DIGESTO
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ECONOMICO
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SOB OS auspícios oa ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO E oa FEDERAÇÃO DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Estaduais
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Redação
Desorientação Econômica — Jorio Di Pictro O Valor do Cruzeiro — líutiênio Glidin
22^ -
• • .
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O Cafeeíro, Êssc Desconhecido — Frcdcríeo Piinentcl Gomes
33'
A B-aln T-44 — Arma Secreta Americana — Vinícius da Veiga
'i 3í
jCalógcras e o Orçamento — Arízio de Viana
•41'/
"N^Colonos Suíços em São Paulo — Redação
50-^
As Crises Açucarciras no Brasil — José Honório Rodrigues História Econômica — Afonso Arinos de Melo A Cenoura e a Vara — " Tlic Econoniist"
Franco
.r.
Progressos do Brasil — Scaward Humpíiry A Crise do Carvão Britânico Repercute no Mundo Inteiro — Frank Lambe Considerações sôbrc a Inflação Brasileira — Amando Mendes A Pesquisa na Propaganda — Jouo Carvalhacs
ji-f''K y|, v-'!^ {&M»"íêÈP-'}3
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69-7
lyy 83
ICarl Hcinrich Marx — Fundador da Doutrina da Luta de Classe —
S. Harcoürt-Rivington
Panorama
Econômico
N.o 26
—
Redação
JANEIRO DE 1947 — ANO III
v
95 '
|XZXXZX DIGESTO ECONOMICO
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o "Di^esto Econômico" aparece no primeiro sábado de cada mês. E' publicado pela Editora Comercial Llda^ sob os auspícios da Asso ciação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Esta do de São Paulo.
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Nas festas, aolenidadea, em tMaa a»
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APRESENTA
DE DOMICILIO A DOMICILIO, o mais perfeito serviço de trans portes rodoviários de encomen das c carg;as, através de moder na frota de caminhões, dando entre outras vantagens, as se
t'^y-'-:;;</v«-'.'-tmy'i
>Ê>-í-^ í^ÍvS£i?>Mê.i-:
guintes RAPIDEZ
SEGURANÇA
z
ECONOMIA São Paulo Rua Mercúrio, 115 Tels. 2-3229 - 2-4234 Rio
Rua General Pedra, 34 TeL: 43-0505
LOUÇAS, VIDROS, CRISTAIS e PORCELANAS
SOMENTE NA
C^S£»«P11ESEMTES LfiO.S.FRimClSfO IfS £6
Santos
Rua
I
Antonio Prado, 55
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O
//
TfME IS MONEY
/#
O TRANSPORTE RÁPIDO REPRESENTA ECONOMIA.
O ÊXITO DO SEU NEGÓCIO DEPENDE DA EFICIÊNCIA DOS SEUS COLABORADORES.
Cada macaco no seu galho,..
PERMITA-NOS COLABORAR COM V.S., E NÓS LJÍE DAREMOS O MÁXIMO EM EFICIÊNCIA.
COM ÊSTE PROVÉRBIO O povo consagra a A con/ro-morco 4SA e o gofoní/o dos rádios
WEST POINT JEFFERSON HAMILTON
LINCOLN
Transportes diretos entre
especialização. A indústria dos rádios para satisfazer as exigências atuais, só pode ser entregue a engenheiros e técnicos espe
SÁO PAULO — SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL
.MmJíXV/Ç0JP£A60M
cialistas do ramo. Assim procede há 20 anos Indústria e Comércio Assumpção S A. fabri
O
wamBA
BW£rt£/tAU O nORiANOPOUS
POJtfffAlFOffE
lhos de qualquer proveniência.
TRAHSPORTADORA FARROUPILHA
>ndústria B COMÉRCIO
RESPONDE PELO QUE VENDE 1 XJ klj 7b
•'^OSfAL,2025 • SÃO
B.nosimno,
OWiTOS
cante dos aparelhos de contra-marca asa com o seu corpo de engenheiros, técnicos e operários especializados, assegurando uma qualidade apropriada às nossas condições climatéricas, atnda nlo superada por apare
c/pJOOOLFO
SAQPAVLO
Q
SÃO PAULO MATRIZ
Aviiltft Di|is it Cailit, 471
aeàeâáe VIX.I AI.
Alaniia Diqua ria Ciilat,
PORTO AlEGRE FILIAL
Abi CoDiiididir Carala, 421
FILIAL
Mirqalt ria Ciilat, 1SI-I
Fone 5-4891
Fone 1021
Fone 7033
Fone 1028
SÃO PAULO
BLUMENAU
PÕRTO ALEGRE
PELOTAS
Endereços TelegrAficos: TRANSROPILHA
O
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SÃO PAULO
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ryrr^r
DIGESTO
JLiuuii
o mm nas iíígUcíos huh fíndrems uanaiÂL Pob/icado sob os ausp/cíos do
HSSOCIP.CÍO COMERCWIDE SãO PIIÜLO
ECONOMICO
★
FEDERtCÕO DO COMERCIO DO estado de São paulo
O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA M E N Ano III
Difetor Supetintendente:
São Paulo - tlanoiro de 10-17
AURO soares de moura ANDRADE
O Digesto Eoomú»hí,.o Diretor:
íUI NOGUEIRA MART.NS
Eleirfies EslmluaivS
publicará pròxinianiciite;
Gereríte: A. DdSüvd
O DIGE5TQ ECONÓM CO.órgão de ^formações econó.ni:as e financei ras, de propriedade da Edilôra Co-
'"ercialLtda.,é publicado no primeTro sábado de cada mês.
A direção nã j se resp nsab liza pelos ados cujas fontes estejam deviclaniente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinadrs.
"A EXPERIÊNCIA UOOSEVELT" Dario de Almeida Maf/albfies
"MAIS CAFÉ" — Pimeiitel Goin ICS
tar o nome do D.Gósro ECONÔMICO.
Aceita-se íntenâTibio c/publicações
tiiação aiuhnala. Embora id tenhamos •
c.vcci/fíLo federal regularmente eleito pelo si
"USO MILITAR E USO iNDUSTnr
frií^io do povo e limitado pelas atribuiÇí^
DA ENERGIA ATÔMICA" _ q
cm plena atividade, nos diversos Estados pOT-
febvre d'Ovidío
'
"HENRY GEORGE, advogado "IMPOSTO ÜNICO" -Sn n. • 1 Rivington.
Na transcrição de artig is pede-se ci
país icm vivido, após a promttly.0Ç(''f> o Constituição dc 18 de setembro, timd ^
^'tircourt-
"A PSICOLOGIA A SERVlCo t-x
ATIVIDADES ECONÔMICAS"
Ludwig Mayer.
legislativas de uma C«»íi/íiy7 c de um Senado siste o reeime dos dccrcfos-leis.
Os intervém
fores aincm onvernam com a plenitude de atri buições que lhes foram conferidas pela caríX' nutor<iada a 10 de novembro de 1937 e os háhilos da ditadura. Aos .vcjís flancos, é ver dade, funcionam os conselhos íi^íniníí(rflfit^i mas o âmbito restrito do sua ação e o carátéi não eletivo de seus membros são suficientei
para caracterizá-los como projeções déssc'
congêneres naci.nais e estrangeiras.
mesmos interventores e do poder central, de que ambos detêm o mandato.
ASSINATURAS^
tido das próximas eleições estaduais, marca
Decorre destas circunstâncias o elevado sen^
das para 19 de janeiro. O povo será con-
Digesto Econômico
■Ano (simples) »
CrS 30,00
(registrado)
Cr$ 36,00
Número do mês: Atrasado:
Cr$ 3,00 CrS 5,00
★
vocado a escolher, nesse dia, os seus repre sentantes às assembléias que traçarão, por cer to, as linhas políticas e administrativas pe culiares a coda Estado.
Não poderemos nos esquecer jamais de qnc
t
a forma federativa, consagrada em nossa lei
Rodaçõo e Admlnístroçõo:
básica, foi até hoje àpenas uma aspiraçiio pràticainente irrealizada. Corrigindo a centra-^
VIADUTO BOA VISTA, 67-7." ANDAR TcL 3-7499 —CA'XA POSTAL, 240-B SÃO PAUIO
lízação imperante — a qual de resto quebrou^
uma sadia tradição inaugurada com a Bepu . blica de 1889 — os deputados com assento
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DIGESTO
JLiuuii
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HSSOCIP.CÍO COMERCWIDE SãO PIIÜLO
ECONOMICO
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FEDERtCÕO DO COMERCIO DO estado de São paulo
O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA M E N Ano III
Difetor Supetintendente:
São Paulo - tlanoiro de 10-17
AURO soares de moura ANDRADE
O Digesto Eoomú»hí,.o Diretor:
íUI NOGUEIRA MART.NS
Eleirfies EslmluaivS
publicará pròxinianiciite;
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O DIGE5TQ ECONÓM CO.órgão de ^formações econó.ni:as e financei ras, de propriedade da Edilôra Co-
'"ercialLtda.,é publicado no primeTro sábado de cada mês.
A direção nã j se resp nsab liza pelos ados cujas fontes estejam deviclaniente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinadrs.
"A EXPERIÊNCIA UOOSEVELT" Dario de Almeida Maf/albfies
"MAIS CAFÉ" — Pimeiitel Goin ICS
tar o nome do D.Gósro ECONÔMICO.
Aceita-se íntenâTibio c/publicações
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c.vcci/fíLo federal regularmente eleito pelo si
"USO MILITAR E USO iNDUSTnr
frií^io do povo e limitado pelas atribuiÇí^
DA ENERGIA ATÔMICA" _ q
cm plena atividade, nos diversos Estados pOT-
febvre d'Ovidío
'
"HENRY GEORGE, advogado "IMPOSTO ÜNICO" -Sn n. • 1 Rivington.
Na transcrição de artig is pede-se ci
país icm vivido, após a promttly.0Ç(''f> o Constituição dc 18 de setembro, timd ^
^'tircourt-
"A PSICOLOGIA A SERVlCo t-x
ATIVIDADES ECONÔMICAS"
Ludwig Mayer.
legislativas de uma C«»íi/íiy7 c de um Senado siste o reeime dos dccrcfos-leis.
Os intervém
fores aincm onvernam com a plenitude de atri buições que lhes foram conferidas pela caríX' nutor<iada a 10 de novembro de 1937 e os háhilos da ditadura. Aos .vcjís flancos, é ver dade, funcionam os conselhos íi^íniníí(rflfit^i mas o âmbito restrito do sua ação e o carátéi não eletivo de seus membros são suficientei
para caracterizá-los como projeções déssc'
congêneres naci.nais e estrangeiras.
mesmos interventores e do poder central, de que ambos detêm o mandato.
ASSINATURAS^
tido das próximas eleições estaduais, marca
Decorre destas circunstâncias o elevado sen^
das para 19 de janeiro. O povo será con-
Digesto Econômico
■Ano (simples) »
CrS 30,00
(registrado)
Cr$ 36,00
Número do mês: Atrasado:
Cr$ 3,00 CrS 5,00
★
vocado a escolher, nesse dia, os seus repre sentantes às assembléias que traçarão, por cer to, as linhas políticas e administrativas pe culiares a coda Estado.
Não poderemos nos esquecer jamais de qnc
t
a forma federativa, consagrada em nossa lei
Rodaçõo e Admlnístroçõo:
básica, foi até hoje àpenas uma aspiraçiio pràticainente irrealizada. Corrigindo a centra-^
VIADUTO BOA VISTA, 67-7." ANDAR TcL 3-7499 —CA'XA POSTAL, 240-B SÃO PAUIO
lízação imperante — a qual de resto quebrou^
uma sadia tradição inaugurada com a Bepu . blica de 1889 — os deputados com assento
r ^,1,4'^ por/am€íifo5 regionais terão como tarefa primordial dar conteúdo real ' O R'""z f^izmente restaurada, depois de duras experiências, r r/iv
Desorientação Econômica
teíeidades símplificadoras de algumas correntes idcoln-
por João Di Pitmto
ESPtXlIAL PARA o "DtOESTO ECONÓMICO"
Se queremos baixar os preços dos gê neros alimentícios é evidente que tal
blcma já tão premente das concentra ções urbanas? Pretenderá que o país
dos gêneros de primeira ncccssulade? Oue o façam por meio do subsidio, tcc-
à subsistência de sua população, imporlando-os de oubos países? Ou será que
V^i^adeni o sentimento iacobitu) da nossa poptdaçâo, apres nfi-se como nação deexplorar aesencolvimento economico e social caracteristicamente dcstgua . uesacotiselha-se, portanto, qualquer tentativa de uniformização sistemática adotados para cada região. Êste fato, por si só, mostra-nos
1 f>rLn,ir ! jw •
cstoduais terõo a enfrentar, cm sua missão de
^ a«;arcnciafoe.s a cada uma dessas regiões, dentro do cono ganico da nação eparticulares de seu aífoíufo fundamental. conceito da autonomia dos Estados e dos municípios retoma nesta mn
^ juntam, um lugar singularmente relevante.
'ção oSíen^r,t" mogiutude c fÔTÇtt í'" RevúbUca. foi obra da Federary,,.!tnhistoríca, iá ferira as atenções dn ® emíiienfes esiadistas Segundo Império. Entremuito âles j^odemos atar Martinho Campos, Tavares Bastos doe Rui Barbosa. O últinw ^mtrTven damlrquicl lipcdrTffa dl goetr"nTo/"'' nutn^fS
/'í proclamara a falência do unitarismo mo
^ ínconcen/cuZc.
prdíícos centralizadoras em que temos incorrido, o movimento
/T,
9"® se concretizará, fatalmente, nas eleições de 19 de janeiro niu/ln
riiuf
^^^V^^sábilidade dos deputados que irão legislar nas assembléias es/n
ao vlpitn^^^ ^s^ponsabÜidade se reflete naturalmente nos partidos que concorrc/n dp spi, '^
condfdflíoí já se apresentam ao corpo eleitoral com a formularãn
VcXuriT'"-- ^
P'"^«los cabe a árdua tJrefa de abordar oJrZfèZ, equilíbrio e objetividade, traçando diretrizes que sirvam
de orientação ^
Vovo lTfZ ^^ T
de maneira a estabelecer entre êstel Tl
A ho característico das verdadeiras democracias, passou 9"^ o mundo atravessa é, sem dúvida, das mais dramáticas. A guerra 03 vaísei ÍILj conseqüências, porém, estão presentes em todos
íaJmZm Sí
""
'"certezas e dúvidas. Os povos civilizados
a elividudelZ fâ"cZZa'/T '"""
reatando
redução não deve, nem pode, como vem venha passar necessidades ou mesmo fleoníeccik/o, ficar a cargo exclusivo do fome pelo abandono das atividades produtor. Como esperar que êste pa agrícolas? Nutre, por acaso, a tola e gue ao seu trabalhador rural salários infundada esperança de transformar da deccnics, ou pelo tnciws suportáveis, noite para o dia um pais predominan SC muitas vâzes os preços fixados para temente agrícola em país indusbial de primeini plana, que possa exportar pro os produtos de sua atividade pouca ou dutos manufaturados em tal escala que nenhuma margem lhe deixam? Querem permita obter recursos com que pa as nossas autoridades baixar os preços lho gar os gêneros alimentícios necessários
nica que foi posta em prática cm todos os países queorientação. adotaram semelhante
17xaminanix>-se a poUtica econóniic. ti j,, Brasil, não podemos deixar de
1 • a"®« ríc «iGiis responsãveis se enconclmr alhciados da centram
dizer, se iicham
realidade e por
™nTÒ fvjao 'esticamos cru apenas^ intúito pelo desejo de criar de diftadXdes'i ação do governo Muito
■ mostras de sen
'i
; qualidades críífraç
^ Ih
: do pat recolTl
onÍfrZt-desSZ dcToZSZZT' ^tZTf ae nosso fi.fí'"',?"/ Estado, que "JJcdezendrro a 2 de d.
deu pública, apure ainda mais desta vez asfá suas
rnandatários com o discernimento
que a situação
política econômica do país possam igno rar os riscos bemendos que traz em seu
bojo semelliante atítude para com a so lução dos nossos problemas. A realidade
Apelamos para o seu bom senso. E o bom senso mostra que num país em que os preços dos artigos manufa-
do tomadas a esmo, sem um estudo
período de 7 anos; em que os salários
metódico e cuidadoso das condições eco
tiveram majorações sucessivas; em que
nômicas do país.
Tais reflexões acodem-nos ao exa^-
nar certos atos das nossas autoridades, e em especial as que se referem à la voura. Como compreender, por exem plo o tabelamento dos gêneros alimen tícios a baixos preços, num pais que
não tomou nenhuma providencia efeb=ie>H^
ca no sentido pejorabvo da palawa? Pensamos que não. Não podemos crer que as pessoas responsáveis pela
nelo contrário, a nossa intenção e de nôr em relevo as incongruências das medidas estatais que parecem vir sen
"'T;tZ""'
age le\'ianamcnte, visando impressionar as massas pela adoção de tais medidas anti-económicas? Estará fazendo políti
va contra a inflação? Pretenderá o Estado que os nossos
agricultores abandonem os campos e ve nham para as cidades agravar o pro-
hirados subiram de 300 a 400%, num
os meios de pagamento subiram assus tadoramente; em que a maior parte dos traballiadores (cerca de 9 em 11 ou
12 milhões) moureja nos campos; em que os níveis de vida na zona rural já eram ínfimos antes da guerra; mostra, como dizíamos, não ser possível a ado ção de medidas econômicas qiie este jam desbuindo as possibilidades de per manência do homem no campo.
Se, por acaso, pensam os nossos di rigentes que as classes operárias das ci-
r ^,1,4'^ por/am€íifo5 regionais terão como tarefa primordial dar conteúdo real ' O R'""z f^izmente restaurada, depois de duras experiências, r r/iv
Desorientação Econômica
teíeidades símplificadoras de algumas correntes idcoln-
por João Di Pitmto
ESPtXlIAL PARA o "DtOESTO ECONÓMICO"
Se queremos baixar os preços dos gê neros alimentícios é evidente que tal
blcma já tão premente das concentra ções urbanas? Pretenderá que o país
dos gêneros de primeira ncccssulade? Oue o façam por meio do subsidio, tcc-
à subsistência de sua população, imporlando-os de oubos países? Ou será que
V^i^adeni o sentimento iacobitu) da nossa poptdaçâo, apres nfi-se como nação deexplorar aesencolvimento economico e social caracteristicamente dcstgua . uesacotiselha-se, portanto, qualquer tentativa de uniformização sistemática adotados para cada região. Êste fato, por si só, mostra-nos
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cstoduais terõo a enfrentar, cm sua missão de
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^ juntam, um lugar singularmente relevante.
'ção oSíen^r,t" mogiutude c fÔTÇtt í'" RevúbUca. foi obra da Federary,,.!tnhistoríca, iá ferira as atenções dn ® emíiienfes esiadistas Segundo Império. Entremuito âles j^odemos atar Martinho Campos, Tavares Bastos doe Rui Barbosa. O últinw ^mtrTven damlrquicl lipcdrTffa dl goetr"nTo/"'' nutn^fS
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^ ínconcen/cuZc.
prdíícos centralizadoras em que temos incorrido, o movimento
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riiuf
^^^V^^sábilidade dos deputados que irão legislar nas assembléias es/n
ao vlpitn^^^ ^s^ponsabÜidade se reflete naturalmente nos partidos que concorrc/n dp spi, '^
condfdflíoí já se apresentam ao corpo eleitoral com a formularãn
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P'"^«los cabe a árdua tJrefa de abordar oJrZfèZ, equilíbrio e objetividade, traçando diretrizes que sirvam
de orientação ^
Vovo lTfZ ^^ T
de maneira a estabelecer entre êstel Tl
A ho característico das verdadeiras democracias, passou 9"^ o mundo atravessa é, sem dúvida, das mais dramáticas. A guerra 03 vaísei ÍILj conseqüências, porém, estão presentes em todos
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a elividudelZ fâ"cZZa'/T '"""
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redução não deve, nem pode, como vem venha passar necessidades ou mesmo fleoníeccik/o, ficar a cargo exclusivo do fome pelo abandono das atividades produtor. Como esperar que êste pa agrícolas? Nutre, por acaso, a tola e gue ao seu trabalhador rural salários infundada esperança de transformar da deccnics, ou pelo tnciws suportáveis, noite para o dia um pais predominan SC muitas vâzes os preços fixados para temente agrícola em país indusbial de primeini plana, que possa exportar pro os produtos de sua atividade pouca ou dutos manufaturados em tal escala que nenhuma margem lhe deixam? Querem permita obter recursos com que pa as nossas autoridades baixar os preços lho gar os gêneros alimentícios necessários
nica que foi posta em prática cm todos os países queorientação. adotaram semelhante
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1 • a"®« ríc «iGiis responsãveis se enconclmr alhciados da centram
dizer, se iicham
realidade e por
™nTÒ fvjao 'esticamos cru apenas^ intúito pelo desejo de criar de diftadXdes'i ação do governo Muito
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deu pública, apure ainda mais desta vez asfá suas
rnandatários com o discernimento
que a situação
política econômica do país possam igno rar os riscos bemendos que traz em seu
bojo semelliante atítude para com a so lução dos nossos problemas. A realidade
Apelamos para o seu bom senso. E o bom senso mostra que num país em que os preços dos artigos manufa-
do tomadas a esmo, sem um estudo
período de 7 anos; em que os salários
metódico e cuidadoso das condições eco
tiveram majorações sucessivas; em que
nômicas do país.
Tais reflexões acodem-nos ao exa^-
nar certos atos das nossas autoridades, e em especial as que se referem à la voura. Como compreender, por exem plo o tabelamento dos gêneros alimen tícios a baixos preços, num pais que
não tomou nenhuma providencia efeb=ie>H^
ca no sentido pejorabvo da palawa? Pensamos que não. Não podemos crer que as pessoas responsáveis pela
nelo contrário, a nossa intenção e de nôr em relevo as incongruências das medidas estatais que parecem vir sen
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age le\'ianamcnte, visando impressionar as massas pela adoção de tais medidas anti-económicas? Estará fazendo políti
va contra a inflação? Pretenderá o Estado que os nossos
agricultores abandonem os campos e ve nham para as cidades agravar o pro-
hirados subiram de 300 a 400%, num
os meios de pagamento subiram assus tadoramente; em que a maior parte dos traballiadores (cerca de 9 em 11 ou
12 milhões) moureja nos campos; em que os níveis de vida na zona rural já eram ínfimos antes da guerra; mostra, como dizíamos, não ser possível a ado ção de medidas econômicas qiie este jam desbuindo as possibilidades de per manência do homem no campo.
Se, por acaso, pensam os nossos di rigentes que as classes operárias das ci-
.Liji
I
'• >v'
20
DiCESTO EcONtiNJICO
a
tíescontentes, não obstante
de víft
indiscutível de seu padrão
to -1 .
lembrar que <5sse desconé mundial e decorre evi
exportação, como vem sendo feita, lu^
dentemente da situação de desequilíurn)
moral Knerra.
. 1
,
-
social originado
*
-
pela
tomar quaisquer medijue venham benefiríar farc /<laceoc
e
mente íln niillm. que não poclc .ser eon-
Medithts conlraílitóriíLt
Sabemos que as nossas .safras dc ct?reais foram grandes. Limitada a sua
a qualquer momcn-
,^'enham beneficiar tais classes,
tal
tomem de forma
tal órgão e não trará reflexos desfa\(>rá\ei> na opinião inública sobre a ca
congestionam os transportes c os po^"
veis com a existência das respectivas
oferta e da procura ajiistani os preços de tais produtos aos níveis comj>atíatividades produtoras. Tabelar com o intuito dc, a cu.sta
do produtor, reduzir preços, só iioderá
resultar no encarécimento final ílèslos
^^^<^nnáo aqui, direta e . anen->c'^'r^^' rural e ««penas indiretamentetrabalhador ao fazendeiro.
Ibe permita lucro razoável. Não podemos compreender^ como .se
últímos. Sim, portiuo o lavrador fatal
estiueciíl-.^ qualquer proteção, sempre mente irá procurar outra atividade cjne EstirncK nossos poderes públicos. baixar os preços dos gê® evidente que tal
vem
pode, como
tomam medidas tão contraditórias, pro curando-se de um lado — pelo tabolamento — baixar os preço.s, e dc outro — polo financiamento das culturas — man tê-los em níveis relativamente razoáveis.
Como conciliar atitudes tão contra
éste n-ííT P^®^ntor. Como esperar que 1 l^irios de? ? trabalhador rural sa-
ditórias? E o que dizer dc certas pro
'
gêneros diversos concedidas polo Con
para oT? i
' PoutT r. produtos de sua atividade ' xain? nenhuma margem lhe dei-
'' xar nc
autoridades bai-
de meio primeira .' necpcdf1^íf?'^r^ cessidade? Que o gêneros façam por do
' Hr?
'
1'' ;?Lr 'Semelhante
pacidade adininistraliN-a dos nossos di
oneutação.
Para os demais pensamos que nenhu
ros n.ão escassos, não se justificam, e
só servem para desorganizar a produ
ção e criar "mercados negros" dos res-
i peclivos produtos.
portação.
_ sá trazem a desorganização do co
o mo\imcnto de cabotagem, de expor
ias parciais, quanto medidas parciais, como como as as que vem sciido tomadas. - medidas c|ue se contradi/ian, se chocam e se inutilizam
mércio. a (pu-da da produção pela desconfiançu í|.a- s™ic.a entro u_s rnd.vi-
duos, dostruindc-llios a nnc.aüva, pois
sabido d .pie num amb.cnte de incer
tezas ninunan se anima a trabídjrar, coin rccciZ, dc1 ver com „oro determinações fruto de ser. incs-
d:Z"ttl>ridades estatais. O que urge fazer
Cancelemos
tação c de importação.
Adote-se o critério da paridade, quan do se pretender financiar produtos agrí
colas, permitindo-se consequentemente a retenção do trabalhador ruml no caní-
po. Pela paridade, o lavrador irá re ceber pelo seu produto, proporcional
mente, importância equivalente à que recebia antes da guerra, restabelecendo
assim o seu poder aquisitivo e o dos trabalhadores rurais.
Revise-se toda a nossa política eco nômica, dando-lhe orientação única, que satisfaça às necessidades coletivas, sem
fa\'orecer quaisquer classes em detri
ou em grande parte compronietido pela
rle alltodão em que se lhe permite maior lucro na venda dos respectivos
paz social e de prosperidade econômica.
Os jornais comentararn o fato de que os agricultores não estão conseguindo
ma interferência do governo se toma hecessiiria. Os tabelamentos de gêne
tos. Numa palavra, programe-se tal ex
do'S fúí pSsivel compensar o prodn-
suprimentosa'pe-e compreendendo
Pamc, o trigo e mais uns dois ou três.
de-,
sorganizam a estrutura dos mercados,
que atos como êsse produzem no cam po das atividades agrícolas e comer
adoção de medidas contraditórias, que
sao poucos, ' nas as gorduras vegetais e animais, a
remessas de uma só vez, as quais
dcs elaborem um plano de conjunto, por
,
È iK-eessário <iue as nossas nuloricla-
a nossa políj^ca econômica dos efeitos
porém, não ser necessária
í-ÍFiôeftes
portações, não se permitindo grandes
Liípiidc-se ou reduza-se a ação do certos órgãos burocráticos, como a da Comissão de Marinha Mercante, a qual sòinenle de\eria dispor de uma parte da praça para atender a embarques de emergência, tomando assim mais fácil
rigentes?
selho Federal do Comércio Exterior? Já cogitaram as autoridades cjuc moldam
Já constataram que o chamado qne foi posta em pra- ciais? "plano de emergência" ficou completo adotaram
■I pratica, a não ser para os gêneros
L'
quanto à capacidade dos técnicos dc
vidências desorientadoras, como a .sus supor- pensão das licenças de e.^ortaçao para
'táve?s
Depois de verificada a |>ossibilidade
dos embarques de gêneros alimentícios,
ria, pois que a livre açTio da leri tia
nhuma outra medida se toma necessá
recaiam apenas sôJvmuiC VlveU 3 sempre viveu à
nernc
selho Federal do Comereio Exlorior. or-
.sub-produtos, conccdam-se subsídios aos (juo realmente os elaboram. faça-sc lun controle se\ero de tais ex
*1"^
í-viUentemente. ao trnbolli^ln.
ser\ado clc nm ano para outro? Não foram tais licenças concedidas pcJo Con
gão do g()\èioi) especializado no estu do de nossas jx)ssi!)ilidadi-s econômicas? Não ri'i5resenla Ia! proibição suspeita
coIpiTm °i^ ^"'■'^rgos se repartam etmdade e não recaiam aoena. pela ^Abre ",imr'''i'^ ln;irff/..« zem 11 I
21
Dk;f..sto Econóxuco
for como no caso da carne e do oleo
mento das demais, e teremos assim en
caminhado o país para um período de
"burlent de se trouver enscmble"?
obter preços compensadores para os seus produtos,'e isto deve expIicar-se pela orientação dos tabelamento.s, c prin
cipalmente pela proibição da exporta ção.
Os intermediários,
mesma, retrairam-se,
cm faoe
da
suspendendo
as compras, com receio de uma baixa es
petacular.
Como explicar o decreto da suspen são da exportação de cereais, principal-
, >-v , .
I I nnfji w"
.
.Liji
I
'• >v'
20
DiCESTO EcONtiNJICO
a
tíescontentes, não obstante
de víft
indiscutível de seu padrão
to -1 .
lembrar que <5sse desconé mundial e decorre evi
exportação, como vem sendo feita, lu^
dentemente da situação de desequilíurn)
moral Knerra.
. 1
,
-
social originado
*
-
pela
tomar quaisquer medijue venham benefiríar farc /<laceoc
e
mente íln niillm. que não poclc .ser eon-
Medithts conlraílitóriíLt
Sabemos que as nossas .safras dc ct?reais foram grandes. Limitada a sua
a qualquer momcn-
,^'enham beneficiar tais classes,
tal
tomem de forma
tal órgão e não trará reflexos desfa\(>rá\ei> na opinião inública sobre a ca
congestionam os transportes c os po^"
veis com a existência das respectivas
oferta e da procura ajiistani os preços de tais produtos aos níveis comj>atíatividades produtoras. Tabelar com o intuito dc, a cu.sta
do produtor, reduzir preços, só iioderá
resultar no encarécimento final ílèslos
^^^<^nnáo aqui, direta e . anen->c'^'r^^' rural e ««penas indiretamentetrabalhador ao fazendeiro.
Ibe permita lucro razoável. Não podemos compreender^ como .se
últímos. Sim, portiuo o lavrador fatal
estiueciíl-.^ qualquer proteção, sempre mente irá procurar outra atividade cjne EstirncK nossos poderes públicos. baixar os preços dos gê® evidente que tal
vem
pode, como
tomam medidas tão contraditórias, pro curando-se de um lado — pelo tabolamento — baixar os preço.s, e dc outro — polo financiamento das culturas — man tê-los em níveis relativamente razoáveis.
Como conciliar atitudes tão contra
éste n-ííT P^®^ntor. Como esperar que 1 l^irios de? ? trabalhador rural sa-
ditórias? E o que dizer dc certas pro
'
gêneros diversos concedidas polo Con
para oT? i
' PoutT r. produtos de sua atividade ' xain? nenhuma margem lhe dei-
'' xar nc
autoridades bai-
de meio primeira .' necpcdf1^íf?'^r^ cessidade? Que o gêneros façam por do
' Hr?
'
1'' ;?Lr 'Semelhante
pacidade adininistraliN-a dos nossos di
oneutação.
Para os demais pensamos que nenhu
ros n.ão escassos, não se justificam, e
só servem para desorganizar a produ
ção e criar "mercados negros" dos res-
i peclivos produtos.
portação.
_ sá trazem a desorganização do co
o mo\imcnto de cabotagem, de expor
ias parciais, quanto medidas parciais, como como as as que vem sciido tomadas. - medidas c|ue se contradi/ian, se chocam e se inutilizam
mércio. a (pu-da da produção pela desconfiançu í|.a- s™ic.a entro u_s rnd.vi-
duos, dostruindc-llios a nnc.aüva, pois
sabido d .pie num amb.cnte de incer
tezas ninunan se anima a trabídjrar, coin rccciZ, dc1 ver com „oro determinações fruto de ser. incs-
d:Z"ttl>ridades estatais. O que urge fazer
Cancelemos
tação c de importação.
Adote-se o critério da paridade, quan do se pretender financiar produtos agrí
colas, permitindo-se consequentemente a retenção do trabalhador ruml no caní-
po. Pela paridade, o lavrador irá re ceber pelo seu produto, proporcional
mente, importância equivalente à que recebia antes da guerra, restabelecendo
assim o seu poder aquisitivo e o dos trabalhadores rurais.
Revise-se toda a nossa política eco nômica, dando-lhe orientação única, que satisfaça às necessidades coletivas, sem
fa\'orecer quaisquer classes em detri
ou em grande parte compronietido pela
rle alltodão em que se lhe permite maior lucro na venda dos respectivos
paz social e de prosperidade econômica.
Os jornais comentararn o fato de que os agricultores não estão conseguindo
ma interferência do governo se toma hecessiiria. Os tabelamentos de gêne
tos. Numa palavra, programe-se tal ex
do'S fúí pSsivel compensar o prodn-
suprimentosa'pe-e compreendendo
Pamc, o trigo e mais uns dois ou três.
de-,
sorganizam a estrutura dos mercados,
que atos como êsse produzem no cam po das atividades agrícolas e comer
adoção de medidas contraditórias, que
sao poucos, ' nas as gorduras vegetais e animais, a
remessas de uma só vez, as quais
dcs elaborem um plano de conjunto, por
,
È iK-eessário <iue as nossas nuloricla-
a nossa políj^ca econômica dos efeitos
porém, não ser necessária
í-ÍFiôeftes
portações, não se permitindo grandes
Liípiidc-se ou reduza-se a ação do certos órgãos burocráticos, como a da Comissão de Marinha Mercante, a qual sòinenle de\eria dispor de uma parte da praça para atender a embarques de emergência, tomando assim mais fácil
rigentes?
selho Federal do Comércio Exterior? Já cogitaram as autoridades cjuc moldam
Já constataram que o chamado qne foi posta em pra- ciais? "plano de emergência" ficou completo adotaram
■I pratica, a não ser para os gêneros
L'
quanto à capacidade dos técnicos dc
vidências desorientadoras, como a .sus supor- pensão das licenças de e.^ortaçao para
'táve?s
Depois de verificada a |>ossibilidade
dos embarques de gêneros alimentícios,
ria, pois que a livre açTio da leri tia
nhuma outra medida se toma necessá
recaiam apenas sôJvmuiC VlveU 3 sempre viveu à
nernc
selho Federal do Comereio Exlorior. or-
.sub-produtos, conccdam-se subsídios aos (juo realmente os elaboram. faça-sc lun controle se\ero de tais ex
*1"^
í-viUentemente. ao trnbolli^ln.
ser\ado clc nm ano para outro? Não foram tais licenças concedidas pcJo Con
gão do g()\èioi) especializado no estu do de nossas jx)ssi!)ilidadi-s econômicas? Não ri'i5resenla Ia! proibição suspeita
coIpiTm °i^ ^"'■'^rgos se repartam etmdade e não recaiam aoena. pela ^Abre ",imr'''i'^ ln;irff/..« zem 11 I
21
Dk;f..sto Econóxuco
for como no caso da carne e do oleo
mento das demais, e teremos assim en
caminhado o país para um período de
"burlent de se trouver enscmble"?
obter preços compensadores para os seus produtos,'e isto deve expIicar-se pela orientação dos tabelamento.s, c prin
cipalmente pela proibição da exporta ção.
Os intermediários,
mesma, retrairam-se,
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da
suspendendo
as compras, com receio de uma baixa es
petacular.
Como explicar o decreto da suspen são da exportação de cereais, principal-
, >-v , .
I I nnfji w"
.
U' ' O'"UM
25
Dickstí^ Ec:oNÓ\tit;o
o VALOR Do CRUZEIRO Por Eugênio Gudin à sériede dc conferi da Associação Comercial d ■ ■ do Estado de São Pnutn
de equilíbrio entre as moedas de dois paiscs e fazendo-se variar os graus de
preços, durante os próximos seis meses, mas que depois, quando o mundo pas sar o período de fome atual, haverá
dizia que se espera hoje nos Estados
inflação, eoni maior intcn.sidadc cm um
uma queda de preços. Quando che
® Instituto de Economia }ue o
tmo varie de seu vrofiramo.
flação. l-an outras pahuras, se a par
" realizou na sede daquela enti-
A reunião dêsse dia foi nuL.^ ^^^ferência que publicamos a scfiuir.
presidente da ACSP. Saudou
Machado Neto.
' sonalidade «'►uuut? e e a a sua sua autoridade auforidadj> ^ ^^^f^rencista, enaltecendo enunawiuiu a sua perdente do Instituto de Econn^sl^ prcsi Economia ^otéria, o^ dr. João Di Pictro, Pi Paiiln Pauln
ternational Nfonetarx' Fiind" cm que me
tá\«'l fpie se contém nesse princípio e a (Ic (jnc. ]>arlindo-.sc de uma siluapio
país do (iiie em outro, a taxa cambial temh- forçosamente para um nível cor-
e da Federação do Cí>nitVnV>
dade, a 27 de novembro último
pra da nuu-<la". . . A verdade incontcs-
respoiuh-nlc à relação dos graus de in tir (h'
digamos, os preç-os em cni-
zeiros no brasil tivessem quaclruplicazi-iros
Ml»
.
' ^ dianL
constrangimento
de
Econo^
rC
il
Presidente do Instituto de do meu merecimento. assuntos econó-
i'i ®Drnr,.sim IZ T ""T 1 ^"'ca üe
li " mite
verdade
O n.^ u_- '1.
serem, ma.s, prímciraniente, deve-.se procurar onde está a verdade.
2) Solicitado pelos "Diário.s^ Asso
ciados"» opinar sôbre o tôma
O Va-
lôr do Cruzeiro", escrevi dois artigos
aqui foram publicados e nos quais conferência 3ue isse em resumo:
lüeias, já oue t
científico ad-
° esclarecimento da
,, ,
,
riu Machado Neto refeh inipr -I®"^ justiça, entre outros elogios
I Srf ^ honestidade e à sincJrU ft ern^ minhas opiniões. O dever do Id ciaT'o^' ê d-ifi
tífica, intervenham as paixões, se qui-
procurar onde está a ver-
a) que uma vez restabelecida em
sua plenitude o comércio internacional, não poderia o cruzeiro manter-se na taxa cambial atual de cerca de Cr.$ 18.00;
b)
que considerava entretanto ino_
portuno reajustá-lo desde já.
Sôbre o primeiro ponto escrevi^ "A moeda vale pelo que compra; o
'^bem t!lT' tão americano, por exemplo, dara tanto M «'I" tmduziu em sua frase celebre: I ecns pour ceux qui cherchent Ia ve- maior valor ao cruzeiro quanto maior for o poder de compra desse cruzeiro "C e que Gide tão bem caracterizou r neste período lapidar: "L'indifférence fj superbe avec kquelle ces economistes
sôbre mercadorias brasileiras.
Ninguém
.s ílu iJs croient être Ia vérité, sans se
adquire moeda estrangeira com outro fim, já que a moeda só tem uma utili dade, — a de comprar. Transposto pa
p ra en tirer pour ediner ou pour démo-
mado da "paridade do poder de com-
i", dc^ 1'école ricardienne démontrent ce
ç préoccuper des conséquences qu'on pour-
ra a terminologia técnica e devidamen te desenvolvido, esse é o principio cha
Tais foram as proposições que eu enunciei sobre o valor do cruzeiro. Ao
aqui vos falar sôbre este mesmo te ma. eu lhe ponderei que já havia dito
lifiqúe".
Depois de atingida a verdade cien
país.
cado o Nalor do cruzeiro, expresso cm um
i "■ seleta í ,^^'stència tão numerosa e Pronunffo generosas que 1 ' ■'^lachadTNeio'"'"] l i pelo ie pS-1 T P^^oferidas
bial, sem abalo para a economia do
con\'idar-me o vosso presidente para
Estados Unidos tivessem apc-nas dupli
br, a vraiment une bellc allure scicn-
palestra, em Sã palest
gar a nora dos preç-os em dólares caí rem, poderemos reajustar a ta.Na cam
(Io. enquanto os preços em dólarc nos dólares tenderia para a metade do que era cm 1939. Digo "tenderia , coriio um pendido tendc^>ara ^P^f ão veriú <,n.- I.í ^ '.Í!:^;sóHasl"'Mpí-cialmcnlc nas ™ cc.ino• instáveis, , c,n™são^-«
êxito da referida fo, ' ,em precedentes!
Unidos um aumento de 15% a 20% nos
fprX .s prit-ries dos paises latinc-
amci i -ános, q"V dfio U;!?ar a repetidos
desv
da posieão tnádia desvios oca-
r nuníores, maior ou menor entrada V/14
*
- -
''"sôbre '
tudo quanto pensava sôbre o assunto. Mas o vosso presidente insistiu, não só
com a autoridade que decorre de sua
personalidade c do seu cargo, como com aquele irresistível poder de sedução que todos lhe reconhecem.
Obedeço portanto às suas ordens, mas isso me forçará a penetrar um
pouco no campo da teoria, pelo que peço desde já ao auditório minhas des culpas pelo fastídio da palestra.
I)
P°"'"
Ofiínistíjs e pessimistas
-
■■Penso contudo que, no momento, nao
. ..qn O reaiustamento da taxa cam-
biafao nivel da paridade do poder de Xprii, em que ela so tora de estabe lecer 1 ' ^7'
iiuc não sabemos a que altura se estalíilizará o poder de compra do dólar. Uma clesvaforizaçáo cio cruzeiro em re-
3) a
Dois são os pontos preliminares
esclarecer:
a)
Em matéria de valor do cruzei
ro, não há como ser baixista ou ser altista. Não há escolha. O cruzeiro,
m-
por fòrça das enormes quantídades que foram emitidas, já perdeu definitiva mente uma grande parte do seu póu^r de compra. Não há como restabelecê-lo, a não ser pela hipótese, hoje inaceitá
ex-
vel, de uma deflação drástica, que se
Uc -,o ao dólar, no momento atual, fa ria subir o preço das mercadonas iinportadas e ainda mais agravaria a ilação pela compra das leUas de
pirtaçrio à maior preço. O reajusta-
ria tanto ou mais perniciosa do que a
meu ver com repercussões muito me
nos violentas para a economia nacio
depreciação do poder de compra do dó lar e da libra equivalente à mie sofreu
xarão de baixar, os preços em dólares
to improvável.
mento cambial sc poderá processar, a
nal quando baixarem, como nao dei
inflação, salvo, claro é, se houver uma
o nosso cruzeiro, liipótese também mm-
b) Em vez de abordar o problema Depois de escrever cs retendes arb -do valor do cruzeiro pelo seu poder de
no exterior".
gos, recebi carta de um amigo do In -compra, isto é, pelas Índices gerais e
U' ' O'"UM
25
Dickstí^ Ec:oNÓ\tit;o
o VALOR Do CRUZEIRO Por Eugênio Gudin à sériede dc conferi da Associação Comercial d ■ ■ do Estado de São Pnutn
de equilíbrio entre as moedas de dois paiscs e fazendo-se variar os graus de
preços, durante os próximos seis meses, mas que depois, quando o mundo pas sar o período de fome atual, haverá
dizia que se espera hoje nos Estados
inflação, eoni maior intcn.sidadc cm um
uma queda de preços. Quando che
® Instituto de Economia }ue o
tmo varie de seu vrofiramo.
flação. l-an outras pahuras, se a par
" realizou na sede daquela enti-
A reunião dêsse dia foi nuL.^ ^^^ferência que publicamos a scfiuir.
presidente da ACSP. Saudou
Machado Neto.
' sonalidade «'►uuut? e e a a sua sua autoridade auforidadj> ^ ^^^f^rencista, enaltecendo enunawiuiu a sua perdente do Instituto de Econn^sl^ prcsi Economia ^otéria, o^ dr. João Di Pictro, Pi Paiiln Pauln
ternational Nfonetarx' Fiind" cm que me
tá\«'l fpie se contém nesse princípio e a (Ic (jnc. ]>arlindo-.sc de uma siluapio
país do (iiie em outro, a taxa cambial temh- forçosamente para um nível cor-
e da Federação do Cí>nitVnV>
dade, a 27 de novembro último
pra da nuu-<la". . . A verdade incontcs-
respoiuh-nlc à relação dos graus de in tir (h'
digamos, os preç-os em cni-
zeiros no brasil tivessem quaclruplicazi-iros
Ml»
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' ^ dianL
constrangimento
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rC
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Presidente do Instituto de do meu merecimento. assuntos econó-
i'i ®Drnr,.sim IZ T ""T 1 ^"'ca üe
li " mite
verdade
O n.^ u_- '1.
serem, ma.s, prímciraniente, deve-.se procurar onde está a verdade.
2) Solicitado pelos "Diário.s^ Asso
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O Va-
lôr do Cruzeiro", escrevi dois artigos
aqui foram publicados e nos quais conferência 3ue isse em resumo:
lüeias, já oue t
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° esclarecimento da
,, ,
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riu Machado Neto refeh inipr -I®"^ justiça, entre outros elogios
I Srf ^ honestidade e à sincJrU ft ern^ minhas opiniões. O dever do Id ciaT'o^' ê d-ifi
tífica, intervenham as paixões, se qui-
procurar onde está a ver-
a) que uma vez restabelecida em
sua plenitude o comércio internacional, não poderia o cruzeiro manter-se na taxa cambial atual de cerca de Cr.$ 18.00;
b)
que considerava entretanto ino_
portuno reajustá-lo desde já.
Sôbre o primeiro ponto escrevi^ "A moeda vale pelo que compra; o
'^bem t!lT' tão americano, por exemplo, dara tanto M «'I" tmduziu em sua frase celebre: I ecns pour ceux qui cherchent Ia ve- maior valor ao cruzeiro quanto maior for o poder de compra desse cruzeiro "C e que Gide tão bem caracterizou r neste período lapidar: "L'indifférence fj superbe avec kquelle ces economistes
sôbre mercadorias brasileiras.
Ninguém
.s ílu iJs croient être Ia vérité, sans se
adquire moeda estrangeira com outro fim, já que a moeda só tem uma utili dade, — a de comprar. Transposto pa
p ra en tirer pour ediner ou pour démo-
mado da "paridade do poder de com-
i", dc^ 1'école ricardienne démontrent ce
ç préoccuper des conséquences qu'on pour-
ra a terminologia técnica e devidamen te desenvolvido, esse é o principio cha
Tais foram as proposições que eu enunciei sobre o valor do cruzeiro. Ao
aqui vos falar sôbre este mesmo te ma. eu lhe ponderei que já havia dito
lifiqúe".
Depois de atingida a verdade cien
país.
cado o Nalor do cruzeiro, expresso cm um
i "■ seleta í ,^^'stència tão numerosa e Pronunffo generosas que 1 ' ■'^lachadTNeio'"'"] l i pelo ie pS-1 T P^^oferidas
bial, sem abalo para a economia do
con\'idar-me o vosso presidente para
Estados Unidos tivessem apc-nas dupli
br, a vraiment une bellc allure scicn-
palestra, em Sã palest
gar a nora dos preç-os em dólares caí rem, poderemos reajustar a ta.Na cam
(Io. enquanto os preços em dólarc nos dólares tenderia para a metade do que era cm 1939. Digo "tenderia , coriio um pendido tendc^>ara ^P^f ão veriú <,n.- I.í ^ '.Í!:^;sóHasl"'Mpí-cialmcnlc nas ™ cc.ino• instáveis, , c,n™são^-«
êxito da referida fo, ' ,em precedentes!
Unidos um aumento de 15% a 20% nos
fprX .s prit-ries dos paises latinc-
amci i -ános, q"V dfio U;!?ar a repetidos
desv
da posieão tnádia desvios oca-
r nuníores, maior ou menor entrada V/14
*
- -
''"sôbre '
tudo quanto pensava sôbre o assunto. Mas o vosso presidente insistiu, não só
com a autoridade que decorre de sua
personalidade c do seu cargo, como com aquele irresistível poder de sedução que todos lhe reconhecem.
Obedeço portanto às suas ordens, mas isso me forçará a penetrar um
pouco no campo da teoria, pelo que peço desde já ao auditório minhas des culpas pelo fastídio da palestra.
I)
P°"'"
Ofiínistíjs e pessimistas
-
■■Penso contudo que, no momento, nao
. ..qn O reaiustamento da taxa cam-
biafao nivel da paridade do poder de Xprii, em que ela so tora de estabe lecer 1 ' ^7'
iiuc não sabemos a que altura se estalíilizará o poder de compra do dólar. Uma clesvaforizaçáo cio cruzeiro em re-
3) a
Dois são os pontos preliminares
esclarecer:
a)
Em matéria de valor do cruzei
ro, não há como ser baixista ou ser altista. Não há escolha. O cruzeiro,
m-
por fòrça das enormes quantídades que foram emitidas, já perdeu definitiva mente uma grande parte do seu póu^r de compra. Não há como restabelecê-lo, a não ser pela hipótese, hoje inaceitá
ex-
vel, de uma deflação drástica, que se
Uc -,o ao dólar, no momento atual, fa ria subir o preço das mercadonas iinportadas e ainda mais agravaria a ilação pela compra das leUas de
pirtaçrio à maior preço. O reajusta-
ria tanto ou mais perniciosa do que a
meu ver com repercussões muito me
nos violentas para a economia nacio
depreciação do poder de compra do dó lar e da libra equivalente à mie sofreu
xarão de baixar, os preços em dólares
to improvável.
mento cambial sc poderá processar, a
nal quando baixarem, como nao dei
inflação, salvo, claro é, se houver uma
o nosso cruzeiro, liipótese também mm-
b) Em vez de abordar o problema Depois de escrever cs retendes arb -do valor do cruzeiro pelo seu poder de
no exterior".
gos, recebi carta de um amigo do In -compra, isto é, pelas Índices gerais e
25
D'C-l-S'H' líCONÓMiCC) 24
DicESTO EcoS^NtlCO
ign.il à (juantidiule nrocunula c o merahnrfV 1
procuram
mcTü
previsão do balanço de pessimistas dirão que
Pürbi -
escassas, que as im-
de senso, porque uma naç-ão s«j i-xporta 4) Entremos agora um poiicr) polo campo cia teoria pura x'rr cm cpu? ooii-
niuif-
no balanço de pagamentos. A taxa cíunbial traduz, a «|iialfpior
dixãf ^ ^^íí^í^ngeiro, etc. Os otimistas nossos produtos vão ter o turismo vai se in-
tensifi
Ços c-nn"^ ®
produzir a preconcorrer com o estran-
^<-'ro no exterior, etc.
Snortf-
Sítni Portac-ln'^f^ Produzir n ^ domo-: "'ildo fl H-t 40 'listíiria 'btória . ,'l'na adid n
e
T- '™''° " '«ta
e ástí importações, pasque podemos ® deduzem que poconsideravelmente o
balanço de pagamentos,
- 1' . ainfl.T lió
ouvindo üuvinüo esta esta poucos meses no.sso
Washington fez
siste a suposta teoria cam]>ial !>aseada momento, o prcc,í) da moeda estrangeira expresso em moeda nacMinal.
l*Jssa taxa
j^26-l93o
19.31-1935 ^^■36-194o
2.323.000 3.018.000 3.897.000 6.062.000 11.776.000
4.322.000
bial, a cada momento, para c.ssa moeda. Paru aplicar o método usual das cur vas do oferta c dc ]5rocnra. determi nantes dos prcço.s dc mercadorias, ao
ta pavsará de SS a S S ; o preçu passara ,r D .. P" «• a (luanlidade c-oiuprada,
A importação, a exportação, o aflu-xt' Dii o êxodo do capitais são forças estreilanionte interdependentes. Se cresce o
caso da moeda, basta tomar a
morda
estrangeira como se fòssc uma qualquer
^ mcoda1
I""'" ^ ic
»r«n<feira comprada ou j .u-p--ndcn, das \enditaxas
cax.. d s
camiaa.s í"
estrangeira,
dessa
,j j ^
,! procura cfclixa
importação) ao
/ o aumenta a procura
a
mercadoria para a qiial a "procura s©
expressa cm termos cfe moeda nacional. Na figura os preços cje moeda eslrau-
11.923.000
16.318.000
24.726.000
dos Y e as quantidades de moeda es
25»66a.000
geíra (isto é, as taxas de câmbio, ex moeda nacional a serem pagas
de uni
dade estrangeira) são medidas no eixo trangeira comprada ou vendida no eixo dos X.
querer aumentar sòmente as expor-
O ponto de interseção da curva DE> da procura e SS da oferta é P. Isto
PUrtações, o que seria aliás desprovido
tidade de moeda estrangeira oferecida é
^Çoes,^ sem o aumento paralelo das im- quer dizer que a ôsse preço PQ a quan
estrangeira.
\alor das exportações, o que em geral coincide com o incremento da entrada
de capitais (fases dc prosperidade nos paises-lideres), a abundância de recur-, sos estimula, por sua vez, as importa ções; e a alta dos custos dc produção domésticos, resultante dessa abundância
cie dinheiro, passa a refrear as exporta ções.
.transaç<it_ -'ir i„;^àcilais, tanto asas cidee ^,^.p(„-tação como
capitais (fases de depressão nos países-
r 1^'''\. traduz '
a' Q"' QUnnLj,lTd-:3
mente feliz porque exprime a estreita
Seüva r^ci, nacional (aumento dc exportações). imixirt.içao
pressas pelo número de unidades
g ^so bem mostra o absurdo de
7Â. uL ,.rc-c-. -.i. -.1." I>"Q^
natuiMinu Mle «'™" assún q..c da
4.903.000 7.397.000 15.224.000 17.572.000
15.545.000
apropriada. Essa imagem de Keynes ó especial
.•:ionam u procura c a oferta da moeda
a"
3.801.000
sólidos onde a dos líquidos .seria muis
feita. mas a mu preço mais alto P"Q'.
aítos por c-ssa mm-da. A curva da ofer
Cr$ 1.000,00
^^U-195 Í^21-192.5
tância fixa o em aplicar a teoria dos
dizc-r <|ue será piocâso pagar preços mais
do preço quo vigora no mercado cam
exportações e das
Exportação
balanç-o de pagamentos é uma impor
interdependência das forças que impul-
qne elas crescem paralelamente. É o que se oos seguintes algarismos:
Importação
Como bem disso Keynes (1) o èrro
dêsse raciocínio está em .supor que o
expor(:içãu. por i-.xemplo), o ({ue quer
^ estatística quin-
{^1-1905 ^906-l9if\
ÜD a D'0' e o ponto de interseção pas.sará a P'. A maior procura foi .satis
pagamentos seria um puro círculo \"icioso.
Iro preço. A propen.são a eomnrar ou a vender moeda estrangeira ciepcndo
forçosamente o das
^"^■Portac^.
•i
nal ))or parte dc pessoas ipic tem dc sati-sla/iT pagamentos ein iiuiecla esliangeira. A eur\a de procura passar:! de
passou. A suiwsta teoria do balanço do
Pode- também lunc-r uma redução do oferta de moeda estrangeira ((pieda de
b
n^ase
%
O baiunçx) de pagamentos é a sim
fica portanto sujeita ao inecanisaiio da oferta e da pnxnara, como r|ual<juer cui-
f Janeiro uma conferência sò"fm» Esquecem-se todos, pot oxXt' ^ adianl PortaSjpç ' aumento das ex-
1
moeda csliang«-iia aumenta, isto é. (lue.
ples trailução contubilislica do que se
à procura de ii»'i(la estrangeira pre existente. jnnla-se uniu procura adicio
Um pouco dc tcorUi
a forçosamente avultar, que canif^f'*''^ política e social afastará o
da profum.
S-^poubiiiiuis agtíra (pie a procura dc
para píxlcr importar.
uma forte interdependência da oferta ^
cadí) cst:i i iii cíiniliurio.
cstrangei-
' V fins, cujo conjunto se
- mta cl,,,,amada balanço das dc dependência
pagamentos, csui n. taxas cambiais.
i
,
Quando, ao contrário, baixa o
valor das e.xportações, o que em geral
coincide com a cessação da entrada de
lícleres), a deflação resultante reduz o volume das importaç-ões, baixa os custo.s
de produção domésticos, o que passa a estimular as exportações.
"Exportar muito e importar pouco" é um ranço do velho espírito mercan
Ora se o balanço dc pagamentos de pende' das taxas cambiais,
tilista.
Os "trends" das duas correntes
balanço dc pagamentos, como quiseram
nos possam comprar
de troca tendem forçosamente para o
pretender deduzir as taxas cambiais do
paralelismo.
Para que os outros paises
.sustentar alguns economistas alemaes (Helficricb, Ilavcnstcin, etc). No caso
ções) é indispensável que nós lhes su
como a procura dependem do preço.
como lhes havemos de suprir cruzeiros se não lhes comprannos? Em outras pa-
(nossas exporta
pramos os cmzeiros necessários, porque
dc iiualquer mercadoria tanto a oferta
só o Brasil pode suprir cinzeiros.
No caso da taxa cambial (preço da moeda estrangeira), mais ainda do que no caso do preço das mercadorias, ha
(1)
Economlc Journal — 1929. pág. 6.
E
25
D'C-l-S'H' líCONÓMiCC) 24
DicESTO EcoS^NtlCO
ign.il à (juantidiule nrocunula c o merahnrfV 1
procuram
mcTü
previsão do balanço de pessimistas dirão que
Pürbi -
escassas, que as im-
de senso, porque uma naç-ão s«j i-xporta 4) Entremos agora um poiicr) polo campo cia teoria pura x'rr cm cpu? ooii-
niuif-
no balanço de pagamentos. A taxa cíunbial traduz, a «|iialfpior
dixãf ^ ^^íí^í^ngeiro, etc. Os otimistas nossos produtos vão ter o turismo vai se in-
tensifi
Ços c-nn"^ ®
produzir a preconcorrer com o estran-
^<-'ro no exterior, etc.
Snortf-
Sítni Portac-ln'^f^ Produzir n ^ domo-: "'ildo fl H-t 40 'listíiria 'btória . ,'l'na adid n
e
T- '™''° " '«ta
e ástí importações, pasque podemos ® deduzem que poconsideravelmente o
balanço de pagamentos,
- 1' . ainfl.T lió
ouvindo üuvinüo esta esta poucos meses no.sso
Washington fez
siste a suposta teoria cam]>ial !>aseada momento, o prcc,í) da moeda estrangeira expresso em moeda nacMinal.
l*Jssa taxa
j^26-l93o
19.31-1935 ^^■36-194o
2.323.000 3.018.000 3.897.000 6.062.000 11.776.000
4.322.000
bial, a cada momento, para c.ssa moeda. Paru aplicar o método usual das cur vas do oferta c dc ]5rocnra. determi nantes dos prcço.s dc mercadorias, ao
ta pavsará de SS a S S ; o preçu passara ,r D .. P" «• a (luanlidade c-oiuprada,
A importação, a exportação, o aflu-xt' Dii o êxodo do capitais são forças estreilanionte interdependentes. Se cresce o
caso da moeda, basta tomar a
morda
estrangeira como se fòssc uma qualquer
^ mcoda1
I""'" ^ ic
»r«n<feira comprada ou j .u-p--ndcn, das \enditaxas
cax.. d s
camiaa.s í"
estrangeira,
dessa
,j j ^
,! procura cfclixa
importação) ao
/ o aumenta a procura
a
mercadoria para a qiial a "procura s©
expressa cm termos cfe moeda nacional. Na figura os preços cje moeda eslrau-
11.923.000
16.318.000
24.726.000
dos Y e as quantidades de moeda es
25»66a.000
geíra (isto é, as taxas de câmbio, ex moeda nacional a serem pagas
de uni
dade estrangeira) são medidas no eixo trangeira comprada ou vendida no eixo dos X.
querer aumentar sòmente as expor-
O ponto de interseção da curva DE> da procura e SS da oferta é P. Isto
PUrtações, o que seria aliás desprovido
tidade de moeda estrangeira oferecida é
^Çoes,^ sem o aumento paralelo das im- quer dizer que a ôsse preço PQ a quan
estrangeira.
\alor das exportações, o que em geral coincide com o incremento da entrada
de capitais (fases dc prosperidade nos paises-lideres), a abundância de recur-, sos estimula, por sua vez, as importa ções; e a alta dos custos dc produção domésticos, resultante dessa abundância
cie dinheiro, passa a refrear as exporta ções.
.transaç<it_ -'ir i„;^àcilais, tanto asas cidee ^,^.p(„-tação como
capitais (fases de depressão nos países-
r 1^'''\. traduz '
a' Q"' QUnnLj,lTd-:3
mente feliz porque exprime a estreita
Seüva r^ci, nacional (aumento dc exportações). imixirt.içao
pressas pelo número de unidades
g ^so bem mostra o absurdo de
7Â. uL ,.rc-c-. -.i. -.1." I>"Q^
natuiMinu Mle «'™" assún q..c da
4.903.000 7.397.000 15.224.000 17.572.000
15.545.000
apropriada. Essa imagem de Keynes ó especial
.•:ionam u procura c a oferta da moeda
a"
3.801.000
sólidos onde a dos líquidos .seria muis
feita. mas a mu preço mais alto P"Q'.
aítos por c-ssa mm-da. A curva da ofer
Cr$ 1.000,00
^^U-195 Í^21-192.5
tância fixa o em aplicar a teoria dos
dizc-r <|ue será piocâso pagar preços mais
do preço quo vigora no mercado cam
exportações e das
Exportação
balanç-o de pagamentos é uma impor
interdependência das forças que impul-
qne elas crescem paralelamente. É o que se oos seguintes algarismos:
Importação
Como bem disso Keynes (1) o èrro
dêsse raciocínio está em .supor que o
expor(:içãu. por i-.xemplo), o ({ue quer
^ estatística quin-
{^1-1905 ^906-l9if\
ÜD a D'0' e o ponto de interseção pas.sará a P'. A maior procura foi .satis
pagamentos seria um puro círculo \"icioso.
Iro preço. A propen.são a eomnrar ou a vender moeda estrangeira ciepcndo
forçosamente o das
^"^■Portac^.
•i
nal ))or parte dc pessoas ipic tem dc sati-sla/iT pagamentos ein iiuiecla esliangeira. A eur\a de procura passar:! de
passou. A suiwsta teoria do balanço do
Pode- também lunc-r uma redução do oferta de moeda estrangeira ((pieda de
b
n^ase
%
O baiunçx) de pagamentos é a sim
fica portanto sujeita ao inecanisaiio da oferta e da pnxnara, como r|ual<juer cui-
f Janeiro uma conferência sò"fm» Esquecem-se todos, pot oxXt' ^ adianl PortaSjpç ' aumento das ex-
1
moeda csliang«-iia aumenta, isto é. (lue.
ples trailução contubilislica do que se
à procura de ii»'i(la estrangeira pre existente. jnnla-se uniu procura adicio
Um pouco dc tcorUi
a forçosamente avultar, que canif^f'*''^ política e social afastará o
da profum.
S-^poubiiiiuis agtíra (pie a procura dc
para píxlcr importar.
uma forte interdependência da oferta ^
cadí) cst:i i iii cíiniliurio.
cstrangei-
' V fins, cujo conjunto se
- mta cl,,,,amada balanço das dc dependência
pagamentos, csui n. taxas cambiais.
i
,
Quando, ao contrário, baixa o
valor das e.xportações, o que em geral
coincide com a cessação da entrada de
lícleres), a deflação resultante reduz o volume das importaç-ões, baixa os custo.s
de produção domésticos, o que passa a estimular as exportações.
"Exportar muito e importar pouco" é um ranço do velho espírito mercan
Ora se o balanço dc pagamentos de pende' das taxas cambiais,
tilista.
Os "trends" das duas correntes
balanço dc pagamentos, como quiseram
nos possam comprar
de troca tendem forçosamente para o
pretender deduzir as taxas cambiais do
paralelismo.
Para que os outros paises
.sustentar alguns economistas alemaes (Helficricb, Ilavcnstcin, etc). No caso
ções) é indispensável que nós lhes su
como a procura dependem do preço.
como lhes havemos de suprir cruzeiros se não lhes comprannos? Em outras pa-
(nossas exporta
pramos os cmzeiros necessários, porque
dc iiualquer mercadoria tanto a oferta
só o Brasil pode suprir cinzeiros.
No caso da taxa cambial (preço da moeda estrangeira), mais ainda do que no caso do preço das mercadorias, ha
(1)
Economlc Journal — 1929. pág. 6.
E
r-
Dicesto Econónuco
lavras, como hão de êles nos comprar se nós não compramos deles? É sabido
3ue o maior "liandícap" às exportações
vai importar o muito que o.s outros ex
portam"?
os Estados Unidos tem sido a escassez
essa que, no conceito unânime dos ame
ricanos (2), só pode ser remediada por dois meios: aumento de importações ou exportação de capitais. Se os Estados Unidos não importam, o mundo não tem dólares para lhes comprar. Em outras
pala\Tas:_ sem importações não haverá exportações.
Acresce que nenhum país dispõe de fatores de produção em quantidade ili Se se procura substituir as im
portações por artigos de produção do méstica, os fatores de produção neces
♦
.5)
Vemos portanto que a suposta
ser abordado sob outros aspectos, o da paridade do poder do compra. "Pagando um certo preço pela moe da estrangeira, escreve Cassei, nós en caramos especialmente essa moeda dp ponto do vista do poder de compra que ela possui quanto a mercadorias e ser
viços do país estrangeiro. Por outio la do, quando oferecemos uma certa quan
tidade de nossa própria moeda, estamos
doméstica só podem ser tirados do se
a.s nossas próprias mercadorias o servi
tações.
*'If there are less imports, there
wül be less exports and labor, if employed more in the new way is emploved less in the old", escreve Taus-
sig'(3). Èsse ranço mercantilista a que me re firo foi bem caracterizado pelo grande
oferecendo um poder de compra sobre Por conseguinte, nossa avaliação
de uma moeda estrangeira, oxiiressa em moeda nacional, depende principalmen te do poder de compra relativo das duas moedas em seus respectivos paí.ses de origem".
Cada moeda vale pelo que ela é ca paz de comprar ern seu pais de origem e a taxa de câmbio entre as moedas de
economista inglês Colin Clark, ao es
dois paí.ses tende a se estabelecer na relação dos preços em um e cm outro,
crever:
isto é, no nível da paridade do poder
"Se alguém inventasse um novo siste
ma de matemáticas, pelo qual cada país
pudesse importar menos e exportar mais,
prestaria ao mundo um grande serviço,
mas diante das nossas regras usuais de
aritmética, isso é impossível.
Os ba
lanços de pagamentos de todas as na ções do mundo, uns positivos outros ne gativos, devem necessariamente balan cear".
de compra das duas moedas. A
essa
teoria,
vamos
começar
por
opor uma primeira objeção. Podemos, em síntese simplificada, classificar as mercadorias sob o aspecto do comércio internacional, em 3 classes:
(4)
mogêneas e que são objeto usual de comércio internacional — ouro, prata, co
bre, trigo, borracha, café, chá, etc., de determinadas qualidades. Os preços
tava: "Mas se todos querem exportar muito e importar pouco, quem é que
telegrafados de um a outro mercado e
(3)
de.ssas mercadorias são constantemente
suas diferenças ràpidamente compensa
United States and the World (Eco-
das por operações de arbitragem.
U.S.A.) pág:s.*22 e 19.
(4)
nomy Department of Commerce —
Taussiff - ob. cit. 1.° Vol., pág. 511.
alto em Londrc.s do ípio cm No\'a. Ior
tina, seja ainda por serem merciidorias
de preços muito baixo em relação ao pêso ou ao volume, como pedra, tijolo, lenba, etc. Não há preços internacio nais para essa.s mercadorias.
O fato de os j^rcç-os de qualquer desses produtos no mercado internacional ser
Esta classificação não é, e\àdentementc, rigida; há gradações entre uma e
o mesmo não cpier aliás dizer que as
outra classe.
os mesma.s; um país podo produzir com
Examinando as três classes em que dividimos as mercadorias, vê-se desde
parcelas de custo de produção sejam salários elevados c aparelbamcnto aper feiçoado ao mesmo preço que outro pais com .salíirios imperfeito. b)
bai.xos
o
apnrelhamento
Produtos acabados ou semi-aca
bados de natureza um tanto especiali zada, diferindo cm qualidade o em de
talhe de tipo, de uma para outra nação. E-ssas diferenças destroem a unidade do mercado mundial. O.s aparelhos elétii-
logo que o princípio da paridade do
poder de compra aplica-se com quase precisão às mercadorias da 1.^ classe.
Sua aplicação às da 2.=^ classe teria de
.sofrer sensível desN-io. Quanto às da 3.® classe, isto é, às mercadorias e sersãços
que podemos chamar de domésticos, porc|ue não fazem parte do comércio inter nacional, nenhuma razão liá, em princi
C-O.S americanos, por exemplo, diferem
pio, para que seus preços se estabele çam no nível da paridade de poder de
mães.
compra definido pelas taxa.s cambiais.. Punx que liouvesse uniformidade de pre
em tipo e cm detalhe dos .similares ale
O automóvel americano difere,
por vários aspectos, do automóvel fran cês da mesma capacidade. É difícil, ne.s.sas condições, eslabele-
ccr-.se um mercado internacional cm que aparecem cotações homogêneas dê.sses produtos. Na ausência de um tal mer cado, os contados tomam um caráter
mais pessoal entre comprador e vende dor.
Os hábitos e correntes de comér
cio que a.ssim se formam só podem ser alterados por uma diferença de preços às vezes bastante superior à diferença de utilidade das mercadorias.
Muitos
serviços, como o de seguros, por exem-
plõ, pertencem a esta categoria, pela
ços nas mercadoria.s desta classe, sena
preciso supor uma perfeita mobilidade de fatôres de produção entre as nações, como se fosse um mundo só. Ora, al
guns dôsses fatôres são imóveis, como asinstalações, terras, mioutros, nas, como estradasa mãode deferroobra,e |^|
são de pouca mobilidade diante dos obs
táculos que se opõem à migrações; ou
tros ainda, com a capacidade científi<»» técnica e industrial são de mobilidade muito lenta e viscosa; o próprio
mento internacional de capitais .sofre restrições.
diferença de métodos- c do leis adotados
a) Mercadorias aproximadamente ho
Era o caso também do delegado hokndês à Liga das Nações, que pergun
(2)
O preço da prata, por exemplo, é mai.s ae-.sc em Londres, de forma a rapida
teoria do balanço de pagamentos não conduz a nada. O problema tem de
ços.
37
mente nivelar os prcç-os.
sários a esse incremento de produção tor da exportação, o que fará com que, paralelamente à redução das importa ções, se verifique a redução das expor
Dicesto Econômico
que, compra-.sc t:m Nova lorciuc c vcn-
Paridade do poder de compra
de dólares no resto do- mundo, escassez
mitada.
Ij.il Iiliwiii
■w
26
Se
HARRODS — TiiternationaJ Eco nômica, p&g'. 60.
em un.s e outros países, como pelas cor rentes cie hábitos e de relações que se estabelecem;
c)- Mercadorias c serviços que, por sua natureza, ficam fora do âmbito do
Difusão do nível de preços
Parece, portanto, que a teoria so se
aplica a certas classes de mercadorias.
Na verdade, porém, a objeção não
tem a fôrça que parece ter à primeira
comércio internacional, seja porque não
vista.
.são transportáveis, como edificios, ins talações, estradas de ferro, serviços do mésticos, etc., seja porque são peculia res aos hábitos e usos de cada país, co
três classes, que figurámos, nada tem
mo o feijíjo no Brasil, o mate na Argen
A divisão das mercadorias nas
de rígida; mercadorias doméstica.s po dem passar a ser exportáveis e vice-
versa. Importa, porém, sobretudo aten tar para a ínterconexão que existe, em
r-
Dicesto Econónuco
lavras, como hão de êles nos comprar se nós não compramos deles? É sabido
3ue o maior "liandícap" às exportações
vai importar o muito que o.s outros ex
portam"?
os Estados Unidos tem sido a escassez
essa que, no conceito unânime dos ame
ricanos (2), só pode ser remediada por dois meios: aumento de importações ou exportação de capitais. Se os Estados Unidos não importam, o mundo não tem dólares para lhes comprar. Em outras
pala\Tas:_ sem importações não haverá exportações.
Acresce que nenhum país dispõe de fatores de produção em quantidade ili Se se procura substituir as im
portações por artigos de produção do méstica, os fatores de produção neces
♦
.5)
Vemos portanto que a suposta
ser abordado sob outros aspectos, o da paridade do poder do compra. "Pagando um certo preço pela moe da estrangeira, escreve Cassei, nós en caramos especialmente essa moeda dp ponto do vista do poder de compra que ela possui quanto a mercadorias e ser
viços do país estrangeiro. Por outio la do, quando oferecemos uma certa quan
tidade de nossa própria moeda, estamos
doméstica só podem ser tirados do se
a.s nossas próprias mercadorias o servi
tações.
*'If there are less imports, there
wül be less exports and labor, if employed more in the new way is emploved less in the old", escreve Taus-
sig'(3). Èsse ranço mercantilista a que me re firo foi bem caracterizado pelo grande
oferecendo um poder de compra sobre Por conseguinte, nossa avaliação
de uma moeda estrangeira, oxiiressa em moeda nacional, depende principalmen te do poder de compra relativo das duas moedas em seus respectivos paí.ses de origem".
Cada moeda vale pelo que ela é ca paz de comprar ern seu pais de origem e a taxa de câmbio entre as moedas de
economista inglês Colin Clark, ao es
dois paí.ses tende a se estabelecer na relação dos preços em um e cm outro,
crever:
isto é, no nível da paridade do poder
"Se alguém inventasse um novo siste
ma de matemáticas, pelo qual cada país
pudesse importar menos e exportar mais,
prestaria ao mundo um grande serviço,
mas diante das nossas regras usuais de
aritmética, isso é impossível.
Os ba
lanços de pagamentos de todas as na ções do mundo, uns positivos outros ne gativos, devem necessariamente balan cear".
de compra das duas moedas. A
essa
teoria,
vamos
começar
por
opor uma primeira objeção. Podemos, em síntese simplificada, classificar as mercadorias sob o aspecto do comércio internacional, em 3 classes:
(4)
mogêneas e que são objeto usual de comércio internacional — ouro, prata, co
bre, trigo, borracha, café, chá, etc., de determinadas qualidades. Os preços
tava: "Mas se todos querem exportar muito e importar pouco, quem é que
telegrafados de um a outro mercado e
(3)
de.ssas mercadorias são constantemente
suas diferenças ràpidamente compensa
United States and the World (Eco-
das por operações de arbitragem.
U.S.A.) pág:s.*22 e 19.
(4)
nomy Department of Commerce —
Taussiff - ob. cit. 1.° Vol., pág. 511.
alto em Londrc.s do ípio cm No\'a. Ior
tina, seja ainda por serem merciidorias
de preços muito baixo em relação ao pêso ou ao volume, como pedra, tijolo, lenba, etc. Não há preços internacio nais para essa.s mercadorias.
O fato de os j^rcç-os de qualquer desses produtos no mercado internacional ser
Esta classificação não é, e\àdentementc, rigida; há gradações entre uma e
o mesmo não cpier aliás dizer que as
outra classe.
os mesma.s; um país podo produzir com
Examinando as três classes em que dividimos as mercadorias, vê-se desde
parcelas de custo de produção sejam salários elevados c aparelbamcnto aper feiçoado ao mesmo preço que outro pais com .salíirios imperfeito. b)
bai.xos
o
apnrelhamento
Produtos acabados ou semi-aca
bados de natureza um tanto especiali zada, diferindo cm qualidade o em de
talhe de tipo, de uma para outra nação. E-ssas diferenças destroem a unidade do mercado mundial. O.s aparelhos elétii-
logo que o princípio da paridade do
poder de compra aplica-se com quase precisão às mercadorias da 1.^ classe.
Sua aplicação às da 2.=^ classe teria de
.sofrer sensível desN-io. Quanto às da 3.® classe, isto é, às mercadorias e sersãços
que podemos chamar de domésticos, porc|ue não fazem parte do comércio inter nacional, nenhuma razão liá, em princi
C-O.S americanos, por exemplo, diferem
pio, para que seus preços se estabele çam no nível da paridade de poder de
mães.
compra definido pelas taxa.s cambiais.. Punx que liouvesse uniformidade de pre
em tipo e cm detalhe dos .similares ale
O automóvel americano difere,
por vários aspectos, do automóvel fran cês da mesma capacidade. É difícil, ne.s.sas condições, eslabele-
ccr-.se um mercado internacional cm que aparecem cotações homogêneas dê.sses produtos. Na ausência de um tal mer cado, os contados tomam um caráter
mais pessoal entre comprador e vende dor.
Os hábitos e correntes de comér
cio que a.ssim se formam só podem ser alterados por uma diferença de preços às vezes bastante superior à diferença de utilidade das mercadorias.
Muitos
serviços, como o de seguros, por exem-
plõ, pertencem a esta categoria, pela
ços nas mercadoria.s desta classe, sena
preciso supor uma perfeita mobilidade de fatôres de produção entre as nações, como se fosse um mundo só. Ora, al
guns dôsses fatôres são imóveis, como asinstalações, terras, mioutros, nas, como estradasa mãode deferroobra,e |^|
são de pouca mobilidade diante dos obs
táculos que se opõem à migrações; ou
tros ainda, com a capacidade científi<»» técnica e industrial são de mobilidade muito lenta e viscosa; o próprio
mento internacional de capitais .sofre restrições.
diferença de métodos- c do leis adotados
a) Mercadorias aproximadamente ho
Era o caso também do delegado hokndês à Liga das Nações, que pergun
(2)
O preço da prata, por exemplo, é mai.s ae-.sc em Londres, de forma a rapida
teoria do balanço de pagamentos não conduz a nada. O problema tem de
ços.
37
mente nivelar os prcç-os.
sários a esse incremento de produção tor da exportação, o que fará com que, paralelamente à redução das importa ções, se verifique a redução das expor
Dicesto Econômico
que, compra-.sc t:m Nova lorciuc c vcn-
Paridade do poder de compra
de dólares no resto do- mundo, escassez
mitada.
Ij.il Iiliwiii
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Se
HARRODS — TiiternationaJ Eco nômica, p&g'. 60.
em un.s e outros países, como pelas cor rentes cie hábitos e de relações que se estabelecem;
c)- Mercadorias c serviços que, por sua natureza, ficam fora do âmbito do
Difusão do nível de preços
Parece, portanto, que a teoria so se
aplica a certas classes de mercadorias.
Na verdade, porém, a objeção não
tem a fôrça que parece ter à primeira
comércio internacional, seja porque não
vista.
.são transportáveis, como edificios, ins talações, estradas de ferro, serviços do mésticos, etc., seja porque são peculia res aos hábitos e usos de cada país, co
três classes, que figurámos, nada tem
mo o feijíjo no Brasil, o mate na Argen
A divisão das mercadorias nas
de rígida; mercadorias doméstica.s po dem passar a ser exportáveis e vice-
versa. Importa, porém, sobretudo aten tar para a ínterconexão que existe, em
1
Dicesto Econômico
28
cada país, entre os preços de umas e outras mercadorias e serviços, isto e,
para a difusão do nível de preços. A alta ou baixa de preços das mercado
tes c às vezes violentas oscilações de
rias ^s 1.^ e 2.^ olasses, que figurámos,
semestre de 1920, no Brasil, cair a ta.xa
repercute sôbre os preços das da 3.'*
cambial de 14 a 7 pcnce em 6 meses, em virtude da queda de preços dos pro
classe e vice-versa.
Uma alta de preços do car\'ão, do
empréstimo tomado no exterior, uma de
duas: ou o empréstimo ó diretamente utilizado para compras no exterior e não
preços. Chegamos a ver no segundo
dutos brasileiros no exterior.
afeta o câmbio, ou é transferido para
O mesmo
óleo, da gasolina, de máquinas, de ma térias-primas e de produtos de alimen
pode acontecer no caso do safras muito reduzidas por condições olimatéricas des
tação importados, tem forçosamente re percussão sôbre o custo do transporte e da fabricação de muitos dos produ tos que classificamos de domésticos. In
favoráveis.
ternos não tèm tempo de se adaptar desde logo, por difusão, à taxa cambial,
versamente, a alta ou baixa,de preços das mercadorias que cbamamos de do mésticas, afetam o custo da \'ida, o ní vel dos salários e portanto o custo dos fatores necessários à produção das mer
para atender a essas oscilações que se mantêm os fundos de compensação de
Nesses casos, os preços in
súbita e violentamente afetada.
E é
balanço de pagamentos e a organização do Fundo Monetário Internacional de
Bretton Woods, como é para evitar tais
A
oscilações violentas de preços que se
alta de preços dos produtos domésticos pode até fazer desaparecer do quadro
projetam organizações internacionais com o fim de manter uma relativa esta
29
igualmente sôbre os preços, e se é com
ções predominem os produtos agrícolas
o as matérias-primas, sujeitos a freqüen
cadorias da 1.^ e da 2.® classes.
Dicesto Econônoco
da", havendo, ao contrário, essa ten
de pagamento, que atuam, da mesma forma, sôbre os preços.
dência "para os países cuja moeda se
6) Há, entretanto, várias objeções e
ponderações de importância a opor à teoria.
Temos considerado até agora o mer cado de cambio apenas no que diz com
caso da moeda sub-avaliada). Se se tra
outros itens do balanço de pagamentos
tar de um empréstimo a ser feito em dólares para o Brasil, governos ou par-
a considerar; o do movimento de capi
tais, o dos juros o lucros e ainda o aos turistas, o dos imigrantes, etc., que to-
^ps se apresentam no mercado de câm
mários (International Commodities Con-
bio para comprar ou vender moeda es-
trol).
trangeira.
portáveis. A intensidade com que se processa a
dos, o proprio desvio temporário da taxa
lidade do comércio do país. Nos paí
de compra, pÕe em ação forças tenden
Quanto aos capitais, o que estimiüa Pnncípalmente a sua transferência de
país para outro é a diferença das de remuneração.
Isso é verda-
tes a corrigí-lo; se baixa o valor das
oeiro, não só no caso de empréstimos
contratados entre governos ou particulade dois países, como no caso de que emigram espontâneamente
mércio internacional para o do comér
cio total é elevada, a difusão se pro cessa com maior intensidade e rapidez
preços, o que estimula as exportações,
P^ra inversão no estrangeiro, à busca
reduz as importações e tende a resta
"C melhores lucros.
do que em países (como os Estados Uni
belecer o equilíbrio.
em que a proporção do volume do co
dos) em que o comércio internacional representa uma pequena proporção do comércio total.
Se um país resolver comprar no es trangeiro uma grande quantidade de aparelhamento para as suas estradas de
Em maior ou menor escala, porém,
ferro ou sua siderurgia, por exemplo,
todos os preços tendem a obedecer, em cada país, ao poder de compra geral da
isso poderá afetar a taxa cambial sem
moeda. Haverá, portanto, pelo menos uma tendência das taxas de cambio de
rado. Mas ésse país, para comprar esse aparelhamento, compra com alguma
oscilar em tômo do nível da paridade
coisa. Se e com a redução de consu
que os preços internos se tenham alte
do poder de compra das duas moedas.
mo (impostos), há baixa de preços, es
Ocorrerão comumente desvios tempo
tímulo às exportações e contração das importações; se é com novos meios de
rários entre as taxas cambiais e a rela
ticidares, os capitalistas americanos re cearão naturalmente que a provável des
valorização do cruzeiro em termos de
dólares possa criar sérios embaraços aos tomadores do empréstimo para satisfa
exportações, baixam os meios de paga mento, os rendimentos monetários (sal vo se houver inflação) e portanto os
ses (como a Bélgica por exemplo),
por moeda inferior (no sentido de po der de compra), pois nesse caso será
o comércio de mercadorias, isto é, com
bilidade dos preços dos produtos pri
cambial do nível da paridade do poder
o dólar, por exemplo, os americanos he sitarão, por certo, em trocar moéda boa
o "balanço do comércio". Piá, porém,
da exportação os produtos marginais, pa
difusão do nível de preços depende do maior ou menor gráu de internaciona-
acha sub-avaliada" (5). Se o valor do cruzeiro, no mercado cambial, está aci ma do nível normal da paridade com
natural a previsão, em prazo mais ou menos curto, de uma desvalorização da moeda super-avaliada (e vice-versa, no
ra os quais uma pequena alta de custo de produção basta para tomá-los inex-
Mas em qualquer dos casos figura
mento racional do capital, não haverá
tendência para sua emigração "para os países cuja moeda se acha super-avqlia-
o país e importa em aumento de meios
Afoviinento de capitais
,
dentes do nível da paridade do poder dc compra, mas, suposto um comporta
As taxas de juros
lucros nos países de capitais escassos
sao niais elevadas do que nos de capi
tais abundantes, e o estímulo à transfe rencia provém dessa diferença de re
zer o pagamento, no vencimento, dos juros e do principal. E se se tratar, não de um empréstimo e sim de uma in versão espontânea de capital estrangei ro, os seus proprietários hesitarão igual mente em trocar seus dólares por cru
zeiros siiper-a\'alÍados e aguardarão, pro vavelmente, uma taxa cambial mais fa vorável, salvo se a inversão se fizer, quase inteiramente, em máquinas e aparelliamento e.xportadog, caso em que
poucas serão as cambiais de dólares a trocar por cruzeiros.
Assim, se é verdade que, em prmci-
muneração, na medida em que ela não
pio, o movimento de capitais obedece
capitais, função das taxas de remimera-
ração do que à paridade do poder de compra, não é menos exato que haverá sempre relutância em trocar moeda de
seja contrabalançada por uma excessiva diferença de riscos. E o movimento de
Ção é, em princípio, independente do nível de preços em um e outro país, e independente portanto da paridade do poder de compra. No mercado de capitais são, pois, in
mais à diferença de ta.xas de remune
(5) Isso se verifica correntemente quanto aos capitais flutuantes; e. g. a sub.avaliação do franco. Poin. caré em 1926/28 atraindo para a
ção dos poderes de compra, sobretudo
pagamento criados dentro do país, a in
contestáveis 6 freqüentes os movimentos
França massa de capitais flutuan
nos países em cujo quadro de exporta
flação que atua sôbre o câmbio, atua
internacionais de transferência indepen
tes.
1
Dicesto Econômico
28
cada país, entre os preços de umas e outras mercadorias e serviços, isto e,
para a difusão do nível de preços. A alta ou baixa de preços das mercado
tes c às vezes violentas oscilações de
rias ^s 1.^ e 2.^ olasses, que figurámos,
semestre de 1920, no Brasil, cair a ta.xa
repercute sôbre os preços das da 3.'*
cambial de 14 a 7 pcnce em 6 meses, em virtude da queda de preços dos pro
classe e vice-versa.
Uma alta de preços do car\'ão, do
empréstimo tomado no exterior, uma de
duas: ou o empréstimo ó diretamente utilizado para compras no exterior e não
preços. Chegamos a ver no segundo
dutos brasileiros no exterior.
afeta o câmbio, ou é transferido para
O mesmo
óleo, da gasolina, de máquinas, de ma térias-primas e de produtos de alimen
pode acontecer no caso do safras muito reduzidas por condições olimatéricas des
tação importados, tem forçosamente re percussão sôbre o custo do transporte e da fabricação de muitos dos produ tos que classificamos de domésticos. In
favoráveis.
ternos não tèm tempo de se adaptar desde logo, por difusão, à taxa cambial,
versamente, a alta ou baixa,de preços das mercadorias que cbamamos de do mésticas, afetam o custo da \'ida, o ní vel dos salários e portanto o custo dos fatores necessários à produção das mer
para atender a essas oscilações que se mantêm os fundos de compensação de
Nesses casos, os preços in
súbita e violentamente afetada.
E é
balanço de pagamentos e a organização do Fundo Monetário Internacional de
Bretton Woods, como é para evitar tais
A
oscilações violentas de preços que se
alta de preços dos produtos domésticos pode até fazer desaparecer do quadro
projetam organizações internacionais com o fim de manter uma relativa esta
29
igualmente sôbre os preços, e se é com
ções predominem os produtos agrícolas
o as matérias-primas, sujeitos a freqüen
cadorias da 1.^ e da 2.® classes.
Dicesto Econônoco
da", havendo, ao contrário, essa ten
de pagamento, que atuam, da mesma forma, sôbre os preços.
dência "para os países cuja moeda se
6) Há, entretanto, várias objeções e
ponderações de importância a opor à teoria.
Temos considerado até agora o mer cado de cambio apenas no que diz com
caso da moeda sub-avaliada). Se se tra
outros itens do balanço de pagamentos
tar de um empréstimo a ser feito em dólares para o Brasil, governos ou par-
a considerar; o do movimento de capi
tais, o dos juros o lucros e ainda o aos turistas, o dos imigrantes, etc., que to-
^ps se apresentam no mercado de câm
mários (International Commodities Con-
bio para comprar ou vender moeda es-
trol).
trangeira.
portáveis. A intensidade com que se processa a
dos, o proprio desvio temporário da taxa
lidade do comércio do país. Nos paí
de compra, pÕe em ação forças tenden
Quanto aos capitais, o que estimiüa Pnncípalmente a sua transferência de
país para outro é a diferença das de remuneração.
Isso é verda-
tes a corrigí-lo; se baixa o valor das
oeiro, não só no caso de empréstimos
contratados entre governos ou particulade dois países, como no caso de que emigram espontâneamente
mércio internacional para o do comér
cio total é elevada, a difusão se pro cessa com maior intensidade e rapidez
preços, o que estimula as exportações,
P^ra inversão no estrangeiro, à busca
reduz as importações e tende a resta
"C melhores lucros.
do que em países (como os Estados Uni
belecer o equilíbrio.
em que a proporção do volume do co
dos) em que o comércio internacional representa uma pequena proporção do comércio total.
Se um país resolver comprar no es trangeiro uma grande quantidade de aparelhamento para as suas estradas de
Em maior ou menor escala, porém,
ferro ou sua siderurgia, por exemplo,
todos os preços tendem a obedecer, em cada país, ao poder de compra geral da
isso poderá afetar a taxa cambial sem
moeda. Haverá, portanto, pelo menos uma tendência das taxas de cambio de
rado. Mas ésse país, para comprar esse aparelhamento, compra com alguma
oscilar em tômo do nível da paridade
coisa. Se e com a redução de consu
que os preços internos se tenham alte
do poder de compra das duas moedas.
mo (impostos), há baixa de preços, es
Ocorrerão comumente desvios tempo
tímulo às exportações e contração das importações; se é com novos meios de
rários entre as taxas cambiais e a rela
ticidares, os capitalistas americanos re cearão naturalmente que a provável des
valorização do cruzeiro em termos de
dólares possa criar sérios embaraços aos tomadores do empréstimo para satisfa
exportações, baixam os meios de paga mento, os rendimentos monetários (sal vo se houver inflação) e portanto os
ses (como a Bélgica por exemplo),
por moeda inferior (no sentido de po der de compra), pois nesse caso será
o comércio de mercadorias, isto é, com
bilidade dos preços dos produtos pri
cambial do nível da paridade do poder
o dólar, por exemplo, os americanos he sitarão, por certo, em trocar moéda boa
o "balanço do comércio". Piá, porém,
da exportação os produtos marginais, pa
difusão do nível de preços depende do maior ou menor gráu de internaciona-
acha sub-avaliada" (5). Se o valor do cruzeiro, no mercado cambial, está aci ma do nível normal da paridade com
natural a previsão, em prazo mais ou menos curto, de uma desvalorização da moeda super-avaliada (e vice-versa, no
ra os quais uma pequena alta de custo de produção basta para tomá-los inex-
Mas em qualquer dos casos figura
mento racional do capital, não haverá
tendência para sua emigração "para os países cuja moeda se acha super-avqlia-
o país e importa em aumento de meios
Afoviinento de capitais
,
dentes do nível da paridade do poder dc compra, mas, suposto um comporta
As taxas de juros
lucros nos países de capitais escassos
sao niais elevadas do que nos de capi
tais abundantes, e o estímulo à transfe rencia provém dessa diferença de re
zer o pagamento, no vencimento, dos juros e do principal. E se se tratar, não de um empréstimo e sim de uma in versão espontânea de capital estrangei ro, os seus proprietários hesitarão igual mente em trocar seus dólares por cru
zeiros siiper-a\'alÍados e aguardarão, pro vavelmente, uma taxa cambial mais fa vorável, salvo se a inversão se fizer, quase inteiramente, em máquinas e aparelliamento e.xportadog, caso em que
poucas serão as cambiais de dólares a trocar por cruzeiros.
Assim, se é verdade que, em prmci-
muneração, na medida em que ela não
pio, o movimento de capitais obedece
capitais, função das taxas de remimera-
ração do que à paridade do poder de compra, não é menos exato que haverá sempre relutância em trocar moeda de
seja contrabalançada por uma excessiva diferença de riscos. E o movimento de
Ção é, em princípio, independente do nível de preços em um e outro país, e independente portanto da paridade do poder de compra. No mercado de capitais são, pois, in
mais à diferença de ta.xas de remune
(5) Isso se verifica correntemente quanto aos capitais flutuantes; e. g. a sub.avaliação do franco. Poin. caré em 1926/28 atraindo para a
ção dos poderes de compra, sobretudo
pagamento criados dentro do país, a in
contestáveis 6 freqüentes os movimentos
França massa de capitais flutuan
nos países em cujo quadro de exporta
flação que atua sôbre o câmbio, atua
internacionais de transferência indepen
tes.
.•
i. I II iiiipp|iiip|U|f
30
II I j I Digesto Econômico
bom poder de compra por moeda de poder de compra inferior (e vice-versa). Este segundo aspecto, provocando o re-
traimento de afluxo de capital estran-
constitui o elemento mais influente e
mais seguro para a previsão da tendên cia das taxas cambiais.
Porque se os desvios forem grandes
feiro para países de moeda super-ava-
e duradouros, o comércio exterior não
ada, tende a apressar sya desvaloriza
mais poderá funcionar. Vamo.s .supor
ção, e portanto a restabelecer o nível de paridade de poder de compra das duas
3ue .se vcrífica\a a paridade do poder
que, a partir de dctcrminadt) ano cm e compra do dólar o do cruzeiro, te
moedas.
DrcESTo Eco.nómico
31
chamado de "cai.sse de peréquation". que percebe fortes direitos de entrada sobre a.s mercadorias dc importação e aplica o .seu produto a não menos forle.s sub\ençües à exportação. Sem is.so, o comércio exterior ficaria paralisado. Víncr resumo bem siui opinião sobre a teoria (6) dizendo: "não há duvida
3ue o poder de compra comparativo de
mo nos Estados Unidos e no Brasil.
Isso seria uma interpretação inteiramen
te errônea da teoria. Essa igualdade de preç-os só se verifica para as mermm^rnín internacio infí^m:>nincadorias objeto fíp de comércio
nal corrente; e nes.se caso ela é unia sim
ples taiitologia. Para as demais merca dorias e scnàços, os preços cm um e
outro país dependem das respectivas es truturas de salários e preços. Nos Esta
nha o Brasil incorrido cm larga infla
lias moedas, cm têrmos de todas as
ção e insistido, apesar disso, èm man ços internos ter-se-ão considcrà\'elmen-
coisas, que são compráveis nos respecti vos países, é, pelo menos geralmente, o fator individual mais importante na de
empréstimos ou a prestações resultantes
te elevado por força da inflação; salá
terminação da taxa de câmbio entre as
te mais elevados do que no Brasil, ao
de compromissos anteriores, uma vez que êles são invariáveis e independentes do
rios, fretes, matérias-piimu.s, tudo terá
duas moedas..
passo que os preços das manufaturas,
Juros, lucros c turistas
ter inalterada a taxa cambial. Os pre Quanto aos juros, correspondentes a
nível geral de preços, sua influência no mercado cambiai é neutra.
Os lucros do capital estrangeiro, ob jeto de remessa para o exterior, agem, em princípio, no sentido da paridade do
subido de valor em cruzeiros. Supo nhamos que no ano de base o preço mundial da saca de café fòssc de 10 dólares, correspondentes à taxa cam
bial de 20 cnizeiro.s por dólar, diga mos, a 200 cruzoíro.s. Êsse preço de 200 cruzeiros, satisfatório para o Bra sil no ano de base, não poderá abso
vagem de automóvel custa nos Estados
compra não quer dizer, como muitos
Unidos duas ou três vêzes mais do que
no Brasil, ao passo que uma camisa e metade.
da alta dos preços internos, se tiver
devam ser equivalentes. Não o .são nem podem .ser, porque cada país tem sua estrutura própria de salários e preços, estrutura que dependo: a) do nível de
elevado de perto de 200 para porto de 400 cruzeiros. Apim, também, os pro
e capacidade técnica, isto é, em con
tam trigo, mas como a produtividade
dutos da industria nacional brasileira,
junto, do grau de produtividade.
cujos custos de produção teriam dobra do com a alta de salários, dc fretes, de
operário americano tem salário elevado,
do operário americano, graças a seu aparelhamento mecânico e ao alto nível
produção da saca de café, por fôrça
O movimento de turistas, de grande importância para certos países como a França e a Suíça, age nitidamente no sentido da paridade do poder de com
Outros itens do balanço de paga
em massa, são mais bai.vos. Uma la
8) A teoria da paridade do poder de
um tecido feito a máquina custam a
país remetente.
e.vpandem" se ela está barata.
em cujo custo predominam a maqxúnaria, a capacidade técnica e a produção
Interpretação
pensam, que os preço.s de todas as mer
lutamente .ser mantido se o custo de
pra, uma vez que os turistas se retraem
matérias-primas, etc., não mais poderiam suportar a concorrência do uma impor
salário.s; b) do capital, aparelhamento O
do sua técnica agrícola, é muito maior
isto é, porque o produto do "último
tividade marginal do primeiro, e por tanto seu salíirio é muito mais elevado
mentos são de pouca influência no mer
tação estrangeira, cujo preço em cru
operário empregado", com a coopera
zeiros teria ficado o mesmo que era no
ção da maquinaria aperfeiçoada e da
ano de base, pela manutenção artifi
capacidade técnica dos dirigentes, é
7) Como veremos pouco adiante, não
se pretende absolutamente que a teo
ria da paridade do poder de compra
cial da ta.xa de câmbio. As ex-portações cessariam e as indús
mais elevado nos Estados Unidos do
trias nacionais teriam de fechar as por
que em qualquer outro país. E o ní vel de salários estabelecido nas princi
tas. Os capitais relutariam em imigrar,
pais industrias do país ou da região
os turistas dei.xariam de afluir, por não
tende, em tôda parte, a '•'eneralizar-se
se conformarem em trocar dólares por
às demais atividades.
cruzeiros a uma taxa inteiramente fora
permita determinar os preços de todas as mercadorias e serviços em um país em função dos preços em outro país
de sua equivalência. Seria uma quase
Paridade de poder de compra não quer dizer que, para que ela e.xista en
e da taxa cambial entre as duas moedas.
paralisia da economia do país.
tre o dólar e o cruzeiro, por exemplo,
O que se pretende é que, "ceteris paribus", mau grado oscilações temporá rias e às vezes importantes, as taxas
cambiais tendem para o nível da pari dade do poder de compra e que isso
Podem até, em certos casos, ambos os países produzir, e.xportar e concorrer na venda de um mesmo produto. Os Es tados Unidos e a Rússia ambos expor
porque sua produtividade marginal "nas principais industrias do país" é elevada,
cado cambial.
Um exemplo
predominam os salários são forçosamen
cadorias e serviços em um e outro país
poder de compra, uma vez que se ele vam quando os preços sobem e se re duzem quando os preços baixam, no
se a moeda estrangeira está cara e se
dos Unidos o preço das mercadorias ou serviços em cujo custo de produção
do que a do operário russo, a produ
do que o do segundo. O custo de produção pode ser o mesmo^ nos dois países, mas a composição dêpe custo em um e outro país é muito diversa. E como os níveis de salários estabeleci
dos pelo padrão das atividades mais produtivas do país ou da região se pro pagam às menos produtivas, o pais de salíírios altos fica em posição compamtivamente desvantajosa naquelas ativi
dades em que a produtividade de seu operário não é maior do que a dos ou
Foi, aliás, a flagrante disparidade, que
seja preciso que o preço de um quarto
ora se verifica na França, entre as ta.xas
de hotel ou ae uma camisa seja o mes-
navios ou os serviços domésticos são
(G) Studies on the Theoi-y of International Trado, pág-. 384.
nos Estados Unidos.
oficiais do câmbio e a paridade do po der de compra do franco e das moedas estrangeiras, que deu lugar ao artifício-
tros países. É por isso que a estiva de muito mais baratos na Rússia do que
.•
i. I II iiiipp|iiip|U|f
30
II I j I Digesto Econômico
bom poder de compra por moeda de poder de compra inferior (e vice-versa). Este segundo aspecto, provocando o re-
traimento de afluxo de capital estran-
constitui o elemento mais influente e
mais seguro para a previsão da tendên cia das taxas cambiais.
Porque se os desvios forem grandes
feiro para países de moeda super-ava-
e duradouros, o comércio exterior não
ada, tende a apressar sya desvaloriza
mais poderá funcionar. Vamo.s .supor
ção, e portanto a restabelecer o nível de paridade de poder de compra das duas
3ue .se vcrífica\a a paridade do poder
que, a partir de dctcrminadt) ano cm e compra do dólar o do cruzeiro, te
moedas.
DrcESTo Eco.nómico
31
chamado de "cai.sse de peréquation". que percebe fortes direitos de entrada sobre a.s mercadorias dc importação e aplica o .seu produto a não menos forle.s sub\ençües à exportação. Sem is.so, o comércio exterior ficaria paralisado. Víncr resumo bem siui opinião sobre a teoria (6) dizendo: "não há duvida
3ue o poder de compra comparativo de
mo nos Estados Unidos e no Brasil.
Isso seria uma interpretação inteiramen
te errônea da teoria. Essa igualdade de preç-os só se verifica para as mermm^rnín internacio infí^m:>nincadorias objeto fíp de comércio
nal corrente; e nes.se caso ela é unia sim
ples taiitologia. Para as demais merca dorias e scnàços, os preços cm um e
outro país dependem das respectivas es truturas de salários e preços. Nos Esta
nha o Brasil incorrido cm larga infla
lias moedas, cm têrmos de todas as
ção e insistido, apesar disso, èm man ços internos ter-se-ão considcrà\'elmen-
coisas, que são compráveis nos respecti vos países, é, pelo menos geralmente, o fator individual mais importante na de
empréstimos ou a prestações resultantes
te elevado por força da inflação; salá
terminação da taxa de câmbio entre as
te mais elevados do que no Brasil, ao
de compromissos anteriores, uma vez que êles são invariáveis e independentes do
rios, fretes, matérias-piimu.s, tudo terá
duas moedas..
passo que os preços das manufaturas,
Juros, lucros c turistas
ter inalterada a taxa cambial. Os pre Quanto aos juros, correspondentes a
nível geral de preços, sua influência no mercado cambiai é neutra.
Os lucros do capital estrangeiro, ob jeto de remessa para o exterior, agem, em princípio, no sentido da paridade do
subido de valor em cruzeiros. Supo nhamos que no ano de base o preço mundial da saca de café fòssc de 10 dólares, correspondentes à taxa cam
bial de 20 cnizeiro.s por dólar, diga mos, a 200 cruzoíro.s. Êsse preço de 200 cruzeiros, satisfatório para o Bra sil no ano de base, não poderá abso
vagem de automóvel custa nos Estados
compra não quer dizer, como muitos
Unidos duas ou três vêzes mais do que
no Brasil, ao passo que uma camisa e metade.
da alta dos preços internos, se tiver
devam ser equivalentes. Não o .são nem podem .ser, porque cada país tem sua estrutura própria de salários e preços, estrutura que dependo: a) do nível de
elevado de perto de 200 para porto de 400 cruzeiros. Apim, também, os pro
e capacidade técnica, isto é, em con
tam trigo, mas como a produtividade
dutos da industria nacional brasileira,
junto, do grau de produtividade.
cujos custos de produção teriam dobra do com a alta de salários, dc fretes, de
operário americano tem salário elevado,
do operário americano, graças a seu aparelhamento mecânico e ao alto nível
produção da saca de café, por fôrça
O movimento de turistas, de grande importância para certos países como a França e a Suíça, age nitidamente no sentido da paridade do poder de com
Outros itens do balanço de paga
em massa, são mais bai.vos. Uma la
8) A teoria da paridade do poder de
um tecido feito a máquina custam a
país remetente.
e.vpandem" se ela está barata.
em cujo custo predominam a maqxúnaria, a capacidade técnica e a produção
Interpretação
pensam, que os preço.s de todas as mer
lutamente .ser mantido se o custo de
pra, uma vez que os turistas se retraem
matérias-primas, etc., não mais poderiam suportar a concorrência do uma impor
salário.s; b) do capital, aparelhamento O
do sua técnica agrícola, é muito maior
isto é, porque o produto do "último
tividade marginal do primeiro, e por tanto seu salíirio é muito mais elevado
mentos são de pouca influência no mer
tação estrangeira, cujo preço em cru
operário empregado", com a coopera
zeiros teria ficado o mesmo que era no
ção da maquinaria aperfeiçoada e da
ano de base, pela manutenção artifi
capacidade técnica dos dirigentes, é
7) Como veremos pouco adiante, não
se pretende absolutamente que a teo
ria da paridade do poder de compra
cial da ta.xa de câmbio. As ex-portações cessariam e as indús
mais elevado nos Estados Unidos do
trias nacionais teriam de fechar as por
que em qualquer outro país. E o ní vel de salários estabelecido nas princi
tas. Os capitais relutariam em imigrar,
pais industrias do país ou da região
os turistas dei.xariam de afluir, por não
tende, em tôda parte, a '•'eneralizar-se
se conformarem em trocar dólares por
às demais atividades.
cruzeiros a uma taxa inteiramente fora
permita determinar os preços de todas as mercadorias e serviços em um país em função dos preços em outro país
de sua equivalência. Seria uma quase
Paridade de poder de compra não quer dizer que, para que ela e.xista en
e da taxa cambial entre as duas moedas.
paralisia da economia do país.
tre o dólar e o cruzeiro, por exemplo,
O que se pretende é que, "ceteris paribus", mau grado oscilações temporá rias e às vezes importantes, as taxas
cambiais tendem para o nível da pari dade do poder de compra e que isso
Podem até, em certos casos, ambos os países produzir, e.xportar e concorrer na venda de um mesmo produto. Os Es tados Unidos e a Rússia ambos expor
porque sua produtividade marginal "nas principais industrias do país" é elevada,
cado cambial.
Um exemplo
predominam os salários são forçosamen
cadorias e serviços em um e outro país
poder de compra, uma vez que se ele vam quando os preços sobem e se re duzem quando os preços baixam, no
se a moeda estrangeira está cara e se
dos Unidos o preço das mercadorias ou serviços em cujo custo de produção
do que a do operário russo, a produ
do que o do segundo. O custo de produção pode ser o mesmo^ nos dois países, mas a composição dêpe custo em um e outro país é muito diversa. E como os níveis de salários estabeleci
dos pelo padrão das atividades mais produtivas do país ou da região se pro pagam às menos produtivas, o pais de salíírios altos fica em posição compamtivamente desvantajosa naquelas ativi
dades em que a produtividade de seu operário não é maior do que a dos ou
Foi, aliás, a flagrante disparidade, que
seja preciso que o preço de um quarto
ora se verifica na França, entre as ta.xas
de hotel ou ae uma camisa seja o mes-
navios ou os serviços domésticos são
(G) Studies on the Theoi-y of International Trado, pág-. 384.
nos Estados Unidos.
oficiais do câmbio e a paridade do po der de compra do franco e das moedas estrangeiras, que deu lugar ao artifício-
tros países. É por isso que a estiva de muito mais baratos na Rússia do que
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1411 ■-mi f.
liPi^
■' V, ■ - - '' * Dicesto Eco.ntónuco
32
Se não houvesse essa divergência bá sica de salários, então a "renda nacio
nal per capita", e portanto o padrão
CâmbU) e balanço de pap^amcnio
9)
Câmbio é o indico da procura
de \ida, teria de ser o mesmo nos Es
e da oferta, a cada momento, dc moeda
tados Unidos e no Brasil, em vez do ser, como é, cerca de 8 vezes maior
mentos é a contabilidade "cx-post" das
no primeiro do que no segundo. A e.strutura "salários-aparelhamento-preços"
transferências de meios dc pagamento.. Cambio e balanço dc pagamentos não
é muito diversa nos dois países.
são causa de coisa alguma e é mesmo
A teoria da paridade do poder de compra não se traduz, portanto, em
equivalência de preços de mercadorias e serviços nos dois países.
Mas, res
peitada a diversidade da estrutura sa-
iários-apareihamento-preços em dois países e fazendo variar o poder geral
de compra das respectivas moedas, os
preços em um e em outro tendem a reajustar-se em tomo da nova paridade do
poder de compra das duas moedas. Pode-se, portanto, enunciar a seguin te regra: quando duas moedas forem objeto de inflação, a táxa normal do
câmbio será igual à taxa antiga multi plicada pelo quociente do grau de in flação em um e em outro país. Esta nova taxa normal poderá sem pre variar, e mesmo em proporções bas tante fortes durante o período de tran sição. Mas a taxa que foi estabeleci da de acôrdo com o método de cálculo
acima pode ser considerada como uma nova paridade entre as duas moedas, isto é, como o ponto cm, tomo do qual,
apesar das flutuações temporárias, a ta xa ds cambio deverá sempre oscilar.
estrangeira, como o bíüanço de paga
por isso que não há teoria do balanço
de pagamentos. Qualquer coisa que pretenda ao título de teoria tem de pro
curar as causas que afetam o índice cambial e o índice de preços. E a causa principal, quer do índice
O CAFEEIRO, ÊSSE DESCONHECIDO
de preços, quer do de taxas cambiais, é o grau do inflação.
Hawtrey escla
rece bem essa relação de causa e efeito,
por Frederico Pimentel Gomes (Do Corpo do Assistentes da Esc. Supe-rior de Agricultura "Luiz de Queiroz")
dizendo: "Uma expansão do crédito pro vocou um balanço de pagamentos des favorável. Uma contração provocou um balanço favorável.
(Especial para o
"DiGESTO ECONÓ^OCo'
Em um caso como
em outro, o que o balanço de pagamen
1,
tos apresenta são os sintomas; a causa ó a expansão ou a contração do cré
Introdução
Brasil é a única que
merece atenção.
k
economia cafeeira do Brasil está,
^ neste momento, atravessando uma
dito".
Se a autoridade a quem se entregam
as alavancas de comando da política
muito desenvolvido, com a raiz princi
cional "ouro verde" em bases mais só
meio). Exige solos profundos, permeá veis, ricos em humus. Prefere climas sub-tropicais semi-úraido.s, com uma es
lidas e estáveis, como pode levar ao sou desaparecimento quase completo co
curar a origem desse movimento nas variações da quantidade de meios de pagamento e se contentar, como Helfterich na Alemanha de 1922, em dizer
mo uma das riquezas básicas da nação. Toma-se necessário, mais do que nun
que a causa é o balanço de pagamentos
sa lavoura, e as causas de suas crises
o o câmbio, então o barco acabará dan do o casco nos rochedos da catástrofe.
periódicas e da vantagem que tradicio
ou 5 anos de idade.
competidores sejam bem compreendi
Por isso é que escrevemos este artigo
de divulgação, encarando o problema de um ponto de vista pouco discutido, qual
seja o da biologia do cafeeiro.
2. Alguma coisa sôbre a biologia do
Por outro
cafeeiro
lado, notícias dali vindas informam também que nos garimpes de Gilbues, onde
se ativaram ultimamente as pesquisas diamantíferas, está grassando a malária e
a febre tifóide, provocando o ôxodo em grande escala dos faiscadores de pedras
A quase totalidade do café do mun do é produzida pela espécie "Coffea
preciosas.
i4k..
tação seca bem acentuada durante a colheita, e a umidade bem distribuída no resto do ano.
dos e esclarecidos.
Informações procedentes dc município goiano de Pôrto Nacional, no Tocan tins, relatam que estão melhorando cada vez mais os preços do cristal de rocha daquela região e que os garimpeiros começam de novo a movimentar-se, des
pal muito longa (mais de um metro e
ca, que os problemas fundamentais des
nalmente levam sôbre o Brasil os seus
PREÇOS DE CRISTAL DE ROCHA
O cafeeiro e um arbusto de 3 a 4
metros de altura, de sistema radicidar
notável fase de transição, que tanto
pode conduzir h restauração do tradi
monetária, diante de uma alta de pre ços e baixa de taxas cambiais, não pro
pertando nova corrente migratória para as zonas de Pium e Piaus.
arabica".
O cafeeiro começa a produzir aos 4 As primeiras sa
fras são pequenas, mas- crescem ràpixxxxxxxxxx^xxxxx-NLX^xxxxy
Até hoje os brasileiros sc têm limitado
a "explorar" o cafeeiro e a fertilidade de suas terras virgens. Ê preciso que Op>'€TldoiH OgOTCl (l CUltiVãdo COfTl Cfl-
pricho, com método, aproveitanão-sc QUuJHU possível do conhecimento quanto V de auu sua
biologia e da técnica do beneficiamento. O problema é difícil e requererá esforço longo e persistente. Mas nunca foi gló ria a resolução dos problemas fáceis.
■WS!
1411 ■-mi f.
liPi^
■' V, ■ - - '' * Dicesto Eco.ntónuco
32
Se não houvesse essa divergência bá sica de salários, então a "renda nacio
nal per capita", e portanto o padrão
CâmbU) e balanço de pap^amcnio
9)
Câmbio é o indico da procura
de \ida, teria de ser o mesmo nos Es
e da oferta, a cada momento, dc moeda
tados Unidos e no Brasil, em vez do ser, como é, cerca de 8 vezes maior
mentos é a contabilidade "cx-post" das
no primeiro do que no segundo. A e.strutura "salários-aparelhamento-preços"
transferências de meios dc pagamento.. Cambio e balanço dc pagamentos não
é muito diversa nos dois países.
são causa de coisa alguma e é mesmo
A teoria da paridade do poder de compra não se traduz, portanto, em
equivalência de preços de mercadorias e serviços nos dois países.
Mas, res
peitada a diversidade da estrutura sa-
iários-apareihamento-preços em dois países e fazendo variar o poder geral
de compra das respectivas moedas, os
preços em um e em outro tendem a reajustar-se em tomo da nova paridade do
poder de compra das duas moedas. Pode-se, portanto, enunciar a seguin te regra: quando duas moedas forem objeto de inflação, a táxa normal do
câmbio será igual à taxa antiga multi plicada pelo quociente do grau de in flação em um e em outro país. Esta nova taxa normal poderá sem pre variar, e mesmo em proporções bas tante fortes durante o período de tran sição. Mas a taxa que foi estabeleci da de acôrdo com o método de cálculo
acima pode ser considerada como uma nova paridade entre as duas moedas, isto é, como o ponto cm, tomo do qual,
apesar das flutuações temporárias, a ta xa ds cambio deverá sempre oscilar.
estrangeira, como o bíüanço de paga
por isso que não há teoria do balanço
de pagamentos. Qualquer coisa que pretenda ao título de teoria tem de pro
curar as causas que afetam o índice cambial e o índice de preços. E a causa principal, quer do índice
O CAFEEIRO, ÊSSE DESCONHECIDO
de preços, quer do de taxas cambiais, é o grau do inflação.
Hawtrey escla
rece bem essa relação de causa e efeito,
por Frederico Pimentel Gomes (Do Corpo do Assistentes da Esc. Supe-rior de Agricultura "Luiz de Queiroz")
dizendo: "Uma expansão do crédito pro vocou um balanço de pagamentos des favorável. Uma contração provocou um balanço favorável.
(Especial para o
"DiGESTO ECONÓ^OCo'
Em um caso como
em outro, o que o balanço de pagamen
1,
tos apresenta são os sintomas; a causa ó a expansão ou a contração do cré
Introdução
Brasil é a única que
merece atenção.
k
economia cafeeira do Brasil está,
^ neste momento, atravessando uma
dito".
Se a autoridade a quem se entregam
as alavancas de comando da política
muito desenvolvido, com a raiz princi
cional "ouro verde" em bases mais só
meio). Exige solos profundos, permeá veis, ricos em humus. Prefere climas sub-tropicais semi-úraido.s, com uma es
lidas e estáveis, como pode levar ao sou desaparecimento quase completo co
curar a origem desse movimento nas variações da quantidade de meios de pagamento e se contentar, como Helfterich na Alemanha de 1922, em dizer
mo uma das riquezas básicas da nação. Toma-se necessário, mais do que nun
que a causa é o balanço de pagamentos
sa lavoura, e as causas de suas crises
o o câmbio, então o barco acabará dan do o casco nos rochedos da catástrofe.
periódicas e da vantagem que tradicio
ou 5 anos de idade.
competidores sejam bem compreendi
Por isso é que escrevemos este artigo
de divulgação, encarando o problema de um ponto de vista pouco discutido, qual
seja o da biologia do cafeeiro.
2. Alguma coisa sôbre a biologia do
Por outro
cafeeiro
lado, notícias dali vindas informam também que nos garimpes de Gilbues, onde
se ativaram ultimamente as pesquisas diamantíferas, está grassando a malária e
a febre tifóide, provocando o ôxodo em grande escala dos faiscadores de pedras
A quase totalidade do café do mun do é produzida pela espécie "Coffea
preciosas.
i4k..
tação seca bem acentuada durante a colheita, e a umidade bem distribuída no resto do ano.
dos e esclarecidos.
Informações procedentes dc município goiano de Pôrto Nacional, no Tocan tins, relatam que estão melhorando cada vez mais os preços do cristal de rocha daquela região e que os garimpeiros começam de novo a movimentar-se, des
pal muito longa (mais de um metro e
ca, que os problemas fundamentais des
nalmente levam sôbre o Brasil os seus
PREÇOS DE CRISTAL DE ROCHA
O cafeeiro e um arbusto de 3 a 4
metros de altura, de sistema radicidar
notável fase de transição, que tanto
pode conduzir h restauração do tradi
monetária, diante de uma alta de pre ços e baixa de taxas cambiais, não pro
pertando nova corrente migratória para as zonas de Pium e Piaus.
arabica".
O cafeeiro começa a produzir aos 4 As primeiras sa
fras são pequenas, mas- crescem ràpixxxxxxxxxx^xxxxx-NLX^xxxxy
Até hoje os brasileiros sc têm limitado
a "explorar" o cafeeiro e a fertilidade de suas terras virgens. Ê preciso que Op>'€TldoiH OgOTCl (l CUltiVãdo COfTl Cfl-
pricho, com método, aproveitanão-sc QUuJHU possível do conhecimento quanto V de auu sua
biologia e da técnica do beneficiamento. O problema é difícil e requererá esforço longo e persistente. Mas nunca foi gló ria a resolução dos problemas fáceis.
Dicksto Eco.só>uco
34
damentc.
Nos cafezaís formados em
geral as safras variam muito de um ano para outro. A lun ano de urodii-
dc um lado, se valorizava artificialmen
te um produto mi siípcrpvodiiçrio, e, dc outro, SC trabaMiava ativanu-ntc no plan
<,'ão exagerada segue-se nutro de safra
tio dc novas lavoviras, para aumentar
muito reduzida.
ainda mais a superprodução.
Admíte-.se hoje que o cafeeiro prefere \aver protegido por uma sombra rala,
produzindo então com maior reguhiridade. E as árvores do sombra proporcio nam proteção ao solo, e criam sobre ele u'a manta de fòlhas sêcas extraordina
riamente vantajosa para os cafeeiros. Parece fora de ouvida que o clima da maior parte do Estado de São Paulo é quase ideal para a cultura do café. Entretanto, as geadas e as secas do nos-
Mas a compreensão
pericita dessa
cm grande parte, uma conseqüência da
1) O cafeeiro é uma planta de vida econômica muito longa, e um cafezal
vegetais cultivados.
outra.
2) Os cafeziiis novos .só começam Jimte-sc-a isso um terceiro fato fun
cionalmente longa entre as cultivadas.
damental — a conservação fácil e per
Um cafezal em terra boa dura 60 a 80
feita cio café jior longos anos — o te remos estabelecido as bases para a com
preensão dos problemas muito especiais das crises cafcciras.
É bem conhecida a história triste o
O fjue ocorreu dc 1890 cm diante é bem típico, Com o "Encilhamento" e
inglória das' crises sucessivas do café,
a escassez mundial os preços do café
que se seguiram desde o fim do século
subiram muito.
passado. É uma longa luta entre uma
à expansão da lavoura nus terras ainda
E isto foi um convite
produção rápida e desordenadamente
virgens o fcrtilíssimas do planalto pau
crescente e um consumo que não con
lista, onde já se iam entendendo as es
segue
acompanhá-la
com
suficiente
presteza, uma história estranha em que,
As crises do café foram, portanto,
biologia dessa planta singular cnlrc os
representa um capital vultoso que não pcíde .ser abandonado dc inna liora para
taclos.
O Passado
mai.s, com o aumento das colheitas da.s lavouras no\'as, e o inicio da produção de outras ainda mais recentes.
zos graves.
3.
além disso, haveria a possibilidade de baixar a safra logo no ano seguinte, ao passo que, no caso do café, a supei-produção tendia a se acentuar cada vez
.«•e nn.s lembrarmos do dois fatos fun damentais da biologia do cafeeiro:
a produzir 4 a 5 anos depois dc plan-
anos em boas condições.
35
fase da história do café só é possível
.so clima lhe trazem, por vèzes, prejuí O cafpeiro é planta de vida excep
DtcnsTo Econômico
tradas de ferro.
Mas como as novas
lavouras custavam a produzir, a alta continuou e a derrocada
já potencialmente concreti zada talvez cm 1891, só
4.
monto, consorciação de culturas, adu-
bações, utilização de novas variedades, etc. Mas aí é que intervém inna nova dificiddadc, uma dificuldade que é pouco conhecida fora dos meios técni cos: o cafeeiro é uma planta que con
tinua quase tão pouco estudada, técni
Atualmenle o problema cafeeiro do Brasil é inteiramente diverso do que ocorreu no passado. Já não sc tome a
5. O cafeeiro, êsse desconhecido
cnvdnecimcnto da.s lavouras, o macha
o cafeeiro, mais de 200 anos depois de
do, o clima adverso que tem predo
chegado a este país, ainda continua
sxípcrprodução, mas a falta do café. O
A triste e dolorosa verdade é que
minado nos últimos anos, tudo trouxe
quase um desconhecido. Sua cultura
uma queda rápida e grande na produ ção do país, queda tão grande que a
é realizada inteiramente sobre bases em
diminuição das exportações durante a
guerra não constituiu problema a ser enfrentado.
Dc sorte que, .áliuilmcnte, Irala-sc do aumentar a produção, para atender
píricas, com \ariedades aparecidas por acaso, com dundoso fundamenta em
e.xperiéncias na maioria realizadas por leigos, mal conduzidas e mal interpre tadas.
a um consumo mundial sempre cres
Essa revelação não é, porém, tão sen sacional quanto parece. Porque a ex
cente e para aproveitar os elevados pre ços que o produto está alcançando.
sa que data parte do século passado e
Mas hoje o aspecto do Eslaclo é com
pletamente diferente do que era em 1890. Reduzida é a área dc terras velhas, so não se quiser resignar ao
do já se tinham rcaliziido novos o formidáveis plan
tado do 'Rio c o Vale do Paraíba.
planta anual, como o algo-
métodos culturais adequados: sombrca-
CÍ.SCO de Melo Palheta a introduziu no Brasil, em 1727.
O Prasctitc
destino que tiveram no passado o Es
Sc se tratasse de uma
por preço muito elevado.. Êsse custo poderia, porém, ser muito reduzido por
ca e cientificamente, como quando Fran-
veio a furo em 1897, quan tios.
sível plantar café em terras velhas, mas
E
preciso mudar o tradicional c ruinoso
perimentação agrícola científica é coi parte do século atual, e a genética nasceu em 1900.
Os métodos experi
mentais foram estudados para plantas pequenas e anuais, como o trigo, o ar
roz, o algodoeiro.
A experimentação
com plantas arbóreas ou arbustivas. perene.s, como a laranjeira e o cafeeiro.
nomaclismo do cafeeiro, esse clcvovador
ainda constitui problema muito difícil.
dc matas e de liumus, sempre ávido
E o cafeeiro, com a sua reprodução
do "bafo do sertão". É preciso mudar
lerda, a sua longa vida econômica, e
rãpidamente a vellia rotina que vem
o seu porte avantajado, ptirece feito de
da Colônia e do Império e estabilizar a "onda verde" no planalto paulista. Caso contrário, cia terá que fugir para
tas e experimcntadores.
• "1 •quase ' . 1. -qJaivcKlo imediatamente
o Paraná c Goiás.
pública. E seus recursos, sempre pe
e a queda dos preços teria
Essa brusca reviravolta envolve pro blemas técnico-económicos formidáveis.
quenos, ainda hoje não são grandc.s.
dociro, a crise nunca teria
desencorajado logo novas extensões da cultura. E,
-É verdade que já se provou que é pos .Í4 V ..«fcUX.
propósito para desanimar os geneticisA agicnomia brasileira data da Re É claro que, com todos esses fato
res adversos não se poderia esperar um
Dicksto Eco.só>uco
34
damentc.
Nos cafezaís formados em
geral as safras variam muito de um ano para outro. A lun ano de urodii-
dc um lado, se valorizava artificialmen
te um produto mi siípcrpvodiiçrio, e, dc outro, SC trabaMiava ativanu-ntc no plan
<,'ão exagerada segue-se nutro de safra
tio dc novas lavoviras, para aumentar
muito reduzida.
ainda mais a superprodução.
Admíte-.se hoje que o cafeeiro prefere \aver protegido por uma sombra rala,
produzindo então com maior reguhiridade. E as árvores do sombra proporcio nam proteção ao solo, e criam sobre ele u'a manta de fòlhas sêcas extraordina
riamente vantajosa para os cafeeiros. Parece fora de ouvida que o clima da maior parte do Estado de São Paulo é quase ideal para a cultura do café. Entretanto, as geadas e as secas do nos-
Mas a compreensão
pericita dessa
cm grande parte, uma conseqüência da
1) O cafeeiro é uma planta de vida econômica muito longa, e um cafezal
vegetais cultivados.
outra.
2) Os cafeziiis novos .só começam Jimte-sc-a isso um terceiro fato fun
cionalmente longa entre as cultivadas.
damental — a conservação fácil e per
Um cafezal em terra boa dura 60 a 80
feita cio café jior longos anos — o te remos estabelecido as bases para a com
preensão dos problemas muito especiais das crises cafcciras.
É bem conhecida a história triste o
O fjue ocorreu dc 1890 cm diante é bem típico, Com o "Encilhamento" e
inglória das' crises sucessivas do café,
a escassez mundial os preços do café
que se seguiram desde o fim do século
subiram muito.
passado. É uma longa luta entre uma
à expansão da lavoura nus terras ainda
E isto foi um convite
produção rápida e desordenadamente
virgens o fcrtilíssimas do planalto pau
crescente e um consumo que não con
lista, onde já se iam entendendo as es
segue
acompanhá-la
com
suficiente
presteza, uma história estranha em que,
As crises do café foram, portanto,
biologia dessa planta singular cnlrc os
representa um capital vultoso que não pcíde .ser abandonado dc inna liora para
taclos.
O Passado
mai.s, com o aumento das colheitas da.s lavouras no\'as, e o inicio da produção de outras ainda mais recentes.
zos graves.
3.
além disso, haveria a possibilidade de baixar a safra logo no ano seguinte, ao passo que, no caso do café, a supei-produção tendia a se acentuar cada vez
.«•e nn.s lembrarmos do dois fatos fun damentais da biologia do cafeeiro:
a produzir 4 a 5 anos depois dc plan-
anos em boas condições.
35
fase da história do café só é possível
.so clima lhe trazem, por vèzes, prejuí O cafpeiro é planta de vida excep
DtcnsTo Econômico
tradas de ferro.
Mas como as novas
lavouras custavam a produzir, a alta continuou e a derrocada
já potencialmente concreti zada talvez cm 1891, só
4.
monto, consorciação de culturas, adu-
bações, utilização de novas variedades, etc. Mas aí é que intervém inna nova dificiddadc, uma dificuldade que é pouco conhecida fora dos meios técni cos: o cafeeiro é uma planta que con
tinua quase tão pouco estudada, técni
Atualmenle o problema cafeeiro do Brasil é inteiramente diverso do que ocorreu no passado. Já não sc tome a
5. O cafeeiro, êsse desconhecido
cnvdnecimcnto da.s lavouras, o macha
o cafeeiro, mais de 200 anos depois de
do, o clima adverso que tem predo
chegado a este país, ainda continua
sxípcrprodução, mas a falta do café. O
A triste e dolorosa verdade é que
minado nos últimos anos, tudo trouxe
quase um desconhecido. Sua cultura
uma queda rápida e grande na produ ção do país, queda tão grande que a
é realizada inteiramente sobre bases em
diminuição das exportações durante a
guerra não constituiu problema a ser enfrentado.
Dc sorte que, .áliuilmcnte, Irala-sc do aumentar a produção, para atender
píricas, com \ariedades aparecidas por acaso, com dundoso fundamenta em
e.xperiéncias na maioria realizadas por leigos, mal conduzidas e mal interpre tadas.
a um consumo mundial sempre cres
Essa revelação não é, porém, tão sen sacional quanto parece. Porque a ex
cente e para aproveitar os elevados pre ços que o produto está alcançando.
sa que data parte do século passado e
Mas hoje o aspecto do Eslaclo é com
pletamente diferente do que era em 1890. Reduzida é a área dc terras velhas, so não se quiser resignar ao
do já se tinham rcaliziido novos o formidáveis plan
tado do 'Rio c o Vale do Paraíba.
planta anual, como o algo-
métodos culturais adequados: sombrca-
CÍ.SCO de Melo Palheta a introduziu no Brasil, em 1727.
O Prasctitc
destino que tiveram no passado o Es
Sc se tratasse de uma
por preço muito elevado.. Êsse custo poderia, porém, ser muito reduzido por
ca e cientificamente, como quando Fran-
veio a furo em 1897, quan tios.
sível plantar café em terras velhas, mas
E
preciso mudar o tradicional c ruinoso
perimentação agrícola científica é coi parte do século atual, e a genética nasceu em 1900.
Os métodos experi
mentais foram estudados para plantas pequenas e anuais, como o trigo, o ar
roz, o algodoeiro.
A experimentação
com plantas arbóreas ou arbustivas. perene.s, como a laranjeira e o cafeeiro.
nomaclismo do cafeeiro, esse clcvovador
ainda constitui problema muito difícil.
dc matas e de liumus, sempre ávido
E o cafeeiro, com a sua reprodução
do "bafo do sertão". É preciso mudar
lerda, a sua longa vida econômica, e
rãpidamente a vellia rotina que vem
o seu porte avantajado, ptirece feito de
da Colônia e do Império e estabilizar a "onda verde" no planalto paulista. Caso contrário, cia terá que fugir para
tas e experimcntadores.
• "1 •quase ' . 1. -qJaivcKlo imediatamente
o Paraná c Goiás.
pública. E seus recursos, sempre pe
e a queda dos preços teria
Essa brusca reviravolta envolve pro blemas técnico-económicos formidáveis.
quenos, ainda hoje não são grandc.s.
dociro, a crise nunca teria
desencorajado logo novas extensões da cultura. E,
-É verdade que já se provou que é pos .Í4 V ..«fcUX.
propósito para desanimar os geneticisA agicnomia brasileira data da Re É claro que, com todos esses fato
res adversos não se poderia esperar um
30
3-
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNÓ^acf)
e sempre cultivada em países relativa-
muito mais do que simples hipóteses sem base e.xperimental boa ou ruim, ou fundadas em observações rápidas e im
ção de maus odores.
cialmente resolvido pelos técnicos na cionais.
niente atrasados.
perfeitas.
Com a República, muitu coisa mu dou, mas a velha praxe de produzir
Mas há um outro perigo, que tende a se acentuar cada vez mais, e que pode
uma propaganda persistente e bem fei
do conhecimento das condições técni
conliecimento razoável dessa planta ori ginal, tão nova na história ao mundo, Compare-se o café com o milho, a
batatinha e a cana de açúcar, cujas variedades são fabricadas em série pe los experimentadores, com o algodoeiro, que o Instituto Agronômico mani
pula como bem lhe apraz, e até com a seringueira, planta ainda mais nova, para a qual já há uma razoável base experimental e numerosíssimos clones
altamente produtivos.
Não é de admirar, portanto, que, quando se aborda qualquer problema cafeeiro, surjam as opiniões mais dis paratadas, quase todas provenientes de
simples observação, sém base experi mental, ou oriundas de experiências fei
tas sem os cuidados requeridos pela técnica.
F . Vma-se o caso do sombreamento! Não ha duas opiniões concordantes. Até parecem teorias, de economia polítical
Isso nao impede, porém, que a situa ção do cafe, em futuro próximo, seja das mais animadoras. E é muito pos sível que, com a atual fase de bons preços e produção baixa, e com o de créscimo dos estragos da broca, a nos sa lavoura tradicional venha a se refa zer e a se^ firmar, mesmo nas zonas \elhas. E e muito provável que algu
cas do sombreamento e da possibilida
ra os defeitos dos cafés brasileiros, sem
de econômica do seu uso venha a de
da dos mercados.
fazer notar as suas qualidades. E o
pender todo o futuro da lavoura cateeira do Brasil.
6. A vitória dos tiossos competidores
Brasil tem sido, até hoje, forçado a ven der mais barato e a agüentar sozinho
Hoje é fato histórico que não se dis
de uma nova política de preços conse guiu aumentar um pouco a e.xportação.
te pelos seus concorrentes. Basta citar, com Taunay, alguns dados estatísticos.
Em 16 anos, isto é, de 1922 a 1937, os nossos competidores venderam lOOÍ
Mas na competição internacional o
preço do café é, até certo ponto, se cundário.
O custo de uma .xícara des
do café produzido (132.115.000 sacas)
sa bebida é insignificante em quase to
enquanto o nosso país se via abarro
portância relativa.
da parte, e, por isso mesmo, é de im
7.
Conclusões
Até hoje os brasileiros se têm limi tado a "e.xplorar" o cafeeiro e a ferti lidade de suas terras virgens. (Digo "explorar" em todo o sentido pejora tivo da palavra). É preciso que apren dam agora u cultivá-io, com capricho, com método, aproveitando-se quanto
bebida incomparúvel, um mau produto
possível do conhecimento de sua biolo gia e da técnica de beneficiamento. O problema é difícil e requererá esfôrço longo e persistente. Mas nunca foi glória a resolução dos problemas fáceis.
a destruir, em 12 anos, 76.844.500 sa
pode tornar-se verdadeiramente intragá
E o Brasil conta hoje com uma classe
cas de café, enquanto no resto do mun
vel. Ora, como até hoje o Brasil só
agronômica culta e numerosa, com ad
se tem mostrado capaz de vender café
miráveis centros de experimentação, com - diversas experiências bem feitas iniciadas e algumas terminadas. Já se
tado com mais de 80 milhões de sacas excedentes, representando mais de 25%
da sua produção (317.545.000 sacas). Por isso e que o Brasil se viu obrigado do não se queimou uma só. A que se deve êsse fato ruinoso e humilhante?
Parece já não haver dúvida que a
Já com a qualidade acorríece o con trário.
Pois se um bom café é uma
depois que os seus competidores expor taram tudo o que produziram, fica la
tente o perigo de um dia ser a nossa produção total ou quase totalmente ex
causa primordial tem sido e continua
cedente.
a ser a qualidade. E certo que no Bra
Para evitar esse perigo real, ainda que remoto, c preciso melhorar a qualida
tempo da nossa emperrada e sonolenta
monarquia.
E os nossos competidores-
se esforçavam por aumentá-la ainda;
do sr. Joaquim Alcântara, referente ao
mais. E o bom café brasileiro era mui
tas vezes vendido com o rótulo de ja-
breamento será, possivelmente, uma so
preço entre o bom e o mau café, é benr-
senta, porém, sem nenhuma dúvida.
É fato que, em 1937, a inauguração
Brasil vem sendo vencido invariavelmen
plantio de ingazeíros feito por êle e em Caçapava em um talJião de 8000 pés de café, convenceu-nos de que o som lução. A tentativa dêsse agrônomo fal tam, inegavelmente, os rigores de uma experimentação científica. Ela repre
com os excessos de produção.
cute que na competição internacional o
pre esteve em primeiro lugar. A má fama do café brasileiro data do-
Ainda recentemente uma conferência
De sorte que é muito possível que
ta capricnava em chamar a atenção pa
go, enquanto as nossas estações expe diamente iniciadas.
E
Mas o sombreamento é ainda
uma das chaves da questão.
vir deitar por terra o Brasil como ex
sil a preocupação da quantidade sem--
sariamente longas experiências, tão tar
muito e ordinário continuou firme.
um problema complicado, mas já par
portador de café. Èsse perigo c a per
ma solução empírica venha a surgir lo rimentais não terminam as suas neces
dêsse produto tão .sensível à impregna
vanes, moca, etc.
Apesar da enorme disparidade de-
verdade que entre nós sempre avultoa a produção de café ordinário.
Nunca-
houve, como regra geral, o cuidado es merado no preparo e armazenamento'
conhece alguma coisa sobre a gené
tica do café. Já há alguma luz sobre o problema da boa bebida. E, o que
de do café brasileiro, e fazê-la conhe
ó mais importante, a opinião pública já se convenceu de' que é preciso um grande esfôrço técnico e cientifico para
cida.
reerguer a cafeicultura nacional.
E aí encalhamos novamente em
30
3-
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNÓ^acf)
e sempre cultivada em países relativa-
muito mais do que simples hipóteses sem base e.xperimental boa ou ruim, ou fundadas em observações rápidas e im
ção de maus odores.
cialmente resolvido pelos técnicos na cionais.
niente atrasados.
perfeitas.
Com a República, muitu coisa mu dou, mas a velha praxe de produzir
Mas há um outro perigo, que tende a se acentuar cada vez mais, e que pode
uma propaganda persistente e bem fei
do conhecimento das condições técni
conliecimento razoável dessa planta ori ginal, tão nova na história ao mundo, Compare-se o café com o milho, a
batatinha e a cana de açúcar, cujas variedades são fabricadas em série pe los experimentadores, com o algodoeiro, que o Instituto Agronômico mani
pula como bem lhe apraz, e até com a seringueira, planta ainda mais nova, para a qual já há uma razoável base experimental e numerosíssimos clones
altamente produtivos.
Não é de admirar, portanto, que, quando se aborda qualquer problema cafeeiro, surjam as opiniões mais dis paratadas, quase todas provenientes de
simples observação, sém base experi mental, ou oriundas de experiências fei
tas sem os cuidados requeridos pela técnica.
F . Vma-se o caso do sombreamento! Não ha duas opiniões concordantes. Até parecem teorias, de economia polítical
Isso nao impede, porém, que a situa ção do cafe, em futuro próximo, seja das mais animadoras. E é muito pos sível que, com a atual fase de bons preços e produção baixa, e com o de créscimo dos estragos da broca, a nos sa lavoura tradicional venha a se refa zer e a se^ firmar, mesmo nas zonas \elhas. E e muito provável que algu
cas do sombreamento e da possibilida
ra os defeitos dos cafés brasileiros, sem
de econômica do seu uso venha a de
da dos mercados.
fazer notar as suas qualidades. E o
pender todo o futuro da lavoura cateeira do Brasil.
6. A vitória dos tiossos competidores
Brasil tem sido, até hoje, forçado a ven der mais barato e a agüentar sozinho
Hoje é fato histórico que não se dis
de uma nova política de preços conse guiu aumentar um pouco a e.xportação.
te pelos seus concorrentes. Basta citar, com Taunay, alguns dados estatísticos.
Em 16 anos, isto é, de 1922 a 1937, os nossos competidores venderam lOOÍ
Mas na competição internacional o
preço do café é, até certo ponto, se cundário.
O custo de uma .xícara des
do café produzido (132.115.000 sacas)
sa bebida é insignificante em quase to
enquanto o nosso país se via abarro
portância relativa.
da parte, e, por isso mesmo, é de im
7.
Conclusões
Até hoje os brasileiros se têm limi tado a "e.xplorar" o cafeeiro e a ferti lidade de suas terras virgens. (Digo "explorar" em todo o sentido pejora tivo da palavra). É preciso que apren dam agora u cultivá-io, com capricho, com método, aproveitando-se quanto
bebida incomparúvel, um mau produto
possível do conhecimento de sua biolo gia e da técnica de beneficiamento. O problema é difícil e requererá esfôrço longo e persistente. Mas nunca foi glória a resolução dos problemas fáceis.
a destruir, em 12 anos, 76.844.500 sa
pode tornar-se verdadeiramente intragá
E o Brasil conta hoje com uma classe
cas de café, enquanto no resto do mun
vel. Ora, como até hoje o Brasil só
agronômica culta e numerosa, com ad
se tem mostrado capaz de vender café
miráveis centros de experimentação, com - diversas experiências bem feitas iniciadas e algumas terminadas. Já se
tado com mais de 80 milhões de sacas excedentes, representando mais de 25%
da sua produção (317.545.000 sacas). Por isso e que o Brasil se viu obrigado do não se queimou uma só. A que se deve êsse fato ruinoso e humilhante?
Parece já não haver dúvida que a
Já com a qualidade acorríece o con trário.
Pois se um bom café é uma
depois que os seus competidores expor taram tudo o que produziram, fica la
tente o perigo de um dia ser a nossa produção total ou quase totalmente ex
causa primordial tem sido e continua
cedente.
a ser a qualidade. E certo que no Bra
Para evitar esse perigo real, ainda que remoto, c preciso melhorar a qualida
tempo da nossa emperrada e sonolenta
monarquia.
E os nossos competidores-
se esforçavam por aumentá-la ainda;
do sr. Joaquim Alcântara, referente ao
mais. E o bom café brasileiro era mui
tas vezes vendido com o rótulo de ja-
breamento será, possivelmente, uma so
preço entre o bom e o mau café, é benr-
senta, porém, sem nenhuma dúvida.
É fato que, em 1937, a inauguração
Brasil vem sendo vencido invariavelmen
plantio de ingazeíros feito por êle e em Caçapava em um talJião de 8000 pés de café, convenceu-nos de que o som lução. A tentativa dêsse agrônomo fal tam, inegavelmente, os rigores de uma experimentação científica. Ela repre
com os excessos de produção.
cute que na competição internacional o
pre esteve em primeiro lugar. A má fama do café brasileiro data do-
Ainda recentemente uma conferência
De sorte que é muito possível que
ta capricnava em chamar a atenção pa
go, enquanto as nossas estações expe diamente iniciadas.
E
Mas o sombreamento é ainda
uma das chaves da questão.
vir deitar por terra o Brasil como ex
sil a preocupação da quantidade sem--
sariamente longas experiências, tão tar
muito e ordinário continuou firme.
um problema complicado, mas já par
portador de café. Èsse perigo c a per
ma solução empírica venha a surgir lo rimentais não terminam as suas neces
dêsse produto tão .sensível à impregna
vanes, moca, etc.
Apesar da enorme disparidade de-
verdade que entre nós sempre avultoa a produção de café ordinário.
Nunca-
houve, como regra geral, o cuidado es merado no preparo e armazenamento'
conhece alguma coisa sobre a gené
tica do café. Já há alguma luz sobre o problema da boa bebida. E, o que
de do café brasileiro, e fazê-la conhe
ó mais importante, a opinião pública já se convenceu de' que é preciso um grande esfôrço técnico e cientifico para
cida.
reerguer a cafeicultura nacional.
E aí encalhamos novamente em
Dige.sto Econômico
dos soldados americanos cm combate,
especialmente os aviadores, pois eru ne
/ím/a ^f-JUk
39
da bala quebradiça, cooperando ainda na empresa a Boonton Molding, a Re-
cessário ensinar-lhes a tática do com
mington Arms Compan>' o Shaw Insu-
bate, a fim de que os pilotos. na\egado-
Intor Co.
res c artilliciros dos bombardeiros não só conhecessem os aUos volantes como
Resultados das é.vpcriciicias
soubessem e\'itar os alaíjucs do inimi
go. Assim, foi inventado o "projétil
fíjviE^(Cfír\/fí
i
X^ \ V-
V
<•
por Vinícius da Veiga
jRAVEr conhecimento com o projétil T-44 em 1942, antes da nartida d-i
ond M DiplomáHca Americana de Roma, f diplomatas bra•dWni eiros estavam sob ngorosa vií>;ilància
obtidos com a matéria plástica c chum
c que ora nos ocupamos. Com o uso deles nos nòos dc treina
ze companhias do ramo de matéria plás
mento, os americanos poderiam entrar
tica c moldagem, bem como os fabri
cantes de prensas liidráulicas e eletrô
tempo, simulados, entre si. sem o pe
nicas, foram comidados a traballiar pa
rigo de morte. Isso não eválaria a mor
ra as Forças Armadas. Mus, como as resinas fenólicas da na
manha e da Itália, mas estava resol\-ido
o problema do trciiianienlo no ar do xando nenhum sinal mais forte que o de uma arranlmdurá sòbrc o verniz do
móvel e fragmentos pulverizados.
Compreendi que se tratava de uma
bo pura envoltório das novas balas, tre
em combates verdadeiros e, ao mesmo
te de muitos deles, no.s céus da A'c-
Especial papa o "Dicesto Econômico"
Em conseqüência dos bon.s resultados
auebradiço" (frangible bullet T-44),
uma maneira real e efetiva.
Foi cm 29 de maio do 1944 que o
tureza da baquelite demonstraram es peciais características na moldagem ex-
pcrinicnlal dc quatro polegadas,.a 600 libras de pressão requerida, os moldes
primeiro disparo, com a bala T-44, de
de\-iam ter dimensões diferentes, a fim
monstrou as vantagens práticas da in
do e\itar as proporções que tomaria a
'-^guardando a chegada dos
arma secreta, c não fiz perguntas in
venção dc um projétil dc cápsula mol dada cm chumbo e matéria plástica, por
discretas.
carga para a moldagem calculada de 0.6 polegadas á pressão de I.OOO libras.
dSos alemães e italianos ditados nn^R no Brasil a Lisboa, a fimacrede H Sr°'' para a capi-
obra c obstinação do major Cameron
Agora, acabo de receber dos Esta
Verificoii-se, afinal, que o emprego do eluimbo, embora cm proporção superior n da baquelite, produzia certa estratifieação do material durante a mo'dagein.
Foi no meu quarto, no Hotel Flora que meu colega americano ofereceumm o seu revolver carregado, pedíndo-me cntao que o guardasse para sempre, como lembrança. Abrindo o tambor \crlfi quei que as balas desse "Brôwning" eram mais leves do que as balas comuns e, como técnico em matéria pUstica, não me foi difícil identificá-las como feitas de uma composição em que entravam chumbo e resina sintética.
Isso era bastante estranho para mim mas meu espanto foi maior quando o meu amigo, sorrindo, pediu-me que dis parasse o revólver contra éle, a cinco
metros de distancia. Imaginando que bem poderia ser seu desejo suicidar-se nelas^ minhas próprias mãos, atirei na direção do guarda-roupa, c a bala foi
esfacelar-se ao atingir o alvo, não dei
dos Unidos nm relatório sobre o refe
rido projétil, cuja publicação foi auto
rizada pelo National Defense Research Council.
Referia-se à bala T-44, a bala
Fairchild, das Forças Aéreas America
nas. Êsse oficial sempre acreditou ser
ptssível atirar numa pessoa, usando
proictil real, sem matá-la. E para che gar a é.sse resultado grandes e penosas
foram as suas pesc^uisas no campo dos
<juebradiça que não mata.
materiais para a capsiila Jlistórin
cia
halo
T-44
de semelhante bala. Co
Sua história é a seguinte: no prin-,
meçou ele a usar projé
Os
deveriam ser de 61 cari-
cujo
Unidos, de saber qual seria a reação
bitivo.
y ;í': n x j*,
Foi cm> 29 cie maio cie 1944 cjiie o pri meiro clis-]yaro, com a halo T-44, dcmom-
trou as vant-aaens práticas cia ■ invenção
cie um projétil cie cápsula molclacla em chumbo e matéria plástica, por obra e obstinação do major Cameron Faírchihl, das Forças Aéreas Americanas.
Èsse
oficial sempre acreditou ser possível ati rar numa-^ pessoa, usando projétil real, sem matá-la.
controle da den.sidade e perfeição da conlextura.
teis de vidro soprado,
cípio da guerra trata\'a-se, nos Estados
y:x:c::r::i
Os primeiros moldes usados foram de
49 cavídadc.s, porque a bala quebradiça o.xigia baixas dimensões para absoluto
custo
seria
proi
Seria necessário,
moldes
imaginados
dades para boa produção em
massa.
ainda, obter técnicos de
Algumas companhias
Murano (Itália), para a fabricação dc semelhan
usaram material em pó
te \'ldro.
la T-44, mas outras pre
Fíxando-se
a
escollia
em outro material, isto
c, a baquclite com o chumbo, foi cons tituída uma comissão, sob os au.spícios da National Defense Rcsearclr Coun
cil, composta dos drs. Paul Gross, da Universidade de Duke, dos químicos da Bakelite Corporation, e oulios técni
cos, a fim de levar avante os estudos
para a moldagem da ba feriram matéria preparada
("preform") antecipada
mente no forno, isto é, amassada o
aquecida antes de entrar nas prensas. Outra fase do processo Outra fase característica do processo
foi a da urdução termal do material, pois o chumbo é mais intenso que a
Dige.sto Econômico
dos soldados americanos cm combate,
especialmente os aviadores, pois eru ne
/ím/a ^f-JUk
39
da bala quebradiça, cooperando ainda na empresa a Boonton Molding, a Re-
cessário ensinar-lhes a tática do com
mington Arms Compan>' o Shaw Insu-
bate, a fim de que os pilotos. na\egado-
Intor Co.
res c artilliciros dos bombardeiros não só conhecessem os aUos volantes como
Resultados das é.vpcriciicias
soubessem e\'itar os alaíjucs do inimi
go. Assim, foi inventado o "projétil
fíjviE^(Cfír\/fí
i
X^ \ V-
V
<•
por Vinícius da Veiga
jRAVEr conhecimento com o projétil T-44 em 1942, antes da nartida d-i
ond M DiplomáHca Americana de Roma, f diplomatas bra•dWni eiros estavam sob ngorosa vií>;ilància
obtidos com a matéria plástica c chum
c que ora nos ocupamos. Com o uso deles nos nòos dc treina
ze companhias do ramo de matéria plás
mento, os americanos poderiam entrar
tica c moldagem, bem como os fabri
cantes de prensas liidráulicas e eletrô
tempo, simulados, entre si. sem o pe
nicas, foram comidados a traballiar pa
rigo de morte. Isso não eválaria a mor
ra as Forças Armadas. Mus, como as resinas fenólicas da na
manha e da Itália, mas estava resol\-ido
o problema do trciiianienlo no ar do xando nenhum sinal mais forte que o de uma arranlmdurá sòbrc o verniz do
móvel e fragmentos pulverizados.
Compreendi que se tratava de uma
bo pura envoltório das novas balas, tre
em combates verdadeiros e, ao mesmo
te de muitos deles, no.s céus da A'c-
Especial papa o "Dicesto Econômico"
Em conseqüência dos bon.s resultados
auebradiço" (frangible bullet T-44),
uma maneira real e efetiva.
Foi cm 29 de maio do 1944 que o
tureza da baquelite demonstraram es peciais características na moldagem ex-
pcrinicnlal dc quatro polegadas,.a 600 libras de pressão requerida, os moldes
primeiro disparo, com a bala T-44, de
de\-iam ter dimensões diferentes, a fim
monstrou as vantagens práticas da in
do e\itar as proporções que tomaria a
'-^guardando a chegada dos
arma secreta, c não fiz perguntas in
venção dc um projétil dc cápsula mol dada cm chumbo e matéria plástica, por
discretas.
carga para a moldagem calculada de 0.6 polegadas á pressão de I.OOO libras.
dSos alemães e italianos ditados nn^R no Brasil a Lisboa, a fimacrede H Sr°'' para a capi-
obra c obstinação do major Cameron
Agora, acabo de receber dos Esta
Verificoii-se, afinal, que o emprego do eluimbo, embora cm proporção superior n da baquelite, produzia certa estratifieação do material durante a mo'dagein.
Foi no meu quarto, no Hotel Flora que meu colega americano ofereceumm o seu revolver carregado, pedíndo-me cntao que o guardasse para sempre, como lembrança. Abrindo o tambor \crlfi quei que as balas desse "Brôwning" eram mais leves do que as balas comuns e, como técnico em matéria pUstica, não me foi difícil identificá-las como feitas de uma composição em que entravam chumbo e resina sintética.
Isso era bastante estranho para mim mas meu espanto foi maior quando o meu amigo, sorrindo, pediu-me que dis parasse o revólver contra éle, a cinco
metros de distancia. Imaginando que bem poderia ser seu desejo suicidar-se nelas^ minhas próprias mãos, atirei na direção do guarda-roupa, c a bala foi
esfacelar-se ao atingir o alvo, não dei
dos Unidos nm relatório sobre o refe
rido projétil, cuja publicação foi auto
rizada pelo National Defense Research Council.
Referia-se à bala T-44, a bala
Fairchild, das Forças Aéreas America
nas. Êsse oficial sempre acreditou ser
ptssível atirar numa pessoa, usando
proictil real, sem matá-la. E para che gar a é.sse resultado grandes e penosas
foram as suas pesc^uisas no campo dos
<juebradiça que não mata.
materiais para a capsiila Jlistórin
cia
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T-44
de semelhante bala. Co
Sua história é a seguinte: no prin-,
meçou ele a usar projé
Os
deveriam ser de 61 cari-
cujo
Unidos, de saber qual seria a reação
bitivo.
y ;í': n x j*,
Foi cm> 29 cie maio cie 1944 cjiie o pri meiro clis-]yaro, com a halo T-44, dcmom-
trou as vant-aaens práticas cia ■ invenção
cie um projétil cie cápsula molclacla em chumbo e matéria plástica, por obra e obstinação do major Cameron Faírchihl, das Forças Aéreas Americanas.
Èsse
oficial sempre acreditou ser possível ati rar numa-^ pessoa, usando projétil real, sem matá-la.
controle da den.sidade e perfeição da conlextura.
teis de vidro soprado,
cípio da guerra trata\'a-se, nos Estados
y:x:c::r::i
Os primeiros moldes usados foram de
49 cavídadc.s, porque a bala quebradiça o.xigia baixas dimensões para absoluto
custo
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proi
Seria necessário,
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imaginados
dades para boa produção em
massa.
ainda, obter técnicos de
Algumas companhias
Murano (Itália), para a fabricação dc semelhan
usaram material em pó
te \'ldro.
la T-44, mas outras pre
Fíxando-se
a
escollia
em outro material, isto
c, a baquclite com o chumbo, foi cons tituída uma comissão, sob os au.spícios da National Defense Rcsearclr Coun
cil, composta dos drs. Paul Gross, da Universidade de Duke, dos químicos da Bakelite Corporation, e oulios técni
cos, a fim de levar avante os estudos
para a moldagem da ba feriram matéria preparada
("preform") antecipada
mente no forno, isto é, amassada o
aquecida antes de entrar nas prensas. Outra fase do processo Outra fase característica do processo
foi a da urdução termal do material, pois o chumbo é mais intenso que a
I
1-^
T^rw^ Dicesto EcoNÓAnco
40
resina fenólíca, exigindo, portanto, 80 segundos de cura apenas. A compo
sição do material é a seguinte: 90% de chumbo e 10% de baquelite, o que jus
lação pelos operários. No caso do em-
prêgo do chumbo, porém, na no\'a com posição, severas precauções tiveram de
tifica uma transferência de calor mais
ser tomadas, visto que o chumbo é alta mente tóxico, sobretudo em pó, que é
rápida. A produção foi calculada em 18" a 23 balas por libra de material,
absorvido nos locais de traballio. Além dos exaustores de ar, foram to
atingindo até 40 balas com o molde de 61 cavidades e uma perda de 372
gramas em 49 balas. A perda de ma terial, quando êle é termofixo, neste caso, seria anti-económica, porém no
madas tôda.s as medidas para que a acumulação de pó de chumbo no ar am biente das fábricas fosse limitada a 15
miligramas cada dez metros cúbicos, e
caso do chumbo e da substância fenó
muitas vêzes, abaixo desse bmite, de
líca, os restos podem ser reaquecidos e
pois dos estudos da Associação das Ma nufaturas de Chumbo c do Departamen
aproveitados.
_ As matérias plásticas, em geral, não são venenosas durante a sua manipu
Gimemi'
j
por Aiúzio DE
Especial para o "Dicesto Eco^•ó^^co'
A cííifl poUticm de Calógeras realça a cultura dc uma nação. Èle ara ojyjetioo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não lhes dava nenhum relôva especial; apenas os exibia como comparsas ou elementos complomeníarês do grande drama coletivo que é o
to de Saúde, que concorreram também
para o êxito da nova arma.
processamento dos negócios administrativos.
tmANTE O período de 1897 a 1915,
D quando representante de Minas Co
rais na Câmara dos Deputados, Caló zada e ouvida em matéria orçamentá ria.
em seus devidos têrmòs 'e no tempo
De 1915 a 1917, como Ministro
da Fazenda, teve ensejo de aplicar, di
retamente, na proposta de orçamento da República, os princípios que sempre
defendera. Em 1918, foi, ainda, o seu
profundo conhecimento da técnica orça mentária que Ibe proporcionou o méto do de elaborar, para o Presidente Ro drigues Alves, o famoso "Relatório Con ENERGIj^ ATÔMICA PARA FINS PACÍFICOS
fidencial", onde conseguiu esboçar a mais vigorosa, penetrante e sugestiva
r--^ P presidente do Instituto Doheleiiu, Pittsbursh, Estados C/mdoí, tnformou que de estáTecnologia, em projetosr.a Robert construção de um de sincro-cicloton de mil toneladas, com a potência de cerca de 200 milhões de® energia watts^ . atômico, Tal aparelho será construído no referido Instituio,
síntese, que se conhece, da situação ad
importando a sua construção em mais de meio milhão de dólares. Será o scmux-
atividades a que se dedicou. Dotado
ministrativa do país. Ê difícil falar de Calógeras sem re
petir que êle foi exemplar em tôdas as de poderosa cultura, enfrentava e ven cia tôdas as dificuldades dos negócios
públicos. Identificava-se, imediatamen te, com os mais graves e profundos pro blemas administrativos e nunca os dei xava sem solução. Era, sobretudo, um trabalhador infatigável. Produ
na indústria metaliirgica, o que poderá constituir verdadeira revolução ncwe
campo da produção.
zia depressa, sob a pressão dos fa : ià
ções infindáveis ou se deixava arrastar
e empolgar pelos aspectos secundários das questões, Calógeras sabia situá-las
geras foi no Brasil a voz mais autori
do gerador de energia atômica em ordem de importância surgido no pais, v7ndo em primeiro lugar o da Califórnia. O projeto de construção está entregue aos mesmos cientistas que trabalharam no apc^eiçoamento da bomba atômica; terá por objetivo, porém, o .emprêgo da energia atômica para fins pacíficos, es})ecialn^nte os trabalhos de investigação física nuclear, com aplicações particulares
tos e das e.xigências do momento. En quanto outros se perdiam em medita
justo. Com admirável senso de opor tunidade, atendia-as na hora exata. Suas
obras, na grande maioria e notadamente
aquelas que o consagraram estadista, fo ram produzidas em curto prazo. Basta citar duas, das mais significativas e ori ginais: "As Minas do Brasil" e "La
Politique Monetaire du Brésil". O pa
recer a propósito da legislação das mi nas foi escrito em plena faina parla mentar de 1903 a 1904.
No entanto,
não é um parecer, é um verdadeiro tra tado da matéria. Como dizia Capistra-
no, em qualquer outro país essa obra envelheceria rapidamente,^ porque ou tros cuidariam de continuá-la e desen-
\olvê-la; mas, no Brasil, haveria de per manecer durante decênios, e, de fato,
ainda hoje permanece, "como um mar co solitário", "La Politique Monetai
re du Brésil" é uma tese escrita e pu blicada em três meses para a 4.^ Con ferência Pan-Americana que so reuniu
I
1-^
T^rw^ Dicesto EcoNÓAnco
40
resina fenólíca, exigindo, portanto, 80 segundos de cura apenas. A compo
sição do material é a seguinte: 90% de chumbo e 10% de baquelite, o que jus
lação pelos operários. No caso do em-
prêgo do chumbo, porém, na no\'a com posição, severas precauções tiveram de
tifica uma transferência de calor mais
ser tomadas, visto que o chumbo é alta mente tóxico, sobretudo em pó, que é
rápida. A produção foi calculada em 18" a 23 balas por libra de material,
absorvido nos locais de traballio. Além dos exaustores de ar, foram to
atingindo até 40 balas com o molde de 61 cavidades e uma perda de 372
gramas em 49 balas. A perda de ma terial, quando êle é termofixo, neste caso, seria anti-económica, porém no
madas tôda.s as medidas para que a acumulação de pó de chumbo no ar am biente das fábricas fosse limitada a 15
miligramas cada dez metros cúbicos, e
caso do chumbo e da substância fenó
muitas vêzes, abaixo desse bmite, de
líca, os restos podem ser reaquecidos e
pois dos estudos da Associação das Ma nufaturas de Chumbo c do Departamen
aproveitados.
_ As matérias plásticas, em geral, não são venenosas durante a sua manipu
Gimemi'
j
por Aiúzio DE
Especial para o "Dicesto Eco^•ó^^co'
A cííifl poUticm de Calógeras realça a cultura dc uma nação. Èle ara ojyjetioo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não lhes dava nenhum relôva especial; apenas os exibia como comparsas ou elementos complomeníarês do grande drama coletivo que é o
to de Saúde, que concorreram também
para o êxito da nova arma.
processamento dos negócios administrativos.
tmANTE O período de 1897 a 1915,
D quando representante de Minas Co
rais na Câmara dos Deputados, Caló zada e ouvida em matéria orçamentá ria.
em seus devidos têrmòs 'e no tempo
De 1915 a 1917, como Ministro
da Fazenda, teve ensejo de aplicar, di
retamente, na proposta de orçamento da República, os princípios que sempre
defendera. Em 1918, foi, ainda, o seu
profundo conhecimento da técnica orça mentária que Ibe proporcionou o méto do de elaborar, para o Presidente Ro drigues Alves, o famoso "Relatório Con ENERGIj^ ATÔMICA PARA FINS PACÍFICOS
fidencial", onde conseguiu esboçar a mais vigorosa, penetrante e sugestiva
r--^ P presidente do Instituto Doheleiiu, Pittsbursh, Estados C/mdoí, tnformou que de estáTecnologia, em projetosr.a Robert construção de um de sincro-cicloton de mil toneladas, com a potência de cerca de 200 milhões de® energia watts^ . atômico, Tal aparelho será construído no referido Instituio,
síntese, que se conhece, da situação ad
importando a sua construção em mais de meio milhão de dólares. Será o scmux-
atividades a que se dedicou. Dotado
ministrativa do país. Ê difícil falar de Calógeras sem re
petir que êle foi exemplar em tôdas as de poderosa cultura, enfrentava e ven cia tôdas as dificuldades dos negócios
públicos. Identificava-se, imediatamen te, com os mais graves e profundos pro blemas administrativos e nunca os dei xava sem solução. Era, sobretudo, um trabalhador infatigável. Produ
na indústria metaliirgica, o que poderá constituir verdadeira revolução ncwe
campo da produção.
zia depressa, sob a pressão dos fa : ià
ções infindáveis ou se deixava arrastar
e empolgar pelos aspectos secundários das questões, Calógeras sabia situá-las
geras foi no Brasil a voz mais autori
do gerador de energia atômica em ordem de importância surgido no pais, v7ndo em primeiro lugar o da Califórnia. O projeto de construção está entregue aos mesmos cientistas que trabalharam no apc^eiçoamento da bomba atômica; terá por objetivo, porém, o .emprêgo da energia atômica para fins pacíficos, es})ecialn^nte os trabalhos de investigação física nuclear, com aplicações particulares
tos e das e.xigências do momento. En quanto outros se perdiam em medita
justo. Com admirável senso de opor tunidade, atendia-as na hora exata. Suas
obras, na grande maioria e notadamente
aquelas que o consagraram estadista, fo ram produzidas em curto prazo. Basta citar duas, das mais significativas e ori ginais: "As Minas do Brasil" e "La
Politique Monetaire du Brésil". O pa
recer a propósito da legislação das mi nas foi escrito em plena faina parla mentar de 1903 a 1904.
No entanto,
não é um parecer, é um verdadeiro tra tado da matéria. Como dizia Capistra-
no, em qualquer outro país essa obra envelheceria rapidamente,^ porque ou tros cuidariam de continuá-la e desen-
\olvê-la; mas, no Brasil, haveria de per manecer durante decênios, e, de fato,
ainda hoje permanece, "como um mar co solitário", "La Politique Monetai
re du Brésil" é uma tese escrita e pu blicada em três meses para a 4.^ Con ferência Pan-Americana que so reuniu
I UlU'iiPVV||PPPfipff|Í^^ Dicesto Econômico
eni Buenos Aires. É definitivamente
considerada um documento indispensá vel ao estudo das finanças públicas bra sileiras.
Xa última fase de sua vida, Calóee-
ras esteve, praticamente, afastado das atividades politicas. Ao deixar, em
43
Dicf-sto Econômico
dade.s e necessidades nacionais e, de outro, os interesses e jorojiósitos alheios.
tudo, sua impoluta fidelidade à demo
ao plenário, sua intervenção era aco
cracia, conservaram-no anli-fascista. No
lhida com intcrê.sse e respeito.
Ora, Calógcras conhecia tudo o que o
esplendor do sua inaluridado inlelcclual,
téria orçamentária, aparentemente en
Brasil possuía, produzia c necessitava.
escreveu, cm 1926, lun breve ensaio
fadonha c áspera, versada por conhe
Por outro lado, costiima\-a
.sòbrc as origens e a implantação do
cedor hábil c honesto, transformava, na
ter olhos
A ma
abertos c vigilantes sòbrc as cobiças e
fascismo na Itália.
rivalidades internacionais. Nada lhe fal
gem propositadamente elevada c serena,
sintcligência.s partidárias num clima sa
1922, o Ministério da Guerra, quando
tava, então, para sc tornar um legítimo chanceler brasileiro.
para não ferir .suscclibilidadcs de ita lianos incorporavlos à civilização bra
dio dò solidariedade construtiva dos des
terminou o mandato presidencial de Epitácio Pessoa, não voltou mais à Câma
ra dos Deputados. A máquina eleito
ral mineira não permitiu que o país continuasse a reccoer a prodigiosa co laboração do seu antigo e incansável parlamentar. É' verdade que, era 1934 Minas o elegeu deputado à Assembléia
Constítuínte. Mas essa eleição signi ficava, apenas, uma tardia reparação ao e.KÍlio injusto a que fòra condenado pela cegueira de seus contemporâneos. Na realidade, já não podia fazer nada. Velho e doente, naquele mesmo ano veio a falecer.
Grande parte desse abandono força-
tio da vida pública Calogeras a empre
gou em pesquisas históricas e ativida-
aes literárias. São dessa época a *'PoliUca E.xterior do Império", "A Formacif. f conferên cia e arhgos av-ulsos mai.s tarde reu
nidos sob o título de "Rcs Nostra" c Problemas de Governo"
A paixão do historiador parecia ocul-
Ao se converter à Igreja Católica Apos
Com uma lingua
Os Anais da Câmara dos Deputados
estão repletos de pareceres, relatórios e sugestõc.s de Calógeras acerca do orça-
formar, sua capacicla<Ic do compreender
da estupidez c do rctroccs.so. Adver tiu, enèrgicamenlo, o Brasil contra o perigo fascista o demonstrou que essa forma pedante o brutal do aventurismo político não podia enraizar-se em nosso país o que sua inconsistência teó rica perante as lições da história tor
ob)cti\amente, como sempre o fizera,
ná-la-ia incapaz de sobrev iver, por mui
uliás, os fenômenos que se passavam
to tempo, no próprio país de origem.
tólica Romana, pouco antes de morrer,
o ardor com que, então, se entregou às práticas religiosas absorveu o derra
deiro brilho de sua poderosa inteligên cia. Êssc recolhimento cspiririial teria, inc\'itàvclmenlc, de restringir, senão de
nos longínquos horizontes da política in ternacional. Causa, por exemplo, certa
tem o que aprender", como contessou,
xado influenciar pela Igreja a ponto de incidir no erro universal que se tem cometido do negar, sistcmàlicamente, as
singelamente, o deputado Martini Fran cisco, iim dos mais atentos, e assíduos
Esses ligeiros traços da personalidade de Calógcras nada pretendem senão pro
realizações da revolução russa sem que rer investigá-las o conhecê-las.
jetar a sombra do homem sobre a.s idéias
alie defendeu ao tratar dos problemas
Ê ter
rível o poder do dogma. Aliás, raras vezes .se rcTcriu Calógcras à experiência soviética. Num artigo em que comba
o Estado através do orçamento.
Êle
empregou o prestigiou como nenhum outro 'político, no Brasil, esse valioso
tia o divórcio e num ensaio em que
in'^trumento do governo.
Com lumino
sa precisão, • decdurou que "todo orça-
su.stentava o conceito cristão do traba
O conteúdo dessa frase, para um ho mem de sua estatura intelectual, con
pectos negativos, isolados e dramáticos,
densava, então, a totalidade dos proble
mostram, claramente, o conjunto de qua-
lidiides que possuía para dar o devido relevo e continuidade às tradições de Rio Branco. Nenhum homem está em condições de tratar em nome de seu pai.s- com as potências estrangeiras, se
desconhece, de um lado, as %ossibili-
cio do incontestável uperfeiç-oamento da técnica orçamentária, que tanto cuida do tem merecido, ultimamente, dos go
jjerple.xicladc, verificar que se tenha dei
gor, só enxergou na Rússia alguns as
intimo cia Conferência da Paz, onde compareceu como delegado do'Brasil
Concalenar êsses traballios é
vernos da União, dos Estados e Muni
tural do estadista. Êle fôra notável na zenda, excepcional na Guerra; seria fa talmente, insuperável nas ReÍaçõe.rExleriore.s. Os fragmentos do seu "diário
mènlo.
tarefa que reclama a paciência e a ha bilidade do pesquisador e hoje se impõe como nccc.ssária e urgente, em benefí
cípios. Reabnente, "com êlc sempre se
lho, pcrcobc-se que, católico convicto e
pasta da Agricultura, inimitável na Fa
tinos do Braail.
sileira, dissecou e.ssa estranha doutrina
(ar uma aspiraçao secreta de Calótrera.s — a diplomacia — ou servia de deriva
tivo Cjuem sabe, a essa inclinação na
Câmara, o ambiento mesquinho das de-
nienlo traduz uma política". Éle não
intransigente, não pôde fugir à discipli
era homem que proferisse frases vazias.
na cultural da Igreja e, com certo amar-
da construção socialista.
Hoje, como
mento.
Vamos tentar um pequeno roteiro
para clarear e abreviar os passos dos futuros pesquisadores. Para isso, divi dimos as idéias orçamentárias de Caló geras cm sete grupos gerais, sem outro
critério (jue o dc facilitar, pelo princi pio de homogeneidade, a reunião de teorias e sugestões por êle defendidas.
gnipo — A técnica do preparo e da discussão do orçamento
mas governamentais refletidos em sín
Churcliill, teria, naturalmente, modifi
teses numéricas.
cado suas opiniões e reconhecido que 0.Ç russos, até bem pouco tempo acusa
Desde seu ingresso na Câmara dos
Deputados, foi o orçamento o ponto de
dos de inimigos da humanidade, na ho
concentração de suas atividades parla
ra em que esta descobriu seus verda
mentares. Enquanto a maioria de seus
deiros inimigos, consagraram-se, peran te a história, sob os mais trágicos sa
colegas sc deixava, muitas vezes, entu-
.siasmar por questões eleitorais e parti
crifícios, os mais heróicos defensores da
dárias, Pandiá Calógeras, na scmi-obs-
civilização e da liberdade dos povos.
curidade afanosa das coraissões, esmiu
Embora contaminado pela inlolerâncin rdlígío.sa, sua esplêndida organização mental, sua firmeza de caráter e, sobre-
. ..
ouvintes dos seus discursos no parla
çava as propostas orçamentárias c foca lizava os problemas fundamentais da administração nacional. Quando vinha Jk
Sob êsse titulo, poderíamos reunir os
pareceres e intervenções na tribuna, que contém, especialmente, considerações teóricas desenvolvidas acerca de prin
cípios G normas que presidem a ela
boração orçamentária. "Obstrução da lei de meios" (Anais - 1909 - vol. 14,
pug. 532) é um tema em que Calóge ras chamava atenção para a inutilidade
de negar o Congresso ao governo a lei de meio.s, porque sem ela, na sua opi nião, êle não deixaria de go\'ernar. Qual-
I UlU'iiPVV||PPPfipff|Í^^ Dicesto Econômico
eni Buenos Aires. É definitivamente
considerada um documento indispensá vel ao estudo das finanças públicas bra sileiras.
Xa última fase de sua vida, Calóee-
ras esteve, praticamente, afastado das atividades politicas. Ao deixar, em
43
Dicf-sto Econômico
dade.s e necessidades nacionais e, de outro, os interesses e jorojiósitos alheios.
tudo, sua impoluta fidelidade à demo
ao plenário, sua intervenção era aco
cracia, conservaram-no anli-fascista. No
lhida com intcrê.sse e respeito.
Ora, Calógcras conhecia tudo o que o
esplendor do sua inaluridado inlelcclual,
téria orçamentária, aparentemente en
Brasil possuía, produzia c necessitava.
escreveu, cm 1926, lun breve ensaio
fadonha c áspera, versada por conhe
Por outro lado, costiima\-a
.sòbrc as origens e a implantação do
cedor hábil c honesto, transformava, na
ter olhos
A ma
abertos c vigilantes sòbrc as cobiças e
fascismo na Itália.
rivalidades internacionais. Nada lhe fal
gem propositadamente elevada c serena,
sintcligência.s partidárias num clima sa
1922, o Ministério da Guerra, quando
tava, então, para sc tornar um legítimo chanceler brasileiro.
para não ferir .suscclibilidadcs de ita lianos incorporavlos à civilização bra
dio dò solidariedade construtiva dos des
terminou o mandato presidencial de Epitácio Pessoa, não voltou mais à Câma
ra dos Deputados. A máquina eleito
ral mineira não permitiu que o país continuasse a reccoer a prodigiosa co laboração do seu antigo e incansável parlamentar. É' verdade que, era 1934 Minas o elegeu deputado à Assembléia
Constítuínte. Mas essa eleição signi ficava, apenas, uma tardia reparação ao e.KÍlio injusto a que fòra condenado pela cegueira de seus contemporâneos. Na realidade, já não podia fazer nada. Velho e doente, naquele mesmo ano veio a falecer.
Grande parte desse abandono força-
tio da vida pública Calogeras a empre
gou em pesquisas históricas e ativida-
aes literárias. São dessa época a *'PoliUca E.xterior do Império", "A Formacif. f conferên cia e arhgos av-ulsos mai.s tarde reu
nidos sob o título de "Rcs Nostra" c Problemas de Governo"
A paixão do historiador parecia ocul-
Ao se converter à Igreja Católica Apos
Com uma lingua
Os Anais da Câmara dos Deputados
estão repletos de pareceres, relatórios e sugestõc.s de Calógeras acerca do orça-
formar, sua capacicla<Ic do compreender
da estupidez c do rctroccs.so. Adver tiu, enèrgicamenlo, o Brasil contra o perigo fascista o demonstrou que essa forma pedante o brutal do aventurismo político não podia enraizar-se em nosso país o que sua inconsistência teó rica perante as lições da história tor
ob)cti\amente, como sempre o fizera,
ná-la-ia incapaz de sobrev iver, por mui
uliás, os fenômenos que se passavam
to tempo, no próprio país de origem.
tólica Romana, pouco antes de morrer,
o ardor com que, então, se entregou às práticas religiosas absorveu o derra
deiro brilho de sua poderosa inteligên cia. Êssc recolhimento cspiririial teria, inc\'itàvclmenlc, de restringir, senão de
nos longínquos horizontes da política in ternacional. Causa, por exemplo, certa
tem o que aprender", como contessou,
xado influenciar pela Igreja a ponto de incidir no erro universal que se tem cometido do negar, sistcmàlicamente, as
singelamente, o deputado Martini Fran cisco, iim dos mais atentos, e assíduos
Esses ligeiros traços da personalidade de Calógcras nada pretendem senão pro
realizações da revolução russa sem que rer investigá-las o conhecê-las.
jetar a sombra do homem sobre a.s idéias
alie defendeu ao tratar dos problemas
Ê ter
rível o poder do dogma. Aliás, raras vezes .se rcTcriu Calógcras à experiência soviética. Num artigo em que comba
o Estado através do orçamento.
Êle
empregou o prestigiou como nenhum outro 'político, no Brasil, esse valioso
tia o divórcio e num ensaio em que
in'^trumento do governo.
Com lumino
sa precisão, • decdurou que "todo orça-
su.stentava o conceito cristão do traba
O conteúdo dessa frase, para um ho mem de sua estatura intelectual, con
pectos negativos, isolados e dramáticos,
densava, então, a totalidade dos proble
mostram, claramente, o conjunto de qua-
lidiides que possuía para dar o devido relevo e continuidade às tradições de Rio Branco. Nenhum homem está em condições de tratar em nome de seu pai.s- com as potências estrangeiras, se
desconhece, de um lado, as %ossibili-
cio do incontestável uperfeiç-oamento da técnica orçamentária, que tanto cuida do tem merecido, ultimamente, dos go
jjerple.xicladc, verificar que se tenha dei
gor, só enxergou na Rússia alguns as
intimo cia Conferência da Paz, onde compareceu como delegado do'Brasil
Concalenar êsses traballios é
vernos da União, dos Estados e Muni
tural do estadista. Êle fôra notável na zenda, excepcional na Guerra; seria fa talmente, insuperável nas ReÍaçõe.rExleriore.s. Os fragmentos do seu "diário
mènlo.
tarefa que reclama a paciência e a ha bilidade do pesquisador e hoje se impõe como nccc.ssária e urgente, em benefí
cípios. Reabnente, "com êlc sempre se
lho, pcrcobc-se que, católico convicto e
pasta da Agricultura, inimitável na Fa
tinos do Braail.
sileira, dissecou e.ssa estranha doutrina
(ar uma aspiraçao secreta de Calótrera.s — a diplomacia — ou servia de deriva
tivo Cjuem sabe, a essa inclinação na
Câmara, o ambiento mesquinho das de-
nienlo traduz uma política". Éle não
intransigente, não pôde fugir à discipli
era homem que proferisse frases vazias.
na cultural da Igreja e, com certo amar-
da construção socialista.
Hoje, como
mento.
Vamos tentar um pequeno roteiro
para clarear e abreviar os passos dos futuros pesquisadores. Para isso, divi dimos as idéias orçamentárias de Caló geras cm sete grupos gerais, sem outro
critério (jue o dc facilitar, pelo princi pio de homogeneidade, a reunião de teorias e sugestões por êle defendidas.
gnipo — A técnica do preparo e da discussão do orçamento
mas governamentais refletidos em sín
Churcliill, teria, naturalmente, modifi
teses numéricas.
cado suas opiniões e reconhecido que 0.Ç russos, até bem pouco tempo acusa
Desde seu ingresso na Câmara dos
Deputados, foi o orçamento o ponto de
dos de inimigos da humanidade, na ho
concentração de suas atividades parla
ra em que esta descobriu seus verda
mentares. Enquanto a maioria de seus
deiros inimigos, consagraram-se, peran te a história, sob os mais trágicos sa
colegas sc deixava, muitas vezes, entu-
.siasmar por questões eleitorais e parti
crifícios, os mais heróicos defensores da
dárias, Pandiá Calógeras, na scmi-obs-
civilização e da liberdade dos povos.
curidade afanosa das coraissões, esmiu
Embora contaminado pela inlolerâncin rdlígío.sa, sua esplêndida organização mental, sua firmeza de caráter e, sobre-
. ..
ouvintes dos seus discursos no parla
çava as propostas orçamentárias c foca lizava os problemas fundamentais da administração nacional. Quando vinha Jk
Sob êsse titulo, poderíamos reunir os
pareceres e intervenções na tribuna, que contém, especialmente, considerações teóricas desenvolvidas acerca de prin
cípios G normas que presidem a ela
boração orçamentária. "Obstrução da lei de meios" (Anais - 1909 - vol. 14,
pug. 532) é um tema em que Calóge ras chamava atenção para a inutilidade
de negar o Congresso ao governo a lei de meio.s, porque sem ela, na sua opi nião, êle não deixaria de go\'ernar. Qual-
44
quer ilegalidade que decorresse daí para
orçamento da receita geral, proferido
pag. 224; 1899 — vol. 4, pag. 356; vol.
os atos governamentais seria ressalvada
na sessão de 26 de novembro de 1913
por um "bill" de indenidade, conquis
(Anais — 1913 — vol. 10, pag. 416). peras da l.'* Grande Guerra c animado por apartes dc ilus»res conhecedores do
5, pag. 623; vol. 6, pags. 113, 178, 229, 245, 252; vol. 7, pags. 71, 96; 1903 vol 7, pags. 730, 736, 746; 1905 vol. 8, pag. 515; 1907 — vol. 8, 1.® par te, pag. 485; 1908 — vol 10, pag. 635; vol 14, pag. 463; 1912 — vol. 15, pags.
assunto, como Simões Lopes, Carlos Pei xoto Filho o Homero Batista.
582, 670, vol 17, pag. 143. Fazenda — 1898 — vol 3, pag. 551;
Sôbrc orçamento da receita, a inter
vol. 6, pag. 6; 1908 — vol 9, pag. 423; 1909 — vol. 15, pag- 588; 1912 — vol 8, pags. 421, 487. Guerra — 1898 — vol. 4, pag. 308;
tado pela maioria sob coação partidá ria em época oportuna. A respeito de "Discriminação da des
pesa" (Anais - 1912 - vol. 9, pag. 610) Calógeras reivindica para o par lamento a competência de examinar e conhecer as despesas públicas segundo suas especificações: "para determinado
É um trabalho do fôlego. Rico de im pressões- da economia bra.sileira nas vés
venção de Calógcra.s está registrada nos
^r\áço um determinado quantitativo". Hecusa a doutrina de que a Câmara devena votar "esta ou aquela medida na te dos padrinhos, pela confiança que lhe devia merecer a Comissão ou o co-
.seguintes "Anais": 1897 — vol. 7, pag.
vemo ...
pag. 189; 1909 — vol. 12, pac. 289-
^
orçamentos" (Anais
dii? ~ TJexpe diente que lhe pareceu semprefoiconde
nável, como precedente perigoso para a independência do Congresso. Tal "ato nlTm ® minoria funtas aeonse-
390; 1898 — vol. 6, pag. 413; 1899 —
vol. 6, pag. 497; 1903 - vol.' 8, pags.
vol. 5, pag. 115; vol. 7, pag. 65; vol. 9, pag. 117; 1912 — vol 11, pags. 419, 931; vol. 12, pag. 42; vol. 17, pag. 22;
79, 119 c 932; 1904 - vol 6, pag. 744; 1905 - vo). 8. pag. 233; 1908 - vol. s!
1913 - vol. 10, pags. 103, 390; 1914 vol. 8, pag. 413. Marinha — 1903 — vol. 6, pag. 316;
1912 - vol. 15, pag. 612; 1913 - vol! 10, pag. 416.
Sobre tributação c assuntos correlatos: "Impostos interestaduais" — 1903
vol. 7, pag. 1; 1908 — vol 10, pag. 722; 1912 — vol. 8, pag. 261; vol. 12, pags. 411, 456; 1913 - vol 9, pag. 305.
- vol. 5, pag. 524; "Impôsto de sal" -
1904 - vol. S, pac. 702; "Aumento do
^ Gamara adotar (sessão de 27
impôsto sobre bebidas alcoólicas" —
Relações Exteriores — 1903 — vol. 5,
legislativo, corporação".
da taxa de 2% ouro — 1912, vo! 19
pag. 659; 1908 — vol. 4, pag. 203; vol. 6, pag. 106; 1912 — vol. 12, pag. 471;
dLoW-'"^" S te da üa propna
náo passa da por par-
sos.
1909 - vol. 15, pag. 267; "Cobrança pag. 741 e vol. 13 pag. 393.
"
trabalhos parlamenta-
3." grupo - Despesa e programas de'
anali^sados e discutidos, mas," incídent"' mente, nao constituíram, todavia como
Um dos poucos liomens a sustentar, inflexivelmente, o princípio de que os' itens da de.spesa pública devem ser vo
iíiard? Sssr"'-'"''''
tados em função dos programas dc tra
rcs de PaUrr
T as pa?Hn,rM'/'
toóricos
2." grupo - Receita e Tributação ao
Os notáveis ensaios que produziu sô bre estimaüvas anuais das rendas da üniao, legislação tributária e, notada mente, tarifas, devem ser recolhidos co
•
1913 — vol. 9, pag. 649. Interior e Justiça — 1903 — vol. 6,
pag. 608; 1908 — vol 7, pag. 408. Agricultura — 1912 — vol. 14, pags.
trabalho
534, 629 e 689.
eles, salientam-se: "Defesa Nacional" - 1912 — vol 16, pag. 129; 1914 —
vol. 4, pag. 17; "Requisições militares e particulares em tempo de paz e de
mo ensinanientos preciosas. Na enu meração é impossível salientar os mais
tica documentada e construtiva. Veja
guerra" — 1912, vol. 5, pag. 88; "For-
importantes sem incorrer no êrro das
mos, numa resenha, o farto material com
tificações do Brasil" — 1913, vol 9,
que contribuiu para o estudo do orça mento, por ordem de ministérios, e.xis-
pag. 316; "Força Naval" — 1913 — vol. 8, pag. 292; "Auxílios à lavoura" — 1903 "Reforma dos — vol 6, pag. 168 e 182; * Correios" — 1908 — vol 8, pa^. 209; "Exploração da Indústria Siderúrgica"
apreciações ligeiras que tanto repugnavam a Calógeras. Façamos apenas a catalogaçao, cumprindo, porém, desta
car p discurso relativo ao projeto de
tente nos Anais da Câmara:
Viaçõo — 1897 — vol. 7, pag. 429;
1898 - vol 5, pags. 214, $34; vol, g,
1
nas margens dos rios" — 1914 — vol 3, pag. 520; "Banco Brasileiro de Minera ção" — 1913 — vol. 11, pag. 238; "Con vênio entre o Brasil e o Uruguai" —
1913 — vol 9, pag. 574; "Revisão das
aposentadorias" — 1914 — vol. 3, pag. i 255.
40 grupo — Créditos Suplementares Sempre verberou Calógeras a insinceridade no orçamento, causa principal da abertura
dos créditos
suplementares.
Falseia a verdade, dizia, o tesouro quan
do propõe ao govêmo c este ao Con gresso crédito notòriamente insuficiente. Há uma aparência momentânea de eco nomia que mais tarde sera desfeita e desmoralizada.
Nos Anais de 1912 —
vol. 7, pags. 234, 290; vol. 8, pag. 779; vol 9, pags. 499 e 503 - "Um crédito extraordinário à Marinha" — 1913 vol
8, pag. 121 — há críticas instrutivas a respeito do instituto da suplementação. Seus argumentos, então expandidos, são eternos. Não seriam novos, nem ele ti
nha presunções vãs de originalidade. reprimir abusos.
tais. Discutiu com circunspecção todas mento. Baseavam-se sempre numa cri
renos reservados para ser\ndão pública
trabailhos isolados, de vários problemas
ministeriais que se destacavam do orça mento pròpriamente dito pelo vulto de que se revestiam na ocasião. Dentre
das eram recebidas com o maior acata
ra" — 1912, wl. 10, pag. 405; "Ter
Suas verdades, porém, são daquelas que devem ser repetidas em todos os tem pos, porque concorrem para evitar ou
Além da discussão específica das pro
Suas emen
— 1909 — vol. 6, pag. 633; "Concessão
feita à Leopoldina Railway" — 1909 vol. 9, pag. 184; "A Borracha Brasilei
postas orçamentárias dos ministérios, Ca lógeras tratava, ao anabsá-las ou em
balho que representam, Calógeras, em toda a sua atividade parlamentar, foi o mais ousado, assíduo e seguro ana lista dos empreendimentos governamen a.s propostas ministeriais.
45
DiGESTo Econômico
Digesto EcoNÓxnco
grupo — Tomadas de Contas As contas do executívo devern ser
prestadas, ordinàriamente, ao legislati vo. que é o "juiz final da legalidade com que se realiza a gestão dos dmheiros públicos.
Observou Calógeras a
inutilidade da Comissão de Tomadas de Contas na Câmara" (Anais 1912 - vol
9, pag. 497) acentuando que, até então, as ilftimas "contas definitivas do exe
cutivo que haviam sido tomadas pelo
poder legislativo foram as apresentadas
J
44
quer ilegalidade que decorresse daí para
orçamento da receita geral, proferido
pag. 224; 1899 — vol. 4, pag. 356; vol.
os atos governamentais seria ressalvada
na sessão de 26 de novembro de 1913
por um "bill" de indenidade, conquis
(Anais — 1913 — vol. 10, pag. 416). peras da l.'* Grande Guerra c animado por apartes dc ilus»res conhecedores do
5, pag. 623; vol. 6, pags. 113, 178, 229, 245, 252; vol. 7, pags. 71, 96; 1903 vol 7, pags. 730, 736, 746; 1905 vol. 8, pag. 515; 1907 — vol. 8, 1.® par te, pag. 485; 1908 — vol 10, pag. 635; vol 14, pag. 463; 1912 — vol. 15, pags.
assunto, como Simões Lopes, Carlos Pei xoto Filho o Homero Batista.
582, 670, vol 17, pag. 143. Fazenda — 1898 — vol 3, pag. 551;
Sôbrc orçamento da receita, a inter
vol. 6, pag. 6; 1908 — vol 9, pag. 423; 1909 — vol. 15, pag- 588; 1912 — vol 8, pags. 421, 487. Guerra — 1898 — vol. 4, pag. 308;
tado pela maioria sob coação partidá ria em época oportuna. A respeito de "Discriminação da des
pesa" (Anais - 1912 - vol. 9, pag. 610) Calógeras reivindica para o par lamento a competência de examinar e conhecer as despesas públicas segundo suas especificações: "para determinado
É um trabalho do fôlego. Rico de im pressões- da economia bra.sileira nas vés
venção de Calógcra.s está registrada nos
^r\áço um determinado quantitativo". Hecusa a doutrina de que a Câmara devena votar "esta ou aquela medida na te dos padrinhos, pela confiança que lhe devia merecer a Comissão ou o co-
.seguintes "Anais": 1897 — vol. 7, pag.
vemo ...
pag. 189; 1909 — vol. 12, pac. 289-
^
orçamentos" (Anais
dii? ~ TJexpe diente que lhe pareceu semprefoiconde
nável, como precedente perigoso para a independência do Congresso. Tal "ato nlTm ® minoria funtas aeonse-
390; 1898 — vol. 6, pag. 413; 1899 —
vol. 6, pag. 497; 1903 - vol.' 8, pags.
vol. 5, pag. 115; vol. 7, pag. 65; vol. 9, pag. 117; 1912 — vol 11, pags. 419, 931; vol. 12, pag. 42; vol. 17, pag. 22;
79, 119 c 932; 1904 - vol 6, pag. 744; 1905 - vo). 8. pag. 233; 1908 - vol. s!
1913 - vol. 10, pags. 103, 390; 1914 vol. 8, pag. 413. Marinha — 1903 — vol. 6, pag. 316;
1912 - vol. 15, pag. 612; 1913 - vol! 10, pag. 416.
Sobre tributação c assuntos correlatos: "Impostos interestaduais" — 1903
vol. 7, pag. 1; 1908 — vol 10, pag. 722; 1912 — vol. 8, pag. 261; vol. 12, pags. 411, 456; 1913 - vol 9, pag. 305.
- vol. 5, pag. 524; "Impôsto de sal" -
1904 - vol. S, pac. 702; "Aumento do
^ Gamara adotar (sessão de 27
impôsto sobre bebidas alcoólicas" —
Relações Exteriores — 1903 — vol. 5,
legislativo, corporação".
da taxa de 2% ouro — 1912, vo! 19
pag. 659; 1908 — vol. 4, pag. 203; vol. 6, pag. 106; 1912 — vol. 12, pag. 471;
dLoW-'"^" S te da üa propna
náo passa da por par-
sos.
1909 - vol. 15, pag. 267; "Cobrança pag. 741 e vol. 13 pag. 393.
"
trabalhos parlamenta-
3." grupo - Despesa e programas de'
anali^sados e discutidos, mas," incídent"' mente, nao constituíram, todavia como
Um dos poucos liomens a sustentar, inflexivelmente, o princípio de que os' itens da de.spesa pública devem ser vo
iíiard? Sssr"'-'"''''
tados em função dos programas dc tra
rcs de PaUrr
T as pa?Hn,rM'/'
toóricos
2." grupo - Receita e Tributação ao
Os notáveis ensaios que produziu sô bre estimaüvas anuais das rendas da üniao, legislação tributária e, notada mente, tarifas, devem ser recolhidos co
•
1913 — vol. 9, pag. 649. Interior e Justiça — 1903 — vol. 6,
pag. 608; 1908 — vol 7, pag. 408. Agricultura — 1912 — vol. 14, pags.
trabalho
534, 629 e 689.
eles, salientam-se: "Defesa Nacional" - 1912 — vol 16, pag. 129; 1914 —
vol. 4, pag. 17; "Requisições militares e particulares em tempo de paz e de
mo ensinanientos preciosas. Na enu meração é impossível salientar os mais
tica documentada e construtiva. Veja
guerra" — 1912, vol. 5, pag. 88; "For-
importantes sem incorrer no êrro das
mos, numa resenha, o farto material com
tificações do Brasil" — 1913, vol 9,
que contribuiu para o estudo do orça mento, por ordem de ministérios, e.xis-
pag. 316; "Força Naval" — 1913 — vol. 8, pag. 292; "Auxílios à lavoura" — 1903 "Reforma dos — vol 6, pag. 168 e 182; * Correios" — 1908 — vol 8, pa^. 209; "Exploração da Indústria Siderúrgica"
apreciações ligeiras que tanto repugnavam a Calógeras. Façamos apenas a catalogaçao, cumprindo, porém, desta
car p discurso relativo ao projeto de
tente nos Anais da Câmara:
Viaçõo — 1897 — vol. 7, pag. 429;
1898 - vol 5, pags. 214, $34; vol, g,
1
nas margens dos rios" — 1914 — vol 3, pag. 520; "Banco Brasileiro de Minera ção" — 1913 — vol. 11, pag. 238; "Con vênio entre o Brasil e o Uruguai" —
1913 — vol 9, pag. 574; "Revisão das
aposentadorias" — 1914 — vol. 3, pag. i 255.
40 grupo — Créditos Suplementares Sempre verberou Calógeras a insinceridade no orçamento, causa principal da abertura
dos créditos
suplementares.
Falseia a verdade, dizia, o tesouro quan
do propõe ao govêmo c este ao Con gresso crédito notòriamente insuficiente. Há uma aparência momentânea de eco nomia que mais tarde sera desfeita e desmoralizada.
Nos Anais de 1912 —
vol. 7, pags. 234, 290; vol. 8, pag. 779; vol 9, pags. 499 e 503 - "Um crédito extraordinário à Marinha" — 1913 vol
8, pag. 121 — há críticas instrutivas a respeito do instituto da suplementação. Seus argumentos, então expandidos, são eternos. Não seriam novos, nem ele ti
nha presunções vãs de originalidade. reprimir abusos.
tais. Discutiu com circunspecção todas mento. Baseavam-se sempre numa cri
renos reservados para ser\ndão pública
trabailhos isolados, de vários problemas
ministeriais que se destacavam do orça mento pròpriamente dito pelo vulto de que se revestiam na ocasião. Dentre
das eram recebidas com o maior acata
ra" — 1912, wl. 10, pag. 405; "Ter
Suas verdades, porém, são daquelas que devem ser repetidas em todos os tem pos, porque concorrem para evitar ou
Além da discussão específica das pro
Suas emen
— 1909 — vol. 6, pag. 633; "Concessão
feita à Leopoldina Railway" — 1909 vol. 9, pag. 184; "A Borracha Brasilei
postas orçamentárias dos ministérios, Ca lógeras tratava, ao anabsá-las ou em
balho que representam, Calógeras, em toda a sua atividade parlamentar, foi o mais ousado, assíduo e seguro ana lista dos empreendimentos governamen a.s propostas ministeriais.
45
DiGESTo Econômico
Digesto EcoNÓxnco
grupo — Tomadas de Contas As contas do executívo devern ser
prestadas, ordinàriamente, ao legislati vo. que é o "juiz final da legalidade com que se realiza a gestão dos dmheiros públicos.
Observou Calógeras a
inutilidade da Comissão de Tomadas de Contas na Câmara" (Anais 1912 - vol
9, pag. 497) acentuando que, até então, as ilftimas "contas definitivas do exe
cutivo que haviam sido tomadas pelo
poder legislativo foram as apresentadas
J
46
Dicesto Econômico
durante o período do então vice-presi dente em exercício de presidente da República, o sr. Marechal Floriano Pei
xoto". Mas isto mesmo, acrescentou, não foi feito de modo expresso e sim cm uma lei em que se aprovavam to
299) foi por élc analisado c combati
do em lêrmo.s vigorosos. Suas observaçõe.s nesse caso valem por uma pni-
fissão dü fé, robii.stccida mais tarde pe los admiráveis conceitos que de.scnvolvcu (Anais, 1914 — vol. 2, pag. 587) acerca da teoria do crédito público c
dos os atos, aprovando-se, também, "ipso facto", tôdas as contas daquele perío do". Contra esse processo de aprova-
da competência da Câmara para co
çuo global, levantou objcções se\'eras,
operações financeiras.
fjue, dc certo modo, já liaviam sido em
outra ocasião formuladas, a respeito da
"desordem financeira causada péia anar quia reinante" (Anais — 1912 — vo1 12, pag. 365).
S." - grupo - Empréstimos públicos Quando as disponibilidades normais
da receita publica não bastam para fa zer face as despesas impostas pelas exi..,encias da boa administração do Es tado o remédio a recorrer é, evidente mente, o empréstimo. Calógeras pon
derava,c!as.sica freqüentemente, numa ati tude em matéria de rígida finanças que o empréstimo deveria, entretanto
sei re.servado às dificuldades extremas
nunca ao custeio de ser^'icos ordinS o permanentes. Êstes deveriam er Sportados pe a tributação e demais ren das ordmanas. Todavia, os empreen dimentos que e.xcedessem à anualidade
orçamentaria, como as obras que valo rizam o paümnonio. o aparelhamento na val e as fortificações que garantem o
futuro da nacionalidade, desde que não Iiouvesse "superávit", jusHficariam, ne cessariamente, sua realização mediante
empréstimos a serem solvidos pelas ge rações vindouras, beneficiárias diretas
T i
47
Dicesto EcoNÓxnco
nplifávol, a nenhum govèrno c dado afirmar (juc mmca o empregará. Mas. por is.so mesmo só utilizável com a maior
prudência, (juimdo provada a ineficá cia ou a inip(issibilidaclo de agir por métodos outros (Relatório dó Slinistro
cpicira — São Paulo — 1934). — vol. 9. pags. 605 e 736) empolgou
Rui Barbosa, então ministro da Fazenda,
o auditório, durante duas sessões, com
Repudiou enèr-
reinaugiirou o sistema de pluralidade de
gicamente a doutrina de que emprésti-
emissão bancária, .sistema esse que, em
mo.s poderiam ser negociados ]ielo go
outra fase da vida econômica do país, havia conlril)iüdo para as crises de
social. Discutia-se um projeto de ele vação da taxa cambial e restauração dos fundos dc garantia e de resgate do pa
1857 e 1864. Roconhceia Rui a neces sidade de facilitar créditos à lavoura,
no seu entender, vaiia por uma
nhecer c decidir da conveniência das
verno para satisfazer comiironiissos assumido.s cm exercícios anteriores. Re cusava, intransígcntemenlc, a autoriza
ção parlamentar para a efetivação de tais operações, rpiando os alegados com
a fim de que esta iJiidesse enfrentar
promissos nem ao menos eram arrola
abolição da escravatura.
as dificuldades resultantes da recente
Mas, em lu
executivo despesas .sem crédito anteci
gar dc permitir a emissão, pelos bancos, clc papel moeda lastreado exclusivamen te por ouro, dada a escassez dèsse me tal, pós cm prática um engenhoso pro cesso dc garantir a circulação mediante
padamente votado pelo legislativo.
caução de títulos da dívida pública. A
dos. Permitir o lançamento dc cmpréslimo.s nesses casos eqüivaleria a coones-
tar, "a posleriori", o crime contra as instituições orçamentárias, de efetuar o
7.° grupo — Emissão e hifíação Não é possível resumir suas bem co
nhecidas e constantemente repetidas crí ticas à emissão de papel moeda como
exi^osíção de motivos em que Rui Bar bosa justificou a expedição do decreto do 17 dc janeiro dc 1890 descreve seu curioso sistema.
Os resultados nao se
fizeram esperar. Foram desastrosos. Não
é licito concluir, todavia, q^iie a culpa
um bolo discurso, de alta significação
pel mocda.^ A proposta em discussão, propa ganda oficial do descrédito do pais e traduziu o mais audacioso assalto da ganância capitalista contra os direitos dos proletários, dos assalariados em ge
ral". Fez, em seguida, um sugesüvo re.sumo da lüstória financeira do país, pa ra finalizar com um repudio completo
às manobras de especulação oficial, que favoreciam os ricos e aproveitadores em detrimento dos pobres e trabalhadores. Sua coerência doutrinária a respeito dc emissão e inflação foi sempre irre-
prcen.sivelmente mantida e confirmada por declarações e decisões, conforme sc vê, além de outros documentos, na "Polilique Monctairc du Brósil", nos "Re
meio ordinário de aliviar as aperturas
devesse recair na inovação de Rui. Os
do tesouro. Mellior .será reproduzir suas
fenômenos econômicos c financeíios, co
latórios do Ministro da Fazenda" (1915
palavras. "Emitir é sempre fácil, c o
mo todos os fenômenos sociais, devem .ser analisados .segundo seus anteceden
reza. Não n'o podo fazer, entretanto, um governo cõnscio de sua rosponsa-
da não foi deviclamente contada.
Iiilidade. Emitir, como em nosso país
ra de Rui, que coincidiu, aliás, com
c 1916) e num curioso voto que for mulou em separado e foi lido na Ga mara por Carlos Peixoto Filho, na sua ausência (Anais — 1914 — vol. 4, pag. 675). Aí manifestou Calógeras, mais uma vez, a opinião de que as cnses cria das e acumuladas , por sucessivos des
.se tem usado e abusado, não é um re
uma súbita e alarmante baixa do cam bio dc 20" para 12. Escreveu a pro
por decretos (emissões).
pendor humano de evittir responsabili dades por demais freqüentemente 6 le vado a ceder a solicitações dessa natu
médio; vale por um expediente.
Pode
tes e suas conseqüências. A história do "ensilhamento", que então ocorreu, ain
Ca
lógeras, porém, não perdoou a aventu
obrigar a empregá-lo a inelutável força )5erante a fatalidade, curvam-se vonta
moeda, o método de garantir uma dí
des e doutrinas.
vida com outra dívida foi considerado
O em
C. de Sales |únior — "Calógeras Fi nancista" — em "Calógeras na opinião do seus contemporâneos" — Tip. Si-
É oportuno recordar (pie, em 1890,
mental. Empréstimos para favorecer aventuras financeiras ou suportar simp.es crises de tesouraria receberam sem
ralidade dc emissão banciíria (Ver: A.
Certa vez, na Câmara (Anais, 1910
da Fazenda, 1915)".
do bem estar, da segurança e do pro gresso resultantes da iniciativa governa pre sua veemente condenação.
cia norte-americana em matéria de phi-
dos acontecimentos. Diante dela, como Mas é sempre um re
curso, nunca uma solução.
O inevitá
préstimo de Í15.000.000 para atender
vel, por vezes; não o regime normal. O •doloroso resgate de erros anteriores; não
','aK café12 (Anais 1908, vol. de11,valorização pag. 594 do e vol. pag
o processo recomendável da regenera ção financeira.
Só em caso extremo
governos jamais poderão ser abolidas
pósito dela: "com esta estranha con cepção da natureza e da função da como solução científica do problema da circulação no Brasil". Êste reparo apa receu documentado, como acontecia com
tôdas as observações que fazia. Invo
cou Calógeras, para tanto, a experiên JÉV
Esta indicação fragmentada da ati vidade intensa de" Calógeras em tôfno
do orçamento, durante 15 anos de vida
parlamentar, pode, talvez, servir a al gum e.studioso que se disponha a coor-
46
Dicesto Econômico
durante o período do então vice-presi dente em exercício de presidente da República, o sr. Marechal Floriano Pei
xoto". Mas isto mesmo, acrescentou, não foi feito de modo expresso e sim cm uma lei em que se aprovavam to
299) foi por élc analisado c combati
do em lêrmo.s vigorosos. Suas observaçõe.s nesse caso valem por uma pni-
fissão dü fé, robii.stccida mais tarde pe los admiráveis conceitos que de.scnvolvcu (Anais, 1914 — vol. 2, pag. 587) acerca da teoria do crédito público c
dos os atos, aprovando-se, também, "ipso facto", tôdas as contas daquele perío do". Contra esse processo de aprova-
da competência da Câmara para co
çuo global, levantou objcções se\'eras,
operações financeiras.
fjue, dc certo modo, já liaviam sido em
outra ocasião formuladas, a respeito da
"desordem financeira causada péia anar quia reinante" (Anais — 1912 — vo1 12, pag. 365).
S." - grupo - Empréstimos públicos Quando as disponibilidades normais
da receita publica não bastam para fa zer face as despesas impostas pelas exi..,encias da boa administração do Es tado o remédio a recorrer é, evidente mente, o empréstimo. Calógeras pon
derava,c!as.sica freqüentemente, numa ati tude em matéria de rígida finanças que o empréstimo deveria, entretanto
sei re.servado às dificuldades extremas
nunca ao custeio de ser^'icos ordinS o permanentes. Êstes deveriam er Sportados pe a tributação e demais ren das ordmanas. Todavia, os empreen dimentos que e.xcedessem à anualidade
orçamentaria, como as obras que valo rizam o paümnonio. o aparelhamento na val e as fortificações que garantem o
futuro da nacionalidade, desde que não Iiouvesse "superávit", jusHficariam, ne cessariamente, sua realização mediante
empréstimos a serem solvidos pelas ge rações vindouras, beneficiárias diretas
T i
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Dicesto EcoNÓxnco
nplifávol, a nenhum govèrno c dado afirmar (juc mmca o empregará. Mas. por is.so mesmo só utilizável com a maior
prudência, (juimdo provada a ineficá cia ou a inip(issibilidaclo de agir por métodos outros (Relatório dó Slinistro
cpicira — São Paulo — 1934). — vol. 9. pags. 605 e 736) empolgou
Rui Barbosa, então ministro da Fazenda,
o auditório, durante duas sessões, com
Repudiou enèr-
reinaugiirou o sistema de pluralidade de
gicamente a doutrina de que emprésti-
emissão bancária, .sistema esse que, em
mo.s poderiam ser negociados ]ielo go
outra fase da vida econômica do país, havia conlril)iüdo para as crises de
social. Discutia-se um projeto de ele vação da taxa cambial e restauração dos fundos dc garantia e de resgate do pa
1857 e 1864. Roconhceia Rui a neces sidade de facilitar créditos à lavoura,
no seu entender, vaiia por uma
nhecer c decidir da conveniência das
verno para satisfazer comiironiissos assumido.s cm exercícios anteriores. Re cusava, intransígcntemenlc, a autoriza
ção parlamentar para a efetivação de tais operações, rpiando os alegados com
a fim de que esta iJiidesse enfrentar
promissos nem ao menos eram arrola
abolição da escravatura.
as dificuldades resultantes da recente
Mas, em lu
executivo despesas .sem crédito anteci
gar dc permitir a emissão, pelos bancos, clc papel moeda lastreado exclusivamen te por ouro, dada a escassez dèsse me tal, pós cm prática um engenhoso pro cesso dc garantir a circulação mediante
padamente votado pelo legislativo.
caução de títulos da dívida pública. A
dos. Permitir o lançamento dc cmpréslimo.s nesses casos eqüivaleria a coones-
tar, "a posleriori", o crime contra as instituições orçamentárias, de efetuar o
7.° grupo — Emissão e hifíação Não é possível resumir suas bem co
nhecidas e constantemente repetidas crí ticas à emissão de papel moeda como
exi^osíção de motivos em que Rui Bar bosa justificou a expedição do decreto do 17 dc janeiro dc 1890 descreve seu curioso sistema.
Os resultados nao se
fizeram esperar. Foram desastrosos. Não
é licito concluir, todavia, q^iie a culpa
um bolo discurso, de alta significação
pel mocda.^ A proposta em discussão, propa ganda oficial do descrédito do pais e traduziu o mais audacioso assalto da ganância capitalista contra os direitos dos proletários, dos assalariados em ge
ral". Fez, em seguida, um sugesüvo re.sumo da lüstória financeira do país, pa ra finalizar com um repudio completo
às manobras de especulação oficial, que favoreciam os ricos e aproveitadores em detrimento dos pobres e trabalhadores. Sua coerência doutrinária a respeito dc emissão e inflação foi sempre irre-
prcen.sivelmente mantida e confirmada por declarações e decisões, conforme sc vê, além de outros documentos, na "Polilique Monctairc du Brósil", nos "Re
meio ordinário de aliviar as aperturas
devesse recair na inovação de Rui. Os
do tesouro. Mellior .será reproduzir suas
fenômenos econômicos c financeíios, co
latórios do Ministro da Fazenda" (1915
palavras. "Emitir é sempre fácil, c o
mo todos os fenômenos sociais, devem .ser analisados .segundo seus anteceden
reza. Não n'o podo fazer, entretanto, um governo cõnscio de sua rosponsa-
da não foi deviclamente contada.
Iiilidade. Emitir, como em nosso país
ra de Rui, que coincidiu, aliás, com
c 1916) e num curioso voto que for mulou em separado e foi lido na Ga mara por Carlos Peixoto Filho, na sua ausência (Anais — 1914 — vol. 4, pag. 675). Aí manifestou Calógeras, mais uma vez, a opinião de que as cnses cria das e acumuladas , por sucessivos des
.se tem usado e abusado, não é um re
uma súbita e alarmante baixa do cam bio dc 20" para 12. Escreveu a pro
por decretos (emissões).
pendor humano de evittir responsabili dades por demais freqüentemente 6 le vado a ceder a solicitações dessa natu
médio; vale por um expediente.
Pode
tes e suas conseqüências. A história do "ensilhamento", que então ocorreu, ain
Ca
lógeras, porém, não perdoou a aventu
obrigar a empregá-lo a inelutável força )5erante a fatalidade, curvam-se vonta
moeda, o método de garantir uma dí
des e doutrinas.
vida com outra dívida foi considerado
O em
C. de Sales |únior — "Calógeras Fi nancista" — em "Calógeras na opinião do seus contemporâneos" — Tip. Si-
É oportuno recordar (pie, em 1890,
mental. Empréstimos para favorecer aventuras financeiras ou suportar simp.es crises de tesouraria receberam sem
ralidade dc emissão banciíria (Ver: A.
Certa vez, na Câmara (Anais, 1910
da Fazenda, 1915)".
do bem estar, da segurança e do pro gresso resultantes da iniciativa governa pre sua veemente condenação.
cia norte-americana em matéria de phi-
dos acontecimentos. Diante dela, como Mas é sempre um re
curso, nunca uma solução.
O inevitá
préstimo de Í15.000.000 para atender
vel, por vezes; não o regime normal. O •doloroso resgate de erros anteriores; não
','aK café12 (Anais 1908, vol. de11,valorização pag. 594 do e vol. pag
o processo recomendável da regenera ção financeira.
Só em caso extremo
governos jamais poderão ser abolidas
pósito dela: "com esta estranha con cepção da natureza e da função da como solução científica do problema da circulação no Brasil". Êste reparo apa receu documentado, como acontecia com
tôdas as observações que fazia. Invo
cou Calógeras, para tanto, a experiên JÉV
Esta indicação fragmentada da ati vidade intensa de" Calógeras em tôfno
do orçamento, durante 15 anos de vida
parlamentar, pode, talvez, servir a al gum e.studioso que se disponha a coor-
48
denar, selecionar e sistematizar os prin cípios e argumentos que copiosamente enunciou e defendeu com desassombra-
da sinceridade. A indicação foi tenta da com êsse desejo de ser útil. Mas
seu fim principal é demonstrar que a tenacidade e o vigor que Pandiá Calógeras empregou na investigação, aná
lise e crítica dos trabalhos governamen tais, através das propostas orçamentánas, exigiram-lhe a ampliação ilimita
da da cultura e asseguraram-lhe, em compensação, a singular capacidade de
abranger, em extensão e profundidade todos os problemas administrativos do seu tempo. Prova evidente disso é o
Relatório Confidencial" ao Presidente
t
Rodrigues Alves.
m
o processo orçamentário é, efetiva-
DigBSTO ECONÔMICO''*'
de significativas parcelas, efetuada me-
tòdícamente e sob o cuidado supremo de tirar dos indivíduos o máximo tri butável para transformá-lo no máximo possível de benefícios coletivos.
Nes
sas operações, o técnico, o especialista,
todos os lados sob o seu olhar. Se não
tem capacidade para percebê-los e en
frentá-los, o orçamentista não é digno dêsse nome. Se se deixa, porém, en levar pela estranha sedução cívica de
traballiar pelo bem público, terá, forço
samente, de desenvolver e aprimorar ao infinito a sua cultura. O ardor, a de
dicação e os esforços que empregar nes sa conduta traçarão o destino de sua
pu.ar e, de outro, o volume dos gastos
damental para o estudo da administra ção pública no Brasil. Estava conven cido de que cumprira apenas um dever
se reno%'a todos os anos, dá a exata me dida das necessidades nacionais e da
ma de que se formam os estadistas.
se que havia escrito uma cartinha fun
de cidadão ao oferecer a sumida de
suas observações pessoais a um futuro
presidente da República. Êsse traba lho, porém, pela linguagem agreste, se vera e objetiva que encerra, representa a mais completa visão panorâmica que
capacidade de contribuir o povo para satisfazê-Ias. O orçamento não é ape nas o resultado das massas justapostas
se pode fazer da administração de um
de receitas e despesas. Êle é, sobretu do, um processo contínuo de análise de
de orçamento que examinou, discutiu e
país. Familiarizado com as propostas
receitas e despesas que o ato legislativo
emendou, durante 15 anos, no parlamen
de aprovação da a devida forma e a
adquirida na gestão das pastas da Agri cultura e da Fazenda, Pandiá Calóge
concisão técnica. A síntese legal, com as gener^zações para efeitos adminisformal e definitiva,® deúltima uma expressão, série de operações
relevas à ponderação de valores, à pe
netração rnediante pesquisas nas mais variadas atividades econômicas nacio nais, a seleção de programas de traba
lho governamental, enfim, à mensuração
a lembrança de que êstcs tenham exis tido serxira de estímulo e profilaxia
ra seu aparecimento. Certamente as gerações de hoje e do por\'ir encontra
Quando entregou ao Conselheiro Ro drigues Alves o famoso "Relatório Con fidencial", Calógeras talvez não soubes
gidos pelo bem estar e progresso da naçao. A elaboração orçamentária, que
tinção dos tremendos erros que aponta,
blemas administrativos que brotam de
relações entre povo e Estado. É o or çamento o símbolo perfeito dos laços que prendem essas relações. De um lado, ele toma visível a massa das ren
que representam a conversão daquelas
tomar anacrônico, pela correção ou ex
contra a preguiça, a ignorância e a fal
personalidade. De qualquer forma, po rém, ter-se-á convertido na matéria pri
rendas em programas de trabalhS exi
jovens, principalmente, devem lô-Io sem pre à mão. Mesmo que venha a se
é freqüentemente soUcitado pelas fasci nantes perspectivas dos inúmeros pro
^ mente, a melhor escola para a formação de estadistas. Elaborando o orçamento, o servidor publico sente de perto as
das, que sao extraídas da riqueza po-
DlGESTO EcONÓTvnCO
to, e senhor de experiência ministerial ras descreveu a situação dos serviços públicos com invejável segurança, sub metendo-os a' vigorosa crítica. Editado êsse relatório, sob o título
perfeito de "Problemas de Administra ção", sua leitura se recomenda a todos
os brasileiros que desejam sinceramente colaborar no progresso do país. Os
ta de decôro que tanto concorreram pa
rão ali consoUios e provas convincentes
de que a responsabilidade pelo exercí cio de qualquer parcela de poder pú blico jamais deve ser olvidada por quem
49
o bem publico, agrade ou desagrade às clientelas e as icrejinhas, não corteiando a populandade, servindo à nação e não à própria wrreira e às conveniências pessoais. Homens e não sombras energias e não acomodações" ("Proble mas de Administração", paes 4^/aa
Comp. Editora Nacional, i2.=»' edição' 1938). «oiçao, A vida política dêsse grande homem realça a cultiua de uma nação. Êle era objetivo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não
a assume. É com razão que as posi
lhes dava nenhum relevo especial; ape
ções profissionais no serviço público se denominam cargos e não empregos. Em prego é simples meio de vida. Cargo è emprêgo mais sacrifício, devoção e responsabilidade, condições estas impli
ma coletivo que é o processamento dos negócios administrativos. Sua indivi dualidade teve, naturalmente, defeitos
citamente, impostas ao titular pelo bem público do qual se torna servidor. As
lições de formação do caráter do servi dor público ministradas por Calógeras
nas os exibia como comparsas ou ele mentos complementares do grande dra
humanos e cometeu erros ideológicos, acentuados aqui ou ali pelas atitudes
sempre claras e definidas que assumiu. A calúnia não deixou de envolver seu
são singelas e, por isso mesmo, atuais e eternas. A respeito de economias or
nome quando ministro da Fazenda. Nunca se defendeu. Sua defesa decor
gir do tema, êle mostrou que e facil consegui-las "pelo emprêgo consciencioso das verbas, peba revisão dos quadros, pelo aproveitamento mais inteligente e, por assim dizer, mais industrial do pes cai existente. Para tal, nao e mister lei nem autorização especial: basta fis calizar. não preencher vagas inúteis, fa
nenhum deslize comprometedor pôde
çamentarias, por exemplo, para não fu
zer trabalhar razoavelmente quem para
isto é pago — do operái-io ao ministro. Em uma palavra, basta ter à frente dos serviços vontades conscientes e não po litiqueiros, que, de cada cargo ocupa do, fazem trampolim para dum pulo galgar posição mais elevada. Basta pos suir auxiliares que se preocupem com
ria espontaneamente de seus atos. Quer na viaa pública, quer na vida particular,
ser-lhe imputado. A superfície lisa e sem mácula de sua austera personalidade re
pelia, sem alarde e com firmeza, os de tritos da inveja e da intriga que a mal dade humana algumas vezes
atirou.
Contudo, Calógeras é um padrão de or gulho para o cidadão brasileiro. Êle forma com Mauá e Rio Branco — va
rões ilustres e de energia inquebrantável — a exemplar trilogia dos nossos mais notáveis e esclarecidos empreende
dores pacíficos da organização econô mica, da expansão diplomática e da mo-
iiuca)
Q/ÍTT\íních*flHvn ralização administrativa.
48
denar, selecionar e sistematizar os prin cípios e argumentos que copiosamente enunciou e defendeu com desassombra-
da sinceridade. A indicação foi tenta da com êsse desejo de ser útil. Mas
seu fim principal é demonstrar que a tenacidade e o vigor que Pandiá Calógeras empregou na investigação, aná
lise e crítica dos trabalhos governamen tais, através das propostas orçamentánas, exigiram-lhe a ampliação ilimita
da da cultura e asseguraram-lhe, em compensação, a singular capacidade de
abranger, em extensão e profundidade todos os problemas administrativos do seu tempo. Prova evidente disso é o
Relatório Confidencial" ao Presidente
t
Rodrigues Alves.
m
o processo orçamentário é, efetiva-
DigBSTO ECONÔMICO''*'
de significativas parcelas, efetuada me-
tòdícamente e sob o cuidado supremo de tirar dos indivíduos o máximo tri butável para transformá-lo no máximo possível de benefícios coletivos.
Nes
sas operações, o técnico, o especialista,
todos os lados sob o seu olhar. Se não
tem capacidade para percebê-los e en
frentá-los, o orçamentista não é digno dêsse nome. Se se deixa, porém, en levar pela estranha sedução cívica de
traballiar pelo bem público, terá, forço
samente, de desenvolver e aprimorar ao infinito a sua cultura. O ardor, a de
dicação e os esforços que empregar nes sa conduta traçarão o destino de sua
pu.ar e, de outro, o volume dos gastos
damental para o estudo da administra ção pública no Brasil. Estava conven cido de que cumprira apenas um dever
se reno%'a todos os anos, dá a exata me dida das necessidades nacionais e da
ma de que se formam os estadistas.
se que havia escrito uma cartinha fun
de cidadão ao oferecer a sumida de
suas observações pessoais a um futuro
presidente da República. Êsse traba lho, porém, pela linguagem agreste, se vera e objetiva que encerra, representa a mais completa visão panorâmica que
capacidade de contribuir o povo para satisfazê-Ias. O orçamento não é ape nas o resultado das massas justapostas
se pode fazer da administração de um
de receitas e despesas. Êle é, sobretu do, um processo contínuo de análise de
de orçamento que examinou, discutiu e
país. Familiarizado com as propostas
receitas e despesas que o ato legislativo
emendou, durante 15 anos, no parlamen
de aprovação da a devida forma e a
adquirida na gestão das pastas da Agri cultura e da Fazenda, Pandiá Calóge
concisão técnica. A síntese legal, com as gener^zações para efeitos adminisformal e definitiva,® deúltima uma expressão, série de operações
relevas à ponderação de valores, à pe
netração rnediante pesquisas nas mais variadas atividades econômicas nacio nais, a seleção de programas de traba
lho governamental, enfim, à mensuração
a lembrança de que êstcs tenham exis tido serxira de estímulo e profilaxia
ra seu aparecimento. Certamente as gerações de hoje e do por\'ir encontra
Quando entregou ao Conselheiro Ro drigues Alves o famoso "Relatório Con fidencial", Calógeras talvez não soubes
gidos pelo bem estar e progresso da naçao. A elaboração orçamentária, que
tinção dos tremendos erros que aponta,
blemas administrativos que brotam de
relações entre povo e Estado. É o or çamento o símbolo perfeito dos laços que prendem essas relações. De um lado, ele toma visível a massa das ren
que representam a conversão daquelas
tomar anacrônico, pela correção ou ex
contra a preguiça, a ignorância e a fal
personalidade. De qualquer forma, po rém, ter-se-á convertido na matéria pri
rendas em programas de trabalhS exi
jovens, principalmente, devem lô-Io sem pre à mão. Mesmo que venha a se
é freqüentemente soUcitado pelas fasci nantes perspectivas dos inúmeros pro
^ mente, a melhor escola para a formação de estadistas. Elaborando o orçamento, o servidor publico sente de perto as
das, que sao extraídas da riqueza po-
DlGESTO EcONÓTvnCO
to, e senhor de experiência ministerial ras descreveu a situação dos serviços públicos com invejável segurança, sub metendo-os a' vigorosa crítica. Editado êsse relatório, sob o título
perfeito de "Problemas de Administra ção", sua leitura se recomenda a todos
os brasileiros que desejam sinceramente colaborar no progresso do país. Os
ta de decôro que tanto concorreram pa
rão ali consoUios e provas convincentes
de que a responsabilidade pelo exercí cio de qualquer parcela de poder pú blico jamais deve ser olvidada por quem
49
o bem publico, agrade ou desagrade às clientelas e as icrejinhas, não corteiando a populandade, servindo à nação e não à própria wrreira e às conveniências pessoais. Homens e não sombras energias e não acomodações" ("Proble mas de Administração", paes 4^/aa
Comp. Editora Nacional, i2.=»' edição' 1938). «oiçao, A vida política dêsse grande homem realça a cultiua de uma nação. Êle era objetivo. Mencionava e discutia fatos. Evitava nomes e indivíduos; quando os citava, a objetividade de sua análise não
a assume. É com razão que as posi
lhes dava nenhum relevo especial; ape
ções profissionais no serviço público se denominam cargos e não empregos. Em prego é simples meio de vida. Cargo è emprêgo mais sacrifício, devoção e responsabilidade, condições estas impli
ma coletivo que é o processamento dos negócios administrativos. Sua indivi dualidade teve, naturalmente, defeitos
citamente, impostas ao titular pelo bem público do qual se torna servidor. As
lições de formação do caráter do servi dor público ministradas por Calógeras
nas os exibia como comparsas ou ele mentos complementares do grande dra
humanos e cometeu erros ideológicos, acentuados aqui ou ali pelas atitudes
sempre claras e definidas que assumiu. A calúnia não deixou de envolver seu
são singelas e, por isso mesmo, atuais e eternas. A respeito de economias or
nome quando ministro da Fazenda. Nunca se defendeu. Sua defesa decor
gir do tema, êle mostrou que e facil consegui-las "pelo emprêgo consciencioso das verbas, peba revisão dos quadros, pelo aproveitamento mais inteligente e, por assim dizer, mais industrial do pes cai existente. Para tal, nao e mister lei nem autorização especial: basta fis calizar. não preencher vagas inúteis, fa
nenhum deslize comprometedor pôde
çamentarias, por exemplo, para não fu
zer trabalhar razoavelmente quem para
isto é pago — do operái-io ao ministro. Em uma palavra, basta ter à frente dos serviços vontades conscientes e não po litiqueiros, que, de cada cargo ocupa do, fazem trampolim para dum pulo galgar posição mais elevada. Basta pos suir auxiliares que se preocupem com
ria espontaneamente de seus atos. Quer na viaa pública, quer na vida particular,
ser-lhe imputado. A superfície lisa e sem mácula de sua austera personalidade re
pelia, sem alarde e com firmeza, os de tritos da inveja e da intriga que a mal dade humana algumas vezes
atirou.
Contudo, Calógeras é um padrão de or gulho para o cidadão brasileiro. Êle forma com Mauá e Rio Branco — va
rões ilustres e de energia inquebrantável — a exemplar trilogia dos nossos mais notáveis e esclarecidos empreende
dores pacíficos da organização econô mica, da expansão diplomática e da mo-
iiuca)
Q/ÍTT\íních*flHvn ralização administrativa.
51
Dicesto EcoNÓ>nco
diçáo dc trabalho ijuc os coloca entre Os mais ativos c empreendedores da
ram às condições que vieram encontrar.
Das 26 famílias emigradas em 1854 ape
país nem sempre foram favorá\cis ao
progresso das no\as gerações de eam|X)nescs. A gleba, grandemente subdivi
nas persistiram 7. As demais voltaram para seu cantão de origem ou se disper saram por diferentes rumos. Entre as que ficaram, citam-se as Sigrist e Vor.
dida, não oferece ali grandes possibi
Zuben.
Europa. Contudo, as condições cm seu
lidades a êsscs eleincnios, cuja aspira
ção máxima constitui a dc se tornarem
A imigração a partir dc 1880
cm determinado momento, apareceu como a fórmula natural dc extra\asamento dêssc excesso de mão de obra.
diaí transmitiu aos seus herdeiros, jun
proprietários de sen lote dc cultura. A emigração para os países dc alem-mar,
JsTÁ na ordem do dia a questão imiE-^ gratória. O desenvolvimento natural da agricultura brasileira, milxime em São
ção, que nesses últimos meses tem vindo para o Brasil, composta em sua maioria
cie elementos pouco ajirovcitávcis como fatores de produção, c constituída essen cialmente de pessoas que espontanea
Paulo, e o êxodo dc boa parte da popu
lação niral para os centros de indústria que se verificou no decurso da última guerra e ainda prossegue, determinaram uma aguda crise de mão de obra, com
mente obtiveram nos eon.sulados brasi leiros na Europa o visto permanente.
E)ada a liberalidadc dc nos.sas leis, que a esses estrangeiros exigem apenas o pas saporte o o atestado dc boa saúde, qual
que lutam os nossos fap^endeíros, sem perspectivas de solução imediata A situação é de tal- gravidade que faz
quer pessoa, pre(?ncbendo as duas con
com que se procure corrigir os erros
dições, pode conseguir óssc \'Ísto".
acumulados num passado ainda recente quando as portas do país foram tran
Ora, uma imigração desta espécie em nada interessa ao nos.so país. Deve mos, ao contrário, inocurar na experiên
cadas a qualquer corrente imigratória. Contudo neste terreno, será de elemen tar prudência preparar atentamente a
cia do passado alguns exemplos que mnsíram como selecionar elementos sa
transição para o novo estado de coisas que se tem em vista. Ainda recente-
dio.'; e próprios para a agricultura.
mente, fatos verificados a bordo de um na\io que trazia para o Brasil um grupo de alienígenas como que constituirlm o
ria c os êxitos da colonização helvética
em terras do município dc Campinas.
rebate contra o perigo das improvisa-
AgricuUores
ç-oes, da falta de organização, das inadvertências. ^ V
Os suíços são excelentes agricultores.
Falando a respeito, ^ o \aiiciui dirétor ao do De Departamento Nacional de Imigração não
Em diversos dos seus cantões, o ama
nho da terra é feito nas condições mais
teve dúvida em declarar: "A imigra'.'■■nru
A
ê;-l:e respeito, ocorre-nos contar a histó
racionais possíveis. Isto criou nma tra-
li iii
./lu- ri..u„i u 1:^:
" 1 ir'i'-ti"". no uHink-,!>in dc
. i - o,/. :.•!!,-j ,1' S/.' fauio c/<- Vidríjv parles do /uíos .paru u dctciniijuição de ^"'diiín:o íkii rf/fli iV-v o rmnpoiuh de estraiigelm
op/innno^ i) Lunúci:i(ne,i,'.„
nossa. lerra.
Acompanhando uma \'ercladcira onda de desajustados europeus, numerosos colo nos suíços, nos últimos quartéis do sé culo XIX, lambéjii abandonaram as pai
sagens delicadas e risonbas de seus vila rejos nali\<)s, em demanda de terras vastas exi.stcntcs no outro lado do Atlân
tico, nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil.
Aí, certamente, teriam opor
tunidades de alcançar a_ situação dc donos do pedaço dc chuo que culti
Falecendo em 1870, o Barão de Jun tamente com suas importantes proprie
dades agrícolas, as simpatias pelo co lono suíço.
Mais ou menos por es.sa
época, tendo enviuvado na província de São Paulo, a sra. Von Zuben regressou
para o seu cantão de Obwaldem onde se tornou ardente propagandista das terras c dos cafezais que conhecera. O falo e que em 1880 nova le\ a de imigrantes se organizou, compreendendo 3o famílias originárias de Samen, Sachseln, Gis\ril, Homersberg, Schwands e Schwarziberg. Paru tanto, militavam as mesmas cir
vassem — coisa (juase que impossível
cunstâncias que tinham inspirado a leva
cediam.
mão de obra agrícola.
nas regiões ultra-povoadas de que pro
Os que vieram para o Brasil deram preferência, para a sua fixação, ao atual Estado, então Pro\ íncia cie São Paulo.
Eram ciuase todos naturais do cantão de Obwalucn.
A sua primeira le\a aqui
chegou pelas alturas cie 1854. Os seus componentes, em número cie 150, se estabeleceram nas fazendas
Sítio Gran
de", "Lagôa" e "Bahia", propriedades
do comendador AnLonio dc Queiroz Te
dc 1854: falta de emprego e excesso da
Os primeiros a encetar viagem foram
os filhos mais velhos de um irmão da \iúva Von Zuben, Remígio Amstalden, do Sarnen. Um segundo grupo partiu do Obwalden em maio de 1881.
liite-
gravam-no, entre outros, o padre Nicolau Amstalden e José Ambiel, pai de 9 filhos.
Toda a leva - cerca de 50
pessoas — estabeleceu-se na fazenda "Sítio Grande", propriedade, então, de
les (Barão cie Juncliaí), que para tanto entrara cm negociações com a firma
Francisco de Queiroz Teles, filho do Barão de Jundiaí. Mais sessenta cam
imigração.
cavam rumo ao Brasil, instalando-se como colonos da fazenda Santa Maria ,
Vergueiro, especializada em negócios de A fazenda "Sitio Grande" ficava en
poneses, ainda em maio de 1881, embar
tre Jundiaí e Itaici, e se dedicava à
em
cultura cafceira numa época em que o trabalho era ainda o do escravo. Acos
roz Teles.
tumados a outro ambiente e a outros métodos de atividade, em sua pátria,
nem todos os colonos suíços, ali enga
jados pelo sistema dc parceria, resisti
Santa Cruz
das
Palmeiras
essa
pertencente a Joaquim Benedito de Quei
Ainda um quarto grupo oriundo dc Obwalden chegou logo depois, no rasto de seus conterrâneos
Tratava-se da fa
mília de Francisco Bannwart, que se
51
Dicesto EcoNÓ>nco
diçáo dc trabalho ijuc os coloca entre Os mais ativos c empreendedores da
ram às condições que vieram encontrar.
Das 26 famílias emigradas em 1854 ape
país nem sempre foram favorá\cis ao
progresso das no\as gerações de eam|X)nescs. A gleba, grandemente subdivi
nas persistiram 7. As demais voltaram para seu cantão de origem ou se disper saram por diferentes rumos. Entre as que ficaram, citam-se as Sigrist e Vor.
dida, não oferece ali grandes possibi
Zuben.
Europa. Contudo, as condições cm seu
lidades a êsscs eleincnios, cuja aspira
ção máxima constitui a dc se tornarem
A imigração a partir dc 1880
cm determinado momento, apareceu como a fórmula natural dc extra\asamento dêssc excesso de mão de obra.
diaí transmitiu aos seus herdeiros, jun
proprietários de sen lote dc cultura. A emigração para os países dc alem-mar,
JsTÁ na ordem do dia a questão imiE-^ gratória. O desenvolvimento natural da agricultura brasileira, milxime em São
ção, que nesses últimos meses tem vindo para o Brasil, composta em sua maioria
cie elementos pouco ajirovcitávcis como fatores de produção, c constituída essen cialmente de pessoas que espontanea
Paulo, e o êxodo dc boa parte da popu
lação niral para os centros de indústria que se verificou no decurso da última guerra e ainda prossegue, determinaram uma aguda crise de mão de obra, com
mente obtiveram nos eon.sulados brasi leiros na Europa o visto permanente.
E)ada a liberalidadc dc nos.sas leis, que a esses estrangeiros exigem apenas o pas saporte o o atestado dc boa saúde, qual
que lutam os nossos fap^endeíros, sem perspectivas de solução imediata A situação é de tal- gravidade que faz
quer pessoa, pre(?ncbendo as duas con
com que se procure corrigir os erros
dições, pode conseguir óssc \'Ísto".
acumulados num passado ainda recente quando as portas do país foram tran
Ora, uma imigração desta espécie em nada interessa ao nos.so país. Deve mos, ao contrário, inocurar na experiên
cadas a qualquer corrente imigratória. Contudo neste terreno, será de elemen tar prudência preparar atentamente a
cia do passado alguns exemplos que mnsíram como selecionar elementos sa
transição para o novo estado de coisas que se tem em vista. Ainda recente-
dio.'; e próprios para a agricultura.
mente, fatos verificados a bordo de um na\io que trazia para o Brasil um grupo de alienígenas como que constituirlm o
ria c os êxitos da colonização helvética
em terras do município dc Campinas.
rebate contra o perigo das improvisa-
AgricuUores
ç-oes, da falta de organização, das inadvertências. ^ V
Os suíços são excelentes agricultores.
Falando a respeito, ^ o \aiiciui dirétor ao do De Departamento Nacional de Imigração não
Em diversos dos seus cantões, o ama
nho da terra é feito nas condições mais
teve dúvida em declarar: "A imigra'.'■■nru
A
ê;-l:e respeito, ocorre-nos contar a histó
racionais possíveis. Isto criou nma tra-
li iii
./lu- ri..u„i u 1:^:
" 1 ir'i'-ti"". no uHink-,!>in dc
. i - o,/. :.•!!,-j ,1' S/.' fauio c/<- Vidríjv parles do /uíos .paru u dctciniijuição de ^"'diiín:o íkii rf/fli iV-v o rmnpoiuh de estraiigelm
op/innno^ i) Lunúci:i(ne,i,'.„
nossa. lerra.
Acompanhando uma \'ercladcira onda de desajustados europeus, numerosos colo nos suíços, nos últimos quartéis do sé culo XIX, lambéjii abandonaram as pai
sagens delicadas e risonbas de seus vila rejos nali\<)s, em demanda de terras vastas exi.stcntcs no outro lado do Atlân
tico, nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil.
Aí, certamente, teriam opor
tunidades de alcançar a_ situação dc donos do pedaço dc chuo que culti
Falecendo em 1870, o Barão de Jun tamente com suas importantes proprie
dades agrícolas, as simpatias pelo co lono suíço.
Mais ou menos por es.sa
época, tendo enviuvado na província de São Paulo, a sra. Von Zuben regressou
para o seu cantão de Obwaldem onde se tornou ardente propagandista das terras c dos cafezais que conhecera. O falo e que em 1880 nova le\ a de imigrantes se organizou, compreendendo 3o famílias originárias de Samen, Sachseln, Gis\ril, Homersberg, Schwands e Schwarziberg. Paru tanto, militavam as mesmas cir
vassem — coisa (juase que impossível
cunstâncias que tinham inspirado a leva
cediam.
mão de obra agrícola.
nas regiões ultra-povoadas de que pro
Os que vieram para o Brasil deram preferência, para a sua fixação, ao atual Estado, então Pro\ íncia cie São Paulo.
Eram ciuase todos naturais do cantão de Obwalucn.
A sua primeira le\a aqui
chegou pelas alturas cie 1854. Os seus componentes, em número cie 150, se estabeleceram nas fazendas
Sítio Gran
de", "Lagôa" e "Bahia", propriedades
do comendador AnLonio dc Queiroz Te
dc 1854: falta de emprego e excesso da
Os primeiros a encetar viagem foram
os filhos mais velhos de um irmão da \iúva Von Zuben, Remígio Amstalden, do Sarnen. Um segundo grupo partiu do Obwalden em maio de 1881.
liite-
gravam-no, entre outros, o padre Nicolau Amstalden e José Ambiel, pai de 9 filhos.
Toda a leva - cerca de 50
pessoas — estabeleceu-se na fazenda "Sítio Grande", propriedade, então, de
les (Barão cie Juncliaí), que para tanto entrara cm negociações com a firma
Francisco de Queiroz Teles, filho do Barão de Jundiaí. Mais sessenta cam
imigração.
cavam rumo ao Brasil, instalando-se como colonos da fazenda Santa Maria ,
Vergueiro, especializada em negócios de A fazenda "Sitio Grande" ficava en
poneses, ainda em maio de 1881, embar
tre Jundiaí e Itaici, e se dedicava à
em
cultura cafceira numa época em que o trabalho era ainda o do escravo. Acos
roz Teles.
tumados a outro ambiente e a outros métodos de atividade, em sua pátria,
nem todos os colonos suíços, ali enga
jados pelo sistema dc parceria, resisti
Santa Cruz
das
Palmeiras
essa
pertencente a Joaquim Benedito de Quei
Ainda um quarto grupo oriundo dc Obwalden chegou logo depois, no rasto de seus conterrâneos
Tratava-se da fa
mília de Francisco Bannwart, que se
Digmto EcoNÓAaco
52
fazia acompanhar de cinco filhos.
A
sem atender ao gnipo e à época de in
assim, chegaram sucessivamente, em
membros de uma só coletividade.
1883, as famílias de José Trottmann, de
mitiva era constituída de 468 alqueires
os colonos suíços de "Sítio Grande",
partir de então, diminuiu um pouco a afluência de imigrantes suíços. Ainda
Giswil, em 1883; de João Fanger, José
DicESTo EcoNÓ^^co
gresso
na
fazenda, consideravam-se A
%'ida e o trabalho na fazenda eram para eles a colônia. O patrão di.stinguia-os.
58
e meio e conta\a 44.500 pés de café que seis meses depois davam uma coIneita calculada em 7:350$000. Ha\àa ainda muita rcscr\a de feijão e dc milho. Além do casco da fazenda, en traram na compra 63 cabeças de gado
como se \é, crescia em área e importân
cia. Com o decorrer do tempo, a partir dessa época, aindfc novos ncréscimos foram feitos. O mais considerável dêles verificou-se em 1893. Nes.se ano, qs
irmãos Bannwart adquiriram de Porfirio do Amaral Campos, por 27 contos dc
Ii^eld, José Lotscher, Franscísco Ambiel-Reinert e Francisco Müller, em
como sua melhor divisão de trabalha
1884; João e Benedito Zumstein, de
dores; destacava-os como sua turma, sua.
bovino, 16 ca\alos c muares, 65 suínos
colônia. Nos arredores da fazenda eranii
22 ovelliaii, 6 carros, carroças, -casa
réis, o sítio denominado por êles "Schpés de café, terras para roça e pasto. Sucederam-se transações de menor vulto.
Gís\vil, em 1885; e finalmente em 1887
(maio e junho), um conjutno de 9 fa
conhecidos e admirados por todos.
dos escravos, casas de^ habitação, máqui
Os;
outros fazendeiors invejavam os Queiroz"Teles por causa dos suíços que, após O'
^sfcalden, que já aqui estivera em
luiram numa verdadeira elite de lavra--
nas de beneficiar café, moinho de fubá e a casa da fazenda. Tudo, contudo andava meio abandonado e e.\igia um sério c prolongado esforço de restau
c ru mais ^moça viúvadepois Von Zuben, com cuja filha se casara. En
dores".
ração.
mílias, perfazendo um total de 70 peschefiada por José
viuvando. pelas alturas de 1887, retor nara para Samen, onde nesse mesmo ano
afastamento dos elementos inúteis, evo--
O dr. Francisco Weizinger passa, env outro capítulo de seu livro, a narrar
fatos altamente curio.sos.
Lembra que-
convolou novas núpcias com Josefa Bu-
a abolição dos escravos, em 1888, teva-
cnnL^ A ® Ming cunhados, ^tómo
como efeito imediato uma grande falta, de braços para a lavoura, apesar da pre vidência de muitos proprietários pau listas, que já haviam engajado trabalha
e
1"® seus Maria Bu-
dier, com 5 fiUios, o acompanhassem em
í-
Chegava-se ao fim do século XIX.
As terras assim adquiridas pelos co lonos foram dÍNÚdidas em quatro partc.s iguais. Uma coube ao velho Ambicí,
oficialmente "Helvétia", consagrando as
associado com seu genro Benedito Anis-^
talden; outra, a sete de seus filhos; n terceira à família Bannwart e a quarta
Igualmente com 4. ® ^oísio Degelo,
zendas, sobre as quais se estenderam a-
las alturas de 1891 ôste último, os ir
estagnação e a ruína.
mãos Ambicl e Benedito Amstalden, num novo esforço progressista, conse
mento como o mais propício à conse
guiam comprar de Antônio Dias de Oli
cução do grande sonho que traziam de
deracSi-'"^''^^ seguintes consi derações. O agrupamento de tantos contenaneos do mesmo cantão Obwalden, hgados todos entre si pela mesma fe rebgiosa — a católica romana — pelos laços de parentesco e da amizade, ori undos todos da mesma camada social animados todos do mesmo objetivo de vida, e trabalhando todos no mesmo ramo agrícola, não podia ter denomii>uiça .
Onginàriamente ela "Colônia se apli-
cava apenas às pessoas de uma deter-
mmada circunscriçâo, as quais viviam e trabalhavam em conjunto, e não ao ter-
ntório, que
]^qs pertencia. Totjog
a Pedro Wolff. Passados três anos, pe
"Sítio Grande" compreenderam o mo
seu caritão nativo, isto é, a aquisiçãodo^df os colhemos no Uvro de terras próprias. Foi quando as fa Helvítía "Colônia gelas Escolas Proflss^on^ sJSsianas mílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e
Wolff reuniram seus haveres para a compra de uma propriedade agrícola. A 14 de abril de 1888, precisamente
um mês e um dia antes da lei emanci-
padora dos escravos, adquiriram dos her deiros de Vicente de Sampaio Gois o
sítio "Capivari-Mirim" e uma parte da "Serra d'Agua", na direção de Itaici « Indaiatuba, por 23 contos de réis. Me
veira Cruz, pela importância de 29 con
assim à propriedade inicial mais 20 mil pés de café, terras para novas culturas, muito pasto e alguns edifícios. Tudo parecia tavorecer o espírito em
preendedor e tenaz dêsses trabalhado res agrícolas. O preço das terras subia auspiciosamente. Co-herdeiro de Joa quim Sampaio Gois, o dr. João Sam paio Ferraz achou interessante vender, cm 1892, a fazenda "Santa Maria" aos irmãos Ambiel, a José Gut e aos irmãos
à vista, a outra metade a prestações,
Bannwart. Fê-lo em 1891 pela" impor
dentro do prazo de um ano. Auxiliou-os
tância de 110 contos de réis. Pôsto em
nesse desiderato a família Villac, gente Daí deveria siuigir nno.s depois a
çolónÍR "Helvétia", Eip suf^
pri-
sim o gesto de João de Bannwart, que
já em 1892 gravara no frontespício de sua casa o brasão suíço, encimado por aquela designação.
Por essa época, segundo^ informações escritas dei.xadas por Antonm Ambiel,
que e.xercia as funções de agrônomo da
zona, a área adquirida pela maneira in
dicada chegava a 1.150 alqueires. Des ;ui- j ses, uma parte era cultivada, constituí do o Gestante de pastos e matas
tos de réis, o "Sítio Prado", confrontante do "Capivari". Incorporavam-se
tade desta importância deveria ser paga
da Suíça francesa e proprietária do "Hotel Europa", de Campinas.
"Schwand".
Substancialmente, estava fundado o nú cleo principal da colônia. Chamou-se
dores juridicamente li\Tes. Verificouse uma sensível desvalorização das fa
^ colônia helvética de "Sítio Grande"
Elas ti\-eram por objeto glebas em "Serra d'Âgua", "Vira-copos" e cm
Movimento dc expansão
íS v« Mana M Amgarten, nascida vieram ^va em Har-a
Os suíços de
wand", o qual continha cêrca de 4.000
cotejo com o da primeira transação, o
preço do novo negócio' foi sobremodo elevado, apesar dos 58.000 pés de café o dos muitos edifícios que passavam
para as novas mãos, A colônia helvética?
Último período
Além das já enumeradas, outras com pras ha\'iam concorrido, nos ummqs anos do século XDC, para que a coloma dos laboriosos camponeses .suíços che
gasse a uma tal extensão. Entre outras SC contam as realizadas por Luiz Ams
talden. em 1892 e a de Teodoro Bann wart em 1894. Houve ainda transfe rências de propriedade entre integrantes da mesma comunidade.
No primeiro decênio do século XX o
acréscimo do território foi de pouca monta. Mas a partir de 1910 se lhe
adicionaram mais 650 alqueires. Assim,
pode-se calcular em 1.8(X) alqueires a expansão territorial de "Helvétia" até
hoje,
Parji Q último anmçnto muito
Digmto EcoNÓAaco
52
fazia acompanhar de cinco filhos.
A
sem atender ao gnipo e à época de in
assim, chegaram sucessivamente, em
membros de uma só coletividade.
1883, as famílias de José Trottmann, de
mitiva era constituída de 468 alqueires
os colonos suíços de "Sítio Grande",
partir de então, diminuiu um pouco a afluência de imigrantes suíços. Ainda
Giswil, em 1883; de João Fanger, José
DicESTo EcoNÓ^^co
gresso
na
fazenda, consideravam-se A
%'ida e o trabalho na fazenda eram para eles a colônia. O patrão di.stinguia-os.
58
e meio e conta\a 44.500 pés de café que seis meses depois davam uma coIneita calculada em 7:350$000. Ha\àa ainda muita rcscr\a de feijão e dc milho. Além do casco da fazenda, en traram na compra 63 cabeças de gado
como se \é, crescia em área e importân
cia. Com o decorrer do tempo, a partir dessa época, aindfc novos ncréscimos foram feitos. O mais considerável dêles verificou-se em 1893. Nes.se ano, qs
irmãos Bannwart adquiriram de Porfirio do Amaral Campos, por 27 contos dc
Ii^eld, José Lotscher, Franscísco Ambiel-Reinert e Francisco Müller, em
como sua melhor divisão de trabalha
1884; João e Benedito Zumstein, de
dores; destacava-os como sua turma, sua.
bovino, 16 ca\alos c muares, 65 suínos
colônia. Nos arredores da fazenda eranii
22 ovelliaii, 6 carros, carroças, -casa
réis, o sítio denominado por êles "Schpés de café, terras para roça e pasto. Sucederam-se transações de menor vulto.
Gís\vil, em 1885; e finalmente em 1887
(maio e junho), um conjutno de 9 fa
conhecidos e admirados por todos.
dos escravos, casas de^ habitação, máqui
Os;
outros fazendeiors invejavam os Queiroz"Teles por causa dos suíços que, após O'
^sfcalden, que já aqui estivera em
luiram numa verdadeira elite de lavra--
nas de beneficiar café, moinho de fubá e a casa da fazenda. Tudo, contudo andava meio abandonado e e.\igia um sério c prolongado esforço de restau
c ru mais ^moça viúvadepois Von Zuben, com cuja filha se casara. En
dores".
ração.
mílias, perfazendo um total de 70 peschefiada por José
viuvando. pelas alturas de 1887, retor nara para Samen, onde nesse mesmo ano
afastamento dos elementos inúteis, evo--
O dr. Francisco Weizinger passa, env outro capítulo de seu livro, a narrar
fatos altamente curio.sos.
Lembra que-
convolou novas núpcias com Josefa Bu-
a abolição dos escravos, em 1888, teva-
cnnL^ A ® Ming cunhados, ^tómo
como efeito imediato uma grande falta, de braços para a lavoura, apesar da pre vidência de muitos proprietários pau listas, que já haviam engajado trabalha
e
1"® seus Maria Bu-
dier, com 5 fiUios, o acompanhassem em
í-
Chegava-se ao fim do século XIX.
As terras assim adquiridas pelos co lonos foram dÍNÚdidas em quatro partc.s iguais. Uma coube ao velho Ambicí,
oficialmente "Helvétia", consagrando as
associado com seu genro Benedito Anis-^
talden; outra, a sete de seus filhos; n terceira à família Bannwart e a quarta
Igualmente com 4. ® ^oísio Degelo,
zendas, sobre as quais se estenderam a-
las alturas de 1891 ôste último, os ir
estagnação e a ruína.
mãos Ambicl e Benedito Amstalden, num novo esforço progressista, conse
mento como o mais propício à conse
guiam comprar de Antônio Dias de Oli
cução do grande sonho que traziam de
deracSi-'"^''^^ seguintes consi derações. O agrupamento de tantos contenaneos do mesmo cantão Obwalden, hgados todos entre si pela mesma fe rebgiosa — a católica romana — pelos laços de parentesco e da amizade, ori undos todos da mesma camada social animados todos do mesmo objetivo de vida, e trabalhando todos no mesmo ramo agrícola, não podia ter denomii>uiça .
Onginàriamente ela "Colônia se apli-
cava apenas às pessoas de uma deter-
mmada circunscriçâo, as quais viviam e trabalhavam em conjunto, e não ao ter-
ntório, que
]^qs pertencia. Totjog
a Pedro Wolff. Passados três anos, pe
"Sítio Grande" compreenderam o mo
seu caritão nativo, isto é, a aquisiçãodo^df os colhemos no Uvro de terras próprias. Foi quando as fa Helvítía "Colônia gelas Escolas Proflss^on^ sJSsianas mílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e
Wolff reuniram seus haveres para a compra de uma propriedade agrícola. A 14 de abril de 1888, precisamente
um mês e um dia antes da lei emanci-
padora dos escravos, adquiriram dos her deiros de Vicente de Sampaio Gois o
sítio "Capivari-Mirim" e uma parte da "Serra d'Agua", na direção de Itaici « Indaiatuba, por 23 contos de réis. Me
veira Cruz, pela importância de 29 con
assim à propriedade inicial mais 20 mil pés de café, terras para novas culturas, muito pasto e alguns edifícios. Tudo parecia tavorecer o espírito em
preendedor e tenaz dêsses trabalhado res agrícolas. O preço das terras subia auspiciosamente. Co-herdeiro de Joa quim Sampaio Gois, o dr. João Sam paio Ferraz achou interessante vender, cm 1892, a fazenda "Santa Maria" aos irmãos Ambiel, a José Gut e aos irmãos
à vista, a outra metade a prestações,
Bannwart. Fê-lo em 1891 pela" impor
dentro do prazo de um ano. Auxiliou-os
tância de 110 contos de réis. Pôsto em
nesse desiderato a família Villac, gente Daí deveria siuigir nno.s depois a
çolónÍR "Helvétia", Eip suf^
pri-
sim o gesto de João de Bannwart, que
já em 1892 gravara no frontespício de sua casa o brasão suíço, encimado por aquela designação.
Por essa época, segundo^ informações escritas dei.xadas por Antonm Ambiel,
que e.xercia as funções de agrônomo da
zona, a área adquirida pela maneira in
dicada chegava a 1.150 alqueires. Des ;ui- j ses, uma parte era cultivada, constituí do o Gestante de pastos e matas
tos de réis, o "Sítio Prado", confrontante do "Capivari". Incorporavam-se
tade desta importância deveria ser paga
da Suíça francesa e proprietária do "Hotel Europa", de Campinas.
"Schwand".
Substancialmente, estava fundado o nú cleo principal da colônia. Chamou-se
dores juridicamente li\Tes. Verificouse uma sensível desvalorização das fa
^ colônia helvética de "Sítio Grande"
Elas ti\-eram por objeto glebas em "Serra d'Âgua", "Vira-copos" e cm
Movimento dc expansão
íS v« Mana M Amgarten, nascida vieram ^va em Har-a
Os suíços de
wand", o qual continha cêrca de 4.000
cotejo com o da primeira transação, o
preço do novo negócio' foi sobremodo elevado, apesar dos 58.000 pés de café o dos muitos edifícios que passavam
para as novas mãos, A colônia helvética?
Último período
Além das já enumeradas, outras com pras ha\'iam concorrido, nos ummqs anos do século XDC, para que a coloma dos laboriosos camponeses .suíços che
gasse a uma tal extensão. Entre outras SC contam as realizadas por Luiz Ams
talden. em 1892 e a de Teodoro Bann wart em 1894. Houve ainda transfe rências de propriedade entre integrantes da mesma comunidade.
No primeiro decênio do século XX o
acréscimo do território foi de pouca monta. Mas a partir de 1910 se lhe
adicionaram mais 650 alqueires. Assim,
pode-se calcular em 1.8(X) alqueires a expansão territorial de "Helvétia" até
hoje,
Parji Q último anmçnto muito
DiGESTO EcONÓ>DCO
contribuiu Benedito Amstalden.
Êste,
com seus filhos, comprou em 1913 a fazenda "Bela Vista", localizada em
Indaiatuba, a qual compreendia 225 alqueires de terras.
No mesmo senti
do agiram João Fanger, João Ifanger,
é falada por todos os integrantes da comunidade, mas êlcs conservam com carinlio o culto do idioma nativo, que transmitem aos filhos, como um belo
palrimònio cultural.
Es'ta orientação
Amstalden, que promoveu o ensino re ligioso.
nada menos de 280 alqueires, que foram divididos entre si. Pouco antes João Ifanger (João Galo), adquirira, na mes
que teve como seu nrimciro mestre o
ma zona, 100 alqueires, os quais em 1920 passaram para a família do fale
cido Inácio Ambiel. Finalmente, em 1928 José Ambiel comprou um sítio de Bento Roque. "Foi esta certamente a ultima e mais cara transação que por muito tempo se fez em "Jíelvétia", por que a derrocada do café e a crise mun-
dial tornaram impossíveis quaisquer ex
Ihe a instituição cio uma banda de mú sica e de um coro de cantores. A manu
tenção datjuela casa de ensino, através de 25 anos, (cm custado aos licK écios
grandes somas de dinheiro e enormes
sacrifícios, mus êlcs não a dispensam, como elemento necessário do seu pro gresso e.spiritual.
São Paulo e de outras partes do país.
inconfundível na zona agrícofa em que e.sta _ encastoada. As construções ali ermidas sao^ na sua maioria pitorescos chalets .suíços. A língua portuguesa
Espf-ciat. para o "Dicesto Econômico"
O A. retino, no presente artigo, alguns dados sôbre as crises de depressão e c'.v/mn.Ç(ío que marcaram a história do desenvolvimento
açucareiro no Brasil. E frisa que, embora autores como Sombart considerem a época do capitalismo primitivo como sujeita, do regra, a crises de sub-consumo, ao contrário do capitalismo de apogeu, em que só aparecem con/untiirns de prosperidade, no Brasil dos primeiros séculos notamos crises açucarciras ascendentes.
Eis, numa nmicla rcsenlia, a histó
ria do 'desenvofvimenlo de um exce
propriedade em questão não ultrapassa
Com o tempo, a colônia "Helvéfia" conquistou uma fisionomia que a hz
l-rltifs. r lün-tiir ila srcjan ile Oliras Raras ila PiWlut to íCadunn"
sr. João von Dc.scliwandcn. Seguia-sc-
lente ensaio de colonização, que pode
reis.
por José Honório Rodrigues |i'r(i|p«sür iti) ln<lili:lii "llio Braiiro", lio Minislériu lia HelacOc< Ei*
Em 1893 funclou-se ali uma escola,
pansões naquelas zonas" - comenta a proposito o dr. Francisco Weizineer. A
da a área de 2§ alqueires. Contudo custou nada menos de 100 contos de
\s umm
muito .se de\e à ação pe.ssoal do capelão
Luiz von Ali. e Carlos Lindrer, que adquiriram de Antônio Estanislau, por
36 contos de réis, naquele mesmo ano,
O
serv-ir de modelo para certas zonas de
Agora (jue tanto se fala da conveniên cia de se rcarticularem as boiTentes
imigratórias interrompidas, por efeito de
restrições de administrações passadas, julgamos oportuno o conliecimento des tes fatos, para a determinação de um critério mais justo e produtivo nas re
OS primeiros estudos siibre a for DESDE mação c desenvolvimento do sistema
rentes.
econômico capitalista verificou-se que havia sempre \'ariaçÕes cíclicas dc ne
nma teoria da Conjuntura, preferida
gócios e cris<'S contínuas ou descontínuas do próprio sistema. Ao contrário dos economista - clássicos, como Jnmcs Mill. Ricardo e Saiart Mill, que consideravam á economia isenta de crises, Malthus,
Sismondi c especialmente Karl Marx
lações ontre o canuponè.'; do origem
viam a estrutura econômica .sempre su
estrangeira c a nossa terra.
jeita a flutuações de caráter ondular. A vida ecoriómica teria fases dc expan
If
são, recessão o contração.
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA DO NORTE E SUL DO BRASIL
O presidente da Rpública recebeu do diretor da Estrado de Ferro Central
A Owen e
Aos poucos passa-se ràpída-
mente de uma teoria dos ciclos para
pçlos autores alemães. A conjuntura seria a totalidade das condições incontroláveis e invariáveis do , mercado, Mas na própria concepção do
que seja conjuntura \'ariam os economis-" tas modernos.
Se autores como Som
bart a consideram como o conjunto de condições do mercado, decisivas para a sorte de cada economia, dando assim mais atenção aos fatôres causais, os
economistas estatísticos, especialmente os
a Marx é que se devem as prinieiras observaçõc.s sôbre as crises, carisadas
americanos, usam o termo para distin guir as mudanças impre\'ísíve!s e tran
para o primeiro pela supercapitalização e para o íoitnndo pela acumulação ca
oscilações regularmente recorrentes.
sitórias de caráter fundamental ou as
Qualquer que seja porém a filiação
ao Brasil o seguinte telegrama:
pitalista.
Tenho a maior satisfação em comunicar a entrada, cm Morro Azul, da pri meira loconwtica da Central. Graças ao apoio recebido do governo e à dedicação dos engenheiros e trabalhadores que se empenharam nessa obra, termina assim a estrada a tarefa de aue foi incumbida, da ligação ferroviária do norte e sul do
O desen\'olvimcnto da teoria levou a análises minuciosas sôbre a série tempo
ram um campo enorme para as investi
ral da crise. Se para Marx, no capitulo
gações de história econômica.
Brasil. Comunico também, com igual satisfação, que ontem foi concluído o res tabelecimento da bitola larga entre as estações de Joaquim Murtinho e S. Jitlião, ))ermitindo-nos o carregamento, sem a haldeação anteriormente exigida, de várias
rr.atérias primas destinadas a Volta Redotula e outras usinas siderúrgicas. Renato Feio",
teórica do estudioso, a verdade é que op estudos sobre as crises cíclicas abri
do "Capital" em que trata da lei geral da acumul.íção capitalista, os ciclos du ravam dez anos, para Kondratief eles duravam de 40 a 600 anos e, para Kuznets, 25 anos. As explicações teóríca.s dos ciclos econômicos são várias e dife
Crises (íí'iicort>i'rfls ascendentes
A historicidacle da vida econômica
aparece nitiílamente nos estudos de his
tória das crises e de lüstória dos preços.
DiGESTO EcONÓ>DCO
contribuiu Benedito Amstalden.
Êste,
com seus filhos, comprou em 1913 a fazenda "Bela Vista", localizada em
Indaiatuba, a qual compreendia 225 alqueires de terras.
No mesmo senti
do agiram João Fanger, João Ifanger,
é falada por todos os integrantes da comunidade, mas êlcs conservam com carinlio o culto do idioma nativo, que transmitem aos filhos, como um belo
palrimònio cultural.
Es'ta orientação
Amstalden, que promoveu o ensino re ligioso.
nada menos de 280 alqueires, que foram divididos entre si. Pouco antes João Ifanger (João Galo), adquirira, na mes
que teve como seu nrimciro mestre o
ma zona, 100 alqueires, os quais em 1920 passaram para a família do fale
cido Inácio Ambiel. Finalmente, em 1928 José Ambiel comprou um sítio de Bento Roque. "Foi esta certamente a ultima e mais cara transação que por muito tempo se fez em "Jíelvétia", por que a derrocada do café e a crise mun-
dial tornaram impossíveis quaisquer ex
Ihe a instituição cio uma banda de mú sica e de um coro de cantores. A manu
tenção datjuela casa de ensino, através de 25 anos, (cm custado aos licK écios
grandes somas de dinheiro e enormes
sacrifícios, mus êlcs não a dispensam, como elemento necessário do seu pro gresso e.spiritual.
São Paulo e de outras partes do país.
inconfundível na zona agrícofa em que e.sta _ encastoada. As construções ali ermidas sao^ na sua maioria pitorescos chalets .suíços. A língua portuguesa
Espf-ciat. para o "Dicesto Econômico"
O A. retino, no presente artigo, alguns dados sôbre as crises de depressão e c'.v/mn.Ç(ío que marcaram a história do desenvolvimento
açucareiro no Brasil. E frisa que, embora autores como Sombart considerem a época do capitalismo primitivo como sujeita, do regra, a crises de sub-consumo, ao contrário do capitalismo de apogeu, em que só aparecem con/untiirns de prosperidade, no Brasil dos primeiros séculos notamos crises açucarciras ascendentes.
Eis, numa nmicla rcsenlia, a histó
ria do 'desenvofvimenlo de um exce
propriedade em questão não ultrapassa
Com o tempo, a colônia "Helvéfia" conquistou uma fisionomia que a hz
l-rltifs. r lün-tiir ila srcjan ile Oliras Raras ila PiWlut to íCadunn"
sr. João von Dc.scliwandcn. Seguia-sc-
lente ensaio de colonização, que pode
reis.
por José Honório Rodrigues |i'r(i|p«sür iti) ln<lili:lii "llio Braiiro", lio Minislériu lia HelacOc< Ei*
Em 1893 funclou-se ali uma escola,
pansões naquelas zonas" - comenta a proposito o dr. Francisco Weizineer. A
da a área de 2§ alqueires. Contudo custou nada menos de 100 contos de
\s umm
muito .se de\e à ação pe.ssoal do capelão
Luiz von Ali. e Carlos Lindrer, que adquiriram de Antônio Estanislau, por
36 contos de réis, naquele mesmo ano,
O
serv-ir de modelo para certas zonas de
Agora (jue tanto se fala da conveniên cia de se rcarticularem as boiTentes
imigratórias interrompidas, por efeito de
restrições de administrações passadas, julgamos oportuno o conliecimento des tes fatos, para a determinação de um critério mais justo e produtivo nas re
OS primeiros estudos siibre a for DESDE mação c desenvolvimento do sistema
rentes.
econômico capitalista verificou-se que havia sempre \'ariaçÕes cíclicas dc ne
nma teoria da Conjuntura, preferida
gócios e cris<'S contínuas ou descontínuas do próprio sistema. Ao contrário dos economista - clássicos, como Jnmcs Mill. Ricardo e Saiart Mill, que consideravam á economia isenta de crises, Malthus,
Sismondi c especialmente Karl Marx
lações ontre o canuponè.'; do origem
viam a estrutura econômica .sempre su
estrangeira c a nossa terra.
jeita a flutuações de caráter ondular. A vida ecoriómica teria fases dc expan
If
são, recessão o contração.
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA DO NORTE E SUL DO BRASIL
O presidente da Rpública recebeu do diretor da Estrado de Ferro Central
A Owen e
Aos poucos passa-se ràpída-
mente de uma teoria dos ciclos para
pçlos autores alemães. A conjuntura seria a totalidade das condições incontroláveis e invariáveis do , mercado, Mas na própria concepção do
que seja conjuntura \'ariam os economis-" tas modernos.
Se autores como Som
bart a consideram como o conjunto de condições do mercado, decisivas para a sorte de cada economia, dando assim mais atenção aos fatôres causais, os
economistas estatísticos, especialmente os
a Marx é que se devem as prinieiras observaçõc.s sôbre as crises, carisadas
americanos, usam o termo para distin guir as mudanças impre\'ísíve!s e tran
para o primeiro pela supercapitalização e para o íoitnndo pela acumulação ca
oscilações regularmente recorrentes.
sitórias de caráter fundamental ou as
Qualquer que seja porém a filiação
ao Brasil o seguinte telegrama:
pitalista.
Tenho a maior satisfação em comunicar a entrada, cm Morro Azul, da pri meira loconwtica da Central. Graças ao apoio recebido do governo e à dedicação dos engenheiros e trabalhadores que se empenharam nessa obra, termina assim a estrada a tarefa de aue foi incumbida, da ligação ferroviária do norte e sul do
O desen\'olvimcnto da teoria levou a análises minuciosas sôbre a série tempo
ram um campo enorme para as investi
ral da crise. Se para Marx, no capitulo
gações de história econômica.
Brasil. Comunico também, com igual satisfação, que ontem foi concluído o res tabelecimento da bitola larga entre as estações de Joaquim Murtinho e S. Jitlião, ))ermitindo-nos o carregamento, sem a haldeação anteriormente exigida, de várias
rr.atérias primas destinadas a Volta Redotula e outras usinas siderúrgicas. Renato Feio",
teórica do estudioso, a verdade é que op estudos sobre as crises cíclicas abri
do "Capital" em que trata da lei geral da acumul.íção capitalista, os ciclos du ravam dez anos, para Kondratief eles duravam de 40 a 600 anos e, para Kuznets, 25 anos. As explicações teóríca.s dos ciclos econômicos são várias e dife
Crises (íí'iicort>i'rfls ascendentes
A historicidacle da vida econômica
aparece nitiílamente nos estudos de his
tória das crises e de lüstória dos preços.
rTT?r
- Ir^
57
Digesto EcoNÓ^^co
56
Digesto Eco^;ó^0co
No Brasil, infelizmente, pouco se tem
coisa com que todo ésso Brasil se eno
abalaram^ ^tudar as crises que nos
brece, muito antes, já em 22 de abril do 1669, d. Diogo de Menezes escre
feunir, aqui, alguns dados sô-
cnses de depressão e expansão
que marcaram a história do desenvolvi-
n o açucareiro no Brasil. É preciso nsar que embora autores como Sombart
dadeiras minas do Brasil são o açúcar
ri«
contínuo e progressivo crescimento açu
^ prosperidade, no Brasil secidos vamos notar crises açucareiras ascendentes. espantoso
crenado ?
§ão dtwrin
dentes sIZ?
'
colonial en-
economia mundial,
ciclos ascen^
^ segundo aquela teoria. m , ^"ndados os primeiros estabelecimen
W tos São VicentrSmbucoaçucareiros e Vila da em Rainha (atual Campos)
foi iniciada a exportação dos primeiros açúcares brasileiros em 1545. ^pSle-se s^eculo XVI ate os primeiros ataques
holandeses, teve uma marcha iniXrrupta e ascendente. Nos dois primd-
ros decenios do século XVII era iá o Brasil smgular no arrifício e desvelo com que seus primeiros colonos se en
tregavam a fama agrícola e ao fabrico
do a^car. É em 1618 que se escrevem
os 'Diálogos das Grandezas do Brasil" reflexo do poderio açucareiro do Brasil colonial.
Entre 1570 e 1624, época da primei
ra invasão holandesa, vivemos uma fase
crise. O acúcar continua ainda, até 1687, sua marcha progressiva. Crise de sub-produção Nesse século, porém, devido às in
vasões holandesas já se notam pequenas crises açucareiras. Nessa conjuntura não houve, porem, retraimento do mercado e a produção foi afetada apenas por motivos externos a ela própria, devidos 1^23, tôda a safra
feita com açúcar mascavado o redondo e as excessivas fintas e imposições que
diziam ainda esses Diálogos que o açúcar é a principal
causas a demora das viagens, a mistura
pesavam sôbre o produto desde a termi nação da guerra holandesa. Desde então, até 1738, o açúcar, em
Pernambuco, desde 1630 até 16^9 novarnente atacado pelos holandeses, in
bora continuando a ser o principal pro
duto do país, não voltará mais a seus
cendiados vários dos seus principais en genhos, perturbada sua tranquili^de, os cila na sua produção e vê perdida sua
dias primitivos de uma marcha ascen
dente imperturbável. De vez em quan
do pequenas crises interromperiam o seu
.igil
cipais gêneros do comércio do
declara que era notório a todos os
'
radores da Bahia e do seu Recôn »
o calamitoso e deplorável estado
9
se acha\-ain os senhores de engenn
os Ia\Tadores do país, que são os
vos do corpo político e civil- j
^ j
nómica brasileira nos inícios dos oi centos.
'
Depois dessa crise de
I
marca o início do abandono do
o a corrida mineira, pelo ouro e p quenas crises ocorrem, mas sem
J '
a mesma importância, porque o aç '
| ,
_ i
deixara de ser o principal produto país.
curso.
Vamos entrar na fase das
\'eremos a agricultura abandonada p
nanmuco devastado, semeada a camsangue pelos guerrilheiros, a
mento, como fez João Lúcio dos Santos,
Perdida entre 1645-
porque, na realidade, seus dados e.sta-
1655, data da composição da paz, a cultura e a fabricação pernambucanas, eleva-se enormemente o preço pela crise
tísticos e informações se referem muito
mais ao século XVII do que ao século XVIII.
É então o açúcar
Mas é em 1738 que ocorre, como no
baiano que especialmente supre os mer
caso de 1687, uma crise tão grave que
cados europeus.
,Lá
]
porém, o açúcar se recomporá de ' >
crise de 1738, nem as condições econo- i
micas que o mercado intemacional o rece ao produto brasileiro favorecem si. recuperação.
„
Síibenios por documentos auten i
Assim, em 1706, o governador
Antonil não pode ser usado como argu
princípio, e pelos restauradores organi
(
aventura dos diamantes; nunca man- |
geral do Brasil, Dom flodrigo da Cpsta.,.
buco um período de paz, de trabalho e de animação agrícolas entre os anos
v
\
Abandotw da aoricuhura
que nesse período mineiro a pro uça açucareira, bastante diminuida pelas t em uma carta retratava a péssima si "8âès"M'íÍiidicádas; 'sofre mesmo nesse tuação que atravessa o açúcar. As.sim seu grau limitado pequenas cnses, moti vadas pelas condições do meio geográ também em 1710 e 1737, quando houve fico. Ê assim que em 1751 grandes escassa produção açucareira. O livro de
preponderância anterior à invasão ho landesa. Segue-se então em Pernam
de sub-produção.
que propala os meios mais tes para suspender a ruína
diamante, naturalmente várias outras p
açucareira, Viegas capitula entre as suas
Afastados os hodandeses em 1625, re
lau Pereira da Sií\'a, num
seu "Parecer e Tratado feito sobre os excessivos impostos que caíram sôbre as lavouras do Brasil, arruinando o co sofismável dessa primeira c séria crise
compõe-se a produção baiana, enquanto
tória geral por aírans anos.
cumento ^de ser considerado^ um dos melhores sôbre a situaçao
mércio deste", que é um documento in
de 1624 e meia parte da de 1625 per deram-se no fogo das lutas.
cs senhores de engenho pedem a --gs-
meira que traz tôdas as conseqüências que se podem considerar como ruinosas à economia colonial. As pequenas e passageiras* perdas de safras que às vêzes se podiam indicar neste ou naquele ano nfio constituiram umá depressão de tão graves conseqüências como esta. No
È assim que
aos ataques holandeses.
zados mais tarde.
c^ci0r6s.
super-produção açucareira. É ela a pri
êsse largo período nenhum sinal de
que não se trajava em Madrid melhor
e outros homens afazendados e mer-
caracterizada a primeira crise séria de
careiro, sem que se observe durante
ue 1639-1645. Em 45 é novamente Per-
res de engenho, suas mulheres e filhas,
ses iniciam nas Antillias a concorrência ao produto brasileiro. Em 1687, com o parecer de João Pei.xoto Viegas está
fase de intensificação da produção e de
de expansão da cultura, do fabrico e do comércio. As riquezas da Colônia eram então atestadas pelos "Diálogos", por Bmndônio, quando diz a Alviano do que se trajavam no Brasil os senho
ra que se estende até 1687. É nesse pe ríodo que os colonos franceses e inglê-
c o pau Brasil. Vivemos, assim, entre 1570, data em
que escreNÍa Gandavo, até 1618, uma
sujeita, de regra, a crises ao contrário do capiapogeu em que só aparecem
Expulsos os holandeses definitivamen te, em 1655, temos um período grande de recuperação da produção açucarei-
vera a sua famosa frase de que as ver
^nsiderem a época do capitalismo pri♦oi-
Após a expulsão dos Jwlandeses
chuvas prejudicam as colheitas e em
1755 uma grande seca toma escassa a
produção açucareira.
Quando, por volta de 1775, decai a prraução mineira, volta-se novamente à . agricultura. Os povos se entregam à faina agrícola e o açúcar, embora não
Yoltç aos seus belos e bons tempos,
rTT?r
- Ir^
57
Digesto EcoNÓ^^co
56
Digesto Eco^;ó^0co
No Brasil, infelizmente, pouco se tem
coisa com que todo ésso Brasil se eno
abalaram^ ^tudar as crises que nos
brece, muito antes, já em 22 de abril do 1669, d. Diogo de Menezes escre
feunir, aqui, alguns dados sô-
cnses de depressão e expansão
que marcaram a história do desenvolvi-
n o açucareiro no Brasil. É preciso nsar que embora autores como Sombart
dadeiras minas do Brasil são o açúcar
ri«
contínuo e progressivo crescimento açu
^ prosperidade, no Brasil secidos vamos notar crises açucareiras ascendentes. espantoso
crenado ?
§ão dtwrin
dentes sIZ?
'
colonial en-
economia mundial,
ciclos ascen^
^ segundo aquela teoria. m , ^"ndados os primeiros estabelecimen
W tos São VicentrSmbucoaçucareiros e Vila da em Rainha (atual Campos)
foi iniciada a exportação dos primeiros açúcares brasileiros em 1545. ^pSle-se s^eculo XVI ate os primeiros ataques
holandeses, teve uma marcha iniXrrupta e ascendente. Nos dois primd-
ros decenios do século XVII era iá o Brasil smgular no arrifício e desvelo com que seus primeiros colonos se en
tregavam a fama agrícola e ao fabrico
do a^car. É em 1618 que se escrevem
os 'Diálogos das Grandezas do Brasil" reflexo do poderio açucareiro do Brasil colonial.
Entre 1570 e 1624, época da primei
ra invasão holandesa, vivemos uma fase
crise. O acúcar continua ainda, até 1687, sua marcha progressiva. Crise de sub-produção Nesse século, porém, devido às in
vasões holandesas já se notam pequenas crises açucareiras. Nessa conjuntura não houve, porem, retraimento do mercado e a produção foi afetada apenas por motivos externos a ela própria, devidos 1^23, tôda a safra
feita com açúcar mascavado o redondo e as excessivas fintas e imposições que
diziam ainda esses Diálogos que o açúcar é a principal
causas a demora das viagens, a mistura
pesavam sôbre o produto desde a termi nação da guerra holandesa. Desde então, até 1738, o açúcar, em
Pernambuco, desde 1630 até 16^9 novarnente atacado pelos holandeses, in
bora continuando a ser o principal pro
duto do país, não voltará mais a seus
cendiados vários dos seus principais en genhos, perturbada sua tranquili^de, os cila na sua produção e vê perdida sua
dias primitivos de uma marcha ascen
dente imperturbável. De vez em quan
do pequenas crises interromperiam o seu
.igil
cipais gêneros do comércio do
declara que era notório a todos os
'
radores da Bahia e do seu Recôn »
o calamitoso e deplorável estado
9
se acha\-ain os senhores de engenn
os Ia\Tadores do país, que são os
vos do corpo político e civil- j
^ j
nómica brasileira nos inícios dos oi centos.
'
Depois dessa crise de
I
marca o início do abandono do
o a corrida mineira, pelo ouro e p quenas crises ocorrem, mas sem
J '
a mesma importância, porque o aç '
| ,
_ i
deixara de ser o principal produto país.
curso.
Vamos entrar na fase das
\'eremos a agricultura abandonada p
nanmuco devastado, semeada a camsangue pelos guerrilheiros, a
mento, como fez João Lúcio dos Santos,
Perdida entre 1645-
porque, na realidade, seus dados e.sta-
1655, data da composição da paz, a cultura e a fabricação pernambucanas, eleva-se enormemente o preço pela crise
tísticos e informações se referem muito
mais ao século XVII do que ao século XVIII.
É então o açúcar
Mas é em 1738 que ocorre, como no
baiano que especialmente supre os mer
caso de 1687, uma crise tão grave que
cados europeus.
,Lá
]
porém, o açúcar se recomporá de ' >
crise de 1738, nem as condições econo- i
micas que o mercado intemacional o rece ao produto brasileiro favorecem si. recuperação.
„
Síibenios por documentos auten i
Assim, em 1706, o governador
Antonil não pode ser usado como argu
princípio, e pelos restauradores organi
(
aventura dos diamantes; nunca man- |
geral do Brasil, Dom flodrigo da Cpsta.,.
buco um período de paz, de trabalho e de animação agrícolas entre os anos
v
\
Abandotw da aoricuhura
que nesse período mineiro a pro uça açucareira, bastante diminuida pelas t em uma carta retratava a péssima si "8âès"M'íÍiidicádas; 'sofre mesmo nesse tuação que atravessa o açúcar. As.sim seu grau limitado pequenas cnses, moti vadas pelas condições do meio geográ também em 1710 e 1737, quando houve fico. Ê assim que em 1751 grandes escassa produção açucareira. O livro de
preponderância anterior à invasão ho landesa. Segue-se então em Pernam
de sub-produção.
que propala os meios mais tes para suspender a ruína
diamante, naturalmente várias outras p
açucareira, Viegas capitula entre as suas
Afastados os hodandeses em 1625, re
lau Pereira da Sií\'a, num
seu "Parecer e Tratado feito sobre os excessivos impostos que caíram sôbre as lavouras do Brasil, arruinando o co sofismável dessa primeira c séria crise
compõe-se a produção baiana, enquanto
tória geral por aírans anos.
cumento ^de ser considerado^ um dos melhores sôbre a situaçao
mércio deste", que é um documento in
de 1624 e meia parte da de 1625 per deram-se no fogo das lutas.
cs senhores de engenho pedem a --gs-
meira que traz tôdas as conseqüências que se podem considerar como ruinosas à economia colonial. As pequenas e passageiras* perdas de safras que às vêzes se podiam indicar neste ou naquele ano nfio constituiram umá depressão de tão graves conseqüências como esta. No
È assim que
aos ataques holandeses.
zados mais tarde.
c^ci0r6s.
super-produção açucareira. É ela a pri
êsse largo período nenhum sinal de
que não se trajava em Madrid melhor
e outros homens afazendados e mer-
caracterizada a primeira crise séria de
careiro, sem que se observe durante
ue 1639-1645. Em 45 é novamente Per-
res de engenho, suas mulheres e filhas,
ses iniciam nas Antillias a concorrência ao produto brasileiro. Em 1687, com o parecer de João Pei.xoto Viegas está
fase de intensificação da produção e de
de expansão da cultura, do fabrico e do comércio. As riquezas da Colônia eram então atestadas pelos "Diálogos", por Bmndônio, quando diz a Alviano do que se trajavam no Brasil os senho
ra que se estende até 1687. É nesse pe ríodo que os colonos franceses e inglê-
c o pau Brasil. Vivemos, assim, entre 1570, data em
que escreNÍa Gandavo, até 1618, uma
sujeita, de regra, a crises ao contrário do capiapogeu em que só aparecem
Expulsos os holandeses definitivamen te, em 1655, temos um período grande de recuperação da produção açucarei-
vera a sua famosa frase de que as ver
^nsiderem a época do capitalismo pri♦oi-
Após a expulsão dos Jwlandeses
chuvas prejudicam as colheitas e em
1755 uma grande seca toma escassa a
produção açucareira.
Quando, por volta de 1775, decai a prraução mineira, volta-se novamente à . agricultura. Os povos se entregam à faina agrícola e o açúcar, embora não
Yoltç aos seus belos e bons tempos,
58
apresenta sinais de melhoria em relaçfjo
Dicesto Eco^•ó^aco
Dicesto Econômico
verdade c cjiie a economia açucareira no
dc 1918, vãó se reanimando novamente
tre 1680-1812 o açúcar caía cm 902
Brasil não le\e, ncs.scs anos dc iniciativa
a produção c a indústria, atingindo por
O Visconde de Cairü, José da SiKa
do .sua produção. É .siifieientc exanii-
LisbcM, escrevendo em 18 de outubro
narmo.r as nova.s cifras a partir dc 1812
inteiramente capitalista, dias felizes. A cri.sc (|iie sc iniciou na lavoura, de modo gera!, em 1875 c culminou em
ção de tal natureza que pro\oca as osci lações baixistas dos preços do açúcar e
aos auo.s de 1738-1755.
de 1/81 a Domingos Vandelli, mostra que a contínua subida do prego do açú car a partir de 1776 impedira a deca dência <jue SC iniciara com a crise de
168/. Por toda parte o prego maior des
pertava a indolência de muitos e permi tia a solvência dos débitos.
O fator interno é o abandono da mira
gem do ouro e dos diamantes. O fator externo c representado pelo afastamen
to do açúcar francês do mercado inter nacional. As lutas internas nas colô
nias ocidentais francesas provocam o abandono e perda da safra
Melhoria da produção Dai em diante vai-se acentuando uma
•sensível melhoria da produção açucaleira. A renovação dos métodos, incenjtvada pela própria administração de 1 ombal, a abertura de novas áreas açucaremis especialmente em São Paulo,
possibilitam o incremento da produção. Em relaçao ao período anterior, pode-se dizer que o açúcar novamente começa
industriai.s e comerciantes do açúcar, en
para c(ue apareçam as ra/.õe.s do cnlu-
riasino pelas grandes fábricas. A e.\porlação de açúcar, de 120 milhões de
libras em 1820, sobe a 165 milhões e '"'00 mil libras, cni 1833-34 c, num
asse a rotina tão obedecida ainda du Em 18/5, como 6 bastante conhecido
pelos estudiosos da historia econômica d.-. Brasil, tivemos uma enorme crise
da lavoura. Essa criso atinge a produ ção açucarcira por volta de 1880, che gando ao ápice* crítico em 1886. Utn aiin fatídico .
As memórias o os relatórios escritos
nesse ano fatidico para a ]'rodução açu carcira mostram que a c portação do
\'adas.
inteiramente novos, que se inicia a in-
cusüialização da lavoura, ,i constiiição
Coutinho determinava que o próprio go verno fizesse créditos à circulação. As
dc estradas e a inversão de capitais in
novas zonas se localizavam especialmen-
Foi nesse período, também, que o go
gleses nos engenhos centr;;;s ou usinas. verno, i)or decreto de 6 de novembro
.Mogi-Minm, Itú, Pôrto Feliz e Soro
do 1875, estabe.cceu as bases para a
caba. O crescimento vai se acentuando
concessão de garantia de juros aos en
de predomínio.
Basta lembrar que segundo os cálCU.OS feitos por um órgão ofioiul de
PRODUÇÃO PRIMÁRIA BRASILEIRA
Produção Anos
1.000 toneladas
índices
Nesse período de 1874-1886, como
sabemos, é que se inlroduxem métodos
de tal modo que se pode dizer oue
meça no\'a história. A história da inter-
rante o século 19.
cilidades dc crédito são agora íncentí-
entre 1820-1873 o açúâr vX a S
Ncnção na economia açucareira.
A partir
tes que a ação dos reformadores aba-
c.vportação de 1884.
tc em São Paulo, em Jundiai, Campinas.
dc depressã.) em 1901-190.5.
algarismo mais alto, antes /pie se introduzi.ssem melhoramentos e.s.senciais, an
ma os teoncos e práticos, vindos de al
Em 1799, Dom Rodrigo de Sousa
dos produtos derivacfos. Aí, então, co
contínuo CTcscimenlo, atinge, cm 1874,
guns reformadores que surgem desse sé culo, e da própria administração as fa
1886, pcrsi' l<> até o término da l.'* Grande Guerra, com um trrofimdo ciclo
a 306 milhões .571 mil libras. É êsto o
a(,Vicar na Bahia cairá em 40% da mé dia anual e a de'Rccif<^ sofria uma icdiiçao dc 14% em relaçao à média do quinqiiènio, ou 23% e;n relação à
a crescer extraordinariamente e que ao lado das inovações técnicas e dos esti
\(;lta de 1926 a 1930 uma superprodu
genhos centrais.
Apesar, porém, das proteções com que o governo decidiu amparar a industriali zação açucarelra, apesar dos grandes ca
pitais ínglôscs invertidos no negócio, a
por habitante ^ativo — tons.
Média anual de 1925/29 1930
16.400,0
^
18.265,9
1932 1934 19-36 1938
20.083,0 21.259,3
1940 1942
23.968,5
1944
25.147,3
22.996,0
24,510,1
25.373,6
Fonte: "Diário da Assembléia".
100 111 122 130 140 149 146
155 153
2,03 2,16
2,30 2,36
2,48 2,57 2,44
2,50 2,40
•
58
apresenta sinais de melhoria em relaçfjo
Dicesto Eco^•ó^aco
Dicesto Econômico
verdade c cjiie a economia açucareira no
dc 1918, vãó se reanimando novamente
tre 1680-1812 o açúcar caía cm 902
Brasil não le\e, ncs.scs anos dc iniciativa
a produção c a indústria, atingindo por
O Visconde de Cairü, José da SiKa
do .sua produção. É .siifieientc exanii-
LisbcM, escrevendo em 18 de outubro
narmo.r as nova.s cifras a partir dc 1812
inteiramente capitalista, dias felizes. A cri.sc (|iie sc iniciou na lavoura, de modo gera!, em 1875 c culminou em
ção de tal natureza que pro\oca as osci lações baixistas dos preços do açúcar e
aos auo.s de 1738-1755.
de 1/81 a Domingos Vandelli, mostra que a contínua subida do prego do açú car a partir de 1776 impedira a deca dência <jue SC iniciara com a crise de
168/. Por toda parte o prego maior des
pertava a indolência de muitos e permi tia a solvência dos débitos.
O fator interno é o abandono da mira
gem do ouro e dos diamantes. O fator externo c representado pelo afastamen
to do açúcar francês do mercado inter nacional. As lutas internas nas colô
nias ocidentais francesas provocam o abandono e perda da safra
Melhoria da produção Dai em diante vai-se acentuando uma
•sensível melhoria da produção açucaleira. A renovação dos métodos, incenjtvada pela própria administração de 1 ombal, a abertura de novas áreas açucaremis especialmente em São Paulo,
possibilitam o incremento da produção. Em relaçao ao período anterior, pode-se dizer que o açúcar novamente começa
industriai.s e comerciantes do açúcar, en
para c(ue apareçam as ra/.õe.s do cnlu-
riasino pelas grandes fábricas. A e.\porlação de açúcar, de 120 milhões de
libras em 1820, sobe a 165 milhões e '"'00 mil libras, cni 1833-34 c, num
asse a rotina tão obedecida ainda du Em 18/5, como 6 bastante conhecido
pelos estudiosos da historia econômica d.-. Brasil, tivemos uma enorme crise
da lavoura. Essa criso atinge a produ ção açucarcira por volta de 1880, che gando ao ápice* crítico em 1886. Utn aiin fatídico .
As memórias o os relatórios escritos
nesse ano fatidico para a ]'rodução açu carcira mostram que a c portação do
\'adas.
inteiramente novos, que se inicia a in-
cusüialização da lavoura, ,i constiiição
Coutinho determinava que o próprio go verno fizesse créditos à circulação. As
dc estradas e a inversão de capitais in
novas zonas se localizavam especialmen-
Foi nesse período, também, que o go
gleses nos engenhos centr;;;s ou usinas. verno, i)or decreto de 6 de novembro
.Mogi-Minm, Itú, Pôrto Feliz e Soro
do 1875, estabe.cceu as bases para a
caba. O crescimento vai se acentuando
concessão de garantia de juros aos en
de predomínio.
Basta lembrar que segundo os cálCU.OS feitos por um órgão ofioiul de
PRODUÇÃO PRIMÁRIA BRASILEIRA
Produção Anos
1.000 toneladas
índices
Nesse período de 1874-1886, como
sabemos, é que se inlroduxem métodos
de tal modo que se pode dizer oue
meça no\'a história. A história da inter-
rante o século 19.
cilidades dc crédito são agora íncentí-
entre 1820-1873 o açúâr vX a S
Ncnção na economia açucareira.
A partir
tes que a ação dos reformadores aba-
c.vportação de 1884.
tc em São Paulo, em Jundiai, Campinas.
dc depressã.) em 1901-190.5.
algarismo mais alto, antes /pie se introduzi.ssem melhoramentos e.s.senciais, an
ma os teoncos e práticos, vindos de al
Em 1799, Dom Rodrigo de Sousa
dos produtos derivacfos. Aí, então, co
contínuo CTcscimenlo, atinge, cm 1874,
guns reformadores que surgem desse sé culo, e da própria administração as fa
1886, pcrsi' l<> até o término da l.'* Grande Guerra, com um trrofimdo ciclo
a 306 milhões .571 mil libras. É êsto o
a(,Vicar na Bahia cairá em 40% da mé dia anual e a de'Rccif<^ sofria uma icdiiçao dc 14% em relaçao à média do quinqiiènio, ou 23% e;n relação à
a crescer extraordinariamente e que ao lado das inovações técnicas e dos esti
\(;lta de 1926 a 1930 uma superprodu
genhos centrais.
Apesar, porém, das proteções com que o governo decidiu amparar a industriali zação açucarelra, apesar dos grandes ca
pitais ínglôscs invertidos no negócio, a
por habitante ^ativo — tons.
Média anual de 1925/29 1930
16.400,0
^
18.265,9
1932 1934 19-36 1938
20.083,0 21.259,3
1940 1942
23.968,5
1944
25.147,3
22.996,0
24,510,1
25.373,6
Fonte: "Diário da Assembléia".
100 111 122 130 140 149 146
155 153
2,03 2,16
2,30 2,36
2,48 2,57 2,44
2,50 2,40
•
1 T—f| 1 DtcESTO EcoNÓ^^co
ms^('a €eoHcmteG,
va, por si mesmo, ao mercado de con sumo.
(guando a produção do ouro se fbcou no mais recôndito espaço do nosso ter ri tório, desde Minas até Goiás e Mato
Grosso, a questão dos transportes ainda
A Primeira Estrada de Eerro ttrasllejrd por Afonso Abinos de Melo Fhanco
61
Üspecial paua o "Dicesto EconÓxNííco"
não condicionava a solução da ativida
de econômica, apesar da grande distân
voUimento econômico do país estava
agora na deuendência imediata da so lução do problema do transporte ferro viário.
Então transformaram-se em realidade
as inócuas tentativas oficiais que tinham em 1835, sob a regência de
Enqtianto as exigências do café não se tornarem prementes, a política ferroviária
cia que separava esta atividade do lito ral e, consequentemente da e.xportação.
Naquele ano. ouando as estradas de ferro mal saiam do período e.xperimen-
ra se foi avolumando pelos morros e vales da bacia do Paraíba, tornou-se evidente
Advento do café
o govêrao regencial tentava, entre nós,
brasileira não passou de planos sem seguimento. Mas quando a produção cafeeique o lombo de burro não era mais veiculo suficiente para o seu escoamento e que o desenvolvimento econômico do país estava agora na dependência imediata da solução do problema do transporte ferroviário.
»O problema da produção, estando inti
mamente ligado ao do transporte,
apresenta, sob este ponto de vista, inte ressantes aspectos na nossa História Eco nômica.
Se considerarmos os grandes ciclos da economia brasileira, — açúcar, gado, ouro e café, — veremos que apenas em relação ao último colocou-se de manei
ra aguda a questão do transporte in
se era desvantajosa politicamente, pois colocava
os
centros
nobres
do
Brasil
de portas abertas para a cobiça estran geira, (quer em ataques ocasionais, co
mo o de Duguay Trouin, quer em epi sódios graves, como a ocupação holan
desa), por outro lado tornou possível
a existência de uma grande civilização agrícola sem transportes internos.
Enquanto os canaviais se empenaclia-
ta! na Inglaterra, seu país de origem,
A razão era simples e estava na gran«de concentração de valor da mercado ria exportada, fosse o ouro fôssem os «diamantes.
Unia tropa de burros, le
vando as arcas especiais fechadas com três chaves e carregadas de metal ou
pedras, representava unia festa para as autoridades reinois do Rio de Janeiro.
Não era preciso
nenhum
sistema de
transporte de grande capacidade.
O
frete de retorno também não era pe sado, porque muito pequena era a clas se consumidora das capitanias mineiras,
em relação à grande massa de traba
terno, do transporte terrestre. E, dada a época em que tal se verificou, foi
vam na marinha, o gado se estendeu pelo sertão. Mas o gado, na frase fa
possível conseguir-se uma solução satis fatória graças às estradas de ferro.
mosa, é a mercadoria que se transporta
consuino. Por isto também tropas de burros podiam se encarregar de levar
a si mesma.
na volta, serra acima, as garrafas de
A civilização do açúcar se estendeu
Nem de caminhos verda
deiros precisava, pois era por trilhas es-
tôda na marinha, e isto mesmo coni
consas e ínvias que as boiadas da Ja-
•grande predominância da zona com preendida entre Bahia e Pernambuco,
cobina atingiam, em meses de caminha
lhadores escravos ou em estado de sub-
vinho das Canárias, as sedas e perfu mes, os livros de Voltaire e Rousseau
da, o sertão bruto das gerais no tempo
importados pelos escassos grupos que dispunham de poder econômico.
dade maior dos centros consumidores
lo bezerro de ouro os "geralistas", como
forma de produção, cujo desenvolvimen
eram fatôres altamente favoráveis.
então também se chamavam os minei
onde a terra do massapé e a proximi Os
da descoberta do metal. Ofuscados pe
canaviais e os engenhos se sucediam na
ros, não tinham tempo para cultivar
orla
outro gado senão aquêle.
marítima, com
uma penetração
muito pequena para o interior. Eis o que tomou possível a enorme ej^ortação açucareira dos três primeiros séculos, enorme não só em valor mas também
Antonil es
creve a êste propósito: "Sendo a terra
que dá ouro esterilíssima de tudo que há mister para a vida humana, e não
monos estéril a maior parte dos cami
Mas o Império conheceu uma outra to colossal em breve exigiu providên cias enérgicas no sentido do transporte: -o café.
E a história das ferrovias im
periais é a história do café escravocrata. Enquanto as exigências do café não se tomaram prementes, a política ferro viária brasileira não passou de planos
nhos das minas, não se pode crer o que
muito primitivos de transporte terres
padeceram ao princípio os mineiros".
sem seguimento. Mas quando a pro dução cafeeira se, foi avolumando pe
tre. Pràticamente não havia
grande
Por isto, ajunta o vellio cronista, tinham
los morros e vales da bacia do Paraí
necessidade dêles, porquanto a ativida•de econômica se desenvolvia quase ao
oitavas de ouro por um boi descido da
em tonelagem, apoiada em sistemas
■alcance das naus.
Esta circunstância.
de pagar, por volta de 1703, até cem
Bahia.
Mas o fato é que o boi chega-
ba, tomou-se evidente que o lombo do burro não era mais veículo suficiente
para o seu escoamento e que o desen-
pelo decreto de_ 31 de outubro, esti mular a formação de companhias que
construíssem uma via férrea ligando o Rio às províncias de Minas, Rio Gran
de do Sul e Bahia.
Êste plano era evidentemente utópi co, e tinha objetivos muito mais po líticos que econômicos.
Bahia e Minas
eram então os grandes centros de inte
resse político. A primeira pela sua an
tiga tradição de sede do govêmo e também pelo renascimento da indústria açucareira, e a segunda pela sua maior população. Quanto ao Rio Grande, a
sua importância política provinha dos pruridos separatistas, levados ao auge pela extenuante guerra dos Farrapos, quo naquele ano tocava ao seu fim. Havia, assim, evidente interêsse po lítico do governo em unir as três pro
víncias à cabeça do Estado, que era o
Rio, da maneira mais rápida possível,
que era por trem de ferro.
, A década 1850-1860
Por falta de base econômica, que-
no caso queria dizer mercadorias a transportar, ninguém se arriscou ao em preendimento. Feijó tentou, então, lan
çar mão de capitais estrangeiros, tendo
liedido ao Marquês de Bamacena para
estudar as possibilidades da praça de Londres, em relação ao projeto. Mas
a resposta do encarregado da sondagemi foi que só seria possível arranjar di nheiro com escorchantes garantias de
1 T—f| 1 DtcESTO EcoNÓ^^co
ms^('a €eoHcmteG,
va, por si mesmo, ao mercado de con sumo.
(guando a produção do ouro se fbcou no mais recôndito espaço do nosso ter ri tório, desde Minas até Goiás e Mato
Grosso, a questão dos transportes ainda
A Primeira Estrada de Eerro ttrasllejrd por Afonso Abinos de Melo Fhanco
61
Üspecial paua o "Dicesto EconÓxNííco"
não condicionava a solução da ativida
de econômica, apesar da grande distân
voUimento econômico do país estava
agora na deuendência imediata da so lução do problema do transporte ferro viário.
Então transformaram-se em realidade
as inócuas tentativas oficiais que tinham em 1835, sob a regência de
Enqtianto as exigências do café não se tornarem prementes, a política ferroviária
cia que separava esta atividade do lito ral e, consequentemente da e.xportação.
Naquele ano. ouando as estradas de ferro mal saiam do período e.xperimen-
ra se foi avolumando pelos morros e vales da bacia do Paraíba, tornou-se evidente
Advento do café
o govêrao regencial tentava, entre nós,
brasileira não passou de planos sem seguimento. Mas quando a produção cafeeique o lombo de burro não era mais veiculo suficiente para o seu escoamento e que o desenvolvimento econômico do país estava agora na dependência imediata da solução do problema do transporte ferroviário.
»O problema da produção, estando inti
mamente ligado ao do transporte,
apresenta, sob este ponto de vista, inte ressantes aspectos na nossa História Eco nômica.
Se considerarmos os grandes ciclos da economia brasileira, — açúcar, gado, ouro e café, — veremos que apenas em relação ao último colocou-se de manei
ra aguda a questão do transporte in
se era desvantajosa politicamente, pois colocava
os
centros
nobres
do
Brasil
de portas abertas para a cobiça estran geira, (quer em ataques ocasionais, co
mo o de Duguay Trouin, quer em epi sódios graves, como a ocupação holan
desa), por outro lado tornou possível
a existência de uma grande civilização agrícola sem transportes internos.
Enquanto os canaviais se empenaclia-
ta! na Inglaterra, seu país de origem,
A razão era simples e estava na gran«de concentração de valor da mercado ria exportada, fosse o ouro fôssem os «diamantes.
Unia tropa de burros, le
vando as arcas especiais fechadas com três chaves e carregadas de metal ou
pedras, representava unia festa para as autoridades reinois do Rio de Janeiro.
Não era preciso
nenhum
sistema de
transporte de grande capacidade.
O
frete de retorno também não era pe sado, porque muito pequena era a clas se consumidora das capitanias mineiras,
em relação à grande massa de traba
terno, do transporte terrestre. E, dada a época em que tal se verificou, foi
vam na marinha, o gado se estendeu pelo sertão. Mas o gado, na frase fa
possível conseguir-se uma solução satis fatória graças às estradas de ferro.
mosa, é a mercadoria que se transporta
consuino. Por isto também tropas de burros podiam se encarregar de levar
a si mesma.
na volta, serra acima, as garrafas de
A civilização do açúcar se estendeu
Nem de caminhos verda
deiros precisava, pois era por trilhas es-
tôda na marinha, e isto mesmo coni
consas e ínvias que as boiadas da Ja-
•grande predominância da zona com preendida entre Bahia e Pernambuco,
cobina atingiam, em meses de caminha
lhadores escravos ou em estado de sub-
vinho das Canárias, as sedas e perfu mes, os livros de Voltaire e Rousseau
da, o sertão bruto das gerais no tempo
importados pelos escassos grupos que dispunham de poder econômico.
dade maior dos centros consumidores
lo bezerro de ouro os "geralistas", como
forma de produção, cujo desenvolvimen
eram fatôres altamente favoráveis.
então também se chamavam os minei
onde a terra do massapé e a proximi Os
da descoberta do metal. Ofuscados pe
canaviais e os engenhos se sucediam na
ros, não tinham tempo para cultivar
orla
outro gado senão aquêle.
marítima, com
uma penetração
muito pequena para o interior. Eis o que tomou possível a enorme ej^ortação açucareira dos três primeiros séculos, enorme não só em valor mas também
Antonil es
creve a êste propósito: "Sendo a terra
que dá ouro esterilíssima de tudo que há mister para a vida humana, e não
monos estéril a maior parte dos cami
Mas o Império conheceu uma outra to colossal em breve exigiu providên cias enérgicas no sentido do transporte: -o café.
E a história das ferrovias im
periais é a história do café escravocrata. Enquanto as exigências do café não se tomaram prementes, a política ferro viária brasileira não passou de planos
nhos das minas, não se pode crer o que
muito primitivos de transporte terres
padeceram ao princípio os mineiros".
sem seguimento. Mas quando a pro dução cafeeira se, foi avolumando pe
tre. Pràticamente não havia
grande
Por isto, ajunta o vellio cronista, tinham
los morros e vales da bacia do Paraí
necessidade dêles, porquanto a ativida•de econômica se desenvolvia quase ao
oitavas de ouro por um boi descido da
em tonelagem, apoiada em sistemas
■alcance das naus.
Esta circunstância.
de pagar, por volta de 1703, até cem
Bahia.
Mas o fato é que o boi chega-
ba, tomou-se evidente que o lombo do burro não era mais veículo suficiente
para o seu escoamento e que o desen-
pelo decreto de_ 31 de outubro, esti mular a formação de companhias que
construíssem uma via férrea ligando o Rio às províncias de Minas, Rio Gran
de do Sul e Bahia.
Êste plano era evidentemente utópi co, e tinha objetivos muito mais po líticos que econômicos.
Bahia e Minas
eram então os grandes centros de inte
resse político. A primeira pela sua an
tiga tradição de sede do govêmo e também pelo renascimento da indústria açucareira, e a segunda pela sua maior população. Quanto ao Rio Grande, a
sua importância política provinha dos pruridos separatistas, levados ao auge pela extenuante guerra dos Farrapos, quo naquele ano tocava ao seu fim. Havia, assim, evidente interêsse po lítico do governo em unir as três pro
víncias à cabeça do Estado, que era o
Rio, da maneira mais rápida possível,
que era por trem de ferro.
, A década 1850-1860
Por falta de base econômica, que-
no caso queria dizer mercadorias a transportar, ninguém se arriscou ao em preendimento. Feijó tentou, então, lan
çar mão de capitais estrangeiros, tendo
liedido ao Marquês de Bamacena para
estudar as possibilidades da praça de Londres, em relação ao projeto. Mas
a resposta do encarregado da sondagemi foi que só seria possível arranjar di nheiro com escorchantes garantias de
62
juros.
Dicesto EcoNÓAnco
Ficou desta forma sem efeito o
aviso de 3 de novembro de 1(S35, que
procurava captar na Europa os capi tais que a lei citada, promulgada pou
Digesto Econômico
rização ao governo para contratar com
Mauá. no fundo, teuloii uma ooiTida
uma ou mais cmprè.sa.s a construção de
de tempo com a Pedro II, cuja cons trução foi obrigada a vencer a serra
solução ferroviária. Muita gente, inclu sive do govémo, passou a descrer da
com os trilhos e limeis, num tremendo
encontrar em parte no Brasil.
um caminho de fcrii) que, partindo da Còrtc, fosse terminar no.s pontos mais con\enionlcs das províncias dc \finas e São Paulo.
campo, Mauá prosperou com a sua es
não era possível manter-se o ritmo e.x-
Outras leis se sucederam, -nacionais e provinciais, dando privilégios para cons
turalmente ligada à produção do café. Dias antes dèstc decreto legislativo, Irineu Evangelista de Sousa, (depois Vis
trada.
pansionista da produção cafeeira com aquele absiudo sistema dc transporte que
cos dias antes, tinha a esperança de
trução de estradas de ferro.
Mas ne
Tal con\eniúncia estava na
esforço. E eiKiuaiúo esteve sòzinlio cm Mas desde <]ue apareceu a con
corrência da Pedro 11 levo de abando
viabilidade e até da necessidade da ca
ríssima via de penetração que preten dia galgar a serra por aderência. Mas
u.sava roda de carro, trilho dc trem e
nar a partida.
nhuma delas teve execução.
conde de Mauá) por meio dc um de
As estradas de ferro só chegaram ao Brasil na década 1850-1860, por tantos
creto executivo dc 12 do mesmo mês
c ano, já tinlia conseguido pri\'iIégio
tifelos importantíssima na História Eco
para um sistema ini.sto de transportes,
segurando que ,i Pedro II, cjuando èle
pouco? quilômetros. O café estava exi gindo providências muito mais fortes e
construía a Mauá, "cru ainda um mito,
radicais.
nômica Nacional.
por água c por terra, ligando a Corte
uma idéia em embrião".
por barco até o porto de Estrela, e des te por ferrocarril até a Raiz da Serra
é muito exalo. Na \erdade o plano de construção da Pedro II, conforme de
Irul. Em 1858 terminava o primeiro
de Pctrópolis.
monstra o Consellieiro Cunha Galvão
começava a conquista da serra. Crls-
Nesta década o café do rio Paraíba
atingia ao inicio do seu rápido esplen dor e com ele tornou-se possível a in
trodução de uma série considerável de
melhoramentos materiais. Surgiu uma nova época para a arquitetura brasilei ra. Arquitetura urbana, que deixou nas cidades do Rio-São Paulo. Bahia o Recite os belos e maciços sobradões de que restam alguns poucos testemunhos.
Arquitetura rural que erigiu as admiraveis casas grandes das fazendas da ba
Mas, na realidade, a concessão da
•Mauá vinha sondo c.sliidada e negocia da na política provincial, desde antes destas duas leis.
Com efeito, a 27 de
abril daquele mesmo ano, Mauá obti-
vera do presidente do Rio de Janeiro, o Con.selhciro Pedreira (Visconde do
Bom Retiro, amigo intimo do impera dor), a concessão necessária para atra
cia do Paraíba, comparáveis, senão su periores aos melhores tipos de casa rural do tempo do açúcar e do ouro.
vessar com seu.s trilhos o território da quela província.
Veio o Codigo Comercial, veio a lei bancaria com a fusão do Banco do Co-
Plano de Mauá
mercio com o do Brasil, veio o telé-
pafo ele rico. o calçamento, os esgo
tos e a iluminação no Rio de Janeiro, weram, por fim, as estradas de ferro Era a civilização do café.
A primeira linha férrea
no .seu precioso livro "Notícia .sòbrc as E.stradas do Ferro do Brasí'.", publica do em Í'86ü, era também dc 1S52.
navio,
sucessivamente,
em "
Foi o drama da construção da Cen-
trecho, do Rio a Belém. Logo depois liano Otoni, diretor da e.strada. resol veu trazer técnicos americanos e já cm
1863 a linha chegava à Barra do Piraí.
Da leitura ateiT.a déste volume, que
Os túneis estavam construídos, a .serra
reúne cuidadosamente fatos c documen-
\'encida, de.sbruvado o vale de ouro. do
tos, chega-se á conclusão do que a Es trada de Ferro
Mauá contribuiu cmi
grande parte par.i as dificuldades mio tolheram o doseii^tjh-imcnto da Pedro
11, na sua prinii- ri fase. A defesa do
privilégio era grande e, através dela, se procurava iinnosr.bilitar a construção
da linha rival, muito melhor traçada,
café.
Logo cjue se abriu ao tráfego a Pe dro II — e é o próprio Mauá quem o reconhece, — a estradazlnha do porto
da Estiéla entrou em colapso. O café
passou a descer todo pela nova via, cU^ muito maior capacidade, e já em 1866 \ ia-se a concorrente incapaz na
feciro do Paraíba. Mas o processo que tinha em vista era muito complicado,
sem cremalhcira, c atingia os ccnlros
pe'a serra de Pelrópolis, pelo sistema do cremalhcira, que fizera estudar na
pois previa uma secção marítima, entre o Rio e Estrela, uma sccção ferroviária, entro Estrela e Raiz da Serra, uma par te eni estrada de rodagem, entre esta última localidade e Petrópolís, e linal-
Drama da, couslrução da Ceni.al
comunicação entre a Corto e o vale ca-
cia nao e muito familiar, nem mesmo se aferram h memória do
O que atraía Mauá neste dificultoso
trajeto, que exigia tantas baldeações da carga e tantos retardamentos na sua marcha, era a menor distancia e o me
nor custo das obras, comparativamente
de 26 de.junho'®g'slativo cfe 1852, número concedeu041auto^
Mas i.sto não
dc
.situação de suspender o tráfego.
mente outra vez trilhos, a partir da ci dade imperial até a zona do Paraíba.
grande Inneu Evangelista de Sousa.
Mauá justifica-se do êrro cometido as
casco
visto que subia a sen'a atravé,s dc tú neis, em linha de aderência simples,
O plano de Maná era estabelecer
famosa Mauá. Mais famosa do que ^conheci
da, pois sua breve e brilhante existên
Na sua aiilobiogralia o Visconde de
ao traçado, já em estudo, da planejada Estrada de Ferro Dom Pedro II, atual Central do Brasil.
produtores de café sem baldeação.
Outros interesses vieram auxiliar o da
Mauá.
A grande estrada de rodagem
União e Indústri;'., financiada pelo Ban
co do Brasil, vc'o facilitar o transporte do café da zona por ela servida, cjue ficava entre Pcíiópolis e Juiz de Fora, tomando mais remota a necessidade da
Irí-
neu ainda tenta construir uma linha
Suíça L-in 1872 por Pereira Pas,sos, o
futuro y: modclador do Rio de Janeiro.
Mas nada consegue. A serra de Pe-
tiópülis só foi galgada pelos trilhos mui to mais tarde, em 1883, pela chamada Estrada dc Ferro Grão Pará.
A e. t-i estrada foi incorporada afi nal a Múuá, e ambas em seguida absorN-iclas pela LcopoMina RaiKvay.
62
juros.
Dicesto EcoNÓAnco
Ficou desta forma sem efeito o
aviso de 3 de novembro de 1(S35, que
procurava captar na Europa os capi tais que a lei citada, promulgada pou
Digesto Econômico
rização ao governo para contratar com
Mauá. no fundo, teuloii uma ooiTida
uma ou mais cmprè.sa.s a construção de
de tempo com a Pedro II, cuja cons trução foi obrigada a vencer a serra
solução ferroviária. Muita gente, inclu sive do govémo, passou a descrer da
com os trilhos e limeis, num tremendo
encontrar em parte no Brasil.
um caminho de fcrii) que, partindo da Còrtc, fosse terminar no.s pontos mais con\enionlcs das províncias dc \finas e São Paulo.
campo, Mauá prosperou com a sua es
não era possível manter-se o ritmo e.x-
Outras leis se sucederam, -nacionais e provinciais, dando privilégios para cons
turalmente ligada à produção do café. Dias antes dèstc decreto legislativo, Irineu Evangelista de Sousa, (depois Vis
trada.
pansionista da produção cafeeira com aquele absiudo sistema dc transporte que
cos dias antes, tinha a esperança de
trução de estradas de ferro.
Mas ne
Tal con\eniúncia estava na
esforço. E eiKiuaiúo esteve sòzinlio cm Mas desde <]ue apareceu a con
corrência da Pedro 11 levo de abando
viabilidade e até da necessidade da ca
ríssima via de penetração que preten dia galgar a serra por aderência. Mas
u.sava roda de carro, trilho dc trem e
nar a partida.
nhuma delas teve execução.
conde de Mauá) por meio dc um de
As estradas de ferro só chegaram ao Brasil na década 1850-1860, por tantos
creto executivo dc 12 do mesmo mês
c ano, já tinlia conseguido pri\'iIégio
tifelos importantíssima na História Eco
para um sistema ini.sto de transportes,
segurando que ,i Pedro II, cjuando èle
pouco? quilômetros. O café estava exi gindo providências muito mais fortes e
construía a Mauá, "cru ainda um mito,
radicais.
nômica Nacional.
por água c por terra, ligando a Corte
uma idéia em embrião".
por barco até o porto de Estrela, e des te por ferrocarril até a Raiz da Serra
é muito exalo. Na \erdade o plano de construção da Pedro II, conforme de
Irul. Em 1858 terminava o primeiro
de Pctrópolis.
monstra o Consellieiro Cunha Galvão
começava a conquista da serra. Crls-
Nesta década o café do rio Paraíba
atingia ao inicio do seu rápido esplen dor e com ele tornou-se possível a in
trodução de uma série considerável de
melhoramentos materiais. Surgiu uma nova época para a arquitetura brasilei ra. Arquitetura urbana, que deixou nas cidades do Rio-São Paulo. Bahia o Recite os belos e maciços sobradões de que restam alguns poucos testemunhos.
Arquitetura rural que erigiu as admiraveis casas grandes das fazendas da ba
Mas, na realidade, a concessão da
•Mauá vinha sondo c.sliidada e negocia da na política provincial, desde antes destas duas leis.
Com efeito, a 27 de
abril daquele mesmo ano, Mauá obti-
vera do presidente do Rio de Janeiro, o Con.selhciro Pedreira (Visconde do
Bom Retiro, amigo intimo do impera dor), a concessão necessária para atra
cia do Paraíba, comparáveis, senão su periores aos melhores tipos de casa rural do tempo do açúcar e do ouro.
vessar com seu.s trilhos o território da quela província.
Veio o Codigo Comercial, veio a lei bancaria com a fusão do Banco do Co-
Plano de Mauá
mercio com o do Brasil, veio o telé-
pafo ele rico. o calçamento, os esgo
tos e a iluminação no Rio de Janeiro, weram, por fim, as estradas de ferro Era a civilização do café.
A primeira linha férrea
no .seu precioso livro "Notícia .sòbrc as E.stradas do Ferro do Brasí'.", publica do em Í'86ü, era também dc 1S52.
navio,
sucessivamente,
em "
Foi o drama da construção da Cen-
trecho, do Rio a Belém. Logo depois liano Otoni, diretor da e.strada. resol veu trazer técnicos americanos e já cm
1863 a linha chegava à Barra do Piraí.
Da leitura ateiT.a déste volume, que
Os túneis estavam construídos, a .serra
reúne cuidadosamente fatos c documen-
\'encida, de.sbruvado o vale de ouro. do
tos, chega-se á conclusão do que a Es trada de Ferro
Mauá contribuiu cmi
grande parte par.i as dificuldades mio tolheram o doseii^tjh-imcnto da Pedro
11, na sua prinii- ri fase. A defesa do
privilégio era grande e, através dela, se procurava iinnosr.bilitar a construção
da linha rival, muito melhor traçada,
café.
Logo cjue se abriu ao tráfego a Pe dro II — e é o próprio Mauá quem o reconhece, — a estradazlnha do porto
da Estiéla entrou em colapso. O café
passou a descer todo pela nova via, cU^ muito maior capacidade, e já em 1866 \ ia-se a concorrente incapaz na
feciro do Paraíba. Mas o processo que tinha em vista era muito complicado,
sem cremalhcira, c atingia os ccnlros
pe'a serra de Pelrópolis, pelo sistema do cremalhcira, que fizera estudar na
pois previa uma secção marítima, entre o Rio e Estrela, uma sccção ferroviária, entro Estrela e Raiz da Serra, uma par te eni estrada de rodagem, entre esta última localidade e Petrópolís, e linal-
Drama da, couslrução da Ceni.al
comunicação entre a Corto e o vale ca-
cia nao e muito familiar, nem mesmo se aferram h memória do
O que atraía Mauá neste dificultoso
trajeto, que exigia tantas baldeações da carga e tantos retardamentos na sua marcha, era a menor distancia e o me
nor custo das obras, comparativamente
de 26 de.junho'®g'slativo cfe 1852, número concedeu041auto^
Mas i.sto não
dc
.situação de suspender o tráfego.
mente outra vez trilhos, a partir da ci dade imperial até a zona do Paraíba.
grande Inneu Evangelista de Sousa.
Mauá justifica-se do êrro cometido as
casco
visto que subia a sen'a atravé,s dc tú neis, em linha de aderência simples,
O plano de Maná era estabelecer
famosa Mauá. Mais famosa do que ^conheci
da, pois sua breve e brilhante existên
Na sua aiilobiogralia o Visconde de
ao traçado, já em estudo, da planejada Estrada de Ferro Dom Pedro II, atual Central do Brasil.
produtores de café sem baldeação.
Outros interesses vieram auxiliar o da
Mauá.
A grande estrada de rodagem
União e Indústri;'., financiada pelo Ban
co do Brasil, vc'o facilitar o transporte do café da zona por ela servida, cjue ficava entre Pcíiópolis e Juiz de Fora, tomando mais remota a necessidade da
Irí-
neu ainda tenta construir uma linha
Suíça L-in 1872 por Pereira Pas,sos, o
futuro y: modclador do Rio de Janeiro.
Mas nada consegue. A serra de Pe-
tiópülis só foi galgada pelos trilhos mui to mais tarde, em 1883, pela chamada Estrada dc Ferro Grão Pará.
A e. t-i estrada foi incorporada afi nal a Múuá, e ambas em seguida absorN-iclas pela LcopoMina RaiKvay.
Dicesto EcoNÓAnco
as férias.
Seria ousado tlc.scrcver este
estado de coisas como um
CiNOURK ifngátiCTfrr^i-rif-rri^f^v '.SâA^ Como podem ser restaurados os incen tes são Oa dominadores dos aconteci 'm~\jrf.
tivos ao esfôrço e à iniciativa sem o
abandono da tendência à igualdade econômica? Como podem concüiar-se com o princípio da assistência social as
penali^des oriundas do malôgro e da preguiça? Como podem a cenoura e a j combinarem com uma vida
^raddvel para o burro? Embora não
dxscuta as diversas soluções que se re comendam para o problema, o presen te artigo^ formula a respeito algumas observações interessantes, baseadas na
vida contemporânea da Inglaterra.
JÁ se tornou evidente que a política econômica e social na Inglaterra, nes tes anos de transição, está sendo uma comda entre a impaciência natural de um povo cansado e o progresso da recuperação material. Não se pode ter
O govêmo não tem sido feliz, parti cularmente em matéria de abastecimen to, mas nenhum outro partido teria fei to melhor.
Esta observação, contudo, não esgo ta o assunto. O progresso dolorosa mente lento da recuperação neste país não pode ser explicado apenas pela falta de sorte — tanto mais que outros países, não extremamente mais felizes,
têm sido capazes do uma ação muito
mais rápida. Não se pode negar que há certa indolência nos movimentos bri
fenômeno
temporário de exaustão: muitos milhões de indivíduos se aeham oin condições
cm si mesma — que removeu a cenou
ra. As recompensas do èxi^o não ape
o mesmo fenômeno era igualmente vi
nas SC retraíram, como foram envene
sível quando a desculpa da exaustão
nadas, desde que a própria vitória co
não existia.
mercia! SC converteu, aos olhos de lar
Má pro\'àvclmentc agora
maior estabilidade, c as causas disso
merecem algum exume. A vara c a cenoura
O burro hiimano exige uma cenoura à frente, ou uma \ara atrás para se pôr em movimento. É comum dizer (|uc a mais importante das duas — o "incen tivo" — constitui a . atual pa]a\'ra de ordem.
Tôdas as classes da comunida
de alegam que apenas se receberem um
pouco mais na via do incentivo (a ex-
pensas do resto da coletividade) pode rão responder com um acrésciuio de ati\idade. De.sde os mineiros aos promo tores de companhia, o argumento bá sico é o mesmo. E não haja dúvidas
de que, dentio de certo.s limites, está certo: uma cenoura maior fará.que o
se observa em outras partes. O inde-
burro ande um pouco mais depressa.
dimento à ação que levou os anos de
guerra a um intervalo de frustração, as
ra como a vara, dc forma que hoje pouca coisa resta de uma c outra. Foi a paixão pela igualdade — excelente
de saúde e de o.spírito melhores qne
tânicos, públicos e privados, o que não
finível, mas inegável e secreto impe
sadas, tem sido eliminar tanto a cenou
em qualquer outra época. A'ém disso,
mentos, quando as mais das vezes não
passam de escravos das circunstâncias.
C5
gos círculos da sociedade, em positiva clcsgraça. Existe uma conspiração do
Tralíalho. do Capital e do Estado, em
penhados em negar à empresa as suas \antagens. O Estado r.s destroi sob a forma dc altos tributos. Todo ô pro
gresso econômico é, por definição, re presentado pelas reservas do trabalho.
Contudo, a atitude dos sindicatos ope- , nirios, vitoriosamente mantida, tem si do tal que apenas permite essas econo mias sob a condição de realmente nao
economizarem traballio. ^ A atitude do capital organizado não é em nada me lhor. O renhido movimento das asso
ciações comerciais tem tido grande êxi to na elaboração dc um código dc boa ética industrial, que coloca sob a qua lificação de "concorrência destruidora â
qualquer tentativa de se reduzirem os "
Mas será talvez mais realístico (embo ra isso tenha um traço do cinismo bru
custos e preços pela intensificação da
tal tão cncontradiço cm nossos dias)
liabilidade e da iniciativa. O industrial
certeza de que a corrida esteja sendo
causas ocultas do "Muito Pouco e Mui
ganha por esta ultima tendência. Mui tas das indicações \'isíveis do momen
afirmar-se que a vara se rc\este de
que descubra a maneira de baratear os bons produtos (o que aliás é o que
to Tarde" — estas teias de aranha fo
maior eficiência do que a cenoura. Pode
llie cabe fazer na terra) se vê privado
to são mesmo de que está sendo per
ram, ao que parece, apenas tempora
ser verdade que a razão dc o povo não
riamente varridas em 1940. A comu
trabalhar mais enèrgicamente está em
dida. Seria errôneo colocar-se tôda a
nidade britânica é sadia nos, seus mem-v
que adquire muito pouca coisa com os
gas dc qualquer recompensa social. Ao
bros 6 no seu fôlego, possui uma imen
seus salários.
invés de uma cenoura êle obtém uma
responsabilidade de tal malògrô nos ombros do govêmo de Sua Majestade. Um gabinete conservador seria mais rápido na revogação dos controles res
tritivos e menos disposto às soluções doutrinárias. Mas êle não teria, certa mente, gozado do grau realmente no
tável de paz industriai, que é um dos aspectos encorajadores da átualidade.•
Trata-se, de qualquer maneira, de um dos traços da vaidade humana, obser
vável nos políticos, pretender-se que ês-
Mas amda é mais certo
pelo Estado de tôda a sua recompensa
pecuniária e privado pelos seus cole
sa acumulação de critério subconscien
que êle não trabalha por temer que a
framboesa.
te, raramente pratica um erro muito
saca desapareça da tena e por consti
estúpido, a prudência constitui o seu caracterí.stÍGO, mas ela se move muito
tuir a Côrte de Falências uma área de
No campo dos salários O eme talvez não se saiba bem é riuo o mesmo processo tem sido ap.icado igualmente aos que vivem dc sa-
lentamente. Isto é certo não apenas
primida. Contudo, não c preciso, pa
âuanto aos negócios públicos. Por to-
ra tais fins, argumentar com as respecti vas influências da cenoura e da vara:
o o país, a história dos tempos pre
Basta admitir-se que, se uma econo
sentes tem sido a mesma: não há des
mia progressiva e ativa podo ser encon
contentamento ativo, mas também não
trada nas fragilidades da natureza hu
há ardor ou entusiasmo por coisa algu ma, a não ser os vários meios de gozar
mana, ambas são necessárias.
Mas todo o impulso da sociedade britânica, durante as duas gerações pas
hírios.'Simultàneamente a um nivela
mento por baixo das rendas verificou-se
lun nivelamento., por alto dos salários. Diárias e "semanas garantidas" decidi- * damente substituiram o pagamento por
tarefas, com a intenção deliberada dç -
Dicesto EcoNÓAnco
as férias.
Seria ousado tlc.scrcver este
estado de coisas como um
CiNOURK ifngátiCTfrr^i-rif-rri^f^v '.SâA^ Como podem ser restaurados os incen tes são Oa dominadores dos aconteci 'm~\jrf.
tivos ao esfôrço e à iniciativa sem o
abandono da tendência à igualdade econômica? Como podem concüiar-se com o princípio da assistência social as
penali^des oriundas do malôgro e da preguiça? Como podem a cenoura e a j combinarem com uma vida
^raddvel para o burro? Embora não
dxscuta as diversas soluções que se re comendam para o problema, o presen te artigo^ formula a respeito algumas observações interessantes, baseadas na
vida contemporânea da Inglaterra.
JÁ se tornou evidente que a política econômica e social na Inglaterra, nes tes anos de transição, está sendo uma comda entre a impaciência natural de um povo cansado e o progresso da recuperação material. Não se pode ter
O govêmo não tem sido feliz, parti cularmente em matéria de abastecimen to, mas nenhum outro partido teria fei to melhor.
Esta observação, contudo, não esgo ta o assunto. O progresso dolorosa mente lento da recuperação neste país não pode ser explicado apenas pela falta de sorte — tanto mais que outros países, não extremamente mais felizes,
têm sido capazes do uma ação muito
mais rápida. Não se pode negar que há certa indolência nos movimentos bri
fenômeno
temporário de exaustão: muitos milhões de indivíduos se aeham oin condições
cm si mesma — que removeu a cenou
ra. As recompensas do èxi^o não ape
o mesmo fenômeno era igualmente vi
nas SC retraíram, como foram envene
sível quando a desculpa da exaustão
nadas, desde que a própria vitória co
não existia.
mercia! SC converteu, aos olhos de lar
Má pro\'àvclmentc agora
maior estabilidade, c as causas disso
merecem algum exume. A vara c a cenoura
O burro hiimano exige uma cenoura à frente, ou uma \ara atrás para se pôr em movimento. É comum dizer (|uc a mais importante das duas — o "incen tivo" — constitui a . atual pa]a\'ra de ordem.
Tôdas as classes da comunida
de alegam que apenas se receberem um
pouco mais na via do incentivo (a ex-
pensas do resto da coletividade) pode rão responder com um acrésciuio de ati\idade. De.sde os mineiros aos promo tores de companhia, o argumento bá sico é o mesmo. E não haja dúvidas
de que, dentio de certo.s limites, está certo: uma cenoura maior fará.que o
se observa em outras partes. O inde-
burro ande um pouco mais depressa.
dimento à ação que levou os anos de
guerra a um intervalo de frustração, as
ra como a vara, dc forma que hoje pouca coisa resta de uma c outra. Foi a paixão pela igualdade — excelente
de saúde e de o.spírito melhores qne
tânicos, públicos e privados, o que não
finível, mas inegável e secreto impe
sadas, tem sido eliminar tanto a cenou
em qualquer outra época. A'ém disso,
mentos, quando as mais das vezes não
passam de escravos das circunstâncias.
C5
gos círculos da sociedade, em positiva clcsgraça. Existe uma conspiração do
Tralíalho. do Capital e do Estado, em
penhados em negar à empresa as suas \antagens. O Estado r.s destroi sob a forma dc altos tributos. Todo ô pro
gresso econômico é, por definição, re presentado pelas reservas do trabalho.
Contudo, a atitude dos sindicatos ope- , nirios, vitoriosamente mantida, tem si do tal que apenas permite essas econo mias sob a condição de realmente nao
economizarem traballio. ^ A atitude do capital organizado não é em nada me lhor. O renhido movimento das asso
ciações comerciais tem tido grande êxi to na elaboração dc um código dc boa ética industrial, que coloca sob a qua lificação de "concorrência destruidora â
qualquer tentativa de se reduzirem os "
Mas será talvez mais realístico (embo ra isso tenha um traço do cinismo bru
custos e preços pela intensificação da
tal tão cncontradiço cm nossos dias)
liabilidade e da iniciativa. O industrial
certeza de que a corrida esteja sendo
causas ocultas do "Muito Pouco e Mui
ganha por esta ultima tendência. Mui tas das indicações \'isíveis do momen
afirmar-se que a vara se rc\este de
que descubra a maneira de baratear os bons produtos (o que aliás é o que
to Tarde" — estas teias de aranha fo
maior eficiência do que a cenoura. Pode
llie cabe fazer na terra) se vê privado
to são mesmo de que está sendo per
ram, ao que parece, apenas tempora
ser verdade que a razão dc o povo não
riamente varridas em 1940. A comu
trabalhar mais enèrgicamente está em
dida. Seria errôneo colocar-se tôda a
nidade britânica é sadia nos, seus mem-v
que adquire muito pouca coisa com os
gas dc qualquer recompensa social. Ao
bros 6 no seu fôlego, possui uma imen
seus salários.
invés de uma cenoura êle obtém uma
responsabilidade de tal malògrô nos ombros do govêmo de Sua Majestade. Um gabinete conservador seria mais rápido na revogação dos controles res
tritivos e menos disposto às soluções doutrinárias. Mas êle não teria, certa mente, gozado do grau realmente no
tável de paz industriai, que é um dos aspectos encorajadores da átualidade.•
Trata-se, de qualquer maneira, de um dos traços da vaidade humana, obser
vável nos políticos, pretender-se que ês-
Mas amda é mais certo
pelo Estado de tôda a sua recompensa
pecuniária e privado pelos seus cole
sa acumulação de critério subconscien
que êle não trabalha por temer que a
framboesa.
te, raramente pratica um erro muito
saca desapareça da tena e por consti
estúpido, a prudência constitui o seu caracterí.stÍGO, mas ela se move muito
tuir a Côrte de Falências uma área de
No campo dos salários O eme talvez não se saiba bem é riuo o mesmo processo tem sido ap.icado igualmente aos que vivem dc sa-
lentamente. Isto é certo não apenas
primida. Contudo, não c preciso, pa
âuanto aos negócios públicos. Por to-
ra tais fins, argumentar com as respecti vas influências da cenoura e da vara:
o o país, a história dos tempos pre
Basta admitir-se que, se uma econo
sentes tem sido a mesma: não há des
mia progressiva e ativa podo ser encon
contentamento ativo, mas também não
trada nas fragilidades da natureza hu
há ardor ou entusiasmo por coisa algu ma, a não ser os vários meios de gozar
mana, ambas são necessárias.
Mas todo o impulso da sociedade britânica, durante as duas gerações pas
hírios.'Simultàneamente a um nivela
mento por baixo das rendas verificou-se
lun nivelamento., por alto dos salários. Diárias e "semanas garantidas" decidi- * damente substituiram o pagamento por
tarefas, com a intenção deliberada dç -
66
j° ^P^rário moroso o mes-
eem f?p aualifíra 7
operário ativo. A marartesão quasobre um trabalhador dcs-
fificado
?idem^
toma em con-
constitui .VenM "um" ° /Irt 'iponas uma pequena
ra Mnf ^ f
fraçuo
antes da primeira guerAlemanha. E assim como
grêmio, o operário cjue
advertido"pelo "3!""''?":™'? P°<'<= e«:t4 rn.ik j sindicato de que toco Ffe F
O
SecLenin" .° "«'^■■"icnto e do for-
podemos dizer" d^foT"'" ""-"r'
vIrSretr pelo mpnnc 1° nheiro) d
Dicesto Ecoxómico
Dicesto Ecünó>uco
i
^'inho do operário (ou
rendimento em di-
c modo.s dc rcnio\-cr a suas co.stas. O crescimento
orientação podem ser \islos iiiiin bre ve lance dc ollios ao estado técnico da
indústria britânica.
O inglês tí]>ico não
operário sabe que é imprová\'el perder o seu pôsto e que os seus sofrimentos serão limitados se is so acontecer. De resto, iá há indicios de que o admirável prin-i cipio do emprego pleno talveii
seja transportado para a prática do emprego fixo, a doutrina se- i
gundo a qual ninguém poderá
ser expelido de seu trabalho.
Estado técnico das indústrias ' • britânicas
O homem de negócios indês
9
em também, neste último quVrí .
to de século, encontrado meioí
Çiíc jazer?
inali\ idade. Mal sc jicrcchem um cheiro "de cenoura c uma sombra de \ara.
E
ainda nos admiramos dc cjiic o burro não romjia no sen trote.
É mais difícil rciluzir o argumento a têniios concretos do (jiu' di.scnti-Ios em termo.s gerais c ali.stratos. Mas isto
é básico.
As causas (luo conduzem a
Antes de a\ançarmos muito, até o
Estado planificado, algumas considera ções devem ser dedicadas a esse pro blema fundamental. Como podem ser restaurados os incentivos ao esforço n à iniciativa sem o abandono da tendên
cia à igualdade econômica? Como po
dem cx)nciliar-se com o princípio da assistência social as penalidades oriun
nações são ohscmas c muitas \êzcs in
das do malogro e da preguiça? Como
fará possíveis não ajionas o pagamento do seu jMÓprio custo de capital, mas
de vezes no j^assado.
ciada do custo original da má(|iii;ia an
concorrentes, c uinlios. cada (jual a seu modo, coiuicrsam mobilizados os moti
de fato seria presunção admitir-se que
vos que os levam à ação.
ficientemente claras.
também a substituição da parle depre
que a^UníI^^ foi nienos eliminada do
S"cf'a^^perfa^rP^^?"' » s3!®rs ^'•^■■-«^'rssistlncia se inteirameSr dL^ií^arecím^^T
Ninguém ganha coisa alguma com a ati\idadc ou sofre coisa alguma com a
decadência do c-sj^irito dc iniciativa nas
dc negócios rarunientc modernizam o
compreensível 1 nrnf ^ benefício-! fc ^ P^^oteçao e maiores o.s' te a nppoJ^'i 1 "^®oor, inevitàvelmenemorêpo ^'d^de da permanência no
ràpidamcnte se convertendo numa eco nomia de açúcar càndi.
comjjra uma no\a peça dc ma(|uiiúsmo até que seja convencido jielos seus contabilistas de que a redução nos custos
tiga.
poderia neg^r^o ^'-'"Syóni, atualmente,
sanções, mas agora, nos tempos pre-sentes, dc.s\ancccr.ini-sc inteiramente.
a bancarrota dos ineficieiilcs — mesmo
que o progres.so dos eficientes seja im pedido. Os rosuUados cfcli\os desta
fôrço que Sl.Tolrá'^"''""''™"'' "" da assistênfa sodar^^S'?
teriorc.s à guerra, os inccnti\üs e as
\ara de das asso
ciações comerciais, o aparecimento dos plano.s • do fixação dc prcço.s e par tilha dc mercados, lodo o ajxirelho do proteção, dc fato, é inspirado, em síntese, no desejo dc pre\-enir
67
E como este ínvcjá\el estado de
coi.sas raramente é obtido, os homens
tangíveis, mas mesmo assim são dcci-
jíodem a cenoura e a vara se combina
siva.s,
A Inglaterra .se
rem com uma vida agradável para o burro? Não é este o lugar próprio para
encontra atualmente entre dois grandes
uma discussão dos diversos remédios, e
cíimo
foi
c\'idi'nciado
centenas
Nos Esta
dos Unidos, prêmios tcnludores sempre
seu equipamento, achando mais fácil procurar a sua associação dc classe a
foram oferecidos aos ambiciosos, c ain
para a cobertura de seus custos nada
duraram muito.
fim de que lhe garanta uma boa parti lha do mercado, a proço.s suficientes racionais.
Mas mima economia de con
corrência, como a americana, cjuando uma firma adquire uma mácjuina niai.s eficiente e reduz (is jireços, tiklas as demais .sao obrigadas a aconipaniiá-la, ^ quer queiram, quer não.
Isto fi-
I nancciramento pode ser errôneo,
ma.s c tècnicamento progre.ssnvo.
Não constiliíí certamente uma coincidência o fato de os anos em que a indústria britânica de
caiu nos seus métodos técnicos
terem sido os anos cm que cia e o Estado cüiisjDiraram no sen tido da sujircssão da concorrência. Silnação presente
Todo o proccs.so de elimina ção da cenoura e da vara culmi nou nas circunstâncias c.xlraordi-
t , nárias dc boje cm dia. Reduzi dos já eram, nos anos an-
da o são hoje cm dia. Vcrificaram-sc algumas tentativas, na América, dc en
volver a vara cm \'c!ud(í, mas não per As diferenças no bem
estar entre o emprego c o descmprêgo, entre o êxito c o malogro, ainda são ali indiscuti\'clmcntc agudas, c o ofe
recimento aos incompetentes da prote ção das jiráticas restritivas (com a ex ceção consagrada das tarifas) contrária igualmente a lei da terra e a moral co mum.
A
economia
.soviética
fez
uma
as respostas a tais perguntas sejam su
Mas algumas ob-
scr\ açõ^s preliminares não estarão aqui fora de tempo e lugar. Sugerem-se muitas maneiras para a restauração da cenoura. Algumas for
mas de pagamento por tarefas infletem na direção justa.
O mesmo acontece
com as tentativas de se preservarem
as margens de ganho reservadas para a maior perícia ou maior experiência — e 6 a margem real, segundo a tributa ção, o que importa.
Quanto mais as
oportunidades educacionais se nivelam, tanto mais segura se torna a concessão
de um bom prêmio à habilidade ou à
tentativa original jiara agir sem incen tivos ou sanções, mas há muito tempo os rcadotou. Atualmente, em (jualquer
inteligência.
jiarto do mundo, obscrva-sc a conces
llulvel — um limite que é sobremaneira
são do maior prêmio à habilidade, à inteligência, ao esforço ou (dentro dos limites de uma economia planificada) à iniciativa. E em toda parte, certamen te, são as mais
duras
as eominaçõos
Seria preciso reconhecer
que há um limite além do qual a tri butação do ganho pareceria desaconseultrapassado no momento.
E mesmo
que as incidências sejam mantidas para as largas acumula^es da prosperidade individual, não seria prudente nesta si
tuação colocar tautos obstáculos no ca
impostas à incomjictência ou à indo-"
minho do desenvolvimento das empre
lêncía.
sas.
a
Tanto a economia russa quanto
economia
americana
são,
confessada
Propriedades ou rendas coletivas
precisam ser distinguidas da proprieda
e dcliberadamenle, economias de vara
de ou renda indixnduais, e muito mais
ò cenoura.
sua\'emente tratadas.
Quanto á britânica, está
66
j° ^P^rário moroso o mes-
eem f?p aualifíra 7
operário ativo. A marartesão quasobre um trabalhador dcs-
fificado
?idem^
toma em con-
constitui .VenM "um" ° /Irt 'iponas uma pequena
ra Mnf ^ f
fraçuo
antes da primeira guerAlemanha. E assim como
grêmio, o operário cjue
advertido"pelo "3!""''?":™'? P°<'<= e«:t4 rn.ik j sindicato de que toco Ffe F
O
SecLenin" .° "«'^■■"icnto e do for-
podemos dizer" d^foT"'" ""-"r'
vIrSretr pelo mpnnc 1° nheiro) d
Dicesto Ecoxómico
Dicesto Ecünó>uco
i
^'inho do operário (ou
rendimento em di-
c modo.s dc rcnio\-cr a suas co.stas. O crescimento
orientação podem ser \islos iiiiin bre ve lance dc ollios ao estado técnico da
indústria britânica.
O inglês tí]>ico não
operário sabe que é imprová\'el perder o seu pôsto e que os seus sofrimentos serão limitados se is so acontecer. De resto, iá há indicios de que o admirável prin-i cipio do emprego pleno talveii
seja transportado para a prática do emprego fixo, a doutrina se- i
gundo a qual ninguém poderá
ser expelido de seu trabalho.
Estado técnico das indústrias ' • britânicas
O homem de negócios indês
9
em também, neste último quVrí .
to de século, encontrado meioí
Çiíc jazer?
inali\ idade. Mal sc jicrcchem um cheiro "de cenoura c uma sombra de \ara.
E
ainda nos admiramos dc cjiic o burro não romjia no sen trote.
É mais difícil rciluzir o argumento a têniios concretos do (jiu' di.scnti-Ios em termo.s gerais c ali.stratos. Mas isto
é básico.
As causas (luo conduzem a
Antes de a\ançarmos muito, até o
Estado planificado, algumas considera ções devem ser dedicadas a esse pro blema fundamental. Como podem ser restaurados os incentivos ao esforço n à iniciativa sem o abandono da tendên
cia à igualdade econômica? Como po
dem cx)nciliar-se com o princípio da assistência social as penalidades oriun
nações são ohscmas c muitas \êzcs in
das do malogro e da preguiça? Como
fará possíveis não ajionas o pagamento do seu jMÓprio custo de capital, mas
de vezes no j^assado.
ciada do custo original da má(|iii;ia an
concorrentes, c uinlios. cada (jual a seu modo, coiuicrsam mobilizados os moti
de fato seria presunção admitir-se que
vos que os levam à ação.
ficientemente claras.
também a substituição da parle depre
que a^UníI^^ foi nienos eliminada do
S"cf'a^^perfa^rP^^?"' » s3!®rs ^'•^■■-«^'rssistlncia se inteirameSr dL^ií^arecím^^T
Ninguém ganha coisa alguma com a ati\idadc ou sofre coisa alguma com a
decadência do c-sj^irito dc iniciativa nas
dc negócios rarunientc modernizam o
compreensível 1 nrnf ^ benefício-! fc ^ P^^oteçao e maiores o.s' te a nppoJ^'i 1 "^®oor, inevitàvelmenemorêpo ^'d^de da permanência no
ràpidamcnte se convertendo numa eco nomia de açúcar càndi.
comjjra uma no\a peça dc ma(|uiiúsmo até que seja convencido jielos seus contabilistas de que a redução nos custos
tiga.
poderia neg^r^o ^'-'"Syóni, atualmente,
sanções, mas agora, nos tempos pre-sentes, dc.s\ancccr.ini-sc inteiramente.
a bancarrota dos ineficieiilcs — mesmo
que o progres.so dos eficientes seja im pedido. Os rosuUados cfcli\os desta
fôrço que Sl.Tolrá'^"''""''™"'' "" da assistênfa sodar^^S'?
teriorc.s à guerra, os inccnti\üs e as
\ara de das asso
ciações comerciais, o aparecimento dos plano.s • do fixação dc prcço.s e par tilha dc mercados, lodo o ajxirelho do proteção, dc fato, é inspirado, em síntese, no desejo dc pre\-enir
67
E como este ínvcjá\el estado de
coi.sas raramente é obtido, os homens
tangíveis, mas mesmo assim são dcci-
jíodem a cenoura e a vara se combina
siva.s,
A Inglaterra .se
rem com uma vida agradável para o burro? Não é este o lugar próprio para
encontra atualmente entre dois grandes
uma discussão dos diversos remédios, e
cíimo
foi
c\'idi'nciado
centenas
Nos Esta
dos Unidos, prêmios tcnludores sempre
seu equipamento, achando mais fácil procurar a sua associação dc classe a
foram oferecidos aos ambiciosos, c ain
para a cobertura de seus custos nada
duraram muito.
fim de que lhe garanta uma boa parti lha do mercado, a proço.s suficientes racionais.
Mas mima economia de con
corrência, como a americana, cjuando uma firma adquire uma mácjuina niai.s eficiente e reduz (is jireços, tiklas as demais .sao obrigadas a aconipaniiá-la, ^ quer queiram, quer não.
Isto fi-
I nancciramento pode ser errôneo,
ma.s c tècnicamento progre.ssnvo.
Não constiliíí certamente uma coincidência o fato de os anos em que a indústria britânica de
caiu nos seus métodos técnicos
terem sido os anos cm que cia e o Estado cüiisjDiraram no sen tido da sujircssão da concorrência. Silnação presente
Todo o proccs.so de elimina ção da cenoura e da vara culmi nou nas circunstâncias c.xlraordi-
t , nárias dc boje cm dia. Reduzi dos já eram, nos anos an-
da o são hoje cm dia. Vcrificaram-sc algumas tentativas, na América, dc en
volver a vara cm \'c!ud(í, mas não per As diferenças no bem
estar entre o emprego c o descmprêgo, entre o êxito c o malogro, ainda são ali indiscuti\'clmcntc agudas, c o ofe
recimento aos incompetentes da prote ção das jiráticas restritivas (com a ex ceção consagrada das tarifas) contrária igualmente a lei da terra e a moral co mum.
A
economia
.soviética
fez
uma
as respostas a tais perguntas sejam su
Mas algumas ob-
scr\ açõ^s preliminares não estarão aqui fora de tempo e lugar. Sugerem-se muitas maneiras para a restauração da cenoura. Algumas for
mas de pagamento por tarefas infletem na direção justa.
O mesmo acontece
com as tentativas de se preservarem
as margens de ganho reservadas para a maior perícia ou maior experiência — e 6 a margem real, segundo a tributa ção, o que importa.
Quanto mais as
oportunidades educacionais se nivelam, tanto mais segura se torna a concessão
de um bom prêmio à habilidade ou à
tentativa original jiara agir sem incen tivos ou sanções, mas há muito tempo os rcadotou. Atualmente, em (jualquer
inteligência.
jiarto do mundo, obscrva-sc a conces
llulvel — um limite que é sobremaneira
são do maior prêmio à habilidade, à inteligência, ao esforço ou (dentro dos limites de uma economia planificada) à iniciativa. E em toda parte, certamen te, são as mais
duras
as eominaçõos
Seria preciso reconhecer
que há um limite além do qual a tri butação do ganho pareceria desaconseultrapassado no momento.
E mesmo
que as incidências sejam mantidas para as largas acumula^es da prosperidade individual, não seria prudente nesta si
tuação colocar tautos obstáculos no ca
impostas à incomjictência ou à indo-"
minho do desenvolvimento das empre
lêncía.
sas.
a
Tanto a economia russa quanto
economia
americana
são,
confessada
Propriedades ou rendas coletivas
precisam ser distinguidas da proprieda
e dcliberadamenle, economias de vara
de ou renda indixnduais, e muito mais
ò cenoura.
sua\'emente tratadas.
Quanto á britânica, está
Ô8
Dicesto Econômico
Para a restauração da vara, a pres Çí^o do ppírito de concorrência — o
crição principal deverá ser a ressurrei-
qual poderá certamente (embora tal vez com alguma dificuldade) combia propriedade pública. Nos ummos Ninte anos, a Inglaterra prati cou um êrro em que os americanos ja mais incidiram, ao conciliar a proteção contra o estrangeiro com a proteção restntiva interna. A legislação antitrust e anti-restritiva se acha cm grande atraso neste país, e quando vier poderá
^^1 tanto contra contra os os particulares. monopólios públicos como Urgem também uma perspectiva clara e providências contra alguns dos perigos inerentes ao pleno emprego. As condições presentes são bastantes para mostrar os horrores de um super-plenocmprègo. Trata-se de um ideal ina
tingível o trabaUio para todo homem, em todo dia. MedlcTas para evifar que
qiuxjquer indivíduo fique sem serviço
senão por curto espaço de tempo, uma taxa de desemprego de 5 por cento, sao não apenas suportáveis, mas abso
nomiu. O pleno emprego, de fato, não poderá \'eriricar-sc sem um milhão de pessoas sem trabalho. Talvez mais urgente do que tudo
seja uma forte dose de realismo na for mulação dos problemas humanos da in-. dústria.
Prelender-sc que seres huma
nos comuns sejam anjos ou filósofos (como o reivinclicam as doutrinas mar
xista e spenccriana) ou que, em con-
juinto, respondam satisfatoriamente às exigências do idealismo moral — quan do, de fato, mesmo no século XX, mui
tos dê'lcs são mais parecidos com os
Progressos do Brasil IX — Educação
por Séaward HcMnmv (Econoniisto inglês)
o povo precisa de unui instrução inais de acôrdo com a vida inoderua.
um comportamento que só poderá le var ao desastre. Pode ser verdade que a humanidade tenha a oportunidade, dentro de uma ou duas gerações, de remover ao menos a parte material da
maldição lançada sôbre ela ao tempo da Queda. Alas, expulsa por excesso de iniciativa, a humanidade não pode falhar no seu retorno ao Paraíso, jus
tamente quando avista os seus portões, por falta dessa mesma iniciativa. (De
"The Economist", edição de 29 de ju
nar mobilidade e elasticidade em eco-
nho 3e 1946).
Agcba, pretendo acentuar o valor da educação — o quarto fator essencial
no progresso econômico, social e polí tico do Brasil. Lembremo-nos de que os três pontos anteriormente discutidos foram: o povo, os seus recursos e o
clima em que trabalha.
Em artigo anterior (1), abordando o
assunto, quando pela primeira vez enun
ciei o que entendo por quatro fatores essenciais no desenvolvimento do país, mencionei uma justa observação do fa moso escritor H. G. Wells, agora, infe lizmente, para sempre silencioso. Os meus leitores devem recordar-se de que
êle escreveu, num penetrante livro a AUTOMÓVEIS EM CIRCULAÇÃO NA ARGENTINA \Gasolina consumida
Caminhões e ônibus ]
milhões de litros
1930
1932 1935 1938 1940
67.623
940 19.220
344.169 286.710
91.653 85.167
270.296
84.325 100.787 116.452
304.956 315.654
.
1942
125.000
325.000
Fonte: "Temas Econômicos" — Buenos Aires. . -f
■
, J. ,
.
173 380 903 824 899 1.145
1.125 1.282
mais claramente definidos num país
jovem como o Brasil — e são: 1) — o econômico; 2) o social e político.
No
primeiro, a nação, como um todo, tem,
a meu juízo, um papel secundário; no último, a sua influência pode ser pro- : funda, e o caráter e intensidade do il
progresso dependerão, indubitàvelmente, do -grau de iríltruçâo que as massas, em seu conjunto, hajam atingido. Do pon to de vista do progresso econômico, por tanto, eu atribuo muito pouca impor
tância ao padrão da educação do povo
em geral; do ponto de vista social e
Um estado moder
no de nada yale para os ile- . \\ Irados. Êstes constituem apenas um passo no sentido do
político, ela é evidentemente
capital para o bem est^ e o desenvolvimento do país. Pretendo ser o mais claro
tado".
possível, pois considero êste ponto um dos mais decisivos para os interêsses nacionais.
Mas eu não posso concor- \\ dar inteiramente com a opi
No êanipo econômico, como na esfera política, o grau e o
verdadeira carga para o Es- \
160.632
to-a apenas com importantes discrimi nações e reservas. Há dois caminhos principais no progresso de um país —
cação é a função primacial num estado
aperfeiçoamento, e são uma 1922 1925
nião do meu distinto compatriota. Acei
respeito dos Estados Unidos: "A edu moderno.
-
Carros de passageiros
^
particularmente importante na presente conjuntura, pois êste passando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordeni está mudando. Uma imva forma de vida está em evolução. A educação dadaà geração presente e a ser dada a tôdas as crwnpas nos duas ou três décadas prpxtnuzs poderá decidir quanto à forma que a nova sociedade venha a tonuir.
burros, conduzidos pelo desejo do ga nho ou o medo dá fome — constitui
lutamente necessárias para proporcio
Anos
(especial para o "DIOEST® ECONÓMIC*")
1598^5555 ■■
Ô8
Dicesto Econômico
Para a restauração da vara, a pres Çí^o do ppírito de concorrência — o
crição principal deverá ser a ressurrei-
qual poderá certamente (embora tal vez com alguma dificuldade) combia propriedade pública. Nos ummos Ninte anos, a Inglaterra prati cou um êrro em que os americanos ja mais incidiram, ao conciliar a proteção contra o estrangeiro com a proteção restntiva interna. A legislação antitrust e anti-restritiva se acha cm grande atraso neste país, e quando vier poderá
^^1 tanto contra contra os os particulares. monopólios públicos como Urgem também uma perspectiva clara e providências contra alguns dos perigos inerentes ao pleno emprego. As condições presentes são bastantes para mostrar os horrores de um super-plenocmprègo. Trata-se de um ideal ina
tingível o trabaUio para todo homem, em todo dia. MedlcTas para evifar que
qiuxjquer indivíduo fique sem serviço
senão por curto espaço de tempo, uma taxa de desemprego de 5 por cento, sao não apenas suportáveis, mas abso
nomiu. O pleno emprego, de fato, não poderá \'eriricar-sc sem um milhão de pessoas sem trabalho. Talvez mais urgente do que tudo
seja uma forte dose de realismo na for mulação dos problemas humanos da in-. dústria.
Prelender-sc que seres huma
nos comuns sejam anjos ou filósofos (como o reivinclicam as doutrinas mar
xista e spenccriana) ou que, em con-
juinto, respondam satisfatoriamente às exigências do idealismo moral — quan do, de fato, mesmo no século XX, mui
tos dê'lcs são mais parecidos com os
Progressos do Brasil IX — Educação
por Séaward HcMnmv (Econoniisto inglês)
o povo precisa de unui instrução inais de acôrdo com a vida inoderua.
um comportamento que só poderá le var ao desastre. Pode ser verdade que a humanidade tenha a oportunidade, dentro de uma ou duas gerações, de remover ao menos a parte material da
maldição lançada sôbre ela ao tempo da Queda. Alas, expulsa por excesso de iniciativa, a humanidade não pode falhar no seu retorno ao Paraíso, jus
tamente quando avista os seus portões, por falta dessa mesma iniciativa. (De
"The Economist", edição de 29 de ju
nar mobilidade e elasticidade em eco-
nho 3e 1946).
Agcba, pretendo acentuar o valor da educação — o quarto fator essencial
no progresso econômico, social e polí tico do Brasil. Lembremo-nos de que os três pontos anteriormente discutidos foram: o povo, os seus recursos e o
clima em que trabalha.
Em artigo anterior (1), abordando o
assunto, quando pela primeira vez enun
ciei o que entendo por quatro fatores essenciais no desenvolvimento do país, mencionei uma justa observação do fa moso escritor H. G. Wells, agora, infe lizmente, para sempre silencioso. Os meus leitores devem recordar-se de que
êle escreveu, num penetrante livro a AUTOMÓVEIS EM CIRCULAÇÃO NA ARGENTINA \Gasolina consumida
Caminhões e ônibus ]
milhões de litros
1930
1932 1935 1938 1940
67.623
940 19.220
344.169 286.710
91.653 85.167
270.296
84.325 100.787 116.452
304.956 315.654
.
1942
125.000
325.000
Fonte: "Temas Econômicos" — Buenos Aires. . -f
■
, J. ,
.
173 380 903 824 899 1.145
1.125 1.282
mais claramente definidos num país
jovem como o Brasil — e são: 1) — o econômico; 2) o social e político.
No
primeiro, a nação, como um todo, tem,
a meu juízo, um papel secundário; no último, a sua influência pode ser pro- : funda, e o caráter e intensidade do il
progresso dependerão, indubitàvelmente, do -grau de iríltruçâo que as massas, em seu conjunto, hajam atingido. Do pon to de vista do progresso econômico, por tanto, eu atribuo muito pouca impor
tância ao padrão da educação do povo
em geral; do ponto de vista social e
Um estado moder
no de nada yale para os ile- . \\ Irados. Êstes constituem apenas um passo no sentido do
político, ela é evidentemente
capital para o bem est^ e o desenvolvimento do país. Pretendo ser o mais claro
tado".
possível, pois considero êste ponto um dos mais decisivos para os interêsses nacionais.
Mas eu não posso concor- \\ dar inteiramente com a opi
No êanipo econômico, como na esfera política, o grau e o
verdadeira carga para o Es- \
160.632
to-a apenas com importantes discrimi nações e reservas. Há dois caminhos principais no progresso de um país —
cação é a função primacial num estado
aperfeiçoamento, e são uma 1922 1925
nião do meu distinto compatriota. Acei
respeito dos Estados Unidos: "A edu moderno.
-
Carros de passageiros
^
particularmente importante na presente conjuntura, pois êste passando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordeni está mudando. Uma imva forma de vida está em evolução. A educação dadaà geração presente e a ser dada a tôdas as crwnpas nos duas ou três décadas prpxtnuzs poderá decidir quanto à forma que a nova sociedade venha a tonuir.
burros, conduzidos pelo desejo do ga nho ou o medo dá fome — constitui
lutamente necessárias para proporcio
Anos
(especial para o "DIOEST® ECONÓMIC*")
1598^5555 ■■
70
Dioesto EcoNÓ2i.nco
cí^áter do progresso dependem da cstat^a mental, da fibra moral, da ini ciativa e da energia de poucos. Conu o,^ ao passo que na primeira hipó tese esses poucos se escolhem a si mes-
ttios, no último êles são (pelo menos numa democracia) eleitos pela massa pral dos votos populares — diretamenc n^o caso do presidente, e indiretanien e no caso dos ministros nomeados pelo chefe do Estado. No terreno econômico
realizam so relaciona (como já acen
i meíto
desenvolvi-
a inteligência, os hábitos o a capaci dade da massa liumana quo forma a nação.
Num país como o Brasil, onde
o maior número dc trabalhadores se emprega em atividades rurais, esta úl
tima circunstância não cle\c ser subes
timada, visto'<{iie as pessoas analfabe tas nao sao necessariamente destituídas
dc inteligência ou força dc raciocínio. Dc fato, eu tenho \crificado, na mi-
nlui Qxpcriêncifi ijcssoal, nas viagens (Iiic tenho realizado através cie regiões mais ou menos nrimitivas, que os anal
menos naturais que os indivíduos ins
truídos, pertencentes à mesma catego
pelo ^scernimento em ge"S dí. ® do eleitorado niedido
ria .social. Vivendo prôxiino.s da natu reza, e'cs sao dotados do sexto senti
escnlhí> ^ discernimento que revele na
protetor natural, e assim se impõem pe
nado t
XZ d!
governantes será condicio-
finalidade e quali-
merí*nir. educação. Se as massas so poderá ^ ser retardado ignorância, até oqueprogres o es^^^g^ça nas
no poder
tin-igentcs progressistas
Assim, economicamente, o padrão
sSíndárl!, secundário. O O
que importa, ® relativamente o que é
do do instinto, o qual age como um
rante aqueles cujos antepassados, du rante gerações e gerações, viveram nas
comuniclades urbanas aN'unçadas, qua-' SC perdendo desta maneira aquela pre ciosa faculdade, principal legado dos po vos primitivos.
As afirmações acima poderão aparen temente reduzir o \alor da educação como força progressiva, mas acredito oue um pequeno estudo da história e
vital vem a ser a quaUdade eduLcio- da evolução corrente poderá justifi na dos chefes industriais e comerciais. cá-las. Os que imaginam que um país' Politicamente, a instrução é da máxi ma importância para todos, ,visto que nao apenas deve haver camadas esàarecidas para a escolha de dirigentes
71
tuei no primeiro artigo desta série) com
naS econômicadedas nacionais, o progresso umatividades país de- fabetos, como classe, usualmente apre de^da educação e sentam um agudo senso dos valores e bSirr Própria possuem maior conhecimento dos fenô
frentP d iniciativa, se colocam à fe. e com. • .^"^P^eendimentos industriais
D1CE.ST0 EcoNÓivnco
não SC desenvolverá enquanto os seus nacionais forem, em sua maioria, anal
fabetos, devem lembrar-se de que a grandeza da Inglaterra se estabeleceu
ta relativamente recente, mesmo na In' glatcrra. Eu bem me lembro de sua primeira introdução. A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer o cn.sino
compulsório, c isto sc verifica\ a por lei aparecida nos primeiros tempos do século XIX, depois da derrota germânica em
leiia, cm face do.s cxército.s de NapoIcão. Mas êssc ensino não era livre, c
assim oprimia o mais possível o pobre c(ue desrespeitava a lei. Uin estado de coisas semelhante x'erifieou-.sc na In
glaterra em 1876, quando o compurecimento à escola .so tornou
mente admitido, não sabe ler nem es crever.
Primeiro, a riqueza Contudo. — , nao SC imagine que sou
:'ontrário à alfabetiznção cias massas nas
melhores condições posshcis para de terminado país. Mas sei que uma edu
cação dc primeira ordem custa dinhei O custo desse benefí
cio na Inglaterra que con ta Cíom uma população mais ou menos igual ,à do
advento do ensino livre só
se deu em 1891, quando o
Brasil — equi\'ale a mais
parlamento britânico deci
dc cinco \'êzes o total da
diu pagar as despesas es colares. A educação Ii\ re,
renda federal deste pais.
Assim, enquanto a renda
organizada polo Estado em estabelecimentos públi cos,
nacional
não
crescer,
a
educação deverá esperar,
só se verificou com o Bal-
four Act, em 1902.
Todos os que estudaram / a histósia da Inglaterra sa- ^ Manchoster se
ção das quais, segundo o que é oficial
ro.
obrigatório por disposição do governo cie Disraoli. O
bem que
so, sem devotar maiores atenções à edu cação geral das massas, uma larga por
^
por lastiiná\'d que èsle fa to seja. Contudo não de\ e ser ignorado que foram os ricos feitos pelo traba
lho dos operários analfa betos quo proporcionaram
eonserteii no maior centro
têxtil cio mundo, Braclford,
os funaos usados pelo go
no principal ]irüclulor dc /
verno britânico durante as
tecidos de lã, Shcflield, no
últimas décadas do último século na construção de es
produtor dos aços mais fi nos, Nottingham, no pro
colas, na fonnação de pro
dutor das mais belas ren
fessores, na ,aquisição de
das feitas a máquina, e assim por dian
livros c material didático, dc^ maneira
te, clc'cadas antes dc a nação britânica,
a oferecer a toda criança inglesa o bo-
como um todo, tornar-se alfabetizada no sentido moderno do termo. A edu
neiício e a inestimável vantagem dc
como também candidatos esclarecidos para o exercício do poder, entre os
antes de a instrução tornar-se compul sória em qualquer parte; de que todo o progresso industrial dos Estados Uni
cação não fez a Inglatena. Ela foi o
nação deva demonstrar a sua
dos so verificou praticamente num pe ríodo em que o seu povo, em grandes fracções, ainda não recebera qualquer
sub-produto de uma Inglaterra próspe
resolviclo por êsse meio, pela industria
ra e vitoriosa. A mesma coisa pode ser dita da França, da Alemanha, dos
c com proveito.
Estados Unidos, da Itália e outros paí
nômico, u importância da alfabetização nas massas tem sido superestimada. Na
em
ambas as esferas, por verá que o progresso,
clenenfl"'^f analise, e especificamente, tif^« educação dos poucos inves-
'i S Contudo, é pre-ciso admitir-se que o que esses poicos
educação forma], tal como c presentemen te en ten d í da.
O sistema educacional moderno, obri
gatório e li\Te, constitui uma conquis-
ses enumerados entre as comunidades
mais altamente instruídas.
O Brasil,
portanto, pode incorporar os seus admi
uma sólida instrução elementar. O pro blema da educação no Brasil deve ser
Penso que do ponto de vista eco turalmente, sei que a instrução exerce
um grande papel no bom trabalho das
fábricas modernas. Operários aos quais
ráveis recursos e explorá-los, senão in teiramente, pe^lo menos numa extensão
falte uma educação científica elemen
cjuc lhe projJorcíonará notável progres-
tar jamais poderão apreender as leis fun-
70
Dioesto EcoNÓ2i.nco
cí^áter do progresso dependem da cstat^a mental, da fibra moral, da ini ciativa e da energia de poucos. Conu o,^ ao passo que na primeira hipó tese esses poucos se escolhem a si mes-
ttios, no último êles são (pelo menos numa democracia) eleitos pela massa pral dos votos populares — diretamenc n^o caso do presidente, e indiretanien e no caso dos ministros nomeados pelo chefe do Estado. No terreno econômico
realizam so relaciona (como já acen
i meíto
desenvolvi-
a inteligência, os hábitos o a capaci dade da massa liumana quo forma a nação.
Num país como o Brasil, onde
o maior número dc trabalhadores se emprega em atividades rurais, esta úl
tima circunstância não cle\c ser subes
timada, visto'<{iie as pessoas analfabe tas nao sao necessariamente destituídas
dc inteligência ou força dc raciocínio. Dc fato, eu tenho \crificado, na mi-
nlui Qxpcriêncifi ijcssoal, nas viagens (Iiic tenho realizado através cie regiões mais ou menos nrimitivas, que os anal
menos naturais que os indivíduos ins
truídos, pertencentes à mesma catego
pelo ^scernimento em ge"S dí. ® do eleitorado niedido
ria .social. Vivendo prôxiino.s da natu reza, e'cs sao dotados do sexto senti
escnlhí> ^ discernimento que revele na
protetor natural, e assim se impõem pe
nado t
XZ d!
governantes será condicio-
finalidade e quali-
merí*nir. educação. Se as massas so poderá ^ ser retardado ignorância, até oqueprogres o es^^^g^ça nas
no poder
tin-igentcs progressistas
Assim, economicamente, o padrão
sSíndárl!, secundário. O O
que importa, ® relativamente o que é
do do instinto, o qual age como um
rante aqueles cujos antepassados, du rante gerações e gerações, viveram nas
comuniclades urbanas aN'unçadas, qua-' SC perdendo desta maneira aquela pre ciosa faculdade, principal legado dos po vos primitivos.
As afirmações acima poderão aparen temente reduzir o \alor da educação como força progressiva, mas acredito oue um pequeno estudo da história e
vital vem a ser a quaUdade eduLcio- da evolução corrente poderá justifi na dos chefes industriais e comerciais. cá-las. Os que imaginam que um país' Politicamente, a instrução é da máxi ma importância para todos, ,visto que nao apenas deve haver camadas esàarecidas para a escolha de dirigentes
71
tuei no primeiro artigo desta série) com
naS econômicadedas nacionais, o progresso umatividades país de- fabetos, como classe, usualmente apre de^da educação e sentam um agudo senso dos valores e bSirr Própria possuem maior conhecimento dos fenô
frentP d iniciativa, se colocam à fe. e com. • .^"^P^eendimentos industriais
D1CE.ST0 EcoNÓivnco
não SC desenvolverá enquanto os seus nacionais forem, em sua maioria, anal
fabetos, devem lembrar-se de que a grandeza da Inglaterra se estabeleceu
ta relativamente recente, mesmo na In' glatcrra. Eu bem me lembro de sua primeira introdução. A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer o cn.sino
compulsório, c isto sc verifica\ a por lei aparecida nos primeiros tempos do século XIX, depois da derrota germânica em
leiia, cm face do.s cxército.s de NapoIcão. Mas êssc ensino não era livre, c
assim oprimia o mais possível o pobre c(ue desrespeitava a lei. Uin estado de coisas semelhante x'erifieou-.sc na In
glaterra em 1876, quando o compurecimento à escola .so tornou
mente admitido, não sabe ler nem es crever.
Primeiro, a riqueza Contudo. — , nao SC imagine que sou
:'ontrário à alfabetiznção cias massas nas
melhores condições posshcis para de terminado país. Mas sei que uma edu
cação dc primeira ordem custa dinhei O custo desse benefí
cio na Inglaterra que con ta Cíom uma população mais ou menos igual ,à do
advento do ensino livre só
se deu em 1891, quando o
Brasil — equi\'ale a mais
parlamento britânico deci
dc cinco \'êzes o total da
diu pagar as despesas es colares. A educação Ii\ re,
renda federal deste pais.
Assim, enquanto a renda
organizada polo Estado em estabelecimentos públi cos,
nacional
não
crescer,
a
educação deverá esperar,
só se verificou com o Bal-
four Act, em 1902.
Todos os que estudaram / a histósia da Inglaterra sa- ^ Manchoster se
ção das quais, segundo o que é oficial
ro.
obrigatório por disposição do governo cie Disraoli. O
bem que
so, sem devotar maiores atenções à edu cação geral das massas, uma larga por
^
por lastiiná\'d que èsle fa to seja. Contudo não de\ e ser ignorado que foram os ricos feitos pelo traba
lho dos operários analfa betos quo proporcionaram
eonserteii no maior centro
têxtil cio mundo, Braclford,
os funaos usados pelo go
no principal ]irüclulor dc /
verno britânico durante as
tecidos de lã, Shcflield, no
últimas décadas do último século na construção de es
produtor dos aços mais fi nos, Nottingham, no pro
colas, na fonnação de pro
dutor das mais belas ren
fessores, na ,aquisição de
das feitas a máquina, e assim por dian
livros c material didático, dc^ maneira
te, clc'cadas antes dc a nação britânica,
a oferecer a toda criança inglesa o bo-
como um todo, tornar-se alfabetizada no sentido moderno do termo. A edu
neiício e a inestimável vantagem dc
como também candidatos esclarecidos para o exercício do poder, entre os
antes de a instrução tornar-se compul sória em qualquer parte; de que todo o progresso industrial dos Estados Uni
cação não fez a Inglatena. Ela foi o
nação deva demonstrar a sua
dos so verificou praticamente num pe ríodo em que o seu povo, em grandes fracções, ainda não recebera qualquer
sub-produto de uma Inglaterra próspe
resolviclo por êsse meio, pela industria
ra e vitoriosa. A mesma coisa pode ser dita da França, da Alemanha, dos
c com proveito.
Estados Unidos, da Itália e outros paí
nômico, u importância da alfabetização nas massas tem sido superestimada. Na
em
ambas as esferas, por verá que o progresso,
clenenfl"'^f analise, e especificamente, tif^« educação dos poucos inves-
'i S Contudo, é pre-ciso admitir-se que o que esses poicos
educação forma], tal como c presentemen te en ten d í da.
O sistema educacional moderno, obri
gatório e li\Te, constitui uma conquis-
ses enumerados entre as comunidades
mais altamente instruídas.
O Brasil,
portanto, pode incorporar os seus admi
uma sólida instrução elementar. O pro blema da educação no Brasil deve ser
Penso que do ponto de vista eco turalmente, sei que a instrução exerce
um grande papel no bom trabalho das
fábricas modernas. Operários aos quais
ráveis recursos e explorá-los, senão in teiramente, pe^lo menos numa extensão
falte uma educação científica elemen
cjuc lhe projJorcíonará notável progres-
tar jamais poderão apreender as leis fun-
73
Dicesto Econômico Dioesto Econóngco
72
damentais da mecânica e da engenha ria. Mas ainda assim, como já afirmei
bem compreendido, como o reclama a
nestes artigos (2), o instinto hereditá
sua importância quanto ao futuro bem
rio participa, de modo mais considerá
estar do país.
vel do que a simples educação, na ha bilidade técnica. A perícia de um técni co altamente qualificado passa congênitamente de pai a filho na maioria dos casos. Eis porque muitas ocupações se
tradicionalizam nesta ou naquela famí lia. A habilidade dos dedos, a des treza com as ferramentas e a observa
ção aguda para revelação de faltas no serviço, vêm mais da hereditariedadc
do que da educação.
te o último — a importância da educação das massas não pode ser subestiimda. É vital que todos os eleitores De
fato, como poderão demonstrar interês-
se real pelo bem estar de sua pátria e
razer uma boa escolha entre os seus che-
I
les se não se inteiram do que ocorre pela leitoa, e apenas modelam os seus
pontos de vista e agem segundo as opi niões de outras pessoas — que podem estar certas ou não?
'
'
Isto, naturalmente, não quer dizer que todo o mundo deva ter uma edu cação ortodo.\a da variedade "clássica".
O povo precisa de uma instrução mais de acordo com a vida moderna.
necessária para o aproveitamento da maior parte das imensas oportunidades
potenciais do país? Refiro-me mais par ticularmente àquêle tipo de instrução
Isto
é particularmente importante na pre sente conjuntura, pois êste país está pas sando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordem está mudando. Uma nova forma de
estudantes, de forma qxie os intelectuais brasileiros, durante aquele prazo, pu dessem informar-se a respeito das tendênciais sociais, econômicas e políticas nos demais países. Isto não visaria a adoção de métodos estrangeiros, mas
apenas facultar ã nova geração um conjuiito diis melhores iaéias universais, com as quais formulariam os seus pró prios princípios e maneiras.
Esta última
precisará do mais fino que o esforço humano possa oferecer, porque sobre ela repousará o peso da direção, tanto do ponto de vista político como social e O sistema para as massas
procurado seja encontrado, não se des-
curando, contudo, a importante mas muito negligenciada arte dos estadistas. Os futuros ministros só poderão abor
os capazes de se ilustrarem com uma larga educação a tenham dentro de suas possibilidades, pois eles são os condu tores potenciais do pensamento nacio
nal, e qxiando chegarem i\ maturidade serão os responsáveis pelo progresso dos demais.
O tY//or das viagens
Contudo, exceção feita dos dirigentes Como um corolário destas bôlsas es
colares, creio que organizações da in dústria, do comércio, da agricultura e
potenciais e dos especialistas e técnicos altamente qualificaaos, qual poderá ser a educação adequada para o conjunto
da produção mineral poderiam, com pro veito para si mesmas o para o país, pal-
da nação? A criança média — ou, se
milJiar êste mesmo caminho internacio-.
da inteligência média, as quais, num
nal, enviando homens de idade madu
país que conta 40% de analfabetos, com preenderá a grande maioria — não pre
ra — digamos, entre 30 e 35 anos — numa viagem anual, de estudos pelo
posso dizer, tôdas as crianças abaixo
cisará conhecer grego e latim, nem mes
dar os imensos problemas com que se
mundo, com a incumbência de obser
mo as sutilezas da gramática de seu
defrontarão na hipótese de terem co nhecimentos especiais dc administração. Para um país pouco desenvolvido, como o Brasil, será tão urgente e vital a for
varem e anotarem as novidades refe
próprio idioma; não precisará ser ver
rentes à sua própria esfera de interes ses. As viagens alargam as vistas do
sada em matemáticas, álgebra, trígono-
mação de futuros dirigentes, para as tarefas que terão a enfrentar, quanto
que grande parte do gênio de grandes
a dos técnicos qualificados para as fá bricas vindouras. E talvez mesmo mais ainda.
E esta educação especializada para a minoria dc intelectuais deve ser pro porcionada para todo jovem de talento, onde quer que êle (e incluo também ela) possa nascei, e em qualquer esta ção da vida cm que siurja.
Deve ha
ver bolsas de estudo em abundância
para os realmente distintos, bolsas que os habilitem não apenas a se diploma
metría; não precisará aprender qual-
presidente Roosevelt deve ser atribuí
1 . quer das ciências - orgânica, innraâniinorgâni- ^ ca ou social. Naturalmente, se puder M acetas ~ adquirir e assimilar algumas das facetas de uma educação esmerada, tanto liror, mas o que ela deve conhecer, além
do ao fato de, quando meninos e mo ços, terem visitado muitos países, em
tares de aritmética, é como viver efeti
homem. Constituem educação no seu
melhor e mais prático sentido. Creio homens como Churchill e do falecido
da escrita, leitura, e problemas eleineii-
De quaquer mo
vamente nu esfera de vida em que o
do, sei que para mim foram de inesti
seu trabalho a coloca ou para onde a
diversos continentes.
máveis vantagens as viagens extensas
possa impelir a sua ambição. Com Isto,
que já tenho realizado.
tenho em vista não uma educação que
Naturalmente, nem tôdas as mais be
las oportunidades educacionais, mesmo facultadas largamente a qualquer pes soa, farão todos os indivíduos de uma
Milhares
a faça membro de algum pmtido po tico, mas uma educação que lhe propor cione uma aguda percepção e aprecia ção das mudanças momentosas que se estão verificando — mudanças que po
rem nas universidades brasileiras, mas
nação igualmente ilustrados.
lhes garantam viagens ao estrangeiro, a
de criaturas vêm ao mundo pouco do
dem fundamentaílmente alterar a es
tadas pela natureza. São mentalmente incapazes de dispensar qualquer interôsse aos grandes problemas sociais e
trutura da criàlização.,
vida está em evolução. A educação dada à geração presente e a ser dada
fim de estudarem as condições contem
a ^ tôdas as crianças nas duas ou três décadas próximas poderá decidir quan
to para o prestígio e o progresso deste
país o fato de o governo financiar, co
internacionais.
to à forma que a nova sociedade ve
mo prêmio, a permanência por um ano, em Oxford, Cambridge, Londres, Pa ris, Genebra, Nova Iorque e outros cen
bora felizes nos seus negócios — o que
nha a tomar. De qualquer maneira, ela será diferente: ou muito peor ou muito melhor. Não acho que êste as
de sua experiência pessoal de todo dia. Esta é uma razão a mais para que todos
Educação para as massas
destinado a milhões de pessoas, e não a uma minoria brilhante.
deve ser tal que qualquer especialista
Contudo, no que diz respeito ao progresso social e político — particularmen-
sejam, no mínimo, alfabetizados.
^
Qual é, pois, o caráter da educação
econômico.
No campo social e político
^ Hj^
pecto dos negócios nacionais tenha sido
porâneas.
Penso que concorreria mui
tros culturais, de um largo niunero de
Mesmo muitos homens
ricos não chegam a compreender — em
quer que seja além dos fatos tangíveis
A média nacional deve ser mstruida
para discernir e compreender, como cer to, que as rivalidades_ de classe consti
tuem uma influência perniciosa, uma
autêntica moléstia que correi o sistema
social. O futuro se prenuncia cheio de
73
Dicesto Econômico Dioesto Econóngco
72
damentais da mecânica e da engenha ria. Mas ainda assim, como já afirmei
bem compreendido, como o reclama a
nestes artigos (2), o instinto hereditá
sua importância quanto ao futuro bem
rio participa, de modo mais considerá
estar do país.
vel do que a simples educação, na ha bilidade técnica. A perícia de um técni co altamente qualificado passa congênitamente de pai a filho na maioria dos casos. Eis porque muitas ocupações se
tradicionalizam nesta ou naquela famí lia. A habilidade dos dedos, a des treza com as ferramentas e a observa
ção aguda para revelação de faltas no serviço, vêm mais da hereditariedadc
do que da educação.
te o último — a importância da educação das massas não pode ser subestiimda. É vital que todos os eleitores De
fato, como poderão demonstrar interês-
se real pelo bem estar de sua pátria e
razer uma boa escolha entre os seus che-
I
les se não se inteiram do que ocorre pela leitoa, e apenas modelam os seus
pontos de vista e agem segundo as opi niões de outras pessoas — que podem estar certas ou não?
'
'
Isto, naturalmente, não quer dizer que todo o mundo deva ter uma edu cação ortodo.\a da variedade "clássica".
O povo precisa de uma instrução mais de acordo com a vida moderna.
necessária para o aproveitamento da maior parte das imensas oportunidades
potenciais do país? Refiro-me mais par ticularmente àquêle tipo de instrução
Isto
é particularmente importante na pre sente conjuntura, pois êste país está pas sando por uma metamorfose básica no terreno político e social. A velha ordem está mudando. Uma nova forma de
estudantes, de forma qxie os intelectuais brasileiros, durante aquele prazo, pu dessem informar-se a respeito das tendênciais sociais, econômicas e políticas nos demais países. Isto não visaria a adoção de métodos estrangeiros, mas
apenas facultar ã nova geração um conjuiito diis melhores iaéias universais, com as quais formulariam os seus pró prios princípios e maneiras.
Esta última
precisará do mais fino que o esforço humano possa oferecer, porque sobre ela repousará o peso da direção, tanto do ponto de vista político como social e O sistema para as massas
procurado seja encontrado, não se des-
curando, contudo, a importante mas muito negligenciada arte dos estadistas. Os futuros ministros só poderão abor
os capazes de se ilustrarem com uma larga educação a tenham dentro de suas possibilidades, pois eles são os condu tores potenciais do pensamento nacio
nal, e qxiando chegarem i\ maturidade serão os responsáveis pelo progresso dos demais.
O tY//or das viagens
Contudo, exceção feita dos dirigentes Como um corolário destas bôlsas es
colares, creio que organizações da in dústria, do comércio, da agricultura e
potenciais e dos especialistas e técnicos altamente qualificaaos, qual poderá ser a educação adequada para o conjunto
da produção mineral poderiam, com pro veito para si mesmas o para o país, pal-
da nação? A criança média — ou, se
milJiar êste mesmo caminho internacio-.
da inteligência média, as quais, num
nal, enviando homens de idade madu
país que conta 40% de analfabetos, com preenderá a grande maioria — não pre
ra — digamos, entre 30 e 35 anos — numa viagem anual, de estudos pelo
posso dizer, tôdas as crianças abaixo
cisará conhecer grego e latim, nem mes
dar os imensos problemas com que se
mundo, com a incumbência de obser
mo as sutilezas da gramática de seu
defrontarão na hipótese de terem co nhecimentos especiais dc administração. Para um país pouco desenvolvido, como o Brasil, será tão urgente e vital a for
varem e anotarem as novidades refe
próprio idioma; não precisará ser ver
rentes à sua própria esfera de interes ses. As viagens alargam as vistas do
sada em matemáticas, álgebra, trígono-
mação de futuros dirigentes, para as tarefas que terão a enfrentar, quanto
que grande parte do gênio de grandes
a dos técnicos qualificados para as fá bricas vindouras. E talvez mesmo mais ainda.
E esta educação especializada para a minoria dc intelectuais deve ser pro porcionada para todo jovem de talento, onde quer que êle (e incluo também ela) possa nascei, e em qualquer esta ção da vida cm que siurja.
Deve ha
ver bolsas de estudo em abundância
para os realmente distintos, bolsas que os habilitem não apenas a se diploma
metría; não precisará aprender qual-
presidente Roosevelt deve ser atribuí
1 . quer das ciências - orgânica, innraâniinorgâni- ^ ca ou social. Naturalmente, se puder M acetas ~ adquirir e assimilar algumas das facetas de uma educação esmerada, tanto liror, mas o que ela deve conhecer, além
do ao fato de, quando meninos e mo ços, terem visitado muitos países, em
tares de aritmética, é como viver efeti
homem. Constituem educação no seu
melhor e mais prático sentido. Creio homens como Churchill e do falecido
da escrita, leitura, e problemas eleineii-
De quaquer mo
vamente nu esfera de vida em que o
do, sei que para mim foram de inesti
seu trabalho a coloca ou para onde a
diversos continentes.
máveis vantagens as viagens extensas
possa impelir a sua ambição. Com Isto,
que já tenho realizado.
tenho em vista não uma educação que
Naturalmente, nem tôdas as mais be
las oportunidades educacionais, mesmo facultadas largamente a qualquer pes soa, farão todos os indivíduos de uma
Milhares
a faça membro de algum pmtido po tico, mas uma educação que lhe propor cione uma aguda percepção e aprecia ção das mudanças momentosas que se estão verificando — mudanças que po
rem nas universidades brasileiras, mas
nação igualmente ilustrados.
lhes garantam viagens ao estrangeiro, a
de criaturas vêm ao mundo pouco do
dem fundamentaílmente alterar a es
tadas pela natureza. São mentalmente incapazes de dispensar qualquer interôsse aos grandes problemas sociais e
trutura da criàlização.,
vida está em evolução. A educação dada à geração presente e a ser dada
fim de estudarem as condições contem
a ^ tôdas as crianças nas duas ou três décadas próximas poderá decidir quan
to para o prestígio e o progresso deste
país o fato de o governo financiar, co
internacionais.
to à forma que a nova sociedade ve
mo prêmio, a permanência por um ano, em Oxford, Cambridge, Londres, Pa ris, Genebra, Nova Iorque e outros cen
bora felizes nos seus negócios — o que
nha a tomar. De qualquer maneira, ela será diferente: ou muito peor ou muito melhor. Não acho que êste as
de sua experiência pessoal de todo dia. Esta é uma razão a mais para que todos
Educação para as massas
destinado a milhões de pessoas, e não a uma minoria brilhante.
deve ser tal que qualquer especialista
Contudo, no que diz respeito ao progresso social e político — particularmen-
sejam, no mínimo, alfabetizados.
^
Qual é, pois, o caráter da educação
econômico.
No campo social e político
^ Hj^
pecto dos negócios nacionais tenha sido
porâneas.
Penso que concorreria mui
tros culturais, de um largo niunero de
Mesmo muitos homens
ricos não chegam a compreender — em
quer que seja além dos fatos tangíveis
A média nacional deve ser mstruida
para discernir e compreender, como cer to, que as rivalidades_ de classe consti
tuem uma influência perniciosa, uma
autêntica moléstia que correi o sistema
social. O futuro se prenuncia cheio de
74
Diceí?to EcoNó>nco
surprêsas e possíveis perigos para to
dos os países, e apenas os esforços coinuns podem superar tais dificuldades.
Qualquer coisa que separe o povo em grupos antagônicos — como o faz o
dogma da "luta de classes" — con-
^■erte-se em elemento contrário ao pro gresso, especialmente para o progresso
de um país jovem como o Brasil, cuja indústria está atingindo um grau primíirio de desenvolvimento e que ainda não teve, por conseguinte, até o mo
mento, oportunidade de consolidar aque
las reservas necessárias a enfrentar com êxito, sem nenhum ris co, tempos difíceis e in
as imensas alterações .sociais acarretadas
pela era da máquina c do transporte mecânico? Contcinporaneamente, poucos anos trazem consigo mudanças incrívei.s.
Hoje, a geração mais \elha pode recor dar-se de que era geral a crença (cren
por P^nANK Lamui; (Escritor inglé.s)
ça de todos, a não ser uma minoria de
fanáticos) de que as máquinas voado
ras, mais pesadas do que ar, consistiam sica.
E ninguém, nem mesmo os "lou
cos aviadores" desse (empo, poderiam
O A., depois <h mostrar o importância do carvão britânico para todo o 7nundo, usando para tanto do exemplos concretos, esclarece que, apesar da escassez da mão de obra, do abscnteísjno, da falta de transporte, tanto na Inglaterra como no estrangeiro, da crise por que igualmente vassa a navegação marítima, dc iodos os detnais legados
prc\'er o tipo de aparelho que, anos de
pois, teria a força necessária para a travessia
do
Atlântico
em poucas horas!
Não
admira,
pois,
A velha e a nova
que ninguém possa an
geração
estrutura da sociedade vindoura. Mas essa es trutura está em evolu
da guerra cie llitler, a atividade mineira está cm ascensão. "Se so chegar a reduzir o ahsenteísnío de cinco por cento apenas — observa
tever, do modo claro, a
Todos os jovens pre
cisam ser esclarecidos a respeito da evolução
,\yi n
humana. Convém que
os moços saibam avaliar coiTetamente as conse
qüências do cataclisma
Sc estas forem despre
. .
rimentando uma metamorfose política,
social e econômica. Quando esse proces
so estiver completo, uma nova forma de
civilização surgirá. Se o povo estiver pre parado para a mudança, poderá banir
de suas preocupações a miséria e o me do e estabelecer uma vida mais feliz
para todos. Ninguém ainda parece liabilitado a prever, com alguma clareza, a forma que a nova civiüzação -virá a tomar, mas não há nada ^cepcional nisso. Homens de geráção alguma já
zadas ou mal esclareci
das pelos dirigentes partidários, que in
sistem em dividir e enfraquecer a na ção quando a união é imperativa, o progresso nacional, realmente possível, será retardado não apenas por décadas,' senão, talvez, por gerações. Por esse motivo 6 que eu compreendo
a educação^ como o quarto fator básico,
a ser incluído entre os que decidem a
natureza e a finalidade do progresso de um país. Trata-se, com efeito, de um aspecto da vida brasileira que os leitores esclarecidos desta revista de vem sempre ter em vista.
se mostraram capazes de prognosticar
(1)
Veja.se n." 4, edição de setembro
Quem poderia adivinhar, com minúcias.
(2)
Veja_se n.» 3,
o desenvolvimento dos tempos futuros.
— a produção de hulha aumentará de cinco a oito milhões dc toneladas anuais".
ção rápida. Nessa trans
formação política, social e econômica é que re side a importância da educação das massas.
centemente passou, conseqüências que mtelizmente, ainda não chegaram ao hm Iodos os grandes pensadores, atualmen te, acreditam que a civilização está expe
Especial paba o "Dicesto EcoNó^^co"
simplesmente numa impossiliilidade fí
certos.
por que o mundo re-
A Crise do Carvão Britanicàl^percute no Mundo Inteiro
de 1946.
edição -de julho de
Doa não produzir bastante carvão a Grã-Bretanha teve de racionar o pão.
cientes ein muitos países, mas não na o car\'ão constituía a mais valiosa das
semana, a Argentina queima trigo, pre-
judicam-se as colheitas da Dinamarca e os cinemas parisienses correm o risco
de .se verem obrigados a fechar as por tas qualTO horas em cada dia, no de correr do inverno. Não aludimos a
circunstâncias
deli-
beradamente forjadas. São fatos, alguns dos muitos fatos que^ hoje em dia estão produzindo dores de cabeça aos Minis térios
de
Combustíveis
de
numerosos
países, e que acabarão repercutindo na angú.stia de muitos estômagos de tra balhadores britânicos.
Porque atualmente, e mais do que nunca, o carvão significa e vale comi da, é que o círculo ^^cioso em que a sua escassez implica está agora, pela
seu alcance e gravidade. Um dos acontecimentos mais pertur badores entre os registados desde o fim da guerra foi o da recuperação dos ní
IíJiiiiAJÉ
I
Em virtude do fato dc alguns mineiros ingleses desertarem as minas para assi.stir a partidas de futebol cm dias da
primeira vez, se revelando em todo o
1946.
veis de produção, relativamente sufi Grã-Bretanha.
O fato é que até 1939
exportações inglesas, com exclusão de algims produtos manufaturados.
Em 1938 a Grã-Bretanha exportou
car\'ão no x'alor de 36.000.000 de li
bras; em 1945, apenas uma duodéci-
ma parte daquela cifra. E os algaris
mos de produção média mensal até o
nies de maio de 1946, deuotam que, ao encerrar-se este, talvez apenas se che gue a exportar apenas um quarto da quela soma de 1938.
, A recuperação em outros países A Bélgica conseguiu durante o invei no passado chegar à produção de do terços da de 1938. A mesma ascensã
também se verifica na França
Na b'
cia sovíéüca do Donetz se registará los mais um, nível de 80 por cento do no mal, apesar do grande estrago ali
sado pelos na^stas. Em algmnas m nas da zona de ocupação britânil^
Alemanha a produção se inteíòmpe
74
Diceí?to EcoNó>nco
surprêsas e possíveis perigos para to
dos os países, e apenas os esforços coinuns podem superar tais dificuldades.
Qualquer coisa que separe o povo em grupos antagônicos — como o faz o
dogma da "luta de classes" — con-
^■erte-se em elemento contrário ao pro gresso, especialmente para o progresso
de um país jovem como o Brasil, cuja indústria está atingindo um grau primíirio de desenvolvimento e que ainda não teve, por conseguinte, até o mo
mento, oportunidade de consolidar aque
las reservas necessárias a enfrentar com êxito, sem nenhum ris co, tempos difíceis e in
as imensas alterações .sociais acarretadas
pela era da máquina c do transporte mecânico? Contcinporaneamente, poucos anos trazem consigo mudanças incrívei.s.
Hoje, a geração mais \elha pode recor dar-se de que era geral a crença (cren
por P^nANK Lamui; (Escritor inglé.s)
ça de todos, a não ser uma minoria de
fanáticos) de que as máquinas voado
ras, mais pesadas do que ar, consistiam sica.
E ninguém, nem mesmo os "lou
cos aviadores" desse (empo, poderiam
O A., depois <h mostrar o importância do carvão britânico para todo o 7nundo, usando para tanto do exemplos concretos, esclarece que, apesar da escassez da mão de obra, do abscnteísjno, da falta de transporte, tanto na Inglaterra como no estrangeiro, da crise por que igualmente vassa a navegação marítima, dc iodos os detnais legados
prc\'er o tipo de aparelho que, anos de
pois, teria a força necessária para a travessia
do
Atlântico
em poucas horas!
Não
admira,
pois,
A velha e a nova
que ninguém possa an
geração
estrutura da sociedade vindoura. Mas essa es trutura está em evolu
da guerra cie llitler, a atividade mineira está cm ascensão. "Se so chegar a reduzir o ahsenteísnío de cinco por cento apenas — observa
tever, do modo claro, a
Todos os jovens pre
cisam ser esclarecidos a respeito da evolução
,\yi n
humana. Convém que
os moços saibam avaliar coiTetamente as conse
qüências do cataclisma
Sc estas forem despre
. .
rimentando uma metamorfose política,
social e econômica. Quando esse proces
so estiver completo, uma nova forma de
civilização surgirá. Se o povo estiver pre parado para a mudança, poderá banir
de suas preocupações a miséria e o me do e estabelecer uma vida mais feliz
para todos. Ninguém ainda parece liabilitado a prever, com alguma clareza, a forma que a nova civiüzação -virá a tomar, mas não há nada ^cepcional nisso. Homens de geráção alguma já
zadas ou mal esclareci
das pelos dirigentes partidários, que in
sistem em dividir e enfraquecer a na ção quando a união é imperativa, o progresso nacional, realmente possível, será retardado não apenas por décadas,' senão, talvez, por gerações. Por esse motivo 6 que eu compreendo
a educação^ como o quarto fator básico,
a ser incluído entre os que decidem a
natureza e a finalidade do progresso de um país. Trata-se, com efeito, de um aspecto da vida brasileira que os leitores esclarecidos desta revista de vem sempre ter em vista.
se mostraram capazes de prognosticar
(1)
Veja.se n." 4, edição de setembro
Quem poderia adivinhar, com minúcias.
(2)
Veja_se n.» 3,
o desenvolvimento dos tempos futuros.
— a produção de hulha aumentará de cinco a oito milhões dc toneladas anuais".
ção rápida. Nessa trans
formação política, social e econômica é que re side a importância da educação das massas.
centemente passou, conseqüências que mtelizmente, ainda não chegaram ao hm Iodos os grandes pensadores, atualmen te, acreditam que a civilização está expe
Especial paba o "Dicesto EcoNó^^co"
simplesmente numa impossiliilidade fí
certos.
por que o mundo re-
A Crise do Carvão Britanicàl^percute no Mundo Inteiro
de 1946.
edição -de julho de
Doa não produzir bastante carvão a Grã-Bretanha teve de racionar o pão.
cientes ein muitos países, mas não na o car\'ão constituía a mais valiosa das
semana, a Argentina queima trigo, pre-
judicam-se as colheitas da Dinamarca e os cinemas parisienses correm o risco
de .se verem obrigados a fechar as por tas qualTO horas em cada dia, no de correr do inverno. Não aludimos a
circunstâncias
deli-
beradamente forjadas. São fatos, alguns dos muitos fatos que^ hoje em dia estão produzindo dores de cabeça aos Minis térios
de
Combustíveis
de
numerosos
países, e que acabarão repercutindo na angú.stia de muitos estômagos de tra balhadores britânicos.
Porque atualmente, e mais do que nunca, o carvão significa e vale comi da, é que o círculo ^^cioso em que a sua escassez implica está agora, pela
seu alcance e gravidade. Um dos acontecimentos mais pertur badores entre os registados desde o fim da guerra foi o da recuperação dos ní
IíJiiiiAJÉ
I
Em virtude do fato dc alguns mineiros ingleses desertarem as minas para assi.stir a partidas de futebol cm dias da
primeira vez, se revelando em todo o
1946.
veis de produção, relativamente sufi Grã-Bretanha.
O fato é que até 1939
exportações inglesas, com exclusão de algims produtos manufaturados.
Em 1938 a Grã-Bretanha exportou
car\'ão no x'alor de 36.000.000 de li
bras; em 1945, apenas uma duodéci-
ma parte daquela cifra. E os algaris
mos de produção média mensal até o
nies de maio de 1946, deuotam que, ao encerrar-se este, talvez apenas se che gue a exportar apenas um quarto da quela soma de 1938.
, A recuperação em outros países A Bélgica conseguiu durante o invei no passado chegar à produção de do terços da de 1938. A mesma ascensã
também se verifica na França
Na b'
cia sovíéüca do Donetz se registará los mais um, nível de 80 por cento do no mal, apesar do grande estrago ali
sado pelos na^stas. Em algmnas m nas da zona de ocupação britânil^
Alemanha a produção se inteíòmpe
. piMVi
Digesto Eco^íó^^co
tT
Digesto EcoNÓ^^co
76
dor da matéria — muitos deles romne-
por falta de carvão a ser queimado no transporte do carvão a ser extraído. Antes da guerra, a Grã-Bretanha ex
a exercê-lo. Antigamente constituía um
ofício por assim dizer hereditário, que se transmitia de pais para filhos. Os
portava uma média mensal de cêrca
homens eram mineiros porque perten
de 3.000.000 de toneladas a diversos
ciam a famílias em que os varões o
países, através do mundo. As estatís
vinham sendo há muitos anos. ]á o ti
ticas contidas nas listas oficiais de im
nham sido os seus pais c avós. Seguiam
portação e exportação demonstram que a Inglaterra enviou ao ultramar somen
o mesmo caminho, porque não conhe
te 369.757 toneladas no mês de maio
em dia, os moços, especialmente os que
ciam outra coisa em sua vida.
Hoje
dêste ano. O seu melhor cliente em
estiveram nas fôrças armadas, e conhe
1938 foi a França, que recebia uma
ceram um pouco o mundo, já se re
média de 512.955 toneladas mensais.
cusam ao trabalho de mineiro.
Atualmente, não recebe mais do que 56.000. A Alemanha importava, em 1938, 307.287 toneladas de carvão por
mês. Atualmente não importa nennu-
"Organizámos centros de assistên cia, instituímos ser\'iços sanitários gra tuitos, criámos outros benefícios, pro
curando salvaguardar a saúde do tra
ma. A Dinamarca com
balhador
por
quantos
prava 249.738 toneladas
meios e
modos
concor
mensais.
Bretanha apenas pode re
ressem a retê-lo nas ga lerias. Isto, sim, foi pos
meter-lhe 33.000. A Sué cia, que antes recebia...
crutas já constitui em-
221.276, no já várias vêzes referido mês de maio
prêsa mais árdua. O mais que podemos espe
não importou mais do que
rar é uma recuperação
Agora a Grã-
sível.
sastroso efeito de tudo isso, tanto quan to sôbre os demais países interessados.
outros re
lenta, através dos anos,
uma centena de toneladas
E sobre a Inglaterra repercute o de
Atrair
que acabe por superar a crise pre sente".
Repulsa ao trabalho de mineiro Recentemente encontrei um
mineiro
tamento me respondeu: "Infelizmente
do sul de Gales que me disse: "Que se consiga a volta as minas de todos os que, como eu, delas sairam em 1940 para o trabalho .das fábricas; que se consiga o seu retomo, e então se alcan
não há possibilidade de rápida solução
çará a produção máxima apenas com
Ministério de Energia e Combustíveis.
Um alto funcionário do referido depar do problema. Para aumentar a produ ção precisamos de mineiros em número bem mais considerável. E isto repre senta um fator que não podemps im provisar, Já se disseram muitas toli ces acêrca da necessidade de "fazer-se
mais agradável o trabalho para os ope
rários". Mas isso é impossível. O tra balho nas minas é, sem dúvida, um dos mais pesados e siyos. Um homem sabe bem o que escolhe quando se decide
cinco dias de atividadé na semar*i.
Enquanto esses mineiros veteranos con tinuarem nas indústrias urbanas, e en
quanto não se der remédio ao absenteísmo, as galerias continuarão desertas". Essa coisa de absenteísmo é um eu
femismo, equivalente ao que os meni nos da escola designam por "fazer ga zeta".
"Eu não culpo a generalidade dos mineiros — dizia-me um outro conhece-
ano, procedentes das jazidas britânicas.
Pois bemj no transcurso da primeira há trabalhadores suficientes". Mas o mais grave c que existe man- • metade do ano de 1946 não recebeu de número de mineiros quo^ dclibera- nem uma só tonelada dêsse produto.
Tampouco se exportou uma única to damente fazem "jornada lenta , ou dei para o Egito, que durante os xam de trabalhar diáriamontc. Não faz nelada primeiros seis meses de 1938 impqrmuito tempo, uma investigação revela ' tou 788.000," cm troca das quais pode va que nem sequer 10 por cento dos à Inglaterra milhares de tonela operários de uma mina determinada do enviar das de sementes de algodão, petróleo e sul de Gales faziam inteiras as seis jor O Egito está também quei nadas da semana. Muitos deles nao ferragens. mando, agora, as suas sementes de al acham difícil manter a suas famílias godão, pelo que a Grã-Bretanha nao apenas com quatro libras semanais. Isso pode fomecer-llie carvão coin que au pode ser ganho por eles unicamente mentar os fomos de suas industnas ou com a descida à núna durante quatro mo\*er as suas locomotivas. dias.
Os dois restantes pas.sam-nos no
futebol ou na tabema.
Emanuel Sbinwell, ministro do ramo, • sabe bem das grax-es conseqüências que a crise do carvão esta acarretando para a Grã-Bretanha. Recentemente decla
rava, comentando a situação: "Oos... 32.000 operários que optaram pela des cida às minas, ao invés de se engaja rem no Exército, são 8.000 qs que, segundo informação recente, não tra balharam nem miüto nem pouco duran te as quatro semanas precedentes. Al-
Euns, ó evidente, se dedicaram ao ser viço com todas as veras d alma .
Jornada lenta
Solicitei informação a respeito do conjunto dêste complexo problema ao
ram as espáduas na extração da hulha. O que ocorre ó simplesmente isto: não
A Argentina costumava comprar... 1.000.000 de toneladas de carvão por
Porque se queima o frtgo
Se a Argentina dispusesse de mais carvão, poderia enviar à Inglaterra o trigo que esta já pagou © de que tao
imperiosamente necessita. ^ Mas o trigo se acha nos celeiros, e e de temer-se que ali continue durante muito tempo, porque quase todas as estradas de ferro da América do Sul consomem carvao
britânico. Quando a Argentina se can sa de ter trigo armazenado, queima-o.
Os vapores suecos poderiam, quei mando carvão inglês, trazer ^^ glaterra madeiras da Suécia. A Ingla terra delas precisa em extremo, para a urgentíssbna construção de casas em grande escala e - o que x^em a superlati\'amente irônico - para esw-
ras com que sustentar as galenas minas. Mas a Suécia ,queima a sua madeira como combustível mdispensável à moxamentação de seus barcos, p não está recebendo carvão suficiente da Inglaterra.
Sir Stafford Cripps, ministro britâ "A menos que a indústria algodoeua
nico do Comércio, dizia recentemente:
venha a dispor de m.ais can-ao, c ocio so falar, ou mesmo pensar, numa maior
disponibilidade de tecidos nas casas d^e armarinho. O conjunto de
nomia pode chegar a ser gr.
^
afetado pela escas.sez de carxao. Sem huUia, não poderemo.s para a exportação; e sem expor açao
não poderemos importar os generos ahmentlcios c
matérías-pnmas de que
necessitamos".
Hoje, os lavradores ingleses dc kent O carvão representa o fator-chave estão empregando um adubo obtido de planos de recuperação econômica cinza vegetal e importado da Aigenti-^ nos da França. Êste país precisa de xmi na. Tal fertilizante outra coisa não é aumento de milhares de li^abalhadores senão milho queimado.
. piMVi
Digesto Eco^íó^^co
tT
Digesto EcoNÓ^^co
76
dor da matéria — muitos deles romne-
por falta de carvão a ser queimado no transporte do carvão a ser extraído. Antes da guerra, a Grã-Bretanha ex
a exercê-lo. Antigamente constituía um
ofício por assim dizer hereditário, que se transmitia de pais para filhos. Os
portava uma média mensal de cêrca
homens eram mineiros porque perten
de 3.000.000 de toneladas a diversos
ciam a famílias em que os varões o
países, através do mundo. As estatís
vinham sendo há muitos anos. ]á o ti
ticas contidas nas listas oficiais de im
nham sido os seus pais c avós. Seguiam
portação e exportação demonstram que a Inglaterra enviou ao ultramar somen
o mesmo caminho, porque não conhe
te 369.757 toneladas no mês de maio
em dia, os moços, especialmente os que
ciam outra coisa em sua vida.
Hoje
dêste ano. O seu melhor cliente em
estiveram nas fôrças armadas, e conhe
1938 foi a França, que recebia uma
ceram um pouco o mundo, já se re
média de 512.955 toneladas mensais.
cusam ao trabalho de mineiro.
Atualmente, não recebe mais do que 56.000. A Alemanha importava, em 1938, 307.287 toneladas de carvão por
mês. Atualmente não importa nennu-
"Organizámos centros de assistên cia, instituímos ser\'iços sanitários gra tuitos, criámos outros benefícios, pro
curando salvaguardar a saúde do tra
ma. A Dinamarca com
balhador
por
quantos
prava 249.738 toneladas
meios e
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concor
mensais.
Bretanha apenas pode re
ressem a retê-lo nas ga lerias. Isto, sim, foi pos
meter-lhe 33.000. A Sué cia, que antes recebia...
crutas já constitui em-
221.276, no já várias vêzes referido mês de maio
prêsa mais árdua. O mais que podemos espe
não importou mais do que
rar é uma recuperação
Agora a Grã-
sível.
sastroso efeito de tudo isso, tanto quan to sôbre os demais países interessados.
outros re
lenta, através dos anos,
uma centena de toneladas
E sobre a Inglaterra repercute o de
Atrair
que acabe por superar a crise pre sente".
Repulsa ao trabalho de mineiro Recentemente encontrei um
mineiro
tamento me respondeu: "Infelizmente
do sul de Gales que me disse: "Que se consiga a volta as minas de todos os que, como eu, delas sairam em 1940 para o trabalho .das fábricas; que se consiga o seu retomo, e então se alcan
não há possibilidade de rápida solução
çará a produção máxima apenas com
Ministério de Energia e Combustíveis.
Um alto funcionário do referido depar do problema. Para aumentar a produ ção precisamos de mineiros em número bem mais considerável. E isto repre senta um fator que não podemps im provisar, Já se disseram muitas toli ces acêrca da necessidade de "fazer-se
mais agradável o trabalho para os ope
rários". Mas isso é impossível. O tra balho nas minas é, sem dúvida, um dos mais pesados e siyos. Um homem sabe bem o que escolhe quando se decide
cinco dias de atividadé na semar*i.
Enquanto esses mineiros veteranos con tinuarem nas indústrias urbanas, e en
quanto não se der remédio ao absenteísmo, as galerias continuarão desertas". Essa coisa de absenteísmo é um eu
femismo, equivalente ao que os meni nos da escola designam por "fazer ga zeta".
"Eu não culpo a generalidade dos mineiros — dizia-me um outro conhece-
ano, procedentes das jazidas britânicas.
Pois bemj no transcurso da primeira há trabalhadores suficientes". Mas o mais grave c que existe man- • metade do ano de 1946 não recebeu de número de mineiros quo^ dclibera- nem uma só tonelada dêsse produto.
Tampouco se exportou uma única to damente fazem "jornada lenta , ou dei para o Egito, que durante os xam de trabalhar diáriamontc. Não faz nelada primeiros seis meses de 1938 impqrmuito tempo, uma investigação revela ' tou 788.000," cm troca das quais pode va que nem sequer 10 por cento dos à Inglaterra milhares de tonela operários de uma mina determinada do enviar das de sementes de algodão, petróleo e sul de Gales faziam inteiras as seis jor O Egito está também quei nadas da semana. Muitos deles nao ferragens. mando, agora, as suas sementes de al acham difícil manter a suas famílias godão, pelo que a Grã-Bretanha nao apenas com quatro libras semanais. Isso pode fomecer-llie carvão coin que au pode ser ganho por eles unicamente mentar os fomos de suas industnas ou com a descida à núna durante quatro mo\*er as suas locomotivas. dias.
Os dois restantes pas.sam-nos no
futebol ou na tabema.
Emanuel Sbinwell, ministro do ramo, • sabe bem das grax-es conseqüências que a crise do carvão esta acarretando para a Grã-Bretanha. Recentemente decla
rava, comentando a situação: "Oos... 32.000 operários que optaram pela des cida às minas, ao invés de se engaja rem no Exército, são 8.000 qs que, segundo informação recente, não tra balharam nem miüto nem pouco duran te as quatro semanas precedentes. Al-
Euns, ó evidente, se dedicaram ao ser viço com todas as veras d alma .
Jornada lenta
Solicitei informação a respeito do conjunto dêste complexo problema ao
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A Argentina costumava comprar... 1.000.000 de toneladas de carvão por
Porque se queima o frtgo
Se a Argentina dispusesse de mais carvão, poderia enviar à Inglaterra o trigo que esta já pagou © de que tao
imperiosamente necessita. ^ Mas o trigo se acha nos celeiros, e e de temer-se que ali continue durante muito tempo, porque quase todas as estradas de ferro da América do Sul consomem carvao
britânico. Quando a Argentina se can sa de ter trigo armazenado, queima-o.
Os vapores suecos poderiam, quei mando carvão inglês, trazer ^^ glaterra madeiras da Suécia. A Ingla terra delas precisa em extremo, para a urgentíssbna construção de casas em grande escala e - o que x^em a superlati\'amente irônico - para esw-
ras com que sustentar as galenas minas. Mas a Suécia ,queima a sua madeira como combustível mdispensável à moxamentação de seus barcos, p não está recebendo carvão suficiente da Inglaterra.
Sir Stafford Cripps, ministro britâ "A menos que a indústria algodoeua
nico do Comércio, dizia recentemente:
venha a dispor de m.ais can-ao, c ocio so falar, ou mesmo pensar, numa maior
disponibilidade de tecidos nas casas d^e armarinho. O conjunto de
nomia pode chegar a ser gr.
^
afetado pela escas.sez de carxao. Sem huUia, não poderemo.s para a exportação; e sem expor açao
não poderemos importar os generos ahmentlcios c
matérías-pnmas de que
necessitamos".
Hoje, os lavradores ingleses dc kent O carvão representa o fator-chave estão empregando um adubo obtido de planos de recuperação econômica cinza vegetal e importado da Aigenti-^ nos da França. Êste país precisa de xmi na. Tal fertilizante outra coisa não é aumento de milhares de li^abalhadores senão milho queimado.
iAnco ^ ^
T8
Dicesto EcoNÓ^oco
nas suas próprias minas, e mesmo assÍTTi, de milhares de toneladas de carvão bri
tânico^ com que completar c suprir as deficiências de sua própria produção e
^quantidades que'transporta do Ruhr. Durante o inverno passado era tão agu
moras, No primeiro semestre daquele ano não chegaram a 9.0()() a.s tonela
viços fciroviários se \'iraiu rigí^nisainenIc reduzidos em consctjuèiicía da cscas-
da a escassez do produto que as casas de comércio de Paris se viam obriga das a fechar as portas às 17 horasj o mais tardar; os cinemas interrompiam
.scz do combustível de .suas locomotivas.
as suas atividades durante quatro lioras em cada noite; o fornecimento de
britânico, apesar cia escassez da mão
energia eletnca se reduziu a cinco horas
do obra, cio absenteísmo, da falta de
transporte, tanto na Inglalcrra como no
O presunto e o toucinJio menos vital
dos os demais legados da guerra clc
So 20O.OOO
estrangeiro, cia crise por que igualmen Jlitlcr, está cm ascensão. Se se che
gar a reduzir o absenteísmo de cinco
ordem grandes clien de de importância dosnr^ca anto-'
as toneladas mensais noLlgia que cost,?
paba o "D.GESTO Eco^.6^floo"
Não obstante, a produção dc carvão
te passa a navegação marítima, clc to
A Dinamarca, que era o terceiro r,n
(Anlor
A silvação e.slá melhorando
dianas; e o metro tinha de parar igualmente durante uma hora em cada di i que o carvão
tOilSIUBltUÔliN somu. \ L\BaCÍO BRâSlLElR^
das rcccliidas por Portugal, cujos ser
por cento, apenas, a produção aumen
tará dc cinco a oito milliocs de tone ladas anuais.
Cifras publicadas pelo Departamento' clc Estatísticas mostram que durante o mês de maio do ano cm curso a GrãBretanlia embarcou 217.568 toneladas
i
J
Estudando as causas do fenômeno cmissionisUi em nosso país, o A.
-1»
observa r/iie a depressão das taxas cambiais não deve ser esquecida nu diai^nóstico da moléstia. Essa depressão fez com que viéssemos a despender, ao importar, maior quantidade de moeda por menor quan tidade de inerradnria c, ao exportar, receber menos dinheiro por maior porção de coisas, desaparecendo assim grande parte da valorização havida, aqui c ali, na venda dos principais produtos do nosso co
i
mércio externo.
mais que no mesmo mês do ano an terior.
Sc este nroccsso de recuperação pros seguir, pocler-sc-á chegar à abolição do
apenas para transporte, mas" t^"""
para mover as fábricas dií verá sair, abundante, a' nova
■
racionamento do p.ão c cio toucinho na
Inglaterra.
Abrir-.sc-iam, então, sem
contratempo nenhum, os cinemas pari
Achavada, pela situação geral do país,
o remédio heróico, não quis vw o ad-
a economia do maior centro de clis-
ministi'ador o lado "econômico" dos
Iríbuição do riqueza, — cpie tanto quer dizer a troca de indústrias por maté
problemas, cuja resolução — tudo está a indicar, — é a liberdade absoluta,
rias primas.
irrestrita e completa de produzir, sem
São Paulo vem, nos últi
as peias nem restrições, estabelecidas
nai^agrícola destinada à prc.i.nr'cÔ;
sienses durante os próximos in\ernos
mos vinte anos, atia\ essando a sua "cri
correriam de novo os trens nas estra
se de crescimento", em moldes tipica-
Bre^íanTrfê^Uriien TL' ■ Portugal 180.000 enviar a
das do ferro portuguesas cm lòda a
m<'nle americanos. (|iier dizer, impres
pela intromissão indébita e contrapro ducente do Estado nas coisas do parti
sua potencialidadíç c o nosso país po deria cclifícar casas cm grande escala
sionantes.
cular.
toneladas de carvão
poderia receber scní
por ano dificilmen
dificuldade o trigo
Entretanto, \cmo-lo comprimido num
regime dc "produção racionalizada". E todo gesto, traduzido na iniciatha de e.xpansão, como foi uns casos do algo
te poderá ser cum
argentino
c, finàl-
prido. Ja no decur
mente, o
mercado
so do mês de março de 1945 se incorre- "
maior impulso desde
vocou lamentáveis incompreensões, ge rando o medo e ai^recnsão nas zonas
o término da segun
dessas culturas c indústrias, como a in
ra em
graves de-
mundial ganharia o da guerra nnmclial.
dão, do açúcar e do álcool, não só pro
tervenção ainda mais lamentável de meios c proccs.sos coerciti\os, que nos trouxeram à grave situação de não pro duzir í) que consumimos. E, mais, numa errônea apreciação dos Fatos, soin a coragem de enfrentar
Esquecemos, sim, de que, paradoxal mente, a extensão territorial do país, em crescimento, sem comunicações e
num regime de "centralização totalitá ria", nos apresenta ao Norte ainda o deserto, a oferecer os problemas de po voamento da terra numa fatalidade geo
gráfica, — o latifúndio; e, na outra grande porção, de permeio a manifes tações de indiscutível progresso, zonas de desenvolvimento retardado, "malgré tout".
Não há fugir a estes fatores, fontes
de preconceitos injustificáveis, que, co-
iAnco ^ ^
T8
Dicesto EcoNÓ^oco
nas suas próprias minas, e mesmo assÍTTi, de milhares de toneladas de carvão bri
tânico^ com que completar c suprir as deficiências de sua própria produção e
^quantidades que'transporta do Ruhr. Durante o inverno passado era tão agu
moras, No primeiro semestre daquele ano não chegaram a 9.0()() a.s tonela
viços fciroviários se \'iraiu rigí^nisainenIc reduzidos em consctjuèiicía da cscas-
da a escassez do produto que as casas de comércio de Paris se viam obriga das a fechar as portas às 17 horasj o mais tardar; os cinemas interrompiam
.scz do combustível de .suas locomotivas.
as suas atividades durante quatro lioras em cada noite; o fornecimento de
britânico, apesar cia escassez da mão
energia eletnca se reduziu a cinco horas
do obra, cio absenteísmo, da falta de
transporte, tanto na Inglalcrra como no
O presunto e o toucinJio menos vital
dos os demais legados da guerra clc
So 20O.OOO
estrangeiro, cia crise por que igualmen Jlitlcr, está cm ascensão. Se se che
gar a reduzir o absenteísmo de cinco
ordem grandes clien de de importância dosnr^ca anto-'
as toneladas mensais noLlgia que cost,?
paba o "D.GESTO Eco^.6^floo"
Não obstante, a produção dc carvão
te passa a navegação marítima, clc to
A Dinamarca, que era o terceiro r,n
(Anlor
A silvação e.slá melhorando
dianas; e o metro tinha de parar igualmente durante uma hora em cada di i que o carvão
tOilSIUBltUÔliN somu. \ L\BaCÍO BRâSlLElR^
das rcccliidas por Portugal, cujos ser
por cento, apenas, a produção aumen
tará dc cinco a oito milliocs de tone ladas anuais.
Cifras publicadas pelo Departamento' clc Estatísticas mostram que durante o mês de maio do ano cm curso a GrãBretanlia embarcou 217.568 toneladas
i
J
Estudando as causas do fenômeno cmissionisUi em nosso país, o A.
-1»
observa r/iie a depressão das taxas cambiais não deve ser esquecida nu diai^nóstico da moléstia. Essa depressão fez com que viéssemos a despender, ao importar, maior quantidade de moeda por menor quan tidade de inerradnria c, ao exportar, receber menos dinheiro por maior porção de coisas, desaparecendo assim grande parte da valorização havida, aqui c ali, na venda dos principais produtos do nosso co
i
mércio externo.
mais que no mesmo mês do ano an terior.
Sc este nroccsso de recuperação pros seguir, pocler-sc-á chegar à abolição do
apenas para transporte, mas" t^"""
para mover as fábricas dií verá sair, abundante, a' nova
■
racionamento do p.ão c cio toucinho na
Inglaterra.
Abrir-.sc-iam, então, sem
contratempo nenhum, os cinemas pari
Achavada, pela situação geral do país,
o remédio heróico, não quis vw o ad-
a economia do maior centro de clis-
ministi'ador o lado "econômico" dos
Iríbuição do riqueza, — cpie tanto quer dizer a troca de indústrias por maté
problemas, cuja resolução — tudo está a indicar, — é a liberdade absoluta,
rias primas.
irrestrita e completa de produzir, sem
São Paulo vem, nos últi
as peias nem restrições, estabelecidas
nai^agrícola destinada à prc.i.nr'cÔ;
sienses durante os próximos in\ernos
mos vinte anos, atia\ essando a sua "cri
correriam de novo os trens nas estra
se de crescimento", em moldes tipica-
Bre^íanTrfê^Uriien TL' ■ Portugal 180.000 enviar a
das do ferro portuguesas cm lòda a
m<'nle americanos. (|iier dizer, impres
pela intromissão indébita e contrapro ducente do Estado nas coisas do parti
sua potencialidadíç c o nosso país po deria cclifícar casas cm grande escala
sionantes.
cular.
toneladas de carvão
poderia receber scní
por ano dificilmen
dificuldade o trigo
Entretanto, \cmo-lo comprimido num
regime dc "produção racionalizada". E todo gesto, traduzido na iniciatha de e.xpansão, como foi uns casos do algo
te poderá ser cum
argentino
c, finàl-
prido. Ja no decur
mente, o
mercado
so do mês de março de 1945 se incorre- "
maior impulso desde
vocou lamentáveis incompreensões, ge rando o medo e ai^recnsão nas zonas
o término da segun
dessas culturas c indústrias, como a in
ra em
graves de-
mundial ganharia o da guerra nnmclial.
dão, do açúcar e do álcool, não só pro
tervenção ainda mais lamentável de meios c proccs.sos coerciti\os, que nos trouxeram à grave situação de não pro duzir í) que consumimos. E, mais, numa errônea apreciação dos Fatos, soin a coragem de enfrentar
Esquecemos, sim, de que, paradoxal mente, a extensão territorial do país, em crescimento, sem comunicações e
num regime de "centralização totalitá ria", nos apresenta ao Norte ainda o deserto, a oferecer os problemas de po voamento da terra numa fatalidade geo
gráfica, — o latifúndio; e, na outra grande porção, de permeio a manifes tações de indiscutível progresso, zonas de desenvolvimento retardado, "malgré tout".
Não há fugir a estes fatores, fontes
de preconceitos injustificáveis, que, co-
Dicesto Econóauco
mo já vimos, empecem,' por sua vez, o alargamento da nossa produtividade. Em tais condições, "nos 57 anos de
anarquia republicana", como bem ano
ta agudo comentarista, o panorama que oferecemos, no Brasil de lioje, não po deria ser outro, que não o de Cíiminharmos para o empobrecimento e pauperismo, pela exaustão, — limitadas as finanças públicas à elaboração de orça mentos deficitários, na ausência de uma política econômica construtiva.
Todo esforço em responsabilizar o
termo inflação, ra em moda, pelo descababro de que não nos queremos ain
formas — na emissão desordenada e
progressiva de papel, para ocorrer às
aperturas do Tesouro. Além disso, entre nós, a diátese gencraliziida encontra a causa profunda
na hilta da produção, resultando nos orçamentos' defieilmios e perda do va lor aquisitivo da moeda, pela consefjuente mole das emissões de um pa pei, que ao mesmo tempo nfio encon
Inflação, ou empobrecimento, penú ria das fôrças produtoras do país? Os algarismos aí estão a falar a linguagem dos fatos, em que pese às sutilezas para ocultar a verdade.
O iruil burocrático
A razão disto? Toda a vez que o Estado é chamado, ou se lhe reclama
a intervenção, para resolver um abuso ou simples obstáculo, criam-se logo ins titutos, — dispendiosas burocracias, — e comissões, que resultam em "filas"
outro, nas dotações orçamentárias, na
intermináveis.
O preço então se eleva
quias, a proliferarem no país; e> de
Data vênia, a noção que tínhamos
distribuição das despesas, de caráter
de inflação era a de fenômeno do encarecimento da vida, onde há a utili
essencialmente reprodutivo, e chegar por algarismos absolutos, colhidos em
dade para ser adquirida, embora escas.seie essa por fatüro.s ou circunstâncias,
fontes oficiais, a este resultado:
invadidos.
Minhtérios
Agricultura
1938 %
1944
1947
%
%
2,7
3.7 12,1 4.8
4,0 14,4
Viação c transporte 23,6 Trab. Ind. e Com.
1,75
3,2
Dotações orçament. 28,05 20,6 21,6 Conclui-se, pois, que ao decréscimo
Entre autores estrangeiros, o termo
de 28,05 para 21,6^ nas três pastas, corresponde o aumento absoluto, de
artificial de preços, motivada pela emis
1938 a 1947, de 6.526,507 nas demais dotações.
gistra: "expand or raise artificially, as prices; — inflationist, one in favor of
an incrcased issue of paper money". Nessa acepção, têmo-la, sob a pior das
partir de 193.5. ano ]5or ano (ver o nú
exportação do que na importação, sen do que esta levemente maior em 1944.
mero 10, do dezembro de 1945, desta Revista), a eonipreonder o período que
todo aquele período, o volume das nos
E o sintoma esidente é ter sido, em
vem até 1944, ro\'eIa uma situação ní
sas vendas menor que o das compras,
tida e clara, tanto na importação como
como se verá do quadro a seguir: (®)
Exportação
1900-1909 (médias anuais) 1910-1919 ( " " ) 1920-1924 ( " " ) 1925-1929 ( " " -) 1930-1934 ( " " ) 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944
1.373.367 1.593.568 2.041.253 2.012.942 2.047.514
2.761.517 ".
Queda das nossas vendas no exterior E se atentarmos para a balança in ternacional de negócios, teremos de con
Importação
- -"5.304.026 3.829.539 4.229.305
2.696.089
2.671.405
3.779.318
4.183.042
3.236.916 3.535.557 2.659.548
\
TONELADAS 2.619.496 3.363.625 3.274.843
4.467.630 5.099.880 4.913.170 4.788.646 4.336.133 4.049.338 3.003.044 3.387.674
3.108.727
3.296.345 3.933.870
Exportação
- 1.246.129 - 1.770.057 - 1.233.590 - 3.291.083 - 1.782.025 - 1.467.788 - 1.338.903 - 1.803.535 - - 979.300 605.604 - 1.099.217 517.781 343.496 691.585 - 1.107.913
portámos e o que importámos, o vo
zeiros da e.xportação, que sempre su perou o da importação, traduzia larga
lume físico das nossas vendas para o exterior, ncs.se longo período percorri do, é menor 30,85%. Note-se que a
queda acentuada e contínua do nosso
Daí se deduz que, enti"e o que ex
foi criado para descrever a e.xpansão são de papel moeda. VVebster o re
decênios, a seguir por qüinqüênios e, a
na exportação, até 1939. Êste foi o ano da nossa maior exportação em volume. Sobreveio a seguir a queda acentuada, de ano para ano, em maior vulto na
controlávcl.
le d'un Etat",
e, até mesmo, em países mais atingidos pela última conflagração, alguns deles
O exame detaliiado da c\olução do
nosso comércio exterior, a princípio por
retraída, forçando-se-lhe a c.xacerbação do preço, — fator este psicológico in-
e desaparece a coisa a adquirir. É preciso ir procurar à causa dç tudo isso, de um lado, nos aparelhos de compressão, sob a forma de autar
tiunações políticas. Trata-se de um fe nômeno controlável, como o foi, e ain da é, nos EE. UU. Inglaterra, Canadá
vir na razão do aviltamento alarmante das taxas do câmbio.
tra a coisa para comprar; ou quando,
A este propósito, convém repetir ve lho mestre de , economia, quando diz que o papel instrutivo daqueles está na comparação. O essencial é compreen der o_ que Achenwall preceitua serem <'Ies algarismos: "Ia description actuel-
imprevistas, geralmente guerras e per-
81
pela grande escassez, esta é facilmente
da aperceber, será inútil e frustro.
Inflação ou empobrecimento?
Dicesto Econômico
mente a desvalorização da moeda, pela câmbio sobre Londres.
maior exportação, — 4.183.042 tone
Eram as médias das taxas, em 1900,
ladas, — SC verificou em 1939, quan
— 8 1/2 dinheíros por mil réis, elevan-
do no qüinqüênio de 1925-1929 a mé dia da importação foi 5.304.026.
do-se as mesmas até 16 5/8, em 1910, com bruscas oscilações, para cairem até
Depressão das taxas cambiais
5.59/128, em 1930 e \-erificar-se, nos últimos quinze anos, com fracas reações, o fragoroso declínio, até o
É verdade que a diferença, entre
aviltamento da paridade de 2.229/250,
compras e vendas, no período de 1900-
em 1941, e observar-se de 1942 a 1945
1929, foi de 1.885.215 toneladas e nos anos de 1930-1944, ficou reduzi da a 1.100.739. Mas o valor bra cru
(») "Digesto Econômico" n.® 10 de Setembro de 1945.
Dicesto Econóauco
mo já vimos, empecem,' por sua vez, o alargamento da nossa produtividade. Em tais condições, "nos 57 anos de
anarquia republicana", como bem ano
ta agudo comentarista, o panorama que oferecemos, no Brasil de lioje, não po deria ser outro, que não o de Cíiminharmos para o empobrecimento e pauperismo, pela exaustão, — limitadas as finanças públicas à elaboração de orça mentos deficitários, na ausência de uma política econômica construtiva.
Todo esforço em responsabilizar o
termo inflação, ra em moda, pelo descababro de que não nos queremos ain
formas — na emissão desordenada e
progressiva de papel, para ocorrer às
aperturas do Tesouro. Além disso, entre nós, a diátese gencraliziida encontra a causa profunda
na hilta da produção, resultando nos orçamentos' defieilmios e perda do va lor aquisitivo da moeda, pela consefjuente mole das emissões de um pa pei, que ao mesmo tempo nfio encon
Inflação, ou empobrecimento, penú ria das fôrças produtoras do país? Os algarismos aí estão a falar a linguagem dos fatos, em que pese às sutilezas para ocultar a verdade.
O iruil burocrático
A razão disto? Toda a vez que o Estado é chamado, ou se lhe reclama
a intervenção, para resolver um abuso ou simples obstáculo, criam-se logo ins titutos, — dispendiosas burocracias, — e comissões, que resultam em "filas"
outro, nas dotações orçamentárias, na
intermináveis.
O preço então se eleva
quias, a proliferarem no país; e> de
Data vênia, a noção que tínhamos
distribuição das despesas, de caráter
de inflação era a de fenômeno do encarecimento da vida, onde há a utili
essencialmente reprodutivo, e chegar por algarismos absolutos, colhidos em
dade para ser adquirida, embora escas.seie essa por fatüro.s ou circunstâncias,
fontes oficiais, a este resultado:
invadidos.
Minhtérios
Agricultura
1938 %
1944
1947
%
%
2,7
3.7 12,1 4.8
4,0 14,4
Viação c transporte 23,6 Trab. Ind. e Com.
1,75
3,2
Dotações orçament. 28,05 20,6 21,6 Conclui-se, pois, que ao decréscimo
Entre autores estrangeiros, o termo
de 28,05 para 21,6^ nas três pastas, corresponde o aumento absoluto, de
artificial de preços, motivada pela emis
1938 a 1947, de 6.526,507 nas demais dotações.
gistra: "expand or raise artificially, as prices; — inflationist, one in favor of
an incrcased issue of paper money". Nessa acepção, têmo-la, sob a pior das
partir de 193.5. ano ]5or ano (ver o nú
exportação do que na importação, sen do que esta levemente maior em 1944.
mero 10, do dezembro de 1945, desta Revista), a eonipreonder o período que
todo aquele período, o volume das nos
E o sintoma esidente é ter sido, em
vem até 1944, ro\'eIa uma situação ní
sas vendas menor que o das compras,
tida e clara, tanto na importação como
como se verá do quadro a seguir: (®)
Exportação
1900-1909 (médias anuais) 1910-1919 ( " " ) 1920-1924 ( " " ) 1925-1929 ( " " -) 1930-1934 ( " " ) 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944
1.373.367 1.593.568 2.041.253 2.012.942 2.047.514
2.761.517 ".
Queda das nossas vendas no exterior E se atentarmos para a balança in ternacional de negócios, teremos de con
Importação
- -"5.304.026 3.829.539 4.229.305
2.696.089
2.671.405
3.779.318
4.183.042
3.236.916 3.535.557 2.659.548
\
TONELADAS 2.619.496 3.363.625 3.274.843
4.467.630 5.099.880 4.913.170 4.788.646 4.336.133 4.049.338 3.003.044 3.387.674
3.108.727
3.296.345 3.933.870
Exportação
- 1.246.129 - 1.770.057 - 1.233.590 - 3.291.083 - 1.782.025 - 1.467.788 - 1.338.903 - 1.803.535 - - 979.300 605.604 - 1.099.217 517.781 343.496 691.585 - 1.107.913
portámos e o que importámos, o vo
zeiros da e.xportação, que sempre su perou o da importação, traduzia larga
lume físico das nossas vendas para o exterior, ncs.se longo período percorri do, é menor 30,85%. Note-se que a
queda acentuada e contínua do nosso
Daí se deduz que, enti"e o que ex
foi criado para descrever a e.xpansão são de papel moeda. VVebster o re
decênios, a seguir por qüinqüênios e, a
na exportação, até 1939. Êste foi o ano da nossa maior exportação em volume. Sobreveio a seguir a queda acentuada, de ano para ano, em maior vulto na
controlávcl.
le d'un Etat",
e, até mesmo, em países mais atingidos pela última conflagração, alguns deles
O exame detaliiado da c\olução do
nosso comércio exterior, a princípio por
retraída, forçando-se-lhe a c.xacerbação do preço, — fator este psicológico in-
e desaparece a coisa a adquirir. É preciso ir procurar à causa dç tudo isso, de um lado, nos aparelhos de compressão, sob a forma de autar
tiunações políticas. Trata-se de um fe nômeno controlável, como o foi, e ain da é, nos EE. UU. Inglaterra, Canadá
vir na razão do aviltamento alarmante das taxas do câmbio.
tra a coisa para comprar; ou quando,
A este propósito, convém repetir ve lho mestre de , economia, quando diz que o papel instrutivo daqueles está na comparação. O essencial é compreen der o_ que Achenwall preceitua serem <'Ies algarismos: "Ia description actuel-
imprevistas, geralmente guerras e per-
81
pela grande escassez, esta é facilmente
da aperceber, será inútil e frustro.
Inflação ou empobrecimento?
Dicesto Econômico
mente a desvalorização da moeda, pela câmbio sobre Londres.
maior exportação, — 4.183.042 tone
Eram as médias das taxas, em 1900,
ladas, — SC verificou em 1939, quan
— 8 1/2 dinheíros por mil réis, elevan-
do no qüinqüênio de 1925-1929 a mé dia da importação foi 5.304.026.
do-se as mesmas até 16 5/8, em 1910, com bruscas oscilações, para cairem até
Depressão das taxas cambiais
5.59/128, em 1930 e \-erificar-se, nos últimos quinze anos, com fracas reações, o fragoroso declínio, até o
É verdade que a diferença, entre
aviltamento da paridade de 2.229/250,
compras e vendas, no período de 1900-
em 1941, e observar-se de 1942 a 1945
1929, foi de 1.885.215 toneladas e nos anos de 1930-1944, ficou reduzi da a 1.100.739. Mas o valor bra cru
(») "Digesto Econômico" n.® 10 de Setembro de 1945.
Digesto. Eco?
a maior depressão das taxas ainda vis tas no país. Con.sequêncúis
Tal depressão fez com que viésseino.s a despender, ao importar, maior quan tidade de moeda por menor cjiiantidade de mercadoria; e, ao exportar, re^ceber menos dinheiro por maior por
Convcnbamo.s*, jiois, cm que são in teiramente especiais
as
condições no
Ilrasil, jjaí-s sem produção ou coiu esta, ocassa, e mna ferrenha polílícti fiscal. A cha\'c para solução do problema
filaria no alarganienlo daf|nela, e as dificuldades, quç no^ assoberbam, de-
s.ijiarcceriam aiitomàl icanu-nti-. com o (•(juílíbrio e re\ígoramenlo <los futuros
ção de c-oisas, desaparecendo, assím, grande parte da valorização lia\ida, aqui e ali, na venda dos principais produtos de comércio e.xtemo, — café,
das cf)e.\islem que, na aciminisfraç.ão'de
les, etc.
conjunto.
algodão, cacau, borracha, couros, pe
aP esquisa naP ropaganda }?í)r Jo.\<) CAuv.\i.n.\i:.s
(ESPECIAL PAH.\ O
(Do Departamento de Estudo de Merca
do de j. Walter 'J'bomp.-,on Óc Companv)
"dicesto econômico")
orçamentos.
Ec-onomia e finança, coiifpianlo diver
sas e distintas uma da outra, tão liga um Estado, serão sempre ))ratieadas em
A i>csí/uisa de mercado não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos ac propaganda observado nos tdtiino.s ano.s. l-..sse desdobramento irregular dos tnélodos é cxjnicáveí, desde que sc afirme que so' há exigência de de terminados ti})()s de .serviços especializados quando se tem necessidade deles c houver solicitação do próprio grupo interessudo, necessidade por sua vez sentida quando O progresso
exigir fim grau mais apurado dc aperfeiçoamento das ativi dades que o circundam c indicam.
pescjuisa de mercado, os ser\'iços de propaganda em geral c o estudo cia eficiência e c<;ntr<)le cio venda no comér-
eio e na inclú.slria, passaram despercebi dos durante muito tenijjo no mundo dos negócios. Moje, porém, esses tipos de trabalho constituem uma ala
dc real
importância c movem campanhas de PERSPECTIVAS DE
DEPRESSÃO
Um relatório publicado pelo Comelho de Economlslofi do presidente Truman afirma que uma depressão econômica ameaça os Estados Unidos, cni 1947, sc
não forem efetivados os esforços necesf.ãrios para evitú-la, por parle dos dirigentes
patronais c operários, assim como pelos (çoicultores e pelo governo. A.s mzõe.ç
compra o venda, na comunidade. Sabese, por e.\'emj)lo, quç de todos os méto
dos de piopaganja, o scr\iço dc pes-
3uisa de mercado foi o menos consíerado pelas pessoas a se iniciarem nos
estudos da propaganda ou por aquelas <jue estiidas.^^em os meios dc tomar co
nhecido algum produto.
Não tardou,
de tal crise, segundo o aludido documento, podem ser encontradas nt) desequilí brio entre a produção e o poder aquisHivo, hem como nos lucros exagerados. O Conselho em aprêço acha que o momenlo crítico .surgirá quando a produção
porém, que tais estudiosos reclamassem a cooperação dos pesquisadores pela uti
começar a igualar-se aojwdcr aquisUivo, acumulado durante a guerra. Na con formidade do mesmo ponto de vista, a cri'.c poderá ser evitada se sc conseguir um ajii.sfamento comedido das despesas americanas e a da utilização tios recursos,
deriam prestar-lhes.
mediante o e.síabelecimenío prévio dos programas judicinsos. Por outro lado, o mc.mto relatório inVisfe .sobre a necessidade dc um con
(juer do serviço dc pesquisa informações sobre o produto, sua aceitação c situação no mercado; estudos sêibre os veículos
mais eficientes de propaganda (rádio, (ornai, rc\ista, bonde, ônibus, anúncios luminosos, etc.) para este ou aquele produto; relação dos nomes dos jornais
da localidade e sua tiragem; meios de comunicação.: população e distribuição social da mesma; dados concretos sobre
a formação e influencia racial do gnipo na formação de hábitos, na qual a imi gração e a localização dos quistos raciai.s
constituem
a
fonte
e
o ponto
inicial para o plano de pe.squísa que,
por sua \'cz, requer este ou aquêle ca
racterístico; indicações sobre a recepção
interesse pelas informações objetivas e
da propaganda, e, finalmente, o tempo provável cm que a proiJaganda alcança rá o grau ótimo de eficiência dentro de
chegou o momento dos técnicos cm pes
cada situação ou problema.
quisa dc mercado exporem os ensaios
sões desses estudos deixaram de ser de
lidade do serviço técnico que eles po
Aumentou assim o
As conclu
e ensinamentos adquiridos durante todos
dutivas para se tornarem científicas, e
perigo da crise, mas também para permitir o advento dc prosperidade nos anos
esses anos dc leitura e de experiências incompletas. Nos dias de hoje, todos
os índices estatísticos obtidos são ficha
inútil formular alualmente um programa de trabalhos públicos.
sabem que o plaiicjamcnto do uma cam
dos numa seqüência lógica, permitindo, desta maneira, jogar-se com diversos
panha dc propaganda bem orientada re-
elementos.
trole diligente da parte do govórno sobre (c: suas despesas, não .vo .para (■vitar o
futuros. Quanto ã questão de garantir emjn-ôgo para todos, o Conselho julga
Os meios de colher essas
Digesto. Eco?
a maior depressão das taxas ainda vis tas no país. Con.sequêncúis
Tal depressão fez com que viésseino.s a despender, ao importar, maior quan tidade de moeda por menor cjiiantidade de mercadoria; e, ao exportar, re^ceber menos dinheiro por maior por
Convcnbamo.s*, jiois, cm que são in teiramente especiais
as
condições no
Ilrasil, jjaí-s sem produção ou coiu esta, ocassa, e mna ferrenha polílícti fiscal. A cha\'c para solução do problema
filaria no alarganienlo daf|nela, e as dificuldades, quç no^ assoberbam, de-
s.ijiarcceriam aiitomàl icanu-nti-. com o (•(juílíbrio e re\ígoramenlo <los futuros
ção de c-oisas, desaparecendo, assím, grande parte da valorização lia\ida, aqui e ali, na venda dos principais produtos de comércio e.xtemo, — café,
das cf)e.\islem que, na aciminisfraç.ão'de
les, etc.
conjunto.
algodão, cacau, borracha, couros, pe
aP esquisa naP ropaganda }?í)r Jo.\<) CAuv.\i.n.\i:.s
(ESPECIAL PAH.\ O
(Do Departamento de Estudo de Merca
do de j. Walter 'J'bomp.-,on Óc Companv)
"dicesto econômico")
orçamentos.
Ec-onomia e finança, coiifpianlo diver
sas e distintas uma da outra, tão liga um Estado, serão sempre ))ratieadas em
A i>csí/uisa de mercado não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos ac propaganda observado nos tdtiino.s ano.s. l-..sse desdobramento irregular dos tnélodos é cxjnicáveí, desde que sc afirme que so' há exigência de de terminados ti})()s de .serviços especializados quando se tem necessidade deles c houver solicitação do próprio grupo interessudo, necessidade por sua vez sentida quando O progresso
exigir fim grau mais apurado dc aperfeiçoamento das ativi dades que o circundam c indicam.
pescjuisa de mercado, os ser\'iços de propaganda em geral c o estudo cia eficiência e c<;ntr<)le cio venda no comér-
eio e na inclú.slria, passaram despercebi dos durante muito tenijjo no mundo dos negócios. Moje, porém, esses tipos de trabalho constituem uma ala
dc real
importância c movem campanhas de PERSPECTIVAS DE
DEPRESSÃO
Um relatório publicado pelo Comelho de Economlslofi do presidente Truman afirma que uma depressão econômica ameaça os Estados Unidos, cni 1947, sc
não forem efetivados os esforços necesf.ãrios para evitú-la, por parle dos dirigentes
patronais c operários, assim como pelos (çoicultores e pelo governo. A.s mzõe.ç
compra o venda, na comunidade. Sabese, por e.\'emj)lo, quç de todos os méto
dos de piopaganja, o scr\iço dc pes-
3uisa de mercado foi o menos consíerado pelas pessoas a se iniciarem nos
estudos da propaganda ou por aquelas <jue estiidas.^^em os meios dc tomar co
nhecido algum produto.
Não tardou,
de tal crise, segundo o aludido documento, podem ser encontradas nt) desequilí brio entre a produção e o poder aquisHivo, hem como nos lucros exagerados. O Conselho em aprêço acha que o momenlo crítico .surgirá quando a produção
porém, que tais estudiosos reclamassem a cooperação dos pesquisadores pela uti
começar a igualar-se aojwdcr aquisUivo, acumulado durante a guerra. Na con formidade do mesmo ponto de vista, a cri'.c poderá ser evitada se sc conseguir um ajii.sfamento comedido das despesas americanas e a da utilização tios recursos,
deriam prestar-lhes.
mediante o e.síabelecimenío prévio dos programas judicinsos. Por outro lado, o mc.mto relatório inVisfe .sobre a necessidade dc um con
(juer do serviço dc pesquisa informações sobre o produto, sua aceitação c situação no mercado; estudos sêibre os veículos
mais eficientes de propaganda (rádio, (ornai, rc\ista, bonde, ônibus, anúncios luminosos, etc.) para este ou aquele produto; relação dos nomes dos jornais
da localidade e sua tiragem; meios de comunicação.: população e distribuição social da mesma; dados concretos sobre
a formação e influencia racial do gnipo na formação de hábitos, na qual a imi gração e a localização dos quistos raciai.s
constituem
a
fonte
e
o ponto
inicial para o plano de pe.squísa que,
por sua \'cz, requer este ou aquêle ca
racterístico; indicações sobre a recepção
interesse pelas informações objetivas e
da propaganda, e, finalmente, o tempo provável cm que a proiJaganda alcança rá o grau ótimo de eficiência dentro de
chegou o momento dos técnicos cm pes
cada situação ou problema.
quisa dc mercado exporem os ensaios
sões desses estudos deixaram de ser de
lidade do serviço técnico que eles po
Aumentou assim o
As conclu
e ensinamentos adquiridos durante todos
dutivas para se tornarem científicas, e
perigo da crise, mas também para permitir o advento dc prosperidade nos anos
esses anos dc leitura e de experiências incompletas. Nos dias de hoje, todos
os índices estatísticos obtidos são ficha
inútil formular alualmente um programa de trabalhos públicos.
sabem que o plaiicjamcnto do uma cam
dos numa seqüência lógica, permitindo, desta maneira, jogar-se com diversos
panha dc propaganda bem orientada re-
elementos.
trole diligente da parte do govórno sobre (c: suas despesas, não .vo .para (■vitar o
futuros. Quanto ã questão de garantir emjn-ôgo para todos, o Conselho julga
Os meios de colher essas
nrmMiK
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mm
Digesto Eco^-ó^^co
84
85
Digesto EcoNÓ^^co
informações exigem, entretanto, estudos e conhecimentos especializados.
fundamentais: l.'"*) estudo do mercado;
2.^) estudo do produto;
pesquisa. >
Estudo do mercado
Transformação da vida comercial e industrial
Apesar de tamanha preocupação í ni
salientar aqui a importância deste tra balho, a pesquisa de mercado, entre tanto, não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos de pro
paganda observado nos últimos anos.
Êsse desdobramento irregular dos méto
dos é explicável desde que se afirme
No estudo do mercado, por exemplo, a indústria que mantém em dia e con trola a venda dos produtos manufatura
revendedores ou uma amostra represen tativa de consumidores, a fim de se
saber o grau de saturação do mercado pelos produtos competidores; o preço calculado por unidade, para fazê-lo con correr com os outro.s, porém, com maio
entre as variações em cada condição,
deficiência técnica dos vendedores ou
foram baseados todos os cálculos de
particularmente.
rentes a um artigo competidor; quais
causa determinante da diminuição, son-
mo referente a esse ramo do negócio).
citação do próprio grupo interessado, necessidade por sua vez sentida quando
dar-se-á a variabilidade dos preços dos
se há alguma desorganização no serviço
produtos no mercado, chegando-se à con
o progresso exigir um grau mais apu
clusão de- que os vendedores, por qual-
rado de aperfeiçoamento das atividades
ciuer motivo, não se interessaram ou "simpatizaram" com os produtos e, con seqüentemente, aumentaram o preço para
que os consumidores comprassem um
produto competidor. Neste caso, torna-
Outra explicação se dá à maneira in diferente com que os industriários e co
se necessário tomar providências para
quinze anos atrás e à displicência dos
revendedores.
técnicos de propaganda para com o .ser viço de pesquisa: os negócios sendo en-
tribuição do produto no mercado está
tabolados sem a idéia de concorrência,
as firmas negociavam li\Tcmente, sem
a preocupação de desequilíbrio das com pras e vendas. Tempo veio, entretanto,
em que o mercado foi abastecido por novos e aperfeiçoados produtos e a pro
paganda eficiente firmou-se pela origi
nalidade de apresentação das preferên cias, estudada'e obtida entre os grupos de consumidores, pelo serviço de-pes
quisa. Motivada pelas condições do tempo, a vida comercial e industrial transformou-se, obrigando a se exigir
alguma coisa a mais do que aquilo que mais convenha para o conforto material. Nos dias presentes, a pesquisa de mercado fornece todos os elementos bá
sicos para o serviço da propaganda e êsse trabalho repartç-se em três partes
grupo. Por isto, essa distribuição deve
a.s probabilidades futuras dôsse merca
Cumpre saber sc a apresenta
se tem necessidade deles e houver soli
merciantes recaiam a propaganda há
das todas as pessoas pertencentes ao
do continuar com a situação na qual
nuição.
ção dos produtos foi alterada; se a qua
interno. Sc nenhum destes fatores fôr a
todos substituindo outros.
maior, as conclusões finais deverão ser as mesmas, como se fôssem entrevista
lidade deixou algo a desejar; se houve
dos, muitas vêzcs \'crifica que a cur\a. de \'cnda está indicando sensível dimi
que só há exigência de determinados tipos de serviços especializados quando
pícia para a introdução de novos mé
grupo duas. três, dez e até cem vêzes
ser baseada numa proporção lógica entre o número de casos a pesquisar e a densidade dessas pessoas em cada um .daqueles aspectos, para depois se fazer ainda um outro cálculo proporcional
res vantagens; o fabrico do produto, que pode ser orientado pelas preferên cias fornecidas pelos consumidores refe
venda (impostos alfandegários e ele mentos que regem a lei do protecionis
que o circundam e indicam. O tempo, portanto, determina a época mais pro
uma amostra que deve representar uni
que se encontre uma solução satisfa
A terceira parte trata da pesquisa
pròpriamcnte dita.
Ê importante não
confundir a terminologia usada no es
tudo da pcsqui.sa.
O estudo do mer
cado ou do produto não implica, na maior das vêzcs, cm rigoroso planeja
mento, grande precisão matemática, uma objetí\idade absoluta ou, ainda, nma formação técnico-profissional daqueles que recolhem os elementos, como se
sendo bem orientada. Todo consumidor
faz na pesquisa. A denominação de pes quisa pode ser dada quando a informa ção que se quer reclame determinados princípios de algumas ciências, como a da sociologia, economia, psicologia,
tem certas preferências por um produto.
estatística, matemática, etc.
tória e que remova o desinteresse dos De outro lado, verificar-.se-á se a dis
Se, entretanto, ' o procura
por várias
vezes e não o encontra, deixará de com
prá-lo e acabará esquecendo-o. Estudo do produto No estudo do produto, 2.'"^ parle, a atenção dos técnicos de pesquisa voltase mais para o problema do introdução
de novos produtos no mercado, de aná
A pesquisa obedece a certas condições sociais, cronológicas e econômicas das
pessoas das quais são obtidas informa ções, essenciais à orientação do técnico de pesquisa. Se se quiser conhecer o tipo de" programa de rádio mais prefe rido por pessoas que pertençam à classe social mais protegida ou as menos abas tadas; por pessoas cujo poder aquisitivo vá desde o salário mínimo até às grandes
lise das vantagens que oferece o mesmo
fortunas; por crianças cuja idade já in
produto e do seu aperfeiçoamento, que
dica uma formação que permita apre
deverá ser baseado nas preferências ou
ciar uma radiofonização e, finalmente,
conselhos dos próprios consumidores.
por anciãos que regularmente "olham"
Quando se pretende manufaturar um produto, é muito lógico que se obtenham
as novidades sem nenhum interêsse, é
dados de um determinado çírculç» de
necessário que a distribuição das entre vistas seja muito bem calculada sob
aquêles três aspectos. Tratando-se de
Assim, se se trata da propaganda d^ um sabonete que possua as presumíveis
qualidades exigidas por pessoas de dife rentes condições sociais, cronológicas e
econômicas, a finalidade principal da pesquisa seria a de escolher um tema^ ou
assunto para os anúncios.
Para este
trabalho, seriam estudadas e aproveita das todas as normas psicológicas
táveis a esse tipo de propaganda, a fim de chamar a atenção e giiudar o consu midor a se definir nas suas escoUias.
Constituiria, então, o primeiro passo da pesquisa: a elaboração do questionano.
Elaborar um questionário não é tareta fácil e rápida que uma pessoa sem co nhecimento apurado do assunto e sem
experiência de campo possa realizar (de nomina-se experiência de campo ao ser-
\'iço do pesquisador, por meio do qual se conhecem as vantagens ou desvan tagens de certas constnições de pergun
tas). Além das pergimtas que se refe rem ao sabonete em si, como perfume, durabilidade (economia), preço,
nho, côr, etc., investigar-se-ia o meinor veícúlo de propaganda para o caso. escolhida a propaganda pelo radio, pro-
curar-se-ia saber os tipos de pr^aganda
mais preferidos pelos consumidores do próprio produto ou de produtos simila res;' a freqüência com que comumente esses programas de rádio são ouvidos;
quais os horários mais ajustáveis às ho
ras de descanço dos consumidores ou
vintes; qual a estação de rádio mais
ouvida e se existem certas preferências à
nrmMiK
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Digesto Eco^-ó^^co
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Digesto EcoNÓ^^co
informações exigem, entretanto, estudos e conhecimentos especializados.
fundamentais: l.'"*) estudo do mercado;
2.^) estudo do produto;
pesquisa. >
Estudo do mercado
Transformação da vida comercial e industrial
Apesar de tamanha preocupação í ni
salientar aqui a importância deste tra balho, a pesquisa de mercado, entre tanto, não seguiu passo a passo o desen volvimento dos outros métodos de pro
paganda observado nos últimos anos.
Êsse desdobramento irregular dos méto
dos é explicável desde que se afirme
No estudo do mercado, por exemplo, a indústria que mantém em dia e con trola a venda dos produtos manufatura
revendedores ou uma amostra represen tativa de consumidores, a fim de se
saber o grau de saturação do mercado pelos produtos competidores; o preço calculado por unidade, para fazê-lo con correr com os outro.s, porém, com maio
entre as variações em cada condição,
deficiência técnica dos vendedores ou
foram baseados todos os cálculos de
particularmente.
rentes a um artigo competidor; quais
causa determinante da diminuição, son-
mo referente a esse ramo do negócio).
citação do próprio grupo interessado, necessidade por sua vez sentida quando
dar-se-á a variabilidade dos preços dos
se há alguma desorganização no serviço
produtos no mercado, chegando-se à con
o progresso exigir um grau mais apu
clusão de- que os vendedores, por qual-
rado de aperfeiçoamento das atividades
ciuer motivo, não se interessaram ou "simpatizaram" com os produtos e, con seqüentemente, aumentaram o preço para
que os consumidores comprassem um
produto competidor. Neste caso, torna-
Outra explicação se dá à maneira in diferente com que os industriários e co
se necessário tomar providências para
quinze anos atrás e à displicência dos
revendedores.
técnicos de propaganda para com o .ser viço de pesquisa: os negócios sendo en-
tribuição do produto no mercado está
tabolados sem a idéia de concorrência,
as firmas negociavam li\Tcmente, sem
a preocupação de desequilíbrio das com pras e vendas. Tempo veio, entretanto,
em que o mercado foi abastecido por novos e aperfeiçoados produtos e a pro
paganda eficiente firmou-se pela origi
nalidade de apresentação das preferên cias, estudada'e obtida entre os grupos de consumidores, pelo serviço de-pes
quisa. Motivada pelas condições do tempo, a vida comercial e industrial transformou-se, obrigando a se exigir
alguma coisa a mais do que aquilo que mais convenha para o conforto material. Nos dias presentes, a pesquisa de mercado fornece todos os elementos bá
sicos para o serviço da propaganda e êsse trabalho repartç-se em três partes
grupo. Por isto, essa distribuição deve
a.s probabilidades futuras dôsse merca
Cumpre saber sc a apresenta
se tem necessidade deles e houver soli
merciantes recaiam a propaganda há
das todas as pessoas pertencentes ao
do continuar com a situação na qual
nuição.
ção dos produtos foi alterada; se a qua
interno. Sc nenhum destes fatores fôr a
todos substituindo outros.
maior, as conclusões finais deverão ser as mesmas, como se fôssem entrevista
lidade deixou algo a desejar; se houve
dos, muitas vêzcs \'crifica que a cur\a. de \'cnda está indicando sensível dimi
que só há exigência de determinados tipos de serviços especializados quando
pícia para a introdução de novos mé
grupo duas. três, dez e até cem vêzes
ser baseada numa proporção lógica entre o número de casos a pesquisar e a densidade dessas pessoas em cada um .daqueles aspectos, para depois se fazer ainda um outro cálculo proporcional
res vantagens; o fabrico do produto, que pode ser orientado pelas preferên cias fornecidas pelos consumidores refe
venda (impostos alfandegários e ele mentos que regem a lei do protecionis
que o circundam e indicam. O tempo, portanto, determina a época mais pro
uma amostra que deve representar uni
que se encontre uma solução satisfa
A terceira parte trata da pesquisa
pròpriamcnte dita.
Ê importante não
confundir a terminologia usada no es
tudo da pcsqui.sa.
O estudo do mer
cado ou do produto não implica, na maior das vêzcs, cm rigoroso planeja
mento, grande precisão matemática, uma objetí\idade absoluta ou, ainda, nma formação técnico-profissional daqueles que recolhem os elementos, como se
sendo bem orientada. Todo consumidor
faz na pesquisa. A denominação de pes quisa pode ser dada quando a informa ção que se quer reclame determinados princípios de algumas ciências, como a da sociologia, economia, psicologia,
tem certas preferências por um produto.
estatística, matemática, etc.
tória e que remova o desinteresse dos De outro lado, verificar-.se-á se a dis
Se, entretanto, ' o procura
por várias
vezes e não o encontra, deixará de com
prá-lo e acabará esquecendo-o. Estudo do produto No estudo do produto, 2.'"^ parle, a atenção dos técnicos de pesquisa voltase mais para o problema do introdução
de novos produtos no mercado, de aná
A pesquisa obedece a certas condições sociais, cronológicas e econômicas das
pessoas das quais são obtidas informa ções, essenciais à orientação do técnico de pesquisa. Se se quiser conhecer o tipo de" programa de rádio mais prefe rido por pessoas que pertençam à classe social mais protegida ou as menos abas tadas; por pessoas cujo poder aquisitivo vá desde o salário mínimo até às grandes
lise das vantagens que oferece o mesmo
fortunas; por crianças cuja idade já in
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dica uma formação que permita apre
deverá ser baseado nas preferências ou
ciar uma radiofonização e, finalmente,
conselhos dos próprios consumidores.
por anciãos que regularmente "olham"
Quando se pretende manufaturar um produto, é muito lógico que se obtenham
as novidades sem nenhum interêsse, é
dados de um determinado çírculç» de
necessário que a distribuição das entre vistas seja muito bem calculada sob
aquêles três aspectos. Tratando-se de
Assim, se se trata da propaganda d^ um sabonete que possua as presumíveis
qualidades exigidas por pessoas de dife rentes condições sociais, cronológicas e
econômicas, a finalidade principal da pesquisa seria a de escolher um tema^ ou
assunto para os anúncios.
Para este
trabalho, seriam estudadas e aproveita das todas as normas psicológicas
táveis a esse tipo de propaganda, a fim de chamar a atenção e giiudar o consu midor a se definir nas suas escoUias.
Constituiria, então, o primeiro passo da pesquisa: a elaboração do questionano.
Elaborar um questionário não é tareta fácil e rápida que uma pessoa sem co nhecimento apurado do assunto e sem
experiência de campo possa realizar (de nomina-se experiência de campo ao ser-
\'iço do pesquisador, por meio do qual se conhecem as vantagens ou desvan tagens de certas constnições de pergun
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nho, côr, etc., investigar-se-ia o meinor veícúlo de propaganda para o caso. escolhida a propaganda pelo radio, pro-
curar-se-ia saber os tipos de pr^aganda
mais preferidos pelos consumidores do próprio produto ou de produtos simila res;' a freqüência com que comumente esses programas de rádio são ouvidos;
quais os horários mais ajustáveis às ho
ras de descanço dos consumidores ou
vintes; qual a estação de rádio mais
ouvida e se existem certas preferências à
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mr^-
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DtcKSTo Econômico
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Digesto Econóahco
casos anteriores similares a êstc e, sem
parte sobre potencialidade da estação,
fissão industrial, inosfraudo-sc mais inte
sonorização c pontualidade das progra
ligente. instruído ou culto ou, então,
mações etc. Dentro da grande variabi-
com qualidades pxccjicionais que superauí as do enlrcvistado. Os jjcsqulsadore.s devem .saber cpic as jjcssoas prestam informações pensando .sempre que estão
lidadc das diferentes respostas dadas para cada pergunta, escolher-se-ia o mé
todo estatístico mais conveniente para reunir objetivamente as preferencias comims dos ouvintes e considerá-las fun
"auxiliando" alguém e que ê.ste tanto pode ser o próprio pcscjuisador ou a
damentais para o futuro serviço de pro
firma que orienta^ a pesquisa. Por con
paganda.
seguinte, não será de boa técnica criar
Relativamente à técnica usada na dis
tribuição das entrevistas sob o aspecto
econômico, discute-se qual o método que .satisfaça.
O sistema de classes de ren
dimento familítrr ou pessoal dos entre vistados, pode ser estabelecido de acor do com a necessidade, preço, natureza e utilidade do produto.
De outro lado, a distribuição associa tiva das idades e condições sociais tem
idêntica especificação' dada ao p^oder aquisitivo.
este problema para os pe.s<juisaclos, fa
zendo-os analisar uma nova situação,
nenhum fundamento, por-sc num "staíiis"
social ou econômico há muito desejado, mas não conseguido. Outro método consiste oni entregar-se ao entrevistado
o
questionário, nèle
mostrar-lhe as \árias classes de rondi-
mcnlo familiar ou pessoal imprcs.sas c pcdir-lhc que faça uma cruz na classe a ({uc pertence.
Usando-se esto mé
todo, a probabilidade dessa ]jessoa for mular mentalmente a resposta c forne cê-la falsa, é, como já foi dito, muito
melhor do que, dc .sopctão, pcdir-lhc
deste exame fará com que èle reaja de maneira a cxteriorizar a resposta dese jada pelo pesquisador. A Inbulação dos dados pesquisados, finalmente, constitui uma parto do tra balho cspecializ;ido da poscpúsa. As
conclusões c a apresentação dos resul tados dependem de um IraballíO excep cionalmente técnico que c.vige um es
pecial conhecimento de metodologia es tatística.
Não se pode, em suma, detalhar a técnica da pesquisa num trabalho como este, que representa uma "tabulaçao" sintética de experièscia e estudo. Em
bem diferente. Essas pessoas deverão sentir-se à vontade c ter a sensação de
que a diga.
isto dizer que o pescjuisadòr dc\erá humilhar-sc a fim di? remo\'er as dificul
analisará as diferenças das classes cnlri; si e entre a resposta falsa formulada c a resposta \-erdadcÍra. Por um impulso
frisadas neste trabalho, podei-se-ú en
instintivo de honestidade, o resultado
uma coleção de manuscritos.
domínio da situação. Não se quer com
dades que se apresentam, mas ajustarse ao papel de alguém que precisa de alguma coisa o dc alguém que fornece,
Assim é cpie o entrevis
tado, lendo em poder o miestionário,
cada uma das modalidades do estudo
contrar campo suficiente para de.senAolver assuntos capazes de constituírem
gratuitamente, impressões pes.soais,
fracassaria, também, o pesquisador
4
que se apre.senlassc diante de um adoTreinamento dos pesquisadores Elaborado o questionário, necessita-se
agora orientar e in.struir os pesquisado
lesc< ntc cie 20 anos de idade, estudante o com situação cconomica "esluclantil", clizcndo-lho um conjunto de ])alavras en
feitadas e pronunciando as perguntas
res para a minuciosa tarefa de interpre
numa cadência \'agarosu. Nem muito à
tar as atitudes das pessoas e como des
terra nem muito ao mar.
crevê-las. O treinamento dos pesquisa
dores é necessário desde que se queira
1 nhulação dos dados pesquisados
alcançar informações precisas e defini
das. Um pesquisador deve possuir cer tas aptidões específicas, tais como a capacidade de reunir em pouco tempo certas reações que criem atitude e façam
Outros métodos da psicologia aplica para cada problema, pois, dos mesmos dependerão as vcrdacleiras soluções e
nascer motivos para argumentação con
conclusões. A experiência, por exemplo,
vincente sobre a utilidade da pesquisa e a importância das informações. Po-
ensina cpic a margem de erros ou a pro
der-se-ia incluir essa capacidade, ora
babilidade dc respostas falsas será muito ménor se se deixar que o entrevistado
explicada como "intuição", ora como
aponte com as próprias mãos a classe
inclinação (reunião de um determinado número de aptidões julgadas indi.spensáveis para o trabalho da pe.sqiiisa), entre aquelas chamadas pelos modernos psi cólogos de percepção cxtra-sensorial. Um pesquisador nunca teria êxito ou não seria eficiente, se se apresentar a
uma pessoa de 50 anos de idade, com situação econômica favorecida e de pro-
COTA DA PRODUÇÃO DE AÇÜCAR
dos á pesquisa deverão ser estudados
do rendimento familiar ou pessoal a quo pertence do ciue, simplesmente, se so perguntar qual o seu rendimento.
razão é de ordem psicológica.
A
Se se
perguntar a uma pessoa qual o seu rendimento, o processo mental levado a
efeito para a emi.ssão da re.sposta será
sím|>les, o que lhe dará possibilidade.s
O gabinete do secretario da Agricultura de São Paulo distribuiu à imprensa o seguinte comunicado:
"O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, devidamente autorizado pelo sr. interj:^entor federal o na forma do decreto-lei federal n." 9827, do 10 de setembro de 1946, que dispõe sôbre a produção açucareira, convida os pantadores de cana do Estado de São Paulo a fazer a êste gabinete as declarações dc'rea cultivada e em plantação de cano, maquinismo que possuirctn nu em uws de
instalação para a industrialização da cana, a fim de que a Secretaria, realit^cuK
as necessárias verificações e feitos os reajuslamcntos a que se refere a resolução n." 125, de 14 de setembro de 1943, fique habilitado a estabelecer com o Ins tituto do Açúcar e do Álcool o critério de distribuição do aumento dc cota da produção do açúcar atribuída ao Estado. "Os interessados poderão fazer suas declarações diretamente a êste gabinete ■ou por Dor
para lembrar e raciocinar sôbre um dos i "iW ÉÉ1
intermédio dos agrônomos regionais, até o dia 15 de janeiro de 1947".
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Digesto Econóahco
casos anteriores similares a êstc e, sem
parte sobre potencialidade da estação,
fissão industrial, inosfraudo-sc mais inte
sonorização c pontualidade das progra
ligente. instruído ou culto ou, então,
mações etc. Dentro da grande variabi-
com qualidades pxccjicionais que superauí as do enlrcvistado. Os jjcsqulsadore.s devem .saber cpic as jjcssoas prestam informações pensando .sempre que estão
lidadc das diferentes respostas dadas para cada pergunta, escolher-se-ia o mé
todo estatístico mais conveniente para reunir objetivamente as preferencias comims dos ouvintes e considerá-las fun
"auxiliando" alguém e que ê.ste tanto pode ser o próprio pcscjuisador ou a
damentais para o futuro serviço de pro
firma que orienta^ a pesquisa. Por con
paganda.
seguinte, não será de boa técnica criar
Relativamente à técnica usada na dis
tribuição das entrevistas sob o aspecto
econômico, discute-se qual o método que .satisfaça.
O sistema de classes de ren
dimento familítrr ou pessoal dos entre vistados, pode ser estabelecido de acor do com a necessidade, preço, natureza e utilidade do produto.
De outro lado, a distribuição associa tiva das idades e condições sociais tem
idêntica especificação' dada ao p^oder aquisitivo.
este problema para os pe.s<juisaclos, fa
zendo-os analisar uma nova situação,
nenhum fundamento, por-sc num "staíiis"
social ou econômico há muito desejado, mas não conseguido. Outro método consiste oni entregar-se ao entrevistado
o
questionário, nèle
mostrar-lhe as \árias classes de rondi-
mcnlo familiar ou pessoal imprcs.sas c pcdir-lhc que faça uma cruz na classe a ({uc pertence.
Usando-se esto mé
todo, a probabilidade dessa ]jessoa for mular mentalmente a resposta c forne cê-la falsa, é, como já foi dito, muito
melhor do que, dc .sopctão, pcdir-lhc
deste exame fará com que èle reaja de maneira a cxteriorizar a resposta dese jada pelo pesquisador. A Inbulação dos dados pesquisados, finalmente, constitui uma parto do tra balho cspecializ;ido da poscpúsa. As
conclusões c a apresentação dos resul tados dependem de um IraballíO excep cionalmente técnico que c.vige um es
pecial conhecimento de metodologia es tatística.
Não se pode, em suma, detalhar a técnica da pesquisa num trabalho como este, que representa uma "tabulaçao" sintética de experièscia e estudo. Em
bem diferente. Essas pessoas deverão sentir-se à vontade c ter a sensação de
que a diga.
isto dizer que o pescjuisadòr dc\erá humilhar-sc a fim di? remo\'er as dificul
analisará as diferenças das classes cnlri; si e entre a resposta falsa formulada c a resposta \-erdadcÍra. Por um impulso
frisadas neste trabalho, podei-se-ú en
instintivo de honestidade, o resultado
uma coleção de manuscritos.
domínio da situação. Não se quer com
dades que se apresentam, mas ajustarse ao papel de alguém que precisa de alguma coisa o dc alguém que fornece,
Assim é cpie o entrevis
tado, lendo em poder o miestionário,
cada uma das modalidades do estudo
contrar campo suficiente para de.senAolver assuntos capazes de constituírem
gratuitamente, impressões pes.soais,
fracassaria, também, o pesquisador
4
que se apre.senlassc diante de um adoTreinamento dos pesquisadores Elaborado o questionário, necessita-se
agora orientar e in.struir os pesquisado
lesc< ntc cie 20 anos de idade, estudante o com situação cconomica "esluclantil", clizcndo-lho um conjunto de ])alavras en
feitadas e pronunciando as perguntas
res para a minuciosa tarefa de interpre
numa cadência \'agarosu. Nem muito à
tar as atitudes das pessoas e como des
terra nem muito ao mar.
crevê-las. O treinamento dos pesquisa
dores é necessário desde que se queira
1 nhulação dos dados pesquisados
alcançar informações precisas e defini
das. Um pesquisador deve possuir cer tas aptidões específicas, tais como a capacidade de reunir em pouco tempo certas reações que criem atitude e façam
Outros métodos da psicologia aplica para cada problema, pois, dos mesmos dependerão as vcrdacleiras soluções e
nascer motivos para argumentação con
conclusões. A experiência, por exemplo,
vincente sobre a utilidade da pesquisa e a importância das informações. Po-
ensina cpic a margem de erros ou a pro
der-se-ia incluir essa capacidade, ora
babilidade dc respostas falsas será muito ménor se se deixar que o entrevistado
explicada como "intuição", ora como
aponte com as próprias mãos a classe
inclinação (reunião de um determinado número de aptidões julgadas indi.spensáveis para o trabalho da pe.sqiiisa), entre aquelas chamadas pelos modernos psi cólogos de percepção cxtra-sensorial. Um pesquisador nunca teria êxito ou não seria eficiente, se se apresentar a
uma pessoa de 50 anos de idade, com situação econômica favorecida e de pro-
COTA DA PRODUÇÃO DE AÇÜCAR
dos á pesquisa deverão ser estudados
do rendimento familiar ou pessoal a quo pertence do ciue, simplesmente, se so perguntar qual o seu rendimento.
razão é de ordem psicológica.
A
Se se
perguntar a uma pessoa qual o seu rendimento, o processo mental levado a
efeito para a emi.ssão da re.sposta será
sím|>les, o que lhe dará possibilidade.s
O gabinete do secretario da Agricultura de São Paulo distribuiu à imprensa o seguinte comunicado:
"O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, devidamente autorizado pelo sr. interj:^entor federal o na forma do decreto-lei federal n." 9827, do 10 de setembro de 1946, que dispõe sôbre a produção açucareira, convida os pantadores de cana do Estado de São Paulo a fazer a êste gabinete as declarações dc'rea cultivada e em plantação de cano, maquinismo que possuirctn nu em uws de
instalação para a industrialização da cana, a fim de que a Secretaria, realit^cuK
as necessárias verificações e feitos os reajuslamcntos a que se refere a resolução n." 125, de 14 de setembro de 1943, fique habilitado a estabelecer com o Ins tituto do Açúcar e do Álcool o critério de distribuição do aumento dc cota da produção do açúcar atribuída ao Estado. "Os interessados poderão fazer suas declarações diretamente a êste gabinete ■ou por Dor
para lembrar e raciocinar sôbre um dos i "iW ÉÉ1
intermédio dos agrônomos regionais, até o dia 15 de janeiro de 1947".
pp Digesto Econókhco
MESTRES »\ ECOItlOMH Karl Heinrich Marx
era um advogado judeu, mas cm 1824 (quando Karl contava apenas seis anos de idade) juntamente com sua
nomia de Londres)
família se con\ertcu à crença pi-otestan-
(Especial para o "Olgesto Econômico")
Marx
tornam evidente que êle foi, antes di>
mais nada, um rèforfriador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.
Os seus estudos econômicos, por sérios que tenham sido, constituíam o veículo
para os seus objetivos. A sua finali
Examinaremos agora Marx e seus vo
dade era derrocar as instituições políti^
lumosos escritos, que levaram os pontos
c«s e econômicas existentes. Mas os seus
gico. Suas obras são importantes não porque tenham alargado materialmente
métodos não conquistaram as simpatias dos socialistas, como se vê pela crítica que lhe dirigiu o falecido H. G. Wells.
contudo, como o anterior, em breve ma logrou: de fato, limitou-se a um núme ro O artigo de Marx inserto nessa pu blicação fere a mesma nota dos seus trabalhos precedentes. Acentuava a im portância da alavanca K^rrf^Ví=iii política ? para a ^ *'NÓS emancipação social. Escre\eu. lhes dirigimos o verdadeiro gnto de guer
Karl Heirich Marx nasceu em 1818
(Membro da Sociedade Keaí de Eco
de
franco-germânica. O empreendimento,
borados.
em Treves, na Prússia Rcnana. Seu pai
por 5. Harcourt-RIvington
vida
lhos provocadores chegaram a ser ela Origem c formação
fundador da doutrina da luta de classe
Os acontecimentos da
89
de vista dos socialistas ao seu fim ló
o conhecimento econômico, mas porque foram redigidas para movimentar a pai
•irtigo sôbre as idéias correntes em econonúa política para a mesma revista. Tornaram-se amigos certos, colaborado res em escritos políticos e econômicos.
conquistou o seu gmu de doutor em filosoría. Em Berlim, quando estudante,
Perseguido pelo govêrno prussiano
relacionou-se com os irmãos Bruno è Edcar Bauer, membros do "Freien", ou círculo hegeliano. O contacto com êstes espíritos radicais mudou as suas
O próximo empreendimento de Mar.t foi o órgão radical "Vorwartz" - pu
idéias 6 a sua carreira. Depois de
gação do governo prussiano, as autori
abandonar a advocacia como profissão,
xão humana. Nisto nos parecem úni cas, pois Marx foi o primeiro dos eco nomistas clássicos que deliberadamente pregaram a efusão de sangue na defesá
assim traçada uma firme evolução das
de suas doutrinas.
idéias econômicas, desde a era de Pla tão até as primeiras décadas do século
listas e de "esquerda".
tuíam material de propaganda, destina dos a criar espírito de revolta contra
XIX, mostrando particularmente o de
tes invectivas logo se manifestaram. Em
as instituições políticas e econômicas
senvolvimento da empolgante controvér
outubro de 1842 converteu-se num dos
existentes. Es-creveu; "Uma classe ape
sia entre os partidários da propriedade pública e da propriedade privada dos meios de produção. Vimos como, em
nas pode combater a autoridade orga
diretores do jornal. Mas as suas ativi dades "despertaram a censura do gover
nizada. Ela deve romper todos os seus grilhões, ao subverter o conjunto da so
no. O jornal foi suprimido dentro de poucos meses da nova orientação. No
suas várias orientações, escritores desde
ciedade constituída".
obras dos 'Mestres da Economia". Foi
Platão até o Conde de Saint Simon, Sismondi, Ricardo, Owen, Proudhon apre
sentaram idéias que socialistas "^polfe^ riores adotaram e remodelaram, para a elaboração de suas doutrinas, e como, em sentido contrário, Aristóteles, Aqui-
Seus livros consti
A sua doutrina investe contra a civi
lização. Talvez nenhum escritor, a não
ser os da escola teológica, tenha susci tado nos seus discípulos uma devoção tão obstinada, e entre os seus adversá
nas, Quesnay, Adam Smitli, Turgot e
rios condenação tão emotiva quanto Karl
Mill se manifestaram sucessivamente em
Marx.
favor da permanêniJtSi do esfôrço indi vidual e do sistema tradicional da em-
prêsa e da propriedade privada.
Contudo, antes de considerarmos as
suas idéias, vejamos que espécie de ho mem que era êle e como os seus traba-
drich Engels, que concorrera com um
te. O filho foi educado primeiramen te no ginásio de sua cidade natal e de pois nas universidades de Bonn e de Berlim. Inicialmente, estudou leis, e depois história e filosofia. Em 1841
pensou em ser professor, mas finalmen te ingressou no jornalismo, juntando-se ao corpo redatorial da "Rheinischc Zeitung", que se dedicava principalmente à exposição das idéias avançadas, socia
biografias já foram publica DjEZESSETE das nesta serie dedicada à vida e às
ra". Em Paris relacionou-se com Frie-
Suas qualidades dc palavTa c suas for
verão de 1843 contraiu matrimônio com
blicado em Paris, - mas que igualmen
te teve um fim prematuro. Por insti-
dades francesas ordenaram que êle e seus companheiros de jomal deixassem a França. Marx dirigiu-se então para Bruxelas, onde publicou "La Misère de
Ia Philosophío", uma réplica ao livro de Proudhon subordinado ao sub-títuJo "La
Philosophie de Ia Misère", e citado em biografia desta série, número de novem bro do "Digesto Econômico".
Em Bruxelas, juntamente com Engels, aderiu ao movimento socialista da classe
operilria. Fundaram na capital belga uma sociedade de trabalhadores alemães,
adquiriram o "Brussels-Deutsche Zeitung" e finalmente se tomaram mem
a filha de um alto funcionário gover namental cuja mulher vinha a ser des cendente do duque inglês de Argyle. A espôsa de Marx se re\'elou uma fir me companheira, que se lhe conservou fiel, apesar da pobreza e das vicissitu-
escreveram para essa sociedade o seu conhecido "Manifesto Comunista", que
des por que passaram.
estabeleceu os ideais de sua doutrina.
No outono desse ano dirigiu-se a Pa ris a fim de estudar.
O movimento so
cialista estava então no seu zênite. Jun tamente com outro hegeliano, Marx se
dispôs a editar uma revista socialista
bros de uma organização secreta deno
minada "Liga Comunista", que tinha ramificações em Londres e Paris, além de outros" lugares. Pelo fim de 1847
Mal foi publicado esse trabalho, a Re volução explodiu na França (1848).
M^x se precipitou para Paris, mas de pois de uma breve permanência, de cidiu retomar à Alemanha, a fim de aeir
í
pp Digesto Econókhco
MESTRES »\ ECOItlOMH Karl Heinrich Marx
era um advogado judeu, mas cm 1824 (quando Karl contava apenas seis anos de idade) juntamente com sua
nomia de Londres)
família se con\ertcu à crença pi-otestan-
(Especial para o "Olgesto Econômico")
Marx
tornam evidente que êle foi, antes di>
mais nada, um rèforfriador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.
Os seus estudos econômicos, por sérios que tenham sido, constituíam o veículo
para os seus objetivos. A sua finali
Examinaremos agora Marx e seus vo
dade era derrocar as instituições políti^
lumosos escritos, que levaram os pontos
c«s e econômicas existentes. Mas os seus
gico. Suas obras são importantes não porque tenham alargado materialmente
métodos não conquistaram as simpatias dos socialistas, como se vê pela crítica que lhe dirigiu o falecido H. G. Wells.
contudo, como o anterior, em breve ma logrou: de fato, limitou-se a um núme ro O artigo de Marx inserto nessa pu blicação fere a mesma nota dos seus trabalhos precedentes. Acentuava a im portância da alavanca K^rrf^Ví=iii política ? para a ^ *'NÓS emancipação social. Escre\eu. lhes dirigimos o verdadeiro gnto de guer
Karl Heirich Marx nasceu em 1818
(Membro da Sociedade Keaí de Eco
de
franco-germânica. O empreendimento,
borados.
em Treves, na Prússia Rcnana. Seu pai
por 5. Harcourt-RIvington
vida
lhos provocadores chegaram a ser ela Origem c formação
fundador da doutrina da luta de classe
Os acontecimentos da
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de vista dos socialistas ao seu fim ló
o conhecimento econômico, mas porque foram redigidas para movimentar a pai
•irtigo sôbre as idéias correntes em econonúa política para a mesma revista. Tornaram-se amigos certos, colaborado res em escritos políticos e econômicos.
conquistou o seu gmu de doutor em filosoría. Em Berlim, quando estudante,
Perseguido pelo govêrno prussiano
relacionou-se com os irmãos Bruno è Edcar Bauer, membros do "Freien", ou círculo hegeliano. O contacto com êstes espíritos radicais mudou as suas
O próximo empreendimento de Mar.t foi o órgão radical "Vorwartz" - pu
idéias 6 a sua carreira. Depois de
gação do governo prussiano, as autori
abandonar a advocacia como profissão,
xão humana. Nisto nos parecem úni cas, pois Marx foi o primeiro dos eco nomistas clássicos que deliberadamente pregaram a efusão de sangue na defesá
assim traçada uma firme evolução das
de suas doutrinas.
idéias econômicas, desde a era de Pla tão até as primeiras décadas do século
listas e de "esquerda".
tuíam material de propaganda, destina dos a criar espírito de revolta contra
XIX, mostrando particularmente o de
tes invectivas logo se manifestaram. Em
as instituições políticas e econômicas
senvolvimento da empolgante controvér
outubro de 1842 converteu-se num dos
existentes. Es-creveu; "Uma classe ape
sia entre os partidários da propriedade pública e da propriedade privada dos meios de produção. Vimos como, em
nas pode combater a autoridade orga
diretores do jornal. Mas as suas ativi dades "despertaram a censura do gover
nizada. Ela deve romper todos os seus grilhões, ao subverter o conjunto da so
no. O jornal foi suprimido dentro de poucos meses da nova orientação. No
suas várias orientações, escritores desde
ciedade constituída".
obras dos 'Mestres da Economia". Foi
Platão até o Conde de Saint Simon, Sismondi, Ricardo, Owen, Proudhon apre
sentaram idéias que socialistas "^polfe^ riores adotaram e remodelaram, para a elaboração de suas doutrinas, e como, em sentido contrário, Aristóteles, Aqui-
Seus livros consti
A sua doutrina investe contra a civi
lização. Talvez nenhum escritor, a não
ser os da escola teológica, tenha susci tado nos seus discípulos uma devoção tão obstinada, e entre os seus adversá
nas, Quesnay, Adam Smitli, Turgot e
rios condenação tão emotiva quanto Karl
Mill se manifestaram sucessivamente em
Marx.
favor da permanêniJtSi do esfôrço indi vidual e do sistema tradicional da em-
prêsa e da propriedade privada.
Contudo, antes de considerarmos as
suas idéias, vejamos que espécie de ho mem que era êle e como os seus traba-
drich Engels, que concorrera com um
te. O filho foi educado primeiramen te no ginásio de sua cidade natal e de pois nas universidades de Bonn e de Berlim. Inicialmente, estudou leis, e depois história e filosofia. Em 1841
pensou em ser professor, mas finalmen te ingressou no jornalismo, juntando-se ao corpo redatorial da "Rheinischc Zeitung", que se dedicava principalmente à exposição das idéias avançadas, socia
biografias já foram publica DjEZESSETE das nesta serie dedicada à vida e às
ra". Em Paris relacionou-se com Frie-
Suas qualidades dc palavTa c suas for
verão de 1843 contraiu matrimônio com
blicado em Paris, - mas que igualmen
te teve um fim prematuro. Por insti-
dades francesas ordenaram que êle e seus companheiros de jomal deixassem a França. Marx dirigiu-se então para Bruxelas, onde publicou "La Misère de
Ia Philosophío", uma réplica ao livro de Proudhon subordinado ao sub-títuJo "La
Philosophie de Ia Misère", e citado em biografia desta série, número de novem bro do "Digesto Econômico".
Em Bruxelas, juntamente com Engels, aderiu ao movimento socialista da classe
operilria. Fundaram na capital belga uma sociedade de trabalhadores alemães,
adquiriram o "Brussels-Deutsche Zeitung" e finalmente se tomaram mem
a filha de um alto funcionário gover namental cuja mulher vinha a ser des cendente do duque inglês de Argyle. A espôsa de Marx se re\'elou uma fir me companheira, que se lhe conservou fiel, apesar da pobreza e das vicissitu-
escreveram para essa sociedade o seu conhecido "Manifesto Comunista", que
des por que passaram.
estabeleceu os ideais de sua doutrina.
No outono desse ano dirigiu-se a Pa ris a fim de estudar.
O movimento so
cialista estava então no seu zênite. Jun tamente com outro hegeliano, Marx se
dispôs a editar uma revista socialista
bros de uma organização secreta deno
minada "Liga Comunista", que tinha ramificações em Londres e Paris, além de outros" lugares. Pelo fim de 1847
Mal foi publicado esse trabalho, a Re volução explodiu na França (1848).
M^x se precipitou para Paris, mas de pois de uma breve permanência, de cidiu retomar à Alemanha, a fim de aeir
í
V--'
DicnsTO Econômico 91 90
Dic£:sto Eco.nóíuco
vam os meios c_ os fins. ôle' salta^-i de em consonância com o levante francos.
Dirigiu-se a Colônia, c, auxiliado por Engels, deu início à publicação da Neue Rheinischc Zeitung", um diário
político que tinha o sub-título — "órgão da Democracia". Tratava-se de um jor
nízação do uma Associação Internacio
nal de Trabalhadores, de cujo Con.selho Geral se tornou um do.s orientadores.
Esta, como as demais sociedades de que foi membro, logo encontrou séria opo sição, de maneira que Mar.x achou pre
nal franca e abertamente revolucionário. Nos seus ataques, incluiu mesmo os
ferível concentrar a sua atenção sobre
partidos democráticos das classe.s mé
da revolução que tinha em \ista. Con
vam obstruindo e desvirtuando as fina
c Marx faleceu antes ([iic a sua obra
dias, os quais, segundo declarava, esta
lidades da revolução deflagrada na Alc-
ma^ia. O jornal .foi em breve supri mido e Marx preso e submetido a pro
cesso por traição. Absolvido, foi contu
do expulso do território prussiano Vol tou para 1'arís, mas, não obtendo licen ça de permanecer na capital francesa mudou-se para a Inglaterra. Aí se esta
c.studos dc.stinados a apressar o avanço tudo, uma série dt^ doenças o afetou, projetada houvesse chegado ao fim. O terceiro volume do seu "Das Kapital" foi elaborado, com as notas que dei xou, pelo seu amigo Engels; Mar.v morreu em Londres em 1883, à idade de 66 anos.
O mais rcvoUtciomirio dos revolucio
beleceu, oscoUiendc Londres para seu
lar durante o resto de .sua vida.
Trabalhos teóricos e outras (Uividades Em Londre.s procurou organizar uma
liga comunista internacional a qual se dissolveu quando alguns do^ seus cUpanheiros se viram condenados na aSmanha por alta traigão. Em segíida deu mic-.o a publicação de outra rçvispa, a Neue Rheirusche Zeitung", a qual
Igualmente logo desapareceu, quando se encontrava no sc.xto número. Por êsse
tempo Mar.x se encontrava em duras
condições financeiras e viWa num pe queno quarlo em Soho, um bairro pobre de estrangeiros em Londres. Viu-se
obrigado a e.screver artigos para o "New York Tribiine", um jornal norte-ameri
cano editado por discípulos da escola
socialista de Fourier. Entremènte.s, pros seguia nos seus estudos econômicos e escreveu o livro denominado "Ziir Kritik
der Politischím Oekonomie". Tratava-se
de uma e.spécie de introduçcão ao seu mais amplo e famoso trabalho "Das
nários
Os acontecimentos de sua \'ida tor nam evidente que Mar.x foi, antes de
mais nada, um reformador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.
Os seus estudos econômicos, por sérios que teniiam sido, constituíam um veí
culo para os seus objetivos. A sua fi nalidade era derrocar as instituições po
"
^
processo social. In\ cnlou e itic o, ^ luta de dois fantasmas. O nrim • o;;s;seen,a«pitaiis..". „ rano'... Marx de.scobiiu ..«i-, ,.
simples o infantil. Para daídhe
caçao bastava r,ue di.ssésscmos aos trabailiadorcs que e.stavam .sondo roubado.s
ciado por Marx, do melhorar as con dições das classes trabalhadoras. Elas precisavam ser melhoradas.
Mesmo na
mais famosa cidade incln.strial do seu
tempo as c-ondiçõe.s dos operários eram aterradoras. Muita coisa acontecia que um lioincm do sentimentos normais não
IJodcria admitir. Na biografia de Owen ( 1) eu dei exemplos das circunstâncias qnc imperavam nas fábricas de algodão
de 1840, c nos "trabalhos perigosos" as coisas ainda eram peores. Um rela tório dc uma Comissão Oficial em 1850
— dois anos depois dc Mar.v c Engels
capitalista, cTcrrocado com nma ccrt-i li
quidaçao vingalixa do.s "capitalistas" cm geral, e-da burguesia" oin parti cular. daria lugar a um milênio, que se estabeleceria sob um controlo imranicnte operário. O proletariado nada pre cisaria aprender, nada precisaria pro jetar, pois os operários eram bons e corretos por natureza. Dcniam apenas tomar o poder". As obras de Mavx constituíam a cfusão de um honiom com um B no seu boné, a odiada Biir<uiesia
um homem com uma certa \'isão, in capaz de crítica dos seus preconceitos .subconscientes, mas bastante sagaz para perceber a grande fòrça moh-iz que
terem publicado o seu "Manifesto Co
munista" — declarava que "na fabri cação dc caixas de fósforos os dentes
do.s; operários cariam, e finalmente os maxilares se infeccionani om as ema nações
venenosas.
Os narcóticos não
conseguem dar alíno às \ítiinas dc tais
moléstias. Os operários não podem dor mir, c muitas Nezes percorrem as nuis, durante a noite, numa verdadeira ago nia. O aIí\'io só se verifica quando o osso enfermo é cirurgieainente remo vido".
;A consciência ]>ública exjjerimentou uma completa metamorfose durante os tempos modernos, e as condiçõe.s nus
fábricas foram grandemente melhoradas, de maneira que lioje diRcilmente acre
patias do.s socialistas. Mesmo um pen sador avançado, como o falecido H. G.
Percorramos o "Manifesto Comunista"
Wells, criticou enèrgicamente a .sua po lítica no livro "As perspectivas do IIo-
nha podido existir em algum tempo. Contudo, o fato é que exí.stiram, e nao
aquele ódio, ou mesmo accitá-lo, se Marx
mo Sapiens". Êste famoso escritor bri tânico escreveu: "Atirando o movimen
não fôsse o filho de um rabi. Onde diz burguesia Icia-sc judeus, e o "Ma
admira que tenham suscitado a justa indignação dc Marx, que tudo fez pura
to socialista para a colelivização, sobre
nifesto" não passará dc pnxa pregação
Mas os
seus métodos não conquistaram -as sim
e busquemos (luem poderia partilhar
veio a tosca iniciativa do mar.xisino com
nazista do período dc 1933-1938.' Re
o seu dogma da lula de classe, o qual fez mais para desencaminhar e esteri
duzido à sua essência, desta maneira, a
lizar a boa vontade das massas do (juo
falsidade elementar das afirmações mai-.xistas se tomam evidentes".
qualquer outra concepção errônea da
realidade que já tenha dementado o esforço humano.
ceu em 1867.
ideologias concernentes de seu tempo,
uma
vasta
A teoria da nuits-valia
ambição.
Nadou nas
mas enquanto os seus contemporâneos
de mentalidade mais profunda procura-
ditamos que um tal estado de coisas te
remediá-las...
Marx declarou que os operários eram
e.vplorados por indii.striais empederni dos e acreditou que a iinica salvação para eles estaria na sua união, na sua revolta, na eliminação dos seus opresso
res c na tomada por êles, não apenas das fábricas, mas cie todo o poder polí tico. A fim de influenciar a opinião
púíilica, Marx sentiu que precisaria
Marx viu o mundo
de um gabinete e através das brumas de
seus escritos, Marx participou da orga-
i
niovimcnti simiical m a. „,ais forozc.
preside no rancor e no complexo de inferioridade: sagaz bastante para uti lizar o ódio e severo bastante ]íara odiar.
líticas c econômicas existentes.
Kajjital", cujo primeiro volume apare
Simultaneamente com o preparo de
uma compreensão muito
Não obstante, embora possamos dis
cordar dos seus métodos, poderemos simpatizar e aplaudir o desejo, eviden-
apresentar uma teoria econômica que pudesse mostrar como os operários eram
explorados.
Assim, diàrianiente, em
V--'
DicnsTO Econômico 91 90
Dic£:sto Eco.nóíuco
vam os meios c_ os fins. ôle' salta^-i de em consonância com o levante francos.
Dirigiu-se a Colônia, c, auxiliado por Engels, deu início à publicação da Neue Rheinischc Zeitung", um diário
político que tinha o sub-título — "órgão da Democracia". Tratava-se de um jor
nízação do uma Associação Internacio
nal de Trabalhadores, de cujo Con.selho Geral se tornou um do.s orientadores.
Esta, como as demais sociedades de que foi membro, logo encontrou séria opo sição, de maneira que Mar.x achou pre
nal franca e abertamente revolucionário. Nos seus ataques, incluiu mesmo os
ferível concentrar a sua atenção sobre
partidos democráticos das classe.s mé
da revolução que tinha em \ista. Con
vam obstruindo e desvirtuando as fina
c Marx faleceu antes ([iic a sua obra
dias, os quais, segundo declarava, esta
lidades da revolução deflagrada na Alc-
ma^ia. O jornal .foi em breve supri mido e Marx preso e submetido a pro
cesso por traição. Absolvido, foi contu
do expulso do território prussiano Vol tou para 1'arís, mas, não obtendo licen ça de permanecer na capital francesa mudou-se para a Inglaterra. Aí se esta
c.studos dc.stinados a apressar o avanço tudo, uma série dt^ doenças o afetou, projetada houvesse chegado ao fim. O terceiro volume do seu "Das Kapital" foi elaborado, com as notas que dei xou, pelo seu amigo Engels; Mar.v morreu em Londres em 1883, à idade de 66 anos.
O mais rcvoUtciomirio dos revolucio
beleceu, oscoUiendc Londres para seu
lar durante o resto de .sua vida.
Trabalhos teóricos e outras (Uividades Em Londre.s procurou organizar uma
liga comunista internacional a qual se dissolveu quando alguns do^ seus cUpanheiros se viram condenados na aSmanha por alta traigão. Em segíida deu mic-.o a publicação de outra rçvispa, a Neue Rheirusche Zeitung", a qual
Igualmente logo desapareceu, quando se encontrava no sc.xto número. Por êsse
tempo Mar.x se encontrava em duras
condições financeiras e viWa num pe queno quarlo em Soho, um bairro pobre de estrangeiros em Londres. Viu-se
obrigado a e.screver artigos para o "New York Tribiine", um jornal norte-ameri
cano editado por discípulos da escola
socialista de Fourier. Entremènte.s, pros seguia nos seus estudos econômicos e escreveu o livro denominado "Ziir Kritik
der Politischím Oekonomie". Tratava-se
de uma e.spécie de introduçcão ao seu mais amplo e famoso trabalho "Das
nários
Os acontecimentos de sua \'ida tor nam evidente que Mar.x foi, antes de
mais nada, um reformador militante, o mais revolucionário dos revolucionários.
Os seus estudos econômicos, por sérios que teniiam sido, constituíam um veí
culo para os seus objetivos. A sua fi nalidade era derrocar as instituições po
"
^
processo social. In\ cnlou e itic o, ^ luta de dois fantasmas. O nrim • o;;s;seen,a«pitaiis..". „ rano'... Marx de.scobiiu ..«i-, ,.
simples o infantil. Para daídhe
caçao bastava r,ue di.ssésscmos aos trabailiadorcs que e.stavam .sondo roubado.s
ciado por Marx, do melhorar as con dições das classes trabalhadoras. Elas precisavam ser melhoradas.
Mesmo na
mais famosa cidade incln.strial do seu
tempo as c-ondiçõe.s dos operários eram aterradoras. Muita coisa acontecia que um lioincm do sentimentos normais não
IJodcria admitir. Na biografia de Owen ( 1) eu dei exemplos das circunstâncias qnc imperavam nas fábricas de algodão
de 1840, c nos "trabalhos perigosos" as coisas ainda eram peores. Um rela tório dc uma Comissão Oficial em 1850
— dois anos depois dc Mar.v c Engels
capitalista, cTcrrocado com nma ccrt-i li
quidaçao vingalixa do.s "capitalistas" cm geral, e-da burguesia" oin parti cular. daria lugar a um milênio, que se estabeleceria sob um controlo imranicnte operário. O proletariado nada pre cisaria aprender, nada precisaria pro jetar, pois os operários eram bons e corretos por natureza. Dcniam apenas tomar o poder". As obras de Mavx constituíam a cfusão de um honiom com um B no seu boné, a odiada Biir<uiesia
um homem com uma certa \'isão, in capaz de crítica dos seus preconceitos .subconscientes, mas bastante sagaz para perceber a grande fòrça moh-iz que
terem publicado o seu "Manifesto Co
munista" — declarava que "na fabri cação dc caixas de fósforos os dentes
do.s; operários cariam, e finalmente os maxilares se infeccionani om as ema nações
venenosas.
Os narcóticos não
conseguem dar alíno às \ítiinas dc tais
moléstias. Os operários não podem dor mir, c muitas Nezes percorrem as nuis, durante a noite, numa verdadeira ago nia. O aIí\'io só se verifica quando o osso enfermo é cirurgieainente remo vido".
;A consciência ]>ública exjjerimentou uma completa metamorfose durante os tempos modernos, e as condiçõe.s nus
fábricas foram grandemente melhoradas, de maneira que lioje diRcilmente acre
patias do.s socialistas. Mesmo um pen sador avançado, como o falecido H. G.
Percorramos o "Manifesto Comunista"
Wells, criticou enèrgicamente a .sua po lítica no livro "As perspectivas do IIo-
nha podido existir em algum tempo. Contudo, o fato é que exí.stiram, e nao
aquele ódio, ou mesmo accitá-lo, se Marx
mo Sapiens". Êste famoso escritor bri tânico escreveu: "Atirando o movimen
não fôsse o filho de um rabi. Onde diz burguesia Icia-sc judeus, e o "Ma
admira que tenham suscitado a justa indignação dc Marx, que tudo fez pura
to socialista para a colelivização, sobre
nifesto" não passará dc pnxa pregação
Mas os
seus métodos não conquistaram -as sim
e busquemos (luem poderia partilhar
veio a tosca iniciativa do mar.xisino com
nazista do período dc 1933-1938.' Re
o seu dogma da lula de classe, o qual fez mais para desencaminhar e esteri
duzido à sua essência, desta maneira, a
lizar a boa vontade das massas do (juo
falsidade elementar das afirmações mai-.xistas se tomam evidentes".
qualquer outra concepção errônea da
realidade que já tenha dementado o esforço humano.
ceu em 1867.
ideologias concernentes de seu tempo,
uma
vasta
A teoria da nuits-valia
ambição.
Nadou nas
mas enquanto os seus contemporâneos
de mentalidade mais profunda procura-
ditamos que um tal estado de coisas te
remediá-las...
Marx declarou que os operários eram
e.vplorados por indii.striais empederni dos e acreditou que a iinica salvação para eles estaria na sua união, na sua revolta, na eliminação dos seus opresso
res c na tomada por êles, não apenas das fábricas, mas cie todo o poder polí tico. A fim de influenciar a opinião
púíilica, Marx sentiu que precisaria
Marx viu o mundo
de um gabinete e através das brumas de
seus escritos, Marx participou da orga-
i
niovimcnti simiical m a. „,ais forozc.
preside no rancor e no complexo de inferioridade: sagaz bastante para uti lizar o ódio e severo bastante ]íara odiar.
líticas c econômicas existentes.
Kajjital", cujo primeiro volume apare
Simultaneamente com o preparo de
uma compreensão muito
Não obstante, embora possamos dis
cordar dos seus métodos, poderemos simpatizar e aplaudir o desejo, eviden-
apresentar uma teoria econômica que pudesse mostrar como os operários eram
explorados.
Assim, diàrianiente, em
'J' iwiP!«nin!ij|iimn pi,vii IJ.. t.. ■ Dicesto Econômico
92
busca dessa idéia, ia ao Museu Britâ
defensável, mas a sua impraticabilidade
nico, onde calmamente estudou as obras
não admite controvérsia.
Nas eras pri
tes. Encontrou o que desejava na teo
mitivas, quando um operário elaborava um artigo desde o começo até o fim
ria do trabalho como criador de valor,
da inatéria-priraa, ora possível medir o
primeiramente elaborada, de modo mui
valor do seu trabalho.
de todos os economistas mais importan
to vago, por Rodbertus e mais tarde, mais claramente, por Ricardo (2). Esta teoria foi perfilhada por Marx. Êle a amplificou, exagerou-a, toman-
do-a o tema principal do seu "Das
Kapital". Em resumo, ela afirma que
os operários são obrigados a trabalhar horas além das necessárias para cobrir o custo dos seus salários e da sua ma nutenção. Durante essas horas extra
Com a divisão
da atividade entre muitos, com a reali
zação pela máquina de uma parte larga e sempre crescente do serviço, parti cularmente de sua fração mais pesada (e sob cujo sistema cada operário ape nas participa de um dos inumeráveis processos de manufatura, de valores va riáveis no produto acabado), toma-se impossível calcular com exatidão o va
lor de qualquer esforço individual.
ordinárias êles produzem mercadorias cujo valor é apropriado pelo emprega
mente admitia esse fato, e nos seus últi
dor. O lucro, Marx o denominou mais-
mos escritos procurou escapar do dile
Marx, em face das críticas, eventual
valia. Observou que os operários ti
ma ao dizer que os operários como um
nham direito a todo o fruto do seu tra
todo, mas não individualmente, têm di
balho, e tratou a renda, o juro e o lucro dos capitalistas — isto é, a mais-valia criada pelos operários — como extorsão
reito social à mais-valia criada.
Eura e simples, valor arrancado aos traalhadores pelos patrões que controla vam o poder político. Declarou que o resultado desta, exploração seria o agra vamento das condições dos operários,
Mas
isto apenas contorna a dificuldade real, pois ■ Marx não explicou como — se os capitalistas fossem aniquilados — os tra balhadores poderiam utilizar a oficina, o maquinismo e o equipamento de que
precisam, dado que o seu esfôrço em nada contribuiu para o preço de custo
tomando-se a sua escravidão cada vez
e a conservação dessas "ferramentas"
mais insuportável, à medida que o tem
essenciais.
po corresse.
Despida do seu apelo emocional, e considerada à luz apenas dos fatos, a
Ensinamentos da prática
Êste não é, evidentemente, o lugar
de páginas e seria preciso uma investi
industrial, mas, insisto, de tôda a civi
muita coisa poderia a respeito ser dita e eu penso (levando-se em conta que se trata ainda de matéria controverti
da) será dita. A mais importante teo ria de Marx, a da mais-valia, apresenta
uma fraqueza fundamental. Ela se tem revelado impraticável em qualquer co munidade moderna, comunista ou de
outra espécie. A sua justeza pode ser
com o desenvolvimento das oficinas me
nam a eletricidade, a água, o tiansnor-
canizadas, os salários aumentaram. Du
te e outros ser\àços de\em ser retribuí dos pela sua atividade, mas igualmente
operários ingleses híuãam subido de um
o devem os que lhe protegem a pro priedade (embora esta se constitua ape nas de roupas e móveis) de roubos e
não lhes pemiitiam pagar imposto de renda, para ingressar na categoria em
espoliação, os que lhe protegem a sua
quo a aludida contribuição era prCN^s-
lização, Nenhum homem, em comuni dade alguma, qualquer que seja o seu
ta.
ferido período havia cèrca de 3 mi
produtivos, tais como a remoção dos
início. Entrementes, não deve ser ig
refugos, a limpeza das ruas e de outros
norado que o custo de vida baixou cpn-
bens da coletividade. Além disso, se êsse homem, no decurso de sua vida,
sidcràvelmente, melhorando assim a si
precisa utilizar-se de máquinas de alta potência (que não pode individualmen te fabricar), deverá deduzir dos frutos de seu labor o custo exigido para a ins talação da oficina do maquinário e do
equipamento de que carece. Os que fabricam tais máquinas, etc., para o seu
uso, devem ser pagos pelo seu traba
muitos trabalhos produtivos, como a lim
peza, etc., que não têm valor prático.
tuação dos operários mais do que o in dicado por aqueles algarismos. De res to, nos Estados Unidos, de acordo com
as
estatísticas
governamentais, entre
1850 e 1929 — a fase de maior desen-
voKâmento da produção fabril — o nu
mero dos operários aumentou de 1 para 9 milhões, mas o total dos seus salários
tais meios de produção até que possa deduzi-los de seu próprio labor, vê-se
mentaram 5 vezes e meia!
mostra que em média os salários au
na obrigação de pagá-los a quem vá na sua frente (seja êsse alguém o Estado
A eliminação das classes médias
i
ou um particular) e desembolsar adiantadamente os salários dos que fabrica
Outra afirmação básica de Marx con
sistia em que a evolução do capita ismo haveria de dividir o conjunto
Relativamente à afirmação de Marx
de que as condições dos operários se tomariam cada vez peores à medida
?[ue as máquinas desenvolvessem a sua qualificada, do que decorreria um au
nidade e, além disso, terá de realizar
lhões menos de pobres do que no seu
subiu de 236 milliões de dólares para H e meio billiões de dólares, o qu«í
com o que essa ilha e a sua atividade possam produzir. Êle não desfrutará tôdas as vantagens modernas da comu
Era outras pala\Tas, ao fim do re
lho. Como ele não pode esperar por
poderá fazê-lo, mas terá de contentar-se
que produz. Um indivíduo numa ilha
nível em que percebiam salários que
que administram a justiça ou realizam todos os outros múltiplos ser\'iços im
orça e a sua finalidade, extinguíndoIhes, como êle insistia, a habilidade de execução c assim reduzindo a massá dos
trabalho, pode guardar para si tudo o
rante êsse intenalo cerca de 2.971.407
própria pessoa de qual(|uer violcMicia, os
A pauperização
mas constitui um desafio a todos os câ
gação mais profunda para termos um
be. Não apenas os que lhe proporcio
deve ter, para si apenas, todo o fruto de seu labor, pode ser lógica e equitativa, nones da civilização: não apenas da vida
Statistics", correspondente ao período de 1895 a 1920, por exemplo, revela que,
ram o maquinário para ele.
para um debate das teses de Marx. As õomentáriò ae todas elas. Contudo,
Todo homem em sociedade paga a
outrem pelos serviços que deles rece
afirmação de Marx, de que o operário
suas teorias se desdobram por milhares
93
Digesto Econômico
trabalhadores a uma mão de obra des
mento enorme dos pobres que vivem à
margem da simples subsistência, vemos quo não resistiu á prova do tempo. Um exame das rendas na Inglaterra, pubK-
cado pelo "Govemment Income Tax
civilização em dois grupos antagônicos, o dos capitalistas e o do ' Tôdas as classes médias tenderiam a
saparecer. O tempo não
igualmente esta premissa. Hoje em dia as classes médias são mais numerosas do que nunca. Há muito menos po bres e classes médias mais amplas nos países industrialmente avançados. Ve rificou-se mesmo o advento de uma classe média assás importante — tanto
do ponto de vista político quanto eco nômico — a dos técnicos altamente qua
lificados, administradores, cientistas fa bris, técnicos de produção, vendedores, Htc.. destinados a Puamecer as erandes
'J' iwiP!«nin!ij|iimn pi,vii IJ.. t.. ■ Dicesto Econômico
92
busca dessa idéia, ia ao Museu Britâ
defensável, mas a sua impraticabilidade
nico, onde calmamente estudou as obras
não admite controvérsia.
Nas eras pri
tes. Encontrou o que desejava na teo
mitivas, quando um operário elaborava um artigo desde o começo até o fim
ria do trabalho como criador de valor,
da inatéria-priraa, ora possível medir o
primeiramente elaborada, de modo mui
valor do seu trabalho.
de todos os economistas mais importan
to vago, por Rodbertus e mais tarde, mais claramente, por Ricardo (2). Esta teoria foi perfilhada por Marx. Êle a amplificou, exagerou-a, toman-
do-a o tema principal do seu "Das
Kapital". Em resumo, ela afirma que
os operários são obrigados a trabalhar horas além das necessárias para cobrir o custo dos seus salários e da sua ma nutenção. Durante essas horas extra
Com a divisão
da atividade entre muitos, com a reali
zação pela máquina de uma parte larga e sempre crescente do serviço, parti cularmente de sua fração mais pesada (e sob cujo sistema cada operário ape nas participa de um dos inumeráveis processos de manufatura, de valores va riáveis no produto acabado), toma-se impossível calcular com exatidão o va
lor de qualquer esforço individual.
ordinárias êles produzem mercadorias cujo valor é apropriado pelo emprega
mente admitia esse fato, e nos seus últi
dor. O lucro, Marx o denominou mais-
mos escritos procurou escapar do dile
Marx, em face das críticas, eventual
valia. Observou que os operários ti
ma ao dizer que os operários como um
nham direito a todo o fruto do seu tra
todo, mas não individualmente, têm di
balho, e tratou a renda, o juro e o lucro dos capitalistas — isto é, a mais-valia criada pelos operários — como extorsão
reito social à mais-valia criada.
Eura e simples, valor arrancado aos traalhadores pelos patrões que controla vam o poder político. Declarou que o resultado desta, exploração seria o agra vamento das condições dos operários,
Mas
isto apenas contorna a dificuldade real, pois ■ Marx não explicou como — se os capitalistas fossem aniquilados — os tra balhadores poderiam utilizar a oficina, o maquinismo e o equipamento de que
precisam, dado que o seu esfôrço em nada contribuiu para o preço de custo
tomando-se a sua escravidão cada vez
e a conservação dessas "ferramentas"
mais insuportável, à medida que o tem
essenciais.
po corresse.
Despida do seu apelo emocional, e considerada à luz apenas dos fatos, a
Ensinamentos da prática
Êste não é, evidentemente, o lugar
de páginas e seria preciso uma investi
industrial, mas, insisto, de tôda a civi
muita coisa poderia a respeito ser dita e eu penso (levando-se em conta que se trata ainda de matéria controverti
da) será dita. A mais importante teo ria de Marx, a da mais-valia, apresenta
uma fraqueza fundamental. Ela se tem revelado impraticável em qualquer co munidade moderna, comunista ou de
outra espécie. A sua justeza pode ser
com o desenvolvimento das oficinas me
nam a eletricidade, a água, o tiansnor-
canizadas, os salários aumentaram. Du
te e outros ser\àços de\em ser retribuí dos pela sua atividade, mas igualmente
operários ingleses híuãam subido de um
o devem os que lhe protegem a pro priedade (embora esta se constitua ape nas de roupas e móveis) de roubos e
não lhes pemiitiam pagar imposto de renda, para ingressar na categoria em
espoliação, os que lhe protegem a sua
quo a aludida contribuição era prCN^s-
lização, Nenhum homem, em comuni dade alguma, qualquer que seja o seu
ta.
ferido período havia cèrca de 3 mi
produtivos, tais como a remoção dos
início. Entrementes, não deve ser ig
refugos, a limpeza das ruas e de outros
norado que o custo de vida baixou cpn-
bens da coletividade. Além disso, se êsse homem, no decurso de sua vida,
sidcràvelmente, melhorando assim a si
precisa utilizar-se de máquinas de alta potência (que não pode individualmen te fabricar), deverá deduzir dos frutos de seu labor o custo exigido para a ins talação da oficina do maquinário e do
equipamento de que carece. Os que fabricam tais máquinas, etc., para o seu
uso, devem ser pagos pelo seu traba
muitos trabalhos produtivos, como a lim
peza, etc., que não têm valor prático.
tuação dos operários mais do que o in dicado por aqueles algarismos. De res to, nos Estados Unidos, de acordo com
as
estatísticas
governamentais, entre
1850 e 1929 — a fase de maior desen-
voKâmento da produção fabril — o nu
mero dos operários aumentou de 1 para 9 milhões, mas o total dos seus salários
tais meios de produção até que possa deduzi-los de seu próprio labor, vê-se
mentaram 5 vezes e meia!
mostra que em média os salários au
na obrigação de pagá-los a quem vá na sua frente (seja êsse alguém o Estado
A eliminação das classes médias
i
ou um particular) e desembolsar adiantadamente os salários dos que fabrica
Outra afirmação básica de Marx con
sistia em que a evolução do capita ismo haveria de dividir o conjunto
Relativamente à afirmação de Marx
de que as condições dos operários se tomariam cada vez peores à medida
?[ue as máquinas desenvolvessem a sua qualificada, do que decorreria um au
nidade e, além disso, terá de realizar
lhões menos de pobres do que no seu
subiu de 236 milliões de dólares para H e meio billiões de dólares, o qu«í
com o que essa ilha e a sua atividade possam produzir. Êle não desfrutará tôdas as vantagens modernas da comu
Era outras pala\Tas, ao fim do re
lho. Como ele não pode esperar por
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orça e a sua finalidade, extinguíndoIhes, como êle insistia, a habilidade de execução c assim reduzindo a massá dos
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própria pessoa de qual(|uer violcMicia, os
A pauperização
mas constitui um desafio a todos os câ
gação mais profunda para termos um
be. Não apenas os que lhe proporcio
deve ter, para si apenas, todo o fruto de seu labor, pode ser lógica e equitativa, nones da civilização: não apenas da vida
Statistics", correspondente ao período de 1895 a 1920, por exemplo, revela que,
ram o maquinário para ele.
para um debate das teses de Marx. As õomentáriò ae todas elas. Contudo,
Todo homem em sociedade paga a
outrem pelos serviços que deles rece
afirmação de Marx, de que o operário
suas teorias se desdobram por milhares
93
Digesto Econômico
trabalhadores a uma mão de obra des
mento enorme dos pobres que vivem à
margem da simples subsistência, vemos quo não resistiu á prova do tempo. Um exame das rendas na Inglaterra, pubK-
cado pelo "Govemment Income Tax
civilização em dois grupos antagônicos, o dos capitalistas e o do ' Tôdas as classes médias tenderiam a
saparecer. O tempo não
igualmente esta premissa. Hoje em dia as classes médias são mais numerosas do que nunca. Há muito menos po bres e classes médias mais amplas nos países industrialmente avançados. Ve rificou-se mesmo o advento de uma classe média assás importante — tanto
do ponto de vista político quanto eco nômico — a dos técnicos altamente qua
lificados, administradores, cientistas fa bris, técnicos de produção, vendedores, Htc.. destinados a Puamecer as erandes
94
DroRSTo Ecoxó.xnco
indústrias modernas e a comercializar
os seus produtos, para não mencionar-se o exército de novos funcionários cria
dos pelas anedidas dc legislação social,
o.s dos grupo.s mais baixos — uma dis
paridade dc rcnuMicração mais larga que rismos cio professor Rcrgson revelam
neamente com a das fábricas.
cjuc os pobres na Rússia são rclali\-aiiicnlc mais pobres c rclalí\uincnlc mais
Marx advogou, como um princípio destinado a extinguir as classes pobres, a sua muito debatida doutrina "de cada
um segundo a sua habilidade, iiaia cada um segundo as suas necessidades"
fazendo assim todos iguais. Por (|ualquer motivo ine.xplicável não foi capaz, contudo, de ver que cs.sa aspiração se chocava inteiramente com a sua teoria da mais-valia. Um homem não teria
todos os frutos de seu labor — mas ape
nas o que coubesse igualmente aos de mais. Lenin experimentou esta idéia
abstrata, mas verificou que os operários altamente qualificados não poderiam trabalhar por uma recompensa idêntica à dos operários não qualificados. . A natureza humana sendo o que é, enj
breve o tempo mostrou a impraticábilidade deste aspecto da proposta de Marx. Assim, no único Estado comunista quê ja foi criado, o trabalho desigiial por
pagamento igual foi pôsto de lado paru salvar-se o regime. Na Rússia, atual
mente, como é revelado por Abram Bergson no seu livro "A estrutura dos salários soviéticos" (e é mesmo admi
tido pelas autoridades da U.R.S.S.) as camadas de operários qualificados
percebem salários 2S vezes maiores que
MICO
sir obscr\'aclo, dc resto, tjiu; os alga
a qual rc:uÍ2a a sua evolução siraultàIgualUarismo
•PANOrraMÃ EC
a. dc qualquer país capitalista!' Deve
mimcro.s-os dí> (pic. nos j^aiscs "capita listas" mais a\ançados.
As obras dc Marx são, portanto, prc-
IMPORTANTE DEIJRKRAÇÁO DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL o decurso desta última ciuinzcna o Fundo Monetário Internacional tomou (líun
scntc-incntc um anacronismo. Cànno do
câmbio dc eram. Isto
cumento iiistórico. "Das Kapiiul" é do interesse. Cà)nio mii guia da cifbicia
econômica jjcrclcu todo o \'alor (|uo
representam
proporção necessária entre as suas moedas c as mocdas-hnse.
O Brasil foi aJcainydo por essa c.xchisão, juntamente com a China, a República
possuía. Os postulados dc KarI Marx j'á não .são afirmativas teóricas suscetí\cis dcí conlro\crsia. Èles foram trans feridos para a jjrálica, c os seus resul tados são tão claros como os do "lais.sez-fairo" de Qucsnay e de Adam Sinitli.
immaras transações, que devem começar no dia primeiro de março <fc 1947. O dotar foi estabelecido como mocda-pudruo-. eqüivale a 15 5/21 grãos (o grão
A sua inexatidão iião é menus certa.
c a vigésima parle da grama) dc ouro 900/1.000.
Os próprios comunistas já os repudiam ou procuram vcslí-Ios com algum novo
Dominicana, a Crccia, a Polônia, a Iugoslávia, a Indochina Francesa e as Índias Holandesas.
O Fundo Monetário Internacional anunciou as paridades aceitas para as "
São as seguintes as paridades previstas pelo F.M.I.: Bchica, 2 28267;
Ro/iCíV/ 2,38095; Brasil 5.37634; Canadá, 100; Chile, 3.22581; Colômbia, 57,1433;
sentido que as pala\ras reais dc Marx não justificam (3). (1) Veja-.so
bioíírafia
publicada
no
nfimero dc .setembro de ]94ü do "Díg-esto Econômico".
(2) Veja-.so
biografia
publicada no
número' do junho de 1910 desta mesma revista.
(3) Os leitores devem lombrar.se de que a concepção comunist.a de Stulin não devo sei- confundida com o mar
iodas as divisas são^ acidiadas em cenlimos americanos. O Fundo Mone tário Internacional tratara somente das dos países membros, excluindo poifnuto (ia Rússia Rússia c mesmas fontes dc informação acrescentam que c a a Auslialia. Austrália. As A.v mes r . . > foram .
xismo. L-argas mudanças foram efetuai
aceitos suhstancialinentc os valores que os próprios governos fixaram para suas moedas. Esta^ decisão sc tornou após debates secretos, durante os quais certos
Lcníii con.struiu o Estado Soviético, em
diretores do 1'undo ))i'otcstaram contra a existência de muitas moedas super-tivaliadas, que não poderão ser assim cotadas no futuro.
das nos principies marxistas desde quê 1917. O própf-io Lonln drãsticamcnte os modificou em 3D21, quando se tornou
evidente que eram fundamentalmente msu.stcntávels, e todo o .sistema se en contra ainda cm estado de fu.são.
brasil
ano próximo passado o consumo na ca
pital do país já subia a 77.179 kw. O Consuttio de energia elétrica
centro dc maior consumo, no entanto,
ó São Paulo, o que resulta da grande Segundo o que informa o Boletim E.s-
TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE CAfíOTAC.EM
concentração industrial aqui existente.
latístico do In.stítiilo Brasileiro de Geo
Em 1945, a média fora de 83.366 kw,
grafia' o E.stalística, correspondente ao
e em todos os meses de 1946, até juUio,
O sr. CorreUi e Castro, ministro da Fazenda, determinou aos chefes das repartições aduaneiras do país, para os devidos fins, que perdurando as dificulda
trimestre de julho a setembro de .1946,
quando o consumo acusou 104.191 kw,
o consumo total dc energia elétrica (pú-
o aumento foi succssi\'0.
permitido o transporte de mercadorias de cabotagem em vapores cstrati^ciros,
l)lico e particular) vem acusando con tínua clc\'ação. A média mensal alcan
dor de energia elétricxr. Pode-se adian
em condições de atender às necessidades do comércio local.
çada durante o ano de 1945, no Distrito I^ederal, atingiu 70.567 kvv, tendo sido
des de praças de navios nacionais para embarques cie produtos exportáveis, fiea todas as vêzes cpte não opstam embarcações tiacionaLs nos portos de emíyarqué ,
do 66.893 kw <"m 1944. Éni juUio do
Recife é o terceiro centio consumi
tar que essa posição decorre, igualmen te, da crescente atividade industrial da
capital pernambucana, pois da média
94
DroRSTo Ecoxó.xnco
indústrias modernas e a comercializar
os seus produtos, para não mencionar-se o exército de novos funcionários cria
dos pelas anedidas dc legislação social,
o.s dos grupo.s mais baixos — uma dis
paridade dc rcnuMicração mais larga que rismos cio professor Rcrgson revelam
neamente com a das fábricas.
cjuc os pobres na Rússia são rclali\-aiiicnlc mais pobres c rclalí\uincnlc mais
Marx advogou, como um princípio destinado a extinguir as classes pobres, a sua muito debatida doutrina "de cada
um segundo a sua habilidade, iiaia cada um segundo as suas necessidades"
fazendo assim todos iguais. Por (|ualquer motivo ine.xplicável não foi capaz, contudo, de ver que cs.sa aspiração se chocava inteiramente com a sua teoria da mais-valia. Um homem não teria
todos os frutos de seu labor — mas ape
nas o que coubesse igualmente aos de mais. Lenin experimentou esta idéia
abstrata, mas verificou que os operários altamente qualificados não poderiam trabalhar por uma recompensa idêntica à dos operários não qualificados. . A natureza humana sendo o que é, enj
breve o tempo mostrou a impraticábilidade deste aspecto da proposta de Marx. Assim, no único Estado comunista quê ja foi criado, o trabalho desigiial por
pagamento igual foi pôsto de lado paru salvar-se o regime. Na Rússia, atual
mente, como é revelado por Abram Bergson no seu livro "A estrutura dos salários soviéticos" (e é mesmo admi
tido pelas autoridades da U.R.S.S.) as camadas de operários qualificados
percebem salários 2S vezes maiores que
MICO
sir obscr\'aclo, dc resto, tjiu; os alga
a qual rc:uÍ2a a sua evolução siraultàIgualUarismo
•PANOrraMÃ EC
a. dc qualquer país capitalista!' Deve
mimcro.s-os dí> (pic. nos j^aiscs "capita listas" mais a\ançados.
As obras dc Marx são, portanto, prc-
IMPORTANTE DEIJRKRAÇÁO DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL o decurso desta última ciuinzcna o Fundo Monetário Internacional tomou (líun
scntc-incntc um anacronismo. Cànno do
câmbio dc eram. Isto
cumento iiistórico. "Das Kapiiul" é do interesse. Cà)nio mii guia da cifbicia
econômica jjcrclcu todo o \'alor (|uo
representam
proporção necessária entre as suas moedas c as mocdas-hnse.
O Brasil foi aJcainydo por essa c.xchisão, juntamente com a China, a República
possuía. Os postulados dc KarI Marx j'á não .são afirmativas teóricas suscetí\cis dcí conlro\crsia. Èles foram trans feridos para a jjrálica, c os seus resul tados são tão claros como os do "lais.sez-fairo" de Qucsnay e de Adam Sinitli.
immaras transações, que devem começar no dia primeiro de março <fc 1947. O dotar foi estabelecido como mocda-pudruo-. eqüivale a 15 5/21 grãos (o grão
A sua inexatidão iião é menus certa.
c a vigésima parle da grama) dc ouro 900/1.000.
Os próprios comunistas já os repudiam ou procuram vcslí-Ios com algum novo
Dominicana, a Crccia, a Polônia, a Iugoslávia, a Indochina Francesa e as Índias Holandesas.
O Fundo Monetário Internacional anunciou as paridades aceitas para as "
São as seguintes as paridades previstas pelo F.M.I.: Bchica, 2 28267;
Ro/iCíV/ 2,38095; Brasil 5.37634; Canadá, 100; Chile, 3.22581; Colômbia, 57,1433;
sentido que as pala\ras reais dc Marx não justificam (3). (1) Veja-.so
bioíírafia
publicada
no
nfimero dc .setembro de ]94ü do "Díg-esto Econômico".
(2) Veja-.so
biografia
publicada no
número' do junho de 1910 desta mesma revista.
(3) Os leitores devem lombrar.se de que a concepção comunist.a de Stulin não devo sei- confundida com o mar
iodas as divisas são^ acidiadas em cenlimos americanos. O Fundo Mone tário Internacional tratara somente das dos países membros, excluindo poifnuto (ia Rússia Rússia c mesmas fontes dc informação acrescentam que c a a Auslialia. Austrália. As A.v mes r . . > foram .
xismo. L-argas mudanças foram efetuai
aceitos suhstancialinentc os valores que os próprios governos fixaram para suas moedas. Esta^ decisão sc tornou após debates secretos, durante os quais certos
Lcníii con.struiu o Estado Soviético, em
diretores do 1'undo ))i'otcstaram contra a existência de muitas moedas super-tivaliadas, que não poderão ser assim cotadas no futuro.
das nos principies marxistas desde quê 1917. O própf-io Lonln drãsticamcnte os modificou em 3D21, quando se tornou
evidente que eram fundamentalmente msu.stcntávels, e todo o .sistema se en contra ainda cm estado de fu.são.
brasil
ano próximo passado o consumo na ca
pital do país já subia a 77.179 kw. O Consuttio de energia elétrica
centro dc maior consumo, no entanto,
ó São Paulo, o que resulta da grande Segundo o que informa o Boletim E.s-
TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE CAfíOTAC.EM
concentração industrial aqui existente.
latístico do In.stítiilo Brasileiro de Geo
Em 1945, a média fora de 83.366 kw,
grafia' o E.stalística, correspondente ao
e em todos os meses de 1946, até juUio,
O sr. CorreUi e Castro, ministro da Fazenda, determinou aos chefes das repartições aduaneiras do país, para os devidos fins, que perdurando as dificulda
trimestre de julho a setembro de .1946,
quando o consumo acusou 104.191 kw,
o consumo total dc energia elétrica (pú-
o aumento foi succssi\'0.
permitido o transporte de mercadorias de cabotagem em vapores cstrati^ciros,
l)lico e particular) vem acusando con tínua clc\'ação. A média mensal alcan
dor de energia elétricxr. Pode-se adian
em condições de atender às necessidades do comércio local.
çada durante o ano de 1945, no Distrito I^ederal, atingiu 70.567 kvv, tendo sido
des de praças de navios nacionais para embarques cie produtos exportáveis, fiea todas as vêzes cpte não opstam embarcações tiacionaLs nos portos de emíyarqué ,
do 66.893 kw <"m 1944. Éni juUio do
Recife é o terceiro centio consumi
tar que essa posição decorre, igualmen te, da crescente atividade industrial da
capital pernambucana, pois da média
Digesto EcoN6>nco
96
mensal de 6.213 k\v reíjistada o ano
passado, 2.805 couberam à utilização
da energia elétrica como força motriz. Em seguida, aparece Belo Horizonte,
Aprovou também o titular da Viação o contraio celebrado entre 41 Companhia Docas de .Santos c o Banco do Brasil,
com a média de 4.756 k\v em 1945 e
em 8 dc nn\-cnihro de 1946, p.-ira unii operação de crédito pelo prazo de 10
4.421 k\v em 1944. Em julho a ca
anos, até o limite dc 571.052 libras, 12
pital mineira acusava o consumo de
shíllings c 3 pencc, para o fim de cus tear a aquisição na Inglaterra de ma
5.885 kw. Salvador, capital da Bahia, ocupa o quinto pKJSto entre os maiores
terial destinado à ampliação do mesmo
centros consumidores de energia elétri
porto de Santos, inclusive as respecti\as despesas. São os seguintes esses
ca, com 4.684 k\v em julho de 1946 e as médias mensais de 4.435 kw e
4.137 kw, respectivamente, cm 1945 e 1944. Imediatamente após vem Pôrto Alegre, cuja média foi de 3.680 kw em
para 2 mil quilogramas dc carga. Meio circulante
sumo de 4.242 kw.
Na ordem decrescente, quanto à mé
Conforme quadro demonstrativo or
dia mensal do ano findo, figuram: Curi
ganizado pela Caixa de Amortização a
tiba, 2.055 kw; Fortaleza, 1.043 kw;
circulação de papel moeda, no mês dc
Belém, 941 kw; Vitória, 694 kw; Ma naus, 517 kw; Natal, 449 kw; Maceió,
19.944.831.496,00.
440 kw; São Luiz, 360 kw; Goiânia,
301 kw; Aracaju, 141 kw; Cuiabá, 123 kw; Florianópolis, 122 kw, e Teresina,
39 lav. A média apurada em João Pes soa foi de 46 kw, mas refere-se apenas à iluminação pública.
Financiamento de obras no pôrto de
novembro último, elevou-se u Cr$.... Confrontando esse
total com o do mês anterior, que foi dc CrS 19.925.519.365.00. verifica-se
uma diferença para mais de Cr$ 19.312.131,00.
Novo poço de petróleo
da Viação e Obras Públicas aprovou a
Sôbre o aparecimento de um novo poço de petróleo nos campos de Can deias, na Bahia, o general João Carlos Barreto, presidente do Conselho Nacio nal de Petróleo, declarou o seguinte: "Sempre que surge um poço novo, com certa capacidade dc produção, são
Santos
Atendendo ao que requereu a Com panhia Docas de Santos, de acordo com
o parecer do Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, o ministro
minuta de escritura de retificação e ra
realizados "tests" muito sérios.
tificação do contrato celebrado entre
pois da positivação desses "tests" é pos
aquela emprésa e o Instituto de Apo
sível calcular-se algo cem por cento
sentadoria e Pensões dos Marítimos, as sunto de idêntico expediente, datado de
28 de março de 1946, para operaç<ão de crédito, pelo prazo de dois anos, na im portância de 15 milhões de cruzeiros para o financiamento das obras novas e aquisições destinadas a ineUioramen-
Produção de feijão
O Brasil ocupa o terceiro lugar quan
Só de
exato. Sôbre o novo poço tenho conhe
cimento por telegramas. Quando achar oportuno, comunicarei o fato, oficial mente, ao governo e logo em seguida à imprensa". Concluiu o general João Carlos Bar
reto dizendo que tem foros de veraci
tureiras gaúchas, ultimamente em pro gresso considerável, foram obrigadas a reduzir a sua atixidade em virtude da
mundo, em 1946.
fal"a dc energia. A primeira parte do referido projeto compreende a produ
O Estado de Minas
Gerais figura com uma contribuição calcu'ada cm 4.343.223 sacas de 60 qui los; São Paulo, com 2.595.302 sacas; Paraná, com 1.785.679 e Rio Grande do Sul, com 1.935.453 sacas.
Ainda segundo estimativa do Servàço
ção de 40,600 kw por fôrça hidráulica, com o aproveitamento dos rios Santa
Maria, Antas e Jacuí e a energia tér mica proveniente da hulha das minas
dc São Jerónimo e Rio Negro. O obje tivo final do plano é a produção de 166,500 kw.
a qual não foi além cie 16.707.439
Exportação de madeira
quilos. O feijão figura entre os nossos pro dutos de exportação. Em 1944 reme
rar as disposições do item I da portaria n.° 567, de 7-10-1946, as quais passam
O ministro da Fazenda resolveu alte
temos para os mercados e.xternos 13.406 toneladas, no valor dc-Cr$ 22.704.000,00,
a ser as seguintes:
e em 1945, 10.105 toneladas, no valor de CrS 17.409.000,00.
tados do sul, destinados à e.xportação
Exportação dc carne ovina O ministro da Fazenda, consideran
do haver sido verificado pelos órgãos competentes que a perspectiva de pro dução excede ás necessidades imedia
"Dos estoques de produção dos Es e existentes nos portos de embarque e pontos de exportação, na data de pu blicação do decreto-lei n.° 9.647, de 22-8-1946, fica permitida a exportação
de aduelas para barris ou bordalezas de madeira compensada, colada à base de resinas sintéticas, e das seguintes cotas
tas e próximas decorrentes do consumo
de madeiras dos tipos e qualidades abai
nacional, resolveu excluir da proibição
xo indicados.
estabelecida pelo decreto-lei n.° 9.647, de 22 de agosto de 1946, a carne ovi
Madeira de pinho compensada, cie espessura até 8 milímetros, 30%; aplai nadas nas quatro faces de 1.® e 2.*'' qua
na, seus produtos e sub-produtos, quan do provenientes do Rio Grande do Sul,
lidades, 80%; de
o desde que as exportações se façam
bo de vassoura, 50%; serrada de 1." e
por portos do mesmo Estado. Essas exportações continuarão, contu
qualidade, 20%; ca
2.® qualidades, 80%; de S.'* qualidade, 20%; madeira de lei compensada, 20%;
do, a depender de licença previa da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil, que solicitará a au diência do Departamento Nacional da Produção Animal do Ministério da Agri
serrada, cane'a, 20%; outras, 50%. Não fica sujeita a essas cotas a e.x
cultura, ou seus delegados, no que
às margens dos rios Uruguai e Paraná e nos pontos de exportação das fron
couber.
Eletrificação no Rio Crande O Estado do Rio Grande do Sul ini
ciou um programa de eletrificação em
tos no pôrto de Santos, cuja aplicação
dade a existência de novo poço petro
fôra autorizada pela portaria n.° 91, de
lífero em Candeias e que os "tests" de
grande escala, com a energia gerada pela
produção continuam a ser realizados.
sua fôrça hidráulica e o carvão oriundo
28 de ianeiro, também do ano findo.
de suas jazidas. As indústrias manufa-
to ao volume da ])rodução de feijão no
materiais: 46 guindastes elétricos; 10| do Estatística da Produção, a safra, era 1946, atingu 17.016.590 sacas de 60 saveiros do aço para 20 toneladas cada ' quilos, maior, portanto, que a de 1945, um e 50 \'agonclcs elétricos a bateria
1945, contra 3.434 kw em 1944. O
mês de julho de 1946 acusou ali o con
Dicesto EcoNÓ\nco
portação de madeiras dos tipos e qua lidades mencionados, bem como dos to ros de madeira de lei que se acharem teiras".
Navegação aérea
Em despacho dado a parecer da Aeroífáutica Civil, o ministro Armando
Trompowski autorizou o ftmcionamento
Digesto EcoN6>nco
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mensal de 6.213 k\v reíjistada o ano
passado, 2.805 couberam à utilização
da energia elétrica como força motriz. Em seguida, aparece Belo Horizonte,
Aprovou também o titular da Viação o contraio celebrado entre 41 Companhia Docas de .Santos c o Banco do Brasil,
com a média de 4.756 k\v em 1945 e
em 8 dc nn\-cnihro de 1946, p.-ira unii operação de crédito pelo prazo de 10
4.421 k\v em 1944. Em julho a ca
anos, até o limite dc 571.052 libras, 12
pital mineira acusava o consumo de
shíllings c 3 pencc, para o fim de cus tear a aquisição na Inglaterra de ma
5.885 kw. Salvador, capital da Bahia, ocupa o quinto pKJSto entre os maiores
terial destinado à ampliação do mesmo
centros consumidores de energia elétri
porto de Santos, inclusive as respecti\as despesas. São os seguintes esses
ca, com 4.684 k\v em julho de 1946 e as médias mensais de 4.435 kw e
4.137 kw, respectivamente, cm 1945 e 1944. Imediatamente após vem Pôrto Alegre, cuja média foi de 3.680 kw em
para 2 mil quilogramas dc carga. Meio circulante
sumo de 4.242 kw.
Na ordem decrescente, quanto à mé
Conforme quadro demonstrativo or
dia mensal do ano findo, figuram: Curi
ganizado pela Caixa de Amortização a
tiba, 2.055 kw; Fortaleza, 1.043 kw;
circulação de papel moeda, no mês dc
Belém, 941 kw; Vitória, 694 kw; Ma naus, 517 kw; Natal, 449 kw; Maceió,
19.944.831.496,00.
440 kw; São Luiz, 360 kw; Goiânia,
301 kw; Aracaju, 141 kw; Cuiabá, 123 kw; Florianópolis, 122 kw, e Teresina,
39 lav. A média apurada em João Pes soa foi de 46 kw, mas refere-se apenas à iluminação pública.
Financiamento de obras no pôrto de
novembro último, elevou-se u Cr$.... Confrontando esse
total com o do mês anterior, que foi dc CrS 19.925.519.365.00. verifica-se
uma diferença para mais de Cr$ 19.312.131,00.
Novo poço de petróleo
da Viação e Obras Públicas aprovou a
Sôbre o aparecimento de um novo poço de petróleo nos campos de Can deias, na Bahia, o general João Carlos Barreto, presidente do Conselho Nacio nal de Petróleo, declarou o seguinte: "Sempre que surge um poço novo, com certa capacidade dc produção, são
Santos
Atendendo ao que requereu a Com panhia Docas de Santos, de acordo com
o parecer do Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, o ministro
minuta de escritura de retificação e ra
realizados "tests" muito sérios.
tificação do contrato celebrado entre
pois da positivação desses "tests" é pos
aquela emprésa e o Instituto de Apo
sível calcular-se algo cem por cento
sentadoria e Pensões dos Marítimos, as sunto de idêntico expediente, datado de
28 de março de 1946, para operaç<ão de crédito, pelo prazo de dois anos, na im portância de 15 milhões de cruzeiros para o financiamento das obras novas e aquisições destinadas a ineUioramen-
Produção de feijão
O Brasil ocupa o terceiro lugar quan
Só de
exato. Sôbre o novo poço tenho conhe
cimento por telegramas. Quando achar oportuno, comunicarei o fato, oficial mente, ao governo e logo em seguida à imprensa". Concluiu o general João Carlos Bar
reto dizendo que tem foros de veraci
tureiras gaúchas, ultimamente em pro gresso considerável, foram obrigadas a reduzir a sua atixidade em virtude da
mundo, em 1946.
fal"a dc energia. A primeira parte do referido projeto compreende a produ
O Estado de Minas
Gerais figura com uma contribuição calcu'ada cm 4.343.223 sacas de 60 qui los; São Paulo, com 2.595.302 sacas; Paraná, com 1.785.679 e Rio Grande do Sul, com 1.935.453 sacas.
Ainda segundo estimativa do Servàço
ção de 40,600 kw por fôrça hidráulica, com o aproveitamento dos rios Santa
Maria, Antas e Jacuí e a energia tér mica proveniente da hulha das minas
dc São Jerónimo e Rio Negro. O obje tivo final do plano é a produção de 166,500 kw.
a qual não foi além cie 16.707.439
Exportação de madeira
quilos. O feijão figura entre os nossos pro dutos de exportação. Em 1944 reme
rar as disposições do item I da portaria n.° 567, de 7-10-1946, as quais passam
O ministro da Fazenda resolveu alte
temos para os mercados e.xternos 13.406 toneladas, no valor dc-Cr$ 22.704.000,00,
a ser as seguintes:
e em 1945, 10.105 toneladas, no valor de CrS 17.409.000,00.
tados do sul, destinados à e.xportação
Exportação dc carne ovina O ministro da Fazenda, consideran
do haver sido verificado pelos órgãos competentes que a perspectiva de pro dução excede ás necessidades imedia
"Dos estoques de produção dos Es e existentes nos portos de embarque e pontos de exportação, na data de pu blicação do decreto-lei n.° 9.647, de 22-8-1946, fica permitida a exportação
de aduelas para barris ou bordalezas de madeira compensada, colada à base de resinas sintéticas, e das seguintes cotas
tas e próximas decorrentes do consumo
de madeiras dos tipos e qualidades abai
nacional, resolveu excluir da proibição
xo indicados.
estabelecida pelo decreto-lei n.° 9.647, de 22 de agosto de 1946, a carne ovi
Madeira de pinho compensada, cie espessura até 8 milímetros, 30%; aplai nadas nas quatro faces de 1.® e 2.*'' qua
na, seus produtos e sub-produtos, quan do provenientes do Rio Grande do Sul,
lidades, 80%; de
o desde que as exportações se façam
bo de vassoura, 50%; serrada de 1." e
por portos do mesmo Estado. Essas exportações continuarão, contu
qualidade, 20%; ca
2.® qualidades, 80%; de S.'* qualidade, 20%; madeira de lei compensada, 20%;
do, a depender de licença previa da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil, que solicitará a au diência do Departamento Nacional da Produção Animal do Ministério da Agri
serrada, cane'a, 20%; outras, 50%. Não fica sujeita a essas cotas a e.x
cultura, ou seus delegados, no que
às margens dos rios Uruguai e Paraná e nos pontos de exportação das fron
couber.
Eletrificação no Rio Crande O Estado do Rio Grande do Sul ini
ciou um programa de eletrificação em
tos no pôrto de Santos, cuja aplicação
dade a existência de novo poço petro
fôra autorizada pela portaria n.° 91, de
lífero em Candeias e que os "tests" de
grande escala, com a energia gerada pela
produção continuam a ser realizados.
sua fôrça hidráulica e o carvão oriundo
28 de ianeiro, também do ano findo.
de suas jazidas. As indústrias manufa-
to ao volume da ])rodução de feijão no
materiais: 46 guindastes elétricos; 10| do Estatística da Produção, a safra, era 1946, atingu 17.016.590 sacas de 60 saveiros do aço para 20 toneladas cada ' quilos, maior, portanto, que a de 1945, um e 50 \'agonclcs elétricos a bateria
1945, contra 3.434 kw em 1944. O
mês de julho de 1946 acusou ali o con
Dicesto EcoNÓ\nco
portação de madeiras dos tipos e qua lidades mencionados, bem como dos to ros de madeira de lei que se acharem teiras".
Navegação aérea
Em despacho dado a parecer da Aeroífáutica Civil, o ministro Armando
Trompowski autorizou o ftmcionamento
DionsTo Econômico
Dícksto Econômico
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clíi Viação Interestadual de Transportes
saldos cm circulação ascendiam a
aprêç-o seria coberto com o valor dessas
Aereos (VITA), nova companhia que
135.000.000 dc dólares c 59.000.000
exportações.
se funda com o propósito de criar linhas pelo litoral e Interior do país.
do francos suíços, ro.specti\ainente. O comunicado acrescenta <|ue, cm conse-
ESTADOS UNIDOS
Exportação de café em grão
resume, atualmente, nos dois emprésti
Atingiu 9.096.052 sacas, no valor de 3 hilíões, -364 milhões e 71 cruzeiros, a
e.Kportação brasileira de café em grão,
te de 9.200.000 libras. Não foi pos sível ainda resgatá-los de\ido às dispo sições do contrato dcfiniti\o, que difi
de janeiro a julho de 1946. No mesmo período de * 1945, a exportação foi de
cultam u realização de amortÍz;ições ex traordinárias. Não obstante, termina a
7.455.136 sacas, valendo 2 biliõe.s, 109
informação do Banco Central da Repú
tos elevaram-se de 3,4 por cento.
milhões e 868 mil cruzeiros.
blica afirmando (pic o goxérno de Bue
decisão final.
nos Aires, fiel ao .seu propósito de exi
15 de outubro o índice de preços dc produtos de consumo, preparado pelo
FRANÇA
Administração das emprêsas iudusiriais As autoridades britàjúcas da Alema
t[uéneia, u dívida <'xterna da nação se
nha, segundo informou o sr. lolm Hynd,
Ciisln dc vida
ministro encarregado da administração
mos emitidos em esterlinos, no montan
A dife
rença de preç-o foi considerável: CrS
369,84 por saca, em 1946, contra CrÇ 283,01, em 1945.
E sabido que o nosso maior cliente continua a ser os Estados Unidos.
A
exportação para ô.sse país atingiu
6.930.202 sacas. No grupo de consu midores da América do Norte e Cen tra!, ainda tivemos três outros clientes:
o Canadá, 97.232 sacas; Cuba, 40.000 sacas, e Panamá, 9.500 sacas. Na Amé
café em grão a nada menos de 18 paí ve ainda embarques pura a África e
para a Ásia. A Oceania é o único con
tinente que não récebeu, nesse período, nenhuma partida de café brasileiro.
Do Exterior ARGENTINA
Resgate de empréstimos O Banco Central da República anun
n
ses administradores permanecerão nos
dos de outubro.
seus cargos até que a situação política da Alemanha permita a respeito uma
Os preços dos alimen A
146,9% maior que a média de 1935-39
efetuando negociações para aplainar os
e 15,1% maior que bá um ano.
obstáculos cjue se opõem ao resgate ime diato desses empréstimos.
Produção de paz Altos
Flano (ininíitienal e defesa da nioedo O presidente da República Argentina
no qüinqüenal. Observou que os haneo.s oficiais tem em seu poder 1.500 toneladas de ouro, asaliadas em 5 bi-
liões e 800 milhões de pesos, ao passo que o papel moeda cm circulação atin ge um total de 3 hiliõcs e 700 milhões de pesos. "Isso — acrescentou — signi
norte-americanos
O J'doficit" comercial da França em bilioes de francos c com a Inglaterra de 9 biliões nos primeiros nove meses de 1946, segundo declarações do mi nistro da Economia. Êsse balanço co
mercial desfavorável faz com que o país
pòv termo à inflação. Essa produção máxima foi atingida
créditos em dólares e esterlinos que lhe
pouco antes da greve dos mineiros de
foram concedidos e obter outros em
tenha eventualmeaite de consumir os
carvão, a qual, ao que consta, provocou
préstimos ou créditos, porquanto não se
ligeira diminuição na média norte-ame
encontra em condições de satisfazê-lo por
ricana já alcançada.
meio de suas ex-portações. Tal estado de coisas, em parte, decorro da inefi ciência do aparelho industrial francês
Transporte marítimo do café brasileiro
fica que jxjdemos emitir mais dois biliões do pesos. No entanto, não o ^fa-
quanto ao fornecimento de mercadorias A Associação de Café cru de Nova
rcmo.s, pois desejamos defender a moe .
funcionários
anunciaram que os Estados Unidos pre cisarão, no mínimo, de dois meses para atingir a sua produção máxima de tem po de paz, considerada essencial para
desmentiu os rumores de que o seu go-
da".
SifKí/ffio Financeira
relaçao aos Estados Unidos foi dc 50
tratar do diferentes aspectos de .seu pla
ses, num total de 1.356.686 sacas. Hou
ganhos moderados subiram de 1,7 por
inglesa, nomearão administradores ger mânicos para as principais emprêsas in dustriais do Rhur. Acrescentou que es
cento entre meados de setembro e mea
Bureau do Estatísticas Trabalhistas, era
dostinou-se à Argentina: 305.9.53 sacas. Ainda exportámos para o Chile 83.230
A exportação para a Europa aumen tou consideravelmente, pois fornecemos
essenciais consumidas pelas famílias de
mir o ))aís, tão depros.sa cpianto possí-
\'èrno tencione "manobrar o péso", ao
Bolí\'ia, 73 sacas.
Os preços no varejo das utilidades
\-el, das suas obrigações c.xtemas, está
rica do Sul, o maior volume exportado sacas, para o Uruguai 27.274 sacas, pa ra o Paraguai, 5.800 sacas, e para a
ALEMANHA
Iorque anunciou que o frete de trans
,
CHILE
manufaturadas.
Lsto se deve, até certo
ponto, íi carência de matérias-primas,
porte marítimo do café brasileiro foi
principalmente car\'ão, e às altas bar
aumentado em 25 cents por saca, a par tir de 1.° do corrente. O sr. George
reiras comerciais, particularmente as- vi
Schutte, presidente do Conselho de Trá
ca num acréseinxo do custo de produ
gentes nos Estados Unidos, o Que impli
fego Marítimo da mesma entidade, es
ção, já pesado. A balança comercial
Rovela-se em Santiago que o Chile
clareceu mais que a Conferência de Fre
francesa é também desfavorável em re
trata dc chegar a um acordo com d
tes Brasileiros nos Estados Unidos fi
Empréstimos no Brasil
findo com a Argentina, isto é, n obten
xou o preço do transporte de café entre os nossos portos e os do Atlântico norte
ção de um grande empréstimo, que llio
e Golfo do México em um dólar e 35
Brasil, nas mesmas bases do convênio
ciou estar terminada a operação de res
permita estabelecer diversas indústrias
gate dos empréstimos nacionais coIoc^S-
tendentes a aumentar as exportações pa
çents por saca, contra um dólar e dez cents que vinha vigorando deste setem
dos nos Estados Unidos e na Suíça, cujos
ra o nos.so país. O empréstimo em
bro.
LL
lação à Checoslovaquia e à Polônia. Escassez de carvão
Fontes bem informadas temem que a escassez de carvão venha acarretar no
vas decisões no sentido de restringir o
DionsTo Econômico
Dícksto Econômico
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clíi Viação Interestadual de Transportes
saldos cm circulação ascendiam a
aprêç-o seria coberto com o valor dessas
Aereos (VITA), nova companhia que
135.000.000 dc dólares c 59.000.000
exportações.
se funda com o propósito de criar linhas pelo litoral e Interior do país.
do francos suíços, ro.specti\ainente. O comunicado acrescenta <|ue, cm conse-
ESTADOS UNIDOS
Exportação de café em grão
resume, atualmente, nos dois emprésti
Atingiu 9.096.052 sacas, no valor de 3 hilíões, -364 milhões e 71 cruzeiros, a
e.Kportação brasileira de café em grão,
te de 9.200.000 libras. Não foi pos sível ainda resgatá-los de\ido às dispo sições do contrato dcfiniti\o, que difi
de janeiro a julho de 1946. No mesmo período de * 1945, a exportação foi de
cultam u realização de amortÍz;ições ex traordinárias. Não obstante, termina a
7.455.136 sacas, valendo 2 biliõe.s, 109
informação do Banco Central da Repú
tos elevaram-se de 3,4 por cento.
milhões e 868 mil cruzeiros.
blica afirmando (pic o goxérno de Bue
decisão final.
nos Aires, fiel ao .seu propósito de exi
15 de outubro o índice de preços dc produtos de consumo, preparado pelo
FRANÇA
Administração das emprêsas iudusiriais As autoridades britàjúcas da Alema
t[uéneia, u dívida <'xterna da nação se
nha, segundo informou o sr. lolm Hynd,
Ciisln dc vida
ministro encarregado da administração
mos emitidos em esterlinos, no montan
A dife
rença de preç-o foi considerável: CrS
369,84 por saca, em 1946, contra CrÇ 283,01, em 1945.
E sabido que o nosso maior cliente continua a ser os Estados Unidos.
A
exportação para ô.sse país atingiu
6.930.202 sacas. No grupo de consu midores da América do Norte e Cen tra!, ainda tivemos três outros clientes:
o Canadá, 97.232 sacas; Cuba, 40.000 sacas, e Panamá, 9.500 sacas. Na Amé
café em grão a nada menos de 18 paí ve ainda embarques pura a África e
para a Ásia. A Oceania é o único con
tinente que não récebeu, nesse período, nenhuma partida de café brasileiro.
Do Exterior ARGENTINA
Resgate de empréstimos O Banco Central da República anun
n
ses administradores permanecerão nos
dos de outubro.
seus cargos até que a situação política da Alemanha permita a respeito uma
Os preços dos alimen A
146,9% maior que a média de 1935-39
efetuando negociações para aplainar os
e 15,1% maior que bá um ano.
obstáculos cjue se opõem ao resgate ime diato desses empréstimos.
Produção de paz Altos
Flano (ininíitienal e defesa da nioedo O presidente da República Argentina
no qüinqüenal. Observou que os haneo.s oficiais tem em seu poder 1.500 toneladas de ouro, asaliadas em 5 bi-
liões e 800 milhões de pesos, ao passo que o papel moeda cm circulação atin ge um total de 3 hiliõcs e 700 milhões de pesos. "Isso — acrescentou — signi
norte-americanos
O J'doficit" comercial da França em bilioes de francos c com a Inglaterra de 9 biliões nos primeiros nove meses de 1946, segundo declarações do mi nistro da Economia. Êsse balanço co
mercial desfavorável faz com que o país
pòv termo à inflação. Essa produção máxima foi atingida
créditos em dólares e esterlinos que lhe
pouco antes da greve dos mineiros de
foram concedidos e obter outros em
tenha eventualmeaite de consumir os
carvão, a qual, ao que consta, provocou
préstimos ou créditos, porquanto não se
ligeira diminuição na média norte-ame
encontra em condições de satisfazê-lo por
ricana já alcançada.
meio de suas ex-portações. Tal estado de coisas, em parte, decorro da inefi ciência do aparelho industrial francês
Transporte marítimo do café brasileiro
fica que jxjdemos emitir mais dois biliões do pesos. No entanto, não o ^fa-
quanto ao fornecimento de mercadorias A Associação de Café cru de Nova
rcmo.s, pois desejamos defender a moe .
funcionários
anunciaram que os Estados Unidos pre cisarão, no mínimo, de dois meses para atingir a sua produção máxima de tem po de paz, considerada essencial para
desmentiu os rumores de que o seu go-
da".
SifKí/ffio Financeira
relaçao aos Estados Unidos foi dc 50
tratar do diferentes aspectos de .seu pla
ses, num total de 1.356.686 sacas. Hou
ganhos moderados subiram de 1,7 por
inglesa, nomearão administradores ger mânicos para as principais emprêsas in dustriais do Rhur. Acrescentou que es
cento entre meados de setembro e mea
Bureau do Estatísticas Trabalhistas, era
dostinou-se à Argentina: 305.9.53 sacas. Ainda exportámos para o Chile 83.230
A exportação para a Europa aumen tou consideravelmente, pois fornecemos
essenciais consumidas pelas famílias de
mir o ))aís, tão depros.sa cpianto possí-
\'èrno tencione "manobrar o péso", ao
Bolí\'ia, 73 sacas.
Os preços no varejo das utilidades
\-el, das suas obrigações c.xtemas, está
rica do Sul, o maior volume exportado sacas, para o Uruguai 27.274 sacas, pa ra o Paraguai, 5.800 sacas, e para a
ALEMANHA
Iorque anunciou que o frete de trans
,
CHILE
manufaturadas.
Lsto se deve, até certo
ponto, íi carência de matérias-primas,
porte marítimo do café brasileiro foi
principalmente car\'ão, e às altas bar
aumentado em 25 cents por saca, a par tir de 1.° do corrente. O sr. George
reiras comerciais, particularmente as- vi
Schutte, presidente do Conselho de Trá
ca num acréseinxo do custo de produ
gentes nos Estados Unidos, o Que impli
fego Marítimo da mesma entidade, es
ção, já pesado. A balança comercial
Rovela-se em Santiago que o Chile
clareceu mais que a Conferência de Fre
francesa é também desfavorável em re
trata dc chegar a um acordo com d
tes Brasileiros nos Estados Unidos fi
Empréstimos no Brasil
findo com a Argentina, isto é, n obten
xou o preço do transporte de café entre os nossos portos e os do Atlântico norte
ção de um grande empréstimo, que llio
e Golfo do México em um dólar e 35
Brasil, nas mesmas bases do convênio
ciou estar terminada a operação de res
permita estabelecer diversas indústrias
gate dos empréstimos nacionais coIoc^S-
tendentes a aumentar as exportações pa
çents por saca, contra um dólar e dez cents que vinha vigorando deste setem
dos nos Estados Unidos e na Suíça, cujos
ra o nos.so país. O empréstimo em
bro.
LL
lação à Checoslovaquia e à Polônia. Escassez de carvão
Fontes bem informadas temem que a escassez de carvão venha acarretar no
vas decisões no sentido de restringir o
100
Digesto EcoxóNaco
tráfego das estradas de ferro e o consu-
ximo orçamento, a Associação das Câ
JP® jiç Pelos cálculos oficiais o déficit" atual do carvão francês é de um milhão e seiscentos mil toneladas, a despeito do aumento na produção na
que a continuada queda do poder aqui
cional.
Acrrescentam as mesmas fontes
de informação que foi diiiigido um
apêlo de emergência aos Estados Unidos, pedindo o apressamento das remessas de hulha já discriminada para a França. Programa ferroviário A Sociedade Nacional de Estradas de
Ferro (S.N.C.F.) anunciou um pro grama decenal de renovação, cuja e.xecução foi iniciada no ano próximo fíndo. Os pontos fundamentais dêsse plano, destinado a transformar as condições te^oviarias da França, incluem novos trilhos de 50 quilos em 9.465 quilôme tros de linhas. A velocidade-limite será
elevada para 140 quilômetros por hora. Numerosos outros aperfeiçoamentos são
previstos. Existem ainda diversos projetos de remodelação das linhas existen-
tes, a fim de facilitar-se a circulação O trajeto Niort-Poitiers será duplicado e os de Liáo-Guillotière e Liâo-Broteau quadruplicados. A extensão das linhas equipadas com blocos automáticos de sinalização luminosa passará de 2.800
para 5.300 quilômetros. A reconstrução das estações pequenas e médias será
processada de acordo com determinado
número de tipos-padrão. Em inúmeros casos tais obras foram enquadradas em
maras Britânicas de
Comércio afirma
sitivo da libra esterlina resultará ine-
vitàvelmente da inflação. "É desejável — diz o referido memorando — que essa tendência seja sustada, e que o valor da libra esterlina .se estabilize no seu nível
atual. Se isto falhar os prometidos ser
viços sociais estão fadados, de início, ao
mais completo malôgro". Exigindo que uma comissão ministe rial, composta de todos os departamen tos do governo, proceda a uma "revisão implacável" da situação, a representa
Tijolos e peças de alia relralarledade Ataminom — SUioo-Alomtnosos — SiHcowí — — Ijoltaies T«rr« Rrimám — Gmcnto Rdr>t no — .rjtviinhn» pirt tnadições (Alomlnosos. Zir..õnÍo)
ção em apreço prossegue:
★
"Na política financeira geral do ano próximo (1947) deve ser dacla prioridade
à tarefa de promover um maior equilí brio entre as despesas do govêrno e a
SILIM AX" LTD A. PRODUTOS CERÂMICOS REFRATÂRIOS Roa Alcides Qoetroz. jj7 — ST O. ANDRÉ SIU. AINUKt (^P. R.) Dt^rtsmmto dt Vmd^ Praça da Se. 297, i.a /loia, salas - Td Paaiõ
Fáhriem
capacidade produtiva da nação". Calculando que o poder aquisitivo da libra esterlina não é superior a 14 shillings, se comparada ao seu valor de antes da guerra, a Associação das Câ
maras Britânicas de Comércio pede a revisão de todos os controles, com a eli minação de todos eles, excetuando-se os
características ,1 inconfundíveis 0
de maior importância, e solicita o esti
— Móveis "ÚNICO"
mulo que a redução das taxas pode pro
para seus escritórios
porcionar".
Aumenta a produção de aço
Resístênciò^ EÍègãncia e Durabiliâdde
MESAS.ARQUIVOS,COFRES.ETC... Cada detalhe na fabricação dos artl-
gosproduzldos pelaFábrica de Cofres "ÜNICO",Lida., é escrupulosamente
A produção de aço, em novembro úl
obseiA^ado por técnicos capazes. O
timo, foi maior que a registada em qual
melhor materialé empregado:aço de alta têmpera, especial E o mais fino
quer mês do ano findo. Estatísticas re
do seu escritório. Peça Informações.
projetos locais de urbanismo e determi narão importantes trabalhos de readap tação das instalações ferroviárias.
centemente publicadas pela Federação
INGLATERRA
se fez a razão de 13.715.000 toneladas
acabamento artístico,para a elegância
□
do Ferro e do Aço mostram que a pro dução para as quatro semanas do mês por ano, comparadas com 12.870.000
^UlQA-
Poder atjuisiiivo de libra esterlina
toneladas por ano em novembro de 1945.
FÁBRICA DE COFRES
Em representação que dirigiu ao mi
A produção excedeu de muito a de novembro de 1938, a qual fôra de 10.320.000 toneladas por ano.
"ÚNICO" LT D A.
nistro das Finanças, a respeito do pró
VENDAS: Rua Sdo Banto, 329 - 6.» Sala 66 - Tal. 2-5944• C. Postal 3.024 FÁBRICA: Rua Cal. Carlos Oliva, 76 SÁO PAULO
ÁBTUSI-411
100
Digesto EcoxóNaco
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apêlo de emergência aos Estados Unidos, pedindo o apressamento das remessas de hulha já discriminada para a França. Programa ferroviário A Sociedade Nacional de Estradas de
Ferro (S.N.C.F.) anunciou um pro grama decenal de renovação, cuja e.xecução foi iniciada no ano próximo fíndo. Os pontos fundamentais dêsse plano, destinado a transformar as condições te^oviarias da França, incluem novos trilhos de 50 quilos em 9.465 quilôme tros de linhas. A velocidade-limite será
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Companhia Americana de Automóveis Revendedora exclusiva na cidade de São Paulo dos afamados carros
e MERCLUY Prestigiados pela classe e pelo preço
ya/g^a Escritório: Praça Ramos de Azevedo, 282, tel.: 4-5787
Oficinas, Secção de Peças e Serviço: Rua Consolação, 1837 Telefone: 6-3448
PRUDÊNCIA CAPITAUZAÇAC
l.IGHT AND POWER
S/A FÁBRICAS "ORION"
• A. TELEPHOMCA ERA51LEIRA
CIA. QUÍMICA RHODIA BRASILEIRA
CASAS MOUSS'LINE
Diretor PrcsitleiUe : — Octacilio Piedade Gonçalves Dirclt)!" (ierciUv — Emydio Piedade Gonçalves
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CASA LÚ - MODAS
LABORATÓRIOS LYSOFORM
ISNARD 8d CIA. (SSo Paulo)
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MEIAS S/'
J. ISNARD & CIA. (Rio)
Companhia 0. P. Gonçalves de Automóveis
VALISÈRE S/A
VITRAIS CONRADO SORGENITCH
REVENDEDORES DOS CARROS FORD
empresa BRASILHRA DE RELÓGIOS
CASA DA BORRACHA LTDA.
(Relógios Eska)
CASA SAO NICOLAU
IND. E COMÉRCIO ASSUMPÇAO S/A
ERNESTO P. SOARES
(Rldios Lincoln)
editora COMERCIAL. LTDA. (Dige:» Econômico)
FIGUEIRÔA - Modas Esportivas
Salões de Exposição: Praça Júlio Mesquita, 123 e Rua Consolação, 1787
CIA. BRASILEIRA DE ALUMINIO
ASSOCIAÇAO COMERCIAL DE S.PAULO
CiA. NlTROQUlMICA BRASILEIRA
PERFUMARIA SAN-DAR
BANCO SUL AMERICANO DO BRASIL
CIA yiNlCOLA E AGRÍCOLA S.ROQUE
TRUSSARDI S/A
(Vermouth Gancii)
CASA FACHADA
ARMAÇÕES DE AÇO PROBEL LTDA.
CASTRO RIB IRO AGRO INDUSTRIAL
ALBERTO AMARAL «c CIA. LTDA
Ampla Sccçào de Peças — Modernas c bem mcntadas oficinas
Telefones: 4-554 - 4-0018 e 4-0639
Escritório, oficinas c Secção de Peças: Rua Consolação, 1787
(Extrato ''e Tomate Crai)
Companhia Americana Industrial de Ônibus
SOCIEDADE ELETRO-MERCANTIL PAULISTA LTDA.
Distribuidora Exclusiva de Ônibus Diesel na Capital
SXO PAULO
í:id uk janciro
Dispondo (Ic ctinipainento técnico moderno para construção cie carro>-
BarSo d* ItapetÍaInga,297-6,*
Avon (iu i/oira Mar,262 - 7A
serias de todos os tipos, cm partic"ular do ônil.)us e Secção de jirojftos
Talafones 4-4623 e 6-2098
üala 702 - Talcfoae 42-3706
e dcscnlios a cargo dc i)rofissionais compctcnto.
Fábrica e Escritório; Avenida Celso Garcia, 5628
PROPAGANDA
Telefone. 9 0312
Diretor-Prcsidente — Octacilio Piedade Gonçalves Diretor-Gerentc —José Piedade Gonçalves Dirctor-Técnico — José Massa
^ í ii-
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-
\
Cia. Cinilii de Couros e Maquinasí Couros Preparados — Importação — Exportação
Máquinas e Pertences para Fábrica de Calçados
erjtíne/â
Distribuidores deis afamadas máquinas para calçado "HERRERO"
e das máquinas de chanfrar couros "PROGRESSO"
Os Protetores para Cheques
RUA BARÃO DE DUPRAT, 306 a 312 — TELEFONE: 2-1057
ToDD
são
sentindas
se
guras que evitam prejuízos,
End. TelegráFco: "CINDÚ" — Caixa Postal, 1653
adulterações ou fraudes. Imprimem cs valores dos cheques com tinia indelé vel de impossível imitação'
SÃO PAULO
Mod. 33
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PROTETOR
PARA CHEQUES DlSTlvIBUIDORtS tXCLUSIVOS
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KELLER WEBER S.A. Máquinas Comerciais e Grálicas
Fundada em 1920
AV. SÃO JOÃO, 314/ 320 • TELEFONE 4-4188 (RaMAIS) * SÃO PAULO
MATRIZ; Kua Senador Feíjó, 30 - SANTOS
R. ARAÚJO PORTO ALEGRE 65-A • TELEFONE 22-2044 • (RAMAIS) • RIO
FILIAIS EM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E RECIFE UC r\'
■ aBBHaBBBBBBIBBEBBBaBBBBflBBBBBBBHaBDBBiaBBBDBBBBaSBaS Uk. 4Í.
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EMPRESA "LÍDER"
COMISSÁRIOS DE DESPACHOS ADUANEIROS
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Importação — Ex>
Autorizada e Fiscalizada pelo Governo Federal Carta Patente
portação — Cabota gem
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Móveis Estofados
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Rua Sebastião Pereira, 20 — Telefone: 5-3409 — São Paulo (Brasil^
2-7095 6 2775
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Editora Paulo de Azevedo Ltda.
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A SERVIÇAL LTDA. Serviços que oferecemos: Organização de sociedades comerciais, industriais, civis. Contratos, distratos, modificações do firmas, coope rativas e todos os serviços nas Juntas Comerciais e legalização
o SENHOR
perante todas os Repartições Publicas, Municipais, Estadoals e Federais. REQUEREMOS PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE
INDUSTRIAL, COMERCIAL E CÍVEL PARA: Marcas de Industrio, de Co
Tifulos de estabelecimentos.
mercio ou de Exportação.
Privilégios de Invenção.
Nomes Comerciais. Insígnias
Sinais de Propaganda. Frases
Licenças de preparados far macêuticos, veterinários, inse ticidas, desinfectantes. Analises
de Propaganda.
de bebidas, comestiveis, etc.
Comerciais.
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A SERVlCAL LTDA.
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SEJAM quais forem os seus recursos,
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CONSULTE-NOS SEt/^ COMPROMISSO
S. Paulo; Ruo Direita, 64 - 3.® - Tels. 2-13934 e 3-3831 - C. Postais 3631 e 1421 R.Janeiro; Av. Aparicio Borges,207 -12.® pov. - Tel. 42-9285 - C. Postal 3384
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de vida. o senhor necessitará, nu sua
velhice, dc um apôio seguro que lhe gQrnnt.n confôrto. descanso c indepen dência. Isto sú conseguirá se não
'depender de outras pessoas, nem de parentes, nem de amigos, muito me nos dc casas dc caridodc. Terá de
dispor de um apôio próprio, prepara do pelo sr. mesmo enquonto é tempo e tõdas as facilidades estão em suas mãos. Subscreva títulos da Prudência
Capitalização c viva com tranqüili dade, sem maiores apreensões.
Procure conhecer, seni compromisso,
os planos do Prudência Copitallza<ão. nos sues vantagens reols e
* Os
parantias sólidas, legols. obsalufas.
luíí. íiprtseniam os de fmoüeií. Apólice».
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Ührit«JCi"'e.s de fiocrro, flipotecni, Ariionla-
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