DIGESTO ECONÔMICO, número 31, junho 1947

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80 Digesto EcoNó^^co

^f f.

ii

, , ■

tos, indiretos. ÊIe.s existem, sem dúcomo existem também nos impostos diretos mas, por isso mesmo que ambos oferecem inconvenientes e vantagens. nao é possível adotar-se o sistema so de impostos diretos ou só de imposos indiretos. Êsses dois tipos de trfbu. taçao se completam e as vantagens de os inconvenientes do outro. Uma boa pohtica fiscal seria t de ®9Wtatívamente êsses dois tipos

4 nosso caso.

o o

se ™gadora dos 4ostcrM”“tos7venEstado,

d?

Por aí se ve que a arrecadação do im posto dc vendas e consignações, cuja eliminação se pretende, representa quase metade da receita geral do Estado e 76% da renda de impostos. be o tributo e que a União e os Muni cípios arrecadam impostos diretos con sideráveis, como o irnpôsto de renda em todas as suas modalidades, o de in dústrias e profissões, o predial, o de licença, o territorial urbano c tantos outros. Coube aos Estados, na discriminação de rendas, um só imposto altamente pro dutivo: o de vendas e consignações, ten do ficado a cargo da União e do Município os grandes impostos diretos, Não pode, portanto, o Estado abrir mão da arrecadação desse imposto. Em artigo publicado na imprensa, ti vemos oportunidade de- focalizar a si tuação que resultaria uara as finanças do Estado da adoção do projeto consti tucional, situação essa que, em resumo mostramos adiante. ’ Para o exercício de 1947, a receita or çada é:

81 '

Dicesto EcoNóxnco

Vejamos agora a que situação ficaria reduzida a receita de impostos do Estado pelo projeto de Constítuição, levando-se em consideração, também, as limitações já estabelecidas pela Constituição Federa!:

Arrecadação total de impostos .. Cr$ 2.298.050.000,00 Menos: a) Vendas e Consignações .. Cr$ 1.749.000.000,00 (projeto) b) Indústrias e Profissões (Cons Cr$ 130.000.000,00 tituição Federal) Cr$ 1.879.000.000,00 = Cr$ 419.050.000,00 Preve, ainda, o projeto, que o Estado entregará aos municípios 20% da receita de impostos que nê es fôr arrecadada, além da obrigação de entrega de 30% do excesso sôbre a arrecadação mu nicipal, já estatuída na Constituição Federal. j t Nessas condições, na melhor das Hi póteses, perdería o Estado mais 20% sôbre o Hqüido de sua receita de im postos, ou sejam, Cr$ 83.810.000,00 restando, portanto, para o Estado Cr$ 335.240.000,00.

Ora, o próprio projeto constitucional cria encargos novos para o Estado, além dos atuais, o que toma absolutamente impraticável reduzir-se a despesa de mo do a se equilibrar o orçamento., Resta, portanto, como, aliás, prevê o projeto, um só recurso para proporcionar ao Es tado os Cr$ 1.962.810.000,00-de que êle será desfalcado: a elevação dos im postos diretos. Vejamos se isso é pra ticável. Os impostos diretos cobrados ■ atual mente pelo Estado são:

a) Receita tributária: Impostos Taxas b) Receita patrimonial c) Receita industrial d) Receitas diversas ... .[ e) Receita extraordinária .....

Cr$ 2.298.050.000,00 Cr$ 44.350.850,00 Cr$ 11.238.930,80 Cr$ 690.999.675,40 Cr$ 45.000.000,00 Cr$ 176.210.543,80

Total da receita Cr$ 3.265.850.000,00 A receita de i impostos é a seguinte; 1) Territorial rurab Transmissão "causa mortis” 3) Transnussuo **inter vivos 4) Vendas e Consignações 5) Indústrias e Profissões 6) SêJo 7) Transações 8) Adicionais sôbre “2 e “3ff

Cr.$ 45.000.000,00 Cr$ 40.000.000,00 Cr$ 290.000.000,00 Cr§ 1.749.000.000,00 Cr$ 130.000.000,00 CrS 16.300.000,00 Cr$ 11.250.000,00 Cr$ 16.500.000,00

' .‘ .. I 'i

a) b) c) d)

Cr$ Imposto territorial rural .. Cr$ Irnpôsto de transmissão “causa mortis ... Cr$ Imposto de transmissão “inter vivos” Cr$ Adicionais sôbre êstes últimos .... Receita de impostos diretos .... Cr§

Portanto, para cobrir a diferença de Cr$ 1.962.810.000,00, deveríam êsses impostos ser majorados em, pelo menos, 600%, pois é preciso não esquecer que do total arrecadado, 20% pertencem aos Municípios pslo projeto. Admitindo-se que essa majoração rôsse aplicada indistintamente a todos os impostos, diretos, teríamos a seguinte situação: O irnpôsto territorial rural em que os autores do projeto, influenciados, certa mente, pelas idéias georgistas, deposi tam suas esperanças, é cobrado atual mente na base de 1,25% sôbre o valor

í

i

Reccfífl 45.000.000,00 40.000.000,00 290.000.000,00 16.500.000,00 391.500.000,00

das terras sem as benfeitorias. Deveria, portanto, ser elevado para 8,75%. . O irnpôsto de transmissão “causa mortis” obedece, atualmente, a uma tabela variável de acordo com o montante da herança e o grau de parentesco. Com a necessária elevação de 600%, o im posto seria superior à totalidade da he rança, eliminando-a, portanto, em todos os casos de sucessão por colaterais, inclusive irmãos. Nos de sucessão pelo cônjuge sobrevivente, toda a quantia que excedesse dç Cr$ 500.000,00, seria, também, absorvida pelo irnpôsto. Na

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80 Digesto EcoNó^^co

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4 nosso caso.

o o

se ™gadora dos 4ostcrM”“tos7venEstado,

d?

Por aí se ve que a arrecadação do im posto dc vendas e consignações, cuja eliminação se pretende, representa quase metade da receita geral do Estado e 76% da renda de impostos. be o tributo e que a União e os Muni cípios arrecadam impostos diretos con sideráveis, como o irnpôsto de renda em todas as suas modalidades, o de in dústrias e profissões, o predial, o de licença, o territorial urbano c tantos outros. Coube aos Estados, na discriminação de rendas, um só imposto altamente pro dutivo: o de vendas e consignações, ten do ficado a cargo da União e do Município os grandes impostos diretos, Não pode, portanto, o Estado abrir mão da arrecadação desse imposto. Em artigo publicado na imprensa, ti vemos oportunidade de- focalizar a si tuação que resultaria uara as finanças do Estado da adoção do projeto consti tucional, situação essa que, em resumo mostramos adiante. ’ Para o exercício de 1947, a receita or çada é:

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Dicesto EcoNóxnco

Vejamos agora a que situação ficaria reduzida a receita de impostos do Estado pelo projeto de Constítuição, levando-se em consideração, também, as limitações já estabelecidas pela Constituição Federa!:

Arrecadação total de impostos .. Cr$ 2.298.050.000,00 Menos: a) Vendas e Consignações .. Cr$ 1.749.000.000,00 (projeto) b) Indústrias e Profissões (Cons Cr$ 130.000.000,00 tituição Federal) Cr$ 1.879.000.000,00 = Cr$ 419.050.000,00 Preve, ainda, o projeto, que o Estado entregará aos municípios 20% da receita de impostos que nê es fôr arrecadada, além da obrigação de entrega de 30% do excesso sôbre a arrecadação mu nicipal, já estatuída na Constituição Federal. j t Nessas condições, na melhor das Hi póteses, perdería o Estado mais 20% sôbre o Hqüido de sua receita de im postos, ou sejam, Cr$ 83.810.000,00 restando, portanto, para o Estado Cr$ 335.240.000,00.

Ora, o próprio projeto constitucional cria encargos novos para o Estado, além dos atuais, o que toma absolutamente impraticável reduzir-se a despesa de mo do a se equilibrar o orçamento., Resta, portanto, como, aliás, prevê o projeto, um só recurso para proporcionar ao Es tado os Cr$ 1.962.810.000,00-de que êle será desfalcado: a elevação dos im postos diretos. Vejamos se isso é pra ticável. Os impostos diretos cobrados ■ atual mente pelo Estado são:

a) Receita tributária: Impostos Taxas b) Receita patrimonial c) Receita industrial d) Receitas diversas ... .[ e) Receita extraordinária .....

Cr$ 2.298.050.000,00 Cr$ 44.350.850,00 Cr$ 11.238.930,80 Cr$ 690.999.675,40 Cr$ 45.000.000,00 Cr$ 176.210.543,80

Total da receita Cr$ 3.265.850.000,00 A receita de i impostos é a seguinte; 1) Territorial rurab Transmissão "causa mortis” 3) Transnussuo **inter vivos 4) Vendas e Consignações 5) Indústrias e Profissões 6) SêJo 7) Transações 8) Adicionais sôbre “2 e “3ff

Cr.$ 45.000.000,00 Cr$ 40.000.000,00 Cr$ 290.000.000,00 Cr§ 1.749.000.000,00 Cr$ 130.000.000,00 CrS 16.300.000,00 Cr$ 11.250.000,00 Cr$ 16.500.000,00

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a) b) c) d)

Cr$ Imposto territorial rural .. Cr$ Irnpôsto de transmissão “causa mortis ... Cr$ Imposto de transmissão “inter vivos” Cr$ Adicionais sôbre êstes últimos .... Receita de impostos diretos .... Cr§

Portanto, para cobrir a diferença de Cr$ 1.962.810.000,00, deveríam êsses impostos ser majorados em, pelo menos, 600%, pois é preciso não esquecer que do total arrecadado, 20% pertencem aos Municípios pslo projeto. Admitindo-se que essa majoração rôsse aplicada indistintamente a todos os impostos, diretos, teríamos a seguinte situação: O irnpôsto territorial rural em que os autores do projeto, influenciados, certa mente, pelas idéias georgistas, deposi tam suas esperanças, é cobrado atual mente na base de 1,25% sôbre o valor

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i

Reccfífl 45.000.000,00 40.000.000,00 290.000.000,00 16.500.000,00 391.500.000,00

das terras sem as benfeitorias. Deveria, portanto, ser elevado para 8,75%. . O irnpôsto de transmissão “causa mortis” obedece, atualmente, a uma tabela variável de acordo com o montante da herança e o grau de parentesco. Com a necessária elevação de 600%, o im posto seria superior à totalidade da he rança, eliminando-a, portanto, em todos os casos de sucessão por colaterais, inclusive irmãos. Nos de sucessão pelo cônjuge sobrevivente, toda a quantia que excedesse dç Cr$ 500.000,00, seria, também, absorvida pelo irnpôsto. Na

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DiCESTO Econókqco

96

origem africana, acompanhada por can

dor, de romântica cabeleira e maneiras

tos de uma só toada, ao som de caxambxis, adufos, puítas, reco-recos e ou tros instrumentos primitivos, provàvel-

o anfitrião.

discretas para saudar o homenageado ou Ao concluir sua oração, o

mente de uso em Angola, no Congo, e

mais das vezes em estilo gongórico, soli citava a gentileza a fim de que, por de

em Moçambique, de onde geralmente

terminada pessoa de maviosa voz, fosse

procediam os escravos; os caipiras, mais

cantado o brinde; bem como, por con

conhecidos por matutos, preferiam o ca-

viva de tonitroante vozerio, bradados fossem os "hipes", cujos "hurras" eram

teretê, o chiba, o arrasta-pé e o corta-jaca (dansas puramente locais), também acompanhadas de cânticos, ao som de

entusiàsticamente correspondidos por to dos, em fragoroso côrol

Outros orado

Dicesto Econômico

97

As grandes festas não tinham progra ma, nem prazo tampouco. Duravam dias e dias, enquanto houvesse convivas. A

proporção porém que sc iam èlcs reti intimidade

Muito apreciados eram também os "românticos", de farta cabeleira e olhar

faltavam distrações gostosamente alimen

cismador, que se dedicavam aos clássi

tadas pelos "mimbavas".

cos recitativos de elegíacos carmes, ao

rando,

mais

aumcnlu\a

a

uma classe muito

piano acompanhados ao som da Dalila.

original, de parasitas dóceis c aprecia-

Para compensar, porém, as doridas e angustiosas tiradas que, de constante,

Constituíam estes

res secundavam o puoca-fieira, sendo

mais sabidos e dotados de certa veia

cada vez maior o entusiasmo por parte

díssímos, — longínquas reminíscéncias dos inolvidáveis truões da éjjoca feudal!

dos convivas que, gostosamente, se dei

Eram criaturas inofensivas, desconhe-

te, premiavam o vencedor. í-,

* * íf:

K

Nas grandes festas o que de mais solene havia eram os "banquetes" ou "pagodes" que, devido ao grande nú mero de convivas, geralmente se realiza vam em improvisada mesa sôbre cava-

xavam ficar, horas e horas, em grossa pagodeira... No final dos banquetes, após a retira

ca, nela perfilando custosos candelabros

de lavrada prata portuguesa, e distribuin do os vistosos pratos de doces, de modo

a produzir deslumbrante efeito, tendo outrossim o cuidado de preencher os intermeios com as inesquecíveis balas de estalo, contendo versinhos de sortes.

As imarias, caprichosamente prepara das e bem dispostas em baixelas, eram, pela variedade e quantidade, de caráter pantagruélico. Os doces secundavamnas em maior escala ainda, causando a mais viva surpresa, para vários dos con vivas — a estréia dos sorvetesl Os vi

nhos quasi todos de origem portuguesa ou francesa, sempre das melhores mar cas, eram remetídos pelo correspondente

do Kio de Janeiro. Terminados os pratos salgados, antes do início do ataque aos doces, havia um

manhã reclamavam bem batidas goma

ccdoras por completo do ridículo, e

das, fartamente acomoanhadas — con

cuja única finalidade social consistia em divertir, alegrar e fazer rir aos que os

forme faziam constar... para que não

viessem a ficar sofrendo do peitei • • • Os "arremcdadores de animais" eram

rodeavam — verdadeiros espanta-triste-

quente e fortemente hilariante", alimen tada por xistosas pilhérias e casos api mentados, contados sempre por especia

zas dos macambúzios! Disputados pelos

os queridos da meninada e da crioula-

fazendeiros, muitas vezes chegavam ape

da miúda. Os cães, os gatos, os bois, os

nas com a roupa do corpo; longe, po

leitões entalados na cerca, os porcos e

listas no gênero, os quais se apraziam em porfiados desafiosí

rém, de se sentirem mal com tal defi

^

*

tor barracão de pano. Copeiros especiais, arrumavam-na com

proferiam c gemiam, tais pândegos pela

da do belo sexo, realizava-se a "sesão

letes de madeira e abrigada por prote a melhor arte segundo os gostos da épo

diletos: arroz mole e o frangotc assado, regados a excelente vinho de Lisboa.

entre os qiie ficavam, para os quais não

viola, com cordas de metal; caipiras

poética, cantavam trovas, improvisadas em desafio, o qual era sempre apreciado pelos espectadores que, entusiàsticamen-

não fazia esperar, pois lauta ceia à mesa jií se adiava, sendo os pratos pre

Em seguida aos banquetes sucediam os bailes, para os quais usavam as da

mas custosos vestid^os de grande gala, expressamente vindos das modistas fran cesas da Côrte.

Os salões e salas, garridamente orna

ciência, obtinham pronto enxoval, com os empréstimos da indumentária dos da

casa, inclusive calçado c chapéu. Assim providos, não mais conheciam a carência do que quer que fôsse: tinham tudo do bom e a fartar.

A variedade deles era de fato bem

grande e, cada qual, exímio em sua es pecialidade ou em diversas — tanto os masculinos como os femininos também,

mentados e belamente iluminados por

porquanto, em ambos os sexos, cogunie-

bugias de meia libra, em grandes lus

lavam! Em geral os mais apreciados

tres de cristal lapidado e em candela bros de prata, apresentavam feérico as pecto. A contra-dansa de início era sempre a clássica quadrilha francesa, em honra ao homenageado, e marcada por cavalheiro de possante voz, que se encar

eram os

regava também da marcação da de lanceiros, sempre solene. As dansas em voga eram: a valsa vienense, a polca, a mazurca, o chotis e a vars^viana. O

cantores", ômulos dos anti

gos menestreis; dotados de maviosa voz, alegravam o ambiente com seus gorjeios. Quando indispostos porérii, quasi sem pre por e.vcesso de gulodíce, não ha via meio de abrirem a boca; declaravam-so

não inspiradosl

Comumente

eram acompanhados ao violão, à flauta ou ao piano, para cuja execução não faltavam mimbavas especializados. Em

maior divertimento nas quadrillias geral mente era sempre a 5.^ parte, cuja nrarcação, variadíssima e quasi toda impro

noites luarcntas saíam em grupos, fa zendo românticas serenatas, nas quais

visada, durava às vezes mais de uma

sas e complicados choros, ao toque tam

sensacional armistício, para a expansão

hora, dependendo seu final do fôlego

dos brindes. Le^antava-se então o ora

dos músicos!

não deixavam de figurar lacrimosas val

bém do cávaquinhò ou das guitarras. Ao regressarem à casa, a recompensa se

todo o sortiniento zoológico da Arca cie Noé tinham seus respeitáveis nvais em

suas íntimas expansões. "Mimbavas tros", especializavam-se em contar pi lhérias, em imitar o negro mina, o m-

glês, o francês, o napolitano e, prma-

palmente, o português; em fazer sort^ ilo prestidigitação e -baralho e em apostas, na apavorante mgestao de ig rias, doces e frutas, bem como na de

copázios dágua, de cerveja ou de xe-

frescos - verdadeiros

votar empadinhas ou em sorver limo

"'^Ílguns se exibiam em difíceis "exer

cícios de equitação", montando potros burros ou novilhos: eram afamados peões. Outros passavam horas a rio

enxertando mudas de plantas; podando roseiras, fazendo papagaios de papel para a meninada; colando cromos em álbuns; decorando paredes; assentando

campainhas elétricas; ensinando aos mo leques termos em francês; confeccionan do apetrechos de caça; encastoando an

zóis; consertando relógios e objetos de estimação; fazendo bonitas gaiolas para

passarinhos, caçando-os em alçapões de cana do reino. Quasi sempre exerciam duas funções: uma recreativa, que era


DiCESTO Econókqco

96

origem africana, acompanhada por can

dor, de romântica cabeleira e maneiras

tos de uma só toada, ao som de caxambxis, adufos, puítas, reco-recos e ou tros instrumentos primitivos, provàvel-

o anfitrião.

discretas para saudar o homenageado ou Ao concluir sua oração, o

mente de uso em Angola, no Congo, e

mais das vezes em estilo gongórico, soli citava a gentileza a fim de que, por de

em Moçambique, de onde geralmente

terminada pessoa de maviosa voz, fosse

procediam os escravos; os caipiras, mais

cantado o brinde; bem como, por con

conhecidos por matutos, preferiam o ca-

viva de tonitroante vozerio, bradados fossem os "hipes", cujos "hurras" eram

teretê, o chiba, o arrasta-pé e o corta-jaca (dansas puramente locais), também acompanhadas de cânticos, ao som de

entusiàsticamente correspondidos por to dos, em fragoroso côrol

Outros orado

Dicesto Econômico

97

As grandes festas não tinham progra ma, nem prazo tampouco. Duravam dias e dias, enquanto houvesse convivas. A

proporção porém que sc iam èlcs reti intimidade

Muito apreciados eram também os "românticos", de farta cabeleira e olhar

faltavam distrações gostosamente alimen

cismador, que se dedicavam aos clássi

tadas pelos "mimbavas".

cos recitativos de elegíacos carmes, ao

rando,

mais

aumcnlu\a

a

uma classe muito

piano acompanhados ao som da Dalila.

original, de parasitas dóceis c aprecia-

Para compensar, porém, as doridas e angustiosas tiradas que, de constante,

Constituíam estes

res secundavam o puoca-fieira, sendo

mais sabidos e dotados de certa veia

cada vez maior o entusiasmo por parte

díssímos, — longínquas reminíscéncias dos inolvidáveis truões da éjjoca feudal!

dos convivas que, gostosamente, se dei

Eram criaturas inofensivas, desconhe-

te, premiavam o vencedor. í-,

* * íf:

K

Nas grandes festas o que de mais solene havia eram os "banquetes" ou "pagodes" que, devido ao grande nú mero de convivas, geralmente se realiza vam em improvisada mesa sôbre cava-

xavam ficar, horas e horas, em grossa pagodeira... No final dos banquetes, após a retira

ca, nela perfilando custosos candelabros

de lavrada prata portuguesa, e distribuin do os vistosos pratos de doces, de modo

a produzir deslumbrante efeito, tendo outrossim o cuidado de preencher os intermeios com as inesquecíveis balas de estalo, contendo versinhos de sortes.

As imarias, caprichosamente prepara das e bem dispostas em baixelas, eram, pela variedade e quantidade, de caráter pantagruélico. Os doces secundavamnas em maior escala ainda, causando a mais viva surpresa, para vários dos con vivas — a estréia dos sorvetesl Os vi

nhos quasi todos de origem portuguesa ou francesa, sempre das melhores mar cas, eram remetídos pelo correspondente

do Kio de Janeiro. Terminados os pratos salgados, antes do início do ataque aos doces, havia um

manhã reclamavam bem batidas goma

ccdoras por completo do ridículo, e

das, fartamente acomoanhadas — con

cuja única finalidade social consistia em divertir, alegrar e fazer rir aos que os

forme faziam constar... para que não

viessem a ficar sofrendo do peitei • • • Os "arremcdadores de animais" eram

rodeavam — verdadeiros espanta-triste-

quente e fortemente hilariante", alimen tada por xistosas pilhérias e casos api mentados, contados sempre por especia

zas dos macambúzios! Disputados pelos

os queridos da meninada e da crioula-

fazendeiros, muitas vezes chegavam ape

da miúda. Os cães, os gatos, os bois, os

nas com a roupa do corpo; longe, po

leitões entalados na cerca, os porcos e

listas no gênero, os quais se apraziam em porfiados desafiosí

rém, de se sentirem mal com tal defi

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tor barracão de pano. Copeiros especiais, arrumavam-na com

proferiam c gemiam, tais pândegos pela

da do belo sexo, realizava-se a "sesão

letes de madeira e abrigada por prote a melhor arte segundo os gostos da épo

diletos: arroz mole e o frangotc assado, regados a excelente vinho de Lisboa.

entre os qiie ficavam, para os quais não

viola, com cordas de metal; caipiras

poética, cantavam trovas, improvisadas em desafio, o qual era sempre apreciado pelos espectadores que, entusiàsticamen-

não fazia esperar, pois lauta ceia à mesa jií se adiava, sendo os pratos pre

Em seguida aos banquetes sucediam os bailes, para os quais usavam as da

mas custosos vestid^os de grande gala, expressamente vindos das modistas fran cesas da Côrte.

Os salões e salas, garridamente orna

ciência, obtinham pronto enxoval, com os empréstimos da indumentária dos da

casa, inclusive calçado c chapéu. Assim providos, não mais conheciam a carência do que quer que fôsse: tinham tudo do bom e a fartar.

A variedade deles era de fato bem

grande e, cada qual, exímio em sua es pecialidade ou em diversas — tanto os masculinos como os femininos também,

mentados e belamente iluminados por

porquanto, em ambos os sexos, cogunie-

bugias de meia libra, em grandes lus

lavam! Em geral os mais apreciados

tres de cristal lapidado e em candela bros de prata, apresentavam feérico as pecto. A contra-dansa de início era sempre a clássica quadrilha francesa, em honra ao homenageado, e marcada por cavalheiro de possante voz, que se encar

eram os

regava também da marcação da de lanceiros, sempre solene. As dansas em voga eram: a valsa vienense, a polca, a mazurca, o chotis e a vars^viana. O

cantores", ômulos dos anti

gos menestreis; dotados de maviosa voz, alegravam o ambiente com seus gorjeios. Quando indispostos porérii, quasi sem pre por e.vcesso de gulodíce, não ha via meio de abrirem a boca; declaravam-so

não inspiradosl

Comumente

eram acompanhados ao violão, à flauta ou ao piano, para cuja execução não faltavam mimbavas especializados. Em

maior divertimento nas quadrillias geral mente era sempre a 5.^ parte, cuja nrarcação, variadíssima e quasi toda impro

noites luarcntas saíam em grupos, fa zendo românticas serenatas, nas quais

visada, durava às vezes mais de uma

sas e complicados choros, ao toque tam

sensacional armistício, para a expansão

hora, dependendo seu final do fôlego

dos brindes. Le^antava-se então o ora

dos músicos!

não deixavam de figurar lacrimosas val

bém do cávaquinhò ou das guitarras. Ao regressarem à casa, a recompensa se

todo o sortiniento zoológico da Arca cie Noé tinham seus respeitáveis nvais em

suas íntimas expansões. "Mimbavas tros", especializavam-se em contar pi lhérias, em imitar o negro mina, o m-

glês, o francês, o napolitano e, prma-

palmente, o português; em fazer sort^ ilo prestidigitação e -baralho e em apostas, na apavorante mgestao de ig rias, doces e frutas, bem como na de

copázios dágua, de cerveja ou de xe-

frescos - verdadeiros

votar empadinhas ou em sorver limo

"'^Ílguns se exibiam em difíceis "exer

cícios de equitação", montando potros burros ou novilhos: eram afamados peões. Outros passavam horas a rio

enxertando mudas de plantas; podando roseiras, fazendo papagaios de papel para a meninada; colando cromos em álbuns; decorando paredes; assentando

campainhas elétricas; ensinando aos mo leques termos em francês; confeccionan do apetrechos de caça; encastoando an

zóis; consertando relógios e objetos de estimação; fazendo bonitas gaiolas para

passarinhos, caçando-os em alçapões de cana do reino. Quasi sempre exerciam duas funções: uma recreativa, que era


Dicf-sto Econômico

98

a principal, e outra, de qualquer modo, utilitária.

admirável soma dc energia, corãgciti iniciativa, \'alor próprio e tudo

Dessa pitoresca classe de felizes hu

concernente ao dinamismo dispendido

manos, muitos deles arraigavam-se defi

pelos nossos maiorais, na mágica trans,

nitivamente às fazendas e, pelo decor rer dos tempos, chegavam mesmo a fa

.sem solução de continuidade, emergida

zer parte da família que os tomava por hóspedes crônicos. Em reconhecimento, não raro também tomavam o sobrenome

dos seus benfeitores e acabavam, quasi sempre, se casando com algumas das

privilegiadas "crias" que, em bem sen sível número, constelavam a população caseira. :{: íjí }?:

Eis, em ligeiros traços, o que, em suas diferentes modalidades, foi, mais ou menos, a Região Agrícola Bananalense.

Pelo que quinemàticamente vimos ex pondo, poder-se-á fazer uma idéia da

formação da mataria virgem — basta ç dc um .solo nada fácil ao trabalho, dg..

vido à sua áspera orografia — cm graa.

des c operosos centros dc indústria, riquezjx e população — verdadeiras célu.

AUTORES E LIVROS Os haróis através da História'

Sidney Ilook - ccl. Univor.sitária. S. Paulo

Ias da economia da nossa terra! Infeliz,

por CÂNDIDO Mota Tiliio

mente, o lamentável presente delas, poj

Especial paua o "Dicesto Econômico

cau.sas várias bem contrasta com a adnii. rável opulencia dc oulrora. Esperemos

porém que a atual mocídade, aparellnda dos novos conJiecimentos cia cièi\.

cia, e facilitada por inúmeros recursos da indústria, procure, com vantagem nestes elementos, secundar a invejà\-çl

ação dos legítimos pioneiros daquela época.

história não caminha só pelo hn-

niilso do herói, mas pelo impulso capri

choso das coisas e pela incoih^iciôncia do homem vulgar. Vale assim o nariz de Cleópatra tanto como o cidadão Drouet

que, frustrando, oca.sionahneute, a fuga de Luís XVI, mudou o caminho da his tória da revolução francesa".

vei.s para que o lioniem, dotado de nm certo talento, exerça graças a ele uma decisiva influência sôbre o curso dos

Áo teve, como devia ter, entre nós,

acontecimentos. É preciso, em primeiro

Hook. Recomcnda\'a-o o autor, um en saísta americano de grandes recursos, atormentado pelas seduções do marxis mo. E rccomendava-o ainda o próprio livro, enfrentando um dos problemas básíco.s da filosofia da história, que c

lhor que aos demais às necessidades so ciais de uma época determinada. Sc Napoleão, ao invés de seu gênio nüli-

N repercussão este trabalho de Sidney lugar, que seu talento corresponda me

o problema do herói. De

há muito que os marxistas an

dam de nariz torcido com este assunto,

Os ctrcúlos autorizados americanos revelaram que o Departamento de Estado e o da Guerra solicitararn informações do Brasil .sobre a quantidade de algodão que pode fornecer a indústria têxtil japonesa e se pode cntregú-lo a crédito, para ser coberto p' elas exportações japonesas.

O interesse dos Estados Unidos prende-se ao fato de que esgotados os estoques de algodão da. corjjoração de crédito para produtos de primeira necessidade, o govêrno norte-americano está na enwrgência de ter qúe comprar algodão pd^a o Japão. Oficialmente, calcula-se que a indústria japonesa dispõe de algodão sòmente até agosto ou setembro,^ peto que os Estados Unidos se esforçam para ohtct a matéria prima em outros países. Há, todavia, o inconveniente de financiamento,

pois os vendedores devem aguardar as vendas das exportações japonesas. para

Na opinião dos círculos bem informados, os futuros fornçcedores dc algodão o Japão serão os Estados Unidos e a índia, seguida pelo Brasil e Egito.

tav, Iwuvesse possuído o gênio musical clc Beethoven, não teria chegado, natma'mcntc, a ser imperador. Em se

gundo lugar, o regime social vigente nao deve cortar o caminho ao indivíduo, do tado de um determinado talento, ne

porque êle vive a oferecer obstáculos ao

cessário e útil justamente para o mo

materiali-smo dialético. Há muitos anos,

mento. O mesmo Napoleão teria morri

Jorge Plekanov publicou um pequeno en

do como um general douco conhecido ou com o simples nome de coronel Buonaparte se o velho regime tivesse durado

saio sôbre o papel do indivíduo na his tória. O mestre marxista tinha êsse tema

engasgado na garganta. E lembrava que Hamleto havia admitido uma filosofia

segundo a qual a liberdade não 6 mais do que a necessidade transformada em consciência. Foi essa a chave que êle encontrou para solucionar o problema. À medida que êle prociurava identificar a liberdade com a necessidade, ia co

locando, na seqüência dos acontecimen tos históricos, o papel do herói, como

em França setenta e cinco anos mais.

Mas, apesar do esfórço de Plekanov,

não foi possh'el uma interpretação defi nitiva. Os heróis continuavam a dar a

impressão de que perturbavam efetiva mente o trânsito histórico, com sua von

tade poderosa e irremovível. Sidney Hook, com o seu espírito in quieto, com sua cultura fluente e lumi nosa, coloca o problema diante dos olhos,

uma e.xpressão dessa consciência. Para

estudando o herói como acontecimento e

Plekanov duas condições são indispensá-

problema, os lieróis do pensanwnto, a


Dicf-sto Econômico

98

a principal, e outra, de qualquer modo, utilitária.

admirável soma dc energia, corãgciti iniciativa, \'alor próprio e tudo

Dessa pitoresca classe de felizes hu

concernente ao dinamismo dispendido

manos, muitos deles arraigavam-se defi

pelos nossos maiorais, na mágica trans,

nitivamente às fazendas e, pelo decor rer dos tempos, chegavam mesmo a fa

.sem solução de continuidade, emergida

zer parte da família que os tomava por hóspedes crônicos. Em reconhecimento, não raro também tomavam o sobrenome

dos seus benfeitores e acabavam, quasi sempre, se casando com algumas das

privilegiadas "crias" que, em bem sen sível número, constelavam a população caseira. :{: íjí }?:

Eis, em ligeiros traços, o que, em suas diferentes modalidades, foi, mais ou menos, a Região Agrícola Bananalense.

Pelo que quinemàticamente vimos ex pondo, poder-se-á fazer uma idéia da

formação da mataria virgem — basta ç dc um .solo nada fácil ao trabalho, dg..

vido à sua áspera orografia — cm graa.

des c operosos centros dc indústria, riquezjx e população — verdadeiras célu.

AUTORES E LIVROS Os haróis através da História'

Sidney Ilook - ccl. Univor.sitária. S. Paulo

Ias da economia da nossa terra! Infeliz,

por CÂNDIDO Mota Tiliio

mente, o lamentável presente delas, poj

Especial paua o "Dicesto Econômico

cau.sas várias bem contrasta com a adnii. rável opulencia dc oulrora. Esperemos

porém que a atual mocídade, aparellnda dos novos conJiecimentos cia cièi\.

cia, e facilitada por inúmeros recursos da indústria, procure, com vantagem nestes elementos, secundar a invejà\-çl

ação dos legítimos pioneiros daquela época.

história não caminha só pelo hn-

niilso do herói, mas pelo impulso capri

choso das coisas e pela incoih^iciôncia do homem vulgar. Vale assim o nariz de Cleópatra tanto como o cidadão Drouet

que, frustrando, oca.sionahneute, a fuga de Luís XVI, mudou o caminho da his tória da revolução francesa".

vei.s para que o lioniem, dotado de nm certo talento, exerça graças a ele uma decisiva influência sôbre o curso dos

Áo teve, como devia ter, entre nós,

acontecimentos. É preciso, em primeiro

Hook. Recomcnda\'a-o o autor, um en saísta americano de grandes recursos, atormentado pelas seduções do marxis mo. E rccomendava-o ainda o próprio livro, enfrentando um dos problemas básíco.s da filosofia da história, que c

lhor que aos demais às necessidades so ciais de uma época determinada. Sc Napoleão, ao invés de seu gênio nüli-

N repercussão este trabalho de Sidney lugar, que seu talento corresponda me

o problema do herói. De

há muito que os marxistas an

dam de nariz torcido com este assunto,

Os ctrcúlos autorizados americanos revelaram que o Departamento de Estado e o da Guerra solicitararn informações do Brasil .sobre a quantidade de algodão que pode fornecer a indústria têxtil japonesa e se pode cntregú-lo a crédito, para ser coberto p' elas exportações japonesas.

O interesse dos Estados Unidos prende-se ao fato de que esgotados os estoques de algodão da. corjjoração de crédito para produtos de primeira necessidade, o govêrno norte-americano está na enwrgência de ter qúe comprar algodão pd^a o Japão. Oficialmente, calcula-se que a indústria japonesa dispõe de algodão sòmente até agosto ou setembro,^ peto que os Estados Unidos se esforçam para ohtct a matéria prima em outros países. Há, todavia, o inconveniente de financiamento,

pois os vendedores devem aguardar as vendas das exportações japonesas. para

Na opinião dos círculos bem informados, os futuros fornçcedores dc algodão o Japão serão os Estados Unidos e a índia, seguida pelo Brasil e Egito.

tav, Iwuvesse possuído o gênio musical clc Beethoven, não teria chegado, natma'mcntc, a ser imperador. Em se

gundo lugar, o regime social vigente nao deve cortar o caminho ao indivíduo, do tado de um determinado talento, ne

porque êle vive a oferecer obstáculos ao

cessário e útil justamente para o mo

materiali-smo dialético. Há muitos anos,

mento. O mesmo Napoleão teria morri

Jorge Plekanov publicou um pequeno en

do como um general douco conhecido ou com o simples nome de coronel Buonaparte se o velho regime tivesse durado

saio sôbre o papel do indivíduo na his tória. O mestre marxista tinha êsse tema

engasgado na garganta. E lembrava que Hamleto havia admitido uma filosofia

segundo a qual a liberdade não 6 mais do que a necessidade transformada em consciência. Foi essa a chave que êle encontrou para solucionar o problema. À medida que êle prociurava identificar a liberdade com a necessidade, ia co

locando, na seqüência dos acontecimen tos históricos, o papel do herói, como

em França setenta e cinco anos mais.

Mas, apesar do esfórço de Plekanov,

não foi possh'el uma interpretação defi nitiva. Os heróis continuavam a dar a

impressão de que perturbavam efetiva mente o trânsito histórico, com sua von

tade poderosa e irremovível. Sidney Hook, com o seu espírito in quieto, com sua cultura fluente e lumi nosa, coloca o problema diante dos olhos,

uma e.xpressão dessa consciência. Para

estudando o herói como acontecimento e

Plekanov duas condições são indispensá-

problema, os lieróis do pensanwnto, a


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100

Dicesto Económic»

j sócia', o ideajismo e o materialismo, a

Hiticr, Stalin ou Mussoliní não podem apenas baixar decretos, como fazem em

: estrutura da ação heróica, os "se"...

todos os terrenos da organização militar,

influência dos monarcas, o determinismo

ha história, o contingente e o imprevisto,

até a Arte abstrata o a Música.

o homem cheio de acontecimentos e o

ditadores não só os baixam, mas os im

homem realizador de acontecimentos, a revolução russa, como uma experiência histórica, o herói e a democracia, a lei, a liberdade e ação humana. Como se ve, o 1í\to enfrenta real mente os mais palpitantes problemas da

filosofia da história. E o enfrenta assim, porque Sidney Hook é levado a concluir que o que fornece material de interesse para os heróis é a indispensabilídade da

liderança em tôda a vida social e em

todas as formas elevadas de organização social. Ele verifica que há certa ten dência natural para associar o'líder aos resutados obHdos durante sua lideran ça me.smo quando tais resultados -

r/"' ~

despeito

"Ah f que ele, por "não causaé dela. Atualmente , escreve mais

^

penetrante Uuencia da liderança na^ vida diária fnde populações mteiras. Por bem ou por

mal, tal mPuencia é abertamente pro clamada, centrahzadamente organizada e cresce contmuadamente".

Êsse socialista da história, biógrafo de Marx parece dar as mãos solidárias aos grandes mestres do individualismo e aos seguidores de Nietszche, quando escreve que "a.s principais decisões em Política Economia, relações exteriores, assuntos' militares e navais. Educação, serviços púbhcos, auxílios e — a não ser na In glaterra e nos Estados Unidos — em

Tais

põem cem por cento. Suas decisões afe tam não .somente as possibilidades de

obter um meio de vida — o que não é raro nos países totalitários — mas igual mente tôda a educação infantil e de adultos e a

direção c conteúdo da

Literatura, Arte o Filosofia do país. A influência das personalidades pos santes e dos heróis políticos nas demo cracias também

é evidente.

Não só

o\ddente como acentuada. Para Sidney Hook, nos países democráticos como a

Inglaterra c os Estados Unidos — demo cráticos porque a liderança é ainda, em grande parte, dc resnon-sabilidade de corpos representativos e está sujeita à crítica por parte, dos cidadãos — tem se expandido enormementc a área e o po der da autoridade executiva.

Mas, se

jam quais forem as razões, os fatos são inconfundíveis

mais claros.

e

se

tomam

cada vez

Os poderes discricionários

do Presidente Americano e do Gabine

te Britânico, nos últimos anos, ultrapas sam todos os limites imaginados por seus partidários democráticos. Êsses homens, como heróis políticos, desmentem, a todo instante, a inexorabilidade do caminho histórico. ÊIcs ne

gam a inevitabilidade da linha da ação histórica que. desse modo, deixa de ser necessária, para ser condicional. "Na História, diz Sidney Hook, — há algo

Religião, Arte, Literatura, Música, Ar

máis que "leis do destino" e "grandes homens". É preciso portanto dar a cada

um punhado de líderes nacionais e, não

um o que é seu. Até onde o destino do

quitetura e Ciências, são tomadas por poucas vezes, por uma personagem cuja opinião e gosto se fizeram leis absolu tas no país".

Não lhe bastou o exemplo de César, o de Napoleão ou de Cromwell. O

herói influi no destino histórico? Até onde o de.stíno histórico influi no destino do herói?

Em primeiro lugar, para a resposta

dentro de um Estado socialista, um

dessas perguntas, precisamos saber o que é o herói. Â primeira vista o herói é aquele que nos salva. É, dêsse modo, um ser que luta contra fôrças invencí

exemplo muito mais vivo. Para êle, um

veis, contra o inevitável, contra o que

inundo moderno fomeceu-lhe, mesmo

DiCE5TO Econóndco

101

está escrito ou o que tem que acontecer.

E foi êsse as^eclo que impressionou a

Carlyle quando proclamou no seu "He-

sociados a períodos fracos e reis fracos. Nos restantes vinte por centoj monarcas

roes and Hero-Worship", que "a Histó

medíocres estão associados a períodos fracos e fortes, ou períodos medíocres a

ria Universal, a história do que o ho

reis fortes ou fracos.

mem realizou neste mundo c, no fundo, a história dos grandes que trabalharam".

obra de Wood, o autor concorda entre

Assim, desde a velha Grécia, quando

Mostrando os aspectos e.vcessivos da

tanto que ela sugere e desperta novos

os heróis confundiam os mistérios do céu

problemas. Daí, em seguida, estudar o

com os da terra, até nossos dias, houve

determinismo social em Hegel e Spencer. Para Hegel, como para Oswaldo Spen-

Forque o herói, por ser assim, é sempre

o grande homem não é o produto das

Sempre no heroísmo algo de carismá tico que desorienta a lógica das coisas.

gler, — que o acompanha nesse sentido,

nm construtor da história e por isso,

condições materiais, sociais ou bioló

não raro, construtor de cultura. "Par ticularmente, na Artes e nas Ciências,

gicas, mas, antes de mais nada, uma expres.são do "espírito" de sua época ou a "alma" de sua cultura. O grande

temos provas de todos os lados, toman

do perfeitamente claro que modelos oríe nais são criados por uns poucos gran des indivíduos e imitados pelos mui tos apenas talentosos", observa Hook.

homem é aquele que se capacita pela Razão das coisas, de que ele é um in

térprete. Assim a sua existência tem uma justificativa histórica e divina para

Essa observação leva-o a conclusões

anular os outros indivíduos, até mesmo

de conseqüências profundas. Êle observa

povos inteiros. Para Hegel, cada época tem o grande homem que merece. O

e cbseiva muito bem, que no campo das artes, ^ ação da individualidade é indis cutível é indispensável. A ciência pode ter seus gênios, mas pode, por sua-vez,

grande homem é portanto itm represen

tante ou uma expressão.

Outra é en

tretanto a posição de Spcncer, formado

ger elaborada pelas equipes. Porém, "a Madona de Rafael sem Rafael, as

dentro dos rigores do indh'iduali^o inglês. Para êle, o historiador cientifiw

sinfonias e sonatas de Beethoven sem Beethoven são inconcebíveis. Por outro

pode notar incidentalmente que o ^ víduo foi a causa próxima ou imemata

lado, na Ciência, é muito provável que a maioria das realizações de qualquer

de um acontecimento decisivo, mas deve continuar cuiiLiiiuai investigando iiivcotifjaiiui/ sobre o ^ que pr^^" ^

cientista seja alcançada por outros in

- ji- ' jr ^ n duziu o indivíduo em questão e o

divíduos trabalhando no mesmo ramo.

gou a agir da maneira pela qual eJe

ríhri-

Analisa, antes de chegar a uma con

agiu. Antes que o grande homem possa refazer sua sociedade, a sociedade deve

clusão, o autor várias obras preliminar mente. A sua análise começa pelo fa

fazê-lo.

moso trabalho de F. A. Wooa, "The Infiuence of Monarchs", onde se encon

cer como experimentalista não trazem

Tanto Hegel como idealista e Spen

Wood é o resultado de um estudo pa ciente dos quadros da vida monárqui

solução para o tema. Nem a metafísica, nem o método empírico trazem solução tranqüilízadora e definitiva. E isto fica confirmado quando Sidney Hook ana

ca e é a seguintes — monarcas fortes,

lisa o pensamento dos mestres do mar

medíocres e fracos estão associados a

xismo ortodoxo, tais como Engels, Plekanov, Kautsky, Lenine, Trotsky e Bukharin, para os quais não milita a pro vidência de Santo Agostinho ou Bossuet,

tra uma defesa extremada da concepção heróica da História.

A conclusão de

períodos fortes, medíocres e fracos res pectivamente, em cerca de setenta por cento dos casos.

E em cêrca de dez

por cento dos casos, reis fortes .estão as

nem a sabedoria da razão de.Hegel ou o


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Dicesto Económic»

j sócia', o ideajismo e o materialismo, a

Hiticr, Stalin ou Mussoliní não podem apenas baixar decretos, como fazem em

: estrutura da ação heróica, os "se"...

todos os terrenos da organização militar,

influência dos monarcas, o determinismo

ha história, o contingente e o imprevisto,

até a Arte abstrata o a Música.

o homem cheio de acontecimentos e o

ditadores não só os baixam, mas os im

homem realizador de acontecimentos, a revolução russa, como uma experiência histórica, o herói e a democracia, a lei, a liberdade e ação humana. Como se ve, o 1í\to enfrenta real mente os mais palpitantes problemas da

filosofia da história. E o enfrenta assim, porque Sidney Hook é levado a concluir que o que fornece material de interesse para os heróis é a indispensabilídade da

liderança em tôda a vida social e em

todas as formas elevadas de organização social. Ele verifica que há certa ten dência natural para associar o'líder aos resutados obHdos durante sua lideran ça me.smo quando tais resultados -

r/"' ~

despeito

"Ah f que ele, por "não causaé dela. Atualmente , escreve mais

^

penetrante Uuencia da liderança na^ vida diária fnde populações mteiras. Por bem ou por

mal, tal mPuencia é abertamente pro clamada, centrahzadamente organizada e cresce contmuadamente".

Êsse socialista da história, biógrafo de Marx parece dar as mãos solidárias aos grandes mestres do individualismo e aos seguidores de Nietszche, quando escreve que "a.s principais decisões em Política Economia, relações exteriores, assuntos' militares e navais. Educação, serviços púbhcos, auxílios e — a não ser na In glaterra e nos Estados Unidos — em

Tais

põem cem por cento. Suas decisões afe tam não .somente as possibilidades de

obter um meio de vida — o que não é raro nos países totalitários — mas igual mente tôda a educação infantil e de adultos e a

direção c conteúdo da

Literatura, Arte o Filosofia do país. A influência das personalidades pos santes e dos heróis políticos nas demo cracias também

é evidente.

Não só

o\ddente como acentuada. Para Sidney Hook, nos países democráticos como a

Inglaterra c os Estados Unidos — demo cráticos porque a liderança é ainda, em grande parte, dc resnon-sabilidade de corpos representativos e está sujeita à crítica por parte, dos cidadãos — tem se expandido enormementc a área e o po der da autoridade executiva.

Mas, se

jam quais forem as razões, os fatos são inconfundíveis

mais claros.

e

se

tomam

cada vez

Os poderes discricionários

do Presidente Americano e do Gabine

te Britânico, nos últimos anos, ultrapas sam todos os limites imaginados por seus partidários democráticos. Êsses homens, como heróis políticos, desmentem, a todo instante, a inexorabilidade do caminho histórico. ÊIcs ne

gam a inevitabilidade da linha da ação histórica que. desse modo, deixa de ser necessária, para ser condicional. "Na História, diz Sidney Hook, — há algo

Religião, Arte, Literatura, Música, Ar

máis que "leis do destino" e "grandes homens". É preciso portanto dar a cada

um punhado de líderes nacionais e, não

um o que é seu. Até onde o destino do

quitetura e Ciências, são tomadas por poucas vezes, por uma personagem cuja opinião e gosto se fizeram leis absolu tas no país".

Não lhe bastou o exemplo de César, o de Napoleão ou de Cromwell. O

herói influi no destino histórico? Até onde o de.stíno histórico influi no destino do herói?

Em primeiro lugar, para a resposta

dentro de um Estado socialista, um

dessas perguntas, precisamos saber o que é o herói. Â primeira vista o herói é aquele que nos salva. É, dêsse modo, um ser que luta contra fôrças invencí

exemplo muito mais vivo. Para êle, um

veis, contra o inevitável, contra o que

inundo moderno fomeceu-lhe, mesmo

DiCE5TO Econóndco

101

está escrito ou o que tem que acontecer.

E foi êsse as^eclo que impressionou a

Carlyle quando proclamou no seu "He-

sociados a períodos fracos e reis fracos. Nos restantes vinte por centoj monarcas

roes and Hero-Worship", que "a Histó

medíocres estão associados a períodos fracos e fortes, ou períodos medíocres a

ria Universal, a história do que o ho

reis fortes ou fracos.

mem realizou neste mundo c, no fundo, a história dos grandes que trabalharam".

obra de Wood, o autor concorda entre

Assim, desde a velha Grécia, quando

Mostrando os aspectos e.vcessivos da

tanto que ela sugere e desperta novos

os heróis confundiam os mistérios do céu

problemas. Daí, em seguida, estudar o

com os da terra, até nossos dias, houve

determinismo social em Hegel e Spencer. Para Hegel, como para Oswaldo Spen-

Forque o herói, por ser assim, é sempre

o grande homem não é o produto das

Sempre no heroísmo algo de carismá tico que desorienta a lógica das coisas.

gler, — que o acompanha nesse sentido,

nm construtor da história e por isso,

condições materiais, sociais ou bioló

não raro, construtor de cultura. "Par ticularmente, na Artes e nas Ciências,

gicas, mas, antes de mais nada, uma expres.são do "espírito" de sua época ou a "alma" de sua cultura. O grande

temos provas de todos os lados, toman

do perfeitamente claro que modelos oríe nais são criados por uns poucos gran des indivíduos e imitados pelos mui tos apenas talentosos", observa Hook.

homem é aquele que se capacita pela Razão das coisas, de que ele é um in

térprete. Assim a sua existência tem uma justificativa histórica e divina para

Essa observação leva-o a conclusões

anular os outros indivíduos, até mesmo

de conseqüências profundas. Êle observa

povos inteiros. Para Hegel, cada época tem o grande homem que merece. O

e cbseiva muito bem, que no campo das artes, ^ ação da individualidade é indis cutível é indispensável. A ciência pode ter seus gênios, mas pode, por sua-vez,

grande homem é portanto itm represen

tante ou uma expressão.

Outra é en

tretanto a posição de Spcncer, formado

ger elaborada pelas equipes. Porém, "a Madona de Rafael sem Rafael, as

dentro dos rigores do indh'iduali^o inglês. Para êle, o historiador cientifiw

sinfonias e sonatas de Beethoven sem Beethoven são inconcebíveis. Por outro

pode notar incidentalmente que o ^ víduo foi a causa próxima ou imemata

lado, na Ciência, é muito provável que a maioria das realizações de qualquer

de um acontecimento decisivo, mas deve continuar cuiiLiiiuai investigando iiivcotifjaiiui/ sobre o ^ que pr^^" ^

cientista seja alcançada por outros in

- ji- ' jr ^ n duziu o indivíduo em questão e o

divíduos trabalhando no mesmo ramo.

gou a agir da maneira pela qual eJe

ríhri-

Analisa, antes de chegar a uma con

agiu. Antes que o grande homem possa refazer sua sociedade, a sociedade deve

clusão, o autor várias obras preliminar mente. A sua análise começa pelo fa

fazê-lo.

moso trabalho de F. A. Wooa, "The Infiuence of Monarchs", onde se encon

cer como experimentalista não trazem

Tanto Hegel como idealista e Spen

Wood é o resultado de um estudo pa ciente dos quadros da vida monárqui

solução para o tema. Nem a metafísica, nem o método empírico trazem solução tranqüilízadora e definitiva. E isto fica confirmado quando Sidney Hook ana

ca e é a seguintes — monarcas fortes,

lisa o pensamento dos mestres do mar

medíocres e fracos estão associados a

xismo ortodoxo, tais como Engels, Plekanov, Kautsky, Lenine, Trotsky e Bukharin, para os quais não milita a pro vidência de Santo Agostinho ou Bossuet,

tra uma defesa extremada da concepção heróica da História.

A conclusão de

períodos fortes, medíocres e fracos res pectivamente, em cerca de setenta por cento dos casos.

E em cêrca de dez

por cento dos casos, reis fortes .estão as

nem a sabedoria da razão de.Hegel ou o


102

Digesto Econômico

incognoscível de Spencer, mas "a con tradição dialética entre as forças de

róico, aquele que c cheio de aconlecimento.s e aquele que c realizador de

produção e as relações de produção".

acontecimentos.

Mas êsse aspecto não soluciona o

problema, o que obriga a Sidney Hook a concluir que "não obstante suas ímpropríedades, o determinismo social dei

xou sedimento permanente em todas as

forças de pensamento de nossa época". Ao examinar, a seguir, a estrutura da

na a e.xpcriência histórica da re\"oIu-

anti-democrática do herói político, for

inicial.

"Pode unia democracia livrar-se a si pró

esta em descobrir quando o "herói" é e quando não é um acidente histórico"

O capitulo que consagra a êste aspecto do problema e dos mais interessantes. A histopa nao caminha só pelo impulso

do heroí, mas pelo impulso caprichoso

aa.ç coisas e pela mconsciôncia do ho

mem v-ulgar.

Vale assim o nariz de

C.eópatra tanto como o cidadão Drouet -lue, fmsriando, ocasionalmente, a fuça

3Je Luís XVI, mudou o caminho da his toria da revolução francesa!

Assim

aparece na história, em grande quanti dade, o contingente, o imprevisto

E é assim que Sidney Hook chega ao estudo do homem verdadeiramente he-

Especial para o "Digesto EcoNÓAaco"

viveríamos hoic num mundo muito di

ferente. E colocando em seguida o con

xado de realizar. O difícil do problema

por Basíi.10 Magalhães *

ção russa, onde se procura provar que, se não fosse pela obra de um homem,

tuar a complicação misteriosa dessa ação. Por mais que se esgote numa perfura ção contínua, êle não chega â fonte

histórica, — escreve êle — é que os ho mens não podem desfazer as conseqüên cias de um fato que se poderia ter dei

BrasileÜros I

Ê, com êsses dados referentes a êsses

tipos lieróicos, que Sidney Hook e.xanu-

ação heróica, o autor é obrigado a acen

"Uma das tragédias da vida

Economistas

I

ceito da democracia diante da energia

Alexandre de Gusmão

mula o autor a seguinte pergunta: —

pria de uma elite governante?" E res ponde: — "Nenhuma dúvida pode exis tir sobre nos.sa resposta.

A e.xporiên-

cia política e liistórica prova que a de mocracia podo libertar-se e sempre se liberta de clite.s governantes e pode fa zê-lo mai.s facilmente do que, em geral, é possível cni .sociedade não democrá tica". E nós perguntamos ao autor: — Como? E êle não nos responde. Mas a

sua esperança está na própria condição do komem, na sua razão de ser espe

Doucos países culturais terão gozado da te inventariada por seus primeiros biósorte, que coube ao Brasil, de haver , grafos de além e aquém-mar, assim como pelos nossos historiadores da passada sido berço de autênticos luminares de renome universal, quais foram, em três centúria, que com êle se ocuparam. E séculos sucessivos, XVIII, XIX e XX, o que se vê dos escritos de Miguel Mar Ale.xandre de Gusmão, Josó Bonifácio o tins de Araújo e visconde de São-Leopoldo, de Diogo Barbosa Machado, InoPatriarca e Rui Barbosa. Rcferindo-so ao primeiro deles como cèncio Francisco da Silva e Sacramento telo-Branco ("Curso de literatura por

Blake, de José Maria da Costa e Silva o Teófilo Braga, de João Manuel Pereira

tuguesa", vol. II, nág. 165), pouco afei

da Silva o Manuel Eufrásio de Aze

estadista, assim se exprimiu Camilo Cas-

to a elogios e por demais rigoroso em

cífica, nessa sua luta imortal contra o

seus juízos: "nas ciências políticas, foi

fataÜsmo e nesse inconformismo huma

mais arguto que d. Luís da Cunha; e,

no contra o capricho dos deuses absur

na sagacidade e lucidez de fino sentir,

dos. E conclui: — "Todas as autênticas

foi o mais avançado espírito do seu sé

oportunidades de escolha são específi

culo".

cas. Cada resolução de uma escolha im

plica, em certo grau, numa reconstnição

vedo Marques.

Enquanto vivo, pouco deixou publicadoI

do muito que naWa produzido como diplomata, homem de letras, esenvao

da puridade de d. João V e ministro do Conselho Ultramarino.

A multíihoda atividade intelectual do

nosso ínclito patrício foi imperfeitamen

Sócio da Aca

demia Real da História Portuguesa, a

oração com que foi recebido na mesma

da própria sociedade e do iiumdo".

Especialmente convidado pela direção do "Digesto Econômico", Bastlio de Ma

galhães inicia, com "Alexandre de Gusmão", wna série de e^udos sôbre os eco nomistas brasileiros. Traçará, em artigos posteriores, o perfil dos^ nossos homens públicos, que se dedicaram à EconomUi Política, como José Bonifácio, Cairu, Fer

O sr. Archibaíd Forhes, presidente da Junta de Ferro e Aço, declarou (juc tj escassez de carvão na Grã-Bretanha estava limitando a produção das fábricas si derúrgicas.

reira Soares, Belisário, Ouro Preto, Murtinho, Amaro Cavalcanti, Bulhões, Çampista,

Calógeras e outros. Membro da Academia Paulista de Letras, antigo professor do

Ginásio de Campinas, Basílio de Magalhães é um nome caro aos pauli^as, com as

Segundo Forhes, a produção de aço dêsle ano seria de 11.500.000 toneladas, isto é, quasi 2.000.000 de toneladas a menos do que na produção do ano passado. Declarou êle que calculava que os pedidps de aço montariam a 15.000.000

stias obras sôbre "Expansão geográfica do Brasil até fins do século XVll","O café na história, no folclore e nas belas artes", "O Estado de São Paulo e o seu pro gresso na atualidade". A bibliografia de Basílio de Magalhães é vasta e se destaca pelo cunho de brasilidade e risorosa documentação. Versa sobre assuntos históri

de toneladas e disse que achava improvável que a diferença poderia ser coberta

cos, geográficos, pedagógicos, fuológicos, administrativos e econômicos. Ê de grande

pelas importações e revelou que nos três primeiros méses dâste ano a Grã-Bretanha importou um total de 120.000 toneladas de aço.

interôsse didático a sua "Plistóría do Comércio".

'ÀK!'.'


102

Digesto Econômico

incognoscível de Spencer, mas "a con tradição dialética entre as forças de

róico, aquele que c cheio de aconlecimento.s e aquele que c realizador de

produção e as relações de produção".

acontecimentos.

Mas êsse aspecto não soluciona o

problema, o que obriga a Sidney Hook a concluir que "não obstante suas ímpropríedades, o determinismo social dei

xou sedimento permanente em todas as

forças de pensamento de nossa época". Ao examinar, a seguir, a estrutura da

na a e.xpcriência histórica da re\"oIu-

anti-democrática do herói político, for

inicial.

"Pode unia democracia livrar-se a si pró

esta em descobrir quando o "herói" é e quando não é um acidente histórico"

O capitulo que consagra a êste aspecto do problema e dos mais interessantes. A histopa nao caminha só pelo impulso

do heroí, mas pelo impulso caprichoso

aa.ç coisas e pela mconsciôncia do ho

mem v-ulgar.

Vale assim o nariz de

C.eópatra tanto como o cidadão Drouet -lue, fmsriando, ocasionalmente, a fuça

3Je Luís XVI, mudou o caminho da his toria da revolução francesa!

Assim

aparece na história, em grande quanti dade, o contingente, o imprevisto

E é assim que Sidney Hook chega ao estudo do homem verdadeiramente he-

Especial para o "Digesto EcoNÓAaco"

viveríamos hoic num mundo muito di

ferente. E colocando em seguida o con

xado de realizar. O difícil do problema

por Basíi.10 Magalhães *

ção russa, onde se procura provar que, se não fosse pela obra de um homem,

tuar a complicação misteriosa dessa ação. Por mais que se esgote numa perfura ção contínua, êle não chega â fonte

histórica, — escreve êle — é que os ho mens não podem desfazer as conseqüên cias de um fato que se poderia ter dei

BrasileÜros I

Ê, com êsses dados referentes a êsses

tipos lieróicos, que Sidney Hook e.xanu-

ação heróica, o autor é obrigado a acen

"Uma das tragédias da vida

Economistas

I

ceito da democracia diante da energia

Alexandre de Gusmão

mula o autor a seguinte pergunta: —

pria de uma elite governante?" E res ponde: — "Nenhuma dúvida pode exis tir sobre nos.sa resposta.

A e.xporiên-

cia política e liistórica prova que a de mocracia podo libertar-se e sempre se liberta de clite.s governantes e pode fa zê-lo mai.s facilmente do que, em geral, é possível cni .sociedade não democrá tica". E nós perguntamos ao autor: — Como? E êle não nos responde. Mas a

sua esperança está na própria condição do komem, na sua razão de ser espe

Doucos países culturais terão gozado da te inventariada por seus primeiros biósorte, que coube ao Brasil, de haver , grafos de além e aquém-mar, assim como pelos nossos historiadores da passada sido berço de autênticos luminares de renome universal, quais foram, em três centúria, que com êle se ocuparam. E séculos sucessivos, XVIII, XIX e XX, o que se vê dos escritos de Miguel Mar Ale.xandre de Gusmão, Josó Bonifácio o tins de Araújo e visconde de São-Leopoldo, de Diogo Barbosa Machado, InoPatriarca e Rui Barbosa. Rcferindo-so ao primeiro deles como cèncio Francisco da Silva e Sacramento telo-Branco ("Curso de literatura por

Blake, de José Maria da Costa e Silva o Teófilo Braga, de João Manuel Pereira

tuguesa", vol. II, nág. 165), pouco afei

da Silva o Manuel Eufrásio de Aze

estadista, assim se exprimiu Camilo Cas-

to a elogios e por demais rigoroso em

cífica, nessa sua luta imortal contra o

seus juízos: "nas ciências políticas, foi

fataÜsmo e nesse inconformismo huma

mais arguto que d. Luís da Cunha; e,

no contra o capricho dos deuses absur

na sagacidade e lucidez de fino sentir,

dos. E conclui: — "Todas as autênticas

foi o mais avançado espírito do seu sé

oportunidades de escolha são específi

culo".

cas. Cada resolução de uma escolha im

plica, em certo grau, numa reconstnição

vedo Marques.

Enquanto vivo, pouco deixou publicadoI

do muito que naWa produzido como diplomata, homem de letras, esenvao

da puridade de d. João V e ministro do Conselho Ultramarino.

A multíihoda atividade intelectual do

nosso ínclito patrício foi imperfeitamen

Sócio da Aca

demia Real da História Portuguesa, a

oração com que foi recebido na mesma

da própria sociedade e do iiumdo".

Especialmente convidado pela direção do "Digesto Econômico", Bastlio de Ma

galhães inicia, com "Alexandre de Gusmão", wna série de e^udos sôbre os eco nomistas brasileiros. Traçará, em artigos posteriores, o perfil dos^ nossos homens públicos, que se dedicaram à EconomUi Política, como José Bonifácio, Cairu, Fer

O sr. Archibaíd Forhes, presidente da Junta de Ferro e Aço, declarou (juc tj escassez de carvão na Grã-Bretanha estava limitando a produção das fábricas si derúrgicas.

reira Soares, Belisário, Ouro Preto, Murtinho, Amaro Cavalcanti, Bulhões, Çampista,

Calógeras e outros. Membro da Academia Paulista de Letras, antigo professor do

Ginásio de Campinas, Basílio de Magalhães é um nome caro aos pauli^as, com as

Segundo Forhes, a produção de aço dêsle ano seria de 11.500.000 toneladas, isto é, quasi 2.000.000 de toneladas a menos do que na produção do ano passado. Declarou êle que calculava que os pedidps de aço montariam a 15.000.000

stias obras sôbre "Expansão geográfica do Brasil até fins do século XVll","O café na história, no folclore e nas belas artes", "O Estado de São Paulo e o seu pro gresso na atualidade". A bibliografia de Basílio de Magalhães é vasta e se destaca pelo cunho de brasilidade e risorosa documentação. Versa sobre assuntos históri

de toneladas e disse que achava improvável que a diferença poderia ser coberta

cos, geográficos, pedagógicos, fuológicos, administrativos e econômicos. Ê de grande

pelas importações e revelou que nos três primeiros méses dâste ano a Grã-Bretanha importou um total de 120.000 toneladas de aço.

interôsse didático a sua "Plistóría do Comércio".

'ÀK!'.'


104

Dicesto Ecokómk»

a conta dos estudos que Uie destinou, a 13 de março e 24 de julho de 1732, a saíram no vol. XII dos "Documentos,

e a

Estatutos e Memórias" do referido grê mio; nessa revista (vol. XX) e na "Bi blioteca Lusitana" (1741) foi inserto o

seu "PanegOrico à magestade de el-rei d. João V, recitado no Paço a 22 de

outubro de 1739, dia em que cumpria os seus anos".

Afora esses trabalhos,

só dois outros fez ele imprimir, notan-

do-se que o segundo dêles nem sequer lhe trouxe o nome: a "Relação da en trada pública, que fez em Paris, aos 18 de agôsto de 1715, o exmo. sr. d. Luis

da Câmara, conde da Ribeira-Grande" (Paris, 1715); e o "Tratado de limites das conquistas entre os muito podero

sos senhores d. João V, rei de Portu-

fllisbca; 1^0 sòmente quem redigiu o pacto de 13 de janeiro de 1750 — o , qual, sancionando as conquistas do \ bandeirismo paulista, nos deu o Brasil capitulação de Jordesilhas, - rnas ainda quem o de

fendeu como se Vê da sua lolga e fun-

Mrn de hÍ r'" brigadeiro Pedro Vasconcelos (que, Antônio durante quase dois anos. havia resistido, de 1736 ® V Salcedo C l J conta a Colónia-do-Sacrapor d. Mi guel ° Vi, e datada de ° P=<="dônima Philalethes "Lisboa, 8 de setembro de 1751", êsse admirável trabalho, um dos últimos devidos à pro funda competência de Alexandre de Gus mão, conservou-se indivulgado por mui to tempo, até que apareceu parcialmen te na "Rev. do Inst. Hist. e Geogr. Bras" (1839) e depois integralmente na "Co leção de inéditos" (1841) e no "Brasil Histórico" (1867) de Melo Morais. Não traz data, mas é presumivelmente de

1752, ocupando-se do mesmo assunto,

rica, ajustado com S. M. Católica", inserta às págs. 43-50 do "complemento dos inéditos" (1844).

Poeta e prosador, — sobretudo admi

105

Dicesto EcoNóAaco

Antes que fôssem dados à estampa

cluir nos seus citados "Complementos

to em 1841 e 1844, alguns importantes

dos inéditos de Alexandre de Gusmão

escritos de Alexandre de Gusmão ha viam sido insertos no "Investigador Por

rável epistológ^rafo, pela agilidade, gra

tuguês" (1811, 1812, 1813 e l815), no

ça e pureza do estilo, — até hoje nÍo

"Patriota" desta capital (1811 e 1813), no "Analista Portuense" (1822) e no

foi completamente reunida a sua produ

Albano Antero de Oliveira Pinto em in

nas sobreditas coleções, editadas no Por

um "Sermão da Paixão" (págs. 84-95),

o qual não pode deixar de ser do homô nimo padrinho e mestre dêste (de quem tomara o cognome).

ção literária. Esta, em boa parte, só se veio a conhecer por duas compaginações factícias póstumas. A primeira

"panorama" (1838, 1840 c 1843).

vol. IV dessa última revista estampou a

Na "Coleção de inéditos" de 1841 fi gura o imortal filho de Santos com dois pseudônimos: o de "Philalethes", na

intitula-se "Coleção de vários escritos inéditos, políticos e literários, de .Ale

céleore Alexandre de Gusmão a el-rei

"Resposta e reflexões do autor contra o que escreveu o brigadeiro Antônio Pe

xandre de Gusmão — Que dá à luz pú blica J. M. T. de C". (Pòrto, 1841); e a segunda, "Complemento dos .inédi tos de Alexandre de Gusmão" (Pòrto, 1844), embora não ha|a trazido o nome

do colecionador, sabe-se ter sido organizada por Albano Antero de Oliveira Pinto (cujo sobrenome saiu errado no "Dicionário bibliográfico brasileiro" de Sacramento Blake, que também transmu-

O

"Exposição que fez dos seus ser\âços o d, João V", autobiografia da atividade pública do egrégio santista, c que, em bora indatada, deve ter sido de 1749 (saiu às págs. 51-55 do "Complemento dos inéditos", com o título de "Repre sentação feita ao fidelíssimo rei o sr. d.

João V por Alexandre de Gusmão"); e o vol. VII ainda inseriu o "Discurso em

que Alexandre de Gusmão mostra os

dro de Vasconcelos, que havia sido go vernador da Colónia-do-Sacramento, a

respeito dos tratados dos limites da Aipérica" (págs. 143-213); e o de "F. D. de Santa-Maria", na "Dissertação que, a

pedido de um amigo, compôs o autor, com suma habilidade e talento, relati vamente à relaxação das ordens religio

sas" (págs. 2X3-244). Os títulos de tais escritos são do colecionador, que nao do célebre paulista. Acredito haja ele

dara "J. M. T. de C." em "I. M. F. de

interêsses que resultam a Sua Magestade Fidelíssima e a seus vassalos da exe cução do tratado de limites da Colônia

C.").

do Sacramento, ajustado com Sua Ma

usado um terceiro falso nome, o de "Famião Ferrão Philalethe", com que

^rtaçáo" dirigida a d. José e já atrás

(Lisboa, 1752). crítica da

mencionada. Cogitando principalmente do eco nomista, que não do ficcionista, consig narei muito rapidamente que à merecida nomeada de Alexandre de Gusmão de

nosso preolaro

Encerram .ambas, além de 35

cartas, várias composições poéticas e a excelente tradução (com o título "O marido confundido") da comédia "Geor-

ges Dandin" de Molière (precedendo ^ versões libérrimas de Castilho, a dita

peça foi representada erri Lisboa no ano de 1737).

Em Portugal, encontram-se produções epistolares de Alexandre de Gusmão nu ma coletânea de 1790, constante de

um "Catálogo" (Lisboa, 1924) de Au gusto de Sá da Costa. E em nossa pá tria, além da Biblioteca Nacional, que possui a maior compaginação manuscri

ta, referente ao insigne paulista, organi zada por monsenhor Pizarro, de cujas mãos passou para as do cônego Januá rio da Cunha Barbosa (veja-se o "Ca

tálogo da Exposição de História do Bra sil", vol. I, págs. 895-898), guarda o

a sua "Dissertação em que se manifes

Instituto Histórico e Geográfico Brasi leiro não poucos apógrafos, sob os ns.

tam os interesses, que resultaram a S.

276, 279, 325, 513, 708 e 2032, em

M. F. D. José I e aos seus vassalos da execução do tratado dos limites da Amé-

parte copiados dos que pertenceram a Pizarro e Januário.

gestade Católica", que é a mesma "Dis-

foi dada a lume a "Palinó^a manifesta filosófica" do padre Teodoro de Almei da No elogio, feito na Academia Real da História Portuguesa por MiSuel Mar Hns de Araújo, °,.eSou „ „encio-

I

veu êste o serem-lhe atribuídas obras

não oriundas de sua pena. Assim 6 que um livreiro de Lisboa deu como do exí mio santista (e isso consta da edição de 1790) as "Aventuras de Diófanes" de "Dorothea Engrassia Tavareda Dalmira", criptônimo de d. Teresa Marga rida da Suva Horta, irmã de Matias Ai

res Ramos da Silva d'Eça, o lucubrador das "Reflexões sôbre a vaidade dos ho

mens" (Lisboa, 1752). Não faltou quem o considerasse autor da famosa "Arte de

furtar", publicada como do padre An tônio Vieira, mas certamente produto do primoroso estilista gongórico Antônio de Sousa de Macedo (yejam-se os traba lhos de Solidônio Leite e Afonso Pena

Júnior).

E, finalmente, não trepidou

rigo SaJ.Tetido''»^^ os clássicos da

Exposição de Histó

ria do Brasil" deixa fora de

ia-se pág. 896) a existência das Memó_ até hoje infelizmente médiUs, - e

liüs sLretas" de Alexandre de Gusmão

demonstra (como já o havia feito o vis conde de São Leopoldo) que o nome do nosso eminente compatriota ^bgurou honrosamente no tòmo II das Memó rias secretas" de Nuno da Silva leies, consanguineo do visconde de Vila-Novada-Cerveira, embaixador de Portugal


104

Dicesto Ecokómk»

a conta dos estudos que Uie destinou, a 13 de março e 24 de julho de 1732, a saíram no vol. XII dos "Documentos,

e a

Estatutos e Memórias" do referido grê mio; nessa revista (vol. XX) e na "Bi blioteca Lusitana" (1741) foi inserto o

seu "PanegOrico à magestade de el-rei d. João V, recitado no Paço a 22 de

outubro de 1739, dia em que cumpria os seus anos".

Afora esses trabalhos,

só dois outros fez ele imprimir, notan-

do-se que o segundo dêles nem sequer lhe trouxe o nome: a "Relação da en trada pública, que fez em Paris, aos 18 de agôsto de 1715, o exmo. sr. d. Luis

da Câmara, conde da Ribeira-Grande" (Paris, 1715); e o "Tratado de limites das conquistas entre os muito podero

sos senhores d. João V, rei de Portu-

fllisbca; 1^0 sòmente quem redigiu o pacto de 13 de janeiro de 1750 — o , qual, sancionando as conquistas do \ bandeirismo paulista, nos deu o Brasil capitulação de Jordesilhas, - rnas ainda quem o de

fendeu como se Vê da sua lolga e fun-

Mrn de hÍ r'" brigadeiro Pedro Vasconcelos (que, Antônio durante quase dois anos. havia resistido, de 1736 ® V Salcedo C l J conta a Colónia-do-Sacrapor d. Mi guel ° Vi, e datada de ° P=<="dônima Philalethes "Lisboa, 8 de setembro de 1751", êsse admirável trabalho, um dos últimos devidos à pro funda competência de Alexandre de Gus mão, conservou-se indivulgado por mui to tempo, até que apareceu parcialmen te na "Rev. do Inst. Hist. e Geogr. Bras" (1839) e depois integralmente na "Co leção de inéditos" (1841) e no "Brasil Histórico" (1867) de Melo Morais. Não traz data, mas é presumivelmente de

1752, ocupando-se do mesmo assunto,

rica, ajustado com S. M. Católica", inserta às págs. 43-50 do "complemento dos inéditos" (1844).

Poeta e prosador, — sobretudo admi

105

Dicesto EcoNóAaco

Antes que fôssem dados à estampa

cluir nos seus citados "Complementos

to em 1841 e 1844, alguns importantes

dos inéditos de Alexandre de Gusmão

escritos de Alexandre de Gusmão ha viam sido insertos no "Investigador Por

rável epistológ^rafo, pela agilidade, gra

tuguês" (1811, 1812, 1813 e l815), no

ça e pureza do estilo, — até hoje nÍo

"Patriota" desta capital (1811 e 1813), no "Analista Portuense" (1822) e no

foi completamente reunida a sua produ

Albano Antero de Oliveira Pinto em in

nas sobreditas coleções, editadas no Por

um "Sermão da Paixão" (págs. 84-95),

o qual não pode deixar de ser do homô nimo padrinho e mestre dêste (de quem tomara o cognome).

ção literária. Esta, em boa parte, só se veio a conhecer por duas compaginações factícias póstumas. A primeira

"panorama" (1838, 1840 c 1843).

vol. IV dessa última revista estampou a

Na "Coleção de inéditos" de 1841 fi gura o imortal filho de Santos com dois pseudônimos: o de "Philalethes", na

intitula-se "Coleção de vários escritos inéditos, políticos e literários, de .Ale

céleore Alexandre de Gusmão a el-rei

"Resposta e reflexões do autor contra o que escreveu o brigadeiro Antônio Pe

xandre de Gusmão — Que dá à luz pú blica J. M. T. de C". (Pòrto, 1841); e a segunda, "Complemento dos .inédi tos de Alexandre de Gusmão" (Pòrto, 1844), embora não ha|a trazido o nome

do colecionador, sabe-se ter sido organizada por Albano Antero de Oliveira Pinto (cujo sobrenome saiu errado no "Dicionário bibliográfico brasileiro" de Sacramento Blake, que também transmu-

O

"Exposição que fez dos seus ser\âços o d, João V", autobiografia da atividade pública do egrégio santista, c que, em bora indatada, deve ter sido de 1749 (saiu às págs. 51-55 do "Complemento dos inéditos", com o título de "Repre sentação feita ao fidelíssimo rei o sr. d.

João V por Alexandre de Gusmão"); e o vol. VII ainda inseriu o "Discurso em

que Alexandre de Gusmão mostra os

dro de Vasconcelos, que havia sido go vernador da Colónia-do-Sacramento, a

respeito dos tratados dos limites da Aipérica" (págs. 143-213); e o de "F. D. de Santa-Maria", na "Dissertação que, a

pedido de um amigo, compôs o autor, com suma habilidade e talento, relati vamente à relaxação das ordens religio

sas" (págs. 2X3-244). Os títulos de tais escritos são do colecionador, que nao do célebre paulista. Acredito haja ele

dara "J. M. T. de C." em "I. M. F. de

interêsses que resultam a Sua Magestade Fidelíssima e a seus vassalos da exe cução do tratado de limites da Colônia

C.").

do Sacramento, ajustado com Sua Ma

usado um terceiro falso nome, o de "Famião Ferrão Philalethe", com que

^rtaçáo" dirigida a d. José e já atrás

(Lisboa, 1752). crítica da

mencionada. Cogitando principalmente do eco nomista, que não do ficcionista, consig narei muito rapidamente que à merecida nomeada de Alexandre de Gusmão de

nosso preolaro

Encerram .ambas, além de 35

cartas, várias composições poéticas e a excelente tradução (com o título "O marido confundido") da comédia "Geor-

ges Dandin" de Molière (precedendo ^ versões libérrimas de Castilho, a dita

peça foi representada erri Lisboa no ano de 1737).

Em Portugal, encontram-se produções epistolares de Alexandre de Gusmão nu ma coletânea de 1790, constante de

um "Catálogo" (Lisboa, 1924) de Au gusto de Sá da Costa. E em nossa pá tria, além da Biblioteca Nacional, que possui a maior compaginação manuscri

ta, referente ao insigne paulista, organi zada por monsenhor Pizarro, de cujas mãos passou para as do cônego Januá rio da Cunha Barbosa (veja-se o "Ca

tálogo da Exposição de História do Bra sil", vol. I, págs. 895-898), guarda o

a sua "Dissertação em que se manifes

Instituto Histórico e Geográfico Brasi leiro não poucos apógrafos, sob os ns.

tam os interesses, que resultaram a S.

276, 279, 325, 513, 708 e 2032, em

M. F. D. José I e aos seus vassalos da execução do tratado dos limites da Amé-

parte copiados dos que pertenceram a Pizarro e Januário.

gestade Católica", que é a mesma "Dis-

foi dada a lume a "Palinó^a manifesta filosófica" do padre Teodoro de Almei da No elogio, feito na Academia Real da História Portuguesa por MiSuel Mar Hns de Araújo, °,.eSou „ „encio-

I

veu êste o serem-lhe atribuídas obras

não oriundas de sua pena. Assim 6 que um livreiro de Lisboa deu como do exí mio santista (e isso consta da edição de 1790) as "Aventuras de Diófanes" de "Dorothea Engrassia Tavareda Dalmira", criptônimo de d. Teresa Marga rida da Suva Horta, irmã de Matias Ai

res Ramos da Silva d'Eça, o lucubrador das "Reflexões sôbre a vaidade dos ho

mens" (Lisboa, 1752). Não faltou quem o considerasse autor da famosa "Arte de

furtar", publicada como do padre An tônio Vieira, mas certamente produto do primoroso estilista gongórico Antônio de Sousa de Macedo (yejam-se os traba lhos de Solidônio Leite e Afonso Pena

Júnior).

E, finalmente, não trepidou

rigo SaJ.Tetido''»^^ os clássicos da

Exposição de Histó

ria do Brasil" deixa fora de

ia-se pág. 896) a existência das Memó_ até hoje infelizmente médiUs, - e

liüs sLretas" de Alexandre de Gusmão

demonstra (como já o havia feito o vis conde de São Leopoldo) que o nome do nosso eminente compatriota ^bgurou honrosamente no tòmo II das Memó rias secretas" de Nuno da Silva leies, consanguineo do visconde de Vila-Novada-Cerveira, embaixador de Portugal


nÇvirT^Vl

107

Dicesto Econômico 106

Dicesto Econóí,uco

para a negociação do tratado de Madri

de 1750. É de lamentar que o operoso Afonso Taunay, aproveitando tão avul-

tada soma de documentos, não haja es tendido a Alexandre de Gusmão os mes

mos inteligentes e úteis esforços que aplicou a Bartolomeu Lourenço de Gus mão, o inventor do aerostato.

Mas já é tempo de alinharmos alguns dados biográficos de Ale.xandre de Gus mão e de apreciarmos particularmente como economista o grande patrício nossc, a quem A. G. de Araújo Jorge, em seus Ensaios de história e crítica!', cha mou "o avô dos diplomatas brasileiros", a quem Rodrigo Otávio deu como ó miciador do sentimento americano na

polib^ mtemacional", e quem. melhor

que Dilke, o ideador da "Greater Bri-

bisneto de Gonçalo Pires Panças, perten cia ã estirpe lusa dos Gaias, "com larçj progênie na terra dos bandeirantes. ''

°

'1°

i dez ano^s^^mais SoTomoí^comT eu

em 1706. Gozava do vaJimento do "rej,!

boa e que, a partida d. João V, pude

diplomática que deveu a nação íberoocidental o Patriarcado erigido em Lis ram os monarcas de Portugal usar o

rola", e a d. João V agradaram

título de "Fidelíssimo" ("ad instar") das majestades "cristianíssima" e "ca tólica", de que se qfanavam as de França e Espanha). Quanto cobrou a Santa-Sé por aquelas concessões, eviden

maus versos que, em louvor do dito so

berano, havia perpetrado Alexandre dè Gusmão, quando aluno do Colégio dos Jesuítas, não sei se de Santos ou da ci dade do Salvador. O certo é que tudo isso concorreu para favorecer a rápida e brilhante carreira do nosso compatrício Conforme declarou êle próprio na narca provavelmente em 1749, come çou sua carreira pública ainda muito moço, porquanto em 1714 já ocupau o

cargo de agente de negócios de Portu gal em Paris, tendo aproveitado o en sejo para se doutorar ali em direito civil romano e eclesiástico, o que lhe valeu ser incorporado mais tarde, com tal diploma, na Universidade de Coim bra. No ano .seguinte (1715), foi no

d. Mana Alvares, dali natural, isse ca sal teve nada menos de 12 rebentos, seiO

nas se matrimomaram as três mais ve lhas, abraçando as de menos idade o estado religioso como clariças de um convento português. E dos seis varões só Alexandre escapou à profissão ecle siástica (à qual também estava destina

panhol, tendo-se aliado à Grã-Bretanlin, a maior lucradora daquele longo con flito. Em 1720, achando-se já em Lis boa, foi escolhido para a representação

cano, João de Santa-Maria envergou a estamenha de carmelita e Barto?omeu Lourenço, o "voador", era clérigo se cular. Como se vê da "Genealogia pau

não pequenos favores pleiteados pelo

sol" de Portugal o inventor da "Passai

ra complemento da paz de Utrecht de 1713, uma vez que Portugal se envol

do), pois Simão Alvares e Inácio Ro drigues foram jesuítas, frei Francisco de Santa-Maria vestiu o burel de francis-

Bento XIII (1724-1730) os muitos e

"rei-sol" lusitano. Foi ã sua habilidade

ja disse, o cognome de Gusmão em ho menagem ao maciano seu homôSmo) teve por pais o portuguís.Francisco Lou meado secretário da embaixada que se renço Rodrigues (cirurgião-mór daquele confiou ao conde de Ribeira-Grande, pa presidio militar) e a nossa compaWdO

filhas e seis filhos. Das primeiras ape

XIII (1721-1724), obtendo, enfim, de

Quando, em 1710, aportou Alcxandro a Lisboa, havia já quatro anos era q trono ocupado por d. João V, por cau» do falecimento de seu pai d. Pedro Ij

exposição de seus .serviços, feita ao mo-

Brasii-MLior

1721 a 1729, o que lhe possibilitou as sistir ao trespasse do papa Inocèncio

vera na guerra da sucessão ao trono es

da terra de Afonso Henriques no con

gresso de Cambray, logo transferido para Soissons; mas deixou de tomar parte em tais assentadas, porque o soberano

luso o mandou no ano seguinte para Roma, visto como, desde que regressa ra, fora admitido por d. João V como auxiliar de seu irmão, o padre Barto lomeu^ que era quem tratava, na capi

temente não podia ser pouco.

Houve,

até, quem exagcradamenle calculasse cm duzentos milhões de cruzados o total re

cebido pelo tesouro papalino dos en viados de d. João V, em paga daquelas

50) da Academia Real de História Por

tuguesa, à qual deu oportunamente con ta dos seus estudos e onde em 1754 Uie

foi feito o necrológio. E não tardou que Diogo Barbosa Machado, em sua "Biblioteca Lusitana", o catalogasse en--

tre os portugueses eruditos, o que pro vocou a famosa carta de Alexandre de Gusmão ao abade de Sever, datada de '>■ de maio de 1740.

Apesar de reconhecer-lhe o rei a in

teligência e os serviços, não foi êle, porcni Martinho de Mendonça, quem pre

encheu a vaga, então ocorrida, de mi

nistro do Conselho Ultramarino.

Esco-

Ihendo-o d. João V para seu escrivão da

puridade (secretário particular), tomou-

fODSÍderáveis e de outras menores mer

se o nosso patrício o verdadeiro pre miar" do govêmo da monarquia por-

cês, — obtidas sucessivamente durante o longo reinado do filho do monarca

tuguesa.

1731 (não se falando no curto período

esposa e a coroa ao seu irmão d. Afonso

e Silva orientou as relações internacio

mente da "Representação" feita em 1749

ordens deste em todos os negócios do

que havia tomado .simultãneameiite a __ e cujo rol consta pormenorizada

por Alexandre de Gusmão. Vem a ponto consignar-se aqui um

fato, referido por Miguel Martins de Araújo em 1754 e repetido mais tarde

por alguns dos outros biógrafos do insigne paulista. Cobiçou-o Bento XIII para o invejável pôsto de "príncipe romano", oferta cuja aceitação o grande brasileiro

Romana. Muito mais do que semelhan

te honra lhe valeram os cinco anos de

sua permanência em Paris e os oito anos da sua labuta diplomática na capi tal dos Estados-da-Igreja. O batismo

que recebera com o sal gaulês e o crisma que o aureolara com as resplenclências da civilização itálica tornaram

listana (vo!. VIII, pág. 415) de Silva

aquela inteligência privilegiada uma das que mais encneram de orgulho a cultura

tes a Santa-Sé.

Leme, Alexandre de Gusmão neto ou

portuguesa e a pátria brasileira.

da-Igreja esteve cêrca de oito anos, de

I

em que o velho cardial Pedro da Mota nais), sugeriu a d. João V e cumpriu as

,,

reino, por meio de cartas e admoesta-

ções. endereçadas às autondades e cor- ^

porações, por mais elevadas que fêssem as respectivas hierarquias.

Merecem relembrados os

guintes, que se

IsA)

19-32 da ^Coleção de inéditos (1841L

Iho recusou. Pouco importa haja o nos

so patrício deixado de ser investido na quela nobilíssima dignidade da Cúria

:

Foi êle quem, a contar do

submeteu ao "placet" de seu rei, que

tal portuguesa, dos negócios respeitanNa côrte dos Estados-

Regressando, em 1730, a Lisboa, foi imediatamente eleito sócio efetivo (eram

do de chatinagem ali, escrevia,

nao

se esqueça de ter presente que a vil e torpe ambição do Sobiéski escureceu na estün\içao das gentes as grandes e he róicas ações, que havia obrado na guer ra"; ao conde do Lavradio, governador de Angola, argüido de administra-la 'a maneira dos bachás da Turquia , de clarava: "é Sua Magestade servido or

denar que V. Ex. faça justiça, favoreça o

comércio, respeite a religião e procure

favorecer os interesses dos povos, sem

i


nÇvirT^Vl

107

Dicesto Econômico 106

Dicesto Econóí,uco

para a negociação do tratado de Madri

de 1750. É de lamentar que o operoso Afonso Taunay, aproveitando tão avul-

tada soma de documentos, não haja es tendido a Alexandre de Gusmão os mes

mos inteligentes e úteis esforços que aplicou a Bartolomeu Lourenço de Gus mão, o inventor do aerostato.

Mas já é tempo de alinharmos alguns dados biográficos de Ale.xandre de Gus mão e de apreciarmos particularmente como economista o grande patrício nossc, a quem A. G. de Araújo Jorge, em seus Ensaios de história e crítica!', cha mou "o avô dos diplomatas brasileiros", a quem Rodrigo Otávio deu como ó miciador do sentimento americano na

polib^ mtemacional", e quem. melhor

que Dilke, o ideador da "Greater Bri-

bisneto de Gonçalo Pires Panças, perten cia ã estirpe lusa dos Gaias, "com larçj progênie na terra dos bandeirantes. ''

°

'1°

i dez ano^s^^mais SoTomoí^comT eu

em 1706. Gozava do vaJimento do "rej,!

boa e que, a partida d. João V, pude

diplomática que deveu a nação íberoocidental o Patriarcado erigido em Lis ram os monarcas de Portugal usar o

rola", e a d. João V agradaram

título de "Fidelíssimo" ("ad instar") das majestades "cristianíssima" e "ca tólica", de que se qfanavam as de França e Espanha). Quanto cobrou a Santa-Sé por aquelas concessões, eviden

maus versos que, em louvor do dito so

berano, havia perpetrado Alexandre dè Gusmão, quando aluno do Colégio dos Jesuítas, não sei se de Santos ou da ci dade do Salvador. O certo é que tudo isso concorreu para favorecer a rápida e brilhante carreira do nosso compatrício Conforme declarou êle próprio na narca provavelmente em 1749, come çou sua carreira pública ainda muito moço, porquanto em 1714 já ocupau o

cargo de agente de negócios de Portu gal em Paris, tendo aproveitado o en sejo para se doutorar ali em direito civil romano e eclesiástico, o que lhe valeu ser incorporado mais tarde, com tal diploma, na Universidade de Coim bra. No ano .seguinte (1715), foi no

d. Mana Alvares, dali natural, isse ca sal teve nada menos de 12 rebentos, seiO

nas se matrimomaram as três mais ve lhas, abraçando as de menos idade o estado religioso como clariças de um convento português. E dos seis varões só Alexandre escapou à profissão ecle siástica (à qual também estava destina

panhol, tendo-se aliado à Grã-Bretanlin, a maior lucradora daquele longo con flito. Em 1720, achando-se já em Lis boa, foi escolhido para a representação

cano, João de Santa-Maria envergou a estamenha de carmelita e Barto?omeu Lourenço, o "voador", era clérigo se cular. Como se vê da "Genealogia pau

não pequenos favores pleiteados pelo

sol" de Portugal o inventor da "Passai

ra complemento da paz de Utrecht de 1713, uma vez que Portugal se envol

do), pois Simão Alvares e Inácio Ro drigues foram jesuítas, frei Francisco de Santa-Maria vestiu o burel de francis-

Bento XIII (1724-1730) os muitos e

"rei-sol" lusitano. Foi ã sua habilidade

ja disse, o cognome de Gusmão em ho menagem ao maciano seu homôSmo) teve por pais o portuguís.Francisco Lou meado secretário da embaixada que se renço Rodrigues (cirurgião-mór daquele confiou ao conde de Ribeira-Grande, pa presidio militar) e a nossa compaWdO

filhas e seis filhos. Das primeiras ape

XIII (1721-1724), obtendo, enfim, de

Quando, em 1710, aportou Alcxandro a Lisboa, havia já quatro anos era q trono ocupado por d. João V, por cau» do falecimento de seu pai d. Pedro Ij

exposição de seus .serviços, feita ao mo-

Brasii-MLior

1721 a 1729, o que lhe possibilitou as sistir ao trespasse do papa Inocèncio

vera na guerra da sucessão ao trono es

da terra de Afonso Henriques no con

gresso de Cambray, logo transferido para Soissons; mas deixou de tomar parte em tais assentadas, porque o soberano

luso o mandou no ano seguinte para Roma, visto como, desde que regressa ra, fora admitido por d. João V como auxiliar de seu irmão, o padre Barto lomeu^ que era quem tratava, na capi

temente não podia ser pouco.

Houve,

até, quem exagcradamenle calculasse cm duzentos milhões de cruzados o total re

cebido pelo tesouro papalino dos en viados de d. João V, em paga daquelas

50) da Academia Real de História Por

tuguesa, à qual deu oportunamente con ta dos seus estudos e onde em 1754 Uie

foi feito o necrológio. E não tardou que Diogo Barbosa Machado, em sua "Biblioteca Lusitana", o catalogasse en--

tre os portugueses eruditos, o que pro vocou a famosa carta de Alexandre de Gusmão ao abade de Sever, datada de '>■ de maio de 1740.

Apesar de reconhecer-lhe o rei a in

teligência e os serviços, não foi êle, porcni Martinho de Mendonça, quem pre

encheu a vaga, então ocorrida, de mi

nistro do Conselho Ultramarino.

Esco-

Ihendo-o d. João V para seu escrivão da

puridade (secretário particular), tomou-

fODSÍderáveis e de outras menores mer

se o nosso patrício o verdadeiro pre miar" do govêmo da monarquia por-

cês, — obtidas sucessivamente durante o longo reinado do filho do monarca

tuguesa.

1731 (não se falando no curto período

esposa e a coroa ao seu irmão d. Afonso

e Silva orientou as relações internacio

mente da "Representação" feita em 1749

ordens deste em todos os negócios do

que havia tomado .simultãneameiite a __ e cujo rol consta pormenorizada

por Alexandre de Gusmão. Vem a ponto consignar-se aqui um

fato, referido por Miguel Martins de Araújo em 1754 e repetido mais tarde

por alguns dos outros biógrafos do insigne paulista. Cobiçou-o Bento XIII para o invejável pôsto de "príncipe romano", oferta cuja aceitação o grande brasileiro

Romana. Muito mais do que semelhan

te honra lhe valeram os cinco anos de

sua permanência em Paris e os oito anos da sua labuta diplomática na capi tal dos Estados-da-Igreja. O batismo

que recebera com o sal gaulês e o crisma que o aureolara com as resplenclências da civilização itálica tornaram

listana (vo!. VIII, pág. 415) de Silva

aquela inteligência privilegiada uma das que mais encneram de orgulho a cultura

tes a Santa-Sé.

Leme, Alexandre de Gusmão neto ou

portuguesa e a pátria brasileira.

da-Igreja esteve cêrca de oito anos, de

I

em que o velho cardial Pedro da Mota nais), sugeriu a d. João V e cumpriu as

,,

reino, por meio de cartas e admoesta-

ções. endereçadas às autondades e cor- ^

porações, por mais elevadas que fêssem as respectivas hierarquias.

Merecem relembrados os

guintes, que se

IsA)

19-32 da ^Coleção de inéditos (1841L

Iho recusou. Pouco importa haja o nos

so patrício deixado de ser investido na quela nobilíssima dignidade da Cúria

:

Foi êle quem, a contar do

submeteu ao "placet" de seu rei, que

tal portuguesa, dos negócios respeitanNa côrte dos Estados-

Regressando, em 1730, a Lisboa, foi imediatamente eleito sócio efetivo (eram

do de chatinagem ali, escrevia,

nao

se esqueça de ter presente que a vil e torpe ambição do Sobiéski escureceu na estün\içao das gentes as grandes e he róicas ações, que havia obrado na guer ra"; ao conde do Lavradio, governador de Angola, argüido de administra-la 'a maneira dos bachás da Turquia , de clarava: "é Sua Magestade servido or

denar que V. Ex. faça justiça, favoreça o

comércio, respeite a religião e procure

favorecer os interesses dos povos, sem

i


.Hu ijuaiii iVRPWi* 108

DrcESTo EcoNÓ^ííco

<lo Estado, abstendo-se daqui por diante de todos os procedimentos e ações,^ que possam conduzir queixas ao trono ; ao conde de União, capitão-ge-

neral do reino do Algarve e imputável

pelo favorecimento de contrabandos, eis como terminava a repreensão minaz:

For agora se satisfaz Sua Magestade

com mandar que V. Ex. compre as Or

denações do Reino, juntamente com as

sxms Leis Extravagantes, e faça ler cada dia ao seu secretário 15 ou 20 parágra

fos, a que V. Ex. assistirá por espaço

de seis meses - cu^ pontual execução

confia Sua Magestade da honra de V Ex., esperando que lhe evite o dar oudas providencias, alheias da sua vonta de, e que podem ser injuriosas a V Ex a quern Sua Magestade estima muito"'

Estado do dos Ta Negócios do Reino secretário e Merdé

ces), que só atendia às partes em ho-

OT? ponderava pela forma seguinte, em nome do soberano: "se a tar»}dança dos despachos é muito penSa -

"^ais o será darem-se os desem

ganes ou respostas lá da meia-noíre pSr diante , e, finalmente, ao desembarga dor Inácio da Costa Quintela, corregedor

do cnme em Lisboa, enviou as pafivras

seguintes que o fazem predecessor do famoso bon ]uge" de tempos mais re

centes; as leis, nos casos crimes, sem

pre ameaçam mais do que na realidade mandam, devendo os ministros executo

res delas modificá-las em tudo que lhes

for possível, principalmente com os réus que não tiverem partes; porque o legis

— ainda foi êle quem, então encarregai" do de expediente da secretaria de Esta

do dos Negócios Estrangeiros, promoveu a mediação de Jorge II, rei da GrãBretanha, a fim de ser evitada a guer

ra de 1735 com a Espanha, e que, em

bora sopitada em tempo na Europa, de'J ensejo aqui na América ao longo assé dio da Colónia-do-Sacramento por <!• Miguel Salcedo, ao qual resistiu heròicflmente o major Antonio Pedro de Vas concelos. E isso influiu muito no ãui-

mo do nosso clarividente patrício paru que êste, alguns anos depois, aprovei tando circunstâncias propícias, lograsse dar-nos o Grande-Brasil, oriundo do tra

tado de Madri de 1750, pacto redigido e tão bem defendido por Alexandre de

Gusmão, que, apesar de anulado pela convenção de El-Piirdo, reapareceu quase integralmente no tratado de Santo-Ildefonso, de 1777. sito do pretenso **rei-sol" lusitano "les

Além de ter cabido a Alexandre de

Gusmão a defesa do real padroado por tuguês, conseguindo que dali por diante o provimento dos bispos lusitanos fôsse feito pela Santa-Sé, não mais "ad supplicatiónem", porém "ad praesentatiónem".

Quando começou Alexandre de Gus mão a nortear a vida pública da nação

portuguesa, achava-se esta, desde muito, a debater-sc nas garras do tratado de

Methuen de 1703, ajuste comercial bem

estudado por João Lúcio do Azevedo, em sua.s "Épocas de Portugal econômi co".

Foi em conseqüência do aludido

pacto que a terra de Afonso Hcnriques se viu forçada a remeter para Londres,

durante muitos anos, "todo o ouro re

cebido do Brasil, como único recurso

capaz de acudir à tremenda disparidade da balança com a Inglaterra". A ahrmação é de Júlio de Mesquita Filho, que, havendo minudcnciado o assunto em seus "Ensaios sul-americanos", assim com a opinião do historiador Vanorden continente europeu, o movimento ban

tresses dos religieuses", caso conhecesse

deirante inaugurou, efetivamente, uma

ainda melhor o que se passava, por

aquela época, na terra de Afonso Henriques, airia dela, como fez Alexandre de Gusmão, em uma de suas cartas,

que Portugal era então um mar de su perstição e de ignorância. Basta refe

nova fase do capitalismo, salvou a vida

financeira de Portugal e da Santa-Sé, in fluiu nos destinos do cristianismo e na diplomacia da Europa e, por fim, trans formou radicalmente a estrutura polí

tico-social e econômica da Inglaterra

rir que, além do cardeal Mota, com a

acelerando assim o advento da'revolu

mira de tranqüilizar o povo inculto, ha

ção industrial do século XVIII".

ver

mandado riscar

das folhinhas os

prognósticos de tempestades, raios e tro afugentar os maus espíritos". Auontando a beatice coetânea, o nosso com patriota chegou a ser ameaçado com as

praticar".

daria armina-nosl"

ses édifices des monastères et ses mai-

justiça, e não quer que os ministros que elas impõem, como V. Ex. costuma

ção, o haver simultaneamente cuidado da colonização e defesa da nossa fron

sorve-nos, a fradaria suga tudo, a fra

Shaw: "Tomando possível a concen tração de grandes estoques de curo no

vões, ainda os clérigos lusitanos impe travam do Santo-Padre "bênçãos para

procurem achar nas leis mais rigor do

tituição do quinto do ouro pela capita-

fêtes de Jean V étaient des processions,

lador é mais empenhado na conserva

ção dos vassalos do que nos castigos da

apertava a cabeça com ambas as mãos e exclamava atônito: — "A fradaria ab

conclui (pág. 192), escudado também

Voltaire, que havia escrito a propó

109

Digesto Eco^'ó^uco

Esvaecida a portentosa, mas efêmera miragem das índias, tomara-se a nossa pátria o mais belu e precioso florão das conquistas portuguesas. Nada mais

curial, portanto, atraísse ela as vistas

elevadas e carinhosas do secretário par

teira meridional. Parece que visando ja ao futuro tratado de 1750, conseguiu

fosse encaminbada para as recentes ca

pitanias de Santa-Catarina e Rio-Grande-do-Sul (unidas de 1738 a IT^O, data em que o então chamado Rio-Gran-

dc-de-São-Pedro teve governo à parte), ã custa da Fazenda Real, uma boa parte da população da ilha da Madeira e

quipélago dos Açores (cêrca de 4.000 casais), e isso por serem aqueles terri

tórios, então, os mais expostos a invasões de castelhanos, por motivo do poino-dediscórdia

da

Co!ónia-do-Sacramento.

Santacatarinenses e gaúchos até hoje se

envaidecem do sangue, que trazem, da

queles ótimos povoadores ilhéus. em 1742 que chegaram à margem J Guaíba os primeiros 60 casais ( ' tendo cm mira o "Créscite et multiphc-' mini" do mandamento bíblico, só

rnitira o embarque de pares matrim

niados), donde resultou que o lugar ^ escolhido para seu novo e definitivo ri '

bitat tomasse a denominação de' mudada em 1773 P' ^ Porto-Alegre". A fim de regularizar transporte de tais colonos e facilit^^' , o estabelerÍTr.n>r,f.^

j de

r..<TÍoes

Regimento" 5 "v '•» 1747,- assim como asde pro^^^^^Lcto

Conselho Ultramarino de 9 de ag

üo mesmo ano, 10 e 20 de novembro 1749.

precisamente de fins do

XVII a meados do XVIII que niais av

ticular de d. João V, que, antes de o no

taram no Brasil a extração de tmr

torturas da inquisição, até num pasquim

mear, em 1742, ministro do seu Conse

rimado.

lho Ultramarino, já o havia incumbido,

roa a segunda, a do fulvo metal ^ ^ ensejo a mais de uni sistema de perct-p^ çao do imposto e até a sublevações pu

E, consoante relata Oliveira

Martins, em sua "História de Portugal" (tomo II, pág. 150)", quando averi guava o total dos gastos com a Santa-

Sé e com o palacete de Odivelas (des tinada à madre Paula, amante do rei),

o nosso intrépido e probidoso patrício

desde 1734, dos despachos da Secreta ria de Estado para o Brasil.

Na "Representação" dirigida ao referi do soberano, considerou Alexandre dé

a cata de diamantes. Monopólio da

pulares, quais as de Pitanguí (1719/ Vila-Rica (1720). Originaram-se elas do estabelecimento das casas de fundi

Gusmão como um dos melhores atos da

ção (lei de 19 de fevereiro de 1719), ^

sua gestão administrativa, além da subs

nas quais era feita a cobrança da quin- ,j


.Hu ijuaiii iVRPWi* 108

DrcESTo EcoNÓ^ííco

<lo Estado, abstendo-se daqui por diante de todos os procedimentos e ações,^ que possam conduzir queixas ao trono ; ao conde de União, capitão-ge-

neral do reino do Algarve e imputável

pelo favorecimento de contrabandos, eis como terminava a repreensão minaz:

For agora se satisfaz Sua Magestade

com mandar que V. Ex. compre as Or

denações do Reino, juntamente com as

sxms Leis Extravagantes, e faça ler cada dia ao seu secretário 15 ou 20 parágra

fos, a que V. Ex. assistirá por espaço

de seis meses - cu^ pontual execução

confia Sua Magestade da honra de V Ex., esperando que lhe evite o dar oudas providencias, alheias da sua vonta de, e que podem ser injuriosas a V Ex a quern Sua Magestade estima muito"'

Estado do dos Ta Negócios do Reino secretário e Merdé

ces), que só atendia às partes em ho-

OT? ponderava pela forma seguinte, em nome do soberano: "se a tar»}dança dos despachos é muito penSa -

"^ais o será darem-se os desem

ganes ou respostas lá da meia-noíre pSr diante , e, finalmente, ao desembarga dor Inácio da Costa Quintela, corregedor

do cnme em Lisboa, enviou as pafivras

seguintes que o fazem predecessor do famoso bon ]uge" de tempos mais re

centes; as leis, nos casos crimes, sem

pre ameaçam mais do que na realidade mandam, devendo os ministros executo

res delas modificá-las em tudo que lhes

for possível, principalmente com os réus que não tiverem partes; porque o legis

— ainda foi êle quem, então encarregai" do de expediente da secretaria de Esta

do dos Negócios Estrangeiros, promoveu a mediação de Jorge II, rei da GrãBretanha, a fim de ser evitada a guer

ra de 1735 com a Espanha, e que, em

bora sopitada em tempo na Europa, de'J ensejo aqui na América ao longo assé dio da Colónia-do-Sacramento por <!• Miguel Salcedo, ao qual resistiu heròicflmente o major Antonio Pedro de Vas concelos. E isso influiu muito no ãui-

mo do nosso clarividente patrício paru que êste, alguns anos depois, aprovei tando circunstâncias propícias, lograsse dar-nos o Grande-Brasil, oriundo do tra

tado de Madri de 1750, pacto redigido e tão bem defendido por Alexandre de

Gusmão, que, apesar de anulado pela convenção de El-Piirdo, reapareceu quase integralmente no tratado de Santo-Ildefonso, de 1777. sito do pretenso **rei-sol" lusitano "les

Além de ter cabido a Alexandre de

Gusmão a defesa do real padroado por tuguês, conseguindo que dali por diante o provimento dos bispos lusitanos fôsse feito pela Santa-Sé, não mais "ad supplicatiónem", porém "ad praesentatiónem".

Quando começou Alexandre de Gus mão a nortear a vida pública da nação

portuguesa, achava-se esta, desde muito, a debater-sc nas garras do tratado de

Methuen de 1703, ajuste comercial bem

estudado por João Lúcio do Azevedo, em sua.s "Épocas de Portugal econômi co".

Foi em conseqüência do aludido

pacto que a terra de Afonso Hcnriques se viu forçada a remeter para Londres,

durante muitos anos, "todo o ouro re

cebido do Brasil, como único recurso

capaz de acudir à tremenda disparidade da balança com a Inglaterra". A ahrmação é de Júlio de Mesquita Filho, que, havendo minudcnciado o assunto em seus "Ensaios sul-americanos", assim com a opinião do historiador Vanorden continente europeu, o movimento ban

tresses dos religieuses", caso conhecesse

deirante inaugurou, efetivamente, uma

ainda melhor o que se passava, por

aquela época, na terra de Afonso Henriques, airia dela, como fez Alexandre de Gusmão, em uma de suas cartas,

que Portugal era então um mar de su perstição e de ignorância. Basta refe

nova fase do capitalismo, salvou a vida

financeira de Portugal e da Santa-Sé, in fluiu nos destinos do cristianismo e na diplomacia da Europa e, por fim, trans formou radicalmente a estrutura polí

tico-social e econômica da Inglaterra

rir que, além do cardeal Mota, com a

acelerando assim o advento da'revolu

mira de tranqüilizar o povo inculto, ha

ção industrial do século XVIII".

ver

mandado riscar

das folhinhas os

prognósticos de tempestades, raios e tro afugentar os maus espíritos". Auontando a beatice coetânea, o nosso com patriota chegou a ser ameaçado com as

praticar".

daria armina-nosl"

ses édifices des monastères et ses mai-

justiça, e não quer que os ministros que elas impõem, como V. Ex. costuma

ção, o haver simultaneamente cuidado da colonização e defesa da nossa fron

sorve-nos, a fradaria suga tudo, a fra

Shaw: "Tomando possível a concen tração de grandes estoques de curo no

vões, ainda os clérigos lusitanos impe travam do Santo-Padre "bênçãos para

procurem achar nas leis mais rigor do

tituição do quinto do ouro pela capita-

fêtes de Jean V étaient des processions,

lador é mais empenhado na conserva

ção dos vassalos do que nos castigos da

apertava a cabeça com ambas as mãos e exclamava atônito: — "A fradaria ab

conclui (pág. 192), escudado também

Voltaire, que havia escrito a propó

109

Digesto Eco^'ó^uco

Esvaecida a portentosa, mas efêmera miragem das índias, tomara-se a nossa pátria o mais belu e precioso florão das conquistas portuguesas. Nada mais

curial, portanto, atraísse ela as vistas

elevadas e carinhosas do secretário par

teira meridional. Parece que visando ja ao futuro tratado de 1750, conseguiu

fosse encaminbada para as recentes ca

pitanias de Santa-Catarina e Rio-Grande-do-Sul (unidas de 1738 a IT^O, data em que o então chamado Rio-Gran-

dc-de-São-Pedro teve governo à parte), ã custa da Fazenda Real, uma boa parte da população da ilha da Madeira e

quipélago dos Açores (cêrca de 4.000 casais), e isso por serem aqueles terri

tórios, então, os mais expostos a invasões de castelhanos, por motivo do poino-dediscórdia

da

Co!ónia-do-Sacramento.

Santacatarinenses e gaúchos até hoje se

envaidecem do sangue, que trazem, da

queles ótimos povoadores ilhéus. em 1742 que chegaram à margem J Guaíba os primeiros 60 casais ( ' tendo cm mira o "Créscite et multiphc-' mini" do mandamento bíblico, só

rnitira o embarque de pares matrim

niados), donde resultou que o lugar ^ escolhido para seu novo e definitivo ri '

bitat tomasse a denominação de' mudada em 1773 P' ^ Porto-Alegre". A fim de regularizar transporte de tais colonos e facilit^^' , o estabelerÍTr.n>r,f.^

j de

r..<TÍoes

Regimento" 5 "v '•» 1747,- assim como asde pro^^^^^Lcto

Conselho Ultramarino de 9 de ag

üo mesmo ano, 10 e 20 de novembro 1749.

precisamente de fins do

XVII a meados do XVIII que niais av

ticular de d. João V, que, antes de o no

taram no Brasil a extração de tmr

torturas da inquisição, até num pasquim

mear, em 1742, ministro do seu Conse

rimado.

lho Ultramarino, já o havia incumbido,

roa a segunda, a do fulvo metal ^ ^ ensejo a mais de uni sistema de perct-p^ çao do imposto e até a sublevações pu

E, consoante relata Oliveira

Martins, em sua "História de Portugal" (tomo II, pág. 150)", quando averi guava o total dos gastos com a Santa-

Sé e com o palacete de Odivelas (des tinada à madre Paula, amante do rei),

o nosso intrépido e probidoso patrício

desde 1734, dos despachos da Secreta ria de Estado para o Brasil.

Na "Representação" dirigida ao referi do soberano, considerou Alexandre dé

a cata de diamantes. Monopólio da

pulares, quais as de Pitanguí (1719/ Vila-Rica (1720). Originaram-se elas do estabelecimento das casas de fundi

Gusmão como um dos melhores atos da

ção (lei de 19 de fevereiro de 1719), ^

sua gestão administrativa, além da subs

nas quais era feita a cobrança da quin- ,j


..... V-,

"W

110

DrcESTo Eco.vómíco

ta parte do ouro, do ífuíil certa porção não deixava de ser sonegada à fiscaliza

1

o. Digesto

\íincira d<' 1780, a "incxcusávcl e injus/ ta derrama":

"Esta ainda se fará niais

I'

pode pod{ r pessoal do monarca que havia

sim, porquê cada dia vem menos ouro

sucedido a seu pai d. João V. Felizmen te de tal ato de rcsi.spisccncia não consta

das minas, e se aumenta mais a extra

E, porisso, deixando outras cou.sas em

de moedas e barras falsas (crime cm

scn.sívcl aos mineiros das Gerais, quan do \ ircm que aos das outras minas não

íjue esteve envolvido até um frade be

impõe a Icí qüota certa, nem derranu.

o nome impoluto de Gusmão.

ção metropolitana, afora o aparecimento neditino).

111

EcoNÓAnco

Alexandre

de

Coube a Alexandre de Gus

Dí)nde necessàriainente ha de resultar

mão modificar aquele inconveniente pro cesso tributário, substituindo-o pelo da

grande dcsconsolação nos das Corais,

que justamente entenderão não serem

capitação, em conseqüência do qual foi

menos merecedores, que os outros, dos

declarado lisre o giro do ouro, então

favore.s de Vo.s.sa

"no valor de 1$500 a oitava".

ver, para êsto efeito. ser\'ir-lhes de pre juízo a oferta da antiga de seus ante cessores; pois, ainda quando não hou

século XVIll), o nosso ínclito patrício

vesse caducado, não podia obrigar aos

monarquia lusitana, dois anos ante.s do

Durou

tal forma de cobrança fiscal de 1.® de

julho de 1735 a 31 de julho de 1751. Restabelecidas as casas de fundição pelo alvará de 3 de dezembro de 1750,

a capitação foi substituída pelo paga mento de cem arrôbas anuais do ouro

extraído dali em diante, e isso, como se

sabe, deu mais tarde ensejo à Conju ração Mineira, sonho excelso já ilumi

nado pelo farol ingente da "Enciclo pédia".

Têm 57 páginas (89-146 da "Coleção

Magcstade, nem o

vindouros, e dacpií poderá proceder ne les grande repugnância em pagarem a derrama, quando se lhes impuser. E, como, .sendo constrangidos a pagá-la, é provável que, por esta causa, se movam muito.s dos mineiros das Gerais a passar

seus domicílios para outras minas, resul tará também que, quanto mais se for di minuindo o número deles nas Gerais,

Anterior à "fisiocracia clc Qucsnuy" (aparecida cm 1768), mas ccrtanionto já inspirado pelas idéias do Boisguillcbert e Vauban (surtas cm coincços do

traçou um resumido, mas perfeito qua dro da situação cconómico-financeira da

falecimento do "rei-sol" de Portugal. Fê-lo nos 23 parágrafos do sett "Cál culo sobre a perda do dinheiro do reino

— Oferecido ao sr. rei d. João V em 1X48" (vejam-se as págs. 18-23 do "Complemento dos inéditos"). Tão jus tamente admirado foi êssc seu trabalho,

3ue mereceu reproduzido, muitos anos cpois, no "Patriota"

desta

capital

dé inéditos de 1841) os "Reparos sôbre

proporcionalmente entrará menos ouro

3s disposiç-ões da lei de 3 de dezembro

(1813), no "Investigador Português" de

nas casas de fundição delas, e ao mesmo

Londres (1815) e no "Analista Por

de 1750, que estabeleceu um novo mé

passo se aumentará o encargo aos que

tuense" (1822). Muito menor do que

todo para a cobrança do quinto do Bra

ficarem, pois o que faltar para o com-

p?emento das cem arrobas se ha de repartir só pelos existentes". Ainda e.vpcndeu outros não menos ponderosos ar gumentos de ordem económico-financcira o nosso egrégio patrício, que logrou fôsse o parecer firmado por todos os seus colegas. Não contava êle com a

as acima citadas, esta é, entretanto, a

sil, abolindo o sistema da capitação, criado pelo regimento de 1737'^ redigi dos e firmados por Alexandre de Gusmão a 18 de dezembro de 1750.

Não

foi apenas nesse longo e fundamentado documento que defendeu êle o processo tributário de iniciativa sua e que durara 16 anos em nosso país. É preciso ler também a "Consulta com que satisfez

que melhor patenteia a capacidade in telectual de Ale.xandre de Gusmão, como

ção ("evasão") do dinheiro do reino.

(juc não posso falar, é evidentemente certo <iuc aquela diminuição do dinhei ro

das minas o esta

de todo o referido que, dentro de 20

anos, segundo a mais pnidente calculação, ha de perder o reino a maior parte da moeda que agora possui". Eis os remédios que formulou articuladamente:

"impedir o aumento de gente inútil, com o cspccio.so título dc religião, que pro curam para seu cômodo" (que auda cioso

desassombro

em

dizer

isso

ao

amante da madre Paula!); "que se aumente a nobreza bem entendida";

"que se diminua o Ivlxo com alguma lei suntuária"; "que se aumente a agricul tura, fazendo-se estradas e cortando-se

ribeiixis para navegar e regar"; "que se estabeleçam fábricas, aumentando-se por

toda parte a indústria"; "c que, final mente, se favoreça dentro e fora do

reino, o comércio, sem o qual não pode

economista, e a sua visão dc consumado

haver

estadista. Começou êlc comparando o dinheiro, "sangue das monarquias", com o "sangue do corpo humano"; mosb"ou

florente".

cm que c que consiste a "balança do

maior extração

("evasão") da moeda concorrem dc con formidade para a sua pobreza. Scgno-se

Estado rico e poderoso, nem

Com o fito de colocar em mais níti

do relevo a figura de Ale.xandre do Gus

mão, poderia eu recorrer às "Épocas de

censura contida na "Resolução" de d.

comércio"; apreciou p intercâmbio mer

Portugal econômico" (1929) de João

|osé, datada de 4 de março do mesmo ano, e assim externada; "o Conselho fi que advertido de que as suas mais ób

cantil entre o reino e as colônias ultra marinas; pôs em foco as causas, então existentes, da evasão do ouro, não refe

Lúcio de Azevedo, à "História econô mica de Portugal" (1929-1930) de Fran

rindo, todavia, algumas delas em que

dida por Alexandre de Gusmão", escrito

vias e mais indispensáveis obrigaçóc.s consistem no profundo e sempre invio

fase em apreço quase todas as 67 pa

que se encontra às págs. 24-38 do

lável respeito às minhas leis, e na sin

o Conselho Ultramarino ao que Sua

^agestade ordena sôbre o regimento das Cíi.sas das fundições das minas-Respon-

"Complemento dos inéditos" (1844). Traz a data de 22 de fevereiro de 1751

êsse escrito, em que o nosso patrício não .só analisou as iniqüidades conti

das na nova lei, como previu as deplo ráveis conseqüências que ela forçosamen te haveria de acarretar. Cumpre ler, por exemplo, o que êle previu a respei

to da causa fundamental da Conjuração

cera e exata vigilância e diligência em promover e zelar a pontual observância, que elas ordenam". Cinco dias depois,

"não podia falar" (as prodigalidades de d. João V para com a Santa-Sé e para com a clerezia lusitana); e, por fim, in-

digitou as providências que lhe pare ciam mais adequadas à solução do pal-

cisco Antônio Correia (que consagra à

ginas iniciais do seu segundo volume) e à "rii.stória de Portugal" (1939) dc Antônio G. Matoso (veja-se a "Época

de d. João V", págs. 162-183 do volu me II). Mas, a exemplo do que fez A. G. de Araújo Jorge, vou recorrer à

como se vê do documento às págs. 39-42

Eitante problema. Já em meio do tra-

do citado "Complemento dos inéditos", o marquês de Penalva e seis dos minis

alho, afirmou: "é impossível suprir

autoridade de um dos maiores escritores;

mos com a moeda, qüe entra no reiuo,

tros do Conselho Ultramarino passavam

a muita que sái para fora dêle, do que

da nossa língua, Camilo Castelo-Branco, "que não é suspeito de exagerado

recibo daquela repreensão, curvando ignòbilmcnte a cabeça ante o estúpido

resulta, evidentemente, ir-se diminuindo todos os dias o nosso suposto fundo dos

págs. 96-101 do seu "Perfil do

referidos cem milhões.

de Pombal", cotejando as reformas

Isto sucede as

aos homen.s e cousas do Brasil'.


..... V-,

"W

110

DrcESTo Eco.vómíco

ta parte do ouro, do ífuíil certa porção não deixava de ser sonegada à fiscaliza

1

o. Digesto

\íincira d<' 1780, a "incxcusávcl e injus/ ta derrama":

"Esta ainda se fará niais

I'

pode pod{ r pessoal do monarca que havia

sim, porquê cada dia vem menos ouro

sucedido a seu pai d. João V. Felizmen te de tal ato de rcsi.spisccncia não consta

das minas, e se aumenta mais a extra

E, porisso, deixando outras cou.sas em

de moedas e barras falsas (crime cm

scn.sívcl aos mineiros das Gerais, quan do \ ircm que aos das outras minas não

íjue esteve envolvido até um frade be

impõe a Icí qüota certa, nem derranu.

o nome impoluto de Gusmão.

ção metropolitana, afora o aparecimento neditino).

111

EcoNÓAnco

Alexandre

de

Coube a Alexandre de Gus

Dí)nde necessàriainente ha de resultar

mão modificar aquele inconveniente pro cesso tributário, substituindo-o pelo da

grande dcsconsolação nos das Corais,

que justamente entenderão não serem

capitação, em conseqüência do qual foi

menos merecedores, que os outros, dos

declarado lisre o giro do ouro, então

favore.s de Vo.s.sa

"no valor de 1$500 a oitava".

ver, para êsto efeito. ser\'ir-lhes de pre juízo a oferta da antiga de seus ante cessores; pois, ainda quando não hou

século XVIll), o nosso ínclito patrício

vesse caducado, não podia obrigar aos

monarquia lusitana, dois anos ante.s do

Durou

tal forma de cobrança fiscal de 1.® de

julho de 1735 a 31 de julho de 1751. Restabelecidas as casas de fundição pelo alvará de 3 de dezembro de 1750,

a capitação foi substituída pelo paga mento de cem arrôbas anuais do ouro

extraído dali em diante, e isso, como se

sabe, deu mais tarde ensejo à Conju ração Mineira, sonho excelso já ilumi

nado pelo farol ingente da "Enciclo pédia".

Têm 57 páginas (89-146 da "Coleção

Magcstade, nem o

vindouros, e dacpií poderá proceder ne les grande repugnância em pagarem a derrama, quando se lhes impuser. E, como, .sendo constrangidos a pagá-la, é provável que, por esta causa, se movam muito.s dos mineiros das Gerais a passar

seus domicílios para outras minas, resul tará também que, quanto mais se for di minuindo o número deles nas Gerais,

Anterior à "fisiocracia clc Qucsnuy" (aparecida cm 1768), mas ccrtanionto já inspirado pelas idéias do Boisguillcbert e Vauban (surtas cm coincços do

traçou um resumido, mas perfeito qua dro da situação cconómico-financeira da

falecimento do "rei-sol" de Portugal. Fê-lo nos 23 parágrafos do sett "Cál culo sobre a perda do dinheiro do reino

— Oferecido ao sr. rei d. João V em 1X48" (vejam-se as págs. 18-23 do "Complemento dos inéditos"). Tão jus tamente admirado foi êssc seu trabalho,

3ue mereceu reproduzido, muitos anos cpois, no "Patriota"

desta

capital

dé inéditos de 1841) os "Reparos sôbre

proporcionalmente entrará menos ouro

3s disposiç-ões da lei de 3 de dezembro

(1813), no "Investigador Português" de

nas casas de fundição delas, e ao mesmo

Londres (1815) e no "Analista Por

de 1750, que estabeleceu um novo mé

passo se aumentará o encargo aos que

tuense" (1822). Muito menor do que

todo para a cobrança do quinto do Bra

ficarem, pois o que faltar para o com-

p?emento das cem arrobas se ha de repartir só pelos existentes". Ainda e.vpcndeu outros não menos ponderosos ar gumentos de ordem económico-financcira o nosso egrégio patrício, que logrou fôsse o parecer firmado por todos os seus colegas. Não contava êle com a

as acima citadas, esta é, entretanto, a

sil, abolindo o sistema da capitação, criado pelo regimento de 1737'^ redigi dos e firmados por Alexandre de Gusmão a 18 de dezembro de 1750.

Não

foi apenas nesse longo e fundamentado documento que defendeu êle o processo tributário de iniciativa sua e que durara 16 anos em nosso país. É preciso ler também a "Consulta com que satisfez

que melhor patenteia a capacidade in telectual de Ale.xandre de Gusmão, como

ção ("evasão") do dinheiro do reino.

(juc não posso falar, é evidentemente certo <iuc aquela diminuição do dinhei ro

das minas o esta

de todo o referido que, dentro de 20

anos, segundo a mais pnidente calculação, ha de perder o reino a maior parte da moeda que agora possui". Eis os remédios que formulou articuladamente:

"impedir o aumento de gente inútil, com o cspccio.so título dc religião, que pro curam para seu cômodo" (que auda cioso

desassombro

em

dizer

isso

ao

amante da madre Paula!); "que se aumente a nobreza bem entendida";

"que se diminua o Ivlxo com alguma lei suntuária"; "que se aumente a agricul tura, fazendo-se estradas e cortando-se

ribeiixis para navegar e regar"; "que se estabeleçam fábricas, aumentando-se por

toda parte a indústria"; "c que, final mente, se favoreça dentro e fora do

reino, o comércio, sem o qual não pode

economista, e a sua visão dc consumado

haver

estadista. Começou êlc comparando o dinheiro, "sangue das monarquias", com o "sangue do corpo humano"; mosb"ou

florente".

cm que c que consiste a "balança do

maior extração

("evasão") da moeda concorrem dc con formidade para a sua pobreza. Scgno-se

Estado rico e poderoso, nem

Com o fito de colocar em mais níti

do relevo a figura de Ale.xandre do Gus

mão, poderia eu recorrer às "Épocas de

censura contida na "Resolução" de d.

comércio"; apreciou p intercâmbio mer

Portugal econômico" (1929) de João

|osé, datada de 4 de março do mesmo ano, e assim externada; "o Conselho fi que advertido de que as suas mais ób

cantil entre o reino e as colônias ultra marinas; pôs em foco as causas, então existentes, da evasão do ouro, não refe

Lúcio de Azevedo, à "História econô mica de Portugal" (1929-1930) de Fran

rindo, todavia, algumas delas em que

dida por Alexandre de Gusmão", escrito

vias e mais indispensáveis obrigaçóc.s consistem no profundo e sempre invio

fase em apreço quase todas as 67 pa

que se encontra às págs. 24-38 do

lável respeito às minhas leis, e na sin

o Conselho Ultramarino ao que Sua

^agestade ordena sôbre o regimento das Cíi.sas das fundições das minas-Respon-

"Complemento dos inéditos" (1844). Traz a data de 22 de fevereiro de 1751

êsse escrito, em que o nosso patrício não .só analisou as iniqüidades conti

das na nova lei, como previu as deplo ráveis conseqüências que ela forçosamen te haveria de acarretar. Cumpre ler, por exemplo, o que êle previu a respei

to da causa fundamental da Conjuração

cera e exata vigilância e diligência em promover e zelar a pontual observância, que elas ordenam". Cinco dias depois,

"não podia falar" (as prodigalidades de d. João V para com a Santa-Sé e para com a clerezia lusitana); e, por fim, in-

digitou as providências que lhe pare ciam mais adequadas à solução do pal-

cisco Antônio Correia (que consagra à

ginas iniciais do seu segundo volume) e à "rii.stória de Portugal" (1939) dc Antônio G. Matoso (veja-se a "Época

de d. João V", págs. 162-183 do volu me II). Mas, a exemplo do que fez A. G. de Araújo Jorge, vou recorrer à

como se vê do documento às págs. 39-42

Eitante problema. Já em meio do tra-

do citado "Complemento dos inéditos", o marquês de Penalva e seis dos minis

alho, afirmou: "é impossível suprir

autoridade de um dos maiores escritores;

mos com a moeda, qüe entra no reiuo,

tros do Conselho Ultramarino passavam

a muita que sái para fora dêle, do que

da nossa língua, Camilo Castelo-Branco, "que não é suspeito de exagerado

recibo daquela repreensão, curvando ignòbilmcnte a cabeça ante o estúpido

resulta, evidentemente, ir-se diminuindo todos os dias o nosso suposto fundo dos

págs. 96-101 do seu "Perfil do

referidos cem milhões.

de Pombal", cotejando as reformas

Isto sucede as

aos homen.s e cousas do Brasil'.


112

Digesto Económk»

das a efeito peJo grande estadista portiigiiès da segunda metade do s<?ciilo XVIII com tudo quanto havia reali7-a-

do ou planejado o "brasílico" (assim

chamado por um dos seus contraprodu-

; ^ntes detratores), eis como se exprimiu ^ Ciimilo Caslclo-Branco: '*Tôclas ns cn^jmiadas providências de Sebastião de

Corva lio, acêrca da moeda, das comp;mhias na América, das colônias, das industrias nacionais, das obnóxias distín' çues en^e cristãos novos e velhos, das minas do Brasil, encontram-se nos es

critos de Gusmão". E conclui pouco adiante: 'Ser-me-ia. agradável tarefa confrontar o plagiato, não só na essên cia das providencias, mas até na forma. í\iio o taço, com justo receio de que o weu pais não tenha dez caturras que me agradeçam o inútil serviço. Se os ha'

esses que cotejem os escritos geniais dê

fas

\?aint ?

com as^actancio-

1® Sebastião de Carvalho".

dada nn

f""*

onS ""u foi umporquanto mar ques dde P Pombal dos maiso consP>cuos estadistas da fase do ™ espot" -

esclarecido", isto é, foi um dos dís^pulos da Enciclopédia", a qual co meçou a ser imjDressa e divulgada dois

ja-sc o "Parnaso brasileiro", Rio, 1830). do qual 6 expressix o o segundo quarteto: "Esta vaidade, com que o mundo engano, Subi, mas tive Immilde nascimento:

n^as aro%etdo{%1~ reto^^f':: 15 milhões de libras-pêso em c7tZ com crise de produção verificada nesse a 48 milhões de Hbras-pêso Z último trimestre de 1946 '

John Maynard Keynes

As.sim foi Viriato, assim Trajano". Não é e.vnto hajam perecido ambos, ~ como as-segura Blake e tem sido re petido aqui c alhures, — num incêndio que devorou cm 1751 a casa pertencen

Advogado da Reforma Monetária e da Estabilidade Econômica

por 3 Harcourt-Rfvlngton tMembro da Sociedade heal de Eco

te a Alexandre de Gusmão e onde êste

residia com a família na capital portu guesa. Tanto assim, que Viriato obteve de d. José, por alvará de 23 de março clc 1754, suceder ao falecido pai na

propriedade dos dois ofícios de escrivão da ouvidoria c de tabelião de Vila-Rica

(mercês feita.s, rc.spectivamcnte, a 5 de

junho de 1722 e 12 de agosto de 1733), com a faculdade, de que usaram, da designação de serventuários (do primei ro dos ditos cargos coubera ao padre Bartolomeu de Gusmão, enquanto foi vivo, o usufruto de todo o rendimento).

O que parece fora de dúrida é que foi a 31 ae dezembro de 1753 que ex

pirou em Lisboa o criador do Brasil de oito e meio milhõc.s do quilômetros qua

drados, do Brasil tão ingrato, que, ao

invés de um grandio.so e belo monumen to, apenas conserva a recordação esté tica cie seu filho imortal num modesto

dr'os"STsÍ'e ...e fei apodado porvSkto^e"'/"^ ™°dãs ÍSrdV

MESTRES tii ECOItIOMIil

Fo! da fortuna errado movimento.

retrato do Museu Paulista e num busto mandado colocar, pelo barão do RioBranco, em um dos salõe.s do Itamarati.

Aproxima-se o segundo centenário do tratado de Madri. Não é já tempo de aparelbar-se a nossa pátria para pagar então ao seu grande filho uma tão avultada dívida de reconhecimento?

in

f fevereiro. A despeito da trimestre dêste ano se eleva

^

nomia de Londres)

(Especial para o "Oigesto Econômico")

Q nome e as doutrinas do último Lord

O A., fiésse artigo, tra^ o perfil bio

Keynes viverão enquanto a Economia gráfico do economista que Winston permanecer a ciência da qual dependa o Churchill classificou como o maior da

bem estar material do homem. Foi êle nossa era. No número próxinw, S.' Haro sucessor lógico de Adam Smith, Bi- court R»t>íng#on fará o resumo da aná carçlo, John Stuart Mül e Alfred Mar lise de Keynes sõbre os males causado* shall. Suas obras, embora menos amplas pelos sistemas de circulação em voga, ao

em seu escopo que as daqueles mes

tres. tiveram importância muAdial e con servam a supremacia em sua classe. Em

discurso proferido na Câmara dos Co

muns ogo após a morte de Lord Key nes, Wmston Churchill. então Primeiío Ministro, num tributo comovente à sua memória, afirmou: "Kcjmes foi universa mente reconhecido como o maior dos economistas de nossa era". Viveu e

tempo em que escreveu o "Tratado sôbre Reforma Monetáriíf', assim como os no-'

COS principiei que por êle foram de fendidos.

Neville Keynes, Master of Arts e doutór em ciência, era professor e membro da Congregação da Universidade, presiden te, ourante muitos anos, do Conselho de Economia e Política e autor da obra

trabalhou nas grandes épocas de infla

"Objeto e Método da Economia Política"

ção c defaçao rcsultante.s das calamitosas Grandes Guerras e difundiu novas

o outros trabalhos científicos.

,dc.as sôbre a estabilização do meio c rcu ante. Seus princípios provocaram

Seu ir

mão, dr. Geoffrey Langdon Keynes, é um médico célebre, professor do Colégio

Real de Cirurgiões e autor de profundos

a mais viva oposição da parte de ban

livros e ensaios sôbre a transfusão do

rias do padrao-ouro" de Ricardo, mas, por fim, as novas proposições de Keynes, provada a sua praticabilidade. conven ceram todos os adversários e êle se tor nou conhecido como o expoente máximo

sangue e intervenções cirúrgicas deli

queiros e financistas, educados nas teo

do pensamento econômico moderno john Maynard Keynes - ou Lord

Kc^ncs, para lhe dar o título tão merecidamente conferido - pertencia a disintelectuais. Nasceu em

laoJ, em Cambridge, onde seu pai, Johu

cadas.

Não é de admirar ter-se John May

nard Keynes tomado economista. Alfred Marshall e outros eminentes economis

tas do fim do último século eram ami

gos íntimos de seu pai e, ainda jovem, Keynes, omdnte atento das suas discus

sões, iniciou o estudo dos princípios da

Economia com tanta facilidade e segu

rança como a de um pato que cone para a água. John Maynard Keynes tinha um


112

Digesto Económk»

das a efeito peJo grande estadista portiigiiès da segunda metade do s<?ciilo XVIII com tudo quanto havia reali7-a-

do ou planejado o "brasílico" (assim

chamado por um dos seus contraprodu-

; ^ntes detratores), eis como se exprimiu ^ Ciimilo Caslclo-Branco: '*Tôclas ns cn^jmiadas providências de Sebastião de

Corva lio, acêrca da moeda, das comp;mhias na América, das colônias, das industrias nacionais, das obnóxias distín' çues en^e cristãos novos e velhos, das minas do Brasil, encontram-se nos es

critos de Gusmão". E conclui pouco adiante: 'Ser-me-ia. agradável tarefa confrontar o plagiato, não só na essên cia das providencias, mas até na forma. í\iio o taço, com justo receio de que o weu pais não tenha dez caturras que me agradeçam o inútil serviço. Se os ha'

esses que cotejem os escritos geniais dê

fas

\?aint ?

com as^actancio-

1® Sebastião de Carvalho".

dada nn

f""*

onS ""u foi umporquanto mar ques dde P Pombal dos maiso consP>cuos estadistas da fase do ™ espot" -

esclarecido", isto é, foi um dos dís^pulos da Enciclopédia", a qual co meçou a ser imjDressa e divulgada dois

ja-sc o "Parnaso brasileiro", Rio, 1830). do qual 6 expressix o o segundo quarteto: "Esta vaidade, com que o mundo engano, Subi, mas tive Immilde nascimento:

n^as aro%etdo{%1~ reto^^f':: 15 milhões de libras-pêso em c7tZ com crise de produção verificada nesse a 48 milhões de Hbras-pêso Z último trimestre de 1946 '

John Maynard Keynes

As.sim foi Viriato, assim Trajano". Não é e.vnto hajam perecido ambos, ~ como as-segura Blake e tem sido re petido aqui c alhures, — num incêndio que devorou cm 1751 a casa pertencen

Advogado da Reforma Monetária e da Estabilidade Econômica

por 3 Harcourt-Rfvlngton tMembro da Sociedade heal de Eco

te a Alexandre de Gusmão e onde êste

residia com a família na capital portu guesa. Tanto assim, que Viriato obteve de d. José, por alvará de 23 de março clc 1754, suceder ao falecido pai na

propriedade dos dois ofícios de escrivão da ouvidoria c de tabelião de Vila-Rica

(mercês feita.s, rc.spectivamcnte, a 5 de

junho de 1722 e 12 de agosto de 1733), com a faculdade, de que usaram, da designação de serventuários (do primei ro dos ditos cargos coubera ao padre Bartolomeu de Gusmão, enquanto foi vivo, o usufruto de todo o rendimento).

O que parece fora de dúrida é que foi a 31 ae dezembro de 1753 que ex

pirou em Lisboa o criador do Brasil de oito e meio milhõc.s do quilômetros qua

drados, do Brasil tão ingrato, que, ao

invés de um grandio.so e belo monumen to, apenas conserva a recordação esté tica cie seu filho imortal num modesto

dr'os"STsÍ'e ...e fei apodado porvSkto^e"'/"^ ™°dãs ÍSrdV

MESTRES tii ECOItIOMIil

Fo! da fortuna errado movimento.

retrato do Museu Paulista e num busto mandado colocar, pelo barão do RioBranco, em um dos salõe.s do Itamarati.

Aproxima-se o segundo centenário do tratado de Madri. Não é já tempo de aparelbar-se a nossa pátria para pagar então ao seu grande filho uma tão avultada dívida de reconhecimento?

in

f fevereiro. A despeito da trimestre dêste ano se eleva

^

nomia de Londres)

(Especial para o "Oigesto Econômico")

Q nome e as doutrinas do último Lord

O A., fiésse artigo, tra^ o perfil bio

Keynes viverão enquanto a Economia gráfico do economista que Winston permanecer a ciência da qual dependa o Churchill classificou como o maior da

bem estar material do homem. Foi êle nossa era. No número próxinw, S.' Haro sucessor lógico de Adam Smith, Bi- court R»t>íng#on fará o resumo da aná carçlo, John Stuart Mül e Alfred Mar lise de Keynes sõbre os males causado* shall. Suas obras, embora menos amplas pelos sistemas de circulação em voga, ao

em seu escopo que as daqueles mes

tres. tiveram importância muAdial e con servam a supremacia em sua classe. Em

discurso proferido na Câmara dos Co

muns ogo após a morte de Lord Key nes, Wmston Churchill. então Primeiío Ministro, num tributo comovente à sua memória, afirmou: "Kcjmes foi universa mente reconhecido como o maior dos economistas de nossa era". Viveu e

tempo em que escreveu o "Tratado sôbre Reforma Monetáriíf', assim como os no-'

COS principiei que por êle foram de fendidos.

Neville Keynes, Master of Arts e doutór em ciência, era professor e membro da Congregação da Universidade, presiden te, ourante muitos anos, do Conselho de Economia e Política e autor da obra

trabalhou nas grandes épocas de infla

"Objeto e Método da Economia Política"

ção c defaçao rcsultante.s das calamitosas Grandes Guerras e difundiu novas

o outros trabalhos científicos.

,dc.as sôbre a estabilização do meio c rcu ante. Seus princípios provocaram

Seu ir

mão, dr. Geoffrey Langdon Keynes, é um médico célebre, professor do Colégio

Real de Cirurgiões e autor de profundos

a mais viva oposição da parte de ban

livros e ensaios sôbre a transfusão do

rias do padrao-ouro" de Ricardo, mas, por fim, as novas proposições de Keynes, provada a sua praticabilidade. conven ceram todos os adversários e êle se tor nou conhecido como o expoente máximo

sangue e intervenções cirúrgicas deli

queiros e financistas, educados nas teo

do pensamento econômico moderno john Maynard Keynes - ou Lord

Kc^ncs, para lhe dar o título tão merecidamente conferido - pertencia a disintelectuais. Nasceu em

laoJ, em Cambridge, onde seu pai, Johu

cadas.

Não é de admirar ter-se John May

nard Keynes tomado economista. Alfred Marshall e outros eminentes economis

tas do fim do último século eram ami

gos íntimos de seu pai e, ainda jovem, Keynes, omdnte atento das suas discus

sões, iniciou o estudo dos princípios da

Economia com tanta facilidade e segu

rança como a de um pato que cone para a água. John Maynard Keynes tinha um


Dícesto Eco^●ó^^co 114

1

Não aceitava espírito de indagação, defínitiprincípios como obrigatórios vos. Revelou idéias originais para ante por aos princípios clássicos e ortodoxo.s, os quais sem hesitação remodelou ]?ara servir às condições de seu tempo. Assim, muito moço ainda, tornou-.se eminen te como reformador da Economia. Keynes foi educado em Elon e Camhridge. Obteve distinção como "Twclfth Wrangler” em 1905. No ano seguin te àquêle em cjue deixou o colégio, foi classificado para admissão ao Serviço Di plomático e incorporado ao Escritório da índia. Desse posto, após relevantes ser viços, foi transperido para o Tesouro Britânico em 1915. Ali, seu gênio cedo se revelou e foi d-jsignado para Principal Delegacjo Econômico do Governo Bri tânico à Conferência da Paz, realizada em Paris depois da Primeira Grande Guerra, representando o Chanceler do Erário Britânico no Supremo Conselho das Nações. Daí por diante Keynes Jermaneceu, durante os Governos Sociai.sta e Conservador e na CoaÜsão, como Conselheiro Econômico do Governo In glês. Sua atuação nas Conferências In ternacionais e na estabilização do Meio de Circulação Britânico, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, é conhecida de sobejo. Keynes recebeu inúmeros tributos ao seu gênio. . Foi feito Barão do Império Britânico e assim tinha assento perma nente na Câmara dos Lords. Foi eleito, por unanimidade, pelos seus colegas eco nomistas, para a presidência da Socieda de Real de Economia, da qual havia sido Secretário durante 25 anos e, com brilho extraordinário, editado o órgão oficial da Sociedade por todo esse tempo. Em 1925, 0 distinto economista, cujo nome era de todos conhecido, surpreen deu e intrigou o mundo casando-se com Lídia Lopokova, a mais famosa dança rina do ballet russo de então. Seu renome e influência cresciam com os anos, mas o excesso de atividades a serviço dos Aliados, durante a Grande

115

Dioesto Econó.nuco

Guerra, minou .suas fôrças e, após tim longo período de molé.stia.s, faleceu em 194(3. aos 63 anos. com geral consterna ção dc fjiianto.s o conheceram. Seu ]irinu'iro li\ ro foi acerca da Eco nomia c Finanças da índia, escrito em 1913, quando rnembro da Comissão Real de Finanças e Economia daquele pai.s. Logo dcpoi.s da Prim(‘ira Guerra Muudial, cscrc\'cu “Con.scqüências Econômi cas da Paz”, expondo .suas convicções em discordância com a política oconómica do Tratado dc Paz de Versalhes. O tempo dcinonstron a veracidade da sua tese. Por volta de 1921 foi publicada sua obra alfamente técnica “Probabili dade”, seguida, em 1923, cio seu famoso “Tratado sôbrc Reforma Monetária”. Outros Iraballios piiblicado.s, ainda, fo ram: “uma biografia dc Álfred Mar shall, "Revisão do Tratado de Paz”. (( Impressões cia Rússia”, “O Ocaso do Laissez-Faire” e “Teoria Geral do Descniprêgo. Interesse c Capital”. Lord Keynes foi um homem extraordi nário jidgaclo sob todos os aspectos. Es crevendo a seu respeito cm uma obni sôbre eminentes personalidades contem porâneas, A. G. Gardiner, o conhecido editor c ensaisla britânico,, diz: No escuro óéu de dezembro de 1919, Kesr nes luziu com súbito resplendor. Pu¬ blicou um livro. Um livro que se supnnlia ser dos snais enfadonhos. Tinha um título — "As Conscqüôncias Eco nômicas da Paz” — que soava qual sen tença de morte em suas perspectivas, A tese do livro foi tão impopular, que o Autor, se reconhecido em Trabdíiar Square, seria, provàvelmenle, lançado ao tancpiG dos patos, como soía aconte cer aos germanófilos. Sua tese foi exposta com tamanha audácia que ixirocia nm convite ao ostracismo público. O IhTO, condenado pela crítica, recebeu um tremendo “coupon” do Parlamento Inglês. Não obstante, propagou-se como incêndio; cruzou o Atlântico e inflamou a Améiãca; foi traduzido para todas as línguas e discutido da China ao Peru.

r ' i

Incidenlalmciilc, o jovem Da\id, que enfrentara sózinlio o exército filistcii do seu tempo, se loriiuni íamoso. Seu re nome era tão largo quanto o inundo”. “Êle .seria famoso cm qualquer cir cunstância, pois nenhuma sombra, im penetrável (jue fosse, poderia eclipsar pcrinancnlcmcnlc o fulgor de um espí rito incandescente cpial o de John Maynard Kcynes. Sua feição mais carac terística c a vi\’acidade dos ollios, que bri’iiam com inteligência e sugerem um espírito indiferente, mas sempre como num galope. Seu modo de falar é tão ligeiro quanto seu olhar. l*'a!u como .se prccisa.sse correr para acompanhar o pen.samento e sua palavra tropeça um pouco no vão esforço de llie não ficar atrá.s. . . Sua conversação difere daque-’ la usualmenlc empregada pelos econo mistas como u semente da flor. Mui tas luzes a iluminam. Arte, ciência, literatura, conhecimento dos homens e dos negócios, tudo lhe ocorre, célere, para adornar c ilustrar seus lemas. Con tudo, não há afetação, e seu conhecirnento 6 manifestado dc forma a iião impedir divagações no terreno da aven tura”. Quando da eleição de Lord Keynes à presidência da Sociedade Real de Eco nomia, Lord Bevericlge, seu anlcce.ssor, economista dos mais ilustres, disse siluarse 0 intelecto de Keynes muito acima do de quantos economistas conhecera. De monstrava Lord Keynes rude franque za cm seu.s escritos. Espírito lógico e frio, alimentava desprezo irônico peiu histeria que freqüenlomenle atinge massas. Reverenciava tão sòmcnte ^ realidade dos fatos. Pelas manobras po líticas manifestava desdém intelectual, reconhecendo e deplorando a hipocrisia a que elas estão sujeitas. A principal contribuição de Ke}mes para a Economia foi, sem dú\dda, sua acurada análise da falência do sistema monetário do começo do século XX, ba seado no padrão-ouro e a defesa de um

si.stcma mais fle.vh-el para a estabiliza ção dos preços; um sistema, enfim, mais cnn\'inliá\el aos imperativos da presen te era, perturbada que é por grandes guerras e seus rastolnos. Eísa análise do antigo sistema e sua concepção do que c agora reclamado, êle expôs em sua obra prima, “Tratado sobre Reforma Monctííria”. No prefácio dêste Hxto escreveu: “Nós aconselhamos a poupança à ini ciativa privada, e a encorajamos a colo car suas economias principalmentc em títulos de renda. Deixamos a respon sabilidade da produção ao homem de negócios, que, influenciado pelos lucros cm expectativa, procura aumenta-Ios .sob a forma de dinheiro. Os inimigos das bruscas mudanças na organização socia acreditam que essa ordem de coisas, consentânca com a natureza liumaní^ b‘az grandes vantagens. Mas, eles na podem dciicnvolver seus negocios satisfatòriamente se o padrão de nquep^ que presumem um valpr estavel,_e in seguro. O desemprêgo, as condiçoes üe vida precárias do trabalhador, o desa pontamento da ex-pectativa, a subita per da de economias, as frequentes derro cadas dos indi\’íduos, a especulação, a exploração - tudo decorre grandemente da instabilidade do padrão de riqueza . “Admite-se frequentemente que o custo da produção envolve tres fatores, compreendendo a contraprestação do Jabalho, o empreendimento e o capvtal. Mas, há um quarto fator chamado ris co”: e o ônus do risco é dos mais pesa dos — e, talvez, seja o mais evitável — gravando a produção. As reformas do meio de circulação, que levam este país e o mundo a adotarem muitos princípios monetái-ios adequados, diminuiríam a sobrecarga do risco, que consome atual mente demasiado dos nossos negócios. Se as novas idéias (referentes aos valo res circulantes) que se desen\’olvem, agora, em muitos países, são boas e acertadas, não tenho diuidas, cedo ou tarde prevalecerão”.

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Não aceitava espírito de indagação, defínitiprincípios como obrigatórios vos. Revelou idéias originais para ante por aos princípios clássicos e ortodoxo.s, os quais sem hesitação remodelou ]?ara servir às condições de seu tempo. Assim, muito moço ainda, tornou-.se eminen te como reformador da Economia. Keynes foi educado em Elon e Camhridge. Obteve distinção como "Twclfth Wrangler” em 1905. No ano seguin te àquêle em cjue deixou o colégio, foi classificado para admissão ao Serviço Di plomático e incorporado ao Escritório da índia. Desse posto, após relevantes ser viços, foi transperido para o Tesouro Britânico em 1915. Ali, seu gênio cedo se revelou e foi d-jsignado para Principal Delegacjo Econômico do Governo Bri tânico à Conferência da Paz, realizada em Paris depois da Primeira Grande Guerra, representando o Chanceler do Erário Britânico no Supremo Conselho das Nações. Daí por diante Keynes Jermaneceu, durante os Governos Sociai.sta e Conservador e na CoaÜsão, como Conselheiro Econômico do Governo In glês. Sua atuação nas Conferências In ternacionais e na estabilização do Meio de Circulação Britânico, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, é conhecida de sobejo. Keynes recebeu inúmeros tributos ao seu gênio. . Foi feito Barão do Império Britânico e assim tinha assento perma nente na Câmara dos Lords. Foi eleito, por unanimidade, pelos seus colegas eco nomistas, para a presidência da Socieda de Real de Economia, da qual havia sido Secretário durante 25 anos e, com brilho extraordinário, editado o órgão oficial da Sociedade por todo esse tempo. Em 1925, 0 distinto economista, cujo nome era de todos conhecido, surpreen deu e intrigou o mundo casando-se com Lídia Lopokova, a mais famosa dança rina do ballet russo de então. Seu renome e influência cresciam com os anos, mas o excesso de atividades a serviço dos Aliados, durante a Grande

115

Dioesto Econó.nuco

Guerra, minou .suas fôrças e, após tim longo período de molé.stia.s, faleceu em 194(3. aos 63 anos. com geral consterna ção dc fjiianto.s o conheceram. Seu ]irinu'iro li\ ro foi acerca da Eco nomia c Finanças da índia, escrito em 1913, quando rnembro da Comissão Real de Finanças e Economia daquele pai.s. Logo dcpoi.s da Prim(‘ira Guerra Muudial, cscrc\'cu “Con.scqüências Econômi cas da Paz”, expondo .suas convicções em discordância com a política oconómica do Tratado dc Paz de Versalhes. O tempo dcinonstron a veracidade da sua tese. Por volta de 1921 foi publicada sua obra alfamente técnica “Probabili dade”, seguida, em 1923, cio seu famoso “Tratado sôbrc Reforma Monetária”. Outros Iraballios piiblicado.s, ainda, fo ram: “uma biografia dc Álfred Mar shall, "Revisão do Tratado de Paz”. (( Impressões cia Rússia”, “O Ocaso do Laissez-Faire” e “Teoria Geral do Descniprêgo. Interesse c Capital”. Lord Keynes foi um homem extraordi nário jidgaclo sob todos os aspectos. Es crevendo a seu respeito cm uma obni sôbre eminentes personalidades contem porâneas, A. G. Gardiner, o conhecido editor c ensaisla britânico,, diz: No escuro óéu de dezembro de 1919, Kesr nes luziu com súbito resplendor. Pu¬ blicou um livro. Um livro que se supnnlia ser dos snais enfadonhos. Tinha um título — "As Conscqüôncias Eco nômicas da Paz” — que soava qual sen tença de morte em suas perspectivas, A tese do livro foi tão impopular, que o Autor, se reconhecido em Trabdíiar Square, seria, provàvelmenle, lançado ao tancpiG dos patos, como soía aconte cer aos germanófilos. Sua tese foi exposta com tamanha audácia que ixirocia nm convite ao ostracismo público. O IhTO, condenado pela crítica, recebeu um tremendo “coupon” do Parlamento Inglês. Não obstante, propagou-se como incêndio; cruzou o Atlântico e inflamou a Améiãca; foi traduzido para todas as línguas e discutido da China ao Peru.

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Incidenlalmciilc, o jovem Da\id, que enfrentara sózinlio o exército filistcii do seu tempo, se loriiuni íamoso. Seu re nome era tão largo quanto o inundo”. “Êle .seria famoso cm qualquer cir cunstância, pois nenhuma sombra, im penetrável (jue fosse, poderia eclipsar pcrinancnlcmcnlc o fulgor de um espí rito incandescente cpial o de John Maynard Kcynes. Sua feição mais carac terística c a vi\’acidade dos ollios, que bri’iiam com inteligência e sugerem um espírito indiferente, mas sempre como num galope. Seu modo de falar é tão ligeiro quanto seu olhar. l*'a!u como .se prccisa.sse correr para acompanhar o pen.samento e sua palavra tropeça um pouco no vão esforço de llie não ficar atrá.s. . . Sua conversação difere daque-’ la usualmenlc empregada pelos econo mistas como u semente da flor. Mui tas luzes a iluminam. Arte, ciência, literatura, conhecimento dos homens e dos negócios, tudo lhe ocorre, célere, para adornar c ilustrar seus lemas. Con tudo, não há afetação, e seu conhecirnento 6 manifestado dc forma a iião impedir divagações no terreno da aven tura”. Quando da eleição de Lord Keynes à presidência da Sociedade Real de Eco nomia, Lord Bevericlge, seu anlcce.ssor, economista dos mais ilustres, disse siluarse 0 intelecto de Keynes muito acima do de quantos economistas conhecera. De monstrava Lord Keynes rude franque za cm seu.s escritos. Espírito lógico e frio, alimentava desprezo irônico peiu histeria que freqüenlomenle atinge massas. Reverenciava tão sòmcnte ^ realidade dos fatos. Pelas manobras po líticas manifestava desdém intelectual, reconhecendo e deplorando a hipocrisia a que elas estão sujeitas. A principal contribuição de Ke}mes para a Economia foi, sem dú\dda, sua acurada análise da falência do sistema monetário do começo do século XX, ba seado no padrão-ouro e a defesa de um

si.stcma mais fle.vh-el para a estabiliza ção dos preços; um sistema, enfim, mais cnn\'inliá\el aos imperativos da presen te era, perturbada que é por grandes guerras e seus rastolnos. Eísa análise do antigo sistema e sua concepção do que c agora reclamado, êle expôs em sua obra prima, “Tratado sobre Reforma Monctííria”. No prefácio dêste Hxto escreveu: “Nós aconselhamos a poupança à ini ciativa privada, e a encorajamos a colo car suas economias principalmentc em títulos de renda. Deixamos a respon sabilidade da produção ao homem de negócios, que, influenciado pelos lucros cm expectativa, procura aumenta-Ios .sob a forma de dinheiro. Os inimigos das bruscas mudanças na organização socia acreditam que essa ordem de coisas, consentânca com a natureza liumaní^ b‘az grandes vantagens. Mas, eles na podem dciicnvolver seus negocios satisfatòriamente se o padrão de nquep^ que presumem um valpr estavel,_e in seguro. O desemprêgo, as condiçoes üe vida precárias do trabalhador, o desa pontamento da ex-pectativa, a subita per da de economias, as frequentes derro cadas dos indi\’íduos, a especulação, a exploração - tudo decorre grandemente da instabilidade do padrão de riqueza . “Admite-se frequentemente que o custo da produção envolve tres fatores, compreendendo a contraprestação do Jabalho, o empreendimento e o capvtal. Mas, há um quarto fator chamado ris co”: e o ônus do risco é dos mais pesa dos — e, talvez, seja o mais evitável — gravando a produção. As reformas do meio de circulação, que levam este país e o mundo a adotarem muitos princípios monetái-ios adequados, diminuiríam a sobrecarga do risco, que consome atual mente demasiado dos nossos negócios. Se as novas idéias (referentes aos valo res circulantes) que se desen\’olvem, agora, em muitos países, são boas e acertadas, não tenho diuidas, cedo ou tarde prevalecerão”.

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1


rrwi-

Digesto Eco^■ó^ooo

116

Com temeridade característica, Key-

tarefa sobremodo mais difícil e inquie-

nes, após afirmar que confiava na ca

tantc que nos dias passados.

despeito da noção generalizada de que

sabedoria das suas idéias revolucionárias,

pacidade intelectual dos banqueiros, a não entendem dos seus próprios proble

mas, dedicou o seu "Tratado sôbre Re forma Monetária", humildemente e sem

autorização, aos altos dirigentes do Ban

co da Inglaterra, que, êle declara, têm a seu cargo, agora e para o futuro, uma

O tempo confirmou não somente a

mas, também, a sua fé na capacidade dos magnatas dos bancos. Êles lhe fi zeram a justiça de reconhecer a validade da sua teoria e, para ter um auxílio na execução das suas reformas, e!egeram-no

para a direção do Banco da Inglaterra.

Longa vida e po«

SEMPRE VIVO -

tência de sobra!

SEMPRE

Os acumuladores Etna foram

PW

proj et ados e cons

truídos pelos téc

nicos da Oeneral Motors para corresponder exatamente 2ts 'condições peculiares do clima brasileiro I

A possibilidade de conversão da libra esterlina em dólar, — diz um comuiucodo dc Sidney Gampell, da aeenda "Reuters" — a partir de 15 de julho, não afetará, ao que se acredita, o preço ao ouro ou quaisquer das maiores taxas de câmbio. Todavia, essa conversibilidade parece ser claramente fator desfavorável às Bolsas de Valôrcs

PRODUTO DA GENERAL MOTORS

de todo o mundo e talvez particularmente à de Joannesburgo, porquanto, as trans

ferências de capital da índia e do Egito têm sido importantes no "Stock Exchange" de Joannesburgo e talvez sejam restringidas.

Num período longo, o efeito anti-inflacionário nos preços mundiais dos uti lidades seria favorável, pois a conversibilidade permitiria maior aplicação do capital

nos títulos das minas de ouro,, em prejuízo dos especuladores.^

Em ambos os

casos, essa circunstância mueríiria a tendência infladonária dos últimos anos. Em

um futuro imedijiíp, entre a época atual e 15 de julho, poderá haver períodos dc

melhora, quando o povo, particularmente na índia e no Egito, procurar obter

ACUMULADORES

vantagens no mercado de Joannesburgo, antes do dia 15 de julho.

Com ou sem os acordos entre a Inglaterra e os seus credores estrangeiros, o

congelamento de quase a totalidade dos saldos-ouro egípcios e indianos em Londres, em 15 de julho, e considerado inevitável pelos círculos oficiais britânicos. Se êssv congelamento assumir a forma da exclusão do Egito e cia índia da zona do ester lino as transferências de capital seriam restringidas pela- antiga fiscalização do câmbio A zona do esterlino significa apenas que nela não existe^ fiscalização de câmbio sôbre as transferências de capitais em libras. Essa é, aliás, sua único

sipniHcação de hoje. Ê de se esjjcrar, contudo, que o Inglaterra e a índia possam ® 7

/jc-o/7 auestão sem o recur/>o da uuami econômica, que a exclusão da IndUi

ifZfdo IterlUm é hem

míülO

OU Eulto e.lhedespeito de algitun minores correntes, não abandonará O é vantajosa.

do

A vior restrição que será imposta a êsses dois países, se resolverem aotnuíih' Jnn/i do esterlino, será a escassez de cambiais em libras e assim os saUlos m.

^ e egípcios acumulados em Londres não estarão disponíveis aos dois países.

ETNA GENERAL MOTORS 00 BRASIL S. A. PARA VINDAS E SERViço procure os DISTRIBUIDORES E CONCESSIONÁRIOS DA GENERAL MOTORS P9 PI^SIL s, a.


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mas, dedicou o seu "Tratado sôbre Re forma Monetária", humildemente e sem

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co da Inglaterra, que, êle declara, têm a seu cargo, agora e para o futuro, uma

O tempo confirmou não somente a

mas, também, a sua fé na capacidade dos magnatas dos bancos. Êles lhe fi zeram a justiça de reconhecer a validade da sua teoria e, para ter um auxílio na execução das suas reformas, e!egeram-no

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A possibilidade de conversão da libra esterlina em dólar, — diz um comuiucodo dc Sidney Gampell, da aeenda "Reuters" — a partir de 15 de julho, não afetará, ao que se acredita, o preço ao ouro ou quaisquer das maiores taxas de câmbio. Todavia, essa conversibilidade parece ser claramente fator desfavorável às Bolsas de Valôrcs

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Em ambos os

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melhora, quando o povo, particularmente na índia e no Egito, procurar obter

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vantagens no mercado de Joannesburgo, antes do dia 15 de julho.

Com ou sem os acordos entre a Inglaterra e os seus credores estrangeiros, o

congelamento de quase a totalidade dos saldos-ouro egípcios e indianos em Londres, em 15 de julho, e considerado inevitável pelos círculos oficiais britânicos. Se êssv congelamento assumir a forma da exclusão do Egito e cia índia da zona do ester lino as transferências de capital seriam restringidas pela- antiga fiscalização do câmbio A zona do esterlino significa apenas que nela não existe^ fiscalização de câmbio sôbre as transferências de capitais em libras. Essa é, aliás, sua único

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Sociedade

Jacques Louis-Delamare - Havre EXPORTADOR

Oferece para importação da França:

Comercial

ComserTas, azeitonas, azeite de olireira. — Champagne, Conhaque, Brandis, Tinhos, etc. — Porcelanas de Vierzon (Limoges) — Teci dos de linho, cambraias — Tecidos de lã — Casimiras — Fio de

linho, lá e outros — Distribuidores exclusivos para as bicicletas

e

Construtora

"Ballis" de St. Elienne.

Agentes idoneos para os diversos Estados do Brasil, estão sendo acolhidos.

Agente: H. C. ROSSARIE — Caixa 2424 — São Paulo

Ltda. ENGENH El ROS empreiteiros

CONSTRUTÔRES VALO RI S E

SEUS PRESENTES

.OFERECENDO

GRISTRISOE rua MARCONÍ, 53 - 4," andar — TELEFONE 4-?19? síopaulo SECÇRO DevRReJO.R.DOCR(lMO ^2"?. í AhT?l)TEL.2T545 ■ S.PRUU)

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Livraria Francisco Alves FUNDADA EM

Chrysler - Plymouth e Fargo

1854

AUTOMÓVEIS—PEÇAS — SE RVIÇO

Editora Paulo de Azevedo Ltda.

AutcTcccrrc RAPIDEZ E EFICIÊNCIA

LIVROS

EM

GERAL

C I E> A N

292 — Rua Libero Badaró — 292

Oficinas - Rua Barão de Ladário, 312 - Fone 9-4258 - São Paulo SAO PAULO

Tel. 2-0457 — End. Telegr.; FILIALVES — Caixa Postal, 12-B.

Escriiório - R. Vise. do Rio Branco< 332 - Fones: 6-4924 e 4-6669

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EFICIÊNCIA e GARANTIA! ® Os que porueni os arquivos e cofres Fiel proclamam lhes o alto

grau de eficiên^it»

segurança- Os

que ainda não os possuem, podem

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capacitar-se da sua excelente qua lidade, fazendo uma visita à nossa

fábrica ou pedindo a presença dr

Tapetes das Melhores procedências •— Decorações Finas

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um nosso representante.

Móveis Estofados

Coeêhsi. ^,(mé.ecci Rua Sebastião Pereira, 20 — Telefone: 5-33409 — São Paulo (Brasil)

MOVEIS DE AÇO FIEL S. A. R. Maria Marcetina , 848 — Tal. 9.5544 — S. Pouio


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A SERVIÇAL LTDA. Serviços que oferecemos: Organização do sociedades comerciaii/ industriais, civis. Contratos, distratos, modificações de firmas, coope

rativas e todos os serviços nos Juntas Comerciais o legalização perante todos as Repartições Publicas, Municipais, Estadoais e Federais.

REQUEREMOS PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, COMERCIAL E CÍVEL PARA: Marcas de Industria, de Co mercio ou de Exportação. Nomes Comerciais. Insígnias

S.MAGALHAES&CIA.

Títulos de estabelecimentos.

Privilégios de Invenção.

Licenças de preparados far

Comerciais.

macêuticos, veterinários. Inse

Sinais de Propaganda. Frases de Propaganda.

ticidas, desinfectantes. Analises de bebidas, comestiveis, etc.

CONSULTE-NOS SEM COMPROMISSO

Fundada em 1920

A SERVIGAL LTDA.

MATRIZ: Rua Senador Feijó, 30 - SANTOS FILIAIS PM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E RECIFE

S. Paulo: Rua Direita,64 - 3." - Tels. 2-8934 e 3-3831 - C. Postais 3631 e 1421 R.Janeiro: Av. A porleio Borges,207-12.® pav. - Tel. 42-9285 — C. Postal 3384

Antunes, Freixo & Cia. Ltda. §)

importadores

Ferro-Aço — Máquinas

O ENDEREÇO

Ferramentas — Tintas — Vernizes —

óleos — Artigos para pintores

OA

Papelaria e Tipografia andreotti

Lonas — Encerados — Correias

Gaxetas e Papel Amianto

rI^QUNTINO aOCAYUVA, 24 ((OOOXJWO A R. DIREITA) onciNA:

RUA TEIXEIRA LEITE. 274

Rua General Couto de Magalhães, 222 Telefones; 4-6229

(1.A TRAV. R LAVAPES) i

4-8626 — 6-2225

R A PIDÊS

PERFEIÇÃO

Cãixa Postal, 4922 — End. Telegr.: "ANFREIXO"

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FONES:

2-7095 6-2775


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"Parque do Ferradura" Campos do Jordão Esplendidos lotes em presta^*ões, no melhor clima do Brasil

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ROMEU JUSTO PANZOLDO & CIA. LTDA.

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Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros, Ltda. de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Fones: encontram-se á venda na

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Çatxa Postal, 66139

Rua Paula Souza n.° 354 — Fonej 4-1922 — Telegramas "Soprei" SÃO PAULO

R. 15 de Novembro, 200 — 9.» andar _ Salas 6.7-8-9 — S. PAULO


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EMPRESA "LÍDER"

A.NTCINE GKC/

CONSTRUTORA S/A Autorizada e fiscalizada pelo Govôrno

Federal

Carta Patente N.o 170

Matriz: SÃO PAULO - Rua São Benta, 45 SUCUHSAIS NAS CAPITAIS DOS estados E AGÊNCIAS EM TO DAS AS CIDADES DO PAIS

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PEÇAS genuínas D

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CHRYSLER

HAIOR KILOMeTDMCM t CABANTI*

tXteuTAOOA mUACHlNAOlO'LODI'

CORPORATION

MATRIZ RUA VISCONDE DO RIO BRANCO, 576 a GIB TELEFONES: 4-7570 e 4-2783 — SÃO PAULO

i lerrns Roxas âe Alta Qualidade Vendas a prestações em pequenos e grandes lotes pela

CIA. DE TERRAS NORTE 00 PARANÁ

Fachada do Edifício "Líder", em construção na Capital de São Pau-

Inscrição N.o 12 no Registro Geral de Imóveis da Comarca de Londrina, na forma do Decrcto-Lei N." J079. de lS-9-1938

e 'onde funcionarão os escritórios

à rua Wenceslau Brás N.o 175, centrais da Emprêsa.

Vantajosa produção de: CAFÉ, CERE^ils, FUMO, algodao, cana de açúcar, mandioca, trigo. etc. Estrada de ferro — Ótimas estrados de rodagem Esplêndido serviço rodoviário

Agência Principal e Centro de Administração Londrina

Magníficos planos econômicos de construção por sorteios.

Distribuição de 10 prédios mensais, jjos valores de CrÇ 30.000,00 a CrÇ gO.OOO.OO. Mensalidades de Cr§ 10,00

CIA. DISTRIBUIDORA ©ERAL

J^rà$müi0r

e Cr§ 20,00. Sorteios pela

Séde em São Paulo, Rua S. Bento, 329 -

andar - Cai3:a Postal 2771

Loteria Federal.

CAIXA POSTAL, 243-B

Fiscalização Federal Permanente.

PARQUE D. PEDRO II, 208

Peça informações aos nossos

V/lf'f * - ^ NENHUM AGENTE DE VRNDA ESTA RECEBER DINHEIRO EM NOME DA AUTORIZADO COMPANHIA.

representantes.

São Paulo — Brasil


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QRGIlHIZRCâQ

RUF orienta mellior As contas são ç\ossificadas o*" um

vlsWet, de acôrdo com o plano elabora

O "Digesto Econômico" se vai tor

Com a escrituração direta nas contas

o contabilidade se torna clara e informat.va

Em dezenas, de milhares de

® ^o^o^sua

no mundo inteiro, o sistema eficiência.

ea'ta

A introdução do sistema RUF

o qualquer momento e fica

^^^i^^gncia ne-

nando a meihor contribuição que existe

atuaimente para o estudo dos proble mas brasileiros.

técnicos que igualmente dao cessària ao Contador,

Trata-se de um relevante serviço

côvel funcionamento de cada m

púbiico.

Daria de Almeida Wagalbâes

QRGRHIZnCnO B,com.011 1 COmAMUDADl «.CAN.2AD RIO DE JANEIRO - Av. Nilo SÃO RAUEO -

_ 30 ,nd.T 575 - 3." .nd.

Gráfica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — Telefone 6-4812 -


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Economia do Fõrça — Dano do Almeida Magalhães

Copllalizacão o Seguro do Vida sob o Aspccío Econômico o Social — Davi Campista Filho O Problonia do Pôrlo do Sanlof — Nelson Werneck Sodré Controle do Consumo o Mercado Negro — I.ouis Baudir» O Visconde do Pnrnaiba — Pelágio Lobo

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versus Estados Unidos — José Maria Belo

Especulações Bolsistas no Século XVII — José Honóvio Rodrigues ● ● ● ● A Nova Discriminação de Rendas c os Estados — Oto Prazeics . A Modernização do Comércio — História Econômico Afonso Arinos de Melo Franco

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Loja; Viadiilo HOa VisJn, 75 Fone 2-1414

34 Otávio Tarquínio de Souza 83 Velho Comércio do Livros Gastâo Cruls 93 o Uso da Borracha entro os Civilizados Américo Jacoblna Laeombe 98 Origens án Indústria de Tecidos om Minas Corais 102 Novos Rumos da Política Rodoviária Brasileira — Maurício Joppert . . . .^ D. José Joaquim da Cunha do Azeredo Coutinho — Economislo» Brasileiros Basilio Magalhães- 113 John Maynard Koyncs - S IT.areourt-Rivingtnn 126 ● Mnstres da Economia

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