80 Digesto EcoNó^^co
^f f.
ii
, , ■
tos, indiretos. ÊIe.s existem, sem dúcomo existem também nos impostos diretos mas, por isso mesmo que ambos oferecem inconvenientes e vantagens. nao é possível adotar-se o sistema so de impostos diretos ou só de imposos indiretos. Êsses dois tipos de trfbu. taçao se completam e as vantagens de os inconvenientes do outro. Uma boa pohtica fiscal seria t de ®9Wtatívamente êsses dois tipos
4 nosso caso.
●
o o
se ™gadora dos 4ostcrM”“tos7venEstado,
d?
Por aí se ve que a arrecadação do im posto dc vendas e consignações, cuja eliminação se pretende, representa quase metade da receita geral do Estado e 76% da renda de impostos. be o tributo e que a União e os Muni cípios arrecadam impostos diretos con sideráveis, como o irnpôsto de renda em todas as suas modalidades, o de in dústrias e profissões, o predial, o de licença, o territorial urbano c tantos outros. Coube aos Estados, na discriminação de rendas, um só imposto altamente pro dutivo: o de vendas e consignações, ten do ficado a cargo da União e do Município os grandes impostos diretos, Não pode, portanto, o Estado abrir mão da arrecadação desse imposto. Em artigo publicado na imprensa, ti vemos oportunidade de- focalizar a si tuação que resultaria uara as finanças do Estado da adoção do projeto consti tucional, situação essa que, em resumo mostramos adiante. ’ Para o exercício de 1947, a receita or çada é:
81 '
Dicesto EcoNóxnco
Vejamos agora a que situação ficaria reduzida a receita de impostos do Estado pelo projeto de Constítuição, levando-se em consideração, também, as limitações já estabelecidas pela Constituição Federa!:
Arrecadação total de impostos .. Cr$ 2.298.050.000,00 Menos: a) Vendas e Consignações .. Cr$ 1.749.000.000,00 (projeto) b) Indústrias e Profissões (Cons Cr$ 130.000.000,00 tituição Federal) Cr$ 1.879.000.000,00 = Cr$ 419.050.000,00 Preve, ainda, o projeto, que o Estado entregará aos municípios 20% da receita de impostos que nê es fôr arrecadada, além da obrigação de entrega de 30% do excesso sôbre a arrecadação mu nicipal, já estatuída na Constituição Federal. j t Nessas condições, na melhor das Hi póteses, perdería o Estado mais 20% sôbre o Hqüido de sua receita de im postos, ou sejam, Cr$ 83.810.000,00 restando, portanto, para o Estado Cr$ 335.240.000,00.
Ora, o próprio projeto constitucional cria encargos novos para o Estado, além dos atuais, o que toma absolutamente impraticável reduzir-se a despesa de mo do a se equilibrar o orçamento., Resta, portanto, como, aliás, prevê o projeto, um só recurso para proporcionar ao Es tado os Cr$ 1.962.810.000,00-de que êle será desfalcado: a elevação dos im postos diretos. Vejamos se isso é pra ticável. Os impostos diretos cobrados ■ atual mente pelo Estado são:
a) Receita tributária: Impostos Taxas b) Receita patrimonial c) Receita industrial d) Receitas diversas ... .[ e) Receita extraordinária .....
Cr$ 2.298.050.000,00 Cr$ 44.350.850,00 Cr$ 11.238.930,80 Cr$ 690.999.675,40 Cr$ 45.000.000,00 Cr$ 176.210.543,80
Total da receita Cr$ 3.265.850.000,00 A receita de i impostos é a seguinte; 1) Territorial rurab Transmissão "causa mortis” 3) Transnussuo **inter vivos 4) Vendas e Consignações 5) Indústrias e Profissões 6) SêJo 7) Transações 8) Adicionais sôbre “2 e “3ff
Cr.$ 45.000.000,00 Cr$ 40.000.000,00 Cr$ 290.000.000,00 Cr§ 1.749.000.000,00 Cr$ 130.000.000,00 CrS 16.300.000,00 Cr$ 11.250.000,00 Cr$ 16.500.000,00
' .‘ .. I 'i
a) b) c) d)
Cr$ Imposto territorial rural .. Cr$ Irnpôsto de transmissão “causa mortis ... Cr$ Imposto de transmissão “inter vivos” Cr$ Adicionais sôbre êstes últimos .... Receita de impostos diretos .... Cr§
Portanto, para cobrir a diferença de Cr$ 1.962.810.000,00, deveríam êsses impostos ser majorados em, pelo menos, 600%, pois é preciso não esquecer que do total arrecadado, 20% pertencem aos Municípios pslo projeto. Admitindo-se que essa majoração rôsse aplicada indistintamente a todos os impostos, diretos, teríamos a seguinte situação: O irnpôsto territorial rural em que os autores do projeto, influenciados, certa mente, pelas idéias georgistas, deposi tam suas esperanças, é cobrado atual mente na base de 1,25% sôbre o valor
í
i
Reccfífl 45.000.000,00 40.000.000,00 290.000.000,00 16.500.000,00 391.500.000,00
das terras sem as benfeitorias. Deveria, portanto, ser elevado para 8,75%. . O irnpôsto de transmissão “causa mortis” obedece, atualmente, a uma tabela variável de acordo com o montante da herança e o grau de parentesco. Com a necessária elevação de 600%, o im posto seria superior à totalidade da he rança, eliminando-a, portanto, em todos os casos de sucessão por colaterais, inclusive irmãos. Nos de sucessão pelo cônjuge sobrevivente, toda a quantia que excedesse dç Cr$ 500.000,00, seria, também, absorvida pelo irnpôsto. Na
,
●
80 Digesto EcoNó^^co
^f f.
ii
, , ■
tos, indiretos. ÊIe.s existem, sem dúcomo existem também nos impostos diretos mas, por isso mesmo que ambos oferecem inconvenientes e vantagens. nao é possível adotar-se o sistema so de impostos diretos ou só de imposos indiretos. Êsses dois tipos de trfbu. taçao se completam e as vantagens de os inconvenientes do outro. Uma boa pohtica fiscal seria t de ®9Wtatívamente êsses dois tipos
4 nosso caso.
●
o o
se ™gadora dos 4ostcrM”“tos7venEstado,
d?
Por aí se ve que a arrecadação do im posto dc vendas e consignações, cuja eliminação se pretende, representa quase metade da receita geral do Estado e 76% da renda de impostos. be o tributo e que a União e os Muni cípios arrecadam impostos diretos con sideráveis, como o irnpôsto de renda em todas as suas modalidades, o de in dústrias e profissões, o predial, o de licença, o territorial urbano c tantos outros. Coube aos Estados, na discriminação de rendas, um só imposto altamente pro dutivo: o de vendas e consignações, ten do ficado a cargo da União e do Município os grandes impostos diretos, Não pode, portanto, o Estado abrir mão da arrecadação desse imposto. Em artigo publicado na imprensa, ti vemos oportunidade de- focalizar a si tuação que resultaria uara as finanças do Estado da adoção do projeto consti tucional, situação essa que, em resumo mostramos adiante. ’ Para o exercício de 1947, a receita or çada é:
81 '
Dicesto EcoNóxnco
Vejamos agora a que situação ficaria reduzida a receita de impostos do Estado pelo projeto de Constítuição, levando-se em consideração, também, as limitações já estabelecidas pela Constituição Federa!:
Arrecadação total de impostos .. Cr$ 2.298.050.000,00 Menos: a) Vendas e Consignações .. Cr$ 1.749.000.000,00 (projeto) b) Indústrias e Profissões (Cons Cr$ 130.000.000,00 tituição Federal) Cr$ 1.879.000.000,00 = Cr$ 419.050.000,00 Preve, ainda, o projeto, que o Estado entregará aos municípios 20% da receita de impostos que nê es fôr arrecadada, além da obrigação de entrega de 30% do excesso sôbre a arrecadação mu nicipal, já estatuída na Constituição Federal. j t Nessas condições, na melhor das Hi póteses, perdería o Estado mais 20% sôbre o Hqüido de sua receita de im postos, ou sejam, Cr$ 83.810.000,00 restando, portanto, para o Estado Cr$ 335.240.000,00.
Ora, o próprio projeto constitucional cria encargos novos para o Estado, além dos atuais, o que toma absolutamente impraticável reduzir-se a despesa de mo do a se equilibrar o orçamento., Resta, portanto, como, aliás, prevê o projeto, um só recurso para proporcionar ao Es tado os Cr$ 1.962.810.000,00-de que êle será desfalcado: a elevação dos im postos diretos. Vejamos se isso é pra ticável. Os impostos diretos cobrados ■ atual mente pelo Estado são:
a) Receita tributária: Impostos Taxas b) Receita patrimonial c) Receita industrial d) Receitas diversas ... .[ e) Receita extraordinária .....
Cr$ 2.298.050.000,00 Cr$ 44.350.850,00 Cr$ 11.238.930,80 Cr$ 690.999.675,40 Cr$ 45.000.000,00 Cr$ 176.210.543,80
Total da receita Cr$ 3.265.850.000,00 A receita de i impostos é a seguinte; 1) Territorial rurab Transmissão "causa mortis” 3) Transnussuo **inter vivos 4) Vendas e Consignações 5) Indústrias e Profissões 6) SêJo 7) Transações 8) Adicionais sôbre “2 e “3ff
Cr.$ 45.000.000,00 Cr$ 40.000.000,00 Cr$ 290.000.000,00 Cr§ 1.749.000.000,00 Cr$ 130.000.000,00 CrS 16.300.000,00 Cr$ 11.250.000,00 Cr$ 16.500.000,00
' .‘ .. I 'i
a) b) c) d)
Cr$ Imposto territorial rural .. Cr$ Irnpôsto de transmissão “causa mortis ... Cr$ Imposto de transmissão “inter vivos” Cr$ Adicionais sôbre êstes últimos .... Receita de impostos diretos .... Cr§
Portanto, para cobrir a diferença de Cr$ 1.962.810.000,00, deveríam êsses impostos ser majorados em, pelo menos, 600%, pois é preciso não esquecer que do total arrecadado, 20% pertencem aos Municípios pslo projeto. Admitindo-se que essa majoração rôsse aplicada indistintamente a todos os impostos, diretos, teríamos a seguinte situação: O irnpôsto territorial rural em que os autores do projeto, influenciados, certa mente, pelas idéias georgistas, deposi tam suas esperanças, é cobrado atual mente na base de 1,25% sôbre o valor
í
i
Reccfífl 45.000.000,00 40.000.000,00 290.000.000,00 16.500.000,00 391.500.000,00
das terras sem as benfeitorias. Deveria, portanto, ser elevado para 8,75%. . O irnpôsto de transmissão “causa mortis” obedece, atualmente, a uma tabela variável de acordo com o montante da herança e o grau de parentesco. Com a necessária elevação de 600%, o im posto seria superior à totalidade da he rança, eliminando-a, portanto, em todos os casos de sucessão por colaterais, inclusive irmãos. Nos de sucessão pelo cônjuge sobrevivente, toda a quantia que excedesse dç Cr$ 500.000,00, seria, também, absorvida pelo irnpôsto. Na
,
●
DiCESTO Econókqco
96
origem africana, acompanhada por can
dor, de romântica cabeleira e maneiras
tos de uma só toada, ao som de caxambxis, adufos, puítas, reco-recos e ou tros instrumentos primitivos, provàvel-
o anfitrião.
discretas para saudar o homenageado ou Ao concluir sua oração, o
mente de uso em Angola, no Congo, e
mais das vezes em estilo gongórico, soli citava a gentileza a fim de que, por de
em Moçambique, de onde geralmente
terminada pessoa de maviosa voz, fosse
procediam os escravos; os caipiras, mais
cantado o brinde; bem como, por con
conhecidos por matutos, preferiam o ca-
viva de tonitroante vozerio, bradados fossem os "hipes", cujos "hurras" eram
teretê, o chiba, o arrasta-pé e o corta-jaca (dansas puramente locais), também acompanhadas de cânticos, ao som de
entusiàsticamente correspondidos por to dos, em fragoroso côrol
Outros orado
Dicesto Econômico
97
As grandes festas não tinham progra ma, nem prazo tampouco. Duravam dias e dias, enquanto houvesse convivas. A
proporção porém que sc iam èlcs reti intimidade
Muito apreciados eram também os "românticos", de farta cabeleira e olhar
faltavam distrações gostosamente alimen
cismador, que se dedicavam aos clássi
tadas pelos "mimbavas".
cos recitativos de elegíacos carmes, ao
rando,
mais
aumcnlu\a
a
uma classe muito
piano acompanhados ao som da Dalila.
original, de parasitas dóceis c aprecia-
Para compensar, porém, as doridas e angustiosas tiradas que, de constante,
Constituíam estes
res secundavam o puoca-fieira, sendo
mais sabidos e dotados de certa veia
cada vez maior o entusiasmo por parte
díssímos, — longínquas reminíscéncias dos inolvidáveis truões da éjjoca feudal!
dos convivas que, gostosamente, se dei
Eram criaturas inofensivas, desconhe-
te, premiavam o vencedor. í-,
* * íf:
K
Nas grandes festas o que de mais solene havia eram os "banquetes" ou "pagodes" que, devido ao grande nú mero de convivas, geralmente se realiza vam em improvisada mesa sôbre cava-
xavam ficar, horas e horas, em grossa pagodeira... No final dos banquetes, após a retira
ca, nela perfilando custosos candelabros
de lavrada prata portuguesa, e distribuin do os vistosos pratos de doces, de modo
a produzir deslumbrante efeito, tendo outrossim o cuidado de preencher os intermeios com as inesquecíveis balas de estalo, contendo versinhos de sortes.
As imarias, caprichosamente prepara das e bem dispostas em baixelas, eram, pela variedade e quantidade, de caráter pantagruélico. Os doces secundavamnas em maior escala ainda, causando a mais viva surpresa, para vários dos con vivas — a estréia dos sorvetesl Os vi
nhos quasi todos de origem portuguesa ou francesa, sempre das melhores mar cas, eram remetídos pelo correspondente
do Kio de Janeiro. Terminados os pratos salgados, antes do início do ataque aos doces, havia um
manhã reclamavam bem batidas goma
ccdoras por completo do ridículo, e
das, fartamente acomoanhadas — con
cuja única finalidade social consistia em divertir, alegrar e fazer rir aos que os
forme faziam constar... para que não
viessem a ficar sofrendo do peitei • • • Os "arremcdadores de animais" eram
rodeavam — verdadeiros espanta-triste-
quente e fortemente hilariante", alimen tada por xistosas pilhérias e casos api mentados, contados sempre por especia
zas dos macambúzios! Disputados pelos
os queridos da meninada e da crioula-
fazendeiros, muitas vezes chegavam ape
da miúda. Os cães, os gatos, os bois, os
nas com a roupa do corpo; longe, po
leitões entalados na cerca, os porcos e
listas no gênero, os quais se apraziam em porfiados desafiosí
rém, de se sentirem mal com tal defi
^
*
tor barracão de pano. Copeiros especiais, arrumavam-na com
proferiam c gemiam, tais pândegos pela
da do belo sexo, realizava-se a "sesão
letes de madeira e abrigada por prote a melhor arte segundo os gostos da épo
diletos: arroz mole e o frangotc assado, regados a excelente vinho de Lisboa.
entre os qiie ficavam, para os quais não
viola, com cordas de metal; caipiras
poética, cantavam trovas, improvisadas em desafio, o qual era sempre apreciado pelos espectadores que, entusiàsticamen-
não fazia esperar, pois lauta ceia à mesa jií se adiava, sendo os pratos pre
Em seguida aos banquetes sucediam os bailes, para os quais usavam as da
mas custosos vestid^os de grande gala, expressamente vindos das modistas fran cesas da Côrte.
Os salões e salas, garridamente orna
ciência, obtinham pronto enxoval, com os empréstimos da indumentária dos da
casa, inclusive calçado c chapéu. Assim providos, não mais conheciam a carência do que quer que fôsse: tinham tudo do bom e a fartar.
A variedade deles era de fato bem
grande e, cada qual, exímio em sua es pecialidade ou em diversas — tanto os masculinos como os femininos também,
mentados e belamente iluminados por
porquanto, em ambos os sexos, cogunie-
bugias de meia libra, em grandes lus
lavam! Em geral os mais apreciados
tres de cristal lapidado e em candela bros de prata, apresentavam feérico as pecto. A contra-dansa de início era sempre a clássica quadrilha francesa, em honra ao homenageado, e marcada por cavalheiro de possante voz, que se encar
eram os
regava também da marcação da de lanceiros, sempre solene. As dansas em voga eram: a valsa vienense, a polca, a mazurca, o chotis e a vars^viana. O
cantores", ômulos dos anti
gos menestreis; dotados de maviosa voz, alegravam o ambiente com seus gorjeios. Quando indispostos porérii, quasi sem pre por e.vcesso de gulodíce, não ha via meio de abrirem a boca; declaravam-so
não inspiradosl
Comumente
eram acompanhados ao violão, à flauta ou ao piano, para cuja execução não faltavam mimbavas especializados. Em
maior divertimento nas quadrillias geral mente era sempre a 5.^ parte, cuja nrarcação, variadíssima e quasi toda impro
noites luarcntas saíam em grupos, fa zendo românticas serenatas, nas quais
visada, durava às vezes mais de uma
sas e complicados choros, ao toque tam
sensacional armistício, para a expansão
hora, dependendo seu final do fôlego
dos brindes. Le^antava-se então o ora
dos músicos!
não deixavam de figurar lacrimosas val
bém do cávaquinhò ou das guitarras. Ao regressarem à casa, a recompensa se
todo o sortiniento zoológico da Arca cie Noé tinham seus respeitáveis nvais em
suas íntimas expansões. "Mimbavas tros", especializavam-se em contar pi lhérias, em imitar o negro mina, o m-
glês, o francês, o napolitano e, prma-
palmente, o português; em fazer sort^ ilo prestidigitação e -baralho e em apostas, na apavorante mgestao de ig rias, doces e frutas, bem como na de
copázios dágua, de cerveja ou de xe-
frescos - verdadeiros
votar empadinhas ou em sorver limo
"'^Ílguns se exibiam em difíceis "exer
cícios de equitação", montando potros burros ou novilhos: eram afamados peões. Outros passavam horas a rio
enxertando mudas de plantas; podando roseiras, fazendo papagaios de papel para a meninada; colando cromos em álbuns; decorando paredes; assentando
campainhas elétricas; ensinando aos mo leques termos em francês; confeccionan do apetrechos de caça; encastoando an
zóis; consertando relógios e objetos de estimação; fazendo bonitas gaiolas para
passarinhos, caçando-os em alçapões de cana do reino. Quasi sempre exerciam duas funções: uma recreativa, que era
DiCESTO Econókqco
96
origem africana, acompanhada por can
dor, de romântica cabeleira e maneiras
tos de uma só toada, ao som de caxambxis, adufos, puítas, reco-recos e ou tros instrumentos primitivos, provàvel-
o anfitrião.
discretas para saudar o homenageado ou Ao concluir sua oração, o
mente de uso em Angola, no Congo, e
mais das vezes em estilo gongórico, soli citava a gentileza a fim de que, por de
em Moçambique, de onde geralmente
terminada pessoa de maviosa voz, fosse
procediam os escravos; os caipiras, mais
cantado o brinde; bem como, por con
conhecidos por matutos, preferiam o ca-
viva de tonitroante vozerio, bradados fossem os "hipes", cujos "hurras" eram
teretê, o chiba, o arrasta-pé e o corta-jaca (dansas puramente locais), também acompanhadas de cânticos, ao som de
entusiàsticamente correspondidos por to dos, em fragoroso côrol
Outros orado
Dicesto Econômico
97
As grandes festas não tinham progra ma, nem prazo tampouco. Duravam dias e dias, enquanto houvesse convivas. A
proporção porém que sc iam èlcs reti intimidade
Muito apreciados eram também os "românticos", de farta cabeleira e olhar
faltavam distrações gostosamente alimen
cismador, que se dedicavam aos clássi
tadas pelos "mimbavas".
cos recitativos de elegíacos carmes, ao
rando,
mais
aumcnlu\a
a
uma classe muito
piano acompanhados ao som da Dalila.
original, de parasitas dóceis c aprecia-
Para compensar, porém, as doridas e angustiosas tiradas que, de constante,
Constituíam estes
res secundavam o puoca-fieira, sendo
mais sabidos e dotados de certa veia
cada vez maior o entusiasmo por parte
díssímos, — longínquas reminíscéncias dos inolvidáveis truões da éjjoca feudal!
dos convivas que, gostosamente, se dei
Eram criaturas inofensivas, desconhe-
te, premiavam o vencedor. í-,
* * íf:
K
Nas grandes festas o que de mais solene havia eram os "banquetes" ou "pagodes" que, devido ao grande nú mero de convivas, geralmente se realiza vam em improvisada mesa sôbre cava-
xavam ficar, horas e horas, em grossa pagodeira... No final dos banquetes, após a retira
ca, nela perfilando custosos candelabros
de lavrada prata portuguesa, e distribuin do os vistosos pratos de doces, de modo
a produzir deslumbrante efeito, tendo outrossim o cuidado de preencher os intermeios com as inesquecíveis balas de estalo, contendo versinhos de sortes.
As imarias, caprichosamente prepara das e bem dispostas em baixelas, eram, pela variedade e quantidade, de caráter pantagruélico. Os doces secundavamnas em maior escala ainda, causando a mais viva surpresa, para vários dos con vivas — a estréia dos sorvetesl Os vi
nhos quasi todos de origem portuguesa ou francesa, sempre das melhores mar cas, eram remetídos pelo correspondente
do Kio de Janeiro. Terminados os pratos salgados, antes do início do ataque aos doces, havia um
manhã reclamavam bem batidas goma
ccdoras por completo do ridículo, e
das, fartamente acomoanhadas — con
cuja única finalidade social consistia em divertir, alegrar e fazer rir aos que os
forme faziam constar... para que não
viessem a ficar sofrendo do peitei • • • Os "arremcdadores de animais" eram
rodeavam — verdadeiros espanta-triste-
quente e fortemente hilariante", alimen tada por xistosas pilhérias e casos api mentados, contados sempre por especia
zas dos macambúzios! Disputados pelos
os queridos da meninada e da crioula-
fazendeiros, muitas vezes chegavam ape
da miúda. Os cães, os gatos, os bois, os
nas com a roupa do corpo; longe, po
leitões entalados na cerca, os porcos e
listas no gênero, os quais se apraziam em porfiados desafiosí
rém, de se sentirem mal com tal defi
^
*
tor barracão de pano. Copeiros especiais, arrumavam-na com
proferiam c gemiam, tais pândegos pela
da do belo sexo, realizava-se a "sesão
letes de madeira e abrigada por prote a melhor arte segundo os gostos da épo
diletos: arroz mole e o frangotc assado, regados a excelente vinho de Lisboa.
entre os qiie ficavam, para os quais não
viola, com cordas de metal; caipiras
poética, cantavam trovas, improvisadas em desafio, o qual era sempre apreciado pelos espectadores que, entusiàsticamen-
não fazia esperar, pois lauta ceia à mesa jií se adiava, sendo os pratos pre
Em seguida aos banquetes sucediam os bailes, para os quais usavam as da
mas custosos vestid^os de grande gala, expressamente vindos das modistas fran cesas da Côrte.
Os salões e salas, garridamente orna
ciência, obtinham pronto enxoval, com os empréstimos da indumentária dos da
casa, inclusive calçado c chapéu. Assim providos, não mais conheciam a carência do que quer que fôsse: tinham tudo do bom e a fartar.
A variedade deles era de fato bem
grande e, cada qual, exímio em sua es pecialidade ou em diversas — tanto os masculinos como os femininos também,
mentados e belamente iluminados por
porquanto, em ambos os sexos, cogunie-
bugias de meia libra, em grandes lus
lavam! Em geral os mais apreciados
tres de cristal lapidado e em candela bros de prata, apresentavam feérico as pecto. A contra-dansa de início era sempre a clássica quadrilha francesa, em honra ao homenageado, e marcada por cavalheiro de possante voz, que se encar
eram os
regava também da marcação da de lanceiros, sempre solene. As dansas em voga eram: a valsa vienense, a polca, a mazurca, o chotis e a vars^viana. O
cantores", ômulos dos anti
gos menestreis; dotados de maviosa voz, alegravam o ambiente com seus gorjeios. Quando indispostos porérii, quasi sem pre por e.vcesso de gulodíce, não ha via meio de abrirem a boca; declaravam-so
não inspiradosl
Comumente
eram acompanhados ao violão, à flauta ou ao piano, para cuja execução não faltavam mimbavas especializados. Em
maior divertimento nas quadrillias geral mente era sempre a 5.^ parte, cuja nrarcação, variadíssima e quasi toda impro
noites luarcntas saíam em grupos, fa zendo românticas serenatas, nas quais
visada, durava às vezes mais de uma
sas e complicados choros, ao toque tam
sensacional armistício, para a expansão
hora, dependendo seu final do fôlego
dos brindes. Le^antava-se então o ora
dos músicos!
não deixavam de figurar lacrimosas val
bém do cávaquinhò ou das guitarras. Ao regressarem à casa, a recompensa se
todo o sortiniento zoológico da Arca cie Noé tinham seus respeitáveis nvais em
suas íntimas expansões. "Mimbavas tros", especializavam-se em contar pi lhérias, em imitar o negro mina, o m-
glês, o francês, o napolitano e, prma-
palmente, o português; em fazer sort^ ilo prestidigitação e -baralho e em apostas, na apavorante mgestao de ig rias, doces e frutas, bem como na de
copázios dágua, de cerveja ou de xe-
frescos - verdadeiros
votar empadinhas ou em sorver limo
"'^Ílguns se exibiam em difíceis "exer
cícios de equitação", montando potros burros ou novilhos: eram afamados peões. Outros passavam horas a rio
enxertando mudas de plantas; podando roseiras, fazendo papagaios de papel para a meninada; colando cromos em álbuns; decorando paredes; assentando
campainhas elétricas; ensinando aos mo leques termos em francês; confeccionan do apetrechos de caça; encastoando an
zóis; consertando relógios e objetos de estimação; fazendo bonitas gaiolas para
passarinhos, caçando-os em alçapões de cana do reino. Quasi sempre exerciam duas funções: uma recreativa, que era
Dicf-sto Econômico
98
a principal, e outra, de qualquer modo, utilitária.
admirável soma dc energia, corãgciti iniciativa, \'alor próprio e tudo
Dessa pitoresca classe de felizes hu
concernente ao dinamismo dispendido
manos, muitos deles arraigavam-se defi
pelos nossos maiorais, na mágica trans,
nitivamente às fazendas e, pelo decor rer dos tempos, chegavam mesmo a fa
.sem solução de continuidade, emergida
zer parte da família que os tomava por hóspedes crônicos. Em reconhecimento, não raro também tomavam o sobrenome
dos seus benfeitores e acabavam, quasi sempre, se casando com algumas das
privilegiadas "crias" que, em bem sen sível número, constelavam a população caseira. :{: íjí }?:
Eis, em ligeiros traços, o que, em suas diferentes modalidades, foi, mais ou menos, a Região Agrícola Bananalense.
Pelo que quinemàticamente vimos ex pondo, poder-se-á fazer uma idéia da
formação da mataria virgem — basta ç dc um .solo nada fácil ao trabalho, dg..
vido à sua áspera orografia — cm graa.
des c operosos centros dc indústria, riquezjx e população — verdadeiras célu.
AUTORES E LIVROS Os haróis através da História'
Sidney Ilook - ccl. Univor.sitária. S. Paulo
Ias da economia da nossa terra! Infeliz,
por CÂNDIDO Mota Tiliio
mente, o lamentável presente delas, poj
Especial paua o "Dicesto Econômico
cau.sas várias bem contrasta com a adnii. rável opulencia dc oulrora. Esperemos
porém que a atual mocídade, aparellnda dos novos conJiecimentos cia cièi\.
cia, e facilitada por inúmeros recursos da indústria, procure, com vantagem nestes elementos, secundar a invejà\-çl
ação dos legítimos pioneiros daquela época.
história não caminha só pelo hn-
niilso do herói, mas pelo impulso capri
choso das coisas e pela incoih^iciôncia do homem vulgar. Vale assim o nariz de Cleópatra tanto como o cidadão Drouet
que, frustrando, oca.sionahneute, a fuga de Luís XVI, mudou o caminho da his tória da revolução francesa".
vei.s para que o lioniem, dotado de nm certo talento, exerça graças a ele uma decisiva influência sôbre o curso dos
Áo teve, como devia ter, entre nós,
acontecimentos. É preciso, em primeiro
Hook. Recomcnda\'a-o o autor, um en saísta americano de grandes recursos, atormentado pelas seduções do marxis mo. E rccomendava-o ainda o próprio livro, enfrentando um dos problemas básíco.s da filosofia da história, que c
lhor que aos demais às necessidades so ciais de uma época determinada. Sc Napoleão, ao invés de seu gênio nüli-
N repercussão este trabalho de Sidney lugar, que seu talento corresponda me
o problema do herói. De
há muito que os marxistas an
dam de nariz torcido com este assunto,
Os ctrcúlos autorizados americanos revelaram que o Departamento de Estado e o da Guerra solicitararn informações do Brasil .sobre a quantidade de algodão que pode fornecer a indústria têxtil japonesa e se pode cntregú-lo a crédito, para ser coberto p' elas exportações japonesas.
O interesse dos Estados Unidos prende-se ao fato de que esgotados os estoques de algodão da. corjjoração de crédito para produtos de primeira necessidade, o govêrno norte-americano está na enwrgência de ter qúe comprar algodão pd^a o Japão. Oficialmente, calcula-se que a indústria japonesa dispõe de algodão sòmente até agosto ou setembro,^ peto que os Estados Unidos se esforçam para ohtct a matéria prima em outros países. Há, todavia, o inconveniente de financiamento,
pois os vendedores devem aguardar as vendas das exportações japonesas. para
Na opinião dos círculos bem informados, os futuros fornçcedores dc algodão o Japão serão os Estados Unidos e a índia, seguida pelo Brasil e Egito.
tav, Iwuvesse possuído o gênio musical clc Beethoven, não teria chegado, natma'mcntc, a ser imperador. Em se
gundo lugar, o regime social vigente nao deve cortar o caminho ao indivíduo, do tado de um determinado talento, ne
porque êle vive a oferecer obstáculos ao
cessário e útil justamente para o mo
materiali-smo dialético. Há muitos anos,
mento. O mesmo Napoleão teria morri
Jorge Plekanov publicou um pequeno en
do como um general douco conhecido ou com o simples nome de coronel Buonaparte se o velho regime tivesse durado
saio sôbre o papel do indivíduo na his tória. O mestre marxista tinha êsse tema
engasgado na garganta. E lembrava que Hamleto havia admitido uma filosofia
segundo a qual a liberdade não 6 mais do que a necessidade transformada em consciência. Foi essa a chave que êle encontrou para solucionar o problema. À medida que êle prociurava identificar a liberdade com a necessidade, ia co
locando, na seqüência dos acontecimen tos históricos, o papel do herói, como
em França setenta e cinco anos mais.
Mas, apesar do esfórço de Plekanov,
não foi possh'el uma interpretação defi nitiva. Os heróis continuavam a dar a
impressão de que perturbavam efetiva mente o trânsito histórico, com sua von
tade poderosa e irremovível. Sidney Hook, com o seu espírito in quieto, com sua cultura fluente e lumi nosa, coloca o problema diante dos olhos,
uma e.xpressão dessa consciência. Para
estudando o herói como acontecimento e
Plekanov duas condições são indispensá-
problema, os lieróis do pensanwnto, a
Dicf-sto Econômico
98
a principal, e outra, de qualquer modo, utilitária.
admirável soma dc energia, corãgciti iniciativa, \'alor próprio e tudo
Dessa pitoresca classe de felizes hu
concernente ao dinamismo dispendido
manos, muitos deles arraigavam-se defi
pelos nossos maiorais, na mágica trans,
nitivamente às fazendas e, pelo decor rer dos tempos, chegavam mesmo a fa
.sem solução de continuidade, emergida
zer parte da família que os tomava por hóspedes crônicos. Em reconhecimento, não raro também tomavam o sobrenome
dos seus benfeitores e acabavam, quasi sempre, se casando com algumas das
privilegiadas "crias" que, em bem sen sível número, constelavam a população caseira. :{: íjí }?:
Eis, em ligeiros traços, o que, em suas diferentes modalidades, foi, mais ou menos, a Região Agrícola Bananalense.
Pelo que quinemàticamente vimos ex pondo, poder-se-á fazer uma idéia da
formação da mataria virgem — basta ç dc um .solo nada fácil ao trabalho, dg..
vido à sua áspera orografia — cm graa.
des c operosos centros dc indústria, riquezjx e população — verdadeiras célu.
AUTORES E LIVROS Os haróis através da História'
Sidney Ilook - ccl. Univor.sitária. S. Paulo
Ias da economia da nossa terra! Infeliz,
por CÂNDIDO Mota Tiliio
mente, o lamentável presente delas, poj
Especial paua o "Dicesto Econômico
cau.sas várias bem contrasta com a adnii. rável opulencia dc oulrora. Esperemos
porém que a atual mocídade, aparellnda dos novos conJiecimentos cia cièi\.
cia, e facilitada por inúmeros recursos da indústria, procure, com vantagem nestes elementos, secundar a invejà\-çl
ação dos legítimos pioneiros daquela época.
história não caminha só pelo hn-
niilso do herói, mas pelo impulso capri
choso das coisas e pela incoih^iciôncia do homem vulgar. Vale assim o nariz de Cleópatra tanto como o cidadão Drouet
que, frustrando, oca.sionahneute, a fuga de Luís XVI, mudou o caminho da his tória da revolução francesa".
vei.s para que o lioniem, dotado de nm certo talento, exerça graças a ele uma decisiva influência sôbre o curso dos
Áo teve, como devia ter, entre nós,
acontecimentos. É preciso, em primeiro
Hook. Recomcnda\'a-o o autor, um en saísta americano de grandes recursos, atormentado pelas seduções do marxis mo. E rccomendava-o ainda o próprio livro, enfrentando um dos problemas básíco.s da filosofia da história, que c
lhor que aos demais às necessidades so ciais de uma época determinada. Sc Napoleão, ao invés de seu gênio nüli-
N repercussão este trabalho de Sidney lugar, que seu talento corresponda me
o problema do herói. De
há muito que os marxistas an
dam de nariz torcido com este assunto,
Os ctrcúlos autorizados americanos revelaram que o Departamento de Estado e o da Guerra solicitararn informações do Brasil .sobre a quantidade de algodão que pode fornecer a indústria têxtil japonesa e se pode cntregú-lo a crédito, para ser coberto p' elas exportações japonesas.
O interesse dos Estados Unidos prende-se ao fato de que esgotados os estoques de algodão da. corjjoração de crédito para produtos de primeira necessidade, o govêrno norte-americano está na enwrgência de ter qúe comprar algodão pd^a o Japão. Oficialmente, calcula-se que a indústria japonesa dispõe de algodão sòmente até agosto ou setembro,^ peto que os Estados Unidos se esforçam para ohtct a matéria prima em outros países. Há, todavia, o inconveniente de financiamento,
pois os vendedores devem aguardar as vendas das exportações japonesas. para
Na opinião dos círculos bem informados, os futuros fornçcedores dc algodão o Japão serão os Estados Unidos e a índia, seguida pelo Brasil e Egito.
tav, Iwuvesse possuído o gênio musical clc Beethoven, não teria chegado, natma'mcntc, a ser imperador. Em se
gundo lugar, o regime social vigente nao deve cortar o caminho ao indivíduo, do tado de um determinado talento, ne
porque êle vive a oferecer obstáculos ao
cessário e útil justamente para o mo
materiali-smo dialético. Há muitos anos,
mento. O mesmo Napoleão teria morri
Jorge Plekanov publicou um pequeno en
do como um general douco conhecido ou com o simples nome de coronel Buonaparte se o velho regime tivesse durado
saio sôbre o papel do indivíduo na his tória. O mestre marxista tinha êsse tema
engasgado na garganta. E lembrava que Hamleto havia admitido uma filosofia
segundo a qual a liberdade não 6 mais do que a necessidade transformada em consciência. Foi essa a chave que êle encontrou para solucionar o problema. À medida que êle prociurava identificar a liberdade com a necessidade, ia co
locando, na seqüência dos acontecimen tos históricos, o papel do herói, como
em França setenta e cinco anos mais.
Mas, apesar do esfórço de Plekanov,
não foi possh'el uma interpretação defi nitiva. Os heróis continuavam a dar a
impressão de que perturbavam efetiva mente o trânsito histórico, com sua von
tade poderosa e irremovível. Sidney Hook, com o seu espírito in quieto, com sua cultura fluente e lumi nosa, coloca o problema diante dos olhos,
uma e.xpressão dessa consciência. Para
estudando o herói como acontecimento e
Plekanov duas condições são indispensá-
problema, os lieróis do pensanwnto, a
.i» J»«v7
100
Dicesto Económic»
j sócia', o ideajismo e o materialismo, a
Hiticr, Stalin ou Mussoliní não podem apenas baixar decretos, como fazem em
: estrutura da ação heróica, os "se"...
todos os terrenos da organização militar,
influência dos monarcas, o determinismo
ha história, o contingente e o imprevisto,
até a Arte abstrata o a Música.
o homem cheio de acontecimentos e o
ditadores não só os baixam, mas os im
homem realizador de acontecimentos, a revolução russa, como uma experiência histórica, o herói e a democracia, a lei, a liberdade e ação humana. Como se ve, o 1í\to enfrenta real mente os mais palpitantes problemas da
filosofia da história. E o enfrenta assim, porque Sidney Hook é levado a concluir que o que fornece material de interesse para os heróis é a indispensabilídade da
liderança em tôda a vida social e em
todas as formas elevadas de organização social. Ele verifica que há certa ten dência natural para associar o'líder aos resutados obHdos durante sua lideran ça me.smo quando tais resultados -
r/"' ~
despeito
"Ah f que ele, por "não causaé dela. Atualmente , escreve mais
^
penetrante Uuencia da liderança na^ vida diária fnde populações mteiras. Por bem ou por
mal, tal mPuencia é abertamente pro clamada, centrahzadamente organizada e cresce contmuadamente".
Êsse socialista da história, biógrafo de Marx parece dar as mãos solidárias aos grandes mestres do individualismo e aos seguidores de Nietszche, quando escreve que "a.s principais decisões em Política Economia, relações exteriores, assuntos' militares e navais. Educação, serviços púbhcos, auxílios e — a não ser na In glaterra e nos Estados Unidos — em
Tais
põem cem por cento. Suas decisões afe tam não .somente as possibilidades de
obter um meio de vida — o que não é raro nos países totalitários — mas igual mente tôda a educação infantil e de adultos e a
direção c conteúdo da
Literatura, Arte o Filosofia do país. A influência das personalidades pos santes e dos heróis políticos nas demo cracias também
é evidente.
Não só
o\ddente como acentuada. Para Sidney Hook, nos países democráticos como a
Inglaterra c os Estados Unidos — demo cráticos porque a liderança é ainda, em grande parte, dc resnon-sabilidade de corpos representativos e está sujeita à crítica por parte, dos cidadãos — tem se expandido enormementc a área e o po der da autoridade executiva.
Mas, se
jam quais forem as razões, os fatos são inconfundíveis
mais claros.
e
se
tomam
cada vez
Os poderes discricionários
do Presidente Americano e do Gabine
te Britânico, nos últimos anos, ultrapas sam todos os limites imaginados por seus partidários democráticos. Êsses homens, como heróis políticos, desmentem, a todo instante, a inexorabilidade do caminho histórico. ÊIcs ne
gam a inevitabilidade da linha da ação histórica que. desse modo, deixa de ser necessária, para ser condicional. "Na História, diz Sidney Hook, — há algo
Religião, Arte, Literatura, Música, Ar
máis que "leis do destino" e "grandes homens". É preciso portanto dar a cada
um punhado de líderes nacionais e, não
um o que é seu. Até onde o destino do
quitetura e Ciências, são tomadas por poucas vezes, por uma personagem cuja opinião e gosto se fizeram leis absolu tas no país".
Não lhe bastou o exemplo de César, o de Napoleão ou de Cromwell. O
herói influi no destino histórico? Até onde o de.stíno histórico influi no destino do herói?
Em primeiro lugar, para a resposta
dentro de um Estado socialista, um
dessas perguntas, precisamos saber o que é o herói. Â primeira vista o herói é aquele que nos salva. É, dêsse modo, um ser que luta contra fôrças invencí
exemplo muito mais vivo. Para êle, um
veis, contra o inevitável, contra o que
inundo moderno fomeceu-lhe, mesmo
DiCE5TO Econóndco
101
está escrito ou o que tem que acontecer.
E foi êsse as^eclo que impressionou a
Carlyle quando proclamou no seu "He-
sociados a períodos fracos e reis fracos. Nos restantes vinte por centoj monarcas
roes and Hero-Worship", que "a Histó
medíocres estão associados a períodos fracos e fortes, ou períodos medíocres a
ria Universal, a história do que o ho
reis fortes ou fracos.
mem realizou neste mundo c, no fundo, a história dos grandes que trabalharam".
obra de Wood, o autor concorda entre
Assim, desde a velha Grécia, quando
Mostrando os aspectos e.vcessivos da
tanto que ela sugere e desperta novos
os heróis confundiam os mistérios do céu
problemas. Daí, em seguida, estudar o
com os da terra, até nossos dias, houve
determinismo social em Hegel e Spencer. Para Hegel, como para Oswaldo Spen-
Forque o herói, por ser assim, é sempre
o grande homem não é o produto das
Sempre no heroísmo algo de carismá tico que desorienta a lógica das coisas.
gler, — que o acompanha nesse sentido,
nm construtor da história e por isso,
condições materiais, sociais ou bioló
não raro, construtor de cultura. "Par ticularmente, na Artes e nas Ciências,
gicas, mas, antes de mais nada, uma expres.são do "espírito" de sua época ou a "alma" de sua cultura. O grande
temos provas de todos os lados, toman
do perfeitamente claro que modelos oríe nais são criados por uns poucos gran des indivíduos e imitados pelos mui tos apenas talentosos", observa Hook.
homem é aquele que se capacita pela Razão das coisas, de que ele é um in
térprete. Assim a sua existência tem uma justificativa histórica e divina para
Essa observação leva-o a conclusões
anular os outros indivíduos, até mesmo
de conseqüências profundas. Êle observa
povos inteiros. Para Hegel, cada época tem o grande homem que merece. O
e cbseiva muito bem, que no campo das artes, ^ ação da individualidade é indis cutível é indispensável. A ciência pode ter seus gênios, mas pode, por sua-vez,
grande homem é portanto itm represen
tante ou uma expressão.
Outra é en
tretanto a posição de Spcncer, formado
ger elaborada pelas equipes. Porém, "a Madona de Rafael sem Rafael, as
dentro dos rigores do indh'iduali^o inglês. Para êle, o historiador cientifiw
sinfonias e sonatas de Beethoven sem Beethoven são inconcebíveis. Por outro
pode notar incidentalmente que o ^ víduo foi a causa próxima ou imemata
lado, na Ciência, é muito provável que a maioria das realizações de qualquer
de um acontecimento decisivo, mas deve continuar cuiiLiiiuai investigando iiivcotifjaiiui/ sobre o ^ que pr^^" ^
cientista seja alcançada por outros in
- ji- ' jr ^ n duziu o indivíduo em questão e o
divíduos trabalhando no mesmo ramo.
gou a agir da maneira pela qual eJe
ríhri-
Analisa, antes de chegar a uma con
agiu. Antes que o grande homem possa refazer sua sociedade, a sociedade deve
clusão, o autor várias obras preliminar mente. A sua análise começa pelo fa
fazê-lo.
moso trabalho de F. A. Wooa, "The Infiuence of Monarchs", onde se encon
cer como experimentalista não trazem
Tanto Hegel como idealista e Spen
Wood é o resultado de um estudo pa ciente dos quadros da vida monárqui
solução para o tema. Nem a metafísica, nem o método empírico trazem solução tranqüilízadora e definitiva. E isto fica confirmado quando Sidney Hook ana
ca e é a seguintes — monarcas fortes,
lisa o pensamento dos mestres do mar
medíocres e fracos estão associados a
xismo ortodoxo, tais como Engels, Plekanov, Kautsky, Lenine, Trotsky e Bukharin, para os quais não milita a pro vidência de Santo Agostinho ou Bossuet,
tra uma defesa extremada da concepção heróica da História.
A conclusão de
períodos fortes, medíocres e fracos res pectivamente, em cerca de setenta por cento dos casos.
E em cêrca de dez
por cento dos casos, reis fortes .estão as
nem a sabedoria da razão de.Hegel ou o
.i» J»«v7
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Dicesto Económic»
j sócia', o ideajismo e o materialismo, a
Hiticr, Stalin ou Mussoliní não podem apenas baixar decretos, como fazem em
: estrutura da ação heróica, os "se"...
todos os terrenos da organização militar,
influência dos monarcas, o determinismo
ha história, o contingente e o imprevisto,
até a Arte abstrata o a Música.
o homem cheio de acontecimentos e o
ditadores não só os baixam, mas os im
homem realizador de acontecimentos, a revolução russa, como uma experiência histórica, o herói e a democracia, a lei, a liberdade e ação humana. Como se ve, o 1í\to enfrenta real mente os mais palpitantes problemas da
filosofia da história. E o enfrenta assim, porque Sidney Hook é levado a concluir que o que fornece material de interesse para os heróis é a indispensabilídade da
liderança em tôda a vida social e em
todas as formas elevadas de organização social. Ele verifica que há certa ten dência natural para associar o'líder aos resutados obHdos durante sua lideran ça me.smo quando tais resultados -
r/"' ~
despeito
"Ah f que ele, por "não causaé dela. Atualmente , escreve mais
^
penetrante Uuencia da liderança na^ vida diária fnde populações mteiras. Por bem ou por
mal, tal mPuencia é abertamente pro clamada, centrahzadamente organizada e cresce contmuadamente".
Êsse socialista da história, biógrafo de Marx parece dar as mãos solidárias aos grandes mestres do individualismo e aos seguidores de Nietszche, quando escreve que "a.s principais decisões em Política Economia, relações exteriores, assuntos' militares e navais. Educação, serviços púbhcos, auxílios e — a não ser na In glaterra e nos Estados Unidos — em
Tais
põem cem por cento. Suas decisões afe tam não .somente as possibilidades de
obter um meio de vida — o que não é raro nos países totalitários — mas igual mente tôda a educação infantil e de adultos e a
direção c conteúdo da
Literatura, Arte o Filosofia do país. A influência das personalidades pos santes e dos heróis políticos nas demo cracias também
é evidente.
Não só
o\ddente como acentuada. Para Sidney Hook, nos países democráticos como a
Inglaterra c os Estados Unidos — demo cráticos porque a liderança é ainda, em grande parte, dc resnon-sabilidade de corpos representativos e está sujeita à crítica por parte, dos cidadãos — tem se expandido enormementc a área e o po der da autoridade executiva.
Mas, se
jam quais forem as razões, os fatos são inconfundíveis
mais claros.
e
se
tomam
cada vez
Os poderes discricionários
do Presidente Americano e do Gabine
te Britânico, nos últimos anos, ultrapas sam todos os limites imaginados por seus partidários democráticos. Êsses homens, como heróis políticos, desmentem, a todo instante, a inexorabilidade do caminho histórico. ÊIcs ne
gam a inevitabilidade da linha da ação histórica que. desse modo, deixa de ser necessária, para ser condicional. "Na História, diz Sidney Hook, — há algo
Religião, Arte, Literatura, Música, Ar
máis que "leis do destino" e "grandes homens". É preciso portanto dar a cada
um punhado de líderes nacionais e, não
um o que é seu. Até onde o destino do
quitetura e Ciências, são tomadas por poucas vezes, por uma personagem cuja opinião e gosto se fizeram leis absolu tas no país".
Não lhe bastou o exemplo de César, o de Napoleão ou de Cromwell. O
herói influi no destino histórico? Até onde o de.stíno histórico influi no destino do herói?
Em primeiro lugar, para a resposta
dentro de um Estado socialista, um
dessas perguntas, precisamos saber o que é o herói. Â primeira vista o herói é aquele que nos salva. É, dêsse modo, um ser que luta contra fôrças invencí
exemplo muito mais vivo. Para êle, um
veis, contra o inevitável, contra o que
inundo moderno fomeceu-lhe, mesmo
DiCE5TO Econóndco
101
está escrito ou o que tem que acontecer.
E foi êsse as^eclo que impressionou a
Carlyle quando proclamou no seu "He-
sociados a períodos fracos e reis fracos. Nos restantes vinte por centoj monarcas
roes and Hero-Worship", que "a Histó
medíocres estão associados a períodos fracos e fortes, ou períodos medíocres a
ria Universal, a história do que o ho
reis fortes ou fracos.
mem realizou neste mundo c, no fundo, a história dos grandes que trabalharam".
obra de Wood, o autor concorda entre
Assim, desde a velha Grécia, quando
Mostrando os aspectos e.vcessivos da
tanto que ela sugere e desperta novos
os heróis confundiam os mistérios do céu
problemas. Daí, em seguida, estudar o
com os da terra, até nossos dias, houve
determinismo social em Hegel e Spencer. Para Hegel, como para Oswaldo Spen-
Forque o herói, por ser assim, é sempre
o grande homem não é o produto das
Sempre no heroísmo algo de carismá tico que desorienta a lógica das coisas.
gler, — que o acompanha nesse sentido,
nm construtor da história e por isso,
condições materiais, sociais ou bioló
não raro, construtor de cultura. "Par ticularmente, na Artes e nas Ciências,
gicas, mas, antes de mais nada, uma expres.são do "espírito" de sua época ou a "alma" de sua cultura. O grande
temos provas de todos os lados, toman
do perfeitamente claro que modelos oríe nais são criados por uns poucos gran des indivíduos e imitados pelos mui tos apenas talentosos", observa Hook.
homem é aquele que se capacita pela Razão das coisas, de que ele é um in
térprete. Assim a sua existência tem uma justificativa histórica e divina para
Essa observação leva-o a conclusões
anular os outros indivíduos, até mesmo
de conseqüências profundas. Êle observa
povos inteiros. Para Hegel, cada época tem o grande homem que merece. O
e cbseiva muito bem, que no campo das artes, ^ ação da individualidade é indis cutível é indispensável. A ciência pode ter seus gênios, mas pode, por sua-vez,
grande homem é portanto itm represen
tante ou uma expressão.
Outra é en
tretanto a posição de Spcncer, formado
ger elaborada pelas equipes. Porém, "a Madona de Rafael sem Rafael, as
dentro dos rigores do indh'iduali^o inglês. Para êle, o historiador cientifiw
sinfonias e sonatas de Beethoven sem Beethoven são inconcebíveis. Por outro
pode notar incidentalmente que o ^ víduo foi a causa próxima ou imemata
lado, na Ciência, é muito provável que a maioria das realizações de qualquer
de um acontecimento decisivo, mas deve continuar cuiiLiiiuai investigando iiivcotifjaiiui/ sobre o ^ que pr^^" ^
cientista seja alcançada por outros in
- ji- ' jr ^ n duziu o indivíduo em questão e o
divíduos trabalhando no mesmo ramo.
gou a agir da maneira pela qual eJe
ríhri-
Analisa, antes de chegar a uma con
agiu. Antes que o grande homem possa refazer sua sociedade, a sociedade deve
clusão, o autor várias obras preliminar mente. A sua análise começa pelo fa
fazê-lo.
moso trabalho de F. A. Wooa, "The Infiuence of Monarchs", onde se encon
cer como experimentalista não trazem
Tanto Hegel como idealista e Spen
Wood é o resultado de um estudo pa ciente dos quadros da vida monárqui
solução para o tema. Nem a metafísica, nem o método empírico trazem solução tranqüilízadora e definitiva. E isto fica confirmado quando Sidney Hook ana
ca e é a seguintes — monarcas fortes,
lisa o pensamento dos mestres do mar
medíocres e fracos estão associados a
xismo ortodoxo, tais como Engels, Plekanov, Kautsky, Lenine, Trotsky e Bukharin, para os quais não milita a pro vidência de Santo Agostinho ou Bossuet,
tra uma defesa extremada da concepção heróica da História.
A conclusão de
períodos fortes, medíocres e fracos res pectivamente, em cerca de setenta por cento dos casos.
E em cêrca de dez
por cento dos casos, reis fortes .estão as
nem a sabedoria da razão de.Hegel ou o
102
Digesto Econômico
incognoscível de Spencer, mas "a con tradição dialética entre as forças de
róico, aquele que c cheio de aconlecimento.s e aquele que c realizador de
produção e as relações de produção".
acontecimentos.
Mas êsse aspecto não soluciona o
problema, o que obriga a Sidney Hook a concluir que "não obstante suas ímpropríedades, o determinismo social dei
xou sedimento permanente em todas as
forças de pensamento de nossa época". Ao examinar, a seguir, a estrutura da
na a e.xpcriência histórica da re\"oIu-
anti-democrática do herói político, for
inicial.
"Pode unia democracia livrar-se a si pró
esta em descobrir quando o "herói" é e quando não é um acidente histórico"
O capitulo que consagra a êste aspecto do problema e dos mais interessantes. A histopa nao caminha só pelo impulso
do heroí, mas pelo impulso caprichoso
aa.ç coisas e pela mconsciôncia do ho
mem v-ulgar.
Vale assim o nariz de
C.eópatra tanto como o cidadão Drouet -lue, fmsriando, ocasionalmente, a fuça
3Je Luís XVI, mudou o caminho da his toria da revolução francesa!
Assim
aparece na história, em grande quanti dade, o contingente, o imprevisto
E é assim que Sidney Hook chega ao estudo do homem verdadeiramente he-
Especial para o "Digesto EcoNÓAaco"
viveríamos hoic num mundo muito di
ferente. E colocando em seguida o con
xado de realizar. O difícil do problema
por Basíi.10 Magalhães *
ção russa, onde se procura provar que, se não fosse pela obra de um homem,
tuar a complicação misteriosa dessa ação. Por mais que se esgote numa perfura ção contínua, êle não chega â fonte
histórica, — escreve êle — é que os ho mens não podem desfazer as conseqüên cias de um fato que se poderia ter dei
BrasileÜros I
Ê, com êsses dados referentes a êsses
tipos lieróicos, que Sidney Hook e.xanu-
ação heróica, o autor é obrigado a acen
"Uma das tragédias da vida
Economistas
I
ceito da democracia diante da energia
Alexandre de Gusmão
mula o autor a seguinte pergunta: —
pria de uma elite governante?" E res ponde: — "Nenhuma dúvida pode exis tir sobre nos.sa resposta.
A e.xporiên-
cia política e liistórica prova que a de mocracia podo libertar-se e sempre se liberta de clite.s governantes e pode fa zê-lo mai.s facilmente do que, em geral, é possível cni .sociedade não democrá tica". E nós perguntamos ao autor: — Como? E êle não nos responde. Mas a
sua esperança está na própria condição do komem, na sua razão de ser espe
Doucos países culturais terão gozado da te inventariada por seus primeiros biósorte, que coube ao Brasil, de haver , grafos de além e aquém-mar, assim como pelos nossos historiadores da passada sido berço de autênticos luminares de renome universal, quais foram, em três centúria, que com êle se ocuparam. E séculos sucessivos, XVIII, XIX e XX, o que se vê dos escritos de Miguel Mar Ale.xandre de Gusmão, Josó Bonifácio o tins de Araújo e visconde de São-Leopoldo, de Diogo Barbosa Machado, InoPatriarca e Rui Barbosa. Rcferindo-so ao primeiro deles como cèncio Francisco da Silva e Sacramento telo-Branco ("Curso de literatura por
Blake, de José Maria da Costa e Silva o Teófilo Braga, de João Manuel Pereira
tuguesa", vol. II, nág. 165), pouco afei
da Silva o Manuel Eufrásio de Aze
estadista, assim se exprimiu Camilo Cas-
to a elogios e por demais rigoroso em
cífica, nessa sua luta imortal contra o
seus juízos: "nas ciências políticas, foi
fataÜsmo e nesse inconformismo huma
mais arguto que d. Luís da Cunha; e,
no contra o capricho dos deuses absur
na sagacidade e lucidez de fino sentir,
dos. E conclui: — "Todas as autênticas
foi o mais avançado espírito do seu sé
oportunidades de escolha são específi
culo".
cas. Cada resolução de uma escolha im
plica, em certo grau, numa reconstnição
vedo Marques.
Enquanto vivo, pouco deixou publicadoI
do muito que naWa produzido como diplomata, homem de letras, esenvao
da puridade de d. João V e ministro do Conselho Ultramarino.
A multíihoda atividade intelectual do
nosso ínclito patrício foi imperfeitamen
Sócio da Aca
demia Real da História Portuguesa, a
oração com que foi recebido na mesma
da própria sociedade e do iiumdo".
Especialmente convidado pela direção do "Digesto Econômico", Bastlio de Ma
galhães inicia, com "Alexandre de Gusmão", wna série de e^udos sôbre os eco nomistas brasileiros. Traçará, em artigos posteriores, o perfil dos^ nossos homens públicos, que se dedicaram à EconomUi Política, como José Bonifácio, Cairu, Fer
O sr. Archibaíd Forhes, presidente da Junta de Ferro e Aço, declarou (juc tj escassez de carvão na Grã-Bretanha estava limitando a produção das fábricas si derúrgicas.
reira Soares, Belisário, Ouro Preto, Murtinho, Amaro Cavalcanti, Bulhões, Çampista,
Calógeras e outros. Membro da Academia Paulista de Letras, antigo professor do
Ginásio de Campinas, Basílio de Magalhães é um nome caro aos pauli^as, com as
Segundo Forhes, a produção de aço dêsle ano seria de 11.500.000 toneladas, isto é, quasi 2.000.000 de toneladas a menos do que na produção do ano passado. Declarou êle que calculava que os pedidps de aço montariam a 15.000.000
stias obras sôbre "Expansão geográfica do Brasil até fins do século XVll","O café na história, no folclore e nas belas artes", "O Estado de São Paulo e o seu pro gresso na atualidade". A bibliografia de Basílio de Magalhães é vasta e se destaca pelo cunho de brasilidade e risorosa documentação. Versa sobre assuntos históri
de toneladas e disse que achava improvável que a diferença poderia ser coberta
cos, geográficos, pedagógicos, fuológicos, administrativos e econômicos. Ê de grande
pelas importações e revelou que nos três primeiros méses dâste ano a Grã-Bretanha importou um total de 120.000 toneladas de aço.
interôsse didático a sua "Plistóría do Comércio".
'ÀK!'.'
102
Digesto Econômico
incognoscível de Spencer, mas "a con tradição dialética entre as forças de
róico, aquele que c cheio de aconlecimento.s e aquele que c realizador de
produção e as relações de produção".
acontecimentos.
Mas êsse aspecto não soluciona o
problema, o que obriga a Sidney Hook a concluir que "não obstante suas ímpropríedades, o determinismo social dei
xou sedimento permanente em todas as
forças de pensamento de nossa época". Ao examinar, a seguir, a estrutura da
na a e.xpcriência histórica da re\"oIu-
anti-democrática do herói político, for
inicial.
"Pode unia democracia livrar-se a si pró
esta em descobrir quando o "herói" é e quando não é um acidente histórico"
O capitulo que consagra a êste aspecto do problema e dos mais interessantes. A histopa nao caminha só pelo impulso
do heroí, mas pelo impulso caprichoso
aa.ç coisas e pela mconsciôncia do ho
mem v-ulgar.
Vale assim o nariz de
C.eópatra tanto como o cidadão Drouet -lue, fmsriando, ocasionalmente, a fuça
3Je Luís XVI, mudou o caminho da his toria da revolução francesa!
Assim
aparece na história, em grande quanti dade, o contingente, o imprevisto
E é assim que Sidney Hook chega ao estudo do homem verdadeiramente he-
Especial para o "Digesto EcoNÓAaco"
viveríamos hoic num mundo muito di
ferente. E colocando em seguida o con
xado de realizar. O difícil do problema
por Basíi.10 Magalhães *
ção russa, onde se procura provar que, se não fosse pela obra de um homem,
tuar a complicação misteriosa dessa ação. Por mais que se esgote numa perfura ção contínua, êle não chega â fonte
histórica, — escreve êle — é que os ho mens não podem desfazer as conseqüên cias de um fato que se poderia ter dei
BrasileÜros I
Ê, com êsses dados referentes a êsses
tipos lieróicos, que Sidney Hook e.xanu-
ação heróica, o autor é obrigado a acen
"Uma das tragédias da vida
Economistas
I
ceito da democracia diante da energia
Alexandre de Gusmão
mula o autor a seguinte pergunta: —
pria de uma elite governante?" E res ponde: — "Nenhuma dúvida pode exis tir sobre nos.sa resposta.
A e.xporiên-
cia política e liistórica prova que a de mocracia podo libertar-se e sempre se liberta de clite.s governantes e pode fa zê-lo mai.s facilmente do que, em geral, é possível cni .sociedade não democrá tica". E nós perguntamos ao autor: — Como? E êle não nos responde. Mas a
sua esperança está na própria condição do komem, na sua razão de ser espe
Doucos países culturais terão gozado da te inventariada por seus primeiros biósorte, que coube ao Brasil, de haver , grafos de além e aquém-mar, assim como pelos nossos historiadores da passada sido berço de autênticos luminares de renome universal, quais foram, em três centúria, que com êle se ocuparam. E séculos sucessivos, XVIII, XIX e XX, o que se vê dos escritos de Miguel Mar Ale.xandre de Gusmão, Josó Bonifácio o tins de Araújo e visconde de São-Leopoldo, de Diogo Barbosa Machado, InoPatriarca e Rui Barbosa. Rcferindo-so ao primeiro deles como cèncio Francisco da Silva e Sacramento telo-Branco ("Curso de literatura por
Blake, de José Maria da Costa e Silva o Teófilo Braga, de João Manuel Pereira
tuguesa", vol. II, nág. 165), pouco afei
da Silva o Manuel Eufrásio de Aze
estadista, assim se exprimiu Camilo Cas-
to a elogios e por demais rigoroso em
cífica, nessa sua luta imortal contra o
seus juízos: "nas ciências políticas, foi
fataÜsmo e nesse inconformismo huma
mais arguto que d. Luís da Cunha; e,
no contra o capricho dos deuses absur
na sagacidade e lucidez de fino sentir,
dos. E conclui: — "Todas as autênticas
foi o mais avançado espírito do seu sé
oportunidades de escolha são específi
culo".
cas. Cada resolução de uma escolha im
plica, em certo grau, numa reconstnição
vedo Marques.
Enquanto vivo, pouco deixou publicadoI
do muito que naWa produzido como diplomata, homem de letras, esenvao
da puridade de d. João V e ministro do Conselho Ultramarino.
A multíihoda atividade intelectual do
nosso ínclito patrício foi imperfeitamen
Sócio da Aca
demia Real da História Portuguesa, a
oração com que foi recebido na mesma
da própria sociedade e do iiumdo".
Especialmente convidado pela direção do "Digesto Econômico", Bastlio de Ma
galhães inicia, com "Alexandre de Gusmão", wna série de e^udos sôbre os eco nomistas brasileiros. Traçará, em artigos posteriores, o perfil dos^ nossos homens públicos, que se dedicaram à EconomUi Política, como José Bonifácio, Cairu, Fer
O sr. Archibaíd Forhes, presidente da Junta de Ferro e Aço, declarou (juc tj escassez de carvão na Grã-Bretanha estava limitando a produção das fábricas si derúrgicas.
reira Soares, Belisário, Ouro Preto, Murtinho, Amaro Cavalcanti, Bulhões, Çampista,
Calógeras e outros. Membro da Academia Paulista de Letras, antigo professor do
Ginásio de Campinas, Basílio de Magalhães é um nome caro aos pauli^as, com as
Segundo Forhes, a produção de aço dêsle ano seria de 11.500.000 toneladas, isto é, quasi 2.000.000 de toneladas a menos do que na produção do ano passado. Declarou êle que calculava que os pedidps de aço montariam a 15.000.000
stias obras sôbre "Expansão geográfica do Brasil até fins do século XVll","O café na história, no folclore e nas belas artes", "O Estado de São Paulo e o seu pro gresso na atualidade". A bibliografia de Basílio de Magalhães é vasta e se destaca pelo cunho de brasilidade e risorosa documentação. Versa sobre assuntos históri
de toneladas e disse que achava improvável que a diferença poderia ser coberta
cos, geográficos, pedagógicos, fuológicos, administrativos e econômicos. Ê de grande
pelas importações e revelou que nos três primeiros méses dâste ano a Grã-Bretanha importou um total de 120.000 toneladas de aço.
interôsse didático a sua "Plistóría do Comércio".
'ÀK!'.'
104
Dicesto Ecokómk»
a conta dos estudos que Uie destinou, a 13 de março e 24 de julho de 1732, a saíram no vol. XII dos "Documentos,
e a
Estatutos e Memórias" do referido grê mio; nessa revista (vol. XX) e na "Bi blioteca Lusitana" (1741) foi inserto o
seu "PanegOrico à magestade de el-rei d. João V, recitado no Paço a 22 de
outubro de 1739, dia em que cumpria os seus anos".
Afora esses trabalhos,
só dois outros fez ele imprimir, notan-
do-se que o segundo dêles nem sequer lhe trouxe o nome: a "Relação da en trada pública, que fez em Paris, aos 18 de agôsto de 1715, o exmo. sr. d. Luis
da Câmara, conde da Ribeira-Grande" (Paris, 1715); e o "Tratado de limites das conquistas entre os muito podero
sos senhores d. João V, rei de Portu-
fllisbca; 1^0 sòmente quem redigiu o pacto de 13 de janeiro de 1750 — o , qual, sancionando as conquistas do \ bandeirismo paulista, nos deu o Brasil capitulação de Jordesilhas, - rnas ainda quem o de
fendeu como se Vê da sua lolga e fun-
Mrn de hÍ r'" brigadeiro Pedro Vasconcelos (que, Antônio durante quase dois anos. havia resistido, de 1736 ® V Salcedo C l J conta a Colónia-do-Sacrapor d. Mi guel ° Vi, e datada de ° P=<="dônima Philalethes "Lisboa, 8 de setembro de 1751", êsse admirável trabalho, um dos últimos devidos à pro funda competência de Alexandre de Gus mão, conservou-se indivulgado por mui to tempo, até que apareceu parcialmen te na "Rev. do Inst. Hist. e Geogr. Bras" (1839) e depois integralmente na "Co leção de inéditos" (1841) e no "Brasil Histórico" (1867) de Melo Morais. Não traz data, mas é presumivelmente de
1752, ocupando-se do mesmo assunto,
rica, ajustado com S. M. Católica", inserta às págs. 43-50 do "complemento dos inéditos" (1844).
Poeta e prosador, — sobretudo admi
105
Dicesto EcoNóAaco
Antes que fôssem dados à estampa
cluir nos seus citados "Complementos
to em 1841 e 1844, alguns importantes
dos inéditos de Alexandre de Gusmão
escritos de Alexandre de Gusmão ha viam sido insertos no "Investigador Por
rável epistológ^rafo, pela agilidade, gra
tuguês" (1811, 1812, 1813 e l815), no
ça e pureza do estilo, — até hoje nÍo
"Patriota" desta capital (1811 e 1813), no "Analista Portuense" (1822) e no
foi completamente reunida a sua produ
Albano Antero de Oliveira Pinto em in
nas sobreditas coleções, editadas no Por
um "Sermão da Paixão" (págs. 84-95),
o qual não pode deixar de ser do homô nimo padrinho e mestre dêste (de quem tomara o cognome).
ção literária. Esta, em boa parte, só se veio a conhecer por duas compaginações factícias póstumas. A primeira
"panorama" (1838, 1840 c 1843).
vol. IV dessa última revista estampou a
Na "Coleção de inéditos" de 1841 fi gura o imortal filho de Santos com dois pseudônimos: o de "Philalethes", na
intitula-se "Coleção de vários escritos inéditos, políticos e literários, de .Ale
céleore Alexandre de Gusmão a el-rei
"Resposta e reflexões do autor contra o que escreveu o brigadeiro Antônio Pe
xandre de Gusmão — Que dá à luz pú blica J. M. T. de C". (Pòrto, 1841); e a segunda, "Complemento dos .inédi tos de Alexandre de Gusmão" (Pòrto, 1844), embora não ha|a trazido o nome
do colecionador, sabe-se ter sido organizada por Albano Antero de Oliveira Pinto (cujo sobrenome saiu errado no "Dicionário bibliográfico brasileiro" de Sacramento Blake, que também transmu-
O
"Exposição que fez dos seus ser\âços o d, João V", autobiografia da atividade pública do egrégio santista, c que, em bora indatada, deve ter sido de 1749 (saiu às págs. 51-55 do "Complemento dos inéditos", com o título de "Repre sentação feita ao fidelíssimo rei o sr. d.
João V por Alexandre de Gusmão"); e o vol. VII ainda inseriu o "Discurso em
que Alexandre de Gusmão mostra os
dro de Vasconcelos, que havia sido go vernador da Colónia-do-Sacramento, a
respeito dos tratados dos limites da Aipérica" (págs. 143-213); e o de "F. D. de Santa-Maria", na "Dissertação que, a
pedido de um amigo, compôs o autor, com suma habilidade e talento, relati vamente à relaxação das ordens religio
sas" (págs. 2X3-244). Os títulos de tais escritos são do colecionador, que nao do célebre paulista. Acredito haja ele
dara "J. M. T. de C." em "I. M. F. de
interêsses que resultam a Sua Magestade Fidelíssima e a seus vassalos da exe cução do tratado de limites da Colônia
C.").
do Sacramento, ajustado com Sua Ma
usado um terceiro falso nome, o de "Famião Ferrão Philalethe", com que
^rtaçáo" dirigida a d. José e já atrás
(Lisboa, 1752). crítica da
mencionada. Cogitando principalmente do eco nomista, que não do ficcionista, consig narei muito rapidamente que à merecida nomeada de Alexandre de Gusmão de
nosso preolaro
Encerram .ambas, além de 35
cartas, várias composições poéticas e a excelente tradução (com o título "O marido confundido") da comédia "Geor-
ges Dandin" de Molière (precedendo ^ versões libérrimas de Castilho, a dita
peça foi representada erri Lisboa no ano de 1737).
Em Portugal, encontram-se produções epistolares de Alexandre de Gusmão nu ma coletânea de 1790, constante de
um "Catálogo" (Lisboa, 1924) de Au gusto de Sá da Costa. E em nossa pá tria, além da Biblioteca Nacional, que possui a maior compaginação manuscri
ta, referente ao insigne paulista, organi zada por monsenhor Pizarro, de cujas mãos passou para as do cônego Januá rio da Cunha Barbosa (veja-se o "Ca
tálogo da Exposição de História do Bra sil", vol. I, págs. 895-898), guarda o
a sua "Dissertação em que se manifes
Instituto Histórico e Geográfico Brasi leiro não poucos apógrafos, sob os ns.
tam os interesses, que resultaram a S.
276, 279, 325, 513, 708 e 2032, em
M. F. D. José I e aos seus vassalos da execução do tratado dos limites da Amé-
parte copiados dos que pertenceram a Pizarro e Januário.
gestade Católica", que é a mesma "Dis-
foi dada a lume a "Palinó^a manifesta filosófica" do padre Teodoro de Almei da No elogio, feito na Academia Real da História Portuguesa por MiSuel Mar Hns de Araújo, °,.eSou „ „encio-
I
veu êste o serem-lhe atribuídas obras
não oriundas de sua pena. Assim 6 que um livreiro de Lisboa deu como do exí mio santista (e isso consta da edição de 1790) as "Aventuras de Diófanes" de "Dorothea Engrassia Tavareda Dalmira", criptônimo de d. Teresa Marga rida da Suva Horta, irmã de Matias Ai
res Ramos da Silva d'Eça, o lucubrador das "Reflexões sôbre a vaidade dos ho
mens" (Lisboa, 1752). Não faltou quem o considerasse autor da famosa "Arte de
furtar", publicada como do padre An tônio Vieira, mas certamente produto do primoroso estilista gongórico Antônio de Sousa de Macedo (yejam-se os traba lhos de Solidônio Leite e Afonso Pena
Júnior).
E, finalmente, não trepidou
rigo SaJ.Tetido''»^^ os clássicos da
Exposição de Histó
ria do Brasil" deixa fora de
ia-se pág. 896) a existência das Memó_ até hoje infelizmente médiUs, - e
liüs sLretas" de Alexandre de Gusmão
demonstra (como já o havia feito o vis conde de São Leopoldo) que o nome do nosso eminente compatriota ^bgurou honrosamente no tòmo II das Memó rias secretas" de Nuno da Silva leies, consanguineo do visconde de Vila-Novada-Cerveira, embaixador de Portugal
104
Dicesto Ecokómk»
a conta dos estudos que Uie destinou, a 13 de março e 24 de julho de 1732, a saíram no vol. XII dos "Documentos,
e a
Estatutos e Memórias" do referido grê mio; nessa revista (vol. XX) e na "Bi blioteca Lusitana" (1741) foi inserto o
seu "PanegOrico à magestade de el-rei d. João V, recitado no Paço a 22 de
outubro de 1739, dia em que cumpria os seus anos".
Afora esses trabalhos,
só dois outros fez ele imprimir, notan-
do-se que o segundo dêles nem sequer lhe trouxe o nome: a "Relação da en trada pública, que fez em Paris, aos 18 de agôsto de 1715, o exmo. sr. d. Luis
da Câmara, conde da Ribeira-Grande" (Paris, 1715); e o "Tratado de limites das conquistas entre os muito podero
sos senhores d. João V, rei de Portu-
fllisbca; 1^0 sòmente quem redigiu o pacto de 13 de janeiro de 1750 — o , qual, sancionando as conquistas do \ bandeirismo paulista, nos deu o Brasil capitulação de Jordesilhas, - rnas ainda quem o de
fendeu como se Vê da sua lolga e fun-
Mrn de hÍ r'" brigadeiro Pedro Vasconcelos (que, Antônio durante quase dois anos. havia resistido, de 1736 ® V Salcedo C l J conta a Colónia-do-Sacrapor d. Mi guel ° Vi, e datada de ° P=<="dônima Philalethes "Lisboa, 8 de setembro de 1751", êsse admirável trabalho, um dos últimos devidos à pro funda competência de Alexandre de Gus mão, conservou-se indivulgado por mui to tempo, até que apareceu parcialmen te na "Rev. do Inst. Hist. e Geogr. Bras" (1839) e depois integralmente na "Co leção de inéditos" (1841) e no "Brasil Histórico" (1867) de Melo Morais. Não traz data, mas é presumivelmente de
1752, ocupando-se do mesmo assunto,
rica, ajustado com S. M. Católica", inserta às págs. 43-50 do "complemento dos inéditos" (1844).
Poeta e prosador, — sobretudo admi
105
Dicesto EcoNóAaco
Antes que fôssem dados à estampa
cluir nos seus citados "Complementos
to em 1841 e 1844, alguns importantes
dos inéditos de Alexandre de Gusmão
escritos de Alexandre de Gusmão ha viam sido insertos no "Investigador Por
rável epistológ^rafo, pela agilidade, gra
tuguês" (1811, 1812, 1813 e l815), no
ça e pureza do estilo, — até hoje nÍo
"Patriota" desta capital (1811 e 1813), no "Analista Portuense" (1822) e no
foi completamente reunida a sua produ
Albano Antero de Oliveira Pinto em in
nas sobreditas coleções, editadas no Por
um "Sermão da Paixão" (págs. 84-95),
o qual não pode deixar de ser do homô nimo padrinho e mestre dêste (de quem tomara o cognome).
ção literária. Esta, em boa parte, só se veio a conhecer por duas compaginações factícias póstumas. A primeira
"panorama" (1838, 1840 c 1843).
vol. IV dessa última revista estampou a
Na "Coleção de inéditos" de 1841 fi gura o imortal filho de Santos com dois pseudônimos: o de "Philalethes", na
intitula-se "Coleção de vários escritos inéditos, políticos e literários, de .Ale
céleore Alexandre de Gusmão a el-rei
"Resposta e reflexões do autor contra o que escreveu o brigadeiro Antônio Pe
xandre de Gusmão — Que dá à luz pú blica J. M. T. de C". (Pòrto, 1841); e a segunda, "Complemento dos .inédi tos de Alexandre de Gusmão" (Pòrto, 1844), embora não ha|a trazido o nome
do colecionador, sabe-se ter sido organizada por Albano Antero de Oliveira Pinto (cujo sobrenome saiu errado no "Dicionário bibliográfico brasileiro" de Sacramento Blake, que também transmu-
O
"Exposição que fez dos seus ser\âços o d, João V", autobiografia da atividade pública do egrégio santista, c que, em bora indatada, deve ter sido de 1749 (saiu às págs. 51-55 do "Complemento dos inéditos", com o título de "Repre sentação feita ao fidelíssimo rei o sr. d.
João V por Alexandre de Gusmão"); e o vol. VII ainda inseriu o "Discurso em
que Alexandre de Gusmão mostra os
dro de Vasconcelos, que havia sido go vernador da Colónia-do-Sacramento, a
respeito dos tratados dos limites da Aipérica" (págs. 143-213); e o de "F. D. de Santa-Maria", na "Dissertação que, a
pedido de um amigo, compôs o autor, com suma habilidade e talento, relati vamente à relaxação das ordens religio
sas" (págs. 2X3-244). Os títulos de tais escritos são do colecionador, que nao do célebre paulista. Acredito haja ele
dara "J. M. T. de C." em "I. M. F. de
interêsses que resultam a Sua Magestade Fidelíssima e a seus vassalos da exe cução do tratado de limites da Colônia
C.").
do Sacramento, ajustado com Sua Ma
usado um terceiro falso nome, o de "Famião Ferrão Philalethe", com que
^rtaçáo" dirigida a d. José e já atrás
(Lisboa, 1752). crítica da
mencionada. Cogitando principalmente do eco nomista, que não do ficcionista, consig narei muito rapidamente que à merecida nomeada de Alexandre de Gusmão de
nosso preolaro
Encerram .ambas, além de 35
cartas, várias composições poéticas e a excelente tradução (com o título "O marido confundido") da comédia "Geor-
ges Dandin" de Molière (precedendo ^ versões libérrimas de Castilho, a dita
peça foi representada erri Lisboa no ano de 1737).
Em Portugal, encontram-se produções epistolares de Alexandre de Gusmão nu ma coletânea de 1790, constante de
um "Catálogo" (Lisboa, 1924) de Au gusto de Sá da Costa. E em nossa pá tria, além da Biblioteca Nacional, que possui a maior compaginação manuscri
ta, referente ao insigne paulista, organi zada por monsenhor Pizarro, de cujas mãos passou para as do cônego Januá rio da Cunha Barbosa (veja-se o "Ca
tálogo da Exposição de História do Bra sil", vol. I, págs. 895-898), guarda o
a sua "Dissertação em que se manifes
Instituto Histórico e Geográfico Brasi leiro não poucos apógrafos, sob os ns.
tam os interesses, que resultaram a S.
276, 279, 325, 513, 708 e 2032, em
M. F. D. José I e aos seus vassalos da execução do tratado dos limites da Amé-
parte copiados dos que pertenceram a Pizarro e Januário.
gestade Católica", que é a mesma "Dis-
foi dada a lume a "Palinó^a manifesta filosófica" do padre Teodoro de Almei da No elogio, feito na Academia Real da História Portuguesa por MiSuel Mar Hns de Araújo, °,.eSou „ „encio-
I
veu êste o serem-lhe atribuídas obras
não oriundas de sua pena. Assim 6 que um livreiro de Lisboa deu como do exí mio santista (e isso consta da edição de 1790) as "Aventuras de Diófanes" de "Dorothea Engrassia Tavareda Dalmira", criptônimo de d. Teresa Marga rida da Suva Horta, irmã de Matias Ai
res Ramos da Silva d'Eça, o lucubrador das "Reflexões sôbre a vaidade dos ho
mens" (Lisboa, 1752). Não faltou quem o considerasse autor da famosa "Arte de
furtar", publicada como do padre An tônio Vieira, mas certamente produto do primoroso estilista gongórico Antônio de Sousa de Macedo (yejam-se os traba lhos de Solidônio Leite e Afonso Pena
Júnior).
E, finalmente, não trepidou
rigo SaJ.Tetido''»^^ os clássicos da
Exposição de Histó
ria do Brasil" deixa fora de
ia-se pág. 896) a existência das Memó_ até hoje infelizmente médiUs, - e
liüs sLretas" de Alexandre de Gusmão
demonstra (como já o havia feito o vis conde de São Leopoldo) que o nome do nosso eminente compatriota ^bgurou honrosamente no tòmo II das Memó rias secretas" de Nuno da Silva leies, consanguineo do visconde de Vila-Novada-Cerveira, embaixador de Portugal
nÇvirT^Vl
107
Dicesto Econômico 106
Dicesto Econóí,uco
para a negociação do tratado de Madri
de 1750. É de lamentar que o operoso Afonso Taunay, aproveitando tão avul-
tada soma de documentos, não haja es tendido a Alexandre de Gusmão os mes
mos inteligentes e úteis esforços que aplicou a Bartolomeu Lourenço de Gus mão, o inventor do aerostato.
Mas já é tempo de alinharmos alguns dados biográficos de Ale.xandre de Gus mão e de apreciarmos particularmente como economista o grande patrício nossc, a quem A. G. de Araújo Jorge, em seus Ensaios de história e crítica!', cha mou "o avô dos diplomatas brasileiros", a quem Rodrigo Otávio deu como ó miciador do sentimento americano na
polib^ mtemacional", e quem. melhor
que Dilke, o ideador da "Greater Bri-
bisneto de Gonçalo Pires Panças, perten cia ã estirpe lusa dos Gaias, "com larçj progênie na terra dos bandeirantes. ''
°
'1°
i dez ano^s^^mais SoTomoí^comT eu
em 1706. Gozava do vaJimento do "rej,!
boa e que, a partida d. João V, pude
diplomática que deveu a nação íberoocidental o Patriarcado erigido em Lis ram os monarcas de Portugal usar o
rola", e a d. João V agradaram
título de "Fidelíssimo" ("ad instar") das majestades "cristianíssima" e "ca tólica", de que se qfanavam as de França e Espanha). Quanto cobrou a Santa-Sé por aquelas concessões, eviden
maus versos que, em louvor do dito so
berano, havia perpetrado Alexandre dè Gusmão, quando aluno do Colégio dos Jesuítas, não sei se de Santos ou da ci dade do Salvador. O certo é que tudo isso concorreu para favorecer a rápida e brilhante carreira do nosso compatrício Conforme declarou êle próprio na narca provavelmente em 1749, come çou sua carreira pública ainda muito moço, porquanto em 1714 já ocupau o
cargo de agente de negócios de Portu gal em Paris, tendo aproveitado o en sejo para se doutorar ali em direito civil romano e eclesiástico, o que lhe valeu ser incorporado mais tarde, com tal diploma, na Universidade de Coim bra. No ano .seguinte (1715), foi no
d. Mana Alvares, dali natural, isse ca sal teve nada menos de 12 rebentos, seiO
nas se matrimomaram as três mais ve lhas, abraçando as de menos idade o estado religioso como clariças de um convento português. E dos seis varões só Alexandre escapou à profissão ecle siástica (à qual também estava destina
panhol, tendo-se aliado à Grã-Bretanlin, a maior lucradora daquele longo con flito. Em 1720, achando-se já em Lis boa, foi escolhido para a representação
cano, João de Santa-Maria envergou a estamenha de carmelita e Barto?omeu Lourenço, o "voador", era clérigo se cular. Como se vê da "Genealogia pau
não pequenos favores pleiteados pelo
sol" de Portugal o inventor da "Passai
ra complemento da paz de Utrecht de 1713, uma vez que Portugal se envol
do), pois Simão Alvares e Inácio Ro drigues foram jesuítas, frei Francisco de Santa-Maria vestiu o burel de francis-
Bento XIII (1724-1730) os muitos e
"rei-sol" lusitano. Foi ã sua habilidade
ja disse, o cognome de Gusmão em ho menagem ao maciano seu homôSmo) teve por pais o portuguís.Francisco Lou meado secretário da embaixada que se renço Rodrigues (cirurgião-mór daquele confiou ao conde de Ribeira-Grande, pa presidio militar) e a nossa compaWdO
filhas e seis filhos. Das primeiras ape
XIII (1721-1724), obtendo, enfim, de
Quando, em 1710, aportou Alcxandro a Lisboa, havia já quatro anos era q trono ocupado por d. João V, por cau» do falecimento de seu pai d. Pedro Ij
exposição de seus .serviços, feita ao mo-
Brasii-MLior
1721 a 1729, o que lhe possibilitou as sistir ao trespasse do papa Inocèncio
vera na guerra da sucessão ao trono es
da terra de Afonso Henriques no con
gresso de Cambray, logo transferido para Soissons; mas deixou de tomar parte em tais assentadas, porque o soberano
luso o mandou no ano seguinte para Roma, visto como, desde que regressa ra, fora admitido por d. João V como auxiliar de seu irmão, o padre Barto lomeu^ que era quem tratava, na capi
temente não podia ser pouco.
Houve,
até, quem exagcradamenle calculasse cm duzentos milhões de cruzados o total re
cebido pelo tesouro papalino dos en viados de d. João V, em paga daquelas
50) da Academia Real de História Por
tuguesa, à qual deu oportunamente con ta dos seus estudos e onde em 1754 Uie
foi feito o necrológio. E não tardou que Diogo Barbosa Machado, em sua "Biblioteca Lusitana", o catalogasse en--
tre os portugueses eruditos, o que pro vocou a famosa carta de Alexandre de Gusmão ao abade de Sever, datada de '>■ de maio de 1740.
Apesar de reconhecer-lhe o rei a in
teligência e os serviços, não foi êle, porcni Martinho de Mendonça, quem pre
encheu a vaga, então ocorrida, de mi
nistro do Conselho Ultramarino.
Esco-
Ihendo-o d. João V para seu escrivão da
puridade (secretário particular), tomou-
fODSÍderáveis e de outras menores mer
se o nosso patrício o verdadeiro pre miar" do govêmo da monarquia por-
cês, — obtidas sucessivamente durante o longo reinado do filho do monarca
tuguesa.
1731 (não se falando no curto período
esposa e a coroa ao seu irmão d. Afonso
e Silva orientou as relações internacio
mente da "Representação" feita em 1749
ordens deste em todos os negócios do
que havia tomado .simultãneameiite a __ e cujo rol consta pormenorizada
por Alexandre de Gusmão. Vem a ponto consignar-se aqui um
fato, referido por Miguel Martins de Araújo em 1754 e repetido mais tarde
por alguns dos outros biógrafos do insigne paulista. Cobiçou-o Bento XIII para o invejável pôsto de "príncipe romano", oferta cuja aceitação o grande brasileiro
Romana. Muito mais do que semelhan
te honra lhe valeram os cinco anos de
sua permanência em Paris e os oito anos da sua labuta diplomática na capi tal dos Estados-da-Igreja. O batismo
que recebera com o sal gaulês e o crisma que o aureolara com as resplenclências da civilização itálica tornaram
listana (vo!. VIII, pág. 415) de Silva
aquela inteligência privilegiada uma das que mais encneram de orgulho a cultura
tes a Santa-Sé.
Leme, Alexandre de Gusmão neto ou
portuguesa e a pátria brasileira.
da-Igreja esteve cêrca de oito anos, de
I
em que o velho cardial Pedro da Mota nais), sugeriu a d. João V e cumpriu as
,,
reino, por meio de cartas e admoesta-
ções. endereçadas às autondades e cor- ^
porações, por mais elevadas que fêssem as respectivas hierarquias.
Merecem relembrados os
guintes, que se
IsA)
19-32 da ^Coleção de inéditos (1841L
Iho recusou. Pouco importa haja o nos
so patrício deixado de ser investido na quela nobilíssima dignidade da Cúria
:
Foi êle quem, a contar do
submeteu ao "placet" de seu rei, que
tal portuguesa, dos negócios respeitanNa côrte dos Estados-
Regressando, em 1730, a Lisboa, foi imediatamente eleito sócio efetivo (eram
do de chatinagem ali, escrevia,
nao
se esqueça de ter presente que a vil e torpe ambição do Sobiéski escureceu na estün\içao das gentes as grandes e he róicas ações, que havia obrado na guer ra"; ao conde do Lavradio, governador de Angola, argüido de administra-la 'a maneira dos bachás da Turquia , de clarava: "é Sua Magestade servido or
denar que V. Ex. faça justiça, favoreça o
comércio, respeite a religião e procure
favorecer os interesses dos povos, sem
i
nÇvirT^Vl
107
Dicesto Econômico 106
Dicesto Econóí,uco
para a negociação do tratado de Madri
de 1750. É de lamentar que o operoso Afonso Taunay, aproveitando tão avul-
tada soma de documentos, não haja es tendido a Alexandre de Gusmão os mes
mos inteligentes e úteis esforços que aplicou a Bartolomeu Lourenço de Gus mão, o inventor do aerostato.
Mas já é tempo de alinharmos alguns dados biográficos de Ale.xandre de Gus mão e de apreciarmos particularmente como economista o grande patrício nossc, a quem A. G. de Araújo Jorge, em seus Ensaios de história e crítica!', cha mou "o avô dos diplomatas brasileiros", a quem Rodrigo Otávio deu como ó miciador do sentimento americano na
polib^ mtemacional", e quem. melhor
que Dilke, o ideador da "Greater Bri-
bisneto de Gonçalo Pires Panças, perten cia ã estirpe lusa dos Gaias, "com larçj progênie na terra dos bandeirantes. ''
°
'1°
i dez ano^s^^mais SoTomoí^comT eu
em 1706. Gozava do vaJimento do "rej,!
boa e que, a partida d. João V, pude
diplomática que deveu a nação íberoocidental o Patriarcado erigido em Lis ram os monarcas de Portugal usar o
rola", e a d. João V agradaram
título de "Fidelíssimo" ("ad instar") das majestades "cristianíssima" e "ca tólica", de que se qfanavam as de França e Espanha). Quanto cobrou a Santa-Sé por aquelas concessões, eviden
maus versos que, em louvor do dito so
berano, havia perpetrado Alexandre dè Gusmão, quando aluno do Colégio dos Jesuítas, não sei se de Santos ou da ci dade do Salvador. O certo é que tudo isso concorreu para favorecer a rápida e brilhante carreira do nosso compatrício Conforme declarou êle próprio na narca provavelmente em 1749, come çou sua carreira pública ainda muito moço, porquanto em 1714 já ocupau o
cargo de agente de negócios de Portu gal em Paris, tendo aproveitado o en sejo para se doutorar ali em direito civil romano e eclesiástico, o que lhe valeu ser incorporado mais tarde, com tal diploma, na Universidade de Coim bra. No ano .seguinte (1715), foi no
d. Mana Alvares, dali natural, isse ca sal teve nada menos de 12 rebentos, seiO
nas se matrimomaram as três mais ve lhas, abraçando as de menos idade o estado religioso como clariças de um convento português. E dos seis varões só Alexandre escapou à profissão ecle siástica (à qual também estava destina
panhol, tendo-se aliado à Grã-Bretanlin, a maior lucradora daquele longo con flito. Em 1720, achando-se já em Lis boa, foi escolhido para a representação
cano, João de Santa-Maria envergou a estamenha de carmelita e Barto?omeu Lourenço, o "voador", era clérigo se cular. Como se vê da "Genealogia pau
não pequenos favores pleiteados pelo
sol" de Portugal o inventor da "Passai
ra complemento da paz de Utrecht de 1713, uma vez que Portugal se envol
do), pois Simão Alvares e Inácio Ro drigues foram jesuítas, frei Francisco de Santa-Maria vestiu o burel de francis-
Bento XIII (1724-1730) os muitos e
"rei-sol" lusitano. Foi ã sua habilidade
ja disse, o cognome de Gusmão em ho menagem ao maciano seu homôSmo) teve por pais o portuguís.Francisco Lou meado secretário da embaixada que se renço Rodrigues (cirurgião-mór daquele confiou ao conde de Ribeira-Grande, pa presidio militar) e a nossa compaWdO
filhas e seis filhos. Das primeiras ape
XIII (1721-1724), obtendo, enfim, de
Quando, em 1710, aportou Alcxandro a Lisboa, havia já quatro anos era q trono ocupado por d. João V, por cau» do falecimento de seu pai d. Pedro Ij
exposição de seus .serviços, feita ao mo-
Brasii-MLior
1721 a 1729, o que lhe possibilitou as sistir ao trespasse do papa Inocèncio
vera na guerra da sucessão ao trono es
da terra de Afonso Henriques no con
gresso de Cambray, logo transferido para Soissons; mas deixou de tomar parte em tais assentadas, porque o soberano
luso o mandou no ano seguinte para Roma, visto como, desde que regressa ra, fora admitido por d. João V como auxiliar de seu irmão, o padre Barto lomeu^ que era quem tratava, na capi
temente não podia ser pouco.
Houve,
até, quem exagcradamenle calculasse cm duzentos milhões de cruzados o total re
cebido pelo tesouro papalino dos en viados de d. João V, em paga daquelas
50) da Academia Real de História Por
tuguesa, à qual deu oportunamente con ta dos seus estudos e onde em 1754 Uie
foi feito o necrológio. E não tardou que Diogo Barbosa Machado, em sua "Biblioteca Lusitana", o catalogasse en--
tre os portugueses eruditos, o que pro vocou a famosa carta de Alexandre de Gusmão ao abade de Sever, datada de '>■ de maio de 1740.
Apesar de reconhecer-lhe o rei a in
teligência e os serviços, não foi êle, porcni Martinho de Mendonça, quem pre
encheu a vaga, então ocorrida, de mi
nistro do Conselho Ultramarino.
Esco-
Ihendo-o d. João V para seu escrivão da
puridade (secretário particular), tomou-
fODSÍderáveis e de outras menores mer
se o nosso patrício o verdadeiro pre miar" do govêmo da monarquia por-
cês, — obtidas sucessivamente durante o longo reinado do filho do monarca
tuguesa.
1731 (não se falando no curto período
esposa e a coroa ao seu irmão d. Afonso
e Silva orientou as relações internacio
mente da "Representação" feita em 1749
ordens deste em todos os negócios do
que havia tomado .simultãneameiite a __ e cujo rol consta pormenorizada
por Alexandre de Gusmão. Vem a ponto consignar-se aqui um
fato, referido por Miguel Martins de Araújo em 1754 e repetido mais tarde
por alguns dos outros biógrafos do insigne paulista. Cobiçou-o Bento XIII para o invejável pôsto de "príncipe romano", oferta cuja aceitação o grande brasileiro
Romana. Muito mais do que semelhan
te honra lhe valeram os cinco anos de
sua permanência em Paris e os oito anos da sua labuta diplomática na capi tal dos Estados-da-Igreja. O batismo
que recebera com o sal gaulês e o crisma que o aureolara com as resplenclências da civilização itálica tornaram
listana (vo!. VIII, pág. 415) de Silva
aquela inteligência privilegiada uma das que mais encneram de orgulho a cultura
tes a Santa-Sé.
Leme, Alexandre de Gusmão neto ou
portuguesa e a pátria brasileira.
da-Igreja esteve cêrca de oito anos, de
I
em que o velho cardial Pedro da Mota nais), sugeriu a d. João V e cumpriu as
,,
reino, por meio de cartas e admoesta-
ções. endereçadas às autondades e cor- ^
porações, por mais elevadas que fêssem as respectivas hierarquias.
Merecem relembrados os
guintes, que se
IsA)
19-32 da ^Coleção de inéditos (1841L
Iho recusou. Pouco importa haja o nos
so patrício deixado de ser investido na quela nobilíssima dignidade da Cúria
:
Foi êle quem, a contar do
submeteu ao "placet" de seu rei, que
tal portuguesa, dos negócios respeitanNa côrte dos Estados-
Regressando, em 1730, a Lisboa, foi imediatamente eleito sócio efetivo (eram
do de chatinagem ali, escrevia,
nao
se esqueça de ter presente que a vil e torpe ambição do Sobiéski escureceu na estün\içao das gentes as grandes e he róicas ações, que havia obrado na guer ra"; ao conde do Lavradio, governador de Angola, argüido de administra-la 'a maneira dos bachás da Turquia , de clarava: "é Sua Magestade servido or
denar que V. Ex. faça justiça, favoreça o
comércio, respeite a religião e procure
favorecer os interesses dos povos, sem
i
.Hu ijuaiii iVRPWi* 108
DrcESTo EcoNÓ^ííco
<lo Estado, abstendo-se daqui por diante de todos os procedimentos e ações,^ que possam conduzir queixas ao trono ; ao conde de União, capitão-ge-
neral do reino do Algarve e imputável
pelo favorecimento de contrabandos, eis como terminava a repreensão minaz:
For agora se satisfaz Sua Magestade
com mandar que V. Ex. compre as Or
denações do Reino, juntamente com as
sxms Leis Extravagantes, e faça ler cada dia ao seu secretário 15 ou 20 parágra
fos, a que V. Ex. assistirá por espaço
de seis meses - cu^ pontual execução
confia Sua Magestade da honra de V Ex., esperando que lhe evite o dar oudas providencias, alheias da sua vonta de, e que podem ser injuriosas a V Ex a quern Sua Magestade estima muito"'
Estado do dos Ta Negócios do Reino secretário e Merdé
ces), que só atendia às partes em ho-
OT? ponderava pela forma seguinte, em nome do soberano: "se a tar»}dança dos despachos é muito penSa -
"^ais o será darem-se os desem
ganes ou respostas lá da meia-noíre pSr diante , e, finalmente, ao desembarga dor Inácio da Costa Quintela, corregedor
do cnme em Lisboa, enviou as pafivras
seguintes que o fazem predecessor do famoso bon ]uge" de tempos mais re
centes; as leis, nos casos crimes, sem
pre ameaçam mais do que na realidade mandam, devendo os ministros executo
res delas modificá-las em tudo que lhes
for possível, principalmente com os réus que não tiverem partes; porque o legis
— ainda foi êle quem, então encarregai" do de expediente da secretaria de Esta
do dos Negócios Estrangeiros, promoveu a mediação de Jorge II, rei da GrãBretanha, a fim de ser evitada a guer
ra de 1735 com a Espanha, e que, em
bora sopitada em tempo na Europa, de'J ensejo aqui na América ao longo assé dio da Colónia-do-Sacramento por <!• Miguel Salcedo, ao qual resistiu heròicflmente o major Antonio Pedro de Vas concelos. E isso influiu muito no ãui-
mo do nosso clarividente patrício paru que êste, alguns anos depois, aprovei tando circunstâncias propícias, lograsse dar-nos o Grande-Brasil, oriundo do tra
tado de Madri de 1750, pacto redigido e tão bem defendido por Alexandre de
Gusmão, que, apesar de anulado pela convenção de El-Piirdo, reapareceu quase integralmente no tratado de Santo-Ildefonso, de 1777. sito do pretenso **rei-sol" lusitano "les
Além de ter cabido a Alexandre de
Gusmão a defesa do real padroado por tuguês, conseguindo que dali por diante o provimento dos bispos lusitanos fôsse feito pela Santa-Sé, não mais "ad supplicatiónem", porém "ad praesentatiónem".
Quando começou Alexandre de Gus mão a nortear a vida pública da nação
portuguesa, achava-se esta, desde muito, a debater-sc nas garras do tratado de
Methuen de 1703, ajuste comercial bem
estudado por João Lúcio do Azevedo, em sua.s "Épocas de Portugal econômi co".
Foi em conseqüência do aludido
pacto que a terra de Afonso Hcnriques se viu forçada a remeter para Londres,
durante muitos anos, "todo o ouro re
cebido do Brasil, como único recurso
capaz de acudir à tremenda disparidade da balança com a Inglaterra". A ahrmação é de Júlio de Mesquita Filho, que, havendo minudcnciado o assunto em seus "Ensaios sul-americanos", assim com a opinião do historiador Vanorden continente europeu, o movimento ban
tresses dos religieuses", caso conhecesse
deirante inaugurou, efetivamente, uma
ainda melhor o que se passava, por
aquela época, na terra de Afonso Henriques, airia dela, como fez Alexandre de Gusmão, em uma de suas cartas,
que Portugal era então um mar de su perstição e de ignorância. Basta refe
nova fase do capitalismo, salvou a vida
financeira de Portugal e da Santa-Sé, in fluiu nos destinos do cristianismo e na diplomacia da Europa e, por fim, trans formou radicalmente a estrutura polí
tico-social e econômica da Inglaterra
rir que, além do cardeal Mota, com a
acelerando assim o advento da'revolu
mira de tranqüilizar o povo inculto, ha
ção industrial do século XVIII".
ver
mandado riscar
das folhinhas os
prognósticos de tempestades, raios e tro afugentar os maus espíritos". Auontando a beatice coetânea, o nosso com patriota chegou a ser ameaçado com as
praticar".
daria armina-nosl"
ses édifices des monastères et ses mai-
justiça, e não quer que os ministros que elas impõem, como V. Ex. costuma
ção, o haver simultaneamente cuidado da colonização e defesa da nossa fron
sorve-nos, a fradaria suga tudo, a fra
Shaw: "Tomando possível a concen tração de grandes estoques de curo no
vões, ainda os clérigos lusitanos impe travam do Santo-Padre "bênçãos para
procurem achar nas leis mais rigor do
tituição do quinto do ouro pela capita-
fêtes de Jean V étaient des processions,
lador é mais empenhado na conserva
ção dos vassalos do que nos castigos da
apertava a cabeça com ambas as mãos e exclamava atônito: — "A fradaria ab
conclui (pág. 192), escudado também
Voltaire, que havia escrito a propó
109
Digesto Eco^'ó^uco
Esvaecida a portentosa, mas efêmera miragem das índias, tomara-se a nossa pátria o mais belu e precioso florão das conquistas portuguesas. Nada mais
curial, portanto, atraísse ela as vistas
elevadas e carinhosas do secretário par
teira meridional. Parece que visando ja ao futuro tratado de 1750, conseguiu
fosse encaminbada para as recentes ca
pitanias de Santa-Catarina e Rio-Grande-do-Sul (unidas de 1738 a IT^O, data em que o então chamado Rio-Gran-
dc-de-São-Pedro teve governo à parte), ã custa da Fazenda Real, uma boa parte da população da ilha da Madeira e
quipélago dos Açores (cêrca de 4.000 casais), e isso por serem aqueles terri
tórios, então, os mais expostos a invasões de castelhanos, por motivo do poino-dediscórdia
da
Co!ónia-do-Sacramento.
Santacatarinenses e gaúchos até hoje se
envaidecem do sangue, que trazem, da
queles ótimos povoadores ilhéus. em 1742 que chegaram à margem J Guaíba os primeiros 60 casais ( ' tendo cm mira o "Créscite et multiphc-' mini" do mandamento bíblico, só
rnitira o embarque de pares matrim
niados), donde resultou que o lugar ^ escolhido para seu novo e definitivo ri '
bitat tomasse a denominação de' mudada em 1773 P' ^ Porto-Alegre". A fim de regularizar transporte de tais colonos e facilit^^' , o estabelerÍTr.n>r,f.^
j de
r..<TÍoes
Regimento" 5 "v '•» 1747,- assim como asde pro^^^^^Lcto
Conselho Ultramarino de 9 de ag
üo mesmo ano, 10 e 20 de novembro 1749.
precisamente de fins do
XVII a meados do XVIII que niais av
ticular de d. João V, que, antes de o no
taram no Brasil a extração de tmr
torturas da inquisição, até num pasquim
mear, em 1742, ministro do seu Conse
rimado.
lho Ultramarino, já o havia incumbido,
roa a segunda, a do fulvo metal ^ ^ ensejo a mais de uni sistema de perct-p^ çao do imposto e até a sublevações pu
E, consoante relata Oliveira
Martins, em sua "História de Portugal" (tomo II, pág. 150)", quando averi guava o total dos gastos com a Santa-
Sé e com o palacete de Odivelas (des tinada à madre Paula, amante do rei),
o nosso intrépido e probidoso patrício
desde 1734, dos despachos da Secreta ria de Estado para o Brasil.
Na "Representação" dirigida ao referi do soberano, considerou Alexandre dé
a cata de diamantes. Monopólio da
pulares, quais as de Pitanguí (1719/ Vila-Rica (1720). Originaram-se elas do estabelecimento das casas de fundi
Gusmão como um dos melhores atos da
ção (lei de 19 de fevereiro de 1719), ^
sua gestão administrativa, além da subs
nas quais era feita a cobrança da quin- ,j
.Hu ijuaiii iVRPWi* 108
DrcESTo EcoNÓ^ííco
<lo Estado, abstendo-se daqui por diante de todos os procedimentos e ações,^ que possam conduzir queixas ao trono ; ao conde de União, capitão-ge-
neral do reino do Algarve e imputável
pelo favorecimento de contrabandos, eis como terminava a repreensão minaz:
For agora se satisfaz Sua Magestade
com mandar que V. Ex. compre as Or
denações do Reino, juntamente com as
sxms Leis Extravagantes, e faça ler cada dia ao seu secretário 15 ou 20 parágra
fos, a que V. Ex. assistirá por espaço
de seis meses - cu^ pontual execução
confia Sua Magestade da honra de V Ex., esperando que lhe evite o dar oudas providencias, alheias da sua vonta de, e que podem ser injuriosas a V Ex a quern Sua Magestade estima muito"'
Estado do dos Ta Negócios do Reino secretário e Merdé
ces), que só atendia às partes em ho-
OT? ponderava pela forma seguinte, em nome do soberano: "se a tar»}dança dos despachos é muito penSa -
"^ais o será darem-se os desem
ganes ou respostas lá da meia-noíre pSr diante , e, finalmente, ao desembarga dor Inácio da Costa Quintela, corregedor
do cnme em Lisboa, enviou as pafivras
seguintes que o fazem predecessor do famoso bon ]uge" de tempos mais re
centes; as leis, nos casos crimes, sem
pre ameaçam mais do que na realidade mandam, devendo os ministros executo
res delas modificá-las em tudo que lhes
for possível, principalmente com os réus que não tiverem partes; porque o legis
— ainda foi êle quem, então encarregai" do de expediente da secretaria de Esta
do dos Negócios Estrangeiros, promoveu a mediação de Jorge II, rei da GrãBretanha, a fim de ser evitada a guer
ra de 1735 com a Espanha, e que, em
bora sopitada em tempo na Europa, de'J ensejo aqui na América ao longo assé dio da Colónia-do-Sacramento por <!• Miguel Salcedo, ao qual resistiu heròicflmente o major Antonio Pedro de Vas concelos. E isso influiu muito no ãui-
mo do nosso clarividente patrício paru que êste, alguns anos depois, aprovei tando circunstâncias propícias, lograsse dar-nos o Grande-Brasil, oriundo do tra
tado de Madri de 1750, pacto redigido e tão bem defendido por Alexandre de
Gusmão, que, apesar de anulado pela convenção de El-Piirdo, reapareceu quase integralmente no tratado de Santo-Ildefonso, de 1777. sito do pretenso **rei-sol" lusitano "les
Além de ter cabido a Alexandre de
Gusmão a defesa do real padroado por tuguês, conseguindo que dali por diante o provimento dos bispos lusitanos fôsse feito pela Santa-Sé, não mais "ad supplicatiónem", porém "ad praesentatiónem".
Quando começou Alexandre de Gus mão a nortear a vida pública da nação
portuguesa, achava-se esta, desde muito, a debater-sc nas garras do tratado de
Methuen de 1703, ajuste comercial bem
estudado por João Lúcio do Azevedo, em sua.s "Épocas de Portugal econômi co".
Foi em conseqüência do aludido
pacto que a terra de Afonso Hcnriques se viu forçada a remeter para Londres,
durante muitos anos, "todo o ouro re
cebido do Brasil, como único recurso
capaz de acudir à tremenda disparidade da balança com a Inglaterra". A ahrmação é de Júlio de Mesquita Filho, que, havendo minudcnciado o assunto em seus "Ensaios sul-americanos", assim com a opinião do historiador Vanorden continente europeu, o movimento ban
tresses dos religieuses", caso conhecesse
deirante inaugurou, efetivamente, uma
ainda melhor o que se passava, por
aquela época, na terra de Afonso Henriques, airia dela, como fez Alexandre de Gusmão, em uma de suas cartas,
que Portugal era então um mar de su perstição e de ignorância. Basta refe
nova fase do capitalismo, salvou a vida
financeira de Portugal e da Santa-Sé, in fluiu nos destinos do cristianismo e na diplomacia da Europa e, por fim, trans formou radicalmente a estrutura polí
tico-social e econômica da Inglaterra
rir que, além do cardeal Mota, com a
acelerando assim o advento da'revolu
mira de tranqüilizar o povo inculto, ha
ção industrial do século XVIII".
ver
mandado riscar
das folhinhas os
prognósticos de tempestades, raios e tro afugentar os maus espíritos". Auontando a beatice coetânea, o nosso com patriota chegou a ser ameaçado com as
praticar".
daria armina-nosl"
ses édifices des monastères et ses mai-
justiça, e não quer que os ministros que elas impõem, como V. Ex. costuma
ção, o haver simultaneamente cuidado da colonização e defesa da nossa fron
sorve-nos, a fradaria suga tudo, a fra
Shaw: "Tomando possível a concen tração de grandes estoques de curo no
vões, ainda os clérigos lusitanos impe travam do Santo-Padre "bênçãos para
procurem achar nas leis mais rigor do
tituição do quinto do ouro pela capita-
fêtes de Jean V étaient des processions,
lador é mais empenhado na conserva
ção dos vassalos do que nos castigos da
apertava a cabeça com ambas as mãos e exclamava atônito: — "A fradaria ab
conclui (pág. 192), escudado também
Voltaire, que havia escrito a propó
109
Digesto Eco^'ó^uco
Esvaecida a portentosa, mas efêmera miragem das índias, tomara-se a nossa pátria o mais belu e precioso florão das conquistas portuguesas. Nada mais
curial, portanto, atraísse ela as vistas
elevadas e carinhosas do secretário par
teira meridional. Parece que visando ja ao futuro tratado de 1750, conseguiu
fosse encaminbada para as recentes ca
pitanias de Santa-Catarina e Rio-Grande-do-Sul (unidas de 1738 a IT^O, data em que o então chamado Rio-Gran-
dc-de-São-Pedro teve governo à parte), ã custa da Fazenda Real, uma boa parte da população da ilha da Madeira e
quipélago dos Açores (cêrca de 4.000 casais), e isso por serem aqueles terri
tórios, então, os mais expostos a invasões de castelhanos, por motivo do poino-dediscórdia
da
Co!ónia-do-Sacramento.
Santacatarinenses e gaúchos até hoje se
envaidecem do sangue, que trazem, da
queles ótimos povoadores ilhéus. em 1742 que chegaram à margem J Guaíba os primeiros 60 casais ( ' tendo cm mira o "Créscite et multiphc-' mini" do mandamento bíblico, só
rnitira o embarque de pares matrim
niados), donde resultou que o lugar ^ escolhido para seu novo e definitivo ri '
bitat tomasse a denominação de' mudada em 1773 P' ^ Porto-Alegre". A fim de regularizar transporte de tais colonos e facilit^^' , o estabelerÍTr.n>r,f.^
j de
r..<TÍoes
Regimento" 5 "v '•» 1747,- assim como asde pro^^^^^Lcto
Conselho Ultramarino de 9 de ag
üo mesmo ano, 10 e 20 de novembro 1749.
precisamente de fins do
XVII a meados do XVIII que niais av
ticular de d. João V, que, antes de o no
taram no Brasil a extração de tmr
torturas da inquisição, até num pasquim
mear, em 1742, ministro do seu Conse
rimado.
lho Ultramarino, já o havia incumbido,
roa a segunda, a do fulvo metal ^ ^ ensejo a mais de uni sistema de perct-p^ çao do imposto e até a sublevações pu
E, consoante relata Oliveira
Martins, em sua "História de Portugal" (tomo II, pág. 150)", quando averi guava o total dos gastos com a Santa-
Sé e com o palacete de Odivelas (des tinada à madre Paula, amante do rei),
o nosso intrépido e probidoso patrício
desde 1734, dos despachos da Secreta ria de Estado para o Brasil.
Na "Representação" dirigida ao referi do soberano, considerou Alexandre dé
a cata de diamantes. Monopólio da
pulares, quais as de Pitanguí (1719/ Vila-Rica (1720). Originaram-se elas do estabelecimento das casas de fundi
Gusmão como um dos melhores atos da
ção (lei de 19 de fevereiro de 1719), ^
sua gestão administrativa, além da subs
nas quais era feita a cobrança da quin- ,j
..... V-,
"W
110
DrcESTo Eco.vómíco
ta parte do ouro, do ífuíil certa porção não deixava de ser sonegada à fiscaliza
1
o. Digesto
\íincira d<' 1780, a "incxcusávcl e injus/ ta derrama":
"Esta ainda se fará niais
I'
pode pod{ r pessoal do monarca que havia
sim, porquê cada dia vem menos ouro
sucedido a seu pai d. João V. Felizmen te de tal ato de rcsi.spisccncia não consta
das minas, e se aumenta mais a extra
E, porisso, deixando outras cou.sas em
de moedas e barras falsas (crime cm
scn.sívcl aos mineiros das Gerais, quan do \ ircm que aos das outras minas não
íjue esteve envolvido até um frade be
impõe a Icí qüota certa, nem derranu.
o nome impoluto de Gusmão.
ção metropolitana, afora o aparecimento neditino).
111
EcoNÓAnco
Alexandre
de
Coube a Alexandre de Gus
Dí)nde necessàriainente ha de resultar
mão modificar aquele inconveniente pro cesso tributário, substituindo-o pelo da
grande dcsconsolação nos das Corais,
que justamente entenderão não serem
capitação, em conseqüência do qual foi
menos merecedores, que os outros, dos
declarado lisre o giro do ouro, então
favore.s de Vo.s.sa
"no valor de 1$500 a oitava".
ver, para êsto efeito. ser\'ir-lhes de pre juízo a oferta da antiga de seus ante cessores; pois, ainda quando não hou
século XVIll), o nosso ínclito patrício
vesse caducado, não podia obrigar aos
monarquia lusitana, dois anos ante.s do
Durou
tal forma de cobrança fiscal de 1.® de
julho de 1735 a 31 de julho de 1751. Restabelecidas as casas de fundição pelo alvará de 3 de dezembro de 1750,
a capitação foi substituída pelo paga mento de cem arrôbas anuais do ouro
extraído dali em diante, e isso, como se
sabe, deu mais tarde ensejo à Conju ração Mineira, sonho excelso já ilumi
nado pelo farol ingente da "Enciclo pédia".
Têm 57 páginas (89-146 da "Coleção
Magcstade, nem o
vindouros, e dacpií poderá proceder ne les grande repugnância em pagarem a derrama, quando se lhes impuser. E, como, .sendo constrangidos a pagá-la, é provável que, por esta causa, se movam muito.s dos mineiros das Gerais a passar
seus domicílios para outras minas, resul tará também que, quanto mais se for di minuindo o número deles nas Gerais,
Anterior à "fisiocracia clc Qucsnuy" (aparecida cm 1768), mas ccrtanionto já inspirado pelas idéias do Boisguillcbert e Vauban (surtas cm coincços do
traçou um resumido, mas perfeito qua dro da situação cconómico-financeira da
falecimento do "rei-sol" de Portugal. Fê-lo nos 23 parágrafos do sett "Cál culo sobre a perda do dinheiro do reino
— Oferecido ao sr. rei d. João V em 1X48" (vejam-se as págs. 18-23 do "Complemento dos inéditos"). Tão jus tamente admirado foi êssc seu trabalho,
3ue mereceu reproduzido, muitos anos cpois, no "Patriota"
desta
capital
dé inéditos de 1841) os "Reparos sôbre
proporcionalmente entrará menos ouro
3s disposiç-ões da lei de 3 de dezembro
(1813), no "Investigador Português" de
nas casas de fundição delas, e ao mesmo
Londres (1815) e no "Analista Por
de 1750, que estabeleceu um novo mé
passo se aumentará o encargo aos que
tuense" (1822). Muito menor do que
todo para a cobrança do quinto do Bra
ficarem, pois o que faltar para o com-
p?emento das cem arrobas se ha de repartir só pelos existentes". Ainda e.vpcndeu outros não menos ponderosos ar gumentos de ordem económico-financcira o nosso egrégio patrício, que logrou fôsse o parecer firmado por todos os seus colegas. Não contava êle com a
as acima citadas, esta é, entretanto, a
sil, abolindo o sistema da capitação, criado pelo regimento de 1737'^ redigi dos e firmados por Alexandre de Gusmão a 18 de dezembro de 1750.
Não
foi apenas nesse longo e fundamentado documento que defendeu êle o processo tributário de iniciativa sua e que durara 16 anos em nosso país. É preciso ler também a "Consulta com que satisfez
que melhor patenteia a capacidade in telectual de Ale.xandre de Gusmão, como
ção ("evasão") do dinheiro do reino.
(juc não posso falar, é evidentemente certo <iuc aquela diminuição do dinhei ro
das minas o esta
de todo o referido que, dentro de 20
anos, segundo a mais pnidente calculação, ha de perder o reino a maior parte da moeda que agora possui". Eis os remédios que formulou articuladamente:
"impedir o aumento de gente inútil, com o cspccio.so título dc religião, que pro curam para seu cômodo" (que auda cioso
desassombro
em
dizer
isso
ao
amante da madre Paula!); "que se aumente a nobreza bem entendida";
"que se diminua o Ivlxo com alguma lei suntuária"; "que se aumente a agricul tura, fazendo-se estradas e cortando-se
ribeiixis para navegar e regar"; "que se estabeleçam fábricas, aumentando-se por
toda parte a indústria"; "c que, final mente, se favoreça dentro e fora do
reino, o comércio, sem o qual não pode
economista, e a sua visão dc consumado
haver
estadista. Começou êlc comparando o dinheiro, "sangue das monarquias", com o "sangue do corpo humano"; mosb"ou
florente".
cm que c que consiste a "balança do
maior extração
("evasão") da moeda concorrem dc con formidade para a sua pobreza. Scgno-se
Estado rico e poderoso, nem
Com o fito de colocar em mais níti
do relevo a figura de Ale.xandre do Gus
mão, poderia eu recorrer às "Épocas de
censura contida na "Resolução" de d.
comércio"; apreciou p intercâmbio mer
Portugal econômico" (1929) de João
|osé, datada de 4 de março do mesmo ano, e assim externada; "o Conselho fi que advertido de que as suas mais ób
cantil entre o reino e as colônias ultra marinas; pôs em foco as causas, então existentes, da evasão do ouro, não refe
Lúcio de Azevedo, à "História econô mica de Portugal" (1929-1930) de Fran
rindo, todavia, algumas delas em que
dida por Alexandre de Gusmão", escrito
vias e mais indispensáveis obrigaçóc.s consistem no profundo e sempre invio
fase em apreço quase todas as 67 pa
que se encontra às págs. 24-38 do
lável respeito às minhas leis, e na sin
o Conselho Ultramarino ao que Sua
^agestade ordena sôbre o regimento das Cíi.sas das fundições das minas-Respon-
"Complemento dos inéditos" (1844). Traz a data de 22 de fevereiro de 1751
êsse escrito, em que o nosso patrício não .só analisou as iniqüidades conti
das na nova lei, como previu as deplo ráveis conseqüências que ela forçosamen te haveria de acarretar. Cumpre ler, por exemplo, o que êle previu a respei
to da causa fundamental da Conjuração
cera e exata vigilância e diligência em promover e zelar a pontual observância, que elas ordenam". Cinco dias depois,
"não podia falar" (as prodigalidades de d. João V para com a Santa-Sé e para com a clerezia lusitana); e, por fim, in-
digitou as providências que lhe pare ciam mais adequadas à solução do pal-
cisco Antônio Correia (que consagra à
ginas iniciais do seu segundo volume) e à "rii.stória de Portugal" (1939) dc Antônio G. Matoso (veja-se a "Época
de d. João V", págs. 162-183 do volu me II). Mas, a exemplo do que fez A. G. de Araújo Jorge, vou recorrer à
como se vê do documento às págs. 39-42
Eitante problema. Já em meio do tra-
do citado "Complemento dos inéditos", o marquês de Penalva e seis dos minis
alho, afirmou: "é impossível suprir
autoridade de um dos maiores escritores;
mos com a moeda, qüe entra no reiuo,
tros do Conselho Ultramarino passavam
a muita que sái para fora dêle, do que
da nossa língua, Camilo Castelo-Branco, "que não é suspeito de exagerado
recibo daquela repreensão, curvando ignòbilmcnte a cabeça ante o estúpido
resulta, evidentemente, ir-se diminuindo todos os dias o nosso suposto fundo dos
págs. 96-101 do seu "Perfil do
referidos cem milhões.
de Pombal", cotejando as reformas
Isto sucede as
aos homen.s e cousas do Brasil'.
..... V-,
"W
110
DrcESTo Eco.vómíco
ta parte do ouro, do ífuíil certa porção não deixava de ser sonegada à fiscaliza
1
o. Digesto
\íincira d<' 1780, a "incxcusávcl e injus/ ta derrama":
"Esta ainda se fará niais
I'
pode pod{ r pessoal do monarca que havia
sim, porquê cada dia vem menos ouro
sucedido a seu pai d. João V. Felizmen te de tal ato de rcsi.spisccncia não consta
das minas, e se aumenta mais a extra
E, porisso, deixando outras cou.sas em
de moedas e barras falsas (crime cm
scn.sívcl aos mineiros das Gerais, quan do \ ircm que aos das outras minas não
íjue esteve envolvido até um frade be
impõe a Icí qüota certa, nem derranu.
o nome impoluto de Gusmão.
ção metropolitana, afora o aparecimento neditino).
111
EcoNÓAnco
Alexandre
de
Coube a Alexandre de Gus
Dí)nde necessàriainente ha de resultar
mão modificar aquele inconveniente pro cesso tributário, substituindo-o pelo da
grande dcsconsolação nos das Corais,
que justamente entenderão não serem
capitação, em conseqüência do qual foi
menos merecedores, que os outros, dos
declarado lisre o giro do ouro, então
favore.s de Vo.s.sa
"no valor de 1$500 a oitava".
ver, para êsto efeito. ser\'ir-lhes de pre juízo a oferta da antiga de seus ante cessores; pois, ainda quando não hou
século XVIll), o nosso ínclito patrício
vesse caducado, não podia obrigar aos
monarquia lusitana, dois anos ante.s do
Durou
tal forma de cobrança fiscal de 1.® de
julho de 1735 a 31 de julho de 1751. Restabelecidas as casas de fundição pelo alvará de 3 de dezembro de 1750,
a capitação foi substituída pelo paga mento de cem arrôbas anuais do ouro
extraído dali em diante, e isso, como se
sabe, deu mais tarde ensejo à Conju ração Mineira, sonho excelso já ilumi
nado pelo farol ingente da "Enciclo pédia".
Têm 57 páginas (89-146 da "Coleção
Magcstade, nem o
vindouros, e dacpií poderá proceder ne les grande repugnância em pagarem a derrama, quando se lhes impuser. E, como, .sendo constrangidos a pagá-la, é provável que, por esta causa, se movam muito.s dos mineiros das Gerais a passar
seus domicílios para outras minas, resul tará também que, quanto mais se for di minuindo o número deles nas Gerais,
Anterior à "fisiocracia clc Qucsnuy" (aparecida cm 1768), mas ccrtanionto já inspirado pelas idéias do Boisguillcbert e Vauban (surtas cm coincços do
traçou um resumido, mas perfeito qua dro da situação cconómico-financeira da
falecimento do "rei-sol" de Portugal. Fê-lo nos 23 parágrafos do sett "Cál culo sobre a perda do dinheiro do reino
— Oferecido ao sr. rei d. João V em 1X48" (vejam-se as págs. 18-23 do "Complemento dos inéditos"). Tão jus tamente admirado foi êssc seu trabalho,
3ue mereceu reproduzido, muitos anos cpois, no "Patriota"
desta
capital
dé inéditos de 1841) os "Reparos sôbre
proporcionalmente entrará menos ouro
3s disposiç-ões da lei de 3 de dezembro
(1813), no "Investigador Português" de
nas casas de fundição delas, e ao mesmo
Londres (1815) e no "Analista Por
de 1750, que estabeleceu um novo mé
passo se aumentará o encargo aos que
tuense" (1822). Muito menor do que
todo para a cobrança do quinto do Bra
ficarem, pois o que faltar para o com-
p?emento das cem arrobas se ha de repartir só pelos existentes". Ainda e.vpcndeu outros não menos ponderosos ar gumentos de ordem económico-financcira o nosso egrégio patrício, que logrou fôsse o parecer firmado por todos os seus colegas. Não contava êle com a
as acima citadas, esta é, entretanto, a
sil, abolindo o sistema da capitação, criado pelo regimento de 1737'^ redigi dos e firmados por Alexandre de Gusmão a 18 de dezembro de 1750.
Não
foi apenas nesse longo e fundamentado documento que defendeu êle o processo tributário de iniciativa sua e que durara 16 anos em nosso país. É preciso ler também a "Consulta com que satisfez
que melhor patenteia a capacidade in telectual de Ale.xandre de Gusmão, como
ção ("evasão") do dinheiro do reino.
(juc não posso falar, é evidentemente certo <iuc aquela diminuição do dinhei ro
das minas o esta
de todo o referido que, dentro de 20
anos, segundo a mais pnidente calculação, ha de perder o reino a maior parte da moeda que agora possui". Eis os remédios que formulou articuladamente:
"impedir o aumento de gente inútil, com o cspccio.so título dc religião, que pro curam para seu cômodo" (que auda cioso
desassombro
em
dizer
isso
ao
amante da madre Paula!); "que se aumente a nobreza bem entendida";
"que se diminua o Ivlxo com alguma lei suntuária"; "que se aumente a agricul tura, fazendo-se estradas e cortando-se
ribeiixis para navegar e regar"; "que se estabeleçam fábricas, aumentando-se por
toda parte a indústria"; "c que, final mente, se favoreça dentro e fora do
reino, o comércio, sem o qual não pode
economista, e a sua visão dc consumado
haver
estadista. Começou êlc comparando o dinheiro, "sangue das monarquias", com o "sangue do corpo humano"; mosb"ou
florente".
cm que c que consiste a "balança do
maior extração
("evasão") da moeda concorrem dc con formidade para a sua pobreza. Scgno-se
Estado rico e poderoso, nem
Com o fito de colocar em mais níti
do relevo a figura de Ale.xandre do Gus
mão, poderia eu recorrer às "Épocas de
censura contida na "Resolução" de d.
comércio"; apreciou p intercâmbio mer
Portugal econômico" (1929) de João
|osé, datada de 4 de março do mesmo ano, e assim externada; "o Conselho fi que advertido de que as suas mais ób
cantil entre o reino e as colônias ultra marinas; pôs em foco as causas, então existentes, da evasão do ouro, não refe
Lúcio de Azevedo, à "História econô mica de Portugal" (1929-1930) de Fran
rindo, todavia, algumas delas em que
dida por Alexandre de Gusmão", escrito
vias e mais indispensáveis obrigaçóc.s consistem no profundo e sempre invio
fase em apreço quase todas as 67 pa
que se encontra às págs. 24-38 do
lável respeito às minhas leis, e na sin
o Conselho Ultramarino ao que Sua
^agestade ordena sôbre o regimento das Cíi.sas das fundições das minas-Respon-
"Complemento dos inéditos" (1844). Traz a data de 22 de fevereiro de 1751
êsse escrito, em que o nosso patrício não .só analisou as iniqüidades conti
das na nova lei, como previu as deplo ráveis conseqüências que ela forçosamen te haveria de acarretar. Cumpre ler, por exemplo, o que êle previu a respei
to da causa fundamental da Conjuração
cera e exata vigilância e diligência em promover e zelar a pontual observância, que elas ordenam". Cinco dias depois,
"não podia falar" (as prodigalidades de d. João V para com a Santa-Sé e para com a clerezia lusitana); e, por fim, in-
digitou as providências que lhe pare ciam mais adequadas à solução do pal-
cisco Antônio Correia (que consagra à
ginas iniciais do seu segundo volume) e à "rii.stória de Portugal" (1939) dc Antônio G. Matoso (veja-se a "Época
de d. João V", págs. 162-183 do volu me II). Mas, a exemplo do que fez A. G. de Araújo Jorge, vou recorrer à
como se vê do documento às págs. 39-42
Eitante problema. Já em meio do tra-
do citado "Complemento dos inéditos", o marquês de Penalva e seis dos minis
alho, afirmou: "é impossível suprir
autoridade de um dos maiores escritores;
mos com a moeda, qüe entra no reiuo,
tros do Conselho Ultramarino passavam
a muita que sái para fora dêle, do que
da nossa língua, Camilo Castelo-Branco, "que não é suspeito de exagerado
recibo daquela repreensão, curvando ignòbilmcnte a cabeça ante o estúpido
resulta, evidentemente, ir-se diminuindo todos os dias o nosso suposto fundo dos
págs. 96-101 do seu "Perfil do
referidos cem milhões.
de Pombal", cotejando as reformas
Isto sucede as
aos homen.s e cousas do Brasil'.
112
Digesto Económk»
das a efeito peJo grande estadista portiigiiès da segunda metade do s<?ciilo XVIII com tudo quanto havia reali7-a-
do ou planejado o "brasílico" (assim
chamado por um dos seus contraprodu-
; ^ntes detratores), eis como se exprimiu ^ Ciimilo Caslclo-Branco: '*Tôclas ns cn^jmiadas providências de Sebastião de
Corva lio, acêrca da moeda, das comp;mhias na América, das colônias, das industrias nacionais, das obnóxias distín' çues en^e cristãos novos e velhos, das minas do Brasil, encontram-se nos es
critos de Gusmão". E conclui pouco adiante: 'Ser-me-ia. agradável tarefa confrontar o plagiato, não só na essên cia das providencias, mas até na forma. í\iio o taço, com justo receio de que o weu pais não tenha dez caturras que me agradeçam o inútil serviço. Se os ha'
esses que cotejem os escritos geniais dê
fas
\?aint ?
com as^actancio-
1® Sebastião de Carvalho".
dada nn
f""*
onS ""u foi umporquanto mar ques dde P Pombal dos maiso consP>cuos estadistas da fase do ™ espot" -
esclarecido", isto é, foi um dos dís^pulos da Enciclopédia", a qual co meçou a ser imjDressa e divulgada dois
ja-sc o "Parnaso brasileiro", Rio, 1830). do qual 6 expressix o o segundo quarteto: "Esta vaidade, com que o mundo engano, Subi, mas tive Immilde nascimento:
n^as aro%etdo{%1~ reto^^f':: 15 milhões de libras-pêso em c7tZ com crise de produção verificada nesse a 48 milhões de Hbras-pêso Z último trimestre de 1946 '
John Maynard Keynes
As.sim foi Viriato, assim Trajano". Não é e.vnto hajam perecido ambos, ~ como as-segura Blake e tem sido re petido aqui c alhures, — num incêndio que devorou cm 1751 a casa pertencen
Advogado da Reforma Monetária e da Estabilidade Econômica
por 3 Harcourt-Rfvlngton tMembro da Sociedade heal de Eco
te a Alexandre de Gusmão e onde êste
residia com a família na capital portu guesa. Tanto assim, que Viriato obteve de d. José, por alvará de 23 de março clc 1754, suceder ao falecido pai na
propriedade dos dois ofícios de escrivão da ouvidoria c de tabelião de Vila-Rica
(mercês feita.s, rc.spectivamcnte, a 5 de
junho de 1722 e 12 de agosto de 1733), com a faculdade, de que usaram, da designação de serventuários (do primei ro dos ditos cargos coubera ao padre Bartolomeu de Gusmão, enquanto foi vivo, o usufruto de todo o rendimento).
O que parece fora de dúrida é que foi a 31 ae dezembro de 1753 que ex
pirou em Lisboa o criador do Brasil de oito e meio milhõc.s do quilômetros qua
drados, do Brasil tão ingrato, que, ao
invés de um grandio.so e belo monumen to, apenas conserva a recordação esté tica cie seu filho imortal num modesto
dr'os"STsÍ'e ...e fei apodado porvSkto^e"'/"^ ™°dãs ÍSrdV
MESTRES tii ECOItIOMIil
Fo! da fortuna errado movimento.
retrato do Museu Paulista e num busto mandado colocar, pelo barão do RioBranco, em um dos salõe.s do Itamarati.
Aproxima-se o segundo centenário do tratado de Madri. Não é já tempo de aparelbar-se a nossa pátria para pagar então ao seu grande filho uma tão avultada dívida de reconhecimento?
in
f fevereiro. A despeito da trimestre dêste ano se eleva
^
nomia de Londres)
(Especial para o "Oigesto Econômico")
Q nome e as doutrinas do último Lord
O A., fiésse artigo, tra^ o perfil bio
Keynes viverão enquanto a Economia gráfico do economista que Winston permanecer a ciência da qual dependa o Churchill classificou como o maior da
bem estar material do homem. Foi êle nossa era. No número próxinw, S.' Haro sucessor lógico de Adam Smith, Bi- court R»t>íng#on fará o resumo da aná carçlo, John Stuart Mül e Alfred Mar lise de Keynes sõbre os males causado* shall. Suas obras, embora menos amplas pelos sistemas de circulação em voga, ao
em seu escopo que as daqueles mes
tres. tiveram importância muAdial e con servam a supremacia em sua classe. Em
discurso proferido na Câmara dos Co
muns ogo após a morte de Lord Key nes, Wmston Churchill. então Primeiío Ministro, num tributo comovente à sua memória, afirmou: "Kcjmes foi universa mente reconhecido como o maior dos economistas de nossa era". Viveu e
tempo em que escreveu o "Tratado sôbre Reforma Monetáriíf', assim como os no-'
COS principiei que por êle foram de fendidos.
Neville Keynes, Master of Arts e doutór em ciência, era professor e membro da Congregação da Universidade, presiden te, ourante muitos anos, do Conselho de Economia e Política e autor da obra
trabalhou nas grandes épocas de infla
"Objeto e Método da Economia Política"
ção c defaçao rcsultante.s das calamitosas Grandes Guerras e difundiu novas
o outros trabalhos científicos.
,dc.as sôbre a estabilização do meio c rcu ante. Seus princípios provocaram
Seu ir
mão, dr. Geoffrey Langdon Keynes, é um médico célebre, professor do Colégio
Real de Cirurgiões e autor de profundos
a mais viva oposição da parte de ban
livros e ensaios sôbre a transfusão do
rias do padrao-ouro" de Ricardo, mas, por fim, as novas proposições de Keynes, provada a sua praticabilidade. conven ceram todos os adversários e êle se tor nou conhecido como o expoente máximo
sangue e intervenções cirúrgicas deli
queiros e financistas, educados nas teo
do pensamento econômico moderno john Maynard Keynes - ou Lord
Kc^ncs, para lhe dar o título tão merecidamente conferido - pertencia a disintelectuais. Nasceu em
laoJ, em Cambridge, onde seu pai, Johu
cadas.
Não é de admirar ter-se John May
nard Keynes tomado economista. Alfred Marshall e outros eminentes economis
tas do fim do último século eram ami
gos íntimos de seu pai e, ainda jovem, Keynes, omdnte atento das suas discus
sões, iniciou o estudo dos princípios da
Economia com tanta facilidade e segu
rança como a de um pato que cone para a água. John Maynard Keynes tinha um
112
Digesto Económk»
das a efeito peJo grande estadista portiigiiès da segunda metade do s<?ciilo XVIII com tudo quanto havia reali7-a-
do ou planejado o "brasílico" (assim
chamado por um dos seus contraprodu-
; ^ntes detratores), eis como se exprimiu ^ Ciimilo Caslclo-Branco: '*Tôclas ns cn^jmiadas providências de Sebastião de
Corva lio, acêrca da moeda, das comp;mhias na América, das colônias, das industrias nacionais, das obnóxias distín' çues en^e cristãos novos e velhos, das minas do Brasil, encontram-se nos es
critos de Gusmão". E conclui pouco adiante: 'Ser-me-ia. agradável tarefa confrontar o plagiato, não só na essên cia das providencias, mas até na forma. í\iio o taço, com justo receio de que o weu pais não tenha dez caturras que me agradeçam o inútil serviço. Se os ha'
esses que cotejem os escritos geniais dê
fas
\?aint ?
com as^actancio-
1® Sebastião de Carvalho".
dada nn
f""*
onS ""u foi umporquanto mar ques dde P Pombal dos maiso consP>cuos estadistas da fase do ™ espot" -
esclarecido", isto é, foi um dos dís^pulos da Enciclopédia", a qual co meçou a ser imjDressa e divulgada dois
ja-sc o "Parnaso brasileiro", Rio, 1830). do qual 6 expressix o o segundo quarteto: "Esta vaidade, com que o mundo engano, Subi, mas tive Immilde nascimento:
n^as aro%etdo{%1~ reto^^f':: 15 milhões de libras-pêso em c7tZ com crise de produção verificada nesse a 48 milhões de Hbras-pêso Z último trimestre de 1946 '
John Maynard Keynes
As.sim foi Viriato, assim Trajano". Não é e.vnto hajam perecido ambos, ~ como as-segura Blake e tem sido re petido aqui c alhures, — num incêndio que devorou cm 1751 a casa pertencen
Advogado da Reforma Monetária e da Estabilidade Econômica
por 3 Harcourt-Rfvlngton tMembro da Sociedade heal de Eco
te a Alexandre de Gusmão e onde êste
residia com a família na capital portu guesa. Tanto assim, que Viriato obteve de d. José, por alvará de 23 de março clc 1754, suceder ao falecido pai na
propriedade dos dois ofícios de escrivão da ouvidoria c de tabelião de Vila-Rica
(mercês feita.s, rc.spectivamcnte, a 5 de
junho de 1722 e 12 de agosto de 1733), com a faculdade, de que usaram, da designação de serventuários (do primei ro dos ditos cargos coubera ao padre Bartolomeu de Gusmão, enquanto foi vivo, o usufruto de todo o rendimento).
O que parece fora de dúrida é que foi a 31 ae dezembro de 1753 que ex
pirou em Lisboa o criador do Brasil de oito e meio milhõc.s do quilômetros qua
drados, do Brasil tão ingrato, que, ao
invés de um grandio.so e belo monumen to, apenas conserva a recordação esté tica cie seu filho imortal num modesto
dr'os"STsÍ'e ...e fei apodado porvSkto^e"'/"^ ™°dãs ÍSrdV
MESTRES tii ECOItIOMIil
Fo! da fortuna errado movimento.
retrato do Museu Paulista e num busto mandado colocar, pelo barão do RioBranco, em um dos salõe.s do Itamarati.
Aproxima-se o segundo centenário do tratado de Madri. Não é já tempo de aparelbar-se a nossa pátria para pagar então ao seu grande filho uma tão avultada dívida de reconhecimento?
in
f fevereiro. A despeito da trimestre dêste ano se eleva
^
nomia de Londres)
(Especial para o "Oigesto Econômico")
Q nome e as doutrinas do último Lord
O A., fiésse artigo, tra^ o perfil bio
Keynes viverão enquanto a Economia gráfico do economista que Winston permanecer a ciência da qual dependa o Churchill classificou como o maior da
bem estar material do homem. Foi êle nossa era. No número próxinw, S.' Haro sucessor lógico de Adam Smith, Bi- court R»t>íng#on fará o resumo da aná carçlo, John Stuart Mül e Alfred Mar lise de Keynes sõbre os males causado* shall. Suas obras, embora menos amplas pelos sistemas de circulação em voga, ao
em seu escopo que as daqueles mes
tres. tiveram importância muAdial e con servam a supremacia em sua classe. Em
discurso proferido na Câmara dos Co
muns ogo após a morte de Lord Key nes, Wmston Churchill. então Primeiío Ministro, num tributo comovente à sua memória, afirmou: "Kcjmes foi universa mente reconhecido como o maior dos economistas de nossa era". Viveu e
tempo em que escreveu o "Tratado sôbre Reforma Monetáriíf', assim como os no-'
COS principiei que por êle foram de fendidos.
Neville Keynes, Master of Arts e doutór em ciência, era professor e membro da Congregação da Universidade, presiden te, ourante muitos anos, do Conselho de Economia e Política e autor da obra
trabalhou nas grandes épocas de infla
"Objeto e Método da Economia Política"
ção c defaçao rcsultante.s das calamitosas Grandes Guerras e difundiu novas
o outros trabalhos científicos.
,dc.as sôbre a estabilização do meio c rcu ante. Seus princípios provocaram
Seu ir
mão, dr. Geoffrey Langdon Keynes, é um médico célebre, professor do Colégio
Real de Cirurgiões e autor de profundos
a mais viva oposição da parte de ban
livros e ensaios sôbre a transfusão do
rias do padrao-ouro" de Ricardo, mas, por fim, as novas proposições de Keynes, provada a sua praticabilidade. conven ceram todos os adversários e êle se tor nou conhecido como o expoente máximo
sangue e intervenções cirúrgicas deli
queiros e financistas, educados nas teo
do pensamento econômico moderno john Maynard Keynes - ou Lord
Kc^ncs, para lhe dar o título tão merecidamente conferido - pertencia a disintelectuais. Nasceu em
laoJ, em Cambridge, onde seu pai, Johu
cadas.
Não é de admirar ter-se John May
nard Keynes tomado economista. Alfred Marshall e outros eminentes economis
tas do fim do último século eram ami
gos íntimos de seu pai e, ainda jovem, Keynes, omdnte atento das suas discus
sões, iniciou o estudo dos princípios da
Economia com tanta facilidade e segu
rança como a de um pato que cone para a água. John Maynard Keynes tinha um
Dícesto Eco^●ó^^co 114
1
Não aceitava espírito de indagação, defínitiprincípios como obrigatórios vos. Revelou idéias originais para ante por aos princípios clássicos e ortodoxo.s, os quais sem hesitação remodelou ]?ara servir às condições de seu tempo. Assim, muito moço ainda, tornou-.se eminen te como reformador da Economia. Keynes foi educado em Elon e Camhridge. Obteve distinção como "Twclfth Wrangler” em 1905. No ano seguin te àquêle em cjue deixou o colégio, foi classificado para admissão ao Serviço Di plomático e incorporado ao Escritório da índia. Desse posto, após relevantes ser viços, foi transperido para o Tesouro Britânico em 1915. Ali, seu gênio cedo se revelou e foi d-jsignado para Principal Delegacjo Econômico do Governo Bri tânico à Conferência da Paz, realizada em Paris depois da Primeira Grande Guerra, representando o Chanceler do Erário Britânico no Supremo Conselho das Nações. Daí por diante Keynes Jermaneceu, durante os Governos Sociai.sta e Conservador e na CoaÜsão, como Conselheiro Econômico do Governo In glês. Sua atuação nas Conferências In ternacionais e na estabilização do Meio de Circulação Britânico, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, é conhecida de sobejo. Keynes recebeu inúmeros tributos ao seu gênio. . Foi feito Barão do Império Britânico e assim tinha assento perma nente na Câmara dos Lords. Foi eleito, por unanimidade, pelos seus colegas eco nomistas, para a presidência da Socieda de Real de Economia, da qual havia sido Secretário durante 25 anos e, com brilho extraordinário, editado o órgão oficial da Sociedade por todo esse tempo. Em 1925, 0 distinto economista, cujo nome era de todos conhecido, surpreen deu e intrigou o mundo casando-se com Lídia Lopokova, a mais famosa dança rina do ballet russo de então. Seu renome e influência cresciam com os anos, mas o excesso de atividades a serviço dos Aliados, durante a Grande
115
Dioesto Econó.nuco
Guerra, minou .suas fôrças e, após tim longo período de molé.stia.s, faleceu em 194(3. aos 63 anos. com geral consterna ção dc fjiianto.s o conheceram. Seu ]irinu'iro li\ ro foi acerca da Eco nomia c Finanças da índia, escrito em 1913, quando rnembro da Comissão Real de Finanças e Economia daquele pai.s. Logo dcpoi.s da Prim(‘ira Guerra Muudial, cscrc\'cu “Con.scqüências Econômi cas da Paz”, expondo .suas convicções em discordância com a política oconómica do Tratado dc Paz de Versalhes. O tempo dcinonstron a veracidade da sua tese. Por volta de 1921 foi publicada sua obra alfamente técnica “Probabili dade”, seguida, em 1923, cio seu famoso “Tratado sôbrc Reforma Monetária”. Outros Iraballios piiblicado.s, ainda, fo ram: “uma biografia dc Álfred Mar shall, "Revisão do Tratado de Paz”. (( Impressões cia Rússia”, “O Ocaso do Laissez-Faire” e “Teoria Geral do Descniprêgo. Interesse c Capital”. Lord Keynes foi um homem extraordi nário jidgaclo sob todos os aspectos. Es crevendo a seu respeito cm uma obni sôbre eminentes personalidades contem porâneas, A. G. Gardiner, o conhecido editor c ensaisla britânico,, diz: No escuro óéu de dezembro de 1919, Kesr nes luziu com súbito resplendor. Pu¬ blicou um livro. Um livro que se supnnlia ser dos snais enfadonhos. Tinha um título — "As Conscqüôncias Eco nômicas da Paz” — que soava qual sen tença de morte em suas perspectivas, A tese do livro foi tão impopular, que o Autor, se reconhecido em Trabdíiar Square, seria, provàvelmenle, lançado ao tancpiG dos patos, como soía aconte cer aos germanófilos. Sua tese foi exposta com tamanha audácia que ixirocia nm convite ao ostracismo público. O IhTO, condenado pela crítica, recebeu um tremendo “coupon” do Parlamento Inglês. Não obstante, propagou-se como incêndio; cruzou o Atlântico e inflamou a Améiãca; foi traduzido para todas as línguas e discutido da China ao Peru.
r ' i
Incidenlalmciilc, o jovem Da\id, que enfrentara sózinlio o exército filistcii do seu tempo, se loriiuni íamoso. Seu re nome era tão largo quanto o inundo”. “Êle .seria famoso cm qualquer cir cunstância, pois nenhuma sombra, im penetrável (jue fosse, poderia eclipsar pcrinancnlcmcnlc o fulgor de um espí rito incandescente cpial o de John Maynard Kcynes. Sua feição mais carac terística c a vi\’acidade dos ollios, que bri’iiam com inteligência e sugerem um espírito indiferente, mas sempre como num galope. Seu modo de falar é tão ligeiro quanto seu olhar. l*'a!u como .se prccisa.sse correr para acompanhar o pen.samento e sua palavra tropeça um pouco no vão esforço de llie não ficar atrá.s. . . Sua conversação difere daque-’ la usualmenlc empregada pelos econo mistas como u semente da flor. Mui tas luzes a iluminam. Arte, ciência, literatura, conhecimento dos homens e dos negócios, tudo lhe ocorre, célere, para adornar c ilustrar seus lemas. Con tudo, não há afetação, e seu conhecirnento 6 manifestado dc forma a iião impedir divagações no terreno da aven tura”. Quando da eleição de Lord Keynes à presidência da Sociedade Real de Eco nomia, Lord Bevericlge, seu anlcce.ssor, economista dos mais ilustres, disse siluarse 0 intelecto de Keynes muito acima do de quantos economistas conhecera. De monstrava Lord Keynes rude franque za cm seu.s escritos. Espírito lógico e frio, alimentava desprezo irônico peiu histeria que freqüenlomenle atinge massas. Reverenciava tão sòmcnte ^ realidade dos fatos. Pelas manobras po líticas manifestava desdém intelectual, reconhecendo e deplorando a hipocrisia a que elas estão sujeitas. A principal contribuição de Ke}mes para a Economia foi, sem dú\dda, sua acurada análise da falência do sistema monetário do começo do século XX, ba seado no padrão-ouro e a defesa de um
si.stcma mais fle.vh-el para a estabiliza ção dos preços; um sistema, enfim, mais cnn\'inliá\el aos imperativos da presen te era, perturbada que é por grandes guerras e seus rastolnos. Eísa análise do antigo sistema e sua concepção do que c agora reclamado, êle expôs em sua obra prima, “Tratado sobre Reforma Monctííria”. No prefácio dêste Hxto escreveu: “Nós aconselhamos a poupança à ini ciativa privada, e a encorajamos a colo car suas economias principalmentc em títulos de renda. Deixamos a respon sabilidade da produção ao homem de negócios, que, influenciado pelos lucros cm expectativa, procura aumenta-Ios .sob a forma de dinheiro. Os inimigos das bruscas mudanças na organização socia acreditam que essa ordem de coisas, consentânca com a natureza liumaní^ b‘az grandes vantagens. Mas, eles na podem dciicnvolver seus negocios satisfatòriamente se o padrão de nquep^ que presumem um valpr estavel,_e in seguro. O desemprêgo, as condiçoes üe vida precárias do trabalhador, o desa pontamento da ex-pectativa, a subita per da de economias, as frequentes derro cadas dos indi\’íduos, a especulação, a exploração - tudo decorre grandemente da instabilidade do padrão de riqueza . “Admite-se frequentemente que o custo da produção envolve tres fatores, compreendendo a contraprestação do Jabalho, o empreendimento e o capvtal. Mas, há um quarto fator chamado ris co”: e o ônus do risco é dos mais pesa dos — e, talvez, seja o mais evitável — gravando a produção. As reformas do meio de circulação, que levam este país e o mundo a adotarem muitos princípios monetái-ios adequados, diminuiríam a sobrecarga do risco, que consome atual mente demasiado dos nossos negócios. Se as novas idéias (referentes aos valo res circulantes) que se desen\’olvem, agora, em muitos países, são boas e acertadas, não tenho diuidas, cedo ou tarde prevalecerão”.
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Dícesto Eco^●ó^^co 114
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Não aceitava espírito de indagação, defínitiprincípios como obrigatórios vos. Revelou idéias originais para ante por aos princípios clássicos e ortodoxo.s, os quais sem hesitação remodelou ]?ara servir às condições de seu tempo. Assim, muito moço ainda, tornou-.se eminen te como reformador da Economia. Keynes foi educado em Elon e Camhridge. Obteve distinção como "Twclfth Wrangler” em 1905. No ano seguin te àquêle em cjue deixou o colégio, foi classificado para admissão ao Serviço Di plomático e incorporado ao Escritório da índia. Desse posto, após relevantes ser viços, foi transperido para o Tesouro Britânico em 1915. Ali, seu gênio cedo se revelou e foi d-jsignado para Principal Delegacjo Econômico do Governo Bri tânico à Conferência da Paz, realizada em Paris depois da Primeira Grande Guerra, representando o Chanceler do Erário Britânico no Supremo Conselho das Nações. Daí por diante Keynes Jermaneceu, durante os Governos Sociai.sta e Conservador e na CoaÜsão, como Conselheiro Econômico do Governo In glês. Sua atuação nas Conferências In ternacionais e na estabilização do Meio de Circulação Britânico, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, é conhecida de sobejo. Keynes recebeu inúmeros tributos ao seu gênio. . Foi feito Barão do Império Britânico e assim tinha assento perma nente na Câmara dos Lords. Foi eleito, por unanimidade, pelos seus colegas eco nomistas, para a presidência da Socieda de Real de Economia, da qual havia sido Secretário durante 25 anos e, com brilho extraordinário, editado o órgão oficial da Sociedade por todo esse tempo. Em 1925, 0 distinto economista, cujo nome era de todos conhecido, surpreen deu e intrigou o mundo casando-se com Lídia Lopokova, a mais famosa dança rina do ballet russo de então. Seu renome e influência cresciam com os anos, mas o excesso de atividades a serviço dos Aliados, durante a Grande
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Dioesto Econó.nuco
Guerra, minou .suas fôrças e, após tim longo período de molé.stia.s, faleceu em 194(3. aos 63 anos. com geral consterna ção dc fjiianto.s o conheceram. Seu ]irinu'iro li\ ro foi acerca da Eco nomia c Finanças da índia, escrito em 1913, quando rnembro da Comissão Real de Finanças e Economia daquele pai.s. Logo dcpoi.s da Prim(‘ira Guerra Muudial, cscrc\'cu “Con.scqüências Econômi cas da Paz”, expondo .suas convicções em discordância com a política oconómica do Tratado dc Paz de Versalhes. O tempo dcinonstron a veracidade da sua tese. Por volta de 1921 foi publicada sua obra alfamente técnica “Probabili dade”, seguida, em 1923, cio seu famoso “Tratado sôbrc Reforma Monetária”. Outros Iraballios piiblicado.s, ainda, fo ram: “uma biografia dc Álfred Mar shall, "Revisão do Tratado de Paz”. (( Impressões cia Rússia”, “O Ocaso do Laissez-Faire” e “Teoria Geral do Descniprêgo. Interesse c Capital”. Lord Keynes foi um homem extraordi nário jidgaclo sob todos os aspectos. Es crevendo a seu respeito cm uma obni sôbre eminentes personalidades contem porâneas, A. G. Gardiner, o conhecido editor c ensaisla britânico,, diz: No escuro óéu de dezembro de 1919, Kesr nes luziu com súbito resplendor. Pu¬ blicou um livro. Um livro que se supnnlia ser dos snais enfadonhos. Tinha um título — "As Conscqüôncias Eco nômicas da Paz” — que soava qual sen tença de morte em suas perspectivas, A tese do livro foi tão impopular, que o Autor, se reconhecido em Trabdíiar Square, seria, provàvelmenle, lançado ao tancpiG dos patos, como soía aconte cer aos germanófilos. Sua tese foi exposta com tamanha audácia que ixirocia nm convite ao ostracismo público. O IhTO, condenado pela crítica, recebeu um tremendo “coupon” do Parlamento Inglês. Não obstante, propagou-se como incêndio; cruzou o Atlântico e inflamou a Améiãca; foi traduzido para todas as línguas e discutido da China ao Peru.
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Incidenlalmciilc, o jovem Da\id, que enfrentara sózinlio o exército filistcii do seu tempo, se loriiuni íamoso. Seu re nome era tão largo quanto o inundo”. “Êle .seria famoso cm qualquer cir cunstância, pois nenhuma sombra, im penetrável (jue fosse, poderia eclipsar pcrinancnlcmcnlc o fulgor de um espí rito incandescente cpial o de John Maynard Kcynes. Sua feição mais carac terística c a vi\’acidade dos ollios, que bri’iiam com inteligência e sugerem um espírito indiferente, mas sempre como num galope. Seu modo de falar é tão ligeiro quanto seu olhar. l*'a!u como .se prccisa.sse correr para acompanhar o pen.samento e sua palavra tropeça um pouco no vão esforço de llie não ficar atrá.s. . . Sua conversação difere daque-’ la usualmenlc empregada pelos econo mistas como u semente da flor. Mui tas luzes a iluminam. Arte, ciência, literatura, conhecimento dos homens e dos negócios, tudo lhe ocorre, célere, para adornar c ilustrar seus lemas. Con tudo, não há afetação, e seu conhecirnento 6 manifestado dc forma a iião impedir divagações no terreno da aven tura”. Quando da eleição de Lord Keynes à presidência da Sociedade Real de Eco nomia, Lord Bevericlge, seu anlcce.ssor, economista dos mais ilustres, disse siluarse 0 intelecto de Keynes muito acima do de quantos economistas conhecera. De monstrava Lord Keynes rude franque za cm seu.s escritos. Espírito lógico e frio, alimentava desprezo irônico peiu histeria que freqüenlomenle atinge massas. Reverenciava tão sòmcnte ^ realidade dos fatos. Pelas manobras po líticas manifestava desdém intelectual, reconhecendo e deplorando a hipocrisia a que elas estão sujeitas. A principal contribuição de Ke}mes para a Economia foi, sem dú\dda, sua acurada análise da falência do sistema monetário do começo do século XX, ba seado no padrão-ouro e a defesa de um
si.stcma mais fle.vh-el para a estabiliza ção dos preços; um sistema, enfim, mais cnn\'inliá\el aos imperativos da presen te era, perturbada que é por grandes guerras e seus rastolnos. Eísa análise do antigo sistema e sua concepção do que c agora reclamado, êle expôs em sua obra prima, “Tratado sobre Reforma Monctííria”. No prefácio dêste Hxto escreveu: “Nós aconselhamos a poupança à ini ciativa privada, e a encorajamos a colo car suas economias principalmentc em títulos de renda. Deixamos a respon sabilidade da produção ao homem de negócios, que, influenciado pelos lucros cm expectativa, procura aumenta-Ios .sob a forma de dinheiro. Os inimigos das bruscas mudanças na organização socia acreditam que essa ordem de coisas, consentânca com a natureza liumaní^ b‘az grandes vantagens. Mas, eles na podem dciicnvolver seus negocios satisfatòriamente se o padrão de nquep^ que presumem um valpr estavel,_e in seguro. O desemprêgo, as condiçoes üe vida precárias do trabalhador, o desa pontamento da ex-pectativa, a subita per da de economias, as frequentes derro cadas dos indi\’íduos, a especulação, a exploração - tudo decorre grandemente da instabilidade do padrão de riqueza . “Admite-se frequentemente que o custo da produção envolve tres fatores, compreendendo a contraprestação do Jabalho, o empreendimento e o capvtal. Mas, há um quarto fator chamado ris co”: e o ônus do risco é dos mais pesa dos — e, talvez, seja o mais evitável — gravando a produção. As reformas do meio de circulação, que levam este país e o mundo a adotarem muitos princípios monetái-ios adequados, diminuiríam a sobrecarga do risco, que consome atual mente demasiado dos nossos negócios. Se as novas idéias (referentes aos valo res circulantes) que se desen\’olvem, agora, em muitos países, são boas e acertadas, não tenho diuidas, cedo ou tarde prevalecerão”.
i
1
rrwi-
Digesto Eco^■ó^ooo
116
Com temeridade característica, Key-
tarefa sobremodo mais difícil e inquie-
nes, após afirmar que confiava na ca
tantc que nos dias passados.
despeito da noção generalizada de que
sabedoria das suas idéias revolucionárias,
pacidade intelectual dos banqueiros, a não entendem dos seus próprios proble
mas, dedicou o seu "Tratado sôbre Re forma Monetária", humildemente e sem
autorização, aos altos dirigentes do Ban
co da Inglaterra, que, êle declara, têm a seu cargo, agora e para o futuro, uma
O tempo confirmou não somente a
mas, também, a sua fé na capacidade dos magnatas dos bancos. Êles lhe fi zeram a justiça de reconhecer a validade da sua teoria e, para ter um auxílio na execução das suas reformas, e!egeram-no
para a direção do Banco da Inglaterra.
Longa vida e po«
SEMPRE VIVO -
tência de sobra!
SEMPRE
Os acumuladores Etna foram
PW
proj et ados e cons
truídos pelos téc
nicos da Oeneral Motors para corresponder exatamente 2ts 'condições peculiares do clima brasileiro I
A possibilidade de conversão da libra esterlina em dólar, — diz um comuiucodo dc Sidney Gampell, da aeenda "Reuters" — a partir de 15 de julho, não afetará, ao que se acredita, o preço ao ouro ou quaisquer das maiores taxas de câmbio. Todavia, essa conversibilidade parece ser claramente fator desfavorável às Bolsas de Valôrcs
PRODUTO DA GENERAL MOTORS
de todo o mundo e talvez particularmente à de Joannesburgo, porquanto, as trans
ferências de capital da índia e do Egito têm sido importantes no "Stock Exchange" de Joannesburgo e talvez sejam restringidas.
Num período longo, o efeito anti-inflacionário nos preços mundiais dos uti lidades seria favorável, pois a conversibilidade permitiria maior aplicação do capital
nos títulos das minas de ouro,, em prejuízo dos especuladores.^
Em ambos os
casos, essa circunstância mueríiria a tendência infladonária dos últimos anos. Em
um futuro imedijiíp, entre a época atual e 15 de julho, poderá haver períodos dc
melhora, quando o povo, particularmente na índia e no Egito, procurar obter
ACUMULADORES
vantagens no mercado de Joannesburgo, antes do dia 15 de julho.
Com ou sem os acordos entre a Inglaterra e os seus credores estrangeiros, o
congelamento de quase a totalidade dos saldos-ouro egípcios e indianos em Londres, em 15 de julho, e considerado inevitável pelos círculos oficiais britânicos. Se êssv congelamento assumir a forma da exclusão do Egito e cia índia da zona do ester lino as transferências de capital seriam restringidas pela- antiga fiscalização do câmbio A zona do esterlino significa apenas que nela não existe^ fiscalização de câmbio sôbre as transferências de capitais em libras. Essa é, aliás, sua único
sipniHcação de hoje. Ê de se esjjcrar, contudo, que o Inglaterra e a índia possam ® 7
/jc-o/7 auestão sem o recur/>o da uuami econômica, que a exclusão da IndUi
ifZfdo IterlUm é hem
míülO
OU Eulto e.lhedespeito de algitun minores correntes, não abandonará O é vantajosa.
do
A vior restrição que será imposta a êsses dois países, se resolverem aotnuíih' Jnn/i do esterlino, será a escassez de cambiais em libras e assim os saUlos m.
^ e egípcios acumulados em Londres não estarão disponíveis aos dois países.
ETNA GENERAL MOTORS 00 BRASIL S. A. PARA VINDAS E SERViço procure os DISTRIBUIDORES E CONCESSIONÁRIOS DA GENERAL MOTORS P9 PI^SIL s, a.
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Digesto Eco^■ó^ooo
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Com temeridade característica, Key-
tarefa sobremodo mais difícil e inquie-
nes, após afirmar que confiava na ca
tantc que nos dias passados.
despeito da noção generalizada de que
sabedoria das suas idéias revolucionárias,
pacidade intelectual dos banqueiros, a não entendem dos seus próprios proble
mas, dedicou o seu "Tratado sôbre Re forma Monetária", humildemente e sem
autorização, aos altos dirigentes do Ban
co da Inglaterra, que, êle declara, têm a seu cargo, agora e para o futuro, uma
O tempo confirmou não somente a
mas, também, a sua fé na capacidade dos magnatas dos bancos. Êles lhe fi zeram a justiça de reconhecer a validade da sua teoria e, para ter um auxílio na execução das suas reformas, e!egeram-no
para a direção do Banco da Inglaterra.
Longa vida e po«
SEMPRE VIVO -
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Os acumuladores Etna foram
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truídos pelos téc
nicos da Oeneral Motors para corresponder exatamente 2ts 'condições peculiares do clima brasileiro I
A possibilidade de conversão da libra esterlina em dólar, — diz um comuiucodo dc Sidney Gampell, da aeenda "Reuters" — a partir de 15 de julho, não afetará, ao que se acredita, o preço ao ouro ou quaisquer das maiores taxas de câmbio. Todavia, essa conversibilidade parece ser claramente fator desfavorável às Bolsas de Valôrcs
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de todo o mundo e talvez particularmente à de Joannesburgo, porquanto, as trans
ferências de capital da índia e do Egito têm sido importantes no "Stock Exchange" de Joannesburgo e talvez sejam restringidas.
Num período longo, o efeito anti-inflacionário nos preços mundiais dos uti lidades seria favorável, pois a conversibilidade permitiria maior aplicação do capital
nos títulos das minas de ouro,, em prejuízo dos especuladores.^
Em ambos os
casos, essa circunstância mueríiria a tendência infladonária dos últimos anos. Em
um futuro imedijiíp, entre a época atual e 15 de julho, poderá haver períodos dc
melhora, quando o povo, particularmente na índia e no Egito, procurar obter
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vantagens no mercado de Joannesburgo, antes do dia 15 de julho.
Com ou sem os acordos entre a Inglaterra e os seus credores estrangeiros, o
congelamento de quase a totalidade dos saldos-ouro egípcios e indianos em Londres, em 15 de julho, e considerado inevitável pelos círculos oficiais britânicos. Se êssv congelamento assumir a forma da exclusão do Egito e cia índia da zona do ester lino as transferências de capital seriam restringidas pela- antiga fiscalização do câmbio A zona do esterlino significa apenas que nela não existe^ fiscalização de câmbio sôbre as transferências de capitais em libras. Essa é, aliás, sua único
sipniHcação de hoje. Ê de se esjjcrar, contudo, que o Inglaterra e a índia possam ® 7
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OU Eulto e.lhedespeito de algitun minores correntes, não abandonará O é vantajosa.
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A vior restrição que será imposta a êsses dois países, se resolverem aotnuíih' Jnn/i do esterlino, será a escassez de cambiais em libras e assim os saUlos m.
^ e egípcios acumulados em Londres não estarão disponíveis aos dois países.
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^^lUdoi oíJi dit6^mMXÍu.ímtnt&. dcU. <s-êXa4> LICH r AND POVER
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tehmütat com (^kande. poiíc
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maié. ét¥Uadj%tiaU.
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IND. E COMÉRCIO AS5UM''ÇÂO $/A
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(RidicM Liocob)
ERNESTO P. SOARES
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P.GUEIRÔA - Moiu Eai»omTM
EDITORA COMERCIAL, LTDA. (Dí^em Econ6mice}
PREGOS
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ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE I.PAULO PERFUMARIA SAN-DAR
C A. NlTROQUlWICA BRASaEIRA BANCO SUL AMERICANO DO BRASa
dA VINiCOLA E agrícola S.ROQUE
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O I5ua Direita, ie2-l9C
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Sociedade
Jacques Louis-Delamare - Havre EXPORTADOR
Oferece para importação da França:
Comercial
ComserTas, azeitonas, azeite de olireira. — Champagne, Conhaque, Brandis, Tinhos, etc. — Porcelanas de Vierzon (Limoges) — Teci dos de linho, cambraias — Tecidos de lã — Casimiras — Fio de
linho, lá e outros — Distribuidores exclusivos para as bicicletas
e
Construtora
"Ballis" de St. Elienne.
Agentes idoneos para os diversos Estados do Brasil, estão sendo acolhidos.
Agente: H. C. ROSSARIE — Caixa 2424 — São Paulo
Ltda. ENGENH El ROS empreiteiros
CONSTRUTÔRES VALO RI S E
SEUS PRESENTES
.OFERECENDO
GRISTRISOE rua MARCONÍ, 53 - 4," andar — TELEFONE 4-?19? síopaulo SECÇRO DevRReJO.R.DOCR(lMO ^2"?. í AhT?l)TEL.2T545 ■ S.PRUU)
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Livraria Francisco Alves FUNDADA EM
Chrysler - Plymouth e Fargo
1854
AUTOMÓVEIS—PEÇAS — SE RVIÇO
Editora Paulo de Azevedo Ltda.
AutcTcccrrc RAPIDEZ E EFICIÊNCIA
LIVROS
EM
GERAL
C I E> A N
292 — Rua Libero Badaró — 292
Oficinas - Rua Barão de Ladário, 312 - Fone 9-4258 - São Paulo SAO PAULO
Tel. 2-0457 — End. Telegr.; FILIALVES — Caixa Postal, 12-B.
Escriiório - R. Vise. do Rio Branco< 332 - Fones: 6-4924 e 4-6669
i elementos que ££U tSCííITÕRiO DEVE POSSUIR
EFICIÊNCIA e GARANTIA! ® Os que porueni os arquivos e cofres Fiel proclamam lhes o alto
grau de eficiên^it»
segurança- Os
que ainda não os possuem, podem
SUA
capacitar-se da sua excelente qua lidade, fazendo uma visita à nossa
fábrica ou pedindo a presença dr
Tapetes das Melhores procedências •— Decorações Finas
{ij'
i
um nosso representante.
Móveis Estofados
Coeêhsi. ^,(mé.ecci Rua Sebastião Pereira, 20 — Telefone: 5-33409 — São Paulo (Brasil)
MOVEIS DE AÇO FIEL S. A. R. Maria Marcetina , 848 — Tal. 9.5544 — S. Pouio
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A SERVIÇAL LTDA. Serviços que oferecemos: Organização do sociedades comerciaii/ industriais, civis. Contratos, distratos, modificações de firmas, coope
rativas e todos os serviços nos Juntas Comerciais o legalização perante todos as Repartições Publicas, Municipais, Estadoais e Federais.
REQUEREMOS PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, COMERCIAL E CÍVEL PARA: Marcas de Industria, de Co mercio ou de Exportação. Nomes Comerciais. Insígnias
S.MAGALHAES&CIA.
Títulos de estabelecimentos.
Privilégios de Invenção.
Licenças de preparados far
Comerciais.
macêuticos, veterinários. Inse
Sinais de Propaganda. Frases de Propaganda.
ticidas, desinfectantes. Analises de bebidas, comestiveis, etc.
CONSULTE-NOS SEM COMPROMISSO
Fundada em 1920
A SERVIGAL LTDA.
MATRIZ: Rua Senador Feijó, 30 - SANTOS FILIAIS PM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E RECIFE
S. Paulo: Rua Direita,64 - 3." - Tels. 2-8934 e 3-3831 - C. Postais 3631 e 1421 R.Janeiro: Av. A porleio Borges,207-12.® pav. - Tel. 42-9285 — C. Postal 3384
Antunes, Freixo & Cia. Ltda. §)
importadores
Ferro-Aço — Máquinas
O ENDEREÇO
Ferramentas — Tintas — Vernizes —
óleos — Artigos para pintores
OA
Papelaria e Tipografia andreotti
Lonas — Encerados — Correias
Gaxetas e Papel Amianto
rI^QUNTINO aOCAYUVA, 24 ((OOOXJWO A R. DIREITA) onciNA:
RUA TEIXEIRA LEITE. 274
Rua General Couto de Magalhães, 222 Telefones; 4-6229
(1.A TRAV. R LAVAPES) i
4-8626 — 6-2225
R A PIDÊS
PERFEIÇÃO
Cãixa Postal, 4922 — End. Telegr.: "ANFREIXO"
ti
FONES:
2-7095 6-2775
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"Parque do Ferradura" Campos do Jordão Esplendidos lotes em presta^*ões, no melhor clima do Brasil
Tl|«l«s e peças de alia reíralariedade ★
AlwMMS — S(lM»-AiaaiaMOs — SSmom* — ZircA -to — Isobete»
TtHM
— CtBMnco Reíncirio — Ccodkibo* para fnadiçdes
(AlaaiÍBOSOS. MaRBoita. Zárcanio)
Companhia Imobiliária [e Financeira "C. i. F."
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SILIMAX
Rua Libeio Badaró, N.o 158 — 22.o Andar — Tel.: 4-6202 - 4-6056
LTD A.
PRODUTOS CERÂMICOS REFRATÁRIOS
SÃO PAULO
FÀhr it »i K.aa Alcidei Qacíroz, jj? — ST O. ANDRÉ P^wrttmim d* Vmd^ Praça da Sé.
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saLu < e S - TcL
9'^ Paalo
ROMEU JUSTO PANZOLDO & CIA. LTDA.
CANHA "ALIANÇA**
COMISSÁRIOS DE DESPACHOS ADUANEIROS
PRESUNTOS COZIDOS "PAN HAM",
Importação — Ex
em latas e embrulhados.
portação — Cabota
Salamea, prearonto» tipo italiano, copa, bacon, carne de
gem — Colis
porco salgada, miúdos de porco e toucinhos salgados. Conserras "ODERICH", "ALIANÇA" e "SOL"
Postatuz
Todos estes afamados produtos dos ■■
Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros, Ltda. de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Fones: encontram-se á venda na
Sociedade Paulista|de Representações Ltda.
2-8721
—
3-2590
Çatxa Postal, 66139
Rua Paula Souza n.° 354 — Fonej 4-1922 — Telegramas "Soprei" SÃO PAULO
R. 15 de Novembro, 200 — 9.» andar _ Salas 6.7-8-9 — S. PAULO
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EMPRESA "LÍDER"
A.NTCINE GKC/
CONSTRUTORA S/A Autorizada e fiscalizada pelo Govôrno
Federal
Carta Patente N.o 170
Matriz: SÃO PAULO - Rua São Benta, 45 SUCUHSAIS NAS CAPITAIS DOS estados E AGÊNCIAS EM TO DAS AS CIDADES DO PAIS
n^yú<^-
PEÇAS genuínas D
A
desenhos c
CHRYSLER
HAIOR KILOMeTDMCM t CABANTI*
tXteuTAOOA mUACHlNAOlO'LODI'
CORPORATION
MATRIZ RUA VISCONDE DO RIO BRANCO, 576 a GIB TELEFONES: 4-7570 e 4-2783 — SÃO PAULO
i lerrns Roxas âe Alta Qualidade Vendas a prestações em pequenos e grandes lotes pela
CIA. DE TERRAS NORTE 00 PARANÁ
Fachada do Edifício "Líder", em construção na Capital de São Pau-
Inscrição N.o 12 no Registro Geral de Imóveis da Comarca de Londrina, na forma do Decrcto-Lei N." J079. de lS-9-1938
e 'onde funcionarão os escritórios
à rua Wenceslau Brás N.o 175, centrais da Emprêsa.
Vantajosa produção de: CAFÉ, CERE^ils, FUMO, algodao, cana de açúcar, mandioca, trigo. etc. Estrada de ferro — Ótimas estrados de rodagem Esplêndido serviço rodoviário
Agência Principal e Centro de Administração Londrina
Magníficos planos econômicos de construção por sorteios.
Distribuição de 10 prédios mensais, jjos valores de CrÇ 30.000,00 a CrÇ gO.OOO.OO. Mensalidades de Cr§ 10,00
CIA. DISTRIBUIDORA ©ERAL
J^rà$müi0r
e Cr§ 20,00. Sorteios pela
Séde em São Paulo, Rua S. Bento, 329 -
andar - Cai3:a Postal 2771
Loteria Federal.
CAIXA POSTAL, 243-B
Fiscalização Federal Permanente.
PARQUE D. PEDRO II, 208
Peça informações aos nossos
V/lf'f * - ^ NENHUM AGENTE DE VRNDA ESTA RECEBER DINHEIRO EM NOME DA AUTORIZADO COMPANHIA.
representantes.
São Paulo — Brasil
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QRGIlHIZRCâQ
RUF orienta mellior As contas são ç\ossificadas o*" um
vlsWet, de acôrdo com o plano elabora
O "Digesto Econômico" se vai tor
Com a escrituração direta nas contas
o contabilidade se torna clara e informat.va
Em dezenas, de milhares de
® ^o^o^sua
no mundo inteiro, o sistema eficiência.
ea'ta
A introdução do sistema RUF
o qualquer momento e fica
^^^i^^gncia ne-
nando a meihor contribuição que existe
atuaimente para o estudo dos proble mas brasileiros.
técnicos que igualmente dao cessària ao Contador,
Trata-se de um relevante serviço
côvel funcionamento de cada m
púbiico.
Daria de Almeida Wagalbâes
QRGRHIZnCnO B,com.011 1 COmAMUDADl «.CAN.2AD RIO DE JANEIRO - Av. Nilo SÃO RAUEO -
_ 30 ,nd.T 575 - 3." .nd.
Gráfica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — Telefone 6-4812 -
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Economia do Fõrça — Dano do Almeida Magalhães
Copllalizacão o Seguro do Vida sob o Aspccío Econômico o Social — Davi Campista Filho O Problonia do Pôrlo do Sanlof — Nelson Werneck Sodré Controle do Consumo o Mercado Negro — I.ouis Baudir» O Visconde do Pnrnaiba — Pelágio Lobo
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versus Estados Unidos — José Maria Belo
Especulações Bolsistas no Século XVII — José Honóvio Rodrigues ● ● ● ● A Nova Discriminação de Rendas c os Estados — Oto Prazeics . A Modernização do Comércio — História Econômico Afonso Arinos de Melo Franco
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34 Otávio Tarquínio de Souza 83 Velho Comércio do Livros Gastâo Cruls 93 o Uso da Borracha entro os Civilizados Américo Jacoblna Laeombe 98 Origens án Indústria de Tecidos om Minas Corais 102 Novos Rumos da Política Rodoviária Brasileira — Maurício Joppert . . . .^ D. José Joaquim da Cunha do Azeredo Coutinho — Economislo» Brasileiros Basilio Magalhães- 113 John Maynard Koyncs - S IT.areourt-Rivingtnn 126 ● Mnstres da Economia
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