ti

nha presunções vãs de originalidade. reprimir abusos.

tais. Discutiu com circunspecção todas mento. Baseavam-se sempre numa cri

renos reservados para ser\ndão pública

trabailhos isolados, de vários problemas

ministeriais que se destacavam do orça mento pròpriamente dito pelo vulto de que se revestiam na ocasião. Dentre

das eram recebidas com o maior acata

ra" — 1912, wl. 10, pag. 405; "Ter

Suas verdades, porém, são daquelas que devem ser repetidas em todos os tem pos, porque concorrem para evitar ou

Além da discussão específica das pro

Suas emen

— 1909 — vol. 6, pag. 633; "Concessão

feita à Leopoldina Railway" — 1909 vol. 9, pag. 184; "A Borracha Brasilei

postas orçamentárias dos ministérios, Ca lógeras tratava, ao anabsá-las ou em

balho que representam, Calógeras, em toda a sua atividade parlamentar, foi o mais ousado, assíduo e seguro ana lista dos empreendimentos governamen a.s propostas ministeriais.

45

DiGESTo Econômico

Digesto EcoNÓxnco

grupo — Tomadas de Contas As contas do executívo devern ser

prestadas, ordinàriamente, ao legislati vo. que é o "juiz final da legalidade com que se realiza a gestão dos dmheiros públicos.

Observou Calógeras a

inutilidade da Comissão de Tomadas de Contas na Câmara" (Anais 1912 - vol

9, pag. 497) acentuando que, até então, as ilftimas "contas definitivas do exe

cutivo que haviam sido tomadas pelo

poder legislativo foram as apresentadas

J


44

quer ilegalidade que decorresse daí para

orçamento da receita geral, proferido

pag. 224; 1899 — vol. 4, pag. 356; vol.

os atos governamentais seria ressalvada

na sessão de 26 de novembro de 1913

por um "bill" de indenidade, conquis

(Anais — 1913 — vol. 10, pag. 416). peras da l.'* Grande Guerra c animado por apartes dc ilus»res conhecedores do

5, pag. 623; vol. 6, pags. 113, 178, 229, 245, 252; vol. 7, pags. 71, 96; 1903 vol 7, pags. 730, 736, 746; 1905 vol. 8, pag. 515; 1907 — vol. 8, 1.® par te, pag. 485; 1908 — vol 10, pag. 635; vol 14, pag. 463; 1912 — vol. 15, pags.

assunto, como Simões Lopes, Carlos Pei xoto Filho o Homero Batista.

582, 670, vol 17, pag. 143. Fazenda — 1898 — vol 3, pag. 551;

Sôbrc orçamento da receita, a inter

vol. 6, pag. 6; 1908 — vol 9, pag. 423; 1909 — vol. 15, pag- 588; 1912 — vol 8, pags. 421, 487. Guerra — 1898 — vol. 4, pag. 308;

tado pela maioria sob coação partidá ria em época oportuna. A respeito de "Discriminação da des

pesa" (Anais - 1912 - vol. 9, pag. 610) Calógeras reivindica para o par lamento a competência de examinar e conhecer as despesas públicas segundo suas especificações: "para determinado

É um trabalho do fôlego. Rico de im pressões- da economia bra.sileira nas vés

venção de Calógcra.s está registrada nos

^r\áço um determinado quantitativo". Hecusa a doutrina de que a Câmara devena votar "esta ou aquela medida na te dos padrinhos, pela confiança que lhe devia merecer a Comissão ou o co-

.seguintes "Anais": 1897 — vol. 7, pag.

vemo ...

pag. 189; 1909 — vol. 12, pac. 289-

^

orçamentos" (Anais

dii? ~ TJexpe diente que lhe pareceu semprefoiconde

nável, como precedente perigoso para a independência do Congresso. Tal "ato nlTm ® minoria funtas aeonse-

390; 1898 — vol. 6, pag. 413; 1899 —

vol. 6, pag. 497; 1903 - vol.' 8, pags.

vol. 5, pag. 115; vol. 7, pag. 65; vol. 9, pag. 117; 1912 — vol 11, pags. 419, 931; vol. 12, pag. 42; vol. 17, pag. 22;

79, 119 c 932; 1904 - vol 6, pag. 744; 1905 - vo). 8. pag. 233; 1908 - vol. s!

1913 - vol. 10, pags. 103, 390; 1914 vol. 8, pag. 413. Marinha — 1903 — vol. 6, pag. 316;

1912 - vol. 15, pag. 612; 1913 - vol! 10, pag. 416.

Sobre tributação c assuntos correlatos: "Impostos interestaduais" — 1903

vol. 7, pag. 1; 1908 — vol 10, pag. 722; 1912 — vol. 8, pag. 261; vol. 12, pags. 411, 456; 1913 - vol 9, pag. 305.

- vol. 5, pag. 524; "Impôsto de sal" -

1904 - vol. S, pac. 702; "Aumento do

^ Gamara adotar (sessão de 27

impôsto sobre bebidas alcoólicas" —

Relações Exteriores — 1903 — vol. 5,

legislativo, corporação".

da taxa de 2% ouro — 1912, vo! 19

pag. 659; 1908 — vol. 4, pag. 203; vol. 6, pag. 106; 1912 — vol. 12, pag. 471;

dLoW-'"^" S te da üa propna

náo passa da por par-

sos.

1909 - vol. 15, pag. 267; "Cobrança pag. 741 e vol. 13 pag. 393.

"

trabalhos parlamenta-

3." grupo - Despesa e programas de'

anali^sados e discutidos, mas," incídent"' mente, nao constituíram, todavia como

Um dos poucos liomens a sustentar, inflexivelmente, o princípio de que os' itens da de.spesa pública devem ser vo

iíiard? Sssr"'-'"''''

tados em função dos programas dc tra

rcs de PaUrr

T as pa?Hn,rM'/'

toóricos

2." grupo - Receita e Tributação ao

Os notáveis ensaios que produziu sô bre estimaüvas anuais das rendas da üniao, legislação tributária e, notada mente, tarifas, devem ser recolhidos co

1913 — vol. 9, pag. 649. Interior e Justiça — 1903 — vol. 6,

pag. 608; 1908 — vol 7, pag. 408. Agricultura — 1912 — vol. 14, pags.

trabalho

534, 629 e 689.

eles, salientam-se: "Defesa Nacional" - 1912 — vol 16, pag. 129; 1914 —

vol. 4, pag. 17; "Requisições militares e particulares em tempo de paz e de

mo ensinanientos preciosas. Na enu meração é impossível salientar os mais

tica documentada e construtiva. Veja

guerra" — 1912, vol. 5, pag. 88; "For-

importantes sem incorrer no êrro das

mos, numa resenha, o farto material com

tificações do Brasil" — 1913, vol 9,

que contribuiu para o estudo do orça mento, por ordem de ministérios, e.xis-

pag. 316; "Força Naval" — 1913 — vol. 8, pag. 292; "Auxílios à lavoura" — 1903 "Reforma dos — vol 6, pag. 168 e 182; * Correios" — 1908 — vol 8, pa^. 209; "Exploração da Indústria Siderúrgica"

apreciações ligeiras que tanto repugnavam a Calógeras. Façamos apenas a catalogaçao, cumprindo, porém, desta

car p discurso relativo ao projeto de

tente nos Anais da Câmara:

Viaçõo — 1897 — vol. 7, pag. 429;

1898 - vol 5, pags. 214, $34; vol, g,

1

nas margens dos rios" — 1914 — vol 3, pag. 520; "Banco Brasileiro de Minera ção" — 1913 — vol. 11, pag. 238; "Con vênio entre o Brasil e o Uruguai" —

1913 — vol 9, pag. 574; "Revisão das

aposentadorias" — 1914 — vol. 3, pag. i 255.

40 grupo — Créditos Suplementares Sempre verberou Calógeras a insinceridade no orçamento, causa principal da abertura

dos créditos

suplementares.

Falseia a verdade, dizia, o tesouro quan

do propõe ao govêmo c este ao Con gresso crédito notòriamente insuficiente. Há uma aparência momentânea de eco nomia que mais tarde sera desfeita e desmoralizada.

Nos Anais de 1912 —

vol. 7, pags. 234, 290; vol. 8, pag. 779; vol 9, pags. 499 e 503 - "Um crédito extraordinário à Marinha" — 1913 vol

8, pag. 121 — há críticas instrutivas a respeito do instituto da suplementação. Seus argumentos, então expandidos, são eternos. Não seriam novos, nem ele ti

nha presunções vãs de originalidade. reprimir abusos.

tais. Discutiu com circunspecção todas mento. Baseavam-se sempre numa cri

renos reservados para ser\ndão pública

trabailhos isolados, de vários problemas

ministeriais que se destacavam do orça mento pròpriamente dito pelo vulto de que se revestiam na ocasião. Dentre

das eram recebidas com o maior acata

ra" — 1912, wl. 10, pag. 405; "Ter

Suas verdades, porém, são daquelas que devem ser repetidas em todos os tem pos, porque concorrem para evitar ou

Além da discussão específica das pro

Suas emen

— 1909 — vol. 6, pag. 633; "Concessão

feita à Leopoldina Railway" — 1909 vol. 9, pag. 184; "A Borracha Brasilei

postas orçamentárias dos ministérios, Ca lógeras tratava, ao anabsá-las ou em

balho que representam, Calógeras, em toda a sua atividade parlamentar, foi o mais ousado, assíduo e seguro ana lista dos empreendimentos governamen a.s propostas ministeriais.

45

DiGESTo Econômico

Digesto EcoNÓxnco

grupo — Tomadas de Contas As contas do executívo devern ser

prestadas, ordinàriamente, ao legislati vo. que é o "juiz final da legalidade com que se realiza a gestão dos dmheiros públicos.

Observou Calógeras a

inutilidade da Comissão de Tomadas de Contas na Câmara" (Anais 1912 - vol

9, pag. 497) acentuando que, até então, as ilftimas "contas definitivas do exe

cutivo que haviam sido tomadas pelo

poder legislativo foram as apresentadas

J


46

Dicesto Econômico

durante o período do então vice-presi dente em exercício de presidente da República, o sr. Marechal Floriano Pei

xoto". Mas isto mesmo, acrescentou, não foi feito de modo expresso e sim cm uma lei em que se aprovavam to

299) foi por élc analisado c combati

do em lêrmo.s vigorosos. Suas observaçõe.s nesse caso valem por uma pni-

fissão dü fé, robii.stccida mais tarde pe los admiráveis conceitos que de.scnvolvcu (Anais, 1914 — vol. 2, pag. 587) acerca da teoria do crédito público c

dos os atos, aprovando-se, também, "ipso facto", tôdas as contas daquele perío do". Contra esse processo de aprova-

da competência da Câmara para co

çuo global, levantou objcções se\'eras,

operações financeiras.

fjue, dc certo modo, já liaviam sido em

outra ocasião formuladas, a respeito da

"desordem financeira causada péia anar quia reinante" (Anais — 1912 — vo1 12, pag. 365).

S." - grupo - Empréstimos públicos Quando as disponibilidades normais

da receita publica não bastam para fa zer face as despesas impostas pelas exi..,encias da boa administração do Es tado o remédio a recorrer é, evidente mente, o empréstimo. Calógeras pon

derava,c!as.sica freqüentemente, numa ati tude em matéria de rígida finanças que o empréstimo deveria, entretanto

sei re.servado às dificuldades extremas

nunca ao custeio de ser^'icos ordinS o permanentes. Êstes deveriam er Sportados pe a tributação e demais ren das ordmanas. Todavia, os empreen dimentos que e.xcedessem à anualidade

orçamentaria, como as obras que valo rizam o paümnonio. o aparelhamento na val e as fortificações que garantem o

futuro da nacionalidade, desde que não Iiouvesse "superávit", jusHficariam, ne cessariamente, sua realização mediante

empréstimos a serem solvidos pelas ge rações vindouras, beneficiárias diretas

T i

47

Dicesto EcoNÓxnco

nplifávol, a nenhum govèrno c dado afirmar (juc mmca o empregará. Mas. por is.so mesmo só utilizável com a maior

prudência, (juimdo provada a ineficá cia ou a inip(issibilidaclo de agir por métodos outros (Relatório dó Slinistro

cpicira — São Paulo — 1934). — vol. 9. pags. 605 e 736) empolgou

Rui Barbosa, então ministro da Fazenda,

o auditório, durante duas sessões, com

Repudiou enèr-

reinaugiirou o sistema de pluralidade de

gicamente a doutrina de que emprésti-

emissão bancária, .sistema esse que, em

mo.s poderiam ser negociados ]ielo go

outra fase da vida econômica do país, havia conlril)iüdo para as crises de

social. Discutia-se um projeto de ele vação da taxa cambial e restauração dos fundos dc garantia e de resgate do pa

1857 e 1864. Roconhceia Rui a neces sidade de facilitar créditos à lavoura,

no seu entender, vaiia por uma

nhecer c decidir da conveniência das

verno para satisfazer comiironiissos assumido.s cm exercícios anteriores. Re cusava, intransígcntemenlc, a autoriza

ção parlamentar para a efetivação de tais operações, rpiando os alegados com

a fim de que esta iJiidesse enfrentar

promissos nem ao menos eram arrola

abolição da escravatura.

as dificuldades resultantes da recente

Mas, em lu

executivo despesas .sem crédito anteci

gar dc permitir a emissão, pelos bancos, clc papel moeda lastreado exclusivamen te por ouro, dada a escassez dèsse me tal, pós cm prática um engenhoso pro cesso dc garantir a circulação mediante

padamente votado pelo legislativo.

caução de títulos da dívida pública. A

dos. Permitir o lançamento dc cmpréslimo.s nesses casos eqüivaleria a coones-

tar, "a posleriori", o crime contra as instituições orçamentárias, de efetuar o

7.° grupo — Emissão e hifíação Não é possível resumir suas bem co

nhecidas e constantemente repetidas crí ticas à emissão de papel moeda como

exi^osíção de motivos em que Rui Bar bosa justificou a expedição do decreto do 17 dc janeiro dc 1890 descreve seu curioso sistema.

Os resultados nao se

fizeram esperar. Foram desastrosos. Não

é licito concluir, todavia, q^iie a culpa

um bolo discurso, de alta significação

pel mocda.^ A proposta em discussão, propa ganda oficial do descrédito do pais e traduziu o mais audacioso assalto da ganância capitalista contra os direitos dos proletários, dos assalariados em ge

ral". Fez, em seguida, um sugesüvo re.sumo da lüstória financeira do país, pa ra finalizar com um repudio completo

às manobras de especulação oficial, que favoreciam os ricos e aproveitadores em detrimento dos pobres e trabalhadores. Sua coerência doutrinária a respeito dc emissão e inflação foi sempre irre-

prcen.sivelmente mantida e confirmada por declarações e decisões, conforme sc vê, além de outros documentos, na "Polilique Monctairc du Brósil", nos "Re

meio ordinário de aliviar as aperturas

devesse recair na inovação de Rui. Os

do tesouro. Mellior .será reproduzir suas

fenômenos econômicos c financeíios, co

latórios do Ministro da Fazenda" (1915

palavras. "Emitir é sempre fácil, c o

mo todos os fenômenos sociais, devem .ser analisados .segundo seus anteceden

reza. Não n'o podo fazer, entretanto, um governo cõnscio de sua rosponsa-

da não foi deviclamente contada.

Iiilidade. Emitir, como em nosso país

ra de Rui, que coincidiu, aliás, com

c 1916) e num curioso voto que for mulou em separado e foi lido na Ga mara por Carlos Peixoto Filho, na sua ausência (Anais — 1914 — vol. 4, pag. 675). Aí manifestou Calógeras, mais uma vez, a opinião de que as cnses cria das e acumuladas , por sucessivos des

.se tem usado e abusado, não é um re

uma súbita e alarmante baixa do cam bio dc 20" para 12. Escreveu a pro

por decretos (emissões).

pendor humano de evittir responsabili dades por demais freqüentemente 6 le vado a ceder a solicitações dessa natu

médio; vale por um expediente.

Pode

tes e suas conseqüências. A história do "ensilhamento", que então ocorreu, ain

Ca

lógeras, porém, não perdoou a aventu

obrigar a empregá-lo a inelutável força )5erante a fatalidade, curvam-se vonta

moeda, o método de garantir uma dí

des e doutrinas.

vida com outra dívida foi considerado

O em

C. de Sales |únior — "Calógeras Fi nancista" — em "Calógeras na opinião do seus contemporâneos" — Tip. Si-

É oportuno recordar (pie, em 1890,

mental. Empréstimos para favorecer aventuras financeiras ou suportar simp.es crises de tesouraria receberam sem

ralidade dc emissão banciíria (Ver: A.

Certa vez, na Câmara (Anais, 1910

da Fazenda, 1915)".

do bem estar, da segurança e do pro gresso resultantes da iniciativa governa pre sua veemente condenação.

cia norte-americana em matéria de phi-

dos acontecimentos. Diante dela, como Mas é sempre um re

curso, nunca uma solução.

O inevitá

préstimo de Í15.000.000 para atender

vel, por vezes; não o regime normal. O •doloroso resgate de erros anteriores; não

','aK café12 (Anais 1908, vol. de11,valorização pag. 594 do e vol. pag

o processo recomendável da regenera ção financeira.

Só em caso extremo

governos jamais poderão ser abolidas

pósito dela: "com esta estranha con cepção da natureza e da função da como solução científica do problema da circulação no Brasil". Êste reparo apa receu documentado, como acontecia com

tôdas as observações que fazia. Invo

cou Calógeras, para tanto, a experiên JÉV

Esta indicação fragmentada da ati vidade intensa de" Calógeras em tôfno

do orçamento, durante 15 anos de vida

parlamentar, pode, talvez, servir a al gum e.studioso que se disponha a coor-


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Dicesto Econômico

durante o período do então vice-presi dente em exercício de presidente da República, o sr. Marechal Floriano Pei

xoto". Mas isto mesmo, acrescentou, não foi feito de modo expresso e sim cm uma lei em que se aprovavam to

299) foi por élc analisado c combati

do em lêrmo.s vigorosos. Suas observaçõe.s nesse caso valem por uma pni-

fissão dü fé, robii.stccida mais tarde pe los admiráveis conceitos que de.scnvolvcu (Anais, 1914 — vol. 2, pag. 587) acerca da teoria do crédito público c

dos os atos, aprovando-se, também, "ipso facto", tôdas as contas daquele perío do". Contra esse processo de aprova-

da competência da Câmara para co

çuo global, levantou objcções se\'eras,

operações financeiras.

fjue, dc certo modo, já liaviam sido em

outra ocasião formuladas, a respeito da

"desordem financeira causada péia anar quia reinante" (Anais — 1912 — vo1 12, pag. 365).

S." - grupo - Empréstimos públicos Quando as disponibilidades normais

da receita publica não bastam para fa zer face as despesas impostas pelas exi..,encias da boa administração do Es tado o remédio a recorrer é, evidente mente, o empréstimo. Calógeras pon

derava,c!as.sica freqüentemente, numa ati tude em matéria de rígida finanças que o empréstimo deveria, entretanto

sei re.servado às dificuldades extremas

nunca ao custeio de ser^'icos ordinS o permanentes. Êstes deveriam er Sportados pe a tributação e demais ren das ordmanas. Todavia, os empreen dimentos que e.xcedessem à anualidade

orçamentaria, como as obras que valo rizam o paümnonio. o aparelhamento na val e as fortificações que garantem o

futuro da nacionalidade, desde que não Iiouvesse "superávit", jusHficariam, ne cessariamente, sua realização mediante

empréstimos a serem solvidos pelas ge rações vindouras, beneficiárias diretas

T i

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Dicesto EcoNÓxnco

nplifávol, a nenhum govèrno c dado afirmar (juc mmca o empregará. Mas. por is.so mesmo só utilizável com a maior

prudência, (juimdo provada a ineficá cia ou a inip(issibilidaclo de agir por métodos outros (Relatório dó Slinistro

cpicira — São Paulo — 1934). — vol. 9. pags. 605 e 736) empolgou

Rui Barbosa, então ministro da Fazenda,

o auditório, durante duas sessões, com

Repudiou enèr-

reinaugiirou o sistema de pluralidade de

gicamente a doutrina de que emprésti-

emissão bancária, .sistema esse que, em

mo.s poderiam ser negociados ]ielo go

outra fase da vida econômica do país, havia conlril)iüdo para as crises de

social. Discutia-se um projeto de ele vação da taxa cambial e restauração dos fundos dc garantia e de resgate do pa

1857 e 1864. Roconhceia Rui a neces sidade de facilitar créditos à lavoura,

no seu entender, vaiia por uma

nhecer c decidir da conveniência das

verno para satisfazer comiironiissos assumido.s cm exercícios anteriores. Re cusava, intransígcntemenlc, a autoriza

ção parlamentar para a efetivação de tais operações, rpiando os alegados com

a fim de que esta iJiidesse enfrentar

promissos nem ao menos eram arrola

abolição da escravatura.

as dificuldades resultantes da recente

Mas, em lu

executivo despesas .sem crédito anteci

gar dc permitir a emissão, pelos bancos, clc papel moeda lastreado exclusivamen te por ouro, dada a escassez dèsse me tal, pós cm prática um engenhoso pro cesso dc garantir a circulação mediante

padamente votado pelo legislativo.

caução de títulos da dívida pública. A

dos. Permitir o lançamento dc cmpréslimo.s nesses casos eqüivaleria a coones-

tar, "a posleriori", o crime contra as instituições orçamentárias, de efetuar o

7.° grupo — Emissão e hifíação Não é possível resumir suas bem co

nhecidas e constantemente repetidas crí ticas à emissão de papel moeda como

exi^osíção de motivos em que Rui Bar bosa justificou a expedição do decreto do 17 dc janeiro dc 1890 descreve seu curioso sistema.

Os resultados nao se

fizeram esperar. Foram desastrosos. Não

é licito concluir, todavia, q^iie a culpa

um bolo discurso, de alta significação

pel mocda.^ A proposta em discussão, propa ganda oficial do descrédito do pais e traduziu o mais audacioso assalto da ganância capitalista contra os direitos dos proletários, dos assalariados em ge

ral". Fez, em seguida, um sugesüvo re.sumo da lüstória financeira do país, pa ra finalizar com um repudio completo

às manobras de especulação oficial, que favoreciam os ricos e aproveitadores em detrimento dos pobres e trabalhadores. Sua coerência doutrinária a respeito dc emissão e inflação foi sempre irre-

prcen.sivelmente mantida e confirmada por declarações e decisões, conforme sc vê, além de outros documentos, na "Polilique Monctairc du Brósil", nos "Re

meio ordinário de aliviar as aperturas

devesse recair na inovação de Rui. Os

do tesouro. Mellior .será reproduzir suas

fenômenos econômicos c financeíios, co

latórios do Ministro da Fazenda" (1915

palavras. "Emitir é sempre fácil, c o

mo todos os fenômenos sociais, devem .ser analisados .segundo seus anteceden

reza. Não n'o podo fazer, entretanto, um governo cõnscio de sua rosponsa-

da não foi deviclamente contada.

Iiilidade. Emitir, como em nosso país

ra de Rui, que coincidiu, aliás, com

c 1916) e num curioso voto que for mulou em separado e foi lido na Ga mara por Carlos Peixoto Filho, na sua ausência (Anais — 1914 — vol. 4, pag. 675). Aí manifestou Calógeras, mais uma vez, a opinião de que as cnses cria das e acumuladas , por sucessivos des

.se tem usado e abusado, não é um re

uma súbita e alarmante baixa do cam bio dc 20" para 12. Escreveu a pro

por decretos (emissões).

pendor humano de evittir responsabili dades por demais freqüentemente 6 le vado a ceder a solicitações dessa natu

médio; vale por um expediente.

Pode

tes e suas conseqüências. A história do "ensilhamento", que então ocorreu, ain

Ca

lógeras, porém, não perdoou a aventu

obrigar a empregá-lo a inelutável força )5erante a fatalidade, curvam-se vonta

moeda, o método de garantir uma dí

des e doutrinas.

vida com outra dívida foi considerado

O em

C. de Sales |únior — "Calógeras Fi nancista" — em "Calógeras na opinião do seus contemporâneos" — Tip. Si-

É oportuno recordar (pie, em 1890,

mental. Empréstimos para favorecer aventuras financeiras ou suportar simp.es crises de tesouraria receberam sem

ralidade dc emissão banciíria (Ver: A.

Certa vez, na Câmara (Anais, 1910

da Fazenda, 1915)".

do bem estar, da segurança e do pro gresso resultantes da iniciativa governa pre sua veemente condenação.

cia norte-americana em matéria de phi-

dos acontecimentos. Diante dela, como Mas é sempre um re

curso, nunca uma solução.

O inevitá

préstimo de Í15.000.000 para atender

vel, por vezes; não o regime normal. O •doloroso resgate de erros anteriores; não

','aK café12 (Anais 1908, vol. de11,valorização pag. 594 do e vol. pag

o processo recomendável da regenera ção financeira.

Só em caso extremo

governos jamais poderão ser abolidas

pósito dela: "com esta estranha con cepção da natureza e da função da como solução científica do problema da circulação no Brasil". Êste reparo apa receu documentado, como acontecia com

tôdas as observações que fazia. Invo

cou Calógeras, para tanto, a experiên JÉV

Esta indicação fragmentada da ati vidade intensa de" Calógeras em tôfno

do orçamento, durante 15 anos de vida

parlamentar, pode, talvez, servir a al gum e.studioso que se disponha a coor-


48

denar, selecionar e sistematizar os prin cípios e argumentos que copiosamente enunciou e defendeu com desassombra-

da sinceridade. A indicação foi tenta da com êsse desejo de ser útil. Mas

seu fim principal é demonstrar que a tenacidade e o vigor que Pandiá Calógeras empregou na investigação, aná

lise e crítica dos trabalhos governamen tais, através das propostas orçamentánas, exigiram-lhe a ampliação ilimita

da da cultura e asseguraram-lhe, em compensação, a singular capacidade de

abranger, em extensão e profundidade todos os problemas administrativos do seu tempo. Prova evidente disso é o

Relatório Confidencial" ao Presidente

t

Rodrigues Alves.

m

o processo orçamentário é, efetiva-

DigBSTO ECONÔMICO''*'

de significativas parcelas, efetuada me-

tòdícamente e sob o cuidado supremo de tirar dos indivíduos o máximo tri butável para transformá-lo no máximo possível de benefícios coletivos.

Nes

sas operações, o técnico, o especialista,

todos os lados sob o seu olhar. Se não

tem capacidade para percebê-los e en

frentá-los, o orçamentista não é digno dêsse nome. Se se deixa, porém, en levar pela estranha sedução cívica de

traballiar pelo bem público, terá, forço

samente, de desenvolver e aprimorar ao infinito a sua cultura. O ardor, a de

dicação e os esforços que empregar nes sa conduta traçarão o destino de sua

pu.ar e, de outro, o volume dos gastos

damental para o estudo da administra ção pública no Brasil. Estava conven cido de que cumprira apenas um dever

se reno%'a todos os anos, dá a exata me dida das necessidades nacionais e da

ma de que se formam os estadistas.

se que havia escrito uma cartinha fun

de cidadão ao oferecer a sumida de

suas observações pessoais a um futuro

presidente da República. Êsse traba lho, porém, pela linguagem agreste, se vera e objetiva que encerra, representa a mais completa visão panorâmica que

capacidade de contribuir o povo para satisfazê-Ias. O orçamento não é ape nas o resultado das massas justapostas

se pode fazer da administração de um

de receitas e despesas. Êle é, sobretu do, um processo contínuo de análise de

de orçamento que examinou, discutiu e

país. Familiarizado com as propostas

receitas e despesas que o ato legislativo

emendou, durante 15 anos, no parlamen

de aprovação da a devida forma e a

adquirida na gestão das pastas da Agri cultura e da Fazenda, Pandiá Calóge

concisão técnica. A síntese legal, com as gener^zações para efeitos adminisformal e definitiva,® deúltima uma expressão, série de operações

relevas à ponderação de valores, à pe

netração rnediante pesquisas nas mais variadas atividades econômicas nacio nais, a seleção de programas de traba

lho governamental, enfim, à mensuração

a lembrança de que êstcs tenham exis tido serxira de estímulo e profilaxia

ra seu aparecimento. Certamente as gerações de hoje e do por\'ir encontra

Quando entregou ao Conselheiro Ro drigues Alves o famoso "Relatório Con fidencial", Calógeras talvez não soubes

gidos pelo bem estar e progresso da naçao. A elaboração orçamentária, que

tinção dos tremendos erros que aponta,

blemas administrativos que brotam de

relações entre povo e Estado. É o or çamento o símbolo perfeito dos laços que prendem essas relações. De um lado, ele toma visível a massa das ren

que representam a conversão daquelas

tomar anacrônico, pela correção ou ex

contra a preguiça, a ignorância e a fal

personalidade. De qualquer forma, po rém, ter-se-á convertido na matéria pri

rendas em programas de trabalhS exi

jovens, principalmente, devem lô-Io sem pre à mão. Mesmo que venha a se

é freqüentemente soUcitado pelas fasci nantes perspectivas dos inúmeros pro

^ mente, a melhor escola para a formação de estadistas. Elaborando o orçamento, o servidor publico sente de perto as

das, que sao extraídas da riqueza po-

DlGESTO EcONÓTvnCO

to, e senhor de experiência ministerial ras descreveu a situação dos serviços públicos com invejável segurança, sub metendo-os a' vigorosa crítica. Editado êsse relatório, sob o título

perfeito de "Problemas de Administra ção", sua leitura se recomenda a todos

os brasileiros que desejam sinceramente colaborar no progresso do país. Os

ta de decôro que tanto concorreram pa

rão ali consoUios e provas convincentes

de que a responsabilidade pelo exercí cio de qualquer parcela de poder pú blico jamais deve ser olvidada por quem

49

o bem publico, agrade ou desagrade às clientelas e as icrejinhas, não corteiando a populandade, servindo à nação e não à própria wrreira e às conveniências pessoais. Homens e não sombras energias e não acomodações" ("Proble mas de Administração", paes 4^/aa

Comp. Editora Nacional, i2.=»' edição' 1938). «oiçao, A vida política dêsse grande homem realça a cultiua de uma nação. Êle era objetivo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não

a assume. É com razão que as posi

lhes dava nenhum relevo especial; ape

ções profissionais no serviço público se denominam cargos e não empregos. Em prego é simples meio de vida. Cargo è emprêgo mais sacrifício, devoção e responsabilidade, condições estas impli

ma coletivo que é o processamento dos negócios administrativos. Sua indivi dualidade teve, naturalmente, defeitos

citamente, impostas ao titular pelo bem público do qual se torna servidor. As

lições de formação do caráter do servi dor público ministradas por Calógeras

nas os exibia como comparsas ou ele mentos complementares do grande dra

humanos e cometeu erros ideológicos, acentuados aqui ou ali pelas atitudes

sempre claras e definidas que assumiu. A calúnia não deixou de envolver seu

são singelas e, por isso mesmo, atuais e eternas. A respeito de economias or

nome quando ministro da Fazenda. Nunca se defendeu. Sua defesa decor

gir do tema, êle mostrou que e facil consegui-las "pelo emprêgo consciencioso das verbas, peba revisão dos quadros, pelo aproveitamento mais inteligente e, por assim dizer, mais industrial do pes cai existente. Para tal, nao e mister lei nem autorização especial: basta fis calizar. não preencher vagas inúteis, fa

nenhum deslize comprometedor pôde

çamentarias, por exemplo, para não fu

zer trabalhar razoavelmente quem para

isto é pago — do operái-io ao ministro. Em uma palavra, basta ter à frente dos serviços vontades conscientes e não po litiqueiros, que, de cada cargo ocupa do, fazem trampolim para dum pulo galgar posição mais elevada. Basta pos suir auxiliares que se preocupem com

ria espontaneamente de seus atos. Quer na viaa pública, quer na vida particular,

ser-lhe imputado. A superfície lisa e sem mácula de sua austera personalidade re

pelia, sem alarde e com firmeza, os de tritos da inveja e da intriga que a mal dade humana algumas vezes

atirou.

Contudo, Calógeras é um padrão de or gulho para o cidadão brasileiro. Êle forma com Mauá e Rio Branco — va

rões ilustres e de energia inquebrantável — a exemplar trilogia dos nossos mais notáveis e esclarecidos empreende

dores pacíficos da organização econô mica, da expansão diplomática e da mo-

iiuca)

Q/ÍTT\íních*flHvn ralização administrativa.


48

denar, selecionar e sistematizar os prin cípios e argumentos que copiosamente enunciou e defendeu com desassombra-

da sinceridade. A indicação foi tenta da com êsse desejo de ser útil. Mas

seu fim principal é demonstrar que a tenacidade e o vigor que Pandiá Calógeras empregou na investigação, aná

lise e crítica dos trabalhos governamen tais, através das propostas orçamentánas, exigiram-lhe a ampliação ilimita

da da cultura e asseguraram-lhe, em compensação, a singular capacidade de

abranger, em extensão e profundidade todos os problemas administrativos do seu tempo. Prova evidente disso é o

Relatório Confidencial" ao Presidente

t

Rodrigues Alves.

m

o processo orçamentário é, efetiva-

DigBSTO ECONÔMICO''*'

de significativas parcelas, efetuada me-

tòdícamente e sob o cuidado supremo de tirar dos indivíduos o máximo tri butável para transformá-lo no máximo possível de benefícios coletivos.

Nes

sas operações, o técnico, o especialista,

todos os lados sob o seu olhar. Se não

tem capacidade para percebê-los e en

frentá-los, o orçamentista não é digno dêsse nome. Se se deixa, porém, en levar pela estranha sedução cívica de

traballiar pelo bem público, terá, forço

samente, de desenvolver e aprimorar ao infinito a sua cultura. O ardor, a de

dicação e os esforços que empregar nes sa conduta traçarão o destino de sua

pu.ar e, de outro, o volume dos gastos

damental para o estudo da administra ção pública no Brasil. Estava conven cido de que cumprira apenas um dever

se reno%'a todos os anos, dá a exata me dida das necessidades nacionais e da

ma de que se formam os estadistas.

se que havia escrito uma cartinha fun

de cidadão ao oferecer a sumida de

suas observações pessoais a um futuro

presidente da República. Êsse traba lho, porém, pela linguagem agreste, se vera e objetiva que encerra, representa a mais completa visão panorâmica que

capacidade de contribuir o povo para satisfazê-Ias. O orçamento não é ape nas o resultado das massas justapostas

se pode fazer da administração de um

de receitas e despesas. Êle é, sobretu do, um processo contínuo de análise de

de orçamento que examinou, discutiu e

país. Familiarizado com as propostas

receitas e despesas que o ato legislativo

emendou, durante 15 anos, no parlamen

de aprovação da a devida forma e a

adquirida na gestão das pastas da Agri cultura e da Fazenda, Pandiá Calóge

concisão técnica. A síntese legal, com as gener^zações para efeitos adminisformal e definitiva,® deúltima uma expressão, série de operações

relevas à ponderação de valores, à pe

netração rnediante pesquisas nas mais variadas atividades econômicas nacio nais, a seleção de programas de traba

lho governamental, enfim, à mensuração

a lembrança de que êstcs tenham exis tido serxira de estímulo e profilaxia

ra seu aparecimento. Certamente as gerações de hoje e do por\'ir encontra

Quando entregou ao Conselheiro Ro drigues Alves o famoso "Relatório Con fidencial", Calógeras talvez não soubes

gidos pelo bem estar e progresso da naçao. A elaboração orçamentária, que

tinção dos tremendos erros que aponta,

blemas administrativos que brotam de

relações entre povo e Estado. É o or çamento o símbolo perfeito dos laços que prendem essas relações. De um lado, ele toma visível a massa das ren

que representam a conversão daquelas

tomar anacrônico, pela correção ou ex

contra a preguiça, a ignorância e a fal

personalidade. De qualquer forma, po rém, ter-se-á convertido na matéria pri

rendas em programas de trabalhS exi

jovens, principalmente, devem lô-Io sem pre à mão. Mesmo que venha a se

é freqüentemente soUcitado pelas fasci nantes perspectivas dos inúmeros pro

^ mente, a melhor escola para a formação de estadistas. Elaborando o orçamento, o servidor publico sente de perto as

das, que sao extraídas da riqueza po-

DlGESTO EcONÓTvnCO

to, e senhor de experiência ministerial ras descreveu a situação dos serviços públicos com invejável segurança, sub metendo-os a' vigorosa crítica. Editado êsse relatório, sob o título

perfeito de "Problemas de Administra ção", sua leitura se recomenda a todos

os brasileiros que desejam sinceramente colaborar no progresso do país. Os

ta de decôro que tanto concorreram pa

rão ali consoUios e provas convincentes

de que a responsabilidade pelo exercí cio de qualquer parcela de poder pú blico jamais deve ser olvidada por quem

49

o bem publico, agrade ou desagrade às clientelas e as icrejinhas, não corteiando a populandade, servindo à nação e não à própria wrreira e às conveniências pessoais. Homens e não sombras energias e não acomodações" ("Proble mas de Administração", paes 4^/aa

Comp. Editora Nacional, i2.=»' edição' 1938). «oiçao, A vida política dêsse grande homem realça a cultiua de uma nação. Êle era objetivo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não

a assume. É com razão que as posi

lhes dava nenhum relevo especial; ape

ções profissionais no serviço público se denominam cargos e não empregos. Em prego é simples meio de vida. Cargo è emprêgo mais sacrifício, devoção e responsabilidade, condições estas impli

ma coletivo que é o processamento dos negócios administrativos. Sua indivi dualidade teve, naturalmente, defeitos

citamente, impostas ao titular pelo bem público do qual se torna servidor. As

lições de formação do caráter do servi dor público ministradas por Calógeras

nas os exibia como comparsas ou ele mentos complementares do grande dra

humanos e cometeu erros ideológicos, acentuados aqui ou ali pelas atitudes

sempre claras e definidas que assumiu. A calúnia não deixou de envolver seu

são singelas e, por isso mesmo, atuais e eternas. A respeito de economias or

nome quando ministro da Fazenda. Nunca se defendeu. Sua defesa decor

gir do tema, êle mostrou que e facil consegui-las "pelo emprêgo consciencioso das verbas, peba revisão dos quadros, pelo aproveitamento mais inteligente e, por assim dizer, mais industrial do pes cai existente. Para tal, nao e mister lei nem autorização especial: basta fis calizar. não preencher vagas inúteis, fa

nenhum deslize comprometedor pôde

çamentarias, por exemplo, para não fu

zer trabalhar razoavelmente quem para

isto é pago — do operái-io ao ministro. Em uma palavra, basta ter à frente dos serviços vontades conscientes e não po litiqueiros, que, de cada cargo ocupa do, fazem trampolim para dum pulo galgar posição mais elevada. Basta pos suir auxiliares que se preocupem com

ria espontaneamente de seus atos. Quer na viaa pública, quer na vida particular,

ser-lhe imputado. A superfície lisa e sem mácula de sua austera personalidade re

pelia, sem alarde e com firmeza, os de tritos da inveja e da intriga que a mal dade humana algumas vezes

atirou.

Contudo, Calógeras é um padrão de or gulho para o cidadão brasileiro. Êle forma com Mauá e Rio Branco — va

rões ilustres e de energia inquebrantável — a exemplar trilogia dos nossos mais notáveis e esclarecidos empreende

dores pacíficos da organização econô mica, da expansão diplomática e da mo-

iiuca)

Q/ÍTT\íních*flHvn ralização administrativa.


51

Dicesto EcoNÓ>nco

diçáo dc trabalho ijuc os coloca entre Os mais ativos c empreendedores da

ram às condições que vieram encontrar.

Das 26 famílias emigradas em 1854 ape

país nem sempre foram favorá\cis ao

progresso das no\as gerações de eam|X)nescs. A gleba, grandemente subdivi

nas persistiram 7. As demais voltaram para seu cantão de origem ou se disper saram por diferentes rumos. Entre as que ficaram, citam-se as Sigrist e Vor.

dida, não oferece ali grandes possibi

Zuben.

Europa. Contudo, as condições cm seu

lidades a êsscs eleincnios, cuja aspira

ção máxima constitui a dc se tornarem

A imigração a partir dc 1880

cm determinado momento, apareceu como a fórmula natural dc extra\asamento dêssc excesso de mão de obra.

diaí transmitiu aos seus herdeiros, jun

proprietários de sen lote dc cultura. A emigração para os países dc alem-mar,

JsTÁ na ordem do dia a questão imiE-^ gratória. O desenvolvimento natural da agricultura brasileira, milxime em São

ção, que nesses últimos meses tem vindo para o Brasil, composta em sua maioria

cie elementos pouco ajirovcitávcis como fatores de produção, c constituída essen cialmente de pessoas que espontanea

Paulo, e o êxodo dc boa parte da popu

lação niral para os centros de indústria que se verificou no decurso da última guerra e ainda prossegue, determinaram uma aguda crise de mão de obra, com

mente obtiveram nos eon.sulados brasi leiros na Europa o visto permanente.

E)ada a liberalidadc dc nos.sas leis, que a esses estrangeiros exigem apenas o pas saporte o o atestado dc boa saúde, qual

que lutam os nossos fap^endeíros, sem perspectivas de solução imediata A situação é de tal- gravidade que faz

quer pessoa, pre(?ncbendo as duas con

com que se procure corrigir os erros

dições, pode conseguir óssc \'Ísto".

acumulados num passado ainda recente quando as portas do país foram tran

Ora, uma imigração desta espécie em nada interessa ao nos.so país. Deve mos, ao contrário, inocurar na experiên

cadas a qualquer corrente imigratória. Contudo neste terreno, será de elemen tar prudência preparar atentamente a

cia do passado alguns exemplos que mnsíram como selecionar elementos sa

transição para o novo estado de coisas que se tem em vista. Ainda recente-

dio.'; e próprios para a agricultura.

mente, fatos verificados a bordo de um na\io que trazia para o Brasil um grupo de alienígenas como que constituirlm o

ria c os êxitos da colonização helvética

em terras do município dc Campinas.

rebate contra o perigo das improvisa-

AgricuUores

ç-oes, da falta de organização, das inadvertências. ^ V

Os suíços são excelentes agricultores.

Falando a respeito, ^ o \aiiciui dirétor ao do De Departamento Nacional de Imigração não

Em diversos dos seus cantões, o ama

nho da terra é feito nas condições mais

teve dúvida em declarar: "A imigra'.'■■nru

A

ê;-l:e respeito, ocorre-nos contar a histó

racionais possíveis. Isto criou nma tra-

li iii

./lu- ri..u„i u 1:^:

" 1 ir'i'-ti"". no uHink-,!>in dc

. i - o,/. :.•!!,-j ,1' S/.' fauio c/<- Vidríjv parles do /uíos .paru u dctciniijuição de ^"'diiín:o íkii rf/fli iV-v o rmnpoiuh de estraiigelm

op/innno^ i) Lunúci:i(ne,i,'.„

nossa. lerra.

Acompanhando uma \'ercladcira onda de desajustados europeus, numerosos colo nos suíços, nos últimos quartéis do sé culo XIX, lambéjii abandonaram as pai

sagens delicadas e risonbas de seus vila rejos nali\<)s, em demanda de terras vastas exi.stcntcs no outro lado do Atlân

tico, nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil.

Aí, certamente, teriam opor

tunidades de alcançar a_ situação dc donos do pedaço dc chuo que culti

Falecendo em 1870, o Barão de Jun tamente com suas importantes proprie

dades agrícolas, as simpatias pelo co lono suíço.

Mais ou menos por es.sa

época, tendo enviuvado na província de São Paulo, a sra. Von Zuben regressou

para o seu cantão de Obwaldem onde se tornou ardente propagandista das terras c dos cafezais que conhecera. O falo e que em 1880 nova le\ a de imigrantes se organizou, compreendendo 3o famílias originárias de Samen, Sachseln, Gis\ril, Homersberg, Schwands e Schwarziberg. Paru tanto, militavam as mesmas cir

vassem — coisa (juase que impossível

cunstâncias que tinham inspirado a leva

cediam.

mão de obra agrícola.

nas regiões ultra-povoadas de que pro

Os que vieram para o Brasil deram preferência, para a sua fixação, ao atual Estado, então Pro\ íncia cie São Paulo.

Eram ciuase todos naturais do cantão de Obwalucn.

A sua primeira le\a aqui

chegou pelas alturas cie 1854. Os seus componentes, em número cie 150, se estabeleceram nas fazendas

Sítio Gran

de", "Lagôa" e "Bahia", propriedades

do comendador AnLonio dc Queiroz Te

dc 1854: falta de emprego e excesso da

Os primeiros a encetar viagem foram

os filhos mais velhos de um irmão da \iúva Von Zuben, Remígio Amstalden, do Sarnen. Um segundo grupo partiu do Obwalden em maio de 1881.

liite-

gravam-no, entre outros, o padre Nicolau Amstalden e José Ambiel, pai de 9 filhos.

Toda a leva - cerca de 50

pessoas — estabeleceu-se na fazenda "Sítio Grande", propriedade, então, de

les (Barão cie Juncliaí), que para tanto entrara cm negociações com a firma

Francisco de Queiroz Teles, filho do Barão de Jundiaí. Mais sessenta cam

imigração.

cavam rumo ao Brasil, instalando-se como colonos da fazenda Santa Maria ,

Vergueiro, especializada em negócios de A fazenda "Sitio Grande" ficava en

poneses, ainda em maio de 1881, embar

tre Jundiaí e Itaici, e se dedicava à

em

cultura cafceira numa época em que o trabalho era ainda o do escravo. Acos

roz Teles.

tumados a outro ambiente e a outros métodos de atividade, em sua pátria,

nem todos os colonos suíços, ali enga

jados pelo sistema dc parceria, resisti

Santa Cruz

das

Palmeiras

essa

pertencente a Joaquim Benedito de Quei

Ainda um quarto grupo oriundo dc Obwalden chegou logo depois, no rasto de seus conterrâneos

Tratava-se da fa

mília de Francisco Bannwart, que se


51

Dicesto EcoNÓ>nco

diçáo dc trabalho ijuc os coloca entre Os mais ativos c empreendedores da

ram às condições que vieram encontrar.

Das 26 famílias emigradas em 1854 ape

país nem sempre foram favorá\cis ao

progresso das no\as gerações de eam|X)nescs. A gleba, grandemente subdivi

nas persistiram 7. As demais voltaram para seu cantão de origem ou se disper saram por diferentes rumos. Entre as que ficaram, citam-se as Sigrist e Vor.

dida, não oferece ali grandes possibi

Zuben.

Europa. Contudo, as condições cm seu

lidades a êsscs eleincnios, cuja aspira

ção máxima constitui a dc se tornarem

A imigração a partir dc 1880

cm determinado momento, apareceu como a fórmula natural dc extra\asamento dêssc excesso de mão de obra.

diaí transmitiu aos seus herdeiros, jun

proprietários de sen lote dc cultura. A emigração para os países dc alem-mar,

JsTÁ na ordem do dia a questão imiE-^ gratória. O desenvolvimento natural da agricultura brasileira, milxime em São

ção, que nesses últimos meses tem vindo para o Brasil, composta em sua maioria

cie elementos pouco ajirovcitávcis como fatores de produção, c constituída essen cialmente de pessoas que espontanea

Paulo, e o êxodo dc boa parte da popu

lação niral para os centros de indústria que se verificou no decurso da última guerra e ainda prossegue, determinaram uma aguda crise de mão de obra, com

mente obtiveram nos eon.sulados brasi leiros na Europa o visto permanente.

E)ada a liberalidadc dc nos.sas leis, que a esses estrangeiros exigem apenas o pas saporte o o atestado dc boa saúde, qual

que lutam os nossos fap^endeíros, sem perspectivas de solução imediata A situação é de tal- gravidade que faz

quer pessoa, pre(?ncbendo as duas con

com que se procure corrigir os erros

dições, pode conseguir óssc \'Ísto".

acumulados num passado ainda recente quando as portas do país foram tran

Ora, uma imigração desta espécie em nada interessa ao nos.so país. Deve mos, ao contrário, inocurar na experiên

cadas a qualquer corrente imigratória. Contudo neste terreno, será de elemen tar prudência preparar atentamente a

cia do passado alguns exemplos que mnsíram como selecionar elementos sa

transição para o novo estado de coisas que se tem em vista. Ainda recente-

dio.'; e próprios para a agricultura.

mente, fatos verificados a bordo de um na\io que trazia para o Brasil um grupo de alienígenas como que constituirlm o

ria c os êxitos da colonização helvética

em terras do município dc Campinas.

rebate contra o perigo das improvisa-

AgricuUores

ç-oes, da falta de organização, das inadvertências. ^ V

Os suíços são excelentes agricultores.

Falando a respeito, ^ o \aiiciui dirétor ao do De Departamento Nacional de Imigração não

Em diversos dos seus cantões, o ama

nho da terra é feito nas condições mais

teve dúvida em declarar: "A imigra'.'■■nru

A

ê;-l:e respeito, ocorre-nos contar a histó

racionais possíveis. Isto criou nma tra-

li iii

./lu- ri..u„i u 1:^:

" 1 ir'i'-ti"". no uHink-,!>in dc

. i - o,/. :.•!!,-j ,1' S/.' fauio c/<- Vidríjv parles do /uíos .paru u dctciniijuição de ^"'diiín:o íkii rf/fli iV-v o rmnpoiuh de estraiigelm

op/innno^ i) Lunúci:i(ne,i,'.„

nossa. lerra.

Acompanhando uma \'ercladcira onda de desajustados europeus, numerosos colo nos suíços, nos últimos quartéis do sé culo XIX, lambéjii abandonaram as pai

sagens delicadas e risonbas de seus vila rejos nali\<)s, em demanda de terras vastas exi.stcntcs no outro lado do Atlân

tico, nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil.

Aí, certamente, teriam opor

tunidades de alcançar a_ situação dc donos do pedaço dc chuo que culti

Falecendo em 1870, o Barão de Jun tamente com suas importantes proprie

dades agrícolas, as simpatias pelo co lono suíço.

Mais ou menos por es.sa

época, tendo enviuvado na província de São Paulo, a sra. Von Zuben regressou

para o seu cantão de Obwaldem onde se tornou ardente propagandista das terras c dos cafezais que conhecera. O falo e que em 1880 nova le\ a de imigrantes se organizou, compreendendo 3o famílias originárias de Samen, Sachseln, Gis\ril, Homersberg, Schwands e Schwarziberg. Paru tanto, militavam as mesmas cir

vassem — coisa (juase que impossível

cunstâncias que tinham inspirado a leva

cediam.

mão de obra agrícola.

nas regiões ultra-povoadas de que pro

Os que vieram para o Brasil deram preferência, para a sua fixação, ao atual Estado, então Pro\ íncia cie São Paulo.

Eram ciuase todos naturais do cantão de Obwalucn.

A sua primeira le\a aqui

chegou pelas alturas cie 1854. Os seus componentes, em número cie 150, se estabeleceram nas fazendas

Sítio Gran

de", "Lagôa" e "Bahia", propriedades

do comendador AnLonio dc Queiroz Te

dc 1854: falta de emprego e excesso da

Os primeiros a encetar viagem foram

os filhos mais velhos de um irmão da \iúva Von Zuben, Remígio Amstalden, do Sarnen. Um segundo grupo partiu do Obwalden em maio de 1881.

liite-

gravam-no, entre outros, o padre Nicolau Amstalden e José Ambiel, pai de 9 filhos.

Toda a leva - cerca de 50

pessoas — estabeleceu-se na fazenda "Sítio Grande", propriedade, então, de

les (Barão cie Juncliaí), que para tanto entrara cm negociações com a firma

Francisco de Queiroz Teles, filho do Barão de Jundiaí. Mais sessenta cam

imigração.

cavam rumo ao Brasil, instalando-se como colonos da fazenda Santa Maria ,

Vergueiro, especializada em negócios de A fazenda "Sitio Grande" ficava en

poneses, ainda em maio de 1881, embar

tre Jundiaí e Itaici, e se dedicava à

em

cultura cafceira numa época em que o trabalho era ainda o do escravo. Acos

roz Teles.

tumados a outro ambiente e a outros métodos de atividade, em sua pátria,

nem todos os colonos suíços, ali enga

jados pelo sistema dc parceria, resisti

Santa Cruz

das

Palmeiras

essa

pertencente a Joaquim Benedito de Quei

Ainda um quarto grupo oriundo dc Obwalden chegou logo depois, no rasto de seus conterrâneos

Tratava-se da fa

mília de Francisco Bannwart, que se


Digmto EcoNÓAaco

52

fazia acompanhar de cinco filhos.

A

sem atender ao gnipo e à época de in

assim, chegaram sucessivamente, em

membros de uma só coletividade.

1883, as famílias de José Trottmann, de

mitiva era constituída de 468 alqueires

os colonos suíços de "Sítio Grande",

partir de então, diminuiu um pouco a afluência de imigrantes suíços. Ainda

Giswil, em 1883; de João Fanger, José

DicESTo EcoNÓ^^co

gresso

na

fazenda, consideravam-se A

%'ida e o trabalho na fazenda eram para eles a colônia. O patrão di.stinguia-os.

58

e meio e conta\a 44.500 pés de café que seis meses depois davam uma coIneita calculada em 7:350$000. Ha\àa ainda muita rcscr\a de feijão e dc milho. Além do casco da fazenda, en traram na compra 63 cabeças de gado

como se \é, crescia em área e importân

cia. Com o decorrer do tempo, a partir dessa época, aindfc novos ncréscimos foram feitos. O mais considerável dêles verificou-se em 1893. Nes.se ano, qs

irmãos Bannwart adquiriram de Porfirio do Amaral Campos, por 27 contos dc

Ii^eld, José Lotscher, Franscísco Ambiel-Reinert e Francisco Müller, em

como sua melhor divisão de trabalha

1884; João e Benedito Zumstein, de

dores; destacava-os como sua turma, sua.

bovino, 16 ca\alos c muares, 65 suínos

colônia. Nos arredores da fazenda eranii

22 ovelliaii, 6 carros, carroças, -casa

réis, o sítio denominado por êles "Schpés de café, terras para roça e pasto. Sucederam-se transações de menor vulto.

Gís\vil, em 1885; e finalmente em 1887

(maio e junho), um conjutno de 9 fa

conhecidos e admirados por todos.

dos escravos, casas de^ habitação, máqui

Os;

outros fazendeiors invejavam os Queiroz"Teles por causa dos suíços que, após O'

^sfcalden, que já aqui estivera em

luiram numa verdadeira elite de lavra--

nas de beneficiar café, moinho de fubá e a casa da fazenda. Tudo, contudo andava meio abandonado e e.\igia um sério c prolongado esforço de restau

c ru mais ^moça viúvadepois Von Zuben, com cuja filha se casara. En

dores".

ração.

mílias, perfazendo um total de 70 peschefiada por José

viuvando. pelas alturas de 1887, retor nara para Samen, onde nesse mesmo ano

afastamento dos elementos inúteis, evo--

O dr. Francisco Weizinger passa, env outro capítulo de seu livro, a narrar

fatos altamente curio.sos.

Lembra que-

convolou novas núpcias com Josefa Bu-

a abolição dos escravos, em 1888, teva-

cnnL^ A ® Ming cunhados, ^tómo

como efeito imediato uma grande falta, de braços para a lavoura, apesar da pre vidência de muitos proprietários pau listas, que já haviam engajado trabalha

e

1"® seus Maria Bu-

dier, com 5 fiUios, o acompanhassem em

í-

Chegava-se ao fim do século XIX.

As terras assim adquiridas pelos co lonos foram dÍNÚdidas em quatro partc.s iguais. Uma coube ao velho Ambicí,

oficialmente "Helvétia", consagrando as

associado com seu genro Benedito Anis-^

talden; outra, a sete de seus filhos; n terceira à família Bannwart e a quarta

Igualmente com 4. ® ^oísio Degelo,

zendas, sobre as quais se estenderam a-

las alturas de 1891 ôste último, os ir

estagnação e a ruína.

mãos Ambicl e Benedito Amstalden, num novo esforço progressista, conse

mento como o mais propício à conse

guiam comprar de Antônio Dias de Oli

cução do grande sonho que traziam de

deracSi-'"^''^^ seguintes consi derações. O agrupamento de tantos contenaneos do mesmo cantão Obwalden, hgados todos entre si pela mesma fe rebgiosa — a católica romana — pelos laços de parentesco e da amizade, ori undos todos da mesma camada social animados todos do mesmo objetivo de vida, e trabalhando todos no mesmo ramo agrícola, não podia ter denomii>uiça .

Onginàriamente ela "Colônia se apli-

cava apenas às pessoas de uma deter-

mmada circunscriçâo, as quais viviam e trabalhavam em conjunto, e não ao ter-

ntório, que

]^qs pertencia. Totjog

a Pedro Wolff. Passados três anos, pe

"Sítio Grande" compreenderam o mo

seu caritão nativo, isto é, a aquisiçãodo^df os colhemos no Uvro de terras próprias. Foi quando as fa Helvítía "Colônia gelas Escolas Proflss^on^ sJSsianas mílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e

Wolff reuniram seus haveres para a compra de uma propriedade agrícola. A 14 de abril de 1888, precisamente

um mês e um dia antes da lei emanci-

padora dos escravos, adquiriram dos her deiros de Vicente de Sampaio Gois o

sítio "Capivari-Mirim" e uma parte da "Serra d'Agua", na direção de Itaici « Indaiatuba, por 23 contos de réis. Me

veira Cruz, pela importância de 29 con

assim à propriedade inicial mais 20 mil pés de café, terras para novas culturas, muito pasto e alguns edifícios. Tudo parecia tavorecer o espírito em

preendedor e tenaz dêsses trabalhado res agrícolas. O preço das terras subia auspiciosamente. Co-herdeiro de Joa quim Sampaio Gois, o dr. João Sam paio Ferraz achou interessante vender, cm 1892, a fazenda "Santa Maria" aos irmãos Ambiel, a José Gut e aos irmãos

à vista, a outra metade a prestações,

Bannwart. Fê-lo em 1891 pela" impor

dentro do prazo de um ano. Auxiliou-os

tância de 110 contos de réis. Pôsto em

nesse desiderato a família Villac, gente Daí deveria siuigir nno.s depois a

çolónÍR "Helvétia", Eip suf^

pri-

sim o gesto de João de Bannwart, que

já em 1892 gravara no frontespício de sua casa o brasão suíço, encimado por aquela designação.

Por essa época, segundo^ informações escritas dei.xadas por Antonm Ambiel,

que e.xercia as funções de agrônomo da

zona, a área adquirida pela maneira in

dicada chegava a 1.150 alqueires. Des ;ui- j ses, uma parte era cultivada, constituí do o Gestante de pastos e matas

tos de réis, o "Sítio Prado", confrontante do "Capivari". Incorporavam-se

tade desta importância deveria ser paga

da Suíça francesa e proprietária do "Hotel Europa", de Campinas.

"Schwand".

Substancialmente, estava fundado o nú cleo principal da colônia. Chamou-se

dores juridicamente li\Tes. Verificouse uma sensível desvalorização das fa

^ colônia helvética de "Sítio Grande"

Elas ti\-eram por objeto glebas em "Serra d'Âgua", "Vira-copos" e cm

Movimento dc expansão

íS v« Mana M Amgarten, nascida vieram ^va em Har-a

Os suíços de

wand", o qual continha cêrca de 4.000

cotejo com o da primeira transação, o

preço do novo negócio' foi sobremodo elevado, apesar dos 58.000 pés de café o dos muitos edifícios que passavam

para as novas mãos, A colônia helvética?

Último período

Além das já enumeradas, outras com pras ha\'iam concorrido, nos ummqs anos do século XDC, para que a coloma dos laboriosos camponeses .suíços che

gasse a uma tal extensão. Entre outras SC contam as realizadas por Luiz Ams

talden. em 1892 e a de Teodoro Bann wart em 1894. Houve ainda transfe rências de propriedade entre integrantes da mesma comunidade.

No primeiro decênio do século XX o

acréscimo do território foi de pouca monta. Mas a partir de 1910 se lhe

adicionaram mais 650 alqueires. Assim,

pode-se calcular em 1.8(X) alqueires a expansão territorial de "Helvétia" até

hoje,

Parji Q último anmçnto muito


Digmto EcoNÓAaco

52

fazia acompanhar de cinco filhos.

A

sem atender ao gnipo e à época de in

assim, chegaram sucessivamente, em

membros de uma só coletividade.

1883, as famílias de José Trottmann, de

mitiva era constituída de 468 alqueires

os colonos suíços de "Sítio Grande",

partir de então, diminuiu um pouco a afluência de imigrantes suíços. Ainda

Giswil, em 1883; de João Fanger, José

DicESTo EcoNÓ^^co

gresso

na

fazenda, consideravam-se A

%'ida e o trabalho na fazenda eram para eles a colônia. O patrão di.stinguia-os.

58

e meio e conta\a 44.500 pés de café que seis meses depois davam uma coIneita calculada em 7:350$000. Ha\àa ainda muita rcscr\a de feijão e dc milho. Além do casco da fazenda, en traram na compra 63 cabeças de gado

como se \é, crescia em área e importân

cia. Com o decorrer do tempo, a partir dessa época, aindfc novos ncréscimos foram feitos. O mais considerável dêles verificou-se em 1893. Nes.se ano, qs

irmãos Bannwart adquiriram de Porfirio do Amaral Campos, por 27 contos dc

Ii^eld, José Lotscher, Franscísco Ambiel-Reinert e Francisco Müller, em

como sua melhor divisão de trabalha

1884; João e Benedito Zumstein, de

dores; destacava-os como sua turma, sua.

bovino, 16 ca\alos c muares, 65 suínos

colônia. Nos arredores da fazenda eranii

22 ovelliaii, 6 carros, carroças, -casa

réis, o sítio denominado por êles "Schpés de café, terras para roça e pasto. Sucederam-se transações de menor vulto.

Gís\vil, em 1885; e finalmente em 1887

(maio e junho), um conjutno de 9 fa

conhecidos e admirados por todos.

dos escravos, casas de^ habitação, máqui

Os;

outros fazendeiors invejavam os Queiroz"Teles por causa dos suíços que, após O'

^sfcalden, que já aqui estivera em

luiram numa verdadeira elite de lavra--

nas de beneficiar café, moinho de fubá e a casa da fazenda. Tudo, contudo andava meio abandonado e e.\igia um sério c prolongado esforço de restau

c ru mais ^moça viúvadepois Von Zuben, com cuja filha se casara. En

dores".

ração.

mílias, perfazendo um total de 70 peschefiada por José

viuvando. pelas alturas de 1887, retor nara para Samen, onde nesse mesmo ano

afastamento dos elementos inúteis, evo--

O dr. Francisco Weizinger passa, env outro capítulo de seu livro, a narrar

fatos altamente curio.sos.

Lembra que-

convolou novas núpcias com Josefa Bu-

a abolição dos escravos, em 1888, teva-

cnnL^ A ® Ming cunhados, ^tómo

como efeito imediato uma grande falta, de braços para a lavoura, apesar da pre vidência de muitos proprietários pau listas, que já haviam engajado trabalha

e

1"® seus Maria Bu-

dier, com 5 fiUios, o acompanhassem em

í-

Chegava-se ao fim do século XIX.

As terras assim adquiridas pelos co lonos foram dÍNÚdidas em quatro partc.s iguais. Uma coube ao velho Ambicí,

oficialmente "Helvétia", consagrando as

associado com seu genro Benedito Anis-^

talden; outra, a sete de seus filhos; n terceira à família Bannwart e a quarta

Igualmente com 4. ® ^oísio Degelo,

zendas, sobre as quais se estenderam a-

las alturas de 1891 ôste último, os ir

estagnação e a ruína.

mãos Ambicl e Benedito Amstalden, num novo esforço progressista, conse

mento como o mais propício à conse

guiam comprar de Antônio Dias de Oli

cução do grande sonho que traziam de

deracSi-'"^''^^ seguintes consi derações. O agrupamento de tantos contenaneos do mesmo cantão Obwalden, hgados todos entre si pela mesma fe rebgiosa — a católica romana — pelos laços de parentesco e da amizade, ori undos todos da mesma camada social animados todos do mesmo objetivo de vida, e trabalhando todos no mesmo ramo agrícola, não podia ter denomii>uiça .

Onginàriamente ela "Colônia se apli-

cava apenas às pessoas de uma deter-

mmada circunscriçâo, as quais viviam e trabalhavam em conjunto, e não ao ter-

ntório, que

]^qs pertencia. Totjog

a Pedro Wolff. Passados três anos, pe

"Sítio Grande" compreenderam o mo

seu caritão nativo, isto é, a aquisiçãodo^df os colhemos no Uvro de terras próprias. Foi quando as fa Helvítía "Colônia gelas Escolas Proflss^on^ sJSsianas mílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e

Wolff reuniram seus haveres para a compra de uma propriedade agrícola. A 14 de abril de 1888, precisamente

um mês e um dia antes da lei emanci-

padora dos escravos, adquiriram dos her deiros de Vicente de Sampaio Gois o

sítio "Capivari-Mirim" e uma parte da "Serra d'Agua", na direção de Itaici « Indaiatuba, por 23 contos de réis. Me

veira Cruz, pela importância de 29 con

assim à propriedade inicial mais 20 mil pés de café, terras para novas culturas, muito pasto e alguns edifícios. Tudo parecia tavorecer o espírito em

preendedor e tenaz dêsses trabalhado res agrícolas. O preço das terras subia auspiciosamente. Co-herdeiro de Joa quim Sampaio Gois, o dr. João Sam paio Ferraz achou interessante vender, cm 1892, a fazenda "Santa Maria" aos irmãos Ambiel, a José Gut e aos irmãos

à vista, a outra metade a prestações,

Bannwart. Fê-lo em 1891 pela" impor

dentro do prazo de um ano. Auxiliou-os

tância de 110 contos de réis. Pôsto em

nesse desiderato a família Villac, gente Daí deveria siuigir nno.s depois a

çolónÍR "Helvétia", Eip suf^

pri-

sim o gesto de João de Bannwart, que

já em 1892 gravara no frontespício de sua casa o brasão suíço, encimado por aquela designação.

Por essa época, segundo^ informações escritas dei.xadas por Antonm Ambiel,

que e.xercia as funções de agrônomo da

zona, a área adquirida pela maneira in

dicada chegava a 1.150 alqueires. Des ;ui- j ses, uma parte era cultivada, constituí do o Gestante de pastos e matas

tos de réis, o "Sítio Prado", confrontante do "Capivari". Incorporavam-se

tade desta importância deveria ser paga

da Suíça francesa e proprietária do "Hotel Europa", de Campinas.

"Schwand".

Substancialmente, estava fundado o nú cleo principal da colônia. Chamou-se

dores juridicamente li\Tes. Verificouse uma sensível desvalorização das fa

^ colônia helvética de "Sítio Grande"

Elas ti\-eram por objeto glebas em "Serra d'Âgua", "Vira-copos" e cm

Movimento dc expansão

íS v« Mana M Amgarten, nascida vieram ^va em Har-a

Os suíços de

wand", o qual continha cêrca de 4.000

cotejo com o da primeira transação, o

preço do novo negócio' foi sobremodo elevado, apesar dos 58.000 pés de café o dos muitos edifícios que passavam

para as novas mãos, A colônia helvética?

Último período

Além das já enumeradas, outras com pras ha\'iam concorrido, nos ummqs anos do século XDC, para que a coloma dos laboriosos camponeses .suíços che

gasse a uma tal extensão. Entre outras SC contam as realizadas por Luiz Ams

talden. em 1892 e a de Teodoro Bann wart em 1894. Houve ainda transfe rências de propriedade entre integrantes da mesma comunidade.

No primeiro decênio do século XX o

acréscimo do território foi de pouca monta. Mas a partir de 1910 se lhe

adicionaram mais 650 alqueires. Assim,

pode-se calcular em 1.8(X) alqueires a expansão territorial de "Helvétia" até

hoje,

Parji Q último anmçnto muito


DiGESTO EcONÓ>DCO

contribuiu Benedito Amstalden.

Êste,

com seus filhos, comprou em 1913 a fazenda "Bela Vista", localizada em

Indaiatuba, a qual compreendia 225 alqueires de terras.

No mesmo senti

do agiram João Fanger, João Ifanger,

é falada por todos os integrantes da comunidade, mas êlcs conservam com carinlio o culto do idioma nativo, que transmitem aos filhos, como um belo

palrimònio cultural.

Es'ta orientação

Amstalden, que promoveu o ensino re ligioso.

nada menos de 280 alqueires, que foram divididos entre si. Pouco antes João Ifanger (João Galo), adquirira, na mes

que teve como seu nrimciro mestre o

ma zona, 100 alqueires, os quais em 1920 passaram para a família do fale

cido Inácio Ambiel. Finalmente, em 1928 José Ambiel comprou um sítio de Bento Roque. "Foi esta certamente a ultima e mais cara transação que por muito tempo se fez em "Jíelvétia", por que a derrocada do café e a crise mun-

dial tornaram impossíveis quaisquer ex

Ihe a instituição cio uma banda de mú sica e de um coro de cantores. A manu

tenção datjuela casa de ensino, através de 25 anos, (cm custado aos licK écios

grandes somas de dinheiro e enormes

sacrifícios, mus êlcs não a dispensam, como elemento necessário do seu pro gresso e.spiritual.

São Paulo e de outras partes do país.

inconfundível na zona agrícofa em que e.sta _ encastoada. As construções ali ermidas sao^ na sua maioria pitorescos chalets .suíços. A língua portuguesa

Espf-ciat. para o "Dicesto Econômico"

O A. retino, no presente artigo, alguns dados sôbre as crises de depressão e c'.v/mn.Ç(ío que marcaram a história do desenvolvimento

açucareiro no Brasil. E frisa que, embora autores como Sombart considerem a época do capitalismo primitivo como sujeita, do regra, a crises de sub-consumo, ao contrário do capitalismo de apogeu, em que só aparecem con/untiirns de prosperidade, no Brasil dos primeiros séculos notamos crises açucarciras ascendentes.

Eis, numa nmicla rcsenlia, a histó

ria do 'desenvofvimenlo de um exce

propriedade em questão não ultrapassa

Com o tempo, a colônia "Helvéfia" conquistou uma fisionomia que a hz

l-rltifs. r lün-tiir ila srcjan ile Oliras Raras ila PiWlut to íCadunn"

sr. João von Dc.scliwandcn. Seguia-sc-

lente ensaio de colonização, que pode

reis.

por José Honório Rodrigues |i'r(i|p«sür iti) ln<lili:lii "llio Braiiro", lio Minislériu lia HelacOc< Ei*

Em 1893 funclou-se ali uma escola,

pansões naquelas zonas" - comenta a proposito o dr. Francisco Weizineer. A

da a área de 2§ alqueires. Contudo custou nada menos de 100 contos de

\s umm

muito .se de\e à ação pe.ssoal do capelão

Luiz von Ali. e Carlos Lindrer, que adquiriram de Antônio Estanislau, por

36 contos de réis, naquele mesmo ano,

O

serv-ir de modelo para certas zonas de

Agora (jue tanto se fala da conveniên cia de se rcarticularem as boiTentes

imigratórias interrompidas, por efeito de

restrições de administrações passadas, julgamos oportuno o conliecimento des tes fatos, para a determinação de um critério mais justo e produtivo nas re

OS primeiros estudos siibre a for DESDE mação c desenvolvimento do sistema

rentes.

econômico capitalista verificou-se que havia sempre \'ariaçÕes cíclicas dc ne

nma teoria da Conjuntura, preferida

gócios e cris<'S contínuas ou descontínuas do próprio sistema. Ao contrário dos economista - clássicos, como Jnmcs Mill. Ricardo e Saiart Mill, que consideravam á economia isenta de crises, Malthus,

Sismondi c especialmente Karl Marx

lações ontre o canuponè.'; do origem

viam a estrutura econômica .sempre su

estrangeira c a nossa terra.

jeita a flutuações de caráter ondular. A vida ecoriómica teria fases dc expan

If

são, recessão o contração.

LIGAÇÃO FERROVIÁRIA DO NORTE E SUL DO BRASIL

O presidente da Rpública recebeu do diretor da Estrado de Ferro Central

A Owen e

Aos poucos passa-se ràpída-

mente de uma teoria dos ciclos para

pçlos autores alemães. A conjuntura seria a totalidade das condições incontroláveis e invariáveis do , mercado, Mas na própria concepção do

que seja conjuntura \'ariam os economis-" tas modernos.

Se autores como Som

bart a consideram como o conjunto de condições do mercado, decisivas para a sorte de cada economia, dando assim mais atenção aos fatôres causais, os

economistas estatísticos, especialmente os

a Marx é que se devem as prinieiras observaçõc.s sôbre as crises, carisadas

americanos, usam o termo para distin guir as mudanças impre\'ísíve!s e tran

para o primeiro pela supercapitalização e para o íoitnndo pela acumulação ca

oscilações regularmente recorrentes.

sitórias de caráter fundamental ou as

Qualquer que seja porém a filiação

ao Brasil o seguinte telegrama:

pitalista.

Tenho a maior satisfação em comunicar a entrada, cm Morro Azul, da pri meira loconwtica da Central. Graças ao apoio recebido do governo e à dedicação dos engenheiros e trabalhadores que se empenharam nessa obra, termina assim a estrada a tarefa de aue foi incumbida, da ligação ferroviária do norte e sul do

O desen\'olvimcnto da teoria levou a análises minuciosas sôbre a série tempo

ram um campo enorme para as investi

ral da crise. Se para Marx, no capitulo

gações de história econômica.

Brasil. Comunico também, com igual satisfação, que ontem foi concluído o res tabelecimento da bitola larga entre as estações de Joaquim Murtinho e S. Jitlião, ))ermitindo-nos o carregamento, sem a haldeação anteriormente exigida, de várias

rr.atérias primas destinadas a Volta Redotula e outras usinas siderúrgicas. Renato Feio",

teórica do estudioso, a verdade é que op estudos sobre as crises cíclicas abri

do "Capital" em que trata da lei geral da acumul.íção capitalista, os ciclos du ravam dez anos, para Kondratief eles duravam de 40 a 600 anos e, para Kuznets, 25 anos. As explicações teóríca.s dos ciclos econômicos são várias e dife

Crises (íí'iicort>i'rfls ascendentes

A historicidacle da vida econômica

aparece nitiílamente nos estudos de his

tória das crises e de lüstória dos preços.


DiGESTO EcONÓ>DCO

contribuiu Benedito Amstalden.

Êste,

com seus filhos, comprou em 1913 a fazenda "Bela Vista", localizada em

Indaiatuba, a qual compreendia 225 alqueires de terras.

No mesmo senti

do agiram João Fanger, João Ifanger,

é falada por todos os integrantes da comunidade, mas êlcs conservam com carinlio o culto do idioma nativo, que transmitem aos filhos, como um belo

palrimònio cultural.

Es'ta orientação

Amstalden, que promoveu o ensino re ligioso.

nada menos de 280 alqueires, que foram divididos entre si. Pouco antes João Ifanger (João Galo), adquirira, na mes

que teve como seu nrimciro mestre o

ma zona, 100 alqueires, os quais em 1920 passaram para a família do fale

cido Inácio Ambiel. Finalmente, em 1928 José Ambiel comprou um sítio de Bento Roque. "Foi esta certamente a ultima e mais cara transação que por muito tempo se fez em "Jíelvétia", por que a derrocada do café e a crise mun-

dial tornaram impossíveis quaisquer ex

Ihe a instituição cio uma banda de mú sica e de um coro de cantores. A manu

tenção datjuela casa de ensino, através de 25 anos, (cm custado aos licK écios

grandes somas de dinheiro e enormes

sacrifícios, mus êlcs não a dispensam, como elemento necessário do seu pro gresso e.spiritual.

São Paulo e de outras partes do país.

inconfundível na zona agrícofa em que e.sta _ encastoada. As construções ali ermidas sao^ na sua maioria pitorescos chalets .suíços. A língua portuguesa

Espf-ciat. para o "Dicesto Econômico"

O A. retino, no presente artigo, alguns dados sôbre as crises de depressão e c'.v/mn.Ç(ío que marcaram a história do desenvolvimento

açucareiro no Brasil. E frisa que, embora autores como Sombart considerem a época do capitalismo primitivo como sujeita, do regra, a crises de sub-consumo, ao contrário do capitalismo de apogeu, em que só aparecem con/untiirns de prosperidade, no Brasil dos primeiros séculos notamos crises açucarciras ascendentes.

Eis, numa nmicla rcsenlia, a histó

ria do 'desenvofvimenlo de um exce

propriedade em questão não ultrapassa

Com o tempo, a colônia "Helvéfia" conquistou uma fisionomia que a hz

l-rltifs. r lün-tiir ila srcjan ile Oliras Raras ila PiWlut to íCadunn"

sr. João von Dc.scliwandcn. Seguia-sc-

lente ensaio de colonização, que pode

reis.

por José Honório Rodrigues |i'r(i|p«sür iti) ln<lili:lii "llio Braiiro", lio Minislériu lia HelacOc< Ei*

Em 1893 funclou-se ali uma escola,

pansões naquelas zonas" - comenta a proposito o dr. Francisco Weizineer. A

da a área de 2§ alqueires. Contudo custou nada menos de 100 contos de

\s umm

muito .se de\e à ação pe.ssoal do capelão

Luiz von Ali. e Carlos Lindrer, que adquiriram de Antônio Estanislau, por

36 contos de réis, naquele mesmo ano,

O

serv-ir de modelo para certas zonas de

Agora (jue tanto se fala da conveniên cia de se rcarticularem as boiTentes

imigratórias interrompidas, por efeito de

restrições de administrações passadas, julgamos oportuno o conliecimento des tes fatos, para a determinação de um critério mais justo e produtivo nas re

OS primeiros estudos siibre a for DESDE mação c desenvolvimento do sistema

rentes.

econômico capitalista verificou-se que havia sempre \'ariaçÕes cíclicas dc ne

nma teoria da Conjuntura, preferida

gócios e cris<'S contínuas ou descontínuas do próprio sistema. Ao contrário dos economista - clássicos, como Jnmcs Mill. Ricardo e Saiart Mill, que consideravam á economia isenta de crises, Malthus,

Sismondi c especialmente Karl Marx

lações ontre o canuponè.'; do origem

viam a estrutura econômica .sempre su

estrangeira c a nossa terra.

jeita a flutuações de caráter ondular. A vida ecoriómica teria fases dc expan

If

são, recessão o contração.

LIGAÇÃO FERROVIÁRIA DO NORTE E SUL DO BRASIL

O presidente da Rpública recebeu do diretor da Estrado de Ferro Central

A Owen e

Aos poucos passa-se ràpída-

mente de uma teoria dos ciclos para

pçlos autores alemães. A conjuntura seria a totalidade das condições incontroláveis e invariáveis do , mercado, Mas na própria concepção do

que seja conjuntura \'ariam os economis-" tas modernos.

Se autores como Som

bart a consideram como o conjunto de condições do mercado, decisivas para a sorte de cada economia, dando assim mais atenção aos fatôres causais, os

economistas estatísticos, especialmente os

a Marx é que se devem as prinieiras observaçõc.s sôbre as crises, carisadas

americanos, usam o termo para distin guir as mudanças impre\'ísíve!s e tran

para o primeiro pela supercapitalização e para o íoitnndo pela acumulação ca

oscilações regularmente recorrentes.

sitórias de caráter fundamental ou as

Qualquer que seja porém a filiação

ao Brasil o seguinte telegrama:

pitalista.

Tenho a maior satisfação em comunicar a entrada, cm Morro Azul, da pri meira loconwtica da Central. Graças ao apoio recebido do governo e à dedicação dos engenheiros e trabalhadores que se empenharam nessa obra, termina assim a estrada a tarefa de aue foi incumbida, da ligação ferroviária do norte e sul do

O desen\'olvimcnto da teoria levou a análises minuciosas sôbre a série tempo

ram um campo enorme para as investi

ral da crise. Se para Marx, no capitulo

gações de história econômica.

Brasil. Comunico também, com igual satisfação, que ontem foi concluído o res tabelecimento da bitola larga entre as estações de Joaquim Murtinho e S. Jitlião, ))ermitindo-nos o carregamento, sem a haldeação anteriormente exigida, de várias

rr.atérias primas destinadas a Volta Redotula e outras usinas siderúrgicas. Renato Feio",

teórica do estudioso, a verdade é que op estudos sobre as crises cíclicas abri

do "Capital" em que trata da lei geral da acumul.íção capitalista, os ciclos du ravam dez anos, para Kondratief eles duravam de 40 a 600 anos e, para Kuznets, 25 anos. As explicações teóríca.s dos ciclos econômicos são várias e dife

Crises (íí'iicort>i'rfls ascendentes

A historicidacle da vida econômica

aparece nitiílamente nos estudos de his

tória das crises e de lüstória dos preços.


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- Ir^

57

Digesto EcoNÓ^^co

56

Digesto Eco^;ó^0co

No Brasil, infelizmente, pouco se tem

coisa com que todo ésso Brasil se eno

abalaram^ ^tudar as crises que nos

brece, muito antes, já em 22 de abril do 1669, d. Diogo de Menezes escre

feunir, aqui, alguns dados sô-

cnses de depressão e expansão

que marcaram a história do desenvolvi-

n o açucareiro no Brasil. É preciso nsar que embora autores como Sombart

dadeiras minas do Brasil são o açúcar

ri«

contínuo e progressivo crescimento açu

^ prosperidade, no Brasil secidos vamos notar crises açucareiras ascendentes. espantoso

crenado ?

§ão dtwrin

dentes sIZ?

'

colonial en-

economia mundial,

ciclos ascen^

^ segundo aquela teoria. m , ^"ndados os primeiros estabelecimen

W tos São VicentrSmbucoaçucareiros e Vila da em Rainha (atual Campos)

foi iniciada a exportação dos primeiros açúcares brasileiros em 1545. ^pSle-se s^eculo XVI ate os primeiros ataques

holandeses, teve uma marcha iniXrrupta e ascendente. Nos dois primd-

ros decenios do século XVII era iá o Brasil smgular no arrifício e desvelo com que seus primeiros colonos se en

tregavam a fama agrícola e ao fabrico

do a^car. É em 1618 que se escrevem

os 'Diálogos das Grandezas do Brasil" reflexo do poderio açucareiro do Brasil colonial.

Entre 1570 e 1624, época da primei

ra invasão holandesa, vivemos uma fase

crise. O acúcar continua ainda, até 1687, sua marcha progressiva. Crise de sub-produção Nesse século, porém, devido às in

vasões holandesas já se notam pequenas crises açucareiras. Nessa conjuntura não houve, porem, retraimento do mercado e a produção foi afetada apenas por motivos externos a ela própria, devidos 1^23, tôda a safra

feita com açúcar mascavado o redondo e as excessivas fintas e imposições que

diziam ainda esses Diálogos que o açúcar é a principal

causas a demora das viagens, a mistura

pesavam sôbre o produto desde a termi nação da guerra holandesa. Desde então, até 1738, o açúcar, em

Pernambuco, desde 1630 até 16^9 novarnente atacado pelos holandeses, in

bora continuando a ser o principal pro

duto do país, não voltará mais a seus

cendiados vários dos seus principais en genhos, perturbada sua tranquili^de, os cila na sua produção e vê perdida sua

dias primitivos de uma marcha ascen

dente imperturbável. De vez em quan

do pequenas crises interromperiam o seu

.igil

cipais gêneros do comércio do

declara que era notório a todos os

'

radores da Bahia e do seu Recôn »

o calamitoso e deplorável estado

9

se acha\-ain os senhores de engenn

os Ia\Tadores do país, que são os

vos do corpo político e civil- j

^ j

nómica brasileira nos inícios dos oi centos.

'

Depois dessa crise de

I

marca o início do abandono do

o a corrida mineira, pelo ouro e p quenas crises ocorrem, mas sem

J '

a mesma importância, porque o aç '

| ,

_ i

deixara de ser o principal produto país.

curso.

Vamos entrar na fase das

\'eremos a agricultura abandonada p

nanmuco devastado, semeada a camsangue pelos guerrilheiros, a

mento, como fez João Lúcio dos Santos,

Perdida entre 1645-

porque, na realidade, seus dados e.sta-

1655, data da composição da paz, a cultura e a fabricação pernambucanas, eleva-se enormemente o preço pela crise

tísticos e informações se referem muito

mais ao século XVII do que ao século XVIII.

É então o açúcar

Mas é em 1738 que ocorre, como no

baiano que especialmente supre os mer

caso de 1687, uma crise tão grave que

cados europeus.

,Lá

]

porém, o açúcar se recomporá de ' >

crise de 1738, nem as condições econo- i

micas que o mercado intemacional o rece ao produto brasileiro favorecem si. recuperação.

Síibenios por documentos auten i

Assim, em 1706, o governador

Antonil não pode ser usado como argu

princípio, e pelos restauradores organi

(

aventura dos diamantes; nunca man- |

geral do Brasil, Dom flodrigo da Cpsta.,.

buco um período de paz, de trabalho e de animação agrícolas entre os anos

v

\

Abandotw da aoricuhura

que nesse período mineiro a pro uça açucareira, bastante diminuida pelas t em uma carta retratava a péssima si "8âès"M'íÍiidicádas; 'sofre mesmo nesse tuação que atravessa o açúcar. As.sim seu grau limitado pequenas cnses, moti vadas pelas condições do meio geográ também em 1710 e 1737, quando houve fico. Ê assim que em 1751 grandes escassa produção açucareira. O livro de

preponderância anterior à invasão ho landesa. Segue-se então em Pernam

de sub-produção.

que propala os meios mais tes para suspender a ruína

diamante, naturalmente várias outras p

açucareira, Viegas capitula entre as suas

Afastados os hodandeses em 1625, re

lau Pereira da Sií\'a, num

seu "Parecer e Tratado feito sobre os excessivos impostos que caíram sôbre as lavouras do Brasil, arruinando o co sofismável dessa primeira c séria crise

compõe-se a produção baiana, enquanto

tória geral por aírans anos.

cumento ^de ser considerado^ um dos melhores sôbre a situaçao

mércio deste", que é um documento in

de 1624 e meia parte da de 1625 per deram-se no fogo das lutas.

cs senhores de engenho pedem a --gs-

meira que traz tôdas as conseqüências que se podem considerar como ruinosas à economia colonial. As pequenas e passageiras* perdas de safras que às vêzes se podiam indicar neste ou naquele ano nfio constituiram umá depressão de tão graves conseqüências como esta. No

È assim que

aos ataques holandeses.

zados mais tarde.

c^ci0r6s.

super-produção açucareira. É ela a pri

êsse largo período nenhum sinal de

que não se trajava em Madrid melhor

e outros homens afazendados e mer-

caracterizada a primeira crise séria de

careiro, sem que se observe durante

ue 1639-1645. Em 45 é novamente Per-

res de engenho, suas mulheres e filhas,

ses iniciam nas Antillias a concorrência ao produto brasileiro. Em 1687, com o parecer de João Pei.xoto Viegas está

fase de intensificação da produção e de

de expansão da cultura, do fabrico e do comércio. As riquezas da Colônia eram então atestadas pelos "Diálogos", por Bmndônio, quando diz a Alviano do que se trajavam no Brasil os senho

ra que se estende até 1687. É nesse pe ríodo que os colonos franceses e inglê-

c o pau Brasil. Vivemos, assim, entre 1570, data em

que escreNÍa Gandavo, até 1618, uma

sujeita, de regra, a crises ao contrário do capiapogeu em que só aparecem

Expulsos os holandeses definitivamen te, em 1655, temos um período grande de recuperação da produção açucarei-

vera a sua famosa frase de que as ver

^nsiderem a época do capitalismo pri♦oi-

Após a expulsão dos Jwlandeses

chuvas prejudicam as colheitas e em

1755 uma grande seca toma escassa a

produção açucareira.

Quando, por volta de 1775, decai a prraução mineira, volta-se novamente à . agricultura. Os povos se entregam à faina agrícola e o açúcar, embora não

Yoltç aos seus belos e bons tempos,


rTT?r

- Ir^

57

Digesto EcoNÓ^^co

56

Digesto Eco^;ó^0co

No Brasil, infelizmente, pouco se tem

coisa com que todo ésso Brasil se eno

abalaram^ ^tudar as crises que nos

brece, muito antes, já em 22 de abril do 1669, d. Diogo de Menezes escre

feunir, aqui, alguns dados sô-

cnses de depressão e expansão

que marcaram a história do desenvolvi-

n o açucareiro no Brasil. É preciso nsar que embora autores como Sombart

dadeiras minas do Brasil são o açúcar

ri«

contínuo e progressivo crescimento açu

^ prosperidade, no Brasil secidos vamos notar crises açucareiras ascendentes. espantoso

crenado ?

§ão dtwrin

dentes sIZ?

'

colonial en-

economia mundial,

ciclos ascen^

^ segundo aquela teoria. m , ^"ndados os primeiros estabelecimen

W tos São VicentrSmbucoaçucareiros e Vila da em Rainha (atual Campos)

foi iniciada a exportação dos primeiros açúcares brasileiros em 1545. ^pSle-se s^eculo XVI ate os primeiros ataques

holandeses, teve uma marcha iniXrrupta e ascendente. Nos dois primd-

ros decenios do século XVII era iá o Brasil smgular no arrifício e desvelo com que seus primeiros colonos se en

tregavam a fama agrícola e ao fabrico

do a^car. É em 1618 que se escrevem

os 'Diálogos das Grandezas do Brasil" reflexo do poderio açucareiro do Brasil colonial.

Entre 1570 e 1624, época da primei

ra invasão holandesa, vivemos uma fase

crise. O acúcar continua ainda, até 1687, sua marcha progressiva. Crise de sub-produção Nesse século, porém, devido às in

vasões holandesas já se notam pequenas crises açucareiras. Nessa conjuntura não houve, porem, retraimento do mercado e a produção foi afetada apenas por motivos externos a ela própria, devidos 1^23, tôda a safra

feita com açúcar mascavado o redondo e as excessivas fintas e imposições que

diziam ainda esses Diálogos que o açúcar é a principal

causas a demora das viagens, a mistura

pesavam sôbre o produto desde a termi nação da guerra holandesa. Desde então, até 1738, o açúcar, em

Pernambuco, desde 1630 até 16^9 novarnente atacado pelos holandeses, in

bora continuando a ser o principal pro

duto do país, não voltará mais a seus

cendiados vários dos seus principais en genhos, perturbada sua tranquili^de, os cila na sua produção e vê perdida sua

dias primitivos de uma marcha ascen

dente imperturbável. De vez em quan

do pequenas crises interromperiam o seu

.igil

cipais gêneros do comércio do

declara que era notório a todos os

'

radores da Bahia e do seu Recôn »

o calamitoso e deplorável estado

9

se acha\-ain os senhores de engenn

os Ia\Tadores do país, que são os

vos do corpo político e civil- j

^ j

nómica brasileira nos inícios dos oi centos.

'

Depois dessa crise de

I

marca o início do abandono do

o a corrida mineira, pelo ouro e p quenas crises ocorrem, mas sem

J '

a mesma importância, porque o aç '

| ,

_ i

deixara de ser o principal produto país.

curso.

Vamos entrar na fase das

\'eremos a agricultura abandonada p

nanmuco devastado, semeada a camsangue pelos guerrilheiros, a

mento, como fez João Lúcio dos Santos,

Perdida entre 1645-

porque, na realidade, seus dados e.sta-

1655, data da composição da paz, a cultura e a fabricação pernambucanas, eleva-se enormemente o preço pela crise

tísticos e informações se referem muito

mais ao século XVII do que ao século XVIII.

É então o açúcar

Mas é em 1738 que ocorre, como no

baiano que especialmente supre os mer

caso de 1687, uma crise tão grave que

cados europeus.

,Lá

]

porém, o açúcar se recomporá de ' >

crise de 1738, nem as condições econo- i

micas que o mercado intemacional o rece ao produto brasileiro favorecem si. recuperação.

Síibenios por documentos auten i

Assim, em 1706, o governador

Antonil não pode ser usado como argu

princípio, e pelos restauradores organi

(

aventura dos diamantes; nunca man- |

geral do Brasil, Dom flodrigo da Cpsta.,.

buco um período de paz, de trabalho e de animação agrícolas entre os anos

v

\

Abandotw da aoricuhura

que nesse período mineiro a pro uça açucareira, bastante diminuida pelas t em uma carta retratava a péssima si "8âès"M'íÍiidicádas; 'sofre mesmo nesse tuação que atravessa o açúcar. As.sim seu grau limitado pequenas cnses, moti vadas pelas condições do meio geográ também em 1710 e 1737, quando houve fico. Ê assim que em 1751 grandes escassa produção açucareira. O livro de

preponderância anterior à invasão ho landesa. Segue-se então em Pernam

de sub-produção.

que propala os meios mais tes para suspender a ruína

diamante, naturalmente várias outras p

açucareira, Viegas capitula entre as suas

Afastados os hodandeses em 1625, re

lau Pereira da Sií\'a, num

seu "Parecer e Tratado feito sobre os excessivos impostos que caíram sôbre as lavouras do Brasil, arruinando o co sofismável dessa primeira c séria crise

compõe-se a produção baiana, enquanto

tória geral por aírans anos.

cumento ^de ser considerado^ um dos melhores sôbre a situaçao

mércio deste", que é um documento in

de 1624 e meia parte da de 1625 per deram-se no fogo das lutas.

cs senhores de engenho pedem a --gs-

meira que traz tôdas as conseqüências que se podem considerar como ruinosas à economia colonial. As pequenas e passageiras* perdas de safras que às vêzes se podiam indicar neste ou naquele ano nfio constituiram umá depressão de tão graves conseqüências como esta. No

È assim que

aos ataques holandeses.

zados mais tarde.

c^ci0r6s.

super-produção açucareira. É ela a pri

êsse largo período nenhum sinal de

que não se trajava em Madrid melhor

e outros homens afazendados e mer-

caracterizada a primeira crise séria de

careiro, sem que se observe durante

ue 1639-1645. Em 45 é novamente Per-

res de engenho, suas mulheres e filhas,

ses iniciam nas Antillias a concorrência ao produto brasileiro. Em 1687, com o parecer de João Pei.xoto Viegas está

fase de intensificação da produção e de

de expansão da cultura, do fabrico e do comércio. As riquezas da Colônia eram então atestadas pelos "Diálogos", por Bmndônio, quando diz a Alviano do que se trajavam no Brasil os senho

ra que se estende até 1687. É nesse pe ríodo que os colonos franceses e inglê-

c o pau Brasil. Vivemos, assim, entre 1570, data em

que escreNÍa Gandavo, até 1618, uma

sujeita, de regra, a crises ao contrário do capiapogeu em que só aparecem

Expulsos os holandeses definitivamen te, em 1655, temos um período grande de recuperação da produção açucarei-

vera a sua famosa frase de que as ver

^nsiderem a época do capitalismo pri♦oi-

Após a expulsão dos Jwlandeses

chuvas prejudicam as colheitas e em

1755 uma grande seca toma escassa a

produção açucareira.

Quando, por volta de 1775, decai a prraução mineira, volta-se novamente à . agricultura. Os povos se entregam à faina agrícola e o açúcar, embora não

Yoltç aos seus belos e bons tempos,


58

apresenta sinais de melhoria em relaçfjo

Dicesto Eco^•ó^aco

Dicesto Econômico

verdade c cjiie a economia açucareira no

dc 1918, vãó se reanimando novamente

tre 1680-1812 o açúcar caía cm 902

Brasil não le\e, ncs.scs anos dc iniciativa

a produção c a indústria, atingindo por

O Visconde de Cairü, José da SiKa

do .sua produção. É .siifieientc exanii-

LisbcM, escrevendo em 18 de outubro

narmo.r as nova.s cifras a partir dc 1812

inteiramente capitalista, dias felizes. A cri.sc (|iie sc iniciou na lavoura, de modo gera!, em 1875 c culminou em

ção de tal natureza que pro\oca as osci lações baixistas dos preços do açúcar e

aos auo.s de 1738-1755.

de 1/81 a Domingos Vandelli, mostra que a contínua subida do prego do açú car a partir de 1776 impedira a deca dência <jue SC iniciara com a crise de

168/. Por toda parte o prego maior des

pertava a indolência de muitos e permi tia a solvência dos débitos.

O fator interno é o abandono da mira

gem do ouro e dos diamantes. O fator externo c representado pelo afastamen

to do açúcar francês do mercado inter nacional. As lutas internas nas colô

nias ocidentais francesas provocam o abandono e perda da safra

Melhoria da produção Dai em diante vai-se acentuando uma

•sensível melhoria da produção açucaleira. A renovação dos métodos, incenjtvada pela própria administração de 1 ombal, a abertura de novas áreas açucaremis especialmente em São Paulo,

possibilitam o incremento da produção. Em relaçao ao período anterior, pode-se dizer que o açúcar novamente começa

industriai.s e comerciantes do açúcar, en

para c(ue apareçam as ra/.õe.s do cnlu-

riasino pelas grandes fábricas. A e.\porlação de açúcar, de 120 milhões de

libras em 1820, sobe a 165 milhões e '"'00 mil libras, cni 1833-34 c, num

asse a rotina tão obedecida ainda du Em 18/5, como 6 bastante conhecido

pelos estudiosos da historia econômica d.-. Brasil, tivemos uma enorme crise

da lavoura. Essa criso atinge a produ ção açucarcira por volta de 1880, che gando ao ápice* crítico em 1886. Utn aiin fatídico .

As memórias o os relatórios escritos

nesse ano fatidico para a ]'rodução açu carcira mostram que a c portação do

\'adas.

inteiramente novos, que se inicia a in-

cusüialização da lavoura, ,i constiiição

Coutinho determinava que o próprio go verno fizesse créditos à circulação. As

dc estradas e a inversão de capitais in

novas zonas se localizavam especialmen-

Foi nesse período, também, que o go

gleses nos engenhos centr;;;s ou usinas. verno, i)or decreto de 6 de novembro

.Mogi-Minm, Itú, Pôrto Feliz e Soro

do 1875, estabe.cceu as bases para a

caba. O crescimento vai se acentuando

concessão de garantia de juros aos en

de predomínio.

Basta lembrar que segundo os cálCU.OS feitos por um órgão ofioiul de

PRODUÇÃO PRIMÁRIA BRASILEIRA

Produção Anos

1.000 toneladas

índices

Nesse período de 1874-1886, como

sabemos, é que se inlroduxem métodos

de tal modo que se pode dizer oue

meça no\'a história. A história da inter-

rante o século 19.

cilidades dc crédito são agora íncentí-

entre 1820-1873 o açúâr vX a S

Ncnção na economia açucareira.

A partir

tes que a ação dos reformadores aba-

c.vportação de 1884.

tc em São Paulo, em Jundiai, Campinas.

dc depressã.) em 1901-190.5.

algarismo mais alto, antes /pie se introduzi.ssem melhoramentos e.s.senciais, an

ma os teoncos e práticos, vindos de al

Em 1799, Dom Rodrigo de Sousa

dos produtos derivacfos. Aí, então, co

contínuo CTcscimenlo, atinge, cm 1874,

guns reformadores que surgem desse sé culo, e da própria administração as fa

1886, pcrsi' l<> até o término da l.'* Grande Guerra, com um trrofimdo ciclo

a 306 milhões .571 mil libras. É êsto o

a(,Vicar na Bahia cairá em 40% da mé dia anual e a de'Rccif<^ sofria uma icdiiçao dc 14% em relaçao à média do quinqiiènio, ou 23% e;n relação à

a crescer extraordinariamente e que ao lado das inovações técnicas e dos esti

\(;lta de 1926 a 1930 uma superprodu

genhos centrais.

Apesar, porém, das proteções com que o governo decidiu amparar a industriali zação açucarelra, apesar dos grandes ca

pitais ínglôscs invertidos no negócio, a

por habitante ^ativo — tons.

Média anual de 1925/29 1930

16.400,0

^

18.265,9

1932 1934 19-36 1938

20.083,0 21.259,3

1940 1942

23.968,5

1944

25.147,3

22.996,0

24,510,1

25.373,6

Fonte: "Diário da Assembléia".

100 111 122 130 140 149 146

155 153

2,03 2,16

2,30 2,36

2,48 2,57 2,44

2,50 2,40


58

apresenta sinais de melhoria em relaçfjo

Dicesto Eco^•ó^aco

Dicesto Econômico

verdade c cjiie a economia açucareira no

dc 1918, vãó se reanimando novamente

tre 1680-1812 o açúcar caía cm 902

Brasil não le\e, ncs.scs anos dc iniciativa

a produção c a indústria, atingindo por

O Visconde de Cairü, José da SiKa

do .sua produção. É .siifieientc exanii-

LisbcM, escrevendo em 18 de outubro

narmo.r as nova.s cifras a partir dc 1812

inteiramente capitalista, dias felizes. A cri.sc (|iie sc iniciou na lavoura, de modo gera!, em 1875 c culminou em

ção de tal natureza que pro\oca as osci lações baixistas dos preços do açúcar e

aos auo.s de 1738-1755.

de 1/81 a Domingos Vandelli, mostra que a contínua subida do prego do açú car a partir de 1776 impedira a deca dência <jue SC iniciara com a crise de

168/. Por toda parte o prego maior des

pertava a indolência de muitos e permi tia a solvência dos débitos.

O fator interno é o abandono da mira

gem do ouro e dos diamantes. O fator externo c representado pelo afastamen

to do açúcar francês do mercado inter nacional. As lutas internas nas colô

nias ocidentais francesas provocam o abandono e perda da safra

Melhoria da produção Dai em diante vai-se acentuando uma

•sensível melhoria da produção açucaleira. A renovação dos métodos, incenjtvada pela própria administração de 1 ombal, a abertura de novas áreas açucaremis especialmente em São Paulo,

possibilitam o incremento da produção. Em relaçao ao período anterior, pode-se dizer que o açúcar novamente começa

industriai.s e comerciantes do açúcar, en

para c(ue apareçam as ra/.õe.s do cnlu-

riasino pelas grandes fábricas. A e.\porlação de açúcar, de 120 milhões de

libras em 1820, sobe a 165 milhões e '"'00 mil libras, cni 1833-34 c, num

asse a rotina tão obedecida ainda du Em 18/5, como 6 bastante conhecido

pelos estudiosos da historia econômica d.-. Brasil, tivemos uma enorme crise

da lavoura. Essa criso atinge a produ ção açucarcira por volta de 1880, che gando ao ápice* crítico em 1886. Utn aiin fatídico .

As memórias o os relatórios escritos

nesse ano fatidico para a ]'rodução açu carcira mostram que a c portação do

\'adas.

inteiramente novos, que se inicia a in-

cusüialização da lavoura, ,i constiiição

Coutinho determinava que o próprio go verno fizesse créditos à circulação. As

dc estradas e a inversão de capitais in

novas zonas se localizavam especialmen-

Foi nesse período, também, que o go

gleses nos engenhos centr;;;s ou usinas. verno, i)or decreto de 6 de novembro

.Mogi-Minm, Itú, Pôrto Feliz e Soro

do 1875, estabe.cceu as bases para a

caba. O crescimento vai se acentuando

concessão de garantia de juros aos en

de predomínio.

Basta lembrar que segundo os cálCU.OS feitos por um órgão ofioiul de

PRODUÇÃO PRIMÁRIA BRASILEIRA

Produção Anos

1.000 toneladas

índices

Nesse período de 1874-1886, como

sabemos, é que se inlroduxem métodos

de tal modo que se pode dizer oue

meça no\'a história. A história da inter-

rante o século 19.

cilidades dc crédito são agora íncentí-

entre 1820-1873 o açúâr vX a S

Ncnção na economia açucareira.

A partir

tes que a ação dos reformadores aba-

c.vportação de 1884.

tc em São Paulo, em Jundiai, Campinas.

dc depressã.) em 1901-190.5.

algarismo mais alto, antes /pie se introduzi.ssem melhoramentos e.s.senciais, an

ma os teoncos e práticos, vindos de al

Em 1799, Dom Rodrigo de Sousa

dos produtos derivacfos. Aí, então, co

contínuo CTcscimenlo, atinge, cm 1874,

guns reformadores que surgem desse sé culo, e da própria administração as fa

1886, pcrsi' l<> até o término da l.'* Grande Guerra, com um trrofimdo ciclo

a 306 milhões .571 mil libras. É êsto o

a(,Vicar na Bahia cairá em 40% da mé dia anual e a de'Rccif<^ sofria uma icdiiçao dc 14% em relaçao à média do quinqiiènio, ou 23% e;n relação à

a crescer extraordinariamente e que ao lado das inovações técnicas e dos esti

\(;lta de 1926 a 1930 uma superprodu

genhos centrais.

Apesar, porém, das proteções com que o governo decidiu amparar a industriali zação açucarelra, apesar dos grandes ca

pitais ínglôscs invertidos no negócio, a

por habitante ^ativo — tons.

Média anual de 1925/29 1930

16.400,0

^

18.265,9

1932 1934 19-36 1938

20.083,0 21.259,3

1940 1942

23.968,5

1944

25.147,3

22.996,0

24,510,1

25.373,6

Fonte: "Diário da Assembléia".

100 111 122 130 140 149 146

155 153

2,03 2,16

2,30 2,36

2,48 2,57 2,44

2,50 2,40


1 T—f| 1 DtcESTO EcoNÓ^^co

ms^('a €eoHcmteG,

va, por si mesmo, ao mercado de con sumo.

(guando a produção do ouro se fbcou no mais recôndito espaço do nosso ter ri tório, desde Minas até Goiás e Mato

Grosso, a questão dos transportes ainda

A Primeira Estrada de Eerro ttrasllejrd por Afonso Abinos de Melo Fhanco

61

Üspecial paua o "Dicesto EconÓxNííco"

não condicionava a solução da ativida

de econômica, apesar da grande distân

voUimento econômico do país estava

agora na deuendência imediata da so lução do problema do transporte ferro viário.

Então transformaram-se em realidade

as inócuas tentativas oficiais que tinham em 1835, sob a regência de

Enqtianto as exigências do café não se tornarem prementes, a política ferroviária

cia que separava esta atividade do lito ral e, consequentemente da e.xportação.

Naquele ano. ouando as estradas de ferro mal saiam do período e.xperimen-

ra se foi avolumando pelos morros e vales da bacia do Paraíba, tornou-se evidente

Advento do café

o govêrao regencial tentava, entre nós,

brasileira não passou de planos sem seguimento. Mas quando a produção cafeeique o lombo de burro não era mais veiculo suficiente para o seu escoamento e que o desenvolvimento econômico do país estava agora na dependência imediata da solução do problema do transporte ferroviário.

»O problema da produção, estando inti

mamente ligado ao do transporte,

apresenta, sob este ponto de vista, inte ressantes aspectos na nossa História Eco nômica.

Se considerarmos os grandes ciclos da economia brasileira, — açúcar, gado, ouro e café, — veremos que apenas em relação ao último colocou-se de manei

ra aguda a questão do transporte in

se era desvantajosa politicamente, pois colocava

os

centros

nobres

do

Brasil

de portas abertas para a cobiça estran geira, (quer em ataques ocasionais, co

mo o de Duguay Trouin, quer em epi sódios graves, como a ocupação holan

desa), por outro lado tornou possível

a existência de uma grande civilização agrícola sem transportes internos.

Enquanto os canaviais se empenaclia-

ta! na Inglaterra, seu país de origem,

A razão era simples e estava na gran«de concentração de valor da mercado ria exportada, fosse o ouro fôssem os «diamantes.

Unia tropa de burros, le

vando as arcas especiais fechadas com três chaves e carregadas de metal ou

pedras, representava unia festa para as autoridades reinois do Rio de Janeiro.

Não era preciso

nenhum

sistema de

transporte de grande capacidade.

O

frete de retorno também não era pe sado, porque muito pequena era a clas se consumidora das capitanias mineiras,

em relação à grande massa de traba

terno, do transporte terrestre. E, dada a época em que tal se verificou, foi

vam na marinha, o gado se estendeu pelo sertão. Mas o gado, na frase fa

possível conseguir-se uma solução satis fatória graças às estradas de ferro.

mosa, é a mercadoria que se transporta

consuino. Por isto também tropas de burros podiam se encarregar de levar

a si mesma.

na volta, serra acima, as garrafas de

A civilização do açúcar se estendeu

Nem de caminhos verda

deiros precisava, pois era por trilhas es-

tôda na marinha, e isto mesmo coni

consas e ínvias que as boiadas da Ja-

•grande predominância da zona com preendida entre Bahia e Pernambuco,

cobina atingiam, em meses de caminha

lhadores escravos ou em estado de sub-

vinho das Canárias, as sedas e perfu mes, os livros de Voltaire e Rousseau

da, o sertão bruto das gerais no tempo

importados pelos escassos grupos que dispunham de poder econômico.

dade maior dos centros consumidores

lo bezerro de ouro os "geralistas", como

forma de produção, cujo desenvolvimen

eram fatôres altamente favoráveis.

então também se chamavam os minei

onde a terra do massapé e a proximi Os

da descoberta do metal. Ofuscados pe

canaviais e os engenhos se sucediam na

ros, não tinham tempo para cultivar

orla

outro gado senão aquêle.

marítima, com

uma penetração

muito pequena para o interior. Eis o que tomou possível a enorme ej^ortação açucareira dos três primeiros séculos, enorme não só em valor mas também

Antonil es

creve a êste propósito: "Sendo a terra

que dá ouro esterilíssima de tudo que há mister para a vida humana, e não

monos estéril a maior parte dos cami

Mas o Império conheceu uma outra to colossal em breve exigiu providên cias enérgicas no sentido do transporte: -o café.

E a história das ferrovias im

periais é a história do café escravocrata. Enquanto as exigências do café não se tomaram prementes, a política ferro viária brasileira não passou de planos

nhos das minas, não se pode crer o que

muito primitivos de transporte terres

padeceram ao princípio os mineiros".

sem seguimento. Mas quando a pro dução cafeeira se, foi avolumando pe

tre. Pràticamente não havia

grande

Por isto, ajunta o vellio cronista, tinham

los morros e vales da bacia do Paraí

necessidade dêles, porquanto a ativida•de econômica se desenvolvia quase ao

oitavas de ouro por um boi descido da

em tonelagem, apoiada em sistemas

■alcance das naus.

Esta circunstância.

de pagar, por volta de 1703, até cem

Bahia.

Mas o fato é que o boi chega-

ba, tomou-se evidente que o lombo do burro não era mais veículo suficiente

para o seu escoamento e que o desen-

pelo decreto de_ 31 de outubro, esti mular a formação de companhias que

construíssem uma via férrea ligando o Rio às províncias de Minas, Rio Gran

de do Sul e Bahia.

Êste plano era evidentemente utópi co, e tinha objetivos muito mais po líticos que econômicos.

Bahia e Minas

eram então os grandes centros de inte

resse político. A primeira pela sua an

tiga tradição de sede do govêmo e também pelo renascimento da indústria açucareira, e a segunda pela sua maior população. Quanto ao Rio Grande, a

sua importância política provinha dos pruridos separatistas, levados ao auge pela extenuante guerra dos Farrapos, quo naquele ano tocava ao seu fim. Havia, assim, evidente interêsse po lítico do governo em unir as três pro

víncias à cabeça do Estado, que era o

Rio, da maneira mais rápida possível,

que era por trem de ferro.

, A década 1850-1860

Por falta de base econômica, que-

no caso queria dizer mercadorias a transportar, ninguém se arriscou ao em preendimento. Feijó tentou, então, lan

çar mão de capitais estrangeiros, tendo

liedido ao Marquês de Bamacena para

estudar as possibilidades da praça de Londres, em relação ao projeto. Mas

a resposta do encarregado da sondagemi foi que só seria possível arranjar di nheiro com escorchantes garantias de


1 T—f| 1 DtcESTO EcoNÓ^^co

ms^('a €eoHcmteG,

va, por si mesmo, ao mercado de con sumo.

(guando a produção do ouro se fbcou no mais recôndito espaço do nosso ter ri tório, desde Minas até Goiás e Mato

Grosso, a questão dos transportes ainda

A Primeira Estrada de Eerro ttrasllejrd por Afonso Abinos de Melo Fhanco

61

Üspecial paua o "Dicesto EconÓxNííco"

não condicionava a solução da ativida

de econômica, apesar da grande distân

voUimento econômico do país estava

agora na deuendência imediata da so lução do problema do transporte ferro viário.

Então transformaram-se em realidade

as inócuas tentativas oficiais que tinham em 1835, sob a regência de

Enqtianto as exigências do café não se tornarem prementes, a política ferroviária

cia que separava esta atividade do lito ral e, consequentemente da e.xportação.

Naquele ano. ouando as estradas de ferro mal saiam do período e.xperimen-

ra se foi avolumando pelos morros e vales da bacia do Paraíba, tornou-se evidente

Advento do café

o govêrao regencial tentava, entre nós,

brasileira não passou de planos sem seguimento. Mas quando a produção cafeeique o lombo de burro não era mais veiculo suficiente para o seu escoamento e que o desenvolvimento econômico do país estava agora na dependência imediata da solução do problema do transporte ferroviário.

»O problema da produção, estando inti

mamente ligado ao do transporte,

apresenta, sob este ponto de vista, inte ressantes aspectos na nossa História Eco nômica.

Se considerarmos os grandes ciclos da economia brasileira, — açúcar, gado, ouro e café, — veremos que apenas em relação ao último colocou-se de manei

ra aguda a questão do transporte in

se era desvantajosa politicamente, pois colocava

os

centros

nobres

do

Brasil

de portas abertas para a cobiça estran geira, (quer em ataques ocasionais, co

mo o de Duguay Trouin, quer em epi sódios graves, como a ocupação holan

desa), por outro lado tornou possível

a existência de uma grande civilização agrícola sem transportes internos.

Enquanto os canaviais se empenaclia-

ta! na Inglaterra, seu país de origem,

A razão era simples e estava na gran«de concentração de valor da mercado ria exportada, fosse o ouro fôssem os «diamantes.

Unia tropa de burros, le

vando as arcas especiais fechadas com três chaves e carregadas de metal ou

pedras, representava unia festa para as autoridades reinois do Rio de Janeiro.

Não era preciso

nenhum

sistema de

transporte de grande capacidade.

O

frete de retorno também não era pe sado, porque muito pequena era a clas se consumidora das capitanias mineiras,

em relação à grande massa de traba

terno, do transporte terrestre. E, dada a época em que tal se verificou, foi

vam na marinha, o gado se estendeu pelo sertão. Mas o gado, na frase fa

possível conseguir-se uma solução satis fatória graças às estradas de ferro.

mosa, é a mercadoria que se transporta

consuino. Por isto também tropas de burros podiam se encarregar de levar

a si mesma.

na volta, serra acima, as garrafas de

A civilização do açúcar se estendeu

Nem de caminhos verda

deiros precisava, pois era por trilhas es-

tôda na marinha, e isto mesmo coni

consas e ínvias que as boiadas da Ja-

•grande predominância da zona com preendida entre Bahia e Pernambuco,

cobina atingiam, em meses de caminha

lhadores escravos ou em estado de sub-

vinho das Canárias, as sedas e perfu mes, os livros de Voltaire e Rousseau

da, o sertão bruto das gerais no tempo

importados pelos escassos grupos que dispunham de poder econômico.

dade maior dos centros consumidores

lo bezerro de ouro os "geralistas", como

forma de produção, cujo desenvolvimen

eram fatôres altamente favoráveis.

então também se chamavam os minei

onde a terra do massapé e a proximi Os

da descoberta do metal. Ofuscados pe

canaviais e os engenhos se sucediam na

ros, não tinham tempo para cultivar

orla

outro gado senão aquêle.

marítima, com

uma penetração

muito pequena para o interior. Eis o que tomou possível a enorme ej^ortação açucareira dos três primeiros séculos, enorme não só em valor mas também

Antonil es

creve a êste propósito: "Sendo a terra

que dá ouro esterilíssima de tudo que há mister para a vida humana, e não

monos estéril a maior parte dos cami

Mas o Império conheceu uma outra to colossal em breve exigiu providên cias enérgicas no sentido do transporte: -o café.

E a história das ferrovias im

periais é a história do café escravocrata. Enquanto as exigências do café não se tomaram prementes, a política ferro viária brasileira não passou de planos

nhos das minas, não se pode crer o que

muito primitivos de transporte terres

padeceram ao princípio os mineiros".

sem seguimento. Mas quando a pro dução cafeeira se, foi avolumando pe

tre. Pràticamente não havia

grande

Por isto, ajunta o vellio cronista, tinham

los morros e vales da bacia do Paraí

necessidade dêles, porquanto a ativida•de econômica se desenvolvia quase ao

oitavas de ouro por um boi descido da

em tonelagem, apoiada em sistemas

■alcance das naus.

Esta circunstância.

de pagar, por volta de 1703, até cem

Bahia.

Mas o fato é que o boi chega-

ba, tomou-se evidente que o lombo do burro não era mais veículo suficiente

para o seu escoamento e que o desen-

pelo decreto de_ 31 de outubro, esti mular a formação de companhias que

construíssem uma via férrea ligando o Rio às províncias de Minas, Rio Gran

de do Sul e Bahia.

Êste plano era evidentemente utópi co, e tinha objetivos muito mais po líticos que econômicos.

Bahia e Minas

eram então os grandes centros de inte

resse político. A primeira pela sua an

tiga tradição de sede do govêmo e também pelo renascimento da indústria açucareira, e a segunda pela sua maior população. Quanto ao Rio Grande, a

sua importância política provinha dos pruridos separatistas, levados ao auge pela extenuante guerra dos Farrapos, quo naquele ano tocava ao seu fim. Havia, assim, evidente interêsse po lítico do governo em unir as três pro

víncias à cabeça do Estado, que era o

Rio, da maneira mais rápida possível,

que era por trem de ferro.

, A década 1850-1860

Por falta de base econômica, que-

no caso queria dizer mercadorias a transportar, ninguém se arriscou ao em preendimento. Feijó tentou, então, lan

çar mão de capitais estrangeiros, tendo

liedido ao Marquês de Bamacena para

estudar as possibilidades da praça de Londres, em relação ao projeto. Mas

a resposta do encarregado da sondagemi foi que só seria possível arranjar di nheiro com escorchantes garantias de


62

juros.

Dicesto EcoNÓAnco

Ficou desta forma sem efeito o

aviso de 3 de novembro de 1(S35, que

procurava captar na Europa os capi tais que a lei citada, promulgada pou

Digesto Econômico

rização ao governo para contratar com

Mauá. no fundo, teuloii uma ooiTida

uma ou mais cmprè.sa.s a construção de

de tempo com a Pedro II, cuja cons trução foi obrigada a vencer a serra

solução ferroviária. Muita gente, inclu sive do govémo, passou a descrer da

com os trilhos e limeis, num tremendo

encontrar em parte no Brasil.

um caminho de fcrii) que, partindo da Còrtc, fosse terminar no.s pontos mais con\enionlcs das províncias dc \finas e São Paulo.

campo, Mauá prosperou com a sua es

não era possível manter-se o ritmo e.x-

Outras leis se sucederam, -nacionais e provinciais, dando privilégios para cons

turalmente ligada à produção do café. Dias antes dèstc decreto legislativo, Irineu Evangelista de Sousa, (depois Vis

trada.

pansionista da produção cafeeira com aquele absiudo sistema dc transporte que

cos dias antes, tinha a esperança de

trução de estradas de ferro.

Mas ne

Tal con\eniúncia estava na

esforço. E eiKiuaiúo esteve sòzinlio cm Mas desde <]ue apareceu a con

corrência da Pedro 11 levo de abando

viabilidade e até da necessidade da ca

ríssima via de penetração que preten dia galgar a serra por aderência. Mas

u.sava roda de carro, trilho dc trem e

nar a partida.

nhuma delas teve execução.

conde de Mauá) por meio dc um de

As estradas de ferro só chegaram ao Brasil na década 1850-1860, por tantos

creto executivo dc 12 do mesmo mês

c ano, já tinlia conseguido pri\'iIégio

tifelos importantíssima na História Eco

para um sistema ini.sto de transportes,

segurando que ,i Pedro II, cjuando èle

pouco? quilômetros. O café estava exi gindo providências muito mais fortes e

construía a Mauá, "cru ainda um mito,

radicais.

nômica Nacional.

por água c por terra, ligando a Corte

uma idéia em embrião".

por barco até o porto de Estrela, e des te por ferrocarril até a Raiz da Serra

é muito exalo. Na \erdade o plano de construção da Pedro II, conforme de

Irul. Em 1858 terminava o primeiro

de Pctrópolis.

monstra o Consellieiro Cunha Galvão

começava a conquista da serra. Crls-

Nesta década o café do rio Paraíba

atingia ao inicio do seu rápido esplen dor e com ele tornou-se possível a in

trodução de uma série considerável de

melhoramentos materiais. Surgiu uma nova época para a arquitetura brasilei ra. Arquitetura urbana, que deixou nas cidades do Rio-São Paulo. Bahia o Recite os belos e maciços sobradões de que restam alguns poucos testemunhos.

Arquitetura rural que erigiu as admiraveis casas grandes das fazendas da ba

Mas, na realidade, a concessão da

•Mauá vinha sondo c.sliidada e negocia da na política provincial, desde antes destas duas leis.

Com efeito, a 27 de

abril daquele mesmo ano, Mauá obti-

vera do presidente do Rio de Janeiro, o Con.selhciro Pedreira (Visconde do

Bom Retiro, amigo intimo do impera dor), a concessão necessária para atra

cia do Paraíba, comparáveis, senão su periores aos melhores tipos de casa rural do tempo do açúcar e do ouro.

vessar com seu.s trilhos o território da quela província.

Veio o Codigo Comercial, veio a lei bancaria com a fusão do Banco do Co-

Plano de Mauá

mercio com o do Brasil, veio o telé-

pafo ele rico. o calçamento, os esgo

tos e a iluminação no Rio de Janeiro, weram, por fim, as estradas de ferro Era a civilização do café.

A primeira linha férrea

no .seu precioso livro "Notícia .sòbrc as E.stradas do Ferro do Brasí'.", publica do em Í'86ü, era também dc 1S52.

navio,

sucessivamente,

em "

Foi o drama da construção da Cen-

trecho, do Rio a Belém. Logo depois liano Otoni, diretor da e.strada. resol veu trazer técnicos americanos e já cm

1863 a linha chegava à Barra do Piraí.

Da leitura ateiT.a déste volume, que

Os túneis estavam construídos, a .serra

reúne cuidadosamente fatos c documen-

\'encida, de.sbruvado o vale de ouro. do

tos, chega-se á conclusão do que a Es trada de Ferro

Mauá contribuiu cmi

grande parte par.i as dificuldades mio tolheram o doseii^tjh-imcnto da Pedro

11, na sua prinii- ri fase. A defesa do

privilégio era grande e, através dela, se procurava iinnosr.bilitar a construção

da linha rival, muito melhor traçada,

café.

Logo cjue se abriu ao tráfego a Pe dro II — e é o próprio Mauá quem o reconhece, — a estradazlnha do porto

da Estiéla entrou em colapso. O café

passou a descer todo pela nova via, cU^ muito maior capacidade, e já em 1866 \ ia-se a concorrente incapaz na

feciro do Paraíba. Mas o processo que tinha em vista era muito complicado,

sem cremalhcira, c atingia os ccnlros

pe'a serra de Pelrópolis, pelo sistema do cremalhcira, que fizera estudar na

pois previa uma secção marítima, entre o Rio e Estrela, uma sccção ferroviária, entro Estrela e Raiz da Serra, uma par te eni estrada de rodagem, entre esta última localidade e Petrópolís, e linal-

Drama da, couslrução da Ceni.al

comunicação entre a Corto e o vale ca-

cia nao e muito familiar, nem mesmo se aferram h memória do

O que atraía Mauá neste dificultoso

trajeto, que exigia tantas baldeações da carga e tantos retardamentos na sua marcha, era a menor distancia e o me

nor custo das obras, comparativamente

de 26 de.junho'®g'slativo cfe 1852, número concedeu041auto^

Mas i.sto não

dc

.situação de suspender o tráfego.

mente outra vez trilhos, a partir da ci dade imperial até a zona do Paraíba.

grande Inneu Evangelista de Sousa.

Mauá justifica-se do êrro cometido as

casco

visto que subia a sen'a atravé,s dc tú neis, em linha de aderência simples,

O plano de Maná era estabelecer

famosa Mauá. Mais famosa do que ^conheci

da, pois sua breve e brilhante existên

Na sua aiilobiogralia o Visconde de

ao traçado, já em estudo, da planejada Estrada de Ferro Dom Pedro II, atual Central do Brasil.

produtores de café sem baldeação.

Outros interesses vieram auxiliar o da

Mauá.

A grande estrada de rodagem

União e Indústri;'., financiada pelo Ban

co do Brasil, vc'o facilitar o transporte do café da zona por ela servida, cjue ficava entre Pcíiópolis e Juiz de Fora, tomando mais remota a necessidade da

Irí-

neu ainda tenta construir uma linha

Suíça L-in 1872 por Pereira Pas,sos, o

futuro y: modclador do Rio de Janeiro.

Mas nada consegue. A serra de Pe-

tiópülis só foi galgada pelos trilhos mui to mais tarde, em 1883, pela chamada Estrada dc Ferro Grão Pará.

A e. t-i estrada foi incorporada afi nal a Múuá, e ambas em seguida absorN-iclas pela LcopoMina RaiKvay.


62

juros.

Dicesto EcoNÓAnco

Ficou desta forma sem efeito o

aviso de 3 de novembro de 1(S35, que

procurava captar na Europa os capi tais que a lei citada, promulgada pou

Digesto Econômico

rização ao governo para contratar com

Mauá. no fundo, teuloii uma ooiTida

uma ou mais cmprè.sa.s a construção de

de tempo com a Pedro II, cuja cons trução foi obrigada a vencer a serra

solução ferroviária. Muita gente, inclu sive do govémo, passou a descrer da

com os trilhos e limeis, num tremendo

encontrar em parte no Brasil.

um caminho de fcrii) que, partindo da Còrtc, fosse terminar no.s pontos mais con\enionlcs das províncias dc \finas e São Paulo.

campo, Mauá prosperou com a sua es

não era possível manter-se o ritmo e.x-

Outras leis se sucederam, -nacionais e provinciais, dando privilégios para cons

turalmente ligada à produção do café. Dias antes dèstc decreto legislativo, Irineu Evangelista de Sousa, (depois Vis

trada.

pansionista da produção cafeeira com aquele absiudo sistema dc transporte que

cos dias antes, tinha a esperança de

trução de estradas de ferro.

Mas ne

Tal con\eniúncia estava na

esforço. E eiKiuaiúo esteve sòzinlio cm Mas desde <]ue apareceu a con

corrência da Pedro 11 levo de abando

viabilidade e até da necessidade da ca

ríssima via de penetração que preten dia galgar a serra por aderência. Mas

u.sava roda de carro, trilho dc trem e

nar a partida.

nhuma delas teve execução.

conde de Mauá) por meio dc um de

As estradas de ferro só chegaram ao Brasil na década 1850-1860, por tantos

creto executivo dc 12 do mesmo mês

c ano, já tinlia conseguido pri\'iIégio

tifelos importantíssima na História Eco

para um sistema ini.sto de transportes,

segurando que ,i Pedro II, cjuando èle

pouco? quilômetros. O café estava exi gindo providências muito mais fortes e

construía a Mauá, "cru ainda um mito,

radicais.

nômica Nacional.

por água c por terra, ligando a Corte

uma idéia em embrião".

por barco até o porto de Estrela, e des te por ferrocarril até a Raiz da Serra

é muito exalo. Na \erdade o plano de construção da Pedro II, conforme de

Irul. Em 1858 terminava o primeiro

de Pctrópolis.

monstra o Consellieiro Cunha Galvão

começava a conquista da serra. Crls-

Nesta década o café do rio Paraíba

atingia ao inicio do seu rápido esplen dor e com ele tornou-se possível a in

trodução de uma série considerável de

melhoramentos materiais. Surgiu uma nova época para a arquitetura brasilei ra. Arquitetura urbana, que deixou nas cidades do Rio-São Paulo. Bahia o Recite os belos e maciços sobradões de que restam alguns poucos testemunhos.

Arquitetura rural que erigiu as admiraveis casas grandes das fazendas da ba

Mas, na realidade, a concessão da

•Mauá vinha sondo c.sliidada e negocia da na política provincial, desde antes destas duas leis.

Com efeito, a 27 de

abril daquele mesmo ano, Mauá obti-

vera do presidente do Rio de Janeiro, o Con.selhciro Pedreira (Visconde do

Bom Retiro, amigo intimo do impera dor), a concessão necessária para atra

cia do Paraíba, comparáveis, senão su periores aos melhores tipos de casa rural do tempo do açúcar e do ouro.

vessar com seu.s trilhos o território da quela província.

Veio o Codigo Comercial, veio a lei bancaria com a fusão do Banco do Co-

Plano de Mauá

mercio com o do Brasil, veio o telé-

pafo ele rico. o calçamento, os esgo

tos e a iluminação no Rio de Janeiro, weram, por fim, as estradas de ferro Era a civilização do café.

A primeira linha férrea

no .seu precioso livro "Notícia .sòbrc as E.stradas do Ferro do Brasí'.", publica do em Í'86ü, era também dc 1S52.

navio,

sucessivamente,

em "

Foi o drama da construção da Cen-

trecho, do Rio a Belém. Logo depois liano Otoni, diretor da e.strada. resol veu trazer técnicos americanos e já cm

1863 a linha chegava à Barra do Piraí.

Da leitura ateiT.a déste volume, que

Os túneis estavam construídos, a .serra

reúne cuidadosamente fatos c documen-

\'encida, de.sbruvado o vale de ouro. do

tos, chega-se á conclusão do que a Es trada de Ferro

Mauá contribuiu cmi

grande parte par.i as dificuldades mio tolheram o doseii^tjh-imcnto da Pedro

11, na sua prinii- ri fase. A defesa do

privilégio era grande e, através dela, se procurava iinnosr.bilitar a construção

da linha rival, muito melhor traçada,

café.

Logo cjue se abriu ao tráfego a Pe dro II — e é o próprio Mauá quem o reconhece, — a estradazlnha do porto

da Estiéla entrou em colapso. O café

passou a descer todo pela nova via, cU^ muito maior capacidade, e já em 1866 \ ia-se a concorrente incapaz na

feciro do Paraíba. Mas o processo que tinha em vista era muito complicado,

sem cremalhcira, c atingia os ccnlros

pe'a serra de Pelrópolis, pelo sistema do cremalhcira, que fizera estudar na

pois previa uma secção marítima, entre o Rio e Estrela, uma sccção ferroviária, entro Estrela e Raiz da Serra, uma par te eni estrada de rodagem, entre esta última localidade e Petrópolís, e linal-

Drama da, couslrução da Ceni.al

comunicação entre a Corto e o vale ca-

cia nao e muito familiar, nem mesmo se aferram h memória do

O que atraía Mauá neste dificultoso

trajeto, que exigia tantas baldeações da carga e tantos retardamentos na sua marcha, era a menor distancia e o me

nor custo das obras, comparativamente

de 26 de.junho'®g'slativo cfe 1852, número concedeu041auto^

Mas i.sto não

dc

.situação de suspender o tráfego.

mente outra vez trilhos, a partir da ci dade imperial até a zona do Paraíba.

grande Inneu Evangelista de Sousa.

Mauá justifica-se do êrro cometido as

casco

visto que subia a sen'a atravé,s dc tú neis, em linha de aderência simples,

O plano de Maná era estabelecer

famosa Mauá. Mais famosa do que ^conheci

da, pois sua breve e brilhante existên

Na sua aiilobiogralia o Visconde de

ao traçado, já em estudo, da planejada Estrada de Ferro Dom Pedro II, atual Central do Brasil.

produtores de café sem baldeação.

Outros interesses vieram auxiliar o da

Mauá.

A grande estrada de rodagem

União e Indústri;'., financiada pelo Ban

co do Brasil, vc'o facilitar o transporte do café da zona por ela servida, cjue ficava entre Pcíiópolis e Juiz de Fora, tomando mais remota a necessidade da

Irí-

neu ainda tenta construir uma linha

Suíça L-in 1872 por Pereira Pas,sos, o

futuro y: modclador do Rio de Janeiro.

Mas nada consegue. A serra de Pe-

tiópülis só foi galgada pelos trilhos mui to mais tarde, em 1883, pela chamada Estrada dc Ferro Grão Pará.

A e. t-i estrada foi incorporada afi nal a Múuá, e ambas em seguida absorN-iclas pela LcopoMina RaiKvay.


Dicesto EcoNÓAnco

as férias.

Seria ousado tlc.scrcver este

estado de coisas como um

CiNOURK ifngátiCTfrr^i-rif-rri^f^v '.SâA^ Como podem ser restaurados os incen tes são Oa dominadores dos aconteci 'm~\jrf.

tivos ao esfôrço e à iniciativa sem o

abandono da tendência à igualdade econômica? Como podem concüiar-se com o princípio da assistência social as

penali^des oriundas do malôgro e da preguiça? Como podem a cenoura e a j combinarem com uma vida

^raddvel para o burro? Embora não

dxscuta as diversas soluções que se re comendam para o problema, o presen te artigo^ formula a respeito algumas observações interessantes, baseadas na

vida contemporânea da Inglaterra.

JÁ se tornou evidente que a política econômica e social na Inglaterra, nes tes anos de transição, está sendo uma comda entre a impaciência natural de um povo cansado e o progresso da recuperação material. Não se pode ter

O govêmo não tem sido feliz, parti cularmente em matéria de abastecimen to, mas nenhum outro partido teria fei to melhor.

Esta observação, contudo, não esgo ta o assunto. O progresso dolorosa mente lento da recuperação neste país não pode ser explicado apenas pela falta de sorte — tanto mais que outros países, não extremamente mais felizes,

têm sido capazes do uma ação muito

mais rápida. Não se pode negar que há certa indolência nos movimentos bri

fenômeno

temporário de exaustão: muitos milhões de indivíduos se aeham oin condições

cm si mesma — que removeu a cenou

ra. As recompensas do èxi^o não ape

o mesmo fenômeno era igualmente vi

nas SC retraíram, como foram envene

sível quando a desculpa da exaustão

nadas, desde que a própria vitória co

não existia.

mercia! SC converteu, aos olhos de lar

Má pro\'àvclmentc agora

maior estabilidade, c as causas disso

merecem algum exume. A vara c a cenoura

O burro hiimano exige uma cenoura à frente, ou uma \ara atrás para se pôr em movimento. É comum dizer (|uc a mais importante das duas — o "incen tivo" — constitui a . atual pa]a\'ra de ordem.

Tôdas as classes da comunida

de alegam que apenas se receberem um

pouco mais na via do incentivo (a ex-

pensas do resto da coletividade) pode rão responder com um acrésciuio de ati\idade. De.sde os mineiros aos promo tores de companhia, o argumento bá sico é o mesmo. E não haja dúvidas

de que, dentio de certo.s limites, está certo: uma cenoura maior fará.que o

se observa em outras partes. O inde-

burro ande um pouco mais depressa.

dimento à ação que levou os anos de

guerra a um intervalo de frustração, as

ra como a vara, dc forma que hoje pouca coisa resta de uma c outra. Foi a paixão pela igualdade — excelente

de saúde e de o.spírito melhores qne

tânicos, públicos e privados, o que não

finível, mas inegável e secreto impe

sadas, tem sido eliminar tanto a cenou

em qualquer outra época. A'ém disso,

mentos, quando as mais das vezes não

passam de escravos das circunstâncias.

C5

gos círculos da sociedade, em positiva clcsgraça. Existe uma conspiração do

Tralíalho. do Capital e do Estado, em

penhados em negar à empresa as suas \antagens. O Estado r.s destroi sob a forma dc altos tributos. Todo ô pro

gresso econômico é, por definição, re presentado pelas reservas do trabalho.

Contudo, a atitude dos sindicatos ope- , nirios, vitoriosamente mantida, tem si do tal que apenas permite essas econo mias sob a condição de realmente nao

economizarem traballio. ^ A atitude do capital organizado não é em nada me lhor. O renhido movimento das asso

ciações comerciais tem tido grande êxi to na elaboração dc um código dc boa ética industrial, que coloca sob a qua lificação de "concorrência destruidora â

qualquer tentativa de se reduzirem os "

Mas será talvez mais realístico (embo ra isso tenha um traço do cinismo bru

custos e preços pela intensificação da

tal tão cncontradiço cm nossos dias)

liabilidade e da iniciativa. O industrial

certeza de que a corrida esteja sendo

causas ocultas do "Muito Pouco e Mui

ganha por esta ultima tendência. Mui tas das indicações \'isíveis do momen

afirmar-se que a vara se rc\este de

que descubra a maneira de baratear os bons produtos (o que aliás é o que

to Tarde" — estas teias de aranha fo

maior eficiência do que a cenoura. Pode

llie cabe fazer na terra) se vê privado

to são mesmo de que está sendo per

ram, ao que parece, apenas tempora

ser verdade que a razão dc o povo não

riamente varridas em 1940. A comu

trabalhar mais enèrgicamente está em

dida. Seria errôneo colocar-se tôda a

nidade britânica é sadia nos, seus mem-v

que adquire muito pouca coisa com os

gas dc qualquer recompensa social. Ao

bros 6 no seu fôlego, possui uma imen

seus salários.

invés de uma cenoura êle obtém uma

responsabilidade de tal malògrô nos ombros do govêmo de Sua Majestade. Um gabinete conservador seria mais rápido na revogação dos controles res

tritivos e menos disposto às soluções doutrinárias. Mas êle não teria, certa mente, gozado do grau realmente no

tável de paz industriai, que é um dos aspectos encorajadores da átualidade.•

Trata-se, de qualquer maneira, de um dos traços da vaidade humana, obser

vável nos políticos, pretender-se que ês-

Mas amda é mais certo

pelo Estado de tôda a sua recompensa

pecuniária e privado pelos seus cole

sa acumulação de critério subconscien

que êle não trabalha por temer que a

framboesa.

te, raramente pratica um erro muito

saca desapareça da tena e por consti

estúpido, a prudência constitui o seu caracterí.stÍGO, mas ela se move muito

tuir a Côrte de Falências uma área de

No campo dos salários O eme talvez não se saiba bem é riuo o mesmo processo tem sido ap.icado igualmente aos que vivem dc sa-

lentamente. Isto é certo não apenas

primida. Contudo, não c preciso, pa

âuanto aos negócios públicos. Por to-

ra tais fins, argumentar com as respecti vas influências da cenoura e da vara:

o o país, a história dos tempos pre

Basta admitir-se que, se uma econo

sentes tem sido a mesma: não há des

mia progressiva e ativa podo ser encon

contentamento ativo, mas também não

trada nas fragilidades da natureza hu

há ardor ou entusiasmo por coisa algu ma, a não ser os vários meios de gozar

mana, ambas são necessárias.

Mas todo o impulso da sociedade britânica, durante as duas gerações pas

hírios.'Simultàneamente a um nivela

mento por baixo das rendas verificou-se

lun nivelamento., por alto dos salários. Diárias e "semanas garantidas" decidi- * damente substituiram o pagamento por

tarefas, com a intenção deliberada dç -


Dicesto EcoNÓAnco

as férias.

Seria ousado tlc.scrcver este

estado de coisas como um

CiNOURK ifngátiCTfrr^i-rif-rri^f^v '.SâA^ Como podem ser restaurados os incen tes são Oa dominadores dos aconteci 'm~\jrf.

tivos ao esfôrço e à iniciativa sem o

abandono da tendência à igualdade econômica? Como podem concüiar-se com o princípio da assistência social as

penali^des oriundas do malôgro e da preguiça? Como podem a cenoura e a j combinarem com uma vida

^raddvel para o burro? Embora não

dxscuta as diversas soluções que se re comendam para o problema, o presen te artigo^ formula a respeito algumas observações interessantes, baseadas na

vida contemporânea da Inglaterra.

JÁ se tornou evidente que a política econômica e social na Inglaterra, nes tes anos de transição, está sendo uma comda entre a impaciência natural de um povo cansado e o progresso da recuperação material. Não se pode ter

O govêmo não tem sido feliz, parti cularmente em matéria de abastecimen to, mas nenhum outro partido teria fei to melhor.

Esta observação, contudo, não esgo ta o assunto. O progresso dolorosa mente lento da recuperação neste país não pode ser explicado apenas pela falta de sorte — tanto mais que outros países, não extremamente mais felizes,

têm sido capazes do uma ação muito

mais rápida. Não se pode negar que há certa indolência nos movimentos bri

fenômeno

temporário de exaustão: muitos milhões de indivíduos se aeham oin condições

cm si mesma — que removeu a cenou

ra. As recompensas do èxi^o não ape

o mesmo fenômeno era igualmente vi

nas SC retraíram, como foram envene

sível quando a desculpa da exaustão

nadas, desde que a própria vitória co

não existia.

mercia! SC converteu, aos olhos de lar

Má pro\'àvclmentc agora

maior estabilidade, c as causas disso

merecem algum exume. A vara c a cenoura

O burro hiimano exige uma cenoura à frente, ou uma \ara atrás para se pôr em movimento. É comum dizer (|uc a mais importante das duas — o "incen tivo" — constitui a . atual pa]a\'ra de ordem.

Tôdas as classes da comunida

de alegam que apenas se receberem um

pouco mais na via do incentivo (a ex-

pensas do resto da coletividade) pode rão responder com um acrésciuio de ati\idade. De.sde os mineiros aos promo tores de companhia, o argumento bá sico é o mesmo. E não haja dúvidas

de que, dentio de certo.s limites, está certo: uma cenoura maior fará.que o

se observa em outras partes. O inde-

burro ande um pouco mais depressa.

dimento à ação que levou os anos de

guerra a um intervalo de frustração, as

ra como a vara, dc forma que hoje pouca coisa resta de uma c outra. Foi a paixão pela igualdade — excelente

de saúde e de o.spírito melhores qne

tânicos, públicos e privados, o que não

finível, mas inegável e secreto impe

sadas, tem sido eliminar tanto a cenou

em qualquer outra época. A'ém disso,

mentos, quando as mais das vezes não

passam de escravos das circunstâncias.

C5

gos círculos da sociedade, em positiva clcsgraça. Existe uma conspiração do

Tralíalho. do Capital e do Estado, em

penhados em negar à empresa as suas \antagens. O Estado r.s destroi sob a forma dc altos tributos. Todo ô pro

gresso econômico é, por definição, re presentado pelas reservas do trabalho.

Contudo, a atitude dos sindicatos ope- , nirios, vitoriosamente mantida, tem si do tal que apenas permite essas econo mias sob a condição de realmente nao

economizarem traballio. ^ A atitude do capital organizado não é em nada me lhor. O renhido movimento das asso

ciações comerciais tem tido grande êxi to na elaboração dc um código dc boa ética industrial, que coloca sob a qua lificação de "concorrência destruidora â

qualquer tentativa de se reduzirem os "

Mas será talvez mais realístico (embo ra isso tenha um traço do cinismo bru

custos e preços pela intensificação da

tal tão cncontradiço cm nossos dias)

liabilidade e da iniciativa. O industrial

certeza de que a corrida esteja sendo

causas ocultas do "Muito Pouco e Mui

ganha por esta ultima tendência. Mui tas das indicações \'isíveis do momen

afirmar-se que a vara se rc\este de

que descubra a maneira de baratear os bons produtos (o que aliás é o que

to Tarde" — estas teias de aranha fo

maior eficiência do que a cenoura. Pode

llie cabe fazer na terra) se vê privado

to são mesmo de que está sendo per

ram, ao que parece, apenas tempora

ser verdade que a razão dc o povo não

riamente varridas em 1940. A comu

trabalhar mais enèrgicamente está em

dida. Seria errôneo colocar-se tôda a

nidade britânica é sadia nos, seus mem-v

que adquire muito pouca coisa com os

gas dc qualquer recompensa social. Ao

bros 6 no seu fôlego, possui uma imen

seus salários.

invés de uma cenoura êle obtém uma

responsabilidade de tal malògrô nos ombros do govêmo de Sua Majestade. Um gabinete conservador seria mais rápido na revogação dos controles res

tritivos e menos disposto às soluções doutrinárias. Mas êle não teria, certa mente, gozado do grau realmente no

tável de paz industriai, que é um dos aspectos encorajadores da átualidade.•

Trata-se, de qualquer maneira, de um dos traços da vaidade humana, obser

vável nos políticos, pretender-se que ês-

Mas amda é mais certo

pelo Estado de tôda a sua recompensa

pecuniária e privado pelos seus cole

sa acumulação de critério subconscien

que êle não trabalha por temer que a

framboesa.

te, raramente pratica um erro muito

saca desapareça da tena e por consti

estúpido, a prudência constitui o seu caracterí.stÍGO, mas ela se move muito

tuir a Côrte de Falências uma área de

No campo dos salários O eme talvez não se saiba bem é riuo o mesmo processo tem sido ap.icado igualmente aos que vivem dc sa-

lentamente. Isto é certo não apenas

primida. Contudo, não c preciso, pa

âuanto aos negócios públicos. Por to-

ra tais fins, argumentar com as respecti vas influências da cenoura e da vara:

o o país, a história dos tempos pre

Basta admitir-se que, se uma econo

sentes tem sido a mesma: não há des

mia progressiva e ativa podo ser encon

contentamento ativo, mas também não

trada nas fragilidades da natureza hu

há ardor ou entusiasmo por coisa algu ma, a não ser os vários meios de gozar

mana, ambas são necessárias.

Mas todo o impulso da sociedade britânica, durante as duas gerações pas

hírios.'Simultàneamente a um nivela

mento por baixo das rendas verificou-se

lun nivelamento., por alto dos salários. Diárias e "semanas garantidas" decidi- * damente substituiram o pagamento por

tarefas, com a intenção deliberada dç -


66

j° ^P^rário moroso o mes-

eem f?p aualifíra 7

operário ativo. A marartesão quasobre um trabalhador dcs-

fificado

?idem^

toma em con-

constitui .VenM "um" ° /Irt 'iponas uma pequena

ra Mnf ^ f

fraçuo

antes da primeira guerAlemanha. E assim como

grêmio, o operário cjue

advertido"pelo "3!""''?":™'? P°<'<= e«:t4 rn.ik j sindicato de que toco Ffe F

O

SecLenin" .° "«'^■■"icnto e do for-

podemos dizer" d^foT"'" ""-"r'

vIrSretr pelo mpnnc 1° nheiro) d

Dicesto Ecoxómico

Dicesto Ecünó>uco

i

^'inho do operário (ou

rendimento em di-

c modo.s dc rcnio\-cr a suas co.stas. O crescimento

orientação podem ser \islos iiiiin bre ve lance dc ollios ao estado técnico da

indústria britânica.

O inglês tí]>ico não

operário sabe que é imprová\'el perder o seu pôsto e que os seus sofrimentos serão limitados se is so acontecer. De resto, iá há indicios de que o admirável prin-i cipio do emprego pleno talveii

seja transportado para a prática do emprego fixo, a doutrina se- i

gundo a qual ninguém poderá

ser expelido de seu trabalho.

Estado técnico das indústrias ' • britânicas

O homem de negócios indês

9

em também, neste último quVrí .

to de século, encontrado meioí

Çiíc jazer?

inali\ idade. Mal sc jicrcchem um cheiro "de cenoura c uma sombra de \ara.

E

ainda nos admiramos dc cjiic o burro não romjia no sen trote.

É mais difícil rciluzir o argumento a têniios concretos do (jiu' di.scnti-Ios em termo.s gerais c ali.stratos. Mas isto

é básico.

As causas (luo conduzem a

Antes de a\ançarmos muito, até o

Estado planificado, algumas considera ções devem ser dedicadas a esse pro blema fundamental. Como podem ser restaurados os incentivos ao esforço n à iniciativa sem o abandono da tendên

cia à igualdade econômica? Como po

dem cx)nciliar-se com o princípio da assistência social as penalidades oriun

nações são ohscmas c muitas \êzcs in

das do malogro e da preguiça? Como

fará possíveis não ajionas o pagamento do seu jMÓprio custo de capital, mas

de vezes no j^assado.

ciada do custo original da má(|iii;ia an

concorrentes, c uinlios. cada (jual a seu modo, coiuicrsam mobilizados os moti

de fato seria presunção admitir-se que

vos que os levam à ação.

ficientemente claras.

também a substituição da parle depre

que a^UníI^^ foi nienos eliminada do

S"cf'a^^perfa^rP^^?"' » s3!®rs ^'•^■■-«^'rssistlncia se inteirameSr dL^ií^arecím^^T

Ninguém ganha coisa alguma com a ati\idadc ou sofre coisa alguma com a

decadência do c-sj^irito dc iniciativa nas

dc negócios rarunientc modernizam o

compreensível 1 nrnf ^ benefício-! fc ^ P^^oteçao e maiores o.s' te a nppoJ^'i 1 "^®oor, inevitàvelmenemorêpo ^'d^de da permanência no

ràpidamcnte se convertendo numa eco nomia de açúcar càndi.

comjjra uma no\a peça dc ma(|uiiúsmo até que seja convencido jielos seus contabilistas de que a redução nos custos

tiga.

poderia neg^r^o ^'-'"Syóni, atualmente,

sanções, mas agora, nos tempos pre-sentes, dc.s\ancccr.ini-sc inteiramente.

a bancarrota dos ineficieiilcs — mesmo

que o progres.so dos eficientes seja im pedido. Os rosuUados cfcli\os desta

fôrço que Sl.Tolrá'^"''""''™"'' "" da assistênfa sodar^^S'?

teriorc.s à guerra, os inccnti\üs e as

\ara de das asso

ciações comerciais, o aparecimento dos plano.s • do fixação dc prcço.s e par tilha dc mercados, lodo o ajxirelho do proteção, dc fato, é inspirado, em síntese, no desejo dc pre\-enir

67

E como este ínvcjá\el estado de

coi.sas raramente é obtido, os homens

tangíveis, mas mesmo assim são dcci-

jíodem a cenoura e a vara se combina

siva.s,

A Inglaterra .se

rem com uma vida agradável para o burro? Não é este o lugar próprio para

encontra atualmente entre dois grandes

uma discussão dos diversos remédios, e

cíimo

foi

c\'idi'nciado

centenas

Nos Esta

dos Unidos, prêmios tcnludores sempre

seu equipamento, achando mais fácil procurar a sua associação dc classe a

foram oferecidos aos ambiciosos, c ain

para a cobertura de seus custos nada

duraram muito.

fim de que lhe garanta uma boa parti lha do mercado, a proço.s suficientes racionais.

Mas mima economia de con

corrência, como a americana, cjuando uma firma adquire uma mácjuina niai.s eficiente e reduz (is jireços, tiklas as demais .sao obrigadas a aconipaniiá-la, ^ quer queiram, quer não.

Isto fi-

I nancciramento pode ser errôneo,

ma.s c tècnicamento progre.ssnvo.

Não constiliíí certamente uma coincidência o fato de os anos em que a indústria britânica de

caiu nos seus métodos técnicos

terem sido os anos cm que cia e o Estado cüiisjDiraram no sen tido da sujircssão da concorrência. Silnação presente

Todo o proccs.so de elimina ção da cenoura e da vara culmi nou nas circunstâncias c.xlraordi-

t , nárias dc boje cm dia. Reduzi dos já eram, nos anos an-

da o são hoje cm dia. Vcrificaram-sc algumas tentativas, na América, dc en

volver a vara cm \'c!ud(í, mas não per As diferenças no bem

estar entre o emprego c o descmprêgo, entre o êxito c o malogro, ainda são ali indiscuti\'clmcntc agudas, c o ofe

recimento aos incompetentes da prote ção das jiráticas restritivas (com a ex ceção consagrada das tarifas) contrária igualmente a lei da terra e a moral co mum.

A

economia

.soviética

fez

uma

as respostas a tais perguntas sejam su

Mas algumas ob-

scr\ açõ^s preliminares não estarão aqui fora de tempo e lugar. Sugerem-se muitas maneiras para a restauração da cenoura. Algumas for

mas de pagamento por tarefas infletem na direção justa.

O mesmo acontece

com as tentativas de se preservarem

as margens de ganho reservadas para a maior perícia ou maior experiência — e 6 a margem real, segundo a tributa ção, o que importa.

Quanto mais as

oportunidades educacionais se nivelam, tanto mais segura se torna a concessão

de um bom prêmio à habilidade ou à

tentativa original jiara agir sem incen tivos ou sanções, mas há muito tempo os rcadotou. Atualmente, em (jualquer

inteligência.

jiarto do mundo, obscrva-sc a conces

llulvel — um limite que é sobremaneira

são do maior prêmio à habilidade, à inteligência, ao esforço ou (dentro dos limites de uma economia planificada) à iniciativa. E em toda parte, certamen te, são as mais

duras

as eominaçõos

Seria preciso reconhecer

que há um limite além do qual a tri butação do ganho pareceria desaconseultrapassado no momento.

E mesmo

que as incidências sejam mantidas para as largas acumula^es da prosperidade individual, não seria prudente nesta si

tuação colocar tautos obstáculos no ca

impostas à incomjictência ou à indo-"

minho do desenvolvimento das empre

lêncía.

sas.

a

Tanto a economia russa quanto

economia

americana

são,

confessada

Propriedades ou rendas coletivas

precisam ser distinguidas da proprieda

e dcliberadamenle, economias de vara

de ou renda indixnduais, e muito mais

ò cenoura.

sua\'emente tratadas.

Quanto á britânica, está


66

j° ^P^rário moroso o mes-

eem f?p aualifíra 7

operário ativo. A marartesão quasobre um trabalhador dcs-

fificado

?idem^

toma em con-

constitui .VenM "um" ° /Irt 'iponas uma pequena

ra Mnf ^ f

fraçuo

antes da primeira guerAlemanha. E assim como

grêmio, o operário cjue

advertido"pelo "3!""''?":™'? P°<'<= e«:t4 rn.ik j sindicato de que toco Ffe F

O

SecLenin" .° "«'^■■"icnto e do for-

podemos dizer" d^foT"'" ""-"r'

vIrSretr pelo mpnnc 1° nheiro) d

Dicesto Ecoxómico

Dicesto Ecünó>uco

i

^'inho do operário (ou

rendimento em di-

c modo.s dc rcnio\-cr a suas co.stas. O crescimento

orientação podem ser \islos iiiiin bre ve lance dc ollios ao estado técnico da

indústria britânica.

O inglês tí]>ico não

operário sabe que é imprová\'el perder o seu pôsto e que os seus sofrimentos serão limitados se is so acontecer. De resto, iá há indicios de que o admirável prin-i cipio do emprego pleno talveii

seja transportado para a prática do emprego fixo, a doutrina se- i

gundo a qual ninguém poderá

ser expelido de seu trabalho.

Estado técnico das indústrias ' • britânicas

O homem de negócios indês

9

em também, neste último quVrí .

to de século, encontrado meioí

Çiíc jazer?

inali\ idade. Mal sc jicrcchem um cheiro "de cenoura c uma sombra de \ara.

E

ainda nos admiramos dc cjiic o burro não romjia no sen trote.

É mais difícil rciluzir o argumento a têniios concretos do (jiu' di.scnti-Ios em termo.s gerais c ali.stratos. Mas isto

é básico.

As causas (luo conduzem a

Antes de a\ançarmos muito, até o

Estado planificado, algumas considera ções devem ser dedicadas a esse pro blema fundamental. Como podem ser restaurados os incentivos ao esforço n à iniciativa sem o abandono da tendên

cia à igualdade econômica? Como po

dem cx)nciliar-se com o princípio da assistência social as penalidades oriun

nações são ohscmas c muitas \êzcs in

das do malogro e da preguiça? Como

fará possíveis não ajionas o pagamento do seu jMÓprio custo de capital, mas

de vezes no j^assado.

ciada do custo original da má(|iii;ia an

concorrentes, c uinlios. cada (jual a seu modo, coiuicrsam mobilizados os moti

de fato seria presunção admitir-se que

vos que os levam à ação.

ficientemente claras.

também a substituição da parle depre

que a^UníI^^ foi nienos eliminada do

S"cf'a^^perfa^rP^^?"' » s3!®rs ^'•^■■-«^'rssistlncia se inteirameSr dL^ií^arecím^^T

Ninguém ganha coisa alguma com a ati\idadc ou sofre coisa alguma com a

decadência do c-sj^irito dc iniciativa nas

dc negócios rarunientc modernizam o

compreensível 1 nrnf ^ benefício-! fc ^ P^^oteçao e maiores o.s' te a nppoJ^'i 1 "^®oor, inevitàvelmenemorêpo ^'d^de da permanência no

ràpidamcnte se convertendo numa eco nomia de açúcar càndi.

comjjra uma no\a peça dc ma(|uiiúsmo até que seja convencido jielos seus contabilistas de que a redução nos custos

tiga.

poderia neg^r^o ^'-'"Syóni, atualmente,

sanções, mas agora, nos tempos pre-sentes, dc.s\ancccr.ini-sc inteiramente.

a bancarrota dos ineficieiilcs — mesmo

que o progres.so dos eficientes seja im pedido. Os rosuUados cfcli\os desta

fôrço que Sl.Tolrá'^"''""''™"'' "" da assistênfa sodar^^S'?

teriorc.s à guerra, os inccnti\üs e as

\ara de das asso

ciações comerciais, o aparecimento dos plano.s • do fixação dc prcço.s e par tilha dc mercados, lodo o ajxirelho do proteção, dc fato, é inspirado, em síntese, no desejo dc pre\-enir

67

E como este ínvcjá\el estado de

coi.sas raramente é obtido, os homens

tangíveis, mas mesmo assim são dcci-

jíodem a cenoura e a vara se combina

siva.s,

A Inglaterra .se

rem com uma vida agradável para o burro? Não é este o lugar próprio para

encontra atualmente entre dois grandes

uma discussão dos diversos remédios, e

cíimo

foi

c\'idi'nciado

centenas

Nos Esta

dos Unidos, prêmios tcnludores sempre

seu equipamento, achando mais fácil procurar a sua associação dc classe a

foram oferecidos aos ambiciosos, c ain

para a cobertura de seus custos nada

duraram muito.

fim de que lhe garanta uma boa parti lha do mercado, a proço.s suficientes racionais.

Mas mima economia de con

corrência, como a americana, cjuando uma firma adquire uma mácjuina niai.s eficiente e reduz (is jireços, tiklas as demais .sao obrigadas a aconipaniiá-la, ^ quer queiram, quer não.

Isto fi-

I nancciramento pode ser errôneo,

ma.s c tècnicamento progre.ssnvo.

Não constiliíí certamente uma coincidência o fato de os anos em que a indústria britânica de

caiu nos seus métodos técnicos

terem sido os anos cm que cia e o Estado cüiisjDiraram no sen tido da sujircssão da concorrência. Silnação presente

Todo o proccs.so de elimina ção da cenoura e da vara culmi nou nas circunstâncias c.xlraordi-

t , nárias dc boje cm dia. Reduzi dos já eram, nos anos an-

da o são hoje cm dia. Vcrificaram-sc algumas tentativas, na América, dc en

volver a vara cm \'c!ud(í, mas não per As diferenças no bem

estar entre o emprego c o descmprêgo, entre o êxito c o malogro, ainda são ali indiscuti\'clmcntc agudas, c o ofe

recimento aos incompetentes da prote ção das jiráticas restritivas (com a ex ceção consagrada das tarifas) contrária igualmente a lei da terra e a moral co mum.

A

economia

.soviética

fez

uma

as respostas a tais perguntas sejam su

Mas algumas ob-

scr\ açõ^s preliminares não estarão aqui fora de tempo e lugar. Sugerem-se muitas maneiras para a restauração da cenoura. Algumas for

mas de pagamento por tarefas infletem na direção justa.

O mesmo acontece

com as tentativas de se preservarem

as margens de ganho reservadas para a maior perícia ou maior experiência — e 6 a margem real, segundo a tributa ção, o que importa.

Quanto mais as

oportunidades educacionais se nivelam, tanto mais segura se torna a concessão

de um bom prêmio à habilidade ou à

tentativa original jiara agir sem incen tivos ou sanções, mas há muito tempo os rcadotou. Atualmente, em (jualquer

inteligência.

jiarto do mundo, obscrva-sc a conces

llulvel — um limite que é sobremaneira

são do maior prêmio à habilidade, à inteligência, ao esforço ou (dentro dos limites de uma economia planificada) à iniciativa. E em toda parte, certamen te, são as mais

duras

as eominaçõos

Seria preciso reconhecer

que há um limite além do qual a tri butação do ganho pareceria desaconseultrapassado no momento.

E mesmo

que as incidências sejam mantidas para as largas acumula^es da prosperidade individual, não seria prudente nesta si

tuação colocar tautos obstáculos no ca

impostas à incomjictência ou à indo-"

minho do desenvolvimento das empre

lêncía.

sas.

a

Tanto a economia russa quanto

economia

americana

são,

confessada

Propriedades ou rendas coletivas

precisam ser distinguidas da proprieda

e dcliberadamenle, economias de vara

de ou renda indixnduais, e muito mais

ò cenoura.

sua\'emente tratadas.

Quanto á britânica, está


Ô8

Dicesto Econômico

Para a restauração da vara, a pres Çí^o do ppírito de concorrência — o

crição principal deverá ser a ressurrei-

qual poderá certamente (embora tal vez com alguma dificuldade) combia propriedade pública. Nos ummos Ninte anos, a Inglaterra prati cou um êrro em que os americanos ja mais incidiram, ao conciliar a proteção contra o estrangeiro com a proteção restntiva interna. A legislação antitrust e anti-restritiva se acha cm grande atraso neste país, e quando vier poderá

^^1 tanto contra contra os os particulares. monopólios públicos como Urgem também uma perspectiva clara e providências contra alguns dos perigos inerentes ao pleno emprego. As condições presentes são bastantes para mostrar os horrores de um super-plenocmprègo. Trata-se de um ideal ina

tingível o trabaUio para todo homem, em todo dia. MedlcTas para evifar que

qiuxjquer indivíduo fique sem serviço

senão por curto espaço de tempo, uma taxa de desemprego de 5 por cento, sao não apenas suportáveis, mas abso

nomiu. O pleno emprego, de fato, não poderá \'eriricar-sc sem um milhão de pessoas sem trabalho. Talvez mais urgente do que tudo

seja uma forte dose de realismo na for mulação dos problemas humanos da in-. dústria.

Prelender-sc que seres huma

nos comuns sejam anjos ou filósofos (como o reivinclicam as doutrinas mar

xista e spenccriana) ou que, em con-

juinto, respondam satisfatoriamente às exigências do idealismo moral — quan do, de fato, mesmo no século XX, mui

tos dê'lcs são mais parecidos com os

Progressos do Brasil IX — Educação

por Séaward HcMnmv (Econoniisto inglês)

o povo precisa de unui instrução inais de acôrdo com a vida inoderua.

um comportamento que só poderá le var ao desastre. Pode ser verdade que a humanidade tenha a oportunidade, dentro de uma ou duas gerações, de remover ao menos a parte material da

maldição lançada sôbre ela ao tempo da Queda. Alas, expulsa por excesso de iniciativa, a humanidade não pode falhar no seu retorno ao Paraíso, jus

tamente quando avista os seus portões, por falta dessa mesma iniciativa. (De

"The Economist", edição de 29 de ju

nar mobilidade e elasticidade em eco-

nho 3e 1946).

Agcba, pretendo acentuar o valor da educação — o quarto fator essencial

no progresso econômico, social e polí tico do Brasil. Lembremo-nos de que os três pontos anteriormente discutidos foram: o povo, os seus recursos e o

clima em que trabalha.

Em artigo anterior (1), abordando o

assunto, quando pela primeira vez enun

ciei o que entendo por quatro fatores essenciais no desenvolvimento do país, mencionei uma justa observação do fa moso escritor H. G. Wells, agora, infe lizmente, para sempre silencioso. Os meus leitores devem recordar-se de que

êle escreveu, num penetrante livro a AUTOMÓVEIS EM CIRCULAÇÃO NA ARGENTINA \Gasolina consumida

Caminhões e ônibus ]

milhões de litros

1930

1932 1935 1938 1940

67.623

940 19.220

344.169 286.710

91.653 85.167

270.296

84.325 100.787 116.452

304.956 315.654

.

1942

125.000

325.000

Fonte: "Temas Econômicos" — Buenos Aires. . -f

, J. ,

.

173 380 903 824 899 1.145

1.125 1.282

mais claramente definidos num país

jovem como o Brasil — e são: 1) — o econômico; 2) o social e político.

No

primeiro, a nação, como um todo, tem,

a meu juízo, um papel secundário; no último, a sua influência pode ser pro- : funda, e o caráter e intensidade do il

progresso dependerão, indubitàvelmente, do -grau de iríltruçâo que as massas, em seu conjunto, hajam atingido. Do pon to de vista do progresso econômico, por tanto, eu atribuo muito pouca impor

tância ao padrão da educação do povo

em geral; do ponto de vista social e

Um estado moder

no de nada yale para os ile- . \\ Irados. Êstes constituem apenas um passo no sentido do

político, ela é evidentemente

capital para o bem est^ e o desenvolvimento do país. Pretendo ser o mais claro

tado".

possível, pois considero êste ponto um dos mais decisivos para os interêsses nacionais.

Mas eu não posso concor- \\ dar inteiramente com a opi

No êanipo econômico, como na esfera política, o grau e o

verdadeira carga para o Es- \

160.632

to-a apenas com importantes discrimi nações e reservas. Há dois caminhos principais no progresso de um país —

cação é a função primacial num estado

aperfeiçoamento, e são uma 1922 1925

nião do meu distinto compatriota. Acei

respeito dos Estados Unidos: "A edu moderno.

-

Carros de passageiros

^

particularmente importante na presente conjuntura, pois êste passando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordeni está mudando. Uma imva forma de vida está em evolução. A educação dadaà geração presente e a ser dada a tôdas as crwnpas nos duas ou três décadas prpxtnuzs poderá decidir quanto à forma que a nova sociedade venha a tonuir.

burros, conduzidos pelo desejo do ga nho ou o medo dá fome — constitui

lutamente necessárias para proporcio

Anos

(especial para o "DIOEST® ECONÓMIC*")

1598^5555 ■■


Ô8

Dicesto Econômico

Para a restauração da vara, a pres Çí^o do ppírito de concorrência — o

crição principal deverá ser a ressurrei-

qual poderá certamente (embora tal vez com alguma dificuldade) combia propriedade pública. Nos ummos Ninte anos, a Inglaterra prati cou um êrro em que os americanos ja mais incidiram, ao conciliar a proteção contra o estrangeiro com a proteção restntiva interna. A legislação antitrust e anti-restritiva se acha cm grande atraso neste país, e quando vier poderá

^^1 tanto contra contra os os particulares. monopólios públicos como Urgem também uma perspectiva clara e providências contra alguns dos perigos inerentes ao pleno emprego. As condições presentes são bastantes para mostrar os horrores de um super-plenocmprègo. Trata-se de um ideal ina

tingível o trabaUio para todo homem, em todo dia. MedlcTas para evifar que

qiuxjquer indivíduo fique sem serviço

senão por curto espaço de tempo, uma taxa de desemprego de 5 por cento, sao não apenas suportáveis, mas abso

nomiu. O pleno emprego, de fato, não poderá \'eriricar-sc sem um milhão de pessoas sem trabalho. Talvez mais urgente do que tudo

seja uma forte dose de realismo na for mulação dos problemas humanos da in-. dústria.

Prelender-sc que seres huma

nos comuns sejam anjos ou filósofos (como o reivinclicam as doutrinas mar

xista e spenccriana) ou que, em con-

juinto, respondam satisfatoriamente às exigências do idealismo moral — quan do, de fato, mesmo no século XX, mui

tos dê'lcs são mais parecidos com os

Progressos do Brasil IX — Educação

por Séaward HcMnmv (Econoniisto inglês)

o povo precisa de unui instrução inais de acôrdo com a vida inoderua.

um comportamento que só poderá le var ao desastre. Pode ser verdade que a humanidade tenha a oportunidade, dentro de uma ou duas gerações, de remover ao menos a parte material da

maldição lançada sôbre ela ao tempo da Queda. Alas, expulsa por excesso de iniciativa, a humanidade não pode falhar no seu retorno ao Paraíso, jus

tamente quando avista os seus portões, por falta dessa mesma iniciativa. (De

"The Economist", edição de 29 de ju

nar mobilidade e elasticidade em eco-

nho 3e 1946).

Agcba, pretendo acentuar o valor da educação — o quarto fator essencial

no progresso econômico, social e polí tico do Brasil. Lembremo-nos de que os três pontos anteriormente discutidos foram: o povo, os seus recursos e o

clima em que trabalha.

Em artigo anterior (1), abordando o

assunto, quando pela primeira vez enun

ciei o que entendo por quatro fatores essenciais no desenvolvimento do país, mencionei uma justa observação do fa moso escritor H. G. Wells, agora, infe lizmente, para sempre silencioso. Os meus leitores devem recordar-se de que

êle escreveu, num penetrante livro a AUTOMÓVEIS EM CIRCULAÇÃO NA ARGENTINA \Gasolina consumida

Caminhões e ônibus ]

milhões de litros

1930

1932 1935 1938 1940

67.623

940 19.220

344.169 286.710

91.653 85.167

270.296

84.325 100.787 116.452

304.956 315.654

.

1942

125.000

325.000

Fonte: "Temas Econômicos" — Buenos Aires. . -f

, J. ,

.

173 380 903 824 899 1.145

1.125 1.282

mais claramente definidos num país

jovem como o Brasil — e são: 1) — o econômico; 2) o social e político.

No

primeiro, a nação, como um todo, tem,

a meu juízo, um papel secundário; no último, a sua influência pode ser pro- : funda, e o caráter e intensidade do il

progresso dependerão, indubitàvelmente, do -grau de iríltruçâo que as massas, em seu conjunto, hajam atingido. Do pon to de vista do progresso econômico, por tanto, eu atribuo muito pouca impor

tância ao padrão da educação do povo

em geral; do ponto de vista social e

Um estado moder

no de nada yale para os ile- . \\ Irados. Êstes constituem apenas um passo no sentido do

político, ela é evidentemente

capital para o bem est^ e o desenvolvimento do país. Pretendo ser o mais claro

tado".

possível, pois considero êste ponto um dos mais decisivos para os interêsses nacionais.

Mas eu não posso concor- \\ dar inteiramente com a opi

No êanipo econômico, como na esfera política, o grau e o

verdadeira carga para o Es- \

160.632

to-a apenas com importantes discrimi nações e reservas. Há dois caminhos principais no progresso de um país —

cação é a função primacial num estado

aperfeiçoamento, e são uma 1922 1925

nião do meu distinto compatriota. Acei

respeito dos Estados Unidos: "A edu moderno.

-

Carros de passageiros

^

particularmente importante na presente conjuntura, pois êste passando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordeni está mudando. Uma imva forma de vida está em evolução. A educação dadaà geração presente e a ser dada a tôdas as crwnpas nos duas ou três décadas prpxtnuzs poderá decidir quanto à forma que a nova sociedade venha a tonuir.

burros, conduzidos pelo desejo do ga nho ou o medo dá fome — constitui

lutamente necessárias para proporcio

Anos

(especial para o "DIOEST® ECONÓMIC*")

1598^5555 ■■


70

Dioesto EcoNÓ2i.nco

cí^áter do progresso dependem da cstat^a mental, da fibra moral, da ini ciativa e da energia de poucos. Conu o,^ ao passo que na primeira hipó tese esses poucos se escolhem a si mes-

ttios, no último êles são (pelo menos numa democracia) eleitos pela massa pral dos votos populares — diretamenc n^o caso do presidente, e indiretanien e no caso dos ministros nomeados pelo chefe do Estado. No terreno econômico

realizam so relaciona (como já acen

i meíto

desenvolvi-

a inteligência, os hábitos o a capaci dade da massa liumana quo forma a nação.

Num país como o Brasil, onde

o maior número dc trabalhadores se emprega em atividades rurais, esta úl

tima circunstância não cle\c ser subes

timada, visto'<{iie as pessoas analfabe tas nao sao necessariamente destituídas

dc inteligência ou força dc raciocínio. Dc fato, eu tenho \crificado, na mi-

nlui Qxpcriêncifi ijcssoal, nas viagens (Iiic tenho realizado através cie regiões mais ou menos nrimitivas, que os anal

menos naturais que os indivíduos ins

truídos, pertencentes à mesma catego

pelo ^scernimento em ge"S dí. ® do eleitorado niedido

ria .social. Vivendo prôxiino.s da natu reza, e'cs sao dotados do sexto senti

escnlhí> ^ discernimento que revele na

protetor natural, e assim se impõem pe

nado t

XZ d!

governantes será condicio-

finalidade e quali-

merí*nir. educação. Se as massas so poderá ^ ser retardado ignorância, até oqueprogres o es^^^g^ça nas

no poder

tin-igentcs progressistas

Assim, economicamente, o padrão

sSíndárl!, secundário. O O

que importa, ® relativamente o que é

do do instinto, o qual age como um

rante aqueles cujos antepassados, du rante gerações e gerações, viveram nas

comuniclades urbanas aN'unçadas, qua-' SC perdendo desta maneira aquela pre ciosa faculdade, principal legado dos po vos primitivos.

As afirmações acima poderão aparen temente reduzir o \alor da educação como força progressiva, mas acredito oue um pequeno estudo da história e

vital vem a ser a quaUdade eduLcio- da evolução corrente poderá justifi na dos chefes industriais e comerciais. cá-las. Os que imaginam que um país' Politicamente, a instrução é da máxi ma importância para todos, ,visto que nao apenas deve haver camadas esàarecidas para a escolha de dirigentes

71

tuei no primeiro artigo desta série) com

naS econômicadedas nacionais, o progresso umatividades país de- fabetos, como classe, usualmente apre de^da educação e sentam um agudo senso dos valores e bSirr Própria possuem maior conhecimento dos fenô

frentP d iniciativa, se colocam à fe. e com. • .^"^P^eendimentos industriais

D1CE.ST0 EcoNÓivnco

não SC desenvolverá enquanto os seus nacionais forem, em sua maioria, anal

fabetos, devem lembrar-se de que a grandeza da Inglaterra se estabeleceu

ta relativamente recente, mesmo na In' glatcrra. Eu bem me lembro de sua primeira introdução. A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer o cn.sino

compulsório, c isto sc verifica\ a por lei aparecida nos primeiros tempos do século XIX, depois da derrota germânica em

leiia, cm face do.s cxército.s de NapoIcão. Mas êssc ensino não era livre, c

assim oprimia o mais possível o pobre c(ue desrespeitava a lei. Uin estado de coisas semelhante x'erifieou-.sc na In

glaterra em 1876, quando o compurecimento à escola .so tornou

mente admitido, não sabe ler nem es crever.

Primeiro, a riqueza Contudo. — , nao SC imagine que sou

:'ontrário à alfabetiznção cias massas nas

melhores condições posshcis para de terminado país. Mas sei que uma edu

cação dc primeira ordem custa dinhei O custo desse benefí

cio na Inglaterra que con ta Cíom uma população mais ou menos igual ,à do

advento do ensino livre só

se deu em 1891, quando o

Brasil — equi\'ale a mais

parlamento britânico deci

dc cinco \'êzes o total da

diu pagar as despesas es colares. A educação Ii\ re,

renda federal deste pais.

Assim, enquanto a renda

organizada polo Estado em estabelecimentos públi cos,

nacional

não

crescer,

a

educação deverá esperar,

só se verificou com o Bal-

four Act, em 1902.

Todos os que estudaram / a histósia da Inglaterra sa- ^ Manchoster se

ção das quais, segundo o que é oficial

ro.

obrigatório por disposição do governo cie Disraoli. O

bem que

so, sem devotar maiores atenções à edu cação geral das massas, uma larga por

^

por lastiiná\'d que èsle fa to seja. Contudo não de\ e ser ignorado que foram os ricos feitos pelo traba

lho dos operários analfa betos quo proporcionaram

eonserteii no maior centro

têxtil cio mundo, Braclford,

os funaos usados pelo go

no principal ]irüclulor dc /

verno britânico durante as

tecidos de lã, Shcflield, no

últimas décadas do último século na construção de es

produtor dos aços mais fi nos, Nottingham, no pro

colas, na fonnação de pro

dutor das mais belas ren

fessores, na ,aquisição de

das feitas a máquina, e assim por dian

livros c material didático, dc^ maneira

te, clc'cadas antes dc a nação britânica,

a oferecer a toda criança inglesa o bo-

como um todo, tornar-se alfabetizada no sentido moderno do termo. A edu

neiício e a inestimável vantagem dc

como também candidatos esclarecidos para o exercício do poder, entre os

antes de a instrução tornar-se compul sória em qualquer parte; de que todo o progresso industrial dos Estados Uni

cação não fez a Inglatena. Ela foi o

nação deva demonstrar a sua

dos so verificou praticamente num pe ríodo em que o seu povo, em grandes fracções, ainda não recebera qualquer

sub-produto de uma Inglaterra próspe

resolviclo por êsse meio, pela industria

ra e vitoriosa. A mesma coisa pode ser dita da França, da Alemanha, dos

c com proveito.

Estados Unidos, da Itália e outros paí

nômico, u importância da alfabetização nas massas tem sido superestimada. Na

em

ambas as esferas, por verá que o progresso,

clenenfl"'^f analise, e especificamente, tif^« educação dos poucos inves-

'i S Contudo, é pre-ciso admitir-se que o que esses poicos

educação forma], tal como c presentemen te en ten d í da.

O sistema educacional moderno, obri

gatório e li\Te, constitui uma conquis-

ses enumerados entre as comunidades

mais altamente instruídas.

O Brasil,

portanto, pode incorporar os seus admi

uma sólida instrução elementar. O pro blema da educação no Brasil deve ser

Penso que do ponto de vista eco turalmente, sei que a instrução exerce

um grande papel no bom trabalho das

fábricas modernas. Operários aos quais

ráveis recursos e explorá-los, senão in teiramente, pe^lo menos numa extensão

falte uma educação científica elemen

cjuc lhe projJorcíonará notável progres-

tar jamais poderão apreender as leis fun-


70

Dioesto EcoNÓ2i.nco

cí^áter do progresso dependem da cstat^a mental, da fibra moral, da ini ciativa e da energia de poucos. Conu o,^ ao passo que na primeira hipó tese esses poucos se escolhem a si mes-

ttios, no último êles são (pelo menos numa democracia) eleitos pela massa pral dos votos populares — diretamenc n^o caso do presidente, e indiretanien e no caso dos ministros nomeados pelo chefe do Estado. No terreno econômico

realizam so relaciona (como já acen

i meíto

desenvolvi-

a inteligência, os hábitos o a capaci dade da massa liumana quo forma a nação.

Num país como o Brasil, onde

o maior número dc trabalhadores se emprega em atividades rurais, esta úl

tima circunstância não cle\c ser subes

timada, visto'<{iie as pessoas analfabe tas nao sao necessariamente destituídas

dc inteligência ou força dc raciocínio. Dc fato, eu tenho \crificado, na mi-

nlui Qxpcriêncifi ijcssoal, nas viagens (Iiic tenho realizado através cie regiões mais ou menos nrimitivas, que os anal

menos naturais que os indivíduos ins

truídos, pertencentes à mesma catego

pelo ^scernimento em ge"S dí. ® do eleitorado niedido

ria .social. Vivendo prôxiino.s da natu reza, e'cs sao dotados do sexto senti

escnlhí> ^ discernimento que revele na

protetor natural, e assim se impõem pe

nado t

XZ d!

governantes será condicio-

finalidade e quali-

merí*nir. educação. Se as massas so poderá ^ ser retardado ignorância, até oqueprogres o es^^^g^ça nas

no poder

tin-igentcs progressistas

Assim, economicamente, o padrão

sSíndárl!, secundário. O O

que importa, ® relativamente o que é

do do instinto, o qual age como um

rante aqueles cujos antepassados, du rante gerações e gerações, viveram nas

comuniclades urbanas aN'unçadas, qua-' SC perdendo desta maneira aquela pre ciosa faculdade, principal legado dos po vos primitivos.

As afirmações acima poderão aparen temente reduzir o \alor da educação como força progressiva, mas acredito oue um pequeno estudo da história e

vital vem a ser a quaUdade eduLcio- da evolução corrente poderá justifi na dos chefes industriais e comerciais. cá-las. Os que imaginam que um país' Politicamente, a instrução é da máxi ma importância para todos, ,visto que nao apenas deve haver camadas esàarecidas para a escolha de dirigentes

71

tuei no primeiro artigo desta série) com

naS econômicadedas nacionais, o progresso umatividades país de- fabetos, como classe, usualmente apre de^da educação e sentam um agudo senso dos valores e bSirr Própria possuem maior conhecimento dos fenô

frentP d iniciativa, se colocam à fe. e com. • .^"^P^eendimentos industriais

D1CE.ST0 EcoNÓivnco

não SC desenvolverá enquanto os seus nacionais forem, em sua maioria, anal

fabetos, devem lembrar-se de que a grandeza da Inglaterra se estabeleceu

ta relativamente recente, mesmo na In' glatcrra. Eu bem me lembro de sua primeira introdução. A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer o cn.sino

compulsório, c isto sc verifica\ a por lei aparecida nos primeiros tempos do século XIX, depois da derrota germânica em

leiia, cm face do.s cxército.s de NapoIcão. Mas êssc ensino não era livre, c

assim oprimia o mais possível o pobre c(ue desrespeitava a lei. Uin estado de coisas semelhante x'erifieou-.sc na In

glaterra em 1876, quando o compurecimento à escola .so tornou

mente admitido, não sabe ler nem es crever.

Primeiro, a riqueza Contudo. — , nao SC imagine que sou

:'ontrário à alfabetiznção cias massas nas

melhores condições posshcis para de terminado país. Mas sei que uma edu

cação dc primeira ordem custa dinhei O custo desse benefí

cio na Inglaterra que con ta Cíom uma população mais ou menos igual ,à do

advento do ensino livre só

se deu em 1891, quando o

Brasil — equi\'ale a mais

parlamento britânico deci

dc cinco \'êzes o total da

diu pagar as despesas es colares. A educação Ii\ re,

renda federal deste pais.

Assim, enquanto a renda

organizada polo Estado em estabelecimentos públi cos,

nacional

não

crescer,

a

educação deverá esperar,

só se verificou com o Bal-

four Act, em 1902.

Todos os que estudaram / a histósia da Inglaterra sa- ^ Manchoster se

ção das quais, segundo o que é oficial

ro.

obrigatório por disposição do governo cie Disraoli. O

bem que

so, sem devotar maiores atenções à edu cação geral das massas, uma larga por

^

por lastiiná\'d que èsle fa to seja. Contudo não de\ e ser ignorado que foram os ricos feitos pelo traba

lho dos operários analfa betos quo proporcionaram

eonserteii no maior centro

têxtil cio mundo, Braclford,

os funaos usados pelo go

no principal ]irüclulor dc /

verno britânico durante as

tecidos de lã, Shcflield, no

últimas décadas do último século na construção de es

produtor dos aços mais fi nos, Nottingham, no pro

colas, na fonnação de pro

dutor das mais belas ren

fessores, na ,aquisição de

das feitas a máquina, e assim por dian

livros c material didático, dc^ maneira

te, clc'cadas antes dc a nação britânica,

a oferecer a toda criança inglesa o bo-

como um todo, tornar-se alfabetizada no sentido moderno do termo. A edu

neiício e a inestimável vantagem dc

como também candidatos esclarecidos para o exercício do poder, entre os

antes de a instrução tornar-se compul sória em qualquer parte; de que todo o progresso industrial dos Estados Uni

cação não fez a Inglatena. Ela foi o

nação deva demonstrar a sua

dos so verificou praticamente num pe ríodo em que o seu povo, em grandes fracções, ainda não recebera qualquer

sub-produto de uma Inglaterra próspe

resolviclo por êsse meio, pela industria

ra e vitoriosa. A mesma coisa pode ser dita da França, da Alemanha, dos

c com proveito.

Estados Unidos, da Itália e outros paí

nômico, u importância da alfabetização nas massas tem sido superestimada. Na

em

ambas as esferas, por verá que o progresso,

clenenfl"'^f analise, e especificamente, tif^« educação dos poucos inves-

'i S Contudo, é pre-ciso admitir-se que o que esses poicos

educação forma], tal como c presentemen te en ten d í da.

O sistema educacional moderno, obri

gatório e li\Te, constitui uma conquis-

ses enumerados entre as comunidades

mais altamente instruídas.

O Brasil,

portanto, pode incorporar os seus admi

uma sólida instrução elementar. O pro blema da educação no Brasil deve ser

Penso que do ponto de vista eco turalmente, sei que a instrução exerce

um grande papel no bom trabalho das

fábricas modernas. Operários aos quais

ráveis recursos e explorá-los, senão in teiramente, pe^lo menos numa extensão

falte uma educação científica elemen

cjuc lhe projJorcíonará notável progres-

tar jamais poderão apreender as leis fun-


73

Dicesto Econômico Dioesto Econóngco

72

damentais da mecânica e da engenha ria. Mas ainda assim, como já afirmei

bem compreendido, como o reclama a

nestes artigos (2), o instinto hereditá

sua importância quanto ao futuro bem

rio participa, de modo mais considerá

estar do país.

vel do que a simples educação, na ha bilidade técnica. A perícia de um técni co altamente qualificado passa congênitamente de pai a filho na maioria dos casos. Eis porque muitas ocupações se

tradicionalizam nesta ou naquela famí lia. A habilidade dos dedos, a des treza com as ferramentas e a observa

ção aguda para revelação de faltas no serviço, vêm mais da hereditariedadc

do que da educação.

te o último — a importância da educação das massas não pode ser subestiimda. É vital que todos os eleitores De

fato, como poderão demonstrar interês-

se real pelo bem estar de sua pátria e

razer uma boa escolha entre os seus che-

I

les se não se inteiram do que ocorre pela leitoa, e apenas modelam os seus

pontos de vista e agem segundo as opi niões de outras pessoas — que podem estar certas ou não?

'

'

Isto, naturalmente, não quer dizer que todo o mundo deva ter uma edu cação ortodo.\a da variedade "clássica".

O povo precisa de uma instrução mais de acordo com a vida moderna.

necessária para o aproveitamento da maior parte das imensas oportunidades

potenciais do país? Refiro-me mais par ticularmente àquêle tipo de instrução

Isto

é particularmente importante na pre sente conjuntura, pois êste país está pas sando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordem está mudando. Uma nova forma de

estudantes, de forma qxie os intelectuais brasileiros, durante aquele prazo, pu dessem informar-se a respeito das tendênciais sociais, econômicas e políticas nos demais países. Isto não visaria a adoção de métodos estrangeiros, mas

apenas facultar ã nova geração um conjuiito diis melhores iaéias universais, com as quais formulariam os seus pró prios princípios e maneiras.

Esta última

precisará do mais fino que o esforço humano possa oferecer, porque sobre ela repousará o peso da direção, tanto do ponto de vista político como social e O sistema para as massas

procurado seja encontrado, não se des-

curando, contudo, a importante mas muito negligenciada arte dos estadistas. Os futuros ministros só poderão abor

os capazes de se ilustrarem com uma larga educação a tenham dentro de suas possibilidades, pois eles são os condu tores potenciais do pensamento nacio

nal, e qxiando chegarem i\ maturidade serão os responsáveis pelo progresso dos demais.

O tY//or das viagens

Contudo, exceção feita dos dirigentes Como um corolário destas bôlsas es

colares, creio que organizações da in dústria, do comércio, da agricultura e

potenciais e dos especialistas e técnicos altamente qualificaaos, qual poderá ser a educação adequada para o conjunto

da produção mineral poderiam, com pro veito para si mesmas o para o país, pal-

da nação? A criança média — ou, se

milJiar êste mesmo caminho internacio-.

da inteligência média, as quais, num

nal, enviando homens de idade madu

país que conta 40% de analfabetos, com preenderá a grande maioria — não pre

ra — digamos, entre 30 e 35 anos — numa viagem anual, de estudos pelo

posso dizer, tôdas as crianças abaixo

cisará conhecer grego e latim, nem mes

dar os imensos problemas com que se

mundo, com a incumbência de obser

mo as sutilezas da gramática de seu

defrontarão na hipótese de terem co nhecimentos especiais dc administração. Para um país pouco desenvolvido, como o Brasil, será tão urgente e vital a for

varem e anotarem as novidades refe

próprio idioma; não precisará ser ver

rentes à sua própria esfera de interes ses. As viagens alargam as vistas do

sada em matemáticas, álgebra, trígono-

mação de futuros dirigentes, para as tarefas que terão a enfrentar, quanto

que grande parte do gênio de grandes

a dos técnicos qualificados para as fá bricas vindouras. E talvez mesmo mais ainda.

E esta educação especializada para a minoria dc intelectuais deve ser pro porcionada para todo jovem de talento, onde quer que êle (e incluo também ela) possa nascei, e em qualquer esta ção da vida cm que siurja.

Deve ha

ver bolsas de estudo em abundância

para os realmente distintos, bolsas que os habilitem não apenas a se diploma

metría; não precisará aprender qual-

presidente Roosevelt deve ser atribuí

1 . quer das ciências - orgânica, innraâniinorgâni- ^ ca ou social. Naturalmente, se puder M acetas ~ adquirir e assimilar algumas das facetas de uma educação esmerada, tanto liror, mas o que ela deve conhecer, além

do ao fato de, quando meninos e mo ços, terem visitado muitos países, em

tares de aritmética, é como viver efeti

homem. Constituem educação no seu

melhor e mais prático sentido. Creio homens como Churchill e do falecido

da escrita, leitura, e problemas eleineii-

De quaquer mo

vamente nu esfera de vida em que o

do, sei que para mim foram de inesti

seu trabalho a coloca ou para onde a

diversos continentes.

máveis vantagens as viagens extensas

possa impelir a sua ambição. Com Isto,

que já tenho realizado.

tenho em vista não uma educação que

Naturalmente, nem tôdas as mais be

las oportunidades educacionais, mesmo facultadas largamente a qualquer pes soa, farão todos os indivíduos de uma

Milhares

a faça membro de algum pmtido po tico, mas uma educação que lhe propor cione uma aguda percepção e aprecia ção das mudanças momentosas que se estão verificando — mudanças que po

rem nas universidades brasileiras, mas

nação igualmente ilustrados.

lhes garantam viagens ao estrangeiro, a

de criaturas vêm ao mundo pouco do

dem fundamentaílmente alterar a es

tadas pela natureza. São mentalmente incapazes de dispensar qualquer interôsse aos grandes problemas sociais e

trutura da criàlização.,

vida está em evolução. A educação dada à geração presente e a ser dada

fim de estudarem as condições contem

a ^ tôdas as crianças nas duas ou três décadas próximas poderá decidir quan

to para o prestígio e o progresso deste

país o fato de o governo financiar, co

internacionais.

to à forma que a nova sociedade ve

mo prêmio, a permanência por um ano, em Oxford, Cambridge, Londres, Pa ris, Genebra, Nova Iorque e outros cen

bora felizes nos seus negócios — o que

nha a tomar. De qualquer maneira, ela será diferente: ou muito peor ou muito melhor. Não acho que êste as

de sua experiência pessoal de todo dia. Esta é uma razão a mais para que todos

Educação para as massas

destinado a milhões de pessoas, e não a uma minoria brilhante.

deve ser tal que qualquer especialista

Contudo, no que diz respeito ao progresso social e político — particularmen-

sejam, no mínimo, alfabetizados.

^

Qual é, pois, o caráter da educação

econômico.

No campo social e político

^ Hj^

pecto dos negócios nacionais tenha sido

porâneas.

Penso que concorreria mui

tros culturais, de um largo niunero de

Mesmo muitos homens

ricos não chegam a compreender — em

quer que seja além dos fatos tangíveis

A média nacional deve ser mstruida

para discernir e compreender, como cer to, que as rivalidades_ de classe consti

tuem uma influência perniciosa, uma

autêntica moléstia que correi o sistema

social. O futuro se prenuncia cheio de


73

Dicesto Econômico Dioesto Econóngco

72

damentais da mecânica e da engenha ria. Mas ainda assim, como já afirmei

bem compreendido, como o reclama a

nestes artigos (2), o instinto hereditá

sua importância quanto ao futuro bem

rio participa, de modo mais considerá

estar do país.

vel do que a simples educação, na ha bilidade técnica. A perícia de um técni co altamente qualificado passa congênitamente de pai a filho na maioria dos casos. Eis porque muitas ocupações se

tradicionalizam nesta ou naquela famí lia. A habilidade dos dedos, a des treza com as ferramentas e a observa

ção aguda para revelação de faltas no serviço, vêm mais da hereditariedadc

do que da educação.

te o último — a importância da educação das massas não pode ser subestiimda. É vital que todos os eleitores De

fato, como poderão demonstrar interês-

se real pelo bem estar de sua pátria e

razer uma boa escolha entre os seus che-

I

les se não se inteiram do que ocorre pela leitoa, e apenas modelam os seus

pontos de vista e agem segundo as opi niões de outras pessoas — que podem estar certas ou não?

'

'

Isto, naturalmente, não quer dizer que todo o mundo deva ter uma edu cação ortodo.\a da variedade "clássica".

O povo precisa de uma instrução mais de acordo com a vida moderna.

necessária para o aproveitamento da maior parte das imensas oportunidades

potenciais do país? Refiro-me mais par ticularmente àquêle tipo de instrução

Isto

é particularmente importante na pre sente conjuntura, pois êste país está pas sando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordem está mudando. Uma nova forma de

estudantes, de forma qxie os intelectuais brasileiros, durante aquele prazo, pu dessem informar-se a respeito das tendênciais sociais, econômicas e políticas nos demais países. Isto não visaria a adoção de métodos estrangeiros, mas

apenas facultar ã nova geração um conjuiito diis melhores iaéias universais, com as quais formulariam os seus pró prios princípios e maneiras.

Esta última

precisará do mais fino que o esforço humano possa oferecer, porque sobre ela repousará o peso da direção, tanto do ponto de vista político como social e O sistema para as massas

procurado seja encontrado, não se des-

curando, contudo, a importante mas muito negligenciada arte dos estadistas. Os futuros ministros só poderão abor

os capazes de se ilustrarem com uma larga educação a tenham dentro de suas possibilidades, pois eles são os condu tores potenciais do pensamento nacio

nal, e qxiando chegarem i\ maturidade serão os responsáveis pelo progresso dos demais.

O tY//or das viagens

Contudo, exceção feita dos dirigentes Como um corolário destas bôlsas es

colares, creio que organizações da in dústria, do comércio, da agricultura e

potenciais e dos especialistas e técnicos altamente qualificaaos, qual poderá ser a educação adequada para o conjunto

da produção mineral poderiam, com pro veito para si mesmas o para o país, pal-

da nação? A criança média — ou, se

milJiar êste mesmo caminho internacio-.

da inteligência média, as quais, num

nal, enviando homens de idade madu

país que conta 40% de analfabetos, com preenderá a grande maioria — não pre

ra — digamos, entre 30 e 35 anos — numa viagem anual, de estudos pelo

posso dizer, tôdas as crianças abaixo

cisará conhecer grego e latim, nem mes

dar os imensos problemas com que se

mundo, com a incumbência de obser

mo as sutilezas da gramática de seu

defrontarão na hipótese de terem co nhecimentos especiais dc administração. Para um país pouco desenvolvido, como o Brasil, será tão urgente e vital a for

varem e anotarem as novidades refe

próprio idioma; não precisará ser ver

rentes à sua própria esfera de interes ses. As viagens alargam as vistas do

sada em matemáticas, álgebra, trígono-

mação de futuros dirigentes, para as tarefas que terão a enfrentar, quanto

que grande parte do gênio de grandes

a dos técnicos qualificados para as fá bricas vindouras. E talvez mesmo mais ainda.

E esta educação especializada para a minoria dc intelectuais deve ser pro porcionada para todo jovem de talento, onde quer que êle (e incluo também ela) possa nascei, e em qualquer esta ção da vida cm que siurja.

Deve ha

ver bolsas de estudo em abundância

para os realmente distintos, bolsas que os habilitem não apenas a se diploma

metría; não precisará aprender qual-

presidente Roosevelt deve ser atribuí

1 . quer das ciências - orgânica, innraâniinorgâni- ^ ca ou social. Naturalmente, se puder M acetas ~ adquirir e assimilar algumas das facetas de uma educação esmerada, tanto liror, mas o que ela deve conhecer, além

do ao fato de, quando meninos e mo ços, terem visitado muitos países, em

tares de aritmética, é como viver efeti

homem. Constituem educação no seu

melhor e mais prático sentido. Creio homens como Churchill e do falecido

da escrita, leitura, e problemas eleineii-

De quaquer mo

vamente nu esfera de vida em que o

do, sei que para mim foram de inesti

seu trabalho a coloca ou para onde a

diversos continentes.

máveis vantagens as viagens extensas

possa impelir a sua ambição. Com Isto,

que já tenho realizado.

tenho em vista não uma educação que

Naturalmente, nem tôdas as mais be

las oportunidades educacionais, mesmo facultadas largamente a qualquer pes soa, farão todos os indivíduos de uma

Milhares

a faça membro de algum pmtido po tico, mas uma educação que lhe propor cione uma aguda percepção e aprecia ção das mudanças momentosas que se estão verificando — mudanças que po

rem nas universidades brasileiras, mas

nação igualmente ilustrados.

lhes garantam viagens ao estrangeiro, a

de criaturas vêm ao mundo pouco do

dem fundamentaílmente alterar a es

tadas pela natureza. São mentalmente incapazes de dispensar qualquer interôsse aos grandes problemas sociais e

trutura da criàlização.,

vida está em evolução. A educação dada à geração presente e a ser dada

fim de estudarem as condições contem

a ^ tôdas as crianças nas duas ou três décadas próximas poderá decidir quan

to para o prestígio e o progresso deste

país o fato de o governo financiar, co

internacionais.

to à forma que a nova sociedade ve

mo prêmio, a permanência por um ano, em Oxford, Cambridge, Londres, Pa ris, Genebra, Nova Iorque e outros cen

bora felizes nos seus negócios — o que

nha a tomar. De qualquer maneira, ela será diferente: ou muito peor ou muito melhor. Não acho que êste as

de sua experiência pessoal de todo dia. Esta é uma razão a mais para que todos

Educação para as massas

destinado a milhões de pessoas, e não a uma minoria brilhante.

deve ser tal que qualquer especialista

Contudo, no que diz respeito ao progresso social e político — particularmen-

sejam, no mínimo, alfabetizados.

^

Qual é, pois, o caráter da educação

econômico.

No campo social e político

^ Hj^

pecto dos negócios nacionais tenha sido

porâneas.

Penso que concorreria mui

tros culturais, de um largo niunero de

Mesmo muitos homens

ricos não chegam a compreender — em

quer que seja além dos fatos tangíveis

A média nacional deve ser mstruida

para discernir e compreender, como cer to, que as rivalidades_ de classe consti

tuem uma influência perniciosa, uma

autêntica moléstia que correi o sistema

social. O futuro se prenuncia cheio de


74

Diceí?to EcoNó>nco

surprêsas e possíveis perigos para to

dos os países, e apenas os esforços coinuns podem superar tais dificuldades.

Qualquer coisa que separe o povo em grupos antagônicos — como o faz o

dogma da "luta de classes" — con-

^■erte-se em elemento contrário ao pro gresso, especialmente para o progresso

de um país jovem como o Brasil, cuja indústria está atingindo um grau primíirio de desenvolvimento e que ainda não teve, por conseguinte, até o mo

mento, oportunidade de consolidar aque

las reservas necessárias a enfrentar com êxito, sem nenhum ris co, tempos difíceis e in

as imensas alterações .sociais acarretadas

pela era da máquina c do transporte mecânico? Contcinporaneamente, poucos anos trazem consigo mudanças incrívei.s.

Hoje, a geração mais \elha pode recor dar-se de que era geral a crença (cren

por P^nANK Lamui; (Escritor inglé.s)

ça de todos, a não ser uma minoria de

fanáticos) de que as máquinas voado

ras, mais pesadas do que ar, consistiam sica.

E ninguém, nem mesmo os "lou

cos aviadores" desse (empo, poderiam

O A., depois <h mostrar o importância do carvão britânico para todo o 7nundo, usando para tanto do exemplos concretos, esclarece que, apesar da escassez da mão de obra, do abscnteísjno, da falta de transporte, tanto na Inglaterra como no estrangeiro, da crise por que igualmente vassa a navegação marítima, dc iodos os detnais legados

prc\'er o tipo de aparelho que, anos de

pois, teria a força necessária para a travessia

do

Atlântico

em poucas horas!

Não

admira,

pois,

A velha e a nova

que ninguém possa an

geração

estrutura da sociedade vindoura. Mas essa es trutura está em evolu

da guerra cie llitler, a atividade mineira está cm ascensão. "Se so chegar a reduzir o ahsenteísnío de cinco por cento apenas — observa

tever, do modo claro, a

Todos os jovens pre

cisam ser esclarecidos a respeito da evolução

,\yi n

humana. Convém que

os moços saibam avaliar coiTetamente as conse

qüências do cataclisma

Sc estas forem despre

. .

rimentando uma metamorfose política,

social e econômica. Quando esse proces

so estiver completo, uma nova forma de

civilização surgirá. Se o povo estiver pre parado para a mudança, poderá banir

de suas preocupações a miséria e o me do e estabelecer uma vida mais feliz

para todos. Ninguém ainda parece liabilitado a prever, com alguma clareza, a forma que a nova civiüzação -virá a tomar, mas não há nada ^cepcional nisso. Homens de geráção alguma já

zadas ou mal esclareci

das pelos dirigentes partidários, que in

sistem em dividir e enfraquecer a na ção quando a união é imperativa, o progresso nacional, realmente possível, será retardado não apenas por décadas,' senão, talvez, por gerações. Por esse motivo 6 que eu compreendo

a educação^ como o quarto fator básico,

a ser incluído entre os que decidem a

natureza e a finalidade do progresso de um país. Trata-se, com efeito, de um aspecto da vida brasileira que os leitores esclarecidos desta revista de vem sempre ter em vista.

se mostraram capazes de prognosticar

(1)

Veja.se n." 4, edição de setembro

Quem poderia adivinhar, com minúcias.

(2)

Veja_se n.» 3,

o desenvolvimento dos tempos futuros.

— a produção de hulha aumentará de cinco a oito milhões dc toneladas anuais".

ção rápida. Nessa trans

formação política, social e econômica é que re side a importância da educação das massas.

centemente passou, conseqüências que mtelizmente, ainda não chegaram ao hm Iodos os grandes pensadores, atualmen te, acreditam que a civilização está expe

Especial paba o "Dicesto EcoNó^^co"

simplesmente numa impossiliilidade fí

certos.

por que o mundo re-

A Crise do Carvão Britanicàl^percute no Mundo Inteiro

de 1946.

edição -de julho de

Doa não produzir bastante carvão a Grã-Bretanha teve de racionar o pão.

cientes ein muitos países, mas não na o car\'ão constituía a mais valiosa das

semana, a Argentina queima trigo, pre-

judicam-se as colheitas da Dinamarca e os cinemas parisienses correm o risco

de .se verem obrigados a fechar as por tas qualTO horas em cada dia, no de correr do inverno. Não aludimos a

circunstâncias

deli-

beradamente forjadas. São fatos, alguns dos muitos fatos que^ hoje em dia estão produzindo dores de cabeça aos Minis térios

de

Combustíveis

de

numerosos

países, e que acabarão repercutindo na angú.stia de muitos estômagos de tra balhadores britânicos.

Porque atualmente, e mais do que nunca, o carvão significa e vale comi da, é que o círculo ^^cioso em que a sua escassez implica está agora, pela

seu alcance e gravidade. Um dos acontecimentos mais pertur badores entre os registados desde o fim da guerra foi o da recuperação dos ní

IíJiiiiAJÉ

I

Em virtude do fato dc alguns mineiros ingleses desertarem as minas para assi.stir a partidas de futebol cm dias da

primeira vez, se revelando em todo o

1946.

veis de produção, relativamente sufi Grã-Bretanha.

O fato é que até 1939

exportações inglesas, com exclusão de algims produtos manufaturados.

Em 1938 a Grã-Bretanha exportou

car\'ão no x'alor de 36.000.000 de li

bras; em 1945, apenas uma duodéci-

ma parte daquela cifra. E os algaris

mos de produção média mensal até o

nies de maio de 1946, deuotam que, ao encerrar-se este, talvez apenas se che gue a exportar apenas um quarto da quela soma de 1938.

, A recuperação em outros países A Bélgica conseguiu durante o invei no passado chegar à produção de do terços da de 1938. A mesma ascensã

também se verifica na França

Na b'

cia sovíéüca do Donetz se registará los mais um, nível de 80 por cento do no mal, apesar do grande estrago ali

sado pelos na^stas. Em algmnas m nas da zona de ocupação britânil^

Alemanha a produção se inteíòmpe


74

Diceí?to EcoNó>nco

surprêsas e possíveis perigos para to

dos os países, e apenas os esforços coinuns podem superar tais dificuldades.

Qualquer coisa que separe o povo em grupos antagônicos — como o faz o

dogma da "luta de classes" — con-

^■erte-se em elemento contrário ao pro gresso, especialmente para o progresso

de um país jovem como o Brasil, cuja indústria está atingindo um grau primíirio de desenvolvimento e que ainda não teve, por conseguinte, até o mo

mento, oportunidade de consolidar aque

las reservas necessárias a enfrentar com êxito, sem nenhum ris co, tempos difíceis e in

as imensas alterações .sociais acarretadas

pela era da máquina c do transporte mecânico? Contcinporaneamente, poucos anos trazem consigo mudanças incrívei.s.

Hoje, a geração mais \elha pode recor dar-se de que era geral a crença (cren

por P^nANK Lamui; (Escritor inglé.s)

ça de todos, a não ser uma minoria de

fanáticos) de que as máquinas voado

ras, mais pesadas do que ar, consistiam sica.

E ninguém, nem mesmo os "lou

cos aviadores" desse (empo, poderiam

O A., depois <h mostrar o importância do carvão britânico para todo o 7nundo, usando para tanto do exemplos concretos, esclarece que, apesar da escassez da mão de obra, do abscnteísjno, da falta de transporte, tanto na Inglaterra como no estrangeiro, da crise por que igualmente vassa a navegação marítima, dc iodos os detnais legados

prc\'er o tipo de aparelho que, anos de

pois, teria a força necessária para a travessia

do

Atlântico

em poucas horas!

Não

admira,

pois,

A velha e a nova

que ninguém possa an

geração

estrutura da sociedade vindoura. Mas essa es trutura está em evolu

da guerra cie llitler, a atividade mineira está cm ascensão. "Se so chegar a reduzir o ahsenteísnío de cinco por cento apenas — observa

tever, do modo claro, a

Todos os jovens pre

cisam ser esclarecidos a respeito da evolução

,\yi n

humana. Convém que

os moços saibam avaliar coiTetamente as conse

qüências do cataclisma

Sc estas forem despre

. .

rimentando uma metamorfose política,

social e econômica. Quando esse proces

so estiver completo, uma nova forma de

civilização surgirá. Se o povo estiver pre parado para a mudança, poderá banir

de suas preocupações a miséria e o me do e estabelecer uma vida mais feliz

para todos. Ninguém ainda parece liabilitado a prever, com alguma clareza, a forma que a nova civiüzação -virá a tomar, mas não há nada ^cepcional nisso. Homens de geráção alguma já

zadas ou mal esclareci

das pelos dirigentes partidários, que in

sistem em dividir e enfraquecer a na ção quando a união é imperativa, o progresso nacional, realmente possível, será retardado não apenas por décadas,' senão, talvez, por gerações. Por esse motivo 6 que eu compreendo

a educação^ como o quarto fator básico,

a ser incluído entre os que decidem a

natureza e a finalidade do progresso de um país. Trata-se, com efeito, de um aspecto da vida brasileira que os leitores esclarecidos desta revista de vem sempre ter em vista.

se mostraram capazes de prognosticar

(1)

Veja.se n." 4, edição de setembro

Quem poderia adivinhar, com minúcias.

(2)

Veja_se n.» 3,

o desenvolvimento dos tempos futuros.

— a produção de hulha aumentará de cinco a oito milhões dc toneladas anuais".

ção rápida. Nessa trans

formação política, social e econômica é que re side a importância da educação das massas.

centemente passou, conseqüências que mtelizmente, ainda não chegaram ao hm Iodos os grandes pensadores, atualmen te, acreditam que a civilização está expe

Especial paba o "Dicesto EcoNó^^co"

simplesmente numa impossiliilidade fí

certos.

por que o mundo re-

A Crise do Carvão Britanicàl^percute no Mundo Inteiro

de 1946.

edição -de julho de

Doa não produzir bastante carvão a Grã-Bretanha teve de racionar o pão.

cientes ein muitos países, mas não na o car\'ão constituía a mais valiosa das

semana, a Argentina queima trigo, pre-

judicam-se as colheitas da Dinamarca e os cinemas parisienses correm o risco

de .se verem obrigados a fechar as por tas qualTO horas em cada dia, no de correr do inverno. Não aludimos a

circunstâncias

deli-

beradamente forjadas. São fatos, alguns dos muitos fatos que^ hoje em dia estão produzindo dores de cabeça aos Minis térios

de

Combustíveis

de

numerosos

países, e que acabarão repercutindo na angú.stia de muitos estômagos de tra balhadores britânicos.

Porque atualmente, e mais do que nunca, o carvão significa e vale comi da, é que o círculo ^^cioso em que a sua escassez implica está agora, pela

seu alcance e gravidade. Um dos acontecimentos mais pertur badores entre os registados desde o fim da guerra foi o da recuperação dos ní

IíJiiiiAJÉ

I

Em virtude do fato dc alguns mineiros ingleses desertarem as minas para assi.stir a partidas de futebol cm dias da

primeira vez, se revelando em todo o

1946.

veis de produção, relativamente sufi Grã-Bretanha.

O fato é que até 1939

exportações inglesas, com exclusão de algims produtos manufaturados.

Em 1938 a Grã-Bretanha exportou

car\'ão no x'alor de 36.000.000 de li

bras; em 1945, apenas uma duodéci-

ma parte daquela cifra. E os algaris

mos de produção média mensal até o

nies de maio de 1946, deuotam que, ao encerrar-se este, talvez apenas se che gue a exportar apenas um quarto da quela soma de 1938.

, A recuperação em outros países A Bélgica conseguiu durante o invei no passado chegar à produção de do terços da de 1938. A mesma ascensã

também se verifica na França

Na b'

cia sovíéüca do Donetz se registará los mais um, nível de 80 por cento do no mal, apesar do grande estrago ali

sado pelos na^stas. Em algmnas m nas da zona de ocupação britânil^

Alemanha a produção se inteíòmpe


. piMVi

Digesto Eco^íó^^co

tT

Digesto EcoNÓ^^co

76

dor da matéria — muitos deles romne-

por falta de carvão a ser queimado no transporte do carvão a ser extraído. Antes da guerra, a Grã-Bretanha ex

a exercê-lo. Antigamente constituía um

ofício por assim dizer hereditário, que se transmitia de pais para filhos. Os

portava uma média mensal de cêrca

homens eram mineiros porque perten

de 3.000.000 de toneladas a diversos

ciam a famílias em que os varões o

países, através do mundo. As estatís

vinham sendo há muitos anos. ]á o ti

ticas contidas nas listas oficiais de im

nham sido os seus pais c avós. Seguiam

portação e exportação demonstram que a Inglaterra enviou ao ultramar somen

o mesmo caminho, porque não conhe

te 369.757 toneladas no mês de maio

em dia, os moços, especialmente os que

ciam outra coisa em sua vida.

Hoje

dêste ano. O seu melhor cliente em

estiveram nas fôrças armadas, e conhe

1938 foi a França, que recebia uma

ceram um pouco o mundo, já se re

média de 512.955 toneladas mensais.

cusam ao trabalho de mineiro.

Atualmente, não recebe mais do que 56.000. A Alemanha importava, em 1938, 307.287 toneladas de carvão por

mês. Atualmente não importa nennu-

"Organizámos centros de assistên cia, instituímos ser\'iços sanitários gra tuitos, criámos outros benefícios, pro

curando salvaguardar a saúde do tra

ma. A Dinamarca com

balhador

por

quantos

prava 249.738 toneladas

meios e

modos

concor

mensais.

Bretanha apenas pode re

ressem a retê-lo nas ga lerias. Isto, sim, foi pos

meter-lhe 33.000. A Sué cia, que antes recebia...

crutas já constitui em-

221.276, no já várias vêzes referido mês de maio

prêsa mais árdua. O mais que podemos espe

não importou mais do que

rar é uma recuperação

Agora a Grã-

sível.

sastroso efeito de tudo isso, tanto quan to sôbre os demais países interessados.

outros re

lenta, através dos anos,

uma centena de toneladas

E sobre a Inglaterra repercute o de

Atrair

que acabe por superar a crise pre sente".

Repulsa ao trabalho de mineiro Recentemente encontrei um

mineiro

tamento me respondeu: "Infelizmente

do sul de Gales que me disse: "Que se consiga a volta as minas de todos os que, como eu, delas sairam em 1940 para o trabalho .das fábricas; que se consiga o seu retomo, e então se alcan

não há possibilidade de rápida solução

çará a produção máxima apenas com

Ministério de Energia e Combustíveis.

Um alto funcionário do referido depar do problema. Para aumentar a produ ção precisamos de mineiros em número bem mais considerável. E isto repre senta um fator que não podemps im provisar, Já se disseram muitas toli ces acêrca da necessidade de "fazer-se

mais agradável o trabalho para os ope

rários". Mas isso é impossível. O tra balho nas minas é, sem dúvida, um dos mais pesados e siyos. Um homem sabe bem o que escolhe quando se decide

cinco dias de atividadé na semar*i.

Enquanto esses mineiros veteranos con tinuarem nas indústrias urbanas, e en

quanto não se der remédio ao absenteísmo, as galerias continuarão desertas". Essa coisa de absenteísmo é um eu

femismo, equivalente ao que os meni nos da escola designam por "fazer ga zeta".

"Eu não culpo a generalidade dos mineiros — dizia-me um outro conhece-

ano, procedentes das jazidas britânicas.

Pois bemj no transcurso da primeira há trabalhadores suficientes". Mas o mais grave c que existe man- • metade do ano de 1946 não recebeu de número de mineiros quo^ dclibera- nem uma só tonelada dêsse produto.

Tampouco se exportou uma única to damente fazem "jornada lenta , ou dei para o Egito, que durante os xam de trabalhar diáriamontc. Não faz nelada primeiros seis meses de 1938 impqrmuito tempo, uma investigação revela ' tou 788.000," cm troca das quais pode va que nem sequer 10 por cento dos à Inglaterra milhares de tonela operários de uma mina determinada do enviar das de sementes de algodão, petróleo e sul de Gales faziam inteiras as seis jor O Egito está também quei nadas da semana. Muitos deles nao ferragens. mando, agora, as suas sementes de al acham difícil manter a suas famílias godão, pelo que a Grã-Bretanha nao apenas com quatro libras semanais. Isso pode fomecer-llie carvão coin que au pode ser ganho por eles unicamente mentar os fomos de suas industnas ou com a descida à núna durante quatro mo\*er as suas locomotivas. dias.

Os dois restantes pas.sam-nos no

futebol ou na tabema.

Emanuel Sbinwell, ministro do ramo, • sabe bem das grax-es conseqüências que a crise do carvão esta acarretando para a Grã-Bretanha. Recentemente decla

rava, comentando a situação: "Oos... 32.000 operários que optaram pela des cida às minas, ao invés de se engaja rem no Exército, são 8.000 qs que, segundo informação recente, não tra balharam nem miüto nem pouco duran te as quatro semanas precedentes. Al-

Euns, ó evidente, se dedicaram ao ser viço com todas as veras d alma .

Jornada lenta

Solicitei informação a respeito do conjunto dêste complexo problema ao

ram as espáduas na extração da hulha. O que ocorre ó simplesmente isto: não

A Argentina costumava comprar... 1.000.000 de toneladas de carvão por

Porque se queima o frtgo

Se a Argentina dispusesse de mais carvão, poderia enviar à Inglaterra o trigo que esta já pagou © de que tao

imperiosamente necessita. ^ Mas o trigo se acha nos celeiros, e e de temer-se que ali continue durante muito tempo, porque quase todas as estradas de ferro da América do Sul consomem carvao

britânico. Quando a Argentina se can sa de ter trigo armazenado, queima-o.

Os vapores suecos poderiam, quei mando carvão inglês, trazer ^^ glaterra madeiras da Suécia. A Ingla terra delas precisa em extremo, para a urgentíssbna construção de casas em grande escala e - o que x^em a superlati\'amente irônico - para esw-

ras com que sustentar as galenas minas. Mas a Suécia ,queima a sua madeira como combustível mdispensável à moxamentação de seus barcos, p não está recebendo carvão suficiente da Inglaterra.

Sir Stafford Cripps, ministro britâ "A menos que a indústria algodoeua

nico do Comércio, dizia recentemente:

venha a dispor de m.ais can-ao, c ocio so falar, ou mesmo pensar, numa maior

disponibilidade de tecidos nas casas d^e armarinho. O conjunto de

nomia pode chegar a ser gr.

^

afetado pela escas.sez de carxao. Sem huUia, não poderemo.s para a exportação; e sem expor açao

não poderemos importar os generos ahmentlcios c

matérías-pnmas de que

necessitamos".

Hoje, os lavradores ingleses dc kent O carvão representa o fator-chave estão empregando um adubo obtido de planos de recuperação econômica cinza vegetal e importado da Aigenti-^ nos da França. Êste país precisa de xmi na. Tal fertilizante outra coisa não é aumento de milhares de li^abalhadores senão milho queimado.


. piMVi

Digesto Eco^íó^^co

tT

Digesto EcoNÓ^^co

76

dor da matéria — muitos deles romne-

por falta de carvão a ser queimado no transporte do carvão a ser extraído. Antes da guerra, a Grã-Bretanha ex

a exercê-lo. Antigamente constituía um

ofício por assim dizer hereditário, que se transmitia de pais para filhos. Os

portava uma média mensal de cêrca

homens eram mineiros porque perten

de 3.000.000 de toneladas a diversos

ciam a famílias em que os varões o

países, através do mundo. As estatís

vinham sendo há muitos anos. ]á o ti

ticas contidas nas listas oficiais de im

nham sido os seus pais c avós. Seguiam

portação e exportação demonstram que a Inglaterra enviou ao ultramar somen

o mesmo caminho, porque não conhe

te 369.757 toneladas no mês de maio

em dia, os moços, especialmente os que

ciam outra coisa em sua vida.

Hoje

dêste ano. O seu melhor cliente em

estiveram nas fôrças armadas, e conhe

1938 foi a França, que recebia uma

ceram um pouco o mundo, já se re

média de 512.955 toneladas mensais.

cusam ao trabalho de mineiro.

Atualmente, não recebe mais do que 56.000. A Alemanha importava, em 1938, 307.287 toneladas de carvão por

mês. Atualmente não importa nennu-

"Organizámos centros de assistên cia, instituímos ser\'iços sanitários gra tuitos, criámos outros benefícios, pro

curando salvaguardar a saúde do tra

ma. A Dinamarca com

balhador

por

quantos

prava 249.738 toneladas

meios e

modos

concor

mensais.

Bretanha apenas pode re

ressem a retê-lo nas ga lerias. Isto, sim, foi pos

meter-lhe 33.000. A Sué cia, que antes recebia...

crutas já constitui em-

221.276, no já várias vêzes referido mês de maio

prêsa mais árdua. O mais que podemos espe

não importou mais do que

rar é uma recuperação

Agora a Grã-

sível.

sastroso efeito de tudo isso, tanto quan to sôbre os demais países interessados.

outros re

lenta, através dos anos,

uma centena de toneladas

E sobre a Inglaterra repercute o de

Atrair

que acabe por superar a crise pre sente".

Repulsa ao trabalho de mineiro Recentemente encontrei um

mineiro

tamento me respondeu: "Infelizmente

do sul de Gales que me disse: "Que se consiga a volta as minas de todos os que, como eu, delas sairam em 1940 para o trabalho .das fábricas; que se consiga o seu retomo, e então se alcan

não há possibilidade de rápida solução

çará a produção máxima apenas com

Ministério de Energia e Combustíveis.

Um alto funcionário do referido depar do problema. Para aumentar a produ ção precisamos de mineiros em número bem mais considerável. E isto repre senta um fator que não podemps im provisar, Já se disseram muitas toli ces acêrca da necessidade de "fazer-se

mais agradável o trabalho para os ope

rários". Mas isso é impossível. O tra balho nas minas é, sem dúvida, um dos mais pesados e siyos. Um homem sabe bem o que escolhe quando se decide

cinco dias de atividadé na semar*i.

Enquanto esses mineiros veteranos con tinuarem nas indústrias urbanas, e en

quanto não se der remédio ao absenteísmo, as galerias continuarão desertas". Essa coisa de absenteísmo é um eu

femismo, equivalente ao que os meni nos da escola designam por "fazer ga zeta".

"Eu não culpo a generalidade dos mineiros — dizia-me um outro conhece-

ano, procedentes das jazidas britânicas.

Pois bemj no transcurso da primeira há trabalhadores suficientes". Mas o mais grave c que existe man- • metade do ano de 1946 não recebeu de número de mineiros quo^ dclibera- nem uma só tonelada dêsse produto.

Tampouco se exportou uma única to damente fazem "jornada lenta , ou dei para o Egito, que durante os xam de trabalhar diáriamontc. Não faz nelada primeiros seis meses de 1938 impqrmuito tempo, uma investigação revela ' tou 788.000," cm troca das quais pode va que nem sequer 10 por cento dos à Inglaterra milhares de tonela operários de uma mina determinada do enviar das de sementes de algodão, petróleo e sul de Gales faziam inteiras as seis jor O Egito está também quei nadas da semana. Muitos deles nao ferragens. mando, agora, as suas sementes de al acham difícil manter a suas famílias godão, pelo que a Grã-Bretanha nao apenas com quatro libras semanais. Isso pode fomecer-llie carvão coin que au pode ser ganho por eles unicamente mentar os fomos de suas industnas ou com a descida à núna durante quatro mo\*er as suas locomotivas. dias.

Os dois restantes pas.sam-nos no

futebol ou na tabema.

Emanuel Sbinwell, ministro do ramo, • sabe bem das grax-es conseqüências que a crise do carvão esta acarretando para a Grã-Bretanha. Recentemente decla

rava, comentando a situação: "Oos... 32.000 operários que optaram pela des cida às minas, ao invés de se engaja rem no Exército, são 8.000 qs que, segundo informação recente, não tra balharam nem miüto nem pouco duran te as quatro semanas precedentes. Al-

Euns, ó evidente, se dedicaram ao ser viço com todas as veras d alma .

Jornada lenta

Solicitei informação a respeito do conjunto dêste complexo problema ao

ram as espáduas na extração da hulha. O que ocorre ó simplesmente isto: não

A Argentina costumava comprar... 1.000.000 de toneladas de carvão por

Porque se queima o frtgo

Se a Argentina dispusesse de mais carvão, poderia enviar à Inglaterra o trigo que esta já pagou © de que tao

imperiosamente necessita. ^ Mas o trigo se acha nos celeiros, e e de temer-se que ali continue durante muito tempo, porque quase todas as estradas de ferro da América do Sul consomem carvao

britânico. Quando a Argentina se can sa de ter trigo armazenado, queima-o.

Os vapores suecos poderiam, quei mando carvão inglês, trazer ^^ glaterra madeiras da Suécia. A Ingla terra delas precisa em extremo, para a urgentíssbna construção de casas em grande escala e - o que x^em a superlati\'amente irônico - para esw-

ras com que sustentar as galenas minas. Mas a Suécia ,queima a sua madeira como combustível mdispensável à moxamentação de seus barcos, p não está recebendo carvão suficiente da Inglaterra.

Sir Stafford Cripps, ministro britâ "A menos que a indústria algodoeua

nico do Comércio, dizia recentemente:

venha a dispor de m.ais can-ao, c ocio so falar, ou mesmo pensar, numa maior

disponibilidade de tecidos nas casas d^e armarinho. O conjunto de

nomia pode chegar a ser gr.

^

afetado pela escas.sez de carxao. Sem huUia, não poderemo.s para a exportação; e sem expor açao

não poderemos importar os generos ahmentlcios c

matérías-pnmas de que

necessitamos".

Hoje, os lavradores ingleses dc kent O carvão representa o fator-chave estão empregando um adubo obtido de planos de recuperação econômica cinza vegetal e importado da Aigenti-^ nos da França. Êste país precisa de xmi na. Tal fertilizante outra coisa não é aumento de milhares de li^abalhadores senão milho queimado.


iAnco ^ ^

T8

Dicesto EcoNÓ^oco

nas suas próprias minas, e mesmo assÍTTi, de milhares de toneladas de carvão bri

tânico^ com que completar c suprir as deficiências de sua própria produção e

^quantidades que'transporta do Ruhr. Durante o inverno passado era tão agu

moras, No primeiro semestre daquele ano não chegaram a 9.0()() a.s tonela

viços fciroviários se \'iraiu rigí^nisainenIc reduzidos em consctjuèiicía da cscas-

da a escassez do produto que as casas de comércio de Paris se viam obriga das a fechar as portas às 17 horasj o mais tardar; os cinemas interrompiam

.scz do combustível de .suas locomotivas.

as suas atividades durante quatro lioras em cada noite; o fornecimento de

britânico, apesar cia escassez da mão

energia eletnca se reduziu a cinco horas

do obra, cio absenteísmo, da falta de

transporte, tanto na Inglalcrra como no

O presunto e o toucinJio menos vital

dos os demais legados da guerra clc

So 20O.OOO

estrangeiro, cia crise por que igualmen Jlitlcr, está cm ascensão. Se se che

gar a reduzir o absenteísmo de cinco

ordem grandes clien de de importância dosnr^ca anto-'

as toneladas mensais noLlgia que cost,?

paba o "D.GESTO Eco^.6^floo"

Não obstante, a produção dc carvão

te passa a navegação marítima, clc to

A Dinamarca, que era o terceiro r,n

(Anlor

A silvação e.slá melhorando

dianas; e o metro tinha de parar igualmente durante uma hora em cada di i que o carvão

tOilSIUBltUÔliN somu. \ L\BaCÍO BRâSlLElR^

das rcccliidas por Portugal, cujos ser

por cento, apenas, a produção aumen

tará dc cinco a oito milliocs de tone ladas anuais.

Cifras publicadas pelo Departamento' clc Estatísticas mostram que durante o mês de maio do ano cm curso a GrãBretanlia embarcou 217.568 toneladas

i

J

Estudando as causas do fenômeno cmissionisUi em nosso país, o A.

-1»

observa r/iie a depressão das taxas cambiais não deve ser esquecida nu diai^nóstico da moléstia. Essa depressão fez com que viéssemos a despender, ao importar, maior quantidade de moeda por menor quan tidade de inerradnria c, ao exportar, receber menos dinheiro por maior porção de coisas, desaparecendo assim grande parte da valorização havida, aqui c ali, na venda dos principais produtos do nosso co

i

mércio externo.

mais que no mesmo mês do ano an terior.

Sc este nroccsso de recuperação pros seguir, pocler-sc-á chegar à abolição do

apenas para transporte, mas" t^"""

para mover as fábricas dií verá sair, abundante, a' nova

racionamento do p.ão c cio toucinho na

Inglaterra.

Abrir-.sc-iam, então, sem

contratempo nenhum, os cinemas pari

Achavada, pela situação geral do país,

o remédio heróico, não quis vw o ad-

a economia do maior centro de clis-

ministi'ador o lado "econômico" dos

Iríbuição do riqueza, — cpie tanto quer dizer a troca de indústrias por maté

problemas, cuja resolução — tudo está a indicar, — é a liberdade absoluta,

rias primas.

irrestrita e completa de produzir, sem

São Paulo vem, nos últi

as peias nem restrições, estabelecidas

nai^agrícola destinada à prc.i.nr'cÔ;

sienses durante os próximos in\ernos

mos vinte anos, atia\ essando a sua "cri

correriam de novo os trens nas estra

se de crescimento", em moldes tipica-

Bre^íanTrfê^Uriien TL' ■ Portugal 180.000 enviar a

das do ferro portuguesas cm lòda a

m<'nle americanos. (|iier dizer, impres

pela intromissão indébita e contrapro ducente do Estado nas coisas do parti

sua potencialidadíç c o nosso país po deria cclifícar casas cm grande escala

sionantes.

cular.

toneladas de carvão

poderia receber scní

por ano dificilmen

dificuldade o trigo

Entretanto, \cmo-lo comprimido num

regime dc "produção racionalizada". E todo gesto, traduzido na iniciatha de e.xpansão, como foi uns casos do algo

te poderá ser cum

argentino

c, finàl-

prido. Ja no decur

mente, o

mercado

so do mês de março de 1945 se incorre- "

maior impulso desde

vocou lamentáveis incompreensões, ge rando o medo e ai^recnsão nas zonas

o término da segun

dessas culturas c indústrias, como a in

ra em

graves de-

mundial ganharia o da guerra nnmclial.

dão, do açúcar e do álcool, não só pro

tervenção ainda mais lamentável de meios c proccs.sos coerciti\os, que nos trouxeram à grave situação de não pro duzir í) que consumimos. E, mais, numa errônea apreciação dos Fatos, soin a coragem de enfrentar

Esquecemos, sim, de que, paradoxal mente, a extensão territorial do país, em crescimento, sem comunicações e

num regime de "centralização totalitá ria", nos apresenta ao Norte ainda o deserto, a oferecer os problemas de po voamento da terra numa fatalidade geo

gráfica, — o latifúndio; e, na outra grande porção, de permeio a manifes tações de indiscutível progresso, zonas de desenvolvimento retardado, "malgré tout".

Não há fugir a estes fatores, fontes

de preconceitos injustificáveis, que, co-


iAnco ^ ^

T8

Dicesto EcoNÓ^oco

nas suas próprias minas, e mesmo assÍTTi, de milhares de toneladas de carvão bri

tânico^ com que completar c suprir as deficiências de sua própria produção e

^quantidades que'transporta do Ruhr. Durante o inverno passado era tão agu

moras, No primeiro semestre daquele ano não chegaram a 9.0()() a.s tonela

viços fciroviários se \'iraiu rigí^nisainenIc reduzidos em consctjuèiicía da cscas-

da a escassez do produto que as casas de comércio de Paris se viam obriga das a fechar as portas às 17 horasj o mais tardar; os cinemas interrompiam

.scz do combustível de .suas locomotivas.

as suas atividades durante quatro lioras em cada noite; o fornecimento de

britânico, apesar cia escassez da mão

energia eletnca se reduziu a cinco horas

do obra, cio absenteísmo, da falta de

transporte, tanto na Inglalcrra como no

O presunto e o toucinJio menos vital

dos os demais legados da guerra clc

So 20O.OOO

estrangeiro, cia crise por que igualmen Jlitlcr, está cm ascensão. Se se che

gar a reduzir o absenteísmo de cinco

ordem grandes clien de de importância dosnr^ca anto-'

as toneladas mensais noLlgia que cost,?

paba o "D.GESTO Eco^.6^floo"

Não obstante, a produção dc carvão

te passa a navegação marítima, clc to

A Dinamarca, que era o terceiro r,n

(Anlor

A silvação e.slá melhorando

dianas; e o metro tinha de parar igualmente durante uma hora em cada di i que o carvão

tOilSIUBltUÔliN somu. \ L\BaCÍO BRâSlLElR^

das rcccliidas por Portugal, cujos ser

por cento, apenas, a produção aumen

tará dc cinco a oito milliocs de tone ladas anuais.

Cifras publicadas pelo Departamento' clc Estatísticas mostram que durante o mês de maio do ano cm curso a GrãBretanlia embarcou 217.568 toneladas

i

J

Estudando as causas do fenômeno cmissionisUi em nosso país, o A.

-1»

observa r/iie a depressão das taxas cambiais não deve ser esquecida nu diai^nóstico da moléstia. Essa depressão fez com que viéssemos a despender, ao importar, maior quantidade de moeda por menor quan tidade de inerradnria c, ao exportar, receber menos dinheiro por maior porção de coisas, desaparecendo assim grande parte da valorização havida, aqui c ali, na venda dos principais produtos do nosso co

i

mércio externo.

mais que no mesmo mês do ano an terior.

Sc este nroccsso de recuperação pros seguir, pocler-sc-á chegar à abolição do

apenas para transporte, mas" t^"""

para mover as fábricas dií verá sair, abundante, a' nova

racionamento do p.ão c cio toucinho na

Inglaterra.

Abrir-.sc-iam, então, sem

contratempo nenhum, os cinemas pari

Achavada, pela situação geral do país,

o remédio heróico, não quis vw o ad-

a economia do maior centro de clis-

ministi'ador o lado "econômico" dos

Iríbuição do riqueza, — cpie tanto quer dizer a troca de indústrias por maté

problemas, cuja resolução — tudo está a indicar, — é a liberdade absoluta,

rias primas.

irrestrita e completa de produzir, sem

São Paulo vem, nos últi

as peias nem restrições, estabelecidas

nai^agrícola destinada à prc.i.nr'cÔ;

sienses durante os próximos in\ernos

mos vinte anos, atia\ essando a sua "cri

correriam de novo os trens nas estra

se de crescimento", em moldes tipica-

Bre^íanTrfê^Uriien TL' ■ Portugal 180.000 enviar a

das do ferro portuguesas cm lòda a

m<'nle americanos. (|iier dizer, impres

pela intromissão indébita e contrapro ducente do Estado nas coisas do parti

sua potencialidadíç c o nosso país po deria cclifícar casas cm grande escala

sionantes.

cular.

toneladas de carvão

poderia receber scní

por ano dificilmen

dificuldade o trigo

Entretanto, \cmo-lo comprimido num

regime dc "produção racionalizada". E todo gesto, traduzido na iniciatha de e.xpansão, como foi uns casos do algo

te poderá ser cum

argentino

c, finàl-

prido. Ja no decur

mente, o

mercado

so do mês de março de 1945 se incorre- "

maior impulso desde

vocou lamentáveis incompreensões, ge rando o medo e ai^recnsão nas zonas

o término da segun

dessas culturas c indústrias, como a in

ra em

graves de-

mundial ganharia o da guerra nnmclial.

dão, do açúcar e do álcool, não só pro

tervenção ainda mais lamentável de meios c proccs.sos coerciti\os, que nos trouxeram à grave situação de não pro duzir í) que consumimos. E, mais, numa errônea apreciação dos Fatos, soin a coragem de enfrentar

Esquecemos, sim, de que, paradoxal mente, a extensão territorial do país, em crescimento, sem comunicações e

num regime de "centralização totalitá ria", nos apresenta ao Norte ainda o deserto, a oferecer os problemas de po voamento da terra numa fatalidade geo

gráfica, — o latifúndio; e, na outra grande porção, de permeio a manifes tações de indiscutível progresso, zonas de desenvolvimento retardado, "malgré tout".

Não há fugir a estes fatores, fontes

de preconceitos injustificáveis, que, co-


Dicesto Econóauco

mo já vimos, empecem,' por sua vez, o alargamento da nossa produtividade. Em tais condições, "nos 57 anos de

anarquia republicana", como bem ano

ta agudo comentarista, o panorama que oferecemos, no Brasil de lioje, não po deria ser outro, que não o de Cíiminharmos para o empobrecimento e pauperismo, pela exaustão, — limitadas as finanças públicas à elaboração de orça mentos deficitários, na ausência de uma política econômica construtiva.

Todo esforço em responsabilizar o

termo inflação, ra em moda, pelo descababro de que não nos queremos ain

formas — na emissão desordenada e

progressiva de papel, para ocorrer às

aperturas do Tesouro. Além disso, entre nós, a diátese gencraliziida encontra a causa profunda

na hilta da produção, resultando nos orçamentos' defieilmios e perda do va lor aquisitivo da moeda, pela consefjuente mole das emissões de um pa pei, que ao mesmo tempo nfio encon

Inflação, ou empobrecimento, penú ria das fôrças produtoras do país? Os algarismos aí estão a falar a linguagem dos fatos, em que pese às sutilezas para ocultar a verdade.

O iruil burocrático

A razão disto? Toda a vez que o Estado é chamado, ou se lhe reclama

a intervenção, para resolver um abuso ou simples obstáculo, criam-se logo ins titutos, — dispendiosas burocracias, — e comissões, que resultam em "filas"

outro, nas dotações orçamentárias, na

intermináveis.

O preço então se eleva

quias, a proliferarem no país; e> de

Data vênia, a noção que tínhamos

distribuição das despesas, de caráter

de inflação era a de fenômeno do encarecimento da vida, onde há a utili

essencialmente reprodutivo, e chegar por algarismos absolutos, colhidos em

dade para ser adquirida, embora escas.seie essa por fatüro.s ou circunstâncias,

fontes oficiais, a este resultado:

invadidos.

Minhtérios

Agricultura

1938 %

1944

1947

%

%

2,7

3.7 12,1 4.8

4,0 14,4

Viação c transporte 23,6 Trab. Ind. e Com.

1,75

3,2

Dotações orçament. 28,05 20,6 21,6 Conclui-se, pois, que ao decréscimo

Entre autores estrangeiros, o termo

de 28,05 para 21,6^ nas três pastas, corresponde o aumento absoluto, de

artificial de preços, motivada pela emis

1938 a 1947, de 6.526,507 nas demais dotações.

gistra: "expand or raise artificially, as prices; — inflationist, one in favor of

an incrcased issue of paper money". Nessa acepção, têmo-la, sob a pior das

partir de 193.5. ano ]5or ano (ver o nú

exportação do que na importação, sen do que esta levemente maior em 1944.

mero 10, do dezembro de 1945, desta Revista), a eonipreonder o período que

todo aquele período, o volume das nos

E o sintoma esidente é ter sido, em

vem até 1944, ro\'eIa uma situação ní

sas vendas menor que o das compras,

tida e clara, tanto na importação como

como se verá do quadro a seguir: (®)

Exportação

1900-1909 (médias anuais) 1910-1919 ( " " ) 1920-1924 ( " " ) 1925-1929 ( " " -) 1930-1934 ( " " ) 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944

1.373.367 1.593.568 2.041.253 2.012.942 2.047.514

2.761.517 ".

Queda das nossas vendas no exterior E se atentarmos para a balança in ternacional de negócios, teremos de con

Importação

- -"5.304.026 3.829.539 4.229.305

2.696.089

2.671.405

3.779.318

4.183.042

3.236.916 3.535.557 2.659.548

\

TONELADAS 2.619.496 3.363.625 3.274.843

4.467.630 5.099.880 4.913.170 4.788.646 4.336.133 4.049.338 3.003.044 3.387.674

3.108.727

3.296.345 3.933.870

Exportação

- 1.246.129 - 1.770.057 - 1.233.590 - 3.291.083 - 1.782.025 - 1.467.788 - 1.338.903 - 1.803.535 - - 979.300 605.604 - 1.099.217 517.781 343.496 691.585 - 1.107.913

portámos e o que importámos, o vo

zeiros da e.xportação, que sempre su perou o da importação, traduzia larga

lume físico das nossas vendas para o exterior, ncs.se longo período percorri do, é menor 30,85%. Note-se que a

queda acentuada e contínua do nosso

Daí se deduz que, enti"e o que ex

foi criado para descrever a e.xpansão são de papel moeda. VVebster o re

decênios, a seguir por qüinqüênios e, a

na exportação, até 1939. Êste foi o ano da nossa maior exportação em volume. Sobreveio a seguir a queda acentuada, de ano para ano, em maior vulto na

controlávcl.

le d'un Etat",

e, até mesmo, em países mais atingidos pela última conflagração, alguns deles

O exame detaliiado da c\olução do

nosso comércio exterior, a princípio por

retraída, forçando-se-lhe a c.xacerbação do preço, — fator este psicológico in-

e desaparece a coisa a adquirir. É preciso ir procurar à causa dç tudo isso, de um lado, nos aparelhos de compressão, sob a forma de autar

tiunações políticas. Trata-se de um fe nômeno controlável, como o foi, e ain da é, nos EE. UU. Inglaterra, Canadá

vir na razão do aviltamento alarmante das taxas do câmbio.

tra a coisa para comprar; ou quando,

A este propósito, convém repetir ve lho mestre de , economia, quando diz que o papel instrutivo daqueles está na comparação. O essencial é compreen der o_ que Achenwall preceitua serem <'Ies algarismos: "Ia description actuel-

imprevistas, geralmente guerras e per-

81

pela grande escassez, esta é facilmente

da aperceber, será inútil e frustro.

Inflação ou empobrecimento?

Dicesto Econômico

mente a desvalorização da moeda, pela câmbio sobre Londres.

maior exportação, — 4.183.042 tone

Eram as médias das taxas, em 1900,

ladas, — SC verificou em 1939, quan

— 8 1/2 dinheíros por mil réis, elevan-

do no qüinqüênio de 1925-1929 a mé dia da importação foi 5.304.026.

do-se as mesmas até 16 5/8, em 1910, com bruscas oscilações, para cairem até

Depressão das taxas cambiais

5.59/128, em 1930 e \-erificar-se, nos últimos quinze anos, com fracas reações, o fragoroso declínio, até o

É verdade que a diferença, entre

aviltamento da paridade de 2.229/250,

compras e vendas, no período de 1900-

em 1941, e observar-se de 1942 a 1945

1929, foi de 1.885.215 toneladas e nos anos de 1930-1944, ficou reduzi da a 1.100.739. Mas o valor bra cru

(») "Digesto Econômico" n.® 10 de Setembro de 1945.


Dicesto Econóauco

mo já vimos, empecem,' por sua vez, o alargamento da nossa produtividade. Em tais condições, "nos 57 anos de

anarquia republicana", como bem ano

ta agudo comentarista, o panorama que oferecemos, no Brasil de lioje, não po deria ser outro, que não o de Cíiminharmos para o empobrecimento e pauperismo, pela exaustão, — limitadas as finanças públicas à elaboração de orça mentos deficitários, na ausência de uma política econômica construtiva.

Todo esforço em responsabilizar o

termo inflação, ra em moda, pelo descababro de que não nos queremos ain

formas — na emissão desordenada e

progressiva de papel, para ocorrer às

aperturas do Tesouro. Além disso, entre nós, a diátese gencraliziida encontra a causa profunda

na hilta da produção, resultando nos orçamentos' defieilmios e perda do va lor aquisitivo da moeda, pela consefjuente mole das emissões de um pa pei, que ao mesmo tempo nfio encon

Inflação, ou empobrecimento, penú ria das fôrças produtoras do país? Os algarismos aí estão a falar a linguagem dos fatos, em que pese às sutilezas para ocultar a verdade.

O iruil burocrático

A razão disto? Toda a vez que o Estado é chamado, ou se lhe reclama

a intervenção, para resolver um abuso ou simples obstáculo, criam-se logo ins titutos, — dispendiosas burocracias, — e comissões, que resultam em "filas"

outro, nas dotações orçamentárias, na

intermináveis.

O preço então se eleva

quias, a proliferarem no país; e> de

Data vênia, a noção que tínhamos

distribuição das despesas, de caráter

de inflação era a de fenômeno do encarecimento da vida, onde há a utili

essencialmente reprodutivo, e chegar por algarismos absolutos, colhidos em

dade para ser adquirida, embora escas.seie essa por fatüro.s ou circunstâncias,

fontes oficiais, a este resultado:

invadidos.

Minhtérios

Agricultura

1938 %

1944

1947

%

%

2,7

3.7 12,1 4.8

4,0 14,4

Viação c transporte 23,6 Trab. Ind. e Com.

1,75

3,2

Dotações orçament. 28,05 20,6 21,6 Conclui-se, pois, que ao decréscimo

Entre autores estrangeiros, o termo

de 28,05 para 21,6^ nas três pastas, corresponde o aumento absoluto, de

artificial de preços, motivada pela emis

1938 a 1947, de 6.526,507 nas demais dotações.

gistra: "expand or raise artificially, as prices; — inflationist, one in favor of

an incrcased issue of paper money". Nessa acepção, têmo-la, sob a pior das

partir de 193.5. ano ]5or ano (ver o nú

exportação do que na importação, sen do que esta levemente maior em 1944.

mero 10, do dezembro de 1945, desta Revista), a eonipreonder o período que

todo aquele período, o volume das nos

E o sintoma esidente é ter sido, em

vem até 1944, ro\'eIa uma situação ní

sas vendas menor que o das compras,

tida e clara, tanto na importação como

como se verá do quadro a seguir: (®)

Exportação

1900-1909 (médias anuais) 1910-1919 ( " " ) 1920-1924 ( " " ) 1925-1929 ( " " -) 1930-1934 ( " " ) 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944

1.373.367 1.593.568 2.041.253 2.012.942 2.047.514

2.761.517 ".

Queda das nossas vendas no exterior E se atentarmos para a balança in ternacional de negócios, teremos de con

Importação

- -"5.304.026 3.829.539 4.229.305

2.696.089

2.671.405

3.779.318

4.183.042

3.236.916 3.535.557 2.659.548

\

TONELADAS 2.619.496 3.363.625 3.274.843

4.467.630 5.099.880 4.913.170 4.788.646 4.336.133 4.049.338 3.003.044 3.387.674

3.108.727

3.296.345 3.933.870

Exportação

- 1.246.129 - 1.770.057 - 1.233.590 - 3.291.083 - 1.782.025 - 1.467.788 - 1.338.903 - 1.803.535 - - 979.300 605.604 - 1.099.217 517.781 343.496 691.585 - 1.107.913

portámos e o que importámos, o vo

zeiros da e.xportação, que sempre su perou o da importação, traduzia larga

lume físico das nossas vendas para o exterior, ncs.se longo período percorri do, é menor 30,85%. Note-se que a

queda acentuada e contínua do nosso

Daí se deduz que, enti"e o que ex

foi criado para descrever a e.xpansão são de papel moeda. VVebster o re

decênios, a seguir por qüinqüênios e, a

na exportação, até 1939. Êste foi o ano da nossa maior exportação em volume. Sobreveio a seguir a queda acentuada, de ano para ano, em maior vulto na

controlávcl.

le d'un Etat",

e, até mesmo, em países mais atingidos pela última conflagração, alguns deles

O exame detaliiado da c\olução do

nosso comércio exterior, a princípio por

retraída, forçando-se-lhe a c.xacerbação do preço, — fator este psicológico in-

e desaparece a coisa a adquirir. É preciso ir procurar à causa dç tudo isso, de um lado, nos aparelhos de compressão, sob a forma de autar

tiunações políticas. Trata-se de um fe nômeno controlável, como o foi, e ain da é, nos EE. UU. Inglaterra, Canadá

vir na razão do aviltamento alarmante das taxas do câmbio.

tra a coisa para comprar; ou quando,

A este propósito, convém repetir ve lho mestre de , economia, quando diz que o papel instrutivo daqueles está na comparação. O essencial é compreen der o_ que Achenwall preceitua serem <'Ies algarismos: "Ia description actuel-

imprevistas, geralmente guerras e per-

81

pela grande escassez, esta é facilmente

da aperceber, será inútil e frustro.

Inflação ou empobrecimento?

Dicesto Econômico

mente a desvalorização da moeda, pela câmbio sobre Londres.

maior exportação, — 4.183.042 tone

Eram as médias das taxas, em 1900,

ladas, — SC verificou em 1939, quan

— 8 1/2 dinheíros por mil réis, elevan-

do no qüinqüênio de 1925-1929 a mé dia da importação foi 5.304.026.

do-se as mesmas até 16 5/8, em 1910, com bruscas oscilações, para cairem até

Depressão das taxas cambiais

5.59/128, em 1930 e \-erificar-se, nos últimos quinze anos, com fracas reações, o fragoroso declínio, até o

É verdade que a diferença, entre

aviltamento da paridade de 2.229/250,

compras e vendas, no período de 1900-

em 1941, e observar-se de 1942 a 1945

1929, foi de 1.885.215 toneladas e nos anos de 1930-1944, ficou reduzi da a 1.100.739. Mas o valor bra cru

(») "Digesto Econômico" n.® 10 de Setembro de 1945.


Digesto. Eco?

a maior depressão das taxas ainda vis tas no país. Con.sequêncúis

Tal depressão fez com que viésseino.s a despender, ao importar, maior quan tidade de moeda por menor cjiiantidade de mercadoria; e, ao exportar, re^ceber menos dinheiro por maior por

Convcnbamo.s*, jiois, cm que são in teiramente especiais

as

condições no

Ilrasil, jjaí-s sem produção ou coiu esta, ocassa, e mna ferrenha polílícti fiscal. A cha\'c para solução do problema

filaria no alarganienlo daf|nela, e as dificuldades, quç no^ assoberbam, de-

s.ijiarcceriam aiitomàl icanu-nti-. com o (•(juílíbrio e re\ígoramenlo <los futuros

ção de c-oisas, desaparecendo, assím, grande parte da valorização lia\ida, aqui e ali, na venda dos principais produtos de comércio e.xtemo, — café,

das cf)e.\islem que, na aciminisfraç.ão'de

les, etc.

conjunto.

algodão, cacau, borracha, couros, pe

aP esquisa naP ropaganda }?í)r Jo.\<) CAuv.\i.n.\i:.s

(ESPECIAL PAH.\ O

(Do Departamento de Estudo de Merca

do de j. Walter 'J'bomp.-,on Óc Companv)

"dicesto econômico")

orçamentos.

Ec-onomia e finança, coiifpianlo diver

sas e distintas uma da outra, tão liga um Estado, serão sempre ))ratieadas em

A i>csí/uisa de mercado não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos ac propaganda observado nos tdtiino.s ano.s. l-..sse desdobramento irregular dos tnélodos é cxjnicáveí, desde que sc afirme que so' há exigência de de terminados ti})()s de .serviços especializados quando se tem necessidade deles c houver solicitação do próprio grupo interessudo, necessidade por sua vez sentida quando O progresso

exigir fim grau mais apurado dc aperfeiçoamento das ativi dades que o circundam c indicam.

pescjuisa de mercado, os ser\'iços de propaganda em geral c o estudo cia eficiência e c<;ntr<)le cio venda no comér-

eio e na inclú.slria, passaram despercebi dos durante muito tenijjo no mundo dos negócios. Moje, porém, esses tipos de trabalho constituem uma ala

dc real

importância c movem campanhas de PERSPECTIVAS DE

DEPRESSÃO

Um relatório publicado pelo Comelho de Economlslofi do presidente Truman afirma que uma depressão econômica ameaça os Estados Unidos, cni 1947, sc

não forem efetivados os esforços necesf.ãrios para evitú-la, por parle dos dirigentes

patronais c operários, assim como pelos (çoicultores e pelo governo. A.s mzõe.ç

compra o venda, na comunidade. Sabese, por e.\'emj)lo, quç de todos os méto

dos de piopaganja, o scr\iço dc pes-

3uisa de mercado foi o menos consíerado pelas pessoas a se iniciarem nos

estudos da propaganda ou por aquelas <jue estiidas.^^em os meios dc tomar co

nhecido algum produto.

Não tardou,

de tal crise, segundo o aludido documento, podem ser encontradas nt) desequilí brio entre a produção e o poder aquisHivo, hem como nos lucros exagerados. O Conselho em aprêço acha que o momenlo crítico .surgirá quando a produção

porém, que tais estudiosos reclamassem a cooperação dos pesquisadores pela uti

começar a igualar-se aojwdcr aquisUivo, acumulado durante a guerra. Na con formidade do mesmo ponto de vista, a cri'.c poderá ser evitada se sc conseguir um ajii.sfamento comedido das despesas americanas e a da utilização tios recursos,

deriam prestar-lhes.

mediante o e.síabelecimenío prévio dos programas judicinsos. Por outro lado, o mc.mto relatório inVisfe .sobre a necessidade dc um con

(juer do serviço dc pesquisa informações sobre o produto, sua aceitação c situação no mercado; estudos sêibre os veículos

mais eficientes de propaganda (rádio, (ornai, rc\ista, bonde, ônibus, anúncios luminosos, etc.) para este ou aquele produto; relação dos nomes dos jornais

da localidade e sua tiragem; meios de comunicação.: população e distribuição social da mesma; dados concretos sobre

a formação e influencia racial do gnipo na formação de hábitos, na qual a imi gração e a localização dos quistos raciai.s

constituem

a

fonte

e

o ponto

inicial para o plano de pe.squísa que,

por sua \'cz, requer este ou aquêle ca

racterístico; indicações sobre a recepção

interesse pelas informações objetivas e

da propaganda, e, finalmente, o tempo provável cm que a proiJaganda alcança rá o grau ótimo de eficiência dentro de

chegou o momento dos técnicos cm pes

cada situação ou problema.

quisa dc mercado exporem os ensaios

sões desses estudos deixaram de ser de

lidade do serviço técnico que eles po

Aumentou assim o

As conclu

e ensinamentos adquiridos durante todos

dutivas para se tornarem científicas, e

perigo da crise, mas também para permitir o advento dc prosperidade nos anos

esses anos dc leitura e de experiências incompletas. Nos dias de hoje, todos

os índices estatísticos obtidos são ficha

inútil formular alualmente um programa de trabalhos públicos.

sabem que o plaiicjamcnto do uma cam

dos numa seqüência lógica, permitindo, desta maneira, jogar-se com diversos

panha dc propaganda bem orientada re-

elementos.

trole diligente da parte do govórno sobre (c: suas despesas, não .vo .para (■vitar o

futuros. Quanto ã questão de garantir emjn-ôgo para todos, o Conselho julga

Os meios de colher essas


Digesto. Eco?

a maior depressão das taxas ainda vis tas no país. Con.sequêncúis

Tal depressão fez com que viésseino.s a despender, ao importar, maior quan tidade de moeda por menor cjiiantidade de mercadoria; e, ao exportar, re^ceber menos dinheiro por maior por

Convcnbamo.s*, jiois, cm que são in teiramente especiais

as

condições no

Ilrasil, jjaí-s sem produção ou coiu esta, ocassa, e mna ferrenha polílícti fiscal. A cha\'c para solução do problema

filaria no alarganienlo daf|nela, e as dificuldades, quç no^ assoberbam, de-

s.ijiarcceriam aiitomàl icanu-nti-. com o (•(juílíbrio e re\ígoramenlo <los futuros

ção de c-oisas, desaparecendo, assím, grande parte da valorização lia\ida, aqui e ali, na venda dos principais produtos de comércio e.xtemo, — café,

das cf)e.\islem que, na aciminisfraç.ão'de

les, etc.

conjunto.

algodão, cacau, borracha, couros, pe

aP esquisa naP ropaganda }?í)r Jo.\<) CAuv.\i.n.\i:.s

(ESPECIAL PAH.\ O

(Do Departamento de Estudo de Merca

do de j. Walter 'J'bomp.-,on Óc Companv)

"dicesto econômico")

orçamentos.

Ec-onomia e finança, coiifpianlo diver

sas e distintas uma da outra, tão liga um Estado, serão sempre ))ratieadas em

A i>csí/uisa de mercado não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos ac propaganda observado nos tdtiino.s ano.s. l-..sse desdobramento irregular dos tnélodos é cxjnicáveí, desde que sc afirme que so' há exigência de de terminados ti})()s de .serviços especializados quando se tem necessidade deles c houver solicitação do próprio grupo interessudo, necessidade por sua vez sentida quando O progresso

exigir fim grau mais apurado dc aperfeiçoamento das ativi dades que o circundam c indicam.

pescjuisa de mercado, os ser\'iços de propaganda em geral c o estudo cia eficiência e c<;ntr<)le cio venda no comér-

eio e na inclú.slria, passaram despercebi dos durante muito tenijjo no mundo dos negócios. Moje, porém, esses tipos de trabalho constituem uma ala

dc real

importância c movem campanhas de PERSPECTIVAS DE

DEPRESSÃO

Um relatório publicado pelo Comelho de Economlslofi do presidente Truman afirma que uma depressão econômica ameaça os Estados Unidos, cni 1947, sc

não forem efetivados os esforços necesf.ãrios para evitú-la, por parle dos dirigentes

patronais c operários, assim como pelos (çoicultores e pelo governo. A.s mzõe.ç

compra o venda, na comunidade. Sabese, por e.\'emj)lo, quç de todos os méto

dos de piopaganja, o scr\iço dc pes-

3uisa de mercado foi o menos consíerado pelas pessoas a se iniciarem nos

estudos da propaganda ou por aquelas <jue estiidas.^^em os meios dc tomar co

nhecido algum produto.

Não tardou,

de tal crise, segundo o aludido documento, podem ser encontradas nt) desequilí brio entre a produção e o poder aquisHivo, hem como nos lucros exagerados. O Conselho em aprêço acha que o momenlo crítico .surgirá quando a produção

porém, que tais estudiosos reclamassem a cooperação dos pesquisadores pela uti

começar a igualar-se aojwdcr aquisUivo, acumulado durante a guerra. Na con formidade do mesmo ponto de vista, a cri'.c poderá ser evitada se sc conseguir um ajii.sfamento comedido das despesas americanas e a da utilização tios recursos,

deriam prestar-lhes.

mediante o e.síabelecimenío prévio dos programas judicinsos. Por outro lado, o mc.mto relatório inVisfe .sobre a necessidade dc um con

(juer do serviço dc pesquisa informações sobre o produto, sua aceitação c situação no mercado; estudos sêibre os veículos

mais eficientes de propaganda (rádio, (ornai, rc\ista, bonde, ônibus, anúncios luminosos, etc.) para este ou aquele produto; relação dos nomes dos jornais

da localidade e sua tiragem; meios de comunicação.: população e distribuição social da mesma; dados concretos sobre

a formação e influencia racial do gnipo na formação de hábitos, na qual a imi gração e a localização dos quistos raciai.s

constituem

a

fonte

e

o ponto

inicial para o plano de pe.squísa que,

por sua \'cz, requer este ou aquêle ca

racterístico; indicações sobre a recepção

interesse pelas informações objetivas e

da propaganda, e, finalmente, o tempo provável cm que a proiJaganda alcança rá o grau ótimo de eficiência dentro de

chegou o momento dos técnicos cm pes

cada situação ou problema.

quisa dc mercado exporem os ensaios

sões desses estudos deixaram de ser de

lidade do serviço técnico que eles po

Aumentou assim o

As conclu

e ensinamentos adquiridos durante todos

dutivas para se tornarem científicas, e

perigo da crise, mas também para permitir o advento dc prosperidade nos anos

esses anos dc leitura e de experiências incompletas. Nos dias de hoje, todos

os índices estatísticos obtidos são ficha

inútil formular alualmente um programa de trabalhos públicos.

sabem que o plaiicjamcnto do uma cam

dos numa seqüência lógica, permitindo, desta maneira, jogar-se com diversos

panha dc propaganda bem orientada re-

elementos.

trole diligente da parte do govórno sobre (c: suas despesas, não .vo .para (■vitar o

futuros. Quanto ã questão de garantir emjn-ôgo para todos, o Conselho julga

Os meios de colher essas


nrmMiK

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Digesto Eco^-ó^^co

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Digesto EcoNÓ^^co

informações exigem, entretanto, estudos e conhecimentos especializados.

fundamentais: l.'"*) estudo do mercado;

2.^) estudo do produto;

pesquisa. >

Estudo do mercado

Transformação da vida comercial e industrial

Apesar de tamanha preocupação í ni

salientar aqui a importância deste tra balho, a pesquisa de mercado, entre tanto, não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos de pro

paganda observado nos últimos anos.

Êsse desdobramento irregular dos méto

dos é explicável desde que se afirme

No estudo do mercado, por exemplo, a indústria que mantém em dia e con trola a venda dos produtos manufatura

revendedores ou uma amostra represen tativa de consumidores, a fim de se

saber o grau de saturação do mercado pelos produtos competidores; o preço calculado por unidade, para fazê-lo con correr com os outro.s, porém, com maio

entre as variações em cada condição,

deficiência técnica dos vendedores ou

foram baseados todos os cálculos de

particularmente.

rentes a um artigo competidor; quais

causa determinante da diminuição, son-

mo referente a esse ramo do negócio).

citação do próprio grupo interessado, necessidade por sua vez sentida quando

dar-se-á a variabilidade dos preços dos

se há alguma desorganização no serviço

produtos no mercado, chegando-se à con

o progresso exigir um grau mais apu

clusão de- que os vendedores, por qual-

rado de aperfeiçoamento das atividades

ciuer motivo, não se interessaram ou "simpatizaram" com os produtos e, con seqüentemente, aumentaram o preço para

que os consumidores comprassem um

produto competidor. Neste caso, torna-

Outra explicação se dá à maneira in diferente com que os industriários e co

se necessário tomar providências para

quinze anos atrás e à displicência dos

revendedores.

técnicos de propaganda para com o .ser viço de pesquisa: os negócios sendo en-

tribuição do produto no mercado está

tabolados sem a idéia de concorrência,

as firmas negociavam li\Tcmente, sem

a preocupação de desequilíbrio das com pras e vendas. Tempo veio, entretanto,

em que o mercado foi abastecido por novos e aperfeiçoados produtos e a pro

paganda eficiente firmou-se pela origi

nalidade de apresentação das preferên cias, estudada'e obtida entre os grupos de consumidores, pelo serviço de-pes

quisa. Motivada pelas condições do tempo, a vida comercial e industrial transformou-se, obrigando a se exigir

alguma coisa a mais do que aquilo que mais convenha para o conforto material. Nos dias presentes, a pesquisa de mercado fornece todos os elementos bá

sicos para o serviço da propaganda e êsse trabalho repartç-se em três partes

grupo. Por isto, essa distribuição deve

a.s probabilidades futuras dôsse merca

Cumpre saber sc a apresenta

se tem necessidade deles e houver soli

merciantes recaiam a propaganda há

das todas as pessoas pertencentes ao

do continuar com a situação na qual

nuição.

ção dos produtos foi alterada; se a qua

interno. Sc nenhum destes fatores fôr a

todos substituindo outros.

maior, as conclusões finais deverão ser as mesmas, como se fôssem entrevista

lidade deixou algo a desejar; se houve

dos, muitas vêzcs \'crifica que a cur\a. de \'cnda está indicando sensível dimi

que só há exigência de determinados tipos de serviços especializados quando

pícia para a introdução de novos mé

grupo duas. três, dez e até cem vêzes

ser baseada numa proporção lógica entre o número de casos a pesquisar e a densidade dessas pessoas em cada um .daqueles aspectos, para depois se fazer ainda um outro cálculo proporcional

res vantagens; o fabrico do produto, que pode ser orientado pelas preferên cias fornecidas pelos consumidores refe

venda (impostos alfandegários e ele mentos que regem a lei do protecionis

que o circundam e indicam. O tempo, portanto, determina a época mais pro

uma amostra que deve representar uni

que se encontre uma solução satisfa

A terceira parte trata da pesquisa

pròpriamcnte dita.

Ê importante não

confundir a terminologia usada no es

tudo da pcsqui.sa.

O estudo do mer

cado ou do produto não implica, na maior das vêzcs, cm rigoroso planeja

mento, grande precisão matemática, uma objetí\idade absoluta ou, ainda, nma formação técnico-profissional daqueles que recolhem os elementos, como se

sendo bem orientada. Todo consumidor

faz na pesquisa. A denominação de pes quisa pode ser dada quando a informa ção que se quer reclame determinados princípios de algumas ciências, como a da sociologia, economia, psicologia,

tem certas preferências por um produto.

estatística, matemática, etc.

tória e que remova o desinteresse dos De outro lado, verificar-.se-á se a dis

Se, entretanto, ' o procura

por várias

vezes e não o encontra, deixará de com

prá-lo e acabará esquecendo-o. Estudo do produto No estudo do produto, 2.'"^ parle, a atenção dos técnicos de pesquisa voltase mais para o problema do introdução

de novos produtos no mercado, de aná

A pesquisa obedece a certas condições sociais, cronológicas e econômicas das

pessoas das quais são obtidas informa ções, essenciais à orientação do técnico de pesquisa. Se se quiser conhecer o tipo de" programa de rádio mais prefe rido por pessoas que pertençam à classe social mais protegida ou as menos abas tadas; por pessoas cujo poder aquisitivo vá desde o salário mínimo até às grandes

lise das vantagens que oferece o mesmo

fortunas; por crianças cuja idade já in

produto e do seu aperfeiçoamento, que

dica uma formação que permita apre

deverá ser baseado nas preferências ou

ciar uma radiofonização e, finalmente,

conselhos dos próprios consumidores.

por anciãos que regularmente "olham"

Quando se pretende manufaturar um produto, é muito lógico que se obtenham

as novidades sem nenhum interêsse, é

dados de um determinado çírculç» de

necessário que a distribuição das entre vistas seja muito bem calculada sob

aquêles três aspectos. Tratando-se de

Assim, se se trata da propaganda d^ um sabonete que possua as presumíveis

qualidades exigidas por pessoas de dife rentes condições sociais, cronológicas e

econômicas, a finalidade principal da pesquisa seria a de escolher um tema^ ou

assunto para os anúncios.

Para este

trabalho, seriam estudadas e aproveita das todas as normas psicológicas

táveis a esse tipo de propaganda, a fim de chamar a atenção e giiudar o consu midor a se definir nas suas escoUias.

Constituiria, então, o primeiro passo da pesquisa: a elaboração do questionano.

Elaborar um questionário não é tareta fácil e rápida que uma pessoa sem co nhecimento apurado do assunto e sem

experiência de campo possa realizar (de nomina-se experiência de campo ao ser-

\'iço do pesquisador, por meio do qual se conhecem as vantagens ou desvan tagens de certas constnições de pergun

tas). Além das pergimtas que se refe rem ao sabonete em si, como perfume, durabilidade (economia), preço,

nho, côr, etc., investigar-se-ia o meinor veícúlo de propaganda para o caso. escolhida a propaganda pelo radio, pro-

curar-se-ia saber os tipos de pr^aganda

mais preferidos pelos consumidores do próprio produto ou de produtos simila res;' a freqüência com que comumente esses programas de rádio são ouvidos;

quais os horários mais ajustáveis às ho

ras de descanço dos consumidores ou

vintes; qual a estação de rádio mais

ouvida e se existem certas preferências à


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Digesto Eco^-ó^^co

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Digesto EcoNÓ^^co

informações exigem, entretanto, estudos e conhecimentos especializados.

fundamentais: l.'"*) estudo do mercado;

2.^) estudo do produto;

pesquisa. >

Estudo do mercado

Transformação da vida comercial e industrial

Apesar de tamanha preocupação í ni

salientar aqui a importância deste tra balho, a pesquisa de mercado, entre tanto, não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos de pro

paganda observado nos últimos anos.

Êsse desdobramento irregular dos méto

dos é explicável desde que se afirme

No estudo do mercado, por exemplo, a indústria que mantém em dia e con trola a venda dos produtos manufatura

revendedores ou uma amostra represen tativa de consumidores, a fim de se

saber o grau de saturação do mercado pelos produtos competidores; o preço calculado por unidade, para fazê-lo con correr com os outro.s, porém, com maio

entre as variações em cada condição,

deficiência técnica dos vendedores ou

foram baseados todos os cálculos de

particularmente.

rentes a um artigo competidor; quais

causa determinante da diminuição, son-

mo referente a esse ramo do negócio).

citação do próprio grupo interessado, necessidade por sua vez sentida quando

dar-se-á a variabilidade dos preços dos

se há alguma desorganização no serviço

produtos no mercado, chegando-se à con

o progresso exigir um grau mais apu

clusão de- que os vendedores, por qual-

rado de aperfeiçoamento das atividades

ciuer motivo, não se interessaram ou "simpatizaram" com os produtos e, con seqüentemente, aumentaram o preço para

que os consumidores comprassem um

produto competidor. Neste caso, torna-

Outra explicação se dá à maneira in diferente com que os industriários e co

se necessário tomar providências para

quinze anos atrás e à displicência dos

revendedores.

técnicos de propaganda para com o .ser viço de pesquisa: os negócios sendo en-

tribuição do produto no mercado está

tabolados sem a idéia de concorrência,

as firmas negociavam li\Tcmente, sem

a preocupação de desequilíbrio das com pras e vendas. Tempo veio, entretanto,

em que o mercado foi abastecido por novos e aperfeiçoados produtos e a pro

paganda eficiente firmou-se pela origi

nalidade de apresentação das preferên cias, estudada'e obtida entre os grupos de consumidores, pelo serviço de-pes

quisa. Motivada pelas condições do tempo, a vida comercial e industrial transformou-se, obrigando a se exigir

alguma coisa a mais do que aquilo que mais convenha para o conforto material. Nos dias presentes, a pesquisa de mercado fornece todos os elementos bá

sicos para o serviço da propaganda e êsse trabalho repartç-se em três partes

grupo. Por isto, essa distribuição deve

a.s probabilidades futuras dôsse merca

Cumpre saber sc a apresenta

se tem necessidade deles e houver soli

merciantes recaiam a propaganda há

das todas as pessoas pertencentes ao

do continuar com a situação na qual

nuição.

ção dos produtos foi alterada; se a qua

interno. Sc nenhum destes fatores fôr a

todos substituindo outros.

maior, as conclusões finais deverão ser as mesmas, como se fôssem entrevista

lidade deixou algo a desejar; se houve

dos, muitas vêzcs \'crifica que a cur\a. de \'cnda está indicando sensível dimi

que só há exigência de determinados tipos de serviços especializados quando

pícia para a introdução de novos mé

grupo duas. três, dez e até cem vêzes

ser baseada numa proporção lógica entre o número de casos a pesquisar e a densidade dessas pessoas em cada um .daqueles aspectos, para depois se fazer ainda um outro cálculo proporcional

res vantagens; o fabrico do produto, que pode ser orientado pelas preferên cias fornecidas pelos consumidores refe

venda (impostos alfandegários e ele mentos que regem a lei do protecionis

que o circundam e indicam. O tempo, portanto, determina a época mais pro

uma amostra que deve representar uni

que se encontre uma solução satisfa

A terceira parte trata da pesquisa

pròpriamcnte dita.

Ê importante não

confundir a terminologia usada no es

tudo da pcsqui.sa.

O estudo do mer

cado ou do produto não implica, na maior das vêzcs, cm rigoroso planeja

mento, grande precisão matemática, uma objetí\idade absoluta ou, ainda, nma formação técnico-profissional daqueles que recolhem os elementos, como se

sendo bem orientada. Todo consumidor

faz na pesquisa. A denominação de pes quisa pode ser dada quando a informa ção que se quer reclame determinados princípios de algumas ciências, como a da sociologia, economia, psicologia,

tem certas preferências por um produto.

estatística, matemática, etc.

tória e que remova o desinteresse dos De outro lado, verificar-.se-á se a dis

Se, entretanto, ' o procura

por várias

vezes e não o encontra, deixará de com

prá-lo e acabará esquecendo-o. Estudo do produto No estudo do produto, 2.'"^ parle, a atenção dos técnicos de pesquisa voltase mais para o problema do introdução

de novos produtos no mercado, de aná

A pesquisa obedece a certas condições sociais, cronológicas e econômicas das

pessoas das quais são obtidas informa ções, essenciais à orientação do técnico de pesquisa. Se se quiser conhecer o tipo de" programa de rádio mais prefe rido por pessoas que pertençam à classe social mais protegida ou as menos abas tadas; por pessoas cujo poder aquisitivo vá desde o salário mínimo até às grandes

lise das vantagens que oferece o mesmo

fortunas; por crianças cuja idade já in

produto e do seu aperfeiçoamento, que

dica uma formação que permita apre

deverá ser baseado nas preferências ou

ciar uma radiofonização e, finalmente,

conselhos dos próprios consumidores.

por anciãos que regularmente "olham"

Quando se pretende manufaturar um produto, é muito lógico que se obtenham

as novidades sem nenhum interêsse, é

dados de um determinado çírculç» de

necessário que a distribuição das entre vistas seja muito bem calculada sob

aquêles três aspectos. Tratando-se de

Assim, se se trata da propaganda d^ um sabonete que possua as presumíveis

qualidades exigidas por pessoas de dife rentes condições sociais, cronológicas e

econômicas, a finalidade principal da pesquisa seria a de escolher um tema^ ou

assunto para os anúncios.

Para este

trabalho, seriam estudadas e aproveita das todas as normas psicológicas

táveis a esse tipo de propaganda, a fim de chamar a atenção e giiudar o consu midor a se definir nas suas escoUias.

Constituiria, então, o primeiro passo da pesquisa: a elaboração do questionano.

Elaborar um questionário não é tareta fácil e rápida que uma pessoa sem co nhecimento apurado do assunto e sem

experiência de campo possa realizar (de nomina-se experiência de campo ao ser-

\'iço do pesquisador, por meio do qual se conhecem as vantagens ou desvan tagens de certas constnições de pergun

tas). Além das pergimtas que se refe rem ao sabonete em si, como perfume, durabilidade (economia), preço,

nho, côr, etc., investigar-se-ia o meinor veícúlo de propaganda para o caso. escolhida a propaganda pelo radio, pro-

curar-se-ia saber os tipos de pr^aganda

mais preferidos pelos consumidores do próprio produto ou de produtos simila res;' a freqüência com que comumente esses programas de rádio são ouvidos;

quais os horários mais ajustáveis às ho

ras de descanço dos consumidores ou

vintes; qual a estação de rádio mais

ouvida e se existem certas preferências à


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Digesto Econóahco

casos anteriores similares a êstc e, sem

parte sobre potencialidade da estação,

fissão industrial, inosfraudo-sc mais inte

sonorização c pontualidade das progra

ligente. instruído ou culto ou, então,

mações etc. Dentro da grande variabi-

com qualidades pxccjicionais que superauí as do enlrcvistado. Os jjcsqulsadore.s devem .saber cpic as jjcssoas prestam informações pensando .sempre que estão

lidadc das diferentes respostas dadas para cada pergunta, escolher-se-ia o mé

todo estatístico mais conveniente para reunir objetivamente as preferencias comims dos ouvintes e considerá-las fun

"auxiliando" alguém e que ê.ste tanto pode ser o próprio pcscjuisador ou a

damentais para o futuro serviço de pro

firma que orienta^ a pesquisa. Por con

paganda.

seguinte, não será de boa técnica criar

Relativamente à técnica usada na dis

tribuição das entrevistas sob o aspecto

econômico, discute-se qual o método que .satisfaça.

O sistema de classes de ren

dimento familítrr ou pessoal dos entre vistados, pode ser estabelecido de acor do com a necessidade, preço, natureza e utilidade do produto.

De outro lado, a distribuição associa tiva das idades e condições sociais tem

idêntica especificação' dada ao p^oder aquisitivo.

este problema para os pe.s<juisaclos, fa

zendo-os analisar uma nova situação,

nenhum fundamento, por-sc num "staíiis"

social ou econômico há muito desejado, mas não conseguido. Outro método consiste oni entregar-se ao entrevistado

o

questionário, nèle

mostrar-lhe as \árias classes de rondi-

mcnlo familiar ou pessoal imprcs.sas c pcdir-lhc que faça uma cruz na classe a ({uc pertence.

Usando-se esto mé

todo, a probabilidade dessa ]jessoa for mular mentalmente a resposta c forne cê-la falsa, é, como já foi dito, muito

melhor do que, dc .sopctão, pcdir-lhc

deste exame fará com que èle reaja de maneira a cxteriorizar a resposta dese jada pelo pesquisador. A Inbulação dos dados pesquisados, finalmente, constitui uma parto do tra balho cspecializ;ido da poscpúsa. As

conclusões c a apresentação dos resul tados dependem de um IraballíO excep cionalmente técnico que c.vige um es

pecial conhecimento de metodologia es tatística.

Não se pode, em suma, detalhar a técnica da pesquisa num trabalho como este, que representa uma "tabulaçao" sintética de experièscia e estudo. Em

bem diferente. Essas pessoas deverão sentir-se à vontade c ter a sensação de

que a diga.

isto dizer que o pescjuisadòr dc\erá humilhar-sc a fim di? remo\'er as dificul

analisará as diferenças das classes cnlri; si e entre a resposta falsa formulada c a resposta \-erdadcÍra. Por um impulso

frisadas neste trabalho, podei-se-ú en

instintivo de honestidade, o resultado

uma coleção de manuscritos.

domínio da situação. Não se quer com

dades que se apresentam, mas ajustarse ao papel de alguém que precisa de alguma coisa o dc alguém que fornece,

Assim é cpie o entrevis

tado, lendo em poder o miestionário,

cada uma das modalidades do estudo

contrar campo suficiente para de.senAolver assuntos capazes de constituírem

gratuitamente, impressões pes.soais,

fracassaria, também, o pesquisador

4

que se apre.senlassc diante de um adoTreinamento dos pesquisadores Elaborado o questionário, necessita-se

agora orientar e in.struir os pesquisado

lesc< ntc cie 20 anos de idade, estudante o com situação cconomica "esluclantil", clizcndo-lho um conjunto de ])alavras en

feitadas e pronunciando as perguntas

res para a minuciosa tarefa de interpre

numa cadência \'agarosu. Nem muito à

tar as atitudes das pessoas e como des

terra nem muito ao mar.

crevê-las. O treinamento dos pesquisa

dores é necessário desde que se queira

1 nhulação dos dados pesquisados

alcançar informações precisas e defini

das. Um pesquisador deve possuir cer tas aptidões específicas, tais como a capacidade de reunir em pouco tempo certas reações que criem atitude e façam

Outros métodos da psicologia aplica para cada problema, pois, dos mesmos dependerão as vcrdacleiras soluções e

nascer motivos para argumentação con

conclusões. A experiência, por exemplo,

vincente sobre a utilidade da pesquisa e a importância das informações. Po-

ensina cpic a margem de erros ou a pro

der-se-ia incluir essa capacidade, ora

babilidade dc respostas falsas será muito ménor se se deixar que o entrevistado

explicada como "intuição", ora como

aponte com as próprias mãos a classe

inclinação (reunião de um determinado número de aptidões julgadas indi.spensáveis para o trabalho da pe.sqiiisa), entre aquelas chamadas pelos modernos psi cólogos de percepção cxtra-sensorial. Um pesquisador nunca teria êxito ou não seria eficiente, se se apresentar a

uma pessoa de 50 anos de idade, com situação econômica favorecida e de pro-

COTA DA PRODUÇÃO DE AÇÜCAR

dos á pesquisa deverão ser estudados

do rendimento familiar ou pessoal a quo pertence do ciue, simplesmente, se so perguntar qual o seu rendimento.

razão é de ordem psicológica.

A

Se se

perguntar a uma pessoa qual o seu rendimento, o processo mental levado a

efeito para a emi.ssão da re.sposta será

sím|>les, o que lhe dará possibilidade.s

O gabinete do secretario da Agricultura de São Paulo distribuiu à imprensa o seguinte comunicado:

"O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, devidamente autorizado pelo sr. interj:^entor federal o na forma do decreto-lei federal n." 9827, do 10 de setembro de 1946, que dispõe sôbre a produção açucareira, convida os pantadores de cana do Estado de São Paulo a fazer a êste gabinete as declarações dc'rea cultivada e em plantação de cano, maquinismo que possuirctn nu em uws de

instalação para a industrialização da cana, a fim de que a Secretaria, realit^cuK

as necessárias verificações e feitos os reajuslamcntos a que se refere a resolução n." 125, de 14 de setembro de 1943, fique habilitado a estabelecer com o Ins tituto do Açúcar e do Álcool o critério de distribuição do aumento dc cota da produção do açúcar atribuída ao Estado. "Os interessados poderão fazer suas declarações diretamente a êste gabinete ■ou por Dor

para lembrar e raciocinar sôbre um dos i "iW ÉÉ1

intermédio dos agrônomos regionais, até o dia 15 de janeiro de 1947".


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Digesto Econóahco

casos anteriores similares a êstc e, sem

parte sobre potencialidade da estação,

fissão industrial, inosfraudo-sc mais inte

sonorização c pontualidade das progra

ligente. instruído ou culto ou, então,

mações etc. Dentro da grande variabi-

com qualidades pxccjicionais que superauí as do enlrcvistado. Os jjcsqulsadore.s devem .saber cpic as jjcssoas prestam informações pensando .sempre que estão

lidadc das diferentes respostas dadas para cada pergunta, escolher-se-ia o mé

todo estatístico mais conveniente para reunir objetivamente as preferencias comims dos ouvintes e considerá-las fun

"auxiliando" alguém e que ê.ste tanto pode ser o próprio pcscjuisador ou a

damentais para o futuro serviço de pro

firma que orienta^ a pesquisa. Por con

paganda.

seguinte, não será de boa técnica criar

Relativamente à técnica usada na dis

tribuição das entrevistas sob o aspecto

econômico, discute-se qual o método que .satisfaça.

O sistema de classes de ren

dimento familítrr ou pessoal dos entre vistados, pode ser estabelecido de acor do com a necessidade, preço, natureza e utilidade do produto.

De outro lado, a distribuição associa tiva das idades e condições sociais tem

idêntica especificação' dada ao p^oder aquisitivo.

este problema para os pe.s<juisaclos, fa

zendo-os analisar uma nova situação,

nenhum fundamento, por-sc num "staíiis"

social ou econômico há muito desejado, mas não conseguido. Outro método consiste oni entregar-se ao entrevistado

o

questionário, nèle

mostrar-lhe as \árias classes de rondi-

mcnlo familiar ou pessoal imprcs.sas c pcdir-lhc que faça uma cruz na classe a ({uc pertence.

Usando-se esto mé

todo, a probabilidade dessa ]jessoa for mular mentalmente a resposta c forne cê-la falsa, é, como já foi dito, muito

melhor do que, dc .sopctão, pcdir-lhc

deste exame fará com que èle reaja de maneira a cxteriorizar a resposta dese jada pelo pesquisador. A Inbulação dos dados pesquisados, finalmente, constitui uma parto do tra balho cspecializ;ido da poscpúsa. As

conclusões c a apresentação dos resul tados dependem de um IraballíO excep cionalmente técnico que c.vige um es

pecial conhecimento de metodologia es tatística.

Não se pode, em suma, detalhar a técnica da pesquisa num trabalho como este, que representa uma "tabulaçao" sintética de experièscia e estudo. Em

bem diferente. Essas pessoas deverão sentir-se à vontade c ter a sensação de

que a diga.

isto dizer que o pescjuisadòr dc\erá humilhar-sc a fim di? remo\'er as dificul

analisará as diferenças das classes cnlri; si e entre a resposta falsa formulada c a resposta \-erdadcÍra. Por um impulso

frisadas neste trabalho, podei-se-ú en

instintivo de honestidade, o resultado

uma coleção de manuscritos.

domínio da situação. Não se quer com

dades que se apresentam, mas ajustarse ao papel de alguém que precisa de alguma coisa o dc alguém que fornece,

Assim é cpie o entrevis

tado, lendo em poder o miestionário,

cada uma das modalidades do estudo

contrar campo suficiente para de.senAolver assuntos capazes de constituírem

gratuitamente, impressões pes.soais,

fracassaria, também, o pesquisador

4

que se apre.senlassc diante de um adoTreinamento dos pesquisadores Elaborado o questionário, necessita-se

agora orientar e in.struir os pesquisado

lesc< ntc cie 20 anos de idade, estudante o com situação cconomica "esluclantil", clizcndo-lho um conjunto de ])alavras en

feitadas e pronunciando as perguntas

res para a minuciosa tarefa de interpre

numa cadência \'agarosu. Nem muito à

tar as atitudes das pessoas e como des

terra nem muito ao mar.

crevê-las. O treinamento dos pesquisa

dores é necessário desde que se queira

1 nhulação dos dados pesquisados

alcançar informações precisas e defini

das. Um pesquisador deve possuir cer tas aptidões específicas, tais como a capacidade de reunir em pouco tempo certas reações que criem atitude e façam

Outros métodos da psicologia aplica para cada problema, pois, dos mesmos dependerão as vcrdacleiras soluções e

nascer motivos para argumentação con

conclusões. A experiência, por exemplo,

vincente sobre a utilidade da pesquisa e a importância das informações. Po-

ensina cpic a margem de erros ou a pro

der-se-ia incluir essa capacidade, ora

babilidade dc respostas falsas será muito ménor se se deixar que o entrevistado

explicada como "intuição", ora como

aponte com as próprias mãos a classe

inclinação (reunião de um determinado número de aptidões julgadas indi.spensáveis para o trabalho da pe.sqiiisa), entre aquelas chamadas pelos modernos psi cólogos de percepção cxtra-sensorial. Um pesquisador nunca teria êxito ou não seria eficiente, se se apresentar a

uma pessoa de 50 anos de idade, com situação econômica favorecida e de pro-

COTA DA PRODUÇÃO DE AÇÜCAR

dos á pesquisa deverão ser estudados

do rendimento familiar ou pessoal a quo pertence do ciue, simplesmente, se so perguntar qual o seu rendimento.

razão é de ordem psicológica.

A

Se se

perguntar a uma pessoa qual o seu rendimento, o processo mental levado a

efeito para a emi.ssão da re.sposta será

sím|>les, o que lhe dará possibilidade.s

O gabinete do secretario da Agricultura de São Paulo distribuiu à imprensa o seguinte comunicado:

"O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, devidamente autorizado pelo sr. interj:^entor federal o na forma do decreto-lei federal n." 9827, do 10 de setembro de 1946, que dispõe sôbre a produção açucareira, convida os pantadores de cana do Estado de São Paulo a fazer a êste gabinete as declarações dc'rea cultivada e em plantação de cano, maquinismo que possuirctn nu em uws de

instalação para a industrialização da cana, a fim de que a Secretaria, realit^cuK

as necessárias verificações e feitos os reajuslamcntos a que se refere a resolução n." 125, de 14 de setembro de 1943, fique habilitado a estabelecer com o Ins tituto do Açúcar e do Álcool o critério de distribuição do aumento dc cota da produção do açúcar atribuída ao Estado. "Os interessados poderão fazer suas declarações diretamente a êste gabinete ■ou por Dor

para lembrar e raciocinar sôbre um dos i "iW ÉÉ1

intermédio dos agrônomos regionais, até o dia 15 de janeiro de 1947".


pp Digesto Econókhco

MESTRES »\ ECOItlOMH Karl Heinrich Marx

era um advogado judeu, mas cm 1824 (quando Karl contava apenas seis anos de idade) juntamente com sua

nomia de Londres)

família se con\ertcu à crença pi-otestan-

(Especial para o "Olgesto Econômico")

Marx

tornam evidente que êle foi, antes di>

mais nada, um rèforfriador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.

Os seus estudos econômicos, por sérios que tenham sido, constituíam o veículo

para os seus objetivos. A sua finali

Examinaremos agora Marx e seus vo

dade era derrocar as instituições políti^

lumosos escritos, que levaram os pontos

c«s e econômicas existentes. Mas os seus

gico. Suas obras são importantes não porque tenham alargado materialmente

métodos não conquistaram as simpatias dos socialistas, como se vê pela crítica que lhe dirigiu o falecido H. G. Wells.

contudo, como o anterior, em breve ma logrou: de fato, limitou-se a um núme ro O artigo de Marx inserto nessa pu blicação fere a mesma nota dos seus trabalhos precedentes. Acentuava a im portância da alavanca K^rrf^Ví=iii política ? para a ^ *'NÓS emancipação social. Escre\eu. lhes dirigimos o verdadeiro gnto de guer

Karl Heirich Marx nasceu em 1818

(Membro da Sociedade Keaí de Eco

de

franco-germânica. O empreendimento,

borados.

em Treves, na Prússia Rcnana. Seu pai

por 5. Harcourt-RIvington

vida

lhos provocadores chegaram a ser ela Origem c formação

fundador da doutrina da luta de classe

Os acontecimentos da

89

de vista dos socialistas ao seu fim ló

o conhecimento econômico, mas porque foram redigidas para movimentar a pai

•irtigo sôbre as idéias correntes em econonúa política para a mesma revista. Tornaram-se amigos certos, colaborado res em escritos políticos e econômicos.

conquistou o seu gmu de doutor em filosoría. Em Berlim, quando estudante,

Perseguido pelo govêrno prussiano

relacionou-se com os irmãos Bruno è Edcar Bauer, membros do "Freien", ou círculo hegeliano. O contacto com êstes espíritos radicais mudou as suas

O próximo empreendimento de Mar.t foi o órgão radical "Vorwartz" - pu

idéias 6 a sua carreira. Depois de

gação do governo prussiano, as autori

abandonar a advocacia como profissão,

xão humana. Nisto nos parecem úni cas, pois Marx foi o primeiro dos eco nomistas clássicos que deliberadamente pregaram a efusão de sangue na defesá

assim traçada uma firme evolução das

de suas doutrinas.

idéias econômicas, desde a era de Pla tão até as primeiras décadas do século

listas e de "esquerda".

tuíam material de propaganda, destina dos a criar espírito de revolta contra

XIX, mostrando particularmente o de

tes invectivas logo se manifestaram. Em

as instituições políticas e econômicas

senvolvimento da empolgante controvér

outubro de 1842 converteu-se num dos

existentes. Es-creveu; "Uma classe ape

sia entre os partidários da propriedade pública e da propriedade privada dos meios de produção. Vimos como, em

nas pode combater a autoridade orga

diretores do jornal. Mas as suas ativi dades "despertaram a censura do gover

nizada. Ela deve romper todos os seus grilhões, ao subverter o conjunto da so

no. O jornal foi suprimido dentro de poucos meses da nova orientação. No

suas várias orientações, escritores desde

ciedade constituída".

obras dos 'Mestres da Economia". Foi

Platão até o Conde de Saint Simon, Sismondi, Ricardo, Owen, Proudhon apre

sentaram idéias que socialistas "^polfe^ riores adotaram e remodelaram, para a elaboração de suas doutrinas, e como, em sentido contrário, Aristóteles, Aqui-

Seus livros consti

A sua doutrina investe contra a civi

lização. Talvez nenhum escritor, a não

ser os da escola teológica, tenha susci tado nos seus discípulos uma devoção tão obstinada, e entre os seus adversá

nas, Quesnay, Adam Smitli, Turgot e

rios condenação tão emotiva quanto Karl

Mill se manifestaram sucessivamente em

Marx.

favor da permanêniJtSi do esfôrço indi vidual e do sistema tradicional da em-

prêsa e da propriedade privada.

Contudo, antes de considerarmos as

suas idéias, vejamos que espécie de ho mem que era êle e como os seus traba-

drich Engels, que concorrera com um

te. O filho foi educado primeiramen te no ginásio de sua cidade natal e de pois nas universidades de Bonn e de Berlim. Inicialmente, estudou leis, e depois história e filosofia. Em 1841

pensou em ser professor, mas finalmen te ingressou no jornalismo, juntando-se ao corpo redatorial da "Rheinischc Zeitung", que se dedicava principalmente à exposição das idéias avançadas, socia

biografias já foram publica DjEZESSETE das nesta serie dedicada à vida e às

ra". Em Paris relacionou-se com Frie-

Suas qualidades dc palavTa c suas for

verão de 1843 contraiu matrimônio com

blicado em Paris, - mas que igualmen

te teve um fim prematuro. Por insti-

dades francesas ordenaram que êle e seus companheiros de jomal deixassem a França. Marx dirigiu-se então para Bruxelas, onde publicou "La Misère de

Ia Philosophío", uma réplica ao livro de Proudhon subordinado ao sub-títuJo "La

Philosophie de Ia Misère", e citado em biografia desta série, número de novem bro do "Digesto Econômico".

Em Bruxelas, juntamente com Engels, aderiu ao movimento socialista da classe

operilria. Fundaram na capital belga uma sociedade de trabalhadores alemães,

adquiriram o "Brussels-Deutsche Zeitung" e finalmente se tomaram mem

a filha de um alto funcionário gover namental cuja mulher vinha a ser des cendente do duque inglês de Argyle. A espôsa de Marx se re\'elou uma fir me companheira, que se lhe conservou fiel, apesar da pobreza e das vicissitu-

escreveram para essa sociedade o seu conhecido "Manifesto Comunista", que

des por que passaram.

estabeleceu os ideais de sua doutrina.

No outono desse ano dirigiu-se a Pa ris a fim de estudar.

O movimento so

cialista estava então no seu zênite. Jun tamente com outro hegeliano, Marx se

dispôs a editar uma revista socialista

bros de uma organização secreta deno

minada "Liga Comunista", que tinha ramificações em Londres e Paris, além de outros" lugares. Pelo fim de 1847

Mal foi publicado esse trabalho, a Re volução explodiu na França (1848).

M^x se precipitou para Paris, mas de pois de uma breve permanência, de cidiu retomar à Alemanha, a fim de aeir

í


pp Digesto Econókhco

MESTRES »\ ECOItlOMH Karl Heinrich Marx

era um advogado judeu, mas cm 1824 (quando Karl contava apenas seis anos de idade) juntamente com sua

nomia de Londres)

família se con\ertcu à crença pi-otestan-

(Especial para o "Olgesto Econômico")

Marx

tornam evidente que êle foi, antes di>

mais nada, um rèforfriador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.

Os seus estudos econômicos, por sérios que tenham sido, constituíam o veículo

para os seus objetivos. A sua finali

Examinaremos agora Marx e seus vo

dade era derrocar as instituições políti^

lumosos escritos, que levaram os pontos

c«s e econômicas existentes. Mas os seus

gico. Suas obras são importantes não porque tenham alargado materialmente

métodos não conquistaram as simpatias dos socialistas, como se vê pela crítica que lhe dirigiu o falecido H. G. Wells.

contudo, como o anterior, em breve ma logrou: de fato, limitou-se a um núme ro O artigo de Marx inserto nessa pu blicação fere a mesma nota dos seus trabalhos precedentes. Acentuava a im portância da alavanca K^rrf^Ví=iii política ? para a ^ *'NÓS emancipação social. Escre\eu. lhes dirigimos o verdadeiro gnto de guer

Karl Heirich Marx nasceu em 1818

(Membro da Sociedade Keaí de Eco

de

franco-germânica. O empreendimento,

borados.

em Treves, na Prússia Rcnana. Seu pai

por 5. Harcourt-RIvington

vida

lhos provocadores chegaram a ser ela Origem c formação

fundador da doutrina da luta de classe

Os acontecimentos da

89

de vista dos socialistas ao seu fim ló

o conhecimento econômico, mas porque foram redigidas para movimentar a pai

•irtigo sôbre as idéias correntes em econonúa política para a mesma revista. Tornaram-se amigos certos, colaborado res em escritos políticos e econômicos.

conquistou o seu gmu de doutor em filosoría. Em Berlim, quando estudante,

Perseguido pelo govêrno prussiano

relacionou-se com os irmãos Bruno è Edcar Bauer, membros do "Freien", ou círculo hegeliano. O contacto com êstes espíritos radicais mudou as suas

O próximo empreendimento de Mar.t foi o órgão radical "Vorwartz" - pu

idéias 6 a sua carreira. Depois de

gação do governo prussiano, as autori

abandonar a advocacia como profissão,

xão humana. Nisto nos parecem úni cas, pois Marx foi o primeiro dos eco nomistas clássicos que deliberadamente pregaram a efusão de sangue na defesá

assim traçada uma firme evolução das

de suas doutrinas.

idéias econômicas, desde a era de Pla tão até as primeiras décadas do século

listas e de "esquerda".

tuíam material de propaganda, destina dos a criar espírito de revolta contra

XIX, mostrando particularmente o de

tes invectivas logo se manifestaram. Em

as instituições políticas e econômicas

senvolvimento da empolgante controvér

outubro de 1842 converteu-se num dos

existentes. Es-creveu; "Uma classe ape

sia entre os partidários da propriedade pública e da propriedade privada dos meios de produção. Vimos como, em

nas pode combater a autoridade orga

diretores do jornal. Mas as suas ativi dades "despertaram a censura do gover

nizada. Ela deve romper todos os seus grilhões, ao subverter o conjunto da so

no. O jornal foi suprimido dentro de poucos meses da nova orientação. No

suas várias orientações, escritores desde

ciedade constituída".

obras dos 'Mestres da Economia". Foi

Platão até o Conde de Saint Simon, Sismondi, Ricardo, Owen, Proudhon apre

sentaram idéias que socialistas "^polfe^ riores adotaram e remodelaram, para a elaboração de suas doutrinas, e como, em sentido contrário, Aristóteles, Aqui-

Seus livros consti

A sua doutrina investe contra a civi

lização. Talvez nenhum escritor, a não

ser os da escola teológica, tenha susci tado nos seus discípulos uma devoção tão obstinada, e entre os seus adversá

nas, Quesnay, Adam Smitli, Turgot e

rios condenação tão emotiva quanto Karl

Mill se manifestaram sucessivamente em

Marx.

favor da permanêniJtSi do esfôrço indi vidual e do sistema tradicional da em-

prêsa e da propriedade privada.

Contudo, antes de considerarmos as

suas idéias, vejamos que espécie de ho mem que era êle e como os seus traba-

drich Engels, que concorrera com um

te. O filho foi educado primeiramen te no ginásio de sua cidade natal e de pois nas universidades de Bonn e de Berlim. Inicialmente, estudou leis, e depois história e filosofia. Em 1841

pensou em ser professor, mas finalmen te ingressou no jornalismo, juntando-se ao corpo redatorial da "Rheinischc Zeitung", que se dedicava principalmente à exposição das idéias avançadas, socia

biografias já foram publica DjEZESSETE das nesta serie dedicada à vida e às

ra". Em Paris relacionou-se com Frie-

Suas qualidades dc palavTa c suas for

verão de 1843 contraiu matrimônio com

blicado em Paris, - mas que igualmen

te teve um fim prematuro. Por insti-

dades francesas ordenaram que êle e seus companheiros de jomal deixassem a França. Marx dirigiu-se então para Bruxelas, onde publicou "La Misère de

Ia Philosophío", uma réplica ao livro de Proudhon subordinado ao sub-títuJo "La

Philosophie de Ia Misère", e citado em biografia desta série, número de novem bro do "Digesto Econômico".

Em Bruxelas, juntamente com Engels, aderiu ao movimento socialista da classe

operilria. Fundaram na capital belga uma sociedade de trabalhadores alemães,

adquiriram o "Brussels-Deutsche Zeitung" e finalmente se tomaram mem

a filha de um alto funcionário gover namental cuja mulher vinha a ser des cendente do duque inglês de Argyle. A espôsa de Marx se re\'elou uma fir me companheira, que se lhe conservou fiel, apesar da pobreza e das vicissitu-

escreveram para essa sociedade o seu conhecido "Manifesto Comunista", que

des por que passaram.

estabeleceu os ideais de sua doutrina.

No outono desse ano dirigiu-se a Pa ris a fim de estudar.

O movimento so

cialista estava então no seu zênite. Jun tamente com outro hegeliano, Marx se

dispôs a editar uma revista socialista

bros de uma organização secreta deno

minada "Liga Comunista", que tinha ramificações em Londres e Paris, além de outros" lugares. Pelo fim de 1847

Mal foi publicado esse trabalho, a Re volução explodiu na França (1848).

M^x se precipitou para Paris, mas de pois de uma breve permanência, de cidiu retomar à Alemanha, a fim de aeir

í


V--'

DicnsTO Econômico 91 90

Dic£:sto Eco.nóíuco

vam os meios c_ os fins. ôle' salta^-i de em consonância com o levante francos.

Dirigiu-se a Colônia, c, auxiliado por Engels, deu início à publicação da Neue Rheinischc Zeitung", um diário

político que tinha o sub-título — "órgão da Democracia". Tratava-se de um jor

nízação do uma Associação Internacio

nal de Trabalhadores, de cujo Con.selho Geral se tornou um do.s orientadores.

Esta, como as demais sociedades de que foi membro, logo encontrou séria opo sição, de maneira que Mar.x achou pre

nal franca e abertamente revolucionário. Nos seus ataques, incluiu mesmo os

ferível concentrar a sua atenção sobre

partidos democráticos das classe.s mé

da revolução que tinha em \ista. Con

vam obstruindo e desvirtuando as fina

c Marx faleceu antes ([iic a sua obra

dias, os quais, segundo declarava, esta

lidades da revolução deflagrada na Alc-

ma^ia. O jornal .foi em breve supri mido e Marx preso e submetido a pro

cesso por traição. Absolvido, foi contu

do expulso do território prussiano Vol tou para 1'arís, mas, não obtendo licen ça de permanecer na capital francesa mudou-se para a Inglaterra. Aí se esta

c.studos dc.stinados a apressar o avanço tudo, uma série dt^ doenças o afetou, projetada houvesse chegado ao fim. O terceiro volume do seu "Das Kapital" foi elaborado, com as notas que dei xou, pelo seu amigo Engels; Mar.v morreu em Londres em 1883, à idade de 66 anos.

O mais rcvoUtciomirio dos revolucio

beleceu, oscoUiendc Londres para seu

lar durante o resto de .sua vida.

Trabalhos teóricos e outras (Uividades Em Londre.s procurou organizar uma

liga comunista internacional a qual se dissolveu quando alguns do^ seus cUpanheiros se viram condenados na aSmanha por alta traigão. Em segíida deu mic-.o a publicação de outra rçvispa, a Neue Rheirusche Zeitung", a qual

Igualmente logo desapareceu, quando se encontrava no sc.xto número. Por êsse

tempo Mar.x se encontrava em duras

condições financeiras e viWa num pe queno quarlo em Soho, um bairro pobre de estrangeiros em Londres. Viu-se

obrigado a e.screver artigos para o "New York Tribiine", um jornal norte-ameri

cano editado por discípulos da escola

socialista de Fourier. Entremènte.s, pros seguia nos seus estudos econômicos e escreveu o livro denominado "Ziir Kritik

der Politischím Oekonomie". Tratava-se

de uma e.spécie de introduçcão ao seu mais amplo e famoso trabalho "Das

nários

Os acontecimentos de sua \'ida tor nam evidente que Mar.x foi, antes de

mais nada, um reformador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.

Os seus estudos econômicos, por sérios que teniiam sido, constituíam um veí

culo para os seus objetivos. A sua fi nalidade era derrocar as instituições po

"

^

processo social. In\ cnlou e itic o, ^ luta de dois fantasmas. O nrim • o;;s;seen,a«pitaiis..". „ rano'... Marx de.scobiiu ..«i-, ,.

simples o infantil. Para daídhe

caçao bastava r,ue di.ssésscmos aos trabailiadorcs que e.stavam .sondo roubado.s

ciado por Marx, do melhorar as con dições das classes trabalhadoras. Elas precisavam ser melhoradas.

Mesmo na

mais famosa cidade incln.strial do seu

tempo as c-ondiçõe.s dos operários eram aterradoras. Muita coisa acontecia que um lioincm do sentimentos normais não

IJodcria admitir. Na biografia de Owen ( 1) eu dei exemplos das circunstâncias qnc imperavam nas fábricas de algodão

de 1840, c nos "trabalhos perigosos" as coisas ainda eram peores. Um rela tório dc uma Comissão Oficial em 1850

— dois anos depois dc Mar.v c Engels

capitalista, cTcrrocado com nma ccrt-i li

quidaçao vingalixa do.s "capitalistas" cm geral, e-da burguesia" oin parti cular. daria lugar a um milênio, que se estabeleceria sob um controlo imranicnte operário. O proletariado nada pre cisaria aprender, nada precisaria pro jetar, pois os operários eram bons e corretos por natureza. Dcniam apenas tomar o poder". As obras de Mavx constituíam a cfusão de um honiom com um B no seu boné, a odiada Biir<uiesia

um homem com uma certa \'isão, in capaz de crítica dos seus preconceitos .subconscientes, mas bastante sagaz para perceber a grande fòrça moh-iz que

terem publicado o seu "Manifesto Co

munista" — declarava que "na fabri cação dc caixas de fósforos os dentes

do.s; operários cariam, e finalmente os maxilares se infeccionani om as ema nações

venenosas.

Os narcóticos não

conseguem dar alíno às \ítiinas dc tais

moléstias. Os operários não podem dor mir, c muitas Nezes percorrem as nuis, durante a noite, numa verdadeira ago nia. O aIí\'io só se verifica quando o osso enfermo é cirurgieainente remo vido".

;A consciência ]>ública exjjerimentou uma completa metamorfose durante os tempos modernos, e as condiçõe.s nus

fábricas foram grandemente melhoradas, de maneira que lioje diRcilmente acre

patias do.s socialistas. Mesmo um pen sador avançado, como o falecido H. G.

Percorramos o "Manifesto Comunista"

Wells, criticou enèrgicamente a .sua po lítica no livro "As perspectivas do IIo-

nha podido existir em algum tempo. Contudo, o fato é que exí.stiram, e nao

aquele ódio, ou mesmo accitá-lo, se Marx

mo Sapiens". Êste famoso escritor bri tânico escreveu: "Atirando o movimen

não fôsse o filho de um rabi. Onde diz burguesia Icia-sc judeus, e o "Ma

admira que tenham suscitado a justa indignação dc Marx, que tudo fez pura

to socialista para a colelivização, sobre

nifesto" não passará dc pnxa pregação

Mas os

seus métodos não conquistaram -as sim

e busquemos (luem poderia partilhar

veio a tosca iniciativa do mar.xisino com

nazista do período dc 1933-1938.' Re

o seu dogma da lula de classe, o qual fez mais para desencaminhar e esteri

duzido à sua essência, desta maneira, a

lizar a boa vontade das massas do (juo

falsidade elementar das afirmações mai-.xistas se tomam evidentes".

qualquer outra concepção errônea da

realidade que já tenha dementado o esforço humano.

ceu em 1867.

ideologias concernentes de seu tempo,

uma

vasta

A teoria da nuits-valia

ambição.

Nadou nas

mas enquanto os seus contemporâneos

de mentalidade mais profunda procura-

ditamos que um tal estado de coisas te

remediá-las...

Marx declarou que os operários eram

e.vplorados por indii.striais empederni dos e acreditou que a iinica salvação para eles estaria na sua união, na sua revolta, na eliminação dos seus opresso

res c na tomada por êles, não apenas das fábricas, mas cie todo o poder polí tico. A fim de influenciar a opinião

púíilica, Marx sentiu que precisaria

Marx viu o mundo

de um gabinete e através das brumas de

seus escritos, Marx participou da orga-

i

niovimcnti simiical m a. „,ais forozc.

preside no rancor e no complexo de inferioridade: sagaz bastante para uti lizar o ódio e severo bastante ]íara odiar.

líticas c econômicas existentes.

Kajjital", cujo primeiro volume apare

Simultaneamente com o preparo de

uma compreensão muito

Não obstante, embora possamos dis

cordar dos seus métodos, poderemos simpatizar e aplaudir o desejo, eviden-

apresentar uma teoria econômica que pudesse mostrar como os operários eram

explorados.

Assim, diàrianiente, em


V--'

DicnsTO Econômico 91 90

Dic£:sto Eco.nóíuco

vam os meios c_ os fins. ôle' salta^-i de em consonância com o levante francos.

Dirigiu-se a Colônia, c, auxiliado por Engels, deu início à publicação da Neue Rheinischc Zeitung", um diário

político que tinha o sub-título — "órgão da Democracia". Tratava-se de um jor

nízação do uma Associação Internacio

nal de Trabalhadores, de cujo Con.selho Geral se tornou um do.s orientadores.

Esta, como as demais sociedades de que foi membro, logo encontrou séria opo sição, de maneira que Mar.x achou pre

nal franca e abertamente revolucionário. Nos seus ataques, incluiu mesmo os

ferível concentrar a sua atenção sobre

partidos democráticos das classe.s mé

da revolução que tinha em \ista. Con

vam obstruindo e desvirtuando as fina

c Marx faleceu antes ([iic a sua obra

dias, os quais, segundo declarava, esta

lidades da revolução deflagrada na Alc-

ma^ia. O jornal .foi em breve supri mido e Marx preso e submetido a pro

cesso por traição. Absolvido, foi contu

do expulso do território prussiano Vol tou para 1'arís, mas, não obtendo licen ça de permanecer na capital francesa mudou-se para a Inglaterra. Aí se esta

c.studos dc.stinados a apressar o avanço tudo, uma série dt^ doenças o afetou, projetada houvesse chegado ao fim. O terceiro volume do seu "Das Kapital" foi elaborado, com as notas que dei xou, pelo seu amigo Engels; Mar.v morreu em Londres em 1883, à idade de 66 anos.

O mais rcvoUtciomirio dos revolucio

beleceu, oscoUiendc Londres para seu

lar durante o resto de .sua vida.

Trabalhos teóricos e outras (Uividades Em Londre.s procurou organizar uma

liga comunista internacional a qual se dissolveu quando alguns do^ seus cUpanheiros se viram condenados na aSmanha por alta traigão. Em segíida deu mic-.o a publicação de outra rçvispa, a Neue Rheirusche Zeitung", a qual

Igualmente logo desapareceu, quando se encontrava no sc.xto número. Por êsse

tempo Mar.x se encontrava em duras

condições financeiras e viWa num pe queno quarlo em Soho, um bairro pobre de estrangeiros em Londres. Viu-se

obrigado a e.screver artigos para o "New York Tribiine", um jornal norte-ameri

cano editado por discípulos da escola

socialista de Fourier. Entremènte.s, pros seguia nos seus estudos econômicos e escreveu o livro denominado "Ziir Kritik

der Politischím Oekonomie". Tratava-se

de uma e.spécie de introduçcão ao seu mais amplo e famoso trabalho "Das

nários

Os acontecimentos de sua \'ida tor nam evidente que Mar.x foi, antes de

mais nada, um reformador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.

Os seus estudos econômicos, por sérios que teniiam sido, constituíam um veí

culo para os seus objetivos. A sua fi nalidade era derrocar as instituições po

"

^

processo social. In\ cnlou e itic o, ^ luta de dois fantasmas. O nrim • o;;s;seen,a«pitaiis..". „ rano'... Marx de.scobiiu ..«i-, ,.

simples o infantil. Para daídhe

caçao bastava r,ue di.ssésscmos aos trabailiadorcs que e.stavam .sondo roubado.s

ciado por Marx, do melhorar as con dições das classes trabalhadoras. Elas precisavam ser melhoradas.

Mesmo na

mais famosa cidade incln.strial do seu

tempo as c-ondiçõe.s dos operários eram aterradoras. Muita coisa acontecia que um lioincm do sentimentos normais não

IJodcria admitir. Na biografia de Owen ( 1) eu dei exemplos das circunstâncias qnc imperavam nas fábricas de algodão

de 1840, c nos "trabalhos perigosos" as coisas ainda eram peores. Um rela tório dc uma Comissão Oficial em 1850

— dois anos depois dc Mar.v c Engels

capitalista, cTcrrocado com nma ccrt-i li

quidaçao vingalixa do.s "capitalistas" cm geral, e-da burguesia" oin parti cular. daria lugar a um milênio, que se estabeleceria sob um controlo imranicnte operário. O proletariado nada pre cisaria aprender, nada precisaria pro jetar, pois os operários eram bons e corretos por natureza. Dcniam apenas tomar o poder". As obras de Mavx constituíam a cfusão de um honiom com um B no seu boné, a odiada Biir<uiesia

um homem com uma certa \'isão, in capaz de crítica dos seus preconceitos .subconscientes, mas bastante sagaz para perceber a grande fòrça moh-iz que

terem publicado o seu "Manifesto Co

munista" — declarava que "na fabri cação dc caixas de fósforos os dentes

do.s; operários cariam, e finalmente os maxilares se infeccionani om as ema nações

venenosas.

Os narcóticos não

conseguem dar alíno às \ítiinas dc tais

moléstias. Os operários não podem dor mir, c muitas Nezes percorrem as nuis, durante a noite, numa verdadeira ago nia. O aIí\'io só se verifica quando o osso enfermo é cirurgieainente remo vido".

;A consciência ]>ública exjjerimentou uma completa metamorfose durante os tempos modernos, e as condiçõe.s nus

fábricas foram grandemente melhoradas, de maneira que lioje diRcilmente acre

patias do.s socialistas. Mesmo um pen sador avançado, como o falecido H. G.

Percorramos o "Manifesto Comunista"

Wells, criticou enèrgicamente a .sua po lítica no livro "As perspectivas do IIo-

nha podido existir em algum tempo. Contudo, o fato é que exí.stiram, e nao

aquele ódio, ou mesmo accitá-lo, se Marx

mo Sapiens". Êste famoso escritor bri tânico escreveu: "Atirando o movimen

não fôsse o filho de um rabi. Onde diz burguesia Icia-sc judeus, e o "Ma

admira que tenham suscitado a justa indignação dc Marx, que tudo fez pura

to socialista para a colelivização, sobre

nifesto" não passará dc pnxa pregação

Mas os

seus métodos não conquistaram -as sim

e busquemos (luem poderia partilhar

veio a tosca iniciativa do mar.xisino com

nazista do período dc 1933-1938.' Re

o seu dogma da lula de classe, o qual fez mais para desencaminhar e esteri

duzido à sua essência, desta maneira, a

lizar a boa vontade das massas do (juo

falsidade elementar das afirmações mai-.xistas se tomam evidentes".

qualquer outra concepção errônea da

realidade que já tenha dementado o esforço humano.

ceu em 1867.

ideologias concernentes de seu tempo,

uma

vasta

A teoria da nuits-valia

ambição.

Nadou nas

mas enquanto os seus contemporâneos

de mentalidade mais profunda procura-

ditamos que um tal estado de coisas te

remediá-las...

Marx declarou que os operários eram

e.vplorados por indii.striais empederni dos e acreditou que a iinica salvação para eles estaria na sua união, na sua revolta, na eliminação dos seus opresso

res c na tomada por êles, não apenas das fábricas, mas cie todo o poder polí tico. A fim de influenciar a opinião

púíilica, Marx sentiu que precisaria

Marx viu o mundo

de um gabinete e através das brumas de

seus escritos, Marx participou da orga-

i

niovimcnti simiical m a. „,ais forozc.

preside no rancor e no complexo de inferioridade: sagaz bastante para uti lizar o ódio e severo bastante ]íara odiar.

líticas c econômicas existentes.

Kajjital", cujo primeiro volume apare

Simultaneamente com o preparo de

uma compreensão muito

Não obstante, embora possamos dis

cordar dos seus métodos, poderemos simpatizar e aplaudir o desejo, eviden-

apresentar uma teoria econômica que pudesse mostrar como os operários eram

explorados.

Assim, diàrianiente, em


'J' iwiP!«nin!ij|iimn pi,vii IJ.. t.. ■ Dicesto Econômico

92

busca dessa idéia, ia ao Museu Britâ

defensável, mas a sua impraticabilidade

nico, onde calmamente estudou as obras

não admite controvérsia.

Nas eras pri

tes. Encontrou o que desejava na teo

mitivas, quando um operário elaborava um artigo desde o começo até o fim

ria do trabalho como criador de valor,

da inatéria-priraa, ora possível medir o

primeiramente elaborada, de modo mui

valor do seu trabalho.

de todos os economistas mais importan

to vago, por Rodbertus e mais tarde, mais claramente, por Ricardo (2). Esta teoria foi perfilhada por Marx. Êle a amplificou, exagerou-a, toman-

do-a o tema principal do seu "Das

Kapital". Em resumo, ela afirma que

os operários são obrigados a trabalhar horas além das necessárias para cobrir o custo dos seus salários e da sua ma nutenção. Durante essas horas extra

Com a divisão

da atividade entre muitos, com a reali

zação pela máquina de uma parte larga e sempre crescente do serviço, parti cularmente de sua fração mais pesada (e sob cujo sistema cada operário ape nas participa de um dos inumeráveis processos de manufatura, de valores va riáveis no produto acabado), toma-se impossível calcular com exatidão o va

lor de qualquer esforço individual.

ordinárias êles produzem mercadorias cujo valor é apropriado pelo emprega

mente admitia esse fato, e nos seus últi

dor. O lucro, Marx o denominou mais-

mos escritos procurou escapar do dile

Marx, em face das críticas, eventual

valia. Observou que os operários ti

ma ao dizer que os operários como um

nham direito a todo o fruto do seu tra

todo, mas não individualmente, têm di

balho, e tratou a renda, o juro e o lucro dos capitalistas — isto é, a mais-valia criada pelos operários — como extorsão

reito social à mais-valia criada.

Eura e simples, valor arrancado aos traalhadores pelos patrões que controla vam o poder político. Declarou que o resultado desta, exploração seria o agra vamento das condições dos operários,

Mas

isto apenas contorna a dificuldade real, pois ■ Marx não explicou como — se os capitalistas fossem aniquilados — os tra balhadores poderiam utilizar a oficina, o maquinismo e o equipamento de que

precisam, dado que o seu esfôrço em nada contribuiu para o preço de custo

tomando-se a sua escravidão cada vez

e a conservação dessas "ferramentas"

mais insuportável, à medida que o tem

essenciais.

po corresse.

Despida do seu apelo emocional, e considerada à luz apenas dos fatos, a

Ensinamentos da prática

Êste não é, evidentemente, o lugar

de páginas e seria preciso uma investi

industrial, mas, insisto, de tôda a civi

muita coisa poderia a respeito ser dita e eu penso (levando-se em conta que se trata ainda de matéria controverti

da) será dita. A mais importante teo ria de Marx, a da mais-valia, apresenta

uma fraqueza fundamental. Ela se tem revelado impraticável em qualquer co munidade moderna, comunista ou de

outra espécie. A sua justeza pode ser

com o desenvolvimento das oficinas me

nam a eletricidade, a água, o tiansnor-

canizadas, os salários aumentaram. Du

te e outros ser\àços de\em ser retribuí dos pela sua atividade, mas igualmente

operários ingleses híuãam subido de um

o devem os que lhe protegem a pro priedade (embora esta se constitua ape nas de roupas e móveis) de roubos e

não lhes pemiitiam pagar imposto de renda, para ingressar na categoria em

espoliação, os que lhe protegem a sua

quo a aludida contribuição era prCN^s-

lização, Nenhum homem, em comuni dade alguma, qualquer que seja o seu

ta.

ferido período havia cèrca de 3 mi

produtivos, tais como a remoção dos

início. Entrementes, não deve ser ig

refugos, a limpeza das ruas e de outros

norado que o custo de vida baixou cpn-

bens da coletividade. Além disso, se êsse homem, no decurso de sua vida,

sidcràvelmente, melhorando assim a si

precisa utilizar-se de máquinas de alta potência (que não pode individualmen te fabricar), deverá deduzir dos frutos de seu labor o custo exigido para a ins talação da oficina do maquinário e do

equipamento de que carece. Os que fabricam tais máquinas, etc., para o seu

uso, devem ser pagos pelo seu traba

muitos trabalhos produtivos, como a lim

peza, etc., que não têm valor prático.

tuação dos operários mais do que o in dicado por aqueles algarismos. De res to, nos Estados Unidos, de acordo com

as

estatísticas

governamentais, entre

1850 e 1929 — a fase de maior desen-

voKâmento da produção fabril — o nu

mero dos operários aumentou de 1 para 9 milhões, mas o total dos seus salários

tais meios de produção até que possa deduzi-los de seu próprio labor, vê-se

mentaram 5 vezes e meia!

mostra que em média os salários au

na obrigação de pagá-los a quem vá na sua frente (seja êsse alguém o Estado

A eliminação das classes médias

i

ou um particular) e desembolsar adiantadamente os salários dos que fabrica

Outra afirmação básica de Marx con

sistia em que a evolução do capita ismo haveria de dividir o conjunto

Relativamente à afirmação de Marx

de que as condições dos operários se tomariam cada vez peores à medida

?[ue as máquinas desenvolvessem a sua qualificada, do que decorreria um au

nidade e, além disso, terá de realizar

lhões menos de pobres do que no seu

subiu de 236 milliões de dólares para H e meio billiões de dólares, o qu«í

com o que essa ilha e a sua atividade possam produzir. Êle não desfrutará tôdas as vantagens modernas da comu

Era outras pala\Tas, ao fim do re

lho. Como ele não pode esperar por

poderá fazê-lo, mas terá de contentar-se

que produz. Um indivíduo numa ilha

nível em que percebiam salários que

que administram a justiça ou realizam todos os outros múltiplos ser\'iços im

orça e a sua finalidade, extinguíndoIhes, como êle insistia, a habilidade de execução c assim reduzindo a massá dos

trabalho, pode guardar para si tudo o

rante êsse intenalo cerca de 2.971.407

própria pessoa de qual(|uer violcMicia, os

A pauperização

mas constitui um desafio a todos os câ

gação mais profunda para termos um

be. Não apenas os que lhe proporcio

deve ter, para si apenas, todo o fruto de seu labor, pode ser lógica e equitativa, nones da civilização: não apenas da vida

Statistics", correspondente ao período de 1895 a 1920, por exemplo, revela que,

ram o maquinário para ele.

para um debate das teses de Marx. As õomentáriò ae todas elas. Contudo,

Todo homem em sociedade paga a

outrem pelos serviços que deles rece

afirmação de Marx, de que o operário

suas teorias se desdobram por milhares

93

Digesto Econômico

trabalhadores a uma mão de obra des

mento enorme dos pobres que vivem à

margem da simples subsistência, vemos quo não resistiu á prova do tempo. Um exame das rendas na Inglaterra, pubK-

cado pelo "Govemment Income Tax

civilização em dois grupos antagônicos, o dos capitalistas e o do ' Tôdas as classes médias tenderiam a

saparecer. O tempo não

igualmente esta premissa. Hoje em dia as classes médias são mais numerosas do que nunca. Há muito menos po bres e classes médias mais amplas nos países industrialmente avançados. Ve rificou-se mesmo o advento de uma classe média assás importante — tanto

do ponto de vista político quanto eco nômico — a dos técnicos altamente qua

lificados, administradores, cientistas fa bris, técnicos de produção, vendedores, Htc.. destinados a Puamecer as erandes


'J' iwiP!«nin!ij|iimn pi,vii IJ.. t.. ■ Dicesto Econômico

92

busca dessa idéia, ia ao Museu Britâ

defensável, mas a sua impraticabilidade

nico, onde calmamente estudou as obras

não admite controvérsia.

Nas eras pri

tes. Encontrou o que desejava na teo

mitivas, quando um operário elaborava um artigo desde o começo até o fim

ria do trabalho como criador de valor,

da inatéria-priraa, ora possível medir o

primeiramente elaborada, de modo mui

valor do seu trabalho.

de todos os economistas mais importan

to vago, por Rodbertus e mais tarde, mais claramente, por Ricardo (2). Esta teoria foi perfilhada por Marx. Êle a amplificou, exagerou-a, toman-

do-a o tema principal do seu "Das

Kapital". Em resumo, ela afirma que

os operários são obrigados a trabalhar horas além das necessárias para cobrir o custo dos seus salários e da sua ma nutenção. Durante essas horas extra

Com a divisão

da atividade entre muitos, com a reali

zação pela máquina de uma parte larga e sempre crescente do serviço, parti cularmente de sua fração mais pesada (e sob cujo sistema cada operário ape nas participa de um dos inumeráveis processos de manufatura, de valores va riáveis no produto acabado), toma-se impossível calcular com exatidão o va

lor de qualquer esforço individual.

ordinárias êles produzem mercadorias cujo valor é apropriado pelo emprega

mente admitia esse fato, e nos seus últi

dor. O lucro, Marx o denominou mais-

mos escritos procurou escapar do dile

Marx, em face das críticas, eventual

valia. Observou que os operários ti

ma ao dizer que os operários como um

nham direito a todo o fruto do seu tra

todo, mas não individualmente, têm di

balho, e tratou a renda, o juro e o lucro dos capitalistas — isto é, a mais-valia criada pelos operários — como extorsão

reito social à mais-valia criada.

Eura e simples, valor arrancado aos traalhadores pelos patrões que controla vam o poder político. Declarou que o resultado desta, exploração seria o agra vamento das condições dos operários,

Mas

isto apenas contorna a dificuldade real, pois ■ Marx não explicou como — se os capitalistas fossem aniquilados — os tra balhadores poderiam utilizar a oficina, o maquinismo e o equipamento de que

precisam, dado que o seu esfôrço em nada contribuiu para o preço de custo

tomando-se a sua escravidão cada vez

e a conservação dessas "ferramentas"

mais insuportável, à medida que o tem

essenciais.

po corresse.

Despida do seu apelo emocional, e considerada à luz apenas dos fatos, a

Ensinamentos da prática

Êste não é, evidentemente, o lugar

de páginas e seria preciso uma investi

industrial, mas, insisto, de tôda a civi

muita coisa poderia a respeito ser dita e eu penso (levando-se em conta que se trata ainda de matéria controverti

da) será dita. A mais importante teo ria de Marx, a da mais-valia, apresenta

uma fraqueza fundamental. Ela se tem revelado impraticável em qualquer co munidade moderna, comunista ou de

outra espécie. A sua justeza pode ser

com o desenvolvimento das oficinas me

nam a eletricidade, a água, o tiansnor-

canizadas, os salários aumentaram. Du

te e outros ser\àços de\em ser retribuí dos pela sua atividade, mas igualmente

operários ingleses híuãam subido de um

o devem os que lhe protegem a pro priedade (embora esta se constitua ape nas de roupas e móveis) de roubos e

não lhes pemiitiam pagar imposto de renda, para ingressar na categoria em

espoliação, os que lhe protegem a sua

quo a aludida contribuição era prCN^s-

lização, Nenhum homem, em comuni dade alguma, qualquer que seja o seu

ta.

ferido período havia cèrca de 3 mi

produtivos, tais como a remoção dos

início. Entrementes, não deve ser ig

refugos, a limpeza das ruas e de outros

norado que o custo de vida baixou cpn-

bens da coletividade. Além disso, se êsse homem, no decurso de sua vida,

sidcràvelmente, melhorando assim a si

precisa utilizar-se de máquinas de alta potência (que não pode individualmen te fabricar), deverá deduzir dos frutos de seu labor o custo exigido para a ins talação da oficina do maquinário e do

equipamento de que carece. Os que fabricam tais máquinas, etc., para o seu

uso, devem ser pagos pelo seu traba

muitos trabalhos produtivos, como a lim

peza, etc., que não têm valor prático.

tuação dos operários mais do que o in dicado por aqueles algarismos. De res to, nos Estados Unidos, de acordo com

as

estatísticas

governamentais, entre

1850 e 1929 — a fase de maior desen-

voKâmento da produção fabril — o nu

mero dos operários aumentou de 1 para 9 milhões, mas o total dos seus salários

tais meios de produção até que possa deduzi-los de seu próprio labor, vê-se

mentaram 5 vezes e meia!

mostra que em média os salários au

na obrigação de pagá-los a quem vá na sua frente (seja êsse alguém o Estado

A eliminação das classes médias

i

ou um particular) e desembolsar adiantadamente os salários dos que fabrica

Outra afirmação básica de Marx con

sistia em que a evolução do capita ismo haveria de dividir o conjunto

Relativamente à afirmação de Marx

de que as condições dos operários se tomariam cada vez peores à medida

?[ue as máquinas desenvolvessem a sua qualificada, do que decorreria um au

nidade e, além disso, terá de realizar

lhões menos de pobres do que no seu

subiu de 236 milliões de dólares para H e meio billiões de dólares, o qu«í

com o que essa ilha e a sua atividade possam produzir. Êle não desfrutará tôdas as vantagens modernas da comu

Era outras pala\Tas, ao fim do re

lho. Como ele não pode esperar por

poderá fazê-lo, mas terá de contentar-se

que produz. Um indivíduo numa ilha

nível em que percebiam salários que

que administram a justiça ou realizam todos os outros múltiplos ser\'iços im

orça e a sua finalidade, extinguíndoIhes, como êle insistia, a habilidade de execução c assim reduzindo a massá dos

trabalho, pode guardar para si tudo o

rante êsse intenalo cerca de 2.971.407

própria pessoa de qual(|uer violcMicia, os

A pauperização

mas constitui um desafio a todos os câ

gação mais profunda para termos um

be. Não apenas os que lhe proporcio

deve ter, para si apenas, todo o fruto de seu labor, pode ser lógica e equitativa, nones da civilização: não apenas da vida

Statistics", correspondente ao período de 1895 a 1920, por exemplo, revela que,

ram o maquinário para ele.

para um debate das teses de Marx. As õomentáriò ae todas elas. Contudo,

Todo homem em sociedade paga a

outrem pelos serviços que deles rece

afirmação de Marx, de que o operário

suas teorias se desdobram por milhares

93

Digesto Econômico

trabalhadores a uma mão de obra des

mento enorme dos pobres que vivem à

margem da simples subsistência, vemos quo não resistiu á prova do tempo. Um exame das rendas na Inglaterra, pubK-

cado pelo "Govemment Income Tax

civilização em dois grupos antagônicos, o dos capitalistas e o do ' Tôdas as classes médias tenderiam a

saparecer. O tempo não

igualmente esta premissa. Hoje em dia as classes médias são mais numerosas do que nunca. Há muito menos po bres e classes médias mais amplas nos países industrialmente avançados. Ve rificou-se mesmo o advento de uma classe média assás importante — tanto

do ponto de vista político quanto eco nômico — a dos técnicos altamente qua

lificados, administradores, cientistas fa bris, técnicos de produção, vendedores, Htc.. destinados a Puamecer as erandes


94

DroRSTo Ecoxó.xnco

indústrias modernas e a comercializar

os seus produtos, para não mencionar-se o exército de novos funcionários cria

dos pelas anedidas dc legislação social,

o.s dos grupo.s mais baixos — uma dis

paridade dc rcnuMicração mais larga que rismos cio professor Rcrgson revelam

neamente com a das fábricas.

cjuc os pobres na Rússia são rclali\-aiiicnlc mais pobres c rclalí\uincnlc mais

Marx advogou, como um princípio destinado a extinguir as classes pobres, a sua muito debatida doutrina "de cada

um segundo a sua habilidade, iiaia cada um segundo as suas necessidades"

fazendo assim todos iguais. Por (|ualquer motivo ine.xplicável não foi capaz, contudo, de ver que cs.sa aspiração se chocava inteiramente com a sua teoria da mais-valia. Um homem não teria

todos os frutos de seu labor — mas ape

nas o que coubesse igualmente aos de mais. Lenin experimentou esta idéia

abstrata, mas verificou que os operários altamente qualificados não poderiam trabalhar por uma recompensa idêntica à dos operários não qualificados. . A natureza humana sendo o que é, enj

breve o tempo mostrou a impraticábilidade deste aspecto da proposta de Marx. Assim, no único Estado comunista quê ja foi criado, o trabalho desigiial por

pagamento igual foi pôsto de lado paru salvar-se o regime. Na Rússia, atual

mente, como é revelado por Abram Bergson no seu livro "A estrutura dos salários soviéticos" (e é mesmo admi

tido pelas autoridades da U.R.S.S.) as camadas de operários qualificados

percebem salários 2S vezes maiores que

MICO

sir obscr\'aclo, dc resto, tjiu; os alga

a qual rc:uÍ2a a sua evolução siraultàIgualUarismo

•PANOrraMÃ EC

a. dc qualquer país capitalista!' Deve

mimcro.s-os dí> (pic. nos j^aiscs "capita listas" mais a\ançados.

As obras dc Marx são, portanto, prc-

IMPORTANTE DEIJRKRAÇÁO DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL o decurso desta última ciuinzcna o Fundo Monetário Internacional tomou (líun

scntc-incntc um anacronismo. Cànno do

câmbio dc eram. Isto

cumento iiistórico. "Das Kapiiul" é do interesse. Cà)nio mii guia da cifbicia

econômica jjcrclcu todo o \'alor (|uo

representam

proporção necessária entre as suas moedas c as mocdas-hnse.

O Brasil foi aJcainydo por essa c.xchisão, juntamente com a China, a República

possuía. Os postulados dc KarI Marx j'á não .são afirmativas teóricas suscetí\cis dcí conlro\crsia. Èles foram trans feridos para a jjrálica, c os seus resul tados são tão claros como os do "lais.sez-fairo" de Qucsnay e de Adam Sinitli.

immaras transações, que devem começar no dia primeiro de março <fc 1947. O dotar foi estabelecido como mocda-pudruo-. eqüivale a 15 5/21 grãos (o grão

A sua inexatidão iião é menus certa.

c a vigésima parle da grama) dc ouro 900/1.000.

Os próprios comunistas já os repudiam ou procuram vcslí-Ios com algum novo

Dominicana, a Crccia, a Polônia, a Iugoslávia, a Indochina Francesa e as Índias Holandesas.

O Fundo Monetário Internacional anunciou as paridades aceitas para as "

São as seguintes as paridades previstas pelo F.M.I.: Bchica, 2 28267;

Ro/iCíV/ 2,38095; Brasil 5.37634; Canadá, 100; Chile, 3.22581; Colômbia, 57,1433;

sentido que as pala\ras reais dc Marx não justificam (3). (1) Veja-.so

bioíírafia

publicada

no

nfimero dc .setembro de ]94ü do "Díg-esto Econômico".

(2) Veja-.so

biografia

publicada no

número' do junho de 1910 desta mesma revista.

(3) Os leitores devem lombrar.se de que a concepção comunist.a de Stulin não devo sei- confundida com o mar

iodas as divisas são^ acidiadas em cenlimos americanos. O Fundo Mone tário Internacional tratara somente das dos países membros, excluindo poifnuto (ia Rússia Rússia c mesmas fontes dc informação acrescentam que c a a Auslialia. Austrália. As A.v mes r . . > foram .

xismo. L-argas mudanças foram efetuai

aceitos suhstancialinentc os valores que os próprios governos fixaram para suas moedas. Esta^ decisão sc tornou após debates secretos, durante os quais certos

Lcníii con.struiu o Estado Soviético, em

diretores do 1'undo ))i'otcstaram contra a existência de muitas moedas super-tivaliadas, que não poderão ser assim cotadas no futuro.

das nos principies marxistas desde quê 1917. O própf-io Lonln drãsticamcnte os modificou em 3D21, quando se tornou

evidente que eram fundamentalmente msu.stcntávels, e todo o .sistema se en contra ainda cm estado de fu.são.

brasil

ano próximo passado o consumo na ca

pital do país já subia a 77.179 kw. O Consuttio de energia elétrica

centro dc maior consumo, no entanto,

ó São Paulo, o que resulta da grande Segundo o que informa o Boletim E.s-

TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE CAfíOTAC.EM

concentração industrial aqui existente.

latístico do In.stítiilo Brasileiro de Geo

Em 1945, a média fora de 83.366 kw,

grafia' o E.stalística, correspondente ao

e em todos os meses de 1946, até juUio,

O sr. CorreUi e Castro, ministro da Fazenda, determinou aos chefes das repartições aduaneiras do país, para os devidos fins, que perdurando as dificulda

trimestre de julho a setembro de .1946,

quando o consumo acusou 104.191 kw,

o consumo total dc energia elétrica (pú-

o aumento foi succssi\'0.

permitido o transporte de mercadorias de cabotagem em vapores cstrati^ciros,

l)lico e particular) vem acusando con tínua clc\'ação. A média mensal alcan

dor de energia elétricxr. Pode-se adian

em condições de atender às necessidades do comércio local.

çada durante o ano de 1945, no Distrito I^ederal, atingiu 70.567 kvv, tendo sido

des de praças de navios nacionais para embarques cie produtos exportáveis, fiea todas as vêzes cpte não opstam embarcações tiacionaLs nos portos de emíyarqué ,

do 66.893 kw <"m 1944. Éni juUio do

Recife é o terceiro centio consumi

tar que essa posição decorre, igualmen te, da crescente atividade industrial da

capital pernambucana, pois da média


94

DroRSTo Ecoxó.xnco

indústrias modernas e a comercializar

os seus produtos, para não mencionar-se o exército de novos funcionários cria

dos pelas anedidas dc legislação social,

o.s dos grupo.s mais baixos — uma dis

paridade dc rcnuMicração mais larga que rismos cio professor Rcrgson revelam

neamente com a das fábricas.

cjuc os pobres na Rússia são rclali\-aiiicnlc mais pobres c rclalí\uincnlc mais

Marx advogou, como um princípio destinado a extinguir as classes pobres, a sua muito debatida doutrina "de cada

um segundo a sua habilidade, iiaia cada um segundo as suas necessidades"

fazendo assim todos iguais. Por (|ualquer motivo ine.xplicável não foi capaz, contudo, de ver que cs.sa aspiração se chocava inteiramente com a sua teoria da mais-valia. Um homem não teria

todos os frutos de seu labor — mas ape

nas o que coubesse igualmente aos de mais. Lenin experimentou esta idéia

abstrata, mas verificou que os operários altamente qualificados não poderiam trabalhar por uma recompensa idêntica à dos operários não qualificados. . A natureza humana sendo o que é, enj

breve o tempo mostrou a impraticábilidade deste aspecto da proposta de Marx. Assim, no único Estado comunista quê ja foi criado, o trabalho desigiial por

pagamento igual foi pôsto de lado paru salvar-se o regime. Na Rússia, atual

mente, como é revelado por Abram Bergson no seu livro "A estrutura dos salários soviéticos" (e é mesmo admi

tido pelas autoridades da U.R.S.S.) as camadas de operários qualificados

percebem salários 2S vezes maiores que

MICO

sir obscr\'aclo, dc resto, tjiu; os alga

a qual rc:uÍ2a a sua evolução siraultàIgualUarismo

•PANOrraMÃ EC

a. dc qualquer país capitalista!' Deve

mimcro.s-os dí> (pic. nos j^aiscs "capita listas" mais a\ançados.

As obras dc Marx são, portanto, prc-

IMPORTANTE DEIJRKRAÇÁO DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL o decurso desta última ciuinzcna o Fundo Monetário Internacional tomou (líun

scntc-incntc um anacronismo. Cànno do

câmbio dc eram. Isto

cumento iiistórico. "Das Kapiiul" é do interesse. Cà)nio mii guia da cifbicia

econômica jjcrclcu todo o \'alor (|uo

representam

proporção necessária entre as suas moedas c as mocdas-hnse.

O Brasil foi aJcainydo por essa c.xchisão, juntamente com a China, a República

possuía. Os postulados dc KarI Marx j'á não .são afirmativas teóricas suscetí\cis dcí conlro\crsia. Èles foram trans feridos para a jjrálica, c os seus resul tados são tão claros como os do "lais.sez-fairo" de Qucsnay e de Adam Sinitli.

immaras transações, que devem começar no dia primeiro de março <fc 1947. O dotar foi estabelecido como mocda-pudruo-. eqüivale a 15 5/21 grãos (o grão

A sua inexatidão iião é menus certa.

c a vigésima parle da grama) dc ouro 900/1.000.

Os próprios comunistas já os repudiam ou procuram vcslí-Ios com algum novo

Dominicana, a Crccia, a Polônia, a Iugoslávia, a Indochina Francesa e as Índias Holandesas.

O Fundo Monetário Internacional anunciou as paridades aceitas para as "

São as seguintes as paridades previstas pelo F.M.I.: Bchica, 2 28267;

Ro/iCíV/ 2,38095; Brasil 5.37634; Canadá, 100; Chile, 3.22581; Colômbia, 57,1433;

sentido que as pala\ras reais dc Marx não justificam (3). (1) Veja-.so

bioíírafia

publicada

no

nfimero dc .setembro de ]94ü do "Díg-esto Econômico".

(2) Veja-.so

biografia

publicada no

número' do junho de 1910 desta mesma revista.

(3) Os leitores devem lombrar.se de que a concepção comunist.a de Stulin não devo sei- confundida com o mar

iodas as divisas são^ acidiadas em cenlimos americanos. O Fundo Mone tário Internacional tratara somente das dos países membros, excluindo poifnuto (ia Rússia Rússia c mesmas fontes dc informação acrescentam que c a a Auslialia. Austrália. As A.v mes r . . > foram .

xismo. L-argas mudanças foram efetuai

aceitos suhstancialinentc os valores que os próprios governos fixaram para suas moedas. Esta^ decisão sc tornou após debates secretos, durante os quais certos

Lcníii con.struiu o Estado Soviético, em

diretores do 1'undo ))i'otcstaram contra a existência de muitas moedas super-tivaliadas, que não poderão ser assim cotadas no futuro.

das nos principies marxistas desde quê 1917. O própf-io Lonln drãsticamcnte os modificou em 3D21, quando se tornou

evidente que eram fundamentalmente msu.stcntávels, e todo o .sistema se en contra ainda cm estado de fu.são.

brasil

ano próximo passado o consumo na ca

pital do país já subia a 77.179 kw. O Consuttio de energia elétrica

centro dc maior consumo, no entanto,

ó São Paulo, o que resulta da grande Segundo o que informa o Boletim E.s-

TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE CAfíOTAC.EM

concentração industrial aqui existente.

latístico do In.stítiilo Brasileiro de Geo

Em 1945, a média fora de 83.366 kw,

grafia' o E.stalística, correspondente ao

e em todos os meses de 1946, até juUio,

O sr. CorreUi e Castro, ministro da Fazenda, determinou aos chefes das repartições aduaneiras do país, para os devidos fins, que perdurando as dificulda

trimestre de julho a setembro de .1946,

quando o consumo acusou 104.191 kw,

o consumo total dc energia elétrica (pú-

o aumento foi succssi\'0.

permitido o transporte de mercadorias de cabotagem em vapores cstrati^ciros,

l)lico e particular) vem acusando con tínua clc\'ação. A média mensal alcan

dor de energia elétricxr. Pode-se adian

em condições de atender às necessidades do comércio local.

çada durante o ano de 1945, no Distrito I^ederal, atingiu 70.567 kvv, tendo sido

des de praças de navios nacionais para embarques cie produtos exportáveis, fiea todas as vêzes cpte não opstam embarcações tiacionaLs nos portos de emíyarqué ,

do 66.893 kw <"m 1944. Éni juUio do

Recife é o terceiro centio consumi

tar que essa posição decorre, igualmen te, da crescente atividade industrial da

capital pernambucana, pois da média


Digesto EcoN6>nco

96

mensal de 6.213 k\v reíjistada o ano

passado, 2.805 couberam à utilização

da energia elétrica como força motriz. Em seguida, aparece Belo Horizonte,

Aprovou também o titular da Viação o contraio celebrado entre 41 Companhia Docas de .Santos c o Banco do Brasil,

com a média de 4.756 k\v em 1945 e

em 8 dc nn\-cnihro de 1946, p.-ira unii operação de crédito pelo prazo de 10

4.421 k\v em 1944. Em julho a ca

anos, até o limite dc 571.052 libras, 12

pital mineira acusava o consumo de

shíllings c 3 pencc, para o fim de cus tear a aquisição na Inglaterra de ma

5.885 kw. Salvador, capital da Bahia, ocupa o quinto pKJSto entre os maiores

terial destinado à ampliação do mesmo

centros consumidores de energia elétri

porto de Santos, inclusive as respecti\as despesas. São os seguintes esses

ca, com 4.684 k\v em julho de 1946 e as médias mensais de 4.435 kw e

4.137 kw, respectivamente, cm 1945 e 1944. Imediatamente após vem Pôrto Alegre, cuja média foi de 3.680 kw em

para 2 mil quilogramas dc carga. Meio circulante

sumo de 4.242 kw.

Na ordem decrescente, quanto à mé

Conforme quadro demonstrativo or

dia mensal do ano findo, figuram: Curi

ganizado pela Caixa de Amortização a

tiba, 2.055 kw; Fortaleza, 1.043 kw;

circulação de papel moeda, no mês dc

Belém, 941 kw; Vitória, 694 kw; Ma naus, 517 kw; Natal, 449 kw; Maceió,

19.944.831.496,00.

440 kw; São Luiz, 360 kw; Goiânia,

301 kw; Aracaju, 141 kw; Cuiabá, 123 kw; Florianópolis, 122 kw, e Teresina,

39 lav. A média apurada em João Pes soa foi de 46 kw, mas refere-se apenas à iluminação pública.

Financiamento de obras no pôrto de

novembro último, elevou-se u Cr$.... Confrontando esse

total com o do mês anterior, que foi dc CrS 19.925.519.365.00. verifica-se

uma diferença para mais de Cr$ 19.312.131,00.

Novo poço de petróleo

da Viação e Obras Públicas aprovou a

Sôbre o aparecimento de um novo poço de petróleo nos campos de Can deias, na Bahia, o general João Carlos Barreto, presidente do Conselho Nacio nal de Petróleo, declarou o seguinte: "Sempre que surge um poço novo, com certa capacidade dc produção, são

Santos

Atendendo ao que requereu a Com panhia Docas de Santos, de acordo com

o parecer do Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, o ministro

minuta de escritura de retificação e ra

realizados "tests" muito sérios.

tificação do contrato celebrado entre

pois da positivação desses "tests" é pos

aquela emprésa e o Instituto de Apo

sível calcular-se algo cem por cento

sentadoria e Pensões dos Marítimos, as sunto de idêntico expediente, datado de

28 de março de 1946, para operaç<ão de crédito, pelo prazo de dois anos, na im portância de 15 milhões de cruzeiros para o financiamento das obras novas e aquisições destinadas a ineUioramen-

Produção de feijão

O Brasil ocupa o terceiro lugar quan

Só de

exato. Sôbre o novo poço tenho conhe

cimento por telegramas. Quando achar oportuno, comunicarei o fato, oficial mente, ao governo e logo em seguida à imprensa". Concluiu o general João Carlos Bar

reto dizendo que tem foros de veraci

tureiras gaúchas, ultimamente em pro gresso considerável, foram obrigadas a reduzir a sua atixidade em virtude da

mundo, em 1946.

fal"a dc energia. A primeira parte do referido projeto compreende a produ

O Estado de Minas

Gerais figura com uma contribuição calcu'ada cm 4.343.223 sacas de 60 qui los; São Paulo, com 2.595.302 sacas; Paraná, com 1.785.679 e Rio Grande do Sul, com 1.935.453 sacas.

Ainda segundo estimativa do Servàço

ção de 40,600 kw por fôrça hidráulica, com o aproveitamento dos rios Santa

Maria, Antas e Jacuí e a energia tér mica proveniente da hulha das minas

dc São Jerónimo e Rio Negro. O obje tivo final do plano é a produção de 166,500 kw.

a qual não foi além cie 16.707.439

Exportação de madeira

quilos. O feijão figura entre os nossos pro dutos de exportação. Em 1944 reme

rar as disposições do item I da portaria n.° 567, de 7-10-1946, as quais passam

O ministro da Fazenda resolveu alte

temos para os mercados e.xternos 13.406 toneladas, no valor dc-Cr$ 22.704.000,00,

a ser as seguintes:

e em 1945, 10.105 toneladas, no valor de CrS 17.409.000,00.

tados do sul, destinados à e.xportação

Exportação dc carne ovina O ministro da Fazenda, consideran

do haver sido verificado pelos órgãos competentes que a perspectiva de pro dução excede ás necessidades imedia

"Dos estoques de produção dos Es e existentes nos portos de embarque e pontos de exportação, na data de pu blicação do decreto-lei n.° 9.647, de 22-8-1946, fica permitida a exportação

de aduelas para barris ou bordalezas de madeira compensada, colada à base de resinas sintéticas, e das seguintes cotas

tas e próximas decorrentes do consumo

de madeiras dos tipos e qualidades abai

nacional, resolveu excluir da proibição

xo indicados.

estabelecida pelo decreto-lei n.° 9.647, de 22 de agosto de 1946, a carne ovi

Madeira de pinho compensada, cie espessura até 8 milímetros, 30%; aplai nadas nas quatro faces de 1.® e 2.*'' qua

na, seus produtos e sub-produtos, quan do provenientes do Rio Grande do Sul,

lidades, 80%; de

o desde que as exportações se façam

bo de vassoura, 50%; serrada de 1." e

por portos do mesmo Estado. Essas exportações continuarão, contu

qualidade, 20%; ca

2.® qualidades, 80%; de S.'* qualidade, 20%; madeira de lei compensada, 20%;

do, a depender de licença previa da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil, que solicitará a au diência do Departamento Nacional da Produção Animal do Ministério da Agri

serrada, cane'a, 20%; outras, 50%. Não fica sujeita a essas cotas a e.x

cultura, ou seus delegados, no que

às margens dos rios Uruguai e Paraná e nos pontos de exportação das fron

couber.

Eletrificação no Rio Crande O Estado do Rio Grande do Sul ini

ciou um programa de eletrificação em

tos no pôrto de Santos, cuja aplicação

dade a existência de novo poço petro

fôra autorizada pela portaria n.° 91, de

lífero em Candeias e que os "tests" de

grande escala, com a energia gerada pela

produção continuam a ser realizados.

sua fôrça hidráulica e o carvão oriundo

28 de ianeiro, também do ano findo.

de suas jazidas. As indústrias manufa-

to ao volume da ])rodução de feijão no

materiais: 46 guindastes elétricos; 10| do Estatística da Produção, a safra, era 1946, atingu 17.016.590 sacas de 60 saveiros do aço para 20 toneladas cada ' quilos, maior, portanto, que a de 1945, um e 50 \'agonclcs elétricos a bateria

1945, contra 3.434 kw em 1944. O

mês de julho de 1946 acusou ali o con

Dicesto EcoNÓ\nco

portação de madeiras dos tipos e qua lidades mencionados, bem como dos to ros de madeira de lei que se acharem teiras".

Navegação aérea

Em despacho dado a parecer da Aeroífáutica Civil, o ministro Armando

Trompowski autorizou o ftmcionamento


Digesto EcoN6>nco

96

mensal de 6.213 k\v reíjistada o ano

passado, 2.805 couberam à utilização

da energia elétrica como força motriz. Em seguida, aparece Belo Horizonte,

Aprovou também o titular da Viação o contraio celebrado entre 41 Companhia Docas de .Santos c o Banco do Brasil,

com a média de 4.756 k\v em 1945 e

em 8 dc nn\-cnihro de 1946, p.-ira unii operação de crédito pelo prazo de 10

4.421 k\v em 1944. Em julho a ca

anos, até o limite dc 571.052 libras, 12

pital mineira acusava o consumo de

shíllings c 3 pencc, para o fim de cus tear a aquisição na Inglaterra de ma

5.885 kw. Salvador, capital da Bahia, ocupa o quinto pKJSto entre os maiores

terial destinado à ampliação do mesmo

centros consumidores de energia elétri

porto de Santos, inclusive as respecti\as despesas. São os seguintes esses

ca, com 4.684 k\v em julho de 1946 e as médias mensais de 4.435 kw e

4.137 kw, respectivamente, cm 1945 e 1944. Imediatamente após vem Pôrto Alegre, cuja média foi de 3.680 kw em

para 2 mil quilogramas dc carga. Meio circulante

sumo de 4.242 kw.

Na ordem decrescente, quanto à mé

Conforme quadro demonstrativo or

dia mensal do ano findo, figuram: Curi

ganizado pela Caixa de Amortização a

tiba, 2.055 kw; Fortaleza, 1.043 kw;

circulação de papel moeda, no mês dc

Belém, 941 kw; Vitória, 694 kw; Ma naus, 517 kw; Natal, 449 kw; Maceió,

19.944.831.496,00.

440 kw; São Luiz, 360 kw; Goiânia,

301 kw; Aracaju, 141 kw; Cuiabá, 123 kw; Florianópolis, 122 kw, e Teresina,

39 lav. A média apurada em João Pes soa foi de 46 kw, mas refere-se apenas à iluminação pública.

Financiamento de obras no pôrto de

novembro último, elevou-se u Cr$.... Confrontando esse

total com o do mês anterior, que foi dc CrS 19.925.519.365.00. verifica-se

uma diferença para mais de Cr$ 19.312.131,00.

Novo poço de petróleo

da Viação e Obras Públicas aprovou a

Sôbre o aparecimento de um novo poço de petróleo nos campos de Can deias, na Bahia, o general João Carlos Barreto, presidente do Conselho Nacio nal de Petróleo, declarou o seguinte: "Sempre que surge um poço novo, com certa capacidade dc produção, são

Santos

Atendendo ao que requereu a Com panhia Docas de Santos, de acordo com

o parecer do Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, o ministro

minuta de escritura de retificação e ra

realizados "tests" muito sérios.

tificação do contrato celebrado entre

pois da positivação desses "tests" é pos

aquela emprésa e o Instituto de Apo

sível calcular-se algo cem por cento

sentadoria e Pensões dos Marítimos, as sunto de idêntico expediente, datado de

28 de março de 1946, para operaç<ão de crédito, pelo prazo de dois anos, na im portância de 15 milhões de cruzeiros para o financiamento das obras novas e aquisições destinadas a ineUioramen-

Produção de feijão

O Brasil ocupa o terceiro lugar quan

Só de

exato. Sôbre o novo poço tenho conhe

cimento por telegramas. Quando achar oportuno, comunicarei o fato, oficial mente, ao governo e logo em seguida à imprensa". Concluiu o general João Carlos Bar

reto dizendo que tem foros de veraci

tureiras gaúchas, ultimamente em pro gresso considerável, foram obrigadas a reduzir a sua atixidade em virtude da

mundo, em 1946.

fal"a dc energia. A primeira parte do referido projeto compreende a produ

O Estado de Minas

Gerais figura com uma contribuição calcu'ada cm 4.343.223 sacas de 60 qui los; São Paulo, com 2.595.302 sacas; Paraná, com 1.785.679 e Rio Grande do Sul, com 1.935.453 sacas.

Ainda segundo estimativa do Servàço

ção de 40,600 kw por fôrça hidráulica, com o aproveitamento dos rios Santa

Maria, Antas e Jacuí e a energia tér mica proveniente da hulha das minas

dc São Jerónimo e Rio Negro. O obje tivo final do plano é a produção de 166,500 kw.

a qual não foi além cie 16.707.439

Exportação de madeira

quilos. O feijão figura entre os nossos pro dutos de exportação. Em 1944 reme

rar as disposições do item I da portaria n.° 567, de 7-10-1946, as quais passam

O ministro da Fazenda resolveu alte

temos para os mercados e.xternos 13.406 toneladas, no valor dc-Cr$ 22.704.000,00,

a ser as seguintes:

e em 1945, 10.105 toneladas, no valor de CrS 17.409.000,00.

tados do sul, destinados à e.xportação

Exportação dc carne ovina O ministro da Fazenda, consideran

do haver sido verificado pelos órgãos competentes que a perspectiva de pro dução excede ás necessidades imedia

"Dos estoques de produção dos Es e existentes nos portos de embarque e pontos de exportação, na data de pu blicação do decreto-lei n.° 9.647, de 22-8-1946, fica permitida a exportação

de aduelas para barris ou bordalezas de madeira compensada, colada à base de resinas sintéticas, e das seguintes cotas

tas e próximas decorrentes do consumo

de madeiras dos tipos e qualidades abai

nacional, resolveu excluir da proibição

xo indicados.

estabelecida pelo decreto-lei n.° 9.647, de 22 de agosto de 1946, a carne ovi

Madeira de pinho compensada, cie espessura até 8 milímetros, 30%; aplai nadas nas quatro faces de 1.® e 2.*'' qua

na, seus produtos e sub-produtos, quan do provenientes do Rio Grande do Sul,

lidades, 80%; de

o desde que as exportações se façam

bo de vassoura, 50%; serrada de 1." e

por portos do mesmo Estado. Essas exportações continuarão, contu

qualidade, 20%; ca

2.® qualidades, 80%; de S.'* qualidade, 20%; madeira de lei compensada, 20%;

do, a depender de licença previa da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil, que solicitará a au diência do Departamento Nacional da Produção Animal do Ministério da Agri

serrada, cane'a, 20%; outras, 50%. Não fica sujeita a essas cotas a e.x

cultura, ou seus delegados, no que

às margens dos rios Uruguai e Paraná e nos pontos de exportação das fron

couber.

Eletrificação no Rio Crande O Estado do Rio Grande do Sul ini

ciou um programa de eletrificação em

tos no pôrto de Santos, cuja aplicação

dade a existência de novo poço petro

fôra autorizada pela portaria n.° 91, de

lífero em Candeias e que os "tests" de

grande escala, com a energia gerada pela

produção continuam a ser realizados.

sua fôrça hidráulica e o carvão oriundo

28 de ianeiro, também do ano findo.

de suas jazidas. As indústrias manufa-

to ao volume da ])rodução de feijão no

materiais: 46 guindastes elétricos; 10| do Estatística da Produção, a safra, era 1946, atingu 17.016.590 sacas de 60 saveiros do aço para 20 toneladas cada ' quilos, maior, portanto, que a de 1945, um e 50 \'agonclcs elétricos a bateria

1945, contra 3.434 kw em 1944. O

mês de julho de 1946 acusou ali o con

Dicesto EcoNÓ\nco

portação de madeiras dos tipos e qua lidades mencionados, bem como dos to ros de madeira de lei que se acharem teiras".

Navegação aérea

Em despacho dado a parecer da Aeroífáutica Civil, o ministro Armando

Trompowski autorizou o ftmcionamento


DionsTo Econômico

Dícksto Econômico

98

99

clíi Viação Interestadual de Transportes

saldos cm circulação ascendiam a

aprêç-o seria coberto com o valor dessas

Aereos (VITA), nova companhia que

135.000.000 dc dólares c 59.000.000

exportações.

se funda com o propósito de criar linhas pelo litoral e Interior do país.

do francos suíços, ro.specti\ainente. O comunicado acrescenta <|ue, cm conse-

ESTADOS UNIDOS

Exportação de café em grão

resume, atualmente, nos dois emprésti

Atingiu 9.096.052 sacas, no valor de 3 hilíões, -364 milhões e 71 cruzeiros, a

e.Kportação brasileira de café em grão,

te de 9.200.000 libras. Não foi pos sível ainda resgatá-los de\ido às dispo sições do contrato dcfiniti\o, que difi

de janeiro a julho de 1946. No mesmo período de * 1945, a exportação foi de

cultam u realização de amortÍz;ições ex traordinárias. Não obstante, termina a

7.455.136 sacas, valendo 2 biliõe.s, 109

informação do Banco Central da Repú

tos elevaram-se de 3,4 por cento.

milhões e 868 mil cruzeiros.

blica afirmando (pic o goxérno de Bue

decisão final.

nos Aires, fiel ao .seu propósito de exi

15 de outubro o índice de preços dc produtos de consumo, preparado pelo

FRANÇA

Administração das emprêsas iudusiriais As autoridades britàjúcas da Alema

t[uéneia, u dívida <'xterna da nação se

nha, segundo informou o sr. lolm Hynd,

Ciisln dc vida

ministro encarregado da administração

mos emitidos em esterlinos, no montan

A dife

rença de preç-o foi considerável: CrS

369,84 por saca, em 1946, contra CrÇ 283,01, em 1945.

E sabido que o nosso maior cliente continua a ser os Estados Unidos.

A

exportação para ô.sse país atingiu

6.930.202 sacas. No grupo de consu midores da América do Norte e Cen tra!, ainda tivemos três outros clientes:

o Canadá, 97.232 sacas; Cuba, 40.000 sacas, e Panamá, 9.500 sacas. Na Amé

café em grão a nada menos de 18 paí ve ainda embarques pura a África e

para a Ásia. A Oceania é o único con

tinente que não récebeu, nesse período, nenhuma partida de café brasileiro.

Do Exterior ARGENTINA

Resgate de empréstimos O Banco Central da República anun

n

ses administradores permanecerão nos

dos de outubro.

seus cargos até que a situação política da Alemanha permita a respeito uma

Os preços dos alimen A

146,9% maior que a média de 1935-39

efetuando negociações para aplainar os

e 15,1% maior que bá um ano.

obstáculos cjue se opõem ao resgate ime diato desses empréstimos.

Produção de paz Altos

Flano (ininíitienal e defesa da nioedo O presidente da República Argentina

no qüinqüenal. Observou que os haneo.s oficiais tem em seu poder 1.500 toneladas de ouro, asaliadas em 5 bi-

liões e 800 milhões de pesos, ao passo que o papel moeda cm circulação atin ge um total de 3 hiliõcs e 700 milhões de pesos. "Isso — acrescentou — signi

norte-americanos

O J'doficit" comercial da França em bilioes de francos c com a Inglaterra de 9 biliões nos primeiros nove meses de 1946, segundo declarações do mi nistro da Economia. Êsse balanço co

mercial desfavorável faz com que o país

pòv termo à inflação. Essa produção máxima foi atingida

créditos em dólares e esterlinos que lhe

pouco antes da greve dos mineiros de

foram concedidos e obter outros em

tenha eventualmeaite de consumir os

carvão, a qual, ao que consta, provocou

préstimos ou créditos, porquanto não se

ligeira diminuição na média norte-ame

encontra em condições de satisfazê-lo por

ricana já alcançada.

meio de suas ex-portações. Tal estado de coisas, em parte, decorro da inefi ciência do aparelho industrial francês

Transporte marítimo do café brasileiro

fica que jxjdemos emitir mais dois biliões do pesos. No entanto, não o ^fa-

quanto ao fornecimento de mercadorias A Associação de Café cru de Nova

rcmo.s, pois desejamos defender a moe .

funcionários

anunciaram que os Estados Unidos pre cisarão, no mínimo, de dois meses para atingir a sua produção máxima de tem po de paz, considerada essencial para

desmentiu os rumores de que o seu go-

da".

SifKí/ffio Financeira

relaçao aos Estados Unidos foi dc 50

tratar do diferentes aspectos de .seu pla

ses, num total de 1.356.686 sacas. Hou

ganhos moderados subiram de 1,7 por

inglesa, nomearão administradores ger mânicos para as principais emprêsas in dustriais do Rhur. Acrescentou que es

cento entre meados de setembro e mea

Bureau do Estatísticas Trabalhistas, era

dostinou-se à Argentina: 305.9.53 sacas. Ainda exportámos para o Chile 83.230

A exportação para a Europa aumen tou consideravelmente, pois fornecemos

essenciais consumidas pelas famílias de

mir o ))aís, tão depros.sa cpianto possí-

\'èrno tencione "manobrar o péso", ao

Bolí\'ia, 73 sacas.

Os preços no varejo das utilidades

\-el, das suas obrigações c.xtemas, está

rica do Sul, o maior volume exportado sacas, para o Uruguai 27.274 sacas, pa ra o Paraguai, 5.800 sacas, e para a

ALEMANHA

Iorque anunciou que o frete de trans

,

CHILE

manufaturadas.

Lsto se deve, até certo

ponto, íi carência de matérias-primas,

porte marítimo do café brasileiro foi

principalmente car\'ão, e às altas bar

aumentado em 25 cents por saca, a par tir de 1.° do corrente. O sr. George

reiras comerciais, particularmente as- vi

Schutte, presidente do Conselho de Trá

ca num acréseinxo do custo de produ

gentes nos Estados Unidos, o Que impli

fego Marítimo da mesma entidade, es

ção, já pesado. A balança comercial

Rovela-se em Santiago que o Chile

clareceu mais que a Conferência de Fre

francesa é também desfavorável em re

trata dc chegar a um acordo com d

tes Brasileiros nos Estados Unidos fi

Empréstimos no Brasil

findo com a Argentina, isto é, n obten

xou o preço do transporte de café entre os nossos portos e os do Atlântico norte

ção de um grande empréstimo, que llio

e Golfo do México em um dólar e 35

Brasil, nas mesmas bases do convênio

ciou estar terminada a operação de res

permita estabelecer diversas indústrias

gate dos empréstimos nacionais coIoc^S-

tendentes a aumentar as exportações pa

çents por saca, contra um dólar e dez cents que vinha vigorando deste setem

dos nos Estados Unidos e na Suíça, cujos

ra o nos.so país. O empréstimo em

bro.

LL

lação à Checoslovaquia e à Polônia. Escassez de carvão

Fontes bem informadas temem que a escassez de carvão venha acarretar no

vas decisões no sentido de restringir o


DionsTo Econômico

Dícksto Econômico

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99

clíi Viação Interestadual de Transportes

saldos cm circulação ascendiam a

aprêç-o seria coberto com o valor dessas

Aereos (VITA), nova companhia que

135.000.000 dc dólares c 59.000.000

exportações.

se funda com o propósito de criar linhas pelo litoral e Interior do país.

do francos suíços, ro.specti\ainente. O comunicado acrescenta <|ue, cm conse-

ESTADOS UNIDOS

Exportação de café em grão

resume, atualmente, nos dois emprésti

Atingiu 9.096.052 sacas, no valor de 3 hilíões, -364 milhões e 71 cruzeiros, a

e.Kportação brasileira de café em grão,

te de 9.200.000 libras. Não foi pos sível ainda resgatá-los de\ido às dispo sições do contrato dcfiniti\o, que difi

de janeiro a julho de 1946. No mesmo período de * 1945, a exportação foi de

cultam u realização de amortÍz;ições ex traordinárias. Não obstante, termina a

7.455.136 sacas, valendo 2 biliõe.s, 109

informação do Banco Central da Repú

tos elevaram-se de 3,4 por cento.

milhões e 868 mil cruzeiros.

blica afirmando (pic o goxérno de Bue

decisão final.

nos Aires, fiel ao .seu propósito de exi

15 de outubro o índice de preços dc produtos de consumo, preparado pelo

FRANÇA

Administração das emprêsas iudusiriais As autoridades britàjúcas da Alema

t[uéneia, u dívida <'xterna da nação se

nha, segundo informou o sr. lolm Hynd,

Ciisln dc vida

ministro encarregado da administração

mos emitidos em esterlinos, no montan

A dife

rença de preç-o foi considerável: CrS

369,84 por saca, em 1946, contra CrÇ 283,01, em 1945.

E sabido que o nosso maior cliente continua a ser os Estados Unidos.

A

exportação para ô.sse país atingiu

6.930.202 sacas. No grupo de consu midores da América do Norte e Cen tra!, ainda tivemos três outros clientes:

o Canadá, 97.232 sacas; Cuba, 40.000 sacas, e Panamá, 9.500 sacas. Na Amé

café em grão a nada menos de 18 paí ve ainda embarques pura a África e

para a Ásia. A Oceania é o único con

tinente que não récebeu, nesse período, nenhuma partida de café brasileiro.

Do Exterior ARGENTINA

Resgate de empréstimos O Banco Central da República anun

n

ses administradores permanecerão nos

dos de outubro.

seus cargos até que a situação política da Alemanha permita a respeito uma

Os preços dos alimen A

146,9% maior que a média de 1935-39

efetuando negociações para aplainar os

e 15,1% maior que bá um ano.

obstáculos cjue se opõem ao resgate ime diato desses empréstimos.

Produção de paz Altos

Flano (ininíitienal e defesa da nioedo O presidente da República Argentina

no qüinqüenal. Observou que os haneo.s oficiais tem em seu poder 1.500 toneladas de ouro, asaliadas em 5 bi-

liões e 800 milhões de pesos, ao passo que o papel moeda cm circulação atin ge um total de 3 hiliõcs e 700 milhões de pesos. "Isso — acrescentou — signi

norte-americanos

O J'doficit" comercial da França em bilioes de francos c com a Inglaterra de 9 biliões nos primeiros nove meses de 1946, segundo declarações do mi nistro da Economia. Êsse balanço co

mercial desfavorável faz com que o país

pòv termo à inflação. Essa produção máxima foi atingida

créditos em dólares e esterlinos que lhe

pouco antes da greve dos mineiros de

foram concedidos e obter outros em

tenha eventualmeaite de consumir os

carvão, a qual, ao que consta, provocou

préstimos ou créditos, porquanto não se

ligeira diminuição na média norte-ame

encontra em condições de satisfazê-lo por

ricana já alcançada.

meio de suas ex-portações. Tal estado de coisas, em parte, decorro da inefi ciência do aparelho industrial francês

Transporte marítimo do café brasileiro

fica que jxjdemos emitir mais dois biliões do pesos. No entanto, não o ^fa-

quanto ao fornecimento de mercadorias A Associação de Café cru de Nova

rcmo.s, pois desejamos defender a moe .

funcionários

anunciaram que os Estados Unidos pre cisarão, no mínimo, de dois meses para atingir a sua produção máxima de tem po de paz, considerada essencial para

desmentiu os rumores de que o seu go-

da".

SifKí/ffio Financeira

relaçao aos Estados Unidos foi dc 50

tratar do diferentes aspectos de .seu pla

ses, num total de 1.356.686 sacas. Hou

ganhos moderados subiram de 1,7 por

inglesa, nomearão administradores ger mânicos para as principais emprêsas in dustriais do Rhur. Acrescentou que es

cento entre meados de setembro e mea

Bureau do Estatísticas Trabalhistas, era

dostinou-se à Argentina: 305.9.53 sacas. Ainda exportámos para o Chile 83.230

A exportação para a Europa aumen tou consideravelmente, pois fornecemos

essenciais consumidas pelas famílias de

mir o ))aís, tão depros.sa cpianto possí-

\'èrno tencione "manobrar o péso", ao

Bolí\'ia, 73 sacas.

Os preços no varejo das utilidades

\-el, das suas obrigações c.xtemas, está

rica do Sul, o maior volume exportado sacas, para o Uruguai 27.274 sacas, pa ra o Paraguai, 5.800 sacas, e para a

ALEMANHA

Iorque anunciou que o frete de trans

,

CHILE

manufaturadas.

Lsto se deve, até certo

ponto, íi carência de matérias-primas,

porte marítimo do café brasileiro foi

principalmente car\'ão, e às altas bar

aumentado em 25 cents por saca, a par tir de 1.° do corrente. O sr. George

reiras comerciais, particularmente as- vi

Schutte, presidente do Conselho de Trá

ca num acréseinxo do custo de produ

gentes nos Estados Unidos, o Que impli

fego Marítimo da mesma entidade, es

ção, já pesado. A balança comercial

Rovela-se em Santiago que o Chile

clareceu mais que a Conferência de Fre

francesa é também desfavorável em re

trata dc chegar a um acordo com d

tes Brasileiros nos Estados Unidos fi

Empréstimos no Brasil

findo com a Argentina, isto é, n obten

xou o preço do transporte de café entre os nossos portos e os do Atlântico norte

ção de um grande empréstimo, que llio

e Golfo do México em um dólar e 35

Brasil, nas mesmas bases do convênio

ciou estar terminada a operação de res

permita estabelecer diversas indústrias

gate dos empréstimos nacionais coIoc^S-

tendentes a aumentar as exportações pa

çents por saca, contra um dólar e dez cents que vinha vigorando deste setem

dos nos Estados Unidos e na Suíça, cujos

ra o nos.so país. O empréstimo em

bro.

LL

lação à Checoslovaquia e à Polônia. Escassez de carvão

Fontes bem informadas temem que a escassez de carvão venha acarretar no

vas decisões no sentido de restringir o


100

Digesto EcoxóNaco

tráfego das estradas de ferro e o consu-

ximo orçamento, a Associação das Câ

JP® jiç Pelos cálculos oficiais o déficit" atual do carvão francês é de um milhão e seiscentos mil toneladas, a despeito do aumento na produção na

que a continuada queda do poder aqui

cional.

Acrrescentam as mesmas fontes

de informação que foi diiiigido um

apêlo de emergência aos Estados Unidos, pedindo o apressamento das remessas de hulha já discriminada para a França. Programa ferroviário A Sociedade Nacional de Estradas de

Ferro (S.N.C.F.) anunciou um pro grama decenal de renovação, cuja e.xecução foi iniciada no ano próximo fíndo. Os pontos fundamentais dêsse plano, destinado a transformar as condições te^oviarias da França, incluem novos trilhos de 50 quilos em 9.465 quilôme tros de linhas. A velocidade-limite será

elevada para 140 quilômetros por hora. Numerosos outros aperfeiçoamentos são

previstos. Existem ainda diversos projetos de remodelação das linhas existen-

tes, a fim de facilitar-se a circulação O trajeto Niort-Poitiers será duplicado e os de Liáo-Guillotière e Liâo-Broteau quadruplicados. A extensão das linhas equipadas com blocos automáticos de sinalização luminosa passará de 2.800

para 5.300 quilômetros. A reconstrução das estações pequenas e médias será

processada de acordo com determinado

número de tipos-padrão. Em inúmeros casos tais obras foram enquadradas em

maras Britânicas de

Comércio afirma

sitivo da libra esterlina resultará ine-

vitàvelmente da inflação. "É desejável — diz o referido memorando — que essa tendência seja sustada, e que o valor da libra esterlina .se estabilize no seu nível

atual. Se isto falhar os prometidos ser

viços sociais estão fadados, de início, ao

mais completo malôgro". Exigindo que uma comissão ministe rial, composta de todos os departamen tos do governo, proceda a uma "revisão implacável" da situação, a representa

Tijolos e peças de alia relralarledade Ataminom — SUioo-Alomtnosos — SiHcowí — — Ijoltaies T«rr« Rrimám — Gmcnto Rdr>t no — .rjtviinhn» pirt tnadições (Alomlnosos. Zir..õnÍo)

ção em apreço prossegue:

"Na política financeira geral do ano próximo (1947) deve ser dacla prioridade

à tarefa de promover um maior equilí brio entre as despesas do govêrno e a

SILIM AX" LTD A. PRODUTOS CERÂMICOS REFRATÂRIOS Roa Alcides Qoetroz. jj7 — ST O. ANDRÉ SIU. AINUKt (^P. R.) Dt^rtsmmto dt Vmd^ Praça da Se. 297, i.a /loia, salas - Td Paaiõ

Fáhriem

capacidade produtiva da nação". Calculando que o poder aquisitivo da libra esterlina não é superior a 14 shillings, se comparada ao seu valor de antes da guerra, a Associação das Câ

maras Britânicas de Comércio pede a revisão de todos os controles, com a eli minação de todos eles, excetuando-se os

características ,1 inconfundíveis 0

de maior importância, e solicita o esti

— Móveis "ÚNICO"

mulo que a redução das taxas pode pro

para seus escritórios

porcionar".

Aumenta a produção de aço

Resístênciò^ EÍègãncia e Durabiliâdde

MESAS.ARQUIVOS,COFRES.ETC... Cada detalhe na fabricação dos artl-

gosproduzldos pelaFábrica de Cofres "ÜNICO",Lida., é escrupulosamente

A produção de aço, em novembro úl

obseiA^ado por técnicos capazes. O

timo, foi maior que a registada em qual

melhor materialé empregado:aço de alta têmpera, especial E o mais fino

quer mês do ano findo. Estatísticas re

do seu escritório. Peça Informações.

projetos locais de urbanismo e determi narão importantes trabalhos de readap tação das instalações ferroviárias.

centemente publicadas pela Federação

INGLATERRA

se fez a razão de 13.715.000 toneladas

acabamento artístico,para a elegância

do Ferro e do Aço mostram que a pro dução para as quatro semanas do mês por ano, comparadas com 12.870.000

^UlQA-

Poder atjuisiiivo de libra esterlina

toneladas por ano em novembro de 1945.

FÁBRICA DE COFRES

Em representação que dirigiu ao mi

A produção excedeu de muito a de novembro de 1938, a qual fôra de 10.320.000 toneladas por ano.

"ÚNICO" LT D A.

nistro das Finanças, a respeito do pró

VENDAS: Rua Sdo Banto, 329 - 6.» Sala 66 - Tal. 2-5944• C. Postal 3.024 FÁBRICA: Rua Cal. Carlos Oliva, 76 SÁO PAULO

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Diretor PrcsitleiUe : — Octacilio Piedade Gonçalves Dirclt)!" (ierciUv — Emydio Piedade Gonçalves

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CASA LÚ - MODAS

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ISNARD 8d CIA. (SSo Paulo)

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J. ISNARD & CIA. (Rio)

Companhia 0. P. Gonçalves de Automóveis

VALISÈRE S/A

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CASA DA BORRACHA LTDA.

(Relógios Eska)

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ERNESTO P. SOARES

(Rldios Lincoln)

editora COMERCIAL. LTDA. (Dige:» Econômico)

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Salões de Exposição: Praça Júlio Mesquita, 123 e Rua Consolação, 1787

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Ampla Sccçào de Peças — Modernas c bem mcntadas oficinas

Telefones: 4-554 - 4-0018 e 4-0639

Escritório, oficinas c Secção de Peças: Rua Consolação, 1787

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Fábrica e Escritório; Avenida Celso Garcia, 5628

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Telefone. 9 0312

Diretor-Prcsidente — Octacilio Piedade Gonçalves Diretor-Gerentc —José Piedade Gonçalves Dirctor-Técnico — José Massa

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