DIGESTO ECONÔMICO, número 27, fevereiro 1947

Page 1

A!', t.l ^

1

i'

DIGESTO

F.R.deAquino&Cia.Lída. PROCURADORES

« SOB os auspícios DO ASSOCIAÇAO COMERCIAL DE SAO PAULO

< E on FEDERAÇÃO DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

ORIENTAÇÃO TÉCNICA NA COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS

P:.

ADMINISTRADORES DE BENS

; 1 SECÇÃO DE SEGUROS AGENTES DA:

"RIO DE JUNEIRO CIQ. nacional de seguros GERAIS" SOCIEDADE MÚTUA DE SEGUROS GERAIS A "UNIVERSAL" "URBANIA" companhia NACIONAL DE SEGURDS SÃO PAULO R. 15 DE NOV. 200 - 6.° AND.- TEL. 3-7111 MATRIZ

AVENIDA RIO BRANCO 91 - 6.° ANDAR RIO DE JANEIRO

[ '

,"

\ Pág.^

sumario As Eleições Estaduais e Seus Resultados — Redação

19 '.

A Experiência Roosevelt — Dario de Almeida Magalhães História Econômica — Afonso Arinos de Melo Franco

21^*^ 45 Ç/

Progressos do Brasil — Seaward Humphry Jacob Fugger, O Rico — José Honório Rodrigues

48// SS/>

Uso Militar e Uso Industrial da Energia Atômica — O. Lefebvre d'Ovidio 58''^ Calógeras e a Educação Nacional — José Augusto

62''y

Taxa. de Juros — Eugênio Gudin

6?//

Y

Mais Café — Pimentel Gomes

I

A Psicologia a Serviço das Atividades Econômicas — Ludwig Mayer .... SO"^/ A Lição dos Fatos e a Opinião Pública — J. A- de Souza Ramos

83./,

As Vitórias Regias na França — Vinícius da Veiga

8S/^^

Cores — Redação

Henry George — Advogado do "Imposto Ünico"

'•

87^/

S. Harcourt-Rivington 92-^

panorama Econômico — Redação

96

lüfilifevü.

27 —FEVEREIRODE 1947 —ANO


DIGESTO E€0I\0MI€0

Empresa$^$

o "DÍKesto Econômico" apareço no primeiro sábado de cada mês.

E' publicado pela Editora Comercial Ltda., sob os auspícios da Asso-

ciação Comercial de São Paulo c da Federação do Comércio do Esta

de Transportes Urgentes Ltda.

do de São Paulo.

Distribuidores no Brasil:

DISTRIBUIDORA EDITORIAL BRASILEIRA LTDA.

Avenida Graça Aranha, 81 — 12.° andar — Rio de Janeiro Representantes na República Argentina:

INTER-PRENSA

Florida 229 — Buenos Aires — Argentina. Representante em Portugal:

ANTÔNIO DO CARMO JÚNIOR «Mm

Rua Angelina Vidal, 92 — 1.° Esq.

wm niia baste

ESCRITÓRIOS CENTRAIS:

• Ao

Alexandre Hornstein ò- Cia. Ltda.

(Esq. Av. Ranpel Pestana) Sede própria - Ed. Guarany

Metais

Ford Motors

Antonio Nogueira 6- Cia. Ltda.

t O

PARQUE 0. PEDRO II, 1032 - Loja 1

Fábrica Aliança de Artefatos de

Alt-Babá

U

RIO.DI.JANf IRO

Ullrllo Santo,241 Iileloni M4ft8

Firmas que anunciam neste número:

A Serviçal

P A

lElO rtSHlTORK Ria

RuaMarcílio Dias, 12

C I M Pi N n Talefonss 83-0791 •23.0337

RiltIRlD PREil

Tels.: 2-8266, 2-6661 e 3-3691

General Motors do Brasil S/A

UO LOURENtS

Assumpçõo S/A

Klingler S/A

I I 1 I R í <

Campana ò- Cia.

Livraria Francisco Alves

Casa Renato

Moveis de Aço Fiel Ltda.

Cia. Cervejaria Bráhma S/A

Organização Ruf Panam Propaganda Ltda.

Cia. Cigarros Souza Cruz

Cia. Distribuidora Geral "Brasmotor"

Cia. Mecanica e Importadora São Paulo

Cia. S.K.F. do Brasil Cia. de Terras Norte do Paraná E. Mosele 6- Cia.

Emprêsa S.E.S. de Transportes Urgentes Ltda.

Expresso Estréia de Prata

PIIROPOLIS

"ciBPtó • mõRii JUIZ OE rIRt

Papelaria e Tipografia Andreotti Prudência Capitalização

racos Df ciian

Refinações de Milho Brasil

t

Refinadora de Óleos Brasil S/A Romeu

Mipst (ti JirMe

Justo Panzoldo 6- Cia.

Ltda.

S. Magalhães ò- Cia.

ISERVIÇOSI lECONOMICOS][SEGUROS! DE DOMICÍLIO A DOMICÍLIO ""T""

S. A. Fábricas Orion

Siemens-Schuckert S/A Silimax Ltda.

Transportadora Farroupinha

L


DIGESTO E€0I\0MI€0

Empresa$^$

o "DÍKesto Econômico" apareço no primeiro sábado de cada mês.

E' publicado pela Editora Comercial Ltda., sob os auspícios da Asso-

ciação Comercial de São Paulo c da Federação do Comércio do Esta

de Transportes Urgentes Ltda.

do de São Paulo.

Distribuidores no Brasil:

DISTRIBUIDORA EDITORIAL BRASILEIRA LTDA.

Avenida Graça Aranha, 81 — 12.° andar — Rio de Janeiro Representantes na República Argentina:

INTER-PRENSA

Florida 229 — Buenos Aires — Argentina. Representante em Portugal:

ANTÔNIO DO CARMO JÚNIOR «Mm

Rua Angelina Vidal, 92 — 1.° Esq.

wm niia baste

ESCRITÓRIOS CENTRAIS:

• Ao

Alexandre Hornstein ò- Cia. Ltda.

(Esq. Av. Ranpel Pestana) Sede própria - Ed. Guarany

Metais

Ford Motors

Antonio Nogueira 6- Cia. Ltda.

t O

PARQUE 0. PEDRO II, 1032 - Loja 1

Fábrica Aliança de Artefatos de

Alt-Babá

U

RIO.DI.JANf IRO

Ullrllo Santo,241 Iileloni M4ft8

Firmas que anunciam neste número:

A Serviçal

P A

lElO rtSHlTORK Ria

RuaMarcílio Dias, 12

C I M Pi N n Talefonss 83-0791 •23.0337

RiltIRlD PREil

Tels.: 2-8266, 2-6661 e 3-3691

General Motors do Brasil S/A

UO LOURENtS

Assumpçõo S/A

Klingler S/A

I I 1 I R í <

Campana ò- Cia.

Livraria Francisco Alves

Casa Renato

Moveis de Aço Fiel Ltda.

Cia. Cervejaria Bráhma S/A

Organização Ruf Panam Propaganda Ltda.

Cia. Cigarros Souza Cruz

Cia. Distribuidora Geral "Brasmotor"

Cia. Mecanica e Importadora São Paulo

Cia. S.K.F. do Brasil Cia. de Terras Norte do Paraná E. Mosele 6- Cia.

Emprêsa S.E.S. de Transportes Urgentes Ltda.

Expresso Estréia de Prata

PIIROPOLIS

"ciBPtó • mõRii JUIZ OE rIRt

Papelaria e Tipografia Andreotti Prudência Capitalização

racos Df ciian

Refinações de Milho Brasil

t

Refinadora de Óleos Brasil S/A Romeu

Mipst (ti JirMe

Justo Panzoldo 6- Cia.

Ltda.

S. Magalhães ò- Cia.

ISERVIÇOSI lECONOMICOS][SEGUROS! DE DOMICÍLIO A DOMICÍLIO ""T""

S. A. Fábricas Orion

Siemens-Schuckert S/A Silimax Ltda.

Transportadora Farroupinha

L


um''calcanhar de Achílles das estradas de ferro!

o SENHOR

PRECISARÁ TAMBÉM c^jÀ DE UM APOIO...

V

s

SEJAM quais forem os seus recursospresentes e o seu atual padrão

s

de vida, o senhor necessitará, na sua

velhice, de um apdio seguro que lhe garanta confôrto, descanso e indepen dência. Isto só conseguirá se não

depender dc outras pessoas, nem de parentes, nem de amigos, muito me

Aa caixas de graxa dos carros, vagões

e locomotivas, sempre foram

nos de casas de caridade. Terá de

1

dispor de um apôio próprio, prepara do pelo sr. mesmo enquanto é tempo

um

ponto

nevrálgico — um verdadeiro "calcanhar de Achilles" 1

A SKP se orgulha de proporcionar aos dirigentes das estradas de ferro a solução perfeita deste problema, com as suas caixas

e tôdas as facilidades estão em suas mãos. Subscreva títulos da Prudência

de graxa que. às centenas de milhares, já

Capitalização e viva com tranqüili

comprovaram as suas enormes vantagens,

dade, sem maiores apreensões.

sendo mesmo consideradas como uma ne

cessidade absoluta para a economia e segu

CsUa de giua SKF* para caitos de pasaeselios.

rança do serviço. E com o aumento de ve locidades e cargas as caixas de graxa SKF redobram dia a dia a sua importância.

Procure conhecer, sem compromisso, 01 planes da Prudência Zapitalixaç3o, nas sues vantagens reais e

i> Os nossos (ttulos, aiern de outras garati.

garantias sólidos, legais, absolutas.

itas. apresentam as de Imóveis. Apólices, Obrigações de Guerra. Hjpolccas, Adianto. T7ic7Ua.v c Depósitos bancários cm din/idro.

Milhares dc carros de passageiros,

tiopões de carga e locomotivas das principais estradas de /erro do Brasil estão equipados

PRUDEHCIÁ CÁPITÁLIZÁÇÁO

com caixas de graxa SKP — trafegando ha mais de i5 onos em perfeitas condições.

Caixa de graxa aKF paia

vagdes de «aiga.

* COMPAt^HIA NACIONAL PARA fAVORECER A ECONOMIA * PaNAM

Cm à* Kmitfí*

DO BRnSIL

COMPDNHIO

IROLnMEHTOSi


um''calcanhar de Achílles das estradas de ferro!

o SENHOR

PRECISARÁ TAMBÉM c^jÀ DE UM APOIO...

V

s

SEJAM quais forem os seus recursospresentes e o seu atual padrão

s

de vida, o senhor necessitará, na sua

velhice, de um apdio seguro que lhe garanta confôrto, descanso e indepen dência. Isto só conseguirá se não

depender dc outras pessoas, nem de parentes, nem de amigos, muito me

Aa caixas de graxa dos carros, vagões

e locomotivas, sempre foram

nos de casas de caridade. Terá de

1

dispor de um apôio próprio, prepara do pelo sr. mesmo enquanto é tempo

um

ponto

nevrálgico — um verdadeiro "calcanhar de Achilles" 1

A SKP se orgulha de proporcionar aos dirigentes das estradas de ferro a solução perfeita deste problema, com as suas caixas

e tôdas as facilidades estão em suas mãos. Subscreva títulos da Prudência

de graxa que. às centenas de milhares, já

Capitalização e viva com tranqüili

comprovaram as suas enormes vantagens,

dade, sem maiores apreensões.

sendo mesmo consideradas como uma ne

cessidade absoluta para a economia e segu

CsUa de giua SKF* para caitos de pasaeselios.

rança do serviço. E com o aumento de ve locidades e cargas as caixas de graxa SKF redobram dia a dia a sua importância.

Procure conhecer, sem compromisso, 01 planes da Prudência Zapitalixaç3o, nas sues vantagens reais e

i> Os nossos (ttulos, aiern de outras garati.

garantias sólidos, legais, absolutas.

itas. apresentam as de Imóveis. Apólices, Obrigações de Guerra. Hjpolccas, Adianto. T7ic7Ua.v c Depósitos bancários cm din/idro.

Milhares dc carros de passageiros,

tiopões de carga e locomotivas das principais estradas de /erro do Brasil estão equipados

PRUDEHCIÁ CÁPITÁLIZÁÇÁO

com caixas de graxa SKP — trafegando ha mais de i5 onos em perfeitas condições.

Caixa de graxa aKF paia

vagdes de «aiga.

* COMPAt^HIA NACIONAL PARA fAVORECER A ECONOMIA * PaNAM

Cm à* Kmitfí*

DO BRnSIL

COMPDNHIO

IROLnMEHTOSi


da melt elfe qvalidada, a CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO, aitd fabri*

eando «ca quaiquar.blteta no* «osulnto* tipeii ~8RAC" — Poro eontlruçOe». eo» i isactlleocOfi efldoli de LP.T. EB.3.37CA — Ê0.3-5OCA.• . o «spaell^cacCo oiaarlcone

ASTM.A-110.39 (Hord Grode)

~8RAP' — Po»a ÍBífomanlot com tiií d* ce'ho«o vertendo do

O.SS% o 1.95%, eeto lebitcocòe do aotiolet. noidoniot do tqt-

no», moltiio».(ortet. tojogro». oitompo». eetie frio», lemlno do 1^ Co»,ferrnòot. telHedoIro» monvon.lorroinonlQt 00'0 CO'to do couros 0#<ruralilcoi ollceldell. frotot, Ouncdo»', breco», (orrononlot 0019 cortor oopol, 0»:«ro«. rrovolKe». tn»lrunonlOf do clrgrçto, colíbre* buri» o limo».

"BRAO" — Pare lorrenonie» ooricolei, cea o toS* d» corbbne 0.15% o 1,10%. pere febrlcocAo d* omodo», rpdok oo», ohroeok dncD» d* orado, picorete». cMboncov oirongo». oiocbodow loceo». foice», o(e.

NOSSAS

ESPECIALIDADESi

''6RAM" — Poro fim <nocdi>>coi, doido e Hpe oitre doeo ee

duro. vorlondo o todr do corbono do 0,06% ô 0,65% oapoclolo poro fobrlcocfio do robuoi. porefuto», oremo», progoi, porcoi,

oIkoi do IronimliiOo, ongronogon», olios poro oitrodo» do for

Calçados em geral — CiIçAdos dr couro com }olu âe

ro, utonilllQ» poro conitrucdo do mAoulno».

borracha, para homens, senhoras e crianças. Tênis e calçados

"BRÁS" — Poro fobtlcocdo do moloi om gotol, eon o Mc do

de lona para esportes e praia.

corbono .or.ondo do 0,45% O 1.05% cooi t»6» do •IIWo ot«

«

0,5%. (0,50%). Eipoclol poro molo» olIeoidoU o foloo» do-moloi

ARTEFATOS PARA CALÇADOS —Sal(o.< e capas de borracha para saltos. Solas dc borracha para calçados de homens, senhoras e críanças. Lençóis de borracha para solado. Vírolas de bona> cha. Corticite para calçados de homens c crianças. Tira de ligação. Outras miudezas.

ARTÊFAT S DE BORRACHA EM GERAL - Fios clisticos

de borracha de todos os tipos. Lençóis du borracha para fios,

poro veiculo» ocn gorai, oi"odo» do forre, aoblllet, coao», cal. chOot. o mãgvlno» era goroL t:

Atdm do axporlOntIe adqvlrtda am longe» ono» do «TabethO o do rigor quo dl»pon»ocno» oo fobrkecSo do» ne»e» predo» «Oi, aroco» o» qvo tome» maroclde a confronto o o proforOí» cio do» poiio» Inumoro» cllonto», o» ofof do neisa labrlcotAo »6o controlado» per tOcnlco» oipocloltiodoi, o quo vom gerai», tlr a »uo AlTA QUAUDAOd

OS NOSSOS PRODUTOS SiQ TECNICSMENIC PERFEITOS

para cintas elásticas e para hospitais. Tapeies de borracha, de*

sintupidores para pias, pés de cadeira, pncumiticos e cordões

para rodas de veloc'pe les, Fucaros, guarnições dc borracha para pratos, rodas de borracha para bal.inças, revestimento dc rodas para fins industriais e mais uma infinidade de produtos de borracha-

FIIBHICflMíES DOS HFflMflDOS SfllTOS DE BÜRRIlCHfl FÁBRICAS:

TELEFONES:

Rua Marajó, 136/158

Gerencia

Rua Cesario A/vim, 297

Contadoria — 9-3200

ESCRITÓRIO:

Escrifârío

— 9-3205 —

Rua Marajó, 136/158

Endereço Telegrâfico:

São Paulo

CAMPANA

PETílNATI-C.I-ó

Podido* diretamente o

^

CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO

9-3 200

.........'..e >o'deii oin — SÃO PAULO — RUA FIORENCIo'dE ABREU. 2«□ —

MA^iCA REGÍS RADA

telefone g.riRA

RIO DE JANEIRO — RUA MAYHINK VEIOA, 28 — LOJA — TELEFONE 23-16SS

,


da melt elfe qvalidada, a CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO, aitd fabri*

eando «ca quaiquar.blteta no* «osulnto* tipeii ~8RAC" — Poro eontlruçOe». eo» i isactlleocOfi efldoli de LP.T. EB.3.37CA — Ê0.3-5OCA.• . o «spaell^cacCo oiaarlcone

ASTM.A-110.39 (Hord Grode)

~8RAP' — Po»a ÍBífomanlot com tiií d* ce'ho«o vertendo do

O.SS% o 1.95%, eeto lebitcocòe do aotiolet. noidoniot do tqt-

no», moltiio».(ortet. tojogro». oitompo». eetie frio», lemlno do 1^ Co»,ferrnòot. telHedoIro» monvon.lorroinonlQt 00'0 CO'to do couros 0#<ruralilcoi ollceldell. frotot, Ouncdo»', breco», (orrononlot 0019 cortor oopol, 0»:«ro«. rrovolKe». tn»lrunonlOf do clrgrçto, colíbre* buri» o limo».

"BRAO" — Pare lorrenonie» ooricolei, cea o toS* d» corbbne 0.15% o 1,10%. pere febrlcocAo d* omodo», rpdok oo», ohroeok dncD» d* orado, picorete». cMboncov oirongo». oiocbodow loceo». foice», o(e.

NOSSAS

ESPECIALIDADESi

''6RAM" — Poro fim <nocdi>>coi, doido e Hpe oitre doeo ee

duro. vorlondo o todr do corbono do 0,06% ô 0,65% oapoclolo poro fobrlcocfio do robuoi. porefuto», oremo», progoi, porcoi,

oIkoi do IronimliiOo, ongronogon», olios poro oitrodo» do for

Calçados em geral — CiIçAdos dr couro com }olu âe

ro, utonilllQ» poro conitrucdo do mAoulno».

borracha, para homens, senhoras e crianças. Tênis e calçados

"BRÁS" — Poro fobtlcocdo do moloi om gotol, eon o Mc do

de lona para esportes e praia.

corbono .or.ondo do 0,45% O 1.05% cooi t»6» do •IIWo ot«

«

0,5%. (0,50%). Eipoclol poro molo» olIeoidoU o foloo» do-moloi

ARTEFATOS PARA CALÇADOS —Sal(o.< e capas de borracha para saltos. Solas dc borracha para calçados de homens, senhoras e críanças. Lençóis de borracha para solado. Vírolas de bona> cha. Corticite para calçados de homens c crianças. Tira de ligação. Outras miudezas.

ARTÊFAT S DE BORRACHA EM GERAL - Fios clisticos

de borracha de todos os tipos. Lençóis du borracha para fios,

poro veiculo» ocn gorai, oi"odo» do forre, aoblllet, coao», cal. chOot. o mãgvlno» era goroL t:

Atdm do axporlOntIe adqvlrtda am longe» ono» do «TabethO o do rigor quo dl»pon»ocno» oo fobrkecSo do» ne»e» predo» «Oi, aroco» o» qvo tome» maroclde a confronto o o proforOí» cio do» poiio» Inumoro» cllonto», o» ofof do neisa labrlcotAo »6o controlado» per tOcnlco» oipocloltiodoi, o quo vom gerai», tlr a »uo AlTA QUAUDAOd

OS NOSSOS PRODUTOS SiQ TECNICSMENIC PERFEITOS

para cintas elásticas e para hospitais. Tapeies de borracha, de*

sintupidores para pias, pés de cadeira, pncumiticos e cordões

para rodas de veloc'pe les, Fucaros, guarnições dc borracha para pratos, rodas de borracha para bal.inças, revestimento dc rodas para fins industriais e mais uma infinidade de produtos de borracha-

FIIBHICflMíES DOS HFflMflDOS SfllTOS DE BÜRRIlCHfl FÁBRICAS:

TELEFONES:

Rua Marajó, 136/158

Gerencia

Rua Cesario A/vim, 297

Contadoria — 9-3200

ESCRITÓRIO:

Escrifârío

— 9-3205 —

Rua Marajó, 136/158

Endereço Telegrâfico:

São Paulo

CAMPANA

PETílNATI-C.I-ó

Podido* diretamente o

^

CIA. MECHANICA E IMPORTADORA DE SÃO PAULO

9-3 200

.........'..e >o'deii oin — SÃO PAULO — RUA FIORENCIo'dE ABREU. 2«□ —

MA^iCA REGÍS RADA

telefone g.riRA

RIO DE JANEIRO — RUA MAYHINK VEIOA, 28 — LOJA — TELEFONE 23-16SS

,


w O TÉCNICO NO LABORATÓRIO E

Ó TRABALHADOR NA MÁQUINA LUTAM INCESSANTEMENTE PARA LHE PROPORCIONAR

|;pM todos os objetos que adquirimos para o nosso uso, é .natural

que procuremos a melhor qualidade. A qualidade, porém, torna-se predi

cado insubstituível em objetos que exijem garantia de longa durabilida-

Nenhum criador joga fora propositadamente o leite

que produz em sua fazenda — porque leite é dinheiro para arroz, peças de uso industrial, artigos cirúrgicos. Nossos modernos processos técnicos de fabricação garantem a mais alta qualidade, pois representam o fruto de contínuos estudos e minuciosas observações.

proveniente de trabalho continuo e penoso.

Já pensou, entretanto, em quantos latões de leite o senhor desperdiça simplesmente porque deixa de os produzir? Lembre-se de que para produzirem com eficiência e economia as vacas leiteiras exigem uma alimentação racional - farta, rica e bem equilibrada.

S.II.FOBRICOS

ORION o MAli Airo AAOHAO 01 IXClltNCIA fM

As "RAÇÕES

CONCENTRADAS BRASIL" são

cuidadosamente calculadas para a obtenção do má ximo rendimento dos seus animais, conservaudo-os fortrs e sadios.

Experlmente-a hoje mesmo e nunca mais

deixará de usa-la.

^

CResp. Brenno M. de Andrade, eng.-agro.)

AATfMTOJ Of BORDACHA

Pedidos à Caixa Postal, 1117 Produto da RefJnadora de Cleos Brasil S/A Rua Xavier de Toledo, 114 - Caixa Postal, 1117 São Paulo

PANAM — Cin

Anufio»


w O TÉCNICO NO LABORATÓRIO E

Ó TRABALHADOR NA MÁQUINA LUTAM INCESSANTEMENTE PARA LHE PROPORCIONAR

|;pM todos os objetos que adquirimos para o nosso uso, é .natural

que procuremos a melhor qualidade. A qualidade, porém, torna-se predi

cado insubstituível em objetos que exijem garantia de longa durabilida-

Nenhum criador joga fora propositadamente o leite

que produz em sua fazenda — porque leite é dinheiro para arroz, peças de uso industrial, artigos cirúrgicos. Nossos modernos processos técnicos de fabricação garantem a mais alta qualidade, pois representam o fruto de contínuos estudos e minuciosas observações.

proveniente de trabalho continuo e penoso.

Já pensou, entretanto, em quantos latões de leite o senhor desperdiça simplesmente porque deixa de os produzir? Lembre-se de que para produzirem com eficiência e economia as vacas leiteiras exigem uma alimentação racional - farta, rica e bem equilibrada.

S.II.FOBRICOS

ORION o MAli Airo AAOHAO 01 IXClltNCIA fM

As "RAÇÕES

CONCENTRADAS BRASIL" são

cuidadosamente calculadas para a obtenção do má ximo rendimento dos seus animais, conservaudo-os fortrs e sadios.

Experlmente-a hoje mesmo e nunca mais

deixará de usa-la.

^

CResp. Brenno M. de Andrade, eng.-agro.)

AATfMTOJ Of BORDACHA

Pedidos à Caixa Postal, 1117 Produto da RefJnadora de Cleos Brasil S/A Rua Xavier de Toledo, 114 - Caixa Postal, 1117 São Paulo

PANAM — Cin

Anufio»


EXPRESSO ESTRELA DE PRATA

APRESENTA

DE DOMICILIO A DOMICILIO, o mais perfeito serviço de trans portes rodoviários de encomen

das e cargas, através de moderfrota de caminhões, dando entre

outras

vantagens, as se-

-juintes RAPIDEZ

Cada macaco no seu galho... A contra-morca ASA é a garonfia dos rádíos

WEST POINT JEFFERSON

Hamilton lincoln

COM ÊSTE PROVÉRBIO O povo consagra a especialização. A indústria dos rádios, para satisfazer as exigências atuais, só pode ser entregue a engenheiros e técnicos espe cialistas do ramo. Assim procede há 20 anos Indústria e Comércio Assumpção S/A, fabri

INDÚSTRIA B COMÉRCIO

RESPONDE PELO QUE VENDE

aí.i.

São Paulo

Rua Mercúrio, 115 Tels. 2-3229 - 2-4234 Rio

Rua General Pedra, 34 Tel.: 43-0505 Santos

Rua

Antonio Prado, 55

cante dos aparelhos de contra-marca asa,

climatéricas, ainda não superada por apare lhos de qualquer proveniência.

M

ECONOMIA

com o seu corpo de engenheiros, técnicos e operários especializados, assegurando uma qualidade apropriada às nossas condições

PANAM — Cíu L'e Amlso

SEGURANÇA

• ^OSTAL,2025 • SAO

i


EXPRESSO ESTRELA DE PRATA

APRESENTA

DE DOMICILIO A DOMICILIO, o mais perfeito serviço de trans portes rodoviários de encomen

das e cargas, através de moderfrota de caminhões, dando entre

outras

vantagens, as se-

-juintes RAPIDEZ

Cada macaco no seu galho... A contra-morca ASA é a garonfia dos rádíos

WEST POINT JEFFERSON

Hamilton lincoln

COM ÊSTE PROVÉRBIO O povo consagra a especialização. A indústria dos rádios, para satisfazer as exigências atuais, só pode ser entregue a engenheiros e técnicos espe cialistas do ramo. Assim procede há 20 anos Indústria e Comércio Assumpção S/A, fabri

INDÚSTRIA B COMÉRCIO

RESPONDE PELO QUE VENDE

aí.i.

São Paulo

Rua Mercúrio, 115 Tels. 2-3229 - 2-4234 Rio

Rua General Pedra, 34 Tel.: 43-0505 Santos

Rua

Antonio Prado, 55

cante dos aparelhos de contra-marca asa,

climatéricas, ainda não superada por apare lhos de qualquer proveniência.

M

ECONOMIA

com o seu corpo de engenheiros, técnicos e operários especializados, assegurando uma qualidade apropriada às nossas condições

PANAM — Cíu L'e Amlso

SEGURANÇA

• ^OSTAL,2025 • SAO

i


0

0 MONSANTO CHEMICAL COMPANY-U.S.A. ClIOUl lOS. VUIM1C0S

M''''\ic''^xiTn '1 MONSANTO

químicos e intermediários para as Indúsquímicas e larmacêuticas; materiais plásticos

LAUCKS LIMITED - Canadá Colos animais. Tegetais. ienólícas e uréicas para a indústria de madeira compensada

COL/IS

LAUCKS

DURAND & HUGUENIN S. A.-Suíço

Corantes ao cromo especiais para estamparia de algodão* seda. raion. etc. Corantes "Indigosol"

ONYX INTERNATIONAL-U.S.A.

CUIDE MELHOR

Produtos para amaciamento. desengorduramento.

de seu carro ou caminhão e êle lhe prestará

onitx

tingímento. acabamento, etc., na Indústria têxtil

MELHOR SERVIÇO!

THE HYDRAULIC PRE5S MANUFACTURING CO.-USA

• procure o Revendedor Ford mais próximo

Prensas lüdráulicas pora injeção e moldagem de mate riais plásticos

• Se deseja dar ao seu Ford o melhor

rapidea e economia. O Revendedor

cuidado possível, siga esta regra sim

Ford conhece melhor o seu Ford e

ples e infalível: leve-o sômenie a um

usa peças Ford legitimas.

Revendedor Ford.

Os carros e caminhões Ford sào sua especialidade. Seus experimenta dos mecânicos sào treinados pelos mais modernos e aperfeiçoados mé

todos Ford e equipados com ferra

mentas especiais que lhes permitem prestar melhor serviço, com maior

REPRESENTAÇÕES. EXCLUSIVAS PARA O BRASIL DE

Procure-o, para uma inspeção

periódica, ou sempre que seu Ford necessitar de serviços ou reparos.

Assim, seu carro ou caminhão lhe

prestará melhor serviço, com maior segurança e economia — por mais tempo. Para serviço Ford. nada me lhor que um Estabelecimento Ford.

OPevencfedorFordcoit/teee meffior o seu Ford... o usa peças Ford leg/Hmasl

FORO MOTOR COMPANY

RIO DE JANEIRO

MATRIZ —SÃO PAULO

CURITIBA

Run Cor>«olKai<o Soroivo, 16

Rwa Moflim Burchord, 608

R«o Mol. floriono PoímJo. 520

Caino Posiol, 237 • Tol. S3-5516

CoixQ Pojlol, 1685-Tel. 3-3154

Coi»o PotfoI, 680 • Tsl. 3492

Toloo'omo»i "COLOR"

Tolesramoti "COLOR"

0

TolsBramoii COLOR

0


0

0 MONSANTO CHEMICAL COMPANY-U.S.A. ClIOUl lOS. VUIM1C0S

M''''\ic''^xiTn '1 MONSANTO

químicos e intermediários para as Indúsquímicas e larmacêuticas; materiais plásticos

LAUCKS LIMITED - Canadá Colos animais. Tegetais. ienólícas e uréicas para a indústria de madeira compensada

COL/IS

LAUCKS

DURAND & HUGUENIN S. A.-Suíço

Corantes ao cromo especiais para estamparia de algodão* seda. raion. etc. Corantes "Indigosol"

ONYX INTERNATIONAL-U.S.A.

CUIDE MELHOR

Produtos para amaciamento. desengorduramento.

de seu carro ou caminhão e êle lhe prestará

onitx

tingímento. acabamento, etc., na Indústria têxtil

MELHOR SERVIÇO!

THE HYDRAULIC PRE5S MANUFACTURING CO.-USA

• procure o Revendedor Ford mais próximo

Prensas lüdráulicas pora injeção e moldagem de mate riais plásticos

• Se deseja dar ao seu Ford o melhor

rapidea e economia. O Revendedor

cuidado possível, siga esta regra sim

Ford conhece melhor o seu Ford e

ples e infalível: leve-o sômenie a um

usa peças Ford legitimas.

Revendedor Ford.

Os carros e caminhões Ford sào sua especialidade. Seus experimenta dos mecânicos sào treinados pelos mais modernos e aperfeiçoados mé

todos Ford e equipados com ferra

mentas especiais que lhes permitem prestar melhor serviço, com maior

REPRESENTAÇÕES. EXCLUSIVAS PARA O BRASIL DE

Procure-o, para uma inspeção

periódica, ou sempre que seu Ford necessitar de serviços ou reparos.

Assim, seu carro ou caminhão lhe

prestará melhor serviço, com maior segurança e economia — por mais tempo. Para serviço Ford. nada me lhor que um Estabelecimento Ford.

OPevencfedorFordcoit/teee meffior o seu Ford... o usa peças Ford leg/Hmasl

FORO MOTOR COMPANY

RIO DE JANEIRO

MATRIZ —SÃO PAULO

CURITIBA

Run Cor>«olKai<o Soroivo, 16

Rwa Moflim Burchord, 608

R«o Mol. floriono PoímJo. 520

Caino Posiol, 237 • Tol. S3-5516

CoixQ Pojlol, 1685-Tel. 3-3154

Coi»o PotfoI, 680 • Tsl. 3492

Toloo'omo»i "COLOR"

Tolesramoti "COLOR"

0

TolsBramoii COLOR

0


2 mandamentos para

\IWer

com saúde:

Vbeber agua cristalina e pura! COMER FRUTAS E SALADAS DE VERDURAS CRUAS COM ABUNDANCIA! * Siga o exemplo de mílliões de pessoas que em todo o mundo pro tegem a saúde com os esterílísadorei SALUSI Os esteriíisadoret SALUS csterilisam scíentificamen*

te a agua, frutas e verduras, sem

neutralisar-lhes a vitalidade, evU tando a transmissão do tífo c de

outras moléstias perigosas. Ha um producto SALUS para cada fim,

emergia

filtros, velas, talhas, moringues « saladeiras. SALUSI é o sím

bolo de pureza e saúde, de reconhccida idoneidade sclentifica.

K* ✓>

*

^

1

^ m

)m T-i È

—■)

:®=2SÍJ-

Salus

ÚNICOS FABRICANTES E DISTRIBUIDORES

Antonio Nogueira & Cia. Ltda. DEPOSITARIA CASA SALUS . RUA XAVIER DE TOLEDO. 60 - SAO PAULO RUA DA QUITANDA. 24 - RIO DE JANEIRO

ÍK&S: aumento ideal A BASE DE

GLUCOSE


2 mandamentos para

\IWer

com saúde:

Vbeber agua cristalina e pura! COMER FRUTAS E SALADAS DE VERDURAS CRUAS COM ABUNDANCIA! * Siga o exemplo de mílliões de pessoas que em todo o mundo pro tegem a saúde com os esterílísadorei SALUSI Os esteriíisadoret SALUS csterilisam scíentificamen*

te a agua, frutas e verduras, sem

neutralisar-lhes a vitalidade, evU tando a transmissão do tífo c de

outras moléstias perigosas. Ha um producto SALUS para cada fim,

emergia

filtros, velas, talhas, moringues « saladeiras. SALUSI é o sím

bolo de pureza e saúde, de reconhccida idoneidade sclentifica.

K* ✓>

*

^

1

^ m

)m T-i È

—■)

:®=2SÍJ-

Salus

ÚNICOS FABRICANTES E DISTRIBUIDORES

Antonio Nogueira & Cia. Ltda. DEPOSITARIA CASA SALUS . RUA XAVIER DE TOLEDO. 60 - SAO PAULO RUA DA QUITANDA. 24 - RIO DE JANEIRO

ÍK&S: aumento ideal A BASE DE

GLUCOSE


15

PRUDÊNCIA CAPITAUZAÇAC S/A FABRiCAí>*K)RJON"

UGH r AND POWER

CA TELEPHONIC»- BRASILEIRA CASAS MOUSS UNE

Pt

0^ tiO0

CIA. QUÍMICA KHODIA BRASILEIRA S/A YOUNG tÔleo Píonioil) LABORATÓRIOS LYSOFORM

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MEIAS S/' VAUSÈRE S/A

EMPRÊSA BRASILEIRA DE RELÓGIOS (Relógios Eski)

IND. E COMÉRCIO ASSUMPÇAO S/A (Ridios Liacoln)

CASA LÚ - MOD^S

ISNARD 8t CIA (Slo P«u!o) J. ISNARD «c CU.(Rio) VITRAIS CONR*DO SORGENITCH CASA DA BORRACHA LTDA CASA SAO NICOLAU ERNESTO P. SOARES

FIGUEIRÔA - Modu EsporuTu

EDITORA COMERCIAL. LTDA.

CIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO

(Difce^to Econômico)

CIA NlTROQUlMICA BRASILEIRA

ASSOCIAÇAO COMERCIAL DE S.PAULO BANCO SUL AMERICANO DO BRASIL PERFUMARIA SAN-DAR

ClAyiNlCOLA E AGRÍCOLAS.ROQUE (Vermouth Giacú)

TRUSSaRDI S/a CASA FACHADA

CASTRORIB IRO AGRO INDUSTRIAL

Disto, êle não abre rnSof Está

ARMAÇÕES DE AÇO PROBEL LTDA.

(Eítrato ''e Tomite C'»5)

na hora do "seu" Brahma Chopp... e acabou-se I É um verdadeiro

ALBERTO AMARAL ít CIA LTDA

SOCIEDADE éLETRO-MERCANTIL PAUUSTA LTDA

feitiço... Seria um capricho? Há motivos... Brahma Chopp — a fa

bulosa cerveja—fascina milhões porque é super-deliciosa! Sele ção rigorosa dos ingredientes — eis o segrêdol Em seu fabri co, só entram puríssimo fermento

RIO DB JANEIRO

SXO PAULO B«rIo a» Itapetinlii6;a«297- 6.* XalafoDM 4-462S « 6-2098

Avenida Ueira Alar. 262•7" Sala 702.Talefone 42-3706

vigoroso malte, aromático lú-' pulo. Assim é que se tomou rea lidade a bebida gostosa e sau dável, que faz tão entusiásticos admiradores em todo o Brasil.

rRODUTO DA CIA. CEÜVEJARIA BRAHMA SOCIEDADE ANÔNIMA BRASILEIRA — RIO DE JANEIRO — S. PAULO — CURITIBA — PORTO ALEGRE

ttwi :*L.

Liiinijmmii«*"'" innii)


15

PRUDÊNCIA CAPITAUZAÇAC S/A FABRiCAí>*K)RJON"

UGH r AND POWER

CA TELEPHONIC»- BRASILEIRA CASAS MOUSS UNE

Pt

0^ tiO0

CIA. QUÍMICA KHODIA BRASILEIRA S/A YOUNG tÔleo Píonioil) LABORATÓRIOS LYSOFORM

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MEIAS S/' VAUSÈRE S/A

EMPRÊSA BRASILEIRA DE RELÓGIOS (Relógios Eski)

IND. E COMÉRCIO ASSUMPÇAO S/A (Ridios Liacoln)

CASA LÚ - MOD^S

ISNARD 8t CIA (Slo P«u!o) J. ISNARD «c CU.(Rio) VITRAIS CONR*DO SORGENITCH CASA DA BORRACHA LTDA CASA SAO NICOLAU ERNESTO P. SOARES

FIGUEIRÔA - Modu EsporuTu

EDITORA COMERCIAL. LTDA.

CIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO

(Difce^to Econômico)

CIA NlTROQUlMICA BRASILEIRA

ASSOCIAÇAO COMERCIAL DE S.PAULO BANCO SUL AMERICANO DO BRASIL PERFUMARIA SAN-DAR

ClAyiNlCOLA E AGRÍCOLAS.ROQUE (Vermouth Giacú)

TRUSSaRDI S/a CASA FACHADA

CASTRORIB IRO AGRO INDUSTRIAL

Disto, êle não abre rnSof Está

ARMAÇÕES DE AÇO PROBEL LTDA.

(Eítrato ''e Tomite C'»5)

na hora do "seu" Brahma Chopp... e acabou-se I É um verdadeiro

ALBERTO AMARAL ít CIA LTDA

SOCIEDADE éLETRO-MERCANTIL PAUUSTA LTDA

feitiço... Seria um capricho? Há motivos... Brahma Chopp — a fa

bulosa cerveja—fascina milhões porque é super-deliciosa! Sele ção rigorosa dos ingredientes — eis o segrêdol Em seu fabri co, só entram puríssimo fermento

RIO DB JANEIRO

SXO PAULO B«rIo a» Itapetinlii6;a«297- 6.* XalafoDM 4-462S « 6-2098

Avenida Ueira Alar. 262•7" Sala 702.Talefone 42-3706

vigoroso malte, aromático lú-' pulo. Assim é que se tomou rea lidade a bebida gostosa e sau dável, que faz tão entusiásticos admiradores em todo o Brasil.

rRODUTO DA CIA. CEÜVEJARIA BRAHMA SOCIEDADE ANÔNIMA BRASILEIRA — RIO DE JANEIRO — S. PAULO — CURITIBA — PORTO ALEGRE

ttwi :*L.

Liiinijmmii«*"'" innii)


10PJÍB AAI*V> .

//

PRODUTOS ALIANÇA S.OOO

ARTIBOS OIFERENTES

O

O

_

it

TIME iS MONEY

TRANSPORTE

RÁPIDO

REPRESENTA

ECONOMIA.

O ÊXITO DO SEU NEGÓCIO DEPENDE DA EFICIÊNCIA

MAX LOWENSTEIN & CIA.

SÃO PAULO

DOS SEUS COLABORADORES.

CSCXITÒBIO] Ami MdAt«AhM Andfidt, 451 FABRICAI R.t FI4.id4. t • tt CAIXA POSIAL. tSFt RIO OE JANEIRO PâRTO AlECRC Av Frtflklln Rooitvfffl. 54 Ai.OiitleRecli* 7} ifldâr« SWa 404

fííOílím

1.0 indi

PERMITA-NOS COLABORAR COM V.S., E NÓS LHE DAREMOS O MÁXIMO EM EFICIÊNCIA. TraB»port«* direto* entro SAO PAULO

SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL

:Mmjm/cojp£A6om

SloPAULO

OVtffTOS

B.ft»iIOKro^

^

a/RiriBA

8lUAff£MU O noffLwopons

poproAtiauB

EHTTHTTrm: SÃO PAULO M ATRIZ

Aftilli taqit ii Cixlfi, 471

üe^sâSe tPíânfuíAáfá PORTO ALEGRE 711.1 AL

Alanada OuquB <• Cailis,

Fone 5-4891

Fone 1021

SAO PAULO

BLUMENAU

FILIAL

FILIAL

Rit CBintBdlíBr Ciruji, 421 [I. Marqiiit «■ Cixlat, lU-l

Fone 7033 FÕRTO ALEGRE

Fone 1028 PELOTAS

ENDK4BÇOI TxlecrAficos: TRANSROFILHA


10PJÍB AAI*V> .

//

PRODUTOS ALIANÇA S.OOO

ARTIBOS OIFERENTES

O

O

_

it

TIME iS MONEY

TRANSPORTE

RÁPIDO

REPRESENTA

ECONOMIA.

O ÊXITO DO SEU NEGÓCIO DEPENDE DA EFICIÊNCIA

MAX LOWENSTEIN & CIA.

SÃO PAULO

DOS SEUS COLABORADORES.

CSCXITÒBIO] Ami MdAt«AhM Andfidt, 451 FABRICAI R.t FI4.id4. t • tt CAIXA POSIAL. tSFt RIO OE JANEIRO PâRTO AlECRC Av Frtflklln Rooitvfffl. 54 Ai.OiitleRecli* 7} ifldâr« SWa 404

fííOílím

1.0 indi

PERMITA-NOS COLABORAR COM V.S., E NÓS LHE DAREMOS O MÁXIMO EM EFICIÊNCIA. TraB»port«* direto* entro SAO PAULO

SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL

:Mmjm/cojp£A6om

SloPAULO

OVtffTOS

B.ft»iIOKro^

^

a/RiriBA

8lUAff£MU O noffLwopons

poproAtiauB

EHTTHTTrm: SÃO PAULO M ATRIZ

Aftilli taqit ii Cixlfi, 471

üe^sâSe tPíânfuíAáfá PORTO ALEGRE 711.1 AL

Alanada OuquB <• Cailis,

Fone 5-4891

Fone 1021

SAO PAULO

BLUMENAU

FILIAL

FILIAL

Rit CBintBdlíBr Ciruji, 421 [I. Marqiiit «■ Cixlat, lU-l

Fone 7033 FÕRTO ALEGRE

Fone 1028 PELOTAS

ENDK4BÇOI TxlecrAficos: TRANSROFILHA


riuOTjpi

DICESTO ECOMMÍCO

DICESTO

o UUNDO OOS KfGÚCIOS HUU PSKQREMA MUNDIAL Publicado sob os auspícios da

ASSOCIflCÃO COMíRCIALDESÃO PAULO

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO 00

ECON0MICO

*

ESTADO DE SÃO PAULO

O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

Ano III

Diretor Superintendente: AURO SOARES DE MOURA ANDRADE

Paulo - Fevereiro de 1947

N. 27

O Digesto £conómíco Dlretsr:

RUI NOGUEIRA MARTINS

As eleições e seus resultados

publicará pròxiniamcnte:

Gerente;

W. A. DaSlíva

O DIGESTO ECONÓM CO,órgão de infor,nações econó ni^as e íínancelras, de propriedade da Editora Co

mercial Ltda.,é publicado no primeiro sábado de cada mês.

TIA, sem dúvida, algumas lições que podem "HISTÓRIA ECONÔMICA" - Afonso "PROGRESSOS DO BRASIL" - Sea-

wárd Humpliry.

A direção nãa se resp-nsabillza pelos dados cujas fortes estejam devida mente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos asslnadrs.

"TERRAS DE CONTRASTES O SU

DOESTE AMERICANO" - S. I. h. "DESENVOLVIMENTO TRIAL" — Redação.

tes de sua Assembléia e do governador do Estado. A marcha dos escrutínios evidenciou

que o candUlato em ídnio de cuja legenda

"ALFRED MARSHALL - FUNDADOR DA ECONOMIA" — S. Harcourt-Rivíngton.

Na transcrição de artigos pede-se cltaro nome do O.GESro HCOnÓMI-O.

ser extraídas do último pleito eleitoral fe

rido em São Paulo, para escolha dos inícgran-

Arinos de Melo Franco.

INDUS

se concentraram as fôrças mais consideráveis da indústria, do comércio e da lavoura — o ST. Mário Tavares — não pôde vencer os seus

competidores. Entre ê&tes se distinguiu o pos tulante escolhido por uma coligação de pro

gressistas e comunistas, o qual conseguiu reu nir a maior parcela dos sufrágios desta capital, de forma a compensar com vantagem as suas

perdas do interior.

Esta vitória eleitoral foi condicionada por vários fatôres que poderiam perfeitamente ser

Aceita-se Intenâmblo c/publicações congêneres nacionais e estrangeira--.

previstos e superados.

Em primeiro tt/gflf,

temos a observar que, quando no Ministério da Justiça o sr. Sampaio Dória, s. excia. chegou ASSINATURAS:

a anular o alistamento "ex-officio". Este, se

Digesto Econômico Ano (simples) Cr$ 30,00

• (registrado) Número do mês: Atrasado:

Cr$ 36,00 Cr$ 3,00 Cr$ 5,00

RedoçSo e Administração:

gundo o revelara a experiência do pleito de

2 de dezembro, abrangera camadas que a rigor

não poderiam exercer o direito do voto: semianalfabetos incapazes de redigir um requeri mento do seu próprio punho e, segundo consta,

estrangeiros à margem dos dirmtos políticos.

A excelente iniciativa, de caráter altamente moralizador, contudo não prevaleceu. Atos

VIADUTO BOA Vl!)TA,t7 —7." ANDAR

futuros mantiveram o critério antericr, que

TêL 3.7499 — ca XA POSTAL, 240-B SÃO PAULO

trazia nitidamente impresso o sinal da ditadura. Ora, os partidos anti-democráticos são os

que mobilizam privativamente êsse eleitorado


riuOTjpi

DICESTO ECOMMÍCO

DICESTO

o UUNDO OOS KfGÚCIOS HUU PSKQREMA MUNDIAL Publicado sob os auspícios da

ASSOCIflCÃO COMíRCIALDESÃO PAULO

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO 00

ECON0MICO

*

ESTADO DE SÃO PAULO

O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

Ano III

Diretor Superintendente: AURO SOARES DE MOURA ANDRADE

Paulo - Fevereiro de 1947

N. 27

O Digesto £conómíco Dlretsr:

RUI NOGUEIRA MARTINS

As eleições e seus resultados

publicará pròxiniamcnte:

Gerente;

W. A. DaSlíva

O DIGESTO ECONÓM CO,órgão de infor,nações econó ni^as e íínancelras, de propriedade da Editora Co

mercial Ltda.,é publicado no primeiro sábado de cada mês.

TIA, sem dúvida, algumas lições que podem "HISTÓRIA ECONÔMICA" - Afonso "PROGRESSOS DO BRASIL" - Sea-

wárd Humpliry.

A direção nãa se resp-nsabillza pelos dados cujas fortes estejam devida mente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos asslnadrs.

"TERRAS DE CONTRASTES O SU

DOESTE AMERICANO" - S. I. h. "DESENVOLVIMENTO TRIAL" — Redação.

tes de sua Assembléia e do governador do Estado. A marcha dos escrutínios evidenciou

que o candUlato em ídnio de cuja legenda

"ALFRED MARSHALL - FUNDADOR DA ECONOMIA" — S. Harcourt-Rivíngton.

Na transcrição de artigos pede-se cltaro nome do O.GESro HCOnÓMI-O.

ser extraídas do último pleito eleitoral fe

rido em São Paulo, para escolha dos inícgran-

Arinos de Melo Franco.

INDUS

se concentraram as fôrças mais consideráveis da indústria, do comércio e da lavoura — o ST. Mário Tavares — não pôde vencer os seus

competidores. Entre ê&tes se distinguiu o pos tulante escolhido por uma coligação de pro

gressistas e comunistas, o qual conseguiu reu nir a maior parcela dos sufrágios desta capital, de forma a compensar com vantagem as suas

perdas do interior.

Esta vitória eleitoral foi condicionada por vários fatôres que poderiam perfeitamente ser

Aceita-se Intenâmblo c/publicações congêneres nacionais e estrangeira--.

previstos e superados.

Em primeiro tt/gflf,

temos a observar que, quando no Ministério da Justiça o sr. Sampaio Dória, s. excia. chegou ASSINATURAS:

a anular o alistamento "ex-officio". Este, se

Digesto Econômico Ano (simples) Cr$ 30,00

• (registrado) Número do mês: Atrasado:

Cr$ 36,00 Cr$ 3,00 Cr$ 5,00

RedoçSo e Administração:

gundo o revelara a experiência do pleito de

2 de dezembro, abrangera camadas que a rigor

não poderiam exercer o direito do voto: semianalfabetos incapazes de redigir um requeri mento do seu próprio punho e, segundo consta,

estrangeiros à margem dos dirmtos políticos.

A excelente iniciativa, de caráter altamente moralizador, contudo não prevaleceu. Atos

VIADUTO BOA Vl!)TA,t7 —7." ANDAR

futuros mantiveram o critério antericr, que

TêL 3.7499 — ca XA POSTAL, 240-B SÃO PAULO

trazia nitidamente impresso o sinal da ditadura. Ora, os partidos anti-democráticos são os

que mobilizam privativamente êsse eleitorado


"ex-officio" aue tudo aconselha seja doravante submetido a revisão cuidadosa, para aue apenas se admitam os cidadãos com qualidades reais para o exer cício do voto demonstráveis em novo processo de inscrição voluntária. Em seeundo lugar, temos a consignar, como uma das causas principais determinaram o resultado do pleito de 19 de janeiro, a desorientação ^ que deram provas os partidos chamados do centro. Tudo indicava, de

R EXPE^RIÊNCm por Damo de Almeida Magalhães

antemão, que iríamos assistir, em tômo às umas, a uma verdadeira polari-

^ção de tendências. Era essa, portanto, a ocasião azada, entre âles, para entendimentos sérios patrióticos, despersonalizados ao máximo, de que derivasse

dma aliança capaz de enfrentar com vigor o agrupamento da extrema esquerda e os seus correligionários de emergência. Falou-se muito cm São Faulo, com efeito, na necessidade de um candidato único das fôrças demo cráticas à governança do Estado. Essa frente-única deveria ser bastante am plo, de forma a compreender, além do F. S. D., a U. D. N., o P. R. e outras organizações menores.

Infelizmente, porém, as negociações entabojadas nesse sentido não con seguiram chegar a bom têrmo. Rivalidades que se prendem ao nosso passado pmítico, personalismos injustificáveis numa hora em que os interésses gené ricos da coletividade paulista deveriam sobrepor-se às ambições particulares, rixas de chefes e sub-chefes dividiram as fôrças afins da Democracia.

O re

Prosseguindo na série de con/crénctos que vem promovendo, o Instituto de Economia da Associação Comercial de

São Paulo efetuou no dia 13 de de zembro último mais uma concorrida reu

nião, em que o dr. Daria de Almeida

Magalhães, grande nome do jornalismo brasileiro e um dos mais argutos co nhecedores dos problemas financeiros e econômicos da atualidade, tratou pro

povo, e capaz, portanto, de ser conduzido com probabilidades ponderáveis de vitória ao prélio das umas.

ficientemente da "Experiência Roosevelt". A assembléia contou com a pre sença do dr. Brasília Machado Neto, presidente da ACSP, que abriu os tra balhos, dando a seguir a palavra ao dr.

Nestas negociações estéreis, — pois nunca chegaram a fim satisfatório, — nesta luta intestina dentro dos arraiais da Democracia, neste enfraquecimento mútuo de correntes que poderiam reforçar-se pela unidade de objetivos, consumiu-se

tuto de Economia, o qual saudou o con-

sultado foi a apresentação de dois candidatos onde poderia haver um que os ^ntetizasse, desde que fôsse realmente uma grande expressão da cultura pau lista, um nome realmente conhecido, com .simpatias arraigadas no seio do

João Di Pietro, um dos diretores da

mesma en'.idade e presidente do Insti

um tempo enorme. Enquanto do outro lado, na extrema esquerda, a atividade

ferencista, tecendo a respeito considera

da propaganda eleitoral se desenvolvia em grande estilo, segundo os métodos mais apepeiçoados de aliciamento, com palavras de ordem capazes de impressio^1^'l^^^do,^ vítima assim de uma onda .demagógica, entre os elementos tradicionais de São Paulo reinavam a discórdia, a arritmia de gestos, a dispersão de energias. Deu-se, portanto, um fato novo nos anais políticos de nosso Estado,

ções justas e oportunas. O trabalho que damos a seguir constitui a íntegra da

Nota-se que o povo está insatisfeito e procura dar vasão ao seu descon

munho de generosa simpatia.

O objeto da minha dissertação há de ser sòbriamente dosado.

Não me sen

tiria com fôrças para pretender expor e analisar, nesta palestra, tô^a a obra política, administrativa, econômica e so cial do govêrno de ação mais intensa o complexa, dinâmica e subversiva, que os Estados Unidos conheceram em

palestra realizada pelo dr. Daria de Al

tôda a sua história. Essa obra ciclópica e vertiginosa, que se desdobra em doze

meida Magalhães.

anos de lutas incessantes, nos esmaga

e confunde a visão.

Nós a acompa

nhamos, à distância, embora imiitas ve zes' nela estivéssemos envolvidos, e o

mas nem por isso menos previsível aos bons observadores da situação.

tentamento. As dificuldades são muitas, e êle as atribui ao govêrno de hoje, não enxergando, pela sua pouca experiência da vida pública, que a cor rente dos males atuais tem as suas cabeceiras na ditadura de que mal etnergimos. portanto, que os partidos democráticos o esclareçam convenientemente, que organizem também o seu exército de propagandistas, que conjuguem esforços através de acordos eleitorais oportunos. Porque as eleições municipais se apro

ram ouvir, dando, com êsse gesto, teste

"Dem avalio a dificuldade da tarefa que devo enfrentar, neste momento, para corresponder à honra que me conferiu ó Instiluto de Economia da nobre Asso

ciação Comercial de São Paulo.

Os

eminentes conferencistas que me ante cederam nesta tribuna lhe aumentaram

ximam, e podem vir encontrar as organizações em aprêço fora da forma desejada. E assim se repetirá o espetáculo de 19 de janeiro.

lustre e o prestígio, expondo-me, assim, a contraste que indisfarçàvelmen-

• te me oprime. A amplitude e a riqueza do tema a versar colidem, de outro

lado, com o dever de brevidade que

►A* < (

nosso destino dek dependesse, em ho ras decisivas para a humanidade. Essa obra não se conteve no plano nacional;

gradativamente o quadro do seu des

dobramento se ampliou, e, por firn, sé confundiu com o próprio mundo civilizado, cuja sorte se ligou ao seu êxito, ou ao seu malogro. E é o sentido uni

versal que o go\'êrno e a figura de Roosevelt alcançaram que explica o fato de aqui nos encontrarmos, ungidos de

respeito e de gratidão, para lhe recor

me é impôsto, para não punir em de

darmos os feitos e llie reverenciannos

masia a imprudência dos que me vie-

a memória.


"ex-officio" aue tudo aconselha seja doravante submetido a revisão cuidadosa, para aue apenas se admitam os cidadãos com qualidades reais para o exer cício do voto demonstráveis em novo processo de inscrição voluntária. Em seeundo lugar, temos a consignar, como uma das causas principais determinaram o resultado do pleito de 19 de janeiro, a desorientação ^ que deram provas os partidos chamados do centro. Tudo indicava, de

R EXPE^RIÊNCm por Damo de Almeida Magalhães

antemão, que iríamos assistir, em tômo às umas, a uma verdadeira polari-

^ção de tendências. Era essa, portanto, a ocasião azada, entre âles, para entendimentos sérios patrióticos, despersonalizados ao máximo, de que derivasse

dma aliança capaz de enfrentar com vigor o agrupamento da extrema esquerda e os seus correligionários de emergência. Falou-se muito cm São Faulo, com efeito, na necessidade de um candidato único das fôrças demo cráticas à governança do Estado. Essa frente-única deveria ser bastante am plo, de forma a compreender, além do F. S. D., a U. D. N., o P. R. e outras organizações menores.

Infelizmente, porém, as negociações entabojadas nesse sentido não con seguiram chegar a bom têrmo. Rivalidades que se prendem ao nosso passado pmítico, personalismos injustificáveis numa hora em que os interésses gené ricos da coletividade paulista deveriam sobrepor-se às ambições particulares, rixas de chefes e sub-chefes dividiram as fôrças afins da Democracia.

O re

Prosseguindo na série de con/crénctos que vem promovendo, o Instituto de Economia da Associação Comercial de

São Paulo efetuou no dia 13 de de zembro último mais uma concorrida reu

nião, em que o dr. Daria de Almeida

Magalhães, grande nome do jornalismo brasileiro e um dos mais argutos co nhecedores dos problemas financeiros e econômicos da atualidade, tratou pro

povo, e capaz, portanto, de ser conduzido com probabilidades ponderáveis de vitória ao prélio das umas.

ficientemente da "Experiência Roosevelt". A assembléia contou com a pre sença do dr. Brasília Machado Neto, presidente da ACSP, que abriu os tra balhos, dando a seguir a palavra ao dr.

Nestas negociações estéreis, — pois nunca chegaram a fim satisfatório, — nesta luta intestina dentro dos arraiais da Democracia, neste enfraquecimento mútuo de correntes que poderiam reforçar-se pela unidade de objetivos, consumiu-se

tuto de Economia, o qual saudou o con-

sultado foi a apresentação de dois candidatos onde poderia haver um que os ^ntetizasse, desde que fôsse realmente uma grande expressão da cultura pau lista, um nome realmente conhecido, com .simpatias arraigadas no seio do

João Di Pietro, um dos diretores da

mesma en'.idade e presidente do Insti

um tempo enorme. Enquanto do outro lado, na extrema esquerda, a atividade

ferencista, tecendo a respeito considera

da propaganda eleitoral se desenvolvia em grande estilo, segundo os métodos mais apepeiçoados de aliciamento, com palavras de ordem capazes de impressio^1^'l^^^do,^ vítima assim de uma onda .demagógica, entre os elementos tradicionais de São Paulo reinavam a discórdia, a arritmia de gestos, a dispersão de energias. Deu-se, portanto, um fato novo nos anais políticos de nosso Estado,

ções justas e oportunas. O trabalho que damos a seguir constitui a íntegra da

Nota-se que o povo está insatisfeito e procura dar vasão ao seu descon

munho de generosa simpatia.

O objeto da minha dissertação há de ser sòbriamente dosado.

Não me sen

tiria com fôrças para pretender expor e analisar, nesta palestra, tô^a a obra política, administrativa, econômica e so cial do govêrno de ação mais intensa o complexa, dinâmica e subversiva, que os Estados Unidos conheceram em

palestra realizada pelo dr. Daria de Al

tôda a sua história. Essa obra ciclópica e vertiginosa, que se desdobra em doze

meida Magalhães.

anos de lutas incessantes, nos esmaga

e confunde a visão.

Nós a acompa

nhamos, à distância, embora imiitas ve zes' nela estivéssemos envolvidos, e o

mas nem por isso menos previsível aos bons observadores da situação.

tentamento. As dificuldades são muitas, e êle as atribui ao govêrno de hoje, não enxergando, pela sua pouca experiência da vida pública, que a cor rente dos males atuais tem as suas cabeceiras na ditadura de que mal etnergimos. portanto, que os partidos democráticos o esclareçam convenientemente, que organizem também o seu exército de propagandistas, que conjuguem esforços através de acordos eleitorais oportunos. Porque as eleições municipais se apro

ram ouvir, dando, com êsse gesto, teste

"Dem avalio a dificuldade da tarefa que devo enfrentar, neste momento, para corresponder à honra que me conferiu ó Instiluto de Economia da nobre Asso

ciação Comercial de São Paulo.

Os

eminentes conferencistas que me ante cederam nesta tribuna lhe aumentaram

ximam, e podem vir encontrar as organizações em aprêço fora da forma desejada. E assim se repetirá o espetáculo de 19 de janeiro.

lustre e o prestígio, expondo-me, assim, a contraste que indisfarçàvelmen-

• te me oprime. A amplitude e a riqueza do tema a versar colidem, de outro

lado, com o dever de brevidade que

►A* < (

nosso destino dek dependesse, em ho ras decisivas para a humanidade. Essa obra não se conteve no plano nacional;

gradativamente o quadro do seu des

dobramento se ampliou, e, por firn, sé confundiu com o próprio mundo civilizado, cuja sorte se ligou ao seu êxito, ou ao seu malogro. E é o sentido uni

versal que o go\'êrno e a figura de Roosevelt alcançaram que explica o fato de aqui nos encontrarmos, ungidos de

respeito e de gratidão, para lhe recor

me é impôsto, para não punir em de

darmos os feitos e llie reverenciannos

masia a imprudência dos que me vie-

a memória.


22

Não é possível separar a vida pública de Roosevelt da sua personalidade hu

experiência rooseveltiana, a convicção

mana. O criadpr domina e absorve in

profunda, a energia moral do criador do

tegralmente a sua criação. Esta é ape nas uma projeção daquele, mesmo nas

suas fraquezas e enganos. A obra rooseveltiana está intensamente impregna^ de emoção e de sentimento. Não e, não foi, em qualquer momento, ape nas fruto da técnica, ou da ciência.

Nela nada é frio e rígido. Percebe-se sempre que o espírito que conduz e o

pu_so que realiza recebem inspirações

de um coração ardente, aquecido de

idealismo e de fé, exuberante de fra ternidade.

"I love a good fight"

.p governo de Roosevelt foi uma baalha sem pausa. Sempre porém, um Ideal generoso moveu o incansável lu tador. Lutou pelos fracos contra os

desempregados e pelos invíiüdos contra o egoísmo dos ricos; pela riqueza criadora, contra os que dela se utilizavam, ferindo a moralidade e o mteresse coletivo; pela democracia contra os que a desmoralizavam, reduzin

do-a a ineficiência; pela dignidade do homem contra a tirania. Nascido, e vivendo na abastança, tomou-se o arnino carmhoso dos desamparados e dos hu

mildes. Condenado à quase total para lisia, pela cruel doença que lhe provou a tempera da vontade, o intemerato batalhador só se retirou da arena, vencido

pela morte. "I leve a good fight" — disse Roosevelt, ao encetar a sua tercei

ra campanha presidencial, depois de es

A

davia, ao político francês o espirito da

volía à

nornuilidade

"A década que se seguiu à Grande Guerra, como a posterior u Guerra Civil,

a base do "american system". A opi

nião pública apoiava decisivamente a orientação republicana, sem embargo dos 5 milhões de votos, que o programa pro

"New Deal".

foi o período do conservantismo em po

O que Roosevelt desejou realizar, e o que realizou efetivamente, não pode ser

lítica e na filosofia social", dizem Mo-

gressista de La-Follete logrou alcançar na competição eleitoral contra Coolidge.

rison & Commager, na notável obra

A indústria estava fortemente ampara

analisado

sob o critério imilateral de

"The Growth of the Amerícan Repu-

da e apoiada pelo reforço de tarifas rea

um economista, à base apenas de dados

lizado em 1922; as leis anti-"tTusts"

princípios mais ou menos científicos. Sua obra é essencialmente política; é

bUc". "Época de super-produção e de super-especulação", c como Roosevelt a julgará. As avançadas roformadoras, ex pressas aliás mais em palavras do que

como grande político, como um verda

em atos, partidas de Theodore Roose

deiro homem de Estado, que ele se

conduz sempre, isto é, vendo e conside

velt, com o "Square Deal", e de Wil son, com a "New Freedom", perten

rando os problemas no seu complexo,

ciam a um passado de que o país se

era um mal, e não se punia a potenciali

como êles se apresentam na vida real,

deveria desviar definitivamente. A guer

dade do mal.

fonte de tôdas as contradições e incoe

ra abrira, como sempre, oportunidade

rências.

ao desenvolvimento industrial e à con

Sob o império desse culto da eficiên cia, a investidura na presidência de um

estatísticos, ou por um teórico à luz de

A intuição e a sensibilidade

foram as grandes armas de que se va leu; êstes atributos é que o sustentaram na luta angustiante de buscar o fim

quista de grandes fortunas, gerando

fixado, através quase sempre de cami

discreta que lhe competia; os indivíduos

nhos sinuosos e incertos.

construiriam a prosperidade própria e o progresso da nação. A característica

uma mentalidade eufórica.

orientação do Partido Republicano, con solidada sobretudo nos últimos tempos

gorosamente renovadora, havia de sus

do século XIX, SC afirmaria com o maior

citar animosidade e paixões intensas. Estas ainda não arrefeceram, de modo

vigor e convicção: "laissez faire", tarifas aduaneiras elevadas, conquista de mer

a permitir um julgamento. A experiên cia Roosevelt está posta no campo da

cados e de matérias-primas, eliminação

das leis regulamentadoras, redução de

mais acesa polêmica. O sentido de e.vpe-

impostos.

riência, que 'he é bem adequado e carac terístico, nos consente, entretanto, em preender uma tentativa, necessariamente

É o período que Harding crismou como de volta à normaHdade — "xetum

falha e defeituosa,- de síntese e de in terpretação, sem o propósito nem de

to noimalcy" — definindo nestes termos o seu ideal: "Menos govêmo nos negó cios e mais negócios no governo". A

revelações, nem de enunciar conclusões jactanciosas sôbre os seus resultados.

figura simbólica desta política é o si

Não vivemos esta experiência: assistimo-

la de longe, e por isso só a podemos

seres. É essa força interior, é essa flama

conhecer através de o^Jios alheios, nem

d'alma que engrandece a figura de Roo sevelt, e lhe projeta a obra no futuro. Sem êsse fogo transfigurador, a sua

sempre capazes de visão isenta em ma

téria que tanto turva a serenidade. Por este motivo mesmo, os fatos positivo^

ação no plano nacional se teria limitado talvez a uma experiência mofina e fa lhada, como a que ensaiou um estadista da inteligência de Leon Blum, seguindo

os elementos que me servirão neste tentame, a que me arrisco ajudado da in-

aliás o modelo americano.

duigência dos meus ouvintes.

os dados concretos, a palavra direta de

Roosevelt serão, tanto quanto possíve',

O que era

preciso era repor o govêmo na posição

Um lutador de tal porte, pondo em prática um programa de orientação vi

forços que esgotariam o mais sadio dos

Faltou, to-

23

DicESTo Econômico

Dicesto Econó.noco

f'

Sherman e Clayton passaram a ser letra morta; a Inter-State Commerce Comission e a Federal Trade Comission perde ram qualquer eficiência; e a Suprema Côrte sentenciava que a grandeza das

corporações econômicas em si mesma não

engenheiro de minas, que já triunfara na vida privada e dera testemunho de dinamismo em várias comissões oficiais, só podia ser saudada como um novo

avanço na marcha do progresso contínuo.

As grandes empresas e os poderosos grupos financeiros estendiam cada vez

mais a sua influência e os seus lenta- j culos. Hoover não tinha, porém, um temperamento apático e omisso, como o

de Coolidge. Ao seu espírito de técnico parecia que o govêmo se deveria subme ter a diretrizes científicas e a proces

sos mecânicos, para alcançar resultad^os matemàticamente favoráveis.

O gover

no não poderia ser impassível ou indife rente: cumpria-lhe empregar o seu po

der para ajudar as empiêsas e as cor porações a crescerem cada vez mais, favorecendo as alianças e os ajustes que

lencioso Coolidge, homem negativo, abs

as tomassem sempre mais fortes. Os "tmsts" se agigantaram. Em 19-9, apre-

têmio de atos e de palavras, e que su cintamente assim exprimiu a sua filo

S6nt<v*S6 novft l6i d© nurncnto d© turi£âs. A confiança e o otimismo insuflados pelo

sofia: "business of the U.S. is business". Sob o domínio desta concepção, dever-se-ia desenvolver a grande prospe ridade americana. O progresso e a ri

queza seriam o fruto do "rugged indi- vidualism", que Hoover, escolhido, em

1928, pãra a presidência indicaria como

govêmo são insensíveis às ponderações dos que pressentem os riscos da política

inflexivelmente seguida.

As crises de

1921 e 1924 de nada valeram como

advertência.

A delirante sensação de

progresso não permita sentir a decadên

cia acentuada da agricultura, em regime


22

Não é possível separar a vida pública de Roosevelt da sua personalidade hu

experiência rooseveltiana, a convicção

mana. O criadpr domina e absorve in

profunda, a energia moral do criador do

tegralmente a sua criação. Esta é ape nas uma projeção daquele, mesmo nas

suas fraquezas e enganos. A obra rooseveltiana está intensamente impregna^ de emoção e de sentimento. Não e, não foi, em qualquer momento, ape nas fruto da técnica, ou da ciência.

Nela nada é frio e rígido. Percebe-se sempre que o espírito que conduz e o

pu_so que realiza recebem inspirações

de um coração ardente, aquecido de

idealismo e de fé, exuberante de fra ternidade.

"I love a good fight"

.p governo de Roosevelt foi uma baalha sem pausa. Sempre porém, um Ideal generoso moveu o incansável lu tador. Lutou pelos fracos contra os

desempregados e pelos invíiüdos contra o egoísmo dos ricos; pela riqueza criadora, contra os que dela se utilizavam, ferindo a moralidade e o mteresse coletivo; pela democracia contra os que a desmoralizavam, reduzin

do-a a ineficiência; pela dignidade do homem contra a tirania. Nascido, e vivendo na abastança, tomou-se o arnino carmhoso dos desamparados e dos hu

mildes. Condenado à quase total para lisia, pela cruel doença que lhe provou a tempera da vontade, o intemerato batalhador só se retirou da arena, vencido

pela morte. "I leve a good fight" — disse Roosevelt, ao encetar a sua tercei

ra campanha presidencial, depois de es

A

davia, ao político francês o espirito da

volía à

nornuilidade

"A década que se seguiu à Grande Guerra, como a posterior u Guerra Civil,

a base do "american system". A opi

nião pública apoiava decisivamente a orientação republicana, sem embargo dos 5 milhões de votos, que o programa pro

"New Deal".

foi o período do conservantismo em po

O que Roosevelt desejou realizar, e o que realizou efetivamente, não pode ser

lítica e na filosofia social", dizem Mo-

gressista de La-Follete logrou alcançar na competição eleitoral contra Coolidge.

rison & Commager, na notável obra

A indústria estava fortemente ampara

analisado

sob o critério imilateral de

"The Growth of the Amerícan Repu-

da e apoiada pelo reforço de tarifas rea

um economista, à base apenas de dados

lizado em 1922; as leis anti-"tTusts"

princípios mais ou menos científicos. Sua obra é essencialmente política; é

bUc". "Época de super-produção e de super-especulação", c como Roosevelt a julgará. As avançadas roformadoras, ex pressas aliás mais em palavras do que

como grande político, como um verda

em atos, partidas de Theodore Roose

deiro homem de Estado, que ele se

conduz sempre, isto é, vendo e conside

velt, com o "Square Deal", e de Wil son, com a "New Freedom", perten

rando os problemas no seu complexo,

ciam a um passado de que o país se

era um mal, e não se punia a potenciali

como êles se apresentam na vida real,

deveria desviar definitivamente. A guer

dade do mal.

fonte de tôdas as contradições e incoe

ra abrira, como sempre, oportunidade

rências.

ao desenvolvimento industrial e à con

Sob o império desse culto da eficiên cia, a investidura na presidência de um

estatísticos, ou por um teórico à luz de

A intuição e a sensibilidade

foram as grandes armas de que se va leu; êstes atributos é que o sustentaram na luta angustiante de buscar o fim

quista de grandes fortunas, gerando

fixado, através quase sempre de cami

discreta que lhe competia; os indivíduos

nhos sinuosos e incertos.

construiriam a prosperidade própria e o progresso da nação. A característica

uma mentalidade eufórica.

orientação do Partido Republicano, con solidada sobretudo nos últimos tempos

gorosamente renovadora, havia de sus

do século XIX, SC afirmaria com o maior

citar animosidade e paixões intensas. Estas ainda não arrefeceram, de modo

vigor e convicção: "laissez faire", tarifas aduaneiras elevadas, conquista de mer

a permitir um julgamento. A experiên cia Roosevelt está posta no campo da

cados e de matérias-primas, eliminação

das leis regulamentadoras, redução de

mais acesa polêmica. O sentido de e.vpe-

impostos.

riência, que 'he é bem adequado e carac terístico, nos consente, entretanto, em preender uma tentativa, necessariamente

É o período que Harding crismou como de volta à normaHdade — "xetum

falha e defeituosa,- de síntese e de in terpretação, sem o propósito nem de

to noimalcy" — definindo nestes termos o seu ideal: "Menos govêmo nos negó cios e mais negócios no governo". A

revelações, nem de enunciar conclusões jactanciosas sôbre os seus resultados.

figura simbólica desta política é o si

Não vivemos esta experiência: assistimo-

la de longe, e por isso só a podemos

seres. É essa força interior, é essa flama

conhecer através de o^Jios alheios, nem

d'alma que engrandece a figura de Roo sevelt, e lhe projeta a obra no futuro. Sem êsse fogo transfigurador, a sua

sempre capazes de visão isenta em ma

téria que tanto turva a serenidade. Por este motivo mesmo, os fatos positivo^

ação no plano nacional se teria limitado talvez a uma experiência mofina e fa lhada, como a que ensaiou um estadista da inteligência de Leon Blum, seguindo

os elementos que me servirão neste tentame, a que me arrisco ajudado da in-

aliás o modelo americano.

duigência dos meus ouvintes.

os dados concretos, a palavra direta de

Roosevelt serão, tanto quanto possíve',

O que era

preciso era repor o govêmo na posição

Um lutador de tal porte, pondo em prática um programa de orientação vi

forços que esgotariam o mais sadio dos

Faltou, to-

23

DicESTo Econômico

Dicesto Econó.noco

f'

Sherman e Clayton passaram a ser letra morta; a Inter-State Commerce Comission e a Federal Trade Comission perde ram qualquer eficiência; e a Suprema Côrte sentenciava que a grandeza das

corporações econômicas em si mesma não

engenheiro de minas, que já triunfara na vida privada e dera testemunho de dinamismo em várias comissões oficiais, só podia ser saudada como um novo

avanço na marcha do progresso contínuo.

As grandes empresas e os poderosos grupos financeiros estendiam cada vez

mais a sua influência e os seus lenta- j culos. Hoover não tinha, porém, um temperamento apático e omisso, como o

de Coolidge. Ao seu espírito de técnico parecia que o govêmo se deveria subme ter a diretrizes científicas e a proces

sos mecânicos, para alcançar resultad^os matemàticamente favoráveis.

O gover

no não poderia ser impassível ou indife rente: cumpria-lhe empregar o seu po

der para ajudar as empiêsas e as cor porações a crescerem cada vez mais, favorecendo as alianças e os ajustes que

lencioso Coolidge, homem negativo, abs

as tomassem sempre mais fortes. Os "tmsts" se agigantaram. Em 19-9, apre-

têmio de atos e de palavras, e que su cintamente assim exprimiu a sua filo

S6nt<v*S6 novft l6i d© nurncnto d© turi£âs. A confiança e o otimismo insuflados pelo

sofia: "business of the U.S. is business". Sob o domínio desta concepção, dever-se-ia desenvolver a grande prospe ridade americana. O progresso e a ri

queza seriam o fruto do "rugged indi- vidualism", que Hoover, escolhido, em

1928, pãra a presidência indicaria como

govêmo são insensíveis às ponderações dos que pressentem os riscos da política

inflexivelmente seguida.

As crises de

1921 e 1924 de nada valeram como

advertência.

A delirante sensação de

progresso não permita sentir a decadên

cia acentuada da agricultura, em regime


LIÜIIIIV ' J- I

24

Digesto Econômico

25

Dicesto Econômico

ãà super-produção, forçada a comprar

Iorque, anunciando o trágico fim do

no mercado interno fortemente protegi do e sem poder vender no mercado ex

cortados; a arrecadação da receita públi

impotentes de Herbert Hoover.

jôgo aventuroso, e marcando o início

ca diminuiu de forma alarmante, obri

engenheiro, confiante nos cálculos e na

da maior crise econômica de todos os

tempos, o atordoamento e a surprêsa

gando à supressão de despesas. Nos três primeiros anos da depressão,

infalibilidade dos financistas e da técni

terno, em tômo do qual se erguiam as

barreiras a'fandegárias de represália. Os Estados Unidos, que se tinham transfor

desorientaram a grande massa dos que

mais de 5 mil bancos se fecharam. O comércio exterior se reduziu no mesmo

Êste

ca. anunciara, na sua campanha presi

dencial, que a pobreza estava prestes a ser'eliminada do pais, e que êste objetivo seria alcançado, se não se abandonasse a

mado depois da guerra em grande nação

estavam embalados pela idéia da eter nidade da "prosperity". O governo fe

credora, não recebiam as suas dívidas

deral, as autoridades do Stock Exchan

externas, porque os devedores não po

ge, os grandes magnatas como John D. Rockefeller (que, em plena queda de va lores entrou a comprar), procuraram

espaço de tempo de dois terços. Em junho de 1932, as ações valiam na bô'sa pouco mais de 1/6 do que valiam em 1929, 1/3 do que valiam em 1926. Num artigo do "New Republic" se dava

inutilmente sustentar o mercado, e deter

uma síntese da situação nesta expressão:

o nervosismo que se apoderou de milhões

"Duy América for five biUion doUars",

de possuidores de títulos. Mas erravam

indicando que, por esta soma, se po

mir a presidência de um pais funda mente golpeado, de uma "stricken na-

grosseiramente os que supunham tratarse apenas de uma crise da mesma natu reza e proporção de uma dessas crises cíclicas, que os marxistas indicam como fatais no regime capitalista. O colapso

deriam comprar tôdas as ações das com panhias americanas então cotadas na

distribuía

Bôlsa de Nova Iorque, as mesmas ações

atitude que êle explicaria, declarando

verificado era indício c'aro de um cata*-

mado em abalo sísmico.

diam pagar, em razão das dificulda

des próprias, acrescidas pela restrição de venda dos seus produtos no mercado americano; e não podendo vender, não estavam em condições, nem de pagar

nem de comprar. Os sinais aa tempestade que se apro ximava não eram perceptíveis à sensi bilidade da grande maioria, sob o fas

cínio da idéia de que se havia encon

trado o caminho do progresso sem têrmo. Os Estados Unidos, aos olhos da

clismo de proporçõe.s e de alcance irn-

massa ernbriagada pela expansão im petuosa dos negócios, se apresentavam

Erevisíveis, que ameaçava- a própria so-

"América "Nadacountry", é impossível" ha-

Obstinou-se Hoover em desconhecer a

tho Golden

yna dito Henry Ford; e o "fordísmo" dominava a Ainérica, orgulhosa de si mesma, causando a inveja e desper tando a imitação de todo o mundí.

Já nao era bastante viver o presente; era urgente antecipar o futuro para que cada vm gozasse desde logo os frutos que advmam certamente do progresso incessante. Açulou-se a mais dese^rea-

da especulação. O programa milagroso era este; comprar mais e dever mais O povo americano estava como Alice

no país das maravilhas — observou, mais tarde, Roorevelt. O desenvolvimento do "insta'ment system", ou de vendas em

prestações, propiciou à larga os meios de alcançar essa antecipação, criando ao

mesmo tempo uma situação de artificialismo e insegurança, que iria tornar es pecialmente dramática a 'derrocada que so avizinliava.

revivêpcia do sistema.

que em 1929 custariam 32 bilhões de dólares.

O "boom" se havia transfor

Envolvido na tormenta, Hoover, sem

crédito, pelo erro de suas previsões róseas, ficou inerte e vencido; e quando

agiu o fez para ensaiar medidas tímidas

realidade, fato que talvez se explique

e contrapyjducentes.

pela rigidez de seu feitío e pela inadaj>tação àe sua mentalicl.ide, formada no

tentadas pela Reconstruction Finance

Corporation foram seródias e superfi

clima do êxito, à situação de ruína e de

ciais.

As intervenções

to econômico conduzira àquela paisagem

ê!o ainda desilude os que esperavam

de ruínas e de desespêro, sob o impé

O livre e desgovernado desenvolvimen

uma intervenção enérgica do govêmo,

rio de uma lei de Malthus "à rebours",

para conjurar ou minorar a depressão; e na sua fidelidade ao dogma individua

conforme observa Bonn: "os aparellios

lista, reafirma hermèticamente que as

progressão geométrica, enquanto o con sumo crescera apenas em progressão arit mética". De 1920 a 1929, a política do

das, não pela qção legis ativa ou pela

da produção cresceram segundo uma

intervenção do executivo, mas pelo es

govêrno federal se define por estas dire

forço conjugado dos produtores e con-

trizes: redução de impostos e diminui

sumldorc;;. Em melo à hecatombe, Pan-

ção das despesas públicas, enquanto

gloss ocupava o govêmo.

crescia a renda nacional.

O quadro é bem conhecido. O colap^

período,

os

dividendos

No mesmo

aumentaram

so se acentuou em extensão e pTofui>-

muito, e os salários pouco, ou seja,

didade sem que nada o pudesse deter. Milhões de possuidcre.s ds títulos perde

acentuou-se o desequilíbrio na distribui ção da riqueza produzida.

ram as suas economias; milhares de em-

No mundo convulsionado pela crise

presas foram arrastadas à falência; as compras cairam verliginosamente; a pro

Quando, em outubro de 1929, se deu

econômica e política, que o colapso dos Estados Unidos agravara profundamen

dução foi reduzida de maneira drástica;

o oolapso dos valores na bôlsa de Nova

operários demitidos em mas.sa; salários

te, é que Franklin Roosevelt recebeu,

O colapso

desordem e sofrimento, sucumbida eco nômica e moralmente.

Franklin Roosevelt sabia que ia assu tion", na sua própria palaxTa. ilusões e

Hoover

entorpecentes

que o m^ico não deve anunciar ao en fermo grave o seu verdadeiro estado. A primeira atitude do novo presidente foi ao contrário dizer ao povo a verdade mde, sem atenuantes.

No mesmo mês de março de 1933

Hit'ér conquistava o noder e obtinha do

Reiohstag, no dia 24,'a famosa "lei para

combater a crise nacional", que repre sentou o suicídio da República de Weimar e a instauração da ditadura nazista.

desespêro que subitamente se criara. Na sua mensagem de 1930 ao Congresso

"feridas econômicas" deviam ser cura

política seguida desde 1920. E entre gava ao seu sucessor uma nação em

em março de 1933, o govêmo das mãos

Havia, então, na Alemanha seis milhões de desempregados; nos Estados Unidos, no clímax "da depressão, as estatísticas

registravam de treze a dezessete milhões

da sem trabalho. A crise económi(^ mundial parecia significar a irremediá vel falência do regune capitalista, que

só poderia sobreviver pela medicina de sesperada de uma ditadura totalitária. Hoover, reafirmando a sua fe no po der do indivíduafismo e do sistema ame

ricano, no ú'tinio discurso proferido na campanha eleitoral de 1932, definiu a significação da luta que se travava: "Esta campanha é mais do que uma competição entre dois homens. É mais do que uma competição entre dois par tidos. É uma competição entre duas filosofias de govêmo. Nossos adver

sários propõem mudanças e o tão falado "New Deal", que podem destruir a ver dadeira base do "americaa system.,.


LIÜIIIIV ' J- I

24

Digesto Econômico

25

Dicesto Econômico

ãà super-produção, forçada a comprar

Iorque, anunciando o trágico fim do

no mercado interno fortemente protegi do e sem poder vender no mercado ex

cortados; a arrecadação da receita públi

impotentes de Herbert Hoover.

jôgo aventuroso, e marcando o início

ca diminuiu de forma alarmante, obri

engenheiro, confiante nos cálculos e na

da maior crise econômica de todos os

tempos, o atordoamento e a surprêsa

gando à supressão de despesas. Nos três primeiros anos da depressão,

infalibilidade dos financistas e da técni

terno, em tômo do qual se erguiam as

barreiras a'fandegárias de represália. Os Estados Unidos, que se tinham transfor

desorientaram a grande massa dos que

mais de 5 mil bancos se fecharam. O comércio exterior se reduziu no mesmo

Êste

ca. anunciara, na sua campanha presi

dencial, que a pobreza estava prestes a ser'eliminada do pais, e que êste objetivo seria alcançado, se não se abandonasse a

mado depois da guerra em grande nação

estavam embalados pela idéia da eter nidade da "prosperity". O governo fe

credora, não recebiam as suas dívidas

deral, as autoridades do Stock Exchan

externas, porque os devedores não po

ge, os grandes magnatas como John D. Rockefeller (que, em plena queda de va lores entrou a comprar), procuraram

espaço de tempo de dois terços. Em junho de 1932, as ações valiam na bô'sa pouco mais de 1/6 do que valiam em 1929, 1/3 do que valiam em 1926. Num artigo do "New Republic" se dava

inutilmente sustentar o mercado, e deter

uma síntese da situação nesta expressão:

o nervosismo que se apoderou de milhões

"Duy América for five biUion doUars",

de possuidores de títulos. Mas erravam

indicando que, por esta soma, se po

mir a presidência de um pais funda mente golpeado, de uma "stricken na-

grosseiramente os que supunham tratarse apenas de uma crise da mesma natu reza e proporção de uma dessas crises cíclicas, que os marxistas indicam como fatais no regime capitalista. O colapso

deriam comprar tôdas as ações das com panhias americanas então cotadas na

distribuía

Bôlsa de Nova Iorque, as mesmas ações

atitude que êle explicaria, declarando

verificado era indício c'aro de um cata*-

mado em abalo sísmico.

diam pagar, em razão das dificulda

des próprias, acrescidas pela restrição de venda dos seus produtos no mercado americano; e não podendo vender, não estavam em condições, nem de pagar

nem de comprar. Os sinais aa tempestade que se apro ximava não eram perceptíveis à sensi bilidade da grande maioria, sob o fas

cínio da idéia de que se havia encon

trado o caminho do progresso sem têrmo. Os Estados Unidos, aos olhos da

clismo de proporçõe.s e de alcance irn-

massa ernbriagada pela expansão im petuosa dos negócios, se apresentavam

Erevisíveis, que ameaçava- a própria so-

"América "Nadacountry", é impossível" ha-

Obstinou-se Hoover em desconhecer a

tho Golden

yna dito Henry Ford; e o "fordísmo" dominava a Ainérica, orgulhosa de si mesma, causando a inveja e desper tando a imitação de todo o mundí.

Já nao era bastante viver o presente; era urgente antecipar o futuro para que cada vm gozasse desde logo os frutos que advmam certamente do progresso incessante. Açulou-se a mais dese^rea-

da especulação. O programa milagroso era este; comprar mais e dever mais O povo americano estava como Alice

no país das maravilhas — observou, mais tarde, Roorevelt. O desenvolvimento do "insta'ment system", ou de vendas em

prestações, propiciou à larga os meios de alcançar essa antecipação, criando ao

mesmo tempo uma situação de artificialismo e insegurança, que iria tornar es pecialmente dramática a 'derrocada que so avizinliava.

revivêpcia do sistema.

que em 1929 custariam 32 bilhões de dólares.

O "boom" se havia transfor

Envolvido na tormenta, Hoover, sem

crédito, pelo erro de suas previsões róseas, ficou inerte e vencido; e quando

agiu o fez para ensaiar medidas tímidas

realidade, fato que talvez se explique

e contrapyjducentes.

pela rigidez de seu feitío e pela inadaj>tação àe sua mentalicl.ide, formada no

tentadas pela Reconstruction Finance

Corporation foram seródias e superfi

clima do êxito, à situação de ruína e de

ciais.

As intervenções

to econômico conduzira àquela paisagem

ê!o ainda desilude os que esperavam

de ruínas e de desespêro, sob o impé

O livre e desgovernado desenvolvimen

uma intervenção enérgica do govêmo,

rio de uma lei de Malthus "à rebours",

para conjurar ou minorar a depressão; e na sua fidelidade ao dogma individua

conforme observa Bonn: "os aparellios

lista, reafirma hermèticamente que as

progressão geométrica, enquanto o con sumo crescera apenas em progressão arit mética". De 1920 a 1929, a política do

das, não pela qção legis ativa ou pela

da produção cresceram segundo uma

intervenção do executivo, mas pelo es

govêrno federal se define por estas dire

forço conjugado dos produtores e con-

trizes: redução de impostos e diminui

sumldorc;;. Em melo à hecatombe, Pan-

ção das despesas públicas, enquanto

gloss ocupava o govêmo.

crescia a renda nacional.

O quadro é bem conhecido. O colap^

período,

os

dividendos

No mesmo

aumentaram

so se acentuou em extensão e pTofui>-

muito, e os salários pouco, ou seja,

didade sem que nada o pudesse deter. Milhões de possuidcre.s ds títulos perde

acentuou-se o desequilíbrio na distribui ção da riqueza produzida.

ram as suas economias; milhares de em-

No mundo convulsionado pela crise

presas foram arrastadas à falência; as compras cairam verliginosamente; a pro

Quando, em outubro de 1929, se deu

econômica e política, que o colapso dos Estados Unidos agravara profundamen

dução foi reduzida de maneira drástica;

o oolapso dos valores na bôlsa de Nova

operários demitidos em mas.sa; salários

te, é que Franklin Roosevelt recebeu,

O colapso

desordem e sofrimento, sucumbida eco nômica e moralmente.

Franklin Roosevelt sabia que ia assu tion", na sua própria palaxTa. ilusões e

Hoover

entorpecentes

que o m^ico não deve anunciar ao en fermo grave o seu verdadeiro estado. A primeira atitude do novo presidente foi ao contrário dizer ao povo a verdade mde, sem atenuantes.

No mesmo mês de março de 1933

Hit'ér conquistava o noder e obtinha do

Reiohstag, no dia 24,'a famosa "lei para

combater a crise nacional", que repre sentou o suicídio da República de Weimar e a instauração da ditadura nazista.

desespêro que subitamente se criara. Na sua mensagem de 1930 ao Congresso

"feridas econômicas" deviam ser cura

política seguida desde 1920. E entre gava ao seu sucessor uma nação em

em março de 1933, o govêmo das mãos

Havia, então, na Alemanha seis milhões de desempregados; nos Estados Unidos, no clímax "da depressão, as estatísticas

registravam de treze a dezessete milhões

da sem trabalho. A crise económi(^ mundial parecia significar a irremediá vel falência do regune capitalista, que

só poderia sobreviver pela medicina de sesperada de uma ditadura totalitária. Hoover, reafirmando a sua fe no po der do indivíduafismo e do sistema ame

ricano, no ú'tinio discurso proferido na campanha eleitoral de 1932, definiu a significação da luta que se travava: "Esta campanha é mais do que uma competição entre dois homens. É mais do que uma competição entre dois par tidos. É uma competição entre duas filosofias de govêmo. Nossos adver

sários propõem mudanças e o tão falado "New Deal", que podem destruir a ver dadeira base do "americaa system.,.


27

Digesto ECONÓ^UCO 26

Dicesto EcoNÓAnco

Os eleitores não podem entregar a dire

tratar como matcria-prima necessária às

ção do governo sôbre a vida-diária do

suas indústrias as vidas de metade da

povo sem de alguma forma fazê-lo se nhor das almas e dos pensamentos do

fazer "chair a canon" das suas indús

povo".

Defesa do homem esquecido As intenções de Roosevelt se enuncia ram com nitidez e dureza atráves de

seus discursos, proferidos na ardorosa csimpanha eleitoral. A plataforma do Partido Democrático, apresentando-se ao pleito em 1932, era igualmente clara. Prometia, entre outras, as seguintes me didas fundamentais: solução ao desemprêgo» legislação de trabalho, .seguro para a desocupação e a velhice, restau

ração da agricultura, regulamentação federa^, das "holding", conservação e aproveitamento das riquezas naturais no interesse coletivo, acordos comerciais

internacionais, economias e equilíbrio

população do.s Estados Unidos, e delas trias". E proclama a necessidade de que "a declaração dos direitos políticos do cidadão seja completada por unia declaração dos direitos econômicos — uma constituição econômica". Acusa

Roosevelt com

veemência os

canas.

10 milhões de pequenas em-

prê.sas partilham entro si o restante. Se a concentração continua a desenvolverse

na

mesma

cadência, a

indústria

americana será, no fim dêste século, go

vernada por uma dúzia de sociedades e

outros.

uma o'igarquia econômica, se já não a

dualismo americano a sua razão de ser,

alcançámos".

Contra a opressão dessas fôrças des medidas reivindicava Roosevelt os di

fas aduaneiras e pelas subvenções. E deixa claro que a sua orientação será

mem tem o direito de vivér, isto é, o

diversa senão oposta:

"Na nossa opi

de negócios. Mas como c'e o fez, de vemos compreender as razões de sua intervenção.

Elas não se fundam na

doutrina que sempre foi oposta a essa espécie de intervenções; mas se jus

tificam pelos apelos reiterados e pre

orçamentário.

reitos do homem comum:

"Todo ho

direito de se proporcionar uma vida agradável. .. Cada homem tem, além disto, direito sôbre o que êle possui in dividualmente, ou em outros termos, o

direito do exigir que se lhe garanta, na

mais larga medida, a segurança dos seus ganhos. ..

Governar é manter as

balança.s da justiça iguais para todos". As críticas veementes às tarifas al

mentes das empresas privadas. Estas Roosevelt lançava um arrojado plano não ce.ssaram de pedir ao govêmo que de govêmo em proteção e socorro dos lhes pusessem ao serviço todos os meios humi.des, dos fracos, dos pobres, do do assistência de que dispõe. O mes homem esquecido, do "forgotten man". mo homem que declara hoje não querer

fandegárias cada vez mais altas, aos

a intervenção do governo roi o primeiro

nos discursos proferidos cjii todos os

E este o sentido sincero do "New Deal"

cuja essencia ele definiu como "uma concepção nova dos deveres e das res

ponsabilidades do govêmo no terreno economico .

Ao seu ver não era possível, naquela emergencia, insistir no regime dos "do

nothing governments", das administra

ções contemplativas. Um tôrço da po

pulação dos Estados Unidos fora siibi-

tamente lançada às privações, enquanto o poder desgovernado das imensas cor porações privadas, detendo as alavancas de comando da riqueza pública, esma gava a massa do povo desprotegido. E a voz do adversário de Hoover se eleva

a pedir-lhe a imposição de direitos proi

bitivos sobre produtos similares àquêles que êle fanrica.

Quando as cxiisas

não correrem bem — como em 1930 —

êle irá com presteza solicitar um em préstimo do govêmo. Foi assim que nasceu a "Reconstruction Finance Cor-

poration".

Cada grupo, para proteger

os seus interê.sses pessoais, solicitou o apoio do govêmo, sem ter em conta que o papel deste não deve ser o de am parar um grupo, mas o de defender os

direitos individuais e os direitos de pro priedade de todos os cidadãos". Relativamente, aos "trusts" e às "hol

para lembrar que um sistema de govêrno deve ter em vista, antes de tudo, o bem dos indivíduos: "Creio que o

ding", contra os "malfeitores da ri queza", relembrando as campanhas de

indivíduo deve ter plena liberdade de

mula Roosevelt os libelos mais impla

se elevar o mais possível; mas não creio

cáveis:

que, em nome do sagrado individualis

dominada por 600 grandes unidades, governando 2/3 das indústrias ameri

mo, seja permitido a alguns particulares

Theodore Roosevelt e de Wilson, for "A nossa vida econômica está

lação pelos manipuladores financeiros, de amparar o poder ilícito daqueles . q^ue jogam com o bem e a propriedade dos

dirigida por uma centena de homens apenas. Em suma, marchamos para

governos de haverem intervindo, no pe ríodo de expansão, somente pelas tari

nião, o governo não se deve ocupar

garantir a iníc^tíva, a vida, o direito ao trabalho, a segurança dos que econo mizara, em lugar de proteger a manipu

abusos das companhias de ser\'iços pú blicos, aos escândalos das "holding", às

especulações desonestas assinalam, atra

Devemos voltar aos princípios

de outrora; devemos restituir ao indivi isto é, igualdade de oportunidade para todos, negando a qualquer um o direito de e.vplorar os outros. Eu proponho um

conjunto ordenado, claro e preciso de remédios básicos.

Êles protegerão a-

grande massa dos americanos médios, que — não tenho vergonha de repetir — foram esauecidos pelos governantes. Es sas medidas, como a minha teoria sôbre a orientação do govêmo, são fundadas sobre isto: "dizer a verdade".

Todas as providências preconizadas

por Roosevelt visavam a um objetivo fi nal: estabelecer o equilíbrio econômico para assegurar a estabilidade e a ordem

social. Num dos seus últimos discursos, antes das eleições, voha a apelar para

a compreensão dos ricos, nestes termos:

"Quando o rendimento de um grupo da população se toma desproporcionado, a pontos do território americano, os alvos ponto de matar o poder de compra de vés das palavras ardentes de Roosevelt,

da ação renovadora do govérno a inau

gurar-se. Replica nestes termos aos que alertavam a opinião contra o sentido revolucionário do seu programa:

"Eu

um outro, o equílibrio económic-o está

rompido. Incumbe ao govêmo empre

gar as medidas apropriadas para dar remédio a um tal estado de coisas".••

creio no caráter sagrado da propriedade

"Os homens de negócios devem pensar

privada, o que quer dizer que esta pro priedade não pode ser sujeita à mani pulação desumana dos jogadores pro

ção nacional que êles preencnem. Ca^

menos nos seus lucros do que na fun

unidade deve considerar-se como parte

fissionais da bolsa, ou dos conselhos de

integrante de um todo: unia peça e

administração.

um mecanismo". .

Eu faço minha a cen

sura geral contra a regulamentação; eu a reprovo, não somente quando ela é exercida por um grupo sem mandato,

pretendendo o govêmo econômico dos Estados Unidos, mas também quando

ela é praticada pelo próprio governo dos Estados Unidos. Eu creio que o govér

no, sem cair nos excessos de uma buro cracia inquisitorial, pode agir, controlar, contrabalançar esta oligarquia, a fim de

Apoio da opinião pública Para exercer o govêmo, de acordo com

êste programa, "não em proveito de al guns, mas em benefício da massa", cer ca de vinte e três milhões de votos, em

1932, asseguraram o poder a Roosevelt, contra menos de 16 milhões dados ao

seu adversário, presidente da República


27

Digesto ECONÓ^UCO 26

Dicesto EcoNÓAnco

Os eleitores não podem entregar a dire

tratar como matcria-prima necessária às

ção do governo sôbre a vida-diária do

suas indústrias as vidas de metade da

povo sem de alguma forma fazê-lo se nhor das almas e dos pensamentos do

fazer "chair a canon" das suas indús

povo".

Defesa do homem esquecido As intenções de Roosevelt se enuncia ram com nitidez e dureza atráves de

seus discursos, proferidos na ardorosa csimpanha eleitoral. A plataforma do Partido Democrático, apresentando-se ao pleito em 1932, era igualmente clara. Prometia, entre outras, as seguintes me didas fundamentais: solução ao desemprêgo» legislação de trabalho, .seguro para a desocupação e a velhice, restau

ração da agricultura, regulamentação federa^, das "holding", conservação e aproveitamento das riquezas naturais no interesse coletivo, acordos comerciais

internacionais, economias e equilíbrio

população do.s Estados Unidos, e delas trias". E proclama a necessidade de que "a declaração dos direitos políticos do cidadão seja completada por unia declaração dos direitos econômicos — uma constituição econômica". Acusa

Roosevelt com

veemência os

canas.

10 milhões de pequenas em-

prê.sas partilham entro si o restante. Se a concentração continua a desenvolverse

na

mesma

cadência, a

indústria

americana será, no fim dêste século, go

vernada por uma dúzia de sociedades e

outros.

uma o'igarquia econômica, se já não a

dualismo americano a sua razão de ser,

alcançámos".

Contra a opressão dessas fôrças des medidas reivindicava Roosevelt os di

fas aduaneiras e pelas subvenções. E deixa claro que a sua orientação será

mem tem o direito de vivér, isto é, o

diversa senão oposta:

"Na nossa opi

de negócios. Mas como c'e o fez, de vemos compreender as razões de sua intervenção.

Elas não se fundam na

doutrina que sempre foi oposta a essa espécie de intervenções; mas se jus

tificam pelos apelos reiterados e pre

orçamentário.

reitos do homem comum:

"Todo ho

direito de se proporcionar uma vida agradável. .. Cada homem tem, além disto, direito sôbre o que êle possui in dividualmente, ou em outros termos, o

direito do exigir que se lhe garanta, na

mais larga medida, a segurança dos seus ganhos. ..

Governar é manter as

balança.s da justiça iguais para todos". As críticas veementes às tarifas al

mentes das empresas privadas. Estas Roosevelt lançava um arrojado plano não ce.ssaram de pedir ao govêmo que de govêmo em proteção e socorro dos lhes pusessem ao serviço todos os meios humi.des, dos fracos, dos pobres, do do assistência de que dispõe. O mes homem esquecido, do "forgotten man". mo homem que declara hoje não querer

fandegárias cada vez mais altas, aos

a intervenção do governo roi o primeiro

nos discursos proferidos cjii todos os

E este o sentido sincero do "New Deal"

cuja essencia ele definiu como "uma concepção nova dos deveres e das res

ponsabilidades do govêmo no terreno economico .

Ao seu ver não era possível, naquela emergencia, insistir no regime dos "do

nothing governments", das administra

ções contemplativas. Um tôrço da po

pulação dos Estados Unidos fora siibi-

tamente lançada às privações, enquanto o poder desgovernado das imensas cor porações privadas, detendo as alavancas de comando da riqueza pública, esma gava a massa do povo desprotegido. E a voz do adversário de Hoover se eleva

a pedir-lhe a imposição de direitos proi

bitivos sobre produtos similares àquêles que êle fanrica.

Quando as cxiisas

não correrem bem — como em 1930 —

êle irá com presteza solicitar um em préstimo do govêmo. Foi assim que nasceu a "Reconstruction Finance Cor-

poration".

Cada grupo, para proteger

os seus interê.sses pessoais, solicitou o apoio do govêmo, sem ter em conta que o papel deste não deve ser o de am parar um grupo, mas o de defender os

direitos individuais e os direitos de pro priedade de todos os cidadãos". Relativamente, aos "trusts" e às "hol

para lembrar que um sistema de govêrno deve ter em vista, antes de tudo, o bem dos indivíduos: "Creio que o

ding", contra os "malfeitores da ri queza", relembrando as campanhas de

indivíduo deve ter plena liberdade de

mula Roosevelt os libelos mais impla

se elevar o mais possível; mas não creio

cáveis:

que, em nome do sagrado individualis

dominada por 600 grandes unidades, governando 2/3 das indústrias ameri

mo, seja permitido a alguns particulares

Theodore Roosevelt e de Wilson, for "A nossa vida econômica está

lação pelos manipuladores financeiros, de amparar o poder ilícito daqueles . q^ue jogam com o bem e a propriedade dos

dirigida por uma centena de homens apenas. Em suma, marchamos para

governos de haverem intervindo, no pe ríodo de expansão, somente pelas tari

nião, o governo não se deve ocupar

garantir a iníc^tíva, a vida, o direito ao trabalho, a segurança dos que econo mizara, em lugar de proteger a manipu

abusos das companhias de ser\'iços pú blicos, aos escândalos das "holding", às

especulações desonestas assinalam, atra

Devemos voltar aos princípios

de outrora; devemos restituir ao indivi isto é, igualdade de oportunidade para todos, negando a qualquer um o direito de e.vplorar os outros. Eu proponho um

conjunto ordenado, claro e preciso de remédios básicos.

Êles protegerão a-

grande massa dos americanos médios, que — não tenho vergonha de repetir — foram esauecidos pelos governantes. Es sas medidas, como a minha teoria sôbre a orientação do govêmo, são fundadas sobre isto: "dizer a verdade".

Todas as providências preconizadas

por Roosevelt visavam a um objetivo fi nal: estabelecer o equilíbrio econômico para assegurar a estabilidade e a ordem

social. Num dos seus últimos discursos, antes das eleições, voha a apelar para

a compreensão dos ricos, nestes termos:

"Quando o rendimento de um grupo da população se toma desproporcionado, a pontos do território americano, os alvos ponto de matar o poder de compra de vés das palavras ardentes de Roosevelt,

da ação renovadora do govérno a inau

gurar-se. Replica nestes termos aos que alertavam a opinião contra o sentido revolucionário do seu programa:

"Eu

um outro, o equílibrio económic-o está

rompido. Incumbe ao govêmo empre

gar as medidas apropriadas para dar remédio a um tal estado de coisas".••

creio no caráter sagrado da propriedade

"Os homens de negócios devem pensar

privada, o que quer dizer que esta pro priedade não pode ser sujeita à mani pulação desumana dos jogadores pro

ção nacional que êles preencnem. Ca^

menos nos seus lucros do que na fun

unidade deve considerar-se como parte

fissionais da bolsa, ou dos conselhos de

integrante de um todo: unia peça e

administração.

um mecanismo". .

Eu faço minha a cen

sura geral contra a regulamentação; eu a reprovo, não somente quando ela é exercida por um grupo sem mandato,

pretendendo o govêmo econômico dos Estados Unidos, mas também quando

ela é praticada pelo próprio governo dos Estados Unidos. Eu creio que o govér

no, sem cair nos excessos de uma buro cracia inquisitorial, pode agir, controlar, contrabalançar esta oligarquia, a fim de

Apoio da opinião pública Para exercer o govêmo, de acordo com

êste programa, "não em proveito de al guns, mas em benefício da massa", cer ca de vinte e três milhões de votos, em

1932, asseguraram o poder a Roosevelt, contra menos de 16 milhões dados ao

seu adversário, presidente da República


28

Digesto EcoNÓNOca

em exercício, que só logrou vitória em seis Estados da União, enquanto o refor

so o único instrumento que me restará

mador do "New

deres executivos para sustentar a guerra contra a crise, poderes tão amplos

Deal" venceu

nos

outros quarenta e dois. O resultado do

pleito, fruto da emoção nacional pro vocada pela estupenda campanha de Roosevelt, indicava inequivocamente que o país queria experimentar novos mé

todos e percorrer

novos caminhos.

Triunfara estrondosamente o candidato

que despertara na nação deprimida a esperança de salvação, e lhe conquistara assim a confiança. As classes mais mo

destas foram fator preponderante na de cisão das umas.

Roosevelt assume o governo como

ãuem se investe no comando supremo o uma batalha ciclópica. No seu dis

curso de posse, no "inaugural adress",

para enfrentar a .situação — largos poquanto os que me poderiam ser dados

se o país houvesse sido invadido por um inimigo externo"...

O derradeiro período do dramático discurso 6 de fé na democracia e no futuro: "Conservemos a fé na demo

cracia. O povo dos Estados Unidos não falhou. O povo dos Estados Uni

dos reclamou direção e disciplina sob um comando.

Êle me fez o instru

mento aluai dos seus desígnios. Que Deus me dê a Sua benção e proteja cada um de vós. Que Êle seja meu guia nos dias vindouros".

'^his nation ask for action, and acfáoD

29

t)icKsTO Econômico

gresso votou, umas após outras, uma

série de medidas de emergência para conjurar o colapso do sistema bancario, deter a especulação e restabelecer a con

fiança. A Emergcncy Ranking Law dis pôs sôbre a reabertura dos bancos solváveis e regulou a liquidação dos demais. Roosevelt logo após propôs uma redu ção drástica nas despesas federais e

nas pensões dos veteranos de guerra. Os cortes nos salários atingiram a mais de

vencida pelos "deficits" crescentes. No mês seguinte, na esteira do exem

plo de 17 outros países, a Inglaterra à frente, os Estados Unidos tomariam

da dc um instante, se entrega, de cor

tratos do governo e privados. O obje

rasgadamente..." "Somente um insen-

sato otimista poderia negar a sombria

realidade da situação".

Os condutores

que talhamm são impiedosamente jul gados. "Eles não tiveram visão", diz

o novo presidente, "e quando não há visao o povo perece". Roosevelt reafir

ma, porem, a sua confiança no sistema

de governo e na Constituição, "tão sim

ples e tão prática que permite sempre

fazer face as necessidades extraordiná rias, imprimindo-lhe mudanças radicais que, contudo, não lhe alteram a essên cia". E nas pa'avras finais adverte, gravemente; "E de se esperar que o jogo normal da autoridade do executi

vo e do legislativo seja adequado a fazer

face à tarefa sem precedentes que de frontamos. É, porém, possível que a extraordinária necessidade de ação ime

Sosto para salvar o país do desespêro e a convulsão.

O programa a ser executado não é

o de demolir apenas. Somente o que é imprestável deve ser removido.

A

filosofia renovadora de Roosevelt é pru dente, e está expressa nestes termos: "A

dono do padrão ouro, completada pelo cancelamento da cláusula ouro nos con

plicam à medida que ela cresce. Os radicais dizem: abateí-a.

Os conserva

dores: não n'a toqueis. Nós liberais

procuramos os meios de salvar o velho tronco e os ramos novos".

"Tempos do Apocalipse" — denomina Kirklancl os primeiros meses da adminis

tração que se inaugura. A ação se de senvolve em desordem, tumulfuàriamen-

te em meio ao pânico e à angústia, co-: mo se se tratasse de .salvar um imenso

diata reclame o abandono temporário do

barco em submersão rápida. O primei

processo ordinário de governo". Estou decidido, em virtude do meu dever

ro decreto de Roosevelt estabeleceu pela primeira vez na história americana um

constitucional, a recomendar as medidas

feriado bancário

que uma nação golpeada em meio a um

mundo golpeado possa exigir". E positi

tempo que embargava a exportação de ouro e prata. Reunido, em. sessão espe

vamente declara; "Pedirei ao Congres

cial, em 9 de março de 1933, o Con

nacional, ao mesmo

A necessidade imperiosa do contro

le rigoroso do crédito ditou o GlassSteagall Ranking Act, de 16 de junho do mesmo ano, considerado o ato mais

didas saneadoras, um segi^ para os

depósitos bancários até um limite fLxado. Para coibir os abusos, assegurar a mo

ralidade, restabelecer a confiança nas inversões e na venda dos títulos das so

ciedades ao público, para impedir, en

fim a repetição dos escândalos verifi cados no jogo da Bôlsa de 1929, Roose

velt obteve, em maio de 1933, do Coi^ trresso a lei que se tomou conhecida sob tivo deliberado da legislação financeira o nome Tmüi in Securities Act, e cuja era aumentar os preços e permitir a aplicação se ia aperfeiçoar em ]unho de concorrência nos mercados externos. 1934, com a criação da Securities_ and Logo em seguida, pelo Farm Relief e Exchange Comission, destinada, não só InHaction Act o presidente foi autori

zado a emitir 3 bilhões de dólares, ou

a reduzir o valor do dólar até 50%.

civilização é uma árvore cujos galhos mortos e ramos apodrecidos se multi

tra a fome de crédito existente.

1913: estabeleceu-se, entre outras me

Era a execução do com

"Èste é o momento de dizer a

po e alma, à execução do programa pro-

um bilhão de dólares, o que bem mos

mentos a 25%.

promisso do equilíbrio orçamentário, ten tativa aliás vã, e que seria mais tarde

as afirmações de confiança e coraverdade, toda a verdade, francamente,

entidade mais de 300 mil empréstimos foram concedidos, somando mais de

importante relativo ao sistema bancár:of desde o Federal Reserve Act de

now". E para corresponder à urgên cia que exprimira, Roosevelt, sem per

com

cadas; e dentro de um ano só por esta

15%, e nos encargo.s de certos departa

outra medida fundamental — o aban

as notas patéticas se altemam

prietários de casas residenciais hipote

à fiscalização da emissão e da vend^ dos II

vil. V...—

- ---

títulos das empresas privadas, Çomo a

torríár efetiva a responsabilidade dos administradores.

Ação impetuosa

Em janeiro de 1934, depois da con ferência econômica de Londres, verifb

cando a ineficácia das providências já tomadas, Roosevelt efetivou a desvalo rização do dólar, de mais de 40%, crian

O governo agia com decisão, sofregamente. Tudo era inadiável. Era pre ciso providenciar sem a mínima demora. Porque o problema fundamental era es te: reanimar e .sustentar a confiança per

do um fundo de estabilização da moe

dida. O agudo senso político de Roo

da, com os dois bilhões de dólares, de que o Tesouro se beneficiara na ope ração. Entrou-se, na mesma linha de ação, a facilitar a juros baixos o cré dito à agricultura, ao comércio e à in

biente psicológico favorável ao esforço

dústria, através, dos órgãos já instau rados na administração Hoover ~ a Reconstruction Finance Corporation e

a Federal Farm Credit Administration.

Em junho de 1933, restabeleceu-se a

Home Owners Lpan

Corporation

para suprir recursos a pequenos pro-

sevelt compreendia que era imprescin dível, naquela circunstancia, cnar o am

de reerguimento. Qualquer pausa, ou

perplexidade, poderia pôr a perder todo o plano elaborado. Se se destruísse a fé, nas primeir;is horas, se o arrojo go vernamental não revitalizasse diariamen te a expectativa do povo, tudo estaria perdido. A preocupação não era acer tar sempre; era não interromper a luta um minuto sequer.


28

Digesto EcoNÓNOca

em exercício, que só logrou vitória em seis Estados da União, enquanto o refor

so o único instrumento que me restará

mador do "New

deres executivos para sustentar a guerra contra a crise, poderes tão amplos

Deal" venceu

nos

outros quarenta e dois. O resultado do

pleito, fruto da emoção nacional pro vocada pela estupenda campanha de Roosevelt, indicava inequivocamente que o país queria experimentar novos mé

todos e percorrer

novos caminhos.

Triunfara estrondosamente o candidato

que despertara na nação deprimida a esperança de salvação, e lhe conquistara assim a confiança. As classes mais mo

destas foram fator preponderante na de cisão das umas.

Roosevelt assume o governo como

ãuem se investe no comando supremo o uma batalha ciclópica. No seu dis

curso de posse, no "inaugural adress",

para enfrentar a .situação — largos poquanto os que me poderiam ser dados

se o país houvesse sido invadido por um inimigo externo"...

O derradeiro período do dramático discurso 6 de fé na democracia e no futuro: "Conservemos a fé na demo

cracia. O povo dos Estados Unidos não falhou. O povo dos Estados Uni

dos reclamou direção e disciplina sob um comando.

Êle me fez o instru

mento aluai dos seus desígnios. Que Deus me dê a Sua benção e proteja cada um de vós. Que Êle seja meu guia nos dias vindouros".

'^his nation ask for action, and acfáoD

29

t)icKsTO Econômico

gresso votou, umas após outras, uma

série de medidas de emergência para conjurar o colapso do sistema bancario, deter a especulação e restabelecer a con

fiança. A Emergcncy Ranking Law dis pôs sôbre a reabertura dos bancos solváveis e regulou a liquidação dos demais. Roosevelt logo após propôs uma redu ção drástica nas despesas federais e

nas pensões dos veteranos de guerra. Os cortes nos salários atingiram a mais de

vencida pelos "deficits" crescentes. No mês seguinte, na esteira do exem

plo de 17 outros países, a Inglaterra à frente, os Estados Unidos tomariam

da dc um instante, se entrega, de cor

tratos do governo e privados. O obje

rasgadamente..." "Somente um insen-

sato otimista poderia negar a sombria

realidade da situação".

Os condutores

que talhamm são impiedosamente jul gados. "Eles não tiveram visão", diz

o novo presidente, "e quando não há visao o povo perece". Roosevelt reafir

ma, porem, a sua confiança no sistema

de governo e na Constituição, "tão sim

ples e tão prática que permite sempre

fazer face as necessidades extraordiná rias, imprimindo-lhe mudanças radicais que, contudo, não lhe alteram a essên cia". E nas pa'avras finais adverte, gravemente; "E de se esperar que o jogo normal da autoridade do executi

vo e do legislativo seja adequado a fazer

face à tarefa sem precedentes que de frontamos. É, porém, possível que a extraordinária necessidade de ação ime

Sosto para salvar o país do desespêro e a convulsão.

O programa a ser executado não é

o de demolir apenas. Somente o que é imprestável deve ser removido.

A

filosofia renovadora de Roosevelt é pru dente, e está expressa nestes termos: "A

dono do padrão ouro, completada pelo cancelamento da cláusula ouro nos con

plicam à medida que ela cresce. Os radicais dizem: abateí-a.

Os conserva

dores: não n'a toqueis. Nós liberais

procuramos os meios de salvar o velho tronco e os ramos novos".

"Tempos do Apocalipse" — denomina Kirklancl os primeiros meses da adminis

tração que se inaugura. A ação se de senvolve em desordem, tumulfuàriamen-

te em meio ao pânico e à angústia, co-: mo se se tratasse de .salvar um imenso

diata reclame o abandono temporário do

barco em submersão rápida. O primei

processo ordinário de governo". Estou decidido, em virtude do meu dever

ro decreto de Roosevelt estabeleceu pela primeira vez na história americana um

constitucional, a recomendar as medidas

feriado bancário

que uma nação golpeada em meio a um

mundo golpeado possa exigir". E positi

tempo que embargava a exportação de ouro e prata. Reunido, em. sessão espe

vamente declara; "Pedirei ao Congres

cial, em 9 de março de 1933, o Con

nacional, ao mesmo

A necessidade imperiosa do contro

le rigoroso do crédito ditou o GlassSteagall Ranking Act, de 16 de junho do mesmo ano, considerado o ato mais

didas saneadoras, um segi^ para os

depósitos bancários até um limite fLxado. Para coibir os abusos, assegurar a mo

ralidade, restabelecer a confiança nas inversões e na venda dos títulos das so

ciedades ao público, para impedir, en

fim a repetição dos escândalos verifi cados no jogo da Bôlsa de 1929, Roose

velt obteve, em maio de 1933, do Coi^ trresso a lei que se tomou conhecida sob tivo deliberado da legislação financeira o nome Tmüi in Securities Act, e cuja era aumentar os preços e permitir a aplicação se ia aperfeiçoar em ]unho de concorrência nos mercados externos. 1934, com a criação da Securities_ and Logo em seguida, pelo Farm Relief e Exchange Comission, destinada, não só InHaction Act o presidente foi autori

zado a emitir 3 bilhões de dólares, ou

a reduzir o valor do dólar até 50%.

civilização é uma árvore cujos galhos mortos e ramos apodrecidos se multi

tra a fome de crédito existente.

1913: estabeleceu-se, entre outras me

Era a execução do com

"Èste é o momento de dizer a

po e alma, à execução do programa pro-

um bilhão de dólares, o que bem mos

mentos a 25%.

promisso do equilíbrio orçamentário, ten tativa aliás vã, e que seria mais tarde

as afirmações de confiança e coraverdade, toda a verdade, francamente,

entidade mais de 300 mil empréstimos foram concedidos, somando mais de

importante relativo ao sistema bancár:of desde o Federal Reserve Act de

now". E para corresponder à urgên cia que exprimira, Roosevelt, sem per

com

cadas; e dentro de um ano só por esta

15%, e nos encargo.s de certos departa

outra medida fundamental — o aban

as notas patéticas se altemam

prietários de casas residenciais hipote

à fiscalização da emissão e da vend^ dos II

vil. V...—

- ---

títulos das empresas privadas, Çomo a

torríár efetiva a responsabilidade dos administradores.

Ação impetuosa

Em janeiro de 1934, depois da con ferência econômica de Londres, verifb

cando a ineficácia das providências já tomadas, Roosevelt efetivou a desvalo rização do dólar, de mais de 40%, crian

O governo agia com decisão, sofregamente. Tudo era inadiável. Era pre ciso providenciar sem a mínima demora. Porque o problema fundamental era es te: reanimar e .sustentar a confiança per

do um fundo de estabilização da moe

dida. O agudo senso político de Roo

da, com os dois bilhões de dólares, de que o Tesouro se beneficiara na ope ração. Entrou-se, na mesma linha de ação, a facilitar a juros baixos o cré dito à agricultura, ao comércio e à in

biente psicológico favorável ao esforço

dústria, através, dos órgãos já instau rados na administração Hoover ~ a Reconstruction Finance Corporation e

a Federal Farm Credit Administration.

Em junho de 1933, restabeleceu-se a

Home Owners Lpan

Corporation

para suprir recursos a pequenos pro-

sevelt compreendia que era imprescin dível, naquela circunstancia, cnar o am

de reerguimento. Qualquer pausa, ou

perplexidade, poderia pôr a perder todo o plano elaborado. Se se destruísse a fé, nas primeir;is horas, se o arrojo go vernamental não revitalizasse diariamen te a expectativa do povo, tudo estaria perdido. A preocupação não era acer tar sempre; era não interromper a luta um minuto sequer.


m 30

DigESTO EC0NÓMlCk>

Nada era, porém, tão urgente como Com

os dependentes, a massa forçada à ocio sidade somava trinta milhões, ou mais,

rendimento benéfico. Atenderam a êsse

mento. O

objetivo os dois atos que constituem o arcabouço do "Ncw Deal": o National

sem^ nenhuma capacidade de consumo. E aí estava um fator temível de desor-

;

dem e desequilíbrio. Na legislação norte-americana, como

é sabido, os sem trabalho não podiam contar, até então, com outros recursos

que os da caridade privada ou a dos

governos locais, cujos tesouros estavam exaustos. Sempre repugnou à mentali dade americana o sistema inglês do "dole".

Para resolver o problema, Roosevelt

concebeu a execução de um imenso pro grama de obras pública.s, financiadas pela União. As agências administrativas incumbidas de superintender os trabalhos projetados se multiplicaram e se sucederam rapidamente: Civilian Conservation

gigantesco

programa

de

obras se realizava ou sob a direção do departamento federai, ou através das autoridades estaduais ou locais.

As medidas fundamentais

Os objetivos da administração eram eWdentos: dar emprêgo aos .sem traba

lho, restabelecendo a capacidade aqui sitiva de milhões de seres sem valor eco

nômico, e incapazes por isto de ajudar

lares a serem empregados em assistên cia aos necessitados e em trabalhos de

emergencia nos Estados, e que no de

; j '

sempenho desta missão, rapidamente despendeu mais de 3 bilhões de dóla res; a Civil Wofks Administration; a Natíonal Youth Administration, para auxíJio aos jovens estudantes; a Federal House Administration, para financiar a construção de casas particulares.

A grande "agência" diretora das obras

Íjúblicas, com caráter permanente, e que ogrou dar certa unidade e sistema ao trabalho das outras menores, foi a Wcrks

Progress Administration, à qual o Con-

Ao solicitar ao Congresso a lei de

regulamentações da atividade industrial, identificada pela.s iniciais N. I. R; A., o

presidente lhe definiu o objetivo assim: "criar uma maquinaria necessária para um grande movimento cooperativo que

mular os negócios, lançando bilhões de do.ares em circulação; empreender reformas_ necessárias que os governos lo

trabalho semanal, a pagar um salário

obter um amplo reemprego, a reduzir o decente por uma semana mais curta, e

a impedir a concorrência desleal e a de

Pôsto em prática por entre o frenesi e o tumulto, resultantes das condições

sastrosa super-produção".

se ressentiu de talhas inevitáveis, e me

periência arrojada, e segundo o próprio presidente, a lei "mais importante e de

do momento, o plano de obras públicas receu justas^ críticas dos que lhe apon

se considere que em 3 anos nêle se apli caram perto de 9 bilhões de dólares, ci-

ira que, observa um autor, é apenas um

terço do custo para os E.stados Ünidos da primeira guerra mundial; e Roosevei't

anunciara no seu discurso de posse que se^ ia empenhar numa guerra. Os prejuizo.s e os perigos que representavam os milhões de ociosos forçados justifica-

Vi.sando a regular a atividade de tôda a indústria, a N. I. R. A. eva uma ex

maior alcance promulgada até então pe

lo Congresso Americano". A situação que a ditou era de tal ordem que não

tantes da secção sétima da N. I. R. A.,

Eermitindo o contrato coletivo de traalho e a liberdade ao empregado de filiação aos sindicatos. Pode-se conceber a tarefa ciclópica

que representava a regulamentação pro jetada, c da qual se incumbia o famoso general Johnson, presidente da N. R. A.. O sistema abrangia as grandes e as peouenas empresas. A variedade de con dições das diversas organizações espa

lhadas por um país tão vasto e desigual criava problemas tormentosos. Passa dos os primeiros meses de otimisnío, a confusão se generaUzou; e a resistência \'eio terrível. Cêrca de 2 milhões de

empregadores haviam assinado os ajuste.s, e cêrca de 23 milhões de trabalha dores estavam sob a proteção dos códifms. Milhões de desempregados ha viam sido reabsorvidos no trabalho. Mas

a.s queixas se multiplicavam. Suspendenao a vigência da legislação anti-

"trust", e objetivando combater o mo

nopólio, a política da N. R. A., pelo seu alcance indiscriminado, passou a dar

houve inicialmente grande oposição, em bora o seu evidente caráter subversivo, à luz do "american system". Todos

formas introduzidas não tiveram força

A vigência da lei se estabeleceu pelo prazo de dois anos; e a aplicação dos

e'evação de preços, mau grado os ape los de Roosevelt." E ninguém ficou sa tisfeito: as grandes emprêsas reagiam

compreendiam que era necessário, na quele momento, procurar uma solução. seus dispositivos se faria por um .siste ma de códigos, que deveriam abranger cêrca de quinhentas categorias de ne

gócios, segundo a classificação estabiv

resultados contraproducentes, que as re

para sanar. Os acordos se faziam para

contra o controle do govêmo nas rela ções de trabalho; as menores reclama

vam contra a e.xpansão dos monopólios; os consumidores protestavam contra o aumento dos preços das mercadonas.

ram as inversões. As medidas do emer

lecida. E uma vez aceito o código pela

gencia seriam mantidas enquanto du rasse a fase aguda da crise. O prome

determinada categoria de atividade, e

Golpes mortais

aprovado pelo presidente da República, adquiria força de lei geral e permitia a apMcação de penalidades aos que Ihés desrespeitassem as di.sposiçÕes. Um có digo padrão, promulgado em 27 de ju

R. A. a uma empresa de Brooklyn, de

tido equilíbrio orçamentário é que não viria tão cedo.

Roosevelt não se poderia limitar, en nos Improvisadas para acudir às angus

tretanto, às providências mais ou me

I i

gresso, .só em 1935, destinou cêrca de 5 bilhões de dólares, para serem em-

tias da hora. Era necessário tentar al

'

pregados na construção de barragens, de estradas, de túneis, pontes, edifícios pú

guma coisa de permanente, que de fu-

blicos, escolas, empréstimos e auxílios, casas populares, reflorestamento, com-

tural Adjustmcnt Act, êstc promulgado em maio c aque'e cm junho de 193Ô.

o consumo do excesso da produção; esti

orps, ^ destinada a oferecer emprêgo, tavam os vícios da confu.são e do des W ;®"^P0r^'amente a 350 mil jovens entre perdício. Em vários setores, o governo _ ® e a cuidar cia conserva o campo de ação dos particula ção das anos, florestas e do solo; Federal invadia res, o que provocava viva reação. Para Emergence Relief Administration, dis medir-se o vulto do programa basta que pondo de início de meio bilhão de dó

Indu.strial Rccovcry Act e o Agricul-

a-cancc tôda a indústria, de maneira a

cais não tinham meio.s de custear.

31

Dicesto EcoNÓ^aco

bate à erosão do solo, eletrificação ru

absorver os milhões de desempregados, ral, obras de saúde pública e sanea restituíndo-lhes os meios de vida.

1

tmo evitasse novas depressões. Os ví cios do sistema deveriam ser curados para se Ilie garantir a estabilidade e o

maioria dos industriais classificaaos em

nho, estabeleceu as condições básicas

que deveriam constar de todos os ou tros: proibição de trabalho de meno res, fixação de horário semanal de 36 a 40 horas, salário mínimo de 40 cen

tavos por hora, e as estipulações já cons-

Coube a glória da derrubada da N. negócios de aves domésticas. Decidin do o histórico caso Schechter Poultiy

Corp. versus U. S., a Suprema Corte, em 27 de março de 1935, por unani

midade, proclamou a inconstitucionalidade dos códigos, por abusiva delega ção de poder legislativo ao presidente e pela invasão da competência dos es-


m 30

DigESTO EC0NÓMlCk>

Nada era, porém, tão urgente como Com

os dependentes, a massa forçada à ocio sidade somava trinta milhões, ou mais,

rendimento benéfico. Atenderam a êsse

mento. O

objetivo os dois atos que constituem o arcabouço do "Ncw Deal": o National

sem^ nenhuma capacidade de consumo. E aí estava um fator temível de desor-

;

dem e desequilíbrio. Na legislação norte-americana, como

é sabido, os sem trabalho não podiam contar, até então, com outros recursos

que os da caridade privada ou a dos

governos locais, cujos tesouros estavam exaustos. Sempre repugnou à mentali dade americana o sistema inglês do "dole".

Para resolver o problema, Roosevelt

concebeu a execução de um imenso pro grama de obras pública.s, financiadas pela União. As agências administrativas incumbidas de superintender os trabalhos projetados se multiplicaram e se sucederam rapidamente: Civilian Conservation

gigantesco

programa

de

obras se realizava ou sob a direção do departamento federai, ou através das autoridades estaduais ou locais.

As medidas fundamentais

Os objetivos da administração eram eWdentos: dar emprêgo aos .sem traba

lho, restabelecendo a capacidade aqui sitiva de milhões de seres sem valor eco

nômico, e incapazes por isto de ajudar

lares a serem empregados em assistên cia aos necessitados e em trabalhos de

emergencia nos Estados, e que no de

; j '

sempenho desta missão, rapidamente despendeu mais de 3 bilhões de dóla res; a Civil Wofks Administration; a Natíonal Youth Administration, para auxíJio aos jovens estudantes; a Federal House Administration, para financiar a construção de casas particulares.

A grande "agência" diretora das obras

Íjúblicas, com caráter permanente, e que ogrou dar certa unidade e sistema ao trabalho das outras menores, foi a Wcrks

Progress Administration, à qual o Con-

Ao solicitar ao Congresso a lei de

regulamentações da atividade industrial, identificada pela.s iniciais N. I. R; A., o

presidente lhe definiu o objetivo assim: "criar uma maquinaria necessária para um grande movimento cooperativo que

mular os negócios, lançando bilhões de do.ares em circulação; empreender reformas_ necessárias que os governos lo

trabalho semanal, a pagar um salário

obter um amplo reemprego, a reduzir o decente por uma semana mais curta, e

a impedir a concorrência desleal e a de

Pôsto em prática por entre o frenesi e o tumulto, resultantes das condições

sastrosa super-produção".

se ressentiu de talhas inevitáveis, e me

periência arrojada, e segundo o próprio presidente, a lei "mais importante e de

do momento, o plano de obras públicas receu justas^ críticas dos que lhe apon

se considere que em 3 anos nêle se apli caram perto de 9 bilhões de dólares, ci-

ira que, observa um autor, é apenas um

terço do custo para os E.stados Ünidos da primeira guerra mundial; e Roosevei't

anunciara no seu discurso de posse que se^ ia empenhar numa guerra. Os prejuizo.s e os perigos que representavam os milhões de ociosos forçados justifica-

Vi.sando a regular a atividade de tôda a indústria, a N. I. R. A. eva uma ex

maior alcance promulgada até então pe

lo Congresso Americano". A situação que a ditou era de tal ordem que não

tantes da secção sétima da N. I. R. A.,

Eermitindo o contrato coletivo de traalho e a liberdade ao empregado de filiação aos sindicatos. Pode-se conceber a tarefa ciclópica

que representava a regulamentação pro jetada, c da qual se incumbia o famoso general Johnson, presidente da N. R. A.. O sistema abrangia as grandes e as peouenas empresas. A variedade de con dições das diversas organizações espa

lhadas por um país tão vasto e desigual criava problemas tormentosos. Passa dos os primeiros meses de otimisnío, a confusão se generaUzou; e a resistência \'eio terrível. Cêrca de 2 milhões de

empregadores haviam assinado os ajuste.s, e cêrca de 23 milhões de trabalha dores estavam sob a proteção dos códifms. Milhões de desempregados ha viam sido reabsorvidos no trabalho. Mas

a.s queixas se multiplicavam. Suspendenao a vigência da legislação anti-

"trust", e objetivando combater o mo

nopólio, a política da N. R. A., pelo seu alcance indiscriminado, passou a dar

houve inicialmente grande oposição, em bora o seu evidente caráter subversivo, à luz do "american system". Todos

formas introduzidas não tiveram força

A vigência da lei se estabeleceu pelo prazo de dois anos; e a aplicação dos

e'evação de preços, mau grado os ape los de Roosevelt." E ninguém ficou sa tisfeito: as grandes emprêsas reagiam

compreendiam que era necessário, na quele momento, procurar uma solução. seus dispositivos se faria por um .siste ma de códigos, que deveriam abranger cêrca de quinhentas categorias de ne

gócios, segundo a classificação estabiv

resultados contraproducentes, que as re

para sanar. Os acordos se faziam para

contra o controle do govêmo nas rela ções de trabalho; as menores reclama

vam contra a e.xpansão dos monopólios; os consumidores protestavam contra o aumento dos preços das mercadonas.

ram as inversões. As medidas do emer

lecida. E uma vez aceito o código pela

gencia seriam mantidas enquanto du rasse a fase aguda da crise. O prome

determinada categoria de atividade, e

Golpes mortais

aprovado pelo presidente da República, adquiria força de lei geral e permitia a apMcação de penalidades aos que Ihés desrespeitassem as di.sposiçÕes. Um có digo padrão, promulgado em 27 de ju

R. A. a uma empresa de Brooklyn, de

tido equilíbrio orçamentário é que não viria tão cedo.

Roosevelt não se poderia limitar, en nos Improvisadas para acudir às angus

tretanto, às providências mais ou me

I i

gresso, .só em 1935, destinou cêrca de 5 bilhões de dólares, para serem em-

tias da hora. Era necessário tentar al

'

pregados na construção de barragens, de estradas, de túneis, pontes, edifícios pú

guma coisa de permanente, que de fu-

blicos, escolas, empréstimos e auxílios, casas populares, reflorestamento, com-

tural Adjustmcnt Act, êstc promulgado em maio c aque'e cm junho de 193Ô.

o consumo do excesso da produção; esti

orps, ^ destinada a oferecer emprêgo, tavam os vícios da confu.são e do des W ;®"^P0r^'amente a 350 mil jovens entre perdício. Em vários setores, o governo _ ® e a cuidar cia conserva o campo de ação dos particula ção das anos, florestas e do solo; Federal invadia res, o que provocava viva reação. Para Emergence Relief Administration, dis medir-se o vulto do programa basta que pondo de início de meio bilhão de dó

Indu.strial Rccovcry Act e o Agricul-

a-cancc tôda a indústria, de maneira a

cais não tinham meio.s de custear.

31

Dicesto EcoNÓ^aco

bate à erosão do solo, eletrificação ru

absorver os milhões de desempregados, ral, obras de saúde pública e sanea restituíndo-lhes os meios de vida.

1

tmo evitasse novas depressões. Os ví cios do sistema deveriam ser curados para se Ilie garantir a estabilidade e o

maioria dos industriais classificaaos em

nho, estabeleceu as condições básicas

que deveriam constar de todos os ou tros: proibição de trabalho de meno res, fixação de horário semanal de 36 a 40 horas, salário mínimo de 40 cen

tavos por hora, e as estipulações já cons-

Coube a glória da derrubada da N. negócios de aves domésticas. Decidin do o histórico caso Schechter Poultiy

Corp. versus U. S., a Suprema Corte, em 27 de março de 1935, por unani

midade, proclamou a inconstitucionalidade dos códigos, por abusiva delega ção de poder legislativo ao presidente e pela invasão da competência dos es-


i>ii iwy

firr-

32

Dicesto Econômico

tados, no regular o comércio. Caiu, "assim, fulminada pela condenação da justiça, a lei básica da experiência Roo-

sevelt e, que, em substância, represen tava um ensaio de organização corpo rativa das forças produtoras. O sistema

proposto, no seu conjunto, desmoronara. Falhara o projeto para resolver a crise industrial, que êle, Roosevelt, assim des creve:

"Não há indústria

nos Esta

dos Unidos que não sofra, ou de super produção, ou de competição destruidora, ou de práticas desleais, ou de completa ausência de plano". O que de futuro ia

ressurgir seriam medidas esparsas, desti

nadas a suprir às necessidades mais pre mentes da organização do trabalho e da produção. Roosevelt não desanimaria janiais, no seu propósito. A "Blue Ea£ e , que indicara à preferência do pú blico as emprêsas favoráveis aos c(^gos não trouxera a salvação; servira, porém, para sustentar momentâneamenconfiança no reerguimento.

Malôgro idêntico iria ter, após 3 anos

e vigência, ainda sob o anátema da

buprema Corte, o vasto plano de reeragricultura, expresso no

Agricultural Adjustment Act, que ante cedera a própria N. R. A.. A situação agrícola era gravíssima, e sem acudí-la seria yao qualquer esforço em prol do reeqmhbrio económico e social.

Um

jornal dava, nesta época, a seguinte de finição de fazenda: "é uma porção de terra arável, cercada de credores de to

dos cs lados e coberta de hipoteca". Mais de seis milhões de fazendas repre sentavam meios de vida de mais de trin

ta milhões de pessoas. Em 1920, elas percebiam 15% da renda nacional, em 1925, 11%, em 1928, 9% e em 1932, 7%.

Nesta mesma época o que os agricul tores compravam

custava

mais caro

9% do que antes de 1914, e a venda

dos seus produtos lhes dava menos 43%

nas pela bancarrota, mas igualmente

tura, ao que a N. I. R. A. representava

pela desordem que se disseminava

Ias zonas rurais. A disparidade entro o valor da produção da indústria o da

reserva permanente de produtos agrí

seria

colas; estabelecia um seguro especial par ra o trigo. O plano, recebido com re servas iniciais, provou a sua eficiência

mutilado,

modificado, mas

não

velt.

Em complemento ao Soil Erosion Act,

tores estavam desamparados na luta, e de nenhuma eficiência real haviam sido

■de 1935, cujo objetivo era prover à ■conservação aas torras, devastadas pela erosão, o Congresso cm fevereiro de 1936 aprovou o Soil Conser\'ation and

as providencias até então tomadas.

O Agricultural Adjustment Act esta belecia realmente a planifícaçâo da ex

Domestio Allotment Act, dc caráter mais

ploração da terra, e seu objetivo final era elevar o poder de compra da lavou ra, restaurando o nível de' paridade de

positivo do que a lei anterior, e que representava uma efetiva e racional pla-

preços que prevaleceu entro 1909 e

legislação completada. por atos poste

niiicação da cultura da terra.

1914. O plano primitivo alcançava sete

o conibate à super-produção mediante subsídios pagos pelo governo aos lavra dores, que concordassem em reduzir a

área de culHvo. O plano mereceu apoio dos; e, ajudado na sua execução pela

dos agricultores extremamente sacrihcasêca de 1934 e* pelas condições adver sas da colheita de 1935, logrou realizar o aumento dos preços: a renda agrícola nacional subiu de mais ou menos cin co bilhões e quinhentos milhões em 1932 para oito bilhões e setecentos milhões em'

Em 1938, o novo Agricultural Adjust ment Act, • dentro da mesma orientação

trucüon of the Constitution", inutiliza

mercado relativamente ao excesso da co

lheita; previa um sistema de compen sação aos produtores de certos produ tos básicos, que concordassem na limi tação de suas colheitas; subvencionava

os fazendeiros que observassem as me didas prescritas para conservação do solo; 11.

mos, — diz um autor, — que represen

tasse o que em ponto maior a nação ta%'a-se de um empreendimento gigan

zona do país, no propósito de lhe apro

veitar os recursos e de elevar o nível

de vida da população. A base do pla no era a construção de grandes barra

gens, que propiciassem energia elétrica a baixo preço, libertando, assim, os con sumidores das altas tarifas das compa

giram as emprêsas elétricas, temendo a

Cinco eram os seus pontos bá

agricultores interessados, fixar a área de plantação, e estabelecer o controle do

va a segunda base do "Neve Deal" —

ley Autliorily, era uma experiência do planifícaçâo, em que a exploração agrá ria, a conservação do solo e a produ ção de energia elétrica se deveriam conjugar para estabelecer um microcos

dicas.

cultura, com a concordância de 2/3 dos

correspondente, no terreno da agricul

O projeto, esta

nhias particxdares — problema que me

sicos: permitia ao Secretário da Am-

decisão, que o juiz Stone, divergente

tório de sete Estados.

belecido em 1933 pela Tennessee Val-

geral, procurou resolver o problema da

produção agrícola, visando a assegurarlhe estabilidade e evitar as crises perió

excesso de poder tribu

super-produção e a conseqüente queda vertical dos preços haviam gerado uma

De outro lado, a expansão do

les possibilitava trabalhar com maior

tário e usurpação de atribuições dos es tados. Êste julgamento decorreu da premissa de que a superprodução agrí cola era problema meramente local. A

' Uma imensa obra do "New Deal"

que sobreviveu fmtuosamente foi o aproveitamento da região do Tenness^ — uma vasta região âe mais de 40 mil milhas quadradas, abrangendo o terri

tesco: a transformação de uma enorme

confiança.

Em janeiro de 1936, a Suprema Côrte invalidava o Agricultural Adjustment Act, decidindo, no caso United States versus Butler, haver incorrido o govêr-

T: V. A.

excesso, e a substituição por outras cul turas adequadas a assegurar a defesa

Solítica permanente do governo federal,

extremas.

ração.

poderia fazer ou chegar a ser. Tra-

do solo.

1935, cifras que devem ser cotejadas

prática, e teve assegurada a sua du

à censura da Suprema Côrte, já modi ficada na sua composição e mentalida de) objetivava assegurar, de maneira permanente, a paridade dos preços dos produtos agrícolas e industriais, e manter o equilíbrio entre a produção e o consu mo, mediante subsídios pagos pelo tesou ro federal, em compensação à redução de áreas de plantio de certos produtos ein

crédito aos fazendeiros, mantida como

tendo em vista a desvalorização do dó lar ^ e as indenizações do govêano. A política de restrição à produção era se vera, e chegou a lançar mão de medidas

da maioria, classificou de "tortured cons-

A nova

riores (e que escapou no seu conjunto

produtos agrícolas básicos, número qu© foi posteriormente ampliado. Far-se-ia

excevssos da colheita, para assegurar uma

em relação à indústria. O plano, porém, abandonado pela tenacidade de Roose

agricultura era sensível, e atingia o cer ne da estrutura econômica. Os agricul

do que anteriormente a este ano. A

crise profunda, que não se traduzia ape

3S

Dwesto Económico

mcilÜtava empréstimos

sôbre os

recia especial atenção de Roosevelt.

Contra a iniciativa governamental rea

concorrência. Pleitearam que a Supre ma Côrte lhe declarasse a inconstítucionalidade, sem, todavia, lograr êxito.

Representou a Tennessee Valley Authority um arrojado esfôrço de ação cooperativa. Uma população de mi

lhões foi diretamente beneficiada pela construção de gigantescas barragens, cen trais elétricas, criação de cidades, disse minação da assistência social, sob tôdas

as formas. Discutida sob muitos aspec tos, negada nos seus resultados, a obra


i>ii iwy

firr-

32

Dicesto Econômico

tados, no regular o comércio. Caiu, "assim, fulminada pela condenação da justiça, a lei básica da experiência Roo-

sevelt e, que, em substância, represen tava um ensaio de organização corpo rativa das forças produtoras. O sistema

proposto, no seu conjunto, desmoronara. Falhara o projeto para resolver a crise industrial, que êle, Roosevelt, assim des creve:

"Não há indústria

nos Esta

dos Unidos que não sofra, ou de super produção, ou de competição destruidora, ou de práticas desleais, ou de completa ausência de plano". O que de futuro ia

ressurgir seriam medidas esparsas, desti

nadas a suprir às necessidades mais pre mentes da organização do trabalho e da produção. Roosevelt não desanimaria janiais, no seu propósito. A "Blue Ea£ e , que indicara à preferência do pú blico as emprêsas favoráveis aos c(^gos não trouxera a salvação; servira, porém, para sustentar momentâneamenconfiança no reerguimento.

Malôgro idêntico iria ter, após 3 anos

e vigência, ainda sob o anátema da

buprema Corte, o vasto plano de reeragricultura, expresso no

Agricultural Adjustment Act, que ante cedera a própria N. R. A.. A situação agrícola era gravíssima, e sem acudí-la seria yao qualquer esforço em prol do reeqmhbrio económico e social.

Um

jornal dava, nesta época, a seguinte de finição de fazenda: "é uma porção de terra arável, cercada de credores de to

dos cs lados e coberta de hipoteca". Mais de seis milhões de fazendas repre sentavam meios de vida de mais de trin

ta milhões de pessoas. Em 1920, elas percebiam 15% da renda nacional, em 1925, 11%, em 1928, 9% e em 1932, 7%.

Nesta mesma época o que os agricul tores compravam

custava

mais caro

9% do que antes de 1914, e a venda

dos seus produtos lhes dava menos 43%

nas pela bancarrota, mas igualmente

tura, ao que a N. I. R. A. representava

pela desordem que se disseminava

Ias zonas rurais. A disparidade entro o valor da produção da indústria o da

reserva permanente de produtos agrí

seria

colas; estabelecia um seguro especial par ra o trigo. O plano, recebido com re servas iniciais, provou a sua eficiência

mutilado,

modificado, mas

não

velt.

Em complemento ao Soil Erosion Act,

tores estavam desamparados na luta, e de nenhuma eficiência real haviam sido

■de 1935, cujo objetivo era prover à ■conservação aas torras, devastadas pela erosão, o Congresso cm fevereiro de 1936 aprovou o Soil Conser\'ation and

as providencias até então tomadas.

O Agricultural Adjustment Act esta belecia realmente a planifícaçâo da ex

Domestio Allotment Act, dc caráter mais

ploração da terra, e seu objetivo final era elevar o poder de compra da lavou ra, restaurando o nível de' paridade de

positivo do que a lei anterior, e que representava uma efetiva e racional pla-

preços que prevaleceu entro 1909 e

legislação completada. por atos poste

niiicação da cultura da terra.

1914. O plano primitivo alcançava sete

o conibate à super-produção mediante subsídios pagos pelo governo aos lavra dores, que concordassem em reduzir a

área de culHvo. O plano mereceu apoio dos; e, ajudado na sua execução pela

dos agricultores extremamente sacrihcasêca de 1934 e* pelas condições adver sas da colheita de 1935, logrou realizar o aumento dos preços: a renda agrícola nacional subiu de mais ou menos cin co bilhões e quinhentos milhões em 1932 para oito bilhões e setecentos milhões em'

Em 1938, o novo Agricultural Adjust ment Act, • dentro da mesma orientação

trucüon of the Constitution", inutiliza

mercado relativamente ao excesso da co

lheita; previa um sistema de compen sação aos produtores de certos produ tos básicos, que concordassem na limi tação de suas colheitas; subvencionava

os fazendeiros que observassem as me didas prescritas para conservação do solo; 11.

mos, — diz um autor, — que represen

tasse o que em ponto maior a nação ta%'a-se de um empreendimento gigan

zona do país, no propósito de lhe apro

veitar os recursos e de elevar o nível

de vida da população. A base do pla no era a construção de grandes barra

gens, que propiciassem energia elétrica a baixo preço, libertando, assim, os con sumidores das altas tarifas das compa

giram as emprêsas elétricas, temendo a

Cinco eram os seus pontos bá

agricultores interessados, fixar a área de plantação, e estabelecer o controle do

va a segunda base do "Neve Deal" —

ley Autliorily, era uma experiência do planifícaçâo, em que a exploração agrá ria, a conservação do solo e a produ ção de energia elétrica se deveriam conjugar para estabelecer um microcos

dicas.

cultura, com a concordância de 2/3 dos

correspondente, no terreno da agricul

O projeto, esta

nhias particxdares — problema que me

sicos: permitia ao Secretário da Am-

decisão, que o juiz Stone, divergente

tório de sete Estados.

belecido em 1933 pela Tennessee Val-

geral, procurou resolver o problema da

produção agrícola, visando a assegurarlhe estabilidade e evitar as crises perió

excesso de poder tribu

super-produção e a conseqüente queda vertical dos preços haviam gerado uma

De outro lado, a expansão do

les possibilitava trabalhar com maior

tário e usurpação de atribuições dos es tados. Êste julgamento decorreu da premissa de que a superprodução agrí cola era problema meramente local. A

' Uma imensa obra do "New Deal"

que sobreviveu fmtuosamente foi o aproveitamento da região do Tenness^ — uma vasta região âe mais de 40 mil milhas quadradas, abrangendo o terri

tesco: a transformação de uma enorme

confiança.

Em janeiro de 1936, a Suprema Côrte invalidava o Agricultural Adjustment Act, decidindo, no caso United States versus Butler, haver incorrido o govêr-

T: V. A.

excesso, e a substituição por outras cul turas adequadas a assegurar a defesa

Solítica permanente do governo federal,

extremas.

ração.

poderia fazer ou chegar a ser. Tra-

do solo.

1935, cifras que devem ser cotejadas

prática, e teve assegurada a sua du

à censura da Suprema Côrte, já modi ficada na sua composição e mentalida de) objetivava assegurar, de maneira permanente, a paridade dos preços dos produtos agrícolas e industriais, e manter o equilíbrio entre a produção e o consu mo, mediante subsídios pagos pelo tesou ro federal, em compensação à redução de áreas de plantio de certos produtos ein

crédito aos fazendeiros, mantida como

tendo em vista a desvalorização do dó lar ^ e as indenizações do govêano. A política de restrição à produção era se vera, e chegou a lançar mão de medidas

da maioria, classificou de "tortured cons-

A nova

riores (e que escapou no seu conjunto

produtos agrícolas básicos, número qu© foi posteriormente ampliado. Far-se-ia

excevssos da colheita, para assegurar uma

em relação à indústria. O plano, porém, abandonado pela tenacidade de Roose

agricultura era sensível, e atingia o cer ne da estrutura econômica. Os agricul

do que anteriormente a este ano. A

crise profunda, que não se traduzia ape

3S

Dwesto Económico

mcilÜtava empréstimos

sôbre os

recia especial atenção de Roosevelt.

Contra a iniciativa governamental rea

concorrência. Pleitearam que a Supre ma Côrte lhe declarasse a inconstítucionalidade, sem, todavia, lograr êxito.

Representou a Tennessee Valley Authority um arrojado esfôrço de ação cooperativa. Uma população de mi

lhões foi diretamente beneficiada pela construção de gigantescas barragens, cen trais elétricas, criação de cidades, disse minação da assistência social, sob tôdas

as formas. Discutida sob muitos aspec tos, negada nos seus resultados, a obra


t

[ I

I ■ «Wi I*'

Digesto Econóaoco

S4

da Tennessee Valley — característico

fôsse a resistência das companhias de

empreendimento planificado — dá bem

seguro e das a,ssociaç-ões méuicas.

a medida da gigantesca visão dos "new dealers" e apresenta vantagens sociais

Barrado o caminho à

National Re-

covery Administration, no desenvolvi

mento, em conjunto, do plano de regu

que ninguém ousa contestar.

lamentação industrial, pela decisão im

Legislação social

matéria de trabalho, contidas na malo

do sistenra de covêmo dos Estados bJru-

grada N. I. R. A.. E a legislação nova

dos, pelo conflito aberto entre os três

iria escapar à condenação da justiça. Sinal de maior receptividade do meio á

poderos constitucionais. É digno de referência, mesma su mária, êste episódio decisivo no desen volvimento da e.xperiência roosevellia-

política do "New Dcal", agora, aliás, de sentido mais moderado.

placável da Suprema Côrte, como já

O reconhecido atraso da legislação de assistência social dos Estados Unidos

referimos, procuroq a administração Rooscvclt, por sucessivas leis, estabe

35

Digesto Econômico

na, e que revela, não só a dificulda

Lutas e conflitos

de de execução de um programa na

A administração dc Roosevelt, como

ele previu e como cie também a quis,

cias de caráter permanente. Harry Hop-

lecer o mínimo da legislação reguladora do trabalho, que se continha na famosa

kin.s; administrador do Works Progress

sccção sétima da N. I. R. A.. É .sabida a

denada batalha.

reclamava do govêrno federal providên Administration, afirmava que se aevia

firever um mínimo provável de 4 a 5 mihões de desempregados, mesmo nos

períodos prósperos.

Era necessário,

igualmente, atender ao grave problema da velhice, ou seja à situação de de samparo de milhões de anciãos de mais de 65 anos, condenados à ociosidade —

deficiência em que estava a legislação de proteção aos trabalhadores nos Es tados Unidos até o "New Deal".

As

medidas propostas relativas ao trabalho de mulheres e de menores, e aos salá

rios, não logravam, de maneira geral, acolhimento favorável. A prosperidade,

sem recursos — fenômeno agravado pela crescente urbanização e pelo progresso

observa Frank Darvall, fazia esquecer iVstes problemas. A nova depressão

da técnica industrial. E havia mais os

dança de orientação da Suprema Côrte,

menores, os aleijados, os cegos, toda a

^ melancólica multidão dos inválidos. O

Social Security Act, de 1935, criou o serviço federal de assistência destinado

a suprir a ação dos governos estaduais, ate então ineficiente e incerta.

O sis

tema estabelecido — que tinha caráter

apenas supletivo das administrações lo cais, e com estas se deveria articular —

havia de ser, dentro do esquema federa tivo, forçosamente complicado e variá vel; e a obtenção dos recursos necessá

econômica, verificada em 37, e a mu

foi uma batalha, uma árdua e desor

sustentada

por

Só uma

vigoroso

consciência

ideali.smo e

uma vontade inflc.xível poderiam su

portar refrega tão áspera. Se nos tem

pos iniciais a crise moral, a angústia e o pânico gerados pela depressão criaram

cional de renovação, em um país de estrutura constitucional rígida, como

principalmente o respeito dos órgãos po líticos e da opinião americana em geral

pela ordem jurídica. As peripécias da

luta emocionante, oriunda do conflito

de poderes, o grande presidente as ex^

pôs na introdução do volume de 193/

clima psicológico propício, pela sensa ção generalizada de que era preciso apoiar, ou não embaraçar o esfòrço he róico reclamado pelo país e pela ordem , social fundamente ameaçados, à medi da que este estado emocional arrefeceu

dos seus "public papers and addresses": e Robert Jackson as descreve, em minvicia, no seu notável 1í\to "The struggle for judicial supremacy". A colisão dos órgãos do governo ^ sumia, sem dúvida, aspectos da maior seriedade. A opinião pública manifes

de inten.sidade, as forças da resistência

tara nas eleições, reiteradamente, a sua

de greves propiciaram ambiente para

conservadora foram ganhando de vigoi

adesão ao "New Deal". A vitória iiú-

que se renovassem os esforços em favor

e obstinação.

o crescimento do desemprego e a onda

do leis disciplinadoras do trabalho. Até

Como lembrámos, ainda no primeiro

cial de Roosevelt se confirmara _ pelo J triunfo dos democratas, na reno\'ação de ^

então registravam-se: a lei Norris — La

período de governo, as vigas mestras

mndatos em 1934. E eiu 1936 a ree

Guardia, de 1932, assegurando o recurso à greve e a livre representação sindical

do plano de reforma do "New Deal"

leição de Roosevelt, coincidindo com a formação de um Congresso de maciça

(concessão obtida por inCuência dos

foram destruídas por golpes desfecha

dos por uma entidade sagrada: a Su Os interesses consolida

maioria de seus partidários, fòra uma aclamação triunfal: batera o seu adver sário Landon, em 46 dos 48 Estados

democratas no Congresso da época);

prema Côrte.

a criação, em 1933, do National Labor

dos, o sentimento individualista, exci

Board, substituído em 1935, pela Na tional Labor Relations Board, órgão

tado contra a política intervencionista

americanos.

do govêrno, as grandes forças econômi

fizera em tomo do programa do

A campanha eleitoral se

rios se fazia mediante uma pequena cota, não uniforme, sobre os salários, paga pelos empregados e pelos empregado res. De qualquer forma, representou a nova legislação, nos Estados Unidos,

com funções quase-judiciais, destinado

cas, haviam encontrado no areópago dos

Deal".

a resolver os conflitos entre operá rios e patrões; o Wagner Labor Act, de 1935, que criando o "Board" retro

noves juizes, aos quais cabe o encargo

cava, pois, inequivocamente, que o povo

de velar pela Constituição americana, o seu instrumento de defesa e de aniqui-

americano escoMiia conscientemente os

mencionado garantia a liberdade sindi

lamento do esforço renovador.

uma conquista valiosa; e sua continui

cal e estabelecia o contrato coletivo.

cisões judiciárias que fulminaram, entro

dade e progresso se asseguraram, res

Avanço considerável se verificou, em

outra.s, as leis relativas à Railroad Pen-

guardados pela Suprema Corte, perante a aual não faltou quem fôsse pleitear a declaração da inconstitucionalidade da lei inovadora. O Social Security Board

1938, quando se promulgou a Wages and Hours Act, proibindo o trabalho de meriores de 16 anos, estabelecendo o

horário semanal de 40 horas e o salário-

se transformou em órgão permanente,

hora mínimo de 40 centavos, sujeitos a

e se tem empenhado em ampliar e me lhorar o sistema, cujo alcance se teria

aumento progressivo, e ajustável con

forme às condições locais. Em suma,

dilatado • extraordinàriamente

revigoraram-se as medidas essenciais, em

se

não

As de

sions, à cláusula ouro, à Farm Mortgages, à N.I.R.A., à A.A.A. não só haviam

sacrificado uma atmosfera de inseguran ça, que desprestigiava e paralisava a ação administrativa. Defrontou então Roosevelt uma crise culminante, que pu nha em cheque, não apenas todo o "New Deal", como a própria eficiência

O resultado do pleito signifi

membros do executivo e do legislativo

para que.prosseguissem no mesmo rumo.

Democràticamente, devia ^ prevalec^er a vontade do povo. Mas o único órgão do govêrno federal que não era eletivo —

a Suprema Côrte — frustrava á manifes tação das urnas, barrando a execução da

política social projetada. E várias vèzes as decisões que anulavam as leis do

"New Deal" haviam sido proferidas pela maioria de um voto, pelo "score" de

5x4, circunstância que permitia aos


t

[ I

I ■ «Wi I*'

Digesto Econóaoco

S4

da Tennessee Valley — característico

fôsse a resistência das companhias de

empreendimento planificado — dá bem

seguro e das a,ssociaç-ões méuicas.

a medida da gigantesca visão dos "new dealers" e apresenta vantagens sociais

Barrado o caminho à

National Re-

covery Administration, no desenvolvi

mento, em conjunto, do plano de regu

que ninguém ousa contestar.

lamentação industrial, pela decisão im

Legislação social

matéria de trabalho, contidas na malo

do sistenra de covêmo dos Estados bJru-

grada N. I. R. A.. E a legislação nova

dos, pelo conflito aberto entre os três

iria escapar à condenação da justiça. Sinal de maior receptividade do meio á

poderos constitucionais. É digno de referência, mesma su mária, êste episódio decisivo no desen volvimento da e.xperiência roosevellia-

política do "New Dcal", agora, aliás, de sentido mais moderado.

placável da Suprema Côrte, como já

O reconhecido atraso da legislação de assistência social dos Estados Unidos

referimos, procuroq a administração Rooscvclt, por sucessivas leis, estabe

35

Digesto Econômico

na, e que revela, não só a dificulda

Lutas e conflitos

de de execução de um programa na

A administração dc Roosevelt, como

ele previu e como cie também a quis,

cias de caráter permanente. Harry Hop-

lecer o mínimo da legislação reguladora do trabalho, que se continha na famosa

kin.s; administrador do Works Progress

sccção sétima da N. I. R. A.. É .sabida a

denada batalha.

reclamava do govêrno federal providên Administration, afirmava que se aevia

firever um mínimo provável de 4 a 5 mihões de desempregados, mesmo nos

períodos prósperos.

Era necessário,

igualmente, atender ao grave problema da velhice, ou seja à situação de de samparo de milhões de anciãos de mais de 65 anos, condenados à ociosidade —

deficiência em que estava a legislação de proteção aos trabalhadores nos Es tados Unidos até o "New Deal".

As

medidas propostas relativas ao trabalho de mulheres e de menores, e aos salá

rios, não logravam, de maneira geral, acolhimento favorável. A prosperidade,

sem recursos — fenômeno agravado pela crescente urbanização e pelo progresso

observa Frank Darvall, fazia esquecer iVstes problemas. A nova depressão

da técnica industrial. E havia mais os

dança de orientação da Suprema Côrte,

menores, os aleijados, os cegos, toda a

^ melancólica multidão dos inválidos. O

Social Security Act, de 1935, criou o serviço federal de assistência destinado

a suprir a ação dos governos estaduais, ate então ineficiente e incerta.

O sis

tema estabelecido — que tinha caráter

apenas supletivo das administrações lo cais, e com estas se deveria articular —

havia de ser, dentro do esquema federa tivo, forçosamente complicado e variá vel; e a obtenção dos recursos necessá

econômica, verificada em 37, e a mu

foi uma batalha, uma árdua e desor

sustentada

por

Só uma

vigoroso

consciência

ideali.smo e

uma vontade inflc.xível poderiam su

portar refrega tão áspera. Se nos tem

pos iniciais a crise moral, a angústia e o pânico gerados pela depressão criaram

cional de renovação, em um país de estrutura constitucional rígida, como

principalmente o respeito dos órgãos po líticos e da opinião americana em geral

pela ordem jurídica. As peripécias da

luta emocionante, oriunda do conflito

de poderes, o grande presidente as ex^

pôs na introdução do volume de 193/

clima psicológico propício, pela sensa ção generalizada de que era preciso apoiar, ou não embaraçar o esfòrço he róico reclamado pelo país e pela ordem , social fundamente ameaçados, à medi da que este estado emocional arrefeceu

dos seus "public papers and addresses": e Robert Jackson as descreve, em minvicia, no seu notável 1í\to "The struggle for judicial supremacy". A colisão dos órgãos do governo ^ sumia, sem dúvida, aspectos da maior seriedade. A opinião pública manifes

de inten.sidade, as forças da resistência

tara nas eleições, reiteradamente, a sua

de greves propiciaram ambiente para

conservadora foram ganhando de vigoi

adesão ao "New Deal". A vitória iiú-

que se renovassem os esforços em favor

e obstinação.

o crescimento do desemprego e a onda

do leis disciplinadoras do trabalho. Até

Como lembrámos, ainda no primeiro

cial de Roosevelt se confirmara _ pelo J triunfo dos democratas, na reno\'ação de ^

então registravam-se: a lei Norris — La

período de governo, as vigas mestras

mndatos em 1934. E eiu 1936 a ree

Guardia, de 1932, assegurando o recurso à greve e a livre representação sindical

do plano de reforma do "New Deal"

leição de Roosevelt, coincidindo com a formação de um Congresso de maciça

(concessão obtida por inCuência dos

foram destruídas por golpes desfecha

dos por uma entidade sagrada: a Su Os interesses consolida

maioria de seus partidários, fòra uma aclamação triunfal: batera o seu adver sário Landon, em 46 dos 48 Estados

democratas no Congresso da época);

prema Côrte.

a criação, em 1933, do National Labor

dos, o sentimento individualista, exci

Board, substituído em 1935, pela Na tional Labor Relations Board, órgão

tado contra a política intervencionista

americanos.

do govêrno, as grandes forças econômi

fizera em tomo do programa do

A campanha eleitoral se

rios se fazia mediante uma pequena cota, não uniforme, sobre os salários, paga pelos empregados e pelos empregado res. De qualquer forma, representou a nova legislação, nos Estados Unidos,

com funções quase-judiciais, destinado

cas, haviam encontrado no areópago dos

Deal".

a resolver os conflitos entre operá rios e patrões; o Wagner Labor Act, de 1935, que criando o "Board" retro

noves juizes, aos quais cabe o encargo

cava, pois, inequivocamente, que o povo

de velar pela Constituição americana, o seu instrumento de defesa e de aniqui-

americano escoMiia conscientemente os

mencionado garantia a liberdade sindi

lamento do esforço renovador.

uma conquista valiosa; e sua continui

cal e estabelecia o contrato coletivo.

cisões judiciárias que fulminaram, entro

dade e progresso se asseguraram, res

Avanço considerável se verificou, em

outra.s, as leis relativas à Railroad Pen-

guardados pela Suprema Corte, perante a aual não faltou quem fôsse pleitear a declaração da inconstitucionalidade da lei inovadora. O Social Security Board

1938, quando se promulgou a Wages and Hours Act, proibindo o trabalho de meriores de 16 anos, estabelecendo o

horário semanal de 40 horas e o salário-

se transformou em órgão permanente,

hora mínimo de 40 centavos, sujeitos a

e se tem empenhado em ampliar e me lhorar o sistema, cujo alcance se teria

aumento progressivo, e ajustável con

forme às condições locais. Em suma,

dilatado • extraordinàriamente

revigoraram-se as medidas essenciais, em

se

não

As de

sions, à cláusula ouro, à Farm Mortgages, à N.I.R.A., à A.A.A. não só haviam

sacrificado uma atmosfera de inseguran ça, que desprestigiava e paralisava a ação administrativa. Defrontou então Roosevelt uma crise culminante, que pu nha em cheque, não apenas todo o "New Deal", como a própria eficiência

O resultado do pleito signifi

membros do executivo e do legislativo

para que.prosseguissem no mesmo rumo.

Democràticamente, devia ^ prevalec^er a vontade do povo. Mas o único órgão do govêrno federal que não era eletivo —

a Suprema Côrte — frustrava á manifes tação das urnas, barrando a execução da

política social projetada. E várias vèzes as decisões que anulavam as leis do

"New Deal" haviam sido proferidas pela maioria de um voto, pelo "score" de

5x4, circunstância que permitia aos


I

Dicesto

36

inconformados arautos do novo credo

dramatizar a situação, declarando que a vontade de um homem só prevalecia sôbre a de milhões, representando a maioria do país. Compunha-se, então, a Suprema Côrte

Econômico

every american.

nais sugeriu um processo para nêles

nor and as Prcsident proves my devo-

process".

tion to those liberties. You who know me can have no fear that I would tole-

dos juizes, faria este comentário: "Êles

declaradamente introduzir sangue novo: "new blood in the Courts". Quando um juiz atingisse à idade de setenta

de juizes todos nomeados pelas admi

anos, e ao invés de se aposentar, com

todas as vantagens, conforme se lhe

republicanas, e seis dos seus nove mem

asseguraria,

bros eram septuagenários. Roosevelt, no tunidade de nomear um só ministro. E

assim composta, constituía-se, no mo mento, aquela Côrte, em baluarte do conservantismo, retomando a tradição

que já custara ao país tragédias e imen sos prejuízos, decorrentes das históricas

Suestocs Dred Scott, do curso forçado o papel moeda, do impòsto de renda

e das leis anti-"trusts" — orientação rea-

preterisse permanecer em

função, seria lícito ao govémo nomear

mais um membro para a côrte respec tiva. A medida proposta, quanto à Su prema Côrte, eqüivalia a permitir a elevação imediata do número dos seus

juizes para quinze, e a nomeação de

mais seis membros novos, corresponden tes aos seis septuagenários que nela ti nham assento.

Nada como se vê de golpe de força,

j

cionária que merecera, no passado, se-

de ditatorial; apenas uma fórmula polí

I ^

veras objurgatórias de Ted Roosevelt e de Wilson. Pretendiam cs defensores do "New

permitia.

H Ueal que o sumo tribunal compreen

desse que a Constituição americana era nao um instrumento estático ou inerte,

mas plástico e vivo, canaz de adaptar-se as contingências e condições sociais no

vas. A posição que aquela Côrte assu mira, no dizer de um de seus membros, a transformava em "suner legis'atura"

37

Econômico

bretudo a de demora nos julgamentos, conforme expôs. E quanto aos tribu

nistrações anteriores, durante doze anos

seu primeiro quadriênio, não tivera opor

Dicesto

tica, liábil e cngenliosa, dc resolver uma

lei do Congresso, que a Constituição Roosevelt queria apenas um

"judiciário moderno para julgar os pro

blemas modernos através de ollios mo dernos".

A sensibilidade nacional havia sido,

porém, excitada e a resistência à pro

posta de Roosevelt se ampliou mesmo dentro do seu partido. Em discurso irradiado, o presidente esclareceu, com

My record as Gover-

rates the destruction by any branch of

govemment or any part of our heritage of

frcedom".

Durante a discussão, no Congresso, da lei proposta um dos velhos juizes adversários do "New Deal" se apo sentou, seguido de outro; e um tercei ro mais tarde morreu; e mesmo a opi

nião de alguns dos restantes se modi ficou. E graças a isso, sem nenhuma violência, sem o desrespeito de qualquer decisão judiciária, se atraves.sou uma das provas mais difíceis do sistema de go vémo dos Estados Unidos. A partir de março de 37, a Suprema Côrte mostrou

mais receptividade ãs iniciativas de re forma. O "New Deal" estava, porém, sacrificado, como plano de conjunto. O estado de incerteza e de insegurança lhe ia deter os avanços, e as iniciativas

futuras

seriam

isoladas,

e

de

menor

alcance.

De .qualquer

forma,

porém,

uma

frande vitória se conqiiistara, e sem a estruição do sistema constitucional do

"rule of law".

Reconheceu-se daí em

Roosevelt reclamava aprâas que os três poderes do Estado puxassem juntos-

simplicidade e lealdade tocantes, o obj©*-

diante maior poder regulador ao go vémo da União, permitindo-lhe reagir

"The three horse team of the amerí-

crise gravíssima, e de natureza tão pre

contra os abusos , das fôrças econômicas.

can system of govemmeut will pull together".

A emoção nacional suscitada pela crise foi profunda. Contra Roosevelt se inflamavam, mais uma vez, a grande

imprensa e todos os círculos conserva dores, denunciando ao país os propósitos

do presidente de se proclamar ditador, de instaurar o fascismo nos Estados

Unidos. Mas o coração liberal de Roo

sevelt não abrigava tão sinistros propó sitos. O que êle fez foi, em mensagem

de fevereiro de 1937, propor ao Con-

^■esso uma lei de reorganização da jus

tiça, para lhe corrigir as falhas, so-

tivo da reforma destinada a resolver mente que não se atenderia pelo demo

A legislação protetora do trabalho passou

the interest of the communíty is due Roosevelt,. derrotado pelo misoneísmo

conhecem

a legalidade, mas não a

vida".

A resistência dos impérios econômicos

Se o presidente conquistara a confiança e a calorosa simpatia do "common peo

ple", as poderosas .corporações econômi cas, tendo ao seu serviço a quase to

talidade da imprensa americana, não lhe davam tréguas. O "New Deal" objeti vava,

em

sua

essência,

uma

mais

equitativa distribuição da riqueza; e os magnatas resistiam tenazmente a

êste programa, que Roosevelt chamava de democratização econômica. Ao^ tér mino do primeiro período de governo, muito se projetara e se legislara, mas os resultados efetivos eram escassos. O presidente anuncia que apenas come

çara a luta: "we have had only just becua to fight". No discurso inaugu ral da segunda administração, proferido

em 20 ae janeiro de 1937, proclama

com deoisáo: "Precisamos estabelecer

controle eficiente sôbre fôrças econômi

cas cegas e homens cegamente egoís tas. . .

Não devemos admitir que seja

impossível encontrar um caminho para vencer o flagelo econômico, como en

contramos, depois de séculos de sofri

rado processo de reforma constitucional.

a merecer acolliida, contra o mito da liberdade de contrato, conforme se vê

mento fatais, um meio de vencer as epi demias. Recusamo-nós' a confiar a so

não feria a Carta Magna, e se baseava

destas palavras do Chief-Justice Roberts, modificando, aliás, o seu ponto

aos ventos do azar e à fm-ia dos cata-

A_ sugestão apresentada ao Congresso

em precedente. E Roosevelt, neste me morável "speech", fala da Constituição como de um livro santo: "I hope that you have re-read the Constitution of the Uniled States. . Like the Bib'e, it

ought to be read again and again". ficava nenhuma garantia ou liberdade, A reforma judiciária proposta não sacri

insistiu. "This proposal of mine wilí not infringe in the slightest upon the civil or relígious liberties so dear to

de vista anterior:

"Liberíy in each of

its phases has its hístory and connotations.

But tlie liberty safeguarded is

liberty in a social organization wliich

requires the protectíon of law against

the evils wich menace the health, safety, moral and welfare of the people. Liberty under the Constitution is thus necessarily

subject to the restraints of due process,

and regu'atíon which is reasonable in relation to its subject and is adopted in

lução do prob'ema do nosso bem estar clismos". O govêroo precisava agir para

salvar o povo e o regime, repondo as fôrças autocráticas privadas na devida subordinação ao poder público, que re presentava o interessa coletivo. E ex clama:

"A complexidade das relações

humanas crescentes impõe o reforço do

poder governamental — poder para im pedir o mal, poder para fazer o bem — "power to stop evil, power to do good". Muito havia ainda a fazer, adverte o


I

Dicesto

36

inconformados arautos do novo credo

dramatizar a situação, declarando que a vontade de um homem só prevalecia sôbre a de milhões, representando a maioria do país. Compunha-se, então, a Suprema Côrte

Econômico

every american.

nais sugeriu um processo para nêles

nor and as Prcsident proves my devo-

process".

tion to those liberties. You who know me can have no fear that I would tole-

dos juizes, faria este comentário: "Êles

declaradamente introduzir sangue novo: "new blood in the Courts". Quando um juiz atingisse à idade de setenta

de juizes todos nomeados pelas admi

anos, e ao invés de se aposentar, com

todas as vantagens, conforme se lhe

republicanas, e seis dos seus nove mem

asseguraria,

bros eram septuagenários. Roosevelt, no tunidade de nomear um só ministro. E

assim composta, constituía-se, no mo mento, aquela Côrte, em baluarte do conservantismo, retomando a tradição

que já custara ao país tragédias e imen sos prejuízos, decorrentes das históricas

Suestocs Dred Scott, do curso forçado o papel moeda, do impòsto de renda

e das leis anti-"trusts" — orientação rea-

preterisse permanecer em

função, seria lícito ao govémo nomear

mais um membro para a côrte respec tiva. A medida proposta, quanto à Su prema Côrte, eqüivalia a permitir a elevação imediata do número dos seus

juizes para quinze, e a nomeação de

mais seis membros novos, corresponden tes aos seis septuagenários que nela ti nham assento.

Nada como se vê de golpe de força,

j

cionária que merecera, no passado, se-

de ditatorial; apenas uma fórmula polí

I ^

veras objurgatórias de Ted Roosevelt e de Wilson. Pretendiam cs defensores do "New

permitia.

H Ueal que o sumo tribunal compreen

desse que a Constituição americana era nao um instrumento estático ou inerte,

mas plástico e vivo, canaz de adaptar-se as contingências e condições sociais no

vas. A posição que aquela Côrte assu mira, no dizer de um de seus membros, a transformava em "suner legis'atura"

37

Econômico

bretudo a de demora nos julgamentos, conforme expôs. E quanto aos tribu

nistrações anteriores, durante doze anos

seu primeiro quadriênio, não tivera opor

Dicesto

tica, liábil e cngenliosa, dc resolver uma

lei do Congresso, que a Constituição Roosevelt queria apenas um

"judiciário moderno para julgar os pro

blemas modernos através de ollios mo dernos".

A sensibilidade nacional havia sido,

porém, excitada e a resistência à pro

posta de Roosevelt se ampliou mesmo dentro do seu partido. Em discurso irradiado, o presidente esclareceu, com

My record as Gover-

rates the destruction by any branch of

govemment or any part of our heritage of

frcedom".

Durante a discussão, no Congresso, da lei proposta um dos velhos juizes adversários do "New Deal" se apo sentou, seguido de outro; e um tercei ro mais tarde morreu; e mesmo a opi

nião de alguns dos restantes se modi ficou. E graças a isso, sem nenhuma violência, sem o desrespeito de qualquer decisão judiciária, se atraves.sou uma das provas mais difíceis do sistema de go vémo dos Estados Unidos. A partir de março de 37, a Suprema Côrte mostrou

mais receptividade ãs iniciativas de re forma. O "New Deal" estava, porém, sacrificado, como plano de conjunto. O estado de incerteza e de insegurança lhe ia deter os avanços, e as iniciativas

futuras

seriam

isoladas,

e

de

menor

alcance.

De .qualquer

forma,

porém,

uma

frande vitória se conqiiistara, e sem a estruição do sistema constitucional do

"rule of law".

Reconheceu-se daí em

Roosevelt reclamava aprâas que os três poderes do Estado puxassem juntos-

simplicidade e lealdade tocantes, o obj©*-

diante maior poder regulador ao go vémo da União, permitindo-lhe reagir

"The three horse team of the amerí-

crise gravíssima, e de natureza tão pre

contra os abusos , das fôrças econômicas.

can system of govemmeut will pull together".

A emoção nacional suscitada pela crise foi profunda. Contra Roosevelt se inflamavam, mais uma vez, a grande

imprensa e todos os círculos conserva dores, denunciando ao país os propósitos

do presidente de se proclamar ditador, de instaurar o fascismo nos Estados

Unidos. Mas o coração liberal de Roo

sevelt não abrigava tão sinistros propó sitos. O que êle fez foi, em mensagem

de fevereiro de 1937, propor ao Con-

^■esso uma lei de reorganização da jus

tiça, para lhe corrigir as falhas, so-

tivo da reforma destinada a resolver mente que não se atenderia pelo demo

A legislação protetora do trabalho passou

the interest of the communíty is due Roosevelt,. derrotado pelo misoneísmo

conhecem

a legalidade, mas não a

vida".

A resistência dos impérios econômicos

Se o presidente conquistara a confiança e a calorosa simpatia do "common peo

ple", as poderosas .corporações econômi cas, tendo ao seu serviço a quase to

talidade da imprensa americana, não lhe davam tréguas. O "New Deal" objeti vava,

em

sua

essência,

uma

mais

equitativa distribuição da riqueza; e os magnatas resistiam tenazmente a

êste programa, que Roosevelt chamava de democratização econômica. Ao^ tér mino do primeiro período de governo, muito se projetara e se legislara, mas os resultados efetivos eram escassos. O presidente anuncia que apenas come

çara a luta: "we have had only just becua to fight". No discurso inaugu ral da segunda administração, proferido

em 20 ae janeiro de 1937, proclama

com deoisáo: "Precisamos estabelecer

controle eficiente sôbre fôrças econômi

cas cegas e homens cegamente egoís tas. . .

Não devemos admitir que seja

impossível encontrar um caminho para vencer o flagelo econômico, como en

contramos, depois de séculos de sofri

rado processo de reforma constitucional.

a merecer acolliida, contra o mito da liberdade de contrato, conforme se vê

mento fatais, um meio de vencer as epi demias. Recusamo-nós' a confiar a so

não feria a Carta Magna, e se baseava

destas palavras do Chief-Justice Roberts, modificando, aliás, o seu ponto

aos ventos do azar e à fm-ia dos cata-

A_ sugestão apresentada ao Congresso

em precedente. E Roosevelt, neste me morável "speech", fala da Constituição como de um livro santo: "I hope that you have re-read the Constitution of the Uniled States. . Like the Bib'e, it

ought to be read again and again". ficava nenhuma garantia ou liberdade, A reforma judiciária proposta não sacri

insistiu. "This proposal of mine wilí not infringe in the slightest upon the civil or relígious liberties so dear to

de vista anterior:

"Liberíy in each of

its phases has its hístory and connotations.

But tlie liberty safeguarded is

liberty in a social organization wliich

requires the protectíon of law against

the evils wich menace the health, safety, moral and welfare of the people. Liberty under the Constitution is thus necessarily

subject to the restraints of due process,

and regu'atíon which is reasonable in relation to its subject and is adopted in

lução do prob'ema do nosso bem estar clismos". O govêroo precisava agir para

salvar o povo e o regime, repondo as fôrças autocráticas privadas na devida subordinação ao poder público, que re presentava o interessa coletivo. E ex clama:

"A complexidade das relações

humanas crescentes impõe o reforço do

poder governamental — poder para im pedir o mal, poder para fazer o bem — "power to stop evil, power to do good". Muito havia ainda a fazer, adverte o


i|ii«uii.ii i .1IUI «pupiimui i. i

Dicesto Econômico

3S

curso, que bem sintetiza a sua orien

vícios e do desequilíbrio geral que quase o levaram à destruição. O governo de

tação constante.

A democracia estava

liberou que o sistema assim defendido

ameaçada, e esta ameaça pro\'inha da existência no país de milhões de cida

o reformado não poderá por mais tempo

presidente no patético final do seu dis

dãos, milhões de famílias, sem recursos

ser sujeito ao comando do grupo de homens e corporações que o dominaram

para as necessidades imediatas da exis

no falso "büom" anterior a 1929".

tência, sem meios de educação, sem OTOrtunidade de realizar um esfôrço que

Conforme demonstram, entre outros, David Lynch, no recentiíssimo "The Concentration of Economic Power", e

IHes melhorasse a sorte, "I see one third of a nation iil housed, ill clad, ill

nourished... the test of our progress is not whether we add more to the

abundance of those who have much; it

is whether we provide enough for those who have too Uttle".

Os dispossessed", os "forgotten men"

é que precisavam da proteção do go

verno mediante uma política social de

menor desigualdade e menor opressão econômica. Roosevelt prèga-a, e prociua executá-la por todos os meios.

N^te mesmo ano de 1937, em duas ou as manifestações, insiste no mesmo

Bcrie e Means, no notável trabalho que escreveram "The modern corporation and private properly", desde o começo do século, se acentuara a evolução do capitalismo individual ou do pequeno grupo, reunido sob a direção dos pró prios a.ssociados, para a grande econo mia das imensas corporações, verdadei ros impérios econômicos, sem frontei ras geográficas, com bilhões de dólares

39

Dicesto Econômico

nómicas privadas, o Estado se ia toman

do débil, impotente. Roosevelt, enfrentando os mais ter

ríveis opositores do "New Deal", não

sion. Nesta imagem pitoresca define o

grupos que ameaçavam a democracia 6 oprimiam o indivíduo. Quando se

econômico, "um cachorro de 96 centí

veriricou a crise de

1937, fruto do

novo desequilíbrio entre a produção e o consumo, a impressão geral foi de que para ela em represália muito con tribuirá a greve do capital. O criador do "New Deal" renovou

as suas investidas, estabelecendo o con-

iTole das atividades das companhias hol

ding, dificiíltando as manobras da espe culação, ampliando os meios de fiscali zação do Estado, reformando a legis

lação do imposto de renda, para reti rar mais dos que ganhavam mais, e im

milhares de acioni.stas. Era a formação da economia inonapolística, a mais tre menda concentração do poder econômico já profetizada aliás por Tocqueville. O

de abril de 1938, estão escritas estas

pedir as sonegações fraudulentas. Na mensagem do presidente ao Congresso,

palavras:

"A liberdade numa demo

pei^mento: "Q govêmo dos Estados kl ftoi posto esquece que o Billnão of Rignts na Constituição sò-

exemplar típico desses monstros ora a

cracia não está resguardada se o povo

American Telcphone and Telegraph

tolera o crescimento de um poder priva

inente para proteger a minoria contra

Company, que, em 1930, apresentava os

a mtolerancia da maioria, mas também para proteger a maioria contra a prepotencia da minoria". E de outra feitaNunca, como agora, em nossa história o bem estar daqueles que têm muito,

seguintes índices: capital de cinco bi

c sessenta e sete mií acronistas. Dois mil

grupo, ou por outro poder privado".

indivíduos dirigiam essas corporações, e

E cnama a atenção dó parlamento e do

deu de uma sociedade, ajustada de boa

país, O gigantismo das emprêsas pro

como daqueles que têm menos, depen

vontade, e na qual a boa vontade re

pouse sobre a sólida base de que todos tenham o bastante".

O "Nevv Deal" foi um ínfatigável es fôrço contra o imperialismo econômico

ta o quatro mil empregados, quinhentos

do até que êlc se torne mais forte do

que o próprio Estado democrático. Isto, em sua essência, é fascismo — proprie

país para a necessidade de uma melhor

duzia a dissociação entre a propriet^de e a direção, gerando conseqüências de

cional, alinhando as seguintes cifras"

ordem moral, econômica e social as

suem 87% do ativo de todas as outras;

Articuladas e

distribuição da riqueza o da renda na

impressionantes: 5% das corporações pos menos de 4% delas recebem 84% dos

dade de oportunidade e introduzir re gras morais nos negócios. "O objetivo

entrelaçadas entre si, por artifícios di versos, duzentas dessas corporações amalgamadas formavam o arcabouço da indústria americana. Tòda a nação, di reta, ou indiretamente, dêlas dependia.

lucros líquidos de todas as outras, dados

E o progresso de formação de pirâmides

do govêmo — diz Roosevelt, recapitulando a marcha reali2mda, na introdução

se acelerara rapidamente de 1919 a 1930. Esse crescimento ilimitado, à medida

8% tinha renda anual igual ou superior a

do volume dos seus documentos de

que se desenvolvia, ia fatalmente tor

1938, — era não só salvar o sistema,

nando mais aguda a crise do sistema capitalista. Diante dessas fòrças eco-

e a concentração de riquezas, um es

fôrço denodado para preservar a igual

como também livrá-lo dos abusos, dos

presidente o desequilíbrio do sistema metros movido por cauda de 4 centí metros".

Roosevelt não cessou de repetir as

suas advertências: "Os capitalistas vo razes serão devorados pelo fogo que

ó'es atearam"... "O capital e essen

cial; razoáveis compensações ao capital são essenciais; porém, o mau uso dos podcres do capital, ou a egoística su pervisão de seu emprêgo, precisam ter fim, ou o sistema capitalista se destrui

rá pelos próprios abusos". O presiden te tinha bem consciência de que não

era possível fazer marcha-à-ré, e anu lar o que resultará do próprio progresso técnico. O que se fazia necessário era,

pois, corrigir ou eliminar os abusos do poder econômico privado; e Roosevelt enumera os principais: evasão de im- ^ postos; excesso de capitalização; ajustes ^ sobre preços para eliminar a concor rência; propriedade ilegítima de pa

dade do govêmo pelo indivíduo, um - tentes com sacrifício do interêsse cole

governavam na verdade a economia do

mais variadas e graves.

as leis anti-"trusts" Sherman e Clayton;

e inoperante a Federal Trade Commis-

recuou na lula contra a ditadura dos

do capital, milhares do empregados e

lhões de dó'ares, quatrocentos e cinqüen

gócio, afastando a livre iniciativa, e para coibir os abusos eram ineficientes

que as investigações conduzidas pelo Tcmporary

National Economic Com-

mittee iam completar da seguinte ma

neira: só 36,5% da população tinha^enda superior a mil dólares por ano; apenas 3 mil dólares; 60% das famílias ameri canas tinha rendas insuficientes para as necessidades básicas. Acentuava Roo

sevelt que se estava destruindo a concórrôncia, eliminando o pequeno ne

tivo; descolocação das indústrias de um

Estado pura outro, em busca de salários

mais baixos; domínio das pequenas in dústrias e dos pequenos bancos pelos grupos financeiros.

A criação, em 1934, da Securities and Exchange Comission representou uma

medida moralizadora dos negócios des tinada a resguardar a boa fé dos toma dores de títulos a a assegurar a res

ponsabilidade dos administradores. Es tendendo, em 1935, a autoridade fisca- -

lizrtdora daquele órgão à "holding" pe lo Public Utility Holding Company Act,

o Congresso deu um grande passo no sentido de submeter ao "controle" ofi

cial inúmeras corporaçôe,s, cuja irres ponsabilidade era quase absoluta. E os movimentos no mesmo sentido não

cessaram dai por diante, sempre no pro-


i|ii«uii.ii i .1IUI «pupiimui i. i

Dicesto Econômico

3S

curso, que bem sintetiza a sua orien

vícios e do desequilíbrio geral que quase o levaram à destruição. O governo de

tação constante.

A democracia estava

liberou que o sistema assim defendido

ameaçada, e esta ameaça pro\'inha da existência no país de milhões de cida

o reformado não poderá por mais tempo

presidente no patético final do seu dis

dãos, milhões de famílias, sem recursos

ser sujeito ao comando do grupo de homens e corporações que o dominaram

para as necessidades imediatas da exis

no falso "büom" anterior a 1929".

tência, sem meios de educação, sem OTOrtunidade de realizar um esfôrço que

Conforme demonstram, entre outros, David Lynch, no recentiíssimo "The Concentration of Economic Power", e

IHes melhorasse a sorte, "I see one third of a nation iil housed, ill clad, ill

nourished... the test of our progress is not whether we add more to the

abundance of those who have much; it

is whether we provide enough for those who have too Uttle".

Os dispossessed", os "forgotten men"

é que precisavam da proteção do go

verno mediante uma política social de

menor desigualdade e menor opressão econômica. Roosevelt prèga-a, e prociua executá-la por todos os meios.

N^te mesmo ano de 1937, em duas ou as manifestações, insiste no mesmo

Bcrie e Means, no notável trabalho que escreveram "The modern corporation and private properly", desde o começo do século, se acentuara a evolução do capitalismo individual ou do pequeno grupo, reunido sob a direção dos pró prios a.ssociados, para a grande econo mia das imensas corporações, verdadei ros impérios econômicos, sem frontei ras geográficas, com bilhões de dólares

39

Dicesto Econômico

nómicas privadas, o Estado se ia toman

do débil, impotente. Roosevelt, enfrentando os mais ter

ríveis opositores do "New Deal", não

sion. Nesta imagem pitoresca define o

grupos que ameaçavam a democracia 6 oprimiam o indivíduo. Quando se

econômico, "um cachorro de 96 centí

veriricou a crise de

1937, fruto do

novo desequilíbrio entre a produção e o consumo, a impressão geral foi de que para ela em represália muito con tribuirá a greve do capital. O criador do "New Deal" renovou

as suas investidas, estabelecendo o con-

iTole das atividades das companhias hol

ding, dificiíltando as manobras da espe culação, ampliando os meios de fiscali zação do Estado, reformando a legis

lação do imposto de renda, para reti rar mais dos que ganhavam mais, e im

milhares de acioni.stas. Era a formação da economia inonapolística, a mais tre menda concentração do poder econômico já profetizada aliás por Tocqueville. O

de abril de 1938, estão escritas estas

pedir as sonegações fraudulentas. Na mensagem do presidente ao Congresso,

palavras:

"A liberdade numa demo

pei^mento: "Q govêmo dos Estados kl ftoi posto esquece que o Billnão of Rignts na Constituição sò-

exemplar típico desses monstros ora a

cracia não está resguardada se o povo

American Telcphone and Telegraph

tolera o crescimento de um poder priva

inente para proteger a minoria contra

Company, que, em 1930, apresentava os

a mtolerancia da maioria, mas também para proteger a maioria contra a prepotencia da minoria". E de outra feitaNunca, como agora, em nossa história o bem estar daqueles que têm muito,

seguintes índices: capital de cinco bi

c sessenta e sete mií acronistas. Dois mil

grupo, ou por outro poder privado".

indivíduos dirigiam essas corporações, e

E cnama a atenção dó parlamento e do

deu de uma sociedade, ajustada de boa

país, O gigantismo das emprêsas pro

como daqueles que têm menos, depen

vontade, e na qual a boa vontade re

pouse sobre a sólida base de que todos tenham o bastante".

O "Nevv Deal" foi um ínfatigável es fôrço contra o imperialismo econômico

ta o quatro mil empregados, quinhentos

do até que êlc se torne mais forte do

que o próprio Estado democrático. Isto, em sua essência, é fascismo — proprie

país para a necessidade de uma melhor

duzia a dissociação entre a propriet^de e a direção, gerando conseqüências de

cional, alinhando as seguintes cifras"

ordem moral, econômica e social as

suem 87% do ativo de todas as outras;

Articuladas e

distribuição da riqueza o da renda na

impressionantes: 5% das corporações pos menos de 4% delas recebem 84% dos

dade de oportunidade e introduzir re gras morais nos negócios. "O objetivo

entrelaçadas entre si, por artifícios di versos, duzentas dessas corporações amalgamadas formavam o arcabouço da indústria americana. Tòda a nação, di reta, ou indiretamente, dêlas dependia.

lucros líquidos de todas as outras, dados

E o progresso de formação de pirâmides

do govêmo — diz Roosevelt, recapitulando a marcha reali2mda, na introdução

se acelerara rapidamente de 1919 a 1930. Esse crescimento ilimitado, à medida

8% tinha renda anual igual ou superior a

do volume dos seus documentos de

que se desenvolvia, ia fatalmente tor

1938, — era não só salvar o sistema,

nando mais aguda a crise do sistema capitalista. Diante dessas fòrças eco-

e a concentração de riquezas, um es

fôrço denodado para preservar a igual

como também livrá-lo dos abusos, dos

presidente o desequilíbrio do sistema metros movido por cauda de 4 centí metros".

Roosevelt não cessou de repetir as

suas advertências: "Os capitalistas vo razes serão devorados pelo fogo que

ó'es atearam"... "O capital e essen

cial; razoáveis compensações ao capital são essenciais; porém, o mau uso dos podcres do capital, ou a egoística su pervisão de seu emprêgo, precisam ter fim, ou o sistema capitalista se destrui

rá pelos próprios abusos". O presiden te tinha bem consciência de que não

era possível fazer marcha-à-ré, e anu lar o que resultará do próprio progresso técnico. O que se fazia necessário era,

pois, corrigir ou eliminar os abusos do poder econômico privado; e Roosevelt enumera os principais: evasão de im- ^ postos; excesso de capitalização; ajustes ^ sobre preços para eliminar a concor rência; propriedade ilegítima de pa

dade do govêmo pelo indivíduo, um - tentes com sacrifício do interêsse cole

governavam na verdade a economia do

mais variadas e graves.

as leis anti-"trusts" Sherman e Clayton;

e inoperante a Federal Trade Commis-

recuou na lula contra a ditadura dos

do capital, milhares do empregados e

lhões de dó'ares, quatrocentos e cinqüen

gócio, afastando a livre iniciativa, e para coibir os abusos eram ineficientes

que as investigações conduzidas pelo Tcmporary

National Economic Com-

mittee iam completar da seguinte ma

neira: só 36,5% da população tinha^enda superior a mil dólares por ano; apenas 3 mil dólares; 60% das famílias ameri canas tinha rendas insuficientes para as necessidades básicas. Acentuava Roo

sevelt que se estava destruindo a concórrôncia, eliminando o pequeno ne

tivo; descolocação das indústrias de um

Estado pura outro, em busca de salários

mais baixos; domínio das pequenas in dústrias e dos pequenos bancos pelos grupos financeiros.

A criação, em 1934, da Securities and Exchange Comission representou uma

medida moralizadora dos negócios des tinada a resguardar a boa fé dos toma dores de títulos a a assegurar a res

ponsabilidade dos administradores. Es tendendo, em 1935, a autoridade fisca- -

lizrtdora daquele órgão à "holding" pe lo Public Utility Holding Company Act,

o Congresso deu um grande passo no sentido de submeter ao "controle" ofi

cial inúmeras corporaçôe,s, cuja irres ponsabilidade era quase absoluta. E os movimentos no mesmo sentido não

cessaram dai por diante, sempre no pro-


40

Dxcesto Econômico

pósílo de coibir os abusos do poder econômico. O Temporary National Economic Committee, no relatório dos seus trabalhos de 1941, assim sintetiza as suas conclusões, bem frisantes da

mentalidade criada pelo "New Deal**: "Se a democracia deve realmente sobre

viver, então todas as organizações atra

vés das quais o homem opera — in

dustriais, sociais e políticas — precisam ser igualmente democráticas.

experiência Roosevelt nos permite, tal vez, interpretá-la cm algumas das suai linlias gerais, através do seu tumultuário, caótico, e às vezes contraditório desen

volvimento.

Se sob víirios dos seus as

pectos políticos à luz da mentalidade e dos tradicionais método.s americanos, o

"New Deal" apresenta sentido revolu cionário, não foi, no plano social e eco

nômico nada mais do que o heróico

Digesto

41

Econômico

Agricultural Adjustment Act era o de um

lizado.

Limitou-se, por fim, ao "con

trole" imperfeito dos pontos-chave.

O vasto programa de planificação se

chocava com aquilo que Zink chama

ção, disse Roosevelt, rejeitamos qual

O que sobreviveu do "Neto Deal" Depois de 1937, o "New Deal" é mais um estado de espírito do que

Por uma permanente correção das gra

radical

jeffersoniana do governo fraco; a sua posição natural é a preconizada por Spencer — "The man versus the State".

ves fraquezas do nosso sistema econô

O dirigismo econômico — universal por

tuna realidade. A experiência de Roo-

dos velhos processos democráticos"...

sevelt prossegue, niutilada através de

mico, confiamos em novas aplicações

"A minha política é evitar a revolução. medidas esparsas. A crise dêsse ano, Eu quero salvar o capital", O pensamento e a ação rooseveltianos sempregados além de dez milhões, de- não se desdobraram segundo uma diretriz para destruir um sistema e subs de^W."" novo e vultoso programa rígida, tituí-lo por outro. O "New Deal" é

que elevou novamente o número de de-

uma política, e não uma doutrina. So bretudo uma política emocional. Nun

vência e a da civilização ameaçada pela barbárie. Roosevelt não cessa, po rém, de pregar as suas idéias renova doras, fiel às convicções profundas que

sempre o conduziram. E o país não faltaria ao seu grande condutor. A tra dição sagrada ao "third term" se que

sevelt era estreita para os seus empreen dimentos reformadores. As suas inicia

tivas essenciais só se expandiam, cons-

clamava uma "New Freedom", como o

professor idealista de Princeton, e reco

nhecia que "se a guerra mundial, que obrigou Wilson a consagrar oito anos aos negócios e.xteriores> não houvesse ocorrido, estaríamos hoje em situação diferente".

CIiamaram-no Kerensky; acusaram-no

de socialista, de comunista, de se pre tender transformar em ditador. Èle, em carta a um amigo, em 1938, explicou

com bonomía ás três razões por que era

incompatível com a ditadura: "não te nho inclinação para ser ditador; não te

nho nenhum atributo para ser um di tador bem sucedido; tenho muito pas sado histórico e muito conhecimento

tritos, a glória de Roosevelt, criação do

Congresso lhe criar obstáculos às ini

cias. Compreendeu sempre que era

cisões judiciárias, abalado as bases do sistema político. O seu esforço estrênuo se dirigiu serrmre em prol da de

.criador do "New Deal" não admitiria

humildade são atributos essenciais ao chefe de um governo democrático.

fesa dessas liberdades c do prestigio da democracia. "Nunca forcei a democra cia a tomar férias" — dizia, envaide

do, marcado de zíguezagues, de avan

ços e recuos, de guinadas para a direta e para a esquerda, segundo as necessi

dades táticas impostas pelas circunstân

preciso ceder, e que a paciência e a

Sua obra, pelos obstáculos que teve

de ^ncer, e que por vezes a inutili-

zaraih, pela ausência mesma de um sistema concebido e traçado em todos

em horas de perigo extremo.

jetou mais do que conseguiu realizar. Se o pensamento inicial que inspirou o National Industrial Recovery Act e o

bamos ae esboçar, a "vol-d'oiseau", da

da à autoridade da administração Roo

oportunidade e pela livre iniciativa. Re

quase sempre caprichoso e atormenta

mesmo, o caminho para atingí-lo foi

os porraenores, é incoerente, difusa e

A imperfeita reconstituiçâo que aca

Agindo dentro de um sistema federa tivo, em que o poder se distribui por 48 governos estaduais, a área reserva

coligadas, lutava pela igualdade de

grafos, respondeu quando lhe pergun

Se o

brou para que o governo continuasse

nas mãos do timoneiro experimentado

kee" uma camisa de força intolerável.

Lutando contra o imperialis

mo econômico das imensas corporações

ral, na vaga expressão da Constituição.

pela presunção de infalibilidade.

■esíÔTÇo de assegurar a própria sobrevi

sua própria essência — havia de fatal mente parecer ao individualismo "yan

política.

alvo dos seus movimentos foi sempre o

too opera-se gradativamente a muta

des organizações industriais são chama dos a participar das novas agências ad ministrativas, e a América se une no

Estados Unidos se educara na tradição

sevelt e de Wilson que conduziu a sua

cio externo e interestadual e de lançar

ca abandonou Roosevelt a idéia de que estava realizando apenas uma experiên cia, e não milagres; nunca se perturbou

ção de economia de paz em economfa de guerra com o pleno emprego e a p!ena produção. Os chefes daí gran

a planofobía americana. O cidadão dos

invariàvelmente sob a invocação de Jef-

das ditaduras que existem, para alimen tar o desejo de qualquer forma de di tadura para uma democracia como os

* clicint0 imoiâ-^p a preparaçao dos Estados Unidos para

se transformar no >ande arsenal""Svador das democracias. Dai para o fu-

No-

fersoD, de Cleveland, de Theodore Roo

ou a vigilância do Estado, só muito oarcíalmente pôde realizar o programa iaea-

íu 1 política não pode liberdade econômica não subsistir existe". se a

revolucionário

"Rerum

de socialização ou coletiviziição progres siva da economia, posta sob o comando

esfòrço de reforma de um sistema atin

quer progirama

da

vanim" e da "Quadrágesimo Ano". Foi

A liber-

gido por crise profunda. "Como na

deram os conselhos

ensaio de planificação geral, ou mesmo

dispersiva. Roosevelt, sem dúvida, pro

trangidamente, pe'as veredas das atri buições da União de regular o comér tributos para promover o bem estar ge

Posto no cativeiro desses poderes res

idealismo e da fôrça de vontade, é pre cisamente a de não haver, jamais, sacri ficado as liberdades, desrespeitado de

cido, o presidente.

Não negou, e não quis, nunca, des

truir o capitalismo.

Estados Unidos".

E a um dos seus bió

tou se não ficava impaciente vendo o ciativas, enquanto os ditadores impu nham fàcilmente a própria vontade. "Ditador? — replicou Roosevelt. — De maneira alguma. Sem oposição? Mas isso seria mortalmente aborrecido". . O

jamais que a. eficiência da sua obra

custasse o sacrifício dos valores espiri

tuais da civilização americana.

Processos democráticos

Procurou tão sò-

Ninguém exerceu o govêmo mais democràticamente mais em comunhão

cia. Qu s salvá-lo, poupando-o às cri. jes periódicas, que lhe ameaçam a dura ção. As suas reformas sociais não exce

velt citava c^ orgu)]tio era o de reco-

rnente hümanizá-Io, cortar-lhe os vícios, a. fim de lhe assegurar a sobreexistên-

com o povo. Um dos fatos que Roose

ber uma ^dia de 4 , mil cartas por dia

1


40

Dxcesto Econômico

pósílo de coibir os abusos do poder econômico. O Temporary National Economic Committee, no relatório dos seus trabalhos de 1941, assim sintetiza as suas conclusões, bem frisantes da

mentalidade criada pelo "New Deal**: "Se a democracia deve realmente sobre

viver, então todas as organizações atra

vés das quais o homem opera — in

dustriais, sociais e políticas — precisam ser igualmente democráticas.

experiência Roosevelt nos permite, tal vez, interpretá-la cm algumas das suai linlias gerais, através do seu tumultuário, caótico, e às vezes contraditório desen

volvimento.

Se sob víirios dos seus as

pectos políticos à luz da mentalidade e dos tradicionais método.s americanos, o

"New Deal" apresenta sentido revolu cionário, não foi, no plano social e eco

nômico nada mais do que o heróico

Digesto

41

Econômico

Agricultural Adjustment Act era o de um

lizado.

Limitou-se, por fim, ao "con

trole" imperfeito dos pontos-chave.

O vasto programa de planificação se

chocava com aquilo que Zink chama

ção, disse Roosevelt, rejeitamos qual

O que sobreviveu do "Neto Deal" Depois de 1937, o "New Deal" é mais um estado de espírito do que

Por uma permanente correção das gra

radical

jeffersoniana do governo fraco; a sua posição natural é a preconizada por Spencer — "The man versus the State".

ves fraquezas do nosso sistema econô

O dirigismo econômico — universal por

tuna realidade. A experiência de Roo-

dos velhos processos democráticos"...

sevelt prossegue, niutilada através de

mico, confiamos em novas aplicações

"A minha política é evitar a revolução. medidas esparsas. A crise dêsse ano, Eu quero salvar o capital", O pensamento e a ação rooseveltianos sempregados além de dez milhões, de- não se desdobraram segundo uma diretriz para destruir um sistema e subs de^W."" novo e vultoso programa rígida, tituí-lo por outro. O "New Deal" é

que elevou novamente o número de de-

uma política, e não uma doutrina. So bretudo uma política emocional. Nun

vência e a da civilização ameaçada pela barbárie. Roosevelt não cessa, po rém, de pregar as suas idéias renova doras, fiel às convicções profundas que

sempre o conduziram. E o país não faltaria ao seu grande condutor. A tra dição sagrada ao "third term" se que

sevelt era estreita para os seus empreen dimentos reformadores. As suas inicia

tivas essenciais só se expandiam, cons-

clamava uma "New Freedom", como o

professor idealista de Princeton, e reco

nhecia que "se a guerra mundial, que obrigou Wilson a consagrar oito anos aos negócios e.xteriores> não houvesse ocorrido, estaríamos hoje em situação diferente".

CIiamaram-no Kerensky; acusaram-no

de socialista, de comunista, de se pre tender transformar em ditador. Èle, em carta a um amigo, em 1938, explicou

com bonomía ás três razões por que era

incompatível com a ditadura: "não te nho inclinação para ser ditador; não te

nho nenhum atributo para ser um di tador bem sucedido; tenho muito pas sado histórico e muito conhecimento

tritos, a glória de Roosevelt, criação do

Congresso lhe criar obstáculos às ini

cias. Compreendeu sempre que era

cisões judiciárias, abalado as bases do sistema político. O seu esforço estrênuo se dirigiu serrmre em prol da de

.criador do "New Deal" não admitiria

humildade são atributos essenciais ao chefe de um governo democrático.

fesa dessas liberdades c do prestigio da democracia. "Nunca forcei a democra cia a tomar férias" — dizia, envaide

do, marcado de zíguezagues, de avan

ços e recuos, de guinadas para a direta e para a esquerda, segundo as necessi

dades táticas impostas pelas circunstân

preciso ceder, e que a paciência e a

Sua obra, pelos obstáculos que teve

de ^ncer, e que por vezes a inutili-

zaraih, pela ausência mesma de um sistema concebido e traçado em todos

em horas de perigo extremo.

jetou mais do que conseguiu realizar. Se o pensamento inicial que inspirou o National Industrial Recovery Act e o

bamos ae esboçar, a "vol-d'oiseau", da

da à autoridade da administração Roo

oportunidade e pela livre iniciativa. Re

quase sempre caprichoso e atormenta

mesmo, o caminho para atingí-lo foi

os porraenores, é incoerente, difusa e

A imperfeita reconstituiçâo que aca

Agindo dentro de um sistema federa tivo, em que o poder se distribui por 48 governos estaduais, a área reserva

coligadas, lutava pela igualdade de

grafos, respondeu quando lhe pergun

Se o

brou para que o governo continuasse

nas mãos do timoneiro experimentado

kee" uma camisa de força intolerável.

Lutando contra o imperialis

mo econômico das imensas corporações

ral, na vaga expressão da Constituição.

pela presunção de infalibilidade.

■esíÔTÇo de assegurar a própria sobrevi

sua própria essência — havia de fatal mente parecer ao individualismo "yan

política.

alvo dos seus movimentos foi sempre o

too opera-se gradativamente a muta

des organizações industriais são chama dos a participar das novas agências ad ministrativas, e a América se une no

Estados Unidos se educara na tradição

sevelt e de Wilson que conduziu a sua

cio externo e interestadual e de lançar

ca abandonou Roosevelt a idéia de que estava realizando apenas uma experiên cia, e não milagres; nunca se perturbou

ção de economia de paz em economfa de guerra com o pleno emprego e a p!ena produção. Os chefes daí gran

a planofobía americana. O cidadão dos

invariàvelmente sob a invocação de Jef-

das ditaduras que existem, para alimen tar o desejo de qualquer forma de di tadura para uma democracia como os

* clicint0 imoiâ-^p a preparaçao dos Estados Unidos para

se transformar no >ande arsenal""Svador das democracias. Dai para o fu-

No-

fersoD, de Cleveland, de Theodore Roo

ou a vigilância do Estado, só muito oarcíalmente pôde realizar o programa iaea-

íu 1 política não pode liberdade econômica não subsistir existe". se a

revolucionário

"Rerum

de socialização ou coletiviziição progres siva da economia, posta sob o comando

esfòrço de reforma de um sistema atin

quer progirama

da

vanim" e da "Quadrágesimo Ano". Foi

A liber-

gido por crise profunda. "Como na

deram os conselhos

ensaio de planificação geral, ou mesmo

dispersiva. Roosevelt, sem dúvida, pro

trangidamente, pe'as veredas das atri buições da União de regular o comér tributos para promover o bem estar ge

Posto no cativeiro desses poderes res

idealismo e da fôrça de vontade, é pre cisamente a de não haver, jamais, sacri ficado as liberdades, desrespeitado de

cido, o presidente.

Não negou, e não quis, nunca, des

truir o capitalismo.

Estados Unidos".

E a um dos seus bió

tou se não ficava impaciente vendo o ciativas, enquanto os ditadores impu nham fàcilmente a própria vontade. "Ditador? — replicou Roosevelt. — De maneira alguma. Sem oposição? Mas isso seria mortalmente aborrecido". . O

jamais que a. eficiência da sua obra

custasse o sacrifício dos valores espiri

tuais da civilização americana.

Processos democráticos

Procurou tão sò-

Ninguém exerceu o govêmo mais democràticamente mais em comunhão

cia. Qu s salvá-lo, poupando-o às cri. jes periódicas, que lhe ameaçam a dura ção. As suas reformas sociais não exce

velt citava c^ orgu)]tio era o de reco-

rnente hümanizá-Io, cortar-lhe os vícios, a. fim de lhe assegurar a sobreexistên-

com o povo. Um dos fatos que Roose

ber uma ^dia de 4 , mil cartas por dia

1


ryiiiHiiT VT'

Dioesto Econômico

42

— índice do interesse de que os gover

1940: "Mais de nove milhões de em

nados lhe cercavam a administração.

pregados na indústria privada do que

Hostilizado sempre pela quase totalida-

em março de 1933; <]uarcnla e dois nii-

da imprensa americana, falava pelo radio ao seu txtvo, de maneira constante,

Ihões de empregados com seguros de

diretamente, através de límpidos e vigo

rados contra o desemprego: convençõe.'!

velhice; vinte e nove milhões cie segu

rosos discursos, ouvidos em todos os

coletivas; salário mínimo, semana àf

Inres.

chats" explicava à nação todas as med.das mais importantes do govémo e

quarenta horas, proibição do trabalho infantil, salário médio superior ao de 1929; redução do custo da vida de 22ÍÍ

respondia às críticas dos adversários.

em relação a 1929; renda nacional ele

Nos seus freouentes "fireside-

Graças a êsses métodos é que nunca

vada a 74 bi'hões, quase o dobro da

me faltou a amizade popular.

registrada em 1932; redução considerá vel do número de falências; produção

A experiência Roosevelt foi uma ten

tativa de diiigismo econômico, de planificaçao empreendida em pleno regi me de liberdade política e de poderes limitados. Uma tentativa ousada deterpelas circunstâncias.

Em con

seqüência das dificuldades expostas, a ejmeriência não chegou a se definir, nidamente, em atos: ficou entre direções opostas, no conflito de forças contradinas, em posição intermediária, hosti-

iiz^a de ambos os lados.

s conservadores acusavam Roosevelt

das fábricas e mínas 13% maior do que

em 1929; nível de vida superior, sob todos os aspectos; maior movimento de compras e mais conforto geral; as obras da Tennessce Valley, poupando à na ção prejuízos anuais de 100 milliões de dólares e assegurando energia elétrica ao consumidor por preço correspondente à metade do preço médio nacional; a renda agrícola quase duplicada em re lação a 1932; milhares de lavradores

de destmir o "american system", o in-

libertados do risco de perderem as- fa zendas por execução hipotecária; um mi

nilí o'smo, a livre na iniciativa, in filtrar comunismo América.e de A ala

lhão

esquerda o tachava de super conserva dor, tímido e ineficiente. Para Laski, as medidas do "New Deal" correspon dem as dos governos liberais inc êses

de 1908 a 1910; para Walter Linpmm os códigos da N. R. A. represenWaní apenas uma imitação do que Colbert

já havia feito. Roosevelt — êle próprio — assim indicou a sua posição em ter mos aliás incorretos, porém expressivos:

de

fazendas

eletrificadas

desde

1933". É claro que estes dados tam bém reclamariani interpretação. Seria preciso investigar as influências da si tuação geral do mundo e as condições

novas criadas pela guerra.

Fora pre

ciso igualmente alinhar as cifras de con tra partida, entre outras as referentes

43

Econômico

que dela resultou pode parecer peque

em 1940, apenas 0,5%. Èstes dados não

no; mas, no momento, nas circunstân

significam outra coisa senão que Roose

cias e no meio em que Roosevelt a em

velt neutralizava com o seu programa de reforma — ainda que manco e desar-

preendeu ela representou uma providên cia salvadora, poupando uma convulsão que dos Estados Unidos se irradiaria fa talmente por todo o muqdo. E é por esta razão que um grande lüstoriaaor

diante a tarefa, apenas iniciada, ou esboçada.

adversários

lhe

mento com ôste

levantarão

dístico:

um

monu

"Ao último

campeão do capitalismo". A experiência Roosevelt se empreen deu através de todos os obstáculos de correntes de um sistema constitucional

rígido e da organização federativa, que restringe acentuadamente os poderes da União, em país imenso, e de fortes dife renças de condições entre as diversas re

giões e os diversos estados. Faltou-lhe,

to às necessidades superiores da defesa. Roosevelt não renegou, porém, o seu ideal. Nada — advertiu — poderia ser

vir de pretêxto para um retrocesso nas

conquistas sociais realizadas. Não ad mitiria que o conflito justificasse a vol

ta dos aousos e dos vícios, nem servisse

de fonte de proveitos exagerados, que

representariam a exploração do sofri

dros políticos americanos, estrat.ficados

turo mostrar a sua força, assegurando igualdade de oportunidade, trabalho

nos dois partidos tradicionais, e tão se melhantes nos seus traços fisionômicos

mento. A democracia deveria no fu

para os que querem trabaUiar, segu

fundamentais. Esta def.ciência o pres dente a teve de suprir como poude, valendo-se sobretudo do dom pessoal de

rança para os que dela precisam, as li

emocionar a opinião, por meío de seus

prol de uma constante elevação do "stan dard" de vida; e a e.xtinção dos privilé

discursos e proclamaç-ões. rooseveltiana

A pregação

manteve sempre viva a

transformação, em pais tão apegado à

"New Deal" sob esse critério contabi-

•Quando se tomou inevitável a parti cipação dos Estados Unidos na guerra, para lÍNtar o mundo da tirania, a situa ção nova fez com que o "New Deal" perdesse o primeiro plano, em holocaus

além disto, para a reforma projetada, o instrumenlo adequado, dentro dos qua

crescimento da incômoda burocracia.

Seria, entretanto, mesquinho julgar o

gou, porém, a criar, em substituição, o órgão ou o núcleo capaz de levar por

dores que a América conheceu desde Alexander Hami'ton, e outro profetiza que, um dia, os filhos dos seus ricos

à majoração da dívida nacional e ao Obra de profundo alcance

licit'ado — os escassos focos do radica

lismo político norte-americano; não che

o considera um dos maiores conserva

esperança da grande massa; e logrou

contra o socialismo de Estado, e contra

o socialismo privado. Conforme observa George Galloway, o "New Deal" ainda aguarda o vere

Digesto

absorver os fermentos mais ativos de

rotina o aos hábitos, no que diz res

peito à organização poCítica e social, como são os Estados Unidos. Os socia

listas que nas eleições de 1920 haviam

berdades civis para todos, e a aplica ção dos frutos do progresso científico em gios injustos de poucos.

Dos quadros da nação americana, a voz de Roosevelt se eleva, daí em dian

te, para exprimir os anseios da huma

nidade que se dilacera na luta. As quatro liberdades essenciais resumiram ns aspirações mínimas dos que se sacri

alcançado, com Debs, 920 mil votos, e

ficaram por um mundo melhor.

presenta uma imensa obra políKca e so-

em 1932, 884 mil, baixaram a 187 mil

sufrágios nas eleições de 1936, e a 99

As sombras da noite sem têrmo en volveram o incomparável lutador, antes

mil', no pleito de 1940, enquanto que os ccmunistas decresceram de 102 mil votos,

caminho do futiuo foi, porém, indica

mesmo autor. Se fôsse cabível essa

teúdo se hos afigure superado pelos acontecimentos, e que dentro em pouco a obra de Roosevelt, no mundo que se

apreciação aritmética, impressionariam os dados apresentados por Roosevelt em

transforma, seja apenas uma reminiscência histórica. O resíduo de conquistas

dicto -da história.

Os seus resultados

não podem ser julgados apenas através de cifras, como se se tratasse de conhe cer a situação de um banco, observa o

listico. Mutilado, desordenado, ê'e re

cial. É possível que hoje o seu con

que raiasse a aurora da nova era. O

obtidos em 1932, a 80 mil em 1936, e

do pela sua palavra generosa, esboçan

a 46 mil em 1940. Os chamados par tidos de esquerda representaram nas umas, em 1936, 2,9% do eleitorado, e

universal, que evite novas convulsões ®

do para todos os povos um "New Deal'* novas tragédias. Sua voz de\'e ser ou-.


ryiiiHiiT VT'

Dioesto Econômico

42

— índice do interesse de que os gover

1940: "Mais de nove milhões de em

nados lhe cercavam a administração.

pregados na indústria privada do que

Hostilizado sempre pela quase totalida-

em março de 1933; <]uarcnla e dois nii-

da imprensa americana, falava pelo radio ao seu txtvo, de maneira constante,

Ihões de empregados com seguros de

diretamente, através de límpidos e vigo

rados contra o desemprego: convençõe.'!

velhice; vinte e nove milhões cie segu

rosos discursos, ouvidos em todos os

coletivas; salário mínimo, semana àf

Inres.

chats" explicava à nação todas as med.das mais importantes do govémo e

quarenta horas, proibição do trabalho infantil, salário médio superior ao de 1929; redução do custo da vida de 22ÍÍ

respondia às críticas dos adversários.

em relação a 1929; renda nacional ele

Nos seus freouentes "fireside-

Graças a êsses métodos é que nunca

vada a 74 bi'hões, quase o dobro da

me faltou a amizade popular.

registrada em 1932; redução considerá vel do número de falências; produção

A experiência Roosevelt foi uma ten

tativa de diiigismo econômico, de planificaçao empreendida em pleno regi me de liberdade política e de poderes limitados. Uma tentativa ousada deterpelas circunstâncias.

Em con

seqüência das dificuldades expostas, a ejmeriência não chegou a se definir, nidamente, em atos: ficou entre direções opostas, no conflito de forças contradinas, em posição intermediária, hosti-

iiz^a de ambos os lados.

s conservadores acusavam Roosevelt

das fábricas e mínas 13% maior do que

em 1929; nível de vida superior, sob todos os aspectos; maior movimento de compras e mais conforto geral; as obras da Tennessce Valley, poupando à na ção prejuízos anuais de 100 milliões de dólares e assegurando energia elétrica ao consumidor por preço correspondente à metade do preço médio nacional; a renda agrícola quase duplicada em re lação a 1932; milhares de lavradores

de destmir o "american system", o in-

libertados do risco de perderem as- fa zendas por execução hipotecária; um mi

nilí o'smo, a livre na iniciativa, in filtrar comunismo América.e de A ala

lhão

esquerda o tachava de super conserva dor, tímido e ineficiente. Para Laski, as medidas do "New Deal" correspon dem as dos governos liberais inc êses

de 1908 a 1910; para Walter Linpmm os códigos da N. R. A. represenWaní apenas uma imitação do que Colbert

já havia feito. Roosevelt — êle próprio — assim indicou a sua posição em ter mos aliás incorretos, porém expressivos:

de

fazendas

eletrificadas

desde

1933". É claro que estes dados tam bém reclamariani interpretação. Seria preciso investigar as influências da si tuação geral do mundo e as condições

novas criadas pela guerra.

Fora pre

ciso igualmente alinhar as cifras de con tra partida, entre outras as referentes

43

Econômico

que dela resultou pode parecer peque

em 1940, apenas 0,5%. Èstes dados não

no; mas, no momento, nas circunstân

significam outra coisa senão que Roose

cias e no meio em que Roosevelt a em

velt neutralizava com o seu programa de reforma — ainda que manco e desar-

preendeu ela representou uma providên cia salvadora, poupando uma convulsão que dos Estados Unidos se irradiaria fa talmente por todo o muqdo. E é por esta razão que um grande lüstoriaaor

diante a tarefa, apenas iniciada, ou esboçada.

adversários

lhe

mento com ôste

levantarão

dístico:

um

monu

"Ao último

campeão do capitalismo". A experiência Roosevelt se empreen deu através de todos os obstáculos de correntes de um sistema constitucional

rígido e da organização federativa, que restringe acentuadamente os poderes da União, em país imenso, e de fortes dife renças de condições entre as diversas re

giões e os diversos estados. Faltou-lhe,

to às necessidades superiores da defesa. Roosevelt não renegou, porém, o seu ideal. Nada — advertiu — poderia ser

vir de pretêxto para um retrocesso nas

conquistas sociais realizadas. Não ad mitiria que o conflito justificasse a vol

ta dos aousos e dos vícios, nem servisse

de fonte de proveitos exagerados, que

representariam a exploração do sofri

dros políticos americanos, estrat.ficados

turo mostrar a sua força, assegurando igualdade de oportunidade, trabalho

nos dois partidos tradicionais, e tão se melhantes nos seus traços fisionômicos

mento. A democracia deveria no fu

para os que querem trabaUiar, segu

fundamentais. Esta def.ciência o pres dente a teve de suprir como poude, valendo-se sobretudo do dom pessoal de

rança para os que dela precisam, as li

emocionar a opinião, por meío de seus

prol de uma constante elevação do "stan dard" de vida; e a e.xtinção dos privilé

discursos e proclamaç-ões. rooseveltiana

A pregação

manteve sempre viva a

transformação, em pais tão apegado à

"New Deal" sob esse critério contabi-

•Quando se tomou inevitável a parti cipação dos Estados Unidos na guerra, para lÍNtar o mundo da tirania, a situa ção nova fez com que o "New Deal" perdesse o primeiro plano, em holocaus

além disto, para a reforma projetada, o instrumenlo adequado, dentro dos qua

crescimento da incômoda burocracia.

Seria, entretanto, mesquinho julgar o

gou, porém, a criar, em substituição, o órgão ou o núcleo capaz de levar por

dores que a América conheceu desde Alexander Hami'ton, e outro profetiza que, um dia, os filhos dos seus ricos

à majoração da dívida nacional e ao Obra de profundo alcance

licit'ado — os escassos focos do radica

lismo político norte-americano; não che

o considera um dos maiores conserva

esperança da grande massa; e logrou

contra o socialismo de Estado, e contra

o socialismo privado. Conforme observa George Galloway, o "New Deal" ainda aguarda o vere

Digesto

absorver os fermentos mais ativos de

rotina o aos hábitos, no que diz res

peito à organização poCítica e social, como são os Estados Unidos. Os socia

listas que nas eleições de 1920 haviam

berdades civis para todos, e a aplica ção dos frutos do progresso científico em gios injustos de poucos.

Dos quadros da nação americana, a voz de Roosevelt se eleva, daí em dian

te, para exprimir os anseios da huma

nidade que se dilacera na luta. As quatro liberdades essenciais resumiram ns aspirações mínimas dos que se sacri

alcançado, com Debs, 920 mil votos, e

ficaram por um mundo melhor.

presenta uma imensa obra políKca e so-

em 1932, 884 mil, baixaram a 187 mil

sufrágios nas eleições de 1936, e a 99

As sombras da noite sem têrmo en volveram o incomparável lutador, antes

mil', no pleito de 1940, enquanto que os ccmunistas decresceram de 102 mil votos,

caminho do futiuo foi, porém, indica

mesmo autor. Se fôsse cabível essa

teúdo se hos afigure superado pelos acontecimentos, e que dentro em pouco a obra de Roosevelt, no mundo que se

apreciação aritmética, impressionariam os dados apresentados por Roosevelt em

transforma, seja apenas uma reminiscência histórica. O resíduo de conquistas

dicto -da história.

Os seus resultados

não podem ser julgados apenas através de cifras, como se se tratasse de conhe cer a situação de um banco, observa o

listico. Mutilado, desordenado, ê'e re

cial. É possível que hoje o seu con

que raiasse a aurora da nova era. O

obtidos em 1932, a 80 mil em 1936, e

do pela sua palavra generosa, esboçan

a 46 mil em 1940. Os chamados par tidos de esquerda representaram nas umas, em 1936, 2,9% do eleitorado, e

universal, que evite novas convulsões ®

do para todos os povos um "New Deal'* novas tragédias. Sua voz de\'e ser ou-.


44

Digesto Econômico

P®*" todos os homens de boa von-

• ? de fraternidade fôrça persuasiva um timbre que nenhue ma outra igualou em nossos dias.

Eis

a sua advertência: "A democracia de

famintos enquanto aguardavam sem es perança diante da confusão e da fraque za do govêmo desorientado. Finalmen te, vencidos peto desalento, êles prefe

riram sacrificar a liberdade pela espe

sapareceu em várias nações não porque os povos^ dessas nações não amem a democracia, mas sim porque êles se

a defender a sua liberdade a qualquer

rança, êles se cansaram de ver os filhos

custo; 6 a primeira linha dessa defesa está na segurança econômica".

cansaram do desemprêgo e da insegu

rança de alcançar a'guma coisa para comer... O povo americano se dispõe

por Afonso Atunos de Melo Franco Especial para o "Digesto Econômico" O Congresso Industrial e Agrícola de Minas realizou tim severo exame das causas da crise do café, e não se pode negar que as diagnosticou com li^tdez.

Lúcidas também eram as recomendações terapêuticas para os males: reuwuo d^ tarifas de fretes, crédito barato para o financiamento das lavouras, melhoria^ na

qualidade do produto, com sacrifícios dos tipos maus, propagaria bem orterkçda tara o alargamento doàconsumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos ^ pressão dos baixistas estrangeiros.

de preço do café, nos mercados mun

tre Afonso Taunay estuda minuciosa

isto, mas o fator decisivo, conforme re

mente a grande crise da rubiácea veri ficada no alvorecer do século XX.

Foi uma crise comple.va, uma espé

cie de pano de amostra dos diversos fatôres econômicos, financeiros, sociais e

técnicos que, aos poucos, determinaram a mudança do ei.xo da economia brasi

leira para a indústria, trinta anos mais tarde.

Caio Prado Júnior, em certa passagem

da sua sucinta mas substancial "Histó ria Econômica do Brasil" faz, também,

íiVDC/STRíALfZAÇÃO DO ABACAXI

Estiveram no Mínísferío^ Agricultura, em conferência com técnicos àessa pasta, o ST. C. B. Lijon e Victor Thálman, dois especialistas da "Hawaiian Pineapple Companij , com objetivo de estudar a possibilidade de fomentar e desen volver grandes plantações de abacaxi nas regiões brasileiras mais indicadas. Os referidos técnicos americanos, segundo infornuiram, tratarão da escolha de locais e montagem de usinas para industrialização dêsse fruto, inclusive instalações de refrigeração e enlatamento, que visam a produção de um milhão de quilos de abacaxis em conservas, por ata de trabalho. O Brasil já produz, em média anual, 80 milhões de abacaxis, cultivados em' todos os Estados, com exceção do Rio Grande do Sul, destacando-se 25 milhões

em Pernambuco, 15 milhões em São Paulo e 10 milhões no Estado do Rio, seguido de perto pela Paraíba. Essa produção é obtida numa área de 9.500 hectares.

O fenômeno aterrador estava na baixa

volume nono da sua monumental No"História do Café no Brasil", o ilus

uma anáhsc interpretaUva de alta pre cisão e notável agudeza sobre os acontec mentos sombrios daquela época.

E, se quisermos deixar a fria e.xposição dos historiadores para entrarmos nos denoimentos de outra ordem, mais pal pitantes porque contemporâneos, encon traremos na excelente coleção dos "Do cumentos Parlamentares" uma série co-

píosa de fontes sobre o assunto. São discursos longos, às vêzes verdadeiros relatórios, em que entendidos ou curio

sos, como Alfredo EMis, Fausto Cardoso

diais.

Muitos fatôres concorriam para

feriu o grande presidente Rodrigues Alves na sua serena, corajosa e realista

mensagem dirigida ao Congresso no ano de 1903, era, sem dúvida, o aumento

espantoso da produção. De 1890 a 1902 a produção brasileira de café passara do quatro a quinze milhões de sacas, sem que o consumo mundial pudesse acompanhar, nem mesmo de muito lon

ge, esta vertiginosa ascenção.

Diante

de cifras tão contundentes, como ponde

rava Rodrigues Alves com toda razão, não se precisava ir buscar muito longe as causas da derrocada.

São Paulo, maior centro produtor do mundo, via-se atingido em p^eno cora

ção e em primeiro lu^ar. Naturalmen te por esta razão os aspectos pau istas da crise ofuscavam a todos os outros.

E também naturalmente por isto os his toriadores e estadistas focalizaram com mais evidência a situação de São Paulo. Mas o certo é que a economia minei

ra viu-se, por seu lado, duramente açoi

o outros, oferecem interessante panora

tada pelo veiidaval. Se é verdade que

ma do -que eram as idéias dos círculos dirigentes do Brasil daqueto tempo em

verdade também deve ser qu'e as gran

matéria de economia política.

quanto maior a nau maior a tormenta,

des naus contam com melhor aparelha-


44

Digesto Econômico

P®*" todos os homens de boa von-

• ? de fraternidade fôrça persuasiva um timbre que nenhue ma outra igualou em nossos dias.

Eis

a sua advertência: "A democracia de

famintos enquanto aguardavam sem es perança diante da confusão e da fraque za do govêmo desorientado. Finalmen te, vencidos peto desalento, êles prefe

riram sacrificar a liberdade pela espe

sapareceu em várias nações não porque os povos^ dessas nações não amem a democracia, mas sim porque êles se

a defender a sua liberdade a qualquer

rança, êles se cansaram de ver os filhos

custo; 6 a primeira linha dessa defesa está na segurança econômica".

cansaram do desemprêgo e da insegu

rança de alcançar a'guma coisa para comer... O povo americano se dispõe

por Afonso Atunos de Melo Franco Especial para o "Digesto Econômico" O Congresso Industrial e Agrícola de Minas realizou tim severo exame das causas da crise do café, e não se pode negar que as diagnosticou com li^tdez.

Lúcidas também eram as recomendações terapêuticas para os males: reuwuo d^ tarifas de fretes, crédito barato para o financiamento das lavouras, melhoria^ na

qualidade do produto, com sacrifícios dos tipos maus, propagaria bem orterkçda tara o alargamento doàconsumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos ^ pressão dos baixistas estrangeiros.

de preço do café, nos mercados mun

tre Afonso Taunay estuda minuciosa

isto, mas o fator decisivo, conforme re

mente a grande crise da rubiácea veri ficada no alvorecer do século XX.

Foi uma crise comple.va, uma espé

cie de pano de amostra dos diversos fatôres econômicos, financeiros, sociais e

técnicos que, aos poucos, determinaram a mudança do ei.xo da economia brasi

leira para a indústria, trinta anos mais tarde.

Caio Prado Júnior, em certa passagem

da sua sucinta mas substancial "Histó ria Econômica do Brasil" faz, também,

íiVDC/STRíALfZAÇÃO DO ABACAXI

Estiveram no Mínísferío^ Agricultura, em conferência com técnicos àessa pasta, o ST. C. B. Lijon e Victor Thálman, dois especialistas da "Hawaiian Pineapple Companij , com objetivo de estudar a possibilidade de fomentar e desen volver grandes plantações de abacaxi nas regiões brasileiras mais indicadas. Os referidos técnicos americanos, segundo infornuiram, tratarão da escolha de locais e montagem de usinas para industrialização dêsse fruto, inclusive instalações de refrigeração e enlatamento, que visam a produção de um milhão de quilos de abacaxis em conservas, por ata de trabalho. O Brasil já produz, em média anual, 80 milhões de abacaxis, cultivados em' todos os Estados, com exceção do Rio Grande do Sul, destacando-se 25 milhões

em Pernambuco, 15 milhões em São Paulo e 10 milhões no Estado do Rio, seguido de perto pela Paraíba. Essa produção é obtida numa área de 9.500 hectares.

O fenômeno aterrador estava na baixa

volume nono da sua monumental No"História do Café no Brasil", o ilus

uma anáhsc interpretaUva de alta pre cisão e notável agudeza sobre os acontec mentos sombrios daquela época.

E, se quisermos deixar a fria e.xposição dos historiadores para entrarmos nos denoimentos de outra ordem, mais pal pitantes porque contemporâneos, encon traremos na excelente coleção dos "Do cumentos Parlamentares" uma série co-

píosa de fontes sobre o assunto. São discursos longos, às vêzes verdadeiros relatórios, em que entendidos ou curio

sos, como Alfredo EMis, Fausto Cardoso

diais.

Muitos fatôres concorriam para

feriu o grande presidente Rodrigues Alves na sua serena, corajosa e realista

mensagem dirigida ao Congresso no ano de 1903, era, sem dúvida, o aumento

espantoso da produção. De 1890 a 1902 a produção brasileira de café passara do quatro a quinze milhões de sacas, sem que o consumo mundial pudesse acompanhar, nem mesmo de muito lon

ge, esta vertiginosa ascenção.

Diante

de cifras tão contundentes, como ponde

rava Rodrigues Alves com toda razão, não se precisava ir buscar muito longe as causas da derrocada.

São Paulo, maior centro produtor do mundo, via-se atingido em p^eno cora

ção e em primeiro lu^ar. Naturalmen te por esta razão os aspectos pau istas da crise ofuscavam a todos os outros.

E também naturalmente por isto os his toriadores e estadistas focalizaram com mais evidência a situação de São Paulo. Mas o certo é que a economia minei

ra viu-se, por seu lado, duramente açoi

o outros, oferecem interessante panora

tada pelo veiidaval. Se é verdade que

ma do -que eram as idéias dos círculos dirigentes do Brasil daqueto tempo em

verdade também deve ser qu'e as gran

matéria de economia política.

quanto maior a nau maior a tormenta,

des naus contam com melhor aparelha-


Dicesto Dicesto

46

mento de defesa que as menores, e, nesta conjuntura, a relativa pobreza de

quer girondno, que "a nossa vida

se dificuldades relativamente tão grandes

econômica tem chegado a um grau de abatimento e de descrédito que ameaça o desmoronamento da nossa própria so

quanto as que assolavam o seu vellio

berania política".

Minas fez com que o Estado atravessas

aliado político e poderoso vizinho do

O. declínio da imigração estrangeira, iniciada auspiciosamente em Minas no

sul.

fim do Império, era outro índice reve A crise em Minas

lador do mal estar geral.

Em 1897

tinham entrado no Estado 17.578 imi

As mensagens que o presidente mi neiro Francisco Sales enviou ao Con

gresso do Estado nos anos de 1903 e 1904 são impressionantes. O presidente tinha feito uma excur-

grantes.

Em 1902 eles não passaram

e, como disse Heitor de Sousa da tri

buna, com a sua proverbial eÜoquência, os homens pedindo inspirações ao própno desespero", ^ O volume físico da produção e da

exportação mineiras tinha subido. Mas

o seu valor decrescera implacàvelmente nos urimos anos, por causa da queda do cafe. Queda que arrastava tudo no declive, desde o valor das propriedades até a coragem dos lavradores e comer ciantes.

"O valor dos produtos — comenta melancòlicamente a mensagem presidencial

que nesta parte deve ter recebido a co

antes do famigerado Convênio de Tau-

estava em supor que pudessem os brasi leiros desamparados desvencühar-se da grande engrenagem capitalista interna

sastrosa, pois em Minas, como em São

retos do café.

Premido pelas circunstancias era o governo levado a uma política fiscal suicida, no intuito de colher os recursos

indispensáveis i\ manutenção dos seus serviços. Taxava as fontes de produ ção no que elas ainda tinham de flo rescente, aumentando assim as suas di

ficuldades.

Para uma receita de pouco mais de 16.000 contos as despesas inevitáveis iam além de 25.000.

Não escapava ao atilamento de An

tônio Carlos que uma das coisas mais

importantes a se fazer era tomar o con trole do café nos mercados de consu

mo. Mas isto, que êle desejou e preco nizou, se era acertado, escapava às pos

sibilidades do Brasi'. Estávamos engre nados numa máquina tremendamente poderosa de interêsses estranhos, máqui

laboração de Antônio Carlos, secretário

na internacional que ia desde a estrada

da Fazenda, — não compensa vantajo

de ferro que transportava o café no

samente o custo da produção, o que de

nosso território, passando pelo banco

termina a crise que a todos desalenta 6 vai nos depauperando o organismo

que financiava o produtor, ao ccmissá-

social".

que emprestava também ao fazendeiro

Graves pa'avras para um chefe de Es tado da ponderação de Sales. Palavras que encontrariam mais tarde eco vi

para comprar-lhe o café como queria,

río. geralmente dependente do banco,

baté a Comissão de Orçamento da Câ

mara estadual propunha ao plenário um projeto de lei no qual estavam esboça

das as medidas principais adotadas pelo

cional.

Congresso Industrial e Agrícola

referido Convênio.

Êsse projeto depois se transformou

na confusão, se revelam por algumas

na lei estadual número 400, de 13 de setembro de 1905, cujo artigo 10 é o

medidas adotadas precocemente.

seguinte:

Os esforços de Minas, para ver claro

em Belo Horizonte o Congresso Indus

lhe fora dado ver. Campos e cafezais abandonados nas melhores- terras e de

mmo, crise, dificuldades por toda parte. O comercio aHngido, o crédito retraído,

ra em outro campo de sugestões, pois

O seu engano

A situação financeira do governo não podia deixar de ser, e era de fato, de mente nos rendimentos diretos ou indi

hcavam à beira da linha férrea. Desâ-

dução. Tudo isto percebia muito bem o fino Antônio Carlos.

da cifra irrisória de 52.

Pau'o, o orçamento se baseava principal

mais fácil transporte, pois eram as que

47

Antes que se reunisse em São Paulo o Congresso de Lavradores, presidido

s,o na zona mais rica do Estado, a Mata,

e voltara bastante apreensivo com o quê

Económxco

Econômico

pelo Barão de Resende, tinha-se reunido trial e -Agrícola de Minas, ao qual a im

"Fica o Presidente do Estado autori zado a entrar em acordo com o Covêmo Federal e com os Estados interessados

na cultura do café, para adoção de rnedidas que tenham por fim valorizar ou

prensa cW tempo atribuiu enorme im

elevar o valor desse produto, regularizar

portância.

f;randcs figuras da economia e da po-

sua exportação e normalizar seu co

itica mineiras, como João Pinheiro, João Ribeiro (depois Ministro da Fazenda no

Tentativa de economia dirisida

segundo

A este congresso aderiram

governo

Rodrigues

A^.ves),

Monteiro cie Andrade (mais tarde dire

tor do Banco do Brasil), e políticos'de

projeção nacional, como Lauro MuUer, ao tempo Ministro da Viação. Também

mércio".

Em disposições posteriores a lei expli ca e amplia o sentido da valorização. Procurava não onerar o produtor mas impedir a compra por preços ditados de fora. E também proibia o aumento

ros da nova geração, que seriam em

das culturas, pois que a tanto eqüivalia um imposto proibitivo que era lançado

breve grandes figuras na vida pública

sôbre as novas plantações.

no Congresso, ensaiaram as armas minei da sua terra e do Brasil, como Afrànio de Melo Franco.

Os trabalhos do conclave realizam um

A grande batalha pela valorização do

café e limitação do seu plantio chegava ao termo em Minas Gerais.

Menos de

severo exame das causas da crise, e

seis meses depois, a 25 de fevereiro de

não se pode negar que as diagnosticaram

1906, Francisco Sales, Tibiriçá e Nilo Peçanha, presidentes dos três Estados in teressados, assinavam em Taubaté o

com lucidez.

Lúcidas também eram as

recomendações terapêuticas para os ma les: revisão das tarifas de fretes, cré

dito barato para o financiamento das lavouras, melhoria na quahdade do pro duto, com sacrifício dos tipos maus,

propaganda bem orientada para o alar gamento do consumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos à pressão -dos baixistas estrangeiros, baixistas que no entanto mantinham altos os preços nos mercados de consumo. Tudo muito

brante na voz do citado Heitor de

ate chegar aos "trusts" de vendedores nas praças da Europa e dos Estados Uni dos, que controlavam os enormés esto

Souáa, fogoso representante da Mata.

ques retidos nos mercados de consumo

Êste não vacilou em afirmar, como qual

e, portanto, os preço» «as zonas de pro-

gresso, Minas tomou também a diantei-

certo. Mas não havia força para cumprir êste programa.

Alem de precursora no caso do Con

convênio famoso que, como mostra Taunay, alcançou não sòmente no Brasil, mas nos círculos econômicos de todo mundo, funda repercussão.

Era uma tentativa precoce de econo

mia dirigida, de intervenção do Estado no livre jogo da iniciativa, que o Brasil vinha praticar naqueles tempos de libe ralismo econômico predominante. Em certo sentido, e à rista dos fatos

relatados, pode-se considerar que os po líticos mineiros foram precursores dêste movimento, no campo das realizações legislativas.


Dicesto Dicesto

46

mento de defesa que as menores, e, nesta conjuntura, a relativa pobreza de

quer girondno, que "a nossa vida

se dificuldades relativamente tão grandes

econômica tem chegado a um grau de abatimento e de descrédito que ameaça o desmoronamento da nossa própria so

quanto as que assolavam o seu vellio

berania política".

Minas fez com que o Estado atravessas

aliado político e poderoso vizinho do

O. declínio da imigração estrangeira, iniciada auspiciosamente em Minas no

sul.

fim do Império, era outro índice reve A crise em Minas

lador do mal estar geral.

Em 1897

tinham entrado no Estado 17.578 imi

As mensagens que o presidente mi neiro Francisco Sales enviou ao Con

gresso do Estado nos anos de 1903 e 1904 são impressionantes. O presidente tinha feito uma excur-

grantes.

Em 1902 eles não passaram

e, como disse Heitor de Sousa da tri

buna, com a sua proverbial eÜoquência, os homens pedindo inspirações ao própno desespero", ^ O volume físico da produção e da

exportação mineiras tinha subido. Mas

o seu valor decrescera implacàvelmente nos urimos anos, por causa da queda do cafe. Queda que arrastava tudo no declive, desde o valor das propriedades até a coragem dos lavradores e comer ciantes.

"O valor dos produtos — comenta melancòlicamente a mensagem presidencial

que nesta parte deve ter recebido a co

antes do famigerado Convênio de Tau-

estava em supor que pudessem os brasi leiros desamparados desvencühar-se da grande engrenagem capitalista interna

sastrosa, pois em Minas, como em São

retos do café.

Premido pelas circunstancias era o governo levado a uma política fiscal suicida, no intuito de colher os recursos

indispensáveis i\ manutenção dos seus serviços. Taxava as fontes de produ ção no que elas ainda tinham de flo rescente, aumentando assim as suas di

ficuldades.

Para uma receita de pouco mais de 16.000 contos as despesas inevitáveis iam além de 25.000.

Não escapava ao atilamento de An

tônio Carlos que uma das coisas mais

importantes a se fazer era tomar o con trole do café nos mercados de consu

mo. Mas isto, que êle desejou e preco nizou, se era acertado, escapava às pos

sibilidades do Brasi'. Estávamos engre nados numa máquina tremendamente poderosa de interêsses estranhos, máqui

laboração de Antônio Carlos, secretário

na internacional que ia desde a estrada

da Fazenda, — não compensa vantajo

de ferro que transportava o café no

samente o custo da produção, o que de

nosso território, passando pelo banco

termina a crise que a todos desalenta 6 vai nos depauperando o organismo

que financiava o produtor, ao ccmissá-

social".

que emprestava também ao fazendeiro

Graves pa'avras para um chefe de Es tado da ponderação de Sales. Palavras que encontrariam mais tarde eco vi

para comprar-lhe o café como queria,

río. geralmente dependente do banco,

baté a Comissão de Orçamento da Câ

mara estadual propunha ao plenário um projeto de lei no qual estavam esboça

das as medidas principais adotadas pelo

cional.

Congresso Industrial e Agrícola

referido Convênio.

Êsse projeto depois se transformou

na confusão, se revelam por algumas

na lei estadual número 400, de 13 de setembro de 1905, cujo artigo 10 é o

medidas adotadas precocemente.

seguinte:

Os esforços de Minas, para ver claro

em Belo Horizonte o Congresso Indus

lhe fora dado ver. Campos e cafezais abandonados nas melhores- terras e de

mmo, crise, dificuldades por toda parte. O comercio aHngido, o crédito retraído,

ra em outro campo de sugestões, pois

O seu engano

A situação financeira do governo não podia deixar de ser, e era de fato, de mente nos rendimentos diretos ou indi

hcavam à beira da linha férrea. Desâ-

dução. Tudo isto percebia muito bem o fino Antônio Carlos.

da cifra irrisória de 52.

Pau'o, o orçamento se baseava principal

mais fácil transporte, pois eram as que

47

Antes que se reunisse em São Paulo o Congresso de Lavradores, presidido

s,o na zona mais rica do Estado, a Mata,

e voltara bastante apreensivo com o quê

Económxco

Econômico

pelo Barão de Resende, tinha-se reunido trial e -Agrícola de Minas, ao qual a im

"Fica o Presidente do Estado autori zado a entrar em acordo com o Covêmo Federal e com os Estados interessados

na cultura do café, para adoção de rnedidas que tenham por fim valorizar ou

prensa cW tempo atribuiu enorme im

elevar o valor desse produto, regularizar

portância.

f;randcs figuras da economia e da po-

sua exportação e normalizar seu co

itica mineiras, como João Pinheiro, João Ribeiro (depois Ministro da Fazenda no

Tentativa de economia dirisida

segundo

A este congresso aderiram

governo

Rodrigues

A^.ves),

Monteiro cie Andrade (mais tarde dire

tor do Banco do Brasil), e políticos'de

projeção nacional, como Lauro MuUer, ao tempo Ministro da Viação. Também

mércio".

Em disposições posteriores a lei expli ca e amplia o sentido da valorização. Procurava não onerar o produtor mas impedir a compra por preços ditados de fora. E também proibia o aumento

ros da nova geração, que seriam em

das culturas, pois que a tanto eqüivalia um imposto proibitivo que era lançado

breve grandes figuras na vida pública

sôbre as novas plantações.

no Congresso, ensaiaram as armas minei da sua terra e do Brasil, como Afrànio de Melo Franco.

Os trabalhos do conclave realizam um

A grande batalha pela valorização do

café e limitação do seu plantio chegava ao termo em Minas Gerais.

Menos de

severo exame das causas da crise, e

seis meses depois, a 25 de fevereiro de

não se pode negar que as diagnosticaram

1906, Francisco Sales, Tibiriçá e Nilo Peçanha, presidentes dos três Estados in teressados, assinavam em Taubaté o

com lucidez.

Lúcidas também eram as

recomendações terapêuticas para os ma les: revisão das tarifas de fretes, cré

dito barato para o financiamento das lavouras, melhoria na quahdade do pro duto, com sacrifício dos tipos maus,

propaganda bem orientada para o alar gamento do consumo, defesa enérgica dos preços do interior sujeitos à pressão -dos baixistas estrangeiros, baixistas que no entanto mantinham altos os preços nos mercados de consumo. Tudo muito

brante na voz do citado Heitor de

ate chegar aos "trusts" de vendedores nas praças da Europa e dos Estados Uni dos, que controlavam os enormés esto

Souáa, fogoso representante da Mata.

ques retidos nos mercados de consumo

Êste não vacilou em afirmar, como qual

e, portanto, os preço» «as zonas de pro-

gresso, Minas tomou também a diantei-

certo. Mas não havia força para cumprir êste programa.

Alem de precursora no caso do Con

convênio famoso que, como mostra Taunay, alcançou não sòmente no Brasil, mas nos círculos econômicos de todo mundo, funda repercussão.

Era uma tentativa precoce de econo

mia dirigida, de intervenção do Estado no livre jogo da iniciativa, que o Brasil vinha praticar naqueles tempos de libe ralismo econômico predominante. Em certo sentido, e à rista dos fatos

relatados, pode-se considerar que os po líticos mineiros foram precursores dêste movimento, no campo das realizações legislativas.


49

Dicesto Econômico

Progressos do Brasil

Constituiç-ão, sob a qual age o govêfno, é por conseguinte de suma importância não apenas para o bem estar aa nação,

X — Constituição e govêmo

em seu conjunto, mas para todo indiví

por Seiaward Humphwy

(especial para o 'dicesto ECONÓNnCO")

(Economista inglês)

um país, e a forma e dimensões de

o govêmo se viu forçado a tomar algu

seu desenvolvimento econômico, são mo

Há dois tipos principais de Constituição: um geralmente se classifica coino "liberal",

Há dois tipos principais de Constitui

na e o desenvolvimento das cidades

modernas — o último conseqüência da primeira - verificou-se um grande au

Em muitos países houve condições,

devidas ao resultado da guerra, em que

sendo comum às grandes democracias; o outro é chamado "totalitário", e dêle

JJtjnANTE a evolução da era da máqui

comunidade.

duo dentro do Estado. O progresso de

delados pelo tipo de Constituição sob a oual o povo é dirigido.

constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente destruído 0 o Estado autoritário dos Sooiets. Todo país independente aceita e adota uma ou outra forma, de que fato nada têm de comum, pois são antitéticas entre si.

dade biológica e o indivíduo apenas existem em função dos ínterêsses da

mas medidas de controle totalitário, a

hm de prevenir a anarquia e evitar a fome do povo. É necessário, portanto,

que conheçamos as condições em que

ção: um geralmente se classifica como

o mundo, submetido a elementos anor

"liberal", sendo comum às grandes de mocracias; o outro 6 chamado "totalitá

mos decidir se, e em que e.xtensão, nosso

rio", e dêle constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente

funcionários, pois mesmo os impostos

destruído e o Estado autoritário dos So-

eram arrecadados de uma minoria rela

i^ets. Todo país independente aceita e

tivamente pequena.

adota uma ou outra forma.

Êsses dois tipos nada têm de comum:

mais, tem caminhado. Só então podere

próprio país foi envolvido pelo polvo da guerra. Procuremos ser claros acerca dessas duas ideologias fimdamentalmente opostas, porque em breve seremos leva dos a escolher sob que forma deveremos permanentemente viver.

mento nas atividades governamentais.

Contudo, em anos recentes, a respon sabilidade dos governos se alargou, como

de fato, são antitéticos entre si.

as manufaturas ainda se encontravam

6 geralmente sabido, de maneira a abar

primeiro — o "liberal" — encara a ques

na fase artesanal, o objetívo do trabalho

car não apenas as antigas tarefas, mas

tão governamental do ponto de vista da

adnunistrativo se limitava, em todos os

muitas outras medidas sociais, como

pessoa humana. Representa o princípio

por exempo o saneamento dos pântanos,

popular do ângulo do indivíduo, tudo

básicos: defesa da soberania nacional

o combate às pragas e pestes, etc., assim como o estabelecimento do seguro con

combinado a fim de alcançar uma opi

tra o desemprego, contra os acidentes e

ria. O segundo — o "totalitário", tam

titujiiçào possam ser amaJgamados na prática por uma espécie de compro

outras circunstâncias adversas, juntamen te com a fiscalização das condições fa

bém conhecido por sistema "coletivista" — encara a mesma questão do ponto de

declarou que "é inconcebível que a Re

Antes do sécu'o XIX, isto é, enquanto

países, princ palmente aos cinco serviços

conta ameaças externas, proteção das institui^es públicas, das pessoas e suas propriedades, manutenção da lei e da

ordem por parte das côrtes de justiça, destinadas a deter e julgar possíveis in fratores e a dirimir disputas entre os

particulares, a imposição e arrecadação do impostos razoáveis, que atendessem às despesas da administração, e o con trole e em-ssão do meio circulante.

Em muitos países, a criação e conser

va das rodovias públicas, das pontes e

portos, etc., não se ina'uíam em tal pro grama.

O mesmo acontecia com os

O

nião que seja a média aceita pela maio

bris, das horas de trabalho e dos níveis

vista do Estado, representado nos que

de salário.

governam.

Além disso, durante os anos de guer ra, essa fiscalização se estende aos pre

O conflito que se trava entre os ho mens a este respeito decorre de úm

Se

dência de lun ou outro destes tipos

irreconciliáveis de Constituição, p^ye-

ser o critério supremo. Uns marcham da base para o vértice, outros do vér

em jogo.

das áreas de produção aos grandes cen

tros consumidores. Vê-se, portanto, que

que seja a sua posição na vida. Tipos de Constituição

seus

nunca se punha em contacto com os

Em xiltima instância,

uma ou outra forma prevalecerá".

da comunidade em seu conjunto, devem

tice para a base.

Os seus caminhos

losofias irreconciliáveis A forma liberal

fins que em sua grande maioria a nação

demais Estados.

para outros, os interesses do Estado, ou

bros da comunidade, por ma's humilde

bmitadas nos

pública Soviética possa sobreviver du rante um longo período, lado a lado dos

ou defic'ência nos meios de transporte

Todos os infelizes deviam ser socorridos

tão

misso. Eis uma ilusão perigosa. Lenin

interesses individuais devem prevalecer;

so cruzam em direções opostas. Podem encontrar-se em algum ponto, mas ape

mentais eram

que êsses dois diferentes tipos de Cons-

que se verifica crise de abastecimento

reservas armazenadas, nos momentos em

feitio psicológico diverso. Para uns, os

asilos para órfãos, para os idosos e os incapacitados por moléstia ou acidente.

Estado. De fato, as medidas governa

Muita gente, nos países democráti cos, alimenta a crença e a esperança de

a coisa é assim, então importa saber o que está implícito na luta pela ascen

ços dos artigos essenciais e mesmo às

o objetivo das atividades governamentais é, hoje em dia, matéria de vital interes se e de importância para todos os mem

pela iniciativa privada. A educação em parte alguma era proporcionada pelo

Antagonismos

Ora, todo govêmo extrai a sua autori dade da Constituição.-. O caráter dessa

nas como antagonístas, pois esposam fi considera o homem uma entidade pen

sante, agindo por sua própria iniciativa, com sua vida e sua carreira em suas

próprias mãos; a forma coletivista pro cura copiar os característicos da vida social dos insetos, em cujo grupo, a uni

mos ser claros a respeito das soluções Reduzida aos princípios essenciais,^ a diferença entre as duas Constituições pode ser expressa da seguinte maneira; a forma liberal toma o Estado servo do homem; a forma coletivista toma o ho

mem servo do Estado. A primeira pre serva a liberdade e a ação independente do indivíduo; a outra as aniquila.

A

primeira peroiite que as miriades de transações integrantes da vida de um

país constituam o negócio das pessoas


49

Dicesto Econômico

Progressos do Brasil

Constituiç-ão, sob a qual age o govêfno, é por conseguinte de suma importância não apenas para o bem estar aa nação,

X — Constituição e govêmo

em seu conjunto, mas para todo indiví

por Seiaward Humphwy

(especial para o 'dicesto ECONÓNnCO")

(Economista inglês)

um país, e a forma e dimensões de

o govêmo se viu forçado a tomar algu

seu desenvolvimento econômico, são mo

Há dois tipos principais de Constituição: um geralmente se classifica coino "liberal",

Há dois tipos principais de Constitui

na e o desenvolvimento das cidades

modernas — o último conseqüência da primeira - verificou-se um grande au

Em muitos países houve condições,

devidas ao resultado da guerra, em que

sendo comum às grandes democracias; o outro é chamado "totalitário", e dêle

JJtjnANTE a evolução da era da máqui

comunidade.

duo dentro do Estado. O progresso de

delados pelo tipo de Constituição sob a oual o povo é dirigido.

constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente destruído 0 o Estado autoritário dos Sooiets. Todo país independente aceita e adota uma ou outra forma, de que fato nada têm de comum, pois são antitéticas entre si.

dade biológica e o indivíduo apenas existem em função dos ínterêsses da

mas medidas de controle totalitário, a

hm de prevenir a anarquia e evitar a fome do povo. É necessário, portanto,

que conheçamos as condições em que

ção: um geralmente se classifica como

o mundo, submetido a elementos anor

"liberal", sendo comum às grandes de mocracias; o outro 6 chamado "totalitá

mos decidir se, e em que e.xtensão, nosso

rio", e dêle constituem ramificações "in excelsis" o regime nazista recentemente

funcionários, pois mesmo os impostos

destruído e o Estado autoritário dos So-

eram arrecadados de uma minoria rela

i^ets. Todo país independente aceita e

tivamente pequena.

adota uma ou outra forma.

Êsses dois tipos nada têm de comum:

mais, tem caminhado. Só então podere

próprio país foi envolvido pelo polvo da guerra. Procuremos ser claros acerca dessas duas ideologias fimdamentalmente opostas, porque em breve seremos leva dos a escolher sob que forma deveremos permanentemente viver.

mento nas atividades governamentais.

Contudo, em anos recentes, a respon sabilidade dos governos se alargou, como

de fato, são antitéticos entre si.

as manufaturas ainda se encontravam

6 geralmente sabido, de maneira a abar

primeiro — o "liberal" — encara a ques

na fase artesanal, o objetívo do trabalho

car não apenas as antigas tarefas, mas

tão governamental do ponto de vista da

adnunistrativo se limitava, em todos os

muitas outras medidas sociais, como

pessoa humana. Representa o princípio

por exempo o saneamento dos pântanos,

popular do ângulo do indivíduo, tudo

básicos: defesa da soberania nacional

o combate às pragas e pestes, etc., assim como o estabelecimento do seguro con

combinado a fim de alcançar uma opi

tra o desemprego, contra os acidentes e

ria. O segundo — o "totalitário", tam

titujiiçào possam ser amaJgamados na prática por uma espécie de compro

outras circunstâncias adversas, juntamen te com a fiscalização das condições fa

bém conhecido por sistema "coletivista" — encara a mesma questão do ponto de

declarou que "é inconcebível que a Re

Antes do sécu'o XIX, isto é, enquanto

países, princ palmente aos cinco serviços

conta ameaças externas, proteção das institui^es públicas, das pessoas e suas propriedades, manutenção da lei e da

ordem por parte das côrtes de justiça, destinadas a deter e julgar possíveis in fratores e a dirimir disputas entre os

particulares, a imposição e arrecadação do impostos razoáveis, que atendessem às despesas da administração, e o con trole e em-ssão do meio circulante.

Em muitos países, a criação e conser

va das rodovias públicas, das pontes e

portos, etc., não se ina'uíam em tal pro grama.

O mesmo acontecia com os

O

nião que seja a média aceita pela maio

bris, das horas de trabalho e dos níveis

vista do Estado, representado nos que

de salário.

governam.

Além disso, durante os anos de guer ra, essa fiscalização se estende aos pre

O conflito que se trava entre os ho mens a este respeito decorre de úm

Se

dência de lun ou outro destes tipos

irreconciliáveis de Constituição, p^ye-

ser o critério supremo. Uns marcham da base para o vértice, outros do vér

em jogo.

das áreas de produção aos grandes cen

tros consumidores. Vê-se, portanto, que

que seja a sua posição na vida. Tipos de Constituição

seus

nunca se punha em contacto com os

Em xiltima instância,

uma ou outra forma prevalecerá".

da comunidade em seu conjunto, devem

tice para a base.

Os seus caminhos

losofias irreconciliáveis A forma liberal

fins que em sua grande maioria a nação

demais Estados.

para outros, os interesses do Estado, ou

bros da comunidade, por ma's humilde

bmitadas nos

pública Soviética possa sobreviver du rante um longo período, lado a lado dos

ou defic'ência nos meios de transporte

Todos os infelizes deviam ser socorridos

tão

misso. Eis uma ilusão perigosa. Lenin

interesses individuais devem prevalecer;

so cruzam em direções opostas. Podem encontrar-se em algum ponto, mas ape

mentais eram

que êsses dois diferentes tipos de Cons-

que se verifica crise de abastecimento

reservas armazenadas, nos momentos em

feitio psicológico diverso. Para uns, os

asilos para órfãos, para os idosos e os incapacitados por moléstia ou acidente.

Estado. De fato, as medidas governa

Muita gente, nos países democráti cos, alimenta a crença e a esperança de

a coisa é assim, então importa saber o que está implícito na luta pela ascen

ços dos artigos essenciais e mesmo às

o objetivo das atividades governamentais é, hoje em dia, matéria de vital interes se e de importância para todos os mem

pela iniciativa privada. A educação em parte alguma era proporcionada pelo

Antagonismos

Ora, todo govêmo extrai a sua autori dade da Constituição.-. O caráter dessa

nas como antagonístas, pois esposam fi considera o homem uma entidade pen

sante, agindo por sua própria iniciativa, com sua vida e sua carreira em suas

próprias mãos; a forma coletivista pro cura copiar os característicos da vida social dos insetos, em cujo grupo, a uni

mos ser claros a respeito das soluções Reduzida aos princípios essenciais,^ a diferença entre as duas Constituições pode ser expressa da seguinte maneira; a forma liberal toma o Estado servo do homem; a forma coletivista toma o ho

mem servo do Estado. A primeira pre serva a liberdade e a ação independente do indivíduo; a outra as aniquila.

A

primeira peroiite que as miriades de transações integrantes da vida de um

país constituam o negócio das pessoas


Dicesto Eco^IÓ^DCo

50

5i

Dicesto Econômico

que compõem a nação; a outra as funde

gime de escravidão. Em outras palavras,

como cm tôda parte se faz, ou se está

real de tuna comunidade democrática

num vasto monónolio de Estado, sobre

deverá decidir se descia um retomo à

o qual ninguém possui qualquer judisdi-

"economia livre" dos velhos tempos re-

fazendo, permanecer livro. Oportuna mente, pois, reexaminará os termos do

repousa no equilíbrio dos direitos indi

pacto constitucional, que agora, em vir tude das mudanças operadas nos tipos

conjunto.

ção, exceto o executivo governamental. Numa economia 'ibera! o homem é livre;

Íiubrcanos ou um desenvolvimento que ova a qua'quer Estado totalitário.

numa economia coletivista é prisioneiro

do regime. Estas são condições funda mentalmente diversas para o indivíduo, pois não há meio termo entre a liberda

de e a escravidão.

Um animal num

jardim zoológ co é um prisioneiro. Seu

cercado ou sua jaula podem ser largos, e o meio pode simular exatamente o seu

"habitat" natural. Mas, apesar de tudo, é um prisioneiro. Não tem a liberdade do dispor de seu próprio destino. Não

pode levar a vida para a qual foi cr ado.

É a'ojado e a'imentado pelos .seus se nhores, e os seus atos são circunscritos.

Nos dias correntes, apesar de uma aparencia de liberdade, o homem e por

toda parte ainda um cativo da economia coletivista que se desenvolveu com as

exigências da guerra. Ê'e não pode ir

pBra onde queira, nem dispender o seu capital como meUior lhe convenha. Seu

cercado está no tamanho de seu país. Nao pode duigir-se para o próximo ou para qualquer outro cercado sem pri meiro obter a permissão de suas pró prias autoridades e as do cercado que tenha em vista.

^

Êstes poderes restritivos da liberdade dos homens eram impostos pelos gover nos através de decretos já não mai.s di.scutídos e provados pela Constituição tradicional de quaTquer povo 'ivre. Nin

guém se opõe a tais restrições, embora a liberdade possa desaparecer sob elas, em épocas e comoções "ntestinas. Con tudo, uma coisa e a submissão voluntá

de administração durante as duas rutimas décadas, se encontra em estado de

O caso brasileiro

guinte, a maioria decide realizar um

berdade individual. . Numa verdadeira democracia a fun

bro de um grupo, e quando os seus in-

retòmo à velha economia tradicional, a

ção do Estado é regular as atividades

em seu conjunto, então devem ceder.

econômicas do povo, completá-las, mas não usurpá-las. A obrigação do go-

O egoísmo e a tendência à exploração,

vômo é evitar todos os abusos, tôda

exp'oração da comunidade, coletiva ou

da fiscalização estatal. Urge que, para tanto, os poderes do govêmo sejam

individualmente.

consagrados na Constituição.

O Brasil é uma democracia, e isto

significa que a sua forma de Constitui ção e de govêmo deve subordinar-se à vontade da ma oria.

Se, por conse

nação, quando a necessidade de restri ções comuns chegar ao fim, deverá

exam'nar os poderes conferidos ao exe cutivo nacional, providenciar para que os decretos especiais de guerra sejam revogados e para que a Constituição ado

zar os recursos do país, estab©'ecer os

mitam o assalto à liberdade do homem.

padrões mínimos, resolver as disputas, o geralmente promover e estimular tais

Sc, ao contrário, a maioria deseja seguir

a prática dos inretos sociais e dissolver

atividades, nacionais ou individuais, as sim como assegurar o máximo bem estar

a sua liberdade individual nos interes

ses da comunidade, então a nação de verá revisar a sua Constitu'ção, a fim

para a população. Quando a iniciativa privada não puder fazer o que fôr de

de dar às -autoridades os poderes indis-

vital interesse para o progresso interno,

pen'-áveis ao contro'e das atividades de

o govêmo a suprirá, mas deverá per mitir que o povo realize tudo o que

todos.

A questão de forma que a Constitui

estiver ao seu alcance. Assim agindo, o

ção de-te grande país deverá tomar (1) é de transcendental importância não ape nas para o bem estar das pessoas que compõem a nação, mas também para o

nível intelectual do país se elevará, e o

seu desenvolvimento económco, como um tcdo. Além disso, como o Brasil deverá

indiscutivelmente

exercer

um

— na evolução futura dos povos estran

um tal estado de coisas.

temooránea.

O

desenvolvimento

Êsse alguém não

seus concidadãos. O indivíduo é mem terêsses colidem com os da comunidade

Mrtanto, devem ser postos ao alcance

do

glaterra, por exemplo, como se sabe, nio há estatuto escrito codificando os

têrmos da srni carta magna, sendo os

processos regidos pelos costumes e pela

sançao parlamentar. A lei obedece ao critério de que o parlamento é o árbi votado pela assembléia nacional e auto-

engrandec'mento nacional. O govêmo será o engenheiro super

màtlcamente assinado pelo soberano

visor, o fiscalizador de tôdas as funções,

indagar se ele segue os precedentes, as

Um decreto devidamente

constitui orientação absoiluta, sem se convenções tradicionais, ou não.

Essa

cutem bem as suas tarefas, pronto a consertar as coisas onde se apresentem

regra se aplica mesmo que o ato em questão estabeleça normas revolucioná

erradas. O fato de o govêmo ser obri

rias. Os juizes, mesmo os da Suprema Côrle, são obrigados a aplicA-Io, embora

às vêzes são obrigadas a operar, isto é, a ineficiência dos supervisores do Es

tado.

Uma nação econòmicamente sa

dia, tal qual um motor eficiente, dis pensa qualquer intervenção. O govêmo

i.

cutivo, nas várias democracias. Na In

tro supremo.

des, mas a de certas condições em que

vinhar que, na hora de decidir-se, a nação brasi'e'ra opte por determinado caminho. A maioria do país preferirá.

Observa-se uma grande diferença na maneira pela qual as Constituições rea gem em relação aos poderes do exe

vigor e a iniciativa de todos os seus

gado a interferir nos movimentos da produção, da indústria e do comércio, prova não a ineficiência destas ativida

Brasf ecoará larga e duradouramente. Não se precisará ser profeta para adi

Aplicação da lei

fi'rios serão estimulados, para o maior

a fim de que os diversos órgãos exe

grande papel — em virtude do seu comércio internacional sempre crescente

importância para tôda a civilização con-

(mas não necessàriamente às condições 'lessa fase) ou caminhar para um rs-

O Estado, através de

mitam e reclamem.

poderá ter a liberdade de prejudicar os

seus órgãos competentes, deverá fiscali-

tada não contenha dispositivos que per

crise, 6 coisa inteiramente diversa e a Todo brasi-

obrigação de fazer o que a proteção e

o incentivo dos interesses coletivos per

submissão forçada, e para .sempre, a

lero, portanto, deverá decidir por si mesmo .se deseja recuar aos princípios de liberdade, vigentes antes da guerra

A liberdade significa não o

direito irrestrito de alguém agir como queira, mas o direito, e, de fato, a

fusão, para evitar que nela persistam brechas, mediante as quais os esque mas coletivistas possam organizar-se, de modo a comprometer os direitos da li

geiros. Constituição e o tipo de governo que se formar no país serão da máxima

ria aoi cativeiro durante uma grave

viduais com os da coletividade em seu

\

muitos dêles discordem da sua ética ou da sua justiça.

,

® julgamento

.^s^^belecido pelos "Agricultural Marketing Acts", de 1933.

que davam ao govêmo o monopólio do a^asteclmento de leite. Embora fôsse

descnto numa sessão púbUca do trlbu-


Dicesto Eco^IÓ^DCo

50

5i

Dicesto Econômico

que compõem a nação; a outra as funde

gime de escravidão. Em outras palavras,

como cm tôda parte se faz, ou se está

real de tuna comunidade democrática

num vasto monónolio de Estado, sobre

deverá decidir se descia um retomo à

o qual ninguém possui qualquer judisdi-

"economia livre" dos velhos tempos re-

fazendo, permanecer livro. Oportuna mente, pois, reexaminará os termos do

repousa no equilíbrio dos direitos indi

pacto constitucional, que agora, em vir tude das mudanças operadas nos tipos

conjunto.

ção, exceto o executivo governamental. Numa economia 'ibera! o homem é livre;

Íiubrcanos ou um desenvolvimento que ova a qua'quer Estado totalitário.

numa economia coletivista é prisioneiro

do regime. Estas são condições funda mentalmente diversas para o indivíduo, pois não há meio termo entre a liberda

de e a escravidão.

Um animal num

jardim zoológ co é um prisioneiro. Seu

cercado ou sua jaula podem ser largos, e o meio pode simular exatamente o seu

"habitat" natural. Mas, apesar de tudo, é um prisioneiro. Não tem a liberdade do dispor de seu próprio destino. Não

pode levar a vida para a qual foi cr ado.

É a'ojado e a'imentado pelos .seus se nhores, e os seus atos são circunscritos.

Nos dias correntes, apesar de uma aparencia de liberdade, o homem e por

toda parte ainda um cativo da economia coletivista que se desenvolveu com as

exigências da guerra. Ê'e não pode ir

pBra onde queira, nem dispender o seu capital como meUior lhe convenha. Seu

cercado está no tamanho de seu país. Nao pode duigir-se para o próximo ou para qualquer outro cercado sem pri meiro obter a permissão de suas pró prias autoridades e as do cercado que tenha em vista.

^

Êstes poderes restritivos da liberdade dos homens eram impostos pelos gover nos através de decretos já não mai.s di.scutídos e provados pela Constituição tradicional de quaTquer povo 'ivre. Nin

guém se opõe a tais restrições, embora a liberdade possa desaparecer sob elas, em épocas e comoções "ntestinas. Con tudo, uma coisa e a submissão voluntá

de administração durante as duas rutimas décadas, se encontra em estado de

O caso brasileiro

guinte, a maioria decide realizar um

berdade individual. . Numa verdadeira democracia a fun

bro de um grupo, e quando os seus in-

retòmo à velha economia tradicional, a

ção do Estado é regular as atividades

em seu conjunto, então devem ceder.

econômicas do povo, completá-las, mas não usurpá-las. A obrigação do go-

O egoísmo e a tendência à exploração,

vômo é evitar todos os abusos, tôda

exp'oração da comunidade, coletiva ou

da fiscalização estatal. Urge que, para tanto, os poderes do govêmo sejam

individualmente.

consagrados na Constituição.

O Brasil é uma democracia, e isto

significa que a sua forma de Constitui ção e de govêmo deve subordinar-se à vontade da ma oria.

Se, por conse

nação, quando a necessidade de restri ções comuns chegar ao fim, deverá

exam'nar os poderes conferidos ao exe cutivo nacional, providenciar para que os decretos especiais de guerra sejam revogados e para que a Constituição ado

zar os recursos do país, estab©'ecer os

mitam o assalto à liberdade do homem.

padrões mínimos, resolver as disputas, o geralmente promover e estimular tais

Sc, ao contrário, a maioria deseja seguir

a prática dos inretos sociais e dissolver

atividades, nacionais ou individuais, as sim como assegurar o máximo bem estar

a sua liberdade individual nos interes

ses da comunidade, então a nação de verá revisar a sua Constitu'ção, a fim

para a população. Quando a iniciativa privada não puder fazer o que fôr de

de dar às -autoridades os poderes indis-

vital interesse para o progresso interno,

pen'-áveis ao contro'e das atividades de

o govêmo a suprirá, mas deverá per mitir que o povo realize tudo o que

todos.

A questão de forma que a Constitui

estiver ao seu alcance. Assim agindo, o

ção de-te grande país deverá tomar (1) é de transcendental importância não ape nas para o bem estar das pessoas que compõem a nação, mas também para o

nível intelectual do país se elevará, e o

seu desenvolvimento económco, como um tcdo. Além disso, como o Brasil deverá

indiscutivelmente

exercer

um

— na evolução futura dos povos estran

um tal estado de coisas.

temooránea.

O

desenvolvimento

Êsse alguém não

seus concidadãos. O indivíduo é mem terêsses colidem com os da comunidade

Mrtanto, devem ser postos ao alcance

do

glaterra, por exemplo, como se sabe, nio há estatuto escrito codificando os

têrmos da srni carta magna, sendo os

processos regidos pelos costumes e pela

sançao parlamentar. A lei obedece ao critério de que o parlamento é o árbi votado pela assembléia nacional e auto-

engrandec'mento nacional. O govêmo será o engenheiro super

màtlcamente assinado pelo soberano

visor, o fiscalizador de tôdas as funções,

indagar se ele segue os precedentes, as

Um decreto devidamente

constitui orientação absoiluta, sem se convenções tradicionais, ou não.

Essa

cutem bem as suas tarefas, pronto a consertar as coisas onde se apresentem

regra se aplica mesmo que o ato em questão estabeleça normas revolucioná

erradas. O fato de o govêmo ser obri

rias. Os juizes, mesmo os da Suprema Côrle, são obrigados a aplicA-Io, embora

às vêzes são obrigadas a operar, isto é, a ineficiência dos supervisores do Es

tado.

Uma nação econòmicamente sa

dia, tal qual um motor eficiente, dis pensa qualquer intervenção. O govêmo

i.

cutivo, nas várias democracias. Na In

tro supremo.

des, mas a de certas condições em que

vinhar que, na hora de decidir-se, a nação brasi'e'ra opte por determinado caminho. A maioria do país preferirá.

Observa-se uma grande diferença na maneira pela qual as Constituições rea gem em relação aos poderes do exe

vigor e a iniciativa de todos os seus

gado a interferir nos movimentos da produção, da indústria e do comércio, prova não a ineficiência destas ativida

Brasf ecoará larga e duradouramente. Não se precisará ser profeta para adi

Aplicação da lei

fi'rios serão estimulados, para o maior

a fim de que os diversos órgãos exe

grande papel — em virtude do seu comércio internacional sempre crescente

importância para tôda a civilização con-

(mas não necessàriamente às condições 'lessa fase) ou caminhar para um rs-

O Estado, através de

mitam e reclamem.

poderá ter a liberdade de prejudicar os

seus órgãos competentes, deverá fiscali-

tada não contenha dispositivos que per

crise, 6 coisa inteiramente diversa e a Todo brasi-

obrigação de fazer o que a proteção e

o incentivo dos interesses coletivos per

submissão forçada, e para .sempre, a

lero, portanto, deverá decidir por si mesmo .se deseja recuar aos princípios de liberdade, vigentes antes da guerra

A liberdade significa não o

direito irrestrito de alguém agir como queira, mas o direito, e, de fato, a

fusão, para evitar que nela persistam brechas, mediante as quais os esque mas coletivistas possam organizar-se, de modo a comprometer os direitos da li

geiros. Constituição e o tipo de governo que se formar no país serão da máxima

ria aoi cativeiro durante uma grave

viduais com os da coletividade em seu

\

muitos dêles discordem da sua ética ou da sua justiça.

,

® julgamento

.^s^^belecido pelos "Agricultural Marketing Acts", de 1933.

que davam ao govêmo o monopólio do a^asteclmento de leite. Embora fôsse

descnto numa sessão púbUca do trlbu-


Digesto Econóícco

52

nal como obtido "por métodos que lem bravam os da "Star Chamber" dos tem

pos medievais", foi pôsto em execução.

Os juizes, por conseguinte, foram ^obri

gados a assinar as ordens do "Milk Board".

Nos Estados Unidos, ao contrário, os

juizes da Suprema Côrte têm o poder, garantido pela Constituição, de vetar uma lei elàorada pelo Congresso. As

através dos seus representantes legíti mos.

JACOB

Êste veto, ao que me parece,

constitui uma sábia precaução, aconse

FIJGGER, O RICO a^O-1525)

lhável para a hipótese de modificações

3ue venham satisfazer as necessidades

José Honório Rodrigues

o desenvolvimento social e econômico.

(Prolessor do Inslllulo 'Rio Droncu".

Especial para o

O efeito prejudicial de Constituições de

do MinisiC-rlo dasHcloçOcs Hxleriures.

'Digesto Econômico"

masiado rígidas e inalteráveis foi bem evidenciado pelos acontecimentos da

e diretor da sccçSo de Obras itaras da Biblioteca Nacional)

França, nos anos que mediaram entre

preendido

diante

dos

sim, o "National Recovery Act", apoia

as duas guerras mundiais.

Os pactos

^ estudo da história

do pelo presidente Roosevelt e aprovado pelo parTamento, o qual instituiu uma experiência de controle monopolista de

numa Constituição, estabelecidos para

^ econômica nos países

acontecimentos

sempre, não apenas impedem o progres

mais adiantados se tomou

conforme mostramos na

so, mas são moralmente indefensáveis

de tal modo desenvolvido

que, hoje, é impossível

dir a crise financeira de 1933, foi de

na medida em que restrinjam a liberda de das gerações futuras, impedindo-as

clarado nulo pela Suprema Côrte por

de construir a sua vida segundo mode

a alguém dominar todo o seu campo. Aquele que

opor-se à estrutura da Constituição ame

los mais adequados à sua época. Con tudo, deve haver dispositivos que proí

deseja trazer sua contri buição ó levado a se

bam alterações na lei fundamental, —

linnas "coletivistas", destinada a impe

ricana. Em conseqüência, depois de dois anos de aplicação, esse ato teve

que

conferência que pronun

ciamos há pouco sôbre "Calvinismo e Capitalis tACOBVS FVCGE

CIVtSAVCVSTA:

mo — Estado Atual do

Problema" — levaram ,à modificação da atitude da

Igreja em face do juro e

de ser abandonado.

que deve governar os povos, — ao ca

especializar numa parte d^a, na história financeira, comercial,

do justo preço. Como frizamos ali, as

A Constituição brasileira, a julgar pelo presente ppojdto, será, acredite», constmida nas linhas da Constituição americana, e assim confere ao Supremo

pricho de partidos políticos, desejosos

industrial ou agrícola, ou na história dos

crescentes necessidades de dinheiro por

de adaptá-la às suas finalidades e ideais, "referendum", livremente votado em su

Tribunal Federal o poder de veto às

frágio Secreto pelo conjunto da nação.

ado disso, as biografias de grandes ho mens de negócios au.xiliam a compreen der melhor certos desenvolvimentos que,

(1) lüste artigo foi escrito no estran

de outro modo, permaneceriam obscuros. Historiadores econômicos que se interes

e mais tarde, em abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos

ConstituiQâ,o brasileira, a 18 de setem

saram pelos homens de negócios foram, entre

casos especiais. De qualquer modo, o

bro

reso uções do parlamento nacional. O governo federal também se arma de recurso para levar as suas decisões além

dos limites comuns, traçados pelo povo.

ftreços, dos salários, do rendimento. Ao

e apenas as permitam através de um

geiro, antes de promulgada a atual de 1946.

outros,

Elirenberg,

Sombart

e

Strieder, na Alemanha, Sée na França 0 Unwin na Inglaterra.

De Jacob Strieder, professor de his tória econômica na Universidade de Mu-

nich, antigo aluno de Sombart, a quem depois fez várias críticas, possuímos um magnífico estudo sôbre Jacob Fugger, o Rico, comerciante e" banqueiro de Augs-

burgo, a maipr cidade comercial da Alemanha na época, onde viveu de 1459 a 1525. O êxito financeiro de Jacob

Fugger, entretant», só pode ser com

parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros,

grande espírito de iniciativa e a capa

cidade comercial demonstrados por Jacob Fugger fazem dêle o primeiro dos mo dernos homens de negócios. A sua or ganização comercial, em que só toma vam parte membros da família e que,

dêsse ponto de vista, representa ate hoje o organismo mais perfeito que se

conheceu, atingiu grau de desenvolvi mento incomiun para a época e o poder econômico de Jacob Fugger se tomou

quase lendário.

TBILHOS DE NÍQUEL

O êxito financeiro de Jacob Fugger só pode ser compreendido — comenta o A. —

Anuncia-se que a Companhia Side^rgica Nacional assinará um contrato com o govôrno de Goiás, no sentido de utilizar o minério de níquel de alto teor das grandes jazidas existentes na região de São José do Tocantins. O níquel servirá para a fabricação de trilhos ferroviários essenciais à reforma das estradas de ferro do Brasil. Segundo se divulga, ainda, é plarw^ da Usina Siderúrgica de Volta

diante dos acontecimentos que levaram à modificação da atitude da Igreja cm face do juro e do justo preço. As crescentes necessidades de dinheiro por parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros, e nuiis tarde, em' abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos casos especiais.

Redonda a montagem de trilhos de níquel no intcio do ano vindouro.

Á


Digesto Econóícco

52

nal como obtido "por métodos que lem bravam os da "Star Chamber" dos tem

pos medievais", foi pôsto em execução.

Os juizes, por conseguinte, foram ^obri

gados a assinar as ordens do "Milk Board".

Nos Estados Unidos, ao contrário, os

juizes da Suprema Côrte têm o poder, garantido pela Constituição, de vetar uma lei elàorada pelo Congresso. As

através dos seus representantes legíti mos.

JACOB

Êste veto, ao que me parece,

constitui uma sábia precaução, aconse

FIJGGER, O RICO a^O-1525)

lhável para a hipótese de modificações

3ue venham satisfazer as necessidades

José Honório Rodrigues

o desenvolvimento social e econômico.

(Prolessor do Inslllulo 'Rio Droncu".

Especial para o

O efeito prejudicial de Constituições de

do MinisiC-rlo dasHcloçOcs Hxleriures.

'Digesto Econômico"

masiado rígidas e inalteráveis foi bem evidenciado pelos acontecimentos da

e diretor da sccçSo de Obras itaras da Biblioteca Nacional)

França, nos anos que mediaram entre

preendido

diante

dos

sim, o "National Recovery Act", apoia

as duas guerras mundiais.

Os pactos

^ estudo da história

do pelo presidente Roosevelt e aprovado pelo parTamento, o qual instituiu uma experiência de controle monopolista de

numa Constituição, estabelecidos para

^ econômica nos países

acontecimentos

sempre, não apenas impedem o progres

mais adiantados se tomou

conforme mostramos na

so, mas são moralmente indefensáveis

de tal modo desenvolvido

que, hoje, é impossível

dir a crise financeira de 1933, foi de

na medida em que restrinjam a liberda de das gerações futuras, impedindo-as

clarado nulo pela Suprema Côrte por

de construir a sua vida segundo mode

a alguém dominar todo o seu campo. Aquele que

opor-se à estrutura da Constituição ame

los mais adequados à sua época. Con tudo, deve haver dispositivos que proí

deseja trazer sua contri buição ó levado a se

bam alterações na lei fundamental, —

linnas "coletivistas", destinada a impe

ricana. Em conseqüência, depois de dois anos de aplicação, esse ato teve

que

conferência que pronun

ciamos há pouco sôbre "Calvinismo e Capitalis tACOBVS FVCGE

CIVtSAVCVSTA:

mo — Estado Atual do

Problema" — levaram ,à modificação da atitude da

Igreja em face do juro e

de ser abandonado.

que deve governar os povos, — ao ca

especializar numa parte d^a, na história financeira, comercial,

do justo preço. Como frizamos ali, as

A Constituição brasileira, a julgar pelo presente ppojdto, será, acredite», constmida nas linhas da Constituição americana, e assim confere ao Supremo

pricho de partidos políticos, desejosos

industrial ou agrícola, ou na história dos

crescentes necessidades de dinheiro por

de adaptá-la às suas finalidades e ideais, "referendum", livremente votado em su

Tribunal Federal o poder de veto às

frágio Secreto pelo conjunto da nação.

ado disso, as biografias de grandes ho mens de negócios au.xiliam a compreen der melhor certos desenvolvimentos que,

(1) lüste artigo foi escrito no estran

de outro modo, permaneceriam obscuros. Historiadores econômicos que se interes

e mais tarde, em abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos

ConstituiQâ,o brasileira, a 18 de setem

saram pelos homens de negócios foram, entre

casos especiais. De qualquer modo, o

bro

reso uções do parlamento nacional. O governo federal também se arma de recurso para levar as suas decisões além

dos limites comuns, traçados pelo povo.

ftreços, dos salários, do rendimento. Ao

e apenas as permitam através de um

geiro, antes de promulgada a atual de 1946.

outros,

Elirenberg,

Sombart

e

Strieder, na Alemanha, Sée na França 0 Unwin na Inglaterra.

De Jacob Strieder, professor de his tória econômica na Universidade de Mu-

nich, antigo aluno de Sombart, a quem depois fez várias críticas, possuímos um magnífico estudo sôbre Jacob Fugger, o Rico, comerciante e" banqueiro de Augs-

burgo, a maipr cidade comercial da Alemanha na época, onde viveu de 1459 a 1525. O êxito financeiro de Jacob

Fugger, entretant», só pode ser com

parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros,

grande espírito de iniciativa e a capa

cidade comercial demonstrados por Jacob Fugger fazem dêle o primeiro dos mo dernos homens de negócios. A sua or ganização comercial, em que só toma vam parte membros da família e que,

dêsse ponto de vista, representa ate hoje o organismo mais perfeito que se

conheceu, atingiu grau de desenvolvi mento incomiun para a época e o poder econômico de Jacob Fugger se tomou

quase lendário.

TBILHOS DE NÍQUEL

O êxito financeiro de Jacob Fugger só pode ser compreendido — comenta o A. —

Anuncia-se que a Companhia Side^rgica Nacional assinará um contrato com o govôrno de Goiás, no sentido de utilizar o minério de níquel de alto teor das grandes jazidas existentes na região de São José do Tocantins. O níquel servirá para a fabricação de trilhos ferroviários essenciais à reforma das estradas de ferro do Brasil. Segundo se divulga, ainda, é plarw^ da Usina Siderúrgica de Volta

diante dos acontecimentos que levaram à modificação da atitude da Igreja cm face do juro e do justo preço. As crescentes necessidades de dinheiro por parte da Igreja e do Estado fizeram, a princípio, com que a primeira adotasse, na prática, aquilo que repudiava em teoria, ou seja o empréstimo com juros, e nuiis tarde, em' abrandamentos da doutrina, o permitisse mesmo em certos casos especiais.

Redonda a montagem de trilhos de níquel no intcio do ano vindouro.

Á


54

Origens e formação

estritamente comercial.

Os pais de Jacob Fugger tiveram sete

filhos homens, e havendo outros que continuassem os negócios paternos, êle

se destinara à teologia. O pai, porém, morreu cedo, numa época em que ne

nhum dos filhos estava ainda prepara do para as responsabilidades comerciais que lhes haviam de caber. Vemos, então, a corajosa viuva Fugger à testa

de todos os negócios, não só preservan

do a fortuna da família, mas até mes mo aumentando-a. Ela administrou os

bens e negócios com energia e êxito até que os filhos se tomaram canazes de substituí-la.

Os fühos homens estavam então re-

du^os a tres - Ulrich, George e Jacob

morrido.

instado pela família, dededicar-se

ciai foi f

SfnV •

canHrr*^"

°

7 fP''®ndízado comer-

onde adquiriu

Ademais, ho-

niem frio, não se deixava perturbar pe

espalhadas em vários países. verifieS^S

Por outro lado a boa escrituração lhe dava a capacidade objetiva de . ver as coisas como um todo bem como em detalhe. Num tempo em que a maio

mente taxadas com a condição de ina-

lienabfidade, só piodendo, no máximo,

que êle sempre dizia que "com a sua camisa ôle tirava tòdas as preocupações do dia, dormindo magnificamente tôdas

tavam sobretuao a seu cargo.

ser trocadas por outras de maior valor.

bém na Hungria, que pelos seus recur

Com essa enorme fortuna em terras é

sos minerais se tornou, a partir do fim

imóveis, Jacob visava, certamente, não

as noites".

do século 15 em diante, a principal base

só resguardar uma boa porção do ca

Atividades de homem de negócios i

cios puramente como negócios e só fa zia qualquer empréstimo quando o mes mo se justificasse do ponto de vista

pital dos Fugger dos riscos de mudança

nhar o papel dominante. Cabia-lhe, ainda, supervisionar todos os livros e

na fortuna mercantil como fazer crescer

a fama de sua casa comercial, pois sabia

que nada poderia fortalecer mais o seu flagrante e óbvia im

pel cada vez mais importante na emprê-

Aumento de fortuna

pressão de riqueza transmitida pelas

çado pelo comércio de tecelagem e fa

Em 1510, já tendo morrido os outros dois irmãos, Jacob ficou absoluto senhor

enormes posses de terras. Também inverteu largamente em jóias e prataria, seguindo o ditado dos velhos

da emprôsa e aí se abre a fase mais

escribas hebreus e a sabedoria mercan

sa familiar. Os Fug^ger haviam come

zendas, passaram a negociar com mi

nerais, especialmente o cobre e a prata, e foram estendendo suas atividades até

chegar ao controle das minas.

A exis

tência de grandes disponibilidades de numerário levou-os, por outro lado, a inverter largamente em terras, a em prestar dinheiro e a exercer funções ban

interessante de sxia vida e a mais pro

til dos negociantes judeus, através dos

dutiva para o patrimônio familiar. A firma era agora Jacob Fugger e Sobri nhos. O contrato dava absolutos poderes a Jacob de agir como entendesse,

séculos, que mandava dividir a fortuna em três partes: uma em imóveis, outra

em jóias e metais preciosos e a terceira, embora mesmo a maior parte, em di

retirar da firma qualquer dos sobri

nheiro líquido, sempre à disposição para

nhos, prestar contas que não poderiam

fins comerciais.

ser postas em dúvida sob qualquer pre-

préstimos, trocando moedas e compran

tôxto, estabelecendo regras para a su

do e vendendo letras de câmbio.

cessão na liderança dos negócios caso

Em 1494, os três irmãos transforma

No mercado internacional

Desconfiava das especulações e sem pre preferira negócios menores com lu cros certos a grandes empresas arrisca

ram a velha forma de associação dos

Jacob morresse antes de expirado o prazo do contrato. Os sobrinhos, na verdade, estavam sujeitos a uma obe

das de lucros incertos ou duvidosos.

balanço então dado. A contribuição de

diência absoluta. Eram-lhes atribuídos mais deveres do que conferidos direitos. A sucessão no negócio era puramente

Mas nunca desprezava uma oportunida de de lucro. Quando os seus negócios

na Hungria, onde agiam aliados aos

no, segundo Strieder, mais ou menos a

cebiam apenas a parte que o chefe da

25 dólares atuais), não era muito infe-

firma achasse legal proporcionar-lhesi,

mfia dos Fuggeti estavam em situação dificílima, inclusive por motivos polí ticos, aconselharam Jacob a dar uni fim

Jacob, de 15.552 florins-ouro renanos (correspondendo cada florim-ouro rena-

tomar nota de suas transações em pe

Fugger não se deixava influir por con siderações pessoais; encarava os negó

da fortuna dos Fugger, ê'e ia desempe

crédito do que

em 1480, êle começa a representar pa

nor às dos outros irmãos, que entraram;

que êle contava. Além do mais, Jacob

Tam

escrituração das várias casas.

De volta de Veneza, já pouco depois,

respectivamente, com 21.656 e 17.177

quenos pedaços de papel, que eram

ao patrimônio da famíila e eram rigida

figura, e os empréstimos de dinheiro es

las variações de seus negócios, e os que

ria de seus concorrentes se limitava a guardados sem nenhum sistema e não raro se perdiam, este fator de organi zação era já uma boa vantagem com

gas propriedades se haviam incorporado

crescimento da empresa dos Fugger.

lhe eram chegados costumavam contar

eontas e balanços das mesmas e, Tnue numa sociedade comercial mais o ma.s .mporlante. a ter sempre à mil moderna e obrígaram-se a inverter ne'a os elementos para saber, em qualque? seu capital e lucros demonstrados pelo momento, a condição exata dos necócioV

nando-sc mesmo o fator determinante do

Nas minas do Tirol ê'e era a primeira

precisos das práticas mer- cárias, recebendo depósitos, fazendo em

tarde, _e„. , 1 êe^en7er'';^agens""S mspe^o pelas várias casas que a„ha

55

Dicesto Econômico

Digesto Econó.vuco

pela linha masculina e as herdeiras re

mas sempre mediante contas que não ,'í

podiam ser questionadas, e não tinham nenhuma parte na direção.

fíorins-ouro. Era um resultado já apre

ciável, de vez que Jacob entrara tarde para a empresa. ^

Em 1511, o capital da empresa já se

elevava a

A firma, cujo contrato deveria vigoír^. anos, designava-se então

259.091 florins-ouro, dos

54.385 que fôra em 1494, e em 1527,

fiouco depois da morte de Jacob, o baanço reahzado em 31 de dezembro mos

/I ,^i^Sger e Irmãos, de Augsburgo. Gradualmente, porém, Jacob foi assumin do a liderança e era êle, na verdade, quem tomava sempre o primeiro passo

trava que o capital se elevava a 2.021.202 florins-ouro.

De 1511 a

J.527, portanto, o capital crescera de

em qualquer coisa de novo e impor

1.824.411 florins-ouro, ou seja numa

tante em que a firma se lançasse, tor-

base de lucro de 50% anualmente. Lar

i.

Thurzo, que se haviam casado na fa-

ali às suas atividades, mas êle respon deu que enquanto houvesse possibilida de de obter luCros êle permaneceria.

Jacob Fugger representou também pa pel importante como mercador interna cional.

Suas relações se estendiam da

Escandinávia, no norte, a Nápoles no sul, e da Inglaterra e a Península 'ibé

rica, no oeste, à Hungria e à Polônia, no leste. Em relação à Espanha e Por tugal seu papel foi relativamente me

díocre. O principal pêso da empresa


54

Origens e formação

estritamente comercial.

Os pais de Jacob Fugger tiveram sete

filhos homens, e havendo outros que continuassem os negócios paternos, êle

se destinara à teologia. O pai, porém, morreu cedo, numa época em que ne

nhum dos filhos estava ainda prepara do para as responsabilidades comerciais que lhes haviam de caber. Vemos, então, a corajosa viuva Fugger à testa

de todos os negócios, não só preservan

do a fortuna da família, mas até mes mo aumentando-a. Ela administrou os

bens e negócios com energia e êxito até que os filhos se tomaram canazes de substituí-la.

Os fühos homens estavam então re-

du^os a tres - Ulrich, George e Jacob

morrido.

instado pela família, dededicar-se

ciai foi f

SfnV •

canHrr*^"

°

7 fP''®ndízado comer-

onde adquiriu

Ademais, ho-

niem frio, não se deixava perturbar pe

espalhadas em vários países. verifieS^S

Por outro lado a boa escrituração lhe dava a capacidade objetiva de . ver as coisas como um todo bem como em detalhe. Num tempo em que a maio

mente taxadas com a condição de ina-

lienabfidade, só piodendo, no máximo,

que êle sempre dizia que "com a sua camisa ôle tirava tòdas as preocupações do dia, dormindo magnificamente tôdas

tavam sobretuao a seu cargo.

ser trocadas por outras de maior valor.

bém na Hungria, que pelos seus recur

Com essa enorme fortuna em terras é

sos minerais se tornou, a partir do fim

imóveis, Jacob visava, certamente, não

as noites".

do século 15 em diante, a principal base

só resguardar uma boa porção do ca

Atividades de homem de negócios i

cios puramente como negócios e só fa zia qualquer empréstimo quando o mes mo se justificasse do ponto de vista

pital dos Fugger dos riscos de mudança

nhar o papel dominante. Cabia-lhe, ainda, supervisionar todos os livros e

na fortuna mercantil como fazer crescer

a fama de sua casa comercial, pois sabia

que nada poderia fortalecer mais o seu flagrante e óbvia im

pel cada vez mais importante na emprê-

Aumento de fortuna

pressão de riqueza transmitida pelas

çado pelo comércio de tecelagem e fa

Em 1510, já tendo morrido os outros dois irmãos, Jacob ficou absoluto senhor

enormes posses de terras. Também inverteu largamente em jóias e prataria, seguindo o ditado dos velhos

da emprôsa e aí se abre a fase mais

escribas hebreus e a sabedoria mercan

sa familiar. Os Fug^ger haviam come

zendas, passaram a negociar com mi

nerais, especialmente o cobre e a prata, e foram estendendo suas atividades até

chegar ao controle das minas.

A exis

tência de grandes disponibilidades de numerário levou-os, por outro lado, a inverter largamente em terras, a em prestar dinheiro e a exercer funções ban

interessante de sxia vida e a mais pro

til dos negociantes judeus, através dos

dutiva para o patrimônio familiar. A firma era agora Jacob Fugger e Sobri nhos. O contrato dava absolutos poderes a Jacob de agir como entendesse,

séculos, que mandava dividir a fortuna em três partes: uma em imóveis, outra

em jóias e metais preciosos e a terceira, embora mesmo a maior parte, em di

retirar da firma qualquer dos sobri

nheiro líquido, sempre à disposição para

nhos, prestar contas que não poderiam

fins comerciais.

ser postas em dúvida sob qualquer pre-

préstimos, trocando moedas e compran

tôxto, estabelecendo regras para a su

do e vendendo letras de câmbio.

cessão na liderança dos negócios caso

Em 1494, os três irmãos transforma

No mercado internacional

Desconfiava das especulações e sem pre preferira negócios menores com lu cros certos a grandes empresas arrisca

ram a velha forma de associação dos

Jacob morresse antes de expirado o prazo do contrato. Os sobrinhos, na verdade, estavam sujeitos a uma obe

das de lucros incertos ou duvidosos.

balanço então dado. A contribuição de

diência absoluta. Eram-lhes atribuídos mais deveres do que conferidos direitos. A sucessão no negócio era puramente

Mas nunca desprezava uma oportunida de de lucro. Quando os seus negócios

na Hungria, onde agiam aliados aos

no, segundo Strieder, mais ou menos a

cebiam apenas a parte que o chefe da

25 dólares atuais), não era muito infe-

firma achasse legal proporcionar-lhesi,

mfia dos Fuggeti estavam em situação dificílima, inclusive por motivos polí ticos, aconselharam Jacob a dar uni fim

Jacob, de 15.552 florins-ouro renanos (correspondendo cada florim-ouro rena-

tomar nota de suas transações em pe

Fugger não se deixava influir por con siderações pessoais; encarava os negó

da fortuna dos Fugger, ê'e ia desempe

crédito do que

em 1480, êle começa a representar pa

nor às dos outros irmãos, que entraram;

que êle contava. Além do mais, Jacob

Tam

escrituração das várias casas.

De volta de Veneza, já pouco depois,

respectivamente, com 21.656 e 17.177

quenos pedaços de papel, que eram

ao patrimônio da famíila e eram rigida

figura, e os empréstimos de dinheiro es

las variações de seus negócios, e os que

ria de seus concorrentes se limitava a guardados sem nenhum sistema e não raro se perdiam, este fator de organi zação era já uma boa vantagem com

gas propriedades se haviam incorporado

crescimento da empresa dos Fugger.

lhe eram chegados costumavam contar

eontas e balanços das mesmas e, Tnue numa sociedade comercial mais o ma.s .mporlante. a ter sempre à mil moderna e obrígaram-se a inverter ne'a os elementos para saber, em qualque? seu capital e lucros demonstrados pelo momento, a condição exata dos necócioV

nando-sc mesmo o fator determinante do

Nas minas do Tirol ê'e era a primeira

precisos das práticas mer- cárias, recebendo depósitos, fazendo em

tarde, _e„. , 1 êe^en7er'';^agens""S mspe^o pelas várias casas que a„ha

55

Dicesto Econômico

Digesto Econó.vuco

pela linha masculina e as herdeiras re

mas sempre mediante contas que não ,'í

podiam ser questionadas, e não tinham nenhuma parte na direção.

fíorins-ouro. Era um resultado já apre

ciável, de vez que Jacob entrara tarde para a empresa. ^

Em 1511, o capital da empresa já se

elevava a

A firma, cujo contrato deveria vigoír^. anos, designava-se então

259.091 florins-ouro, dos

54.385 que fôra em 1494, e em 1527,

fiouco depois da morte de Jacob, o baanço reahzado em 31 de dezembro mos

/I ,^i^Sger e Irmãos, de Augsburgo. Gradualmente, porém, Jacob foi assumin do a liderança e era êle, na verdade, quem tomava sempre o primeiro passo

trava que o capital se elevava a 2.021.202 florins-ouro.

De 1511 a

J.527, portanto, o capital crescera de

em qualquer coisa de novo e impor

1.824.411 florins-ouro, ou seja numa

tante em que a firma se lançasse, tor-

base de lucro de 50% anualmente. Lar

i.

Thurzo, que se haviam casado na fa-

ali às suas atividades, mas êle respon deu que enquanto houvesse possibilida de de obter luCros êle permaneceria.

Jacob Fugger representou também pa pel importante como mercador interna cional.

Suas relações se estendiam da

Escandinávia, no norte, a Nápoles no sul, e da Inglaterra e a Península 'ibé

rica, no oeste, à Hungria e à Polônia, no leste. Em relação à Espanha e Por tugal seu papel foi relativamente me

díocre. O principal pêso da empresa


w

56

Digesto EcoNÓikaco

de Fugger esteve no Sagrado Império

grande combinação política.

Romano, e Roma e Veneza constituí

ter idéia da consciência que Jacob Fug-

ram os principais pontos de sua ati

Para se

§er tinha de seu papel na mesma e

57

Digesto Econômico

Tomando tudo isso cm consideração,

meu requerimento respeitoso a V. Ma

Os termos dessa carta falam por si sós, sem que sejam necessários comen

jestade Imperial ó o de que se digne

tários.

a que se elevara Jacob Fugger, diri-

Êles dão a medida das alturas

Foi organizado por Jacob Fugger um

em sua época, transcrevemos a famosa

reconhecer meu leal e hxunilde serviço dedicado ao maior bem-estar de V.

sistema de cartéis e monopólios que, entretanto, nunca foi inteiramente bem

carta que escreveu a Carlos V, no início do ano de 1523:

Majestade Imperial e ordenar que todo

ginao-se assim ao maior imperador de seu tempo, ao regente de um império

o dinheiro que .gastei, assim como os

"onde o sol mmca se punha". Documen

sucedido.

"Ao Sereníssimo e Poderosíssimo Impe

juros sobre o mesmo, sejam calculados e pagos sem mais demora. A fim de tal merecer da parte de V. Majestade Im perial, asseguro minha lealdade com tôda

tam o forte condicionamento do poder

o poderio econômico que representou

vidade.

Êle sabia bem que nesse

caminho se tomava vulnerável a fre

qüentes ataques por parte da opinião pública, que era nostil a fenômeno que

rador Romano e Graciosíssimo Senhor".

então surgia. Como os Rotschild, mo dernamente, e aparentemente de modo

te ciente da extensão em que eu e meus sobrinhos sempre nos inclinamos

ainda mais extenso do que estes, êle tinha conexões nas cortes e nas chan

celarias de Estado, que lhe forneciam

V. Majestade Imperial está certamen a servir a Casa d'Áustria e de toda nossa

submissão para prorriover seu bem estar

informações concernentes aos negócios

o crescimento. Por essa razão coope ramos com o ex-Imperador Maximiliano,

ciante dispunha ou se podia utilizar.

leal sujeição a S. Majestade, para asse

políticos de que nenhum outro nego

Adotava, também, a prática de obter novidades", isto é, informações relati vas a acontecimentos /políticos e de

outra ordem, através de troca de cartas prmcipes e elementos da -burguesia,

^omprava seus informantes nas cortes

aos príncipes ora a pêso de ouro, ora a torça de magníficos presentes, tudo de pendendo da mais alta ou mais baixa inveshdura dos mesmos. Como os Rocketeüers modernos, Jacob Fugger con trabalançou o ódio ao seu nome me diante obras de caráter social, como a

célebre "Fuggerei", ainda hoje existen te em Augsburgo, ou seja um bairro construído com jardins e divertimentos especialmente para a população pobre. Ação política O ato mais dramático da vida dé

Jacob Fugger foi o financiamento da

Majestade Imperial em todos os tempos.

progredisse. Ora na surdina, ora osten

De V. Majestade Imperial o mais

sivamente, potentados financeiros iriam influenciar ações políticas aparentemen

humilde creado,

Jacob Fugger

te mais livres.

que precedeu a V. M. Imperial, e em gurar a Casa Imperial para V. Majes

tade Imperial, nos demos em garantia a diversos prmcipes que colocaram sua confiança e crédito em mim, como tal vez não tivessem

feito

com

nenhuma

outra pessoa. Também quando os dele

gados nomeados por V. Majestade Im

perial estavam em confabulações para a realização da referida tarefa, nós for necemos luna considerável soma de di

nheiro, que foi conseguida não só de mim 6 de meus sobrinhos, mas de al

guns de meus bons amigos, a mxuto custo, de modo que os excelentes nobres tiveram assegurado êxito para grande honra e bem-estar de V. Majestade Im perial.

É também sabido que V. M. sem mim não teria adquirido a Coroa Im

perial,^ como posso atestar com as de clarações escritas de todos os delegados de V. Majestade Imperial. E em tudo

eleição do Imperador Carlos V, em 1519. Para conseguir sua eleição, em

isso não olhei o meu próprio proveito,

face da rivalidade de Francisco I da

pois se tivesse retirado meu apoio à

França, era necessário grande quanti dade de numerário disponível e crédito sólido. Essa eleição foi de significação crucial para a liistória, bastando lembrar que através dela o Sagrado Império Ro

Casa d'Áustria e o houvesse transferido para a França teria tido grandes lucros

mano, a Espanha e os Países Baixos, com suas colônias, foram unidos numa -

submissão e aqui me declaro fiel a V.

político ao poder econômico já nos iní cios do capitalismo, condicionamento êsse que se iria tomar cada vez mais forte à medida que o novo sistema

e rnuito dinheiro, que a esse tempo

me foram oferecidos. Mas que prejuízo

t^a daí advindo para a Casa d'Áustria' V. Majestade Imperial, com sua profun da compreensão, pode bem conhecer.

INDÚSTRIA DE BORRACHA SINTÉTICA

Não se cogita nos Estados Unidos de qualquer transformação no programa

governamental sôbre a compra de borracha natural, segundo anunciou o conse lheiro presidente, sr. John Steelman. Acentuou, no ^tanto, que o govômo norteamericano espera que o Congresso vote a leg^lação protetora da indústria da borracha sintética do pais. Até 31 de março d^ste ano, em virtude dos poderes do éstado de guerra, os Estados Unidos contínuarao a comprar no estrangeiro as quantidades de borracha que julgar necessárias.


w

56

Digesto EcoNÓikaco

de Fugger esteve no Sagrado Império

grande combinação política.

Romano, e Roma e Veneza constituí

ter idéia da consciência que Jacob Fug-

ram os principais pontos de sua ati

Para se

§er tinha de seu papel na mesma e

57

Digesto Econômico

Tomando tudo isso cm consideração,

meu requerimento respeitoso a V. Ma

Os termos dessa carta falam por si sós, sem que sejam necessários comen

jestade Imperial ó o de que se digne

tários.

a que se elevara Jacob Fugger, diri-

Êles dão a medida das alturas

Foi organizado por Jacob Fugger um

em sua época, transcrevemos a famosa

reconhecer meu leal e hxunilde serviço dedicado ao maior bem-estar de V.

sistema de cartéis e monopólios que, entretanto, nunca foi inteiramente bem

carta que escreveu a Carlos V, no início do ano de 1523:

Majestade Imperial e ordenar que todo

ginao-se assim ao maior imperador de seu tempo, ao regente de um império

o dinheiro que .gastei, assim como os

"onde o sol mmca se punha". Documen

sucedido.

"Ao Sereníssimo e Poderosíssimo Impe

juros sobre o mesmo, sejam calculados e pagos sem mais demora. A fim de tal merecer da parte de V. Majestade Im perial, asseguro minha lealdade com tôda

tam o forte condicionamento do poder

o poderio econômico que representou

vidade.

Êle sabia bem que nesse

caminho se tomava vulnerável a fre

qüentes ataques por parte da opinião pública, que era nostil a fenômeno que

rador Romano e Graciosíssimo Senhor".

então surgia. Como os Rotschild, mo dernamente, e aparentemente de modo

te ciente da extensão em que eu e meus sobrinhos sempre nos inclinamos

ainda mais extenso do que estes, êle tinha conexões nas cortes e nas chan

celarias de Estado, que lhe forneciam

V. Majestade Imperial está certamen a servir a Casa d'Áustria e de toda nossa

submissão para prorriover seu bem estar

informações concernentes aos negócios

o crescimento. Por essa razão coope ramos com o ex-Imperador Maximiliano,

ciante dispunha ou se podia utilizar.

leal sujeição a S. Majestade, para asse

políticos de que nenhum outro nego

Adotava, também, a prática de obter novidades", isto é, informações relati vas a acontecimentos /políticos e de

outra ordem, através de troca de cartas prmcipes e elementos da -burguesia,

^omprava seus informantes nas cortes

aos príncipes ora a pêso de ouro, ora a torça de magníficos presentes, tudo de pendendo da mais alta ou mais baixa inveshdura dos mesmos. Como os Rocketeüers modernos, Jacob Fugger con trabalançou o ódio ao seu nome me diante obras de caráter social, como a

célebre "Fuggerei", ainda hoje existen te em Augsburgo, ou seja um bairro construído com jardins e divertimentos especialmente para a população pobre. Ação política O ato mais dramático da vida dé

Jacob Fugger foi o financiamento da

Majestade Imperial em todos os tempos.

progredisse. Ora na surdina, ora osten

De V. Majestade Imperial o mais

sivamente, potentados financeiros iriam influenciar ações políticas aparentemen

humilde creado,

Jacob Fugger

te mais livres.

que precedeu a V. M. Imperial, e em gurar a Casa Imperial para V. Majes

tade Imperial, nos demos em garantia a diversos prmcipes que colocaram sua confiança e crédito em mim, como tal vez não tivessem

feito

com

nenhuma

outra pessoa. Também quando os dele

gados nomeados por V. Majestade Im

perial estavam em confabulações para a realização da referida tarefa, nós for necemos luna considerável soma de di

nheiro, que foi conseguida não só de mim 6 de meus sobrinhos, mas de al

guns de meus bons amigos, a mxuto custo, de modo que os excelentes nobres tiveram assegurado êxito para grande honra e bem-estar de V. Majestade Im perial.

É também sabido que V. M. sem mim não teria adquirido a Coroa Im

perial,^ como posso atestar com as de clarações escritas de todos os delegados de V. Majestade Imperial. E em tudo

eleição do Imperador Carlos V, em 1519. Para conseguir sua eleição, em

isso não olhei o meu próprio proveito,

face da rivalidade de Francisco I da

pois se tivesse retirado meu apoio à

França, era necessário grande quanti dade de numerário disponível e crédito sólido. Essa eleição foi de significação crucial para a liistória, bastando lembrar que através dela o Sagrado Império Ro

Casa d'Áustria e o houvesse transferido para a França teria tido grandes lucros

mano, a Espanha e os Países Baixos, com suas colônias, foram unidos numa -

submissão e aqui me declaro fiel a V.

político ao poder econômico já nos iní cios do capitalismo, condicionamento êsse que se iria tomar cada vez mais forte à medida que o novo sistema

e rnuito dinheiro, que a esse tempo

me foram oferecidos. Mas que prejuízo

t^a daí advindo para a Casa d'Áustria' V. Majestade Imperial, com sua profun da compreensão, pode bem conhecer.

INDÚSTRIA DE BORRACHA SINTÉTICA

Não se cogita nos Estados Unidos de qualquer transformação no programa

governamental sôbre a compra de borracha natural, segundo anunciou o conse lheiro presidente, sr. John Steelman. Acentuou, no ^tanto, que o govômo norteamericano espera que o Congresso vote a leg^lação protetora da indústria da borracha sintética do pais. Até 31 de março d^ste ano, em virtude dos poderes do éstado de guerra, os Estados Unidos contínuarao a comprar no estrangeiro as quantidades de borracha que julgar necessárias.


59

Dicesto Econômico

que pode parecer estranha a formula ção ae qualquer reser\'a. O fato, po rém, é que, ainda quando tenhamos

USOtMILITAR E USO INDUSTRIAI

DA ENERGIA ATÔMICA

Grove, diretor dos laboratórios de pes laí " quisas do Exército americano, afirmando que a energia atômica poderá ter f larga aplicação industriai em dois ou três anos, não deveria ter surpreendido ninguém. Sabe-se que as pesquisas ntômicas reabzadas nos Estados Unidos

nos benefícios da descoberta

atômica deveria puxar todos os países

outro lado, por mencionar um prazo

Recentemente, foi

Mas nem

primeira qualidade e, finalmente, John

apresentado pelo sr. Barucb um relató

Lewis já cuidou de promover a modi

rio à Comissão das Nações Unidas para

ficação da base do preço deste produto, quo representa cêrca de 55 por cento

Êste rogatório, de

autoria de um comitê técnico chefiado

do custo total da operação de uma ins-

pelo dr. Charles A. Thomas, vice-pre

tabção térmica.

sidente e diretor técnico da "Monsanto

se o carvão chegar a custar 10 dólares

Em outras pala\Tas,

Chem'cal Company", calculava justa

por tonelada, os dois tipos de instala-

mente o custo da energia nuclear, na

^es produzirão eletricidade pelo mes mo preço. Tudo indica, portanto, que

Evening Post" dizia uma coisa muito

ção da instalação custaria cêrca de 25

aumentar à medida que o tempo passa

certa: a energia atômica empregada para

milhões de dólares.

ou que nos afastamos das regiões orien

a guerra contém simnlesmente o ele

à capacidade do 100 por cento e se

mento negativo do medo; a verificação

avaliasse o interêsse do capital inver

da loucura de não aceitar o seu con

tido em 3 por conto, o custo de ope

Ilá

ra fmaidades militares sem ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento das suas futuras aplicações para a indústria

mento político em que foi feita; de

todas as instalações no oriente dos Es-i tados Unidos, nem todo o carvão é de

hipótese de uma instalação capaz de produzir 75.000 quilovates. A constru

para um acôrdo a este respeito.

reparar o êrro. Se, pelo contrário, apa

Mas a declaração explodiu como uma bomba para cada ura de nós, por dois motivos: de um lado, por causa do mo

de 7 d6'ares por tonelada.

alguns meses, o semanário "Saturday

marchavam nessa direção já há algum tempo. Ora, o progresso técnico sendo indivisível nao e possível objetivar um determinado desenvolvimento técnico pa

de paz.

vidade para o indivíduo), o custo deste

emnrêgo será maior que o custo de

a energia atômica.

atomtca não permitirá reduções no custo de sua produção, e sim tevar-se a industrialização a zonas comparativamente atrasadas. lharem

quais os perigosos efeitos da radioati

instalação nas regiões orientais dos Es tados Unidos, à qual o carvão de pri meira quahdade seria entregue ao preço

terméd'o do carvão.

toma altamente problemática a questão do controle de sua aplicaçao^ a produtos bélicos. Nas próximas aplicações, a energia

declaração, divulgada em 23 de no vembro último pelo general Leslie

gia térmica prevê a hipótese de uma

nicas que obstaculizam o emprego ime

produção da energia elétrica por in-

O fato de a energia atômica estar, como tudo indica, destinada a entrar na vida da indústria, num prazo relativamente curto,

efeito, o cálculo do custo para a ener

superado as notáveis dificuldades téc diato do átomo na indústria (entre as

por O. Lefbbvke d'Ovíi>io Especial para o "Dicesto Econômico"

O confronto antes indicado, porém, ó o mais pessimista possível. Com

trole chega quando já é tarde para

Se ela funcionasse

ração seria de 0,8 por quilovate-hora

(aproximadamente 152 reis). Pelo

recesse uma aplicação pacífica, que re

contrário,

uma

instalação

de

o custo da instalação térmica tende a tais dos Estados Unidos.

Pelo contrá

rio, o custo da energia atômica tenderá progressivamente a diminuir aom os aperfeiçoamentos técnicos, que não po derão faltar num campio tão novo de

pesquisas. O comitê previa, com efeito,

igual capacidade, geradora de energia

uma estandardização de desenhos e de

mos um elemento positivo e nenhum

térmica, custaria sòmente 10 milhões

construção e também uma diminuição

volucionasse a produção de paz, tería país industrial poderia ficar voluntà-

do dólares.

riamente num nível técnico inferior de

nelada de carvão entregue à porta da

das despesas de 'mão-de-obra e de su pervisão técnica. Estas, pelo menos

vido à sua relutância a aceitar uma fis

oficina em 7 dólares por tonelada, o

nos primeiros tempos, seriam mais ele

calização internacional. Esta justa con sideração (que reevocamos na memó5'^ forma largamente aproxímativa)

custo da energm térmica, sendo iguais

vadas para as instalações nucleares em

as demais condições, é de 0,65 cents

confronto com as térmicas ou hidroe

por quilovate-hora (123 réis).

létricas.

Calculando o custo, da to

Em

conclusão, o custo da energia atômi

indica lun caminho em certo sentido

Em realidade, bem podemos imam-

nar que a construção de instalações de

que passará com a incrível velocidade

análogo, se a comparação nos é permi tida, á evolução da religião, do con ceito medieval do terror e dos tormen-

energia térmica. Por enquanto, pois, não seria bom

energia nuclear possa levar os frutos

com que passam os meses e os anos.

Com efeito, o aproveitamento industrial da energia nuclear vai tornar mais di

tos, ao conceito da esperança e dos

negócio transformar uma instalação tér

prêmios.

mica numa instalação atômica e, dadas também as várias dificuldades técni

das zonas agora mais desenvolvidas; que possa servir a descentralizar as indús

fícil o seu controle internacional, pois esta energia não será, como por exem

plo poderia ser o submarino, um instru mento exclusivamente militar, cuja cons trução pode ser proibida, ou fiscalizada, com

relativa facilidade.

Ao mesmo"

tempo, a possibilidade real de comparti

r

ca seria 26 por cento maior que o da

cas que, segundo o referido comitê,

Custo da energia nuclear

ficariam ainda para serem resoMdas,

Mas, estamos já na fase do processo atomico ^que revoluciona a produção? Sim e não. Em si mesmo, o aproveita

estamos todavia longe do "gadget" ma ravilhoso que o 'Saturday Evening Post" invocava para convencer os obs

mento da energia nuclear é tal coisa

tinados.

j

da industriahzação a regiões afastadas trias de um país, segundo as conve

niências da distribuição da população e do equílibrio econômico; que possa levar o processo produtivo ao próprio lugar em que seria desejável lazê-lo, apesar da falta de combustíveis. Tudo

isto pode dar lugar a vantagens e de-


59

Dicesto Econômico

que pode parecer estranha a formula ção ae qualquer reser\'a. O fato, po rém, é que, ainda quando tenhamos

USOtMILITAR E USO INDUSTRIAI

DA ENERGIA ATÔMICA

Grove, diretor dos laboratórios de pes laí " quisas do Exército americano, afirmando que a energia atômica poderá ter f larga aplicação industriai em dois ou três anos, não deveria ter surpreendido ninguém. Sabe-se que as pesquisas ntômicas reabzadas nos Estados Unidos

nos benefícios da descoberta

atômica deveria puxar todos os países

outro lado, por mencionar um prazo

Recentemente, foi

Mas nem

primeira qualidade e, finalmente, John

apresentado pelo sr. Barucb um relató

Lewis já cuidou de promover a modi

rio à Comissão das Nações Unidas para

ficação da base do preço deste produto, quo representa cêrca de 55 por cento

Êste rogatório, de

autoria de um comitê técnico chefiado

do custo total da operação de uma ins-

pelo dr. Charles A. Thomas, vice-pre

tabção térmica.

sidente e diretor técnico da "Monsanto

se o carvão chegar a custar 10 dólares

Em outras pala\Tas,

Chem'cal Company", calculava justa

por tonelada, os dois tipos de instala-

mente o custo da energia nuclear, na

^es produzirão eletricidade pelo mes mo preço. Tudo indica, portanto, que

Evening Post" dizia uma coisa muito

ção da instalação custaria cêrca de 25

aumentar à medida que o tempo passa

certa: a energia atômica empregada para

milhões de dólares.

ou que nos afastamos das regiões orien

a guerra contém simnlesmente o ele

à capacidade do 100 por cento e se

mento negativo do medo; a verificação

avaliasse o interêsse do capital inver

da loucura de não aceitar o seu con

tido em 3 por conto, o custo de ope

Ilá

ra fmaidades militares sem ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento das suas futuras aplicações para a indústria

mento político em que foi feita; de

todas as instalações no oriente dos Es-i tados Unidos, nem todo o carvão é de

hipótese de uma instalação capaz de produzir 75.000 quilovates. A constru

para um acôrdo a este respeito.

reparar o êrro. Se, pelo contrário, apa

Mas a declaração explodiu como uma bomba para cada ura de nós, por dois motivos: de um lado, por causa do mo

de 7 d6'ares por tonelada.

alguns meses, o semanário "Saturday

marchavam nessa direção já há algum tempo. Ora, o progresso técnico sendo indivisível nao e possível objetivar um determinado desenvolvimento técnico pa

de paz.

vidade para o indivíduo), o custo deste

emnrêgo será maior que o custo de

a energia atômica.

atomtca não permitirá reduções no custo de sua produção, e sim tevar-se a industrialização a zonas comparativamente atrasadas. lharem

quais os perigosos efeitos da radioati

instalação nas regiões orientais dos Es tados Unidos, à qual o carvão de pri meira quahdade seria entregue ao preço

terméd'o do carvão.

toma altamente problemática a questão do controle de sua aplicaçao^ a produtos bélicos. Nas próximas aplicações, a energia

declaração, divulgada em 23 de no vembro último pelo general Leslie

gia térmica prevê a hipótese de uma

nicas que obstaculizam o emprego ime

produção da energia elétrica por in-

O fato de a energia atômica estar, como tudo indica, destinada a entrar na vida da indústria, num prazo relativamente curto,

efeito, o cálculo do custo para a ener

superado as notáveis dificuldades téc diato do átomo na indústria (entre as

por O. Lefbbvke d'Ovíi>io Especial para o "Dicesto Econômico"

O confronto antes indicado, porém, ó o mais pessimista possível. Com

trole chega quando já é tarde para

Se ela funcionasse

ração seria de 0,8 por quilovate-hora

(aproximadamente 152 reis). Pelo

recesse uma aplicação pacífica, que re

contrário,

uma

instalação

de

o custo da instalação térmica tende a tais dos Estados Unidos.

Pelo contrá

rio, o custo da energia atômica tenderá progressivamente a diminuir aom os aperfeiçoamentos técnicos, que não po derão faltar num campio tão novo de

pesquisas. O comitê previa, com efeito,

igual capacidade, geradora de energia

uma estandardização de desenhos e de

mos um elemento positivo e nenhum

térmica, custaria sòmente 10 milhões

construção e também uma diminuição

volucionasse a produção de paz, tería país industrial poderia ficar voluntà-

do dólares.

riamente num nível técnico inferior de

nelada de carvão entregue à porta da

das despesas de 'mão-de-obra e de su pervisão técnica. Estas, pelo menos

vido à sua relutância a aceitar uma fis

oficina em 7 dólares por tonelada, o

nos primeiros tempos, seriam mais ele

calização internacional. Esta justa con sideração (que reevocamos na memó5'^ forma largamente aproxímativa)

custo da energm térmica, sendo iguais

vadas para as instalações nucleares em

as demais condições, é de 0,65 cents

confronto com as térmicas ou hidroe

por quilovate-hora (123 réis).

létricas.

Calculando o custo, da to

Em

conclusão, o custo da energia atômi

indica lun caminho em certo sentido

Em realidade, bem podemos imam-

nar que a construção de instalações de

que passará com a incrível velocidade

análogo, se a comparação nos é permi tida, á evolução da religião, do con ceito medieval do terror e dos tormen-

energia térmica. Por enquanto, pois, não seria bom

energia nuclear possa levar os frutos

com que passam os meses e os anos.

Com efeito, o aproveitamento industrial da energia nuclear vai tornar mais di

tos, ao conceito da esperança e dos

negócio transformar uma instalação tér

prêmios.

mica numa instalação atômica e, dadas também as várias dificuldades técni

das zonas agora mais desenvolvidas; que possa servir a descentralizar as indús

fícil o seu controle internacional, pois esta energia não será, como por exem

plo poderia ser o submarino, um instru mento exclusivamente militar, cuja cons trução pode ser proibida, ou fiscalizada, com

relativa facilidade.

Ao mesmo"

tempo, a possibilidade real de comparti

r

ca seria 26 por cento maior que o da

cas que, segundo o referido comitê,

Custo da energia nuclear

ficariam ainda para serem resoMdas,

Mas, estamos já na fase do processo atomico ^que revoluciona a produção? Sim e não. Em si mesmo, o aproveita

estamos todavia longe do "gadget" ma ravilhoso que o 'Saturday Evening Post" invocava para convencer os obs

mento da energia nuclear é tal coisa

tinados.

j

da industriahzação a regiões afastadas trias de um país, segundo as conve

niências da distribuição da população e do equílibrio econômico; que possa levar o processo produtivo ao próprio lugar em que seria desejável lazê-lo, apesar da falta de combustíveis. Tudo

isto pode dar lugar a vantagens e de-


61

Dicesto Económjco Dicesto

60

senvolvimentos que hoje são ainda de

Contudo, estamos

saída.

num

Econômico

beco

sem

Repelir o controle seria peri-

difícil avaliação e que já quase estão às portas. Menos próximo, de outro lado, parece o emprego da energia atômica em máquinas pequenas (por

f;oso, adota-lo não nos levaria muito

exemplo veículos).

cos", presidido por Einstein, decidiu,

Prognósticos

A êsse ponto parece lícito formular uma profecia, bastante inquietante, pois sabemos que o homem sabe fazer o

mal melhor do que o bem: quando chegar a fase do aproveitamento indús-

triuT, a ener^ atôn(ica efecapará a todo controle internacional, até no caso

dos americanos conseguirem instaurá4o

e, naturalmente, observá-lo e fazer to

dos os esforços para que os outros o observem também.

Se houver instala

ções bastante pequenas (o comitê dei xou muito vagas as indicações dos li

mites mínimo e máximo que as insta^çoes poderão ter para o seu bom funcionamento) e espalhadas no intenor de vastas regiões (imaginamos, por

exemplo, a Sibéria ou até o Brasil) os controles dependerão mais da boa

onge. Em fins de novembro, um "co

mitê de emergência dos sábios atômi segundo informa "Newsweek", iniciar

uma "campanlia educativa" com um comunicado em que declarava: 1) as

bombas já podem ser produzidas mais economicamente e em grande número; elas serão mais destruidoras; (1); 2) não há defesa contra a bomba atômica

e nenhuma defesa está à vista; 3) ou tras nações podem descobrir por sua

conta os atuais processos secretos; 4) a preparação contra a guerra atômica é

inútil e prejudicaria a nossa ordem so cial; 5) se houver guerra as bombas atômicas serão com certeza emprega das e destruirão a nossa civilização;

6) para êsse problema não há solução, a não ser o controle internacional da

energia atômica e finalmente a elimi

calização. De resto, a linha entre as aplicações bélicas e as pacíficas é tão

da possibilidade de uma perfeita fis

para fins de destruição e à resolução

vaga que a surprêsa do "desarmamento"

aprovada por aquele órgão em 13 de dezembro. Acontece, porém, que já

confiar a um organismo internacional

o pleno controle de toda a atividade atômica. Pois bem, o controle talvez seja aceito, as instalações sejam construídas

por tôda parte e depois... a fiscali

ela foi calculada em 1.000 toneladas.

equivalentes a 7.000 quílogramas do terrível U. 235.

O referido relatório

acha que esta quantidade poderia for

garantido que todo o mineral escavado necer 2.000.000 de quilovates de ener gia elétrica por ano. Isto eqüivale a (energia) ao fim da cadeia produtiva. quase o dôbro de energia elétrica pro saia cm forma dc "produto acabado" De outro lado, o ponto de partida de tôda a fiscalização seria a troca

franca e completa, por parte das dife rentes nações, das informações que di zem respeito às suas jazidas de urânio o tório.

É também possível que se consigam

reações nucleares de outros elementos para conseguir-sc desprendimento de energia. Como observa o boletim bi

duzida no Brasil.

(1) Em 6 de dezembro, um despacho do S. Liouis, nos Estados Unidos, falava

— segundo as declarações de um diri gente da Companhia Monsanto — de "uma bomba infinitamente mais pode

rosa que a lançada sôbre Hiroshima", equivalente a 2 milhões de toneladas do TNT.

(2) Assinado também pelo delegado brasileiro, major Orlando F. Rangel.

gou, há algumas semanas, um relatório

mseparáveis. A produção clandestina de armas atômicas, desviando material das instalações nucleares, seria extre

mamente difícil de fiscalização, pois

pre mais difícil para dominar a situa

cutadas em instalações relativamente pe quenas, fáceis de serem escondidas.

trário, tomar-se-ão cada vez mais ri

de uma liberação da influência do Es

atualmente desconhecido, mas em 1939

(2) em que demonstra que as ativida des referentes aos aspectos pacíficos e aos destrutivos da energia atômica estão tão intimamente ligadas que quase são

ção.

tado na vida econômica.

dução de urânio até o seu volume é

a Comissão das Nações Unidas (Co mitê n.° 3: Científico e Técnico) divul

as respectivas operações podem ser exe

gorosos, confirmando .iiina vez mais que o mundo não marcha no sentido

Portanto, não poderia ser rigoiosamcnte

seja pela síntese de elementos leves cm outros mais densos. Quanto à pro

pleta interdição da energia atômica

zação internacional terá uma luta sem Os controles nacionais, pelo con

dutos. Nas fases sucessivas a fiscali zação toma-se difícil tanto mais que em tôia produção indústrial há um certo desperdício dc matéria-prima nos diferentes períodos de manipulação.

densos em outros elementos mais leves,

E assim chegamos à proposta dos Estados Unidos à ONU para a com

dial, poderá ser repetida. Os Estados Unidos, justamente em vista da dificuldade para o estabeleci mento desta linha divisória, pretendem

quer dizer, as operações das fases em que ainda não há diferenciação entre o emprego bélico e o pacífico dos pro

mestral da "Westinghouse", pode-se obter calor seja pela cisão do átomos

nação da guerra.

vontade ^dos^ diferentes países do que

alemão, depois da primeira guerra mun

as iniciais, por exemplo, as de escava ção dc mineral dc urânio e de tório,

Possibilidade da fiscalização

As operações de fiscalização compa rativamente mais fáceis são justamente

ENTRADA DE OURO NO BRASIL

A Superintendência da Moeda e do Crédito resolveu o seguinte: 1) Coníinua livre a entrada no pais de ouro de liga especial destinado exclusivamente a trabalhos dentários; 2) A entrada no país de ouro imperado para transfor mação em ióia e outras atividades industriais certificado, for necido pela Fiscalização Bancária do Banco do Br^ S A., de que o tran^or-

hdauiríu das minas nacionais ouro em quantidade equiixdente a que pre

tende importar; 3) As minas venderão o ouro de sua produção ao preço máximo de Cr$ 28,00 a grama de ouro fino.


61

Dicesto Económjco Dicesto

60

senvolvimentos que hoje são ainda de

Contudo, estamos

saída.

num

Econômico

beco

sem

Repelir o controle seria peri-

difícil avaliação e que já quase estão às portas. Menos próximo, de outro lado, parece o emprego da energia atômica em máquinas pequenas (por

f;oso, adota-lo não nos levaria muito

exemplo veículos).

cos", presidido por Einstein, decidiu,

Prognósticos

A êsse ponto parece lícito formular uma profecia, bastante inquietante, pois sabemos que o homem sabe fazer o

mal melhor do que o bem: quando chegar a fase do aproveitamento indús-

triuT, a ener^ atôn(ica efecapará a todo controle internacional, até no caso

dos americanos conseguirem instaurá4o

e, naturalmente, observá-lo e fazer to

dos os esforços para que os outros o observem também.

Se houver instala

ções bastante pequenas (o comitê dei xou muito vagas as indicações dos li

mites mínimo e máximo que as insta^çoes poderão ter para o seu bom funcionamento) e espalhadas no intenor de vastas regiões (imaginamos, por

exemplo, a Sibéria ou até o Brasil) os controles dependerão mais da boa

onge. Em fins de novembro, um "co

mitê de emergência dos sábios atômi segundo informa "Newsweek", iniciar

uma "campanlia educativa" com um comunicado em que declarava: 1) as

bombas já podem ser produzidas mais economicamente e em grande número; elas serão mais destruidoras; (1); 2) não há defesa contra a bomba atômica

e nenhuma defesa está à vista; 3) ou tras nações podem descobrir por sua

conta os atuais processos secretos; 4) a preparação contra a guerra atômica é

inútil e prejudicaria a nossa ordem so cial; 5) se houver guerra as bombas atômicas serão com certeza emprega das e destruirão a nossa civilização;

6) para êsse problema não há solução, a não ser o controle internacional da

energia atômica e finalmente a elimi

calização. De resto, a linha entre as aplicações bélicas e as pacíficas é tão

da possibilidade de uma perfeita fis

para fins de destruição e à resolução

vaga que a surprêsa do "desarmamento"

aprovada por aquele órgão em 13 de dezembro. Acontece, porém, que já

confiar a um organismo internacional

o pleno controle de toda a atividade atômica. Pois bem, o controle talvez seja aceito, as instalações sejam construídas

por tôda parte e depois... a fiscali

ela foi calculada em 1.000 toneladas.

equivalentes a 7.000 quílogramas do terrível U. 235.

O referido relatório

acha que esta quantidade poderia for

garantido que todo o mineral escavado necer 2.000.000 de quilovates de ener gia elétrica por ano. Isto eqüivale a (energia) ao fim da cadeia produtiva. quase o dôbro de energia elétrica pro saia cm forma dc "produto acabado" De outro lado, o ponto de partida de tôda a fiscalização seria a troca

franca e completa, por parte das dife rentes nações, das informações que di zem respeito às suas jazidas de urânio o tório.

É também possível que se consigam

reações nucleares de outros elementos para conseguir-sc desprendimento de energia. Como observa o boletim bi

duzida no Brasil.

(1) Em 6 de dezembro, um despacho do S. Liouis, nos Estados Unidos, falava

— segundo as declarações de um diri gente da Companhia Monsanto — de "uma bomba infinitamente mais pode

rosa que a lançada sôbre Hiroshima", equivalente a 2 milhões de toneladas do TNT.

(2) Assinado também pelo delegado brasileiro, major Orlando F. Rangel.

gou, há algumas semanas, um relatório

mseparáveis. A produção clandestina de armas atômicas, desviando material das instalações nucleares, seria extre

mamente difícil de fiscalização, pois

pre mais difícil para dominar a situa

cutadas em instalações relativamente pe quenas, fáceis de serem escondidas.

trário, tomar-se-ão cada vez mais ri

de uma liberação da influência do Es

atualmente desconhecido, mas em 1939

(2) em que demonstra que as ativida des referentes aos aspectos pacíficos e aos destrutivos da energia atômica estão tão intimamente ligadas que quase são

ção.

tado na vida econômica.

dução de urânio até o seu volume é

a Comissão das Nações Unidas (Co mitê n.° 3: Científico e Técnico) divul

as respectivas operações podem ser exe

gorosos, confirmando .iiina vez mais que o mundo não marcha no sentido

Portanto, não poderia ser rigoiosamcnte

seja pela síntese de elementos leves cm outros mais densos. Quanto à pro

pleta interdição da energia atômica

zação internacional terá uma luta sem Os controles nacionais, pelo con

dutos. Nas fases sucessivas a fiscali zação toma-se difícil tanto mais que em tôia produção indústrial há um certo desperdício dc matéria-prima nos diferentes períodos de manipulação.

densos em outros elementos mais leves,

E assim chegamos à proposta dos Estados Unidos à ONU para a com

dial, poderá ser repetida. Os Estados Unidos, justamente em vista da dificuldade para o estabeleci mento desta linha divisória, pretendem

quer dizer, as operações das fases em que ainda não há diferenciação entre o emprego bélico e o pacífico dos pro

mestral da "Westinghouse", pode-se obter calor seja pela cisão do átomos

nação da guerra.

vontade ^dos^ diferentes países do que

alemão, depois da primeira guerra mun

as iniciais, por exemplo, as de escava ção dc mineral dc urânio e de tório,

Possibilidade da fiscalização

As operações de fiscalização compa rativamente mais fáceis são justamente

ENTRADA DE OURO NO BRASIL

A Superintendência da Moeda e do Crédito resolveu o seguinte: 1) Coníinua livre a entrada no pais de ouro de liga especial destinado exclusivamente a trabalhos dentários; 2) A entrada no país de ouro imperado para transfor mação em ióia e outras atividades industriais certificado, for necido pela Fiscalização Bancária do Banco do Br^ S A., de que o tran^or-

hdauiríu das minas nacionais ouro em quantidade equiixdente a que pre

tende importar; 3) As minas venderão o ouro de sua produção ao preço máximo de Cr$ 28,00 a grama de ouro fino.


1

grande tarefa de condutores de povos,

para o que precisam antes de tudo de uma ampla cultura gera* e um sólido

conhecimento dos interêsses dos países

amm^-

a que têm cie ser\' r. Liautcy cbamou, com grande proprie dade, aos homens dêsso quilate de téc nicos' de idéias gerais, imprescindíveis a

e a E d u c^^gfã o N a c i o n a

todos os povos ciue pretendam viver de modo normal c feliz, sob a direção, dos ma s capazes.

por José Augusto

Brasileira

O defeito estaria em que as camadas

Especial para o

(Presidente da Associação de Educação)

de direção política, formadas em vista de outras necessidades e em face de

'Diõesto Econômico'

outras épocas, não mais correspondes

a verdade é aue em mm

sem ao espírito do momento histórico e à relevância do papel que Uies cabe

íígeíro ensaio sôhre "Os jesuítas e o ensino", sôbre os problemas educacionais, mas

a demoZraçarhuTljlTlJm^^^

desempenhar.

relatórios, estudos e livros, há

pará-las para as novas tarefas, nunca em substituí-las pelo homem da eco nomia ou po'o técnico, cuja missão é bem outra c mais modesta.

Otávio Amadeo, que foi embaixador

vánas nações, espíritos; sir^plistas SssS os males verificados i residia em que

da República Argentina em nosso país

ser governados por poHticos, gente in

que o que o engenho humano desco

teiramente inapta a orientar a socieda de, numa época em que os problenúis econômicos sobrelevam todos os outros

de tem o nome de política, e que esta,

nizado, se as questões a atender são

por exceíência as de ordem econômica, a conclusão a que chegaram tais espí ritos foi a de que o governo devia caber aos técnicos e não aos políticos. Estes

entraram

a

ser

considerados

como seres prejudiciais e nocivos, forças

de um passado que é preciso sepultar. Pouco importa que se dediquem apostolarmente ao trato da coisa pública, que consagrem tôdas as suas atividades

blemas da nossa época, disse certa vez

com grande acerto: "Es un error pre-

profissionais e. é. quanto basta para que sejam varridos das posições para que

estávamos vivendo a era da técnica e que os povos não podiam continuar a

Se o mundo novo é o do saber orga

e que é um grande conhecedor dos pro

ao exame dos problemas que entendem com o governo do Estado: são políticos não servem mais.

d car ia dcstruccion de los políticos: son

técnicos indispensables. El mal de este

pais (Argentina) no es el exceso de po-

Esquecem os que assim raciocinam

vante.

^ e complicada as mais artes,difícil porque joga com de as

,

mente do polítco, do homem de Es tado, isto é, de um homem, como ^finia Freyeinot, que não teni outra

preocupação que a prospenda e e grandeza do Estado, esqueci o e próprio e não pensando senão na coisa

^"o'^âasil, não obstante a atoarda de

alguns jeremias, em tôdas as fases e sua história, teve sempre quem velasse pelos seus destinos. Calógeras

Na minha vida púb'ica, que não foi das mais curtas, tive a fortuna de co nhecer alguns de es.

Ouanto a dois pelo menos nao creio

quü haja uma única voz discrepante em lhes proclamar as qualidades de po iticos egrégios e de verdadeiros homens do Estado; Rui Barbosa e Rio Branco, pensando v'nte e quatro horas wr dia na prosperidade e na grandeza da patiia, por ela pelejando sem esmoreci-

Eso oblíga a substituirlos por Ia espe-

se pode enfiíeirar com justiça ^ como

Guando estos llegan ai gobiemo hacen Io mismo que los politícos: o Io hacen

Pandiá Calógeras.

peor, por su fa'ta de experiência, hasta que ai fin se convierten en políticos a secas, como los otros".

cem /arga experiência, treino continua

,

O que é essencial é que se trate real

meiitos, sem desfalecinientos. Um outro brasi'eiro insigne, a quem

cie paradüjica dei politico apolitioo.

paixões, que são tudo quanto há de mais variável, reclama dos que a exer

autêntico homem de Estado, foi ..

Parlamentar por longos anos, ^'"istro

do três pastas (Agric^tura, . Guerra), representante do ' rias e importantes missões diplomáticas,

diretor de empresas ecoi^micas, a ins tante preocupação de Calógeras foi do não pode prescindir dos políticos, coisa púbhca, foi o progresso, foi o Profunda verdade a que se contém

do, formação gradual e perfeita.

' e,

necessária e a sua missão mais re.e-

precisamente su escassas.

litícos sino

briu como arte de direção da socieda

tôdas

Nunca, como na hora Wstôrica que a humanidade está rivendo, plena e prob"emas imensos a atender e ciar s(^ lução, a avistência do poatico foi mais

O remédio consistiria então em pre

da administração arhemln ^ ^ tôdas as p,randes tarefas o "Uimin (ftie dêle se incumbme seria luminoso Ministério da Unidade Nacional".

fos dois últimos decênios, e em face de cnses muito sérias que atinsirara

63 •

Dicesto Econômico

nas palavras de Otávio Amadeo: o mun

dizer que todo Estado, isto toda sociedade politicamente organi-

antes os .solicita cada vez mais.

^

pede, reclama, exige políticos, e 1 o que quer dizer, cidadãos profissionais, que se dediquem de corpo

O que há é escassez de políticos no verdadeiro e nobre sentido que a pala

vra traduz, conhecedores das necessida des dá sua época è dos seus povos, ca-

e alma à causa pública, que se prepara atender aos seus múltiplos

nalizadores e orientadores das aspira ções coletivas.

problemas, que vivam consagracms à

J.

bem, mi a grandeza do Brasil.

Os seus li\T0s, os seus estudos espar

sos em jornais e revistas, os seus rela tórios condensam (não há exagero em afirmá-lo) todos os problemas que en tendem com a vida e com a prosperida de,,da pátria.


1

grande tarefa de condutores de povos,

para o que precisam antes de tudo de uma ampla cultura gera* e um sólido

conhecimento dos interêsses dos países

amm^-

a que têm cie ser\' r. Liautcy cbamou, com grande proprie dade, aos homens dêsso quilate de téc nicos' de idéias gerais, imprescindíveis a

e a E d u c^^gfã o N a c i o n a

todos os povos ciue pretendam viver de modo normal c feliz, sob a direção, dos ma s capazes.

por José Augusto

Brasileira

O defeito estaria em que as camadas

Especial para o

(Presidente da Associação de Educação)

de direção política, formadas em vista de outras necessidades e em face de

'Diõesto Econômico'

outras épocas, não mais correspondes

a verdade é aue em mm

sem ao espírito do momento histórico e à relevância do papel que Uies cabe

íígeíro ensaio sôhre "Os jesuítas e o ensino", sôbre os problemas educacionais, mas

a demoZraçarhuTljlTlJm^^^

desempenhar.

relatórios, estudos e livros, há

pará-las para as novas tarefas, nunca em substituí-las pelo homem da eco nomia ou po'o técnico, cuja missão é bem outra c mais modesta.

Otávio Amadeo, que foi embaixador

vánas nações, espíritos; sir^plistas SssS os males verificados i residia em que

da República Argentina em nosso país

ser governados por poHticos, gente in

que o que o engenho humano desco

teiramente inapta a orientar a socieda de, numa época em que os problenúis econômicos sobrelevam todos os outros

de tem o nome de política, e que esta,

nizado, se as questões a atender são

por exceíência as de ordem econômica, a conclusão a que chegaram tais espí ritos foi a de que o governo devia caber aos técnicos e não aos políticos. Estes

entraram

a

ser

considerados

como seres prejudiciais e nocivos, forças

de um passado que é preciso sepultar. Pouco importa que se dediquem apostolarmente ao trato da coisa pública, que consagrem tôdas as suas atividades

blemas da nossa época, disse certa vez

com grande acerto: "Es un error pre-

profissionais e. é. quanto basta para que sejam varridos das posições para que

estávamos vivendo a era da técnica e que os povos não podiam continuar a

Se o mundo novo é o do saber orga

e que é um grande conhecedor dos pro

ao exame dos problemas que entendem com o governo do Estado: são políticos não servem mais.

d car ia dcstruccion de los políticos: son

técnicos indispensables. El mal de este

pais (Argentina) no es el exceso de po-

Esquecem os que assim raciocinam

vante.

^ e complicada as mais artes,difícil porque joga com de as

,

mente do polítco, do homem de Es tado, isto é, de um homem, como ^finia Freyeinot, que não teni outra

preocupação que a prospenda e e grandeza do Estado, esqueci o e próprio e não pensando senão na coisa

^"o'^âasil, não obstante a atoarda de

alguns jeremias, em tôdas as fases e sua história, teve sempre quem velasse pelos seus destinos. Calógeras

Na minha vida púb'ica, que não foi das mais curtas, tive a fortuna de co nhecer alguns de es.

Ouanto a dois pelo menos nao creio

quü haja uma única voz discrepante em lhes proclamar as qualidades de po iticos egrégios e de verdadeiros homens do Estado; Rui Barbosa e Rio Branco, pensando v'nte e quatro horas wr dia na prosperidade e na grandeza da patiia, por ela pelejando sem esmoreci-

Eso oblíga a substituirlos por Ia espe-

se pode enfiíeirar com justiça ^ como

Guando estos llegan ai gobiemo hacen Io mismo que los politícos: o Io hacen

Pandiá Calógeras.

peor, por su fa'ta de experiência, hasta que ai fin se convierten en políticos a secas, como los otros".

cem /arga experiência, treino continua

,

O que é essencial é que se trate real

meiitos, sem desfalecinientos. Um outro brasi'eiro insigne, a quem

cie paradüjica dei politico apolitioo.

paixões, que são tudo quanto há de mais variável, reclama dos que a exer

autêntico homem de Estado, foi ..

Parlamentar por longos anos, ^'"istro

do três pastas (Agric^tura, . Guerra), representante do ' rias e importantes missões diplomáticas,

diretor de empresas ecoi^micas, a ins tante preocupação de Calógeras foi do não pode prescindir dos políticos, coisa púbhca, foi o progresso, foi o Profunda verdade a que se contém

do, formação gradual e perfeita.

' e,

necessária e a sua missão mais re.e-

precisamente su escassas.

litícos sino

briu como arte de direção da socieda

tôdas

Nunca, como na hora Wstôrica que a humanidade está rivendo, plena e prob"emas imensos a atender e ciar s(^ lução, a avistência do poatico foi mais

O remédio consistiria então em pre

da administração arhemln ^ ^ tôdas as p,randes tarefas o "Uimin (ftie dêle se incumbme seria luminoso Ministério da Unidade Nacional".

fos dois últimos decênios, e em face de cnses muito sérias que atinsirara

63 •

Dicesto Econômico

nas palavras de Otávio Amadeo: o mun

dizer que todo Estado, isto toda sociedade politicamente organi-

antes os .solicita cada vez mais.

^

pede, reclama, exige políticos, e 1 o que quer dizer, cidadãos profissionais, que se dediquem de corpo

O que há é escassez de políticos no verdadeiro e nobre sentido que a pala

vra traduz, conhecedores das necessida des dá sua época è dos seus povos, ca-

e alma à causa pública, que se prepara atender aos seus múltiplos

nalizadores e orientadores das aspira ções coletivas.

problemas, que vivam consagracms à

J.

bem, mi a grandeza do Brasil.

Os seus li\T0s, os seus estudos espar

sos em jornais e revistas, os seus rela tórios condensam (não há exagero em afirmá-lo) todos os problemas que en tendem com a vida e com a prosperida de,,da pátria.


'ij

64

DrcESTo Econômico

Geólogo, mineralogista, ecoaomista, financista, historiador, sociólogo, todas

lotos de ruta; mas que filosofos de Ia

as suas observações, todas as suas idéias,

Calógeras, a não ser um ligeiro en saio sobre "Os Jesuítas e o ensino",

tôdas as suas conclusões resultavam em

ensinamentos para a direção e govêmo do Estado.

É justo e verdadeiro afirmar que.ne nhum dos nossos problemas primaciais deixou de preocupar o seu espírito pro digioso; de todos tinha o conhecimento

geral indispensável e para todos a sua inteligência fina, penetrante, encontra va a solução, quase sempre a mais oportuna e acertada. O seu relatório confidencial a Rodri

gues Alves, em vésperas de reassumir a

presidência da República, escrito a pe dido de Álvaro de Carvalho, e hoi-

pubhcado na "Brasiliana", sob o título

j^'ol>'-emas de Administração", é um

documento de alto porte, revelador de quanto Calógeras conhecia as necessiaades fundamentais do Brasil e de quanto podia exercer com eficiência qualquer das pastas ministeriais, tão fa-

mihanzado se mostrou com as questões referentes a cada uma delas, muitas das quais ainda deimndando as soluções ali

educacíon, hombres de Estado". nunca escreveu um livro especial sobre

T 1

Dicesto Econômico

65

Calógeras dí-lo expressamente: "Do cimo à base da organização o que se requer são professores dignos de exer cerem o altíssimo sacerdócio, capazes de porem em jôgo tôdas as energias

os problemas educacionais, mas a ver

ocultas da alma, que pos.snam o fervor

dade é que, cm quase todos os seus

comunicativo do missionário, que não reduzam seu apostolado à mera exigên cia do espírita ou simples tarefa inne-

rq'atórios, estudos e livros, há a de monstração que lhes dava a primasia

entre tôdas as grandes tarefas da admi

mônica; mas a. considerem obra evocadora dos recursos próprios do indi

nistração, achando que o Ministério que

víduo, chamada a postos de suas me

se incumbisse seria o "luminoso

Ministério da Unidade Nacional", © pugnando pela inadiabilidade de provi dências e medidas que instituissem" a

engenharia, professorado que inicialmen

te dtís'cria ser recrutado no estrangeiro, já que ainda não dispúnhamos no país de uma equipe eficiente dé educadores in dustriais.

Os inslitutos de preparação de enge nheiros deveriam ficar sob a direção do Ministério da Indústria, visando o recru

tamento de um corpo de engenheiros, com algims lugares destinados a serem

providos em comissão durante certo

firazo, e entre estes figurariam os de

lhores faculdades, lenta mas incessante

entes. Assim, designado por concurso

ascenção às mais puras regiões do bem,

ou por notória competência, o funcio nário, que devesse reger uma cadeira

do belo e do consciente".

Quanto ao ensino secimdário, as suas

qualquer, sairia de um conjunto de pro

ção nacional primsiria, verdadeira, viril,

predileções são pelo regime chamado

uniforme na variedade, jxilimorfa na

de madureza, combatendo o sistema de

fissionais já afeitos à prática do oficio: findo o prazo de sua comissão, e, se não

unidade da sua essência".

equiparação mas advogando uma am pla liberdade de ensino.

"religião da Pátria, fundada na educa

No tocante a êsse ensino primário, mação da consciência nacional, Caló geras não pretendia que a União dela

A limitação a es.sa ampla liberdade, ou o seu corretivo, far-se-ia pelo exa me final de bacharelado ou pe»'o exame

tomasse o encargo a título exclusi%^,

de madureza.

que reputava o fator essencial na for

O que sobretudo repugnava ao nosso

mas pugnava a interferência concorren

houvesse vantagem manifesta em pror rogá-la, voltaria ao exercício da carrei ra, a fim de nunca se perder êste con

tacto fecundo entre a teoria e a apli cação".

As idéias defendidas poy Pandiá Ca lógeras em matéria de ensino militar,

te do poder federal e dos poderes es

estadista era

a intromissão oficial na

expendeu-as e praticou-as quando de

taduais, estes enfrentando diretamente o

vida educacional, por ôle considerada

sugeridas e indicadas.

analfabetismo local, aquôle interferindo

Estamo.s assim diante de um político autenüco, de um técnico de idéias ne-

para

como o maior dos inimigos e fator de desorganização. Há sobre essa matéria a sua frase

sua passagein pela pasta da Guerra, pôsto no qual se conduziu como se fòra

rais, de um legitimo e indiscutível ho Certo, aqui, não posso estudá-lo na onímoda, na múltipla variedade de as pectos demonstrados através de seus inúmeros trabalhos. Educação nacional Vou limitar-me a uma face única: a

da educação nacional. disse

a

manter

coeso e forte êsse insubstituível fator de unidade do Brasil.

incisiva: "a compressão oficial — eis o inimigo".

Objetivamente, queria que a União

mem de Estado.

Michelet

resguardar, fortalecer

certa

vez, e

disse

muito bem, que a educação é a primei ra e a última palavra da política, ao

uma escola normdl primária do tipo su perior, visando preparar professores das escolas normais regionais, diretores de grupos escolares e inspetores de ensino, o como coroamento, para a radicação

traproducente, que os toma totalmente inexequíveis, conforme podem atestar todos quantos ainda hoje têm qualquer •-7

minou cuidadosamente a questão do en

sino profissional, que preconiza como

imprescindível ao fortalecimento de nossa economia.

O problema da formação do professo-

gentina, acrescenta — "Las escuelas,

possamos dar eficiência à nossa edu cação e dela tirar os altos frutos de

res, alunos, pais de família. brasil E SUA LEGISLAÇÃO", exa

tituto superior de pedagogia, teórico e experimental, no qual se adestrassem os candidatos às cadeiras das escolas nor mais primárias superiores.' ratío e assim ponto essencial para que

contacto com a vida ginasial, professo No trabalho sôbre "AS MINAS DO

nacional desejado, um ins

que o professor Luís Reissig, da Ar

desde Ia primaria hasta Ia superior, necesitan ahora, mas que pedagogos, pi-

Quanto aos programas, clamava con tra o seu encioíopedlsmo pedante e con

mantivesse em cada Estado, formando em grupo alguns pequenos Estados,

S

Ensino militar e de engenharia

Preocupava-o sobretudo a preparação do professorado destinado às escolas de

que e suscetível.

ja L

um grande técnico, longamente e.xperimentado.

Queria o serviço militar obrigatório, estendido a todas as Classes sociais.

Seria a parte prática, imprescindível como^ complemento à formação teórica: "Só é vantajoso o ensino teórico quando tem o apoio, a sanção, a autoridade da

lide prática; êsse princípio que fôra tão útil ver generalizado nas escolas pro fissionais civis, é essencial nas de ca ráter militar".

Outros aspectos da questão educati

va abordou Calógeras em várias oca siões, com a habituail lucidez, com se gurança e acêrto.

Um deles o da interferência do Esta do na matena, mormente tendo em

vista a formação moral, objetivo i^eS


'ij

64

DrcESTo Econômico

Geólogo, mineralogista, ecoaomista, financista, historiador, sociólogo, todas

lotos de ruta; mas que filosofos de Ia

as suas observações, todas as suas idéias,

Calógeras, a não ser um ligeiro en saio sobre "Os Jesuítas e o ensino",

tôdas as suas conclusões resultavam em

ensinamentos para a direção e govêmo do Estado.

É justo e verdadeiro afirmar que.ne nhum dos nossos problemas primaciais deixou de preocupar o seu espírito pro digioso; de todos tinha o conhecimento

geral indispensável e para todos a sua inteligência fina, penetrante, encontra va a solução, quase sempre a mais oportuna e acertada. O seu relatório confidencial a Rodri

gues Alves, em vésperas de reassumir a

presidência da República, escrito a pe dido de Álvaro de Carvalho, e hoi-

pubhcado na "Brasiliana", sob o título

j^'ol>'-emas de Administração", é um

documento de alto porte, revelador de quanto Calógeras conhecia as necessiaades fundamentais do Brasil e de quanto podia exercer com eficiência qualquer das pastas ministeriais, tão fa-

mihanzado se mostrou com as questões referentes a cada uma delas, muitas das quais ainda deimndando as soluções ali

educacíon, hombres de Estado". nunca escreveu um livro especial sobre

T 1

Dicesto Econômico

65

Calógeras dí-lo expressamente: "Do cimo à base da organização o que se requer são professores dignos de exer cerem o altíssimo sacerdócio, capazes de porem em jôgo tôdas as energias

os problemas educacionais, mas a ver

ocultas da alma, que pos.snam o fervor

dade é que, cm quase todos os seus

comunicativo do missionário, que não reduzam seu apostolado à mera exigên cia do espírita ou simples tarefa inne-

rq'atórios, estudos e livros, há a de monstração que lhes dava a primasia

entre tôdas as grandes tarefas da admi

mônica; mas a. considerem obra evocadora dos recursos próprios do indi

nistração, achando que o Ministério que

víduo, chamada a postos de suas me

se incumbisse seria o "luminoso

Ministério da Unidade Nacional", © pugnando pela inadiabilidade de provi dências e medidas que instituissem" a

engenharia, professorado que inicialmen

te dtís'cria ser recrutado no estrangeiro, já que ainda não dispúnhamos no país de uma equipe eficiente dé educadores in dustriais.

Os inslitutos de preparação de enge nheiros deveriam ficar sob a direção do Ministério da Indústria, visando o recru

tamento de um corpo de engenheiros, com algims lugares destinados a serem

providos em comissão durante certo

firazo, e entre estes figurariam os de

lhores faculdades, lenta mas incessante

entes. Assim, designado por concurso

ascenção às mais puras regiões do bem,

ou por notória competência, o funcio nário, que devesse reger uma cadeira

do belo e do consciente".

Quanto ao ensino secimdário, as suas

qualquer, sairia de um conjunto de pro

ção nacional primsiria, verdadeira, viril,

predileções são pelo regime chamado

uniforme na variedade, jxilimorfa na

de madureza, combatendo o sistema de

fissionais já afeitos à prática do oficio: findo o prazo de sua comissão, e, se não

unidade da sua essência".

equiparação mas advogando uma am pla liberdade de ensino.

"religião da Pátria, fundada na educa

No tocante a êsse ensino primário, mação da consciência nacional, Caló geras não pretendia que a União dela

A limitação a es.sa ampla liberdade, ou o seu corretivo, far-se-ia pelo exa me final de bacharelado ou pe»'o exame

tomasse o encargo a título exclusi%^,

de madureza.

que reputava o fator essencial na for

O que sobretudo repugnava ao nosso

mas pugnava a interferência concorren

houvesse vantagem manifesta em pror rogá-la, voltaria ao exercício da carrei ra, a fim de nunca se perder êste con

tacto fecundo entre a teoria e a apli cação".

As idéias defendidas poy Pandiá Ca lógeras em matéria de ensino militar,

te do poder federal e dos poderes es

estadista era

a intromissão oficial na

expendeu-as e praticou-as quando de

taduais, estes enfrentando diretamente o

vida educacional, por ôle considerada

sugeridas e indicadas.

analfabetismo local, aquôle interferindo

Estamo.s assim diante de um político autenüco, de um técnico de idéias ne-

para

como o maior dos inimigos e fator de desorganização. Há sobre essa matéria a sua frase

sua passagein pela pasta da Guerra, pôsto no qual se conduziu como se fòra

rais, de um legitimo e indiscutível ho Certo, aqui, não posso estudá-lo na onímoda, na múltipla variedade de as pectos demonstrados através de seus inúmeros trabalhos. Educação nacional Vou limitar-me a uma face única: a

da educação nacional. disse

a

manter

coeso e forte êsse insubstituível fator de unidade do Brasil.

incisiva: "a compressão oficial — eis o inimigo".

Objetivamente, queria que a União

mem de Estado.

Michelet

resguardar, fortalecer

certa

vez, e

disse

muito bem, que a educação é a primei ra e a última palavra da política, ao

uma escola normdl primária do tipo su perior, visando preparar professores das escolas normais regionais, diretores de grupos escolares e inspetores de ensino, o como coroamento, para a radicação

traproducente, que os toma totalmente inexequíveis, conforme podem atestar todos quantos ainda hoje têm qualquer •-7

minou cuidadosamente a questão do en

sino profissional, que preconiza como

imprescindível ao fortalecimento de nossa economia.

O problema da formação do professo-

gentina, acrescenta — "Las escuelas,

possamos dar eficiência à nossa edu cação e dela tirar os altos frutos de

res, alunos, pais de família. brasil E SUA LEGISLAÇÃO", exa

tituto superior de pedagogia, teórico e experimental, no qual se adestrassem os candidatos às cadeiras das escolas nor mais primárias superiores.' ratío e assim ponto essencial para que

contacto com a vida ginasial, professo No trabalho sôbre "AS MINAS DO

nacional desejado, um ins

que o professor Luís Reissig, da Ar

desde Ia primaria hasta Ia superior, necesitan ahora, mas que pedagogos, pi-

Quanto aos programas, clamava con tra o seu encioíopedlsmo pedante e con

mantivesse em cada Estado, formando em grupo alguns pequenos Estados,

S

Ensino militar e de engenharia

Preocupava-o sobretudo a preparação do professorado destinado às escolas de

que e suscetível.

ja L

um grande técnico, longamente e.xperimentado.

Queria o serviço militar obrigatório, estendido a todas as Classes sociais.

Seria a parte prática, imprescindível como^ complemento à formação teórica: "Só é vantajoso o ensino teórico quando tem o apoio, a sanção, a autoridade da

lide prática; êsse princípio que fôra tão útil ver generalizado nas escolas pro fissionais civis, é essencial nas de ca ráter militar".

Outros aspectos da questão educati

va abordou Calógeras em várias oca siões, com a habituail lucidez, com se gurança e acêrto.

Um deles o da interferência do Esta do na matena, mormente tendo em

vista a formação moral, objetivo i^eS


Digesto Econômico

66

Na sua doutrina, o ensino deve ser

outras as que precisam vir sem tardança.

e lhe facilite o exercício, nos próprios

houvesse

edifícios escolares, se assim pedirem os

Educação e confiado a Calógeras a sua

pais de família".

direção.

por

Pena 6 que há mais tempo não se instituído

o

Ministério

Eugênio Gimix

da

vista de Calógeras sôbre os problemas

Estou certo de que assim teria sido tal Minístérió o maior propulsor de fe

educacionais do Brasil.

licidade e da grandeza da pátria.

Eis aí em linhas gerais os pontos de

TAXA DE JUROS

As suas soluções são, em regra, umas

as que estão sendo dacTns agora e,

leigo, o que não significa repelir a coo peração religiosa: "ao contrário, diz Calógeras, melhor será que a consigne

Ão tenho como agradecer as palavras tão generosas e amáveis do presi dente desta Associação, da ilustre assis

tência e de todos em São Paulo, pela acolhida que me deram e à qual sou extremamente grato. Cada vez que ve

subir os preços, por força da pro

Brasil, o melhor remédio para mim é uma visita a São Paulo.

Não vim fazer uma conferência. Vim,

detrimento de outra.

do hoje, espero receber, se não agora,

hiper-emprêgo de grande intensida de na atual coujuntura da economia brasileira salta aos oUios, mesmo

de quem não quer ver. O agricul

nômica, poderão dar excelente contri buição para esclarecer o tema que vou

tor aue precisa de braços para o trabalho de suas lavouras não os

hoje abordar.

tem; o industrial que precisa d© maior número de operários não os encontra desempregados; os operá rios de construção, da indústria, da lavoura, estão em regime de leilão,

O ministro da Agricultura, ^pois de ouvir os técnicos do Departamento Nacional da Produção Animal e ^ Serviço Florestal, mandou intensificar o fo

atual é de completo esgotamento de todos os nossos fatôres de produção. Há dinheiro demais e fatôres de produção

o duplo do atual, aumentando em proporção maior o rendimento de carne e leite.

o desvio dos fatôres de produção •

'de uma para outra atividade só permito aumentar uma produção em

Salvo em um ou outro ponto iso

PASTOS ARBÓREOS

em proteína, podendo ser considerados substitutos da alfafa; b) fornecem grande cópia de ferragens verdes, por hectares, durante os períodos mais secos do ano; c) permitem um adensamento considerável^ bovinos por unidade de área, talvez

dução já empregados, "mas não o

de aumentar a produção, porquanto

lado do país, a existência de um

Peço licença, em primeiro lugar e a título de preâmbulo, para pedir vossa atenção para a necessidade de atender à noção de "pleno emprego", como à da limitação dos "fatores de produção". Os fatores de produção não sãs ilimita dos em país algum. Nossa situação

a) são riquíssimos

cura adicional de fatôres de pro

E, especialmente em relação ao assunto

porque os homens de negócios, pela prática e experiência da atividade eco

Alguns pastos arbóreos apresentam muitas vantagens:

particulares, terá o efeito de fazer

sim, trocar idéias, e quem troca, dá e recebe. Não é uma operação unilateral.

mais tarde, a contribuição de todos vós,

mento à formação de pastos arbóreos, principamente nas zonas semi-áridas e

tôres de produção estão emprega

nho a São Paulo sinto-mc confortado

ou desanimo em relação às coisas do

subúmidas do país.

econômica já atingiu a um ponto em que, praticamente, todos os fa

em ver a sua atividade, o seu espírito de trabalho, de iniciativa e de capacidade acontece, de fases cíclicas de depressão

[.

ou em uma nação, a ativioad©

dos, a iniciativa de novas ativida des, venha ela do govêmo ou de

de realização. Confesso mesmo que quando sofro, como infelizmente me

i

*'Quando, portanto, em uma remáo

de menos. A solução simplista de dizer

que é preciso produzir mais, com a in

terpretação que lhe tem sido geralmente dada, é de perigosas conseqüências. Em depoimento que recentemente

prestei perante uma Comissão da Assem bléia Constituinte, eu dizia:

O presente írahalho con.ditui a conier^ ciíi q\ic o A. proferiu na Bôha de Merciuloriíis dc Sílf> PuuJo, no dia 2S de

novembro de 19-Í6.

Á sua divulgação

pelas colunas do "Digesto Económicà".^ se justifica, pois, além do tema central

que aborda, o dr. Eusânio Gudin foca-, f.* Uza, com a clareza de verdadeiro pro- , ^ fessor de economia política, outros im*-

piirtantes aspectos do momento, relacio- \:

nados com a baixa da produtividade '6 ,[ a inflação.

■ '''


Digesto Econômico

66

Na sua doutrina, o ensino deve ser

outras as que precisam vir sem tardança.

e lhe facilite o exercício, nos próprios

houvesse

edifícios escolares, se assim pedirem os

Educação e confiado a Calógeras a sua

pais de família".

direção.

por

Pena 6 que há mais tempo não se instituído

o

Ministério

Eugênio Gimix

da

vista de Calógeras sôbre os problemas

Estou certo de que assim teria sido tal Minístérió o maior propulsor de fe

educacionais do Brasil.

licidade e da grandeza da pátria.

Eis aí em linhas gerais os pontos de

TAXA DE JUROS

As suas soluções são, em regra, umas

as que estão sendo dacTns agora e,

leigo, o que não significa repelir a coo peração religiosa: "ao contrário, diz Calógeras, melhor será que a consigne

Ão tenho como agradecer as palavras tão generosas e amáveis do presi dente desta Associação, da ilustre assis

tência e de todos em São Paulo, pela acolhida que me deram e à qual sou extremamente grato. Cada vez que ve

subir os preços, por força da pro

Brasil, o melhor remédio para mim é uma visita a São Paulo.

Não vim fazer uma conferência. Vim,

detrimento de outra.

do hoje, espero receber, se não agora,

hiper-emprêgo de grande intensida de na atual coujuntura da economia brasileira salta aos oUios, mesmo

de quem não quer ver. O agricul

nômica, poderão dar excelente contri buição para esclarecer o tema que vou

tor aue precisa de braços para o trabalho de suas lavouras não os

hoje abordar.

tem; o industrial que precisa d© maior número de operários não os encontra desempregados; os operá rios de construção, da indústria, da lavoura, estão em regime de leilão,

O ministro da Agricultura, ^pois de ouvir os técnicos do Departamento Nacional da Produção Animal e ^ Serviço Florestal, mandou intensificar o fo

atual é de completo esgotamento de todos os nossos fatôres de produção. Há dinheiro demais e fatôres de produção

o duplo do atual, aumentando em proporção maior o rendimento de carne e leite.

o desvio dos fatôres de produção •

'de uma para outra atividade só permito aumentar uma produção em

Salvo em um ou outro ponto iso

PASTOS ARBÓREOS

em proteína, podendo ser considerados substitutos da alfafa; b) fornecem grande cópia de ferragens verdes, por hectares, durante os períodos mais secos do ano; c) permitem um adensamento considerável^ bovinos por unidade de área, talvez

dução já empregados, "mas não o

de aumentar a produção, porquanto

lado do país, a existência de um

Peço licença, em primeiro lugar e a título de preâmbulo, para pedir vossa atenção para a necessidade de atender à noção de "pleno emprego", como à da limitação dos "fatores de produção". Os fatores de produção não sãs ilimita dos em país algum. Nossa situação

a) são riquíssimos

cura adicional de fatôres de pro

E, especialmente em relação ao assunto

porque os homens de negócios, pela prática e experiência da atividade eco

Alguns pastos arbóreos apresentam muitas vantagens:

particulares, terá o efeito de fazer

sim, trocar idéias, e quem troca, dá e recebe. Não é uma operação unilateral.

mais tarde, a contribuição de todos vós,

mento à formação de pastos arbóreos, principamente nas zonas semi-áridas e

tôres de produção estão emprega

nho a São Paulo sinto-mc confortado

ou desanimo em relação às coisas do

subúmidas do país.

econômica já atingiu a um ponto em que, praticamente, todos os fa

em ver a sua atividade, o seu espírito de trabalho, de iniciativa e de capacidade acontece, de fases cíclicas de depressão

[.

ou em uma nação, a ativioad©

dos, a iniciativa de novas ativida des, venha ela do govêmo ou de

de realização. Confesso mesmo que quando sofro, como infelizmente me

i

*'Quando, portanto, em uma remáo

de menos. A solução simplista de dizer

que é preciso produzir mais, com a in

terpretação que lhe tem sido geralmente dada, é de perigosas conseqüências. Em depoimento que recentemente

prestei perante uma Comissão da Assem bléia Constituinte, eu dizia:

O presente írahalho con.ditui a conier^ ciíi q\ic o A. proferiu na Bôha de Merciuloriíis dc Sílf> PuuJo, no dia 2S de

novembro de 19-Í6.

Á sua divulgação

pelas colunas do "Digesto Económicà".^ se justifica, pois, além do tema central

que aborda, o dr. Eusânio Gudin foca-, f.* Uza, com a clareza de verdadeiro pro- , ^ fessor de economia política, outros im*-

piirtantes aspectos do momento, relacio- \:

nados com a baixa da produtividade '6 ,[ a inflação.

■ '''


DiGESTO ECONÓM^^^

68

a quem der mais; a energia elétri ca está racionada em muitas de

de produção aos lugares de onde saíram

e onde estão fazendo falta. Os fatô^^s

dificílimas de obter, os transportes

do produção não são ilimitados. A sêde de produzir mais, indistintamente, sem se

superlotados, as lojas em aperturas

lembrar da necessidade de prover oS

nessas regiões, as matérias-primas para refazer seus estoques, os tea

fatôres de produção nece.ssários, indo

tros cheios, os restaurantes reple

E os preços sobem

buscá-los onde êles podem ser dispensa dos, só redunda em aumento de preçps-

ininterruptamente. E, como sempre,

A nossa situação atual é de verdadeiro

quando há hiper-emprêgo, decaem a disciplina e a produtividade do

leilão de fatôres de produção, trazendo como conseqüência uma alta indefinida

operariado.

de todos os preços.

Só assim poderemos corrigir a situação de hiper-emprêgo. O "slo gan" de "produzir mais" sem pri

têxtil, a produção de tecidos que já era inferior à do ano pas.sado baixou ainda

meiramente tratar de liberar os fa-

aspectos mais importantes que se deve

tos, etc. etc.

O ST. Aldo Azevedo — Na indústria

tôres de produção para isso neces

sários, precisa ser corrigido, uma vez que os fatores de produção não são ilimitados, só se pode au mentar a produção de bens de con

sumo, liberando primeiramente os

fatôres de produção que estão sendo utilizados em bens de produção fu tura. Sem o qiie, só faremos agra var o mal".

Efeitos da inflação O de que sofremos é de uma defor mação da nossa economia ocasionada

pela inflação. Existem setores em que a produção é insuficiente. É necessário

tomar possível o aumento de produção nesses setores, liberando fatôres de pro dução empregados nos setores inflacionados, como os de ensilhamento das construções civis, das inúmeras obras do

governo, das novas estradas de ferro, das novas estradas de rodagem, cuja execução não é premente e que estão absorvendo os fatôres de produção que faltam à lavoura.

A estatística da população das favelas

no Rio de Janeiro mostra que 6(^ dessa população saiu da produção agrícola do

do 4%.

Êsse evidentemente é um dos

levar em conta.

O sr. Eugênio Gudin — No Rio -d® Janeiro disputa-se a mão de obra a

quem mais der. Elevam-se os salários,

Digesto

O ST. Eugênio Gudin — Quando nos

apro.ximamos do pleno emprêgo, baixa a produção c, como bem lembra agora

dito.

Isto, porém, ainda é uma proposição

geral, da qual não decorrem elementos

O professor Paul Hugon já me tinha aliás assinalado lui muito tempo o fe

de ação pratica. Vamos então procurar analisar de que forma e até que ponto

nômeno da baixa de produtividade em

o preço, maior ou menor, do crédito

vários setores da atividade econômica

afeta os vários setores da atividade

paulista. Prcci.samos voltar ao menos à

econômica.

&rodutividade anterior e tratar da mejoria da capacidade dos operários, da criação de mestres e contra-mestres ha bilitados e de todos os fatôres necessá-

rips ao aumento dessa produtividade do país. Era êsse o apelo que eu lhes queria

dirigir, antes de entrar no assunto da

palestra de hoje, que é o da taxa de juros.

Vejamos o caso do comercio em ge ral, isto é, de um negociante atacadista quo compra e revende mercadorias e que recorre aos bancos para a movimen tação de seus negócios. Se a taxa de descontos sobe de 6% a 9%, por exemplo, alta considerável, o negociante pagará aos bancos mais de 3® ao ano sôbre

a importância média anual de seus sal dos devedores. Mas, como o volume anual de seus vendas atinge fàcihnente

a três vêzes seu capital de giro, os 3% de diferença de juros corresponderão a

O jyréço do crédito

Os homens de nego

cies não são, em via de regra, estimula

dade técnica ■ sem que essa possibilida de possa ser efetivada por falta de cré

o sr. Aldo Azevedo, o fator político é de importância.

elevam-se os preços, mas não há aumen

to de produção.

69

Econômico

Os problemas de moeda e crédito não

1% apenas sôbre seu algarismo de_ negó cios. Qualquer pequena oscilação dos preços das mercadorias, para a alta ou

dos a encarar a questão sob êsse aspecto, porque cada um trabalha num determi nado ramo da indústria ou dos negó

devem constituir um setor separado dos

cios e não vê o conjunto.

sado no conjunto dos problemas gerais

muito maior do que os 50% de elevação

de produção e distribuição. É por isso que escolhi este tema para troca de

da taxa de desconto.

idéias com os homens cuja experiência

tância do fator taxa de juros é muito reduzida relativamente a outros elemen

O aumento

de produção só se consegue com o aumento da produtividade e, como bem disse o professor Vanzolini ontem na Associação Comercial, não se aumenta

a produtividade da ncúte para o dia. Baixa da produtividade O ST. Aldo Azevedo — Hoje existe

até redução de produtividade devido aos fatôres políticos. Se ficarmos aquém do limite do pleno emprêgo, poderemos aumentar a produção pelo aumento da produtividade, ou pelo menos podere mos voltar à produção anterior. O sr. Eugênio Cudin — Ontem mes mo, na Associação Comercial, referi-me

ao aumento da produtividade a ser obti

do pela melhoria da instrução técnica,

demais problemas econômicos. O estu do de moeda e crédito deve ser entro

e tirocínio dos negócios poderão não só

Vemos portanto

que, no caso dos negociantes, a impor

trazer uma preciosa colaboração, como corrigir e retificar proposições de. um

tos de risco do negócio.

simples estudioso.

trial com 300 contos, digamos, de ca

Tomemos agora o caso de um indus

Um dos instrumentos de mais direta

pital de movimento, capital êsse que ele

ligação entre o setor monetário e a

faz facilmente girar três vêzes no ano, e suponhamos que a produção desse

ec-onomia

do país é constituído pela

taxa de juros, isto é, pelo preço do

industrial seja de 100.000 unidades, cujo

crédito.

custo total de produção, em materiais e

De que depende a produção?

De

mão de obra, é de 90 contos (três vezes

dois elementos: a disponibilidade dos fa

o capital de movimento).

tôres de produção e da produtividade

taxa de 5%, os juros de seu capital de

dêsses fatôres.

Em qualquer caso, o

crédito constitui um elemento impor

Estado do Rio de Janeiro, 15% de Minas, 4% da Bahia, etc. Paralisadas as obras

pela maior capacidade dos mestres, con-

tante de colaboração. Pode haver fatô

tra-mestres, etc.

em que essa população adventícia esta empregada, far-se-ia voltar êsses fatôres

têm atualmente má vontade.

utilização pelos empreendedores seja pos sível por falta de crédito. Pode haver

O ST. Aldo Azevedo — Os operários

para a baixa, terá portanto influência

res de produção disponível sem que sua

possibilidades de melhoria da produtivi

Com uma

movimento de 300 contos são de 15 contos, sendo portanto o custo da uni

dade produzida de Cr$ 9,15. Uma re

dução da taxa de juros de 5% para 4%, isto é, de 20%, reduziria os juros a 12 contos em vez de 15 contos, e portanto o custo da unidade produzida de Cr$..


DiGESTO ECONÓM^^^

68

a quem der mais; a energia elétri ca está racionada em muitas de

de produção aos lugares de onde saíram

e onde estão fazendo falta. Os fatô^^s

dificílimas de obter, os transportes

do produção não são ilimitados. A sêde de produzir mais, indistintamente, sem se

superlotados, as lojas em aperturas

lembrar da necessidade de prover oS

nessas regiões, as matérias-primas para refazer seus estoques, os tea

fatôres de produção nece.ssários, indo

tros cheios, os restaurantes reple

E os preços sobem

buscá-los onde êles podem ser dispensa dos, só redunda em aumento de preçps-

ininterruptamente. E, como sempre,

A nossa situação atual é de verdadeiro

quando há hiper-emprêgo, decaem a disciplina e a produtividade do

leilão de fatôres de produção, trazendo como conseqüência uma alta indefinida

operariado.

de todos os preços.

Só assim poderemos corrigir a situação de hiper-emprêgo. O "slo gan" de "produzir mais" sem pri

têxtil, a produção de tecidos que já era inferior à do ano pas.sado baixou ainda

meiramente tratar de liberar os fa-

aspectos mais importantes que se deve

tos, etc. etc.

O ST. Aldo Azevedo — Na indústria

tôres de produção para isso neces

sários, precisa ser corrigido, uma vez que os fatores de produção não são ilimitados, só se pode au mentar a produção de bens de con

sumo, liberando primeiramente os

fatôres de produção que estão sendo utilizados em bens de produção fu tura. Sem o qiie, só faremos agra var o mal".

Efeitos da inflação O de que sofremos é de uma defor mação da nossa economia ocasionada

pela inflação. Existem setores em que a produção é insuficiente. É necessário

tomar possível o aumento de produção nesses setores, liberando fatôres de pro dução empregados nos setores inflacionados, como os de ensilhamento das construções civis, das inúmeras obras do

governo, das novas estradas de ferro, das novas estradas de rodagem, cuja execução não é premente e que estão absorvendo os fatôres de produção que faltam à lavoura.

A estatística da população das favelas

no Rio de Janeiro mostra que 6(^ dessa população saiu da produção agrícola do

do 4%.

Êsse evidentemente é um dos

levar em conta.

O sr. Eugênio Gudin — No Rio -d® Janeiro disputa-se a mão de obra a

quem mais der. Elevam-se os salários,

Digesto

O ST. Eugênio Gudin — Quando nos

apro.ximamos do pleno emprêgo, baixa a produção c, como bem lembra agora

dito.

Isto, porém, ainda é uma proposição

geral, da qual não decorrem elementos

O professor Paul Hugon já me tinha aliás assinalado lui muito tempo o fe

de ação pratica. Vamos então procurar analisar de que forma e até que ponto

nômeno da baixa de produtividade em

o preço, maior ou menor, do crédito

vários setores da atividade econômica

afeta os vários setores da atividade

paulista. Prcci.samos voltar ao menos à

econômica.

&rodutividade anterior e tratar da mejoria da capacidade dos operários, da criação de mestres e contra-mestres ha bilitados e de todos os fatôres necessá-

rips ao aumento dessa produtividade do país. Era êsse o apelo que eu lhes queria

dirigir, antes de entrar no assunto da

palestra de hoje, que é o da taxa de juros.

Vejamos o caso do comercio em ge ral, isto é, de um negociante atacadista quo compra e revende mercadorias e que recorre aos bancos para a movimen tação de seus negócios. Se a taxa de descontos sobe de 6% a 9%, por exemplo, alta considerável, o negociante pagará aos bancos mais de 3® ao ano sôbre

a importância média anual de seus sal dos devedores. Mas, como o volume anual de seus vendas atinge fàcihnente

a três vêzes seu capital de giro, os 3% de diferença de juros corresponderão a

O jyréço do crédito

Os homens de nego

cies não são, em via de regra, estimula

dade técnica ■ sem que essa possibilida de possa ser efetivada por falta de cré

o sr. Aldo Azevedo, o fator político é de importância.

elevam-se os preços, mas não há aumen

to de produção.

69

Econômico

Os problemas de moeda e crédito não

1% apenas sôbre seu algarismo de_ negó cios. Qualquer pequena oscilação dos preços das mercadorias, para a alta ou

dos a encarar a questão sob êsse aspecto, porque cada um trabalha num determi nado ramo da indústria ou dos negó

devem constituir um setor separado dos

cios e não vê o conjunto.

sado no conjunto dos problemas gerais

muito maior do que os 50% de elevação

de produção e distribuição. É por isso que escolhi este tema para troca de

da taxa de desconto.

idéias com os homens cuja experiência

tância do fator taxa de juros é muito reduzida relativamente a outros elemen

O aumento

de produção só se consegue com o aumento da produtividade e, como bem disse o professor Vanzolini ontem na Associação Comercial, não se aumenta

a produtividade da ncúte para o dia. Baixa da produtividade O ST. Aldo Azevedo — Hoje existe

até redução de produtividade devido aos fatôres políticos. Se ficarmos aquém do limite do pleno emprêgo, poderemos aumentar a produção pelo aumento da produtividade, ou pelo menos podere mos voltar à produção anterior. O sr. Eugênio Cudin — Ontem mes mo, na Associação Comercial, referi-me

ao aumento da produtividade a ser obti

do pela melhoria da instrução técnica,

demais problemas econômicos. O estu do de moeda e crédito deve ser entro

e tirocínio dos negócios poderão não só

Vemos portanto

que, no caso dos negociantes, a impor

trazer uma preciosa colaboração, como corrigir e retificar proposições de. um

tos de risco do negócio.

simples estudioso.

trial com 300 contos, digamos, de ca

Tomemos agora o caso de um indus

Um dos instrumentos de mais direta

pital de movimento, capital êsse que ele

ligação entre o setor monetário e a

faz facilmente girar três vêzes no ano, e suponhamos que a produção desse

ec-onomia

do país é constituído pela

taxa de juros, isto é, pelo preço do

industrial seja de 100.000 unidades, cujo

crédito.

custo total de produção, em materiais e

De que depende a produção?

De

mão de obra, é de 90 contos (três vezes

dois elementos: a disponibilidade dos fa

o capital de movimento).

tôres de produção e da produtividade

taxa de 5%, os juros de seu capital de

dêsses fatôres.

Em qualquer caso, o

crédito constitui um elemento impor

Estado do Rio de Janeiro, 15% de Minas, 4% da Bahia, etc. Paralisadas as obras

pela maior capacidade dos mestres, con-

tante de colaboração. Pode haver fatô

tra-mestres, etc.

em que essa população adventícia esta empregada, far-se-ia voltar êsses fatôres

têm atualmente má vontade.

utilização pelos empreendedores seja pos sível por falta de crédito. Pode haver

O ST. Aldo Azevedo — Os operários

para a baixa, terá portanto influência

res de produção disponível sem que sua

possibilidades de melhoria da produtivi

Com uma

movimento de 300 contos são de 15 contos, sendo portanto o custo da uni

dade produzida de Cr$ 9,15. Uma re

dução da taxa de juros de 5% para 4%, isto é, de 20%, reduziria os juros a 12 contos em vez de 15 contos, e portanto o custo da unidade produzida de Cr$..


70

Digesto Econômico

9,15 a Cr? 9,12.

Vemos portanto que

uma simples variação de 1% no custo de materiais e mão de obra teria tido uma influência muito

maior sobre o

custo total do que os 20% de elevação da taxa de juros.

de instalação, as despesas gerais, as de matéria-prima, de energia c de mão do obra. No caso das estradas de ferro

ou das indústrias, portanto, a importân cia da taxa de juros a longo prazo, se

bem que im(|x>rtantei, pode ser con trabalançada e superada pela influência

Alguns exemplos

preponderante do custo de outros fatô-

No que toca às Inversões, isto é, a taxa de juros a longo prazo, considera

da como um fator de capitalização, é preciso distinguir os casos em que os juros do capital representam uma fra

ção apenas do custo do produto aca

res do produção.

muito

recentemente

Assembléia Constituinte a doutrina do

bado daqueles em que esses juros re

custo histórico e a do custo de repro

presentam a quasi totalidade dôsse custo

custo histórico dizia que se se aceitasse

O caso típico da influência decisiva dos juros sôbre o valor do produto acabado e o das construções civis. De fato de

que se compõe o preço do produto 'aca

dução. Um deputado que se batia pelo o princípio do custo dc reprodução, quan

do a moeda sc depreciasse de metade, o preço dos serviços públicos duplica ria. É um equívoco, justamente pelo fato dos juros constituírem apenas uma fração do custo do serviço. Suponha

bado e vendável das construções civis isto e, dos alugueis? Exclusivamente dos juros do capital empregado na cons- mos o caso de determinado serviço do truçao. Para um edifício de 10.000 igual a Cr$ 1,00. Desde Cr? 1,00, contos, se a taxa. de juros fôr de 6%, preço Cr$ 0,20, digamos, corresponderiam ao o aluguel sera de 600 contos, se a taxa juro do capital, e Cr? 0,80 às despesas baixar de 6% para 4%, o aluguel baixa material, mão de obra, energia, ra para 400 contos. Tudo integralmente com combustível, etc. Se a moeda se de

proporcional à redução da taxa de juros. Nenhum setor da economia é portanto mais afetado pela taxa de juros do que

o das construções civis.

No caso das estradas de ferro e das indústrias, a importância dos juros do capital representa não mais o total, como no caso do aluguel de casas e sim uma fração, maior ou menor, do custo do

produto acabado.

No caso de uma

estrada de ferro, por exemplo, o custo

da tonelada-quilómetro, que é o produto acabado e vendável, compreende, além

do juro do capital de construção da ferrovia, a importância correspondente

às despesas fixas gerais, às despesas de energia e de comíjustível e às despesas de materiais e mão de obra.

Da mes

ma forma, no caso das indústrias, o

custo do produto acabado e vendável

compreende, além dos juros do capital

conhece Hicks, em seu "Value and Ca

estradas de ferro e das indústrias; e

juros tenha muita influência sôbre o

que ela é decisiva no caso das constru

futuro distante".

ções civis.

Fatôres que influem sôbre a conjunttira econômica

vossa apreciação, vicram-me à mente a

na

precia de metade, os Cr? 0,80 passarão, com uma ou com outra doutrina, a Cr?

1,60. A diferença entre a aplicação do

custo histórico ou do custo de repro dução está unicamente em se saber se

se duplica também a parcela de Cr? 0,20

Eara Cr? 0,40 ou se se mantém o custo istórico do capital de Cr? 0,20, isto ó, se a nova tarifa passa a Cr? 1,80 ou a Cr? 2,00.

Pela doutrina do custo lústórico, a nova tarifa do serviço seria Cr? 1,80

e pe'a do custo dc reprodução Cr? 2,00, a diferença de 10%, e não duplicação. ^ Vemos, em conclusão, que a impor tância da taxa de juros varia consideràve.mente de uma atividade econômica

Sara outra; que. ela é, relativamente,

f)ropósito de uma crítica que faço, num

ivro em preparação, sobre as teorias

vÁckse ianas e neo-wickselianas da pre

ponderância da taxa de juros sôbre o ritmo da economia, teorias que até pro

põem substituir a teoria quanl-itativa

pital", escrevendo que "o risco é grande demais para penuitir que a taxa de

Êste problema está ligado a uma questão de muita atualidade para nós e e por isso qué me pareceu oportuno submetê-lo à vossa reflexão;

As nossas taxas de juros no Brasil são, sabidamente, muito elevadas, não só em

comparação às que vigoram nos Esta dos Unidos e na Inglaterra, mas, mesmo em relação às da Argentina ou do Chile. É um problema que temos de enfrentar.

Na situação de grave inflação em que

nos encontramos, porém, importa consi

clássica da moeda por uma otitra cm que

derar, preliminarmente, a questão da

a taxa de juros passa a representar o

oportunidade. Numa conjuntura de alta constante de preços, como a atual, a taxa de juros real é, na verdade, muito

papel decisivo. Por eminentes que sejam esses econo-

niistas, Keyncs inclusive, entendo que êle.s dão à taxa de juros uma importân cia excessiva entro os vários fatores que

ú^luem sôbre a conjuntura econômica.

mais baLxa do que a taxa nominal. Irving Fisher chama, muito acertadamente, taxa de juros real a taxa do

mercado corrigida pelo coeficiente de

A atitude do empreendedor ao decidir sôbro a realização ou abstenção de de terminado empreendimento depende de muitos outros fatôres além da taxa de

alta ou baixa de preços. Se um nego ciante toma dinheiro a 10% para adqui rir mercadorias, cujos preços sobem de

juros. Incerteza sôbre a procura efetiva

E e por isso que em conjuntura de iofiação, negociantes, industriais e empre

do produto final, apreciação ou depre ciação do valor da moeda no curso da execução do empreendimento, possíveis diferenças entre o custo orçado e o custo real das instalações, sucesso ou insucesso técnico, abundancia ou escas

sez de pessoal habilitado, maior ou me nor grau do obsolescência de maquinaria durante o tempo de sua vida útil, varia ções da política tributária, ou da polí

10%, a sua taxa de juros real é zero.

endedores se dispõem a pagar taxas de juros elevadas que são facilmente co bertas por lucros crescentes.

E como

a procura de crédito é grande, os ban cos pedem e' obtêm taxas elevadas ao

mesmo tempo que se dispõem a pagar

tica aduaneira, posição mais ou menos

Nas fases de depressão, ao contrário, quando os preços baixam, um juro de 5% acres cido de uma queda de preços de 10%,

monopolística do negócio, tudo isso são

representa um juro real de 15%.

fatôres que pesam sôbre a decisão do empreendedor mais do ^ que a taxa de juros. Bem sei que esses fatôres de

baixam as ta.xas por falta de procura.

risco e incerteza são bem maiores entre

movimento dos negociantes e in^striais;

nós do que nos países para os quais escrevem aqueles economistas. Mas, nem

que ela cre«ce de importância à medida

bém. É aliás o que implicitamente re

e pouca monta no caso do capital de

71

quo aumenta a influência da taxa.de juros a prazo longo sôbre o custo do produto acabado, como no caso das

Essas reflexões que aqui submeto à

Custo histórico e de reprodução Discutiu-.se

Digesto Econômico

por isso êles deixam de existir lá tam

taxas altas a seus depositantes.

Os

empreendedores se retraem e os bancos

A manutenção de uma taxa de jiuos baixa exige, como veremos dentro em

pouco, um amplo suprimento de dinhei

ro às caLxas dos bancos, o que constituíria, na atual conjuntura, uma grave impnidencia.


70

Digesto Econômico

9,15 a Cr? 9,12.

Vemos portanto que

uma simples variação de 1% no custo de materiais e mão de obra teria tido uma influência muito

maior sobre o

custo total do que os 20% de elevação da taxa de juros.

de instalação, as despesas gerais, as de matéria-prima, de energia c de mão do obra. No caso das estradas de ferro

ou das indústrias, portanto, a importân cia da taxa de juros a longo prazo, se

bem que im(|x>rtantei, pode ser con trabalançada e superada pela influência

Alguns exemplos

preponderante do custo de outros fatô-

No que toca às Inversões, isto é, a taxa de juros a longo prazo, considera

da como um fator de capitalização, é preciso distinguir os casos em que os juros do capital representam uma fra

ção apenas do custo do produto aca

res do produção.

muito

recentemente

Assembléia Constituinte a doutrina do

bado daqueles em que esses juros re

custo histórico e a do custo de repro

presentam a quasi totalidade dôsse custo

custo histórico dizia que se se aceitasse

O caso típico da influência decisiva dos juros sôbre o valor do produto acabado e o das construções civis. De fato de

que se compõe o preço do produto 'aca

dução. Um deputado que se batia pelo o princípio do custo dc reprodução, quan

do a moeda sc depreciasse de metade, o preço dos serviços públicos duplica ria. É um equívoco, justamente pelo fato dos juros constituírem apenas uma fração do custo do serviço. Suponha

bado e vendável das construções civis isto e, dos alugueis? Exclusivamente dos juros do capital empregado na cons- mos o caso de determinado serviço do truçao. Para um edifício de 10.000 igual a Cr$ 1,00. Desde Cr? 1,00, contos, se a taxa. de juros fôr de 6%, preço Cr$ 0,20, digamos, corresponderiam ao o aluguel sera de 600 contos, se a taxa juro do capital, e Cr? 0,80 às despesas baixar de 6% para 4%, o aluguel baixa material, mão de obra, energia, ra para 400 contos. Tudo integralmente com combustível, etc. Se a moeda se de

proporcional à redução da taxa de juros. Nenhum setor da economia é portanto mais afetado pela taxa de juros do que

o das construções civis.

No caso das estradas de ferro e das indústrias, a importância dos juros do capital representa não mais o total, como no caso do aluguel de casas e sim uma fração, maior ou menor, do custo do

produto acabado.

No caso de uma

estrada de ferro, por exemplo, o custo

da tonelada-quilómetro, que é o produto acabado e vendável, compreende, além

do juro do capital de construção da ferrovia, a importância correspondente

às despesas fixas gerais, às despesas de energia e de comíjustível e às despesas de materiais e mão de obra.

Da mes

ma forma, no caso das indústrias, o

custo do produto acabado e vendável

compreende, além dos juros do capital

conhece Hicks, em seu "Value and Ca

estradas de ferro e das indústrias; e

juros tenha muita influência sôbre o

que ela é decisiva no caso das constru

futuro distante".

ções civis.

Fatôres que influem sôbre a conjunttira econômica

vossa apreciação, vicram-me à mente a

na

precia de metade, os Cr? 0,80 passarão, com uma ou com outra doutrina, a Cr?

1,60. A diferença entre a aplicação do

custo histórico ou do custo de repro dução está unicamente em se saber se

se duplica também a parcela de Cr? 0,20

Eara Cr? 0,40 ou se se mantém o custo istórico do capital de Cr? 0,20, isto ó, se a nova tarifa passa a Cr? 1,80 ou a Cr? 2,00.

Pela doutrina do custo lústórico, a nova tarifa do serviço seria Cr? 1,80

e pe'a do custo dc reprodução Cr? 2,00, a diferença de 10%, e não duplicação. ^ Vemos, em conclusão, que a impor tância da taxa de juros varia consideràve.mente de uma atividade econômica

Sara outra; que. ela é, relativamente,

f)ropósito de uma crítica que faço, num

ivro em preparação, sobre as teorias

vÁckse ianas e neo-wickselianas da pre

ponderância da taxa de juros sôbre o ritmo da economia, teorias que até pro

põem substituir a teoria quanl-itativa

pital", escrevendo que "o risco é grande demais para penuitir que a taxa de

Êste problema está ligado a uma questão de muita atualidade para nós e e por isso qué me pareceu oportuno submetê-lo à vossa reflexão;

As nossas taxas de juros no Brasil são, sabidamente, muito elevadas, não só em

comparação às que vigoram nos Esta dos Unidos e na Inglaterra, mas, mesmo em relação às da Argentina ou do Chile. É um problema que temos de enfrentar.

Na situação de grave inflação em que

nos encontramos, porém, importa consi

clássica da moeda por uma otitra cm que

derar, preliminarmente, a questão da

a taxa de juros passa a representar o

oportunidade. Numa conjuntura de alta constante de preços, como a atual, a taxa de juros real é, na verdade, muito

papel decisivo. Por eminentes que sejam esses econo-

niistas, Keyncs inclusive, entendo que êle.s dão à taxa de juros uma importân cia excessiva entro os vários fatores que

ú^luem sôbre a conjuntura econômica.

mais baLxa do que a taxa nominal. Irving Fisher chama, muito acertadamente, taxa de juros real a taxa do

mercado corrigida pelo coeficiente de

A atitude do empreendedor ao decidir sôbro a realização ou abstenção de de terminado empreendimento depende de muitos outros fatôres além da taxa de

alta ou baixa de preços. Se um nego ciante toma dinheiro a 10% para adqui rir mercadorias, cujos preços sobem de

juros. Incerteza sôbre a procura efetiva

E e por isso que em conjuntura de iofiação, negociantes, industriais e empre

do produto final, apreciação ou depre ciação do valor da moeda no curso da execução do empreendimento, possíveis diferenças entre o custo orçado e o custo real das instalações, sucesso ou insucesso técnico, abundancia ou escas

sez de pessoal habilitado, maior ou me nor grau do obsolescência de maquinaria durante o tempo de sua vida útil, varia ções da política tributária, ou da polí

10%, a sua taxa de juros real é zero.

endedores se dispõem a pagar taxas de juros elevadas que são facilmente co bertas por lucros crescentes.

E como

a procura de crédito é grande, os ban cos pedem e' obtêm taxas elevadas ao

mesmo tempo que se dispõem a pagar

tica aduaneira, posição mais ou menos

Nas fases de depressão, ao contrário, quando os preços baixam, um juro de 5% acres cido de uma queda de preços de 10%,

monopolística do negócio, tudo isso são

representa um juro real de 15%.

fatôres que pesam sôbre a decisão do empreendedor mais do ^ que a taxa de juros. Bem sei que esses fatôres de

baixam as ta.xas por falta de procura.

risco e incerteza são bem maiores entre

movimento dos negociantes e in^striais;

nós do que nos países para os quais escrevem aqueles economistas. Mas, nem

que ela cre«ce de importância à medida

bém. É aliás o que implicitamente re

e pouca monta no caso do capital de

71

quo aumenta a influência da taxa.de juros a prazo longo sôbre o custo do produto acabado, como no caso das

Essas reflexões que aqui submeto à

Custo histórico e de reprodução Discutiu-.se

Digesto Econômico

por isso êles deixam de existir lá tam

taxas altas a seus depositantes.

Os

empreendedores se retraem e os bancos

A manutenção de uma taxa de jiuos baixa exige, como veremos dentro em

pouco, um amplo suprimento de dinhei

ro às caLxas dos bancos, o que constituíria, na atual conjuntura, uma grave impnidencia.


rs> •• T

72

EIicesto

Econó.viico

escassez de crédito que se nota de há

Escassez de crédito

meses a esta parte.

Aliás, o que aflige as classes produ toras neste momento é menos taxa de

Falta de mercado para os títulos

juros do que a própria escassez do cré

do goüêmo

dito.

E essa escassez do crédito, de

corre ao que parece, da escassez dos encaixes dos bancos. É que, de há meses a esta parte, se nota que o dinhei ro emitido e, infelizmente amplamente emitido, só muito lentamente está vol

tando ^ caixas dos bancos. Ê o que me fazia notar, poucas semanas atraz, o ministro Gastão Vidigal. Qual a ra zão désse decréscimo do fluxo de moeda

para as caLxas dos bancos?

A razão

está, a meu ver, na alta repetida de salários que se generalizou após o catastrófíco decreto do governo provisório fe

deral de 31 de dezembro de 1945, que

elevou todos os salários abaixo de í 000 cruzeiros de 100% e de 200%, isto é,

em proporção muito maior do que a dó

aumento do custo da vida, a partir da revisão anterior. Além de desequili brar violentamente as finanças da União

o decreto veio criar padrões gerais dê salanos muito mais elevados, padrões

esses cuia gener<'aização reclamam os

assalariados de todos os setores com o apoio da demagogia e do comunismo. Os salarios, em vez de serem rebocados pelos preços, passam à frente dos pre ços, elevando os custos de produção e gradativamente anulando portanto a van

tagem temporária dos beneficiados apa rentes.

Hawtrey escreve com

muita razão

Voltemos porem à nossa questão ge ral da taxa de juros, questão que, um pouco mais ced^o ou um pouco mais tarde, temos imperiosamente de abor dar e resolver. Um dos grandes interes sados na redução da taxa dè juros é o govêmo, que não encontra no público mercado favorável paru seus títulos de 7%, nem dos bancos para suas letras de 3%, porque muitas são, no momento atual, as aplicações a mellior taxa. O

problema da fácil colocação de títulos do govêmo no mercado é essencial na questão do combate à inflação. Nós es

tamos longe de ser o único país afligido nos últimos anos por "deficíts" orçamen tários.

Mas é que, em outros países,

os "deficíts" eram cobertos pela venda de títulos da dívida in{;ema; o govêmo recolhia o dinheiro de un.s para pagar a outros; não havia inflação.

Na Ar

gentina, em um dos últimos anos, o "dé

ficit" de 1.200 milhões de pesos foi coberto na proporção de 800 milhões pela venda de títulos da União, Entre

nós, não havendo mercado para os tí

bios do govêmo, o "déficit" dá lugar,

direta ou indiretamente, à emissão de papel-moeda.

Um dos meios de promover a baixa

quais são pagos com moeda manual e não com cheques, a demanda da moeda

cána ArgenHna (12.156 de 1935) es

manual passa a drenar as caixas dos bancos. Ê o que se está passando entre

^ sôbre os depósitos à vista será mferior de 3 pontos pelo menos à taxa

nós.

de redesconto do Banco Central e sôbre

E é essa, a meu ver, a razão da

Assim, com uma taxa de redesconto

clc 5%, os bancos não poderiam pagar mais dc- 2% sôbre depósitos à vista nem

mais de 4% sôbre depósitos a prazo.

Quanto aos juros pagos pelos bancos, a disposição legal pode portanto tornar-se fàcilmente eictiva.

Quanto, porém, aos juros cobrados pe los bancos, a efetividade daquela dispK>-

sição legal é mais duvidosa.

tabelece que:

nao se mantém.

Em pri

Medida desacotisefíiável no momento

Para que as nossas taxas de juros baixem nao basta portanto um artigo de lei bancária. È preciso que haja amplo supnniento de dinheiro Is caixas dos bancos. E por isso que dissemos que a redução das taxas de desconto neste momento seria uma proridência muito

meiro lugar importa sober se a situação

situação de inflação e alta de preços o juro real é, como rimos,

do encaixe dos bancos não os torna in

muito baixo, podendo até ser negativo. Na atiial conjuntura, a efetivação d®

dependentes do redesconto, e portanto da taxa de redesconto. Se o banco ope

ra com recursos próprios, êle pode despre2Kir o nível cia taxa de redesconto. E é para poder forçar os bancos a obe decer à orientação do Banco Central em

matéria de crédito c de taxa.s, que os modernos estabelecimentos deste tipo têm a faculdade dc aumentar, reduzir e até

duplicar a percentagcm das reservas que os primeiros devem recolher ao segun de. Em segundo lugar importa também

observar que o produto do redesconto feito por lun banco no Banco Central

corresponde a dinheiro em caixa. E como o banco que redescontou pode fàcPmente conceder empréstimos iguais a cinco vezes o seu encaixe, a elevação do 1% na taxa de redesconto do Banco Central não encarece de mais de 0,2%

sideração de que a taxa à qual os ban

gação entre essas duas taxas. A lei Ban-

que o baixo nível da taxa de desconto

desconto".

taxas que os bancos são autorizados a

começa a forçar a alta dos salários, os

bancária, isto é, com cheques.

os depósitos a prazo, inferior de um ponto pelo menos à dita taxa de re

a taxa dos empréstimos dados por aquêle.

Mas, uma vez que a alta dos preços já

se fazem na maior parte com moeda

73

da taxa de juros é limitar por lei as

pagar sôbre depósitos à vista e a prazo. Como essa simples limitação poderia fazer baixar a taxa de juros paga pelos bancos, sem reduzir proporcionalmente as taxas a que êles concedem emprés timos, a lei estabelece, desde logo, a li

que na fase inicial da inflação, isto é, na expansão do crédito, as transações

Dicestc' Econômico

Muito mais importante ainda é a con cos concedem empréstimos, isto é, o

preço por que alugam o dinheiro, de

pende, afinal, da oferta e da procura. Se não houver abundância de encaixes

c se houver procura acentuada de emfjréstímos, a taxa dêsses erhprestimos será orçosamente elevada. Para que essa taxa se reduza é preciso que haja abun dância de dinheiro nos..bancos, isto é,

que a carteira de.redesconto supra am plamente de numerário, e a ta,xa re duzida, as caixas dos bancos.

Sem o

^xas de juros baixas exigiria um supri

mento de dinheiro sem fím pela cartei ra de redesconto. Acresce ainda que o setor mais beneficiado pela baixa da mxa de juros é, como vimos, o das cons^çoes civis, objeto do encilhamento que temos presenciado.

Uma vez dominada a inflação, porém, em beneficio da economia nacional! Ê

podemos redu^ nossas taxas de juros ^ug^no pensar que não podemos

.ní,■í' ™ Os bancos de ro movimento mnSm recursosrecursos senão para dos negócios, que saem e que voltam ao fim de 90 ou

1-0 dias e cujo fl^xo é portanto contro-

layel. Em uma situação que não tenha atuindo o pleno emprego, isto é, o iní cio de inflação, é perfeitamente possí vel tomar o dinheiro abundante sem

que isso importe em alta de preços. Uma vez atingido o pleno emprego, isto e, iniciada a inflação, porém di nheiro barato quer dizer dinheiro muito, e dinheiro muito quer dizer inflação e alta cada vez maior de preços A baixa da taxa de juros no momento atual só seria aconselhável se fnsse

possível efetivar um processo de créâito selehvo limitado a detenninados sí tores econômicos. Não é firil £ u

o Banco Central, ao conceder o rSe"

conto, pode exrgrr títulos de qnalidTde


rs> •• T

72

EIicesto

Econó.viico

escassez de crédito que se nota de há

Escassez de crédito

meses a esta parte.

Aliás, o que aflige as classes produ toras neste momento é menos taxa de

Falta de mercado para os títulos

juros do que a própria escassez do cré

do goüêmo

dito.

E essa escassez do crédito, de

corre ao que parece, da escassez dos encaixes dos bancos. É que, de há meses a esta parte, se nota que o dinhei ro emitido e, infelizmente amplamente emitido, só muito lentamente está vol

tando ^ caixas dos bancos. Ê o que me fazia notar, poucas semanas atraz, o ministro Gastão Vidigal. Qual a ra zão désse decréscimo do fluxo de moeda

para as caLxas dos bancos?

A razão

está, a meu ver, na alta repetida de salários que se generalizou após o catastrófíco decreto do governo provisório fe

deral de 31 de dezembro de 1945, que

elevou todos os salários abaixo de í 000 cruzeiros de 100% e de 200%, isto é,

em proporção muito maior do que a dó

aumento do custo da vida, a partir da revisão anterior. Além de desequili brar violentamente as finanças da União

o decreto veio criar padrões gerais dê salanos muito mais elevados, padrões

esses cuia gener<'aização reclamam os

assalariados de todos os setores com o apoio da demagogia e do comunismo. Os salarios, em vez de serem rebocados pelos preços, passam à frente dos pre ços, elevando os custos de produção e gradativamente anulando portanto a van

tagem temporária dos beneficiados apa rentes.

Hawtrey escreve com

muita razão

Voltemos porem à nossa questão ge ral da taxa de juros, questão que, um pouco mais ced^o ou um pouco mais tarde, temos imperiosamente de abor dar e resolver. Um dos grandes interes sados na redução da taxa dè juros é o govêmo, que não encontra no público mercado favorável paru seus títulos de 7%, nem dos bancos para suas letras de 3%, porque muitas são, no momento atual, as aplicações a mellior taxa. O

problema da fácil colocação de títulos do govêmo no mercado é essencial na questão do combate à inflação. Nós es

tamos longe de ser o único país afligido nos últimos anos por "deficíts" orçamen tários.

Mas é que, em outros países,

os "deficíts" eram cobertos pela venda de títulos da dívida in{;ema; o govêmo recolhia o dinheiro de un.s para pagar a outros; não havia inflação.

Na Ar

gentina, em um dos últimos anos, o "dé

ficit" de 1.200 milhões de pesos foi coberto na proporção de 800 milhões pela venda de títulos da União, Entre

nós, não havendo mercado para os tí

bios do govêmo, o "déficit" dá lugar,

direta ou indiretamente, à emissão de papel-moeda.

Um dos meios de promover a baixa

quais são pagos com moeda manual e não com cheques, a demanda da moeda

cána ArgenHna (12.156 de 1935) es

manual passa a drenar as caixas dos bancos. Ê o que se está passando entre

^ sôbre os depósitos à vista será mferior de 3 pontos pelo menos à taxa

nós.

de redesconto do Banco Central e sôbre

E é essa, a meu ver, a razão da

Assim, com uma taxa de redesconto

clc 5%, os bancos não poderiam pagar mais dc- 2% sôbre depósitos à vista nem

mais de 4% sôbre depósitos a prazo.

Quanto aos juros pagos pelos bancos, a disposição legal pode portanto tornar-se fàcilmente eictiva.

Quanto, porém, aos juros cobrados pe los bancos, a efetividade daquela dispK>-

sição legal é mais duvidosa.

tabelece que:

nao se mantém.

Em pri

Medida desacotisefíiável no momento

Para que as nossas taxas de juros baixem nao basta portanto um artigo de lei bancária. È preciso que haja amplo supnniento de dinheiro Is caixas dos bancos. E por isso que dissemos que a redução das taxas de desconto neste momento seria uma proridência muito

meiro lugar importa sober se a situação

situação de inflação e alta de preços o juro real é, como rimos,

do encaixe dos bancos não os torna in

muito baixo, podendo até ser negativo. Na atiial conjuntura, a efetivação d®

dependentes do redesconto, e portanto da taxa de redesconto. Se o banco ope

ra com recursos próprios, êle pode despre2Kir o nível cia taxa de redesconto. E é para poder forçar os bancos a obe decer à orientação do Banco Central em

matéria de crédito c de taxa.s, que os modernos estabelecimentos deste tipo têm a faculdade dc aumentar, reduzir e até

duplicar a percentagcm das reservas que os primeiros devem recolher ao segun de. Em segundo lugar importa também

observar que o produto do redesconto feito por lun banco no Banco Central

corresponde a dinheiro em caixa. E como o banco que redescontou pode fàcPmente conceder empréstimos iguais a cinco vezes o seu encaixe, a elevação do 1% na taxa de redesconto do Banco Central não encarece de mais de 0,2%

sideração de que a taxa à qual os ban

gação entre essas duas taxas. A lei Ban-

que o baixo nível da taxa de desconto

desconto".

taxas que os bancos são autorizados a

começa a forçar a alta dos salários, os

bancária, isto é, com cheques.

os depósitos a prazo, inferior de um ponto pelo menos à dita taxa de re

a taxa dos empréstimos dados por aquêle.

Mas, uma vez que a alta dos preços já

se fazem na maior parte com moeda

73

da taxa de juros é limitar por lei as

pagar sôbre depósitos à vista e a prazo. Como essa simples limitação poderia fazer baixar a taxa de juros paga pelos bancos, sem reduzir proporcionalmente as taxas a que êles concedem emprés timos, a lei estabelece, desde logo, a li

que na fase inicial da inflação, isto é, na expansão do crédito, as transações

Dicestc' Econômico

Muito mais importante ainda é a con cos concedem empréstimos, isto é, o

preço por que alugam o dinheiro, de

pende, afinal, da oferta e da procura. Se não houver abundância de encaixes

c se houver procura acentuada de emfjréstímos, a taxa dêsses erhprestimos será orçosamente elevada. Para que essa taxa se reduza é preciso que haja abun dância de dinheiro nos..bancos, isto é,

que a carteira de.redesconto supra am plamente de numerário, e a ta,xa re duzida, as caixas dos bancos.

Sem o

^xas de juros baixas exigiria um supri

mento de dinheiro sem fím pela cartei ra de redesconto. Acresce ainda que o setor mais beneficiado pela baixa da mxa de juros é, como vimos, o das cons^çoes civis, objeto do encilhamento que temos presenciado.

Uma vez dominada a inflação, porém, em beneficio da economia nacional! Ê

podemos redu^ nossas taxas de juros ^ug^no pensar que não podemos

.ní,■í' ™ Os bancos de ro movimento mnSm recursosrecursos senão para dos negócios, que saem e que voltam ao fim de 90 ou

1-0 dias e cujo fl^xo é portanto contro-

layel. Em uma situação que não tenha atuindo o pleno emprego, isto é, o iní cio de inflação, é perfeitamente possí vel tomar o dinheiro abundante sem

que isso importe em alta de preços. Uma vez atingido o pleno emprego, isto e, iniciada a inflação, porém di nheiro barato quer dizer dinheiro muito, e dinheiro muito quer dizer inflação e alta cada vez maior de preços A baixa da taxa de juros no momento atual só seria aconselhável se fnsse

possível efetivar um processo de créâito selehvo limitado a detenninados sí tores econômicos. Não é firil £ u

o Banco Central, ao conceder o rSe"

conto, pode exrgrr títulos de qnalidTde


Digesto

74

Econômico

e tipo determinados, mas difici'mente

lismo das duas curvas, a da taxa de des

pode controlar a aplicação dos recursos assim supridos aos bancos. Nada im pediria que um banco redescontasse tí

Múltiplas são as intercomunicações en

conto e a taxa dc juros a longo prazo. tre a Bôlsa e o Mercado Monetário, a

Dicesto

Económicx)

equilíbrio para inversões a longo prazo será sempre muito mais dependente da oferta e da procura dessas economias do que das taxas de redesconto do Banco

75

A triste experiência da desregrada in flação que presenciamos, dispensa-me de comentar as possibilidades de suplemen tar os capitais disponíveis de que dispo

tulos de crédito à produção agrícola, por

especulação, o "call-money", etc. Con

exemplo, e aplicasse o produto desse

tudo, como bem ob.scrva Alvin Hansen,

redesconto em empréstimos aos "incor-

como pelas caixas econômicas a seus de-

possível às economias individuais e co

positantes, não só lhes permitirá baixar

letivas de que dispomos e de criar o

a taxa de empréstimos a longo prazo, como tenderá a desviar a aplicação de

clima político, social e econômico ne

inflação neste momento, a taxa de des

esse paralelismo refere-se aos títulos de renda fixa, às obrigações do govêmo, aos títulos "gi'ledge" chamados. O pa ralelismo já não se verifica nas taxas tias hipotecas, dos títulos mais espe

conto se mantém muito baixa.

culativos e, nos Estados Unidos, no cré

depósitos a prazo fixo para a aquisição

para aplicação de utilidade e proveito

de títulos a prazo longo de juro melhor.

para o país.

poradores" de edifícios.

É verdade que na Inglaterra e nos Estados Unidos, mau grado o risco de Mas

existem ali razões e circunstâncias es

peciais que não se apMcam a nosso caso.

dito no interior do país. Notava-se em tal país, em 1938 que enquanto a taxa

É que além dos controles ainda existen

para descontos de aceites em

tes nesses países, estando as carteiras

Iorque era de 1%, grande número de

dos bancos repletas de títulos do govêrno, qualquer elevação da taxa de juros,

fazendo baixar a cotação dêsses títulos, causaria enormes prejuízos aos bancos.

Ca'cuía-se nos Estados Unidos que uma baixa de 3% apenas da cotação dos tí

bios do govêmo daria um prejuízo aos bancos igual a um terço de todo seu capital e reservas. A questão da ta.xa

de juros dos títulos do governo passou

a constituir o fator preponderante da

pohtica monetária. Nada disso se apli ca ao nosso caso.

Examinámos até aqui a questão das

taxas cobradas pelos bancos para o crédito de desconto ou de curto prazo

Não menos importante para a economia

nacional é a taxa de juros a longo prazo aque'a que os industriais e os ser\'iços de utilidade pública têm de pagar por suas debêntures, que os agricu'tores pa

Central.

Contudo, a redução das taxas

de juros pagas pelos bancos hipotecários,

mos com emissões de papel-moeda. Nos so dever é o de dar a melhor aplicação

cessário à atração de capital estrangeiro

No\'a

bancos no interior cobravam 7% sobre

os seus empréstimos.

Na verdade há

uma série de mercados e de taxas de

juros a considerar. No Brasil a interdependência entre as

taxas de desconto e as de juro.s para inversões, é muito menos acentuada. O

mercado de dinheiro suprido pelos ban cos de descontos a curto prazo aos ne gociantes e industriais e o mercado das

economias (poupanças) para inversões, SC bém que por vezes interligados, são mercados distintos, de sorte nue a ação das taxas do Banco Central não tem

inf uência acentuada sobre o preço do

EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO EM RAMA, PELO PORTO DE SANTOS Janeiro a nooembro de 1946

dinheiro para inversões a prazo longo. Isso ,se deve, em parte, ao fato de nos faltarem ainda grandes bancos de

!

Principais países

crédito hipotecário agrícó^a e de cré

dito industrial.

Toneladas

% s/o totíã

88.579 61.447 46.917

28,25

Mas seria êrro pensar

que esses bancos teriam a virtude de

rios obtêm seus recursos da venda de

Grã-Bretanha Itá*ia China .

suas cédulas ao público, e os bancos

Espanha

tário e a Bolsa de Títulos atingiram a

de inversões também nada mais são do que intermediários entre o público e

Bélgica . Holanda

alto grau de desenvolvimento, há uma

as empresas.

Suécia .

28.708 '26.999 12.494 9.924

França .

9.611

gam por seus empréstimos bipotecários, que o governo paga por suas obrigações e apólices.

Nos países em que o Mercado Mone forte tendência de parale ismo, em lon

criar economias.

Os bancos hipotecá

As di.sponibilidade.s para inversões são

gos períodos, entre as taxas dc curto prazo 8 a prazo longo. Muitas são as demonstrações estatísticas desse parale

constituídas pelas economias (poupan-

lismo.

economias coletivas (Institutos, Caixas

Colômbia Austrália

Individuais diretas, mais os lucros

não distribuídos pc'as emprcsa.s, mais as

Outros países TOTAL

Há uma serie de razões, que seria Econômicas e Companhias de Seguros), longo enumerar, que explicam o parale , mais o capital estrangeiro. A taxa de

Conforme dados oficiais

.íà-..

■ 4.694 3.910 20.216

313.499

19,6

14,95 9,15 8,6

4.0

3,15 3,05 1.5

1,25 6,50

100,00


Digesto

74

Econômico

e tipo determinados, mas difici'mente

lismo das duas curvas, a da taxa de des

pode controlar a aplicação dos recursos assim supridos aos bancos. Nada im pediria que um banco redescontasse tí

Múltiplas são as intercomunicações en

conto e a taxa dc juros a longo prazo. tre a Bôlsa e o Mercado Monetário, a

Dicesto

Económicx)

equilíbrio para inversões a longo prazo será sempre muito mais dependente da oferta e da procura dessas economias do que das taxas de redesconto do Banco

75

A triste experiência da desregrada in flação que presenciamos, dispensa-me de comentar as possibilidades de suplemen tar os capitais disponíveis de que dispo

tulos de crédito à produção agrícola, por

especulação, o "call-money", etc. Con

exemplo, e aplicasse o produto desse

tudo, como bem ob.scrva Alvin Hansen,

redesconto em empréstimos aos "incor-

como pelas caixas econômicas a seus de-

possível às economias individuais e co

positantes, não só lhes permitirá baixar

letivas de que dispomos e de criar o

a taxa de empréstimos a longo prazo, como tenderá a desviar a aplicação de

clima político, social e econômico ne

inflação neste momento, a taxa de des

esse paralelismo refere-se aos títulos de renda fixa, às obrigações do govêmo, aos títulos "gi'ledge" chamados. O pa ralelismo já não se verifica nas taxas tias hipotecas, dos títulos mais espe

conto se mantém muito baixa.

culativos e, nos Estados Unidos, no cré

depósitos a prazo fixo para a aquisição

para aplicação de utilidade e proveito

de títulos a prazo longo de juro melhor.

para o país.

poradores" de edifícios.

É verdade que na Inglaterra e nos Estados Unidos, mau grado o risco de Mas

existem ali razões e circunstâncias es

peciais que não se apMcam a nosso caso.

dito no interior do país. Notava-se em tal país, em 1938 que enquanto a taxa

É que além dos controles ainda existen

para descontos de aceites em

tes nesses países, estando as carteiras

Iorque era de 1%, grande número de

dos bancos repletas de títulos do govêrno, qualquer elevação da taxa de juros,

fazendo baixar a cotação dêsses títulos, causaria enormes prejuízos aos bancos.

Ca'cuía-se nos Estados Unidos que uma baixa de 3% apenas da cotação dos tí

bios do govêmo daria um prejuízo aos bancos igual a um terço de todo seu capital e reservas. A questão da ta.xa

de juros dos títulos do governo passou

a constituir o fator preponderante da

pohtica monetária. Nada disso se apli ca ao nosso caso.

Examinámos até aqui a questão das

taxas cobradas pelos bancos para o crédito de desconto ou de curto prazo

Não menos importante para a economia

nacional é a taxa de juros a longo prazo aque'a que os industriais e os ser\'iços de utilidade pública têm de pagar por suas debêntures, que os agricu'tores pa

Central.

Contudo, a redução das taxas

de juros pagas pelos bancos hipotecários,

mos com emissões de papel-moeda. Nos so dever é o de dar a melhor aplicação

cessário à atração de capital estrangeiro

No\'a

bancos no interior cobravam 7% sobre

os seus empréstimos.

Na verdade há

uma série de mercados e de taxas de

juros a considerar. No Brasil a interdependência entre as

taxas de desconto e as de juro.s para inversões, é muito menos acentuada. O

mercado de dinheiro suprido pelos ban cos de descontos a curto prazo aos ne gociantes e industriais e o mercado das

economias (poupanças) para inversões, SC bém que por vezes interligados, são mercados distintos, de sorte nue a ação das taxas do Banco Central não tem

inf uência acentuada sobre o preço do

EXPORTAÇÃO DE ALGODÃO EM RAMA, PELO PORTO DE SANTOS Janeiro a nooembro de 1946

dinheiro para inversões a prazo longo. Isso ,se deve, em parte, ao fato de nos faltarem ainda grandes bancos de

!

Principais países

crédito hipotecário agrícó^a e de cré

dito industrial.

Toneladas

% s/o totíã

88.579 61.447 46.917

28,25

Mas seria êrro pensar

que esses bancos teriam a virtude de

rios obtêm seus recursos da venda de

Grã-Bretanha Itá*ia China .

suas cédulas ao público, e os bancos

Espanha

tário e a Bolsa de Títulos atingiram a

de inversões também nada mais são do que intermediários entre o público e

Bélgica . Holanda

alto grau de desenvolvimento, há uma

as empresas.

Suécia .

28.708 '26.999 12.494 9.924

França .

9.611

gam por seus empréstimos bipotecários, que o governo paga por suas obrigações e apólices.

Nos países em que o Mercado Mone forte tendência de parale ismo, em lon

criar economias.

Os bancos hipotecá

As di.sponibilidade.s para inversões são

gos períodos, entre as taxas dc curto prazo 8 a prazo longo. Muitas são as demonstrações estatísticas desse parale

constituídas pelas economias (poupan-

lismo.

economias coletivas (Institutos, Caixas

Colômbia Austrália

Individuais diretas, mais os lucros

não distribuídos pc'as emprcsa.s, mais as

Outros países TOTAL

Há uma serie de razões, que seria Econômicas e Companhias de Seguros), longo enumerar, que explicam o parale , mais o capital estrangeiro. A taxa de

Conforme dados oficiais

.íà-..

■ 4.694 3.910 20.216

313.499

19,6

14,95 9,15 8,6

4.0

3,15 3,05 1.5

1,25 6,50

100,00


77

DiGESTO EcONÓNtICO

mm

wmã

MAIS CAFÉ

ano, os nossos concorrentes produziam 8.003.000 sacas de café.

por PiMENTEL Gomes

Levávamos

sobre ôles uma vantagem esmagadora,

Especial para o "E>igestp Econômico"

A exportação de café vem aumentando constante

vantagem que a necessidade de reten ção de grande parte do produto, ante o excesso de produção, diminuía bastan

mente benéfico para o país, só tem sido possível

te. A restrição de nossas vendas esti mulava o aumento dos cafezais dos con

graças aos estoques existentes. Não poderemos man

correntes.

mente, nos últimos anos, mas tal aumento, extrema tê-la, e muito menos aumentá-la, se não hottver uma

Seguiu-se um período de grandes sa fras, superiores a vinte milhões de sacos,

Elo mais do que qualquer outra cultura contribuiu para a eliminação da floresta em áreas imensas. O cafezai no Brasil

tem sido principalmente uma onda verde

que passa. E tal se deve principalmente ao modo agronômicamente irracional que

empregamos, nos planaltos do CentroSul, na'cultura da rubiácea.

Como,

em regra, não renovamos o humus do solo, não evitamos erosões, a safra cai

em poucos anos, de 150 toneladas de grãos por mil pés a menos de 25. O Rio de Janeiro já foi a província mais

grande e benéfica reação nos meios cafeicultores. Om cuidamos do café, ou em breve não o teremos para

embora mostrassem, para o fim, uma

produtora de café do Brasil.

exportar. Livremos o Brasil déste tremendo malôgro.

tendência à diminuição.

São Paulo tomou a frente e chegou a

Çade-se a, história longa e movimenta da do cafeeiro no Brasil, onde deve

ria constituir, por muito tempo, a cul tura principal, e contribuir, de maneira

muito acentuada, para o seu progresso, Não vamos repeti-la, mais uma vez. Di remos apenas que no começo do século

passado já exportávamos bastante café. Em 1869. por exemplo, Tomás Pom-

peu de Sousa Brasil alinhava as provín cias de Sao Paulo. Rio de Janeiro: Bahia e Ceara como as que mais exportavam cafe. A produção cafeeira se encontra va, então, em hnha ràpidamente ascen

dente. E esse progresso tomou-se mais acentuado com o desenvolvimento das

zonas centrais de São Paulo e a região da Mata de Minas Gerais. Depois o

cafeeiro invadiu o Espírito Santo o norte do Paraná e escorregou pelo lito

ral, buscando terras mais baixas à pro porção que se afastava do Equador, até Santa Catarina, inclusive. Por fim pe netrou Mato Grosso e Goiás. Em cul

turas pequenas mas de algum futuro é mcicmrs miinimnin.Q hoje visto mesmo em municípios tão longínquos dos portos marítimos como Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul, no Acre, o último a mais de cinco mil

quilômetros de navegação Puvial de Belém.

1927-28 teve, porem, a desenvoltura, o arrôjo de um ponto culminante. Neste

Um dia, ainda muito longín

quo, o cafeeiro poderá ser ponderável

fonte de riqueza nas terras de lun terri tório que vive hoje quase exclusivamen te do Dorracha e castanha,

O municí

pio de Cruzeiro do Sul, porém, já ex porta café para Manaus. A curva de produção O cafeeiro deixa-se influenciar muito

pelas irregularidades climatéricas. Daí a oscilação que se nota em suas safras, embora provenientes do cafezais distri buídos em áreas amplíssimas. Malgrado isto, a produção brasileira de café au

mentou até 1927-28, quando atingimos o ponto mais alto da curva.

Examine

mos os dados abaixo:

1889-90 1894-95 1899-00 1904-05 1909-10 1914-15 1919-20 1924-25

1927-28

quilos 4.482.000 7.242.000 9,564.000 10.597.000 15.440.000 13.497,000 7.605.000 13.721.000 28.334.000

.^tes de 1927-28, só a safra 1906-07

tinha atingido a mais de vinte milhões de sacas - 20.409.000.

cerca de 75% da produção brasileira.

Produção brasileira de

A sua contribuição ainda é muito gran

café, em sacos de 60 quilos

de, superior à de todos os outros Esta dos juntos. Vem, porém, caindo cons

23.172.000 24.674.752

1928-29

1931-35

(médias) 26.284.100 22.483.690 22.098.800

1936 1937 1938

Depois as restrições ao plantio, o es

gotamento de antigas lavouras, e por

A safra de

tantemente.

Assim, de 75%, em seus

melhores dias, a produção paulista caiu a 68%, em 1937; a 66%, em 1938; a 64%, em 1939; a 61% em 1940; a 57%, em

1941; a 61%, em 1942; a 53%, em 1943.

Está crescendo a produção do Paraná,

Goiás e Mato Grosso, que dispõem de muitas terras novas e boas.

Têm au

mentado um pouco as porcentagens re

último o arrancamento de cafezais ve

ferentes ao Ceará, Pernambuco, Bahia e

lhos para a formação de pastagens, o que se verificou mesmo em municípios

gular, valha a verdade. No Acre, onde a escassez de braços é angustiante e para um homem a empregar há uns dez empregos, o aumento da produção da

altamente

produtivos

como

Ribeirão

prêto, fizeram com que a economia ca

Produção brasileira de café, em sacos de 60 Períodos

Períodos

Depois

feeira entrasse em acentuada diminui

Minas Gerais — aumento bastante irre

^

^

,

*

1

^ _

Jí*

ção, numa queda que já se está toman

borracha redundou - - na diminuição da

do alarmante.

porém, em condições de reagir e reto Produção brasileira de

café, em sacos de 60 Anos 1939

1940 1941 1942

quilos 19.283.855 16.701.031 16.025.862 12.831.317

safra de café.

São Paulo ainda está,

mar o seu pôsto com o esplendor antigo por mais muito tempo.

Ê necessário aumentar as safras A queda maciça da produção deveu-

se, em grande parte, a um período anor malmente sêco — as sêcas que se tor

nam cada vez mais freqüentes à propor ção que caem as florestas dos trechos mais povoados do país. Há, porém, A produção se desloca não há negar, uma calamitosa diminui O cafeeiro gosta do cheiro do mato. ção no volúme das safras, que nos está 1943

15.365.574

Ê um pioneiro na marcha para o Oeste r


77

DiGESTO EcONÓNtICO

mm

wmã

MAIS CAFÉ

ano, os nossos concorrentes produziam 8.003.000 sacas de café.

por PiMENTEL Gomes

Levávamos

sobre ôles uma vantagem esmagadora,

Especial para o "E>igestp Econômico"

A exportação de café vem aumentando constante

vantagem que a necessidade de reten ção de grande parte do produto, ante o excesso de produção, diminuía bastan

mente benéfico para o país, só tem sido possível

te. A restrição de nossas vendas esti mulava o aumento dos cafezais dos con

graças aos estoques existentes. Não poderemos man

correntes.

mente, nos últimos anos, mas tal aumento, extrema tê-la, e muito menos aumentá-la, se não hottver uma

Seguiu-se um período de grandes sa fras, superiores a vinte milhões de sacos,

Elo mais do que qualquer outra cultura contribuiu para a eliminação da floresta em áreas imensas. O cafezai no Brasil

tem sido principalmente uma onda verde

que passa. E tal se deve principalmente ao modo agronômicamente irracional que

empregamos, nos planaltos do CentroSul, na'cultura da rubiácea.

Como,

em regra, não renovamos o humus do solo, não evitamos erosões, a safra cai

em poucos anos, de 150 toneladas de grãos por mil pés a menos de 25. O Rio de Janeiro já foi a província mais

grande e benéfica reação nos meios cafeicultores. Om cuidamos do café, ou em breve não o teremos para

embora mostrassem, para o fim, uma

produtora de café do Brasil.

exportar. Livremos o Brasil déste tremendo malôgro.

tendência à diminuição.

São Paulo tomou a frente e chegou a

Çade-se a, história longa e movimenta da do cafeeiro no Brasil, onde deve

ria constituir, por muito tempo, a cul tura principal, e contribuir, de maneira

muito acentuada, para o seu progresso, Não vamos repeti-la, mais uma vez. Di remos apenas que no começo do século

passado já exportávamos bastante café. Em 1869. por exemplo, Tomás Pom-

peu de Sousa Brasil alinhava as provín cias de Sao Paulo. Rio de Janeiro: Bahia e Ceara como as que mais exportavam cafe. A produção cafeeira se encontra va, então, em hnha ràpidamente ascen

dente. E esse progresso tomou-se mais acentuado com o desenvolvimento das

zonas centrais de São Paulo e a região da Mata de Minas Gerais. Depois o

cafeeiro invadiu o Espírito Santo o norte do Paraná e escorregou pelo lito

ral, buscando terras mais baixas à pro porção que se afastava do Equador, até Santa Catarina, inclusive. Por fim pe netrou Mato Grosso e Goiás. Em cul

turas pequenas mas de algum futuro é mcicmrs miinimnin.Q hoje visto mesmo em municípios tão longínquos dos portos marítimos como Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul, no Acre, o último a mais de cinco mil

quilômetros de navegação Puvial de Belém.

1927-28 teve, porem, a desenvoltura, o arrôjo de um ponto culminante. Neste

Um dia, ainda muito longín

quo, o cafeeiro poderá ser ponderável

fonte de riqueza nas terras de lun terri tório que vive hoje quase exclusivamen te do Dorracha e castanha,

O municí

pio de Cruzeiro do Sul, porém, já ex porta café para Manaus. A curva de produção O cafeeiro deixa-se influenciar muito

pelas irregularidades climatéricas. Daí a oscilação que se nota em suas safras, embora provenientes do cafezais distri buídos em áreas amplíssimas. Malgrado isto, a produção brasileira de café au

mentou até 1927-28, quando atingimos o ponto mais alto da curva.

Examine

mos os dados abaixo:

1889-90 1894-95 1899-00 1904-05 1909-10 1914-15 1919-20 1924-25

1927-28

quilos 4.482.000 7.242.000 9,564.000 10.597.000 15.440.000 13.497,000 7.605.000 13.721.000 28.334.000

.^tes de 1927-28, só a safra 1906-07

tinha atingido a mais de vinte milhões de sacas - 20.409.000.

cerca de 75% da produção brasileira.

Produção brasileira de

A sua contribuição ainda é muito gran

café, em sacos de 60 quilos

de, superior à de todos os outros Esta dos juntos. Vem, porém, caindo cons

23.172.000 24.674.752

1928-29

1931-35

(médias) 26.284.100 22.483.690 22.098.800

1936 1937 1938

Depois as restrições ao plantio, o es

gotamento de antigas lavouras, e por

A safra de

tantemente.

Assim, de 75%, em seus

melhores dias, a produção paulista caiu a 68%, em 1937; a 66%, em 1938; a 64%, em 1939; a 61% em 1940; a 57%, em

1941; a 61%, em 1942; a 53%, em 1943.

Está crescendo a produção do Paraná,

Goiás e Mato Grosso, que dispõem de muitas terras novas e boas.

Têm au

mentado um pouco as porcentagens re

último o arrancamento de cafezais ve

ferentes ao Ceará, Pernambuco, Bahia e

lhos para a formação de pastagens, o que se verificou mesmo em municípios

gular, valha a verdade. No Acre, onde a escassez de braços é angustiante e para um homem a empregar há uns dez empregos, o aumento da produção da

altamente

produtivos

como

Ribeirão

prêto, fizeram com que a economia ca

Produção brasileira de café, em sacos de 60 Períodos

Períodos

Depois

feeira entrasse em acentuada diminui

Minas Gerais — aumento bastante irre

^

^

,

*

1

^ _

Jí*

ção, numa queda que já se está toman

borracha redundou - - na diminuição da

do alarmante.

porém, em condições de reagir e reto Produção brasileira de

café, em sacos de 60 Anos 1939

1940 1941 1942

quilos 19.283.855 16.701.031 16.025.862 12.831.317

safra de café.

São Paulo ainda está,

mar o seu pôsto com o esplendor antigo por mais muito tempo.

Ê necessário aumentar as safras A queda maciça da produção deveu-

se, em grande parte, a um período anor malmente sêco — as sêcas que se tor

nam cada vez mais freqüentes à propor ção que caem as florestas dos trechos mais povoados do país. Há, porém, A produção se desloca não há negar, uma calamitosa diminui O cafeeiro gosta do cheiro do mato. ção no volúme das safras, que nos está 1943

15.365.574

Ê um pioneiro na marcha para o Oeste r


Digesto

78

EcONÓAaco-

seriamente prejudicando o ameaçando

dos

a posição do Brasil como e;cportador da

poderia fazer muito em pouco tempo. Os agrônomos conhecem as árvores que

rubiácea.

Como o consumo

interno

Estados

interessados

e

fazendeiros

Dicesto

79

Econômico

se as de mais pronto aproveitamento no Paraná, Goiás e Mato Grosso. A Bahia

e Minas Gerais também tem algumas. E c possível encontrar outras no extre mo oeste de São Paulo, já quase no

da mais ràpidamente o volume de café

devem ser utihzadas, sabem como utili zá-las e as razões técnicas que tomam

exportável.

o sombreamento capaz de restaurar a

barranco do Paraná, ond«? se encontra

fertilidade de terras esgotadas.

outrora quase todo o planalto de Pira-

aumenta constantemente, reduz-se ain

Se isto continua, em breve

não teremos mais café para o estran geiro. Urge, portanto, uma reação enér

gica.

Cafezais intensivos

E ainda é mais lastimável que

tal aconteça quando o consumo de café »0 alastra por tôda a parte e o número de fregueses aumenta consideràvelmente. A Europa volta a querer café. A Rússia tende a tomar-se um razoável

A República Dominicana — um pe

queno país com menos de 50 mil quilô

metros quadrados e um miUião de ha bitantes — "é um grande produtor de café._ E continua a plantar cafezais em

importador da rubiácea, verificadas que foram as suas vantagens como estimu lante, dvu-ante a última guerra.

velhas terras de montanha, há muito

Para produzir mais café faz-se mister

enquanto crescem as leguminosas que produzirão sombra. As safras de bana

^tar melhor os cafezais velhos e fimdar novas lavouras.

O sombreamento

Não são sombreados os nossos maio-

cafezais - ao contrário do que À u' concorrentes,

à níS f s°"^breaniento expõe o solo ^ erosão, donde uma ■^7 das safras. Venficou.se experimentalmente que o

aombreamento dos cafezais velhos^ deíjdentes tende a melhorá-los consideràvelmente. Há uma verdadeira e nt

tável restauração. Os cafezais dos irmãos

desbravadas.

Aduba, porém, cada co%'a

de cafeeiro.

Sombreia com bananeiras,

nas dão para pagar as despesas e ainda oferecem uma margem de lucros. Os bananais são cortadas oportunamente. Tem-se, então, de graça, um b.elo cafezal sombreado, muito produtivo. Nas nossas zonas velhas poder-se-ia fazer coisa semelhante. Uma adubação

verde para começar.

com estrume de curral.

cafezais.

zonas

novas,

acabou a proibição.

grandes^ cafezais

fi car o plantio.

Ê preciso intensi

Faz-se mister, porém,

prover essas zonas de melhores trans-

Í)ortes e povoá-las com colonos brasieiros e europeus. O volume das safras por unidade de área compensará a dis tância em que se encontram.

fico para o pais, s6 tem sido possível graças aos estoques existentes.

Não

poderemos mantê-la, e muito menos oumentá-la, como se faz mister, se não

houver uma pande e benéfica reação nos meios cafeicu'tores.

Ou cuidamos

do café, ou em breve não o teremos para exportar.

Livremos o Brasil deste

tremendo malôgro.

Para os fazendeiros, seria u'a

mão na roda. Repovoariam as fazen das com imigrantes italianos, portugue

váha de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro €■ Espírito Santo. Só o som

peus de fácil assimilação é o remédio

"^Çúo rápida, a atração das cidades,

ptras públicas contribuem cada vez

ma^ intensamente para o despovoamenPovoá-la com colonos euro

que se impõe. Novos cafezais

Dispomos ainda de muita terra vir

gem, ótima para cafezais.

CONTRABANDO DE PNEUMÁTICOS

Despacho de São Borfa informa o seguinte-.

"Um fato interessante vem

ocorrendo em tôda fronteira com a Argentinat estõo-.sendo ofereeidos-.pneus ame ricanos, chegados àquele pais, de bitola 600 x 16, por preço 50^ inferior ao da ■ fobela em vigor no Brasil. Se o caso é recordado agora, tem como objetivo mosfrar como entraram grandes quantidades de pneumáticos no país vizinho, tanto.

Brasil como dos Estados Unidos. O oferecimento da mercadoria por parte , , "O contrabando vai, agora, fazer-se da Argentina para ó Brasil com' a dife

dos argentinos é feito claramente.

breamento. sistematizado nos daria em

da Agricultura, Secretarias congêneres

Nas

estão sendo plantados agora, quando se

cidades, zonas que dispõem de muito

menda é a fa'ta de oraços. A industria-

Um trabalho conjugado do Ministério

vas florestais.

A exportação de café vem aumen tando constantemente, nos últimos anos, mas tal aumento, extremamente bené

rais, as que fornecem leite a grandes

ses, espanhóis e poloneses, pois tre

no volume da safra.

criar aí, já, enquanto é tempo, reser

1944-45 1945-46

É o processo

mil pés.

fíoucos anos um considerável aumento

vastação bárbara, irracional. Os govêmos da União e do Estado deveriam

Sacos 12.898,965 9.134.465 7.514.500 13.400.000 13.338.541 16.847.056

dominicano. As zonas de pecuária de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Ge

taurou-se e está produzindo 90. E a frutificação é igual, havendo uma só colheita de cereja. O que se conseguiu em Caçapava e em tantos outros muni

cípios será possível em tôda a zona

devastação tremenda que por lá vai, de

Anos

1940-41 1941-42 1942-43 1943-44

Se possível e se

estrume, bem poderiam plantar alguns

Hoje, a parte sombreada res

tininga. Sobrevoa-se em poucos minu tos a área florestada. E confrange a

ra de café nos últimos anos.

se quisesse, a adubação de cada cova

Alcântara, em Caçapava, Estado de São Paulo, zona cafeeira velha, em franca

decadência, produziam 35 arrobas por

a ú'tima fímbria da floresta que cobriu

O café na exportação Foi a seguinte a e.xportação brasilei

Encontram-

rença, apenas, de qeu o preço, no momento, é ros que podem adquirir o produto pela nacional".

convidativo-.para-os no território

• - >; y,

^ .


Digesto

78

EcONÓAaco-

seriamente prejudicando o ameaçando

dos

a posição do Brasil como e;cportador da

poderia fazer muito em pouco tempo. Os agrônomos conhecem as árvores que

rubiácea.

Como o consumo

interno

Estados

interessados

e

fazendeiros

Dicesto

79

Econômico

se as de mais pronto aproveitamento no Paraná, Goiás e Mato Grosso. A Bahia

e Minas Gerais também tem algumas. E c possível encontrar outras no extre mo oeste de São Paulo, já quase no

da mais ràpidamente o volume de café

devem ser utihzadas, sabem como utili zá-las e as razões técnicas que tomam

exportável.

o sombreamento capaz de restaurar a

barranco do Paraná, ond«? se encontra

fertilidade de terras esgotadas.

outrora quase todo o planalto de Pira-

aumenta constantemente, reduz-se ain

Se isto continua, em breve

não teremos mais café para o estran geiro. Urge, portanto, uma reação enér

gica.

Cafezais intensivos

E ainda é mais lastimável que

tal aconteça quando o consumo de café »0 alastra por tôda a parte e o número de fregueses aumenta consideràvelmente. A Europa volta a querer café. A Rússia tende a tomar-se um razoável

A República Dominicana — um pe

queno país com menos de 50 mil quilô

metros quadrados e um miUião de ha bitantes — "é um grande produtor de café._ E continua a plantar cafezais em

importador da rubiácea, verificadas que foram as suas vantagens como estimu lante, dvu-ante a última guerra.

velhas terras de montanha, há muito

Para produzir mais café faz-se mister

enquanto crescem as leguminosas que produzirão sombra. As safras de bana

^tar melhor os cafezais velhos e fimdar novas lavouras.

O sombreamento

Não são sombreados os nossos maio-

cafezais - ao contrário do que À u' concorrentes,

à níS f s°"^breaniento expõe o solo ^ erosão, donde uma ■^7 das safras. Venficou.se experimentalmente que o

aombreamento dos cafezais velhos^ deíjdentes tende a melhorá-los consideràvelmente. Há uma verdadeira e nt

tável restauração. Os cafezais dos irmãos

desbravadas.

Aduba, porém, cada co%'a

de cafeeiro.

Sombreia com bananeiras,

nas dão para pagar as despesas e ainda oferecem uma margem de lucros. Os bananais são cortadas oportunamente. Tem-se, então, de graça, um b.elo cafezal sombreado, muito produtivo. Nas nossas zonas velhas poder-se-ia fazer coisa semelhante. Uma adubação

verde para começar.

com estrume de curral.

cafezais.

zonas

novas,

acabou a proibição.

grandes^ cafezais

fi car o plantio.

Ê preciso intensi

Faz-se mister, porém,

prover essas zonas de melhores trans-

Í)ortes e povoá-las com colonos brasieiros e europeus. O volume das safras por unidade de área compensará a dis tância em que se encontram.

fico para o pais, s6 tem sido possível graças aos estoques existentes.

Não

poderemos mantê-la, e muito menos oumentá-la, como se faz mister, se não

houver uma pande e benéfica reação nos meios cafeicu'tores.

Ou cuidamos

do café, ou em breve não o teremos para exportar.

Livremos o Brasil deste

tremendo malôgro.

Para os fazendeiros, seria u'a

mão na roda. Repovoariam as fazen das com imigrantes italianos, portugue

váha de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro €■ Espírito Santo. Só o som

peus de fácil assimilação é o remédio

"^Çúo rápida, a atração das cidades,

ptras públicas contribuem cada vez

ma^ intensamente para o despovoamenPovoá-la com colonos euro

que se impõe. Novos cafezais

Dispomos ainda de muita terra vir

gem, ótima para cafezais.

CONTRABANDO DE PNEUMÁTICOS

Despacho de São Borfa informa o seguinte-.

"Um fato interessante vem

ocorrendo em tôda fronteira com a Argentinat estõo-.sendo ofereeidos-.pneus ame ricanos, chegados àquele pais, de bitola 600 x 16, por preço 50^ inferior ao da ■ fobela em vigor no Brasil. Se o caso é recordado agora, tem como objetivo mosfrar como entraram grandes quantidades de pneumáticos no país vizinho, tanto.

Brasil como dos Estados Unidos. O oferecimento da mercadoria por parte , , "O contrabando vai, agora, fazer-se da Argentina para ó Brasil com' a dife

dos argentinos é feito claramente.

breamento. sistematizado nos daria em

da Agricultura, Secretarias congêneres

Nas

estão sendo plantados agora, quando se

cidades, zonas que dispõem de muito

menda é a fa'ta de oraços. A industria-

Um trabalho conjugado do Ministério

vas florestais.

A exportação de café vem aumen tando constantemente, nos últimos anos, mas tal aumento, extremamente bené

rais, as que fornecem leite a grandes

ses, espanhóis e poloneses, pois tre

no volume da safra.

criar aí, já, enquanto é tempo, reser

1944-45 1945-46

É o processo

mil pés.

fíoucos anos um considerável aumento

vastação bárbara, irracional. Os govêmos da União e do Estado deveriam

Sacos 12.898,965 9.134.465 7.514.500 13.400.000 13.338.541 16.847.056

dominicano. As zonas de pecuária de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Ge

taurou-se e está produzindo 90. E a frutificação é igual, havendo uma só colheita de cereja. O que se conseguiu em Caçapava e em tantos outros muni

cípios será possível em tôda a zona

devastação tremenda que por lá vai, de

Anos

1940-41 1941-42 1942-43 1943-44

Se possível e se

estrume, bem poderiam plantar alguns

Hoje, a parte sombreada res

tininga. Sobrevoa-se em poucos minu tos a área florestada. E confrange a

ra de café nos últimos anos.

se quisesse, a adubação de cada cova

Alcântara, em Caçapava, Estado de São Paulo, zona cafeeira velha, em franca

decadência, produziam 35 arrobas por

a ú'tima fímbria da floresta que cobriu

O café na exportação Foi a seguinte a e.xportação brasilei

Encontram-

rença, apenas, de qeu o preço, no momento, é ros que podem adquirir o produto pela nacional".

convidativo-.para-os no território

• - >; y,

^ .


l^^ESTo Econômico

81

^atar dos múltiplos problemas atinentes

R Psicologia a

lhos em muitas cidades, elaborou uma

série de testes psicológicos para indús

elemento humano.

trias, introduziu os métodos estatísti

Algumas das principais organizações

psicológicas dos Estados Unidos e da

Serviço das Ativi

cos para a fixação dos resultados das

grovas 6 para a medida da eficiência os operários. Entretanto, essa insti

Inglaterra

tuição foi dissoKida em 1923, jicrque 1)

A mais antiga organização ame-

^cana no gênero foi estabelecida como

são de que cada grande estabelecimen to industrial devia empregar no seu

por LtJD\viG Mayeb

"Divisão d^o Psicologia Aplicada" do "Camegie Instilutc of Tecnnolog)% em 1915, mais tarde denominada "Divisão

do Pesquisa Cooperativa".

Especiajl para o

'Digesto Econômico"

tarefa capital do estudo psicológico consiste em procurar compreender-se

a estruma psíquica e o comportamen

to do homem como individuaUdade e como membro da sociedade.

O valor da psicologia a serviço da negócios se aprecia

^la contribuição que pode proporcio

na^ para a compreensão das íòrças huJ^nas aüvas quando os indivíduos esS^trolf que a industria, específicas e sob ^trole no seu sentio

do mais lato, estabelece e requer Por

outra parte, à medida que T psicdo^ g» a^icada nossa ajudar a eStender e resolver problemas de trabalho, cril

dos

pessoas com diversas aptidões,

qualidades, interêsses e caracteres de termina-se também o alcance de seu poder em servir pràticamente ao encenheiro e administrador.

^

Desde que se verificou, há três ou quatro decênios, que a nova ciência da Desde que se verificou, há três ou qua

Seu objeti

do elemento humano), sem cuja pre

psicologia às organizações industriais e

sença os ser\'iços efetuados por orga nizações psicotécnicas externas não con seguiram um resultado definitivo e per

comerciais.

Os vários tipos de proble

psicologia aplicada — a psicotécnica —

mas psicológico.s que aí surgiram foram

era uma auxiliar valiosa no campo in

estudados pelos seguintes sub-departa-

dustrial e comercial, fez-se sentir que

mentos: a Secção de Pesquisas de Ven

seu aproveitamento seria mais eficiente se colocado sob a direção de organiza

das, que cooperou com 27 grandes fir mas para inquirir sobre o problema ge

ções psicológicas profissionais.

ral da distribuição de proudtos; o De

um dos mais notáveis progressos indus

partamento de Pesquisas Pessoais, des tinado a ^investigar as aptidões e quali

tífica e social dos Estados Unidos.

dades necessárias aos vendedores; a Di visão de Treinamento do Vendedor, vi sando desenvolver métodos e técnicas

foi criada em 1921, na América do

Destar

te, dois objetivos essenciais podiam ser simultaneamente atingidos: a) uma garantia mais segura para o valor científico dos métodos psicoló

gicos empregados; b) uma melhor correspondência do

de seleção e formação do pessoal de

venda, inclusive empregados e sub

serviço p.sicotécnico a ser prestado às diversas indústrias com suas diferentes

chefes.

necessidades e situações de trabalho.

A extensão desses sub-departamcntos infere-se do fato de que, já em 1919, cêrca de tiinta corporações eram filia das à Divisão de Treinamento, e sete

Com poucas exceções, a indústria, en tão, não considerou necessário ocupar permanentemente um psicotécnico nos

firmas importantes contribuíram, anual mente, com a quantia de 32.000 dóla res para promover as investigações cien

estabelecimentos. A espécie da assis tência psicológica era mais ocasional e intermitente do que constante. Por is

so, os serviços duma verdadeira orga nização psicológica tomaram possível a

tíficas referentes aos métodos de sele

ção e aperfeiçoamento do seu pessoal distribuído por cerca de 900 ativida

tro decênios, que a nooa ciência da psi

e contingentes das firmas, de preferên

des diversas.

cologia aplicada — a psicotécnica — era

cia à ação contínua de um psicólogo,

veitamento seria mais eficiente se colo cado sob a direção de organizações psi cológicas profissionais. A mais antiga

organização'no gênero apareceu em 2913, nos Estados Unidos.

qiiadro administrativo e técnico um ou alguns treinados "personnel workers" (assistentes para cuidar dos problemas

vo era a aplicação dos princípios de

satisfação de jiecessidades particulares

uma auxiliar valiosa no campo industrial e comercial, fez-se sentir que seu apro

"os seus diretores chegaram à conclu

dades Econômicas

' Em 1922, a "Divísion of Cooperati

cujo campo não permite abarcar tôdos

va Research" foi anexada à Universi

os aspectos da situação industrial e de

frabalho que demanda uma intervenção

^ psicotécnica. Uma instituição psi^P^ogica, entretanto, dispondo de espe cialistas, de aparelhos, dispositivos, tes tes padronizados e outros meios da psi cotécnica, pode, com muito mais êxito.

A

dade de Pittsburgh. 2) Uma outra associação estaduni

manente". De fato, desde então, co meçou, de maneira crescente, a colo

cação de assistentes de pessoal nas gran des firmas americanas, o que constitui triais no terreno da organização cien

3) A "Ps}.*chological Corjioration" Norte, com o objetÍ\'0 precípuo de agir como uma instituição geral para

fornecer informações seguras c confi denciais no tocante às aplicações pos síveis da psicologia e à colocação de

psicotécnicos qualificados para o servi ço da indústria.

No início, essa organização não em

preendeu pesquisas diretas dentro dos estabelecimentos industriais.

Só mais

tarde, os seus membros e colaborado res receberam autorização para isso, go

zando de ampla liberdade na escollia o no modo de execução dessas novas

atividades. A "P.sychoIogical Corpora-

tion" podia, então, consideravelmente alargar o campo de seus serviços. Sob sua orientação e direção, os cientistas associados formaram centros psicotécni cos em muitas cidades e se dedicaram

dense de psicologia aplicada era a "Sçott

a

pois da primeira grande guerra. Levou

mercial. A sede da referida corpora ção se encontra em Nova York, conti-

Company , cuja fundação se deu de a efeito numerosas pesquisas e traba

variados gêneros de investigações

psicotécnicas no meio industrial e co


l^^ESTo Econômico

81

^atar dos múltiplos problemas atinentes

R Psicologia a

lhos em muitas cidades, elaborou uma

série de testes psicológicos para indús

elemento humano.

trias, introduziu os métodos estatísti

Algumas das principais organizações

psicológicas dos Estados Unidos e da

Serviço das Ativi

cos para a fixação dos resultados das

grovas 6 para a medida da eficiência os operários. Entretanto, essa insti

Inglaterra

tuição foi dissoKida em 1923, jicrque 1)

A mais antiga organização ame-

^cana no gênero foi estabelecida como

são de que cada grande estabelecimen to industrial devia empregar no seu

por LtJD\viG Mayeb

"Divisão d^o Psicologia Aplicada" do "Camegie Instilutc of Tecnnolog)% em 1915, mais tarde denominada "Divisão

do Pesquisa Cooperativa".

Especiajl para o

'Digesto Econômico"

tarefa capital do estudo psicológico consiste em procurar compreender-se

a estruma psíquica e o comportamen

to do homem como individuaUdade e como membro da sociedade.

O valor da psicologia a serviço da negócios se aprecia

^la contribuição que pode proporcio

na^ para a compreensão das íòrças huJ^nas aüvas quando os indivíduos esS^trolf que a industria, específicas e sob ^trole no seu sentio

do mais lato, estabelece e requer Por

outra parte, à medida que T psicdo^ g» a^icada nossa ajudar a eStender e resolver problemas de trabalho, cril

dos

pessoas com diversas aptidões,

qualidades, interêsses e caracteres de termina-se também o alcance de seu poder em servir pràticamente ao encenheiro e administrador.

^

Desde que se verificou, há três ou quatro decênios, que a nova ciência da Desde que se verificou, há três ou qua

Seu objeti

do elemento humano), sem cuja pre

psicologia às organizações industriais e

sença os ser\'iços efetuados por orga nizações psicotécnicas externas não con seguiram um resultado definitivo e per

comerciais.

Os vários tipos de proble

psicologia aplicada — a psicotécnica —

mas psicológico.s que aí surgiram foram

era uma auxiliar valiosa no campo in

estudados pelos seguintes sub-departa-

dustrial e comercial, fez-se sentir que

mentos: a Secção de Pesquisas de Ven

seu aproveitamento seria mais eficiente se colocado sob a direção de organiza

das, que cooperou com 27 grandes fir mas para inquirir sobre o problema ge

ções psicológicas profissionais.

ral da distribuição de proudtos; o De

um dos mais notáveis progressos indus

partamento de Pesquisas Pessoais, des tinado a ^investigar as aptidões e quali

tífica e social dos Estados Unidos.

dades necessárias aos vendedores; a Di visão de Treinamento do Vendedor, vi sando desenvolver métodos e técnicas

foi criada em 1921, na América do

Destar

te, dois objetivos essenciais podiam ser simultaneamente atingidos: a) uma garantia mais segura para o valor científico dos métodos psicoló

gicos empregados; b) uma melhor correspondência do

de seleção e formação do pessoal de

venda, inclusive empregados e sub

serviço p.sicotécnico a ser prestado às diversas indústrias com suas diferentes

chefes.

necessidades e situações de trabalho.

A extensão desses sub-departamcntos infere-se do fato de que, já em 1919, cêrca de tiinta corporações eram filia das à Divisão de Treinamento, e sete

Com poucas exceções, a indústria, en tão, não considerou necessário ocupar permanentemente um psicotécnico nos

firmas importantes contribuíram, anual mente, com a quantia de 32.000 dóla res para promover as investigações cien

estabelecimentos. A espécie da assis tência psicológica era mais ocasional e intermitente do que constante. Por is

so, os serviços duma verdadeira orga nização psicológica tomaram possível a

tíficas referentes aos métodos de sele

ção e aperfeiçoamento do seu pessoal distribuído por cerca de 900 ativida

tro decênios, que a nooa ciência da psi

e contingentes das firmas, de preferên

des diversas.

cologia aplicada — a psicotécnica — era

cia à ação contínua de um psicólogo,

veitamento seria mais eficiente se colo cado sob a direção de organizações psi cológicas profissionais. A mais antiga

organização'no gênero apareceu em 2913, nos Estados Unidos.

qiiadro administrativo e técnico um ou alguns treinados "personnel workers" (assistentes para cuidar dos problemas

vo era a aplicação dos princípios de

satisfação de jiecessidades particulares

uma auxiliar valiosa no campo industrial e comercial, fez-se sentir que seu apro

"os seus diretores chegaram à conclu

dades Econômicas

' Em 1922, a "Divísion of Cooperati

cujo campo não permite abarcar tôdos

va Research" foi anexada à Universi

os aspectos da situação industrial e de

frabalho que demanda uma intervenção

^ psicotécnica. Uma instituição psi^P^ogica, entretanto, dispondo de espe cialistas, de aparelhos, dispositivos, tes tes padronizados e outros meios da psi cotécnica, pode, com muito mais êxito.

A

dade de Pittsburgh. 2) Uma outra associação estaduni

manente". De fato, desde então, co meçou, de maneira crescente, a colo

cação de assistentes de pessoal nas gran des firmas americanas, o que constitui triais no terreno da organização cien

3) A "Ps}.*chological Corjioration" Norte, com o objetÍ\'0 precípuo de agir como uma instituição geral para

fornecer informações seguras c confi denciais no tocante às aplicações pos síveis da psicologia e à colocação de

psicotécnicos qualificados para o servi ço da indústria.

No início, essa organização não em

preendeu pesquisas diretas dentro dos estabelecimentos industriais.

Só mais

tarde, os seus membros e colaborado res receberam autorização para isso, go

zando de ampla liberdade na escollia o no modo de execução dessas novas

atividades. A "P.sychoIogical Corpora-

tion" podia, então, consideravelmente alargar o campo de seus serviços. Sob sua orientação e direção, os cientistas associados formaram centros psicotécni cos em muitas cidades e se dedicaram

dense de psicologia aplicada era a "Sçott

a

pois da primeira grande guerra. Levou

mercial. A sede da referida corpora ção se encontra em Nova York, conti-

Company , cuja fundação se deu de a efeito numerosas pesquisas e traba

variados gêneros de investigações

psicotécnicas no meio industrial e co


mm

82

Dicesto

Econômico

nuando também a servir como institui

dos elaborados pela referida instituição.

ção de informe para assuntos da psi cologia aplicada. Além disso, inclui

Como primeiro diretor do Instituto Na

uma

Divisão

de

Assistência

e

Orien

tação Vocacionais para jovens, bem co

mo para adultos desajustados na pro

fissão. Dispõe, igualmente, de uma

cional de Psicologia Industrial foi elei

por J. A. DE Souza Ramos

S. Myers, que, por sua parte, escolheu

Especíal para o "Dicesto Eco^íó^^co'

uma série de eminentes colaboradores,

secção incumbida de organizar, publi

ao passo que vários outros cientistas,

car e distribuir testes estandardizados

eram requisitados do já citado "Fati-

e com eficiência comprovada.

gue Research Board".

4) O estudo científico do homem

.na indústria e no trabalho em geral está longe de ser uma novidade na

Grã-Bretanha. Durante a conflagração mundial de 1914 a 1918 o govêrno bri tânico fez realizar pesquisas sobre os

efeitos exercidos na saúde dos operáprodução pelo serviço extra

ordinário contínuo e pelas condições anormais daquela época. Essas inves

tigações levaram à formação, em 1918, do órgão oficial "Industrial FaHgue

Research Board" (Junta' de Pesquisa Saúde Industrial). Partindo dessa Jun ta, _constituiu-se em 1922 uma organi

.da Fadiga Industrial, mais tarde - da zação voluntária.

Instituto Nacional de PsícoJoeí Industrial

A atividade científica desse novo ins

tituto despertou, no mundo inteiro, uma atençnio maior que a de qualquer outra organização psicológica. Tornou-se um

utu. ^

oi Industrial Psychology of'the Unhed graAgeou fama mundial. Um dós prinf° Kingdom" ~ N.I.I.p. _ que 1

país motivos de sua fundação residia em que muitos. estabelecimentos industriais ^ V . 1 ^ y-«/-kTYior/>ía I c rm\/iííTT> \ e comerciais haviam chegado à con

clusão de que uma considerável parte do trabalho efetuado pela Junta de Pes

quisa da Fadiga redundaria de fato em pouco êxito se não houvesse uma outra organização capaz de administrar,às fir mas individuais os princípios e méto

Segurulo fatos recentes mostraram, têm faltado às plataformas políticas as bases honestas em que sistemàlicamente deve ram assentar: o conhecimcnio do que

os cidadãos pensam, do que as regiões

precisam. A propaponda. respectiva, por

nos méritos dos programas de governo, mas tão somente para dar votos a um determinado homem, nem sempre ou quase nunca escolliido pelas suas vir tudes,..

sua vez, campanuaa e tonitroante que

Emersos de origens tão claudicantes,

quisas psicológicas, para psicotécnicos,

seja não se reveste daquela eloqüétwia

tais programas carecem de idoneidade.

engenheiros, administradores etc.

Con

tudo a sua primeira finalidade consiste em servir, de modo prático, à indús tria e aos empregadores, na solução dos

convincente que só a verdade pode dar.

seus problemas particulares de seleção,

Quando, há tempos, em palestra com

treinamento e supervisão de pessoal, ou

alguns amigos políticos, me referi à

na remoção de causas de descontenta

mento, tendo cm vista um aju-ste mais

harmonioso dos empregados em relação à sua ocupação e ambiente. O In.sti-

tuto em apreço só presta o seu auxílio quando solicitado. Seu método de tra balho é, em regra, o seguinte: preli tuda a questão a ser resolvida; apre senta em seguida, à firma interessada, um relatório sucinto da natureza da in

vestigação objetivada, bem como infor mes sôbre as despesas prováveis, valor

do estudo, e, finalmente, sôbre o pro cesso geral da execução da pesquisa. Niun artigo iilterior descreveremos

algumas das realizações práticas dessa celebre organização inglesa para mos trar, simultaneamente, o alto proveito da psicologia aplicada a serviço do in dustrial, do comerciante e do trabaBiador.

necessidade de .se ouvir a opinião pú blica, conhecer previamente a índole

ideológica atual do povo, os problemas vitais de sua subsistência, o seu grau de instrução, suas necessidades imediatas e remotas, tudo colhido em suas fontes diretas — no conceit^) de homens e muIhcre.s, velhos e jovens, ricos o pobres e remediados, de todo ser apto para as funções eleitorais, e, só depois da posse desses dados elaborar plataformas, apre sentar candidatos, desfraldar bandeiras

Prometem coisas em que o povo já não

crê, pois bem sabe, por longa e dolo rosa e.xperiència, que tudo não passa de enganadoras promessas.

Nem pode ser por menos, porquê faltam a essas plataformas as bases ho nestas em que sislemàticamente deve

ram assentar: o conhecimento do que

os cidadãos pensam, do que as regiões preci,sain. A propaganda respectiva, por sua vez, campanuaa e tonitroante que

.seja, não se reveste daquela eloqüência convincente que só a verdade pode dar.

Arte e ciência da propaganda Nao se faz hoje propaganda só por fazer propaganda. A moderna propa ganda é ciência e arte, com métodos

do partidos, com propósitos práticos e objetivos ao encontro das realidades e

e processos positives, evitando o desper

contingências do momento — as minhas

o achincalhe do concorrente.

idéias foram levadas à conta de teoria impmticável ou ignorância do ambiente nacional. Não me assistia, portanto, di reito de sugerir e, muito menos, de opinar. O erro, no entanto, em que pese a

sabedoria e experiência dos políticos, tão rnal sucedidas em nossa época, está do lado deles e não do meu: façam um exajne de consciência e verificarão que o público só tem sido lembrado em vés peras de eleições, e isso mesmo, não

para ser instruido na prática dos seus jdi«i AilfciL"—

de\'eres cívicos, não para ser enfronhado

centro intemacional dc estudos e pes

minarmente, durante alguns dias, es

Referimo-nos ao "Natitiml

F\ Lição dos Fatos e a Opinião Pública

to o chefe do Laboratório Psicológico da Universidade de Cambridge, Dr. C.

dício de diniieiro e evitando igualmente Pela propaganda de sentido profunda mente moral, cada candidato tem que se elevar guindado pelos seus dotes e

nunca pelo rebaixamento do competidor, pois isto é uma indignidade. A propa ganda ó uma orientação científica ba

seada so e só ria opinião pública, obti da com a consulta direta aos indivíduos, com a mterpretaçap dos seus anseios e tendências. As soluções que disso depráticas, possíveis, e. p„,


mm

82

Dicesto

Econômico

nuando também a servir como institui

dos elaborados pela referida instituição.

ção de informe para assuntos da psi cologia aplicada. Além disso, inclui

Como primeiro diretor do Instituto Na

uma

Divisão

de

Assistência

e

Orien

tação Vocacionais para jovens, bem co

mo para adultos desajustados na pro

fissão. Dispõe, igualmente, de uma

cional de Psicologia Industrial foi elei

por J. A. DE Souza Ramos

S. Myers, que, por sua parte, escolheu

Especíal para o "Dicesto Eco^íó^^co'

uma série de eminentes colaboradores,

secção incumbida de organizar, publi

ao passo que vários outros cientistas,

car e distribuir testes estandardizados

eram requisitados do já citado "Fati-

e com eficiência comprovada.

gue Research Board".

4) O estudo científico do homem

.na indústria e no trabalho em geral está longe de ser uma novidade na

Grã-Bretanha. Durante a conflagração mundial de 1914 a 1918 o govêrno bri tânico fez realizar pesquisas sobre os

efeitos exercidos na saúde dos operáprodução pelo serviço extra

ordinário contínuo e pelas condições anormais daquela época. Essas inves

tigações levaram à formação, em 1918, do órgão oficial "Industrial FaHgue

Research Board" (Junta' de Pesquisa Saúde Industrial). Partindo dessa Jun ta, _constituiu-se em 1922 uma organi

.da Fadiga Industrial, mais tarde - da zação voluntária.

Instituto Nacional de PsícoJoeí Industrial

A atividade científica desse novo ins

tituto despertou, no mundo inteiro, uma atençnio maior que a de qualquer outra organização psicológica. Tornou-se um

utu. ^

oi Industrial Psychology of'the Unhed graAgeou fama mundial. Um dós prinf° Kingdom" ~ N.I.I.p. _ que 1

país motivos de sua fundação residia em que muitos. estabelecimentos industriais ^ V . 1 ^ y-«/-kTYior/>ía I c rm\/iííTT> \ e comerciais haviam chegado à con

clusão de que uma considerável parte do trabalho efetuado pela Junta de Pes

quisa da Fadiga redundaria de fato em pouco êxito se não houvesse uma outra organização capaz de administrar,às fir mas individuais os princípios e méto

Segurulo fatos recentes mostraram, têm faltado às plataformas políticas as bases honestas em que sistemàlicamente deve ram assentar: o conhecimcnio do que

os cidadãos pensam, do que as regiões

precisam. A propaponda. respectiva, por

nos méritos dos programas de governo, mas tão somente para dar votos a um determinado homem, nem sempre ou quase nunca escolliido pelas suas vir tudes,..

sua vez, campanuaa e tonitroante que

Emersos de origens tão claudicantes,

quisas psicológicas, para psicotécnicos,

seja não se reveste daquela eloqüétwia

tais programas carecem de idoneidade.

engenheiros, administradores etc.

Con

tudo a sua primeira finalidade consiste em servir, de modo prático, à indús tria e aos empregadores, na solução dos

convincente que só a verdade pode dar.

seus problemas particulares de seleção,

Quando, há tempos, em palestra com

treinamento e supervisão de pessoal, ou

alguns amigos políticos, me referi à

na remoção de causas de descontenta

mento, tendo cm vista um aju-ste mais

harmonioso dos empregados em relação à sua ocupação e ambiente. O In.sti-

tuto em apreço só presta o seu auxílio quando solicitado. Seu método de tra balho é, em regra, o seguinte: preli tuda a questão a ser resolvida; apre senta em seguida, à firma interessada, um relatório sucinto da natureza da in

vestigação objetivada, bem como infor mes sôbre as despesas prováveis, valor

do estudo, e, finalmente, sôbre o pro cesso geral da execução da pesquisa. Niun artigo iilterior descreveremos

algumas das realizações práticas dessa celebre organização inglesa para mos trar, simultaneamente, o alto proveito da psicologia aplicada a serviço do in dustrial, do comerciante e do trabaBiador.

necessidade de .se ouvir a opinião pú blica, conhecer previamente a índole

ideológica atual do povo, os problemas vitais de sua subsistência, o seu grau de instrução, suas necessidades imediatas e remotas, tudo colhido em suas fontes diretas — no conceit^) de homens e muIhcre.s, velhos e jovens, ricos o pobres e remediados, de todo ser apto para as funções eleitorais, e, só depois da posse desses dados elaborar plataformas, apre sentar candidatos, desfraldar bandeiras

Prometem coisas em que o povo já não

crê, pois bem sabe, por longa e dolo rosa e.xperiència, que tudo não passa de enganadoras promessas.

Nem pode ser por menos, porquê faltam a essas plataformas as bases ho nestas em que sislemàticamente deve

ram assentar: o conhecimento do que

os cidadãos pensam, do que as regiões preci,sain. A propaganda respectiva, por sua vez, campanuaa e tonitroante que

.seja, não se reveste daquela eloqüência convincente que só a verdade pode dar.

Arte e ciência da propaganda Nao se faz hoje propaganda só por fazer propaganda. A moderna propa ganda é ciência e arte, com métodos

do partidos, com propósitos práticos e objetivos ao encontro das realidades e

e processos positives, evitando o desper

contingências do momento — as minhas

o achincalhe do concorrente.

idéias foram levadas à conta de teoria impmticável ou ignorância do ambiente nacional. Não me assistia, portanto, di reito de sugerir e, muito menos, de opinar. O erro, no entanto, em que pese a

sabedoria e experiência dos políticos, tão rnal sucedidas em nossa época, está do lado deles e não do meu: façam um exajne de consciência e verificarão que o público só tem sido lembrado em vés peras de eleições, e isso mesmo, não

para ser instruido na prática dos seus jdi«i AilfciL"—

de\'eres cívicos, não para ser enfronhado

centro intemacional dc estudos e pes

minarmente, durante alguns dias, es

Referimo-nos ao "Natitiml

F\ Lição dos Fatos e a Opinião Pública

to o chefe do Laboratório Psicológico da Universidade de Cambridge, Dr. C.

dício de diniieiro e evitando igualmente Pela propaganda de sentido profunda mente moral, cada candidato tem que se elevar guindado pelos seus dotes e

nunca pelo rebaixamento do competidor, pois isto é uma indignidade. A propa ganda ó uma orientação científica ba

seada so e só ria opinião pública, obti da com a consulta direta aos indivíduos, com a mterpretaçap dos seus anseios e tendências. As soluções que disso depráticas, possíveis, e. p„,


rr

84,

Dicesto Econômico

A investigação da opinião pública, em que a propaganda deve alicerçar-se, é

tar-lhes as aspiraçõesi combatendo-hs

o único processo 'sério e apto a nos mos trar o que se deve oferecer ao povo, de acôrdo com a análise do que tiver dito.

legítimas. É preciso que os nossos polí

Valor da opinião pública

pessoais por amor das necessidades pre

Compreende-se, pois, que uma pro paganda nesses moldes não pode ser

ieita em 24 horas, assim do pé para a mão. E compreende-se, igualmente, o

percalço que representa, para um candi

dato ainda que respeitável, a sua apre sentação à última hora.

Estas informações constituíam, impli

As Vitórias ítégias na J^rança

racionalmente se descabidas, exaltando-as e aceitando-as entusiásticamente se

ticos SC convençam de que já é tempo de calcar um pouco as suas ambições mentes do Brasil.

por Vinícius da Voga Especi/Vl para o "Digesto Econômico'

Congreguem-se na

defesa dos interesses da coletividade e

poi pelas flores que o célebre sábio

não apenas na disputa de sinecuras e satisfação de orgulhos próprios. É do

loroso que se confesse, mas a política tem malbaratado o nosso patrimônio cívico e estrutural. Cumpre-nos, afinal, o dever da intransigente defesa do Bra.sil, colocando acima de nós, de

citamente, na referida conversa com os. mossos interesses, o interesse dessa cole meus amigos políticos, uma premissa Jgna oe ser ponderada. Hoje, diante tividade tão digna de melhor sorte.

do_ recitado das eleições, constituem a liçao dos fatos e prova do valor da opiniao publica: venceram os que mais de perto a acompanharam. E se essa opi-

das tulipas constitui uma importante in dústria, provou que a natureza não dá saltos, ma.s que certas espécies animais

Daí o seu nome em guarani, isto é "Trupie", que significa "Y" — água e "rupo" — grande prato.

ou botânicas vão evoluindo até, num dado momento, apresentarem novos ti

vigorosos que se conhecem, pois se mune

Ora, as vitórias regias, flores enor

mes dc Amazonas, eram, até aqui, plan tas exclusivas do nosso país, tendo fa lhado todos os esforços dos naturalis

tas, — desde Humboldt e Martins —

Sirva a lição recente para aqueles que não crêm no valor da opinião públi

em aclimá-las fora do Brasil.

Agora,

se queixem os

ca, a fim de que, em novas oportunida

porém, depois dc séculos de experiên

?nt« ® méntores, ou ntes dos ^pseudo-mentores, ou melhor

des, se utilizem dela, investigando-a de vidamente, difundindo as idéias de par

floriram na França, abrindo suas corolas

fhe lhe outro rumo, não nue tiveram não souberam a arcúcia dar-

cias, eis que dois magníficos exemplares

gigantescas para admiração dos habi

tidos que se formem à sombra da defesa

tantes de Ruão e todos os turistas que

legítimos interesses da pátria e não de 11,e mostrar os eííòs' dos na disputa pura e,simples de lugares.

? o tiveram a autoridade moral para' impor as .suas convicções, de fazer acr^ ditar nos seus bons propósitos!

As e.eiçoes, hoje,,populares: queiram oupara não ven per tencem as massas

ce-las faz-se mister o máximo de obieti vidade. E preciso que os homens des çam dos seus velhos pedestais de pre tensa superioridade e venham ombrear-se com os outros homens — os homens do povo, os eleitores — e procurem auscul-

para ali acorreram a fim de conhecer ôsse milagre botânico.

A propaganda é uma arma podero.sa. Por isso mesmo deve ser utilizada ho

Dados históricos

nestamente a serviço de princípios sa

A vitória régia tem a sua história,

lutares, dentro da verdade, para que o

tendo sido descoberta em 1801 por

povo emerja do seu ceticismo político.

Haenke, sábio alemão que explorava o

^ Unam-se os políticos, reformem a sua

alto Amazonas, nas fronteiras do Brasil

técnica, busquem homens honestos e jo

Aliás a sua fonna

de prato ou bandeja se presta a isso.

pos e novas formas.

O que importa fazer

ança no seu colo.

De Vries, da Holanda, onde o cultivo

A \'itória régia é um dos vegefais mais

de raízes sólidas ou rizomas grossos como músculos, que se fixam' no fundo

lodoso das lagoas, sugando com milha res de tubos pneumáticos a seiva que lhe é necessária para as folhas, o caule e as flores. As fôlhas, por sua vez, sobrenaclam contraídas por um rebordo de espinhos, estendendo-se na super

fície das águas, onde, expostas à luz tropical, incham respirando por milhares de poros, que são visíveis no seu tecido

verde-claro com veias roxas, revestidas

por baixo de cerrada armadura. Essas folhas medem de 10 a 12 centímetros somente no rebordo protetivo de côr

roxa e verde, pois o botão que lhe nasce

ao centro ^arda o germe de milhares do novas flores. Èle engrossa e sobe imperceptivelmente, e uma tarde, arre benta depois de tremer e fremir ao

vens; trabalhem com a coletividade, aus-

com a Bolívia. Não foi menor a surprê-

cultem a opinião púbhca, defendam os interêsses do povo: e as suas posições estarão garantidas pelo próprio povo.

em 1827, o acaso lhe deparou, também,

impulso das águas revôltas por algum sôpro do vento tropical, forte e quente,

a "ninfa dos trópicos", na fronteira da Bolívia com o Paraguai, nas águas es

de langoroso perfume.

sa de Sir Robert, Schombrugh quando,

para mostrar a flor imaculada e láctea,

tanques do rio Paraná, que lhe parece

ESTRADA DE FERRO BRASIL-BOLtVIA

ram como um céu constelado de flores

enormes, cuja brancura o crepúsculo

O engenheno Gmllermo Bilbao La Vteja, chefe da delegação da Bolívia mnto a Comissão Mista Ferroviária Brasileiro-Boliviana, declarou que o traçado da estrada que esta sendo construída entre o nosso e o sou- país, comprecmlido entre Corumbá e Santa Cruz de Ia Sterra, poderá estar terminado dentro de quatro anos, caso não falte o financiamento necessário ao serviço. A referi^ estrada, como não se ignora, fará a ligação entre os portos de Árica e Santos.

realçava.

todo emXIX, prwwno lugar o coube, seu cultivo no século à França enfim,

A vitória régia é da espécie das ninfáceas e, no seu "habitat natural", mede S5 centímetros de diâmetro, — tendo

segunda mvasao alemã, a rléiriade ver

fôlhas de dois metros de largura e o pêso de 50 a 80 quilogramos, de ma

^ eoz, a rainha j do vale

neira que, fàcilmente, sustenta «mn cri

■ l4<Ír

Se iodos os poifês quiseram possuir essa flor maravilhosa, tendo a Inglaterra ienaum viiK^ro poujy^c à destruição da

(ie.sericolx>ei'-ge na Funwx»

vHófia régin do Uraríl.

i

pela primeira uma


rr

84,

Dicesto Econômico

A investigação da opinião pública, em que a propaganda deve alicerçar-se, é

tar-lhes as aspiraçõesi combatendo-hs

o único processo 'sério e apto a nos mos trar o que se deve oferecer ao povo, de acôrdo com a análise do que tiver dito.

legítimas. É preciso que os nossos polí

Valor da opinião pública

pessoais por amor das necessidades pre

Compreende-se, pois, que uma pro paganda nesses moldes não pode ser

ieita em 24 horas, assim do pé para a mão. E compreende-se, igualmente, o

percalço que representa, para um candi

dato ainda que respeitável, a sua apre sentação à última hora.

Estas informações constituíam, impli

As Vitórias ítégias na J^rança

racionalmente se descabidas, exaltando-as e aceitando-as entusiásticamente se

ticos SC convençam de que já é tempo de calcar um pouco as suas ambições mentes do Brasil.

por Vinícius da Voga Especi/Vl para o "Digesto Econômico'

Congreguem-se na

defesa dos interesses da coletividade e

poi pelas flores que o célebre sábio

não apenas na disputa de sinecuras e satisfação de orgulhos próprios. É do

loroso que se confesse, mas a política tem malbaratado o nosso patrimônio cívico e estrutural. Cumpre-nos, afinal, o dever da intransigente defesa do Bra.sil, colocando acima de nós, de

citamente, na referida conversa com os. mossos interesses, o interesse dessa cole meus amigos políticos, uma premissa Jgna oe ser ponderada. Hoje, diante tividade tão digna de melhor sorte.

do_ recitado das eleições, constituem a liçao dos fatos e prova do valor da opiniao publica: venceram os que mais de perto a acompanharam. E se essa opi-

das tulipas constitui uma importante in dústria, provou que a natureza não dá saltos, ma.s que certas espécies animais

Daí o seu nome em guarani, isto é "Trupie", que significa "Y" — água e "rupo" — grande prato.

ou botânicas vão evoluindo até, num dado momento, apresentarem novos ti

vigorosos que se conhecem, pois se mune

Ora, as vitórias regias, flores enor

mes dc Amazonas, eram, até aqui, plan tas exclusivas do nosso país, tendo fa lhado todos os esforços dos naturalis

tas, — desde Humboldt e Martins —

Sirva a lição recente para aqueles que não crêm no valor da opinião públi

em aclimá-las fora do Brasil.

Agora,

se queixem os

ca, a fim de que, em novas oportunida

porém, depois dc séculos de experiên

?nt« ® méntores, ou ntes dos ^pseudo-mentores, ou melhor

des, se utilizem dela, investigando-a de vidamente, difundindo as idéias de par

floriram na França, abrindo suas corolas

fhe lhe outro rumo, não nue tiveram não souberam a arcúcia dar-

cias, eis que dois magníficos exemplares

gigantescas para admiração dos habi

tidos que se formem à sombra da defesa

tantes de Ruão e todos os turistas que

legítimos interesses da pátria e não de 11,e mostrar os eííòs' dos na disputa pura e,simples de lugares.

? o tiveram a autoridade moral para' impor as .suas convicções, de fazer acr^ ditar nos seus bons propósitos!

As e.eiçoes, hoje,,populares: queiram oupara não ven per tencem as massas

ce-las faz-se mister o máximo de obieti vidade. E preciso que os homens des çam dos seus velhos pedestais de pre tensa superioridade e venham ombrear-se com os outros homens — os homens do povo, os eleitores — e procurem auscul-

para ali acorreram a fim de conhecer ôsse milagre botânico.

A propaganda é uma arma podero.sa. Por isso mesmo deve ser utilizada ho

Dados históricos

nestamente a serviço de princípios sa

A vitória régia tem a sua história,

lutares, dentro da verdade, para que o

tendo sido descoberta em 1801 por

povo emerja do seu ceticismo político.

Haenke, sábio alemão que explorava o

^ Unam-se os políticos, reformem a sua

alto Amazonas, nas fronteiras do Brasil

técnica, busquem homens honestos e jo

Aliás a sua fonna

de prato ou bandeja se presta a isso.

pos e novas formas.

O que importa fazer

ança no seu colo.

De Vries, da Holanda, onde o cultivo

A \'itória régia é um dos vegefais mais

de raízes sólidas ou rizomas grossos como músculos, que se fixam' no fundo

lodoso das lagoas, sugando com milha res de tubos pneumáticos a seiva que lhe é necessária para as folhas, o caule e as flores. As fôlhas, por sua vez, sobrenaclam contraídas por um rebordo de espinhos, estendendo-se na super

fície das águas, onde, expostas à luz tropical, incham respirando por milhares de poros, que são visíveis no seu tecido

verde-claro com veias roxas, revestidas

por baixo de cerrada armadura. Essas folhas medem de 10 a 12 centímetros somente no rebordo protetivo de côr

roxa e verde, pois o botão que lhe nasce

ao centro ^arda o germe de milhares do novas flores. Èle engrossa e sobe imperceptivelmente, e uma tarde, arre benta depois de tremer e fremir ao

vens; trabalhem com a coletividade, aus-

com a Bolívia. Não foi menor a surprê-

cultem a opinião púbhca, defendam os interêsses do povo: e as suas posições estarão garantidas pelo próprio povo.

em 1827, o acaso lhe deparou, também,

impulso das águas revôltas por algum sôpro do vento tropical, forte e quente,

a "ninfa dos trópicos", na fronteira da Bolívia com o Paraguai, nas águas es

de langoroso perfume.

sa de Sir Robert, Schombrugh quando,

para mostrar a flor imaculada e láctea,

tanques do rio Paraná, que lhe parece

ESTRADA DE FERRO BRASIL-BOLtVIA

ram como um céu constelado de flores

enormes, cuja brancura o crepúsculo

O engenheno Gmllermo Bilbao La Vteja, chefe da delegação da Bolívia mnto a Comissão Mista Ferroviária Brasileiro-Boliviana, declarou que o traçado da estrada que esta sendo construída entre o nosso e o sou- país, comprecmlido entre Corumbá e Santa Cruz de Ia Sterra, poderá estar terminado dentro de quatro anos, caso não falte o financiamento necessário ao serviço. A referi^ estrada, como não se ignora, fará a ligação entre os portos de Árica e Santos.

realçava.

todo emXIX, prwwno lugar o coube, seu cultivo no século à França enfim,

A vitória régia é da espécie das ninfáceas e, no seu "habitat natural", mede S5 centímetros de diâmetro, — tendo

segunda mvasao alemã, a rléiriade ver

fôlhas de dois metros de largura e o pêso de 50 a 80 quilogramos, de ma

^ eoz, a rainha j do vale

neira que, fàcilmente, sustenta «mn cri

■ l4<Ír

Se iodos os poifês quiseram possuir essa flor maravilhosa, tendo a Inglaterra ienaum viiK^ro poujy^c à destruição da

(ie.sericolx>ei'-ge na Funwx»

vHófia régin do Uraríl.

i

pela primeira uma


Digissto

86

Econóaoco

La corolle se clôt à nouveau, s*ou-

Curiosidades

vre pour Ia demlère fois au troisième Curioso é que essa flor só abra a

corola imensa à tarde, quando exposta ao frescor da noite que se aproxima, para se fechar ciosa de seu segredo, de manliã, mal surgem os albores do sol. Mas não é tudo, porque a flor, avara da sua beleza e do seu mistério, no terceiro dia se fecha, para morrer em seguida, fenecendo quando o rosa de suas pétalas vai ficando arroxeado e negro, sinal de morte de uma ametista

vegetal.

Nunca li nenhum destes pormenores

em autor brasileiro, pois creio que não é fácil, no clima amazônico, ficar três dias e noites a observar a vida de uma

flor. As observações do botânico do viveiro de Ruão são minuciosas e exatas sobre a maior flor do mundo, a mais bela e curiosa do reino vegetal, que lhe esse episódio:

é descrito

Alors monte le bouton qui renfer-

me dans son globe vert les germes se gonfle, ú fremit. Un soir, Ü enanouit lentement ses sépales, il rcvôde

une blancheur actée que ú praitre phosphorescente, sa cassn

íette laisse ecfiapper un parfum lan-

goureux. Au matin. Ia fleur, dans toute sa magnificence, va fermer pour ne Ia rouvnr qu'à Ia nuit tombánte mais plus Jargement, Ia rose de ses pétales nuancés maintenant d'un mauve carmine.

crépuscule. Ses teintes ont passé de Tivoire à Ia nacre, de Ia nacre à

Topale, à raméthyste malade. Son cceur brulant, oíi Tavide stigmate reçoit le pollen fécondant des étamines violettes, montre une tempé-

rature de six ou sept degrés plus élevée que celle de Tair ambiant. La senteur devient écoeurante.

fripée, pliée dur sur elle-meme. Ia fleur s'immerge, disparait sous Teau, oú les graines vont se dóvelopper et múrir. Elles seront placées en rangs serrés dans des logettes, les Para-

guayens les appclleront "mais d'eau" et les mangeront comme de simples petits pois".

Experiência feliz Se todos os países quiseram possuir essa flor maravilliosa, tendo a Inglaterra tentado em primeiro lugar o seu cultivo no século XIX, à França coube, enfim, num viveiro poupado à destruição da

segunda invasão alemã, a glória de ver

desenvolver-se na Europa, pela primei

]á se criou tóda uma teoria para a utilização racional dsii-

--

côres visíveis, havendo cmprêsas modernas que delas se servem de modo prático. Partindo do princípio de que a cór é unia fonte de energia e de fôiça — podendo agir como um cstwiuUinte ou como um agente depressivo — essas firmas se especializaram na sua escolha, sob critério científico.

Trata-se, com efeito, dc mais uma aplicação da ciência à vida econômica e social. A

ciência nos ensina que todas as côres

possuem

uma

determinada

onda de extensão. Nisto lhes pode ser fixado um paralelo com o fenômeno do som. Êste, como não se ignora, tem ondas curtas ou longas, hoje como que

ra vez, a rainha do vale amazônico, uma

medidas príiticamente por intermédio

vitória régia do Brasil. Em vão, mesmo

quantitativo se altera para 24 unidades. O mesmo acontece com as luzes verde,

amarela, laranja, que acusam respectiva mente 28, 30 e 35 unidades. O ápice desta curiosa escala desfecha no ver

melho, com 42 unidades.

Está, de resto, cientificamente estabe

na França, em Paris e Lyon, todas as

dos aparelhos de rádio. Não se ignora, igualmente, que a luz

tentativas de cultivar a vitória régia

caminha com uma velocidade constante

lecido que todas as côres do espectro solar produzem uma associação primima. Isto quer dizer que o nosso subcons

foram muitas e cuidadosas.

de 186.000 milhas por segundo. Isto basta para nos dar uma idéia do número vertiginoso de vibrações de uma dada

ciente, diante da sua incidência, reage de uma determinada maneira, encade ando, no campo dos efeitos, uma série

côr que penetram em nossa retina nessa ■curta fração de tempo.

cromática de sentimentos.

Eis, porém, que, em Ruão, agora, ela cresceu, fecundou e abriu a corola gi gantesca, como um emblema simbólico

da ressurreição — encanto para os olhos, esperança para os corações — na expres

são de Margueritte-Yerta Méléra.

CONSUMO" DE borracha

O consumo de borracha em 1947, no^ Estados Unidos, foi calculado em 1 mahõo de toneladas, ao passo que a borracha natural disponível foi estimada em 770 mil toneladas apenas. Necesstta-se, assim, do emprôgo de 50 mü toneladas de borracha sintética por mês, durante êste ano. Essas cifras foram comunicadas pela Administração da Produção Civil. Por seu lado, o Departamento do Comércio assinalou que as exportações brasileiras de borracha, nos onze primeiros meses de 1946,.alcançaram 26.916.392 qkilos e 27.173.363 em 1945.

fMPHôÔ BACIOAIÃt DA0 CÕ^€S

Lassée,

Ora, não é admissível que esta rápida sucessão de ondas, deixando as suas marcas nos olhos humanos e dos demais seres viventes, possa agir como um es

timulante ou um produtor de energia? A ciência já chegou a estabelecer na atualidade que os efeitos das côres po dem ser observados na pressão sangüí nea e, pois, na atividade muscular, men tal e nervosa. Algumas observações, a •êste respeito, são muito esclarecedoras.

A atividade muscular, por exemplo, se manifesta à luz comum na base de 23

cnídades.

Já à luz azul esse valor

Vejamos o

verde, por exemplo. É a côr dos cam pos e das florestas. A sua onda é de extensão média.

Por isso provoca, como

em geral o espetáculo de uma cultura uniforme ou de um bosque cerrado, uma sensação de repouso, de tranqüilidade de

espírito, de calma desafogada.

Nenliu-

ma outra côr possui, como esta, a mes ma natureza sedativa, o mesmo efeito

de relaxador dos nervos e da sensibi lidade.

Quanto ao castanho, evocando a ri

queza das nozes antigas, os tons quentes e confortáveis do couro usado, já pre dispõe à meditação e ao estudo.

Daí


Digissto

86

Econóaoco

La corolle se clôt à nouveau, s*ou-

Curiosidades

vre pour Ia demlère fois au troisième Curioso é que essa flor só abra a

corola imensa à tarde, quando exposta ao frescor da noite que se aproxima, para se fechar ciosa de seu segredo, de manliã, mal surgem os albores do sol. Mas não é tudo, porque a flor, avara da sua beleza e do seu mistério, no terceiro dia se fecha, para morrer em seguida, fenecendo quando o rosa de suas pétalas vai ficando arroxeado e negro, sinal de morte de uma ametista

vegetal.

Nunca li nenhum destes pormenores

em autor brasileiro, pois creio que não é fácil, no clima amazônico, ficar três dias e noites a observar a vida de uma

flor. As observações do botânico do viveiro de Ruão são minuciosas e exatas sobre a maior flor do mundo, a mais bela e curiosa do reino vegetal, que lhe esse episódio:

é descrito

Alors monte le bouton qui renfer-

me dans son globe vert les germes se gonfle, ú fremit. Un soir, Ü enanouit lentement ses sépales, il rcvôde

une blancheur actée que ú praitre phosphorescente, sa cassn

íette laisse ecfiapper un parfum lan-

goureux. Au matin. Ia fleur, dans toute sa magnificence, va fermer pour ne Ia rouvnr qu'à Ia nuit tombánte mais plus Jargement, Ia rose de ses pétales nuancés maintenant d'un mauve carmine.

crépuscule. Ses teintes ont passé de Tivoire à Ia nacre, de Ia nacre à

Topale, à raméthyste malade. Son cceur brulant, oíi Tavide stigmate reçoit le pollen fécondant des étamines violettes, montre une tempé-

rature de six ou sept degrés plus élevée que celle de Tair ambiant. La senteur devient écoeurante.

fripée, pliée dur sur elle-meme. Ia fleur s'immerge, disparait sous Teau, oú les graines vont se dóvelopper et múrir. Elles seront placées en rangs serrés dans des logettes, les Para-

guayens les appclleront "mais d'eau" et les mangeront comme de simples petits pois".

Experiência feliz Se todos os países quiseram possuir essa flor maravilliosa, tendo a Inglaterra tentado em primeiro lugar o seu cultivo no século XIX, à França coube, enfim, num viveiro poupado à destruição da

segunda invasão alemã, a glória de ver

desenvolver-se na Europa, pela primei

]á se criou tóda uma teoria para a utilização racional dsii-

--

côres visíveis, havendo cmprêsas modernas que delas se servem de modo prático. Partindo do princípio de que a cór é unia fonte de energia e de fôiça — podendo agir como um cstwiuUinte ou como um agente depressivo — essas firmas se especializaram na sua escolha, sob critério científico.

Trata-se, com efeito, dc mais uma aplicação da ciência à vida econômica e social. A

ciência nos ensina que todas as côres

possuem

uma

determinada

onda de extensão. Nisto lhes pode ser fixado um paralelo com o fenômeno do som. Êste, como não se ignora, tem ondas curtas ou longas, hoje como que

ra vez, a rainha do vale amazônico, uma

medidas príiticamente por intermédio

vitória régia do Brasil. Em vão, mesmo

quantitativo se altera para 24 unidades. O mesmo acontece com as luzes verde,

amarela, laranja, que acusam respectiva mente 28, 30 e 35 unidades. O ápice desta curiosa escala desfecha no ver

melho, com 42 unidades.

Está, de resto, cientificamente estabe

na França, em Paris e Lyon, todas as

dos aparelhos de rádio. Não se ignora, igualmente, que a luz

tentativas de cultivar a vitória régia

caminha com uma velocidade constante

lecido que todas as côres do espectro solar produzem uma associação primima. Isto quer dizer que o nosso subcons

foram muitas e cuidadosas.

de 186.000 milhas por segundo. Isto basta para nos dar uma idéia do número vertiginoso de vibrações de uma dada

ciente, diante da sua incidência, reage de uma determinada maneira, encade ando, no campo dos efeitos, uma série

côr que penetram em nossa retina nessa ■curta fração de tempo.

cromática de sentimentos.

Eis, porém, que, em Ruão, agora, ela cresceu, fecundou e abriu a corola gi gantesca, como um emblema simbólico

da ressurreição — encanto para os olhos, esperança para os corações — na expres

são de Margueritte-Yerta Méléra.

CONSUMO" DE borracha

O consumo de borracha em 1947, no^ Estados Unidos, foi calculado em 1 mahõo de toneladas, ao passo que a borracha natural disponível foi estimada em 770 mil toneladas apenas. Necesstta-se, assim, do emprôgo de 50 mü toneladas de borracha sintética por mês, durante êste ano. Essas cifras foram comunicadas pela Administração da Produção Civil. Por seu lado, o Departamento do Comércio assinalou que as exportações brasileiras de borracha, nos onze primeiros meses de 1946,.alcançaram 26.916.392 qkilos e 27.173.363 em 1945.

fMPHôÔ BACIOAIÃt DA0 CÕ^€S

Lassée,

Ora, não é admissível que esta rápida sucessão de ondas, deixando as suas marcas nos olhos humanos e dos demais seres viventes, possa agir como um es

timulante ou um produtor de energia? A ciência já chegou a estabelecer na atualidade que os efeitos das côres po dem ser observados na pressão sangüí nea e, pois, na atividade muscular, men tal e nervosa. Algumas observações, a •êste respeito, são muito esclarecedoras.

A atividade muscular, por exemplo, se manifesta à luz comum na base de 23

cnídades.

Já à luz azul esse valor

Vejamos o

verde, por exemplo. É a côr dos cam pos e das florestas. A sua onda é de extensão média.

Por isso provoca, como

em geral o espetáculo de uma cultura uniforme ou de um bosque cerrado, uma sensação de repouso, de tranqüilidade de

espírito, de calma desafogada.

Nenliu-

ma outra côr possui, como esta, a mes ma natureza sedativa, o mesmo efeito

de relaxador dos nervos e da sensibi lidade.

Quanto ao castanho, evocando a ri

queza das nozes antigas, os tons quentes e confortáveis do couro usado, já pre dispõe à meditação e ao estudo.

Daí


Digesto EC0NÓ!.DC0

88

o seu emprego muito comum sa enca

como um agente depressivo — essas

dernação dos livros e na estante da^

firmas se especializaram na sua escolha,

bibliotecas.

sob cantério científico e utilitário, e

Há muito castanho difun

dido nos versos de Verlaine, com os

não apenas ornamental. Escritórios co

seus vôos errantes de fôllias mortas, a música das árvores e dos caminhos im

merciais, residências, fábricas de todos os ramos, vitrinas são hoje, nos Estados

pregnados da última glória do outono. È o cinzento? Lembra logo as ma. nhás de bruma, o grito marítimo das

Unidos e outros países estrangeiros, de corados segundo esse novo critério. Um local de trabalho, pór exemplo, qualquer

gaivotas, a chuva lenta, insistente, que

que ôle seja, vai sendo disposto de

obscurece os vales e as paisagens. Deve ser a côr predileta dos preguiçosos, e tem todo o torpor de um largo bocejo.

de seu teto, de seus móveis, de seu pa vimento possam criar o ambiente mais

Estas sugestões a recomendam muito

favorável ao rendimento da atividade

como fundo para os acentos vivos e

nele desenvolvida.

fortes, que se valorizam extremamente,

maneira a que as côres dc suas paredes,

A experiência já provou que os operá

por luna questão de contraste.

rios industriais cujas oficinas ou cuio

Os amarelos e os azuis são côres ale gres, cuja imagem se associa elementar

com esta dinâmica das côres recebem,

mente ao brilho do sol e ao céu azul.

Nesse sentido, as suas aplicações en

contram fins específicos.

Finalmente, o vermelho, que possui a onda de maior extensão, deve ser usado com alguma parcimônia. Êle desperta sempre sentimentos radicais e extremos.

exalta™ ou^olS,'" Emprêgo das

equipamento sejam pintados de acôrdo por ôste simples fato, um novo estímulo, que .se reflete na produção. As conse

qüências de tal critério são óbvias: au mentam o prestígio institucional das em presas em aprôço, salvaguardam a saúde dos traballiadores, reduzem a sua ten são nervosa e conservam elevado o seu moral.

cores

poderiam ser enumerados. Observe se contudo, de passagem, que os matizei visíveis a olho nu compreendem apenas uma pequena porção do espectro solar O espectro eletromagnético já é muito mais complexo e se distende por cerca de sessenta ou setenta côres oitavas.

Muitos tipos de ondas invisíveis — o infra-vermelho, o ultra-violeta, o raio-x,

Nesse sentido, algumas regras já fo ram mais ou menos cristalizadas.

Evi

dentemente, a seleção e a colocação das côres deverão ser determinadas pelo uso a que o local de trabalho se destina.

Suponhamos que seja um e.scritório. Su ponhamos ainda que receba a sua luz

jamos, a êste respeito, nove regras'muito

Claridade muito forte, precedente de uma direção qiialquer, poderá ser amor

interessantes:

tecida ou graduada com o uso de duas ou três côres dc parede. Um escritó rio, por exemplo, recebe muita luz e

mos uma tonalidade escura no telhado

e na fôlha das janelas do pavimento

muito calor do sul ou do oeste.

a sua aparência de construção muito

incidência

de

Na

parede fronteira, as respectivas janelas

2) Se a vivenda tem muitas empe-

azul esverdeado ou outra côr fria. Isto reduzirá a sensação da soalheira. Os

cantos do recinto, apanhando menos luz direta, já merecerão valores mais ativos que os empregados no conjunto das paredes. Quanto aos tetos, estarão

têm a sua base no azul — são recomen-

mento, ou de ambos (se houver um

observador para os pormenores arquite

Outras considerações ainda ocorrem,

no mesmo sentido.

As proporções dos

tônicos menos favoráveis.

3) A pintura das faces das águas-fur-

escritórios também devem ser estudadas.

tadas de uma casa pequena com a mesma tonalidade usaaa no corpo do

Salas longas e estreitas podem dar uma

edifício poderá dar-Uie uma aparência

Os matizes leves, ao contrário, podem ser usados nas paredes laterais demasia damente longas, para "fazê-las" recuar. Nos recintos quadrados outro critério já

deve predominar. A impressão de mo notonia se dissipa perfeitamente com a

pintura de uma parede, — de prefe

As casas residenciais

pêssego.

Inversamente, os matizes frios — que

dando realce à porta de entrada e às folhas das janelas do primeiro pa\a-

suave, o marfim, ou uma graduação dos matizes explorados em outras áreas.

exterior.

gam o marfim, o castanho e a côr do

Pintemos

segundo). Isto afastará a atenção do

efeitos, estimulantes, também se empre

lizam de modo prático.

contrastantes em tais áreas.

tôdas as áreas numa única tonalidade,

bem se receberem o branco, o branco

Os mesmos princípios, de que já de mos uma idéia em linhas gerais, se aplicam perfeitamente para as casas de

sangüínea. Quando são exigidos alguns

grande.

nas ou águas-furtadas, não chamemos a atenção para elas com o uso de côres

verá dar preferência às côres quentes.

a aplicação racional das côres visíveis, havendo empresas modernas que as uti

superior, o que concorrerá para reduzir

ou mais escuro de verde acinzentado,

caso, na decoração desse recinto se de

laranja e o vermellio, que lembram o brilho do sol, o calor e a palpitaçâo

1) Se a vivenda é muito alta, use

poderão ser pintadas nuiyi tom médio

outras.

forma, já se criou toda uma teoria para

Partindo do princípio de que a côr

calor e luz abundante, procedentes do sul ou do oeste.

a

rência a oposta à janela, — com uma côr diferente da empregada nas três

natural do norte ou do leste, ou não a

Entre estas se incluem o amarelo, o

ó uma fonte de energia e de fôrça — podendo agir como um estimulante ou

selliável uma seleção de côres conduzida com critério científico, e não feita, como é comum, inteiramente ao acaso. Ve

contrariar

receba em quantidade adequada. Nesse

e outros, — já foram aproveitados pela

ciência para fins definidos. Da mesma

dados para os casos em que se faça nece.ssiirio

impressão de maior largueza com o uso de côres' escuras no fim das paredes. Isto parece dar-lhes um novo avanço.

Côres para escritórios

Assim como esses, outros exemplos

89

Dicesto Econômico

residência, tanto na pintura interior como

Aqui, igualmente, as mais di

versas combinações são admissíveis.

Neste terreno, porém em todos os casos que se apresentem, é sempre acon-

maior e mais ampla.

4) As águas-furtadas de uma casa alta podem ser pintadas de maneira a se confundirem com o telhado, de prefe rência a contrastarem com êle, pois isto reduziria o efeito do seu tamanho real. 5) As chaminés numa côr que con

traste com o corpo da casa geralmente parecem maiores ou menores, c quase

nunca melhoram a sua aparência. Por êste motivo é mais conveniente que as

chaminés tenham a mesma tonalidade do conjunto.

6) Janelas de tamanhos e formas di ferentes, quando pintadas em côres con trastantes, não impressionam bem. Será

preferível dar aos seus adornos e caixllhos a mesma tonalidade do corpo da casa, chamando-se a atenção do obser vador para o conjunto e não para êsses pormenores.

7) Uma porta de entrada contras tando sabiamente com o resto da casa


Digesto EC0NÓ!.DC0

88

o seu emprego muito comum sa enca

como um agente depressivo — essas

dernação dos livros e na estante da^

firmas se especializaram na sua escolha,

bibliotecas.

sob cantério científico e utilitário, e

Há muito castanho difun

dido nos versos de Verlaine, com os

não apenas ornamental. Escritórios co

seus vôos errantes de fôllias mortas, a música das árvores e dos caminhos im

merciais, residências, fábricas de todos os ramos, vitrinas são hoje, nos Estados

pregnados da última glória do outono. È o cinzento? Lembra logo as ma. nhás de bruma, o grito marítimo das

Unidos e outros países estrangeiros, de corados segundo esse novo critério. Um local de trabalho, pór exemplo, qualquer

gaivotas, a chuva lenta, insistente, que

que ôle seja, vai sendo disposto de

obscurece os vales e as paisagens. Deve ser a côr predileta dos preguiçosos, e tem todo o torpor de um largo bocejo.

de seu teto, de seus móveis, de seu pa vimento possam criar o ambiente mais

Estas sugestões a recomendam muito

favorável ao rendimento da atividade

como fundo para os acentos vivos e

nele desenvolvida.

fortes, que se valorizam extremamente,

maneira a que as côres dc suas paredes,

A experiência já provou que os operá

por luna questão de contraste.

rios industriais cujas oficinas ou cuio

Os amarelos e os azuis são côres ale gres, cuja imagem se associa elementar

com esta dinâmica das côres recebem,

mente ao brilho do sol e ao céu azul.

Nesse sentido, as suas aplicações en

contram fins específicos.

Finalmente, o vermelho, que possui a onda de maior extensão, deve ser usado com alguma parcimônia. Êle desperta sempre sentimentos radicais e extremos.

exalta™ ou^olS,'" Emprêgo das

equipamento sejam pintados de acôrdo por ôste simples fato, um novo estímulo, que .se reflete na produção. As conse

qüências de tal critério são óbvias: au mentam o prestígio institucional das em presas em aprôço, salvaguardam a saúde dos traballiadores, reduzem a sua ten são nervosa e conservam elevado o seu moral.

cores

poderiam ser enumerados. Observe se contudo, de passagem, que os matizei visíveis a olho nu compreendem apenas uma pequena porção do espectro solar O espectro eletromagnético já é muito mais complexo e se distende por cerca de sessenta ou setenta côres oitavas.

Muitos tipos de ondas invisíveis — o infra-vermelho, o ultra-violeta, o raio-x,

Nesse sentido, algumas regras já fo ram mais ou menos cristalizadas.

Evi

dentemente, a seleção e a colocação das côres deverão ser determinadas pelo uso a que o local de trabalho se destina.

Suponhamos que seja um e.scritório. Su ponhamos ainda que receba a sua luz

jamos, a êste respeito, nove regras'muito

Claridade muito forte, precedente de uma direção qiialquer, poderá ser amor

interessantes:

tecida ou graduada com o uso de duas ou três côres dc parede. Um escritó rio, por exemplo, recebe muita luz e

mos uma tonalidade escura no telhado

e na fôlha das janelas do pavimento

muito calor do sul ou do oeste.

a sua aparência de construção muito

incidência

de

Na

parede fronteira, as respectivas janelas

2) Se a vivenda tem muitas empe-

azul esverdeado ou outra côr fria. Isto reduzirá a sensação da soalheira. Os

cantos do recinto, apanhando menos luz direta, já merecerão valores mais ativos que os empregados no conjunto das paredes. Quanto aos tetos, estarão

têm a sua base no azul — são recomen-

mento, ou de ambos (se houver um

observador para os pormenores arquite

Outras considerações ainda ocorrem,

no mesmo sentido.

As proporções dos

tônicos menos favoráveis.

3) A pintura das faces das águas-fur-

escritórios também devem ser estudadas.

tadas de uma casa pequena com a mesma tonalidade usaaa no corpo do

Salas longas e estreitas podem dar uma

edifício poderá dar-Uie uma aparência

Os matizes leves, ao contrário, podem ser usados nas paredes laterais demasia damente longas, para "fazê-las" recuar. Nos recintos quadrados outro critério já

deve predominar. A impressão de mo notonia se dissipa perfeitamente com a

pintura de uma parede, — de prefe

As casas residenciais

pêssego.

Inversamente, os matizes frios — que

dando realce à porta de entrada e às folhas das janelas do primeiro pa\a-

suave, o marfim, ou uma graduação dos matizes explorados em outras áreas.

exterior.

gam o marfim, o castanho e a côr do

Pintemos

segundo). Isto afastará a atenção do

efeitos, estimulantes, também se empre

lizam de modo prático.

contrastantes em tais áreas.

tôdas as áreas numa única tonalidade,

bem se receberem o branco, o branco

Os mesmos princípios, de que já de mos uma idéia em linhas gerais, se aplicam perfeitamente para as casas de

sangüínea. Quando são exigidos alguns

grande.

nas ou águas-furtadas, não chamemos a atenção para elas com o uso de côres

verá dar preferência às côres quentes.

a aplicação racional das côres visíveis, havendo empresas modernas que as uti

superior, o que concorrerá para reduzir

ou mais escuro de verde acinzentado,

caso, na decoração desse recinto se de

laranja e o vermellio, que lembram o brilho do sol, o calor e a palpitaçâo

1) Se a vivenda é muito alta, use

poderão ser pintadas nuiyi tom médio

outras.

forma, já se criou toda uma teoria para

Partindo do princípio de que a côr

calor e luz abundante, procedentes do sul ou do oeste.

a

rência a oposta à janela, — com uma côr diferente da empregada nas três

natural do norte ou do leste, ou não a

Entre estas se incluem o amarelo, o

ó uma fonte de energia e de fôrça — podendo agir como um estimulante ou

selliável uma seleção de côres conduzida com critério científico, e não feita, como é comum, inteiramente ao acaso. Ve

contrariar

receba em quantidade adequada. Nesse

e outros, — já foram aproveitados pela

ciência para fins definidos. Da mesma

dados para os casos em que se faça nece.ssiirio

impressão de maior largueza com o uso de côres' escuras no fim das paredes. Isto parece dar-lhes um novo avanço.

Côres para escritórios

Assim como esses, outros exemplos

89

Dicesto Econômico

residência, tanto na pintura interior como

Aqui, igualmente, as mais di

versas combinações são admissíveis.

Neste terreno, porém em todos os casos que se apresentem, é sempre acon-

maior e mais ampla.

4) As águas-furtadas de uma casa alta podem ser pintadas de maneira a se confundirem com o telhado, de prefe rência a contrastarem com êle, pois isto reduziria o efeito do seu tamanho real. 5) As chaminés numa côr que con

traste com o corpo da casa geralmente parecem maiores ou menores, c quase

nunca melhoram a sua aparência. Por êste motivo é mais conveniente que as

chaminés tenham a mesma tonalidade do conjunto.

6) Janelas de tamanhos e formas di ferentes, quando pintadas em côres con trastantes, não impressionam bem. Será

preferível dar aos seus adornos e caixllhos a mesma tonalidade do corpo da casa, chamando-se a atenção do obser vador para o conjunto e não para êsses pormenores.

7) Uma porta de entrada contras tando sabiamente com o resto da casa


W Dicesto

90

dara sempre uma nota agradável de hospitalidade e acolhida.

8) As cores brilhantes, em geral, fa zem com que as coisas pareçam maio res, ao passo que as côres agem em

sentido diametríumente oposto. 9) Pintemos o corpo da casa e os adornos dã mesma maneira, nas velhas vivendas em que estes últimos são usual mente pesados e ornamentais. As cores

contrastantes, nesse caso, ficarão melhor nas portas e nos caixilhos das mnelas,

que podem apresentar tonalidades es curas.

Pistas regras se completam com outras tantas, referentes à decoração interior. ^

'

41

eiamo<5 as nc principais. o_ ■ _ . Vejamos Se Se o aposento éf

quadrado e desinteressante, será de con veniência dar realce a uma das paredes uma côr diferente, ou ao menos m uma tonalidade diferente da pin-

do^miíf «íemais.poderá A parte do quarto_ assim destacada ser tratar

df leito iane rou a

"as salas de estar (se se

e os brnhei?°

frio) ou a " ^a

^ cozinhas

ser "alargados" ou de ordem se nêles

entre as paredes, o teto e os omatos. De uma forma geral, devemos ter em mente a seguinte distribuição: côres

Econômico

Salões de venda

Um problema que deve interessar de

perto aos nossos industriais e homens

dos cantos, são aconselhados um ama

colliam também veículos determinados.

De igual maneira, para a manifestação de nosso pensamento coÜgimos no lé xico aquelas palavras que melhor tra-

matiz róseo.

Conclusão

duzam as nuances de nosso raciocínio.

e atento na

Muitos outros exemplos poderíamos cional das côres, tal como o determina

muito

minucioso

maneira a realçar a beleza e outros pre

dicados dos artigos expostos. Se esses salões recebem a sua luz do

norte ou do leste, ou se não contara com

aduzir aqui a respeito do emprôgo ra o conhecimento de técnicos especializa dos no assunto, os quais, nos Estados Unidos, já abriram um novo e interes sante campo de aplicação da ciência à

vida econômica e social.

Bastem-nos,

A linguagem das côres, com efeito, não era desconhecida das velhas ci\'ilizações,

algumas das quais chegaram a criar com ela símbolos muitos sutis. O que vinha a ser intuitivo, porém, entre os vários povos da antigüidade, ganhou foros mais amplos, com os recursos modernos, de

senvolvendo-se não apenas em extensão, mas também em profundidade.

uma boa porção de luz natural, estimuladora nos seus efeitos, estes podem ser supridos com matizes vivos, tais como o pêssego, o marfim, o róseo. Por outro

fado, as côres frias servem, como já exemplificámos acima, para mitigar a abundância de luz inflamada do sul ou

M

do oeste.

Com relação aos escritórios, note-se

m

ainda que deve primar sobretudo um critério que dê a tais recintos um ar ranjo adequado às suas finalidades — afitude mental de euforia e efi

duzida Ou eliminada "de auas maneiras

— ambas importantes. De acordo com a primeira, as côres selecionadas preci sam contar com ondas que garantam

vale principalmente para as áreas do P'

quais se recomendam o branco,

o branco suave, o marfim, ou um leve

Quando estes não são substi

matiz da própria tonalidade das pare-

tuídos, devem ser levados em conside

^hida uma combinação que es tabeleça qualquer contraste discreto. Quanto à segunda, as paredes a que os

interior era que se encontram.

Visando-se um ambiente mais alegre,

distribuição das côres. O conjunto deve dar uma sensação agradável, que ins pire confiança, com fundos dispostos de

critério

Acima de tudo, devemos observar que

ração para a escolha da pintura do

atuando assim de forma fo diferente sôbre a nossa sensibilidade e as nossas ener

relo quente, como o pêssego, ou um

pois aí é que entram em contato com os seus fregueses, onde revelam a ex celência dos seus artigos e iniciam as suas propagandas comerciais. Compre ende-se que, pelos fatores psicológicos já enumerados, haja em tais recintos um

^irna distribuição de luz satisfatória. Isto

móveis.

em que se decompõe o espectro solar,

verde' ou o verde-azulado — cuja fun

gias, como que está sugerindo, realmen te, que para fins determinados se es-

verde — recomendam-se para os quartos em que a luz chega do oeste e do sul. um fundo que se harmonize com os

ser pintadas a cores frias — tais como o

por ora, as observações de que a na

para uma ou mais paredes, tais como as

ciência e de bem estar físico. A fadiga dos olhos, por exemplo, pode ser re

as paredes, o teto e os ornatos formem

tureza, tão rica de \'ariedades na gama

grande atenção ao caráter destes locais,

o bronzeado, o castanho — devem ser as côres frias — o branco, o marfim, o cinzento, o azul, o azul esverdeado, o

empregados se volvem, quando se aco modam junto às suas mesas, precisam

ção será oferecer repouso para os olhos.

arranjo que predisponha o seu ocupante

fraca, geralmente do norte e do leste;

91

de negócios é o que se refere aos seus salões de venda. Êles geralmente dão

quentes — o amarelo, o pêssego, o rosa usadas nos aposentos que recebem luz

Dicesto Econômico

BASES AÉREAS DO PACÍFICO

Em fontes militares de Washington informou-se que estão sendo realizadas negociações para transferir ao uso comercial as bases aéreas do Pacífico, a oeste

de Honolulu. Sabe-se que desejam utilizar-se dessas bases as companhias de avia ção norte-americanas, britânicas, canadenses, holandesas e australianas. Os ingleses desejam voar até a Austrália e os holandeses até as índias Orientais fíoIanUesas. Por outro lado, informou-se que o Exército norte-americano deseja dominar

essas bases enquanto as fôrças da grande República do norte permaneceram no

Japão. '


W Dicesto

90

dara sempre uma nota agradável de hospitalidade e acolhida.

8) As cores brilhantes, em geral, fa zem com que as coisas pareçam maio res, ao passo que as côres agem em

sentido diametríumente oposto. 9) Pintemos o corpo da casa e os adornos dã mesma maneira, nas velhas vivendas em que estes últimos são usual mente pesados e ornamentais. As cores

contrastantes, nesse caso, ficarão melhor nas portas e nos caixilhos das mnelas,

que podem apresentar tonalidades es curas.

Pistas regras se completam com outras tantas, referentes à decoração interior. ^

'

41

eiamo<5 as nc principais. o_ ■ _ . Vejamos Se Se o aposento éf

quadrado e desinteressante, será de con veniência dar realce a uma das paredes uma côr diferente, ou ao menos m uma tonalidade diferente da pin-

do^miíf «íemais.poderá A parte do quarto_ assim destacada ser tratar

df leito iane rou a

"as salas de estar (se se

e os brnhei?°

frio) ou a " ^a

^ cozinhas

ser "alargados" ou de ordem se nêles

entre as paredes, o teto e os omatos. De uma forma geral, devemos ter em mente a seguinte distribuição: côres

Econômico

Salões de venda

Um problema que deve interessar de

perto aos nossos industriais e homens

dos cantos, são aconselhados um ama

colliam também veículos determinados.

De igual maneira, para a manifestação de nosso pensamento coÜgimos no lé xico aquelas palavras que melhor tra-

matiz róseo.

Conclusão

duzam as nuances de nosso raciocínio.

e atento na

Muitos outros exemplos poderíamos cional das côres, tal como o determina

muito

minucioso

maneira a realçar a beleza e outros pre

dicados dos artigos expostos. Se esses salões recebem a sua luz do

norte ou do leste, ou se não contara com

aduzir aqui a respeito do emprôgo ra o conhecimento de técnicos especializa dos no assunto, os quais, nos Estados Unidos, já abriram um novo e interes sante campo de aplicação da ciência à

vida econômica e social.

Bastem-nos,

A linguagem das côres, com efeito, não era desconhecida das velhas ci\'ilizações,

algumas das quais chegaram a criar com ela símbolos muitos sutis. O que vinha a ser intuitivo, porém, entre os vários povos da antigüidade, ganhou foros mais amplos, com os recursos modernos, de

senvolvendo-se não apenas em extensão, mas também em profundidade.

uma boa porção de luz natural, estimuladora nos seus efeitos, estes podem ser supridos com matizes vivos, tais como o pêssego, o marfim, o róseo. Por outro

fado, as côres frias servem, como já exemplificámos acima, para mitigar a abundância de luz inflamada do sul ou

M

do oeste.

Com relação aos escritórios, note-se

m

ainda que deve primar sobretudo um critério que dê a tais recintos um ar ranjo adequado às suas finalidades — afitude mental de euforia e efi

duzida Ou eliminada "de auas maneiras

— ambas importantes. De acordo com a primeira, as côres selecionadas preci sam contar com ondas que garantam

vale principalmente para as áreas do P'

quais se recomendam o branco,

o branco suave, o marfim, ou um leve

Quando estes não são substi

matiz da própria tonalidade das pare-

tuídos, devem ser levados em conside

^hida uma combinação que es tabeleça qualquer contraste discreto. Quanto à segunda, as paredes a que os

interior era que se encontram.

Visando-se um ambiente mais alegre,

distribuição das côres. O conjunto deve dar uma sensação agradável, que ins pire confiança, com fundos dispostos de

critério

Acima de tudo, devemos observar que

ração para a escolha da pintura do

atuando assim de forma fo diferente sôbre a nossa sensibilidade e as nossas ener

relo quente, como o pêssego, ou um

pois aí é que entram em contato com os seus fregueses, onde revelam a ex celência dos seus artigos e iniciam as suas propagandas comerciais. Compre ende-se que, pelos fatores psicológicos já enumerados, haja em tais recintos um

^irna distribuição de luz satisfatória. Isto

móveis.

em que se decompõe o espectro solar,

verde' ou o verde-azulado — cuja fun

gias, como que está sugerindo, realmen te, que para fins determinados se es-

verde — recomendam-se para os quartos em que a luz chega do oeste e do sul. um fundo que se harmonize com os

ser pintadas a cores frias — tais como o

por ora, as observações de que a na

para uma ou mais paredes, tais como as

ciência e de bem estar físico. A fadiga dos olhos, por exemplo, pode ser re

as paredes, o teto e os ornatos formem

tureza, tão rica de \'ariedades na gama

grande atenção ao caráter destes locais,

o bronzeado, o castanho — devem ser as côres frias — o branco, o marfim, o cinzento, o azul, o azul esverdeado, o

empregados se volvem, quando se aco modam junto às suas mesas, precisam

ção será oferecer repouso para os olhos.

arranjo que predisponha o seu ocupante

fraca, geralmente do norte e do leste;

91

de negócios é o que se refere aos seus salões de venda. Êles geralmente dão

quentes — o amarelo, o pêssego, o rosa usadas nos aposentos que recebem luz

Dicesto Econômico

BASES AÉREAS DO PACÍFICO

Em fontes militares de Washington informou-se que estão sendo realizadas negociações para transferir ao uso comercial as bases aéreas do Pacífico, a oeste

de Honolulu. Sabe-se que desejam utilizar-se dessas bases as companhias de avia ção norte-americanas, britânicas, canadenses, holandesas e australianas. Os ingleses desejam voar até a Austrália e os holandeses até as índias Orientais fíoIanUesas. Por outro lado, informou-se que o Exército norte-americano deseja dominar

essas bases enquanto as fôrças da grande República do norte permaneceram no

Japão. '


93

Digésto Econômico

MESTRES M ECOIVOMM Henry George advogado do "Impôsto Único" por 5. Harcourt-Rivlngton (Membro da Sociedade Real de Eco nomia de Londres)

(Especial para o "Digesto Econômico")

mas. Sua fraqueza reside cm deduções imperfeiias. Para os seus silogismos em pregava premissa.s que nenhum pensa

a idéia de que a terra não deveria per tencer a qualquer indivíduo: ela devia,

mento lógico poderia aceitar.

a seu critério, ser entregue irrestrita-

Assim,

chegou a conclusões que não resistiam

ménte ao conjunto do po\'o. Enquanto

a um exame analítico.

trabalhava, gastava os seus anos em desenvolver esta teoria da propriedade

Contudo, a sua

indubitável boa fé e o seu largo conheci mento dos dados econômicos Jhe grangearam o respeito e a admiração dos

JJenry George, o alvo da presente biografía, merece um lugar de maior relevo, entre os grandes economistas, que aquele que Habitualmente lhe é

^ncedido, pois o seu livro principal Pobreza e Progresso" constitui uma

h

des e ^ o

i>í=preensíveis qualida-

reconhecimento, por

militaram contra parte do mundo,

constitui o grande enigtna de nosso tempo. Ela apresenta o fãto central, do qual decorrem as difictddades indus triais, sociais e políticas que mergulham o mundo em perplexidade, sem que lhes

dôem remédio os estadistas, filantropos e educadores" — declarava Henry Geor

ge. Na sua opinião, a pobreza derivava, como conseqüência, de uma civilização construída sôhre a propriedade privada

e assim assejnirou-se os meios para pu

ridade.

lítica agraria", em que defendia os seus

pontos de vista.

inissão.

Esta vinba a ser a conversão

do mundo ao seu ponto de vista, segun do perspectivas tão velhas quanto as de

samente coloridas, destinadas a estimu

vesse vivido em época diferente, e os

dade, e se compunham de frases ardoro

lar os homens à ação. George era um reformador e desejava a concepção básica da civilização

seus trabalhos teriam alcançado reper

tmdicional.

cussões mais profundas na consciência

absolutamente sincero nas suas idéias, e

mundial.

Henry George era, antes de mais nada,

um propaganâista, e pode ser classifi cado na mesma categoria de Paíne, List, Owen e Marx.

Náo tinbn a calma de-

Por essa época transferiu-se para Nova

Deixou a

Iorque, onde fixou residência. Sua obra

escola à idade de 13 anos. Depois de três ano.s de trabalho irregular e incerto,

rapidamente despertou o mais amplo in-

um lar altamente religioso. tentou a sorte no oceano.

Durante seis

terêsse tanto na América como na Euro

pa.

Subseqüentemente foi reimpressa

anos exerceu a profissão de marinheiro,

como propaganda pelo Partido Traba

visitando países distantes como a Aus

lhista Independente da Inglaterra (In-

cidade, e conseguiu emprego como ti-

escritos de Henry George pareciam a sol brilhando alto no firmamento. Hou

moso título de "Pobreza e progresso".

foi educado sob a severa disciplina de

sapaixonada do economista clássico, como

Íielo "Capital", cujo primeiro volume

da lua, quando se levanta ainda com o

blicou-o em 1880 sob o seu novo e fa

Assim,

um editor de livros teológicos.

dependent Laboiu Party), sob os aus

Platão. Escrevia com o zêlo de um cruzado. Seus trabahlos se ressentem, em sua maioria, de alguma superficiali-

ôra publicado uma década antes. Em conseqüência, a luz derramada pelos

lhe proporções de verdadeiro livro. Pu

pícios de G. N. Bames, seu chefe.

para depois reelaborá-los segundo as suas próprias convicções. Atribuía-se uma

primeira vez, o pensamento econômico

Henry George nasceu em Filadélfia,

Estados, Unidos, em 1839. Seu pai era

alargando o seu horizonte intelectual.

de Karl Mare. Quando o trabalho mais

se achava convulsionado pelo dogma sensacional da "luta de classe" exposto

Depois de anos de

estudo, reelaborou este ensaio, dando-

da terra.

Aquinas, Hume ou Mill, que se conten tavam em discutir os princípios vitais,

importante de George foi editado pela

blicar o panfleto intitulado "Nossa po

trália e a índia, e conseauentemente

de seus méritos residem no fato de ter

jdo ele o sucessor cronológico imediato

coletiva do solo. Pelas alturas de 1871,

tomou-se editor de alguma influência,

seus contemporâneos e lhe garantirão, sem dúvida, as homenagens da poste Origem e formação

"A associação da pobreza ao pro^êsso

George começou, portanto, a remoer

Tratava-se de um homem

acreditava por conseguinte na profimdeza de seus argumentos. Infelizmente,

como tantos outros ardentes teóricos, inconscientemente formulou as suas te ses sobre um alicerce instável de sofís-

A idade do 22 anos retornou à sua

pógrafo numa emprêsa editòra. Logo depois, cansado da vida sedentária numa oficina, voltou novamente para o mar. Em 1859 desembarcou na Califórnia e

Outros trabalhos

Diante do êxito de "Pobreza e pro gresso", George se tomou um escritor fecundo. Entre as suas obras se incluem

tjôs anos mais tarde, depois de uma luta

"O senso comum da tributação", 1880;

penosa, conseguiu um lugar no depar

"A questão agrária na Irlanda", 1881;

tamento de impressão de um jornal de

"Problemas Sociais", 1884; "Proteção

São Francisco. Contraiu matrimônio nesta cidade e se tomou chefe de famí

lia. Não foi, porém, feliz na sua car reira. Durante muito tempo experimen tou dificuldades. Seus malogros numa cidade que estava então atravessando xijn surto sem precedentes e onde o

ou Livre Câmbio?", 1886; "Terra e

Povo", 1888; "O Impôsto Único e a Social-Democracia", 1889; "A Condição

do Trabalho" (uma carta aberta ao papa

preço dos terrenos (como recentemente

Leão XIII), 1891; "Um filósofo perple xo" (análise das teses de Herbert Spencer sòbre a questão agrária), 1893, e "A Ciência da Economia Política", 1897,

em São Paulo e outras cidades brasilei

etc.. ,

ras) se achava em ascensão rápida, per mitindo assim que indivíduos astutos se enriquecessem sem grande esforço, o encheram de desgosto e lhe incutiram sentimentos contrários ao sistema de ci

vilização que permitia tais desigualdades.

Ao mesmo tempo que escrevia, dedi cava muito tempo à leitura e à fundação do associações intituladas da "Terra e

Trabalho". Apesar de sua presença freque^e na tabuna púbUca, não ali

mentava ambições twllíücas definidas.


93

Digésto Econômico

MESTRES M ECOIVOMM Henry George advogado do "Impôsto Único" por 5. Harcourt-Rivlngton (Membro da Sociedade Real de Eco nomia de Londres)

(Especial para o "Digesto Econômico")

mas. Sua fraqueza reside cm deduções imperfeiias. Para os seus silogismos em pregava premissa.s que nenhum pensa

a idéia de que a terra não deveria per tencer a qualquer indivíduo: ela devia,

mento lógico poderia aceitar.

a seu critério, ser entregue irrestrita-

Assim,

chegou a conclusões que não resistiam

ménte ao conjunto do po\'o. Enquanto

a um exame analítico.

trabalhava, gastava os seus anos em desenvolver esta teoria da propriedade

Contudo, a sua

indubitável boa fé e o seu largo conheci mento dos dados econômicos Jhe grangearam o respeito e a admiração dos

JJenry George, o alvo da presente biografía, merece um lugar de maior relevo, entre os grandes economistas, que aquele que Habitualmente lhe é

^ncedido, pois o seu livro principal Pobreza e Progresso" constitui uma

h

des e ^ o

i>í=preensíveis qualida-

reconhecimento, por

militaram contra parte do mundo,

constitui o grande enigtna de nosso tempo. Ela apresenta o fãto central, do qual decorrem as difictddades indus triais, sociais e políticas que mergulham o mundo em perplexidade, sem que lhes

dôem remédio os estadistas, filantropos e educadores" — declarava Henry Geor

ge. Na sua opinião, a pobreza derivava, como conseqüência, de uma civilização construída sôhre a propriedade privada

e assim assejnirou-se os meios para pu

ridade.

lítica agraria", em que defendia os seus

pontos de vista.

inissão.

Esta vinba a ser a conversão

do mundo ao seu ponto de vista, segun do perspectivas tão velhas quanto as de

samente coloridas, destinadas a estimu

vesse vivido em época diferente, e os

dade, e se compunham de frases ardoro

lar os homens à ação. George era um reformador e desejava a concepção básica da civilização

seus trabalhos teriam alcançado reper

tmdicional.

cussões mais profundas na consciência

absolutamente sincero nas suas idéias, e

mundial.

Henry George era, antes de mais nada,

um propaganâista, e pode ser classifi cado na mesma categoria de Paíne, List, Owen e Marx.

Náo tinbn a calma de-

Por essa época transferiu-se para Nova

Deixou a

Iorque, onde fixou residência. Sua obra

escola à idade de 13 anos. Depois de três ano.s de trabalho irregular e incerto,

rapidamente despertou o mais amplo in-

um lar altamente religioso. tentou a sorte no oceano.

Durante seis

terêsse tanto na América como na Euro

pa.

Subseqüentemente foi reimpressa

anos exerceu a profissão de marinheiro,

como propaganda pelo Partido Traba

visitando países distantes como a Aus

lhista Independente da Inglaterra (In-

cidade, e conseguiu emprego como ti-

escritos de Henry George pareciam a sol brilhando alto no firmamento. Hou

moso título de "Pobreza e progresso".

foi educado sob a severa disciplina de

sapaixonada do economista clássico, como

Íielo "Capital", cujo primeiro volume

da lua, quando se levanta ainda com o

blicou-o em 1880 sob o seu novo e fa

Assim,

um editor de livros teológicos.

dependent Laboiu Party), sob os aus

Platão. Escrevia com o zêlo de um cruzado. Seus trabahlos se ressentem, em sua maioria, de alguma superficiali-

ôra publicado uma década antes. Em conseqüência, a luz derramada pelos

lhe proporções de verdadeiro livro. Pu

pícios de G. N. Bames, seu chefe.

para depois reelaborá-los segundo as suas próprias convicções. Atribuía-se uma

primeira vez, o pensamento econômico

Henry George nasceu em Filadélfia,

Estados, Unidos, em 1839. Seu pai era

alargando o seu horizonte intelectual.

de Karl Mare. Quando o trabalho mais

se achava convulsionado pelo dogma sensacional da "luta de classe" exposto

Depois de anos de

estudo, reelaborou este ensaio, dando-

da terra.

Aquinas, Hume ou Mill, que se conten tavam em discutir os princípios vitais,

importante de George foi editado pela

blicar o panfleto intitulado "Nossa po

trália e a índia, e conseauentemente

de seus méritos residem no fato de ter

jdo ele o sucessor cronológico imediato

coletiva do solo. Pelas alturas de 1871,

tomou-se editor de alguma influência,

seus contemporâneos e lhe garantirão, sem dúvida, as homenagens da poste Origem e formação

"A associação da pobreza ao pro^êsso

George começou, portanto, a remoer

Tratava-se de um homem

acreditava por conseguinte na profimdeza de seus argumentos. Infelizmente,

como tantos outros ardentes teóricos, inconscientemente formulou as suas te ses sobre um alicerce instável de sofís-

A idade do 22 anos retornou à sua

pógrafo numa emprêsa editòra. Logo depois, cansado da vida sedentária numa oficina, voltou novamente para o mar. Em 1859 desembarcou na Califórnia e

Outros trabalhos

Diante do êxito de "Pobreza e pro gresso", George se tomou um escritor fecundo. Entre as suas obras se incluem

tjôs anos mais tarde, depois de uma luta

"O senso comum da tributação", 1880;

penosa, conseguiu um lugar no depar

"A questão agrária na Irlanda", 1881;

tamento de impressão de um jornal de

"Problemas Sociais", 1884; "Proteção

São Francisco. Contraiu matrimônio nesta cidade e se tomou chefe de famí

lia. Não foi, porém, feliz na sua car reira. Durante muito tempo experimen tou dificuldades. Seus malogros numa cidade que estava então atravessando xijn surto sem precedentes e onde o

ou Livre Câmbio?", 1886; "Terra e

Povo", 1888; "O Impôsto Único e a Social-Democracia", 1889; "A Condição

do Trabalho" (uma carta aberta ao papa

preço dos terrenos (como recentemente

Leão XIII), 1891; "Um filósofo perple xo" (análise das teses de Herbert Spencer sòbre a questão agrária), 1893, e "A Ciência da Economia Política", 1897,

em São Paulo e outras cidades brasilei

etc.. ,

ras) se achava em ascensão rápida, per mitindo assim que indivíduos astutos se enriquecessem sem grande esforço, o encheram de desgosto e lhe incutiram sentimentos contrários ao sistema de ci

vilização que permitia tais desigualdades.

Ao mesmo tempo que escrevia, dedi cava muito tempo à leitura e à fundação do associações intituladas da "Terra e

Trabalho". Apesar de sua presença freque^e na tabuna púbUca, não ali

mentava ambições twllíücas definidas.


94

95

Dicesto Econômico

Dicesto EcoNÓNaco

Em 1886, contudo, recebeu uma indica

ção imediata.

ção independente para prefeito da ci

da terra não tem

dade de Nova Iorque. A sua candida tura se fez tão popular que foi necessá

moralidade e na razão do que a proprie dade privada do ar e da luz do sol. Mas a ocupação privada e o usufruto do solo são justos e indispensáveis. A terra pode ser, e atualmente é com efeito dividida para o uso particular

estadistas, filanlropos

entre os que podem pagar os maiores

"A propriedade privada da terra" — in

preços pela exploração de cada parcela. Este preço é pago anuabnente a algu

sistia — sempre conduziu, e sempre con

ria uma coligação dos dois mais fortes

partidos políticos para impedir a sua eleição.

Faleceu em 1897, à idade de

58 anos, quando disputava pela segun da vez o cargo de prefeito de Nova Ior que. Pode calcular-se a sua populari dade pelo fato de ser o seu funeral uma

das maiores demonstrações públicas de lealdade e admiração já tributadas a qualquer cidadão na história americana.

A doutrina fundamental de Heniy George, elabora^ sobre alguns sofismas ingênuos, nao nasceu com ele. No

prefácio de "Pobreza e progresso" escre veu; "O que realizei neste livro, se de tato resolvi corretamente o grande pro

blema que procurai investigar, foi com-

estabelecida pela escola de SrmA e Ricardo a verdade estabeleoda pela escola de Proudhon e Lassalle;

mostrar que o "laissez-faire" (em sua

hzaclò^H caminho à reaüzaçao do nobre sonho°do socialismo a idenüficação da lei social à lei moral

com a desaprovação de idéias auTJhscurecem nas mteliffênoínc ' ~ Jargas e elevadas"® ' Suas soluções, em resumo, propugna-

vam a aboliçao do título inèviduil à

propriedade perpetua da terra. Os pro prietáríos, contudo, poderiam conservar

a sua empresa. Deveria haver um im posto único (1) sobre todas as rendas

para custear todas as despesas do go verno.

Não seriam permitidas outras

taxas de qualquer espécie. Resumo da doutrina de George A doutrina de George foi inteligente

mente resumida por T. G. Shearman, autor da "Tributação Natural", nos se

guintes termos: "A terra de qualquer país pertence naturalmente a todo o

A propriedade privada

e

educadores".

George pretendia que a pobreza deri vada, como conseqüência, de uma civili zação construida .sôbre a propriedade

privada da terra, c que, em tal sistema, aumentava com o a\'an(.'0 do progresso. duzirá, como a experiência o demonstra, à escravização da classe trabalhadora".

mas pessoas, e se denomina "renda". Com a aplicação da renda da terra, ape

"O reconhecimento da

propriedade

nas, a todos os melhoramentos, e em benefício de toda a comunidade, haveria

individual da terra nega os direitos na

distribuição de justiça a todos os ho mens. Como a renda é sempre mais do que suficiente para pagar as despesas do governo, estas poderiam ser atendi

tanto um mal que se denuncia na di visão 'desigual da riqueza. So um ho mem iJodc ser detentor da loira que ou

das mediante uma taxa sobre a aludida

se do produto de seu trabalho, sob a forma de preço para a permissão de tal atividade. (Êste é um ponto que os comimistas não ponderam devidamente,

turais das outras pessoas. Constitui por

tros lavram, pode igualmente apropriar-

renda, implicando tal incidência na abo lição de todas as demais.

Aos terrate-

nentes poderia ser concedido o direito irrestrito e nominal à propriedade do

e grandes vantagens os ditadores so\ié-

solo, com margem sobre a tributação

ticos retiram desta sua atitude). A êste

ele honestamente acreditava

houvesse

provado, acima de qualquer dúvida, as teses que elaborara. Contudo, a verda de é que muitas das suas assertivas são falsas, ou ao menos altamente contro vertidas, e os seus argumentos não raro

são ilógicos. Para justificar, por exemplo, o núcleo

principal de sua doutrina, isto é, a afir mativa de que a propriedade da terra é

injusta, escreve:

"O direito de posse que rcsuUa do trabalho exclui a possibi lidade de qualquer outro direito de pro priedade". Depois desta declaração, que não constitui absolutamente um axioma, George continua: "Se um homem tem

legítimos direitos ao produto de seu tra balho, então ninguém pode ter legítimos

direitos à propriedade de quaquer coisa que não seja o produto desse trabalho,

ou do trabalho de qualquer pessoa cujo direito liaja passado para si". Exato ou inexato o objetivo de sua

tese, não pode haver duas opiniões acer

ôrro fundamental corresponde uma in

ca da validade de seu argumento. To

pectivo. Seriam assim transformados em

scpíirando a sociedade moderna entre

leis da lógica sabem que aquela con-

meros agentes agrários. Evidentemente, isto importaria em absoluta liberdade

homens muito ricos e homens muito

que os induzisse à cobrança de sua

justa distribuição de riqueza que está

ronda e ao pagamento do imposto res

pobres. É o contínuo aumento das ren

de comércio, pois todos os direitos sôbre

das — o preço que o trabalho deve

importações, manufaturas, heranças, do cumentos, propriedade pessoal, edifica

pagar pelo uso da terra, — que arranca

ções ou benfeitorias estariam fadados a

ram, píira coloca-la nas mãos dos poucos

a riqueza dos que realmente a produzi

desaparecer. Nada do produzido pelo homèm poderia ser gravado. O direito

qjie nada fizeram para ganhá-la". Nesta afirmativa se denuncia o refle

de posse sôbre todas as coisas elabora das pelo homem seria assim absoluto.

xo do dogma da luta de classe. Num '"frenesi comparável ao de Marx, quanfjo advoga a revolução do proletariado,

O dono de tais coisas não poderia ser expropriado sem integral compensação,

líenry George perguntava:

mesmo sob o pretexto de imposto".

"Porque

motivo as vítimas de uma taT injustiça

Distribuição da riqueza

haveriam de hesitar um momento em

Numa declaração a respeito do pro blema que se propusera resolver, Henry George escreveu: "A associação da po breza ao progresso constitui o grande

para se lhes permitir qxie assim colliam

pode ser alienado por uma geração, de

enigma do nosso tempo. Ela apresenta o fato central, do qual decorrem as'di

maneira a prejudicar o título da gera-

ficuldades industriais, sociais e políticas

povo desse mesmo país. Tal direito não

que mergulham o mundo em perple.xidades, sem que lhes dêem remédio os

maiores alicerces na

desfazê-la?

Quem são os proprietários,

olusão negativa não encontra nada que a justifique. Ela seria admissível se a palawa apenas fosse encaixada na

premissa depois das palavras "legítimos direitos , quandõ empregadas pela pri meira vez. Mas se isto fôsse feito a própria afirmaüva se tomaria definiti vamente insustentável, tornando a conin«iinciçfAr>t^ ohisão insubsistente.

Infelizmente, Henrv Georg.

, -, -fee tinha queda para .. ürar conclusões negativas de premissas poritivas. Tal era a sua idiossincrasia. Estas lacunas Hp -,^^1 dedução correta desnaturam a f?

Udade da sua obra. Elas ciin

doutrina e rnilitam

validam a

onde não semearam?"

çío geral de suas propo^^tas^ %

j^firmações controvertidas e arf^umentos

um apelo tao emotivo e Á intenções não pode passar j do. Daí a fama duradoura j ^^Percebi-

ilógicos

Ê suficientemente claro para quem estude os escritos de Henry George que J

dos os que tenham conhecimento das

balhos.

ae seus tra-


94

95

Dicesto Econômico

Dicesto EcoNÓNaco

Em 1886, contudo, recebeu uma indica

ção imediata.

ção independente para prefeito da ci

da terra não tem

dade de Nova Iorque. A sua candida tura se fez tão popular que foi necessá

moralidade e na razão do que a proprie dade privada do ar e da luz do sol. Mas a ocupação privada e o usufruto do solo são justos e indispensáveis. A terra pode ser, e atualmente é com efeito dividida para o uso particular

estadistas, filanlropos

entre os que podem pagar os maiores

"A propriedade privada da terra" — in

preços pela exploração de cada parcela. Este preço é pago anuabnente a algu

sistia — sempre conduziu, e sempre con

ria uma coligação dos dois mais fortes

partidos políticos para impedir a sua eleição.

Faleceu em 1897, à idade de

58 anos, quando disputava pela segun da vez o cargo de prefeito de Nova Ior que. Pode calcular-se a sua populari dade pelo fato de ser o seu funeral uma

das maiores demonstrações públicas de lealdade e admiração já tributadas a qualquer cidadão na história americana.

A doutrina fundamental de Heniy George, elabora^ sobre alguns sofismas ingênuos, nao nasceu com ele. No

prefácio de "Pobreza e progresso" escre veu; "O que realizei neste livro, se de tato resolvi corretamente o grande pro

blema que procurai investigar, foi com-

estabelecida pela escola de SrmA e Ricardo a verdade estabeleoda pela escola de Proudhon e Lassalle;

mostrar que o "laissez-faire" (em sua

hzaclò^H caminho à reaüzaçao do nobre sonho°do socialismo a idenüficação da lei social à lei moral

com a desaprovação de idéias auTJhscurecem nas mteliffênoínc ' ~ Jargas e elevadas"® ' Suas soluções, em resumo, propugna-

vam a aboliçao do título inèviduil à

propriedade perpetua da terra. Os pro prietáríos, contudo, poderiam conservar

a sua empresa. Deveria haver um im posto único (1) sobre todas as rendas

para custear todas as despesas do go verno.

Não seriam permitidas outras

taxas de qualquer espécie. Resumo da doutrina de George A doutrina de George foi inteligente

mente resumida por T. G. Shearman, autor da "Tributação Natural", nos se

guintes termos: "A terra de qualquer país pertence naturalmente a todo o

A propriedade privada

e

educadores".

George pretendia que a pobreza deri vada, como conseqüência, de uma civili zação construida .sôbre a propriedade

privada da terra, c que, em tal sistema, aumentava com o a\'an(.'0 do progresso. duzirá, como a experiência o demonstra, à escravização da classe trabalhadora".

mas pessoas, e se denomina "renda". Com a aplicação da renda da terra, ape

"O reconhecimento da

propriedade

nas, a todos os melhoramentos, e em benefício de toda a comunidade, haveria

individual da terra nega os direitos na

distribuição de justiça a todos os ho mens. Como a renda é sempre mais do que suficiente para pagar as despesas do governo, estas poderiam ser atendi

tanto um mal que se denuncia na di visão 'desigual da riqueza. So um ho mem iJodc ser detentor da loira que ou

das mediante uma taxa sobre a aludida

se do produto de seu trabalho, sob a forma de preço para a permissão de tal atividade. (Êste é um ponto que os comimistas não ponderam devidamente,

turais das outras pessoas. Constitui por

tros lavram, pode igualmente apropriar-

renda, implicando tal incidência na abo lição de todas as demais.

Aos terrate-

nentes poderia ser concedido o direito irrestrito e nominal à propriedade do

e grandes vantagens os ditadores so\ié-

solo, com margem sobre a tributação

ticos retiram desta sua atitude). A êste

ele honestamente acreditava

houvesse

provado, acima de qualquer dúvida, as teses que elaborara. Contudo, a verda de é que muitas das suas assertivas são falsas, ou ao menos altamente contro vertidas, e os seus argumentos não raro

são ilógicos. Para justificar, por exemplo, o núcleo

principal de sua doutrina, isto é, a afir mativa de que a propriedade da terra é

injusta, escreve:

"O direito de posse que rcsuUa do trabalho exclui a possibi lidade de qualquer outro direito de pro priedade". Depois desta declaração, que não constitui absolutamente um axioma, George continua: "Se um homem tem

legítimos direitos ao produto de seu tra balho, então ninguém pode ter legítimos

direitos à propriedade de quaquer coisa que não seja o produto desse trabalho,

ou do trabalho de qualquer pessoa cujo direito liaja passado para si". Exato ou inexato o objetivo de sua

tese, não pode haver duas opiniões acer

ôrro fundamental corresponde uma in

ca da validade de seu argumento. To

pectivo. Seriam assim transformados em

scpíirando a sociedade moderna entre

leis da lógica sabem que aquela con-

meros agentes agrários. Evidentemente, isto importaria em absoluta liberdade

homens muito ricos e homens muito

que os induzisse à cobrança de sua

justa distribuição de riqueza que está

ronda e ao pagamento do imposto res

pobres. É o contínuo aumento das ren

de comércio, pois todos os direitos sôbre

das — o preço que o trabalho deve

importações, manufaturas, heranças, do cumentos, propriedade pessoal, edifica

pagar pelo uso da terra, — que arranca

ções ou benfeitorias estariam fadados a

ram, píira coloca-la nas mãos dos poucos

a riqueza dos que realmente a produzi

desaparecer. Nada do produzido pelo homèm poderia ser gravado. O direito

qjie nada fizeram para ganhá-la". Nesta afirmativa se denuncia o refle

de posse sôbre todas as coisas elabora das pelo homem seria assim absoluto.

xo do dogma da luta de classe. Num '"frenesi comparável ao de Marx, quanfjo advoga a revolução do proletariado,

O dono de tais coisas não poderia ser expropriado sem integral compensação,

líenry George perguntava:

mesmo sob o pretexto de imposto".

"Porque

motivo as vítimas de uma taT injustiça

Distribuição da riqueza

haveriam de hesitar um momento em

Numa declaração a respeito do pro blema que se propusera resolver, Henry George escreveu: "A associação da po breza ao progresso constitui o grande

para se lhes permitir qxie assim colliam

pode ser alienado por uma geração, de

enigma do nosso tempo. Ela apresenta o fato central, do qual decorrem as'di

maneira a prejudicar o título da gera-

ficuldades industriais, sociais e políticas

povo desse mesmo país. Tal direito não

que mergulham o mundo em perple.xidades, sem que lhes dêem remédio os

maiores alicerces na

desfazê-la?

Quem são os proprietários,

olusão negativa não encontra nada que a justifique. Ela seria admissível se a palawa apenas fosse encaixada na

premissa depois das palavras "legítimos direitos , quandõ empregadas pela pri meira vez. Mas se isto fôsse feito a própria afirmaüva se tomaria definiti vamente insustentável, tornando a conin«iinciçfAr>t^ ohisão insubsistente.

Infelizmente, Henrv Georg.

, -, -fee tinha queda para .. ürar conclusões negativas de premissas poritivas. Tal era a sua idiossincrasia. Estas lacunas Hp -,^^1 dedução correta desnaturam a f?

Udade da sua obra. Elas ciin

doutrina e rnilitam

validam a

onde não semearam?"

çío geral de suas propo^^tas^ %

j^firmações controvertidas e arf^umentos

um apelo tao emotivo e Á intenções não pode passar j do. Daí a fama duradoura j ^^Percebi-

ilógicos

Ê suficientemente claro para quem estude os escritos de Henry George que J

dos os que tenham conhecimento das

balhos.

ae seus tra-


97

Digesto Econômico

PANO

de açúcar ein larga escala, êste ano,

em cinzas do produto analisado, para

também ó difícil uma resposta, porque isso depende do volume da safra, que não se pôde prever até agora".

na tabela respectiva, anexa ao mesmo

efeito do côniputo do coeficiente A, o qual será obtíao por interpelação, linear decreto.

IMPOSTO DE RENDA

j^o seu número relativo ao terceiro trimestre de 1940, o "Boletim Estatístico^' do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística permite um exame do vulto arreca^ção do impôsto de renda no Distrito Federal e nas capitais dos Es' a os, ate o primeiro semestre do ano próximo findo, graças ao grau de atua^ tzaçao aos dados que divulga. Evidencia-se a contínua e significativa ascenção dos recolhimentos devidos a êsse tributo, nos últimos exercícios. /ígwm em posição de acentuado relêvo em tal arrecadação,

Depósitos no Banco do Brasil Reservas ouro

O Banco do Brasil introduziu modi

ficações em alguns tipos de contas de

depósitos, as quais só poderão ser efe tuadas nos limites e taxas de juros se guintes: depósitos sem limite, 2% ao ano, com depósito inicial mínimo de mil cruzeiros; depósitos populares, limites do Cr$ 10.000,00, 4/3% ao ano; depósitos

Atribuindo o índice 100 à média

mensal alcançada em 1939 pelas reser

vas ouro de alguns países, inclusive o

nosso, publica o Boletim Estatístico do

I.B.G.E., ein seu número relativo ao terceiro trimestre deste ano, aos índi

ces atingidos até abril de 1946, se

gundo sistematização feita na secr^a-

^contribuição, de janeiro a julho de 1946, foi superior

limitados, de Cr$ 50.000,00, 4% ao ano; de Cr$ 100.000,00, 3% ao ano;

ria geral daquela entidade, dos dados

9C\'=i 9 milhões de 1 cruzeiros; período, o montante arrecadado no Distrito Federal somou zuo.z

depósitos a prazo fixo, por 6 meses, 4%

contidos no boletim da Sociedade das

A

Pni/jJ^ ^7-> Polos conjuntos das capitais das unidades federadas, inclusive São

ao ano, e por 12 meses, 5% ao ano; com

retirada mensal de renda, por meio de cheques, por 6 meses, 312% ao ano, e

dos totais reeistrndL

Tratando^ os resultados

cruzeiros.

Nas capitais restantes, nenhum

atingiu 1 milhão cruzeiros, imposto anual,deconvém estabelecer um confronto entre

deira medida do

Federal, em 1944 e

pectivamente; São Pai /

^

1944, pois sòmente assim teremos a verda-

da referida arrecadação. Figurou o Distrito

com 679,9 milhões e 771,4 milhões de cruzeiros, res-

milhões; Recife 49 8

zonte, 29,4 e 37 3' miiu -

^ 714,2 milhões; Pôrto Alegre, 60,1 e 77,2

^Hhões; Salvador, 44,9 e 48,3 milhões; Belo HoH-

milhões; Fortaleza H 7 p^i'a 1

e 9,1 milhões; Maceió 7 1 i «"o

^1,2 e 23,6 milhões; Belém, 21,2 e 23,5

-ff'- ^cnaus 11,2 e 9,5 milhões; Niterói, 12,2

3,4 e 4,3 milhões; Tereslna 34 milhões; São Luiz, 6,3 e 7,1 milhões; Aracaju, Pessoa, 2,2 e 2,8 milhões- Natal o a milhões; Vitória, 2,3 e 3,5 milhões; João

Ihões; Cuiabá, 1,2 e 1,1 inilhão-

r

milhões; Florianópolis, 2,3 e 2,1 mi-

que em alguns centros de menor ?

c 661 mü cruzeiros. Verifica-se

cimo em 1945, mas sem nenhuma

econômica houve ligeiro decrés-

tnfiuêncta nos resultados gerais.

BRASIL

hvo. O preço do açúcar para êste ano Açúcar pernambucano

Segundo notícias procedentes de Re cife, o preço do açúcar sofreria gran de alta êste ano, acompanhada de expor

tação em larga escala para o exterior. Ouvido a respeito, o presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool decla

rou: "Por enquanto nada há de posi-

está dependendo dos estudos que estão sendo feitos em São Paulo para o pa

Sor 12 meses, 4}á% ao ano; depósitos

e aviso prévio, de 30 dias, 3}2%, de 60 dias, 4% ao ano, e de 90 dias, 4Já%.

O preço dos carvões nacionais Considerando a necessidade de ga

Nações. No quadro ali apresentado, o Brasil figura, em 1940, com a mema

de 133 e no ano seguinte com a de 190. A partir de 1942 nossas reser vas de ouro começaram a elevar-se num

ritmo até aqui constante. Em 1^^ ^ média alcançou 329, passando a "do em 1943 e 955, em m'4, e a 1.025 em 1945.

No mês de abril deste ano o

índice era de 1.043.

rantia aos ti-abalhadores das usinas do

Rio Grande do Sul, com a manutenção

dos atuais salários, de acòrdo com pro

posta do Conselho Nacional de Minas 0 Metalurgia, e a conveniência de, me diante estímulos adeqüados, incentivar

Operações econômicas com a Itália

A Fiscalização Bancária do Banco do

Brasil baixou instrução relativa ao inter

a produção de carvão em Santa Cata

câmbio comercial com a Itália, instrução concebida nos seguintes termos:

rina, foi baixado decreto na pasta da Viação. Por êsse decreto, os preços

lização Bancária, em aditamento

dos carvões do Rio Grande do Sul,

"O Banco do Brasil S. A. — Fisca

estabelecidos no anexo n.° 2 ao decre

tal publicado no "Diário Oficial", de

to-lei n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, até ulterior deliberação do

toma público que, de conformidade com

de outubro de 1946, página IS.fatW,

govêmo federab ficam acrescidos da importância de Cr$ 4,25, a partir de

o acordo havido com o Banco da InãInteira, foi excluída a ItiUia da lista

Inquirido sobre se há tendência' para a alta, declarou: "Não é possível acuan-

1 de janeiro do corrente ano, mantidas as demais taxas já previstas. No cálculo do preço mineral de que

Brasil se realizam em libras esterlinas.

1 coisaestudos a respeito. Só revelar os re sultados dêsses poderão o que há nesse sentido. A propósito das notícias de que haverá exportação

trata a nota 2, do número II, do anexo ■à.° 2 ao decreto-^eí n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, devem ser levadas em conta as variações decimais do teor

gamento da taxa de fornecimento do

produto ao Distrito Federal".

os países cujos intercâmbios com o

"Em conseqüência, as operações de

qualquer natiureza entre o Brasil e a Itália passaram a ser conduzidas em dó lares, ou qualquer moeda de livre curso internacional".


97

Digesto Econômico

PANO

de açúcar ein larga escala, êste ano,

em cinzas do produto analisado, para

também ó difícil uma resposta, porque isso depende do volume da safra, que não se pôde prever até agora".

na tabela respectiva, anexa ao mesmo

efeito do côniputo do coeficiente A, o qual será obtíao por interpelação, linear decreto.

IMPOSTO DE RENDA

j^o seu número relativo ao terceiro trimestre de 1940, o "Boletim Estatístico^' do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística permite um exame do vulto arreca^ção do impôsto de renda no Distrito Federal e nas capitais dos Es' a os, ate o primeiro semestre do ano próximo findo, graças ao grau de atua^ tzaçao aos dados que divulga. Evidencia-se a contínua e significativa ascenção dos recolhimentos devidos a êsse tributo, nos últimos exercícios. /ígwm em posição de acentuado relêvo em tal arrecadação,

Depósitos no Banco do Brasil Reservas ouro

O Banco do Brasil introduziu modi

ficações em alguns tipos de contas de

depósitos, as quais só poderão ser efe tuadas nos limites e taxas de juros se guintes: depósitos sem limite, 2% ao ano, com depósito inicial mínimo de mil cruzeiros; depósitos populares, limites do Cr$ 10.000,00, 4/3% ao ano; depósitos

Atribuindo o índice 100 à média

mensal alcançada em 1939 pelas reser

vas ouro de alguns países, inclusive o

nosso, publica o Boletim Estatístico do

I.B.G.E., ein seu número relativo ao terceiro trimestre deste ano, aos índi

ces atingidos até abril de 1946, se

gundo sistematização feita na secr^a-

^contribuição, de janeiro a julho de 1946, foi superior

limitados, de Cr$ 50.000,00, 4% ao ano; de Cr$ 100.000,00, 3% ao ano;

ria geral daquela entidade, dos dados

9C\'=i 9 milhões de 1 cruzeiros; período, o montante arrecadado no Distrito Federal somou zuo.z

depósitos a prazo fixo, por 6 meses, 4%

contidos no boletim da Sociedade das

A

Pni/jJ^ ^7-> Polos conjuntos das capitais das unidades federadas, inclusive São

ao ano, e por 12 meses, 5% ao ano; com

retirada mensal de renda, por meio de cheques, por 6 meses, 312% ao ano, e

dos totais reeistrndL

Tratando^ os resultados

cruzeiros.

Nas capitais restantes, nenhum

atingiu 1 milhão cruzeiros, imposto anual,deconvém estabelecer um confronto entre

deira medida do

Federal, em 1944 e

pectivamente; São Pai /

^

1944, pois sòmente assim teremos a verda-

da referida arrecadação. Figurou o Distrito

com 679,9 milhões e 771,4 milhões de cruzeiros, res-

milhões; Recife 49 8

zonte, 29,4 e 37 3' miiu -

^ 714,2 milhões; Pôrto Alegre, 60,1 e 77,2

^Hhões; Salvador, 44,9 e 48,3 milhões; Belo HoH-

milhões; Fortaleza H 7 p^i'a 1

e 9,1 milhões; Maceió 7 1 i «"o

^1,2 e 23,6 milhões; Belém, 21,2 e 23,5

-ff'- ^cnaus 11,2 e 9,5 milhões; Niterói, 12,2

3,4 e 4,3 milhões; Tereslna 34 milhões; São Luiz, 6,3 e 7,1 milhões; Aracaju, Pessoa, 2,2 e 2,8 milhões- Natal o a milhões; Vitória, 2,3 e 3,5 milhões; João

Ihões; Cuiabá, 1,2 e 1,1 inilhão-

r

milhões; Florianópolis, 2,3 e 2,1 mi-

que em alguns centros de menor ?

c 661 mü cruzeiros. Verifica-se

cimo em 1945, mas sem nenhuma

econômica houve ligeiro decrés-

tnfiuêncta nos resultados gerais.

BRASIL

hvo. O preço do açúcar para êste ano Açúcar pernambucano

Segundo notícias procedentes de Re cife, o preço do açúcar sofreria gran de alta êste ano, acompanhada de expor

tação em larga escala para o exterior. Ouvido a respeito, o presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool decla

rou: "Por enquanto nada há de posi-

está dependendo dos estudos que estão sendo feitos em São Paulo para o pa

Sor 12 meses, 4}á% ao ano; depósitos

e aviso prévio, de 30 dias, 3}2%, de 60 dias, 4% ao ano, e de 90 dias, 4Já%.

O preço dos carvões nacionais Considerando a necessidade de ga

Nações. No quadro ali apresentado, o Brasil figura, em 1940, com a mema

de 133 e no ano seguinte com a de 190. A partir de 1942 nossas reser vas de ouro começaram a elevar-se num

ritmo até aqui constante. Em 1^^ ^ média alcançou 329, passando a "do em 1943 e 955, em m'4, e a 1.025 em 1945.

No mês de abril deste ano o

índice era de 1.043.

rantia aos ti-abalhadores das usinas do

Rio Grande do Sul, com a manutenção

dos atuais salários, de acòrdo com pro

posta do Conselho Nacional de Minas 0 Metalurgia, e a conveniência de, me diante estímulos adeqüados, incentivar

Operações econômicas com a Itália

A Fiscalização Bancária do Banco do

Brasil baixou instrução relativa ao inter

a produção de carvão em Santa Cata

câmbio comercial com a Itália, instrução concebida nos seguintes termos:

rina, foi baixado decreto na pasta da Viação. Por êsse decreto, os preços

lização Bancária, em aditamento

dos carvões do Rio Grande do Sul,

"O Banco do Brasil S. A. — Fisca

estabelecidos no anexo n.° 2 ao decre

tal publicado no "Diário Oficial", de

to-lei n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, até ulterior deliberação do

toma público que, de conformidade com

de outubro de 1946, página IS.fatW,

govêmo federab ficam acrescidos da importância de Cr$ 4,25, a partir de

o acordo havido com o Banco da InãInteira, foi excluída a ItiUia da lista

Inquirido sobre se há tendência' para a alta, declarou: "Não é possível acuan-

1 de janeiro do corrente ano, mantidas as demais taxas já previstas. No cálculo do preço mineral de que

Brasil se realizam em libras esterlinas.

1 coisaestudos a respeito. Só revelar os re sultados dêsses poderão o que há nesse sentido. A propósito das notícias de que haverá exportação

trata a nota 2, do número II, do anexo ■à.° 2 ao decreto-^eí n.° 9.826, de 10 de setembro de 1946, devem ser levadas em conta as variações decimais do teor

gamento da taxa de fornecimento do

produto ao Distrito Federal".

os países cujos intercâmbios com o

"Em conseqüência, as operações de

qualquer natiureza entre o Brasil e a Itália passaram a ser conduzidas em dó lares, ou qualquer moeda de livre curso internacional".


Dioesto

98

Orçamento de União De acordo com o último balancete,

Econômico

nambuco — no Aprendizado Agrícola de Barreiros e no Campo de Semente de Glória do Cotia, em cooperação com a

99

Dicesto Econômico

1932, a fim de resgatar débitos anterio

do-se levantamento topográfico porme

res desta Caixa, para com o Banco do Brasil S. A., Cr§ 350.000.000.00 (tre

norizado das iireas que interessem".

mesma.secção cio.Ministério da Agricul

zentos e cinqüenta milhões de cruzei ros).

período de janeiro a novembro de 1945,

tura; em Alagoas — no Aprendiziiclo Agrícola "Floriano Pci.xoto"; no Rio

apresentou uma renda de Cr$

Grande do Norte - na Fazenda "Nelson

10.006.079.000,00 e a despesa de Cr$ 11.925.886.000,00, verificando-se, por tanto, "déficit" de Cr$ 1.919.807.000,00.

Rockefeller", em cooperação com a Sec ção do Fomento Agrícola; na Bahia — na estação de Entre Rios e cm Oliveira de Cainpinho, em cooperação com a

Exportação de arroz

referida secção; no Rio de Janeiro, no

O ministro da Fazenda, considerando a existência, no Pará, Maranhão e Piauí,

em Minas Gerais — na Estação Experi mental de Patos, em Benfica, com a

organizado . pela. Contadoria Geral da Hepúblíca, o orçamento da União, no

Aprendizado Agrícola "Nilo Peçanha"; de apreciáveis quantidades de arroz que não encontram consumo local nem fácil

bição de e.xportação estabelecida pelo

A perfuração do poço C-27, recen temente descoberto no campo de Can

(quinhentos a cinqüenta e nove milhões, quinhentos e quarenta c nove mil cru

deias, Bahia, começou no dia 4 de no

zeiros)".

arenito oleífero a cerca de 826 metros.

vembro último, 6 alcançou o topo do Os trabalhos estavam concluídos a 3 de

O problema do caruão

Nas instruções que deu para a orga nização do plano de trabalho da pasta

dezembro. A perfuração atingiu a pro fundidade de 922,02 metros, após de monstrar uma espessura de 54 metros , pam as zonas do óleo. Sendo o poço em seguida completado para a produ

colaboração da 4.^ Região Militar (Ser

da Agricultura no período presidencial

viço dc Subsistência).

em curso, o ministro Daniel de Carvalho

ção, iniciaram-se no dia 6 os respectivos

recomendou atenção especial para o pro blema do carvão nacional, cujas reser

"tests".

escoamento para outros pontos do país,

reviveu excluir èsse produto, quando originário daqueles Estados, da proi

"Total em circulação em 31 de de zembro de 1946 — Cr$ 559.549.000,00

Petróleo baiano

Compressão de despesas O secretário da presidência da Re

vas, no dizer do engenheiro Alves de Sousa, diretor do Departamento de

A 9, o C-27 produziu, por

"surgência", através de uma abertura de 30/64, o total de 944 barris (de 159 litros) durante 24 horas.

Êsse resulta

diploma legal acima referido. Conti nua o arroz, contudo, sujeito ao regime

a seguinte circular:

não vão além de 500 milhões de tone

rar, pela sua expressão, entre os C-26

Importação do Banco do Brasil S. A.,

"Transmito a v. excia., para os devi dos fins, de ordem do presidente da Re

ladas.

e C-28, que o antecederam, considera

e licença da Carteira de Exportação e

a qual deverão ser apresentados os res

pectivos _ "pedidos", já comdo oabasteci "visto" dos orgaos controlacíores mento nos locais onde deva ser feito o embarque, desde que fique eviden ciado nao haver inconveniente na transação pretendida.

pública dirigiu aos ministros de Estado

Produção Mineral daquele Ministério, "Não é muito — esclareceu o referido

do mostra que o novo poço pode figu dos excelentes.

pública, a e.vpressa determinação de s.

técnico — e pelo fato mesmo de não

O poço C-27, situado a 1.800 metros

exeia. no sentido de que, na execução

.serem das maiores é que devem ser

ao norte do C-26, que é o de maior ren dimento até aqui perfurado, ou seja,

do orçamento do exercício de 1947, haja

real compre.ssão de despesas, devendo

efetuar-se rigorosamente deVitro dos li mites dos eréditos próprios, os quais não deverão ser ultrapassados, desde

detidamente estudadas, a fim de que se possa tirar delas o maior partido po.ssível em benefício do país". Prosseguindo, diz o engenheiro Alves de Souza que o Brasil conta com reser vas de carvão mineral de certa impor

de 1.500 barris diários, localiza-se entre

os C-10 e C-13, cuja produção global soma em média 100 barris diários. Parque industrial brasileiro

Postos de experimentação agrícola

que a - situação financeira não permite de maneira nenhuma a abertura de cré

Em reunião de secretários de Agricul

ditos adicionais e principalmente suple

Sul, Santa Catarina e Paraná. Há ainda

tura dos Estados ficou resolvido a ins talação, em colaboração com a.Comis são Mista Brasileiro-Americana de Agri cultura, de 80 postos de experimentação,

mentares".

pequenas minas em exploração no Esta

o parque industrial brasileiro abrangia,

do de São Paulo e uma região promisso

em meados de 1946, 90.850 estabele

com o funcionamento de diversos cursos,

publicar o seguinte boletim:

Grande do Sul é a que mais produz (64%); vem em seguida a de Santa

Valor do numerário em circulação, em 30 de novembro de 1946, conforme

Catarina (32%); depois a do Paraná

inclusive de mecânica agrícola, enfer

magem veterinária e de economia rural doméstica.

Já se encontram em pleno funciona mento os seguintes: na Paraíba — no Aprendizado Agrícola "Vidal de Negreiros"; na Estação Experimentai do Espírito Santo,' em cooperação com a Secção do Fomento Agrícola; em Per

N' umerário em circulação

tância em três regiões: Rio Grande do

ra, a do meio norte, principalniente no

Estado do Piauí.

A Caixa de Mobilização Bancária fez

mesma data, Cr$... ■ 900,00 (duzentos e nove mi

A região do Rio

(3%), e por último a de São Paulo (1%).

À produção total de carvão nacional em

Segundo os últimos dados estatísticos, cimentos. Os referidos dados, ofereci dos pela EsLitística de Previdência do Traballio, contem referências sobre o

número de operários em atividade o

gênero de atividades exploradas, além

dos caractensticos da razão social e da locahzaçao geopohtica das fábricas re-

1945 foi de cerca de dois milhões de

censeadas, mencionando-se

lhões, quinhentos e quarenta e nove mil

toneladas.

cruzeiros).

regiões não foram ainda avaliadas devi

Vê-se que São Paulo anarZ^" liurar em Am número'd.''P^í^ece em meiro lugar u pn-

Importe da emissão feita no mês de

dezembro, nos têrmos do artigo 4.° do decreto nP 21.499, de 9 de julho de

As reservas nessas diversas

damente. É indispensável que seja tra çado desde logo um programa para o

estudo completo dessas reservas, incluin-

respecavo logradouro plbUcT

'

mentos mdustriais, com 37 oai e oficinas, seguido dr» Distnto n- iZ S o do

Federal,


Dioesto

98

Orçamento de União De acordo com o último balancete,

Econômico

nambuco — no Aprendizado Agrícola de Barreiros e no Campo de Semente de Glória do Cotia, em cooperação com a

99

Dicesto Econômico

1932, a fim de resgatar débitos anterio

do-se levantamento topográfico porme

res desta Caixa, para com o Banco do Brasil S. A., Cr§ 350.000.000.00 (tre

norizado das iireas que interessem".

mesma.secção cio.Ministério da Agricul

zentos e cinqüenta milhões de cruzei ros).

período de janeiro a novembro de 1945,

tura; em Alagoas — no Aprendiziiclo Agrícola "Floriano Pci.xoto"; no Rio

apresentou uma renda de Cr$

Grande do Norte - na Fazenda "Nelson

10.006.079.000,00 e a despesa de Cr$ 11.925.886.000,00, verificando-se, por tanto, "déficit" de Cr$ 1.919.807.000,00.

Rockefeller", em cooperação com a Sec ção do Fomento Agrícola; na Bahia — na estação de Entre Rios e cm Oliveira de Cainpinho, em cooperação com a

Exportação de arroz

referida secção; no Rio de Janeiro, no

O ministro da Fazenda, considerando a existência, no Pará, Maranhão e Piauí,

em Minas Gerais — na Estação Experi mental de Patos, em Benfica, com a

organizado . pela. Contadoria Geral da Hepúblíca, o orçamento da União, no

Aprendizado Agrícola "Nilo Peçanha"; de apreciáveis quantidades de arroz que não encontram consumo local nem fácil

bição de e.xportação estabelecida pelo

A perfuração do poço C-27, recen temente descoberto no campo de Can

(quinhentos a cinqüenta e nove milhões, quinhentos e quarenta c nove mil cru

deias, Bahia, começou no dia 4 de no

zeiros)".

arenito oleífero a cerca de 826 metros.

vembro último, 6 alcançou o topo do Os trabalhos estavam concluídos a 3 de

O problema do caruão

Nas instruções que deu para a orga nização do plano de trabalho da pasta

dezembro. A perfuração atingiu a pro fundidade de 922,02 metros, após de monstrar uma espessura de 54 metros , pam as zonas do óleo. Sendo o poço em seguida completado para a produ

colaboração da 4.^ Região Militar (Ser

da Agricultura no período presidencial

viço dc Subsistência).

em curso, o ministro Daniel de Carvalho

ção, iniciaram-se no dia 6 os respectivos

recomendou atenção especial para o pro blema do carvão nacional, cujas reser

"tests".

escoamento para outros pontos do país,

reviveu excluir èsse produto, quando originário daqueles Estados, da proi

"Total em circulação em 31 de de zembro de 1946 — Cr$ 559.549.000,00

Petróleo baiano

Compressão de despesas O secretário da presidência da Re

vas, no dizer do engenheiro Alves de Sousa, diretor do Departamento de

A 9, o C-27 produziu, por

"surgência", através de uma abertura de 30/64, o total de 944 barris (de 159 litros) durante 24 horas.

Êsse resulta

diploma legal acima referido. Conti nua o arroz, contudo, sujeito ao regime

a seguinte circular:

não vão além de 500 milhões de tone

rar, pela sua expressão, entre os C-26

Importação do Banco do Brasil S. A.,

"Transmito a v. excia., para os devi dos fins, de ordem do presidente da Re

ladas.

e C-28, que o antecederam, considera

e licença da Carteira de Exportação e

a qual deverão ser apresentados os res

pectivos _ "pedidos", já comdo oabasteci "visto" dos orgaos controlacíores mento nos locais onde deva ser feito o embarque, desde que fique eviden ciado nao haver inconveniente na transação pretendida.

pública dirigiu aos ministros de Estado

Produção Mineral daquele Ministério, "Não é muito — esclareceu o referido

do mostra que o novo poço pode figu dos excelentes.

pública, a e.vpressa determinação de s.

técnico — e pelo fato mesmo de não

O poço C-27, situado a 1.800 metros

exeia. no sentido de que, na execução

.serem das maiores é que devem ser

ao norte do C-26, que é o de maior ren dimento até aqui perfurado, ou seja,

do orçamento do exercício de 1947, haja

real compre.ssão de despesas, devendo

efetuar-se rigorosamente deVitro dos li mites dos eréditos próprios, os quais não deverão ser ultrapassados, desde

detidamente estudadas, a fim de que se possa tirar delas o maior partido po.ssível em benefício do país". Prosseguindo, diz o engenheiro Alves de Souza que o Brasil conta com reser vas de carvão mineral de certa impor

de 1.500 barris diários, localiza-se entre

os C-10 e C-13, cuja produção global soma em média 100 barris diários. Parque industrial brasileiro

Postos de experimentação agrícola

que a - situação financeira não permite de maneira nenhuma a abertura de cré

Em reunião de secretários de Agricul

ditos adicionais e principalmente suple

Sul, Santa Catarina e Paraná. Há ainda

tura dos Estados ficou resolvido a ins talação, em colaboração com a.Comis são Mista Brasileiro-Americana de Agri cultura, de 80 postos de experimentação,

mentares".

pequenas minas em exploração no Esta

o parque industrial brasileiro abrangia,

do de São Paulo e uma região promisso

em meados de 1946, 90.850 estabele

com o funcionamento de diversos cursos,

publicar o seguinte boletim:

Grande do Sul é a que mais produz (64%); vem em seguida a de Santa

Valor do numerário em circulação, em 30 de novembro de 1946, conforme

Catarina (32%); depois a do Paraná

inclusive de mecânica agrícola, enfer

magem veterinária e de economia rural doméstica.

Já se encontram em pleno funciona mento os seguintes: na Paraíba — no Aprendizado Agrícola "Vidal de Negreiros"; na Estação Experimentai do Espírito Santo,' em cooperação com a Secção do Fomento Agrícola; em Per

N' umerário em circulação

tância em três regiões: Rio Grande do

ra, a do meio norte, principalniente no

Estado do Piauí.

A Caixa de Mobilização Bancária fez

mesma data, Cr$... ■ 900,00 (duzentos e nove mi

A região do Rio

(3%), e por último a de São Paulo (1%).

À produção total de carvão nacional em

Segundo os últimos dados estatísticos, cimentos. Os referidos dados, ofereci dos pela EsLitística de Previdência do Traballio, contem referências sobre o

número de operários em atividade o

gênero de atividades exploradas, além

dos caractensticos da razão social e da locahzaçao geopohtica das fábricas re-

1945 foi de cerca de dois milhões de

censeadas, mencionando-se

lhões, quinhentos e quarenta e nove mil

toneladas.

cruzeiros).

regiões não foram ainda avaliadas devi

Vê-se que São Paulo anarZ^" liurar em Am número'd.''P^í^ece em meiro lugar u pn-

Importe da emissão feita no mês de

dezembro, nos têrmos do artigo 4.° do decreto nP 21.499, de 9 de julho de

As reservas nessas diversas

damente. É indispensável que seja tra çado desde logo um programa para o

estudo completo dessas reservas, incluin-

respecavo logradouro plbUcT

'

mentos mdustriais, com 37 oai e oficinas, seguido dr» Distnto n- iZ S o do

Federal,


Digesto Económioo

100

101

Dicesto Econóxdco

com 12.831; Minas Gerais, com 9.436,

ção de pneumáticos em suas fábricas

circunstâncias especiais nas relações en

Rio Grande do Sul, com ^7.816, e Rio

naquela capital.

tre as indústrias, em razão da ausência

de Janeiro com 5.300. Ocupam Santa Catarina, Pernambuco,

A referida eniprêsa.

subsidiária da "B.F. Goodrich Co", in

respectivamente,

formou que a produção começaria em breve, quando estivesse instalada a nova maquinaria adquirida nos Estados Uni

2.894, 2.697, 2.359 e 3.317 unidades.

dos, destinada à manufatura de mode

Paraná e Bahia as posições intermediá rias,

apresentando,

O Piauí, o Amazonas e o Território do

Acre ocupam as posições menores.

de e materiais. ESTADOS UNIDOS

Do Exterior

Relações comerciais com o Brasil

argentina

A frota mercante argentina possui 18 serviço, renresentando

toneladas de carga bruta, intomon o seu administrador geral, ca pitão Juan Gonzalez Merlo, numa entreAcrescentou haver mais uma

terín ^ rnoto-naves em adianrenrecpnf''^^^^ estaleiros ingleses, ladas S-?. ? 27.700 toneros e'caraa

los tipo "prc-guerra" quanto à qualida

OE?

passagei-

SníaST ^°"^ÍS-500 toneladas, cujo

O sr. Garrido Torres, diretor do Es critório de Expansão Comercial do Bra

sil em Nova Iorque, publicou um rela

da durante cinco anos pneumáticos em

estrangeiro de petróleo em 1946 exce

número superior ao.s anos de antes da

deram a dos outros anos.

guerra.

uma média diária de 2 milhões e 930

Os lucros realizados pelas emprêsas são ressaltados na seguinte estatística: "Gcodyear" — mínimo de 15 dólares

de 38% em cotejo com 1938. A produ ção de óleo cm ultrapassou a produção

por ação contra 5,87 em 1945 e 3,44

de guerra, no comêço de 1946, e cres

em 1940; "Goodrich" — 17 dólares por

ceu durante todo o ano. A referida pu

ação contra 7,84 em 1945; "Firestone" — de 12 a 13 dólares por ação contra 7,42; "General Tires Rubber Co" — 10,40 contra 2,20.

As vendas da "Sieberling" são esti

madas em 30 milhões de dSares contra seis milhões em 1945.

elétricos.

Por sua vez, o Brasil vendeu aos Es

SntadTL

and Gas", a produção e o consumo

amerícano-brasileiras no ano de 1946.

Os produtos importados dos Estados

tados Unidos, além de café, que é a sua principal er<portação, madeirasi, óleos vegetais, minerais, couros e peles e pe dras semi-preciosas. O referido relatório indica que 163

O capitão Gonzalez declarou que des firmas norte-americanas procuraram re tas cjfras estão excluídas doze embarca presentantes no Brasil e 31 outras pro ções especialmente adaptadas à navega curaram representar interesses brasilei ção do rio da Prata. Acentuou que de ros nos Estados Unidos. 1Q41 a novembro último a frota merIndústria da borracha

• cante argentina, em cifras redondas, ex

De acôrdo com a publicação "Oil

de greves importantes. As companhias afirmam que produzirão pelo menos ain

tório sobre as relações comerciais norte-

Unidos pelo Brasil compreenderam prin cipalmente aparelhamento industrial, agrícola, automóveis e caminhões, bem como "jeeps", tratores e outros produ tos manufaturados, além de aparellios

Produção e consumo de petróleo

Os

eus bene

Produziu-se

mil barris, o que importa num aumento

blicação frisou, igualmente, a melho ra da produção na Venezuela e no Ori

ente Próximo. O primeiro desses dois países ocupa o segundo lugar entre os

produtores, com uma média diária de um milhão e cem mil barris, apresen tando acréscimo'de cem por cento em

fícios ultrapassariam 3 dólares contra

relação ao período de pré-guerra.

1,33 em 1945.

produção do Oriente Próximo atingiu a

A

média de cêrca de 800 mil barris.

Alta no preço dos automóveis MÉXICO

Após inúmeros prognósticos de baixa no preço dos automóveis veiculados por

porta-vozes de diversas companliias, o ST. Georges Christipher, presidente da "packarcT Motor Company", anunciou

uma alta de 62 dólares nos preços dos modelos de turismo de 1947, atribuindo

a necessidade dessa decisão à alta das

matérias-primas e à carência de mão

de obra.

"Em minha honestí^opinião — decla rou â'e — os compradores de automó

veis não podem esperar redução de pre ços OU produção maciça com falta de

Administração Qeral de Petróleo

O govêmo mexicano apresentou à Câ mara um projeto de lei reformando a Administração Nacional de Petróleo, tal

como foi criada por decreto de 1938, com a expropriação das companhias es trangeiras. A finalidade da aludida re forma 6 separar a parte técnica da em presa das partes administrativa e co mercial.

Ela consistirá essencialmente

na supressão do posto de sub-diretor e

sua substituição por três novos altos funcionários adjuntos ao diretor geral, os quais se ocuparão respectivamente

1946 foi o melhor paraAsa

materiais e a carência de mão de obra".

^"rante êsse ano, totalizaram

acrescentou — a companhia sofrerá a

i-JOO OOO.OOO de dólares, contra ... 0.000.000, que foi o total do melhor ano antes da guerra. A indústria prevê que as vendas em 1947 igualarão pelo menos as ^ do ano precedente, mas os iUCTos serão provàvelmente menores.

trativo e jurídico. A nomeação desses altos funcionários será feita pelo preà-

até que atinja um nível de produção muito mais elevado que o presente. Além disso, essas observações não levam

dente.

buição do tempo total passado no inte

que a "Companhia Goodrich Cubana

das grandes emprêsas con sideram enormes os seus lucros do ano

S. A." começará em breve a fabrica-

próximo findo. Frisam, no entanto, as

portou 190 mil toneladas e importou 2 milhões de toneladas. Entre os portos intermediários do continente americano o movimento foi de 300 mil toneladas. CUBA

Fabricação de pneumáticos Anunciou-se oficialmente em Havana

•industria ^

da borracha americana.

Mesmo com o aumento animciado —

perda de cérca de 80 dólares por carro,

em consideração os novos pedidos áe

dos ramos técnico, comercial, adminis

ALEMANHA

Paralisada a produção de manteiga

aumento de salários, nepi os de retri

rior das fábricas, ou seja, o "salário de

porta a porta".

artificial

A

de manteiga artificial, 65-

peçiaildáde das usinas do dr. Imhausen


Digesto Económioo

100

101

Dicesto Econóxdco

com 12.831; Minas Gerais, com 9.436,

ção de pneumáticos em suas fábricas

circunstâncias especiais nas relações en

Rio Grande do Sul, com ^7.816, e Rio

naquela capital.

tre as indústrias, em razão da ausência

de Janeiro com 5.300. Ocupam Santa Catarina, Pernambuco,

A referida eniprêsa.

subsidiária da "B.F. Goodrich Co", in

respectivamente,

formou que a produção começaria em breve, quando estivesse instalada a nova maquinaria adquirida nos Estados Uni

2.894, 2.697, 2.359 e 3.317 unidades.

dos, destinada à manufatura de mode

Paraná e Bahia as posições intermediá rias,

apresentando,

O Piauí, o Amazonas e o Território do

Acre ocupam as posições menores.

de e materiais. ESTADOS UNIDOS

Do Exterior

Relações comerciais com o Brasil

argentina

A frota mercante argentina possui 18 serviço, renresentando

toneladas de carga bruta, intomon o seu administrador geral, ca pitão Juan Gonzalez Merlo, numa entreAcrescentou haver mais uma

terín ^ rnoto-naves em adianrenrecpnf''^^^^ estaleiros ingleses, ladas S-?. ? 27.700 toneros e'caraa

los tipo "prc-guerra" quanto à qualida

OE?

passagei-

SníaST ^°"^ÍS-500 toneladas, cujo

O sr. Garrido Torres, diretor do Es critório de Expansão Comercial do Bra

sil em Nova Iorque, publicou um rela

da durante cinco anos pneumáticos em

estrangeiro de petróleo em 1946 exce

número superior ao.s anos de antes da

deram a dos outros anos.

guerra.

uma média diária de 2 milhões e 930

Os lucros realizados pelas emprêsas são ressaltados na seguinte estatística: "Gcodyear" — mínimo de 15 dólares

de 38% em cotejo com 1938. A produ ção de óleo cm ultrapassou a produção

por ação contra 5,87 em 1945 e 3,44

de guerra, no comêço de 1946, e cres

em 1940; "Goodrich" — 17 dólares por

ceu durante todo o ano. A referida pu

ação contra 7,84 em 1945; "Firestone" — de 12 a 13 dólares por ação contra 7,42; "General Tires Rubber Co" — 10,40 contra 2,20.

As vendas da "Sieberling" são esti

madas em 30 milhões de dSares contra seis milhões em 1945.

elétricos.

Por sua vez, o Brasil vendeu aos Es

SntadTL

and Gas", a produção e o consumo

amerícano-brasileiras no ano de 1946.

Os produtos importados dos Estados

tados Unidos, além de café, que é a sua principal er<portação, madeirasi, óleos vegetais, minerais, couros e peles e pe dras semi-preciosas. O referido relatório indica que 163

O capitão Gonzalez declarou que des firmas norte-americanas procuraram re tas cjfras estão excluídas doze embarca presentantes no Brasil e 31 outras pro ções especialmente adaptadas à navega curaram representar interesses brasilei ção do rio da Prata. Acentuou que de ros nos Estados Unidos. 1Q41 a novembro último a frota merIndústria da borracha

• cante argentina, em cifras redondas, ex

De acôrdo com a publicação "Oil

de greves importantes. As companhias afirmam que produzirão pelo menos ain

tório sobre as relações comerciais norte-

Unidos pelo Brasil compreenderam prin cipalmente aparelhamento industrial, agrícola, automóveis e caminhões, bem como "jeeps", tratores e outros produ tos manufaturados, além de aparellios

Produção e consumo de petróleo

Os

eus bene

Produziu-se

mil barris, o que importa num aumento

blicação frisou, igualmente, a melho ra da produção na Venezuela e no Ori

ente Próximo. O primeiro desses dois países ocupa o segundo lugar entre os

produtores, com uma média diária de um milhão e cem mil barris, apresen tando acréscimo'de cem por cento em

fícios ultrapassariam 3 dólares contra

relação ao período de pré-guerra.

1,33 em 1945.

produção do Oriente Próximo atingiu a

A

média de cêrca de 800 mil barris.

Alta no preço dos automóveis MÉXICO

Após inúmeros prognósticos de baixa no preço dos automóveis veiculados por

porta-vozes de diversas companliias, o ST. Georges Christipher, presidente da "packarcT Motor Company", anunciou

uma alta de 62 dólares nos preços dos modelos de turismo de 1947, atribuindo

a necessidade dessa decisão à alta das

matérias-primas e à carência de mão

de obra.

"Em minha honestí^opinião — decla rou â'e — os compradores de automó

veis não podem esperar redução de pre ços OU produção maciça com falta de

Administração Qeral de Petróleo

O govêmo mexicano apresentou à Câ mara um projeto de lei reformando a Administração Nacional de Petróleo, tal

como foi criada por decreto de 1938, com a expropriação das companhias es trangeiras. A finalidade da aludida re forma 6 separar a parte técnica da em presa das partes administrativa e co mercial.

Ela consistirá essencialmente

na supressão do posto de sub-diretor e

sua substituição por três novos altos funcionários adjuntos ao diretor geral, os quais se ocuparão respectivamente

1946 foi o melhor paraAsa

materiais e a carência de mão de obra".

^"rante êsse ano, totalizaram

acrescentou — a companhia sofrerá a

i-JOO OOO.OOO de dólares, contra ... 0.000.000, que foi o total do melhor ano antes da guerra. A indústria prevê que as vendas em 1947 igualarão pelo menos as ^ do ano precedente, mas os iUCTos serão provàvelmente menores.

trativo e jurídico. A nomeação desses altos funcionários será feita pelo preà-

até que atinja um nível de produção muito mais elevado que o presente. Além disso, essas observações não levam

dente.

buição do tempo total passado no inte

que a "Companhia Goodrich Cubana

das grandes emprêsas con sideram enormes os seus lucros do ano

S. A." começará em breve a fabrica-

próximo findo. Frisam, no entanto, as

portou 190 mil toneladas e importou 2 milhões de toneladas. Entre os portos intermediários do continente americano o movimento foi de 300 mil toneladas. CUBA

Fabricação de pneumáticos Anunciou-se oficialmente em Havana

•industria ^

da borracha americana.

Mesmo com o aumento animciado —

perda de cérca de 80 dólares por carro,

em consideração os novos pedidos áe

dos ramos técnico, comercial, adminis

ALEMANHA

Paralisada a produção de manteiga

aumento de salários, nepi os de retri

rior das fábricas, ou seja, o "salário de

porta a porta".

artificial

A

de manteiga artificial, 65-

peçiaildáde das usinas do dr. Imhausen


Dicesto EcoNÓ^cco

102

Witten, no Rur, está paralisada em con seqüência da falta de carvão. Para obter 600 toneladas desse produto são necessárias 120 míT toneladas de carvão,

pois a manteiga artificial é extraída di retamente da nulha.

Durante a guerra

a manteiga elaborada dessa maneira

foi utilizada exclusivamente para as ne

reiras alfandegárias francesas entre o Sarre e a Alemanha.

Essas barreiras

ficarão sob a responsabilidade de 1.200 guardas alfandegários. Considera-se o fato a primeira medi da visando a união econômica entre o

território do Sarre e a França.

Acre

cessidades da Werhmacht.

po'os franceses será ratificada pelo Con

As usinas Imhausen podem produzir 7.200 toneladas de seu artigo por ano.

selho dos Ministros do Exterior em suas conversações.

ESPANHA

INGLATERRA

A ^tourada já não constitui o passa-

t^po mais popular xfa Espanha. Um ^letim oficial do Sindicato Nacional de Diversões anunciou que há no país arena, ou sejam Os cine

mas têm 34 mil empregados, enquanto mil didnc A e 16 mtl

de touradas apenas oito diversões estão diviforma; teatros, 262

2 707

especialmente

'Mi

para nosso climal

Moedas de cobre

Cinemas e touradas

cinemas e 270 arenas.

Feitos

dita-se que essa providência tomada

d® baile,

1' de ^S^^^miaçoes esportivas quadras "paddle-baU" espanhol, 140 los! O aludido relatório indieou que as empresas cinematográficas se tomLm uma ibs míiK importantes indústi^S

nestes 50 anos, desde o primeiro filme exibido na Espanha, no dia 16 de maio

de 1896. Essa indústria representa uma aplicação de capital de 110 milhões de pesetas (duzentos milhões de cruzei ros aproximadamente). .Gastaram-se 325 milhões de pesetas na produção de

películas durante, os últimos seis anos.

Estão sendo postas em circulação, pelo Banco da Inglaterra, novas moedas

de cobre e níqum, que substituirão as moedas de prata britânica. A não ser pela superfície mais brilhante, a apa rência, tamanho, desenho e pêso são exatamente iguais aos das antigas moe das de nrata. Estas serão gradualmen te recolhidas e fundidas.

Com o metal

assim obtido, será paga a dívida de 327 milhões de onças de prata que a Grã Bretanha tem

para com os Estados

Unidos, cm resultado do empréstimos e arrendamento.

Pelo mesmo motivo, a

índia seguirá o exemplo da Grã-Breta nha, adotando

moecias

de

cobre e

níquel. Longa vida e potência de sobral Construidos

Comércio de exportação

pelos técnicos da General Motors, os acumu-

ladorcs Etna correspondem às condições pe

^ O restabelecimento do comércio bri tânico de exportação, durante o ano de 1946, pode ser claramente indicado

culiares do clima brasileiro!

na coiqparação das cifi)as correspon

^CUfttuiddá^^

dentes aos trimestres de após e de an tes da guerra.

FRANÇA

ETNA

_ Tomando-se o volume das exporta

Barreiras alfandegárias entre o Sarre e a Alemanha

' O Ministério do Exterior anunciou que foran> ofíoialmente e!Ítp.betecidas bar-

ções de 1938 como 100, a cifra do ter ceiro trimestre de 1945 é de 46 e a

o quarto 55. Durante o primeiro tri-

PRODUTO

dêste ano o volume se elevou

DA

a 84%, no segundo a 98% e no terceiro a 104%.

.■ -

s .■

''A. . ^ x.---

. H^l I lik M .

GENERAt

MOTORS


Dicesto EcoNÓ^cco

102

Witten, no Rur, está paralisada em con seqüência da falta de carvão. Para obter 600 toneladas desse produto são necessárias 120 míT toneladas de carvão,

pois a manteiga artificial é extraída di retamente da nulha.

Durante a guerra

a manteiga elaborada dessa maneira

foi utilizada exclusivamente para as ne

reiras alfandegárias francesas entre o Sarre e a Alemanha.

Essas barreiras

ficarão sob a responsabilidade de 1.200 guardas alfandegários. Considera-se o fato a primeira medi da visando a união econômica entre o

território do Sarre e a França.

Acre

cessidades da Werhmacht.

po'os franceses será ratificada pelo Con

As usinas Imhausen podem produzir 7.200 toneladas de seu artigo por ano.

selho dos Ministros do Exterior em suas conversações.

ESPANHA

INGLATERRA

A ^tourada já não constitui o passa-

t^po mais popular xfa Espanha. Um ^letim oficial do Sindicato Nacional de Diversões anunciou que há no país arena, ou sejam Os cine

mas têm 34 mil empregados, enquanto mil didnc A e 16 mtl

de touradas apenas oito diversões estão diviforma; teatros, 262

2 707

especialmente

'Mi

para nosso climal

Moedas de cobre

Cinemas e touradas

cinemas e 270 arenas.

Feitos

dita-se que essa providência tomada

d® baile,

1' de ^S^^^miaçoes esportivas quadras "paddle-baU" espanhol, 140 los! O aludido relatório indieou que as empresas cinematográficas se tomLm uma ibs míiK importantes indústi^S

nestes 50 anos, desde o primeiro filme exibido na Espanha, no dia 16 de maio

de 1896. Essa indústria representa uma aplicação de capital de 110 milhões de pesetas (duzentos milhões de cruzei ros aproximadamente). .Gastaram-se 325 milhões de pesetas na produção de

películas durante, os últimos seis anos.

Estão sendo postas em circulação, pelo Banco da Inglaterra, novas moedas

de cobre e níqum, que substituirão as moedas de prata britânica. A não ser pela superfície mais brilhante, a apa rência, tamanho, desenho e pêso são exatamente iguais aos das antigas moe das de nrata. Estas serão gradualmen te recolhidas e fundidas.

Com o metal

assim obtido, será paga a dívida de 327 milhões de onças de prata que a Grã Bretanha tem

para com os Estados

Unidos, cm resultado do empréstimos e arrendamento.

Pelo mesmo motivo, a

índia seguirá o exemplo da Grã-Breta nha, adotando

moecias

de

cobre e

níquel. Longa vida e potência de sobral Construidos

Comércio de exportação

pelos técnicos da General Motors, os acumu-

ladorcs Etna correspondem às condições pe

^ O restabelecimento do comércio bri tânico de exportação, durante o ano de 1946, pode ser claramente indicado

culiares do clima brasileiro!

na coiqparação das cifi)as correspon

^CUfttuiddá^^

dentes aos trimestres de após e de an tes da guerra.

FRANÇA

ETNA

_ Tomando-se o volume das exporta

Barreiras alfandegárias entre o Sarre e a Alemanha

' O Ministério do Exterior anunciou que foran> ofíoialmente e!Ítp.betecidas bar-

ções de 1938 como 100, a cifra do ter ceiro trimestre de 1945 é de 46 e a

o quarto 55. Durante o primeiro tri-

PRODUTO

dêste ano o volume se elevou

DA

a 84%, no segundo a 98% e no terceiro a 104%.

.■ -

s .■

''A. . ^ x.---

. H^l I lik M .

GENERAt

MOTORS


GARANTIMOS Rapidcs,

Perfeição

e

Bom Gosto, em todos

.•eSÍEfc/O*

«b

os impressos que nos são confiados.

Papelaria e Tipografia

ANDREOTT! FO»ES 2-7095 6-2n5 RUfl TEIXEIRA

LEITE, 274

l.a TRAVESSA DA R.LAVAPÉS

S.MA6ALHAES i CIA.

Fundada em 1920

MATRIZ: Rua Senador Feijo, 30 - SANTOS FILIAIS FM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E RECIFE

BOlBMENTOStM &ERRL PEÇRS PRRR HVIQES

PÍÇRS E RCESSORIDS P/RUTOMOVEIS

Tapetes das Melhores procedências — Decorações Finas Móveis Estofados

^len^otto. QjQjdlho-

ERNESTO ANUNZIATO AV.SÀO JOÃO

• F0NÊ5 6-4733• 4-5035* SÃO PAULO

Rua Sebastião Pereirk, 20 — Telefone: S-3409 — São Paulo (Brasil) 5


GARANTIMOS Rapidcs,

Perfeição

e

Bom Gosto, em todos

.•eSÍEfc/O*

«b

os impressos que nos são confiados.

Papelaria e Tipografia

ANDREOTT! FO»ES 2-7095 6-2n5 RUfl TEIXEIRA

LEITE, 274

l.a TRAVESSA DA R.LAVAPÉS

S.MA6ALHAES i CIA.

Fundada em 1920

MATRIZ: Rua Senador Feijo, 30 - SANTOS FILIAIS FM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E RECIFE

BOlBMENTOStM &ERRL PEÇRS PRRR HVIQES

PÍÇRS E RCESSORIDS P/RUTOMOVEIS

Tapetes das Melhores procedências — Decorações Finas Móveis Estofados

^len^otto. QjQjdlho-

ERNESTO ANUNZIATO AV.SÀO JOÃO

• F0NÊ5 6-4733• 4-5035* SÃO PAULO

Rua Sebastião Pereirk, 20 — Telefone: S-3409 — São Paulo (Brasil) 5


Automóveis e Caminhões

F o R D Concessionários

Alexandre Hornstein & Cli- Lí^ SÂO

Tijolos e peças de alia reiralaríedade

PAULO

— Sttc^Alenúaoaos —

— Zirc&Jiio — Iwiaafr:

Xcfxa ICctmina — CSmcato Refracirio — CMdtakoa pan fenSpõei (Alnnátosot, M^serin, Zírcânio)

Eícritõrio. Vendas e DlIcJuas:

TliLEFOIVES:

RUA CAP. FAUSTIIVO LIMA, 105 (l.a Travessa da Av. Rangel Pestana)

ESCRITO RIO OFICINAS

2-8 740

(Eomcio PRoi'i;iu)

SECÇaO DE PEÇAS

2-4 5 6 4

CAIXA

POSTAL.

2-8Z38

SILIM AX" LTDA. PRODUTOS

A SERVICAL LTDA. industriais,

peranta todas os

é ELEMENTOS QUE SEU ESCRITÓRIO DEVE POSSUIR

Organização de sociedades comerciais,

rotivos e todos os ^

EFICIÊNCIA e GARANTIAI

«'stratos, modificações de firmas, coope-

Comerciais e legalização çoes Publicas, Municipais, Estadools e Federais.

• Os que possuem os arquivos e cofres Fiel proclamam - lhes o alto grau de eficiência e segurança- Os que ainda não os possuem, podem capacitar-se da sua excelente qua

IndustrÍal^ comercial proteção daE cível propriedade industrial, PARA: Marcos de Industria, de Co mercio oü de Exportação.

Títulos de estabelecimentos.

Nomes Comerciais, insígnias

Privilégios de Invenção. Licenças de preparados Far

Comerciais.

Sinais de Propaganda. Frases de Propaganda.

CERÂMICOS REFRATÂRIOS

}J7 — S T o. A N D R E (S. P. R.) DtftirUma^ d« Vtmdm: Praça da ^ 397, u ^/w}a, salas(eS • Td. So Pido

2840

lidade, fazendo uma visita à nossa

fábrica ou pedindo a presença de um nosso representante.

macêuticos, veterinários, inse

ticidas, deslnfectontes. Analises

de bebidas, comestíveis, etc.

1

CONSULTE-NOS SEM COMPROMISSO

A SERVIÇAL LTDA.

\

S. Paulo: Rua Direito,(54- 3." - Tels. 2-0934 e 3-3831- C. Postais 3631 e 1421 R.JaneirorAv. Aparício Borges,207-12.» pav. -Tel. 42-9285 - C. Postal 3384

MÓVEIS DE AÇO FIEL S. A. R. Maria Marcolina , 848 ~ Tel. 9-5544 — S. Paulo

AF.TGR.AF

iii.


Automóveis e Caminhões

F o R D Concessionários

Alexandre Hornstein & Cli- Lí^ SÂO

Tijolos e peças de alia reiralaríedade

PAULO

— Sttc^Alenúaoaos —

— Zirc&Jiio — Iwiaafr:

Xcfxa ICctmina — CSmcato Refracirio — CMdtakoa pan fenSpõei (Alnnátosot, M^serin, Zírcânio)

Eícritõrio. Vendas e DlIcJuas:

TliLEFOIVES:

RUA CAP. FAUSTIIVO LIMA, 105 (l.a Travessa da Av. Rangel Pestana)

ESCRITO RIO OFICINAS

2-8 740

(Eomcio PRoi'i;iu)

SECÇaO DE PEÇAS

2-4 5 6 4

CAIXA

POSTAL.

2-8Z38

SILIM AX" LTDA. PRODUTOS

A SERVICAL LTDA. industriais,

peranta todas os

é ELEMENTOS QUE SEU ESCRITÓRIO DEVE POSSUIR

Organização de sociedades comerciais,

rotivos e todos os ^

EFICIÊNCIA e GARANTIAI

«'stratos, modificações de firmas, coope-

Comerciais e legalização çoes Publicas, Municipais, Estadools e Federais.

• Os que possuem os arquivos e cofres Fiel proclamam - lhes o alto grau de eficiência e segurança- Os que ainda não os possuem, podem capacitar-se da sua excelente qua

IndustrÍal^ comercial proteção daE cível propriedade industrial, PARA: Marcos de Industria, de Co mercio oü de Exportação.

Títulos de estabelecimentos.

Nomes Comerciais, insígnias

Privilégios de Invenção. Licenças de preparados Far

Comerciais.

Sinais de Propaganda. Frases de Propaganda.

CERÂMICOS REFRATÂRIOS

}J7 — S T o. A N D R E (S. P. R.) DtftirUma^ d« Vtmdm: Praça da ^ 397, u ^/w}a, salas(eS • Td. So Pido

2840

lidade, fazendo uma visita à nossa

fábrica ou pedindo a presença de um nosso representante.

macêuticos, veterinários, inse

ticidas, deslnfectontes. Analises

de bebidas, comestíveis, etc.

1

CONSULTE-NOS SEM COMPROMISSO

A SERVIÇAL LTDA.

\

S. Paulo: Rua Direito,(54- 3." - Tels. 2-0934 e 3-3831- C. Postais 3631 e 1421 R.JaneirorAv. Aparício Borges,207-12.» pav. -Tel. 42-9285 - C. Postal 3384

MÓVEIS DE AÇO FIEL S. A. R. Maria Marcolina , 848 ~ Tel. 9-5544 — S. Paulo

AF.TGR.AF

iii.


_

•3ÍM3IOIJ3

a OaidYH 05IA33S — S3Q5iaNOD S3HOH3aW SV SVXVX S3HOH13W SV — S03nxjX — SVIDN3tiaJSNVHi

— SVDMVHflOD — Oiawvo"SOWSJ.S3HdIMa — SOilSQdaa •UBdnj_ — ®»®íi —

— so)aeg — oBuiig •'§ —

®1H °P

980f •§ — BXlBg Bp UIinbBOf •§ — oíDBjsBuy -o^s — ®í?**d

®?®!A ®9a

o?S — opjcj oi^ op OBOf 'S

«OIJIB3 'S — a^uapruj

9)U3ptS94^ — BSununssBjij — infBJirj — «qBoisBJij — jbi:uhbj — soqutJnQ — Biduii]0 — aluozMOfj OAOj^ — mjjip^ lâo^ — lOBSBaij^ BI[IJB^

®"ÍT

BJ19UI1T

IBIpUnp

|BqBOIlOqBp

-BABA

•9An)| — BSuiujisdB)! — B£ui;iqi — boubjj — BAnpuBíu^ — (ossojQ °í®W) oduiHQ — SBuiduie^ — BABdcSs^ — (je^ideQ) seag

— niB3n)og — njaug — siB^e^Bg — so^aojBg — ajBAy — ®5?<Í!ÍV

— BjBnbBJBjy — BqnfBâBjy — Buipsjpuy — ojsduiy «SVIDNaOV

•viHNVdwoD va aivoN wa oaiaHNia aaaaiiaa v ^ oavziaoJ.nv yxsa vaxaA aa axxaov wriHNaN

ILLZ YO%sO(j vxxvo - J.vpuv 0*8 - 6ZE 'o)uag s vng 'oin-Bj o«S Wia apps

«uijpuoq ovõvxtsiutmpv ap oxiitLa;^aiDdtouugvioua6v oixçinopox oõjaxas op^pu^jdss

uiaõvpoi ap sDpvx%sa eviu\iQ — oxxaf ap upojjsa

•079 'ooivx 'vDoioNvw 'nvonõv 30 VAivo 'oyaoDiv 'OMnd 'SIV3V3D '3-JVD '9p opSnpoad osofDjuoA • íC6r-6-sr ap 'fSLOS o*Aí

op vmio^ vu 'vuupuoi ap

ooiomoo vp syaaçmi ap joiao Oijsíôaa ou zt o-n oníjjosuj

muücj0Q]iH0Nsm]a'üi3

«vdS3Nva,. 'Homax 'aMH — ôsí 'ivxsod vxivd viad sajo] sdpuvxtS a souanbad uia saoõvísaxd o svpuaA

9 'oavHd omoxNV vSvHd

aptspjiKttjj mifr gp saxojj sb.U32

oinvd oys -zihxvw

"V 'S ®|"®d ®5S ®P ®P®»®3 ®p oauea

giiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiitniiiiitiitfiiniitmihiiiiiinímiihiftiintffliiniiiiiitriniiitDiiiimiinirniiminiitíiiitiinnitiininiiiniiiiiiinitiiiitiiniiMiiiiiriiitsil

Oinvd S — 6-8-Í-9 «BI«S — JBP"» o'6 — OOZ 'ojqmaAO^ op si 'H

sosiQON soãiuj uod dQuontino m sa SDiuoauoudH

6EI9 'l»í«od 06SZ-E

«*!«0 IZ18-Z

:aauoj

VHnoAvn a OHHaa aa svavaxsa

'SVIHXSaCINI 'SVNIOIdO VHVd soDixHV » sao^nnxsNOD vavd sNaovHHaa * vhíioavt a soiDiao *saxHV

VHVd

xnvjtoj

svxNawvHHaa

Pdwpm^TT^Q^ -d í>dwp7>príy^m^

*n®3

■—■

cooS OBÔB^JOd

•Z^ — <}B5B|JOdui|

opipj OBS - £6 ® S8 'najqy ap oidu^jou soHi3Nvnav soHDVdsaa aa soihvssiwoo

íon mo í s]niiiiiH]H züwohi""

vau "vio ^ oaiozNvd oisnr nsinoh


_

•3ÍM3IOIJ3

a OaidYH 05IA33S — S3Q5iaNOD S3HOH3aW SV SVXVX S3HOH13W SV — S03nxjX — SVIDN3tiaJSNVHi

— SVDMVHflOD — Oiawvo"SOWSJ.S3HdIMa — SOilSQdaa •UBdnj_ — ®»®íi —

— so)aeg — oBuiig •'§ —

®1H °P

980f •§ — BXlBg Bp UIinbBOf •§ — oíDBjsBuy -o^s — ®í?**d

®?®!A ®9a

o?S — opjcj oi^ op OBOf 'S

«OIJIB3 'S — a^uapruj

9)U3ptS94^ — BSununssBjij — infBJirj — «qBoisBJij — jbi:uhbj — soqutJnQ — Biduii]0 — aluozMOfj OAOj^ — mjjip^ lâo^ — lOBSBaij^ BI[IJB^

®"ÍT

BJ19UI1T

IBIpUnp

|BqBOIlOqBp

-BABA

•9An)| — BSuiujisdB)! — B£ui;iqi — boubjj — BAnpuBíu^ — (ossojQ °í®W) oduiHQ — SBuiduie^ — BABdcSs^ — (je^ideQ) seag

— niB3n)og — njaug — siB^e^Bg — so^aojBg — ajBAy — ®5?<Í!ÍV

— BjBnbBJBjy — BqnfBâBjy — Buipsjpuy — ojsduiy «SVIDNaOV

•viHNVdwoD va aivoN wa oaiaHNia aaaaiiaa v ^ oavziaoJ.nv yxsa vaxaA aa axxaov wriHNaN

ILLZ YO%sO(j vxxvo - J.vpuv 0*8 - 6ZE 'o)uag s vng 'oin-Bj o«S Wia apps

«uijpuoq ovõvxtsiutmpv ap oxiitLa;^aiDdtouugvioua6v oixçinopox oõjaxas op^pu^jdss

uiaõvpoi ap sDpvx%sa eviu\iQ — oxxaf ap upojjsa

•079 'ooivx 'vDoioNvw 'nvonõv 30 VAivo 'oyaoDiv 'OMnd 'SIV3V3D '3-JVD '9p opSnpoad osofDjuoA • íC6r-6-sr ap 'fSLOS o*Aí

op vmio^ vu 'vuupuoi ap

ooiomoo vp syaaçmi ap joiao Oijsíôaa ou zt o-n oníjjosuj

muücj0Q]iH0Nsm]a'üi3

«vdS3Nva,. 'Homax 'aMH — ôsí 'ivxsod vxivd viad sajo] sdpuvxtS a souanbad uia saoõvísaxd o svpuaA

9 'oavHd omoxNV vSvHd

aptspjiKttjj mifr gp saxojj sb.U32

oinvd oys -zihxvw

"V 'S ®|"®d ®5S ®P ®P®»®3 ®p oauea

giiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiitniiiiitiitfiiniitmihiiiiiinímiihiftiintffliiniiiiiitriniiitDiiiimiinirniiminiitíiiitiinnitiininiiiniiiiiiinitiiiitiiniiMiiiiiriiitsil

Oinvd S — 6-8-Í-9 «BI«S — JBP"» o'6 — OOZ 'ojqmaAO^ op si 'H

sosiQON soãiuj uod dQuontino m sa SDiuoauoudH

6EI9 'l»í«od 06SZ-E

«*!«0 IZ18-Z

:aauoj

VHnoAvn a OHHaa aa svavaxsa

'SVIHXSaCINI 'SVNIOIdO VHVd soDixHV » sao^nnxsNOD vavd sNaovHHaa * vhíioavt a soiDiao *saxHV

VHVd

xnvjtoj

svxNawvHHaa

Pdwpm^TT^Q^ -d í>dwp7>príy^m^

*n®3

■—■

cooS OBÔB^JOd

•Z^ — <}B5B|JOdui|

opipj OBS - £6 ® S8 'najqy ap oidu^jou soHi3Nvnav soHDVdsaa aa soihvssiwoo

íon mo í s]niiiiiH]H züwohi""

vau "vio ^ oaiozNvd oisnr nsinoh


. L 'k' I

Caixa Econômica Federal

■' *

E. MOSELE & m. CHAMPANHES, VINHOS E SUCOS DE

de S. Paulo

UVA

" PEÇAS

DEPÓSITOS DE CrS 1,00 A CR$ 50.000,00

GENUÍNAS

A JUROS DE 5% AO ANO

D A

CHRYSLER

EMPRÉSTIMOS SOB GARANTIA DE

TÍTULOS, HIPOTECAS E JÓIAS.

CORPORATION

0 HQVO RECEPTOR SUICO TROLBADOLR para ondas curtas e longas, equipado com transformador universal, valvulas

modernas e alargador de faixas, etc.

garante um som insuperável

- CIA. DISTRIBUIDORA OERAL

COMPANHIA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE

Matriz:

SIEMENS-SCHUCKERT S. A. SOB adminstraçAo federau

S. Paulo — Rua Florencío do Abreu, 271 — Tel. 3-3157

Rio Branco, 579 — Caxias Rio Grande do Sul

Escritório em São Paulo;

(lua

Américo

Brasiliense, 284

Eone 3-4956 — C. Postal, 120.A

CAIXA POSTAL, 243.B

parque d. PEDRO U, 208 São Paulo — ErasU


. L 'k' I

Caixa Econômica Federal

■' *

E. MOSELE & m. CHAMPANHES, VINHOS E SUCOS DE

de S. Paulo

UVA

" PEÇAS

DEPÓSITOS DE CrS 1,00 A CR$ 50.000,00

GENUÍNAS

A JUROS DE 5% AO ANO

D A

CHRYSLER

EMPRÉSTIMOS SOB GARANTIA DE

TÍTULOS, HIPOTECAS E JÓIAS.

CORPORATION

0 HQVO RECEPTOR SUICO TROLBADOLR para ondas curtas e longas, equipado com transformador universal, valvulas

modernas e alargador de faixas, etc.

garante um som insuperável

- CIA. DISTRIBUIDORA OERAL

COMPANHIA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE

Matriz:

SIEMENS-SCHUCKERT S. A. SOB adminstraçAo federau

S. Paulo — Rua Florencío do Abreu, 271 — Tel. 3-3157

Rio Branco, 579 — Caxias Rio Grande do Sul

Escritório em São Paulo;

(lua

Américo

Brasiliense, 284

Eone 3-4956 — C. Postal, 120.A

CAIXA POSTAL, 243.B

parque d. PEDRO U, 208 São Paulo — ErasU


oRGaNiznoíko

Casas comerciais de movimento médio oo pequeno .ontabilidad© capaz ^«otabilidcd© copaz

também lá podem ter urna co

fjrmo.

OS nu$picios na

de orientar o desenvolvimento lançah Contabilidade RUF evita escriturando simentos e os erros consequenj®®' ^ diário,

multanaamsnte

tRAÇÃO DO

®'lho monual, (or-

instalações completas mulários e todos os opetrecn

partir da CR$ 3.750,00.

necessários a

^ i„,talação dc.

Os nossos peritos orientam . contabilidade. A adaptaçao P

qualquer época.

em

^«nstraçõo prática

Oom prazer faremos uma_dem em nossa sala de exposlçáo. A.

— "RcAaçuo

CQHTftBlLlDaDE RUF

DE TEMPO ETRRBníHO.

Digesto

^

Popxzlares

-12^

ORGnMIZRCaO

,

CapitaVis^^aeí^^ V

^i^^*lísmo em 'E.c,cbi\^

as»- Concessão de

.«» MECANIZADA mecanizada ITOA.f DE CONTROU E CONTABlUOAOf mo DE.JANEIRO - Av. Nilo SAO PAULO - Rua do Carmo, ái CURITIBA - Rua 15 de Novembro, 5/o

ICLO HORlZONTE-R« -

'

V

Eoo«ó«vloaA — OVr"? roa^-o em S&o

^Cex

do A.V1-0-ZÍ e do 'V ^ x~nek. ac» l-TOpo^^ a^t E.OO"OOT*v\^ u

^£.oO**-OTT\\^

^


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.