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Geografia das Comunicações Pauíislas — O Planalto — Nelson *Wemcck Sodré
17
Poupança o Nacionalizações — Louis Baudin
23
Banco Central no Brasil — Abelardo Vcrirueiro César
S6
A Produção Allmonlícia do Brasil — Everardo Valim Pereira de Sousa
41
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica — A. C. Ferreira Reis T":.-.
Õ8
Mariano Procópio — Pancliá Calógeras Economia Dirigida o Corporativismo — Nuno Fidelir.o Figueiredo
C2
História dos Principais Bancos Públicos da Europa — José Honório Rodrigues ,
71
História Econômica
75
Economia do Império — Afonso Arinos de Melo Franco
A Grande Crise Econónüco-Financeira do Brasil em fins dó Século XVII —
Afonso d'E. Taunay
;
I
A Dissipação do um Latifúndio — Otávio Tarquinio de Souza As Plantas da Borracha — Gasíão Cruls Irving-Fishor: Seu Pensamento Econômico e Sua Obra — Djacir Menezes Autores o Livros O Caminho da Sorvidão — Câirdido Mota Filho Panorama Econômico — ■Redação
'
o 33 — AGOSTO DE 1847
ANO III
68
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OICESTO EtO^'ÓMICO 32'K írr;ri^°s:..»
'•"• ■pjpV _ ,^ _
Dislribuidoros no
i
ZXJC
OXECSZZZXJ
tmprííaS^S dt Transportes Urgentes ltda.
distribuidora editorial brasileira LTDA. At. Graça Aranha, 81 - 12.o andar - Hio do Janeiro Represenlanle na República Argentina. INTER-PRENsA — Fiorida 229 — Buenos Aires — Argentina Representante em
_
ANTÔNIO DO CARMO JÜNIOR
Rua Angelina Vidal, 92 — Lo Esq, Firmas que anunciam neste número: A Serviçal Ltda. Assumpção S/A.
' Banco Paulista do Comércio S/A.
Monsanio Chetnical Produts. Moveis de Aço Fiél
a M o
Nicola Gàlluci
C. Gonçalves ò- Cia.
Organização Phiritis Ltda.
Campana 6- Cia.
Organização "Ruf
Castro Canóilas Ltda.
Cia. de Cigarros Souza Cruz Cia. Distribuidora Geral "ErasmofoP'
Cia. de Térras Nórte do Paraná
Cooperativa T. de Roc^icíÍc» Emporio das Tintas Enceradeira Epél
Fabrica Aliança Artefatos de Me tais
Fabrica de Cofres a Arquivos Mernardini
General Aíofor.y do Brasil S/A. H. C. Rossarie
Indústria Farmacêutica Nacional
Livraria Agir Ltda. Livraria Francisco Alves
ESCRITÓRIOS CENTRAIS:
Panam Propaganda Ltda.
Kit
Uptrilo Uiti.241
D A n k o
PARQUE 0. PEDRO II. 1092 - Loja 1
Illiloni M4M
Rug Morcílio Dias, 12
(Esq, Av. Rangel Pestana)
Sede própria - Ed. Guarany
T»lefon»i S3-079I • 23-0337
TbIs.: 2-8266, 2-6661 e 3-3591
' Papelaria e Tipografia Andreotti
1111
iiiiiRi^ pim lll
Perval S/A.
I I I Jt I I t
Prudência Capitalização Refinações de Milho Brasil S/A.
piii(riLit
CHrru,- íom
Silimax Ltda.
Sociedade Paulistd' dò Represen tações Lida. Sociedade Contábil
e A
JDI
rsH
FichãrTri-
plice Ltda. .
esoptsiii
Squibb.
- Sul América Capitalização S/A. Indústria e Comercio Con córdia
S.E.S. Etnprôsa de Transportes ^ Urgentes Ltda. ' S. Magalhães ò- Cia.
ISERVICOSI lECONOMÍCÕ
SEGUR
DE DOMICILIO A DOMICILIO
" Idí • • Hirtlm Itius, ds Ttitioii mi
■
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íllttO
ll\ PRtClSR
PEÇAS genuínas
iPAROOi
DA
[03
\
CHRYSLER ^yUALMENTE.l^ila VC2 que a* circuna»
CORPORATION
lâncius o cxÍRcin, o garotinho disp<S« do auxílio paterno. Ma», no futuro, terá élc o pai sempre a seu lodo. p.Tra en frentar dinculü.idc» c rcvèzes ? Seja pru* dente hiije. agora: remova do futuro dc seu filho os obstáculos que a itiiprcvidèncií) acarreta. ndquiríndo-Ihe. desde
já. titulo» da Prudcnctn Capitalização
*.
f Protvro €onhe<cr, tem eomf>rOfrtia%o,
01 piano» da Prudonda Capltotira^ (fio* noi iMO»
vtfnfo^eni
garonflo» sólida», togals, abioív^ai.
PRUDEMCIA CAPITALIZAÇÃO * COMPAWHíA NAOONAI para fAVORCCCR A CCONOMIA « Vw-u -r.i.*
SÃO I»AUI.O, BRASII4
Caixa Postal, 243-B — Parque D. Pedro II, 208
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Banco Paulista do Comércio s.a. RUA ÁLVARES PENTEADO N.o 177 - CX. POSTAL N.o IGO-A TELEFONE: 2-3135 - END. TELEGRÁFICO "PAULISBANCO"
Porque
SÃO PAULO
\. S. deve pos.snir títulos <in
CAPITAL CRS 30.000.000,00
^
S^L UllilllCl
S. L
DADOS extraídos DO RELATÓRIO-BALANÇO DE 1946
OPERAÇÕES BANCÁRIAS EM GERAL
CrS
Depósitos — Cobranças — Descontos — Transferências — Cauções — Câmbio — Administração Predial.
t*iigamenta« aoa potiadores de liluloa, por ) sumenie «in IStS Sorteios. Kescaiea e Ulatrlbulelo de Lucros I desde 1929
I03.-n0.800.40 -tSS.Sl 1.798.40
. _ .... / Aumento, sàmentc em I9IGde 1946 Reicrvas .Utematlea | Dezembro
113.667.241.80805.857.172.10
yHIlvo Reat da Companhia em 31 de Dezembro de 1946
Valor do.
'"
I
emitidos 1
° Inicio dai operações da Companhia.
861.8S7.847.00
3.Q06.560.0U0.OO
I e «m vlRor em 31 de Dezembro de 194Ç.... 9.946.775.000.06
APLICAÇÃO DOS VALORES DO ATIVO Apólices da Divida Publica e outros títulos de Renda
CrS 216.666.218.60
Rmprcilimos subre hipotecas, títulos da Companhia e outros va
lai
lores garantidos
44X.323.336,00
Imóveis em centros de grande valorlzac&o
167.315.842,80
Dinheiro em Danço e em Caixa
14.769.077.70
Outros valores.
21.783.371,90 861.857.847.00
FILIAIS:
RIO DE JANEIRO
CURITIBA
Rua do Ouvidor n.» 89.
Trav. Oliveira Belo. 44
PgOCfttSSiiO OO ATIVO NOS U41IMOJ S ANOS
1943
C>$ 303.906.310.00
Sigo o excraplr» \
SANTOS
Rua 15 de Novembro n.° 42
de Alais €<«• Meio Milhão dc portadores, que «riaiiUMri 4>ni vigor os litiilos de
1944
Cri 633.303.197,40
r«45
■:Cr3 740.6.7.494,40
1944
CrS .661.337.347,00
eeoltoniiii emitidos peln
São Carlos — Pinhal — Rio Preto — Araraquara — Paranaguá —
Taquaritinga — Campinas — Serra Negra — Bernardino de
Campos — Brotas — Jacarezinho — Ribeirão Preto — Baurú.
m AIIEIUU CIHULIZIÇÍO, S. A. Sede Social;-Rua da Alfândega. 41 - Rio de Janeiro
CORRESPONDENTES NAS PRINCIPAIS PRAÇAS DO PAÍS SUCURSAIS. ESCUrrÚBlOS E
ACEMTES em todo o OKASIti
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113.667.241.80805.857.172.10
yHIlvo Reat da Companhia em 31 de Dezembro de 1946
Valor do.
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861.8S7.847.00
3.Q06.560.0U0.OO
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CrS 216.666.218.60
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1943
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1944
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1944
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OuanfloowÈff'®®""'" -
FitÚ^ PURH O Stu SttHGUt... V ^.7„ n CtU ^aHGl]
H* lodo um romence crnpofganle em ciido
sola dc rcmcdio. Suo origem pstA nu
monlanha* de minírio bruto que a pouco e pouco foi carregado para oito» fornos, onde
o calor derrote o metal, separando^, assim, dc grande parte dos corpos com que viveu desde a formação do mundo. Ainda assim o
forro esti em eslodo de (mpurcai, Derena» de outros corpos continuam ligados intima
'VL^-,
1/^
mente aos lingotes prnvindos dos fornos Al começa o irduo labor d.is laboratórios, com suas rclortaa, fomos, cadinhos, reativos, cicn' listas, módicos, (armacóuiicos, técnicos, obreiroa especializados, tudo c todos na ánsi»
de,conseguir os miligramas de ferro puroque entrarão nas fórmulas destinadas â sal
vaguarda dc nossa saúde. Assisto a alguma cena deste empolgante romance. Venha ver Q que faz um laboratório.
ESTAMOS DE POftTAS ABERTASI
A INOtísrUfA fÁRMACfüTiCA NACIONAt í FATOR OE PROGRESSO ClENUfICO'
Filial de São Paulo — Rua Alegria, 300
Loja. Vendas a Varejo — Rua José Bonifácio, 308
jül.ieil
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ESPECIALIDADES
9 CALÇADOS EM GERAL — Calçados de couro com solas de borracha, para homens, senhoras e crianças. Tems e calçados Je lona para esportes e praia.
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Com cinco grandes vantagens sâbre quaisquer outros:
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para rodas de veloc'pe les, l'ucaros, guaniições de borracha para
3. Mais fácil cailbração final por meio da unidade.
4. Rendimento em O/C 100% 5. Alto-falante dinâmico
7",
tipo pesado.
Fios elásticos
dc borracha de todos os lipos. Lençóis de borracha para fios, para cintas elásticas e pira hospitais. Tapete de borracha, desintupidores pirr pias, pés de cadeira, pncumaticos e cordões
cm
pratos, rod.ns de borracha para balanças, revestimento de rodas
k
para fins industriais e mais uma infinidade de produtos dc borraoèta-
Proporcionai assim, ótima qualidade, alto rendimento e o mais baixo preço da praga.
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Rua Cesorio Alvím, 297
Confadoria — 9-3200
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Rodolfo Miranda, 76 - Tel. A venda "a Fabricas çgoRua Ltda.s Av. Rangel Pestana, 1434 4-6121 - Tol. e3-1343 na Lola Rádios «»»•" »*»
para o interior contra remessa de cheque Cl
uc Aini.;«í
TELEFONES;
Rua -Marajó, 136/158
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ESCRITÓRIO; Marajó, 136/158 São Paulo
tET[INATI-C-1-ó
Escritório
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404
aôarO ALECKC A..OarU Hoikí 71
(jiier tjuc o sr. ohservo as ii^lústrias ao serviço do {^rin.To humano, ali arhará os produtos químicos c plásliros Monsanto ajudando a acelerar suas tarefas e a meIhorar os seus príniulos. IsKo se aplica jiaríieularnienlc aos parcos da .América do Sul e Ceulral, onde grauíle número de novas indús trias estão seiulo in<'rennmtadas. Cada ano que passa, muna Y>i't)porçao maior do que no ano anterior, ctuitenas
de protlutos das dezoito fábricas Monsanto tem sido expedidos jiara esses paises. Kssa IcndtMicia continuou mesmo durante a guerra, a tal ponto que, no ano íindo, as indústrias da América do Sul e Central consumiram
mais <lo dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1011,
EmpuuUo essas indústrias e nossa capacidade para ser\'í-las <M)nlinuarem progredimlo, vislumbramos um futuro mais brilhante e ]ir«)spero, como nunca se viu anlerioianentc em nossos dois grandes ctnitinentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Street,
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(jiier tjuc o sr. ohservo as ii^lústrias ao serviço do {^rin.To humano, ali arhará os produtos químicos c plásliros Monsanto ajudando a acelerar suas tarefas e a meIhorar os seus príniulos. IsKo se aplica jiaríieularnienlc aos parcos da .América do Sul e Ceulral, onde grauíle número de novas indús trias estão seiulo in<'rennmtadas. Cada ano que passa, muna Y>i't)porçao maior do que no ano anterior, ctuitenas
de protlutos das dezoito fábricas Monsanto tem sido expedidos jiara esses paises. Kssa IcndtMicia continuou mesmo durante a guerra, a tal ponto que, no ano íindo, as indústrias da América do Sul e Central consumiram
mais <lo dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1011,
EmpuuUo essas indústrias e nossa capacidade para ser\'í-las <M)nlinuarem progredimlo, vislumbramos um futuro mais brilhante e ]ir«)spero, como nunca se viu anlerioianentc em nossos dois grandes ctnitinentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Street,
St. Louls 4, Mo., E. U. A. e MONSANTO CHEMICALS, LTD.,
Victoria Station House, London, S. W. 1, England
Agentes: BrasH: Klinfriur, S. A., Anilintts e Proúutos Ouímioos, São Paulo — Rio (Ir .Janeiro — Cuiiliba EIS ALGUMAS IN0Ú51RIAS SERVIDAS PELA MONSANTO Bebidas
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Procosjomonto químico Produtos alimentícios
Petróleo Farmacêutica
Produtos floreslois
Plásticos Curtume Texteis
Inseticidas
Empacotamento Tintos, iacos, verniies
Tratamento de água
A SERVIÇO DA INDUSTRIA..QUE SERVE A HUMANIDADE
PRODUTOS
QUÍMICOS
V.
011111! ill
ALIMENTO
A BASE DE
IDEAL GLUCOSE
INDUSTRinS REUNIDAS INDIAN EPEl LTÜA. ESCRITÓRIO E LOJA: LARGO DE SAO BENTO; 80 — TELEFONE 3.1724 — S. PAULO
V.
011111! ill
ALIMENTO
A BASE DE
IDEAL GLUCOSE
INDUSTRinS REUNIDAS INDIAN EPEl LTÜA. ESCRITÓRIO E LOJA: LARGO DE SAO BENTO; 80 — TELEFONE 3.1724 — S. PAULO
P5^=-»—í"
. H
murai utoivoiiiuo
Ceograíía das Comunicações Paulistas |
O KUHDO DOS KtfiOClDS NU« FÍHDRRMS MíNSIl Publicado sob ot auspícios da
I —
ASSDCmCÕO COMEnClfllOE SDO PflUlO
★
FEDERUCÔO DD CÜHÉRCID DD
por Nelson Werneck Sodré
Ao penetrar o território paulista, a
ESTDDD DE SflD PAULO
Serra do Mar dista do oceano cerca O sr. Nelson Wcrncck Sodré que escrevcit fyuitt para on "Digcsto i-'«gcsro i:,conoiitiou Econômico" uma «»«•«.» té' de cento e cinqüenta quilómetro.s. Não. .'w., apresenta vales profundos, nem altitu ric de três artigos sôhre o momentoso des demasiadas. Desce dos 1.200 me problema do pôrto de Santos, inicia uma tros com que penetra São Paulo, para as otitra série sobre o Geografia das Comu máximas de 800 metros. Do lado do nicações Paulistas, versando o primeiro interior, prolonga-se em vales suaves e artigo sobre "O Planalto". abertos, com as cabeceiras dos rios for madores do Taquari e Apiaí. Das gran des altitudes, superiores a 1.200 metros, onde nascem as primeiras águas do rio curam os espigões, para a penetração no
Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade Diretor:
Anlonio Goníijo de Carvalho
41 Eooiióiiii«^o publicará no próximo número:
O Digeslo Econômico, órgão de in-
O ALGODÃO EM
ras. é publicado mensalmente pela
Caribaldi Dantas.
íormações econômicas e financei Editora Comercial Ltda.
S.ÃO
PAULO
JOSÉ BONIFÁCIO - Ba.síMo Maga
♦
A direção não se responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam
lhães.
devidamente citadas, nem pelos
HISTÓRIA ECONÔMICA DO UKASIL
conceitos emitidos em artigos assi
— Afonso Arínos de Melo Franco.
nados.
CONFLITOS
♦
CONTEMPORÂNEOS
Na transcrição de artigo pede-se
DAS IDÉIAS ECONÔMICAS - Louis
citar
Baudin.
o
nome
do
Digeslo
Econômico.
COLHEITA
♦
Aceita-se intercâmbio com publi
E
DEFU.MAÇÃO
DA
BORRACHA — Oa.stíio Criils.
cações congêneres nacionais e e.strangeiras.
ASSINATURAS:
Digeslo Econômico
Número do mês:
Cr? 3.00
Atrasado:
★
.V
Itararé, descai para os 1.000 dos movi
sentido do interior.
mentos de Apiaí e da Serra da Dúvida e mais adiante, para os 800 das Serras
cai muito mais bruscamente.
de Jabaquara e dos Monos, para só erguer-se, novamente, ao sul de Pieda
aparenta, entretanto, nesse longo trecho, que vai do sul de Itararé ao sul de
de quando retorna aos 1.000 metros. No seu caminho, dos limites paranaen ses ! ao coração paulista, vai-se aproxi
Piedade, com as características rudes e tão bem conhecidas do paredão srmtástri.
mando, lentamente, do oceano, até que, nas alturas de Piedade, numa brusca inflexão, busca a baixada santista. De sua linha de cumiada para o interior,
com a vertente interior, mas não se
postal, 240-B
São Paulo
processa de um só lance. As primeiras
águas dessa vertente, contribuintes do largo sistema oceânico do Ribeira-Juqu'.á,
vimentos secundários vincados pelos
deixam vales agrestes, úmidos, somlirios e profundos. Mas não descem longa
grandes contribuintes do Paraná, cujos longos vales repartem o território pau
pitam-se, rápidas e curtas, até encontrar
lista, no sentido de sua maior dimensão, em faLxas mais ou menos idênticas. Tais
mente no sentido do mar, antes preci
o largo vale transversal em que se reú nem. Sendo assim, a vertente atlântica
movimentos, tipicamente de altiplano, , da linha de cumíada, a linde do planalto
noroeste, e são pouco cavados pela6
.
Sua queda é mais viva, em coinp.xração
cavam fundamente as suas encostas, e
Redação o Administração: Tel. 3-7499 —
Nada se
apresenta-se o planalto, — altiplano que
descem progressivamente, no sentido de
vtaia. 67 - 7.o andar
Do lado oceânico, a Serra do Mar des
se desenvolve largamente com os mo
♦
Viadulo ... Boa
IManallo
águas internas. Ao longo de seu desen volvimento, buscando as terras mais al tas, enfileiram-se os centros urbanos e
as comunicações, deixando os vales, pro-
paulista, não descamba subitamente, mas proporciona duas zonas de transição. A
primeira destas é a que se limita, do lado do mar, pelo grande vale transver sal do Ribeira^Juquiá, zona montanhosa, recortada, coberta de vegetação. A se-
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murai utoivoiiiuo
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O KUHDO DOS KtfiOClDS NU« FÍHDRRMS MíNSIl Publicado sob ot auspícios da
I —
ASSDCmCÕO COMEnClfllOE SDO PflUlO
★
FEDERUCÔO DD CÜHÉRCID DD
por Nelson Werneck Sodré
Ao penetrar o território paulista, a
ESTDDD DE SflD PAULO
Serra do Mar dista do oceano cerca O sr. Nelson Wcrncck Sodré que escrevcit fyuitt para on "Digcsto i-'«gcsro i:,conoiitiou Econômico" uma «»«•«.» té' de cento e cinqüenta quilómetro.s. Não. .'w., apresenta vales profundos, nem altitu ric de três artigos sôhre o momentoso des demasiadas. Desce dos 1.200 me problema do pôrto de Santos, inicia uma tros com que penetra São Paulo, para as otitra série sobre o Geografia das Comu máximas de 800 metros. Do lado do nicações Paulistas, versando o primeiro interior, prolonga-se em vales suaves e artigo sobre "O Planalto". abertos, com as cabeceiras dos rios for madores do Taquari e Apiaí. Das gran des altitudes, superiores a 1.200 metros, onde nascem as primeiras águas do rio curam os espigões, para a penetração no
Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade Diretor:
Anlonio Goníijo de Carvalho
41 Eooiióiiii«^o publicará no próximo número:
O Digeslo Econômico, órgão de in-
O ALGODÃO EM
ras. é publicado mensalmente pela
Caribaldi Dantas.
íormações econômicas e financei Editora Comercial Ltda.
S.ÃO
PAULO
JOSÉ BONIFÁCIO - Ba.síMo Maga
♦
A direção não se responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam
lhães.
devidamente citadas, nem pelos
HISTÓRIA ECONÔMICA DO UKASIL
conceitos emitidos em artigos assi
— Afonso Arínos de Melo Franco.
nados.
CONFLITOS
♦
CONTEMPORÂNEOS
Na transcrição de artigo pede-se
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citar
Baudin.
o
nome
do
Digeslo
Econômico.
COLHEITA
♦
Aceita-se intercâmbio com publi
E
DEFU.MAÇÃO
DA
BORRACHA — Oa.stíio Criils.
cações congêneres nacionais e e.strangeiras.
ASSINATURAS:
Digeslo Econômico
Número do mês:
Cr? 3.00
Atrasado:
★
.V
Itararé, descai para os 1.000 dos movi
sentido do interior.
mentos de Apiaí e da Serra da Dúvida e mais adiante, para os 800 das Serras
cai muito mais bruscamente.
de Jabaquara e dos Monos, para só erguer-se, novamente, ao sul de Pieda
aparenta, entretanto, nesse longo trecho, que vai do sul de Itararé ao sul de
de quando retorna aos 1.000 metros. No seu caminho, dos limites paranaen ses ! ao coração paulista, vai-se aproxi
Piedade, com as características rudes e tão bem conhecidas do paredão srmtástri.
mando, lentamente, do oceano, até que, nas alturas de Piedade, numa brusca inflexão, busca a baixada santista. De sua linha de cumiada para o interior,
com a vertente interior, mas não se
postal, 240-B
São Paulo
processa de um só lance. As primeiras
águas dessa vertente, contribuintes do largo sistema oceânico do Ribeira-Juqu'.á,
vimentos secundários vincados pelos
deixam vales agrestes, úmidos, somlirios e profundos. Mas não descem longa
grandes contribuintes do Paraná, cujos longos vales repartem o território pau
pitam-se, rápidas e curtas, até encontrar
lista, no sentido de sua maior dimensão, em faLxas mais ou menos idênticas. Tais
mente no sentido do mar, antes preci
o largo vale transversal em que se reú nem. Sendo assim, a vertente atlântica
movimentos, tipicamente de altiplano, , da linha de cumíada, a linde do planalto
noroeste, e são pouco cavados pela6
.
Sua queda é mais viva, em coinp.xração
cavam fundamente as suas encostas, e
Redação o Administração: Tel. 3-7499 —
Nada se
apresenta-se o planalto, — altiplano que
descem progressivamente, no sentido de
vtaia. 67 - 7.o andar
Do lado oceânico, a Serra do Mar des
se desenvolve largamente com os mo
♦
Viadulo ... Boa
IManallo
águas internas. Ao longo de seu desen volvimento, buscando as terras mais al tas, enfileiram-se os centros urbanos e
as comunicações, deixando os vales, pro-
paulista, não descamba subitamente, mas proporciona duas zonas de transição. A
primeira destas é a que se limita, do lado do mar, pelo grande vale transver sal do Ribeira^Juquiá, zona montanhosa, recortada, coberta de vegetação. A se-
■ET V
T^r->
DíCESTO Econókíico
18
<4unda, além desse vale, é a que separa as suas águas da orla litorânea. Embo
ameaçadora a resistência que opõe à pe
netração.
Antes de atingir a altura cie
ra destituída da importância orográfica da primeira, porque lhe falta continui
Santos, já lança para o litoral o csporão de Mongaguá que surge na praia
dade, interrompida que c, em meio,
entre Itanbacn e São Vicente.
dei.xando uma secção ao sul, a das Ser
grande pôrto, para quem, da barra da Bertioga, enfrentq a sua linha áspera e
ras do Descanço, Jaguari e Votupoca, e
maçiça, a Serra do Mar
outra ao norte, a da Serra dos Itatins,
— é incontestável que o seu traçado dá as linhas mestras da região sulina de São Paulo, de vez que, nos Itatins, há altitudes superiores a 1.200 metros, e
estreitos vales oblíquos, largamente ca vados pela erosão, o do rio Cubatão, ao sul, e o.do rio Mogi, ao norte. Pelo primeiro, a Sorocabana se lançou, de Mairinque, em linha de .simples ade
a xinte quilômetros do litoral. De Piedade ao Cubatão, desde a in
nados, lançou-se a Santos-Jundíaí, ba
pela junção do Juquiú ao Ribeira e pela força das águas que buscam o litoral,
flexão após a qual se lança para o oceano, a Serra do Mar muda de aspec
Face ao
sistema insular em que se assenta mostra
o
dois
rência. Pelo segundo, em planos incli
Digesto EcoNóhflCo
19
Tietê, marca o limite nordeste do lance
acompanha a fímbria litorânea, até a
central da grande Serra. Tôda a área compreendida entre a soberba aresta de sua linha de cristas e o vale do Tietê,
Serra do Parati, onde começa a grande cur\'a que envolve, do lado paulista, a
entre Piedade e Mogi das Cruzes, é a parte mais alta do planalto paulista, onde todos os rios se voltam para o interior e
onde. está o grande parque industrial, o centro distribuidor e nó de comunica ções mistas de São Paulo, donde se vai
baía da Ilha Grande.
O lance do colo de Biritiba ao territó
rio fluminense, compreendendo a envoI\-ente da vasta baía citada, até atingir o limite daquele Estado \izinho, rara mente se. alteia até os 1.000 metros.
Quando acompanha c marca tal limite,
para todos os recantos do ccntro-sul
brasileiro, donde partem todas as pene
na curva já referida, começa a subir,
trantes c transversais dessa região e on
para ultrapassá-los.
do SC estabeleceu, ao norte de Piedade „0 rio Sorocaba, e ao sul de São Paulo' nos formadores do rio Pinheiros, o
res cotas no nó da Bocaina.
sistema de energia elétrica do país
meio século.
Atinge suas maio A verten
te marítima dêsse largo lance é certa mente menos agreste do que face à bai
xada santista, embora muito mais áspera do que no lance do sul, entre os limites paranaenses
Quem se dirige, do planalto para O
e
Piedade.
to. Começam, novamente, a avultar as
litoral e, depois de percorrer a zona
Há passagens, em vales
.suas cotas e, mais do que isso, ela aos
pouco acidentada daquele, aproxima-se
transversais curtos e ín
poucos se estreita.
Não é mais aquele
largo movimento, em que a linha de cumiada se perdia em curvas e se 41" luía em colos sucessivos. Aqui, a crista
do A'to da Serra, defronta, como de uma
gremes, onde nascem os
sacada, de súbito, o panorama deslum
rios pequenos e conentosos dessa fai.xa litorânea,
brante.
Tòda a baixada se abre à vista,
sular, o meandro dos rios c]ue se per
tos sucessi\'os, entre os quais as águas
o oceano, depois dos movimentos isola
dem na planície aluvional; mais além,
SC encai.xam, guardando altitudes quase imutáveis, em extensão vasta, sobre a
dos de Munduba e de Itaipus. A maior distância desse ob.servatório excepcional ao mar não chega a vinte quilômetros.
humanas do centro urbano de São Paulo
A largura da baixada, entre a Serra do
qual se implantaram as grandes obras
c do sistema hidro-elétrico da "Light". A \'ertente oceânica, entretanto, ao con
trário do que vinha acontecendo, desce
embora
os canais que repartem o sistema in
se aguça e se alteia. A vertente interna é suave, ainda, e se reparte em movimen
Mongaguá e os movimentos que se de bruçam sobre o canal da Bertioga, que a limitam, não ultrapassa cinqüenta qui
No colo onde se aprovinvin,
tes do Grande, fojador do
de aguas atUindcas, e as na.t^^fdõ Jundiai, e do Biriüba, contribuintes do Tieto
cujtu, aguas buscan, o
esti-eita-se a Serra do Mar, para aproxi-
mar-se amda mais do oceano. Entre o canal da Bertioga e o de São Sebas tião, deixa ainda uma estreitíssima fai xa, entre a sua estrutiua orográfica e' o
abruptamente sobre a baixada estreita
lômetros. Nessa área, canais, rios, bra ços de mar e mangues se confundem.
litoral, mas, desde êste canal, até onde
Da planície, subitamente, surge a mura
aperta-se junto ao mar, recortando-se em
santistas.
lha da Serra, fechando o horizonte.
cm que as formações aluvionais deixaram os traços imprecisos e confusos dos rios Sua majestade é enorme, e
sua aspereza aviilta. Em vão busca-se,
na linha ininterrupta da muralha, quase scntpre coberta de névoa, uma pa.ssagem favorável, um vale mai.s profundo,
Ao longo da larga curva assinalada
pelo canal da Bertioga, a Serra do Mar lança os seus esporões, separando os va
uni colo conci iante. O obstáculo é for
les profundos do Mogi, do Quilombo, do Jurubatuba e do Itapanhaú, cujo mais
midável e com traços de intransponível.
alto afluente, o Grande, com cabeceiras
Sua proximidade do oceano mais torna
que se aproximam do vale superior do
chega pelo esporão de Juqueriquerê.
enseada.s e grotas e semeando ilhas e
penínsulas. Só de quando em quando,
junto à barra do rio Juqueriquerê, ao longo de Ubatuba e de Ubatubamirim, deixa um anfiteatro, no qual se coloca ram núcleos de população. No mais, debruçada sobre as águas do oceano.
cil.
a
estrutura
oro
gráfica seja áspera e difí A grande dificuldade consiste, pre
cisamente, na sua vizinhança do ocea
no, onde não há possibilidade da mar gem de planície que permita o desen-
\'olvimento de caminhos que transpo nham a linha de cumiada.
No trecho
envolvente da baía da Ilha Grande, em
bora haja uma faixa de baixada, as
condições_ de transposição são mais di fíceis, porque as altitudes são malorc;; e a vertente é mais viva.
A grande particularidade do planal to, na região impropriamente conhecida como "norte de São Paulo", consiste na axistêncía e na função de seus vales transversais.
O lance sul da SeiTa do
Mar, entre as lindes paranaen.ses e a região de Piedade, conforme descreve
mos, onde a linha de cristas é oblíqua, em relação ao òceano, aproximando-se
V
■ET V
T^r->
DíCESTO Econókíico
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<4unda, além desse vale, é a que separa as suas águas da orla litorânea. Embo
ameaçadora a resistência que opõe à pe
netração.
Antes de atingir a altura cie
ra destituída da importância orográfica da primeira, porque lhe falta continui
Santos, já lança para o litoral o csporão de Mongaguá que surge na praia
dade, interrompida que c, em meio,
entre Itanbacn e São Vicente.
dei.xando uma secção ao sul, a das Ser
grande pôrto, para quem, da barra da Bertioga, enfrentq a sua linha áspera e
ras do Descanço, Jaguari e Votupoca, e
maçiça, a Serra do Mar
outra ao norte, a da Serra dos Itatins,
— é incontestável que o seu traçado dá as linhas mestras da região sulina de São Paulo, de vez que, nos Itatins, há altitudes superiores a 1.200 metros, e
estreitos vales oblíquos, largamente ca vados pela erosão, o do rio Cubatão, ao sul, e o.do rio Mogi, ao norte. Pelo primeiro, a Sorocabana se lançou, de Mairinque, em linha de .simples ade
a xinte quilômetros do litoral. De Piedade ao Cubatão, desde a in
nados, lançou-se a Santos-Jundíaí, ba
pela junção do Juquiú ao Ribeira e pela força das águas que buscam o litoral,
flexão após a qual se lança para o oceano, a Serra do Mar muda de aspec
Face ao
sistema insular em que se assenta mostra
o
dois
rência. Pelo segundo, em planos incli
Digesto EcoNóhflCo
19
Tietê, marca o limite nordeste do lance
acompanha a fímbria litorânea, até a
central da grande Serra. Tôda a área compreendida entre a soberba aresta de sua linha de cristas e o vale do Tietê,
Serra do Parati, onde começa a grande cur\'a que envolve, do lado paulista, a
entre Piedade e Mogi das Cruzes, é a parte mais alta do planalto paulista, onde todos os rios se voltam para o interior e
onde. está o grande parque industrial, o centro distribuidor e nó de comunica ções mistas de São Paulo, donde se vai
baía da Ilha Grande.
O lance do colo de Biritiba ao territó
rio fluminense, compreendendo a envoI\-ente da vasta baía citada, até atingir o limite daquele Estado \izinho, rara mente se. alteia até os 1.000 metros.
Quando acompanha c marca tal limite,
para todos os recantos do ccntro-sul
brasileiro, donde partem todas as pene
na curva já referida, começa a subir,
trantes c transversais dessa região e on
para ultrapassá-los.
do SC estabeleceu, ao norte de Piedade „0 rio Sorocaba, e ao sul de São Paulo' nos formadores do rio Pinheiros, o
res cotas no nó da Bocaina.
sistema de energia elétrica do país
meio século.
Atinge suas maio A verten
te marítima dêsse largo lance é certa mente menos agreste do que face à bai
xada santista, embora muito mais áspera do que no lance do sul, entre os limites paranaenses
Quem se dirige, do planalto para O
e
Piedade.
to. Começam, novamente, a avultar as
litoral e, depois de percorrer a zona
Há passagens, em vales
.suas cotas e, mais do que isso, ela aos
pouco acidentada daquele, aproxima-se
transversais curtos e ín
poucos se estreita.
Não é mais aquele
largo movimento, em que a linha de cumiada se perdia em curvas e se 41" luía em colos sucessivos. Aqui, a crista
do A'to da Serra, defronta, como de uma
gremes, onde nascem os
sacada, de súbito, o panorama deslum
rios pequenos e conentosos dessa fai.xa litorânea,
brante.
Tòda a baixada se abre à vista,
sular, o meandro dos rios c]ue se per
tos sucessi\'os, entre os quais as águas
o oceano, depois dos movimentos isola
dem na planície aluvional; mais além,
SC encai.xam, guardando altitudes quase imutáveis, em extensão vasta, sobre a
dos de Munduba e de Itaipus. A maior distância desse ob.servatório excepcional ao mar não chega a vinte quilômetros.
humanas do centro urbano de São Paulo
A largura da baixada, entre a Serra do
qual se implantaram as grandes obras
c do sistema hidro-elétrico da "Light". A \'ertente oceânica, entretanto, ao con
trário do que vinha acontecendo, desce
embora
os canais que repartem o sistema in
se aguça e se alteia. A vertente interna é suave, ainda, e se reparte em movimen
Mongaguá e os movimentos que se de bruçam sobre o canal da Bertioga, que a limitam, não ultrapassa cinqüenta qui
No colo onde se aprovinvin,
tes do Grande, fojador do
de aguas atUindcas, e as na.t^^fdõ Jundiai, e do Biriüba, contribuintes do Tieto
cujtu, aguas buscan, o
esti-eita-se a Serra do Mar, para aproxi-
mar-se amda mais do oceano. Entre o canal da Bertioga e o de São Sebas tião, deixa ainda uma estreitíssima fai xa, entre a sua estrutiua orográfica e' o
abruptamente sobre a baixada estreita
lômetros. Nessa área, canais, rios, bra ços de mar e mangues se confundem.
litoral, mas, desde êste canal, até onde
Da planície, subitamente, surge a mura
aperta-se junto ao mar, recortando-se em
santistas.
lha da Serra, fechando o horizonte.
cm que as formações aluvionais deixaram os traços imprecisos e confusos dos rios Sua majestade é enorme, e
sua aspereza aviilta. Em vão busca-se,
na linha ininterrupta da muralha, quase scntpre coberta de névoa, uma pa.ssagem favorável, um vale mai.s profundo,
Ao longo da larga curva assinalada
pelo canal da Bertioga, a Serra do Mar lança os seus esporões, separando os va
uni colo conci iante. O obstáculo é for
les profundos do Mogi, do Quilombo, do Jurubatuba e do Itapanhaú, cujo mais
midável e com traços de intransponível.
alto afluente, o Grande, com cabeceiras
Sua proximidade do oceano mais torna
que se aproximam do vale superior do
chega pelo esporão de Juqueriquerê.
enseada.s e grotas e semeando ilhas e
penínsulas. Só de quando em quando,
junto à barra do rio Juqueriquerê, ao longo de Ubatuba e de Ubatubamirim, deixa um anfiteatro, no qual se coloca ram núcleos de população. No mais, debruçada sobre as águas do oceano.
cil.
a
estrutura
oro
gráfica seja áspera e difí A grande dificuldade consiste, pre
cisamente, na sua vizinhança do ocea
no, onde não há possibilidade da mar gem de planície que permita o desen-
\'olvimento de caminhos que transpo nham a linha de cumiada.
No trecho
envolvente da baía da Ilha Grande, em
bora haja uma faixa de baixada, as
condições_ de transposição são mais di fíceis, porque as altitudes são malorc;; e a vertente é mais viva.
A grande particularidade do planal to, na região impropriamente conhecida como "norte de São Paulo", consiste na axistêncía e na função de seus vales transversais.
O lance sul da SeiTa do
Mar, entre as lindes paranaen.ses e a região de Piedade, conforme descreve
mos, onde a linha de cristas é oblíqua, em relação ao òceano, aproximando-se
V
20
Dicesto Econômico
dêl®
a proporção que se adentra em
território paulista, até colar-re a éle, esporàdicamente na zona do canal da
oertioga, e continuamente depois do canal de São Sebastião, — o lance sul da Serra, cuja distância do litoral é da orem de 100 quilômetros, as;;i;iala um
vale paralelo à costa, o do sistíma flu^"ial Ribeira-Juquiá. Trata-:;e, (íitretande um vale de baixada, cujo trecho ^perior é cavado e correntosíi de águas 6 que só se toma largo, baixo v franca mente indeciso, na confusão de seus
a 1.000 metro.s, a Serra de Paraibuna
que este busca o Paraitinga, do a'to
ou de Cunha, vai da junção do rio da
Tietc, e vai cntroncar-se com os pri
meiros movimento.s da Mantiqueira, na
qualquer mo\iincnto. Próxima ao ocea
região conhecida como Serra de Ita-
no, a menos de trinta c|uilóinctros dos recortes da baía da Ilha Grande, e de
O segundo vale é assinalado polo leito
peti, a'ém da cidade de Guararema e
do rio Paraitinga, que nasce próximo ao nó da Bocaina e é mais l{)ngo, mais
ao norte da de Mogi das Cruzes. Sua resistência ó que quebrou, no passado, o ímpeto da orientação do Paraíba, for
volumoso c mais fundo do que o ante rior.
Trata-se de extenso vale transx"er-
sal, sempre parale'o à costa, cm tômo do qual se polarizou grande parte da vida da gente regional. Próximo à cida de de Paraibuna, juntam-.se os dois rios,
A baixada sulina, realmente, ainda inecisa em sua formação e na e;;trutura ® definição de suas linhas, densamente
de faz a curva acentuada que inx'crte
a barra de Ararapira à do Ribeira, com
o Paraíba, que se orienta de este para oeste, até as alturas de Guararema, on extraordinariamente o seu curso, pí^s-
sando a marcá-lo de sudoeste para nor deste.
Assinala o curso do rio Paraíba, o
terceiro vale transversa! do planalto, nes
2 esconsa restinga da ilha Comprida, se seu lance. Separa-o do vale anterior, nada oferece de extraordinário. É uma do Paraítínga, o largo movimento das 3rnpla porta de entrada para o interior, Serras de Jambeiro e de Quebra-Cangae, històricamente, já foi (íssa a sua Iha, originado na região de Guararema
função, desde que em Cananéía come çava o caminho do Paraguai.
Os vales transversais do lance'norte
da Serra do Mar, ao contrário, são per
do altiplano, facilmente permeáveis e orientadores, em todas as direções, de
quele nome até o no da Bocaina, em
o Paraibuna e o Paraitinga, e surge daí
derivrar para um sistema ilhado, - desde
21
'inha ascendente.
cursos e na imprecisão dos mangues paustres depois que os dois foimadores se reúnem e que as águas busiam o litoral.
^balhada pelas águas, e que acf.ba por
Dicesto Econômico
e que se entronca, finalmente, em linha
ascendente, no nó da Bocaina.
A par-
ticu'aridadc do vale do Paraíba consis
te, precisamente, na sua origem: aí ve
çando-o à .singular reversão que produ
ziu o terceiro vale transversal a que nos vimos referindo. Velho caminho de civilização e anti-
ouíssinio polarizador de riqueza e de mo vimentos humanos, o vale tTans\ersal do paraíba, o mais longo e o mais impor tante dos três que singuhxrizam o pla nalto nesse lance, apresenta-se simulta neamente, como grande obstáculo, com ns divisores marginais e com as suas
liirgãs várzeas inundáveis, à penetração para o interior, e como imantador de todo sistema de comunicações entre os dois maiores focos econômicos e huma nos do país, a capital federal c a ca
pital paulista, função consideràvclmente
favorecida pela existência dos dois ou
tros vales transversais e respectivos cli\'ir,ore.s, entre ele e a orla litorânea, di visores de difícil transposição, em particu'ar a muralha da Serra do Mar, que
bruçada sobre a faixa osn que, estrei-
tando-se, o vale do Paraíba enfeixa as ' comunicações c fa\orcco as derivantos para o território mineiro, a Bocaina se
apveronta com função disjuntora e\idente, Nela ternuna o trecho paulista do planalto c ainda que considerações de delimitação política e administrativa não o fixassem, a sua função orográfica a apontaria como divisora entre duas zo-
na': específicas, a configurada no ter ritório paulista o a que nela começa e que, pela baixada dc Mangarutiba e de Santa Cruz, circunda pelos fundos o centro po'ítico do Rio de janeiro. Distinguimos, pois, nesta breve des
crição do planalto marginado pela Serra do Mar, que lhe fixa os lances mais frísantes, os três grandes lances: — o do Sul: entre os limites do Para
ná c a região dc Piedade; o do Centro: entre a região de Pie
dade è a região que vai do nó de Biritiba à Serra do Itapeti;
— o do Sul: entre esta região e o nó
feitamente estruturados. Trata-se de uma faixa territorial definida, acabada,
mos, ao lado da singularidade dos rios que nascem pró.vimo à" costa e buscam
separa o vale do Paraibuna do oceano.
com todas as suas linhas, salvo o leito
o interior, em amplíssimos cursos, favo recendo as penetrações, a outra /singula ridade, de um curso dágua volumoso
longo trabalho das águas, sobre essa
As características da região sulina do planalto são a sua distância do oceano
terra antiga e agora consolidada er
c a intcrposição de duas faixas inter
gue-se, nas cabeceiras dos vales do Pa
mediárias e um vale transversal de bai
que opera uma reversão sem igual na liidrografia brasileira. - Essa reversão^ é estabelecida pela obMqua orográfica do
raibana o do Paraitinga, e apertando o
xada, as facilidades para penetração ao
do Paraíba contra a Serra da Manti-
interior, desde a Serra, e a relativa fa-
planalto configurada na Serra de Gua
nem os divisores cfos vales transx-ersais
desde a baixada, — o largo arco forma
rarema.
c a própria Serra do Mar, ao norte do
do pela Serra do Mar constitui a porta principal do temtório paulista. As características da região central configuram-se principalmente na exten são do altiplano, antes de descair para o interior, na queda brusca da Serra, cons-*
tio rio Paraíba, — mas o leito em si, somente, — bem precisadas e firmes.
São vales de planalto, fortemente recor dados, com perfil marcado nitidamente. O primeiro dêles. do rio Paralbuna, surge da vizinhança entre a .Serra do Mar e o litoral, nesse lance de seu de senvolvimento. Margeia a costa, do
A Serra de Guararema, que se des
Por uma peculiaridade derivada do
qxieira, o nó da Bocaina. Nele se reú
arco da baía da Ilha Grande. Com as
O divisor entre este
prende da Serra do Mar, na altura do paralelo de Caraguatatuba, separa as águas do rio Lourenço Velho, contri
na ultrapassa os 1.800 metros e se apre
vale e o segundo, com cotas superiores
buinte do Paraibuna, já no trecho em
senta nua e extensa, dotada de campos
Jado interno da Serra, até o ])aralelo de hlbatuba e Guararema, quando inflete para o interior.
maiores, cotas do planalto, salvo algu mas da própria Mantiqueira, a Bocai
/
da Bocaina.
clidade para penetração ao planalto,"
{
20
Dicesto Econômico
dêl®
a proporção que se adentra em
território paulista, até colar-re a éle, esporàdicamente na zona do canal da
oertioga, e continuamente depois do canal de São Sebastião, — o lance sul da Serra, cuja distância do litoral é da orem de 100 quilômetros, as;;i;iala um
vale paralelo à costa, o do sistíma flu^"ial Ribeira-Juquiá. Trata-:;e, (íitretande um vale de baixada, cujo trecho ^perior é cavado e correntosíi de águas 6 que só se toma largo, baixo v franca mente indeciso, na confusão de seus
a 1.000 metro.s, a Serra de Paraibuna
que este busca o Paraitinga, do a'to
ou de Cunha, vai da junção do rio da
Tietc, e vai cntroncar-se com os pri
meiros movimento.s da Mantiqueira, na
qualquer mo\iincnto. Próxima ao ocea
região conhecida como Serra de Ita-
no, a menos de trinta c|uilóinctros dos recortes da baía da Ilha Grande, e de
O segundo vale é assinalado polo leito
peti, a'ém da cidade de Guararema e
do rio Paraitinga, que nasce próximo ao nó da Bocaina e é mais l{)ngo, mais
ao norte da de Mogi das Cruzes. Sua resistência ó que quebrou, no passado, o ímpeto da orientação do Paraíba, for
volumoso c mais fundo do que o ante rior.
Trata-se de extenso vale transx"er-
sal, sempre parale'o à costa, cm tômo do qual se polarizou grande parte da vida da gente regional. Próximo à cida de de Paraibuna, juntam-.se os dois rios,
A baixada sulina, realmente, ainda inecisa em sua formação e na e;;trutura ® definição de suas linhas, densamente
de faz a curva acentuada que inx'crte
a barra de Ararapira à do Ribeira, com
o Paraíba, que se orienta de este para oeste, até as alturas de Guararema, on extraordinariamente o seu curso, pí^s-
sando a marcá-lo de sudoeste para nor deste.
Assinala o curso do rio Paraíba, o
terceiro vale transversa! do planalto, nes
2 esconsa restinga da ilha Comprida, se seu lance. Separa-o do vale anterior, nada oferece de extraordinário. É uma do Paraítínga, o largo movimento das 3rnpla porta de entrada para o interior, Serras de Jambeiro e de Quebra-Cangae, històricamente, já foi (íssa a sua Iha, originado na região de Guararema
função, desde que em Cananéía come çava o caminho do Paraguai.
Os vales transversais do lance'norte
da Serra do Mar, ao contrário, são per
do altiplano, facilmente permeáveis e orientadores, em todas as direções, de
quele nome até o no da Bocaina, em
o Paraibuna e o Paraitinga, e surge daí
derivrar para um sistema ilhado, - desde
21
'inha ascendente.
cursos e na imprecisão dos mangues paustres depois que os dois foimadores se reúnem e que as águas busiam o litoral.
^balhada pelas águas, e que acf.ba por
Dicesto Econômico
e que se entronca, finalmente, em linha
ascendente, no nó da Bocaina.
A par-
ticu'aridadc do vale do Paraíba consis
te, precisamente, na sua origem: aí ve
çando-o à .singular reversão que produ
ziu o terceiro vale transversal a que nos vimos referindo. Velho caminho de civilização e anti-
ouíssinio polarizador de riqueza e de mo vimentos humanos, o vale tTans\ersal do paraíba, o mais longo e o mais impor tante dos três que singuhxrizam o pla nalto nesse lance, apresenta-se simulta neamente, como grande obstáculo, com ns divisores marginais e com as suas
liirgãs várzeas inundáveis, à penetração para o interior, e como imantador de todo sistema de comunicações entre os dois maiores focos econômicos e huma nos do país, a capital federal c a ca
pital paulista, função consideràvclmente
favorecida pela existência dos dois ou
tros vales transversais e respectivos cli\'ir,ore.s, entre ele e a orla litorânea, di visores de difícil transposição, em particu'ar a muralha da Serra do Mar, que
bruçada sobre a faixa osn que, estrei-
tando-se, o vale do Paraíba enfeixa as ' comunicações c fa\orcco as derivantos para o território mineiro, a Bocaina se
apveronta com função disjuntora e\idente, Nela ternuna o trecho paulista do planalto c ainda que considerações de delimitação política e administrativa não o fixassem, a sua função orográfica a apontaria como divisora entre duas zo-
na': específicas, a configurada no ter ritório paulista o a que nela começa e que, pela baixada dc Mangarutiba e de Santa Cruz, circunda pelos fundos o centro po'ítico do Rio de janeiro. Distinguimos, pois, nesta breve des
crição do planalto marginado pela Serra do Mar, que lhe fixa os lances mais frísantes, os três grandes lances: — o do Sul: entre os limites do Para
ná c a região dc Piedade; o do Centro: entre a região de Pie
dade è a região que vai do nó de Biritiba à Serra do Itapeti;
— o do Sul: entre esta região e o nó
feitamente estruturados. Trata-se de uma faixa territorial definida, acabada,
mos, ao lado da singularidade dos rios que nascem pró.vimo à" costa e buscam
separa o vale do Paraibuna do oceano.
com todas as suas linhas, salvo o leito
o interior, em amplíssimos cursos, favo recendo as penetrações, a outra /singula ridade, de um curso dágua volumoso
longo trabalho das águas, sobre essa
As características da região sulina do planalto são a sua distância do oceano
terra antiga e agora consolidada er
c a intcrposição de duas faixas inter
gue-se, nas cabeceiras dos vales do Pa
mediárias e um vale transversal de bai
que opera uma reversão sem igual na liidrografia brasileira. - Essa reversão^ é estabelecida pela obMqua orográfica do
raibana o do Paraitinga, e apertando o
xada, as facilidades para penetração ao
do Paraíba contra a Serra da Manti-
interior, desde a Serra, e a relativa fa-
planalto configurada na Serra de Gua
nem os divisores cfos vales transx-ersais
desde a baixada, — o largo arco forma
rarema.
c a própria Serra do Mar, ao norte do
do pela Serra do Mar constitui a porta principal do temtório paulista. As características da região central configuram-se principalmente na exten são do altiplano, antes de descair para o interior, na queda brusca da Serra, cons-*
tio rio Paraíba, — mas o leito em si, somente, — bem precisadas e firmes.
São vales de planalto, fortemente recor dados, com perfil marcado nitidamente. O primeiro dêles. do rio Paralbuna, surge da vizinhança entre a .Serra do Mar e o litoral, nesse lance de seu de senvolvimento. Margeia a costa, do
A Serra de Guararema, que se des
Por uma peculiaridade derivada do
qxieira, o nó da Bocaina. Nele se reú
arco da baía da Ilha Grande. Com as
O divisor entre este
prende da Serra do Mar, na altura do paralelo de Caraguatatuba, separa as águas do rio Lourenço Velho, contri
na ultrapassa os 1.800 metros e se apre
vale e o segundo, com cotas superiores
buinte do Paraibuna, já no trecho em
senta nua e extensa, dotada de campos
Jado interno da Serra, até o ])aralelo de hlbatuba e Guararema, quando inflete para o interior.
maiores, cotas do planalto, salvo algu mas da própria Mantiqueira, a Bocai
/
da Bocaina.
clidade para penetração ao planalto,"
{
••r. "
1
Dicesto EcoNÓ^aco
22
tituindo poderoso obstáculo k penetra ção desde o oceano, no acúmulo de re cursos de tôda ordem que tomam a re
gião de importância econômica capital.
Do ponto de vista especial das comu nicações, verificamos, assim:
planalto e a costa, na existência dos va
les transversais, na singularidade do lan çamento oblíquo do movimento da Serra de Guararema, na facilidade das co
municações em roçada, e na importân cia do nó disjuntor da Bocaina.
Poupança e Nacionalizações
— no Sul: facilidade relativa para pe netrantes;
As características da região do norte
apresentam-se na proximidade entre o
■ -'j
roçadas afastadas da costa;
Conferência proferida pelo prof. Louis Baudin, a
— no Centro; dificuldade para pene
23 dc abril do 1947, na Faculdade de Direito de
trantes mas existência de trabalhos con
São Paulo, sob os auspícios do /m/iíufo de Economia da Associação Comercial de São Paulo e Federação
sideráveis que as criaram;
— no Norte: dificuldade para pene
do Comércio do Estado de São Paulo.
trantes;
facilidade para roçadas.
A poupança o o capital podem ser en carados sob vários aspectos. Aparecem, primc."ramente, sob a forma de acumu lação de bens.
É a cons
tituição de estoque, de reservas, por meio do sacríficio das des
pesas, da redução dp consumo.
É a
previdência mais elementar, uma espé cie de antecipação do homem que se
quer pôr a salvo das vicissitudes da vida; e até mesmo alguns animais re correm à poupança.
Há dez anos atrás, nos Estados Unidos, o consumo semanal de enerp^ia elétrica era de 2.000.000.000 de kihwatts-hora; atualmente é de 4.500.000.000.
O total
Mas, além dessas reservas em es
de consumidor sobe a mais de 36.000.000. O consumo médio em cada residân-
pécie, há também a poupança de ca pital, definida às vezes como a uti lização produtiva dessas reservas. Quer dizer que o homem evoluído, o
ôia aumentou para 1.290,6 kilowatts-hora; há 10 anos era de 735, o que significa
aumento de 76%. Em alguns lugares, porém, onde a energia elétrica é muito barata, como no Estado de WaMngton, o consumo anual eleva-se, por residência, a 3.000 kiloícatís-hora.
O comércio e a indústria estão utilizando cada vez mais eletricidade.
Só a
produção do alumínio dispendeu 4.000.000.000 de kilowatts-hora, em 1940; hoje consome cêrca de 10.000.000.000. A capacidade das instalações geradoras era
em dezembro de 1946 de 50.303.660 kilowatts-hora, dos quais 14.849.036 kilo watts-hora, hidroelétricos 34.304.910 produzidos por vapor e 1.149.714 por com bustão interna.
Referindo-se à situação assim se manifestou o sr. Artur Goldsmith, diretor da
Divisão de Energia do Departamento do Interior: "Fizemos crescer demais as nossas indústrias. Agora somos forçados a apres
sar a execução dos planos de ampliação da produção de energia elétrica. "Toda a nação utiliza o seu sistema de energia elétrica quase ao máximo da
capacidade Consumimos 93% do total disponível. A produção ultrapassa nos úl
timos seis meses os máximos conseguidos durante a guerra. "Considerando que os 4,5% da média anual de expansão se mantenham no nircl dcsde 1930, necessitarcmos de mais 26.000.000 de kilowatts-hora, se Quisermos enfrentar o máximo que o consuma atingirá em 1957, sem cOntar corn
as reservas; se contarmos^ com essas, na razão de 15%, teremos que dispor de mats
84.000.000 de kilowatts".
i
iV.lU'» ft
i lfrlfti ittrtitiáll • '
homem econóhiico, adota uma forma
problema a tratar aqui não 6 ape O nas peculiar ao meu país; apre senta-se em todo o mundo. É o da pou pança de capital, cias medidas que a atingem e dos remédios que às mesmas se podem aplicar. É problema conhecido desde os roma
mais sábia — o investimento.
Este, quando feito por conta própria, para desenvolver o próprio negócio que
o capitalista dirige, chama-se auto-financiamento. Pode ser feito também sob a
forma de auxílio recíproco, quer como mutuante ou mutuário.
nos, que o encaravam, entretanto, do
Em última análise vemos, pois, que
ponto de vista moral. Mas mesmo an tes dêlcs, a humanidade sempre se preo cupou com as reservas de alimentos para
a poupança gera o capital. 'Há, entre tanto, uma condição para que se pense
sija subsistência. Robinson, na sua illia,
punha de lado os- víveres de que se proyia.
Os primitivos utilizavam-se de
em amealhar: é que o Estado inspire confiança. Só assim é possível incentivar os espíritos previdentes a 'acumular resq^^•as, quo irão alimentar as forças
arco e flexa para conseguir sobras de
produthas da nação. Só assim, também,
que necessitavam.
so favorecerá o desenvolvimento do espí-
••r. "
1
Dicesto EcoNÓ^aco
22
tituindo poderoso obstáculo k penetra ção desde o oceano, no acúmulo de re cursos de tôda ordem que tomam a re
gião de importância econômica capital.
Do ponto de vista especial das comu nicações, verificamos, assim:
planalto e a costa, na existência dos va
les transversais, na singularidade do lan çamento oblíquo do movimento da Serra de Guararema, na facilidade das co
municações em roçada, e na importân cia do nó disjuntor da Bocaina.
Poupança e Nacionalizações
— no Sul: facilidade relativa para pe netrantes;
As características da região do norte
apresentam-se na proximidade entre o
■ -'j
roçadas afastadas da costa;
Conferência proferida pelo prof. Louis Baudin, a
— no Centro; dificuldade para pene
23 dc abril do 1947, na Faculdade de Direito de
trantes mas existência de trabalhos con
São Paulo, sob os auspícios do /m/iíufo de Economia da Associação Comercial de São Paulo e Federação
sideráveis que as criaram;
— no Norte: dificuldade para pene
do Comércio do Estado de São Paulo.
trantes;
facilidade para roçadas.
A poupança o o capital podem ser en carados sob vários aspectos. Aparecem, primc."ramente, sob a forma de acumu lação de bens.
É a cons
tituição de estoque, de reservas, por meio do sacríficio das des
pesas, da redução dp consumo.
É a
previdência mais elementar, uma espé cie de antecipação do homem que se
quer pôr a salvo das vicissitudes da vida; e até mesmo alguns animais re correm à poupança.
Há dez anos atrás, nos Estados Unidos, o consumo semanal de enerp^ia elétrica era de 2.000.000.000 de kihwatts-hora; atualmente é de 4.500.000.000.
O total
Mas, além dessas reservas em es
de consumidor sobe a mais de 36.000.000. O consumo médio em cada residân-
pécie, há também a poupança de ca pital, definida às vezes como a uti lização produtiva dessas reservas. Quer dizer que o homem evoluído, o
ôia aumentou para 1.290,6 kilowatts-hora; há 10 anos era de 735, o que significa
aumento de 76%. Em alguns lugares, porém, onde a energia elétrica é muito barata, como no Estado de WaMngton, o consumo anual eleva-se, por residência, a 3.000 kiloícatís-hora.
O comércio e a indústria estão utilizando cada vez mais eletricidade.
Só a
produção do alumínio dispendeu 4.000.000.000 de kilowatts-hora, em 1940; hoje consome cêrca de 10.000.000.000. A capacidade das instalações geradoras era
em dezembro de 1946 de 50.303.660 kilowatts-hora, dos quais 14.849.036 kilo watts-hora, hidroelétricos 34.304.910 produzidos por vapor e 1.149.714 por com bustão interna.
Referindo-se à situação assim se manifestou o sr. Artur Goldsmith, diretor da
Divisão de Energia do Departamento do Interior: "Fizemos crescer demais as nossas indústrias. Agora somos forçados a apres
sar a execução dos planos de ampliação da produção de energia elétrica. "Toda a nação utiliza o seu sistema de energia elétrica quase ao máximo da
capacidade Consumimos 93% do total disponível. A produção ultrapassa nos úl
timos seis meses os máximos conseguidos durante a guerra. "Considerando que os 4,5% da média anual de expansão se mantenham no nircl dcsde 1930, necessitarcmos de mais 26.000.000 de kilowatts-hora, se Quisermos enfrentar o máximo que o consuma atingirá em 1957, sem cOntar corn
as reservas; se contarmos^ com essas, na razão de 15%, teremos que dispor de mats
84.000.000 de kilowatts".
i
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i lfrlfti ittrtitiáll • '
homem econóhiico, adota uma forma
problema a tratar aqui não 6 ape O nas peculiar ao meu país; apre senta-se em todo o mundo. É o da pou pança de capital, cias medidas que a atingem e dos remédios que às mesmas se podem aplicar. É problema conhecido desde os roma
mais sábia — o investimento.
Este, quando feito por conta própria, para desenvolver o próprio negócio que
o capitalista dirige, chama-se auto-financiamento. Pode ser feito também sob a
forma de auxílio recíproco, quer como mutuante ou mutuário.
nos, que o encaravam, entretanto, do
Em última análise vemos, pois, que
ponto de vista moral. Mas mesmo an tes dêlcs, a humanidade sempre se preo cupou com as reservas de alimentos para
a poupança gera o capital. 'Há, entre tanto, uma condição para que se pense
sija subsistência. Robinson, na sua illia,
punha de lado os- víveres de que se proyia.
Os primitivos utilizavam-se de
em amealhar: é que o Estado inspire confiança. Só assim é possível incentivar os espíritos previdentes a 'acumular resq^^•as, quo irão alimentar as forças
arco e flexa para conseguir sobras de
produthas da nação. Só assim, também,
que necessitavam.
so favorecerá o desenvolvimento do espí-
25
DicESTO EcoNÓAnco Digesto EcoNÓxaco
24
rito de iniciativa dos chefes de em presa.
' Todavia o problema não é tão sim ples quanto se poderia supor. Em eco nomia não se pode resolvê-lo colocan
gitava, absolutamente, de pôr em evi dência o caráter moral da poupança. Havia, é verdade, um saco cheio de
notas de banco, que 6 o símbolo mais mordaz do entesouramento, com dísti
O homem poupa;
cos "ad hoc" para assinalar o seu cará
a poupança se transforma em capital, e este, por sua vez, se transforma em
ter anti-nacional. Curioso: Não se encon
investimento, pois isto não é tudo.
nem à obrigação. O b(jnu.s de capital
do-o nestes termos:
O assunto de fato envolve um drama,
oriundo, talve^, de uni equívoco verbal.
No fundo o que existe é üma questão de terminologia. Senão vejamos.
trava referência alguma, nem à ação, apenas figurava na secção retrospecti
va. De surpresa em surpresa o indiví duo chegava à conclusão de se tratar de um gênero de poupança especial, uni
Poderia parecer que todo aquele in divíduo que consegue amealhar uma.cer ta quantidade de moedas seria consi derado um poupador. No entanto não é isso que se dá, a não ser que se trate de amigos. Estes poderão considerá-lo
"slogans" inscritos nas paredes lia-se a
como um indivíduo econômico. Os seus
inimigos dirão logo: e um capitalista.
camente destinada ao Estado.
Era uma
Rússia e França.
A população, ao penetrar no pavilhão, naturalmente ruminando os seus pensa mentos, dizia consigo Vai-se afinal
lazer justiça a Haq.agao Eis um temp'o elevado em honra a divindade Pou
pança" 'Mas desde logo se desiludia.
^ ^ '1" vetava dividido entre quatro naçoes: Estados
-""" FstaXs unidos, Inglaterra, Ca-
nada e
-insamente tratar-se sobretu-
va muito cunosameruc^ curioS" ^
d,- emprãdhn"^ públicos. A ques.,«-mca privada ünha sido,
do dií empi
lao da poupan^ V sem duvida,
a mística. Existe um'certo li\ro intitu lado "O Capital", em que ê.ste aparece como o inimigo público n.° 1. Mas ex
pliquemos: trata-se do capitalista, esse
terrível amcalhador. No entanto, censura-se também a quem poupa sem se
tomar capitalista. Entenda-se... Eis como se apresenta o problema. O mun do é bem singular! Na primeira parte desta minha cx-posição direi o que seja a poupança na
5.300.000 ton. de cereais
67.200.000 " " minerais de ferro 6.93S.OOO "
" cimento
650.000 cavalos 10.000.000 de hectolitros de \inho
575.600
"
" champanhe
Isto situará melhor o problema. Examinando-se mais detidamente os
dados niiméricos dèste período, verifi
periores às nossas possibilidades, ou mcllior, as despesas orçamentiírias eram
pital".
ça e, em particular, da nacionalização. iguais ou superiores à receita nacional.
Eis o que é uma ideologia. Ninguém nega a utilidade do capital. Mesmo nos
É assunto de que todo mundo fala sem
Em 1943, por exemplo, a despesa orça
Todavia, nos
palavra "Poupança" e não a palavra "Ca
Chegou-se a invocá-lo como instrumen to nacional. Assim, na Rússia, existiu o
Campos Elíseos, onde se viam hastea das as bandeiras das quatro grandes po tências: Estados Umdos, Inglaterra,
cialmente dc:
feitas; os ocupantes apropriaram-se ofi
Na segunda parte,ocupar-me-ei de cer tas medidas tomadas contra a poupan
Nada mais.
curioso.
paviUião muito elegante, levantado nos
ça do capital e para o capital. Vejamos agora o reverso da medalha:
ca-se ainda um fato singular. É que em certos anos as nossas despesas foram su
pública.
Estados socialistas tem-se necessidade do
te isto é em 1945. Constava de um
der melhor a importância das requisições
França.
poupança investida em título.s da dívida
O que é pior é que o nosso homem não mudou de personalidade! Eis um fato
Como prova cito o caso da exposição sobre a Poupança, realizada recentemen
Alguns dados lhes peiinitirão apreen
agricultores. Todo um conjunto de dis posições tendentes a favorecer a poupan
capital.
Sem êle o Estado periclitaria.
que se chama de "poupança forçada", isto é, lançamento de empréstimos públi cos de tomada mais ou menos obrigató
saber do que se trata.
A França sofreu uma descapitalização
considerável, pois as perdas de capital, sob a ocupação, foram enormes, não
mentária montou a 450 bilhões de fran
cos. O total da receita não atingiu, po rém, êste mimero.
Como explicar-se o fato? Explica-se
pela descapitalização. Uma parte desta apenas em conseqüência das tremendas soma representa justamente as anteci destruições de guerra, mas também em virtude da pilhagem, efetuada pelos
pações feitas sôbre o capital nacional.
ocupantes de maneira metódica e sá
É o que chamamos agora, em economia,
operário, por exemplo, era forçado a
bia, não somente sob a forma de requi sições e de indenizações pagas parti
dimentos provindos da degradação do
entregar parte de seu salário, como em
cularmente pelo Banco de França, mas
préstimo, ao Estado, como provam vá rios dos trabalhos púb'icados sobre a
também sob a forma de aquisições a baixo preço, graças ao estabelecimento de uma paridade do cambio do franco cm .relação ao marco alemão. Por este processo eliminaram-se também as con tas deficitárias, pois que não podíamos cobrar a enorme dívida da Alemanha
ria.
A coação era de ordem moral.
O
Rúss;a, antes dá guerra.
Na Alemanha
existia a mesma coisa.
O • mesmo se
deu na França, sob a ocupação. Na Alemanha concediam-se privile gies especiais a todos quantos economi zassem. Existia a "poupança de feira para os operários; à conta de "investi
para conosco. O custo total da ocupa
mentos" para os empreendedores; à con
ção foi estimado, antes da última avaiiação, em cinco bilhões de francos. É
ta de "mercadorias" para o merceeiro;
um número que nada nos diz, visto
do "estoque" para os comerciantes; á
ser evidentemente de ordem astronô
conta de "reservas", destinadas a com-
mica!
peiísar o esgotamento do solo, para os
de "falsos rendimentos", ou seja, de ren
capital ou da sua transformação em renda. Assim, por exemplo, no caso de impossibilidade de reconstituir o estoque, de amortizar suficientemente o mate
rial, de conservar os instrumentos, de ali mentar os homens de maneira satisfató
ria, ocorrem perdas de substância, que constituem os "falsos rendimentos".
O nosso país era outrora um pais de grande poupança. Não ha, pois, moti vos para se supor que, sob a ocupação, essa caracte*-ística psicológica sofresse qualquer alteração. Depois da guerra de 1914/18, apesar das grandes perdas
25
DicESTO EcoNÓAnco Digesto EcoNÓxaco
24
rito de iniciativa dos chefes de em presa.
' Todavia o problema não é tão sim ples quanto se poderia supor. Em eco nomia não se pode resolvê-lo colocan
gitava, absolutamente, de pôr em evi dência o caráter moral da poupança. Havia, é verdade, um saco cheio de
notas de banco, que 6 o símbolo mais mordaz do entesouramento, com dísti
O homem poupa;
cos "ad hoc" para assinalar o seu cará
a poupança se transforma em capital, e este, por sua vez, se transforma em
ter anti-nacional. Curioso: Não se encon
investimento, pois isto não é tudo.
nem à obrigação. O b(jnu.s de capital
do-o nestes termos:
O assunto de fato envolve um drama,
oriundo, talve^, de uni equívoco verbal.
No fundo o que existe é üma questão de terminologia. Senão vejamos.
trava referência alguma, nem à ação, apenas figurava na secção retrospecti
va. De surpresa em surpresa o indiví duo chegava à conclusão de se tratar de um gênero de poupança especial, uni
Poderia parecer que todo aquele in divíduo que consegue amealhar uma.cer ta quantidade de moedas seria consi derado um poupador. No entanto não é isso que se dá, a não ser que se trate de amigos. Estes poderão considerá-lo
"slogans" inscritos nas paredes lia-se a
como um indivíduo econômico. Os seus
inimigos dirão logo: e um capitalista.
camente destinada ao Estado.
Era uma
Rússia e França.
A população, ao penetrar no pavilhão, naturalmente ruminando os seus pensa mentos, dizia consigo Vai-se afinal
lazer justiça a Haq.agao Eis um temp'o elevado em honra a divindade Pou
pança" 'Mas desde logo se desiludia.
^ ^ '1" vetava dividido entre quatro naçoes: Estados
-""" FstaXs unidos, Inglaterra, Ca-
nada e
-insamente tratar-se sobretu-
va muito cunosameruc^ curioS" ^
d,- emprãdhn"^ públicos. A ques.,«-mca privada ünha sido,
do dií empi
lao da poupan^ V sem duvida,
a mística. Existe um'certo li\ro intitu lado "O Capital", em que ê.ste aparece como o inimigo público n.° 1. Mas ex
pliquemos: trata-se do capitalista, esse
terrível amcalhador. No entanto, censura-se também a quem poupa sem se
tomar capitalista. Entenda-se... Eis como se apresenta o problema. O mun do é bem singular! Na primeira parte desta minha cx-posição direi o que seja a poupança na
5.300.000 ton. de cereais
67.200.000 " " minerais de ferro 6.93S.OOO "
" cimento
650.000 cavalos 10.000.000 de hectolitros de \inho
575.600
"
" champanhe
Isto situará melhor o problema. Examinando-se mais detidamente os
dados niiméricos dèste período, verifi
periores às nossas possibilidades, ou mcllior, as despesas orçamentiírias eram
pital".
ça e, em particular, da nacionalização. iguais ou superiores à receita nacional.
Eis o que é uma ideologia. Ninguém nega a utilidade do capital. Mesmo nos
É assunto de que todo mundo fala sem
Em 1943, por exemplo, a despesa orça
Todavia, nos
palavra "Poupança" e não a palavra "Ca
Chegou-se a invocá-lo como instrumen to nacional. Assim, na Rússia, existiu o
Campos Elíseos, onde se viam hastea das as bandeiras das quatro grandes po tências: Estados Umdos, Inglaterra,
cialmente dc:
feitas; os ocupantes apropriaram-se ofi
Na segunda parte,ocupar-me-ei de cer tas medidas tomadas contra a poupan
Nada mais.
curioso.
paviUião muito elegante, levantado nos
ça do capital e para o capital. Vejamos agora o reverso da medalha:
ca-se ainda um fato singular. É que em certos anos as nossas despesas foram su
pública.
Estados socialistas tem-se necessidade do
te isto é em 1945. Constava de um
der melhor a importância das requisições
França.
poupança investida em título.s da dívida
O que é pior é que o nosso homem não mudou de personalidade! Eis um fato
Como prova cito o caso da exposição sobre a Poupança, realizada recentemen
Alguns dados lhes peiinitirão apreen
agricultores. Todo um conjunto de dis posições tendentes a favorecer a poupan
capital.
Sem êle o Estado periclitaria.
que se chama de "poupança forçada", isto é, lançamento de empréstimos públi cos de tomada mais ou menos obrigató
saber do que se trata.
A França sofreu uma descapitalização
considerável, pois as perdas de capital, sob a ocupação, foram enormes, não
mentária montou a 450 bilhões de fran
cos. O total da receita não atingiu, po rém, êste mimero.
Como explicar-se o fato? Explica-se
pela descapitalização. Uma parte desta apenas em conseqüência das tremendas soma representa justamente as anteci destruições de guerra, mas também em virtude da pilhagem, efetuada pelos
pações feitas sôbre o capital nacional.
ocupantes de maneira metódica e sá
É o que chamamos agora, em economia,
operário, por exemplo, era forçado a
bia, não somente sob a forma de requi sições e de indenizações pagas parti
dimentos provindos da degradação do
entregar parte de seu salário, como em
cularmente pelo Banco de França, mas
préstimo, ao Estado, como provam vá rios dos trabalhos púb'icados sobre a
também sob a forma de aquisições a baixo preço, graças ao estabelecimento de uma paridade do cambio do franco cm .relação ao marco alemão. Por este processo eliminaram-se também as con tas deficitárias, pois que não podíamos cobrar a enorme dívida da Alemanha
ria.
A coação era de ordem moral.
O
Rúss;a, antes dá guerra.
Na Alemanha
existia a mesma coisa.
O • mesmo se
deu na França, sob a ocupação. Na Alemanha concediam-se privile gies especiais a todos quantos economi zassem. Existia a "poupança de feira para os operários; à conta de "investi
para conosco. O custo total da ocupa
mentos" para os empreendedores; à con
ção foi estimado, antes da última avaiiação, em cinco bilhões de francos. É
ta de "mercadorias" para o merceeiro;
um número que nada nos diz, visto
do "estoque" para os comerciantes; á
ser evidentemente de ordem astronô
conta de "reservas", destinadas a com-
mica!
peiísar o esgotamento do solo, para os
de "falsos rendimentos", ou seja, de ren
capital ou da sua transformação em renda. Assim, por exemplo, no caso de impossibilidade de reconstituir o estoque, de amortizar suficientemente o mate
rial, de conservar os instrumentos, de ali mentar os homens de maneira satisfató
ria, ocorrem perdas de substância, que constituem os "falsos rendimentos".
O nosso país era outrora um pais de grande poupança. Não ha, pois, moti vos para se supor que, sob a ocupação, essa caracte*-ística psicológica sofresse qualquer alteração. Depois da guerra de 1914/18, apesar das grandes perdas
y•
26
Dicesto Eco^-ó^aco 27
Dicesto Econômico
sofridas, a poupança francesa, já em' moeda. Devemos ter presente sempre o 1934, estava completamente refeita. Foi "real", isto c, a quantidade de bens
parte, e de outra parte o juro -f a mais
mais de alta de salário, de abalos so
o que se chamou de "milagre da pou
representada pela moeda, para evitarmos
valia da cotação de câmbio. Feita esta
ciais como os de nosso tempo, não é
pança".
a influência da.s variações monetárias.
ressalva estou ao abrigo de qualquer
culou-se representar a mesma uma quin
Por exemplo, em matéria de salário fa- ,
crítica.
o juro o fator de maior Importância e, sim, o hicro, de uma parte, e o custo
ta parte da receita de França, o que é um número ponderável. E note-se que
Ia-se muito mais de "salário real" do
falamos de poupança voluntária.
Daí
Porque o "real" é que interessa ao ope
provém a sua fôrça, a sua grandeza, a
rário, isto é, aquilo que o seu salá
quanto às obrigações (rendimentos fi
Os ataques que se têm feito à pou
rio lhe permite comprar. Em matéria de juros, fala-se em "nominal". Não
xos): 100 a 356. Isto significa que as
pança e ao capital parecem-nos, pois,
somas anualmente percebidas não com
excessi\os. Senão, vejamos qual a parte
E ainda antes de 1939 cal
sua moralidade. Trata-se de uma redu
ção volunt^ia das despesas, tendo em vista os investimentos e a contribui ção a economia nacional. Muitas vezes
o govêmo teve oportunidade de render
homenagem a essa poupança, e, em particular, o presidente Paul Reynaud, quando, em 1939, tendo feito um apôlo ao capital que se refugiara no e.strangeTo, viu-o voltar em grande massa ao país.
I
Tem-se tentado, agora, instaurar, na
França, a poupança forçada.
A pri
meira experiência feita, sob a forma de
instituição do "Pecúlio", data de 1945.
Este pecúlio consiste na retenção de parte dos vencimentos dos funcionários,
parte essa de que não podem dispor até o momento de decidir o govêmo libe rá-la. Pois bem: à vista dos protes tos e das dificuldades suscitadas, o go verno não teve remédio senão revogar
que de "salário nominal".
ça forçada.
Mas, indagar-se-á: Para incentivar a capitalização haverá necessidade de se
blicos mesmo não têm dúvidas sobre
o índice do juro real: 100 a 610; e,
cksell, Kevnes, etc., exagerou êste ponto.
É
atr.buída ao capital, proporcionalmente
uma incongruência. Não há razão para não se falar também de "juro real", isto é, de um rendimento do capital, en
vida. De fato os juros e os dividendos,
ao conjunto das despesas; é mínima em
há juro real.
Porque?
Não sei.
neste caso, nada mais representam que
comparação com a parte atribuída aos salários e ao Estado, como
carado não mais como monetário, mas
antecipações do próprio capital. O juro real, no e.xemplo dado, é negativo. Este
real em relação ao índice do custo da
é um resultado assustador.
vida, servindo justamente para se poder
Mas isso prova, mais uma \ez, que
mostram
algumas cifras mais ou menos caracte- -
rísticas. Em meu país, em 1937, ha via 265 grandes sociedades, das quais
apreciar a realidade do rendimento. Vamos ver, portanto, o que é este "ju
na realidade, quem amealha fá-lo maiSs
185 distribuíram dividendos.
por espírito de previdência, por segu
examinarmos o total das despesas dessas
ro real" por analogia com o "salário
rança, do que visando um lucro ou juro. pai, nos tempos de depressão, procurar
real".
Façamos o cálculo do juro real, to mando por base o período de 1914 a 1939, portanto, de antes da guerra.
a 610
obrigações:
liar as conseqüências, para quem poupa,
Temos:
índice custo da vida: 100 a 734
índice juro real
adquirir de preferência ações ao- invés de obrigações, na expectativa de que a cotação das ações suba concomitantemente com a alta dos preços de custo da vida, o que é normal. No entanto, com as obrigações já não se dá o mesmo. Desde logo podem-se ava
i
ações: 100
Mas se
finnas verificaremos que a parte corres
pondente a salários representa 66,2% dêsse total; 25,6% a dos pagamentos efe tuados ao, Estado, revertendo aos acio
nistas apenas 8,2%. Aí está a diferença.
Consulte-se agora, para o ano de 1946, o que há, portanto, de mais recente, a estatística da • Confederação Geral do
Trabalho, publicada pelo seu jornal "Ee ■ Peuple", em março de 1947. Talvez
da. transformação das suas ações em
não seja uma estatística muito exala.
obrigações; sofre com isso uma verda deira penalidade, pois que as obrigações
Todavia a sua tendência será sempre
custo da vida, em França, subiu de ín
estão expostas ao risco da depreciação
dice: 100 a 734.
monetária. Faço aqui uma digressão teórica: Te
ao capital. Verifica-se que, no conjunto da receita nacional, a distribuição é feita na proporção de 42,5% para o as
100 a 356
Pelos dados acima verificamos que o Quanto ao juro temos a observar o
eliminar a poupança, que tanto serviço .seguinte: Quando se tem à disposição tem prestado ao país? Esta poupança é, títulos, valores mobiliários, ações ou na realidade, mais desinteressada do que obrigações, beneficiamo-nos não do juro, se pode imaginar. Aliás, os poderes pú mas da mais valia da cotação do câm Sabemos que em matéria de rendi
bio, que pode também ser negativa. Mas havendo mais valia, esta precisa ser considerada. Por conseguinte o que apa
mento convém não nos atermos ao "no
rece não é o custo da vida em relação
minal", ou seja, ao número expresso em
ao juro e, sim, o custo da vida de uma
isso, pelas seguintes razões:
do produção, de outra, passando o juro para segundo plano. A escola de Wi-
Pois bem, verificamos, quanto às ações,
pensam a alta de preços do custo da
a medida. Foi impossível mantê-la. Não
há clima, em nosso país, para a poupan
Porque?
que produzem rendimentos variáveis, ser
no sentido de exagerar a parte relativa
salariado e de 41,1% para o capitalista.
mos de concluir que o papel do juro não pode ser o de produzir os resulta dos que se vêem. Também as escolas
E, pois, verdadeiramente, pouca coisa.
econômicas que assentam sua tese sô-
um mínimo vital, que não existe em
brc a "taxa de juro" (taxa de juro natu ral, neutra, de equilíbrio) não se aper cebem da pouca importância que algu mas vêzes isso na realidade representa,
França senão recentemente.
para quem poupa. Incontestàvelmente, parado empreendedor, em períodos anor-
Fala-se aliás, para os assalariados de E porque
não se falará também de mínimo vital
para o amealhador? problema.-
Aí está pôsto o
Trata-se afinal de contas de uma mís
tica, de origem puramente afetiva. To-
y•
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Dicesto Eco^-ó^aco 27
Dicesto Econômico
sofridas, a poupança francesa, já em' moeda. Devemos ter presente sempre o 1934, estava completamente refeita. Foi "real", isto c, a quantidade de bens
parte, e de outra parte o juro -f a mais
mais de alta de salário, de abalos so
o que se chamou de "milagre da pou
representada pela moeda, para evitarmos
valia da cotação de câmbio. Feita esta
ciais como os de nosso tempo, não é
pança".
a influência da.s variações monetárias.
ressalva estou ao abrigo de qualquer
culou-se representar a mesma uma quin
Por exemplo, em matéria de salário fa- ,
crítica.
o juro o fator de maior Importância e, sim, o hicro, de uma parte, e o custo
ta parte da receita de França, o que é um número ponderável. E note-se que
Ia-se muito mais de "salário real" do
falamos de poupança voluntária.
Daí
Porque o "real" é que interessa ao ope
provém a sua fôrça, a sua grandeza, a
rário, isto é, aquilo que o seu salá
quanto às obrigações (rendimentos fi
Os ataques que se têm feito à pou
rio lhe permite comprar. Em matéria de juros, fala-se em "nominal". Não
xos): 100 a 356. Isto significa que as
pança e ao capital parecem-nos, pois,
somas anualmente percebidas não com
excessi\os. Senão, vejamos qual a parte
E ainda antes de 1939 cal
sua moralidade. Trata-se de uma redu
ção volunt^ia das despesas, tendo em vista os investimentos e a contribui ção a economia nacional. Muitas vezes
o govêmo teve oportunidade de render
homenagem a essa poupança, e, em particular, o presidente Paul Reynaud, quando, em 1939, tendo feito um apôlo ao capital que se refugiara no e.strangeTo, viu-o voltar em grande massa ao país.
I
Tem-se tentado, agora, instaurar, na
França, a poupança forçada.
A pri
meira experiência feita, sob a forma de
instituição do "Pecúlio", data de 1945.
Este pecúlio consiste na retenção de parte dos vencimentos dos funcionários,
parte essa de que não podem dispor até o momento de decidir o govêmo libe rá-la. Pois bem: à vista dos protes tos e das dificuldades suscitadas, o go verno não teve remédio senão revogar
que de "salário nominal".
ça forçada.
Mas, indagar-se-á: Para incentivar a capitalização haverá necessidade de se
blicos mesmo não têm dúvidas sobre
o índice do juro real: 100 a 610; e,
cksell, Kevnes, etc., exagerou êste ponto.
É
atr.buída ao capital, proporcionalmente
uma incongruência. Não há razão para não se falar também de "juro real", isto é, de um rendimento do capital, en
vida. De fato os juros e os dividendos,
ao conjunto das despesas; é mínima em
há juro real.
Porque?
Não sei.
neste caso, nada mais representam que
comparação com a parte atribuída aos salários e ao Estado, como
carado não mais como monetário, mas
antecipações do próprio capital. O juro real, no e.xemplo dado, é negativo. Este
real em relação ao índice do custo da
é um resultado assustador.
vida, servindo justamente para se poder
Mas isso prova, mais uma \ez, que
mostram
algumas cifras mais ou menos caracte- -
rísticas. Em meu país, em 1937, ha via 265 grandes sociedades, das quais
apreciar a realidade do rendimento. Vamos ver, portanto, o que é este "ju
na realidade, quem amealha fá-lo maiSs
185 distribuíram dividendos.
por espírito de previdência, por segu
examinarmos o total das despesas dessas
ro real" por analogia com o "salário
rança, do que visando um lucro ou juro. pai, nos tempos de depressão, procurar
real".
Façamos o cálculo do juro real, to mando por base o período de 1914 a 1939, portanto, de antes da guerra.
a 610
obrigações:
liar as conseqüências, para quem poupa,
Temos:
índice custo da vida: 100 a 734
índice juro real
adquirir de preferência ações ao- invés de obrigações, na expectativa de que a cotação das ações suba concomitantemente com a alta dos preços de custo da vida, o que é normal. No entanto, com as obrigações já não se dá o mesmo. Desde logo podem-se ava
i
ações: 100
Mas se
finnas verificaremos que a parte corres
pondente a salários representa 66,2% dêsse total; 25,6% a dos pagamentos efe tuados ao, Estado, revertendo aos acio
nistas apenas 8,2%. Aí está a diferença.
Consulte-se agora, para o ano de 1946, o que há, portanto, de mais recente, a estatística da • Confederação Geral do
Trabalho, publicada pelo seu jornal "Ee ■ Peuple", em março de 1947. Talvez
da. transformação das suas ações em
não seja uma estatística muito exala.
obrigações; sofre com isso uma verda deira penalidade, pois que as obrigações
Todavia a sua tendência será sempre
custo da vida, em França, subiu de ín
estão expostas ao risco da depreciação
dice: 100 a 734.
monetária. Faço aqui uma digressão teórica: Te
ao capital. Verifica-se que, no conjunto da receita nacional, a distribuição é feita na proporção de 42,5% para o as
100 a 356
Pelos dados acima verificamos que o Quanto ao juro temos a observar o
eliminar a poupança, que tanto serviço .seguinte: Quando se tem à disposição tem prestado ao país? Esta poupança é, títulos, valores mobiliários, ações ou na realidade, mais desinteressada do que obrigações, beneficiamo-nos não do juro, se pode imaginar. Aliás, os poderes pú mas da mais valia da cotação do câm Sabemos que em matéria de rendi
bio, que pode também ser negativa. Mas havendo mais valia, esta precisa ser considerada. Por conseguinte o que apa
mento convém não nos atermos ao "no
rece não é o custo da vida em relação
minal", ou seja, ao número expresso em
ao juro e, sim, o custo da vida de uma
isso, pelas seguintes razões:
do produção, de outra, passando o juro para segundo plano. A escola de Wi-
Pois bem, verificamos, quanto às ações,
pensam a alta de preços do custo da
a medida. Foi impossível mantê-la. Não
há clima, em nosso país, para a poupan
Porque?
que produzem rendimentos variáveis, ser
no sentido de exagerar a parte relativa
salariado e de 41,1% para o capitalista.
mos de concluir que o papel do juro não pode ser o de produzir os resulta dos que se vêem. Também as escolas
E, pois, verdadeiramente, pouca coisa.
econômicas que assentam sua tese sô-
um mínimo vital, que não existe em
brc a "taxa de juro" (taxa de juro natu ral, neutra, de equilíbrio) não se aper cebem da pouca importância que algu mas vêzes isso na realidade representa,
França senão recentemente.
para quem poupa. Incontestàvelmente, parado empreendedor, em períodos anor-
Fala-se aliás, para os assalariados de E porque
não se falará também de mínimo vital
para o amealhador? problema.-
Aí está pôsto o
Trata-se afinal de contas de uma mís
tica, de origem puramente afetiva. To-
Dicesto Econômico
dos os capitais são considerados, em prin nesto, que funda sua fortuna na pou
reduzir certos impostos. O impôsto sôbre o capital desapareceu. Foi substi tuído pelo chamado "impôsto de solida riedade". A taxa do impôsto sobre trans
pança e no trabalho, e o "gangster",
missão de imóveis foi reduzida u me
cipio, como mal adquiridos. Nenhuma discriminação se faz entre o homem ho que Hra suas vantagens do câmbio negro. A essa mística injusta, pode-se juntar
ainda uma série de distinções que se não justificam também. A distinção que se faz, por exemplo, entre os ricos e os pobres, ou como se diz corrente
mente, entre os grandes e os pequenos, não passa de uma simplificação. Certas c.asses são identificadas com os grandes:
^ dos empreendedores, dos proprietários de terras, etc. Outras, como a dos operários, são identificadas com os pe quenos. Porque? É coisa que escapa
ao domínio da lógica.
Exemplifique
is mos: A situação do proprietário de imó-
^ veis é das mais miseráveis. Foi comple tamente despojado de sua propriedade pela última lei. No entanto, está colo
cado na categoria dos grandes, dos ca pitalistas.
Nada interessante.
Outro
exemplo: Constituiu-se uma associação de defesa dos portadores de títulos das
minas de carvão. Mas como existissem nessa associação alguns "grandes" porta dores, constituiu-se no norte, em Va-
lenciana, uma associação para defesa dos
"pequenos" portadores de valores de mi nas de carvão. Êstes pequenos portado res, no entanto, não possuem menos de 260 mil francos em ações de minas de
,
e dispor apenas de quotas limitadas. A sua atuação é, pois, cerceada. Embora se saiba disso não se procura remediar a falta. Resultado: os agrupamentos de defesa de portadores de valores são agrupamentos fracos. Como quer que seja, acaba de ser lançado um movimento pelo jornal "O
Ainda com o intuito de incentivar a
poupança, e a exemplo do que se fez
nos países anglo-saxões, adotou o gover
Fígaro"-
no uma série de medidas de propagan da. Criaram-se, em França, "comitês" listas.
um Comitê de ação e coordenação da
Constituíam esses "comitês" as
Fa
Tem por fim desenvolver entre êles o
para não se estabelecer analogia entre
tando-se como se trata de tão grande número. Cada um tem apenas um inte resse limitado, e, por isso, todos os mo vimentos tentados até agora têm sido
ça, de Companlúas de Eletricidade, e
mística.
recentemente de Minas de Carvão.
adoção de uma série de medidas. Tra
permitindo-lhes pleitear em juízo a de
tou-se assim, em França, de suprimir ou
fesa de seus direitos e interesses.
Mas por que razão os Estados Unidos hão de se sentii obrigados a investir os
seus caoítais de preferência na França? Tanto 'poderão investi-los na França, como em qualquer parte da Europa ou da América 1,atina.
Talvez prefiram me;.ino o Exti emo Oriente, para onde,
ça, Mas, objetar-se-á: na hipótese de
fonte dc capital que não se deve subes
Os Estados Unidos são, pois, uma
timar, mas com a qual não se deve con
governantes, dizem: Os Estados Uni dos têm necessidade de mercado para
os seus capitais. É bem verdade que os
países fortemente industrializados e de
A
hoje em dia muito mais limitados, exis
não fornecer a poupança capitais sufi cientes, poder-se-á ir buscá-los no ex
E os teóricos, vindo em^ socorro dos
En-
Apenas,
como os dois j rimeiros elementos estão
multo mais do que se imagina, se vol
res de capitais.
1884, que lhes faculta meios de ação,
um lado, e o desenvolvimento técnico de outro, alteraram a situação.
tam neste memento os seus olhos, do ponto de vista econômico.
exemplo, dos Estados Unidos. Os Es tados Unidos são os maiores fornecedo
Mas
SC restabeleço por uma baixa de rendi mento, por uma depressão. Esta even tualidade podia ser evitada outrora gra ças as saídas. Mas o aumento rápido da população o a extensão territorial de
nais, o mesmo se pode dizer da poupan
É o que pensam os governantes, por
a legislação não os favorece. De fato. Os agrupamentos sob a for ma de sindicato são regidos pela lei de
Pois bem,
Neste caso o equilíbrio
um e outro. Se o.s operários cons tituem os alicerces das economias nacio
terior.
insignificantes. Criaram-se ultimamente várias enti
dizem catão:
Eis i> rtciocínio teórico.
sentimento de solidariedade, tal como se dá entre os operários. Não há razão
Mas eles mesmos procuram agora de fender-se. É bem difícil, entretanto, tra
cxaminiula pelos teóricos.
fesa. Esta associação transformou-se há
ção Geral dos Pequenos Capitalistas.
listas.
poupança superior às possibilidades de invcstímonto. Esta é a hipótese muito
globa todos os antigos Comitês de De
pouco mais de um mês em Confedera
ziam a propaganda em favor da pou pança, emitindo e distribuindo, por exemplo, "selos.de poupança", etc. Seria preferível que o governo, ao invés de encorajar a poupança, procuras se não desencorajar os pequenos capita
país industrializado existe sempre o ris co do, < m dado momento, tomar-se a
te de fato o receio da superveniência de depressão sem um correlativo aiunento das possibilidades de investimento em nível ce.paz de absorver as poupanças.
dores de Valores Mobiliários, que en
chamadas "células orgânicas", funcio nando nas cidades, junto às fábricas, aos hotéis, aos escritórios, às escolas.
Trata-se da constituição de
classe média. Existe ainda a Associação dos Porta
locais, formados pelos pequenos capita
dades ou agrupamentos de defesa dos
Para atraí-los o govêipo promoveu a
de 1901. Não podem receber doações,
rios de todo um ano.
portadores de valores do Banco de Fran
porque precisam de capitais.
tão, sob o império da lei das associações,
o rendimento total dos valores imobiliá
Afinal tudo se resume numa questão de palavras. Aliás é o característico da
necessidade de incentivar a poupança,
tituir sindicatos profissionais. Ficam, en
em certos anos, chegou a ser maior que
29
DicESTo EcoNÓ^^co
tretanto, como poupar não é profissão, não podem os pequenos capitalistas cons
tade. De fato era excessiva. Imagine-se que a renda provinda desse imposto,
carvão. Já é um número considerável.
Mas o fato é que os governantes têm
T
tar sempre.
Aí esiá como se nos apresenta o pro
blema da poupança e do capital. Examinemos agora, rapidamente, as medidas tomadas e que, em suma, não visam sunão atingir o capital e a pou pança.
Em meu país houve uma série delas. N;io filio das inevitáveis, como as de
preciações monetárias, a desvalorização,
elevado padrão de vida, têm tendên cia à poupança. É o caso dos Estados
etc. f^alo de medidas típicas, visando
Unidos.
o capital e a poupança.
Mas justamente por ser um
Dicesto Econômico
dos os capitais são considerados, em prin nesto, que funda sua fortuna na pou
reduzir certos impostos. O impôsto sôbre o capital desapareceu. Foi substi tuído pelo chamado "impôsto de solida riedade". A taxa do impôsto sobre trans
pança e no trabalho, e o "gangster",
missão de imóveis foi reduzida u me
cipio, como mal adquiridos. Nenhuma discriminação se faz entre o homem ho que Hra suas vantagens do câmbio negro. A essa mística injusta, pode-se juntar
ainda uma série de distinções que se não justificam também. A distinção que se faz, por exemplo, entre os ricos e os pobres, ou como se diz corrente
mente, entre os grandes e os pequenos, não passa de uma simplificação. Certas c.asses são identificadas com os grandes:
^ dos empreendedores, dos proprietários de terras, etc. Outras, como a dos operários, são identificadas com os pe quenos. Porque? É coisa que escapa
ao domínio da lógica.
Exemplifique
is mos: A situação do proprietário de imó-
^ veis é das mais miseráveis. Foi comple tamente despojado de sua propriedade pela última lei. No entanto, está colo
cado na categoria dos grandes, dos ca pitalistas.
Nada interessante.
Outro
exemplo: Constituiu-se uma associação de defesa dos portadores de títulos das
minas de carvão. Mas como existissem nessa associação alguns "grandes" porta dores, constituiu-se no norte, em Va-
lenciana, uma associação para defesa dos
"pequenos" portadores de valores de mi nas de carvão. Êstes pequenos portado res, no entanto, não possuem menos de 260 mil francos em ações de minas de
,
e dispor apenas de quotas limitadas. A sua atuação é, pois, cerceada. Embora se saiba disso não se procura remediar a falta. Resultado: os agrupamentos de defesa de portadores de valores são agrupamentos fracos. Como quer que seja, acaba de ser lançado um movimento pelo jornal "O
Ainda com o intuito de incentivar a
poupança, e a exemplo do que se fez
nos países anglo-saxões, adotou o gover
Fígaro"-
no uma série de medidas de propagan da. Criaram-se, em França, "comitês" listas.
um Comitê de ação e coordenação da
Constituíam esses "comitês" as
Fa
Tem por fim desenvolver entre êles o
para não se estabelecer analogia entre
tando-se como se trata de tão grande número. Cada um tem apenas um inte resse limitado, e, por isso, todos os mo vimentos tentados até agora têm sido
ça, de Companlúas de Eletricidade, e
mística.
recentemente de Minas de Carvão.
adoção de uma série de medidas. Tra
permitindo-lhes pleitear em juízo a de
tou-se assim, em França, de suprimir ou
fesa de seus direitos e interesses.
Mas por que razão os Estados Unidos hão de se sentii obrigados a investir os
seus caoítais de preferência na França? Tanto 'poderão investi-los na França, como em qualquer parte da Europa ou da América 1,atina.
Talvez prefiram me;.ino o Exti emo Oriente, para onde,
ça, Mas, objetar-se-á: na hipótese de
fonte dc capital que não se deve subes
Os Estados Unidos são, pois, uma
timar, mas com a qual não se deve con
governantes, dizem: Os Estados Uni dos têm necessidade de mercado para
os seus capitais. É bem verdade que os
países fortemente industrializados e de
A
hoje em dia muito mais limitados, exis
não fornecer a poupança capitais sufi cientes, poder-se-á ir buscá-los no ex
E os teóricos, vindo em^ socorro dos
En-
Apenas,
como os dois j rimeiros elementos estão
multo mais do que se imagina, se vol
res de capitais.
1884, que lhes faculta meios de ação,
um lado, e o desenvolvimento técnico de outro, alteraram a situação.
tam neste memento os seus olhos, do ponto de vista econômico.
exemplo, dos Estados Unidos. Os Es tados Unidos são os maiores fornecedo
Mas
SC restabeleço por uma baixa de rendi mento, por uma depressão. Esta even tualidade podia ser evitada outrora gra ças as saídas. Mas o aumento rápido da população o a extensão territorial de
nais, o mesmo se pode dizer da poupan
É o que pensam os governantes, por
a legislação não os favorece. De fato. Os agrupamentos sob a for ma de sindicato são regidos pela lei de
Pois bem,
Neste caso o equilíbrio
um e outro. Se o.s operários cons tituem os alicerces das economias nacio
terior.
insignificantes. Criaram-se ultimamente várias enti
dizem catão:
Eis i> rtciocínio teórico.
sentimento de solidariedade, tal como se dá entre os operários. Não há razão
Mas eles mesmos procuram agora de fender-se. É bem difícil, entretanto, tra
cxaminiula pelos teóricos.
fesa. Esta associação transformou-se há
ção Geral dos Pequenos Capitalistas.
listas.
poupança superior às possibilidades de invcstímonto. Esta é a hipótese muito
globa todos os antigos Comitês de De
pouco mais de um mês em Confedera
ziam a propaganda em favor da pou pança, emitindo e distribuindo, por exemplo, "selos.de poupança", etc. Seria preferível que o governo, ao invés de encorajar a poupança, procuras se não desencorajar os pequenos capita
país industrializado existe sempre o ris co do, < m dado momento, tomar-se a
te de fato o receio da superveniência de depressão sem um correlativo aiunento das possibilidades de investimento em nível ce.paz de absorver as poupanças.
dores de Valores Mobiliários, que en
chamadas "células orgânicas", funcio nando nas cidades, junto às fábricas, aos hotéis, aos escritórios, às escolas.
Trata-se da constituição de
classe média. Existe ainda a Associação dos Porta
locais, formados pelos pequenos capita
dades ou agrupamentos de defesa dos
Para atraí-los o govêipo promoveu a
de 1901. Não podem receber doações,
rios de todo um ano.
portadores de valores do Banco de Fran
porque precisam de capitais.
tão, sob o império da lei das associações,
o rendimento total dos valores imobiliá
Afinal tudo se resume numa questão de palavras. Aliás é o característico da
necessidade de incentivar a poupança,
tituir sindicatos profissionais. Ficam, en
em certos anos, chegou a ser maior que
29
DicESTo EcoNÓ^^co
tretanto, como poupar não é profissão, não podem os pequenos capitalistas cons
tade. De fato era excessiva. Imagine-se que a renda provinda desse imposto,
carvão. Já é um número considerável.
Mas o fato é que os governantes têm
T
tar sempre.
Aí esiá como se nos apresenta o pro
blema da poupança e do capital. Examinemos agora, rapidamente, as medidas tomadas e que, em suma, não visam sunão atingir o capital e a pou pança.
Em meu país houve uma série delas. N;io filio das inevitáveis, como as de
preciações monetárias, a desvalorização,
elevado padrão de vida, têm tendên cia à poupança. É o caso dos Estados
etc. f^alo de medidas típicas, visando
Unidos.
o capital e a poupança.
Mas justamente por ser um
n,' • V/,-
'r*
30
Tomemos, por exemplo, o imposto de bre o capital e sobre o enriquecimen
so.idariedade. Impôsto a um tempo sôto. Ac^iràvelmente feito do ponto de vista técnico. Tudo foi previsto com uma minúcia extraordinária, a ponto de constituir um castigo para o contribuinte ter de preencher os formulários. En
carado como levantamento de dados para pesquisas, completas e precisas, é admi
rável. Já o mesmo não se pode dizer do ponto de vista do contribuinte.
A taxação de um impôsto deverá ser tanto quanto possível simples e inteligíL ^ atrito. reduzir Éaodomínimo as possibilidades de A B C da ciência das finanças. A nada disso se
||i atendeu no caso. Além disso, uma taxação de impôsto que oprima o capital não se pode con
siderar válida. Compreende-se que uma nação, para reconstituir suas finanças,
se socorra do lançamento de impostos.
Mas se os faz incidir sôbre o capital, acarreta uma perda, que se refletirá num orçamento deficitário.
A medida adotada não pode, pois, ser aprovada cientificamente.
O contribuinte francês deve guardar ainda lembrança da dupla declaração que teve de fazer: em 1.° de janeiro
de 1940 e em 4 de junho de 1945, por ocasião da revisão do impôsto. Exigia-sc então que se aplicassem as re gras válidas em matéria de imjjôsto de sucessão. Em outras palavras: tinha-se
Drct^xo Econômico
é que, em fins de 1944, houve necessi
dade de se baixar uma espécie de por taria determinando só se permitirem, dentro das circunscrições parisienses, re quisições de qualquer maquinismo para atender necessidades imperiosas. Foram também adotadas medidas de
ordem agrícola estabelecendo uma ver dadeira co-propriedade rural, ou antes,
uma verdadeira propriedade em provei to do explorador. Chegamos agora à iiltima e mais im portante das medidas adotadas e de que muito se falou: a nacionalização. Nacionalização, neste caso, não quer
dizer tornar uma empresa estrangeira
nacional.
Absolutamente não se trata
disso. É simplesmente a nacionalização de empresa já nacional! A palavra "nacionalização" tomou-se uma mística.
Revestiu-se do valor em
prestado a palavra "nacional" que, de pois da libertação, não podia ser pro nunciada sem provocar as mais violen tas reações.
Tinha o dom de • um ex-
31
Digesto Econômico
cionaMzação com cstalização.
Ê um
grande erro, na jninha opinião. Aliás
cionalização. Não valeria a pena empre
isso.
gar outra pala\Ta para designar coisa já conhecida.
o que provocou a seguinte frase de Hér-
janeiro de 1940 e se ia proceder à liqüi-
riot: "Palavras há, como a nacional, se
dação da própria fortuna. Foi' o que
melhantes a um tambor; de grande res
se chamou de "funerais dos vivos".
sonância e nenhum conteúdo".
O segundo processo empregado foi a requisição, de que se usou e abusou a ponto de exigir algumas vôzes a inter ferência da administração a fim de ar
tarde adquiriu um certo conteúdo... Quando, depois da libertação, se fa lou em nacionalização, estabeleceu-se um equívoco. Muitos autores, e mesmo
refecer o zêlo dos seus agentes. Assim
verdadeiramente sábios, confundem na-
Mais
Comprova-o a nacionalização das mi
da propriedade de uma emprêsa priva da. Digo á "nação", e não ao "Estado",
emprêsa nacionaliziida, no Passo de Ca lais, compunha-se de 9 representante,s do Estado, 8 dos empregados, 5 dos usufrutuários e 2 representantes das socie
o que são coisas diferentes. O.s socialis
dades de defesa dos pequenos capitalis
A nacionalização consiste exatamente
na lran.sferência á "nação" da gestão o
tas acentuam bem, o com razão, a dife
tas.
rença. Veremos porque.
desta última categoria foram elimina dos. É o resultado a que se chega,
O que é nação, neste caso?
Sim,
nem sempre o Estado representa a na
Posteriormente os representantes
isto é: pa.ssar os consumidores para o
ção. Portanto, a nação não é o Estado. segundo plano c, afinal, eliminá-los. Não serão também os funcionários, a Talvez possa ser então a"
burocrácia.
população, representada por tôdas as suas categorias.
Para que haja, pois, transferência de
gestão de uma empresa à nação, é pre ciso que a diretoria da emprêsa naciona
assim constituído, pertencerá a proprie dade do negócio nacionalizado.
de imaginar que se morrera em 1.° de
tras categorias. Eis como c\-oluiu tudo
nas de carvão; em 1944, a direção da
Já cm 1919 se cuidara da questão da nacionalização da indústria. Isto signi fica ser preciso imprimir aos serviços
muita briga em tômo da palavra. Foi
Na
um êrro que não foi cometido pelo.s ho mens políticos. Êstcs sempre distingui ram, com cuidado, a cstalização da na
plosivol Esta "nacicrialização" remonta a 1919.
a esse tempo já havia multa discussão e
Afinal, \'iu-se surgir o Estado; ^
acompanharam-no os empregados.
.sombra, cm segundo plano, conservaram-.se os reprcscnlantes de algumas ou
lizada seja constituída de representantes jas diferentes categorias de que se com
públicos, que se ocupam de negócios industriais, uma gestão autônoma, por forma comparável à dos negócios priva dos. É uma excelente aspiração. Mas
noria.
põe a população. Ao comitê de direção,
Na administração restam assim ape
nas os representantes do Estado e da Confederação Geral do Trabalho.
Os
operários começam, então, a lançar mão dos argumentos dos liberais contra a gestão do Estado: e.xcesso de burocratização, hipertrofia do funcionalismo, etc. E por fim são os sindicatos operários que agarram essas empresas. A evo lução é muito característica. Mas o que nos interessa são as con
seqüências advindas para ós acionistas; I os portadores de ações não só foram Em 1919, por exemplo, vejamos quais eliminado.s da gestão, mas também e.xeram as pessoas que faziam parte da propríados e pagos em obrigações su direção das emprêsas nacionalizadas. jeitas à desvalorização e á tôda sorte Todavia, na prática, quais são as ca
tegorias de população consideradas?
Eram os operários, os técnicos, os usuá
de risco,s.
rios, os consumidores, os empreendedo-
Aliás é o que pede o manifesto social-
j-es e mesmo, em pequena minoria, os
comunista de 2 de março de 1945. Digo
intelectuais.
social-comunista por ter sido assinado conjuntamente pelos dirigentes de ambos os partidos. É relativo à nacionalização.
Êstes não foram respeita
dos por muito tempo, sendo logo elimi nados.
À*medida que os projetos de naciona lização se sucederam, foram sendo pos tas de lado certas categorias da popu lação, outras passaram a constituir mi
Está tudo bem explícito; é preciso re
tirar a propriedade ao capital privado, isto é, expropriar os aconistas, mediante o pagamento de uma simples renda \à-
n,' • V/,-
'r*
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Tomemos, por exemplo, o imposto de bre o capital e sobre o enriquecimen
so.idariedade. Impôsto a um tempo sôto. Ac^iràvelmente feito do ponto de vista técnico. Tudo foi previsto com uma minúcia extraordinária, a ponto de constituir um castigo para o contribuinte ter de preencher os formulários. En
carado como levantamento de dados para pesquisas, completas e precisas, é admi
rável. Já o mesmo não se pode dizer do ponto de vista do contribuinte.
A taxação de um impôsto deverá ser tanto quanto possível simples e inteligíL ^ atrito. reduzir Éaodomínimo as possibilidades de A B C da ciência das finanças. A nada disso se
||i atendeu no caso. Além disso, uma taxação de impôsto que oprima o capital não se pode con
siderar válida. Compreende-se que uma nação, para reconstituir suas finanças,
se socorra do lançamento de impostos.
Mas se os faz incidir sôbre o capital, acarreta uma perda, que se refletirá num orçamento deficitário.
A medida adotada não pode, pois, ser aprovada cientificamente.
O contribuinte francês deve guardar ainda lembrança da dupla declaração que teve de fazer: em 1.° de janeiro
de 1940 e em 4 de junho de 1945, por ocasião da revisão do impôsto. Exigia-sc então que se aplicassem as re gras válidas em matéria de imjjôsto de sucessão. Em outras palavras: tinha-se
Drct^xo Econômico
é que, em fins de 1944, houve necessi
dade de se baixar uma espécie de por taria determinando só se permitirem, dentro das circunscrições parisienses, re quisições de qualquer maquinismo para atender necessidades imperiosas. Foram também adotadas medidas de
ordem agrícola estabelecendo uma ver dadeira co-propriedade rural, ou antes,
uma verdadeira propriedade em provei to do explorador. Chegamos agora à iiltima e mais im portante das medidas adotadas e de que muito se falou: a nacionalização. Nacionalização, neste caso, não quer
dizer tornar uma empresa estrangeira
nacional.
Absolutamente não se trata
disso. É simplesmente a nacionalização de empresa já nacional! A palavra "nacionalização" tomou-se uma mística.
Revestiu-se do valor em
prestado a palavra "nacional" que, de pois da libertação, não podia ser pro nunciada sem provocar as mais violen tas reações.
Tinha o dom de • um ex-
31
Digesto Econômico
cionaMzação com cstalização.
Ê um
grande erro, na jninha opinião. Aliás
cionalização. Não valeria a pena empre
isso.
gar outra pala\Ta para designar coisa já conhecida.
o que provocou a seguinte frase de Hér-
janeiro de 1940 e se ia proceder à liqüi-
riot: "Palavras há, como a nacional, se
dação da própria fortuna. Foi' o que
melhantes a um tambor; de grande res
se chamou de "funerais dos vivos".
sonância e nenhum conteúdo".
O segundo processo empregado foi a requisição, de que se usou e abusou a ponto de exigir algumas vôzes a inter ferência da administração a fim de ar
tarde adquiriu um certo conteúdo... Quando, depois da libertação, se fa lou em nacionalização, estabeleceu-se um equívoco. Muitos autores, e mesmo
refecer o zêlo dos seus agentes. Assim
verdadeiramente sábios, confundem na-
Mais
Comprova-o a nacionalização das mi
da propriedade de uma emprêsa priva da. Digo á "nação", e não ao "Estado",
emprêsa nacionaliziida, no Passo de Ca lais, compunha-se de 9 representante,s do Estado, 8 dos empregados, 5 dos usufrutuários e 2 representantes das socie
o que são coisas diferentes. O.s socialis
dades de defesa dos pequenos capitalis
A nacionalização consiste exatamente
na lran.sferência á "nação" da gestão o
tas acentuam bem, o com razão, a dife
tas.
rença. Veremos porque.
desta última categoria foram elimina dos. É o resultado a que se chega,
O que é nação, neste caso?
Sim,
nem sempre o Estado representa a na
Posteriormente os representantes
isto é: pa.ssar os consumidores para o
ção. Portanto, a nação não é o Estado. segundo plano c, afinal, eliminá-los. Não serão também os funcionários, a Talvez possa ser então a"
burocrácia.
população, representada por tôdas as suas categorias.
Para que haja, pois, transferência de
gestão de uma empresa à nação, é pre ciso que a diretoria da emprêsa naciona
assim constituído, pertencerá a proprie dade do negócio nacionalizado.
de imaginar que se morrera em 1.° de
tras categorias. Eis como c\-oluiu tudo
nas de carvão; em 1944, a direção da
Já cm 1919 se cuidara da questão da nacionalização da indústria. Isto signi fica ser preciso imprimir aos serviços
muita briga em tômo da palavra. Foi
Na
um êrro que não foi cometido pelo.s ho mens políticos. Êstcs sempre distingui ram, com cuidado, a cstalização da na
plosivol Esta "nacicrialização" remonta a 1919.
a esse tempo já havia multa discussão e
Afinal, \'iu-se surgir o Estado; ^
acompanharam-no os empregados.
.sombra, cm segundo plano, conservaram-.se os reprcscnlantes de algumas ou
lizada seja constituída de representantes jas diferentes categorias de que se com
públicos, que se ocupam de negócios industriais, uma gestão autônoma, por forma comparável à dos negócios priva dos. É uma excelente aspiração. Mas
noria.
põe a população. Ao comitê de direção,
Na administração restam assim ape
nas os representantes do Estado e da Confederação Geral do Trabalho.
Os
operários começam, então, a lançar mão dos argumentos dos liberais contra a gestão do Estado: e.xcesso de burocratização, hipertrofia do funcionalismo, etc. E por fim são os sindicatos operários que agarram essas empresas. A evo lução é muito característica. Mas o que nos interessa são as con
seqüências advindas para ós acionistas; I os portadores de ações não só foram Em 1919, por exemplo, vejamos quais eliminado.s da gestão, mas também e.xeram as pessoas que faziam parte da propríados e pagos em obrigações su direção das emprêsas nacionalizadas. jeitas à desvalorização e á tôda sorte Todavia, na prática, quais são as ca
tegorias de população consideradas?
Eram os operários, os técnicos, os usuá
de risco,s.
rios, os consumidores, os empreendedo-
Aliás é o que pede o manifesto social-
j-es e mesmo, em pequena minoria, os
comunista de 2 de março de 1945. Digo
intelectuais.
social-comunista por ter sido assinado conjuntamente pelos dirigentes de ambos os partidos. É relativo à nacionalização.
Êstes não foram respeita
dos por muito tempo, sendo logo elimi nados.
À*medida que os projetos de naciona lização se sucederam, foram sendo pos tas de lado certas categorias da popu lação, outras passaram a constituir mi
Está tudo bem explícito; é preciso re
tirar a propriedade ao capital privado, isto é, expropriar os aconistas, mediante o pagamento de uma simples renda \à-
ir
32
Digesto Econômico
talícia. Ê o que se propõe no ma
período e, principalmente, depois da li
nifesto.
bertação.
^
Para deixar bem claro o que seja a nacionalizaçãi»,. encarada sob este as
pecto, cito o exemplo das minas de car\'ão, em trança, por ser o carvão matéria prima absolutamente essencial.
Não se
cia capital. Beprescntavam, em 1939,
e no
mais de três quartos da energia franceía. Siüiarn-se principalmente na região norte do^ país. Por êste motivo, desde o comèço, estendeu-se^ a nacionalização, de preferência, sôbre o que se chama de Grande Bacia das Companhias de Minas
legislativa.
momento
não existia
lais. Estas companhias distinguem-se
minoria, não podiam influir na compo sição do comitê de direção. Indaga-se: Porque esta pré-nacionaÜzação? Porque tomar tal medida con
pe.o seu caráter familíal. Os seus títulos
tra companhias que não a mereceram?
(é o que especialmente nos interessa aqui) são e sempre foram tonsidera-
do.s, sobretudo pelas pessoas do norte, como verdadeiras cadernetas de Caixa
Econômica. Têm como acioni.stas prin cipalmente pequenos empregailos, inú meros operários aposentados, comercian tes, etc.
No norte encontram-se desses
A-s razões constam da exposição de motivas da lei de 1944. Era preciso fa
cilitar o estabelecimento de um plano nacional de produção. Mas de há muito
era o Estado quem fixava os salários,
as condições de trabalho, o preço de
para isso.
dessas sociedades possuem menos de 20
Existia, entretanto, um segundo mo tivo, também indicado: a criação de
títulos nunca foram objeto de especula ras prestaram inestimáveis seiviços, em
pregando grande número de estudantes
que, assim, puderam deixar dé partir para a Alemanha.
Não valia a pena nacionalizar só
c ima favorável ao aumento da produ ção.^ O.fracasso da nacionalização em matéria de rendimento tinha sido total.
É o que se pode verificar comparan do-se os dados seguintes:
Ao todo, 38.000
Mirias de carvão
franceses encontraram emprego nas mi-, nas de carvão. Em constíqüência disso,
Rendimento médio da mina, por ope rário, em quilogramas
buído pelas companhias. É um sistema defeituoso, á Nista de praticarem as com
menta o efetivo, o preço de custo da
vando a outra parte para melhorar e
panhias considerável auto-financiamen-
Distribuíam apenas a metade dos
produção toma-se muito elevado. Foi estender as minas. A adoção desse cri preciso, portanto, aumentar o preço de tério exigiria, pois, uma retificação dos venda. Não podendo o Estado e.xage-
dados tomados como base da indeni
rar o prsÇ® venda, teve de conce der uma subvenção para a produção, o ue afinal de contas corresponde a um aumento de despesa para o Estado.
zação a pagar.
Do ponto de vista da qualidade ressentiu-se também a produção. O car vão extraído das minas nacionais apre sentava impurezas e manchas. A princípio nacionalizaram-se apenas as minas do Norte e do Passo de Calais. As minas do centro e do sul, sendo gran des constituíam um embaraço ao meca nismo da nacionalização. Eis a prova do que, de inicio, ante
Urr^ segundo processo consiste em tomar como base a cotação da Bôlsa:
se as ações estão cotadas pelo valor x, a indenização será paga nessa base x. Deplorável. As cotações da Bôlsa não
representam o valor dos bens de uma sociedade. A apuração desse valor de pende de pesquisas, do estudo da oferta e da procura, do "quantum" dos rendi mentos e de vários outros elementos
que nada têm a ver com a cotação dos títulos de uma sociedade.
O terceiro processo consiste em se fa zer um inventário dos bens srfciais, um
inventário descritivo e estimativo.
Foi
assim previsto na lei de 1944. Todavia, ao se efetivarem as naciona
dar um resultado favorável. Todo mun
lizações, renunciou-se ao levantamento
deste inventário, sem apresentar qual quer justificativa. Adotou-se então o
1.136
ca se considerou com justiça a atua
1940 (1." trimestre) . . .
1.298
nalização, ao contrário, tomou-se defini
ção dessas minas de carvio dur;mle êsse
1946 (março) . . . . . .
854
l íÉttÜÉtM-ii
Pode-se pagar uma indenização, to mando como base o dividendo distri
seus lucros, ou talvez menos, reser
1938
Faço menção a êste falo porqr-e nun
Viírios são os
quando o rendimento decresce e se au
do verificou o fracasso. ^Ai estão os números comprovando-o. Dôvia-se, por conseguinte, pôr um pa radeiro a essa experiência. Mas a nacio
presos.
de ações?
sistemas.
to.
cipei. Esta nacionalização não poderia
muitos dos seus adminisiradoies foram
portadores
isso o nivcl de produção havia de au mentar de certo modo. Todavia compreende-se bem que
Estado.
venda e decretava o racionamento. Fal ção.
ção. São títulos de pais de família. Sob a ocupação, as sociedades minei
ram, em 1947, a mais de 300.000. Com
tava apenas a sua intromissão na dire
acionistas em tôda parte. 90% dos acio Por outio lado esses
f'*
Encarada a nacionalização desse ponto de vista não há do que se felicitar o
nistas compreendidos no núm(!ro total títulos cada um.
tando os vários efetivos. Foi o que se fez. Os efetivos totais, que em fins de 1938 eram de 226.200 mineiros, passa-
Desti-
mento de uma indenização irrisória, de
as minas.
Como se livrarem, neste caso, dos'
tuiram-se os dirigentes mediante o paga modo que os acionistas, ficando em
1.162
Como aumentar a produção? Aumen
assembléia
Que se fez então?
1.229
Loire
pais:
dava-lhes autonomia financeira e perso nalidade jurídica. Transformar a gestão poderia fazê-lo por uma .simples ordem
Brugogne c Nivemais:
Em 1946, pela lei de 17 de maio, criou-se a "Charbonnage de France", isto é, uma espécie de grande "trust" de Estado, abrangendo todo o teritório na cional c tendo à sua disposição todas
Rendimento, cm "março de 1948", das
O ato de constituição administrativa
seria transferir a propriedade.
83
minas não nacionalizadas, do centro do
das minas do Norte e do Passo dc Calais
As minas de carvão são de importân
de Carvão do Norte e do Passo de Ca
Digesto Econômico
tiva. É que se trata de uma místical
critério da cotação dos títulos em Bôl sa para base da indenização a pagar. O critério adotado, além de falhb é
perigoso.
O período de referência to-
ir
32
Digesto Econômico
talícia. Ê o que se propõe no ma
período e, principalmente, depois da li
nifesto.
bertação.
^
Para deixar bem claro o que seja a nacionalizaçãi»,. encarada sob este as
pecto, cito o exemplo das minas de car\'ão, em trança, por ser o carvão matéria prima absolutamente essencial.
Não se
cia capital. Beprescntavam, em 1939,
e no
mais de três quartos da energia franceía. Siüiarn-se principalmente na região norte do^ país. Por êste motivo, desde o comèço, estendeu-se^ a nacionalização, de preferência, sôbre o que se chama de Grande Bacia das Companhias de Minas
legislativa.
momento
não existia
lais. Estas companhias distinguem-se
minoria, não podiam influir na compo sição do comitê de direção. Indaga-se: Porque esta pré-nacionaÜzação? Porque tomar tal medida con
pe.o seu caráter familíal. Os seus títulos
tra companhias que não a mereceram?
(é o que especialmente nos interessa aqui) são e sempre foram tonsidera-
do.s, sobretudo pelas pessoas do norte, como verdadeiras cadernetas de Caixa
Econômica. Têm como acioni.stas prin cipalmente pequenos empregailos, inú meros operários aposentados, comercian tes, etc.
No norte encontram-se desses
A-s razões constam da exposição de motivas da lei de 1944. Era preciso fa
cilitar o estabelecimento de um plano nacional de produção. Mas de há muito
era o Estado quem fixava os salários,
as condições de trabalho, o preço de
para isso.
dessas sociedades possuem menos de 20
Existia, entretanto, um segundo mo tivo, também indicado: a criação de
títulos nunca foram objeto de especula ras prestaram inestimáveis seiviços, em
pregando grande número de estudantes
que, assim, puderam deixar dé partir para a Alemanha.
Não valia a pena nacionalizar só
c ima favorável ao aumento da produ ção.^ O.fracasso da nacionalização em matéria de rendimento tinha sido total.
É o que se pode verificar comparan do-se os dados seguintes:
Ao todo, 38.000
Mirias de carvão
franceses encontraram emprego nas mi-, nas de carvão. Em constíqüência disso,
Rendimento médio da mina, por ope rário, em quilogramas
buído pelas companhias. É um sistema defeituoso, á Nista de praticarem as com
menta o efetivo, o preço de custo da
vando a outra parte para melhorar e
panhias considerável auto-financiamen-
Distribuíam apenas a metade dos
produção toma-se muito elevado. Foi estender as minas. A adoção desse cri preciso, portanto, aumentar o preço de tério exigiria, pois, uma retificação dos venda. Não podendo o Estado e.xage-
dados tomados como base da indeni
rar o prsÇ® venda, teve de conce der uma subvenção para a produção, o ue afinal de contas corresponde a um aumento de despesa para o Estado.
zação a pagar.
Do ponto de vista da qualidade ressentiu-se também a produção. O car vão extraído das minas nacionais apre sentava impurezas e manchas. A princípio nacionalizaram-se apenas as minas do Norte e do Passo de Calais. As minas do centro e do sul, sendo gran des constituíam um embaraço ao meca nismo da nacionalização. Eis a prova do que, de inicio, ante
Urr^ segundo processo consiste em tomar como base a cotação da Bôlsa:
se as ações estão cotadas pelo valor x, a indenização será paga nessa base x. Deplorável. As cotações da Bôlsa não
representam o valor dos bens de uma sociedade. A apuração desse valor de pende de pesquisas, do estudo da oferta e da procura, do "quantum" dos rendi mentos e de vários outros elementos
que nada têm a ver com a cotação dos títulos de uma sociedade.
O terceiro processo consiste em se fa zer um inventário dos bens srfciais, um
inventário descritivo e estimativo.
Foi
assim previsto na lei de 1944. Todavia, ao se efetivarem as naciona
dar um resultado favorável. Todo mun
lizações, renunciou-se ao levantamento
deste inventário, sem apresentar qual quer justificativa. Adotou-se então o
1.136
ca se considerou com justiça a atua
1940 (1." trimestre) . . .
1.298
nalização, ao contrário, tomou-se defini
ção dessas minas de carvio dur;mle êsse
1946 (março) . . . . . .
854
l íÉttÜÉtM-ii
Pode-se pagar uma indenização, to mando como base o dividendo distri
seus lucros, ou talvez menos, reser
1938
Faço menção a êste falo porqr-e nun
Viírios são os
quando o rendimento decresce e se au
do verificou o fracasso. ^Ai estão os números comprovando-o. Dôvia-se, por conseguinte, pôr um pa radeiro a essa experiência. Mas a nacio
presos.
de ações?
sistemas.
to.
cipei. Esta nacionalização não poderia
muitos dos seus adminisiradoies foram
portadores
isso o nivcl de produção havia de au mentar de certo modo. Todavia compreende-se bem que
Estado.
venda e decretava o racionamento. Fal ção.
ção. São títulos de pais de família. Sob a ocupação, as sociedades minei
ram, em 1947, a mais de 300.000. Com
tava apenas a sua intromissão na dire
acionistas em tôda parte. 90% dos acio Por outio lado esses
f'*
Encarada a nacionalização desse ponto de vista não há do que se felicitar o
nistas compreendidos no núm(!ro total títulos cada um.
tando os vários efetivos. Foi o que se fez. Os efetivos totais, que em fins de 1938 eram de 226.200 mineiros, passa-
Desti-
mento de uma indenização irrisória, de
as minas.
Como se livrarem, neste caso, dos'
tuiram-se os dirigentes mediante o paga modo que os acionistas, ficando em
1.162
Como aumentar a produção? Aumen
assembléia
Que se fez então?
1.229
Loire
pais:
dava-lhes autonomia financeira e perso nalidade jurídica. Transformar a gestão poderia fazê-lo por uma .simples ordem
Brugogne c Nivemais:
Em 1946, pela lei de 17 de maio, criou-se a "Charbonnage de France", isto é, uma espécie de grande "trust" de Estado, abrangendo todo o teritório na cional c tendo à sua disposição todas
Rendimento, cm "março de 1948", das
O ato de constituição administrativa
seria transferir a propriedade.
83
minas não nacionalizadas, do centro do
das minas do Norte e do Passo dc Calais
As minas de carvão são de importân
de Carvão do Norte e do Passo de Ca
Digesto Econômico
tiva. É que se trata de uma místical
critério da cotação dos títulos em Bôl sa para base da indenização a pagar. O critério adotado, além de falhb é
perigoso.
O período de referência to-
i
34
Dicesto Econômico ^
mado já engloba o intervalo de tempo em que a cotação dos títulos sofreu uma
baixa, justamente em virtude da ameaça da nacionalização. Em conseqüência, a
midores, da Confederação Geral do Tra balho, muitas vêzes designados pelo pró prio ministro.
As emprêsas nacionalizadas são sem
indenização ficará reduzida a uma soma
pre deficitárias. É fato cuja compro\a-
insuficiente.
ção tem abalada a opinião pública.
Aí estão resultados contrários ao que se buscava. Mas não passaram os mesroos de todo desapercebidos. Apesar da místca, a opinião pública começou a se agitar, provocando a promulgação
de dois decretos recentes, do mês de ja neiro. Por esses decretos foi nomeada uma comissão encarregada de examinar contas das Minas de Carvão de Fran-
dando parecer sobre a sua gestão.
Em matéria de nacionalização a con
sunto.
Isto é outro as
Penso, sim, que se não deve
nacionalizar da maneira como se fez
na França. É preciso evitar o império de uma mística.
meação dos membros do Conseíbo da
receber uma indenização de acordo com
ração Geral do Trabalho.
Quanto à nacionalização das institui
balho, e mesmo uma Confederação Internacional. Porque, como o trabalha-
Não llic dedicam sempre, os trabalhos de Economia Política, um capítulo, por
dor, não lançar também o brado de: "Ainealhudores de todo o mundo, uní-
representar também um dos grandes fa-
vosl"?
tôres de produção? Porque então man
pança!
Exige-o u dignidade da Pou-
direitos do homem, isto é, uma indeni
zação justa e previamente fixada.
Ê
velhas habitações provincianas.
Lem
A que conclusão chegamos? A de que
bro apenas a viuva de guerra, com uma
a nacionalização teve por fim exclusivo
pensão irrisória. Os velhos artezâos, que nem uma pensão têm. O professor
mais.
livre, o qual contava poder viver, nos
Mais alguns exemplos: O Banco de Depósitos foi nacionalizado. O Banco
dias da velhice, com as suas economias.
dos Negócios Internacionais escapoíi à
A velha solteirona, já impossibilitada do
O "Crédit
trabalhar. Enfim, um sem número de pessoas humildes, que vivem em situa ção aflitiva, embora, na aparência, pro
Foncier" tem uma administração eletiva.
curem manter o seu decoro e a sua
As empresas de gás, de eletricidade, al gumas companlüas de seguro, foram
dignidade. E o estranho, pas.sando pelas ruas, não suspeita da sua tragédial Na
também nacionalizadas. O processo ado
da há de mais desumano, nesse século
tado é sempre o mesmo: Entrega da
em que tanto se fala de humanidade e
gestão a um comitê ou conselho, com
humanismo!
posto de representantes do Estado, dos empregados, dos usuários, dos consu
Não nos esqueçamos de que os ata ques à poupança são uma ameaça ao
nacionalização a fim de se evitarem
Ha uma Confederação Geral do Tra-
Ao lado do trabalho, cle\e-se fazer respeitar a poupança, sua parente pobre.
as condições previstas na declaração dos
dúvida. Há muita miséria escondida nas
complicações diplomáticas.
dir e se projetar nas realizações futu
rem obedecidas. Os interessados devem
Banco está inteiramente nas mãos do
Nada
, Todos os povos comemoram o "Dia do
Trabalho". Inscrevamos, pois, no calendiírio também o "Dia da Poupança"!
O velho liberalismo já o
ções de crédito: a nacionalização do Banco de França foge ao assunto foca lizado, uma vez que, desde 1936, este
a* expropriação dos acionistas.
direito de prover ainanliã o seu susten
to, estará impossibilitado de se expan
admitia e prescrevia as condições a se
a condição "sine qua non". Quanto ao pequeno capitalista, que se conclui? É difícil pronuncianno-nos. Ê a grande vítima hoje em dia, não há
Estado.
tê-la numa s"tuação de inferioridade.,em relação ao trabaMio?
Casos há de monopólios perigosos em do Estado.
18 membros, 12 pertenciam à Confede
homem, o qual ficará obrigado a se
que se torna necessária a intervenção
Ao mesmo tempo foi incumbida de cor rigir as irregularidades havidas na no
Administração, dos quais, num total de
35
contentar com o imediato; privado do
ras.
clusão que tiro, afinal, não é de que não se deve nacionalizar.
Dicesto Econômico
Um dentre doze Jovens residentes nas áreas rurais dos Estados Unidos — in forma o USIS — está pondo em execução os objetivos do "Cluh 4 HH" (heart.
headf hciticl and hcülth), através da aplicação de métodos cieiitijicos nos trabalhos
agrícolas e caseiros. Dessa forma, 1.700.000 moços de ambos os sexos contribuem para aumentar os rendimentos das fazendas é a 77ielhorar os níveis dc vida e o progresso das comunidades rurais. O programa dos clubes dos quatro H é parte
de um sistema de extensão, de âmbito naciotial, no qual o Departamento da Agri tores para a melhoria das práticas do campo. Desde a fundação desses organis mos mais de onze milhões de jovem participaram do vasto plano de educação ju cultura, os colégios estaduais c os governos municipais cooperam com os agricul
venil rural. Entre as principais tarefas desses clubes figuratn a produção e a conservação dos alimentos. Em 1946 os projetos incluíam 150.000 acres em "hortas
da vitória e 350.000 acres de mais de 11 milhões de aves de capoeiro, além de
750 mil cabeças de gado bovino e suíno. Côrcò de 31.350.000,/iíros de alimentos foram enlatados; 950.000 litros, salgados; 1.362.000 quilos, secos e 2.540.000 (juilos, artruizenados ou congelados. Os planos de cunho caseiro incluiram a ma nufatura de mais de 1.000.000 de vestuários e a remodelação de milhares de velhos. Outras atividades incluiram jéiris para o julgainento de produtos em feiras de animais, acampamentos apreciação musical, arte dramática e melhorias das condições das habitações e do lugar.
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Dicesto Econômico ^
mado já engloba o intervalo de tempo em que a cotação dos títulos sofreu uma
baixa, justamente em virtude da ameaça da nacionalização. Em conseqüência, a
midores, da Confederação Geral do Tra balho, muitas vêzes designados pelo pró prio ministro.
As emprêsas nacionalizadas são sem
indenização ficará reduzida a uma soma
pre deficitárias. É fato cuja compro\a-
insuficiente.
ção tem abalada a opinião pública.
Aí estão resultados contrários ao que se buscava. Mas não passaram os mesroos de todo desapercebidos. Apesar da místca, a opinião pública começou a se agitar, provocando a promulgação
de dois decretos recentes, do mês de ja neiro. Por esses decretos foi nomeada uma comissão encarregada de examinar contas das Minas de Carvão de Fran-
dando parecer sobre a sua gestão.
Em matéria de nacionalização a con
sunto.
Isto é outro as
Penso, sim, que se não deve
nacionalizar da maneira como se fez
na França. É preciso evitar o império de uma mística.
meação dos membros do Conseíbo da
receber uma indenização de acordo com
ração Geral do Trabalho.
Quanto à nacionalização das institui
balho, e mesmo uma Confederação Internacional. Porque, como o trabalha-
Não llic dedicam sempre, os trabalhos de Economia Política, um capítulo, por
dor, não lançar também o brado de: "Ainealhudores de todo o mundo, uní-
representar também um dos grandes fa-
vosl"?
tôres de produção? Porque então man
pança!
Exige-o u dignidade da Pou-
direitos do homem, isto é, uma indeni
zação justa e previamente fixada.
Ê
velhas habitações provincianas.
Lem
A que conclusão chegamos? A de que
bro apenas a viuva de guerra, com uma
a nacionalização teve por fim exclusivo
pensão irrisória. Os velhos artezâos, que nem uma pensão têm. O professor
mais.
livre, o qual contava poder viver, nos
Mais alguns exemplos: O Banco de Depósitos foi nacionalizado. O Banco
dias da velhice, com as suas economias.
dos Negócios Internacionais escapoíi à
A velha solteirona, já impossibilitada do
O "Crédit
trabalhar. Enfim, um sem número de pessoas humildes, que vivem em situa ção aflitiva, embora, na aparência, pro
Foncier" tem uma administração eletiva.
curem manter o seu decoro e a sua
As empresas de gás, de eletricidade, al gumas companlüas de seguro, foram
dignidade. E o estranho, pas.sando pelas ruas, não suspeita da sua tragédial Na
também nacionalizadas. O processo ado
da há de mais desumano, nesse século
tado é sempre o mesmo: Entrega da
em que tanto se fala de humanidade e
gestão a um comitê ou conselho, com
humanismo!
posto de representantes do Estado, dos empregados, dos usuários, dos consu
Não nos esqueçamos de que os ata ques à poupança são uma ameaça ao
nacionalização a fim de se evitarem
Ha uma Confederação Geral do Tra-
Ao lado do trabalho, cle\e-se fazer respeitar a poupança, sua parente pobre.
as condições previstas na declaração dos
dúvida. Há muita miséria escondida nas
complicações diplomáticas.
dir e se projetar nas realizações futu
rem obedecidas. Os interessados devem
Banco está inteiramente nas mãos do
Nada
, Todos os povos comemoram o "Dia do
Trabalho". Inscrevamos, pois, no calendiírio também o "Dia da Poupança"!
O velho liberalismo já o
ções de crédito: a nacionalização do Banco de França foge ao assunto foca lizado, uma vez que, desde 1936, este
a* expropriação dos acionistas.
direito de prover ainanliã o seu susten
to, estará impossibilitado de se expan
admitia e prescrevia as condições a se
a condição "sine qua non". Quanto ao pequeno capitalista, que se conclui? É difícil pronuncianno-nos. Ê a grande vítima hoje em dia, não há
Estado.
tê-la numa s"tuação de inferioridade.,em relação ao trabaMio?
Casos há de monopólios perigosos em do Estado.
18 membros, 12 pertenciam à Confede
homem, o qual ficará obrigado a se
que se torna necessária a intervenção
Ao mesmo tempo foi incumbida de cor rigir as irregularidades havidas na no
Administração, dos quais, num total de
35
contentar com o imediato; privado do
ras.
clusão que tiro, afinal, não é de que não se deve nacionalizar.
Dicesto Econômico
Um dentre doze Jovens residentes nas áreas rurais dos Estados Unidos — in forma o USIS — está pondo em execução os objetivos do "Cluh 4 HH" (heart.
headf hciticl and hcülth), através da aplicação de métodos cieiitijicos nos trabalhos
agrícolas e caseiros. Dessa forma, 1.700.000 moços de ambos os sexos contribuem para aumentar os rendimentos das fazendas é a 77ielhorar os níveis dc vida e o progresso das comunidades rurais. O programa dos clubes dos quatro H é parte
de um sistema de extensão, de âmbito naciotial, no qual o Departamento da Agri tores para a melhoria das práticas do campo. Desde a fundação desses organis mos mais de onze milhões de jovem participaram do vasto plano de educação ju cultura, os colégios estaduais c os governos municipais cooperam com os agricul
venil rural. Entre as principais tarefas desses clubes figuratn a produção e a conservação dos alimentos. Em 1946 os projetos incluíam 150.000 acres em "hortas
da vitória e 350.000 acres de mais de 11 milhões de aves de capoeiro, além de
750 mil cabeças de gado bovino e suíno. Côrcò de 31.350.000,/iíros de alimentos foram enlatados; 950.000 litros, salgados; 1.362.000 quilos, secos e 2.540.000 (juilos, artruizenados ou congelados. Os planos de cunho caseiro incluiram a ma nufatura de mais de 1.000.000 de vestuários e a remodelação de milhares de velhos. Outras atividades incluiram jéiris para o julgainento de produtos em feiras de animais, acampamentos apreciação musical, arte dramática e melhorias das condições das habitações e do lugar.
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DrcESTO Econômico
Banco Central no Brasil
calma c meno.s complexa e nosso país,
pagamentos, tomando-os proporcionais às
conseqüentemente, linha menos proble
nossas necessidades normais.
mas a re.solver. A situação nossa e a do
Todos nós devemos unir para atingir
mundo tornaram-se mais graves.
esses objetivos principais, porque preci samos vencer e dominar a nossa maior
de Sáo Paulo, de aue é diretor, sobre os estudos gue ora se processam
Ainda periclita a ordem internacional, as nações procuram rcestruturar-se, de zenas de milhões de pessoas, depois de cruéis padecimentos, ainda sentem fome, sem esperanças de imediata melhoria nas condições angustiosas de sua vida. Sus
acêrca da criação de um Banco Central no Brasil. É êsse trabalho que
penderam-se os choques sangrentos de
por Abelardo Vergxxeiro César
Autor de diversos trabalhos especializados, ex-presidente da Comissão de Finanças da Câmara Federal, membro do Instituto de Economia da Asso
ciação Comercial de São Paulo, o dr. Abelardo Vergueiro César foi o re lator do parecer do Conselho Administrativo da Caixa Econômica Federal
o "Digesto Econômico" ora tem a satisfação de publicar.
Considerações gerais quanto ao projeto 1 — O sr. Pedro Luiz Correia e Cas
tro, ministro da Fazenda, acertadamen-
to, tem solicitado pareceres e opiniões .sôbre seu projeto de reforma bancária, no intuito de provocar amplo debate sô bre tão importante assunto.
penosas conseqüências, até aliados de on
ca de cada um, organizar-se-ão, apro
tem, que juntos e irmanados lutaram
veitando, no que fôr possível, o que já
para quebrar a agressi\idade destruido-
existe a respeito no Brasil.
ra dos países do "ei.\o".
A opinião de Niemeyer e de Whitàker
de perto com os assuntos econômico- fi
dência a necessidade de criar-se Banco Central em nossa terra.
Com êsse alto -propósito, consultou
nossas finanças, já o sugerira. E antes e depois dele muitas pessoas aconse lharam sua adoção pelas suas vantagens práticas, e alguns, talvez, por se lembra rem da célebre frase de José Maria Wliitaker, que escreveu: "Entre nós vive
A -um ligeiro exame, nota-se desde
logo que êste avulta com um trabalho orgânico, que não se..^pequena em con siderar fragmentàriamente os problemas difíceis que visa resolver. E alicerça todo o sistema que se propõe construir, nas bases sólidas e criadoras da insti
tuição do Banco C«ntral.
Pe'a amplitude, profundeza e estru tura, distingue-se o projeto na história financeira do Brasil, pelo seu espírito
orgânico e pela larga projeção de seus objetivos. Pois sugere o projeto não só
Nosso meio circulante estufou, inflan
Sir Otto Niemeyer, quando passou
xa Econômica Federal de São Paulo, que xo projeto.
3 — Sofre o Brasil a falta de tudo, em um anseio de segurança, de bem estar e de prosperidade.
um
por aqui em 1931 a fim de estudar
lhe os pontos principais daquele comple
A debilidade da economia brasileira
2 — Há muito que se impôs à evi
s. exa. o Conselho Administrativo da Cai
houve por bem encarregar-me de relatar-
circulação.
Êstes, segundo a finalidade especifi
Assim, procura auscultar a opinião pública e ouvir os que, por profissão ou função especializada, se preocupam mais nanceiros.
homem contra homem, diz-se que reina
a paz entre os povos, entretanto, ainda público separando profundamente, e com
de 7 bancos.
o futuro do que com o presente. Pois
nossa riqueza se esconde e se dissemi na pela amplidão de nosso território des povoado que SC anemiza com a falta de
se travam contundentes e danosos emba tes de concepções estatais de direito
a criação do Banco Central, que e um
imenso aparelhamento, como também o
dificuldade, que se encontra na debili dade da economia brasileira, sempre va cilante e instável, que conta mais com
do e inchando; bancos e casas bancárias
repontaram por toda a parte.
Comp quase por todo o mundo nos
Daí as nossas realidades brasileiras de
"déficit" orçamentário permanente e de permanente e crescente desvalorização da moeda, em um regime permanente de papel-moeda. O estudo da cronologia de nossa eco nomia e das nossas finanças nos leva
a essas conclusões positivas e insofismá veis, e constantes em todos os momen
tos de nossa história, nos períodos admi nistrativos do Reino, da Regência, do Im
pério, e das di\'ersas fases da República, de 1889 até hoje.
E o melhor modo de combater nossa
frouxidão econômica, que tão calamito samente se reflete na vida política e social do Brasil, é desenvolvendo a pro
debatemos nas águas turvas do dilúvio de
dução, na suà qualidade e quantidade,
papel da inflação, com excessos de meios
fortalecendo nosso elemento economico,
de pagamento de tôdas as'espécies. E a farmacopéia da política e a tera
tonificando-o, como que \italizando seu
sangue fraco com hemoglobina forte.
pêutica das finanças não conhecem re
mos, na realidade, na situação ilógica de ter bancos e não ter organização ban
médios de eficácia imediata , que curem
cária; de viver em sobressaltos contínuos,
de pronto os males duradouros e remí-
sem tranqüilidade, sem confiança, com crédito escasso, não tanto por deficiên cia de numerário, como pela morosidade e defeito da respectiva circulação". Quando Niemeyer propôs a organiza ção de um banco central no Brasil e Whitàker pontificou, lavrando aquela
tentes da inflação. Só o tempo, a firmeza da ordem ju rídica, a severa prática constitucional, o aumento da produção, a melhoria dos
reajustamento das finanças públicas po
4 — E o projeto objetiva intensificar e amparar a produção não só pelos ban cos que pretende criar como pelo Banco Central que propõe instituir, com as fi nalidades precisas dêste, de regular os meios de pagamento, de dirigir o crédi
derão concorrer para diminuir os maus
to, de orientar a política bancária e cam-
meios de transporte e comunicações, o
sentença, a situação do mundo era mais
efeitos dos excessos dos nossos meios de M
Finalidades do Banco Central
DrcESTO Econômico
Banco Central no Brasil
calma c meno.s complexa e nosso país,
pagamentos, tomando-os proporcionais às
conseqüentemente, linha menos proble
nossas necessidades normais.
mas a re.solver. A situação nossa e a do
Todos nós devemos unir para atingir
mundo tornaram-se mais graves.
esses objetivos principais, porque preci samos vencer e dominar a nossa maior
de Sáo Paulo, de aue é diretor, sobre os estudos gue ora se processam
Ainda periclita a ordem internacional, as nações procuram rcestruturar-se, de zenas de milhões de pessoas, depois de cruéis padecimentos, ainda sentem fome, sem esperanças de imediata melhoria nas condições angustiosas de sua vida. Sus
acêrca da criação de um Banco Central no Brasil. É êsse trabalho que
penderam-se os choques sangrentos de
por Abelardo Vergxxeiro César
Autor de diversos trabalhos especializados, ex-presidente da Comissão de Finanças da Câmara Federal, membro do Instituto de Economia da Asso
ciação Comercial de São Paulo, o dr. Abelardo Vergueiro César foi o re lator do parecer do Conselho Administrativo da Caixa Econômica Federal
o "Digesto Econômico" ora tem a satisfação de publicar.
Considerações gerais quanto ao projeto 1 — O sr. Pedro Luiz Correia e Cas
tro, ministro da Fazenda, acertadamen-
to, tem solicitado pareceres e opiniões .sôbre seu projeto de reforma bancária, no intuito de provocar amplo debate sô bre tão importante assunto.
penosas conseqüências, até aliados de on
ca de cada um, organizar-se-ão, apro
tem, que juntos e irmanados lutaram
veitando, no que fôr possível, o que já
para quebrar a agressi\idade destruido-
existe a respeito no Brasil.
ra dos países do "ei.\o".
A opinião de Niemeyer e de Whitàker
de perto com os assuntos econômico- fi
dência a necessidade de criar-se Banco Central em nossa terra.
Com êsse alto -propósito, consultou
nossas finanças, já o sugerira. E antes e depois dele muitas pessoas aconse lharam sua adoção pelas suas vantagens práticas, e alguns, talvez, por se lembra rem da célebre frase de José Maria Wliitaker, que escreveu: "Entre nós vive
A -um ligeiro exame, nota-se desde
logo que êste avulta com um trabalho orgânico, que não se..^pequena em con siderar fragmentàriamente os problemas difíceis que visa resolver. E alicerça todo o sistema que se propõe construir, nas bases sólidas e criadoras da insti
tuição do Banco C«ntral.
Pe'a amplitude, profundeza e estru tura, distingue-se o projeto na história financeira do Brasil, pelo seu espírito
orgânico e pela larga projeção de seus objetivos. Pois sugere o projeto não só
Nosso meio circulante estufou, inflan
Sir Otto Niemeyer, quando passou
xa Econômica Federal de São Paulo, que xo projeto.
3 — Sofre o Brasil a falta de tudo, em um anseio de segurança, de bem estar e de prosperidade.
um
por aqui em 1931 a fim de estudar
lhe os pontos principais daquele comple
A debilidade da economia brasileira
2 — Há muito que se impôs à evi
s. exa. o Conselho Administrativo da Cai
houve por bem encarregar-me de relatar-
circulação.
Êstes, segundo a finalidade especifi
Assim, procura auscultar a opinião pública e ouvir os que, por profissão ou função especializada, se preocupam mais nanceiros.
homem contra homem, diz-se que reina
a paz entre os povos, entretanto, ainda público separando profundamente, e com
de 7 bancos.
o futuro do que com o presente. Pois
nossa riqueza se esconde e se dissemi na pela amplidão de nosso território des povoado que SC anemiza com a falta de
se travam contundentes e danosos emba tes de concepções estatais de direito
a criação do Banco Central, que e um
imenso aparelhamento, como também o
dificuldade, que se encontra na debili dade da economia brasileira, sempre va cilante e instável, que conta mais com
do e inchando; bancos e casas bancárias
repontaram por toda a parte.
Comp quase por todo o mundo nos
Daí as nossas realidades brasileiras de
"déficit" orçamentário permanente e de permanente e crescente desvalorização da moeda, em um regime permanente de papel-moeda. O estudo da cronologia de nossa eco nomia e das nossas finanças nos leva
a essas conclusões positivas e insofismá veis, e constantes em todos os momen
tos de nossa história, nos períodos admi nistrativos do Reino, da Regência, do Im
pério, e das di\'ersas fases da República, de 1889 até hoje.
E o melhor modo de combater nossa
frouxidão econômica, que tão calamito samente se reflete na vida política e social do Brasil, é desenvolvendo a pro
debatemos nas águas turvas do dilúvio de
dução, na suà qualidade e quantidade,
papel da inflação, com excessos de meios
fortalecendo nosso elemento economico,
de pagamento de tôdas as'espécies. E a farmacopéia da política e a tera
tonificando-o, como que \italizando seu
sangue fraco com hemoglobina forte.
pêutica das finanças não conhecem re
mos, na realidade, na situação ilógica de ter bancos e não ter organização ban
médios de eficácia imediata , que curem
cária; de viver em sobressaltos contínuos,
de pronto os males duradouros e remí-
sem tranqüilidade, sem confiança, com crédito escasso, não tanto por deficiên cia de numerário, como pela morosidade e defeito da respectiva circulação". Quando Niemeyer propôs a organiza ção de um banco central no Brasil e Whitàker pontificou, lavrando aquela
tentes da inflação. Só o tempo, a firmeza da ordem ju rídica, a severa prática constitucional, o aumento da produção, a melhoria dos
reajustamento das finanças públicas po
4 — E o projeto objetiva intensificar e amparar a produção não só pelos ban cos que pretende criar como pelo Banco Central que propõe instituir, com as fi nalidades precisas dêste, de regular os meios de pagamento, de dirigir o crédi
derão concorrer para diminuir os maus
to, de orientar a política bancária e cam-
meios de transporte e comunicações, o
sentença, a situação do mundo era mais
efeitos dos excessos dos nossos meios de M
Finalidades do Banco Central
DICESTO ECONÓftflCO
38
39
Dicesto £coNÓ^aco
incumbem especificamente ao banco dos
ciadores de desgraças: — O país encon
bancos.
tra-se à beira do abísmol
E nossa produção carece dêsse auxi lio, direto e eficiente, como condição
engrandece-se.
lamentosa, como motivo triste e insisten
te que se faça ouvir em inlennimivel e
tam as raízes vivificadoras da nossa de
melancólica peça dc música.
J. F. Normano, em seu livro — "Bra-
A Study of Economic Types —
estuda com vigorosa envergadura, como tem mudado a produção do Brasil em
toda sua existência, apoiando-se ora em
seu ato SC refletusse em seu crédito e em seu bom nome. E o redesconto,
mente conduzem às seguintes conclusões: 1." — É preciso fortalecer a economia;
organização bancária. Recorrem a ele,
2.° — As finanças, como reflexo des ta, a ela devem ajustar-se;
como remédio comum, necessário e vítil, os maiores bancos do mundo.
tinam em perturbar nosso pro gresso.
as principais da América do Sul, o funda
devem organizar-se dentro da realidade brasileira, tendo em vista suas peculiari dades pertinazes, que se obs
Escreveu, à pag. 18 daque le seu livro, no capitulo I — The perpetuai change of leading products: — "É uma his tória do aparecimento e do de
E são estas: a pobreza, o
^
dão, borracha, café, cada um desses pro
dutos tem o seu lugar na história do
lores a termo, dilatando as vistas mais
ções, os altos e baixos dos
. principais elementos da produ
nacional (ou estadual) trazendo para o Brasil uma temporária supremacia mun
tínuo do papel-moeda, de um modo es
dial".
De passagem, vou referir-me a dois pontos que revelam bem a intensidade
novo e em formação, de riqueza mais
futura e potencial do que presente e real, se debate em penosa crise de cres
te".
ção, de um modo geral; o "déficit" or çamentário permanente, a desvalorização
da unidade monetária e o emprego con
Dêsse modo verifica-se o que ninguém ignora, que é frágil nos.sa economia, e que portanto frágil terão que ser nossas finanças, presas como se acham à estru tura débil daquela. Observe-se ainda que o Brasil, país
para a imensidade do "futuro" do que para os limites curtos do "presen
de transportes e de comunica-
país e foi uma vez o eixo da economia
às vêzes angustiosas. Dai troarem sem pre as vozes de profetas soturnos, anun-
se encontra na base do comércio de va
^^ refeito da população, a falta
industrias
Seus recursos não satisfazem
mento essencial da atividade bolsística
tamanho do território, o ra-
perpétua troca de rei. Açú car, cacau, ouro, fumo, algo
cimento.
Agora o outro ponto: Nas bôlsas de valores do Brasil só se opera em negó cio à rista. Quase ninguém lança mão do futuro, valendo-se das vantagens prá ticas e criadoras dos negócios u têmio. Nas maiores bôlsas do mundo, inclusive
bancos cuja criação o projeto sugere,
sua grandeza passageira e P.utuante.
suas necessidades, sempre prementes e
como todo o mundo sabe, faz parte da
3.° — O Banco Central e os novos
tra, sujeitando a política e as finanças nacionais aos altos e baixos daquela, em
Seu "leit-motif" é a
Temiam bater às portas da Carteira de Redescontos, receosos de que esse
5 — Essas considerações obrigatòria-
uma mercadoria dominante, ora em ou
inteiras.
mentar a força financeira e alargar a eficiência de sua prática.
Mas a frase ccnitinua
essencial de nossa vida e do nosso de
mocracia e das nossas finanças.
A organização hancária deve amoldar-sc âs peculiaridades econômicas
usar aquele instituto que lhes podia au
E o tempo passa, o Brasil progride,
senvolvimento, pois naquela se alimen
saparecimento, de
feriam contar com menos disponibilida des de recursos do que legitimamente
No Brasil, não.
Estreitam-se os ne
gócios de suas bôlsas quase que exclu
pecial.
das particularidades brasileiras, no aspec to específico que apresentam nossas coi sas e nossos acontecimentos.
Em 1935, quando na Câmara Federal,
6 — E o Brasil é uma federação, como
con.scqüência imperativa de sua forma ção histórica e de suas condições peculia
res; de extensão territorial: de povoamenç to rarefeito; de produção diversificada; de meios de transportes e comimicações mdimentares; de circulação pouco volu mosa e tarda em ve'ocidade.
E as instituições nacionais que nele .se fundarem, "para atingirem os fins colimados e serem eficientes, precisam afeiçoar sua organização à estrutura fe derativa e àquelas particularidades que caracterizam nossa economia.
7 — Assim, de\'e ser nosso Banco Cen
tral, uma instituição que reflita nossas condições locais, e as conjugue conciliadoramente com o conceito universal
que individualiza e assinala inconfundi
velmente os objetivos e as funções da quela espécie de banco, o banco dos bancos.
Aparecem estes em três tipos, como projeção das economias que ser\'em: o
Banco da Inglaterra, o Banco da França e o "Federal Reserve System"; federação de bancos que a capacidade criadora dos
sivamente na movimentação minguada do tráfico das operações à vista. Por aí se ve que o Brasil possui pe culiaridades que precisam ser examina das com cuidado, nas reformas adminis
é o modelo que, de preferência, deve inspirar nossa reorganização bancária por ser o aparelliamento que melhor se
trativas que se empreendam.
entrosa em uma federação e em país co
Deve-se ainda ter em vista, que a economia nacional, fraca e tênue^ como
dos.
americanos concebeu e construiu.
Êste
mo o Brasil, tal como os Estados Uni
fui encarregado de formular a reforma da Carteira de Redescontos, que se con
as dos países de sua classe, depende
O "Federal Reserve System", sem per
muito das vicissitudes que e.xperímenta-
der a unidade de estrutura e de ação,
cretizou na lei n.° 160, de 1 de dezem
rem a economia e as finanças das na
sabe ser útil aosV-interêsses gerais da
bro daquele ano, deparei logo com uma
ções supercapitalistas, que repercutem aqui, não só nas crises cíclicas e gerais,
surprôsa: os bancos que em geral alega vam encontrar-se com a caixa fraca,
como mesmo
não levavam como deviam, e podiam fa
culares.
zê-lo, seus títulos a redesconto.
Pre.JÉÍ ^
nas
parciais
e
parti
nação americana, e aos interesses locais
das diversas regiões que a compõem, segundo um de seus princípios funda mentais, que é o de "salvaguardar os in-
DICESTO ECONÓftflCO
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Dicesto £coNÓ^aco
incumbem especificamente ao banco dos
ciadores de desgraças: — O país encon
bancos.
tra-se à beira do abísmol
E nossa produção carece dêsse auxi lio, direto e eficiente, como condição
engrandece-se.
lamentosa, como motivo triste e insisten
te que se faça ouvir em inlennimivel e
tam as raízes vivificadoras da nossa de
melancólica peça dc música.
J. F. Normano, em seu livro — "Bra-
A Study of Economic Types —
estuda com vigorosa envergadura, como tem mudado a produção do Brasil em
toda sua existência, apoiando-se ora em
seu ato SC refletusse em seu crédito e em seu bom nome. E o redesconto,
mente conduzem às seguintes conclusões: 1." — É preciso fortalecer a economia;
organização bancária. Recorrem a ele,
2.° — As finanças, como reflexo des ta, a ela devem ajustar-se;
como remédio comum, necessário e vítil, os maiores bancos do mundo.
tinam em perturbar nosso pro gresso.
as principais da América do Sul, o funda
devem organizar-se dentro da realidade brasileira, tendo em vista suas peculiari dades pertinazes, que se obs
Escreveu, à pag. 18 daque le seu livro, no capitulo I — The perpetuai change of leading products: — "É uma his tória do aparecimento e do de
E são estas: a pobreza, o
^
dão, borracha, café, cada um desses pro
dutos tem o seu lugar na história do
lores a termo, dilatando as vistas mais
ções, os altos e baixos dos
. principais elementos da produ
nacional (ou estadual) trazendo para o Brasil uma temporária supremacia mun
tínuo do papel-moeda, de um modo es
dial".
De passagem, vou referir-me a dois pontos que revelam bem a intensidade
novo e em formação, de riqueza mais
futura e potencial do que presente e real, se debate em penosa crise de cres
te".
ção, de um modo geral; o "déficit" or çamentário permanente, a desvalorização
da unidade monetária e o emprego con
Dêsse modo verifica-se o que ninguém ignora, que é frágil nos.sa economia, e que portanto frágil terão que ser nossas finanças, presas como se acham à estru tura débil daquela. Observe-se ainda que o Brasil, país
para a imensidade do "futuro" do que para os limites curtos do "presen
de transportes e de comunica-
país e foi uma vez o eixo da economia
às vêzes angustiosas. Dai troarem sem pre as vozes de profetas soturnos, anun-
se encontra na base do comércio de va
^^ refeito da população, a falta
industrias
Seus recursos não satisfazem
mento essencial da atividade bolsística
tamanho do território, o ra-
perpétua troca de rei. Açú car, cacau, ouro, fumo, algo
cimento.
Agora o outro ponto: Nas bôlsas de valores do Brasil só se opera em negó cio à rista. Quase ninguém lança mão do futuro, valendo-se das vantagens prá ticas e criadoras dos negócios u têmio. Nas maiores bôlsas do mundo, inclusive
bancos cuja criação o projeto sugere,
sua grandeza passageira e P.utuante.
suas necessidades, sempre prementes e
como todo o mundo sabe, faz parte da
3.° — O Banco Central e os novos
tra, sujeitando a política e as finanças nacionais aos altos e baixos daquela, em
Seu "leit-motif" é a
Temiam bater às portas da Carteira de Redescontos, receosos de que esse
5 — Essas considerações obrigatòria-
uma mercadoria dominante, ora em ou
inteiras.
mentar a força financeira e alargar a eficiência de sua prática.
Mas a frase ccnitinua
essencial de nossa vida e do nosso de
mocracia e das nossas finanças.
A organização hancária deve amoldar-sc âs peculiaridades econômicas
usar aquele instituto que lhes podia au
E o tempo passa, o Brasil progride,
senvolvimento, pois naquela se alimen
saparecimento, de
feriam contar com menos disponibilida des de recursos do que legitimamente
No Brasil, não.
Estreitam-se os ne
gócios de suas bôlsas quase que exclu
pecial.
das particularidades brasileiras, no aspec to específico que apresentam nossas coi sas e nossos acontecimentos.
Em 1935, quando na Câmara Federal,
6 — E o Brasil é uma federação, como
con.scqüência imperativa de sua forma ção histórica e de suas condições peculia
res; de extensão territorial: de povoamenç to rarefeito; de produção diversificada; de meios de transportes e comimicações mdimentares; de circulação pouco volu mosa e tarda em ve'ocidade.
E as instituições nacionais que nele .se fundarem, "para atingirem os fins colimados e serem eficientes, precisam afeiçoar sua organização à estrutura fe derativa e àquelas particularidades que caracterizam nossa economia.
7 — Assim, de\'e ser nosso Banco Cen
tral, uma instituição que reflita nossas condições locais, e as conjugue conciliadoramente com o conceito universal
que individualiza e assinala inconfundi
velmente os objetivos e as funções da quela espécie de banco, o banco dos bancos.
Aparecem estes em três tipos, como projeção das economias que ser\'em: o
Banco da Inglaterra, o Banco da França e o "Federal Reserve System"; federação de bancos que a capacidade criadora dos
sivamente na movimentação minguada do tráfico das operações à vista. Por aí se ve que o Brasil possui pe culiaridades que precisam ser examina das com cuidado, nas reformas adminis
é o modelo que, de preferência, deve inspirar nossa reorganização bancária por ser o aparelliamento que melhor se
trativas que se empreendam.
entrosa em uma federação e em país co
Deve-se ainda ter em vista, que a economia nacional, fraca e tênue^ como
dos.
americanos concebeu e construiu.
Êste
mo o Brasil, tal como os Estados Uni
fui encarregado de formular a reforma da Carteira de Redescontos, que se con
as dos países de sua classe, depende
O "Federal Reserve System", sem per
muito das vicissitudes que e.xperímenta-
der a unidade de estrutura e de ação,
cretizou na lei n.° 160, de 1 de dezem
rem a economia e as finanças das na
sabe ser útil aosV-interêsses gerais da
bro daquele ano, deparei logo com uma
ções supercapitalistas, que repercutem aqui, não só nas crises cíclicas e gerais,
surprôsa: os bancos que em geral alega vam encontrar-se com a caixa fraca,
como mesmo
não levavam como deviam, e podiam fa
culares.
zê-lo, seus títulos a redesconto.
Pre.JÉÍ ^
nas
parciais
e
parti
nação americana, e aos interesses locais
das diversas regiões que a compõem, segundo um de seus princípios funda mentais, que é o de "salvaguardar os in-
Dicesto Econômico
40
terèsses locais, e assegurar ao mesmo tempo uma certa uniformidade de polí
Fazenda, principalmente na parte refe
tica nacional", como observa W. Ran-
rente à instituição do Banco Central,
dolph Burgess, em seu conhecido livro sôbre a organização bancária daquele grande e notável país das Américas. E' o que convém ter em vista no Brasil, levando em conta sua organiza ção federativa e as peculiaridades de
cuja fundação reputo de urgente necessi
sua economia.
Nestes termos aplaudo com entusias mo o projeto formulado pelo sr. dr. Pe
dro Luiz Correia e Castro, ministro da
A Produção Alimeiiticia do Brasil por EvERAnDor Vaum PEBEinA UE Sousa
dade.
Organizá-lo e pô-lo a funcionar será notável serviço prestado ao Brasil, tal como o foi para os Estados Unidos da América a plasmação vigorosa c o entrosamento eficaz do "Federal Reserve
System", em sua economia.
Marcha à ré
M chegando Martim E Afonso de Sousa às ter
ras de Santa Cruz, de.scobertas havia mais dc trôs décadas, em vários lugares veio encontrando a cana
sacarífera, cujas mudas trazidas foram pelos nautas seus patrícios vindos da índia e da Malásia. Fácil /
foi pois ao Representante do Governo Lusitano incrementar, em
1532, a cultura da preciosa gramínea
I'ha de Anguaguaçu, que passou a
r chamada Sáo Vicente, onde insta lou rudimentares inaquinismos para fa bricação de açúcar e de aguardente. Sendo poucos os europeus ali existen tes, houve necessidade de recorrer-se ao
Uma das secçôes da Feira das Industrias Britânicas, no Olímpia de Londres, que mais atenção despertou entre os compradores da América Latina foi incontestàvelmente, a em que foram exibidas as louças fabricadas depois da suerra. Em inúmeros pavilhões estavam expostas peças de tipos variados e das qualidades mais delicadas e, apesar de ainda haver grandes dificuldades no suprimento de todos os
mercados do mundo, que aguardam ansiosamente o reinicio dos exportações, os dados oficiais mostram que houve animador e significativo aumento durante o último ano.
O total das exportações do ano passado — 3.436.974 quintais — correspondeu a mais do dobro das exportações do ano anterior e os dados referentes ao primeiro trimestre dêste ano revelam que a proporção do aumento está sendo mantida, ape sar da crise de combustível e das condições de tempo que prevaleceram no prir>^ cipio dêste ano. O valor total das exportações em janeiro, fevereiro e março foi de mais de 3 milhões de libras esterlinas, quase três vêzes mais que o valor do período corres
pondente a 1938. As exportações do mês de março foram excepcionalmente ele
vadas, principalmente no que diz respeito a artigos de porcelana.
lacuna patrocinou o Govêrno Português a introdução
de pretos africanos de vá rias procedências dos seus reais
domínios:
Congo,
Angola, Benguela, Moçam bique, Rebolo, Cassange, Mina e regiões outras, cada
qual com linguagem pró pria, bem assim usos e cos tumes diferentes, não dei xando isso de constituir me
dida de precaução, a fim
de, mal entendendo-se, não combinarem levantes contra seus opressorCvS.
Da Região Vicentina a cultura da cana expandiu-se por todo o Brasil, ©x®" cutada sempre pelo braço escravo, afri cano e crioulo, na qual empregados eram os métodos mais empíricos, tendo por símbolo a enxada. Nos primórdios do
passado, parte dela foi sendo su auxílio dos lupiniquin-s para dar alento século bstituída pela do café, cujas semen à incipiente indústria, cujo desenvolvi tes clandestinamente foram trazidas mento SC generalizou. O elemento in Guiana Francesa por Francisco de dígena, nômade por natureza e habitua da Melo Palheta, oficial do exército por do aos mínimos esforços da caça, da tuguês, que ali fora acertar divisas. A pesca e da obtenção de produtos sil escravatura começando a ser vestres, não se adaptou à disciplina do cerceada porafricana, lei de 1850, foi trabalho rural. À fôrça apenas era nele piantido, porquanto sempre que podia mente extinta aos 13 de Maio de 1888. regredia à mata, para gozo de plena Tais como as em uso na lavoura cana liberdade, longe da gente branca, em
geral truculenta. Para preenchimento' da
vieira, idênticas em atraso eram as prá
ticas adotadas na cafeeira, sempre im-
"A Troãução Alimentícia do Brasil", do sr. Everardo Valim Pereira de
e
trabalho de caráter histórico e de atualidade. Se bem que a direção do Digesto Econômico" divirja de várias assertivas do Üustre^ escritor, notadamente da que
se refere à pecuária, resolveu acolher em suas páginas o referido trabalho, devido à multiplicidade de dados e interessantes sugestões de que se reveste.
Dicesto Econômico
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terèsses locais, e assegurar ao mesmo tempo uma certa uniformidade de polí
Fazenda, principalmente na parte refe
tica nacional", como observa W. Ran-
rente à instituição do Banco Central,
dolph Burgess, em seu conhecido livro sôbre a organização bancária daquele grande e notável país das Américas. E' o que convém ter em vista no Brasil, levando em conta sua organiza ção federativa e as peculiaridades de
cuja fundação reputo de urgente necessi
sua economia.
Nestes termos aplaudo com entusias mo o projeto formulado pelo sr. dr. Pe
dro Luiz Correia e Castro, ministro da
A Produção Alimeiiticia do Brasil por EvERAnDor Vaum PEBEinA UE Sousa
dade.
Organizá-lo e pô-lo a funcionar será notável serviço prestado ao Brasil, tal como o foi para os Estados Unidos da América a plasmação vigorosa c o entrosamento eficaz do "Federal Reserve
System", em sua economia.
Marcha à ré
M chegando Martim E Afonso de Sousa às ter
ras de Santa Cruz, de.scobertas havia mais dc trôs décadas, em vários lugares veio encontrando a cana
sacarífera, cujas mudas trazidas foram pelos nautas seus patrícios vindos da índia e da Malásia. Fácil /
foi pois ao Representante do Governo Lusitano incrementar, em
1532, a cultura da preciosa gramínea
I'ha de Anguaguaçu, que passou a
r chamada Sáo Vicente, onde insta lou rudimentares inaquinismos para fa bricação de açúcar e de aguardente. Sendo poucos os europeus ali existen tes, houve necessidade de recorrer-se ao
Uma das secçôes da Feira das Industrias Britânicas, no Olímpia de Londres, que mais atenção despertou entre os compradores da América Latina foi incontestàvelmente, a em que foram exibidas as louças fabricadas depois da suerra. Em inúmeros pavilhões estavam expostas peças de tipos variados e das qualidades mais delicadas e, apesar de ainda haver grandes dificuldades no suprimento de todos os
mercados do mundo, que aguardam ansiosamente o reinicio dos exportações, os dados oficiais mostram que houve animador e significativo aumento durante o último ano.
O total das exportações do ano passado — 3.436.974 quintais — correspondeu a mais do dobro das exportações do ano anterior e os dados referentes ao primeiro trimestre dêste ano revelam que a proporção do aumento está sendo mantida, ape sar da crise de combustível e das condições de tempo que prevaleceram no prir>^ cipio dêste ano. O valor total das exportações em janeiro, fevereiro e março foi de mais de 3 milhões de libras esterlinas, quase três vêzes mais que o valor do período corres
pondente a 1938. As exportações do mês de março foram excepcionalmente ele
vadas, principalmente no que diz respeito a artigos de porcelana.
lacuna patrocinou o Govêrno Português a introdução
de pretos africanos de vá rias procedências dos seus reais
domínios:
Congo,
Angola, Benguela, Moçam bique, Rebolo, Cassange, Mina e regiões outras, cada
qual com linguagem pró pria, bem assim usos e cos tumes diferentes, não dei xando isso de constituir me
dida de precaução, a fim
de, mal entendendo-se, não combinarem levantes contra seus opressorCvS.
Da Região Vicentina a cultura da cana expandiu-se por todo o Brasil, ©x®" cutada sempre pelo braço escravo, afri cano e crioulo, na qual empregados eram os métodos mais empíricos, tendo por símbolo a enxada. Nos primórdios do
passado, parte dela foi sendo su auxílio dos lupiniquin-s para dar alento século bstituída pela do café, cujas semen à incipiente indústria, cujo desenvolvi tes clandestinamente foram trazidas mento SC generalizou. O elemento in Guiana Francesa por Francisco de dígena, nômade por natureza e habitua da Melo Palheta, oficial do exército por do aos mínimos esforços da caça, da tuguês, que ali fora acertar divisas. A pesca e da obtenção de produtos sil escravatura começando a ser vestres, não se adaptou à disciplina do cerceada porafricana, lei de 1850, foi trabalho rural. À fôrça apenas era nele piantido, porquanto sempre que podia mente extinta aos 13 de Maio de 1888. regredia à mata, para gozo de plena Tais como as em uso na lavoura cana liberdade, longe da gente branca, em
geral truculenta. Para preenchimento' da
vieira, idênticas em atraso eram as prá
ticas adotadas na cafeeira, sempre im-
"A Troãução Alimentícia do Brasil", do sr. Everardo Valim Pereira de
e
trabalho de caráter histórico e de atualidade. Se bem que a direção do Digesto Econômico" divirja de várias assertivas do Üustre^ escritor, notadamente da que
se refere à pecuária, resolveu acolher em suas páginas o referido trabalho, devido à multiplicidade de dados e interessantes sugestões de que se reveste.
Dicesto EcoNÓAaco
perando a enxada. Verdade é que a
vados em lugares considerados livres fo
principio outro meio não poderia deixar de ser empregado, atendendo-se a que
ram por ela afetados, embora não cha
as plantações inic'ais foram feitas em
atingiu às mais sadias lavouras, as quais
íngreme morraria, cheia de tocos rema
de modo visível demonstraram os efeitos, quanto à antiga robustez, enfolhamento o conseqüente produção; os arbustos re-
nescentes das prim tivas florestas secula
res, embora não raro atingidas por da
ninhos fogos. Bem posteriormente," quan do lavouras novas foram feitas em mais
favoráveis terrenos quanto à topogra fia, alguns fazendeiros, com certa ti
muscados; fitològicamente o fenômeno
tiairam-sc, encolheram-se,
diminuiram
cm fronde, deixando de ser o que ti nham sido. Não contando com próximas colheitas da lavoura mais agravada pelo
midez, começaram a adotar aparelhos mal, no meio da mesma, culturas outras, culturais, embora rudes: pesados arados de curta duração, foram feitas, com es de aiveca e cultivadores bico de pato, pecialidade a do algodão, que grande língua de vaca e outros improvisados. surto passou a ter. Foram assim os Posteriormente nossa maquinaria, mais leve e aperfeiçoada, passou a ser adota da, dentre a qual aradinhos piquira, extirpadores de ervas daninhas e cultiva
dores do sistema Flanet, que foram rece bendo modificações de acordo com a natureza dos terrenos, não ainda de todo
desbravejados de restos de tocos e de saboós — mesmo assim, sendo de fato utilitária a prática. Nem sempre, porém, devido ao desconhecimento da boa téc
belos cafezais de outrora transformando-
se em novéis algodoais, tendo sido ar
rancados os arbustos que, podados, não
adquiri-los nos lavouristas de cana, lá no Norte, que, por necessidade ou conxeniência, os x'cndiam cá para baixo,
embora com desfalque em suas culturas. A Lei 13 de Maio, intempestivamente
como foi promulgada, constituiu x'erdadciro desastre social e econômico, com
ela ninguém lucrando, especialmente os e.x-escravos que, habituados à benfazeja
méstico; outras, criando zebus, compram
assistência e não sabendo pois como agir "em mundo no\'o", em sensível núme
de
enxada
fartas desapareceram; os pomares entrc-
As lavouras de algodão vieram de
-Juras pura mesa consistem em caruserralhas, taiobas e plantas outras
acôrdo
com
a
rotineira
braçal.
tural, máxirne quando feitas em maior
las adotados aparelhos de alta capacida
no, mecânicamente por tração animal,
continuaram a cultivá-lo à moda antiga. Outros anda, mais modestos em finan
ças, só braçalmente vêm agindo, com o mínimo de resultado. Não poucos fa zendeiros, desanimados dá agricultura pela carência de trabalhadores, alto custo
Mesmo os culti
de braços africanos, mandavam agentes
da máxima falta de higiene!
des de discos; semeadeiras, adubadelras, cultivadores, e pulverizadores de desinfeção. Sitiantes de menos recursos, arando, destqrroando e riscando o terre
dàvelmente maléfica em todos os sentidos
Os fazendeiros de café aqui do Sul,
impedidos de receber frescos reforços
inclusive a própria lenlia que. dia a dia,
todos os sentidos, não raro favorecendo
A grande geada, em 1918, foi formi-
rém de braços!
leitões, toucinho, banha e mantimentos
de: tratores, arados, destorradores e gra
sj:
Fazendas, outrora fartas, atualmente es tão adquirindo café cm pó para uso do
exuberante cm camadura, amputada po
nassarâm à categoria de gêneros de luxo,
tando as águas pluviais, maquinavam em
de", voltando exclusivamente à velha en xada, o "benéfico sulfato de ferro", ha pitoresca frase então em uso.
■^ reação se impõe por todos os meios.
ieonografavíi a Lavoura, a equiparava à clássica estátua de Venu.s de Milo —
a título de recuperação, dentre as quais as do milho, arroz e feijão, parto com o auxílio das máquinas, em geral porém
escala, porquanto passaram a ser ne
descrédito da prática — razão pela qual muita gente "deixou de usar a novida
pe fato, o quadro é desolador,
Já nos tempos da escraxidão, o
caricaturista Ângelo Agostini sempre que
ro passaram a morrejr dexido à miséria proveniente do abuso da aguardente e
dutores sempre de acordo com as curvas de nível do terreno, o mais possível cor
judiciais erosões e, conseqüentemente, o
Ihos de terreiros, encanamentos, veículos e um mundo de coisas que tanto capital custou, nes poucos \'êm sendo demolidas ou arrancadas c \'endidas, a dinheiro, a certa cla.sse de empreiteiros que, to mando ã. triste denominação de "demolídorcs", gananciosamente tudot reven dem a construtores nas próximas cidades. Vc-scj está assimmovinientando-sc que a antiga prosperidade em marcha
xiais!
leite condensado; ovos, galinhas, frangos,
fato trazer melhoras à nossa técnica cul
o curso de enxurradas, provocando pre
pastagens os antigos cafezais, velhos e deficitários, nelas criando gado comum ou indianol Quanto às custosas benfei torias, inclusive casas de colonos, ladri-
mais demonstravam sinais de vida. Cul turas diversas foram também tentadas
nica por parte do nosso meio rural; por quanto, em vez de prosseguirem os con
quanto aos cafezais.
43
DicESTO Econômico
42
se tomando espantalho; as belas
,5 às pragas e às ervas daninhas; as
í^ncficas, bongadas casualmentel Imperativa reação
pelo sucinto exposto, verifica-se que
se agrava o problema da alimentação, se de modo urgente não mudarmos de técnica produtiva, amparando-a eficiente mente, não co&í restrições, ao contrá rio com máxima incrementação. A de ficiência do braço agrícola é mal endê mico entre nós — país de enorme área territorial e, proporcionalmente, de mui escassa população, Plajam vista as vas tas borboremas, de boas terras para agri
dos salários e, desconhecedores da me
cultura ou silvicultura, cortadas por mag
cânica técnica agrária moderna e ecònómica, estão preferindo transformar em
níficas ferrovias, rodovias e vias flu-
A grande safra de café daquele ano quase toda foi perdida por falta de coIhedores, visto a negrada, em sensível maioria, ter debandado para os cortiços das cidades, a fim de gozar o que con
siderava a liberdade, então sinônima de calaçaria. Felizmente em São Paulo houve gente
que, com antecedência, foi proporcio nando medidas dè contra-golpe à bor rasca.
Referimo-nos com máximo aca
tamento aos benfeitores que, sem demo ra, tiataram de organizar a Sociedade Promotora de Imigração, tendo por di retores, dentre outros, o Conde de Parnaíba e Martinho Prado Júnior.
Devido a ela, em certas regiões da Província foi salva boa parte da colheita
ç, aos poucos, foram também sendo or ganizados todos os serxüços agrícolas. Para demonstrar o impulso que a Imi gração proporcionou a São Paulo, se faz
Dicesto EcoNÓAaco
perando a enxada. Verdade é que a
vados em lugares considerados livres fo
principio outro meio não poderia deixar de ser empregado, atendendo-se a que
ram por ela afetados, embora não cha
as plantações inic'ais foram feitas em
atingiu às mais sadias lavouras, as quais
íngreme morraria, cheia de tocos rema
de modo visível demonstraram os efeitos, quanto à antiga robustez, enfolhamento o conseqüente produção; os arbustos re-
nescentes das prim tivas florestas secula
res, embora não raro atingidas por da
ninhos fogos. Bem posteriormente," quan do lavouras novas foram feitas em mais
favoráveis terrenos quanto à topogra fia, alguns fazendeiros, com certa ti
muscados; fitològicamente o fenômeno
tiairam-sc, encolheram-se,
diminuiram
cm fronde, deixando de ser o que ti nham sido. Não contando com próximas colheitas da lavoura mais agravada pelo
midez, começaram a adotar aparelhos mal, no meio da mesma, culturas outras, culturais, embora rudes: pesados arados de curta duração, foram feitas, com es de aiveca e cultivadores bico de pato, pecialidade a do algodão, que grande língua de vaca e outros improvisados. surto passou a ter. Foram assim os Posteriormente nossa maquinaria, mais leve e aperfeiçoada, passou a ser adota da, dentre a qual aradinhos piquira, extirpadores de ervas daninhas e cultiva
dores do sistema Flanet, que foram rece bendo modificações de acordo com a natureza dos terrenos, não ainda de todo
desbravejados de restos de tocos e de saboós — mesmo assim, sendo de fato utilitária a prática. Nem sempre, porém, devido ao desconhecimento da boa téc
belos cafezais de outrora transformando-
se em novéis algodoais, tendo sido ar
rancados os arbustos que, podados, não
adquiri-los nos lavouristas de cana, lá no Norte, que, por necessidade ou conxeniência, os x'cndiam cá para baixo,
embora com desfalque em suas culturas. A Lei 13 de Maio, intempestivamente
como foi promulgada, constituiu x'erdadciro desastre social e econômico, com
ela ninguém lucrando, especialmente os e.x-escravos que, habituados à benfazeja
méstico; outras, criando zebus, compram
assistência e não sabendo pois como agir "em mundo no\'o", em sensível núme
de
enxada
fartas desapareceram; os pomares entrc-
As lavouras de algodão vieram de
-Juras pura mesa consistem em caruserralhas, taiobas e plantas outras
acôrdo
com
a
rotineira
braçal.
tural, máxirne quando feitas em maior
las adotados aparelhos de alta capacida
no, mecânicamente por tração animal,
continuaram a cultivá-lo à moda antiga. Outros anda, mais modestos em finan
ças, só braçalmente vêm agindo, com o mínimo de resultado. Não poucos fa zendeiros, desanimados dá agricultura pela carência de trabalhadores, alto custo
Mesmo os culti
de braços africanos, mandavam agentes
da máxima falta de higiene!
des de discos; semeadeiras, adubadelras, cultivadores, e pulverizadores de desinfeção. Sitiantes de menos recursos, arando, destqrroando e riscando o terre
dàvelmente maléfica em todos os sentidos
Os fazendeiros de café aqui do Sul,
impedidos de receber frescos reforços
inclusive a própria lenlia que. dia a dia,
todos os sentidos, não raro favorecendo
A grande geada, em 1918, foi formi-
rém de braços!
leitões, toucinho, banha e mantimentos
de: tratores, arados, destorradores e gra
sj:
Fazendas, outrora fartas, atualmente es tão adquirindo café cm pó para uso do
exuberante cm camadura, amputada po
nassarâm à categoria de gêneros de luxo,
tando as águas pluviais, maquinavam em
de", voltando exclusivamente à velha en xada, o "benéfico sulfato de ferro", ha pitoresca frase então em uso.
■^ reação se impõe por todos os meios.
ieonografavíi a Lavoura, a equiparava à clássica estátua de Venu.s de Milo —
a título de recuperação, dentre as quais as do milho, arroz e feijão, parto com o auxílio das máquinas, em geral porém
escala, porquanto passaram a ser ne
descrédito da prática — razão pela qual muita gente "deixou de usar a novida
pe fato, o quadro é desolador,
Já nos tempos da escraxidão, o
caricaturista Ângelo Agostini sempre que
ro passaram a morrejr dexido à miséria proveniente do abuso da aguardente e
dutores sempre de acordo com as curvas de nível do terreno, o mais possível cor
judiciais erosões e, conseqüentemente, o
Ihos de terreiros, encanamentos, veículos e um mundo de coisas que tanto capital custou, nes poucos \'êm sendo demolidas ou arrancadas c \'endidas, a dinheiro, a certa cla.sse de empreiteiros que, to mando ã. triste denominação de "demolídorcs", gananciosamente tudot reven dem a construtores nas próximas cidades. Vc-scj está assimmovinientando-sc que a antiga prosperidade em marcha
xiais!
leite condensado; ovos, galinhas, frangos,
fato trazer melhoras à nossa técnica cul
o curso de enxurradas, provocando pre
pastagens os antigos cafezais, velhos e deficitários, nelas criando gado comum ou indianol Quanto às custosas benfei torias, inclusive casas de colonos, ladri-
mais demonstravam sinais de vida. Cul turas diversas foram também tentadas
nica por parte do nosso meio rural; por quanto, em vez de prosseguirem os con
quanto aos cafezais.
43
DicESTO Econômico
42
se tomando espantalho; as belas
,5 às pragas e às ervas daninhas; as
í^ncficas, bongadas casualmentel Imperativa reação
pelo sucinto exposto, verifica-se que
se agrava o problema da alimentação, se de modo urgente não mudarmos de técnica produtiva, amparando-a eficiente mente, não co&í restrições, ao contrá rio com máxima incrementação. A de ficiência do braço agrícola é mal endê mico entre nós — país de enorme área territorial e, proporcionalmente, de mui escassa população, Plajam vista as vas tas borboremas, de boas terras para agri
dos salários e, desconhecedores da me
cultura ou silvicultura, cortadas por mag
cânica técnica agrária moderna e ecònómica, estão preferindo transformar em
níficas ferrovias, rodovias e vias flu-
A grande safra de café daquele ano quase toda foi perdida por falta de coIhedores, visto a negrada, em sensível maioria, ter debandado para os cortiços das cidades, a fim de gozar o que con
siderava a liberdade, então sinônima de calaçaria. Felizmente em São Paulo houve gente
que, com antecedência, foi proporcio nando medidas dè contra-golpe à bor rasca.
Referimo-nos com máximo aca
tamento aos benfeitores que, sem demo ra, tiataram de organizar a Sociedade Promotora de Imigração, tendo por di retores, dentre outros, o Conde de Parnaíba e Martinho Prado Júnior.
Devido a ela, em certas regiões da Província foi salva boa parte da colheita
ç, aos poucos, foram também sendo or ganizados todos os serxüços agrícolas. Para demonstrar o impulso que a Imi gração proporcionou a São Paulo, se faz
V
44
Digesto
mister escrever volumoso trabalho, tal
sua demonstrativa importância.
Haja
vista o fenomenal impulso que deu ela í\ Lavoura Cafeeira, a partir de 1889 até 1918, antes da catastrófica geada a que já nos referimos. Em complemento, nuanlas povoações iniciou a mesma, após
incrementadas em grandes cidades! Ape sar porém dos reais benefícios propor cionados pela Classe Imigratória, não se radicou ela nas fazendas, devido talvez
à falta de uma razoável cooperação en tre o proprietário e o colono, que melhor classificaremos de empreiteiro de serv:ços.
Em tais propriedades, a bem dizer é èle um nômade, um passageiro sem viso
de vínculo, onde se contrata para amea lhar um pequeno pecúlio em menor prazo possível. Este obtido, desobri ga-se o contratante, retirando-se para a próxima povoação, onde se estabelece no comércio ou em pequena indústria, nos quais emprega os filhos que, habituados à prática agrícola, vão ser aprendizes de outros misteres. Pior ainda quando emigra, levando capital, família e os en sinamentos que receberam todos! Para o amparo às famílias dos traba lhadores rurais em tais favoráveis con
dições financeiras, o dr. Carlos José Botelho, quando secretário da Agricul tura no Governo Jorge Tibiriçá, criou
vários Núcleos Coloniais servidos pelas
trando que nada será demasiado dc tudo quanto por elas for feito. Com relação
sensível incremento econômico que tal sistema agrário deu às regiões de que são centros. Bem maior expansão haverá
à economia alimentícia do pais, pode remos compará-las aos tímidos iombós formadores dos grandes rio.s.
em tôdas elas se os referidos lotistas pas
sarem a adotar as favoráveis práticas da
Entre nós, infelizmente a economia
lavoura mecanizada, deciiplicando assim
ceral não segue desejado curso melodi-
suas produções. Mais ainda, futuramen te, quando os fertilizantes e os meios de
zado, ponderado e calcailado, de acordo com as necessárias circunstâncias. Quase
defesa agrícola e animal deixarem dc ser
tudo provém de surtos modalícios. Mes
como são agora, "mais caros do que os remédios da botica" — na dolorosa ex
pressão daquela pobre gente, merecedo ra da máxima assistência, e que até
45
Dicesto Econômico
EcoNÓxnco
C
ao presente compreendida ainda não foi;
mo nos áureos tempos do Café, importá vamos arroz da Birmânia, feijão do Chi le milho da Argentina, batata da Fran-
çà c dc Portugal, cebola c sal da Espa-
te e mansa dechvidade, ostá ela defi nhando devido a seu término vital e à
descuidada erosão do solo.
Terras virgens e possuidoras de to dos os requisitos necessilrios e essenciais
para cultura extensiva da preciosa nibiácea, não mais existem para novas
plantações. Proporcionalmente às áreas dos territórios paulista, fluminense, mi neiro e de outras regiões, sempre cons-
tituiram elas verdadeiros "oásis privile- ^ giados". Os cultivadores que não leva ram em conta tais relevantes requisitos,
cm pouco tempo tiveram suas lavouras liquidadas, com especialidade
porquanto, bem considerando-se, c ela
as formadas em morraria ou
de fato que, embora por meio das ro tineiras praticas, está proporcionando gê
em terras de exígua fertili- • dade.
neros alimentícios aos nossos mercados
"í
cítadinos, uma vez que os produtos das fazendas consideradas de sensível im portância, quando muito, mal estão con
tribuindo para o respectivo abastecimen to interno, conforme já expuseino.s.
■1
t
A evolução agrícola achaSC caminhando para favorá- .
\'cl policultura e, algum dia Uimbém, quando os meios de combate às pragas, exclu sivamente não dependerem de fortuna monetária — con
* H: Hs
forme se vem dando desde o ano 1500 da era comum
A patriótica e benfazeja realização do
- a siKacultura poderá cons
dr. Carlos Botelho — de modo econômi
tituir verdadeira riqueza, nã(»
co e eficiente, radicando ao solo o ex-
operário rural, transformando-o em pe queno proprietário, onde pessoalmente trabalha com os demais de sua famílii*
— não teve infelizmente o prosseguimen to que era de se esperar. Após seu In*
apenas como agora so ao al • Vifl e outros ma"s produtos perfeitamen
te
cultiváveis ou obtidos. Presen
temente a moda é tripartida entre o aranha-céii, o zebu c o parque industrial.
cance dos favorecidos de fartos cabedais.
Que o digam, por exemplo, a Compa nhia Paulista de Estradas de Ferro, as
Ferrovias Mogiana e Sorocabíma, a Com panhia Melhoramentos de São Paulo, em Caieiras, e outrem, quando têm despen dido só naqui'o que nosso caboclo sar-
Estradas de Ferro Paulista, Douraden-
borioso trabalho na enciclopédica Pasta
Pouco se 'fa'a em algodão, e menos ain
se e Funüense, adquirindo para isso an
-• onde deixou mais de 30 grandes ser
da em laranja: ao que parece, tais as suntos estão recebendo "pulverização de ureca"! O grande historiador Afonso de j, Taunay, em sua monumental obra
formicida!
sôbre todos os aspectos concenicntes ao Café, classificou esta magna riqueza co
ras naturalmente em condições de rece
tigas fazendas semí-abandonadas, divi-
viços prestados a São "^aulo e ao Brasil,
dindo-as em lotes de 20 a 25 hectares,
em exíguo prazo de um quatriênio, e ao
os quais em favoráveis condições eram
tempo em que uma arrôba de bom café
vendidos aos interessados, que satisfato
com dificuldade livrava o preço de 5$000
riamente se tomavam pequenos proprie
em Santos — pouco mais foi executado
tários".
em prol das "células agrícolas". Lamen
Tendo auxiliado a fundação dos refe ridos Núcleos e, posteriormente, passando
tável fato em todos os sentidos. As duras
a inspecioná-los, somos testemunha do
e com sombrio porvir, estão demons-
circunstâncias que estamos atravessando,
càsticaniente denomina "remédio", \Trigo Cònvém não nos iludirmos: nossas ter
mo J "esteio econômico do Brasil". Sen do porém planta de grande produção e,
ber policultura, não são em tão grande e.xtensão quanto parece à primeira vista.
como tal, exigentíssíma de terras novas, de máxima fertilidade, favorável ambien-
e quém lida na lavoura sabe experimen-
A maioria necessita de forte adubação,
V
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Digesto
mister escrever volumoso trabalho, tal
sua demonstrativa importância.
Haja
vista o fenomenal impulso que deu ela í\ Lavoura Cafeeira, a partir de 1889 até 1918, antes da catastrófica geada a que já nos referimos. Em complemento, nuanlas povoações iniciou a mesma, após
incrementadas em grandes cidades! Ape sar porém dos reais benefícios propor cionados pela Classe Imigratória, não se radicou ela nas fazendas, devido talvez
à falta de uma razoável cooperação en tre o proprietário e o colono, que melhor classificaremos de empreiteiro de serv:ços.
Em tais propriedades, a bem dizer é èle um nômade, um passageiro sem viso
de vínculo, onde se contrata para amea lhar um pequeno pecúlio em menor prazo possível. Este obtido, desobri ga-se o contratante, retirando-se para a próxima povoação, onde se estabelece no comércio ou em pequena indústria, nos quais emprega os filhos que, habituados à prática agrícola, vão ser aprendizes de outros misteres. Pior ainda quando emigra, levando capital, família e os en sinamentos que receberam todos! Para o amparo às famílias dos traba lhadores rurais em tais favoráveis con
dições financeiras, o dr. Carlos José Botelho, quando secretário da Agricul tura no Governo Jorge Tibiriçá, criou
vários Núcleos Coloniais servidos pelas
trando que nada será demasiado dc tudo quanto por elas for feito. Com relação
sensível incremento econômico que tal sistema agrário deu às regiões de que são centros. Bem maior expansão haverá
à economia alimentícia do pais, pode remos compará-las aos tímidos iombós formadores dos grandes rio.s.
em tôdas elas se os referidos lotistas pas
sarem a adotar as favoráveis práticas da
Entre nós, infelizmente a economia
lavoura mecanizada, deciiplicando assim
ceral não segue desejado curso melodi-
suas produções. Mais ainda, futuramen te, quando os fertilizantes e os meios de
zado, ponderado e calcailado, de acordo com as necessárias circunstâncias. Quase
defesa agrícola e animal deixarem dc ser
tudo provém de surtos modalícios. Mes
como são agora, "mais caros do que os remédios da botica" — na dolorosa ex
pressão daquela pobre gente, merecedo ra da máxima assistência, e que até
45
Dicesto Econômico
EcoNÓxnco
C
ao presente compreendida ainda não foi;
mo nos áureos tempos do Café, importá vamos arroz da Birmânia, feijão do Chi le milho da Argentina, batata da Fran-
çà c dc Portugal, cebola c sal da Espa-
te e mansa dechvidade, ostá ela defi nhando devido a seu término vital e à
descuidada erosão do solo.
Terras virgens e possuidoras de to dos os requisitos necessilrios e essenciais
para cultura extensiva da preciosa nibiácea, não mais existem para novas
plantações. Proporcionalmente às áreas dos territórios paulista, fluminense, mi neiro e de outras regiões, sempre cons-
tituiram elas verdadeiros "oásis privile- ^ giados". Os cultivadores que não leva ram em conta tais relevantes requisitos,
cm pouco tempo tiveram suas lavouras liquidadas, com especialidade
porquanto, bem considerando-se, c ela
as formadas em morraria ou
de fato que, embora por meio das ro tineiras praticas, está proporcionando gê
em terras de exígua fertili- • dade.
neros alimentícios aos nossos mercados
"í
cítadinos, uma vez que os produtos das fazendas consideradas de sensível im portância, quando muito, mal estão con
tribuindo para o respectivo abastecimen to interno, conforme já expuseino.s.
■1
t
A evolução agrícola achaSC caminhando para favorá- .
\'cl policultura e, algum dia Uimbém, quando os meios de combate às pragas, exclu sivamente não dependerem de fortuna monetária — con
* H: Hs
forme se vem dando desde o ano 1500 da era comum
A patriótica e benfazeja realização do
- a siKacultura poderá cons
dr. Carlos Botelho — de modo econômi
tituir verdadeira riqueza, nã(»
co e eficiente, radicando ao solo o ex-
operário rural, transformando-o em pe queno proprietário, onde pessoalmente trabalha com os demais de sua famílii*
— não teve infelizmente o prosseguimen to que era de se esperar. Após seu In*
apenas como agora so ao al • Vifl e outros ma"s produtos perfeitamen
te
cultiváveis ou obtidos. Presen
temente a moda é tripartida entre o aranha-céii, o zebu c o parque industrial.
cance dos favorecidos de fartos cabedais.
Que o digam, por exemplo, a Compa nhia Paulista de Estradas de Ferro, as
Ferrovias Mogiana e Sorocabíma, a Com panhia Melhoramentos de São Paulo, em Caieiras, e outrem, quando têm despen dido só naqui'o que nosso caboclo sar-
Estradas de Ferro Paulista, Douraden-
borioso trabalho na enciclopédica Pasta
Pouco se 'fa'a em algodão, e menos ain
se e Funüense, adquirindo para isso an
-• onde deixou mais de 30 grandes ser
da em laranja: ao que parece, tais as suntos estão recebendo "pulverização de ureca"! O grande historiador Afonso de j, Taunay, em sua monumental obra
formicida!
sôbre todos os aspectos concenicntes ao Café, classificou esta magna riqueza co
ras naturalmente em condições de rece
tigas fazendas semí-abandonadas, divi-
viços prestados a São "^aulo e ao Brasil,
dindo-as em lotes de 20 a 25 hectares,
em exíguo prazo de um quatriênio, e ao
os quais em favoráveis condições eram
tempo em que uma arrôba de bom café
vendidos aos interessados, que satisfato
com dificuldade livrava o preço de 5$000
riamente se tomavam pequenos proprie
em Santos — pouco mais foi executado
tários".
em prol das "células agrícolas". Lamen
Tendo auxiliado a fundação dos refe ridos Núcleos e, posteriormente, passando
tável fato em todos os sentidos. As duras
a inspecioná-los, somos testemunha do
e com sombrio porvir, estão demons-
circunstâncias que estamos atravessando,
càsticaniente denomina "remédio", \Trigo Cònvém não nos iludirmos: nossas ter
mo J "esteio econômico do Brasil". Sen do porém planta de grande produção e,
ber policultura, não são em tão grande e.xtensão quanto parece à primeira vista.
como tal, exigentíssíma de terras novas, de máxima fertilidade, favorável ambien-
e quém lida na lavoura sabe experimen-
A maioria necessita de forte adubação,
46
Dicissto EcoNÓiaco
talmente o alto custo dos fertilizantes,
se mantém em transformar boa parle de
cujos preços nossos governos por todos
sua zona em soberbo curitibal — vegeta ção outrora ali silvestre, desde o Alto
- os meios necessitam baratear ao alcance
Dicesto EcoNÓNnco
daquela época, muito deixavam a desejar, salvo alguns cavalos andaluzes c alteres de degenerado sangue árabe, bem como precoces sumos dc origem cbincsa, tra
dos modestos policultores — sob pena de
da Serra até Jundiaí. No entanto, a Com
não poderem eles cooperar em prol do aumento da produção! Sensível exten
panhia de Melhoramentos de São Paulo, em Caieiras, está demonstrando o que
zidos dc Macau.
são da área territorial de nosso pais é
pràticamentc se pode fazer sobre o as sunto naquela mesmíssima região! Referimos que, prcscntcmonte, "acham-
'Tdos indicus" aqui no Brasil, com a fi nalidade de melhorar nossos bo\ideos,
mais propícia à silvícultura — prima-irraa
da agricultura, cada qual porém obede cendo à sua apropriada técnica. A agricultura exige solo de boa qua
lidade, com pouco declive e arável a 30 centímetros, o qual, em sen do necessário, irá recebendo corretivos culturais e fertilizantes.
A silvicultura
se em moda": o arranha-céu, o zebu
e o parque industrial. Quanto ao pri meiro, dentre em pouco a febre arte-
jfecerá, por não ser possível que toda a " população do Brasil se resolva insta
lar nas grandes capitais.
Voltaremos a
dá-se melhor rio sub-solo, onde a vege
ver o que não há muito era comum: ta-
tação dendrônica à vontade distende
boletas nas portas dos grandes prédios
seu possante sistema radicular que, em
com os anúncios: alugam-se apartamen
busca de fertilizantes minerais e de umi
tos, alugam-se salas, sublocam-se cômo
dade, atinge a consideráveis dimen
dos. Após as épocas fantásticas do EnsiIhamento c das grandes altas do Café, o
sões.
Enquanto tenras, as plantas arbóreas necessitam do solo para sua primitiva formação; coisa de pouco tempo. Umá
entus asmo pelos sedutores negócios em
vez porém atingido o sub-solo pelas va to geraUé estupendo; dentre outras, haja vista o que se dá com as urticáceas,
vimento equinocial das grandes marés. Sem esforço dc quem quer que seja, o benfazejo Crônos encarrcgar-se-á de ra zoável rasoura passar às despropositadas
com os eucaliptos e com as lauríneas
medidas.
de rápido crescimento.
silvicultura incalculável riqueza futura —
O Zebu, gebo, giboso ou "bos indicus". é bovídeo original da Península Indos-
lentes raízes pivotantes, o desenvolvimen
Reputamos a
geral esmorecia, lembrando água fria em fer\'ura, as fases da Lua ou o mo
como dissemos, tudo dependendo de po
tànxa, onde desde épocas imemoriais
der econòmicamente ser executada! Pa ra disso fazermos uma idéia, basta le-
vem sendo venerado como animal sa
var-se em conta que, segundo certos cál
assim, ou talvez por isso, jamais foi me lhorado zootècnicamcnte, ao contrário do que se vera dando com os animais domésticos europeus que, a partir de 1700 e pouco, sistcmàticamcnte passa ram a receber cuidadosos tratos de prá tico aproveitamento, quanto a trabalho,
culos, o Departamento Florestal da Com
panhia Paulista de Estradas de Ferro
representa valor equivalente ao'da pró
pria Ferrovia, conquanto esteja êle ain da longe de atingir seus limites fato que jamais sucederá, porquanto seus milhões de eucaliptos e de essências outras sempre aumentam em incessantes ondas culturais. Em contraste, a Estiada de Ferro Santos a Jundiaí longe
grado, e intangível portanto.
Mesnío
produção de boa carne, abundância de leite, banha em fartura e demais requi sitos econômicos razão pela qual os
reprodutores para aqui importados, antes
Há menos de século foi introduzido o
utilizável como animal de tração. Tais \'crdadcs estão começando a ser com
preendidas, delas resxiltando formidolosos ensilhamentos a ganancio.sos sonbadoresi Incentivaçõo econômica
O assunto quanto ao nosso "Parque
depauperados pela deficiência de subs
Industrial" não pode ser tratado em
tancial alimentação e definhados pelos
ligeiro artigo. Pela respectiva substancia requer volumoso 1í\to. Longe porém de iconoclasticismos, não podemos, nem
carrapalos. Sua única iccomendá\el qualidade consistia e consiste em fenomonal rusticídade quanto às funções
bromatológicas. É gado adaptável a sa vanas — grandes extensões de solo com
devemos brasileiramente combater a fa
bril Indústria Nacional, por infelicidade, desde muito, econòmicamente desorga
pacto recoberto de agreste vegetação
nizada quanto ao amparo oficial.
subarbustiva de coureaca folliagem, em
primórdio, de conveniência seria que,
permeio da qual. casualmente, se en contram gramíneas ou Icguminosas for-
sem demora, constituísse o Govèmo Fe
raceiras. São elas diferentes dos cam
pos naturais - de terra fofa, recoberto de gramínea e legumincsa \'egetação.
Infelizmente, tanto umas como outros,
de deplor^'^®' modo se estão imprestabilizando devido aos freqüentes fogos c requeimando o solo, extinguem a stagcm de mais valor, proporcionando
o crescimento de indesejáveis plantas /rosseíras. Assim sendo, uma vez que melhoradas não forem as pastagens bra sileiras, vantagem alguma poderá pro
porcionar o zebu ao nosso gado, quase
todo de origem ibérica e descuidadosamente degeherado por deficiente alimen
tação, a qual, quando abundante e boa,
eouivaie a mais de meia raça apurada, conforme sabido. Não vemos, pois, razao alguma para
Em
deral uma Comissão de gente ponderada e isenta de parcialidade, a fim de cuida dosamente estudar o referido assunto sob
o mais restrito ponto de xásta econômi co, considerando sempre o justo inte resse entre os três fatôres: o do pro dutor, o do consumidor e o do fisco, procurando enb'e êles obter equilibra
das vantagens. Por tal meio, cada pro duto merecerá especializado estudo ba seado em dados positivos, a fim de pau latinamente passar a ser corrigido tudo quanto a respeito, de modo atabalhoado, vem sendo feito sem necessário critério
moderador. Não deixará de ser árduo o
problema, xisto haver forte choque de in teresses mormente por parte dos que pugnam por muito discutíveis direitos,
sem equitativas bases.
A referida Co
missão, matemática e estatisticamente
zes mais que por excelente espécime de
se pagar por um touro indiano cinco ve apurada raça européia, premiado em ex
terá pois que demonstrar aquilo preferí vel de fabricação interna, e o que julga do fôr mais conveniente de importação,
posições norte-americanas, inglesas, ca
com lucros para os cofres públicos e
nadenses ou argentinas — produtor de ex celente carne e abundante leite, atribu
para a bolsa dos consumidores.
tos não existentes no gabo giboso, mais
Desde já tentaremos apresentar algu mas sugestões, a título apenas de coad-
46
Dicissto EcoNÓiaco
talmente o alto custo dos fertilizantes,
se mantém em transformar boa parle de
cujos preços nossos governos por todos
sua zona em soberbo curitibal — vegeta ção outrora ali silvestre, desde o Alto
- os meios necessitam baratear ao alcance
Dicesto EcoNÓNnco
daquela época, muito deixavam a desejar, salvo alguns cavalos andaluzes c alteres de degenerado sangue árabe, bem como precoces sumos dc origem cbincsa, tra
dos modestos policultores — sob pena de
da Serra até Jundiaí. No entanto, a Com
não poderem eles cooperar em prol do aumento da produção! Sensível exten
panhia de Melhoramentos de São Paulo, em Caieiras, está demonstrando o que
zidos dc Macau.
são da área territorial de nosso pais é
pràticamentc se pode fazer sobre o as sunto naquela mesmíssima região! Referimos que, prcscntcmonte, "acham-
'Tdos indicus" aqui no Brasil, com a fi nalidade de melhorar nossos bo\ideos,
mais propícia à silvícultura — prima-irraa
da agricultura, cada qual porém obede cendo à sua apropriada técnica. A agricultura exige solo de boa qua
lidade, com pouco declive e arável a 30 centímetros, o qual, em sen do necessário, irá recebendo corretivos culturais e fertilizantes.
A silvicultura
se em moda": o arranha-céu, o zebu
e o parque industrial. Quanto ao pri meiro, dentre em pouco a febre arte-
jfecerá, por não ser possível que toda a " população do Brasil se resolva insta
lar nas grandes capitais.
Voltaremos a
dá-se melhor rio sub-solo, onde a vege
ver o que não há muito era comum: ta-
tação dendrônica à vontade distende
boletas nas portas dos grandes prédios
seu possante sistema radicular que, em
com os anúncios: alugam-se apartamen
busca de fertilizantes minerais e de umi
tos, alugam-se salas, sublocam-se cômo
dade, atinge a consideráveis dimen
dos. Após as épocas fantásticas do EnsiIhamento c das grandes altas do Café, o
sões.
Enquanto tenras, as plantas arbóreas necessitam do solo para sua primitiva formação; coisa de pouco tempo. Umá
entus asmo pelos sedutores negócios em
vez porém atingido o sub-solo pelas va to geraUé estupendo; dentre outras, haja vista o que se dá com as urticáceas,
vimento equinocial das grandes marés. Sem esforço dc quem quer que seja, o benfazejo Crônos encarrcgar-se-á de ra zoável rasoura passar às despropositadas
com os eucaliptos e com as lauríneas
medidas.
de rápido crescimento.
silvicultura incalculável riqueza futura —
O Zebu, gebo, giboso ou "bos indicus". é bovídeo original da Península Indos-
lentes raízes pivotantes, o desenvolvimen
Reputamos a
geral esmorecia, lembrando água fria em fer\'ura, as fases da Lua ou o mo
como dissemos, tudo dependendo de po
tànxa, onde desde épocas imemoriais
der econòmicamente ser executada! Pa ra disso fazermos uma idéia, basta le-
vem sendo venerado como animal sa
var-se em conta que, segundo certos cál
assim, ou talvez por isso, jamais foi me lhorado zootècnicamcnte, ao contrário do que se vera dando com os animais domésticos europeus que, a partir de 1700 e pouco, sistcmàticamcnte passa ram a receber cuidadosos tratos de prá tico aproveitamento, quanto a trabalho,
culos, o Departamento Florestal da Com
panhia Paulista de Estradas de Ferro
representa valor equivalente ao'da pró
pria Ferrovia, conquanto esteja êle ain da longe de atingir seus limites fato que jamais sucederá, porquanto seus milhões de eucaliptos e de essências outras sempre aumentam em incessantes ondas culturais. Em contraste, a Estiada de Ferro Santos a Jundiaí longe
grado, e intangível portanto.
Mesnío
produção de boa carne, abundância de leite, banha em fartura e demais requi sitos econômicos razão pela qual os
reprodutores para aqui importados, antes
Há menos de século foi introduzido o
utilizável como animal de tração. Tais \'crdadcs estão começando a ser com
preendidas, delas resxiltando formidolosos ensilhamentos a ganancio.sos sonbadoresi Incentivaçõo econômica
O assunto quanto ao nosso "Parque
depauperados pela deficiência de subs
Industrial" não pode ser tratado em
tancial alimentação e definhados pelos
ligeiro artigo. Pela respectiva substancia requer volumoso 1í\to. Longe porém de iconoclasticismos, não podemos, nem
carrapalos. Sua única iccomendá\el qualidade consistia e consiste em fenomonal rusticídade quanto às funções
bromatológicas. É gado adaptável a sa vanas — grandes extensões de solo com
devemos brasileiramente combater a fa
bril Indústria Nacional, por infelicidade, desde muito, econòmicamente desorga
pacto recoberto de agreste vegetação
nizada quanto ao amparo oficial.
subarbustiva de coureaca folliagem, em
primórdio, de conveniência seria que,
permeio da qual. casualmente, se en contram gramíneas ou Icguminosas for-
sem demora, constituísse o Govèmo Fe
raceiras. São elas diferentes dos cam
pos naturais - de terra fofa, recoberto de gramínea e legumincsa \'egetação.
Infelizmente, tanto umas como outros,
de deplor^'^®' modo se estão imprestabilizando devido aos freqüentes fogos c requeimando o solo, extinguem a stagcm de mais valor, proporcionando
o crescimento de indesejáveis plantas /rosseíras. Assim sendo, uma vez que melhoradas não forem as pastagens bra sileiras, vantagem alguma poderá pro
porcionar o zebu ao nosso gado, quase
todo de origem ibérica e descuidadosamente degeherado por deficiente alimen
tação, a qual, quando abundante e boa,
eouivaie a mais de meia raça apurada, conforme sabido. Não vemos, pois, razao alguma para
Em
deral uma Comissão de gente ponderada e isenta de parcialidade, a fim de cuida dosamente estudar o referido assunto sob
o mais restrito ponto de xásta econômi co, considerando sempre o justo inte resse entre os três fatôres: o do pro dutor, o do consumidor e o do fisco, procurando enb'e êles obter equilibra
das vantagens. Por tal meio, cada pro duto merecerá especializado estudo ba seado em dados positivos, a fim de pau latinamente passar a ser corrigido tudo quanto a respeito, de modo atabalhoado, vem sendo feito sem necessário critério
moderador. Não deixará de ser árduo o
problema, xisto haver forte choque de in teresses mormente por parte dos que pugnam por muito discutíveis direitos,
sem equitativas bases.
A referida Co
missão, matemática e estatisticamente
zes mais que por excelente espécime de
se pagar por um touro indiano cinco ve apurada raça européia, premiado em ex
terá pois que demonstrar aquilo preferí vel de fabricação interna, e o que julga do fôr mais conveniente de importação,
posições norte-americanas, inglesas, ca
com lucros para os cofres públicos e
nadenses ou argentinas — produtor de ex celente carne e abundante leite, atribu
para a bolsa dos consumidores.
tos não existentes no gabo giboso, mais
Desde já tentaremos apresentar algu mas sugestões, a título apenas de coad-
48
Dicesto Econômico
juvação. A precípua necessidade brasi
animais, os quais, conquanto considera
leira quanto à "produção alimentícia", deverá merecer pleno amparo em todos
dos mercadorias de luxo, de fato cons
DrcESTO EcoNóhnco
49
do, de muito já era aqui conhecida a "uí-ibá" — a planta produtora de flexa
"indústria canaxieira", em tôdas as suas finalidades de alto coeficiente econômico,
— existindo nas litorâneas c fluviais ui-
seja para o açúcar, para o melado, para ,
batubas em considerável quantidade; não sendo dc estranhar pois que fossem
para obtenção do álcool combustível. Em
nelas encontradas variedades do adoci cado suco — e.xatanienle como se deu nu
\ez de anti-econòmicas reslrições — ver
ções fiscais, deveremos ao máximo fo
tituem fontes de riquezas a e.xplorar pe los modestos agricultores. Sobre êste es quisito assunto vêm-nos à lembrança duas interessantes reportagens cinemato gráficas: uma filmada na Califórnia, re
mentar a fabricação de maquinaria ara-
ferente a uma econômica criaçião de ali-
Malásia ou na índia, porqtianto tais
tória, a dos fertilizantes e a tudo con
gátores, mansíssimos, a serem vendidos ao atingirem os 2 metros de comprimen
fnlos são dádivas da natnrci-a, cujo mis
sempre em prejuízo da classe consumi
to, antes do endurecimento das coura ças; outra, em idênticas condições, so
Genét ea.
bre hábil exploração de raposas das mais
limão doce c frutas também nossas de
reputadas pelagens, em uma fazenda no território do Alasca. Segundo estamos
atrof adas sementes: a laranja baiana, o ananas, a pacova, o abacaxi e outras.
informados, qualquer iniciativa sôbre ês
Deixando porém de lado êste assunto
te lucrativo assunto já existe em Teresópolis, propícia região fria.
botânico ao encargo dos especialistas, tratemos pràtieamentc de apresentar con
os setores concernentes» às respectivas in dústrias rurais.
Ao contrário de restri
ções, cerceamentos e quaisquer grava
cernente à debelação das pragas agríco las, a fim de modesto lavrador não mais
temer os malefícios da saúva, do cupim,
do carrapato, do curuquerê, da lagarta rosada, das brocas, das verminoses e
tantos outros inimigos rurais.
Em podendo nossa gente do campo combater as referidas pragas, a produção brasileira, agrícola e zootécnica aumen
tará como que fantàsticamente, porquan to até ao presente tais meios de defesa
Das nossas indústrias, além das cor
se achara incluídos na categoria de mer
relatas às que passageiramente acaba mos de fazer menção, merece especial in-
cadorias de luxo!
terôsse a da "cana sacarífera", descui
Há mais de 60 anos
existe em Vila Americana — sempre gravada de impostos — modesta fabrica ção de arados e outros aparelhamentos
dada desde que, pelos nautas lusita nos, vieram suas mudas matrizes impor
tadas em 1500 e pouco, antes da che
de cultura agrária. Sem demora convirá que milhares de idênticas oficinas difundidas sejam por todo o territó
gada de Martim Afonso de Sousa, con forme já nos referimos. Na verdade,
rio nacional — sem os coercitivos impos
terras
tos porém.
incrementação aos vastos domínios da
Em iguais condições merecerá neces sário amparo a indústria de maquinismos beneficiadores de produtos nossos: café, açúcar, álcool carburante, algodão, mi lho, arroz, laranja, fibras, bambu, ta
Coroa Portuguesa, os nautas lusitanos que a elas se dirigiam patriòticainente,
quara, vime, mamona, óleos vegetais e animais, couros, peles, ingredientes para adubação, mandioca e tantos outros, in
divulgada a notícia de que longínguas haviam
sido
descobertas, em
esforçavam-se sempre em levar para as mesmas, plantas e animais domésticos, a serem cultivadas e criados.
Assim, além do que diretamente veio vindo do Reino, muita coisa útil foi tra
zida da China, da Malásia, da Ipdia e
tério não conseguiu ainda desvendar a Em idênticas eircimstâncias
permanece a origem do nosso delicioso
siderações sôbre a industrialização da benfazcja planta.
Custa a crer, mas é fato tpie, há mais
dora — em considerável proporção com posta de gente pobre, humilde e que
despende esforço físico em prol da pro dução geral de lodo nosso País - de-
\'crá a indiistria merecer tôda coadjuvaçao. Será o caso de aplicar-se o prolóquio: muito faz quem não atrapalha" — instiluindo-se uma espécie de "lei áxi-
rea com relação às usinas, engenhos, engenhocas, bangüês e rústicas moendas,
a fim de que todo êste conjunto de
relhamentos funcione sem entraves du
rante dilatado prazo, e isento de quais quer impostos. Sendo nossa gente a do a ulilíssima graminca, c ainda os nyiis heterogênea, sua alimentação deve que hoje o fazem, desconsideraram c ra ser de acordo. Necessitamos portanto conrinuam a desconsiderar a parte ten ra de sua haste, imprestácel para extra ção do açúcar, como verdadeira fonte do riqueza devido ao seu alto valor bromatológicc, a quab facilmente fenada e ãcondicionada, con.si:tuirá produto co-
ric produtos os mais variados, desde os do mais f na qualidade, até os de mí nimo preço, porquanto, mesmo os con-
prados almixo de inferiores, servi rão de ótimo a'imcnto a tôda sorte de
domésticas, nada se perdendo , rnerciável, sendo .seus melhores acjqui- criações assim por falta de consumidores. Só o
rcntes os fazendeiros vizinhos, possuido
res de escanhoadas pastagens, sem míni mo trato, onde os rebanhos geralmente
padecem deficitária alimentação. Tôs-
cas mangedouras, abrigadas sob ranchos
álcool combustível poderá vir a ser ver dade ro biotônico proveniente dc vastas areas canavieiras, o qual, aperfeiçoado e
barateado, tornar-se-á o "animus agcndi" de milhares e milhares de motores agrí
de sapé em meio das referidas pasta gens, iião aos poucos resolvendo o pro. blema, porquanto adicionadas à cana,
Em havendo emancipação canavieira, os
grandes e pequenos produtores perfeita mente,entender-se-ão; ambos se comple
e artefatos para avicultura, apicultura e cunicultura.
ga, a jaca, a carambola, o tamaríndo, os
ser dadas aos animais bovinos, eqüinos,
Mesmo quanto à pelissa-
dadeiras e nocivas triagens regionais,
de trè.s séculos, os que vieram exploran
da África, especialmente mudas e semen tes de plantas, dentre as quais, a man
clusive também as carrossarias, selarias,
u rapadura e com ilimitada capacidade,
-fenada ou não, ferragens outras poderriô
colas, estáticos e quinemáticos deixandose a gasolina para finalidades urbanas.
ria também temos produtos nossos me
coqueiros malaio e dendê, e várias ou
asininos, muares, ovinos e outros. Além
tam e, caso deixar de existir entre éles
recedores de amparo, dentre êles os pro-
tras, inclusive a cana sacarífera e mudas
dêste aproveitamento, acessório, cuja im
o necessário equilíbrio de interesses, o
vindos da lontra, da ariranha, do jaca
de especiarias orientais.
ré, do lagarto, das cobras e de outros
mente porém do que se veio importan-
Independente
portância financeira nada desprezível selá, deveremos incrementar ao máximo a
modesto cútivad&r de cana, facilmente
irá explorar o algsdão, o milho, a me-
48
Dicesto Econômico
juvação. A precípua necessidade brasi
animais, os quais, conquanto considera
leira quanto à "produção alimentícia", deverá merecer pleno amparo em todos
dos mercadorias de luxo, de fato cons
DrcESTO EcoNóhnco
49
do, de muito já era aqui conhecida a "uí-ibá" — a planta produtora de flexa
"indústria canaxieira", em tôdas as suas finalidades de alto coeficiente econômico,
— existindo nas litorâneas c fluviais ui-
seja para o açúcar, para o melado, para ,
batubas em considerável quantidade; não sendo dc estranhar pois que fossem
para obtenção do álcool combustível. Em
nelas encontradas variedades do adoci cado suco — e.xatanienle como se deu nu
\ez de anti-econòmicas reslrições — ver
ções fiscais, deveremos ao máximo fo
tituem fontes de riquezas a e.xplorar pe los modestos agricultores. Sobre êste es quisito assunto vêm-nos à lembrança duas interessantes reportagens cinemato gráficas: uma filmada na Califórnia, re
mentar a fabricação de maquinaria ara-
ferente a uma econômica criaçião de ali-
Malásia ou na índia, porqtianto tais
tória, a dos fertilizantes e a tudo con
gátores, mansíssimos, a serem vendidos ao atingirem os 2 metros de comprimen
fnlos são dádivas da natnrci-a, cujo mis
sempre em prejuízo da classe consumi
to, antes do endurecimento das coura ças; outra, em idênticas condições, so
Genét ea.
bre hábil exploração de raposas das mais
limão doce c frutas também nossas de
reputadas pelagens, em uma fazenda no território do Alasca. Segundo estamos
atrof adas sementes: a laranja baiana, o ananas, a pacova, o abacaxi e outras.
informados, qualquer iniciativa sôbre ês
Deixando porém de lado êste assunto
te lucrativo assunto já existe em Teresópolis, propícia região fria.
botânico ao encargo dos especialistas, tratemos pràtieamentc de apresentar con
os setores concernentes» às respectivas in dústrias rurais.
Ao contrário de restri
ções, cerceamentos e quaisquer grava
cernente à debelação das pragas agríco las, a fim de modesto lavrador não mais
temer os malefícios da saúva, do cupim,
do carrapato, do curuquerê, da lagarta rosada, das brocas, das verminoses e
tantos outros inimigos rurais.
Em podendo nossa gente do campo combater as referidas pragas, a produção brasileira, agrícola e zootécnica aumen
tará como que fantàsticamente, porquan to até ao presente tais meios de defesa
Das nossas indústrias, além das cor
se achara incluídos na categoria de mer
relatas às que passageiramente acaba mos de fazer menção, merece especial in-
cadorias de luxo!
terôsse a da "cana sacarífera", descui
Há mais de 60 anos
existe em Vila Americana — sempre gravada de impostos — modesta fabrica ção de arados e outros aparelhamentos
dada desde que, pelos nautas lusita nos, vieram suas mudas matrizes impor
tadas em 1500 e pouco, antes da che
de cultura agrária. Sem demora convirá que milhares de idênticas oficinas difundidas sejam por todo o territó
gada de Martim Afonso de Sousa, con forme já nos referimos. Na verdade,
rio nacional — sem os coercitivos impos
terras
tos porém.
incrementação aos vastos domínios da
Em iguais condições merecerá neces sário amparo a indústria de maquinismos beneficiadores de produtos nossos: café, açúcar, álcool carburante, algodão, mi lho, arroz, laranja, fibras, bambu, ta
Coroa Portuguesa, os nautas lusitanos que a elas se dirigiam patriòticainente,
quara, vime, mamona, óleos vegetais e animais, couros, peles, ingredientes para adubação, mandioca e tantos outros, in
divulgada a notícia de que longínguas haviam
sido
descobertas, em
esforçavam-se sempre em levar para as mesmas, plantas e animais domésticos, a serem cultivadas e criados.
Assim, além do que diretamente veio vindo do Reino, muita coisa útil foi tra
zida da China, da Malásia, da Ipdia e
tério não conseguiu ainda desvendar a Em idênticas eircimstâncias
permanece a origem do nosso delicioso
siderações sôbre a industrialização da benfazcja planta.
Custa a crer, mas é fato tpie, há mais
dora — em considerável proporção com posta de gente pobre, humilde e que
despende esforço físico em prol da pro dução geral de lodo nosso País - de-
\'crá a indiistria merecer tôda coadjuvaçao. Será o caso de aplicar-se o prolóquio: muito faz quem não atrapalha" — instiluindo-se uma espécie de "lei áxi-
rea com relação às usinas, engenhos, engenhocas, bangüês e rústicas moendas,
a fim de que todo êste conjunto de
relhamentos funcione sem entraves du
rante dilatado prazo, e isento de quais quer impostos. Sendo nossa gente a do a ulilíssima graminca, c ainda os nyiis heterogênea, sua alimentação deve que hoje o fazem, desconsideraram c ra ser de acordo. Necessitamos portanto conrinuam a desconsiderar a parte ten ra de sua haste, imprestácel para extra ção do açúcar, como verdadeira fonte do riqueza devido ao seu alto valor bromatológicc, a quab facilmente fenada e ãcondicionada, con.si:tuirá produto co-
ric produtos os mais variados, desde os do mais f na qualidade, até os de mí nimo preço, porquanto, mesmo os con-
prados almixo de inferiores, servi rão de ótimo a'imcnto a tôda sorte de
domésticas, nada se perdendo , rnerciável, sendo .seus melhores acjqui- criações assim por falta de consumidores. Só o
rcntes os fazendeiros vizinhos, possuido
res de escanhoadas pastagens, sem míni mo trato, onde os rebanhos geralmente
padecem deficitária alimentação. Tôs-
cas mangedouras, abrigadas sob ranchos
álcool combustível poderá vir a ser ver dade ro biotônico proveniente dc vastas areas canavieiras, o qual, aperfeiçoado e
barateado, tornar-se-á o "animus agcndi" de milhares e milhares de motores agrí
de sapé em meio das referidas pasta gens, iião aos poucos resolvendo o pro. blema, porquanto adicionadas à cana,
Em havendo emancipação canavieira, os
grandes e pequenos produtores perfeita mente,entender-se-ão; ambos se comple
e artefatos para avicultura, apicultura e cunicultura.
ga, a jaca, a carambola, o tamaríndo, os
ser dadas aos animais bovinos, eqüinos,
Mesmo quanto à pelissa-
dadeiras e nocivas triagens regionais,
de trè.s séculos, os que vieram exploran
da África, especialmente mudas e semen tes de plantas, dentre as quais, a man
clusive também as carrossarias, selarias,
u rapadura e com ilimitada capacidade,
-fenada ou não, ferragens outras poderriô
colas, estáticos e quinemáticos deixandose a gasolina para finalidades urbanas.
ria também temos produtos nossos me
coqueiros malaio e dendê, e várias ou
asininos, muares, ovinos e outros. Além
tam e, caso deixar de existir entre éles
recedores de amparo, dentre êles os pro-
tras, inclusive a cana sacarífera e mudas
dêste aproveitamento, acessório, cuja im
o necessário equilíbrio de interesses, o
vindos da lontra, da ariranha, do jaca
de especiarias orientais.
ré, do lagarto, das cobras e de outros
mente porém do que se veio importan-
Independente
portância financeira nada desprezível selá, deveremos incrementar ao máximo a
modesto cútivad&r de cana, facilmente
irá explorar o algsdão, o milho, a me-
50
DtCESTO
-ancia, o abacaxi, a mandioca, a batati-
nha ou qualquer outra cultura anual ou de estação! Tratemos, pois, de encarar mais eficientemente o incremento
dos produtos da gramínea sacarífera, oonsiderando-se que a população brasi
leira já ultrapassa de 50 milhões. Além de tôda esta gente, cuja maioria conse gue provar açúcar apenas em dias de
festa, devemos possuir o quádruplo ou mais em cabeças de animais domé.sticos, os quais poderão con.sumir tôda sor
te de melados. E apenas para argumenna iiipótese de "aqui em casa" não ser possível dar-se devido consumo a todos os referidos
^ produtos sacarinos,
^ lembraremos que
o
grande,
de
mundo é
havendo
nele muita gente
ECONÓNnCO
cida por "mandioca", visto depositária ser de substância entorpecente, em suas raízes principalmente. É afro-aniericana. Pelo lado prático abrange duas catego rias distintas e que sc não de\ em confun dir: a "mansa" ou "aipim", de raiz en.\-utíi, e a "brava", "mandi" ou "mantí", cujas raízes contém .suco entorpecente.
As aipins, pela delicadeza da composi
ção de suas raízes, quando assadas, fri tas ou cozidas, nas fazendas e nas anti
gas residências brasileiras, eram preferi das ao pão de trigo, tal seu muito espe cial sabor.
Além disto eram também
apreciadas em substancioso.s
mingaus,
em compota e co
mo elemento de resistência em di ferentes comedo-
rias,
cada
qual
ainda insuficiente
mais
mente alimentada.
Sendo de lamen
Se, há poucos de cênios, por menos de Rs. 15.000 im.portávamos 60 quilos de excelente ar roz vindo da Birmânia, em admirável
sacaria, poderemos aproveitar a prática
gostosa.
tar o quase com
pleto
desapareci
mento de uma tão salutar prática, de conven-ência será que revivida fosse, pelos poderes dirigentes, visto tratar-
se de alto coeficiente em prol da ali
malaia, não mais permitindo que o açú
mentação pública, proveniente de planta
car, o álcool combustível e a rapadura sejam considerados mercadorias apenas
nossa, de facílinia cultura c sem exi
de cabotagem. A bem fabricada rapa
gência de especializadas terras.
As
xará de ser "coisa de quitanda", pas
sim, o uso da mandioca aipim deverá ser adotado em todas as corporações on de houver "rancho": quartéis do exército, da marinha e da aviação; colégios, asilos,
sando a tomar-se mercadoria alimentícia
casas de saúde, vapores nacionais, hotéis,
dura, hàbilmente acondicionada em en-
gradados, ou caixas padronizadas, dei
do exportação. Que o digam os países'
restaurantes, pensões e tôdas as casas
brasileiras, na quais, em variedade com
. fam-ntos.
as deliciosas aipins, irão seudo incorpo * *
radas outras substâncias nossas de con
siderável teor nutritivo, dentre elas,' o
Outra cu'tura agrícola alimentícia cuja importância não foi ainda tomada em consideração é a da "nianiba" ou "maniva", valiosa euforbiácea, também conhe
cará inimoso, o inhame manso e á"jetíca ou batata doce — verdadeiros elementos
de fartura, mormente para modestas £ami'ias. De tal modo amparada por se-
Dígesto EcoNóxaco
guro con.sunio. as culturas do seleciona
qua', dentro em pouco, ruralmente po
das aipins nntUiplicar-se-riq, porquanto
derá substituir a gasolina. Para tal, po rém. nada de impostos, nem de contra producentes restrições, — sempre em
para elas não faltam aparelhamentos agrícolas cie eficiente rendimento; tanto mais que a planta, ao natural, toda ela,
é excelente h)rragem para as diferentes
prejuízo do consumidor e do próprio fiscol
criações rurais, economizando rações de * *
milho.
Conquanto muito venenosa a "mandio ca mandí", é cia do fato planta indus trial de máxima importância. Fitològicamente
comparando-se,
muito
inai.s
rendosa é sua cultura que a das mimo
sas aipins. Por enquanto, para a parte aérea da planta, ao que parece, ainda não se encontrou útil aplicação, cm hi
pótese alguma servindo de ferragem às criaç-ões.
De suas grandes, pesadas e
suculentas raízes, verdadeiras saboós, mccànícamente industrializadas, extraem-se
dois produtos de alto valor comercial r a farinha alimentícia e a tipioca. mais co nhecida pela genérica denominação de
polvilho ou amido, de sensí\cl coeficícnfc nutxítiNO, superior ao daquela. Infe lizmente grande porcentagem da infân cia pobre brasileira, em geral desnutri da não pode utilizar-se deste tão pre cioso alimento, visto, pelo seu alto pre
ço, poder apenas caber às crianças ri cas, mais habituadas aos preparados de aveia, importados. Econòmicamente os
poderes públicos necessitam amparar ao máximo a indústiâa da mandioca, cujos
produtos jamais serão demasiados. Além dos dois, que acabamos dc referir e que deverão existir nos irús de tôdas as casas
A cultuni econômica da "pacobeira",
tanto pelo lado alimentício, como maiS' ainda pelo industrial,\ é prob'ema a resol\'er-sc — ao contrário do que, dc lia muito, SC acha em franca c.xp^oração em
t(kla região anlilliana tributária do Mar dc Caraibas, inclusive nos países da Amé rica Central. Entre nó.s, tão importante
fonte dc renda não ultrapassou ainda o rudimentar estágio de mercadoria de qui tanda, quanto à fruta, deixando-se intei ramente ao abandono a parte erbácea da
p'nnta, monocotiledônca, da família das musáceas. Segundo os botânicos, é ela oriunda de tôda zona equatorial, onde o ca'or c a umidade são perenes. De
acordo porém com os cronistas, as pri meiras de suas mudas foram para aqui
trazidas pelos nautas lusitanos, provindos da Guiné Portuguesa; mas oculta ram dizer que a novidade, remota ja era, também, em Pindorania — vasta
região que passou a ser chamada Brasil, devido à exploração do Ibirapitã, de lenho cor de brasa. Planta conhecida dos autóclone.s, era e c denominada pa-
coba" ~ folha que nasce enrolada — sendo "pacobá" seu fiaito. Além destas,
pobre.s brasileiras, como elemento de poupança, o amido é indispensá\'el na
existe a denominação indígena "auacá ,
indústria de tecelagem, para engomar
dutora de abundante casca, apropriada
determinados tecidos; outrossim nas la vanderias. Em havendo sobra de raízes
lizadas para fabricação de álcool com
para confecção de amarrilhos, dos quais grande uso fazem seus descendentes, os quais denominam a planta de "paco beira braba". A expressão "banana", ao
bustível, dia a dia de maior procura, o
que parece, é angolesa, tais como ou-
mandís, tôdas elas facilmente serão uti
designando a musácea não frutífera, pro
50
DtCESTO
-ancia, o abacaxi, a mandioca, a batati-
nha ou qualquer outra cultura anual ou de estação! Tratemos, pois, de encarar mais eficientemente o incremento
dos produtos da gramínea sacarífera, oonsiderando-se que a população brasi
leira já ultrapassa de 50 milhões. Além de tôda esta gente, cuja maioria conse gue provar açúcar apenas em dias de
festa, devemos possuir o quádruplo ou mais em cabeças de animais domé.sticos, os quais poderão con.sumir tôda sor
te de melados. E apenas para argumenna iiipótese de "aqui em casa" não ser possível dar-se devido consumo a todos os referidos
^ produtos sacarinos,
^ lembraremos que
o
grande,
de
mundo é
havendo
nele muita gente
ECONÓNnCO
cida por "mandioca", visto depositária ser de substância entorpecente, em suas raízes principalmente. É afro-aniericana. Pelo lado prático abrange duas catego rias distintas e que sc não de\ em confun dir: a "mansa" ou "aipim", de raiz en.\-utíi, e a "brava", "mandi" ou "mantí", cujas raízes contém .suco entorpecente.
As aipins, pela delicadeza da composi
ção de suas raízes, quando assadas, fri tas ou cozidas, nas fazendas e nas anti
gas residências brasileiras, eram preferi das ao pão de trigo, tal seu muito espe cial sabor.
Além disto eram também
apreciadas em substancioso.s
mingaus,
em compota e co
mo elemento de resistência em di ferentes comedo-
rias,
cada
qual
ainda insuficiente
mais
mente alimentada.
Sendo de lamen
Se, há poucos de cênios, por menos de Rs. 15.000 im.portávamos 60 quilos de excelente ar roz vindo da Birmânia, em admirável
sacaria, poderemos aproveitar a prática
gostosa.
tar o quase com
pleto
desapareci
mento de uma tão salutar prática, de conven-ência será que revivida fosse, pelos poderes dirigentes, visto tratar-
se de alto coeficiente em prol da ali
malaia, não mais permitindo que o açú
mentação pública, proveniente de planta
car, o álcool combustível e a rapadura sejam considerados mercadorias apenas
nossa, de facílinia cultura c sem exi
de cabotagem. A bem fabricada rapa
gência de especializadas terras.
As
xará de ser "coisa de quitanda", pas
sim, o uso da mandioca aipim deverá ser adotado em todas as corporações on de houver "rancho": quartéis do exército, da marinha e da aviação; colégios, asilos,
sando a tomar-se mercadoria alimentícia
casas de saúde, vapores nacionais, hotéis,
dura, hàbilmente acondicionada em en-
gradados, ou caixas padronizadas, dei
do exportação. Que o digam os países'
restaurantes, pensões e tôdas as casas
brasileiras, na quais, em variedade com
. fam-ntos.
as deliciosas aipins, irão seudo incorpo * *
radas outras substâncias nossas de con
siderável teor nutritivo, dentre elas,' o
Outra cu'tura agrícola alimentícia cuja importância não foi ainda tomada em consideração é a da "nianiba" ou "maniva", valiosa euforbiácea, também conhe
cará inimoso, o inhame manso e á"jetíca ou batata doce — verdadeiros elementos
de fartura, mormente para modestas £ami'ias. De tal modo amparada por se-
Dígesto EcoNóxaco
guro con.sunio. as culturas do seleciona
qua', dentro em pouco, ruralmente po
das aipins nntUiplicar-se-riq, porquanto
derá substituir a gasolina. Para tal, po rém. nada de impostos, nem de contra producentes restrições, — sempre em
para elas não faltam aparelhamentos agrícolas cie eficiente rendimento; tanto mais que a planta, ao natural, toda ela,
é excelente h)rragem para as diferentes
prejuízo do consumidor e do próprio fiscol
criações rurais, economizando rações de * *
milho.
Conquanto muito venenosa a "mandio ca mandí", é cia do fato planta indus trial de máxima importância. Fitològicamente
comparando-se,
muito
inai.s
rendosa é sua cultura que a das mimo
sas aipins. Por enquanto, para a parte aérea da planta, ao que parece, ainda não se encontrou útil aplicação, cm hi
pótese alguma servindo de ferragem às criaç-ões.
De suas grandes, pesadas e
suculentas raízes, verdadeiras saboós, mccànícamente industrializadas, extraem-se
dois produtos de alto valor comercial r a farinha alimentícia e a tipioca. mais co nhecida pela genérica denominação de
polvilho ou amido, de sensí\cl coeficícnfc nutxítiNO, superior ao daquela. Infe lizmente grande porcentagem da infân cia pobre brasileira, em geral desnutri da não pode utilizar-se deste tão pre cioso alimento, visto, pelo seu alto pre
ço, poder apenas caber às crianças ri cas, mais habituadas aos preparados de aveia, importados. Econòmicamente os
poderes públicos necessitam amparar ao máximo a indústiâa da mandioca, cujos
produtos jamais serão demasiados. Além dos dois, que acabamos dc referir e que deverão existir nos irús de tôdas as casas
A cultuni econômica da "pacobeira",
tanto pelo lado alimentício, como maiS' ainda pelo industrial,\ é prob'ema a resol\'er-sc — ao contrário do que, dc lia muito, SC acha em franca c.xp^oração em
t(kla região anlilliana tributária do Mar dc Caraibas, inclusive nos países da Amé rica Central. Entre nó.s, tão importante
fonte dc renda não ultrapassou ainda o rudimentar estágio de mercadoria de qui tanda, quanto à fruta, deixando-se intei ramente ao abandono a parte erbácea da
p'nnta, monocotiledônca, da família das musáceas. Segundo os botânicos, é ela oriunda de tôda zona equatorial, onde o ca'or c a umidade são perenes. De
acordo porém com os cronistas, as pri meiras de suas mudas foram para aqui
trazidas pelos nautas lusitanos, provindos da Guiné Portuguesa; mas oculta ram dizer que a novidade, remota ja era, também, em Pindorania — vasta
região que passou a ser chamada Brasil, devido à exploração do Ibirapitã, de lenho cor de brasa. Planta conhecida dos autóclone.s, era e c denominada pa-
coba" ~ folha que nasce enrolada — sendo "pacobá" seu fiaito. Além destas,
pobre.s brasileiras, como elemento de poupança, o amido é indispensá\'el na
existe a denominação indígena "auacá ,
indústria de tecelagem, para engomar
dutora de abundante casca, apropriada
determinados tecidos; outrossim nas la vanderias. Em havendo sobra de raízes
lizadas para fabricação de álcool com
para confecção de amarrilhos, dos quais grande uso fazem seus descendentes, os quais denominam a planta de "paco beira braba". A expressão "banana", ao
bustível, dia a dia de maior procura, o
que parece, é angolesa, tais como ou-
mandís, tôdas elas facilmente serão uti
designando a musácea não frutífera, pro
52 DlCESTO
s
côco, dendê, quingombô, gíló,
^ inguelê, cacherenguenguê, quicáta,
ngar, urucungo, purungo, chuchu
axixe, puita, réco-réco e imensídade
e as. Dividamos a presente exposição
uas partes distintas: quanto à fruta produtora.
Para se fazer
eja e nosso atraso a tudo concernente o cornercio da banana, basta manusear-
qualquer revista referente às Ilhas ou ®
cidativn de n .
América Central,
riqueza". Elu e fotogravuras
Deito ali existe a resro^ T' apropriadas, selecionadas, oms e rodovms linhas feres-
peciais de navegação, aperfeiçoados aparelhamentos de carga, descarga e acin-
dicionamento, e demais detalhes - em íavor dos produtores, dos intermediários e_dos consumidores. Nossos governantes
nao pouco terão a fazer no sentido da
generalidade da criança pobre brasilei ra poder utílizar. para seu alimento, da banana crua, cozida ou assada — ao cofi-
trario do que se vem dando, visto o
alto preço da fruta; em geral de má qualidade, amadurecida à força ou já deteriorada! Para tal, a variedade mais recomendável, como elemento de fartura,
base o tanino, cada vez mais necessário
comércio é a variedade macauense "mu
sa Cavendishii ou chinensis", para aqui trazida da China pelos portugueses, pro vavelmente quando importaram o pri
a d fcrentes finalidades, inclusive a crcs-
• cente indústria do curtume de couros, de
peles e de pelíças. A parte .sólida resul
meiro monjolo, umas caixetas de chá e
tante, ou bagaço. ser\irá de matéria pri
dois ou três temos de porquínlios tatus, de tanta aceitação ainda hoje. Pelo seu
ma á cordeaüieria c à tecelagem, que
dela SC utilizará para diferentes finali dades, inclusive para confecção de ren das, até mesmo as tão apreciadas nliandutís paraguaias, verdadeiros aranhados brancos. Quanto às folhas, finalidades caseiras não lhes faltam; c, cm caso do abundância, as fábricas de papel as
nome, que passou a ser entre nós ado
tado, "nhaíca" — fmta aquosa, mole, fa cilmente deteriorável, também conhecida por "banana dágua" — depreende-se que é pouco recomendável.
Conquanto utilíssima a "pacoveíra", não tem de nossa gente recebido mere cida cultura fitológíca e genética. De qualquer modo encovados seus mangarás, sem cuidado crescem as planta.s; cortados
mente! Dentre os vários importantes ser viços creados e criados pelo dr. Carlos Botellio, foi instalado em Ubatuba, sob a proficiência do agrônomo Lourenço
riqueza a ser explorada — sc não fôr di
Granato, um "Horto Tropical", para m-
ficultada pelos costumeiros e desanimadores meios de compressão fiscall
tiplicação de plantas úteis, adaptáveis ao
Industrialização ponudógica
Paulista, a fim de se formarem grandes
Sôbre a indústria agrícola de finalidajg alimentícia, com especialidade à clas
ambiente quente e úmido do Litoral
culturas. Apesar porém de iniciada com
se pobre de nossa gente — deficiente
máxima dedicação, a nobre idéia não
finalidades úteis. Dentre outras varieda
des de alto coeficiente bromatológico, in
dicaremos: a "musa sapientum" ou de
pender determinado coeficiente de ener gia dinâmica — muito terão os poderes públicos a fazer. Além dos assuntos su
cintamente expostos, lembraremos um outro de magna importância e quase de todo descuidado: "a indústria da fruta comestível, em gerai". Com exceção
ra, cortada em toletes e ao meio facha
das, constitui verdadeiro elemento desin-
São Thomé que, assada ou cozida, é excelente para crianças e pessoas idosas; a "musa argentea" ou prata, uma das
fetapte para todos os animais domésticos, que dôles se utilizam gostosamente, in
mais adocicadas; a "musà malus" ou
a mesma e a nervura
maçã, de dehcadíssiina composição, e a "musa aurea" ou ouro, muito aromática,
folhas compressadas
especial para sobremesa e salada de fru
cana, do respectivo e abundante suco
tas.
extrair-se-á excelente produto tendo por
No entanto a mais encontrável no
mente nutrida e incapaz portanto de des
de eficientemente já se teria consegui do pela genética! A haste da pacovei-
clusive as aves e os coelhos. central
em
Je algumas iniciativas quanto à laran
ja tudo mais, a bem dizer, está por ser
Caso fôr de
feito, no sentida da grande fonte alimen tícia de riqueza ultrapassar seu primi tivo estágio de mercadoria de quitanda.
suas
rudimentares
moendas, ou em simples engenhocas de
Náo deixa tal fato de ser lamentável,
J
na Argentina, ém Portugal, na Espanha, na França, na Itália, nas Fibpinas, em
tural ou industrializados!
cobeira constitui, de fato, considerável
trodução, experimentação, seleção e mul
Califórnia, no Havaí, na. Flórida, na América Central, nas Antilhas, no Chile,
obtêm-se vários produtos alimentícios, dentre os quais a passa, a farinha e a todos de alto teor nutritivo. Vê-se as sim por esta ligeira exposição que a pa-
na linguagem cabocla, feito lambusada-
de'a auferem determinadas regiões, na
Ceilão o em tantos outros lugares — de onde recebemos seus produtos, ao na
confcitura em massa ou cm compota —
os cachos, despreza-se o resto — tudo isso,
a felicidade de possuir tôda sorte de climas úteis, desde o frígido benéfico, até o suficientemente quente para derre ter toucinho no sol, segundo extraordiná rias usanças. Competirá ao Govêmo Fe deral o fomento desta riqueza, tão útil à saúde pública, quanto à economia do país. Haja \ásta o sensí%'cl lucro que
adquirirão como matéria prima. Dc al
gumas de suas frutas, industrializadas,
será a "musa paradisíaca", conhecida por teve prosseguidores. Imagine-se sobre "banana da terra", assim chamada pe a cana, a pacova, a maniva, o coqueilos colonizadores que aqui a encontra •ro e toda a boa fruta em geral, quanto ram. E' planta completa para tôdas as
53
Digesto Econóauco
Eco^■ó^uco
tomando-se em consideração' que temos
A iniciati\a para le\'ar-se avante a
idéia consistirá na ampliação melodizada do e.x-Horto Tropical, a que já nos re ferimos, instalado e não prosseguido no
Município do Ubatuba; com a diferença de que era ele apenas destinado ao am biente de determinada região paulista; ao passo que e.stamos sugerindo plano ge ral para todo Brasil, onde houver orga nizado comércio.
Preliminarmente, de
dicados agrônomos, especializados ou que desejarem especializar-se em Pomologia, deverão individualmente fazer ra zoável estágio em diferentes regiões es trangeiras onde houver produção eco nômica de frutas alimentícias, ao natu
ral e industrializadas.
Em nosso país a
m ssão restringir-se-á às regiões natu
ralmente produtoras de boas frutas, in dígenas ou exóticas, desde que aclimata das, a fim de serem genericamente me
lhoradas para conseguir-se futxira propa gação lucrativa. A realização prática dos conhecimentos por eles "in loco" obtidos, deverá -ser executada em duas^ diferentes regiões de acordo com res pectivos fatores climáticos: a baía de Guanabara, para tôda fruticultura natu ral de ambiente tropical, e a Serra da
52 DlCESTO
s
côco, dendê, quingombô, gíló,
^ inguelê, cacherenguenguê, quicáta,
ngar, urucungo, purungo, chuchu
axixe, puita, réco-réco e imensídade
e as. Dividamos a presente exposição
uas partes distintas: quanto à fruta produtora.
Para se fazer
eja e nosso atraso a tudo concernente o cornercio da banana, basta manusear-
qualquer revista referente às Ilhas ou ®
cidativn de n .
América Central,
riqueza". Elu e fotogravuras
Deito ali existe a resro^ T' apropriadas, selecionadas, oms e rodovms linhas feres-
peciais de navegação, aperfeiçoados aparelhamentos de carga, descarga e acin-
dicionamento, e demais detalhes - em íavor dos produtores, dos intermediários e_dos consumidores. Nossos governantes
nao pouco terão a fazer no sentido da
generalidade da criança pobre brasilei ra poder utílizar. para seu alimento, da banana crua, cozida ou assada — ao cofi-
trario do que se vem dando, visto o
alto preço da fruta; em geral de má qualidade, amadurecida à força ou já deteriorada! Para tal, a variedade mais recomendável, como elemento de fartura,
base o tanino, cada vez mais necessário
comércio é a variedade macauense "mu
sa Cavendishii ou chinensis", para aqui trazida da China pelos portugueses, pro vavelmente quando importaram o pri
a d fcrentes finalidades, inclusive a crcs-
• cente indústria do curtume de couros, de
peles e de pelíças. A parte .sólida resul
meiro monjolo, umas caixetas de chá e
tante, ou bagaço. ser\irá de matéria pri
dois ou três temos de porquínlios tatus, de tanta aceitação ainda hoje. Pelo seu
ma á cordeaüieria c à tecelagem, que
dela SC utilizará para diferentes finali dades, inclusive para confecção de ren das, até mesmo as tão apreciadas nliandutís paraguaias, verdadeiros aranhados brancos. Quanto às folhas, finalidades caseiras não lhes faltam; c, cm caso do abundância, as fábricas de papel as
nome, que passou a ser entre nós ado
tado, "nhaíca" — fmta aquosa, mole, fa cilmente deteriorável, também conhecida por "banana dágua" — depreende-se que é pouco recomendável.
Conquanto utilíssima a "pacoveíra", não tem de nossa gente recebido mere cida cultura fitológíca e genética. De qualquer modo encovados seus mangarás, sem cuidado crescem as planta.s; cortados
mente! Dentre os vários importantes ser viços creados e criados pelo dr. Carlos Botellio, foi instalado em Ubatuba, sob a proficiência do agrônomo Lourenço
riqueza a ser explorada — sc não fôr di
Granato, um "Horto Tropical", para m-
ficultada pelos costumeiros e desanimadores meios de compressão fiscall
tiplicação de plantas úteis, adaptáveis ao
Industrialização ponudógica
Paulista, a fim de se formarem grandes
Sôbre a indústria agrícola de finalidajg alimentícia, com especialidade à clas
ambiente quente e úmido do Litoral
culturas. Apesar porém de iniciada com
se pobre de nossa gente — deficiente
máxima dedicação, a nobre idéia não
finalidades úteis. Dentre outras varieda
des de alto coeficiente bromatológico, in
dicaremos: a "musa sapientum" ou de
pender determinado coeficiente de ener gia dinâmica — muito terão os poderes públicos a fazer. Além dos assuntos su
cintamente expostos, lembraremos um outro de magna importância e quase de todo descuidado: "a indústria da fruta comestível, em gerai". Com exceção
ra, cortada em toletes e ao meio facha
das, constitui verdadeiro elemento desin-
São Thomé que, assada ou cozida, é excelente para crianças e pessoas idosas; a "musa argentea" ou prata, uma das
fetapte para todos os animais domésticos, que dôles se utilizam gostosamente, in
mais adocicadas; a "musà malus" ou
a mesma e a nervura
maçã, de dehcadíssiina composição, e a "musa aurea" ou ouro, muito aromática,
folhas compressadas
especial para sobremesa e salada de fru
cana, do respectivo e abundante suco
tas.
extrair-se-á excelente produto tendo por
No entanto a mais encontrável no
mente nutrida e incapaz portanto de des
de eficientemente já se teria consegui do pela genética! A haste da pacovei-
clusive as aves e os coelhos. central
em
Je algumas iniciativas quanto à laran
ja tudo mais, a bem dizer, está por ser
Caso fôr de
feito, no sentida da grande fonte alimen tícia de riqueza ultrapassar seu primi tivo estágio de mercadoria de quitanda.
suas
rudimentares
moendas, ou em simples engenhocas de
Náo deixa tal fato de ser lamentável,
J
na Argentina, ém Portugal, na Espanha, na França, na Itália, nas Fibpinas, em
tural ou industrializados!
cobeira constitui, de fato, considerável
trodução, experimentação, seleção e mul
Califórnia, no Havaí, na. Flórida, na América Central, nas Antilhas, no Chile,
obtêm-se vários produtos alimentícios, dentre os quais a passa, a farinha e a todos de alto teor nutritivo. Vê-se as sim por esta ligeira exposição que a pa-
na linguagem cabocla, feito lambusada-
de'a auferem determinadas regiões, na
Ceilão o em tantos outros lugares — de onde recebemos seus produtos, ao na
confcitura em massa ou cm compota —
os cachos, despreza-se o resto — tudo isso,
a felicidade de possuir tôda sorte de climas úteis, desde o frígido benéfico, até o suficientemente quente para derre ter toucinho no sol, segundo extraordiná rias usanças. Competirá ao Govêmo Fe deral o fomento desta riqueza, tão útil à saúde pública, quanto à economia do país. Haja \ásta o sensí%'cl lucro que
adquirirão como matéria prima. Dc al
gumas de suas frutas, industrializadas,
será a "musa paradisíaca", conhecida por teve prosseguidores. Imagine-se sobre "banana da terra", assim chamada pe a cana, a pacova, a maniva, o coqueilos colonizadores que aqui a encontra •ro e toda a boa fruta em geral, quanto ram. E' planta completa para tôdas as
53
Digesto Econóauco
Eco^■ó^uco
tomando-se em consideração' que temos
A iniciati\a para le\'ar-se avante a
idéia consistirá na ampliação melodizada do e.x-Horto Tropical, a que já nos re ferimos, instalado e não prosseguido no
Município do Ubatuba; com a diferença de que era ele apenas destinado ao am biente de determinada região paulista; ao passo que e.stamos sugerindo plano ge ral para todo Brasil, onde houver orga nizado comércio.
Preliminarmente, de
dicados agrônomos, especializados ou que desejarem especializar-se em Pomologia, deverão individualmente fazer ra zoável estágio em diferentes regiões es trangeiras onde houver produção eco nômica de frutas alimentícias, ao natu
ral e industrializadas.
Em nosso país a
m ssão restringir-se-á às regiões natu
ralmente produtoras de boas frutas, in dígenas ou exóticas, desde que aclimata das, a fim de serem genericamente me
lhoradas para conseguir-se futxira propa gação lucrativa. A realização prática dos conhecimentos por eles "in loco" obtidos, deverá -ser executada em duas^ diferentes regiões de acordo com res pectivos fatores climáticos: a baía de Guanabara, para tôda fruticultura natu ral de ambiente tropical, e a Serra da
54
Dicesto
Bocaina, onde tem seus iembós o rio
Paraíba, para a pomologia extra-tropical, 2onas consideradas temperadas, mais
Econ*ónuco
trangeiras, ficando ao encargo das ilhas cálido ambiente, não poucas das quais, de há muito importadas do Oriente, da África e da Região Caraiba; careccdora
e econômica na Guanabara de conve
porém
niência será que nela adquira o Govêmo Federal algumas ilhas das muitas ali existentes, quase inutilmente abandona
das, a fim de nas mesmas se procederem
^ especializadas e aperfeiçoadas cultu es, de acôrdo com as famílias botânicas das espécies a cultivarem-se.
primeira vista parecerá isso absurdo »noÀentanto considerar, por exemplo, que para quem ignora o assunto, devendo-se
em a nossa Flora existem mais de 70 va
riedades de anonáceas, qua.se tôdas em estado paradisíaco! Da própria man ga, proveniente da índia e aqui eficien temente aclimatada, existem dezenas de
variedades, híbridas pela natureza, e cujos nomes nem sequer sabidos são!
Quanto à benéfica planta do cajueiro e seus produtos, ao que parece, nada de utilitário foi ainda feito, dando-se o mes mo com a quase totalidade das nossas
frutas, algumas das quais ignoradas pela maioria de nossa população, que jamais tomou um refrigerante de cajá, de cambuci, de framboesa ou de amora!
A
bem dizer tudo está por se iniciar, para utilitarmente ser propagado como ele mento nutritivo e comercial.
plantas necessárias para indispensável
de Guanabara o mesmo, quanto às de
frias que a outra. Para tudo quanto disser respeito à Fruticultura científica
de esmerados tratos
acondicionamento potnológico. Sòbre o assunto, sensível melhoramento já se Icni
feito quanto ao comércio da laranja, infelizmente porém ba.scado cm inse
culturais,
guro fator: a madeira do.s "n:ili\'os curi-
para os quais demasiado jamais serão quaisquer aperfeiçoamentos.
tibais do Paraná", cuja duração — con forme o crescente consumo — não po
Em se tratando de Fruticultura, de
derá perdurar, pela falta de replantio.
modo algum poderemos deixar de cuidar
Haja vista o que se deu na própria re gião da Capital Paulistana, onde o cúri
do seu forçado complemento, isto é, de tudo concernente ao respectivo acondicionamento o à embalagem de seus pro dutos, aliás merecedores de máximo cui
dado, em prdl da respectiva apresenta ção e meios de transporte, intenio e ex terno.
a área do terreno e, a mais, com a lu-
no antigo aldciamento dc Pinheiros, onde nem sequer mais existe uma tímida
.sobrar do consumo doméstico, encon
"araucária brasiiíense"!
Quem quer que
*
seja, ao percorrer os Mercados Munici-
cratí\'a circunstância de que tudo quanto trará fácil colocação nas feiras e mer
cados, cada vez mais ávidos por boas ^ frutas. Neste sentido temos especiais
regiões favoráveis a culturas diversifica das, a fazerem-sc em comedida escala,
l^ais das principais Capitais de nossos Estados, nôles encontrará à venda pú
Sem de modo algum comprometermos
a ampla sugestão esboçada para realiza ção indústria! pomológica em próximo jFuturo, nada de prejudicial será em re gredirmos a uma das boas práticas de
blica, frutas, hortaliças legumes, tubérculos e produtos outros alimentícios, de qualquer modo expostos em caixões im portados da América do Norte capean-
nossos ancestrais, quanto á fruticultura.
do latas de querosene, gasolina e óleos
Conforme sabido, em todos os vastos
combustíveisl E' isso o comum, infeliz mente, e cuja remodelação se impõe em todos os sentidos. Assim de início, em uma
das ühas guanabarinas a que nos temos referido, deverá ser instalada especiali-
^da secção - para acondicionamento de
O município da Capital Paulistana, por exemplo, é o ideal para isso, possuin do amalucado clima, que nem sequer permite a seus habitantes optar por
apropriada indumentárial Quem após o almoço sair de leve costume e não levar
agasaliio, arrisca-se a forte resfriado ao
ras e sítios suburbanos, e em tôdas as fazendas em geral, existiam pomares de boas frutas para consumo doméstico. Não se cogitava de origem. Os respectivos
regressar â moradia.
acôrdo com sementes, mudas e borbullias ciue iam obtendo, provenientes 'de onde fossem. As plantas de favorável produ
Aproveitando desta sensível anorma lidade ambiental, ao longo tempo em
que dirigimos o Instituto Disciplinar, ini ciamos em sua vasta área o que possível
fôsse de plantas alimentícias: desde as mais tenras oleríticas até as pomológicas dendrônicas; não deixando de ser im-
ção era dado c-specialízado trato, e mul tiplicadas de acôrdo com a área do ter
jDressionante a miscelânea de ameixeiras
reno; as de sofrível qualidade, quando multo mereciam relativa tolerância; as in
meio a uvaias, cambucás, maracujás e cambucis bem nossos! Seguindo a boa
desejáveis eram porém eliminadas, dando lugar a outras benfazejas. E com aquêle
favorável, e substituía-se o imprestá
bom senso não havia deficiência de fru
J
mesmo sem' collmação industrial.
auintais urbanísticos, em tôdas as cháca
proprietários de tudo plantavam, de
frutas, assunto êste de sensível impor tância. Nela deverão, pois, realizados
Pelo seu privilegiado clima frio e seco ser cuidadosos en.saios culturais de es — de raro conjunto no Brasil — a serra sências precoces, produtoras de madeira da Bocaina está indicada para desen leve, que se preste á confecção de caixo volvida Estação Pomo'ógica de fruticul tes e sarrafos; outras, destinadas à pro tura extra-tropical, podendo ser ali fei dução de embiras para amarrilho; ou tas experimentações em suas diferentes tras, apj-opriadas à destalagem, para proaltitudes, que dos 500 e poucos atingem , dução de maravalhas destinadas à con a quase 2.000 metros! Por tal meio fecção de cestos. Além delas,' outras poderemos perfeitamente aclimatar sob mais culturas se impõem, tais como a ponto de vista industrial e comercial do vime, a da taquara, a de especializa l.:das as boas frutas das regiões frias es dos bambus e cipós, e de diferentes
benéficos ar\'oredos foram aos poucos
dc-saparccendo, muitos dos quais redu zidos à prosaica Icnhal Devido à pressa hodicma ninguém mais tem paciência de \cr crescer um prcstativo limoeiro. Os mais caprichosos adquirem mudas adultas, já em fase de produção, no que fazem bem, desde que consigam obtô-las de favorável qualidade. A boa prática antiga está porém indicando que deverá ser c!a reiniciada, sempre de acôrdo com
era essência comum c abundante. Em lembrança ficou apenas sua denominação
Nesse sentido nossa falha ultra
passa o considerável.
55
Digesto Econóaíico
tas para consumo doméstico, sem quais quer preocupações de fontes de renda. Com o retalhamento das propriedades os
e pereiras européias e japonesas, de per prática antiga multiplicava-se o que era
vel, sendo compensador o resultado, por quanto de 1.° de janeiro a 31 de de zembro, jamais faltava fruta fresca uO estabelecimento, para consumo de mais
54
Dicesto
Bocaina, onde tem seus iembós o rio
Paraíba, para a pomologia extra-tropical, 2onas consideradas temperadas, mais
Econ*ónuco
trangeiras, ficando ao encargo das ilhas cálido ambiente, não poucas das quais, de há muito importadas do Oriente, da África e da Região Caraiba; careccdora
e econômica na Guanabara de conve
porém
niência será que nela adquira o Govêmo Federal algumas ilhas das muitas ali existentes, quase inutilmente abandona
das, a fim de nas mesmas se procederem
^ especializadas e aperfeiçoadas cultu es, de acôrdo com as famílias botânicas das espécies a cultivarem-se.
primeira vista parecerá isso absurdo »noÀentanto considerar, por exemplo, que para quem ignora o assunto, devendo-se
em a nossa Flora existem mais de 70 va
riedades de anonáceas, qua.se tôdas em estado paradisíaco! Da própria man ga, proveniente da índia e aqui eficien temente aclimatada, existem dezenas de
variedades, híbridas pela natureza, e cujos nomes nem sequer sabidos são!
Quanto à benéfica planta do cajueiro e seus produtos, ao que parece, nada de utilitário foi ainda feito, dando-se o mes mo com a quase totalidade das nossas
frutas, algumas das quais ignoradas pela maioria de nossa população, que jamais tomou um refrigerante de cajá, de cambuci, de framboesa ou de amora!
A
bem dizer tudo está por se iniciar, para utilitarmente ser propagado como ele mento nutritivo e comercial.
plantas necessárias para indispensável
de Guanabara o mesmo, quanto às de
frias que a outra. Para tudo quanto disser respeito à Fruticultura científica
de esmerados tratos
acondicionamento potnológico. Sòbre o assunto, sensível melhoramento já se Icni
feito quanto ao comércio da laranja, infelizmente porém ba.scado cm inse
culturais,
guro fator: a madeira do.s "n:ili\'os curi-
para os quais demasiado jamais serão quaisquer aperfeiçoamentos.
tibais do Paraná", cuja duração — con forme o crescente consumo — não po
Em se tratando de Fruticultura, de
derá perdurar, pela falta de replantio.
modo algum poderemos deixar de cuidar
Haja vista o que se deu na própria re gião da Capital Paulistana, onde o cúri
do seu forçado complemento, isto é, de tudo concernente ao respectivo acondicionamento o à embalagem de seus pro dutos, aliás merecedores de máximo cui
dado, em prdl da respectiva apresenta ção e meios de transporte, intenio e ex terno.
a área do terreno e, a mais, com a lu-
no antigo aldciamento dc Pinheiros, onde nem sequer mais existe uma tímida
.sobrar do consumo doméstico, encon
"araucária brasiiíense"!
Quem quer que
*
seja, ao percorrer os Mercados Munici-
cratí\'a circunstância de que tudo quanto trará fácil colocação nas feiras e mer
cados, cada vez mais ávidos por boas ^ frutas. Neste sentido temos especiais
regiões favoráveis a culturas diversifica das, a fazerem-sc em comedida escala,
l^ais das principais Capitais de nossos Estados, nôles encontrará à venda pú
Sem de modo algum comprometermos
a ampla sugestão esboçada para realiza ção indústria! pomológica em próximo jFuturo, nada de prejudicial será em re gredirmos a uma das boas práticas de
blica, frutas, hortaliças legumes, tubérculos e produtos outros alimentícios, de qualquer modo expostos em caixões im portados da América do Norte capean-
nossos ancestrais, quanto á fruticultura.
do latas de querosene, gasolina e óleos
Conforme sabido, em todos os vastos
combustíveisl E' isso o comum, infeliz mente, e cuja remodelação se impõe em todos os sentidos. Assim de início, em uma
das ühas guanabarinas a que nos temos referido, deverá ser instalada especiali-
^da secção - para acondicionamento de
O município da Capital Paulistana, por exemplo, é o ideal para isso, possuin do amalucado clima, que nem sequer permite a seus habitantes optar por
apropriada indumentárial Quem após o almoço sair de leve costume e não levar
agasaliio, arrisca-se a forte resfriado ao
ras e sítios suburbanos, e em tôdas as fazendas em geral, existiam pomares de boas frutas para consumo doméstico. Não se cogitava de origem. Os respectivos
regressar â moradia.
acôrdo com sementes, mudas e borbullias ciue iam obtendo, provenientes 'de onde fossem. As plantas de favorável produ
Aproveitando desta sensível anorma lidade ambiental, ao longo tempo em
que dirigimos o Instituto Disciplinar, ini ciamos em sua vasta área o que possível
fôsse de plantas alimentícias: desde as mais tenras oleríticas até as pomológicas dendrônicas; não deixando de ser im-
ção era dado c-specialízado trato, e mul tiplicadas de acôrdo com a área do ter
jDressionante a miscelânea de ameixeiras
reno; as de sofrível qualidade, quando multo mereciam relativa tolerância; as in
meio a uvaias, cambucás, maracujás e cambucis bem nossos! Seguindo a boa
desejáveis eram porém eliminadas, dando lugar a outras benfazejas. E com aquêle
favorável, e substituía-se o imprestá
bom senso não havia deficiência de fru
J
mesmo sem' collmação industrial.
auintais urbanísticos, em tôdas as cháca
proprietários de tudo plantavam, de
frutas, assunto êste de sensível impor tância. Nela deverão, pois, realizados
Pelo seu privilegiado clima frio e seco ser cuidadosos en.saios culturais de es — de raro conjunto no Brasil — a serra sências precoces, produtoras de madeira da Bocaina está indicada para desen leve, que se preste á confecção de caixo volvida Estação Pomo'ógica de fruticul tes e sarrafos; outras, destinadas à pro tura extra-tropical, podendo ser ali fei dução de embiras para amarrilho; ou tas experimentações em suas diferentes tras, apj-opriadas à destalagem, para proaltitudes, que dos 500 e poucos atingem , dução de maravalhas destinadas à con a quase 2.000 metros! Por tal meio fecção de cestos. Além delas,' outras poderemos perfeitamente aclimatar sob mais culturas se impõem, tais como a ponto de vista industrial e comercial do vime, a da taquara, a de especializa l.:das as boas frutas das regiões frias es dos bambus e cipós, e de diferentes
benéficos ar\'oredos foram aos poucos
dc-saparccendo, muitos dos quais redu zidos à prosaica Icnhal Devido à pressa hodicma ninguém mais tem paciência de \cr crescer um prcstativo limoeiro. Os mais caprichosos adquirem mudas adultas, já em fase de produção, no que fazem bem, desde que consigam obtô-las de favorável qualidade. A boa prática antiga está porém indicando que deverá ser c!a reiniciada, sempre de acôrdo com
era essência comum c abundante. Em lembrança ficou apenas sua denominação
Nesse sentido nossa falha ultra
passa o considerável.
55
Digesto Econóaíico
tas para consumo doméstico, sem quais quer preocupações de fontes de renda. Com o retalhamento das propriedades os
e pereiras européias e japonesas, de per prática antiga multiplicava-se o que era
vel, sendo compensador o resultado, por quanto de 1.° de janeiro a 31 de de zembro, jamais faltava fruta fresca uO estabelecimento, para consumo de mais
DícESTo Econômico
58
1
Digksto
.
1
pessoas; nâo taro havendo sobras
^
para respectivas criações suínas, vacuns e avicolas! Eis o que sem demora com pete ao simples particular executar, em prol da boa alimentação doméstica, mesnio sem cogitar de lucros industriais.
Em todos os favoráveis quintais, chácaras, sities e fazendas, impõe-se a plantação
de arvoredos frutíferos cuja produção
sempre terá consumo e cada vez mais
em escala bem ascendente: seja internai externa ou mesmo para as próprias cria ções, porquanto, como elemento de far
tura, demasiado jamais será, cooperan
do outrossim em prol de útil propaga-
h
^
1,
Econóaítco
Urger.ies rr.sdidas técnicas
Antes de terminarmos estas ligeiras e restritas sugestões — sem caráter gene
mantimentos básicos
para
nossa
nu
trição! A mecanização rural — descabido es
pantalho para quem não conhece o as sunto — não deixa de fato ser problema um tanto trabalhoso, como tôda evolu
ção técnica, facilmente solúvel porém,
Econòmicamentc considcrando-se, o tra
balho agrícola sem demora convirá ser di\'idic]o, passando os sor\'iços pesados da la%Ta dos terrenos a ser o.xccutados por especializados empreiteiros, possuidores
de maquinário de maior preço, os quais entregarão aqueles devidamente prepara dos, a seus donos, a fim dc com vanta
uma vez metodizado. Dependerá de três fatôres precípuos: perspicaz iniciativa,
gem c.vccutarcm as leves técnicas prò
firme resolução e eficiente realização. Já
de parecer inovação, hú muito que par cialmente vem sendo adotada por siHan-
pugnamos em prol do incentivamenlo ofi cial quanto à fabricação de instrumental agrícola, tal como de há muito se vem fa
zendo no município de Vila Americana, aqui em São Paulo. Independentemen
priamente de cultura. Tal prática, longe te.s e lotistas que, não podendo ou não
querendo despender maiores capitais em máquina.s c muarcs, preferem emprcitar o preparo completo dc seus terrenos,
te dêste benfazejo impulso, sem demora
a fim de nos mesmos praticarem costu
o Governo Federal e os Estaduais con-
virão importar, em sensível quantidade,
meiras culturas de algodão, cereais, me lancia, repolho, pimentão, batatinha e
carregamentos
outras de estação. Na vasta região ten
de
instrumental
norte-
americano para a maioria de nossa La
ralizado — necessitamos expor a^go so bre talvez a máxima necessidade eco-
porte médio para menos, ao alcance dos
nómica brasileira, presentemente. O impre.-^sionante êxodo do operário agrícola
parcos recursos dos modestos sitiantes e
do por centro a Colônia de Nova Odessa, entre Campinas, Limeira, José Paulino e Piracicaba, existem especializados em preiteiros que, a tanto por superfície, en-
lotlstas e excluindo os maiores de mais
carregam-sc daquele mister, empregan
e zootécnico, deixando de ser ura fator
produtivo de gêneros alimentícios e, indó para as cidades, passando apenas a con sumidor dos mesmos, está seriamente ca
voura, adquirindo porém somente os de
preços, que ficarão ao possível encar go dos grandes proprietários, aos quais "todos os santos ajudarem". Para o ruaquinário pròpriamente de lavra — arados,
desterroadores e grades de mais pêso —
lando em nossa economia. Os que, por
convirão vir também tratores dos tipos
quaisquer circunstâncias, deixara-se ficar,
pequenos para acioná-lo, deixando-se os
raas, permanecendo em ronceira rotina, pouco poderão cooperar para compensar a formidável lacuna.
Estão assim de
aparelhos leves — riicadores, semeadeiras, cultivadores e outros — destinados à
monstrando os fatos que duas eficientes
tração animal. A título apenas de amos tra, só São Paulo para começar necessi
remodelações necessitam urgente impo sição em nosso amplo ambiente rural: a
tará de uns 2.000 tratores; número êste
nando-se pequeno proprietário — con forme já e.xpusemos — e a radical meca-
insignificante uma vez proporcionado dentre seus mais de 300 municípios, sen do que em vários dêles ultrapassam de mil os respectivos proprietários rurais,
^
nização de tôda nossa técnica agrícola
segundo os registros nas Prefeituras, às
>
e pastoril. Ou evoluiremos em ambos os
quais poderá caber o encargo de proce
j
sentidos, ou dentro em pouco, pela fôrça
.
das circunstâncias, teremos em larga
der à venda, a prazo, do referido instru mental, e outorgando às Caixas Econômi cas d necessário crédito aos adquirentes.
fixação do operário agrícola ao so'io, tor
} eseala
que importai; indispensáveis
do, porém, aparelhos de diminuto rendi
mento. Caso adotarem mais aperfeiçoa
da técnica, imensamente favoráveis se
rão os resultados, porquanto em pou cas horas poderão executar serviços que com aradinhos de aiveca tirados por muares, atualmente consomem várias diá rias de trabalho! Os modestos fazen
deiros e sitiantes, que tiverem a ventura de adquirir pequenos tratores, sentir-seão com outro ânimo ante os proveitosos resultados, tendo em vista que, uma vez realizados os serviços internos, seus do nos poderão empreitar outros mais, com respectivos vizinhos, sejam de lavras, carretos ou de fôrça motriz. Assim di
zemos pelas múltiplas utilidades da pre ciosa máquina que. além de vantajosa mente tirar o aparclhamento completo dc preparo niral. presta-se outrossim
pani puxar veículos e acionar maquinismos de beneficio: debulhadores, ventila
dores, enfardadorcs dc forragens e de algodão, serra.s circulares, bombas de poços, dínamos elétricos e outros mais,
úteis sempre em uma propriedade agrí cola. Como se vê, pQís, é o trator ver
dadeira fonte de energia a dar rida a tantas proveitosas finalidades.
Descendente de antigos fazendeiros de cana, café, anil e criação pastoril, nos municípios de Bananal, Barra Mansa, Cabo Frio e Araruama, sendo assim de longa data conhecedor do ambiente ru
ral em vários de nossos Estados e, desde os primórdios da República, funcionário público desempenhando exercício em dimrontes departamentos conceraentes a
Terras, Colonização, Agricultura, Zoo
tecnia e Educação Social, não tivemos necessidade de recorrer a bibliografias para o relato desta'sucinta expo.çição — quinematicamente redigida de memória, de acordo com a prática de nossos co nhecimentos.
Outrossim, secretário da
Escola Racionalista, não nos deixamos
enlevar por místicos empirisníos ou fan tásticos ideais, pelo hábito, em realida
de, de sòmente adotarmos eficientes en- , sinamentos provindos de comprovadas
observações. O.xalá que do exposto, al- i go de utilidade possa generalizado ser, peculiarmente à modesta classe agrícola brasileira desfavorecida de fortuna
—
de fato, tão carecedora de suficiente nu
trição, necessária higiene e indispensá vel instrução primária.
€
DícESTo Econômico
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pessoas; nâo taro havendo sobras
^
para respectivas criações suínas, vacuns e avicolas! Eis o que sem demora com pete ao simples particular executar, em prol da boa alimentação doméstica, mesnio sem cogitar de lucros industriais.
Em todos os favoráveis quintais, chácaras, sities e fazendas, impõe-se a plantação
de arvoredos frutíferos cuja produção
sempre terá consumo e cada vez mais
em escala bem ascendente: seja internai externa ou mesmo para as próprias cria ções, porquanto, como elemento de far
tura, demasiado jamais será, cooperan
do outrossim em prol de útil propaga-
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1,
Econóaítco
Urger.ies rr.sdidas técnicas
Antes de terminarmos estas ligeiras e restritas sugestões — sem caráter gene
mantimentos básicos
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trição! A mecanização rural — descabido es
pantalho para quem não conhece o as sunto — não deixa de fato ser problema um tanto trabalhoso, como tôda evolu
ção técnica, facilmente solúvel porém,
Econòmicamentc considcrando-se, o tra
balho agrícola sem demora convirá ser di\'idic]o, passando os sor\'iços pesados da la%Ta dos terrenos a ser o.xccutados por especializados empreiteiros, possuidores
de maquinário de maior preço, os quais entregarão aqueles devidamente prepara dos, a seus donos, a fim dc com vanta
uma vez metodizado. Dependerá de três fatôres precípuos: perspicaz iniciativa,
gem c.vccutarcm as leves técnicas prò
firme resolução e eficiente realização. Já
de parecer inovação, hú muito que par cialmente vem sendo adotada por siHan-
pugnamos em prol do incentivamenlo ofi cial quanto à fabricação de instrumental agrícola, tal como de há muito se vem fa
zendo no município de Vila Americana, aqui em São Paulo. Independentemen
priamente de cultura. Tal prática, longe te.s e lotistas que, não podendo ou não
querendo despender maiores capitais em máquina.s c muarcs, preferem emprcitar o preparo completo dc seus terrenos,
te dêste benfazejo impulso, sem demora
a fim de nos mesmos praticarem costu
o Governo Federal e os Estaduais con-
virão importar, em sensível quantidade,
meiras culturas de algodão, cereais, me lancia, repolho, pimentão, batatinha e
carregamentos
outras de estação. Na vasta região ten
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instrumental
norte-
americano para a maioria de nossa La
ralizado — necessitamos expor a^go so bre talvez a máxima necessidade eco-
porte médio para menos, ao alcance dos
nómica brasileira, presentemente. O impre.-^sionante êxodo do operário agrícola
parcos recursos dos modestos sitiantes e
do por centro a Colônia de Nova Odessa, entre Campinas, Limeira, José Paulino e Piracicaba, existem especializados em preiteiros que, a tanto por superfície, en-
lotlstas e excluindo os maiores de mais
carregam-sc daquele mister, empregan
e zootécnico, deixando de ser ura fator
produtivo de gêneros alimentícios e, indó para as cidades, passando apenas a con sumidor dos mesmos, está seriamente ca
voura, adquirindo porém somente os de
preços, que ficarão ao possível encar go dos grandes proprietários, aos quais "todos os santos ajudarem". Para o ruaquinário pròpriamente de lavra — arados,
desterroadores e grades de mais pêso —
lando em nossa economia. Os que, por
convirão vir também tratores dos tipos
quaisquer circunstâncias, deixara-se ficar,
pequenos para acioná-lo, deixando-se os
raas, permanecendo em ronceira rotina, pouco poderão cooperar para compensar a formidável lacuna.
Estão assim de
aparelhos leves — riicadores, semeadeiras, cultivadores e outros — destinados à
monstrando os fatos que duas eficientes
tração animal. A título apenas de amos tra, só São Paulo para começar necessi
remodelações necessitam urgente impo sição em nosso amplo ambiente rural: a
tará de uns 2.000 tratores; número êste
nando-se pequeno proprietário — con forme já e.xpusemos — e a radical meca-
insignificante uma vez proporcionado dentre seus mais de 300 municípios, sen do que em vários dêles ultrapassam de mil os respectivos proprietários rurais,
^
nização de tôda nossa técnica agrícola
segundo os registros nas Prefeituras, às
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e pastoril. Ou evoluiremos em ambos os
quais poderá caber o encargo de proce
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.
das circunstâncias, teremos em larga
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fixação do operário agrícola ao so'io, tor
} eseala
que importai; indispensáveis
do, porém, aparelhos de diminuto rendi
mento. Caso adotarem mais aperfeiçoa
da técnica, imensamente favoráveis se
rão os resultados, porquanto em pou cas horas poderão executar serviços que com aradinhos de aiveca tirados por muares, atualmente consomem várias diá rias de trabalho! Os modestos fazen
deiros e sitiantes, que tiverem a ventura de adquirir pequenos tratores, sentir-seão com outro ânimo ante os proveitosos resultados, tendo em vista que, uma vez realizados os serviços internos, seus do nos poderão empreitar outros mais, com respectivos vizinhos, sejam de lavras, carretos ou de fôrça motriz. Assim di
zemos pelas múltiplas utilidades da pre ciosa máquina que. além de vantajosa mente tirar o aparclhamento completo dc preparo niral. presta-se outrossim
pani puxar veículos e acionar maquinismos de beneficio: debulhadores, ventila
dores, enfardadorcs dc forragens e de algodão, serra.s circulares, bombas de poços, dínamos elétricos e outros mais,
úteis sempre em uma propriedade agrí cola. Como se vê, pQís, é o trator ver
dadeira fonte de energia a dar rida a tantas proveitosas finalidades.
Descendente de antigos fazendeiros de cana, café, anil e criação pastoril, nos municípios de Bananal, Barra Mansa, Cabo Frio e Araruama, sendo assim de longa data conhecedor do ambiente ru
ral em vários de nossos Estados e, desde os primórdios da República, funcionário público desempenhando exercício em dimrontes departamentos conceraentes a
Terras, Colonização, Agricultura, Zoo
tecnia e Educação Social, não tivemos necessidade de recorrer a bibliografias para o relato desta'sucinta expo.çição — quinematicamente redigida de memória, de acordo com a prática de nossos co nhecimentos.
Outrossim, secretário da
Escola Racionalista, não nos deixamos
enlevar por místicos empirisníos ou fan tásticos ideais, pelo hábito, em realida
de, de sòmente adotarmos eficientes en- , sinamentos provindos de comprovadas
observações. O.xalá que do exposto, al- i go de utilidade possa generalizado ser, peculiarmente à modesta classe agrícola brasileira desfavorecida de fortuna
—
de fato, tão carecedora de suficiente nu
trição, necessária higiene e indispensá vel instrução primária.
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DicESTo Econômico
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica por A. C. Ferreira Reis
Especiae para o "Dicesto Econômico" o .5r. A. C. lUm irii lieis, /iliuil dirclor
JJaras vezes um livro brasileiro
da ICxpaumo ICamótiiica 'dti AíiMÍ.s/drio do TyahnUw, traça iiui Uilcrc.s.saiilc pU'
obtém o sucesso nacional e conti nental que "Casa Grande e Senzala"
dc EuclUles do Ciiuha, discordando da
vai alcançando. Discutido aqui, ne gado ali, louvado adiante, motivo pa ra reflexões, fonte magnífica para o debate e o inquérito à volta de nos sos problemas de formação e evolu
ção social e econômica, ésse livro de
Gilberto Freire representa, mais que
tudo isso, a grande revolução que "Os , Sertões", de Euclides, não lograram provocar.
PP/ Lido e aplaudido no conteúdo lite rário, manancial riquíssimo para a.s
perlengas da oratória que nos distin gue e tanto mal nos causa, "Qs Ser-
tjões" não provocaram o interesse cultural que vamos encontrar à vol ta de "Casa Grande
E' certo que houve quem o enten desse naquele conteúdo cultural e o ^situasse no mesmo plano de "Facun-
do", de Sarmiento, pelo objetivo que o caracteriza.
Porque Euclides, sub
metido às incertezas do diário, des crente de coisas e homens, de si já
ralelo da obra dc CUlbarlo Freira com a
Icòc dc GiJherlo de (juc o fracasso anW' zonetute esiá ligado à hifluúiicUi do fator clima.
proposta, examinada e concluída, com ibero-americana, e de íjuc nos deu, recentemente, o histórico c o senti do, o exegeta Mijares.
venezuelano
Augusto
As paisagens sociais que Euclides nos riscou, como quadros dc seu gran de ]ivt'o, provocando o entusiasmo de
gerações, não deram margem às son dagens que "Casa Grande c Senza la" vem determinando. Permitiu
deslumbramentos estéticos e o, cres
cimento do pensamento amargo, der rotista, que tanto mal nos faz como
igual mal nos fez o ufanismo.
Nesse particular, é certo, Gilberto Freire, com a naturalidade
dc
sua
frase, com o desalinhado de c[uc lhe querem aciusar os enamorados do.s câ
nones gramat"cais, nãp provoca êssc mesmo entusiasmo. As conseqüên
cias que lhe estamos devendo, toda
mo tão visível em certas épocas de nosso processo histórico ou tão da natureza de uma grossa maioria na
via, pelo vulto, não parecem de maior interesso nes.sa altura de nosso de senvolvimento e dc nossa participação
cional, como Sarmiento e como mais
no universali.smo do espírito?
j guedas, no grande retrato que nos
A tese c interessante e pode mes
' proporcionou da sociedade tío nor-
mo ser falsa. Não a queremos ver sar, aceitanclo-a, afirmando-a, defen-
! deste, trazido ao cartaz do sensacio-
(lendo-a ou
nalismo pela tragédia de Canudos, fez aquela sociologia negativista, bem
posições puramente étnicRs, anular a seu favor as mais
saio, a tese não estaria
um espírito vencido pelo negativis
tarde Otávio Bunge e Alcides Ar-
duas revelações do Bra sil". Nas páginas do en
discutindo-a.
Já Álvaro Lins nos anuncia um li
vro sôbrç. "Gilberto e .Euclides, as
a galhardia que o ensaísta põe cm seus trabalhos de interpretação? Nestas linhas queremos, a propósi
to da 5.®^ edição dc "Casa Grande c Senzala"» ferir um ponto da obra de Gilberto, já que êlc nos dá ensanchas para acom,panIiá-lo na caminha da difícil que é a investigação de ca ráter social entre nós, quando nos in
dica para a exegese do caso da Amazô nia ou quando nos convoca para o
carreamento do material que do cumenta muitas das assertivas ou
proposições dc que está pontilhado o
seu livro.
Queremos referir-nos ao
problema do povoamento da
área
amazônica e <à atividade dos portu
gueses colonizadores. Registrando o estado de carência humana em que ainda se encontra o
extremo norte, onde Euclides vira o homem como um intruso e Tavares Bastos tivera a impressão de estar no deserto pela escassez do contingente colonizador, Gilberto assinala, (pg. 166 do 1.® volume da S.®' edição) que
inclementes
in
fluências cHmatéricas ".
O lusitano, destarte, e talvez pela
primeira vez, teria negado aquelas ro bustas predisposições que tanto o dts-
tinguiam para a vida nos trópicos. A tese favorita de Gilberto, sôbre o vi
gor dessa aptidão, estaria prejudicada? Para Gilberto, a explicação do fra casso estaria ligada à influência do fator clima que llie parece dc tanta monta, na Amazônia, que a região,
cm seu entender, "só será coloniza da plenamente com o desenvolvimen ■ to e o barateamento da técnica de ar condicionado e de outras formas de ;
domínio do dima pelo homem civilizado, ainda que não deva ser esque
cida nunca a importância, na valori
zação de áreas do tipo da amazôni ca, dos motivos e valores espirituais que animem os colonizadores".
Não nos parece que o eminente so- . ciólogo esteja com a razão nesse pon to de suas reflexões, que vão dar mar gem à série de nótulas que preten demos escrever sôbre o extremo-nor-
te em sua paisagem social e econômi
"o colonizador lusitano teria falhado
ca para êste "Digesto Econômico".
no empreendimento de dominar aque le espaço imenso, desmentindo a afir
certa rusticidade, que nos proporcio
A condição de
priniitividade,
de
mativa enfática de Pereira Barreto,
na a grande pinta da vida amazôni
de que êle possuía o dom de, por dis
ca (não nos referimos ao que ocor-
DicESTo Econômico
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica por A. C. Ferreira Reis
Especiae para o "Dicesto Econômico" o .5r. A. C. lUm irii lieis, /iliuil dirclor
JJaras vezes um livro brasileiro
da ICxpaumo ICamótiiica 'dti AíiMÍ.s/drio do TyahnUw, traça iiui Uilcrc.s.saiilc pU'
obtém o sucesso nacional e conti nental que "Casa Grande e Senzala"
dc EuclUles do Ciiuha, discordando da
vai alcançando. Discutido aqui, ne gado ali, louvado adiante, motivo pa ra reflexões, fonte magnífica para o debate e o inquérito à volta de nos sos problemas de formação e evolu
ção social e econômica, ésse livro de
Gilberto Freire representa, mais que
tudo isso, a grande revolução que "Os , Sertões", de Euclides, não lograram provocar.
PP/ Lido e aplaudido no conteúdo lite rário, manancial riquíssimo para a.s
perlengas da oratória que nos distin gue e tanto mal nos causa, "Qs Ser-
tjões" não provocaram o interesse cultural que vamos encontrar à vol ta de "Casa Grande
E' certo que houve quem o enten desse naquele conteúdo cultural e o ^situasse no mesmo plano de "Facun-
do", de Sarmiento, pelo objetivo que o caracteriza.
Porque Euclides, sub
metido às incertezas do diário, des crente de coisas e homens, de si já
ralelo da obra dc CUlbarlo Freira com a
Icòc dc GiJherlo de (juc o fracasso anW' zonetute esiá ligado à hifluúiicUi do fator clima.
proposta, examinada e concluída, com ibero-americana, e de íjuc nos deu, recentemente, o histórico c o senti do, o exegeta Mijares.
venezuelano
Augusto
As paisagens sociais que Euclides nos riscou, como quadros dc seu gran de ]ivt'o, provocando o entusiasmo de
gerações, não deram margem às son dagens que "Casa Grande c Senza la" vem determinando. Permitiu
deslumbramentos estéticos e o, cres
cimento do pensamento amargo, der rotista, que tanto mal nos faz como
igual mal nos fez o ufanismo.
Nesse particular, é certo, Gilberto Freire, com a naturalidade
dc
sua
frase, com o desalinhado de c[uc lhe querem aciusar os enamorados do.s câ
nones gramat"cais, nãp provoca êssc mesmo entusiasmo. As conseqüên
cias que lhe estamos devendo, toda
mo tão visível em certas épocas de nosso processo histórico ou tão da natureza de uma grossa maioria na
via, pelo vulto, não parecem de maior interesso nes.sa altura de nosso de senvolvimento e dc nossa participação
cional, como Sarmiento e como mais
no universali.smo do espírito?
j guedas, no grande retrato que nos
A tese c interessante e pode mes
' proporcionou da sociedade tío nor-
mo ser falsa. Não a queremos ver sar, aceitanclo-a, afirmando-a, defen-
! deste, trazido ao cartaz do sensacio-
(lendo-a ou
nalismo pela tragédia de Canudos, fez aquela sociologia negativista, bem
posições puramente étnicRs, anular a seu favor as mais
saio, a tese não estaria
um espírito vencido pelo negativis
tarde Otávio Bunge e Alcides Ar-
duas revelações do Bra sil". Nas páginas do en
discutindo-a.
Já Álvaro Lins nos anuncia um li
vro sôbrç. "Gilberto e .Euclides, as
a galhardia que o ensaísta põe cm seus trabalhos de interpretação? Nestas linhas queremos, a propósi
to da 5.®^ edição dc "Casa Grande c Senzala"» ferir um ponto da obra de Gilberto, já que êlc nos dá ensanchas para acom,panIiá-lo na caminha da difícil que é a investigação de ca ráter social entre nós, quando nos in
dica para a exegese do caso da Amazô nia ou quando nos convoca para o
carreamento do material que do cumenta muitas das assertivas ou
proposições dc que está pontilhado o
seu livro.
Queremos referir-nos ao
problema do povoamento da
área
amazônica e <à atividade dos portu
gueses colonizadores. Registrando o estado de carência humana em que ainda se encontra o
extremo norte, onde Euclides vira o homem como um intruso e Tavares Bastos tivera a impressão de estar no deserto pela escassez do contingente colonizador, Gilberto assinala, (pg. 166 do 1.® volume da S.®' edição) que
inclementes
in
fluências cHmatéricas ".
O lusitano, destarte, e talvez pela
primeira vez, teria negado aquelas ro bustas predisposições que tanto o dts-
tinguiam para a vida nos trópicos. A tese favorita de Gilberto, sôbre o vi
gor dessa aptidão, estaria prejudicada? Para Gilberto, a explicação do fra casso estaria ligada à influência do fator clima que llie parece dc tanta monta, na Amazônia, que a região,
cm seu entender, "só será coloniza da plenamente com o desenvolvimen ■ to e o barateamento da técnica de ar condicionado e de outras formas de ;
domínio do dima pelo homem civilizado, ainda que não deva ser esque
cida nunca a importância, na valori
zação de áreas do tipo da amazôni ca, dos motivos e valores espirituais que animem os colonizadores".
Não nos parece que o eminente so- . ciólogo esteja com a razão nesse pon to de suas reflexões, que vão dar mar gem à série de nótulas que preten demos escrever sôbre o extremo-nor-
te em sua paisagem social e econômi
"o colonizador lusitano teria falhado
ca para êste "Digesto Econômico".
no empreendimento de dominar aque le espaço imenso, desmentindo a afir
certa rusticidade, que nos proporcio
A condição de
priniitividade,
de
mativa enfática de Pereira Barreto,
na a grande pinta da vida amazôni
de que êle possuía o dom de, por dis
ca (não nos referimos ao que ocor-
60
Dicesto Eco^•ó^íIco
re em Belém e Manaus) tem sido fo« cada por nós em mais de uma tenta tiva de compreensão da Amazônia.
paz e o bem-estar bíblicos. Dctcndo nossa atenção no tra[)alho que o por tuguês realizou na Amazônia cm dois
Não somos dos que negam a existên
séculos, tivemos ocasião de salientar-
cia daquela condição de rusticidade
lhe a magnitude,
como não somos dos que entendem
certos, salientando os grandc.s aspec tos dc sua política, como relevando os acentos que a natureza lhe impôs. Então, houve ocasião dc mostrar que
que é negar a .Amazônia e sua gen te, no esíòrço admirável que êle rea
liza para domar o espaço ondè vive, afirmar a realidade dessa rusticidade, de que as características constituem um documentário
impressionante
e
só por si bastando como prova irre
futável.
Porque o elemento qlima,
Que tanto tem sido discutido para ex
plicar o parco rendimento da empre sa amazônica, não
I
é o
que, para exemplificar, marcou a em presa dos franceses na Guiana e de
espanhóis
pouco louvá-lo e indicá-lo como um
clima que permita um bucolismo de' Atribuir-lhe, porém, o funda
mento das derrotas que o homem
tem sofrido, aqui e ali, hoje e ontem, extremo norte, é afirmar com eviden te esquecimento de uma série de ra zões fortes, que pesaram e ainda na atualidade explicam melhor a situa ção da área amazônica. Os elemen tos negativos a anotar para a com amazônico" são
muitos e a nenhum, isoladamente, se pode imputar maior ou único funda mento. Não desejamos discuti-los nestas linhas de agora. Como não nos incluímos entre os que lhe ne
gam a existência
para a literatura
de exaltação- à Amazônia,
pintada
como novo Éden que aguarda apenas
a chegada do homem que aspire a
i::
setores
amazônicos
que lhes coube na repartição do es paço sul-americano.
Os algarismos
que apresentamos para sintetizar o o ciclo
gorismo do clima amazônico. Tam
preensão do "caso
nos
empreendimento
a força com que se houve o lusitano na criação da.quele gigantesco espaço político. Não queremos negar o ri-
desa
as derrotas não tiveram a côr escura
responsável por essas re sultantes. E não foi êle
vida.
registrando
colonial,
ao
findar
parecem-
nos de molde a garantir um grande saldo creditado aos portugueses.
Porque é preciso não es quecer que a área amazônica, sôbre
que atuou o luso-brasÍlciro, ascende aos quatro milhões de quilômetros
quadrados. Essa área, dc direitu, pertencia à Espanha. O português, com o mameluco e o gcntio aliado, .. vencendo o francês, o espanhol, o
inglês, o holandês e o irlandês, des cobriu-a e incorporou-a ao império português, e em menos de dois sécu
los, identificados os mil gêneros na tivos, unindo-se à mulher da terra, le
61
Dicesto Econômico
fatores negativos com que se houve
foram, como são, de uma agressivida de sensível. Basta que recordemos dois capítulos da geografia das cala midades : a enchente do Amazonas,
que dc.strói as lavouras, mata o gado, empobrece e arruina o homem e as
epidemias, que, já na fase colonial, só entre 1743 e 1749, levaram vidas
que abriram claros tle 30.000 mortos! A florc.sta amazônica, não esque
çamos também, não é floresta pocti ca que possa ser domada, com o em-
pir.smo dc que .se valeram (c não
poderia então ser de outra maneira)
os portugueses. Ainda hoje ela rea ge, proporcionando aos <iue preten
O barateamento e o desenvolvimento da técnica de ar condicionado não
têm a importância que pareceu a GiU berto Freire. A técnica dc que ali se carece bá de ser aquela referente
à preparação da terra, a utilização racional das espécies vegeta.s c ani
mais indígenas, à defesa da saúde dos habitantes, ao aproveitamento dos cursos dágua, etc.
Já, aliás, os constituintes de 1946,. realizando tarefa gcopolítica, deter minaram a aplicação de vultosa ver
ba ao orçamento da República na va
lorização ou recuperação da -Amazô nia.
Grande área
de fome, como
lhe
dem vcncc-la desânimo, incerteza e na generalidade das vezes o fracasso.
chama Josué dc Castr9, de matéria prima, a Amazônia é um logro ou
A imagem euclidiana, de certa manei
nomia, seu organismo social que ca
ra, tem seu fundamento. A emprêsa
amazônica desafia a técnica, exige capitais, impõe a seleção do homem. Foi uma grande prova para o colonzador lusitano como vem sctvlo pa ra a gente brasileira da atualidade.
uma reserva do Brasil?
Sua eco
racterísticos possuem? O empreen dimento de lusitanos e dc brasileiros,
na Amazônia, em que pcse^ a afirma tiva dc Gilberto, foi ou é um fra casso?
♦
vantou dezenas de núcleos urbanos,
plantou
espécies
alienígenas, criou
gado, fundou uma colônia que, já cm 1822, possuía tais condições de vi da que as Cortes Portuguesas, ima ginando desligá-la do Brasil, plane jaram constitui-la em vice-Reinado. Lutando com a natureza bravía da
Amazônia, o lusitano
mostrou-se
o
mesmo plástico de outras áreas é o mesmo capaz à vida nos trópicos. Os
O notável aumento da exportação de jóias ouro e prata se r^e
rvuhlicados velo Ministério do Comercio da Inglaterra, revelando que o vaior tmai durante o ano de 1946. foi além de 3.546.000
Mesmo levando-se em consideração a diferença de preços atuais em iclaçao aos de
antes da {guerra, verifica-se que houve um aumento substancial, pois as exportações
britânicas em 1938 não alcançaram um milhão de libras esterlinas. Os novos modelos de jóias mostram que os fabricantes voltaram a preferir temas
de flores e animais. As jóias em forma de animais estão adquirindo, novamente, grande popularidade. Somente, uma fir^ma lançou no mercado americano, com]
gramie aceitação, 50 modelos diferentes em forina de cães.
60
Dicesto Eco^•ó^íIco
re em Belém e Manaus) tem sido fo« cada por nós em mais de uma tenta tiva de compreensão da Amazônia.
paz e o bem-estar bíblicos. Dctcndo nossa atenção no tra[)alho que o por tuguês realizou na Amazônia cm dois
Não somos dos que negam a existên
séculos, tivemos ocasião de salientar-
cia daquela condição de rusticidade
lhe a magnitude,
como não somos dos que entendem
certos, salientando os grandc.s aspec tos dc sua política, como relevando os acentos que a natureza lhe impôs. Então, houve ocasião dc mostrar que
que é negar a .Amazônia e sua gen te, no esíòrço admirável que êle rea
liza para domar o espaço ondè vive, afirmar a realidade dessa rusticidade, de que as características constituem um documentário
impressionante
e
só por si bastando como prova irre
futável.
Porque o elemento qlima,
Que tanto tem sido discutido para ex
plicar o parco rendimento da empre sa amazônica, não
I
é o
que, para exemplificar, marcou a em presa dos franceses na Guiana e de
espanhóis
pouco louvá-lo e indicá-lo como um
clima que permita um bucolismo de' Atribuir-lhe, porém, o funda
mento das derrotas que o homem
tem sofrido, aqui e ali, hoje e ontem, extremo norte, é afirmar com eviden te esquecimento de uma série de ra zões fortes, que pesaram e ainda na atualidade explicam melhor a situa ção da área amazônica. Os elemen tos negativos a anotar para a com amazônico" são
muitos e a nenhum, isoladamente, se pode imputar maior ou único funda mento. Não desejamos discuti-los nestas linhas de agora. Como não nos incluímos entre os que lhe ne
gam a existência
para a literatura
de exaltação- à Amazônia,
pintada
como novo Éden que aguarda apenas
a chegada do homem que aspire a
i::
setores
amazônicos
que lhes coube na repartição do es paço sul-americano.
Os algarismos
que apresentamos para sintetizar o o ciclo
gorismo do clima amazônico. Tam
preensão do "caso
nos
empreendimento
a força com que se houve o lusitano na criação da.quele gigantesco espaço político. Não queremos negar o ri-
desa
as derrotas não tiveram a côr escura
responsável por essas re sultantes. E não foi êle
vida.
registrando
colonial,
ao
findar
parecem-
nos de molde a garantir um grande saldo creditado aos portugueses.
Porque é preciso não es quecer que a área amazônica, sôbre
que atuou o luso-brasÍlciro, ascende aos quatro milhões de quilômetros
quadrados. Essa área, dc direitu, pertencia à Espanha. O português, com o mameluco e o gcntio aliado, .. vencendo o francês, o espanhol, o
inglês, o holandês e o irlandês, des cobriu-a e incorporou-a ao império português, e em menos de dois sécu
los, identificados os mil gêneros na tivos, unindo-se à mulher da terra, le
61
Dicesto Econômico
fatores negativos com que se houve
foram, como são, de uma agressivida de sensível. Basta que recordemos dois capítulos da geografia das cala midades : a enchente do Amazonas,
que dc.strói as lavouras, mata o gado, empobrece e arruina o homem e as
epidemias, que, já na fase colonial, só entre 1743 e 1749, levaram vidas
que abriram claros tle 30.000 mortos! A florc.sta amazônica, não esque
çamos também, não é floresta pocti ca que possa ser domada, com o em-
pir.smo dc que .se valeram (c não
poderia então ser de outra maneira)
os portugueses. Ainda hoje ela rea ge, proporcionando aos <iue preten
O barateamento e o desenvolvimento da técnica de ar condicionado não
têm a importância que pareceu a GiU berto Freire. A técnica dc que ali se carece bá de ser aquela referente
à preparação da terra, a utilização racional das espécies vegeta.s c ani
mais indígenas, à defesa da saúde dos habitantes, ao aproveitamento dos cursos dágua, etc.
Já, aliás, os constituintes de 1946,. realizando tarefa gcopolítica, deter minaram a aplicação de vultosa ver
ba ao orçamento da República na va
lorização ou recuperação da -Amazô nia.
Grande área
de fome, como
lhe
dem vcncc-la desânimo, incerteza e na generalidade das vezes o fracasso.
chama Josué dc Castr9, de matéria prima, a Amazônia é um logro ou
A imagem euclidiana, de certa manei
nomia, seu organismo social que ca
ra, tem seu fundamento. A emprêsa
amazônica desafia a técnica, exige capitais, impõe a seleção do homem. Foi uma grande prova para o colonzador lusitano como vem sctvlo pa ra a gente brasileira da atualidade.
uma reserva do Brasil?
Sua eco
racterísticos possuem? O empreen dimento de lusitanos e dc brasileiros,
na Amazônia, em que pcse^ a afirma tiva dc Gilberto, foi ou é um fra casso?
♦
vantou dezenas de núcleos urbanos,
plantou
espécies
alienígenas, criou
gado, fundou uma colônia que, já cm 1822, possuía tais condições de vi da que as Cortes Portuguesas, ima ginando desligá-la do Brasil, plane jaram constitui-la em vice-Reinado. Lutando com a natureza bravía da
Amazônia, o lusitano
mostrou-se
o
mesmo plástico de outras áreas é o mesmo capaz à vida nos trópicos. Os
O notável aumento da exportação de jóias ouro e prata se r^e
rvuhlicados velo Ministério do Comercio da Inglaterra, revelando que o vaior tmai durante o ano de 1946. foi além de 3.546.000
Mesmo levando-se em consideração a diferença de preços atuais em iclaçao aos de
antes da {guerra, verifica-se que houve um aumento substancial, pois as exportações
britânicas em 1938 não alcançaram um milhão de libras esterlinas. Os novos modelos de jóias mostram que os fabricantes voltaram a preferir temas
de flores e animais. As jóias em forma de animais estão adquirindo, novamente, grande popularidade. Somente, uma fir^ma lançou no mercado americano, com]
gramie aceitação, 50 modelos diferentes em forina de cães.
m ly» liiy. *.
63
DicESTO Econômico
das linhas do Cruzeiro, ao Rio Verde e parte da E. F. do Sapucai.
Mariano Procwpio
Os detalhes da estrada aberta por
PANDIÁ CalÓGEUAS
estaâTrnJlT'^' çao rodoviana
"f Manano Procópto.
/eiçsf"di'™S°rT "fí™ nl™ românticoi t? hn,r,„„r. ,i—' " roLatL 1» notável conferência at^e^Pamíif
"« cidade do Rio de Janeiro, a
f
'•«'«fiC»' no Brasil,diferiam realizadordos ifue no império tanto düariarn dosd
Econômico" tem a honra de publicar a ■''cr ãescerrJZ Tjí? } Ca/ogeroç pro eriu em 12 de maio de 1912 ao F„, ,,u viaaae fZ " .. cidade cie de juiz Juiz de de tora. Fora. catão o prandeVolípZfnZ'tf^^-^^!í"Z^^^j^-^'^a^^^ "Dígesío Econômico", de estudos hutoricos^''^clmr êste trabalho na sua precio.samanifestou coletânea
encontrado cTsTàrnZ^ZZ em seu arquivo os
t j^AniANo Procépio
por não ter ongwmw da aludida conferência.
Ferreira Lage não
chegou a dar a medida inteira do seu valor.
Na obra, que a morte veio prematura mente interromper, como que vibra, mal
oculto, o mesmo instinto que, desde os tempos da antiga Capitania Mineira, ins
naquela ocasião
zidas auríferas do rio das Velhas e
ciava. Da orla litorânea partiam as levas que povoavam o deserto. Aos poucos, o primitivo sertão recuava diante da con
quista do trabaUio.
As roças se forma
vam. Os produtos excedentes procura vam mercados, que se alongavam confor me o poder de concentração do valor
das utilidades permutadas, do ouro des tinado ao câmbio transatlântico, do gado semo\'ente e dos cereais de consumo mai.s
próximo.
A fôrça impulsora foi a fo
me, o problema do abastecimento de víveres às primeiras entradas dos bandei
rantes e aos formadores do "rush" que
, sobreveio quando se descobriram as ja
os habitantes do interior em apressar a
Variaram apenas as necessidades a satis
fazer e os meios de realizar os projetos.
Nesse influxo atávico se encontra ain
pondo o Paraíba c entrando por Pati do
da explicado o ardor com que porfiam
a Irajá o ao Rio, ainda hoje avultam no traçado da linha do Centro da E. F. de p, Pedro II, da chamada linha auxiliar,
chegada dos carris às regiões que ocupam, e nenhum melhor encarnou essa ânsia do que Mariano Procópio. Nascido
Desse
precursor,
de vias de comunicação, para o Rio, para
quistadores, lesado por sua profissão mercantil e
de
por suas viagens a perce ber a importância e a vas tidão do problema, pare cia fadado a ser fator de
a que dedicou sua vida,
Goiás e de Mato Grosso; dessa nobre
destaque na satísfação das multíplicês necessidades
refazendo, em sentido in
verso, e podendo para- ^
frasear a palavra de Au gusto — conslniindo no
ferro o que encontrara feito no barro das estradas sertanejas — as diretrizes do
Parece lei histórica o desenvolvimen
to de nossas redes de víação ter calcado seu traço nas antigas trilhas dos índios,
nos do desconhecido, hoje em discrepân
cia mínima seguidas ainda pelas loco Para comprová-lo, bastaria cotejar os antigos roteiros, encontrados nos manus-
Brasil central — São Paulo — mal que uniu a Barra do Piraí à Ca
vias-fórreas. Em documentos do século XVII e do
choeira e a Taubaté.
início do seguinte, aparecem as balisas do caminho que de Taubaté ia às minas
Cêrca de dois séculos de permeio,
entre os roteiros do padre João de Faria, de Antonil, e outros, e os modernos tra
gerais dos Gataguás, balisas mais tarde seguidas pelos trilhos da E. F. de D. Pe
çados da Central e de suas linhas eflu-
dro II no ramal de São Paulo, e pelos
:IÍtt
pois começaria poucas
Rio de Janeiro todo, ligado a Minas
do Tietê e do berço da conquista do
crição do percurso de nossas modernas
dizer,
léguas além do último trilho da E. F^.
gem, uma, de trilhos, outra, o vale do Paraíba à baixada fluminense, de um
c finalmente, às nascentes do rio, rumo
crito.s de nossos arquivos, com a des
deve-se
de D. Pedro II e da linha de Maná a
lado, pela União e Indústria; ao altinlano da Mantiqueira, do outro, pelo prosseguimento da E. F. de D. Pedro II;
motivas.
do sertão daquela época,
bem próximo do litoral,
bandeirante ousado.
Ligou por linhas definitivas, de roda
aproveitadas pelos bandeirantes vaquen-
Barbacena,
tórica dos paulistas con
dia històricamentc Mariano Procópio, pelas obras ,
as capitanias afastadas da Bahia, de
em
à margem da estrada his
Garcia Rodrigues, proce
Da linhagem dos grandes traçadores
gem de seu reconhecimento.
a progressiva in\'ersão do.s papeis se ini
Alfercs no maçiço do Tinguá, ato chegar
O engenheiro contemporâneo obede
ceu ao Instinto dos antigos autóctones.
Companhia Leopoldina.
maçiço do Vila-Rica.
ceis entre a áspera serrania interior e o e a praia que abastecia. E desde então
n:-. intuição antiga.
e de alguns trechos da anHga E. F. do Grão
do
imperiosa necessidade das ligações fá litoral farto, entre a jazida consumidora
Garcia Rodrigues Pac.s, filho do go\ernador das Esmeraldas, atrases das .ser ras da Mantiqueira e do Mar, ligando Vila-Rica, Congonhas, Queluz, o ribei rão de Alberto Dias, a Borda, Matias Barbosa, Simão Pereira. Paraibana, trans
Pará, hoje pertencente a
linhagem de conquistadores procedia o homem, a cuja memória, hoje, a cidade de Juiz de hora traz a .suprema homena
pirava aos trabalhadores do sertão: a
entes, não modificam os traços essen ciais do problema. A solução moderna teve sua origem
.f"
raiz da sen^a da Estrela, pràticamente o Gerais.
E, de fato, para os três extremos da formação das contentes comerciais se vol taram, em épocas várias, as vistas e a energia de Mariano Procópio. Desvelou-se em melhorar a produção. Para isso favoueou a obser\'ancia e o
ensino de métodos mais perfeitos e de melhor aproveitamento do meio, e essa
foi a origem da Escola Agrícola de
Juiz de Fora. Deu início, em Minas, a introdução
de braços estrangeiros, em princípio so-
m ly» liiy. *.
63
DicESTO Econômico
das linhas do Cruzeiro, ao Rio Verde e parte da E. F. do Sapucai.
Mariano Procwpio
Os detalhes da estrada aberta por
PANDIÁ CalÓGEUAS
estaâTrnJlT'^' çao rodoviana
"f Manano Procópto.
/eiçsf"di'™S°rT "fí™ nl™ românticoi t? hn,r,„„r. ,i—' " roLatL 1» notável conferência at^e^Pamíif
"« cidade do Rio de Janeiro, a
f
'•«'«fiC»' no Brasil,diferiam realizadordos ifue no império tanto düariarn dosd
Econômico" tem a honra de publicar a ■''cr ãescerrJZ Tjí? } Ca/ogeroç pro eriu em 12 de maio de 1912 ao F„, ,,u viaaae fZ " .. cidade cie de juiz Juiz de de tora. Fora. catão o prandeVolípZfnZ'tf^^-^^!í"Z^^^j^-^'^a^^^ "Dígesío Econômico", de estudos hutoricos^''^clmr êste trabalho na sua precio.samanifestou coletânea
encontrado cTsTàrnZ^ZZ em seu arquivo os
t j^AniANo Procépio
por não ter ongwmw da aludida conferência.
Ferreira Lage não
chegou a dar a medida inteira do seu valor.
Na obra, que a morte veio prematura mente interromper, como que vibra, mal
oculto, o mesmo instinto que, desde os tempos da antiga Capitania Mineira, ins
naquela ocasião
zidas auríferas do rio das Velhas e
ciava. Da orla litorânea partiam as levas que povoavam o deserto. Aos poucos, o primitivo sertão recuava diante da con
quista do trabaUio.
As roças se forma
vam. Os produtos excedentes procura vam mercados, que se alongavam confor me o poder de concentração do valor
das utilidades permutadas, do ouro des tinado ao câmbio transatlântico, do gado semo\'ente e dos cereais de consumo mai.s
próximo.
A fôrça impulsora foi a fo
me, o problema do abastecimento de víveres às primeiras entradas dos bandei
rantes e aos formadores do "rush" que
, sobreveio quando se descobriram as ja
os habitantes do interior em apressar a
Variaram apenas as necessidades a satis
fazer e os meios de realizar os projetos.
Nesse influxo atávico se encontra ain
pondo o Paraíba c entrando por Pati do
da explicado o ardor com que porfiam
a Irajá o ao Rio, ainda hoje avultam no traçado da linha do Centro da E. F. de p, Pedro II, da chamada linha auxiliar,
chegada dos carris às regiões que ocupam, e nenhum melhor encarnou essa ânsia do que Mariano Procópio. Nascido
Desse
precursor,
de vias de comunicação, para o Rio, para
quistadores, lesado por sua profissão mercantil e
de
por suas viagens a perce ber a importância e a vas tidão do problema, pare cia fadado a ser fator de
a que dedicou sua vida,
Goiás e de Mato Grosso; dessa nobre
destaque na satísfação das multíplicês necessidades
refazendo, em sentido in
verso, e podendo para- ^
frasear a palavra de Au gusto — conslniindo no
ferro o que encontrara feito no barro das estradas sertanejas — as diretrizes do
Parece lei histórica o desenvolvimen
to de nossas redes de víação ter calcado seu traço nas antigas trilhas dos índios,
nos do desconhecido, hoje em discrepân
cia mínima seguidas ainda pelas loco Para comprová-lo, bastaria cotejar os antigos roteiros, encontrados nos manus-
Brasil central — São Paulo — mal que uniu a Barra do Piraí à Ca
vias-fórreas. Em documentos do século XVII e do
choeira e a Taubaté.
início do seguinte, aparecem as balisas do caminho que de Taubaté ia às minas
Cêrca de dois séculos de permeio,
entre os roteiros do padre João de Faria, de Antonil, e outros, e os modernos tra
gerais dos Gataguás, balisas mais tarde seguidas pelos trilhos da E. F. de D. Pe
çados da Central e de suas linhas eflu-
dro II no ramal de São Paulo, e pelos
:IÍtt
pois começaria poucas
Rio de Janeiro todo, ligado a Minas
do Tietê e do berço da conquista do
crição do percurso de nossas modernas
dizer,
léguas além do último trilho da E. F^.
gem, uma, de trilhos, outra, o vale do Paraíba à baixada fluminense, de um
c finalmente, às nascentes do rio, rumo
crito.s de nossos arquivos, com a des
deve-se
de D. Pedro II e da linha de Maná a
lado, pela União e Indústria; ao altinlano da Mantiqueira, do outro, pelo prosseguimento da E. F. de D. Pedro II;
motivas.
do sertão daquela época,
bem próximo do litoral,
bandeirante ousado.
Ligou por linhas definitivas, de roda
aproveitadas pelos bandeirantes vaquen-
Barbacena,
tórica dos paulistas con
dia històricamentc Mariano Procópio, pelas obras ,
as capitanias afastadas da Bahia, de
em
à margem da estrada his
Garcia Rodrigues, proce
Da linhagem dos grandes traçadores
gem de seu reconhecimento.
a progressiva in\'ersão do.s papeis se ini
Alfercs no maçiço do Tinguá, ato chegar
O engenheiro contemporâneo obede
ceu ao Instinto dos antigos autóctones.
Companhia Leopoldina.
maçiço do Vila-Rica.
ceis entre a áspera serrania interior e o e a praia que abastecia. E desde então
n:-. intuição antiga.
e de alguns trechos da anHga E. F. do Grão
do
imperiosa necessidade das ligações fá litoral farto, entre a jazida consumidora
Garcia Rodrigues Pac.s, filho do go\ernador das Esmeraldas, atrases das .ser ras da Mantiqueira e do Mar, ligando Vila-Rica, Congonhas, Queluz, o ribei rão de Alberto Dias, a Borda, Matias Barbosa, Simão Pereira. Paraibana, trans
Pará, hoje pertencente a
linhagem de conquistadores procedia o homem, a cuja memória, hoje, a cidade de Juiz de hora traz a .suprema homena
pirava aos trabalhadores do sertão: a
entes, não modificam os traços essen ciais do problema. A solução moderna teve sua origem
.f"
raiz da sen^a da Estrela, pràticamente o Gerais.
E, de fato, para os três extremos da formação das contentes comerciais se vol taram, em épocas várias, as vistas e a energia de Mariano Procópio. Desvelou-se em melhorar a produção. Para isso favoueou a obser\'ancia e o
ensino de métodos mais perfeitos e de melhor aproveitamento do meio, e essa
foi a origem da Escola Agrícola de
Juiz de Fora. Deu início, em Minas, a introdução
de braços estrangeiros, em princípio so-
64
luçao do dúplice problema do soerguimento do nível intelectual do trabalho
e da extinção do e'emento servil, e essa
foi a semente de que brotou a colonia alemã desta cidade.
Quis, com os melhoramentos da raça eqüina, dar o complemento indispensá vel ao mercado de produtos selecionados e superiores, fornecendo me-os de ava
Dicesto EcoNÓ^^co
mate,
na
estrada
da
Dicesto Econónoco
Graciosa, no
estes os único.s meios admitidos para ba
pela diretoria da E. F
Paraná.
ratear transportes, assim ficaria condena
ir.
Preferiu o espírito simphsta dos em preendedores de obras multiplicar as vias férreas: o próprio leito da União e In
dida apenas a estreita ourela ribeirinha.
dústria foi invadido. Olvidou-.sc o largo
tegral do país, a união dc\'c ser íntima e
ra do Mar. e transferida a estrada ao
papel econômico das verdadeiras e.stra-
indisso'úvcl entre os carris c as estradas
govêmo imperial, ocorrera um perío
das de rodagem como afluentes de trá-
ordinárias, como nos grandes projetos de enxugo entre os coletores principais e
consolidação de obras, no decurso da
da à estagnação tòda a malha compreen Para o desenvolvimento hurmònitx), in
fego para os coletores principais que liar os méritos dos exemplares obtidos, são as ferrovias. Os transportes efetua-centro de repartíção de reprodutores de pedigree" mais nobre. E, assim, fun dou e dirigiu o Prado Fluminense, velha e gloriosa instituição que tantos e tão re.evantes serviços começou a prestar à
n o turfnacional, antes gue a decadência 1^ ou antes, o afastamento nesta e nas congêneres associações dos intui
tos primitivos dos fundadores, desvir
tuasse o nobre tentamen do pugilo de homens que, no terceiro quartel do sé culo passado, Mariano Procópio à fren te, ia lançando os germens da formação do cavalo nacional.
O segundo turno de trilogia, a cir culação dos haveres, foi seguramente aquele em que mais se acentuou a ati
vam-.se entre os extremos das pseudoestradas sertanejas — maus trilhos aber tos nas serranias pelo andar compassado
esforços do.s produtores regionais.
O
exemplo da França, o da Inglaterra, com
ex-portações eram penosos e caros. Tudo
sistema circulatório, que contribui 'a
custeio dos gêneros permutados.
Mas sua obra principal teve por alvo a diminuição dos fretes, e não será
exagero dizer que, nesse empenho, por várias vezes foi verdadeiro precursor, em algumas circunstâncias mesmo com 50 anos de avanço sobre os coevos. Haja vista o caso característico da es trada de rodagem União e Indústria,
destinada principalmente a diminuir as
' despesas de tran.sporte do café, exem
plo não imitado até agora senão para o
e.stádio, o limite entre as diversas cate
cer fora a natural incredulidade,
Isso que poucos en
mercados consumidores o resultado dos
suas estradas mais que seculares, eram o testemunho eloqüente do valor desse
ao empreendimento das docas da Alfân dega, no Rio, a fim de baratear o
Ao.s progressos contínuos nos meios me
mentos proporcionado.s pelo reboque das
que em todos os sentidos drena para os
xergavam então, que ainda hoje poucos admi tem, mau grado o ele
A tendência, hoje manifesl"a, do aprovei tar os trechos da bela estrada de Ma riano Procópio, bem patenteia que ele
permutas, ao lado de cada necessidade,
dando os meios de as satisfazer.
acertara quando com qinqüenla anos de avanço, provirá o que será o Brasil clc amanhã, recortado por uma rede ma cadamizada, afluente dos troncos de via
Quis o mineiro sagaz dotar nossa terra
do primeiro trecho de sistema análogo, e da raiz da Serra da Estrela ao interior
de Minas se estendeu dentro em pouco a orla macadamizada da primeira estra
Não medrou a inteligente iniciativa, ^ i.so]ada a tentativa, regredindo mesmo em conseqüência do abandono da estrada pe la via-férrea; esquecido de que nem todas
iJÉU
se bem, desde o início da,
na
da construção da estxadiretriz a seguir ^ -para o
traçado, tive.sse prepondcrado em seu espírito o plano de criar um tron
co de viação, ligando à capital do Império o norte, o sul e o centro do Brasil; o pensamento preciso ■ que já ditara a admirável lei, profética sob vá rios aspectos, de 31 de outubro de 1835, monumento de previsão dos homens da Regência, sob a chefia do ínclito Diogo Foijó.
Mas, lutando com dificuldades finan ceiras, com
óbices técnicos imensos,
oriundos da noxidade do empreendimen to no Brasil; resolvido finalmente a trans
salteados, dando ao percurso os automó veis horizontes infinitos e possibilidades
seu futuro, Otoni vira-se obrigado a \à-
limitadas apenas pela vastidão de nossos 850.000 quilômetros quadrados de su
inconvenientes de uma falsa situação.
perfície.
as zonas comportam trillios e a serem
obedeciam seus esforços,
ferir ao governo a linha que vinha cons truindo com tão superior descortino de
ção, e, pelas anastomoses de trechos
da de rodagem do Brasil.
quanto á exequibilidade do cometimento, pelos cmpecillios técnicos em primeiro lugar, pela falta de car gas em seguida. A es sa dúplicc preocupação
que a indústria aiitoinobilísta veio trazer ao debate,— e,s.sa.< relações de interdependência Maria no Procópio percebeu com clareza não amigar e traduziu em obras. Periclitou, ou antes parecei^ periclitar a .solução tentada com a União e Indústria. Mas a visão era verdadeira; o problema
a
desconfiança inata dos contemporâneos
mento novo e poderoso
estava posto em seus termos precisos.
criar riqueza aumentando a mobilidade os produtos, pondo-os ao alcance das
do de descanço, dc recolhimento, de
cânicos de tração caberia fixar, em cada
sidade superficial da rede férrea.
pel desempenhado na organização econórnica dos países europeus mais cultos " pela admirável rede de viação comum,
Apó.s as admiráveis lições de ener
gia dadas por Cristiano Otoni, quando solvcu o problema de travessia da ser
primeira administiução do conselheiro
gorias, a fronteira entre o trilho o a
superfícies adequadas. Das suas numerosas viagens, resultará em seu espírito a convicção" do alto pa-.
Pedro
Sobragi, ainda boje, felizmente, vivo. Para Òtoni. a dificuldade maior a ven
e.strada, as dimensões da malha, a den
cargas por motores a vapor, utilizando
D.
as ramificações de importância menor.
das tropas e pelo escopro brutal das ro das do carro de bois — e dos aperfeiçoa
vidade de Mariano Procópio. As descar gas das importações, os embarque.s das bastava para assegurar sua colaboração
65
ver da mão para a boca, com todos os
Precursor, ainda o foi nas normas
Os trilhos, em 1865, mal chegavam a 137 quilômetros da Corte, em Desenga
características de sua curta passagem
no, mero trecho de uma estrada de in-
64
luçao do dúplice problema do soerguimento do nível intelectual do trabalho
e da extinção do e'emento servil, e essa
foi a semente de que brotou a colonia alemã desta cidade.
Quis, com os melhoramentos da raça eqüina, dar o complemento indispensá vel ao mercado de produtos selecionados e superiores, fornecendo me-os de ava
Dicesto EcoNÓ^^co
mate,
na
estrada
da
Dicesto Econónoco
Graciosa, no
estes os único.s meios admitidos para ba
pela diretoria da E. F
Paraná.
ratear transportes, assim ficaria condena
ir.
Preferiu o espírito simphsta dos em preendedores de obras multiplicar as vias férreas: o próprio leito da União e In
dida apenas a estreita ourela ribeirinha.
dústria foi invadido. Olvidou-.sc o largo
tegral do país, a união dc\'c ser íntima e
ra do Mar. e transferida a estrada ao
papel econômico das verdadeiras e.stra-
indisso'úvcl entre os carris c as estradas
govêmo imperial, ocorrera um perío
das de rodagem como afluentes de trá-
ordinárias, como nos grandes projetos de enxugo entre os coletores principais e
consolidação de obras, no decurso da
da à estagnação tòda a malha compreen Para o desenvolvimento hurmònitx), in
fego para os coletores principais que liar os méritos dos exemplares obtidos, são as ferrovias. Os transportes efetua-centro de repartíção de reprodutores de pedigree" mais nobre. E, assim, fun dou e dirigiu o Prado Fluminense, velha e gloriosa instituição que tantos e tão re.evantes serviços começou a prestar à
n o turfnacional, antes gue a decadência 1^ ou antes, o afastamento nesta e nas congêneres associações dos intui
tos primitivos dos fundadores, desvir
tuasse o nobre tentamen do pugilo de homens que, no terceiro quartel do sé culo passado, Mariano Procópio à fren te, ia lançando os germens da formação do cavalo nacional.
O segundo turno de trilogia, a cir culação dos haveres, foi seguramente aquele em que mais se acentuou a ati
vam-.se entre os extremos das pseudoestradas sertanejas — maus trilhos aber tos nas serranias pelo andar compassado
esforços do.s produtores regionais.
O
exemplo da França, o da Inglaterra, com
ex-portações eram penosos e caros. Tudo
sistema circulatório, que contribui 'a
custeio dos gêneros permutados.
Mas sua obra principal teve por alvo a diminuição dos fretes, e não será
exagero dizer que, nesse empenho, por várias vezes foi verdadeiro precursor, em algumas circunstâncias mesmo com 50 anos de avanço sobre os coevos. Haja vista o caso característico da es trada de rodagem União e Indústria,
destinada principalmente a diminuir as
' despesas de tran.sporte do café, exem
plo não imitado até agora senão para o
e.stádio, o limite entre as diversas cate
cer fora a natural incredulidade,
Isso que poucos en
mercados consumidores o resultado dos
suas estradas mais que seculares, eram o testemunho eloqüente do valor desse
ao empreendimento das docas da Alfân dega, no Rio, a fim de baratear o
Ao.s progressos contínuos nos meios me
mentos proporcionado.s pelo reboque das
que em todos os sentidos drena para os
xergavam então, que ainda hoje poucos admi tem, mau grado o ele
A tendência, hoje manifesl"a, do aprovei tar os trechos da bela estrada de Ma riano Procópio, bem patenteia que ele
permutas, ao lado de cada necessidade,
dando os meios de as satisfazer.
acertara quando com qinqüenla anos de avanço, provirá o que será o Brasil clc amanhã, recortado por uma rede ma cadamizada, afluente dos troncos de via
Quis o mineiro sagaz dotar nossa terra
do primeiro trecho de sistema análogo, e da raiz da Serra da Estrela ao interior
de Minas se estendeu dentro em pouco a orla macadamizada da primeira estra
Não medrou a inteligente iniciativa, ^ i.so]ada a tentativa, regredindo mesmo em conseqüência do abandono da estrada pe la via-férrea; esquecido de que nem todas
iJÉU
se bem, desde o início da,
na
da construção da estxadiretriz a seguir ^ -para o
traçado, tive.sse prepondcrado em seu espírito o plano de criar um tron
co de viação, ligando à capital do Império o norte, o sul e o centro do Brasil; o pensamento preciso ■ que já ditara a admirável lei, profética sob vá rios aspectos, de 31 de outubro de 1835, monumento de previsão dos homens da Regência, sob a chefia do ínclito Diogo Foijó.
Mas, lutando com dificuldades finan ceiras, com
óbices técnicos imensos,
oriundos da noxidade do empreendimen to no Brasil; resolvido finalmente a trans
salteados, dando ao percurso os automó veis horizontes infinitos e possibilidades
seu futuro, Otoni vira-se obrigado a \à-
limitadas apenas pela vastidão de nossos 850.000 quilômetros quadrados de su
inconvenientes de uma falsa situação.
perfície.
as zonas comportam trillios e a serem
obedeciam seus esforços,
ferir ao governo a linha que vinha cons truindo com tão superior descortino de
ção, e, pelas anastomoses de trechos
da de rodagem do Brasil.
quanto á exequibilidade do cometimento, pelos cmpecillios técnicos em primeiro lugar, pela falta de car gas em seguida. A es sa dúplicc preocupação
que a indústria aiitoinobilísta veio trazer ao debate,— e,s.sa.< relações de interdependência Maria no Procópio percebeu com clareza não amigar e traduziu em obras. Periclitou, ou antes parecei^ periclitar a .solução tentada com a União e Indústria. Mas a visão era verdadeira; o problema
a
desconfiança inata dos contemporâneos
mento novo e poderoso
estava posto em seus termos precisos.
criar riqueza aumentando a mobilidade os produtos, pondo-os ao alcance das
do de descanço, dc recolhimento, de
cânicos de tração caberia fixar, em cada
sidade superficial da rede férrea.
pel desempenhado na organização econórnica dos países europeus mais cultos " pela admirável rede de viação comum,
Apó.s as admiráveis lições de ener
gia dadas por Cristiano Otoni, quando solvcu o problema de travessia da ser
primeira administiução do conselheiro
gorias, a fronteira entre o trilho o a
superfícies adequadas. Das suas numerosas viagens, resultará em seu espírito a convicção" do alto pa-.
Pedro
Sobragi, ainda boje, felizmente, vivo. Para Òtoni. a dificuldade maior a ven
e.strada, as dimensões da malha, a den
cargas por motores a vapor, utilizando
D.
as ramificações de importância menor.
das tropas e pelo escopro brutal das ro das do carro de bois — e dos aperfeiçoa
vidade de Mariano Procópio. As descar gas das importações, os embarque.s das bastava para assegurar sua colaboração
65
ver da mão para a boca, com todos os
Precursor, ainda o foi nas normas
Os trilhos, em 1865, mal chegavam a 137 quilômetros da Corte, em Desenga
características de sua curta passagem
no, mero trecho de uma estrada de in-
,Vl
66
Digesto EcoNÓ^^co
teresse regional, servindo à província
tráfego cêrca de 110 quilômetros de li
fluminense e, eventualmente, podendo prolongar-se pela de Minas Gerais. Era
nhas novas: 63.764 metros em direção
a Minas, cujas divisas são atingidas em
pouco, à vista dos anelos de seus promo
Santa Fé, no rafnal de Porto Novo do
tores da grandeza do problema político
Cunha, desde junho de 1869; 45.803
que tinha em mira solver, obra de inte
metros na província do Rio, ramo de
gração nacional e não parcela fragmentá
São Paulo, até Barra Mansa.
ria de uma pequena linha local.
justiça estrita ajuntar a essa quilometra
E é de
O conselheiro Sobragi, impedido pela
gem os 18.885 metros que vão de Barra
liquidação de acervo recebido, de tra çar uma rota definida para o desenvol
Mansa à Divisa, pois foram entregues
Digesto EcoN6^^co
Engcnlio de Dentro., Aboliu, nas tari
ramificam-sc por quatro Estados, e têm cerca de 1.700 quilômetros de .desen
fas dc passageiros, a ob.scleta terceira
volvimento.
as oficinas de São Diogo. Criou as de
c'as.se.
Novos problemas eram por êle en carados com .segurança. Criticava o érro dc se ler locaHz;ido longe do lito
ral o ponto de partida da c.strada. Propô.s, e o aviso de 19 do agosto de 1870 para a Praia Formosa, para transportar
dedicou escassas oito ou dez linhas de
combustível e materiais. Lembrava ain
cncômios sem alcance, no noticiário co
novos começou. Em 18.69, quatro anos
tração.
depois de Otoni, ao assumir Mariano Procópío a direção da Pedro II, a ex-
Quasi 129 quilômetros, portanto, cons truídos em três anos, aumento de.60%
( tensão desta crescera de 65.633 metros
na extensão com que recebera a E. F. de
apenas e chegava sòmente em Entre
truído. Reformou as tarifas, para in troduzir na contabilidade o sistema mé
D. Pedro II, catorze anos após o seu
Rios, com 202.598 metros.
trico.
início.
realização do plano ideado pelos nossos
Já se manifestava outra, clara e fran ca, a concepção da estrada: era "instru-
da levar a estrada cm linlia elevada ao nível .do primeiro andar dos prédios, até a Prainha, onde um cais seria con.s-
Estas'am, a.ssim, prontos todos os ele
mentos para dar o impulso indispensá vel para construir a linha essencial da
homens públicos: a ligação indissolúvel mentum regni" da política unificadora do país por uma linha interna de trilhos, ' do Brasil; era a realização do plano re-
rede do Brasil Central. Aparelhados to
um coletor de transportes de sul a norte, desaguando no centro político, social e
gindo-os, um homem cm plena posse
gencial. E o singelo monumento, que
econômico do Brasil. Foi esse o escopo
tão despercebido passa em Entre Rios, o soleniza de modo inequívoco, relem
do regulamento da estrada, aprovado
brando datas e nomes: linha do Centro,
por decreto imperial de 28 de janeiro de
seria a denominação do novo traçado
1869, que deu normas e sistematizou os estudos e a construção, dos prolongamen
que ligaria à Corte o rio das Velhas e, por êste, a bacia do caudaloso S. Fran cisco; de 1868 a 1871 se grupam os
tos.
John Whitaker e Ferreira Passos ti nham dirigido a comissão de estudos. A ela presidia agora Antônio Maria de
esforços para a estudar e lhe dar comêço.
Oliveira Bulhões, e em seu estado-maior
aparelhar o trecho em tráfego para os
se viam os nomes que, mais tarde, ha viam de ilustrar a engenharia nacional: Passos, Rademaker, Hermilo, Marcelino Ramos, Horta Barbosa e tantos outros. Estudam-se as condições gerais, as ta
aumentos previstos no movimento de
belas e especificações dos serviços a ini
Não bastava, entretanto, decretar ra
mais e construi-los. Era imprescindível passageiros e de cargas. O trilho antigo de Barlow, com que se estabeleceram os
primeiros quilômetros, ia sendo substituí do -vagarosamente. Mariano Procópio jdeu impulso a ôsse trabalho e o ubtímou
ciar. A 4.® secção, o ramal de Saq Paulo,
até Belém, com o tipo Vignole. DupUcou
é projetada. A 3.® secção recebe novo impulso para as raias de Minas. Em
a via até Cascadura.
fins de 1871, já estavam entregues ao
Reconstruiu a es
tação inicial do campo de Santana, a fim de receber maior tráfego. Melliorou
E, entretanto, fra
desaparecer este benenierito servidor do país, o "Jornal do Comércio" mal lhe
minar serviços iniciados e poucos trechos
Fazia-se mister criar o instrumento de
pública de apreço.
gilidade do sentimento de gratidão, ao
determinou a construção de um ramal
ao tráfego em agosto dc 1871, pouco tempo após a morte de Mariano Procópio,' mas construídos sob sua adminis
vimento da via férrea, Hmitou-se a ter
Tantos serriços não seriam prestados
sem galardão. Distinções e cargos ele tivos lhe foram conferidos, como prova
dos os meios, estava à.sua frente, diride suas faculdades, do mais alto nível intelectual, enérgico, sabendo o que
queria e querendo realizá-lo; Era sò mente caminhar paira a frente. .. Sobreveio o imprevisto, sempre certo
mum.
A Assembléia Geral, de que fora mem
bro, eleito pelo 3.° distrito de Minas, vcconheceu-lhe o sucessor sem sequer
lhe pronunciar o elogio. Mais lembrada e generosa, a alma po pular guardou-lhe o nome. Decênios passados, considerava-o um de seus ben-
feitores: sombra amiga para a qual se volvia o pensamento mineiro; nome mur murado, ao citarem os fiUios de nossa
tetra, que a tornaram grande. Instintivamente sentiam a beleza mo
ral dessa \áda tão una, tão completa mente dedicada ao bem público. Apon-
tavam-na qual modelo .aos vindouros. Dela proniana uma lição. Vale por um apêlo a todos os homens de energia
nas coisas humanas. Em poucas horas, a morte arrebatou Mariano Procópio, a 14 dc fevereiro de 1872, aos cinqüenta e dois anos de idade. Tão forte, porém, imprimira seu cunho e sua atividade à obra iniciada, que ela não mais esmoreceu. Ji\ a segunda admi nistração Sobragi lhe seguiu os ensina mentos. E hoje, floração admirável da sementeira lançada ao solo por Otoni,
balhar sempre, sem outro incentivo do que a paz da consciência, na certeza do dever cumprido. Esforço abençoado por atingir a meta mais alta. Obra de bele za, de liberdade, de progresso em busca
Mariano e tantos outros colaboradores, as linhas da E. F. Central se estendem
da harmonia universal. Essa foi a norma de vida, essa a exis
de São Paulo ao Rio e ao S. Francisco;
tência de Mariano Procópio.
e de boa vontade. Concita-os a unirem
esforços, a congregarem dedicações em torno do ideal comum: trabalhar e tra
,Vl
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Digesto EcoNÓ^^co
teresse regional, servindo à província
tráfego cêrca de 110 quilômetros de li
fluminense e, eventualmente, podendo prolongar-se pela de Minas Gerais. Era
nhas novas: 63.764 metros em direção
a Minas, cujas divisas são atingidas em
pouco, à vista dos anelos de seus promo
Santa Fé, no rafnal de Porto Novo do
tores da grandeza do problema político
Cunha, desde junho de 1869; 45.803
que tinha em mira solver, obra de inte
metros na província do Rio, ramo de
gração nacional e não parcela fragmentá
São Paulo, até Barra Mansa.
ria de uma pequena linha local.
justiça estrita ajuntar a essa quilometra
E é de
O conselheiro Sobragi, impedido pela
gem os 18.885 metros que vão de Barra
liquidação de acervo recebido, de tra çar uma rota definida para o desenvol
Mansa à Divisa, pois foram entregues
Digesto EcoN6^^co
Engcnlio de Dentro., Aboliu, nas tari
ramificam-sc por quatro Estados, e têm cerca de 1.700 quilômetros de .desen
fas dc passageiros, a ob.scleta terceira
volvimento.
as oficinas de São Diogo. Criou as de
c'as.se.
Novos problemas eram por êle en carados com .segurança. Criticava o érro dc se ler locaHz;ido longe do lito
ral o ponto de partida da c.strada. Propô.s, e o aviso de 19 do agosto de 1870 para a Praia Formosa, para transportar
dedicou escassas oito ou dez linhas de
combustível e materiais. Lembrava ain
cncômios sem alcance, no noticiário co
novos começou. Em 18.69, quatro anos
tração.
depois de Otoni, ao assumir Mariano Procópío a direção da Pedro II, a ex-
Quasi 129 quilômetros, portanto, cons truídos em três anos, aumento de.60%
( tensão desta crescera de 65.633 metros
na extensão com que recebera a E. F. de
apenas e chegava sòmente em Entre
truído. Reformou as tarifas, para in troduzir na contabilidade o sistema mé
D. Pedro II, catorze anos após o seu
Rios, com 202.598 metros.
trico.
início.
realização do plano ideado pelos nossos
Já se manifestava outra, clara e fran ca, a concepção da estrada: era "instru-
da levar a estrada cm linlia elevada ao nível .do primeiro andar dos prédios, até a Prainha, onde um cais seria con.s-
Estas'am, a.ssim, prontos todos os ele
mentos para dar o impulso indispensá vel para construir a linha essencial da
homens públicos: a ligação indissolúvel mentum regni" da política unificadora do país por uma linha interna de trilhos, ' do Brasil; era a realização do plano re-
rede do Brasil Central. Aparelhados to
um coletor de transportes de sul a norte, desaguando no centro político, social e
gindo-os, um homem cm plena posse
gencial. E o singelo monumento, que
econômico do Brasil. Foi esse o escopo
tão despercebido passa em Entre Rios, o soleniza de modo inequívoco, relem
do regulamento da estrada, aprovado
brando datas e nomes: linha do Centro,
por decreto imperial de 28 de janeiro de
seria a denominação do novo traçado
1869, que deu normas e sistematizou os estudos e a construção, dos prolongamen
que ligaria à Corte o rio das Velhas e, por êste, a bacia do caudaloso S. Fran cisco; de 1868 a 1871 se grupam os
tos.
John Whitaker e Ferreira Passos ti nham dirigido a comissão de estudos. A ela presidia agora Antônio Maria de
esforços para a estudar e lhe dar comêço.
Oliveira Bulhões, e em seu estado-maior
aparelhar o trecho em tráfego para os
se viam os nomes que, mais tarde, ha viam de ilustrar a engenharia nacional: Passos, Rademaker, Hermilo, Marcelino Ramos, Horta Barbosa e tantos outros. Estudam-se as condições gerais, as ta
aumentos previstos no movimento de
belas e especificações dos serviços a ini
Não bastava, entretanto, decretar ra
mais e construi-los. Era imprescindível passageiros e de cargas. O trilho antigo de Barlow, com que se estabeleceram os
primeiros quilômetros, ia sendo substituí do -vagarosamente. Mariano Procópio jdeu impulso a ôsse trabalho e o ubtímou
ciar. A 4.® secção, o ramal de Saq Paulo,
até Belém, com o tipo Vignole. DupUcou
é projetada. A 3.® secção recebe novo impulso para as raias de Minas. Em
a via até Cascadura.
fins de 1871, já estavam entregues ao
Reconstruiu a es
tação inicial do campo de Santana, a fim de receber maior tráfego. Melliorou
E, entretanto, fra
desaparecer este benenierito servidor do país, o "Jornal do Comércio" mal lhe
minar serviços iniciados e poucos trechos
Fazia-se mister criar o instrumento de
pública de apreço.
gilidade do sentimento de gratidão, ao
determinou a construção de um ramal
ao tráfego em agosto dc 1871, pouco tempo após a morte de Mariano Procópio,' mas construídos sob sua adminis
vimento da via férrea, Hmitou-se a ter
Tantos serriços não seriam prestados
sem galardão. Distinções e cargos ele tivos lhe foram conferidos, como prova
dos os meios, estava à.sua frente, diride suas faculdades, do mais alto nível intelectual, enérgico, sabendo o que
queria e querendo realizá-lo; Era sò mente caminhar paira a frente. .. Sobreveio o imprevisto, sempre certo
mum.
A Assembléia Geral, de que fora mem
bro, eleito pelo 3.° distrito de Minas, vcconheceu-lhe o sucessor sem sequer
lhe pronunciar o elogio. Mais lembrada e generosa, a alma po pular guardou-lhe o nome. Decênios passados, considerava-o um de seus ben-
feitores: sombra amiga para a qual se volvia o pensamento mineiro; nome mur murado, ao citarem os fiUios de nossa
tetra, que a tornaram grande. Instintivamente sentiam a beleza mo
ral dessa \áda tão una, tão completa mente dedicada ao bem público. Apon-
tavam-na qual modelo .aos vindouros. Dela proniana uma lição. Vale por um apêlo a todos os homens de energia
nas coisas humanas. Em poucas horas, a morte arrebatou Mariano Procópio, a 14 dc fevereiro de 1872, aos cinqüenta e dois anos de idade. Tão forte, porém, imprimira seu cunho e sua atividade à obra iniciada, que ela não mais esmoreceu. Ji\ a segunda admi nistração Sobragi lhe seguiu os ensina mentos. E hoje, floração admirável da sementeira lançada ao solo por Otoni,
balhar sempre, sem outro incentivo do que a paz da consciência, na certeza do dever cumprido. Esforço abençoado por atingir a meta mais alta. Obra de bele za, de liberdade, de progresso em busca
Mariano e tantos outros colaboradores, as linhas da E. F. Central se estendem
da harmonia universal. Essa foi a norma de vida, essa a exis
de São Paulo ao Rio e ao S. Francisco;
tência de Mariano Procópio.
e de boa vontade. Concita-os a unirem
esforços, a congregarem dedicações em torno do ideal comum: trabalhar e tra
69
DiGESTo Econômico
f
rendimentos variáveis com os preços,
Economia Dirigida e Corporativismo
ele.
No entanto, êste panorama das pers
por Nuno Fidelino de Figueiredo
'pENTOu-sE em Portugal, dos últimos nômica. Ora, como esse sistema reali vinte anos, pôr de pé uma organização zou a intervenção do Estado na eco corporativa da economia, baseada na nomia, afigura-se a muitos espíritos símagremiação dos interesses profissionais e ■ plistas que a falência do sistema arras patronais e oa convicção apriorística da taria consigo os créditos de qualquer conciliação entre capital e trabalho. Re espécie de intervenção. centemente, modificaram-se as condi-
, ções vigentes durante todo esse período, de forma a permitir ao povo manifestar
Será assim?
gosa para o ambiente que de futuro nossa vida econômica e tanto mais pe
corporativo para a resolução dos seus
rigosa quanto é certo que a lógica apa
1^ problemas. E, então, verificou-se que era condenatória a opinião de grandes
e humanos do país, sôbre a linha de po-
venção da organização corp()rali\a não
lílica econômica a seguir para a resolu
implica a ineficácia da generalidade das
ção dos problemas, e, em segundo lugar, a planificação técnico-cientifica do pro grama representado por essa linha de
tou uma forma de intervenção muito di ferente daquela que se vem desenhando desde o fim da primeira guerra mundial, não entrando de forma alguma na linha
deve criar-se à solução democrática da
a sua opinião sôbre o valor do sistema
pectivas da nossa economia é puramente imaginativo, porque a falência da inter so'uçüe.: intervcncionistas, porquanto o sistema corporativo português represen
É uma conclusão peri
geral de.sla cvo ução. E, é tanto pelos
fins que visa, como pelos meios que utiliza, que o corporativismo se distin
rente do raciocínio tem facilitado aos ele
mentos afetos à situação governativa a construção de tendencioso silogismo, que
gue da • prática da eco
tabeleceu-se nalguns espíritos a dúvida sôbre se_o sistema corporativo não seria
pretende demonstrar que, implicando o ataque à organização corporativa um des
gismo.
uma forma particular de economia diri
mentido ao princípio do intervencionis
o consumidor, ponto de
massas da população.
No entanto, es
gida e se não seria a validade desta que estaria em jogo. 'Procura-se demonstrar neste artigo que assim não é e que, na verdade, há uma distinção fundamental
à destruídora política partidária... E dizem então que, abolida a organização
entre qualquer tipo de economia dirigi
corporativa, seria o império do merca
da e a economia corporativa.
do negro, ocasionado pelo desapareci
^ ^
nomia dirigida ou diri G dirigismo representa
mo, boje geralmente aceito, ôssc ataque não tem razão de ser e deve-se apenas
vista que abrange a ge
mento da fiscalização e da repressão; que viria a subida vertiginosa dos preços, sem
Exást^i indubítàvelmente, um largo movimento de opinião condenatório do sistema corporativo, denunciando a sua
falência como meio, não digo já de so lução dos nossos problemas econômicos, mas de regularização da nossa vida eco
cando o poder aquisitivo destes reduzi do a proporção ínfima do atual; e que
dência, porém, que se vai generalizando, é a da necessidade de ser restaurado o
b) o meio usado é a realização metódica e pro-
gi-essiva de um plano ge ral, compreendendo to
dos os aspectos da vida o) êsse plano ó apli cado por uma máquina
administrativa que, não só tem tôdas as características que resultam de ser órgão de um Estado democrático, mas que
para o fim em vista — a intervenção — dispondo para êsse efeito de organismos e instituições adequadas, existindo
cialmente delineada. Numa economia dirigida, portanto, a do consumidor que é, afinal, o povo,
atitude que é a de dirigir ele próprio, através dos seus representantes, a econo mia nacional no sentido de resolver o
j
de
pitalismo privado nas suas formas atuais
intervenção corresponde a uma atitude
princípio da livre iniciativa, como meio de reerguimento econômico das nações.
dos interesses
uma classe;
também foi especialmente delineada
quina administi-ativa para tal fim espe
sôbre tema dos mais discutidos em nossos dias, quando persiste, em vários países,
fesa
(dele, consumidor) da atividade do ca a intervenção através de tôda uma má
sob diversas modalidades, a intervenção estatal na produção e no trabalho. A ten
a) o seu objetivo — não apenas de clarado mas prosscguido, é elevar o nível de vida da generalidade da população e não a de- ,
nacional,^ e não medidas
dos escassos abastecimentos disponíveis,
tenta demonstrar, neste artigo, que existe uma distinção fundamental entre qual quer tipo de dirigismo econômico e o sistema corporativo. Trata-se de depoimento
Portanto, as características essenciais
da economia dirigida são:
isoladas e desconexas;
se entregaria sem recurso a maior parte
O A., estudioso da experiência que Portugal vem realizando em sua economia,
ação.
— através de um Estado em cuja construção o in divíduo toma parte, de maneira mais ou menos direta, mais ou
de proporções agigantadas e realizando
ao consumo das camadas da população que desfrutam de altos sal/irios ou de
to com o balanço dos recursos naturais
neralidade da sociedade
menos efetiva, intervindo na vida eco nômica para defender os seus interesses
correspondente alteração nos salários, fi
Desta atitude surge, em primeiro luçar, uma concepção total da realidade econômica nacional, que é um juízo fei
os seus funcionários outras relações de
responsabilidade, havendo-se instaurado a responsabilidade por eficiência no ser viço, descentralizado os serviços de exe cução, prestigiado as autarquias locais etc.
Quando ao corporativismo, tudo se passa de maneira diferente. A interven ção que o sistema realiza não represen
seu próprio problema: num país pobre,
ta, de forma alguma, qualquer fase da
ôsse problema é essencialmente fomento da produção.
evolução do dirigismo, tendo portanto características distintas.
69
DiGESTo Econômico
f
rendimentos variáveis com os preços,
Economia Dirigida e Corporativismo
ele.
No entanto, êste panorama das pers
por Nuno Fidelino de Figueiredo
'pENTOu-sE em Portugal, dos últimos nômica. Ora, como esse sistema reali vinte anos, pôr de pé uma organização zou a intervenção do Estado na eco corporativa da economia, baseada na nomia, afigura-se a muitos espíritos símagremiação dos interesses profissionais e ■ plistas que a falência do sistema arras patronais e oa convicção apriorística da taria consigo os créditos de qualquer conciliação entre capital e trabalho. Re espécie de intervenção. centemente, modificaram-se as condi-
, ções vigentes durante todo esse período, de forma a permitir ao povo manifestar
Será assim?
gosa para o ambiente que de futuro nossa vida econômica e tanto mais pe
corporativo para a resolução dos seus
rigosa quanto é certo que a lógica apa
1^ problemas. E, então, verificou-se que era condenatória a opinião de grandes
e humanos do país, sôbre a linha de po-
venção da organização corp()rali\a não
lílica econômica a seguir para a resolu
implica a ineficácia da generalidade das
ção dos problemas, e, em segundo lugar, a planificação técnico-cientifica do pro grama representado por essa linha de
tou uma forma de intervenção muito di ferente daquela que se vem desenhando desde o fim da primeira guerra mundial, não entrando de forma alguma na linha
deve criar-se à solução democrática da
a sua opinião sôbre o valor do sistema
pectivas da nossa economia é puramente imaginativo, porque a falência da inter so'uçüe.: intervcncionistas, porquanto o sistema corporativo português represen
É uma conclusão peri
geral de.sla cvo ução. E, é tanto pelos
fins que visa, como pelos meios que utiliza, que o corporativismo se distin
rente do raciocínio tem facilitado aos ele
mentos afetos à situação governativa a construção de tendencioso silogismo, que
gue da • prática da eco
tabeleceu-se nalguns espíritos a dúvida sôbre se_o sistema corporativo não seria
pretende demonstrar que, implicando o ataque à organização corporativa um des
gismo.
uma forma particular de economia diri
mentido ao princípio do intervencionis
o consumidor, ponto de
massas da população.
No entanto, es
gida e se não seria a validade desta que estaria em jogo. 'Procura-se demonstrar neste artigo que assim não é e que, na verdade, há uma distinção fundamental
à destruídora política partidária... E dizem então que, abolida a organização
entre qualquer tipo de economia dirigi
corporativa, seria o império do merca
da e a economia corporativa.
do negro, ocasionado pelo desapareci
^ ^
nomia dirigida ou diri G dirigismo representa
mo, boje geralmente aceito, ôssc ataque não tem razão de ser e deve-se apenas
vista que abrange a ge
mento da fiscalização e da repressão; que viria a subida vertiginosa dos preços, sem
Exást^i indubítàvelmente, um largo movimento de opinião condenatório do sistema corporativo, denunciando a sua
falência como meio, não digo já de so lução dos nossos problemas econômicos, mas de regularização da nossa vida eco
cando o poder aquisitivo destes reduzi do a proporção ínfima do atual; e que
dência, porém, que se vai generalizando, é a da necessidade de ser restaurado o
b) o meio usado é a realização metódica e pro-
gi-essiva de um plano ge ral, compreendendo to
dos os aspectos da vida o) êsse plano ó apli cado por uma máquina
administrativa que, não só tem tôdas as características que resultam de ser órgão de um Estado democrático, mas que
para o fim em vista — a intervenção — dispondo para êsse efeito de organismos e instituições adequadas, existindo
cialmente delineada. Numa economia dirigida, portanto, a do consumidor que é, afinal, o povo,
atitude que é a de dirigir ele próprio, através dos seus representantes, a econo mia nacional no sentido de resolver o
j
de
pitalismo privado nas suas formas atuais
intervenção corresponde a uma atitude
princípio da livre iniciativa, como meio de reerguimento econômico das nações.
dos interesses
uma classe;
também foi especialmente delineada
quina administi-ativa para tal fim espe
sôbre tema dos mais discutidos em nossos dias, quando persiste, em vários países,
fesa
(dele, consumidor) da atividade do ca a intervenção através de tôda uma má
sob diversas modalidades, a intervenção estatal na produção e no trabalho. A ten
a) o seu objetivo — não apenas de clarado mas prosscguido, é elevar o nível de vida da generalidade da população e não a de- ,
nacional,^ e não medidas
dos escassos abastecimentos disponíveis,
tenta demonstrar, neste artigo, que existe uma distinção fundamental entre qual quer tipo de dirigismo econômico e o sistema corporativo. Trata-se de depoimento
Portanto, as características essenciais
da economia dirigida são:
isoladas e desconexas;
se entregaria sem recurso a maior parte
O A., estudioso da experiência que Portugal vem realizando em sua economia,
ação.
— através de um Estado em cuja construção o in divíduo toma parte, de maneira mais ou menos direta, mais ou
de proporções agigantadas e realizando
ao consumo das camadas da população que desfrutam de altos sal/irios ou de
to com o balanço dos recursos naturais
neralidade da sociedade
menos efetiva, intervindo na vida eco nômica para defender os seus interesses
correspondente alteração nos salários, fi
Desta atitude surge, em primeiro luçar, uma concepção total da realidade econômica nacional, que é um juízo fei
os seus funcionários outras relações de
responsabilidade, havendo-se instaurado a responsabilidade por eficiência no ser viço, descentralizado os serviços de exe cução, prestigiado as autarquias locais etc.
Quando ao corporativismo, tudo se passa de maneira diferente. A interven ção que o sistema realiza não represen
seu próprio problema: num país pobre,
ta, de forma alguma, qualquer fase da
ôsse problema é essencialmente fomento da produção.
evolução do dirigismo, tendo portanto características distintas.
■
' ■r
70
Dicesto Econômico
Em primeiro lugar, não representa os interesses do consumidor, mas sim os do
produtor, procurando mesmo estruturar politicamente a nação segundo as asso
ciações profissionais dos produtores e não
reservando aí o mais pequeno lugar aquilo que, afinal, representa o inte resse do maior número, a qualidade de consumidor. O Estado que dessa idéia
resulta é, portanto, parcial, correspon dendo o sentido dado à sua direção da economia nacional, não à necessidade
prímacial do fomento da produção, da dinamização de tôda a iniciativa nacio nal num movimento ascensivo do nível
de vida do indivíduo (o consumidor), mas sim a uma outra preocupação cons-
tante: a de estabilização do equilíbrio
^ da produção e consumo, não uni equilí-
bno dinâmico que comporte dentro de si
o progresso constante da produção e do
consumo, mas um equilíbrio estático, que eWte a todo o custo o perigo das crises de sôbre-produção. Tem sido esta a preocupação constante da atual situação
política, como se não fosse perigo mais grave o da cristalização do consumo no
nível baixíssimo em que se encontrava em 1926 e donde ainda não saiu.
Para conseguir êste fim único, fôram
atribuídos meios adequados aos Grêmios e aos organismos de coordenação eco nômica e estabelecido o regimen do Con dicionamento Industrial, verdadeiro co-
. lête de forças que ocasionou a cristaliza ção da nossa vida econômica.
Êste fim, o objetivo atribuído à in tervenção da organização corporativa na economia nacional, seria já suficiente
para acarretar o malogro de uma polí tica econômica. ve-se
a
mais
Mas êsse malôgro de
causas.
O Estado do produtor não foi capaz de organizar as suas idéias sôbre a rea lidade econômica nacional num plano
total que permitisse realizar a sua inter venção por forma melódica e delibe rada. Não, porque os objetivos dêsse
História dos Principais Bancos Públicos da Europa
Estado limitam-se a manter, a todo o
por José Honório Rodrigues
custo, um equilíbrio respeitador dos seus interesses, como a evitar, com igual em penho, qualquer ação larga, planificada, de fomento, que chamando à consciên cia política, pela dígníficação da sua
jyO Congresso de Ciências Históri-
vida material, maior massa de indiví duos, alterasse o caráter exclusivista da
cuja morté, ocorrida recentemente, to
base sôbre que assenta, minando assim
de uma Comissão especial que estu
o seu predomínio.
Acresce que o Estado corporativo uti lizou, para dirigir a economia nacional,
uma organização administrativa velha de, pelo menos, cinqüenta anos (as últimas reformas profundas são tôdas do século passado, de Mousinho da Silveira, Luciano de Castro, etc.), talhada para uma ação meramente fiscalizadora e para um
cas realizado cm Oslo. Hcnri Hau-
sgr ^— o grande liistoriador francês
dos lamentamos — propôs a criação
tado ao 5.® Congresso de Ciências His tóricas reunido há poucos anos em Varsóvia.
dito do princípio do século XV ao fim do século XVIII. Aceita a. propôsta, foi eleita uma
comissão notável, composta de Hcnri Hauser, presidente, J. G. van Dillen, secretário, holandês, B. S. Clepner, belga, J. H. Clapliam, in
glês. É. F. Heckschcr, sueco, J.
Koulischer, russo, J. A. Rubio, espa nhol, J. Rutkonski, polaco, - A. So-
mento.
pori, italiano, e H. Sievcking, alemão.
ficar comprometida "a posteriori", além de já o estar "a priori", em virtude das
artigo, um apanhado bibliográfico de um volume que narra a história dos princi pais bancos piiblicos europeus, apresen
dasse a história dos bancos e do cré
quadro da vida nacional em que o capi talismo ainda possuía fraco desenvolvi O resultado foi essa intervenção
O sr. José Honório Rodrigues faz, neste
Como se vê, era uma comissão in
CO. J. H. Clapham (1873-1946) é autor do grande livro " Tlie Bank of
England*' (Cambridge, 2 vols.), ulti mamente aparecido nas livrarias bra sileiras.
Com tais nomes não seria surpre sa que a comissão pudesse ver seu
apêlo aceito por uma dezena de na ções,
de
tal modo
que se
tornasse
Portanto, em resumo; A queda do corporativismo não pode arrastar consigo
na história econômica. Pondo de lado Henri Plauser, cujos trabalhos
possível, apesar das enormes dif.culr dades encontradas, a publicação de um volume excelente sôbre a histó ria dos principais bancos públicos -eu
são muito divulgados no Brasil, ou
ropeus, que foi apresentado ao 5.o
do Estado, que é justificada pelas difi
tros como J. G. van Dillen, J. H. Clapham c E. F. Heckschcr notabi lizaram-se pelos excelentes trabalhos
reunido em Varsóvia, em agòsto de
que antes ou depois publicaram sô
tory oí the principal publlc banks ac-
bre a matéria.
companied
bases doutrinárias em que assenta. a direção da economia nacional por parte
culdades do momento presente, pela po
breza do país e pelas características da •economia atual.
A economia dirigida de amanhã não enfermará dos vícios da intervenção cor-
porativista, porque;
a)
será aplicação de uma concepção
democrática num
b)
Estado
democrático;
adotará a planificação e não pro
curará construir o futuro
remendando
o passado;
c)
disporá de uma máquina buro
crática remodelada, modernizada, ajusta da ao novo fim em vista.
tegrada por alguns nomes famosos
Congresso 1933.
de
Ciências
Históricas
O volume intituIou-se "Hisby
extensjve
bibliogra-
Johannes Gerard van Dilíen, cola
phics of banking and crcdit in eleven
borador da revista holandesa "Anuário Económico-Histórico é autor de importantes contribuições para a história bancária. Eli F. HeCkscIier
European countries" e foi editado por J. G. van Dillen em Haia, Martinus Nijhoff, 1934.
já é mais conhecido no Brasil desde
bre os bancos alemães, ingleses, bel gas, dinamarqueses, espanhóis, fran ceses, italianos, neerlandeses, polo
que sua importante obra sôbre
"A
Época Mercantilista " foi traduzida pa ra o espanhol e divulgada pelo Fun do de Cultura Econômica, do Méxi-
Aí se encontram vários estudos sô
neses, russos e suecos.
Não houve,
infelízmiente, colaboração americana,
■
' ■r
70
Dicesto Econômico
Em primeiro lugar, não representa os interesses do consumidor, mas sim os do
produtor, procurando mesmo estruturar politicamente a nação segundo as asso
ciações profissionais dos produtores e não
reservando aí o mais pequeno lugar aquilo que, afinal, representa o inte resse do maior número, a qualidade de consumidor. O Estado que dessa idéia
resulta é, portanto, parcial, correspon dendo o sentido dado à sua direção da economia nacional, não à necessidade
prímacial do fomento da produção, da dinamização de tôda a iniciativa nacio nal num movimento ascensivo do nível
de vida do indivíduo (o consumidor), mas sim a uma outra preocupação cons-
tante: a de estabilização do equilíbrio
^ da produção e consumo, não uni equilí-
bno dinâmico que comporte dentro de si
o progresso constante da produção e do
consumo, mas um equilíbrio estático, que eWte a todo o custo o perigo das crises de sôbre-produção. Tem sido esta a preocupação constante da atual situação
política, como se não fosse perigo mais grave o da cristalização do consumo no
nível baixíssimo em que se encontrava em 1926 e donde ainda não saiu.
Para conseguir êste fim único, fôram
atribuídos meios adequados aos Grêmios e aos organismos de coordenação eco nômica e estabelecido o regimen do Con dicionamento Industrial, verdadeiro co-
. lête de forças que ocasionou a cristaliza ção da nossa vida econômica.
Êste fim, o objetivo atribuído à in tervenção da organização corporativa na economia nacional, seria já suficiente
para acarretar o malogro de uma polí tica econômica. ve-se
a
mais
Mas êsse malôgro de
causas.
O Estado do produtor não foi capaz de organizar as suas idéias sôbre a rea lidade econômica nacional num plano
total que permitisse realizar a sua inter venção por forma melódica e delibe rada. Não, porque os objetivos dêsse
História dos Principais Bancos Públicos da Europa
Estado limitam-se a manter, a todo o
por José Honório Rodrigues
custo, um equilíbrio respeitador dos seus interesses, como a evitar, com igual em penho, qualquer ação larga, planificada, de fomento, que chamando à consciên cia política, pela dígníficação da sua
jyO Congresso de Ciências Históri-
vida material, maior massa de indiví duos, alterasse o caráter exclusivista da
cuja morté, ocorrida recentemente, to
base sôbre que assenta, minando assim
de uma Comissão especial que estu
o seu predomínio.
Acresce que o Estado corporativo uti lizou, para dirigir a economia nacional,
uma organização administrativa velha de, pelo menos, cinqüenta anos (as últimas reformas profundas são tôdas do século passado, de Mousinho da Silveira, Luciano de Castro, etc.), talhada para uma ação meramente fiscalizadora e para um
cas realizado cm Oslo. Hcnri Hau-
sgr ^— o grande liistoriador francês
dos lamentamos — propôs a criação
tado ao 5.® Congresso de Ciências His tóricas reunido há poucos anos em Varsóvia.
dito do princípio do século XV ao fim do século XVIII. Aceita a. propôsta, foi eleita uma
comissão notável, composta de Hcnri Hauser, presidente, J. G. van Dillen, secretário, holandês, B. S. Clepner, belga, J. H. Clapliam, in
glês. É. F. Heckschcr, sueco, J.
Koulischer, russo, J. A. Rubio, espa nhol, J. Rutkonski, polaco, - A. So-
mento.
pori, italiano, e H. Sievcking, alemão.
ficar comprometida "a posteriori", além de já o estar "a priori", em virtude das
artigo, um apanhado bibliográfico de um volume que narra a história dos princi pais bancos piiblicos europeus, apresen
dasse a história dos bancos e do cré
quadro da vida nacional em que o capi talismo ainda possuía fraco desenvolvi O resultado foi essa intervenção
O sr. José Honório Rodrigues faz, neste
Como se vê, era uma comissão in
CO. J. H. Clapham (1873-1946) é autor do grande livro " Tlie Bank of
England*' (Cambridge, 2 vols.), ulti mamente aparecido nas livrarias bra sileiras.
Com tais nomes não seria surpre sa que a comissão pudesse ver seu
apêlo aceito por uma dezena de na ções,
de
tal modo
que se
tornasse
Portanto, em resumo; A queda do corporativismo não pode arrastar consigo
na história econômica. Pondo de lado Henri Plauser, cujos trabalhos
possível, apesar das enormes dif.culr dades encontradas, a publicação de um volume excelente sôbre a histó ria dos principais bancos públicos -eu
são muito divulgados no Brasil, ou
ropeus, que foi apresentado ao 5.o
do Estado, que é justificada pelas difi
tros como J. G. van Dillen, J. H. Clapham c E. F. Heckschcr notabi lizaram-se pelos excelentes trabalhos
reunido em Varsóvia, em agòsto de
que antes ou depois publicaram sô
tory oí the principal publlc banks ac-
bre a matéria.
companied
bases doutrinárias em que assenta. a direção da economia nacional por parte
culdades do momento presente, pela po
breza do país e pelas características da •economia atual.
A economia dirigida de amanhã não enfermará dos vícios da intervenção cor-
porativista, porque;
a)
será aplicação de uma concepção
democrática num
b)
Estado
democrático;
adotará a planificação e não pro
curará construir o futuro
remendando
o passado;
c)
disporá de uma máquina buro
crática remodelada, modernizada, ajusta da ao novo fim em vista.
tegrada por alguns nomes famosos
Congresso 1933.
de
Ciências
Históricas
O volume intituIou-se "Hisby
extensjve
bibliogra-
Johannes Gerard van Dilíen, cola
phics of banking and crcdit in eleven
borador da revista holandesa "Anuário Económico-Histórico é autor de importantes contribuições para a história bancária. Eli F. HeCkscIier
European countries" e foi editado por J. G. van Dillen em Haia, Martinus Nijhoff, 1934.
já é mais conhecido no Brasil desde
bre os bancos alemães, ingleses, bel gas, dinamarqueses, espanhóis, fran ceses, italianos, neerlandeses, polo
que sua importante obra sôbre
"A
Época Mercantilista " foi traduzida pa ra o espanhol e divulgada pelo Fun do de Cultura Econômica, do Méxi-
Aí se encontram vários estudos sô
neses, russos e suecos.
Não houve,
infelízmiente, colaboração americana,
72
Dicesto Eco^*ó^aco
sutça e austríaca. Em compensação,
uma instituição dc emissão, nem um
Publjcaram-se onze bibliografias, que embora nao sejam completas forne
estabelecimento
cem aos futuros estudiosos excelen
tes instrumentos de trabalho.
O livro abre-se com o estudo de ■i anuel Sánchez Sarto sòbre Os Ban
cos .Públicos em Espanha até 1815,
dc
empréstimo
garantia, mas um centro
dc
com
depósi
tos.
O estudo de Sánchez Sarto é ainda
precário e menos detido, dc vez quo o autor registra
com
pesar
nas
suas
primeiras páginas (jue a história da<i instituições de banco na Espanha é um dos capítulos mai.s negligencia dos pelos investigadores da evolução econômica daquele país.
73
DiGESTo Econômico
O principal
objeto
do
Banco
de
Amsterdam era remediar a confusão monetária, c suprir os mercadores com boas moedas comerciais. Com a fundação dessa instituição o co
mércio privado dos proibido.
cambistas
ficou
(1694-1774) baseado em documentos do arquivo dessa institpição. Tratase de trabalho sério, exato e seguro, mas de leitura difícil e monótona, al)arrotado de dados estatíst cos. Ho
je conta a Inglaterra com uma mono
grafia muito superior a esta, inspira
versidade dc Estocolmo, escreveu jun
da talvez na resolução que deu ori gem a éste volume que hoje registra
tamente com van Dillen a mais im
mos.
portante monografia
volume,
Clapham (1873-1946). que foi uma das
Se o estudo dc Heinrich Sicvcking, l^rofessor da Universidade de Flam-
sòbre o Banco da Suécia. Criado cm 1655 é a mais velha instituição ban cária do mundo ainda existente, dc
melhores figuras da historiografia econômica, publicada sob o título dc "The Bank of England" (1594-19451.
^c mg sobre o Banco de Hamburgo, o de Eli F. Heckscher sobre o da buecia e suas conexões com o de - msterdam, o de R. D. Richards sô>re os Primeiros cinqüenta anos do
burgo, sòbre o caráter dos bancos em Gênova e do Banco de S. Giorgio.
vez que é Banco de Amsterdam foi
pelo editor Macmillan, 1945, em dois
dissolvido
volumes.
não
1819.
üanco da Inglaterra (1694-1744). o de Paul Harsin sÒbre o Banco e o Sistema de Law, o de M. Marion sò bre a Fundação do Banco de França
que aquele professor escreveu sòbre o Banco de Hamburgo, surgido tm 1619,
ouro levou-o ao cobre e deste ao papel. Não sati.sfcito com
depois que o Banco de Amsterdam
as limitações do plano,
fôra criado, é realmente um exce lente resultado de boas c inteligentes
o prof. Hecksclicr estendeti seu estudo até a Grande Guerra de
seguindo-se os trabalhos de Heinrich
bievekmg sobre o Caráter das Insituições Bancárias Gcnovesas e oBanGiorgio, de Gino Luzzato
Bancos Públicos de Veneza, o e J. G. van Dillen sòbre o Ban-
-■'^"?sterdam, o de Heinrich Sie-
e seus primeiros anos (1800-1814), o de A. M. Jong sòbre a Origem e a fundação dos Bancos Públicos, o de AndrzeJ Grodek sòbre a Questão da emissão fiduciária na Polônia no sé culo XVIII, e o de J. Kulischer so bre os Antecessores do Banco do Es
é
tão
satisfatório
quanto
o
dq
Gino Luzzato sôbre os Bancos Públi cos de Veneza, cm compcn.sação o
investigações. O
de
Gino
Luzzato
primeiros o melhor.
é
destes
três
Dá relevo es
pecial ao Banco delia Piazzá di Realto, o mais antigo banco público, fun dado em 1587.
E' o Banco de
Ams
terdam, fundado em 1609, a primeira
tado Russo.
Obra fragmentária, mais esboço e
grande
instituição
bancária,
o
pri-
guia que trabalho definitivo e com
me ro banco comercial, modélo c pa
pleto, êste conjunto de estudos for
drão das outras instituições que vão nascer nos séculos XVII e XVIII.
nece-nos uma visão mais clara da his tória bancária do que quantos foram
até hoje publicados.
Em muitas par
tes a elucidação é feita quase definiti vamente. Ficamos sabendo, pelo estu do de Sánchez Sarto, por exemplo, que
O estudo dc J. G. van Dillen é o mais completo, o mais bem equipado e dos mais importantc.s, cm face do
próprio tema.
Estuda o Banco de
as instituições espanholas de crédito
Amsterdam durante seu primeiro pe ríodo, de 1609 a 1683, quando seus
são anteriores às italianas.
Foi aos 25
principais serviços foram prestados ao
de aljril de 1400, que se determinou
comércio holandês, então também exemplo das demais nações.
a "Taula de camÜ", que não era
. .
Ai
Eli I". Hcckscher, professor da Uni
aos
19
desse
de
dezembro de
O Banco da Suécia é o pai
cio papel moeda.
1914-18.
A falta de prata c
Trata-se da obra de Sir John
O
trabaüio de
Sir John
Clapham não é somente uma peça do refinada pesquisa, mas uma com
pilação hábil e judiciosa
de importante material ^
até então em manuscri to.
Foi
iniciada
em
1938 por apêlo do próprio Banco, que deseja va, com essa obra, co memorar seu 250.° ani
Transforma
versário.
do, a partir dc 1897, cm
Clapham con
tribuiu para a efemé
puro e simples banco central, sem competidores nesse cam
ride com um monumento de erudi
depósito e crédito privados, alheio à
ção e saber histórico-económico. A monografia de Richards ficou, assim,
política e à crítica parlamentar, o
inteiramente superada.
Banco da Suécia tem uma iiistória notável pela pujança de sua fòrça.
Paul Harsin, professor da Univer sidade de Licge, com seu ensaio so bre o Banco e o Sistema de Law, di vaga sôbre o sistema de crédito de
po, deixando aos bancos privados o
pela segurança de suas operações e pela confiança que sempre inspirou país.
Por isso mesmo, como exem
plo único, éle providenciou a elabo ração de uma história de sua vida, num livro cm cinco volumes, de cer ca de 2.700 páginas, sob o título de
John Law, seus conhecimentos eco
nômicos, seus escritos e as conseqüên cias de seu sistema sôbre a econo
mia geral da França.
E' o único ar
nografia sôbre os cinqüenta primei
tigo que 'iião expõe a vida de um banco, mas a influência de uma vi da sòbre a estrutura econômica de
ros
um país.
Banco Real Sueco, 1668-1924. R.
D.
anos
Richards
do
escreveu sua mo
Banco
de
Inglaterra
72
Dicesto Eco^*ó^aco
sutça e austríaca. Em compensação,
uma instituição dc emissão, nem um
Publjcaram-se onze bibliografias, que embora nao sejam completas forne
estabelecimento
cem aos futuros estudiosos excelen
tes instrumentos de trabalho.
O livro abre-se com o estudo de ■i anuel Sánchez Sarto sòbre Os Ban
cos .Públicos em Espanha até 1815,
dc
empréstimo
garantia, mas um centro
dc
com
depósi
tos.
O estudo de Sánchez Sarto é ainda
precário e menos detido, dc vez quo o autor registra
com
pesar
nas
suas
primeiras páginas (jue a história da<i instituições de banco na Espanha é um dos capítulos mai.s negligencia dos pelos investigadores da evolução econômica daquele país.
73
DiGESTo Econômico
O principal
objeto
do
Banco
de
Amsterdam era remediar a confusão monetária, c suprir os mercadores com boas moedas comerciais. Com a fundação dessa instituição o co
mércio privado dos proibido.
cambistas
ficou
(1694-1774) baseado em documentos do arquivo dessa institpição. Tratase de trabalho sério, exato e seguro, mas de leitura difícil e monótona, al)arrotado de dados estatíst cos. Ho
je conta a Inglaterra com uma mono
grafia muito superior a esta, inspira
versidade dc Estocolmo, escreveu jun
da talvez na resolução que deu ori gem a éste volume que hoje registra
tamente com van Dillen a mais im
mos.
portante monografia
volume,
Clapham (1873-1946). que foi uma das
Se o estudo dc Heinrich Sicvcking, l^rofessor da Universidade de Flam-
sòbre o Banco da Suécia. Criado cm 1655 é a mais velha instituição ban cária do mundo ainda existente, dc
melhores figuras da historiografia econômica, publicada sob o título dc "The Bank of England" (1594-19451.
^c mg sobre o Banco de Hamburgo, o de Eli F. Heckscher sobre o da buecia e suas conexões com o de - msterdam, o de R. D. Richards sô>re os Primeiros cinqüenta anos do
burgo, sòbre o caráter dos bancos em Gênova e do Banco de S. Giorgio.
vez que é Banco de Amsterdam foi
pelo editor Macmillan, 1945, em dois
dissolvido
volumes.
não
1819.
üanco da Inglaterra (1694-1744). o de Paul Harsin sÒbre o Banco e o Sistema de Law, o de M. Marion sò bre a Fundação do Banco de França
que aquele professor escreveu sòbre o Banco de Hamburgo, surgido tm 1619,
ouro levou-o ao cobre e deste ao papel. Não sati.sfcito com
depois que o Banco de Amsterdam
as limitações do plano,
fôra criado, é realmente um exce lente resultado de boas c inteligentes
o prof. Hecksclicr estendeti seu estudo até a Grande Guerra de
seguindo-se os trabalhos de Heinrich
bievekmg sobre o Caráter das Insituições Bancárias Gcnovesas e oBanGiorgio, de Gino Luzzato
Bancos Públicos de Veneza, o e J. G. van Dillen sòbre o Ban-
-■'^"?sterdam, o de Heinrich Sie-
e seus primeiros anos (1800-1814), o de A. M. Jong sòbre a Origem e a fundação dos Bancos Públicos, o de AndrzeJ Grodek sòbre a Questão da emissão fiduciária na Polônia no sé culo XVIII, e o de J. Kulischer so bre os Antecessores do Banco do Es
é
tão
satisfatório
quanto
o
dq
Gino Luzzato sôbre os Bancos Públi cos de Veneza, cm compcn.sação o
investigações. O
de
Gino
Luzzato
primeiros o melhor.
é
destes
três
Dá relevo es
pecial ao Banco delia Piazzá di Realto, o mais antigo banco público, fun dado em 1587.
E' o Banco de
Ams
terdam, fundado em 1609, a primeira
tado Russo.
Obra fragmentária, mais esboço e
grande
instituição
bancária,
o
pri-
guia que trabalho definitivo e com
me ro banco comercial, modélo c pa
pleto, êste conjunto de estudos for
drão das outras instituições que vão nascer nos séculos XVII e XVIII.
nece-nos uma visão mais clara da his tória bancária do que quantos foram
até hoje publicados.
Em muitas par
tes a elucidação é feita quase definiti vamente. Ficamos sabendo, pelo estu do de Sánchez Sarto, por exemplo, que
O estudo dc J. G. van Dillen é o mais completo, o mais bem equipado e dos mais importantc.s, cm face do
próprio tema.
Estuda o Banco de
as instituições espanholas de crédito
Amsterdam durante seu primeiro pe ríodo, de 1609 a 1683, quando seus
são anteriores às italianas.
Foi aos 25
principais serviços foram prestados ao
de aljril de 1400, que se determinou
comércio holandês, então também exemplo das demais nações.
a "Taula de camÜ", que não era
. .
Ai
Eli I". Hcckscher, professor da Uni
aos
19
desse
de
dezembro de
O Banco da Suécia é o pai
cio papel moeda.
1914-18.
A falta de prata c
Trata-se da obra de Sir John
O
trabaüio de
Sir John
Clapham não é somente uma peça do refinada pesquisa, mas uma com
pilação hábil e judiciosa
de importante material ^
até então em manuscri to.
Foi
iniciada
em
1938 por apêlo do próprio Banco, que deseja va, com essa obra, co memorar seu 250.° ani
Transforma
versário.
do, a partir dc 1897, cm
Clapham con
tribuiu para a efemé
puro e simples banco central, sem competidores nesse cam
ride com um monumento de erudi
depósito e crédito privados, alheio à
ção e saber histórico-económico. A monografia de Richards ficou, assim,
política e à crítica parlamentar, o
inteiramente superada.
Banco da Suécia tem uma iiistória notável pela pujança de sua fòrça.
Paul Harsin, professor da Univer sidade de Licge, com seu ensaio so bre o Banco e o Sistema de Law, di vaga sôbre o sistema de crédito de
po, deixando aos bancos privados o
pela segurança de suas operações e pela confiança que sempre inspirou país.
Por isso mesmo, como exem
plo único, éle providenciou a elabo ração de uma história de sua vida, num livro cm cinco volumes, de cer ca de 2.700 páginas, sob o título de
John Law, seus conhecimentos eco
nômicos, seus escritos e as conseqüên cias de seu sistema sôbre a econo
mia geral da França.
E' o único ar
nografia sôbre os cinqüenta primei
tigo que 'iião expõe a vida de um banco, mas a influência de uma vi da sòbre a estrutura econômica de
ros
um país.
Banco Real Sueco, 1668-1924. R.
D.
anos
Richards
do
escreveu sua mo
Banco
de
Inglaterra
74
Dicesto
A fundação do Banco de França c seus primeiros anos é o tema da
monografia do prof. M. Marion, bc-m mais fraca do que as anteriores. Ins tituição bancária fundada" tardiamen
te, em 1800, o Banco de França não tevc infelizmente uma monografia como as de van Dillen, Heckscher e
Clapham.
Do mesmo padrão é o
trabalho de Andrzei Grodek' sôbre a quantidade de emissão fiduciária na
Polônia oitocentista.
Êste trabalho,
como o de Harsin, fugiu ao assunto
central do volume editado por van IDillen.
Duas outras monografias, a do pro
fessor da Universidade de Rotterdam, A. M. de Jong, e a do professor da
Universidade de Leningrado, J. Ku-
respectivamente sôbre a I lischer, Fundação do Banco dos Países Bai xos e os Antecessores do BanCo Rus
so, fundado em 1860, constituem dois modelos no gênero.
A primeira é
inteiramente baseada nos
dois pri
Econômico
de vez que nada se conhecia so bre a história do sistema bancário russo.
E' então que aparecem as biblio grafias de
história
liancária.
Rubio, da 'Itália por Armando Sopori, da Holanda por Van Dillen, da Bélgica por B. S. Chiepncr, da Ale manha, por H. Sicveking, da Fran ça, por Bonifácio, Brouillet e Maillard, dirigidos por Henri Hauser. do Império Britânico, por J. H. Cla pham, da Suécia, por Eli F. Hecks cher, da Polônia,- por Jan Rutkonski, da Rússia por J, Koulischer. Todas são excelentes guias, magní ficos instrumentos de trabalho, mas
historiadores c professores de Hislóriii devem, sempre que se ofereça
oportunidade, advertir aos seus leitores ou a'unos sôbre a falsidade de certa
meio podemos gozar-lhes os primores, desde que estejamos com o U\'ro na mão, ao passo que a Política é matéria extre mamente adaptável ao meio em que se
perador simplesmente uma espécie de
alemã.
sua
especialmente
Que a edição dessa obra inspire aos diretores dos bancos particulares
e à dire^ção do Banco do Brasil a
1930, e a segunda é uma revelação.
transforma no seu próprio sangue.
Os pensadores políticos lhe interessa vam menos que cs be'etristas e cien
do longo reinado.de d. Pedro II. Não falta quem veja no último Im
iniciativa em matéria econômica e pela
distinguir
Renan, devoto de Pasteur.
tistas, talvez porque a Estética e a Ciência não têm pátria e em qualquer
proclama a pasmaccira e a imutabilidade
a
há que
amigo de Vitor Hugo, admirador dc
opinião, bastante espalhada aliás, que
italiana, a francesa, a holandesa e a
mesmo autor, publicada em Haarlerh,
co dos Países Baixos, 1814-1864, do
por Afonso Arinos de Melo Fil\nco
erudito provinciano, burocrata sedentá rio e acadêmico que, pe'a sua falta de
elaboração de trabalhos desta natu reza, tão úteis à compreensão da vi da de uih povo, cujo crédito é sem pre construído pelo seu suor e se
meiros capítulos da História do Ban
Eeonoiiiin do Império
Da
Espanha, redigida por José .Antônio
invencível ojeriza aos homens dc
negócios, teria concorrido muito para lançar o Brasil na senda da política dis
pratica, não podendo, pois, as doutrinas de França servir exatamente ao Brasil. De qualquer forma, o certo é que o austero Bragança não preferia sòmente
o guarda-chuva à espada, mas também >
cursiva, em vez de fazer dele um pais interessado no desenvolvimento da civi
a pena de erudito à ferramenta do tra-
lização material, como se deu com os
Mas até onde êste seu feitio pessoal
Estados Unidos.
Mais de uma feita, e partida de penas autorizadas, temos nós lido estas e se-
pielhántes afirmações. Serão elas exatas? Eis o que um co nhecimento mais seguro e um julgamento
rnenos precipitado da História do Im
pério contestam rotundamente. Comecemos, para discutir o assunto.
■"4
ba liador.
poderá ter influído no curso dos aconte cimentos? Êste é que é o ponto prin
cipal e sôbre êle nada de positivo po demos concluir.
Ou antes a conclusão que devemos tirar é no sentido de escusar Pedro II
de qualquer responsabilidade no nosso atraso. Eni primeiro lugar a influên-
por examiná-lo preliminarmente nos seus dois a.spectos mais gerais: a influência
Os Estados Unidos importarão no corrente ano mercadorias e seroiços no valor
aproximado de nove hiliões de dólares, quase dois biliões de dólares a mais que no
ano vassado. Segundo o Departamento do Comércio, espera-se que as exportações em 1947 excedam, em valor, à cifra dos 16 biliões de dólares, em relação a 15.B hiliões de dólares durante 1946. Os Estados Unidos esperam preencher a lacuna
entre as importações e exportações da seguinte numeira-, — côrca de 2,5 biliões de dólares em contribuições públicas e particulares, no ultramar; cerca de 3,5 hiliões
de dóiares em empréstimos a curto e a longo prazo, e cêrca de 1,5 hiliõo de dólares através dos saldos externos em dólares e vendas de valores estrangeiros no pais.
da personaMdade de Pedro II e a compa ração da nossa evolução com a norteamericana.
O sr. Afonso Arinos de Melo Franco
examina, neste artigo, a influência dc Pedro U no desenvolvimento material do
Não se pode negar que o soberano brasileiro era um típico intelectual do século XIX, ou, mais precisamente, um
país e faz um paralelo da evolução do
típico espírito francês daquela época.
estagnação.
Brasil com a norte-americana, negando que a época do Império tenha sido de
74
Dicesto
A fundação do Banco de França c seus primeiros anos é o tema da
monografia do prof. M. Marion, bc-m mais fraca do que as anteriores. Ins tituição bancária fundada" tardiamen
te, em 1800, o Banco de França não tevc infelizmente uma monografia como as de van Dillen, Heckscher e
Clapham.
Do mesmo padrão é o
trabalho de Andrzei Grodek' sôbre a quantidade de emissão fiduciária na
Polônia oitocentista.
Êste trabalho,
como o de Harsin, fugiu ao assunto
central do volume editado por van IDillen.
Duas outras monografias, a do pro
fessor da Universidade de Rotterdam, A. M. de Jong, e a do professor da
Universidade de Leningrado, J. Ku-
respectivamente sôbre a I lischer, Fundação do Banco dos Países Bai xos e os Antecessores do BanCo Rus
so, fundado em 1860, constituem dois modelos no gênero.
A primeira é
inteiramente baseada nos
dois pri
Econômico
de vez que nada se conhecia so bre a história do sistema bancário russo.
E' então que aparecem as biblio grafias de
história
liancária.
Rubio, da 'Itália por Armando Sopori, da Holanda por Van Dillen, da Bélgica por B. S. Chiepncr, da Ale manha, por H. Sicveking, da Fran ça, por Bonifácio, Brouillet e Maillard, dirigidos por Henri Hauser. do Império Britânico, por J. H. Cla pham, da Suécia, por Eli F. Hecks cher, da Polônia,- por Jan Rutkonski, da Rússia por J, Koulischer. Todas são excelentes guias, magní ficos instrumentos de trabalho, mas
historiadores c professores de Hislóriii devem, sempre que se ofereça
oportunidade, advertir aos seus leitores ou a'unos sôbre a falsidade de certa
meio podemos gozar-lhes os primores, desde que estejamos com o U\'ro na mão, ao passo que a Política é matéria extre mamente adaptável ao meio em que se
perador simplesmente uma espécie de
alemã.
sua
especialmente
Que a edição dessa obra inspire aos diretores dos bancos particulares
e à dire^ção do Banco do Brasil a
1930, e a segunda é uma revelação.
transforma no seu próprio sangue.
Os pensadores políticos lhe interessa vam menos que cs be'etristas e cien
do longo reinado.de d. Pedro II. Não falta quem veja no último Im
iniciativa em matéria econômica e pela
distinguir
Renan, devoto de Pasteur.
tistas, talvez porque a Estética e a Ciência não têm pátria e em qualquer
proclama a pasmaccira e a imutabilidade
a
há que
amigo de Vitor Hugo, admirador dc
opinião, bastante espalhada aliás, que
italiana, a francesa, a holandesa e a
mesmo autor, publicada em Haarlerh,
co dos Países Baixos, 1814-1864, do
por Afonso Arinos de Melo Fil\nco
erudito provinciano, burocrata sedentá rio e acadêmico que, pe'a sua falta de
elaboração de trabalhos desta natu reza, tão úteis à compreensão da vi da de uih povo, cujo crédito é sem pre construído pelo seu suor e se
meiros capítulos da História do Ban
Eeonoiiiin do Império
Da
Espanha, redigida por José .Antônio
invencível ojeriza aos homens dc
negócios, teria concorrido muito para lançar o Brasil na senda da política dis
pratica, não podendo, pois, as doutrinas de França servir exatamente ao Brasil. De qualquer forma, o certo é que o austero Bragança não preferia sòmente
o guarda-chuva à espada, mas também >
cursiva, em vez de fazer dele um pais interessado no desenvolvimento da civi
a pena de erudito à ferramenta do tra-
lização material, como se deu com os
Mas até onde êste seu feitio pessoal
Estados Unidos.
Mais de uma feita, e partida de penas autorizadas, temos nós lido estas e se-
pielhántes afirmações. Serão elas exatas? Eis o que um co nhecimento mais seguro e um julgamento
rnenos precipitado da História do Im
pério contestam rotundamente. Comecemos, para discutir o assunto.
■"4
ba liador.
poderá ter influído no curso dos aconte cimentos? Êste é que é o ponto prin
cipal e sôbre êle nada de positivo po demos concluir.
Ou antes a conclusão que devemos tirar é no sentido de escusar Pedro II
de qualquer responsabilidade no nosso atraso. Eni primeiro lugar a influên-
por examiná-lo preliminarmente nos seus dois a.spectos mais gerais: a influência
Os Estados Unidos importarão no corrente ano mercadorias e seroiços no valor
aproximado de nove hiliões de dólares, quase dois biliões de dólares a mais que no
ano vassado. Segundo o Departamento do Comércio, espera-se que as exportações em 1947 excedam, em valor, à cifra dos 16 biliões de dólares, em relação a 15.B hiliões de dólares durante 1946. Os Estados Unidos esperam preencher a lacuna
entre as importações e exportações da seguinte numeira-, — côrca de 2,5 biliões de dólares em contribuições públicas e particulares, no ultramar; cerca de 3,5 hiliões
de dóiares em empréstimos a curto e a longo prazo, e cêrca de 1,5 hiliõo de dólares através dos saldos externos em dólares e vendas de valores estrangeiros no pais.
da personaMdade de Pedro II e a compa ração da nossa evolução com a norteamericana.
O sr. Afonso Arinos de Melo Franco
examina, neste artigo, a influência dc Pedro U no desenvolvimento material do
Não se pode negar que o soberano brasileiro era um típico intelectual do século XIX, ou, mais precisamente, um
país e faz um paralelo da evolução do
típico espírito francês daquela época.
estagnação.
Brasil com a norte-americana, negando que a época do Império tenha sido de
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNóunco
77
«a de um só homem no curso da Hís-
vida, aos vinte anos que mediaram en-
(é sabida a forniidáxel importância des
rcpubMcixno de formação, de tradição e
na, por cêrca de meio século, é coisa 6m que não se acredita. Um homem,
tre o fim da Guerra dos Farrapos e o começo da Guerra do Paruí^uai. Antes
ta instituição jurídica na evolução eco nômica moderna), as grandes reformas bancárias são tcstemuníios imporlantíssimo.s do tais progressos no Direito Mer
de convicção.
econômica, tenha sido uma condição ne
cantil.
Por seu turno, no Campo do
cessária para as transformações referidas.
D reito Civil, os projetos de codifieação e dc consolidação mostram a marcha
Estabilidade política que é, afinal, o grande problema herdado pela Repúbli
contínua para frente.
ca, estabilidade dc que agora carece
chame-se Hitler, Churchill ou Roosevelt, do primeiro marco, tivemos a confusão pode infuir decisivamente no destino, do da Regência c a desordem nas Provinmas só em momentos espe-
cas; depois do último, assistimos à
cjalissimos, em períodos muito curtos, questão militar,, à luta pela Abolição cempos ardentes de crise. Não sc con- à propaganda republicana, cebe que a orientação geral de um país Mas nem mesm ) nesta fase de equiliivre, aurante cinqüenta anos, seja devi-
brio interno e do eslabíMdade política
a ao feitio intelectual de um chefe de poderemos falar cm estagnação da vida ^st^clo, sobretudo quando êle é um ho- do Império. Antes pelo contrário. Foi mem incapaz de usar da violência para exatamente naque'c período que se ve^ se opor ao curso normal dos aconteci mentos.
No que toca à comparação com ós
rificaram as mais profundas, as mais ra dicais transformações na nossa f siono-.
Estados Unidos, tão pouco é ela ---•
mia econômica.
T^j comparação tudo nos separava, tudo iné impossível, dicava uma evolução diversa
interior numa larga extensão.
,
^
VIU
awci-
no século passado. Clima topografia, produtividade do
-
solo, tipo e origens da colo nização, sem esquecer o fa tor importante da diferença entre o protestantismo, como
movimento essencialmente capitalista, e
^
meíro
lugar
as
Vie
pendo com esforço a muralha da ser
gativa.
do canta o silvo possante da locomo
Em geral, os que participam daquela impressão são a ela levados pela con fusão que estabelecem entre paz política e estagnação econômica.
mendos problemas que nos assaltam de todos os lados.
comunioa-
ções e os transportes.
damentos, deve ser respondida pela ne
Esta pergunta, por vários e sérios fun
me custa reconhecer isto, pois sou um
i cessárias para atender ãs novas condições criadas por estas circunstâncias. Em pri«
vapor, cruzando a costa marítima e penetrando nos grandes rios; vieram o telégrafo, as carruagens urbanas, a ilu minação a gás. Como dizer-se que es tava parado um país que sofria, em "sua vida, tão grandes mudanças? O pró prio Castro Alves se faz eco de'as, quan
época de estagnação na nossa vida?
pos.samos resolver com segurança os tre
A mim nada
cravocrata. Grandc.s trans ~ ' formações se tomaxam ne-
ra litorânea; vieram as embarcações a
"feria sido realmente o Império uma
mo aquela que coincide com o apogeu do reinado de Pedro II.
O café
o catolicismo ibérico, como fôrça para-
cretos da questão.
mos (agora mais do que nunca), a fim dc que pos.samos atravessar, cm ordem, os repelões da onda atual, a fim de que
atingia ao .seu apogeu es-
lisadora do progresso econômico. Tudo Vejamos agora os aspectos mais con
o Império. Poucas páginas do bosso passado são tão variadas e fecundas co
Não, nós não estivemos parados sob
A mineração fixara o povoamento do
ram, então, as estradas de forro, roín-
nos separava.
Talvez até a estabilidade política, que a tantos se afigura imobilidade social e
tiva que "espanta os caboclos nus".'.. Se a civilização material as.sim evo luía, também a legislação, instrumento sensível às transformações sociais, pro
O comércio exterior da Suécia, em 1946 — o primeiro ano após o término da
uerra — caracterizou-se por um {grande excesso de importação, no valor de 842 mtf/ihões de coroas; em 1945, pelo contrário, houve excesso de expofiação no valor de 674 milhões de coroas.
O total das exportações naquele ano atingiu a 2.529 milhões de coroas em comparação com 1.757 milhões em 1945. As importações ascenderam a mais do triplo das do ano anterior: 3.370 e 1.084 resjiectiva/nente. Co7icorreram para as exportações os minerais, pasta de madeira, papel, má
quinas e metais preciosos. No grupo da pasta dc madeira e de papel foi especial mente pronunciada a elevação da posta mecânica e do papel para ■ jornal. màquirias de escrecer constituem itein relativamente novo na tabela.
As
O considerável incremento do valor das importações distribui-se entre a maio ria dos grupos de mercadorias, porém, é especialmente notável no que se refere
O reinado de Pedro ÍI dá, com efeito,
gredia por seu lado. O Código do Co
a minerais, produtos têxteis c metálicos. Também objetos de adornos e o/guíis produtos alimentícios mostraram tendência de alta. A importação de óleos com
a impressão de uma certa imobilidade.
mércio, venerável e centenário monu
bustíveis aumentou dez vêzes e as cifras correspondentes à gasolina foram 12 vêzcs
Esta imobilidade, entretanto, é circuns
mento ainda hoje vigente em muitos
maiores que em 1945. .As aquisições de automóveis estrangeiros e peças sohres-
crita a uma certa fase, apenas, da sua
pontos, a lei de sociedades por ações.
sàlentes tiveram acréscimo de 1,5 a 100 milhões de coroas.
Dicesto Econômico
Dicesto EcoNóunco
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«a de um só homem no curso da Hís-
vida, aos vinte anos que mediaram en-
(é sabida a forniidáxel importância des
rcpubMcixno de formação, de tradição e
na, por cêrca de meio século, é coisa 6m que não se acredita. Um homem,
tre o fim da Guerra dos Farrapos e o começo da Guerra do Paruí^uai. Antes
ta instituição jurídica na evolução eco nômica moderna), as grandes reformas bancárias são tcstemuníios imporlantíssimo.s do tais progressos no Direito Mer
de convicção.
econômica, tenha sido uma condição ne
cantil.
Por seu turno, no Campo do
cessária para as transformações referidas.
D reito Civil, os projetos de codifieação e dc consolidação mostram a marcha
Estabilidade política que é, afinal, o grande problema herdado pela Repúbli
contínua para frente.
ca, estabilidade dc que agora carece
chame-se Hitler, Churchill ou Roosevelt, do primeiro marco, tivemos a confusão pode infuir decisivamente no destino, do da Regência c a desordem nas Provinmas só em momentos espe-
cas; depois do último, assistimos à
cjalissimos, em períodos muito curtos, questão militar,, à luta pela Abolição cempos ardentes de crise. Não sc con- à propaganda republicana, cebe que a orientação geral de um país Mas nem mesm ) nesta fase de equiliivre, aurante cinqüenta anos, seja devi-
brio interno e do eslabíMdade política
a ao feitio intelectual de um chefe de poderemos falar cm estagnação da vida ^st^clo, sobretudo quando êle é um ho- do Império. Antes pelo contrário. Foi mem incapaz de usar da violência para exatamente naque'c período que se ve^ se opor ao curso normal dos aconteci mentos.
No que toca à comparação com ós
rificaram as mais profundas, as mais ra dicais transformações na nossa f siono-.
Estados Unidos, tão pouco é ela ---•
mia econômica.
T^j comparação tudo nos separava, tudo iné impossível, dicava uma evolução diversa
interior numa larga extensão.
,
^
VIU
awci-
no século passado. Clima topografia, produtividade do
-
solo, tipo e origens da colo nização, sem esquecer o fa tor importante da diferença entre o protestantismo, como
movimento essencialmente capitalista, e
^
meíro
lugar
as
Vie
pendo com esforço a muralha da ser
gativa.
do canta o silvo possante da locomo
Em geral, os que participam daquela impressão são a ela levados pela con fusão que estabelecem entre paz política e estagnação econômica.
mendos problemas que nos assaltam de todos os lados.
comunioa-
ções e os transportes.
damentos, deve ser respondida pela ne
Esta pergunta, por vários e sérios fun
me custa reconhecer isto, pois sou um
i cessárias para atender ãs novas condições criadas por estas circunstâncias. Em pri«
vapor, cruzando a costa marítima e penetrando nos grandes rios; vieram o telégrafo, as carruagens urbanas, a ilu minação a gás. Como dizer-se que es tava parado um país que sofria, em "sua vida, tão grandes mudanças? O pró prio Castro Alves se faz eco de'as, quan
época de estagnação na nossa vida?
pos.samos resolver com segurança os tre
A mim nada
cravocrata. Grandc.s trans ~ ' formações se tomaxam ne-
ra litorânea; vieram as embarcações a
"feria sido realmente o Império uma
mo aquela que coincide com o apogeu do reinado de Pedro II.
O café
o catolicismo ibérico, como fôrça para-
cretos da questão.
mos (agora mais do que nunca), a fim dc que pos.samos atravessar, cm ordem, os repelões da onda atual, a fim de que
atingia ao .seu apogeu es-
lisadora do progresso econômico. Tudo Vejamos agora os aspectos mais con
o Império. Poucas páginas do bosso passado são tão variadas e fecundas co
Não, nós não estivemos parados sob
A mineração fixara o povoamento do
ram, então, as estradas de forro, roín-
nos separava.
Talvez até a estabilidade política, que a tantos se afigura imobilidade social e
tiva que "espanta os caboclos nus".'.. Se a civilização material as.sim evo luía, também a legislação, instrumento sensível às transformações sociais, pro
O comércio exterior da Suécia, em 1946 — o primeiro ano após o término da
uerra — caracterizou-se por um {grande excesso de importação, no valor de 842 mtf/ihões de coroas; em 1945, pelo contrário, houve excesso de expofiação no valor de 674 milhões de coroas.
O total das exportações naquele ano atingiu a 2.529 milhões de coroas em comparação com 1.757 milhões em 1945. As importações ascenderam a mais do triplo das do ano anterior: 3.370 e 1.084 resjiectiva/nente. Co7icorreram para as exportações os minerais, pasta de madeira, papel, má
quinas e metais preciosos. No grupo da pasta dc madeira e de papel foi especial mente pronunciada a elevação da posta mecânica e do papel para ■ jornal. màquirias de escrecer constituem itein relativamente novo na tabela.
As
O considerável incremento do valor das importações distribui-se entre a maio ria dos grupos de mercadorias, porém, é especialmente notável no que se refere
O reinado de Pedro ÍI dá, com efeito,
gredia por seu lado. O Código do Co
a minerais, produtos têxteis c metálicos. Também objetos de adornos e o/guíis produtos alimentícios mostraram tendência de alta. A importação de óleos com
a impressão de uma certa imobilidade.
mércio, venerável e centenário monu
bustíveis aumentou dez vêzes e as cifras correspondentes à gasolina foram 12 vêzcs
Esta imobilidade, entretanto, é circuns
mento ainda hoje vigente em muitos
maiores que em 1945. .As aquisições de automóveis estrangeiros e peças sohres-
crita a uma certa fase, apenas, da sua
pontos, a lei de sociedades por ações.
sàlentes tiveram acréscimo de 1,5 a 100 milhões de coroas.
DiCESTO EcoNÓ^^co
grande eríse económiao-financeira do Brasil em fins do século Xüil |lia Academia llra^Jlcira rie Litm}
Píir Aíonso d'E. Taunay
79
Referindo-se à Casa da Moeda que
se de\'iu fundar cm São Paulo dizia o
Rei, a 30 de maio de 16-12, haver por seu Serviço, c ordem régia, que "todo o ouro, de moedas do qualquer gcnero,
ção documental abundante de uma hipótese levantada por Capistrano de
Abreu no seu célebre artigo "Paulíslica' (1917). Com vs v-., cdcmctito.s da v... documentação municipal de São Paulo e os do Bra.sil e Portugal, reforçada pelos estudos de Severino Sombra, parece fora de dúvida que a primeira Casa da Moeda instalada no Brasil, e de onde saíram os famosos "São Vícente" denunciados por Simão de Vasconcelos, foi a de São Paulo, em meados do século XVII.
A Casa da Moeda de S. Paulo, primeira do Brasil e o meio circulante da Colônia
Como geralmente se sabe as pesquisas
Êste ponncnor tem cabal importância
fc levasse em cumprimento da dita lei à dita Casa da Moeda, pesando-sc primei
pediu o procurador do Conselho, Geral do da Silva: "pozessem cobro a este povo porquanto se levava desta vila toda a prata e ouro que nesta \ila fa-
quilates. Não se fundou logo a projetada Casa da Moeda. D. João IV a 30 dc maio de 1644 determinava porém a Salvador Corrêa, tendo cm vista que os seus vassa
los, e principalinentc os moradores das Capitanias de São Vicente e São Paulo c os descobridores das minas, e mais
- por bem que no Lugar que mais Acomo-
pena de seis mil réis". Assim, neste documento oficial "ad
em que as pessoas que tiverem ouro, e o
perpetuam", declarava a Gamara de São
quizerem fundir em moeda o possam
envolvendo tai.s ensaios monetiirios çj di.scrÍTpinação do ouro experimentado
fazer, as qual? moedas serão da mesma
Paulo que na ^dla "se fazia ouro e prata", naturalmente amoedado em pe
maneira que Neste Reino Se fazem de
ças, barras e banetas.
"em tostões".
trez mil réis, e de tres mil e quinhentos
Viria o ouro certamente das faisquei ras \àzinhas, do metal que "em noye p meia oitavas quebrava em tres tostoes . E a prata do recunho ou carimbo da moeda reinei, serviço geralmente reali zado nas casas do Conto como na Bahia
A 1 de junlio de 1644 nopieava D.
Reis".
mibréis de ordenado anual e numerosa
1611, sem nada de positivo encontrar
Lamentava o ilustre cabo de guerra
série do prerrogativas, vantagens e di-.
fluminense a discórdia reinante na vila, os conflitos dos podercs municipais com o
Brasil", o precioso códice seiscentista que fizemos publicar no tomo terceiro
reitos tendentes ao acoroçoamento dos
trabalhas da mineração.
Em relação às suas funções há (juatru documentos da maior valia: o "Registo
do Regimento que Sua Magestade man dou passar sobre as Mina.s", datado do
dos "Anais do Museu Paulista", há um
8 de agosto de 1618; o "Regimento por que Sua Magestade ha por bem largar
documento, infelizmente não datado,
a seus vassalos as minas de ouro, prata
mas iniludivelmente anterior a 1634:
e mais metais da capitania de São Paulo
"Carta que veio de Sampaulo sobre as
e São Vicente, do Estado do Brasil", do
minas de ouro que se ham descoberto", onde se denuncia a existência na vila
30 de janeiro de 1619; o "Regimento o mercô feita por Sua Magestade de admi
pirafningana de uma casa de fundição
nistrador delas ao General Salvador Cor
onde se derretia o ouro das betas re-
rêa de Sá c Benevides", de 30 de maio
cém-descobertas por Clemente Alvares
de 1644, e afinal o "Registo do Regi
"ouro mui finíssimo". "Em nove oita
mento de Sua Magestade sobre as moo-
vas e meia só quebrara tres tostões". •
oficiais (os membros da Câmara) man
daram que se fizesse quartel que ne
nhuma pessoa levasse desta \àla fora
ral das Minas do São Paulo com 30t)
No "Livro Segundo do Govêrno do
vassem drogas da terra, farinha e carnes c couros e pano; o que \isto pelos ditos
dela dinheiro se não drogas da terra sob
cisco de Sousa resultaram nulas. Mor reu este celebre Governador Geral em
Vuturuna.
pelo que requeria mandassem não le\'assem dinheiro deste povo e que le
pessoas que nelas trabalhassem ficassem
João IV- a Salvador Correu de Sá c Bonevides, Governador, Administrador Ge-,
Continuou, contudo, a exploração das escassas faisqueiras do Jaraguá e do
zião, e ficava a terra sem dinheiro,
com maiores avanços e utilidades — "Hey
auríferas e argentíferas de Dom Fran
neste sentido.
Aos seus parceiros, os juizes e verea
dores da vila do Campo de Piratininga,
•dado Vos paresser façais Caza da moeda II
março do 1633 são muito eHicidativos
apesar da rude redação do documento.
(jualidadc, cunho, e preço que fosse", ro, e pnndo-se na lei de \iiUc c dons
O ihistre historiador dr. Afonso d'E. Taunay, neste artigo expõe a confirma
'Atas da Câmara de São Paulo" os termos relativos à \-ereação de 5 de
Pouco depois era Salvador
Corrêa
quem a 24 de junho de 1645 escrevia à Câmara de São Paulo.
povo. E como derivativo a êste estado
anárquico aconselhava pesquisas no sen tido de íie descobrirem novas minas de ouro. Ao terminar recomendava a cunhagem do metal na "Casa da Moeda de
São Paulo". "Casa da Moeda", note-se bem: não
mais casa de fundição, .se diz. A 23 de setembro de 1645 surgia em
São Paulo o Sargento mór Francisco ;Garcez Barreto trazendo a patente de ivprovedor das Minas e quintos reais e da Casa da Moeda".
Mas já muito antes dêsse milésimo dc 1645, sé assinalara, em documento
- oficial, que em São Paulo se fabricava moeda de ouro e prata.
se praticava, numa seççüo da altandega loculi
o fato capital é o seguinte: em 1633, fazia-se em São Paulo ouro e prata.
E naturalmente isto só se realizava
em oficina do Estado, pois não er^ "pra graças" as disposições corainadas pelo quinto livro das Ordenações, título doze, aos que fabricavam moeda falsa "isto he toda aquela não feita por man dado d'El Rey".
Nãò davam as Ordenações trégua aos moedeiros falsos.
Morte natural e de fogo! precedido
pelo confisco de todos os bens. Nestas condições, iria a Câmara de São Paulo apregoar que em sua vik
se fazia moeda, se êsse dinheiro não
DiCESTO EcoNÓ^^co
grande eríse económiao-financeira do Brasil em fins do século Xüil |lia Academia llra^Jlcira rie Litm}
Píir Aíonso d'E. Taunay
79
Referindo-se à Casa da Moeda que
se de\'iu fundar cm São Paulo dizia o
Rei, a 30 de maio de 16-12, haver por seu Serviço, c ordem régia, que "todo o ouro, de moedas do qualquer gcnero,
ção documental abundante de uma hipótese levantada por Capistrano de
Abreu no seu célebre artigo "Paulíslica' (1917). Com vs v-., cdcmctito.s da v... documentação municipal de São Paulo e os do Bra.sil e Portugal, reforçada pelos estudos de Severino Sombra, parece fora de dúvida que a primeira Casa da Moeda instalada no Brasil, e de onde saíram os famosos "São Vícente" denunciados por Simão de Vasconcelos, foi a de São Paulo, em meados do século XVII.
A Casa da Moeda de S. Paulo, primeira do Brasil e o meio circulante da Colônia
Como geralmente se sabe as pesquisas
Êste ponncnor tem cabal importância
fc levasse em cumprimento da dita lei à dita Casa da Moeda, pesando-sc primei
pediu o procurador do Conselho, Geral do da Silva: "pozessem cobro a este povo porquanto se levava desta vila toda a prata e ouro que nesta \ila fa-
quilates. Não se fundou logo a projetada Casa da Moeda. D. João IV a 30 dc maio de 1644 determinava porém a Salvador Corrêa, tendo cm vista que os seus vassa
los, e principalinentc os moradores das Capitanias de São Vicente e São Paulo c os descobridores das minas, e mais
- por bem que no Lugar que mais Acomo-
pena de seis mil réis". Assim, neste documento oficial "ad
em que as pessoas que tiverem ouro, e o
perpetuam", declarava a Gamara de São
quizerem fundir em moeda o possam
envolvendo tai.s ensaios monetiirios çj di.scrÍTpinação do ouro experimentado
fazer, as qual? moedas serão da mesma
Paulo que na ^dla "se fazia ouro e prata", naturalmente amoedado em pe
maneira que Neste Reino Se fazem de
ças, barras e banetas.
"em tostões".
trez mil réis, e de tres mil e quinhentos
Viria o ouro certamente das faisquei ras \àzinhas, do metal que "em noye p meia oitavas quebrava em tres tostoes . E a prata do recunho ou carimbo da moeda reinei, serviço geralmente reali zado nas casas do Conto como na Bahia
A 1 de junlio de 1644 nopieava D.
Reis".
mibréis de ordenado anual e numerosa
1611, sem nada de positivo encontrar
Lamentava o ilustre cabo de guerra
série do prerrogativas, vantagens e di-.
fluminense a discórdia reinante na vila, os conflitos dos podercs municipais com o
Brasil", o precioso códice seiscentista que fizemos publicar no tomo terceiro
reitos tendentes ao acoroçoamento dos
trabalhas da mineração.
Em relação às suas funções há (juatru documentos da maior valia: o "Registo
do Regimento que Sua Magestade man dou passar sobre as Mina.s", datado do
dos "Anais do Museu Paulista", há um
8 de agosto de 1618; o "Regimento por que Sua Magestade ha por bem largar
documento, infelizmente não datado,
a seus vassalos as minas de ouro, prata
mas iniludivelmente anterior a 1634:
e mais metais da capitania de São Paulo
"Carta que veio de Sampaulo sobre as
e São Vicente, do Estado do Brasil", do
minas de ouro que se ham descoberto", onde se denuncia a existência na vila
30 de janeiro de 1619; o "Regimento o mercô feita por Sua Magestade de admi
pirafningana de uma casa de fundição
nistrador delas ao General Salvador Cor
onde se derretia o ouro das betas re-
rêa de Sá c Benevides", de 30 de maio
cém-descobertas por Clemente Alvares
de 1644, e afinal o "Registo do Regi
"ouro mui finíssimo". "Em nove oita
mento de Sua Magestade sobre as moo-
vas e meia só quebrara tres tostões". •
oficiais (os membros da Câmara) man
daram que se fizesse quartel que ne
nhuma pessoa levasse desta \àla fora
ral das Minas do São Paulo com 30t)
No "Livro Segundo do Govêrno do
vassem drogas da terra, farinha e carnes c couros e pano; o que \isto pelos ditos
dela dinheiro se não drogas da terra sob
cisco de Sousa resultaram nulas. Mor reu este celebre Governador Geral em
Vuturuna.
pelo que requeria mandassem não le\'assem dinheiro deste povo e que le
pessoas que nelas trabalhassem ficassem
João IV- a Salvador Correu de Sá c Bonevides, Governador, Administrador Ge-,
Continuou, contudo, a exploração das escassas faisqueiras do Jaraguá e do
zião, e ficava a terra sem dinheiro,
com maiores avanços e utilidades — "Hey
auríferas e argentíferas de Dom Fran
neste sentido.
Aos seus parceiros, os juizes e verea
dores da vila do Campo de Piratininga,
•dado Vos paresser façais Caza da moeda II
março do 1633 são muito eHicidativos
apesar da rude redação do documento.
(jualidadc, cunho, e preço que fosse", ro, e pnndo-se na lei de \iiUc c dons
O ihistre historiador dr. Afonso d'E. Taunay, neste artigo expõe a confirma
'Atas da Câmara de São Paulo" os termos relativos à \-ereação de 5 de
Pouco depois era Salvador
Corrêa
quem a 24 de junho de 1645 escrevia à Câmara de São Paulo.
povo. E como derivativo a êste estado
anárquico aconselhava pesquisas no sen tido de íie descobrirem novas minas de ouro. Ao terminar recomendava a cunhagem do metal na "Casa da Moeda de
São Paulo". "Casa da Moeda", note-se bem: não
mais casa de fundição, .se diz. A 23 de setembro de 1645 surgia em
São Paulo o Sargento mór Francisco ;Garcez Barreto trazendo a patente de ivprovedor das Minas e quintos reais e da Casa da Moeda".
Mas já muito antes dêsse milésimo dc 1645, sé assinalara, em documento
- oficial, que em São Paulo se fabricava moeda de ouro e prata.
se praticava, numa seççüo da altandega loculi
o fato capital é o seguinte: em 1633, fazia-se em São Paulo ouro e prata.
E naturalmente isto só se realizava
em oficina do Estado, pois não er^ "pra graças" as disposições corainadas pelo quinto livro das Ordenações, título doze, aos que fabricavam moeda falsa "isto he toda aquela não feita por man dado d'El Rey".
Nãò davam as Ordenações trégua aos moedeiros falsos.
Morte natural e de fogo! precedido
pelo confisco de todos os bens. Nestas condições, iria a Câmara de São Paulo apregoar que em sua vik
se fazia moeda, se êsse dinheiro não
■
«■ M JAI
DtcESTo Econômico 80
DiCESTO Econónoco
procedesse de uma repartição do fisco •"eal, da Casa da Moeda paulista?
Diversos e da mais alta significação,
para o escopo que temos em vista, existem, ainda, originais por nós incorporados ao arquivo da Secção de Histó ria, do Museu Paulista.
É o primeiro a representação de 31
de ou^bro de 1649, endereçada à Câ mara de São Paulo, por Bartolomeu Fer nandes de Faria, que se assinava: "thej vila de , moeda" desta villa" tC|. Atas da São Paulo, 5, 390). mesmo Bartolomeu Fernandes de
^aria denunciava, contemporaneamente, ao c^vemador Geial do Brasil e ao dõ Wio de Janeiro, Duarte Corrêa Vasque-
annes, que convinha ao real serviço avisassem a Sua Magestade o descaminho
bntamente^ ^com
marcado fraudureal. Acudissem
o sêlo s altas autoridades a impedir o "dito
df^vX""
A 27 de novembro imediato Pascoal nia de Sao Vicente, lavrava novo pro-
^onso, provedor das Minas da Capita
testo perante a Câmara Municipal de
Sao Paulo agora contra Eleodoro Êbano. Este, em Paranaguá, fundia e marcava
barretas, abusivamente, com ouro pro
cedente das minas que Gabriel de Lara viera registar "na caza da moeda e
quintos reaes desta villa de são paullo". E solicitava ainda precatória para as Câmaras de Cananeia e Paranaguá e o
Capitão mor paranaguaense, Gabriel de Lara, a fim de que lhe dessem mão forte
"toda ajuda e favôr necessário" para que não só o "sobredito Ebano como todas mais pessoas que tivessem de
Falecendo Bartolomeu Fernandes de Faria, tesoureiro da C:isa da Moeda de São Paulo c depois Pro\-edor e Admi nistrador das Minas, foi nomeado, em seu
lugar, Pedro de Sousa Pereira, Provedor da Real Fazenda do Rio de Janeiro, e personagem de prod-gi<Jsa gananeia. Entendia que a mineração do ouro de Paranaguá daria grandes lucros c quis realizá-la transportando para ali os ín
dios das aldeias dos arredores de Suo Paulo.
Isto motivou prodigiosa celeu
listanos que à sua presença comparece
ra Simão Roiz llcnriciues, funcionário
vinliam a ser as seguintes:
estes ín
dios eram de muita utilidade c grande
prestimo em São Paulo, tanto pam os moradores como para o serviço real pot
que eram eles os que aeudium de conU-
nuo, aos rebates" ocorridos pela presen
cunhado a moeda nesta \ila, o que tinha feito por ordem deles ditos ofiAcaso haverá coisa mais clara do qiie Finda o têrmo com estas decla
rações importantes: "os quaes cunhos fi
"real casa da moeda desta villa".
Assim na Casa da Moeda paulistana se efetuavam ensaios monetários.
Interferia a Câmara Municipal paulis tana na administração da Casa da Moe da de sua vila onde também se fabrica vam cunhos.
Vejamos o que nos esclarecem alguns
Vasconcelos denunciador da existência da
do aparecimento do livro de Simao do moeda paulista dos São Vicente, portan to, note-se bem.
'
A 18 de maio de 1652 instigava a
Câmara ao Capitão Mor da capitania do São Vicente a que cumprisse a provisão
riam tal débito "por nao ha\er dmlui,
Seriam estes cunhos da fabricação de
Simão Roiz Henriques os que scnaam
para dar curso legal aos Sao ^»centc
de Pro\'à\olinente. que nos fala Simão de Vasconcelos? sim! t
Em carta do 2 de ® •issinalava Francisco dc Bnto J.reire
mandaram meter no cofre c arquivar nesta Câmara e de como (sc. Simão
Roiz) os entregando tudo mandaram fazer cste^ termo que assinaram".
Foram estes signatários: Jcrònimo de
.selho, cinco portanto dos seis membros do que se compunha a edilidade pau
sendo descobertas, e feitos os ensaios na
lo«m recebeu onze mil reis em dinheira de contado e sc lhe resta a de\ er cmc-o mil reis". A respeito deste resto de conta declararam os edis que os seus
cavam entregues aos ditos oficiacs e os
Atrevidamente lembraram os camaristas a Pereira, em outra carta, nova e
"Não ignoramos ser de muita utili dade, para o entabolamento das minas,
"E se con
ro de presente".
com os quais "o dito Simão Roiz tinha
Camargo, juiz ordinário; Sebastião Fer nandes Preto, Francisco Leme, Geraldo
uma Gasa da Moeda eni Sao Paulo naque'e ano de 1653: _
Ajustou-se logo a conta.
certaram cm dezesseis mil reis de que
zer os cunhos "que se tinha feito" c
ça do inimigo que infestava a costa sul do Brasil, já povoada havia mais de ceni anos, com muitas igrejas, "cazii^da moe da e quintos reais c alfandegas . mais evidente prova da existência de
comerlaram soÍ>re o que sc
lhe ora a clcvor do dito cunho".
sucessores, da Câmara dc l6o3, salda
Às autoridades municipais vinha tra
e.sta?
. .
As razões principais a esta oposição
riiiues
da Casa da Moeda.
precisou recusar.
da Gamara paulistana, diante dos quais
de moeda". Aos desobedientes se apli casse o confisco rigoroso do ouro. Assim era o provedor das minas quem Paulo".
Nele declararam os Ncreadores pau
ciaes da Gamara.
documento.s de 1652, seis anos ^antes
Sua Magestade caza da moeda em São
Mas muito mais exjircssivo c o têrmo tlc 17 de agosto itnedialo.
ma, os mais irados e violentos protestos
quintar ouro viessem a esta Vila de São Paulo onde Sua Magestade tinha caza
em 1649 declarava: "tinha naquela época
regia mandando logo reduz r a patacas o dinheiro que Sua Majestade tinha na região paulista.
Correia Soares, vereadores c Francisco
Barriga de Souza, procurador do Conlistana.
Rubricaram ã ata o tabelião Domin
gos Machado, servindo de escrivão e o mestre fundidor, depositário dos cunhos, Simão Roiz Honriques. Assim era a Câmara de São Paulo
que em seu cofre guardava os cunhos com os quais a Casa da Moeda de sua vila fabricava o dinheiro dc Sua Ma
jestade.
Outra circunstância curiosa, que à sa-
ciedade demonstra a interdependência <Ja Municipalidade e da Casa da Moeda:
quem pagou a Simão Roiz Henriques os novos cunhos, por êle depositados no cofre municipal, foi a Câmara e não a provedoria Real.
Ê o que nos relata o têrmo de 30 de dezembro de 1652.
Discutiram os
camaristas quanto se devia pagar a^ Hen-
lavrar
em sua magnífica
Histoiux
monetária
do Brasil Colomjd . -.feriai. Exis'Havia a possibilidade matena^ tia rav
XSft
tesen. feit.».
■^EnSfo do„.c,a...or <,ue de tal existem "provas
'.^ecusáveis .sur-
gen, r^Xâr^oTordocantento. ,nu,d(Li\TO ly. . - ^Jí _ i658 1658,'hoje » uma das sa em Lisboa, ^ ® bibliográficas bramaiores preciosidades S sileiras Wo q"® ,éis e hoje se
I
rca"por°ris ou quauo vêzes^
IrlX^CeXruíi-e-Iahodinheiri, "Sndo êste tópico de Sirn^ de Vasconcelos indaga Severmo Sombra:
Em que sentido tera sido empregada
a expressão — bater moeda. Recorda a tal propósito o douto espe cialista que em 1626 o Procurador da
■
«■ M JAI
DtcESTo Econômico 80
DiCESTO Econónoco
procedesse de uma repartição do fisco •"eal, da Casa da Moeda paulista?
Diversos e da mais alta significação,
para o escopo que temos em vista, existem, ainda, originais por nós incorporados ao arquivo da Secção de Histó ria, do Museu Paulista.
É o primeiro a representação de 31
de ou^bro de 1649, endereçada à Câ mara de São Paulo, por Bartolomeu Fer nandes de Faria, que se assinava: "thej vila de , moeda" desta villa" tC|. Atas da São Paulo, 5, 390). mesmo Bartolomeu Fernandes de
^aria denunciava, contemporaneamente, ao c^vemador Geial do Brasil e ao dõ Wio de Janeiro, Duarte Corrêa Vasque-
annes, que convinha ao real serviço avisassem a Sua Magestade o descaminho
bntamente^ ^com
marcado fraudureal. Acudissem
o sêlo s altas autoridades a impedir o "dito
df^vX""
A 27 de novembro imediato Pascoal nia de Sao Vicente, lavrava novo pro-
^onso, provedor das Minas da Capita
testo perante a Câmara Municipal de
Sao Paulo agora contra Eleodoro Êbano. Este, em Paranaguá, fundia e marcava
barretas, abusivamente, com ouro pro
cedente das minas que Gabriel de Lara viera registar "na caza da moeda e
quintos reaes desta villa de são paullo". E solicitava ainda precatória para as Câmaras de Cananeia e Paranaguá e o
Capitão mor paranaguaense, Gabriel de Lara, a fim de que lhe dessem mão forte
"toda ajuda e favôr necessário" para que não só o "sobredito Ebano como todas mais pessoas que tivessem de
Falecendo Bartolomeu Fernandes de Faria, tesoureiro da C:isa da Moeda de São Paulo c depois Pro\-edor e Admi nistrador das Minas, foi nomeado, em seu
lugar, Pedro de Sousa Pereira, Provedor da Real Fazenda do Rio de Janeiro, e personagem de prod-gi<Jsa gananeia. Entendia que a mineração do ouro de Paranaguá daria grandes lucros c quis realizá-la transportando para ali os ín
dios das aldeias dos arredores de Suo Paulo.
Isto motivou prodigiosa celeu
listanos que à sua presença comparece
ra Simão Roiz llcnriciues, funcionário
vinliam a ser as seguintes:
estes ín
dios eram de muita utilidade c grande
prestimo em São Paulo, tanto pam os moradores como para o serviço real pot
que eram eles os que aeudium de conU-
nuo, aos rebates" ocorridos pela presen
cunhado a moeda nesta \ila, o que tinha feito por ordem deles ditos ofiAcaso haverá coisa mais clara do qiie Finda o têrmo com estas decla
rações importantes: "os quaes cunhos fi
"real casa da moeda desta villa".
Assim na Casa da Moeda paulistana se efetuavam ensaios monetários.
Interferia a Câmara Municipal paulis tana na administração da Casa da Moe da de sua vila onde também se fabrica vam cunhos.
Vejamos o que nos esclarecem alguns
Vasconcelos denunciador da existência da
do aparecimento do livro de Simao do moeda paulista dos São Vicente, portan to, note-se bem.
'
A 18 de maio de 1652 instigava a
Câmara ao Capitão Mor da capitania do São Vicente a que cumprisse a provisão
riam tal débito "por nao ha\er dmlui,
Seriam estes cunhos da fabricação de
Simão Roiz Henriques os que scnaam
para dar curso legal aos Sao ^»centc
de Pro\'à\olinente. que nos fala Simão de Vasconcelos? sim! t
Em carta do 2 de ® •issinalava Francisco dc Bnto J.reire
mandaram meter no cofre c arquivar nesta Câmara e de como (sc. Simão
Roiz) os entregando tudo mandaram fazer cste^ termo que assinaram".
Foram estes signatários: Jcrònimo de
.selho, cinco portanto dos seis membros do que se compunha a edilidade pau
sendo descobertas, e feitos os ensaios na
lo«m recebeu onze mil reis em dinheira de contado e sc lhe resta a de\ er cmc-o mil reis". A respeito deste resto de conta declararam os edis que os seus
cavam entregues aos ditos oficiacs e os
Atrevidamente lembraram os camaristas a Pereira, em outra carta, nova e
"Não ignoramos ser de muita utili dade, para o entabolamento das minas,
"E se con
ro de presente".
com os quais "o dito Simão Roiz tinha
Camargo, juiz ordinário; Sebastião Fer nandes Preto, Francisco Leme, Geraldo
uma Gasa da Moeda eni Sao Paulo naque'e ano de 1653: _
Ajustou-se logo a conta.
certaram cm dezesseis mil reis de que
zer os cunhos "que se tinha feito" c
ça do inimigo que infestava a costa sul do Brasil, já povoada havia mais de ceni anos, com muitas igrejas, "cazii^da moe da e quintos reais c alfandegas . mais evidente prova da existência de
comerlaram soÍ>re o que sc
lhe ora a clcvor do dito cunho".
sucessores, da Câmara dc l6o3, salda
Às autoridades municipais vinha tra
e.sta?
. .
As razões principais a esta oposição
riiiues
da Casa da Moeda.
precisou recusar.
da Gamara paulistana, diante dos quais
de moeda". Aos desobedientes se apli casse o confisco rigoroso do ouro. Assim era o provedor das minas quem Paulo".
Nele declararam os Ncreadores pau
ciaes da Gamara.
documento.s de 1652, seis anos ^antes
Sua Magestade caza da moeda em São
Mas muito mais exjircssivo c o têrmo tlc 17 de agosto itnedialo.
ma, os mais irados e violentos protestos
quintar ouro viessem a esta Vila de São Paulo onde Sua Magestade tinha caza
em 1649 declarava: "tinha naquela época
regia mandando logo reduz r a patacas o dinheiro que Sua Majestade tinha na região paulista.
Correia Soares, vereadores c Francisco
Barriga de Souza, procurador do Conlistana.
Rubricaram ã ata o tabelião Domin
gos Machado, servindo de escrivão e o mestre fundidor, depositário dos cunhos, Simão Roiz Honriques. Assim era a Câmara de São Paulo
que em seu cofre guardava os cunhos com os quais a Casa da Moeda de sua vila fabricava o dinheiro dc Sua Ma
jestade.
Outra circunstância curiosa, que à sa-
ciedade demonstra a interdependência <Ja Municipalidade e da Casa da Moeda:
quem pagou a Simão Roiz Henriques os novos cunhos, por êle depositados no cofre municipal, foi a Câmara e não a provedoria Real.
Ê o que nos relata o têrmo de 30 de dezembro de 1652.
Discutiram os
camaristas quanto se devia pagar a^ Hen-
lavrar
em sua magnífica
Histoiux
monetária
do Brasil Colomjd . -.feriai. Exis'Havia a possibilidade matena^ tia rav
XSft
tesen. feit.».
■^EnSfo do„.c,a...or <,ue de tal existem "provas
'.^ecusáveis .sur-
gen, r^Xâr^oTordocantento. ,nu,d(Li\TO ly. . - ^Jí _ i658 1658,'hoje » uma das sa em Lisboa, ^ ® bibliográficas bramaiores preciosidades S sileiras Wo q"® ,éis e hoje se
I
rca"por°ris ou quauo vêzes^
IrlX^CeXruíi-e-Iahodinheiri, "Sndo êste tópico de Sirn^ de Vasconcelos indaga Severmo Sombra:
Em que sentido tera sido empregada
a expressão — bater moeda. Recorda a tal propósito o douto espe cialista que em 1626 o Procurador da
82
Dicicstí) Ecc>nón<*^-<*
St"dn^ d'0Conselho, Salvadorarequererá noe do seu Felipe IV,emlicenSdí ? aos de
mil qmmoedas de cinqüenta cobre e outros tan-
"s vinténs por serem muito necessá5 comércio e uso da terra. E ain-
licença para se acrescentar dou.s ntens em cada pataca", para que asse não levasse o dinheiro fora do
Estado do Brasil".
9^a, argumenta Sombra do modo
•
® convincente "se bater
Descrevendo a capitania viccutina in-
São Vicente se lhes acrescentaria cunho
por serem minadas suas entranhas cie
moedas de ouro" (doze e meio por cento).
ouro o outros muitos gêneros de inetaes . Do ouro viecntino diz Vasconcelos:
Haverá contraprova mais categórica?
termos do parecer do eminente uu^i^is-
indaga Sombra. Se na Capitania ae São
com o excesso que lhe tocasse a respei to do valor a que subissem as mais
o "ora mui grande parte da fartiim cio Brasil" e também "parte da
"se bate moedas chamadas" (com
o
Vicente se encontrassem moedas "que
mesmo nome da terra) São Vicente,
tivessem por armas São Vicente", deve riam receber aumento proporcional ao valor em relação às mais moedas. "Sua existência e sua diferença das outras aí estão patentes. Peça parti
E quando isto escrevia se dizia
apareciam minas de prata de grande
significasse tão somente marcar (an «ent,, de valor) porque não indicaria o irocurador o aumento a ser feito nas
ca.r r'porqueo fi.xara indicava para as pata-a a quantidade
peça.s são chamadas com o mesmo no
Por\'entura, não é claro quo^ ôsse ouro é o de São Vicente c qne c coin
tal ouro que se bate moeda?
cular, pois, não resta d.úvida", comenta
Estas
o douto analista.
"Para as demais regiões, nenhuma observação especial: só para São Vi
ser babda. quando, no caso de marcação
me da terra "São Vicentes".
receS,'p°.^'
Mera coincidência com as moedas de São Vicente, introduzidas no reinado
cente".
do D. João III, ou outro tipo de moedaP Na primeira hipótese então porque só
guês a menção deveria ser geral, pois
jesuíta, autor da "crônica da Companhia
|! Qe Jesus na Província do Brasil", e seus contemporâneos, usavam a palavra "ba
í ter
para significar cunho de moeda
pjjis ainda se vivia no regime do mar-
Na obra de Simão de Vasconcelos
com o "frapper" do francês um dos verbos mais conhecidos do vocabulário
numismático, de onde se deriva "frappe", operação da antiga cunhagem das moedas a martelo, como se fazia antes
da invenção do balancim. E n-nguém
mos que as minas da capitania estavam
sujeitas a uma administração especial cuja autonomia era lamentada, pelo
Conde de Óbidos, em portaria de 15 de Dezembro de 1663. As ordens re
gias eram transmitidas diretamente a
E como argumento de decisivo valor
Salvador Corrêa e seus sucessores, sem
na questão em debate, invoca o douto
conhec mento da Provedoria da Real
do
Fazenda".
Conde de Óbidos relativo ao cumpri
Em setembro de, 1664 mandou o Go
vernador Geral "um proprio a Santos, o
dem de recunho de todo o meio cir
também dizem "battre monnaie" cuja
ajudante Antônio de Matos recolher
culante do Brasil, carta datada de 16
Neste regimento se fixaram os locais
São Vicente?",indaga Sombra.
do recunho das quatro zonas em quo.
"O próprio religioso dara maiores expl cações em sua "Vida do Padre José de Anchieta", publicação póstuma, pois
se dividiu a Co'onia: Cinda, Cidade
apareceu em 1672, no ano seguinte ao
da morte de Simão de Vasconcelos'.
d'0 Salvador, Rio de Janeiro "c São
Vicente. E especificou-se que se na capitania dêste nome "se achassem algümas moedas qué tivessem por armas
São Paulo, em meados do século A\ ii,
para ela avocámos o direito à pnondaSe da fundação sôbre as suas congêneres.
l
.
Depois de provar que na capitania de São Vicente se haviam lavrado moedas,
em meio da era seisceiitista, moedas i-
ferentes do São Vicente português, es creve Severino Sombra:
"Resumindo, de
^
minados, verif.camos que:
mento da Carta Regia, referente à or
"Então seriam cunhadas moedas em
a existência de uma Casa
dência, tão somente na capitania de São
Roiz. E isto não admira, se considerar
o demais levam a bater em moeda ou vendem em ser". "Bater em moeda" frisa Sombra note-se bem — "e não fundir em barras".
de abril de 1662.
Hzado em São Paulo em mwço e abrU
de 1936, memória em que denunaando
rie dos principais, acontecimentos exc
ignora que "frappe" se traduz em por tuguês por cunho. E aliás os franceses tradução literal não precisamos indicar.
mata e historiador acerca da Memóna
por nós apresentada ao Primeiro Con gresso de Numismática Brasileira, rea-
I) em 1644. El Bei ortoa JO
"Cunho particular de São Vicente existira, pois, aberto talvez por Simão
São Paulo em meados do século XVIII.
especialista o célebre Regimento
"História Monetária do Brasil Coloniar
no e, não, por singularíssima coinci Vicente.
ainda encontrou Severino Sombra ter
É o tópico em que se conta dos pau listanos; "pagam os quintos a El Pei o
Exatamente como acontece
Colônia, mormente na sede do Gover
o Cruzados?".
fabrico da moeda — quem o ignora? cunhá-la".
tal moeda, a circular, correria toda a
não também as outras, "Portuguezas**
ceira referência à Casa da Moeda do
lete, significa, "imprimir-lhe o cunho,
Se se tratasse do São Vicente portu
seriam cunhadas as de São Vicente e
O verbo "bater" tem aliás entre as miVfplas acepções o de significar o "Bater moeda", exphca Caldas Au-
sil, se estabeleceu em São Paulo trouxe
à grande autoridade do douto autor da o prestígio de seu aplauso c apoio. Scja-nos permitido aqui reproduzir os
forma o célebre Provincial que tòcia
rcndmcnto.
tudo faz crer que o famoso
83
DiGJSSTO Econômico
todo o dinheiro resultante do cunlio na
capitania de São Vicente".
"Sucedem-se depois as medidas da ordem monetária, até a crise de 1688
cujos resultados forçam o estabeleci mento da Casa da Moeda da Bahia em 1694. É uma nova fa.se".
Assim à nossa hipótese de que a pri meira Casa da Moeda, existente no Bra
ftS èl?» da Mo^a
ÍLrfoZ enf moeKais as do Reino - $750, IÇSOO e 3$000.
II) Para cumprir tal ordem
Sá e Benevides
rnoedas, reme-
' da Lei reladva
tendo-a ao chegar « registam de sua Administração que a f,
para ira ser ser cumprida III) parui de uj 1M5 os ^ III) A A parbr
tos paulistas
documen-
I
pa^io, mesmo
Moeía os d?riam™ter sido estabelecidas oficinas monetárias.
,
IV) O jesuíta Simão de Vasconce los afirma, em obra publicada no ario de 1658, que eram batidas moedas de ouro, acrescentando, no seu livro apa recido em 1672, que tais moedas eram chamadas São Vicente - nome da terra.
82
Dicicstí) Ecc>nón<*^-<*
St"dn^ d'0Conselho, Salvadorarequererá noe do seu Felipe IV,emlicenSdí ? aos de
mil qmmoedas de cinqüenta cobre e outros tan-
"s vinténs por serem muito necessá5 comércio e uso da terra. E ain-
licença para se acrescentar dou.s ntens em cada pataca", para que asse não levasse o dinheiro fora do
Estado do Brasil".
9^a, argumenta Sombra do modo
•
® convincente "se bater
Descrevendo a capitania viccutina in-
São Vicente se lhes acrescentaria cunho
por serem minadas suas entranhas cie
moedas de ouro" (doze e meio por cento).
ouro o outros muitos gêneros de inetaes . Do ouro viecntino diz Vasconcelos:
Haverá contraprova mais categórica?
termos do parecer do eminente uu^i^is-
indaga Sombra. Se na Capitania ae São
com o excesso que lhe tocasse a respei to do valor a que subissem as mais
o "ora mui grande parte da fartiim cio Brasil" e também "parte da
"se bate moedas chamadas" (com
o
Vicente se encontrassem moedas "que
mesmo nome da terra) São Vicente,
tivessem por armas São Vicente", deve riam receber aumento proporcional ao valor em relação às mais moedas. "Sua existência e sua diferença das outras aí estão patentes. Peça parti
E quando isto escrevia se dizia
apareciam minas de prata de grande
significasse tão somente marcar (an «ent,, de valor) porque não indicaria o irocurador o aumento a ser feito nas
ca.r r'porqueo fi.xara indicava para as pata-a a quantidade
peça.s são chamadas com o mesmo no
Por\'entura, não é claro quo^ ôsse ouro é o de São Vicente c qne c coin
tal ouro que se bate moeda?
cular, pois, não resta d.úvida", comenta
Estas
o douto analista.
"Para as demais regiões, nenhuma observação especial: só para São Vi
ser babda. quando, no caso de marcação
me da terra "São Vicentes".
receS,'p°.^'
Mera coincidência com as moedas de São Vicente, introduzidas no reinado
cente".
do D. João III, ou outro tipo de moedaP Na primeira hipótese então porque só
guês a menção deveria ser geral, pois
jesuíta, autor da "crônica da Companhia
|! Qe Jesus na Província do Brasil", e seus contemporâneos, usavam a palavra "ba
í ter
para significar cunho de moeda
pjjis ainda se vivia no regime do mar-
Na obra de Simão de Vasconcelos
com o "frapper" do francês um dos verbos mais conhecidos do vocabulário
numismático, de onde se deriva "frappe", operação da antiga cunhagem das moedas a martelo, como se fazia antes
da invenção do balancim. E n-nguém
mos que as minas da capitania estavam
sujeitas a uma administração especial cuja autonomia era lamentada, pelo
Conde de Óbidos, em portaria de 15 de Dezembro de 1663. As ordens re
gias eram transmitidas diretamente a
E como argumento de decisivo valor
Salvador Corrêa e seus sucessores, sem
na questão em debate, invoca o douto
conhec mento da Provedoria da Real
do
Fazenda".
Conde de Óbidos relativo ao cumpri
Em setembro de, 1664 mandou o Go
vernador Geral "um proprio a Santos, o
dem de recunho de todo o meio cir
também dizem "battre monnaie" cuja
ajudante Antônio de Matos recolher
culante do Brasil, carta datada de 16
Neste regimento se fixaram os locais
São Vicente?",indaga Sombra.
do recunho das quatro zonas em quo.
"O próprio religioso dara maiores expl cações em sua "Vida do Padre José de Anchieta", publicação póstuma, pois
se dividiu a Co'onia: Cinda, Cidade
apareceu em 1672, no ano seguinte ao
da morte de Simão de Vasconcelos'.
d'0 Salvador, Rio de Janeiro "c São
Vicente. E especificou-se que se na capitania dêste nome "se achassem algümas moedas qué tivessem por armas
São Paulo, em meados do século A\ ii,
para ela avocámos o direito à pnondaSe da fundação sôbre as suas congêneres.
l
.
Depois de provar que na capitania de São Vicente se haviam lavrado moedas,
em meio da era seisceiitista, moedas i-
ferentes do São Vicente português, es creve Severino Sombra:
"Resumindo, de
^
minados, verif.camos que:
mento da Carta Regia, referente à or
"Então seriam cunhadas moedas em
a existência de uma Casa
dência, tão somente na capitania de São
Roiz. E isto não admira, se considerar
o demais levam a bater em moeda ou vendem em ser". "Bater em moeda" frisa Sombra note-se bem — "e não fundir em barras".
de abril de 1662.
Hzado em São Paulo em mwço e abrU
de 1936, memória em que denunaando
rie dos principais, acontecimentos exc
ignora que "frappe" se traduz em por tuguês por cunho. E aliás os franceses tradução literal não precisamos indicar.
mata e historiador acerca da Memóna
por nós apresentada ao Primeiro Con gresso de Numismática Brasileira, rea-
I) em 1644. El Bei ortoa JO
"Cunho particular de São Vicente existira, pois, aberto talvez por Simão
São Paulo em meados do século XVIII.
especialista o célebre Regimento
"História Monetária do Brasil Coloniar
no e, não, por singularíssima coinci Vicente.
ainda encontrou Severino Sombra ter
É o tópico em que se conta dos pau listanos; "pagam os quintos a El Pei o
Exatamente como acontece
Colônia, mormente na sede do Gover
o Cruzados?".
fabrico da moeda — quem o ignora? cunhá-la".
tal moeda, a circular, correria toda a
não também as outras, "Portuguezas**
ceira referência à Casa da Moeda do
lete, significa, "imprimir-lhe o cunho,
Se se tratasse do São Vicente portu
seriam cunhadas as de São Vicente e
O verbo "bater" tem aliás entre as miVfplas acepções o de significar o "Bater moeda", exphca Caldas Au-
sil, se estabeleceu em São Paulo trouxe
à grande autoridade do douto autor da o prestígio de seu aplauso c apoio. Scja-nos permitido aqui reproduzir os
forma o célebre Provincial que tòcia
rcndmcnto.
tudo faz crer que o famoso
83
DiGJSSTO Econômico
todo o dinheiro resultante do cunlio na
capitania de São Vicente".
"Sucedem-se depois as medidas da ordem monetária, até a crise de 1688
cujos resultados forçam o estabeleci mento da Casa da Moeda da Bahia em 1694. É uma nova fa.se".
Assim à nossa hipótese de que a pri meira Casa da Moeda, existente no Bra
ftS èl?» da Mo^a
ÍLrfoZ enf moeKais as do Reino - $750, IÇSOO e 3$000.
II) Para cumprir tal ordem
Sá e Benevides
rnoedas, reme-
' da Lei reladva
tendo-a ao chegar « registam de sua Administração que a f,
para ira ser ser cumprida III) parui de uj 1M5 os ^ III) A A parbr
tos paulistas
documen-
I
pa^io, mesmo
Moeía os d?riam™ter sido estabelecidas oficinas monetárias.
,
IV) O jesuíta Simão de Vasconce los afirma, em obra publicada no ario de 1658, que eram batidas moedas de ouro, acrescentando, no seu livro apa recido em 1672, que tais moedas eram chamadas São Vicente - nome da terra.
84
_ V) Confirmando as palavras do cro nista da benemérita Companhia, o pró prio Governador Geral do Brasil, em seu Regimento de 1663. faz menção tíspecial às moedas ali existentes, com as armas de São Vicente.
Assim, pois, havendo ordens insofis máveis para o estabelecimento da Casa
da Moeda paulista, e testemunhos irre cusáveis das moedas lavradas, nosso Pa recer é pela existência, a partir de 1645, nela .sendo cunhadas, com o ouro das
Minas de São Vicente e São Paulo, das moedas indicadas no alvará de 1642, com marca especial que as distinguisse como vicentinas.-
Esta fabricação de moedas, realizada quantidade relatívamente pequena
taiEumas) pouco tempo durou, não mais tendo lugar por ocasião da crise mone tária de 1688.
Tal a opinião exarada perante o Con gresso de Num=smática Brasileira de São
I1J36, na Monetária do Brasil Coloniar'. em ensaio do mais considerável valor
Dioi-;.st() Ec(>nómico
Em todo o caso estes diversos contes-
tantes não dí.scrcparam das normas da
polidez, salvo ciuanto ao .sr. FCurt Pro-
conhe^, pois realmente é das obra.s básicas da nossa numismática nacional.
Alcançou o parecer de Severino Som
bra o assentimento da quase unanimi
.seja.
Posta de lado e.sta pe(|uc'na digressão, lembramos cpie, com efeito, a produção
O .ST. Otávio Tíirqutnio dc Sousa, com uma série de informações, examimi a concessão da prhneira sesnuiria de terras de que se ori
da Casa da Moeda de São Paulo, em meados do .século XVII, só ]jode tei
vido à incapacidade da administração, o desnwzêlo e o pouco es-
.sido o mu'to —
verino Sombra.
alimentada pelas faisqueiras pobríssimas dos arredores de São Paulo e do lito
ral do Sul, de Iguape a Paranaguá!
^Hi.sTÓvÃo Monteuu) foi o concessio
nos um escrito anônimo colecionado no
nário da primeira se.smaria de terras de que se originaria a fazenda de Santa
Códice Costa Matoso, da "Brasiliana"
Cruz.
de Félix Pacheco, — quem, por volta
guá(as melhores da região paulista me
1576. Passado.s alguns anos, em 1589, sua viuva Marquesa Ferreira fez doação aos jesuítas da metade deSsas terras, em.
ali, cem oitavas do ouro (350 grs!)
testamento que assim rezava:
Em fins da era seiscentista — conta-
de 1695, deixava as mina.s de Parana-
Isto ainda no século XVI, em
"Deixo
apoderara dos jesuítas; em 1654 mais três léguas foram compradas por mil cruzados a Tomé Correia de Alvaren
ga, e dois anos depois, outras três léguas a Francisco Frazão de Sousa, genro daquele, por 600$000. Não sem
oportunidade recordou a propósito um
apologista dos padres a sentença de Ovídic: "et quum possideant plunma,
de 1672 a 1678 pouco mais de dois
de esmola aos padres da Companhia de Jesus a metade das terras que tenho em Guaratiba, assim e da maneira que eu
quilos do ouro renderam. Terá a extra
as tenho, para que me encomendem a
O certo entretanto é que nesse vasto latifúndio de dez léguas quadradas en-
minha alma e de meu marido a Nosso
giram os padres da Companhia um mo-
podia gabar-se de ter tido sorte. Os quintos de Paranaguá c Cananéia ção do metal atingido vinte quilos? Assim o rendimento da Casa da Moeda
um dêles díssentiu; o sr. Antônio Au
tureza a aumentar con.sideràvelmente o
gusto de Almeida que no momento, e cortesmente, prometeu explicar oportu
que, por volta de 1690, era o mais in
volume do meio circulante do Brasil
namente, em público, os motivos de sua
suficiente para o giro comercial da
discordância. São passados onze anos
Colônia.
e até hoje tem-se niantido o sr. Almei
Escassez esta que foi uma das coisas
da, ao que saibamos, no mais absoluto
principais da terrível crise económico-
contraporem documentos a documentos,
crúptdo dos burocratas
E realmente! se era
dade dos congressistas de 1936. Apenas
^ Alguns outros divergentes, aliás raros, tem surgido. Em vez de, entretanto,
ginou a fazenda da Santa Cruz, que entrou em completa ruína, de
escassa, como aliás pensa Se
do São Paulo não deve ter sido de na
mutismo:
de uat íatiJ(útidL&. por Otávio TAuquÍNio de Sousa
história com arreganhos de legitimo feitio nazista, como se a inipolídez cons titua meio de provar o ciiic quer que
Paulo em 1936 e repetida na "Histó- ridional) trazendo, após longo estágio
coino nao ha especialista que não o re^
yA
ber que entende di.sciitir nncstõcs de
financeira assoladora, em
proporções
Senhor". Em 1590, Catarina Monteiro,
filha de Cristóvão e Marquesa, e seu marido José Adorno, trocaram com os
jesuítas a metade restante das teiTas, por outras, na ilha de Santo Amaro e mais
trezentas e quarenta braças de chão per
to de Santos, que tinham pertencido ao padre Femão Luís Carapeto. Troca que eqüivaleu a verdadeira doação, visto que
jamai.s vistas, da grande, da máxima
as terras de Guaratiba valiam muito mais
conquista dos reinos o senhorios do sr.
do que as de Santos. No século XVII,
Dom Pedro II, o qual, entretanto, nãoi' invocava tal particularidade na ladainha
em 1616, a fazenda foi acrescida de um
plura volunt"UlU
numento que ttcs recomenda
^
cmno os jesuítas no Brasil, sem desonrar
r evangeHzação do gentio, foram em larga escala, em tarefas de poral. e^merdantes. agricultores e pecuanstas, mdusSs Se construíram igrejas, escolas e bibliotecas, do mesmo passo semearam a terra e criaram gado. Lentamente, com a tenacidade e paciên
cia próprias de discípulos de Loyola ini
vivem a discutir palavras. ^ Pretende uin até que Casa da Moeda,
ravam a Arábia e a Pérsia, a Guiné e a
Etiópia, em demonstração de e.xotismo
Veloso, herdeiros de Manuel Veloso Es-
la
ai por volta de 1650, não simificava es
que já não tinha mais muita razão de
pinlio, efetuado o pagamento em pata-
em
tabelecimento onde se fabricasse di
ser, mas era grandiosamente histórica e
cas, meias patacas e moedas de qua
nheiro!!
gloriosa coma raras no Universo.
tro vinténs. • Mas a fome de terras se
dos títulos majestáticos, em que figu
•
tudo o espírito de iniciativa e e .p dade de administradores. Arrojado Sícil era o empreendimento que prova
terreno de 500 x 1.500 braças, adquiri do por compra a Jerônimo e Manuel
para a anulação do parecer de Sombra,
VULUil^
ciaram a imensa lida no domínio que Io outeiro de pedras, sôbre o mar, Guaratiba, à serra de Matacães, em Vassouras. Não lhes seria possível
1
84
_ V) Confirmando as palavras do cro nista da benemérita Companhia, o pró prio Governador Geral do Brasil, em seu Regimento de 1663. faz menção tíspecial às moedas ali existentes, com as armas de São Vicente.
Assim, pois, havendo ordens insofis máveis para o estabelecimento da Casa
da Moeda paulista, e testemunhos irre cusáveis das moedas lavradas, nosso Pa recer é pela existência, a partir de 1645, nela .sendo cunhadas, com o ouro das
Minas de São Vicente e São Paulo, das moedas indicadas no alvará de 1642, com marca especial que as distinguisse como vicentinas.-
Esta fabricação de moedas, realizada quantidade relatívamente pequena
taiEumas) pouco tempo durou, não mais tendo lugar por ocasião da crise mone tária de 1688.
Tal a opinião exarada perante o Con gresso de Num=smática Brasileira de São
I1J36, na Monetária do Brasil Coloniar'. em ensaio do mais considerável valor
Dioi-;.st() Ec(>nómico
Em todo o caso estes diversos contes-
tantes não dí.scrcparam das normas da
polidez, salvo ciuanto ao .sr. FCurt Pro-
conhe^, pois realmente é das obra.s básicas da nossa numismática nacional.
Alcançou o parecer de Severino Som
bra o assentimento da quase unanimi
.seja.
Posta de lado e.sta pe(|uc'na digressão, lembramos cpie, com efeito, a produção
O .ST. Otávio Tíirqutnio dc Sousa, com uma série de informações, examimi a concessão da prhneira sesnuiria de terras de que se ori
da Casa da Moeda de São Paulo, em meados do .século XVII, só ]jode tei
vido à incapacidade da administração, o desnwzêlo e o pouco es-
.sido o mu'to —
verino Sombra.
alimentada pelas faisqueiras pobríssimas dos arredores de São Paulo e do lito
ral do Sul, de Iguape a Paranaguá!
^Hi.sTÓvÃo Monteuu) foi o concessio
nos um escrito anônimo colecionado no
nário da primeira se.smaria de terras de que se originaria a fazenda de Santa
Códice Costa Matoso, da "Brasiliana"
Cruz.
de Félix Pacheco, — quem, por volta
guá(as melhores da região paulista me
1576. Passado.s alguns anos, em 1589, sua viuva Marquesa Ferreira fez doação aos jesuítas da metade deSsas terras, em.
ali, cem oitavas do ouro (350 grs!)
testamento que assim rezava:
Em fins da era seiscentista — conta-
de 1695, deixava as mina.s de Parana-
Isto ainda no século XVI, em
"Deixo
apoderara dos jesuítas; em 1654 mais três léguas foram compradas por mil cruzados a Tomé Correia de Alvaren
ga, e dois anos depois, outras três léguas a Francisco Frazão de Sousa, genro daquele, por 600$000. Não sem
oportunidade recordou a propósito um
apologista dos padres a sentença de Ovídic: "et quum possideant plunma,
de 1672 a 1678 pouco mais de dois
de esmola aos padres da Companhia de Jesus a metade das terras que tenho em Guaratiba, assim e da maneira que eu
quilos do ouro renderam. Terá a extra
as tenho, para que me encomendem a
O certo entretanto é que nesse vasto latifúndio de dez léguas quadradas en-
minha alma e de meu marido a Nosso
giram os padres da Companhia um mo-
podia gabar-se de ter tido sorte. Os quintos de Paranaguá c Cananéia ção do metal atingido vinte quilos? Assim o rendimento da Casa da Moeda
um dêles díssentiu; o sr. Antônio Au
tureza a aumentar con.sideràvelmente o
gusto de Almeida que no momento, e cortesmente, prometeu explicar oportu
que, por volta de 1690, era o mais in
volume do meio circulante do Brasil
namente, em público, os motivos de sua
suficiente para o giro comercial da
discordância. São passados onze anos
Colônia.
e até hoje tem-se niantido o sr. Almei
Escassez esta que foi uma das coisas
da, ao que saibamos, no mais absoluto
principais da terrível crise económico-
contraporem documentos a documentos,
crúptdo dos burocratas
E realmente! se era
dade dos congressistas de 1936. Apenas
^ Alguns outros divergentes, aliás raros, tem surgido. Em vez de, entretanto,
ginou a fazenda da Santa Cruz, que entrou em completa ruína, de
escassa, como aliás pensa Se
do São Paulo não deve ter sido de na
mutismo:
de uat íatiJ(útidL&. por Otávio TAuquÍNio de Sousa
história com arreganhos de legitimo feitio nazista, como se a inipolídez cons titua meio de provar o ciiic quer que
Paulo em 1936 e repetida na "Histó- ridional) trazendo, após longo estágio
coino nao ha especialista que não o re^
yA
ber que entende di.sciitir nncstõcs de
financeira assoladora, em
proporções
Senhor". Em 1590, Catarina Monteiro,
filha de Cristóvão e Marquesa, e seu marido José Adorno, trocaram com os
jesuítas a metade restante das teiTas, por outras, na ilha de Santo Amaro e mais
trezentas e quarenta braças de chão per
to de Santos, que tinham pertencido ao padre Femão Luís Carapeto. Troca que eqüivaleu a verdadeira doação, visto que
jamai.s vistas, da grande, da máxima
as terras de Guaratiba valiam muito mais
conquista dos reinos o senhorios do sr.
do que as de Santos. No século XVII,
Dom Pedro II, o qual, entretanto, nãoi' invocava tal particularidade na ladainha
em 1616, a fazenda foi acrescida de um
plura volunt"UlU
numento que ttcs recomenda
^
cmno os jesuítas no Brasil, sem desonrar
r evangeHzação do gentio, foram em larga escala, em tarefas de poral. e^merdantes. agricultores e pecuanstas, mdusSs Se construíram igrejas, escolas e bibliotecas, do mesmo passo semearam a terra e criaram gado. Lentamente, com a tenacidade e paciên
cia próprias de discípulos de Loyola ini
vivem a discutir palavras. ^ Pretende uin até que Casa da Moeda,
ravam a Arábia e a Pérsia, a Guiné e a
Etiópia, em demonstração de e.xotismo
Veloso, herdeiros de Manuel Veloso Es-
la
ai por volta de 1650, não simificava es
que já não tinha mais muita razão de
pinlio, efetuado o pagamento em pata-
em
tabelecimento onde se fabricasse di
ser, mas era grandiosamente histórica e
cas, meias patacas e moedas de qua
nheiro!!
gloriosa coma raras no Universo.
tro vinténs. • Mas a fome de terras se
dos títulos majestáticos, em que figu
•
tudo o espírito de iniciativa e e .p dade de administradores. Arrojado Sícil era o empreendimento que prova
terreno de 500 x 1.500 braças, adquiri do por compra a Jerônimo e Manuel
para a anulação do parecer de Sombra,
VULUil^
ciaram a imensa lida no domínio que Io outeiro de pedras, sôbre o mar, Guaratiba, à serra de Matacães, em Vassouras. Não lhes seria possível
1
Dkíbsto Econômico
86 Dicesto
ensao. A parte que ainda nos primeiros XIX se caracterizava co-
^0 di'atando-se ao ocidente para o ser"To da Paraíba do Sul", pela deficiência
® morosidade dos transportes mereceu
atenção muito menor. Foi ern terras pró-
iico Econômico
construiram um dique "magnífico" e
rinha do Brasil o legumes". Em 1757,
o catálogo apresenta quase 1.000 cavalos - 948 precisamente - e 9.344 bovinos.
direção ao mar"; e mais ainda outros
Itaguaí, tinha 10 quilômetros e 130 me
pelos rios Guandu e Taguaí ou Itaguaí
mútua correspondência, para que mais
cabo a sua grande obra. Um dos melho
inconvenientes opostos de ficarem secos
jarem este famoso estabeleci-
grande segredo de vencer lun
ergueram "de pedra e cal dois grandes óculos, com suas comportas e registros, muito bem graduados c contíguos aos
rios, de onde (quando convinha) solta vam os volumes de águas necessárias, en
caminhadas por duas valas, Por fim, "de cantaria
montão de dúvidas e dificul
bem
trabalhada e unida pelas jun-
dades". Os brejais eram enor
turas, construiram no Guandu uma lindíssima ponte, apoia da sôbrc arcos desiguais, mas
mes e "entrelaçavam a maior
parte de um terreno até então agreste, apaulado, inútil e im
penetrável". Transformar pântanos em campos, fazer de paúís excelentes pasta gens, esgotar as "imensas umidades" das
terras alagadas — eis o maior esforço dos
fazendeiros de roupeta.
os campos e cstcfcís os pastos, os padres
pas.sando destas a outras a circular e fecundar o campo".
I mcnto", por terem achado "o
Não temendo
com tão discreta proporciona
lidade, que pelos seus centros as águas dêste rio passassem livremente, enquanto
lutavam. O rio Guandu, "soberbo e caudaloso", transbordava todos os
Canais, va'as, diques, comportas, pon
tes, tudo o's jesuítas fizeram com uma
enxurradas
nha da Gama de ,que para o bom êxito
bordações anuais enfadonhas, no di-,
de tais obras de muito serviram os es
^-er do coronel Couto Reis.
tudos feitos na Holanda por dois pa dres da Companhia ali especialmente
Toma
va-se necessário represar essas águás,
dar-llies leitos regalares. E foi o que fizeram. Para prevenir as inundações.
genética, estiveram os jesuítas empenha dos sempre na multiplicação, boa esco-,
comportas, os jesuítas enfrentaram e ven
lha de vacas e introdução de toiuros no
ceram a hostilidade da natureza tropi cal, dominaram as águas rebeldes e subs-
não degenerassem; e para que as terras
tituiram por "um jardim", como asse
não perdessem a sua feracidade cuida
vera um tanto liricamente o mais autori
vam do que Uies merecia significativa
zado historiador dos feitos da Companhia no Brasil, "pântanos e brejos inclemen tes". Jardim que o gênio administra
Plantando antes numa preocupação de auto-suficiência, os jesuítas foram prin
mandados. . A ' domestiçação
do
rio
Guandu importou a abertiura de um
vos de raça especial para que as crias
mente o nome de "saúde do campo".
cipalmente em Santa Cruz grandes cria dores de gado. Nos últimos anos de de tôda a espécie e para os mais diversos sua exploração tinham "para cima de misteres: igreja, sobrado de residência 11.000 cabeças de gado %'acum', alem de (a casa grande desses senhores "sui-ge- numeroso gado cavalar, de ovinos, ca tivo dos padres e o rude traballio dos
escravos negros iriam encher de casas
neris"), mais de duzentas senzalas, hos
pedaria, escola, hospital, cadeia, ofici nas de ferraria, tecelagem, carpintaria, olaria, casa de cal, casa de farinha, des
casca de arroz, casa de curtume, enge nhoca de aguardente, engenho de açú antes de tudo à criação de gado, não prescindiam de roças de mandioca, fei jão e algodão. Não terá sido com rapidez que a fa zenda de Santa Cruz atingiu ao seu apogeu. Mas nas primeiras décadas do
gundo os misteres em que se serviriam, eram como feixes graduais e designados
O número de escravos subira a 740, Grandes criadores, atentos às leis da
essas valas e canais, a êsscs diques e
5 quilómetro.s e 380 metros. Graças a
car (inacabado), estaleiro'. • Dedicados
anos na época das enchentes com as das serras; trans-
tros de comprimento; a vala da Goiaba
comportas inventadas e dispostas, se
proficiência do holandeses e deve ser fundada a afirmativa de José de Salda
vindas
São Francisco, entre os rios Guandu e
corressem nos bmites do seu alvco; e
contrariedades, puseram mãos,a comphcados trabalhos de engenharia hidráuli a reter as águas sobejas, ampliar o curso ca e saneamento rural e conseguiram rea- das precisas e fazer retroceder as supér hzá-los a despeito das quase insupe-, fluas para o Itaguaí..."
ráveis deficiências técnicas com qué^
quanto as mulheres cultivavam a terra "de que se tirava grande cópia de fa
quilômetros c 642 metros). O canal de
prontamente se facilitasse a vasante das e servidas pelo mar na costa de Sepetiba, cheias". Em seguida, para evitar os que se instalaram os padres e levaram a
? ^uto Reis, santista, militar, sud® deputado à Constituinte de '3 — diz que eles "se souberam lin damente aproveitar para arran
amansar cavalos uns 700 escravos, en
mesmo — a vala de Itá — e do compri mento de quase onze quilômetros. (Com o canal de Santa Luzia, Itá somava 13
muitos "sangradouros transversais, e de
res cronistas das atividades dos jesuías ^ Santa Cruz — Manoel Martins
outro rio, tão largo e fundo como êle
grande parte da corrente do Guandu foi desviada para o rio Itaguaí; cavaram "algumas valas magistrais, muito bem reguladas por um nivelamento gradual e
cidade do Rio de janeiro, nas
infindáveis planícies regadas e inundadas
1
século XVIII ela já devia- estar florente. Na medição concluída em 1731 con taram-se 19 currais.
Em 1742 havia
7.658 cabeças de gado bovino,' 1.140 de eqüino e 200 de ovino. Ao colégio dos padres no Rio de Janeiro a fazenda forneceu nesse ano para além de 500 cabeças de bovino. Trabalhavam no pas
prinos, lanígeros e aves e outros ani^ mais domésticos. É o que a irma Jose
de Saldanha da Gama. Vinte e dois rnrrais esnalhavam-se pelos campos e o
gX reX anualmeníe 30.000 cruzaforou sejam Cr$ .12.000 00 nos tcmpda adminis^a.^ o
Ho^ia^de dis décadas. Da
ãade dêsse administrador da a tradiçao bom testemunhos: não desamparava ja
I
mais os pobres, fazendo abater mais de
S) rezes por mês para distribuição aos necessitados; a escravaria merecia tra tamento humano - os chefes de fami^
podam criar nos campos da fazenda,
sem ônus, até dez cabeças, e as crian
ças eram alimentadas e vestidas à custa da Companhia.
Zelosos do seu bem dirigido latifúndio, os jesuítas, embora possuíssem para dias
de festa nma baixela da índia e da toreio do gado ou se ocupavam em '
Dkíbsto Econômico
86 Dicesto
ensao. A parte que ainda nos primeiros XIX se caracterizava co-
^0 di'atando-se ao ocidente para o ser"To da Paraíba do Sul", pela deficiência
® morosidade dos transportes mereceu
atenção muito menor. Foi ern terras pró-
iico Econômico
construiram um dique "magnífico" e
rinha do Brasil o legumes". Em 1757,
o catálogo apresenta quase 1.000 cavalos - 948 precisamente - e 9.344 bovinos.
direção ao mar"; e mais ainda outros
Itaguaí, tinha 10 quilômetros e 130 me
pelos rios Guandu e Taguaí ou Itaguaí
mútua correspondência, para que mais
cabo a sua grande obra. Um dos melho
inconvenientes opostos de ficarem secos
jarem este famoso estabeleci-
grande segredo de vencer lun
ergueram "de pedra e cal dois grandes óculos, com suas comportas e registros, muito bem graduados c contíguos aos
rios, de onde (quando convinha) solta vam os volumes de águas necessárias, en
caminhadas por duas valas, Por fim, "de cantaria
montão de dúvidas e dificul
bem
trabalhada e unida pelas jun-
dades". Os brejais eram enor
turas, construiram no Guandu uma lindíssima ponte, apoia da sôbrc arcos desiguais, mas
mes e "entrelaçavam a maior
parte de um terreno até então agreste, apaulado, inútil e im
penetrável". Transformar pântanos em campos, fazer de paúís excelentes pasta gens, esgotar as "imensas umidades" das
terras alagadas — eis o maior esforço dos
fazendeiros de roupeta.
os campos e cstcfcís os pastos, os padres
pas.sando destas a outras a circular e fecundar o campo".
I mcnto", por terem achado "o
Não temendo
com tão discreta proporciona
lidade, que pelos seus centros as águas dêste rio passassem livremente, enquanto
lutavam. O rio Guandu, "soberbo e caudaloso", transbordava todos os
Canais, va'as, diques, comportas, pon
tes, tudo o's jesuítas fizeram com uma
enxurradas
nha da Gama de ,que para o bom êxito
bordações anuais enfadonhas, no di-,
de tais obras de muito serviram os es
^-er do coronel Couto Reis.
tudos feitos na Holanda por dois pa dres da Companhia ali especialmente
Toma
va-se necessário represar essas águás,
dar-llies leitos regalares. E foi o que fizeram. Para prevenir as inundações.
genética, estiveram os jesuítas empenha dos sempre na multiplicação, boa esco-,
comportas, os jesuítas enfrentaram e ven
lha de vacas e introdução de toiuros no
ceram a hostilidade da natureza tropi cal, dominaram as águas rebeldes e subs-
não degenerassem; e para que as terras
tituiram por "um jardim", como asse
não perdessem a sua feracidade cuida
vera um tanto liricamente o mais autori
vam do que Uies merecia significativa
zado historiador dos feitos da Companhia no Brasil, "pântanos e brejos inclemen tes". Jardim que o gênio administra
Plantando antes numa preocupação de auto-suficiência, os jesuítas foram prin
mandados. . A ' domestiçação
do
rio
Guandu importou a abertiura de um
vos de raça especial para que as crias
mente o nome de "saúde do campo".
cipalmente em Santa Cruz grandes cria dores de gado. Nos últimos anos de de tôda a espécie e para os mais diversos sua exploração tinham "para cima de misteres: igreja, sobrado de residência 11.000 cabeças de gado %'acum', alem de (a casa grande desses senhores "sui-ge- numeroso gado cavalar, de ovinos, ca tivo dos padres e o rude traballio dos
escravos negros iriam encher de casas
neris"), mais de duzentas senzalas, hos
pedaria, escola, hospital, cadeia, ofici nas de ferraria, tecelagem, carpintaria, olaria, casa de cal, casa de farinha, des
casca de arroz, casa de curtume, enge nhoca de aguardente, engenho de açú antes de tudo à criação de gado, não prescindiam de roças de mandioca, fei jão e algodão. Não terá sido com rapidez que a fa zenda de Santa Cruz atingiu ao seu apogeu. Mas nas primeiras décadas do
gundo os misteres em que se serviriam, eram como feixes graduais e designados
O número de escravos subira a 740, Grandes criadores, atentos às leis da
essas valas e canais, a êsscs diques e
5 quilómetro.s e 380 metros. Graças a
car (inacabado), estaleiro'. • Dedicados
anos na época das enchentes com as das serras; trans-
tros de comprimento; a vala da Goiaba
comportas inventadas e dispostas, se
proficiência do holandeses e deve ser fundada a afirmativa de José de Salda
vindas
São Francisco, entre os rios Guandu e
corressem nos bmites do seu alvco; e
contrariedades, puseram mãos,a comphcados trabalhos de engenharia hidráuli a reter as águas sobejas, ampliar o curso ca e saneamento rural e conseguiram rea- das precisas e fazer retroceder as supér hzá-los a despeito das quase insupe-, fluas para o Itaguaí..."
ráveis deficiências técnicas com qué^
quanto as mulheres cultivavam a terra "de que se tirava grande cópia de fa
quilômetros c 642 metros). O canal de
prontamente se facilitasse a vasante das e servidas pelo mar na costa de Sepetiba, cheias". Em seguida, para evitar os que se instalaram os padres e levaram a
? ^uto Reis, santista, militar, sud® deputado à Constituinte de '3 — diz que eles "se souberam lin damente aproveitar para arran
amansar cavalos uns 700 escravos, en
mesmo — a vala de Itá — e do compri mento de quase onze quilômetros. (Com o canal de Santa Luzia, Itá somava 13
muitos "sangradouros transversais, e de
res cronistas das atividades dos jesuías ^ Santa Cruz — Manoel Martins
outro rio, tão largo e fundo como êle
grande parte da corrente do Guandu foi desviada para o rio Itaguaí; cavaram "algumas valas magistrais, muito bem reguladas por um nivelamento gradual e
cidade do Rio de janeiro, nas
infindáveis planícies regadas e inundadas
1
século XVIII ela já devia- estar florente. Na medição concluída em 1731 con taram-se 19 currais.
Em 1742 havia
7.658 cabeças de gado bovino,' 1.140 de eqüino e 200 de ovino. Ao colégio dos padres no Rio de Janeiro a fazenda forneceu nesse ano para além de 500 cabeças de bovino. Trabalhavam no pas
prinos, lanígeros e aves e outros ani^ mais domésticos. É o que a irma Jose
de Saldanha da Gama. Vinte e dois rnrrais esnalhavam-se pelos campos e o
gX reX anualmeníe 30.000 cruzaforou sejam Cr$ .12.000 00 nos tcmpda adminis^a.^ o
Ho^ia^de dis décadas. Da
ãade dêsse administrador da a tradiçao bom testemunhos: não desamparava ja
I
mais os pobres, fazendo abater mais de
S) rezes por mês para distribuição aos necessitados; a escravaria merecia tra tamento humano - os chefes de fami^
podam criar nos campos da fazenda,
sem ônus, até dez cabeças, e as crian
ças eram alimentadas e vestidas à custa da Companhia.
Zelosos do seu bem dirigido latifúndio, os jesuítas, embora possuíssem para dias
de festa nma baixela da índia e da toreio do gado ou se ocupavam em '
II 88
Dioii-STO
! I lim 1
Econômico 89
Digesto Econômico
Clíina, timbravam nos hábitos modestos.
Foi por isso que alguém do séquito do conde de Assumar, de passagem por San ta Cruz, em 1717, falando da grandio sidade da Fazenda, onde já havia então 350 casais de negros, 9.000 cabeças de gado maior, muitas ovelhas e carneiros e não menos éguas e cavalos, pôde es crever: "os padres trataram-nos bem parcamente porque não quiseram con sentir que o cozinheiro nosso entrasse
na cozinha, e os seus, que eram negros, não faziam outra cousa senão
guizados de frades". Depoi
ainda se inarcarum e ferraram G.178
crias; no ano .seguinte. 2.820 cT'as: em
de é cpie o engenho fui construído para
1770, apenas 2.330; em 1793 o gado \-a-
não ser explorado. Em l806 arremataram-no pela quantia do 171:618S141, Antônio da Silva Braga o sons sócios e
cuin estava quase extinto.
fazenda d<' Santa Cruz.
Em earta de
colonos. Couto Reis plantara 20.000 pés
fiadores Antônio Gomes Barroso. João
de café em Santa Cmz;- o conde dc Linharejí mandou vir de Macau colonos
Gonie.s Barro.so e Amaro \'elho du Silva,
chins provàvelmentc para cultivar cha.
9 de març-o de 1790, ao \ iee-rei conde
todos comerciantes ricos do Rio de Ja
de Rezende, o ministro .Martinho de
neiro.
Melo e Castro fa'ava do "insignificante" rendimento da fazenda eni comparação com o auferido pelos padres da Compa nhia. É que a criação fora
Comes Barroso ficou afinal como único
pe regente, ou tabez por inspiração pró pria, Linhares tentou estabelecer em
Por cc.s.são dos demais, Antônio
A fim de .satisfazer desejos do prínci
jTropríetário. Despendeu com mão larga,
Santa Cniz uma fábrica de manteiga em
praticamente abandonada e o
como éle mesmo disse, para pôr o enge nho a funcionar. Comprou cscra\-os, cêrca de 250, comprou animais, ajustou
moldes ingleses. Fantasisla que era, nao encontrou ninguém inais indicado para isso do que John Mawe, inglês intere.ssa-
gado restante definhara e se
administrador, tomou feitores, contratou
do em negócio de pedras preciosas. Em
tornara bravío; as \alas tão sá-
um padre para os .ser\iços religiosos c
biamonte construídas acabaram
um cirurgião para a escravatura.
Eis
sempenhou por alguns meses as funções
por. .se arruinar; os diques, en fraquecidos e cobertos de gros
que nu aldeia de índios de Itaguaí se
sos malo.s, rasgaram-se; os cam
tro das terras demarcadas para o enge
do administrador da fazenda. O que nos relata no seu livro "Traveis in the Interior of Brazil" é a confirmação da
pos encberam-se de mataria
nho, e o fiineionamento déste irremedià-
agreste e de charcos lodo.sos. Depol.s que o governo da metrópole passou a dirigir a fazenda, houve por
mento favorável aos Inacianos que, nem contando em casa
com a presença de persona gem tão importante, melhora ram a sua mesa frugal, ou
esse cronista era um gastrònomo con.sumado, como não
faltaria em Portugal. A partir de 1759, em conseqüência do ato do marquês de Pombal, a fazen
Coíilo Reis
alude aos absurdos, estragos, extorsões, confusões e ruínas de que foi teatro a
D. loão no Bra.sil reincidiu-.se sem pro veito na experiência da localização dc
cria a vila do mesmo nome, tòda den
1809 Mawe esteve em Santa Cruz e de
decadência a que a inépcia admuustrativa portuguesa condenara o outrora próspero feudo jesuítico. Mawe assina a o "estado progressivo de decomposição ,
mônio real. Saldanha da Gama, na sua "História da Imperial Fazenda de Santa Cniz", clama pelas alturas de 1874 con tra "o desrespeito formal ao direito sa
vezes desejos de repô-la no pé antigo.
veimento se perturba. A incapacidade da administração, as intrigas dos burocratas, o desmazèlo e o pouco escriipulo que reinaram em todos
Couto Reis narra os seu.s e.sforço.s nesse
os tempos no Brasil conduziram a fazen
sentido.
da de Santa Cruz a completa ruína, não
poi Iiicu» Y falsos expediente.s; r por meio de osseminegros, em numero de ^ rfe
te o seu vice-reinado, duas vezes pelo
a salvando sequer a vinda da familia
famintos e quase nus, as
menos foi pessoalmente a Santa Cruz
grado de propriedade" que pôs a socie dade ás "portas do comunismo". Sem apurar o fundamento dessa afirmativa,
para determinar providências. Por or dem sua erigiu-se em Itaguaí, no in
real portuguesa e o apego do príncipe regente D. João ao antigo latifúndio dos padres da Companhia. Não lhe valeu
um
tuito. de aproveitar as férteis várzeas
também o crepitante entusiasmo do con
podo dizer-se como coisa certa que o
contíguas à aldeia de índios ali existen
imenso domínio explorado pela Compa nhia de Jesus entrou, com a sua expul
te, um grande engenho de açúcar. _ A
de de Linhares, sempre à busca de refonnas c novidades. Já se tentava an
construção desse engenho arrastou-se por
tes, sem maior resultado, estabelecer co
são, a decair para nunca mais reerguer-
vários anos.
Não obstante, Couto Reis
lonos. Em carta de 14 de maio de 1799,
se. Não faltaram administradores, pla
ousou qualificá-lo de magnífica peça, a
'a D. Rodrigo dc Sousa Coutinho, Luí.s
da jesuitica passou a pertencer ao patri
O conde de Rezende, duran
nos, ordens de Lisboa e dos governantes
melhor de- todo o Brasil.
do Rio. Se nos primeiros tempo.s a si
gãos governamentais, de que dependia o engenho para funcionar, tinham gosto em
inchado e o mais eiifatíiado homem do
tuação não se modificou em aparência,
Mas os ór
Beltrão Gouveia de Almeida (fanfaiTÔo mundo, segundo Couto Reis), avançan
pouco depois tudo quanto haviam or
opor-lhe dificuldades. Em 1800, a safra
ganizado os primeiros exploradores co
em açúcar e aguardente já "poderia ser
do ser a fazenda de Santa Cruz um pa radoxo, onde militare.s, paisanos e mi
meçou a desmantelar-se. Nove anos após
admirava"(mais de dez contos de réis),
nistros
a expulsão dos jesuítas, o gado baixara de 13.000 cabeças para 9.000. Em 1768
se a Junta não deixasse de fornecer ao
frutos ou utilidades", era partidário do
engenho as pipas necessárias. A verda-
loteamenlo do latifúndio.
exercitaram "seus talentos sem
Não se levou
a sério a proposta, mas no tempo de
o que havia de melhor já fora alienado ^h uido-
mato; o gado
"t" "r
i
nado; "eSt todo» os flvrdlgrdesetm^ado^. —o
..,1. r..í.Rravel mendigo
No
'
TtJlíTz:!'rS pi-ictes 'Ví^passavaalguma^emanascada ano ni fazLda de Santa Cruz, ,a agora
reduzida a mero sítio de repouso e. en quanto nela se demorava, recebia minis
tros do seu governo, cortesaos e diplomata.s estrangeiros. Bonacheirao, pouco exigente em matéria de conforto, delei tava-se em assistir a missas com música
de Marcos Portugal, tocada pelos escra vos, e também a dansas e representações de negros, onde um preto apareceu fan- • tasiado de rei Afonso Henriques.
Até.
II 88
Dioii-STO
! I lim 1
Econômico 89
Digesto Econômico
Clíina, timbravam nos hábitos modestos.
Foi por isso que alguém do séquito do conde de Assumar, de passagem por San ta Cruz, em 1717, falando da grandio sidade da Fazenda, onde já havia então 350 casais de negros, 9.000 cabeças de gado maior, muitas ovelhas e carneiros e não menos éguas e cavalos, pôde es crever: "os padres trataram-nos bem parcamente porque não quiseram con sentir que o cozinheiro nosso entrasse
na cozinha, e os seus, que eram negros, não faziam outra cousa senão
guizados de frades". Depoi
ainda se inarcarum e ferraram G.178
crias; no ano .seguinte. 2.820 cT'as: em
de é cpie o engenho fui construído para
1770, apenas 2.330; em 1793 o gado \-a-
não ser explorado. Em l806 arremataram-no pela quantia do 171:618S141, Antônio da Silva Braga o sons sócios e
cuin estava quase extinto.
fazenda d<' Santa Cruz.
Em earta de
colonos. Couto Reis plantara 20.000 pés
fiadores Antônio Gomes Barroso. João
de café em Santa Cmz;- o conde dc Linharejí mandou vir de Macau colonos
Gonie.s Barro.so e Amaro \'elho du Silva,
chins provàvelmentc para cultivar cha.
9 de març-o de 1790, ao \ iee-rei conde
todos comerciantes ricos do Rio de Ja
de Rezende, o ministro .Martinho de
neiro.
Melo e Castro fa'ava do "insignificante" rendimento da fazenda eni comparação com o auferido pelos padres da Compa nhia. É que a criação fora
Comes Barroso ficou afinal como único
pe regente, ou tabez por inspiração pró pria, Linhares tentou estabelecer em
Por cc.s.são dos demais, Antônio
A fim de .satisfazer desejos do prínci
jTropríetário. Despendeu com mão larga,
Santa Cniz uma fábrica de manteiga em
praticamente abandonada e o
como éle mesmo disse, para pôr o enge nho a funcionar. Comprou cscra\-os, cêrca de 250, comprou animais, ajustou
moldes ingleses. Fantasisla que era, nao encontrou ninguém inais indicado para isso do que John Mawe, inglês intere.ssa-
gado restante definhara e se
administrador, tomou feitores, contratou
do em negócio de pedras preciosas. Em
tornara bravío; as \alas tão sá-
um padre para os .ser\iços religiosos c
biamonte construídas acabaram
um cirurgião para a escravatura.
Eis
sempenhou por alguns meses as funções
por. .se arruinar; os diques, en fraquecidos e cobertos de gros
que nu aldeia de índios de Itaguaí se
sos malo.s, rasgaram-se; os cam
tro das terras demarcadas para o enge
do administrador da fazenda. O que nos relata no seu livro "Traveis in the Interior of Brazil" é a confirmação da
pos encberam-se de mataria
nho, e o fiineionamento déste irremedià-
agreste e de charcos lodo.sos. Depol.s que o governo da metrópole passou a dirigir a fazenda, houve por
mento favorável aos Inacianos que, nem contando em casa
com a presença de persona gem tão importante, melhora ram a sua mesa frugal, ou
esse cronista era um gastrònomo con.sumado, como não
faltaria em Portugal. A partir de 1759, em conseqüência do ato do marquês de Pombal, a fazen
Coíilo Reis
alude aos absurdos, estragos, extorsões, confusões e ruínas de que foi teatro a
D. loão no Bra.sil reincidiu-.se sem pro veito na experiência da localização dc
cria a vila do mesmo nome, tòda den
1809 Mawe esteve em Santa Cruz e de
decadência a que a inépcia admuustrativa portuguesa condenara o outrora próspero feudo jesuítico. Mawe assina a o "estado progressivo de decomposição ,
mônio real. Saldanha da Gama, na sua "História da Imperial Fazenda de Santa Cniz", clama pelas alturas de 1874 con tra "o desrespeito formal ao direito sa
vezes desejos de repô-la no pé antigo.
veimento se perturba. A incapacidade da administração, as intrigas dos burocratas, o desmazèlo e o pouco escriipulo que reinaram em todos
Couto Reis narra os seu.s e.sforço.s nesse
os tempos no Brasil conduziram a fazen
sentido.
da de Santa Cruz a completa ruína, não
poi Iiicu» Y falsos expediente.s; r por meio de osseminegros, em numero de ^ rfe
te o seu vice-reinado, duas vezes pelo
a salvando sequer a vinda da familia
famintos e quase nus, as
menos foi pessoalmente a Santa Cruz
grado de propriedade" que pôs a socie dade ás "portas do comunismo". Sem apurar o fundamento dessa afirmativa,
para determinar providências. Por or dem sua erigiu-se em Itaguaí, no in
real portuguesa e o apego do príncipe regente D. João ao antigo latifúndio dos padres da Companhia. Não lhe valeu
um
tuito. de aproveitar as férteis várzeas
também o crepitante entusiasmo do con
podo dizer-se como coisa certa que o
contíguas à aldeia de índios ali existen
imenso domínio explorado pela Compa nhia de Jesus entrou, com a sua expul
te, um grande engenho de açúcar. _ A
de de Linhares, sempre à busca de refonnas c novidades. Já se tentava an
construção desse engenho arrastou-se por
tes, sem maior resultado, estabelecer co
são, a decair para nunca mais reerguer-
vários anos.
Não obstante, Couto Reis
lonos. Em carta de 14 de maio de 1799,
se. Não faltaram administradores, pla
ousou qualificá-lo de magnífica peça, a
'a D. Rodrigo dc Sousa Coutinho, Luí.s
da jesuitica passou a pertencer ao patri
O conde de Rezende, duran
nos, ordens de Lisboa e dos governantes
melhor de- todo o Brasil.
do Rio. Se nos primeiros tempo.s a si
gãos governamentais, de que dependia o engenho para funcionar, tinham gosto em
inchado e o mais eiifatíiado homem do
tuação não se modificou em aparência,
Mas os ór
Beltrão Gouveia de Almeida (fanfaiTÔo mundo, segundo Couto Reis), avançan
pouco depois tudo quanto haviam or
opor-lhe dificuldades. Em 1800, a safra
ganizado os primeiros exploradores co
em açúcar e aguardente já "poderia ser
do ser a fazenda de Santa Cruz um pa radoxo, onde militare.s, paisanos e mi
meçou a desmantelar-se. Nove anos após
admirava"(mais de dez contos de réis),
nistros
a expulsão dos jesuítas, o gado baixara de 13.000 cabeças para 9.000. Em 1768
se a Junta não deixasse de fornecer ao
frutos ou utilidades", era partidário do
engenho as pipas necessárias. A verda-
loteamenlo do latifúndio.
exercitaram "seus talentos sem
Não se levou
a sério a proposta, mas no tempo de
o que havia de melhor já fora alienado ^h uido-
mato; o gado
"t" "r
i
nado; "eSt todo» os flvrdlgrdesetm^ado^. —o
..,1. r..í.Rravel mendigo
No
'
TtJlíTz:!'rS pi-ictes 'Ví^passavaalguma^emanascada ano ni fazLda de Santa Cruz, ,a agora
reduzida a mero sítio de repouso e. en quanto nela se demorava, recebia minis
tros do seu governo, cortesaos e diplomata.s estrangeiros. Bonacheirao, pouco exigente em matéria de conforto, delei tava-se em assistir a missas com música
de Marcos Portugal, tocada pelos escra vos, e também a dansas e representações de negros, onde um preto apareceu fan- • tasiado de rei Afonso Henriques.
Até.
90
Dicksto
o casamento de D. Pedro e D. Leopol-
dina quase nenhuma alteração se fizera na antiga casa dos padres, alojando-sc D.
João numa simples cela. Foi o viscon de do Rio Seco, intendente geral dos
ed fidos da Coroa, que mandou pre parar melhor a velha residência iesuí-
tica.
'
D. Pedro que, em menino, já amava a vida livre em Santa Cruz, onde não en contrava peias a excessos e tropelias. viu o seu gôsto partilhado pela mulher. Na princesa austríaca os atrativos pela fa zenda seriam muito diferentes, mas o freqüentava. Em da janeiro ae 1522, ao^atingir o processo In
Econó.níIco
Em Santa Cruz adoeceu para morrer o príncipe D. João Carlos, primogênito de D. Pedro. Não influiu isso para que seus pais deixassem de gostar da fazen
da, ccrto.s de que o pequeno príncipe j& estava resfriado e piorara em conseqüên cia da viagem feita alta noite para esca par aos riscos do levante da Divisão Au-
xiliadora. Em seguida à abdicação do primeiro imperador e enquanto não se construiu Petrópolis, D. Pedro II ia por vezes a Santa Cruz. E\'ari.sto da Veiga
na viagem a Minas, em fins dc 1836, cruzou com o ímperador-meníno nas proximidade.s do Bangn. Mas a fundação
dependência a sua fase dramática, por
do Petrópolis e a justificada preferência da família imperial pela no%el cidade
faao Paulo para o Rio, D. Leopoldina
acelerariam a ruína do latifúndio jesuí-
ocasiao da viagem de José Bonifácio de
estava em Santa Cruz e foi a cLalo a
Sepetiba ao encontro do futuro patriarca.
tico dissipado pela desídía e incapacida
de da administração pública luso-brnsiloira.
por GastÃo Cruls IV
J^AS grandes florestas úmidas da Ama zônia, são três as principais plantas produtoras de borracha. São elas as seringueiras, Euforbiáceas do gênero
tácea do gênero "Mimusops". Qualquer dessas três lúvores se recomenda não só
pela quantidade como pela qualidade do látex que pode produzir.
É bem de ver que à prmieira, isto
Umdos manter-se-á no nwel atual, durante al^um tempo ainda, e tudo parece
indicar que os E.U.A. continuarão a ser o principal cliente e o mais importante fornecedor. Essa declaração cor^a do relatório or^ranizado pelo Serviço do Comér-
cto Exterior, o qual indica teualmente ter a América Latina, no primeiro trimestre, recebido 930.000.000 de dólares em mercadorias norte-americanas, e exportado 531.000.000 de dólares exclusive ouro e prata. O documento salienta, no entanto, as terulências indacionistas na maioria das cidades da América do Sul, provocadas
pela expansão da circulação fiduciária e pela política fiscal e métodos de crédito de certos governos. Em conclusão, o Departamento de Comércio expressa a opinião de que, se certos ajustamentos são inevitáveis, na América Latina, há razões de crer que serão efetuados mais fàcihnente e em menos tempo do que o foram após a primeira guerra mundial.
o sr. Gestão Cruls, no quarto artigo^ da série que está escrevendo para o "Digesto Econômico", trata das plantas da borracha, assunto sôbre o qual versa com segurança e brilho.
"Hévea", o caxicho, "Gastilloa Ulei", da
família das Morácéas, e a balata, Sapo-
O uoW ão intercâmbio comercial entre a América Latina e os Estados
BORRACHA
flS PLfllNT/qS Dfl
zonas, ilhas adjacentes e par e ^ dos seus principais tributários,
do da margem meriíBonal, ^ ^ aí, nesses pontos mais acessiv era encontrada com ^ 'Eq.
„eçou a aer fe«a a
devassadas I
é, à seringueira é que cabe, como aqui
tretanto, à medida^
foi feito, a prioridade nessa enumeração.
a sua
Não só porque é u que existe em muito
regiões mais altas e a_mu
maior abundância, em todo o vale do
das e verificou-se então que a melhor boiiacha, como aconteceu no Acre (cujas
Amazonas, como porque a goma elás
tica que produz é a que encontra maio res aplicações na indústria.
Aliás, foi
essa a primeira a ser conhecida e ex
desconheci-
primeiras explorações datam de 1877),
ütava á maígem de ^rtos nos. já em pontos bastante afastados da gra^e ar
plorada e foi através dela que se fizeram todos os beneficiamentos do produto até
téria. Destarte, como se sabe hoje, o reino das seringueiras é muito mais vasto
que se tomasse capaz das múltiplas e indispensáveis serventias que hoje tem
amazônico pelo planalto dos Paiecis até
do que se supunha e estende-se do vale
na vida do homem civilizado.
o centro de Mato Grosso e a alta bacia
De início, pensou-se que o "habitat" preferencial das héveas eram as terras
do rio Paraguai. Em algumas destas re-
baixas e alagadiças do estuário do Ama
crínfi<!. ela viea Dcrfeitamente bem e dá
90
Dicksto
o casamento de D. Pedro e D. Leopol-
dina quase nenhuma alteração se fizera na antiga casa dos padres, alojando-sc D.
João numa simples cela. Foi o viscon de do Rio Seco, intendente geral dos
ed fidos da Coroa, que mandou pre parar melhor a velha residência iesuí-
tica.
'
D. Pedro que, em menino, já amava a vida livre em Santa Cruz, onde não en contrava peias a excessos e tropelias. viu o seu gôsto partilhado pela mulher. Na princesa austríaca os atrativos pela fa zenda seriam muito diferentes, mas o freqüentava. Em da janeiro ae 1522, ao^atingir o processo In
Econó.níIco
Em Santa Cruz adoeceu para morrer o príncipe D. João Carlos, primogênito de D. Pedro. Não influiu isso para que seus pais deixassem de gostar da fazen
da, ccrto.s de que o pequeno príncipe j& estava resfriado e piorara em conseqüên cia da viagem feita alta noite para esca par aos riscos do levante da Divisão Au-
xiliadora. Em seguida à abdicação do primeiro imperador e enquanto não se construiu Petrópolis, D. Pedro II ia por vezes a Santa Cruz. E\'ari.sto da Veiga
na viagem a Minas, em fins dc 1836, cruzou com o ímperador-meníno nas proximidade.s do Bangn. Mas a fundação
dependência a sua fase dramática, por
do Petrópolis e a justificada preferência da família imperial pela no%el cidade
faao Paulo para o Rio, D. Leopoldina
acelerariam a ruína do latifúndio jesuí-
ocasiao da viagem de José Bonifácio de
estava em Santa Cruz e foi a cLalo a
Sepetiba ao encontro do futuro patriarca.
tico dissipado pela desídía e incapacida
de da administração pública luso-brnsiloira.
por GastÃo Cruls IV
J^AS grandes florestas úmidas da Ama zônia, são três as principais plantas produtoras de borracha. São elas as seringueiras, Euforbiáceas do gênero
tácea do gênero "Mimusops". Qualquer dessas três lúvores se recomenda não só
pela quantidade como pela qualidade do látex que pode produzir.
É bem de ver que à prmieira, isto
Umdos manter-se-á no nwel atual, durante al^um tempo ainda, e tudo parece
indicar que os E.U.A. continuarão a ser o principal cliente e o mais importante fornecedor. Essa declaração cor^a do relatório or^ranizado pelo Serviço do Comér-
cto Exterior, o qual indica teualmente ter a América Latina, no primeiro trimestre, recebido 930.000.000 de dólares em mercadorias norte-americanas, e exportado 531.000.000 de dólares exclusive ouro e prata. O documento salienta, no entanto, as terulências indacionistas na maioria das cidades da América do Sul, provocadas
pela expansão da circulação fiduciária e pela política fiscal e métodos de crédito de certos governos. Em conclusão, o Departamento de Comércio expressa a opinião de que, se certos ajustamentos são inevitáveis, na América Latina, há razões de crer que serão efetuados mais fàcihnente e em menos tempo do que o foram após a primeira guerra mundial.
o sr. Gestão Cruls, no quarto artigo^ da série que está escrevendo para o "Digesto Econômico", trata das plantas da borracha, assunto sôbre o qual versa com segurança e brilho.
"Hévea", o caxicho, "Gastilloa Ulei", da
família das Morácéas, e a balata, Sapo-
O uoW ão intercâmbio comercial entre a América Latina e os Estados
BORRACHA
flS PLfllNT/qS Dfl
zonas, ilhas adjacentes e par e ^ dos seus principais tributários,
do da margem meriíBonal, ^ ^ aí, nesses pontos mais acessiv era encontrada com ^ 'Eq.
„eçou a aer fe«a a
devassadas I
é, à seringueira é que cabe, como aqui
tretanto, à medida^
foi feito, a prioridade nessa enumeração.
a sua
Não só porque é u que existe em muito
regiões mais altas e a_mu
maior abundância, em todo o vale do
das e verificou-se então que a melhor boiiacha, como aconteceu no Acre (cujas
Amazonas, como porque a goma elás
tica que produz é a que encontra maio res aplicações na indústria.
Aliás, foi
essa a primeira a ser conhecida e ex
desconheci-
primeiras explorações datam de 1877),
ütava á maígem de ^rtos nos. já em pontos bastante afastados da gra^e ar
plorada e foi através dela que se fizeram todos os beneficiamentos do produto até
téria. Destarte, como se sabe hoje, o reino das seringueiras é muito mais vasto
que se tomasse capaz das múltiplas e indispensáveis serventias que hoje tem
amazônico pelo planalto dos Paiecis até
do que se supunha e estende-se do vale
na vida do homem civilizado.
o centro de Mato Grosso e a alta bacia
De início, pensou-se que o "habitat" preferencial das héveas eram as terras
do rio Paraguai. Em algumas destas re-
baixas e alagadiças do estuário do Ama
crínfi<!. ela viea Dcrfeitamente bem e dá
92
Digiísto Econômico
ricos em lálex em altitudes que podem chegar até 600 metros. Falávamos acima em melhor borracha e, assim dizendo, referimo-nos à "Hé-
uma folhagent de um verde algo desbo
via, como já tivemos oportunidade dc
tado.
dizer, aquela que pela qualidade e va
As seringueiras começam a ser boas
cies-a mais disputada, pois que é a
produtoras dc borracha ípuindo atingem oito ou dez anos de idade. Uma plan ta em pleno desenvol\'ímento pode pro
fornecedora do produto mais valorizado,
duzir de 4 a 5 quilos de borracha anual
a afamada goma do Para" ou, simples
mente. O látex é extraído aos poucos, mas apenas durante o período da e.slia-
vea brasiliensis", dentre tôdas as espé
mente, "Pará", como é conhecida no
Dessa "Hévea brasiliensis",
gem e baixa dos rios que, conforme a região, abrange os meses de maio a ja
mo.straram sobretudo ricas certas terras
neiro. O momento em que a seringuei ra é mai.s rica dc seiva é justamente no fim da enchente e começo da seca, quando perde as folhas e se prepara para florir. O seu fruto é uma cápsula
mercado.
existente também no estuário, foi que sé firmes da margem meridional, como aquelas drenadas pelo Beni, Madre de
Dios, Abuiuá e. também, alto Juruá e partos altas de outros dos mais altos
afluentes do rio-mar, mas sempre da
cie casca dura, dividido em três ou qua
margem direita. Aí, não só as seringueiras daquela especie se apresentam em
tro lobos, contendo cada um uma se
exemplares mais desenvolvidos c vigo
rompe-se com um ruído seco e as se-
rosos e com látex melhor e mais abun
mente.
mente.s são jogadas a distância. tros.
tadas, com numero.sas pintas de um par
ponde ao dobro e mais do dôbro do que se costuma encontrar em áreas idênti
cas do estuário. Quanto à robustez das
de flutuar e vogar pelos rios durante dois meses, até que encontiem condi ções propícias ao seu germinamento.
metro acima do solo, media 3 e 4 me
vores que vivem em pontos afastados, às
tros de circunferência, quando a maioria
mprgens dos muitos contribuintes do imenso caudal.
Num cálculo feito um pouco a esmo,
®
nensis" e a "Hévea collina". todas co
colhe o látex das seringueiras.
vea brasiliensis", faz-se sobretudo a ex
ploração da "Hévea benthamiana", que é ai a mais freqüente.
No próximo artigo diremos como se
5-
é As estatísticas comerciais, noríe-amcricamis e
ponto de vista
ferenies a abril, são consideradas como uígorosü vigorosa conprm iminentè. crise do dólar
dos uuct círculos Kioijiuci oficiais UjlCKliS uniuuicos briíânicos eV dos E.U.A.,
^„ceírí7 inpjêsa.
_» f tnnreira
representa problema mais importante qne a questão pi An cniUrário do que se acredito liberalmente, a tados Unidos com a Grã-Bretanha, embora substanci , Desde o pró-guerra, as exportações
de seringueiras nativas existentes na Amazônia, sendo tjue destas taKez a
drupllmram'; com o México. Brasil, Argcnlim, e Ájrica do
décima parte nunca tenha .sido explorarada.
põem pela majestade do seu porte e pela
Já foram estudacla.s 21 espécies de Hé veas, mas não é impossível que uma ou
> nuiior, mas sim a /, inferior a qual-
inenor do mundo. Comparada com a de antes da gucrw, c atual c mj quer outra das nova principais regiões do globo. r ) t ra cheoaram quase a triplicar c as exportações brífãnicas
de outras árvores da Amazônia, como a Assim, rara
o rio Negro, onde muito rara é a He-
orça-se entre 2 a 3 milhõc.s o número
castanheira e a sumaumeira, não se im
beleza das suas frondes.
seus afluentes, sobretudo o
E.ssa.s sementc.s apresentam grande re sistência e, sem apodrecer, são capazes
estuário do Amazonas são fíllías de ár
Diga-se que as Héveas, ao contrário
gueira verdadeira, seringueira forte e seringueira preta ou branca, conforme a cor da sua casca, que varia segundo a timidadc ambiente. Seguem-se-lhe lo go abai.vo, em ordem de importância, a "Hévea benthamiana", a "Hévea guia-
do escuro.
verificados espécimes cujo tronco, a I
me.sma medida.
ou torradas, muito menos apreciadas. À margem esquerda do Amazonas, e
São ovóide.s, lustrosas c acinzen-
For isso, muitas plantas cpie existem no
das seringueiras, em outros pontos, só
e que dão as borrachas chamadas fracas
uma não tem mais de 20 a 30 milíme
plantas, basta dizer que aí já foram
excepcionalmente alcança 2 metros nessa
bém de acordo com a cor da sua casca,
lor do seu látex é a mais procurada, é a "Hévea brasiliensis", conhecida vulgar mente por seringueira legítima, serin
Cada
terreno. Tal é o caso do Acre e de
certas regiões de Mato Grosso, onde já
nhecidas por seringueiras vermelhas, tam
-Quando chega à maturidade,
dante, corno ainda em muito maior nú mero pará uma determinada área de foram encontradas áreas com 15 e até 25 árvores por hectare, o que corres
93
Dicestc) Ec.o.nó>íico
juLln^ nara o Canadá qua-'
taram para pagar o tabaco. As exportações dos Estados Un
} Prnnre^o as im-
porlações norte-americanas decupücaram. Comparando-se^^ y ^
fq47 t-mn
as anteriores a 1939, os saldos favoráveis do comercio dos L. U. ' países aumentaram em quase nove biliões de dólares por p.- ano. . in t . > »c
vaises aumentaram em quase nove i?uioes uv cii7.iw.,o
,j.. u.
íio.v meses, a média tem sido de mais de 9 biliões de dólares e, tnclumdo-seJanto os serviços como as mercadorias, chega-se a doze biliões. O total das exportaçy
mente vão além de vinte metros de al
ouüa das variedades novas tenha de
tura e têm as copas pouco fomidas e
dos Estados Unidos, antes da guerra, atingia uma média de menos de tres bilioes
ser incluída em espécies distintas. Toda-
de dólares por ano.
92
Digiísto Econômico
ricos em lálex em altitudes que podem chegar até 600 metros. Falávamos acima em melhor borracha e, assim dizendo, referimo-nos à "Hé-
uma folhagent de um verde algo desbo
via, como já tivemos oportunidade dc
tado.
dizer, aquela que pela qualidade e va
As seringueiras começam a ser boas
cies-a mais disputada, pois que é a
produtoras dc borracha ípuindo atingem oito ou dez anos de idade. Uma plan ta em pleno desenvol\'ímento pode pro
fornecedora do produto mais valorizado,
duzir de 4 a 5 quilos de borracha anual
a afamada goma do Para" ou, simples
mente. O látex é extraído aos poucos, mas apenas durante o período da e.slia-
vea brasiliensis", dentre tôdas as espé
mente, "Pará", como é conhecida no
Dessa "Hévea brasiliensis",
gem e baixa dos rios que, conforme a região, abrange os meses de maio a ja
mo.straram sobretudo ricas certas terras
neiro. O momento em que a seringuei ra é mai.s rica dc seiva é justamente no fim da enchente e começo da seca, quando perde as folhas e se prepara para florir. O seu fruto é uma cápsula
mercado.
existente também no estuário, foi que sé firmes da margem meridional, como aquelas drenadas pelo Beni, Madre de
Dios, Abuiuá e. também, alto Juruá e partos altas de outros dos mais altos
afluentes do rio-mar, mas sempre da
cie casca dura, dividido em três ou qua
margem direita. Aí, não só as seringueiras daquela especie se apresentam em
tro lobos, contendo cada um uma se
exemplares mais desenvolvidos c vigo
rompe-se com um ruído seco e as se-
rosos e com látex melhor e mais abun
mente.
mente.s são jogadas a distância. tros.
tadas, com numero.sas pintas de um par
ponde ao dobro e mais do dôbro do que se costuma encontrar em áreas idênti
cas do estuário. Quanto à robustez das
de flutuar e vogar pelos rios durante dois meses, até que encontiem condi ções propícias ao seu germinamento.
metro acima do solo, media 3 e 4 me
vores que vivem em pontos afastados, às
tros de circunferência, quando a maioria
mprgens dos muitos contribuintes do imenso caudal.
Num cálculo feito um pouco a esmo,
®
nensis" e a "Hévea collina". todas co
colhe o látex das seringueiras.
vea brasiliensis", faz-se sobretudo a ex
ploração da "Hévea benthamiana", que é ai a mais freqüente.
No próximo artigo diremos como se
5-
é As estatísticas comerciais, noríe-amcricamis e
ponto de vista
ferenies a abril, são consideradas como uígorosü vigorosa conprm iminentè. crise do dólar
dos uuct círculos Kioijiuci oficiais UjlCKliS uniuuicos briíânicos eV dos E.U.A.,
^„ceírí7 inpjêsa.
_» f tnnreira
representa problema mais importante qne a questão pi An cniUrário do que se acredito liberalmente, a tados Unidos com a Grã-Bretanha, embora substanci , Desde o pró-guerra, as exportações
de seringueiras nativas existentes na Amazônia, sendo tjue destas taKez a
drupllmram'; com o México. Brasil, Argcnlim, e Ájrica do
décima parte nunca tenha .sido explorarada.
põem pela majestade do seu porte e pela
Já foram estudacla.s 21 espécies de Hé veas, mas não é impossível que uma ou
> nuiior, mas sim a /, inferior a qual-
inenor do mundo. Comparada com a de antes da gucrw, c atual c mj quer outra das nova principais regiões do globo. r ) t ra cheoaram quase a triplicar c as exportações brífãnicas
de outras árvores da Amazônia, como a Assim, rara
o rio Negro, onde muito rara é a He-
orça-se entre 2 a 3 milhõc.s o número
castanheira e a sumaumeira, não se im
beleza das suas frondes.
seus afluentes, sobretudo o
E.ssa.s sementc.s apresentam grande re sistência e, sem apodrecer, são capazes
estuário do Amazonas são fíllías de ár
Diga-se que as Héveas, ao contrário
gueira verdadeira, seringueira forte e seringueira preta ou branca, conforme a cor da sua casca, que varia segundo a timidadc ambiente. Seguem-se-lhe lo go abai.vo, em ordem de importância, a "Hévea benthamiana", a "Hévea guia-
do escuro.
verificados espécimes cujo tronco, a I
me.sma medida.
ou torradas, muito menos apreciadas. À margem esquerda do Amazonas, e
São ovóide.s, lustrosas c acinzen-
For isso, muitas plantas cpie existem no
das seringueiras, em outros pontos, só
e que dão as borrachas chamadas fracas
uma não tem mais de 20 a 30 milíme
plantas, basta dizer que aí já foram
excepcionalmente alcança 2 metros nessa
bém de acordo com a cor da sua casca,
lor do seu látex é a mais procurada, é a "Hévea brasiliensis", conhecida vulgar mente por seringueira legítima, serin
Cada
terreno. Tal é o caso do Acre e de
certas regiões de Mato Grosso, onde já
nhecidas por seringueiras vermelhas, tam
-Quando chega à maturidade,
dante, corno ainda em muito maior nú mero pará uma determinada área de foram encontradas áreas com 15 e até 25 árvores por hectare, o que corres
93
Dicestc) Ec.o.nó>íico
juLln^ nara o Canadá qua-'
taram para pagar o tabaco. As exportações dos Estados Un
} Prnnre^o as im-
porlações norte-americanas decupücaram. Comparando-se^^ y ^
fq47 t-mn
as anteriores a 1939, os saldos favoráveis do comercio dos L. U. ' países aumentaram em quase nove biliões de dólares por p.- ano. . in t . > »c
vaises aumentaram em quase nove i?uioes uv cii7.iw.,o
,j.. u.
íio.v meses, a média tem sido de mais de 9 biliões de dólares e, tnclumdo-seJanto os serviços como as mercadorias, chega-se a doze biliões. O total das exportaçy
mente vão além de vinte metros de al
ouüa das variedades novas tenha de
tura e têm as copas pouco fomidas e
dos Estados Unidos, antes da guerra, atingia uma média de menos de tres bilioes
ser incluída em espécies distintas. Toda-
de dólares por ano.
D«3ESTO Econômico
Illll\(i UMILR: SEI PtVWMCITO EtOSÓMK O E VI \ OBII A
sica inglesa. Enquanto na ilha dc Ricardo a terra, apropriada pela aris tocracia rural. inspirava a célebre teo ria da renda, — a imensidão do oes te americano, com suas riquezas va
por Djacui Mknezkb
riadas, sugeria outros rumos à inves
dos Estados Unidos nos informa ram da morte do grande economista
Irvmg Fisher, aos 80 anos de idade, deixando uma obra universalmente co. nhecida. Sua infatigável atividade de escritor e professor desdobrou-se numa
fecundidade de livros que cobrem meio século.
Nascido em 1867, estudou na Uni versidade de Yale, de que se torna ria mais tarde um dos mestres famo sos, ensinando matemática e economia,
de 1892 a 1895, Nos meados dêsse pe ríodo, viajou pela Europa, freqüentou cm Paris o curso de Henri PoinCaré eóbre cálculo de probabilidades e es tudou os fundamentos da "escola his
tigação 'econômica porque impulsio
inicia a sua valiosa colaboração para o
nava, cm sentido diverso, a própria vida social que ali sc expandia no
"Digesto Econômico" com interessaíiie
A
na pena dc um escritor americano, o
qrítica de Carey a Ricardo reflete
chamado "princípio da utilidade maruinal", que tem suas origens nos au tores germânicos. Lá se abcberam Clark .-Kquéles autores viviam num
economista Irving Fisher, recentemente falecido nos Estados Unidos.
processo da criação da riqueza.
r
tudo isso. Carey escreveu nos vigo rosos e violentos dias da conquista do oeste, nos tumultos dos "rusli" à cata do ouro; e tòda a segunda
sher, na reimpressão feita em
1925
do primitivo texto editado pela Aca demia de Ciências e Artes, de Con-
necticut, em suas "Transactions
em
1892.
Em 1896 c 97 escreve
artigos no
"Economic Journal" defendendo opi niões que seriam mais tarde amplia<las c fundamentadas no "Nature of
Capital and Income" e em "The Rate of Intcrcst", publicados em
metade do século, mal se amainara a sangrenta guerra civil, sc encheu cio
c-is para combater os postiilado.s fun-
forças do capitalismo moderno. Con
acusavam de. esquecer qu
forme anota Eric Rol), é depois da guerra da secessão que os economis
dc é um • organismo .
nômica surge numa "poussée" sur Aparecem
incessantemente
folhetos
das as proporções, o quadro inglê.s que antecedeu à aparição da obra de
Na segunda metade do século XIX
Association", dedicando-se ao prepa
operam-se profundas modificações na
bre impostos, sòbre importação, sôbrf
ro de sua tese de doutorado, intitu lada "Mathematical Investigations in
economia norte-americana.
tlie Theory of Value and Prices", cuja tradução francesa viu, emocio nado, aparecer em plena guerra mun
Enquan
agricultura, — sòbre todos os pontos
to a importância do pensamento eco
í|uc mais interessavam àquela socieda-
nômico declina, depois de lançadas as obras que marcam a escola clássica,
<Ic a entrar na civilização industrial. Quando Carey morreu, aos 86 anos,
— nos quadros americanos acentua-se
em 1879, publicava-se a "Econcmics
of Industry", de Marshall: e Fisher contava 12 anos de idade. E ainda
interessava mais pela matemática do
uma crescente pesquisa sobre teoria econômica, fixando-se linhas ideoló gicas que divergem das diretivas es
que pela economia" — escreveu Fi-
senciais
cer grande influência 'no pensamento
da
Economia
Política
dás-
ção "atomisticamente ...
A "American
Aidam Smith: os dois séculos prévios contam com uma prodigiosa prolifelação de ensaios sobre comércio, so
"O livro fôra escrito quando me
íôrças morais e cuitura..^^e^
preendente.
sempre tratando de questões circundantes e urgentes. Lembra, guarda
* * *
Escola
cula*' universitários e a literatura eco
c publicações mais alentadas, ciuase
gor de pensamento.
dmneiuais da
tas profissionais invadem os "cnrri-
acumulando livros sobre livros, numa
rara capacidade de produção e de vi
país de capitalismo atrasado, sutocado pelas relações feudais. E ianiltaram a Clark as armas ideologi-
otimismo e da atividade fabril, abrin do o ciclo de crescimento rápido das
1908. Firmado seu renome nos cen tros estudiosos do mundo, prossegue
cátedras universitárias de Berlim.
dial, em 17.
Clark foi discípulo de Roscher e
Knies e escrevia então uma série dc artigos para "New Englander . reeditados em 1885 em Hvro sob o nome "The Philosophy of Wealth Mencionamos isso porque é nesse.-» ensaios c|uc surge, pela primciia vez,
catedrático da Universidade do Brasil,
tórica", que então se propagava nas Em sua pátria, em 1898, é eleito presidente da "American Economic
Clark, tinha 22 anos.
O ST. Djacir Meriezes, ilustre professor
artigo em que focaliza a obra do grande
[a mais de um mês que telegramas
econômico daquele país, john Bates
outro economista, que havia de exer
. W
j
tion" cxpnm.u a tendeiic^^^
'''"4uaSfjounial of Economics". j com a apresentação _maugüral de ^unh^r fbre Keaçao^
ri";'mensagem ideolôgiCorridos 4 anos,
°
'•Principies of Economics . de Mar
shall ^ a obra did<ática que iria
exercer sôbré o pensamento teonco acadêmico uma influência longa e su gestiva. Dois anos mais tarde, Fi sher notava, no prefácio de sua tese na Universidade' de Yale, que um gru
po formado por Cournot, Menger, Jevons e Edgeworth foi que mais es1*
^^
1I
D«3ESTO Econômico
Illll\(i UMILR: SEI PtVWMCITO EtOSÓMK O E VI \ OBII A
sica inglesa. Enquanto na ilha dc Ricardo a terra, apropriada pela aris tocracia rural. inspirava a célebre teo ria da renda, — a imensidão do oes te americano, com suas riquezas va
por Djacui Mknezkb
riadas, sugeria outros rumos à inves
dos Estados Unidos nos informa ram da morte do grande economista
Irvmg Fisher, aos 80 anos de idade, deixando uma obra universalmente co. nhecida. Sua infatigável atividade de escritor e professor desdobrou-se numa
fecundidade de livros que cobrem meio século.
Nascido em 1867, estudou na Uni versidade de Yale, de que se torna ria mais tarde um dos mestres famo sos, ensinando matemática e economia,
de 1892 a 1895, Nos meados dêsse pe ríodo, viajou pela Europa, freqüentou cm Paris o curso de Henri PoinCaré eóbre cálculo de probabilidades e es tudou os fundamentos da "escola his
tigação 'econômica porque impulsio
inicia a sua valiosa colaboração para o
nava, cm sentido diverso, a própria vida social que ali sc expandia no
"Digesto Econômico" com interessaíiie
A
na pena dc um escritor americano, o
qrítica de Carey a Ricardo reflete
chamado "princípio da utilidade maruinal", que tem suas origens nos au tores germânicos. Lá se abcberam Clark .-Kquéles autores viviam num
economista Irving Fisher, recentemente falecido nos Estados Unidos.
processo da criação da riqueza.
r
tudo isso. Carey escreveu nos vigo rosos e violentos dias da conquista do oeste, nos tumultos dos "rusli" à cata do ouro; e tòda a segunda
sher, na reimpressão feita em
1925
do primitivo texto editado pela Aca demia de Ciências e Artes, de Con-
necticut, em suas "Transactions
em
1892.
Em 1896 c 97 escreve
artigos no
"Economic Journal" defendendo opi niões que seriam mais tarde amplia<las c fundamentadas no "Nature of
Capital and Income" e em "The Rate of Intcrcst", publicados em
metade do século, mal se amainara a sangrenta guerra civil, sc encheu cio
c-is para combater os postiilado.s fun-
forças do capitalismo moderno. Con
acusavam de. esquecer qu
forme anota Eric Rol), é depois da guerra da secessão que os economis
dc é um • organismo .
nômica surge numa "poussée" sur Aparecem
incessantemente
folhetos
das as proporções, o quadro inglê.s que antecedeu à aparição da obra de
Na segunda metade do século XIX
Association", dedicando-se ao prepa
operam-se profundas modificações na
bre impostos, sòbre importação, sôbrf
ro de sua tese de doutorado, intitu lada "Mathematical Investigations in
economia norte-americana.
tlie Theory of Value and Prices", cuja tradução francesa viu, emocio nado, aparecer em plena guerra mun
Enquan
agricultura, — sòbre todos os pontos
to a importância do pensamento eco
í|uc mais interessavam àquela socieda-
nômico declina, depois de lançadas as obras que marcam a escola clássica,
<Ic a entrar na civilização industrial. Quando Carey morreu, aos 86 anos,
— nos quadros americanos acentua-se
em 1879, publicava-se a "Econcmics
of Industry", de Marshall: e Fisher contava 12 anos de idade. E ainda
interessava mais pela matemática do
uma crescente pesquisa sobre teoria econômica, fixando-se linhas ideoló gicas que divergem das diretivas es
que pela economia" — escreveu Fi-
senciais
cer grande influência 'no pensamento
da
Economia
Política
dás-
ção "atomisticamente ...
A "American
Aidam Smith: os dois séculos prévios contam com uma prodigiosa prolifelação de ensaios sobre comércio, so
"O livro fôra escrito quando me
íôrças morais e cuitura..^^e^
preendente.
sempre tratando de questões circundantes e urgentes. Lembra, guarda
* * *
Escola
cula*' universitários e a literatura eco
c publicações mais alentadas, ciuase
gor de pensamento.
dmneiuais da
tas profissionais invadem os "cnrri-
acumulando livros sobre livros, numa
rara capacidade de produção e de vi
país de capitalismo atrasado, sutocado pelas relações feudais. E ianiltaram a Clark as armas ideologi-
otimismo e da atividade fabril, abrin do o ciclo de crescimento rápido das
1908. Firmado seu renome nos cen tros estudiosos do mundo, prossegue
cátedras universitárias de Berlim.
dial, em 17.
Clark foi discípulo de Roscher e
Knies e escrevia então uma série dc artigos para "New Englander . reeditados em 1885 em Hvro sob o nome "The Philosophy of Wealth Mencionamos isso porque é nesse.-» ensaios c|uc surge, pela primciia vez,
catedrático da Universidade do Brasil,
tórica", que então se propagava nas Em sua pátria, em 1898, é eleito presidente da "American Economic
Clark, tinha 22 anos.
O ST. Djacir Meriezes, ilustre professor
artigo em que focaliza a obra do grande
[a mais de um mês que telegramas
econômico daquele país, john Bates
outro economista, que havia de exer
. W
j
tion" cxpnm.u a tendeiic^^^
'''"4uaSfjounial of Economics". j com a apresentação _maugüral de ^unh^r fbre Keaçao^
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°
'•Principies of Economics . de Mar
shall ^ a obra did<ática que iria
exercer sôbré o pensamento teonco acadêmico uma influência longa e su gestiva. Dois anos mais tarde, Fi sher notava, no prefácio de sua tese na Universidade' de Yale, que um gru
po formado por Cournot, Menger, Jevons e Edgeworth foi que mais es1*
^^
1I
96
Dicrsto
por um novo pre;-o recorde para esse mertcmático do problema do valor.
E' interessante notar nesse primeij
to trabalho de Fisher as réplicas
I
<iue formula contra uma crítica apres-
I '
sada de econoniista;s literários aos uiétodos da análise matemática. Dis
tam já de meio século; c ainda lioje, <-'ni bancas de concurso, em compên dios, cm revistas, os economistas li terários repetem, de bico alto c deimitivos, os íragílimos argumentos
^obrc a impossibilidade de aplicação
a matemática aos fatos econômicos,
-f- o ^-aso de contemplá-los e pensar na fdosofia de Galileu: "Eppur si iniiove...
^ Quando falamos na aplicação, não
nos refenmos à "esCola matemática" <'u de Lausanne, que representa um •"si.stema", à base do qual estão cer tas concepções da vida social e do
homem, recebidas do meio capitali.sía c supostas imutávei.s e eternas. O equilíbrio econômico baseado em con ceitos de "margem", de "ofelimida-
<Ie
de "princípio hedonístico", de
"leis de oferta e procura", que i) jôgo de fòrças na sociedade existen te sugeriu ao espírito dos pensado
res. Conceitos c categorias cuja aná
Ec:(>nó.mico
função cjue desempenha <> in.slrumento
analítico
no
estabelecimento
cjuestões econômicas.
A
das
linguagem
matemática, admirabilíssinia
no
tra
duzir as interdependências (jiie esca pam à Hiiguagcm vulgar, apanha as relações lógicas essenciais, e, como uma radiografia do pensamento, fa cilita apreender as variações conjun tas e concomitantes
relacionadas.
das
grandezas
Isso permito evirlenciar
a.s ilações falsas, os erros de raciocí nio, a equivocidade dos conceitos. — tudo (|iie i)ode escai)ar nas formas da linguagem ordinária. A linguagem matcmáticía
não dá
verdades, iicm
tem, de si mesma, fecundidade pró pria.
Mas faculta a descoberta da
97
ürcEsTO EcoNÓNnco
Embora
casando
harmoniosamente
uma orientação humanística a seus conliecimentos matemáticos, Marshall cia, como observou Jcvons, o mais aca bado cxijoente da economia néoclássica, se assim convém denominá-
la.
Seus "Principies" substituíram o
livro de John Stiiart Mill.
sua
influência
ia a falar hridgc ".
E, com
crescente, chegar-se-
na
"escola
dc
Cam-
".A ilusão da moeda estável reina íií
mesmo nos paí.scs que perderam o
si:
Seria impossível acompanhar, nessa simples resenha crítica, tôda a pro<ligiosa atividade dêsse economista.
Limitar-nos-emos a indicar, cm rá
pidos traços, os pontos mais salientes
rie de conferências sòbre a instabi
mo a ausência dessas
descoberta pela simples manipulação
lidade do poder de compra de todos os países monetários do mundo, apon
sinalada com orgulho como P estabilidade da
das equações. Desconhece portanto a história da física," — diz Fisher.
tando os prejuízos decorrentes, e pro curando arredar o véu de ilusões e
plcsmente por causa
Ainda nesse
sentido
dá-.nos
uma
citação de Launhardl:
''A matemática nada mais é do que
preconceitos existentes nesse domínio.
Logo após a primeira guerra mundial, verificaram-se os tremendos desequi líbrios cfue culminaram no "crack"
de 1929.
3í|.ui a aplicação do método matemá
tico à investigação econômica, o (pie
imptinba-se violentamente
mente inexato ".
nomi.stas. O sueco Cassei e o inglês
No mesmo sentido citava Newcomb, quando afirmava que "a análise ma temática é simplesmente a aplicaç.ão à dedução lógica de uma linguag-em mais e.xata, mais precisa, e, por ês.se propósito particular, mais poderosa que a linguagem ordinária."
Lord
Keynes vinham
aos
eco-
à frente dos
sim*
pabrica-se,
i
com 5 gr d ^ 15 anos [Je^rverlficamos/pasmados que a
^dfr;' omol 's:ria íima^dmiílção igual - comenta Firr - à de «m indivíduo que cons
tatasse. impressionado, que 1 htro de
é igual a dois meios htros de
arroz!
Que pretende a unidade ouro?
pesquisadores. Fisher, com suas altas ctualidades de
didata, abordou o problema da "ilu são monetária" com muita claridade, atraindo favoràrelmente considerável
parte da opinião pública.
cia
'r"à"uSde nronetáriaque por exemplo a Declara-se
O poder aquisitivo do dó
de.sordem — c o problema dos preços
'
E porque lal «tab.l.dadcr
lar correspondia a 7ü cèntimos do ano
fortes, o que, na linguagem ordinária,
— Fisher compreendeu claramente a
tação. em relação ao ouro, de sua antiga moeda, marco, franco, coroa, etc. e da cotação de moedas estran
sem ela. Cairne.s aparentemente pen sa (|ue a verdade, na física, tem sido
absolutamente não se con.seguiria, ou conseguir-se-ia de modo coiypleta-
-Ao refutar as objeções cie Cairnes. cie Wagner, de Ingram, de Rabberio,
padrão ouro e possuem sòmente pa pel moeda, e onde os negociantes ve rificam a incessante variação da co
onde não se provoca a atenç. as variações mencionadas.
anterior a conflagração. Tòdas as outras moedas participavani da mesma
análise à biologia.
A esse
propósito escreve êle:
Na ■■ fícole International de Gênêve", cm 1927, Fisher realizou uma sé
suráveis nas suas conseqüências mais
2ia Bauer encarando as aplicações da
siste :^ol) novas roupagens.
atribuída à matemática, embora tal não pudesse jamais ter acontecido
<IuaiuIo. muitas vezes. são efeitos transitórios, velando a trama de fa
^ diferente. "Nicht ais Matiiematik, aher mit der Matheniatik", como di-
vilhoso do ouro, — poder que desa fiou a imaginação romântica e Per
geiras. Ela é naturalmente mais f
uma linguagem capaz de representar
Defendemos
„
No fundo das "ilusões monetárias está a velha crença no poder mara
te ainda nos países de padrao
as interdependências de coisas men
profundos.
porâneos.
o sainetc de originalidade.
"A descoberta é só indiretamente
lise cpistemológica não fizeram, acei-
mais
dos. atuando mais do cpie qualquer outro no pensatnento de seus contem
de suas idéias c concepções que têm
verdade.
tando-os como "fundamentais"
tos
do círculo hermético dos cspecializá-
Saiu fora
"Medir" o valor. E' comezinho que a unidade deve ser da mesma nature
za que a grandeza que vai medir, isto ' e.
com a qual será comparada. No
96
Dicrsto
por um novo pre;-o recorde para esse mertcmático do problema do valor.
E' interessante notar nesse primeij
to trabalho de Fisher as réplicas
I
<iue formula contra uma crítica apres-
I '
sada de econoniista;s literários aos uiétodos da análise matemática. Dis
tam já de meio século; c ainda lioje, <-'ni bancas de concurso, em compên dios, cm revistas, os economistas li terários repetem, de bico alto c deimitivos, os íragílimos argumentos
^obrc a impossibilidade de aplicação
a matemática aos fatos econômicos,
-f- o ^-aso de contemplá-los e pensar na fdosofia de Galileu: "Eppur si iniiove...
^ Quando falamos na aplicação, não
nos refenmos à "esCola matemática" <'u de Lausanne, que representa um •"si.stema", à base do qual estão cer tas concepções da vida social e do
homem, recebidas do meio capitali.sía c supostas imutávei.s e eternas. O equilíbrio econômico baseado em con ceitos de "margem", de "ofelimida-
<Ie
de "princípio hedonístico", de
"leis de oferta e procura", que i) jôgo de fòrças na sociedade existen te sugeriu ao espírito dos pensado
res. Conceitos c categorias cuja aná
Ec:(>nó.mico
função cjue desempenha <> in.slrumento
analítico
no
estabelecimento
cjuestões econômicas.
A
das
linguagem
matemática, admirabilíssinia
no
tra
duzir as interdependências (jiie esca pam à Hiiguagcm vulgar, apanha as relações lógicas essenciais, e, como uma radiografia do pensamento, fa cilita apreender as variações conjun tas e concomitantes
relacionadas.
das
grandezas
Isso permito evirlenciar
a.s ilações falsas, os erros de raciocí nio, a equivocidade dos conceitos. — tudo (|iie i)ode escai)ar nas formas da linguagem ordinária. A linguagem matcmáticía
não dá
verdades, iicm
tem, de si mesma, fecundidade pró pria.
Mas faculta a descoberta da
97
ürcEsTO EcoNÓNnco
Embora
casando
harmoniosamente
uma orientação humanística a seus conliecimentos matemáticos, Marshall cia, como observou Jcvons, o mais aca bado cxijoente da economia néoclássica, se assim convém denominá-
la.
Seus "Principies" substituíram o
livro de John Stiiart Mill.
sua
influência
ia a falar hridgc ".
E, com
crescente, chegar-se-
na
"escola
dc
Cam-
".A ilusão da moeda estável reina íií
mesmo nos paí.scs que perderam o
si:
Seria impossível acompanhar, nessa simples resenha crítica, tôda a pro<ligiosa atividade dêsse economista.
Limitar-nos-emos a indicar, cm rá
pidos traços, os pontos mais salientes
rie de conferências sòbre a instabi
mo a ausência dessas
descoberta pela simples manipulação
lidade do poder de compra de todos os países monetários do mundo, apon
sinalada com orgulho como P estabilidade da
das equações. Desconhece portanto a história da física," — diz Fisher.
tando os prejuízos decorrentes, e pro curando arredar o véu de ilusões e
plcsmente por causa
Ainda nesse
sentido
dá-.nos
uma
citação de Launhardl:
''A matemática nada mais é do que
preconceitos existentes nesse domínio.
Logo após a primeira guerra mundial, verificaram-se os tremendos desequi líbrios cfue culminaram no "crack"
de 1929.
3í|.ui a aplicação do método matemá
tico à investigação econômica, o (pie
imptinba-se violentamente
mente inexato ".
nomi.stas. O sueco Cassei e o inglês
No mesmo sentido citava Newcomb, quando afirmava que "a análise ma temática é simplesmente a aplicaç.ão à dedução lógica de uma linguag-em mais e.xata, mais precisa, e, por ês.se propósito particular, mais poderosa que a linguagem ordinária."
Lord
Keynes vinham
aos
eco-
à frente dos
sim*
pabrica-se,
i
com 5 gr d ^ 15 anos [Je^rverlficamos/pasmados que a
^dfr;' omol 's:ria íima^dmiílção igual - comenta Firr - à de «m indivíduo que cons
tatasse. impressionado, que 1 htro de
é igual a dois meios htros de
arroz!
Que pretende a unidade ouro?
pesquisadores. Fisher, com suas altas ctualidades de
didata, abordou o problema da "ilu são monetária" com muita claridade, atraindo favoràrelmente considerável
parte da opinião pública.
cia
'r"à"uSde nronetáriaque por exemplo a Declara-se
O poder aquisitivo do dó
de.sordem — c o problema dos preços
'
E porque lal «tab.l.dadcr
lar correspondia a 7ü cèntimos do ano
fortes, o que, na linguagem ordinária,
— Fisher compreendeu claramente a
tação. em relação ao ouro, de sua antiga moeda, marco, franco, coroa, etc. e da cotação de moedas estran
sem ela. Cairne.s aparentemente pen sa (|ue a verdade, na física, tem sido
absolutamente não se con.seguiria, ou conseguir-se-ia de modo coiypleta-
-Ao refutar as objeções cie Cairnes. cie Wagner, de Ingram, de Rabberio,
padrão ouro e possuem sòmente pa pel moeda, e onde os negociantes ve rificam a incessante variação da co
onde não se provoca a atenç. as variações mencionadas.
anterior a conflagração. Tòdas as outras moedas participavani da mesma
análise à biologia.
A esse
propósito escreve êle:
Na ■■ fícole International de Gênêve", cm 1927, Fisher realizou uma sé
suráveis nas suas conseqüências mais
2ia Bauer encarando as aplicações da
siste :^ol) novas roupagens.
atribuída à matemática, embora tal não pudesse jamais ter acontecido
<IuaiuIo. muitas vezes. são efeitos transitórios, velando a trama de fa
^ diferente. "Nicht ais Matiiematik, aher mit der Matheniatik", como di-
vilhoso do ouro, — poder que desa fiou a imaginação romântica e Per
geiras. Ela é naturalmente mais f
uma linguagem capaz de representar
Defendemos
„
No fundo das "ilusões monetárias está a velha crença no poder mara
te ainda nos países de padrao
as interdependências de coisas men
profundos.
porâneos.
o sainetc de originalidade.
"A descoberta é só indiretamente
lise cpistemológica não fizeram, acei-
mais
dos. atuando mais do cpie qualquer outro no pensatnento de seus contem
de suas idéias c concepções que têm
verdade.
tando-os como "fundamentais"
tos
do círculo hermético dos cspecializá-
Saiu fora
"Medir" o valor. E' comezinho que a unidade deve ser da mesma nature
za que a grandeza que vai medir, isto ' e.
com a qual será comparada. No
Dicesto
EcoNó>aco
de de péso) para medir essa coisa imponderável, que é o "valor", sôbre o qual os economistas discutem e
Diante do problema, como racioci na Fisherr Ligado ao pensamento dos nco-clássicos, não busca as raí
gastam nos de tinta nas academias., e
zes sociais do valor de troca e seus
abundam
desdobramentos
veis.
era conclusões
Ültimaracnte,
inconciliá
acusando
essa
noção de metafísica, tornaram-na apenas sinônimo de preço. E' fenô meno que resulta de um ajustamento
de procura (consumo) e oferta, c nesse mecanismo se revela.
Não entramos aqui no debate sòbre o valor. Expulsa a noção pela porta, da volta pela janela. O que é, inapclàvclmente, de tòda evidência, é que o "valor" se configura na troca
social das utilidades, implicando uma
^ complexa dc relações in^ serie dividuos que criam os bens entre em per"luta. E nessas relações, definem-se agrupamentos diferentes, que de
sigualmente participam dos resulta dos da produção. Para Ricardo, aí estava o problema central da Eco
nomia política: o exame das leis que regulavam essa distribuição.
chegamos
pela simples
conceito do "valor".
A elas
análise
do
Êste aparece,
portanto, como expressão de "rela ções sociais", que mudam històricamente, — e seria incompreensível me
dir êsse fenômeno de modo tão sim
plista e simplório.
Em última análi
se, é tal o simplismo a que desce es-
mentalidade metalista — que, por ^czcs, tem-se a impressão clara de QUe busca encontrar nas proprieda
des físicas e químicas do ouro aqui lo que decorre do meio humano e
no sentido
da
moe
da dentro do movimento circulatório da riqueza.
Pretende permanecer na
observação positiva dos fatos.
Não
se aventura a uma aventura socioló
mesma.
A atitude mental é a
mero de mercadorias-tipo". Aí
está
o instrumento
conceituai
para exame do problema — e que le varia o autor à concepção da moeda capaz de elàsticamente apanhar e acompanhar as oscilações do valor da
moeda, evitando os prejuízos de sua
por " pai do dólar compensado" por que o projeto foi exposto pormenori zadamente no meu livro a "Estabi
onde eles partem.
principais do projeto sç encontram já
Fica na "casc'a"
das relações já conceitualizadas, já transmitidas e fixadas, sem descer à
"Eu
passo — escreve
lização do Dólar".
em Simon Newcorab, shall, etc.
Fisher
—
Mas as idéias
Alfred
Mar
própria consiste nas medidas a se rem tomadas contra as e,speculações
feita.
judicar o tesouro do Estado".
As conexões mais profundas,
que alimentam e falseiam a
perspec
tiva, terão que ser buscadas na pro
dução.
As deturpações condensadas
nas ideologia.s das escolas devem ser
dissolvidas pela análise mais íntima, a fim de evitar as mistificações do nosso p|ensame'nto, que não escapa
das múltiplas influências que tecem isso a que se chamou "Cultura". Fisher jamais se impressionou com essas considerações epistemológicas sóbre as fontes de nossas ilusões, co
mo frisaria depois, com muita finiira, Karl Mannheim, tratando da sociologia do conhecimento. Mas pôde descar nar muitos
erros.
Disse-nos
que
"confundir o pêso fixo do dólar com
mento".
E indagou: "Por qual ins
trumento mediremos o valor real de
nossa moeda? Por números-índices. ,Um número-índiCe é um número que
manipular e orientar ésse poder de compra, ditando uma política compa tível com os propósitos estabilizado res, Fisher recorreu à famosa equa
ção de Newcomb, dando-lhe um al cance novo. Ela exprime que o vo
lume monetário, multiplicado pela ve locidade da moeda, deve correspon
der ao volume das transações multi plicado pelo nível dos preços. is
pensamo-nos de quaisquer consulerações, pois se trata de noçoes de batidas cm todos os compêndios da matéria.
,
Dêsses elementos parte Fisher para
explicar-nos as crises — c como evi-
^^Í^origem da crise deriva, segundo
Minha única contribuição
compreensão do fiiie está abaixo do "véu monetário", que prometeu ras gar. A ilusão foi parcialmente des
um valor fixo é como se confundisse
"lo do ouro".
outro, nos preços de determinado nú
pindo-sc de instrumentos sociológi cos, fica freqüentemente roçando a superfície do fenômeno, incapaz de mergulhar na ambiência humana de
o pêso do metro com o .sou compri
E' perfei
moeda corrente, de certo instante a
instabilidade.
de sua organização. Tal como o pricáveis dos seus amuletos.
dá, cm pcrcentagem, a variação da
gica. Anota apena.s interdependên cias funcionais: por isso mesmo, des-
"útivo que crê nos poderes inexpli tamente legítimo falar no "fetichis-
99
DiGESTo Econômico
sòbre o ouro, as quais poderiam pre A -
Em 1932 e 1935, Fisher publica dois outros livros versando problemas li gados à moeda : "Booms and Depressions" e "100% Money" — e
deia de silogismo e ^ i>eg preciação monetária ; a
ativação dos
^^ârios têm
i
continua na convicção de que o pon to essencial dos desequilíbrios eco
nômicos
radica
na
política
mone
-
tária, sempre se inspirando em con
cepções ilusórias sobre o papel do dinheiro no desenvolvimento da vi da econômica. Se as causas são
monetárias — o remédio terá que í,er
procurado
na esfera
da
moeda.
Observando as oscilações periódi cas do poder de compra pelo ângulo do consumidor, desmascara a injusti
ça das oscilações, que afetam as rela ções sociais. A elevação do nível de
preços tem
efeitos
depressivos:
arruina os que dependem de rendas fixas, beneficiando acionistas de em
presas privadas e ao Estado.
Para
vel das preços. Se essa «levaçao se
processou prèviamentc pela in aça L crédito, a crise irrompe: a alta de preços é o sintoma prelimmai
nómeno.
Fisher insiste em demonstrar que
a chamada super-produção, o subc-onsumo. o desequilíbrio entre pre
ços industriais e -preços agrícolas, a renovação e aperfeiçoamei\to técni cos do equipamento produtivo, as dese invenções.
"
"""*
Dicesto
EcoNó>aco
de de péso) para medir essa coisa imponderável, que é o "valor", sôbre o qual os economistas discutem e
Diante do problema, como racioci na Fisherr Ligado ao pensamento dos nco-clássicos, não busca as raí
gastam nos de tinta nas academias., e
zes sociais do valor de troca e seus
abundam
desdobramentos
veis.
era conclusões
Ültimaracnte,
inconciliá
acusando
essa
noção de metafísica, tornaram-na apenas sinônimo de preço. E' fenô meno que resulta de um ajustamento
de procura (consumo) e oferta, c nesse mecanismo se revela.
Não entramos aqui no debate sòbre o valor. Expulsa a noção pela porta, da volta pela janela. O que é, inapclàvclmente, de tòda evidência, é que o "valor" se configura na troca
social das utilidades, implicando uma
^ complexa dc relações in^ serie dividuos que criam os bens entre em per"luta. E nessas relações, definem-se agrupamentos diferentes, que de
sigualmente participam dos resulta dos da produção. Para Ricardo, aí estava o problema central da Eco
nomia política: o exame das leis que regulavam essa distribuição.
chegamos
pela simples
conceito do "valor".
A elas
análise
do
Êste aparece,
portanto, como expressão de "rela ções sociais", que mudam històricamente, — e seria incompreensível me
dir êsse fenômeno de modo tão sim
plista e simplório.
Em última análi
se, é tal o simplismo a que desce es-
mentalidade metalista — que, por ^czcs, tem-se a impressão clara de QUe busca encontrar nas proprieda
des físicas e químicas do ouro aqui lo que decorre do meio humano e
no sentido
da
moe
da dentro do movimento circulatório da riqueza.
Pretende permanecer na
observação positiva dos fatos.
Não
se aventura a uma aventura socioló
mesma.
A atitude mental é a
mero de mercadorias-tipo". Aí
está
o instrumento
conceituai
para exame do problema — e que le varia o autor à concepção da moeda capaz de elàsticamente apanhar e acompanhar as oscilações do valor da
moeda, evitando os prejuízos de sua
por " pai do dólar compensado" por que o projeto foi exposto pormenori zadamente no meu livro a "Estabi
onde eles partem.
principais do projeto sç encontram já
Fica na "casc'a"
das relações já conceitualizadas, já transmitidas e fixadas, sem descer à
"Eu
passo — escreve
lização do Dólar".
em Simon Newcorab, shall, etc.
Fisher
—
Mas as idéias
Alfred
Mar
própria consiste nas medidas a se rem tomadas contra as e,speculações
feita.
judicar o tesouro do Estado".
As conexões mais profundas,
que alimentam e falseiam a
perspec
tiva, terão que ser buscadas na pro
dução.
As deturpações condensadas
nas ideologia.s das escolas devem ser
dissolvidas pela análise mais íntima, a fim de evitar as mistificações do nosso p|ensame'nto, que não escapa
das múltiplas influências que tecem isso a que se chamou "Cultura". Fisher jamais se impressionou com essas considerações epistemológicas sóbre as fontes de nossas ilusões, co
mo frisaria depois, com muita finiira, Karl Mannheim, tratando da sociologia do conhecimento. Mas pôde descar nar muitos
erros.
Disse-nos
que
"confundir o pêso fixo do dólar com
mento".
E indagou: "Por qual ins
trumento mediremos o valor real de
nossa moeda? Por números-índices. ,Um número-índiCe é um número que
manipular e orientar ésse poder de compra, ditando uma política compa tível com os propósitos estabilizado res, Fisher recorreu à famosa equa
ção de Newcomb, dando-lhe um al cance novo. Ela exprime que o vo
lume monetário, multiplicado pela ve locidade da moeda, deve correspon
der ao volume das transações multi plicado pelo nível dos preços. is
pensamo-nos de quaisquer consulerações, pois se trata de noçoes de batidas cm todos os compêndios da matéria.
,
Dêsses elementos parte Fisher para
explicar-nos as crises — c como evi-
^^Í^origem da crise deriva, segundo
Minha única contribuição
compreensão do fiiie está abaixo do "véu monetário", que prometeu ras gar. A ilusão foi parcialmente des
um valor fixo é como se confundisse
"lo do ouro".
outro, nos preços de determinado nú
pindo-sc de instrumentos sociológi cos, fica freqüentemente roçando a superfície do fenômeno, incapaz de mergulhar na ambiência humana de
o pêso do metro com o .sou compri
E' perfei
moeda corrente, de certo instante a
instabilidade.
de sua organização. Tal como o pricáveis dos seus amuletos.
dá, cm pcrcentagem, a variação da
gica. Anota apena.s interdependên cias funcionais: por isso mesmo, des-
"útivo que crê nos poderes inexpli tamente legítimo falar no "fetichis-
99
DiGESTo Econômico
sòbre o ouro, as quais poderiam pre A -
Em 1932 e 1935, Fisher publica dois outros livros versando problemas li gados à moeda : "Booms and Depressions" e "100% Money" — e
deia de silogismo e ^ i>eg preciação monetária ; a
ativação dos
^^ârios têm
i
continua na convicção de que o pon to essencial dos desequilíbrios eco
nômicos
radica
na
política
mone
-
tária, sempre se inspirando em con
cepções ilusórias sobre o papel do dinheiro no desenvolvimento da vi da econômica. Se as causas são
monetárias — o remédio terá que í,er
procurado
na esfera
da
moeda.
Observando as oscilações periódi cas do poder de compra pelo ângulo do consumidor, desmascara a injusti
ça das oscilações, que afetam as rela ções sociais. A elevação do nível de
preços tem
efeitos
depressivos:
arruina os que dependem de rendas fixas, beneficiando acionistas de em
presas privadas e ao Estado.
Para
vel das preços. Se essa «levaçao se
processou prèviamentc pela in aça L crédito, a crise irrompe: a alta de preços é o sintoma prelimmai
nómeno.
Fisher insiste em demonstrar que
a chamada super-produção, o subc-onsumo. o desequilíbrio entre pre
ços industriais e -preços agrícolas, a renovação e aperfeiçoamei\to técni cos do equipamento produtivo, as dese invenções.
"
"""*
100
Dicíesto
desencadear uma crise importante se nao
atuam,
concomitantemente
e
preponderantemente, em papel deci sivo, o endividamento e a deflação.
Constatados "êstes, assistimos: redu ção da circulação, baixa de preços,
baixa da taxa de lucros, diminuição dos ativos líquidos das empresas, re
ção da moeda escriturai.
prudéhcia, de pessimismo, variações
Fisher percebeu a dificuldade ou impossibilidade de evitar a crise com manipulações exclusivas sóbre o me canismo dos preços. Lançou suas vistas sobre a regulamentação dos empréstimos aos corretores, a fim de
realizar certo controle sóbre o mer
cado de valores.
Assim, advogou a
organização de dois sistemas de con troles paralelos; sóbre o mercado de bens e sóbre o mercado de valores De novo, volta à baila seu tema de dólar compensado, a fim de ajustar as variações *do poder aquisitivo às variações dos preços. Mas não pôde deixar de assinalar, observando as ve-
Iocidade.s da moeda, a relativa eficá cia que poderia ter uma ação que sc dirigisse apenas sóbre a quantidade da moeda c volume de créditos. Daí parte para a concepção da moeda es-
Os efeitos
dcflacionistas, nas crises, agravam-se fortemente através dos créditos ban
cários. Alvitra então, como medida salutar, a constituição dc um • con
selho
monetário", que
estuda
com
minudcncia.
tardamento de circulação, espírito dc repentinas na taxa de juros.
Econômico
❖
Hí
Outro ponto cia Economia política
<iue mereceu atenção de I"isher está Ha conceituação do "capital" c da "renda", que desenvolveu no livro "The Xaturc of Capital and Rcvenue" e em "Tlie Rate of Interest ."
Em vez de procurar a configuração do "capital" nas relações sociais, — Fisher considera o "e-stociue" das ri quezas existentes etn
dado
momento
"como "fundo", que, em certo espa
os
bens
capitais
("capital
goods") e o serviço acrescentado, a renda (" reveniic
.
.As estradas de
parte
Afiuelas, o momento estático, o con
o do 'capital
Êle o define: "um esta
do da quantidade o do valor da pro priedade de um proprietário cm Cer to e determinado momento. Esta conta Se compõe de duas colunas: a do ativo ("assets") e do passivo
("liabilities"). A conta indica o ca
filiar a isso a concepção de Fisher,
pital líquido."
fundamentada ' no
descrimc
entre
Para Fisher a confusão se proje
tou no conceito de riqueza: observa
"flow" c "stock".
"Deíin imos capital como uma quan
tidade de riqueza e.xistentc em certo Ohter-sc-ia uma
de uma fotografia instantânea da ri queza. Por esse processo apareceria, alem da riqueza duradoura, uma granmem ràpidamentc ".
A quantidade de riqueza apresentase dc modo variadíssimo; são com
que muitos economistas acabaram in cluindo ali até o próprio homem. Co mentando essa passagem, John K. Commons acrescenta que no mesmo
engano incorreram Ricardo e Karl Marx. Para &te, há riquezas q.,e ,.ao
têm valor, cnrbora tenham preço, -acMmente se compreende " "
eonceitrqu^e apontamos Perimm.
junto material apanhado fotogràfica-
plexos de bens os mais diversos, que •
mente, defini
mente num instante do processo pro
são apreciados hoinogêneamente con
grande economista
dutivo.
soante seu "valor".
o capital. Esqueceu as .^çc
Ora, ressalta dessa concep
cada instante, dos serviços que pode variàvelmente prestar em épocas di
l>ara obviar as deficiências oriundas
a*
de quantidade de bens cjue sc conso
da moeda manual em virtude de não
Tal o estratagema de Fisher
nos consideraram-no como
contábil".
principal duma dívida ou dc um acer vo dc mercadorias; — c poder-se-ia
ferro são capítai.s, os serviços pres plicam a movimentação da riqueza.
sher admirou-se de que os economistas não tivessem recorrido a outro con
tados, a renda.
Estas são fluxos, im
Via de regra, o têrmo ca
pital se aplica ao valor capital. Nes ta altura de suas investigações, Fi ceito necessário. —
instante preciso.
titui
res, etc.
tileza alguns aspectos e confundindo outros. Outrora, Turgot designava c"omo "capital" o estoque de riqueza — e Say, Courcellc-Scneuil c outros seguiram o exemplo. Os pré-smíthia-
vista completa do capital por meio
O estoque cons
na em galões, o trigo cm arrobas, o ouro cm gramas, a terra em hecta
distinguindo, portant\ com mais su
quezas ou serviços.
ção que o valor do capital decorreria
tlorso.
h.m íace disso, não é suficiente in
dicar como capital "tòda riijueza que produz renda", como fê-lo Adam Smith, pois qualquer riqueza presta serviços. Entretanto, Smith aludia à renda monetária (".mionev income"),
ço de tempo, cria acréscimos de ri
tampilhada ("Stamp script"), que, na sua opinião, impediria a desaparição poder .ser entesourada. Esta, para conservar seu poder liberatótio, re clamaria um carimf)o jieriódico no
101
DiGESTO ECONÓ^^CO
do seu rendimento proporcionado a
Analisando á definição de Marshall, escreve:
"Como tôcla rlcpieza c destinada a emprego futuro,
ção monetária.
uma reserva.
é por isso
"capital value".
A quantidade de
direitos de propriedade existente em
versas e .sucessivas.
da redução de velocidade de circula
"O valor de um
estoque de riqueza é um capital" — esclarece Fisher. Daí os dois senti dos do têrmo: "capital wealth" e
mesmo
Q fato de chamar ca
certo momento constitui a "capital prpperty", cujo valor é "capital valuc". A expressão "capital goods" recolheu-a Fisher da obra de Clark.
Enquanto a mesma unidade de va
Ir, as
notações essenciais q
c
. ij^ções so-
i
ciais que o configurara, con o ros outro outros economistas r^-ntro do clássicos processo e neo-classicos. Dentro ' ^ fpiTios DU>Cal rtS orodutivo e que tei _ 1 ^ „;»nntes Examinando suas deteiminantes. _ . .. ...a
questão, Pigou mencionou a tentati va de conceituar o capital como 'su bstância homogênea", quantidade que se poderia considerar como um "da-
pital a uma reserva não basta, cm
lor mede o "capital value", são ne
nua as mesmas idéias fundamentais.
rigor, para distingui-la de outra ri
cessárias unidades diversissimas para
Propunha que fôsse substi tuída "para os objetivos da análise
10% dos bilhetes garantem a circula
queza."
avaliar os "capital goods"; a gasoli
(»í-'r.nómira. oor
No seu livro "100% Money" conti
tum".
uiua descticão —
100
Dicíesto
desencadear uma crise importante se nao
atuam,
concomitantemente
e
preponderantemente, em papel deci sivo, o endividamento e a deflação.
Constatados "êstes, assistimos: redu ção da circulação, baixa de preços,
baixa da taxa de lucros, diminuição dos ativos líquidos das empresas, re
ção da moeda escriturai.
prudéhcia, de pessimismo, variações
Fisher percebeu a dificuldade ou impossibilidade de evitar a crise com manipulações exclusivas sóbre o me canismo dos preços. Lançou suas vistas sobre a regulamentação dos empréstimos aos corretores, a fim de
realizar certo controle sóbre o mer
cado de valores.
Assim, advogou a
organização de dois sistemas de con troles paralelos; sóbre o mercado de bens e sóbre o mercado de valores De novo, volta à baila seu tema de dólar compensado, a fim de ajustar as variações *do poder aquisitivo às variações dos preços. Mas não pôde deixar de assinalar, observando as ve-
Iocidade.s da moeda, a relativa eficá cia que poderia ter uma ação que sc dirigisse apenas sóbre a quantidade da moeda c volume de créditos. Daí parte para a concepção da moeda es-
Os efeitos
dcflacionistas, nas crises, agravam-se fortemente através dos créditos ban
cários. Alvitra então, como medida salutar, a constituição dc um • con
selho
monetário", que
estuda
com
minudcncia.
tardamento de circulação, espírito dc repentinas na taxa de juros.
Econômico
❖
Hí
Outro ponto cia Economia política
<iue mereceu atenção de I"isher está Ha conceituação do "capital" c da "renda", que desenvolveu no livro "The Xaturc of Capital and Rcvenue" e em "Tlie Rate of Interest ."
Em vez de procurar a configuração do "capital" nas relações sociais, — Fisher considera o "e-stociue" das ri quezas existentes etn
dado
momento
"como "fundo", que, em certo espa
os
bens
capitais
("capital
goods") e o serviço acrescentado, a renda (" reveniic
.
.As estradas de
parte
Afiuelas, o momento estático, o con
o do 'capital
Êle o define: "um esta
do da quantidade o do valor da pro priedade de um proprietário cm Cer to e determinado momento. Esta conta Se compõe de duas colunas: a do ativo ("assets") e do passivo
("liabilities"). A conta indica o ca
filiar a isso a concepção de Fisher,
pital líquido."
fundamentada ' no
descrimc
entre
Para Fisher a confusão se proje
tou no conceito de riqueza: observa
"flow" c "stock".
"Deíin imos capital como uma quan
tidade de riqueza e.xistentc em certo Ohter-sc-ia uma
de uma fotografia instantânea da ri queza. Por esse processo apareceria, alem da riqueza duradoura, uma granmem ràpidamentc ".
A quantidade de riqueza apresentase dc modo variadíssimo; são com
que muitos economistas acabaram in cluindo ali até o próprio homem. Co mentando essa passagem, John K. Commons acrescenta que no mesmo
engano incorreram Ricardo e Karl Marx. Para &te, há riquezas q.,e ,.ao
têm valor, cnrbora tenham preço, -acMmente se compreende " "
eonceitrqu^e apontamos Perimm.
junto material apanhado fotogràfica-
plexos de bens os mais diversos, que •
mente, defini
mente num instante do processo pro
são apreciados hoinogêneamente con
grande economista
dutivo.
soante seu "valor".
o capital. Esqueceu as .^çc
Ora, ressalta dessa concep
cada instante, dos serviços que pode variàvelmente prestar em épocas di
l>ara obviar as deficiências oriundas
a*
de quantidade de bens cjue sc conso
da moeda manual em virtude de não
Tal o estratagema de Fisher
nos consideraram-no como
contábil".
principal duma dívida ou dc um acer vo dc mercadorias; — c poder-se-ia
ferro são capítai.s, os serviços pres plicam a movimentação da riqueza.
sher admirou-se de que os economistas não tivessem recorrido a outro con
tados, a renda.
Estas são fluxos, im
Via de regra, o têrmo ca
pital se aplica ao valor capital. Nes ta altura de suas investigações, Fi ceito necessário. —
instante preciso.
titui
res, etc.
tileza alguns aspectos e confundindo outros. Outrora, Turgot designava c"omo "capital" o estoque de riqueza — e Say, Courcellc-Scneuil c outros seguiram o exemplo. Os pré-smíthia-
vista completa do capital por meio
O estoque cons
na em galões, o trigo cm arrobas, o ouro cm gramas, a terra em hecta
distinguindo, portant\ com mais su
quezas ou serviços.
ção que o valor do capital decorreria
tlorso.
h.m íace disso, não é suficiente in
dicar como capital "tòda riijueza que produz renda", como fê-lo Adam Smith, pois qualquer riqueza presta serviços. Entretanto, Smith aludia à renda monetária (".mionev income"),
ço de tempo, cria acréscimos de ri
tampilhada ("Stamp script"), que, na sua opinião, impediria a desaparição poder .ser entesourada. Esta, para conservar seu poder liberatótio, re clamaria um carimf)o jieriódico no
101
DiGESTO ECONÓ^^CO
do seu rendimento proporcionado a
Analisando á definição de Marshall, escreve:
"Como tôcla rlcpieza c destinada a emprego futuro,
ção monetária.
uma reserva.
é por isso
"capital value".
A quantidade de
direitos de propriedade existente em
versas e .sucessivas.
da redução de velocidade de circula
"O valor de um
estoque de riqueza é um capital" — esclarece Fisher. Daí os dois senti dos do têrmo: "capital wealth" e
mesmo
Q fato de chamar ca
certo momento constitui a "capital prpperty", cujo valor é "capital valuc". A expressão "capital goods" recolheu-a Fisher da obra de Clark.
Enquanto a mesma unidade de va
Ir, as
notações essenciais q
c
. ij^ções so-
i
ciais que o configurara, con o ros outro outros economistas r^-ntro do clássicos processo e neo-classicos. Dentro ' ^ fpiTios DU>Cal rtS orodutivo e que tei _ 1 ^ „;»nntes Examinando suas deteiminantes. _ . .. ...a
questão, Pigou mencionou a tentati va de conceituar o capital como 'su bstância homogênea", quantidade que se poderia considerar como um "da-
pital a uma reserva não basta, cm
lor mede o "capital value", são ne
nua as mesmas idéias fundamentais.
rigor, para distingui-la de outra ri
cessárias unidades diversissimas para
Propunha que fôsse substi tuída "para os objetivos da análise
10% dos bilhetes garantem a circula
queza."
avaliar os "capital goods"; a gasoli
(»í-'r.nómira. oor
No seu livro "100% Money" conti
tum".
uiua descticão —
r
lOS
DrcESTo
Completa dos elementos concretos de
<3ue é constituído". A antiga e clás
Ecün'ómico
tarefa tem sido árdua — o não c nos
sica simetria dos fatores homogêneos
so objetivo rastreá-la aqui. Indica mos, dcfíciejitemcntc, a posição de
terra, capital, trabalho — rompeuse há muito tempo; a natureza do
Fisher diante desses magnos proble
capital virou um quebra-cabeça pa
ções sintonizam com o marginalismo.
ra
Uma qualidade predomina nos seus livros: a claridade didática. Foi em tôda sua vida, e acima dc tôdas as
a economia acadêmica: não
há
muita uniformidade nas opiniões.
"O capital ~ argumenta Pigou — não é a massa amorfa de coisas, mas possui uma estrutura definida, ''i'® ® organizada de uma forma defi
nida, e cuja Composição, de partes
essencialmente
diferentes, é
muito
mais importante do que sua quanti-
<lade reunida". Daí falar-nos no sen
tido multitudinário de capital, nas múltiplas dimensões.
Benefi
mas.
AUTORES E LIVRQSi O Caminho da Servidão
Friedrich A. Hayek — Livraria Globo
De modo geral, suas convic
discordâncias, um grande mestre. De dicou-se, dcsintercssadamente, à so
por CÂNDIDO Mota Filho
0 autor livro y
lução dos problemas de seu tempo. Dotado de séria cultura matematica, foi inicialmente um fascinado pelas
cksell e a chamada escola sueca os neo-marginalistas em geral, aprofun dam sutilezas de análises para apa nhar a intimidade do fenômeno. A
bus
interes
santíssimo,
um
aler
ta os ideólogos
economista. E, como economista, êle encarou a cri
e responsabiliza os
oportunistas,
se contemporânea, através do prisma eco
mostra a torpeza do neo-maquiavelismo
Acabou integrado nos problemas eco
nômico. E é através desse prisma que
e as monstruosidades da "rcal-politik
nômicos e as inspiraçõfes de seus pri meiros estudos e mestres jamais de
nos conduz a ver, com maior firmeza, as causas atuais dos desesperos do mundo.
e, assim, êle consegue, no plano da cul tura, restabelecer um debate necessário
to. Serviu honestamente à cultura de seu país e do mundo, legando-nos obras excepcionais. E deixou-nos i^m
ma, antes pelo contrário, há a repetição
da vocação contemporânea dc fugir
de uma forma de diagnosticar predomi
realidade.
aplicações da análise
á
economia.
ciários da análise de Boehm-Bawerk, sapareceram ,de seu luminoso espíri que primeiro o salientou, o papel de tempo" no processo produtivo, Wi-
debate
deste I
Nessa atitude não há novidade algu
nante em nossos dias, principalmente
exemplo alto e puro de consagração
depois que se acolheu a idéia de que
à investigação científica guiada uni camente pelo amor à verdade.
industriais, a procura norte-americana,
ôm-
aZ Por encomendas que excedem a produção de um Z 5^' desenvolvendo a capacidade máxima. ^ , a ^aher. T) JfiíZ. para a (rrande necessidade dêsses vetcuhs, •Hihof-f duranteelétr%os a guerra, precisam ser fhsutuidos em todo oônibus, pats; g^os 2) e estragados, linh& de bondes estão desapareZr atendidas / ser em meados de 1948 e.encomendas em alguns recebidas casos, em pelas 1949 fábricas só poderão
é a economia liberal e individualista a
I
e que estava já arquivado pela apres^
I
Ha realmente algo de pueril nessa afirmativa de que o liberalismo marcou a época das soluções pohticas e em
justiças econômicas. Uu ainda ^ta
responsável, pela sua insuficiência e pe las suas injustiças, pelo que está ha vendo. Acontece porém que o profes sor Hayek usa de argumentos impres
outra, insuflada pelo materialismo his tórico, que o liberalismo expressa a rea
sionantes e originais para sustentar seus
assim a responsabilidade para trás, co
lização social do ciclo burguês. Jogada
pontos de vista e, ao mesmo tempo, locada a incapacidade nos ombros das sustenta uma tese corajosa.
E soube
sustentá-la tão bem, com tal coragem e tal franqueza, que o seu livro se tor
gerações que já se foram, fica, para o nosso tempo, o triste consôlo de ser a vítima de erros de outros tempos, pa
nou famoso.
gando os filhos pelos crimes dos pais.
dos para ceder lugar a ônibus. Em Nova Iorque, por exemplo, a campanha vem
Em meio désse furor anti-liberal que corre mundo, furor que mais não se dis
comprimido pelas suas próprias contra
sendo feita no sentido de substituir tôdas as linhas de bondes.
farça, de forma alguma, o livro "Cami
As previsões soo de que 25.000 precisam ser substituídos dentre os 80.000 tnie trafegam no pats e cêrca de 50% dos 25.000 bondes elétricos serão eliminaPara fazer face a essa procura, a indústria de ônibus está operando com um
índice de produção recorde. Durante os dois primeiros meses de 1947 foram cons truídos 2.451 ônibus dos tipos mais empregados. Conservando-se èsse nível de produção, serão construídas em 1947 quase 15.000 unidades, em comparação com
11.635 produzidas em 1946 e 8.500, em 1936. ônibus vem sendo de cêrca de 15% da produção.
Atualmente, a exportação de
nho da Servidão" do prof. Hayek apa rece, defendendo velhos princípios, como
algo de espantosamente novo. Não diremos que o seu livro seja in teiramente razoável. 'Mas êle abre um
Entretanto, a dura realidade é que.
dições, o nosso tempo mostra, pelos fa tos a pelo pensamento, a sua incapaci dade para solucionar seus problemas fun damentais.
Se, na verdade, há uma transmissão r-ia
n
r
lOS
DrcESTo
Completa dos elementos concretos de
<3ue é constituído". A antiga e clás
Ecün'ómico
tarefa tem sido árdua — o não c nos
sica simetria dos fatores homogêneos
so objetivo rastreá-la aqui. Indica mos, dcfíciejitemcntc, a posição de
terra, capital, trabalho — rompeuse há muito tempo; a natureza do
Fisher diante desses magnos proble
capital virou um quebra-cabeça pa
ções sintonizam com o marginalismo.
ra
Uma qualidade predomina nos seus livros: a claridade didática. Foi em tôda sua vida, e acima dc tôdas as
a economia acadêmica: não
há
muita uniformidade nas opiniões.
"O capital ~ argumenta Pigou — não é a massa amorfa de coisas, mas possui uma estrutura definida, ''i'® ® organizada de uma forma defi
nida, e cuja Composição, de partes
essencialmente
diferentes, é
muito
mais importante do que sua quanti-
<lade reunida". Daí falar-nos no sen
tido multitudinário de capital, nas múltiplas dimensões.
Benefi
mas.
AUTORES E LIVRQSi O Caminho da Servidão
Friedrich A. Hayek — Livraria Globo
De modo geral, suas convic
discordâncias, um grande mestre. De dicou-se, dcsintercssadamente, à so
por CÂNDIDO Mota Filho
0 autor livro y
lução dos problemas de seu tempo. Dotado de séria cultura matematica, foi inicialmente um fascinado pelas
cksell e a chamada escola sueca os neo-marginalistas em geral, aprofun dam sutilezas de análises para apa nhar a intimidade do fenômeno. A
bus
interes
santíssimo,
um
aler
ta os ideólogos
economista. E, como economista, êle encarou a cri
e responsabiliza os
oportunistas,
se contemporânea, através do prisma eco
mostra a torpeza do neo-maquiavelismo
Acabou integrado nos problemas eco
nômico. E é através desse prisma que
e as monstruosidades da "rcal-politik
nômicos e as inspiraçõfes de seus pri meiros estudos e mestres jamais de
nos conduz a ver, com maior firmeza, as causas atuais dos desesperos do mundo.
e, assim, êle consegue, no plano da cul tura, restabelecer um debate necessário
to. Serviu honestamente à cultura de seu país e do mundo, legando-nos obras excepcionais. E deixou-nos i^m
ma, antes pelo contrário, há a repetição
da vocação contemporânea dc fugir
de uma forma de diagnosticar predomi
realidade.
aplicações da análise
á
economia.
ciários da análise de Boehm-Bawerk, sapareceram ,de seu luminoso espíri que primeiro o salientou, o papel de tempo" no processo produtivo, Wi-
debate
deste I
Nessa atitude não há novidade algu
nante em nossos dias, principalmente
exemplo alto e puro de consagração
depois que se acolheu a idéia de que
à investigação científica guiada uni camente pelo amor à verdade.
industriais, a procura norte-americana,
ôm-
aZ Por encomendas que excedem a produção de um Z 5^' desenvolvendo a capacidade máxima. ^ , a ^aher. T) JfiíZ. para a (rrande necessidade dêsses vetcuhs, •Hihof-f duranteelétr%os a guerra, precisam ser fhsutuidos em todo oônibus, pats; g^os 2) e estragados, linh& de bondes estão desapareZr atendidas / ser em meados de 1948 e.encomendas em alguns recebidas casos, em pelas 1949 fábricas só poderão
é a economia liberal e individualista a
I
e que estava já arquivado pela apres^
I
Ha realmente algo de pueril nessa afirmativa de que o liberalismo marcou a época das soluções pohticas e em
justiças econômicas. Uu ainda ^ta
responsável, pela sua insuficiência e pe las suas injustiças, pelo que está ha vendo. Acontece porém que o profes sor Hayek usa de argumentos impres
outra, insuflada pelo materialismo his tórico, que o liberalismo expressa a rea
sionantes e originais para sustentar seus
assim a responsabilidade para trás, co
lização social do ciclo burguês. Jogada
pontos de vista e, ao mesmo tempo, locada a incapacidade nos ombros das sustenta uma tese corajosa.
E soube
sustentá-la tão bem, com tal coragem e tal franqueza, que o seu livro se tor
gerações que já se foram, fica, para o nosso tempo, o triste consôlo de ser a vítima de erros de outros tempos, pa
nou famoso.
gando os filhos pelos crimes dos pais.
dos para ceder lugar a ônibus. Em Nova Iorque, por exemplo, a campanha vem
Em meio désse furor anti-liberal que corre mundo, furor que mais não se dis
comprimido pelas suas próprias contra
sendo feita no sentido de substituir tôdas as linhas de bondes.
farça, de forma alguma, o livro "Cami
As previsões soo de que 25.000 precisam ser substituídos dentre os 80.000 tnie trafegam no pats e cêrca de 50% dos 25.000 bondes elétricos serão eliminaPara fazer face a essa procura, a indústria de ônibus está operando com um
índice de produção recorde. Durante os dois primeiros meses de 1947 foram cons truídos 2.451 ônibus dos tipos mais empregados. Conservando-se èsse nível de produção, serão construídas em 1947 quase 15.000 unidades, em comparação com
11.635 produzidas em 1946 e 8.500, em 1936. ônibus vem sendo de cêrca de 15% da produção.
Atualmente, a exportação de
nho da Servidão" do prof. Hayek apa rece, defendendo velhos princípios, como
algo de espantosamente novo. Não diremos que o seu livro seja in teiramente razoável. 'Mas êle abre um
Entretanto, a dura realidade é que.
dições, o nosso tempo mostra, pelos fa tos a pelo pensamento, a sua incapaci dade para solucionar seus problemas fun damentais.
Se, na verdade, há uma transmissão r-ia
n
105
DI01vST(> EC()NÓ NIICO Dicestc) Econômico
dos que o homem coiupiistou através dos tra, por outio lado se sabe que essa herança é transformada em riqueza e
vidas as barreiras ao livre exercício do
engenho humano, o homem se tomou rà.pidamente capaz de satisfazer a cres
ra apontadas não têm sido, na verdade,
séculos.
.soluções. O "emprego para todos", o "planejamento", a "segurança social", a
nando nos assuntos econômicos as virtu
valores pela geração que compreende a sua condição humana e a sua situação
"libertação das necessidades", são fór
admoestaçõcs recebidas dos maiores pen
Entre os vários capítulos que merece
histórica.
mulas cm uso, fórmulas que não cons
sadores políticos do .século XIX, como
nossa atenção estii aquêle intitulado "O .
Gasset
Não faz muito, Ortega y
escreveu
um
maravilhoso
en
"Fomos aos poucos abando
des da liberdade.
Não obstante as
cente amplitude de seus desejos.
tituem senão para animar o totalitarismo
saio sobre o destino das gerações, onde
De Tocqueville e Lord Acton, quando
fim da verdade". Por certo que nao
estatal e destruir assim as últimas es
ficou vivamente acentuado o drama da
êstes lembraram que socialismo signifi
peranças da liberdade.
ca servidão, temos marchado continua
ó nm filósofo quem fala nesse capitulo, Mas um pensador político de vigorosa envergadimi, que acentua a t eturpaçao
"Os fato.s de
atualidade, onde mostra que os homens
nossa época sugerem que nenhuma des
não sabem o que fazer do imenso acer
tas coisas pode ser obtida quando sc
vo que lhe veio do passado e também
não sabem o que fazer dos próprios te mas que agora surgiram.
 superprodução, ocasionada pela má quina, pela concepção industrial da vida,
toma objetivo expresso de uma políti ca governamental.
Estas palavras que
parecem de ouro são simples pechisbeques.
Na Itália, elas depravaram um
mente na direção do .socialismo".
Acha Hayek que a tendência moderna para o sociali.smo implica num rompi mento não apenas com o passado re cente, mas com toda evolução da cixã-
povo e o levaram á morte sob o arden
lização ocidental.
somava-se a superprodução histórica,
te sol africano.
Na Rússia, houve o
pidamente abandonando tanto as idéias
ocasionada pela acumulação dos valores
primeiro Plano Qüinqüenal; e veio em conseqüência a liquidação de tres mi lhões de "kulaks". Na Alemanha, hou
de Cobden e Bright, de Adam Smith e
feitas soluções para a acomodação da
ve emprêgo para todos, entre 1935 e
zação ocidental desenvolvida sôbre as
vida humana, não traduziu coi.sa algu
bases lançadas pelo cristianismo, pelos
não sabe por onde caminhar. E a so
1939; mais de seiscentos mil judeus es tão agora privados de suas propriedades, espalhados pelos, quatro cantos da terra
lução mais simples, até agora aspirada,
ou jazendo em túmulos eoletivos^ nas
XVIII e XIX, como ainda o,individualis
até agora sustentada por gregos e troia
florestas polonesas.
mo básico, que herdamos de Erasmo e
nos, é o da socialização da vida eco
bomba não chegou a encher-se de todo após as repetidas escoberdelas: sòmente a guerra salvou os políticos
culturais.
E essa imensa experiência
que deveria traduzir uma das mais per
ma. O homem, diante de tantos dados,
nômica.
Sustentam-no os comunistas e
os não comunistas.
E os mais autênti
E na América a
cos representantes da mentalidade con
que pregavam o "emprego para to
servadora afirmam uma socialização em
dos".
têrmo de justiça social, dentro da qual
Esse quadro impressionante, traçado pela realidade, através da pena de John
se harmonizem como dois irmãos bri-
guentos, o capital e o trabalho. Entretanto, se observarmos a realiza
ção dêsse programa nestes últimos vinte anos, veremos que êle não trouxe até
Estamos assim ra
Hume, ou mesmo de Locke e Milton, como uma das caraterísticas da civili
gregos 0 romanos. Vamos renunciando não só o mero liberalismo dos séculos
Montaigne, de Cícero e Tácito, de Pé-
completa dos valores da vida, através do totalitarismo. Como não lia, com
í'e liberdade de pensamento c, conse
qüentemente, liberdade de
»
l erdade é somente aquilo que o tota
litarismo diz que é ver^de. Ifa rm, credo oficial, uma «rdade oficial uma
ciência oficial. Segundo ^^ insta de Ciências Naturais Marsist-i^ -Leninistas" tem os seguintes lema^^^^_ "Nós defendemos o partido n mátieas. Nós defendemos a purez.^ teoria marxista-leninista na
•
Na Alemanha aconteceu a mesm» coisa. A "Rerista da Sociedade Naco nal-SociaUsta de Matemática «lava
cheia de "partido da matematrca , E
zista que designou a revolução nacio-
nm dos conhecidos físicos alemaes, Lcnard detentor do prêmio Nohel, deu
nal-socialista como sendo uma contra-
à obra a que dedicou tôda a sua exrs-
ricles e Tucídides. Assim, o chefe na
-Renascença tinha razão mais do que provavelmente pensava. Essa revolução
«
tência, o titulo _de "Fisica Alemã em Quatro Volumes". Dêsse modo, acentua Hayek, a pala-
aprêço, mostra por onde vai a apreciação
foi, para Hayek, um passo decisivo na destruição da civilização que o homem moderno havia construído a partir da
de Havek.
Renascença e que era, acima de tudo,
cumpre procurar, tendo por único juízo
uma civilização individualista.
a consciência individual para decidir. O clima intelectual què, esses fatos crianri, o espírito de completo cinismo que nasce daí com respeito à verdade, o desapa-
Chamberlaln, em prefácio ao livro em Para este, o triste destino da Alema
agora paz alguma e que só tem tido,
nha totalitária está em vias de ser o
como resultado, o caminho para a ser
nosso próprio destino.
vidão. E é neste passo que Friedrich Hayck tem razão. As soluções até ago
para a renúncia completa das liberda-
O mundo ca
minha, abandonando velhos caminhos,
O individualismo ultrapassou, na sua capacidade criadora, a todas as expec tativas. Onde quer que fossem remo-
wa verdade perde o seu antigo signifi cado. Já não designa uma coisa que
105
DI01vST(> EC()NÓ NIICO Dicestc) Econômico
dos que o homem coiupiistou através dos tra, por outio lado se sabe que essa herança é transformada em riqueza e
vidas as barreiras ao livre exercício do
engenho humano, o homem se tomou rà.pidamente capaz de satisfazer a cres
ra apontadas não têm sido, na verdade,
séculos.
.soluções. O "emprego para todos", o "planejamento", a "segurança social", a
nando nos assuntos econômicos as virtu
valores pela geração que compreende a sua condição humana e a sua situação
"libertação das necessidades", são fór
admoestaçõcs recebidas dos maiores pen
Entre os vários capítulos que merece
histórica.
mulas cm uso, fórmulas que não cons
sadores políticos do .século XIX, como
nossa atenção estii aquêle intitulado "O .
Gasset
Não faz muito, Ortega y
escreveu
um
maravilhoso
en
"Fomos aos poucos abando
des da liberdade.
Não obstante as
cente amplitude de seus desejos.
tituem senão para animar o totalitarismo
saio sobre o destino das gerações, onde
De Tocqueville e Lord Acton, quando
fim da verdade". Por certo que nao
estatal e destruir assim as últimas es
ficou vivamente acentuado o drama da
êstes lembraram que socialismo signifi
peranças da liberdade.
ca servidão, temos marchado continua
ó nm filósofo quem fala nesse capitulo, Mas um pensador político de vigorosa envergadimi, que acentua a t eturpaçao
"Os fato.s de
atualidade, onde mostra que os homens
nossa época sugerem que nenhuma des
não sabem o que fazer do imenso acer
tas coisas pode ser obtida quando sc
vo que lhe veio do passado e também
não sabem o que fazer dos próprios te mas que agora surgiram.
 superprodução, ocasionada pela má quina, pela concepção industrial da vida,
toma objetivo expresso de uma políti ca governamental.
Estas palavras que
parecem de ouro são simples pechisbeques.
Na Itália, elas depravaram um
mente na direção do .socialismo".
Acha Hayek que a tendência moderna para o sociali.smo implica num rompi mento não apenas com o passado re cente, mas com toda evolução da cixã-
povo e o levaram á morte sob o arden
lização ocidental.
somava-se a superprodução histórica,
te sol africano.
Na Rússia, houve o
pidamente abandonando tanto as idéias
ocasionada pela acumulação dos valores
primeiro Plano Qüinqüenal; e veio em conseqüência a liquidação de tres mi lhões de "kulaks". Na Alemanha, hou
de Cobden e Bright, de Adam Smith e
feitas soluções para a acomodação da
ve emprêgo para todos, entre 1935 e
zação ocidental desenvolvida sôbre as
vida humana, não traduziu coi.sa algu
bases lançadas pelo cristianismo, pelos
não sabe por onde caminhar. E a so
1939; mais de seiscentos mil judeus es tão agora privados de suas propriedades, espalhados pelos, quatro cantos da terra
lução mais simples, até agora aspirada,
ou jazendo em túmulos eoletivos^ nas
XVIII e XIX, como ainda o,individualis
até agora sustentada por gregos e troia
florestas polonesas.
mo básico, que herdamos de Erasmo e
nos, é o da socialização da vida eco
bomba não chegou a encher-se de todo após as repetidas escoberdelas: sòmente a guerra salvou os políticos
culturais.
E essa imensa experiência
que deveria traduzir uma das mais per
ma. O homem, diante de tantos dados,
nômica.
Sustentam-no os comunistas e
os não comunistas.
E os mais autênti
E na América a
cos representantes da mentalidade con
que pregavam o "emprego para to
servadora afirmam uma socialização em
dos".
têrmo de justiça social, dentro da qual
Esse quadro impressionante, traçado pela realidade, através da pena de John
se harmonizem como dois irmãos bri-
guentos, o capital e o trabalho. Entretanto, se observarmos a realiza
ção dêsse programa nestes últimos vinte anos, veremos que êle não trouxe até
Estamos assim ra
Hume, ou mesmo de Locke e Milton, como uma das caraterísticas da civili
gregos 0 romanos. Vamos renunciando não só o mero liberalismo dos séculos
Montaigne, de Cícero e Tácito, de Pé-
completa dos valores da vida, através do totalitarismo. Como não lia, com
í'e liberdade de pensamento c, conse
qüentemente, liberdade de
»
l erdade é somente aquilo que o tota
litarismo diz que é ver^de. Ifa rm, credo oficial, uma «rdade oficial uma
ciência oficial. Segundo ^^ insta de Ciências Naturais Marsist-i^ -Leninistas" tem os seguintes lema^^^^_ "Nós defendemos o partido n mátieas. Nós defendemos a purez.^ teoria marxista-leninista na
•
Na Alemanha aconteceu a mesm» coisa. A "Rerista da Sociedade Naco nal-SociaUsta de Matemática «lava
cheia de "partido da matematrca , E
zista que designou a revolução nacio-
nm dos conhecidos físicos alemaes, Lcnard detentor do prêmio Nohel, deu
nal-socialista como sendo uma contra-
à obra a que dedicou tôda a sua exrs-
ricles e Tucídides. Assim, o chefe na
-Renascença tinha razão mais do que provavelmente pensava. Essa revolução
«
tência, o titulo _de "Fisica Alemã em Quatro Volumes". Dêsse modo, acentua Hayek, a pala-
aprêço, mostra por onde vai a apreciação
foi, para Hayek, um passo decisivo na destruição da civilização que o homem moderno havia construído a partir da
de Havek.
Renascença e que era, acima de tudo,
cumpre procurar, tendo por único juízo
uma civilização individualista.
a consciência individual para decidir. O clima intelectual què, esses fatos crianri, o espírito de completo cinismo que nasce daí com respeito à verdade, o desapa-
Chamberlaln, em prefácio ao livro em Para este, o triste destino da Alema
agora paz alguma e que só tem tido,
nha totalitária está em vias de ser o
como resultado, o caminho para a ser
nosso próprio destino.
vidão. E é neste passo que Friedrich Hayck tem razão. As soluções até ago
para a renúncia completa das liberda-
O mundo ca
minha, abandonando velhos caminhos,
O individualismo ultrapassou, na sua capacidade criadora, a todas as expec tativas. Onde quer que fossem remo-
wa verdade perde o seu antigo signifi cado. Já não designa uma coisa que
106
..
Dicesto Econômico
reciniento do espírito de pesquisas inde
pendente e da crença no poder da con
vicção racional, a maneira por que as 1 crenças de opinião em cada ramo do
ik;
dura romântica, que não c por mera
PANO
coincidência que, de uin modo geral, havia mais
beleza
e
zoes. — A. tragédia do pensamento coletivista é que, einpenhando-se em dar
r^ão lugar supremo, êle termina por •
i a porque forma um conceito er
rôneo do processo do qual depende o desenvolvimento da razão. Pode-se di
zer, com efeito, que o paradoxo de tôda outrma coletivisia com seus reclamos controle e planejamento "consciente"
é criar mevitàvelmente a necessidade dó
domimo supremo do espírito de um iniv.duo - enquanto que só a atitude md.v.dual,sta em face dos fenômenos sociais nos permite reconhecer as fôrças superindividuais que guiam o crescimen to da razão".
Outro ponto que chama razoàvelmentç a nossa atenção é o que se refere à incompatibilidade substância! entre a
centralização e a liberdade. Hayek che ga a dizer, talvez com uma certa can-
econOmico
honeslidado na
vida dos pequenos povos o que entre
conhecimento se convertem em questões os grandes havia mais felicidade o con políticas a ser resolvidas pela autorida- tentamento na medida cm que evita e, tudo isso são coisas de que é pre- vam "o cancro mortal da centralização". ter experiência pessoal", conclui então Hayek, cheio de ra-
■
dos principais problemas no Brasil é a produção da juta, matéria prima fun damental para o fabrico de sacos, particulármcntc os destinados ao acondicioMrnento do café. O país já disjjôe de numerosos estabelecimentos que procedem
Efetivamente, não há termo mais pró prio do que êsse. A tirania cria a cen
à transformação iiulustrial dela.
Da magnitude de tais manufaturas falam as seguintes cifras de importação pelo pôrto ao Santos-, juta entrada no período de 1937/38 (média anual), 17.000 toneladas; cm 1946, 11.643 toneladas; no 1.° trimestre de 1947, 5.256 toneladas, o que. daria a pcrcentagem média anual de ntenos 31,5% para 1946 c mais 23,6%
tralização e a centralização a tirania.
Enquanto persistir êsse projeto de cen tralizar, persistirão tôdas as formas adver
no ano corrente. Note-se que este ano se está verificando incremento nas compras
sárias da liberdade.
da imprescindível mercadoria.
Contudo, procuram os técnicos do Ministério da Agricultura tentar o cultivo da juta em regiões brasileiras cujo clima e condições do solo permitam êxito nas
Aconselha Hayek, na conclusão do seu livro, como o velho clustoso Chester-
ton, que devemos começar novamente. Coloca-se assim, em oposição à nova ordem, dentro da velha ordem. Não acreditamos que isso entretanto seja pos sível, uma vez que cada época tem seus problemas, cada geração sua consciên cia, cada cultura sua vida fundamental. Se, de fato, caminhamos em erros, ó porque não tivemos a coragem de ver a • realidade e de pedir para ela uma solução adequada. Em todo o caso fica o grande aviso do Hayek. E todos que têm responsa
bilidade na vida presente, devem ouvi-lo com paciência e sem prevenção.
^
plantações c bom rendimento por hectare, bem como a obtenção de um produto
similar ao da índia, a nossa maior fornecedora. Lavradores nipônicos lograram
bons resultado.s na Amazônia, embora em escola aquéin das nossas necessidades internas. Explica-se, as.sím, a iniciativa daquele departamento da administração
federal ao instituir um concurso para as melhores máquinas destinadas ao dcsfibramento e corte da juta, fabricadas com material oriundo do país.
Foram estabelecidos três prêmios, tmi de 20.000 cruzeiros e dois de 10.000 crtizeiros cada um. Aquôle caberá ã melhor máquina desfibradora, de alimentação
automática, com capacidade para atender os grandes produtores, e entre os pontos indicados como essenciais devem evitar o desperdício de mais de 15% de fibras no operação de desfihramento, oferecendo ainda vantagens consideráveis sòhre o VO-
cesso de maceração; além disto, a separação das fibras, do lenho da cutila, devera processar-se de forma que não prejudique o valor comercial das fibras.
O escopo dessa iniciativa, por todos os motivos mcritória, c o de estimular a invenção e aperfeiçoamento de máquinas apropriadas, de sorte a se conseguir fibras de alto valor, fator básico para a consecução de produtos industriais de grande resistência. £ sabido que o processo de numeração é antiquado, jnejudicando as
fibras, o que fatalmente repercute na própria fabricação. Êsse e outro aspecto da indústria da juta que não deve ser subestimado, pois é paralelo ao aperfeiçoa mento do cultivo dessa fibra.
Segundo cálculos do Departamento do Comércio, os países latino-americano» compTarão aparelhos de rádio durante o corrente ano, no valor de 17 milhões de dólares. Ao que se espera. Brasil, México, Chile e Cuba serão os maiores compra dores de rádios norte-americanos.
Segundo telegramas de Nova York para o "Financial Times" de Londres,
cado, numa média de 28 centavos o
estuda-se a possibilidade de serem fei tas novas ofertas para a compra de ca cau bras leiro, por preços muito altos.,
6 o frete".
1/4 por bbra-pêso, computados o custo Hí * *
O correspondente do "Financial Ti
mes" escreve a propósito; "Os impor tadores norte-arnericanos córnpraram de
Não obstante a greve dos mineiros de carvão, peritos econômicos do governo
50 a 60 mil sacos de cacau brasileiro
americano, anarisando os efeitos da lei
por um novo preço recorde para êsse mer
das relações opérárias de Taft-Haitley
106
..
Dicesto Econômico
reciniento do espírito de pesquisas inde
pendente e da crença no poder da con
vicção racional, a maneira por que as 1 crenças de opinião em cada ramo do
ik;
dura romântica, que não c por mera
PANO
coincidência que, de uin modo geral, havia mais
beleza
e
zoes. — A. tragédia do pensamento coletivista é que, einpenhando-se em dar
r^ão lugar supremo, êle termina por •
i a porque forma um conceito er
rôneo do processo do qual depende o desenvolvimento da razão. Pode-se di
zer, com efeito, que o paradoxo de tôda outrma coletivisia com seus reclamos controle e planejamento "consciente"
é criar mevitàvelmente a necessidade dó
domimo supremo do espírito de um iniv.duo - enquanto que só a atitude md.v.dual,sta em face dos fenômenos sociais nos permite reconhecer as fôrças superindividuais que guiam o crescimen to da razão".
Outro ponto que chama razoàvelmentç a nossa atenção é o que se refere à incompatibilidade substância! entre a
centralização e a liberdade. Hayek che ga a dizer, talvez com uma certa can-
econOmico
honeslidado na
vida dos pequenos povos o que entre
conhecimento se convertem em questões os grandes havia mais felicidade o con políticas a ser resolvidas pela autorida- tentamento na medida cm que evita e, tudo isso são coisas de que é pre- vam "o cancro mortal da centralização". ter experiência pessoal", conclui então Hayek, cheio de ra-
■
dos principais problemas no Brasil é a produção da juta, matéria prima fun damental para o fabrico de sacos, particulármcntc os destinados ao acondicioMrnento do café. O país já disjjôe de numerosos estabelecimentos que procedem
Efetivamente, não há termo mais pró prio do que êsse. A tirania cria a cen
à transformação iiulustrial dela.
Da magnitude de tais manufaturas falam as seguintes cifras de importação pelo pôrto ao Santos-, juta entrada no período de 1937/38 (média anual), 17.000 toneladas; cm 1946, 11.643 toneladas; no 1.° trimestre de 1947, 5.256 toneladas, o que. daria a pcrcentagem média anual de ntenos 31,5% para 1946 c mais 23,6%
tralização e a centralização a tirania.
Enquanto persistir êsse projeto de cen tralizar, persistirão tôdas as formas adver
no ano corrente. Note-se que este ano se está verificando incremento nas compras
sárias da liberdade.
da imprescindível mercadoria.
Contudo, procuram os técnicos do Ministério da Agricultura tentar o cultivo da juta em regiões brasileiras cujo clima e condições do solo permitam êxito nas
Aconselha Hayek, na conclusão do seu livro, como o velho clustoso Chester-
ton, que devemos começar novamente. Coloca-se assim, em oposição à nova ordem, dentro da velha ordem. Não acreditamos que isso entretanto seja pos sível, uma vez que cada época tem seus problemas, cada geração sua consciên cia, cada cultura sua vida fundamental. Se, de fato, caminhamos em erros, ó porque não tivemos a coragem de ver a • realidade e de pedir para ela uma solução adequada. Em todo o caso fica o grande aviso do Hayek. E todos que têm responsa
bilidade na vida presente, devem ouvi-lo com paciência e sem prevenção.
^
plantações c bom rendimento por hectare, bem como a obtenção de um produto
similar ao da índia, a nossa maior fornecedora. Lavradores nipônicos lograram
bons resultado.s na Amazônia, embora em escola aquéin das nossas necessidades internas. Explica-se, as.sím, a iniciativa daquele departamento da administração
federal ao instituir um concurso para as melhores máquinas destinadas ao dcsfibramento e corte da juta, fabricadas com material oriundo do país.
Foram estabelecidos três prêmios, tmi de 20.000 cruzeiros e dois de 10.000 crtizeiros cada um. Aquôle caberá ã melhor máquina desfibradora, de alimentação
automática, com capacidade para atender os grandes produtores, e entre os pontos indicados como essenciais devem evitar o desperdício de mais de 15% de fibras no operação de desfihramento, oferecendo ainda vantagens consideráveis sòhre o VO-
cesso de maceração; além disto, a separação das fibras, do lenho da cutila, devera processar-se de forma que não prejudique o valor comercial das fibras.
O escopo dessa iniciativa, por todos os motivos mcritória, c o de estimular a invenção e aperfeiçoamento de máquinas apropriadas, de sorte a se conseguir fibras de alto valor, fator básico para a consecução de produtos industriais de grande resistência. £ sabido que o processo de numeração é antiquado, jnejudicando as
fibras, o que fatalmente repercute na própria fabricação. Êsse e outro aspecto da indústria da juta que não deve ser subestimado, pois é paralelo ao aperfeiçoa mento do cultivo dessa fibra.
Segundo cálculos do Departamento do Comércio, os países latino-americano» compTarão aparelhos de rádio durante o corrente ano, no valor de 17 milhões de dólares. Ao que se espera. Brasil, México, Chile e Cuba serão os maiores compra dores de rádios norte-americanos.
Segundo telegramas de Nova York para o "Financial Times" de Londres,
cado, numa média de 28 centavos o
estuda-se a possibilidade de serem fei tas novas ofertas para a compra de ca cau bras leiro, por preços muito altos.,
6 o frete".
1/4 por bbra-pêso, computados o custo Hí * *
O correspondente do "Financial Ti
mes" escreve a propósito; "Os impor tadores norte-arnericanos córnpraram de
Não obstante a greve dos mineiros de carvão, peritos econômicos do governo
50 a 60 mil sacos de cacau brasileiro
americano, anarisando os efeitos da lei
por um novo preço recorde para êsse mer
das relações opérárias de Taft-Haitley
pr,,..
1
lOS
Dioesto Econômico
Dickstü Ecoxómico
sobre a produção nacional, acreditam que esta continuará sendo suficiente para
a efetiva importação dos .suprimentos in-
<^brir as necessidades de exportação e o
dispensávei.s, ma.s também a sua con
abastecimento da Europa.
no, resolveram incluir no regime de li
^ ^
H:
sia se encontra. É patético que \un homem como o .sr. Mayhew, aparente mente conheça tão pouco sobre um problema de tão grande importância para
veniente distribuição no mercado inter
o Império.
cença prévia, regulamentando pela Por taria n.° 7, de 22 de janeiro de 1945, as importações de estanho. sob qualquer
109
pregadores das indústrias mecânicas e de construçõe.s navais e os sindicatos não
conseguiram chegar a acordo sobre as condições. A dificuldade, porém, foi resolvida pelo completo entendimento
que afeta diretamente cerca cie ... 2.000.000 de trabalhadores.
Uma personalidade persa, atualmen (lingotes, barras, chapas etc.). te nos Estados Unidos, declarou que o forma A Carteira de Exportação o Importa Irã estuda a possibilidade d^ fazer con ção do Banco do Brasil marcará periodi cessões petrolíferas à Rússia, idênticas prazo para o recebimento de ^ cedidas aos Estados Unidos e Grã- camente pedidos, e tendo em vista as quantida
da política financeira do govôrno argen
dias de trabalho recentemente obtida
tino, concedeu livre acesso ao capital estrangeiro na colaboração do plano
em horários normais, conforme os esca
qüinqüenal, revogando tôdas as medidas
lonamentos, quando necessiírio, e tam
país produtor, concederá licenças sob o
que impediam a sua incorporação à
bém a trabalhar em horários normais nos
critério do maior interesse para a eco nomia nacional e mediante compromisso
economia nacional. A resolução estabe
Os sindicatos concordaram em fazer
O Banco Central, principal executor
Bretanha. Salientou ainda que o eo- des consideradas importáveis de cada vemo irânico poderia tomar uma deci são a proposito dentro de 90 dias. ^
lece a fiscalização de capital argentino aphcado no estrangeiro. São concedidos ao capital alienígena idênticos tratamen
formal dos beneficiários.
A Argentina concedeu à Rumània um
credito de cem milhões de pesos para O tratado econômico referendado pelo
as compras de couro, lã e tanino.
sr. PucuI Schiopu, sub-secretário da Eco nomia Nacional e Sérgio Dimitriu, mi-
tos e direitos aos do capital do país. O governo explicou que a resolução faz
parte de um gigantesco plano econômi
"Sir" Herbert Morrison, lordc-presidente do Conselho, advertiu a Câmara
co, que põe em execução, a fim de as
dos Comuns de que a falta de dólares
segurar "o progresso quantitativo e qua
aistro plenipotenciário daque'e país, pre-
na Inglaterra não lhe dará outra alter
litativo da nossa economia".
\'e a importação de produtos rumenos,
nativa senão diminuir em 25% o nível
das importações, já previstos no último
O comunicado oficial declara que en:bora o plano seja em grande parte fi nanciado por capital argentino, o govêmo não subestima os capitais, máqui nas, técnicos e imigrantes estrangeiros.
especialmente madeira de construção, para equilibrar as compras. O crédito é garantido por um depósi
programa de restrições. :!í
to ouro rumeno nos bancos suíços. Tra ta-se, na realidade, do crédito anterior
mente concedido para a compra de ce reais, que o sr. Schiopu, recentemente
"Sem distinção — diz — homens e ca
pitais e instrumentos podem colaborar livremente no nosso plano".
Os produtores de borracha da Malásia
declararam, em conseqüência das infor
concessões sôbre a
semana de cinco
trabalhando aos sábados pela nurnhã
períodos entre sete da manJiã e oito da noite. Os empregadores, por sua vez, concordaram em pagar saUírios noturnos
por todo o trabalho realizado à noite. Ajustes serão levados a efeito nos locais das respectivas indústrias. Os planos gerais e regionais para sua
vizar os encargos da energia elétrica, no prò.ximo inverno, podem ser desenvolvi-dos. É provável que ajustes semelhan
tes sejam concluídos em outras ind>istrias.
As remessas pessoais feitas por cida dãos dos Estados Unidos para o Exterior,
durante o ano passado, atingiram a 296
mações prestadas à Gamara dos Comuns
milhões de dólares, não se le\'ando em
chegado em missão especial, preferiu
da Inglaterra, pelo sr. Cliristopher
destinar a outras compras.
conta a importância de 125 milhões de
Mayhew, subsecretário dos Negócios Ex teriores, que o preço da borracha está sendo afetado pelo controle exercido pe los Estados Unidos, nas proporções en
* * *
Os ministros da Fazenda e das Rela
ções Exteriores do Brasil, considerando
que, ante a atual exiguidade da produ
tre o produto natural e a borracha sin tética.
Um produtor afirmou:
"Não é uma
dólares em pacotes doados. Quasi me S.
A decisão tomada, no auge da crise
tade dessas remessas destinaram-,se à
de combustível da Grã-Bretanha, no últ:nio inverno, foi agora concluída. Reconheceu-se, então, que para possibili
Europa, tocando à Itália 26 milhões de
tar à indústria funcionamento em épocas
dólares; China, 20 milhões; Hong-Kong, 24 míDiões; Suécia 10,7 milhões; Espa nha 10,3 milhões; e à Palestina, 4,3 mi
cm que a energia elétrica fôsse insufi
lhões de dólares.
ção mundial de estanho e o contingen-
questão de pensar ou duvidar. O con
ciente para satisfazer às necessidades,
ciamento a que estão sujeitos os respec
trole norte-americano é diretamente res
seria preciso trabalhar em períodos no
44 milhões de dólares, grande parte dos
tivos fornecimentos, se recomendam me
ponsável pelo baixo preço da borracha 8 pela posição duvidosa em que a Malá-
turnos, em amplas escalas para dividir os encargos. Nos últimos meses, os em-
quais em salários vencidos por trabalha
didas tendentes a proporcionar não só
O México foi o maior recipiente, com
dores mexicanos que se encontram nos
pr,,..
1
lOS
Dioesto Econômico
Dickstü Ecoxómico
sobre a produção nacional, acreditam que esta continuará sendo suficiente para
a efetiva importação dos .suprimentos in-
<^brir as necessidades de exportação e o
dispensávei.s, ma.s também a sua con
abastecimento da Europa.
no, resolveram incluir no regime de li
^ ^
H:
sia se encontra. É patético que \un homem como o .sr. Mayhew, aparente mente conheça tão pouco sobre um problema de tão grande importância para
veniente distribuição no mercado inter
o Império.
cença prévia, regulamentando pela Por taria n.° 7, de 22 de janeiro de 1945, as importações de estanho. sob qualquer
109
pregadores das indústrias mecânicas e de construçõe.s navais e os sindicatos não
conseguiram chegar a acordo sobre as condições. A dificuldade, porém, foi resolvida pelo completo entendimento
que afeta diretamente cerca cie ... 2.000.000 de trabalhadores.
Uma personalidade persa, atualmen (lingotes, barras, chapas etc.). te nos Estados Unidos, declarou que o forma A Carteira de Exportação o Importa Irã estuda a possibilidade d^ fazer con ção do Banco do Brasil marcará periodi cessões petrolíferas à Rússia, idênticas prazo para o recebimento de ^ cedidas aos Estados Unidos e Grã- camente pedidos, e tendo em vista as quantida
da política financeira do govôrno argen
dias de trabalho recentemente obtida
tino, concedeu livre acesso ao capital estrangeiro na colaboração do plano
em horários normais, conforme os esca
qüinqüenal, revogando tôdas as medidas
lonamentos, quando necessiírio, e tam
país produtor, concederá licenças sob o
que impediam a sua incorporação à
bém a trabalhar em horários normais nos
critério do maior interesse para a eco nomia nacional e mediante compromisso
economia nacional. A resolução estabe
Os sindicatos concordaram em fazer
O Banco Central, principal executor
Bretanha. Salientou ainda que o eo- des consideradas importáveis de cada vemo irânico poderia tomar uma deci são a proposito dentro de 90 dias. ^
lece a fiscalização de capital argentino aphcado no estrangeiro. São concedidos ao capital alienígena idênticos tratamen
formal dos beneficiários.
A Argentina concedeu à Rumània um
credito de cem milhões de pesos para O tratado econômico referendado pelo
as compras de couro, lã e tanino.
sr. PucuI Schiopu, sub-secretário da Eco nomia Nacional e Sérgio Dimitriu, mi-
tos e direitos aos do capital do país. O governo explicou que a resolução faz
parte de um gigantesco plano econômi
"Sir" Herbert Morrison, lordc-presidente do Conselho, advertiu a Câmara
co, que põe em execução, a fim de as
dos Comuns de que a falta de dólares
segurar "o progresso quantitativo e qua
aistro plenipotenciário daque'e país, pre-
na Inglaterra não lhe dará outra alter
litativo da nossa economia".
\'e a importação de produtos rumenos,
nativa senão diminuir em 25% o nível
das importações, já previstos no último
O comunicado oficial declara que en:bora o plano seja em grande parte fi nanciado por capital argentino, o govêmo não subestima os capitais, máqui nas, técnicos e imigrantes estrangeiros.
especialmente madeira de construção, para equilibrar as compras. O crédito é garantido por um depósi
programa de restrições. :!í
to ouro rumeno nos bancos suíços. Tra ta-se, na realidade, do crédito anterior
mente concedido para a compra de ce reais, que o sr. Schiopu, recentemente
"Sem distinção — diz — homens e ca
pitais e instrumentos podem colaborar livremente no nosso plano".
Os produtores de borracha da Malásia
declararam, em conseqüência das infor
concessões sôbre a
semana de cinco
trabalhando aos sábados pela nurnhã
períodos entre sete da manJiã e oito da noite. Os empregadores, por sua vez, concordaram em pagar saUírios noturnos
por todo o trabalho realizado à noite. Ajustes serão levados a efeito nos locais das respectivas indústrias. Os planos gerais e regionais para sua
vizar os encargos da energia elétrica, no prò.ximo inverno, podem ser desenvolvi-dos. É provável que ajustes semelhan
tes sejam concluídos em outras ind>istrias.
As remessas pessoais feitas por cida dãos dos Estados Unidos para o Exterior,
durante o ano passado, atingiram a 296
mações prestadas à Gamara dos Comuns
milhões de dólares, não se le\'ando em
chegado em missão especial, preferiu
da Inglaterra, pelo sr. Cliristopher
destinar a outras compras.
conta a importância de 125 milhões de
Mayhew, subsecretário dos Negócios Ex teriores, que o preço da borracha está sendo afetado pelo controle exercido pe los Estados Unidos, nas proporções en
* * *
Os ministros da Fazenda e das Rela
ções Exteriores do Brasil, considerando
que, ante a atual exiguidade da produ
tre o produto natural e a borracha sin tética.
Um produtor afirmou:
"Não é uma
dólares em pacotes doados. Quasi me S.
A decisão tomada, no auge da crise
tade dessas remessas destinaram-,se à
de combustível da Grã-Bretanha, no últ:nio inverno, foi agora concluída. Reconheceu-se, então, que para possibili
Europa, tocando à Itália 26 milhões de
tar à indústria funcionamento em épocas
dólares; China, 20 milhões; Hong-Kong, 24 míDiões; Suécia 10,7 milhões; Espa nha 10,3 milhões; e à Palestina, 4,3 mi
cm que a energia elétrica fôsse insufi
lhões de dólares.
ção mundial de estanho e o contingen-
questão de pensar ou duvidar. O con
ciente para satisfazer às necessidades,
ciamento a que estão sujeitos os respec
trole norte-americano é diretamente res
seria preciso trabalhar em períodos no
44 milhões de dólares, grande parte dos
tivos fornecimentos, se recomendam me
ponsável pelo baixo preço da borracha 8 pela posição duvidosa em que a Malá-
turnos, em amplas escalas para dividir os encargos. Nos últimos meses, os em-
quais em salários vencidos por trabalha
didas tendentes a proporcionar não só
O México foi o maior recipiente, com
dores mexicanos que se encontram nos
DicESTO Econômico
110
Estados Unidos, e que foram remetidos a suas famílias.
de cobre, durante o corrente ano, ultra
passará os suprimentos cm mais de 600.000 toneladas. Esta estimativa ofe * * *
Nos E. U. A. o total das vendas de
rece um quadro mais sombrio do que o
apresentado pelos próprios líderes da in
tratores para exportação em 1946 decres-
dústria de cobre. Presume-se que o sr.
ceu em 6% em unidades, mas sofreu
acréscimo de 5% em valor, relativamente
Jones se referiu às necessidades tanto para fins de estoques como pura o con
a 1945. As 60.000 unidades vendidas para exportação valiam 58 milhões de
sumo.
dóalres a representarem 15% do número total de unidades vendidas em 1946, e 20% do valor do preço de fábrica.
350.000 e 400.000 toneladas.
I
111
Digesto EcoNÓNnco
^ ^
O govêmo das índias Holandesas anunciou que uma cota preliminar de
Estimativas seguras para 1947
indicam que a procura constará de Aquele
mente prejudicado o programa de cons trução do govêmo, que se vem realizan do para fazer face à grande crise de habitações. * * 4*-
Segundo telegramas dos E. U. A., as estimativas sobre o número
de
mu
tes da guerra.
trabalho, referentes ao mês de fe\'erciro, foram idênticas às do mês precedente. O número de mulheres empenhada em
trangeiras que lhe compravam quinino antes da guerra, na referida base de 40%. * * ❖
Séria ameaça pesa atualmente sobre o
programa de construção de casas nos Es tados Unidos, em virtude da grande es
ati^vidades'não agrícolas foi estimado em 14.770.000, o que representa um au mento de 210.000 relativamente ao ano
passado. * íjí
4í
O "Financial Times" escreve que a índia e o Brasil serão os mais fortes concorrentes da Grã-Bretanha no setor
cassez de cobre, que se verifica nas in
dos produtos têxteis, depois que o Japão
dústrias de material eletrico.
se restabelecer, como país importador. Examinando as perspictivas de expor tação da Grã-Bretanha, o jornal afirma
O sr. Frank C. Jones, presidente da
Okonite Co., produtores de fios e cabos elétricos com isolamento, declarou' que a indústria de material elétrico está na iminência de reduzir as operações, por serem insuficientes os estoques de cobre.
Falando a jornalistas, em Nova Ior que, o sr. Jones estimou que a procura
fins estratégicos de defesa nacional. As
do naquele próprio país impedirá o rei
restantes 155.000 toneladas serão ago ra entregues às indústrias particulares por intermédio da Di\ãsão de Reserva
O "Financial Times" salienta ainda
que outras nações estão agora exportan
do Borracha, do Departamento de Co
do tecidos em escala maior que antes da guena. Em conseqüência, alguns mer
mércio.
cados europcu.s e sul-americanos limita ram as importações.
lheres nas várias categorias da força de
O governo das índias Holandesas re
sòmente um padrão do vida mais eleva
cais de alguns países da América do Sul •stáo "perturbados" pela perspectiva de uma rápida queda de preços.
considerado o último ano normal de an
velou também que o seu país já está em condições de suprir todas as nações es
constavam de 315.000 toneladas, das quais 160.000 serão conservadas para
subsistir a falta de cobro, estará grande
40.000 quilos, ou sejam, 88.000 libras do consumo norte-americano em 1938
pedir que o Japão produza c exporte produtos do ramo, mas salientam que
industrial concluiu que, na hipótese de
de quinino, foi destinada aos Estados Unidos no corrente ano na base de 40%
cha natural, os estoques cm seu poder
nicio de feroz concorrência".
1
que grande quantidade de artigos têx
exclusividade para compras de borra
"O.s círculos aígodoeiros — acrescen ta — reconhecem que não c possível im
"Os tecido.s
0.s mercados lo
norte-americanos
estão
45 sjí
As atuais resen-as de ouro dos E.U.A.
orçam em 585.300.000 onças, no valor
aproximado de US$ 20.485.000.000,00, ao preço médio de US$ 3,00 a onça "troy". Essas reservas representam três
ganhando terreno na América do Sul, quintos do ouro de todo o mundo. De A tal ponto, que as quantidades negocia pois de uma trégua ocasionada pela das fazem os compradores locais recor guerra, a Rússia está novamente expor dar o período de antes da guerra, quan ouro para os Estados Unidos. No do os japoneses faziam o "duinping" do tando ano de 1946, a União Soviética ocupou algodão, onde quer que pudessem". Afora a rivalidade de outros países o terceiro lugar depois do Canadá e da •xportadores — dis o "Financial Times" África do Sul, na contribuição dêsse me — as firmas britânicas enfrentam forte
tal para as reservas norte-americanas.
concorrência dos produtores locais, in
* * *
clusive na América do Sul.
"A mais forte concorrência depois da reabilitação japonesa como país impor tador, virá dos produtores brasileiros e indianos, cujos materiais não se podem
comparar aos padrões de desenho e qua lidade da Grã-Bretanha, mas cujos preço.s satisfarão melhor às necessidades das
populações dos mercados coloniais e ou
tros semelhantes".
O general Marshall, secretário de Es tado, declarou em entrevista coletiva à
imprensa que os Departamentos da Guer ra e de Estado estão elaborando um p'ano destinado a auxiliar o mundo a sa tisfazer as suas necessidades econômi
cas. Êsse plano, segunde cálculos de alguns altos funcionários do govêmo, le vará três anos para ser tota'mente exe
* Hí
"Reconstruotion Finance Corporation" anunciou para breve a venda de
cutado e custará ao Tesouro a respeitá
vel importância de cinco biliões de dólares.
Êsse é o primeiro e^do de tal natu
teis está sendo enviada para os merca
155.000 tone'adas inglesas de borracha
dos do estrangeiro e do Império pelos exportadores brasileiros, espanhóis e ou tros, motivos por que os mercados sul-
natural aos fabricantes norte-americanos.
dele encarregado a nova junta de pro
Quando, em 31 de março de 1947, o govêmo norte-americano deixou de ter
jetos de grande duração, recém-criada
americanos limitaram as importações.
reza, já realizado neste pais, estando
pelo secretário de Estado.
DicESTO Econômico
110
Estados Unidos, e que foram remetidos a suas famílias.
de cobre, durante o corrente ano, ultra
passará os suprimentos cm mais de 600.000 toneladas. Esta estimativa ofe * * *
Nos E. U. A. o total das vendas de
rece um quadro mais sombrio do que o
apresentado pelos próprios líderes da in
tratores para exportação em 1946 decres-
dústria de cobre. Presume-se que o sr.
ceu em 6% em unidades, mas sofreu
acréscimo de 5% em valor, relativamente
Jones se referiu às necessidades tanto para fins de estoques como pura o con
a 1945. As 60.000 unidades vendidas para exportação valiam 58 milhões de
sumo.
dóalres a representarem 15% do número total de unidades vendidas em 1946, e 20% do valor do preço de fábrica.
350.000 e 400.000 toneladas.
I
111
Digesto EcoNÓNnco
^ ^
O govêmo das índias Holandesas anunciou que uma cota preliminar de
Estimativas seguras para 1947
indicam que a procura constará de Aquele
mente prejudicado o programa de cons trução do govêmo, que se vem realizan do para fazer face à grande crise de habitações. * * 4*-
Segundo telegramas dos E. U. A., as estimativas sobre o número
de
mu
tes da guerra.
trabalho, referentes ao mês de fe\'erciro, foram idênticas às do mês precedente. O número de mulheres empenhada em
trangeiras que lhe compravam quinino antes da guerra, na referida base de 40%. * * ❖
Séria ameaça pesa atualmente sobre o
programa de construção de casas nos Es tados Unidos, em virtude da grande es
ati^vidades'não agrícolas foi estimado em 14.770.000, o que representa um au mento de 210.000 relativamente ao ano
passado. * íjí
4í
O "Financial Times" escreve que a índia e o Brasil serão os mais fortes concorrentes da Grã-Bretanha no setor
cassez de cobre, que se verifica nas in
dos produtos têxteis, depois que o Japão
dústrias de material eletrico.
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razões, os anúncios hiserido.s no D'cest<j EcciNÓMico são lidos, invariavelmente, por uni pro vável comprador.
Esta revista ó publicada pela Editora Comer cial Etda., no primeiro sábado de cada mês, sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comécio do Estado de São Paulo.
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Inscrição N.« 12 no Registro Geral de Imóueis da Comarca
de Londrina, na forma do Decrcto-Lel iV." s079, de 15-9-1928
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ALCODÃO. CANA DE AÇÚCAR. MANDIOCA, TRIGO, etc.
Frigoriíicos Nacionais Sul Brasileiros, Ltda.
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de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
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Agência Principal e Centro de Administração Londrina
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Sociedade Paulista de Representações Ltda.
Séde em São Paulo, Rua S.Bento, 329 - 8." andar - Caiara Postal 2771 • *
Rua Paula Souza n.° 354 — Fone: 4-1922 — Telegramas "Soprei"
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