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DIGESTO
F.R.deAquino&Cia.Lída. PROCURADORES
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sumario As Eleições Estaduais e Seus Resultados — Redação
19 '.
A Experiência Roosevelt — Dario de Almeida Magalhães História Econômica — Afonso Arinos de Melo Franco
21^*^ 45 Ç/
Progressos do Brasil — Seaward Humphry Jacob Fugger, O Rico — José Honório Rodrigues
48// SS/>
Uso Militar e Uso Industrial da Energia Atômica — O. Lefebvre d'Ovidio 58''^ Calógeras e a Educação Nacional — José Augusto
62''y
Taxa. de Juros — Eugênio Gudin
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Mais Café — Pimentel Gomes
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A Psicologia a Serviço das Atividades Econômicas — Ludwig Mayer .... SO"^/ A Lição dos Fatos e a Opinião Pública — J. A- de Souza Ramos
83./,
As Vitórias Regias na França — Vinícius da Veiga
8S/^^
Cores — Redação
Henry George — Advogado do "Imposto Ünico"
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87^/
S. Harcourt-Rivington 92-^
panorama Econômico — Redação
96
lüfilifevü.
27 —FEVEREIRODE 1947 —ANO
DIGESTO E€0I\0MI€0
Empresa$^$
o "DÍKesto Econômico" apareço no primeiro sábado de cada mês.
E' publicado pela Editora Comercial Ltda., sob os auspícios da Asso-
ciação Comercial de São Paulo c da Federação do Comércio do Esta
de Transportes Urgentes Ltda.
do de São Paulo.
Distribuidores no Brasil:
DISTRIBUIDORA EDITORIAL BRASILEIRA LTDA.
Avenida Graça Aranha, 81 — 12.° andar — Rio de Janeiro Representantes na República Argentina:
INTER-PRENSA
Florida 229 — Buenos Aires — Argentina. Representante em Portugal:
ANTÔNIO DO CARMO JÚNIOR «Mm
Rua Angelina Vidal, 92 — 1.° Esq.
wm niia baste
ESCRITÓRIOS CENTRAIS:
• Ao
Alexandre Hornstein ò- Cia. Ltda.
(Esq. Av. Ranpel Pestana) Sede própria - Ed. Guarany
Metais
Ford Motors
Antonio Nogueira 6- Cia. Ltda.
t O
PARQUE 0. PEDRO II, 1032 - Loja 1
Fábrica Aliança de Artefatos de
Alt-Babá
U
RIO.DI.JANf IRO
Ullrllo Santo,241 Iileloni M4ft8
Firmas que anunciam neste número:
A Serviçal
P A
lElO rtSHlTORK Ria
RuaMarcílio Dias, 12
•
C I M Pi N n Talefonss 83-0791 •23.0337
RiltIRlD PREil
Tels.: 2-8266, 2-6661 e 3-3691
General Motors do Brasil S/A
UO LOURENtS
Assumpçõo S/A
Klingler S/A
I I 1 I R í <
Campana ò- Cia.
Livraria Francisco Alves
Casa Renato
Moveis de Aço Fiel Ltda.
Cia. Cervejaria Bráhma S/A
Organização Ruf Panam Propaganda Ltda.
Cia. Cigarros Souza Cruz
Cia. Distribuidora Geral "Brasmotor"
Cia. Mecanica e Importadora São Paulo
Cia. S.K.F. do Brasil Cia. de Terras Norte do Paraná E. Mosele 6- Cia.
Emprêsa S.E.S. de Transportes Urgentes Ltda.
Expresso Estréia de Prata
PIIROPOLIS
"ciBPtó • mõRii JUIZ OE rIRt
Papelaria e Tipografia Andreotti Prudência Capitalização
racos Df ciian
Refinações de Milho Brasil
t
Refinadora de Óleos Brasil S/A Romeu
Mipst (ti JirMe
Justo Panzoldo 6- Cia.
Ltda.
S. Magalhães ò- Cia.
ISERVIÇOSI lECONOMICOS][SEGUROS! DE DOMICÍLIO A DOMICÍLIO ""T""
S. A. Fábricas Orion
Siemens-Schuckert S/A Silimax Ltda.
Transportadora Farroupinha
L
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L
um''calcanhar de Achílles das estradas de ferro!
o SENHOR
PRECISARÁ TAMBÉM c^jÀ DE UM APOIO...
V
s
SEJAM quais forem os seus recursospresentes e o seu atual padrão
s
de vida, o senhor necessitará, na sua
velhice, de um apdio seguro que lhe garanta confôrto, descanso e indepen dência. Isto só conseguirá se não
depender dc outras pessoas, nem de parentes, nem de amigos, muito me
Aa caixas de graxa dos carros, vagões
e locomotivas, sempre foram
nos de casas de caridade. Terá de
1
dispor de um apôio próprio, prepara do pelo sr. mesmo enquanto é tempo
um
ponto
nevrálgico — um verdadeiro "calcanhar de Achilles" 1
A SKP se orgulha de proporcionar aos dirigentes das estradas de ferro a solução perfeita deste problema, com as suas caixas
e tôdas as facilidades estão em suas mãos. Subscreva títulos da Prudência
de graxa que. às centenas de milhares, já
Capitalização e viva com tranqüili
comprovaram as suas enormes vantagens,
dade, sem maiores apreensões.
sendo mesmo consideradas como uma ne
cessidade absoluta para a economia e segu
CsUa de giua SKF* para caitos de pasaeselios.
rança do serviço. E com o aumento de ve locidades e cargas as caixas de graxa SKF redobram dia a dia a sua importância.
Procure conhecer, sem compromisso, 01 planes da Prudência Zapitalixaç3o, nas sues vantagens reais e
i> Os nossos (ttulos, aiern de outras garati.
garantias sólidos, legais, absolutas.
itas. apresentam as de Imóveis. Apólices, Obrigações de Guerra. Hjpolccas, Adianto. T7ic7Ua.v c Depósitos bancários cm din/idro.
Milhares dc carros de passageiros,
tiopões de carga e locomotivas das principais estradas de /erro do Brasil estão equipados
PRUDEHCIÁ CÁPITÁLIZÁÇÁO
com caixas de graxa SKP — trafegando ha mais de i5 onos em perfeitas condições.
Caixa de graxa aKF paia
vagdes de «aiga.
* COMPAt^HIA NACIONAL PARA fAVORECER A ECONOMIA * PaNAM
Cm à* Kmitfí*
DO BRnSIL
COMPDNHIO
IROLnMEHTOSi
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da melt elfe qvalidada, a CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO, aitd fabri*
eando «ca quaiquar.blteta no* «osulnto* tipeii ~8RAC" — Poro eontlruçOe». eo» i isactlleocOfi efldoli de LP.T. EB.3.37CA — Ê0.3-5OCA.• . o «spaell^cacCo oiaarlcone
ASTM.A-110.39 (Hord Grode)
~8RAP' — Po»a ÍBífomanlot com tiií d* ce'ho«o vertendo do
O.SS% o 1.95%, eeto lebitcocòe do aotiolet. noidoniot do tqt-
no», moltiio».(ortet. tojogro». oitompo». eetie frio», lemlno do 1^ Co»,ferrnòot. telHedoIro» monvon.lorroinonlQt 00'0 CO'to do couros 0#<ruralilcoi ollceldell. frotot, Ouncdo»', breco», (orrononlot 0019 cortor oopol, 0»:«ro«. rrovolKe». tn»lrunonlOf do clrgrçto, colíbre* buri» o limo».
"BRAO" — Pare lorrenonie» ooricolei, cea o toS* d» corbbne 0.15% o 1,10%. pere febrlcocAo d* omodo», rpdok oo», ohroeok dncD» d* orado, picorete». cMboncov oirongo». oiocbodow loceo». foice», o(e.
NOSSAS
ESPECIALIDADESi
''6RAM" — Poro fim <nocdi>>coi, doido e Hpe oitre doeo ee
duro. vorlondo o todr do corbono do 0,06% ô 0,65% oapoclolo poro fobrlcocfio do robuoi. porefuto», oremo», progoi, porcoi,
oIkoi do IronimliiOo, ongronogon», olios poro oitrodo» do for
Calçados em geral — CiIçAdos dr couro com }olu âe
ro, utonilllQ» poro conitrucdo do mAoulno».
borracha, para homens, senhoras e crianças. Tênis e calçados
"BRÁS" — Poro fobtlcocdo do moloi om gotol, eon o Mc do
de lona para esportes e praia.
corbono .or.ondo do 0,45% O 1.05% cooi t»6» do •IIWo ot«
«
0,5%. (0,50%). Eipoclol poro molo» olIeoidoU o foloo» do-moloi
ARTEFATOS PARA CALÇADOS —Sal(o.< e capas de borracha para saltos. Solas dc borracha para calçados de homens, senhoras e críanças. Lençóis de borracha para solado. Vírolas de bona> cha. Corticite para calçados de homens c crianças. Tira de ligação. Outras miudezas.
ARTÊFAT S DE BORRACHA EM GERAL - Fios clisticos
de borracha de todos os tipos. Lençóis du borracha para fios,
poro veiculo» ocn gorai, oi"odo» do forre, aoblllet, coao», cal. chOot. o mãgvlno» era goroL t:
Atdm do axporlOntIe adqvlrtda am longe» ono» do «TabethO o do rigor quo dl»pon»ocno» oo fobrkecSo do» ne»e» predo» «Oi, aroco» o» qvo tome» maroclde a confronto o o proforOí» cio do» poiio» Inumoro» cllonto», o» ofof do neisa labrlcotAo »6o controlado» per tOcnlco» oipocloltiodoi, o quo vom gerai», tlr a »uo AlTA QUAUDAOd
OS NOSSOS PRODUTOS SiQ TECNICSMENIC PERFEITOS
para cintas elásticas e para hospitais. Tapeies de borracha, de*
sintupidores para pias, pés de cadeira, pncumiticos e cordões
para rodas de veloc'pe les, Fucaros, guarnições dc borracha para pratos, rodas de borracha para bal.inças, revestimento dc rodas para fins industriais e mais uma infinidade de produtos de borracha-
FIIBHICflMíES DOS HFflMflDOS SfllTOS DE BÜRRIlCHfl FÁBRICAS:
TELEFONES:
Rua Marajó, 136/158
Gerencia
Rua Cesario A/vim, 297
Contadoria — 9-3200
ESCRITÓRIO:
Escrifârío
— 9-3205 —
Rua Marajó, 136/158
Endereço Telegrâfico:
São Paulo
CAMPANA
PETílNATI-C.I-ó
Podido* diretamente o
^
CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO
9-3 200
.........'..e >o'deii oin — SÃO PAULO — RUA FIORENCIo'dE ABREU. 2«□ —
MA^iCA REGÍS RADA
telefone g.riRA
RIO DE JANEIRO — RUA MAYHINK VEIOA, 28 — LOJA — TELEFONE 23-16SS
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,
w O TÉCNICO NO LABORATÓRIO E
Ó TRABALHADOR NA MÁQUINA LUTAM INCESSANTEMENTE PARA LHE PROPORCIONAR
|;pM todos os objetos que adquirimos para o nosso uso, é .natural
que procuremos a melhor qualidade. A qualidade, porém, torna-se predi
cado insubstituível em objetos que exijem garantia de longa durabilida-
Nenhum criador joga fora propositadamente o leite
que produz em sua fazenda — porque leite é dinheiro para arroz, peças de uso industrial, artigos cirúrgicos. Nossos modernos processos técnicos de fabricação garantem a mais alta qualidade, pois representam o fruto de contínuos estudos e minuciosas observações.
proveniente de trabalho continuo e penoso.
Já pensou, entretanto, em quantos latões de leite o senhor desperdiça simplesmente porque deixa de os produzir? Lembre-se de que para produzirem com eficiência e economia as vacas leiteiras exigem uma alimentação racional - farta, rica e bem equilibrada.
S.II.FOBRICOS
ORION o MAli Airo AAOHAO 01 IXClltNCIA fM
As "RAÇÕES
CONCENTRADAS BRASIL" são
cuidadosamente calculadas para a obtenção do má ximo rendimento dos seus animais, conservaudo-os fortrs e sadios.
Experlmente-a hoje mesmo e nunca mais
deixará de usa-la.
^
CResp. Brenno M. de Andrade, eng.-agro.)
AATfMTOJ Of BORDACHA
Pedidos à Caixa Postal, 1117 Produto da RefJnadora de Cleos Brasil S/A Rua Xavier de Toledo, 114 - Caixa Postal, 1117 São Paulo
PANAM — Cin
Anufio»
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EXPRESSO ESTRELA DE PRATA
APRESENTA
DE DOMICILIO A DOMICILIO, o mais perfeito serviço de trans portes rodoviários de encomen
das e cargas, através de moderfrota de caminhões, dando entre
outras
vantagens, as se-
-juintes RAPIDEZ
Cada macaco no seu galho... A contra-morca ASA é a garonfia dos rádíos
WEST POINT JEFFERSON
Hamilton lincoln
COM ÊSTE PROVÉRBIO O povo consagra a especialização. A indústria dos rádios, para satisfazer as exigências atuais, só pode ser entregue a engenheiros e técnicos espe cialistas do ramo. Assim procede há 20 anos Indústria e Comércio Assumpção S/A, fabri
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Rua Mercúrio, 115 Tels. 2-3229 - 2-4234 Rio
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Antonio Prado, 55
cante dos aparelhos de contra-marca asa,
climatéricas, ainda não superada por apare lhos de qualquer proveniência.
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ECONOMIA
com o seu corpo de engenheiros, técnicos e operários especializados, assegurando uma qualidade apropriada às nossas condições
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SEGURANÇA
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riuOTjpi
DICESTO ECOMMÍCO
DICESTO
o UUNDO OOS KfGÚCIOS HUU PSKQREMA MUNDIAL Publicado sob os auspícios da
ASSOCIflCÃO COMíRCIALDESÃO PAULO
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO 00
ECON0MICO
*
ESTADO DE SÃO PAULO
O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
Ano III
Diretor Superintendente: AURO SOARES DE MOURA ANDRADE
Paulo - Fevereiro de 1947
N. 27
O Digesto £conómíco Dlretsr:
RUI NOGUEIRA MARTINS
As eleições e seus resultados
publicará pròxiniamcnte:
Gerente;
W. A. DaSlíva
O DIGESTO ECONÓM CO,órgão de infor,nações econó ni^as e íínancelras, de propriedade da Editora Co
mercial Ltda.,é publicado no primeiro sábado de cada mês.
TIA, sem dúvida, algumas lições que podem "HISTÓRIA ECONÔMICA" - Afonso "PROGRESSOS DO BRASIL" - Sea-
wárd Humpliry.
A direção nãa se resp-nsabillza pelos dados cujas fortes estejam devida mente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos asslnadrs.
"TERRAS DE CONTRASTES O SU
DOESTE AMERICANO" - S. I. h. "DESENVOLVIMENTO TRIAL" — Redação.
tes de sua Assembléia e do governador do Estado. A marcha dos escrutínios evidenciou
que o candUlato em ídnio de cuja legenda
"ALFRED MARSHALL - FUNDADOR DA ECONOMIA" — S. Harcourt-Rivíngton.
Na transcrição de artigos pede-se cltaro nome do O.GESro HCOnÓMI-O.
ser extraídas do último pleito eleitoral fe
rido em São Paulo, para escolha dos inícgran-
Arinos de Melo Franco.
INDUS
se concentraram as fôrças mais consideráveis da indústria, do comércio e da lavoura — o ST. Mário Tavares — não pôde vencer os seus
competidores. Entre ê&tes se distinguiu o pos tulante escolhido por uma coligação de pro
gressistas e comunistas, o qual conseguiu reu nir a maior parcela dos sufrágios desta capital, de forma a compensar com vantagem as suas
perdas do interior.
★
Esta vitória eleitoral foi condicionada por vários fatôres que poderiam perfeitamente ser
Aceita-se Intenâmblo c/publicações congêneres nacionais e estrangeira--.
previstos e superados.
Em primeiro tt/gflf,
temos a observar que, quando no Ministério da Justiça o sr. Sampaio Dória, s. excia. chegou ASSINATURAS:
a anular o alistamento "ex-officio". Este, se
Digesto Econômico Ano (simples) Cr$ 30,00
• (registrado) Número do mês: Atrasado:
Cr$ 36,00 Cr$ 3,00 Cr$ 5,00
RedoçSo e Administração:
gundo o revelara a experiência do pleito de
★
2 de dezembro, abrangera camadas que a rigor
não poderiam exercer o direito do voto: semianalfabetos incapazes de redigir um requeri mento do seu próprio punho e, segundo consta,
estrangeiros à margem dos dirmtos políticos.
A excelente iniciativa, de caráter altamente moralizador, contudo não prevaleceu. Atos
VIADUTO BOA Vl!)TA,t7 —7." ANDAR
futuros mantiveram o critério antericr, que
TêL 3.7499 — ca XA POSTAL, 240-B SÃO PAULO
trazia nitidamente impresso o sinal da ditadura. Ora, os partidos anti-democráticos são os
que mobilizam privativamente êsse eleitorado
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que mobilizam privativamente êsse eleitorado
"ex-officio" aue tudo aconselha seja doravante submetido a revisão cuidadosa, para aue apenas se admitam os cidadãos com qualidades reais para o exer cício do voto demonstráveis em novo processo de inscrição voluntária. Em seeundo lugar, temos a consignar, como uma das causas principais determinaram o resultado do pleito de 19 de janeiro, a desorientação ^ que deram provas os partidos chamados do centro. Tudo indicava, de
R EXPE^RIÊNCm por Damo de Almeida Magalhães
antemão, que iríamos assistir, em tômo às umas, a uma verdadeira polari-
^ção de tendências. Era essa, portanto, a ocasião azada, entre âles, para entendimentos sérios patrióticos, despersonalizados ao máximo, de que derivasse
dma aliança capaz de enfrentar com vigor o agrupamento da extrema esquerda e os seus correligionários de emergência. Falou-se muito cm São Faulo, com efeito, na necessidade de um candidato único das fôrças demo cráticas à governança do Estado. Essa frente-única deveria ser bastante am plo, de forma a compreender, além do F. S. D., a U. D. N., o P. R. e outras organizações menores.
Infelizmente, porém, as negociações entabojadas nesse sentido não con seguiram chegar a bom têrmo. Rivalidades que se prendem ao nosso passado pmítico, personalismos injustificáveis numa hora em que os interésses gené ricos da coletividade paulista deveriam sobrepor-se às ambições particulares, rixas de chefes e sub-chefes dividiram as fôrças afins da Democracia.
O re
Prosseguindo na série de con/crénctos que vem promovendo, o Instituto de Economia da Associação Comercial de
São Paulo efetuou no dia 13 de de zembro último mais uma concorrida reu
nião, em que o dr. Daria de Almeida
Magalhães, grande nome do jornalismo brasileiro e um dos mais argutos co nhecedores dos problemas financeiros e econômicos da atualidade, tratou pro
povo, e capaz, portanto, de ser conduzido com probabilidades ponderáveis de vitória ao prélio das umas.
ficientemente da "Experiência Roosevelt". A assembléia contou com a pre sença do dr. Brasília Machado Neto, presidente da ACSP, que abriu os tra balhos, dando a seguir a palavra ao dr.
Nestas negociações estéreis, — pois nunca chegaram a fim satisfatório, — nesta luta intestina dentro dos arraiais da Democracia, neste enfraquecimento mútuo de correntes que poderiam reforçar-se pela unidade de objetivos, consumiu-se
tuto de Economia, o qual saudou o con-
sultado foi a apresentação de dois candidatos onde poderia haver um que os ^ntetizasse, desde que fôsse realmente uma grande expressão da cultura pau lista, um nome realmente conhecido, com .simpatias arraigadas no seio do
João Di Pietro, um dos diretores da
mesma en'.idade e presidente do Insti
um tempo enorme. Enquanto do outro lado, na extrema esquerda, a atividade
ferencista, tecendo a respeito considera
da propaganda eleitoral se desenvolvia em grande estilo, segundo os métodos mais apepeiçoados de aliciamento, com palavras de ordem capazes de impressio^1^'l^^^do,^ vítima assim de uma onda .demagógica, entre os elementos tradicionais de São Paulo reinavam a discórdia, a arritmia de gestos, a dispersão de energias. Deu-se, portanto, um fato novo nos anais políticos de nosso Estado,
ções justas e oportunas. O trabalho que damos a seguir constitui a íntegra da
Nota-se que o povo está insatisfeito e procura dar vasão ao seu descon
munho de generosa simpatia.
O objeto da minha dissertação há de ser sòbriamente dosado.
Não me sen
tiria com fôrças para pretender expor e analisar, nesta palestra, tô^a a obra política, administrativa, econômica e so cial do govêrno de ação mais intensa o complexa, dinâmica e subversiva, que os Estados Unidos conheceram em
palestra realizada pelo dr. Daria de Al
tôda a sua história. Essa obra ciclópica e vertiginosa, que se desdobra em doze
meida Magalhães.
anos de lutas incessantes, nos esmaga
e confunde a visão.
Nós a acompa
nhamos, à distância, embora imiitas ve zes' nela estivéssemos envolvidos, e o
mas nem por isso menos previsível aos bons observadores da situação.
tentamento. As dificuldades são muitas, e êle as atribui ao govêrno de hoje, não enxergando, pela sua pouca experiência da vida pública, que a cor rente dos males atuais tem as suas cabeceiras na ditadura de que mal etnergimos. portanto, que os partidos democráticos o esclareçam convenientemente, que organizem também o seu exército de propagandistas, que conjuguem esforços através de acordos eleitorais oportunos. Porque as eleições municipais se apro
ram ouvir, dando, com êsse gesto, teste
"Dem avalio a dificuldade da tarefa que devo enfrentar, neste momento, para corresponder à honra que me conferiu ó Instiluto de Economia da nobre Asso
ciação Comercial de São Paulo.
Os
eminentes conferencistas que me ante cederam nesta tribuna lhe aumentaram
ximam, e podem vir encontrar as organizações em aprêço fora da forma desejada. E assim se repetirá o espetáculo de 19 de janeiro.
lustre e o prestígio, expondo-me, assim, a contraste que indisfarçàvelmen-
• te me oprime. A amplitude e a riqueza do tema a versar colidem, de outro
lado, com o dever de brevidade que
►A* < (
nosso destino dek dependesse, em ho ras decisivas para a humanidade. Essa obra não se conteve no plano nacional;
gradativamente o quadro do seu des
dobramento se ampliou, e, por firn, sé confundiu com o próprio mundo civilizado, cuja sorte se ligou ao seu êxito, ou ao seu malogro. E é o sentido uni
versal que o go\'êrno e a figura de Roosevelt alcançaram que explica o fato de aqui nos encontrarmos, ungidos de
respeito e de gratidão, para lhe recor
me é impôsto, para não punir em de
darmos os feitos e llie reverenciannos
masia a imprudência dos que me vie-
a memória.
"ex-officio" aue tudo aconselha seja doravante submetido a revisão cuidadosa, para aue apenas se admitam os cidadãos com qualidades reais para o exer cício do voto demonstráveis em novo processo de inscrição voluntária. Em seeundo lugar, temos a consignar, como uma das causas principais determinaram o resultado do pleito de 19 de janeiro, a desorientação ^ que deram provas os partidos chamados do centro. Tudo indicava, de
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antemão, que iríamos assistir, em tômo às umas, a uma verdadeira polari-
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Prosseguindo na série de con/crénctos que vem promovendo, o Instituto de Economia da Associação Comercial de
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Magalhães, grande nome do jornalismo brasileiro e um dos mais argutos co nhecedores dos problemas financeiros e econômicos da atualidade, tratou pro
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João Di Pietro, um dos diretores da
mesma en'.idade e presidente do Insti
um tempo enorme. Enquanto do outro lado, na extrema esquerda, a atividade
ferencista, tecendo a respeito considera
da propaganda eleitoral se desenvolvia em grande estilo, segundo os métodos mais apepeiçoados de aliciamento, com palavras de ordem capazes de impressio^1^'l^^^do,^ vítima assim de uma onda .demagógica, entre os elementos tradicionais de São Paulo reinavam a discórdia, a arritmia de gestos, a dispersão de energias. Deu-se, portanto, um fato novo nos anais políticos de nosso Estado,
ções justas e oportunas. O trabalho que damos a seguir constitui a íntegra da
Nota-se que o povo está insatisfeito e procura dar vasão ao seu descon
munho de generosa simpatia.
O objeto da minha dissertação há de ser sòbriamente dosado.
Não me sen
tiria com fôrças para pretender expor e analisar, nesta palestra, tô^a a obra política, administrativa, econômica e so cial do govêrno de ação mais intensa o complexa, dinâmica e subversiva, que os Estados Unidos conheceram em
palestra realizada pelo dr. Daria de Al
tôda a sua história. Essa obra ciclópica e vertiginosa, que se desdobra em doze
meida Magalhães.
anos de lutas incessantes, nos esmaga
e confunde a visão.
Nós a acompa
nhamos, à distância, embora imiitas ve zes' nela estivéssemos envolvidos, e o
mas nem por isso menos previsível aos bons observadores da situação.
tentamento. As dificuldades são muitas, e êle as atribui ao govêrno de hoje, não enxergando, pela sua pouca experiência da vida pública, que a cor rente dos males atuais tem as suas cabeceiras na ditadura de que mal etnergimos. portanto, que os partidos democráticos o esclareçam convenientemente, que organizem também o seu exército de propagandistas, que conjuguem esforços através de acordos eleitorais oportunos. Porque as eleições municipais se apro
ram ouvir, dando, com êsse gesto, teste
"Dem avalio a dificuldade da tarefa que devo enfrentar, neste momento, para corresponder à honra que me conferiu ó Instiluto de Economia da nobre Asso
ciação Comercial de São Paulo.
Os
eminentes conferencistas que me ante cederam nesta tribuna lhe aumentaram
ximam, e podem vir encontrar as organizações em aprêço fora da forma desejada. E assim se repetirá o espetáculo de 19 de janeiro.
lustre e o prestígio, expondo-me, assim, a contraste que indisfarçàvelmen-
• te me oprime. A amplitude e a riqueza do tema a versar colidem, de outro
lado, com o dever de brevidade que
►A* < (
nosso destino dek dependesse, em ho ras decisivas para a humanidade. Essa obra não se conteve no plano nacional;
gradativamente o quadro do seu des
dobramento se ampliou, e, por firn, sé confundiu com o próprio mundo civilizado, cuja sorte se ligou ao seu êxito, ou ao seu malogro. E é o sentido uni
versal que o go\'êrno e a figura de Roosevelt alcançaram que explica o fato de aqui nos encontrarmos, ungidos de
respeito e de gratidão, para lhe recor
me é impôsto, para não punir em de
darmos os feitos e llie reverenciannos
masia a imprudência dos que me vie-
a memória.
22
Não é possível separar a vida pública de Roosevelt da sua personalidade hu
experiência rooseveltiana, a convicção
mana. O criadpr domina e absorve in
profunda, a energia moral do criador do
tegralmente a sua criação. Esta é ape nas uma projeção daquele, mesmo nas
suas fraquezas e enganos. A obra rooseveltiana está intensamente impregna^ de emoção e de sentimento. Não e, não foi, em qualquer momento, ape nas fruto da técnica, ou da ciência.
Nela nada é frio e rígido. Percebe-se sempre que o espírito que conduz e o
pu_so que realiza recebem inspirações
de um coração ardente, aquecido de
idealismo e de fé, exuberante de fra ternidade.
"I love a good fight"
.p governo de Roosevelt foi uma baalha sem pausa. Sempre porém, um Ideal generoso moveu o incansável lu tador. Lutou pelos fracos contra os
desempregados e pelos invíiüdos contra o egoísmo dos ricos; pela riqueza criadora, contra os que dela se utilizavam, ferindo a moralidade e o mteresse coletivo; pela democracia contra os que a desmoralizavam, reduzin
do-a a ineficiência; pela dignidade do homem contra a tirania. Nascido, e vivendo na abastança, tomou-se o arnino carmhoso dos desamparados e dos hu
mildes. Condenado à quase total para lisia, pela cruel doença que lhe provou a tempera da vontade, o intemerato batalhador só se retirou da arena, vencido
pela morte. "I leve a good fight" — disse Roosevelt, ao encetar a sua tercei
ra campanha presidencial, depois de es
A
davia, ao político francês o espirito da
volía à
nornuilidade
"A década que se seguiu à Grande Guerra, como a posterior u Guerra Civil,
a base do "american system". A opi
nião pública apoiava decisivamente a orientação republicana, sem embargo dos 5 milhões de votos, que o programa pro
"New Deal".
foi o período do conservantismo em po
O que Roosevelt desejou realizar, e o que realizou efetivamente, não pode ser
lítica e na filosofia social", dizem Mo-
gressista de La-Follete logrou alcançar na competição eleitoral contra Coolidge.
rison & Commager, na notável obra
A indústria estava fortemente ampara
analisado
sob o critério imilateral de
"The Growth of the Amerícan Repu-
da e apoiada pelo reforço de tarifas rea
um economista, à base apenas de dados
lizado em 1922; as leis anti-"tTusts"
princípios mais ou menos científicos. Sua obra é essencialmente política; é
bUc". "Época de super-produção e de super-especulação", c como Roosevelt a julgará. As avançadas roformadoras, ex pressas aliás mais em palavras do que
como grande político, como um verda
em atos, partidas de Theodore Roose
deiro homem de Estado, que ele se
conduz sempre, isto é, vendo e conside
velt, com o "Square Deal", e de Wil son, com a "New Freedom", perten
rando os problemas no seu complexo,
ciam a um passado de que o país se
era um mal, e não se punia a potenciali
como êles se apresentam na vida real,
deveria desviar definitivamente. A guer
dade do mal.
fonte de tôdas as contradições e incoe
ra abrira, como sempre, oportunidade
rências.
ao desenvolvimento industrial e à con
Sob o império desse culto da eficiên cia, a investidura na presidência de um
estatísticos, ou por um teórico à luz de
A intuição e a sensibilidade
foram as grandes armas de que se va leu; êstes atributos é que o sustentaram na luta angustiante de buscar o fim
quista de grandes fortunas, gerando
fixado, através quase sempre de cami
discreta que lhe competia; os indivíduos
nhos sinuosos e incertos.
construiriam a prosperidade própria e o progresso da nação. A característica
uma mentalidade eufórica.
orientação do Partido Republicano, con solidada sobretudo nos últimos tempos
gorosamente renovadora, havia de sus
do século XIX, SC afirmaria com o maior
citar animosidade e paixões intensas. Estas ainda não arrefeceram, de modo
vigor e convicção: "laissez faire", tarifas aduaneiras elevadas, conquista de mer
a permitir um julgamento. A experiên cia Roosevelt está posta no campo da
cados e de matérias-primas, eliminação
das leis regulamentadoras, redução de
mais acesa polêmica. O sentido de e.vpe-
impostos.
riência, que 'he é bem adequado e carac terístico, nos consente, entretanto, em preender uma tentativa, necessariamente
É o período que Harding crismou como de volta à normaHdade — "xetum
falha e defeituosa,- de síntese e de in terpretação, sem o propósito nem de
to noimalcy" — definindo nestes termos o seu ideal: "Menos govêmo nos negó cios e mais negócios no governo". A
revelações, nem de enunciar conclusões jactanciosas sôbre os seus resultados.
figura simbólica desta política é o si
Não vivemos esta experiência: assistimo-
la de longe, e por isso só a podemos
seres. É essa força interior, é essa flama
conhecer através de o^Jios alheios, nem
d'alma que engrandece a figura de Roo sevelt, e lhe projeta a obra no futuro. Sem êsse fogo transfigurador, a sua
sempre capazes de visão isenta em ma
téria que tanto turva a serenidade. Por este motivo mesmo, os fatos positivo^
ação no plano nacional se teria limitado talvez a uma experiência mofina e fa lhada, como a que ensaiou um estadista da inteligência de Leon Blum, seguindo
os elementos que me servirão neste tentame, a que me arrisco ajudado da in-
aliás o modelo americano.
duigência dos meus ouvintes.
os dados concretos, a palavra direta de
Roosevelt serão, tanto quanto possíve',
O que era
preciso era repor o govêmo na posição
Um lutador de tal porte, pondo em prática um programa de orientação vi
forços que esgotariam o mais sadio dos
Faltou, to-
23
DicESTo Econômico
Dicesto Econó.noco
f'
Sherman e Clayton passaram a ser letra morta; a Inter-State Commerce Comission e a Federal Trade Comission perde ram qualquer eficiência; e a Suprema Côrte sentenciava que a grandeza das
corporações econômicas em si mesma não
engenheiro de minas, que já triunfara na vida privada e dera testemunho de dinamismo em várias comissões oficiais, só podia ser saudada como um novo
avanço na marcha do progresso contínuo.
As grandes empresas e os poderosos grupos financeiros estendiam cada vez
mais a sua influência e os seus lenta- j culos. Hoover não tinha, porém, um temperamento apático e omisso, como o
de Coolidge. Ao seu espírito de técnico parecia que o govêmo se deveria subme ter a diretrizes científicas e a proces
sos mecânicos, para alcançar resultad^os matemàticamente favoráveis.
O gover
no não poderia ser impassível ou indife rente: cumpria-lhe empregar o seu po
der para ajudar as empiêsas e as cor porações a crescerem cada vez mais, favorecendo as alianças e os ajustes que
lencioso Coolidge, homem negativo, abs
as tomassem sempre mais fortes. Os "tmsts" se agigantaram. Em 19-9, apre-
têmio de atos e de palavras, e que su cintamente assim exprimiu a sua filo
S6nt<v*S6 novft l6i d© nurncnto d© turi£âs. A confiança e o otimismo insuflados pelo
sofia: "business of the U.S. is business". Sob o domínio desta concepção, dever-se-ia desenvolver a grande prospe ridade americana. O progresso e a ri
queza seriam o fruto do "rugged indi- vidualism", que Hoover, escolhido, em
1928, pãra a presidência indicaria como
govêmo são insensíveis às ponderações dos que pressentem os riscos da política
inflexivelmente seguida.
As crises de
1921 e 1924 de nada valeram como
advertência.
A delirante sensação de
progresso não permita sentir a decadên
cia acentuada da agricultura, em regime
22
Não é possível separar a vida pública de Roosevelt da sua personalidade hu
experiência rooseveltiana, a convicção
mana. O criadpr domina e absorve in
profunda, a energia moral do criador do
tegralmente a sua criação. Esta é ape nas uma projeção daquele, mesmo nas
suas fraquezas e enganos. A obra rooseveltiana está intensamente impregna^ de emoção e de sentimento. Não e, não foi, em qualquer momento, ape nas fruto da técnica, ou da ciência.
Nela nada é frio e rígido. Percebe-se sempre que o espírito que conduz e o
pu_so que realiza recebem inspirações
de um coração ardente, aquecido de
idealismo e de fé, exuberante de fra ternidade.
"I love a good fight"
.p governo de Roosevelt foi uma baalha sem pausa. Sempre porém, um Ideal generoso moveu o incansável lu tador. Lutou pelos fracos contra os
desempregados e pelos invíiüdos contra o egoísmo dos ricos; pela riqueza criadora, contra os que dela se utilizavam, ferindo a moralidade e o mteresse coletivo; pela democracia contra os que a desmoralizavam, reduzin
do-a a ineficiência; pela dignidade do homem contra a tirania. Nascido, e vivendo na abastança, tomou-se o arnino carmhoso dos desamparados e dos hu
mildes. Condenado à quase total para lisia, pela cruel doença que lhe provou a tempera da vontade, o intemerato batalhador só se retirou da arena, vencido
pela morte. "I leve a good fight" — disse Roosevelt, ao encetar a sua tercei
ra campanha presidencial, depois de es
A
davia, ao político francês o espirito da
volía à
nornuilidade
"A década que se seguiu à Grande Guerra, como a posterior u Guerra Civil,
a base do "american system". A opi
nião pública apoiava decisivamente a orientação republicana, sem embargo dos 5 milhões de votos, que o programa pro
"New Deal".
foi o período do conservantismo em po
O que Roosevelt desejou realizar, e o que realizou efetivamente, não pode ser
lítica e na filosofia social", dizem Mo-
gressista de La-Follete logrou alcançar na competição eleitoral contra Coolidge.
rison & Commager, na notável obra
A indústria estava fortemente ampara
analisado
sob o critério imilateral de
"The Growth of the Amerícan Repu-
da e apoiada pelo reforço de tarifas rea
um economista, à base apenas de dados
lizado em 1922; as leis anti-"tTusts"
princípios mais ou menos científicos. Sua obra é essencialmente política; é
bUc". "Época de super-produção e de super-especulação", c como Roosevelt a julgará. As avançadas roformadoras, ex pressas aliás mais em palavras do que
como grande político, como um verda
em atos, partidas de Theodore Roose
deiro homem de Estado, que ele se
conduz sempre, isto é, vendo e conside
velt, com o "Square Deal", e de Wil son, com a "New Freedom", perten
rando os problemas no seu complexo,
ciam a um passado de que o país se
era um mal, e não se punia a potenciali
como êles se apresentam na vida real,
deveria desviar definitivamente. A guer
dade do mal.
fonte de tôdas as contradições e incoe
ra abrira, como sempre, oportunidade
rências.
ao desenvolvimento industrial e à con
Sob o império desse culto da eficiên cia, a investidura na presidência de um
estatísticos, ou por um teórico à luz de
A intuição e a sensibilidade
foram as grandes armas de que se va leu; êstes atributos é que o sustentaram na luta angustiante de buscar o fim
quista de grandes fortunas, gerando
fixado, através quase sempre de cami
discreta que lhe competia; os indivíduos
nhos sinuosos e incertos.
construiriam a prosperidade própria e o progresso da nação. A característica
uma mentalidade eufórica.
orientação do Partido Republicano, con solidada sobretudo nos últimos tempos
gorosamente renovadora, havia de sus
do século XIX, SC afirmaria com o maior
citar animosidade e paixões intensas. Estas ainda não arrefeceram, de modo
vigor e convicção: "laissez faire", tarifas aduaneiras elevadas, conquista de mer
a permitir um julgamento. A experiên cia Roosevelt está posta no campo da
cados e de matérias-primas, eliminação
das leis regulamentadoras, redução de
mais acesa polêmica. O sentido de e.vpe-
impostos.
riência, que 'he é bem adequado e carac terístico, nos consente, entretanto, em preender uma tentativa, necessariamente
É o período que Harding crismou como de volta à normaHdade — "xetum
falha e defeituosa,- de síntese e de in terpretação, sem o propósito nem de
to noimalcy" — definindo nestes termos o seu ideal: "Menos govêmo nos negó cios e mais negócios no governo". A
revelações, nem de enunciar conclusões jactanciosas sôbre os seus resultados.
figura simbólica desta política é o si
Não vivemos esta experiência: assistimo-
la de longe, e por isso só a podemos
seres. É essa força interior, é essa flama
conhecer através de o^Jios alheios, nem
d'alma que engrandece a figura de Roo sevelt, e lhe projeta a obra no futuro. Sem êsse fogo transfigurador, a sua
sempre capazes de visão isenta em ma
téria que tanto turva a serenidade. Por este motivo mesmo, os fatos positivo^
ação no plano nacional se teria limitado talvez a uma experiência mofina e fa lhada, como a que ensaiou um estadista da inteligência de Leon Blum, seguindo
os elementos que me servirão neste tentame, a que me arrisco ajudado da in-
aliás o modelo americano.
duigência dos meus ouvintes.
os dados concretos, a palavra direta de
Roosevelt serão, tanto quanto possíve',
O que era
preciso era repor o govêmo na posição
Um lutador de tal porte, pondo em prática um programa de orientação vi
forços que esgotariam o mais sadio dos
Faltou, to-
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DicESTo Econômico
Dicesto Econó.noco
f'
Sherman e Clayton passaram a ser letra morta; a Inter-State Commerce Comission e a Federal Trade Comission perde ram qualquer eficiência; e a Suprema Côrte sentenciava que a grandeza das
corporações econômicas em si mesma não
engenheiro de minas, que já triunfara na vida privada e dera testemunho de dinamismo em várias comissões oficiais, só podia ser saudada como um novo
avanço na marcha do progresso contínuo.
As grandes empresas e os poderosos grupos financeiros estendiam cada vez
mais a sua influência e os seus lenta- j culos. Hoover não tinha, porém, um temperamento apático e omisso, como o
de Coolidge. Ao seu espírito de técnico parecia que o govêmo se deveria subme ter a diretrizes científicas e a proces
sos mecânicos, para alcançar resultad^os matemàticamente favoráveis.
O gover
no não poderia ser impassível ou indife rente: cumpria-lhe empregar o seu po
der para ajudar as empiêsas e as cor porações a crescerem cada vez mais, favorecendo as alianças e os ajustes que
lencioso Coolidge, homem negativo, abs
as tomassem sempre mais fortes. Os "tmsts" se agigantaram. Em 19-9, apre-
têmio de atos e de palavras, e que su cintamente assim exprimiu a sua filo
S6nt<v*S6 novft l6i d© nurncnto d© turi£âs. A confiança e o otimismo insuflados pelo
sofia: "business of the U.S. is business". Sob o domínio desta concepção, dever-se-ia desenvolver a grande prospe ridade americana. O progresso e a ri
queza seriam o fruto do "rugged indi- vidualism", que Hoover, escolhido, em
1928, pãra a presidência indicaria como
govêmo são insensíveis às ponderações dos que pressentem os riscos da política
inflexivelmente seguida.
As crises de
1921 e 1924 de nada valeram como
advertência.
A delirante sensação de
progresso não permita sentir a decadên
cia acentuada da agricultura, em regime
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Digesto Econômico
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Dicesto Econômico
ãà super-produção, forçada a comprar
Iorque, anunciando o trágico fim do
no mercado interno fortemente protegi do e sem poder vender no mercado ex
cortados; a arrecadação da receita públi
impotentes de Herbert Hoover.
jôgo aventuroso, e marcando o início
ca diminuiu de forma alarmante, obri
engenheiro, confiante nos cálculos e na
da maior crise econômica de todos os
tempos, o atordoamento e a surprêsa
gando à supressão de despesas. Nos três primeiros anos da depressão,
infalibilidade dos financistas e da técni
terno, em tômo do qual se erguiam as
barreiras a'fandegárias de represália. Os Estados Unidos, que se tinham transfor
desorientaram a grande massa dos que
mais de 5 mil bancos se fecharam. O comércio exterior se reduziu no mesmo
Êste
ca. anunciara, na sua campanha presi
dencial, que a pobreza estava prestes a ser'eliminada do pais, e que êste objetivo seria alcançado, se não se abandonasse a
mado depois da guerra em grande nação
estavam embalados pela idéia da eter nidade da "prosperity". O governo fe
credora, não recebiam as suas dívidas
deral, as autoridades do Stock Exchan
externas, porque os devedores não po
ge, os grandes magnatas como John D. Rockefeller (que, em plena queda de va lores entrou a comprar), procuraram
espaço de tempo de dois terços. Em junho de 1932, as ações valiam na bô'sa pouco mais de 1/6 do que valiam em 1929, 1/3 do que valiam em 1926. Num artigo do "New Republic" se dava
inutilmente sustentar o mercado, e deter
uma síntese da situação nesta expressão:
o nervosismo que se apoderou de milhões
"Duy América for five biUion doUars",
de possuidores de títulos. Mas erravam
indicando que, por esta soma, se po
mir a presidência de um pais funda mente golpeado, de uma "stricken na-
grosseiramente os que supunham tratarse apenas de uma crise da mesma natu reza e proporção de uma dessas crises cíclicas, que os marxistas indicam como fatais no regime capitalista. O colapso
deriam comprar tôdas as ações das com panhias americanas então cotadas na
distribuía
Bôlsa de Nova Iorque, as mesmas ações
atitude que êle explicaria, declarando
verificado era indício c'aro de um cata*-
mado em abalo sísmico.
diam pagar, em razão das dificulda
des próprias, acrescidas pela restrição de venda dos seus produtos no mercado americano; e não podendo vender, não estavam em condições, nem de pagar
nem de comprar. Os sinais aa tempestade que se apro ximava não eram perceptíveis à sensi bilidade da grande maioria, sob o fas
cínio da idéia de que se havia encon
trado o caminho do progresso sem têrmo. Os Estados Unidos, aos olhos da
clismo de proporçõe.s e de alcance irn-
massa ernbriagada pela expansão im petuosa dos negócios, se apresentavam
Erevisíveis, que ameaçava- a própria so-
"América "Nadacountry", é impossível" ha-
Obstinou-se Hoover em desconhecer a
tho Golden
yna dito Henry Ford; e o "fordísmo" dominava a Ainérica, orgulhosa de si mesma, causando a inveja e desper tando a imitação de todo o mundí.
Já nao era bastante viver o presente; era urgente antecipar o futuro para que cada vm gozasse desde logo os frutos que advmam certamente do progresso incessante. Açulou-se a mais dese^rea-
da especulação. O programa milagroso era este; comprar mais e dever mais O povo americano estava como Alice
no país das maravilhas — observou, mais tarde, Roorevelt. O desenvolvimento do "insta'ment system", ou de vendas em
prestações, propiciou à larga os meios de alcançar essa antecipação, criando ao
mesmo tempo uma situação de artificialismo e insegurança, que iria tornar es pecialmente dramática a 'derrocada que so avizinliava.
revivêpcia do sistema.
que em 1929 custariam 32 bilhões de dólares.
O "boom" se havia transfor
Envolvido na tormenta, Hoover, sem
crédito, pelo erro de suas previsões róseas, ficou inerte e vencido; e quando
agiu o fez para ensaiar medidas tímidas
realidade, fato que talvez se explique
e contrapyjducentes.
pela rigidez de seu feitío e pela inadaj>tação àe sua mentalicl.ide, formada no
tentadas pela Reconstruction Finance
Corporation foram seródias e superfi
clima do êxito, à situação de ruína e de
ciais.
As intervenções
to econômico conduzira àquela paisagem
ê!o ainda desilude os que esperavam
de ruínas e de desespêro, sob o impé
O livre e desgovernado desenvolvimen
uma intervenção enérgica do govêmo,
rio de uma lei de Malthus "à rebours",
para conjurar ou minorar a depressão; e na sua fidelidade ao dogma individua
conforme observa Bonn: "os aparellios
lista, reafirma hermèticamente que as
progressão geométrica, enquanto o con sumo crescera apenas em progressão arit mética". De 1920 a 1929, a política do
das, não pela qção legis ativa ou pela
da produção cresceram segundo uma
intervenção do executivo, mas pelo es
govêrno federal se define por estas dire
forço conjugado dos produtores e con-
trizes: redução de impostos e diminui
sumldorc;;. Em melo à hecatombe, Pan-
ção das despesas públicas, enquanto
gloss ocupava o govêmo.
crescia a renda nacional.
O quadro é bem conhecido. O colap^
período,
os
dividendos
No mesmo
aumentaram
so se acentuou em extensão e pTofui>-
muito, e os salários pouco, ou seja,
didade sem que nada o pudesse deter. Milhões de possuidcre.s ds títulos perde
acentuou-se o desequilíbrio na distribui ção da riqueza produzida.
ram as suas economias; milhares de em-
No mundo convulsionado pela crise
presas foram arrastadas à falência; as compras cairam verliginosamente; a pro
Quando, em outubro de 1929, se deu
econômica e política, que o colapso dos Estados Unidos agravara profundamen
dução foi reduzida de maneira drástica;
o oolapso dos valores na bôlsa de Nova
operários demitidos em mas.sa; salários
te, é que Franklin Roosevelt recebeu,
O colapso
desordem e sofrimento, sucumbida eco nômica e moralmente.
Franklin Roosevelt sabia que ia assu tion", na sua própria palaxTa. ilusões e
Hoover
entorpecentes
—
que o m^ico não deve anunciar ao en fermo grave o seu verdadeiro estado. A primeira atitude do novo presidente foi ao contrário dizer ao povo a verdade mde, sem atenuantes.
No mesmo mês de março de 1933
Hit'ér conquistava o noder e obtinha do
Reiohstag, no dia 24,'a famosa "lei para
combater a crise nacional", que repre sentou o suicídio da República de Weimar e a instauração da ditadura nazista.
desespêro que subitamente se criara. Na sua mensagem de 1930 ao Congresso
"feridas econômicas" deviam ser cura
política seguida desde 1920. E entre gava ao seu sucessor uma nação em
em março de 1933, o govêmo das mãos
Havia, então, na Alemanha seis milhões de desempregados; nos Estados Unidos, no clímax "da depressão, as estatísticas
registravam de treze a dezessete milhões
da sem trabalho. A crise económi(^ mundial parecia significar a irremediá vel falência do regune capitalista, que
só poderia sobreviver pela medicina de sesperada de uma ditadura totalitária. Hoover, reafirmando a sua fe no po der do indivíduafismo e do sistema ame
ricano, no ú'tinio discurso proferido na campanha eleitoral de 1932, definiu a significação da luta que se travava: "Esta campanha é mais do que uma competição entre dois homens. É mais do que uma competição entre dois par tidos. É uma competição entre duas filosofias de govêmo. Nossos adver
sários propõem mudanças e o tão falado "New Deal", que podem destruir a ver dadeira base do "americaa system.,.
LIÜIIIIV ' J- I
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Digesto Econômico
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Dicesto Econômico
ãà super-produção, forçada a comprar
Iorque, anunciando o trágico fim do
no mercado interno fortemente protegi do e sem poder vender no mercado ex
cortados; a arrecadação da receita públi
impotentes de Herbert Hoover.
jôgo aventuroso, e marcando o início
ca diminuiu de forma alarmante, obri
engenheiro, confiante nos cálculos e na
da maior crise econômica de todos os
tempos, o atordoamento e a surprêsa
gando à supressão de despesas. Nos três primeiros anos da depressão,
infalibilidade dos financistas e da técni
terno, em tômo do qual se erguiam as
barreiras a'fandegárias de represália. Os Estados Unidos, que se tinham transfor
desorientaram a grande massa dos que
mais de 5 mil bancos se fecharam. O comércio exterior se reduziu no mesmo
Êste
ca. anunciara, na sua campanha presi
dencial, que a pobreza estava prestes a ser'eliminada do pais, e que êste objetivo seria alcançado, se não se abandonasse a
mado depois da guerra em grande nação
estavam embalados pela idéia da eter nidade da "prosperity". O governo fe
credora, não recebiam as suas dívidas
deral, as autoridades do Stock Exchan
externas, porque os devedores não po
ge, os grandes magnatas como John D. Rockefeller (que, em plena queda de va lores entrou a comprar), procuraram
espaço de tempo de dois terços. Em junho de 1932, as ações valiam na bô'sa pouco mais de 1/6 do que valiam em 1929, 1/3 do que valiam em 1926. Num artigo do "New Republic" se dava
inutilmente sustentar o mercado, e deter
uma síntese da situação nesta expressão:
o nervosismo que se apoderou de milhões
"Duy América for five biUion doUars",
de possuidores de títulos. Mas erravam
indicando que, por esta soma, se po
mir a presidência de um pais funda mente golpeado, de uma "stricken na-
grosseiramente os que supunham tratarse apenas de uma crise da mesma natu reza e proporção de uma dessas crises cíclicas, que os marxistas indicam como fatais no regime capitalista. O colapso
deriam comprar tôdas as ações das com panhias americanas então cotadas na
distribuía
Bôlsa de Nova Iorque, as mesmas ações
atitude que êle explicaria, declarando
verificado era indício c'aro de um cata*-
mado em abalo sísmico.
diam pagar, em razão das dificulda
des próprias, acrescidas pela restrição de venda dos seus produtos no mercado americano; e não podendo vender, não estavam em condições, nem de pagar
nem de comprar. Os sinais aa tempestade que se apro ximava não eram perceptíveis à sensi bilidade da grande maioria, sob o fas
cínio da idéia de que se havia encon
trado o caminho do progresso sem têrmo. Os Estados Unidos, aos olhos da
clismo de proporçõe.s e de alcance irn-
massa ernbriagada pela expansão im petuosa dos negócios, se apresentavam
Erevisíveis, que ameaçava- a própria so-
"América "Nadacountry", é impossível" ha-
Obstinou-se Hoover em desconhecer a
tho Golden
yna dito Henry Ford; e o "fordísmo" dominava a Ainérica, orgulhosa de si mesma, causando a inveja e desper tando a imitação de todo o mundí.
Já nao era bastante viver o presente; era urgente antecipar o futuro para que cada vm gozasse desde logo os frutos que advmam certamente do progresso incessante. Açulou-se a mais dese^rea-
da especulação. O programa milagroso era este; comprar mais e dever mais O povo americano estava como Alice
no país das maravilhas — observou, mais tarde, Roorevelt. O desenvolvimento do "insta'ment system", ou de vendas em
prestações, propiciou à larga os meios de alcançar essa antecipação, criando ao
mesmo tempo uma situação de artificialismo e insegurança, que iria tornar es pecialmente dramática a 'derrocada que so avizinliava.
revivêpcia do sistema.
que em 1929 custariam 32 bilhões de dólares.
O "boom" se havia transfor
Envolvido na tormenta, Hoover, sem
crédito, pelo erro de suas previsões róseas, ficou inerte e vencido; e quando
agiu o fez para ensaiar medidas tímidas
realidade, fato que talvez se explique
e contrapyjducentes.
pela rigidez de seu feitío e pela inadaj>tação àe sua mentalicl.ide, formada no
tentadas pela Reconstruction Finance
Corporation foram seródias e superfi
clima do êxito, à situação de ruína e de
ciais.
As intervenções
to econômico conduzira àquela paisagem
ê!o ainda desilude os que esperavam
de ruínas e de desespêro, sob o impé
O livre e desgovernado desenvolvimen
uma intervenção enérgica do govêmo,
rio de uma lei de Malthus "à rebours",
para conjurar ou minorar a depressão; e na sua fidelidade ao dogma individua
conforme observa Bonn: "os aparellios
lista, reafirma hermèticamente que as
progressão geométrica, enquanto o con sumo crescera apenas em progressão arit mética". De 1920 a 1929, a política do
das, não pela qção legis ativa ou pela
da produção cresceram segundo uma
intervenção do executivo, mas pelo es
govêrno federal se define por estas dire
forço conjugado dos produtores e con-
trizes: redução de impostos e diminui
sumldorc;;. Em melo à hecatombe, Pan-
ção das despesas públicas, enquanto
gloss ocupava o govêmo.
crescia a renda nacional.
O quadro é bem conhecido. O colap^
período,
os
dividendos
No mesmo
aumentaram
so se acentuou em extensão e pTofui>-
muito, e os salários pouco, ou seja,
didade sem que nada o pudesse deter. Milhões de possuidcre.s ds títulos perde
acentuou-se o desequilíbrio na distribui ção da riqueza produzida.
ram as suas economias; milhares de em-
No mundo convulsionado pela crise
presas foram arrastadas à falência; as compras cairam verliginosamente; a pro
Quando, em outubro de 1929, se deu
econômica e política, que o colapso dos Estados Unidos agravara profundamen
dução foi reduzida de maneira drástica;
o oolapso dos valores na bôlsa de Nova
operários demitidos em mas.sa; salários
te, é que Franklin Roosevelt recebeu,
O colapso
desordem e sofrimento, sucumbida eco nômica e moralmente.
Franklin Roosevelt sabia que ia assu tion", na sua própria palaxTa. ilusões e
Hoover
entorpecentes
—
que o m^ico não deve anunciar ao en fermo grave o seu verdadeiro estado. A primeira atitude do novo presidente foi ao contrário dizer ao povo a verdade mde, sem atenuantes.
No mesmo mês de março de 1933
Hit'ér conquistava o noder e obtinha do
Reiohstag, no dia 24,'a famosa "lei para
combater a crise nacional", que repre sentou o suicídio da República de Weimar e a instauração da ditadura nazista.
desespêro que subitamente se criara. Na sua mensagem de 1930 ao Congresso
"feridas econômicas" deviam ser cura
política seguida desde 1920. E entre gava ao seu sucessor uma nação em
em março de 1933, o govêmo das mãos
Havia, então, na Alemanha seis milhões de desempregados; nos Estados Unidos, no clímax "da depressão, as estatísticas
registravam de treze a dezessete milhões
da sem trabalho. A crise económi(^ mundial parecia significar a irremediá vel falência do regune capitalista, que
só poderia sobreviver pela medicina de sesperada de uma ditadura totalitária. Hoover, reafirmando a sua fe no po der do indivíduafismo e do sistema ame
ricano, no ú'tinio discurso proferido na campanha eleitoral de 1932, definiu a significação da luta que se travava: "Esta campanha é mais do que uma competição entre dois homens. É mais do que uma competição entre dois par tidos. É uma competição entre duas filosofias de govêmo. Nossos adver
sários propõem mudanças e o tão falado "New Deal", que podem destruir a ver dadeira base do "americaa system.,.
27
Digesto ECONÓ^UCO 26
Dicesto EcoNÓAnco
Os eleitores não podem entregar a dire
tratar como matcria-prima necessária às
ção do governo sôbre a vida-diária do
suas indústrias as vidas de metade da
povo sem de alguma forma fazê-lo se nhor das almas e dos pensamentos do
fazer "chair a canon" das suas indús
povo".
Defesa do homem esquecido As intenções de Roosevelt se enuncia ram com nitidez e dureza atráves de
seus discursos, proferidos na ardorosa csimpanha eleitoral. A plataforma do Partido Democrático, apresentando-se ao pleito em 1932, era igualmente clara. Prometia, entre outras, as seguintes me didas fundamentais: solução ao desemprêgo» legislação de trabalho, .seguro para a desocupação e a velhice, restau
ração da agricultura, regulamentação federa^, das "holding", conservação e aproveitamento das riquezas naturais no interesse coletivo, acordos comerciais
internacionais, economias e equilíbrio
população do.s Estados Unidos, e delas trias". E proclama a necessidade de que "a declaração dos direitos políticos do cidadão seja completada por unia declaração dos direitos econômicos — uma constituição econômica". Acusa
Roosevelt com
veemência os
canas.
10 milhões de pequenas em-
prê.sas partilham entro si o restante. Se a concentração continua a desenvolverse
na
mesma
cadência, a
indústria
americana será, no fim dêste século, go
vernada por uma dúzia de sociedades e
outros.
uma o'igarquia econômica, se já não a
dualismo americano a sua razão de ser,
alcançámos".
Contra a opressão dessas fôrças des medidas reivindicava Roosevelt os di
fas aduaneiras e pelas subvenções. E deixa claro que a sua orientação será
mem tem o direito de vivér, isto é, o
diversa senão oposta:
"Na nossa opi
de negócios. Mas como c'e o fez, de vemos compreender as razões de sua intervenção.
Elas não se fundam na
doutrina que sempre foi oposta a essa espécie de intervenções; mas se jus
tificam pelos apelos reiterados e pre
orçamentário.
reitos do homem comum:
"Todo ho
direito de se proporcionar uma vida agradável. .. Cada homem tem, além disto, direito sôbre o que êle possui in dividualmente, ou em outros termos, o
direito do exigir que se lhe garanta, na
mais larga medida, a segurança dos seus ganhos. ..
Governar é manter as
balança.s da justiça iguais para todos". As críticas veementes às tarifas al
mentes das empresas privadas. Estas Roosevelt lançava um arrojado plano não ce.ssaram de pedir ao govêmo que de govêmo em proteção e socorro dos lhes pusessem ao serviço todos os meios humi.des, dos fracos, dos pobres, do do assistência de que dispõe. O mes homem esquecido, do "forgotten man". mo homem que declara hoje não querer
fandegárias cada vez mais altas, aos
a intervenção do governo roi o primeiro
nos discursos proferidos cjii todos os
E este o sentido sincero do "New Deal"
cuja essencia ele definiu como "uma concepção nova dos deveres e das res
ponsabilidades do govêmo no terreno economico .
Ao seu ver não era possível, naquela emergencia, insistir no regime dos "do
nothing governments", das administra
ções contemplativas. Um tôrço da po
pulação dos Estados Unidos fora siibi-
tamente lançada às privações, enquanto o poder desgovernado das imensas cor porações privadas, detendo as alavancas de comando da riqueza pública, esma gava a massa do povo desprotegido. E a voz do adversário de Hoover se eleva
a pedir-lhe a imposição de direitos proi
bitivos sobre produtos similares àquêles que êle fanrica.
Quando as cxiisas
não correrem bem — como em 1930 —
êle irá com presteza solicitar um em préstimo do govêmo. Foi assim que nasceu a "Reconstruction Finance Cor-
poration".
Cada grupo, para proteger
os seus interê.sses pessoais, solicitou o apoio do govêmo, sem ter em conta que o papel deste não deve ser o de am parar um grupo, mas o de defender os
direitos individuais e os direitos de pro priedade de todos os cidadãos". Relativamente, aos "trusts" e às "hol
para lembrar que um sistema de govêrno deve ter em vista, antes de tudo, o bem dos indivíduos: "Creio que o
ding", contra os "malfeitores da ri queza", relembrando as campanhas de
indivíduo deve ter plena liberdade de
mula Roosevelt os libelos mais impla
se elevar o mais possível; mas não creio
cáveis:
que, em nome do sagrado individualis
dominada por 600 grandes unidades, governando 2/3 das indústrias ameri
mo, seja permitido a alguns particulares
Theodore Roosevelt e de Wilson, for "A nossa vida econômica está
lação pelos manipuladores financeiros, de amparar o poder ilícito daqueles . q^ue jogam com o bem e a propriedade dos
dirigida por uma centena de homens apenas. Em suma, marchamos para
governos de haverem intervindo, no pe ríodo de expansão, somente pelas tari
nião, o governo não se deve ocupar
garantir a iníc^tíva, a vida, o direito ao trabalho, a segurança dos que econo mizara, em lugar de proteger a manipu
abusos das companhias de ser\'iços pú blicos, aos escândalos das "holding", às
especulações desonestas assinalam, atra
Devemos voltar aos princípios
de outrora; devemos restituir ao indivi isto é, igualdade de oportunidade para todos, negando a qualquer um o direito de e.vplorar os outros. Eu proponho um
conjunto ordenado, claro e preciso de remédios básicos.
Êles protegerão a-
grande massa dos americanos médios, que — não tenho vergonha de repetir — foram esauecidos pelos governantes. Es sas medidas, como a minha teoria sôbre a orientação do govêmo, são fundadas sobre isto: "dizer a verdade".
Todas as providências preconizadas
por Roosevelt visavam a um objetivo fi nal: estabelecer o equilíbrio econômico para assegurar a estabilidade e a ordem
social. Num dos seus últimos discursos, antes das eleições, voha a apelar para
a compreensão dos ricos, nestes termos:
"Quando o rendimento de um grupo da população se toma desproporcionado, a pontos do território americano, os alvos ponto de matar o poder de compra de vés das palavras ardentes de Roosevelt,
da ação renovadora do govérno a inau
gurar-se. Replica nestes termos aos que alertavam a opinião contra o sentido revolucionário do seu programa:
"Eu
um outro, o equílibrio económic-o está
rompido. Incumbe ao govêmo empre
gar as medidas apropriadas para dar remédio a um tal estado de coisas".••
creio no caráter sagrado da propriedade
"Os homens de negócios devem pensar
privada, o que quer dizer que esta pro priedade não pode ser sujeita à mani pulação desumana dos jogadores pro
ção nacional que êles preencnem. Ca^
menos nos seus lucros do que na fun
unidade deve considerar-se como parte
fissionais da bolsa, ou dos conselhos de
integrante de um todo: unia peça e
administração.
um mecanismo". .
Eu faço minha a cen
sura geral contra a regulamentação; eu a reprovo, não somente quando ela é exercida por um grupo sem mandato,
pretendendo o govêmo econômico dos Estados Unidos, mas também quando
ela é praticada pelo próprio governo dos Estados Unidos. Eu creio que o govér
no, sem cair nos excessos de uma buro cracia inquisitorial, pode agir, controlar, contrabalançar esta oligarquia, a fim de
Apoio da opinião pública Para exercer o govêmo, de acordo com
êste programa, "não em proveito de al guns, mas em benefício da massa", cer ca de vinte e três milhões de votos, em
1932, asseguraram o poder a Roosevelt, contra menos de 16 milhões dados ao
seu adversário, presidente da República
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Digesto ECONÓ^UCO 26
Dicesto EcoNÓAnco
Os eleitores não podem entregar a dire
tratar como matcria-prima necessária às
ção do governo sôbre a vida-diária do
suas indústrias as vidas de metade da
povo sem de alguma forma fazê-lo se nhor das almas e dos pensamentos do
fazer "chair a canon" das suas indús
povo".
Defesa do homem esquecido As intenções de Roosevelt se enuncia ram com nitidez e dureza atráves de
seus discursos, proferidos na ardorosa csimpanha eleitoral. A plataforma do Partido Democrático, apresentando-se ao pleito em 1932, era igualmente clara. Prometia, entre outras, as seguintes me didas fundamentais: solução ao desemprêgo» legislação de trabalho, .seguro para a desocupação e a velhice, restau
ração da agricultura, regulamentação federa^, das "holding", conservação e aproveitamento das riquezas naturais no interesse coletivo, acordos comerciais
internacionais, economias e equilíbrio
população do.s Estados Unidos, e delas trias". E proclama a necessidade de que "a declaração dos direitos políticos do cidadão seja completada por unia declaração dos direitos econômicos — uma constituição econômica". Acusa
Roosevelt com
veemência os
canas.
10 milhões de pequenas em-
prê.sas partilham entro si o restante. Se a concentração continua a desenvolverse
na
mesma
cadência, a
indústria
americana será, no fim dêste século, go
vernada por uma dúzia de sociedades e
outros.
uma o'igarquia econômica, se já não a
dualismo americano a sua razão de ser,
alcançámos".
Contra a opressão dessas fôrças des medidas reivindicava Roosevelt os di
fas aduaneiras e pelas subvenções. E deixa claro que a sua orientação será
mem tem o direito de vivér, isto é, o
diversa senão oposta:
"Na nossa opi
de negócios. Mas como c'e o fez, de vemos compreender as razões de sua intervenção.
Elas não se fundam na
doutrina que sempre foi oposta a essa espécie de intervenções; mas se jus
tificam pelos apelos reiterados e pre
orçamentário.
reitos do homem comum:
"Todo ho
direito de se proporcionar uma vida agradável. .. Cada homem tem, além disto, direito sôbre o que êle possui in dividualmente, ou em outros termos, o
direito do exigir que se lhe garanta, na
mais larga medida, a segurança dos seus ganhos. ..
Governar é manter as
balança.s da justiça iguais para todos". As críticas veementes às tarifas al
mentes das empresas privadas. Estas Roosevelt lançava um arrojado plano não ce.ssaram de pedir ao govêmo que de govêmo em proteção e socorro dos lhes pusessem ao serviço todos os meios humi.des, dos fracos, dos pobres, do do assistência de que dispõe. O mes homem esquecido, do "forgotten man". mo homem que declara hoje não querer
fandegárias cada vez mais altas, aos
a intervenção do governo roi o primeiro
nos discursos proferidos cjii todos os
E este o sentido sincero do "New Deal"
cuja essencia ele definiu como "uma concepção nova dos deveres e das res
ponsabilidades do govêmo no terreno economico .
Ao seu ver não era possível, naquela emergencia, insistir no regime dos "do
nothing governments", das administra
ções contemplativas. Um tôrço da po
pulação dos Estados Unidos fora siibi-
tamente lançada às privações, enquanto o poder desgovernado das imensas cor porações privadas, detendo as alavancas de comando da riqueza pública, esma gava a massa do povo desprotegido. E a voz do adversário de Hoover se eleva
a pedir-lhe a imposição de direitos proi
bitivos sobre produtos similares àquêles que êle fanrica.
Quando as cxiisas
não correrem bem — como em 1930 —
êle irá com presteza solicitar um em préstimo do govêmo. Foi assim que nasceu a "Reconstruction Finance Cor-
poration".
Cada grupo, para proteger
os seus interê.sses pessoais, solicitou o apoio do govêmo, sem ter em conta que o papel deste não deve ser o de am parar um grupo, mas o de defender os
direitos individuais e os direitos de pro priedade de todos os cidadãos". Relativamente, aos "trusts" e às "hol
para lembrar que um sistema de govêrno deve ter em vista, antes de tudo, o bem dos indivíduos: "Creio que o
ding", contra os "malfeitores da ri queza", relembrando as campanhas de
indivíduo deve ter plena liberdade de
mula Roosevelt os libelos mais impla
se elevar o mais possível; mas não creio
cáveis:
que, em nome do sagrado individualis
dominada por 600 grandes unidades, governando 2/3 das indústrias ameri
mo, seja permitido a alguns particulares
Theodore Roosevelt e de Wilson, for "A nossa vida econômica está
lação pelos manipuladores financeiros, de amparar o poder ilícito daqueles . q^ue jogam com o bem e a propriedade dos
dirigida por uma centena de homens apenas. Em suma, marchamos para
governos de haverem intervindo, no pe ríodo de expansão, somente pelas tari
nião, o governo não se deve ocupar
garantir a iníc^tíva, a vida, o direito ao trabalho, a segurança dos que econo mizara, em lugar de proteger a manipu
abusos das companhias de ser\'iços pú blicos, aos escândalos das "holding", às
especulações desonestas assinalam, atra
Devemos voltar aos princípios
de outrora; devemos restituir ao indivi isto é, igualdade de oportunidade para todos, negando a qualquer um o direito de e.vplorar os outros. Eu proponho um
conjunto ordenado, claro e preciso de remédios básicos.
Êles protegerão a-
grande massa dos americanos médios, que — não tenho vergonha de repetir — foram esauecidos pelos governantes. Es sas medidas, como a minha teoria sôbre a orientação do govêmo, são fundadas sobre isto: "dizer a verdade".
Todas as providências preconizadas
por Roosevelt visavam a um objetivo fi nal: estabelecer o equilíbrio econômico para assegurar a estabilidade e a ordem
social. Num dos seus últimos discursos, antes das eleições, voha a apelar para
a compreensão dos ricos, nestes termos:
"Quando o rendimento de um grupo da população se toma desproporcionado, a pontos do território americano, os alvos ponto de matar o poder de compra de vés das palavras ardentes de Roosevelt,
da ação renovadora do govérno a inau
gurar-se. Replica nestes termos aos que alertavam a opinião contra o sentido revolucionário do seu programa:
"Eu
um outro, o equílibrio económic-o está
rompido. Incumbe ao govêmo empre
gar as medidas apropriadas para dar remédio a um tal estado de coisas".••
creio no caráter sagrado da propriedade
"Os homens de negócios devem pensar
privada, o que quer dizer que esta pro priedade não pode ser sujeita à mani pulação desumana dos jogadores pro
ção nacional que êles preencnem. Ca^
menos nos seus lucros do que na fun
unidade deve considerar-se como parte
fissionais da bolsa, ou dos conselhos de
integrante de um todo: unia peça e
administração.
um mecanismo". .
Eu faço minha a cen
sura geral contra a regulamentação; eu a reprovo, não somente quando ela é exercida por um grupo sem mandato,
pretendendo o govêmo econômico dos Estados Unidos, mas também quando
ela é praticada pelo próprio governo dos Estados Unidos. Eu creio que o govér
no, sem cair nos excessos de uma buro cracia inquisitorial, pode agir, controlar, contrabalançar esta oligarquia, a fim de
Apoio da opinião pública Para exercer o govêmo, de acordo com
êste programa, "não em proveito de al guns, mas em benefício da massa", cer ca de vinte e três milhões de votos, em
1932, asseguraram o poder a Roosevelt, contra menos de 16 milhões dados ao
seu adversário, presidente da República
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Digesto EcoNÓNOca
em exercício, que só logrou vitória em seis Estados da União, enquanto o refor
so o único instrumento que me restará
mador do "New
deres executivos para sustentar a guerra contra a crise, poderes tão amplos
Deal" venceu
nos
outros quarenta e dois. O resultado do
pleito, fruto da emoção nacional pro vocada pela estupenda campanha de Roosevelt, indicava inequivocamente que o país queria experimentar novos mé
todos e percorrer
novos caminhos.
Triunfara estrondosamente o candidato
que despertara na nação deprimida a esperança de salvação, e lhe conquistara assim a confiança. As classes mais mo
destas foram fator preponderante na de cisão das umas.
Roosevelt assume o governo como
ãuem se investe no comando supremo o uma batalha ciclópica. No seu dis
curso de posse, no "inaugural adress",
para enfrentar a .situação — largos poquanto os que me poderiam ser dados
se o país houvesse sido invadido por um inimigo externo"...
O derradeiro período do dramático discurso 6 de fé na democracia e no futuro: "Conservemos a fé na demo
cracia. O povo dos Estados Unidos não falhou. O povo dos Estados Uni
dos reclamou direção e disciplina sob um comando.
Êle me fez o instru
mento aluai dos seus desígnios. Que Deus me dê a Sua benção e proteja cada um de vós. Que Êle seja meu guia nos dias vindouros".
'^his nation ask for action, and acfáoD
29
t)icKsTO Econômico
gresso votou, umas após outras, uma
série de medidas de emergência para conjurar o colapso do sistema bancario, deter a especulação e restabelecer a con
fiança. A Emergcncy Ranking Law dis pôs sôbre a reabertura dos bancos solváveis e regulou a liquidação dos demais. Roosevelt logo após propôs uma redu ção drástica nas despesas federais e
nas pensões dos veteranos de guerra. Os cortes nos salários atingiram a mais de
vencida pelos "deficits" crescentes. No mês seguinte, na esteira do exem
plo de 17 outros países, a Inglaterra à frente, os Estados Unidos tomariam
da dc um instante, se entrega, de cor
tratos do governo e privados. O obje
rasgadamente..." "Somente um insen-
sato otimista poderia negar a sombria
realidade da situação".
Os condutores
que talhamm são impiedosamente jul gados. "Eles não tiveram visão", diz
o novo presidente, "e quando não há visao o povo perece". Roosevelt reafir
ma, porem, a sua confiança no sistema
de governo e na Constituição, "tão sim
ples e tão prática que permite sempre
fazer face as necessidades extraordiná rias, imprimindo-lhe mudanças radicais que, contudo, não lhe alteram a essên cia". E nas pa'avras finais adverte, gravemente; "E de se esperar que o jogo normal da autoridade do executi
vo e do legislativo seja adequado a fazer
face à tarefa sem precedentes que de frontamos. É, porém, possível que a extraordinária necessidade de ação ime
Sosto para salvar o país do desespêro e a convulsão.
O programa a ser executado não é
o de demolir apenas. Somente o que é imprestável deve ser removido.
A
filosofia renovadora de Roosevelt é pru dente, e está expressa nestes termos: "A
dono do padrão ouro, completada pelo cancelamento da cláusula ouro nos con
plicam à medida que ela cresce. Os radicais dizem: abateí-a.
Os conserva
dores: não n'a toqueis. Nós liberais
procuramos os meios de salvar o velho tronco e os ramos novos".
"Tempos do Apocalipse" — denomina Kirklancl os primeiros meses da adminis
tração que se inaugura. A ação se de senvolve em desordem, tumulfuàriamen-
te em meio ao pânico e à angústia, co-: mo se se tratasse de .salvar um imenso
diata reclame o abandono temporário do
barco em submersão rápida. O primei
processo ordinário de governo". Estou decidido, em virtude do meu dever
ro decreto de Roosevelt estabeleceu pela primeira vez na história americana um
constitucional, a recomendar as medidas
feriado bancário
que uma nação golpeada em meio a um
mundo golpeado possa exigir". E positi
tempo que embargava a exportação de ouro e prata. Reunido, em. sessão espe
vamente declara; "Pedirei ao Congres
cial, em 9 de março de 1933, o Con
nacional, ao mesmo
A necessidade imperiosa do contro
le rigoroso do crédito ditou o GlassSteagall Ranking Act, de 16 de junho do mesmo ano, considerado o ato mais
didas saneadoras, um segi^ para os
depósitos bancários até um limite fLxado. Para coibir os abusos, assegurar a mo
ralidade, restabelecer a confiança nas inversões e na venda dos títulos das so
ciedades ao público, para impedir, en
fim a repetição dos escândalos verifi cados no jogo da Bôlsa de 1929, Roose
velt obteve, em maio de 1933, do Coi^ trresso a lei que se tomou conhecida sob tivo deliberado da legislação financeira o nome Tmüi in Securities Act, e cuja era aumentar os preços e permitir a aplicação se ia aperfeiçoar em ]unho de concorrência nos mercados externos. 1934, com a criação da Securities_ and Logo em seguida, pelo Farm Relief e Exchange Comission, destinada, não só InHaction Act o presidente foi autori
zado a emitir 3 bilhões de dólares, ou
a reduzir o valor do dólar até 50%.
civilização é uma árvore cujos galhos mortos e ramos apodrecidos se multi
tra a fome de crédito existente.
1913: estabeleceu-se, entre outras me
Era a execução do com
"Èste é o momento de dizer a
po e alma, à execução do programa pro-
um bilhão de dólares, o que bem mos
mentos a 25%.
promisso do equilíbrio orçamentário, ten tativa aliás vã, e que seria mais tarde
as afirmações de confiança e coraverdade, toda a verdade, francamente,
entidade mais de 300 mil empréstimos foram concedidos, somando mais de
importante relativo ao sistema bancár:of desde o Federal Reserve Act de
now". E para corresponder à urgên cia que exprimira, Roosevelt, sem per
com
cadas; e dentro de um ano só por esta
15%, e nos encargo.s de certos departa
outra medida fundamental — o aban
as notas patéticas se altemam
prietários de casas residenciais hipote
à fiscalização da emissão e da vend^ dos II
vil. V...—
- ---
títulos das empresas privadas, Çomo a
torríár efetiva a responsabilidade dos administradores.
Ação impetuosa
Em janeiro de 1934, depois da con ferência econômica de Londres, verifb
cando a ineficácia das providências já tomadas, Roosevelt efetivou a desvalo rização do dólar, de mais de 40%, crian
O governo agia com decisão, sofregamente. Tudo era inadiável. Era pre ciso providenciar sem a mínima demora. Porque o problema fundamental era es te: reanimar e .sustentar a confiança per
do um fundo de estabilização da moe
dida. O agudo senso político de Roo
da, com os dois bilhões de dólares, de que o Tesouro se beneficiara na ope ração. Entrou-se, na mesma linha de ação, a facilitar a juros baixos o cré dito à agricultura, ao comércio e à in
biente psicológico favorável ao esforço
dústria, através, dos órgãos já instau rados na administração Hoover ~ a Reconstruction Finance Corporation e
a Federal Farm Credit Administration.
Em junho de 1933, restabeleceu-se a
Home Owners Lpan
Corporation
para suprir recursos a pequenos pro-
sevelt compreendia que era imprescin dível, naquela circunstancia, cnar o am
de reerguimento. Qualquer pausa, ou
perplexidade, poderia pôr a perder todo o plano elaborado. Se se destruísse a fé, nas primeir;is horas, se o arrojo go vernamental não revitalizasse diariamen te a expectativa do povo, tudo estaria perdido. A preocupação não era acer tar sempre; era não interromper a luta um minuto sequer.
28
Digesto EcoNÓNOca
em exercício, que só logrou vitória em seis Estados da União, enquanto o refor
so o único instrumento que me restará
mador do "New
deres executivos para sustentar a guerra contra a crise, poderes tão amplos
Deal" venceu
nos
outros quarenta e dois. O resultado do
pleito, fruto da emoção nacional pro vocada pela estupenda campanha de Roosevelt, indicava inequivocamente que o país queria experimentar novos mé
todos e percorrer
novos caminhos.
Triunfara estrondosamente o candidato
que despertara na nação deprimida a esperança de salvação, e lhe conquistara assim a confiança. As classes mais mo
destas foram fator preponderante na de cisão das umas.
Roosevelt assume o governo como
ãuem se investe no comando supremo o uma batalha ciclópica. No seu dis
curso de posse, no "inaugural adress",
para enfrentar a .situação — largos poquanto os que me poderiam ser dados
se o país houvesse sido invadido por um inimigo externo"...
O derradeiro período do dramático discurso 6 de fé na democracia e no futuro: "Conservemos a fé na demo
cracia. O povo dos Estados Unidos não falhou. O povo dos Estados Uni
dos reclamou direção e disciplina sob um comando.
Êle me fez o instru
mento aluai dos seus desígnios. Que Deus me dê a Sua benção e proteja cada um de vós. Que Êle seja meu guia nos dias vindouros".
'^his nation ask for action, and acfáoD
29
t)icKsTO Econômico
gresso votou, umas após outras, uma
série de medidas de emergência para conjurar o colapso do sistema bancario, deter a especulação e restabelecer a con
fiança. A Emergcncy Ranking Law dis pôs sôbre a reabertura dos bancos solváveis e regulou a liquidação dos demais. Roosevelt logo após propôs uma redu ção drástica nas despesas federais e
nas pensões dos veteranos de guerra. Os cortes nos salários atingiram a mais de
vencida pelos "deficits" crescentes. No mês seguinte, na esteira do exem
plo de 17 outros países, a Inglaterra à frente, os Estados Unidos tomariam
da dc um instante, se entrega, de cor
tratos do governo e privados. O obje
rasgadamente..." "Somente um insen-
sato otimista poderia negar a sombria
realidade da situação".
Os condutores
que talhamm são impiedosamente jul gados. "Eles não tiveram visão", diz
o novo presidente, "e quando não há visao o povo perece". Roosevelt reafir
ma, porem, a sua confiança no sistema
de governo e na Constituição, "tão sim
ples e tão prática que permite sempre
fazer face as necessidades extraordiná rias, imprimindo-lhe mudanças radicais que, contudo, não lhe alteram a essên cia". E nas pa'avras finais adverte, gravemente; "E de se esperar que o jogo normal da autoridade do executi
vo e do legislativo seja adequado a fazer
face à tarefa sem precedentes que de frontamos. É, porém, possível que a extraordinária necessidade de ação ime
Sosto para salvar o país do desespêro e a convulsão.
O programa a ser executado não é
o de demolir apenas. Somente o que é imprestável deve ser removido.
A
filosofia renovadora de Roosevelt é pru dente, e está expressa nestes termos: "A
dono do padrão ouro, completada pelo cancelamento da cláusula ouro nos con
plicam à medida que ela cresce. Os radicais dizem: abateí-a.
Os conserva
dores: não n'a toqueis. Nós liberais
procuramos os meios de salvar o velho tronco e os ramos novos".
"Tempos do Apocalipse" — denomina Kirklancl os primeiros meses da adminis
tração que se inaugura. A ação se de senvolve em desordem, tumulfuàriamen-
te em meio ao pânico e à angústia, co-: mo se se tratasse de .salvar um imenso
diata reclame o abandono temporário do
barco em submersão rápida. O primei
processo ordinário de governo". Estou decidido, em virtude do meu dever
ro decreto de Roosevelt estabeleceu pela primeira vez na história americana um
constitucional, a recomendar as medidas
feriado bancário
que uma nação golpeada em meio a um
mundo golpeado possa exigir". E positi
tempo que embargava a exportação de ouro e prata. Reunido, em. sessão espe
vamente declara; "Pedirei ao Congres
cial, em 9 de março de 1933, o Con
nacional, ao mesmo
A necessidade imperiosa do contro
le rigoroso do crédito ditou o GlassSteagall Ranking Act, de 16 de junho do mesmo ano, considerado o ato mais
didas saneadoras, um segi^ para os
depósitos bancários até um limite fLxado. Para coibir os abusos, assegurar a mo
ralidade, restabelecer a confiança nas inversões e na venda dos títulos das so
ciedades ao público, para impedir, en
fim a repetição dos escândalos verifi cados no jogo da Bôlsa de 1929, Roose
velt obteve, em maio de 1933, do Coi^ trresso a lei que se tomou conhecida sob tivo deliberado da legislação financeira o nome Tmüi in Securities Act, e cuja era aumentar os preços e permitir a aplicação se ia aperfeiçoar em ]unho de concorrência nos mercados externos. 1934, com a criação da Securities_ and Logo em seguida, pelo Farm Relief e Exchange Comission, destinada, não só InHaction Act o presidente foi autori
zado a emitir 3 bilhões de dólares, ou
a reduzir o valor do dólar até 50%.
civilização é uma árvore cujos galhos mortos e ramos apodrecidos se multi
tra a fome de crédito existente.
1913: estabeleceu-se, entre outras me
Era a execução do com
"Èste é o momento de dizer a
po e alma, à execução do programa pro-
um bilhão de dólares, o que bem mos
mentos a 25%.
promisso do equilíbrio orçamentário, ten tativa aliás vã, e que seria mais tarde
as afirmações de confiança e coraverdade, toda a verdade, francamente,
entidade mais de 300 mil empréstimos foram concedidos, somando mais de
importante relativo ao sistema bancár:of desde o Federal Reserve Act de
now". E para corresponder à urgên cia que exprimira, Roosevelt, sem per
com
cadas; e dentro de um ano só por esta
15%, e nos encargo.s de certos departa
outra medida fundamental — o aban
as notas patéticas se altemam
prietários de casas residenciais hipote
à fiscalização da emissão e da vend^ dos II
vil. V...—
- ---
títulos das empresas privadas, Çomo a
torríár efetiva a responsabilidade dos administradores.
Ação impetuosa
Em janeiro de 1934, depois da con ferência econômica de Londres, verifb
cando a ineficácia das providências já tomadas, Roosevelt efetivou a desvalo rização do dólar, de mais de 40%, crian
O governo agia com decisão, sofregamente. Tudo era inadiável. Era pre ciso providenciar sem a mínima demora. Porque o problema fundamental era es te: reanimar e .sustentar a confiança per
do um fundo de estabilização da moe
dida. O agudo senso político de Roo
da, com os dois bilhões de dólares, de que o Tesouro se beneficiara na ope ração. Entrou-se, na mesma linha de ação, a facilitar a juros baixos o cré dito à agricultura, ao comércio e à in
biente psicológico favorável ao esforço
dústria, através, dos órgãos já instau rados na administração Hoover ~ a Reconstruction Finance Corporation e
a Federal Farm Credit Administration.
Em junho de 1933, restabeleceu-se a
Home Owners Lpan
Corporation
para suprir recursos a pequenos pro-
sevelt compreendia que era imprescin dível, naquela circunstancia, cnar o am
de reerguimento. Qualquer pausa, ou
perplexidade, poderia pôr a perder todo o plano elaborado. Se se destruísse a fé, nas primeir;is horas, se o arrojo go vernamental não revitalizasse diariamen te a expectativa do povo, tudo estaria perdido. A preocupação não era acer tar sempre; era não interromper a luta um minuto sequer.
m 30
DigESTO EC0NÓMlCk>
Nada era, porém, tão urgente como Com
os dependentes, a massa forçada à ocio sidade somava trinta milhões, ou mais,
rendimento benéfico. Atenderam a êsse
mento. O
objetivo os dois atos que constituem o arcabouço do "Ncw Deal": o National
sem^ nenhuma capacidade de consumo. E aí estava um fator temível de desor-
;
dem e desequilíbrio. Na legislação norte-americana, como
é sabido, os sem trabalho não podiam contar, até então, com outros recursos
que os da caridade privada ou a dos
governos locais, cujos tesouros estavam exaustos. Sempre repugnou à mentali dade americana o sistema inglês do "dole".
Para resolver o problema, Roosevelt
concebeu a execução de um imenso pro grama de obras pública.s, financiadas pela União. As agências administrativas incumbidas de superintender os trabalhos projetados se multiplicaram e se sucederam rapidamente: Civilian Conservation
gigantesco
programa
de
obras se realizava ou sob a direção do departamento federai, ou através das autoridades estaduais ou locais.
As medidas fundamentais
Os objetivos da administração eram eWdentos: dar emprêgo aos .sem traba
lho, restabelecendo a capacidade aqui sitiva de milhões de seres sem valor eco
nômico, e incapazes por isto de ajudar
lares a serem empregados em assistên cia aos necessitados e em trabalhos de
emergencia nos Estados, e que no de
; j '
sempenho desta missão, rapidamente despendeu mais de 3 bilhões de dóla res; a Civil Wofks Administration; a Natíonal Youth Administration, para auxíJio aos jovens estudantes; a Federal House Administration, para financiar a construção de casas particulares.
A grande "agência" diretora das obras
Íjúblicas, com caráter permanente, e que ogrou dar certa unidade e sistema ao trabalho das outras menores, foi a Wcrks
Progress Administration, à qual o Con-
Ao solicitar ao Congresso a lei de
regulamentações da atividade industrial, identificada pela.s iniciais N. I. R; A., o
presidente lhe definiu o objetivo assim: "criar uma maquinaria necessária para um grande movimento cooperativo que
mular os negócios, lançando bilhões de do.ares em circulação; empreender reformas_ necessárias que os governos lo
trabalho semanal, a pagar um salário
obter um amplo reemprego, a reduzir o decente por uma semana mais curta, e
a impedir a concorrência desleal e a de
Pôsto em prática por entre o frenesi e o tumulto, resultantes das condições
sastrosa super-produção".
se ressentiu de talhas inevitáveis, e me
periência arrojada, e segundo o próprio presidente, a lei "mais importante e de
do momento, o plano de obras públicas receu justas^ críticas dos que lhe apon
se considere que em 3 anos nêle se apli caram perto de 9 bilhões de dólares, ci-
ira que, observa um autor, é apenas um
terço do custo para os E.stados Ünidos da primeira guerra mundial; e Roosevei't
anunciara no seu discurso de posse que se^ ia empenhar numa guerra. Os prejuizo.s e os perigos que representavam os milhões de ociosos forçados justifica-
Vi.sando a regular a atividade de tôda a indústria, a N. I. R. A. eva uma ex
maior alcance promulgada até então pe
lo Congresso Americano". A situação que a ditou era de tal ordem que não
tantes da secção sétima da N. I. R. A.,
Eermitindo o contrato coletivo de traalho e a liberdade ao empregado de filiação aos sindicatos. Pode-se conceber a tarefa ciclópica
que representava a regulamentação pro jetada, c da qual se incumbia o famoso general Johnson, presidente da N. R. A.. O sistema abrangia as grandes e as peouenas empresas. A variedade de con dições das diversas organizações espa
lhadas por um país tão vasto e desigual criava problemas tormentosos. Passa dos os primeiros meses de otimisnío, a confusão se generaUzou; e a resistência \'eio terrível. Cêrca de 2 milhões de
empregadores haviam assinado os ajuste.s, e cêrca de 23 milhões de trabalha dores estavam sob a proteção dos códifms. Milhões de desempregados ha viam sido reabsorvidos no trabalho. Mas
a.s queixas se multiplicavam. Suspendenao a vigência da legislação anti-
"trust", e objetivando combater o mo
nopólio, a política da N. R. A., pelo seu alcance indiscriminado, passou a dar
houve inicialmente grande oposição, em bora o seu evidente caráter subversivo, à luz do "american system". Todos
formas introduzidas não tiveram força
A vigência da lei se estabeleceu pelo prazo de dois anos; e a aplicação dos
e'evação de preços, mau grado os ape los de Roosevelt." E ninguém ficou sa tisfeito: as grandes emprêsas reagiam
compreendiam que era necessário, na quele momento, procurar uma solução. seus dispositivos se faria por um .siste ma de códigos, que deveriam abranger cêrca de quinhentas categorias de ne
gócios, segundo a classificação estabiv
resultados contraproducentes, que as re
para sanar. Os acordos se faziam para
contra o controle do govêmo nas rela ções de trabalho; as menores reclama
vam contra a e.xpansão dos monopólios; os consumidores protestavam contra o aumento dos preços das mercadonas.
ram as inversões. As medidas do emer
lecida. E uma vez aceito o código pela
gencia seriam mantidas enquanto du rasse a fase aguda da crise. O prome
determinada categoria de atividade, e
Golpes mortais
aprovado pelo presidente da República, adquiria força de lei geral e permitia a apMcação de penalidades aos que Ihés desrespeitassem as di.sposiçÕes. Um có digo padrão, promulgado em 27 de ju
R. A. a uma empresa de Brooklyn, de
tido equilíbrio orçamentário é que não viria tão cedo.
Roosevelt não se poderia limitar, en nos Improvisadas para acudir às angus
tretanto, às providências mais ou me
I i
gresso, .só em 1935, destinou cêrca de 5 bilhões de dólares, para serem em-
tias da hora. Era necessário tentar al
'
pregados na construção de barragens, de estradas, de túneis, pontes, edifícios pú
guma coisa de permanente, que de fu-
blicos, escolas, empréstimos e auxílios, casas populares, reflorestamento, com-
tural Adjustmcnt Act, êstc promulgado em maio c aque'e cm junho de 193Ô.
o consumo do excesso da produção; esti
orps, ^ destinada a oferecer emprêgo, tavam os vícios da confu.são e do des W ;®"^P0r^'amente a 350 mil jovens entre perdício. Em vários setores, o governo _ ® e a cuidar cia conserva o campo de ação dos particula ção das anos, florestas e do solo; Federal invadia res, o que provocava viva reação. Para Emergence Relief Administration, dis medir-se o vulto do programa basta que pondo de início de meio bilhão de dó
Indu.strial Rccovcry Act e o Agricul-
a-cancc tôda a indústria, de maneira a
cais não tinham meio.s de custear.
31
Dicesto EcoNÓ^aco
bate à erosão do solo, eletrificação ru
absorver os milhões de desempregados, ral, obras de saúde pública e sanea restituíndo-lhes os meios de vida.
1
tmo evitasse novas depressões. Os ví cios do sistema deveriam ser curados para se Ilie garantir a estabilidade e o
maioria dos industriais classificaaos em
nho, estabeleceu as condições básicas
que deveriam constar de todos os ou tros: proibição de trabalho de meno res, fixação de horário semanal de 36 a 40 horas, salário mínimo de 40 cen
tavos por hora, e as estipulações já cons-
Coube a glória da derrubada da N. negócios de aves domésticas. Decidin do o histórico caso Schechter Poultiy
Corp. versus U. S., a Suprema Corte, em 27 de março de 1935, por unani
midade, proclamou a inconstitucionalidade dos códigos, por abusiva delega ção de poder legislativo ao presidente e pela invasão da competência dos es-
m 30
DigESTO EC0NÓMlCk>
Nada era, porém, tão urgente como Com
os dependentes, a massa forçada à ocio sidade somava trinta milhões, ou mais,
rendimento benéfico. Atenderam a êsse
mento. O
objetivo os dois atos que constituem o arcabouço do "Ncw Deal": o National
sem^ nenhuma capacidade de consumo. E aí estava um fator temível de desor-
;
dem e desequilíbrio. Na legislação norte-americana, como
é sabido, os sem trabalho não podiam contar, até então, com outros recursos
que os da caridade privada ou a dos
governos locais, cujos tesouros estavam exaustos. Sempre repugnou à mentali dade americana o sistema inglês do "dole".
Para resolver o problema, Roosevelt
concebeu a execução de um imenso pro grama de obras pública.s, financiadas pela União. As agências administrativas incumbidas de superintender os trabalhos projetados se multiplicaram e se sucederam rapidamente: Civilian Conservation
gigantesco
programa
de
obras se realizava ou sob a direção do departamento federai, ou através das autoridades estaduais ou locais.
As medidas fundamentais
Os objetivos da administração eram eWdentos: dar emprêgo aos .sem traba
lho, restabelecendo a capacidade aqui sitiva de milhões de seres sem valor eco
nômico, e incapazes por isto de ajudar
lares a serem empregados em assistên cia aos necessitados e em trabalhos de
emergencia nos Estados, e que no de
; j '
sempenho desta missão, rapidamente despendeu mais de 3 bilhões de dóla res; a Civil Wofks Administration; a Natíonal Youth Administration, para auxíJio aos jovens estudantes; a Federal House Administration, para financiar a construção de casas particulares.
A grande "agência" diretora das obras
Íjúblicas, com caráter permanente, e que ogrou dar certa unidade e sistema ao trabalho das outras menores, foi a Wcrks
Progress Administration, à qual o Con-
Ao solicitar ao Congresso a lei de
regulamentações da atividade industrial, identificada pela.s iniciais N. I. R; A., o
presidente lhe definiu o objetivo assim: "criar uma maquinaria necessária para um grande movimento cooperativo que
mular os negócios, lançando bilhões de do.ares em circulação; empreender reformas_ necessárias que os governos lo
trabalho semanal, a pagar um salário
obter um amplo reemprego, a reduzir o decente por uma semana mais curta, e
a impedir a concorrência desleal e a de
Pôsto em prática por entre o frenesi e o tumulto, resultantes das condições
sastrosa super-produção".
se ressentiu de talhas inevitáveis, e me
periência arrojada, e segundo o próprio presidente, a lei "mais importante e de
do momento, o plano de obras públicas receu justas^ críticas dos que lhe apon
se considere que em 3 anos nêle se apli caram perto de 9 bilhões de dólares, ci-
ira que, observa um autor, é apenas um
terço do custo para os E.stados Ünidos da primeira guerra mundial; e Roosevei't
anunciara no seu discurso de posse que se^ ia empenhar numa guerra. Os prejuizo.s e os perigos que representavam os milhões de ociosos forçados justifica-
Vi.sando a regular a atividade de tôda a indústria, a N. I. R. A. eva uma ex
maior alcance promulgada até então pe
lo Congresso Americano". A situação que a ditou era de tal ordem que não
tantes da secção sétima da N. I. R. A.,
Eermitindo o contrato coletivo de traalho e a liberdade ao empregado de filiação aos sindicatos. Pode-se conceber a tarefa ciclópica
que representava a regulamentação pro jetada, c da qual se incumbia o famoso general Johnson, presidente da N. R. A.. O sistema abrangia as grandes e as peouenas empresas. A variedade de con dições das diversas organizações espa
lhadas por um país tão vasto e desigual criava problemas tormentosos. Passa dos os primeiros meses de otimisnío, a confusão se generaUzou; e a resistência \'eio terrível. Cêrca de 2 milhões de
empregadores haviam assinado os ajuste.s, e cêrca de 23 milhões de trabalha dores estavam sob a proteção dos códifms. Milhões de desempregados ha viam sido reabsorvidos no trabalho. Mas
a.s queixas se multiplicavam. Suspendenao a vigência da legislação anti-
"trust", e objetivando combater o mo
nopólio, a política da N. R. A., pelo seu alcance indiscriminado, passou a dar
houve inicialmente grande oposição, em bora o seu evidente caráter subversivo, à luz do "american system". Todos
formas introduzidas não tiveram força
A vigência da lei se estabeleceu pelo prazo de dois anos; e a aplicação dos
e'evação de preços, mau grado os ape los de Roosevelt." E ninguém ficou sa tisfeito: as grandes emprêsas reagiam
compreendiam que era necessário, na quele momento, procurar uma solução. seus dispositivos se faria por um .siste ma de códigos, que deveriam abranger cêrca de quinhentas categorias de ne
gócios, segundo a classificação estabiv
resultados contraproducentes, que as re
para sanar. Os acordos se faziam para
contra o controle do govêmo nas rela ções de trabalho; as menores reclama
vam contra a e.xpansão dos monopólios; os consumidores protestavam contra o aumento dos preços das mercadonas.
ram as inversões. As medidas do emer
lecida. E uma vez aceito o código pela
gencia seriam mantidas enquanto du rasse a fase aguda da crise. O prome
determinada categoria de atividade, e
Golpes mortais
aprovado pelo presidente da República, adquiria força de lei geral e permitia a apMcação de penalidades aos que Ihés desrespeitassem as di.sposiçÕes. Um có digo padrão, promulgado em 27 de ju
R. A. a uma empresa de Brooklyn, de
tido equilíbrio orçamentário é que não viria tão cedo.
Roosevelt não se poderia limitar, en nos Improvisadas para acudir às angus
tretanto, às providências mais ou me
I i
gresso, .só em 1935, destinou cêrca de 5 bilhões de dólares, para serem em-
tias da hora. Era necessário tentar al
'
pregados na construção de barragens, de estradas, de túneis, pontes, edifícios pú
guma coisa de permanente, que de fu-
blicos, escolas, empréstimos e auxílios, casas populares, reflorestamento, com-
tural Adjustmcnt Act, êstc promulgado em maio c aque'e cm junho de 193Ô.
o consumo do excesso da produção; esti
orps, ^ destinada a oferecer emprêgo, tavam os vícios da confu.são e do des W ;®"^P0r^'amente a 350 mil jovens entre perdício. Em vários setores, o governo _ ® e a cuidar cia conserva o campo de ação dos particula ção das anos, florestas e do solo; Federal invadia res, o que provocava viva reação. Para Emergence Relief Administration, dis medir-se o vulto do programa basta que pondo de início de meio bilhão de dó
Indu.strial Rccovcry Act e o Agricul-
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cais não tinham meio.s de custear.
31
Dicesto EcoNÓ^aco
bate à erosão do solo, eletrificação ru
absorver os milhões de desempregados, ral, obras de saúde pública e sanea restituíndo-lhes os meios de vida.
1
tmo evitasse novas depressões. Os ví cios do sistema deveriam ser curados para se Ilie garantir a estabilidade e o
maioria dos industriais classificaaos em
nho, estabeleceu as condições básicas
que deveriam constar de todos os ou tros: proibição de trabalho de meno res, fixação de horário semanal de 36 a 40 horas, salário mínimo de 40 cen
tavos por hora, e as estipulações já cons-
Coube a glória da derrubada da N. negócios de aves domésticas. Decidin do o histórico caso Schechter Poultiy
Corp. versus U. S., a Suprema Corte, em 27 de março de 1935, por unani
midade, proclamou a inconstitucionalidade dos códigos, por abusiva delega ção de poder legislativo ao presidente e pela invasão da competência dos es-
i>ii iwy
firr-
32
Dicesto Econômico
tados, no regular o comércio. Caiu, "assim, fulminada pela condenação da justiça, a lei básica da experiência Roo-
sevelt e, que, em substância, represen tava um ensaio de organização corpo rativa das forças produtoras. O sistema
proposto, no seu conjunto, desmoronara. Falhara o projeto para resolver a crise industrial, que êle, Roosevelt, assim des creve:
"Não há indústria
nos Esta
dos Unidos que não sofra, ou de super produção, ou de competição destruidora, ou de práticas desleais, ou de completa ausência de plano". O que de futuro ia
ressurgir seriam medidas esparsas, desti
nadas a suprir às necessidades mais pre mentes da organização do trabalho e da produção. Roosevelt não desanimaria janiais, no seu propósito. A "Blue Ea£ e , que indicara à preferência do pú blico as emprêsas favoráveis aos c(^gos não trouxera a salvação; servira, porém, para sustentar momentâneamenconfiança no reerguimento.
Malôgro idêntico iria ter, após 3 anos
e vigência, ainda sob o anátema da
buprema Corte, o vasto plano de reeragricultura, expresso no
Agricultural Adjustment Act, que ante cedera a própria N. R. A.. A situação agrícola era gravíssima, e sem acudí-la seria yao qualquer esforço em prol do reeqmhbrio económico e social.
Um
jornal dava, nesta época, a seguinte de finição de fazenda: "é uma porção de terra arável, cercada de credores de to
dos cs lados e coberta de hipoteca". Mais de seis milhões de fazendas repre sentavam meios de vida de mais de trin
ta milhões de pessoas. Em 1920, elas percebiam 15% da renda nacional, em 1925, 11%, em 1928, 9% e em 1932, 7%.
Nesta mesma época o que os agricul tores compravam
custava
mais caro
9% do que antes de 1914, e a venda
dos seus produtos lhes dava menos 43%
nas pela bancarrota, mas igualmente
tura, ao que a N. I. R. A. representava
pela desordem que se disseminava
Ias zonas rurais. A disparidade entro o valor da produção da indústria o da
reserva permanente de produtos agrí
seria
colas; estabelecia um seguro especial par ra o trigo. O plano, recebido com re servas iniciais, provou a sua eficiência
mutilado,
modificado, mas
não
velt.
Em complemento ao Soil Erosion Act,
tores estavam desamparados na luta, e de nenhuma eficiência real haviam sido
■de 1935, cujo objetivo era prover à ■conservação aas torras, devastadas pela erosão, o Congresso cm fevereiro de 1936 aprovou o Soil Conser\'ation and
as providencias até então tomadas.
O Agricultural Adjustment Act esta belecia realmente a planifícaçâo da ex
Domestio Allotment Act, dc caráter mais
ploração da terra, e seu objetivo final era elevar o poder de compra da lavou ra, restaurando o nível de' paridade de
positivo do que a lei anterior, e que representava uma efetiva e racional pla-
preços que prevaleceu entro 1909 e
legislação completada. por atos poste
niiicação da cultura da terra.
1914. O plano primitivo alcançava sete
o conibate à super-produção mediante subsídios pagos pelo governo aos lavra dores, que concordassem em reduzir a
área de culHvo. O plano mereceu apoio dos; e, ajudado na sua execução pela
dos agricultores extremamente sacrihcasêca de 1934 e* pelas condições adver sas da colheita de 1935, logrou realizar o aumento dos preços: a renda agrícola nacional subiu de mais ou menos cin co bilhões e quinhentos milhões em 1932 para oito bilhões e setecentos milhões em'
Em 1938, o novo Agricultural Adjust ment Act, • dentro da mesma orientação
trucüon of the Constitution", inutiliza
mercado relativamente ao excesso da co
lheita; previa um sistema de compen sação aos produtores de certos produ tos básicos, que concordassem na limi tação de suas colheitas; subvencionava
os fazendeiros que observassem as me didas prescritas para conservação do solo; 11.
mos, — diz um autor, — que represen
tasse o que em ponto maior a nação ta%'a-se de um empreendimento gigan
zona do país, no propósito de lhe apro
veitar os recursos e de elevar o nível
de vida da população. A base do pla no era a construção de grandes barra
gens, que propiciassem energia elétrica a baixo preço, libertando, assim, os con sumidores das altas tarifas das compa
giram as emprêsas elétricas, temendo a
Cinco eram os seus pontos bá
agricultores interessados, fixar a área de plantação, e estabelecer o controle do
va a segunda base do "Neve Deal" —
ley Autliorily, era uma experiência do planifícaçâo, em que a exploração agrá ria, a conservação do solo e a produ ção de energia elétrica se deveriam conjugar para estabelecer um microcos
dicas.
cultura, com a concordância de 2/3 dos
correspondente, no terreno da agricul
O projeto, esta
nhias particxdares — problema que me
sicos: permitia ao Secretário da Am-
decisão, que o juiz Stone, divergente
tório de sete Estados.
belecido em 1933 pela Tennessee Val-
geral, procurou resolver o problema da
produção agrícola, visando a assegurarlhe estabilidade e evitar as crises perió
excesso de poder tribu
super-produção e a conseqüente queda vertical dos preços haviam gerado uma
De outro lado, a expansão do
les possibilitava trabalhar com maior
tário e usurpação de atribuições dos es tados. Êste julgamento decorreu da premissa de que a superprodução agrí cola era problema meramente local. A
' Uma imensa obra do "New Deal"
que sobreviveu fmtuosamente foi o aproveitamento da região do Tenness^ — uma vasta região âe mais de 40 mil milhas quadradas, abrangendo o terri
tesco: a transformação de uma enorme
confiança.
Em janeiro de 1936, a Suprema Côrte invalidava o Agricultural Adjustment Act, decidindo, no caso United States versus Butler, haver incorrido o govêr-
T: V. A.
excesso, e a substituição por outras cul turas adequadas a assegurar a defesa
Solítica permanente do governo federal,
extremas.
ração.
poderia fazer ou chegar a ser. Tra-
do solo.
1935, cifras que devem ser cotejadas
prática, e teve assegurada a sua du
à censura da Suprema Côrte, já modi ficada na sua composição e mentalida de) objetivava assegurar, de maneira permanente, a paridade dos preços dos produtos agrícolas e industriais, e manter o equilíbrio entre a produção e o consu mo, mediante subsídios pagos pelo tesou ro federal, em compensação à redução de áreas de plantio de certos produtos ein
crédito aos fazendeiros, mantida como
tendo em vista a desvalorização do dó lar ^ e as indenizações do govêano. A política de restrição à produção era se vera, e chegou a lançar mão de medidas
da maioria, classificou de "tortured cons-
A nova
riores (e que escapou no seu conjunto
produtos agrícolas básicos, número qu© foi posteriormente ampliado. Far-se-ia
excevssos da colheita, para assegurar uma
em relação à indústria. O plano, porém, abandonado pela tenacidade de Roose
agricultura era sensível, e atingia o cer ne da estrutura econômica. Os agricul
do que anteriormente a este ano. A
crise profunda, que não se traduzia ape
3S
Dwesto Económico
mcilÜtava empréstimos
sôbre os
recia especial atenção de Roosevelt.
Contra a iniciativa governamental rea
concorrência. Pleitearam que a Supre ma Côrte lhe declarasse a inconstítucionalidade, sem, todavia, lograr êxito.
Representou a Tennessee Valley Authority um arrojado esfôrço de ação cooperativa. Uma população de mi
lhões foi diretamente beneficiada pela construção de gigantescas barragens, cen trais elétricas, criação de cidades, disse minação da assistência social, sob tôdas
as formas. Discutida sob muitos aspec tos, negada nos seus resultados, a obra
i>ii iwy
firr-
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Dicesto Econômico
tados, no regular o comércio. Caiu, "assim, fulminada pela condenação da justiça, a lei básica da experiência Roo-
sevelt e, que, em substância, represen tava um ensaio de organização corpo rativa das forças produtoras. O sistema
proposto, no seu conjunto, desmoronara. Falhara o projeto para resolver a crise industrial, que êle, Roosevelt, assim des creve:
"Não há indústria
nos Esta
dos Unidos que não sofra, ou de super produção, ou de competição destruidora, ou de práticas desleais, ou de completa ausência de plano". O que de futuro ia
ressurgir seriam medidas esparsas, desti
nadas a suprir às necessidades mais pre mentes da organização do trabalho e da produção. Roosevelt não desanimaria janiais, no seu propósito. A "Blue Ea£ e , que indicara à preferência do pú blico as emprêsas favoráveis aos c(^gos não trouxera a salvação; servira, porém, para sustentar momentâneamenconfiança no reerguimento.
Malôgro idêntico iria ter, após 3 anos
e vigência, ainda sob o anátema da
buprema Corte, o vasto plano de reeragricultura, expresso no
Agricultural Adjustment Act, que ante cedera a própria N. R. A.. A situação agrícola era gravíssima, e sem acudí-la seria yao qualquer esforço em prol do reeqmhbrio económico e social.
Um
jornal dava, nesta época, a seguinte de finição de fazenda: "é uma porção de terra arável, cercada de credores de to
dos cs lados e coberta de hipoteca". Mais de seis milhões de fazendas repre sentavam meios de vida de mais de trin
ta milhões de pessoas. Em 1920, elas percebiam 15% da renda nacional, em 1925, 11%, em 1928, 9% e em 1932, 7%.
Nesta mesma época o que os agricul tores compravam
custava
mais caro
9% do que antes de 1914, e a venda
dos seus produtos lhes dava menos 43%
nas pela bancarrota, mas igualmente
tura, ao que a N. I. R. A. representava
pela desordem que se disseminava
Ias zonas rurais. A disparidade entro o valor da produção da indústria o da
reserva permanente de produtos agrí
seria
colas; estabelecia um seguro especial par ra o trigo. O plano, recebido com re servas iniciais, provou a sua eficiência
mutilado,
modificado, mas
não
velt.
Em complemento ao Soil Erosion Act,
tores estavam desamparados na luta, e de nenhuma eficiência real haviam sido
■de 1935, cujo objetivo era prover à ■conservação aas torras, devastadas pela erosão, o Congresso cm fevereiro de 1936 aprovou o Soil Conser\'ation and
as providencias até então tomadas.
O Agricultural Adjustment Act esta belecia realmente a planifícaçâo da ex
Domestio Allotment Act, dc caráter mais
ploração da terra, e seu objetivo final era elevar o poder de compra da lavou ra, restaurando o nível de' paridade de
positivo do que a lei anterior, e que representava uma efetiva e racional pla-
preços que prevaleceu entro 1909 e
legislação completada. por atos poste
niiicação da cultura da terra.
1914. O plano primitivo alcançava sete
o conibate à super-produção mediante subsídios pagos pelo governo aos lavra dores, que concordassem em reduzir a
área de culHvo. O plano mereceu apoio dos; e, ajudado na sua execução pela
dos agricultores extremamente sacrihcasêca de 1934 e* pelas condições adver sas da colheita de 1935, logrou realizar o aumento dos preços: a renda agrícola nacional subiu de mais ou menos cin co bilhões e quinhentos milhões em 1932 para oito bilhões e setecentos milhões em'
Em 1938, o novo Agricultural Adjust ment Act, • dentro da mesma orientação
trucüon of the Constitution", inutiliza
mercado relativamente ao excesso da co
lheita; previa um sistema de compen sação aos produtores de certos produ tos básicos, que concordassem na limi tação de suas colheitas; subvencionava
os fazendeiros que observassem as me didas prescritas para conservação do solo; 11.
mos, — diz um autor, — que represen
tasse o que em ponto maior a nação ta%'a-se de um empreendimento gigan
zona do país, no propósito de lhe apro
veitar os recursos e de elevar o nível
de vida da população. A base do pla no era a construção de grandes barra
gens, que propiciassem energia elétrica a baixo preço, libertando, assim, os con sumidores das altas tarifas das compa
giram as emprêsas elétricas, temendo a
Cinco eram os seus pontos bá
agricultores interessados, fixar a área de plantação, e estabelecer o controle do
va a segunda base do "Neve Deal" —
ley Autliorily, era uma experiência do planifícaçâo, em que a exploração agrá ria, a conservação do solo e a produ ção de energia elétrica se deveriam conjugar para estabelecer um microcos
dicas.
cultura, com a concordância de 2/3 dos
correspondente, no terreno da agricul
O projeto, esta
nhias particxdares — problema que me
sicos: permitia ao Secretário da Am-
decisão, que o juiz Stone, divergente
tório de sete Estados.
belecido em 1933 pela Tennessee Val-
geral, procurou resolver o problema da
produção agrícola, visando a assegurarlhe estabilidade e evitar as crises perió
excesso de poder tribu
super-produção e a conseqüente queda vertical dos preços haviam gerado uma
De outro lado, a expansão do
les possibilitava trabalhar com maior
tário e usurpação de atribuições dos es tados. Êste julgamento decorreu da premissa de que a superprodução agrí cola era problema meramente local. A
' Uma imensa obra do "New Deal"
que sobreviveu fmtuosamente foi o aproveitamento da região do Tenness^ — uma vasta região âe mais de 40 mil milhas quadradas, abrangendo o terri
tesco: a transformação de uma enorme
confiança.
Em janeiro de 1936, a Suprema Côrte invalidava o Agricultural Adjustment Act, decidindo, no caso United States versus Butler, haver incorrido o govêr-
T: V. A.
excesso, e a substituição por outras cul turas adequadas a assegurar a defesa
Solítica permanente do governo federal,
extremas.
ração.
poderia fazer ou chegar a ser. Tra-
do solo.
1935, cifras que devem ser cotejadas
prática, e teve assegurada a sua du
à censura da Suprema Côrte, já modi ficada na sua composição e mentalida de) objetivava assegurar, de maneira permanente, a paridade dos preços dos produtos agrícolas e industriais, e manter o equilíbrio entre a produção e o consu mo, mediante subsídios pagos pelo tesou ro federal, em compensação à redução de áreas de plantio de certos produtos ein
crédito aos fazendeiros, mantida como
tendo em vista a desvalorização do dó lar ^ e as indenizações do govêano. A política de restrição à produção era se vera, e chegou a lançar mão de medidas
da maioria, classificou de "tortured cons-
A nova
riores (e que escapou no seu conjunto
produtos agrícolas básicos, número qu© foi posteriormente ampliado. Far-se-ia
excevssos da colheita, para assegurar uma
em relação à indústria. O plano, porém, abandonado pela tenacidade de Roose
agricultura era sensível, e atingia o cer ne da estrutura econômica. Os agricul
do que anteriormente a este ano. A
crise profunda, que não se traduzia ape
3S
Dwesto Económico
mcilÜtava empréstimos
sôbre os
recia especial atenção de Roosevelt.
Contra a iniciativa governamental rea
concorrência. Pleitearam que a Supre ma Côrte lhe declarasse a inconstítucionalidade, sem, todavia, lograr êxito.
Representou a Tennessee Valley Authority um arrojado esfôrço de ação cooperativa. Uma população de mi
lhões foi diretamente beneficiada pela construção de gigantescas barragens, cen trais elétricas, criação de cidades, disse minação da assistência social, sob tôdas
as formas. Discutida sob muitos aspec tos, negada nos seus resultados, a obra
t
[ I
I ■ «Wi I*'
Digesto Econóaoco
S4
da Tennessee Valley — característico
fôsse a resistência das companhias de
empreendimento planificado — dá bem
seguro e das a,ssociaç-ões méuicas.
a medida da gigantesca visão dos "new dealers" e apresenta vantagens sociais
Barrado o caminho à
National Re-
covery Administration, no desenvolvi
mento, em conjunto, do plano de regu
que ninguém ousa contestar.
lamentação industrial, pela decisão im
Legislação social
matéria de trabalho, contidas na malo
do sistenra de covêmo dos Estados bJru-
grada N. I. R. A.. E a legislação nova
dos, pelo conflito aberto entre os três
iria escapar à condenação da justiça. Sinal de maior receptividade do meio á
poderos constitucionais. É digno de referência, mesma su mária, êste episódio decisivo no desen volvimento da e.xperiência roosevellia-
política do "New Dcal", agora, aliás, de sentido mais moderado.
placável da Suprema Côrte, como já
O reconhecido atraso da legislação de assistência social dos Estados Unidos
referimos, procuroq a administração Rooscvclt, por sucessivas leis, estabe
35
Digesto Econômico
na, e que revela, não só a dificulda
Lutas e conflitos
de de execução de um programa na
A administração dc Roosevelt, como
ele previu e como cie também a quis,
cias de caráter permanente. Harry Hop-
lecer o mínimo da legislação reguladora do trabalho, que se continha na famosa
kin.s; administrador do Works Progress
sccção sétima da N. I. R. A.. É .sabida a
denada batalha.
reclamava do govêrno federal providên Administration, afirmava que se aevia
firever um mínimo provável de 4 a 5 mihões de desempregados, mesmo nos
períodos prósperos.
Era necessário,
igualmente, atender ao grave problema da velhice, ou seja à situação de de samparo de milhões de anciãos de mais de 65 anos, condenados à ociosidade —
deficiência em que estava a legislação de proteção aos trabalhadores nos Es tados Unidos até o "New Deal".
As
medidas propostas relativas ao trabalho de mulheres e de menores, e aos salá
rios, não logravam, de maneira geral, acolhimento favorável. A prosperidade,
sem recursos — fenômeno agravado pela crescente urbanização e pelo progresso
observa Frank Darvall, fazia esquecer iVstes problemas. A nova depressão
da técnica industrial. E havia mais os
dança de orientação da Suprema Côrte,
menores, os aleijados, os cegos, toda a
^ melancólica multidão dos inválidos. O
Social Security Act, de 1935, criou o serviço federal de assistência destinado
a suprir a ação dos governos estaduais, ate então ineficiente e incerta.
O sis
tema estabelecido — que tinha caráter
apenas supletivo das administrações lo cais, e com estas se deveria articular —
havia de ser, dentro do esquema federa tivo, forçosamente complicado e variá vel; e a obtenção dos recursos necessá
econômica, verificada em 37, e a mu
foi uma batalha, uma árdua e desor
sustentada
por
Só uma
vigoroso
consciência
ideali.smo e
uma vontade inflc.xível poderiam su
portar refrega tão áspera. Se nos tem
pos iniciais a crise moral, a angústia e o pânico gerados pela depressão criaram
cional de renovação, em um país de estrutura constitucional rígida, como
principalmente o respeito dos órgãos po líticos e da opinião americana em geral
pela ordem jurídica. As peripécias da
luta emocionante, oriunda do conflito
de poderes, o grande presidente as ex^
pôs na introdução do volume de 193/
clima psicológico propício, pela sensa ção generalizada de que era preciso apoiar, ou não embaraçar o esfòrço he róico reclamado pelo país e pela ordem , social fundamente ameaçados, à medi da que este estado emocional arrefeceu
dos seus "public papers and addresses": e Robert Jackson as descreve, em minvicia, no seu notável 1í\to "The struggle for judicial supremacy". A colisão dos órgãos do governo ^ sumia, sem dúvida, aspectos da maior seriedade. A opinião pública manifes
de inten.sidade, as forças da resistência
tara nas eleições, reiteradamente, a sua
de greves propiciaram ambiente para
conservadora foram ganhando de vigoi
adesão ao "New Deal". A vitória iiú-
que se renovassem os esforços em favor
e obstinação.
o crescimento do desemprego e a onda
do leis disciplinadoras do trabalho. Até
Como lembrámos, ainda no primeiro
cial de Roosevelt se confirmara _ pelo J triunfo dos democratas, na reno\'ação de ^
então registravam-se: a lei Norris — La
período de governo, as vigas mestras
mndatos em 1934. E eiu 1936 a ree
Guardia, de 1932, assegurando o recurso à greve e a livre representação sindical
do plano de reforma do "New Deal"
leição de Roosevelt, coincidindo com a formação de um Congresso de maciça
(concessão obtida por inCuência dos
foram destruídas por golpes desfecha
dos por uma entidade sagrada: a Su Os interesses consolida
maioria de seus partidários, fòra uma aclamação triunfal: batera o seu adver sário Landon, em 46 dos 48 Estados
democratas no Congresso da época);
prema Côrte.
a criação, em 1933, do National Labor
dos, o sentimento individualista, exci
Board, substituído em 1935, pela Na tional Labor Relations Board, órgão
tado contra a política intervencionista
americanos.
do govêrno, as grandes forças econômi
fizera em tomo do programa do
A campanha eleitoral se
rios se fazia mediante uma pequena cota, não uniforme, sobre os salários, paga pelos empregados e pelos empregado res. De qualquer forma, representou a nova legislação, nos Estados Unidos,
com funções quase-judiciais, destinado
cas, haviam encontrado no areópago dos
Deal".
a resolver os conflitos entre operá rios e patrões; o Wagner Labor Act, de 1935, que criando o "Board" retro
noves juizes, aos quais cabe o encargo
cava, pois, inequivocamente, que o povo
de velar pela Constituição americana, o seu instrumento de defesa e de aniqui-
americano escoMiia conscientemente os
mencionado garantia a liberdade sindi
lamento do esforço renovador.
uma conquista valiosa; e sua continui
cal e estabelecia o contrato coletivo.
cisões judiciárias que fulminaram, entro
dade e progresso se asseguraram, res
Avanço considerável se verificou, em
outra.s, as leis relativas à Railroad Pen-
guardados pela Suprema Corte, perante a aual não faltou quem fôsse pleitear a declaração da inconstitucionalidade da lei inovadora. O Social Security Board
1938, quando se promulgou a Wages and Hours Act, proibindo o trabalho de meriores de 16 anos, estabelecendo o
horário semanal de 40 horas e o salário-
se transformou em órgão permanente,
hora mínimo de 40 centavos, sujeitos a
e se tem empenhado em ampliar e me lhorar o sistema, cujo alcance se teria
aumento progressivo, e ajustável con
forme às condições locais. Em suma,
dilatado • extraordinàriamente
revigoraram-se as medidas essenciais, em
se
não
As de
sions, à cláusula ouro, à Farm Mortgages, à N.I.R.A., à A.A.A. não só haviam
sacrificado uma atmosfera de inseguran ça, que desprestigiava e paralisava a ação administrativa. Defrontou então Roosevelt uma crise culminante, que pu nha em cheque, não apenas todo o "New Deal", como a própria eficiência
O resultado do pleito signifi
membros do executivo e do legislativo
para que.prosseguissem no mesmo rumo.
Democràticamente, devia ^ prevalec^er a vontade do povo. Mas o único órgão do govêrno federal que não era eletivo —
a Suprema Côrte — frustrava á manifes tação das urnas, barrando a execução da
política social projetada. E várias vèzes as decisões que anulavam as leis do
"New Deal" haviam sido proferidas pela maioria de um voto, pelo "score" de
5x4, circunstância que permitia aos
t
[ I
I ■ «Wi I*'
Digesto Econóaoco
S4
da Tennessee Valley — característico
fôsse a resistência das companhias de
empreendimento planificado — dá bem
seguro e das a,ssociaç-ões méuicas.
a medida da gigantesca visão dos "new dealers" e apresenta vantagens sociais
Barrado o caminho à
National Re-
covery Administration, no desenvolvi
mento, em conjunto, do plano de regu
que ninguém ousa contestar.
lamentação industrial, pela decisão im
Legislação social
matéria de trabalho, contidas na malo
do sistenra de covêmo dos Estados bJru-
grada N. I. R. A.. E a legislação nova
dos, pelo conflito aberto entre os três
iria escapar à condenação da justiça. Sinal de maior receptividade do meio á
poderos constitucionais. É digno de referência, mesma su mária, êste episódio decisivo no desen volvimento da e.xperiência roosevellia-
política do "New Dcal", agora, aliás, de sentido mais moderado.
placável da Suprema Côrte, como já
O reconhecido atraso da legislação de assistência social dos Estados Unidos
referimos, procuroq a administração Rooscvclt, por sucessivas leis, estabe
35
Digesto Econômico
na, e que revela, não só a dificulda
Lutas e conflitos
de de execução de um programa na
A administração dc Roosevelt, como
ele previu e como cie também a quis,
cias de caráter permanente. Harry Hop-
lecer o mínimo da legislação reguladora do trabalho, que se continha na famosa
kin.s; administrador do Works Progress
sccção sétima da N. I. R. A.. É .sabida a
denada batalha.
reclamava do govêrno federal providên Administration, afirmava que se aevia
firever um mínimo provável de 4 a 5 mihões de desempregados, mesmo nos
períodos prósperos.
Era necessário,
igualmente, atender ao grave problema da velhice, ou seja à situação de de samparo de milhões de anciãos de mais de 65 anos, condenados à ociosidade —
deficiência em que estava a legislação de proteção aos trabalhadores nos Es tados Unidos até o "New Deal".
As
medidas propostas relativas ao trabalho de mulheres e de menores, e aos salá
rios, não logravam, de maneira geral, acolhimento favorável. A prosperidade,
sem recursos — fenômeno agravado pela crescente urbanização e pelo progresso
observa Frank Darvall, fazia esquecer iVstes problemas. A nova depressão
da técnica industrial. E havia mais os
dança de orientação da Suprema Côrte,
menores, os aleijados, os cegos, toda a
^ melancólica multidão dos inválidos. O
Social Security Act, de 1935, criou o serviço federal de assistência destinado
a suprir a ação dos governos estaduais, ate então ineficiente e incerta.
O sis
tema estabelecido — que tinha caráter
apenas supletivo das administrações lo cais, e com estas se deveria articular —
havia de ser, dentro do esquema federa tivo, forçosamente complicado e variá vel; e a obtenção dos recursos necessá
econômica, verificada em 37, e a mu
foi uma batalha, uma árdua e desor
sustentada
por
Só uma
vigoroso
consciência
ideali.smo e
uma vontade inflc.xível poderiam su
portar refrega tão áspera. Se nos tem
pos iniciais a crise moral, a angústia e o pânico gerados pela depressão criaram
cional de renovação, em um país de estrutura constitucional rígida, como
principalmente o respeito dos órgãos po líticos e da opinião americana em geral
pela ordem jurídica. As peripécias da
luta emocionante, oriunda do conflito
de poderes, o grande presidente as ex^
pôs na introdução do volume de 193/
clima psicológico propício, pela sensa ção generalizada de que era preciso apoiar, ou não embaraçar o esfòrço he róico reclamado pelo país e pela ordem , social fundamente ameaçados, à medi da que este estado emocional arrefeceu
dos seus "public papers and addresses": e Robert Jackson as descreve, em minvicia, no seu notável 1í\to "The struggle for judicial supremacy". A colisão dos órgãos do governo ^ sumia, sem dúvida, aspectos da maior seriedade. A opinião pública manifes
de inten.sidade, as forças da resistência
tara nas eleições, reiteradamente, a sua
de greves propiciaram ambiente para
conservadora foram ganhando de vigoi
adesão ao "New Deal". A vitória iiú-
que se renovassem os esforços em favor
e obstinação.
o crescimento do desemprego e a onda
do leis disciplinadoras do trabalho. Até
Como lembrámos, ainda no primeiro
cial de Roosevelt se confirmara _ pelo J triunfo dos democratas, na reno\'ação de ^
então registravam-se: a lei Norris — La
período de governo, as vigas mestras
mndatos em 1934. E eiu 1936 a ree
Guardia, de 1932, assegurando o recurso à greve e a livre representação sindical
do plano de reforma do "New Deal"
leição de Roosevelt, coincidindo com a formação de um Congresso de maciça
(concessão obtida por inCuência dos
foram destruídas por golpes desfecha
dos por uma entidade sagrada: a Su Os interesses consolida
maioria de seus partidários, fòra uma aclamação triunfal: batera o seu adver sário Landon, em 46 dos 48 Estados
democratas no Congresso da época);
prema Côrte.
a criação, em 1933, do National Labor
dos, o sentimento individualista, exci
Board, substituído em 1935, pela Na tional Labor Relations Board, órgão
tado contra a política intervencionista
americanos.
do govêrno, as grandes forças econômi
fizera em tomo do programa do
A campanha eleitoral se
rios se fazia mediante uma pequena cota, não uniforme, sobre os salários, paga pelos empregados e pelos empregado res. De qualquer forma, representou a nova legislação, nos Estados Unidos,
com funções quase-judiciais, destinado
cas, haviam encontrado no areópago dos
Deal".
a resolver os conflitos entre operá rios e patrões; o Wagner Labor Act, de 1935, que criando o "Board" retro
noves juizes, aos quais cabe o encargo
cava, pois, inequivocamente, que o povo
de velar pela Constituição americana, o seu instrumento de defesa e de aniqui-
americano escoMiia conscientemente os
mencionado garantia a liberdade sindi
lamento do esforço renovador.
uma conquista valiosa; e sua continui
cal e estabelecia o contrato coletivo.
cisões judiciárias que fulminaram, entro
dade e progresso se asseguraram, res
Avanço considerável se verificou, em
outra.s, as leis relativas à Railroad Pen-
guardados pela Suprema Corte, perante a aual não faltou quem fôsse pleitear a declaração da inconstitucionalidade da lei inovadora. O Social Security Board
1938, quando se promulgou a Wages and Hours Act, proibindo o trabalho de meriores de 16 anos, estabelecendo o
horário semanal de 40 horas e o salário-
se transformou em órgão permanente,
hora mínimo de 40 centavos, sujeitos a
e se tem empenhado em ampliar e me lhorar o sistema, cujo alcance se teria
aumento progressivo, e ajustável con
forme às condições locais. Em suma,
dilatado • extraordinàriamente
revigoraram-se as medidas essenciais, em
se
não
As de
sions, à cláusula ouro, à Farm Mortgages, à N.I.R.A., à A.A.A. não só haviam
sacrificado uma atmosfera de inseguran ça, que desprestigiava e paralisava a ação administrativa. Defrontou então Roosevelt uma crise culminante, que pu nha em cheque, não apenas todo o "New Deal", como a própria eficiência
O resultado do pleito signifi
membros do executivo e do legislativo
para que.prosseguissem no mesmo rumo.
Democràticamente, devia ^ prevalec^er a vontade do povo. Mas o único órgão do govêrno federal que não era eletivo —
a Suprema Côrte — frustrava á manifes tação das urnas, barrando a execução da
política social projetada. E várias vèzes as decisões que anulavam as leis do
"New Deal" haviam sido proferidas pela maioria de um voto, pelo "score" de
5x4, circunstância que permitia aos
I
Dicesto
36
inconformados arautos do novo credo
dramatizar a situação, declarando que a vontade de um homem só prevalecia sôbre a de milhões, representando a maioria do país. Compunha-se, então, a Suprema Côrte
Econômico
every american.
nais sugeriu um processo para nêles
nor and as Prcsident proves my devo-
process".
tion to those liberties. You who know me can have no fear that I would tole-
dos juizes, faria este comentário: "Êles
declaradamente introduzir sangue novo: "new blood in the Courts". Quando um juiz atingisse à idade de setenta
de juizes todos nomeados pelas admi
anos, e ao invés de se aposentar, com
todas as vantagens, conforme se lhe
republicanas, e seis dos seus nove mem
asseguraria,
bros eram septuagenários. Roosevelt, no tunidade de nomear um só ministro. E
assim composta, constituía-se, no mo mento, aquela Côrte, em baluarte do conservantismo, retomando a tradição
que já custara ao país tragédias e imen sos prejuízos, decorrentes das históricas
Suestocs Dred Scott, do curso forçado o papel moeda, do impòsto de renda
e das leis anti-"trusts" — orientação rea-
preterisse permanecer em
função, seria lícito ao govémo nomear
mais um membro para a côrte respec tiva. A medida proposta, quanto à Su prema Côrte, eqüivalia a permitir a elevação imediata do número dos seus
juizes para quinze, e a nomeação de
mais seis membros novos, corresponden tes aos seis septuagenários que nela ti nham assento.
Nada como se vê de golpe de força,
j
cionária que merecera, no passado, se-
de ditatorial; apenas uma fórmula polí
I ^
veras objurgatórias de Ted Roosevelt e de Wilson. Pretendiam cs defensores do "New
permitia.
H Ueal que o sumo tribunal compreen
desse que a Constituição americana era nao um instrumento estático ou inerte,
mas plástico e vivo, canaz de adaptar-se as contingências e condições sociais no
vas. A posição que aquela Côrte assu mira, no dizer de um de seus membros, a transformava em "suner legis'atura"
37
Econômico
bretudo a de demora nos julgamentos, conforme expôs. E quanto aos tribu
nistrações anteriores, durante doze anos
seu primeiro quadriênio, não tivera opor
Dicesto
tica, liábil e cngenliosa, dc resolver uma
lei do Congresso, que a Constituição Roosevelt queria apenas um
"judiciário moderno para julgar os pro
blemas modernos através de ollios mo dernos".
A sensibilidade nacional havia sido,
porém, excitada e a resistência à pro
posta de Roosevelt se ampliou mesmo dentro do seu partido. Em discurso irradiado, o presidente esclareceu, com
My record as Gover-
rates the destruction by any branch of
govemment or any part of our heritage of
frcedom".
Durante a discussão, no Congresso, da lei proposta um dos velhos juizes adversários do "New Deal" se apo sentou, seguido de outro; e um tercei ro mais tarde morreu; e mesmo a opi
nião de alguns dos restantes se modi ficou. E graças a isso, sem nenhuma violência, sem o desrespeito de qualquer decisão judiciária, se atraves.sou uma das provas mais difíceis do sistema de go vémo dos Estados Unidos. A partir de março de 37, a Suprema Côrte mostrou
mais receptividade ãs iniciativas de re forma. O "New Deal" estava, porém, sacrificado, como plano de conjunto. O estado de incerteza e de insegurança lhe ia deter os avanços, e as iniciativas
futuras
seriam
isoladas,
e
de
menor
alcance.
De .qualquer
forma,
porém,
uma
frande vitória se conqiiistara, e sem a estruição do sistema constitucional do
"rule of law".
Reconheceu-se daí em
Roosevelt reclamava aprâas que os três poderes do Estado puxassem juntos-
simplicidade e lealdade tocantes, o obj©*-
diante maior poder regulador ao go vémo da União, permitindo-lhe reagir
"The three horse team of the amerí-
crise gravíssima, e de natureza tão pre
contra os abusos , das fôrças econômicas.
can system of govemmeut will pull together".
A emoção nacional suscitada pela crise foi profunda. Contra Roosevelt se inflamavam, mais uma vez, a grande
imprensa e todos os círculos conserva dores, denunciando ao país os propósitos
do presidente de se proclamar ditador, de instaurar o fascismo nos Estados
Unidos. Mas o coração liberal de Roo
sevelt não abrigava tão sinistros propó sitos. O que êle fez foi, em mensagem
de fevereiro de 1937, propor ao Con-
^■esso uma lei de reorganização da jus
tiça, para lhe corrigir as falhas, so-
tivo da reforma destinada a resolver mente que não se atenderia pelo demo
A legislação protetora do trabalho passou
the interest of the communíty is due Roosevelt,. derrotado pelo misoneísmo
conhecem
a legalidade, mas não a
vida".
A resistência dos impérios econômicos
Se o presidente conquistara a confiança e a calorosa simpatia do "common peo
ple", as poderosas .corporações econômi cas, tendo ao seu serviço a quase to
talidade da imprensa americana, não lhe davam tréguas. O "New Deal" objeti vava,
em
sua
essência,
uma
mais
equitativa distribuição da riqueza; e os magnatas resistiam tenazmente a
êste programa, que Roosevelt chamava de democratização econômica. Ao^ tér mino do primeiro período de governo, muito se projetara e se legislara, mas os resultados efetivos eram escassos. O presidente anuncia que apenas come
çara a luta: "we have had only just becua to fight". No discurso inaugu ral da segunda administração, proferido
em 20 ae janeiro de 1937, proclama
com deoisáo: "Precisamos estabelecer
controle eficiente sôbre fôrças econômi
cas cegas e homens cegamente egoís tas. . .
Não devemos admitir que seja
impossível encontrar um caminho para vencer o flagelo econômico, como en
contramos, depois de séculos de sofri
rado processo de reforma constitucional.
a merecer acolliida, contra o mito da liberdade de contrato, conforme se vê
mento fatais, um meio de vencer as epi demias. Recusamo-nós' a confiar a so
não feria a Carta Magna, e se baseava
destas palavras do Chief-Justice Roberts, modificando, aliás, o seu ponto
aos ventos do azar e à fm-ia dos cata-
A_ sugestão apresentada ao Congresso
em precedente. E Roosevelt, neste me morável "speech", fala da Constituição como de um livro santo: "I hope that you have re-read the Constitution of the Uniled States. . Like the Bib'e, it
ought to be read again and again". ficava nenhuma garantia ou liberdade, A reforma judiciária proposta não sacri
insistiu. "This proposal of mine wilí not infringe in the slightest upon the civil or relígious liberties so dear to
de vista anterior:
"Liberíy in each of
its phases has its hístory and connotations.
But tlie liberty safeguarded is
liberty in a social organization wliich
requires the protectíon of law against
the evils wich menace the health, safety, moral and welfare of the people. Liberty under the Constitution is thus necessarily
subject to the restraints of due process,
and regu'atíon which is reasonable in relation to its subject and is adopted in
lução do prob'ema do nosso bem estar clismos". O govêroo precisava agir para
salvar o povo e o regime, repondo as fôrças autocráticas privadas na devida subordinação ao poder público, que re presentava o interessa coletivo. E ex clama:
"A complexidade das relações
humanas crescentes impõe o reforço do
poder governamental — poder para im pedir o mal, poder para fazer o bem — "power to stop evil, power to do good". Muito havia ainda a fazer, adverte o
I
Dicesto
36
inconformados arautos do novo credo
dramatizar a situação, declarando que a vontade de um homem só prevalecia sôbre a de milhões, representando a maioria do país. Compunha-se, então, a Suprema Côrte
Econômico
every american.
nais sugeriu um processo para nêles
nor and as Prcsident proves my devo-
process".
tion to those liberties. You who know me can have no fear that I would tole-
dos juizes, faria este comentário: "Êles
declaradamente introduzir sangue novo: "new blood in the Courts". Quando um juiz atingisse à idade de setenta
de juizes todos nomeados pelas admi
anos, e ao invés de se aposentar, com
todas as vantagens, conforme se lhe
republicanas, e seis dos seus nove mem
asseguraria,
bros eram septuagenários. Roosevelt, no tunidade de nomear um só ministro. E
assim composta, constituía-se, no mo mento, aquela Côrte, em baluarte do conservantismo, retomando a tradição
que já custara ao país tragédias e imen sos prejuízos, decorrentes das históricas
Suestocs Dred Scott, do curso forçado o papel moeda, do impòsto de renda
e das leis anti-"trusts" — orientação rea-
preterisse permanecer em
função, seria lícito ao govémo nomear
mais um membro para a côrte respec tiva. A medida proposta, quanto à Su prema Côrte, eqüivalia a permitir a elevação imediata do número dos seus
juizes para quinze, e a nomeação de
mais seis membros novos, corresponden tes aos seis septuagenários que nela ti nham assento.
Nada como se vê de golpe de força,
j
cionária que merecera, no passado, se-
de ditatorial; apenas uma fórmula polí
I ^
veras objurgatórias de Ted Roosevelt e de Wilson. Pretendiam cs defensores do "New
permitia.
H Ueal que o sumo tribunal compreen
desse que a Constituição americana era nao um instrumento estático ou inerte,
mas plástico e vivo, canaz de adaptar-se as contingências e condições sociais no
vas. A posição que aquela Côrte assu mira, no dizer de um de seus membros, a transformava em "suner legis'atura"
37
Econômico
bretudo a de demora nos julgamentos, conforme expôs. E quanto aos tribu
nistrações anteriores, durante doze anos
seu primeiro quadriênio, não tivera opor
Dicesto
tica, liábil e cngenliosa, dc resolver uma
lei do Congresso, que a Constituição Roosevelt queria apenas um
"judiciário moderno para julgar os pro
blemas modernos através de ollios mo dernos".
A sensibilidade nacional havia sido,
porém, excitada e a resistência à pro
posta de Roosevelt se ampliou mesmo dentro do seu partido. Em discurso irradiado, o presidente esclareceu, com
My record as Gover-
rates the destruction by any branch of
govemment or any part of our heritage of
frcedom".
Durante a discussão, no Congresso, da lei proposta um dos velhos juizes adversários do "New Deal" se apo sentou, seguido de outro; e um tercei ro mais tarde morreu; e mesmo a opi
nião de alguns dos restantes se modi ficou. E graças a isso, sem nenhuma violência, sem o desrespeito de qualquer decisão judiciária, se atraves.sou uma das provas mais difíceis do sistema de go vémo dos Estados Unidos. A partir de março de 37, a Suprema Côrte mostrou
mais receptividade ãs iniciativas de re forma. O "New Deal" estava, porém, sacrificado, como plano de conjunto. O estado de incerteza e de insegurança lhe ia deter os avanços, e as iniciativas
futuras
seriam
isoladas,
e
de
menor
alcance.
De .qualquer
forma,
porém,
uma
frande vitória se conqiiistara, e sem a estruição do sistema constitucional do
"rule of law".
Reconheceu-se daí em
Roosevelt reclamava aprâas que os três poderes do Estado puxassem juntos-
simplicidade e lealdade tocantes, o obj©*-
diante maior poder regulador ao go vémo da União, permitindo-lhe reagir
"The three horse team of the amerí-
crise gravíssima, e de natureza tão pre
contra os abusos , das fôrças econômicas.
can system of govemmeut will pull together".
A emoção nacional suscitada pela crise foi profunda. Contra Roosevelt se inflamavam, mais uma vez, a grande
imprensa e todos os círculos conserva dores, denunciando ao país os propósitos
do presidente de se proclamar ditador, de instaurar o fascismo nos Estados
Unidos. Mas o coração liberal de Roo
sevelt não abrigava tão sinistros propó sitos. O que êle fez foi, em mensagem
de fevereiro de 1937, propor ao Con-
^■esso uma lei de reorganização da jus
tiça, para lhe corrigir as falhas, so-
tivo da reforma destinada a resolver mente que não se atenderia pelo demo
A legislação protetora do trabalho passou
the interest of the communíty is due Roosevelt,. derrotado pelo misoneísmo
conhecem
a legalidade, mas não a
vida".
A resistência dos impérios econômicos
Se o presidente conquistara a confiança e a calorosa simpatia do "common peo
ple", as poderosas .corporações econômi cas, tendo ao seu serviço a quase to
talidade da imprensa americana, não lhe davam tréguas. O "New Deal" objeti vava,
em
sua
essência,
uma
mais
equitativa distribuição da riqueza; e os magnatas resistiam tenazmente a
êste programa, que Roosevelt chamava de democratização econômica. Ao^ tér mino do primeiro período de governo, muito se projetara e se legislara, mas os resultados efetivos eram escassos. O presidente anuncia que apenas come
çara a luta: "we have had only just becua to fight". No discurso inaugu ral da segunda administração, proferido
em 20 ae janeiro de 1937, proclama
com deoisáo: "Precisamos estabelecer
controle eficiente sôbre fôrças econômi
cas cegas e homens cegamente egoís tas. . .
Não devemos admitir que seja
impossível encontrar um caminho para vencer o flagelo econômico, como en
contramos, depois de séculos de sofri
rado processo de reforma constitucional.
a merecer acolliida, contra o mito da liberdade de contrato, conforme se vê
mento fatais, um meio de vencer as epi demias. Recusamo-nós' a confiar a so
não feria a Carta Magna, e se baseava
destas palavras do Chief-Justice Roberts, modificando, aliás, o seu ponto
aos ventos do azar e à fm-ia dos cata-
A_ sugestão apresentada ao Congresso
em precedente. E Roosevelt, neste me morável "speech", fala da Constituição como de um livro santo: "I hope that you have re-read the Constitution of the Uniled States. . Like the Bib'e, it
ought to be read again and again". ficava nenhuma garantia ou liberdade, A reforma judiciária proposta não sacri
insistiu. "This proposal of mine wilí not infringe in the slightest upon the civil or relígious liberties so dear to
de vista anterior:
"Liberíy in each of
its phases has its hístory and connotations.
But tlie liberty safeguarded is
liberty in a social organization wliich
requires the protectíon of law against
the evils wich menace the health, safety, moral and welfare of the people. Liberty under the Constitution is thus necessarily
subject to the restraints of due process,
and regu'atíon which is reasonable in relation to its subject and is adopted in
lução do prob'ema do nosso bem estar clismos". O govêroo precisava agir para
salvar o povo e o regime, repondo as fôrças autocráticas privadas na devida subordinação ao poder público, que re presentava o interessa coletivo. E ex clama:
"A complexidade das relações
humanas crescentes impõe o reforço do
poder governamental — poder para im pedir o mal, poder para fazer o bem — "power to stop evil, power to do good". Muito havia ainda a fazer, adverte o
i|ii«uii.ii i .1IUI «pupiimui i. i
Dicesto Econômico
3S
curso, que bem sintetiza a sua orien
vícios e do desequilíbrio geral que quase o levaram à destruição. O governo de
tação constante.
A democracia estava
liberou que o sistema assim defendido
ameaçada, e esta ameaça pro\'inha da existência no país de milhões de cida
o reformado não poderá por mais tempo
presidente no patético final do seu dis
dãos, milhões de famílias, sem recursos
ser sujeito ao comando do grupo de homens e corporações que o dominaram
para as necessidades imediatas da exis
no falso "büom" anterior a 1929".
tência, sem meios de educação, sem OTOrtunidade de realizar um esfôrço que
Conforme demonstram, entre outros, David Lynch, no recentiíssimo "The Concentration of Economic Power", e
IHes melhorasse a sorte, "I see one third of a nation iil housed, ill clad, ill
nourished... the test of our progress is not whether we add more to the
abundance of those who have much; it
is whether we provide enough for those who have too Uttle".
Os dispossessed", os "forgotten men"
é que precisavam da proteção do go
verno mediante uma política social de
menor desigualdade e menor opressão econômica. Roosevelt prèga-a, e prociua executá-la por todos os meios.
N^te mesmo ano de 1937, em duas ou as manifestações, insiste no mesmo
Bcrie e Means, no notável trabalho que escreveram "The modern corporation and private properly", desde o começo do século, se acentuara a evolução do capitalismo individual ou do pequeno grupo, reunido sob a direção dos pró prios a.ssociados, para a grande econo mia das imensas corporações, verdadei ros impérios econômicos, sem frontei ras geográficas, com bilhões de dólares
39
Dicesto Econômico
nómicas privadas, o Estado se ia toman
do débil, impotente. Roosevelt, enfrentando os mais ter
ríveis opositores do "New Deal", não
sion. Nesta imagem pitoresca define o
grupos que ameaçavam a democracia 6 oprimiam o indivíduo. Quando se
econômico, "um cachorro de 96 centí
veriricou a crise de
1937, fruto do
novo desequilíbrio entre a produção e o consumo, a impressão geral foi de que para ela em represália muito con tribuirá a greve do capital. O criador do "New Deal" renovou
as suas investidas, estabelecendo o con-
iTole das atividades das companhias hol
ding, dificiíltando as manobras da espe culação, ampliando os meios de fiscali zação do Estado, reformando a legis
lação do imposto de renda, para reti rar mais dos que ganhavam mais, e im
milhares de acioni.stas. Era a formação da economia inonapolística, a mais tre menda concentração do poder econômico já profetizada aliás por Tocqueville. O
de abril de 1938, estão escritas estas
pedir as sonegações fraudulentas. Na mensagem do presidente ao Congresso,
palavras:
"A liberdade numa demo
pei^mento: "Q govêmo dos Estados kl ftoi posto esquece que o Billnão of Rignts na Constituição sò-
exemplar típico desses monstros ora a
cracia não está resguardada se o povo
American Telcphone and Telegraph
tolera o crescimento de um poder priva
inente para proteger a minoria contra
Company, que, em 1930, apresentava os
a mtolerancia da maioria, mas também para proteger a maioria contra a prepotencia da minoria". E de outra feitaNunca, como agora, em nossa história o bem estar daqueles que têm muito,
seguintes índices: capital de cinco bi
c sessenta e sete mií acronistas. Dois mil
grupo, ou por outro poder privado".
indivíduos dirigiam essas corporações, e
E cnama a atenção dó parlamento e do
deu de uma sociedade, ajustada de boa
país, O gigantismo das emprêsas pro
como daqueles que têm menos, depen
vontade, e na qual a boa vontade re
pouse sobre a sólida base de que todos tenham o bastante".
O "Nevv Deal" foi um ínfatigável es fôrço contra o imperialismo econômico
ta o quatro mil empregados, quinhentos
do até que êlc se torne mais forte do
que o próprio Estado democrático. Isto, em sua essência, é fascismo — proprie
país para a necessidade de uma melhor
duzia a dissociação entre a propriet^de e a direção, gerando conseqüências de
cional, alinhando as seguintes cifras"
ordem moral, econômica e social as
suem 87% do ativo de todas as outras;
Articuladas e
distribuição da riqueza o da renda na
impressionantes: 5% das corporações pos menos de 4% delas recebem 84% dos
dade de oportunidade e introduzir re gras morais nos negócios. "O objetivo
entrelaçadas entre si, por artifícios di versos, duzentas dessas corporações amalgamadas formavam o arcabouço da indústria americana. Tòda a nação, di reta, ou indiretamente, dêlas dependia.
lucros líquidos de todas as outras, dados
E o progresso de formação de pirâmides
do govêmo — diz Roosevelt, recapitulando a marcha reali2mda, na introdução
se acelerara rapidamente de 1919 a 1930. Esse crescimento ilimitado, à medida
8% tinha renda anual igual ou superior a
do volume dos seus documentos de
que se desenvolvia, ia fatalmente tor
1938, — era não só salvar o sistema,
nando mais aguda a crise do sistema capitalista. Diante dessas fòrças eco-
e a concentração de riquezas, um es
fôrço denodado para preservar a igual
como também livrá-lo dos abusos, dos
presidente o desequilíbrio do sistema metros movido por cauda de 4 centí metros".
Roosevelt não cessou de repetir as
suas advertências: "Os capitalistas vo razes serão devorados pelo fogo que
ó'es atearam"... "O capital e essen
cial; razoáveis compensações ao capital são essenciais; porém, o mau uso dos podcres do capital, ou a egoística su pervisão de seu emprêgo, precisam ter fim, ou o sistema capitalista se destrui
rá pelos próprios abusos". O presiden te tinha bem consciência de que não
era possível fazer marcha-à-ré, e anu lar o que resultará do próprio progresso técnico. O que se fazia necessário era,
pois, corrigir ou eliminar os abusos do poder econômico privado; e Roosevelt enumera os principais: evasão de im- ^ postos; excesso de capitalização; ajustes ^ sobre preços para eliminar a concor rência; propriedade ilegítima de pa
dade do govêmo pelo indivíduo, um - tentes com sacrifício do interêsse cole
governavam na verdade a economia do
mais variadas e graves.
as leis anti-"trusts" Sherman e Clayton;
e inoperante a Federal Trade Commis-
recuou na lula contra a ditadura dos
do capital, milhares do empregados e
lhões de dó'ares, quatrocentos e cinqüen
gócio, afastando a livre iniciativa, e para coibir os abusos eram ineficientes
que as investigações conduzidas pelo Tcmporary
National Economic Com-
mittee iam completar da seguinte ma
neira: só 36,5% da população tinha^enda superior a mil dólares por ano; apenas 3 mil dólares; 60% das famílias ameri canas tinha rendas insuficientes para as necessidades básicas. Acentuava Roo
sevelt que se estava destruindo a concórrôncia, eliminando o pequeno ne
tivo; descolocação das indústrias de um
Estado pura outro, em busca de salários
mais baixos; domínio das pequenas in dústrias e dos pequenos bancos pelos grupos financeiros.
A criação, em 1934, da Securities and Exchange Comission representou uma
medida moralizadora dos negócios des tinada a resguardar a boa fé dos toma dores de títulos a a assegurar a res
ponsabilidade dos administradores. Es tendendo, em 1935, a autoridade fisca- -
lizrtdora daquele órgão à "holding" pe lo Public Utility Holding Company Act,
o Congresso deu um grande passo no sentido de submeter ao "controle" ofi
cial inúmeras corporaçôe,s, cuja irres ponsabilidade era quase absoluta. E os movimentos no mesmo sentido não
cessaram dai por diante, sempre no pro-
i|ii«uii.ii i .1IUI «pupiimui i. i
Dicesto Econômico
3S
curso, que bem sintetiza a sua orien
vícios e do desequilíbrio geral que quase o levaram à destruição. O governo de
tação constante.
A democracia estava
liberou que o sistema assim defendido
ameaçada, e esta ameaça pro\'inha da existência no país de milhões de cida
o reformado não poderá por mais tempo
presidente no patético final do seu dis
dãos, milhões de famílias, sem recursos
ser sujeito ao comando do grupo de homens e corporações que o dominaram
para as necessidades imediatas da exis
no falso "büom" anterior a 1929".
tência, sem meios de educação, sem OTOrtunidade de realizar um esfôrço que
Conforme demonstram, entre outros, David Lynch, no recentiíssimo "The Concentration of Economic Power", e
IHes melhorasse a sorte, "I see one third of a nation iil housed, ill clad, ill
nourished... the test of our progress is not whether we add more to the
abundance of those who have much; it
is whether we provide enough for those who have too Uttle".
Os dispossessed", os "forgotten men"
é que precisavam da proteção do go
verno mediante uma política social de
menor desigualdade e menor opressão econômica. Roosevelt prèga-a, e prociua executá-la por todos os meios.
N^te mesmo ano de 1937, em duas ou as manifestações, insiste no mesmo
Bcrie e Means, no notável trabalho que escreveram "The modern corporation and private properly", desde o começo do século, se acentuara a evolução do capitalismo individual ou do pequeno grupo, reunido sob a direção dos pró prios a.ssociados, para a grande econo mia das imensas corporações, verdadei ros impérios econômicos, sem frontei ras geográficas, com bilhões de dólares
39
Dicesto Econômico
nómicas privadas, o Estado se ia toman
do débil, impotente. Roosevelt, enfrentando os mais ter
ríveis opositores do "New Deal", não
sion. Nesta imagem pitoresca define o
grupos que ameaçavam a democracia 6 oprimiam o indivíduo. Quando se
econômico, "um cachorro de 96 centí
veriricou a crise de
1937, fruto do
novo desequilíbrio entre a produção e o consumo, a impressão geral foi de que para ela em represália muito con tribuirá a greve do capital. O criador do "New Deal" renovou
as suas investidas, estabelecendo o con-
iTole das atividades das companhias hol
ding, dificiíltando as manobras da espe culação, ampliando os meios de fiscali zação do Estado, reformando a legis
lação do imposto de renda, para reti rar mais dos que ganhavam mais, e im
milhares de acioni.stas. Era a formação da economia inonapolística, a mais tre menda concentração do poder econômico já profetizada aliás por Tocqueville. O
de abril de 1938, estão escritas estas
pedir as sonegações fraudulentas. Na mensagem do presidente ao Congresso,
palavras:
"A liberdade numa demo
pei^mento: "Q govêmo dos Estados kl ftoi posto esquece que o Billnão of Rignts na Constituição sò-
exemplar típico desses monstros ora a
cracia não está resguardada se o povo
American Telcphone and Telegraph
tolera o crescimento de um poder priva
inente para proteger a minoria contra
Company, que, em 1930, apresentava os
a mtolerancia da maioria, mas também para proteger a maioria contra a prepotencia da minoria". E de outra feitaNunca, como agora, em nossa história o bem estar daqueles que têm muito,
seguintes índices: capital de cinco bi
c sessenta e sete mií acronistas. Dois mil
grupo, ou por outro poder privado".
indivíduos dirigiam essas corporações, e
E cnama a atenção dó parlamento e do
deu de uma sociedade, ajustada de boa
país, O gigantismo das emprêsas pro
como daqueles que têm menos, depen
vontade, e na qual a boa vontade re
pouse sobre a sólida base de que todos tenham o bastante".
O "Nevv Deal" foi um ínfatigável es fôrço contra o imperialismo econômico
ta o quatro mil empregados, quinhentos
do até que êlc se torne mais forte do
que o próprio Estado democrático. Isto, em sua essência, é fascismo — proprie
país para a necessidade de uma melhor
duzia a dissociação entre a propriet^de e a direção, gerando conseqüências de
cional, alinhando as seguintes cifras"
ordem moral, econômica e social as
suem 87% do ativo de todas as outras;
Articuladas e
distribuição da riqueza o da renda na
impressionantes: 5% das corporações pos menos de 4% delas recebem 84% dos
dade de oportunidade e introduzir re gras morais nos negócios. "O objetivo
entrelaçadas entre si, por artifícios di versos, duzentas dessas corporações amalgamadas formavam o arcabouço da indústria americana. Tòda a nação, di reta, ou indiretamente, dêlas dependia.
lucros líquidos de todas as outras, dados
E o progresso de formação de pirâmides
do govêmo — diz Roosevelt, recapitulando a marcha reali2mda, na introdução
se acelerara rapidamente de 1919 a 1930. Esse crescimento ilimitado, à medida
8% tinha renda anual igual ou superior a
do volume dos seus documentos de
que se desenvolvia, ia fatalmente tor
1938, — era não só salvar o sistema,
nando mais aguda a crise do sistema capitalista. Diante dessas fòrças eco-
e a concentração de riquezas, um es
fôrço denodado para preservar a igual
como também livrá-lo dos abusos, dos
presidente o desequilíbrio do sistema metros movido por cauda de 4 centí metros".
Roosevelt não cessou de repetir as
suas advertências: "Os capitalistas vo razes serão devorados pelo fogo que
ó'es atearam"... "O capital e essen
cial; razoáveis compensações ao capital são essenciais; porém, o mau uso dos podcres do capital, ou a egoística su pervisão de seu emprêgo, precisam ter fim, ou o sistema capitalista se destrui
rá pelos próprios abusos". O presiden te tinha bem consciência de que não
era possível fazer marcha-à-ré, e anu lar o que resultará do próprio progresso técnico. O que se fazia necessário era,
pois, corrigir ou eliminar os abusos do poder econômico privado; e Roosevelt enumera os principais: evasão de im- ^ postos; excesso de capitalização; ajustes ^ sobre preços para eliminar a concor rência; propriedade ilegítima de pa
dade do govêmo pelo indivíduo, um - tentes com sacrifício do interêsse cole
governavam na verdade a economia do
mais variadas e graves.
as leis anti-"trusts" Sherman e Clayton;
e inoperante a Federal Trade Commis-
recuou na lula contra a ditadura dos
do capital, milhares do empregados e
lhões de dó'ares, quatrocentos e cinqüen
gócio, afastando a livre iniciativa, e para coibir os abusos eram ineficientes
que as investigações conduzidas pelo Tcmporary
National Economic Com-
mittee iam completar da seguinte ma
neira: só 36,5% da população tinha^enda superior a mil dólares por ano; apenas 3 mil dólares; 60% das famílias ameri canas tinha rendas insuficientes para as necessidades básicas. Acentuava Roo
sevelt que se estava destruindo a concórrôncia, eliminando o pequeno ne
tivo; descolocação das indústrias de um
Estado pura outro, em busca de salários
mais baixos; domínio das pequenas in dústrias e dos pequenos bancos pelos grupos financeiros.
A criação, em 1934, da Securities and Exchange Comission representou uma
medida moralizadora dos negócios des tinada a resguardar a boa fé dos toma dores de títulos a a assegurar a res
ponsabilidade dos administradores. Es tendendo, em 1935, a autoridade fisca- -
lizrtdora daquele órgão à "holding" pe lo Public Utility Holding Company Act,
o Congresso deu um grande passo no sentido de submeter ao "controle" ofi
cial inúmeras corporaçôe,s, cuja irres ponsabilidade era quase absoluta. E os movimentos no mesmo sentido não
cessaram dai por diante, sempre no pro-
40
Dxcesto Econômico
pósílo de coibir os abusos do poder econômico. O Temporary National Economic Committee, no relatório dos seus trabalhos de 1941, assim sintetiza as suas conclusões, bem frisantes da
mentalidade criada pelo "New Deal**: "Se a democracia deve realmente sobre
viver, então todas as organizações atra
vés das quais o homem opera — in
dustriais, sociais e políticas — precisam ser igualmente democráticas.
experiência Roosevelt nos permite, tal vez, interpretá-la cm algumas das suai linlias gerais, através do seu tumultuário, caótico, e às vezes contraditório desen
volvimento.
Se sob víirios dos seus as
pectos políticos à luz da mentalidade e dos tradicionais método.s americanos, o
"New Deal" apresenta sentido revolu cionário, não foi, no plano social e eco
nômico nada mais do que o heróico
Digesto
41
Econômico
Agricultural Adjustment Act era o de um
lizado.
Limitou-se, por fim, ao "con
trole" imperfeito dos pontos-chave.
O vasto programa de planificação se
chocava com aquilo que Zink chama
ção, disse Roosevelt, rejeitamos qual
O que sobreviveu do "Neto Deal" Depois de 1937, o "New Deal" é mais um estado de espírito do que
Por uma permanente correção das gra
radical
jeffersoniana do governo fraco; a sua posição natural é a preconizada por Spencer — "The man versus the State".
ves fraquezas do nosso sistema econô
O dirigismo econômico — universal por
tuna realidade. A experiência de Roo-
dos velhos processos democráticos"...
sevelt prossegue, niutilada através de
mico, confiamos em novas aplicações
"A minha política é evitar a revolução. medidas esparsas. A crise dêsse ano, Eu quero salvar o capital", O pensamento e a ação rooseveltianos sempregados além de dez milhões, de- não se desdobraram segundo uma diretriz para destruir um sistema e subs de^W."" novo e vultoso programa rígida, tituí-lo por outro. O "New Deal" é
que elevou novamente o número de de-
uma política, e não uma doutrina. So bretudo uma política emocional. Nun
vência e a da civilização ameaçada pela barbárie. Roosevelt não cessa, po rém, de pregar as suas idéias renova doras, fiel às convicções profundas que
sempre o conduziram. E o país não faltaria ao seu grande condutor. A tra dição sagrada ao "third term" se que
sevelt era estreita para os seus empreen dimentos reformadores. As suas inicia
tivas essenciais só se expandiam, cons-
clamava uma "New Freedom", como o
professor idealista de Princeton, e reco
nhecia que "se a guerra mundial, que obrigou Wilson a consagrar oito anos aos negócios e.xteriores> não houvesse ocorrido, estaríamos hoje em situação diferente".
CIiamaram-no Kerensky; acusaram-no
de socialista, de comunista, de se pre tender transformar em ditador. Èle, em carta a um amigo, em 1938, explicou
com bonomía ás três razões por que era
incompatível com a ditadura: "não te nho inclinação para ser ditador; não te
nho nenhum atributo para ser um di tador bem sucedido; tenho muito pas sado histórico e muito conhecimento
tritos, a glória de Roosevelt, criação do
Congresso lhe criar obstáculos às ini
cias. Compreendeu sempre que era
cisões judiciárias, abalado as bases do sistema político. O seu esforço estrênuo se dirigiu serrmre em prol da de
.criador do "New Deal" não admitiria
humildade são atributos essenciais ao chefe de um governo democrático.
fesa dessas liberdades c do prestigio da democracia. "Nunca forcei a democra cia a tomar férias" — dizia, envaide
do, marcado de zíguezagues, de avan
ços e recuos, de guinadas para a direta e para a esquerda, segundo as necessi
dades táticas impostas pelas circunstân
preciso ceder, e que a paciência e a
Sua obra, pelos obstáculos que teve
de ^ncer, e que por vezes a inutili-
zaraih, pela ausência mesma de um sistema concebido e traçado em todos
em horas de perigo extremo.
jetou mais do que conseguiu realizar. Se o pensamento inicial que inspirou o National Industrial Recovery Act e o
bamos ae esboçar, a "vol-d'oiseau", da
da à autoridade da administração Roo
oportunidade e pela livre iniciativa. Re
quase sempre caprichoso e atormenta
mesmo, o caminho para atingí-lo foi
os porraenores, é incoerente, difusa e
A imperfeita reconstituiçâo que aca
Agindo dentro de um sistema federa tivo, em que o poder se distribui por 48 governos estaduais, a área reserva
coligadas, lutava pela igualdade de
grafos, respondeu quando lhe pergun
Se o
brou para que o governo continuasse
nas mãos do timoneiro experimentado
kee" uma camisa de força intolerável.
Lutando contra o imperialis
mo econômico das imensas corporações
ral, na vaga expressão da Constituição.
pela presunção de infalibilidade.
■esíÔTÇo de assegurar a própria sobrevi
sua própria essência — havia de fatal mente parecer ao individualismo "yan
política.
alvo dos seus movimentos foi sempre o
too opera-se gradativamente a muta
des organizações industriais são chama dos a participar das novas agências ad ministrativas, e a América se une no
Estados Unidos se educara na tradição
sevelt e de Wilson que conduziu a sua
cio externo e interestadual e de lançar
ca abandonou Roosevelt a idéia de que estava realizando apenas uma experiên cia, e não milagres; nunca se perturbou
ção de economia de paz em economfa de guerra com o pleno emprego e a p!ena produção. Os chefes daí gran
a planofobía americana. O cidadão dos
invariàvelmente sob a invocação de Jef-
das ditaduras que existem, para alimen tar o desejo de qualquer forma de di tadura para uma democracia como os
* clicint0 imoiâ-^p a preparaçao dos Estados Unidos para
se transformar no >ande arsenal""Svador das democracias. Dai para o fu-
No-
fersoD, de Cleveland, de Theodore Roo
ou a vigilância do Estado, só muito oarcíalmente pôde realizar o programa iaea-
íu 1 política não pode liberdade econômica não subsistir existe". se a
revolucionário
"Rerum
de socialização ou coletiviziição progres siva da economia, posta sob o comando
esfòrço de reforma de um sistema atin
quer progirama
da
vanim" e da "Quadrágesimo Ano". Foi
A liber-
gido por crise profunda. "Como na
deram os conselhos
ensaio de planificação geral, ou mesmo
dispersiva. Roosevelt, sem dúvida, pro
trangidamente, pe'as veredas das atri buições da União de regular o comér tributos para promover o bem estar ge
Posto no cativeiro desses poderes res
idealismo e da fôrça de vontade, é pre cisamente a de não haver, jamais, sacri ficado as liberdades, desrespeitado de
cido, o presidente.
Não negou, e não quis, nunca, des
truir o capitalismo.
Estados Unidos".
E a um dos seus bió
tou se não ficava impaciente vendo o ciativas, enquanto os ditadores impu nham fàcilmente a própria vontade. "Ditador? — replicou Roosevelt. — De maneira alguma. Sem oposição? Mas isso seria mortalmente aborrecido". . O
jamais que a. eficiência da sua obra
custasse o sacrifício dos valores espiri
tuais da civilização americana.
Processos democráticos
Procurou tão sò-
Ninguém exerceu o govêmo mais democràticamente mais em comunhão
cia. Qu s salvá-lo, poupando-o às cri. jes periódicas, que lhe ameaçam a dura ção. As suas reformas sociais não exce
velt citava c^ orgu)]tio era o de reco-
rnente hümanizá-Io, cortar-lhe os vícios, a. fim de lhe assegurar a sobreexistên-
com o povo. Um dos fatos que Roose
ber uma ^dia de 4 , mil cartas por dia
1
40
Dxcesto Econômico
pósílo de coibir os abusos do poder econômico. O Temporary National Economic Committee, no relatório dos seus trabalhos de 1941, assim sintetiza as suas conclusões, bem frisantes da
mentalidade criada pelo "New Deal**: "Se a democracia deve realmente sobre
viver, então todas as organizações atra
vés das quais o homem opera — in
dustriais, sociais e políticas — precisam ser igualmente democráticas.
experiência Roosevelt nos permite, tal vez, interpretá-la cm algumas das suai linlias gerais, através do seu tumultuário, caótico, e às vezes contraditório desen
volvimento.
Se sob víirios dos seus as
pectos políticos à luz da mentalidade e dos tradicionais método.s americanos, o
"New Deal" apresenta sentido revolu cionário, não foi, no plano social e eco
nômico nada mais do que o heróico
Digesto
41
Econômico
Agricultural Adjustment Act era o de um
lizado.
Limitou-se, por fim, ao "con
trole" imperfeito dos pontos-chave.
O vasto programa de planificação se
chocava com aquilo que Zink chama
ção, disse Roosevelt, rejeitamos qual
O que sobreviveu do "Neto Deal" Depois de 1937, o "New Deal" é mais um estado de espírito do que
Por uma permanente correção das gra
radical
jeffersoniana do governo fraco; a sua posição natural é a preconizada por Spencer — "The man versus the State".
ves fraquezas do nosso sistema econô
O dirigismo econômico — universal por
tuna realidade. A experiência de Roo-
dos velhos processos democráticos"...
sevelt prossegue, niutilada através de
mico, confiamos em novas aplicações
"A minha política é evitar a revolução. medidas esparsas. A crise dêsse ano, Eu quero salvar o capital", O pensamento e a ação rooseveltianos sempregados além de dez milhões, de- não se desdobraram segundo uma diretriz para destruir um sistema e subs de^W."" novo e vultoso programa rígida, tituí-lo por outro. O "New Deal" é
que elevou novamente o número de de-
uma política, e não uma doutrina. So bretudo uma política emocional. Nun
vência e a da civilização ameaçada pela barbárie. Roosevelt não cessa, po rém, de pregar as suas idéias renova doras, fiel às convicções profundas que
sempre o conduziram. E o país não faltaria ao seu grande condutor. A tra dição sagrada ao "third term" se que
sevelt era estreita para os seus empreen dimentos reformadores. As suas inicia
tivas essenciais só se expandiam, cons-
clamava uma "New Freedom", como o
professor idealista de Princeton, e reco
nhecia que "se a guerra mundial, que obrigou Wilson a consagrar oito anos aos negócios e.xteriores> não houvesse ocorrido, estaríamos hoje em situação diferente".
CIiamaram-no Kerensky; acusaram-no
de socialista, de comunista, de se pre tender transformar em ditador. Èle, em carta a um amigo, em 1938, explicou
com bonomía ás três razões por que era
incompatível com a ditadura: "não te nho inclinação para ser ditador; não te
nho nenhum atributo para ser um di tador bem sucedido; tenho muito pas sado histórico e muito conhecimento
tritos, a glória de Roosevelt, criação do
Congresso lhe criar obstáculos às ini
cias. Compreendeu sempre que era
cisões judiciárias, abalado as bases do sistema político. O seu esforço estrênuo se dirigiu serrmre em prol da de
.criador do "New Deal" não admitiria
humildade são atributos essenciais ao chefe de um governo democrático.
fesa dessas liberdades c do prestigio da democracia. "Nunca forcei a democra cia a tomar férias" — dizia, envaide
do, marcado de zíguezagues, de avan
ços e recuos, de guinadas para a direta e para a esquerda, segundo as necessi
dades táticas impostas pelas circunstân
preciso ceder, e que a paciência e a
Sua obra, pelos obstáculos que teve
de ^ncer, e que por vezes a inutili-
zaraih, pela ausência mesma de um sistema concebido e traçado em todos
em horas de perigo extremo.
jetou mais do que conseguiu realizar. Se o pensamento inicial que inspirou o National Industrial Recovery Act e o
bamos ae esboçar, a "vol-d'oiseau", da
da à autoridade da administração Roo
oportunidade e pela livre iniciativa. Re
quase sempre caprichoso e atormenta
mesmo, o caminho para atingí-lo foi
os porraenores, é incoerente, difusa e
A imperfeita reconstituiçâo que aca
Agindo dentro de um sistema federa tivo, em que o poder se distribui por 48 governos estaduais, a área reserva
coligadas, lutava pela igualdade de
grafos, respondeu quando lhe pergun
Se o
brou para que o governo continuasse
nas mãos do timoneiro experimentado
kee" uma camisa de força intolerável.
Lutando contra o imperialis
mo econômico das imensas corporações
ral, na vaga expressão da Constituição.
pela presunção de infalibilidade.
■esíÔTÇo de assegurar a própria sobrevi
sua própria essência — havia de fatal mente parecer ao individualismo "yan
política.
alvo dos seus movimentos foi sempre o
too opera-se gradativamente a muta
des organizações industriais são chama dos a participar das novas agências ad ministrativas, e a América se une no
Estados Unidos se educara na tradição
sevelt e de Wilson que conduziu a sua
cio externo e interestadual e de lançar
ca abandonou Roosevelt a idéia de que estava realizando apenas uma experiên cia, e não milagres; nunca se perturbou
ção de economia de paz em economfa de guerra com o pleno emprego e a p!ena produção. Os chefes daí gran
a planofobía americana. O cidadão dos
invariàvelmente sob a invocação de Jef-
das ditaduras que existem, para alimen tar o desejo de qualquer forma de di tadura para uma democracia como os
* clicint0 imoiâ-^p a preparaçao dos Estados Unidos para
se transformar no >ande arsenal""Svador das democracias. Dai para o fu-
No-
fersoD, de Cleveland, de Theodore Roo
ou a vigilância do Estado, só muito oarcíalmente pôde realizar o programa iaea-
íu 1 política não pode liberdade econômica não subsistir existe". se a
revolucionário
"Rerum
de socialização ou coletiviziição progres siva da economia, posta sob o comando
esfòrço de reforma de um sistema atin
quer progirama
da
vanim" e da "Quadrágesimo Ano". Foi
A liber-
gido por crise profunda. "Como na
deram os conselhos
ensaio de planificação geral, ou mesmo
dispersiva. Roosevelt, sem dúvida, pro
trangidamente, pe'as veredas das atri buições da União de regular o comér tributos para promover o bem estar ge
Posto no cativeiro desses poderes res
idealismo e da fôrça de vontade, é pre cisamente a de não haver, jamais, sacri ficado as liberdades, desrespeitado de
cido, o presidente.
Não negou, e não quis, nunca, des
truir o capitalismo.
Estados Unidos".
E a um dos seus bió
tou se não ficava impaciente vendo o ciativas, enquanto os ditadores impu nham fàcilmente a própria vontade. "Ditador? — replicou Roosevelt. — De maneira alguma. Sem oposição? Mas isso seria mortalmente aborrecido". . O
jamais que a. eficiência da sua obra
custasse o sacrifício dos valores espiri
tuais da civilização americana.
Processos democráticos
Procurou tão sò-
Ninguém exerceu o govêmo mais democràticamente mais em comunhão
cia. Qu s salvá-lo, poupando-o às cri. jes periódicas, que lhe ameaçam a dura ção. As suas reformas sociais não exce
velt citava c^ orgu)]tio era o de reco-
rnente hümanizá-Io, cortar-lhe os vícios, a. fim de lhe assegurar a sobreexistên-
com o povo. Um dos fatos que Roose
ber uma ^dia de 4 , mil cartas por dia
1
ryiiiHiiT VT'
Dioesto Econômico
42
— índice do interesse de que os gover
1940: "Mais de nove milhões de em
nados lhe cercavam a administração.
pregados na indústria privada do que
Hostilizado sempre pela quase totalida-
em março de 1933; <]uarcnla e dois nii-
da imprensa americana, falava pelo radio ao seu txtvo, de maneira constante,
Ihões de empregados com seguros de
diretamente, através de límpidos e vigo
rados contra o desemprego: convençõe.'!
velhice; vinte e nove milhões cie segu
rosos discursos, ouvidos em todos os
coletivas; salário mínimo, semana àf
Inres.
chats" explicava à nação todas as med.das mais importantes do govémo e
quarenta horas, proibição do trabalho infantil, salário médio superior ao de 1929; redução do custo da vida de 22ÍÍ
respondia às críticas dos adversários.
em relação a 1929; renda nacional ele
Nos seus freouentes "fireside-
Graças a êsses métodos é que nunca
vada a 74 bi'hões, quase o dobro da
me faltou a amizade popular.
registrada em 1932; redução considerá vel do número de falências; produção
A experiência Roosevelt foi uma ten
tativa de diiigismo econômico, de planificaçao empreendida em pleno regi me de liberdade política e de poderes limitados. Uma tentativa ousada deterpelas circunstâncias.
Em con
seqüência das dificuldades expostas, a ejmeriência não chegou a se definir, nidamente, em atos: ficou entre direções opostas, no conflito de forças contradinas, em posição intermediária, hosti-
iiz^a de ambos os lados.
s conservadores acusavam Roosevelt
das fábricas e mínas 13% maior do que
em 1929; nível de vida superior, sob todos os aspectos; maior movimento de compras e mais conforto geral; as obras da Tennessce Valley, poupando à na ção prejuízos anuais de 100 milliões de dólares e assegurando energia elétrica ao consumidor por preço correspondente à metade do preço médio nacional; a renda agrícola quase duplicada em re lação a 1932; milhares de lavradores
de destmir o "american system", o in-
libertados do risco de perderem as- fa zendas por execução hipotecária; um mi
nilí o'smo, a livre na iniciativa, in filtrar comunismo América.e de A ala
lhão
esquerda o tachava de super conserva dor, tímido e ineficiente. Para Laski, as medidas do "New Deal" correspon dem as dos governos liberais inc êses
de 1908 a 1910; para Walter Linpmm os códigos da N. R. A. represenWaní apenas uma imitação do que Colbert
já havia feito. Roosevelt — êle próprio — assim indicou a sua posição em ter mos aliás incorretos, porém expressivos:
de
fazendas
eletrificadas
desde
1933". É claro que estes dados tam bém reclamariani interpretação. Seria preciso investigar as influências da si tuação geral do mundo e as condições
novas criadas pela guerra.
Fora pre
ciso igualmente alinhar as cifras de con tra partida, entre outras as referentes
43
Econômico
que dela resultou pode parecer peque
em 1940, apenas 0,5%. Èstes dados não
no; mas, no momento, nas circunstân
significam outra coisa senão que Roose
cias e no meio em que Roosevelt a em
velt neutralizava com o seu programa de reforma — ainda que manco e desar-
preendeu ela representou uma providên cia salvadora, poupando uma convulsão que dos Estados Unidos se irradiaria fa talmente por todo o muqdo. E é por esta razão que um grande lüstoriaaor
diante a tarefa, apenas iniciada, ou esboçada.
adversários
lhe
mento com ôste
levantarão
dístico:
um
monu
"Ao último
campeão do capitalismo". A experiência Roosevelt se empreen deu através de todos os obstáculos de correntes de um sistema constitucional
rígido e da organização federativa, que restringe acentuadamente os poderes da União, em país imenso, e de fortes dife renças de condições entre as diversas re
giões e os diversos estados. Faltou-lhe,
to às necessidades superiores da defesa. Roosevelt não renegou, porém, o seu ideal. Nada — advertiu — poderia ser
vir de pretêxto para um retrocesso nas
conquistas sociais realizadas. Não ad mitiria que o conflito justificasse a vol
ta dos aousos e dos vícios, nem servisse
de fonte de proveitos exagerados, que
representariam a exploração do sofri
dros políticos americanos, estrat.ficados
turo mostrar a sua força, assegurando igualdade de oportunidade, trabalho
nos dois partidos tradicionais, e tão se melhantes nos seus traços fisionômicos
mento. A democracia deveria no fu
para os que querem trabaUiar, segu
fundamentais. Esta def.ciência o pres dente a teve de suprir como poude, valendo-se sobretudo do dom pessoal de
rança para os que dela precisam, as li
emocionar a opinião, por meío de seus
prol de uma constante elevação do "stan dard" de vida; e a e.xtinção dos privilé
discursos e proclamaç-ões. rooseveltiana
A pregação
manteve sempre viva a
transformação, em pais tão apegado à
"New Deal" sob esse critério contabi-
•Quando se tomou inevitável a parti cipação dos Estados Unidos na guerra, para lÍNtar o mundo da tirania, a situa ção nova fez com que o "New Deal" perdesse o primeiro plano, em holocaus
além disto, para a reforma projetada, o instrumenlo adequado, dentro dos qua
crescimento da incômoda burocracia.
Seria, entretanto, mesquinho julgar o
gou, porém, a criar, em substituição, o órgão ou o núcleo capaz de levar por
dores que a América conheceu desde Alexander Hami'ton, e outro profetiza que, um dia, os filhos dos seus ricos
à majoração da dívida nacional e ao Obra de profundo alcance
licit'ado — os escassos focos do radica
lismo político norte-americano; não che
o considera um dos maiores conserva
esperança da grande massa; e logrou
contra o socialismo de Estado, e contra
o socialismo privado. Conforme observa George Galloway, o "New Deal" ainda aguarda o vere
Digesto
absorver os fermentos mais ativos de
rotina o aos hábitos, no que diz res
peito à organização poCítica e social, como são os Estados Unidos. Os socia
listas que nas eleições de 1920 haviam
berdades civis para todos, e a aplica ção dos frutos do progresso científico em gios injustos de poucos.
Dos quadros da nação americana, a voz de Roosevelt se eleva, daí em dian
te, para exprimir os anseios da huma
nidade que se dilacera na luta. As quatro liberdades essenciais resumiram ns aspirações mínimas dos que se sacri
alcançado, com Debs, 920 mil votos, e
ficaram por um mundo melhor.
presenta uma imensa obra políKca e so-
em 1932, 884 mil, baixaram a 187 mil
sufrágios nas eleições de 1936, e a 99
As sombras da noite sem têrmo en volveram o incomparável lutador, antes
mil', no pleito de 1940, enquanto que os ccmunistas decresceram de 102 mil votos,
caminho do futiuo foi, porém, indica
mesmo autor. Se fôsse cabível essa
teúdo se hos afigure superado pelos acontecimentos, e que dentro em pouco a obra de Roosevelt, no mundo que se
apreciação aritmética, impressionariam os dados apresentados por Roosevelt em
transforma, seja apenas uma reminiscência histórica. O resíduo de conquistas
dicto -da história.
Os seus resultados
não podem ser julgados apenas através de cifras, como se se tratasse de conhe cer a situação de um banco, observa o
listico. Mutilado, desordenado, ê'e re
cial. É possível que hoje o seu con
que raiasse a aurora da nova era. O
obtidos em 1932, a 80 mil em 1936, e
do pela sua palavra generosa, esboçan
a 46 mil em 1940. Os chamados par tidos de esquerda representaram nas umas, em 1936, 2,9% do eleitorado, e
universal, que evite novas convulsões ®
do para todos os povos um "New Deal'* novas tragédias. Sua voz de\'e ser ou-.
ryiiiHiiT VT'
Dioesto Econômico
42
— índice do interesse de que os gover
1940: "Mais de nove milhões de em
nados lhe cercavam a administração.
pregados na indústria privada do que
Hostilizado sempre pela quase totalida-
em março de 1933; <]uarcnla e dois nii-
da imprensa americana, falava pelo radio ao seu txtvo, de maneira constante,
Ihões de empregados com seguros de
diretamente, através de límpidos e vigo
rados contra o desemprego: convençõe.'!
velhice; vinte e nove milhões cie segu
rosos discursos, ouvidos em todos os
coletivas; salário mínimo, semana àf
Inres.
chats" explicava à nação todas as med.das mais importantes do govémo e
quarenta horas, proibição do trabalho infantil, salário médio superior ao de 1929; redução do custo da vida de 22ÍÍ
respondia às críticas dos adversários.
em relação a 1929; renda nacional ele
Nos seus freouentes "fireside-
Graças a êsses métodos é que nunca
vada a 74 bi'hões, quase o dobro da
me faltou a amizade popular.
registrada em 1932; redução considerá vel do número de falências; produção
A experiência Roosevelt foi uma ten
tativa de diiigismo econômico, de planificaçao empreendida em pleno regi me de liberdade política e de poderes limitados. Uma tentativa ousada deterpelas circunstâncias.
Em con
seqüência das dificuldades expostas, a ejmeriência não chegou a se definir, nidamente, em atos: ficou entre direções opostas, no conflito de forças contradinas, em posição intermediária, hosti-
iiz^a de ambos os lados.
s conservadores acusavam Roosevelt
das fábricas e mínas 13% maior do que
em 1929; nível de vida superior, sob todos os aspectos; maior movimento de compras e mais conforto geral; as obras da Tennessce Valley, poupando à na ção prejuízos anuais de 100 milliões de dólares e assegurando energia elétrica ao consumidor por preço correspondente à metade do preço médio nacional; a renda agrícola quase duplicada em re lação a 1932; milhares de lavradores
de destmir o "american system", o in-
libertados do risco de perderem as- fa zendas por execução hipotecária; um mi
nilí o'smo, a livre na iniciativa, in filtrar comunismo América.e de A ala
lhão
esquerda o tachava de super conserva dor, tímido e ineficiente. Para Laski, as medidas do "New Deal" correspon dem as dos governos liberais inc êses
de 1908 a 1910; para Walter Linpmm os códigos da N. R. A. represenWaní apenas uma imitação do que Colbert
já havia feito. Roosevelt — êle próprio — assim indicou a sua posição em ter mos aliás incorretos, porém expressivos:
de
fazendas
eletrificadas
desde
1933". É claro que estes dados tam bém reclamariani interpretação. Seria preciso investigar as influências da si tuação geral do mundo e as condições
novas criadas pela guerra.
Fora pre
ciso igualmente alinhar as cifras de con tra partida, entre outras as referentes
43
Econômico
que dela resultou pode parecer peque
em 1940, apenas 0,5%. Èstes dados não
no; mas, no momento, nas circunstân
significam outra coisa senão que Roose
cias e no meio em que Roosevelt a em
velt neutralizava com o seu programa de reforma — ainda que manco e desar-
preendeu ela representou uma providên cia salvadora, poupando uma convulsão que dos Estados Unidos se irradiaria fa talmente por todo o muqdo. E é por esta razão que um grande lüstoriaaor
diante a tarefa, apenas iniciada, ou esboçada.
adversários
lhe
mento com ôste
levantarão
dístico:
um
monu
"Ao último
campeão do capitalismo". A experiência Roosevelt se empreen deu através de todos os obstáculos de correntes de um sistema constitucional
rígido e da organização federativa, que restringe acentuadamente os poderes da União, em país imenso, e de fortes dife renças de condições entre as diversas re
giões e os diversos estados. Faltou-lhe,
to às necessidades superiores da defesa. Roosevelt não renegou, porém, o seu ideal. Nada — advertiu — poderia ser
vir de pretêxto para um retrocesso nas
conquistas sociais realizadas. Não ad mitiria que o conflito justificasse a vol
ta dos aousos e dos vícios, nem servisse
de fonte de proveitos exagerados, que
representariam a exploração do sofri
dros políticos americanos, estrat.ficados
turo mostrar a sua força, assegurando igualdade de oportunidade, trabalho
nos dois partidos tradicionais, e tão se melhantes nos seus traços fisionômicos
mento. A democracia deveria no fu
para os que querem trabaUiar, segu
fundamentais. Esta def.ciência o pres dente a teve de suprir como poude, valendo-se sobretudo do dom pessoal de
rança para os que dela precisam, as li
emocionar a opinião, por meío de seus
prol de uma constante elevação do "stan dard" de vida; e a e.xtinção dos privilé
discursos e proclamaç-ões. rooseveltiana
A pregação
manteve sempre viva a
transformação, em pais tão apegado à
"New Deal" sob esse critério contabi-
•Quando se tomou inevitável a parti cipação dos Estados Unidos na guerra, para lÍNtar o mundo da tirania, a situa ção nova fez com que o "New Deal" perdesse o primeiro plano, em holocaus
além disto, para a reforma projetada, o instrumenlo adequado, dentro dos qua
crescimento da incômoda burocracia.
Seria, entretanto, mesquinho julgar o
gou, porém, a criar, em substituição, o órgão ou o núcleo capaz de levar por
dores que a América conheceu desde Alexander Hami'ton, e outro profetiza que, um dia, os filhos dos seus ricos
à majoração da dívida nacional e ao Obra de profundo alcance
licit'ado — os escassos focos do radica
lismo político norte-americano; não che
o considera um dos maiores conserva
esperança da grande massa; e logrou
contra o socialismo de Estado, e contra
o socialismo privado. Conforme observa George Galloway, o "New Deal" ainda aguarda o vere
Digesto
absorver os fermentos mais ativos de
rotina o aos hábitos, no que diz res
peito à organização poCítica e social, como são os Estados Unidos. Os socia
listas que nas eleições de 1920 haviam
berdades civis para todos, e a aplica ção dos frutos do progresso científico em gios injustos de poucos.
Dos quadros da nação americana, a voz de Roosevelt se eleva, daí em dian
te, para exprimir os anseios da huma
nidade que se dilacera na luta. As quatro liberdades essenciais resumiram ns aspirações mínimas dos que se sacri
alcançado, com Debs, 920 mil votos, e
ficaram por um mundo melhor.
presenta uma imensa obra políKca e so-
em 1932, 884 mil, baixaram a 187 mil
sufrágios nas eleições de 1936, e a 99
As sombras da noite sem têrmo en volveram o incomparável lutador, antes
mil', no pleito de 1940, enquanto que os ccmunistas decresceram de 102 mil votos,
caminho do futiuo foi, porém, indica
mesmo autor. Se fôsse cabível essa
teúdo se hos afigure superado pelos acontecimentos, e que dentro em pouco a obra de Roosevelt, no mundo que se
apreciação aritmética, impressionariam os dados apresentados por Roosevelt em
transforma, seja apenas uma reminiscência histórica. O resíduo de conquistas
dicto -da história.
Os seus resultados
não podem ser julgados apenas através de cifras, como se se tratasse de conhe cer a situação de um banco, observa o
listico. Mutilado, desordenado, ê'e re
cial. É possível que hoje o seu con
que raiasse a aurora da nova era. O
obtidos em 1932, a 80 mil em 1936, e
do pela sua palavra generosa, esboçan
a 46 mil em 1940. Os chamados par tidos de esquerda representaram nas umas, em 1936, 2,9% do eleitorado, e
universal, que evite novas convulsões ®
do para todos os povos um "New Deal'* novas tragédias. Sua voz de\'e ser ou-.
44
Digesto Econômico
P®*" todos os homens de boa von-
• ? de fraternidade fôrça persuasiva um timbre que nenhue ma outra igualou em nossos dias.
Eis
a sua advertência: "A democracia de
famintos enquanto aguardavam sem es perança diante da confusão e da fraque za do govêmo desorientado. Finalmen te, vencidos peto desalento, êles prefe
riram sacrificar a liberdade pela espe
sapareceu em várias nações não porque os povos^ dessas nações não amem a democracia, mas sim porque êles se
a defender a sua liberdade a qualquer
rança, êles se cansaram de ver os filhos
custo; 6 a primeira linha dessa defesa está na segurança econômica".
cansaram do desemprêgo e da insegu
rança de alcançar a'guma coisa para comer... O povo americano se dispõe
por Afonso Atunos de Melo Franco Especial para o "Digesto Econômico" O Congresso Industrial e Agrícola de Minas realizou tim severo exame das causas da crise do café, e não se pode negar que as diagnosticou com li^tdez.
Lúcidas também eram as recomendações terapêuticas para os males: reuwuo d^ tarifas de fretes, crédito barato para o financiamento das lavouras, melhoria^ na
qualidade do produto, com sacrifícios dos tipos maus, propagaria bem orterkçda tara o alargamento doàconsumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos ^ pressão dos baixistas estrangeiros.
de preço do café, nos mercados mun
tre Afonso Taunay estuda minuciosa
isto, mas o fator decisivo, conforme re
mente a grande crise da rubiácea veri ficada no alvorecer do século XX.
Foi uma crise comple.va, uma espé
cie de pano de amostra dos diversos fatôres econômicos, financeiros, sociais e
técnicos que, aos poucos, determinaram a mudança do ei.xo da economia brasi
leira para a indústria, trinta anos mais tarde.
Caio Prado Júnior, em certa passagem
da sua sucinta mas substancial "Histó ria Econômica do Brasil" faz, também,
íiVDC/STRíALfZAÇÃO DO ABACAXI
Estiveram no Mínísferío^ Agricultura, em conferência com técnicos àessa pasta, o ST. C. B. Lijon e Victor Thálman, dois especialistas da "Hawaiian Pineapple Companij , com objetivo de estudar a possibilidade de fomentar e desen volver grandes plantações de abacaxi nas regiões brasileiras mais indicadas. Os referidos técnicos americanos, segundo infornuiram, tratarão da escolha de locais e montagem de usinas para industrialização dêsse fruto, inclusive instalações de refrigeração e enlatamento, que visam a produção de um milhão de quilos de abacaxis em conservas, por ata de trabalho. O Brasil já produz, em média anual, 80 milhões de abacaxis, cultivados em' todos os Estados, com exceção do Rio Grande do Sul, destacando-se 25 milhões
em Pernambuco, 15 milhões em São Paulo e 10 milhões no Estado do Rio, seguido de perto pela Paraíba. Essa produção é obtida numa área de 9.500 hectares.
•
O fenômeno aterrador estava na baixa
volume nono da sua monumental No"História do Café no Brasil", o ilus
uma anáhsc interpretaUva de alta pre cisão e notável agudeza sobre os acontec mentos sombrios daquela época.
E, se quisermos deixar a fria e.xposição dos historiadores para entrarmos nos denoimentos de outra ordem, mais pal pitantes porque contemporâneos, encon traremos na excelente coleção dos "Do cumentos Parlamentares" uma série co-
píosa de fontes sobre o assunto. São discursos longos, às vêzes verdadeiros relatórios, em que entendidos ou curio
sos, como Alfredo EMis, Fausto Cardoso
diais.
Muitos fatôres concorriam para
feriu o grande presidente Rodrigues Alves na sua serena, corajosa e realista
mensagem dirigida ao Congresso no ano de 1903, era, sem dúvida, o aumento
espantoso da produção. De 1890 a 1902 a produção brasileira de café passara do quatro a quinze milhões de sacas, sem que o consumo mundial pudesse acompanhar, nem mesmo de muito lon
ge, esta vertiginosa ascenção.
Diante
de cifras tão contundentes, como ponde
rava Rodrigues Alves com toda razão, não se precisava ir buscar muito longe as causas da derrocada.
São Paulo, maior centro produtor do mundo, via-se atingido em p^eno cora
ção e em primeiro lu^ar. Naturalmen te por esta razão os aspectos pau istas da crise ofuscavam a todos os outros.
E também naturalmente por isto os his toriadores e estadistas focalizaram com mais evidência a situação de São Paulo. Mas o certo é que a economia minei
ra viu-se, por seu lado, duramente açoi
o outros, oferecem interessante panora
tada pelo veiidaval. Se é verdade que
ma do -que eram as idéias dos círculos dirigentes do Brasil daqueto tempo em
verdade também deve ser qu'e as gran
matéria de economia política.
quanto maior a nau maior a tormenta,
des naus contam com melhor aparelha-
44
Digesto Econômico
P®*" todos os homens de boa von-
• ? de fraternidade fôrça persuasiva um timbre que nenhue ma outra igualou em nossos dias.
Eis
a sua advertência: "A democracia de
famintos enquanto aguardavam sem es perança diante da confusão e da fraque za do govêmo desorientado. Finalmen te, vencidos peto desalento, êles prefe
riram sacrificar a liberdade pela espe
sapareceu em várias nações não porque os povos^ dessas nações não amem a democracia, mas sim porque êles se
a defender a sua liberdade a qualquer
rança, êles se cansaram de ver os filhos
custo; 6 a primeira linha dessa defesa está na segurança econômica".
cansaram do desemprêgo e da insegu
rança de alcançar a'guma coisa para comer... O povo americano se dispõe
por Afonso Atunos de Melo Franco Especial para o "Digesto Econômico" O Congresso Industrial e Agrícola de Minas realizou tim severo exame das causas da crise do café, e não se pode negar que as diagnosticou com li^tdez.
Lúcidas também eram as recomendações terapêuticas para os males: reuwuo d^ tarifas de fretes, crédito barato para o financiamento das lavouras, melhoria^ na
qualidade do produto, com sacrifícios dos tipos maus, propagaria bem orterkçda tara o alargamento doàconsumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos ^ pressão dos baixistas estrangeiros.
de preço do café, nos mercados mun
tre Afonso Taunay estuda minuciosa
isto, mas o fator decisivo, conforme re
mente a grande crise da rubiácea veri ficada no alvorecer do século XX.
Foi uma crise comple.va, uma espé
cie de pano de amostra dos diversos fatôres econômicos, financeiros, sociais e
técnicos que, aos poucos, determinaram a mudança do ei.xo da economia brasi
leira para a indústria, trinta anos mais tarde.
Caio Prado Júnior, em certa passagem
da sua sucinta mas substancial "Histó ria Econômica do Brasil" faz, também,
íiVDC/STRíALfZAÇÃO DO ABACAXI
Estiveram no Mínísferío^ Agricultura, em conferência com técnicos àessa pasta, o ST. C. B. Lijon e Victor Thálman, dois especialistas da "Hawaiian Pineapple Companij , com objetivo de estudar a possibilidade de fomentar e desen volver grandes plantações de abacaxi nas regiões brasileiras mais indicadas. Os referidos técnicos americanos, segundo infornuiram, tratarão da escolha de locais e montagem de usinas para industrialização dêsse fruto, inclusive instalações de refrigeração e enlatamento, que visam a produção de um milhão de quilos de abacaxis em conservas, por ata de trabalho. O Brasil já produz, em média anual, 80 milhões de abacaxis, cultivados em' todos os Estados, com exceção do Rio Grande do Sul, destacando-se 25 milhões
em Pernambuco, 15 milhões em São Paulo e 10 milhões no Estado do Rio, seguido de perto pela Paraíba. Essa produção é obtida numa área de 9.500 hectares.
•
O fenômeno aterrador estava na baixa
volume nono da sua monumental No"História do Café no Brasil", o ilus
uma anáhsc interpretaUva de alta pre cisão e notável agudeza sobre os acontec mentos sombrios daquela época.
E, se quisermos deixar a fria e.xposição dos historiadores para entrarmos nos denoimentos de outra ordem, mais pal pitantes porque contemporâneos, encon traremos na excelente coleção dos "Do cumentos Parlamentares" uma série co-
píosa de fontes sobre o assunto. São discursos longos, às vêzes verdadeiros relatórios, em que entendidos ou curio
sos, como Alfredo EMis, Fausto Cardoso
diais.
Muitos fatôres concorriam para
feriu o grande presidente Rodrigues Alves na sua serena, corajosa e realista
mensagem dirigida ao Congresso no ano de 1903, era, sem dúvida, o aumento
espantoso da produção. De 1890 a 1902 a produção brasileira de café passara do quatro a quinze milhões de sacas, sem que o consumo mundial pudesse acompanhar, nem mesmo de muito lon
ge, esta vertiginosa ascenção.
Diante
de cifras tão contundentes, como ponde
rava Rodrigues Alves com toda razão, não se precisava ir buscar muito longe as causas da derrocada.
São Paulo, maior centro produtor do mundo, via-se atingido em p^eno cora
ção e em primeiro lu^ar. Naturalmen te por esta razão os aspectos pau istas da crise ofuscavam a todos os outros.
E também naturalmente por isto os his toriadores e estadistas focalizaram com mais evidência a situação de São Paulo. Mas o certo é que a economia minei
ra viu-se, por seu lado, duramente açoi
o outros, oferecem interessante panora
tada pelo veiidaval. Se é verdade que
ma do -que eram as idéias dos círculos dirigentes do Brasil daqueto tempo em
verdade também deve ser qu'e as gran
matéria de economia política.
quanto maior a nau maior a tormenta,
des naus contam com melhor aparelha-
Dicesto Dicesto
46
mento de defesa que as menores, e, nesta conjuntura, a relativa pobreza de
quer girondno, que "a nossa vida
se dificuldades relativamente tão grandes
econômica tem chegado a um grau de abatimento e de descrédito que ameaça o desmoronamento da nossa própria so
quanto as que assolavam o seu vellio
berania política".
Minas fez com que o Estado atravessas
aliado político e poderoso vizinho do
O. declínio da imigração estrangeira, iniciada auspiciosamente em Minas no
sul.
fim do Império, era outro índice reve A crise em Minas
lador do mal estar geral.
Em 1897
tinham entrado no Estado 17.578 imi
As mensagens que o presidente mi neiro Francisco Sales enviou ao Con
gresso do Estado nos anos de 1903 e 1904 são impressionantes. O presidente tinha feito uma excur-
grantes.
Em 1902 eles não passaram
e, como disse Heitor de Sousa da tri
buna, com a sua proverbial eÜoquência, os homens pedindo inspirações ao própno desespero", ^ O volume físico da produção e da
exportação mineiras tinha subido. Mas
o seu valor decrescera implacàvelmente nos urimos anos, por causa da queda do cafe. Queda que arrastava tudo no declive, desde o valor das propriedades até a coragem dos lavradores e comer ciantes.
"O valor dos produtos — comenta melancòlicamente a mensagem presidencial
que nesta parte deve ter recebido a co
antes do famigerado Convênio de Tau-
estava em supor que pudessem os brasi leiros desamparados desvencühar-se da grande engrenagem capitalista interna
sastrosa, pois em Minas, como em São
retos do café.
Premido pelas circunstancias era o governo levado a uma política fiscal suicida, no intuito de colher os recursos
indispensáveis i\ manutenção dos seus serviços. Taxava as fontes de produ ção no que elas ainda tinham de flo rescente, aumentando assim as suas di
ficuldades.
Para uma receita de pouco mais de 16.000 contos as despesas inevitáveis iam além de 25.000.
Não escapava ao atilamento de An
tônio Carlos que uma das coisas mais
importantes a se fazer era tomar o con trole do café nos mercados de consu
mo. Mas isto, que êle desejou e preco nizou, se era acertado, escapava às pos
sibilidades do Brasi'. Estávamos engre nados numa máquina tremendamente poderosa de interêsses estranhos, máqui
laboração de Antônio Carlos, secretário
na internacional que ia desde a estrada
da Fazenda, — não compensa vantajo
de ferro que transportava o café no
samente o custo da produção, o que de
nosso território, passando pelo banco
termina a crise que a todos desalenta 6 vai nos depauperando o organismo
que financiava o produtor, ao ccmissá-
social".
que emprestava também ao fazendeiro
Graves pa'avras para um chefe de Es tado da ponderação de Sales. Palavras que encontrariam mais tarde eco vi
para comprar-lhe o café como queria,
río. geralmente dependente do banco,
baté a Comissão de Orçamento da Câ
mara estadual propunha ao plenário um projeto de lei no qual estavam esboça
das as medidas principais adotadas pelo
cional.
Congresso Industrial e Agrícola
referido Convênio.
Êsse projeto depois se transformou
na confusão, se revelam por algumas
na lei estadual número 400, de 13 de setembro de 1905, cujo artigo 10 é o
medidas adotadas precocemente.
seguinte:
Os esforços de Minas, para ver claro
em Belo Horizonte o Congresso Indus
lhe fora dado ver. Campos e cafezais abandonados nas melhores- terras e de
mmo, crise, dificuldades por toda parte. O comercio aHngido, o crédito retraído,
ra em outro campo de sugestões, pois
O seu engano
A situação financeira do governo não podia deixar de ser, e era de fato, de mente nos rendimentos diretos ou indi
hcavam à beira da linha férrea. Desâ-
dução. Tudo isto percebia muito bem o fino Antônio Carlos.
da cifra irrisória de 52.
Pau'o, o orçamento se baseava principal
mais fácil transporte, pois eram as que
47
Antes que se reunisse em São Paulo o Congresso de Lavradores, presidido
s,o na zona mais rica do Estado, a Mata,
e voltara bastante apreensivo com o quê
Económxco
Econômico
pelo Barão de Resende, tinha-se reunido trial e -Agrícola de Minas, ao qual a im
"Fica o Presidente do Estado autori zado a entrar em acordo com o Covêmo Federal e com os Estados interessados
na cultura do café, para adoção de rnedidas que tenham por fim valorizar ou
prensa cW tempo atribuiu enorme im
elevar o valor desse produto, regularizar
portância.
f;randcs figuras da economia e da po-
sua exportação e normalizar seu co
itica mineiras, como João Pinheiro, João Ribeiro (depois Ministro da Fazenda no
Tentativa de economia dirisida
segundo
A este congresso aderiram
governo
Rodrigues
A^.ves),
Monteiro cie Andrade (mais tarde dire
tor do Banco do Brasil), e políticos'de
projeção nacional, como Lauro MuUer, ao tempo Ministro da Viação. Também
mércio".
Em disposições posteriores a lei expli ca e amplia o sentido da valorização. Procurava não onerar o produtor mas impedir a compra por preços ditados de fora. E também proibia o aumento
ros da nova geração, que seriam em
das culturas, pois que a tanto eqüivalia um imposto proibitivo que era lançado
breve grandes figuras na vida pública
sôbre as novas plantações.
no Congresso, ensaiaram as armas minei da sua terra e do Brasil, como Afrànio de Melo Franco.
Os trabalhos do conclave realizam um
A grande batalha pela valorização do
café e limitação do seu plantio chegava ao termo em Minas Gerais.
Menos de
severo exame das causas da crise, e
seis meses depois, a 25 de fevereiro de
não se pode negar que as diagnosticaram
1906, Francisco Sales, Tibiriçá e Nilo Peçanha, presidentes dos três Estados in teressados, assinavam em Taubaté o
com lucidez.
Lúcidas também eram as
recomendações terapêuticas para os ma les: revisão das tarifas de fretes, cré
dito barato para o financiamento das lavouras, melhoria na quahdade do pro duto, com sacrifício dos tipos maus,
propaganda bem orientada para o alar gamento do consumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos à pressão -dos baixistas estrangeiros, baixistas que no entanto mantinham altos os preços nos mercados de consumo. Tudo muito
brante na voz do citado Heitor de
ate chegar aos "trusts" de vendedores nas praças da Europa e dos Estados Uni dos, que controlavam os enormés esto
Souáa, fogoso representante da Mata.
ques retidos nos mercados de consumo
Êste não vacilou em afirmar, como qual
e, portanto, os preço» «as zonas de pro-
gresso, Minas tomou também a diantei-
certo. Mas não havia força para cumprir êste programa.
Alem de precursora no caso do Con
convênio famoso que, como mostra Taunay, alcançou não sòmente no Brasil, mas nos círculos econômicos de todo mundo, funda repercussão.
Era uma tentativa precoce de econo
mia dirigida, de intervenção do Estado no livre jogo da iniciativa, que o Brasil vinha praticar naqueles tempos de libe ralismo econômico predominante. Em certo sentido, e à rista dos fatos
relatados, pode-se considerar que os po líticos mineiros foram precursores dêste movimento, no campo das realizações legislativas.
Dicesto Dicesto
46
mento de defesa que as menores, e, nesta conjuntura, a relativa pobreza de
quer girondno, que "a nossa vida
se dificuldades relativamente tão grandes
econômica tem chegado a um grau de abatimento e de descrédito que ameaça o desmoronamento da nossa própria so
quanto as que assolavam o seu vellio
berania política".
Minas fez com que o Estado atravessas
aliado político e poderoso vizinho do
O. declínio da imigração estrangeira, iniciada auspiciosamente em Minas no
sul.
fim do Império, era outro índice reve A crise em Minas
lador do mal estar geral.
Em 1897
tinham entrado no Estado 17.578 imi
As mensagens que o presidente mi neiro Francisco Sales enviou ao Con
gresso do Estado nos anos de 1903 e 1904 são impressionantes. O presidente tinha feito uma excur-
grantes.
Em 1902 eles não passaram
e, como disse Heitor de Sousa da tri
buna, com a sua proverbial eÜoquência, os homens pedindo inspirações ao própno desespero", ^ O volume físico da produção e da
exportação mineiras tinha subido. Mas
o seu valor decrescera implacàvelmente nos urimos anos, por causa da queda do cafe. Queda que arrastava tudo no declive, desde o valor das propriedades até a coragem dos lavradores e comer ciantes.
"O valor dos produtos — comenta melancòlicamente a mensagem presidencial
que nesta parte deve ter recebido a co
antes do famigerado Convênio de Tau-
estava em supor que pudessem os brasi leiros desamparados desvencühar-se da grande engrenagem capitalista interna
sastrosa, pois em Minas, como em São
retos do café.
Premido pelas circunstancias era o governo levado a uma política fiscal suicida, no intuito de colher os recursos
indispensáveis i\ manutenção dos seus serviços. Taxava as fontes de produ ção no que elas ainda tinham de flo rescente, aumentando assim as suas di
ficuldades.
Para uma receita de pouco mais de 16.000 contos as despesas inevitáveis iam além de 25.000.
Não escapava ao atilamento de An
tônio Carlos que uma das coisas mais
importantes a se fazer era tomar o con trole do café nos mercados de consu
mo. Mas isto, que êle desejou e preco nizou, se era acertado, escapava às pos
sibilidades do Brasi'. Estávamos engre nados numa máquina tremendamente poderosa de interêsses estranhos, máqui
laboração de Antônio Carlos, secretário
na internacional que ia desde a estrada
da Fazenda, — não compensa vantajo
de ferro que transportava o café no
samente o custo da produção, o que de
nosso território, passando pelo banco
termina a crise que a todos desalenta 6 vai nos depauperando o organismo
que financiava o produtor, ao ccmissá-
social".
que emprestava também ao fazendeiro
Graves pa'avras para um chefe de Es tado da ponderação de Sales. Palavras que encontrariam mais tarde eco vi
para comprar-lhe o café como queria,
río. geralmente dependente do banco,
baté a Comissão de Orçamento da Câ
mara estadual propunha ao plenário um projeto de lei no qual estavam esboça
das as medidas principais adotadas pelo
cional.
Congresso Industrial e Agrícola
referido Convênio.
Êsse projeto depois se transformou
na confusão, se revelam por algumas
na lei estadual número 400, de 13 de setembro de 1905, cujo artigo 10 é o
medidas adotadas precocemente.
seguinte:
Os esforços de Minas, para ver claro
em Belo Horizonte o Congresso Indus
lhe fora dado ver. Campos e cafezais abandonados nas melhores- terras e de
mmo, crise, dificuldades por toda parte. O comercio aHngido, o crédito retraído,
ra em outro campo de sugestões, pois
O seu engano
A situação financeira do governo não podia deixar de ser, e era de fato, de mente nos rendimentos diretos ou indi
hcavam à beira da linha férrea. Desâ-
dução. Tudo isto percebia muito bem o fino Antônio Carlos.
da cifra irrisória de 52.
Pau'o, o orçamento se baseava principal
mais fácil transporte, pois eram as que
47
Antes que se reunisse em São Paulo o Congresso de Lavradores, presidido
s,o na zona mais rica do Estado, a Mata,
e voltara bastante apreensivo com o quê
Económxco
Econômico
pelo Barão de Resende, tinha-se reunido trial e -Agrícola de Minas, ao qual a im
"Fica o Presidente do Estado autori zado a entrar em acordo com o Covêmo Federal e com os Estados interessados
na cultura do café, para adoção de rnedidas que tenham por fim valorizar ou
prensa cW tempo atribuiu enorme im
elevar o valor desse produto, regularizar
portância.
f;randcs figuras da economia e da po-
sua exportação e normalizar seu co
itica mineiras, como João Pinheiro, João Ribeiro (depois Ministro da Fazenda no
Tentativa de economia dirisida
segundo
A este congresso aderiram
governo
Rodrigues
A^.ves),
Monteiro cie Andrade (mais tarde dire
tor do Banco do Brasil), e políticos'de
projeção nacional, como Lauro MuUer, ao tempo Ministro da Viação. Também
mércio".
Em disposições posteriores a lei expli ca e amplia o sentido da valorização. Procurava não onerar o produtor mas impedir a compra por preços ditados de fora. E também proibia o aumento
ros da nova geração, que seriam em
das culturas, pois que a tanto eqüivalia um imposto proibitivo que era lançado
breve grandes figuras na vida pública
sôbre as novas plantações.
no Congresso, ensaiaram as armas minei da sua terra e do Brasil, como Afrànio de Melo Franco.
Os trabalhos do conclave realizam um
A grande batalha pela valorização do
café e limitação do seu plantio chegava ao termo em Minas Gerais.
Menos de
severo exame das causas da crise, e
seis meses depois, a 25 de fevereiro de
não se pode negar que as diagnosticaram
1906, Francisco Sales, Tibiriçá e Nilo Peçanha, presidentes dos três Estados in teressados, assinavam em Taubaté o
com lucidez.
Lúcidas também eram as
recomendações terapêuticas para os ma les: revisão das tarifas de fretes, cré
dito barato para o financiamento das lavouras, melhoria na quahdade do pro duto, com sacrifício dos tipos maus,
propaganda bem orientada para o alar gamento do consumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos à pressão -dos baixistas estrangeiros, baixistas que no entanto mantinham altos os preços nos mercados de consumo. Tudo muito
brante na voz do citado Heitor de
ate chegar aos "trusts" de vendedores nas praças da Europa e dos Estados Uni dos, que controlavam os enormés esto
Souáa, fogoso representante da Mata.
ques retidos nos mercados de consumo
Êste não vacilou em afirmar, como qual
e, portanto, os preço» «as zonas de pro-
gresso, Minas tomou também a diantei-
certo. Mas não havia força para cumprir êste programa.
Alem de precursora no caso do Con
convênio famoso que, como mostra Taunay, alcançou não sòmente no Brasil, mas nos círculos econômicos de todo mundo, funda repercussão.
Era uma tentativa precoce de econo
mia dirigida, de intervenção do Estado no livre jogo da iniciativa, que o Brasil vinha praticar naqueles tempos de libe ralismo econômico predominante. Em certo sentido, e à rista dos fatos
relatados, pode-se considerar que os po líticos mineiros foram precursores dêste movimento, no campo das realizações legislativas.
49
Dicesto Econômico
Progressos do Brasil
Constituiç-ão, sob a qual age o govêfno, é por conseguinte de suma importância não apenas para o bem estar aa nação,
X — Constituição e govêmo
em seu conjunto, mas para todo indiví
por Seiaward Humphwy
(especial para o 'dicesto ECONÓNnCO")
(Economista inglês)
um país, e a forma e dimensões de
o govêmo se viu forçado a tomar algu
seu desenvolvimento econômico, são mo
Há dois tipos principais de Constituição: um geralmente se classifica coino "liberal",
Há dois tipos principais de Constitui
na e o desenvolvimento das cidades
modernas — o último conseqüência da primeira - verificou-se um grande au
Em muitos países houve condições,
devidas ao resultado da guerra, em que
sendo comum às grandes democracias; o outro é chamado "totalitário", e dêle
JJtjnANTE a evolução da era da máqui
comunidade.
duo dentro do Estado. O progresso de
delados pelo tipo de Constituição sob a oual o povo é dirigido.
constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente destruído 0 o Estado autoritário dos Sooiets. Todo país independente aceita e adota uma ou outra forma, de que fato nada têm de comum, pois são antitéticas entre si.
dade biológica e o indivíduo apenas existem em função dos ínterêsses da
mas medidas de controle totalitário, a
hm de prevenir a anarquia e evitar a fome do povo. É necessário, portanto,
que conheçamos as condições em que
ção: um geralmente se classifica como
o mundo, submetido a elementos anor
"liberal", sendo comum às grandes de mocracias; o outro 6 chamado "totalitá
mos decidir se, e em que e.xtensão, nosso
rio", e dêle constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente
funcionários, pois mesmo os impostos
destruído e o Estado autoritário dos So-
eram arrecadados de uma minoria rela
i^ets. Todo país independente aceita e
tivamente pequena.
adota uma ou outra forma.
Êsses dois tipos nada têm de comum:
mais, tem caminhado. Só então podere
próprio país foi envolvido pelo polvo da guerra. Procuremos ser claros acerca dessas duas ideologias fimdamentalmente opostas, porque em breve seremos leva dos a escolher sob que forma deveremos permanentemente viver.
mento nas atividades governamentais.
Contudo, em anos recentes, a respon sabilidade dos governos se alargou, como
de fato, são antitéticos entre si.
as manufaturas ainda se encontravam
6 geralmente sabido, de maneira a abar
primeiro — o "liberal" — encara a ques
na fase artesanal, o objetívo do trabalho
car não apenas as antigas tarefas, mas
tão governamental do ponto de vista da
adnunistrativo se limitava, em todos os
muitas outras medidas sociais, como
pessoa humana. Representa o princípio
por exempo o saneamento dos pântanos,
popular do ângulo do indivíduo, tudo
básicos: defesa da soberania nacional
o combate às pragas e pestes, etc., assim como o estabelecimento do seguro con
combinado a fim de alcançar uma opi
tra o desemprego, contra os acidentes e
ria. O segundo — o "totalitário", tam
titujiiçào possam ser amaJgamados na prática por uma espécie de compro
outras circunstâncias adversas, juntamen te com a fiscalização das condições fa
bém conhecido por sistema "coletivista" — encara a mesma questão do ponto de
declarou que "é inconcebível que a Re
Antes do sécu'o XIX, isto é, enquanto
países, princ palmente aos cinco serviços
conta ameaças externas, proteção das institui^es públicas, das pessoas e suas propriedades, manutenção da lei e da
ordem por parte das côrtes de justiça, destinadas a deter e julgar possíveis in fratores e a dirimir disputas entre os
particulares, a imposição e arrecadação do impostos razoáveis, que atendessem às despesas da administração, e o con trole e em-ssão do meio circulante.
Em muitos países, a criação e conser
va das rodovias públicas, das pontes e
portos, etc., não se ina'uíam em tal pro grama.
O mesmo acontecia com os
O
nião que seja a média aceita pela maio
bris, das horas de trabalho e dos níveis
vista do Estado, representado nos que
de salário.
governam.
Além disso, durante os anos de guer ra, essa fiscalização se estende aos pre
O conflito que se trava entre os ho mens a este respeito decorre de úm
Se
dência de lun ou outro destes tipos
irreconciliáveis de Constituição, p^ye-
ser o critério supremo. Uns marcham da base para o vértice, outros do vér
em jogo.
das áreas de produção aos grandes cen
tros consumidores. Vê-se, portanto, que
que seja a sua posição na vida. Tipos de Constituição
seus
nunca se punha em contacto com os
Em xiltima instância,
uma ou outra forma prevalecerá".
da comunidade em seu conjunto, devem
tice para a base.
Os seus caminhos
losofias irreconciliáveis A forma liberal
fins que em sua grande maioria a nação
demais Estados.
para outros, os interesses do Estado, ou
bros da comunidade, por ma's humilde
bmitadas nos
pública Soviética possa sobreviver du rante um longo período, lado a lado dos
ou defic'ência nos meios de transporte
Todos os infelizes deviam ser socorridos
tão
misso. Eis uma ilusão perigosa. Lenin
interesses individuais devem prevalecer;
so cruzam em direções opostas. Podem encontrar-se em algum ponto, mas ape
mentais eram
que êsses dois diferentes tipos de Cons-
que se verifica crise de abastecimento
reservas armazenadas, nos momentos em
feitio psicológico diverso. Para uns, os
asilos para órfãos, para os idosos e os incapacitados por moléstia ou acidente.
Estado. De fato, as medidas governa
Muita gente, nos países democráti cos, alimenta a crença e a esperança de
a coisa é assim, então importa saber o que está implícito na luta pela ascen
ços dos artigos essenciais e mesmo às
o objetivo das atividades governamentais é, hoje em dia, matéria de vital interes se e de importância para todos os mem
pela iniciativa privada. A educação em parte alguma era proporcionada pelo
Antagonismos
Ora, todo govêmo extrai a sua autori dade da Constituição.-. O caráter dessa
nas como antagonístas, pois esposam fi considera o homem uma entidade pen
sante, agindo por sua própria iniciativa, com sua vida e sua carreira em suas
próprias mãos; a forma coletivista pro cura copiar os característicos da vida social dos insetos, em cujo grupo, a uni
mos ser claros a respeito das soluções Reduzida aos princípios essenciais,^ a diferença entre as duas Constituições pode ser expressa da seguinte maneira; a forma liberal toma o Estado servo do homem; a forma coletivista toma o ho
mem servo do Estado. A primeira pre serva a liberdade e a ação independente do indivíduo; a outra as aniquila.
A
primeira peroiite que as miriades de transações integrantes da vida de um
país constituam o negócio das pessoas
49
Dicesto Econômico
Progressos do Brasil
Constituiç-ão, sob a qual age o govêfno, é por conseguinte de suma importância não apenas para o bem estar aa nação,
X — Constituição e govêmo
em seu conjunto, mas para todo indiví
por Seiaward Humphwy
(especial para o 'dicesto ECONÓNnCO")
(Economista inglês)
um país, e a forma e dimensões de
o govêmo se viu forçado a tomar algu
seu desenvolvimento econômico, são mo
Há dois tipos principais de Constituição: um geralmente se classifica coino "liberal",
Há dois tipos principais de Constitui
na e o desenvolvimento das cidades
modernas — o último conseqüência da primeira - verificou-se um grande au
Em muitos países houve condições,
devidas ao resultado da guerra, em que
sendo comum às grandes democracias; o outro é chamado "totalitário", e dêle
JJtjnANTE a evolução da era da máqui
comunidade.
duo dentro do Estado. O progresso de
delados pelo tipo de Constituição sob a oual o povo é dirigido.
constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente destruído 0 o Estado autoritário dos Sooiets. Todo país independente aceita e adota uma ou outra forma, de que fato nada têm de comum, pois são antitéticas entre si.
dade biológica e o indivíduo apenas existem em função dos ínterêsses da
mas medidas de controle totalitário, a
hm de prevenir a anarquia e evitar a fome do povo. É necessário, portanto,
que conheçamos as condições em que
ção: um geralmente se classifica como
o mundo, submetido a elementos anor
"liberal", sendo comum às grandes de mocracias; o outro 6 chamado "totalitá
mos decidir se, e em que e.xtensão, nosso
rio", e dêle constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente
funcionários, pois mesmo os impostos
destruído e o Estado autoritário dos So-
eram arrecadados de uma minoria rela
i^ets. Todo país independente aceita e
tivamente pequena.
adota uma ou outra forma.
Êsses dois tipos nada têm de comum:
mais, tem caminhado. Só então podere
próprio país foi envolvido pelo polvo da guerra. Procuremos ser claros acerca dessas duas ideologias fimdamentalmente opostas, porque em breve seremos leva dos a escolher sob que forma deveremos permanentemente viver.
mento nas atividades governamentais.
Contudo, em anos recentes, a respon sabilidade dos governos se alargou, como
de fato, são antitéticos entre si.
as manufaturas ainda se encontravam
6 geralmente sabido, de maneira a abar
primeiro — o "liberal" — encara a ques
na fase artesanal, o objetívo do trabalho
car não apenas as antigas tarefas, mas
tão governamental do ponto de vista da
adnunistrativo se limitava, em todos os
muitas outras medidas sociais, como
pessoa humana. Representa o princípio
por exempo o saneamento dos pântanos,
popular do ângulo do indivíduo, tudo
básicos: defesa da soberania nacional
o combate às pragas e pestes, etc., assim como o estabelecimento do seguro con
combinado a fim de alcançar uma opi
tra o desemprego, contra os acidentes e
ria. O segundo — o "totalitário", tam
titujiiçào possam ser amaJgamados na prática por uma espécie de compro
outras circunstâncias adversas, juntamen te com a fiscalização das condições fa
bém conhecido por sistema "coletivista" — encara a mesma questão do ponto de
declarou que "é inconcebível que a Re
Antes do sécu'o XIX, isto é, enquanto
países, princ palmente aos cinco serviços
conta ameaças externas, proteção das institui^es públicas, das pessoas e suas propriedades, manutenção da lei e da
ordem por parte das côrtes de justiça, destinadas a deter e julgar possíveis in fratores e a dirimir disputas entre os
particulares, a imposição e arrecadação do impostos razoáveis, que atendessem às despesas da administração, e o con trole e em-ssão do meio circulante.
Em muitos países, a criação e conser
va das rodovias públicas, das pontes e
portos, etc., não se ina'uíam em tal pro grama.
O mesmo acontecia com os
O
nião que seja a média aceita pela maio
bris, das horas de trabalho e dos níveis
vista do Estado, representado nos que
de salário.
governam.
Além disso, durante os anos de guer ra, essa fiscalização se estende aos pre
O conflito que se trava entre os ho mens a este respeito decorre de úm
Se
dência de lun ou outro destes tipos
irreconciliáveis de Constituição, p^ye-
ser o critério supremo. Uns marcham da base para o vértice, outros do vér
em jogo.
das áreas de produção aos grandes cen
tros consumidores. Vê-se, portanto, que
que seja a sua posição na vida. Tipos de Constituição
seus
nunca se punha em contacto com os
Em xiltima instância,
uma ou outra forma prevalecerá".
da comunidade em seu conjunto, devem
tice para a base.
Os seus caminhos
losofias irreconciliáveis A forma liberal
fins que em sua grande maioria a nação
demais Estados.
para outros, os interesses do Estado, ou
bros da comunidade, por ma's humilde
bmitadas nos
pública Soviética possa sobreviver du rante um longo período, lado a lado dos
ou defic'ência nos meios de transporte
Todos os infelizes deviam ser socorridos
tão
misso. Eis uma ilusão perigosa. Lenin
interesses individuais devem prevalecer;
so cruzam em direções opostas. Podem encontrar-se em algum ponto, mas ape
mentais eram
que êsses dois diferentes tipos de Cons-
que se verifica crise de abastecimento
reservas armazenadas, nos momentos em
feitio psicológico diverso. Para uns, os
asilos para órfãos, para os idosos e os incapacitados por moléstia ou acidente.
Estado. De fato, as medidas governa
Muita gente, nos países democráti cos, alimenta a crença e a esperança de
a coisa é assim, então importa saber o que está implícito na luta pela ascen
ços dos artigos essenciais e mesmo às
o objetivo das atividades governamentais é, hoje em dia, matéria de vital interes se e de importância para todos os mem
pela iniciativa privada. A educação em parte alguma era proporcionada pelo
Antagonismos
Ora, todo govêmo extrai a sua autori dade da Constituição.-. O caráter dessa
nas como antagonístas, pois esposam fi considera o homem uma entidade pen
sante, agindo por sua própria iniciativa, com sua vida e sua carreira em suas
próprias mãos; a forma coletivista pro cura copiar os característicos da vida social dos insetos, em cujo grupo, a uni
mos ser claros a respeito das soluções Reduzida aos princípios essenciais,^ a diferença entre as duas Constituições pode ser expressa da seguinte maneira; a forma liberal toma o Estado servo do homem; a forma coletivista toma o ho
mem servo do Estado. A primeira pre serva a liberdade e a ação independente do indivíduo; a outra as aniquila.
A
primeira peroiite que as miriades de transações integrantes da vida de um
país constituam o negócio das pessoas
Dicesto Eco^IÓ^DCo
50
5i
Dicesto Econômico
que compõem a nação; a outra as funde
gime de escravidão. Em outras palavras,
como cm tôda parte se faz, ou se está
real de tuna comunidade democrática
num vasto monónolio de Estado, sobre
deverá decidir se descia um retomo à
o qual ninguém possui qualquer judisdi-
"economia livre" dos velhos tempos re-
fazendo, permanecer livro. Oportuna mente, pois, reexaminará os termos do
repousa no equilíbrio dos direitos indi
pacto constitucional, que agora, em vir tude das mudanças operadas nos tipos
conjunto.
ção, exceto o executivo governamental. Numa economia 'ibera! o homem é livre;
Íiubrcanos ou um desenvolvimento que ova a qua'quer Estado totalitário.
numa economia coletivista é prisioneiro
do regime. Estas são condições funda mentalmente diversas para o indivíduo, pois não há meio termo entre a liberda
de e a escravidão.
Um animal num
jardim zoológ co é um prisioneiro. Seu
cercado ou sua jaula podem ser largos, e o meio pode simular exatamente o seu
"habitat" natural. Mas, apesar de tudo, é um prisioneiro. Não tem a liberdade do dispor de seu próprio destino. Não
pode levar a vida para a qual foi cr ado.
É a'ojado e a'imentado pelos .seus se nhores, e os seus atos são circunscritos.
Nos dias correntes, apesar de uma aparencia de liberdade, o homem e por
toda parte ainda um cativo da economia coletivista que se desenvolveu com as
exigências da guerra. Ê'e não pode ir
pBra onde queira, nem dispender o seu capital como meUior lhe convenha. Seu
cercado está no tamanho de seu país. Nao pode duigir-se para o próximo ou para qualquer outro cercado sem pri meiro obter a permissão de suas pró prias autoridades e as do cercado que tenha em vista.
^
Êstes poderes restritivos da liberdade dos homens eram impostos pelos gover nos através de decretos já não mai.s di.scutídos e provados pela Constituição tradicional de quaTquer povo 'ivre. Nin
guém se opõe a tais restrições, embora a liberdade possa desaparecer sob elas, em épocas e comoções "ntestinas. Con tudo, uma coisa e a submissão voluntá
de administração durante as duas rutimas décadas, se encontra em estado de
O caso brasileiro
guinte, a maioria decide realizar um
berdade individual. . Numa verdadeira democracia a fun
bro de um grupo, e quando os seus in-
retòmo à velha economia tradicional, a
ção do Estado é regular as atividades
em seu conjunto, então devem ceder.
econômicas do povo, completá-las, mas não usurpá-las. A obrigação do go-
O egoísmo e a tendência à exploração,
vômo é evitar todos os abusos, tôda
exp'oração da comunidade, coletiva ou
da fiscalização estatal. Urge que, para tanto, os poderes do govêmo sejam
individualmente.
consagrados na Constituição.
O Brasil é uma democracia, e isto
significa que a sua forma de Constitui ção e de govêmo deve subordinar-se à vontade da ma oria.
Se, por conse
nação, quando a necessidade de restri ções comuns chegar ao fim, deverá
exam'nar os poderes conferidos ao exe cutivo nacional, providenciar para que os decretos especiais de guerra sejam revogados e para que a Constituição ado
zar os recursos do país, estab©'ecer os
mitam o assalto à liberdade do homem.
padrões mínimos, resolver as disputas, o geralmente promover e estimular tais
Sc, ao contrário, a maioria deseja seguir
a prática dos inretos sociais e dissolver
atividades, nacionais ou individuais, as sim como assegurar o máximo bem estar
a sua liberdade individual nos interes
ses da comunidade, então a nação de verá revisar a sua Constitu'ção, a fim
para a população. Quando a iniciativa privada não puder fazer o que fôr de
de dar às -autoridades os poderes indis-
vital interesse para o progresso interno,
pen'-áveis ao contro'e das atividades de
o govêmo a suprirá, mas deverá per mitir que o povo realize tudo o que
todos.
A questão de forma que a Constitui
estiver ao seu alcance. Assim agindo, o
ção de-te grande país deverá tomar (1) é de transcendental importância não ape nas para o bem estar das pessoas que compõem a nação, mas também para o
nível intelectual do país se elevará, e o
seu desenvolvimento económco, como um tcdo. Além disso, como o Brasil deverá
indiscutivelmente
exercer
um
— na evolução futura dos povos estran
um tal estado de coisas.
temooránea.
O
desenvolvimento
Êsse alguém não
seus concidadãos. O indivíduo é mem terêsses colidem com os da comunidade
Mrtanto, devem ser postos ao alcance
do
glaterra, por exemplo, como se sabe, nio há estatuto escrito codificando os
têrmos da srni carta magna, sendo os
processos regidos pelos costumes e pela
sançao parlamentar. A lei obedece ao critério de que o parlamento é o árbi votado pela assembléia nacional e auto-
engrandec'mento nacional. O govêmo será o engenheiro super
màtlcamente assinado pelo soberano
visor, o fiscalizador de tôdas as funções,
indagar se ele segue os precedentes, as
Um decreto devidamente
constitui orientação absoiluta, sem se convenções tradicionais, ou não.
Essa
cutem bem as suas tarefas, pronto a consertar as coisas onde se apresentem
regra se aplica mesmo que o ato em questão estabeleça normas revolucioná
erradas. O fato de o govêmo ser obri
rias. Os juizes, mesmo os da Suprema Côrle, são obrigados a aplicA-Io, embora
às vêzes são obrigadas a operar, isto é, a ineficiência dos supervisores do Es
tado.
Uma nação econòmicamente sa
dia, tal qual um motor eficiente, dis pensa qualquer intervenção. O govêmo
i.
cutivo, nas várias democracias. Na In
tro supremo.
des, mas a de certas condições em que
vinhar que, na hora de decidir-se, a nação brasi'e'ra opte por determinado caminho. A maioria do país preferirá.
Observa-se uma grande diferença na maneira pela qual as Constituições rea gem em relação aos poderes do exe
vigor e a iniciativa de todos os seus
gado a interferir nos movimentos da produção, da indústria e do comércio, prova não a ineficiência destas ativida
Brasf ecoará larga e duradouramente. Não se precisará ser profeta para adi
Aplicação da lei
fi'rios serão estimulados, para o maior
a fim de que os diversos órgãos exe
grande papel — em virtude do seu comércio internacional sempre crescente
importância para tôda a civilização con-
(mas não necessàriamente às condições 'lessa fase) ou caminhar para um rs-
O Estado, através de
mitam e reclamem.
poderá ter a liberdade de prejudicar os
seus órgãos competentes, deverá fiscali-
tada não contenha dispositivos que per
crise, 6 coisa inteiramente diversa e a Todo brasi-
obrigação de fazer o que a proteção e
o incentivo dos interesses coletivos per
submissão forçada, e para .sempre, a
lero, portanto, deverá decidir por si mesmo .se deseja recuar aos princípios de liberdade, vigentes antes da guerra
A liberdade significa não o
direito irrestrito de alguém agir como queira, mas o direito, e, de fato, a
fusão, para evitar que nela persistam brechas, mediante as quais os esque mas coletivistas possam organizar-se, de modo a comprometer os direitos da li
geiros. Constituição e o tipo de governo que se formar no país serão da máxima
ria aoi cativeiro durante uma grave
viduais com os da coletividade em seu
\
muitos dêles discordem da sua ética ou da sua justiça.
,
® julgamento
.^s^^belecido pelos "Agricultural Marketing Acts", de 1933.
que davam ao govêmo o monopólio do a^asteclmento de leite. Embora fôsse
descnto numa sessão púbUca do trlbu-
Dicesto Eco^IÓ^DCo
50
5i
Dicesto Econômico
que compõem a nação; a outra as funde
gime de escravidão. Em outras palavras,
como cm tôda parte se faz, ou se está
real de tuna comunidade democrática
num vasto monónolio de Estado, sobre
deverá decidir se descia um retomo à
o qual ninguém possui qualquer judisdi-
"economia livre" dos velhos tempos re-
fazendo, permanecer livro. Oportuna mente, pois, reexaminará os termos do
repousa no equilíbrio dos direitos indi
pacto constitucional, que agora, em vir tude das mudanças operadas nos tipos
conjunto.
ção, exceto o executivo governamental. Numa economia 'ibera! o homem é livre;
Íiubrcanos ou um desenvolvimento que ova a qua'quer Estado totalitário.
numa economia coletivista é prisioneiro
do regime. Estas são condições funda mentalmente diversas para o indivíduo, pois não há meio termo entre a liberda
de e a escravidão.
Um animal num
jardim zoológ co é um prisioneiro. Seu
cercado ou sua jaula podem ser largos, e o meio pode simular exatamente o seu
"habitat" natural. Mas, apesar de tudo, é um prisioneiro. Não tem a liberdade do dispor de seu próprio destino. Não
pode levar a vida para a qual foi cr ado.
É a'ojado e a'imentado pelos .seus se nhores, e os seus atos são circunscritos.
Nos dias correntes, apesar de uma aparencia de liberdade, o homem e por
toda parte ainda um cativo da economia coletivista que se desenvolveu com as
exigências da guerra. Ê'e não pode ir
pBra onde queira, nem dispender o seu capital como meUior lhe convenha. Seu
cercado está no tamanho de seu país. Nao pode duigir-se para o próximo ou para qualquer outro cercado sem pri meiro obter a permissão de suas pró prias autoridades e as do cercado que tenha em vista.
^
Êstes poderes restritivos da liberdade dos homens eram impostos pelos gover nos através de decretos já não mai.s di.scutídos e provados pela Constituição tradicional de quaTquer povo 'ivre. Nin
guém se opõe a tais restrições, embora a liberdade possa desaparecer sob elas, em épocas e comoções "ntestinas. Con tudo, uma coisa e a submissão voluntá
de administração durante as duas rutimas décadas, se encontra em estado de
O caso brasileiro
guinte, a maioria decide realizar um
berdade individual. . Numa verdadeira democracia a fun
bro de um grupo, e quando os seus in-
retòmo à velha economia tradicional, a
ção do Estado é regular as atividades
em seu conjunto, então devem ceder.
econômicas do povo, completá-las, mas não usurpá-las. A obrigação do go-
O egoísmo e a tendência à exploração,
vômo é evitar todos os abusos, tôda
exp'oração da comunidade, coletiva ou
da fiscalização estatal. Urge que, para tanto, os poderes do govêmo sejam
individualmente.
consagrados na Constituição.
O Brasil é uma democracia, e isto
significa que a sua forma de Constitui ção e de govêmo deve subordinar-se à vontade da ma oria.
Se, por conse
nação, quando a necessidade de restri ções comuns chegar ao fim, deverá
exam'nar os poderes conferidos ao exe cutivo nacional, providenciar para que os decretos especiais de guerra sejam revogados e para que a Constituição ado
zar os recursos do país, estab©'ecer os
mitam o assalto à liberdade do homem.
padrões mínimos, resolver as disputas, o geralmente promover e estimular tais
Sc, ao contrário, a maioria deseja seguir
a prática dos inretos sociais e dissolver
atividades, nacionais ou individuais, as sim como assegurar o máximo bem estar
a sua liberdade individual nos interes
ses da comunidade, então a nação de verá revisar a sua Constitu'ção, a fim
para a população. Quando a iniciativa privada não puder fazer o que fôr de
de dar às -autoridades os poderes indis-
vital interesse para o progresso interno,
pen'-áveis ao contro'e das atividades de
o govêmo a suprirá, mas deverá per mitir que o povo realize tudo o que
todos.
A questão de forma que a Constitui
estiver ao seu alcance. Assim agindo, o
ção de-te grande país deverá tomar (1) é de transcendental importância não ape nas para o bem estar das pessoas que compõem a nação, mas também para o
nível intelectual do país se elevará, e o
seu desenvolvimento económco, como um tcdo. Além disso, como o Brasil deverá
indiscutivelmente
exercer
um
— na evolução futura dos povos estran
um tal estado de coisas.
temooránea.
O
desenvolvimento
Êsse alguém não
seus concidadãos. O indivíduo é mem terêsses colidem com os da comunidade
Mrtanto, devem ser postos ao alcance
do
glaterra, por exemplo, como se sabe, nio há estatuto escrito codificando os
têrmos da srni carta magna, sendo os
processos regidos pelos costumes e pela
sançao parlamentar. A lei obedece ao critério de que o parlamento é o árbi votado pela assembléia nacional e auto-
engrandec'mento nacional. O govêmo será o engenheiro super
màtlcamente assinado pelo soberano
visor, o fiscalizador de tôdas as funções,
indagar se ele segue os precedentes, as
Um decreto devidamente
constitui orientação absoiluta, sem se convenções tradicionais, ou não.
Essa
cutem bem as suas tarefas, pronto a consertar as coisas onde se apresentem
regra se aplica mesmo que o ato em questão estabeleça normas revolucioná
erradas. O fato de o govêmo ser obri
rias. Os juizes, mesmo os da Suprema Côrle, são obrigados a aplicA-Io, embora
às vêzes são obrigadas a operar, isto é, a ineficiência dos supervisores do Es
tado.
Uma nação econòmicamente sa
dia, tal qual um motor eficiente, dis pensa qualquer intervenção. O govêmo
i.
cutivo, nas várias democracias. Na In
tro supremo.
des, mas a de certas condições em que
vinhar que, na hora de decidir-se, a nação brasi'e'ra opte por determinado caminho. A maioria do país preferirá.
Observa-se uma grande diferença na maneira pela qual as Constituições rea gem em relação aos poderes do exe
vigor e a iniciativa de todos os seus
gado a interferir nos movimentos da produção, da indústria e do comércio, prova não a ineficiência destas ativida
Brasf ecoará larga e duradouramente. Não se precisará ser profeta para adi
Aplicação da lei
fi'rios serão estimulados, para o maior
a fim de que os diversos órgãos exe
grande papel — em virtude do seu comércio internacional sempre crescente
importância para tôda a civilização con-
(mas não necessàriamente às condições 'lessa fase) ou caminhar para um rs-
O Estado, através de
mitam e reclamem.
poderá ter a liberdade de prejudicar os
seus órgãos competentes, deverá fiscali-
tada não contenha dispositivos que per
crise, 6 coisa inteiramente diversa e a Todo brasi-
obrigação de fazer o que a proteção e
o incentivo dos interesses coletivos per
submissão forçada, e para .sempre, a
lero, portanto, deverá decidir por si mesmo .se deseja recuar aos princípios de liberdade, vigentes antes da guerra
A liberdade significa não o
direito irrestrito de alguém agir como queira, mas o direito, e, de fato, a
fusão, para evitar que nela persistam brechas, mediante as quais os esque mas coletivistas possam organizar-se, de modo a comprometer os direitos da li
geiros. Constituição e o tipo de governo que se formar no país serão da máxima
ria aoi cativeiro durante uma grave
viduais com os da coletividade em seu
\
muitos dêles discordem da sua ética ou da sua justiça.
,
® julgamento
.^s^^belecido pelos "Agricultural Marketing Acts", de 1933.
que davam ao govêmo o monopólio do a^asteclmento de leite. Embora fôsse
descnto numa sessão púbUca do trlbu-
Digesto Econóícco
52
nal como obtido "por métodos que lem bravam os da "Star Chamber" dos tem
pos medievais", foi pôsto em execução.
Os juizes, por conseguinte, foram ^obri
gados a assinar as ordens do "Milk Board".
Nos Estados Unidos, ao contrário, os
juizes da Suprema Côrte têm o poder, garantido pela Constituição, de vetar uma lei elàorada pelo Congresso. As
através dos seus representantes legíti mos.
JACOB
Êste veto, ao que me parece,
constitui uma sábia precaução, aconse
FIJGGER, O RICO a^O-1525)
lhável para a hipótese de modificações
3ue venham satisfazer as necessidades
José Honório Rodrigues
o desenvolvimento social e econômico.
(Prolessor do Inslllulo 'Rio Droncu".
Especial para o
O efeito prejudicial de Constituições de
do MinisiC-rlo dasHcloçOcs Hxleriures.
'Digesto Econômico"
masiado rígidas e inalteráveis foi bem evidenciado pelos acontecimentos da
e diretor da sccçSo de Obras itaras da Biblioteca Nacional)
França, nos anos que mediaram entre
preendido
diante
dos
sim, o "National Recovery Act", apoia
as duas guerras mundiais.
Os pactos
^ estudo da história
do pelo presidente Roosevelt e aprovado pelo parTamento, o qual instituiu uma experiência de controle monopolista de
numa Constituição, estabelecidos para
^ econômica nos países
acontecimentos
sempre, não apenas impedem o progres
mais adiantados se tomou
conforme mostramos na
so, mas são moralmente indefensáveis
de tal modo desenvolvido
que, hoje, é impossível
dir a crise financeira de 1933, foi de
na medida em que restrinjam a liberda de das gerações futuras, impedindo-as
clarado nulo pela Suprema Côrte por
de construir a sua vida segundo mode
a alguém dominar todo o seu campo. Aquele que
opor-se à estrutura da Constituição ame
los mais adequados à sua época. Con tudo, deve haver dispositivos que proí
deseja trazer sua contri buição ó levado a se
bam alterações na lei fundamental, —
linnas "coletivistas", destinada a impe
ricana. Em conseqüência, depois de dois anos de aplicação, esse ato teve
que
—
conferência que pronun
ciamos há pouco sôbre "Calvinismo e Capitalis tACOBVS FVCGE
CIVtSAVCVSTA:
mo — Estado Atual do
Problema" — levaram ,à modificação da atitude da
Igreja em face do juro e
de ser abandonado.
que deve governar os povos, — ao ca
especializar numa parte d^a, na história financeira, comercial,
do justo preço. Como frizamos ali, as
A Constituição brasileira, a julgar pelo presente ppojdto, será, acredite», constmida nas linhas da Constituição americana, e assim confere ao Supremo
pricho de partidos políticos, desejosos
industrial ou agrícola, ou na história dos
crescentes necessidades de dinheiro por
de adaptá-la às suas finalidades e ideais, "referendum", livremente votado em su
Tribunal Federal o poder de veto às
frágio Secreto pelo conjunto da nação.
ado disso, as biografias de grandes ho mens de negócios au.xiliam a compreen der melhor certos desenvolvimentos que,
(1) lüste artigo foi escrito no estran
de outro modo, permaneceriam obscuros. Historiadores econômicos que se interes
e mais tarde, em abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos
ConstituiQâ,o brasileira, a 18 de setem
saram pelos homens de negócios foram, entre
casos especiais. De qualquer modo, o
bro
reso uções do parlamento nacional. O governo federal também se arma de recurso para levar as suas decisões além
dos limites comuns, traçados pelo povo.
ftreços, dos salários, do rendimento. Ao
e apenas as permitam através de um
geiro, antes de promulgada a atual de 1946.
outros,
Elirenberg,
Sombart
e
Strieder, na Alemanha, Sée na França 0 Unwin na Inglaterra.
De Jacob Strieder, professor de his tória econômica na Universidade de Mu-
nich, antigo aluno de Sombart, a quem depois fez várias críticas, possuímos um magnífico estudo sôbre Jacob Fugger, o Rico, comerciante e" banqueiro de Augs-
burgo, a maipr cidade comercial da Alemanha na época, onde viveu de 1459 a 1525. O êxito financeiro de Jacob
Fugger, entretant», só pode ser com
parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros,
grande espírito de iniciativa e a capa
cidade comercial demonstrados por Jacob Fugger fazem dêle o primeiro dos mo dernos homens de negócios. A sua or ganização comercial, em que só toma vam parte membros da família e que,
dêsse ponto de vista, representa ate hoje o organismo mais perfeito que se
conheceu, atingiu grau de desenvolvi mento incomiun para a época e o poder econômico de Jacob Fugger se tomou
quase lendário.
TBILHOS DE NÍQUEL
O êxito financeiro de Jacob Fugger só pode ser compreendido — comenta o A. —
Anuncia-se que a Companhia Side^rgica Nacional assinará um contrato com o govôrno de Goiás, no sentido de utilizar o minério de níquel de alto teor das grandes jazidas existentes na região de São José do Tocantins. O níquel servirá para a fabricação de trilhos ferroviários essenciais à reforma das estradas de ferro do Brasil. Segundo se divulga, ainda, é plarw^ da Usina Siderúrgica de Volta
diante dos acontecimentos que levaram à modificação da atitude da Igreja cm face do juro e do justo preço. As crescentes necessidades de dinheiro por parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros, e nuiis tarde, em' abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos casos especiais.
Redonda a montagem de trilhos de níquel no intcio do ano vindouro.
Á
Digesto Econóícco
52
nal como obtido "por métodos que lem bravam os da "Star Chamber" dos tem
pos medievais", foi pôsto em execução.
Os juizes, por conseguinte, foram ^obri
gados a assinar as ordens do "Milk Board".
Nos Estados Unidos, ao contrário, os
juizes da Suprema Côrte têm o poder, garantido pela Constituição, de vetar uma lei elàorada pelo Congresso. As
através dos seus representantes legíti mos.
JACOB
Êste veto, ao que me parece,
constitui uma sábia precaução, aconse
FIJGGER, O RICO a^O-1525)
lhável para a hipótese de modificações
3ue venham satisfazer as necessidades
José Honório Rodrigues
o desenvolvimento social e econômico.
(Prolessor do Inslllulo 'Rio Droncu".
Especial para o
O efeito prejudicial de Constituições de
do MinisiC-rlo dasHcloçOcs Hxleriures.
'Digesto Econômico"
masiado rígidas e inalteráveis foi bem evidenciado pelos acontecimentos da
e diretor da sccçSo de Obras itaras da Biblioteca Nacional)
França, nos anos que mediaram entre
preendido
diante
dos
sim, o "National Recovery Act", apoia
as duas guerras mundiais.
Os pactos
^ estudo da história
do pelo presidente Roosevelt e aprovado pelo parTamento, o qual instituiu uma experiência de controle monopolista de
numa Constituição, estabelecidos para
^ econômica nos países
acontecimentos
sempre, não apenas impedem o progres
mais adiantados se tomou
conforme mostramos na
so, mas são moralmente indefensáveis
de tal modo desenvolvido
que, hoje, é impossível
dir a crise financeira de 1933, foi de
na medida em que restrinjam a liberda de das gerações futuras, impedindo-as
clarado nulo pela Suprema Côrte por
de construir a sua vida segundo mode
a alguém dominar todo o seu campo. Aquele que
opor-se à estrutura da Constituição ame
los mais adequados à sua época. Con tudo, deve haver dispositivos que proí
deseja trazer sua contri buição ó levado a se
bam alterações na lei fundamental, —
linnas "coletivistas", destinada a impe
ricana. Em conseqüência, depois de dois anos de aplicação, esse ato teve
que
—
conferência que pronun
ciamos há pouco sôbre "Calvinismo e Capitalis tACOBVS FVCGE
CIVtSAVCVSTA:
mo — Estado Atual do
Problema" — levaram ,à modificação da atitude da
Igreja em face do juro e
de ser abandonado.
que deve governar os povos, — ao ca
especializar numa parte d^a, na história financeira, comercial,
do justo preço. Como frizamos ali, as
A Constituição brasileira, a julgar pelo presente ppojdto, será, acredite», constmida nas linhas da Constituição americana, e assim confere ao Supremo
pricho de partidos políticos, desejosos
industrial ou agrícola, ou na história dos
crescentes necessidades de dinheiro por
de adaptá-la às suas finalidades e ideais, "referendum", livremente votado em su
Tribunal Federal o poder de veto às
frágio Secreto pelo conjunto da nação.
ado disso, as biografias de grandes ho mens de negócios au.xiliam a compreen der melhor certos desenvolvimentos que,
(1) lüste artigo foi escrito no estran
de outro modo, permaneceriam obscuros. Historiadores econômicos que se interes
e mais tarde, em abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos
ConstituiQâ,o brasileira, a 18 de setem
saram pelos homens de negócios foram, entre
casos especiais. De qualquer modo, o
bro
reso uções do parlamento nacional. O governo federal também se arma de recurso para levar as suas decisões além
dos limites comuns, traçados pelo povo.
ftreços, dos salários, do rendimento. Ao
e apenas as permitam através de um
geiro, antes de promulgada a atual de 1946.
outros,
Elirenberg,
Sombart
e
Strieder, na Alemanha, Sée na França 0 Unwin na Inglaterra.
De Jacob Strieder, professor de his tória econômica na Universidade de Mu-
nich, antigo aluno de Sombart, a quem depois fez várias críticas, possuímos um magnífico estudo sôbre Jacob Fugger, o Rico, comerciante e" banqueiro de Augs-
burgo, a maipr cidade comercial da Alemanha na época, onde viveu de 1459 a 1525. O êxito financeiro de Jacob
Fugger, entretant», só pode ser com
parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros,
grande espírito de iniciativa e a capa
cidade comercial demonstrados por Jacob Fugger fazem dêle o primeiro dos mo dernos homens de negócios. A sua or ganização comercial, em que só toma vam parte membros da família e que,
dêsse ponto de vista, representa ate hoje o organismo mais perfeito que se
conheceu, atingiu grau de desenvolvi mento incomiun para a época e o poder econômico de Jacob Fugger se tomou
quase lendário.
TBILHOS DE NÍQUEL
O êxito financeiro de Jacob Fugger só pode ser compreendido — comenta o A. —
Anuncia-se que a Companhia Side^rgica Nacional assinará um contrato com o govôrno de Goiás, no sentido de utilizar o minério de níquel de alto teor das grandes jazidas existentes na região de São José do Tocantins. O níquel servirá para a fabricação de trilhos ferroviários essenciais à reforma das estradas de ferro do Brasil. Segundo se divulga, ainda, é plarw^ da Usina Siderúrgica de Volta
diante dos acontecimentos que levaram à modificação da atitude da Igreja cm face do juro e do justo preço. As crescentes necessidades de dinheiro por parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros, e nuiis tarde, em' abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos casos especiais.
Redonda a montagem de trilhos de níquel no intcio do ano vindouro.
Á
54
Origens e formação
estritamente comercial.
Os pais de Jacob Fugger tiveram sete
filhos homens, e havendo outros que continuassem os negócios paternos, êle
se destinara à teologia. O pai, porém, morreu cedo, numa época em que ne
nhum dos filhos estava ainda prepara do para as responsabilidades comerciais que lhes haviam de caber. Vemos, então, a corajosa viuva Fugger à testa
de todos os negócios, não só preservan
do a fortuna da família, mas até mes mo aumentando-a. Ela administrou os
bens e negócios com energia e êxito até que os filhos se tomaram canazes de substituí-la.
Os fühos homens estavam então re-
du^os a tres - Ulrich, George e Jacob
morrido.
instado pela família, dededicar-se
ciai foi f
SfnV •
canHrr*^"
°
7 fP''®ndízado comer-
onde adquiriu
Ademais, ho-
niem frio, não se deixava perturbar pe
espalhadas em vários países. verifieS^S
Por outro lado a boa escrituração lhe dava a capacidade objetiva de . ver as coisas como um todo bem como em detalhe. Num tempo em que a maio
mente taxadas com a condição de ina-
lienabfidade, só piodendo, no máximo,
que êle sempre dizia que "com a sua camisa ôle tirava tòdas as preocupações do dia, dormindo magnificamente tôdas
tavam sobretuao a seu cargo.
ser trocadas por outras de maior valor.
bém na Hungria, que pelos seus recur
Com essa enorme fortuna em terras é
sos minerais se tornou, a partir do fim
imóveis, Jacob visava, certamente, não
as noites".
do século 15 em diante, a principal base
só resguardar uma boa porção do ca
Atividades de homem de negócios i
cios puramente como negócios e só fa zia qualquer empréstimo quando o mes mo se justificasse do ponto de vista
pital dos Fugger dos riscos de mudança
nhar o papel dominante. Cabia-lhe, ainda, supervisionar todos os livros e
na fortuna mercantil como fazer crescer
a fama de sua casa comercial, pois sabia
que nada poderia fortalecer mais o seu flagrante e óbvia im
pel cada vez mais importante na emprê-
Aumento de fortuna
pressão de riqueza transmitida pelas
çado pelo comércio de tecelagem e fa
Em 1510, já tendo morrido os outros dois irmãos, Jacob ficou absoluto senhor
enormes posses de terras. Também inverteu largamente em jóias e prataria, seguindo o ditado dos velhos
da emprôsa e aí se abre a fase mais
escribas hebreus e a sabedoria mercan
sa familiar. Os Fug^ger haviam come
zendas, passaram a negociar com mi
nerais, especialmente o cobre e a prata, e foram estendendo suas atividades até
chegar ao controle das minas.
A exis
tência de grandes disponibilidades de numerário levou-os, por outro lado, a inverter largamente em terras, a em prestar dinheiro e a exercer funções ban
interessante de sxia vida e a mais pro
til dos negociantes judeus, através dos
dutiva para o patrimônio familiar. A firma era agora Jacob Fugger e Sobri nhos. O contrato dava absolutos poderes a Jacob de agir como entendesse,
séculos, que mandava dividir a fortuna em três partes: uma em imóveis, outra
em jóias e metais preciosos e a terceira, embora mesmo a maior parte, em di
retirar da firma qualquer dos sobri
nheiro líquido, sempre à disposição para
nhos, prestar contas que não poderiam
fins comerciais.
ser postas em dúvida sob qualquer pre-
préstimos, trocando moedas e compran
tôxto, estabelecendo regras para a su
do e vendendo letras de câmbio.
cessão na liderança dos negócios caso
Em 1494, os três irmãos transforma
No mercado internacional
Desconfiava das especulações e sem pre preferira negócios menores com lu cros certos a grandes empresas arrisca
ram a velha forma de associação dos
Jacob morresse antes de expirado o prazo do contrato. Os sobrinhos, na verdade, estavam sujeitos a uma obe
das de lucros incertos ou duvidosos.
balanço então dado. A contribuição de
diência absoluta. Eram-lhes atribuídos mais deveres do que conferidos direitos. A sucessão no negócio era puramente
Mas nunca desprezava uma oportunida de de lucro. Quando os seus negócios
na Hungria, onde agiam aliados aos
no, segundo Strieder, mais ou menos a
cebiam apenas a parte que o chefe da
25 dólares atuais), não era muito infe-
firma achasse legal proporcionar-lhesi,
mfia dos Fuggeti estavam em situação dificílima, inclusive por motivos polí ticos, aconselharam Jacob a dar uni fim
Jacob, de 15.552 florins-ouro renanos (correspondendo cada florim-ouro rena-
tomar nota de suas transações em pe
Fugger não se deixava influir por con siderações pessoais; encarava os negó
da fortuna dos Fugger, ê'e ia desempe
crédito do que
em 1480, êle começa a representar pa
nor às dos outros irmãos, que entraram;
que êle contava. Além do mais, Jacob
Tam
escrituração das várias casas.
De volta de Veneza, já pouco depois,
respectivamente, com 21.656 e 17.177
quenos pedaços de papel, que eram
ao patrimônio da famíila e eram rigida
figura, e os empréstimos de dinheiro es
las variações de seus negócios, e os que
ria de seus concorrentes se limitava a guardados sem nenhum sistema e não raro se perdiam, este fator de organi zação era já uma boa vantagem com
gas propriedades se haviam incorporado
crescimento da empresa dos Fugger.
lhe eram chegados costumavam contar
eontas e balanços das mesmas e, Tnue numa sociedade comercial mais o ma.s .mporlante. a ter sempre à mil moderna e obrígaram-se a inverter ne'a os elementos para saber, em qualque? seu capital e lucros demonstrados pelo momento, a condição exata dos necócioV
nando-sc mesmo o fator determinante do
Nas minas do Tirol ê'e era a primeira
precisos das práticas mer- cárias, recebendo depósitos, fazendo em
tarde, _e„. , 1 êe^en7er'';^agens""S mspe^o pelas várias casas que a„ha
55
Dicesto Econômico
Digesto Econó.vuco
pela linha masculina e as herdeiras re
mas sempre mediante contas que não ,'í
podiam ser questionadas, e não tinham nenhuma parte na direção.
fíorins-ouro. Era um resultado já apre
ciável, de vez que Jacob entrara tarde para a empresa. ^
Em 1511, o capital da empresa já se
elevava a
A firma, cujo contrato deveria vigoír^. anos, designava-se então
259.091 florins-ouro, dos
54.385 que fôra em 1494, e em 1527,
fiouco depois da morte de Jacob, o baanço reahzado em 31 de dezembro mos
/I ,^i^Sger e Irmãos, de Augsburgo. Gradualmente, porém, Jacob foi assumin do a liderança e era êle, na verdade, quem tomava sempre o primeiro passo
trava que o capital se elevava a 2.021.202 florins-ouro.
De 1511 a
J.527, portanto, o capital crescera de
em qualquer coisa de novo e impor
1.824.411 florins-ouro, ou seja numa
tante em que a firma se lançasse, tor-
base de lucro de 50% anualmente. Lar
i.
Thurzo, que se haviam casado na fa-
ali às suas atividades, mas êle respon deu que enquanto houvesse possibilida de de obter luCros êle permaneceria.
Jacob Fugger representou também pa pel importante como mercador interna cional.
Suas relações se estendiam da
Escandinávia, no norte, a Nápoles no sul, e da Inglaterra e a Península 'ibé
rica, no oeste, à Hungria e à Polônia, no leste. Em relação à Espanha e Por tugal seu papel foi relativamente me
díocre. O principal pêso da empresa
54
Origens e formação
estritamente comercial.
Os pais de Jacob Fugger tiveram sete
filhos homens, e havendo outros que continuassem os negócios paternos, êle
se destinara à teologia. O pai, porém, morreu cedo, numa época em que ne
nhum dos filhos estava ainda prepara do para as responsabilidades comerciais que lhes haviam de caber. Vemos, então, a corajosa viuva Fugger à testa
de todos os negócios, não só preservan
do a fortuna da família, mas até mes mo aumentando-a. Ela administrou os
bens e negócios com energia e êxito até que os filhos se tomaram canazes de substituí-la.
Os fühos homens estavam então re-
du^os a tres - Ulrich, George e Jacob
morrido.
instado pela família, dededicar-se
ciai foi f
SfnV •
canHrr*^"
°
7 fP''®ndízado comer-
onde adquiriu
Ademais, ho-
niem frio, não se deixava perturbar pe
espalhadas em vários países. verifieS^S
Por outro lado a boa escrituração lhe dava a capacidade objetiva de . ver as coisas como um todo bem como em detalhe. Num tempo em que a maio
mente taxadas com a condição de ina-
lienabfidade, só piodendo, no máximo,
que êle sempre dizia que "com a sua camisa ôle tirava tòdas as preocupações do dia, dormindo magnificamente tôdas
tavam sobretuao a seu cargo.
ser trocadas por outras de maior valor.
bém na Hungria, que pelos seus recur
Com essa enorme fortuna em terras é
sos minerais se tornou, a partir do fim
imóveis, Jacob visava, certamente, não
as noites".
do século 15 em diante, a principal base
só resguardar uma boa porção do ca
Atividades de homem de negócios i
cios puramente como negócios e só fa zia qualquer empréstimo quando o mes mo se justificasse do ponto de vista
pital dos Fugger dos riscos de mudança
nhar o papel dominante. Cabia-lhe, ainda, supervisionar todos os livros e
na fortuna mercantil como fazer crescer
a fama de sua casa comercial, pois sabia
que nada poderia fortalecer mais o seu flagrante e óbvia im
pel cada vez mais importante na emprê-
Aumento de fortuna
pressão de riqueza transmitida pelas
çado pelo comércio de tecelagem e fa
Em 1510, já tendo morrido os outros dois irmãos, Jacob ficou absoluto senhor
enormes posses de terras. Também inverteu largamente em jóias e prataria, seguindo o ditado dos velhos
da emprôsa e aí se abre a fase mais
escribas hebreus e a sabedoria mercan
sa familiar. Os Fug^ger haviam come
zendas, passaram a negociar com mi
nerais, especialmente o cobre e a prata, e foram estendendo suas atividades até
chegar ao controle das minas.
A exis
tência de grandes disponibilidades de numerário levou-os, por outro lado, a inverter largamente em terras, a em prestar dinheiro e a exercer funções ban
interessante de sxia vida e a mais pro
til dos negociantes judeus, através dos
dutiva para o patrimônio familiar. A firma era agora Jacob Fugger e Sobri nhos. O contrato dava absolutos poderes a Jacob de agir como entendesse,
séculos, que mandava dividir a fortuna em três partes: uma em imóveis, outra
em jóias e metais preciosos e a terceira, embora mesmo a maior parte, em di
retirar da firma qualquer dos sobri
nheiro líquido, sempre à disposição para
nhos, prestar contas que não poderiam
fins comerciais.
ser postas em dúvida sob qualquer pre-
préstimos, trocando moedas e compran
tôxto, estabelecendo regras para a su
do e vendendo letras de câmbio.
cessão na liderança dos negócios caso
Em 1494, os três irmãos transforma
No mercado internacional
Desconfiava das especulações e sem pre preferira negócios menores com lu cros certos a grandes empresas arrisca
ram a velha forma de associação dos
Jacob morresse antes de expirado o prazo do contrato. Os sobrinhos, na verdade, estavam sujeitos a uma obe
das de lucros incertos ou duvidosos.
balanço então dado. A contribuição de
diência absoluta. Eram-lhes atribuídos mais deveres do que conferidos direitos. A sucessão no negócio era puramente
Mas nunca desprezava uma oportunida de de lucro. Quando os seus negócios
na Hungria, onde agiam aliados aos
no, segundo Strieder, mais ou menos a
cebiam apenas a parte que o chefe da
25 dólares atuais), não era muito infe-
firma achasse legal proporcionar-lhesi,
mfia dos Fuggeti estavam em situação dificílima, inclusive por motivos polí ticos, aconselharam Jacob a dar uni fim
Jacob, de 15.552 florins-ouro renanos (correspondendo cada florim-ouro rena-
tomar nota de suas transações em pe
Fugger não se deixava influir por con siderações pessoais; encarava os negó
da fortuna dos Fugger, ê'e ia desempe
crédito do que
em 1480, êle começa a representar pa
nor às dos outros irmãos, que entraram;
que êle contava. Além do mais, Jacob
Tam
escrituração das várias casas.
De volta de Veneza, já pouco depois,
respectivamente, com 21.656 e 17.177
quenos pedaços de papel, que eram
ao patrimônio da famíila e eram rigida
figura, e os empréstimos de dinheiro es
las variações de seus negócios, e os que
ria de seus concorrentes se limitava a guardados sem nenhum sistema e não raro se perdiam, este fator de organi zação era já uma boa vantagem com
gas propriedades se haviam incorporado
crescimento da empresa dos Fugger.
lhe eram chegados costumavam contar
eontas e balanços das mesmas e, Tnue numa sociedade comercial mais o ma.s .mporlante. a ter sempre à mil moderna e obrígaram-se a inverter ne'a os elementos para saber, em qualque? seu capital e lucros demonstrados pelo momento, a condição exata dos necócioV
nando-sc mesmo o fator determinante do
Nas minas do Tirol ê'e era a primeira
precisos das práticas mer- cárias, recebendo depósitos, fazendo em
tarde, _e„. , 1 êe^en7er'';^agens""S mspe^o pelas várias casas que a„ha
55
Dicesto Econômico
Digesto Econó.vuco
pela linha masculina e as herdeiras re
mas sempre mediante contas que não ,'í
podiam ser questionadas, e não tinham nenhuma parte na direção.
fíorins-ouro. Era um resultado já apre
ciável, de vez que Jacob entrara tarde para a empresa. ^
Em 1511, o capital da empresa já se
elevava a
A firma, cujo contrato deveria vigoír^. anos, designava-se então
259.091 florins-ouro, dos
54.385 que fôra em 1494, e em 1527,
fiouco depois da morte de Jacob, o baanço reahzado em 31 de dezembro mos
/I ,^i^Sger e Irmãos, de Augsburgo. Gradualmente, porém, Jacob foi assumin do a liderança e era êle, na verdade, quem tomava sempre o primeiro passo
trava que o capital se elevava a 2.021.202 florins-ouro.
De 1511 a
J.527, portanto, o capital crescera de
em qualquer coisa de novo e impor
1.824.411 florins-ouro, ou seja numa
tante em que a firma se lançasse, tor-
base de lucro de 50% anualmente. Lar
i.
Thurzo, que se haviam casado na fa-
ali às suas atividades, mas êle respon deu que enquanto houvesse possibilida de de obter luCros êle permaneceria.
Jacob Fugger representou também pa pel importante como mercador interna cional.
Suas relações se estendiam da
Escandinávia, no norte, a Nápoles no sul, e da Inglaterra e a Península 'ibé
rica, no oeste, à Hungria e à Polônia, no leste. Em relação à Espanha e Por tugal seu papel foi relativamente me
díocre. O principal pêso da empresa
w
56
Digesto EcoNÓikaco
de Fugger esteve no Sagrado Império
grande combinação política.
Romano, e Roma e Veneza constituí
ter idéia da consciência que Jacob Fug-
ram os principais pontos de sua ati
Para se
§er tinha de seu papel na mesma e
57
Digesto Econômico
Tomando tudo isso cm consideração,
meu requerimento respeitoso a V. Ma
Os termos dessa carta falam por si sós, sem que sejam necessários comen
jestade Imperial ó o de que se digne
tários.
a que se elevara Jacob Fugger, diri-
Êles dão a medida das alturas
Foi organizado por Jacob Fugger um
em sua época, transcrevemos a famosa
reconhecer meu leal e hxunilde serviço dedicado ao maior bem-estar de V.
sistema de cartéis e monopólios que, entretanto, nunca foi inteiramente bem
carta que escreveu a Carlos V, no início do ano de 1523:
Majestade Imperial e ordenar que todo
ginao-se assim ao maior imperador de seu tempo, ao regente de um império
o dinheiro que .gastei, assim como os
"onde o sol mmca se punha". Documen
sucedido.
"Ao Sereníssimo e Poderosíssimo Impe
juros sobre o mesmo, sejam calculados e pagos sem mais demora. A fim de tal merecer da parte de V. Majestade Im perial, asseguro minha lealdade com tôda
tam o forte condicionamento do poder
o poderio econômico que representou
vidade.
Êle sabia bem que nesse
caminho se tomava vulnerável a fre
qüentes ataques por parte da opinião pública, que era nostil a fenômeno que
rador Romano e Graciosíssimo Senhor".
então surgia. Como os Rotschild, mo dernamente, e aparentemente de modo
te ciente da extensão em que eu e meus sobrinhos sempre nos inclinamos
ainda mais extenso do que estes, êle tinha conexões nas cortes e nas chan
celarias de Estado, que lhe forneciam
V. Majestade Imperial está certamen a servir a Casa d'Áustria e de toda nossa
submissão para prorriover seu bem estar
informações concernentes aos negócios
o crescimento. Por essa razão coope ramos com o ex-Imperador Maximiliano,
ciante dispunha ou se podia utilizar.
leal sujeição a S. Majestade, para asse
políticos de que nenhum outro nego
Adotava, também, a prática de obter novidades", isto é, informações relati vas a acontecimentos /políticos e de
outra ordem, através de troca de cartas prmcipes e elementos da -burguesia,
^omprava seus informantes nas cortes
aos príncipes ora a pêso de ouro, ora a torça de magníficos presentes, tudo de pendendo da mais alta ou mais baixa inveshdura dos mesmos. Como os Rocketeüers modernos, Jacob Fugger con trabalançou o ódio ao seu nome me diante obras de caráter social, como a
célebre "Fuggerei", ainda hoje existen te em Augsburgo, ou seja um bairro construído com jardins e divertimentos especialmente para a população pobre. Ação política O ato mais dramático da vida dé
Jacob Fugger foi o financiamento da
Majestade Imperial em todos os tempos.
progredisse. Ora na surdina, ora osten
De V. Majestade Imperial o mais
sivamente, potentados financeiros iriam influenciar ações políticas aparentemen
humilde creado,
Jacob Fugger
te mais livres.
que precedeu a V. M. Imperial, e em gurar a Casa Imperial para V. Majes
tade Imperial, nos demos em garantia a diversos prmcipes que colocaram sua confiança e crédito em mim, como tal vez não tivessem
feito
com
nenhuma
outra pessoa. Também quando os dele
gados nomeados por V. Majestade Im
perial estavam em confabulações para a realização da referida tarefa, nós for necemos luna considerável soma de di
nheiro, que foi conseguida não só de mim 6 de meus sobrinhos, mas de al
guns de meus bons amigos, a mxuto custo, de modo que os excelentes nobres tiveram assegurado êxito para grande honra e bem-estar de V. Majestade Im perial.
É também sabido que V. M. sem mim não teria adquirido a Coroa Im
perial,^ como posso atestar com as de clarações escritas de todos os delegados de V. Majestade Imperial. E em tudo
eleição do Imperador Carlos V, em 1519. Para conseguir sua eleição, em
isso não olhei o meu próprio proveito,
face da rivalidade de Francisco I da
pois se tivesse retirado meu apoio à
França, era necessário grande quanti dade de numerário disponível e crédito sólido. Essa eleição foi de significação crucial para a liistória, bastando lembrar que através dela o Sagrado Império Ro
Casa d'Áustria e o houvesse transferido para a França teria tido grandes lucros
mano, a Espanha e os Países Baixos, com suas colônias, foram unidos numa -
submissão e aqui me declaro fiel a V.
político ao poder econômico já nos iní cios do capitalismo, condicionamento êsse que se iria tomar cada vez mais forte à medida que o novo sistema
e rnuito dinheiro, que a esse tempo
me foram oferecidos. Mas que prejuízo
t^a daí advindo para a Casa d'Áustria' V. Majestade Imperial, com sua profun da compreensão, pode bem conhecer.
INDÚSTRIA DE BORRACHA SINTÉTICA
Não se cogita nos Estados Unidos de qualquer transformação no programa
governamental sôbre a compra de borracha natural, segundo anunciou o conse lheiro presidente, sr. John Steelman. Acentuou, no ^tanto, que o govômo norteamericano espera que o Congresso vote a leg^lação protetora da indústria da borracha sintética do pais. Até 31 de março d^ste ano, em virtude dos poderes do éstado de guerra, os Estados Unidos contínuarao a comprar no estrangeiro as quantidades de borracha que julgar necessárias.
w
56
Digesto EcoNÓikaco
de Fugger esteve no Sagrado Império
grande combinação política.
Romano, e Roma e Veneza constituí
ter idéia da consciência que Jacob Fug-
ram os principais pontos de sua ati
Para se
§er tinha de seu papel na mesma e
57
Digesto Econômico
Tomando tudo isso cm consideração,
meu requerimento respeitoso a V. Ma
Os termos dessa carta falam por si sós, sem que sejam necessários comen
jestade Imperial ó o de que se digne
tários.
a que se elevara Jacob Fugger, diri-
Êles dão a medida das alturas
Foi organizado por Jacob Fugger um
em sua época, transcrevemos a famosa
reconhecer meu leal e hxunilde serviço dedicado ao maior bem-estar de V.
sistema de cartéis e monopólios que, entretanto, nunca foi inteiramente bem
carta que escreveu a Carlos V, no início do ano de 1523:
Majestade Imperial e ordenar que todo
ginao-se assim ao maior imperador de seu tempo, ao regente de um império
o dinheiro que .gastei, assim como os
"onde o sol mmca se punha". Documen
sucedido.
"Ao Sereníssimo e Poderosíssimo Impe
juros sobre o mesmo, sejam calculados e pagos sem mais demora. A fim de tal merecer da parte de V. Majestade Im perial, asseguro minha lealdade com tôda
tam o forte condicionamento do poder
o poderio econômico que representou
vidade.
Êle sabia bem que nesse
caminho se tomava vulnerável a fre
qüentes ataques por parte da opinião pública, que era nostil a fenômeno que
rador Romano e Graciosíssimo Senhor".
então surgia. Como os Rotschild, mo dernamente, e aparentemente de modo
te ciente da extensão em que eu e meus sobrinhos sempre nos inclinamos
ainda mais extenso do que estes, êle tinha conexões nas cortes e nas chan
celarias de Estado, que lhe forneciam
V. Majestade Imperial está certamen a servir a Casa d'Áustria e de toda nossa
submissão para prorriover seu bem estar
informações concernentes aos negócios
o crescimento. Por essa razão coope ramos com o ex-Imperador Maximiliano,
ciante dispunha ou se podia utilizar.
leal sujeição a S. Majestade, para asse
políticos de que nenhum outro nego
Adotava, também, a prática de obter novidades", isto é, informações relati vas a acontecimentos /políticos e de
outra ordem, através de troca de cartas prmcipes e elementos da -burguesia,
^omprava seus informantes nas cortes
aos príncipes ora a pêso de ouro, ora a torça de magníficos presentes, tudo de pendendo da mais alta ou mais baixa inveshdura dos mesmos. Como os Rocketeüers modernos, Jacob Fugger con trabalançou o ódio ao seu nome me diante obras de caráter social, como a
célebre "Fuggerei", ainda hoje existen te em Augsburgo, ou seja um bairro construído com jardins e divertimentos especialmente para a população pobre. Ação política O ato mais dramático da vida dé
Jacob Fugger foi o financiamento da
Majestade Imperial em todos os tempos.
progredisse. Ora na surdina, ora osten
De V. Majestade Imperial o mais
sivamente, potentados financeiros iriam influenciar ações políticas aparentemen
humilde creado,
Jacob Fugger
te mais livres.
que precedeu a V. M. Imperial, e em gurar a Casa Imperial para V. Majes
tade Imperial, nos demos em garantia a diversos prmcipes que colocaram sua confiança e crédito em mim, como tal vez não tivessem
feito
com
nenhuma
outra pessoa. Também quando os dele
gados nomeados por V. Majestade Im
perial estavam em confabulações para a realização da referida tarefa, nós for necemos luna considerável soma de di
nheiro, que foi conseguida não só de mim 6 de meus sobrinhos, mas de al
guns de meus bons amigos, a mxuto custo, de modo que os excelentes nobres tiveram assegurado êxito para grande honra e bem-estar de V. Majestade Im perial.
É também sabido que V. M. sem mim não teria adquirido a Coroa Im
perial,^ como posso atestar com as de clarações escritas de todos os delegados de V. Majestade Imperial. E em tudo
eleição do Imperador Carlos V, em 1519. Para conseguir sua eleição, em
isso não olhei o meu próprio proveito,
face da rivalidade de Francisco I da
pois se tivesse retirado meu apoio à
França, era necessário grande quanti dade de numerário disponível e crédito sólido. Essa eleição foi de significação crucial para a liistória, bastando lembrar que através dela o Sagrado Império Ro
Casa d'Áustria e o houvesse transferido para a França teria tido grandes lucros
mano, a Espanha e os Países Baixos, com suas colônias, foram unidos numa -
submissão e aqui me declaro fiel a V.
político ao poder econômico já nos iní cios do capitalismo, condicionamento êsse que se iria tomar cada vez mais forte à medida que o novo sistema
e rnuito dinheiro, que a esse tempo
me foram oferecidos. Mas que prejuízo
t^a daí advindo para a Casa d'Áustria' V. Majestade Imperial, com sua profun da compreensão, pode bem conhecer.
INDÚSTRIA DE BORRACHA SINTÉTICA
Não se cogita nos Estados Unidos de qualquer transformação no programa
governamental sôbre a compra de borracha natural, segundo anunciou o conse lheiro presidente, sr. John Steelman. Acentuou, no ^tanto, que o govômo norteamericano espera que o Congresso vote a leg^lação protetora da indústria da borracha sintética do pais. Até 31 de março d^ste ano, em virtude dos poderes do éstado de guerra, os Estados Unidos contínuarao a comprar no estrangeiro as quantidades de borracha que julgar necessárias.
59
Dicesto Econômico
que pode parecer estranha a formula ção ae qualquer reser\'a. O fato, po rém, é que, ainda quando tenhamos
USOtMILITAR E USO INDUSTRIAI
DA ENERGIA ATÔMICA
Grove, diretor dos laboratórios de pes laí " quisas do Exército americano, afirmando que a energia atômica poderá ter f larga aplicação industriai em dois ou três anos, não deveria ter surpreendido ninguém. Sabe-se que as pesquisas ntômicas reabzadas nos Estados Unidos
nos benefícios da descoberta
atômica deveria puxar todos os países
outro lado, por mencionar um prazo
Recentemente, foi
Mas nem
primeira qualidade e, finalmente, John
apresentado pelo sr. Barucb um relató
Lewis já cuidou de promover a modi
rio à Comissão das Nações Unidas para
ficação da base do preço deste produto, quo representa cêrca de 55 por cento
Êste rogatório, de
autoria de um comitê técnico chefiado
do custo total da operação de uma ins-
pelo dr. Charles A. Thomas, vice-pre
tabção térmica.
sidente e diretor técnico da "Monsanto
se o carvão chegar a custar 10 dólares
Em outras pala\Tas,
Chem'cal Company", calculava justa
por tonelada, os dois tipos de instala-
mente o custo da energia nuclear, na
^es produzirão eletricidade pelo mes mo preço. Tudo indica, portanto, que
Evening Post" dizia uma coisa muito
ção da instalação custaria cêrca de 25
aumentar à medida que o tempo passa
certa: a energia atômica empregada para
milhões de dólares.
ou que nos afastamos das regiões orien
a guerra contém simnlesmente o ele
à capacidade do 100 por cento e se
mento negativo do medo; a verificação
avaliasse o interêsse do capital inver
da loucura de não aceitar o seu con
tido em 3 por conto, o custo de ope
Ilá
ra fmaidades militares sem ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento das suas futuras aplicações para a indústria
mento político em que foi feita; de
todas as instalações no oriente dos Es-i tados Unidos, nem todo o carvão é de
hipótese de uma instalação capaz de produzir 75.000 quilovates. A constru
para um acôrdo a este respeito.
reparar o êrro. Se, pelo contrário, apa
Mas a declaração explodiu como uma bomba para cada ura de nós, por dois motivos: de um lado, por causa do mo
de 7 d6'ares por tonelada.
alguns meses, o semanário "Saturday
marchavam nessa direção já há algum tempo. Ora, o progresso técnico sendo indivisível nao e possível objetivar um determinado desenvolvimento técnico pa
de paz.
vidade para o indivíduo), o custo deste
emnrêgo será maior que o custo de
a energia atômica.
atomtca não permitirá reduções no custo de sua produção, e sim tevar-se a industrialização a zonas comparativamente atrasadas. lharem
quais os perigosos efeitos da radioati
instalação nas regiões orientais dos Es tados Unidos, à qual o carvão de pri meira quahdade seria entregue ao preço
terméd'o do carvão.
toma altamente problemática a questão do controle de sua aplicaçao^ a produtos bélicos. Nas próximas aplicações, a energia
declaração, divulgada em 23 de no vembro último pelo general Leslie
gia térmica prevê a hipótese de uma
nicas que obstaculizam o emprego ime
produção da energia elétrica por in-
O fato de a energia atômica estar, como tudo indica, destinada a entrar na vida da indústria, num prazo relativamente curto,
efeito, o cálculo do custo para a ener
superado as notáveis dificuldades téc diato do átomo na indústria (entre as
por O. Lefbbvke d'Ovíi>io Especial para o "Dicesto Econômico"
O confronto antes indicado, porém, ó o mais pessimista possível. Com
trole chega quando já é tarde para
Se ela funcionasse
ração seria de 0,8 por quilovate-hora
(aproximadamente 152 reis). Pelo
recesse uma aplicação pacífica, que re
contrário,
uma
instalação
de
o custo da instalação térmica tende a tais dos Estados Unidos.
Pelo contrá
rio, o custo da energia atômica tenderá progressivamente a diminuir aom os aperfeiçoamentos técnicos, que não po derão faltar num campio tão novo de
pesquisas. O comitê previa, com efeito,
igual capacidade, geradora de energia
uma estandardização de desenhos e de
mos um elemento positivo e nenhum
térmica, custaria sòmente 10 milhões
construção e também uma diminuição
volucionasse a produção de paz, tería país industrial poderia ficar voluntà-
do dólares.
riamente num nível técnico inferior de
nelada de carvão entregue à porta da
das despesas de 'mão-de-obra e de su pervisão técnica. Estas, pelo menos
vido à sua relutância a aceitar uma fis
oficina em 7 dólares por tonelada, o
nos primeiros tempos, seriam mais ele
calização internacional. Esta justa con sideração (que reevocamos na memó5'^ forma largamente aproxímativa)
custo da energm térmica, sendo iguais
vadas para as instalações nucleares em
as demais condições, é de 0,65 cents
confronto com as térmicas ou hidroe
por quilovate-hora (123 réis).
létricas.
Calculando o custo, da to
Em
conclusão, o custo da energia atômi
indica lun caminho em certo sentido
Em realidade, bem podemos imam-
nar que a construção de instalações de
que passará com a incrível velocidade
análogo, se a comparação nos é permi tida, á evolução da religião, do con ceito medieval do terror e dos tormen-
energia térmica. Por enquanto, pois, não seria bom
energia nuclear possa levar os frutos
com que passam os meses e os anos.
Com efeito, o aproveitamento industrial da energia nuclear vai tornar mais di
tos, ao conceito da esperança e dos
negócio transformar uma instalação tér
prêmios.
mica numa instalação atômica e, dadas também as várias dificuldades técni
das zonas agora mais desenvolvidas; que possa servir a descentralizar as indús
fícil o seu controle internacional, pois esta energia não será, como por exem
plo poderia ser o submarino, um instru mento exclusivamente militar, cuja cons trução pode ser proibida, ou fiscalizada, com
relativa facilidade.
Ao mesmo"
tempo, a possibilidade real de comparti
r
•
ca seria 26 por cento maior que o da
cas que, segundo o referido comitê,
Custo da energia nuclear
ficariam ainda para serem resoMdas,
Mas, estamos já na fase do processo atomico ^que revoluciona a produção? Sim e não. Em si mesmo, o aproveita
estamos todavia longe do "gadget" ma ravilhoso que o 'Saturday Evening Post" invocava para convencer os obs
mento da energia nuclear é tal coisa
tinados.
j
da industriahzação a regiões afastadas trias de um país, segundo as conve
niências da distribuição da população e do equílibrio econômico; que possa levar o processo produtivo ao próprio lugar em que seria desejável lazê-lo, apesar da falta de combustíveis. Tudo
isto pode dar lugar a vantagens e de-
59
Dicesto Econômico
que pode parecer estranha a formula ção ae qualquer reser\'a. O fato, po rém, é que, ainda quando tenhamos
USOtMILITAR E USO INDUSTRIAI
DA ENERGIA ATÔMICA
Grove, diretor dos laboratórios de pes laí " quisas do Exército americano, afirmando que a energia atômica poderá ter f larga aplicação industriai em dois ou três anos, não deveria ter surpreendido ninguém. Sabe-se que as pesquisas ntômicas reabzadas nos Estados Unidos
nos benefícios da descoberta
atômica deveria puxar todos os países
outro lado, por mencionar um prazo
Recentemente, foi
Mas nem
primeira qualidade e, finalmente, John
apresentado pelo sr. Barucb um relató
Lewis já cuidou de promover a modi
rio à Comissão das Nações Unidas para
ficação da base do preço deste produto, quo representa cêrca de 55 por cento
Êste rogatório, de
autoria de um comitê técnico chefiado
do custo total da operação de uma ins-
pelo dr. Charles A. Thomas, vice-pre
tabção térmica.
sidente e diretor técnico da "Monsanto
se o carvão chegar a custar 10 dólares
Em outras pala\Tas,
Chem'cal Company", calculava justa
por tonelada, os dois tipos de instala-
mente o custo da energia nuclear, na
^es produzirão eletricidade pelo mes mo preço. Tudo indica, portanto, que
Evening Post" dizia uma coisa muito
ção da instalação custaria cêrca de 25
aumentar à medida que o tempo passa
certa: a energia atômica empregada para
milhões de dólares.
ou que nos afastamos das regiões orien
a guerra contém simnlesmente o ele
à capacidade do 100 por cento e se
mento negativo do medo; a verificação
avaliasse o interêsse do capital inver
da loucura de não aceitar o seu con
tido em 3 por conto, o custo de ope
Ilá
ra fmaidades militares sem ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento das suas futuras aplicações para a indústria
mento político em que foi feita; de
todas as instalações no oriente dos Es-i tados Unidos, nem todo o carvão é de
hipótese de uma instalação capaz de produzir 75.000 quilovates. A constru
para um acôrdo a este respeito.
reparar o êrro. Se, pelo contrário, apa
Mas a declaração explodiu como uma bomba para cada ura de nós, por dois motivos: de um lado, por causa do mo
de 7 d6'ares por tonelada.
alguns meses, o semanário "Saturday
marchavam nessa direção já há algum tempo. Ora, o progresso técnico sendo indivisível nao e possível objetivar um determinado desenvolvimento técnico pa
de paz.
vidade para o indivíduo), o custo deste
emnrêgo será maior que o custo de
a energia atômica.
atomtca não permitirá reduções no custo de sua produção, e sim tevar-se a industrialização a zonas comparativamente atrasadas. lharem
quais os perigosos efeitos da radioati
instalação nas regiões orientais dos Es tados Unidos, à qual o carvão de pri meira quahdade seria entregue ao preço
terméd'o do carvão.
toma altamente problemática a questão do controle de sua aplicaçao^ a produtos bélicos. Nas próximas aplicações, a energia
declaração, divulgada em 23 de no vembro último pelo general Leslie
gia térmica prevê a hipótese de uma
nicas que obstaculizam o emprego ime
produção da energia elétrica por in-
O fato de a energia atômica estar, como tudo indica, destinada a entrar na vida da indústria, num prazo relativamente curto,
efeito, o cálculo do custo para a ener
superado as notáveis dificuldades téc diato do átomo na indústria (entre as
por O. Lefbbvke d'Ovíi>io Especial para o "Dicesto Econômico"
O confronto antes indicado, porém, ó o mais pessimista possível. Com
trole chega quando já é tarde para
Se ela funcionasse
ração seria de 0,8 por quilovate-hora
(aproximadamente 152 reis). Pelo
recesse uma aplicação pacífica, que re
contrário,
uma
instalação
de
o custo da instalação térmica tende a tais dos Estados Unidos.
Pelo contrá
rio, o custo da energia atômica tenderá progressivamente a diminuir aom os aperfeiçoamentos técnicos, que não po derão faltar num campio tão novo de
pesquisas. O comitê previa, com efeito,
igual capacidade, geradora de energia
uma estandardização de desenhos e de
mos um elemento positivo e nenhum
térmica, custaria sòmente 10 milhões
construção e também uma diminuição
volucionasse a produção de paz, tería país industrial poderia ficar voluntà-
do dólares.
riamente num nível técnico inferior de
nelada de carvão entregue à porta da
das despesas de 'mão-de-obra e de su pervisão técnica. Estas, pelo menos
vido à sua relutância a aceitar uma fis
oficina em 7 dólares por tonelada, o
nos primeiros tempos, seriam mais ele
calização internacional. Esta justa con sideração (que reevocamos na memó5'^ forma largamente aproxímativa)
custo da energm térmica, sendo iguais
vadas para as instalações nucleares em
as demais condições, é de 0,65 cents
confronto com as térmicas ou hidroe
por quilovate-hora (123 réis).
létricas.
Calculando o custo, da to
Em
conclusão, o custo da energia atômi
indica lun caminho em certo sentido
Em realidade, bem podemos imam-
nar que a construção de instalações de
que passará com a incrível velocidade
análogo, se a comparação nos é permi tida, á evolução da religião, do con ceito medieval do terror e dos tormen-
energia térmica. Por enquanto, pois, não seria bom
energia nuclear possa levar os frutos
com que passam os meses e os anos.
Com efeito, o aproveitamento industrial da energia nuclear vai tornar mais di
tos, ao conceito da esperança e dos
negócio transformar uma instalação tér
prêmios.
mica numa instalação atômica e, dadas também as várias dificuldades técni
das zonas agora mais desenvolvidas; que possa servir a descentralizar as indús
fícil o seu controle internacional, pois esta energia não será, como por exem
plo poderia ser o submarino, um instru mento exclusivamente militar, cuja cons trução pode ser proibida, ou fiscalizada, com
relativa facilidade.
Ao mesmo"
tempo, a possibilidade real de comparti
r
•
ca seria 26 por cento maior que o da
cas que, segundo o referido comitê,
Custo da energia nuclear
ficariam ainda para serem resoMdas,
Mas, estamos já na fase do processo atomico ^que revoluciona a produção? Sim e não. Em si mesmo, o aproveita
estamos todavia longe do "gadget" ma ravilhoso que o 'Saturday Evening Post" invocava para convencer os obs
mento da energia nuclear é tal coisa
tinados.
j
da industriahzação a regiões afastadas trias de um país, segundo as conve
niências da distribuição da população e do equílibrio econômico; que possa levar o processo produtivo ao próprio lugar em que seria desejável lazê-lo, apesar da falta de combustíveis. Tudo
isto pode dar lugar a vantagens e de-
61
Dicesto Económjco Dicesto
60
senvolvimentos que hoje são ainda de
Contudo, estamos
saída.
num
Econômico
beco
sem
Repelir o controle seria peri-
difícil avaliação e que já quase estão às portas. Menos próximo, de outro lado, parece o emprego da energia atômica em máquinas pequenas (por
f;oso, adota-lo não nos levaria muito
exemplo veículos).
cos", presidido por Einstein, decidiu,
Prognósticos
A êsse ponto parece lícito formular uma profecia, bastante inquietante, pois sabemos que o homem sabe fazer o
mal melhor do que o bem: quando chegar a fase do aproveitamento indús-
triuT, a ener^ atôn(ica efecapará a todo controle internacional, até no caso
dos americanos conseguirem instaurá4o
e, naturalmente, observá-lo e fazer to
dos os esforços para que os outros o observem também.
Se houver instala
ções bastante pequenas (o comitê dei xou muito vagas as indicações dos li
mites mínimo e máximo que as insta^çoes poderão ter para o seu bom funcionamento) e espalhadas no intenor de vastas regiões (imaginamos, por
exemplo, a Sibéria ou até o Brasil) os controles dependerão mais da boa
onge. Em fins de novembro, um "co
mitê de emergência dos sábios atômi segundo informa "Newsweek", iniciar
uma "campanlia educativa" com um comunicado em que declarava: 1) as
bombas já podem ser produzidas mais economicamente e em grande número; elas serão mais destruidoras; (1); 2) não há defesa contra a bomba atômica
e nenhuma defesa está à vista; 3) ou tras nações podem descobrir por sua
conta os atuais processos secretos; 4) a preparação contra a guerra atômica é
inútil e prejudicaria a nossa ordem so cial; 5) se houver guerra as bombas atômicas serão com certeza emprega das e destruirão a nossa civilização;
6) para êsse problema não há solução, a não ser o controle internacional da
energia atômica e finalmente a elimi
calização. De resto, a linha entre as aplicações bélicas e as pacíficas é tão
da possibilidade de uma perfeita fis
para fins de destruição e à resolução
vaga que a surprêsa do "desarmamento"
aprovada por aquele órgão em 13 de dezembro. Acontece, porém, que já
confiar a um organismo internacional
o pleno controle de toda a atividade atômica. Pois bem, o controle talvez seja aceito, as instalações sejam construídas
por tôda parte e depois... a fiscali
ela foi calculada em 1.000 toneladas.
equivalentes a 7.000 quílogramas do terrível U. 235.
O referido relatório
acha que esta quantidade poderia for
garantido que todo o mineral escavado necer 2.000.000 de quilovates de ener gia elétrica por ano. Isto eqüivale a (energia) ao fim da cadeia produtiva. quase o dôbro de energia elétrica pro saia cm forma dc "produto acabado" De outro lado, o ponto de partida de tôda a fiscalização seria a troca
franca e completa, por parte das dife rentes nações, das informações que di zem respeito às suas jazidas de urânio o tório.
É também possível que se consigam
reações nucleares de outros elementos para conseguir-sc desprendimento de energia. Como observa o boletim bi
duzida no Brasil.
(1) Em 6 de dezembro, um despacho do S. Liouis, nos Estados Unidos, falava
— segundo as declarações de um diri gente da Companhia Monsanto — de "uma bomba infinitamente mais pode
rosa que a lançada sôbre Hiroshima", equivalente a 2 milhões de toneladas do TNT.
(2) Assinado também pelo delegado brasileiro, major Orlando F. Rangel.
gou, há algumas semanas, um relatório
mseparáveis. A produção clandestina de armas atômicas, desviando material das instalações nucleares, seria extre
mamente difícil de fiscalização, pois
pre mais difícil para dominar a situa
cutadas em instalações relativamente pe quenas, fáceis de serem escondidas.
trário, tomar-se-ão cada vez mais ri
de uma liberação da influência do Es
atualmente desconhecido, mas em 1939
(2) em que demonstra que as ativida des referentes aos aspectos pacíficos e aos destrutivos da energia atômica estão tão intimamente ligadas que quase são
ção.
tado na vida econômica.
dução de urânio até o seu volume é
a Comissão das Nações Unidas (Co mitê n.° 3: Científico e Técnico) divul
as respectivas operações podem ser exe
gorosos, confirmando .iiina vez mais que o mundo não marcha no sentido
Portanto, não poderia ser rigoiosamcnte
seja pela síntese de elementos leves cm outros mais densos. Quanto à pro
pleta interdição da energia atômica
zação internacional terá uma luta sem Os controles nacionais, pelo con
dutos. Nas fases sucessivas a fiscali zação toma-se difícil tanto mais que em tôia produção indústrial há um certo desperdício dc matéria-prima nos diferentes períodos de manipulação.
densos em outros elementos mais leves,
E assim chegamos à proposta dos Estados Unidos à ONU para a com
dial, poderá ser repetida. Os Estados Unidos, justamente em vista da dificuldade para o estabeleci mento desta linha divisória, pretendem
quer dizer, as operações das fases em que ainda não há diferenciação entre o emprego bélico e o pacífico dos pro
mestral da "Westinghouse", pode-se obter calor seja pela cisão do átomos
nação da guerra.
vontade ^dos^ diferentes países do que
alemão, depois da primeira guerra mun
as iniciais, por exemplo, as de escava ção dc mineral dc urânio e de tório,
Possibilidade da fiscalização
As operações de fiscalização compa rativamente mais fáceis são justamente
ENTRADA DE OURO NO BRASIL
A Superintendência da Moeda e do Crédito resolveu o seguinte: 1) Coníinua livre a entrada no pais de ouro de liga especial destinado exclusivamente a trabalhos dentários; 2) A entrada no país de ouro imperado para transfor mação em ióia e outras atividades industriais certificado, for necido pela Fiscalização Bancária do Banco do Br^ S A., de que o tran^or-
hdauiríu das minas nacionais ouro em quantidade equiixdente a que pre
tende importar; 3) As minas venderão o ouro de sua produção ao preço máximo de Cr$ 28,00 a grama de ouro fino.
61
Dicesto Económjco Dicesto
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senvolvimentos que hoje são ainda de
Contudo, estamos
saída.
num
Econômico
beco
sem
Repelir o controle seria peri-
difícil avaliação e que já quase estão às portas. Menos próximo, de outro lado, parece o emprego da energia atômica em máquinas pequenas (por
f;oso, adota-lo não nos levaria muito
exemplo veículos).
cos", presidido por Einstein, decidiu,
Prognósticos
A êsse ponto parece lícito formular uma profecia, bastante inquietante, pois sabemos que o homem sabe fazer o
mal melhor do que o bem: quando chegar a fase do aproveitamento indús-
triuT, a ener^ atôn(ica efecapará a todo controle internacional, até no caso
dos americanos conseguirem instaurá4o
e, naturalmente, observá-lo e fazer to
dos os esforços para que os outros o observem também.
Se houver instala
ções bastante pequenas (o comitê dei xou muito vagas as indicações dos li
mites mínimo e máximo que as insta^çoes poderão ter para o seu bom funcionamento) e espalhadas no intenor de vastas regiões (imaginamos, por
exemplo, a Sibéria ou até o Brasil) os controles dependerão mais da boa
onge. Em fins de novembro, um "co
mitê de emergência dos sábios atômi segundo informa "Newsweek", iniciar
uma "campanlia educativa" com um comunicado em que declarava: 1) as
bombas já podem ser produzidas mais economicamente e em grande número; elas serão mais destruidoras; (1); 2) não há defesa contra a bomba atômica
e nenhuma defesa está à vista; 3) ou tras nações podem descobrir por sua
conta os atuais processos secretos; 4) a preparação contra a guerra atômica é
inútil e prejudicaria a nossa ordem so cial; 5) se houver guerra as bombas atômicas serão com certeza emprega das e destruirão a nossa civilização;
6) para êsse problema não há solução, a não ser o controle internacional da
energia atômica e finalmente a elimi
calização. De resto, a linha entre as aplicações bélicas e as pacíficas é tão
da possibilidade de uma perfeita fis
para fins de destruição e à resolução
vaga que a surprêsa do "desarmamento"
aprovada por aquele órgão em 13 de dezembro. Acontece, porém, que já
confiar a um organismo internacional
o pleno controle de toda a atividade atômica. Pois bem, o controle talvez seja aceito, as instalações sejam construídas
por tôda parte e depois... a fiscali
ela foi calculada em 1.000 toneladas.
equivalentes a 7.000 quílogramas do terrível U. 235.
O referido relatório
acha que esta quantidade poderia for
garantido que todo o mineral escavado necer 2.000.000 de quilovates de ener gia elétrica por ano. Isto eqüivale a (energia) ao fim da cadeia produtiva. quase o dôbro de energia elétrica pro saia cm forma dc "produto acabado" De outro lado, o ponto de partida de tôda a fiscalização seria a troca
franca e completa, por parte das dife rentes nações, das informações que di zem respeito às suas jazidas de urânio o tório.
É também possível que se consigam
reações nucleares de outros elementos para conseguir-sc desprendimento de energia. Como observa o boletim bi
duzida no Brasil.
(1) Em 6 de dezembro, um despacho do S. Liouis, nos Estados Unidos, falava
— segundo as declarações de um diri gente da Companhia Monsanto — de "uma bomba infinitamente mais pode
rosa que a lançada sôbre Hiroshima", equivalente a 2 milhões de toneladas do TNT.
(2) Assinado também pelo delegado brasileiro, major Orlando F. Rangel.
gou, há algumas semanas, um relatório
mseparáveis. A produção clandestina de armas atômicas, desviando material das instalações nucleares, seria extre
mamente difícil de fiscalização, pois
pre mais difícil para dominar a situa
cutadas em instalações relativamente pe quenas, fáceis de serem escondidas.
trário, tomar-se-ão cada vez mais ri
de uma liberação da influência do Es
atualmente desconhecido, mas em 1939
(2) em que demonstra que as ativida des referentes aos aspectos pacíficos e aos destrutivos da energia atômica estão tão intimamente ligadas que quase são
ção.
tado na vida econômica.
dução de urânio até o seu volume é
a Comissão das Nações Unidas (Co mitê n.° 3: Científico e Técnico) divul
as respectivas operações podem ser exe
gorosos, confirmando .iiina vez mais que o mundo não marcha no sentido
Portanto, não poderia ser rigoiosamcnte
seja pela síntese de elementos leves cm outros mais densos. Quanto à pro
pleta interdição da energia atômica
zação internacional terá uma luta sem Os controles nacionais, pelo con
dutos. Nas fases sucessivas a fiscali zação toma-se difícil tanto mais que em tôia produção indústrial há um certo desperdício dc matéria-prima nos diferentes períodos de manipulação.
densos em outros elementos mais leves,
E assim chegamos à proposta dos Estados Unidos à ONU para a com
dial, poderá ser repetida. Os Estados Unidos, justamente em vista da dificuldade para o estabeleci mento desta linha divisória, pretendem
quer dizer, as operações das fases em que ainda não há diferenciação entre o emprego bélico e o pacífico dos pro
mestral da "Westinghouse", pode-se obter calor seja pela cisão do átomos
nação da guerra.
vontade ^dos^ diferentes países do que
alemão, depois da primeira guerra mun
as iniciais, por exemplo, as de escava ção dc mineral dc urânio e de tório,
Possibilidade da fiscalização
As operações de fiscalização compa rativamente mais fáceis são justamente
ENTRADA DE OURO NO BRASIL
A Superintendência da Moeda e do Crédito resolveu o seguinte: 1) Coníinua livre a entrada no pais de ouro de liga especial destinado exclusivamente a trabalhos dentários; 2) A entrada no país de ouro imperado para transfor mação em ióia e outras atividades industriais certificado, for necido pela Fiscalização Bancária do Banco do Br^ S A., de que o tran^or-
hdauiríu das minas nacionais ouro em quantidade equiixdente a que pre
tende importar; 3) As minas venderão o ouro de sua produção ao preço máximo de Cr$ 28,00 a grama de ouro fino.
1
grande tarefa de condutores de povos,
para o que precisam antes de tudo de uma ampla cultura gera* e um sólido
conhecimento dos interêsses dos países
amm^-
a que têm cie ser\' r. Liautcy cbamou, com grande proprie dade, aos homens dêsso quilate de téc nicos' de idéias gerais, imprescindíveis a
e a E d u c^^gfã o N a c i o n a
todos os povos ciue pretendam viver de modo normal c feliz, sob a direção, dos ma s capazes.
por José Augusto
Brasileira
O defeito estaria em que as camadas
Especial para o
(Presidente da Associação de Educação)
de direção política, formadas em vista de outras necessidades e em face de
'Diõesto Econômico'
outras épocas, não mais correspondes
a verdade é aue em mm
sem ao espírito do momento histórico e à relevância do papel que Uies cabe
íígeíro ensaio sôhre "Os jesuítas e o ensino", sôbre os problemas educacionais, mas
a demoZraçarhuTljlTlJm^^^
desempenhar.
relatórios, estudos e livros, há
pará-las para as novas tarefas, nunca em substituí-las pelo homem da eco nomia ou po'o técnico, cuja missão é bem outra c mais modesta.
Otávio Amadeo, que foi embaixador
vánas nações, espíritos; sir^plistas SssS os males verificados i residia em que
da República Argentina em nosso país
ser governados por poHticos, gente in
que o que o engenho humano desco
teiramente inapta a orientar a socieda de, numa época em que os problenúis econômicos sobrelevam todos os outros
de tem o nome de política, e que esta,
nizado, se as questões a atender são
por exceíência as de ordem econômica, a conclusão a que chegaram tais espí ritos foi a de que o governo devia caber aos técnicos e não aos políticos. Estes
entraram
a
ser
considerados
como seres prejudiciais e nocivos, forças
de um passado que é preciso sepultar. Pouco importa que se dediquem apostolarmente ao trato da coisa pública, que consagrem tôdas as suas atividades
blemas da nossa época, disse certa vez
com grande acerto: "Es un error pre-
profissionais e. é. quanto basta para que sejam varridos das posições para que
estávamos vivendo a era da técnica e que os povos não podiam continuar a
Se o mundo novo é o do saber orga
e que é um grande conhecedor dos pro
ao exame dos problemas que entendem com o governo do Estado: são políticos não servem mais.
d car ia dcstruccion de los políticos: son
técnicos indispensables. El mal de este
pais (Argentina) no es el exceso de po-
Esquecem os que assim raciocinam
vante.
^ e complicada as mais artes,difícil porque joga com de as
,
mente do polítco, do homem de Es tado, isto é, de um homem, como ^finia Freyeinot, que não teni outra
preocupação que a prospenda e e grandeza do Estado, esqueci o e próprio e não pensando senão na coisa
^"o'^âasil, não obstante a atoarda de
alguns jeremias, em tôdas as fases e sua história, teve sempre quem velasse pelos seus destinos. Calógeras
Na minha vida púb'ica, que não foi das mais curtas, tive a fortuna de co nhecer alguns de es.
Ouanto a dois pelo menos nao creio
quü haja uma única voz discrepante em lhes proclamar as qualidades de po iticos egrégios e de verdadeiros homens do Estado; Rui Barbosa e Rio Branco, pensando v'nte e quatro horas wr dia na prosperidade e na grandeza da patiia, por ela pelejando sem esmoreci-
Eso oblíga a substituirlos por Ia espe-
se pode enfiíeirar com justiça ^ como
Guando estos llegan ai gobiemo hacen Io mismo que los politícos: o Io hacen
Pandiá Calógeras.
peor, por su fa'ta de experiência, hasta que ai fin se convierten en políticos a secas, como los otros".
cem /arga experiência, treino continua
,
O que é essencial é que se trate real
meiitos, sem desfalecinientos. Um outro brasi'eiro insigne, a quem
cie paradüjica dei politico apolitioo.
paixões, que são tudo quanto há de mais variável, reclama dos que a exer
autêntico homem de Estado, foi ..
Parlamentar por longos anos, ^'"istro
do três pastas (Agric^tura, . Guerra), representante do ' rias e importantes missões diplomáticas,
diretor de empresas ecoi^micas, a ins tante preocupação de Calógeras foi do não pode prescindir dos políticos, coisa púbhca, foi o progresso, foi o Profunda verdade a que se contém
do, formação gradual e perfeita.
' e,
necessária e a sua missão mais re.e-
precisamente su escassas.
litícos sino
briu como arte de direção da socieda
tôdas
Nunca, como na hora Wstôrica que a humanidade está rivendo, plena e prob"emas imensos a atender e ciar s(^ lução, a avistência do poatico foi mais
O remédio consistiria então em pre
da administração arhemln ^ ^ tôdas as p,randes tarefas o "Uimin (ftie dêle se incumbme seria luminoso Ministério da Unidade Nacional".
fos dois últimos decênios, e em face de cnses muito sérias que atinsirara
63 •
Dicesto Econômico
nas palavras de Otávio Amadeo: o mun
dizer que todo Estado, isto toda sociedade politicamente organi-
antes os .solicita cada vez mais.
^
pede, reclama, exige políticos, e 1 o que quer dizer, cidadãos profissionais, que se dediquem de corpo
O que há é escassez de políticos no verdadeiro e nobre sentido que a pala
vra traduz, conhecedores das necessida des dá sua época è dos seus povos, ca-
e alma à causa pública, que se prepara atender aos seus múltiplos
nalizadores e orientadores das aspira ções coletivas.
problemas, que vivam consagracms à
J.
bem, mi a grandeza do Brasil.
Os seus li\T0s, os seus estudos espar
sos em jornais e revistas, os seus rela tórios condensam (não há exagero em afirmá-lo) todos os problemas que en tendem com a vida e com a prosperida de,,da pátria.
1
grande tarefa de condutores de povos,
para o que precisam antes de tudo de uma ampla cultura gera* e um sólido
conhecimento dos interêsses dos países
amm^-
a que têm cie ser\' r. Liautcy cbamou, com grande proprie dade, aos homens dêsso quilate de téc nicos' de idéias gerais, imprescindíveis a
e a E d u c^^gfã o N a c i o n a
todos os povos ciue pretendam viver de modo normal c feliz, sob a direção, dos ma s capazes.
por José Augusto
Brasileira
O defeito estaria em que as camadas
Especial para o
(Presidente da Associação de Educação)
de direção política, formadas em vista de outras necessidades e em face de
'Diõesto Econômico'
outras épocas, não mais correspondes
a verdade é aue em mm
sem ao espírito do momento histórico e à relevância do papel que Uies cabe
íígeíro ensaio sôhre "Os jesuítas e o ensino", sôbre os problemas educacionais, mas
a demoZraçarhuTljlTlJm^^^
desempenhar.
relatórios, estudos e livros, há
pará-las para as novas tarefas, nunca em substituí-las pelo homem da eco nomia ou po'o técnico, cuja missão é bem outra c mais modesta.
Otávio Amadeo, que foi embaixador
vánas nações, espíritos; sir^plistas SssS os males verificados i residia em que
da República Argentina em nosso país
ser governados por poHticos, gente in
que o que o engenho humano desco
teiramente inapta a orientar a socieda de, numa época em que os problenúis econômicos sobrelevam todos os outros
de tem o nome de política, e que esta,
nizado, se as questões a atender são
por exceíência as de ordem econômica, a conclusão a que chegaram tais espí ritos foi a de que o governo devia caber aos técnicos e não aos políticos. Estes
entraram
a
ser
considerados
como seres prejudiciais e nocivos, forças
de um passado que é preciso sepultar. Pouco importa que se dediquem apostolarmente ao trato da coisa pública, que consagrem tôdas as suas atividades
blemas da nossa época, disse certa vez
com grande acerto: "Es un error pre-
profissionais e. é. quanto basta para que sejam varridos das posições para que
estávamos vivendo a era da técnica e que os povos não podiam continuar a
Se o mundo novo é o do saber orga
e que é um grande conhecedor dos pro
ao exame dos problemas que entendem com o governo do Estado: são políticos não servem mais.
d car ia dcstruccion de los políticos: son
técnicos indispensables. El mal de este
pais (Argentina) no es el exceso de po-
Esquecem os que assim raciocinam
vante.
^ e complicada as mais artes,difícil porque joga com de as
,
mente do polítco, do homem de Es tado, isto é, de um homem, como ^finia Freyeinot, que não teni outra
preocupação que a prospenda e e grandeza do Estado, esqueci o e próprio e não pensando senão na coisa
^"o'^âasil, não obstante a atoarda de
alguns jeremias, em tôdas as fases e sua história, teve sempre quem velasse pelos seus destinos. Calógeras
Na minha vida púb'ica, que não foi das mais curtas, tive a fortuna de co nhecer alguns de es.
Ouanto a dois pelo menos nao creio
quü haja uma única voz discrepante em lhes proclamar as qualidades de po iticos egrégios e de verdadeiros homens do Estado; Rui Barbosa e Rio Branco, pensando v'nte e quatro horas wr dia na prosperidade e na grandeza da patiia, por ela pelejando sem esmoreci-
Eso oblíga a substituirlos por Ia espe-
se pode enfiíeirar com justiça ^ como
Guando estos llegan ai gobiemo hacen Io mismo que los politícos: o Io hacen
Pandiá Calógeras.
peor, por su fa'ta de experiência, hasta que ai fin se convierten en políticos a secas, como los otros".
cem /arga experiência, treino continua
,
O que é essencial é que se trate real
meiitos, sem desfalecinientos. Um outro brasi'eiro insigne, a quem
cie paradüjica dei politico apolitioo.
paixões, que são tudo quanto há de mais variável, reclama dos que a exer
autêntico homem de Estado, foi ..
Parlamentar por longos anos, ^'"istro
do três pastas (Agric^tura, . Guerra), representante do ' rias e importantes missões diplomáticas,
diretor de empresas ecoi^micas, a ins tante preocupação de Calógeras foi do não pode prescindir dos políticos, coisa púbhca, foi o progresso, foi o Profunda verdade a que se contém
do, formação gradual e perfeita.
' e,
necessária e a sua missão mais re.e-
precisamente su escassas.
litícos sino
briu como arte de direção da socieda
tôdas
Nunca, como na hora Wstôrica que a humanidade está rivendo, plena e prob"emas imensos a atender e ciar s(^ lução, a avistência do poatico foi mais
O remédio consistiria então em pre
da administração arhemln ^ ^ tôdas as p,randes tarefas o "Uimin (ftie dêle se incumbme seria luminoso Ministério da Unidade Nacional".
fos dois últimos decênios, e em face de cnses muito sérias que atinsirara
63 •
Dicesto Econômico
nas palavras de Otávio Amadeo: o mun
dizer que todo Estado, isto toda sociedade politicamente organi-
antes os .solicita cada vez mais.
^
pede, reclama, exige políticos, e 1 o que quer dizer, cidadãos profissionais, que se dediquem de corpo
O que há é escassez de políticos no verdadeiro e nobre sentido que a pala
vra traduz, conhecedores das necessida des dá sua época è dos seus povos, ca-
e alma à causa pública, que se prepara atender aos seus múltiplos
nalizadores e orientadores das aspira ções coletivas.
problemas, que vivam consagracms à
J.
bem, mi a grandeza do Brasil.
Os seus li\T0s, os seus estudos espar
sos em jornais e revistas, os seus rela tórios condensam (não há exagero em afirmá-lo) todos os problemas que en tendem com a vida e com a prosperida de,,da pátria.
'ij
64
DrcESTo Econômico
Geólogo, mineralogista, ecoaomista, financista, historiador, sociólogo, todas
lotos de ruta; mas que filosofos de Ia
as suas observações, todas as suas idéias,
Calógeras, a não ser um ligeiro en saio sobre "Os Jesuítas e o ensino",
tôdas as suas conclusões resultavam em
ensinamentos para a direção e govêmo do Estado.
É justo e verdadeiro afirmar que.ne nhum dos nossos problemas primaciais deixou de preocupar o seu espírito pro digioso; de todos tinha o conhecimento
geral indispensável e para todos a sua inteligência fina, penetrante, encontra va a solução, quase sempre a mais oportuna e acertada. O seu relatório confidencial a Rodri
gues Alves, em vésperas de reassumir a
presidência da República, escrito a pe dido de Álvaro de Carvalho, e hoi-
pubhcado na "Brasiliana", sob o título
j^'ol>'-emas de Administração", é um
documento de alto porte, revelador de quanto Calógeras conhecia as necessiaades fundamentais do Brasil e de quanto podia exercer com eficiência qualquer das pastas ministeriais, tão fa-
mihanzado se mostrou com as questões referentes a cada uma delas, muitas das quais ainda deimndando as soluções ali
educacíon, hombres de Estado". nunca escreveu um livro especial sobre
T 1
Dicesto Econômico
65
Calógeras dí-lo expressamente: "Do cimo à base da organização o que se requer são professores dignos de exer cerem o altíssimo sacerdócio, capazes de porem em jôgo tôdas as energias
os problemas educacionais, mas a ver
ocultas da alma, que pos.snam o fervor
dade é que, cm quase todos os seus
comunicativo do missionário, que não reduzam seu apostolado à mera exigên cia do espírita ou simples tarefa inne-
rq'atórios, estudos e livros, há a de monstração que lhes dava a primasia
entre tôdas as grandes tarefas da admi
mônica; mas a. considerem obra evocadora dos recursos próprios do indi
nistração, achando que o Ministério que
víduo, chamada a postos de suas me
se incumbisse seria o "luminoso
Ministério da Unidade Nacional", © pugnando pela inadiabilidade de provi dências e medidas que instituissem" a
engenharia, professorado que inicialmen
te dtís'cria ser recrutado no estrangeiro, já que ainda não dispúnhamos no país de uma equipe eficiente dé educadores in dustriais.
Os inslitutos de preparação de enge nheiros deveriam ficar sob a direção do Ministério da Indústria, visando o recru
tamento de um corpo de engenheiros, com algims lugares destinados a serem
providos em comissão durante certo
firazo, e entre estes figurariam os de
lhores faculdades, lenta mas incessante
entes. Assim, designado por concurso
ascenção às mais puras regiões do bem,
ou por notória competência, o funcio nário, que devesse reger uma cadeira
do belo e do consciente".
Quanto ao ensino secimdário, as suas
qualquer, sairia de um conjunto de pro
ção nacional primsiria, verdadeira, viril,
predileções são pelo regime chamado
uniforme na variedade, jxilimorfa na
de madureza, combatendo o sistema de
fissionais já afeitos à prática do oficio: findo o prazo de sua comissão, e, se não
unidade da sua essência".
equiparação mas advogando uma am pla liberdade de ensino.
"religião da Pátria, fundada na educa
No tocante a êsse ensino primário, mação da consciência nacional, Caló geras não pretendia que a União dela
A limitação a es.sa ampla liberdade, ou o seu corretivo, far-se-ia pelo exa me final de bacharelado ou pe»'o exame
tomasse o encargo a título exclusi%^,
de madureza.
que reputava o fator essencial na for
O que sobretudo repugnava ao nosso
mas pugnava a interferência concorren
houvesse vantagem manifesta em pror rogá-la, voltaria ao exercício da carrei ra, a fim de nunca se perder êste con
tacto fecundo entre a teoria e a apli cação".
As idéias defendidas poy Pandiá Ca lógeras em matéria de ensino militar,
te do poder federal e dos poderes es
estadista era
a intromissão oficial na
expendeu-as e praticou-as quando de
taduais, estes enfrentando diretamente o
vida educacional, por ôle considerada
sugeridas e indicadas.
analfabetismo local, aquôle interferindo
Estamo.s assim diante de um político autenüco, de um técnico de idéias ne-
para
como o maior dos inimigos e fator de desorganização. Há sobre essa matéria a sua frase
sua passagein pela pasta da Guerra, pôsto no qual se conduziu como se fòra
rais, de um legitimo e indiscutível ho Certo, aqui, não posso estudá-lo na onímoda, na múltipla variedade de as pectos demonstrados através de seus inúmeros trabalhos. Educação nacional Vou limitar-me a uma face única: a
da educação nacional. disse
a
manter
coeso e forte êsse insubstituível fator de unidade do Brasil.
incisiva: "a compressão oficial — eis o inimigo".
Objetivamente, queria que a União
mem de Estado.
Michelet
resguardar, fortalecer
certa
vez, e
disse
muito bem, que a educação é a primei ra e a última palavra da política, ao
uma escola normdl primária do tipo su perior, visando preparar professores das escolas normais regionais, diretores de grupos escolares e inspetores de ensino, o como coroamento, para a radicação
traproducente, que os toma totalmente inexequíveis, conforme podem atestar todos quantos ainda hoje têm qualquer •-7
minou cuidadosamente a questão do en
sino profissional, que preconiza como
imprescindível ao fortalecimento de nossa economia.
O problema da formação do professo-
gentina, acrescenta — "Las escuelas,
possamos dar eficiência à nossa edu cação e dela tirar os altos frutos de
res, alunos, pais de família. brasil E SUA LEGISLAÇÃO", exa
tituto superior de pedagogia, teórico e experimental, no qual se adestrassem os candidatos às cadeiras das escolas nor mais primárias superiores.' ratío e assim ponto essencial para que
contacto com a vida ginasial, professo No trabalho sôbre "AS MINAS DO
nacional desejado, um ins
que o professor Luís Reissig, da Ar
desde Ia primaria hasta Ia superior, necesitan ahora, mas que pedagogos, pi-
Quanto aos programas, clamava con tra o seu encioíopedlsmo pedante e con
mantivesse em cada Estado, formando em grupo alguns pequenos Estados,
S
Ensino militar e de engenharia
Preocupava-o sobretudo a preparação do professorado destinado às escolas de
que e suscetível.
ja L
um grande técnico, longamente e.xperimentado.
Queria o serviço militar obrigatório, estendido a todas as Classes sociais.
Seria a parte prática, imprescindível como^ complemento à formação teórica: "Só é vantajoso o ensino teórico quando tem o apoio, a sanção, a autoridade da
lide prática; êsse princípio que fôra tão útil ver generalizado nas escolas pro fissionais civis, é essencial nas de ca ráter militar".
Outros aspectos da questão educati
va abordou Calógeras em várias oca siões, com a habituail lucidez, com se gurança e acêrto.
Um deles o da interferência do Esta do na matena, mormente tendo em
vista a formação moral, objetivo i^eS
'ij
64
DrcESTo Econômico
Geólogo, mineralogista, ecoaomista, financista, historiador, sociólogo, todas
lotos de ruta; mas que filosofos de Ia
as suas observações, todas as suas idéias,
Calógeras, a não ser um ligeiro en saio sobre "Os Jesuítas e o ensino",
tôdas as suas conclusões resultavam em
ensinamentos para a direção e govêmo do Estado.
É justo e verdadeiro afirmar que.ne nhum dos nossos problemas primaciais deixou de preocupar o seu espírito pro digioso; de todos tinha o conhecimento
geral indispensável e para todos a sua inteligência fina, penetrante, encontra va a solução, quase sempre a mais oportuna e acertada. O seu relatório confidencial a Rodri
gues Alves, em vésperas de reassumir a
presidência da República, escrito a pe dido de Álvaro de Carvalho, e hoi-
pubhcado na "Brasiliana", sob o título
j^'ol>'-emas de Administração", é um
documento de alto porte, revelador de quanto Calógeras conhecia as necessiaades fundamentais do Brasil e de quanto podia exercer com eficiência qualquer das pastas ministeriais, tão fa-
mihanzado se mostrou com as questões referentes a cada uma delas, muitas das quais ainda deimndando as soluções ali
educacíon, hombres de Estado". nunca escreveu um livro especial sobre
T 1
Dicesto Econômico
65
Calógeras dí-lo expressamente: "Do cimo à base da organização o que se requer são professores dignos de exer cerem o altíssimo sacerdócio, capazes de porem em jôgo tôdas as energias
os problemas educacionais, mas a ver
ocultas da alma, que pos.snam o fervor
dade é que, cm quase todos os seus
comunicativo do missionário, que não reduzam seu apostolado à mera exigên cia do espírita ou simples tarefa inne-
rq'atórios, estudos e livros, há a de monstração que lhes dava a primasia
entre tôdas as grandes tarefas da admi
mônica; mas a. considerem obra evocadora dos recursos próprios do indi
nistração, achando que o Ministério que
víduo, chamada a postos de suas me
se incumbisse seria o "luminoso
Ministério da Unidade Nacional", © pugnando pela inadiabilidade de provi dências e medidas que instituissem" a
engenharia, professorado que inicialmen
te dtís'cria ser recrutado no estrangeiro, já que ainda não dispúnhamos no país de uma equipe eficiente dé educadores in dustriais.
Os inslitutos de preparação de enge nheiros deveriam ficar sob a direção do Ministério da Indústria, visando o recru
tamento de um corpo de engenheiros, com algims lugares destinados a serem
providos em comissão durante certo
firazo, e entre estes figurariam os de
lhores faculdades, lenta mas incessante
entes. Assim, designado por concurso
ascenção às mais puras regiões do bem,
ou por notória competência, o funcio nário, que devesse reger uma cadeira
do belo e do consciente".
Quanto ao ensino secimdário, as suas
qualquer, sairia de um conjunto de pro
ção nacional primsiria, verdadeira, viril,
predileções são pelo regime chamado
uniforme na variedade, jxilimorfa na
de madureza, combatendo o sistema de
fissionais já afeitos à prática do oficio: findo o prazo de sua comissão, e, se não
unidade da sua essência".
equiparação mas advogando uma am pla liberdade de ensino.
"religião da Pátria, fundada na educa
No tocante a êsse ensino primário, mação da consciência nacional, Caló geras não pretendia que a União dela
A limitação a es.sa ampla liberdade, ou o seu corretivo, far-se-ia pelo exa me final de bacharelado ou pe»'o exame
tomasse o encargo a título exclusi%^,
de madureza.
que reputava o fator essencial na for
O que sobretudo repugnava ao nosso
mas pugnava a interferência concorren
houvesse vantagem manifesta em pror rogá-la, voltaria ao exercício da carrei ra, a fim de nunca se perder êste con
tacto fecundo entre a teoria e a apli cação".
As idéias defendidas poy Pandiá Ca lógeras em matéria de ensino militar,
te do poder federal e dos poderes es
estadista era
a intromissão oficial na
expendeu-as e praticou-as quando de
taduais, estes enfrentando diretamente o
vida educacional, por ôle considerada
sugeridas e indicadas.
analfabetismo local, aquôle interferindo
Estamo.s assim diante de um político autenüco, de um técnico de idéias ne-
para
como o maior dos inimigos e fator de desorganização. Há sobre essa matéria a sua frase
sua passagein pela pasta da Guerra, pôsto no qual se conduziu como se fòra
rais, de um legitimo e indiscutível ho Certo, aqui, não posso estudá-lo na onímoda, na múltipla variedade de as pectos demonstrados através de seus inúmeros trabalhos. Educação nacional Vou limitar-me a uma face única: a
da educação nacional. disse
a
manter
coeso e forte êsse insubstituível fator de unidade do Brasil.
incisiva: "a compressão oficial — eis o inimigo".
Objetivamente, queria que a União
mem de Estado.
Michelet
resguardar, fortalecer
certa
vez, e
disse
muito bem, que a educação é a primei ra e a última palavra da política, ao
uma escola normdl primária do tipo su perior, visando preparar professores das escolas normais regionais, diretores de grupos escolares e inspetores de ensino, o como coroamento, para a radicação
traproducente, que os toma totalmente inexequíveis, conforme podem atestar todos quantos ainda hoje têm qualquer •-7
minou cuidadosamente a questão do en
sino profissional, que preconiza como
imprescindível ao fortalecimento de nossa economia.
O problema da formação do professo-
gentina, acrescenta — "Las escuelas,
possamos dar eficiência à nossa edu cação e dela tirar os altos frutos de
res, alunos, pais de família. brasil E SUA LEGISLAÇÃO", exa
tituto superior de pedagogia, teórico e experimental, no qual se adestrassem os candidatos às cadeiras das escolas nor mais primárias superiores.' ratío e assim ponto essencial para que
contacto com a vida ginasial, professo No trabalho sôbre "AS MINAS DO
nacional desejado, um ins
que o professor Luís Reissig, da Ar
desde Ia primaria hasta Ia superior, necesitan ahora, mas que pedagogos, pi-
Quanto aos programas, clamava con tra o seu encioíopedlsmo pedante e con
mantivesse em cada Estado, formando em grupo alguns pequenos Estados,
S
Ensino militar e de engenharia
Preocupava-o sobretudo a preparação do professorado destinado às escolas de
que e suscetível.
ja L
um grande técnico, longamente e.xperimentado.
Queria o serviço militar obrigatório, estendido a todas as Classes sociais.
Seria a parte prática, imprescindível como^ complemento à formação teórica: "Só é vantajoso o ensino teórico quando tem o apoio, a sanção, a autoridade da
lide prática; êsse princípio que fôra tão útil ver generalizado nas escolas pro fissionais civis, é essencial nas de ca ráter militar".
Outros aspectos da questão educati
va abordou Calógeras em várias oca siões, com a habituail lucidez, com se gurança e acêrto.
Um deles o da interferência do Esta do na matena, mormente tendo em
vista a formação moral, objetivo i^eS
Digesto Econômico
66
Na sua doutrina, o ensino deve ser
outras as que precisam vir sem tardança.
e lhe facilite o exercício, nos próprios
houvesse
edifícios escolares, se assim pedirem os
Educação e confiado a Calógeras a sua
pais de família".
direção.
por
Pena 6 que há mais tempo não se instituído
o
Ministério
Eugênio Gimix
da
vista de Calógeras sôbre os problemas
Estou certo de que assim teria sido tal Minístérió o maior propulsor de fe
educacionais do Brasil.
licidade e da grandeza da pátria.
Eis aí em linhas gerais os pontos de
TAXA DE JUROS
As suas soluções são, em regra, umas
as que estão sendo dacTns agora e,
leigo, o que não significa repelir a coo peração religiosa: "ao contrário, diz Calógeras, melhor será que a consigne
Ão tenho como agradecer as palavras tão generosas e amáveis do presi dente desta Associação, da ilustre assis
tência e de todos em São Paulo, pela acolhida que me deram e à qual sou extremamente grato. Cada vez que ve
subir os preços, por força da pro
Brasil, o melhor remédio para mim é uma visita a São Paulo.
Não vim fazer uma conferência. Vim,
detrimento de outra.
do hoje, espero receber, se não agora,
hiper-emprêgo de grande intensida de na atual coujuntura da economia brasileira salta aos oUios, mesmo
de quem não quer ver. O agricul
nômica, poderão dar excelente contri buição para esclarecer o tema que vou
tor aue precisa de braços para o trabalho de suas lavouras não os
hoje abordar.
tem; o industrial que precisa d© maior número de operários não os encontra desempregados; os operá rios de construção, da indústria, da lavoura, estão em regime de leilão,
O ministro da Agricultura, ^pois de ouvir os técnicos do Departamento Nacional da Produção Animal e ^ Serviço Florestal, mandou intensificar o fo
atual é de completo esgotamento de todos os nossos fatôres de produção. Há dinheiro demais e fatôres de produção
o duplo do atual, aumentando em proporção maior o rendimento de carne e leite.
o desvio dos fatôres de produção •
'de uma para outra atividade só permito aumentar uma produção em
Salvo em um ou outro ponto iso
PASTOS ARBÓREOS
em proteína, podendo ser considerados substitutos da alfafa; b) fornecem grande cópia de ferragens verdes, por hectares, durante os períodos mais secos do ano; c) permitem um adensamento considerável^ bovinos por unidade de área, talvez
dução já empregados, "mas não o
de aumentar a produção, porquanto
lado do país, a existência de um
Peço licença, em primeiro lugar e a título de preâmbulo, para pedir vossa atenção para a necessidade de atender à noção de "pleno emprego", como à da limitação dos "fatores de produção". Os fatores de produção não sãs ilimita dos em país algum. Nossa situação
a) são riquíssimos
cura adicional de fatôres de pro
E, especialmente em relação ao assunto
porque os homens de negócios, pela prática e experiência da atividade eco
Alguns pastos arbóreos apresentam muitas vantagens:
particulares, terá o efeito de fazer
sim, trocar idéias, e quem troca, dá e recebe. Não é uma operação unilateral.
mais tarde, a contribuição de todos vós,
mento à formação de pastos arbóreos, principamente nas zonas semi-áridas e
tôres de produção estão emprega
nho a São Paulo sinto-mc confortado
ou desanimo em relação às coisas do
subúmidas do país.
econômica já atingiu a um ponto em que, praticamente, todos os fa
em ver a sua atividade, o seu espírito de trabalho, de iniciativa e de capacidade acontece, de fases cíclicas de depressão
[.
ou em uma nação, a ativioad©
dos, a iniciativa de novas ativida des, venha ela do govêmo ou de
de realização. Confesso mesmo que quando sofro, como infelizmente me
i
*'Quando, portanto, em uma remáo
de menos. A solução simplista de dizer
que é preciso produzir mais, com a in
terpretação que lhe tem sido geralmente dada, é de perigosas conseqüências. Em depoimento que recentemente
prestei perante uma Comissão da Assem bléia Constituinte, eu dizia:
O presente írahalho con.ditui a conier^ ciíi q\ic o A. proferiu na Bôha de Merciuloriíis dc Sílf> PuuJo, no dia 2S de
novembro de 19-Í6.
Á sua divulgação
pelas colunas do "Digesto Económicà".^ se justifica, pois, além do tema central
que aborda, o dr. Eusânio Gudin foca-, f.* Uza, com a clareza de verdadeiro pro- , ^ fessor de economia política, outros im*-
piirtantes aspectos do momento, relacio- \:
nados com a baixa da produtividade '6 ,[ a inflação.
■ '''
Digesto Econômico
66
Na sua doutrina, o ensino deve ser
outras as que precisam vir sem tardança.
e lhe facilite o exercício, nos próprios
houvesse
edifícios escolares, se assim pedirem os
Educação e confiado a Calógeras a sua
pais de família".
direção.
por
Pena 6 que há mais tempo não se instituído
o
Ministério
Eugênio Gimix
da
vista de Calógeras sôbre os problemas
Estou certo de que assim teria sido tal Minístérió o maior propulsor de fe
educacionais do Brasil.
licidade e da grandeza da pátria.
Eis aí em linhas gerais os pontos de
TAXA DE JUROS
As suas soluções são, em regra, umas
as que estão sendo dacTns agora e,
leigo, o que não significa repelir a coo peração religiosa: "ao contrário, diz Calógeras, melhor será que a consigne
Ão tenho como agradecer as palavras tão generosas e amáveis do presi dente desta Associação, da ilustre assis
tência e de todos em São Paulo, pela acolhida que me deram e à qual sou extremamente grato. Cada vez que ve
subir os preços, por força da pro
Brasil, o melhor remédio para mim é uma visita a São Paulo.
Não vim fazer uma conferência. Vim,
detrimento de outra.
do hoje, espero receber, se não agora,
hiper-emprêgo de grande intensida de na atual coujuntura da economia brasileira salta aos oUios, mesmo
de quem não quer ver. O agricul
nômica, poderão dar excelente contri buição para esclarecer o tema que vou
tor aue precisa de braços para o trabalho de suas lavouras não os
hoje abordar.
tem; o industrial que precisa d© maior número de operários não os encontra desempregados; os operá rios de construção, da indústria, da lavoura, estão em regime de leilão,
O ministro da Agricultura, ^pois de ouvir os técnicos do Departamento Nacional da Produção Animal e ^ Serviço Florestal, mandou intensificar o fo
atual é de completo esgotamento de todos os nossos fatôres de produção. Há dinheiro demais e fatôres de produção
o duplo do atual, aumentando em proporção maior o rendimento de carne e leite.
o desvio dos fatôres de produção •
'de uma para outra atividade só permito aumentar uma produção em
Salvo em um ou outro ponto iso
PASTOS ARBÓREOS
em proteína, podendo ser considerados substitutos da alfafa; b) fornecem grande cópia de ferragens verdes, por hectares, durante os períodos mais secos do ano; c) permitem um adensamento considerável^ bovinos por unidade de área, talvez
dução já empregados, "mas não o
de aumentar a produção, porquanto
lado do país, a existência de um
Peço licença, em primeiro lugar e a título de preâmbulo, para pedir vossa atenção para a necessidade de atender à noção de "pleno emprego", como à da limitação dos "fatores de produção". Os fatores de produção não sãs ilimita dos em país algum. Nossa situação
a) são riquíssimos
cura adicional de fatôres de pro
E, especialmente em relação ao assunto
porque os homens de negócios, pela prática e experiência da atividade eco
Alguns pastos arbóreos apresentam muitas vantagens:
particulares, terá o efeito de fazer
sim, trocar idéias, e quem troca, dá e recebe. Não é uma operação unilateral.
mais tarde, a contribuição de todos vós,
mento à formação de pastos arbóreos, principamente nas zonas semi-áridas e
tôres de produção estão emprega
nho a São Paulo sinto-mc confortado
ou desanimo em relação às coisas do
subúmidas do país.
econômica já atingiu a um ponto em que, praticamente, todos os fa
em ver a sua atividade, o seu espírito de trabalho, de iniciativa e de capacidade acontece, de fases cíclicas de depressão
[.
ou em uma nação, a ativioad©
dos, a iniciativa de novas ativida des, venha ela do govêmo ou de
de realização. Confesso mesmo que quando sofro, como infelizmente me
i
*'Quando, portanto, em uma remáo
de menos. A solução simplista de dizer
que é preciso produzir mais, com a in
terpretação que lhe tem sido geralmente dada, é de perigosas conseqüências. Em depoimento que recentemente
prestei perante uma Comissão da Assem bléia Constituinte, eu dizia:
O presente írahalho con.ditui a conier^ ciíi q\ic o A. proferiu na Bôha de Merciuloriíis dc Sílf> PuuJo, no dia 2S de
novembro de 19-Í6.
Á sua divulgação
pelas colunas do "Digesto Económicà".^ se justifica, pois, além do tema central
que aborda, o dr. Eusânio Gudin foca-, f.* Uza, com a clareza de verdadeiro pro- , ^ fessor de economia política, outros im*-
piirtantes aspectos do momento, relacio- \:
nados com a baixa da produtividade '6 ,[ a inflação.
■ '''
DiGESTO ECONÓM^^^
68
a quem der mais; a energia elétri ca está racionada em muitas de
de produção aos lugares de onde saíram
e onde estão fazendo falta. Os fatô^^s
dificílimas de obter, os transportes
do produção não são ilimitados. A sêde de produzir mais, indistintamente, sem se
superlotados, as lojas em aperturas
lembrar da necessidade de prover oS
nessas regiões, as matérias-primas para refazer seus estoques, os tea
fatôres de produção nece.ssários, indo
tros cheios, os restaurantes reple
E os preços sobem
buscá-los onde êles podem ser dispensa dos, só redunda em aumento de preçps-
ininterruptamente. E, como sempre,
A nossa situação atual é de verdadeiro
quando há hiper-emprêgo, decaem a disciplina e a produtividade do
leilão de fatôres de produção, trazendo como conseqüência uma alta indefinida
operariado.
de todos os preços.
Só assim poderemos corrigir a situação de hiper-emprêgo. O "slo gan" de "produzir mais" sem pri
têxtil, a produção de tecidos que já era inferior à do ano pas.sado baixou ainda
meiramente tratar de liberar os fa-
aspectos mais importantes que se deve
tos, etc. etc.
O ST. Aldo Azevedo — Na indústria
tôres de produção para isso neces
sários, precisa ser corrigido, uma vez que os fatores de produção não são ilimitados, só se pode au mentar a produção de bens de con
sumo, liberando primeiramente os
fatôres de produção que estão sendo utilizados em bens de produção fu tura. Sem o qiie, só faremos agra var o mal".
Efeitos da inflação O de que sofremos é de uma defor mação da nossa economia ocasionada
pela inflação. Existem setores em que a produção é insuficiente. É necessário
tomar possível o aumento de produção nesses setores, liberando fatôres de pro dução empregados nos setores inflacionados, como os de ensilhamento das construções civis, das inúmeras obras do
governo, das novas estradas de ferro, das novas estradas de rodagem, cuja execução não é premente e que estão absorvendo os fatôres de produção que faltam à lavoura.
A estatística da população das favelas
no Rio de Janeiro mostra que 6(^ dessa população saiu da produção agrícola do
do 4%.
Êsse evidentemente é um dos
levar em conta.
O sr. Eugênio Gudin — No Rio -d® Janeiro disputa-se a mão de obra a
quem mais der. Elevam-se os salários,
Digesto
O ST. Eugênio Gudin — Quando nos
apro.ximamos do pleno emprêgo, baixa a produção c, como bem lembra agora
dito.
Isto, porém, ainda é uma proposição
geral, da qual não decorrem elementos
O professor Paul Hugon já me tinha aliás assinalado lui muito tempo o fe
de ação pratica. Vamos então procurar analisar de que forma e até que ponto
nômeno da baixa de produtividade em
o preço, maior ou menor, do crédito
vários setores da atividade econômica
afeta os vários setores da atividade
paulista. Prcci.samos voltar ao menos à
econômica.
&rodutividade anterior e tratar da mejoria da capacidade dos operários, da criação de mestres e contra-mestres ha bilitados e de todos os fatôres necessá-
rips ao aumento dessa produtividade do país. Era êsse o apelo que eu lhes queria
dirigir, antes de entrar no assunto da
palestra de hoje, que é o da taxa de juros.
Vejamos o caso do comercio em ge ral, isto é, de um negociante atacadista quo compra e revende mercadorias e que recorre aos bancos para a movimen tação de seus negócios. Se a taxa de descontos sobe de 6% a 9%, por exemplo, alta considerável, o negociante pagará aos bancos mais de 3® ao ano sôbre
a importância média anual de seus sal dos devedores. Mas, como o volume anual de seus vendas atinge fàcihnente
a três vêzes seu capital de giro, os 3% de diferença de juros corresponderão a
O jyréço do crédito
Os homens de nego
cies não são, em via de regra, estimula
dade técnica ■ sem que essa possibilida de possa ser efetivada por falta de cré
o sr. Aldo Azevedo, o fator político é de importância.
elevam-se os preços, mas não há aumen
to de produção.
69
Econômico
Os problemas de moeda e crédito não
1% apenas sôbre seu algarismo de_ negó cios. Qualquer pequena oscilação dos preços das mercadorias, para a alta ou
dos a encarar a questão sob êsse aspecto, porque cada um trabalha num determi nado ramo da indústria ou dos negó
devem constituir um setor separado dos
cios e não vê o conjunto.
sado no conjunto dos problemas gerais
muito maior do que os 50% de elevação
de produção e distribuição. É por isso que escolhi este tema para troca de
da taxa de desconto.
idéias com os homens cuja experiência
tância do fator taxa de juros é muito reduzida relativamente a outros elemen
O aumento
de produção só se consegue com o aumento da produtividade e, como bem disse o professor Vanzolini ontem na Associação Comercial, não se aumenta
a produtividade da ncúte para o dia. Baixa da produtividade O ST. Aldo Azevedo — Hoje existe
até redução de produtividade devido aos fatôres políticos. Se ficarmos aquém do limite do pleno emprêgo, poderemos aumentar a produção pelo aumento da produtividade, ou pelo menos podere mos voltar à produção anterior. O sr. Eugênio Cudin — Ontem mes mo, na Associação Comercial, referi-me
ao aumento da produtividade a ser obti
do pela melhoria da instrução técnica,
demais problemas econômicos. O estu do de moeda e crédito deve ser entro
e tirocínio dos negócios poderão não só
Vemos portanto
que, no caso dos negociantes, a impor
trazer uma preciosa colaboração, como corrigir e retificar proposições de. um
tos de risco do negócio.
simples estudioso.
trial com 300 contos, digamos, de ca
Tomemos agora o caso de um indus
Um dos instrumentos de mais direta
pital de movimento, capital êsse que ele
ligação entre o setor monetário e a
faz facilmente girar três vêzes no ano, e suponhamos que a produção desse
ec-onomia
do país é constituído pela
taxa de juros, isto é, pelo preço do
industrial seja de 100.000 unidades, cujo
crédito.
custo total de produção, em materiais e
De que depende a produção?
De
mão de obra, é de 90 contos (três vezes
dois elementos: a disponibilidade dos fa
o capital de movimento).
tôres de produção e da produtividade
taxa de 5%, os juros de seu capital de
dêsses fatôres.
Em qualquer caso, o
crédito constitui um elemento impor
Estado do Rio de Janeiro, 15% de Minas, 4% da Bahia, etc. Paralisadas as obras
pela maior capacidade dos mestres, con-
tante de colaboração. Pode haver fatô
tra-mestres, etc.
em que essa população adventícia esta empregada, far-se-ia voltar êsses fatôres
têm atualmente má vontade.
utilização pelos empreendedores seja pos sível por falta de crédito. Pode haver
O ST. Aldo Azevedo — Os operários
para a baixa, terá portanto influência
res de produção disponível sem que sua
possibilidades de melhoria da produtivi
Com uma
movimento de 300 contos são de 15 contos, sendo portanto o custo da uni
dade produzida de Cr$ 9,15. Uma re
dução da taxa de juros de 5% para 4%, isto é, de 20%, reduziria os juros a 12 contos em vez de 15 contos, e portanto o custo da unidade produzida de Cr$..
DiGESTO ECONÓM^^^
68
a quem der mais; a energia elétri ca está racionada em muitas de
de produção aos lugares de onde saíram
e onde estão fazendo falta. Os fatô^^s
dificílimas de obter, os transportes
do produção não são ilimitados. A sêde de produzir mais, indistintamente, sem se
superlotados, as lojas em aperturas
lembrar da necessidade de prover oS
nessas regiões, as matérias-primas para refazer seus estoques, os tea
fatôres de produção nece.ssários, indo
tros cheios, os restaurantes reple
E os preços sobem
buscá-los onde êles podem ser dispensa dos, só redunda em aumento de preçps-
ininterruptamente. E, como sempre,
A nossa situação atual é de verdadeiro
quando há hiper-emprêgo, decaem a disciplina e a produtividade do
leilão de fatôres de produção, trazendo como conseqüência uma alta indefinida
operariado.
de todos os preços.
Só assim poderemos corrigir a situação de hiper-emprêgo. O "slo gan" de "produzir mais" sem pri
têxtil, a produção de tecidos que já era inferior à do ano pas.sado baixou ainda
meiramente tratar de liberar os fa-
aspectos mais importantes que se deve
tos, etc. etc.
O ST. Aldo Azevedo — Na indústria
tôres de produção para isso neces
sários, precisa ser corrigido, uma vez que os fatores de produção não são ilimitados, só se pode au mentar a produção de bens de con
sumo, liberando primeiramente os
fatôres de produção que estão sendo utilizados em bens de produção fu tura. Sem o qiie, só faremos agra var o mal".
Efeitos da inflação O de que sofremos é de uma defor mação da nossa economia ocasionada
pela inflação. Existem setores em que a produção é insuficiente. É necessário
tomar possível o aumento de produção nesses setores, liberando fatôres de pro dução empregados nos setores inflacionados, como os de ensilhamento das construções civis, das inúmeras obras do
governo, das novas estradas de ferro, das novas estradas de rodagem, cuja execução não é premente e que estão absorvendo os fatôres de produção que faltam à lavoura.
A estatística da população das favelas
no Rio de Janeiro mostra que 6(^ dessa população saiu da produção agrícola do
do 4%.
Êsse evidentemente é um dos
levar em conta.
O sr. Eugênio Gudin — No Rio -d® Janeiro disputa-se a mão de obra a
quem mais der. Elevam-se os salários,
Digesto
O ST. Eugênio Gudin — Quando nos
apro.ximamos do pleno emprêgo, baixa a produção c, como bem lembra agora
dito.
Isto, porém, ainda é uma proposição
geral, da qual não decorrem elementos
O professor Paul Hugon já me tinha aliás assinalado lui muito tempo o fe
de ação pratica. Vamos então procurar analisar de que forma e até que ponto
nômeno da baixa de produtividade em
o preço, maior ou menor, do crédito
vários setores da atividade econômica
afeta os vários setores da atividade
paulista. Prcci.samos voltar ao menos à
econômica.
&rodutividade anterior e tratar da mejoria da capacidade dos operários, da criação de mestres e contra-mestres ha bilitados e de todos os fatôres necessá-
rips ao aumento dessa produtividade do país. Era êsse o apelo que eu lhes queria
dirigir, antes de entrar no assunto da
palestra de hoje, que é o da taxa de juros.
Vejamos o caso do comercio em ge ral, isto é, de um negociante atacadista quo compra e revende mercadorias e que recorre aos bancos para a movimen tação de seus negócios. Se a taxa de descontos sobe de 6% a 9%, por exemplo, alta considerável, o negociante pagará aos bancos mais de 3® ao ano sôbre
a importância média anual de seus sal dos devedores. Mas, como o volume anual de seus vendas atinge fàcihnente
a três vêzes seu capital de giro, os 3% de diferença de juros corresponderão a
O jyréço do crédito
Os homens de nego
cies não são, em via de regra, estimula
dade técnica ■ sem que essa possibilida de possa ser efetivada por falta de cré
o sr. Aldo Azevedo, o fator político é de importância.
elevam-se os preços, mas não há aumen
to de produção.
69
Econômico
Os problemas de moeda e crédito não
1% apenas sôbre seu algarismo de_ negó cios. Qualquer pequena oscilação dos preços das mercadorias, para a alta ou
dos a encarar a questão sob êsse aspecto, porque cada um trabalha num determi nado ramo da indústria ou dos negó
devem constituir um setor separado dos
cios e não vê o conjunto.
sado no conjunto dos problemas gerais
muito maior do que os 50% de elevação
de produção e distribuição. É por isso que escolhi este tema para troca de
da taxa de desconto.
idéias com os homens cuja experiência
tância do fator taxa de juros é muito reduzida relativamente a outros elemen
O aumento
de produção só se consegue com o aumento da produtividade e, como bem disse o professor Vanzolini ontem na Associação Comercial, não se aumenta
a produtividade da ncúte para o dia. Baixa da produtividade O ST. Aldo Azevedo — Hoje existe
até redução de produtividade devido aos fatôres políticos. Se ficarmos aquém do limite do pleno emprêgo, poderemos aumentar a produção pelo aumento da produtividade, ou pelo menos podere mos voltar à produção anterior. O sr. Eugênio Cudin — Ontem mes mo, na Associação Comercial, referi-me
ao aumento da produtividade a ser obti
do pela melhoria da instrução técnica,
demais problemas econômicos. O estu do de moeda e crédito deve ser entro
e tirocínio dos negócios poderão não só
Vemos portanto
que, no caso dos negociantes, a impor
trazer uma preciosa colaboração, como corrigir e retificar proposições de. um
tos de risco do negócio.
simples estudioso.
trial com 300 contos, digamos, de ca
Tomemos agora o caso de um indus
Um dos instrumentos de mais direta
pital de movimento, capital êsse que ele
ligação entre o setor monetário e a
faz facilmente girar três vêzes no ano, e suponhamos que a produção desse
ec-onomia
do país é constituído pela
taxa de juros, isto é, pelo preço do
industrial seja de 100.000 unidades, cujo
crédito.
custo total de produção, em materiais e
De que depende a produção?
De
mão de obra, é de 90 contos (três vezes
dois elementos: a disponibilidade dos fa
o capital de movimento).
tôres de produção e da produtividade
taxa de 5%, os juros de seu capital de
dêsses fatôres.
Em qualquer caso, o
crédito constitui um elemento impor
Estado do Rio de Janeiro, 15% de Minas, 4% da Bahia, etc. Paralisadas as obras
pela maior capacidade dos mestres, con-
tante de colaboração. Pode haver fatô
tra-mestres, etc.
em que essa população adventícia esta empregada, far-se-ia voltar êsses fatôres
têm atualmente má vontade.
utilização pelos empreendedores seja pos sível por falta de crédito. Pode haver
O ST. Aldo Azevedo — Os operários
para a baixa, terá portanto influência
res de produção disponível sem que sua
possibilidades de melhoria da produtivi
Com uma
movimento de 300 contos são de 15 contos, sendo portanto o custo da uni
dade produzida de Cr$ 9,15. Uma re
dução da taxa de juros de 5% para 4%, isto é, de 20%, reduziria os juros a 12 contos em vez de 15 contos, e portanto o custo da unidade produzida de Cr$..
70
Digesto Econômico
9,15 a Cr? 9,12.
Vemos portanto que
uma simples variação de 1% no custo de materiais e mão de obra teria tido uma influência muito
maior sobre o
custo total do que os 20% de elevação da taxa de juros.
de instalação, as despesas gerais, as de matéria-prima, de energia c de mão do obra. No caso das estradas de ferro
ou das indústrias, portanto, a importân cia da taxa de juros a longo prazo, se
bem que im(|x>rtantei, pode ser con trabalançada e superada pela influência
Alguns exemplos
preponderante do custo de outros fatô-
No que toca às Inversões, isto é, a taxa de juros a longo prazo, considera
da como um fator de capitalização, é preciso distinguir os casos em que os juros do capital representam uma fra
ção apenas do custo do produto aca
res do produção.
muito
recentemente
Assembléia Constituinte a doutrina do
bado daqueles em que esses juros re
custo histórico e a do custo de repro
presentam a quasi totalidade dôsse custo
custo histórico dizia que se se aceitasse
O caso típico da influência decisiva dos juros sôbre o valor do produto acabado e o das construções civis. De fato de
que se compõe o preço do produto 'aca
dução. Um deputado que se batia pelo o princípio do custo dc reprodução, quan
do a moeda sc depreciasse de metade, o preço dos serviços públicos duplica ria. É um equívoco, justamente pelo fato dos juros constituírem apenas uma fração do custo do serviço. Suponha
bado e vendável das construções civis isto e, dos alugueis? Exclusivamente dos juros do capital empregado na cons- mos o caso de determinado serviço do truçao. Para um edifício de 10.000 igual a Cr$ 1,00. Desde Cr? 1,00, contos, se a taxa. de juros fôr de 6%, preço Cr$ 0,20, digamos, corresponderiam ao o aluguel sera de 600 contos, se a taxa juro do capital, e Cr? 0,80 às despesas baixar de 6% para 4%, o aluguel baixa material, mão de obra, energia, ra para 400 contos. Tudo integralmente com combustível, etc. Se a moeda se de
proporcional à redução da taxa de juros. Nenhum setor da economia é portanto mais afetado pela taxa de juros do que
o das construções civis.
No caso das estradas de ferro e das indústrias, a importância dos juros do capital representa não mais o total, como no caso do aluguel de casas e sim uma fração, maior ou menor, do custo do
produto acabado.
No caso de uma
estrada de ferro, por exemplo, o custo
da tonelada-quilómetro, que é o produto acabado e vendável, compreende, além
do juro do capital de construção da ferrovia, a importância correspondente
às despesas fixas gerais, às despesas de energia e de comíjustível e às despesas de materiais e mão de obra.
Da mes
ma forma, no caso das indústrias, o
custo do produto acabado e vendável
compreende, além dos juros do capital
conhece Hicks, em seu "Value and Ca
estradas de ferro e das indústrias; e
juros tenha muita influência sôbre o
que ela é decisiva no caso das constru
futuro distante".
ções civis.
Fatôres que influem sôbre a conjunttira econômica
vossa apreciação, vicram-me à mente a
na
precia de metade, os Cr? 0,80 passarão, com uma ou com outra doutrina, a Cr?
1,60. A diferença entre a aplicação do
custo histórico ou do custo de repro dução está unicamente em se saber se
se duplica também a parcela de Cr? 0,20
Eara Cr? 0,40 ou se se mantém o custo istórico do capital de Cr? 0,20, isto ó, se a nova tarifa passa a Cr? 1,80 ou a Cr? 2,00.
Pela doutrina do custo lústórico, a nova tarifa do serviço seria Cr? 1,80
e pe'a do custo dc reprodução Cr? 2,00, a diferença de 10%, e não duplicação. ^ Vemos, em conclusão, que a impor tância da taxa de juros varia consideràve.mente de uma atividade econômica
Sara outra; que. ela é, relativamente,
f)ropósito de uma crítica que faço, num
ivro em preparação, sobre as teorias
vÁckse ianas e neo-wickselianas da pre
ponderância da taxa de juros sôbre o ritmo da economia, teorias que até pro
põem substituir a teoria quanl-itativa
pital", escrevendo que "o risco é grande demais para penuitir que a taxa de
Êste problema está ligado a uma questão de muita atualidade para nós e e por isso qué me pareceu oportuno submetê-lo à vossa reflexão;
As nossas taxas de juros no Brasil são, sabidamente, muito elevadas, não só em
comparação às que vigoram nos Esta dos Unidos e na Inglaterra, mas, mesmo em relação às da Argentina ou do Chile. É um problema que temos de enfrentar.
Na situação de grave inflação em que
nos encontramos, porém, importa consi
clássica da moeda por uma otitra cm que
derar, preliminarmente, a questão da
a taxa de juros passa a representar o
oportunidade. Numa conjuntura de alta constante de preços, como a atual, a taxa de juros real é, na verdade, muito
papel decisivo. Por eminentes que sejam esses econo-
niistas, Keyncs inclusive, entendo que êle.s dão à taxa de juros uma importân cia excessiva entro os vários fatores que
ú^luem sôbre a conjuntura econômica.
mais baLxa do que a taxa nominal. Irving Fisher chama, muito acertadamente, taxa de juros real a taxa do
mercado corrigida pelo coeficiente de
A atitude do empreendedor ao decidir sôbro a realização ou abstenção de de terminado empreendimento depende de muitos outros fatôres além da taxa de
alta ou baixa de preços. Se um nego ciante toma dinheiro a 10% para adqui rir mercadorias, cujos preços sobem de
juros. Incerteza sôbre a procura efetiva
E e por isso que em conjuntura de iofiação, negociantes, industriais e empre
do produto final, apreciação ou depre ciação do valor da moeda no curso da execução do empreendimento, possíveis diferenças entre o custo orçado e o custo real das instalações, sucesso ou insucesso técnico, abundancia ou escas
sez de pessoal habilitado, maior ou me nor grau do obsolescência de maquinaria durante o tempo de sua vida útil, varia ções da política tributária, ou da polí
10%, a sua taxa de juros real é zero.
endedores se dispõem a pagar taxas de juros elevadas que são facilmente co bertas por lucros crescentes.
E como
a procura de crédito é grande, os ban cos pedem e' obtêm taxas elevadas ao
mesmo tempo que se dispõem a pagar
tica aduaneira, posição mais ou menos
Nas fases de depressão, ao contrário, quando os preços baixam, um juro de 5% acres cido de uma queda de preços de 10%,
monopolística do negócio, tudo isso são
representa um juro real de 15%.
fatôres que pesam sôbre a decisão do empreendedor mais do ^ que a taxa de juros. Bem sei que esses fatôres de
baixam as ta.xas por falta de procura.
risco e incerteza são bem maiores entre
movimento dos negociantes e in^striais;
nós do que nos países para os quais escrevem aqueles economistas. Mas, nem
que ela cre«ce de importância à medida
bém. É aliás o que implicitamente re
e pouca monta no caso do capital de
71
quo aumenta a influência da taxa.de juros a prazo longo sôbre o custo do produto acabado, como no caso das
Essas reflexões que aqui submeto à
Custo histórico e de reprodução Discutiu-.se
Digesto Econômico
por isso êles deixam de existir lá tam
taxas altas a seus depositantes.
Os
empreendedores se retraem e os bancos
A manutenção de uma taxa de jiuos baixa exige, como veremos dentro em
pouco, um amplo suprimento de dinhei
ro às caLxas dos bancos, o que constituíria, na atual conjuntura, uma grave impnidencia.
70
Digesto Econômico
9,15 a Cr? 9,12.
Vemos portanto que
uma simples variação de 1% no custo de materiais e mão de obra teria tido uma influência muito
maior sobre o
custo total do que os 20% de elevação da taxa de juros.
de instalação, as despesas gerais, as de matéria-prima, de energia c de mão do obra. No caso das estradas de ferro
ou das indústrias, portanto, a importân cia da taxa de juros a longo prazo, se
bem que im(|x>rtantei, pode ser con trabalançada e superada pela influência
Alguns exemplos
preponderante do custo de outros fatô-
No que toca às Inversões, isto é, a taxa de juros a longo prazo, considera
da como um fator de capitalização, é preciso distinguir os casos em que os juros do capital representam uma fra
ção apenas do custo do produto aca
res do produção.
muito
recentemente
Assembléia Constituinte a doutrina do
bado daqueles em que esses juros re
custo histórico e a do custo de repro
presentam a quasi totalidade dôsse custo
custo histórico dizia que se se aceitasse
O caso típico da influência decisiva dos juros sôbre o valor do produto acabado e o das construções civis. De fato de
que se compõe o preço do produto 'aca
dução. Um deputado que se batia pelo o princípio do custo dc reprodução, quan
do a moeda sc depreciasse de metade, o preço dos serviços públicos duplica ria. É um equívoco, justamente pelo fato dos juros constituírem apenas uma fração do custo do serviço. Suponha
bado e vendável das construções civis isto e, dos alugueis? Exclusivamente dos juros do capital empregado na cons- mos o caso de determinado serviço do truçao. Para um edifício de 10.000 igual a Cr$ 1,00. Desde Cr? 1,00, contos, se a taxa. de juros fôr de 6%, preço Cr$ 0,20, digamos, corresponderiam ao o aluguel sera de 600 contos, se a taxa juro do capital, e Cr? 0,80 às despesas baixar de 6% para 4%, o aluguel baixa material, mão de obra, energia, ra para 400 contos. Tudo integralmente com combustível, etc. Se a moeda se de
proporcional à redução da taxa de juros. Nenhum setor da economia é portanto mais afetado pela taxa de juros do que
o das construções civis.
No caso das estradas de ferro e das indústrias, a importância dos juros do capital representa não mais o total, como no caso do aluguel de casas e sim uma fração, maior ou menor, do custo do
produto acabado.
No caso de uma
estrada de ferro, por exemplo, o custo
da tonelada-quilómetro, que é o produto acabado e vendável, compreende, além
do juro do capital de construção da ferrovia, a importância correspondente
às despesas fixas gerais, às despesas de energia e de comíjustível e às despesas de materiais e mão de obra.
Da mes
ma forma, no caso das indústrias, o
custo do produto acabado e vendável
compreende, além dos juros do capital
conhece Hicks, em seu "Value and Ca
estradas de ferro e das indústrias; e
juros tenha muita influência sôbre o
que ela é decisiva no caso das constru
futuro distante".
ções civis.
Fatôres que influem sôbre a conjunttira econômica
vossa apreciação, vicram-me à mente a
na
precia de metade, os Cr? 0,80 passarão, com uma ou com outra doutrina, a Cr?
1,60. A diferença entre a aplicação do
custo histórico ou do custo de repro dução está unicamente em se saber se
se duplica também a parcela de Cr? 0,20
Eara Cr? 0,40 ou se se mantém o custo istórico do capital de Cr? 0,20, isto ó, se a nova tarifa passa a Cr? 1,80 ou a Cr? 2,00.
Pela doutrina do custo lústórico, a nova tarifa do serviço seria Cr? 1,80
e pe'a do custo dc reprodução Cr? 2,00, a diferença de 10%, e não duplicação. ^ Vemos, em conclusão, que a impor tância da taxa de juros varia consideràve.mente de uma atividade econômica
Sara outra; que. ela é, relativamente,
f)ropósito de uma crítica que faço, num
ivro em preparação, sobre as teorias
vÁckse ianas e neo-wickselianas da pre
ponderância da taxa de juros sôbre o ritmo da economia, teorias que até pro
põem substituir a teoria quanl-itativa
pital", escrevendo que "o risco é grande demais para penuitir que a taxa de
Êste problema está ligado a uma questão de muita atualidade para nós e e por isso qué me pareceu oportuno submetê-lo à vossa reflexão;
As nossas taxas de juros no Brasil são, sabidamente, muito elevadas, não só em
comparação às que vigoram nos Esta dos Unidos e na Inglaterra, mas, mesmo em relação às da Argentina ou do Chile. É um problema que temos de enfrentar.
Na situação de grave inflação em que
nos encontramos, porém, importa consi
clássica da moeda por uma otitra cm que
derar, preliminarmente, a questão da
a taxa de juros passa a representar o
oportunidade. Numa conjuntura de alta constante de preços, como a atual, a taxa de juros real é, na verdade, muito
papel decisivo. Por eminentes que sejam esses econo-
niistas, Keyncs inclusive, entendo que êle.s dão à taxa de juros uma importân cia excessiva entro os vários fatores que
ú^luem sôbre a conjuntura econômica.
mais baLxa do que a taxa nominal. Irving Fisher chama, muito acertadamente, taxa de juros real a taxa do
mercado corrigida pelo coeficiente de
A atitude do empreendedor ao decidir sôbro a realização ou abstenção de de terminado empreendimento depende de muitos outros fatôres além da taxa de
alta ou baixa de preços. Se um nego ciante toma dinheiro a 10% para adqui rir mercadorias, cujos preços sobem de
juros. Incerteza sôbre a procura efetiva
E e por isso que em conjuntura de iofiação, negociantes, industriais e empre
do produto final, apreciação ou depre ciação do valor da moeda no curso da execução do empreendimento, possíveis diferenças entre o custo orçado e o custo real das instalações, sucesso ou insucesso técnico, abundancia ou escas
sez de pessoal habilitado, maior ou me nor grau do obsolescência de maquinaria durante o tempo de sua vida útil, varia ções da política tributária, ou da polí
10%, a sua taxa de juros real é zero.
endedores se dispõem a pagar taxas de juros elevadas que são facilmente co bertas por lucros crescentes.
E como
a procura de crédito é grande, os ban cos pedem e' obtêm taxas elevadas ao
mesmo tempo que se dispõem a pagar
tica aduaneira, posição mais ou menos
Nas fases de depressão, ao contrário, quando os preços baixam, um juro de 5% acres cido de uma queda de preços de 10%,
monopolística do negócio, tudo isso são
representa um juro real de 15%.
fatôres que pesam sôbre a decisão do empreendedor mais do ^ que a taxa de juros. Bem sei que esses fatôres de
baixam as ta.xas por falta de procura.
risco e incerteza são bem maiores entre
movimento dos negociantes e in^striais;
nós do que nos países para os quais escrevem aqueles economistas. Mas, nem
que ela cre«ce de importância à medida
bém. É aliás o que implicitamente re
e pouca monta no caso do capital de
71
quo aumenta a influência da taxa.de juros a prazo longo sôbre o custo do produto acabado, como no caso das
Essas reflexões que aqui submeto à
Custo histórico e de reprodução Discutiu-.se
Digesto Econômico
por isso êles deixam de existir lá tam
taxas altas a seus depositantes.
Os
empreendedores se retraem e os bancos
A manutenção de uma taxa de jiuos baixa exige, como veremos dentro em
pouco, um amplo suprimento de dinhei
ro às caLxas dos bancos, o que constituíria, na atual conjuntura, uma grave impnidencia.
rs> •• T
72
EIicesto
Econó.viico
escassez de crédito que se nota de há
Escassez de crédito
meses a esta parte.
Aliás, o que aflige as classes produ toras neste momento é menos taxa de
Falta de mercado para os títulos
juros do que a própria escassez do cré
do goüêmo
dito.
E essa escassez do crédito, de
corre ao que parece, da escassez dos encaixes dos bancos. É que, de há meses a esta parte, se nota que o dinhei ro emitido e, infelizmente amplamente emitido, só muito lentamente está vol
tando ^ caixas dos bancos. Ê o que me fazia notar, poucas semanas atraz, o ministro Gastão Vidigal. Qual a ra zão désse decréscimo do fluxo de moeda
para as caLxas dos bancos?
A razão
está, a meu ver, na alta repetida de salários que se generalizou após o catastrófíco decreto do governo provisório fe
deral de 31 de dezembro de 1945, que
elevou todos os salários abaixo de í 000 cruzeiros de 100% e de 200%, isto é,
em proporção muito maior do que a dó
aumento do custo da vida, a partir da revisão anterior. Além de desequili brar violentamente as finanças da União
o decreto veio criar padrões gerais dê salanos muito mais elevados, padrões
esses cuia gener<'aização reclamam os
assalariados de todos os setores com o apoio da demagogia e do comunismo. Os salarios, em vez de serem rebocados pelos preços, passam à frente dos pre ços, elevando os custos de produção e gradativamente anulando portanto a van
tagem temporária dos beneficiados apa rentes.
Hawtrey escreve com
muita razão
Voltemos porem à nossa questão ge ral da taxa de juros, questão que, um pouco mais ced^o ou um pouco mais tarde, temos imperiosamente de abor dar e resolver. Um dos grandes interes sados na redução da taxa dè juros é o govêmo, que não encontra no público mercado favorável paru seus títulos de 7%, nem dos bancos para suas letras de 3%, porque muitas são, no momento atual, as aplicações a mellior taxa. O
problema da fácil colocação de títulos do govêmo no mercado é essencial na questão do combate à inflação. Nós es
tamos longe de ser o único país afligido nos últimos anos por "deficíts" orçamen tários.
Mas é que, em outros países,
os "deficíts" eram cobertos pela venda de títulos da dívida in{;ema; o govêmo recolhia o dinheiro de un.s para pagar a outros; não havia inflação.
Na Ar
gentina, em um dos últimos anos, o "dé
ficit" de 1.200 milhões de pesos foi coberto na proporção de 800 milhões pela venda de títulos da União, Entre
nós, não havendo mercado para os tí
bios do govêmo, o "déficit" dá lugar,
direta ou indiretamente, à emissão de papel-moeda.
Um dos meios de promover a baixa
quais são pagos com moeda manual e não com cheques, a demanda da moeda
cána ArgenHna (12.156 de 1935) es
manual passa a drenar as caixas dos bancos. Ê o que se está passando entre
^ sôbre os depósitos à vista será mferior de 3 pontos pelo menos à taxa
nós.
de redesconto do Banco Central e sôbre
E é essa, a meu ver, a razão da
Assim, com uma taxa de redesconto
clc 5%, os bancos não poderiam pagar mais dc- 2% sôbre depósitos à vista nem
mais de 4% sôbre depósitos a prazo.
Quanto aos juros pagos pelos bancos, a disposição legal pode portanto tornar-se fàcilmente eictiva.
Quanto, porém, aos juros cobrados pe los bancos, a efetividade daquela dispK>-
sição legal é mais duvidosa.
tabelece que:
nao se mantém.
Em pri
Medida desacotisefíiável no momento
Para que as nossas taxas de juros baixem nao basta portanto um artigo de lei bancária. È preciso que haja amplo supnniento de dinheiro Is caixas dos bancos. E por isso que dissemos que a redução das taxas de desconto neste momento seria uma proridência muito
meiro lugar importa sober se a situação
situação de inflação e alta de preços o juro real é, como rimos,
do encaixe dos bancos não os torna in
muito baixo, podendo até ser negativo. Na atiial conjuntura, a efetivação d®
dependentes do redesconto, e portanto da taxa de redesconto. Se o banco ope
ra com recursos próprios, êle pode despre2Kir o nível cia taxa de redesconto. E é para poder forçar os bancos a obe decer à orientação do Banco Central em
matéria de crédito c de taxa.s, que os modernos estabelecimentos deste tipo têm a faculdade dc aumentar, reduzir e até
duplicar a percentagcm das reservas que os primeiros devem recolher ao segun de. Em segundo lugar importa também
observar que o produto do redesconto feito por lun banco no Banco Central
corresponde a dinheiro em caixa. E como o banco que redescontou pode fàcPmente conceder empréstimos iguais a cinco vezes o seu encaixe, a elevação do 1% na taxa de redesconto do Banco Central não encarece de mais de 0,2%
sideração de que a taxa à qual os ban
gação entre essas duas taxas. A lei Ban-
que o baixo nível da taxa de desconto
desconto".
taxas que os bancos são autorizados a
começa a forçar a alta dos salários, os
bancária, isto é, com cheques.
os depósitos a prazo, inferior de um ponto pelo menos à dita taxa de re
a taxa dos empréstimos dados por aquêle.
Mas, uma vez que a alta dos preços já
se fazem na maior parte com moeda
73
da taxa de juros é limitar por lei as
pagar sôbre depósitos à vista e a prazo. Como essa simples limitação poderia fazer baixar a taxa de juros paga pelos bancos, sem reduzir proporcionalmente as taxas a que êles concedem emprés timos, a lei estabelece, desde logo, a li
que na fase inicial da inflação, isto é, na expansão do crédito, as transações
Dicestc' Econômico
Muito mais importante ainda é a con cos concedem empréstimos, isto é, o
preço por que alugam o dinheiro, de
pende, afinal, da oferta e da procura. Se não houver abundância de encaixes
c se houver procura acentuada de emfjréstímos, a taxa dêsses erhprestimos será orçosamente elevada. Para que essa taxa se reduza é preciso que haja abun dância de dinheiro nos..bancos, isto é,
que a carteira de.redesconto supra am plamente de numerário, e a ta,xa re duzida, as caixas dos bancos.
Sem o
^xas de juros baixas exigiria um supri
mento de dinheiro sem fím pela cartei ra de redesconto. Acresce ainda que o setor mais beneficiado pela baixa da mxa de juros é, como vimos, o das cons^çoes civis, objeto do encilhamento que temos presenciado.
Uma vez dominada a inflação, porém, em beneficio da economia nacional! Ê
podemos redu^ nossas taxas de juros ^ug^no pensar que não podemos
.ní,■í' ™ Os bancos de ro movimento mnSm recursosrecursos senão para dos negócios, que saem e que voltam ao fim de 90 ou
1-0 dias e cujo fl^xo é portanto contro-
layel. Em uma situação que não tenha atuindo o pleno emprego, isto é, o iní cio de inflação, é perfeitamente possí vel tomar o dinheiro abundante sem
que isso importe em alta de preços. Uma vez atingido o pleno emprego, isto e, iniciada a inflação, porém di nheiro barato quer dizer dinheiro muito, e dinheiro muito quer dizer inflação e alta cada vez maior de preços A baixa da taxa de juros no momento atual só seria aconselhável se fnsse
possível efetivar um processo de créâito selehvo limitado a detenninados sí tores econômicos. Não é firil £ u
o Banco Central, ao conceder o rSe"
conto, pode exrgrr títulos de qnalidTde
rs> •• T
72
EIicesto
Econó.viico
escassez de crédito que se nota de há
Escassez de crédito
meses a esta parte.
Aliás, o que aflige as classes produ toras neste momento é menos taxa de
Falta de mercado para os títulos
juros do que a própria escassez do cré
do goüêmo
dito.
E essa escassez do crédito, de
corre ao que parece, da escassez dos encaixes dos bancos. É que, de há meses a esta parte, se nota que o dinhei ro emitido e, infelizmente amplamente emitido, só muito lentamente está vol
tando ^ caixas dos bancos. Ê o que me fazia notar, poucas semanas atraz, o ministro Gastão Vidigal. Qual a ra zão désse decréscimo do fluxo de moeda
para as caLxas dos bancos?
A razão
está, a meu ver, na alta repetida de salários que se generalizou após o catastrófíco decreto do governo provisório fe
deral de 31 de dezembro de 1945, que
elevou todos os salários abaixo de í 000 cruzeiros de 100% e de 200%, isto é,
em proporção muito maior do que a dó
aumento do custo da vida, a partir da revisão anterior. Além de desequili brar violentamente as finanças da União
o decreto veio criar padrões gerais dê salanos muito mais elevados, padrões
esses cuia gener<'aização reclamam os
assalariados de todos os setores com o apoio da demagogia e do comunismo. Os salarios, em vez de serem rebocados pelos preços, passam à frente dos pre ços, elevando os custos de produção e gradativamente anulando portanto a van
tagem temporária dos beneficiados apa rentes.
Hawtrey escreve com
muita razão
Voltemos porem à nossa questão ge ral da taxa de juros, questão que, um pouco mais ced^o ou um pouco mais tarde, temos imperiosamente de abor dar e resolver. Um dos grandes interes sados na redução da taxa dè juros é o govêmo, que não encontra no público mercado favorável paru seus títulos de 7%, nem dos bancos para suas letras de 3%, porque muitas são, no momento atual, as aplicações a mellior taxa. O
problema da fácil colocação de títulos do govêmo no mercado é essencial na questão do combate à inflação. Nós es
tamos longe de ser o único país afligido nos últimos anos por "deficíts" orçamen tários.
Mas é que, em outros países,
os "deficíts" eram cobertos pela venda de títulos da dívida in{;ema; o govêmo recolhia o dinheiro de un.s para pagar a outros; não havia inflação.
Na Ar
gentina, em um dos últimos anos, o "dé
ficit" de 1.200 milhões de pesos foi coberto na proporção de 800 milhões pela venda de títulos da União, Entre
nós, não havendo mercado para os tí
bios do govêmo, o "déficit" dá lugar,
direta ou indiretamente, à emissão de papel-moeda.
Um dos meios de promover a baixa
quais são pagos com moeda manual e não com cheques, a demanda da moeda
cána ArgenHna (12.156 de 1935) es
manual passa a drenar as caixas dos bancos. Ê o que se está passando entre
^ sôbre os depósitos à vista será mferior de 3 pontos pelo menos à taxa
nós.
de redesconto do Banco Central e sôbre
E é essa, a meu ver, a razão da
Assim, com uma taxa de redesconto
clc 5%, os bancos não poderiam pagar mais dc- 2% sôbre depósitos à vista nem
mais de 4% sôbre depósitos a prazo.
Quanto aos juros pagos pelos bancos, a disposição legal pode portanto tornar-se fàcilmente eictiva.
Quanto, porém, aos juros cobrados pe los bancos, a efetividade daquela dispK>-
sição legal é mais duvidosa.
tabelece que:
nao se mantém.
Em pri
Medida desacotisefíiável no momento
Para que as nossas taxas de juros baixem nao basta portanto um artigo de lei bancária. È preciso que haja amplo supnniento de dinheiro Is caixas dos bancos. E por isso que dissemos que a redução das taxas de desconto neste momento seria uma proridência muito
meiro lugar importa sober se a situação
situação de inflação e alta de preços o juro real é, como rimos,
do encaixe dos bancos não os torna in
muito baixo, podendo até ser negativo. Na atiial conjuntura, a efetivação d®
dependentes do redesconto, e portanto da taxa de redesconto. Se o banco ope
ra com recursos próprios, êle pode despre2Kir o nível cia taxa de redesconto. E é para poder forçar os bancos a obe decer à orientação do Banco Central em
matéria de crédito c de taxa.s, que os modernos estabelecimentos deste tipo têm a faculdade dc aumentar, reduzir e até
duplicar a percentagcm das reservas que os primeiros devem recolher ao segun de. Em segundo lugar importa também
observar que o produto do redesconto feito por lun banco no Banco Central
corresponde a dinheiro em caixa. E como o banco que redescontou pode fàcPmente conceder empréstimos iguais a cinco vezes o seu encaixe, a elevação do 1% na taxa de redesconto do Banco Central não encarece de mais de 0,2%
sideração de que a taxa à qual os ban
gação entre essas duas taxas. A lei Ban-
que o baixo nível da taxa de desconto
desconto".
taxas que os bancos são autorizados a
começa a forçar a alta dos salários, os
bancária, isto é, com cheques.
os depósitos a prazo, inferior de um ponto pelo menos à dita taxa de re
a taxa dos empréstimos dados por aquêle.
Mas, uma vez que a alta dos preços já
se fazem na maior parte com moeda
73
da taxa de juros é limitar por lei as
pagar sôbre depósitos à vista e a prazo. Como essa simples limitação poderia fazer baixar a taxa de juros paga pelos bancos, sem reduzir proporcionalmente as taxas a que êles concedem emprés timos, a lei estabelece, desde logo, a li
que na fase inicial da inflação, isto é, na expansão do crédito, as transações
Dicestc' Econômico
Muito mais importante ainda é a con cos concedem empréstimos, isto é, o
preço por que alugam o dinheiro, de
pende, afinal, da oferta e da procura. Se não houver abundância de encaixes
c se houver procura acentuada de emfjréstímos, a taxa dêsses erhprestimos será orçosamente elevada. Para que essa taxa se reduza é preciso que haja abun dância de dinheiro nos..bancos, isto é,
que a carteira de.redesconto supra am plamente de numerário, e a ta,xa re duzida, as caixas dos bancos.
Sem o
^xas de juros baixas exigiria um supri
mento de dinheiro sem fím pela cartei ra de redesconto. Acresce ainda que o setor mais beneficiado pela baixa da mxa de juros é, como vimos, o das cons^çoes civis, objeto do encilhamento que temos presenciado.
Uma vez dominada a inflação, porém, em beneficio da economia nacional! Ê
podemos redu^ nossas taxas de juros ^ug^no pensar que não podemos
.ní,■í' ™ Os bancos de ro movimento mnSm recursosrecursos senão para dos negócios, que saem e que voltam ao fim de 90 ou
1-0 dias e cujo fl^xo é portanto contro-
layel. Em uma situação que não tenha atuindo o pleno emprego, isto é, o iní cio de inflação, é perfeitamente possí vel tomar o dinheiro abundante sem
que isso importe em alta de preços. Uma vez atingido o pleno emprego, isto e, iniciada a inflação, porém di nheiro barato quer dizer dinheiro muito, e dinheiro muito quer dizer inflação e alta cada vez maior de preços A baixa da taxa de juros no momento atual só seria aconselhável se fnsse
possível efetivar um processo de créâito selehvo limitado a detenninados sí tores econômicos. Não é firil £ u
o Banco Central, ao conceder o rSe"
conto, pode exrgrr títulos de qnalidTde
Digesto
74
Econômico
e tipo determinados, mas difici'mente
lismo das duas curvas, a da taxa de des
pode controlar a aplicação dos recursos assim supridos aos bancos. Nada im pediria que um banco redescontasse tí
Múltiplas são as intercomunicações en
conto e a taxa dc juros a longo prazo. tre a Bôlsa e o Mercado Monetário, a
Dicesto
Económicx)
equilíbrio para inversões a longo prazo será sempre muito mais dependente da oferta e da procura dessas economias do que das taxas de redesconto do Banco
75
A triste experiência da desregrada in flação que presenciamos, dispensa-me de comentar as possibilidades de suplemen tar os capitais disponíveis de que dispo
tulos de crédito à produção agrícola, por
especulação, o "call-money", etc. Con
exemplo, e aplicasse o produto desse
tudo, como bem ob.scrva Alvin Hansen,
redesconto em empréstimos aos "incor-
como pelas caixas econômicas a seus de-
possível às economias individuais e co
positantes, não só lhes permitirá baixar
letivas de que dispomos e de criar o
a taxa de empréstimos a longo prazo, como tenderá a desviar a aplicação de
clima político, social e econômico ne
inflação neste momento, a taxa de des
esse paralelismo refere-se aos títulos de renda fixa, às obrigações do govêmo, aos títulos "gi'ledge" chamados. O pa ralelismo já não se verifica nas taxas tias hipotecas, dos títulos mais espe
conto se mantém muito baixa.
culativos e, nos Estados Unidos, no cré
depósitos a prazo fixo para a aquisição
para aplicação de utilidade e proveito
de títulos a prazo longo de juro melhor.
para o país.
poradores" de edifícios.
É verdade que na Inglaterra e nos Estados Unidos, mau grado o risco de Mas
existem ali razões e circunstâncias es
peciais que não se apMcam a nosso caso.
dito no interior do país. Notava-se em tal país, em 1938 que enquanto a taxa
É que além dos controles ainda existen
para descontos de aceites em
tes nesses países, estando as carteiras
Iorque era de 1%, grande número de
dos bancos repletas de títulos do govêrno, qualquer elevação da taxa de juros,
fazendo baixar a cotação dêsses títulos, causaria enormes prejuízos aos bancos.
Ca'cuía-se nos Estados Unidos que uma baixa de 3% apenas da cotação dos tí
bios do govêmo daria um prejuízo aos bancos igual a um terço de todo seu capital e reservas. A questão da ta.xa
de juros dos títulos do governo passou
a constituir o fator preponderante da
pohtica monetária. Nada disso se apli ca ao nosso caso.
Examinámos até aqui a questão das
taxas cobradas pelos bancos para o crédito de desconto ou de curto prazo
Não menos importante para a economia
nacional é a taxa de juros a longo prazo aque'a que os industriais e os ser\'iços de utilidade pública têm de pagar por suas debêntures, que os agricu'tores pa
Central.
Contudo, a redução das taxas
de juros pagas pelos bancos hipotecários,
mos com emissões de papel-moeda. Nos so dever é o de dar a melhor aplicação
cessário à atração de capital estrangeiro
No\'a
bancos no interior cobravam 7% sobre
os seus empréstimos.
Na verdade há
uma série de mercados e de taxas de
juros a considerar. No Brasil a interdependência entre as
taxas de desconto e as de juro.s para inversões, é muito menos acentuada. O
mercado de dinheiro suprido pelos ban cos de descontos a curto prazo aos ne gociantes e industriais e o mercado das
economias (poupanças) para inversões, SC bém que por vezes interligados, são mercados distintos, de sorte nue a ação das taxas do Banco Central não tem
inf uência acentuada sobre o preço do
EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO EM RAMA, PELO PORTO DE SANTOS Janeiro a nooembro de 1946
dinheiro para inversões a prazo longo. Isso ,se deve, em parte, ao fato de nos faltarem ainda grandes bancos de
!
Principais países
crédito hipotecário agrícó^a e de cré
dito industrial.
Toneladas
% s/o totíã
88.579 61.447 46.917
28,25
Mas seria êrro pensar
que esses bancos teriam a virtude de
rios obtêm seus recursos da venda de
Grã-Bretanha Itá*ia China .
suas cédulas ao público, e os bancos
Espanha
tário e a Bolsa de Títulos atingiram a
de inversões também nada mais são do que intermediários entre o público e
Bélgica . Holanda
alto grau de desenvolvimento, há uma
as empresas.
Suécia .
28.708 '26.999 12.494 9.924
França .
9.611
gam por seus empréstimos bipotecários, que o governo paga por suas obrigações e apólices.
Nos países em que o Mercado Mone forte tendência de parale ismo, em lon
criar economias.
Os bancos hipotecá
As di.sponibilidade.s para inversões são
gos períodos, entre as taxas dc curto prazo 8 a prazo longo. Muitas são as demonstrações estatísticas desse parale
constituídas pelas economias (poupan-
lismo.
economias coletivas (Institutos, Caixas
Colômbia Austrália
Individuais diretas, mais os lucros
não distribuídos pc'as emprcsa.s, mais as
Outros países TOTAL
Há uma serie de razões, que seria Econômicas e Companhias de Seguros), longo enumerar, que explicam o parale , mais o capital estrangeiro. A taxa de
Conforme dados oficiais
.íà-..
■ 4.694 3.910 20.216
313.499
19,6
14,95 9,15 8,6
4.0
3,15 3,05 1.5
1,25 6,50
100,00
Digesto
74
Econômico
e tipo determinados, mas difici'mente
lismo das duas curvas, a da taxa de des
pode controlar a aplicação dos recursos assim supridos aos bancos. Nada im pediria que um banco redescontasse tí
Múltiplas são as intercomunicações en
conto e a taxa dc juros a longo prazo. tre a Bôlsa e o Mercado Monetário, a
Dicesto
Económicx)
equilíbrio para inversões a longo prazo será sempre muito mais dependente da oferta e da procura dessas economias do que das taxas de redesconto do Banco
75
A triste experiência da desregrada in flação que presenciamos, dispensa-me de comentar as possibilidades de suplemen tar os capitais disponíveis de que dispo
tulos de crédito à produção agrícola, por
especulação, o "call-money", etc. Con
exemplo, e aplicasse o produto desse
tudo, como bem ob.scrva Alvin Hansen,
redesconto em empréstimos aos "incor-
como pelas caixas econômicas a seus de-
possível às economias individuais e co
positantes, não só lhes permitirá baixar
letivas de que dispomos e de criar o
a taxa de empréstimos a longo prazo, como tenderá a desviar a aplicação de
clima político, social e econômico ne
inflação neste momento, a taxa de des
esse paralelismo refere-se aos títulos de renda fixa, às obrigações do govêmo, aos títulos "gi'ledge" chamados. O pa ralelismo já não se verifica nas taxas tias hipotecas, dos títulos mais espe
conto se mantém muito baixa.
culativos e, nos Estados Unidos, no cré
depósitos a prazo fixo para a aquisição
para aplicação de utilidade e proveito
de títulos a prazo longo de juro melhor.
para o país.
poradores" de edifícios.
É verdade que na Inglaterra e nos Estados Unidos, mau grado o risco de Mas
existem ali razões e circunstâncias es
peciais que não se apMcam a nosso caso.
dito no interior do país. Notava-se em tal país, em 1938 que enquanto a taxa
É que além dos controles ainda existen
para descontos de aceites em
tes nesses países, estando as carteiras
Iorque era de 1%, grande número de
dos bancos repletas de títulos do govêrno, qualquer elevação da taxa de juros,
fazendo baixar a cotação dêsses títulos, causaria enormes prejuízos aos bancos.
Ca'cuía-se nos Estados Unidos que uma baixa de 3% apenas da cotação dos tí
bios do govêmo daria um prejuízo aos bancos igual a um terço de todo seu capital e reservas. A questão da ta.xa
de juros dos títulos do governo passou
a constituir o fator preponderante da
pohtica monetária. Nada disso se apli ca ao nosso caso.
Examinámos até aqui a questão das
taxas cobradas pelos bancos para o crédito de desconto ou de curto prazo
Não menos importante para a economia
nacional é a taxa de juros a longo prazo aque'a que os industriais e os ser\'iços de utilidade pública têm de pagar por suas debêntures, que os agricu'tores pa
Central.
Contudo, a redução das taxas
de juros pagas pelos bancos hipotecários,
mos com emissões de papel-moeda. Nos so dever é o de dar a melhor aplicação
cessário à atração de capital estrangeiro
No\'a
bancos no interior cobravam 7% sobre
os seus empréstimos.
Na verdade há
uma série de mercados e de taxas de
juros a considerar. No Brasil a interdependência entre as
taxas de desconto e as de juro.s para inversões, é muito menos acentuada. O
mercado de dinheiro suprido pelos ban cos de descontos a curto prazo aos ne gociantes e industriais e o mercado das
economias (poupanças) para inversões, SC bém que por vezes interligados, são mercados distintos, de sorte nue a ação das taxas do Banco Central não tem
inf uência acentuada sobre o preço do
EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO EM RAMA, PELO PORTO DE SANTOS Janeiro a nooembro de 1946
dinheiro para inversões a prazo longo. Isso ,se deve, em parte, ao fato de nos faltarem ainda grandes bancos de
!
Principais países
crédito hipotecário agrícó^a e de cré
dito industrial.
Toneladas
% s/o totíã
88.579 61.447 46.917
28,25
Mas seria êrro pensar
que esses bancos teriam a virtude de
rios obtêm seus recursos da venda de
Grã-Bretanha Itá*ia China .
suas cédulas ao público, e os bancos
Espanha
tário e a Bolsa de Títulos atingiram a
de inversões também nada mais são do que intermediários entre o público e
Bélgica . Holanda
alto grau de desenvolvimento, há uma
as empresas.
Suécia .
28.708 '26.999 12.494 9.924
França .
9.611
gam por seus empréstimos bipotecários, que o governo paga por suas obrigações e apólices.
Nos países em que o Mercado Mone forte tendência de parale ismo, em lon
criar economias.
Os bancos hipotecá
As di.sponibilidade.s para inversões são
gos períodos, entre as taxas dc curto prazo 8 a prazo longo. Muitas são as demonstrações estatísticas desse parale
constituídas pelas economias (poupan-
lismo.
economias coletivas (Institutos, Caixas
Colômbia Austrália
Individuais diretas, mais os lucros
não distribuídos pc'as emprcsa.s, mais as
Outros países TOTAL
Há uma serie de razões, que seria Econômicas e Companhias de Seguros), longo enumerar, que explicam o parale , mais o capital estrangeiro. A taxa de
Conforme dados oficiais
.íà-..
■ 4.694 3.910 20.216
313.499
19,6
14,95 9,15 8,6
4.0
3,15 3,05 1.5
1,25 6,50
100,00
77
DiGESTO EcONÓNtICO
mm
wmã
MAIS CAFÉ
ano, os nossos concorrentes produziam 8.003.000 sacas de café.
por PiMENTEL Gomes
Levávamos
sobre ôles uma vantagem esmagadora,
Especial para o "E>igestp Econômico"
A exportação de café vem aumentando constante
vantagem que a necessidade de reten ção de grande parte do produto, ante o excesso de produção, diminuía bastan
mente benéfico para o país, só tem sido possível
te. A restrição de nossas vendas esti mulava o aumento dos cafezais dos con
graças aos estoques existentes. Não poderemos man
correntes.
mente, nos últimos anos, mas tal aumento, extrema tê-la, e muito menos aumentá-la, se não hottver uma
Seguiu-se um período de grandes sa fras, superiores a vinte milhões de sacos,
Elo mais do que qualquer outra cultura contribuiu para a eliminação da floresta em áreas imensas. O cafezai no Brasil
tem sido principalmente uma onda verde
que passa. E tal se deve principalmente ao modo agronômicamente irracional que
empregamos, nos planaltos do CentroSul, na'cultura da rubiácea.
Como,
em regra, não renovamos o humus do solo, não evitamos erosões, a safra cai
em poucos anos, de 150 toneladas de grãos por mil pés a menos de 25. O Rio de Janeiro já foi a província mais
grande e benéfica reação nos meios cafeicultores. Om cuidamos do café, ou em breve não o teremos para
embora mostrassem, para o fim, uma
produtora de café do Brasil.
exportar. Livremos o Brasil déste tremendo malôgro.
tendência à diminuição.
São Paulo tomou a frente e chegou a
Çade-se a, história longa e movimenta da do cafeeiro no Brasil, onde deve
ria constituir, por muito tempo, a cul tura principal, e contribuir, de maneira
muito acentuada, para o seu progresso, Não vamos repeti-la, mais uma vez. Di remos apenas que no começo do século
passado já exportávamos bastante café. Em 1869. por exemplo, Tomás Pom-
peu de Sousa Brasil alinhava as provín cias de Sao Paulo. Rio de Janeiro: Bahia e Ceara como as que mais exportavam cafe. A produção cafeeira se encontra va, então, em hnha ràpidamente ascen
dente. E esse progresso tomou-se mais acentuado com o desenvolvimento das
zonas centrais de São Paulo e a região da Mata de Minas Gerais. Depois o
cafeeiro invadiu o Espírito Santo o norte do Paraná e escorregou pelo lito
ral, buscando terras mais baixas à pro porção que se afastava do Equador, até Santa Catarina, inclusive. Por fim pe netrou Mato Grosso e Goiás. Em cul
turas pequenas mas de algum futuro é mcicmrs miinimnin.Q hoje visto mesmo em municípios tão longínquos dos portos marítimos como Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul, no Acre, o último a mais de cinco mil
quilômetros de navegação Puvial de Belém.
1927-28 teve, porem, a desenvoltura, o arrôjo de um ponto culminante. Neste
Um dia, ainda muito longín
quo, o cafeeiro poderá ser ponderável
fonte de riqueza nas terras de lun terri tório que vive hoje quase exclusivamen te do Dorracha e castanha,
O municí
pio de Cruzeiro do Sul, porém, já ex porta café para Manaus. A curva de produção O cafeeiro deixa-se influenciar muito
pelas irregularidades climatéricas. Daí a oscilação que se nota em suas safras, embora provenientes do cafezais distri buídos em áreas amplíssimas. Malgrado isto, a produção brasileira de café au
mentou até 1927-28, quando atingimos o ponto mais alto da curva.
Examine
mos os dados abaixo:
1889-90 1894-95 1899-00 1904-05 1909-10 1914-15 1919-20 1924-25
1927-28
quilos 4.482.000 7.242.000 9,564.000 10.597.000 15.440.000 13.497,000 7.605.000 13.721.000 28.334.000
.^tes de 1927-28, só a safra 1906-07
tinha atingido a mais de vinte milhões de sacas - 20.409.000.
cerca de 75% da produção brasileira.
Produção brasileira de
A sua contribuição ainda é muito gran
café, em sacos de 60 quilos
de, superior à de todos os outros Esta dos juntos. Vem, porém, caindo cons
23.172.000 24.674.752
1928-29
1931-35
(médias) 26.284.100 22.483.690 22.098.800
1936 1937 1938
Depois as restrições ao plantio, o es
gotamento de antigas lavouras, e por
A safra de
tantemente.
Assim, de 75%, em seus
melhores dias, a produção paulista caiu a 68%, em 1937; a 66%, em 1938; a 64%, em 1939; a 61% em 1940; a 57%, em
1941; a 61%, em 1942; a 53%, em 1943.
Está crescendo a produção do Paraná,
Goiás e Mato Grosso, que dispõem de muitas terras novas e boas.
Têm au
mentado um pouco as porcentagens re
último o arrancamento de cafezais ve
ferentes ao Ceará, Pernambuco, Bahia e
lhos para a formação de pastagens, o que se verificou mesmo em municípios
gular, valha a verdade. No Acre, onde a escassez de braços é angustiante e para um homem a empregar há uns dez empregos, o aumento da produção da
altamente
produtivos
como
Ribeirão
prêto, fizeram com que a economia ca
Produção brasileira de café, em sacos de 60 Períodos
Períodos
Depois
feeira entrasse em acentuada diminui
Minas Gerais — aumento bastante irre
^
^
,
*
1
^ _
Jí*
ção, numa queda que já se está toman
borracha redundou - - na diminuição da
do alarmante.
porém, em condições de reagir e reto Produção brasileira de
café, em sacos de 60 Anos 1939
1940 1941 1942
quilos 19.283.855 16.701.031 16.025.862 12.831.317
safra de café.
São Paulo ainda está,
mar o seu pôsto com o esplendor antigo por mais muito tempo.
Ê necessário aumentar as safras A queda maciça da produção deveu-
se, em grande parte, a um período anor malmente sêco — as sêcas que se tor
nam cada vez mais freqüentes à propor ção que caem as florestas dos trechos mais povoados do país. Há, porém, A produção se desloca não há negar, uma calamitosa diminui O cafeeiro gosta do cheiro do mato. ção no volúme das safras, que nos está 1943
15.365.574
Ê um pioneiro na marcha para o Oeste r
77
DiGESTO EcONÓNtICO
mm
wmã
MAIS CAFÉ
ano, os nossos concorrentes produziam 8.003.000 sacas de café.
por PiMENTEL Gomes
Levávamos
sobre ôles uma vantagem esmagadora,
Especial para o "E>igestp Econômico"
A exportação de café vem aumentando constante
vantagem que a necessidade de reten ção de grande parte do produto, ante o excesso de produção, diminuía bastan
mente benéfico para o país, só tem sido possível
te. A restrição de nossas vendas esti mulava o aumento dos cafezais dos con
graças aos estoques existentes. Não poderemos man
correntes.
mente, nos últimos anos, mas tal aumento, extrema tê-la, e muito menos aumentá-la, se não hottver uma
Seguiu-se um período de grandes sa fras, superiores a vinte milhões de sacos,
Elo mais do que qualquer outra cultura contribuiu para a eliminação da floresta em áreas imensas. O cafezai no Brasil
tem sido principalmente uma onda verde
que passa. E tal se deve principalmente ao modo agronômicamente irracional que
empregamos, nos planaltos do CentroSul, na'cultura da rubiácea.
Como,
em regra, não renovamos o humus do solo, não evitamos erosões, a safra cai
em poucos anos, de 150 toneladas de grãos por mil pés a menos de 25. O Rio de Janeiro já foi a província mais
grande e benéfica reação nos meios cafeicultores. Om cuidamos do café, ou em breve não o teremos para
embora mostrassem, para o fim, uma
produtora de café do Brasil.
exportar. Livremos o Brasil déste tremendo malôgro.
tendência à diminuição.
São Paulo tomou a frente e chegou a
Çade-se a, história longa e movimenta da do cafeeiro no Brasil, onde deve
ria constituir, por muito tempo, a cul tura principal, e contribuir, de maneira
muito acentuada, para o seu progresso, Não vamos repeti-la, mais uma vez. Di remos apenas que no começo do século
passado já exportávamos bastante café. Em 1869. por exemplo, Tomás Pom-
peu de Sousa Brasil alinhava as provín cias de Sao Paulo. Rio de Janeiro: Bahia e Ceara como as que mais exportavam cafe. A produção cafeeira se encontra va, então, em hnha ràpidamente ascen
dente. E esse progresso tomou-se mais acentuado com o desenvolvimento das
zonas centrais de São Paulo e a região da Mata de Minas Gerais. Depois o
cafeeiro invadiu o Espírito Santo o norte do Paraná e escorregou pelo lito
ral, buscando terras mais baixas à pro porção que se afastava do Equador, até Santa Catarina, inclusive. Por fim pe netrou Mato Grosso e Goiás. Em cul
turas pequenas mas de algum futuro é mcicmrs miinimnin.Q hoje visto mesmo em municípios tão longínquos dos portos marítimos como Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul, no Acre, o último a mais de cinco mil
quilômetros de navegação Puvial de Belém.
1927-28 teve, porem, a desenvoltura, o arrôjo de um ponto culminante. Neste
Um dia, ainda muito longín
quo, o cafeeiro poderá ser ponderável
fonte de riqueza nas terras de lun terri tório que vive hoje quase exclusivamen te do Dorracha e castanha,
O municí
pio de Cruzeiro do Sul, porém, já ex porta café para Manaus. A curva de produção O cafeeiro deixa-se influenciar muito
pelas irregularidades climatéricas. Daí a oscilação que se nota em suas safras, embora provenientes do cafezais distri buídos em áreas amplíssimas. Malgrado isto, a produção brasileira de café au
mentou até 1927-28, quando atingimos o ponto mais alto da curva.
Examine
mos os dados abaixo:
1889-90 1894-95 1899-00 1904-05 1909-10 1914-15 1919-20 1924-25
1927-28
quilos 4.482.000 7.242.000 9,564.000 10.597.000 15.440.000 13.497,000 7.605.000 13.721.000 28.334.000
.^tes de 1927-28, só a safra 1906-07
tinha atingido a mais de vinte milhões de sacas - 20.409.000.
cerca de 75% da produção brasileira.
Produção brasileira de
A sua contribuição ainda é muito gran
café, em sacos de 60 quilos
de, superior à de todos os outros Esta dos juntos. Vem, porém, caindo cons
23.172.000 24.674.752
1928-29
1931-35
(médias) 26.284.100 22.483.690 22.098.800
1936 1937 1938
Depois as restrições ao plantio, o es
gotamento de antigas lavouras, e por
A safra de
tantemente.
Assim, de 75%, em seus
melhores dias, a produção paulista caiu a 68%, em 1937; a 66%, em 1938; a 64%, em 1939; a 61% em 1940; a 57%, em
1941; a 61%, em 1942; a 53%, em 1943.
Está crescendo a produção do Paraná,
Goiás e Mato Grosso, que dispõem de muitas terras novas e boas.
Têm au
mentado um pouco as porcentagens re
último o arrancamento de cafezais ve
ferentes ao Ceará, Pernambuco, Bahia e
lhos para a formação de pastagens, o que se verificou mesmo em municípios
gular, valha a verdade. No Acre, onde a escassez de braços é angustiante e para um homem a empregar há uns dez empregos, o aumento da produção da
altamente
produtivos
como
Ribeirão
prêto, fizeram com que a economia ca
Produção brasileira de café, em sacos de 60 Períodos
Períodos
Depois
feeira entrasse em acentuada diminui
Minas Gerais — aumento bastante irre
^
^
,
*
1
^ _
Jí*
ção, numa queda que já se está toman
borracha redundou - - na diminuição da
do alarmante.
porém, em condições de reagir e reto Produção brasileira de
café, em sacos de 60 Anos 1939
1940 1941 1942
quilos 19.283.855 16.701.031 16.025.862 12.831.317
safra de café.
São Paulo ainda está,
mar o seu pôsto com o esplendor antigo por mais muito tempo.
Ê necessário aumentar as safras A queda maciça da produção deveu-
se, em grande parte, a um período anor malmente sêco — as sêcas que se tor
nam cada vez mais freqüentes à propor ção que caem as florestas dos trechos mais povoados do país. Há, porém, A produção se desloca não há negar, uma calamitosa diminui O cafeeiro gosta do cheiro do mato. ção no volúme das safras, que nos está 1943
15.365.574
Ê um pioneiro na marcha para o Oeste r
Digesto
78
EcONÓAaco-
seriamente prejudicando o ameaçando
dos
a posição do Brasil como e;cportador da
poderia fazer muito em pouco tempo. Os agrônomos conhecem as árvores que
rubiácea.
Como o consumo
interno
Estados
interessados
e
fazendeiros
Dicesto
79
Econômico
se as de mais pronto aproveitamento no Paraná, Goiás e Mato Grosso. A Bahia
e Minas Gerais também tem algumas. E c possível encontrar outras no extre mo oeste de São Paulo, já quase no
da mais ràpidamente o volume de café
devem ser utihzadas, sabem como utili zá-las e as razões técnicas que tomam
exportável.
o sombreamento capaz de restaurar a
barranco do Paraná, ond«? se encontra
fertilidade de terras esgotadas.
outrora quase todo o planalto de Pira-
aumenta constantemente, reduz-se ain
Se isto continua, em breve
não teremos mais café para o estran geiro. Urge, portanto, uma reação enér
gica.
Cafezais intensivos
E ainda é mais lastimável que
tal aconteça quando o consumo de café »0 alastra por tôda a parte e o número de fregueses aumenta consideràvelmente. A Europa volta a querer café. A Rússia tende a tomar-se um razoável
A República Dominicana — um pe
queno país com menos de 50 mil quilô
metros quadrados e um miUião de ha bitantes — "é um grande produtor de café._ E continua a plantar cafezais em
importador da rubiácea, verificadas que foram as suas vantagens como estimu lante, dvu-ante a última guerra.
velhas terras de montanha, há muito
Para produzir mais café faz-se mister
enquanto crescem as leguminosas que produzirão sombra. As safras de bana
^tar melhor os cafezais velhos e fimdar novas lavouras.
O sombreamento
Não são sombreados os nossos maio-
cafezais - ao contrário do que À u' concorrentes,
à níS f s°"^breaniento expõe o solo ^ erosão, donde uma ■^7 das safras. Venficou.se experimentalmente que o
aombreamento dos cafezais velhos^ deíjdentes tende a melhorá-los consideràvelmente. Há uma verdadeira e nt
tável restauração. Os cafezais dos irmãos
desbravadas.
Aduba, porém, cada co%'a
de cafeeiro.
Sombreia com bananeiras,
nas dão para pagar as despesas e ainda oferecem uma margem de lucros. Os bananais são cortadas oportunamente. Tem-se, então, de graça, um b.elo cafezal sombreado, muito produtivo. Nas nossas zonas velhas poder-se-ia fazer coisa semelhante. Uma adubação
verde para começar.
com estrume de curral.
cafezais.
zonas
novas,
acabou a proibição.
grandes^ cafezais
fi car o plantio.
Ê preciso intensi
Faz-se mister, porém,
prover essas zonas de melhores trans-
Í)ortes e povoá-las com colonos brasieiros e europeus. O volume das safras por unidade de área compensará a dis tância em que se encontram.
fico para o pais, s6 tem sido possível graças aos estoques existentes.
Não
poderemos mantê-la, e muito menos oumentá-la, como se faz mister, se não
houver uma pande e benéfica reação nos meios cafeicu'tores.
Ou cuidamos
do café, ou em breve não o teremos para exportar.
Livremos o Brasil deste
tremendo malôgro.
Para os fazendeiros, seria u'a
mão na roda. Repovoariam as fazen das com imigrantes italianos, portugue
váha de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro €■ Espírito Santo. Só o som
peus de fácil assimilação é o remédio
"^Çúo rápida, a atração das cidades,
ptras públicas contribuem cada vez
ma^ intensamente para o despovoamenPovoá-la com colonos euro
que se impõe. Novos cafezais
Dispomos ainda de muita terra vir
gem, ótima para cafezais.
CONTRABANDO DE PNEUMÁTICOS
Despacho de São Borfa informa o seguinte-.
"Um fato interessante vem
ocorrendo em tôda fronteira com a Argentinat estõo-.sendo ofereeidos-.pneus ame ricanos, chegados àquele pais, de bitola 600 x 16, por preço 50^ inferior ao da ■ fobela em vigor no Brasil. Se o caso é recordado agora, tem como objetivo mosfrar como entraram grandes quantidades de pneumáticos no país vizinho, tanto.
Brasil como dos Estados Unidos. O oferecimento da mercadoria por parte , , "O contrabando vai, agora, fazer-se da Argentina para ó Brasil com' a dife
dos argentinos é feito claramente.
breamento. sistematizado nos daria em
da Agricultura, Secretarias congêneres
Nas
estão sendo plantados agora, quando se
cidades, zonas que dispõem de muito
menda é a fa'ta de oraços. A industria-
Um trabalho conjugado do Ministério
vas florestais.
A exportação de café vem aumen tando constantemente, nos últimos anos, mas tal aumento, extremamente bené
rais, as que fornecem leite a grandes
ses, espanhóis e poloneses, pois tre
no volume da safra.
criar aí, já, enquanto é tempo, reser
1944-45 1945-46
É o processo
mil pés.
fíoucos anos um considerável aumento
vastação bárbara, irracional. Os govêmos da União e do Estado deveriam
Sacos 12.898,965 9.134.465 7.514.500 13.400.000 13.338.541 16.847.056
dominicano. As zonas de pecuária de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Ge
taurou-se e está produzindo 90. E a frutificação é igual, havendo uma só colheita de cereja. O que se conseguiu em Caçapava e em tantos outros muni
cípios será possível em tôda a zona
devastação tremenda que por lá vai, de
Anos
1940-41 1941-42 1942-43 1943-44
Se possível e se
estrume, bem poderiam plantar alguns
Hoje, a parte sombreada res
tininga. Sobrevoa-se em poucos minu tos a área florestada. E confrange a
ra de café nos últimos anos.
se quisesse, a adubação de cada cova
Alcântara, em Caçapava, Estado de São Paulo, zona cafeeira velha, em franca
decadência, produziam 35 arrobas por
a ú'tima fímbria da floresta que cobriu
O café na exportação Foi a seguinte a e.xportação brasilei
Encontram-
rença, apenas, de qeu o preço, no momento, é ros que podem adquirir o produto pela nacional".
convidativo-.para-os no território
• - >; y,
^ .
Digesto
78
EcONÓAaco-
seriamente prejudicando o ameaçando
dos
a posição do Brasil como e;cportador da
poderia fazer muito em pouco tempo. Os agrônomos conhecem as árvores que
rubiácea.
Como o consumo
interno
Estados
interessados
e
fazendeiros
Dicesto
79
Econômico
se as de mais pronto aproveitamento no Paraná, Goiás e Mato Grosso. A Bahia
e Minas Gerais também tem algumas. E c possível encontrar outras no extre mo oeste de São Paulo, já quase no
da mais ràpidamente o volume de café
devem ser utihzadas, sabem como utili zá-las e as razões técnicas que tomam
exportável.
o sombreamento capaz de restaurar a
barranco do Paraná, ond«? se encontra
fertilidade de terras esgotadas.
outrora quase todo o planalto de Pira-
aumenta constantemente, reduz-se ain
Se isto continua, em breve
não teremos mais café para o estran geiro. Urge, portanto, uma reação enér
gica.
Cafezais intensivos
E ainda é mais lastimável que
tal aconteça quando o consumo de café »0 alastra por tôda a parte e o número de fregueses aumenta consideràvelmente. A Europa volta a querer café. A Rússia tende a tomar-se um razoável
A República Dominicana — um pe
queno país com menos de 50 mil quilô
metros quadrados e um miUião de ha bitantes — "é um grande produtor de café._ E continua a plantar cafezais em
importador da rubiácea, verificadas que foram as suas vantagens como estimu lante, dvu-ante a última guerra.
velhas terras de montanha, há muito
Para produzir mais café faz-se mister
enquanto crescem as leguminosas que produzirão sombra. As safras de bana
^tar melhor os cafezais velhos e fimdar novas lavouras.
O sombreamento
Não são sombreados os nossos maio-
cafezais - ao contrário do que À u' concorrentes,
à níS f s°"^breaniento expõe o solo ^ erosão, donde uma ■^7 das safras. Venficou.se experimentalmente que o
aombreamento dos cafezais velhos^ deíjdentes tende a melhorá-los consideràvelmente. Há uma verdadeira e nt
tável restauração. Os cafezais dos irmãos
desbravadas.
Aduba, porém, cada co%'a
de cafeeiro.
Sombreia com bananeiras,
nas dão para pagar as despesas e ainda oferecem uma margem de lucros. Os bananais são cortadas oportunamente. Tem-se, então, de graça, um b.elo cafezal sombreado, muito produtivo. Nas nossas zonas velhas poder-se-ia fazer coisa semelhante. Uma adubação
verde para começar.
com estrume de curral.
cafezais.
zonas
novas,
acabou a proibição.
grandes^ cafezais
fi car o plantio.
Ê preciso intensi
Faz-se mister, porém,
prover essas zonas de melhores trans-
Í)ortes e povoá-las com colonos brasieiros e europeus. O volume das safras por unidade de área compensará a dis tância em que se encontram.
fico para o pais, s6 tem sido possível graças aos estoques existentes.
Não
poderemos mantê-la, e muito menos oumentá-la, como se faz mister, se não
houver uma pande e benéfica reação nos meios cafeicu'tores.
Ou cuidamos
do café, ou em breve não o teremos para exportar.
Livremos o Brasil deste
tremendo malôgro.
Para os fazendeiros, seria u'a
mão na roda. Repovoariam as fazen das com imigrantes italianos, portugue
váha de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro €■ Espírito Santo. Só o som
peus de fácil assimilação é o remédio
"^Çúo rápida, a atração das cidades,
ptras públicas contribuem cada vez
ma^ intensamente para o despovoamenPovoá-la com colonos euro
que se impõe. Novos cafezais
Dispomos ainda de muita terra vir
gem, ótima para cafezais.
CONTRABANDO DE PNEUMÁTICOS
Despacho de São Borfa informa o seguinte-.
"Um fato interessante vem
ocorrendo em tôda fronteira com a Argentinat estõo-.sendo ofereeidos-.pneus ame ricanos, chegados àquele pais, de bitola 600 x 16, por preço 50^ inferior ao da ■ fobela em vigor no Brasil. Se o caso é recordado agora, tem como objetivo mosfrar como entraram grandes quantidades de pneumáticos no país vizinho, tanto.
Brasil como dos Estados Unidos. O oferecimento da mercadoria por parte , , "O contrabando vai, agora, fazer-se da Argentina para ó Brasil com' a dife
dos argentinos é feito claramente.
breamento. sistematizado nos daria em
da Agricultura, Secretarias congêneres
Nas
estão sendo plantados agora, quando se
cidades, zonas que dispõem de muito
menda é a fa'ta de oraços. A industria-
Um trabalho conjugado do Ministério
vas florestais.
A exportação de café vem aumen tando constantemente, nos últimos anos, mas tal aumento, extremamente bené
rais, as que fornecem leite a grandes
ses, espanhóis e poloneses, pois tre
no volume da safra.
criar aí, já, enquanto é tempo, reser
1944-45 1945-46
É o processo
mil pés.
fíoucos anos um considerável aumento
vastação bárbara, irracional. Os govêmos da União e do Estado deveriam
Sacos 12.898,965 9.134.465 7.514.500 13.400.000 13.338.541 16.847.056
dominicano. As zonas de pecuária de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Ge
taurou-se e está produzindo 90. E a frutificação é igual, havendo uma só colheita de cereja. O que se conseguiu em Caçapava e em tantos outros muni
cípios será possível em tôda a zona
devastação tremenda que por lá vai, de
Anos
1940-41 1941-42 1942-43 1943-44
Se possível e se
estrume, bem poderiam plantar alguns
Hoje, a parte sombreada res
tininga. Sobrevoa-se em poucos minu tos a área florestada. E confrange a
ra de café nos últimos anos.
se quisesse, a adubação de cada cova
Alcântara, em Caçapava, Estado de São Paulo, zona cafeeira velha, em franca
decadência, produziam 35 arrobas por
a ú'tima fímbria da floresta que cobriu
O café na exportação Foi a seguinte a e.xportação brasilei
Encontram-
rença, apenas, de qeu o preço, no momento, é ros que podem adquirir o produto pela nacional".
convidativo-.para-os no território
• - >; y,
^ .
l^^ESTo Econômico
81
^atar dos múltiplos problemas atinentes
R Psicologia a
lhos em muitas cidades, elaborou uma
série de testes psicológicos para indús
elemento humano.
trias, introduziu os métodos estatísti
Algumas das principais organizações
psicológicas dos Estados Unidos e da
Serviço das Ativi
cos para a fixação dos resultados das
grovas 6 para a medida da eficiência os operários. Entretanto, essa insti
Inglaterra
tuição foi dissoKida em 1923, jicrque 1)
A mais antiga organização ame-
^cana no gênero foi estabelecida como
são de que cada grande estabelecimen to industrial devia empregar no seu
por LtJD\viG Mayeb
"Divisão d^o Psicologia Aplicada" do "Camegie Instilutc of Tecnnolog)% em 1915, mais tarde denominada "Divisão
do Pesquisa Cooperativa".
Especiajl para o
'Digesto Econômico"
tarefa capital do estudo psicológico consiste em procurar compreender-se
a estruma psíquica e o comportamen
to do homem como individuaUdade e como membro da sociedade.
O valor da psicologia a serviço da negócios se aprecia
^la contribuição que pode proporcio
na^ para a compreensão das íòrças huJ^nas aüvas quando os indivíduos esS^trolf que a industria, específicas e sob ^trole no seu sentio
do mais lato, estabelece e requer Por
outra parte, à medida que T psicdo^ g» a^icada nossa ajudar a eStender e resolver problemas de trabalho, cril
dos
pessoas com diversas aptidões,
qualidades, interêsses e caracteres de termina-se também o alcance de seu poder em servir pràticamente ao encenheiro e administrador.
^
Desde que se verificou, há três ou quatro decênios, que a nova ciência da Desde que se verificou, há três ou qua
Seu objeti
do elemento humano), sem cuja pre
psicologia às organizações industriais e
sença os ser\'iços efetuados por orga nizações psicotécnicas externas não con seguiram um resultado definitivo e per
comerciais.
Os vários tipos de proble
psicologia aplicada — a psicotécnica —
mas psicológico.s que aí surgiram foram
era uma auxiliar valiosa no campo in
estudados pelos seguintes sub-departa-
dustrial e comercial, fez-se sentir que
mentos: a Secção de Pesquisas de Ven
seu aproveitamento seria mais eficiente se colocado sob a direção de organiza
das, que cooperou com 27 grandes fir mas para inquirir sobre o problema ge
ções psicológicas profissionais.
ral da distribuição de proudtos; o De
um dos mais notáveis progressos indus
partamento de Pesquisas Pessoais, des tinado a ^investigar as aptidões e quali
tífica e social dos Estados Unidos.
dades necessárias aos vendedores; a Di visão de Treinamento do Vendedor, vi sando desenvolver métodos e técnicas
foi criada em 1921, na América do
Destar
te, dois objetivos essenciais podiam ser simultaneamente atingidos: a) uma garantia mais segura para o valor científico dos métodos psicoló
gicos empregados; b) uma melhor correspondência do
de seleção e formação do pessoal de
venda, inclusive empregados e sub
serviço p.sicotécnico a ser prestado às diversas indústrias com suas diferentes
chefes.
necessidades e situações de trabalho.
A extensão desses sub-departamcntos infere-se do fato de que, já em 1919, cêrca de tiinta corporações eram filia das à Divisão de Treinamento, e sete
Com poucas exceções, a indústria, en tão, não considerou necessário ocupar permanentemente um psicotécnico nos
firmas importantes contribuíram, anual mente, com a quantia de 32.000 dóla res para promover as investigações cien
estabelecimentos. A espécie da assis tência psicológica era mais ocasional e intermitente do que constante. Por is
so, os serviços duma verdadeira orga nização psicológica tomaram possível a
tíficas referentes aos métodos de sele
ção e aperfeiçoamento do seu pessoal distribuído por cerca de 900 ativida
tro decênios, que a nooa ciência da psi
e contingentes das firmas, de preferên
des diversas.
cologia aplicada — a psicotécnica — era
cia à ação contínua de um psicólogo,
veitamento seria mais eficiente se colo cado sob a direção de organizações psi cológicas profissionais. A mais antiga
organização'no gênero apareceu em 2913, nos Estados Unidos.
qiiadro administrativo e técnico um ou alguns treinados "personnel workers" (assistentes para cuidar dos problemas
vo era a aplicação dos princípios de
satisfação de jiecessidades particulares
uma auxiliar valiosa no campo industrial e comercial, fez-se sentir que seu apro
"os seus diretores chegaram à conclu
dades Econômicas
' Em 1922, a "Divísion of Cooperati
cujo campo não permite abarcar tôdos
va Research" foi anexada à Universi
os aspectos da situação industrial e de
frabalho que demanda uma intervenção
^ psicotécnica. Uma instituição psi^P^ogica, entretanto, dispondo de espe cialistas, de aparelhos, dispositivos, tes tes padronizados e outros meios da psi cotécnica, pode, com muito mais êxito.
A
dade de Pittsburgh. 2) Uma outra associação estaduni
manente". De fato, desde então, co meçou, de maneira crescente, a colo
cação de assistentes de pessoal nas gran des firmas americanas, o que constitui triais no terreno da organização cien
3) A "Ps}.*chological Corjioration" Norte, com o objetÍ\'0 precípuo de agir como uma instituição geral para
fornecer informações seguras c confi denciais no tocante às aplicações pos síveis da psicologia e à colocação de
psicotécnicos qualificados para o servi ço da indústria.
No início, essa organização não em
preendeu pesquisas diretas dentro dos estabelecimentos industriais.
Só mais
tarde, os seus membros e colaborado res receberam autorização para isso, go
zando de ampla liberdade na escollia o no modo de execução dessas novas
atividades. A "P.sychoIogical Corpora-
tion" podia, então, consideravelmente alargar o campo de seus serviços. Sob sua orientação e direção, os cientistas associados formaram centros psicotécni cos em muitas cidades e se dedicaram
dense de psicologia aplicada era a "Sçott
a
pois da primeira grande guerra. Levou
mercial. A sede da referida corpora ção se encontra em Nova York, conti-
Company , cuja fundação se deu de a efeito numerosas pesquisas e traba
variados gêneros de investigações
psicotécnicas no meio industrial e co
l^^ESTo Econômico
81
^atar dos múltiplos problemas atinentes
R Psicologia a
lhos em muitas cidades, elaborou uma
série de testes psicológicos para indús
elemento humano.
trias, introduziu os métodos estatísti
Algumas das principais organizações
psicológicas dos Estados Unidos e da
Serviço das Ativi
cos para a fixação dos resultados das
grovas 6 para a medida da eficiência os operários. Entretanto, essa insti
Inglaterra
tuição foi dissoKida em 1923, jicrque 1)
A mais antiga organização ame-
^cana no gênero foi estabelecida como
são de que cada grande estabelecimen to industrial devia empregar no seu
por LtJD\viG Mayeb
"Divisão d^o Psicologia Aplicada" do "Camegie Instilutc of Tecnnolog)% em 1915, mais tarde denominada "Divisão
do Pesquisa Cooperativa".
Especiajl para o
'Digesto Econômico"
tarefa capital do estudo psicológico consiste em procurar compreender-se
a estruma psíquica e o comportamen
to do homem como individuaUdade e como membro da sociedade.
O valor da psicologia a serviço da negócios se aprecia
^la contribuição que pode proporcio
na^ para a compreensão das íòrças huJ^nas aüvas quando os indivíduos esS^trolf que a industria, específicas e sob ^trole no seu sentio
do mais lato, estabelece e requer Por
outra parte, à medida que T psicdo^ g» a^icada nossa ajudar a eStender e resolver problemas de trabalho, cril
dos
pessoas com diversas aptidões,
qualidades, interêsses e caracteres de termina-se também o alcance de seu poder em servir pràticamente ao encenheiro e administrador.
^
Desde que se verificou, há três ou quatro decênios, que a nova ciência da Desde que se verificou, há três ou qua
Seu objeti
do elemento humano), sem cuja pre
psicologia às organizações industriais e
sença os ser\'iços efetuados por orga nizações psicotécnicas externas não con seguiram um resultado definitivo e per
comerciais.
Os vários tipos de proble
psicologia aplicada — a psicotécnica —
mas psicológico.s que aí surgiram foram
era uma auxiliar valiosa no campo in
estudados pelos seguintes sub-departa-
dustrial e comercial, fez-se sentir que
mentos: a Secção de Pesquisas de Ven
seu aproveitamento seria mais eficiente se colocado sob a direção de organiza
das, que cooperou com 27 grandes fir mas para inquirir sobre o problema ge
ções psicológicas profissionais.
ral da distribuição de proudtos; o De
um dos mais notáveis progressos indus
partamento de Pesquisas Pessoais, des tinado a ^investigar as aptidões e quali
tífica e social dos Estados Unidos.
dades necessárias aos vendedores; a Di visão de Treinamento do Vendedor, vi sando desenvolver métodos e técnicas
foi criada em 1921, na América do
Destar
te, dois objetivos essenciais podiam ser simultaneamente atingidos: a) uma garantia mais segura para o valor científico dos métodos psicoló
gicos empregados; b) uma melhor correspondência do
de seleção e formação do pessoal de
venda, inclusive empregados e sub
serviço p.sicotécnico a ser prestado às diversas indústrias com suas diferentes
chefes.
necessidades e situações de trabalho.
A extensão desses sub-departamcntos infere-se do fato de que, já em 1919, cêrca de tiinta corporações eram filia das à Divisão de Treinamento, e sete
Com poucas exceções, a indústria, en tão, não considerou necessário ocupar permanentemente um psicotécnico nos
firmas importantes contribuíram, anual mente, com a quantia de 32.000 dóla res para promover as investigações cien
estabelecimentos. A espécie da assis tência psicológica era mais ocasional e intermitente do que constante. Por is
so, os serviços duma verdadeira orga nização psicológica tomaram possível a
tíficas referentes aos métodos de sele
ção e aperfeiçoamento do seu pessoal distribuído por cerca de 900 ativida
tro decênios, que a nooa ciência da psi
e contingentes das firmas, de preferên
des diversas.
cologia aplicada — a psicotécnica — era
cia à ação contínua de um psicólogo,
veitamento seria mais eficiente se colo cado sob a direção de organizações psi cológicas profissionais. A mais antiga
organização'no gênero apareceu em 2913, nos Estados Unidos.
qiiadro administrativo e técnico um ou alguns treinados "personnel workers" (assistentes para cuidar dos problemas
vo era a aplicação dos princípios de
satisfação de jiecessidades particulares
uma auxiliar valiosa no campo industrial e comercial, fez-se sentir que seu apro
"os seus diretores chegaram à conclu
dades Econômicas
' Em 1922, a "Divísion of Cooperati
cujo campo não permite abarcar tôdos
va Research" foi anexada à Universi
os aspectos da situação industrial e de
frabalho que demanda uma intervenção
^ psicotécnica. Uma instituição psi^P^ogica, entretanto, dispondo de espe cialistas, de aparelhos, dispositivos, tes tes padronizados e outros meios da psi cotécnica, pode, com muito mais êxito.
A
dade de Pittsburgh. 2) Uma outra associação estaduni
manente". De fato, desde então, co meçou, de maneira crescente, a colo
cação de assistentes de pessoal nas gran des firmas americanas, o que constitui triais no terreno da organização cien
3) A "Ps}.*chological Corjioration" Norte, com o objetÍ\'0 precípuo de agir como uma instituição geral para
fornecer informações seguras c confi denciais no tocante às aplicações pos síveis da psicologia e à colocação de
psicotécnicos qualificados para o servi ço da indústria.
No início, essa organização não em
preendeu pesquisas diretas dentro dos estabelecimentos industriais.
Só mais
tarde, os seus membros e colaborado res receberam autorização para isso, go
zando de ampla liberdade na escollia o no modo de execução dessas novas
atividades. A "P.sychoIogical Corpora-
tion" podia, então, consideravelmente alargar o campo de seus serviços. Sob sua orientação e direção, os cientistas associados formaram centros psicotécni cos em muitas cidades e se dedicaram
dense de psicologia aplicada era a "Sçott
a
pois da primeira grande guerra. Levou
mercial. A sede da referida corpora ção se encontra em Nova York, conti-
Company , cuja fundação se deu de a efeito numerosas pesquisas e traba
variados gêneros de investigações
psicotécnicas no meio industrial e co
mm
82
Dicesto
Econômico
nuando também a servir como institui
dos elaborados pela referida instituição.
ção de informe para assuntos da psi cologia aplicada. Além disso, inclui
Como primeiro diretor do Instituto Na
uma
Divisão
de
Assistência
e
Orien
tação Vocacionais para jovens, bem co
mo para adultos desajustados na pro
fissão. Dispõe, igualmente, de uma
cional de Psicologia Industrial foi elei
por J. A. DE Souza Ramos
S. Myers, que, por sua parte, escolheu
Especíal para o "Dicesto Eco^íó^^co'
uma série de eminentes colaboradores,
secção incumbida de organizar, publi
ao passo que vários outros cientistas,
car e distribuir testes estandardizados
eram requisitados do já citado "Fati-
e com eficiência comprovada.
gue Research Board".
4) O estudo científico do homem
.na indústria e no trabalho em geral está longe de ser uma novidade na
Grã-Bretanha. Durante a conflagração mundial de 1914 a 1918 o govêrno bri tânico fez realizar pesquisas sobre os
efeitos exercidos na saúde dos operáprodução pelo serviço extra
ordinário contínuo e pelas condições anormais daquela época. Essas inves
tigações levaram à formação, em 1918, do órgão oficial "Industrial FaHgue
Research Board" (Junta' de Pesquisa Saúde Industrial). Partindo dessa Jun ta, _constituiu-se em 1922 uma organi
.da Fadiga Industrial, mais tarde - da zação voluntária.
Instituto Nacional de PsícoJoeí Industrial
A atividade científica desse novo ins
tituto despertou, no mundo inteiro, uma atençnio maior que a de qualquer outra organização psicológica. Tornou-se um
utu. ^
oi Industrial Psychology of'the Unhed graAgeou fama mundial. Um dós prinf° Kingdom" ~ N.I.I.p. _ que 1
país motivos de sua fundação residia em que muitos. estabelecimentos industriais ^ V . 1 ^ y-«/-kTYior/>ía I c rm\/iííTT> \ e comerciais haviam chegado à con
clusão de que uma considerável parte do trabalho efetuado pela Junta de Pes
quisa da Fadiga redundaria de fato em pouco êxito se não houvesse uma outra organização capaz de administrar,às fir mas individuais os princípios e méto
Segurulo fatos recentes mostraram, têm faltado às plataformas políticas as bases honestas em que sistemàlicamente deve ram assentar: o conhecimcnio do que
os cidadãos pensam, do que as regiões
precisam. A propaponda. respectiva, por
nos méritos dos programas de governo, mas tão somente para dar votos a um determinado homem, nem sempre ou quase nunca escolliido pelas suas vir tudes,..
sua vez, campanuaa e tonitroante que
Emersos de origens tão claudicantes,
quisas psicológicas, para psicotécnicos,
seja não se reveste daquela eloqüétwia
tais programas carecem de idoneidade.
engenheiros, administradores etc.
Con
tudo a sua primeira finalidade consiste em servir, de modo prático, à indús tria e aos empregadores, na solução dos
convincente que só a verdade pode dar.
seus problemas particulares de seleção,
Quando, há tempos, em palestra com
treinamento e supervisão de pessoal, ou
alguns amigos políticos, me referi à
na remoção de causas de descontenta
mento, tendo cm vista um aju-ste mais
harmonioso dos empregados em relação à sua ocupação e ambiente. O In.sti-
tuto em apreço só presta o seu auxílio quando solicitado. Seu método de tra balho é, em regra, o seguinte: preli tuda a questão a ser resolvida; apre senta em seguida, à firma interessada, um relatório sucinto da natureza da in
vestigação objetivada, bem como infor mes sôbre as despesas prováveis, valor
do estudo, e, finalmente, sôbre o pro cesso geral da execução da pesquisa. Niun artigo iilterior descreveremos
algumas das realizações práticas dessa celebre organização inglesa para mos trar, simultaneamente, o alto proveito da psicologia aplicada a serviço do in dustrial, do comerciante e do trabaBiador.
necessidade de .se ouvir a opinião pú blica, conhecer previamente a índole
ideológica atual do povo, os problemas vitais de sua subsistência, o seu grau de instrução, suas necessidades imediatas e remotas, tudo colhido em suas fontes diretas — no conceit^) de homens e muIhcre.s, velhos e jovens, ricos o pobres e remediados, de todo ser apto para as funções eleitorais, e, só depois da posse desses dados elaborar plataformas, apre sentar candidatos, desfraldar bandeiras
Prometem coisas em que o povo já não
crê, pois bem sabe, por longa e dolo rosa e.xperiència, que tudo não passa de enganadoras promessas.
Nem pode ser por menos, porquê faltam a essas plataformas as bases ho nestas em que sislemàticamente deve
ram assentar: o conhecimento do que
os cidadãos pensam, do que as regiões preci,sain. A propaganda respectiva, por sua vez, campanuaa e tonitroante que
.seja, não se reveste daquela eloqüência convincente que só a verdade pode dar.
Arte e ciência da propaganda Nao se faz hoje propaganda só por fazer propaganda. A moderna propa ganda é ciência e arte, com métodos
do partidos, com propósitos práticos e objetivos ao encontro das realidades e
e processos positives, evitando o desper
contingências do momento — as minhas
o achincalhe do concorrente.
idéias foram levadas à conta de teoria impmticável ou ignorância do ambiente nacional. Não me assistia, portanto, di reito de sugerir e, muito menos, de opinar. O erro, no entanto, em que pese a
sabedoria e experiência dos políticos, tão rnal sucedidas em nossa época, está do lado deles e não do meu: façam um exajne de consciência e verificarão que o público só tem sido lembrado em vés peras de eleições, e isso mesmo, não
para ser instruido na prática dos seus jdi«i AilfciL"—
de\'eres cívicos, não para ser enfronhado
centro intemacional dc estudos e pes
minarmente, durante alguns dias, es
Referimo-nos ao "Natitiml
F\ Lição dos Fatos e a Opinião Pública
to o chefe do Laboratório Psicológico da Universidade de Cambridge, Dr. C.
dício de diniieiro e evitando igualmente Pela propaganda de sentido profunda mente moral, cada candidato tem que se elevar guindado pelos seus dotes e
nunca pelo rebaixamento do competidor, pois isto é uma indignidade. A propa ganda ó uma orientação científica ba
seada so e só ria opinião pública, obti da com a consulta direta aos indivíduos, com a mterpretaçap dos seus anseios e tendências. As soluções que disso depráticas, possíveis, e. p„,
mm
82
Dicesto
Econômico
nuando também a servir como institui
dos elaborados pela referida instituição.
ção de informe para assuntos da psi cologia aplicada. Além disso, inclui
Como primeiro diretor do Instituto Na
uma
Divisão
de
Assistência
e
Orien
tação Vocacionais para jovens, bem co
mo para adultos desajustados na pro
fissão. Dispõe, igualmente, de uma
cional de Psicologia Industrial foi elei
por J. A. DE Souza Ramos
S. Myers, que, por sua parte, escolheu
Especíal para o "Dicesto Eco^íó^^co'
uma série de eminentes colaboradores,
secção incumbida de organizar, publi
ao passo que vários outros cientistas,
car e distribuir testes estandardizados
eram requisitados do já citado "Fati-
e com eficiência comprovada.
gue Research Board".
4) O estudo científico do homem
.na indústria e no trabalho em geral está longe de ser uma novidade na
Grã-Bretanha. Durante a conflagração mundial de 1914 a 1918 o govêrno bri tânico fez realizar pesquisas sobre os
efeitos exercidos na saúde dos operáprodução pelo serviço extra
ordinário contínuo e pelas condições anormais daquela época. Essas inves
tigações levaram à formação, em 1918, do órgão oficial "Industrial FaHgue
Research Board" (Junta' de Pesquisa Saúde Industrial). Partindo dessa Jun ta, _constituiu-se em 1922 uma organi
.da Fadiga Industrial, mais tarde - da zação voluntária.
Instituto Nacional de PsícoJoeí Industrial
A atividade científica desse novo ins
tituto despertou, no mundo inteiro, uma atençnio maior que a de qualquer outra organização psicológica. Tornou-se um
utu. ^
oi Industrial Psychology of'the Unhed graAgeou fama mundial. Um dós prinf° Kingdom" ~ N.I.I.p. _ que 1
país motivos de sua fundação residia em que muitos. estabelecimentos industriais ^ V . 1 ^ y-«/-kTYior/>ía I c rm\/iííTT> \ e comerciais haviam chegado à con
clusão de que uma considerável parte do trabalho efetuado pela Junta de Pes
quisa da Fadiga redundaria de fato em pouco êxito se não houvesse uma outra organização capaz de administrar,às fir mas individuais os princípios e méto
Segurulo fatos recentes mostraram, têm faltado às plataformas políticas as bases honestas em que sistemàlicamente deve ram assentar: o conhecimcnio do que
os cidadãos pensam, do que as regiões
precisam. A propaponda. respectiva, por
nos méritos dos programas de governo, mas tão somente para dar votos a um determinado homem, nem sempre ou quase nunca escolliido pelas suas vir tudes,..
sua vez, campanuaa e tonitroante que
Emersos de origens tão claudicantes,
quisas psicológicas, para psicotécnicos,
seja não se reveste daquela eloqüétwia
tais programas carecem de idoneidade.
engenheiros, administradores etc.
Con
tudo a sua primeira finalidade consiste em servir, de modo prático, à indús tria e aos empregadores, na solução dos
convincente que só a verdade pode dar.
seus problemas particulares de seleção,
Quando, há tempos, em palestra com
treinamento e supervisão de pessoal, ou
alguns amigos políticos, me referi à
na remoção de causas de descontenta
mento, tendo cm vista um aju-ste mais
harmonioso dos empregados em relação à sua ocupação e ambiente. O In.sti-
tuto em apreço só presta o seu auxílio quando solicitado. Seu método de tra balho é, em regra, o seguinte: preli tuda a questão a ser resolvida; apre senta em seguida, à firma interessada, um relatório sucinto da natureza da in
vestigação objetivada, bem como infor mes sôbre as despesas prováveis, valor
do estudo, e, finalmente, sôbre o pro cesso geral da execução da pesquisa. Niun artigo iilterior descreveremos
algumas das realizações práticas dessa celebre organização inglesa para mos trar, simultaneamente, o alto proveito da psicologia aplicada a serviço do in dustrial, do comerciante e do trabaBiador.
necessidade de .se ouvir a opinião pú blica, conhecer previamente a índole
ideológica atual do povo, os problemas vitais de sua subsistência, o seu grau de instrução, suas necessidades imediatas e remotas, tudo colhido em suas fontes diretas — no conceit^) de homens e muIhcre.s, velhos e jovens, ricos o pobres e remediados, de todo ser apto para as funções eleitorais, e, só depois da posse desses dados elaborar plataformas, apre sentar candidatos, desfraldar bandeiras
Prometem coisas em que o povo já não
crê, pois bem sabe, por longa e dolo rosa e.xperiència, que tudo não passa de enganadoras promessas.
Nem pode ser por menos, porquê faltam a essas plataformas as bases ho nestas em que sislemàticamente deve
ram assentar: o conhecimento do que
os cidadãos pensam, do que as regiões preci,sain. A propaganda respectiva, por sua vez, campanuaa e tonitroante que
.seja, não se reveste daquela eloqüência convincente que só a verdade pode dar.
Arte e ciência da propaganda Nao se faz hoje propaganda só por fazer propaganda. A moderna propa ganda é ciência e arte, com métodos
do partidos, com propósitos práticos e objetivos ao encontro das realidades e
e processos positives, evitando o desper
contingências do momento — as minhas
o achincalhe do concorrente.
idéias foram levadas à conta de teoria impmticável ou ignorância do ambiente nacional. Não me assistia, portanto, di reito de sugerir e, muito menos, de opinar. O erro, no entanto, em que pese a
sabedoria e experiência dos políticos, tão rnal sucedidas em nossa época, está do lado deles e não do meu: façam um exajne de consciência e verificarão que o público só tem sido lembrado em vés peras de eleições, e isso mesmo, não
para ser instruido na prática dos seus jdi«i AilfciL"—
de\'eres cívicos, não para ser enfronhado
centro intemacional dc estudos e pes
minarmente, durante alguns dias, es
Referimo-nos ao "Natitiml
F\ Lição dos Fatos e a Opinião Pública
to o chefe do Laboratório Psicológico da Universidade de Cambridge, Dr. C.
dício de diniieiro e evitando igualmente Pela propaganda de sentido profunda mente moral, cada candidato tem que se elevar guindado pelos seus dotes e
nunca pelo rebaixamento do competidor, pois isto é uma indignidade. A propa ganda ó uma orientação científica ba
seada so e só ria opinião pública, obti da com a consulta direta aos indivíduos, com a mterpretaçap dos seus anseios e tendências. As soluções que disso depráticas, possíveis, e. p„,
rr
84,
Dicesto Econômico
A investigação da opinião pública, em que a propaganda deve alicerçar-se, é
tar-lhes as aspiraçõesi combatendo-hs
o único processo 'sério e apto a nos mos trar o que se deve oferecer ao povo, de acôrdo com a análise do que tiver dito.
legítimas. É preciso que os nossos polí
Valor da opinião pública
pessoais por amor das necessidades pre
Compreende-se, pois, que uma pro paganda nesses moldes não pode ser
ieita em 24 horas, assim do pé para a mão. E compreende-se, igualmente, o
percalço que representa, para um candi
dato ainda que respeitável, a sua apre sentação à última hora.
Estas informações constituíam, impli
As Vitórias ítégias na J^rança
racionalmente se descabidas, exaltando-as e aceitando-as entusiásticamente se
ticos SC convençam de que já é tempo de calcar um pouco as suas ambições mentes do Brasil.
por Vinícius da Voga Especi/Vl para o "Digesto Econômico'
Congreguem-se na
defesa dos interesses da coletividade e
poi pelas flores que o célebre sábio
não apenas na disputa de sinecuras e satisfação de orgulhos próprios. É do
loroso que se confesse, mas a política tem malbaratado o nosso patrimônio cívico e estrutural. Cumpre-nos, afinal, o dever da intransigente defesa do Bra.sil, colocando acima de nós, de
citamente, na referida conversa com os. mossos interesses, o interesse dessa cole meus amigos políticos, uma premissa Jgna oe ser ponderada. Hoje, diante tividade tão digna de melhor sorte.
do_ recitado das eleições, constituem a liçao dos fatos e prova do valor da opiniao publica: venceram os que mais de perto a acompanharam. E se essa opi-
das tulipas constitui uma importante in dústria, provou que a natureza não dá saltos, ma.s que certas espécies animais
Daí o seu nome em guarani, isto é "Trupie", que significa "Y" — água e "rupo" — grande prato.
ou botânicas vão evoluindo até, num dado momento, apresentarem novos ti
vigorosos que se conhecem, pois se mune
Ora, as vitórias regias, flores enor
mes dc Amazonas, eram, até aqui, plan tas exclusivas do nosso país, tendo fa lhado todos os esforços dos naturalis
tas, — desde Humboldt e Martins —
Sirva a lição recente para aqueles que não crêm no valor da opinião públi
em aclimá-las fora do Brasil.
Agora,
se queixem os
ca, a fim de que, em novas oportunida
porém, depois dc séculos de experiên
?nt« ® méntores, ou ntes dos ^pseudo-mentores, ou melhor
des, se utilizem dela, investigando-a de vidamente, difundindo as idéias de par
floriram na França, abrindo suas corolas
fhe lhe outro rumo, não nue tiveram não souberam a arcúcia dar-
cias, eis que dois magníficos exemplares
gigantescas para admiração dos habi
tidos que se formem à sombra da defesa
tantes de Ruão e todos os turistas que
legítimos interesses da pátria e não de 11,e mostrar os eííòs' dos na disputa pura e,simples de lugares.
? o tiveram a autoridade moral para' impor as .suas convicções, de fazer acr^ ditar nos seus bons propósitos!
As e.eiçoes, hoje,,populares: queiram oupara não ven per tencem as massas
ce-las faz-se mister o máximo de obieti vidade. E preciso que os homens des çam dos seus velhos pedestais de pre tensa superioridade e venham ombrear-se com os outros homens — os homens do povo, os eleitores — e procurem auscul-
para ali acorreram a fim de conhecer ôsse milagre botânico.
A propaganda é uma arma podero.sa. Por isso mesmo deve ser utilizada ho
Dados históricos
nestamente a serviço de princípios sa
A vitória régia tem a sua história,
lutares, dentro da verdade, para que o
tendo sido descoberta em 1801 por
povo emerja do seu ceticismo político.
Haenke, sábio alemão que explorava o
^ Unam-se os políticos, reformem a sua
alto Amazonas, nas fronteiras do Brasil
técnica, busquem homens honestos e jo
Aliás a sua fonna
de prato ou bandeja se presta a isso.
pos e novas formas.
O que importa fazer
ança no seu colo.
De Vries, da Holanda, onde o cultivo
A \'itória régia é um dos vegefais mais
de raízes sólidas ou rizomas grossos como músculos, que se fixam' no fundo
lodoso das lagoas, sugando com milha res de tubos pneumáticos a seiva que lhe é necessária para as folhas, o caule e as flores. As fôlhas, por sua vez, sobrenaclam contraídas por um rebordo de espinhos, estendendo-se na super
fície das águas, onde, expostas à luz tropical, incham respirando por milhares de poros, que são visíveis no seu tecido
verde-claro com veias roxas, revestidas
por baixo de cerrada armadura. Essas folhas medem de 10 a 12 centímetros somente no rebordo protetivo de côr
roxa e verde, pois o botão que lhe nasce
ao centro ^arda o germe de milhares do novas flores. Èle engrossa e sobe imperceptivelmente, e uma tarde, arre benta depois de tremer e fremir ao
vens; trabalhem com a coletividade, aus-
com a Bolívia. Não foi menor a surprê-
cultem a opinião púbhca, defendam os interêsses do povo: e as suas posições estarão garantidas pelo próprio povo.
em 1827, o acaso lhe deparou, também,
impulso das águas revôltas por algum sôpro do vento tropical, forte e quente,
a "ninfa dos trópicos", na fronteira da Bolívia com o Paraguai, nas águas es
de langoroso perfume.
sa de Sir Robert, Schombrugh quando,
para mostrar a flor imaculada e láctea,
tanques do rio Paraná, que lhe parece
ESTRADA DE FERRO BRASIL-BOLtVIA
ram como um céu constelado de flores
enormes, cuja brancura o crepúsculo
O engenheno Gmllermo Bilbao La Vteja, chefe da delegação da Bolívia mnto a Comissão Mista Ferroviária Brasileiro-Boliviana, declarou que o traçado da estrada que esta sendo construída entre o nosso e o sou- país, comprecmlido entre Corumbá e Santa Cruz de Ia Sterra, poderá estar terminado dentro de quatro anos, caso não falte o financiamento necessário ao serviço. A referi^ estrada, como não se ignora, fará a ligação entre os portos de Árica e Santos.
realçava.
•
todo emXIX, prwwno lugar o coube, seu cultivo no século à França enfim,
A vitória régia é da espécie das ninfáceas e, no seu "habitat natural", mede S5 centímetros de diâmetro, — tendo
segunda mvasao alemã, a rléiriade ver
fôlhas de dois metros de largura e o pêso de 50 a 80 quilogramos, de ma
^ eoz, a rainha j do vale
neira que, fàcilmente, sustenta «mn cri
■ l4<Ír
Se iodos os poifês quiseram possuir essa flor maravilhosa, tendo a Inglaterra ienaum viiK^ro poujy^c à destruição da
(ie.sericolx>ei'-ge na Funwx»
vHófia régin do Uraríl.
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84,
Dicesto Econômico
A investigação da opinião pública, em que a propaganda deve alicerçar-se, é
tar-lhes as aspiraçõesi combatendo-hs
o único processo 'sério e apto a nos mos trar o que se deve oferecer ao povo, de acôrdo com a análise do que tiver dito.
legítimas. É preciso que os nossos polí
Valor da opinião pública
pessoais por amor das necessidades pre
Compreende-se, pois, que uma pro paganda nesses moldes não pode ser
ieita em 24 horas, assim do pé para a mão. E compreende-se, igualmente, o
percalço que representa, para um candi
dato ainda que respeitável, a sua apre sentação à última hora.
Estas informações constituíam, impli
As Vitórias ítégias na J^rança
racionalmente se descabidas, exaltando-as e aceitando-as entusiásticamente se
ticos SC convençam de que já é tempo de calcar um pouco as suas ambições mentes do Brasil.
por Vinícius da Voga Especi/Vl para o "Digesto Econômico'
Congreguem-se na
defesa dos interesses da coletividade e
poi pelas flores que o célebre sábio
não apenas na disputa de sinecuras e satisfação de orgulhos próprios. É do
loroso que se confesse, mas a política tem malbaratado o nosso patrimônio cívico e estrutural. Cumpre-nos, afinal, o dever da intransigente defesa do Bra.sil, colocando acima de nós, de
citamente, na referida conversa com os. mossos interesses, o interesse dessa cole meus amigos políticos, uma premissa Jgna oe ser ponderada. Hoje, diante tividade tão digna de melhor sorte.
do_ recitado das eleições, constituem a liçao dos fatos e prova do valor da opiniao publica: venceram os que mais de perto a acompanharam. E se essa opi-
das tulipas constitui uma importante in dústria, provou que a natureza não dá saltos, ma.s que certas espécies animais
Daí o seu nome em guarani, isto é "Trupie", que significa "Y" — água e "rupo" — grande prato.
ou botânicas vão evoluindo até, num dado momento, apresentarem novos ti
vigorosos que se conhecem, pois se mune
Ora, as vitórias regias, flores enor
mes dc Amazonas, eram, até aqui, plan tas exclusivas do nosso país, tendo fa lhado todos os esforços dos naturalis
tas, — desde Humboldt e Martins —
Sirva a lição recente para aqueles que não crêm no valor da opinião públi
em aclimá-las fora do Brasil.
Agora,
se queixem os
ca, a fim de que, em novas oportunida
porém, depois dc séculos de experiên
?nt« ® méntores, ou ntes dos ^pseudo-mentores, ou melhor
des, se utilizem dela, investigando-a de vidamente, difundindo as idéias de par
floriram na França, abrindo suas corolas
fhe lhe outro rumo, não nue tiveram não souberam a arcúcia dar-
cias, eis que dois magníficos exemplares
gigantescas para admiração dos habi
tidos que se formem à sombra da defesa
tantes de Ruão e todos os turistas que
legítimos interesses da pátria e não de 11,e mostrar os eííòs' dos na disputa pura e,simples de lugares.
? o tiveram a autoridade moral para' impor as .suas convicções, de fazer acr^ ditar nos seus bons propósitos!
As e.eiçoes, hoje,,populares: queiram oupara não ven per tencem as massas
ce-las faz-se mister o máximo de obieti vidade. E preciso que os homens des çam dos seus velhos pedestais de pre tensa superioridade e venham ombrear-se com os outros homens — os homens do povo, os eleitores — e procurem auscul-
para ali acorreram a fim de conhecer ôsse milagre botânico.
A propaganda é uma arma podero.sa. Por isso mesmo deve ser utilizada ho
Dados históricos
nestamente a serviço de princípios sa
A vitória régia tem a sua história,
lutares, dentro da verdade, para que o
tendo sido descoberta em 1801 por
povo emerja do seu ceticismo político.
Haenke, sábio alemão que explorava o
^ Unam-se os políticos, reformem a sua
alto Amazonas, nas fronteiras do Brasil
técnica, busquem homens honestos e jo
Aliás a sua fonna
de prato ou bandeja se presta a isso.
pos e novas formas.
O que importa fazer
ança no seu colo.
De Vries, da Holanda, onde o cultivo
A \'itória régia é um dos vegefais mais
de raízes sólidas ou rizomas grossos como músculos, que se fixam' no fundo
lodoso das lagoas, sugando com milha res de tubos pneumáticos a seiva que lhe é necessária para as folhas, o caule e as flores. As fôlhas, por sua vez, sobrenaclam contraídas por um rebordo de espinhos, estendendo-se na super
fície das águas, onde, expostas à luz tropical, incham respirando por milhares de poros, que são visíveis no seu tecido
verde-claro com veias roxas, revestidas
por baixo de cerrada armadura. Essas folhas medem de 10 a 12 centímetros somente no rebordo protetivo de côr
roxa e verde, pois o botão que lhe nasce
ao centro ^arda o germe de milhares do novas flores. Èle engrossa e sobe imperceptivelmente, e uma tarde, arre benta depois de tremer e fremir ao
vens; trabalhem com a coletividade, aus-
com a Bolívia. Não foi menor a surprê-
cultem a opinião púbhca, defendam os interêsses do povo: e as suas posições estarão garantidas pelo próprio povo.
em 1827, o acaso lhe deparou, também,
impulso das águas revôltas por algum sôpro do vento tropical, forte e quente,
a "ninfa dos trópicos", na fronteira da Bolívia com o Paraguai, nas águas es
de langoroso perfume.
sa de Sir Robert, Schombrugh quando,
para mostrar a flor imaculada e láctea,
tanques do rio Paraná, que lhe parece
ESTRADA DE FERRO BRASIL-BOLtVIA
ram como um céu constelado de flores
enormes, cuja brancura o crepúsculo
O engenheno Gmllermo Bilbao La Vteja, chefe da delegação da Bolívia mnto a Comissão Mista Ferroviária Brasileiro-Boliviana, declarou que o traçado da estrada que esta sendo construída entre o nosso e o sou- país, comprecmlido entre Corumbá e Santa Cruz de Ia Sterra, poderá estar terminado dentro de quatro anos, caso não falte o financiamento necessário ao serviço. A referi^ estrada, como não se ignora, fará a ligação entre os portos de Árica e Santos.
realçava.
•
todo emXIX, prwwno lugar o coube, seu cultivo no século à França enfim,
A vitória régia é da espécie das ninfáceas e, no seu "habitat natural", mede S5 centímetros de diâmetro, — tendo
segunda mvasao alemã, a rléiriade ver
fôlhas de dois metros de largura e o pêso de 50 a 80 quilogramos, de ma
^ eoz, a rainha j do vale
neira que, fàcilmente, sustenta «mn cri
■ l4<Ír
Se iodos os poifês quiseram possuir essa flor maravilhosa, tendo a Inglaterra ienaum viiK^ro poujy^c à destruição da
(ie.sericolx>ei'-ge na Funwx»
vHófia régin do Uraríl.
i
■
■
pela primeira uma
Digissto
86
Econóaoco
La corolle se clôt à nouveau, s*ou-
Curiosidades
vre pour Ia demlère fois au troisième Curioso é que essa flor só abra a
corola imensa à tarde, quando exposta ao frescor da noite que se aproxima, para se fechar ciosa de seu segredo, de manliã, mal surgem os albores do sol. Mas não é tudo, porque a flor, avara da sua beleza e do seu mistério, no terceiro dia se fecha, para morrer em seguida, fenecendo quando o rosa de suas pétalas vai ficando arroxeado e negro, sinal de morte de uma ametista
vegetal.
Nunca li nenhum destes pormenores
em autor brasileiro, pois creio que não é fácil, no clima amazônico, ficar três dias e noites a observar a vida de uma
flor. As observações do botânico do viveiro de Ruão são minuciosas e exatas sobre a maior flor do mundo, a mais bela e curiosa do reino vegetal, que lhe esse episódio:
é descrito
Alors monte le bouton qui renfer-
me dans son globe vert les germes se gonfle, ú fremit. Un soir, Ü enanouit lentement ses sépales, il rcvôde
une blancheur actée que ú praitre phosphorescente, sa cassn
íette laisse ecfiapper un parfum lan-
goureux. Au matin. Ia fleur, dans toute sa magnificence, va fermer pour ne Ia rouvnr qu'à Ia nuit tombánte mais plus Jargement, Ia rose de ses pétales nuancés maintenant d'un mauve carmine.
crépuscule. Ses teintes ont passé de Tivoire à Ia nacre, de Ia nacre à
Topale, à raméthyste malade. Son cceur brulant, oíi Tavide stigmate reçoit le pollen fécondant des étamines violettes, montre une tempé-
rature de six ou sept degrés plus élevée que celle de Tair ambiant. La senteur devient écoeurante.
fripée, pliée dur sur elle-meme. Ia fleur s'immerge, disparait sous Teau, oú les graines vont se dóvelopper et múrir. Elles seront placées en rangs serrés dans des logettes, les Para-
guayens les appclleront "mais d'eau" et les mangeront comme de simples petits pois".
Experiência feliz Se todos os países quiseram possuir essa flor maravilliosa, tendo a Inglaterra tentado em primeiro lugar o seu cultivo no século XIX, à França coube, enfim, num viveiro poupado à destruição da
segunda invasão alemã, a glória de ver
desenvolver-se na Europa, pela primei
]á se criou tóda uma teoria para a utilização racional dsii-
--
côres visíveis, havendo cmprêsas modernas que delas se servem de modo prático. Partindo do princípio de que a cór é unia fonte de energia e de fôiça — podendo agir como um cstwiuUinte ou como um agente depressivo — essas firmas se especializaram na sua escolha, sob critério científico.
Trata-se, com efeito, dc mais uma aplicação da ciência à vida econômica e social. A
ciência nos ensina que todas as côres
possuem
uma
determinada
onda de extensão. Nisto lhes pode ser fixado um paralelo com o fenômeno do som. Êste, como não se ignora, tem ondas curtas ou longas, hoje como que
ra vez, a rainha do vale amazônico, uma
medidas príiticamente por intermédio
vitória régia do Brasil. Em vão, mesmo
quantitativo se altera para 24 unidades. O mesmo acontece com as luzes verde,
amarela, laranja, que acusam respectiva mente 28, 30 e 35 unidades. O ápice desta curiosa escala desfecha no ver
melho, com 42 unidades.
Está, de resto, cientificamente estabe
na França, em Paris e Lyon, todas as
dos aparelhos de rádio. Não se ignora, igualmente, que a luz
tentativas de cultivar a vitória régia
caminha com uma velocidade constante
lecido que todas as côres do espectro solar produzem uma associação primima. Isto quer dizer que o nosso subcons
foram muitas e cuidadosas.
de 186.000 milhas por segundo. Isto basta para nos dar uma idéia do número vertiginoso de vibrações de uma dada
ciente, diante da sua incidência, reage de uma determinada maneira, encade ando, no campo dos efeitos, uma série
côr que penetram em nossa retina nessa ■curta fração de tempo.
cromática de sentimentos.
Eis, porém, que, em Ruão, agora, ela cresceu, fecundou e abriu a corola gi gantesca, como um emblema simbólico
da ressurreição — encanto para os olhos, esperança para os corações — na expres
são de Margueritte-Yerta Méléra.
CONSUMO" DE borracha
O consumo de borracha em 1947, no^ Estados Unidos, foi calculado em 1 mahõo de toneladas, ao passo que a borracha natural disponível foi estimada em 770 mil toneladas apenas. Necesstta-se, assim, do emprôgo de 50 mü toneladas de borracha sintética por mês, durante êste ano. Essas cifras foram comunicadas pela Administração da Produção Civil. Por seu lado, o Departamento do Comércio assinalou que as exportações brasileiras de borracha, nos onze primeiros meses de 1946,.alcançaram 26.916.392 qkilos e 27.173.363 em 1945.
fMPHôÔ BACIOAIÃt DA0 CÕ^€S
Lassée,
Ora, não é admissível que esta rápida sucessão de ondas, deixando as suas marcas nos olhos humanos e dos demais seres viventes, possa agir como um es
timulante ou um produtor de energia? A ciência já chegou a estabelecer na atualidade que os efeitos das côres po dem ser observados na pressão sangüí nea e, pois, na atividade muscular, men tal e nervosa. Algumas observações, a •êste respeito, são muito esclarecedoras.
A atividade muscular, por exemplo, se manifesta à luz comum na base de 23
cnídades.
Já à luz azul esse valor
Vejamos o
verde, por exemplo. É a côr dos cam pos e das florestas. A sua onda é de extensão média.
Por isso provoca, como
em geral o espetáculo de uma cultura uniforme ou de um bosque cerrado, uma sensação de repouso, de tranqüilidade de
espírito, de calma desafogada.
Nenliu-
ma outra côr possui, como esta, a mes ma natureza sedativa, o mesmo efeito
de relaxador dos nervos e da sensibi lidade.
Quanto ao castanho, evocando a ri
queza das nozes antigas, os tons quentes e confortáveis do couro usado, já pre dispõe à meditação e ao estudo.
Daí
Digissto
86
Econóaoco
La corolle se clôt à nouveau, s*ou-
Curiosidades
vre pour Ia demlère fois au troisième Curioso é que essa flor só abra a
corola imensa à tarde, quando exposta ao frescor da noite que se aproxima, para se fechar ciosa de seu segredo, de manliã, mal surgem os albores do sol. Mas não é tudo, porque a flor, avara da sua beleza e do seu mistério, no terceiro dia se fecha, para morrer em seguida, fenecendo quando o rosa de suas pétalas vai ficando arroxeado e negro, sinal de morte de uma ametista
vegetal.
Nunca li nenhum destes pormenores
em autor brasileiro, pois creio que não é fácil, no clima amazônico, ficar três dias e noites a observar a vida de uma
flor. As observações do botânico do viveiro de Ruão são minuciosas e exatas sobre a maior flor do mundo, a mais bela e curiosa do reino vegetal, que lhe esse episódio:
é descrito
Alors monte le bouton qui renfer-
me dans son globe vert les germes se gonfle, ú fremit. Un soir, Ü enanouit lentement ses sépales, il rcvôde
une blancheur actée que ú praitre phosphorescente, sa cassn
íette laisse ecfiapper un parfum lan-
goureux. Au matin. Ia fleur, dans toute sa magnificence, va fermer pour ne Ia rouvnr qu'à Ia nuit tombánte mais plus Jargement, Ia rose de ses pétales nuancés maintenant d'un mauve carmine.
crépuscule. Ses teintes ont passé de Tivoire à Ia nacre, de Ia nacre à
Topale, à raméthyste malade. Son cceur brulant, oíi Tavide stigmate reçoit le pollen fécondant des étamines violettes, montre une tempé-
rature de six ou sept degrés plus élevée que celle de Tair ambiant. La senteur devient écoeurante.
fripée, pliée dur sur elle-meme. Ia fleur s'immerge, disparait sous Teau, oú les graines vont se dóvelopper et múrir. Elles seront placées en rangs serrés dans des logettes, les Para-
guayens les appclleront "mais d'eau" et les mangeront comme de simples petits pois".
Experiência feliz Se todos os países quiseram possuir essa flor maravilliosa, tendo a Inglaterra tentado em primeiro lugar o seu cultivo no século XIX, à França coube, enfim, num viveiro poupado à destruição da
segunda invasão alemã, a glória de ver
desenvolver-se na Europa, pela primei
]á se criou tóda uma teoria para a utilização racional dsii-
--
côres visíveis, havendo cmprêsas modernas que delas se servem de modo prático. Partindo do princípio de que a cór é unia fonte de energia e de fôiça — podendo agir como um cstwiuUinte ou como um agente depressivo — essas firmas se especializaram na sua escolha, sob critério científico.
Trata-se, com efeito, dc mais uma aplicação da ciência à vida econômica e social. A
ciência nos ensina que todas as côres
possuem
uma
determinada
onda de extensão. Nisto lhes pode ser fixado um paralelo com o fenômeno do som. Êste, como não se ignora, tem ondas curtas ou longas, hoje como que
ra vez, a rainha do vale amazônico, uma
medidas príiticamente por intermédio
vitória régia do Brasil. Em vão, mesmo
quantitativo se altera para 24 unidades. O mesmo acontece com as luzes verde,
amarela, laranja, que acusam respectiva mente 28, 30 e 35 unidades. O ápice desta curiosa escala desfecha no ver
melho, com 42 unidades.
Está, de resto, cientificamente estabe
na França, em Paris e Lyon, todas as
dos aparelhos de rádio. Não se ignora, igualmente, que a luz
tentativas de cultivar a vitória régia
caminha com uma velocidade constante
lecido que todas as côres do espectro solar produzem uma associação primima. Isto quer dizer que o nosso subcons
foram muitas e cuidadosas.
de 186.000 milhas por segundo. Isto basta para nos dar uma idéia do número vertiginoso de vibrações de uma dada
ciente, diante da sua incidência, reage de uma determinada maneira, encade ando, no campo dos efeitos, uma série
côr que penetram em nossa retina nessa ■curta fração de tempo.
cromática de sentimentos.
Eis, porém, que, em Ruão, agora, ela cresceu, fecundou e abriu a corola gi gantesca, como um emblema simbólico
da ressurreição — encanto para os olhos, esperança para os corações — na expres
são de Margueritte-Yerta Méléra.
CONSUMO" DE borracha
O consumo de borracha em 1947, no^ Estados Unidos, foi calculado em 1 mahõo de toneladas, ao passo que a borracha natural disponível foi estimada em 770 mil toneladas apenas. Necesstta-se, assim, do emprôgo de 50 mü toneladas de borracha sintética por mês, durante êste ano. Essas cifras foram comunicadas pela Administração da Produção Civil. Por seu lado, o Departamento do Comércio assinalou que as exportações brasileiras de borracha, nos onze primeiros meses de 1946,.alcançaram 26.916.392 qkilos e 27.173.363 em 1945.
fMPHôÔ BACIOAIÃt DA0 CÕ^€S
Lassée,
Ora, não é admissível que esta rápida sucessão de ondas, deixando as suas marcas nos olhos humanos e dos demais seres viventes, possa agir como um es
timulante ou um produtor de energia? A ciência já chegou a estabelecer na atualidade que os efeitos das côres po dem ser observados na pressão sangüí nea e, pois, na atividade muscular, men tal e nervosa. Algumas observações, a •êste respeito, são muito esclarecedoras.
A atividade muscular, por exemplo, se manifesta à luz comum na base de 23
cnídades.
Já à luz azul esse valor
Vejamos o
verde, por exemplo. É a côr dos cam pos e das florestas. A sua onda é de extensão média.
Por isso provoca, como
em geral o espetáculo de uma cultura uniforme ou de um bosque cerrado, uma sensação de repouso, de tranqüilidade de
espírito, de calma desafogada.
Nenliu-
ma outra côr possui, como esta, a mes ma natureza sedativa, o mesmo efeito
de relaxador dos nervos e da sensibi lidade.
Quanto ao castanho, evocando a ri
queza das nozes antigas, os tons quentes e confortáveis do couro usado, já pre dispõe à meditação e ao estudo.
Daí
Digesto EC0NÓ!.DC0
88
o seu emprego muito comum sa enca
como um agente depressivo — essas
dernação dos livros e na estante da^
firmas se especializaram na sua escolha,
bibliotecas.
sob cantério científico e utilitário, e
Há muito castanho difun
dido nos versos de Verlaine, com os
não apenas ornamental. Escritórios co
seus vôos errantes de fôllias mortas, a música das árvores e dos caminhos im
merciais, residências, fábricas de todos os ramos, vitrinas são hoje, nos Estados
pregnados da última glória do outono. È o cinzento? Lembra logo as ma. nhás de bruma, o grito marítimo das
Unidos e outros países estrangeiros, de corados segundo esse novo critério. Um local de trabalho, pór exemplo, qualquer
gaivotas, a chuva lenta, insistente, que
que ôle seja, vai sendo disposto de
obscurece os vales e as paisagens. Deve ser a côr predileta dos preguiçosos, e tem todo o torpor de um largo bocejo.
de seu teto, de seus móveis, de seu pa vimento possam criar o ambiente mais
Estas sugestões a recomendam muito
favorável ao rendimento da atividade
como fundo para os acentos vivos e
nele desenvolvida.
fortes, que se valorizam extremamente,
maneira a que as côres dc suas paredes,
A experiência já provou que os operá
por luna questão de contraste.
rios industriais cujas oficinas ou cuio
Os amarelos e os azuis são côres ale gres, cuja imagem se associa elementar
com esta dinâmica das côres recebem,
mente ao brilho do sol e ao céu azul.
Nesse sentido, as suas aplicações en
contram fins específicos.
Finalmente, o vermelho, que possui a onda de maior extensão, deve ser usado com alguma parcimônia. Êle desperta sempre sentimentos radicais e extremos.
exalta™ ou^olS,'" Emprêgo das
equipamento sejam pintados de acôrdo por ôste simples fato, um novo estímulo, que .se reflete na produção. As conse
qüências de tal critério são óbvias: au mentam o prestígio institucional das em presas em aprôço, salvaguardam a saúde dos traballiadores, reduzem a sua ten são nervosa e conservam elevado o seu moral.
cores
poderiam ser enumerados. Observe se contudo, de passagem, que os matizei visíveis a olho nu compreendem apenas uma pequena porção do espectro solar O espectro eletromagnético já é muito mais complexo e se distende por cerca de sessenta ou setenta côres oitavas.
Muitos tipos de ondas invisíveis — o infra-vermelho, o ultra-violeta, o raio-x,
Nesse sentido, algumas regras já fo ram mais ou menos cristalizadas.
Evi
dentemente, a seleção e a colocação das côres deverão ser determinadas pelo uso a que o local de trabalho se destina.
Suponhamos que seja um e.scritório. Su ponhamos ainda que receba a sua luz
jamos, a êste respeito, nove regras'muito
Claridade muito forte, precedente de uma direção qiialquer, poderá ser amor
interessantes:
tecida ou graduada com o uso de duas ou três côres dc parede. Um escritó rio, por exemplo, recebe muita luz e
mos uma tonalidade escura no telhado
e na fôlha das janelas do pavimento
muito calor do sul ou do oeste.
a sua aparência de construção muito
incidência
de
Na
parede fronteira, as respectivas janelas
2) Se a vivenda tem muitas empe-
azul esverdeado ou outra côr fria. Isto reduzirá a sensação da soalheira. Os
cantos do recinto, apanhando menos luz direta, já merecerão valores mais ativos que os empregados no conjunto das paredes. Quanto aos tetos, estarão
têm a sua base no azul — são recomen-
mento, ou de ambos (se houver um
observador para os pormenores arquite
Outras considerações ainda ocorrem,
no mesmo sentido.
As proporções dos
tônicos menos favoráveis.
3) A pintura das faces das águas-fur-
escritórios também devem ser estudadas.
tadas de uma casa pequena com a mesma tonalidade usaaa no corpo do
Salas longas e estreitas podem dar uma
edifício poderá dar-Uie uma aparência
Os matizes leves, ao contrário, podem ser usados nas paredes laterais demasia damente longas, para "fazê-las" recuar. Nos recintos quadrados outro critério já
deve predominar. A impressão de mo notonia se dissipa perfeitamente com a
pintura de uma parede, — de prefe
As casas residenciais
pêssego.
Inversamente, os matizes frios — que
dando realce à porta de entrada e às folhas das janelas do primeiro pa\a-
suave, o marfim, ou uma graduação dos matizes explorados em outras áreas.
exterior.
gam o marfim, o castanho e a côr do
Pintemos
segundo). Isto afastará a atenção do
efeitos, estimulantes, também se empre
lizam de modo prático.
contrastantes em tais áreas.
tôdas as áreas numa única tonalidade,
bem se receberem o branco, o branco
Os mesmos princípios, de que já de mos uma idéia em linhas gerais, se aplicam perfeitamente para as casas de
sangüínea. Quando são exigidos alguns
grande.
nas ou águas-furtadas, não chamemos a atenção para elas com o uso de côres
verá dar preferência às côres quentes.
a aplicação racional das côres visíveis, havendo empresas modernas que as uti
superior, o que concorrerá para reduzir
ou mais escuro de verde acinzentado,
caso, na decoração desse recinto se de
laranja e o vermellio, que lembram o brilho do sol, o calor e a palpitaçâo
1) Se a vivenda é muito alta, use
poderão ser pintadas nuiyi tom médio
outras.
forma, já se criou toda uma teoria para
Partindo do princípio de que a côr
calor e luz abundante, procedentes do sul ou do oeste.
a
rência a oposta à janela, — com uma côr diferente da empregada nas três
natural do norte ou do leste, ou não a
Entre estas se incluem o amarelo, o
ó uma fonte de energia e de fôrça — podendo agir como um estimulante ou
selliável uma seleção de côres conduzida com critério científico, e não feita, como é comum, inteiramente ao acaso. Ve
contrariar
receba em quantidade adequada. Nesse
e outros, — já foram aproveitados pela
ciência para fins definidos. Da mesma
dados para os casos em que se faça nece.ssiirio
impressão de maior largueza com o uso de côres' escuras no fim das paredes. Isto parece dar-lhes um novo avanço.
Côres para escritórios
Assim como esses, outros exemplos
89
Dicesto Econômico
residência, tanto na pintura interior como
Aqui, igualmente, as mais di
versas combinações são admissíveis.
Neste terreno, porém em todos os casos que se apresentem, é sempre acon-
maior e mais ampla.
4) As águas-furtadas de uma casa alta podem ser pintadas de maneira a se confundirem com o telhado, de prefe rência a contrastarem com êle, pois isto reduziria o efeito do seu tamanho real. 5) As chaminés numa côr que con
traste com o corpo da casa geralmente parecem maiores ou menores, c quase
nunca melhoram a sua aparência. Por êste motivo é mais conveniente que as
chaminés tenham a mesma tonalidade do conjunto.
6) Janelas de tamanhos e formas di ferentes, quando pintadas em côres con trastantes, não impressionam bem. Será
preferível dar aos seus adornos e caixllhos a mesma tonalidade do corpo da casa, chamando-se a atenção do obser vador para o conjunto e não para êsses pormenores.
7) Uma porta de entrada contras tando sabiamente com o resto da casa
Digesto EC0NÓ!.DC0
88
o seu emprego muito comum sa enca
como um agente depressivo — essas
dernação dos livros e na estante da^
firmas se especializaram na sua escolha,
bibliotecas.
sob cantério científico e utilitário, e
Há muito castanho difun
dido nos versos de Verlaine, com os
não apenas ornamental. Escritórios co
seus vôos errantes de fôllias mortas, a música das árvores e dos caminhos im
merciais, residências, fábricas de todos os ramos, vitrinas são hoje, nos Estados
pregnados da última glória do outono. È o cinzento? Lembra logo as ma. nhás de bruma, o grito marítimo das
Unidos e outros países estrangeiros, de corados segundo esse novo critério. Um local de trabalho, pór exemplo, qualquer
gaivotas, a chuva lenta, insistente, que
que ôle seja, vai sendo disposto de
obscurece os vales e as paisagens. Deve ser a côr predileta dos preguiçosos, e tem todo o torpor de um largo bocejo.
de seu teto, de seus móveis, de seu pa vimento possam criar o ambiente mais
Estas sugestões a recomendam muito
favorável ao rendimento da atividade
como fundo para os acentos vivos e
nele desenvolvida.
fortes, que se valorizam extremamente,
maneira a que as côres dc suas paredes,
A experiência já provou que os operá
por luna questão de contraste.
rios industriais cujas oficinas ou cuio
Os amarelos e os azuis são côres ale gres, cuja imagem se associa elementar
com esta dinâmica das côres recebem,
mente ao brilho do sol e ao céu azul.
Nesse sentido, as suas aplicações en
contram fins específicos.
Finalmente, o vermelho, que possui a onda de maior extensão, deve ser usado com alguma parcimônia. Êle desperta sempre sentimentos radicais e extremos.
exalta™ ou^olS,'" Emprêgo das
equipamento sejam pintados de acôrdo por ôste simples fato, um novo estímulo, que .se reflete na produção. As conse
qüências de tal critério são óbvias: au mentam o prestígio institucional das em presas em aprôço, salvaguardam a saúde dos traballiadores, reduzem a sua ten são nervosa e conservam elevado o seu moral.
cores
poderiam ser enumerados. Observe se contudo, de passagem, que os matizei visíveis a olho nu compreendem apenas uma pequena porção do espectro solar O espectro eletromagnético já é muito mais complexo e se distende por cerca de sessenta ou setenta côres oitavas.
Muitos tipos de ondas invisíveis — o infra-vermelho, o ultra-violeta, o raio-x,
Nesse sentido, algumas regras já fo ram mais ou menos cristalizadas.
Evi
dentemente, a seleção e a colocação das côres deverão ser determinadas pelo uso a que o local de trabalho se destina.
Suponhamos que seja um e.scritório. Su ponhamos ainda que receba a sua luz
jamos, a êste respeito, nove regras'muito
Claridade muito forte, precedente de uma direção qiialquer, poderá ser amor
interessantes:
tecida ou graduada com o uso de duas ou três côres dc parede. Um escritó rio, por exemplo, recebe muita luz e
mos uma tonalidade escura no telhado
e na fôlha das janelas do pavimento
muito calor do sul ou do oeste.
a sua aparência de construção muito
incidência
de
Na
parede fronteira, as respectivas janelas
2) Se a vivenda tem muitas empe-
azul esverdeado ou outra côr fria. Isto reduzirá a sensação da soalheira. Os
cantos do recinto, apanhando menos luz direta, já merecerão valores mais ativos que os empregados no conjunto das paredes. Quanto aos tetos, estarão
têm a sua base no azul — são recomen-
mento, ou de ambos (se houver um
observador para os pormenores arquite
Outras considerações ainda ocorrem,
no mesmo sentido.
As proporções dos
tônicos menos favoráveis.
3) A pintura das faces das águas-fur-
escritórios também devem ser estudadas.
tadas de uma casa pequena com a mesma tonalidade usaaa no corpo do
Salas longas e estreitas podem dar uma
edifício poderá dar-Uie uma aparência
Os matizes leves, ao contrário, podem ser usados nas paredes laterais demasia damente longas, para "fazê-las" recuar. Nos recintos quadrados outro critério já
deve predominar. A impressão de mo notonia se dissipa perfeitamente com a
pintura de uma parede, — de prefe
As casas residenciais
pêssego.
Inversamente, os matizes frios — que
dando realce à porta de entrada e às folhas das janelas do primeiro pa\a-
suave, o marfim, ou uma graduação dos matizes explorados em outras áreas.
exterior.
gam o marfim, o castanho e a côr do
Pintemos
segundo). Isto afastará a atenção do
efeitos, estimulantes, também se empre
lizam de modo prático.
contrastantes em tais áreas.
tôdas as áreas numa única tonalidade,
bem se receberem o branco, o branco
Os mesmos princípios, de que já de mos uma idéia em linhas gerais, se aplicam perfeitamente para as casas de
sangüínea. Quando são exigidos alguns
grande.
nas ou águas-furtadas, não chamemos a atenção para elas com o uso de côres
verá dar preferência às côres quentes.
a aplicação racional das côres visíveis, havendo empresas modernas que as uti
superior, o que concorrerá para reduzir
ou mais escuro de verde acinzentado,
caso, na decoração desse recinto se de
laranja e o vermellio, que lembram o brilho do sol, o calor e a palpitaçâo
1) Se a vivenda é muito alta, use
poderão ser pintadas nuiyi tom médio
outras.
forma, já se criou toda uma teoria para
Partindo do princípio de que a côr
calor e luz abundante, procedentes do sul ou do oeste.
a
rência a oposta à janela, — com uma côr diferente da empregada nas três
natural do norte ou do leste, ou não a
Entre estas se incluem o amarelo, o
ó uma fonte de energia e de fôrça — podendo agir como um estimulante ou
selliável uma seleção de côres conduzida com critério científico, e não feita, como é comum, inteiramente ao acaso. Ve
contrariar
receba em quantidade adequada. Nesse
e outros, — já foram aproveitados pela
ciência para fins definidos. Da mesma
dados para os casos em que se faça nece.ssiirio
impressão de maior largueza com o uso de côres' escuras no fim das paredes. Isto parece dar-lhes um novo avanço.
Côres para escritórios
Assim como esses, outros exemplos
89
Dicesto Econômico
residência, tanto na pintura interior como
Aqui, igualmente, as mais di
versas combinações são admissíveis.
Neste terreno, porém em todos os casos que se apresentem, é sempre acon-
maior e mais ampla.
4) As águas-furtadas de uma casa alta podem ser pintadas de maneira a se confundirem com o telhado, de prefe rência a contrastarem com êle, pois isto reduziria o efeito do seu tamanho real. 5) As chaminés numa côr que con
traste com o corpo da casa geralmente parecem maiores ou menores, c quase
nunca melhoram a sua aparência. Por êste motivo é mais conveniente que as
chaminés tenham a mesma tonalidade do conjunto.
6) Janelas de tamanhos e formas di ferentes, quando pintadas em côres con trastantes, não impressionam bem. Será
preferível dar aos seus adornos e caixllhos a mesma tonalidade do corpo da casa, chamando-se a atenção do obser vador para o conjunto e não para êsses pormenores.
7) Uma porta de entrada contras tando sabiamente com o resto da casa
W Dicesto
90
dara sempre uma nota agradável de hospitalidade e acolhida.
8) As cores brilhantes, em geral, fa zem com que as coisas pareçam maio res, ao passo que as côres agem em
sentido diametríumente oposto. 9) Pintemos o corpo da casa e os adornos dã mesma maneira, nas velhas vivendas em que estes últimos são usual mente pesados e ornamentais. As cores
contrastantes, nesse caso, ficarão melhor nas portas e nos caixilhos das mnelas,
que podem apresentar tonalidades es curas.
Pistas regras se completam com outras tantas, referentes à decoração interior. ^
'
41
eiamo<5 as nc principais. o_ ■ _ . Vejamos Se Se o aposento éf
quadrado e desinteressante, será de con veniência dar realce a uma das paredes uma côr diferente, ou ao menos m uma tonalidade diferente da pin-
do^miíf «íemais.poderá A parte do quarto_ assim destacada ser tratar
df leito iane rou a
"as salas de estar (se se
e os brnhei?°
frio) ou a " ^a
^ cozinhas
ser "alargados" ou de ordem se nêles
entre as paredes, o teto e os omatos. De uma forma geral, devemos ter em mente a seguinte distribuição: côres
Econômico
Salões de venda
Um problema que deve interessar de
perto aos nossos industriais e homens
dos cantos, são aconselhados um ama
colliam também veículos determinados.
De igual maneira, para a manifestação de nosso pensamento coÜgimos no lé xico aquelas palavras que melhor tra-
matiz róseo.
Conclusão
duzam as nuances de nosso raciocínio.
e atento na
Muitos outros exemplos poderíamos cional das côres, tal como o determina
muito
minucioso
maneira a realçar a beleza e outros pre
dicados dos artigos expostos. Se esses salões recebem a sua luz do
norte ou do leste, ou se não contara com
aduzir aqui a respeito do emprôgo ra o conhecimento de técnicos especializa dos no assunto, os quais, nos Estados Unidos, já abriram um novo e interes sante campo de aplicação da ciência à
vida econômica e social.
Bastem-nos,
A linguagem das côres, com efeito, não era desconhecida das velhas ci\'ilizações,
algumas das quais chegaram a criar com ela símbolos muitos sutis. O que vinha a ser intuitivo, porém, entre os vários povos da antigüidade, ganhou foros mais amplos, com os recursos modernos, de
senvolvendo-se não apenas em extensão, mas também em profundidade.
uma boa porção de luz natural, estimuladora nos seus efeitos, estes podem ser supridos com matizes vivos, tais como o pêssego, o marfim, o róseo. Por outro
fado, as côres frias servem, como já exemplificámos acima, para mitigar a abundância de luz inflamada do sul ou
M
do oeste.
Com relação aos escritórios, note-se
m
ainda que deve primar sobretudo um critério que dê a tais recintos um ar ranjo adequado às suas finalidades — afitude mental de euforia e efi
duzida Ou eliminada "de auas maneiras
— ambas importantes. De acordo com a primeira, as côres selecionadas preci sam contar com ondas que garantam
vale principalmente para as áreas do P'
quais se recomendam o branco,
o branco suave, o marfim, ou um leve
Quando estes não são substi
matiz da própria tonalidade das pare-
tuídos, devem ser levados em conside
^hida uma combinação que es tabeleça qualquer contraste discreto. Quanto à segunda, as paredes a que os
interior era que se encontram.
Visando-se um ambiente mais alegre,
distribuição das côres. O conjunto deve dar uma sensação agradável, que ins pire confiança, com fundos dispostos de
critério
Acima de tudo, devemos observar que
ração para a escolha da pintura do
atuando assim de forma fo diferente sôbre a nossa sensibilidade e as nossas ener
relo quente, como o pêssego, ou um
pois aí é que entram em contato com os seus fregueses, onde revelam a ex celência dos seus artigos e iniciam as suas propagandas comerciais. Compre ende-se que, pelos fatores psicológicos já enumerados, haja em tais recintos um
^irna distribuição de luz satisfatória. Isto
móveis.
em que se decompõe o espectro solar,
verde' ou o verde-azulado — cuja fun
gias, como que está sugerindo, realmen te, que para fins determinados se es-
verde — recomendam-se para os quartos em que a luz chega do oeste e do sul. um fundo que se harmonize com os
ser pintadas a cores frias — tais como o
por ora, as observações de que a na
para uma ou mais paredes, tais como as
ciência e de bem estar físico. A fadiga dos olhos, por exemplo, pode ser re
as paredes, o teto e os ornatos formem
tureza, tão rica de \'ariedades na gama
grande atenção ao caráter destes locais,
o bronzeado, o castanho — devem ser as côres frias — o branco, o marfim, o cinzento, o azul, o azul esverdeado, o
empregados se volvem, quando se aco modam junto às suas mesas, precisam
ção será oferecer repouso para os olhos.
arranjo que predisponha o seu ocupante
fraca, geralmente do norte e do leste;
91
de negócios é o que se refere aos seus salões de venda. Êles geralmente dão
quentes — o amarelo, o pêssego, o rosa usadas nos aposentos que recebem luz
Dicesto Econômico
BASES AÉREAS DO PACÍFICO
Em fontes militares de Washington informou-se que estão sendo realizadas negociações para transferir ao uso comercial as bases aéreas do Pacífico, a oeste
de Honolulu. Sabe-se que desejam utilizar-se dessas bases as companhias de avia ção norte-americanas, britânicas, canadenses, holandesas e australianas. Os ingleses desejam voar até a Austrália e os holandeses até as índias Orientais fíoIanUesas. Por outro lado, informou-se que o Exército norte-americano deseja dominar
essas bases enquanto as fôrças da grande República do norte permaneceram no
Japão. '
W Dicesto
90
dara sempre uma nota agradável de hospitalidade e acolhida.
8) As cores brilhantes, em geral, fa zem com que as coisas pareçam maio res, ao passo que as côres agem em
sentido diametríumente oposto. 9) Pintemos o corpo da casa e os adornos dã mesma maneira, nas velhas vivendas em que estes últimos são usual mente pesados e ornamentais. As cores
contrastantes, nesse caso, ficarão melhor nas portas e nos caixilhos das mnelas,
que podem apresentar tonalidades es curas.
Pistas regras se completam com outras tantas, referentes à decoração interior. ^
'
41
eiamo<5 as nc principais. o_ ■ _ . Vejamos Se Se o aposento éf
quadrado e desinteressante, será de con veniência dar realce a uma das paredes uma côr diferente, ou ao menos m uma tonalidade diferente da pin-
do^miíf «íemais.poderá A parte do quarto_ assim destacada ser tratar
df leito iane rou a
"as salas de estar (se se
e os brnhei?°
frio) ou a " ^a
^ cozinhas
ser "alargados" ou de ordem se nêles
entre as paredes, o teto e os omatos. De uma forma geral, devemos ter em mente a seguinte distribuição: côres
Econômico
Salões de venda
Um problema que deve interessar de
perto aos nossos industriais e homens
dos cantos, são aconselhados um ama
colliam também veículos determinados.
De igual maneira, para a manifestação de nosso pensamento coÜgimos no lé xico aquelas palavras que melhor tra-
matiz róseo.
Conclusão
duzam as nuances de nosso raciocínio.
e atento na
Muitos outros exemplos poderíamos cional das côres, tal como o determina
muito
minucioso
maneira a realçar a beleza e outros pre
dicados dos artigos expostos. Se esses salões recebem a sua luz do
norte ou do leste, ou se não contara com
aduzir aqui a respeito do emprôgo ra o conhecimento de técnicos especializa dos no assunto, os quais, nos Estados Unidos, já abriram um novo e interes sante campo de aplicação da ciência à
vida econômica e social.
Bastem-nos,
A linguagem das côres, com efeito, não era desconhecida das velhas ci\'ilizações,
algumas das quais chegaram a criar com ela símbolos muitos sutis. O que vinha a ser intuitivo, porém, entre os vários povos da antigüidade, ganhou foros mais amplos, com os recursos modernos, de
senvolvendo-se não apenas em extensão, mas também em profundidade.
uma boa porção de luz natural, estimuladora nos seus efeitos, estes podem ser supridos com matizes vivos, tais como o pêssego, o marfim, o róseo. Por outro
fado, as côres frias servem, como já exemplificámos acima, para mitigar a abundância de luz inflamada do sul ou
M
do oeste.
Com relação aos escritórios, note-se
m
ainda que deve primar sobretudo um critério que dê a tais recintos um ar ranjo adequado às suas finalidades — afitude mental de euforia e efi
duzida Ou eliminada "de auas maneiras
— ambas importantes. De acordo com a primeira, as côres selecionadas preci sam contar com ondas que garantam
vale principalmente para as áreas do P'
quais se recomendam o branco,
o branco suave, o marfim, ou um leve
Quando estes não são substi
matiz da própria tonalidade das pare-
tuídos, devem ser levados em conside
^hida uma combinação que es tabeleça qualquer contraste discreto. Quanto à segunda, as paredes a que os
interior era que se encontram.
Visando-se um ambiente mais alegre,
distribuição das côres. O conjunto deve dar uma sensação agradável, que ins pire confiança, com fundos dispostos de
critério
Acima de tudo, devemos observar que
ração para a escolha da pintura do
atuando assim de forma fo diferente sôbre a nossa sensibilidade e as nossas ener
relo quente, como o pêssego, ou um
pois aí é que entram em contato com os seus fregueses, onde revelam a ex celência dos seus artigos e iniciam as suas propagandas comerciais. Compre ende-se que, pelos fatores psicológicos já enumerados, haja em tais recintos um
^irna distribuição de luz satisfatória. Isto
móveis.
em que se decompõe o espectro solar,
verde' ou o verde-azulado — cuja fun
gias, como que está sugerindo, realmen te, que para fins determinados se es-
verde — recomendam-se para os quartos em que a luz chega do oeste e do sul. um fundo que se harmonize com os
ser pintadas a cores frias — tais como o
por ora, as observações de que a na
para uma ou mais paredes, tais como as
ciência e de bem estar físico. A fadiga dos olhos, por exemplo, pode ser re
as paredes, o teto e os ornatos formem
tureza, tão rica de \'ariedades na gama
grande atenção ao caráter destes locais,
o bronzeado, o castanho — devem ser as côres frias — o branco, o marfim, o cinzento, o azul, o azul esverdeado, o
empregados se volvem, quando se aco modam junto às suas mesas, precisam
ção será oferecer repouso para os olhos.
arranjo que predisponha o seu ocupante
fraca, geralmente do norte e do leste;
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de negócios é o que se refere aos seus salões de venda. Êles geralmente dão
quentes — o amarelo, o pêssego, o rosa usadas nos aposentos que recebem luz
Dicesto Econômico
BASES AÉREAS DO PACÍFICO
Em fontes militares de Washington informou-se que estão sendo realizadas negociações para transferir ao uso comercial as bases aéreas do Pacífico, a oeste
de Honolulu. Sabe-se que desejam utilizar-se dessas bases as companhias de avia ção norte-americanas, britânicas, canadenses, holandesas e australianas. Os ingleses desejam voar até a Austrália e os holandeses até as índias Orientais fíoIanUesas. Por outro lado, informou-se que o Exército norte-americano deseja dominar
essas bases enquanto as fôrças da grande República do norte permaneceram no
Japão. '
93
Digésto Econômico
MESTRES M ECOIVOMM Henry George advogado do "Impôsto Único" por 5. Harcourt-Rivlngton (Membro da Sociedade Real de Eco nomia de Londres)
(Especial para o "Digesto Econômico")
mas. Sua fraqueza reside cm deduções imperfeiias. Para os seus silogismos em pregava premissa.s que nenhum pensa
a idéia de que a terra não deveria per tencer a qualquer indivíduo: ela devia,
mento lógico poderia aceitar.
a seu critério, ser entregue irrestrita-
Assim,
chegou a conclusões que não resistiam
ménte ao conjunto do po\'o. Enquanto
a um exame analítico.
trabalhava, gastava os seus anos em desenvolver esta teoria da propriedade
Contudo, a sua
indubitável boa fé e o seu largo conheci mento dos dados econômicos Jhe grangearam o respeito e a admiração dos
JJenry George, o alvo da presente biografía, merece um lugar de maior relevo, entre os grandes economistas, que aquele que Habitualmente lhe é
^ncedido, pois o seu livro principal Pobreza e Progresso" constitui uma
h
des e ^ o
i>í=preensíveis qualida-
reconhecimento, por
militaram contra parte do mundo,
constitui o grande enigtna de nosso tempo. Ela apresenta o fãto central, do qual decorrem as difictddades indus triais, sociais e políticas que mergulham o mundo em perplexidade, sem que lhes
dôem remédio os estadistas, filantropos e educadores" — declarava Henry Geor
ge. Na sua opinião, a pobreza derivava, como conseqüência, de uma civilização construída sôhre a propriedade privada
e assim assejnirou-se os meios para pu
ridade.
lítica agraria", em que defendia os seus
pontos de vista.
inissão.
Esta vinba a ser a conversão
do mundo ao seu ponto de vista, segun do perspectivas tão velhas quanto as de
samente coloridas, destinadas a estimu
vesse vivido em época diferente, e os
dade, e se compunham de frases ardoro
lar os homens à ação. George era um reformador e desejava a concepção básica da civilização
seus trabalhos teriam alcançado reper
tmdicional.
cussões mais profundas na consciência
absolutamente sincero nas suas idéias, e
mundial.
Henry George era, antes de mais nada,
um propaganâista, e pode ser classifi cado na mesma categoria de Paíne, List, Owen e Marx.
Náo tinbn a calma de-
Por essa época transferiu-se para Nova
Deixou a
Iorque, onde fixou residência. Sua obra
escola à idade de 13 anos. Depois de três ano.s de trabalho irregular e incerto,
rapidamente despertou o mais amplo in-
um lar altamente religioso. tentou a sorte no oceano.
Durante seis
terêsse tanto na América como na Euro
pa.
Subseqüentemente foi reimpressa
anos exerceu a profissão de marinheiro,
como propaganda pelo Partido Traba
visitando países distantes como a Aus
lhista Independente da Inglaterra (In-
cidade, e conseguiu emprego como ti-
escritos de Henry George pareciam a sol brilhando alto no firmamento. Hou
moso título de "Pobreza e progresso".
foi educado sob a severa disciplina de
sapaixonada do economista clássico, como
Íielo "Capital", cujo primeiro volume
da lua, quando se levanta ainda com o
blicou-o em 1880 sob o seu novo e fa
Assim,
um editor de livros teológicos.
dependent Laboiu Party), sob os aus
Platão. Escrevia com o zêlo de um cruzado. Seus trabahlos se ressentem, em sua maioria, de alguma superficiali-
ôra publicado uma década antes. Em conseqüência, a luz derramada pelos
lhe proporções de verdadeiro livro. Pu
pícios de G. N. Bames, seu chefe.
para depois reelaborá-los segundo as suas próprias convicções. Atribuía-se uma
primeira vez, o pensamento econômico
Henry George nasceu em Filadélfia,
Estados, Unidos, em 1839. Seu pai era
alargando o seu horizonte intelectual.
de Karl Mare. Quando o trabalho mais
se achava convulsionado pelo dogma sensacional da "luta de classe" exposto
Depois de anos de
estudo, reelaborou este ensaio, dando-
da terra.
Aquinas, Hume ou Mill, que se conten tavam em discutir os princípios vitais,
importante de George foi editado pela
blicar o panfleto intitulado "Nossa po
trália e a índia, e conseauentemente
de seus méritos residem no fato de ter
jdo ele o sucessor cronológico imediato
coletiva do solo. Pelas alturas de 1871,
tomou-se editor de alguma influência,
seus contemporâneos e lhe garantirão, sem dúvida, as homenagens da poste Origem e formação
"A associação da pobreza ao pro^êsso
George começou, portanto, a remoer
Tratava-se de um homem
acreditava por conseguinte na profimdeza de seus argumentos. Infelizmente,
como tantos outros ardentes teóricos, inconscientemente formulou as suas te ses sobre um alicerce instável de sofís-
A idade do 22 anos retornou à sua
pógrafo numa emprêsa editòra. Logo depois, cansado da vida sedentária numa oficina, voltou novamente para o mar. Em 1859 desembarcou na Califórnia e
Outros trabalhos
Diante do êxito de "Pobreza e pro gresso", George se tomou um escritor fecundo. Entre as suas obras se incluem
tjôs anos mais tarde, depois de uma luta
"O senso comum da tributação", 1880;
penosa, conseguiu um lugar no depar
"A questão agrária na Irlanda", 1881;
tamento de impressão de um jornal de
"Problemas Sociais", 1884; "Proteção
São Francisco. Contraiu matrimônio nesta cidade e se tomou chefe de famí
lia. Não foi, porém, feliz na sua car reira. Durante muito tempo experimen tou dificuldades. Seus malogros numa cidade que estava então atravessando xijn surto sem precedentes e onde o
ou Livre Câmbio?", 1886; "Terra e
Povo", 1888; "O Impôsto Único e a Social-Democracia", 1889; "A Condição
do Trabalho" (uma carta aberta ao papa
preço dos terrenos (como recentemente
Leão XIII), 1891; "Um filósofo perple xo" (análise das teses de Herbert Spencer sòbre a questão agrária), 1893, e "A Ciência da Economia Política", 1897,
em São Paulo e outras cidades brasilei
etc.. ,
ras) se achava em ascensão rápida, per mitindo assim que indivíduos astutos se enriquecessem sem grande esforço, o encheram de desgosto e lhe incutiram sentimentos contrários ao sistema de ci
vilização que permitia tais desigualdades.
Ao mesmo tempo que escrevia, dedi cava muito tempo à leitura e à fundação do associações intituladas da "Terra e
Trabalho". Apesar de sua presença freque^e na tabuna púbUca, não ali
mentava ambições twllíücas definidas.
93
Digésto Econômico
MESTRES M ECOIVOMM Henry George advogado do "Impôsto Único" por 5. Harcourt-Rivlngton (Membro da Sociedade Real de Eco nomia de Londres)
(Especial para o "Digesto Econômico")
mas. Sua fraqueza reside cm deduções imperfeiias. Para os seus silogismos em pregava premissa.s que nenhum pensa
a idéia de que a terra não deveria per tencer a qualquer indivíduo: ela devia,
mento lógico poderia aceitar.
a seu critério, ser entregue irrestrita-
Assim,
chegou a conclusões que não resistiam
ménte ao conjunto do po\'o. Enquanto
a um exame analítico.
trabalhava, gastava os seus anos em desenvolver esta teoria da propriedade
Contudo, a sua
indubitável boa fé e o seu largo conheci mento dos dados econômicos Jhe grangearam o respeito e a admiração dos
JJenry George, o alvo da presente biografía, merece um lugar de maior relevo, entre os grandes economistas, que aquele que Habitualmente lhe é
^ncedido, pois o seu livro principal Pobreza e Progresso" constitui uma
h
des e ^ o
i>í=preensíveis qualida-
reconhecimento, por
militaram contra parte do mundo,
constitui o grande enigtna de nosso tempo. Ela apresenta o fãto central, do qual decorrem as difictddades indus triais, sociais e políticas que mergulham o mundo em perplexidade, sem que lhes
dôem remédio os estadistas, filantropos e educadores" — declarava Henry Geor
ge. Na sua opinião, a pobreza derivava, como conseqüência, de uma civilização construída sôhre a propriedade privada
e assim assejnirou-se os meios para pu
ridade.
lítica agraria", em que defendia os seus
pontos de vista.
inissão.
Esta vinba a ser a conversão
do mundo ao seu ponto de vista, segun do perspectivas tão velhas quanto as de
samente coloridas, destinadas a estimu
vesse vivido em época diferente, e os
dade, e se compunham de frases ardoro
lar os homens à ação. George era um reformador e desejava a concepção básica da civilização
seus trabalhos teriam alcançado reper
tmdicional.
cussões mais profundas na consciência
absolutamente sincero nas suas idéias, e
mundial.
Henry George era, antes de mais nada,
um propaganâista, e pode ser classifi cado na mesma categoria de Paíne, List, Owen e Marx.
Náo tinbn a calma de-
Por essa época transferiu-se para Nova
Deixou a
Iorque, onde fixou residência. Sua obra
escola à idade de 13 anos. Depois de três ano.s de trabalho irregular e incerto,
rapidamente despertou o mais amplo in-
um lar altamente religioso. tentou a sorte no oceano.
Durante seis
terêsse tanto na América como na Euro
pa.
Subseqüentemente foi reimpressa
anos exerceu a profissão de marinheiro,
como propaganda pelo Partido Traba
visitando países distantes como a Aus
lhista Independente da Inglaterra (In-
cidade, e conseguiu emprego como ti-
escritos de Henry George pareciam a sol brilhando alto no firmamento. Hou
moso título de "Pobreza e progresso".
foi educado sob a severa disciplina de
sapaixonada do economista clássico, como
Íielo "Capital", cujo primeiro volume
da lua, quando se levanta ainda com o
blicou-o em 1880 sob o seu novo e fa
Assim,
um editor de livros teológicos.
dependent Laboiu Party), sob os aus
Platão. Escrevia com o zêlo de um cruzado. Seus trabahlos se ressentem, em sua maioria, de alguma superficiali-
ôra publicado uma década antes. Em conseqüência, a luz derramada pelos
lhe proporções de verdadeiro livro. Pu
pícios de G. N. Bames, seu chefe.
para depois reelaborá-los segundo as suas próprias convicções. Atribuía-se uma
primeira vez, o pensamento econômico
Henry George nasceu em Filadélfia,
Estados, Unidos, em 1839. Seu pai era
alargando o seu horizonte intelectual.
de Karl Mare. Quando o trabalho mais
se achava convulsionado pelo dogma sensacional da "luta de classe" exposto
Depois de anos de
estudo, reelaborou este ensaio, dando-
da terra.
Aquinas, Hume ou Mill, que se conten tavam em discutir os princípios vitais,
importante de George foi editado pela
blicar o panfleto intitulado "Nossa po
trália e a índia, e conseauentemente
de seus méritos residem no fato de ter
jdo ele o sucessor cronológico imediato
coletiva do solo. Pelas alturas de 1871,
tomou-se editor de alguma influência,
seus contemporâneos e lhe garantirão, sem dúvida, as homenagens da poste Origem e formação
"A associação da pobreza ao pro^êsso
George começou, portanto, a remoer
Tratava-se de um homem
acreditava por conseguinte na profimdeza de seus argumentos. Infelizmente,
como tantos outros ardentes teóricos, inconscientemente formulou as suas te ses sobre um alicerce instável de sofís-
A idade do 22 anos retornou à sua
pógrafo numa emprêsa editòra. Logo depois, cansado da vida sedentária numa oficina, voltou novamente para o mar. Em 1859 desembarcou na Califórnia e
Outros trabalhos
Diante do êxito de "Pobreza e pro gresso", George se tomou um escritor fecundo. Entre as suas obras se incluem
tjôs anos mais tarde, depois de uma luta
"O senso comum da tributação", 1880;
penosa, conseguiu um lugar no depar
"A questão agrária na Irlanda", 1881;
tamento de impressão de um jornal de
"Problemas Sociais", 1884; "Proteção
São Francisco. Contraiu matrimônio nesta cidade e se tomou chefe de famí
lia. Não foi, porém, feliz na sua car reira. Durante muito tempo experimen tou dificuldades. Seus malogros numa cidade que estava então atravessando xijn surto sem precedentes e onde o
ou Livre Câmbio?", 1886; "Terra e
Povo", 1888; "O Impôsto Único e a Social-Democracia", 1889; "A Condição
do Trabalho" (uma carta aberta ao papa
preço dos terrenos (como recentemente
Leão XIII), 1891; "Um filósofo perple xo" (análise das teses de Herbert Spencer sòbre a questão agrária), 1893, e "A Ciência da Economia Política", 1897,
em São Paulo e outras cidades brasilei
etc.. ,
ras) se achava em ascensão rápida, per mitindo assim que indivíduos astutos se enriquecessem sem grande esforço, o encheram de desgosto e lhe incutiram sentimentos contrários ao sistema de ci
vilização que permitia tais desigualdades.
Ao mesmo tempo que escrevia, dedi cava muito tempo à leitura e à fundação do associações intituladas da "Terra e
Trabalho". Apesar de sua presença freque^e na tabuna púbUca, não ali
mentava ambições twllíücas definidas.
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95
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNÓNaco
Em 1886, contudo, recebeu uma indica
ção imediata.
ção independente para prefeito da ci
da terra não tem
dade de Nova Iorque. A sua candida tura se fez tão popular que foi necessá
moralidade e na razão do que a proprie dade privada do ar e da luz do sol. Mas a ocupação privada e o usufruto do solo são justos e indispensáveis. A terra pode ser, e atualmente é com efeito dividida para o uso particular
estadistas, filanlropos
entre os que podem pagar os maiores
"A propriedade privada da terra" — in
preços pela exploração de cada parcela. Este preço é pago anuabnente a algu
sistia — sempre conduziu, e sempre con
ria uma coligação dos dois mais fortes
partidos políticos para impedir a sua eleição.
Faleceu em 1897, à idade de
58 anos, quando disputava pela segun da vez o cargo de prefeito de Nova Ior que. Pode calcular-se a sua populari dade pelo fato de ser o seu funeral uma
das maiores demonstrações públicas de lealdade e admiração já tributadas a qualquer cidadão na história americana.
A doutrina fundamental de Heniy George, elabora^ sobre alguns sofismas ingênuos, nao nasceu com ele. No
prefácio de "Pobreza e progresso" escre veu; "O que realizei neste livro, se de tato resolvi corretamente o grande pro
blema que procurai investigar, foi com-
estabelecida pela escola de SrmA e Ricardo a verdade estabeleoda pela escola de Proudhon e Lassalle;
mostrar que o "laissez-faire" (em sua
hzaclò^H caminho à reaüzaçao do nobre sonho°do socialismo a idenüficação da lei social à lei moral
com a desaprovação de idéias auTJhscurecem nas mteliffênoínc ' ~ Jargas e elevadas"® ' Suas soluções, em resumo, propugna-
vam a aboliçao do título inèviduil à
propriedade perpetua da terra. Os pro prietáríos, contudo, poderiam conservar
a sua empresa. Deveria haver um im posto único (1) sobre todas as rendas
para custear todas as despesas do go verno.
Não seriam permitidas outras
taxas de qualquer espécie. Resumo da doutrina de George A doutrina de George foi inteligente
mente resumida por T. G. Shearman, autor da "Tributação Natural", nos se
guintes termos: "A terra de qualquer país pertence naturalmente a todo o
A propriedade privada
e
educadores".
George pretendia que a pobreza deri vada, como conseqüência, de uma civili zação construida .sôbre a propriedade
privada da terra, c que, em tal sistema, aumentava com o a\'an(.'0 do progresso. duzirá, como a experiência o demonstra, à escravização da classe trabalhadora".
mas pessoas, e se denomina "renda". Com a aplicação da renda da terra, ape
"O reconhecimento da
propriedade
nas, a todos os melhoramentos, e em benefício de toda a comunidade, haveria
individual da terra nega os direitos na
distribuição de justiça a todos os ho mens. Como a renda é sempre mais do que suficiente para pagar as despesas do governo, estas poderiam ser atendi
tanto um mal que se denuncia na di visão 'desigual da riqueza. So um ho mem iJodc ser detentor da loira que ou
das mediante uma taxa sobre a aludida
se do produto de seu trabalho, sob a forma de preço para a permissão de tal atividade. (Êste é um ponto que os comimistas não ponderam devidamente,
turais das outras pessoas. Constitui por
tros lavram, pode igualmente apropriar-
renda, implicando tal incidência na abo lição de todas as demais.
Aos terrate-
nentes poderia ser concedido o direito irrestrito e nominal à propriedade do
e grandes vantagens os ditadores so\ié-
solo, com margem sobre a tributação
ticos retiram desta sua atitude). A êste
ele honestamente acreditava
houvesse
provado, acima de qualquer dúvida, as teses que elaborara. Contudo, a verda de é que muitas das suas assertivas são falsas, ou ao menos altamente contro vertidas, e os seus argumentos não raro
são ilógicos. Para justificar, por exemplo, o núcleo
principal de sua doutrina, isto é, a afir mativa de que a propriedade da terra é
injusta, escreve:
"O direito de posse que rcsuUa do trabalho exclui a possibi lidade de qualquer outro direito de pro priedade". Depois desta declaração, que não constitui absolutamente um axioma, George continua: "Se um homem tem
legítimos direitos ao produto de seu tra balho, então ninguém pode ter legítimos
direitos à propriedade de quaquer coisa que não seja o produto desse trabalho,
ou do trabalho de qualquer pessoa cujo direito liaja passado para si". Exato ou inexato o objetivo de sua
tese, não pode haver duas opiniões acer
ôrro fundamental corresponde uma in
ca da validade de seu argumento. To
pectivo. Seriam assim transformados em
scpíirando a sociedade moderna entre
leis da lógica sabem que aquela con-
meros agentes agrários. Evidentemente, isto importaria em absoluta liberdade
homens muito ricos e homens muito
que os induzisse à cobrança de sua
justa distribuição de riqueza que está
ronda e ao pagamento do imposto res
pobres. É o contínuo aumento das ren
de comércio, pois todos os direitos sôbre
das — o preço que o trabalho deve
importações, manufaturas, heranças, do cumentos, propriedade pessoal, edifica
pagar pelo uso da terra, — que arranca
ções ou benfeitorias estariam fadados a
ram, píira coloca-la nas mãos dos poucos
a riqueza dos que realmente a produzi
desaparecer. Nada do produzido pelo homèm poderia ser gravado. O direito
qjie nada fizeram para ganhá-la". Nesta afirmativa se denuncia o refle
de posse sôbre todas as coisas elabora das pelo homem seria assim absoluto.
xo do dogma da luta de classe. Num '"frenesi comparável ao de Marx, quanfjo advoga a revolução do proletariado,
O dono de tais coisas não poderia ser expropriado sem integral compensação,
líenry George perguntava:
mesmo sob o pretexto de imposto".
"Porque
motivo as vítimas de uma taT injustiça
Distribuição da riqueza
haveriam de hesitar um momento em
Numa declaração a respeito do pro blema que se propusera resolver, Henry George escreveu: "A associação da po breza ao progresso constitui o grande
para se lhes permitir qxie assim colliam
pode ser alienado por uma geração, de
enigma do nosso tempo. Ela apresenta o fato central, do qual decorrem as'di
maneira a prejudicar o título da gera-
ficuldades industriais, sociais e políticas
povo desse mesmo país. Tal direito não
que mergulham o mundo em perple.xidades, sem que lhes dêem remédio os
maiores alicerces na
desfazê-la?
Quem são os proprietários,
olusão negativa não encontra nada que a justifique. Ela seria admissível se a palawa apenas fosse encaixada na
premissa depois das palavras "legítimos direitos , quandõ empregadas pela pri meira vez. Mas se isto fôsse feito a própria afirmaüva se tomaria definiti vamente insustentável, tornando a conin«iinciçfAr>t^ ohisão insubsistente.
Infelizmente, Henrv Georg.
, -, -fee tinha queda para .. ürar conclusões negativas de premissas poritivas. Tal era a sua idiossincrasia. Estas lacunas Hp -,^^1 dedução correta desnaturam a f?
Udade da sua obra. Elas ciin
doutrina e rnilitam
validam a
onde não semearam?"
çío geral de suas propo^^tas^ %
j^firmações controvertidas e arf^umentos
um apelo tao emotivo e Á intenções não pode passar j do. Daí a fama duradoura j ^^Percebi-
ilógicos
Ê suficientemente claro para quem estude os escritos de Henry George que J
dos os que tenham conhecimento das
balhos.
ae seus tra-
94
95
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNÓNaco
Em 1886, contudo, recebeu uma indica
ção imediata.
ção independente para prefeito da ci
da terra não tem
dade de Nova Iorque. A sua candida tura se fez tão popular que foi necessá
moralidade e na razão do que a proprie dade privada do ar e da luz do sol. Mas a ocupação privada e o usufruto do solo são justos e indispensáveis. A terra pode ser, e atualmente é com efeito dividida para o uso particular
estadistas, filanlropos
entre os que podem pagar os maiores
"A propriedade privada da terra" — in
preços pela exploração de cada parcela. Este preço é pago anuabnente a algu
sistia — sempre conduziu, e sempre con
ria uma coligação dos dois mais fortes
partidos políticos para impedir a sua eleição.
Faleceu em 1897, à idade de
58 anos, quando disputava pela segun da vez o cargo de prefeito de Nova Ior que. Pode calcular-se a sua populari dade pelo fato de ser o seu funeral uma
das maiores demonstrações públicas de lealdade e admiração já tributadas a qualquer cidadão na história americana.
A doutrina fundamental de Heniy George, elabora^ sobre alguns sofismas ingênuos, nao nasceu com ele. No
prefácio de "Pobreza e progresso" escre veu; "O que realizei neste livro, se de tato resolvi corretamente o grande pro
blema que procurai investigar, foi com-
estabelecida pela escola de SrmA e Ricardo a verdade estabeleoda pela escola de Proudhon e Lassalle;
mostrar que o "laissez-faire" (em sua
hzaclò^H caminho à reaüzaçao do nobre sonho°do socialismo a idenüficação da lei social à lei moral
com a desaprovação de idéias auTJhscurecem nas mteliffênoínc ' ~ Jargas e elevadas"® ' Suas soluções, em resumo, propugna-
vam a aboliçao do título inèviduil à
propriedade perpetua da terra. Os pro prietáríos, contudo, poderiam conservar
a sua empresa. Deveria haver um im posto único (1) sobre todas as rendas
para custear todas as despesas do go verno.
Não seriam permitidas outras
taxas de qualquer espécie. Resumo da doutrina de George A doutrina de George foi inteligente
mente resumida por T. G. Shearman, autor da "Tributação Natural", nos se
guintes termos: "A terra de qualquer país pertence naturalmente a todo o
A propriedade privada
e
educadores".
George pretendia que a pobreza deri vada, como conseqüência, de uma civili zação construida .sôbre a propriedade
privada da terra, c que, em tal sistema, aumentava com o a\'an(.'0 do progresso. duzirá, como a experiência o demonstra, à escravização da classe trabalhadora".
mas pessoas, e se denomina "renda". Com a aplicação da renda da terra, ape
"O reconhecimento da
propriedade
nas, a todos os melhoramentos, e em benefício de toda a comunidade, haveria
individual da terra nega os direitos na
distribuição de justiça a todos os ho mens. Como a renda é sempre mais do que suficiente para pagar as despesas do governo, estas poderiam ser atendi
tanto um mal que se denuncia na di visão 'desigual da riqueza. So um ho mem iJodc ser detentor da loira que ou
das mediante uma taxa sobre a aludida
se do produto de seu trabalho, sob a forma de preço para a permissão de tal atividade. (Êste é um ponto que os comimistas não ponderam devidamente,
turais das outras pessoas. Constitui por
tros lavram, pode igualmente apropriar-
renda, implicando tal incidência na abo lição de todas as demais.
Aos terrate-
nentes poderia ser concedido o direito irrestrito e nominal à propriedade do
e grandes vantagens os ditadores so\ié-
solo, com margem sobre a tributação
ticos retiram desta sua atitude). A êste
ele honestamente acreditava
houvesse
provado, acima de qualquer dúvida, as teses que elaborara. Contudo, a verda de é que muitas das suas assertivas são falsas, ou ao menos altamente contro vertidas, e os seus argumentos não raro
são ilógicos. Para justificar, por exemplo, o núcleo
principal de sua doutrina, isto é, a afir mativa de que a propriedade da terra é
injusta, escreve:
"O direito de posse que rcsuUa do trabalho exclui a possibi lidade de qualquer outro direito de pro priedade". Depois desta declaração, que não constitui absolutamente um axioma, George continua: "Se um homem tem
legítimos direitos ao produto de seu tra balho, então ninguém pode ter legítimos
direitos à propriedade de quaquer coisa que não seja o produto desse trabalho,
ou do trabalho de qualquer pessoa cujo direito liaja passado para si". Exato ou inexato o objetivo de sua
tese, não pode haver duas opiniões acer
ôrro fundamental corresponde uma in
ca da validade de seu argumento. To
pectivo. Seriam assim transformados em
scpíirando a sociedade moderna entre
leis da lógica sabem que aquela con-
meros agentes agrários. Evidentemente, isto importaria em absoluta liberdade
homens muito ricos e homens muito
que os induzisse à cobrança de sua
justa distribuição de riqueza que está
ronda e ao pagamento do imposto res
pobres. É o contínuo aumento das ren
de comércio, pois todos os direitos sôbre
das — o preço que o trabalho deve
importações, manufaturas, heranças, do cumentos, propriedade pessoal, edifica
pagar pelo uso da terra, — que arranca
ções ou benfeitorias estariam fadados a
ram, píira coloca-la nas mãos dos poucos
a riqueza dos que realmente a produzi
desaparecer. Nada do produzido pelo homèm poderia ser gravado. O direito
qjie nada fizeram para ganhá-la". Nesta afirmativa se denuncia o refle
de posse sôbre todas as coisas elabora das pelo homem seria assim absoluto.
xo do dogma da luta de classe. Num '"frenesi comparável ao de Marx, quanfjo advoga a revolução do proletariado,
O dono de tais coisas não poderia ser expropriado sem integral compensação,
líenry George perguntava:
mesmo sob o pretexto de imposto".
"Porque
motivo as vítimas de uma taT injustiça
Distribuição da riqueza
haveriam de hesitar um momento em
Numa declaração a respeito do pro blema que se propusera resolver, Henry George escreveu: "A associação da po breza ao progresso constitui o grande
para se lhes permitir qxie assim colliam
pode ser alienado por uma geração, de
enigma do nosso tempo. Ela apresenta o fato central, do qual decorrem as'di
maneira a prejudicar o título da gera-
ficuldades industriais, sociais e políticas
povo desse mesmo país. Tal direito não
que mergulham o mundo em perple.xidades, sem que lhes dêem remédio os
maiores alicerces na
desfazê-la?
Quem são os proprietários,
olusão negativa não encontra nada que a justifique. Ela seria admissível se a palawa apenas fosse encaixada na
premissa depois das palavras "legítimos direitos , quandõ empregadas pela pri meira vez. Mas se isto fôsse feito a própria afirmaüva se tomaria definiti vamente insustentável, tornando a conin«iinciçfAr>t^ ohisão insubsistente.
Infelizmente, Henrv Georg.
, -, -fee tinha queda para .. ürar conclusões negativas de premissas poritivas. Tal era a sua idiossincrasia. Estas lacunas Hp -,^^1 dedução correta desnaturam a f?
Udade da sua obra. Elas ciin
doutrina e rnilitam
validam a
onde não semearam?"
çío geral de suas propo^^tas^ %
j^firmações controvertidas e arf^umentos
um apelo tao emotivo e Á intenções não pode passar j do. Daí a fama duradoura j ^^Percebi-
ilógicos
Ê suficientemente claro para quem estude os escritos de Henry George que J
dos os que tenham conhecimento das
balhos.
ae seus tra-
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Digesto Econômico
PANO
de açúcar ein larga escala, êste ano,
em cinzas do produto analisado, para
também ó difícil uma resposta, porque isso depende do volume da safra, que não se pôde prever até agora".
na tabela respectiva, anexa ao mesmo
efeito do côniputo do coeficiente A, o qual será obtíao por interpelação, linear decreto.
IMPOSTO DE RENDA
j^o seu número relativo ao terceiro trimestre de 1940, o "Boletim Estatístico^' do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística permite um exame do vulto arreca^ção do impôsto de renda no Distrito Federal e nas capitais dos Es' a os, ate o primeiro semestre do ano próximo findo, graças ao grau de atua^ tzaçao aos dados que divulga. Evidencia-se a contínua e significativa ascenção dos recolhimentos devidos a êsse tributo, nos últimos exercícios. /ígwm em posição de acentuado relêvo em tal arrecadação,
Depósitos no Banco do Brasil Reservas ouro
O Banco do Brasil introduziu modi
ficações em alguns tipos de contas de
depósitos, as quais só poderão ser efe tuadas nos limites e taxas de juros se guintes: depósitos sem limite, 2% ao ano, com depósito inicial mínimo de mil cruzeiros; depósitos populares, limites do Cr$ 10.000,00, 4/3% ao ano; depósitos
Atribuindo o índice 100 à média
mensal alcançada em 1939 pelas reser
vas ouro de alguns países, inclusive o
nosso, publica o Boletim Estatístico do
I.B.G.E., ein seu número relativo ao terceiro trimestre deste ano, aos índi
ces atingidos até abril de 1946, se
gundo sistematização feita na secr^a-
^contribuição, de janeiro a julho de 1946, foi superior
limitados, de Cr$ 50.000,00, 4% ao ano; de Cr$ 100.000,00, 3% ao ano;
ria geral daquela entidade, dos dados
9C\'=i 9 milhões de 1 cruzeiros; período, o montante arrecadado no Distrito Federal somou zuo.z
depósitos a prazo fixo, por 6 meses, 4%
contidos no boletim da Sociedade das
A
Pni/jJ^ ^7-> Polos conjuntos das capitais das unidades federadas, inclusive São
ao ano, e por 12 meses, 5% ao ano; com
retirada mensal de renda, por meio de cheques, por 6 meses, 312% ao ano, e
dos totais reeistrndL
Tratando^ os resultados
cruzeiros.
Nas capitais restantes, nenhum
atingiu 1 milhão cruzeiros, imposto anual,deconvém estabelecer um confronto entre
deira medida do
Federal, em 1944 e
pectivamente; São Pai /
^
1944, pois sòmente assim teremos a verda-
da referida arrecadação. Figurou o Distrito
com 679,9 milhões e 771,4 milhões de cruzeiros, res-
milhões; Recife 49 8
zonte, 29,4 e 37 3' miiu -
^ 714,2 milhões; Pôrto Alegre, 60,1 e 77,2
^Hhões; Salvador, 44,9 e 48,3 milhões; Belo HoH-
milhões; Fortaleza H 7 p^i'a 1
e 9,1 milhões; Maceió 7 1 i «"o
^1,2 e 23,6 milhões; Belém, 21,2 e 23,5
-ff'- ^cnaus 11,2 e 9,5 milhões; Niterói, 12,2
3,4 e 4,3 milhões; Tereslna 34 milhões; São Luiz, 6,3 e 7,1 milhões; Aracaju, Pessoa, 2,2 e 2,8 milhões- Natal o a milhões; Vitória, 2,3 e 3,5 milhões; João
Ihões; Cuiabá, 1,2 e 1,1 inilhão-
r
milhões; Florianópolis, 2,3 e 2,1 mi-
que em alguns centros de menor ?
c 661 mü cruzeiros. Verifica-se
cimo em 1945, mas sem nenhuma
econômica houve ligeiro decrés-
tnfiuêncta nos resultados gerais.
BRASIL
hvo. O preço do açúcar para êste ano Açúcar pernambucano
Segundo notícias procedentes de Re cife, o preço do açúcar sofreria gran de alta êste ano, acompanhada de expor
tação em larga escala para o exterior. Ouvido a respeito, o presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool decla
rou: "Por enquanto nada há de posi-
está dependendo dos estudos que estão sendo feitos em São Paulo para o pa
Sor 12 meses, 4}á% ao ano; depósitos
e aviso prévio, de 30 dias, 3}2%, de 60 dias, 4% ao ano, e de 90 dias, 4Já%.
O preço dos carvões nacionais Considerando a necessidade de ga
Nações. No quadro ali apresentado, o Brasil figura, em 1940, com a mema
de 133 e no ano seguinte com a de 190. A partir de 1942 nossas reser vas de ouro começaram a elevar-se num
ritmo até aqui constante. Em 1^^ ^ média alcançou 329, passando a "do em 1943 e 955, em m'4, e a 1.025 em 1945.
No mês de abril deste ano o
índice era de 1.043.
rantia aos ti-abalhadores das usinas do
Rio Grande do Sul, com a manutenção
dos atuais salários, de acòrdo com pro
posta do Conselho Nacional de Minas 0 Metalurgia, e a conveniência de, me diante estímulos adeqüados, incentivar
Operações econômicas com a Itália
A Fiscalização Bancária do Banco do
Brasil baixou instrução relativa ao inter
a produção de carvão em Santa Cata
câmbio comercial com a Itália, instrução concebida nos seguintes termos:
rina, foi baixado decreto na pasta da Viação. Por êsse decreto, os preços
lização Bancária, em aditamento
dos carvões do Rio Grande do Sul,
"O Banco do Brasil S. A. — Fisca
estabelecidos no anexo n.° 2 ao decre
tal publicado no "Diário Oficial", de
to-lei n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, até ulterior deliberação do
toma público que, de conformidade com
de outubro de 1946, página IS.fatW,
govêmo federab ficam acrescidos da importância de Cr$ 4,25, a partir de
o acordo havido com o Banco da InãInteira, foi excluída a ItiUia da lista
Inquirido sobre se há tendência' para a alta, declarou: "Não é possível acuan-
1 de janeiro do corrente ano, mantidas as demais taxas já previstas. No cálculo do preço mineral de que
Brasil se realizam em libras esterlinas.
1 coisaestudos a respeito. Só revelar os re sultados dêsses poderão o que há nesse sentido. A propósito das notícias de que haverá exportação
trata a nota 2, do número II, do anexo ■à.° 2 ao decreto-^eí n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, devem ser levadas em conta as variações decimais do teor
gamento da taxa de fornecimento do
produto ao Distrito Federal".
os países cujos intercâmbios com o
"Em conseqüência, as operações de
qualquer natiureza entre o Brasil e a Itália passaram a ser conduzidas em dó lares, ou qualquer moeda de livre curso internacional".
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Digesto Econômico
PANO
de açúcar ein larga escala, êste ano,
em cinzas do produto analisado, para
também ó difícil uma resposta, porque isso depende do volume da safra, que não se pôde prever até agora".
na tabela respectiva, anexa ao mesmo
efeito do côniputo do coeficiente A, o qual será obtíao por interpelação, linear decreto.
IMPOSTO DE RENDA
j^o seu número relativo ao terceiro trimestre de 1940, o "Boletim Estatístico^' do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística permite um exame do vulto arreca^ção do impôsto de renda no Distrito Federal e nas capitais dos Es' a os, ate o primeiro semestre do ano próximo findo, graças ao grau de atua^ tzaçao aos dados que divulga. Evidencia-se a contínua e significativa ascenção dos recolhimentos devidos a êsse tributo, nos últimos exercícios. /ígwm em posição de acentuado relêvo em tal arrecadação,
Depósitos no Banco do Brasil Reservas ouro
O Banco do Brasil introduziu modi
ficações em alguns tipos de contas de
depósitos, as quais só poderão ser efe tuadas nos limites e taxas de juros se guintes: depósitos sem limite, 2% ao ano, com depósito inicial mínimo de mil cruzeiros; depósitos populares, limites do Cr$ 10.000,00, 4/3% ao ano; depósitos
Atribuindo o índice 100 à média
mensal alcançada em 1939 pelas reser
vas ouro de alguns países, inclusive o
nosso, publica o Boletim Estatístico do
I.B.G.E., ein seu número relativo ao terceiro trimestre deste ano, aos índi
ces atingidos até abril de 1946, se
gundo sistematização feita na secr^a-
^contribuição, de janeiro a julho de 1946, foi superior
limitados, de Cr$ 50.000,00, 4% ao ano; de Cr$ 100.000,00, 3% ao ano;
ria geral daquela entidade, dos dados
9C\'=i 9 milhões de 1 cruzeiros; período, o montante arrecadado no Distrito Federal somou zuo.z
depósitos a prazo fixo, por 6 meses, 4%
contidos no boletim da Sociedade das
A
Pni/jJ^ ^7-> Polos conjuntos das capitais das unidades federadas, inclusive São
ao ano, e por 12 meses, 5% ao ano; com
retirada mensal de renda, por meio de cheques, por 6 meses, 312% ao ano, e
dos totais reeistrndL
Tratando^ os resultados
cruzeiros.
Nas capitais restantes, nenhum
atingiu 1 milhão cruzeiros, imposto anual,deconvém estabelecer um confronto entre
deira medida do
Federal, em 1944 e
pectivamente; São Pai /
^
1944, pois sòmente assim teremos a verda-
da referida arrecadação. Figurou o Distrito
com 679,9 milhões e 771,4 milhões de cruzeiros, res-
milhões; Recife 49 8
zonte, 29,4 e 37 3' miiu -
^ 714,2 milhões; Pôrto Alegre, 60,1 e 77,2
^Hhões; Salvador, 44,9 e 48,3 milhões; Belo HoH-
milhões; Fortaleza H 7 p^i'a 1
e 9,1 milhões; Maceió 7 1 i «"o
^1,2 e 23,6 milhões; Belém, 21,2 e 23,5
-ff'- ^cnaus 11,2 e 9,5 milhões; Niterói, 12,2
3,4 e 4,3 milhões; Tereslna 34 milhões; São Luiz, 6,3 e 7,1 milhões; Aracaju, Pessoa, 2,2 e 2,8 milhões- Natal o a milhões; Vitória, 2,3 e 3,5 milhões; João
Ihões; Cuiabá, 1,2 e 1,1 inilhão-
r
milhões; Florianópolis, 2,3 e 2,1 mi-
que em alguns centros de menor ?
c 661 mü cruzeiros. Verifica-se
cimo em 1945, mas sem nenhuma
econômica houve ligeiro decrés-
tnfiuêncta nos resultados gerais.
BRASIL
hvo. O preço do açúcar para êste ano Açúcar pernambucano
Segundo notícias procedentes de Re cife, o preço do açúcar sofreria gran de alta êste ano, acompanhada de expor
tação em larga escala para o exterior. Ouvido a respeito, o presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool decla
rou: "Por enquanto nada há de posi-
está dependendo dos estudos que estão sendo feitos em São Paulo para o pa
Sor 12 meses, 4}á% ao ano; depósitos
e aviso prévio, de 30 dias, 3}2%, de 60 dias, 4% ao ano, e de 90 dias, 4Já%.
O preço dos carvões nacionais Considerando a necessidade de ga
Nações. No quadro ali apresentado, o Brasil figura, em 1940, com a mema
de 133 e no ano seguinte com a de 190. A partir de 1942 nossas reser vas de ouro começaram a elevar-se num
ritmo até aqui constante. Em 1^^ ^ média alcançou 329, passando a "do em 1943 e 955, em m'4, e a 1.025 em 1945.
No mês de abril deste ano o
índice era de 1.043.
rantia aos ti-abalhadores das usinas do
Rio Grande do Sul, com a manutenção
dos atuais salários, de acòrdo com pro
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Operações econômicas com a Itália
A Fiscalização Bancária do Banco do
Brasil baixou instrução relativa ao inter
a produção de carvão em Santa Cata
câmbio comercial com a Itália, instrução concebida nos seguintes termos:
rina, foi baixado decreto na pasta da Viação. Por êsse decreto, os preços
lização Bancária, em aditamento
dos carvões do Rio Grande do Sul,
"O Banco do Brasil S. A. — Fisca
estabelecidos no anexo n.° 2 ao decre
tal publicado no "Diário Oficial", de
to-lei n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, até ulterior deliberação do
toma público que, de conformidade com
de outubro de 1946, página IS.fatW,
govêmo federab ficam acrescidos da importância de Cr$ 4,25, a partir de
o acordo havido com o Banco da InãInteira, foi excluída a ItiUia da lista
Inquirido sobre se há tendência' para a alta, declarou: "Não é possível acuan-
1 de janeiro do corrente ano, mantidas as demais taxas já previstas. No cálculo do preço mineral de que
Brasil se realizam em libras esterlinas.
1 coisaestudos a respeito. Só revelar os re sultados dêsses poderão o que há nesse sentido. A propósito das notícias de que haverá exportação
trata a nota 2, do número II, do anexo ■à.° 2 ao decreto-^eí n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, devem ser levadas em conta as variações decimais do teor
gamento da taxa de fornecimento do
produto ao Distrito Federal".
os países cujos intercâmbios com o
"Em conseqüência, as operações de
qualquer natiureza entre o Brasil e a Itália passaram a ser conduzidas em dó lares, ou qualquer moeda de livre curso internacional".
Dioesto
98
Orçamento de União De acordo com o último balancete,
Econômico
nambuco — no Aprendizado Agrícola de Barreiros e no Campo de Semente de Glória do Cotia, em cooperação com a
99
Dicesto Econômico
1932, a fim de resgatar débitos anterio
do-se levantamento topográfico porme
res desta Caixa, para com o Banco do Brasil S. A., Cr§ 350.000.000.00 (tre
norizado das iireas que interessem".
mesma.secção cio.Ministério da Agricul
zentos e cinqüenta milhões de cruzei ros).
período de janeiro a novembro de 1945,
tura; em Alagoas — no Aprendiziiclo Agrícola "Floriano Pci.xoto"; no Rio
apresentou uma renda de Cr$
Grande do Norte - na Fazenda "Nelson
10.006.079.000,00 e a despesa de Cr$ 11.925.886.000,00, verificando-se, por tanto, "déficit" de Cr$ 1.919.807.000,00.
Rockefeller", em cooperação com a Sec ção do Fomento Agrícola; na Bahia — na estação de Entre Rios e cm Oliveira de Cainpinho, em cooperação com a
Exportação de arroz
referida secção; no Rio de Janeiro, no
O ministro da Fazenda, considerando a existência, no Pará, Maranhão e Piauí,
em Minas Gerais — na Estação Experi mental de Patos, em Benfica, com a
organizado . pela. Contadoria Geral da Hepúblíca, o orçamento da União, no
Aprendizado Agrícola "Nilo Peçanha"; de apreciáveis quantidades de arroz que não encontram consumo local nem fácil
bição de e.xportação estabelecida pelo
A perfuração do poço C-27, recen temente descoberto no campo de Can
(quinhentos a cinqüenta e nove milhões, quinhentos e quarenta c nove mil cru
deias, Bahia, começou no dia 4 de no
zeiros)".
arenito oleífero a cerca de 826 metros.
vembro último, 6 alcançou o topo do Os trabalhos estavam concluídos a 3 de
O problema do caruão
Nas instruções que deu para a orga nização do plano de trabalho da pasta
dezembro. A perfuração atingiu a pro fundidade de 922,02 metros, após de monstrar uma espessura de 54 metros , pam as zonas do óleo. Sendo o poço em seguida completado para a produ
colaboração da 4.^ Região Militar (Ser
da Agricultura no período presidencial
viço dc Subsistência).
em curso, o ministro Daniel de Carvalho
ção, iniciaram-se no dia 6 os respectivos
recomendou atenção especial para o pro blema do carvão nacional, cujas reser
"tests".
escoamento para outros pontos do país,
reviveu excluir èsse produto, quando originário daqueles Estados, da proi
"Total em circulação em 31 de de zembro de 1946 — Cr$ 559.549.000,00
Petróleo baiano
Compressão de despesas O secretário da presidência da Re
vas, no dizer do engenheiro Alves de Sousa, diretor do Departamento de
A 9, o C-27 produziu, por
"surgência", através de uma abertura de 30/64, o total de 944 barris (de 159 litros) durante 24 horas.
Êsse resulta
diploma legal acima referido. Conti nua o arroz, contudo, sujeito ao regime
a seguinte circular:
não vão além de 500 milhões de tone
rar, pela sua expressão, entre os C-26
Importação do Banco do Brasil S. A.,
"Transmito a v. excia., para os devi dos fins, de ordem do presidente da Re
ladas.
e C-28, que o antecederam, considera
e licença da Carteira de Exportação e
a qual deverão ser apresentados os res
pectivos _ "pedidos", já comdo oabasteci "visto" dos orgaos controlacíores mento nos locais onde deva ser feito o embarque, desde que fique eviden ciado nao haver inconveniente na transação pretendida.
pública dirigiu aos ministros de Estado
Produção Mineral daquele Ministério, "Não é muito — esclareceu o referido
do mostra que o novo poço pode figu dos excelentes.
pública, a e.vpressa determinação de s.
técnico — e pelo fato mesmo de não
O poço C-27, situado a 1.800 metros
exeia. no sentido de que, na execução
.serem das maiores é que devem ser
ao norte do C-26, que é o de maior ren dimento até aqui perfurado, ou seja,
do orçamento do exercício de 1947, haja
real compre.ssão de despesas, devendo
efetuar-se rigorosamente deVitro dos li mites dos eréditos próprios, os quais não deverão ser ultrapassados, desde
detidamente estudadas, a fim de que se possa tirar delas o maior partido po.ssível em benefício do país". Prosseguindo, diz o engenheiro Alves de Souza que o Brasil conta com reser vas de carvão mineral de certa impor
de 1.500 barris diários, localiza-se entre
os C-10 e C-13, cuja produção global soma em média 100 barris diários. Parque industrial brasileiro
Postos de experimentação agrícola
que a - situação financeira não permite de maneira nenhuma a abertura de cré
Em reunião de secretários de Agricul
ditos adicionais e principalmente suple
Sul, Santa Catarina e Paraná. Há ainda
tura dos Estados ficou resolvido a ins talação, em colaboração com a.Comis são Mista Brasileiro-Americana de Agri cultura, de 80 postos de experimentação,
mentares".
pequenas minas em exploração no Esta
o parque industrial brasileiro abrangia,
do de São Paulo e uma região promisso
em meados de 1946, 90.850 estabele
com o funcionamento de diversos cursos,
publicar o seguinte boletim:
Grande do Sul é a que mais produz (64%); vem em seguida a de Santa
Valor do numerário em circulação, em 30 de novembro de 1946, conforme
Catarina (32%); depois a do Paraná
inclusive de mecânica agrícola, enfer
magem veterinária e de economia rural doméstica.
Já se encontram em pleno funciona mento os seguintes: na Paraíba — no Aprendizado Agrícola "Vidal de Negreiros"; na Estação Experimentai do Espírito Santo,' em cooperação com a Secção do Fomento Agrícola; em Per
N' umerário em circulação
tância em três regiões: Rio Grande do
ra, a do meio norte, principalniente no
Estado do Piauí.
A Caixa de Mobilização Bancária fez
mesma data, Cr$... ■ 900,00 (duzentos e nove mi
A região do Rio
(3%), e por último a de São Paulo (1%).
À produção total de carvão nacional em
Segundo os últimos dados estatísticos, cimentos. Os referidos dados, ofereci dos pela EsLitística de Previdência do Traballio, contem referências sobre o
número de operários em atividade o
gênero de atividades exploradas, além
dos caractensticos da razão social e da locahzaçao geopohtica das fábricas re-
1945 foi de cerca de dois milhões de
censeadas, mencionando-se
lhões, quinhentos e quarenta e nove mil
toneladas.
cruzeiros).
regiões não foram ainda avaliadas devi
Vê-se que São Paulo anarZ^" liurar em Am número'd.''P^í^ece em meiro lugar u pn-
Importe da emissão feita no mês de
dezembro, nos têrmos do artigo 4.° do decreto nP 21.499, de 9 de julho de
As reservas nessas diversas
damente. É indispensável que seja tra çado desde logo um programa para o
estudo completo dessas reservas, incluin-
respecavo logradouro plbUcT
'
mentos mdustriais, com 37 oai e oficinas, seguido dr» Distnto n- iZ S o do
Federal,
Dioesto
98
Orçamento de União De acordo com o último balancete,
Econômico
nambuco — no Aprendizado Agrícola de Barreiros e no Campo de Semente de Glória do Cotia, em cooperação com a
99
Dicesto Econômico
1932, a fim de resgatar débitos anterio
do-se levantamento topográfico porme
res desta Caixa, para com o Banco do Brasil S. A., Cr§ 350.000.000.00 (tre
norizado das iireas que interessem".
mesma.secção cio.Ministério da Agricul
zentos e cinqüenta milhões de cruzei ros).
período de janeiro a novembro de 1945,
tura; em Alagoas — no Aprendiziiclo Agrícola "Floriano Pci.xoto"; no Rio
apresentou uma renda de Cr$
Grande do Norte - na Fazenda "Nelson
10.006.079.000,00 e a despesa de Cr$ 11.925.886.000,00, verificando-se, por tanto, "déficit" de Cr$ 1.919.807.000,00.
Rockefeller", em cooperação com a Sec ção do Fomento Agrícola; na Bahia — na estação de Entre Rios e cm Oliveira de Cainpinho, em cooperação com a
Exportação de arroz
referida secção; no Rio de Janeiro, no
O ministro da Fazenda, considerando a existência, no Pará, Maranhão e Piauí,
em Minas Gerais — na Estação Experi mental de Patos, em Benfica, com a
organizado . pela. Contadoria Geral da Hepúblíca, o orçamento da União, no
Aprendizado Agrícola "Nilo Peçanha"; de apreciáveis quantidades de arroz que não encontram consumo local nem fácil
bição de e.xportação estabelecida pelo
A perfuração do poço C-27, recen temente descoberto no campo de Can
(quinhentos a cinqüenta e nove milhões, quinhentos e quarenta c nove mil cru
deias, Bahia, começou no dia 4 de no
zeiros)".
arenito oleífero a cerca de 826 metros.
vembro último, 6 alcançou o topo do Os trabalhos estavam concluídos a 3 de
O problema do caruão
Nas instruções que deu para a orga nização do plano de trabalho da pasta
dezembro. A perfuração atingiu a pro fundidade de 922,02 metros, após de monstrar uma espessura de 54 metros , pam as zonas do óleo. Sendo o poço em seguida completado para a produ
colaboração da 4.^ Região Militar (Ser
da Agricultura no período presidencial
viço dc Subsistência).
em curso, o ministro Daniel de Carvalho
ção, iniciaram-se no dia 6 os respectivos
recomendou atenção especial para o pro blema do carvão nacional, cujas reser
"tests".
escoamento para outros pontos do país,
reviveu excluir èsse produto, quando originário daqueles Estados, da proi
"Total em circulação em 31 de de zembro de 1946 — Cr$ 559.549.000,00
Petróleo baiano
Compressão de despesas O secretário da presidência da Re
vas, no dizer do engenheiro Alves de Sousa, diretor do Departamento de
A 9, o C-27 produziu, por
"surgência", através de uma abertura de 30/64, o total de 944 barris (de 159 litros) durante 24 horas.
Êsse resulta
diploma legal acima referido. Conti nua o arroz, contudo, sujeito ao regime
a seguinte circular:
não vão além de 500 milhões de tone
rar, pela sua expressão, entre os C-26
Importação do Banco do Brasil S. A.,
"Transmito a v. excia., para os devi dos fins, de ordem do presidente da Re
ladas.
e C-28, que o antecederam, considera
e licença da Carteira de Exportação e
a qual deverão ser apresentados os res
pectivos _ "pedidos", já comdo oabasteci "visto" dos orgaos controlacíores mento nos locais onde deva ser feito o embarque, desde que fique eviden ciado nao haver inconveniente na transação pretendida.
pública dirigiu aos ministros de Estado
Produção Mineral daquele Ministério, "Não é muito — esclareceu o referido
do mostra que o novo poço pode figu dos excelentes.
pública, a e.vpressa determinação de s.
técnico — e pelo fato mesmo de não
O poço C-27, situado a 1.800 metros
exeia. no sentido de que, na execução
.serem das maiores é que devem ser
ao norte do C-26, que é o de maior ren dimento até aqui perfurado, ou seja,
do orçamento do exercício de 1947, haja
real compre.ssão de despesas, devendo
efetuar-se rigorosamente deVitro dos li mites dos eréditos próprios, os quais não deverão ser ultrapassados, desde
detidamente estudadas, a fim de que se possa tirar delas o maior partido po.ssível em benefício do país". Prosseguindo, diz o engenheiro Alves de Souza que o Brasil conta com reser vas de carvão mineral de certa impor
de 1.500 barris diários, localiza-se entre
os C-10 e C-13, cuja produção global soma em média 100 barris diários. Parque industrial brasileiro
Postos de experimentação agrícola
que a - situação financeira não permite de maneira nenhuma a abertura de cré
Em reunião de secretários de Agricul
ditos adicionais e principalmente suple
Sul, Santa Catarina e Paraná. Há ainda
tura dos Estados ficou resolvido a ins talação, em colaboração com a.Comis são Mista Brasileiro-Americana de Agri cultura, de 80 postos de experimentação,
mentares".
pequenas minas em exploração no Esta
o parque industrial brasileiro abrangia,
do de São Paulo e uma região promisso
em meados de 1946, 90.850 estabele
com o funcionamento de diversos cursos,
publicar o seguinte boletim:
Grande do Sul é a que mais produz (64%); vem em seguida a de Santa
Valor do numerário em circulação, em 30 de novembro de 1946, conforme
Catarina (32%); depois a do Paraná
inclusive de mecânica agrícola, enfer
magem veterinária e de economia rural doméstica.
Já se encontram em pleno funciona mento os seguintes: na Paraíba — no Aprendizado Agrícola "Vidal de Negreiros"; na Estação Experimentai do Espírito Santo,' em cooperação com a Secção do Fomento Agrícola; em Per
N' umerário em circulação
tância em três regiões: Rio Grande do
ra, a do meio norte, principalniente no
Estado do Piauí.
A Caixa de Mobilização Bancária fez
mesma data, Cr$... ■ 900,00 (duzentos e nove mi
A região do Rio
(3%), e por último a de São Paulo (1%).
À produção total de carvão nacional em
Segundo os últimos dados estatísticos, cimentos. Os referidos dados, ofereci dos pela EsLitística de Previdência do Traballio, contem referências sobre o
número de operários em atividade o
gênero de atividades exploradas, além
dos caractensticos da razão social e da locahzaçao geopohtica das fábricas re-
1945 foi de cerca de dois milhões de
censeadas, mencionando-se
lhões, quinhentos e quarenta e nove mil
toneladas.
cruzeiros).
regiões não foram ainda avaliadas devi
Vê-se que São Paulo anarZ^" liurar em Am número'd.''P^í^ece em meiro lugar u pn-
Importe da emissão feita no mês de
dezembro, nos têrmos do artigo 4.° do decreto nP 21.499, de 9 de julho de
As reservas nessas diversas
damente. É indispensável que seja tra çado desde logo um programa para o
estudo completo dessas reservas, incluin-
respecavo logradouro plbUcT
'
mentos mdustriais, com 37 oai e oficinas, seguido dr» Distnto n- iZ S o do
Federal,
Digesto Económioo
100
101
Dicesto Econóxdco
com 12.831; Minas Gerais, com 9.436,
ção de pneumáticos em suas fábricas
circunstâncias especiais nas relações en
Rio Grande do Sul, com ^7.816, e Rio
naquela capital.
tre as indústrias, em razão da ausência
de Janeiro com 5.300. Ocupam Santa Catarina, Pernambuco,
A referida eniprêsa.
subsidiária da "B.F. Goodrich Co", in
respectivamente,
formou que a produção começaria em breve, quando estivesse instalada a nova maquinaria adquirida nos Estados Uni
2.894, 2.697, 2.359 e 3.317 unidades.
dos, destinada à manufatura de mode
Paraná e Bahia as posições intermediá rias,
apresentando,
O Piauí, o Amazonas e o Território do
Acre ocupam as posições menores.
de e materiais. ESTADOS UNIDOS
Do Exterior
Relações comerciais com o Brasil
argentina
A frota mercante argentina possui 18 serviço, renresentando
toneladas de carga bruta, intomon o seu administrador geral, ca pitão Juan Gonzalez Merlo, numa entreAcrescentou haver mais uma
terín ^ rnoto-naves em adianrenrecpnf''^^^^ estaleiros ingleses, ladas S-?. ? 27.700 toneros e'caraa
los tipo "prc-guerra" quanto à qualida
OE?
passagei-
SníaST ^°"^ÍS-500 toneladas, cujo
O sr. Garrido Torres, diretor do Es critório de Expansão Comercial do Bra
sil em Nova Iorque, publicou um rela
da durante cinco anos pneumáticos em
estrangeiro de petróleo em 1946 exce
número superior ao.s anos de antes da
deram a dos outros anos.
guerra.
uma média diária de 2 milhões e 930
Os lucros realizados pelas emprêsas são ressaltados na seguinte estatística: "Gcodyear" — mínimo de 15 dólares
de 38% em cotejo com 1938. A produ ção de óleo cm ultrapassou a produção
por ação contra 5,87 em 1945 e 3,44
de guerra, no comêço de 1946, e cres
em 1940; "Goodrich" — 17 dólares por
ceu durante todo o ano. A referida pu
ação contra 7,84 em 1945; "Firestone" — de 12 a 13 dólares por ação contra 7,42; "General Tires Rubber Co" — 10,40 contra 2,20.
As vendas da "Sieberling" são esti
madas em 30 milhões de dSares contra seis milhões em 1945.
elétricos.
Por sua vez, o Brasil vendeu aos Es
SntadTL
and Gas", a produção e o consumo
amerícano-brasileiras no ano de 1946.
Os produtos importados dos Estados
tados Unidos, além de café, que é a sua principal er<portação, madeirasi, óleos vegetais, minerais, couros e peles e pe dras semi-preciosas. O referido relatório indica que 163
O capitão Gonzalez declarou que des firmas norte-americanas procuraram re tas cjfras estão excluídas doze embarca presentantes no Brasil e 31 outras pro ções especialmente adaptadas à navega curaram representar interesses brasilei ção do rio da Prata. Acentuou que de ros nos Estados Unidos. 1Q41 a novembro último a frota merIndústria da borracha
• cante argentina, em cifras redondas, ex
De acôrdo com a publicação "Oil
de greves importantes. As companhias afirmam que produzirão pelo menos ain
tório sobre as relações comerciais norte-
Unidos pelo Brasil compreenderam prin cipalmente aparelhamento industrial, agrícola, automóveis e caminhões, bem como "jeeps", tratores e outros produ tos manufaturados, além de aparellios
Produção e consumo de petróleo
Os
eus bene
Produziu-se
mil barris, o que importa num aumento
blicação frisou, igualmente, a melho ra da produção na Venezuela e no Ori
ente Próximo. O primeiro desses dois países ocupa o segundo lugar entre os
produtores, com uma média diária de um milhão e cem mil barris, apresen tando acréscimo'de cem por cento em
fícios ultrapassariam 3 dólares contra
relação ao período de pré-guerra.
1,33 em 1945.
produção do Oriente Próximo atingiu a
A
média de cêrca de 800 mil barris.
Alta no preço dos automóveis MÉXICO
Após inúmeros prognósticos de baixa no preço dos automóveis veiculados por
porta-vozes de diversas companliias, o ST. Georges Christipher, presidente da "packarcT Motor Company", anunciou
uma alta de 62 dólares nos preços dos modelos de turismo de 1947, atribuindo
a necessidade dessa decisão à alta das
matérias-primas e à carência de mão
de obra.
"Em minha honestí^opinião — decla rou â'e — os compradores de automó
veis não podem esperar redução de pre ços OU produção maciça com falta de
Administração Qeral de Petróleo
O govêmo mexicano apresentou à Câ mara um projeto de lei reformando a Administração Nacional de Petróleo, tal
como foi criada por decreto de 1938, com a expropriação das companhias es trangeiras. A finalidade da aludida re forma 6 separar a parte técnica da em presa das partes administrativa e co mercial.
Ela consistirá essencialmente
na supressão do posto de sub-diretor e
sua substituição por três novos altos funcionários adjuntos ao diretor geral, os quais se ocuparão respectivamente
1946 foi o melhor paraAsa
materiais e a carência de mão de obra".
^"rante êsse ano, totalizaram
acrescentou — a companhia sofrerá a
i-JOO OOO.OOO de dólares, contra ... 0.000.000, que foi o total do melhor ano antes da guerra. A indústria prevê que as vendas em 1947 igualarão pelo menos as ^ do ano precedente, mas os iUCTos serão provàvelmente menores.
trativo e jurídico. A nomeação desses altos funcionários será feita pelo preà-
até que atinja um nível de produção muito mais elevado que o presente. Além disso, essas observações não levam
dente.
buição do tempo total passado no inte
que a "Companhia Goodrich Cubana
das grandes emprêsas con sideram enormes os seus lucros do ano
S. A." começará em breve a fabrica-
próximo findo. Frisam, no entanto, as
portou 190 mil toneladas e importou 2 milhões de toneladas. Entre os portos intermediários do continente americano o movimento foi de 300 mil toneladas. CUBA
Fabricação de pneumáticos Anunciou-se oficialmente em Havana
•industria ^
da borracha americana.
Mesmo com o aumento animciado —
perda de cérca de 80 dólares por carro,
em consideração os novos pedidos áe
dos ramos técnico, comercial, adminis
ALEMANHA
Paralisada a produção de manteiga
aumento de salários, nepi os de retri
rior das fábricas, ou seja, o "salário de
porta a porta".
artificial
A
de manteiga artificial, 65-
peçiaildáde das usinas do dr. Imhausen
Digesto Económioo
100
101
Dicesto Econóxdco
com 12.831; Minas Gerais, com 9.436,
ção de pneumáticos em suas fábricas
circunstâncias especiais nas relações en
Rio Grande do Sul, com ^7.816, e Rio
naquela capital.
tre as indústrias, em razão da ausência
de Janeiro com 5.300. Ocupam Santa Catarina, Pernambuco,
A referida eniprêsa.
subsidiária da "B.F. Goodrich Co", in
respectivamente,
formou que a produção começaria em breve, quando estivesse instalada a nova maquinaria adquirida nos Estados Uni
2.894, 2.697, 2.359 e 3.317 unidades.
dos, destinada à manufatura de mode
Paraná e Bahia as posições intermediá rias,
apresentando,
O Piauí, o Amazonas e o Território do
Acre ocupam as posições menores.
de e materiais. ESTADOS UNIDOS
Do Exterior
Relações comerciais com o Brasil
argentina
A frota mercante argentina possui 18 serviço, renresentando
toneladas de carga bruta, intomon o seu administrador geral, ca pitão Juan Gonzalez Merlo, numa entreAcrescentou haver mais uma
terín ^ rnoto-naves em adianrenrecpnf''^^^^ estaleiros ingleses, ladas S-?. ? 27.700 toneros e'caraa
los tipo "prc-guerra" quanto à qualida
OE?
passagei-
SníaST ^°"^ÍS-500 toneladas, cujo
O sr. Garrido Torres, diretor do Es critório de Expansão Comercial do Bra
sil em Nova Iorque, publicou um rela
da durante cinco anos pneumáticos em
estrangeiro de petróleo em 1946 exce
número superior ao.s anos de antes da
deram a dos outros anos.
guerra.
uma média diária de 2 milhões e 930
Os lucros realizados pelas emprêsas são ressaltados na seguinte estatística: "Gcodyear" — mínimo de 15 dólares
de 38% em cotejo com 1938. A produ ção de óleo cm ultrapassou a produção
por ação contra 5,87 em 1945 e 3,44
de guerra, no comêço de 1946, e cres
em 1940; "Goodrich" — 17 dólares por
ceu durante todo o ano. A referida pu
ação contra 7,84 em 1945; "Firestone" — de 12 a 13 dólares por ação contra 7,42; "General Tires Rubber Co" — 10,40 contra 2,20.
As vendas da "Sieberling" são esti
madas em 30 milhões de dSares contra seis milhões em 1945.
elétricos.
Por sua vez, o Brasil vendeu aos Es
SntadTL
and Gas", a produção e o consumo
amerícano-brasileiras no ano de 1946.
Os produtos importados dos Estados
tados Unidos, além de café, que é a sua principal er<portação, madeirasi, óleos vegetais, minerais, couros e peles e pe dras semi-preciosas. O referido relatório indica que 163
O capitão Gonzalez declarou que des firmas norte-americanas procuraram re tas cjfras estão excluídas doze embarca presentantes no Brasil e 31 outras pro ções especialmente adaptadas à navega curaram representar interesses brasilei ção do rio da Prata. Acentuou que de ros nos Estados Unidos. 1Q41 a novembro último a frota merIndústria da borracha
• cante argentina, em cifras redondas, ex
De acôrdo com a publicação "Oil
de greves importantes. As companhias afirmam que produzirão pelo menos ain
tório sobre as relações comerciais norte-
Unidos pelo Brasil compreenderam prin cipalmente aparelhamento industrial, agrícola, automóveis e caminhões, bem como "jeeps", tratores e outros produ tos manufaturados, além de aparellios
Produção e consumo de petróleo
Os
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Produziu-se
mil barris, o que importa num aumento
blicação frisou, igualmente, a melho ra da produção na Venezuela e no Ori
ente Próximo. O primeiro desses dois países ocupa o segundo lugar entre os
produtores, com uma média diária de um milhão e cem mil barris, apresen tando acréscimo'de cem por cento em
fícios ultrapassariam 3 dólares contra
relação ao período de pré-guerra.
1,33 em 1945.
produção do Oriente Próximo atingiu a
A
média de cêrca de 800 mil barris.
Alta no preço dos automóveis MÉXICO
Após inúmeros prognósticos de baixa no preço dos automóveis veiculados por
porta-vozes de diversas companliias, o ST. Georges Christipher, presidente da "packarcT Motor Company", anunciou
uma alta de 62 dólares nos preços dos modelos de turismo de 1947, atribuindo
a necessidade dessa decisão à alta das
matérias-primas e à carência de mão
de obra.
"Em minha honestí^opinião — decla rou â'e — os compradores de automó
veis não podem esperar redução de pre ços OU produção maciça com falta de
Administração Qeral de Petróleo
O govêmo mexicano apresentou à Câ mara um projeto de lei reformando a Administração Nacional de Petróleo, tal
como foi criada por decreto de 1938, com a expropriação das companhias es trangeiras. A finalidade da aludida re forma 6 separar a parte técnica da em presa das partes administrativa e co mercial.
Ela consistirá essencialmente
na supressão do posto de sub-diretor e
sua substituição por três novos altos funcionários adjuntos ao diretor geral, os quais se ocuparão respectivamente
1946 foi o melhor paraAsa
materiais e a carência de mão de obra".
^"rante êsse ano, totalizaram
acrescentou — a companhia sofrerá a
i-JOO OOO.OOO de dólares, contra ... 0.000.000, que foi o total do melhor ano antes da guerra. A indústria prevê que as vendas em 1947 igualarão pelo menos as ^ do ano precedente, mas os iUCTos serão provàvelmente menores.
trativo e jurídico. A nomeação desses altos funcionários será feita pelo preà-
até que atinja um nível de produção muito mais elevado que o presente. Além disso, essas observações não levam
dente.
buição do tempo total passado no inte
que a "Companhia Goodrich Cubana
das grandes emprêsas con sideram enormes os seus lucros do ano
S. A." começará em breve a fabrica-
próximo findo. Frisam, no entanto, as
portou 190 mil toneladas e importou 2 milhões de toneladas. Entre os portos intermediários do continente americano o movimento foi de 300 mil toneladas. CUBA
Fabricação de pneumáticos Anunciou-se oficialmente em Havana
•industria ^
da borracha americana.
Mesmo com o aumento animciado —
perda de cérca de 80 dólares por carro,
em consideração os novos pedidos áe
dos ramos técnico, comercial, adminis
ALEMANHA
Paralisada a produção de manteiga
aumento de salários, nepi os de retri
rior das fábricas, ou seja, o "salário de
porta a porta".
artificial
A
de manteiga artificial, 65-
peçiaildáde das usinas do dr. Imhausen
Dicesto EcoNÓ^cco
102
Witten, no Rur, está paralisada em con seqüência da falta de carvão. Para obter 600 toneladas desse produto são necessárias 120 míT toneladas de carvão,
pois a manteiga artificial é extraída di retamente da nulha.
Durante a guerra
a manteiga elaborada dessa maneira
foi utilizada exclusivamente para as ne
reiras alfandegárias francesas entre o Sarre e a Alemanha.
Essas barreiras
ficarão sob a responsabilidade de 1.200 guardas alfandegários. Considera-se o fato a primeira medi da visando a união econômica entre o
território do Sarre e a França.
Acre
cessidades da Werhmacht.
po'os franceses será ratificada pelo Con
As usinas Imhausen podem produzir 7.200 toneladas de seu artigo por ano.
selho dos Ministros do Exterior em suas conversações.
ESPANHA
INGLATERRA
A ^tourada já não constitui o passa-
t^po mais popular xfa Espanha. Um ^letim oficial do Sindicato Nacional de Diversões anunciou que há no país arena, ou sejam Os cine
mas têm 34 mil empregados, enquanto mil didnc A e 16 mtl
de touradas apenas oito diversões estão diviforma; teatros, 262
2 707
especialmente
'Mi
para nosso climal
Moedas de cobre
Cinemas e touradas
cinemas e 270 arenas.
Feitos
dita-se que essa providência tomada
d® baile,
1' de ^S^^^miaçoes esportivas quadras "paddle-baU" espanhol, 140 los! O aludido relatório indieou que as empresas cinematográficas se tomLm uma ibs míiK importantes indústi^S
nestes 50 anos, desde o primeiro filme exibido na Espanha, no dia 16 de maio
de 1896. Essa indústria representa uma aplicação de capital de 110 milhões de pesetas (duzentos milhões de cruzei ros aproximadamente). .Gastaram-se 325 milhões de pesetas na produção de
películas durante, os últimos seis anos.
Estão sendo postas em circulação, pelo Banco da Inglaterra, novas moedas
de cobre e níqum, que substituirão as moedas de prata britânica. A não ser pela superfície mais brilhante, a apa rência, tamanho, desenho e pêso são exatamente iguais aos das antigas moe das de nrata. Estas serão gradualmen te recolhidas e fundidas.
Com o metal
assim obtido, será paga a dívida de 327 milhões de onças de prata que a Grã Bretanha tem
para com os Estados
Unidos, cm resultado do empréstimos e arrendamento.
Pelo mesmo motivo, a
índia seguirá o exemplo da Grã-Breta nha, adotando
moecias
de
cobre e
níquel. Longa vida e potência de sobral Construidos
Comércio de exportação
pelos técnicos da General Motors, os acumu-
ladorcs Etna correspondem às condições pe
^ O restabelecimento do comércio bri tânico de exportação, durante o ano de 1946, pode ser claramente indicado
culiares do clima brasileiro!
na coiqparação das cifi)as correspon
^CUfttuiddá^^
dentes aos trimestres de após e de an tes da guerra.
FRANÇA
ETNA
_ Tomando-se o volume das exporta
Barreiras alfandegárias entre o Sarre e a Alemanha
' O Ministério do Exterior anunciou que foran> ofíoialmente e!Ítp.betecidas bar-
ções de 1938 como 100, a cifra do ter ceiro trimestre de 1945 é de 46 e a
o quarto 55. Durante o primeiro tri-
PRODUTO
dêste ano o volume se elevou
DA
a 84%, no segundo a 98% e no terceiro a 104%.
.■ -
s .■
''A. . ^ x.---
. H^l I lik M .
GENERAt
MOTORS
Dicesto EcoNÓ^cco
102
Witten, no Rur, está paralisada em con seqüência da falta de carvão. Para obter 600 toneladas desse produto são necessárias 120 míT toneladas de carvão,
pois a manteiga artificial é extraída di retamente da nulha.
Durante a guerra
a manteiga elaborada dessa maneira
foi utilizada exclusivamente para as ne
reiras alfandegárias francesas entre o Sarre e a Alemanha.
Essas barreiras
ficarão sob a responsabilidade de 1.200 guardas alfandegários. Considera-se o fato a primeira medi da visando a união econômica entre o
território do Sarre e a França.
Acre
cessidades da Werhmacht.
po'os franceses será ratificada pelo Con
As usinas Imhausen podem produzir 7.200 toneladas de seu artigo por ano.
selho dos Ministros do Exterior em suas conversações.
ESPANHA
INGLATERRA
A ^tourada já não constitui o passa-
t^po mais popular xfa Espanha. Um ^letim oficial do Sindicato Nacional de Diversões anunciou que há no país arena, ou sejam Os cine
mas têm 34 mil empregados, enquanto mil didnc A e 16 mtl
de touradas apenas oito diversões estão diviforma; teatros, 262
2 707
especialmente
'Mi
para nosso climal
Moedas de cobre
Cinemas e touradas
cinemas e 270 arenas.
Feitos
dita-se que essa providência tomada
d® baile,
1' de ^S^^^miaçoes esportivas quadras "paddle-baU" espanhol, 140 los! O aludido relatório indieou que as empresas cinematográficas se tomLm uma ibs míiK importantes indústi^S
nestes 50 anos, desde o primeiro filme exibido na Espanha, no dia 16 de maio
de 1896. Essa indústria representa uma aplicação de capital de 110 milhões de pesetas (duzentos milhões de cruzei ros aproximadamente). .Gastaram-se 325 milhões de pesetas na produção de
películas durante, os últimos seis anos.
Estão sendo postas em circulação, pelo Banco da Inglaterra, novas moedas
de cobre e níqum, que substituirão as moedas de prata britânica. A não ser pela superfície mais brilhante, a apa rência, tamanho, desenho e pêso são exatamente iguais aos das antigas moe das de nrata. Estas serão gradualmen te recolhidas e fundidas.
Com o metal
assim obtido, será paga a dívida de 327 milhões de onças de prata que a Grã Bretanha tem
para com os Estados
Unidos, cm resultado do empréstimos e arrendamento.
Pelo mesmo motivo, a
índia seguirá o exemplo da Grã-Breta nha, adotando
moecias
de
cobre e
níquel. Longa vida e potência de sobral Construidos
Comércio de exportação
pelos técnicos da General Motors, os acumu-
ladorcs Etna correspondem às condições pe
^ O restabelecimento do comércio bri tânico de exportação, durante o ano de 1946, pode ser claramente indicado
culiares do clima brasileiro!
na coiqparação das cifi)as correspon
^CUfttuiddá^^
dentes aos trimestres de após e de an tes da guerra.
FRANÇA
ETNA
_ Tomando-se o volume das exporta
Barreiras alfandegárias entre o Sarre e a Alemanha
' O Ministério do Exterior anunciou que foran> ofíoialmente e!Ítp.betecidas bar-
ções de 1938 como 100, a cifra do ter ceiro trimestre de 1945 é de 46 e a
o quarto 55. Durante o primeiro tri-
PRODUTO
dêste ano o volume se elevou
DA
a 84%, no segundo a 98% e no terceiro a 104%.
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