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— Afonso Aiinos do Melo Franco
Depois das Duas Guerras — José Maria Dclo Evolução Econômica dos Transportes Ferroviários
—
Barbosa de Oliveira
Perspectivas — Jt)sé Tlioma/. Nabuco A Indústria do Pescado — Antônio Renato Gago Nobre Introdução ao Estudo da Economia Amazônica — A. C. Ferreira Reis
O Estudo Sociológico das Eras de Crise — 1.^. A. Costa Pinto
-v.
MopfoGcnja da Arqultnturo Contemporânea — Luís de Aniiala Melo A Crise Mvindial de Dólorcs e o Plano Marshall — Jesus Cnssiano Piados Avrarte
Conceito e Determinação da Renda Nacional — Marcelo Boidrini . . . O Acadêmico e o Presidente Afonso Pena — José Honórlo Rodrigues
Velho Governo. Programa Atual — Otávio Tarquinio de Sousa
Geografia das Comunicações Paulistas — Nelson Werneck Soclré . . . Laniíicios Sciscentistcs de São Paulo — Sóri tio Buarque de Holanda Castanha Autores
do e
Panorama
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ISfiS^ai^tóíÃ^^ Ç.. - • :t. >. • s ;■ •v;.,t .i-
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meulícios do mais alio pa-
máquinas de lavar carros.e Bons preços.
drão de qualidade, conhecr_ indo O Brasil,
Diversos
dos em
consulte-nos sôbre:M^guel^^^^ Emendas c a
pj^-a as Indústria*
SÃO UMA DELÍCIA OS PRODUTOS "SADIA"! ^^^^pniA — Estado de Santa Catarina— Via Mar-
tquipau.-- ^ e frigorífica. frTgoríílca. Mate Material par»
MATRIZ: CONCÓRDl
lohnratorlo. CO
colino Ramos —
de Inticinl
i
g corantes, corantes.
nrdenlia.
ítCSse^utbnsUiospara
« T5a„ia Souza, 287 — Telefone: 6-2463 — São Paulo FILIAL: Rua Paula Dou^a,
Agentes com Depósito permanente: químicos e orgânicos.
W. S. BERTONI
R. Dr. Costa Aguiar, 455
Campinas - Est. São Paulo
^as Rio do Joneiroí Roo Teófilo Oitoni, 81 — São Pauloi Rua Florêndo de Abreu 3&7
Belo Horizonfei Rua Rio de Janeiro, 368 — Pôrto Alegro: Av. JulIo de Castilhos 30
J.
SILVA
R. Dr. Virgílio Malta, 4-19 Bauru — Est. São Paulo
FRANCISCO HARO Rua Francisco Scarpa, 10 Sorocaba — Est. de S. Paulo
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COMPANHIA DE ANILINAS, PRODUTOS QUÍMICOS E MATERIAL TÉCNICO INDUSTRIA E COANERCIO
Representantes Exclusivos para todo o Brasil da . HARNISCHFEGER CORPORATIO N ~ MILWAUKEE, wisconsin, u. s. a.
Fabricantes das Afamadas Escavadeiras GRANDES ARMAZÉNS
De Secos e Molhados, Ferragens, Armarinho, Louças, Tintas, óleos e Miudezas em Geral. Dislribuidor do afamado vinho "FAROFA"
A Máquina mais vendida no brasili
Possuímos grande sorlimento, não temendo concorrência. Visite-nos antes de fazer suas compras. RUA DA CANTAREIRA, 530-538-546-554
Telefones: Escritório: 4-3366 — Gerência: 2-5253
Premiada Fábrica de Macarrão
"ITALO-BRASILEIRA" Rua Cesárlo Alvim. 227-333 — Telefone 9-2087 — SAO PAULO Consultem nosso
DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE
sobre os aquecedores elétricos de água
Escavadeira P&H. mod. 255-A, em serviço na Via Anchieta (E. de S. Paulo) produtores também DE: Estabilizadores de Solo Guindastes
Carregadores de Cana Pontes Rolantes
Talhas Elétricas de nossà fabricáçâo.
Hasta telefonar para 6-1794
Casa Matriz: RIO DE JANEIRO: Rua Alfândega. 100-102. — Tel.; 23-1640 Filial: SAO PAULO: Rua Florêncio de Abreu, 452-458 —' Telefone 3-4722
OUTRAS FILIAIS NOS DEMAIS ESTADOS.
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OUTRAS FILIAIS NOS DEMAIS ESTADOS.
I
Dicesto Econômico
REIN AU U
53
rcm dc ser salisfcita.s, alguém terá de emprestar ou abrir créditos à Europa sob forma de moedas de curso internacional.
De outra forma, agravar-sc-ia a tendên cia inflacionista permitindo-se pagamen
Automóveis de Passageiros — JUVAQUATRE SEDAN FOURGONETTES PARA 300 QUILOS
to dessas importancia.s cm moedas ou
FOURGONS PARA 1.000 QUILOS
divisas inconversíveis, enquanto o go
verno teria que emitir para transforma-
CAMINHÕES ABERTOS PARA 2.000 QUILOS
las internamente em dinheiro nacional.
Normalmente, a Europa, acobertada
pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45Z de suas necessidades.
Passará a
depender dessa fonte de suprimento em
Stock de peças para todos os modelos ÚNICOS AGENTES AUTORIZADOS PELA
crédito para satisfazer essa caudal dc pedidos, como parece ser intenção do
ra indispensável que me'hor seria ligá-
senador Taft, de possível elevação de
custo da vida norte-americana, agravaCão da tendência inflacionista, arregimenor reflexo, junto
Alameda Cleveland. 415
Telefone: 4-5769
Telefone: 5-3381
SÃO
evidentemente condicionadas à melhoria
de sua capacidade de produçãoí^^quer Latina, se pode ser postergada para a
aos congressis
tas, do que a possibilidade de convul-
Rua Barão de Campinas. 118
Quanto aos demais povos deste Conti nente, sua contribuição e participação pam o levantamento da Europa estão agrícola, quer industrial.
mentação da vida industrial e perpetua ção do encargos fiscais, talvez tenham
Serviço e Peças:
Tudo isso está certo, mas só os Esta
dos Unidos estão em condições de as sumir responsabilidade de tal xoilto.
extensão do Plano Marshall á América
tivas dessa providência, apontadas_ pelo
Exposição e vendas:
pesadas exportações para a Europa.
no.s durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir
ra tal fim, poderão faze-lo, porque tem recursos para isso. As repercussões nega
AIJTO-GERAI.
da própria indústria norte-americana de lhe faltar no momento a continuação de
apro.ximadamcnte dois terços, pelo me-
Congresso, especialmente convocado pa
"REGIE NATIONALE DES USINES RENAULT'
sões sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou dc crise
Por isso, a
Conferência de Bogotá, é dc tal manei la desde logo, nas discussões do Con
gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa.
Sem o robusteci-
mento de nossa economia, no setor agrí cola ou industrial, nada poderemos fazer
em auxílio da Europa a não ser o que SC vem fornecendo, evidentemente em
condições precárias e muito aquém das necessidades daquele continente trans mitidas pelos seus peritos no relatório a que fizemos referência.
Os agricultores nicaraguenses cultivaram mais de 120.000 acres de milho, du
PAULO
rante o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acres sôbre o ano án-
terior, segundo estatísticas oficiais. A colheita dêste ano foi excelente, permitindo ao país dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a supetfície cultivada com arroz seja algo inferior à do ano anterior, não passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antécipando-se que' o total excederá o obtido em 1945. l
I
Dicesto Econômico
REIN AU U
53
rcm dc ser salisfcita.s, alguém terá de emprestar ou abrir créditos à Europa sob forma de moedas de curso internacional.
De outra forma, agravar-sc-ia a tendên cia inflacionista permitindo-se pagamen
Automóveis de Passageiros — JUVAQUATRE SEDAN FOURGONETTES PARA 300 QUILOS
to dessas importancia.s cm moedas ou
FOURGONS PARA 1.000 QUILOS
divisas inconversíveis, enquanto o go
verno teria que emitir para transforma-
CAMINHÕES ABERTOS PARA 2.000 QUILOS
las internamente em dinheiro nacional.
Normalmente, a Europa, acobertada
pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45Z de suas necessidades.
Passará a
depender dessa fonte de suprimento em
Stock de peças para todos os modelos ÚNICOS AGENTES AUTORIZADOS PELA
crédito para satisfazer essa caudal dc pedidos, como parece ser intenção do
ra indispensável que me'hor seria ligá-
senador Taft, de possível elevação de
custo da vida norte-americana, agravaCão da tendência inflacionista, arregimenor reflexo, junto
Alameda Cleveland. 415
Telefone: 4-5769
Telefone: 5-3381
SÃO
evidentemente condicionadas à melhoria
de sua capacidade de produçãoí^^quer Latina, se pode ser postergada para a
aos congressis
tas, do que a possibilidade de convul-
Rua Barão de Campinas. 118
Quanto aos demais povos deste Conti nente, sua contribuição e participação pam o levantamento da Europa estão agrícola, quer industrial.
mentação da vida industrial e perpetua ção do encargos fiscais, talvez tenham
Serviço e Peças:
Tudo isso está certo, mas só os Esta
dos Unidos estão em condições de as sumir responsabilidade de tal xoilto.
extensão do Plano Marshall á América
tivas dessa providência, apontadas_ pelo
Exposição e vendas:
pesadas exportações para a Europa.
no.s durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir
ra tal fim, poderão faze-lo, porque tem recursos para isso. As repercussões nega
AIJTO-GERAI.
da própria indústria norte-americana de lhe faltar no momento a continuação de
apro.ximadamcnte dois terços, pelo me-
Congresso, especialmente convocado pa
"REGIE NATIONALE DES USINES RENAULT'
sões sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou dc crise
Por isso, a
Conferência de Bogotá, é dc tal manei la desde logo, nas discussões do Con
gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa.
Sem o robusteci-
mento de nossa economia, no setor agrí cola ou industrial, nada poderemos fazer
em auxílio da Europa a não ser o que SC vem fornecendo, evidentemente em
condições precárias e muito aquém das necessidades daquele continente trans mitidas pelos seus peritos no relatório a que fizemos referência.
Os agricultores nicaraguenses cultivaram mais de 120.000 acres de milho, du
PAULO
rante o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acres sôbre o ano án-
terior, segundo estatísticas oficiais. A colheita dêste ano foi excelente, permitindo ao país dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a supetfície cultivada com arroz seja algo inferior à do ano anterior, não passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antécipando-se que' o total excederá o obtido em 1945. l
Dicesto Econômico
55
dos países do mundo, para não nos iludirmos mais sôbre os seus re.sultados.
Democracia e Partidos por Afonso Arinos de Melo Franco
dos partidos políticos em face do regime democrático. O assunto do presente
artigo refere-se àquêle momentoso problema.
J^iz Hans Kelsen, e ^ com .muito acerto, que a prática da democra
diametralmente oposto, isto é, no de
aprofundar cada vez mais as causas da
cia moderna está ligada ao funciona mento pelo menos satisfatório dos par
impotência dos partidos democrálicos e
tidos políticos. O preconceito contra êles não é, como a muitos se afigura,
desmoralização de um regime que elas
próprias contribuem para desmoralizar e
uma formà de convicção democrática, de
levar à ruína.
fé numa. certa democracia, mas, bem j ao contrário, uma tomada de posição
francamente antidemocrática,- pois, nos
de denunciar à nação a falência e a
Polo que se vê, será difícil quer ao comunismo quer ao degauMismo chegar ao poder em França pelas vias consti
termos atuais, não pode haver democra cia sem partidos. É fenômeno impressionante, pode-se
tucionais, visto que os sexis objetivos
mesmo dizer alarmante, o crescimento
da onda anti-partidária em vários paí
se compor com os processos estabeleci dos no regime criado pela Assembléia
ses, inclusive no Brasil, aonde com tan
Constituinte.
tas dificuldades nos estamos adaptando às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de recuperação econômica e política da
atual geração francesa dependem, antes do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de
1940. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos próprios dêsse mecanismo, inclusive o governo partidá rio.
Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degaullista e a co munista, se vem exercendo no sentido
o a sua técnica de govémo, embora
opostos, têm o traço comum de não
Se a democracia partidária fracassar em face do ambicioso ímpeto de qual quer dos doiS movimentos, o vitorioso (e êste será provàvelmcnte De GauUe) não se instalará no governo sem san
grenta luta com o opositor. Esta luta será início de um processo de consolidação violenta do poder con
quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão processos sempre instáveis, embora às vêzes longos, de consolidação dç um
poder conquistado pela fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-
Tem lideres de notória e grande capa
De Caulle não c maior que Napoleão. E a ditadura napoleônica trou.\e à Fran ça mais cantos fúnebres que ciarinadas
cidade.
marciais.
ditadura soviética conseguiu resolver o
No Brasil volta-se públicamento a clamar contra os partidos e a reclamar
O ST. Afonso Arinos de Melo Franco, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência
como instrumento de ação, do instrução, de enquadramento e de propaganda.
um govêmo forte, independente dêles. Ainda outro dia Alceu Amoroso Lima contava em uma entrevista como lhe
impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dêste assun to.
Dizia o moço que os partidos
nacionais tinham fracassado, que 6 pre ciso que nos libertemos dêlcs, e citava, em favor da sua tese, os exemplos do Franco, Salazar e De Gaulle. Reconheçamos a semelhança das si
tuações. Procura-se entre nós, como na prjjnça, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado, ninguóm procura prestig ar. E. aqui como lá, a pergunta é a mesma: que «iicederá a êste reg-me, se ele vier a
i acassar? A resposta também não di fere: sucederá a ditadura da espada. O problema prin
Pois, apesar de tudo, nem mesmo a
insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tòda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando.
A tremenda luta em que sf dilacerou o Partido Comunista da Rússia, desde
a dissidência de Trotski até os expur gos brutais que revoltaram a consciên
cia e a moral do mundo, esta tragédia que durou anos e custou centenas de
milhares, talvez milhões de vidas não
foi, afinal, considerada no seu conjun
to histórico, senão uma crise de poder dentro da maior ditadura
que jamais
existiu.
Nos tempos romanos a morte do im
perador e chefe militar costumava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império,
cipal das ditaduras
Acontecia que mais de um imperador era indicado pelas
não é o governo,
tropas
mas o poder.
tempo. Era a crise
Na
ao
mesmo
solução dêste pro
de poder sem solu
blema dispendem energias formidáveis,
ção constitucional.
melhor aplicáveis nas
dernas a coisa é a
tarefas de govôrno.
Nas ditaduras mo
X
Não se pode imaginar ditadura tècmcamente mais perfeita do que a sovié tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no
gênero.
Tem uma poderosa doutrina
justificativa. Tem uma gigantesca base econômica e demográfica sôbre que se
apoiar. Tem, inclusive, um partido po lítico (de modalidade especial, é ver dade, posto que único), que funciona
__ mesma, embora com hspectos mais nítidos e proporções maio res.
Vimos a impossibilidade de uma di tadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-
líco do caudilho sulino Getúlio Vargas. ■ Êle teve tudo às mãos para sair-se. bem da empreitada de 2 de Dezembro, para sair-se com uma auréola que p'
Dicesto Econômico
55
dos países do mundo, para não nos iludirmos mais sôbre os seus re.sultados.
Democracia e Partidos por Afonso Arinos de Melo Franco
dos partidos políticos em face do regime democrático. O assunto do presente
artigo refere-se àquêle momentoso problema.
J^iz Hans Kelsen, e ^ com .muito acerto, que a prática da democra
diametralmente oposto, isto é, no de
aprofundar cada vez mais as causas da
cia moderna está ligada ao funciona mento pelo menos satisfatório dos par
impotência dos partidos democrálicos e
tidos políticos. O preconceito contra êles não é, como a muitos se afigura,
desmoralização de um regime que elas
próprias contribuem para desmoralizar e
uma formà de convicção democrática, de
levar à ruína.
fé numa. certa democracia, mas, bem j ao contrário, uma tomada de posição
francamente antidemocrática,- pois, nos
de denunciar à nação a falência e a
Polo que se vê, será difícil quer ao comunismo quer ao degauMismo chegar ao poder em França pelas vias consti
termos atuais, não pode haver democra cia sem partidos. É fenômeno impressionante, pode-se
tucionais, visto que os sexis objetivos
mesmo dizer alarmante, o crescimento
da onda anti-partidária em vários paí
se compor com os processos estabeleci dos no regime criado pela Assembléia
ses, inclusive no Brasil, aonde com tan
Constituinte.
tas dificuldades nos estamos adaptando às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de recuperação econômica e política da
atual geração francesa dependem, antes do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de
1940. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos próprios dêsse mecanismo, inclusive o governo partidá rio.
Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degaullista e a co munista, se vem exercendo no sentido
o a sua técnica de govémo, embora
opostos, têm o traço comum de não
Se a democracia partidária fracassar em face do ambicioso ímpeto de qual quer dos doiS movimentos, o vitorioso (e êste será provàvelmcnte De GauUe) não se instalará no governo sem san
grenta luta com o opositor. Esta luta será início de um processo de consolidação violenta do poder con
quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão processos sempre instáveis, embora às vêzes longos, de consolidação dç um
poder conquistado pela fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-
Tem lideres de notória e grande capa
De Caulle não c maior que Napoleão. E a ditadura napoleônica trou.\e à Fran ça mais cantos fúnebres que ciarinadas
cidade.
marciais.
ditadura soviética conseguiu resolver o
No Brasil volta-se públicamento a clamar contra os partidos e a reclamar
O ST. Afonso Arinos de Melo Franco, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência
como instrumento de ação, do instrução, de enquadramento e de propaganda.
um govêmo forte, independente dêles. Ainda outro dia Alceu Amoroso Lima contava em uma entrevista como lhe
impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dêste assun to.
Dizia o moço que os partidos
nacionais tinham fracassado, que 6 pre ciso que nos libertemos dêlcs, e citava, em favor da sua tese, os exemplos do Franco, Salazar e De Gaulle. Reconheçamos a semelhança das si
tuações. Procura-se entre nós, como na prjjnça, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado, ninguóm procura prestig ar. E. aqui como lá, a pergunta é a mesma: que «iicederá a êste reg-me, se ele vier a
i acassar? A resposta também não di fere: sucederá a ditadura da espada. O problema prin
Pois, apesar de tudo, nem mesmo a
insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tòda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando.
A tremenda luta em que sf dilacerou o Partido Comunista da Rússia, desde
a dissidência de Trotski até os expur gos brutais que revoltaram a consciên
cia e a moral do mundo, esta tragédia que durou anos e custou centenas de
milhares, talvez milhões de vidas não
foi, afinal, considerada no seu conjun
to histórico, senão uma crise de poder dentro da maior ditadura
que jamais
existiu.
Nos tempos romanos a morte do im
perador e chefe militar costumava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império,
cipal das ditaduras
Acontecia que mais de um imperador era indicado pelas
não é o governo,
tropas
mas o poder.
tempo. Era a crise
Na
ao
mesmo
solução dêste pro
de poder sem solu
blema dispendem energias formidáveis,
ção constitucional.
melhor aplicáveis nas
dernas a coisa é a
tarefas de govôrno.
Nas ditaduras mo
X
Não se pode imaginar ditadura tècmcamente mais perfeita do que a sovié tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no
gênero.
Tem uma poderosa doutrina
justificativa. Tem uma gigantesca base econômica e demográfica sôbre que se
apoiar. Tem, inclusive, um partido po lítico (de modalidade especial, é ver dade, posto que único), que funciona
__ mesma, embora com hspectos mais nítidos e proporções maio res.
Vimos a impossibilidade de uma di tadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-
líco do caudilho sulino Getúlio Vargas. ■ Êle teve tudo às mãos para sair-se. bem da empreitada de 2 de Dezembro, para sair-se com uma auréola que p'
Dicesto EcoNÓNnco
58
fora da Constituição, em vez clc pro curarmos edificar o que cia planejou.
redimiria dos perjúrios anteriores. Teve tudo, inclusive, até certo momento, a
cCad
Porque uma Constituição não é uma
confiança dos seus maiores adversários.
obra, mas uma planta, um plano de
Mas a ditadura é mais forte que o
por José Mahia Bixo
obra.
ditador. O ambiente domina e conduz o homem contra as mais claras evidên
A nossa, seguindo os inevitáveis pen
cias.
dores da época, incorporou os partidos
habitante clc Siriiis que acompanhas
Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal inevitável que é a crise de poder das
políticos ao mecanismo constitucional,
se os acontecimejilo cia Terra nos úl
ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado. A série de
interesses espúrios que se criara em tômo ao ditador, qualquer que êle seja, ó uma fôrça terrível que lhe obscurece a \isão e lhe impede de dar uma
solução inteligente ao problema capital do regime. É quasi impossível que um homem se
deu-lhes cidadania jurídica, em vez de
timos quinze anos não ficaria muito
ignorar-lhes a existência como era hábito
admirado da capaciclaclc clc iiu enção, no •
nas antigas Constituições. Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que
p'ano. político, dos homens.
Parcccr-
Ihc-ia tão semelhante o espetáculo atoai . com o do Icjnpo da ascensão de Hitlcr
que, enervado, desviaria a sua
há de mais assente e mais puro na
doutrina democrática, mas contrariar a
letra e o espírito da nossa Constituição. É abandonar a democracia e marchar
fôrço da política nacional no problema do poder, com suas crises periódicas em vez de concentrá-lo nos problemas Com a espantosa versatilidade que nos do governo, que lhe são específicos e caracteriza voltamos, agora, a entrever, que pesam sombriamente, neste mo, para os problemas nacionais, soluções mento, sobre o futuro nacional.
cias
suas
ní\el de vida, e de au.\iliar a plena re
cuperação dos povos alheios. Ambicio na luirto mais: a hegemonia política da Europa c, através da Europa, a do
rivalidades internacionais, o me.s-
trina, lima ideologia a oferecer aos descontentes c aos revoltados de
várias espécies. Inspira-as ódio idêntico à liberdade e aos i-alores individuais; o ho
mem ó um simples dente da máquina do Estado, encarnado este num ditador oni
potente o intangível... Absolutamente se melhantes são os processos de agir: a
intransigência, a ameaça, a deslealdade, a insídia, a traição, a quinta coluna... Mas terminam aí as grandes analogias.
egoísmo e do comodismo dos seus an tigos adversários, não apenas para as concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e-para a conquista da
mais a sua curiosidade sobre o nosso
Europa. As hesitações ou as fraquezas das potências que a haviam feito morder o pó da derrota redobravam-llic a au
atormentado planeta, começaria a desco brir as divergências entre as duas pai sagens, a de Hitier e a de Stalin. A
dácia.
Alemanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de
No dia em que se julgou com
todos os trunfos da vitória, o nazismo
desoncadeou a segunda conflagração. Muito "suor, sangue e lágrimas" custou
O siriano, que demorasse um pouco
todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um 'dos grandes focos de
k humanidade civíMzada salvar-se da ti
'"Èm esferas de Caracas intimamenie ligadas à indtistrui do petróleo, assirutla-
rania que a ameaçava. Partindo, não de
■se
que, apesar do aparecimento do Or^nté Medw como ncwaJante de produção petTolifera, os E. V. A. dependem cada vez mats dos combustíveis líquidos extraídos
na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidaTes de petróleo para os E. U. A., contando com uma quota cormderavel entre os 45o!oOO tambores que os E. U. A. importam dxànamente du América do Sul. Assi nala-se, por outro lado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30^ suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norteu
bem-estar
Como a Alemanha nazista, a
pídamenle se refizera, ã sombra cio
-f
o
Rússia bolcherista tem uma dou
bstituir o nome da Alenianiui polo da Kús.sia ou o do fuehrer germânico pelo do ditador eslavo. . . Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ri\-
E o resultado de tudo foi o,29 de Outubro, antes do 2 de Dezembro.
eficiência
massas Inimanas, ainda de tão pobre
A.Ç mesmas ambições, as mesmas
mo ambiente clc aprocn.sões, fre qüentemente angustic.sas. Bastaria su
para a ditadura; c lançar todo o es-
Ichicia econômica, capaz de promover com
mundo.. .
curiosidade para outro planeta. . .
liberte desta pressão.
americanas de petróleo.
Quehhad.
■ .
í
Uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a
O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da República
marcha da Alemanha hítleriana.
delegado do Brasil na Pan Americana em
Não
se contenta em executar os seus sucessi
Wasfiington, enviou ao "Digesto Eco
vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po-
nômico, do qual ó colaborador, a inte
ressante crônica que ora publicamos.
,
Dicesto EcoNÓNnco
58
fora da Constituição, em vez clc pro curarmos edificar o que cia planejou.
redimiria dos perjúrios anteriores. Teve tudo, inclusive, até certo momento, a
cCad
Porque uma Constituição não é uma
confiança dos seus maiores adversários.
obra, mas uma planta, um plano de
Mas a ditadura é mais forte que o
por José Mahia Bixo
obra.
ditador. O ambiente domina e conduz o homem contra as mais claras evidên
A nossa, seguindo os inevitáveis pen
cias.
dores da época, incorporou os partidos
habitante clc Siriiis que acompanhas
Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal inevitável que é a crise de poder das
políticos ao mecanismo constitucional,
se os acontecimejilo cia Terra nos úl
ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado. A série de
interesses espúrios que se criara em tômo ao ditador, qualquer que êle seja, ó uma fôrça terrível que lhe obscurece a \isão e lhe impede de dar uma
solução inteligente ao problema capital do regime. É quasi impossível que um homem se
deu-lhes cidadania jurídica, em vez de
timos quinze anos não ficaria muito
ignorar-lhes a existência como era hábito
admirado da capaciclaclc clc iiu enção, no •
nas antigas Constituições. Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que
p'ano. político, dos homens.
Parcccr-
Ihc-ia tão semelhante o espetáculo atoai . com o do Icjnpo da ascensão de Hitlcr
que, enervado, desviaria a sua
há de mais assente e mais puro na
doutrina democrática, mas contrariar a
letra e o espírito da nossa Constituição. É abandonar a democracia e marchar
fôrço da política nacional no problema do poder, com suas crises periódicas em vez de concentrá-lo nos problemas Com a espantosa versatilidade que nos do governo, que lhe são específicos e caracteriza voltamos, agora, a entrever, que pesam sombriamente, neste mo, para os problemas nacionais, soluções mento, sobre o futuro nacional.
cias
suas
ní\el de vida, e de au.\iliar a plena re
cuperação dos povos alheios. Ambicio na luirto mais: a hegemonia política da Europa c, através da Europa, a do
rivalidades internacionais, o me.s-
trina, lima ideologia a oferecer aos descontentes c aos revoltados de
várias espécies. Inspira-as ódio idêntico à liberdade e aos i-alores individuais; o ho
mem ó um simples dente da máquina do Estado, encarnado este num ditador oni
potente o intangível... Absolutamente se melhantes são os processos de agir: a
intransigência, a ameaça, a deslealdade, a insídia, a traição, a quinta coluna... Mas terminam aí as grandes analogias.
egoísmo e do comodismo dos seus an tigos adversários, não apenas para as concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e-para a conquista da
mais a sua curiosidade sobre o nosso
Europa. As hesitações ou as fraquezas das potências que a haviam feito morder o pó da derrota redobravam-llic a au
atormentado planeta, começaria a desco brir as divergências entre as duas pai sagens, a de Hitier e a de Stalin. A
dácia.
Alemanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de
No dia em que se julgou com
todos os trunfos da vitória, o nazismo
desoncadeou a segunda conflagração. Muito "suor, sangue e lágrimas" custou
O siriano, que demorasse um pouco
todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um 'dos grandes focos de
k humanidade civíMzada salvar-se da ti
'"Èm esferas de Caracas intimamenie ligadas à indtistrui do petróleo, assirutla-
rania que a ameaçava. Partindo, não de
■se
que, apesar do aparecimento do Or^nté Medw como ncwaJante de produção petTolifera, os E. V. A. dependem cada vez mats dos combustíveis líquidos extraídos
na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidaTes de petróleo para os E. U. A., contando com uma quota cormderavel entre os 45o!oOO tambores que os E. U. A. importam dxànamente du América do Sul. Assi nala-se, por outro lado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30^ suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norteu
bem-estar
Como a Alemanha nazista, a
pídamenle se refizera, ã sombra cio
-f
o
Rússia bolcherista tem uma dou
bstituir o nome da Alenianiui polo da Kús.sia ou o do fuehrer germânico pelo do ditador eslavo. . . Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ri\-
E o resultado de tudo foi o,29 de Outubro, antes do 2 de Dezembro.
eficiência
massas Inimanas, ainda de tão pobre
A.Ç mesmas ambições, as mesmas
mo ambiente clc aprocn.sões, fre qüentemente angustic.sas. Bastaria su
para a ditadura; c lançar todo o es-
Ichicia econômica, capaz de promover com
mundo.. .
curiosidade para outro planeta. . .
liberte desta pressão.
americanas de petróleo.
Quehhad.
■ .
í
Uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a
O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da República
marcha da Alemanha hítleriana.
delegado do Brasil na Pan Americana em
Não
se contenta em executar os seus sucessi
Wasfiington, enviou ao "Digesto Eco
vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po-
nômico, do qual ó colaborador, a inte
ressante crônica que ora publicamos.
,
58
cultura do mundo. Encravada no cen
tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização
DicESTo Econômico
Os Estados Unidos, a Inglaterra, em su ma, as nações democráticas, estão a hu
milde serviço do capitalismo internacio
ocidental. A sua monstruosa ideologia
nal contra a Santa Rússia... E isto em
não procurava atrair as massas humildes
termos de arrieíro...
e sofredoras de além das suas fronteiras:
a burguesia internacional, grande e pe
Outra diferença radical entre o apósguerra de 1918 e o de 1945. Os "gran
quena, egoísta e interesse!ra, no perma
Dicesto EcoNÓxnco
giu-lhe em cheio a eslrulura econômi ca e financeira. Vencedores c vencidos, todos os seu.s povos sofrem-lhe com' maior ou menor intensidade as conse-
59
Eis aí o duende da ditadura dc Mos
cou: a projeção dos Estados Unidos sô bre o Continente que cia quisera fechar
nas suas implacáveis garras. O mundo
Iqüôncias. E como fata'monte teria dc
já conheceu outrora uma pax romana
acontecer, a exaustão econômica fez
e durante todo o século XIX uma pax
des" vencedores de vinte e nove anos
multiplicar a inquietação social. A vida
britânica, dizia um dia destes um jornal
nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos de crise a apelar para um chefe, um
passados equivaliam-se, senão em recur
cotidiana, nos seus aspectos mais vul
oficial da Rúss'a; dispensa ou repele uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases
condutor nmis ou menos iluminado, era
sos econômicos, de certo, em prestígio
gares, 6 uhi rude problema, mesmo para
político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela
as nações mais fortes c mais ricas como a Inglaterra e a França. O desapareci
tivamente fáceis os "entendimentos di
mento virtual na concorrência econômi
mais ou menos enfáticas; o que importa
o seu melhor campo de proselitismo.
plomáticos". Os Estados Unidos pro
ca de uma coletividade dc 70 milhões
A Rússia é ainda excêntrica à civilização
curavam reatar o fio, aliás já irremedià-
do almas, como a Alomanlia, bastaria,
européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico
velmente partido, da sua tradição "ísolacionista", fechando-se no seu imenso
aliás, em grande parte para explicar a grave crise do Continente. Impossibi'itado, assim, de preparar, pelas suas
ô procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos ofçrecem. Por mais poderoso quo seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en
fôrças exclusivas, a própria re cuperação econômica, o Velho
falso materíalismo poderia redu
das vantagens materiais da vida. Se não
o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da trai ção do Brest-Litowski, na categoria dos
Mundo tem de contar essencial
lhe atormentam os sonhos de maior "es
vitoriosos, constituía misterioso mundo
mente com o auxílio estrangeiro.
coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados
paço vital", que faziam o desespero sin
à parte. O equilíbrio europeu repousava
E sòmente um país no mundo
Unidos simplesmente a coopera
cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições, de
essencialmente sôbre a Inglaterra
empobrecido está em condições
ção da sua técnica e dos seus
que dístinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente cs deserdados
despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas
guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica
dos povos orientais. Por lôda parte, os russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con
tra os seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu ma atitude defensiva: tomam a
ofensiva e da forma mais chocante,
não apenas aos velhos estí-os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho
mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake
Success para se ter o modêlo da agres sividade moscovita e dos seus satélites.
e opulento país; o Japão voltava-se para
França, a Itália em segundo plano advento do fascismo e do nazismo turbou todo o jôgo diplomáticoesta é outra história... Em
n
tempo, a Europa refez-se das r
materiais da guerra. O que não ram ou não puderam compreend seus dirigentes vindos de
do assístí-Io: os Estados Unidos ou, cm outros termos, esta máquina formidável de trabalho, de técnica c dc dinheiro
que por sí só parece pesar mais na ba lança dos valores econômicos efetivos
tro os indivíduos, só um grosseiro e zi-lo a divisor único de tôdas as
inesgotáveis capitais.
Hoje, a grande
democracia representa, sobretudo, a maior força atuante da chilização oci
dental Quem acompanha de longe a vida americana e quem lhe sente direta mente os primeiros contatos bem sabe
do que o resto do Univer.so. Mas como sempre aconteceu em todos os tempos,
que ela está longe de realizar o "paraí
mas'' esgotados, foi a transfor
atrás do econômico está o político...
so terrestre".
maçao que se operava nos esníri
A influência econômica da América do
Norte implica forçosamente uma espé cie de primado político. Não haveria um govômo americano suficientemente
grandeza, muitos aspectos tristes, pro clamados pelos seus próprios nacionais, a deturpam. O capitalismo ainda exibe
tos na raiz de novas aspirações sociais. Entre as pous^-ées da
trema direita e da extrema" esl querda, as democracias ocidentais deixa
ram que se lhes solapassem impune mente as ve-has bases. Na hora extrema tiveram de redimir-se pelos inenarráveis
sofrimentos da guerra da sua displicên cia ou da sua criminosa inadvertência. Bem mais sombrio é o panorama atual
da Europa. A guerra hitleriana atin-
Sob a crosta da sua
imbecil que se propusesse a auxiliar as
à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação
nações exaustas da Europa ou dc qual quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia co
num livro recente — An American Dilemma — do escritor sueco Gunnar
dos negros, e.xaustívamente estudado
munista; o que aconteceu depois da
Uyardal, é um drama sem remissão. A
primeira guerra com o ressurgir da Ale manha mediante a cooperação dos capi
pobreza de certas camadas dos Estados
tais britânicos e americanos, deve estar bem vivo na memória de todos os ho mens medlocremente esclarecidos...
do Sul e das grandes cidades do Norte, como Nova York, Chicarfo
etc., não
deixa muito longe os dolorosos índices
do Brasil e de outras Repúblicas latino-
58
cultura do mundo. Encravada no cen
tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização
DicESTo Econômico
Os Estados Unidos, a Inglaterra, em su ma, as nações democráticas, estão a hu
milde serviço do capitalismo internacio
ocidental. A sua monstruosa ideologia
nal contra a Santa Rússia... E isto em
não procurava atrair as massas humildes
termos de arrieíro...
e sofredoras de além das suas fronteiras:
a burguesia internacional, grande e pe
Outra diferença radical entre o apósguerra de 1918 e o de 1945. Os "gran
quena, egoísta e interesse!ra, no perma
Dicesto EcoNÓxnco
giu-lhe em cheio a eslrulura econômi ca e financeira. Vencedores c vencidos, todos os seu.s povos sofrem-lhe com' maior ou menor intensidade as conse-
59
Eis aí o duende da ditadura dc Mos
cou: a projeção dos Estados Unidos sô bre o Continente que cia quisera fechar
nas suas implacáveis garras. O mundo
Iqüôncias. E como fata'monte teria dc
já conheceu outrora uma pax romana
acontecer, a exaustão econômica fez
e durante todo o século XIX uma pax
des" vencedores de vinte e nove anos
multiplicar a inquietação social. A vida
britânica, dizia um dia destes um jornal
nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos de crise a apelar para um chefe, um
passados equivaliam-se, senão em recur
cotidiana, nos seus aspectos mais vul
oficial da Rúss'a; dispensa ou repele uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases
condutor nmis ou menos iluminado, era
sos econômicos, de certo, em prestígio
gares, 6 uhi rude problema, mesmo para
político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela
as nações mais fortes c mais ricas como a Inglaterra e a França. O desapareci
tivamente fáceis os "entendimentos di
mento virtual na concorrência econômi
mais ou menos enfáticas; o que importa
o seu melhor campo de proselitismo.
plomáticos". Os Estados Unidos pro
ca de uma coletividade dc 70 milhões
A Rússia é ainda excêntrica à civilização
curavam reatar o fio, aliás já irremedià-
do almas, como a Alomanlia, bastaria,
européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico
velmente partido, da sua tradição "ísolacionista", fechando-se no seu imenso
aliás, em grande parte para explicar a grave crise do Continente. Impossibi'itado, assim, de preparar, pelas suas
ô procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos ofçrecem. Por mais poderoso quo seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en
fôrças exclusivas, a própria re cuperação econômica, o Velho
falso materíalismo poderia redu
das vantagens materiais da vida. Se não
o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da trai ção do Brest-Litowski, na categoria dos
Mundo tem de contar essencial
lhe atormentam os sonhos de maior "es
vitoriosos, constituía misterioso mundo
mente com o auxílio estrangeiro.
coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados
paço vital", que faziam o desespero sin
à parte. O equilíbrio europeu repousava
E sòmente um país no mundo
Unidos simplesmente a coopera
cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições, de
essencialmente sôbre a Inglaterra
empobrecido está em condições
ção da sua técnica e dos seus
que dístinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente cs deserdados
despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas
guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica
dos povos orientais. Por lôda parte, os russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con
tra os seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu ma atitude defensiva: tomam a
ofensiva e da forma mais chocante,
não apenas aos velhos estí-os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho
mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake
Success para se ter o modêlo da agres sividade moscovita e dos seus satélites.
e opulento país; o Japão voltava-se para
França, a Itália em segundo plano advento do fascismo e do nazismo turbou todo o jôgo diplomáticoesta é outra história... Em
n
tempo, a Europa refez-se das r
materiais da guerra. O que não ram ou não puderam compreend seus dirigentes vindos de
do assístí-Io: os Estados Unidos ou, cm outros termos, esta máquina formidável de trabalho, de técnica c dc dinheiro
que por sí só parece pesar mais na ba lança dos valores econômicos efetivos
tro os indivíduos, só um grosseiro e zi-lo a divisor único de tôdas as
inesgotáveis capitais.
Hoje, a grande
democracia representa, sobretudo, a maior força atuante da chilização oci
dental Quem acompanha de longe a vida americana e quem lhe sente direta mente os primeiros contatos bem sabe
do que o resto do Univer.so. Mas como sempre aconteceu em todos os tempos,
que ela está longe de realizar o "paraí
mas'' esgotados, foi a transfor
atrás do econômico está o político...
so terrestre".
maçao que se operava nos esníri
A influência econômica da América do
Norte implica forçosamente uma espé cie de primado político. Não haveria um govômo americano suficientemente
grandeza, muitos aspectos tristes, pro clamados pelos seus próprios nacionais, a deturpam. O capitalismo ainda exibe
tos na raiz de novas aspirações sociais. Entre as pous^-ées da
trema direita e da extrema" esl querda, as democracias ocidentais deixa
ram que se lhes solapassem impune mente as ve-has bases. Na hora extrema tiveram de redimir-se pelos inenarráveis
sofrimentos da guerra da sua displicên cia ou da sua criminosa inadvertência. Bem mais sombrio é o panorama atual
da Europa. A guerra hitleriana atin-
Sob a crosta da sua
imbecil que se propusesse a auxiliar as
à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação
nações exaustas da Europa ou dc qual quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia co
num livro recente — An American Dilemma — do escritor sueco Gunnar
dos negros, e.xaustívamente estudado
munista; o que aconteceu depois da
Uyardal, é um drama sem remissão. A
primeira guerra com o ressurgir da Ale manha mediante a cooperação dos capi
pobreza de certas camadas dos Estados
tais britânicos e americanos, deve estar bem vivo na memória de todos os ho mens medlocremente esclarecidos...
do Sul e das grandes cidades do Norte, como Nova York, Chicarfo
etc., não
deixa muito longe os dolorosos índices
do Brasil e de outras Repúblicas latino-
Ml"
60
DiCESTO econômico
americanas. O excesso da industrializa ção estandardizou demasiado a vida na
cional, como o da civilização técnica
ainda não permitiu a completa flores
Dicksto Econômico
propício será o clima para Moscou. Ao
mcnto esta catiuslrofc? Os colosso.s nnie-
cínios fáceis não são sempre os mais
imperialismo yankee do dinheiro, o Kremlin opõe o da miséria, «s liberda
licano e ru^so acabarão por transptir as suas contendas para os campos de ba
certos.
des, mesmo falhas, das democracias re-
Acreditemos, antes, que, pelo
monos, por muitos anos, a Rússia não
têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem sô-
lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Aiinal, ó tão absur
bre o seu pais na órbita diplomática.
talha? Tente alguém re.'^potKler a tal pergunta... A humanidade \i\eu no curto período hitiuriano na dolorosa expectativa de" guerra rpie, afinal, de flagrou um dia e estendeu-se por quase tôdí». a superfície do globo. Desta for ma, um raciocínio fácil leva-nos a pensaà', como o habitante dc SIrius a que me referi, que, repelindo rcccnto pas
do pressupor uma França, por exemplo,
sada, estamos às vésperas da mais trá
Ocidente, dos Estudos Unidos em pri
Mas, em troco, nenhum povo tem tanta
modelada pela Pensilvãnia ou pela Ca
gica das provações. Todavia, os racio
meiro lu2ar...
reser\'a de idealismo, tantos anseios de
lifórnia quanto pe-a Ucrânia ou pela Rússia Branca... A crí.se européia, por mais grave que seja, não pode ser uma crise dc morte. O Velho Mundo tem uma experiência multissecular de sofri,
cência do que chamaríamos de "cultura"
pelo modelo europeu. Os dirigentes americanos estão ainda, ao que parece na aprendizagem da política internacio
nal; somente agora ê^es começam a
presentati\tis, a tirania vermelha... Cer tamente, nem os povos da Europa c nem os dos outros Continentes de.sejam qualquer dos dois. É contra ê.ste di lema tendenciosamente armado — Was
"descobrir" o mundo... Muito, pois, hington ou Moscou — que ôles têm de
paz, de progresso e de bem-estar. Em
parte alguma é tão vivo, tão sincero e, por vezes, afigurando-se mesmo um
tanto ingênuo, o espírito de cooperação.
E' necessário apenas que ele se transpo
ra do colapsos... Por que, pois, preei-
prodígios tem conseguido, para a esfera externa. Das suas largas fronteiras para
cada um de nós há sempre uma ten
do mundo...
Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu
tes cada vez mais se identificam.
Por
enquanto, ela não passará da arrogância e das ameaças, c.xatamcnle como fez o
fiiehrci' alemão. Que possa ou não chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do
mentos para salvar-se, mesmo à véspe
nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos as fronteiras ainda mais largas
c.slará em condiç-ões dc lutar contra os
Estados Unidos e as nações que com es
pítar-lhes um atestado de agonia?
dêncía, mais ou menos acentuada, ot
prefigurar as coisas catastrófi'. que poderão acontecer. Um
nis-Europa abre à nossa iman' nação, tão carregada de remil niscências liistóricas, perspectiva • infinitas... A França reduzida
implacável capitalismo? Assim apregoam os russos... O Plano Marshall, por exemplo, não seria, na
a uma especie de Grécia depois dí
sua essência, senão o processo de con
conquista romana; uma Inglaterra con
O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado designa como "muililateralismo", oti seja, um programa financeiro e comercial internacional, segundo o qu(d as divisas serium ràpidamente conversíveis e relativamente estáveis, estando
U8 importadores e exportadores livres de comprar ou vender ú sua vontade. As
quista imperialista, um meio de prender a Europa, e através da Europa, o resto
finada na sua ilha brumosa; unia Italia
barreiras alfandegárias seriam progressivamente restringidas c as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas nu nacionalidade dos importadores e exportadores
como um vasto museu artístico. ,. pj.^
não mais existiriam.
da Terra, às finanças da "Wall Street",
tracemos pelo contrário, já que isto não
não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana... Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sucedâneo da assistência americana? A estimulaçao
das greves, a revolta das massas, o incitamento a todas as espécies de ódios de classes... Quanto mais baixo des cer o nível dá vida das nações, próspe ras e felizes' de antes da guerra, mais
nos custa, um panorama mais feliz- a
Europa reconstituída e reencontrando-sc a si mesma, para dar à humanidade novos mpdelos de organização política c social, transformadora e classificadora das correntes antagônicas que a amea çam ... Salvo — e surge aí outra hi pótese terrificante - que nova confla gração seja o galope final da sua atri
bulada existência, Mas aproxima-se real-
Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se
cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de wna, reunião dos membros do Congresso Nacional de Comércio Exterior.
O sr. Thorpe afirmou ainda que a instituição do "inultilateralismo" se tornaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redigida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou — ê um acontecimento
da maior importância no domínio do intercâmbio cottwrcial internacional".
Em seguida, considerou cojno principais ameaças a âsse sistema multilateral o
nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser demasiado
otimista, está fora de dúvida que a Corta da Organização Internacional do Comércio
e o Plano Marshall para a reconstrução da Europa nos oferecem as niaiores preP
mmas para a formação de um murulo tal qual desejamos: de paz e prosperidade,
dentro da liberdade e justiça para todos".
Ml"
60
DiCESTO econômico
americanas. O excesso da industrializa ção estandardizou demasiado a vida na
cional, como o da civilização técnica
ainda não permitiu a completa flores
Dicksto Econômico
propício será o clima para Moscou. Ao
mcnto esta catiuslrofc? Os colosso.s nnie-
cínios fáceis não são sempre os mais
imperialismo yankee do dinheiro, o Kremlin opõe o da miséria, «s liberda
licano e ru^so acabarão por transptir as suas contendas para os campos de ba
certos.
des, mesmo falhas, das democracias re-
Acreditemos, antes, que, pelo
monos, por muitos anos, a Rússia não
têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem sô-
lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Aiinal, ó tão absur
bre o seu pais na órbita diplomática.
talha? Tente alguém re.'^potKler a tal pergunta... A humanidade \i\eu no curto período hitiuriano na dolorosa expectativa de" guerra rpie, afinal, de flagrou um dia e estendeu-se por quase tôdí». a superfície do globo. Desta for ma, um raciocínio fácil leva-nos a pensaà', como o habitante dc SIrius a que me referi, que, repelindo rcccnto pas
do pressupor uma França, por exemplo,
sada, estamos às vésperas da mais trá
Ocidente, dos Estudos Unidos em pri
Mas, em troco, nenhum povo tem tanta
modelada pela Pensilvãnia ou pela Ca
gica das provações. Todavia, os racio
meiro lu2ar...
reser\'a de idealismo, tantos anseios de
lifórnia quanto pe-a Ucrânia ou pela Rússia Branca... A crí.se européia, por mais grave que seja, não pode ser uma crise dc morte. O Velho Mundo tem uma experiência multissecular de sofri,
cência do que chamaríamos de "cultura"
pelo modelo europeu. Os dirigentes americanos estão ainda, ao que parece na aprendizagem da política internacio
nal; somente agora ê^es começam a
presentati\tis, a tirania vermelha... Cer tamente, nem os povos da Europa c nem os dos outros Continentes de.sejam qualquer dos dois. É contra ê.ste di lema tendenciosamente armado — Was
"descobrir" o mundo... Muito, pois, hington ou Moscou — que ôles têm de
paz, de progresso e de bem-estar. Em
parte alguma é tão vivo, tão sincero e, por vezes, afigurando-se mesmo um
tanto ingênuo, o espírito de cooperação.
E' necessário apenas que ele se transpo
ra do colapsos... Por que, pois, preei-
prodígios tem conseguido, para a esfera externa. Das suas largas fronteiras para
cada um de nós há sempre uma ten
do mundo...
Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu
tes cada vez mais se identificam.
Por
enquanto, ela não passará da arrogância e das ameaças, c.xatamcnle como fez o
fiiehrci' alemão. Que possa ou não chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do
mentos para salvar-se, mesmo à véspe
nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos as fronteiras ainda mais largas
c.slará em condiç-ões dc lutar contra os
Estados Unidos e as nações que com es
pítar-lhes um atestado de agonia?
dêncía, mais ou menos acentuada, ot
prefigurar as coisas catastrófi'. que poderão acontecer. Um
nis-Europa abre à nossa iman' nação, tão carregada de remil niscências liistóricas, perspectiva • infinitas... A França reduzida
implacável capitalismo? Assim apregoam os russos... O Plano Marshall, por exemplo, não seria, na
a uma especie de Grécia depois dí
sua essência, senão o processo de con
conquista romana; uma Inglaterra con
O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado designa como "muililateralismo", oti seja, um programa financeiro e comercial internacional, segundo o qu(d as divisas serium ràpidamente conversíveis e relativamente estáveis, estando
U8 importadores e exportadores livres de comprar ou vender ú sua vontade. As
quista imperialista, um meio de prender a Europa, e através da Europa, o resto
finada na sua ilha brumosa; unia Italia
barreiras alfandegárias seriam progressivamente restringidas c as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas nu nacionalidade dos importadores e exportadores
como um vasto museu artístico. ,. pj.^
não mais existiriam.
da Terra, às finanças da "Wall Street",
tracemos pelo contrário, já que isto não
não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana... Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sucedâneo da assistência americana? A estimulaçao
das greves, a revolta das massas, o incitamento a todas as espécies de ódios de classes... Quanto mais baixo des cer o nível dá vida das nações, próspe ras e felizes' de antes da guerra, mais
nos custa, um panorama mais feliz- a
Europa reconstituída e reencontrando-sc a si mesma, para dar à humanidade novos mpdelos de organização política c social, transformadora e classificadora das correntes antagônicas que a amea çam ... Salvo — e surge aí outra hi pótese terrificante - que nova confla gração seja o galope final da sua atri
bulada existência, Mas aproxima-se real-
Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se
cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de wna, reunião dos membros do Congresso Nacional de Comércio Exterior.
O sr. Thorpe afirmou ainda que a instituição do "inultilateralismo" se tornaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redigida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou — ê um acontecimento
da maior importância no domínio do intercâmbio cottwrcial internacional".
Em seguida, considerou cojno principais ameaças a âsse sistema multilateral o
nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser demasiado
otimista, está fora de dúvida que a Corta da Organização Internacional do Comércio
e o Plano Marshall para a reconstrução da Europa nos oferecem as niaiores preP
mmas para a formação de um murulo tal qual desejamos: de paz e prosperidade,
dentro da liberdade e justiça para todos".
63
DicESTO Econômico
EVôiiçío eco\6miciv dos TR/\\'SP0RTES FERROVIÁRIOS IVO RRilSIL
Neste artigo, vamos examinar .sòmcn-
tarifas.
porte realizado por nove estradas de
airso tem limites estreitos, de vez que
feiro situadas cm quase tcklas as re
giões geoeconómicas. por Américo Barbosa de Oliveira
IJma tendência que se observa hoje em todos os setores do conhecimen
to humano é o recuo do costume dos
antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas falsas e inspiradoras de
O ilustre engenheiro Américo Barbosa
de Oliveira apresenta algumas conclu sões tiradas do campo da economia geral para o da economia ferroviária.
metodologias errôneas no estudo dos problemas. O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des-
Dgado das condições do meio em que
Se processa e preservado, portanto, do
exprime, como é sabido, o grau de utili
vimento.
Quando uma estrada de ferro se vê nesse tomiquele, rriantendo um ser\'iço deficitário apesar de serem as tarifas elevadas, a solução é transferir quanto
antes o "abacaxi" ao govêmo mais pró ximo, mediante encampação após u* bom preparo da opinião pública »•
qual ressurgem os velhos
d*
região servida. A mesma interdepen
mais é do que o quociente da divi.são da tone'agem deslocada medida em toneladas-quilômetros pela etxtensSo da
titui um dever governamental" «anter
estrada em quilômetros.
suficientemente elevada, a operação do serviço deixa saldo, mesmo sendo bai
dência se observa entre essas caracte
rísticas da zona tributária e a organiO menosprêzo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada de certos disparates como o de atxib *
"Central" a diferença entre a adm'inis''
em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade.
Outra conseqüência dessa errAní.o atitude diante dos problemas é o cni^
a superioridade da "Paulista" sAV» traçao pnvada e a estatal.
plexo de inferioridade, pois, para S" p^licar a diferença entre as grandes esl
tiadas de ferro do mundo e as nossas agente capaz de aprofundar tôdas as surgem ogo as idéias da nossa incapacidistinções existentes e de determinar
dade administrativa ou da nossa com sempre novas deformações, desde que, posição racial ou o "tropic^lismo" e ou através da dissociação de fatos e pro tras ainda mais esdrúxulas. blemas, possa criar diretamente opor Entretanto, o exame do nosso sistema tunidade de satisfação de objetívos de ferroviário como parte de um todo permi grupos ou indiretamente acenar com so te defrontar tôdas as controvérsias e en luções prometedoras de boas empreita trever as verdadeiras soluções que interes das. Em referência ao assunto de nosso sam a consolidação da economia nacio artigo de hoje é impossível disfarçar nal, do mesmo passo que nos premune a profunda interdependência existente contra os efeitos de certos slogans sem base, mas profundamente arraigados no entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de
repercute imediatamente sôbre a produ ção e o consumo nas áreas tributárias, tendendo a restringir mais ainda o mo
zação social dc uma estrada, pois nada
A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas aütudes; por isso, encontramos
Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interêsses como
Colhemos em estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos rcfercnte.s ao tráfego efetuado durante cêrca de meio século e através da curva de densidade de tráfego e.xprimírao-lo no gráfico anexo. A densidade dc tráfego, que também ó chamada de intensidade do tráfego,
É claro, porém, que ôssc re-
outro, as características econômicas da
influxo das variações que essas condições . zação social do trabalho humano. acusam a cada momento.
sidade insuficiente, é o aumento das
te a evolução do movimento de trans
espírito público.
É fácil reconhecer a importância da
densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada. Não é difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários,
pôsto que impede a satisfatória utiliza
que somos um país novo e de qne coasas estradas etc., etc.
Quando a densidade de tráfego •
xas as tarifas. Nessas estradas a manu tenção do material rodante e a conserva
da linha estão sempre em dia, o pessoal trabalha com estímulo e a administra
ção se aperfeiçoa cada vez mais. Nin guém cogita em transferir o encargo aos
ção da capacidade da linha.
governos.
A receita líquida de uma estra da é função direta da densidade
qual começa a ser remunerativa a ex ploração de uma estrada de ferro, que
do tráfego.
O único processo de suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den
,
O mínimo de densidade a partir oa
chamaremos densidade crítica, varia^na turalmente conforme o custo da liaçao e este 6 função principalmente das difi
culdade topográficas
que a estrada tenha de vencer.
É claro que es tradas como a "São
Paulo Railway" e a "Central" ou a "So-
rocabana", que cor tam a escarpa ma
rítima, têm suas des
pesas' de tração e
63
DicESTO Econômico
EVôiiçío eco\6miciv dos TR/\\'SP0RTES FERROVIÁRIOS IVO RRilSIL
Neste artigo, vamos examinar .sòmcn-
tarifas.
porte realizado por nove estradas de
airso tem limites estreitos, de vez que
feiro situadas cm quase tcklas as re
giões geoeconómicas. por Américo Barbosa de Oliveira
IJma tendência que se observa hoje em todos os setores do conhecimen
to humano é o recuo do costume dos
antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas falsas e inspiradoras de
O ilustre engenheiro Américo Barbosa
de Oliveira apresenta algumas conclu sões tiradas do campo da economia geral para o da economia ferroviária.
metodologias errôneas no estudo dos problemas. O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des-
Dgado das condições do meio em que
Se processa e preservado, portanto, do
exprime, como é sabido, o grau de utili
vimento.
Quando uma estrada de ferro se vê nesse tomiquele, rriantendo um ser\'iço deficitário apesar de serem as tarifas elevadas, a solução é transferir quanto
antes o "abacaxi" ao govêmo mais pró ximo, mediante encampação após u* bom preparo da opinião pública »•
qual ressurgem os velhos
d*
região servida. A mesma interdepen
mais é do que o quociente da divi.são da tone'agem deslocada medida em toneladas-quilômetros pela etxtensSo da
titui um dever governamental" «anter
estrada em quilômetros.
suficientemente elevada, a operação do serviço deixa saldo, mesmo sendo bai
dência se observa entre essas caracte
rísticas da zona tributária e a organiO menosprêzo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada de certos disparates como o de atxib *
"Central" a diferença entre a adm'inis''
em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade.
Outra conseqüência dessa errAní.o atitude diante dos problemas é o cni^
a superioridade da "Paulista" sAV» traçao pnvada e a estatal.
plexo de inferioridade, pois, para S" p^licar a diferença entre as grandes esl
tiadas de ferro do mundo e as nossas agente capaz de aprofundar tôdas as surgem ogo as idéias da nossa incapacidistinções existentes e de determinar
dade administrativa ou da nossa com sempre novas deformações, desde que, posição racial ou o "tropic^lismo" e ou através da dissociação de fatos e pro tras ainda mais esdrúxulas. blemas, possa criar diretamente opor Entretanto, o exame do nosso sistema tunidade de satisfação de objetívos de ferroviário como parte de um todo permi grupos ou indiretamente acenar com so te defrontar tôdas as controvérsias e en luções prometedoras de boas empreita trever as verdadeiras soluções que interes das. Em referência ao assunto de nosso sam a consolidação da economia nacio artigo de hoje é impossível disfarçar nal, do mesmo passo que nos premune a profunda interdependência existente contra os efeitos de certos slogans sem base, mas profundamente arraigados no entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de
repercute imediatamente sôbre a produ ção e o consumo nas áreas tributárias, tendendo a restringir mais ainda o mo
zação social dc uma estrada, pois nada
A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas aütudes; por isso, encontramos
Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interêsses como
Colhemos em estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos rcfercnte.s ao tráfego efetuado durante cêrca de meio século e através da curva de densidade de tráfego e.xprimírao-lo no gráfico anexo. A densidade dc tráfego, que também ó chamada de intensidade do tráfego,
É claro, porém, que ôssc re-
outro, as características econômicas da
influxo das variações que essas condições . zação social do trabalho humano. acusam a cada momento.
sidade insuficiente, é o aumento das
te a evolução do movimento de trans
espírito público.
É fácil reconhecer a importância da
densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada. Não é difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários,
pôsto que impede a satisfatória utiliza
que somos um país novo e de qne coasas estradas etc., etc.
Quando a densidade de tráfego •
xas as tarifas. Nessas estradas a manu tenção do material rodante e a conserva
da linha estão sempre em dia, o pessoal trabalha com estímulo e a administra
ção se aperfeiçoa cada vez mais. Nin guém cogita em transferir o encargo aos
ção da capacidade da linha.
governos.
A receita líquida de uma estra da é função direta da densidade
qual começa a ser remunerativa a ex ploração de uma estrada de ferro, que
do tráfego.
O único processo de suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den
,
O mínimo de densidade a partir oa
chamaremos densidade crítica, varia^na turalmente conforme o custo da liaçao e este 6 função principalmente das difi
culdade topográficas
que a estrada tenha de vencer.
É claro que es tradas como a "São
Paulo Railway" e a "Central" ou a "So-
rocabana", que cor tam a escarpa ma
rítima, têm suas des
pesas' de tração e
64
Dícesto Econômico
de remuneração do capital de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá fego, em iguaMade de outras ccndições.
a casa dos 3.000.000 t. (último dado
É propositadamente que não fazemos
distinção quanto às estradas do govêmo
Em 1915 a densidade dc tráfego de mer cadorias, que orçava em 498.000 t,
no que diz respeito à remuneração do
progrediu ano a ano, embora com certos
obtido).
No Canadá, o nível do movimento ferroviário é também bastante cVvado.
capital investido, pois, do ponto de vis
recuos nas épocas de crise, atiniiinclo
ta da economia nacional, não há, neste
1.498.000 t em 1945.
particular, diferença alguma entre o ca
Se deitarmos agora um olhar para o
pital público e o privado, pou<» im
nosso gráfico referente a algumas estra
portando se a contabilidade das estra
das brasileiras averiguaremos que grande maioria apresenta densidade d'e tráfego reduzidíssimo, sendo que, al gumas como a "São Luiz-Tcrezinà" ^ a "Madeira-Mamoré", a "Bragança"' â "Leste Brasileiro" dificilmente encoiitrarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten sidade do tráfego e chegará o dia em que êste garantirá a receita necessária ao
das governamentais registra ou não tal parcela.
Da mesma maneira, não desejamos entrar aqui em pormenores de ordem
técnica. O nosso silêncio a esse respei to significa que estamos admitindo tàcitamente terem as estradas sua
via
permanente e seu material rodantc em
condições adequadas à máxima eco nomia de tráfego; ou, pelo menos, es tarem todas elas igualmente afastadas dessas condições ideais, o que na ver dade sabemos não ser exato.
Feitas no entanto tôdas as reservas
cabíveis no caso, procuraremos, em com
panhia do leitor, formar idéia sobre a ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a
posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sôbre a den
custeio do serviço...
*
Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america
viam de .seus recursos para o eustr-io c
trabalho, que permitiram a ampla utili zação dos c.xccpcionais recursos naturais
do pais.
Tais condições se propagaram ao tní-
remuneração do capital. Tudo o mais,
fego ferroviário americano, cujo volume
que era cêrca dc HO'/, consliliiía um grande problema do govêrno. Hoje a situaç.ão não é diferente.
aproximadamente igual ao da "Paulista"
Dc nada valeram ns panncéias ten
tadas; tanto as encampações para liqui
dação das garantias de juros como a
política de arrendamento trouxeram ns mesmas desilusões. No futuro, de nada
valerão também quaLsquor providências se não incluírem um vigoroso programa
dc fomento dc tráfego, mediante pla
nejamento técnico pura o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as
sistido ao desbravamenlo dc certas re
giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as
médio, em 1882, já atingia um nível cm nossos dias.
A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições so
ciais que permitissem a cada família dc imigrantes levar ao nível máximo sua
capacidade de produção, de consumo, dc capitalização, de organização, de aquisi ção de cultura etc. O processo funda mental para tal racionalização foi o acesso generalizado à propriedade da terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimensões ade-
qjindns à finalidade de utilização plena pelas famílias pioneiras. No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se de esta
belecer
tísticas das receitas c das despesas ^d*^~ .* ^
tradas deficitárias que figuram em grafico ha tendência para o enuiln,
econômico. E, dentre as não-deflc!tÍriô°
ritmo mais elevado do que a densida de de tráfego, fazendo dc.saparecer e'm
muitas estradas a pequena vantagem de
na revelam que, em 1882, já a densi
corrente da melhoria no movimento de cargas.
Há cêrca de 25 anos atrás, em rela
tradas. Êsses algarismos vêm crescendo
tório que marcou época, expôs Pires
com o tempo, ultrapassando em 1943
do Rio a situação da rêde ferroviária
condições sociais
que permitissem a certas
cobriremos que em nenhuma dag
dade de tráfego de mercadorias atingia 374.000 t-valor médio de tôdas as es
braiilcíra: nioslrnu que sòincnle a "Pau lista". a "Mogiana" c a ".Sfio Paulo Railway" e parte da "Loopildina" vi
Se examinarmos os reflexos dôssc monto de tráfego sobro a receita do viço e se confrontarmos a.s séries
.somente a "Paulista", a "Mogiana"'J "Great Western" vêm registando alcum sidade de tráfego em • outros países no vos como o Brasil. progresso econômico. A par dp aumento Nos Estados Unidos, segundo informa da receita não podemos olvidar que o o eng. Raul Simon, as estradas com custeio do transporte ferroviário cresce densidade de tráfego inferior a 100.000 também ano a ano e, geralmente em toneladas não são mantidas em serviço.
65
Díck-sto Econômico
famílias de boa origem continuar a viver "dignamen-
~ ^- to", mediante exploração das grandes extensões de conseqüências do csclerosamento eco nômico que se vai estendendo por toda a região.
Se a estrutura da economia regional
prefigura um tipo de sistema ferroviá rio compatível com suas condições, em
qualquer país do mundo, está explicada a precária situação das estradas brasi leiras.
O invejável movimento ferroviário constatado nos Estados Unidos — mal
grado a enorme concorrência rodoviária
terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a
princípio e depois passou a ser o imi grante. ■
Em bases de tamanha desigualdade social a unidade produtora não era o cidadão e sua família; era o proprietá rio - e seus agregados reproduzindo
num país novo os característicos eco nômicos caducos dos quadros feudais europeus.
Criando tal clima social, impusemo-nos
res — decorre do sistema adotado na co
um progresso-teto muito baixo, de vez que repousa sôbre a progressiva expo-
lonização e na organização racional do
liação cultural de milhões de trabalha-
feita por iniJSões de veícidos automoto
64
Dícesto Econômico
de remuneração do capital de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá fego, em iguaMade de outras ccndições.
a casa dos 3.000.000 t. (último dado
É propositadamente que não fazemos
distinção quanto às estradas do govêmo
Em 1915 a densidade dc tráfego de mer cadorias, que orçava em 498.000 t,
no que diz respeito à remuneração do
progrediu ano a ano, embora com certos
obtido).
No Canadá, o nível do movimento ferroviário é também bastante cVvado.
capital investido, pois, do ponto de vis
recuos nas épocas de crise, atiniiinclo
ta da economia nacional, não há, neste
1.498.000 t em 1945.
particular, diferença alguma entre o ca
Se deitarmos agora um olhar para o
pital público e o privado, pou<» im
nosso gráfico referente a algumas estra
portando se a contabilidade das estra
das brasileiras averiguaremos que grande maioria apresenta densidade d'e tráfego reduzidíssimo, sendo que, al gumas como a "São Luiz-Tcrezinà" ^ a "Madeira-Mamoré", a "Bragança"' â "Leste Brasileiro" dificilmente encoiitrarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten sidade do tráfego e chegará o dia em que êste garantirá a receita necessária ao
das governamentais registra ou não tal parcela.
Da mesma maneira, não desejamos entrar aqui em pormenores de ordem
técnica. O nosso silêncio a esse respei to significa que estamos admitindo tàcitamente terem as estradas sua
via
permanente e seu material rodantc em
condições adequadas à máxima eco nomia de tráfego; ou, pelo menos, es tarem todas elas igualmente afastadas dessas condições ideais, o que na ver dade sabemos não ser exato.
Feitas no entanto tôdas as reservas
cabíveis no caso, procuraremos, em com
panhia do leitor, formar idéia sobre a ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a
posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sôbre a den
custeio do serviço...
*
Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america
viam de .seus recursos para o eustr-io c
trabalho, que permitiram a ampla utili zação dos c.xccpcionais recursos naturais
do pais.
Tais condições se propagaram ao tní-
remuneração do capital. Tudo o mais,
fego ferroviário americano, cujo volume
que era cêrca dc HO'/, consliliiía um grande problema do govêrno. Hoje a situaç.ão não é diferente.
aproximadamente igual ao da "Paulista"
Dc nada valeram ns panncéias ten
tadas; tanto as encampações para liqui
dação das garantias de juros como a
política de arrendamento trouxeram ns mesmas desilusões. No futuro, de nada
valerão também quaLsquor providências se não incluírem um vigoroso programa
dc fomento dc tráfego, mediante pla
nejamento técnico pura o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as
sistido ao desbravamenlo dc certas re
giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as
médio, em 1882, já atingia um nível cm nossos dias.
A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições so
ciais que permitissem a cada família dc imigrantes levar ao nível máximo sua
capacidade de produção, de consumo, dc capitalização, de organização, de aquisi ção de cultura etc. O processo funda mental para tal racionalização foi o acesso generalizado à propriedade da terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimensões ade-
qjindns à finalidade de utilização plena pelas famílias pioneiras. No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se de esta
belecer
tísticas das receitas c das despesas ^d*^~ .* ^
tradas deficitárias que figuram em grafico ha tendência para o enuiln,
econômico. E, dentre as não-deflc!tÍriô°
ritmo mais elevado do que a densida de de tráfego, fazendo dc.saparecer e'm
muitas estradas a pequena vantagem de
na revelam que, em 1882, já a densi
corrente da melhoria no movimento de cargas.
Há cêrca de 25 anos atrás, em rela
tradas. Êsses algarismos vêm crescendo
tório que marcou época, expôs Pires
com o tempo, ultrapassando em 1943
do Rio a situação da rêde ferroviária
condições sociais
que permitissem a certas
cobriremos que em nenhuma dag
dade de tráfego de mercadorias atingia 374.000 t-valor médio de tôdas as es
braiilcíra: nioslrnu que sòincnle a "Pau lista". a "Mogiana" c a ".Sfio Paulo Railway" e parte da "Loopildina" vi
Se examinarmos os reflexos dôssc monto de tráfego sobro a receita do viço e se confrontarmos a.s séries
.somente a "Paulista", a "Mogiana"'J "Great Western" vêm registando alcum sidade de tráfego em • outros países no vos como o Brasil. progresso econômico. A par dp aumento Nos Estados Unidos, segundo informa da receita não podemos olvidar que o o eng. Raul Simon, as estradas com custeio do transporte ferroviário cresce densidade de tráfego inferior a 100.000 também ano a ano e, geralmente em toneladas não são mantidas em serviço.
65
Díck-sto Econômico
famílias de boa origem continuar a viver "dignamen-
~ ^- to", mediante exploração das grandes extensões de conseqüências do csclerosamento eco nômico que se vai estendendo por toda a região.
Se a estrutura da economia regional
prefigura um tipo de sistema ferroviá rio compatível com suas condições, em
qualquer país do mundo, está explicada a precária situação das estradas brasi leiras.
O invejável movimento ferroviário constatado nos Estados Unidos — mal
grado a enorme concorrência rodoviária
terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a
princípio e depois passou a ser o imi grante. ■
Em bases de tamanha desigualdade social a unidade produtora não era o cidadão e sua família; era o proprietá rio - e seus agregados reproduzindo
num país novo os característicos eco nômicos caducos dos quadros feudais europeus.
Criando tal clima social, impusemo-nos
res — decorre do sistema adotado na co
um progresso-teto muito baixo, de vez que repousa sôbre a progressiva expo-
lonização e na organização racional do
liação cultural de milhões de trabalha-
feita por iniJSões de veícidos automoto
CT
Dícesto Econômico
60
Dicesto EcoNÓAnco
íJores rurais, cuja produtividade vai dar neste artigo não comporta tal di
caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão
gressão.
social qualquer que seja sua etaia de
nomia geral para o da economia ferro
origem.
viária, poderemos tirar algumas con
Somem-se a êsse clima social algumas
desvantagens da pluviosidade e do solo
Se recuarmos agora do campo da eco
nomico-financeiros de ordem internacio
estão sendo adotadas — a não ser em
nio movimento ferroviário.
A Argentina, embora tenha sido colo
nizada segundo o mesmo molde feudal adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de
trabalho escravo tão profundamente inhoduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a estrutura latifundiária para pitimover colonização racional à moda americana. Libertou, assim, certos trechos de seu território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal, entre os quais o baixo rendimento do
trabalho, o pauperismo, a rotina e a baixa densidade de tráfego constituem ainda os menores males.
escala reduzida e por algumas estradas
^ o^á-5 o h S"oá -^ O"3 3^5
como a "Paulista" e a "Mogiana";
2.® — devemos recusar categoricamen te o "calmante" de sermos "país novo"
como justificativa da esperança de que os deficits ferroviários desaparecerão automàticamente;
o a» 2
3.® — precisamos fazer justiça ao pes
t)
de
O O C) <9 O) ■O
Diz-se que o Governo cobre os
devotamento do pessoal ferroviário que
O
> 3 B Ml
•o ^ p S 5 .. .« L" n
ficitâ, mas na verdade, cobre apenas parte dos deficits, pois a substituição do.material não é feita a tempo e a conservação dos equipamentos é quase
1900, 246.000 toneladas. Em 1945, alcançou a cifra de 414.000 toneladas.
"O S3 «
o to n 3 M Qi c ra.3 a
econòmlcamente equilibradas.
que sistemàticamente postergada.
'wo Ti C
Ww í* § « w 4) (9 U K M o
soal ferroviário, reconhecendo que a ca pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente mais elevada do que para explorar estradas
A densidade de tráfego na Argentina — média de todo o país — já era, em
Embora seja de ínexcedível interesse
:p£i6
1.^ — as verdadeiras soluções fljue o nosso sistema ferroviário reclama não
exíguo mercado interno, do nosso ínfi-
rrrn T
clusões:
tropicais, bem como os imperativos eco-
nal e teremos os principais agentes do baixo nível de vida brasileiro, do nosso
«! 3
4» «Swâ H c9 O P o" iS #5 •ti ts ^ > CL
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CO ü ® S-wX» R P -
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É com o engenho, o malabarismo e o w Q
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4»23 « S & 3 <u
uma parte do balanço se equilibra, ca
M B o
"asf g-S
examinar em suas minácias a estrutura
bendo a outra à resignação dos clientes
SH y
ção social das fôrças produtivas Brasi
da estrada e, às vêzes, ao seu malaba
leiras, o tema que nos propusemos abor-
rismo também...
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CT
Dícesto Econômico
60
Dicesto EcoNÓAnco
íJores rurais, cuja produtividade vai dar neste artigo não comporta tal di
caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão
gressão.
social qualquer que seja sua etaia de
nomia geral para o da economia ferro
origem.
viária, poderemos tirar algumas con
Somem-se a êsse clima social algumas
desvantagens da pluviosidade e do solo
Se recuarmos agora do campo da eco
nomico-financeiros de ordem internacio
estão sendo adotadas — a não ser em
nio movimento ferroviário.
A Argentina, embora tenha sido colo
nizada segundo o mesmo molde feudal adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de
trabalho escravo tão profundamente inhoduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a estrutura latifundiária para pitimover colonização racional à moda americana. Libertou, assim, certos trechos de seu território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal, entre os quais o baixo rendimento do
trabalho, o pauperismo, a rotina e a baixa densidade de tráfego constituem ainda os menores males.
escala reduzida e por algumas estradas
^ o^á-5 o h S"oá -^ O"3 3^5
como a "Paulista" e a "Mogiana";
2.® — devemos recusar categoricamen te o "calmante" de sermos "país novo"
como justificativa da esperança de que os deficits ferroviários desaparecerão automàticamente;
o a» 2
3.® — precisamos fazer justiça ao pes
t)
de
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Diz-se que o Governo cobre os
devotamento do pessoal ferroviário que
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ficitâ, mas na verdade, cobre apenas parte dos deficits, pois a substituição do.material não é feita a tempo e a conservação dos equipamentos é quase
1900, 246.000 toneladas. Em 1945, alcançou a cifra de 414.000 toneladas.
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econòmlcamente equilibradas.
que sistemàticamente postergada.
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soal ferroviário, reconhecendo que a ca pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente mais elevada do que para explorar estradas
A densidade de tráfego na Argentina — média de todo o país — já era, em
Embora seja de ínexcedível interesse
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1.^ — as verdadeiras soluções fljue o nosso sistema ferroviário reclama não
exíguo mercado interno, do nosso ínfi-
rrrn T
clusões:
tropicais, bem como os imperativos eco-
nal e teremos os principais agentes do baixo nível de vida brasileiro, do nosso
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É com o engenho, o malabarismo e o w Q
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uma parte do balanço se equilibra, ca
M B o
"asf g-S
examinar em suas minácias a estrutura
bendo a outra à resignação dos clientes
SH y
ção social das fôrças produtivas Brasi
da estrada e, às vêzes, ao seu malaba
leiras, o tema que nos propusemos abor-
rismo também...
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n
Dicesto Econômico
n w 5^ 1»
o"ri V
por José Thomaz Nauuco I
sr. Carlos Lacerda se surpreende, O num de seus artigos no "Correio da
Manhã", com o fato de a "Light" precisar do auxílio do Governo Federal
para poder continuar as obras que esta
O ilustre causídico José Thomaz N" ahuco
inicia a s-ua prestigiosa colaboração para o "Digesto Econômico" descrevendo o
ambiente angustioso que estamos vi vendo provocado pela economia dirigido.
va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins
talações hidrelétricas e outras provi dências indispensáveis para que os seus
quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece es
serviços possam acompanhar o cresci
quecer-se de que, com essa medida,
mento das cidades a que servem, que
estanca tôdas as fontes de capital es
são, notadamente, o Rio e São Paulo.
trangeiro e que êste só pode entrar
, A "Light", que tanto ganha, ainda precisa de auxílio do Govêmo para se
num país onde existam restrições de
manter?
O fato, que pode surpreender a mui tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro
les governamentais e economia dirigida em que vivemos (e o resto do mundo também) há tantos anos.
câmbio, com a nítida e positiva garan
tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró prias, na moeda estrangeira combinada. As restrições não são só nossas, como
a Halanda ou a Suíça, hoje não conse guem lo%antnr naquele mercado qual
duvida, do 1943 para cá. Mas mais do (pjc êlcs, subiram tôdas as despesas dos
quer soma apreciável.
fazendeiros.
Entretanto, a "Lighl", que lui mais de quarenta anos opera entre nós, nun
impostos, os seus inseticidas e todo o
seu material dobrou ou triplicou de
ca havia tido a menor ci ficiildaclc em
preço.
conseguir os recursos cie cjue precisa\'a. O seu negócio era bom. a sua situação firme, e tòclas as portas dos nmtuantes
Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu c ô!e foi procurar outras cul
Sü lhe abriam.
íntorêsses.
Hoje a sua situação é a mesma, os
socorrê-la são as das instituições oficiais
lucro ofereça?
Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.
as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível,
ticulares, se vêem chamados a substi
daquilo que convém fazer, do que a
tuir-se a êles.
Porque o comunismo
está invadindo, sem que nós o sintamos,
dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impecilhos que
dissemos, mas do mundo quase todo, e em conseqüência, uma fonte quase ines
como conseqüência inexorável de nossos
gotável de recursos financeiros, que era
II
O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a
(que nas dimensões espetaculares de enquanto vigoram os preços ora cor
próprios atos.
êle terá de enfrentar, pode e deve pro-
o sêca, para todos os mutuários estran geiros.
grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em
quererem os "Soviets", que tomaram
Não é só a "Ligbt" que se vô im possibilitada de conseguir naquelas pra
produção caiu de quase 500.000 tone
ças o dinheiro de que precisa.
São
abricas, que estas foram forçadas a tôdas as emprêsas do mundo que se paralisar os seus serviços, e o Govêmo, acham fora dos Estados Unidos e que, diante da paralisação, se viu forçado a por mais solvável e segura que seja a ccupá-Ias 6 assumir a responsabilidade sua posição financeira, não conseguem
quando intervém no mercado cambial,
vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con
ção ocorreu na Rússia muito antes de o
minaram na grande fome, por ocasião
mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz
econômico, por mais que o odiemos, nos
dos Estados Unidos, estxi hoje esgotada
da socialização da produção agrícola. O nosso Govêmo, ou outro qualquer,
Ê claro que sim. E não há, em tôdas
Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par
o mercado de títulos de Nova York e
fez sem grandes sofrimentos que cul- -
turas que melhor atendiam aos seus
ou scmi-oficiais.
O Govêmo intervém onde quer e
da produção. Mas a transformação não
Os seus salários, os seus
Dove-sc considerar isto indesejável? Não ó de se desejar, para o progresso o a salvação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre aquilo que n^elhores perspectivas de
SCU.S balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or dem. Mas as únicas portas que podiam
acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ conta do país. Mas, tais foram as re® restrições a que submeteram as
69
obter empréstimos de qualquer natu reza.
A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta dos Unidos que mesmo países de cré
dito de primeira ordem, como a Suécia,
cifras impressionantes mostia que essa
duzií.
O abandono da cultura de algodão 1943 era um produto de exportação),
rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle
ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente. E analisa as causas
ó vendido, só alcançam os preços atual
possíveis dessa déhacle, a falta de bra
cambial, e enquanto os preços internos
ços, a falta de transporte, a falta de
se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência e grande vantagem.
crédito, a falta de sementes, a falta de adubo c mais outras faltas.
Mas não se vê formulada, entro tô das as causas examinadas dessa deca
dência, a hipótese de ser ela devida a
um menor interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.
Os preços do algodão subiram, sem
mente
vigorantes no nosso mercado
III
No Congresso Nacional discute-se no
va lei do inquilinato. Por mais tempo serão mantidas as restrições que atual mente pesam sobre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-
Dicesto Econômico
n w 5^ 1»
o"ri V
por José Thomaz Nauuco I
sr. Carlos Lacerda se surpreende, O num de seus artigos no "Correio da
Manhã", com o fato de a "Light" precisar do auxílio do Governo Federal
para poder continuar as obras que esta
O ilustre causídico José Thomaz N" ahuco
inicia a s-ua prestigiosa colaboração para o "Digesto Econômico" descrevendo o
ambiente angustioso que estamos vi vendo provocado pela economia dirigido.
va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins
talações hidrelétricas e outras provi dências indispensáveis para que os seus
quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece es
serviços possam acompanhar o cresci
quecer-se de que, com essa medida,
mento das cidades a que servem, que
estanca tôdas as fontes de capital es
são, notadamente, o Rio e São Paulo.
trangeiro e que êste só pode entrar
, A "Light", que tanto ganha, ainda precisa de auxílio do Govêmo para se
num país onde existam restrições de
manter?
O fato, que pode surpreender a mui tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro
les governamentais e economia dirigida em que vivemos (e o resto do mundo também) há tantos anos.
câmbio, com a nítida e positiva garan
tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró prias, na moeda estrangeira combinada. As restrições não são só nossas, como
a Halanda ou a Suíça, hoje não conse guem lo%antnr naquele mercado qual
duvida, do 1943 para cá. Mas mais do (pjc êlcs, subiram tôdas as despesas dos
quer soma apreciável.
fazendeiros.
Entretanto, a "Lighl", que lui mais de quarenta anos opera entre nós, nun
impostos, os seus inseticidas e todo o
seu material dobrou ou triplicou de
ca havia tido a menor ci ficiildaclc em
preço.
conseguir os recursos cie cjue precisa\'a. O seu negócio era bom. a sua situação firme, e tòclas as portas dos nmtuantes
Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu c ô!e foi procurar outras cul
Sü lhe abriam.
íntorêsses.
Hoje a sua situação é a mesma, os
socorrê-la são as das instituições oficiais
lucro ofereça?
Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.
as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível,
ticulares, se vêem chamados a substi
daquilo que convém fazer, do que a
tuir-se a êles.
Porque o comunismo
está invadindo, sem que nós o sintamos,
dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impecilhos que
dissemos, mas do mundo quase todo, e em conseqüência, uma fonte quase ines
como conseqüência inexorável de nossos
gotável de recursos financeiros, que era
II
O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a
(que nas dimensões espetaculares de enquanto vigoram os preços ora cor
próprios atos.
êle terá de enfrentar, pode e deve pro-
o sêca, para todos os mutuários estran geiros.
grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em
quererem os "Soviets", que tomaram
Não é só a "Ligbt" que se vô im possibilitada de conseguir naquelas pra
produção caiu de quase 500.000 tone
ças o dinheiro de que precisa.
São
abricas, que estas foram forçadas a tôdas as emprêsas do mundo que se paralisar os seus serviços, e o Govêmo, acham fora dos Estados Unidos e que, diante da paralisação, se viu forçado a por mais solvável e segura que seja a ccupá-Ias 6 assumir a responsabilidade sua posição financeira, não conseguem
quando intervém no mercado cambial,
vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con
ção ocorreu na Rússia muito antes de o
minaram na grande fome, por ocasião
mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz
econômico, por mais que o odiemos, nos
dos Estados Unidos, estxi hoje esgotada
da socialização da produção agrícola. O nosso Govêmo, ou outro qualquer,
Ê claro que sim. E não há, em tôdas
Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par
o mercado de títulos de Nova York e
fez sem grandes sofrimentos que cul- -
turas que melhor atendiam aos seus
ou scmi-oficiais.
O Govêmo intervém onde quer e
da produção. Mas a transformação não
Os seus salários, os seus
Dove-sc considerar isto indesejável? Não ó de se desejar, para o progresso o a salvação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre aquilo que n^elhores perspectivas de
SCU.S balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or dem. Mas as únicas portas que podiam
acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ conta do país. Mas, tais foram as re® restrições a que submeteram as
69
obter empréstimos de qualquer natu reza.
A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta dos Unidos que mesmo países de cré
dito de primeira ordem, como a Suécia,
cifras impressionantes mostia que essa
duzií.
O abandono da cultura de algodão 1943 era um produto de exportação),
rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle
ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente. E analisa as causas
ó vendido, só alcançam os preços atual
possíveis dessa déhacle, a falta de bra
cambial, e enquanto os preços internos
ços, a falta de transporte, a falta de
se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência e grande vantagem.
crédito, a falta de sementes, a falta de adubo c mais outras faltas.
Mas não se vê formulada, entro tô das as causas examinadas dessa deca
dência, a hipótese de ser ela devida a
um menor interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.
Os preços do algodão subiram, sem
mente
vigorantes no nosso mercado
III
No Congresso Nacional discute-se no
va lei do inquilinato. Por mais tempo serão mantidas as restrições que atual mente pesam sobre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-
Dicesto EcoNÓNnco
ro
n
rios. A lei não é recente. Começou em
A isto tem correspondido o legisla
1942 6 ameaça perdurar por muito tempo.
dor decretando sanções severas contra os
Não se trata de novidade em matéria
econômica ou política. Em quase to
dos os países existem leis de proteção aos inquilinos. Entre nos ja existiram outras anteriores, e mesmo nas velhas
coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Heniiques, se encontram leis semelhantes.
Mas tôdas essas foram abandonadas,
por nocivas e contraproducentes. Não é de hoje que parou a constru ção das casas de aluguel. A velha apli cação de capital, tão do gôsto de nossa gente,.e da gente lusi tana, especialmente de pais e maridos que de
proprietários que deixam desocupadas as suas casas c a polícia tem procurado organizar listas de prédios vazios para
compelir a sua locação. Mas o resulta do 6 pequeno pois resta sempre ao proprietário o expediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa
zê-la ocupar de forma que lhe permita ter a certeza de sua devolução, no momento necessário.
trócm as demais, nulrindo-se com seus
solutamente, no caminlio da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.
ánores mais poderosas, assim, também,
Mas quem ainda repousa a sua fé
nasce, cresce e se desenvolve uma na-
ser encontrada: que pelo menos prepa
mente a riqueza que poderia haver para
O grande surto de
renda predial, tomam
que
recaem
sôbre
inquilinos, clefendendo-os com a lei do inquilinato, mas restabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual em tôdas as novas locações que se fi
a
a aplicação de capital
zerem.
em prédios de renda uma das menos interes
prietários às velhas rendas que pos
Assim condenar-se-ão os atuais pro
santes no momento.
suem e que, cada dia, diminuem, pe'a perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre
E com isto sofre o erário público, como muito bem demonstrou
cha de luz c de esperança, através da
mento generoso, que ja acabou,
o deputado Alíomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de aluguel, também não o é o da renda do impôsto
qual talvez se estimule a 'aplicação de capitais na construção de imóveis.
que precisam de moradia de a ugue
predial. O povo vai ficando, assim, cada vez
IV
casso, generalizandc-se os abusos as luvas ou dos pagamentos por ora e preferindo os proprietários, em mui os casos, deixar as suas casas vazias a alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên cias relativamente curtas, ou
quando
se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do prédio é considerável.
Na procura exagerada da justiça e da igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinàriadistribuir entre todos.
o ônus dos impostos
o mercado se toma cada vez mais es
sitas proliferam sugando a seiva das
téria de locação cie imóveis, por cami nhos como sejam o do proteger os atuais
I sas um pecúlio seguro, está desaparecendo.
se fez para a grande classe de pessoas
cli-tritos, e que os cipós e as trepadeiras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para
remos o advento da liberdade cm ma
Não só a lei do in-
dos donos, construídos muitos no sistema de condomínio, e auxiliados por
as csptóes mais fortes abafam c des-
em que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema cio habitação se agrave cada vez mais, ou entrar, re
sas para alugar. quilinato, mas também
_
que espalha as suas sementes, e que
construção de novas ca
filhos e a suas espo-
para residência própria
desordem de sua vegetação; assim como as árvores nascem ao sabor do vento,
É aceitar a inc\ italíilidado do dilema
problemas econômicos, deve esperar que alguma medida de meio-termo possa
das com eficácia, não resolveriam o problema da falta de
sejavam deixar a seus
assistiu, durante os úl timos anos, foi todo de casas e apartamentos
começando pelas simples casas de ave nida e prédios de habitação coletiva, para as classes menos fa\'orccidas.
71
na solução capitaHsta-indi\Ídualista dos \ção grande e rica.
Mas essas medidas legislativas e po liciais, ainda que pudessem ser aplica
construções, a que se
Dicesto Econômico
mais mal acomodado, as casas de alu
guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos são forçados a combinações criminosas com os senhorios.
A única solução, aqui também, se se há de resolver o problema, é o Govêmo fazer o que o capital particular não
quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos.
A economia dirigida é injusta, con
l
Se o crescimento da floresta fôsse
controlado por leis humanas, em que se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci
mento das mais rápidas, de modo que as árvores mais fortes devessem aguar dar o desenvohdmento das mais fracas, a fim de não sobrepujá-las, e onde os parasitas, os mata-paus e as gameleiras fôssem proibidos de existir, teríamos,
talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de
grande debilidade própria. O único caminho para a grandeza de uma nação é o da liberdade indmdual, temperada, porque somos homens ads tritos aos princípios cristãos do amor ao
traproducente e contrária à natureza.
próximo, fazendo, pelo exemplo e pela
Nela, nem mesmo através do trabalho
escravo, se poderá construir uma grande
pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus
nação.
semelhantes e procedendo-se, uma vez
Assim como a selva amazônica cres
por outra, a extirpação de elementos
ce vertiginosamente, e assume um po
que se mostrem refratários a êsses ensi
derio incontrastável, no meio da maior
namentos.
Dicesto EcoNÓNnco
ro
n
rios. A lei não é recente. Começou em
A isto tem correspondido o legisla
1942 6 ameaça perdurar por muito tempo.
dor decretando sanções severas contra os
Não se trata de novidade em matéria
econômica ou política. Em quase to
dos os países existem leis de proteção aos inquilinos. Entre nos ja existiram outras anteriores, e mesmo nas velhas
coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Heniiques, se encontram leis semelhantes.
Mas tôdas essas foram abandonadas,
por nocivas e contraproducentes. Não é de hoje que parou a constru ção das casas de aluguel. A velha apli cação de capital, tão do gôsto de nossa gente,.e da gente lusi tana, especialmente de pais e maridos que de
proprietários que deixam desocupadas as suas casas c a polícia tem procurado organizar listas de prédios vazios para
compelir a sua locação. Mas o resulta do 6 pequeno pois resta sempre ao proprietário o expediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa
zê-la ocupar de forma que lhe permita ter a certeza de sua devolução, no momento necessário.
trócm as demais, nulrindo-se com seus
solutamente, no caminlio da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.
ánores mais poderosas, assim, também,
Mas quem ainda repousa a sua fé
nasce, cresce e se desenvolve uma na-
ser encontrada: que pelo menos prepa
mente a riqueza que poderia haver para
O grande surto de
renda predial, tomam
que
recaem
sôbre
inquilinos, clefendendo-os com a lei do inquilinato, mas restabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual em tôdas as novas locações que se fi
a
a aplicação de capital
zerem.
em prédios de renda uma das menos interes
prietários às velhas rendas que pos
Assim condenar-se-ão os atuais pro
santes no momento.
suem e que, cada dia, diminuem, pe'a perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre
E com isto sofre o erário público, como muito bem demonstrou
cha de luz c de esperança, através da
mento generoso, que ja acabou,
o deputado Alíomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de aluguel, também não o é o da renda do impôsto
qual talvez se estimule a 'aplicação de capitais na construção de imóveis.
que precisam de moradia de a ugue
predial. O povo vai ficando, assim, cada vez
IV
casso, generalizandc-se os abusos as luvas ou dos pagamentos por ora e preferindo os proprietários, em mui os casos, deixar as suas casas vazias a alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên cias relativamente curtas, ou
quando
se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do prédio é considerável.
Na procura exagerada da justiça e da igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinàriadistribuir entre todos.
o ônus dos impostos
o mercado se toma cada vez mais es
sitas proliferam sugando a seiva das
téria de locação cie imóveis, por cami nhos como sejam o do proteger os atuais
I sas um pecúlio seguro, está desaparecendo.
se fez para a grande classe de pessoas
cli-tritos, e que os cipós e as trepadeiras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para
remos o advento da liberdade cm ma
Não só a lei do in-
dos donos, construídos muitos no sistema de condomínio, e auxiliados por
as csptóes mais fortes abafam c des-
em que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema cio habitação se agrave cada vez mais, ou entrar, re
sas para alugar. quilinato, mas também
_
que espalha as suas sementes, e que
construção de novas ca
filhos e a suas espo-
para residência própria
desordem de sua vegetação; assim como as árvores nascem ao sabor do vento,
É aceitar a inc\ italíilidado do dilema
problemas econômicos, deve esperar que alguma medida de meio-termo possa
das com eficácia, não resolveriam o problema da falta de
sejavam deixar a seus
assistiu, durante os úl timos anos, foi todo de casas e apartamentos
começando pelas simples casas de ave nida e prédios de habitação coletiva, para as classes menos fa\'orccidas.
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na solução capitaHsta-indi\Ídualista dos \ção grande e rica.
Mas essas medidas legislativas e po liciais, ainda que pudessem ser aplica
construções, a que se
Dicesto Econômico
mais mal acomodado, as casas de alu
guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos são forçados a combinações criminosas com os senhorios.
A única solução, aqui também, se se há de resolver o problema, é o Govêmo fazer o que o capital particular não
quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos.
A economia dirigida é injusta, con
l
Se o crescimento da floresta fôsse
controlado por leis humanas, em que se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci
mento das mais rápidas, de modo que as árvores mais fortes devessem aguar dar o desenvohdmento das mais fracas, a fim de não sobrepujá-las, e onde os parasitas, os mata-paus e as gameleiras fôssem proibidos de existir, teríamos,
talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de
grande debilidade própria. O único caminho para a grandeza de uma nação é o da liberdade indmdual, temperada, porque somos homens ads tritos aos princípios cristãos do amor ao
traproducente e contrária à natureza.
próximo, fazendo, pelo exemplo e pela
Nela, nem mesmo através do trabalho
escravo, se poderá construir uma grande
pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus
nação.
semelhantes e procedendo-se, uma vez
Assim como a selva amazônica cres
por outra, a extirpação de elementos
ce vertiginosamente, e assume um po
que se mostrem refratários a êsses ensi
derio incontrastável, no meio da maior
namentos.
DlCESTO
A Indústria do Pescado por Antônio Renato Caco Nobhe
O autor, que é um técnico prático da indú.'itria de cortíerüas de peixe, examina as nossas espécies ictiológicas mais apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indiistrias necessitam.
J^ESDE os tempos da
quentes Tccorrium à secagem natural ou artificial c à funiagem,
mais remota anti
güidade que o peixe
nas regiões frias c ge ladas praticavam a
vem sendo utilizado na ajimenlação humana.
Ecx)n6mico
dccísivann-ntc pani aporfciçoar c do.son-
Em 1811, na Inglaterra, Pepcr Du-
vülvcr a conservação do pescado, pela
rancl que inventara no ano anterior o
ncce.ssdad'- do alimentar tripulações e
in\óhicn) de fòlha de flandres, iniciava
pass;igeir<)s, o»j exércitos; por outro lado,
o fabricx) de conservas em latas, na fá
povos deficitários cin produtos agrícolas
brica para esse fim instalada por John llall e ür)'an Donkin.
e caníiçarin fizeram do peixe base de alimentação, aproxeilando ainda os ex
cedentes pura comerciar com outros po vos menos faxoreeidos pe'a Natureza.
E o peixe, qualíjuer que fõsse sua pre paração, passou a representar importante valor transacionável. chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "Irusts" c monopólios. Data do
que constituindo as
congelação. A salga, a salmoura, o vinagre,
então o grande desenvolvimento da induslrializjição do pc.siado, principa'mentc do Mediterrâneo c norte da Europa, e
espécie ictiológicas um
o azeite e os móllios
no Japão.
dos primeiros alimen
foram processos poste riormente emprega
No entanto, os progressos da indús tria vcrificavani-so muito lentos c a téc nica dc conserx-nr continuava, mais ou
Não admira, portanto,
tos do homem, este
se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de
tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida. Conservando as espécies ictiológicas
nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim, consoante a maior ou menor necessida de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti lização durante as épocas de escassez ou
consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter minadas espécies ictiologicas. ^
^
Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas
dos, constituindo juntamente com os primeiros os primórdios da técnica dc se conservar peixe. Encontram-se notícias
da sua aplicação em escritos de histo riadores, descrições de naturalistas o car dápios de gastrónomos, particularmente na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca da preparação de sardinhas condimenta das com azeite, molhos de escabeche e de anchovas.
menos, a mesma. Os produtos manufaliirados tinham duração muito limitada,
deterioravnm-sc rapidamente c quando forçados a conservar por períodos dc
maior duração perdiam muito do sabor e
principais qualidades. Procnrava-so des cobrir o sistema dc fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a
um ou dois anos, ."^em que algo cie novo
surgisse, porquanto às próprias tenta
Mais tarde, aí por volta do século XV,
tivas de Spallanzanl e Chulo acôrca do
os povos nórdicos da Europa, baseados decerto nos velhos processos da fuma-
inundo microbiano e da conservação pe'o
gem rudimentar, iniciavam o tratamen
tiveram prosseguimento.
to de peixe pela combustão de madeiras, imprimindo notável desenvolvimento a
êste sistema de fabrico. E, conjunta mente, desenvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vezes aromatizada com especiarias ou condi mentos.
As viagens marítimas, depois as gran des campanhas militares, contribuíram
73
calor, ou ficaram incompletas ou não No alvorecer do século XIX, Nicolas
Appert descobria finabncnte o prin
Depois da dcscobcrla do "Benfcilor | da Humanidade", foi esta a mais impor- i tante conquista da indústria. As vanta gens que advieram com a utilização dos recipientes dc fòlha de flandres oonstituiram as bases fundamentais do desen
volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen
tação dos povos das mais longínquas pa ragens.
A primeira fábrica de conservas dc .>;urdinha, utilizando os métodos Appert o Durand, foi fundada cm Nantes, por Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de 20
fábricas, inspirando ainda a instalação
da primeira fábrica norueguesa e logo a seguir no Japão. A indústria incremen ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi nalar a fundação das primeiras fábricas
norte-americanas e espanholas. Em 1879, a França e.vibia ao mundo
160 fábricas de conservas de peixe, ra
cionalmente apetrechodas com tòdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con
tra a falta de pescado e resolvem emi
cípio da conservação pelo calor, em reci
grar, insta'ando fábricas noutros países. É então que industriais de Nantes e
pientes hermèticamente fechados, revo
Lor^ent, precisamente os centros mais
lucionando a técnica de conservar e lan çando as bases da moderna indústria de
caustícados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins talando a primeira fábrica em Setúbal; e no mesmo ano de 1880, em Espinho, entra a funcionar outra fábrica, seguin-
conservas.
Estamos em 1804, mas so
mente seis anos depois Appert divulga va o seu método.
DlCESTO
A Indústria do Pescado por Antônio Renato Caco Nobhe
O autor, que é um técnico prático da indú.'itria de cortíerüas de peixe, examina as nossas espécies ictiológicas mais apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indiistrias necessitam.
J^ESDE os tempos da
quentes Tccorrium à secagem natural ou artificial c à funiagem,
mais remota anti
güidade que o peixe
nas regiões frias c ge ladas praticavam a
vem sendo utilizado na ajimenlação humana.
Ecx)n6mico
dccísivann-ntc pani aporfciçoar c do.son-
Em 1811, na Inglaterra, Pepcr Du-
vülvcr a conservação do pescado, pela
rancl que inventara no ano anterior o
ncce.ssdad'- do alimentar tripulações e
in\óhicn) de fòlha de flandres, iniciava
pass;igeir<)s, o»j exércitos; por outro lado,
o fabricx) de conservas em latas, na fá
povos deficitários cin produtos agrícolas
brica para esse fim instalada por John llall e ür)'an Donkin.
e caníiçarin fizeram do peixe base de alimentação, aproxeilando ainda os ex
cedentes pura comerciar com outros po vos menos faxoreeidos pe'a Natureza.
E o peixe, qualíjuer que fõsse sua pre paração, passou a representar importante valor transacionável. chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "Irusts" c monopólios. Data do
que constituindo as
congelação. A salga, a salmoura, o vinagre,
então o grande desenvolvimento da induslrializjição do pc.siado, principa'mentc do Mediterrâneo c norte da Europa, e
espécie ictiológicas um
o azeite e os móllios
no Japão.
dos primeiros alimen
foram processos poste riormente emprega
No entanto, os progressos da indús tria vcrificavani-so muito lentos c a téc nica dc conserx-nr continuava, mais ou
Não admira, portanto,
tos do homem, este
se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de
tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida. Conservando as espécies ictiológicas
nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim, consoante a maior ou menor necessida de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti lização durante as épocas de escassez ou
consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter minadas espécies ictiologicas. ^
^
Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas
dos, constituindo juntamente com os primeiros os primórdios da técnica dc se conservar peixe. Encontram-se notícias
da sua aplicação em escritos de histo riadores, descrições de naturalistas o car dápios de gastrónomos, particularmente na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca da preparação de sardinhas condimenta das com azeite, molhos de escabeche e de anchovas.
menos, a mesma. Os produtos manufaliirados tinham duração muito limitada,
deterioravnm-sc rapidamente c quando forçados a conservar por períodos dc
maior duração perdiam muito do sabor e
principais qualidades. Procnrava-so des cobrir o sistema dc fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a
um ou dois anos, ."^em que algo cie novo
surgisse, porquanto às próprias tenta
Mais tarde, aí por volta do século XV,
tivas de Spallanzanl e Chulo acôrca do
os povos nórdicos da Europa, baseados decerto nos velhos processos da fuma-
inundo microbiano e da conservação pe'o
gem rudimentar, iniciavam o tratamen
tiveram prosseguimento.
to de peixe pela combustão de madeiras, imprimindo notável desenvolvimento a
êste sistema de fabrico. E, conjunta mente, desenvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vezes aromatizada com especiarias ou condi mentos.
As viagens marítimas, depois as gran des campanhas militares, contribuíram
73
calor, ou ficaram incompletas ou não No alvorecer do século XIX, Nicolas
Appert descobria finabncnte o prin
Depois da dcscobcrla do "Benfcilor | da Humanidade", foi esta a mais impor- i tante conquista da indústria. As vanta gens que advieram com a utilização dos recipientes dc fòlha de flandres oonstituiram as bases fundamentais do desen
volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen
tação dos povos das mais longínquas pa ragens.
A primeira fábrica de conservas dc .>;urdinha, utilizando os métodos Appert o Durand, foi fundada cm Nantes, por Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de 20
fábricas, inspirando ainda a instalação
da primeira fábrica norueguesa e logo a seguir no Japão. A indústria incremen ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi nalar a fundação das primeiras fábricas
norte-americanas e espanholas. Em 1879, a França e.vibia ao mundo
160 fábricas de conservas de peixe, ra
cionalmente apetrechodas com tòdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con
tra a falta de pescado e resolvem emi
cípio da conservação pelo calor, em reci
grar, insta'ando fábricas noutros países. É então que industriais de Nantes e
pientes hermèticamente fechados, revo
Lor^ent, precisamente os centros mais
lucionando a técnica de conservar e lan çando as bases da moderna indústria de
caustícados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins talando a primeira fábrica em Setúbal; e no mesmo ano de 1880, em Espinho, entra a funcionar outra fábrica, seguin-
conservas.
Estamos em 1804, mas so
mente seis anos depois Appert divulga va o seu método.
DiGESTO Econômico
74
do-se depois Lagos e Chão, no sul do pais.
produtores. É então que a Grande Guerra vem em auxílio dos industriais
que grupos de operários portugueses
portugueses, impulsionando a indústria c generahzando o consumo; no entanto, somente depois de 1920 podcmo.s situar
fijndaram as fábricas propriamente por
precisamente o grande desenvolvimento
A indústria de conservas adquire cer
ta prosperidade, principalmente depois
tuguesas, utilizando a prática de alguns
industrial da conservação de pescado,
anos da indústria e pequenos capitais e
não só em Portugal como ainda no re.sto
créditos. Ainda nesse século, em 1886,
do Mundo
Portugal elevava para 66 o número de fábricas, para logo a seguir se verifi car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en
tanto, a partir de 1890, a indústria inicia a recuperação passando das 54 fábricas a que ficâra reduzida, para 76
que a índole destas breves notas não permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu extraor-
dinàriamente a indústria, particular mente nos países que não participaram
Conjuntamente e por idênticos moti vos, as 'ndustrias portuguesas de salgas,
sa'raouras, estivados ou enchovados ha
americanos.
viam de conhecer notável desenvolvi
Em Portugal, por exemplo, reabriramse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos* outras se ampliaram ou modernizaram
I
mento. No Meditenâneo, a escassez de
espécies ictiológicas, talvez conjugada com o conhecimento da abundância e
qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi
grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890
embora a Direção Geral da Indústria' num espírito rotineiro muito peculiar aos departamentos portugueses, jamais hou vesse permitido grandes aperfeiçoamen
tos na mecanização das fábricas, apcemigração, para áquêle país, de gregos e trechando-as, para competirem em tem italianos, que se estabeleceram princi pos normais ou de crise com as indus palmente no sul, em nome individual trias mecanizadas de outros países. Tuou representando^ firmas dos respecti •do o mais foi obra da política dúbia vos países. As conservas produzidas, do govêrao português, fornecendo pri principalmente sardinhas e biqueiroes meiro ao eixo por simpatia ideológica e
e continuou nos anos seguintes com a
(anchovas), primeiro acondicicnadas em barris e mais tarde em latas, destinavam-
se quase exclusivamente à Grécia e Itá lia, de onde irradiavam depois para os
países balcânicos e para o norte da África ou médio-oriente.
•
A indústria portuguesa, apesar da valiosa cooperação estrangeira, caminha
também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu
ropa, a uns e a outros em contratos co
letivos e finalmente só aos aliados, quando não restava a menor dúvida acêrca da vitória do que julgávamos Justiça e Direito.
O desenvolvimento da indústria por
va atribulàriamente e sem organização
tuguesa
estacionou
nos
após-guerra,
comercial que permitisse acompanhar ou superar a concorrência de outros países
acentuando-se cada vez mais a falta de
resistência perante a concorrência con-
<0
com a escassez o preço do peixe. Pre
sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fato.s que levam a èslcs racio cínios pessimistas não venham a sc agra var, fazendo retornar a indústria ao es tado caótico cm ^^e se encontrava
quando a Europa ouviu os primeiros tiros da úHima guerra. *
Sem entrarmos em maiores minúcias
da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co mo se verificou em muitos países
unidades em 1896.
DrçKSTO Econômico
*
A variedade de espécies ictiológicas, a extensão de uma costa que se prolonga gênero estrangeira, desta vez agravada por cerca dc 9.000 quilô metros de abundantes e ri
quíssimos pesqueiros, fa riam acreditar que o Brasil
ocupava lugar preponde
silares, ora proibindo a exportação que permitia aumentar considcràvelmente a
produção e ctmcomitanlemente fabricar mais barato.
A industrialização dos peixc.s brasilei ros devo ter sofrido, nos primeiros anos,
do atraso industrial português. Portuga', ao tempo das descobertas e nos anos que se procederam, exibia um dos iiltinios lugares na tabela dos países indus triais, devido em grande parte a outras preocupações que absorviam a quase totalidade das suas atividades; e ainda
no século passado, ao tempo da eman cipação do Brasil, Portugal não praticav"a outros méto dos de tratamento de peixe que não fôssem u seca na tural, pelo calor do sol e
rante entro os países pro dutores de conservas e
a salga, também por siste
consumidores dc peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem sido realizado nesse
pequenas indústrias casei
principalmente
entre os
mas rudimentares, além dos molhos de escabeche em
ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras,
há séculos praticada na
importante setor econômi
Europa, era então desco
co, em confronto mesmo com países de menores
nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em
possibilidades e mais baixo nível de vida, quanto a conservas de peixe; e no con
fase experimental.
sumo de peixe fresco ocupamos um dos
Embora não possuindo elementos que permitam determinar quais os primeiros
últimos lugares, com
menos de um
processos empregados no tratamento de
Entristece verificar tanto rio, tanto
lago, tanto mar riquíssimo de pescado enquanto as populações urbanas lutam
verdade afirmando, pelos motivos acima expostos e ainda pelo estudo dos atual mente praticados, que devem ter sido
contra a escassez de gêneros alimen
idênticos aos inicialmente usados em
tícios; e da parte de quem devia supe
Portugal, talvez juntamente com a fumagem rudimentar, processo de tra
quilo "per capita"...
rintender, orientar e auxiliar a indústria nacional, a indiferença e o desinterêsse,
inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba-
peixe, não andaremos muito longe da
tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.
No século XIX, particularmente na se gunda metade, vamos encontrar elemen tos que permitem avaliar o notável de-
DiGESTO Econômico
74
do-se depois Lagos e Chão, no sul do pais.
produtores. É então que a Grande Guerra vem em auxílio dos industriais
que grupos de operários portugueses
portugueses, impulsionando a indústria c generahzando o consumo; no entanto, somente depois de 1920 podcmo.s situar
fijndaram as fábricas propriamente por
precisamente o grande desenvolvimento
A indústria de conservas adquire cer
ta prosperidade, principalmente depois
tuguesas, utilizando a prática de alguns
industrial da conservação de pescado,
anos da indústria e pequenos capitais e
não só em Portugal como ainda no re.sto
créditos. Ainda nesse século, em 1886,
do Mundo
Portugal elevava para 66 o número de fábricas, para logo a seguir se verifi car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en
tanto, a partir de 1890, a indústria inicia a recuperação passando das 54 fábricas a que ficâra reduzida, para 76
que a índole destas breves notas não permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu extraor-
dinàriamente a indústria, particular mente nos países que não participaram
Conjuntamente e por idênticos moti vos, as 'ndustrias portuguesas de salgas,
sa'raouras, estivados ou enchovados ha
americanos.
viam de conhecer notável desenvolvi
Em Portugal, por exemplo, reabriramse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos* outras se ampliaram ou modernizaram
I
mento. No Meditenâneo, a escassez de
espécies ictiológicas, talvez conjugada com o conhecimento da abundância e
qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi
grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890
embora a Direção Geral da Indústria' num espírito rotineiro muito peculiar aos departamentos portugueses, jamais hou vesse permitido grandes aperfeiçoamen
tos na mecanização das fábricas, apcemigração, para áquêle país, de gregos e trechando-as, para competirem em tem italianos, que se estabeleceram princi pos normais ou de crise com as indus palmente no sul, em nome individual trias mecanizadas de outros países. Tuou representando^ firmas dos respecti •do o mais foi obra da política dúbia vos países. As conservas produzidas, do govêrao português, fornecendo pri principalmente sardinhas e biqueiroes meiro ao eixo por simpatia ideológica e
e continuou nos anos seguintes com a
(anchovas), primeiro acondicicnadas em barris e mais tarde em latas, destinavam-
se quase exclusivamente à Grécia e Itá lia, de onde irradiavam depois para os
países balcânicos e para o norte da África ou médio-oriente.
•
A indústria portuguesa, apesar da valiosa cooperação estrangeira, caminha
também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu
ropa, a uns e a outros em contratos co
letivos e finalmente só aos aliados, quando não restava a menor dúvida acêrca da vitória do que julgávamos Justiça e Direito.
O desenvolvimento da indústria por
va atribulàriamente e sem organização
tuguesa
estacionou
nos
após-guerra,
comercial que permitisse acompanhar ou superar a concorrência de outros países
acentuando-se cada vez mais a falta de
resistência perante a concorrência con-
<0
com a escassez o preço do peixe. Pre
sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fato.s que levam a èslcs racio cínios pessimistas não venham a sc agra var, fazendo retornar a indústria ao es tado caótico cm ^^e se encontrava
quando a Europa ouviu os primeiros tiros da úHima guerra. *
Sem entrarmos em maiores minúcias
da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co mo se verificou em muitos países
unidades em 1896.
DrçKSTO Econômico
*
A variedade de espécies ictiológicas, a extensão de uma costa que se prolonga gênero estrangeira, desta vez agravada por cerca dc 9.000 quilô metros de abundantes e ri
quíssimos pesqueiros, fa riam acreditar que o Brasil
ocupava lugar preponde
silares, ora proibindo a exportação que permitia aumentar considcràvelmente a
produção e ctmcomitanlemente fabricar mais barato.
A industrialização dos peixc.s brasilei ros devo ter sofrido, nos primeiros anos,
do atraso industrial português. Portuga', ao tempo das descobertas e nos anos que se procederam, exibia um dos iiltinios lugares na tabela dos países indus triais, devido em grande parte a outras preocupações que absorviam a quase totalidade das suas atividades; e ainda
no século passado, ao tempo da eman cipação do Brasil, Portugal não praticav"a outros méto dos de tratamento de peixe que não fôssem u seca na tural, pelo calor do sol e
rante entro os países pro dutores de conservas e
a salga, também por siste
consumidores dc peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem sido realizado nesse
pequenas indústrias casei
principalmente
entre os
mas rudimentares, além dos molhos de escabeche em
ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras,
há séculos praticada na
importante setor econômi
Europa, era então desco
co, em confronto mesmo com países de menores
nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em
possibilidades e mais baixo nível de vida, quanto a conservas de peixe; e no con
fase experimental.
sumo de peixe fresco ocupamos um dos
Embora não possuindo elementos que permitam determinar quais os primeiros
últimos lugares, com
menos de um
processos empregados no tratamento de
Entristece verificar tanto rio, tanto
lago, tanto mar riquíssimo de pescado enquanto as populações urbanas lutam
verdade afirmando, pelos motivos acima expostos e ainda pelo estudo dos atual mente praticados, que devem ter sido
contra a escassez de gêneros alimen
idênticos aos inicialmente usados em
tícios; e da parte de quem devia supe
Portugal, talvez juntamente com a fumagem rudimentar, processo de tra
quilo "per capita"...
rintender, orientar e auxiliar a indústria nacional, a indiferença e o desinterêsse,
inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba-
peixe, não andaremos muito longe da
tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.
No século XIX, particularmente na se gunda metade, vamos encontrar elemen tos que permitem avaliar o notável de-
m Dicesto
70
Econóxmoo
scnvolvimento da indústria de salgas,
correr, em sabor e contcxtura, com as
salmouras e seca natural, por vêzes tam
melhores de qualquer outro pais. Desta
bém prensados rudimentares, prestando
caremos, todavia, somente a título cie
relevantes serviços na alimentação das
curiosidade e porque as breves notas dêstes tópicos não permitem aprofundar
populações rurais ou nas épocas de cri ses agrícolas.
Depois de 1920 verificam-se várias
o assunto, a sard#l!ia miúda de .sabor
II
Qs homens que vieram fazer a América no sécu'o XVI. fõssein élos portugucse.s, espanhóis franceses, ingléscs,
da, muito semelhante à sardlnlia norue
principalmente da Grécia e Itália, como
a brasileira mais saborosa, a cavalinlia
se verificou no alvorecer da indústria
ou cava'a — "maquereau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecía-
guesa (brisling) embora consideremos
se devem filiar na incompetência dos
díssima na Europa e em alguns países
respectivos industriais. B e depois de 1930, particularmente nos trôs anos que antecederam a guerra e principalmente durante a guerra que devemos situar o
americanos, albaeora (atum),
grande desenvolvimento industrial con-
tem, embora insuficientes e usando pro
serveiro do Brasil.
cessos antiquados. Que será necessário promoverem para merecer o carinhoso
No Estado do Rio,
. por exemplo, verificam-se presentemen te cerca de 20 fábricas, algumas das
quais regularmente apetrechadas.
A monografia sob a indústria de con servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre tenda vencer as dificuldades provenien
tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a
por A. C. FERREinA Reis
idêntico à portuguesa, a sardinha grai'»-
tentativas para fabricarem conservas em óleos e azeites, este último importado
portuguesa, fracassadas por motivos que
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica
cação,
bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.
As indústrias de pesca também exis
dominado.s pelo descriti\-<) exaltado da época, que pintnxa o No\o Mundo co mo aquele paraí.so onde os menos afor cer, devem ter tido uma tremenda de
cepção quando verificaram que os des-
do medir fôrças com a natureza agres
siva da região, êsses seguramente se
racterísticas doces que haviam imagina do, mas como um ambiente que era pre
hão de ter sentido ludibriados, de vez
que não jnideram vencer de pronto al cançando os êxitos que seriam de es
amparo e, proteção dos governos, que ainda não corhpreenderam o valor eco
ciso enfrentar sem temores, antc.s com
O espaço americano, particularmente
nômico da pesca e o fator importantís
uma fortaleza de ânimo que forçaria a re
simo que poderá desempenhar na ali
o espaço amazônico, seria, porém, aquele
tirada dos menos capazes para a aventura.
mentação?...
Urge, portanto, conceder o financia
mento que as industrias necessitam, co
mo medida inadiável para solucionar os problemas, presentemente insolúveis, da
ambiente agressivo, onde o homem teria
do exibir qualidades especiais para do
os luso-brasilciros chegaram, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re
salubridade negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe
presentavam
ou a
tente que superintende aquelas indústr as, particularmente a segunda, apetrechando-o e dotando-o com práticos
impressão deve ter sido mais viva, da
Po e competência se proponham es
competentes e eficientes, oficinas expe
rimentais e recursos suficientes para in
perar.
Na Amazônia quando, no século XVII,
mente, de forma a poder servir de base do orientação a trabalho de maior minúcia, que outros com mais temcrever.
as e.xceléncias da nova conquista. Os colonos que viemm após, toda\ia, tendo
critivo.s a que tinham atendido oram uma dura inverdade. A realidade ameri cana não SC apresentava com aquelas ca
cujo
Çáo e possibilidades, embora resumida
por seis tuiçõcs do continente.
tunados encontrariam Iodos os elementos
fáceis de que eareeesscm para enrique
pesca e conservas. E urge, outrossim, criar departamento, ou remodelar o exis
estudar a indústria, seus métodos, evolu-
O sr. A. C. Ferreira Reis descreve em
largas pinceladas éssc mundo gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado
vam,
serviço essa
miná-lo, ambiente de clima nocivo, de
ra de restrições, de
esta-
desconfiança, de má
mesma
vontade que se criou
do que nenhum mo tivo profundo, de natureza econômica,
á sua volta, atmos
fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá
suflar progresso e desenvolvimento, des
encontraram a dar-
ceis, das exaltações
onerando o Tesouro brasileiro das asfi-
lhes estímulos pon
prejudiciais e falsas?
xiantes importações de conservas, permitind.0 a drenagem de divisas prove
tas, c certo, deslum
êsse espaço, o con
brados com o luxu
quistador e o colo
damente enraizadas. Também não fal
nientes da exportação além do importan tíssimo fator que, decerto, desempenha
riante da vegetação,
nizador teriam sido
tam as espécies ictiológicas mais apre
rá na alimentação dos desnutridos bra
com a potencialidade
vencidos fragorosa-
ciadas, algumas das quais podendo con
sileiros.
das águas, exagera ram perigosamente
no caso amazônico?
* * *
As bases da indústria brasileira de
conservas de peixe estão lançadas e fun
deráveis. Os cronis
Na ofensiva sôbre
mente, pelo menos
m Dicesto
70
Econóxmoo
scnvolvimento da indústria de salgas,
correr, em sabor e contcxtura, com as
salmouras e seca natural, por vêzes tam
melhores de qualquer outro pais. Desta
bém prensados rudimentares, prestando
caremos, todavia, somente a título cie
relevantes serviços na alimentação das
curiosidade e porque as breves notas dêstes tópicos não permitem aprofundar
populações rurais ou nas épocas de cri ses agrícolas.
Depois de 1920 verificam-se várias
o assunto, a sard#l!ia miúda de .sabor
II
Qs homens que vieram fazer a América no sécu'o XVI. fõssein élos portugucse.s, espanhóis franceses, ingléscs,
da, muito semelhante à sardlnlia norue
principalmente da Grécia e Itália, como
a brasileira mais saborosa, a cavalinlia
se verificou no alvorecer da indústria
ou cava'a — "maquereau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecía-
guesa (brisling) embora consideremos
se devem filiar na incompetência dos
díssima na Europa e em alguns países
respectivos industriais. B e depois de 1930, particularmente nos trôs anos que antecederam a guerra e principalmente durante a guerra que devemos situar o
americanos, albaeora (atum),
grande desenvolvimento industrial con-
tem, embora insuficientes e usando pro
serveiro do Brasil.
cessos antiquados. Que será necessário promoverem para merecer o carinhoso
No Estado do Rio,
. por exemplo, verificam-se presentemen te cerca de 20 fábricas, algumas das
quais regularmente apetrechadas.
A monografia sob a indústria de con servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre tenda vencer as dificuldades provenien
tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a
por A. C. FERREinA Reis
idêntico à portuguesa, a sardinha grai'»-
tentativas para fabricarem conservas em óleos e azeites, este último importado
portuguesa, fracassadas por motivos que
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica
cação,
bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.
As indústrias de pesca também exis
dominado.s pelo descriti\-<) exaltado da época, que pintnxa o No\o Mundo co mo aquele paraí.so onde os menos afor cer, devem ter tido uma tremenda de
cepção quando verificaram que os des-
do medir fôrças com a natureza agres
siva da região, êsses seguramente se
racterísticas doces que haviam imagina do, mas como um ambiente que era pre
hão de ter sentido ludibriados, de vez
que não jnideram vencer de pronto al cançando os êxitos que seriam de es
amparo e, proteção dos governos, que ainda não corhpreenderam o valor eco
ciso enfrentar sem temores, antc.s com
O espaço americano, particularmente
nômico da pesca e o fator importantís
uma fortaleza de ânimo que forçaria a re
simo que poderá desempenhar na ali
o espaço amazônico, seria, porém, aquele
tirada dos menos capazes para a aventura.
mentação?...
Urge, portanto, conceder o financia
mento que as industrias necessitam, co
mo medida inadiável para solucionar os problemas, presentemente insolúveis, da
ambiente agressivo, onde o homem teria
do exibir qualidades especiais para do
os luso-brasilciros chegaram, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re
salubridade negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe
presentavam
ou a
tente que superintende aquelas indústr as, particularmente a segunda, apetrechando-o e dotando-o com práticos
impressão deve ter sido mais viva, da
Po e competência se proponham es
competentes e eficientes, oficinas expe
rimentais e recursos suficientes para in
perar.
Na Amazônia quando, no século XVII,
mente, de forma a poder servir de base do orientação a trabalho de maior minúcia, que outros com mais temcrever.
as e.xceléncias da nova conquista. Os colonos que viemm após, toda\ia, tendo
critivo.s a que tinham atendido oram uma dura inverdade. A realidade ameri cana não SC apresentava com aquelas ca
cujo
Çáo e possibilidades, embora resumida
por seis tuiçõcs do continente.
tunados encontrariam Iodos os elementos
fáceis de que eareeesscm para enrique
pesca e conservas. E urge, outrossim, criar departamento, ou remodelar o exis
estudar a indústria, seus métodos, evolu-
O sr. A. C. Ferreira Reis descreve em
largas pinceladas éssc mundo gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado
vam,
serviço essa
miná-lo, ambiente de clima nocivo, de
ra de restrições, de
esta-
desconfiança, de má
mesma
vontade que se criou
do que nenhum mo tivo profundo, de natureza econômica,
á sua volta, atmos
fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá
suflar progresso e desenvolvimento, des
encontraram a dar-
ceis, das exaltações
onerando o Tesouro brasileiro das asfi-
lhes estímulos pon
prejudiciais e falsas?
xiantes importações de conservas, permitind.0 a drenagem de divisas prove
tas, c certo, deslum
êsse espaço, o con
brados com o luxu
quistador e o colo
damente enraizadas. Também não fal
nientes da exportação além do importan tíssimo fator que, decerto, desempenha
riante da vegetação,
nizador teriam sido
tam as espécies ictiológicas mais apre
rá na alimentação dos desnutridos bra
com a potencialidade
vencidos fragorosa-
ciadas, algumas das quais podendo con
sileiros.
das águas, exagera ram perigosamente
no caso amazônico?
* * *
As bases da indústria brasileira de
conservas de peixe estão lançadas e fun
deráveis. Os cronis
Na ofensiva sôbre
mente, pelo menos
'1^"^
i-
Dicesto Econômico Digestô
78
79
Econômico
imaginando mesmo abandonar o campo
homem não pô
táncia da temperatura elcNuda c pela
Sabemos o que
abundância das cluivas, donde a exube
da luta.
eles
de líbcrlar-sc dô-
rância da
nhecida.
realizaram
na América espa-
les para criar al
nliola, na Améri
guma coisa im
ca francesa, na
pressionante que
América inglêsa.
he cxteriorize o
Na América por
capacidade
e
tuguesa, o Brasil,
lhe e.xteriorizc o
é a grande lição
triunfo
de que se orgu lha a velha raiz
nente sobre a na tureza bravia.
portuguesa. No caso particular
porciona
da Amazônia, diante da ofen-
perma
A floresta pro
todo
um conjunto rico
sividade ambiente, como explicar a pos ção do colonizador dos séculos XVII
de espécies ve getais e animais de valor econômico inconteste, mas de difícil utilização em
o XVIII?
volume. As águas, de seu lado, igual
O espaço amazônico, possuindo fei ção própria dentro do quadro geográfico
mente proporcionando elementos de efe tivo valor econômico, são os caminhos
sulamericano, constitui um mundo gi
naturais de que se valeu e vale o
I
gantesco, desfrutado por seis nações do continente; Brasil, Peru, Bolívia, Equa
dor, Colômbia e Venezuela. Ésse mun-
do assinala-se por cêrca de seis milhões
Notemos bem. os algarismos: seis mi-
Ihóes de quilômetros quadrados de extensão, dos quais SM de forestas e o restante águas e campos. Essa floresta e essa bacia naturalmente condrc.onap. atividade do colono e e seus
sucessores. Porque se dentro do es
clui, devido "aos ventos aliseos que so
pram regularmente das bandas do mar
badas pelos cursos fluviais. O clima amazônico, que absolutamen te não é aquêle "glorious climate", de
páginas da "Revista Brasileira de Geo
uindo a paisagem física, são de tal grafia", o professor paulista José Carlos sorte categóricos que até o presente o Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons-
tatada no que diz respeito aos cronistas o ao document;mo sobre as condições da salubridade regional no momento do dosbravamento colonial no século XVII,
apontada por Oliveira Viana, em capí tulos de livro, divulgados na revista "Terra do Sol", pode ser verificada no
a presença do homem na empresa ci-
estudo da história das endemias que assolaram a região entre n época do
Leíam-se os cronistas e em
descobrimento e u atualidade, história
nenhum dê'es encontraremos restrições
feita nas páginas de ensaios magníficos,
vihzadora.
ao clima para indicá-lo como o fator
pr mordial que teria impedido um maior
.sucesso á ação do colonizador dos séculos XVII e XVIII. - Lciam-se os viajantes e
os cientistas que detiveram sua atenção Em todos êles, 6 certo, faz-se referência ao rigor por que
ôle exerce sua ação seletiva.
isto é, as terras baixas lavadas e adu
A afirmação, da salubridade inicial da
Amazônia, que tem sido posta em dú vida quanto ao seu fundamento, cons
vamente acentuada queda da tempera tura à noite, boas são na Amazon a as condições do meio assim amenizado". O clima amazônico autoriza, portanto,
impedir os grandes. êxitos do homem.
forço realizado no sentido da criação da lavoura de alimentação, lavoura rea lizada justamente nas áreas de várzea,
Foi, porém, a e-xceção co
o penetram pelo continente, e a relati
sôbro o assunto.
Bates, o clima caluniado de Euclides, paço amazônico encontramos áreas de mas um clima rigoroso, que enfrenta campos, onde a tarefa agrána e a pe mos sem desencorajamento, "não ofere cuária podem ser experimentadas e, mais ce maior obstáculo desenvolvimento*' que e.vperimentadas, realizadas com se da região, escreveu ao ainda há pouco, nas gurança no empreendimento, os irnpe-
rativos da floresta e das águas, defi-
equatorial que lá se desdobra" escla rece aquêle mestre eininenlc, nem por isso podc-se-lho atribuir influência no civa sôbrc o homem, pois, como con
homem para o transporte dos produtos do sua atividade. Floresta e água, toda via, são forças que se conjugam para
peiO caráter esmagador que de quUómelros quadrados dos quais 80% A floresta, pela indisciplina das variedades ocupados pela vegetação de uma flores oferece ta fechada, luxuriante, e o restante por de espécies que a definem. As águas, por cr arem dificuldades nas épocas de pequenas áreas de campos e pelas aguas enchente, quando destrocm todo o es da bacia de maior volume do ecumeno.
vegetação verdadeiramente
Nenhum,
porém, o incropa de ser o responsável pelos insucessos da colonização da Ama
de Berredo, Constantino
de
Chermonl, A'exnndre Rodrigues Ferrei ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, Al fredo da Mata, Araújo Lima. Região salubre, ás endemias e epidemias que a assolam ou a denigrem vieram, destarte, dü fora, foram importação devida ao europeu e ao africano. Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando
zônia.
No tocante à salubridade, sobre se afirmam algarismos trabalhados o objetivo negativo, é de ler-se vista a tese, aceita hoje, de que o
do ontem e de hoje, entro outros por Pereira
que com em am
a natureza, esbarrando com aquêle am biente, tão diverso do ambiente a que êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o
biente amazônico não era, de início, um
ambiente doentio que lhes entravasse a
ambiente de onde a saúde estivesse ausente, mas para onde, com o advento
ação.
do europeu, convergiram, através da ci
vilização que êle trouxe, as enfermidades
ãs quaí.s a floresta e as águas locais
possibilitaram uma longevidade, uma
vitalidade que não foi possível ainda dominar, exterminando-as. É certo que houve trecho da Amazônia, na área em
que ela se limita com a Guiana fran
A natureza, na sua feição florestal,
no contingente fluvial que a distinguía, de certo oferecia resistência, do mes
mo passo que oferecia perspectivas amáveis.
A salubridade, o clima não
constituíam, porém, fatores negativos. Ao contrário, na apreciação dos elemen tos com que se houveram os coloniza dores dos séculos XVII e XVIII, foram
cesa onde o colonizador teve de medir
elementos que não atemorizaram co
fôrças com as febres de mau caráter,
mo não embaraçaram. A tese da ina-
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Dicesto Econômico Digestô
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Econômico
imaginando mesmo abandonar o campo
homem não pô
táncia da temperatura elcNuda c pela
Sabemos o que
abundância das cluivas, donde a exube
da luta.
eles
de líbcrlar-sc dô-
rância da
nhecida.
realizaram
na América espa-
les para criar al
nliola, na Améri
guma coisa im
ca francesa, na
pressionante que
América inglêsa.
he cxteriorize o
Na América por
capacidade
e
tuguesa, o Brasil,
lhe e.xteriorizc o
é a grande lição
triunfo
de que se orgu lha a velha raiz
nente sobre a na tureza bravia.
portuguesa. No caso particular
porciona
da Amazônia, diante da ofen-
perma
A floresta pro
todo
um conjunto rico
sividade ambiente, como explicar a pos ção do colonizador dos séculos XVII
de espécies ve getais e animais de valor econômico inconteste, mas de difícil utilização em
o XVIII?
volume. As águas, de seu lado, igual
O espaço amazônico, possuindo fei ção própria dentro do quadro geográfico
mente proporcionando elementos de efe tivo valor econômico, são os caminhos
sulamericano, constitui um mundo gi
naturais de que se valeu e vale o
I
gantesco, desfrutado por seis nações do continente; Brasil, Peru, Bolívia, Equa
dor, Colômbia e Venezuela. Ésse mun-
do assinala-se por cêrca de seis milhões
Notemos bem. os algarismos: seis mi-
Ihóes de quilômetros quadrados de extensão, dos quais SM de forestas e o restante águas e campos. Essa floresta e essa bacia naturalmente condrc.onap. atividade do colono e e seus
sucessores. Porque se dentro do es
clui, devido "aos ventos aliseos que so
pram regularmente das bandas do mar
badas pelos cursos fluviais. O clima amazônico, que absolutamen te não é aquêle "glorious climate", de
páginas da "Revista Brasileira de Geo
uindo a paisagem física, são de tal grafia", o professor paulista José Carlos sorte categóricos que até o presente o Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons-
tatada no que diz respeito aos cronistas o ao document;mo sobre as condições da salubridade regional no momento do dosbravamento colonial no século XVII,
apontada por Oliveira Viana, em capí tulos de livro, divulgados na revista "Terra do Sol", pode ser verificada no
a presença do homem na empresa ci-
estudo da história das endemias que assolaram a região entre n época do
Leíam-se os cronistas e em
descobrimento e u atualidade, história
nenhum dê'es encontraremos restrições
feita nas páginas de ensaios magníficos,
vihzadora.
ao clima para indicá-lo como o fator
pr mordial que teria impedido um maior
.sucesso á ação do colonizador dos séculos XVII e XVIII. - Lciam-se os viajantes e
os cientistas que detiveram sua atenção Em todos êles, 6 certo, faz-se referência ao rigor por que
ôle exerce sua ação seletiva.
isto é, as terras baixas lavadas e adu
A afirmação, da salubridade inicial da
Amazônia, que tem sido posta em dú vida quanto ao seu fundamento, cons
vamente acentuada queda da tempera tura à noite, boas são na Amazon a as condições do meio assim amenizado". O clima amazônico autoriza, portanto,
impedir os grandes. êxitos do homem.
forço realizado no sentido da criação da lavoura de alimentação, lavoura rea lizada justamente nas áreas de várzea,
Foi, porém, a e-xceção co
o penetram pelo continente, e a relati
sôbro o assunto.
Bates, o clima caluniado de Euclides, paço amazônico encontramos áreas de mas um clima rigoroso, que enfrenta campos, onde a tarefa agrána e a pe mos sem desencorajamento, "não ofere cuária podem ser experimentadas e, mais ce maior obstáculo desenvolvimento*' que e.vperimentadas, realizadas com se da região, escreveu ao ainda há pouco, nas gurança no empreendimento, os irnpe-
rativos da floresta e das águas, defi-
equatorial que lá se desdobra" escla rece aquêle mestre eininenlc, nem por isso podc-se-lho atribuir influência no civa sôbrc o homem, pois, como con
homem para o transporte dos produtos do sua atividade. Floresta e água, toda via, são forças que se conjugam para
peiO caráter esmagador que de quUómelros quadrados dos quais 80% A floresta, pela indisciplina das variedades ocupados pela vegetação de uma flores oferece ta fechada, luxuriante, e o restante por de espécies que a definem. As águas, por cr arem dificuldades nas épocas de pequenas áreas de campos e pelas aguas enchente, quando destrocm todo o es da bacia de maior volume do ecumeno.
vegetação verdadeiramente
Nenhum,
porém, o incropa de ser o responsável pelos insucessos da colonização da Ama
de Berredo, Constantino
de
Chermonl, A'exnndre Rodrigues Ferrei ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, Al fredo da Mata, Araújo Lima. Região salubre, ás endemias e epidemias que a assolam ou a denigrem vieram, destarte, dü fora, foram importação devida ao europeu e ao africano. Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando
zônia.
No tocante à salubridade, sobre se afirmam algarismos trabalhados o objetivo negativo, é de ler-se vista a tese, aceita hoje, de que o
do ontem e de hoje, entro outros por Pereira
que com em am
a natureza, esbarrando com aquêle am biente, tão diverso do ambiente a que êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o
biente amazônico não era, de início, um
ambiente doentio que lhes entravasse a
ambiente de onde a saúde estivesse ausente, mas para onde, com o advento
ação.
do europeu, convergiram, através da ci
vilização que êle trouxe, as enfermidades
ãs quaí.s a floresta e as águas locais
possibilitaram uma longevidade, uma
vitalidade que não foi possível ainda dominar, exterminando-as. É certo que houve trecho da Amazônia, na área em
que ela se limita com a Guiana fran
A natureza, na sua feição florestal,
no contingente fluvial que a distinguía, de certo oferecia resistência, do mes
mo passo que oferecia perspectivas amáveis.
A salubridade, o clima não
constituíam, porém, fatores negativos. Ao contrário, na apreciação dos elemen tos com que se houveram os coloniza dores dos séculos XVII e XVIII, foram
cesa onde o colonizador teve de medir
elementos que não atemorizaram co
fôrças com as febres de mau caráter,
mo não embaraçaram. A tese da ina-
T
*»»•»-
80
Dicesto EcoNÓ^^co
Captação do homem europeu ao meio
estilo, apenas com a produção indígena,
equatorial, posta em experiência no
a especiaria local, a chamada "droga do sertão" que, no fim de contas, marcou,
mundo amazônico, náo consegue êxito. As tentativas de colonização levadas a
pelos séculos seguintes, imprcssivamcnte, o teor econômico da imensa região.
O Estudo Sociológico das Eras de Crise por L. A. Costa PiNn*o (da Univcrsidado do Brasil)
efeito em várias épocas, inclusive pos teriormente à experiência lusitana, não
Tentando a reaç-ão ao meio geográfico,
fracassaram devido aos fatôres c'ima e
o exato, como veremos mais adiante,
sociouxUA formou-se como rca-
salubridade, mas a razões de outra espé
empreenderam domínio do espaço com a realização de uma experiência agrária
do e.spírito humano ao estimulo representado pela existência dc proble
cie, nelas devendo ser incluída a hos
tilidade da floresta.
O desencanto do
colonizador não decorreu, assim, senão
•cm intensidade. Lograram rendimentos interessantíssimos, que vaiem como um
da falta imediata de estimulos econômi
atestado impressionante da plasticidade
cos ponderáveis, como teremos ocasião dc verificar.
outro lado são uma eloqüente demons
É certo que ó empossamento do vale
tração de que nem o clima nem a salu
amazônico, constituindo empresa polí
tica projetada pelas autoridades régias, os que vieram para a execução dêsse empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a
qual não poderiam manter-se e sem a
qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas*de seu
lusitana para a proeza amazônica c de
bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, ■ que somos nós, deixando-se vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina e certo caráter de antieconomicidade que
ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo num recuo impressionante, mas explicável.
I
mas sociais e à necessidade de resol
vê-los, caracterizíindo-sc sua evolução
como cência pela racionalÍ7.;ição pro
gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica.
Como campo dc inlerêsse e de análise os problemas sociais preexistem á .so ciologia o o que tem variado, por con-
EcqüêncUi, na história do pensamento humano, c o modo clc encarar os
problemas sociais, variação que se caracterizíi pelo esforço cons
tante para assumir diante dêlcs uma atitude rigorosamente cientí fica. Não foi outra a razão pela
qual o profcsor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a auto-cons-
ciôncla científica dc uma era dc crise. Se assim é, a discus.são cios funda
gadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...
Por outro lado, nenhum esfôr-
ço deve ser poupado no sentido do ampliar cada vez mais o cír culo dos que raciocinam de ca beça fria sôbre os problemas da
organização social e da cultura. Se em boa parte a crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas
mentos dc uma atituclo objetiva a ser
em quadros sociais cada vez mais estrei
assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor metodológico evidente que apresenta, contribui também, ou aspira contribuir,
c se encontra o comêço da solução da crise, se se difundir entre as maiorias par
tos — nesta circunstância mesma reside ticipantes e deliberantes — que são a co-
alguns estudiosos se agarram desespera-
luna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientificamento sôbre as eras de crise e, mais que
damente — mais á palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje-
va de cultivar o consolidar esse hábito.
para tornar menos acadêmico e mais conciso o conceito de objetividade a que
Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas,
lividado da ciência não é algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanenté e imutável. .-A obje tividade da ciência — que é o casamen to do pensamento com a realidade — é um testo constante, permanente, alguma coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e se defende com ardor o determinação, especialmente nas eras de crise em que, como nas madru
isso, se se defender a possibilidade efeti
u República do Saloador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de
cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos dispu nham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notadamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos
elevados preços ating^os pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.
Êste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que é preciso ser focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os
problemas políticos, entre a industrialização e a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.
T
*»»•»-
80
Dicesto EcoNÓ^^co
Captação do homem europeu ao meio
estilo, apenas com a produção indígena,
equatorial, posta em experiência no
a especiaria local, a chamada "droga do sertão" que, no fim de contas, marcou,
mundo amazônico, náo consegue êxito. As tentativas de colonização levadas a
pelos séculos seguintes, imprcssivamcnte, o teor econômico da imensa região.
O Estudo Sociológico das Eras de Crise por L. A. Costa PiNn*o (da Univcrsidado do Brasil)
efeito em várias épocas, inclusive pos teriormente à experiência lusitana, não
Tentando a reaç-ão ao meio geográfico,
fracassaram devido aos fatôres c'ima e
o exato, como veremos mais adiante,
sociouxUA formou-se como rca-
salubridade, mas a razões de outra espé
empreenderam domínio do espaço com a realização de uma experiência agrária
do e.spírito humano ao estimulo representado pela existência dc proble
cie, nelas devendo ser incluída a hos
tilidade da floresta.
O desencanto do
colonizador não decorreu, assim, senão
•cm intensidade. Lograram rendimentos interessantíssimos, que vaiem como um
da falta imediata de estimulos econômi
atestado impressionante da plasticidade
cos ponderáveis, como teremos ocasião dc verificar.
outro lado são uma eloqüente demons
É certo que ó empossamento do vale
tração de que nem o clima nem a salu
amazônico, constituindo empresa polí
tica projetada pelas autoridades régias, os que vieram para a execução dêsse empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a
qual não poderiam manter-se e sem a
qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas*de seu
lusitana para a proeza amazônica c de
bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, ■ que somos nós, deixando-se vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina e certo caráter de antieconomicidade que
ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo num recuo impressionante, mas explicável.
I
mas sociais e à necessidade de resol
vê-los, caracterizíindo-sc sua evolução
como cência pela racionalÍ7.;ição pro
gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica.
Como campo dc inlerêsse e de análise os problemas sociais preexistem á .so ciologia o o que tem variado, por con-
EcqüêncUi, na história do pensamento humano, c o modo clc encarar os
problemas sociais, variação que se caracterizíi pelo esforço cons
tante para assumir diante dêlcs uma atitude rigorosamente cientí fica. Não foi outra a razão pela
qual o profcsor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a auto-cons-
ciôncla científica dc uma era dc crise. Se assim é, a discus.são cios funda
gadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...
Por outro lado, nenhum esfôr-
ço deve ser poupado no sentido do ampliar cada vez mais o cír culo dos que raciocinam de ca beça fria sôbre os problemas da
organização social e da cultura. Se em boa parte a crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas
mentos dc uma atituclo objetiva a ser
em quadros sociais cada vez mais estrei
assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor metodológico evidente que apresenta, contribui também, ou aspira contribuir,
c se encontra o comêço da solução da crise, se se difundir entre as maiorias par
tos — nesta circunstância mesma reside ticipantes e deliberantes — que são a co-
alguns estudiosos se agarram desespera-
luna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientificamento sôbre as eras de crise e, mais que
damente — mais á palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje-
va de cultivar o consolidar esse hábito.
para tornar menos acadêmico e mais conciso o conceito de objetividade a que
Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas,
lividado da ciência não é algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanenté e imutável. .-A obje tividade da ciência — que é o casamen to do pensamento com a realidade — é um testo constante, permanente, alguma coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e se defende com ardor o determinação, especialmente nas eras de crise em que, como nas madru
isso, se se defender a possibilidade efeti
u República do Saloador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de
cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos dispu nham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notadamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos
elevados preços ating^os pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.
Êste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que é preciso ser focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os
problemas políticos, entre a industrialização e a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.
■aMjW |>( ••
Dicesto Econômico
83
Dicesto Ecgnómico
As notas que se seguem são as re flexões de um sociólogo — descontado da expressão o quanto de pernóstico ela
conhecimentos sôbre os mesmos pro blemas. Sôbre ôles, todos temos suposi
encerra em nosso meio — sôbre êsse
samente muito embora nem sempre .sai bamos porque pensamos assim e jamais tenhamos procurado refletir sôbre a ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente se observa, entretanto, que a re sistência, mais ou menos consciente, que
capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos. * * *
Seja o interêsse pelo estudo e pelo tratamento dos desajustamentos sociais
entendido como virtude aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro
ções e palpites, que cultivamos carinho
todos fazemos às tentativas de alterar
nosso pensamento tradicional sobre de terminadas questões estú na ra/ão di
admitem que os problemas sociais sempre surgem dentro de uma determinada
reta da irracionalidade do pensamento tradicional c nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dôle, uma outra posição màís ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais e das opiniões ossificadas, que é a lei su prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con
^ estrutura ou organização social. Isto
blema encarado em suas manifestações
cíclicas, ao impulso da moda ou do esncbismo; seja ainda entendido como de ver do Estado ou como assunto que so
o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos
objetividade da ciência, cm nenhum se
reforma
tor e muito menos nos fenômenos so
temos uma atitude primilria e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per
ciais, não é "ponto pacífico", nem se coloca numa esfera inctg-social de pen
samento puro. Ê po.sição qnc se assume
com esf^rçcN não raro contra quase
tudo e quase todos, contra nós mes mos, — não poucas vezes.
As crises sociais .são crise de uma
nela prevalecem o predominam.
Uma afirmação desse tipo, que
assim formulada parece ate re
dundante c pleonàstica e que to
dos temos por certa e sabida — encon tra na prática, ao ser utilizada, opemtivamcnte, como inslrumcnto de análi
se e como ferramenta de trabalho, mfl dificuldades à sua plena aplicação. Isto
porque, ao levarmos um escopo cientí
falamos em desorganização social referimo-nos a uma organização que se de
Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe
nos limitarmos à constatação dos efeitos
nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou
sas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais cm que sur gem fricções entre a análise científica
blemas e que devem ser procuradas as pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o
que multiplica as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social
® a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re
formação.
Assim, se o 'estudioso dos problemas
sociais não se pode confundir com os espíritos simples que para tudo têm fá
ceis respostas e só se interessam pela cura das conseqüências dos problemas c não pela anáJise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme
lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica — "neutra" em relação a tudo
e parcialíssima da ordem social que a
ços emocionais e materiais, uns
dição para isso.
bem pouco tempo e,specializou-se em
mas de aspecto diferente, surgem, no
utopias reformistas; na era de crise, po
ram, no estudo sociológico das eras de
rém, crise estrutural e profunda como essa"" em que vivemos, o grande leste
opinião.' j
e nos estendermos à pesquisa das cau
pretende ser científica — devese procurar, antes de mais nada, conhecer o que d e o que existe, a realidade objetiva tal qual é, pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; mais que isso, 6 o começo dessa trans
de estudo estamos presos por la
Ao nosso objeto
põem nosso pensamento e nossa
ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daque a na ^
Sem dúvida, não e.x!Ste, na realidade,
nenhum abismo insondávcl separando n teoria da prática, o pensamento da ação. O que afirmamos, porém, é que, como ponto de partida da atitu
vestir o pensamento de rótulos científi cos, pois terá faltado a principal con
como atores.
visíveis, outros sutis, que predis
que estudamos estamos sempre tureza.
tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também,
corre.
de a ser adotada no estudo das
fico ao estudo das eras de crise, se não
suas causas e soluções. E é exatamente
—
eras de crise — se essa atitude
eras de crise.
na intimidade das moléculas de um corpo químico. Ao fazô-lo, estamos
conhecimento
sua estrutura, dos padrões qvic
tra um escopo cientifico no estudo das
das relações sociais que surgem os pro
o
sociedade, de sua organização, de
significa, noutras palavras, que quando
sorganiza a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano cbjeUvo
antecede
Assumir, por abstração, uma
posição rigorosa de observador das eras Em verdade, em qualquer campo das de ter objetividade científica nes ciências sociais e muito especialmeute sas crise, conjunturas, é coisa que faz apâlo nêste que se refere aos desajustamen a algumas qualidades que geralmente
tos c às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfõrço de pre . se espera mais no "herói", no "mártir", parar-se para transformar as opmaes no "santo" ou no "iluminado" do que que fazemos sôbre certos problemas em no cientista. E isto ocorre porque a
Outro problemas, de igual natureza
plano metodológico, quando se mistu
crise, o espírito de investigação e o es
pírito de reforma. São dois momentos do pensamento humano e embora não existam muralhas chinesas a separar um
do outro, constitui supino êiTo não saber
distínguí-Ios. No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a
sustenta.
Em verdade, a ciência acadêmica até medir a distância que a separava das
a que a ciência está sendo submetida ó o de contar, milímetro por milíme
tro, o abismo profundo que a distân cia das utopias conservadoras. E para isso não seria mal recordar a genial
exclamação que Goethe colocou na bôca do sua imortal criatura:
■aMjW |>( ••
Dicesto Econômico
83
Dicesto Ecgnómico
As notas que se seguem são as re flexões de um sociólogo — descontado da expressão o quanto de pernóstico ela
conhecimentos sôbre os mesmos pro blemas. Sôbre ôles, todos temos suposi
encerra em nosso meio — sôbre êsse
samente muito embora nem sempre .sai bamos porque pensamos assim e jamais tenhamos procurado refletir sôbre a ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente se observa, entretanto, que a re sistência, mais ou menos consciente, que
capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos. * * *
Seja o interêsse pelo estudo e pelo tratamento dos desajustamentos sociais
entendido como virtude aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro
ções e palpites, que cultivamos carinho
todos fazemos às tentativas de alterar
nosso pensamento tradicional sobre de terminadas questões estú na ra/ão di
admitem que os problemas sociais sempre surgem dentro de uma determinada
reta da irracionalidade do pensamento tradicional c nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dôle, uma outra posição màís ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais e das opiniões ossificadas, que é a lei su prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con
^ estrutura ou organização social. Isto
blema encarado em suas manifestações
cíclicas, ao impulso da moda ou do esncbismo; seja ainda entendido como de ver do Estado ou como assunto que so
o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos
objetividade da ciência, cm nenhum se
reforma
tor e muito menos nos fenômenos so
temos uma atitude primilria e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per
ciais, não é "ponto pacífico", nem se coloca numa esfera inctg-social de pen
samento puro. Ê po.sição qnc se assume
com esf^rçcN não raro contra quase
tudo e quase todos, contra nós mes mos, — não poucas vezes.
As crises sociais .são crise de uma
nela prevalecem o predominam.
Uma afirmação desse tipo, que
assim formulada parece ate re
dundante c pleonàstica e que to
dos temos por certa e sabida — encon tra na prática, ao ser utilizada, opemtivamcnte, como inslrumcnto de análi
se e como ferramenta de trabalho, mfl dificuldades à sua plena aplicação. Isto
porque, ao levarmos um escopo cientí
falamos em desorganização social referimo-nos a uma organização que se de
Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe
nos limitarmos à constatação dos efeitos
nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou
sas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais cm que sur gem fricções entre a análise científica
blemas e que devem ser procuradas as pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o
que multiplica as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social
® a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re
formação.
Assim, se o 'estudioso dos problemas
sociais não se pode confundir com os espíritos simples que para tudo têm fá
ceis respostas e só se interessam pela cura das conseqüências dos problemas c não pela anáJise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme
lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica — "neutra" em relação a tudo
e parcialíssima da ordem social que a
ços emocionais e materiais, uns
dição para isso.
bem pouco tempo e,specializou-se em
mas de aspecto diferente, surgem, no
utopias reformistas; na era de crise, po
ram, no estudo sociológico das eras de
rém, crise estrutural e profunda como essa"" em que vivemos, o grande leste
opinião.' j
e nos estendermos à pesquisa das cau
pretende ser científica — devese procurar, antes de mais nada, conhecer o que d e o que existe, a realidade objetiva tal qual é, pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; mais que isso, 6 o começo dessa trans
de estudo estamos presos por la
Ao nosso objeto
põem nosso pensamento e nossa
ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daque a na ^
Sem dúvida, não e.x!Ste, na realidade,
nenhum abismo insondávcl separando n teoria da prática, o pensamento da ação. O que afirmamos, porém, é que, como ponto de partida da atitu
vestir o pensamento de rótulos científi cos, pois terá faltado a principal con
como atores.
visíveis, outros sutis, que predis
que estudamos estamos sempre tureza.
tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também,
corre.
de a ser adotada no estudo das
fico ao estudo das eras de crise, se não
suas causas e soluções. E é exatamente
—
eras de crise — se essa atitude
eras de crise.
na intimidade das moléculas de um corpo químico. Ao fazô-lo, estamos
conhecimento
sua estrutura, dos padrões qvic
tra um escopo cientifico no estudo das
das relações sociais que surgem os pro
o
sociedade, de sua organização, de
significa, noutras palavras, que quando
sorganiza a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano cbjeUvo
antecede
Assumir, por abstração, uma
posição rigorosa de observador das eras Em verdade, em qualquer campo das de ter objetividade científica nes ciências sociais e muito especialmeute sas crise, conjunturas, é coisa que faz apâlo nêste que se refere aos desajustamen a algumas qualidades que geralmente
tos c às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfõrço de pre . se espera mais no "herói", no "mártir", parar-se para transformar as opmaes no "santo" ou no "iluminado" do que que fazemos sôbre certos problemas em no cientista. E isto ocorre porque a
Outro problemas, de igual natureza
plano metodológico, quando se mistu
crise, o espírito de investigação e o es
pírito de reforma. São dois momentos do pensamento humano e embora não existam muralhas chinesas a separar um
do outro, constitui supino êiTo não saber
distínguí-Ios. No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a
sustenta.
Em verdade, a ciência acadêmica até medir a distância que a separava das
a que a ciência está sendo submetida ó o de contar, milímetro por milíme
tro, o abismo profundo que a distân cia das utopias conservadoras. E para isso não seria mal recordar a genial
exclamação que Goethe colocou na bôca do sua imortal criatura:
84
Dicesto Econômico
" Isso, que vós outros apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaramül Se o emprêgo do método científico no estudo das eras de crise apresenta di ficuldades dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,
ses estruturais; entre a miséria e o mis
ideologias; entre a prostituição e a es trutura da família — cm suma, a ação
reflexa, direta ou indireta, que entre sí exercem os problemas sociais, consti
tui dado fundamental dc estudo que ração. E c, precisamente, ponderando tais aspectos interdependentes da vida
as situações sociais que, em certas cir cunstâncias, se transformam em pro
social, — que ressaltam nas eras de
ção objetiva.
Não se deve perder de vista jamais — por exemplo — a unidade essencial que
I existe em todos os aspectos e setores da organização social e da cultura. Em verdade, a vida social constitui
uma realidade complexa e uma razão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre tôdas as esferas da sociedade, de
modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas
3.
precisa sempre ser levado cm conside
da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são blemas sociais, — há que atentar em alguns aspectos dessas situações a fim de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à- sua considera
3
ticismo; entro a industrialização c a ur banização; entre as classes sociais c as
crise, — que podemos avaliar a impor tância, o o significado, no sentido do agravamento da própria crise, de todos
êsses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e insular os efeitos e as repercussões cau sadas por um problema e que se espa lham por todo o organismo em que se manifestam.
Êssc anseio, sempre renovado c sem pre destruído, de circunscrever a. crisp, de impedir sua propagação, de canalizar
seus efeitos para um mágico conta-go
tas e soltá-los lentamente, um a um,
a med^a em que fôr possível aguardar os problemas já tendo prontas as suas so uções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam
Tome uma assinatura do "Diário ât
influências recíprocas. A ação recí proca que tôdas as partes da organi
significa uma espécie de planificação
S.Paulo",e terá em sua casa, perma nentemente,o maiscompleto serviço
inversa que tem por fim a conservação
e não a mudança, planificação que fa zem a cada dia e a cada hora os que
informativo do país e do mundo.
zação social e cultural estão exercendo permanentemente uma sôbre as outras
não pode ser descurada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é
demonstram tanto horrqr à planifica-
mais importante na sociedade e espe
o sono das estruturas sociais decadentes.
O que ocorre, porém, e precisa ser atentamente observado, é que a ação
cialmente nas sociedades em crise.
que se emprega no sentido de circuns
A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e os pro blemas políticos; entre os fenômenos demográficos e as relações internacio nais; entre as crises espirituais e as cri
crever a crise depois de precipitada, tem sempre a peculiaridade estranha de iso
lar aqueles fatòres que, dentro da crise, evoluem no sentido de sua solução — o que resulta, por esquisito que pareça.
Diano de S:!bnlo MAIS «OMFkl.TO
AAATUfiNÓ*' PAViLISTA"'
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Dicesto Econômico
" Isso, que vós outros apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaramül Se o emprêgo do método científico no estudo das eras de crise apresenta di ficuldades dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,
ses estruturais; entre a miséria e o mis
ideologias; entre a prostituição e a es trutura da família — cm suma, a ação
reflexa, direta ou indireta, que entre sí exercem os problemas sociais, consti
tui dado fundamental dc estudo que ração. E c, precisamente, ponderando tais aspectos interdependentes da vida
as situações sociais que, em certas cir cunstâncias, se transformam em pro
social, — que ressaltam nas eras de
ção objetiva.
Não se deve perder de vista jamais — por exemplo — a unidade essencial que
I existe em todos os aspectos e setores da organização social e da cultura. Em verdade, a vida social constitui
uma realidade complexa e uma razão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre tôdas as esferas da sociedade, de
modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas
3.
precisa sempre ser levado cm conside
da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são blemas sociais, — há que atentar em alguns aspectos dessas situações a fim de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à- sua considera
3
ticismo; entro a industrialização c a ur banização; entre as classes sociais c as
crise, — que podemos avaliar a impor tância, o o significado, no sentido do agravamento da própria crise, de todos
êsses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e insular os efeitos e as repercussões cau sadas por um problema e que se espa lham por todo o organismo em que se manifestam.
Êssc anseio, sempre renovado c sem pre destruído, de circunscrever a. crisp, de impedir sua propagação, de canalizar
seus efeitos para um mágico conta-go
tas e soltá-los lentamente, um a um,
a med^a em que fôr possível aguardar os problemas já tendo prontas as suas so uções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam
Tome uma assinatura do "Diário ât
influências recíprocas. A ação recí proca que tôdas as partes da organi
significa uma espécie de planificação
S.Paulo",e terá em sua casa, perma nentemente,o maiscompleto serviço
inversa que tem por fim a conservação
e não a mudança, planificação que fa zem a cada dia e a cada hora os que
informativo do país e do mundo.
zação social e cultural estão exercendo permanentemente uma sôbre as outras
não pode ser descurada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é
demonstram tanto horrqr à planifica-
mais importante na sociedade e espe
o sono das estruturas sociais decadentes.
O que ocorre, porém, e precisa ser atentamente observado, é que a ação
cialmente nas sociedades em crise.
que se emprega no sentido de circuns
A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e os pro blemas políticos; entre os fenômenos demográficos e as relações internacio nais; entre as crises espirituais e as cri
crever a crise depois de precipitada, tem sempre a peculiaridade estranha de iso
lar aqueles fatòres que, dentro da crise, evoluem no sentido de sua solução — o que resulta, por esquisito que pareça.
Diano de S:!bnlo MAIS «OMFkl.TO
AAATUfiNÓ*' PAViLISTA"'
PRODUTOS QUÍMICOS E
Cia. União dos Refinadores
PLÁSTICOS ^^MONSANTO"
— Açúcar e Café —
A serviço da indústria... que serve à FUNDADA EM 1910
Jlnmanidade,, »no mundo inteiro CAPITAL: CrS 40.000.000,00
Onde quer que o sr. observe as indústrias ao serviço do gênero butnano, ali achará os produtos químicos e plás ticos iMonsauto ajudando a acelerar suas tarefas e a me lhorar os seus j)rodut()6.
RUA BORGES DE FIGUEIREDO n.o 237 CAIXA POSTAL n.o G95 SÃO PAULO
Isso se aplica particularmente aos países da América do Sul e Central, onde grande número de novas indús trias cstao sendo incrementadas. Cada ano que passa, numa proporção maior do que no ano anterior, centenas de produtos das dezoito fábricas Monsanto têm sido
expedidos para esses paises. Essa tendência continuou mesmo durante a guerra, a tal pouto que, no ano findo,
Refinaria de Açúcar
as indústrias da América do Sul e Central consumiram
mais do dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1941.
Torrefação e Moagem de Café
Enquanto essas indústrias c nossa capacidade para servi-las continuarem progredindo, vislumbramos um futuro mais brilhante e próspero, como nunca se viu an teriormente em nossos dois grandes continentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Streef, St. Louis 4r Mo., E. U. A. e MONSANTO CHEMICALS, LTD.,
Víctoria Station House, London, S. W. 1, Englond
Agsnteii Brasil: Klingler, S. A., Anilinaa e Produtos Químicos,
DIRETORIA
S3o Paulo — Rio de Janeiro — Curitiba
José Ferraz de Camargo Mário d'Almeida
EIS ALGUMAS INDÚSTRIAS SERVIDAS PELA MONSANTO
r^. •• •
Olavo A. Ferraz
Bebidas
Papel
Processamento qutmfco
Petr6leo Farmacêutica
Produtos alimentícios
Íris Miguel Rolundo Armando Pereira Viariz
Flávio de Lima Rodrigues
Produtos florestais
Plásticos
Inseticidas
Curtume
Empocotamento Tintos, locas, vernizes
Te'xtels Tratamento de agua
A SERVIÇO DA INDUSTRIA..QUE SERVE A HUMANIDADE
m ^ u-.t
PRODUTOS I
QUÍMICOS
PRODUTOS QUÍMICOS E
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A serviço da indústria... que serve à FUNDADA EM 1910
Jlnmanidade,, »no mundo inteiro CAPITAL: CrS 40.000.000,00
Onde quer que o sr. observe as indústrias ao serviço do gênero butnano, ali achará os produtos químicos e plás ticos iMonsauto ajudando a acelerar suas tarefas e a me lhorar os seus j)rodut()6.
RUA BORGES DE FIGUEIREDO n.o 237 CAIXA POSTAL n.o G95 SÃO PAULO
Isso se aplica particularmente aos países da América do Sul e Central, onde grande número de novas indús trias cstao sendo incrementadas. Cada ano que passa, numa proporção maior do que no ano anterior, centenas de produtos das dezoito fábricas Monsanto têm sido
expedidos para esses paises. Essa tendência continuou mesmo durante a guerra, a tal pouto que, no ano findo,
Refinaria de Açúcar
as indústrias da América do Sul e Central consumiram
mais do dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1941.
Torrefação e Moagem de Café
Enquanto essas indústrias c nossa capacidade para servi-las continuarem progredindo, vislumbramos um futuro mais brilhante e próspero, como nunca se viu an teriormente em nossos dois grandes continentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Streef, St. Louis 4r Mo., E. U. A. e MONSANTO CHEMICALS, LTD.,
Víctoria Station House, London, S. W. 1, Englond
Agsnteii Brasil: Klingler, S. A., Anilinaa e Produtos Químicos,
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José Ferraz de Camargo Mário d'Almeida
EIS ALGUMAS INDÚSTRIAS SERVIDAS PELA MONSANTO
r^. •• •
Olavo A. Ferraz
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Produtos alimentícios
Íris Miguel Rolundo Armando Pereira Viariz
Flávio de Lima Rodrigues
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Plásticos
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Empocotamento Tintos, locas, vernizes
Te'xtels Tratamento de agua
A SERVIÇO DA INDUSTRIA..QUE SERVE A HUMANIDADE
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PRODUTOS I
QUÍMICOS
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PmnúinJo
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lndtjstrias_de Artefatos de Borracha c Calçados
Jc 20
NOSSAS
ESPECIALIDADES,
*'"'^orniesf
«crevfr c/^, •
CALÇADOS EM GERAL — Calçados de couro cora solas de
borracha, para homens, sc.-shoras c crianças. ^Teiiss e calçados
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máquina de escrever eiófrica
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de lon.i para esportes c praia. •
ARTEFATOS PARA CALÇADOS —Saltos c capas de borrachi par.» mítos. Sol.is dc borr.iclu p.ira calçados de homens sc .horis
e crianças. LcnçiMs dc borracha para solado. Virol.is çle borra
cha. Conicitc para calçados de hon.cns c crianças. Tira de ligação. Outras miudezas. ARTEFAT 8 DE BORRACHA EM GERAL - Fios cláiiicoi
de borrachi dc todos os tipos. Lcncib de borracha para fios,
para cimas elásticas e p.ira hospiuis. Tapetes de borracha, de-
sintupidores para pia», pés dc cadeira, pneitmat;cos e cordões para rodas dc velocípedes, 1'ucaros, guimiçó:$ de borracha para pratos, rodas dc borracha para baltnças, revestimento de rodaa para fins industriais e mais uma infinidade de produtos dc borracha-
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Rui do. Andndi.. 1354-5.- aod^- Pôrto Alegre
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TELEFONES: Gerencia
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Confadoria — 9-3200
Escritório
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Rua Marajó/ 136/158
Endereço Teiegráfico:
São Paulo
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TECIDOS POR ATACADO
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V
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TECIDOS L
Monhnm criador joga fora proposiladam«inte o leite
A.
que produz em sua fazenda — porque leite é tlinheiro proveniente de trabalho contínuo e penoso. Já pensou, entretanto, em quantos latões de leite o senhor desperdiça simplesmente poi"que deixa de os produzir?
Lembre-se de que para produzirem com eficiência e economia as vacas leiteiras exigem uma alimentação racional - farta, rica e bem equilibrada.
As "RAÇOES concentradas BRASIL" são cuidadosamente calculadas para a obtenção do má ximo rendimento dos seus animais, conservai.rio-os fortes e sadios.
Experimente-a hoje mesmo e nunca mais deixará de usa-la. (Resp. Brenno M. de Andrade, eng.-agro.)
RUA 25 DE MARÇO, 820/830
Pedidos à Caixa Postal, 1117
CAIXA POSTAL. 4879 TELEFONE
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Produto da Reflnadora de Óleos Brasil S/À Rua Xavier de Toledo, 114 - Caixa Postal, lin
END. TELEGR. ODELOT
São Paulo
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SAO PAULO
]
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Sociedade
Comercial e
Construtora Ltda. engenheiros empreiteiros
aie caSn
CONSTRUTORES
comum loinr-se em 'prata do casa», quando se quer dizer de uma
colso Ú1II que nüu se íui liuscar alhures. i"nAC,\I.A\ZA é a praia de rasa: é a nossa prola-' lãu hô.i que Jíi loi premiada lórò do Drasil, na Feira Mundial de Novo York.ma Grande üxposlçilu de (lucago. em 13-10. e na Guiden Gale Fair em
S_. Fronri.sco do Culllórnla. onde se nmhrcou com os produlos aiamadus do Conlintiile. Hé mais de ÜO uno.s quel-HAr.Al.fW/ \ se vem deslocando na produção de bauelas
■■I
o ialhcres. que enleltam as mesas brasileiras. Sua marca, iradíclonal nu Urasii.
■■I > í
''7'
í»
RUA MARCONI, 53 - 4.o andar — TELEFONE 4-7197 SÃO
PAULO
jâ SC Impús também nos demais poizes da .América,
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Companhia Paulista de Seguros A MAIS ANTIGA COMPANHIA DE SEGUHOS DE SAO PAULO, FUNDADA EM 1906
DiieloTla:
DR. NICOLAU MORAES BARBOS DR. LAURO CARDOSO DE ALMEIDA
1
DR. GASTÃO VIDIGAL Capilal Realizado
.
.
. . CrJ 6.000.000,00
Bens Imóveis (preço de custo) Cr$ 23.500.000,00 Patrimônio Social
Cl
. . . Cr$ 60.000.000,00
Responsabilidades assumidas em 1947 - mais de
DOIS BILHÕES
DE
CRUZEIROS
.■vwi"
Opera nos seguintes ramos: 'tZÚ:.
°
INCÊNDIO, ACIDENTES (do Trabalho e Pes -
soais),
°
Responsabilidade Civil.
à ace\eraç5°' 6^®^
r.
cornpa-
it^íiiua
estacionar
«"vrx.p--
transportes (Marítimos. Ferroviários, Hodoviarios e Aéreos) NÃO DEMANDA COM SEUS SEGURADOS Sede
Prefect ou Anglia - Ford-Inglês
SÃO PAULO - R. Libero Badaró, 158 — Telefone: 4-4151
. O CARRO EUROPEU MAIS VENDIDO NO BRASIL
Edifício í»auHBia de Seguros
Intn e M Escritório: ee^rl*Ar-.r%Loio
OIIA DAS HAQ PALMEIRAS, PAlAAT'' RUA 315
Dept.« Agrícola: ALAMEDA NOTHMANN, 1.234
Caixa Postal, 709 — End. Telegráfico: "PAULICO"
agentes E REPRESENTANTES EM TODO O BRASIL
D
TELEFONE 5-4842
Oficina e Montagem: RUA VITORINO CARMILO, 1.017 TELEFONE 1.159
5-955Ó - SÃO PAULO Ano-Arltui
«■i 1^.
DIGESTO
o MUHSO DOS MIEÚCIOS HUU PflHOÜIMA VüfSIl Publicado Mob ot auipícios da
ASSOCIACÍDCaMERCIlilDE São PAULO
ECONOMICO
FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO 00 ESTAOO DE SÃO PAULO
o MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
O Iligesttift £eon^»Biii«o Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade
pub'kará no próximo número;
Sã49 B^nailo - B>«»Koiaii»iPo tia» lfM7
N.
A-^rUALÍDADE DE D. QülXOTE -
Diretor:
Anlonlo Gonlljo de Carvalho
O Digeiío Econômico, órgão de In
formações econômicas e financeipublicado mensalmente pela Editôra Comercial Ltda.
Eiancisco Campos. PLANO REGIONAL DE Francisco Prestes Maia.
fabrica
nacional
C2J
SANTOS -
de
11.11 nia i:ico[n[!.iiy.i.n®iiia
moto
1 rr
res — Francisco Sá Filho.
noi5 responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidamente citadas, nem pelos
conceitos emitidos em artigos assi nados.
UMA PREVISÃO FRANCISCO —
Econômico.
U
geografia DAS COMUNICAÇÕES PAULISTAS
Na transcrição de artigos pede-se citar o nome do Dlgesto
SÕBRE O SÃO Dcolinclo Ainorim.
—
Nelson
cações congêneres nacionais e es
Werneck
nrnsil auando entra fio -vcn (yurif^o «no de vMa,
'omo'aconlcce a-^ora com o "DIGESTO ECO
Sodrc.
NÔMICO"- Nc.vse espaço dc Icmpo as dificul dades'' que^'^^ciativas "cralmenle ncompanham os primeicoma esta, já puderam
O ESTADO-EMPRESÁRIO - Alioniar
j^iJvnnüis não SÓ pela dedicação das cie-
SOCIOLOGIA DAS INVENÇÕES -
TncK íioí
L. A. Costa Pinto.
PORQUE
fioi estudos econômicos. Já naora, portanto, ó
7c Lvem que o "DIGESTO ECONÓJIICO"
Oaví Campísta FiMu).
tenha penetrado na fase mais fecunda da açao aue a Associação Comercial dc São Paulo e a 'içdcração do Comércio do Estado dc São Pauprocuraram imprimir c que é a de atrair
Cr? 30,00
" (registrado)
Cr? 36,00
Número do mês:
Cr? 3,00 Cr? 5,00
Atrasado:
INTERVEM
NO COMÉRCIO DE SEGUROS -
Dlgesto Econômico
Ano (simples)
O ESTADO
esteve confiada a sua direção, ,
como velo apoio crescente que recebeu da par te das pessoas que, cm nosso país, se dedicam
trangeiras. ASSINATURAS:
dedicada aos assuntos econômicos, pode, sem
laror considerar-se plenamente vitorioso, iio
Baleeiro. Aceita-se intercâmbio com publi
MA ptiblicação cs-pcci(úizad<i, sobretudo se
•ão dos responsáveis pela produção, em - òdo e nos nulros Estados, pelos magnos
ffrtíblcnuis cconômíco.s' que o nosso pais tem de enfrentar neste difícil após-gueira. Nunca, co
Redação e Administração;
mo nos tempos que correm, teve a humanidadp com efeito, demonstrações tão evidentes da importância qne assumem os problemas econô
Viaduto Boa Vista, 67 - 7.o andar
Tel. 3-7499 — Caixa Postal, 240-B São Paulo
V •
micos para a vida dos povos, nem da interdc-
• fil- l
«■i 1^.
DIGESTO
o MUHSO DOS MIEÚCIOS HUU PflHOÜIMA VüfSIl Publicado Mob ot auipícios da
ASSOCIACÍDCaMERCIlilDE São PAULO
ECONOMICO
FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO 00 ESTAOO DE SÃO PAULO
o MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
O Iligesttift £eon^»Biii«o Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade
pub'kará no próximo número;
Sã49 B^nailo - B>«»Koiaii»iPo tia» lfM7
N.
A-^rUALÍDADE DE D. QülXOTE -
Diretor:
Anlonlo Gonlljo de Carvalho
O Digeiío Econômico, órgão de In
formações econômicas e financeipublicado mensalmente pela Editôra Comercial Ltda.
Eiancisco Campos. PLANO REGIONAL DE Francisco Prestes Maia.
fabrica
nacional
C2J
SANTOS -
de
11.11 nia i:ico[n[!.iiy.i.n®iiia
moto
1 rr
res — Francisco Sá Filho.
noi5 responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidamente citadas, nem pelos
conceitos emitidos em artigos assi nados.
UMA PREVISÃO FRANCISCO —
Econômico.
U
geografia DAS COMUNICAÇÕES PAULISTAS
Na transcrição de artigos pede-se citar o nome do Dlgesto
SÕBRE O SÃO Dcolinclo Ainorim.
—
Nelson
cações congêneres nacionais e es
Werneck
nrnsil auando entra fio -vcn (yurif^o «no de vMa,
'omo'aconlcce a-^ora com o "DIGESTO ECO
Sodrc.
NÔMICO"- Nc.vse espaço dc Icmpo as dificul dades'' que^'^^ciativas "cralmenle ncompanham os primeicoma esta, já puderam
O ESTADO-EMPRESÁRIO - Alioniar
j^iJvnnüis não SÓ pela dedicação das cie-
SOCIOLOGIA DAS INVENÇÕES -
TncK íioí
L. A. Costa Pinto.
PORQUE
fioi estudos econômicos. Já naora, portanto, ó
7c Lvem que o "DIGESTO ECONÓJIICO"
Oaví Campísta FiMu).
tenha penetrado na fase mais fecunda da açao aue a Associação Comercial dc São Paulo e a 'içdcração do Comércio do Estado dc São Pauprocuraram imprimir c que é a de atrair
Cr? 30,00
" (registrado)
Cr? 36,00
Número do mês:
Cr? 3,00 Cr? 5,00
Atrasado:
INTERVEM
NO COMÉRCIO DE SEGUROS -
Dlgesto Econômico
Ano (simples)
O ESTADO
esteve confiada a sua direção, ,
como velo apoio crescente que recebeu da par te das pessoas que, cm nosso país, se dedicam
trangeiras. ASSINATURAS:
dedicada aos assuntos econômicos, pode, sem
laror considerar-se plenamente vitorioso, iio
Baleeiro. Aceita-se intercâmbio com publi
MA ptiblicação cs-pcci(úizad<i, sobretudo se
•ão dos responsáveis pela produção, em - òdo e nos nulros Estados, pelos magnos
ffrtíblcnuis cconômíco.s' que o nosso pais tem de enfrentar neste difícil após-gueira. Nunca, co
Redação e Administração;
mo nos tempos que correm, teve a humanidadp com efeito, demonstrações tão evidentes da importância qne assumem os problemas econô
Viaduto Boa Vista, 67 - 7.o andar
Tel. 3-7499 — Caixa Postal, 240-B São Paulo
V •
micos para a vida dos povos, nem da interdc-
• fil- l
M
Dicesto Econômico
pendência dos fenômenos econômicos em lôdas as nações. O Brasil prcci.ui, por mo, ter a-j suas classes produtoras e a sua elite pensante voltadas sempre 'para
lats problemas, a fim de enfrentá-los com segurança e não mais com imvrovisaçõc.s
O (Píajpvo- ^cpUmaí de SantO-á
simplistas que caracterizaram a nossa evolução econômica em todos os' tcmvos. /ormcr essa legião de estudiosos, acredito que o "DIGESTO EC:0t^üMlCO" tenha contribuído poderosamente nos três anos de sua existência. Pn^
n.DESENVOLVIMENTO DO PÔRTO
por FiiANCisco PniaxEs Maja
'a comprová-lo, aí estão o.s suas tiragem, que crescem constantemente em propor ções outrora só atingidas pelas revistas de fuliUdades e de mundo,lismo c que imr
e!pedZío'^'^"^ ífnporfóíicífl singular quando se referem a um menJírla /# 5 "D/G£STO ECONÔMICO", esfârço quedosnãomais pode deixarespccindc ser aitado, vem, por outro lado, atraindonum a colaboração notáveis tos do pais, no estudo dos nrnhlemas econômicos, financeiros ou sociais, c crian0 msim, para eles, um ambiente outrora exclusivamente alcançado nas colunas aa imprensa diária, onde, como e Óbvio, tais assuntos nem podem ser abordados com o rigor de técnica que extge geralmente a sua natureza, nem com a profundi dade necessária.
Dessa forma, o "DIGESTO ECONÔMICO" alcançou sua finalUlade, que era a de despertar o mterêsse coletivo para os problemas direta ou indiretamente Ugados a economia nacional, e, como conseqüência, serviu de estímulo aos esj^ectahstas que. em nosso pats. estudam os problemas nacionais. Assim, com realizações concretas, objetivas e vitoriosas, vêm as entidades do comercio paulista honrando a ma classe e servindo aos altos interôsses de São
Paulo e do Brasil.
No capítulo anterior encaramos San to sob o ponto de visla histórico e geo
gráfico, e mostramos como o sou desen volvimento decorre dum determinismo
sôbre o Plano Regional de Santos. Êste,
cpialquer plano referente ao litoral, nes
o segundo da série, resume a história do pôrto.
te momento, quando projetos prematu
ros e dispersivos tentam desviar a aten
ção para outros pontos. Santos é e será ainda por largo tempo o centro do comércio exterior do Estado e de vasta zona sul-americana, e sôbre ele devem
convergir os projetos portuários e urba
para o comércio externo. Stephen Buck
outros portos paulistas, de planos pro
Consideremos agora muis pormenori zadamente a questão portuária que, além do sua importância regional, é também o determinante principal das linhas mes tras do urbanismo santisla. Resumindo a história do pôrto, veremos a persis tência ou a repetiç.ão de muitos fatos, o isto nos ajudará a dar-lhes o devido
Na segunda metade do século passado Santos era um dos portos mais insalu bres do mundo e, materialmente, resu mia-se a uma série de pontos, pontões o trapiches; 23 pontes, das quais 2 da Alfândega e 2 da "São Paulo Rail-
way", e 100 pontões. Na baixa-mar lar ga faixa de lodo, receptáculo de detri tos e do escoamento urbano, ficava des coberta ao 'sol, constituindo tremendo fo
co do pestilêncía, que a ausência de um tô' u
i.
tava apto para controlar a construção,
em todo o país, de docas e armazéns c André Rebouças logo propuseram a
valor e interpretação.
n'
O Covêrno Imperial, pela Lei n.° 1.746 do 13 de outubro de 1865, es
nísticos dc vulto, sem prejuízo, para os
puramente locais*.
W
nômico" uma série de cinco artigos
geográfico que ó mister sopezar cm
porcionados aos seus interôsses e papéis
Brasílio Machado Nisto
O ilustre engenheiro dr. Francisco Prestes Aíafo prometeu para o "Digcsto Eco
sistema urbano de esgôto agravava.
organização de uma companhia estran geira para as Docas do Rio, que não vingou. O dividendo previsto, de 10%, foi elevado a 12, sem resultado.
No
ano seguinte o Governo concedeu ao Condo da Estréia e Pra.\edes de An drade autorização para construção e
gôzo, em Santos, de~ docas e melhora mentos.
O engenheiro Brereton apre
sentava 3 projetos, sendo um compos to de cais corrido sobre enrocamento e ;
7 moMies de estrutura metálica, em T, j e outro, composto de um cais corrido ;
simpled, de ferro.
j
Após duas prorrogações a conces- j
são caducou e o próprio Governo to- j mou a iniciativa de mandar estudar e j
projetar a obra. Nomeou uma comissão
com nomes que depois se tomaram no táveis na engenharia brasileira: William| Mi'nor Roberts, chefe, Sérgio de Saboia, Alfredo Lisboa, Teodoro Sampaio e ou
tros.
Enquanto uma concorrência se
M
Dicesto Econômico
pendência dos fenômenos econômicos em lôdas as nações. O Brasil prcci.ui, por mo, ter a-j suas classes produtoras e a sua elite pensante voltadas sempre 'para
lats problemas, a fim de enfrentá-los com segurança e não mais com imvrovisaçõc.s
O (Píajpvo- ^cpUmaí de SantO-á
simplistas que caracterizaram a nossa evolução econômica em todos os' tcmvos. /ormcr essa legião de estudiosos, acredito que o "DIGESTO EC:0t^üMlCO" tenha contribuído poderosamente nos três anos de sua existência. Pn^
n.DESENVOLVIMENTO DO PÔRTO
por FiiANCisco PniaxEs Maja
'a comprová-lo, aí estão o.s suas tiragem, que crescem constantemente em propor ções outrora só atingidas pelas revistas de fuliUdades e de mundo,lismo c que imr
e!pedZío'^'^"^ ífnporfóíicífl singular quando se referem a um menJírla /# 5 "D/G£STO ECONÔMICO", esfârço quedosnãomais pode deixarespccindc ser aitado, vem, por outro lado, atraindonum a colaboração notáveis tos do pais, no estudo dos nrnhlemas econômicos, financeiros ou sociais, c crian0 msim, para eles, um ambiente outrora exclusivamente alcançado nas colunas aa imprensa diária, onde, como e Óbvio, tais assuntos nem podem ser abordados com o rigor de técnica que extge geralmente a sua natureza, nem com a profundi dade necessária.
Dessa forma, o "DIGESTO ECONÔMICO" alcançou sua finalUlade, que era a de despertar o mterêsse coletivo para os problemas direta ou indiretamente Ugados a economia nacional, e, como conseqüência, serviu de estímulo aos esj^ectahstas que. em nosso pats. estudam os problemas nacionais. Assim, com realizações concretas, objetivas e vitoriosas, vêm as entidades do comercio paulista honrando a ma classe e servindo aos altos interôsses de São
Paulo e do Brasil.
No capítulo anterior encaramos San to sob o ponto de visla histórico e geo
gráfico, e mostramos como o sou desen volvimento decorre dum determinismo
sôbre o Plano Regional de Santos. Êste,
cpialquer plano referente ao litoral, nes
o segundo da série, resume a história do pôrto.
te momento, quando projetos prematu
ros e dispersivos tentam desviar a aten
ção para outros pontos. Santos é e será ainda por largo tempo o centro do comércio exterior do Estado e de vasta zona sul-americana, e sôbre ele devem
convergir os projetos portuários e urba
para o comércio externo. Stephen Buck
outros portos paulistas, de planos pro
Consideremos agora muis pormenori zadamente a questão portuária que, além do sua importância regional, é também o determinante principal das linhas mes tras do urbanismo santisla. Resumindo a história do pôrto, veremos a persis tência ou a repetiç.ão de muitos fatos, o isto nos ajudará a dar-lhes o devido
Na segunda metade do século passado Santos era um dos portos mais insalu bres do mundo e, materialmente, resu mia-se a uma série de pontos, pontões o trapiches; 23 pontes, das quais 2 da Alfândega e 2 da "São Paulo Rail-
way", e 100 pontões. Na baixa-mar lar ga faixa de lodo, receptáculo de detri tos e do escoamento urbano, ficava des coberta ao 'sol, constituindo tremendo fo
co do pestilêncía, que a ausência de um tô' u
i.
tava apto para controlar a construção,
em todo o país, de docas e armazéns c André Rebouças logo propuseram a
valor e interpretação.
n'
O Covêrno Imperial, pela Lei n.° 1.746 do 13 de outubro de 1865, es
nísticos dc vulto, sem prejuízo, para os
puramente locais*.
W
nômico" uma série de cinco artigos
geográfico que ó mister sopezar cm
porcionados aos seus interôsses e papéis
Brasílio Machado Nisto
O ilustre engenheiro dr. Francisco Prestes Aíafo prometeu para o "Digcsto Eco
sistema urbano de esgôto agravava.
organização de uma companhia estran geira para as Docas do Rio, que não vingou. O dividendo previsto, de 10%, foi elevado a 12, sem resultado.
No
ano seguinte o Governo concedeu ao Condo da Estréia e Pra.\edes de An drade autorização para construção e
gôzo, em Santos, de~ docas e melhora mentos.
O engenheiro Brereton apre
sentava 3 projetos, sendo um compos to de cais corrido sobre enrocamento e ;
7 moMies de estrutura metálica, em T, j e outro, composto de um cais corrido ;
simpled, de ferro.
j
Após duas prorrogações a conces- j
são caducou e o próprio Governo to- j mou a iniciativa de mandar estudar e j
projetar a obra. Nomeou uma comissão
com nomes que depois se tomaram no táveis na engenharia brasileira: William| Mi'nor Roberts, chefe, Sérgio de Saboia, Alfredo Lisboa, Teodoro Sampaio e ou
tros.
Enquanto uma concorrência se
.1.
aa
Dicestí)
diti
° Governo de São Paulo pe^ ^ concessão das ol>ías me-
EcroNÓNfico'
fai.xa de 20 metros paru rb-pósilos e operações de carga c descarga das nier> cadorias; guindastes bidnuilicos Arriis-
^tde^ 1^ estipuladas na Lei trong (hoje suplantados pelos e'élr:cos): Pau'"T ^'è-se que é antigo o prurido prazo de 39 anos; rcvt?rsúo jíoslerior do ^ etacar dirc-tanientc o caso não ^
mfnf^"c^a
máximo, Mas a Província
Lei Federal 55 f>decmprcendi18.S4 deu
ncessão a parhculares.
Pleiton
d.r
concessão, como re-
no r„ 1 Paulo Railway", baseada iiU "suai na Inglaterra, teve «itntica pretensão.
semP°
1888,
v7r!
A"lónio Prado, o Go-
" fn
chamou de novo a si
conco"^'""^^'' das scir^'^'
"ma íiprescnta-
Pinto de
G°!:r"' tZ
^
"=■■'> criticai o dlsras^T^SraT Rea™.u.„ Hélio Lobo. o historiador S
mprca, nestas palavras: "Nascia cm "ta e em luta viveria a cmprôsa ciuc
1 ç'T">. Despeitos ^ da preterição Docas dc Santos
cmmes regionalistas (pois os vencedorei eram estranhos h província), depois lu-
de interesses, desgostos pelos atraso.s c insuficiências do serviço, por vêzes
I
nos e apureibamento, seoi indenii/aç-ão; usufruto do.s terrenos aterradíis; (iircíto
dc resgate- pelo Goxèrno, aj)ós c(?rlo
Comercial de Santos
Prespnf"!
para o Estado dc t(klas as oLra.s. terre
prazx> c com dedução da parte amorti
zada; direito dc taxas dr- carga e des carga (1 a 3 réis por kg ), de uso de
cais pelos navios (500 a 700 réi.s por metro linear e por dia) e dc ocupação
dos armazéns (2 réi.s por kg por niès); preferencia, em igualdade de condições, para obras semelhantes que, no prazo
da concessão, se tornassem necessárias íio pértü; pagamento das despesas de fiscalização; início das obias dcnta-u do 6 meses e conclusão dentro dc 3 anos. O contrato datava de 20 dc jiillio. Organizou-se a firma eom 4. OOü con
to;; dc capital, elevado a 15.000 ein 1890. O relatório bá.sico era o dc
remos: cais c aterro desde a ponte velha
da Estrada de Ferro até a rua Braz
Cubas, seja a Alfândega; via férrea du• pia dc bitola larga, para os guindastes o vagões; armazéns; reserva de imiji
Logo SI- reconlicccu unániniemente a
mS, ascendeu a 500.000, pois
-odo refluía .sob o pêso do aterro.
Os
rinha constitujram obstáculos de outra
ordem.
1885, em que se verificara uina expor-
taçiio de 130.000 toneladas e umu im portação de 80.000. Comparando com o- .situação atual (4.800.000 toneladas e exportação e importação em 1946),
veri icaremos quo o volume movinieiitaclo multiplicou-sc por 23, mas a exten••■«ío do c;iis aumentou apenas de 6
extensão. Antes já Imvia sido autorizado u alargamento da faixa. O Decreto n.® 942 de 1892 estipulou o prolongamento de Paquetá até os
necessidiule dc prolongar o cais c a
Ouleirinhos, numa extensão de 2.848 ni,
Cãjmpuubia rc-ipiereu-o, para o lado do Valongo, até o rio SuImjó. Visava com isso ^siimiilàneanii nte sanear a costa o corrigir simiosidades que. .sob a ação dc
do que resultaria o lota! de 4.720 m.
correntes vasanles, cria\am águas inorlas
junto ao cais e os c(jnsc(jüent<'s depósilo.s.
O
Decreto
n."
10.277
de
1889
A 2 de fevereiro de 1892 foram en
tregues os primeiros 2GÜ ui
de cais
c a 27 de junlio interligavam-se os tri lhos da Inglesa o do cais. A inauguração (Xiincidia com uma tremenda crise do abarrolamento: cais,
autorizou o prolongamento até o cncoranicnto pró.xiino à ponte da c.slracla
pontes, praças e ruas atulhadas de mer
dc ferro, c mais a construção de um
ses o mais, a ponto de alguns arma dores 0.S venderem para evitar maiore.s
cadorias; navios esperando 8, 9, 10 me
d-que no Valongo. para reparações na vais. Mas o prolongamento era mínimo, 122, m apenas, o (pie quer dizer que de.sde o começo a companhia preferia os
prejuízos; mercadorias apodrecendo à merco das intempéries ou entregues à rapinagem. Os carroceiros exploravam
palialhüs.
a necessidade dos comerciantes; a Com
llaxia outras rcclaniaçõe.'^,
principahiientc da Câmara Municipal. Por outro lado avi/.lnliava-.se uma gran de crise portuária, com qne a Compa nhia, apenas constituída, estreava uma série que vem ate os nossos verno Federal (ministro Francisco Gli-
C projeto visava sòmente 866 m de . vais, cifra buscada no exercício de 1884-
as cláusu'as contratuais que resumi
desproporção é flagrante.
Sfcu "curriculum" ferroviário.
nhas posteriores na imprensa e no Par C-Decreto n.° 9.979 de 1888 enuncia-
Einliora possa ser alegado apa-
relhamciUo e fcrviço mais eficiente, a
lherme Wainsclienk, já conhecido por Uma das primeiras dificuldades foi a dragagem. Previslo o volume de
■WT!** yi, T ,VT' 37
dias.
himbém simples pretextos de propaganda política — tais foram os motivos, jus-
lamente.
vézes.
I. <
ICeoNÕMieo
Saboia o Silva; o engenlieiro era Gui
ocupantes das pontes c terrenos de ma
tos ou injustos, de prolongadas campa
ÜiuKSTO
Por Decreto n.'' 966 do 1890 o Go
ccrio) autorizou o prolongamento do cais até o Paquelá, inclusive os anexos o uma doca dc peixe; concomitantemcntü elevou o prazo "do privilégio" a 90 "anos. Êste prazo era o máximo da Lei de 1869 e igualava o de diversas estra
das dc ferro. Além disso, não se percebe bem com que intenção c alcance (pois fé-Io indiictainente apenas jiclo uso da
panhia Docas, que só tinha 260 m do cuiá, paradoxalmente lançava a maior
culpa i\ Estrada do Ferro. Situação de fazer inveja a 1947. Para maior aflição,
campeavam a febre amarela e a varíola, o os próprios operários, muitos deles n custo trazidos do Norte, desertavam.
A
Associação Comercial avaliava os pre juízos em 60.000 contos. O Govêmo justificou os favores ou alterações contratuais (privilégio, ele vação de prazo, relevação de multas, prorrogação de prazos, isenção de di reitos) pela premência da situação jun ta á queda do câmbio de 26 a 10 dinheiros por mil réis, o que encarecia o material de importação, como o ci
exprê.s.são) qualificou a concessão como "privilégio", o que provocou naturais
mento, ferro e maquinário, e encarecia
impugnaçõc.s.
outros elementos.
Êsto segundo prolongamento era dc .S84 m, de modo a somar o total de 1.872 m.
Dois anos apó.s, em 1892, a Câmara
Municipal c outro.s reclamavam maior
ainda, por refle.xo, a mão dé obra é O saláaio do trabalhador comum, por exemplo, subira de 2 mil réis em 1886 a 6 mil réis em 1892 — salto comparável em tempo e importância ao que vimos durante a última guerra mundial.
.1.
aa
Dicestí)
diti
° Governo de São Paulo pe^ ^ concessão das ol>ías me-
EcroNÓNfico'
fai.xa de 20 metros paru rb-pósilos e operações de carga c descarga das nier> cadorias; guindastes bidnuilicos Arriis-
^tde^ 1^ estipuladas na Lei trong (hoje suplantados pelos e'élr:cos): Pau'"T ^'è-se que é antigo o prurido prazo de 39 anos; rcvt?rsúo jíoslerior do ^ etacar dirc-tanientc o caso não ^
mfnf^"c^a
máximo, Mas a Província
Lei Federal 55 f>decmprcendi18.S4 deu
ncessão a parhculares.
Pleiton
d.r
concessão, como re-
no r„ 1 Paulo Railway", baseada iiU "suai na Inglaterra, teve «itntica pretensão.
semP°
1888,
v7r!
A"lónio Prado, o Go-
" fn
chamou de novo a si
conco"^'""^^'' das scir^'^'
"ma íiprescnta-
Pinto de
G°!:r"' tZ
^
"=■■'> criticai o dlsras^T^SraT Rea™.u.„ Hélio Lobo. o historiador S
mprca, nestas palavras: "Nascia cm "ta e em luta viveria a cmprôsa ciuc
1 ç'T">. Despeitos ^ da preterição Docas dc Santos
cmmes regionalistas (pois os vencedorei eram estranhos h província), depois lu-
de interesses, desgostos pelos atraso.s c insuficiências do serviço, por vêzes
I
nos e apureibamento, seoi indenii/aç-ão; usufruto do.s terrenos aterradíis; (iircíto
dc resgate- pelo Goxèrno, aj)ós c(?rlo
Comercial de Santos
Prespnf"!
para o Estado dc t(klas as oLra.s. terre
prazx> c com dedução da parte amorti
zada; direito dc taxas dr- carga e des carga (1 a 3 réis por kg ), de uso de
cais pelos navios (500 a 700 réi.s por metro linear e por dia) e dc ocupação
dos armazéns (2 réi.s por kg por niès); preferencia, em igualdade de condições, para obras semelhantes que, no prazo
da concessão, se tornassem necessárias íio pértü; pagamento das despesas de fiscalização; início das obias dcnta-u do 6 meses e conclusão dentro dc 3 anos. O contrato datava de 20 dc jiillio. Organizou-se a firma eom 4. OOü con
to;; dc capital, elevado a 15.000 ein 1890. O relatório bá.sico era o dc
remos: cais c aterro desde a ponte velha
da Estrada de Ferro até a rua Braz
Cubas, seja a Alfândega; via férrea du• pia dc bitola larga, para os guindastes o vagões; armazéns; reserva de imiji
Logo SI- reconlicccu unániniemente a
mS, ascendeu a 500.000, pois
-odo refluía .sob o pêso do aterro.
Os
rinha constitujram obstáculos de outra
ordem.
1885, em que se verificara uina expor-
taçiio de 130.000 toneladas e umu im portação de 80.000. Comparando com o- .situação atual (4.800.000 toneladas e exportação e importação em 1946),
veri icaremos quo o volume movinieiitaclo multiplicou-sc por 23, mas a exten••■«ío do c;iis aumentou apenas de 6
extensão. Antes já Imvia sido autorizado u alargamento da faixa. O Decreto n.® 942 de 1892 estipulou o prolongamento de Paquetá até os
necessidiule dc prolongar o cais c a
Ouleirinhos, numa extensão de 2.848 ni,
Cãjmpuubia rc-ipiereu-o, para o lado do Valongo, até o rio SuImjó. Visava com isso ^siimiilàneanii nte sanear a costa o corrigir simiosidades que. .sob a ação dc
do que resultaria o lota! de 4.720 m.
correntes vasanles, cria\am águas inorlas
junto ao cais e os c(jnsc(jüent<'s depósilo.s.
O
Decreto
n."
10.277
de
1889
A 2 de fevereiro de 1892 foram en
tregues os primeiros 2GÜ ui
de cais
c a 27 de junlio interligavam-se os tri lhos da Inglesa o do cais. A inauguração (Xiincidia com uma tremenda crise do abarrolamento: cais,
autorizou o prolongamento até o cncoranicnto pró.xiino à ponte da c.slracla
pontes, praças e ruas atulhadas de mer
dc ferro, c mais a construção de um
ses o mais, a ponto de alguns arma dores 0.S venderem para evitar maiore.s
cadorias; navios esperando 8, 9, 10 me
d-que no Valongo. para reparações na vais. Mas o prolongamento era mínimo, 122, m apenas, o (pie quer dizer que de.sde o começo a companhia preferia os
prejuízos; mercadorias apodrecendo à merco das intempéries ou entregues à rapinagem. Os carroceiros exploravam
palialhüs.
a necessidade dos comerciantes; a Com
llaxia outras rcclaniaçõe.'^,
principahiientc da Câmara Municipal. Por outro lado avi/.lnliava-.se uma gran de crise portuária, com qne a Compa nhia, apenas constituída, estreava uma série que vem ate os nossos verno Federal (ministro Francisco Gli-
C projeto visava sòmente 866 m de . vais, cifra buscada no exercício de 1884-
as cláusu'as contratuais que resumi
desproporção é flagrante.
Sfcu "curriculum" ferroviário.
nhas posteriores na imprensa e no Par C-Decreto n.° 9.979 de 1888 enuncia-
Einliora possa ser alegado apa-
relhamciUo e fcrviço mais eficiente, a
lherme Wainsclienk, já conhecido por Uma das primeiras dificuldades foi a dragagem. Previslo o volume de
■WT!** yi, T ,VT' 37
dias.
himbém simples pretextos de propaganda política — tais foram os motivos, jus-
lamente.
vézes.
I. <
ICeoNÕMieo
Saboia o Silva; o engenlieiro era Gui
ocupantes das pontes c terrenos de ma
tos ou injustos, de prolongadas campa
ÜiuKSTO
Por Decreto n.'' 966 do 1890 o Go
ccrio) autorizou o prolongamento do cais até o Paquelá, inclusive os anexos o uma doca dc peixe; concomitantemcntü elevou o prazo "do privilégio" a 90 "anos. Êste prazo era o máximo da Lei de 1869 e igualava o de diversas estra
das dc ferro. Além disso, não se percebe bem com que intenção c alcance (pois fé-Io indiictainente apenas jiclo uso da
panhia Docas, que só tinha 260 m do cuiá, paradoxalmente lançava a maior
culpa i\ Estrada do Ferro. Situação de fazer inveja a 1947. Para maior aflição,
campeavam a febre amarela e a varíola, o os próprios operários, muitos deles n custo trazidos do Norte, desertavam.
A
Associação Comercial avaliava os pre juízos em 60.000 contos. O Govêmo justificou os favores ou alterações contratuais (privilégio, ele vação de prazo, relevação de multas, prorrogação de prazos, isenção de di reitos) pela premência da situação jun ta á queda do câmbio de 26 a 10 dinheiros por mil réis, o que encarecia o material de importação, como o ci
exprê.s.são) qualificou a concessão como "privilégio", o que provocou naturais
mento, ferro e maquinário, e encarecia
impugnaçõc.s.
outros elementos.
Êsto segundo prolongamento era dc .S84 m, de modo a somar o total de 1.872 m.
Dois anos apó.s, em 1892, a Câmara
Municipal c outro.s reclamavam maior
ainda, por refle.xo, a mão dé obra é O saláaio do trabalhador comum, por exemplo, subira de 2 mil réis em 1886 a 6 mil réis em 1892 — salto comparável em tempo e importância ao que vimos durante a última guerra mundial.
Dice^to
38
veis
Salientou-se, na
Econômico
SC
ficasse
DicK-vro Económux)
tomar, sem niainrrs probabilidades, ujna
questão vcncid i há 49 anos. Num mo
campanha contra a Companhia,
sujeita a tais al terações unilate
mento do c«)ngo.sti<nKinu'nto portuário,
Adolfo Pinto, en genheiro chefe da'
rais
mentos, que é o
poderia, V ccrlo, Irazcr algum ali\'it), mas p. insígnificáncia dêslt- a'ivi<), confronta
Companhia Pau
que IJie garantia
da com as dificirclarlc.s c a transitor'cda-
lista de Estradas
a receita c as de-
do das in.slulaç-õcs c do serviço, os sou.s
de Feno, pelo "Diário Popular" (1894). Êle via nas
de
regula
bêntures.
facilidades federais um dos exemplos da
A Companhia chegaria a um acôrdo se as empresas de navegaçao, a Inglè^
"orgia sardanapalesca" do Govêmo Pro
-c as Docas estabelecessem lrúfi'go mú
visório.
Uma das acusações versava sôbre a
dualidade de taxas: a Companhia teria direito sòmente às taxas de utilização de cais, por navio e por mercadoria. As
de armazenagem e capatazias, cobradas em tôdas as alfândegas, não teria direito,
embora o Govêmo lhas tivesse igual mente atribuído.
A Companhia alegou que isto era mera interpretação.
Nesta altura surge o pitoresco episomo da alfândega sêca da Capital.
tuo, e as primeiras se responsabilizas sem pelas taxas. O funcionário fiscal encarregado do caso embespinhou-se e chegou a propor a encampação das Docas.
O ministro da Fazenda Cens. Rodri
gues Alves e a Associação Comercial de São Paulo propuseram diversas soluções, mas nada conseguindo, aquôle baixou o Decreto n° 2.291 de 1896, em apoio à nova alfândega. Mas a balança dos argumentos co
meçou a pender contra a mesma: as
inconvenientes de duplicação tanto para
o governo como para o públict>, levam a reafirmar a única solução: o mellu>ra-
mcnto c a ampliação real do porto. Em 1896 surgiu a questão dti draga
gem em grande escala o da closobstnição do canal c do pôrto — milhão do metros cúbicos amia".s, ale atingir a pro fundidade de 8 m. O decreto respecti
vo, o 2.411, previa a remuneração pelo aumento da taxa dc 1 Já réis/kg. para 2 Jí. Alguns oposilorc.s preferiam scr-
viç-o por terceiros; na realidade, o ser viço pela própria companhia não apre sentava inconvenientes, senão o desta
poder interpretar e de fato ter dcpoi,s interpretado essa atribuição como o re
39
curios.amenle a própria Prefeitura quei xava-se da clccadênc"a daqueles primei ros. qvíc llies proporcionavam tributos de que os armazéns portuiírios estavam isen to;.
Em 1901 a Companhia obteve autorizt\ção para utilizar a força do rio Jurubatiiba, o que depois se efetivou po rém no Itatinga, aproveitando uma queda do 651 m o 3.000 litros, sejam 26,000 HP.
Depois os proprictár os das Docas pretenderam entrar na indústria elétrica
o fornecer energia tanto ao Rio como a São Paulo, concorrendo com a "Light". Se isso não foi por diante, teve no me nos o mérito de haver provocado melho
res condições nos serviços da "Light" na Capitak em especial o abaixamento da
tarifa de bondes, que, como se sabe, desceu dc 300 para 200 réis, cifra man
tida até 1947, quando o atual Govêmo elevou essa tarifa de 150%.
Criou-a o Govêmo pelo Decreto n.° 149-A de 1893, assim como outra em Juiz de Fora. O Govêmo do Estado entrou com o edifício e a instalação, de que "O Estado de São Paulo" ainda
fraudes aduaneiras, já reduzidas pelo
conhecimento dc um monopólio de cons
sistema do pôrto, tomariam (dizia-se)
trução e exploração total, o que, sc não era de todo desarrazoado à vista do gê nero do serviço, por outro lado não era
cos) e maior profundidade (8 m em
foi encontrada mais uma grande lage,
reproduziu a fotografia em número re cente (4 de maio). Inaugurou-se com festanças a 15 de novèmbro de 1895. As mercadorias passariam por Santos
expresso, nem forçoso, nem indiscutível,
acessibilidade de Santos, apenas a 3
A vista do circunstâncias que noutro
semelhantemente ao
horas da capital, não justificava a ino
ponto explanaremos.
em frente à Guarda Moria, requerendo
"em trânsito"- e viriam, por transporte seguro o curto, desembaraçar-se em São
Paulo, tudo visando maior desafôgo ao pôrto e mais facilidade ao comércio,
novas asas com a nova alfândega; os
únicos beneficiados, na realidade, seriam
os negociantes em pequena escala; a vação; abrir-se-ia além disso um prece
dente perigoso.
A Companhia impetrou e obteve man dado de manutenção de seus direitos de retenção das mercadorias, e o Govêmo,
intimado, obedeceu e matou a questão.
Em 1906 c anos seguintes surgiu a
da de cruzadores da nossa marinha de
dito, feito de grandes blocos de con creto, capeado de cantaria e com fruto
guerra. Os donos desses armazéns julga vam-se prejudicados pelos armazéns tan
de 1/10. À base sôbre vasa não deixa de oferecer risco de deslocamento. Em
to internos como externos das Docas, e
Trieste, onde o mesmo sistema foi em-
mida e dela cremos que só resta, como lembrança, o nome de uma rua no líraz.
em Santos, a ponto de motivarem a vin
impossível congregar capitais considerá-
Revivendo a questão recentemente, o Govêmo do Estado não fez senão re-
Noutras extensões
fície. Sôbre esta, acima das marés mí
tantes epidemias. Mas a Companhia Docas opôs-se, recusando trânsito às mercadorias antes de pagas as taxas de
2.960 de 1898.
demorado desmonte.
que já sucedera
calho menor permitia aplainar a super
tituído ou tornado obsoletos. Alguns dôsses desgostosos parece terem con tribuído para as greves então verificadas
de 1893 e alegava sobretudo ser-lhe
No trecho de Outeirinhos
o lodo era tão profundo e indefinido,
A Alfândega de São Paulo foi supri
O Decreto de revogação é o n.®
vez dc 7).
auestão dos prejudicados indiretos pelas Docas; os fornecedores de lastro para navios, os fornecedores de água, Irapicheiros, carroce'ros etc., todos cujas ati vidades o serviço das Docas havia subs
assim como evitar os efeitos das cons
armagenagem e capatazias. Estribavase no artigo 15 do regulamento 1.280
A extensão do cais prosseguiu pela adoção de novo sistema construtivo (blo
que foi forçoso atirar grande quantida de de pedra no fundo, após dragagem, para constituir terreno e base para a construção. Na parte superior um cas
nimas, assentava o muro pròpriamente
Dice^to
38
veis
Salientou-se, na
Econômico
SC
ficasse
DicK-vro Económux)
tomar, sem niainrrs probabilidades, ujna
questão vcncid i há 49 anos. Num mo
campanha contra a Companhia,
sujeita a tais al terações unilate
mento do c«)ngo.sti<nKinu'nto portuário,
Adolfo Pinto, en genheiro chefe da'
rais
mentos, que é o
poderia, V ccrlo, Irazcr algum ali\'it), mas p. insígnificáncia dêslt- a'ivi<), confronta
Companhia Pau
que IJie garantia
da com as dificirclarlc.s c a transitor'cda-
lista de Estradas
a receita c as de-
do das in.slulaç-õcs c do serviço, os sou.s
de Feno, pelo "Diário Popular" (1894). Êle via nas
de
regula
bêntures.
facilidades federais um dos exemplos da
A Companhia chegaria a um acôrdo se as empresas de navegaçao, a Inglè^
"orgia sardanapalesca" do Govêmo Pro
-c as Docas estabelecessem lrúfi'go mú
visório.
Uma das acusações versava sôbre a
dualidade de taxas: a Companhia teria direito sòmente às taxas de utilização de cais, por navio e por mercadoria. As
de armazenagem e capatazias, cobradas em tôdas as alfândegas, não teria direito,
embora o Govêmo lhas tivesse igual mente atribuído.
A Companhia alegou que isto era mera interpretação.
Nesta altura surge o pitoresco episomo da alfândega sêca da Capital.
tuo, e as primeiras se responsabilizas sem pelas taxas. O funcionário fiscal encarregado do caso embespinhou-se e chegou a propor a encampação das Docas.
O ministro da Fazenda Cens. Rodri
gues Alves e a Associação Comercial de São Paulo propuseram diversas soluções, mas nada conseguindo, aquôle baixou o Decreto n° 2.291 de 1896, em apoio à nova alfândega. Mas a balança dos argumentos co
meçou a pender contra a mesma: as
inconvenientes de duplicação tanto para
o governo como para o públict>, levam a reafirmar a única solução: o mellu>ra-
mcnto c a ampliação real do porto. Em 1896 surgiu a questão dti draga
gem em grande escala o da closobstnição do canal c do pôrto — milhão do metros cúbicos amia".s, ale atingir a pro fundidade de 8 m. O decreto respecti
vo, o 2.411, previa a remuneração pelo aumento da taxa dc 1 Já réis/kg. para 2 Jí. Alguns oposilorc.s preferiam scr-
viç-o por terceiros; na realidade, o ser viço pela própria companhia não apre sentava inconvenientes, senão o desta
poder interpretar e de fato ter dcpoi,s interpretado essa atribuição como o re
39
curios.amenle a própria Prefeitura quei xava-se da clccadênc"a daqueles primei ros. qvíc llies proporcionavam tributos de que os armazéns portuiírios estavam isen to;.
Em 1901 a Companhia obteve autorizt\ção para utilizar a força do rio Jurubatiiba, o que depois se efetivou po rém no Itatinga, aproveitando uma queda do 651 m o 3.000 litros, sejam 26,000 HP.
Depois os proprictár os das Docas pretenderam entrar na indústria elétrica
o fornecer energia tanto ao Rio como a São Paulo, concorrendo com a "Light". Se isso não foi por diante, teve no me nos o mérito de haver provocado melho
res condições nos serviços da "Light" na Capitak em especial o abaixamento da
tarifa de bondes, que, como se sabe, desceu dc 300 para 200 réis, cifra man
tida até 1947, quando o atual Govêmo elevou essa tarifa de 150%.
Criou-a o Govêmo pelo Decreto n.° 149-A de 1893, assim como outra em Juiz de Fora. O Govêmo do Estado entrou com o edifício e a instalação, de que "O Estado de São Paulo" ainda
fraudes aduaneiras, já reduzidas pelo
conhecimento dc um monopólio de cons
sistema do pôrto, tomariam (dizia-se)
trução e exploração total, o que, sc não era de todo desarrazoado à vista do gê nero do serviço, por outro lado não era
cos) e maior profundidade (8 m em
foi encontrada mais uma grande lage,
reproduziu a fotografia em número re cente (4 de maio). Inaugurou-se com festanças a 15 de novèmbro de 1895. As mercadorias passariam por Santos
expresso, nem forçoso, nem indiscutível,
acessibilidade de Santos, apenas a 3
A vista do circunstâncias que noutro
semelhantemente ao
horas da capital, não justificava a ino
ponto explanaremos.
em frente à Guarda Moria, requerendo
"em trânsito"- e viriam, por transporte seguro o curto, desembaraçar-se em São
Paulo, tudo visando maior desafôgo ao pôrto e mais facilidade ao comércio,
novas asas com a nova alfândega; os
únicos beneficiados, na realidade, seriam
os negociantes em pequena escala; a vação; abrir-se-ia além disso um prece
dente perigoso.
A Companhia impetrou e obteve man dado de manutenção de seus direitos de retenção das mercadorias, e o Govêmo,
intimado, obedeceu e matou a questão.
Em 1906 c anos seguintes surgiu a
da de cruzadores da nossa marinha de
dito, feito de grandes blocos de con creto, capeado de cantaria e com fruto
guerra. Os donos desses armazéns julga vam-se prejudicados pelos armazéns tan
de 1/10. À base sôbre vasa não deixa de oferecer risco de deslocamento. Em
to internos como externos das Docas, e
Trieste, onde o mesmo sistema foi em-
mida e dela cremos que só resta, como lembrança, o nome de uma rua no líraz.
em Santos, a ponto de motivarem a vin
impossível congregar capitais considerá-
Revivendo a questão recentemente, o Govêmo do Estado não fez senão re-
Noutras extensões
fície. Sôbre esta, acima das marés mí
tantes epidemias. Mas a Companhia Docas opôs-se, recusando trânsito às mercadorias antes de pagas as taxas de
2.960 de 1898.
demorado desmonte.
que já sucedera
calho menor permitia aplainar a super
tituído ou tornado obsoletos. Alguns dôsses desgostosos parece terem con tribuído para as greves então verificadas
de 1893 e alegava sobretudo ser-lhe
No trecho de Outeirinhos
o lodo era tão profundo e indefinido,
A Alfândega de São Paulo foi supri
O Decreto de revogação é o n.®
vez dc 7).
auestão dos prejudicados indiretos pelas Docas; os fornecedores de lastro para navios, os fornecedores de água, Irapicheiros, carroce'ros etc., todos cujas ati vidades o serviço das Docas havia subs
assim como evitar os efeitos das cons
armagenagem e capatazias. Estribavase no artigo 15 do regulamento 1.280
A extensão do cais prosseguiu pela adoção de novo sistema construtivo (blo
que foi forçoso atirar grande quantida de de pedra no fundo, após dragagem, para constituir terreno e base para a construção. Na parte superior um cas
nimas, assentava o muro pròpriamente
;.,'r r-v ••
4(1
Dici;sto
pregado, verificaram-se movimentos de 8 a 9 ni; mas em Santos só hou\e um
tarifas.
DicESTo Econômico
1C(:<jn6mh:c>
Itapcma.
Ao contrário poicJU «Io fjnc
41
Em abril ligou a linha dc
taxa geral no país c que cm Santos a Alfândega continuaria a ctíbrur sc exe cutasse o scrviç-o correspondente, como
energia do llatinga à rèdc tia "City".
acidente relativamente pequeno, cm
hcijo SC pcn-saria, EIlis acusava t» prolon gamento de Oulííriiiiio.s, cojmo flc.sno-
meio da construção o na extensão de
ccssário. mero cli.sfarcc para loMicr o
antes executava e, cni outros portos,
algumas dezenas de metros.
passo à E.stradii Sorocahana, então pro-
cio das obras em 1892; oiilni iria co memorar a sua eonclusão em 1912. O
desenvolvimento do Estado e a grc\e do pessoal tinham pro\'oeado o abarro-
panhias dc docas. A questão das capalazias ficou en mo ano, do "cais estadual", voltaria
Uma crise portuária as.»;iijalara o iní
ainda executa, sem transferi-lo às com
A primeira parte do caís tivera cons
leiulcnlc não só a uma terminal cm
trução diversa; muro de alvenaria sôbrc maciço de concreto feito em ensecadeí-
Santo.s, como à con(;<'s:irio mesmo <lo nm
ra de madeira, sendo que o maciço as
aspecto pessoal o .sitío <■ por ponco
tamento. Scguiu-sc a habitual polêmica entre as Docas e a Inglesa. "Com o
não terminou num duelo «"Ui •pie, contrâríamcnte ao c.slilo, cpicm por fôrça
desenvolvimento
lha, um prisma de enroeamcnto. O cais
troii-so insiifieionle a faixa do cai.s para
à tona ainda no presente. A "Gazeta" cm S. Paulo c o "Jornal
mais recente, no Valongo, está sendo construído sôbrc estacas premoldadas de concreto armado (0,38x0,38x19,00 m ), inclinadas nos dois sentidos, com cortina
queria dar tiros não era o gaúclu>, mas
o
do Comércio" no Rio iniciaram a cam
o paulista. Em 1907 Icvantou-.sc o conflito
cações, descargas, cargas e manobras,
exibição do.s livros c da aplicavão a
como para a guarda o movimentação das
marítima de "palplanche" também de concreto. O aterro, que vai empurran
essa exigência do Decreto rogidameutar
mercadorias nos armazéns c nos pátios
do a vasa, é feito atrás da cortina. Uma lage gera', a cobrir de lena, repousa
fi .501 de 1907.
das Docas, insuficiência agravada pchi deficiência manifesta dc maior trans
sobre a estacaria; o paramento externo é
deriam Ici.s, e muito meiifjs rcgtdumcn-
sentava em estacaria.
i
Atrás da mura
oe cantaria.
Estando atrasados os serviços, o Go verno pelo Decreto n.° 6.0S0 de 1907 dilatou de 5 anos o prazo para o trecho Paquetá-Outeirinhos, que deveria ter minar assim em 1912. Obrigou concomitantemente à construção nos Outeiri-
nhos, de um dique de 200 x 40 m
(em substituição à especificação primi tiva, para o Valongo, que ficara ino perante) e do edifício dos Correios e Telégrafos — curioso meio de custear
caís próprio. A brilp tomon por fim
com base na
c
no
Estado.. .
insuficiência
mos-
rcxelada
pela falta de espaço tanto para as atra-
da
A Companbia rc.sistin, Constituição
movimento,
do
Có
porte da "São Paulo Railway".
digo Comercia', alegando riue, nao po
Em virtude disso, vapores que che
tu:;. modificar situações conlruluais pre-
gam hão podem atracar imediatamente
cxislentcs.
o ficam ã espera dc lugar, oito e mes
Tudo visava a fixação do
Júnior propunha um entendimento entre
foi executada e em 1909 as partes se
tera por completo a economia calcula da da viagem. . é o que protestavam, cm manifesto ao Juízo Federal as com
o Estado e a União para o contrato e construção do novo cais além de Outeirinhos, em direção à Ponta da Praia.
compuseram (Decreto n.° 7.578). Em 1909 surgiu a rhalidadc com a no estadual, que, em véspera de eleição,
de dezembro. No Rio o projeto passou
bro. Em 1947 a espera dos navios seria
ressuscitava a pretensão de um cais pró prio. O secretário da AgrÍG|idtnra re-
três vêzcs maior.
no Senado como emenda orçamentá ria, mas caiu na Câmara. A iniciativa renova-se em 1913, cm
Em 1912 ressuscita a questão das ca-
de 25 ouro e tôdas as outras taxas que
4 anos: 438 contos. O Juiz Federal pro feriu a sentença em 29 de janeiro dc 1914 reconhecendo a legitimidade da taxa impugnada; a taxa de carga e des carga cobra-se por pêso da mercadoria; a atracação, por extensão de cais, e am bas retribuem o juro e amortização do capital empregado; quanto à taxa de capatazia, cobra-se pelo movimento da mercadoria feito com o auxilio do pes soal e do aparelhamento do pôrto, in cluindo o transporte aos armazéns; é
lei 23 de 1891, que reunira no mesmo
o pôrtü já percebia e a lei de 1869
Ministério o serviço de portos e os de
autorizava.
correios e telégrafos. Era presidente da
Ora, essa mesma taxa de 2%, incluí
llcpublica o Con.s. Rodrigues Alves, e ministro, Lauro Müller. Não obstante isto, e, talvez por isto mesmo (pois tinba
da no cdUal de concorrência para o ar
cie .se iniciou agora, no Purlamonto,
Resultou a lei estadual n° 369 de 28
panhias de navegação, em 25 de outu
"Light" e, depois, a luta com o CJoxór-
justificado ainda mais curiosamente pela
nova campanha contra as' Docas, ata cadas principalmente pelo exagero das
ção, por isso mesmo tão retardada. A 14 de dezembro o deputado Fontes
reta extraordinários prejuízos e lhes al
nbras ou obrigações federais no Estado,
Com
realidade estariam custeando a constru
mo dez e mais dias, fato que llies acar
patazias, por uma ação da "Light", que pretendia reaver as que pagara durante
contas políticas a ajustar) levantou-se
panha "pró-cais próprio", sublinhando a deficiência da instalação das Docas (apa relhamento antiquado, extensão pequena, profundidade escassa, bai.vio da barra, ar mazéns precários de chapa zincada) e o exagero das tarifas, superiores às de muitos portos europèus — tarifas que na
mo Tribunal (1008), mas a sentença não
capital. A Emprósa perdeu no Supre
quereu-o ao Governo federal, s'olicitando em compensação a arrecadação federal
contra as medidas Alfredo Ellls.
cerrada; mas a outra, ressurgida no mes
rendamento do cais do Rio, cpiasc já provocara aí uma rebelião do comércio.
Houve cm 1909 a primeira demonstra ção póbhca da renda da Companhia.
Ein 1910 esta protestava contra nm pe dido de aforamcnto perpétuo, por Wil son ,& Sons, de terrenos de marinha no
i
mensagem do presidente do Èstado, Cons. Rodrigues Alves, visando atender
velhas queixas do comércio e da la
voura. Ao que a Companhia respondia que a tarifa reputada alta em compara ção com outros portos nacionais expli cava-se pela existência, nestes, da taxa
de 2%, não cobrada em Santos pelo Go verno porque a obra fôra tôda de ini
ciativa e esfôrçú privado. Outro argu--
niento do Estado, aliás mais cabível
hoje que naquela época, era o grande
dispêndio do Góvêmo estadual em vias
férreas e rodoviárias, que iam beneficiar
;.,'r r-v ••
4(1
Dici;sto
pregado, verificaram-se movimentos de 8 a 9 ni; mas em Santos só hou\e um
tarifas.
DicESTo Econômico
1C(:<jn6mh:c>
Itapcma.
Ao contrário poicJU «Io fjnc
41
Em abril ligou a linha dc
taxa geral no país c que cm Santos a Alfândega continuaria a ctíbrur sc exe cutasse o scrviç-o correspondente, como
energia do llatinga à rèdc tia "City".
acidente relativamente pequeno, cm
hcijo SC pcn-saria, EIlis acusava t» prolon gamento de Oulííriiiiio.s, cojmo flc.sno-
meio da construção o na extensão de
ccssário. mero cli.sfarcc para loMicr o
antes executava e, cni outros portos,
algumas dezenas de metros.
passo à E.stradii Sorocahana, então pro-
cio das obras em 1892; oiilni iria co memorar a sua eonclusão em 1912. O
desenvolvimento do Estado e a grc\e do pessoal tinham pro\'oeado o abarro-
panhias dc docas. A questão das capalazias ficou en mo ano, do "cais estadual", voltaria
Uma crise portuária as.»;iijalara o iní
ainda executa, sem transferi-lo às com
A primeira parte do caís tivera cons
leiulcnlc não só a uma terminal cm
trução diversa; muro de alvenaria sôbrc maciço de concreto feito em ensecadeí-
Santo.s, como à con(;<'s:irio mesmo <lo nm
ra de madeira, sendo que o maciço as
aspecto pessoal o .sitío <■ por ponco
tamento. Scguiu-sc a habitual polêmica entre as Docas e a Inglesa. "Com o
não terminou num duelo «"Ui •pie, contrâríamcnte ao c.slilo, cpicm por fôrça
desenvolvimento
lha, um prisma de enroeamcnto. O cais
troii-so insiifieionle a faixa do cai.s para
à tona ainda no presente. A "Gazeta" cm S. Paulo c o "Jornal
mais recente, no Valongo, está sendo construído sôbrc estacas premoldadas de concreto armado (0,38x0,38x19,00 m ), inclinadas nos dois sentidos, com cortina
queria dar tiros não era o gaúclu>, mas
o
do Comércio" no Rio iniciaram a cam
o paulista. Em 1907 Icvantou-.sc o conflito
cações, descargas, cargas e manobras,
exibição do.s livros c da aplicavão a
como para a guarda o movimentação das
marítima de "palplanche" também de concreto. O aterro, que vai empurran
essa exigência do Decreto rogidameutar
mercadorias nos armazéns c nos pátios
do a vasa, é feito atrás da cortina. Uma lage gera', a cobrir de lena, repousa
fi .501 de 1907.
das Docas, insuficiência agravada pchi deficiência manifesta dc maior trans
sobre a estacaria; o paramento externo é
deriam Ici.s, e muito meiifjs rcgtdumcn-
sentava em estacaria.
i
Atrás da mura
oe cantaria.
Estando atrasados os serviços, o Go verno pelo Decreto n.° 6.0S0 de 1907 dilatou de 5 anos o prazo para o trecho Paquetá-Outeirinhos, que deveria ter minar assim em 1912. Obrigou concomitantemente à construção nos Outeiri-
nhos, de um dique de 200 x 40 m
(em substituição à especificação primi tiva, para o Valongo, que ficara ino perante) e do edifício dos Correios e Telégrafos — curioso meio de custear
caís próprio. A brilp tomon por fim
com base na
c
no
Estado.. .
insuficiência
mos-
rcxelada
pela falta de espaço tanto para as atra-
da
A Companbia rc.sistin, Constituição
movimento,
do
Có
porte da "São Paulo Railway".
digo Comercia', alegando riue, nao po
Em virtude disso, vapores que che
tu:;. modificar situações conlruluais pre-
gam hão podem atracar imediatamente
cxislentcs.
o ficam ã espera dc lugar, oito e mes
Tudo visava a fixação do
Júnior propunha um entendimento entre
foi executada e em 1909 as partes se
tera por completo a economia calcula da da viagem. . é o que protestavam, cm manifesto ao Juízo Federal as com
o Estado e a União para o contrato e construção do novo cais além de Outeirinhos, em direção à Ponta da Praia.
compuseram (Decreto n.° 7.578). Em 1909 surgiu a rhalidadc com a no estadual, que, em véspera de eleição,
de dezembro. No Rio o projeto passou
bro. Em 1947 a espera dos navios seria
ressuscitava a pretensão de um cais pró prio. O secretário da AgrÍG|idtnra re-
três vêzcs maior.
no Senado como emenda orçamentá ria, mas caiu na Câmara. A iniciativa renova-se em 1913, cm
Em 1912 ressuscita a questão das ca-
de 25 ouro e tôdas as outras taxas que
4 anos: 438 contos. O Juiz Federal pro feriu a sentença em 29 de janeiro dc 1914 reconhecendo a legitimidade da taxa impugnada; a taxa de carga e des carga cobra-se por pêso da mercadoria; a atracação, por extensão de cais, e am bas retribuem o juro e amortização do capital empregado; quanto à taxa de capatazia, cobra-se pelo movimento da mercadoria feito com o auxilio do pes soal e do aparelhamento do pôrto, in cluindo o transporte aos armazéns; é
lei 23 de 1891, que reunira no mesmo
o pôrtü já percebia e a lei de 1869
Ministério o serviço de portos e os de
autorizava.
correios e telégrafos. Era presidente da
Ora, essa mesma taxa de 2%, incluí
llcpublica o Con.s. Rodrigues Alves, e ministro, Lauro Müller. Não obstante isto, e, talvez por isto mesmo (pois tinba
da no cdUal de concorrência para o ar
cie .se iniciou agora, no Purlamonto,
Resultou a lei estadual n° 369 de 28
panhias de navegação, em 25 de outu
"Light" e, depois, a luta com o CJoxór-
justificado ainda mais curiosamente pela
nova campanha contra as' Docas, ata cadas principalmente pelo exagero das
ção, por isso mesmo tão retardada. A 14 de dezembro o deputado Fontes
reta extraordinários prejuízos e lhes al
nbras ou obrigações federais no Estado,
Com
realidade estariam custeando a constru
mo dez e mais dias, fato que llies acar
patazias, por uma ação da "Light", que pretendia reaver as que pagara durante
contas políticas a ajustar) levantou-se
panha "pró-cais próprio", sublinhando a deficiência da instalação das Docas (apa relhamento antiquado, extensão pequena, profundidade escassa, bai.vio da barra, ar mazéns precários de chapa zincada) e o exagero das tarifas, superiores às de muitos portos europèus — tarifas que na
mo Tribunal (1008), mas a sentença não
capital. A Emprósa perdeu no Supre
quereu-o ao Governo federal, s'olicitando em compensação a arrecadação federal
contra as medidas Alfredo Ellls.
cerrada; mas a outra, ressurgida no mes
rendamento do cais do Rio, cpiasc já provocara aí uma rebelião do comércio.
Houve cm 1909 a primeira demonstra ção póbhca da renda da Companhia.
Ein 1910 esta protestava contra nm pe dido de aforamcnto perpétuo, por Wil son ,& Sons, de terrenos de marinha no
i
mensagem do presidente do Èstado, Cons. Rodrigues Alves, visando atender
velhas queixas do comércio e da la
voura. Ao que a Companhia respondia que a tarifa reputada alta em compara ção com outros portos nacionais expli cava-se pela existência, nestes, da taxa
de 2%, não cobrada em Santos pelo Go verno porque a obra fôra tôda de ini
ciativa e esfôrçú privado. Outro argu--
niento do Estado, aliás mais cabível
hoje que naquela época, era o grande
dispêndio do Góvêmo estadual em vias
férreas e rodoviárias, que iam beneficiar
Dicesto Econômico
42
extraordinariamente o porto, cuja Com
baría por ser considerado prolongamen
panhia cômodamente via assim cresce rem os seus proveitos.
to ou anexo do caí.s da ilha de São
O principal argumento contrário, das Docas, era o "monopólio". Êste não derivava da concessão ori
ginária, mas do caráter que depois to-
•nou o empreendimento, não mais de meras docas, mas de melhoramento e
construção e exploração geral do pôrto, do que resultaria, pela natureza das coisas, o privilégio, ao menos por pre ferência, como reconheciam leis poste riores. É muito respeitável êste ponto
do rista da Companhia, mas pode-se di zer que o alcance das expressões "pri vilégios", "igualdade de condições" etc., são suscetíveis de discussão, máxime
^ hoje, quando a questão assume extrema mh importância para a economia regional ^ e para o desenvolvimento do pôrto na ilha de Santo Amaro, desenvolvimento que na realidade seria totalmente inde pendente das instalações atuais. Em
1914 as Docas argumentaram, e bem, que o cais Outeirinhos-Ponta da Praia
não passava de um prolongamento natu
ral do seu, com travessia dos trens pela faixa.
Embora êste
último argumento fôsse certo ponto depois
elidido pela Sorocabaha,
•
Os projetos de ampliação do porto do lado de Santo Amaro, enquanto simples
projetos, sem a confirmação obras apreciáveis e concretas, naturalmente não poderão garantir à Companhia di
va-so disposta a reuniões tarifárias e
Em fins de 1923 tem início o terceiro
capaz financeiramente das ampliações acaso necessárias, que preferencialmen
"congestionamento" do pôrto de Santos, que durou quase dois anos. As Docas
te rec'amava. Alegava a dispensa da taxa ouro de 2Í£ e a pr()vá\ el queda da
Hildebrando de Góis (Diário Oficial da
tratara somente a construção de docas o armazéns, nos termos estritos da lei dc 1860, mas os melhoramentos gerais do
União, 12 de outubro de 1924) opinou que a crise "não era originàriamenté por tuária; não provinha nem da insufici
18 do setembro de 1914, a concessão
pôrto "como escrito na epígrafe e no tex
ência do comprimento do cais, nem de
do novo cais.
to do Decreto 9.979 de 12 de julho de
aparelhamento, nem de armazéns, nem
O Estado pleiteava os mesmos favo res gozados pelas Docas, taxas de arma zenagem só sôbre a mercadoria efetiva
1888", distinção essa "radical e não dc
do instalações especiais, nem da rede de
palavras".
linhas férreas do cais, mas tinha como
Invocava em apoio da interpretação a lei dc 29 de agôsto de 1828; docas
causa única tão sòmente a manifesta in
e armazéns eram obras pequenas e par
entro Santos e o interior".
damos apenas que, munido do Decreto citado n.° 369 de 1912, o Estado pediu
em 3 de agôsto de 1913, e repetiu-o a
mente recolhida aos armazéns, c pro
punha isenção de capatazias sobre a ex portação e o aprofundamento do pôrto
receita, prejudicial no fim das contas â
Em requerimento ao ministro da Via-
ticulares; para tal não era exigida con corrência, que não consta da lei de 1869; porém a exigência havia na lei
ção dizia o secretário da Agricultura e Obras Públicas que o movimento de
por que? "Porque se tratava de coisa
mercadorias subira de 387 mil tonela
diferente, muito mais importante, sob
das em 1888 a 2 milhões em 1913, sem
outro regimen jurídico.
para 8 a 11 metros.
que se notasse esforço da emprêsa para ampliar e baratear os seus serviços.
A questão ressurgiu em
1914, embora, pelas cir mércio mundial.
Como
de 1828 6 foi obedecida em Santos,
Tratava-se de
um serviço federal, que o Governo não
queria ou não poderia executar". A campanha prosseguiu em
1915,
novo cais, fronteiro, apli-
que, sempre que a sa
pitais particulares, e o Rio, construído pela União, sem que a emprêsa local
turação portuária se apro
necessitasse mais capital que o de mo
ca-se o argumento?
xima, coincide
vimento.
Nelson
Wemeck Sodré, a Com
sobrevir
O Governo parece não ter
está mudadoj do contrá
zir-lhe o movimento ou
encontrado suficiente escudo para a ação, mas exportadores de Santos entraram
rio até São Sebastião aca-
mascarar-lhe a deficiência
em juízo no mesmo sentido, em 1917,
um fato externo a redu
Docas um programa suficiente.
O re
latório concluirá mais: "o aparelliamento do pôrto era largamente suficiente, por muito tempo ainda". Não obstante o extremo valor db tra balho e do autor, não foram totalmente
convincentes, suscitando numerosas opir
se justamente no período de setembro
i cais é um só". Mas ao
acentuado
Havia coerência no parecer, pois do contrário a inspetoria de portos reco nheceria culpa na própria fiscalização, que não teria impôsto à Companhia
Ê de notar que, como registra Al fredo Lisboa no seu livro (Portos do
panhia Docas é tão feliz
tem
suficiência dos transportes ferroviários
sem outro resultado porém que a cauda orçamentária ou lei 3.070 de 1915, au torizando o Govêrno a estudar e projuQver a redução das taxas de capatazia, questão em que, como se sabe, jíferiam as condições dos diversos por tos: p. ex. Santos, construído com ca
suas razões no "Jornal do Comércio" de 4 de no. vembro de 1914): "o
evidente que o problema
terminando por fim a favor da em prêsa.
própria União cm virtude da futura re
^^ropéia, se reduzisse o co-
É
A questão prolongou-se durante anos,
versão. Alegava sobretudo que não con
reitos sobre a costa fronteira. É po rém assunto que melhor trataremos em capítulo vindouro. No momento recor
o ponto de vista da Còm-
resumia
Não foi outm coisa o que
sucedeu cm 1914.
o a "São Paulo Railway" tinham ambas culpas em cartório mas, como em na tural, cada qual atirax^a-as à outra. O relatório do distinto engenheiro
cunstâncias da guerra eu-
Esta
do serviço.
43
Em todo caso a Companhia dcciara-
Vicente...
que atingiu o estuário por São Vicente, era razoável Panhia.
Dicesto Econômico
niões diferentes ou contrárias, entre elas
o estudo promovido pela Associação Co mercial de São Paulo e publicado em 1925.
Brasil, 2.*'' ed., 1926), a crise agravoude 1924 a abril de 1925, isto é, de pois do estudo do eng. Hildebrando de Góis, que, assim, não lhe assistiu a fase
mais critica.
Em 28 de setembro de
1924 acumulavam-se em Santos, prontas
Dicesto Econômico
42
extraordinariamente o porto, cuja Com
baría por ser considerado prolongamen
panhia cômodamente via assim cresce rem os seus proveitos.
to ou anexo do caí.s da ilha de São
O principal argumento contrário, das Docas, era o "monopólio". Êste não derivava da concessão ori
ginária, mas do caráter que depois to-
•nou o empreendimento, não mais de meras docas, mas de melhoramento e
construção e exploração geral do pôrto, do que resultaria, pela natureza das coisas, o privilégio, ao menos por pre ferência, como reconheciam leis poste riores. É muito respeitável êste ponto
do rista da Companhia, mas pode-se di zer que o alcance das expressões "pri vilégios", "igualdade de condições" etc., são suscetíveis de discussão, máxime
^ hoje, quando a questão assume extrema mh importância para a economia regional ^ e para o desenvolvimento do pôrto na ilha de Santo Amaro, desenvolvimento que na realidade seria totalmente inde pendente das instalações atuais. Em
1914 as Docas argumentaram, e bem, que o cais Outeirinhos-Ponta da Praia
não passava de um prolongamento natu
ral do seu, com travessia dos trens pela faixa.
Embora êste
último argumento fôsse certo ponto depois
elidido pela Sorocabaha,
•
Os projetos de ampliação do porto do lado de Santo Amaro, enquanto simples
projetos, sem a confirmação obras apreciáveis e concretas, naturalmente não poderão garantir à Companhia di
va-so disposta a reuniões tarifárias e
Em fins de 1923 tem início o terceiro
capaz financeiramente das ampliações acaso necessárias, que preferencialmen
"congestionamento" do pôrto de Santos, que durou quase dois anos. As Docas
te rec'amava. Alegava a dispensa da taxa ouro de 2Í£ e a pr()vá\ el queda da
Hildebrando de Góis (Diário Oficial da
tratara somente a construção de docas o armazéns, nos termos estritos da lei dc 1860, mas os melhoramentos gerais do
União, 12 de outubro de 1924) opinou que a crise "não era originàriamenté por tuária; não provinha nem da insufici
18 do setembro de 1914, a concessão
pôrto "como escrito na epígrafe e no tex
ência do comprimento do cais, nem de
do novo cais.
to do Decreto 9.979 de 12 de julho de
aparelhamento, nem de armazéns, nem
O Estado pleiteava os mesmos favo res gozados pelas Docas, taxas de arma zenagem só sôbre a mercadoria efetiva
1888", distinção essa "radical e não dc
do instalações especiais, nem da rede de
palavras".
linhas férreas do cais, mas tinha como
Invocava em apoio da interpretação a lei dc 29 de agôsto de 1828; docas
causa única tão sòmente a manifesta in
e armazéns eram obras pequenas e par
entro Santos e o interior".
damos apenas que, munido do Decreto citado n.° 369 de 1912, o Estado pediu
em 3 de agôsto de 1913, e repetiu-o a
mente recolhida aos armazéns, c pro
punha isenção de capatazias sobre a ex portação e o aprofundamento do pôrto
receita, prejudicial no fim das contas â
Em requerimento ao ministro da Via-
ticulares; para tal não era exigida con corrência, que não consta da lei de 1869; porém a exigência havia na lei
ção dizia o secretário da Agricultura e Obras Públicas que o movimento de
por que? "Porque se tratava de coisa
mercadorias subira de 387 mil tonela
diferente, muito mais importante, sob
das em 1888 a 2 milhões em 1913, sem
outro regimen jurídico.
para 8 a 11 metros.
que se notasse esforço da emprêsa para ampliar e baratear os seus serviços.
A questão ressurgiu em
1914, embora, pelas cir mércio mundial.
Como
de 1828 6 foi obedecida em Santos,
Tratava-se de
um serviço federal, que o Governo não
queria ou não poderia executar". A campanha prosseguiu em
1915,
novo cais, fronteiro, apli-
que, sempre que a sa
pitais particulares, e o Rio, construído pela União, sem que a emprêsa local
turação portuária se apro
necessitasse mais capital que o de mo
ca-se o argumento?
xima, coincide
vimento.
Nelson
Wemeck Sodré, a Com
sobrevir
O Governo parece não ter
está mudadoj do contrá
zir-lhe o movimento ou
encontrado suficiente escudo para a ação, mas exportadores de Santos entraram
rio até São Sebastião aca-
mascarar-lhe a deficiência
em juízo no mesmo sentido, em 1917,
um fato externo a redu
Docas um programa suficiente.
O re
latório concluirá mais: "o aparelliamento do pôrto era largamente suficiente, por muito tempo ainda". Não obstante o extremo valor db tra balho e do autor, não foram totalmente
convincentes, suscitando numerosas opir
se justamente no período de setembro
i cais é um só". Mas ao
acentuado
Havia coerência no parecer, pois do contrário a inspetoria de portos reco nheceria culpa na própria fiscalização, que não teria impôsto à Companhia
Ê de notar que, como registra Al fredo Lisboa no seu livro (Portos do
panhia Docas é tão feliz
tem
suficiência dos transportes ferroviários
sem outro resultado porém que a cauda orçamentária ou lei 3.070 de 1915, au torizando o Govêrno a estudar e projuQver a redução das taxas de capatazia, questão em que, como se sabe, jíferiam as condições dos diversos por tos: p. ex. Santos, construído com ca
suas razões no "Jornal do Comércio" de 4 de no. vembro de 1914): "o
evidente que o problema
terminando por fim a favor da em prêsa.
própria União cm virtude da futura re
^^ropéia, se reduzisse o co-
É
A questão prolongou-se durante anos,
versão. Alegava sobretudo que não con
reitos sobre a costa fronteira. É po rém assunto que melhor trataremos em capítulo vindouro. No momento recor
o ponto de vista da Còm-
resumia
Não foi outm coisa o que
sucedeu cm 1914.
o a "São Paulo Railway" tinham ambas culpas em cartório mas, como em na tural, cada qual atirax^a-as à outra. O relatório do distinto engenheiro
cunstâncias da guerra eu-
Esta
do serviço.
43
Em todo caso a Companhia dcciara-
Vicente...
que atingiu o estuário por São Vicente, era razoável Panhia.
Dicesto Econômico
niões diferentes ou contrárias, entre elas
o estudo promovido pela Associação Co mercial de São Paulo e publicado em 1925.
Brasil, 2.*'' ed., 1926), a crise agravoude 1924 a abril de 1925, isto é, de pois do estudo do eng. Hildebrando de Góis, que, assim, não lhe assistiu a fase
mais critica.
Em 28 de setembro de
1924 acumulavam-se em Santos, prontas
4^
Dice-sto
para embarque na estrada, 119 mil to
Econômico
45
DrcESTo Econômico
nuante, quer às Docas, quer à Inglêsa,
tensão bastante de linhas, prejudicando
neladas de mercadorias; cm fevereiro,
mente verificada (c que já \'cio tarde, pois, como diz Werneck Sudré, ainda
pois era uma característica mesmo do
as manobras.
março e abril de 1Ô25, a tonelagem su-
desta vez as circunstâncias externas ou
comércio «través dc Santos.
(43.000 metros) equix-alia a 9 vêzes a
b a a 220 mil.
mundiais atrasaram
A c.Ktensão ferroviária
A eficiência do transporte serra-aci-
comercial de São Paulo), a crise de
difere do do Santos, pôrto dc passa
ma, na estrada, alcançou o máximo
1947, dizíamos, provou concr<'tanientc.
gem. O livro da Associação Comercial,
(7.239 tons."diárias) em maio de 1925, cifra que iguala ou excede o calculo técnico dessa capacidade, assim consi
mais uma vez, a insuficicnc'a do porto. Gois invocava o coeficiente de apro
tomando um exemplo particular (Santos-
dc cais. quando a média aconselhável (Joly, Watier, Laroche, Ronxille) é 15, tanto mais que o canUer de pôrto "de passagem", onde a maior parte da mer
Aíontreai), mostrou as juimerosas dife
cadoria é encaminhada para o interior,
veitamento de 1923, que foi 431 lons/ml.
renças influentes.
requer maiores facilidades ferroviárias. O parecer da Associação calculava a necessidade em 88 quilômetros de li nha ou 407.000 m2 de pátio, sem en contrar espaço para tudo e chegando a
derada esgotada. Comparando esse má ximo com o máximo carregamento de vagões feito pelas Docas (5.807 tons.) c que coincidiu ser no mesmo mês, ve
»
rificava-se um excesso de 1.432 tons. no transporte da estrada, explicável pelo
fato de uma parte (cerca de 20ÍÍ) da carga ser recebida diretamente na esta-
Çao inicial ferroviária, por caminhões. D relatório citado não é convincente
poí três motivos principais:
^) Baseava-se em grande parte nos ^eficientes de uftlização do caís de uma série de portos estran
geiros, comparados com os coe
ficientes de Santos e Rio de Ja neiro. b) Havia diversos pontos fracos no sistema do pôrto de Santos, bas tante visíveis, coparticipantes dos motivos da crise.
c) A própria Companhia Docas, no
o desenvolvimento
"folgado em relação ao do Rio", 623
critério do coeficiente médio dc aprovei
tros portos: Liverpool 205, Ilavrc 250, EHinkcrque 320, Saint-Nazairc 340,
ínaproveitávcl para esclarecer o conges
Nantes 340, Bristol 420, Rotterdam 560,
tionamento de Santos, tanto mais que temos a observação concreta. Em tré
Marselha 580, Bordeus 680, Gênova 770,
Ruão 800, Antuérpia 950, Algcr 1.200. Ao que podíamo.s juntar: Santos 431 (482 em 1924), Rio 578 e 623, Saint-
gundo Alfredo Lisboa) 400, normal (se
satisfatórios a rede ferroviária do cais, o
gundo Finsette c Joly-VVatier-Laroche-
Roaviüe) 500, normal (segundo Béné-
zít) 450, normal (segundo Cardemoy) 600.
A média dos portos franceses é de 500 a 600 tons., mas os materiais pesa
dos e a granel, admitindo instalações mecânicas e especializadas, permitem atingir 2.000 tons. (carvão, Bordeus), 2.500 (hidrocarburetos, Havre), 10.000 passageiros já não permitem expressão equivalente. Na realidade mais interes sam as cifras recordes para mercadorias e instalações determinadas, pois as di
Os navios de
versas circunstâncias, jnclusive o regimen de trabalho, o equilíbrio entre im
portação e exportação, o tipo do pôrto, a especialização
etc., influem imenso
no coeficiente.
O fato de uma das dificuldades con-
para execução das obras, que é
sishr no desequilíbrio entre
longo".
<ías e as saídas, isto é, na diversidade e predomínio das importações sobre as
que o rei. A crise de 1947, concreta-
plica, Géis mostrou como Montreal, pôrto muito especializado, é bloqueado pelos golos grande parte do ano.
Nazaire (guerra) 1.800, normal (se
(fosfates, Casablanca).
A Inspetoria tinha sido mais realis-
tamento global dos cais é pràlicamente
Por outro lado, como Géis déclarawa
último relatório precedente à
G por outro, ao prazo necessário
Nestas condições pode-se dizer que o
tons/ml., e acrescentava a lista de ou
crise, reconhecia, ao menos quan to ao futuro: "Se no momento a situação do pôrto é satisfatória quanto à capacidade de suas ins talações, é indispensável que se cogite desde já da sua ampliação, atendendo, por um lado, ao rá pido desenvolvimento da região,
O caso do R*o, praça dislríhuidom,
as entra-
exportações, não podia constituir ate-
aparelhamcnto e os arjuazéns, convém observar que iiaxia várias defciências. Ealtavam, por e.vcmplo, pátios ccm ex-
aventar a demolição dos armazéns ex
ternos do Macuco. Veremos no capítulo seguinte que a ampliação do pôrto na ilha do Santo Amaro facilitará a solução
do problema.
A'cni 'disso a exigüidade dc largura da faixa portuária, pela qual todo o trá fego obrlgatòriamente se deve fazer, é um fator de retardamento e obstrução; naiguns pontos, como na rua Xavier da
4^
Dice-sto
para embarque na estrada, 119 mil to
Econômico
45
DrcESTo Econômico
nuante, quer às Docas, quer à Inglêsa,
tensão bastante de linhas, prejudicando
neladas de mercadorias; cm fevereiro,
mente verificada (c que já \'cio tarde, pois, como diz Werneck Sudré, ainda
pois era uma característica mesmo do
as manobras.
março e abril de 1Ô25, a tonelagem su-
desta vez as circunstâncias externas ou
comércio «través dc Santos.
(43.000 metros) equix-alia a 9 vêzes a
b a a 220 mil.
mundiais atrasaram
A c.Ktensão ferroviária
A eficiência do transporte serra-aci-
comercial de São Paulo), a crise de
difere do do Santos, pôrto dc passa
ma, na estrada, alcançou o máximo
1947, dizíamos, provou concr<'tanientc.
gem. O livro da Associação Comercial,
(7.239 tons."diárias) em maio de 1925, cifra que iguala ou excede o calculo técnico dessa capacidade, assim consi
mais uma vez, a insuficicnc'a do porto. Gois invocava o coeficiente de apro
tomando um exemplo particular (Santos-
dc cais. quando a média aconselhável (Joly, Watier, Laroche, Ronxille) é 15, tanto mais que o canUer de pôrto "de passagem", onde a maior parte da mer
Aíontreai), mostrou as juimerosas dife
cadoria é encaminhada para o interior,
veitamento de 1923, que foi 431 lons/ml.
renças influentes.
requer maiores facilidades ferroviárias. O parecer da Associação calculava a necessidade em 88 quilômetros de li nha ou 407.000 m2 de pátio, sem en contrar espaço para tudo e chegando a
derada esgotada. Comparando esse má ximo com o máximo carregamento de vagões feito pelas Docas (5.807 tons.) c que coincidiu ser no mesmo mês, ve
»
rificava-se um excesso de 1.432 tons. no transporte da estrada, explicável pelo
fato de uma parte (cerca de 20ÍÍ) da carga ser recebida diretamente na esta-
Çao inicial ferroviária, por caminhões. D relatório citado não é convincente
poí três motivos principais:
^) Baseava-se em grande parte nos ^eficientes de uftlização do caís de uma série de portos estran
geiros, comparados com os coe
ficientes de Santos e Rio de Ja neiro. b) Havia diversos pontos fracos no sistema do pôrto de Santos, bas tante visíveis, coparticipantes dos motivos da crise.
c) A própria Companhia Docas, no
o desenvolvimento
"folgado em relação ao do Rio", 623
critério do coeficiente médio dc aprovei
tros portos: Liverpool 205, Ilavrc 250, EHinkcrque 320, Saint-Nazairc 340,
ínaproveitávcl para esclarecer o conges
Nantes 340, Bristol 420, Rotterdam 560,
tionamento de Santos, tanto mais que temos a observação concreta. Em tré
Marselha 580, Bordeus 680, Gênova 770,
Ruão 800, Antuérpia 950, Algcr 1.200. Ao que podíamo.s juntar: Santos 431 (482 em 1924), Rio 578 e 623, Saint-
gundo Alfredo Lisboa) 400, normal (se
satisfatórios a rede ferroviária do cais, o
gundo Finsette c Joly-VVatier-Laroche-
Roaviüe) 500, normal (segundo Béné-
zít) 450, normal (segundo Cardemoy) 600.
A média dos portos franceses é de 500 a 600 tons., mas os materiais pesa
dos e a granel, admitindo instalações mecânicas e especializadas, permitem atingir 2.000 tons. (carvão, Bordeus), 2.500 (hidrocarburetos, Havre), 10.000 passageiros já não permitem expressão equivalente. Na realidade mais interes sam as cifras recordes para mercadorias e instalações determinadas, pois as di
Os navios de
versas circunstâncias, jnclusive o regimen de trabalho, o equilíbrio entre im
portação e exportação, o tipo do pôrto, a especialização
etc., influem imenso
no coeficiente.
O fato de uma das dificuldades con-
para execução das obras, que é
sishr no desequilíbrio entre
longo".
<ías e as saídas, isto é, na diversidade e predomínio das importações sobre as
que o rei. A crise de 1947, concreta-
plica, Géis mostrou como Montreal, pôrto muito especializado, é bloqueado pelos golos grande parte do ano.
Nazaire (guerra) 1.800, normal (se
(fosfates, Casablanca).
A Inspetoria tinha sido mais realis-
tamento global dos cais é pràlicamente
Por outro lado, como Géis déclarawa
último relatório precedente à
G por outro, ao prazo necessário
Nestas condições pode-se dizer que o
tons/ml., e acrescentava a lista de ou
crise, reconhecia, ao menos quan to ao futuro: "Se no momento a situação do pôrto é satisfatória quanto à capacidade de suas ins talações, é indispensável que se cogite desde já da sua ampliação, atendendo, por um lado, ao rá pido desenvolvimento da região,
O caso do R*o, praça dislríhuidom,
as entra-
exportações, não podia constituir ate-
aparelhamcnto e os arjuazéns, convém observar que iiaxia várias defciências. Ealtavam, por e.vcmplo, pátios ccm ex-
aventar a demolição dos armazéns ex
ternos do Macuco. Veremos no capítulo seguinte que a ampliação do pôrto na ilha do Santo Amaro facilitará a solução
do problema.
A'cni 'disso a exigüidade dc largura da faixa portuária, pela qual todo o trá fego obrlgatòriamente se deve fazer, é um fator de retardamento e obstrução; naiguns pontos, como na rua Xavier da
46
Dícesto
Econômico
SilvcTa e Antônio Prado, e perto da Estação da Inglesa, os estrangulamen tos são visíveis. Na construção do pri
não tinham silos c só o Moinho Santis-
meiro cais certa timidez levou a lançar
encher os pátios; o carvão cm grande parte descarregava no estuário, tendo de percorrer tôda a faixa portuária; as instalações para combustíveis líquidos eram incipientes. Finalmente a defici ência de profundidade con.stituía ob.sláculo à entrada dos tipos mais eficientes
a muralha de cais encostada à terra,
motivando a exígüidade da faixa por
tuária, o que a Companhia agora pre tende corrigir pela retificação ValongoPaquetá.
Os guindastes antigos são de alcance e rendimento reduzido.
O livro da Associação Comercial cha rla atenção para a disposição dos ar^^^azens, todos térreos e distantes da
linha de atracação, quando, ao menos em certas extensões, a disposição em 2
^dares e junto do cais, freqüente nos Estados Unidos, teria permitido maior rendimento de carga e descarga. zada ue 1 ^grande rendimento: instalação as especialíDocas
ta dispunha de depósito e trau.sportador moderno; o trigo em saca costumava
O PLANO MARSHALL E A AMÉRICA LATINA por GAniDALDi Dantas
^ Piano Marshall é na realidade um plano de âmbito europeu.
As.sim
foi concebido pelo Co\êrno dos Estados
conflagrações, cujas conseqüências nin
Unidos c assim está sendo submetido íi
guém ousa sequer admitir nos dias atuais,
Vê-se, em resumo, como as deficiên
consideração do Congresso daquele país.
cias do pôrto eram sensíveis c jimta-
E é apenas europeu porque partiu-se da
tão tremendas suo as possibilidades de destruição criadas pela ciência moderna.
do navios.
vam-se hs do escoamento ferroviário, por vêzes influindo no agravamento destas.
Finalmente em setembro de 1925 a
situação estava normalizada. Todos tinham sofrido prejuízos vul tosos. Mas a lição aproveitou pouco, os
projetos foram engavetados e tudo vol tou à niodôrra primitiva.
teso de que sòtnenlc a Europa está ameaçada de colapso econômico, de que só a Eun)pa padecerá as agruras da fo me, de que só a Europa podo de um momento para outro, premida pelas cir cunstâncias c necessidades, abismar-se numa tremenda convulsão social.
Não ó, porem, apenas por preocupa
ções de caráter econômico ou financei ro que se lançou o Plano Marsliall. O
a dL milhões de
menuTf^que «
de r^'r''f'"'^t""'
ocárt/o comercial franco-britânico, nos têrmos do
''f'
^ P"'"
próprios para para roupa indui'^VOrtar ^azeaãas próprias vez rruiis rms Ilhas Britânicas, jó
à exportação destinada a países
à lZtr ^ sua princtpal formcedora 1"^"Pjqqçq forneceráTrata-se tecidosnaturalmende homem yiaterra, outrora désse artigo. Penár""" 1""^ compradores ingUses jazem com prazer em razão da r^nuTia em que se acham de roupa masculina.
Depressão econômica e desordem social A Rússia Soviética admitia, como inc-
vitá\el, não faz muito tempo, a de pressão econômica dos Estados Unidos. Os seus melhores economistas, analisan
do os ciclos de prosperidade e depres são, a cTonicidade e a repetição deles na
vida econômica norte-americana, profelisaram a grande depressão para fins do
alcance dessa grande providência de ca ráter continental vai mais longe, porque
ano passado. O próprio chefe do go
visa acima de tudo conservar as insti
da a destacado jornalista norte-america
tuições democráticas ameaçadas pela de sagregação econômica, pelo cãos ou pe la m'séria que porventura resultassem de
Estados Unidos das questões européias em vista das inevitáveis preoctipações
condições desfavoráveis no Continente
domésticas prestes a surgir, com ó ad
europeu.
vento da crise econômica.
E' acima de tudo o primeiro capítulo
9^1 o "Board 'nf
trinas ou das lutas de idéias, mas pode também levar a humauidade a novas
verno soviético, em entrevista concedi no, dava como certo o alheiainento dos
Essa depressão não veio, com a apre goada antecedência, mas, ao contrário, os índices de atividade geral dos Esta
de um grande drama ou de uma gran de luta, em que se defrontam ideologia.s antagônicas: de' um lado, o credo co munista que acaba de levantar uma cor tina de aço entre a Europa ocidental e oriental. De outro, a concepção de mocrática de vida, pela qual se bate
O sr. Garihaldi Dantas sustenta que sà-
ram as Nações Unidas, no mais extraor
mente os Estados Unidos estão em con
dos Unidos, a nação-baluarte da demo cracia, são cada vez melhores. Passou-
dinário esforço coletivo dos últimos
dições de auxiliar a Eurojja.
tempos.
aos demais povos americanos, o auxílio
Êssc grande drama pode — e assim todos o desejam — terminar sem clioques armados,límítado ao campo das dou
dependerá de uma melhoria de sua ca pacidade de produção agrícola e industrial.
Quanto
46
Dícesto
Econômico
SilvcTa e Antônio Prado, e perto da Estação da Inglesa, os estrangulamen tos são visíveis. Na construção do pri
não tinham silos c só o Moinho Santis-
meiro cais certa timidez levou a lançar
encher os pátios; o carvão cm grande parte descarregava no estuário, tendo de percorrer tôda a faixa portuária; as instalações para combustíveis líquidos eram incipientes. Finalmente a defici ência de profundidade con.stituía ob.sláculo à entrada dos tipos mais eficientes
a muralha de cais encostada à terra,
motivando a exígüidade da faixa por
tuária, o que a Companhia agora pre tende corrigir pela retificação ValongoPaquetá.
Os guindastes antigos são de alcance e rendimento reduzido.
O livro da Associação Comercial cha rla atenção para a disposição dos ar^^^azens, todos térreos e distantes da
linha de atracação, quando, ao menos em certas extensões, a disposição em 2
^dares e junto do cais, freqüente nos Estados Unidos, teria permitido maior rendimento de carga e descarga. zada ue 1 ^grande rendimento: instalação as especialíDocas
ta dispunha de depósito e trau.sportador moderno; o trigo em saca costumava
O PLANO MARSHALL E A AMÉRICA LATINA por GAniDALDi Dantas
^ Piano Marshall é na realidade um plano de âmbito europeu.
As.sim
foi concebido pelo Co\êrno dos Estados
conflagrações, cujas conseqüências nin
Unidos c assim está sendo submetido íi
guém ousa sequer admitir nos dias atuais,
Vê-se, em resumo, como as deficiên
consideração do Congresso daquele país.
cias do pôrto eram sensíveis c jimta-
E é apenas europeu porque partiu-se da
tão tremendas suo as possibilidades de destruição criadas pela ciência moderna.
do navios.
vam-se hs do escoamento ferroviário, por vêzes influindo no agravamento destas.
Finalmente em setembro de 1925 a
situação estava normalizada. Todos tinham sofrido prejuízos vul tosos. Mas a lição aproveitou pouco, os
projetos foram engavetados e tudo vol tou à niodôrra primitiva.
teso de que sòtnenlc a Europa está ameaçada de colapso econômico, de que só a Eun)pa padecerá as agruras da fo me, de que só a Europa podo de um momento para outro, premida pelas cir cunstâncias c necessidades, abismar-se numa tremenda convulsão social.
Não ó, porem, apenas por preocupa
ções de caráter econômico ou financei ro que se lançou o Plano Marsliall. O
a dL milhões de
menuTf^que «
de r^'r''f'"'^t""'
ocárt/o comercial franco-britânico, nos têrmos do
''f'
^ P"'"
próprios para para roupa indui'^VOrtar ^azeaãas próprias vez rruiis rms Ilhas Britânicas, jó
à exportação destinada a países
à lZtr ^ sua princtpal formcedora 1"^"Pjqqçq forneceráTrata-se tecidosnaturalmende homem yiaterra, outrora désse artigo. Penár""" 1""^ compradores ingUses jazem com prazer em razão da r^nuTia em que se acham de roupa masculina.
Depressão econômica e desordem social A Rússia Soviética admitia, como inc-
vitá\el, não faz muito tempo, a de pressão econômica dos Estados Unidos. Os seus melhores economistas, analisan
do os ciclos de prosperidade e depres são, a cTonicidade e a repetição deles na
vida econômica norte-americana, profelisaram a grande depressão para fins do
alcance dessa grande providência de ca ráter continental vai mais longe, porque
ano passado. O próprio chefe do go
visa acima de tudo conservar as insti
da a destacado jornalista norte-america
tuições democráticas ameaçadas pela de sagregação econômica, pelo cãos ou pe la m'séria que porventura resultassem de
Estados Unidos das questões européias em vista das inevitáveis preoctipações
condições desfavoráveis no Continente
domésticas prestes a surgir, com ó ad
europeu.
vento da crise econômica.
E' acima de tudo o primeiro capítulo
9^1 o "Board 'nf
trinas ou das lutas de idéias, mas pode também levar a humauidade a novas
verno soviético, em entrevista concedi no, dava como certo o alheiainento dos
Essa depressão não veio, com a apre goada antecedência, mas, ao contrário, os índices de atividade geral dos Esta
de um grande drama ou de uma gran de luta, em que se defrontam ideologia.s antagônicas: de' um lado, o credo co munista que acaba de levantar uma cor tina de aço entre a Europa ocidental e oriental. De outro, a concepção de mocrática de vida, pela qual se bate
O sr. Garihaldi Dantas sustenta que sà-
ram as Nações Unidas, no mais extraor
mente os Estados Unidos estão em con
dos Unidos, a nação-baluarte da demo cracia, são cada vez melhores. Passou-
dinário esforço coletivo dos últimos
dições de auxiliar a Eurojja.
tempos.
aos demais povos americanos, o auxílio
Êssc grande drama pode — e assim todos o desejam — terminar sem clioques armados,límítado ao campo das dou
dependerá de uma melhoria de sua ca pacidade de produção agrícola e industrial.
Quanto
48
se o ano de 1947, sem que se livessera registado quedas, nem depressões, mas apenas simples reajustamento em al
tando de pão, a situação do mundo, ãs portas de novo inverno na Europa, as sume proporções dramáticas.
A inquie
49
Econômico
Digesto Econóníico
cio espírito objclivisla norte-americano. De outra inanr-irí», o Piam) Marshall se ria caridade. Nfu» é isso. porém, o que SC deseja, nem foi isso o cpie os léetiieos dn^ dezesseis nações européias retuudas L-m Pari.s, em sel« niliro iléste ano. eou-
cos dias apeado do poder.-
Outras
tratarão, iroréin, da parlo mais urgen
te que é dc suprir u deficiência alimen tar da Europa com nova.s e fortes im
c agrícola daquele grande povo.
tação se ala.stra a ponto de julgar-se questão de vida e morte, não somente
Por ai, pelo terreno da depressão, não se poderia mais chegar ao fim desejado.
para a Europa, mas para outras partes do mundo, o auxílio imediato cm vívc-
5Cguirani cou.subslaneiar ein notável re
ração econuinica, eliminando barreiras
Era necessário achar novas fontes de
res ou em recursos financeiros, para as dezesseis nações democráticas do Ve
latório <pic não sabemos o que mais
aduaneiras e estabelecendo as bases dc
apreciar: se a preeisâo cios números, se íi. lógica rigo;5os;i dos r.n.OeínitJs ali apresentados.
uma unidade econômica européia, o so
guns setores da forte economia industrial
perturbação e desordem econômica. In-
feliz-mente, as estiagenJ correntes na
lho Mundo.
maioria dos países europeus, durante o ano em curso, reduziram de maneira
Para atenuar, pois, as conseqüências das atuais dificuldades européias c per
alarmante a produção agrícola da Eu-
mitir à Europa manter padrões de vi-
mpa ocidental.
A crise de
carvão, por outro lado, pu
nha em cheque o esfôrço de recuperação industrial euro
peu que se vinha firmando nos anos anteriores.
Falta
de pão e crise de carvão são ns grandes armas de pertur bação geral.
I
De fato, os relatórios dos
economistas do "Comitê" In
ternacional de Alimentação, reunidos em meados dôste
ano em Genebra, foram unâ
nimes a esse respeito. A po pulação do mundo cresceu em cêrca de 200.000.000 de
almas nos últimos anos, em comparação com os censos
antes da guerra. A produção de gê neros alimentares básicos caiu, porém,
sete por cento. O mundo suporta uma população nova, cujos índi ces de vida melhoraram em muitas par-
tes-do;globo, e-cujos governos, se com prometeram a atender-lhes mais racio
nalmente as suas necessidades ahmen-
tares, sem que, do outro lado, a pro•íução agrícola tenha aumentado corre'atamente. Sem novas fontes de recursos alimen
tares, e com população maior necessi
da decentes, em contraste com os correntes nas nações
sujeitas ao jugo comunista,
lançou-se o princípio do auxí lio
norte-americano
transfor
mado posteriormente em Plano
portações de nações exportadoras.
Ou tras, porem, poderão tratar da coope
nho
tantos
estadistas
do
Velho
Antes, pois, de analisar a reporeussão plano Marshall, a neeessidacle de sua
A primeira parte do plano da ex pansão da produção admite, porem,
extensão ã América Latina, eoinéni .sa ber o procura realmente fa/er, para salvar a Europa do caos econctmÍLO
acima de tudo o aumento da atividade
c da desordem social.
agrícola, através de duas providências básicas:
1.0 — Aumento
da
produç\ão
de
fertilizantes.
principais clapas do Plano Marshall
2.0 — Mecanização
das
alixidades
rurais.
Marshall.
Essa grande providência não tem, portanto, apenas o objeti vo econômico.
maior.
de
Míindü.
Seu alcance 6
Porque visa acima de
tudo á defesa da forma demo
O Piano Marshall, tal como foi estu-
dido e apresontad») ã consideração do
^vêrno dos Estados Unidos pelos perieuropeiíi, é inn grandioso esfôrço de ^^'j_.uperação econômica, através da maior
crática de vida. E como as de
p'anificação realizada na história do
mocracias só podem sobreviver,
inundo, adinilindo qnali-o etapas básicas:
se vencerem as depressões, ou
j o - A expansão da produção agrí-
se pelo menos as reduzirem ã proporção de simples reajusta-
eohi, do carvão, da eleliieida-
do e transportes e moderniza ção dos equipamentos indus-
mento, todo o esfôrço deverá ser concentrado no sentido de im
pedir o caos e a desordem econômica da
Europa, ocidental.
E.slabilização financeira das nações envolvidas no Plano,
Daí a necessidade inadiável da re
cuperação européia.
Iviais.
2Q
Ali se encontra
um do.s maiores mercados consumidores
do mundo. E também um dos maiores centros produtores. Não seria sequer
admissível pensar-se em mundo econômi co sadio, com Europa empobrecida, de sanimada, presa fácil de correntes sub
versivas e desagregadoias. Na concep ção generosa dessa assistência vai tam
bém, muito acertadamente, grande dose
g.o - Cooperação
econômica
das
nações participantes.
^■() — "Aléndimcnto do "clofieit" da balança comercial.
j3ssa^ quatro etapas não se acham
tjeíderiÇ^úéntc em ordem de precedên
cia» importância cronológica, jj' ppssjvel que alguns países iniciem a recuperação de sua economia pela
estabilização financeira, como foi o ca-
gü da França, com o gabinete há pou
À produção de fertilizantes estão li gados os mais sérios problemas da agri cultura européia. Até havia algum
tempo, a produção rural desta parte do mundo fora sempre considerada a de mais alto rendimento por unidade dc .superfície. Com a crise da indústria do adubos, a produção cedeu rápidumonte. A crise da agricultum euro péia não é, pois, apenas decorrente das grandes e recentes estiagens. E' fru to igualmente da falta de adubação intcníiiva, como sc fazia em outras épo
ca.;.
Daí a recomendação de que se
dowria reiniciar a restauração da pro
dução do gêneros alimentares pelo au mento da indústria de fertilizantes. De outro lado, caracterizara-se em
épocas passadas a lavoura européia pe la predominância de métodos intensi vos, rios quais nem sempre a mecani-
zaçcão da\'a a última pala\'ra. Hoje, a situação transformou-se. O êxodo dos campos vai ali desfalcando antigas re servas de braços. O que fica neces-
48
se o ano de 1947, sem que se livessera registado quedas, nem depressões, mas apenas simples reajustamento em al
tando de pão, a situação do mundo, ãs portas de novo inverno na Europa, as sume proporções dramáticas.
A inquie
49
Econômico
Digesto Econóníico
cio espírito objclivisla norte-americano. De outra inanr-irí», o Piam) Marshall se ria caridade. Nfu» é isso. porém, o que SC deseja, nem foi isso o cpie os léetiieos dn^ dezesseis nações européias retuudas L-m Pari.s, em sel« niliro iléste ano. eou-
cos dias apeado do poder.-
Outras
tratarão, iroréin, da parlo mais urgen
te que é dc suprir u deficiência alimen tar da Europa com nova.s e fortes im
c agrícola daquele grande povo.
tação se ala.stra a ponto de julgar-se questão de vida e morte, não somente
Por ai, pelo terreno da depressão, não se poderia mais chegar ao fim desejado.
para a Europa, mas para outras partes do mundo, o auxílio imediato cm vívc-
5Cguirani cou.subslaneiar ein notável re
ração econuinica, eliminando barreiras
Era necessário achar novas fontes de
res ou em recursos financeiros, para as dezesseis nações democráticas do Ve
latório <pic não sabemos o que mais
aduaneiras e estabelecendo as bases dc
apreciar: se a preeisâo cios números, se íi. lógica rigo;5os;i dos r.n.OeínitJs ali apresentados.
uma unidade econômica européia, o so
guns setores da forte economia industrial
perturbação e desordem econômica. In-
feliz-mente, as estiagenJ correntes na
lho Mundo.
maioria dos países europeus, durante o ano em curso, reduziram de maneira
Para atenuar, pois, as conseqüências das atuais dificuldades européias c per
alarmante a produção agrícola da Eu-
mitir à Europa manter padrões de vi-
mpa ocidental.
A crise de
carvão, por outro lado, pu
nha em cheque o esfôrço de recuperação industrial euro
peu que se vinha firmando nos anos anteriores.
Falta
de pão e crise de carvão são ns grandes armas de pertur bação geral.
I
De fato, os relatórios dos
economistas do "Comitê" In
ternacional de Alimentação, reunidos em meados dôste
ano em Genebra, foram unâ
nimes a esse respeito. A po pulação do mundo cresceu em cêrca de 200.000.000 de
almas nos últimos anos, em comparação com os censos
antes da guerra. A produção de gê neros alimentares básicos caiu, porém,
sete por cento. O mundo suporta uma população nova, cujos índi ces de vida melhoraram em muitas par-
tes-do;globo, e-cujos governos, se com prometeram a atender-lhes mais racio
nalmente as suas necessidades ahmen-
tares, sem que, do outro lado, a pro•íução agrícola tenha aumentado corre'atamente. Sem novas fontes de recursos alimen
tares, e com população maior necessi
da decentes, em contraste com os correntes nas nações
sujeitas ao jugo comunista,
lançou-se o princípio do auxí lio
norte-americano
transfor
mado posteriormente em Plano
portações de nações exportadoras.
Ou tras, porem, poderão tratar da coope
nho
tantos
estadistas
do
Velho
Antes, pois, de analisar a reporeussão plano Marshall, a neeessidacle de sua
A primeira parte do plano da ex pansão da produção admite, porem,
extensão ã América Latina, eoinéni .sa ber o procura realmente fa/er, para salvar a Europa do caos econctmÍLO
acima de tudo o aumento da atividade
c da desordem social.
agrícola, através de duas providências básicas:
1.0 — Aumento
da
produç\ão
de
fertilizantes.
principais clapas do Plano Marshall
2.0 — Mecanização
das
alixidades
rurais.
Marshall.
Essa grande providência não tem, portanto, apenas o objeti vo econômico.
maior.
de
Míindü.
Seu alcance 6
Porque visa acima de
tudo á defesa da forma demo
O Piano Marshall, tal como foi estu-
dido e apresontad») ã consideração do
^vêrno dos Estados Unidos pelos perieuropeiíi, é inn grandioso esfôrço de ^^'j_.uperação econômica, através da maior
crática de vida. E como as de
p'anificação realizada na história do
mocracias só podem sobreviver,
inundo, adinilindo qnali-o etapas básicas:
se vencerem as depressões, ou
j o - A expansão da produção agrí-
se pelo menos as reduzirem ã proporção de simples reajusta-
eohi, do carvão, da eleliieida-
do e transportes e moderniza ção dos equipamentos indus-
mento, todo o esfôrço deverá ser concentrado no sentido de im
pedir o caos e a desordem econômica da
Europa, ocidental.
E.slabilização financeira das nações envolvidas no Plano,
Daí a necessidade inadiável da re
cuperação européia.
Iviais.
2Q
Ali se encontra
um do.s maiores mercados consumidores
do mundo. E também um dos maiores centros produtores. Não seria sequer
admissível pensar-se em mundo econômi co sadio, com Europa empobrecida, de sanimada, presa fácil de correntes sub
versivas e desagregadoias. Na concep ção generosa dessa assistência vai tam
bém, muito acertadamente, grande dose
g.o - Cooperação
econômica
das
nações participantes.
^■() — "Aléndimcnto do "clofieit" da balança comercial.
j3ssa^ quatro etapas não se acham
tjeíderiÇ^úéntc em ordem de precedên
cia» importância cronológica, jj' ppssjvel que alguns países iniciem a recuperação de sua economia pela
estabilização financeira, como foi o ca-
gü da França, com o gabinete há pou
À produção de fertilizantes estão li gados os mais sérios problemas da agri cultura européia. Até havia algum
tempo, a produção rural desta parte do mundo fora sempre considerada a de mais alto rendimento por unidade dc .superfície. Com a crise da indústria do adubos, a produção cedeu rápidumonte. A crise da agricultum euro péia não é, pois, apenas decorrente das grandes e recentes estiagens. E' fru to igualmente da falta de adubação intcníiiva, como sc fazia em outras épo
ca.;.
Daí a recomendação de que se
dowria reiniciar a restauração da pro
dução do gêneros alimentares pelo au mento da indústria de fertilizantes. De outro lado, caracterizara-se em
épocas passadas a lavoura européia pe la predominância de métodos intensi vos, rios quais nem sempre a mecani-
zaçcão da\'a a última pala\'ra. Hoje, a situação transformou-se. O êxodo dos campos vai ali desfalcando antigas re servas de braços. O que fica neces-
50
Dícesto
Econômico
sUará de aumento de produtividade pela maquinaria, se a Europa quiser
Daí, a necessidade da estabilidade financeira, com freio ao eniis.sionismo.
voltar a ser auto-suf.ciente, na maioria dos gêneros de sua alimentação normal. Corre'ataiíienle, seguem outros planos
A fa'ta de pâo é a m'séria íis portas,
de expansão como o do carvão, que é tão essencial, quanto o pão, o da q)ro-
duçâo de energia elétrica, os transpor tes, e a modernização do equipamento industrial.
mas o encarecimento exagerado dos gê neros alímenlarcs é também rastilho pe
rigoso, estimulando rancores e auxilian do a propaganda subversiva. Os téc nicos europeus consideraram a estabi lização financeira, com a conseqüente
moderação nos preços das utilidades
A eslabüização financeira e a ordem social.
51
Dícesto Econóníico
Com o suprimonln acima, a Emopa se abastecia normalnicnle, antes da ultima conflagração. E' claro que daquela da ta até agora, a produção crcsccu apesar
das devastações da lula uias jã Sena grande coisa, se piidi ssc contar ao meno5 com supriu.eiito ideiitieo ao |A mencionado. A realidade e. porem, di versa e por isso justifica a profiuidii lu-
também a esse estado de coisas pe'a desordem financeira. Agora mesmo, os países ligados à Rússia Soviética exul tam com a possibilidade de forte mnwmento inflacionista nos Estados Uni
dos. ^ Quanto maior a soma de auxíativamente
trabalharão as rodas da indústria nor te-americana, tanto maior será o estí
reestruturação
econômica
do
Importação
Velho
A União Aduaneira da Europa
Advertiram os Estados Unidos, por intermédio do seu antigo siili-secretário de Estado, senhor Wil iam Cayton, ser
Trigo e outros grãos Açúcar Camo
aduaneiras.
Leite
Essa recomendação evi
dentemente não se concrelizara da noi
meira necessidade. Tudo subirá. A vida se tomará insuportável. E' o in verso do que se esperava, quando se admitia a grande depressão, com seu
tido.
Outros poderão seguir as pega
das dos pioneiros. E se a união adua neira européia, pelo menos a do grupo das nações democráticas, puder trans
cortejo de milhões de desempregados, formar-se em realidade, o grande passo mas os resultados poderão ser mais oii da recuperação definitiva estará dado. O probhrrui do "déficit** alimentar e da
Importação.
(toneladas)
14.000.000
48.900.000 57.700.000
3.400.000
2.700.000
9.000.000
1.700.000
10.700.000
5.000.000
72.500.000 7.800.000
72.500.000 2.800.000
23.700.000
45.100.000 61.600.000
Como se verifica do quadro acima,
senvolvido neste ano e rnesmo com a
promessa de maior liberalidade na im portação de trigo e outros grãos correJatos, o suprimento alimentar da Eurona será deficiente, na maioria dos proJutos básicos do sua dieta, durante
Total
(toneladas)
Açúcar
Gorduras
21.400.000
1.700.000
5.100.000
2.100.000
8.100.000
3.500.000
57.000.000 5.700.000
Por isso, a pedra fundamental do Plano Marshall, a julgar pelo relatório dos peritos europeus, é a que trata da produção agrícola local, cuja expansão se pretende intensificar a ponto de em 1950/51 poder a Europa ocidental con tar com os seguintes suprimentos de gê neros básicos:
Antes da guerra, a produção c su
57.700.000
Came
(Toneladas)
Total
1947/48.
balança comercial.
Batatas
Leite
(Toneladas)
comparativamente com o anterior, no ta-se que apesar do esfôrço a ser de
o." seguintes:
(toneladas) Trigo e outros grãos .. 34.900.000
(Toneladas)
2.200.000
Gorduras
primento alímcntarcs da Europa eram Produção
Provável
te para o dia, mas a semente começa
a frutificar. Já alguns países europeus iniciaram movimento seguro nesse sen
ção 6 desordem.
Produção
61.600.000 3.400.000 6.000.000 57.000.000
Batatas
mais fácil a aplicação do Plano Mar shall a uma Europa livre de barreiras
mulo aos produtores de gêneros de pri
menos idênticos, se o encarecimento exagerado da vida, decorrente dessa expansão, criar, como esperam, fermentos de desagregação, de inquieta
ni necessidade. De fato, o suprimen to atual de gêneros alimentares, isto é, o que pode ser obtido no ano de 1947/48, iniciado cm 1." de julho úl timo c a terminar em 30 de junho do futuro exercício 6 o seguinte:
bás'cas, uma das pedras angulares da Mundo.
Não se chega à revolução social ape nas por falta de pão. Pode-se chegar
quiclaçáo levantada cm tòda a Europa dcmocnítica pelas conseqüências da pro gressiva escassez de gêneros de primei-
6.100.000
Produção
Importação
(Toneladas)
(Toneladas)
(Toneladas)
17.900.000
51.900.000
2.300.000
68.200.000 6.200.000
TrífiO 6 outros grãos .. 34.000.000
Total
Baetas
68.200.000
Acúcar Camo Leite
3.900.000 8.100.000 73.400.000
2.500.000
10.600.000 73.400.000
2.900.000
5.400.000
8.300.000
Gorduras
<
50
Dícesto
Econômico
sUará de aumento de produtividade pela maquinaria, se a Europa quiser
Daí, a necessidade da estabilidade financeira, com freio ao eniis.sionismo.
voltar a ser auto-suf.ciente, na maioria dos gêneros de sua alimentação normal. Corre'ataiíienle, seguem outros planos
A fa'ta de pâo é a m'séria íis portas,
de expansão como o do carvão, que é tão essencial, quanto o pão, o da q)ro-
duçâo de energia elétrica, os transpor tes, e a modernização do equipamento industrial.
mas o encarecimento exagerado dos gê neros alímenlarcs é também rastilho pe
rigoso, estimulando rancores e auxilian do a propaganda subversiva. Os téc nicos europeus consideraram a estabi lização financeira, com a conseqüente
moderação nos preços das utilidades
A eslabüização financeira e a ordem social.
51
Dícesto Econóníico
Com o suprimonln acima, a Emopa se abastecia normalnicnle, antes da ultima conflagração. E' claro que daquela da ta até agora, a produção crcsccu apesar
das devastações da lula uias jã Sena grande coisa, se piidi ssc contar ao meno5 com supriu.eiito ideiitieo ao |A mencionado. A realidade e. porem, di versa e por isso justifica a profiuidii lu-
também a esse estado de coisas pe'a desordem financeira. Agora mesmo, os países ligados à Rússia Soviética exul tam com a possibilidade de forte mnwmento inflacionista nos Estados Uni
dos. ^ Quanto maior a soma de auxíativamente
trabalharão as rodas da indústria nor te-americana, tanto maior será o estí
reestruturação
econômica
do
Importação
Velho
A União Aduaneira da Europa
Advertiram os Estados Unidos, por intermédio do seu antigo siili-secretário de Estado, senhor Wil iam Cayton, ser
Trigo e outros grãos Açúcar Camo
aduaneiras.
Leite
Essa recomendação evi
dentemente não se concrelizara da noi
meira necessidade. Tudo subirá. A vida se tomará insuportável. E' o in verso do que se esperava, quando se admitia a grande depressão, com seu
tido.
Outros poderão seguir as pega
das dos pioneiros. E se a união adua neira européia, pelo menos a do grupo das nações democráticas, puder trans
cortejo de milhões de desempregados, formar-se em realidade, o grande passo mas os resultados poderão ser mais oii da recuperação definitiva estará dado. O probhrrui do "déficit** alimentar e da
Importação.
(toneladas)
14.000.000
48.900.000 57.700.000
3.400.000
2.700.000
9.000.000
1.700.000
10.700.000
5.000.000
72.500.000 7.800.000
72.500.000 2.800.000
23.700.000
45.100.000 61.600.000
Como se verifica do quadro acima,
senvolvido neste ano e rnesmo com a
promessa de maior liberalidade na im portação de trigo e outros grãos correJatos, o suprimento alimentar da Eurona será deficiente, na maioria dos proJutos básicos do sua dieta, durante
Total
(toneladas)
Açúcar
Gorduras
21.400.000
1.700.000
5.100.000
2.100.000
8.100.000
3.500.000
57.000.000 5.700.000
Por isso, a pedra fundamental do Plano Marshall, a julgar pelo relatório dos peritos europeus, é a que trata da produção agrícola local, cuja expansão se pretende intensificar a ponto de em 1950/51 poder a Europa ocidental con tar com os seguintes suprimentos de gê neros básicos:
Antes da guerra, a produção c su
57.700.000
Came
(Toneladas)
Total
1947/48.
balança comercial.
Batatas
Leite
(Toneladas)
comparativamente com o anterior, no ta-se que apesar do esfôrço a ser de
o." seguintes:
(toneladas) Trigo e outros grãos .. 34.900.000
(Toneladas)
2.200.000
Gorduras
primento alímcntarcs da Europa eram Produção
Provável
te para o dia, mas a semente começa
a frutificar. Já alguns países europeus iniciaram movimento seguro nesse sen
ção 6 desordem.
Produção
61.600.000 3.400.000 6.000.000 57.000.000
Batatas
mais fácil a aplicação do Plano Mar shall a uma Europa livre de barreiras
mulo aos produtores de gêneros de pri
menos idênticos, se o encarecimento exagerado da vida, decorrente dessa expansão, criar, como esperam, fermentos de desagregação, de inquieta
ni necessidade. De fato, o suprimen to atual de gêneros alimentares, isto é, o que pode ser obtido no ano de 1947/48, iniciado cm 1." de julho úl timo c a terminar em 30 de junho do futuro exercício 6 o seguinte:
bás'cas, uma das pedras angulares da Mundo.
Não se chega à revolução social ape nas por falta de pão. Pode-se chegar
quiclaçáo levantada cm tòda a Europa dcmocnítica pelas conseqüências da pro gressiva escassez de gêneros de primei-
6.100.000
Produção
Importação
(Toneladas)
(Toneladas)
(Toneladas)
17.900.000
51.900.000
2.300.000
68.200.000 6.200.000
TrífiO 6 outros grãos .. 34.000.000
Total
Baetas
68.200.000
Acúcar Camo Leite
3.900.000 8.100.000 73.400.000
2.500.000
10.600.000 73.400.000
2.900.000
5.400.000
8.300.000
Gorduras
<
52
Digesto EcoNÔ>nco
Para atender à importação de gêneros alimentícios, de equipamentos novos, dc adubos c de outros tantos pro dutos indíspensá\'eis ao P-'ano Marshall, alguém terá de fornecer os neccssú-
De acordo cotn o relalórit) dos peritos reunidos em Paris, em fins de setembro, as necessidades básicas das dezesseis na
ções da líuropa ocidental serão as se guintes, em dólares americanos:
Dicesto ECONÓ^UCO
rem de ser satisfeitas, alguém terá de emprestar ou abrir créditos a Europa sob
cia inflacionista pcrmitindo-sc pagamen
divisas inconversíveis, enquanto o go verno teria que emitir para transformá-
Do resto do Total
las internamente em dinheiro nacional.
5.400.000.000 5.900.000.000
13.900.000.000 14.500.000.000 14.500.000.000
pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45% do suas necessidades. ♦ Passará a
6.200.000.000
14.400.000.000
aproximadamente dois terços, pelo me
Anos
dos E. Unidos
1948 1949 1950 1951
e.000.000.000
3.200.000.000
Países 4.700.000.000
5.300.000.000 4.800.000.000
3.900.000.000 3.800.000.000
4.500.000.000
3.900.000.000
De outros
Continente Americano
Essas necessidades básicas de impor tação, no período citado, são meras es
Noimalmentc, a Europa, acobertada
Poderão, porém, as Nações do Novo Mundo fazer sacrifícios como os apon
timativas e não levaram em conta as pos síveis flutuações de preço que porventu
tados no quadro acima, calculados cm
ra ocorrerem daqui por diante. As ba ses citadas foram levantadas de confor
anua'mentc? Estão os povos desta par
midade com os preços correntes em 1." do julho último.
Conforme se evidencia desse quadro, às nações do novo mundo compete uma tarefa gigantesca no reerguimento eco
nômico da Europa. De fato, daqui podenão partir as maiores somas de recur-
cerca
dc
4.000.000.000
<le
dólares
le do mundo econômica c financeira
ção da tendência inflacionista, arrcgimentação da vida industrial c perpetua
ao Plano Marshall e com os quais as de zesseis nações ocidentais normalmente
represado, ao menos no que tange ao
negociam, não poderão contribuir senão
Brasil, já é sangria considerável nas nos
ces5itado.s da Europa.
sas 'reservas
pelo menos durante os primeiros anos de vi gência do referido pla
ras e já está pondo em cheque o proprio pro nacional.
sidades européias, tota
utilidades
e
decrescendo
lizadas
em
cerca
de
4.000.000.000 de dó lares
anuais, a
serem
fornecidos pelos países
a
das Américas, fora os Estados Unidos, tive-
participação. das
nente, sua contribuição o participação
para o levantamento da Europa estão ovidcntemente condicionadas à mellioria
dc sua capacidade de produção, quer
agrícola, quer industrial. Por isso, a extensão do Plano Marshall à América
Latina, se pode ser postergada para a Conferência de Bogotá, 6 de tal manei
ra indispensável que nie'hor seria ligála desde logo, nas discussões do Con gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa. Sem o robustecimentü do nossa economia, no setor agrí
cola ou industrial, nada poderemos fazer ■ cm auxílio da Europa a não ser o que so vem fornecendo, evidentemente em
condições precárias e muito aquém das
menor reflexo, junto aos congressis
necessidades daquele continente trans-
tas, do que a possibilidade de convul-
que fizemos referência.
mitida.s pelos seus peritos no relatório a
Se as necc.s-
assim progressivamente Américas.
ção de encargos fiscais, talvez tenham
suiiiií responsabilidade de tal vulto. Quanto aos demais povos dêste Conti
grama dc eslabihdade
derá a Europa ociden de
custo da vida norte-americana, agrava-
Tudo isso está certo, mas só os Esta
dos Unidos estão em condições de as-
financei
no. Posteriormente, po
serviços,
senador Taft, de possível elevação de
pesadas cxporlaçües para a Europa.
O que ali está
em escala decrescente,
soma
Congresso, especialmente convocado pa ra tal fim, poderão fazê-lo, porque tem recursos para isso. As reporcus.sões nega
exceção dos Estados Unidos, Canadá c
cimentos de crédito de matérias-primas c gêneros alimentícios para os povos ne-
tal comprar-lhes maior
nos durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir crédito para satisfazer es.sa caudal de pedidos, como parece ser intenção do
tivas dessa providencia, apontadas pelo
soSj quer em créditos, quer em merca dorias, porque os países não aderentes
Ciirii: ^
depender dessa fonte do suprimento em
mente preparados para essa tarefa gigantcsca dc atender a necessidades dc tal envergadura? Evidentemente, com possivelmente a Argentina, só com grandes dificuldades seria possível obter aqui alguma coisa, sob forma de fonic-
sõcs sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou de cri.sc
forma de moedas do cur.so internacional. * da própria indústria norte-americana dc De outra forma, agravar-sc-ia a tendên lho faltar no momento a continuação dc
to dessas importâncias em moedas ou*
nos recursos.
53
Os agricultores nicaragucnses cultivaram mais dc 120.000 acres dc milho, duranto o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acros sobre o ano an terior,^ segundo estatísticas ofieiais. A colheita dêste ano foi excelente, pcnniítndo
ao pais dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a superfície cultivada com arro-z seja algo inferior à do ano anterior, rwo passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antecipando-se que o total excederá o obtido em 1945.
52
Digesto EcoNÔ>nco
Para atender à importação de gêneros alimentícios, de equipamentos novos, dc adubos c de outros tantos pro dutos indíspensá\'eis ao P-'ano Marshall, alguém terá de fornecer os neccssú-
De acordo cotn o relalórit) dos peritos reunidos em Paris, em fins de setembro, as necessidades básicas das dezesseis na
ções da líuropa ocidental serão as se guintes, em dólares americanos:
Dicesto ECONÓ^UCO
rem de ser satisfeitas, alguém terá de emprestar ou abrir créditos a Europa sob
cia inflacionista pcrmitindo-sc pagamen
divisas inconversíveis, enquanto o go verno teria que emitir para transformá-
Do resto do Total
las internamente em dinheiro nacional.
5.400.000.000 5.900.000.000
13.900.000.000 14.500.000.000 14.500.000.000
pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45% do suas necessidades. ♦ Passará a
6.200.000.000
14.400.000.000
aproximadamente dois terços, pelo me
Anos
dos E. Unidos
1948 1949 1950 1951
e.000.000.000
3.200.000.000
Países 4.700.000.000
5.300.000.000 4.800.000.000
3.900.000.000 3.800.000.000
4.500.000.000
3.900.000.000
De outros
Continente Americano
Essas necessidades básicas de impor tação, no período citado, são meras es
Noimalmentc, a Europa, acobertada
Poderão, porém, as Nações do Novo Mundo fazer sacrifícios como os apon
timativas e não levaram em conta as pos síveis flutuações de preço que porventu
tados no quadro acima, calculados cm
ra ocorrerem daqui por diante. As ba ses citadas foram levantadas de confor
anua'mentc? Estão os povos desta par
midade com os preços correntes em 1." do julho último.
Conforme se evidencia desse quadro, às nações do novo mundo compete uma tarefa gigantesca no reerguimento eco
nômico da Europa. De fato, daqui podenão partir as maiores somas de recur-
cerca
dc
4.000.000.000
<le
dólares
le do mundo econômica c financeira
ção da tendência inflacionista, arrcgimentação da vida industrial c perpetua
ao Plano Marshall e com os quais as de zesseis nações ocidentais normalmente
represado, ao menos no que tange ao
negociam, não poderão contribuir senão
Brasil, já é sangria considerável nas nos
ces5itado.s da Europa.
sas 'reservas
pelo menos durante os primeiros anos de vi gência do referido pla
ras e já está pondo em cheque o proprio pro nacional.
sidades européias, tota
utilidades
e
decrescendo
lizadas
em
cerca
de
4.000.000.000 de dó lares
anuais, a
serem
fornecidos pelos países
a
das Américas, fora os Estados Unidos, tive-
participação. das
nente, sua contribuição o participação
para o levantamento da Europa estão ovidcntemente condicionadas à mellioria
dc sua capacidade de produção, quer
agrícola, quer industrial. Por isso, a extensão do Plano Marshall à América
Latina, se pode ser postergada para a Conferência de Bogotá, 6 de tal manei
ra indispensável que nie'hor seria ligála desde logo, nas discussões do Con gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa. Sem o robustecimentü do nossa economia, no setor agrí
cola ou industrial, nada poderemos fazer ■ cm auxílio da Europa a não ser o que so vem fornecendo, evidentemente em
condições precárias e muito aquém das
menor reflexo, junto aos congressis
necessidades daquele continente trans-
tas, do que a possibilidade de convul-
que fizemos referência.
mitida.s pelos seus peritos no relatório a
Se as necc.s-
assim progressivamente Américas.
ção de encargos fiscais, talvez tenham
suiiiií responsabilidade de tal vulto. Quanto aos demais povos dêste Conti
grama dc eslabihdade
derá a Europa ociden de
custo da vida norte-americana, agrava-
Tudo isso está certo, mas só os Esta
dos Unidos estão em condições de as-
financei
no. Posteriormente, po
serviços,
senador Taft, de possível elevação de
pesadas cxporlaçües para a Europa.
O que ali está
em escala decrescente,
soma
Congresso, especialmente convocado pa ra tal fim, poderão fazê-lo, porque tem recursos para isso. As reporcus.sões nega
exceção dos Estados Unidos, Canadá c
cimentos de crédito de matérias-primas c gêneros alimentícios para os povos ne-
tal comprar-lhes maior
nos durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir crédito para satisfazer es.sa caudal de pedidos, como parece ser intenção do
tivas dessa providencia, apontadas pelo
soSj quer em créditos, quer em merca dorias, porque os países não aderentes
Ciirii: ^
depender dessa fonte do suprimento em
mente preparados para essa tarefa gigantcsca dc atender a necessidades dc tal envergadura? Evidentemente, com possivelmente a Argentina, só com grandes dificuldades seria possível obter aqui alguma coisa, sob forma de fonic-
sõcs sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou de cri.sc
forma de moedas do cur.so internacional. * da própria indústria norte-americana dc De outra forma, agravar-sc-ia a tendên lho faltar no momento a continuação dc
to dessas importâncias em moedas ou*
nos recursos.
53
Os agricultores nicaragucnses cultivaram mais dc 120.000 acres dc milho, duranto o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acros sobre o ano an terior,^ segundo estatísticas ofieiais. A colheita dêste ano foi excelente, pcnniítndo
ao pais dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a superfície cultivada com arro-z seja algo inferior à do ano anterior, rwo passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antecipando-se que o total excederá o obtido em 1945.
1 Democracia e Partidos por Afonso Amnos de Melo Franco
Dicbsto Econômico
55
dos países do mundo, para não nos
como instrumento de ação, de instrução,
iludirmos mais sôbre os seus resultados.
de enquadramento e de propaganda. Tem líderes de notória e grande capa
De Gaulle não é maior que Napoleão. E a ditadura napoleònica trou.xe à Fran ça mais cantos fúnebres que clarinadas
cidade.
marciais.
ditadura soriética conseguiu resolver o
No Bradil volta-se publicamente a clamar contra os partidos e a reclamar um govêmo forte, independente dêles.
O sr. AfotKo Arinos de Melo Franco, na Comí-wío de Justiça da Cârnara dos
Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência
dos partidos políticos em face do ref^ime democrático. O assunto do presente
Amda outro dia Alceu Amoroso Limo
artigo refere-se àquêle momentoso problema.
JJiz Hans Kelsen, e diz com muito acêrto, que a prática da democra
cia moderna está ligada ao funciona
mento pelo menos satisfatório dos par tidos políticos. O preconceito contra eles não é, como a muitos se afigura forma de convicção democrática, de fe numa^ certa democracia, mas, bom
I
ao contrário, uma tomada de posição francamente antidemocrática, pois nos têrmos atuais, não pode haver democra cia sem partidos.
diametralmente oposto, isto c, no de
aprofundar cada vez mais as causas da impotência dos partidos democráticos e de denunciar à nação a falência e a
desmoralização de uni regime que elas
próprias contribuem para desmoralizar e levar à ruína.
Pelo que se vê, será difícil quer ao comuni.smo quer ao degau'lísmo chegar ao poder em França pe'as vias consti tucionais, visto que os seus objetivos
É fenômeno impressionante, pode-se
o a sua técnica de govêmo, embora
mesmo diáer alarmante, o crescimento
opostos, têm o traço comum de não
ses, inclusive no Brasil, aonde com tan
SQ compor com os processos estabeleci dos no regime criado pda Assembléia
tas dificuldades nos estamos adaptando
Constituinte.
da onda anti-partidária em vários paí às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas
Se a democracia partidária fracassar
contava
I
em
uma
entrevista
como lhe
impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dôstc assun to. Dizia o moço que os partidos
nacionais tinham fracassado, que é pre ciso que nos libertemos deles, e ci
Pois, apesar de tudo, nem mesmo a
insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tôda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando. A tremenda luta em que sí Jilacerou D Partido Comunista da Rússia, desde
a dissidência de Trotski até os e.xpur-
gos brutais que revoltaram a consciên cia e a moral do mundo, esta tragédia
tava, em favor da sua tese, os e.xemplos
que durou anos e custou centenas de
do Franco, Salazar e De Gaulle.
milhares, talvez milhões de vidas não foi, afinal, considerada no seu conjun to lustórico, senão uma crise de poder
Reconheçamos a semelhança das si tuações. Procura-se entre nós, como na
França, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado,
ninguém procura prestigar. E, aqui como lá, a pergunta é a mesma; que sucederá a esto regmie, se êle vier a fracassar? A resposta também não di
fere: sucederá a ditadura da espada.
dentro da maior ditadura que jamais existiu.
perador e chèfe militar costiunava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império. Acontecia que mais
de ura imperador era indicado pelas
O problema prin
cipal das ditaduras não é
o
^
tropas
govêmo,
em face do ambicioso ímpeto de qual
mas o poder.
^"
Nos tempos romanos a morte do im
ao
mesmo
tempo. Era a crise
Na
tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de
quer dos dois movimentos, o vitorioso
solução dôste pro
de poder sem solu
(e êste será provavelmente De Gau^e)
blema
recuperação econômica e política da atual geração francesa dependem, antes
não so instalará no govêrno sem san
grenta luta com o opositor.
energias formidáveis, melhor aplicáveis nas .w.MO de — govêmo. tarefas
ção constitucional. Nas ditaduras mo
do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de
1946. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos proprios dôsse mecanismo, inclusive O governo partidá rio.
Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degauilísta e a co munista,' SC vem exercendo no sentido
Esta luta será início de um processo
do consolidação violenta do poder con quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão
processos sempre instáveis, embora às vezes longos, de consolidação de um poder conquistado pol^i fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-
dispendem
-y
■
dernas a coisa é a mesma, embora com
■ n 1—
Não se pode imaginar ditad&ríP tècni-'^aspecto*mais nítidos e proporções maio-
camente mais perfeita do que a sovié-
res.
tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no gênero. Tem uma poderosa doutrina justificativa. Tem uma gigantesca base
Vimos a impossibilidade de uma ditadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-
económica e demográfica sôbre que se lico do caudilho sulino Getúlio Vargas apoiar. Tem, inclusive, um partido polítíco (de modalidade especial, é ver-
Êle teve tudo às mãos para sair-sè bem da empreitada de 2 de Dezembro
dado, pôsto que único), que funciona paro sair-se com uma auréola que o
1 Democracia e Partidos por Afonso Amnos de Melo Franco
Dicbsto Econômico
55
dos países do mundo, para não nos
como instrumento de ação, de instrução,
iludirmos mais sôbre os seus resultados.
de enquadramento e de propaganda. Tem líderes de notória e grande capa
De Gaulle não é maior que Napoleão. E a ditadura napoleònica trou.xe à Fran ça mais cantos fúnebres que clarinadas
cidade.
marciais.
ditadura soriética conseguiu resolver o
No Bradil volta-se publicamente a clamar contra os partidos e a reclamar um govêmo forte, independente dêles.
O sr. AfotKo Arinos de Melo Franco, na Comí-wío de Justiça da Cârnara dos
Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência
dos partidos políticos em face do ref^ime democrático. O assunto do presente
Amda outro dia Alceu Amoroso Limo
artigo refere-se àquêle momentoso problema.
JJiz Hans Kelsen, e diz com muito acêrto, que a prática da democra
cia moderna está ligada ao funciona
mento pelo menos satisfatório dos par tidos políticos. O preconceito contra eles não é, como a muitos se afigura forma de convicção democrática, de fe numa^ certa democracia, mas, bom
I
ao contrário, uma tomada de posição francamente antidemocrática, pois nos têrmos atuais, não pode haver democra cia sem partidos.
diametralmente oposto, isto c, no de
aprofundar cada vez mais as causas da impotência dos partidos democráticos e de denunciar à nação a falência e a
desmoralização de uni regime que elas
próprias contribuem para desmoralizar e levar à ruína.
Pelo que se vê, será difícil quer ao comuni.smo quer ao degau'lísmo chegar ao poder em França pe'as vias consti tucionais, visto que os seus objetivos
É fenômeno impressionante, pode-se
o a sua técnica de govêmo, embora
mesmo diáer alarmante, o crescimento
opostos, têm o traço comum de não
ses, inclusive no Brasil, aonde com tan
SQ compor com os processos estabeleci dos no regime criado pda Assembléia
tas dificuldades nos estamos adaptando
Constituinte.
da onda anti-partidária em vários paí às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas
Se a democracia partidária fracassar
contava
I
em
uma
entrevista
como lhe
impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dôstc assun to. Dizia o moço que os partidos
nacionais tinham fracassado, que é pre ciso que nos libertemos deles, e ci
Pois, apesar de tudo, nem mesmo a
insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tôda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando. A tremenda luta em que sí Jilacerou D Partido Comunista da Rússia, desde
a dissidência de Trotski até os e.xpur-
gos brutais que revoltaram a consciên cia e a moral do mundo, esta tragédia
tava, em favor da sua tese, os e.xemplos
que durou anos e custou centenas de
do Franco, Salazar e De Gaulle.
milhares, talvez milhões de vidas não foi, afinal, considerada no seu conjun to lustórico, senão uma crise de poder
Reconheçamos a semelhança das si tuações. Procura-se entre nós, como na
França, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado,
ninguém procura prestigar. E, aqui como lá, a pergunta é a mesma; que sucederá a esto regmie, se êle vier a fracassar? A resposta também não di
fere: sucederá a ditadura da espada.
dentro da maior ditadura que jamais existiu.
perador e chèfe militar costiunava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império. Acontecia que mais
de ura imperador era indicado pelas
O problema prin
cipal das ditaduras não é
o
^
tropas
govêmo,
em face do ambicioso ímpeto de qual
mas o poder.
^"
Nos tempos romanos a morte do im
ao
mesmo
tempo. Era a crise
Na
tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de
quer dos dois movimentos, o vitorioso
solução dôste pro
de poder sem solu
(e êste será provavelmente De Gau^e)
blema
recuperação econômica e política da atual geração francesa dependem, antes
não so instalará no govêrno sem san
grenta luta com o opositor.
energias formidáveis, melhor aplicáveis nas .w.MO de — govêmo. tarefas
ção constitucional. Nas ditaduras mo
do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de
1946. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos proprios dôsse mecanismo, inclusive O governo partidá rio.
Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degauilísta e a co munista,' SC vem exercendo no sentido
Esta luta será início de um processo
do consolidação violenta do poder con quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão
processos sempre instáveis, embora às vezes longos, de consolidação de um poder conquistado pol^i fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-
dispendem
-y
■
dernas a coisa é a mesma, embora com
■ n 1—
Não se pode imaginar ditad&ríP tècni-'^aspecto*mais nítidos e proporções maio-
camente mais perfeita do que a sovié-
res.
tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no gênero. Tem uma poderosa doutrina justificativa. Tem uma gigantesca base
Vimos a impossibilidade de uma ditadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-
económica e demográfica sôbre que se lico do caudilho sulino Getúlio Vargas apoiar. Tem, inclusive, um partido polítíco (de modalidade especial, é ver-
Êle teve tudo às mãos para sair-sè bem da empreitada de 2 de Dezembro
dado, pôsto que único), que funciona paro sair-se com uma auréola que o
50
Digesto Econômico
redimiria dos perjúrios anteriores. Teve
fora da Constituição, cm vez de pro
tudo, inclusive, até certo momento, a confiança dos seus maiores adversários.
curarmos edificar o que cia planejou. Porque uma Constituição não é uma obra, mas uma planta, um plano de
Mas a ditadura é mais forte que o ditador. O ambiente domina c conduz o homem contra as mais claras eviden cias.
Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal
inevitável que é a crise de poder das ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado.
A série de
interesses espúrios que se criam em
tômo ao ditador, qualquer -jue êle seja,
por JüsÉ Mauia Belo
obra.
A nossa, seguindo os inevitáveis pen dores da época, incorporou os partidos políticos ao mecanismo constitucional, deu-lhes cidadania jurídica, em vez de ignorar-lhes a existência como era hábito nas antigas Constituições.
Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que há de mais assente c mais puro na
c uma fôrça terrível que lhe obscurece a visão e lhe impede dc dar uma
doutrina democrática, mas contrariar a
solução inteligente ao probicina capital do regime.
cLad- ^uaó Q.uehhaé habitante de Sirius que acompanlias£c us aconlccimi rito da Terra nos úl
timos quinze ano;: não ficaria
muito
admirado da capacidatle de invenção, no p'ano político, dos homens. Parecer-
Ihc-ia tão .semelhante o espetáculo atual com o do tempo da ascensão de Hitlor que, enervado, desviaria a sua
na mu to mais: a hegemonia política da
Europa e, atra\és da Europa, a do Como a Alemanha nazista, a
As mesmas ambições, as mesmas
Rússia bolchevisla tem uma dou
letra e o espírito da nossa Constituição.
rivalidades interiiacionais, o nies-
É abandonar a democracia e marchar
mo ambiente do apreensões, fre-
trina, uma ideologia a oferecer aos descontentes e aos tevoKatlM de
para a ditadura; é lançar todo o es-
rjüenteinente angiisliosas.
fôrço da política nacional no problema
bstituir o nome da Alemanha pe'o da Rússia ou o do fuehrer germânico pelo
Com a espantosa versatilidade que nos caracteriza voltamos, agora, a entrever,
de govêmo, que lhe são específicos e
do poder, com suas crises periódicas, em vez de concentrá-lo nos problemas que pesam sombriamente, neste mo--
mento, sôbre o futuro nacional.
Bastaria su
do ditador eslavo... Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ra
tigos adversários, não apenas para as
a insidil a traição, a q"'"'" coluna... Mas terminam ai as grandes analogias,
das potências que a haviam feito morder
dácia. No dia em que se julgou com todos os trunfos da vitória, o nazismo
desemcadeou a segunda conflagração.
trolífera, os E. U. A. dependem cada vez mais dos combustíveis líquidos extraias na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidades de petróleo para os E. V. A., contando corri uma quota considerável entre as 450.000 tambores que os E. U. A. importam diàriamente da América do Sul. Assinala-se, por outro fado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30% suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norte-
mcn ó um simples dente da rasq"'® ^o Estudo, eencarnado êsteAbsolutamente num ditador om potente intangivel... se melhantes sfio os processos de agir intransigência, a ameaça, a ts e-
o pó da derrota redobravam-lhe a au
Em esferas de Caracas intimamente ligadas d indústria do petróleo, assinala-so que, apesar do aparecimento do Oriente Médio como nova fonte de produção pe
váriíís espécies. Inspira-as ódio i cn ico liberdade e aos valores individuais: o h -
pidamente se refizera, à sombra do egoísmo e do comodismo dos seus an
concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e para a conquista da Europa. As hesitações ou as fraquezas
(imericanas de petróleo.
cupemção dos povos alheios. Ambicio mundo...
c-uríosidadc para outro planeta...
É quasi impossível qut ui:i homem se liberte desta pressão. .E o resultado de tudo foi o 29 de ..Outubro, antes do 2 de Dezembro.
para os problemas nacionais, soluções
tência econômica, capaz de promover com eficiência o bem-eslnr d.ís suas massíjs humanas, ainda de tão pobre nível de vida, e de auxiliar a plena re-
O sir/mto. qcc demorasse um pouco
mais a sua curiosidade sobre o nosso atormentado planeta, conieçarta a desco brir as divergências entre as duas pm-
sogmis. a de Hitier e a de Stalm. A
Akraanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um dos grandes focos de
Muito "suor, sangue e lágrimas" custou à humanidade civilizada salvar-se da ti rania que a ameaçava. Partindo, não de
******************
uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a
O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da Reptihlica
marcha da Alemanha hitleriana.
Não
SC contenta em executar os seus sucessi
vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po
delegado do Brasil na Pan Americana em Washington, enviou ao "Digesto Eco nômico, do qual é colaborador, a inte ressante crônica que ora publicamos.
50
Digesto Econômico
redimiria dos perjúrios anteriores. Teve
fora da Constituição, cm vez de pro
tudo, inclusive, até certo momento, a confiança dos seus maiores adversários.
curarmos edificar o que cia planejou. Porque uma Constituição não é uma obra, mas uma planta, um plano de
Mas a ditadura é mais forte que o ditador. O ambiente domina c conduz o homem contra as mais claras eviden cias.
Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal
inevitável que é a crise de poder das ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado.
A série de
interesses espúrios que se criam em
tômo ao ditador, qualquer -jue êle seja,
por JüsÉ Mauia Belo
obra.
A nossa, seguindo os inevitáveis pen dores da época, incorporou os partidos políticos ao mecanismo constitucional, deu-lhes cidadania jurídica, em vez de ignorar-lhes a existência como era hábito nas antigas Constituições.
Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que há de mais assente c mais puro na
c uma fôrça terrível que lhe obscurece a visão e lhe impede dc dar uma
doutrina democrática, mas contrariar a
solução inteligente ao probicina capital do regime.
cLad- ^uaó Q.uehhaé habitante de Sirius que acompanlias£c us aconlccimi rito da Terra nos úl
timos quinze ano;: não ficaria
muito
admirado da capacidatle de invenção, no p'ano político, dos homens. Parecer-
Ihc-ia tão .semelhante o espetáculo atual com o do tempo da ascensão de Hitlor que, enervado, desviaria a sua
na mu to mais: a hegemonia política da
Europa e, atra\és da Europa, a do Como a Alemanha nazista, a
As mesmas ambições, as mesmas
Rússia bolchevisla tem uma dou
letra e o espírito da nossa Constituição.
rivalidades interiiacionais, o nies-
É abandonar a democracia e marchar
mo ambiente do apreensões, fre-
trina, uma ideologia a oferecer aos descontentes e aos tevoKatlM de
para a ditadura; é lançar todo o es-
rjüenteinente angiisliosas.
fôrço da política nacional no problema
bstituir o nome da Alemanha pe'o da Rússia ou o do fuehrer germânico pelo
Com a espantosa versatilidade que nos caracteriza voltamos, agora, a entrever,
de govêmo, que lhe são específicos e
do poder, com suas crises periódicas, em vez de concentrá-lo nos problemas que pesam sombriamente, neste mo--
mento, sôbre o futuro nacional.
Bastaria su
do ditador eslavo... Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ra
tigos adversários, não apenas para as
a insidil a traição, a q"'"'" coluna... Mas terminam ai as grandes analogias,
das potências que a haviam feito morder
dácia. No dia em que se julgou com todos os trunfos da vitória, o nazismo
desemcadeou a segunda conflagração.
trolífera, os E. U. A. dependem cada vez mais dos combustíveis líquidos extraias na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidades de petróleo para os E. V. A., contando corri uma quota considerável entre as 450.000 tambores que os E. U. A. importam diàriamente da América do Sul. Assinala-se, por outro fado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30% suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norte-
mcn ó um simples dente da rasq"'® ^o Estudo, eencarnado êsteAbsolutamente num ditador om potente intangivel... se melhantes sfio os processos de agir intransigência, a ameaça, a ts e-
o pó da derrota redobravam-lhe a au
Em esferas de Caracas intimamente ligadas d indústria do petróleo, assinala-so que, apesar do aparecimento do Oriente Médio como nova fonte de produção pe
váriíís espécies. Inspira-as ódio i cn ico liberdade e aos valores individuais: o h -
pidamente se refizera, à sombra do egoísmo e do comodismo dos seus an
concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e para a conquista da Europa. As hesitações ou as fraquezas
(imericanas de petróleo.
cupemção dos povos alheios. Ambicio mundo...
c-uríosidadc para outro planeta...
É quasi impossível qut ui:i homem se liberte desta pressão. .E o resultado de tudo foi o 29 de ..Outubro, antes do 2 de Dezembro.
para os problemas nacionais, soluções
tência econômica, capaz de promover com eficiência o bem-eslnr d.ís suas massíjs humanas, ainda de tão pobre nível de vida, e de auxiliar a plena re-
O sir/mto. qcc demorasse um pouco
mais a sua curiosidade sobre o nosso atormentado planeta, conieçarta a desco brir as divergências entre as duas pm-
sogmis. a de Hitier e a de Stalm. A
Akraanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um dos grandes focos de
Muito "suor, sangue e lágrimas" custou à humanidade civilizada salvar-se da ti rania que a ameaçava. Partindo, não de
******************
uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a
O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da Reptihlica
marcha da Alemanha hitleriana.
Não
SC contenta em executar os seus sucessi
vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po
delegado do Brasil na Pan Americana em Washington, enviou ao "Digesto Eco nômico, do qual é colaborador, a inte ressante crônica que ora publicamos.
53
Dicesto
cultura do mundo.
Encravada no cen
Econômico
Os Estados Unidos, a Inglaterra, cm su
tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização
ma, as nações democráticas, estão a hu
ocidental.
nal contra a Santa Rússia... E isto em
A sua monstruosa ideologia
não procurava atrair as massas humildes e sofredoras de além das suas fronteiras:
a burguesia internacional, grande e pe quena, egoísta e interesselra, no perma nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos
termos de arrieiro...
Outra diferença radical entre o apdsguerra de 1918 e o do 1945. Os "gran des" vencedores dc vinte e nove anos
passados equivaliam-se, senão em recur sos econômicos, de certo, cm prestígio
político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela
condutor mais ou menos iluminado, era
tivamente fáceis os "entendimentos di
européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico que distinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente os deserdados das vantagens materiais da vida. Se não lhe atormentam os sonhos de maior "es
paço vital", que faziam o desespêro sin cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições de
despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica dos povos orientais. Por tôda parte, cs russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con
'
mildo serviço do capitalismo internacio
de crise a apelar para um chefe, um o seu melhor campo de proselitismo. A Rússia é ainda excêntrica à civilização
If Djcest DlCESI o
plomáticos".
o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da tnüção do Brest-Litowski, na categoria dos vitoriosos, constituía misterioso mundo
à parte. O equilíbrio europeu repousava
Em
breve
tempo, a Europa refez-sc das ruínas materiais da guerra. O que não soube
ram ou não puderam compreender os seus dirigentes \indos de "cli mas" esgotados, foi a transfor
bre o Continente que ela quisera fechar
maior ou menor intensidade as conse-
Iqüências. E como fatalmente teria de
nas suas implacáveis garras. O mundo já conlieceu outrora uma pax romana
acontecer, a exaustão econômica fez
e durante todo o século XIX uma pax
multiplicar a inquietação social. A ^•ida
britânica, dizia um dia destes um jornal
cotidiana, nos seus aspectos mais vul
oficial da Rússia; dispensa ou repele
gares, c um rude problema, mesmo para
uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases mais ou menos enfáticas; o que importa
Impossí-
ó procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos oferecem. Por mais poderoso que seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en
bi itado, assim, do preparar, pcla.s suas
tre os indivíduos, só um grosseiro e
grave crise do Continente.
e opulento país; o Japão voltava-se para
história...
todos os seus povos sofrem-lhe com
ca dc uma coletividade de 70 milhões de almas, como a Alemanha, bastaria, aliá-S, em grande parte para explicar a
velmente partido, da sua tradição "iso-
Eis aí o 'duende da ditadura de Mos
cou: a projeção dos Estados Unidos sô-"
)mente virtual na concorrência econômi
lacionista", fechando-se no seu imenso
esta ó outra
tu.
a Inglaterra c a França. O desapareci-
curavam reatar o fio, aliás já irremedià-
essencialmente sôbre a Inglaterra e a
gm-!ho cm cheio a estrutura econômi ca c financeira. Vencedores c vencidos,
as nações mais fortes c mais ricas como
Os Estados Unidos pro
França, a Itália em segundo plano. O advento do fascismo e do nazismo per turbou todo o jôgo diplomático; mas
59
Econômico
fôrças exclusivas, a própria re
falso materialismo poderia redu
cuperação econômica, o Velho
zi-lo a divisor único de todas as
Mundo tem dc contar esscncialmento com o auxílio estrangeiro.
coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados
E sòmcnte um país no mundo
Unidos simplesmente a coopera
empobrecido está em condições
ção da sua técnica e dos seus
inesgotáveis capitais.
Hoje, a grande
j
do assistí-lo: os Estados Unidos ou. cm
;
outros lêrmos, esta máquina formidável
democracia representa, sobretudo, a
' de trabalho, de técnica e de dinheiro
maior fôrça atuante da civilização oci-
que por si só parece pesar mais na ba-
!■ lançu valores econômicos efetivos r do que o resto do Universo. Mas como
• sempr® aconteceu em todos os tempos, atrás do econômico está o político. .. A influência econômica da América do
dentaV
Quem acompanha de longe a
vida americana e quem lhe sente direta
mente os primeiros contatos bem sabe
que ela está longe de realizar o "paraí so terrestre".
Sob a crosfa da sua
grandeza, muitos aspectos tristes, pro
mação que se operava nos espíri tos na raiz de novas aspirações
TNjorte implica forçosamente nma espé cie de primado político. Não haveria
clamados pelos seus próprios nacionais,
tra cs seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu
sociais. Entre as pousyées da ex
um govêmo americano suficientemente imbecil que se propusesse a auxiliar as
à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação
nações exaustas da Europa ou de qual-
dos negros, exaustivamente. estudado
ma atitude defensiva: tomam a
6 da forma mais chocante,
não apenas aos velhos esti os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake
Success para se ter o modê'0 da agres sividade moscovita e dos seus satélites.
trema direita e da extrema es
querda, as democracias ocidentais deixa
ram que se lhes solapassem impune ' quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia comente as velhas bases. Na hora extrema, \ niunista; o que aconteceu depois da tiveram de redimir-se pelos inenarráveis I primeira guerra com o ressurgir da Alesofrimentos da guerra da sua displicên I manha mediante a cooperação dos capicia ou da sua criminosa inadvertência...
Bem mais sombrio é o panorama atual
da Europa.
A guerra hitleriana atin-
À tais britânicos e americanos, deve estar I bem vivo na memória de todos os ho-
1 _
—a...
a deturpam. O capitalismo ainda exibe
num livro recente
— An 'Avierican Di-
lemina — do escritor sueco Gunnar
Uyarda^ é um drama sem remissão. A pobreza de certas camadas dos Estados do Sul e das grandes cidades do Norte,
como Nova York, Chicago etc., não deixa muito longe os dolorosos índices
do Brasil e de outras Repúblicas latino-
53
Dicesto
cultura do mundo.
Encravada no cen
Econômico
Os Estados Unidos, a Inglaterra, cm su
tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização
ma, as nações democráticas, estão a hu
ocidental.
nal contra a Santa Rússia... E isto em
A sua monstruosa ideologia
não procurava atrair as massas humildes e sofredoras de além das suas fronteiras:
a burguesia internacional, grande e pe quena, egoísta e interesselra, no perma nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos
termos de arrieiro...
Outra diferença radical entre o apdsguerra de 1918 e o do 1945. Os "gran des" vencedores dc vinte e nove anos
passados equivaliam-se, senão em recur sos econômicos, de certo, cm prestígio
político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela
condutor mais ou menos iluminado, era
tivamente fáceis os "entendimentos di
européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico que distinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente os deserdados das vantagens materiais da vida. Se não lhe atormentam os sonhos de maior "es
paço vital", que faziam o desespêro sin cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições de
despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica dos povos orientais. Por tôda parte, cs russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con
'
mildo serviço do capitalismo internacio
de crise a apelar para um chefe, um o seu melhor campo de proselitismo. A Rússia é ainda excêntrica à civilização
If Djcest DlCESI o
plomáticos".
o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da tnüção do Brest-Litowski, na categoria dos vitoriosos, constituía misterioso mundo
à parte. O equilíbrio europeu repousava
Em
breve
tempo, a Europa refez-sc das ruínas materiais da guerra. O que não soube
ram ou não puderam compreender os seus dirigentes \indos de "cli mas" esgotados, foi a transfor
bre o Continente que ela quisera fechar
maior ou menor intensidade as conse-
Iqüências. E como fatalmente teria de
nas suas implacáveis garras. O mundo já conlieceu outrora uma pax romana
acontecer, a exaustão econômica fez
e durante todo o século XIX uma pax
multiplicar a inquietação social. A ^•ida
britânica, dizia um dia destes um jornal
cotidiana, nos seus aspectos mais vul
oficial da Rússia; dispensa ou repele
gares, c um rude problema, mesmo para
uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases mais ou menos enfáticas; o que importa
Impossí-
ó procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos oferecem. Por mais poderoso que seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en
bi itado, assim, do preparar, pcla.s suas
tre os indivíduos, só um grosseiro e
grave crise do Continente.
e opulento país; o Japão voltava-se para
história...
todos os seus povos sofrem-lhe com
ca dc uma coletividade de 70 milhões de almas, como a Alemanha, bastaria, aliá-S, em grande parte para explicar a
velmente partido, da sua tradição "iso-
Eis aí o 'duende da ditadura de Mos
cou: a projeção dos Estados Unidos sô-"
)mente virtual na concorrência econômi
lacionista", fechando-se no seu imenso
esta ó outra
tu.
a Inglaterra c a França. O desapareci-
curavam reatar o fio, aliás já irremedià-
essencialmente sôbre a Inglaterra e a
gm-!ho cm cheio a estrutura econômi ca c financeira. Vencedores c vencidos,
as nações mais fortes c mais ricas como
Os Estados Unidos pro
França, a Itália em segundo plano. O advento do fascismo e do nazismo per turbou todo o jôgo diplomático; mas
59
Econômico
fôrças exclusivas, a própria re
falso materialismo poderia redu
cuperação econômica, o Velho
zi-lo a divisor único de todas as
Mundo tem dc contar esscncialmento com o auxílio estrangeiro.
coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados
E sòmcnte um país no mundo
Unidos simplesmente a coopera
empobrecido está em condições
ção da sua técnica e dos seus
inesgotáveis capitais.
Hoje, a grande
j
do assistí-lo: os Estados Unidos ou. cm
;
outros lêrmos, esta máquina formidável
democracia representa, sobretudo, a
' de trabalho, de técnica e de dinheiro
maior fôrça atuante da civilização oci-
que por si só parece pesar mais na ba-
!■ lançu valores econômicos efetivos r do que o resto do Universo. Mas como
• sempr® aconteceu em todos os tempos, atrás do econômico está o político. .. A influência econômica da América do
dentaV
Quem acompanha de longe a
vida americana e quem lhe sente direta
mente os primeiros contatos bem sabe
que ela está longe de realizar o "paraí so terrestre".
Sob a crosfa da sua
grandeza, muitos aspectos tristes, pro
mação que se operava nos espíri tos na raiz de novas aspirações
TNjorte implica forçosamente nma espé cie de primado político. Não haveria
clamados pelos seus próprios nacionais,
tra cs seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu
sociais. Entre as pousyées da ex
um govêmo americano suficientemente imbecil que se propusesse a auxiliar as
à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação
nações exaustas da Europa ou de qual-
dos negros, exaustivamente. estudado
ma atitude defensiva: tomam a
6 da forma mais chocante,
não apenas aos velhos esti os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake
Success para se ter o modê'0 da agres sividade moscovita e dos seus satélites.
trema direita e da extrema es
querda, as democracias ocidentais deixa
ram que se lhes solapassem impune ' quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia comente as velhas bases. Na hora extrema, \ niunista; o que aconteceu depois da tiveram de redimir-se pelos inenarráveis I primeira guerra com o ressurgir da Alesofrimentos da guerra da sua displicên I manha mediante a cooperação dos capicia ou da sua criminosa inadvertência...
Bem mais sombrio é o panorama atual
da Europa.
A guerra hitleriana atin-
À tais britânicos e americanos, deve estar I bem vivo na memória de todos os ho-
1 _
—a...
a deturpam. O capitalismo ainda exibe
num livro recente
— An 'Avierican Di-
lemina — do escritor sueco Gunnar
Uyarda^ é um drama sem remissão. A pobreza de certas camadas dos Estados do Sul e das grandes cidades do Norte,
como Nova York, Chicago etc., não deixa muito longe os dolorosos índices
do Brasil e de outras Repúblicas latino-
60
Djcijsto Econômico ■
americanas. O excesso da industrializa ção estandardízou demasiado a vida na
imperialismo yankee do dinlieiro, o Kremlin opõe o da miséria, às liberda-
ainda não permitiu a completa flores cência do que chamaríamos de "cultura"
dc.s, mesmo falhas, das democracias re
Os dirigentes
americanos estão ainda, ao que parece, na aprendizagem da política internacio
cínios fáceis não são sempre os mais certos. Acreditemos, antes, que, pelo
presentativas, a tirania vermelha... Cer
iuas contendas para os campos de ba talha? Tente alguém responder a tal
tamente, nem os povos da Europa o nem os dos outros Continentes desejam
estará em condições de lutar contra os
curto período hitloriimo
nal; somente, agora ê'es começam a
"descobrir" o mundo...
hington ou Moscou — que êlcs têm de
Muito, pois,
bre o seu país na órbita diplomática. Mas, em trôco, nenhum povo tem tanta reserva de idealismo, tantos anseio.s de
lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Afinal, 6 tão absur
do pressupor uma França, por exemplo, modelada pela Pcnsilvània ou pela Ca
parte alguma é tão vivo, tão sincero e
lifórnia quanto pela Ucrânia ou pela Rús.sia Branca... A criso européia, por
por vezes, afigurando-se mesmo uni tanto ingênuo, o espírito de cooperação
cri.se dc morte. O Velho Mundo tem
paz, de progresso e de bem-estar. Em
E' necessário apenas que ôle se transpoi
uma experiência multissecular dc sofri
ra do colapsos... Por que, pois, prcci-
externa. Das suas largas fronteiras para do mundo...
Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu
implacável capitalismo?
Assim
apregoam os russos... O Plano
Marshall, por exemplo, não seria, na sua essência, senão o' processo de con
pergunta...
Os colossos ame-
A humanidade viveu no
na dolorosa
expectativa de guerra que, afinal, de
flagrou um dia c cstcndou-.se por quase tôda a superfície do globo.
Desta for
ma, um raciocínio fácil leva-nos a pen sar, como o habitante de Sirius a que mo referi, que, rcjJctindo recente pas sado, estamos às vésperas da mais trá gica das provações.
Todavia, os racio
menos, por muitos anos, a Rússia não Estados Unidos e as nações que com êstes cada vez mais se identificam. Por
enquanto, ela não passará cia arrogância o das ameaças, exatamente como fez o
ftiehref alemão.
Que possa ou não
chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do
Ocidente, dos Estados Unidos em pri meiro lugar...
mentos pura .salvar-.sc, mesmo à véspe pitnr-Ihes um atestado de agonia? Em
cada um dc nós liá sempre uma ten
dência, mais ou menos acentuada, paru prefigurar as coisas catastróficas
que poderão acontecer.
Um fi-
nls-Europa abre à nossa imagi nação, tão carregada de remi-
niscências históricas, perspectivas infinitas...
A França reduzida
a uma espécie de Grécia depois da conquista romana; uma Inglaterra con
quista imperialista, um meio de prender a Eiu-opa, e através da Europa, o resto
finada na sua ilha brumosa; uma Italia
da Terra, às finanças da "Wall Street",
Iracemos pelo contrário, já que isto não
não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana.., Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sticedànco
mente esta catústTofc?
mais grave que seja, não pode ser uma
nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos prodígios tem conseguido, para a esfera as fronteiras ainda mais largas
61
licano e nisso acabarão por transpor as
qualquer dos dois. É contra este di lema tendenciosamente armado — Was
têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem so
Econômico
propicio será o clima para Moscou. Ao
cional, como o da civilização técnica
pelo modelo europeu.
Dícesto DlCESl
como um vasto museu artístico... Pre-
nos custa, um panorama mais feliz; a
Europa reconstituída e reencontrando-sc
^ si mesma, para dar à humanidade novos modelos de organização política
da assistência americana? A estimulação
c social, transformadora c classificado-
das greves, a revolta das massas, o incitamento a tôdas as espécies de ódios de classes.., Quanto mais baixo des cer o nível da vida das nações, próspe ras e felizes de antes da guerra, mais
ra das con-entes antagônicas que a amea çam...
Salvo — e surge aí outra hi
pótese terríficante — que nova confla gração seja o galope final da sua atri bulada existência. Mas aproxima-se real-
O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado dcai^na como "muliilateralismo", ou seja, um programo financeiro c comercial iriíernactono/, segundo o qual as divisas seriam ràpidamente conversiveis c relativamente estáveis, estando 03 importadores e exportadores livres de comprar ou vender à sua conffíííc. As barreiras alfandegárias seriam progressivaineiite restringidas e as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas na nacionalidade dos importadores e exportadores não mais existiriam.
Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de unu^ reunião dos membros do Congresso Nacional dc Comércio Exterior. O sr. Thotpe afirmou ainda que a instituição do "multilateralismo" <e fonjaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redisida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou ~ é um aconteciir da maior importância no domínio do intercâmbio comercial infeniacional" sepuida. considerou como comn principais nrím inntx ameaças nmcacas a êssc sistema multilateral o Em seguida,
nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser detJiasiado otimista, está fora de dúvida que a Carta da Organização Internacional do Comércio e o Plano Marsliall para a reconstrução da Europa nos oferecem as maiores mcr' missas para a formação de um mundo tal qual desejamos-, de paz e prosnericKide dentro da liberdade e justiça para todas".
'
60
Djcijsto Econômico ■
americanas. O excesso da industrializa ção estandardízou demasiado a vida na
imperialismo yankee do dinlieiro, o Kremlin opõe o da miséria, às liberda-
ainda não permitiu a completa flores cência do que chamaríamos de "cultura"
dc.s, mesmo falhas, das democracias re
Os dirigentes
americanos estão ainda, ao que parece, na aprendizagem da política internacio
cínios fáceis não são sempre os mais certos. Acreditemos, antes, que, pelo
presentativas, a tirania vermelha... Cer
iuas contendas para os campos de ba talha? Tente alguém responder a tal
tamente, nem os povos da Europa o nem os dos outros Continentes desejam
estará em condições de lutar contra os
curto período hitloriimo
nal; somente, agora ê'es começam a
"descobrir" o mundo...
hington ou Moscou — que êlcs têm de
Muito, pois,
bre o seu país na órbita diplomática. Mas, em trôco, nenhum povo tem tanta reserva de idealismo, tantos anseio.s de
lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Afinal, 6 tão absur
do pressupor uma França, por exemplo, modelada pela Pcnsilvània ou pela Ca
parte alguma é tão vivo, tão sincero e
lifórnia quanto pela Ucrânia ou pela Rús.sia Branca... A criso européia, por
por vezes, afigurando-se mesmo uni tanto ingênuo, o espírito de cooperação
cri.se dc morte. O Velho Mundo tem
paz, de progresso e de bem-estar. Em
E' necessário apenas que ôle se transpoi
uma experiência multissecular dc sofri
ra do colapsos... Por que, pois, prcci-
externa. Das suas largas fronteiras para do mundo...
Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu
implacável capitalismo?
Assim
apregoam os russos... O Plano
Marshall, por exemplo, não seria, na sua essência, senão o' processo de con
pergunta...
Os colossos ame-
A humanidade viveu no
na dolorosa
expectativa de guerra que, afinal, de
flagrou um dia c cstcndou-.se por quase tôda a superfície do globo.
Desta for
ma, um raciocínio fácil leva-nos a pen sar, como o habitante de Sirius a que mo referi, que, rcjJctindo recente pas sado, estamos às vésperas da mais trá gica das provações.
Todavia, os racio
menos, por muitos anos, a Rússia não Estados Unidos e as nações que com êstes cada vez mais se identificam. Por
enquanto, ela não passará cia arrogância o das ameaças, exatamente como fez o
ftiehref alemão.
Que possa ou não
chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do
Ocidente, dos Estados Unidos em pri meiro lugar...
mentos pura .salvar-.sc, mesmo à véspe pitnr-Ihes um atestado de agonia? Em
cada um dc nós liá sempre uma ten
dência, mais ou menos acentuada, paru prefigurar as coisas catastróficas
que poderão acontecer.
Um fi-
nls-Europa abre à nossa imagi nação, tão carregada de remi-
niscências históricas, perspectivas infinitas...
A França reduzida
a uma espécie de Grécia depois da conquista romana; uma Inglaterra con
quista imperialista, um meio de prender a Eiu-opa, e através da Europa, o resto
finada na sua ilha brumosa; uma Italia
da Terra, às finanças da "Wall Street",
Iracemos pelo contrário, já que isto não
não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana.., Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sticedànco
mente esta catústTofc?
mais grave que seja, não pode ser uma
nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos prodígios tem conseguido, para a esfera as fronteiras ainda mais largas
61
licano e nisso acabarão por transpor as
qualquer dos dois. É contra este di lema tendenciosamente armado — Was
têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem so
Econômico
propicio será o clima para Moscou. Ao
cional, como o da civilização técnica
pelo modelo europeu.
Dícesto DlCESl
como um vasto museu artístico... Pre-
nos custa, um panorama mais feliz; a
Europa reconstituída e reencontrando-sc
^ si mesma, para dar à humanidade novos modelos de organização política
da assistência americana? A estimulação
c social, transformadora c classificado-
das greves, a revolta das massas, o incitamento a tôdas as espécies de ódios de classes.., Quanto mais baixo des cer o nível da vida das nações, próspe ras e felizes de antes da guerra, mais
ra das con-entes antagônicas que a amea çam...
Salvo — e surge aí outra hi
pótese terríficante — que nova confla gração seja o galope final da sua atri bulada existência. Mas aproxima-se real-
O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado dcai^na como "muliilateralismo", ou seja, um programo financeiro c comercial iriíernactono/, segundo o qual as divisas seriam ràpidamente conversiveis c relativamente estáveis, estando 03 importadores e exportadores livres de comprar ou vender à sua conffíííc. As barreiras alfandegárias seriam progressivaineiite restringidas e as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas na nacionalidade dos importadores e exportadores não mais existiriam.
Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de unu^ reunião dos membros do Congresso Nacional dc Comércio Exterior. O sr. Thotpe afirmou ainda que a instituição do "multilateralismo" <e fonjaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redisida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou ~ é um aconteciir da maior importância no domínio do intercâmbio comercial infeniacional" sepuida. considerou como comn principais nrím inntx ameaças nmcacas a êssc sistema multilateral o Em seguida,
nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser detJiasiado otimista, está fora de dúvida que a Carta da Organização Internacional do Comércio e o Plano Marsliall para a reconstrução da Europa nos oferecem as maiores mcr' missas para a formação de um mundo tal qual desejamos-, de paz e prosnericKide dentro da liberdade e justiça para todas".
'
63
Dicesto Econômico
EVOLIÇSO EC0\6MICA DOS TR/l\SPORTES
Neste artigo, vamos examinar somen te a evolução do movimento de trans
EERROVíARIOS ^0 RRiESIL
porte realizado por no\'c estradas de fcno situadas cm quase lôdas as re
curso tem limites estreitos, de vez que
giões geoeconómica.s.
çâo e o consumo nas áreas tributarias, tendendo a re.stringir mais ainda o mo-
por Américo Barbosa de Oliveira
Colhemos cm estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos refercnte.s ao tráfego efetuado durante cerca de
IJma tendência que se observa boje em todos os setores do conhecimen
to humano é o recuo do costume dos
antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas fa'sas e inspiradoras de
de Oliveira apresenta algumas conclu' sues tiradas do campo da econotnit^ geral para o da economia ferroviária-
metodologias errôneas no estudo dos problemas.
O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des
ligado das condições do meio em que se processa e preservado, portanto, do influxo das variações que essas condições acusam a cada momento.
A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas atitudes; por isso, encontramos em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade. Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interesses como agente capaz de aprofundar todas as distinções existentes e de determinar
outro, as características econômicas da
região servida.
A mesma intcrdeperi'
dência se observa entre essas caracte
rísticas da zona tributária e a organi zação social do trabalho humano.
O menosprezo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada
de certos disparates como o de atribuir a superioridade da "Paulista" sôbre a
Central" a diferença entre a adminis tração privada e a estatal. Outra conseqüência dessa errônea atitude diante dos problemas é o com plexo de inferioridade, pois, para ex plicar a diferença entre as grandes es tradas de ferro do mundò e as nossa."»
surgem logo as idéias da nossa incapaci-
sempre novas deformações, desde que, . dado administrativa ou da nossa com através da dissociação de fatos e pro posição racial ou o "tropicalismo" e ou blemas, possa criar diretamente opor tras ainda mais esdrúxulas. tunidade de satisfação de objetivos de
grupos ou indiretamente acenar com so
luções prometedoras de boas empreita das.
Em referência ao assunto de nosso
artigo de hoje é impossível disfarçar a profunda interdependência existente entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de
meio século
O ilustre engenheiro Américo Barbosf
Entretanto, o exame do nosso sistema
c
através
da
cur\'a
de
densidade do tráfego exprimimò-lo no gráfico ãncxo.
I
sidade insuficiente, é o aumento das tarifas. É claro, porém, que êsse re
A densidade dc tráfego, que também
é chamada de intensidade do tráfego, exprime, como é sabido, o grau de nHli. zação social de uma estrada, pois nada mais é do que o quociente da divisão da tone'agem deslocada medida em toneladas-quiLómetros pela extensão da «ístrada em quilômetros.
É fácil reconhecer a importância da densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada.
Não
ó difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários, pôsto que impede a satisfatória utiliza ção da capacidade da linha. A receita da
é
líquida
função
direta
de da
uma estra densidade
do tráfego. O único processo dc suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den-
repercute imediatamente sôbre a pmduvimento.
.
Quando uma estrada de ferro se nosso tomiquete, mantendo um ser\T
deficitário apesar de serem as taní^ ele\'adas, a solução é transferir antes o "abacaxi" ao govémo mais pró ximo, mediante encamptçSo "
bom preparo da opinião P" " qual ressurgem os
y, cons-
que somos um pats novo o de q ^ Hh,i um devi goven..meut.l m.nter as estradas etc., etc.
Quando a densidade de
é
suficientemente elevada, a opc serviço deixa saldo,
xas as tarifas. Nessas estradas a man tenção do material rodante e | da linha estão sempre em
trabalha com estimulo e ^
ção .a aperf-í» ôs guém cogita em transfenr o encarg
"Snimo de densidade a partir da qual começa a ser
âoracão de uma estrada de ferro, que
chamlemos densidade cnúca tiualmente conforme o f
^
êste é função principa mente das difi culdade topográficas - que a estrada tenha . de vencer.
ferroviário como parte de um todo permi
E claro que es
te defrontar todas as controvérsias e en
tradas como a "São
trever as verdadeiras soluções que interes
4 Paulo Railway" e a
sam a consolidação da economia nacio
"Central" ou a "So-
nal, do mesmo passo que nos premune
rocabana", que cor
contra os efeitos de certos slogans sem
tam a escarpa ma-
base, mas profundamente arraigados no espírito público.
4.0
J._
63
Dicesto Econômico
EVOLIÇSO EC0\6MICA DOS TR/l\SPORTES
Neste artigo, vamos examinar somen te a evolução do movimento de trans
EERROVíARIOS ^0 RRiESIL
porte realizado por no\'c estradas de fcno situadas cm quase lôdas as re
curso tem limites estreitos, de vez que
giões geoeconómica.s.
çâo e o consumo nas áreas tributarias, tendendo a re.stringir mais ainda o mo-
por Américo Barbosa de Oliveira
Colhemos cm estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos refercnte.s ao tráfego efetuado durante cerca de
IJma tendência que se observa boje em todos os setores do conhecimen
to humano é o recuo do costume dos
antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas fa'sas e inspiradoras de
de Oliveira apresenta algumas conclu' sues tiradas do campo da econotnit^ geral para o da economia ferroviária-
metodologias errôneas no estudo dos problemas.
O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des
ligado das condições do meio em que se processa e preservado, portanto, do influxo das variações que essas condições acusam a cada momento.
A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas atitudes; por isso, encontramos em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade. Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interesses como agente capaz de aprofundar todas as distinções existentes e de determinar
outro, as características econômicas da
região servida.
A mesma intcrdeperi'
dência se observa entre essas caracte
rísticas da zona tributária e a organi zação social do trabalho humano.
O menosprezo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada
de certos disparates como o de atribuir a superioridade da "Paulista" sôbre a
Central" a diferença entre a adminis tração privada e a estatal. Outra conseqüência dessa errônea atitude diante dos problemas é o com plexo de inferioridade, pois, para ex plicar a diferença entre as grandes es tradas de ferro do mundò e as nossa."»
surgem logo as idéias da nossa incapaci-
sempre novas deformações, desde que, . dado administrativa ou da nossa com através da dissociação de fatos e pro posição racial ou o "tropicalismo" e ou blemas, possa criar diretamente opor tras ainda mais esdrúxulas. tunidade de satisfação de objetivos de
grupos ou indiretamente acenar com so
luções prometedoras de boas empreita das.
Em referência ao assunto de nosso
artigo de hoje é impossível disfarçar a profunda interdependência existente entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de
meio século
O ilustre engenheiro Américo Barbosf
Entretanto, o exame do nosso sistema
c
através
da
cur\'a
de
densidade do tráfego exprimimò-lo no gráfico ãncxo.
I
sidade insuficiente, é o aumento das tarifas. É claro, porém, que êsse re
A densidade dc tráfego, que também
é chamada de intensidade do tráfego, exprime, como é sabido, o grau de nHli. zação social de uma estrada, pois nada mais é do que o quociente da divisão da tone'agem deslocada medida em toneladas-quiLómetros pela extensão da «ístrada em quilômetros.
É fácil reconhecer a importância da densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada.
Não
ó difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários, pôsto que impede a satisfatória utiliza ção da capacidade da linha. A receita da
é
líquida
função
direta
de da
uma estra densidade
do tráfego. O único processo dc suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den-
repercute imediatamente sôbre a pmduvimento.
.
Quando uma estrada de ferro se nosso tomiquete, mantendo um ser\T
deficitário apesar de serem as taní^ ele\'adas, a solução é transferir antes o "abacaxi" ao govémo mais pró ximo, mediante encamptçSo "
bom preparo da opinião P" " qual ressurgem os
y, cons-
que somos um pats novo o de q ^ Hh,i um devi goven..meut.l m.nter as estradas etc., etc.
Quando a densidade de
é
suficientemente elevada, a opc serviço deixa saldo,
xas as tarifas. Nessas estradas a man tenção do material rodante e | da linha estão sempre em
trabalha com estimulo e ^
ção .a aperf-í» ôs guém cogita em transfenr o encarg
"Snimo de densidade a partir da qual começa a ser
âoracão de uma estrada de ferro, que
chamlemos densidade cnúca tiualmente conforme o f
^
êste é função principa mente das difi culdade topográficas - que a estrada tenha . de vencer.
ferroviário como parte de um todo permi
E claro que es
te defrontar todas as controvérsias e en
tradas como a "São
trever as verdadeiras soluções que interes
4 Paulo Railway" e a
sam a consolidação da economia nacio
"Central" ou a "So-
nal, do mesmo passo que nos premune
rocabana", que cor
contra os efeitos de certos slogans sem
tam a escarpa ma-
base, mas profundamente arraigados no espírito público.
4.0
J._
64
Dic;i:sto
de remuneração do capUal de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá
fego, em igua'dade de outras condições. É propositadamente que não fazemos
distinção quanto às estradas do governo no que diz respeito à remuneração do capita' investido, pois, do ponto de vis ta da economia nacional, não lia, neste particular, diferença alguma entre o ca
pital público e o privado, pouco im
portando se a contabilidade das estra
das governamentais reg stra ou não tal parcela.
EcoNÓMict>
a casa cios 3.0Ü0.000 (. (último dado obtido). No Canadá, o nível do movimento
cadoria.s, Cj[iic orçaxa eni 496.000 t, progrediu ano a ano, embora com certos
que era cê-rca do 80%, constituía um grande problema de governo. Hoje a situação não é diferente.
cm nossos dias.
De nada valeram as panacéias ten
A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições
Se deitarmos agora um olhar para o no.s.so gráfico referente a algumas estra das
brasileiras
averiguaremos que a
grande maioria aprc.scnta densidade dc
tráfego reduzidí.ssimo, .sendo que, al
trarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten
sidade do tráfego e chegará o dia em que este garantirá a receita necessária ao
ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a
cobriremos que em nenhuma das es
política de arrendamento trouxeram as mesmas desilusões.
No futuro, de nada
valerão também quaisquer providências
SC não incluírem um vigoroso programa do fomento de tráfego, mediante pla nejamento técnico para o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as
dais que permitissem a cada família de imigrantes levar ao nível máximo sua capacidade dc produção, de consumo, de capitalização, de organização, dc aquisi ção de cultura etc. O proce-sso funda mental para tal racionalização foi o
acesso generalizado à propriedade d» terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimen.sõcs a o
sistido ao dcsbravamenlo de certas re
quadas à finalidade de utilização plo"'^
giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as
pelas famílias pioneiras.
No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se do esta
belecer condições sociais
que permitissem a certas famílias de boa origem-con
d ito •
gráfico há tendência para o equilíbrio
econômico. E, dentre as não-defícitdrias
tinuar a viver "dignamen-
" *"• te",'mediante exploração
tradas deficitárias que figuram em nosso
das grandes extensões de conseqüências do esclerosamento eco
somente a "Paulista", a "Mogiana" e a
nômico que se vai estendendo por tôda
"Great Westcm" vêm registando algum
a região.
terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a princípio e depois passou a ser o imi
progresso econômico. A par do aumento
Se a estrutura da economia regional prefigura um tipo de sistema ferroviá
grante.
da receita não podemos olvidar que o custeio do transporte ferroviário cresce
rio compatível com suas condições, em
social a unidade produtora não era o
Em bases de tamanha desigualdade
a precária situação das estradas brasi
cidadão e sua família; era o proprietá rio e seus agregados reproduzindo
de de tráfego, fazendo desaparecer em
leiras.
num país novo os característicos eco
muitas estradas a pequena vantagem de
O
toneladas não são mantidas em serviço.
também ano a ano e, geralmente, eni ritmo mais elevado do que a densida
Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america
374.000 t-valor médio de tôdas as es
dação das garantia.s de juros como a
Se examinarmos os reflexos dêsse au
cabíveis no caso, procuraremos, em corli panhia do leitor, formar idéia sôbre a
na revelam que, em 1882, já a densi dade de tráfego de mercadorias atingia
tadas; tanto as encampações para liqui
custeio do serviço...
mento de tráfego sôbre a receita do ser
o eng. Raul Simon, as estradas com densidade de tráfego inferior a 100.000
Tais condições se propagaram ao tra
fego ferroviário americano, cujo volume médio, cm 1882, já atingia um nive] aproximadamente igual ao da "Paulista
recuos na.s época.s dc crí.sc, atingindo
viço e se confrontarmos as séries esta tísticas das receitas e das despesas, des
vos como o Brasil. . Nos Estados Unidos, segundo informa
do país.
1.498.000 t cm 1945.
Feitas no entanto tôdas ai reservas
posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sobre a den sidade de tráfego em outros países no
zação dos excepcionais recursos naturais
Em 1915 a dcnsicladc de tráfego de incr-
"Leste Brasileiro" dificilmente encon
dade sabemos nac ser exato
lista", a "Mogiana" o a "São Paulo Railway" e parto da "Lcopoldina" vi remuneração do capital. Tudo o mais,
to significa que estamos admitindo tíicilamente terem as estradas sua via permanente e seu materiai rodante em
dessas condições ideais, o que na ver!
trabalho, que permitiram a ampla uHli-
viam de seus recursos para o custeio e
gumas como a "São Luiz-Terezina", O "Madcira-Mamoré", a "Bragança", a
condições, a^quadas à máxima eco nom.a de tráfego; ou, peio menos ei tarem todas elas igualmente afastadas
brasileira: mostrou que somente a "Pau
ferroviário c também ba.stanle elevado.
"5° de desejamos entrar aqui om pormcnorcs ordem
^.ca O nosso silêncio a êsse respeU
r
65
Dir.ESTO Econômico
qualquer país do mundo, está explicada invejável
movimento ferroviário
corrente da melhoria no movimento de
constatado nos Estados Unidos — mal
cargas.
grado a enorme concorrência rodoviária
Há cêrca ,de 25 anos atrás, em reln-
feita por milíiões de veículos automoto
nômicos caducos dos quadros feudais europeus.
Criando tal clima social, impusemo-nos um progresso-teto muito baLxo, de vez
tradas. Êsses algarismos vêm crescendo
tóriu que marcou época, e.xpô.s Pires
res — decorre do sistema adotado na co
que repousa sôbre a progressiva expo-
com o tempo, ultrapassando em 1943
do Rio a situação da rêde ferroviária
lonização e na organização racional do
liação cultural de miUiões de trabalha-
64
Dic;i:sto
de remuneração do capUal de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá
fego, em igua'dade de outras condições. É propositadamente que não fazemos
distinção quanto às estradas do governo no que diz respeito à remuneração do capita' investido, pois, do ponto de vis ta da economia nacional, não lia, neste particular, diferença alguma entre o ca
pital público e o privado, pouco im
portando se a contabilidade das estra
das governamentais reg stra ou não tal parcela.
EcoNÓMict>
a casa cios 3.0Ü0.000 (. (último dado obtido). No Canadá, o nível do movimento
cadoria.s, Cj[iic orçaxa eni 496.000 t, progrediu ano a ano, embora com certos
que era cê-rca do 80%, constituía um grande problema de governo. Hoje a situação não é diferente.
cm nossos dias.
De nada valeram as panacéias ten
A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições
Se deitarmos agora um olhar para o no.s.so gráfico referente a algumas estra das
brasileiras
averiguaremos que a
grande maioria aprc.scnta densidade dc
tráfego reduzidí.ssimo, .sendo que, al
trarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten
sidade do tráfego e chegará o dia em que este garantirá a receita necessária ao
ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a
cobriremos que em nenhuma das es
política de arrendamento trouxeram as mesmas desilusões.
No futuro, de nada
valerão também quaisquer providências
SC não incluírem um vigoroso programa do fomento de tráfego, mediante pla nejamento técnico para o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as
dais que permitissem a cada família de imigrantes levar ao nível máximo sua capacidade dc produção, de consumo, de capitalização, de organização, dc aquisi ção de cultura etc. O proce-sso funda mental para tal racionalização foi o
acesso generalizado à propriedade d» terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimen.sõcs a o
sistido ao dcsbravamenlo de certas re
quadas à finalidade de utilização plo"'^
giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as
pelas famílias pioneiras.
No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se do esta
belecer condições sociais
que permitissem a certas famílias de boa origem-con
d ito •
gráfico há tendência para o equilíbrio
econômico. E, dentre as não-defícitdrias
tinuar a viver "dignamen-
" *"• te",'mediante exploração
tradas deficitárias que figuram em nosso
das grandes extensões de conseqüências do esclerosamento eco
somente a "Paulista", a "Mogiana" e a
nômico que se vai estendendo por tôda
"Great Westcm" vêm registando algum
a região.
terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a princípio e depois passou a ser o imi
progresso econômico. A par do aumento
Se a estrutura da economia regional prefigura um tipo de sistema ferroviá
grante.
da receita não podemos olvidar que o custeio do transporte ferroviário cresce
rio compatível com suas condições, em
social a unidade produtora não era o
Em bases de tamanha desigualdade
a precária situação das estradas brasi
cidadão e sua família; era o proprietá rio e seus agregados reproduzindo
de de tráfego, fazendo desaparecer em
leiras.
num país novo os característicos eco
muitas estradas a pequena vantagem de
O
toneladas não são mantidas em serviço.
também ano a ano e, geralmente, eni ritmo mais elevado do que a densida
Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america
374.000 t-valor médio de tôdas as es
dação das garantia.s de juros como a
Se examinarmos os reflexos dêsse au
cabíveis no caso, procuraremos, em corli panhia do leitor, formar idéia sôbre a
na revelam que, em 1882, já a densi dade de tráfego de mercadorias atingia
tadas; tanto as encampações para liqui
custeio do serviço...
mento de tráfego sôbre a receita do ser
o eng. Raul Simon, as estradas com densidade de tráfego inferior a 100.000
Tais condições se propagaram ao tra
fego ferroviário americano, cujo volume médio, cm 1882, já atingia um nive] aproximadamente igual ao da "Paulista
recuos na.s época.s dc crí.sc, atingindo
viço e se confrontarmos as séries esta tísticas das receitas e das despesas, des
vos como o Brasil. . Nos Estados Unidos, segundo informa
do país.
1.498.000 t cm 1945.
Feitas no entanto tôdas ai reservas
posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sobre a den sidade de tráfego em outros países no
zação dos excepcionais recursos naturais
Em 1915 a dcnsicladc de tráfego de incr-
"Leste Brasileiro" dificilmente encon
dade sabemos nac ser exato
lista", a "Mogiana" o a "São Paulo Railway" e parto da "Lcopoldina" vi remuneração do capital. Tudo o mais,
to significa que estamos admitindo tíicilamente terem as estradas sua via permanente e seu materiai rodante em
dessas condições ideais, o que na ver!
trabalho, que permitiram a ampla uHli-
viam de seus recursos para o custeio e
gumas como a "São Luiz-Terezina", O "Madcira-Mamoré", a "Bragança", a
condições, a^quadas à máxima eco nom.a de tráfego; ou, peio menos ei tarem todas elas igualmente afastadas
brasileira: mostrou que somente a "Pau
ferroviário c também ba.stanle elevado.
"5° de desejamos entrar aqui om pormcnorcs ordem
^.ca O nosso silêncio a êsse respeU
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Dir.ESTO Econômico
qualquer país do mundo, está explicada invejável
movimento ferroviário
corrente da melhoria no movimento de
constatado nos Estados Unidos — mal
cargas.
grado a enorme concorrência rodoviária
Há cêrca ,de 25 anos atrás, em reln-
feita por milíiões de veículos automoto
nômicos caducos dos quadros feudais europeus.
Criando tal clima social, impusemo-nos um progresso-teto muito baLxo, de vez
tradas. Êsses algarismos vêm crescendo
tóriu que marcou época, e.xpô.s Pires
res — decorre do sistema adotado na co
que repousa sôbre a progressiva expo-
com o tempo, ultrapassando em 1943
do Rio a situação da rêde ferroviária
lonização e na organização racional do
liação cultural de miUiões de trabalha-
6d
dores rurais, cuja produtividade vai
caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão social qualquer que seja sua etnia de origem.
Somem-se a êsse clima social algumas desvantagens da pluviosidade e do solo
DiCESTO
Econóxuco
gressão.
Se recuarmos agora do campo da eco nomia geral para o da economia ferro viária, poderemos tirar algumas con
estão sendo adotadas — a não ser em
A Argentina, embora tenha sido colo nizada segundo o mesmo molde feudal
adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de trabalho escravo tão profundamente in troduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a
escala reduzida e por algumas estradas como a "Paulista" e a "Mogiana"; 2.® — devemos recusar categòricamen-
o 3 oC ois
"®
tomàticamente;
3.® — precisamos fazer justiça ao pes
"
2
pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente máis
território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal,
elevada do que para explorar estradas
entoe cs quais o baixo rendimento do
Diz-se que'o Govêrno cobre os de-
Oo*s C
0] w r.
É com o engenho, o malabarismo e o devotamento do pessoal ferroviário que
uma parte do balanço se equilibra, ca- -
5
'3 •o ® 05 « „ fl
ihfãl
econòmicamente equilibradas.
^balho, o pauperismo, a rotina & a ficiu, mas na verdade, cobre apenas baixa densidade de tráfego constituem, parte dos deficits, pois a substituição ainda os menores males. do material não ó feita a tempo e a A densidade de tráfego na Argentina conservação dos equipamentos é quase iQííí 246.000 íí./® toneladas. ° em que sístemàticamente postergada. 1900, Emera,1945,
g«
ra CO M fi
a>
soal ferroviário, reconhecendo que a ca
Libertou, assim, certos trechos de seu
ção social das forças produtivas brasi' leiras, o tema que nos propusemos abor-
■Solisf ^■0 g w .a
como justificativa da esperança de qua
colonização racional à moda americana.
limbora seja de inexcedível interêsse
JL u3
os deficits ferroviários desaparecerão au-
estrutura latifundiária para pitomover
examinar em suas minúcias a estrutura
ra Ei R
ggl^lfá ■ssg1:i1
te o "calmante" de sermos "país novo"
pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es
alcançou a ctfra de 414.000 toneladas.
eS&e
1.^ — as verdadeiras soluções que o
nómico-financeiros de ordem internacio
mo movimento ferroviário.
o.
TTrrTT-T
clusões:
nosso sistema ferroviário reclama não
baixo nível de vida brasileiro, do nosso exíguo mercado interno, do nosso ínfi
67
Econômico
dar neste artigo não comporia tal di
tropicais, bem como os imperativos eco-
nal e teremos os principais agentes do
Dit.esto
Ç (fl
•o
0*0 íS
6 «a « Ul
Q
d
>3
«12
4>-
ou
n
bendo a outra à resignação dos clientes da estrada e, às vêzes, ao seu malaba
n 2s
S o*
rismo também... V n 01
Ou a o S c > H a «5
r\ 2 O M<0 5
6d
dores rurais, cuja produtividade vai
caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão social qualquer que seja sua etnia de origem.
Somem-se a êsse clima social algumas desvantagens da pluviosidade e do solo
DiCESTO
Econóxuco
gressão.
Se recuarmos agora do campo da eco nomia geral para o da economia ferro viária, poderemos tirar algumas con
estão sendo adotadas — a não ser em
A Argentina, embora tenha sido colo nizada segundo o mesmo molde feudal
adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de trabalho escravo tão profundamente in troduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a
escala reduzida e por algumas estradas como a "Paulista" e a "Mogiana"; 2.® — devemos recusar categòricamen-
o 3 oC ois
"®
tomàticamente;
3.® — precisamos fazer justiça ao pes
"
2
pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente máis
território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal,
elevada do que para explorar estradas
entoe cs quais o baixo rendimento do
Diz-se que'o Govêrno cobre os de-
Oo*s C
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É com o engenho, o malabarismo e o devotamento do pessoal ferroviário que
uma parte do balanço se equilibra, ca- -
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econòmicamente equilibradas.
^balho, o pauperismo, a rotina & a ficiu, mas na verdade, cobre apenas baixa densidade de tráfego constituem, parte dos deficits, pois a substituição ainda os menores males. do material não ó feita a tempo e a A densidade de tráfego na Argentina conservação dos equipamentos é quase iQííí 246.000 íí./® toneladas. ° em que sístemàticamente postergada. 1900, Emera,1945,
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soal ferroviário, reconhecendo que a ca
Libertou, assim, certos trechos de seu
ção social das forças produtivas brasi' leiras, o tema que nos propusemos abor-
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como justificativa da esperança de qua
colonização racional à moda americana.
limbora seja de inexcedível interêsse
JL u3
os deficits ferroviários desaparecerão au-
estrutura latifundiária para pitomover
examinar em suas minúcias a estrutura
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te o "calmante" de sermos "país novo"
pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es
alcançou a ctfra de 414.000 toneladas.
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1.^ — as verdadeiras soluções que o
nómico-financeiros de ordem internacio
mo movimento ferroviário.
o.
TTrrTT-T
clusões:
nosso sistema ferroviário reclama não
baixo nível de vida brasileiro, do nosso exíguo mercado interno, do nosso ínfi
67
Econômico
dar neste artigo não comporia tal di
tropicais, bem como os imperativos eco-
nal e teremos os principais agentes do
Dit.esto
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y/
r
a Holanda ou a Suíça, hoje não conse
guem levantar naquele mercada qual por José Thomaz Naduco
quer soma apreciável.
Entretanto, a "Light", que há mais de quarenta anos opera entre nós, nun ca havia tido a menor dificuldade ern.
^ sr. Carlos Lacerda sc surpreende, num de seus artigos no "Correio da
O Üustre causídico José Thomaz Nabuco
inicia a siui prestigiosa colaboração para
Manhã", com o fato de a "Light"
o "Digesto Econômico" descrevendo o
precisar do auxilio do Govômo Federal
vendo provocado pela economia dirigida.
para poder continuar as obras que esta
ambiente angusUoso que estamos vi
talações hidrelétricas e outras providências indispensáveis para que os seus serviços possam acompanhar o cresci-
mento das cidades a que servem, nue
^ precisa de auxilio do Govêmo para se manter?
^
t) fato, que pode surpreender a mui
quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece cs-
quecer-so de que, com essa medida, estanca tôdas as fontes de capital es trangeiro e que êste só pode entrar num país onde existam restrições de câmbio, com a nítida e positiva garan tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró
tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro
prias, na moeda estrangeira combinada.
em que vivemos (e o resto do mundo
dissemos, mas do mundo quase todo, e,
les governamentais e economia dirigida também) há tantos anos.
O Govêmo intervém onde quer e
acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ ção ocorreu na Rússia muito antes de o
quererem os "Soviets", que tornaram conta do país. Mas, tais foram as re gras e restrições a que submeteram as
I
fábricas, que estas foram forçadas a
,
paralisar os seus serviços, e o Governo,
; I
diante da paralisação, se viu forçado a ocupá-las e assumir a responsabilidade
I
da produção.
I ,
se fez sem grandes sofrimentos que culminaram na grande fome, por ocasião
Mas a transformação não
I da socialização da produção agrícola. 1 O nosso Govêmo, ou outro qualquer, quando intervém no mercado cambial.
conseguir os recursos de que precisava.
O seu negócio era bom, a sua situação firme, c tôdas as portas dos mutiiantes so lhe abriam.
Hoje a sua situação é a mesma, õs
As restrições não são só nossas, como
em conseqüência, uma fonte quase ines
gotável do recursos financeiros, que era o mercado de títulos de Nova York e
dos Estados Unidos, está hoje esgotada o sêca, para todos os mutuários estran geiros.
Não é só a "Light" que se vê im possibilitada de conseguir naquelas pra ças o dinheiro de que precisa. São
tôdas as empresas do mundo que se acham fora dos Estados Unidos e que, por mais solvável e segura que seja a sua posição financeira, não conseguem
obter empréstimos de qualquer natu reza.
A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta
dos Unidos que mesmo países de cré dito de primeira ordem, como a Suécia,
69
dúvida, de 1943 para cá. Mas mais do que eles, subiram tôdas as despesas dos fazendeiros. Os seus salários, os seus impostos, os seus inseticidas e todo o
seu material' dobrou ou triplicou de preço.
Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu o êle foi procurar outras cul
turas que melhor atendiam aos seus interêsses.
dem. Mas as únicas portas que podiam
Deve-se considerar isto indesejável? Não é de se desejar, para o progresso e a sah'ação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre
Ou semi-oficiais.
lucro ofereça?
seus balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or
va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins
■b São Paulo. W A Light , que °tanto ^ganha, ainda
I
Dicesto EcoNÓ\nco
socorrê-la são as das instituições oficiais Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.
Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par
ticulares, se vêem chamados a substi tuir-se a ôles. Porque o comunismo
econômico, por mais que o odiemos nos está invadindo, sem que nós o sintamos como conseqüência ine.xorável de nossos próprios atos. U
O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em
cifras impressionantes mostm que essa produção caiu de quase 500.000 tone
ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente.
E analisa as causas
possíveis dessa débacle, a falta de bra ços, a falta de transporte, a falta de crédito, a falta de sementes, a falta de adubo e mais outras faltas.
Mas não se ve formuláda, entre tô
das as causas examinadas dessa deca dência, a hipótese de ser ela devida a um menor -interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.
Os preços do algodão subiram, sem
aqujlo que n^lhores perspectivas de
É claro que sim. E não há, em tôdas as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível, mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz
daquilo que convém fazer, do que a vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impedlhos que êle terá de enfrentar, pode e deve pro duzir.
O abandono da cultura de algodão
(que nas dimensões espetaculares de
1943 era um produto de exportação),
enquanto vigoram os preços ora cor rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle ó vendido, só alcançam os preços atual mente
\'igorantes
no
nosso
mercado
cambial, e enquanto os preços internos
se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência o grando vantagem. m
No Congresso Nacional discute-se no
va lei do inquilinato. Por mais tempo serão manridas as restrições que atual mente pesam sôbre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-
y/
r
a Holanda ou a Suíça, hoje não conse
guem levantar naquele mercada qual por José Thomaz Naduco
quer soma apreciável.
Entretanto, a "Light", que há mais de quarenta anos opera entre nós, nun ca havia tido a menor dificuldade ern.
^ sr. Carlos Lacerda sc surpreende, num de seus artigos no "Correio da
O Üustre causídico José Thomaz Nabuco
inicia a siui prestigiosa colaboração para
Manhã", com o fato de a "Light"
o "Digesto Econômico" descrevendo o
precisar do auxilio do Govômo Federal
vendo provocado pela economia dirigida.
para poder continuar as obras que esta
ambiente angusUoso que estamos vi
talações hidrelétricas e outras providências indispensáveis para que os seus serviços possam acompanhar o cresci-
mento das cidades a que servem, nue
^ precisa de auxilio do Govêmo para se manter?
^
t) fato, que pode surpreender a mui
quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece cs-
quecer-so de que, com essa medida, estanca tôdas as fontes de capital es trangeiro e que êste só pode entrar num país onde existam restrições de câmbio, com a nítida e positiva garan tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró
tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro
prias, na moeda estrangeira combinada.
em que vivemos (e o resto do mundo
dissemos, mas do mundo quase todo, e,
les governamentais e economia dirigida também) há tantos anos.
O Govêmo intervém onde quer e
acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ ção ocorreu na Rússia muito antes de o
quererem os "Soviets", que tornaram conta do país. Mas, tais foram as re gras e restrições a que submeteram as
I
fábricas, que estas foram forçadas a
,
paralisar os seus serviços, e o Governo,
; I
diante da paralisação, se viu forçado a ocupá-las e assumir a responsabilidade
I
da produção.
I ,
se fez sem grandes sofrimentos que culminaram na grande fome, por ocasião
Mas a transformação não
I da socialização da produção agrícola. 1 O nosso Govêmo, ou outro qualquer, quando intervém no mercado cambial.
conseguir os recursos de que precisava.
O seu negócio era bom, a sua situação firme, c tôdas as portas dos mutiiantes so lhe abriam.
Hoje a sua situação é a mesma, õs
As restrições não são só nossas, como
em conseqüência, uma fonte quase ines
gotável do recursos financeiros, que era o mercado de títulos de Nova York e
dos Estados Unidos, está hoje esgotada o sêca, para todos os mutuários estran geiros.
Não é só a "Light" que se vê im possibilitada de conseguir naquelas pra ças o dinheiro de que precisa. São
tôdas as empresas do mundo que se acham fora dos Estados Unidos e que, por mais solvável e segura que seja a sua posição financeira, não conseguem
obter empréstimos de qualquer natu reza.
A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta
dos Unidos que mesmo países de cré dito de primeira ordem, como a Suécia,
69
dúvida, de 1943 para cá. Mas mais do que eles, subiram tôdas as despesas dos fazendeiros. Os seus salários, os seus impostos, os seus inseticidas e todo o
seu material' dobrou ou triplicou de preço.
Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu o êle foi procurar outras cul
turas que melhor atendiam aos seus interêsses.
dem. Mas as únicas portas que podiam
Deve-se considerar isto indesejável? Não é de se desejar, para o progresso e a sah'ação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre
Ou semi-oficiais.
lucro ofereça?
seus balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or
va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins
■b São Paulo. W A Light , que °tanto ^ganha, ainda
I
Dicesto EcoNÓ\nco
socorrê-la são as das instituições oficiais Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.
Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par
ticulares, se vêem chamados a substi tuir-se a ôles. Porque o comunismo
econômico, por mais que o odiemos nos está invadindo, sem que nós o sintamos como conseqüência ine.xorável de nossos próprios atos. U
O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em
cifras impressionantes mostm que essa produção caiu de quase 500.000 tone
ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente.
E analisa as causas
possíveis dessa débacle, a falta de bra ços, a falta de transporte, a falta de crédito, a falta de sementes, a falta de adubo e mais outras faltas.
Mas não se ve formuláda, entre tô
das as causas examinadas dessa deca dência, a hipótese de ser ela devida a um menor -interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.
Os preços do algodão subiram, sem
aqujlo que n^lhores perspectivas de
É claro que sim. E não há, em tôdas as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível, mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz
daquilo que convém fazer, do que a vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impedlhos que êle terá de enfrentar, pode e deve pro duzir.
O abandono da cultura de algodão
(que nas dimensões espetaculares de
1943 era um produto de exportação),
enquanto vigoram os preços ora cor rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle ó vendido, só alcançam os preços atual mente
\'igorantes
no
nosso
mercado
cambial, e enquanto os preços internos
se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência o grando vantagem. m
No Congresso Nacional discute-se no
va lei do inquilinato. Por mais tempo serão manridas as restrições que atual mente pesam sôbre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-
to
■*-nr 'm: /
DrcESTO
70
EcoNÓKaco
Dicesto
Econômico
71
rios. A lei não é recente. Começou em
A isto tem correspondido o legisl*'
1942 e ameaça perdurar por muito tempo.
dor decretando sanções severas contra os
começando pelas simples casas de ave nida c prédios de habitação coletiva,
desordem de sua vegetação; assim como que espalha as suas sementes, e que
organ'zar listas de prédios vazios para
para as classes menos favorecidas. É aceitar a inevitabilidadc do dilema cm que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema de habitação SC agrave cada vez mais, ou entrar, re
Não se trata de novidade em matéria
econômica ou política. Em quase to dos os países existem leis de proteção aos inquilinos.
Entre nós já existiram
outras anteriores, e mesmo nas velhas
coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Henriques, se encontram leis semelhantes.
Mas tôdas essas foram abandonadas, por nocivas e contraproducentes.
Não é de hoje que parou a constru
ção das casas de aluguel. A velha apli
cação de capital, tão do gôslo de nossa gente, e da gente lusi
proprietários que deixam desocupadas as suas casas e a polícia tem procurado compelir a sua locação. Mas o resulta
do ó pequeno pois resta sempre a® proprietário o e.xpediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa zê-la ocupar de forma que lhe pemúia ter a certeza de sua devolução, no momento
Mas essas medidas legislativas e po
liciais, ainda que pudessem ser aplica
das com eficácia, não resolveriam o
problema da falta d®
tana, especialmente dc
construção de novas ca
pais e maridos que de
sas para alugar.
sejavam deixar a seus
Não só a lei do in-
filhos e a suas espo
quilinato, mas tambéni
sas um pecúlio seguro,
o
está desaparecendo. O grande surto de construções, a que se assistiu, durante os úl
dos impostos
renda predial, tomanj a aplicação de capital em prédios de renda uma das menos interes santes no momento.
para residência própria
E com isto sofre o
dos donos, construídos muitos no sistema de
erário
condomínio, e auxiliados por financia
mento generoso, que já acabou. Nada se fez para a grande classe de pessoas
que precisam de moradia de aluguel e o mercado se toma cada vez mais es
casso, generalizando-se os abusos das luvas' ou dos pagamentos por fora e
preferindo os proprietários, em muitos
casos, deixar as suas casas vazias a
alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên
quando
se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do
prédio é considerável.
ônus
que recaem sôbre a
timos anos, foi todo de casas e apartamentos
cias relativamente curtas, ou
necessário.
público,
como
muito bem demonstrou
o deputado Aliomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de alugue,
solutamente, no caminho da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.
Mas quem ainda repousa a sua fé na solução capitalista-individualista dos
problemas econômicos,- deve esperar que alguma medida de meio-têrmo possa ser encontrada: que pelo menos prepa remos o advento da liberdade em ma
téria de locação de imóveis, por cami nhos como sejam o de proteger os atuais inquilinos, defendendo-os com a lei do inquilinato, mas reslabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual
cm tôdas as novas locações que se fi zerem.
Assim condenar-se-ão os atuais pro prietários às velhas rendas que pos suem e que, cada dia, diminuem, pela perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre
cha de luz e de esperança, através da
qual talvez se estimule a aplicação de capitais na construção de imóveis.
também não o é o da renda do impôsio
mais mal acomodado, as casas de alu guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos
são forçados a combinações criminosas com os senliorics.
A única solução, aqui também, se se
Iiá de resolver o problema, e o Govêrno fazer o que o capital particular não quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos,
A economia dirigida é injusta, con traproducente e contrária à natureza, isjela, nem mesmo através do trabalho
escravo, se poderá construir uma grande nação.
Assim como a selva amazônica cres
ce vertiginosamente, e assume um poclerio incontrastável, no meio da maior ^
-¥•
as espécies mais fortes abafam e destróem as demais, nutrindo-se com seus
detritos, e que os cipós e as trepade.ras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para
sitas proliferam sugando a seiva das ár\-ores mais poderosas, assim, também, nasce, cresce e se desenvolve uma na
ção grande e rica.
Na procura exagerada da justiça e da
igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinaria mente a riqueza que poderia haver para distribuir entre todos.
Se o crescimento da floresta fôsse confa-olado por leis hmnanas, em qy® se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci
mento das mais rápidas, de modo q"® as árvores mais fortes devessem aguar
dar o desenvolvimento das mais fracas,
a fim de não sobrepujá-las, e onde
os parasitas, os mata-paus e as gamelei-
ras fôssem proibidos de e-xistir, teríamos, talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de grande debilidade própria. O ún'"co caminho para a grandeza de
uma nação é o da liberdade individual,
IV
predial.
O povo vai ficando, assim, cada veZ
as árvores nascem ao sabor do vento,
^
temperada, porque somos homens ads
tritos aos princípios cristãos do amor ao pi-ó.ximo, fazendo, pelo exemplo e pela pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus semelliantes e procedendo-se, uma vez por outra, a extiipação de elementos que se mostrem refratários a êsses ensi namentos.
^
^ íf *
to
■*-nr 'm: /
DrcESTO
70
EcoNÓKaco
Dicesto
Econômico
71
rios. A lei não é recente. Começou em
A isto tem correspondido o legisl*'
1942 e ameaça perdurar por muito tempo.
dor decretando sanções severas contra os
começando pelas simples casas de ave nida c prédios de habitação coletiva,
desordem de sua vegetação; assim como que espalha as suas sementes, e que
organ'zar listas de prédios vazios para
para as classes menos favorecidas. É aceitar a inevitabilidadc do dilema cm que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema de habitação SC agrave cada vez mais, ou entrar, re
Não se trata de novidade em matéria
econômica ou política. Em quase to dos os países existem leis de proteção aos inquilinos.
Entre nós já existiram
outras anteriores, e mesmo nas velhas
coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Henriques, se encontram leis semelhantes.
Mas tôdas essas foram abandonadas, por nocivas e contraproducentes.
Não é de hoje que parou a constru
ção das casas de aluguel. A velha apli
cação de capital, tão do gôslo de nossa gente, e da gente lusi
proprietários que deixam desocupadas as suas casas e a polícia tem procurado compelir a sua locação. Mas o resulta
do ó pequeno pois resta sempre a® proprietário o e.xpediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa zê-la ocupar de forma que lhe pemúia ter a certeza de sua devolução, no momento
Mas essas medidas legislativas e po
liciais, ainda que pudessem ser aplica
das com eficácia, não resolveriam o
problema da falta d®
tana, especialmente dc
construção de novas ca
pais e maridos que de
sas para alugar.
sejavam deixar a seus
Não só a lei do in-
filhos e a suas espo
quilinato, mas tambéni
sas um pecúlio seguro,
o
está desaparecendo. O grande surto de construções, a que se assistiu, durante os úl
dos impostos
renda predial, tomanj a aplicação de capital em prédios de renda uma das menos interes santes no momento.
para residência própria
E com isto sofre o
dos donos, construídos muitos no sistema de
erário
condomínio, e auxiliados por financia
mento generoso, que já acabou. Nada se fez para a grande classe de pessoas
que precisam de moradia de aluguel e o mercado se toma cada vez mais es
casso, generalizando-se os abusos das luvas' ou dos pagamentos por fora e
preferindo os proprietários, em muitos
casos, deixar as suas casas vazias a
alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên
quando
se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do
prédio é considerável.
ônus
que recaem sôbre a
timos anos, foi todo de casas e apartamentos
cias relativamente curtas, ou
necessário.
público,
como
muito bem demonstrou
o deputado Aliomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de alugue,
solutamente, no caminho da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.
Mas quem ainda repousa a sua fé na solução capitalista-individualista dos
problemas econômicos,- deve esperar que alguma medida de meio-têrmo possa ser encontrada: que pelo menos prepa remos o advento da liberdade em ma
téria de locação de imóveis, por cami nhos como sejam o de proteger os atuais inquilinos, defendendo-os com a lei do inquilinato, mas reslabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual
cm tôdas as novas locações que se fi zerem.
Assim condenar-se-ão os atuais pro prietários às velhas rendas que pos suem e que, cada dia, diminuem, pela perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre
cha de luz e de esperança, através da
qual talvez se estimule a aplicação de capitais na construção de imóveis.
também não o é o da renda do impôsio
mais mal acomodado, as casas de alu guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos
são forçados a combinações criminosas com os senliorics.
A única solução, aqui também, se se
Iiá de resolver o problema, e o Govêrno fazer o que o capital particular não quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos,
A economia dirigida é injusta, con traproducente e contrária à natureza, isjela, nem mesmo através do trabalho
escravo, se poderá construir uma grande nação.
Assim como a selva amazônica cres
ce vertiginosamente, e assume um poclerio incontrastável, no meio da maior ^
-¥•
as espécies mais fortes abafam e destróem as demais, nutrindo-se com seus
detritos, e que os cipós e as trepade.ras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para
sitas proliferam sugando a seiva das ár\-ores mais poderosas, assim, também, nasce, cresce e se desenvolve uma na
ção grande e rica.
Na procura exagerada da justiça e da
igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinaria mente a riqueza que poderia haver para distribuir entre todos.
Se o crescimento da floresta fôsse confa-olado por leis hmnanas, em qy® se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci
mento das mais rápidas, de modo q"® as árvores mais fortes devessem aguar
dar o desenvolvimento das mais fracas,
a fim de não sobrepujá-las, e onde
os parasitas, os mata-paus e as gamelei-
ras fôssem proibidos de e-xistir, teríamos, talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de grande debilidade própria. O ún'"co caminho para a grandeza de
uma nação é o da liberdade individual,
IV
predial.
O povo vai ficando, assim, cada veZ
as árvores nascem ao sabor do vento,
^
temperada, porque somos homens ads
tritos aos princípios cristãos do amor ao pi-ó.ximo, fazendo, pelo exemplo e pela pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus semelliantes e procedendo-se, uma vez por outra, a extiipação de elementos que se mostrem refratários a êsses ensi namentos.
^
^ íf *
Dxoestü
Eccjnómico
decisivamente para aperfeiçoar c desen
A Indústria do Pescado por Antônio Renato Ga(;() Nobiu-:
O autor, que é um técnico prático da indtistrin do couMcrvdíi dc peixe, examina as nossas esjjócies ictiolóf^icas nuiLs apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indústrias
J^EsDE os tempos da mais
remota
güidade que o peixe
artificial e ã fumagem,
vem sendo utilizado na
humana.
nas regiões frias e ge ladas praticavam ^
Não admira, portanto,
congelação. A salgo»
que constituindo
as
a salmoura, o vinagra*»
espécie ictiológicas um dos primeiros alimen
o azeite e os môlhos foram processos poste
tos do homem, êste
riormente
alimentação
se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida.
Conservando as espécies ictiológicas nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim consoante a maior ou menor necessida
de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti
o fabrico de conservas em latas, na fa
povo.s deficitários em produtos agrícolas
brica para ésse fim instalada por John
c carniçaria fizeram do peixe base de
Hal! e Br)'an Donkin.
vos menos favorecidos pela Natureza.
secagem natural o«
anti
invólucro cie fôlha de flandrc,s, Iniciava
passageiros, ou exércitos; por outro lado,
cedentes para comerciar com outros po
quentes recorriam
emprega
dos, constituindo juntamente com os
primeiros os primórdios da técnica de se conservar peixe. Encontram-se noticias da sua aplicação em escntos de histo riadores, descrições de naturalistas o car
dápios de gastrónomos, particularmente
na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca
da preparação de sardinhas condimenta
E o peixe, qualquer que fôsse sua pre paração, passou a.representar importante valor transacionável, chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "trusts" e monopólios. Data de então o grande desenvolvimento da in
dustrialização do pescado, principalmen te do Mediterrâneo e norte da Europa, e no Japão.
No entanto, os progressos da indús tria verificavam-se muito lentos e a téc
forçados a conservar por períodos de maior duração perdiam muito do sabor e principais qualidades. Procurava-se des
cobrir o sistema de fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a
um ou dois anos, sem que algo de novo surgisse, porquanto às próprias tenta tivas de Spallanzani e Chule acêrca do
mundo microbiano e da conservação pe'o calor, ou ficaram incompletas ou não
lização durante as épocas de escassez ou
decerto nos vellios processos da fuma
consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter
to dc peixe pela combustão de madeiras,
minadas espécies ictiológicas.
imprimindo notável desenvolvimento a
Appert descobria finalmente o prin
êste sistema de fabrico.
cipio da conservação pelo calor, em reci pientes hermèticamente fechados, revo lucionando a técnica de conservar e lan
^ íN *
Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor
E, conjunta-
ntente, descnvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vêzes aromatizada com especiarias ou condi mentos.
As viagens marítimas, depois as ^an me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas des campanhas militares, contribuixam
Depois da descoberta do "Boufe.tor da Humanidade", foi esta a mais impor
tante conquista da indústria. As vanta
gens que advieram com a utiliz;içáo dos recipientes de fôlha de flandres consti tuíram as bases fundamentais do desen
volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen tação dos povos das mais longínquas pa ragens.
A primeira fábrica de conser\as de sardinha, utilizando os métodos Appert e Durand, foi fundada em Nontes, por
Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de ^ menos, a me-sma. Os produtos manufa turados tinham duração muito limitada, fábricas, inspirando ainda a instalaçao da primeira fábrica norueguesa e logo a deterioravam-se ràpidamente e quando seguir no Japão. A indústria incremen-
das com azeite, molhos de escabeche c
gem rudimentar, iniciavam o tratamen
rand que inventara no ano anterior o
nica de conservar continuava, mais ou
de anchovas.
Mais tarde, aí por volta do século XV, os povos nórdicos da Europa, baseados
Em 1811, na Ingliitcrra, Popcr Du-
volver a conservação do pescado, pela ncccss'dadc de alimentar tripulações e
alimentação, aproveitando ainda os ex
necessitam.
.73
tiveram prosseguimento.
No alvorecer do século XIX, Nicolas
çando as bases da moderna indústria de conservas.
ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi
nalaria fundação das primeiras fábricas
norte*americanas e espanholas. Em 1879, a França exibia ao mundo
160 fábricas de conservas de peLxe, ra cionalmente apetrechadas com tôdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con
tra a falta de pescado e resol\'cm emi
grar, instigando fabricas noutros países. É então que industriais de Nantes e Lor.ent, precisamente os centros mais
causticados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins
Estamos em 1804, mas so
talando a primeira fábrica em Setúbal;
mente seis anos depois Appert divulga
e no mesmo ano de 1880, em Espinho,
va o seu método.
entra a funcionar outra fábrica, scguin-
Dxoestü
Eccjnómico
decisivamente para aperfeiçoar c desen
A Indústria do Pescado por Antônio Renato Ga(;() Nobiu-:
O autor, que é um técnico prático da indtistrin do couMcrvdíi dc peixe, examina as nossas esjjócies ictiolóf^icas nuiLs apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indústrias
J^EsDE os tempos da mais
remota
güidade que o peixe
artificial e ã fumagem,
vem sendo utilizado na
humana.
nas regiões frias e ge ladas praticavam ^
Não admira, portanto,
congelação. A salgo»
que constituindo
as
a salmoura, o vinagra*»
espécie ictiológicas um dos primeiros alimen
o azeite e os môlhos foram processos poste
tos do homem, êste
riormente
alimentação
se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida.
Conservando as espécies ictiológicas nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim consoante a maior ou menor necessida
de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti
o fabrico de conservas em latas, na fa
povo.s deficitários em produtos agrícolas
brica para ésse fim instalada por John
c carniçaria fizeram do peixe base de
Hal! e Br)'an Donkin.
vos menos favorecidos pela Natureza.
secagem natural o«
anti
invólucro cie fôlha de flandrc,s, Iniciava
passageiros, ou exércitos; por outro lado,
cedentes para comerciar com outros po
quentes recorriam
emprega
dos, constituindo juntamente com os
primeiros os primórdios da técnica de se conservar peixe. Encontram-se noticias da sua aplicação em escntos de histo riadores, descrições de naturalistas o car
dápios de gastrónomos, particularmente
na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca
da preparação de sardinhas condimenta
E o peixe, qualquer que fôsse sua pre paração, passou a.representar importante valor transacionável, chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "trusts" e monopólios. Data de então o grande desenvolvimento da in
dustrialização do pescado, principalmen te do Mediterrâneo e norte da Europa, e no Japão.
No entanto, os progressos da indús tria verificavam-se muito lentos e a téc
forçados a conservar por períodos de maior duração perdiam muito do sabor e principais qualidades. Procurava-se des
cobrir o sistema de fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a
um ou dois anos, sem que algo de novo surgisse, porquanto às próprias tenta tivas de Spallanzani e Chule acêrca do
mundo microbiano e da conservação pe'o calor, ou ficaram incompletas ou não
lização durante as épocas de escassez ou
decerto nos vellios processos da fuma
consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter
to dc peixe pela combustão de madeiras,
minadas espécies ictiológicas.
imprimindo notável desenvolvimento a
Appert descobria finalmente o prin
êste sistema de fabrico.
cipio da conservação pelo calor, em reci pientes hermèticamente fechados, revo lucionando a técnica de conservar e lan
^ íN *
Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor
E, conjunta-
ntente, descnvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vêzes aromatizada com especiarias ou condi mentos.
As viagens marítimas, depois as ^an me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas des campanhas militares, contribuixam
Depois da descoberta do "Boufe.tor da Humanidade", foi esta a mais impor
tante conquista da indústria. As vanta
gens que advieram com a utiliz;içáo dos recipientes de fôlha de flandres consti tuíram as bases fundamentais do desen
volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen tação dos povos das mais longínquas pa ragens.
A primeira fábrica de conser\as de sardinha, utilizando os métodos Appert e Durand, foi fundada em Nontes, por
Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de ^ menos, a me-sma. Os produtos manufa turados tinham duração muito limitada, fábricas, inspirando ainda a instalaçao da primeira fábrica norueguesa e logo a deterioravam-se ràpidamente e quando seguir no Japão. A indústria incremen-
das com azeite, molhos de escabeche c
gem rudimentar, iniciavam o tratamen
rand que inventara no ano anterior o
nica de conservar continuava, mais ou
de anchovas.
Mais tarde, aí por volta do século XV, os povos nórdicos da Europa, baseados
Em 1811, na Ingliitcrra, Popcr Du-
volver a conservação do pescado, pela ncccss'dadc de alimentar tripulações e
alimentação, aproveitando ainda os ex
necessitam.
.73
tiveram prosseguimento.
No alvorecer do século XIX, Nicolas
çando as bases da moderna indústria de conservas.
ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi
nalaria fundação das primeiras fábricas
norte*americanas e espanholas. Em 1879, a França exibia ao mundo
160 fábricas de conservas de peLxe, ra cionalmente apetrechadas com tôdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con
tra a falta de pescado e resol\'cm emi
grar, instigando fabricas noutros países. É então que industriais de Nantes e Lor.ent, precisamente os centros mais
causticados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins
Estamos em 1804, mas so
talando a primeira fábrica em Setúbal;
mente seis anos depois Appert divulga
e no mesmo ano de 1880, em Espinho,
va o seu método.
entra a funcionar outra fábrica, scguin-
74
Dicesto Econômico
do-se depois Lagos e Chão, no sul
produtores. É cntfio que a Grande
do país.
Guerra vem cm auxílio do.s industriais
A indústria de conservas adquire cer ta prosperidade, principalmenlc depois que grupos de operários portugueses
portugue.scs, impulsionando a indústria c gencra'izando o consumo; no entanto, sòmcnlc depois de 1920 podemos situar precisamente o grande desenvolvimento
fundaram as fábricas pròpriamente por tuguesas, utilizando a prática de alguns anos da indústria e pequenos capitais e créditos. Ainda nesse século, em 1886,
P^lugal elevava para 66 o número de fabricas, para logo a seguir se verifi
car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en tanto, a partir de 1890, a indústria micia a recuperação passando das 54
tabncas a que ficára reduzida, para 76 ^unidades em 1896.
B Conjuntamente c por idênticos moti-
^vos, as industrias portuguesas de salcas
industrial dri conservação de pescado,
não só em Portugal como ainda no resto
permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu cxtraordinàriamcnte
a indústria, particular mente nos países que n<ão participaram
da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co
viam de conhecer notável desenvolvi mento. No Mediterrâneo, a escassez de
americanos.
grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890 e continuou nos anos seguintes ccrm a
' emigração, para aquele país, de gregos e italianos, que se estabeleceram principa'inente nó sul, em nome individual
ou representando firmas dos respecti vos países. As conservas produzidas, principalmente sardinhas e biquelrões
(cinchovas), primeiro acondicionadas em ^íirris 6 mais tarde em latas, destinavam-
sc quase exclusivamente à Grécia e Itá-
com a escassez c preço do pcLxc. Pre sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fatos que levam a êstes racio
silares, ora proibindo a exportação que permitia auinenlar consideràvelinenle a
cínios pessimi-stas não venham a se agra
mais barato.
var, fazendo retornar a indústria ao es
tado caótico cm
se
verificou
em
muitos
países
Em Portugal, por exemplo, rcabriraanse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos; outras se ampliaram ou modernizaram, embora a Direção Geral da Indústria, num espírito rotineiro muito peculiar aos
departamentos portugueses, jamais hou
vos deve ter sofrido, nos primeiros anos,
do atraso industrial português. Portuga.,
tiros da última guerra.
ao tempo das descobertas e nos anos | que se procederam, exibia um dos u li- ^ mos lugares na tabela dos países indus- ^
A variedade dc espécies ictiológicas, a extensão dc uma costa que se prolonga gênere estrangeira, desta vez agravada por cerca de 9.000 quilô metros de abundantes e ri
quíssimos
pesqueiros, fa
riam acreditar que o Brasil
ocupava lugar preponde rante entre os países pro dutores
de
conservas
principalmente
entre
e
os
consumidores de peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem
sido
realizado
nesse
vesse permitido grandes aperfeiçcamen-
importante setor econômi
fos na mecanização das fábricas, ape-
co, em confronto mesmo
trechando-as, para competirem em tem
com
países
de
menores
pos normais ou de crise com as indus
possibilidades e mais baixo nível de vida,
trias mecanizadas de outros países. Tu
quanto a conservas de peixe; e no con
no século passado,
cipação do Brasil, Portuga não praticava outros méto
dos de tratamento de pei.\c que não fossem a seca na
tural, pelo calor do sol e a salga, também por siste mas rudimentares, alem dos ^ molhos de escabeche em pequenas indústrias casei ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras, há séculos praticada na
Europa, era então desco
nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em
fase experimental. Embora não possuindo elementos que
permitam determinar quais os primeiros processos empregados no tratamento de peixe, não andaremos muito longe da
do o mais foi obra da política dúbia
sumo de peixe fresco ocupamos um dos últimos lugares, com menos de um quilo "per capita"... Entristece verificar tanto rio, tanto
\-erdade afirmando, pelos moti\'os acima
lago, tanto mar riquíssimo de pescado
expostos e ainda pelo estudo dos atual
enquanto as populações urbanas lutam contra a escassez de gêneros alimen
mente praticados, que devem ter sido idênticos aos ^ inicialmente usados em Portugal, talvez juntamente com a
ropa, a uns e a outros em contratos co
países balcânicos e para o norte da
quando não restava a menor dúvida
tícios; e da parte de quem devia supe
acerca da vitória do que julgávamos
rintender, orientar e auxiliar a indústria
Justiça e Direito. O desenvolvimento da indústria por
nac'onal, a indiferença e o desinterêsse,
atribulàriamente e sem organização
triai.s, devido em grande parte a outras ^ preocupações que absorviam a quasttülalidade das suas atividades; e ainda
do gòvêmo português, fornecendo pri meiro ao ebco por simpatia ideológica e também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu letivos e finalmente só aos aliados,
ou médio-oriente.
.
A industrialização dos pcixc.s brasiloj-
que se encontrava
de onde irradiavam depois para os
^ indústria portuguesa, apesar da Valiosa cooperação estiangeira, caminha-
produção e concomitantemente fabricar
quando n Europa ouviu os primeiros
Sem entrarmos em maiores minúcias
que a índole dc.stas breves notas não
mo
espécies ictiológicas, talvez conjugada
75
Econômico
do Mundo
sa mouras, estivados ou enchovados ha
com o conhecimento da abundância e qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi
Dicesto
tuguesa
estacionou
nos
após-guerra,
comercial que permitisse acompanhar ou
acentuando-se cada vez mais a falta de
Sóperar a concorrência de outros países
resistência perante a concorrência con-
inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba
fumagem rudimentar, processo de tra tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.
No século XD(, particularmente na se
gunda metade, vamos encontrar elemen-
74
Dicesto Econômico
do-se depois Lagos e Chão, no sul
produtores. É cntfio que a Grande
do país.
Guerra vem cm auxílio do.s industriais
A indústria de conservas adquire cer ta prosperidade, principalmenlc depois que grupos de operários portugueses
portugue.scs, impulsionando a indústria c gencra'izando o consumo; no entanto, sòmcnlc depois de 1920 podemos situar precisamente o grande desenvolvimento
fundaram as fábricas pròpriamente por tuguesas, utilizando a prática de alguns anos da indústria e pequenos capitais e créditos. Ainda nesse século, em 1886,
P^lugal elevava para 66 o número de fabricas, para logo a seguir se verifi
car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en tanto, a partir de 1890, a indústria micia a recuperação passando das 54
tabncas a que ficára reduzida, para 76 ^unidades em 1896.
B Conjuntamente c por idênticos moti-
^vos, as industrias portuguesas de salcas
industrial dri conservação de pescado,
não só em Portugal como ainda no resto
permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu cxtraordinàriamcnte
a indústria, particular mente nos países que n<ão participaram
da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co
viam de conhecer notável desenvolvi mento. No Mediterrâneo, a escassez de
americanos.
grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890 e continuou nos anos seguintes ccrm a
' emigração, para aquele país, de gregos e italianos, que se estabeleceram principa'inente nó sul, em nome individual
ou representando firmas dos respecti vos países. As conservas produzidas, principalmente sardinhas e biquelrões
(cinchovas), primeiro acondicionadas em ^íirris 6 mais tarde em latas, destinavam-
sc quase exclusivamente à Grécia e Itá-
com a escassez c preço do pcLxc. Pre sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fatos que levam a êstes racio
silares, ora proibindo a exportação que permitia auinenlar consideràvelinenle a
cínios pessimi-stas não venham a se agra
mais barato.
var, fazendo retornar a indústria ao es
tado caótico cm
se
verificou
em
muitos
países
Em Portugal, por exemplo, rcabriraanse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos; outras se ampliaram ou modernizaram, embora a Direção Geral da Indústria, num espírito rotineiro muito peculiar aos
departamentos portugueses, jamais hou
vos deve ter sofrido, nos primeiros anos,
do atraso industrial português. Portuga.,
tiros da última guerra.
ao tempo das descobertas e nos anos | que se procederam, exibia um dos u li- ^ mos lugares na tabela dos países indus- ^
A variedade dc espécies ictiológicas, a extensão dc uma costa que se prolonga gênere estrangeira, desta vez agravada por cerca de 9.000 quilô metros de abundantes e ri
quíssimos
pesqueiros, fa
riam acreditar que o Brasil
ocupava lugar preponde rante entre os países pro dutores
de
conservas
principalmente
entre
e
os
consumidores de peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem
sido
realizado
nesse
vesse permitido grandes aperfeiçcamen-
importante setor econômi
fos na mecanização das fábricas, ape-
co, em confronto mesmo
trechando-as, para competirem em tem
com
países
de
menores
pos normais ou de crise com as indus
possibilidades e mais baixo nível de vida,
trias mecanizadas de outros países. Tu
quanto a conservas de peixe; e no con
no século passado,
cipação do Brasil, Portuga não praticava outros méto
dos de tratamento de pei.\c que não fossem a seca na
tural, pelo calor do sol e a salga, também por siste mas rudimentares, alem dos ^ molhos de escabeche em pequenas indústrias casei ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras, há séculos praticada na
Europa, era então desco
nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em
fase experimental. Embora não possuindo elementos que
permitam determinar quais os primeiros processos empregados no tratamento de peixe, não andaremos muito longe da
do o mais foi obra da política dúbia
sumo de peixe fresco ocupamos um dos últimos lugares, com menos de um quilo "per capita"... Entristece verificar tanto rio, tanto
\-erdade afirmando, pelos moti\'os acima
lago, tanto mar riquíssimo de pescado
expostos e ainda pelo estudo dos atual
enquanto as populações urbanas lutam contra a escassez de gêneros alimen
mente praticados, que devem ter sido idênticos aos ^ inicialmente usados em Portugal, talvez juntamente com a
ropa, a uns e a outros em contratos co
países balcânicos e para o norte da
quando não restava a menor dúvida
tícios; e da parte de quem devia supe
acerca da vitória do que julgávamos
rintender, orientar e auxiliar a indústria
Justiça e Direito. O desenvolvimento da indústria por
nac'onal, a indiferença e o desinterêsse,
atribulàriamente e sem organização
triai.s, devido em grande parte a outras ^ preocupações que absorviam a quasttülalidade das suas atividades; e ainda
do gòvêmo português, fornecendo pri meiro ao ebco por simpatia ideológica e também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu letivos e finalmente só aos aliados,
ou médio-oriente.
.
A industrialização dos pcixc.s brasiloj-
que se encontrava
de onde irradiavam depois para os
^ indústria portuguesa, apesar da Valiosa cooperação estiangeira, caminha-
produção e concomitantemente fabricar
quando n Europa ouviu os primeiros
Sem entrarmos em maiores minúcias
que a índole dc.stas breves notas não
mo
espécies ictiológicas, talvez conjugada
75
Econômico
do Mundo
sa mouras, estivados ou enchovados ha
com o conhecimento da abundância e qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi
Dicesto
tuguesa
estacionou
nos
após-guerra,
comercial que permitisse acompanhar ou
acentuando-se cada vez mais a falta de
Sóperar a concorrência de outros países
resistência perante a concorrência con-
inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba
fumagem rudimentar, processo de tra tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.
No século XD(, particularmente na se
gunda metade, vamos encontrar elemen-
7a
Dicesto Econóxuco
senvolvimento da indústria de salgas, salmouras c seca natural, por vêzes tam bém prensados rudimentares, prestando relevantes serviços na alimentação das populações rurais ou nas épocas de cri
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica
correr, em sabor c contexlura, com as
melhores de qualquer outro país. Desta por A. C. Feiireira Reis
caremos, todavia, sòmcnlc a título de
curiosidade e porque as breves notas
ses agrícolas.
destes tópicos não permitem aprofundar
II
o assunto, a sardinha miúda de sabor
Depois de 1920 verificam-se várias tentativas para fabricarem conservas em
idêntico i\ portuguesa, a sardinha graú-
|s homens que vieram fazer a América O' no sccu'o XVI, fôsscm êlcs porluguesc.s, espanhóis, franceses, ingleses,
óleos e azeites, êste último importado
da, muito semelhante íi sardinha norue
principalmente da Grécia e Itália, como se verificou no alvorecer da indústria
a brasileira mais saborosa, a cavalinha
portuguesa, fracassadas por motivos que se devem filiar na incompetência dos respectivos industriais. E é depois de
1930, particularmente nos tres anos que antecederam a guerra e principalmente ^ durante a guerra que devemos situar o
grande desenvolvimento industrial conserveiro do Brasil. No Estado do Rio ipor exemplo, verificam-se presentemen^
guesa (brisling) embora consideremos
dominados pelo descritivo exaltado da
díssima na Europa e em alguns países americanos, albacora
(atum), cação,
bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.
I
fáceis de que carecessem para enrique cer, devem ter tido uma tremenda de
cançando os êxitos que seriam de es perar.
mentação?.
Urge, portanto, conceder o financia mento que as indústrias necessitam, co
mo medida inadiável para solucionar os
presentavam
problemas, presentemente insolúveis, da
cujo
pesca e conservas. E urge, outrossim, cnar departamento, ou remodelar o e.xis-
impressão deve ter
tente que superintende aquelas índús-
sido mais viva, da-
as, particularmente a ségunda, ape-
trechando-o e dotando-o com práticos
po e competência se proponham es
competentes o eficientes, oficinas expe
crever.
rimentais e recursos suficientes para in :ií s|í
vam,
ou
serviço essa
a
esta mesma
do que nenhum mo tivo
profundo,
natureza
de
econômica,
encontraram
a
dar-
suflar progresso c desenvolvimento, des
lhes estímulos pon
onerando o Tesouro brasileiro das asfi-
tas, é certo, deslum
conservas de peixe estão lançadas e fun
xíantes importações de conservas, per mitindo a drenagem de divisas prove nientes da exportação além do importan
damente enraizadas.
Também não fal
tíssimo fator que, decerto, desempenha
tam as espécies ictiológicas mais apre
rá na alimentação dos desnutridos bra
ciadas, algumas das quais podendo con-
sileiros.
As bases da indústria brasileira de
Os
racterísticas doces que haviam imagina
Que será necessário
minúcia, 906 outros com mais tem
:|J
as excelências da nova conquista.
colonos que vieram após, todavia, tendo
cessos antiquados.
uma fortaleza de ânimo que forçaria a re tirada dos menos capazes para a aventura. Na Amazônia quando, 110 século XVII, os luso-brasileiros cbegíu-am, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re
de maior
«
cana não SC apresentava com aquelas ca
ainda não compreenderam o valor eco nômico da pesca e o fator importantís simo que poderá desempenhar na ali
do orientação a trabalho
♦
As indústrias de pesca também exis tem, embora insuficientes e usando pro
do, mas como um ambiente que era pre
mente, de forma a poder servir de base
•
de medir forças com a natureza agres
ciso enfrentar sem temores, antes com
ção e possibilidades, embora resumida
♦ ♦
siva da região, êsses seguramente sc
promoverem para merecer o carinhoso
a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a estudar a indústria, seus métodos, evolu
» ♦
critivos a que tinham atendido eram uma dura inverdade. A realidade ameri
amparo e proteção dos governos, que
tenda vencer as dificuldades provenien tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se
♦
cepção quando verificaram que os des
te cerca de 20 fábricas, algumas das servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre
♦ ♦
nio aquôle paraíso onde os menos afor tunados encontrariam todos os elementos
quais regularmente apetrechadas.
A monografia sob a indústria de con
por seis nações do continente.
época, que pintava o Novo Mundo co-
ou cava'a — "maqucreau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecia-
O ST. A. C. Ferreira Heis descrcoc cvi
largas pinceladas êssc mundo ■gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado
t i
deráveis.
Os cronis
brados com o luxu
hão do ter sentido ludibriados, de vez
que não puderam vencer de pronto al
O espaço americano, particularmente
o espaço amazônico, seria, porém^ aquele
ambiento ngrcssi\'0, onde o homem teria de exibir qualidades especiais para do
miná-lo, ambiente de clima nocivo, do
salubridadc negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe
ra de restrições, de desconfiança, de má vontade que se criou à sua volta, atmos
fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá
ceis, das exaltações prejudiciais e falsas?
Na ofensiva sôbre
esse espaço, o con
quistador e o colo
riante da vegetação,
nizador teriam sido
Dom a potencialidade
vencidos fragorosa-
das águas, exagera ram
perigosamente
mente, pelo menos no caso amazônico?
7a
Dicesto Econóxuco
senvolvimento da indústria de salgas, salmouras c seca natural, por vêzes tam bém prensados rudimentares, prestando relevantes serviços na alimentação das populações rurais ou nas épocas de cri
Introdução ao Estudo da Economia Amazônica
correr, em sabor c contexlura, com as
melhores de qualquer outro país. Desta por A. C. Feiireira Reis
caremos, todavia, sòmcnlc a título de
curiosidade e porque as breves notas
ses agrícolas.
destes tópicos não permitem aprofundar
II
o assunto, a sardinha miúda de sabor
Depois de 1920 verificam-se várias tentativas para fabricarem conservas em
idêntico i\ portuguesa, a sardinha graú-
|s homens que vieram fazer a América O' no sccu'o XVI, fôsscm êlcs porluguesc.s, espanhóis, franceses, ingleses,
óleos e azeites, êste último importado
da, muito semelhante íi sardinha norue
principalmente da Grécia e Itália, como se verificou no alvorecer da indústria
a brasileira mais saborosa, a cavalinha
portuguesa, fracassadas por motivos que se devem filiar na incompetência dos respectivos industriais. E é depois de
1930, particularmente nos tres anos que antecederam a guerra e principalmente ^ durante a guerra que devemos situar o
grande desenvolvimento industrial conserveiro do Brasil. No Estado do Rio ipor exemplo, verificam-se presentemen^
guesa (brisling) embora consideremos
dominados pelo descritivo exaltado da
díssima na Europa e em alguns países americanos, albacora
(atum), cação,
bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.
I
fáceis de que carecessem para enrique cer, devem ter tido uma tremenda de
cançando os êxitos que seriam de es perar.
mentação?.
Urge, portanto, conceder o financia mento que as indústrias necessitam, co
mo medida inadiável para solucionar os
presentavam
problemas, presentemente insolúveis, da
cujo
pesca e conservas. E urge, outrossim, cnar departamento, ou remodelar o e.xis-
impressão deve ter
tente que superintende aquelas índús-
sido mais viva, da-
as, particularmente a ségunda, ape-
trechando-o e dotando-o com práticos
po e competência se proponham es
competentes o eficientes, oficinas expe
crever.
rimentais e recursos suficientes para in :ií s|í
vam,
ou
serviço essa
a
esta mesma
do que nenhum mo tivo
profundo,
natureza
de
econômica,
encontraram
a
dar-
suflar progresso c desenvolvimento, des
lhes estímulos pon
onerando o Tesouro brasileiro das asfi-
tas, é certo, deslum
conservas de peixe estão lançadas e fun
xíantes importações de conservas, per mitindo a drenagem de divisas prove nientes da exportação além do importan
damente enraizadas.
Também não fal
tíssimo fator que, decerto, desempenha
tam as espécies ictiológicas mais apre
rá na alimentação dos desnutridos bra
ciadas, algumas das quais podendo con-
sileiros.
As bases da indústria brasileira de
Os
racterísticas doces que haviam imagina
Que será necessário
minúcia, 906 outros com mais tem
:|J
as excelências da nova conquista.
colonos que vieram após, todavia, tendo
cessos antiquados.
uma fortaleza de ânimo que forçaria a re tirada dos menos capazes para a aventura. Na Amazônia quando, 110 século XVII, os luso-brasileiros cbegíu-am, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re
de maior
«
cana não SC apresentava com aquelas ca
ainda não compreenderam o valor eco nômico da pesca e o fator importantís simo que poderá desempenhar na ali
do orientação a trabalho
♦
As indústrias de pesca também exis tem, embora insuficientes e usando pro
do, mas como um ambiente que era pre
mente, de forma a poder servir de base
•
de medir forças com a natureza agres
ciso enfrentar sem temores, antes com
ção e possibilidades, embora resumida
♦ ♦
siva da região, êsses seguramente sc
promoverem para merecer o carinhoso
a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a estudar a indústria, seus métodos, evolu
» ♦
critivos a que tinham atendido eram uma dura inverdade. A realidade ameri
amparo e proteção dos governos, que
tenda vencer as dificuldades provenien tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se
♦
cepção quando verificaram que os des
te cerca de 20 fábricas, algumas das servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre
♦ ♦
nio aquôle paraíso onde os menos afor tunados encontrariam todos os elementos
quais regularmente apetrechadas.
A monografia sob a indústria de con
por seis nações do continente.
época, que pintava o Novo Mundo co-
ou cava'a — "maqucreau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecia-
O ST. A. C. Ferreira Heis descrcoc cvi
largas pinceladas êssc mundo ■gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado
t i
deráveis.
Os cronis
brados com o luxu
hão do ter sentido ludibriados, de vez
que não puderam vencer de pronto al
O espaço americano, particularmente
o espaço amazônico, seria, porém^ aquele
ambiento ngrcssi\'0, onde o homem teria de exibir qualidades especiais para do
miná-lo, ambiente de clima nocivo, do
salubridadc negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe
ra de restrições, de desconfiança, de má vontade que se criou à sua volta, atmos
fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá
ceis, das exaltações prejudiciais e falsas?
Na ofensiva sôbre
esse espaço, o con
quistador e o colo
riante da vegetação,
nizador teriam sido
Dom a potencialidade
vencidos fragorosa-
das águas, exagera ram
perigosamente
mente, pelo menos no caso amazônico?
Dicesto
Econômico
Sabemos o quê
homem não pô-
êles
do libertar-se dê-
realizaram
nhola, na Améri
los para criar al guma coisa im-
ca francesa, na
prc.ssionantc que
América inglesa. Na América por
lie cxtcriorizc o
tuguesa, o Brasil,
lhe oxteriorize o
é a grande lição
triunfo
na América espa
capacidade
de que se orgu
tureza bravia.
A floresta pro
porciona todo
Amazônia,
diante da ofen-
sividado ambiente, como explicar a po-
perma
nente sobre a na
lha a velha raiz portuguesa. No caso particular
da
c
um conjunto rico
de espécies ve getais e animais de valor econômico incontestc, mas dc dificil utilização cm
V çau própria espaçodentro amazônico, possuindo feído quadro geográfico sulamericano, constitui um mundo gi gantesco, desfrutado por seis nações do continente: Brasil, Peru, Bolívia, Equa dor, Colômbia e Venezuela. Êsse mun do assínala-se por cêrca de seis milhões de quilômetros quadrados, dos quais 80% ocupados pela vegetação de uma flores ta fechada, luxuriante, e o restante per pequenas áreas de campos e pelas águas
' da bacia de maior volume do ecumeno.
■ -Notemos bem os algarismj^: seis mi-
' IhÕe.s de quilômetros quadrados de extensão, dos quais 80% de forestas e o • restante águas e campos. Essa floresta
'' e essa bacia naturalmente condiciona-
' ram í atividade do colono e de seus sucessores. Porque se dentro do es paço amazônico encontramos áreas de campos, onde a tarefa agrana e a pe
cuária podem ser experimentadas e, mais que experimentadas, realizadas com se gurança no empreendimento, os impe rativos da floresta e das águas, defi
Dicesto
EcoNÓ^^co
79
tância da temperatura elevada c pela
imaginando mesmo abandonar o campo
abundância das chuvas, donde a exube
da luta.
rância
nhecida.
da
vegetação
verdadeiramente
equatorial que lá se desdobra" escla
rece aquele mestre eminente, nem por isso pode-se-lhe atribuir influencia no
civa sôbre o homem, pois, como con
clui, devido "aos ventos alíseos que so pram regularmente das bandas do mar
Foi, porem, a exceção co
.A afimiação, da salubridade inicial da
Amazônia, que tem sido posta em du vida quanto ao seu fundamento, cons tatada no que diz respeito aos cronistas e ao documentiirio sôbre as condições
da salubridade regional no momento do
o penetram pelo continente, e a relati
desbravamento colonial no século XVII,
vamente acentuada queda da tempera
apontada por Oliveira Viana, em capí
tura à noite, boas são na Amnzôn a as condições do meio assim amenizado".
"Terra do Sol", pode ser verificada no
O clima amazônico autoriza, portanto, a presença do homem na empresa ci-
tulos de U\TO, divulgados na rerista estudo da história das endemias que
assolaram a região entre a época do
Lclam-se os cronistas e em
descobrimento e a atualidade, liistória
nenhum dô'es encontraremos restrições
feita nas páginas de ensaios inagnífico.s,
vilizadora.
volume. As águas, dc seu lado, igual mente proporcionando elementos de efe
ao clima para indicá-lo como o fator
de ontem e de hoje, entre outros por
pr mordial que teria impedido um maior
tivo valor econômico, são os caminhos
sucesso i\ ação do colonizador dos séculos
Pereira do Berredo, Conslantino de Chermont, A'exandre Rodrigues ,
xvn e XVIII. Leiam-se os viajantes e os cientistas que detiveram sua atenção
fredo da Mata, Araújo Lima. "Região ^
sôbre o assunto.
Em todos êles, é
salubre, as endemias e epidemias que a
certo, faz-se referência ao rigor por que
assolam ou a denigrem vieram, destarte, do fora, foram importação devida ao europeu e ao africano.
--
w
J lícw,
onw
naturais de que sc s-aleu e valo o
homem para o transporte dos produtos Ic sua atividade. Floresta c água, toda via, .são fôrças que se conjugam para impedir o.s grandes êxitos do homem. A florc.sta, polo caráter esmagador que o erece pe'a indisciplina das variedades de espécies que a definem. As águas,
dc
por cr arcm dificuldades nas épocas de
onchente, quando destrocm todo o es
forço realizado no sentido da criação oa lavoura do alimentação, lavoura reaJizada justamente ria.s áreas de várzea, terras baixas lavadas c adu-
a as pelos curso.s fluviais.
O clima amazônico, que absolutamen^ não é aquêle "glorious climate", de
Bates, o clima caluniado de Euclides, mas um clima rigoroso, que enfrenta mos sem desencorajamento, "não ofere
ce maior obstáculo ao desenvolvimento"
da mgião, escreveu ainda há pouco, nas páginas da "Revista Brasileira de Geo
nindo a paisagem física, são de tal
grafia", o professor paulista José Carlos
sorte categóricos que até o presente o
Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons
ôlo exerce sua ação seletiva.
Nenhum,
porém, o increpa de ser o respotisáoel pelos insucessos da colonização da Ama zônia.
No tocante á salubridade, sôbre que se afirmam algarismos trabalhados com o objetivo negativo, é de ter-se em
ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, | A.-
Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando a natureza, esbarrando com aquele am biente, tão diverso do ambiente a que
êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o
vista a tese, aceita hoje, de que o am biento amazônico não era, de início, um
ambiente doentio que lhes entravasse a
ambiente de onde a saúde estivesse
ação.
ausente, mas para onde, com o advento
A natureza, na sua feição florestal,
do europeu, convergiram, através da ci
no contingente fluvial que a distinguia,
vilização que êle trouxe, as enfermid?.des
de certo oferecia resistência, do mes
às quais a floresta e as águas locais possibilitaram xlína longevidade, uma vitalidade que não foi possível ainda
amáveis.
mo passo que oferecia perspectivas A salubridade, o clima não
constituíam, porém, fatôres negativos.
dominar, exterminarido-as. É certo que
Ao contrário, na apreciação dos elemen
bouve trecho da Amazônia, na área em
tos com que se houveram os coloniza
que ela se limita com a Guiana fran cesa onde o colonizador teve de rnedir
dores dos séculos XVII e XVIII, foram elementos qne não atemorizaram co
fôrças com as febres de mau caráter,
mo não embaraçaram. A tese da ina-
Dicesto
Econômico
Sabemos o quê
homem não pô-
êles
do libertar-se dê-
realizaram
nhola, na Améri
los para criar al guma coisa im-
ca francesa, na
prc.ssionantc que
América inglesa. Na América por
lie cxtcriorizc o
tuguesa, o Brasil,
lhe oxteriorize o
é a grande lição
triunfo
na América espa
capacidade
de que se orgu
tureza bravia.
A floresta pro
porciona todo
Amazônia,
diante da ofen-
sividado ambiente, como explicar a po-
perma
nente sobre a na
lha a velha raiz portuguesa. No caso particular
da
c
um conjunto rico
de espécies ve getais e animais de valor econômico incontestc, mas dc dificil utilização cm
V çau própria espaçodentro amazônico, possuindo feído quadro geográfico sulamericano, constitui um mundo gi gantesco, desfrutado por seis nações do continente: Brasil, Peru, Bolívia, Equa dor, Colômbia e Venezuela. Êsse mun do assínala-se por cêrca de seis milhões de quilômetros quadrados, dos quais 80% ocupados pela vegetação de uma flores ta fechada, luxuriante, e o restante per pequenas áreas de campos e pelas águas
' da bacia de maior volume do ecumeno.
■ -Notemos bem os algarismj^: seis mi-
' IhÕe.s de quilômetros quadrados de extensão, dos quais 80% de forestas e o • restante águas e campos. Essa floresta
'' e essa bacia naturalmente condiciona-
' ram í atividade do colono e de seus sucessores. Porque se dentro do es paço amazônico encontramos áreas de campos, onde a tarefa agrana e a pe
cuária podem ser experimentadas e, mais que experimentadas, realizadas com se gurança no empreendimento, os impe rativos da floresta e das águas, defi
Dicesto
EcoNÓ^^co
79
tância da temperatura elevada c pela
imaginando mesmo abandonar o campo
abundância das chuvas, donde a exube
da luta.
rância
nhecida.
da
vegetação
verdadeiramente
equatorial que lá se desdobra" escla
rece aquele mestre eminente, nem por isso pode-se-lhe atribuir influencia no
civa sôbre o homem, pois, como con
clui, devido "aos ventos alíseos que so pram regularmente das bandas do mar
Foi, porem, a exceção co
.A afimiação, da salubridade inicial da
Amazônia, que tem sido posta em du vida quanto ao seu fundamento, cons tatada no que diz respeito aos cronistas e ao documentiirio sôbre as condições
da salubridade regional no momento do
o penetram pelo continente, e a relati
desbravamento colonial no século XVII,
vamente acentuada queda da tempera
apontada por Oliveira Viana, em capí
tura à noite, boas são na Amnzôn a as condições do meio assim amenizado".
"Terra do Sol", pode ser verificada no
O clima amazônico autoriza, portanto, a presença do homem na empresa ci-
tulos de U\TO, divulgados na rerista estudo da história das endemias que
assolaram a região entre a época do
Lclam-se os cronistas e em
descobrimento e a atualidade, liistória
nenhum dô'es encontraremos restrições
feita nas páginas de ensaios inagnífico.s,
vilizadora.
volume. As águas, dc seu lado, igual mente proporcionando elementos de efe
ao clima para indicá-lo como o fator
de ontem e de hoje, entre outros por
pr mordial que teria impedido um maior
tivo valor econômico, são os caminhos
sucesso i\ ação do colonizador dos séculos
Pereira do Berredo, Conslantino de Chermont, A'exandre Rodrigues ,
xvn e XVIII. Leiam-se os viajantes e os cientistas que detiveram sua atenção
fredo da Mata, Araújo Lima. "Região ^
sôbre o assunto.
Em todos êles, é
salubre, as endemias e epidemias que a
certo, faz-se referência ao rigor por que
assolam ou a denigrem vieram, destarte, do fora, foram importação devida ao europeu e ao africano.
--
w
J lícw,
onw
naturais de que sc s-aleu e valo o
homem para o transporte dos produtos Ic sua atividade. Floresta c água, toda via, .são fôrças que se conjugam para impedir o.s grandes êxitos do homem. A florc.sta, polo caráter esmagador que o erece pe'a indisciplina das variedades de espécies que a definem. As águas,
dc
por cr arcm dificuldades nas épocas de
onchente, quando destrocm todo o es
forço realizado no sentido da criação oa lavoura do alimentação, lavoura reaJizada justamente ria.s áreas de várzea, terras baixas lavadas c adu-
a as pelos curso.s fluviais.
O clima amazônico, que absolutamen^ não é aquêle "glorious climate", de
Bates, o clima caluniado de Euclides, mas um clima rigoroso, que enfrenta mos sem desencorajamento, "não ofere
ce maior obstáculo ao desenvolvimento"
da mgião, escreveu ainda há pouco, nas páginas da "Revista Brasileira de Geo
nindo a paisagem física, são de tal
grafia", o professor paulista José Carlos
sorte categóricos que até o presente o
Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons
ôlo exerce sua ação seletiva.
Nenhum,
porém, o increpa de ser o respotisáoel pelos insucessos da colonização da Ama zônia.
No tocante á salubridade, sôbre que se afirmam algarismos trabalhados com o objetivo negativo, é de ter-se em
ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, | A.-
Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando a natureza, esbarrando com aquele am biente, tão diverso do ambiente a que
êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o
vista a tese, aceita hoje, de que o am biento amazônico não era, de início, um
ambiente doentio que lhes entravasse a
ambiente de onde a saúde estivesse
ação.
ausente, mas para onde, com o advento
A natureza, na sua feição florestal,
do europeu, convergiram, através da ci
no contingente fluvial que a distinguia,
vilização que êle trouxe, as enfermid?.des
de certo oferecia resistência, do mes
às quais a floresta e as águas locais possibilitaram xlína longevidade, uma vitalidade que não foi possível ainda
amáveis.
mo passo que oferecia perspectivas A salubridade, o clima não
constituíam, porém, fatôres negativos.
dominar, exterminarido-as. É certo que
Ao contrário, na apreciação dos elemen
bouve trecho da Amazônia, na área em
tos com que se houveram os coloniza
que ela se limita com a Guiana fran cesa onde o colonizador teve de rnedir
dores dos séculos XVII e XVIII, foram elementos qne não atemorizaram co
fôrças com as febres de mau caráter,
mo não embaraçaram. A tese da ina-
^ W
Digesto Econômico
80
equatorial, posta em experiência no
esti'o, apenas com a produção indígena, a especiaria local, a chamada "droga do
mundo amazônico, não consegue êxito. As tentativas de coloniz-ção levadas- a
sertão" que, no fim dc contas, marcou, pelos séculos seguintes, ímpressi\'amen-
por L. A. Costa Pinto
efeito em várias épocas, inclusive pos
te, o teor econômico da inicnsa região.
(da Universidade do Brasil)
teriormente à experiência lusitana, não
Tentando a reação ao meio geográfico,
fracassaram devido aos fatores c'ima e
ü exato, como veremos mais adiante, empreenderam domínio do e.spaço com a realização de uma e.xperiêncía agrária
daptação do homem europeu ao meio
salubridade, mas a razões de outra espé cie, nelas devendo ser incluída a hos tilidade da floresta. O desencanto do colonizador não decorreu, assim, senão da falta imediata de estímulos econômi
cos ponderáveis, como teremos ocasião do verificar.
É certo que ò empossamento do vale
amazônico, constituindo emprêsa polí tica projetada pelas autoridades regias, os que vieram para a execução desse
empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a qual não poderiam manter-se e .sem a
qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas de seu
cm intensidade. Lograram rendimentos
interessantíssimos, que vaiem como um atestado impressionante da plasticidade lusitana para a proeza amazôrtica e de outro lado são uma eloqüente demonsIração de que nem o clima nem a salu bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, que somos nós, deixando-se
vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina o certo caráter de antíeconomicidade que
ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo
num
recuo
impressionante,
mas explicável.
O Estudo Sociolóçjico das Eras de Crise
representado pela c.xistcncía de proble
tividade da ciência não c algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanente e imutável. A obje
mas sociais e à necessidade de resol-
tividade da ciência — que é o casamen
SOCIOLOGIA formou-so como rea
ção do espírito humano ao estímulo
vô-Ios, caracterizando-se sua evolução
um teste constante, permanente, alguma
gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica. Como campo de interesse e de análise
coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e sc defende com
os problemas sociais preexistem à so ciologia e o cj^ue tem variado, por con seqüência, na história do pensamento humano, ô o modo dc encarar os
ardor e determinação, especialmente nas
eras de crise cm que, como nas inadriigadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...
problemas sociais, variação que
Por outro lado, nenhum cstõr-
se caracteriza pelo esfôrço cons tante para assumir diante dôlos
ço deve ser poupado no sentido
uma atitude rigorosamente cientí
culo dos que raciocinam de ca
fica. Não foi outra a razão pela quiil o profesor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a aiito-consciôncia científica de uma era de crLse. So assim é, a discussão dos funda
mentos de uma atitude objetiva a ser assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor motodológico evidente que apresenta contribui também, ou aspira contribuir para tornar menos acadêmico e mais
Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas, a República do Salvador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de
to do pensamento com a realidade — é
como ciência pela racionalização pro
conciso o conceito de objetividade a que alguns estudiosos se agarram desesperadamente — mais à palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje
dc ampliar cada vez mais o cir
beça fria sôbre os problemas da organização social e da cultiim. Se em boa parte h crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas em quadros sociais cada ^•ez mais estrei tos - nesta circunstância mesma reside e se encontra o comêç-o da solução da crise so se difundir entre as maiorias par
ticipantes e deliberantes — que sSo a coluna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientifica
mente sôbre as eras de crise e, mais que isso, se se defender a possibilidade efeti va de cultivar e consolidar esse hábito.
cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos disjm-
riham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notaãamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos
elevados preços atingidos pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.
isste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que c preciso ser
focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os problemas políticos, entre a industrialização c a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.
^ W
Digesto Econômico
80
equatorial, posta em experiência no
esti'o, apenas com a produção indígena, a especiaria local, a chamada "droga do
mundo amazônico, não consegue êxito. As tentativas de coloniz-ção levadas- a
sertão" que, no fim dc contas, marcou, pelos séculos seguintes, ímpressi\'amen-
por L. A. Costa Pinto
efeito em várias épocas, inclusive pos
te, o teor econômico da inicnsa região.
(da Universidade do Brasil)
teriormente à experiência lusitana, não
Tentando a reação ao meio geográfico,
fracassaram devido aos fatores c'ima e
ü exato, como veremos mais adiante, empreenderam domínio do e.spaço com a realização de uma e.xperiêncía agrária
daptação do homem europeu ao meio
salubridade, mas a razões de outra espé cie, nelas devendo ser incluída a hos tilidade da floresta. O desencanto do colonizador não decorreu, assim, senão da falta imediata de estímulos econômi
cos ponderáveis, como teremos ocasião do verificar.
É certo que ò empossamento do vale
amazônico, constituindo emprêsa polí tica projetada pelas autoridades regias, os que vieram para a execução desse
empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a qual não poderiam manter-se e .sem a
qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas de seu
cm intensidade. Lograram rendimentos
interessantíssimos, que vaiem como um atestado impressionante da plasticidade lusitana para a proeza amazôrtica e de outro lado são uma eloqüente demonsIração de que nem o clima nem a salu bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, que somos nós, deixando-se
vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina o certo caráter de antíeconomicidade que
ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo
num
recuo
impressionante,
mas explicável.
O Estudo Sociolóçjico das Eras de Crise
representado pela c.xistcncía de proble
tividade da ciência não c algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanente e imutável. A obje
mas sociais e à necessidade de resol-
tividade da ciência — que é o casamen
SOCIOLOGIA formou-so como rea
ção do espírito humano ao estímulo
vô-Ios, caracterizando-se sua evolução
um teste constante, permanente, alguma
gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica. Como campo de interesse e de análise
coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e sc defende com
os problemas sociais preexistem à so ciologia e o cj^ue tem variado, por con seqüência, na história do pensamento humano, ô o modo dc encarar os
ardor e determinação, especialmente nas
eras de crise cm que, como nas inadriigadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...
problemas sociais, variação que
Por outro lado, nenhum cstõr-
se caracteriza pelo esfôrço cons tante para assumir diante dôlos
ço deve ser poupado no sentido
uma atitude rigorosamente cientí
culo dos que raciocinam de ca
fica. Não foi outra a razão pela quiil o profesor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a aiito-consciôncia científica de uma era de crLse. So assim é, a discussão dos funda
mentos de uma atitude objetiva a ser assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor motodológico evidente que apresenta contribui também, ou aspira contribuir para tornar menos acadêmico e mais
Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas, a República do Salvador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de
to do pensamento com a realidade — é
como ciência pela racionalização pro
conciso o conceito de objetividade a que alguns estudiosos se agarram desesperadamente — mais à palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje
dc ampliar cada vez mais o cir
beça fria sôbre os problemas da organização social e da cultiim. Se em boa parte h crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas em quadros sociais cada ^•ez mais estrei tos - nesta circunstância mesma reside e se encontra o comêç-o da solução da crise so se difundir entre as maiorias par
ticipantes e deliberantes — que sSo a coluna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientifica
mente sôbre as eras de crise e, mais que isso, se se defender a possibilidade efeti va de cultivar e consolidar esse hábito.
cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos disjm-
riham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notaãamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos
elevados preços atingidos pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.
isste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que c preciso ser
focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os problemas políticos, entre a industrialização c a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.
SJ
Dicesto Econômico
Dicesto
83
Econômico
conhecimentos sobre os mesmos pro blemas. Sôbrc eles, todos temos suposi
objetividade cia ciência, cm nenhum se
reforma
da expressão o quanto de pernóstico ela
ções 8 palpites, que cultivamos carinho-
tor e muito menos nos fenômenos so
encerra em nosso meio — sobre êsse
samento muito embora nem sempre sai
capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos.
bamos porque pensamos assim e jamais
ciais, não é "ponto pacifico", nem se coloca numa esfera meta-soeial de pen samento puro. É posição que se assume com esíprço, não raro contra qua.se tudo e quase todos, contra nós mes-
temos uma atitude primária e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per
As notas que se seguem são as re
flexões de um sociólogo — descontado
^
^
tenhamos procurado refletir sôbre u ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente sc observa, entretanto, que a re
sistência, mais ou menos consciente, que Seja o interêsse pelo estudo e pelo
todos fazemos às tentativas de alterar
tratamento dos desajustamentos sociais
nosso pensamento tradicional sôbre de
entendido como virhide aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro
reta da irracionalidade do pensamento
blema encarado em suas manifestações cícMcas, ao impulso da moda ou do es-
nobismo; seja ainda entendido como de
ver do Estado ou como assunto que só o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos
terminadas questões está na razão di
tradicional e nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dele, uma outra posição màfs ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais c das opiniões ossificadas, que é a lei su
admitem que os problemas sociais sem pre surgem dentro de uma determinada estrutura ou organização social. Isto
prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con
falamos em desorganização social refe-
eras de crise.
significa, noutras palavras, que quando rimo-nos a urna organização que se de
sorganiza, a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano objetivo das relações sociais que surgem os pro blemas e que devem ser procuradas as suas causas e soluções. E é exatamente
pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o
que multipbca as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social >. que estudamos estamos sempre
ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daquela natimeza.
Em verdade, em qualquer campo das ciências sociais e muito especialmente nêste que se refere aos desajustamen tos e às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfôrço de pre parar-se para transformar as opiniões que fazemos sobre certos problemas em
tra um escopo científico no estudo das
Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe
nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou na intimidade das moléculas de um
corpo químico.
Ao fazê-lo, estamos
tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também, como atores. Ao nosso objeto de estudo estamos presos por la ços emocionais e materiais, uns
visíveis, outros sutis, que predis
põem nosso pensamento e nossa opinião.
Assumir, por abstração, uma posição rigorosa de observador das eras
de crise, ter objetividade científica nes
sas conjunturas, é coisa que faz apêlo
a algumas qualidades que geralmente
moíi, — não poucas vôzes. As crises
sociais
são
crise do uma
antecede o conhecimento
—
corre.
Sem dúvida, não existe, na realidade, nenhum abismo insondá\-eI separando
a teoria da prática, o pensamento da ação.
O que afiraiaraos, porém, c
que, como ponto de partida da atitu
sociedade, de sua organização, de
de a ser adotada no estudo das
soa estrutura, dos padrões que
eras de crise — se essa atitude
ne'a prevalecem e predominam. Uma afirmação desse tipo, que assim formulada parece até re
pretende ser científica — de\'e-
dundante e pleonástica c que to dos temos por certa e sabida — encon
tra na prática, ao ser utilizada, operativamente, como instrumento do análi
se e como ferramenta de trabalho, m'l dificuldades à sua plena aplicação. Isto
porque, ao levarmos um escopo cientí fico ao estudo das eras de crise, se não nos limitarmos à constatação dos efeitos e nos estendermos à pesquisa das can
gas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais em que sur gem fricções entre a análise científica © a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re vestir o pensamento de rótulos científi
cos, pois terá faltado a principal con dição para isso. Outro problemas, de igual natureza
mas de aspecto diferente, surgem, no
plano metodológico, quando se mistu ram, no estudo sociológico das eras de
crise, o espírito de investigação e o es-'
se procurar, antes de ma^s nada, conhecer o que é e o que existe, a realidade objetiva tal qual é.
pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; niais que isso, é o começo dessa trans- , formação.
Assim, se o estudioso dos problemas sociais não se pode confundir com os
espíritos simples que para tudo têm fá ceis respostas e só se interessam pelí^ cura das conseqüências dos problemas o não pela análise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme
lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica - "neutra" em relação a tudo
0 parcialíssima da ordem social que a sustenta.
Em verdade, a ciência acadêmica até
bem pouco tempo especializou-se em niedir a distância que a separava das
utopias reformistas; na era de crise, po rém, crise estrutiual e profunda como
vivemos, o grande teste
pírito de reforma. São dois momentos ^ ^ ciência está sendo submetida Jo pensamento humano e embora não ® contar, milímetro por milímeexistam muralha.s chinesas a separar um ° abismo profundo que a distkn-
se espera mais no "herói", no "mártir",
do outro, constitui supino erro não saber
no "santo" ou no "iluminado" do que
distingui-los.
isso não seria mal recordar a genial
No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a
e.xclamação que Goethe colocou na bôca de sua imortal criatura:
no cientista.
E isto ocorre porque a
utopias conservadoras. E para
SJ
Dicesto Econômico
Dicesto
83
Econômico
conhecimentos sobre os mesmos pro blemas. Sôbrc eles, todos temos suposi
objetividade cia ciência, cm nenhum se
reforma
da expressão o quanto de pernóstico ela
ções 8 palpites, que cultivamos carinho-
tor e muito menos nos fenômenos so
encerra em nosso meio — sobre êsse
samento muito embora nem sempre sai
capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos.
bamos porque pensamos assim e jamais
ciais, não é "ponto pacifico", nem se coloca numa esfera meta-soeial de pen samento puro. É posição que se assume com esíprço, não raro contra qua.se tudo e quase todos, contra nós mes-
temos uma atitude primária e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per
As notas que se seguem são as re
flexões de um sociólogo — descontado
^
^
tenhamos procurado refletir sôbre u ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente sc observa, entretanto, que a re
sistência, mais ou menos consciente, que Seja o interêsse pelo estudo e pelo
todos fazemos às tentativas de alterar
tratamento dos desajustamentos sociais
nosso pensamento tradicional sôbre de
entendido como virhide aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro
reta da irracionalidade do pensamento
blema encarado em suas manifestações cícMcas, ao impulso da moda ou do es-
nobismo; seja ainda entendido como de
ver do Estado ou como assunto que só o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos
terminadas questões está na razão di
tradicional e nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dele, uma outra posição màfs ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais c das opiniões ossificadas, que é a lei su
admitem que os problemas sociais sem pre surgem dentro de uma determinada estrutura ou organização social. Isto
prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con
falamos em desorganização social refe-
eras de crise.
significa, noutras palavras, que quando rimo-nos a urna organização que se de
sorganiza, a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano objetivo das relações sociais que surgem os pro blemas e que devem ser procuradas as suas causas e soluções. E é exatamente
pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o
que multipbca as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social >. que estudamos estamos sempre
ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daquela natimeza.
Em verdade, em qualquer campo das ciências sociais e muito especialmente nêste que se refere aos desajustamen tos e às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfôrço de pre parar-se para transformar as opiniões que fazemos sobre certos problemas em
tra um escopo científico no estudo das
Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe
nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou na intimidade das moléculas de um
corpo químico.
Ao fazê-lo, estamos
tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também, como atores. Ao nosso objeto de estudo estamos presos por la ços emocionais e materiais, uns
visíveis, outros sutis, que predis
põem nosso pensamento e nossa opinião.
Assumir, por abstração, uma posição rigorosa de observador das eras
de crise, ter objetividade científica nes
sas conjunturas, é coisa que faz apêlo
a algumas qualidades que geralmente
moíi, — não poucas vôzes. As crises
sociais
são
crise do uma
antecede o conhecimento
—
corre.
Sem dúvida, não existe, na realidade, nenhum abismo insondá\-eI separando
a teoria da prática, o pensamento da ação.
O que afiraiaraos, porém, c
que, como ponto de partida da atitu
sociedade, de sua organização, de
de a ser adotada no estudo das
soa estrutura, dos padrões que
eras de crise — se essa atitude
ne'a prevalecem e predominam. Uma afirmação desse tipo, que assim formulada parece até re
pretende ser científica — de\'e-
dundante e pleonástica c que to dos temos por certa e sabida — encon
tra na prática, ao ser utilizada, operativamente, como instrumento do análi
se e como ferramenta de trabalho, m'l dificuldades à sua plena aplicação. Isto
porque, ao levarmos um escopo cientí fico ao estudo das eras de crise, se não nos limitarmos à constatação dos efeitos e nos estendermos à pesquisa das can
gas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais em que sur gem fricções entre a análise científica © a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re vestir o pensamento de rótulos científi
cos, pois terá faltado a principal con dição para isso. Outro problemas, de igual natureza
mas de aspecto diferente, surgem, no
plano metodológico, quando se mistu ram, no estudo sociológico das eras de
crise, o espírito de investigação e o es-'
se procurar, antes de ma^s nada, conhecer o que é e o que existe, a realidade objetiva tal qual é.
pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; niais que isso, é o começo dessa trans- , formação.
Assim, se o estudioso dos problemas sociais não se pode confundir com os
espíritos simples que para tudo têm fá ceis respostas e só se interessam pelí^ cura das conseqüências dos problemas o não pela análise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme
lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica - "neutra" em relação a tudo
0 parcialíssima da ordem social que a sustenta.
Em verdade, a ciência acadêmica até
bem pouco tempo especializou-se em niedir a distância que a separava das
utopias reformistas; na era de crise, po rém, crise estrutiual e profunda como
vivemos, o grande teste
pírito de reforma. São dois momentos ^ ^ ciência está sendo submetida Jo pensamento humano e embora não ® contar, milímetro por milímeexistam muralha.s chinesas a separar um ° abismo profundo que a distkn-
se espera mais no "herói", no "mártir",
do outro, constitui supino erro não saber
no "santo" ou no "iluminado" do que
distingui-los.
isso não seria mal recordar a genial
No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a
e.xclamação que Goethe colocou na bôca de sua imortal criatura:
no cientista.
E isto ocorre porque a
utopias conservadoras. E para
84
DiGESTO Econômico
"
Isso, que vós outros
ses estruturais; entre a miséria e o ims-
apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaram!!!
ideologias; entre a prostituição e a es
Se o eraprêgo do método científico no
reflexa, direta ou indireta, que entre
tícismo; entro a industrializjiçüo e a ur banização; entro as classes sociais e as
trutura da família — cm suma, a ação
estudo das eras de crise apresenta di-
si exercem os problemas sociais, consti
ficuldadef dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,
tui dado fundamental de estudo que
da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são as situações sociais que, em certos cir
cunstâncias, se transformam em pro blemas sociais, — há que atentar em a'guns aspectos dessas situações a fim
de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à sua considera ção objetiva.
Não se deve perder de vista jamais -
por exemplo - a unidade esseircial que
precisa sempre ser levado cm conside ração. E é, precisamente, ponderando
tais aspectos interdependentes da vida social, — que ressaltam nas eras de crise, -- que podemos avaliar a impor tância, e o significado, no sentido do agravamento .da própria crise, de todos esses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e msular cs efeitos c as repercussões cau sadas por um problema e que se espa
«isle em todos os aspectos e setâes
lham por todo o organismo cm que se
da organização social e da cultura
manifestam.
Em verdade, a vida social constitui uma realidade complexa e uma rarão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre todas as esferas da sociedade de modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas influências recíprocas.
A ação recí
proca que todas as partes da organi zação social e cultural estão exercendo
permanentemente uma sobre as outras não pode ser descorada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é
Êssc anseio, sempre renovado e sem pre destruído, de circunscrever a crise,
de impedir sua propagação, de canalizar seus efeitos para um mágico conta-go tas e soltá-los lentamente, um a um,
« medida em que for possível aguardar Os problemas já tendo prontas as suas soluções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam o sono das estruturas sociais decadentes.
T
Dicesto
Econômico
no seu
constíuitc
8S
agravamento
e
na
ticular, o fator-chave de cada situação
Analisando o problema sob outro pris ma, obser\a-se que essa interdependên cia essencial que existe no campo dos fenômenos sociais, por outro lado, tem levado alguns espíritos primários à con
social, destacando sua natureza funda mental em relação aos outros fatòres
clusão simplista de que "tudo influi sôbre tudo", o que muitas vêzes se
sociais que caracteriziim a estrutura es tudada... e assim sucessivamente ate
apresenta como sapiência profunda e
estarmos habilitados a estabelecer, no
c, na verdade, a negação mais completa de qualquer lei ou nexo causai e só
hierarquia de fatores que intenêm no
O que ocorre, porém, e precisa ser
mais importante na sociedade e espe
atentamente observado, é que a ação
cialmente nas sociedades em crise.
que se emprega no sentido de circuns
crever a crise depois de precipitada, tem
, A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e cs pro
sempre a peculiaridade estranha de iso
plano dos conceitos, uma reprodução da plano da realidade, detemiinando-a. relação à interdependência intrínseca aos
fenômenos sociais sem com isso embo junturas de crise compreender que a tarmos nossa sensibilidade científica, incapacitando-a de registrar o que ocor ação recíproca que entre si e.xercem tô Para o estudo sociológico das con
das as esferas da organização so cial e da cultura não é meio de
confttsâo metodológica, mas sim melo de esclarecimento de um
aspecto essencial dos fenômenos sociais; não é um ponto em que se encerra e termina a sociologia e a
re na realidade objetiva onde
unidade do processo não exclui, antes pressupõe, diferenças pou • deráx'eis na importância e no sen tido dos fatores que compõem o nexo causai.
O que importa, acima de tudo, e
política social mas sim um ponto de partida da investigação científica com que se procura, em cada conjuntura particular e em cada situação concxela,
nisto se define o escopo científico do
determinar o modo, a intensidade e o
imposta; que seja capaz de explicá-la
influenciam e reciprocamente reagem.
ção!
ção-chave na constelação de situações
Desse modo, estaremos vigilantes em
inversa que tem por fim a conservação
demonstram tanto horror à planifica
feito, buscaremos, em seguida, a situa-
atesta a incapacidade lamentável de
sentido em que as partes interdependen
zem a cada dia e a cada hora os que
que inter\"êm na situação dada; isto
di.scemir, em cada caso, o que é funda mental do que é secundário e acessório.
E significa uma espécie de planificação o não a mudança, planificação que fa
tuação concieUi e de cada caso par
busca de sohiç^õcs forçadas.
tes do campo de estudos mutuamente se Isso significa que para objetivar e con cretizar a noção da interdependência o
que importa é ver o seu modo de fun cionar na realidade; é tomá-la uma no
estudo das eras de crise, é que nosso
quadro de conceitos resulte da ana lise da realidade e não seja a ela
e não obscurecê-la ainda mais. Sincro nizar o pensamento com o que se passa na realidade objetiwa e não recusar uma
hierarquização de fatores causais, se ela foi engendrada pela própria realidade —
eis em que consiste o método científico.
O que resta estabelecer, por conse-
.
qüência, e longe ainda está de ser universalmente estabelecida - é a prelimi-
• 'i
determinante
nar fundamental de que as eras de
i.
dêste ou daquele fator e a natureza
crise são passíveis de análise por méto dos cienlificos e de ação nèles inspira-
'
ção operativa, um instrumeuto de tra
balho, de pesquisa e de ação e não um recurso acadêmico para encobrir a natureza
fundamental e
blemas políticos; entre os fenômenos
lar aqueles fatòres que, dentro da crise,
demográficos e ãs relações internacio
evoluem no sentido de sua solução — o
Para isto, um procedimento recomen
nais; entre as crises espirituais e as cri
que resulta, por esquisito que pareça,
dável é. procurar, diante de cada si
condicionada e secundária de outros.
da. Todos concordam em que é pos- )
sível fazer o estudo científico de lUiv j
84
DiGESTO Econômico
"
Isso, que vós outros
ses estruturais; entre a miséria e o ims-
apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaram!!!
ideologias; entre a prostituição e a es
Se o eraprêgo do método científico no
reflexa, direta ou indireta, que entre
tícismo; entro a industrializjiçüo e a ur banização; entro as classes sociais e as
trutura da família — cm suma, a ação
estudo das eras de crise apresenta di-
si exercem os problemas sociais, consti
ficuldadef dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,
tui dado fundamental de estudo que
da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são as situações sociais que, em certos cir
cunstâncias, se transformam em pro blemas sociais, — há que atentar em a'guns aspectos dessas situações a fim
de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à sua considera ção objetiva.
Não se deve perder de vista jamais -
por exemplo - a unidade esseircial que
precisa sempre ser levado cm conside ração. E é, precisamente, ponderando
tais aspectos interdependentes da vida social, — que ressaltam nas eras de crise, -- que podemos avaliar a impor tância, e o significado, no sentido do agravamento .da própria crise, de todos esses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e msular cs efeitos c as repercussões cau sadas por um problema e que se espa
«isle em todos os aspectos e setâes
lham por todo o organismo cm que se
da organização social e da cultura
manifestam.
Em verdade, a vida social constitui uma realidade complexa e uma rarão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre todas as esferas da sociedade de modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas influências recíprocas.
A ação recí
proca que todas as partes da organi zação social e cultural estão exercendo
permanentemente uma sobre as outras não pode ser descorada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é
Êssc anseio, sempre renovado e sem pre destruído, de circunscrever a crise,
de impedir sua propagação, de canalizar seus efeitos para um mágico conta-go tas e soltá-los lentamente, um a um,
« medida em que for possível aguardar Os problemas já tendo prontas as suas soluções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam o sono das estruturas sociais decadentes.
T
Dicesto
Econômico
no seu
constíuitc
8S
agravamento
e
na
ticular, o fator-chave de cada situação
Analisando o problema sob outro pris ma, obser\a-se que essa interdependên cia essencial que existe no campo dos fenômenos sociais, por outro lado, tem levado alguns espíritos primários à con
social, destacando sua natureza funda mental em relação aos outros fatòres
clusão simplista de que "tudo influi sôbre tudo", o que muitas vêzes se
sociais que caracteriziim a estrutura es tudada... e assim sucessivamente ate
apresenta como sapiência profunda e
estarmos habilitados a estabelecer, no
c, na verdade, a negação mais completa de qualquer lei ou nexo causai e só
hierarquia de fatores que intenêm no
O que ocorre, porém, e precisa ser
mais importante na sociedade e espe
atentamente observado, é que a ação
cialmente nas sociedades em crise.
que se emprega no sentido de circuns
crever a crise depois de precipitada, tem
, A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e cs pro
sempre a peculiaridade estranha de iso
plano dos conceitos, uma reprodução da plano da realidade, detemiinando-a. relação à interdependência intrínseca aos
fenômenos sociais sem com isso embo junturas de crise compreender que a tarmos nossa sensibilidade científica, incapacitando-a de registrar o que ocor ação recíproca que entre si e.xercem tô Para o estudo sociológico das con
das as esferas da organização so cial e da cultura não é meio de
confttsâo metodológica, mas sim melo de esclarecimento de um
aspecto essencial dos fenômenos sociais; não é um ponto em que se encerra e termina a sociologia e a
re na realidade objetiva onde
unidade do processo não exclui, antes pressupõe, diferenças pou • deráx'eis na importância e no sen tido dos fatores que compõem o nexo causai.
O que importa, acima de tudo, e
política social mas sim um ponto de partida da investigação científica com que se procura, em cada conjuntura particular e em cada situação concxela,
nisto se define o escopo científico do
determinar o modo, a intensidade e o
imposta; que seja capaz de explicá-la
influenciam e reciprocamente reagem.
ção!
ção-chave na constelação de situações
Desse modo, estaremos vigilantes em
inversa que tem por fim a conservação
demonstram tanto horror à planifica
feito, buscaremos, em seguida, a situa-
atesta a incapacidade lamentável de
sentido em que as partes interdependen
zem a cada dia e a cada hora os que
que inter\"êm na situação dada; isto
di.scemir, em cada caso, o que é funda mental do que é secundário e acessório.
E significa uma espécie de planificação o não a mudança, planificação que fa
tuação concieUi e de cada caso par
busca de sohiç^õcs forçadas.
tes do campo de estudos mutuamente se Isso significa que para objetivar e con cretizar a noção da interdependência o
que importa é ver o seu modo de fun cionar na realidade; é tomá-la uma no
estudo das eras de crise, é que nosso
quadro de conceitos resulte da ana lise da realidade e não seja a ela
e não obscurecê-la ainda mais. Sincro nizar o pensamento com o que se passa na realidade objetiwa e não recusar uma
hierarquização de fatores causais, se ela foi engendrada pela própria realidade —
eis em que consiste o método científico.
O que resta estabelecer, por conse-
.
qüência, e longe ainda está de ser universalmente estabelecida - é a prelimi-
• 'i
determinante
nar fundamental de que as eras de
i.
dêste ou daquele fator e a natureza
crise são passíveis de análise por méto dos cienlificos e de ação nèles inspira-
'
ção operativa, um instrumeuto de tra
balho, de pesquisa e de ação e não um recurso acadêmico para encobrir a natureza
fundamental e
blemas políticos; entre os fenômenos
lar aqueles fatòres que, dentro da crise,
demográficos e ãs relações internacio
evoluem no sentido de sua solução — o
Para isto, um procedimento recomen
nais; entre as crises espirituais e as cri
que resulta, por esquisito que pareça,
dável é. procurar, diante de cada si
condicionada e secundária de outros.
da. Todos concordam em que é pos- )
sível fazer o estudo científico de lUiv j
^
■* "v
TTTT^
53T
Dicesto
80
fenômeno atmosférico de uma
reação
Econômico
sociologia que incumbe diagnosticá-las.
química, da queda de um corpo, r)u
para removê-las.
de uma espécie vegetal; não há comple to acordo, porém, sôbre a possibilida
Numa organização social, como a do Bra.sil, caracterizada pela presença de problemas sociais acumulados e onde a análise de um termo qualquer do pro
de de ser feito o estudo científico dos fenômenos sociais.
Em verdade, porém, entre os fenô menos físicos e os fenômenos sociais —
nunca é demais insistir — como partes que todos são da realidade objetiva, não existe uma diferença de espécie, mas sim de graii: grau maior ou menor com que se oferecem à observação e ao es
tudo. Intrinsecamente, na estrutura ín
tima do fenômeno social, nada impede
^cl\Sfico'^
rigorosamente
As dificuldades que se levantam nesse cammho sao de natureza claramente
contingente e como. são contingências em grande parte ligadas a formL his"toricas de organização social, é à própria
Morfogenía da Arquitetura Contemporânea por Luís DE Anhaia Melo.
"L>'Archilettura é una interpretazíone delia vita. Ia risultanza con creta delle attivitá umune".
blema social leva-nos a seguir sua mea da através de toda a sociedade, da
Gio
buse à cúpola, nunca é demais refle tir sôbre os aspectos metodológicos en
"Notre êtrc au.\
volvidos nu consideração e na solução
dos devaneios messiânicos. O mau, po rém, para recordar mais uma vez as palavras do
Fausto,
é que a arte é
longa e a vida breve. . . muito mais
breve do que o tempo que a própria crise pode esperar na dinâmica de suas soluções espontâneas.
cpoque apparâitra peut-
bistoriens comme TépoMaurlce Barret
arquitetura é ciência e arte.
Seus
fatôres morfogenéticos — geradores da forma, atravé.s dos sucessivos ciclos históricos — são de três ordens: mate
rial, social e psicológica.
Dêsses fatôres, uns são universais, ou tros específicos; permanentes uns, ou tro::
tran.silórios.
Auguste Perret, arquiteto francês, pio neiro da renovação arquitetônica, assim
resume número e fenômeno arquitetu-
rai.s:
L*Architecture est Tart d'orgdniser Tespacc.
C'est par Ia Construction qu*il s'exprimc. rarchitecte.
L*architecte est un poéte qui pense et parle en Construction.
Umversidade de Birmingham, catedratico de física e tido cLio uma das maiores autoridades do mundo no domínio da energia atômica, declarou que dentro de dez anos a Inglaterra poderá central elétrica movida a energia atômica. Segundo o professor Oliphant o custo da corrente gerada pela energia atômica não excedera o das correntes fornecidas pelas usinas que utilizam a hulha, como é o caso das usinas geradoras de eletricidade da Grã-Bretanha.
Dentro de trinta anos — acrescentou o professor — a energia atômica consti
tuirá a principal fonte de energia do mundo.
Lc climát, ses intempéries;
Les inoteriaux, leurs propriétés; La stabilité, ses lois;
L'optique. sés déformations;
Le sens étémel et universel - Des lignes et des formes,
Imposent des conditions qui sont per manentes.
La foncHon, les usages, les réglemetits. Ia mode,
Imposent des conditions qm sont passa géres.
Architecte est le constructeur
Que salisfait au passager par le per-
manent.
La Construction est Ia langue maternelle de
Em uma conferência que proferiu em Stoke On Trent o professor Oliphant, da
material, social c psicológico.
que-typc ou lc cycle dos bouleversements fut complet".
científica de nossa crise social, de seus
paradoxo.s e de suas contradições. Sem confiar no poder da ciência para compreender a crise social e seus variados aspectos — não há como resistir à fas cinação das .soluções brutais c à fuga
Pontl
O professor Luís de Anhaia Melo exa mina, com a habitual erudição, os três jatôrcs morfogenéticos da arquitetura-,
L'arcliitccture e.st de toute.s les expressions de l*arl,
Celle qui est le plus soumise aux conditions materielles.
Les conditions passagéres Et les conditions permanentes satisfaiL'édifice ainsi soumis á riiomme et á Ia nature,
Aura da caractère; il aura du style, il sera harmonieux.
Permanentes sont les conditions qu'im-
Caractère, style, hamionie, jalonnent le
pose Ia natui'e.
chemin qui.
Passagéres, celles qui impose Tliomnie.
Par Ia vérité, conduit à Ia Beaulé.
^
■* "v
TTTT^
53T
Dicesto
80
fenômeno atmosférico de uma
reação
Econômico
sociologia que incumbe diagnosticá-las.
química, da queda de um corpo, r)u
para removê-las.
de uma espécie vegetal; não há comple to acordo, porém, sôbre a possibilida
Numa organização social, como a do Bra.sil, caracterizada pela presença de problemas sociais acumulados e onde a análise de um termo qualquer do pro
de de ser feito o estudo científico dos fenômenos sociais.
Em verdade, porém, entre os fenô menos físicos e os fenômenos sociais —
nunca é demais insistir — como partes que todos são da realidade objetiva, não existe uma diferença de espécie, mas sim de graii: grau maior ou menor com que se oferecem à observação e ao es
tudo. Intrinsecamente, na estrutura ín
tima do fenômeno social, nada impede
^cl\Sfico'^
rigorosamente
As dificuldades que se levantam nesse cammho sao de natureza claramente
contingente e como. são contingências em grande parte ligadas a formL his"toricas de organização social, é à própria
Morfogenía da Arquitetura Contemporânea por Luís DE Anhaia Melo.
"L>'Archilettura é una interpretazíone delia vita. Ia risultanza con creta delle attivitá umune".
blema social leva-nos a seguir sua mea da através de toda a sociedade, da
Gio
buse à cúpola, nunca é demais refle tir sôbre os aspectos metodológicos en
"Notre êtrc au.\
volvidos nu consideração e na solução
dos devaneios messiânicos. O mau, po rém, para recordar mais uma vez as palavras do
Fausto,
é que a arte é
longa e a vida breve. . . muito mais
breve do que o tempo que a própria crise pode esperar na dinâmica de suas soluções espontâneas.
cpoque apparâitra peut-
bistoriens comme TépoMaurlce Barret
arquitetura é ciência e arte.
Seus
fatôres morfogenéticos — geradores da forma, atravé.s dos sucessivos ciclos históricos — são de três ordens: mate
rial, social e psicológica.
Dêsses fatôres, uns são universais, ou tros específicos; permanentes uns, ou tro::
tran.silórios.
Auguste Perret, arquiteto francês, pio neiro da renovação arquitetônica, assim
resume número e fenômeno arquitetu-
rai.s:
L*Architecture est Tart d'orgdniser Tespacc.
C'est par Ia Construction qu*il s'exprimc. rarchitecte.
L*architecte est un poéte qui pense et parle en Construction.
Umversidade de Birmingham, catedratico de física e tido cLio uma das maiores autoridades do mundo no domínio da energia atômica, declarou que dentro de dez anos a Inglaterra poderá central elétrica movida a energia atômica. Segundo o professor Oliphant o custo da corrente gerada pela energia atômica não excedera o das correntes fornecidas pelas usinas que utilizam a hulha, como é o caso das usinas geradoras de eletricidade da Grã-Bretanha.
Dentro de trinta anos — acrescentou o professor — a energia atômica consti
tuirá a principal fonte de energia do mundo.
Lc climát, ses intempéries;
Les inoteriaux, leurs propriétés; La stabilité, ses lois;
L'optique. sés déformations;
Le sens étémel et universel - Des lignes et des formes,
Imposent des conditions qui sont per manentes.
La foncHon, les usages, les réglemetits. Ia mode,
Imposent des conditions qm sont passa géres.
Architecte est le constructeur
Que salisfait au passager par le per-
manent.
La Construction est Ia langue maternelle de
Em uma conferência que proferiu em Stoke On Trent o professor Oliphant, da
material, social c psicológico.
que-typc ou lc cycle dos bouleversements fut complet".
científica de nossa crise social, de seus
paradoxo.s e de suas contradições. Sem confiar no poder da ciência para compreender a crise social e seus variados aspectos — não há como resistir à fas cinação das .soluções brutais c à fuga
Pontl
O professor Luís de Anhaia Melo exa mina, com a habitual erudição, os três jatôrcs morfogenéticos da arquitetura-,
L'arcliitccture e.st de toute.s les expressions de l*arl,
Celle qui est le plus soumise aux conditions materielles.
Les conditions passagéres Et les conditions permanentes satisfaiL'édifice ainsi soumis á riiomme et á Ia nature,
Aura da caractère; il aura du style, il sera harmonieux.
Permanentes sont les conditions qu'im-
Caractère, style, hamionie, jalonnent le
pose Ia natui'e.
chemin qui.
Passagéres, celles qui impose Tliomnie.
Par Ia vérité, conduit à Ia Beaulé.
Dicesto
S8
EcoNÓsnco
ganização do espaço para uso humano.
Os estilos são coisas do passado; per tencem a história da arquitetura.
Desde a sua era inicial, até que a
Deixaram de ser estilo.s criadores —
engenharia criasse o esqueleto suportan-
observa Eliel Saarinen — e se tornaram
te, e o edifício evoluisse de crustáceo a
estilos históricos, padrões de outras épo
vertebrado, o problema do arquiteto foi
cas e outras culturas.
A arquitetura, pois, é problema de or
construir muros, para suportar cargas e empu.\os.
Era preciso, pois, ornamentar tais mu
O dever da época atua! é ter e.xpressão arquitetônica própria.
A pesquisa sincera da forma, igno
r
89
Dice&to Econónuco
"Seria triste
favour of nwdem houses, not because
para a arquitetura, c ela não mereceria
they are modem, but because they are
o lugar procnnnentc que tem entre as artes, se consistisse apenas em algumas
traditional".
E, em 1824, c.screNâa:
combinaç-ões novas das formas indivi
duais dos antigos". Poucos anos depois Sbinkel visitou a Inglaterra e foi a Manchester, percor
Pirâmides.
rendo os bairros industriais, onde ope
psicológico. r , „ Honestamente traduzidos tais iatos, a
ros, aligeirú-los, modelá-los, toma-los di
rando a busca intencional de estilo, é o
rários se empilhavam em cortiços tene
nâmicos é rítmicos.
caminho seguro para um estilo, o es tilo da época atual.
mulheres
Daí os ntmos clássicos e renascen
tistas, bramantescos, paladianos e dos Luíses de França.
O clímax dessa "wall-concíousness" —
nota Seldon Cheney — foi o século XIX.
Mas o arcabouço suportante — aço ou concreto armado - transformou o muro suporte em simples cortina; o
elemento estrutural passou a elemento do proteção.
Estilo no sentido de realização aca
bada e perfeita, e não no sentido de moda.
"Architecture, doutrina Kichards, is a social art, related to tbe social life of
the people it ser\es, not a academic exercise in applied ornainent".
Mas como c.xplicar o prestigio da tra
clássica, codificada pelas acade A arquitetura tomou-se elástica, livre, dição mias, prestígio que ainda hoje se man aberta à luz e à paisagem. ' tém?
O homem, animal de ar livre, \ encera afinal a luta ancestral contra os elemen
tos hostis da natureza — ventos, chuva, umidade, frio — afastando sem se
privar dos elementos benéficos, dentro do ambiente habitado — ar puro e abundante, luz, sol, brisas, a
A doutrina do classicisino e o jôgo
estético da composição de fachadas, me ramente decorati\'as, \'i\em hoje no vá
cuo, porque o espírito, a sociedade e a tecnologia que os ciiaram, já passaram ou foram superados. Mas dominaram
vista dos horizontes.
soberanos
quatro séculos da História.
A habitação atual, fundindo
E os arquitetos do século
pràtícamente õ "indoor" e o
XIX, copiando todos os esti
"outdoor", Ii\re dos obstáculos da alvenaria, é e.xemplo \i\o
los
desse espaço organizado, oposto ao sen tido tradicional de muro pesado. É pela Construção que a Arquitetura se exprime.
Os novos materiais — aço, concreto,
vidro, metais e plásticos - e os usos novos dos velhos materiais, como a ma
deira, permitem realizações criadoras de novos ritmos.
E os estilos?
históricos,
transformados
assim em entidades indepen dentes, com existência abstrata, deram origem ao ecletismo ou historicismo, que
hoje desorienta os observadores super
brosos, e as fábricas, nas quais homens, e
crianças trabalhavam de
zesseis horas por dia, nos peores am E escre\eu no seu caderno de notas:
"Todas as grandes épocas deixavam o
registro •♦da sua grandeza no estilo das Buas construções. Porque não havemos de procurar o estilo característico da nossa épo da reação contra o decorativismo e retomado o fio da tradição.
A
Porque tradição não é fonna, é es não
consisto nas obras feitas
mas nas qualidades nelas presentes.
Respeitar a tradição ~ escreve Séailles — é imitar o passado, não por fora,
mas por dentro; imitá-To no seu poder, nas suas virtudes, na sua fecundidade, no gênio das suas realizações. "Si Tart ne se separe pas de Ia vie,
8'il en est 1'expression mobile et toujours renouvelée, il ne peut en aucun cas consister dans Ia réproduction servile des formes, qui les sociétés mortes ont imapose á Tart, .comme 1'inertie au niou-
primeiras dúvidas.
século XX.
vement,
. .
Mas continuavam os arquitetos do
século XIX empenliados em problemas estéticos, utilizando os vellios ntmos, en
quanto os engenheiros criavam, utiU7.an^
do o ferro e o concreto ar mado, obras grandiosas, sim
Momento houve em que se
boa tradição.
plaisir.
°
societ)'", hoje. a nossa sociedade do
acreditou que a arte do en
ginées pour leur utilité, et pour leur
teto do edifício do Museu de Berlim,
arquitetura é "a perfect
audazes.
Estava lançada a semente
Era preciso porém retomar o fio da boa tradição arquitetônica. de composição grega, que levantou as
simultànearaente, fato técnico, social e
ples e lógicas, honestas e
ca?"
pírito;
, .
Tôdá a realização arquitetônica e,
bientes.
ficiais.
E fõ{ KarI Frledrick Sbinkel, o arqui
A grande tradição da boa arquitet^a é construção honesta, e desde as grandes
Imitation est stérilité; elle s'opcomme
Ia
routíne á Tinven-
genheiro estava destinada a substit^ a arquitetura, porque era ela a expi ^ característica da nova época.
Quando em 1889, na
^
verlil de Paris, o engenheiro Gustave
Eiffel, levantou a sua famosa torre de ferro, artistas célebres da época
Sar-
dou, Dumas, Coppée e Maupassant protestaram enèrgicamente, em nome do bom gôsto" contra a monstruosa
co'una, de rebites à mostra, que era, escreviam êles, um borrão de Ünta sò-
brc a jjeleza gloriosa de Paris. .. Não menos veementes os protestos de
Jolm Ruskin e Wilíiam Morris, contra a máquina e a industrialização, advogan do um retomo à manufatura, concebido em têrmos de um goücismo saneador.
E tal a persistência desse esteticismo
tion".
decorativista, que uma outra reação con
Tem razão pois o arquiteto George Nelson, quando afirma: "We are in
tra as formas liistóricas, o ".íVit Nouveau" de Van de Velde, Hankar e
Dicesto
S8
EcoNÓsnco
ganização do espaço para uso humano.
Os estilos são coisas do passado; per tencem a história da arquitetura.
Desde a sua era inicial, até que a
Deixaram de ser estilo.s criadores —
engenharia criasse o esqueleto suportan-
observa Eliel Saarinen — e se tornaram
te, e o edifício evoluisse de crustáceo a
estilos históricos, padrões de outras épo
vertebrado, o problema do arquiteto foi
cas e outras culturas.
A arquitetura, pois, é problema de or
construir muros, para suportar cargas e empu.\os.
Era preciso, pois, ornamentar tais mu
O dever da época atua! é ter e.xpressão arquitetônica própria.
A pesquisa sincera da forma, igno
r
89
Dice&to Econónuco
"Seria triste
favour of nwdem houses, not because
para a arquitetura, c ela não mereceria
they are modem, but because they are
o lugar procnnnentc que tem entre as artes, se consistisse apenas em algumas
traditional".
E, em 1824, c.screNâa:
combinaç-ões novas das formas indivi
duais dos antigos". Poucos anos depois Sbinkel visitou a Inglaterra e foi a Manchester, percor
Pirâmides.
rendo os bairros industriais, onde ope
psicológico. r , „ Honestamente traduzidos tais iatos, a
ros, aligeirú-los, modelá-los, toma-los di
rando a busca intencional de estilo, é o
rários se empilhavam em cortiços tene
nâmicos é rítmicos.
caminho seguro para um estilo, o es tilo da época atual.
mulheres
Daí os ntmos clássicos e renascen
tistas, bramantescos, paladianos e dos Luíses de França.
O clímax dessa "wall-concíousness" —
nota Seldon Cheney — foi o século XIX.
Mas o arcabouço suportante — aço ou concreto armado - transformou o muro suporte em simples cortina; o
elemento estrutural passou a elemento do proteção.
Estilo no sentido de realização aca
bada e perfeita, e não no sentido de moda.
"Architecture, doutrina Kichards, is a social art, related to tbe social life of
the people it ser\es, not a academic exercise in applied ornainent".
Mas como c.xplicar o prestigio da tra
clássica, codificada pelas acade A arquitetura tomou-se elástica, livre, dição mias, prestígio que ainda hoje se man aberta à luz e à paisagem. ' tém?
O homem, animal de ar livre, \ encera afinal a luta ancestral contra os elemen
tos hostis da natureza — ventos, chuva, umidade, frio — afastando sem se
privar dos elementos benéficos, dentro do ambiente habitado — ar puro e abundante, luz, sol, brisas, a
A doutrina do classicisino e o jôgo
estético da composição de fachadas, me ramente decorati\'as, \'i\em hoje no vá
cuo, porque o espírito, a sociedade e a tecnologia que os ciiaram, já passaram ou foram superados. Mas dominaram
vista dos horizontes.
soberanos
quatro séculos da História.
A habitação atual, fundindo
E os arquitetos do século
pràtícamente õ "indoor" e o
XIX, copiando todos os esti
"outdoor", Ii\re dos obstáculos da alvenaria, é e.xemplo \i\o
los
desse espaço organizado, oposto ao sen tido tradicional de muro pesado. É pela Construção que a Arquitetura se exprime.
Os novos materiais — aço, concreto,
vidro, metais e plásticos - e os usos novos dos velhos materiais, como a ma
deira, permitem realizações criadoras de novos ritmos.
E os estilos?
históricos,
transformados
assim em entidades indepen dentes, com existência abstrata, deram origem ao ecletismo ou historicismo, que
hoje desorienta os observadores super
brosos, e as fábricas, nas quais homens, e
crianças trabalhavam de
zesseis horas por dia, nos peores am E escre\eu no seu caderno de notas:
"Todas as grandes épocas deixavam o
registro •♦da sua grandeza no estilo das Buas construções. Porque não havemos de procurar o estilo característico da nossa épo da reação contra o decorativismo e retomado o fio da tradição.
A
Porque tradição não é fonna, é es não
consisto nas obras feitas
mas nas qualidades nelas presentes.
Respeitar a tradição ~ escreve Séailles — é imitar o passado, não por fora,
mas por dentro; imitá-To no seu poder, nas suas virtudes, na sua fecundidade, no gênio das suas realizações. "Si Tart ne se separe pas de Ia vie,
8'il en est 1'expression mobile et toujours renouvelée, il ne peut en aucun cas consister dans Ia réproduction servile des formes, qui les sociétés mortes ont imapose á Tart, .comme 1'inertie au niou-
primeiras dúvidas.
século XX.
vement,
. .
Mas continuavam os arquitetos do
século XIX empenliados em problemas estéticos, utilizando os vellios ntmos, en
quanto os engenheiros criavam, utiU7.an^
do o ferro e o concreto ar mado, obras grandiosas, sim
Momento houve em que se
boa tradição.
plaisir.
°
societ)'", hoje. a nossa sociedade do
acreditou que a arte do en
ginées pour leur utilité, et pour leur
teto do edifício do Museu de Berlim,
arquitetura é "a perfect
audazes.
Estava lançada a semente
Era preciso porém retomar o fio da boa tradição arquitetônica. de composição grega, que levantou as
simultànearaente, fato técnico, social e
ples e lógicas, honestas e
ca?"
pírito;
, .
Tôdá a realização arquitetônica e,
bientes.
ficiais.
E fõ{ KarI Frledrick Sbinkel, o arqui
A grande tradição da boa arquitet^a é construção honesta, e desde as grandes
Imitation est stérilité; elle s'opcomme
Ia
routíne á Tinven-
genheiro estava destinada a substit^ a arquitetura, porque era ela a expi ^ característica da nova época.
Quando em 1889, na
^
verlil de Paris, o engenheiro Gustave
Eiffel, levantou a sua famosa torre de ferro, artistas célebres da época
Sar-
dou, Dumas, Coppée e Maupassant protestaram enèrgicamente, em nome do bom gôsto" contra a monstruosa
co'una, de rebites à mostra, que era, escreviam êles, um borrão de Ünta sò-
brc a jjeleza gloriosa de Paris. .. Não menos veementes os protestos de
Jolm Ruskin e Wilíiam Morris, contra a máquina e a industrialização, advogan do um retomo à manufatura, concebido em têrmos de um goücismo saneador.
E tal a persistência desse esteticismo
tion".
decorativista, que uma outra reação con
Tem razão pois o arquiteto George Nelson, quando afirma: "We are in
tra as formas liistóricas, o ".íVit Nouveau" de Van de Velde, Hankar e
90
Dicksto
Horta, se limitou também a simples tro ca dc omato.
Em vez de acantos e volutas, a linha de fôrça abstrata.
O següinte movimento renovador, de um puritanismo intransigente, ainda não
considerou o problema morfológicOj atri buindo ao omato todos os males da
desorientação arquitetônica.
Econômico
Todos conhecem os atuais grandes lídere.s da arquitetura, muitos déles de influência internacional.
A essa arquitetura, cuja finalidade ó restabelecer o equilíbrio c a correspon
A crise mundidl de dólares c o plano Marshall por Jksus Cassiano Puados Aruarte
dência entre a vida c a arte, arquitetos brasileiros têm dado valiosa contribui ção.
por \'Os falar em espanhol.
* Estou, toda\'ia, perfeitamente certo
"Contemporary architecture — nul:: com acêrto Eric Mendelsohn — being a movement of the spirit, quite natu-
de que serão compreendidas todas as
corresponde ao abandono progressivo do
rally ís accompaníed by a variet)- of
mais me impressionou, não foi a ma
sòbre o problema do dólar e quais oS aspectos mais importantes do Plano Mar
omato nos objetos de uso.
crceds and a multitude of camps".
ravilha da costa brasileira, já entrevista
shall.
São bem conhecidas a frase de Adolf
Loos — o omato é um crime — e a sua teoria de que a evoluç-áo da cultura Mas um niundo novo — técnica so-
dal e espiritualmente — pedia expres são arquitetônica própria.
E os verdadeiros criadores dessa expressão arquitetônica foram Mcintosh
na Inglaterra; Hans Poelzig, Peter Beh'
V na Austna, Otto Wagner e Josef Hofíl
man; Berlage na Holanda. E dois no táveis americanos, Louis Sullivan e
Franx Lloyd Wright.
Sullivan formulou o princípio orientado?, o credo da nova arquitetura: "form
Essa variedade de oredosi abnmge
os internacionalista.s-, como Le Corbusier J- P. Oud; os néo-clássícos, como Auguste Perrct o Piacentini; os li\Te-
pcsquisadores de possibilidades estéticas como Dudok e Frank Lloyd Wrigiu e os regionalistas.
Variedade de credos, mas unidade de
concepção: novos materiais, novas fun ções, novos ritmos; fatos técnico, fator
social, fator psicológico.
O que está
plenamente de acôrdo com a velha tra
morfológica de todo o crescimento or-
dição vitruviana, que já prescrevia, no século de Augusto, como fatores morfogenéticos da boa arquitetura, êsses
gânico.
?nesmos três:
follows function".
É esta uma verdade biológica e a lei
nustas.
Utilitas; Firmitas; Ve-
minhas palavras.
Nesta -minha \'iagem ao Brasil o que do a\iãü entre as giràndolas de luuens.
Não foi também a esplêndida baía dc Guanabara e a cidade, realmente belíssi
Quaisquer análises efetuadas sobre a situação econômica mundial, no presen te, de\ em, sem dúvida, tomar como pon
ma que é o Rio dc Janeiro, nem tampou
to dc partida as conseqüências
co esta outra acolhedora São Paulo, tal
guerra.
como a Cidade Eterna, construída so
Não vou consignar, senão ràpidamente, algumas cifras.
bre colinas. O cpic mais mo impressio nou no Brasil foi, sem dúvicla, a esplên dida hospitalidade brasileira.
Permiti-me agora acrescentar aqui al
gumas palavras sobre a minha proce dência, que apareceu um tanto tranca
da em alguns jornais, os quais, por cer
to, ao saberem ter sido eu delegado da República do Salvador, na Conferência
da
Basta assinalar supor-se ter sido de 10 bilhões de dólares os gastos do Reino Unido, de natureza bélica, além de mais de 30 bilhões de perdas em bens de ca
pitai, dos quais, 17 bilhões de dólares representados, em parte, pelas dividas contraídas no exterior e, em parte, pelas in\'crsões feitas no estrangeiro e que fo-
de Petrópoiis, se equivocaram a respei
raiR perdidas. Estas cifras falam por si
to de minha nacionalidade. Devo ad vertir que, SC dc fato a Câmara do Co
sós.
mércio de Salvador bonron-me com a delegação de poderes para representá-la
para a maior parte dos países europeus,
na reunião de Quitandinha, foi na rea
Pois bem, produzida esta perturbação na economia britânica e, em geral, na
lidade a Argentina que h-je deu refúgio íicolhedor, ao ter eu de deixar aquela Espanha peregrina, a que pertencia, pu
%
ra correr hoje pelo mundo, entristecido com a sorte da pátria. E ditas estas pala\Tas iniciais passo a expor, em termos gerais, o que penso
E o problema é exatamente o mesmo devastados pela guerra. economia européia, foi necessário levar
algum alivio aos países destruídos e dc-
.Convidado peto dr. Brasítto \facIiado Neto, prcridcnte da As.sodaçãn Comercia} de São luuto, Paulo, o o professor professor jesus Jestis Cassiano Prados Arrane, Arrarle, rvnnztiu realizou no de P^oPxo:yao Uassiano Prados nn InslUutn insututo dc riomia utTui conferência sâbre "A situação situarão finaru:eira iinaweiro mundial ante o crive dc dâlares". ddiares". nomia uma rofessor Arrarle é catedrátUo Economia da Fanddade Fonddade de Ciências EccmknlO professor catedrd/iro de EconomUt cas de de Buenos Btiennfi Aires Aires e e recentemente rerentomni%te> nnrtMnot participou do '' Cimcresso "— Econdniico t' . efetuailo em fetrópoits, como representante ^ Argentina e ua República do Saítador.
90
Dicksto
Horta, se limitou também a simples tro ca dc omato.
Em vez de acantos e volutas, a linha de fôrça abstrata.
O següinte movimento renovador, de um puritanismo intransigente, ainda não
considerou o problema morfológicOj atri buindo ao omato todos os males da
desorientação arquitetônica.
Econômico
Todos conhecem os atuais grandes lídere.s da arquitetura, muitos déles de influência internacional.
A essa arquitetura, cuja finalidade ó restabelecer o equilíbrio c a correspon
A crise mundidl de dólares c o plano Marshall por Jksus Cassiano Puados Aruarte
dência entre a vida c a arte, arquitetos brasileiros têm dado valiosa contribui ção.
por \'Os falar em espanhol.
* Estou, toda\'ia, perfeitamente certo
"Contemporary architecture — nul:: com acêrto Eric Mendelsohn — being a movement of the spirit, quite natu-
de que serão compreendidas todas as
corresponde ao abandono progressivo do
rally ís accompaníed by a variet)- of
mais me impressionou, não foi a ma
sòbre o problema do dólar e quais oS aspectos mais importantes do Plano Mar
omato nos objetos de uso.
crceds and a multitude of camps".
ravilha da costa brasileira, já entrevista
shall.
São bem conhecidas a frase de Adolf
Loos — o omato é um crime — e a sua teoria de que a evoluç-áo da cultura Mas um niundo novo — técnica so-
dal e espiritualmente — pedia expres são arquitetônica própria.
E os verdadeiros criadores dessa expressão arquitetônica foram Mcintosh
na Inglaterra; Hans Poelzig, Peter Beh'
V na Austna, Otto Wagner e Josef Hofíl
man; Berlage na Holanda. E dois no táveis americanos, Louis Sullivan e
Franx Lloyd Wright.
Sullivan formulou o princípio orientado?, o credo da nova arquitetura: "form
Essa variedade de oredosi abnmge
os internacionalista.s-, como Le Corbusier J- P. Oud; os néo-clássícos, como Auguste Perrct o Piacentini; os li\Te-
pcsquisadores de possibilidades estéticas como Dudok e Frank Lloyd Wrigiu e os regionalistas.
Variedade de credos, mas unidade de
concepção: novos materiais, novas fun ções, novos ritmos; fatos técnico, fator
social, fator psicológico.
O que está
plenamente de acôrdo com a velha tra
morfológica de todo o crescimento or-
dição vitruviana, que já prescrevia, no século de Augusto, como fatores morfogenéticos da boa arquitetura, êsses
gânico.
?nesmos três:
follows function".
É esta uma verdade biológica e a lei
nustas.
Utilitas; Firmitas; Ve-
minhas palavras.
Nesta -minha \'iagem ao Brasil o que do a\iãü entre as giràndolas de luuens.
Não foi também a esplêndida baía dc Guanabara e a cidade, realmente belíssi
Quaisquer análises efetuadas sobre a situação econômica mundial, no presen te, de\ em, sem dúvida, tomar como pon
ma que é o Rio dc Janeiro, nem tampou
to dc partida as conseqüências
co esta outra acolhedora São Paulo, tal
guerra.
como a Cidade Eterna, construída so
Não vou consignar, senão ràpidamente, algumas cifras.
bre colinas. O cpic mais mo impressio nou no Brasil foi, sem dúvicla, a esplên dida hospitalidade brasileira.
Permiti-me agora acrescentar aqui al
gumas palavras sobre a minha proce dência, que apareceu um tanto tranca
da em alguns jornais, os quais, por cer
to, ao saberem ter sido eu delegado da República do Salvador, na Conferência
da
Basta assinalar supor-se ter sido de 10 bilhões de dólares os gastos do Reino Unido, de natureza bélica, além de mais de 30 bilhões de perdas em bens de ca
pitai, dos quais, 17 bilhões de dólares representados, em parte, pelas dividas contraídas no exterior e, em parte, pelas in\'crsões feitas no estrangeiro e que fo-
de Petrópoiis, se equivocaram a respei
raiR perdidas. Estas cifras falam por si
to de minha nacionalidade. Devo ad vertir que, SC dc fato a Câmara do Co
sós.
mércio de Salvador bonron-me com a delegação de poderes para representá-la
para a maior parte dos países europeus,
na reunião de Quitandinha, foi na rea
Pois bem, produzida esta perturbação na economia britânica e, em geral, na
lidade a Argentina que h-je deu refúgio íicolhedor, ao ter eu de deixar aquela Espanha peregrina, a que pertencia, pu
%
ra correr hoje pelo mundo, entristecido com a sorte da pátria. E ditas estas pala\Tas iniciais passo a expor, em termos gerais, o que penso
E o problema é exatamente o mesmo devastados pela guerra. economia européia, foi necessário levar
algum alivio aos países destruídos e dc-
.Convidado peto dr. Brasítto \facIiado Neto, prcridcnte da As.sodaçãn Comercia} de São luuto, Paulo, o o professor professor jesus Jestis Cassiano Prados Arrane, Arrarle, rvnnztiu realizou no de P^oPxo:yao Uassiano Prados nn InslUutn insututo dc riomia utTui conferência sâbre "A situação situarão finaru:eira iinaweiro mundial ante o crive dc dâlares". ddiares". nomia uma rofessor Arrarle é catedrátUo Economia da Fanddade Fonddade de Ciências EccmknlO professor catedrd/iro de EconomUt cas de de Buenos Btiennfi Aires Aires e e recentemente rerentomni%te> nnrtMnot participou do '' Cimcresso "— Econdniico t' . efetuailo em fetrópoits, como representante ^ Argentina e ua República do Saítador.
'£síF> yr
"»-1í
Digesto Econômico
92
r
93
Dxcesto Econômico
ocorrer às suas necessidades imprescin
no Marshall, suo as seguintes, compa
díveis.
rando-se o qüinqüênio 1934-38 com o
O consumo de alimentos na Europa, segundo as cifras apresentadas pelo "Co mitê" de Cooperação Econômica Euro-
ano agrícola 1946-47. O consumo de alimentos na Europa ocidental, per ca pita, é naturalmente e.vpresso em quilo-
oéia, no documento conhecido por Pla
gramas.
constituíram os Estados Unidos e ou
européia c bem simples de explicar. Eoi primeiro lugar, Icvou-se a cabo, nos ao'
tras nações, entre elas o Brasil, a UNRRA para prestação de socorros mais ime
gustiosos anos dc guerra, uma cultura deprcdatória, consistente em retirar do solo
diatos e urgentes. Além da UNRRA, outros organismos se encarregaram também de solucionar os problemas e
tudo quanto éste pode dar, para trans'
formá-lo ràpidamente em alimentos e matéria-prima que tiáo necessários crarn.
Consumo per
Consumo per
atender às necessidades das zonas devas
Por outro lado, a snaquínária agrícola
capita (kg. p.
capita (kg. p.
tadas, da Europa e de outros continen tes. E dentro desta ajuda devo fazer
está completamente desgastada, tendo
ano)
ano)
Trigo e outros cereais para pão ....
192
Batatas
236
158 19Ü
vastados- E, com grande generosidade,
referência a uma cifra, pois, quando mais tarde falarmos do Plano Marshall, vereis não ser tanto maior a soma soli
citada como imprescindível a fim de conecessidades mínimas do "Comi
1934-38
ultrapassado o seu limite de vida e, pois» necessita
dc
uma
reconstrução ime
diata. Acresce mais a falta de adubos,
principalmente de nitratos e fosfntos, de\ ida cm parte ao fato de haverem cer tos países europeus utilizado as suaS
-\çiícar
27,4
20,8
Carne
42,9
27,7
24,1
13,3
tê" de Cooperação Econômica Européia do que aquela já generosamente presta instalações para a fabricação de explo Esta prejudicial falta de adubos da pelos Estados Unidos desde o fim sivos. foi de terríveis conseqüências para s
da contenda. Excluindo-se as contrí buições em empréstimos, que sabemos terem sido as maiores, despenderam os
Estados Unidos, desde o fim da guer ra até épocas relativamente recentes a soma de 100 bilhões de dólares.
Não obstante a ajuda da UNRRA, para a qual só os Estados Unidos concor reram com mais de 15 bilhões de dó lares,'ou seja cêrca de 73%, e além da inter\'enção de outros organismos, a Eu
ropa e outras zonas mundiais não con seguiram repor-se em conseqüência da devastação. Isto se deve a diversas cau sas e, em primeiro lugar, à completa destruição da agricultura européia. An tes de tocar nesse ponto, devo mencio nar o fato de haver a agricultura euro
péia levado oito anos para reconstituir-
I
Por aí já se nota a deficiência.
agricultura européia. E, por liltimo, a escassez da mão de obra.
Mas, para assinalar até que ponto é angustiosa a situação alimentícia da Eu
Numa eco
nomia empenhada no mister de forne cer numeroso contingente de soldados às
ropa, o que ficou dito não é tudo. Cria da pela intervenção da natureza, por
fôrças combatentes e premida pela ne
fatos alheios à vontade dos homens, por fatos de força maior ou por atos de Deus, como dizem os simples, a situa
cessidade de levar avante uma indústria bélica considerável, eram bem es
cassos os braços livres para a agricultura. Tudo isso concorreu para a completa
destnução da agricultura européia. Daí a terrível redução da sua produção agrícola. Em 1947 a falta de alimentos para
se milagres e soluções imediatas de um processo industrial, no amplo sentido da palavra, que foi tão afetado. A causa do mal-estar da agricultura
governos, cuja política te\e como con
as mesmas medidas, que asseguram
seqüência a redução de muitas cultu
uma maior afluência de cereais nos mercados consumidores.
nou-se mais precária ainda em virtude
mentos que chegam às mãos dos últi
da baixa colheita de milho norte-ameri
mos consumidores.
antes da guerra. E hoje, aqueles que an teriormente exportavam cereais e outros produtos alimentícios à Europa ociden tal precisam de ser por esta socorridos
com produtos alimentícios a fim de
assim
também os ali
Com efeito, ante o perigo de não
líticas 6 sociais não necessitam dc ex plicação.
sua produção. E em França tomaram
Êste o problema alimentício que, naturalmente, ocasiona uma drenagem de dólares, os quais saem da empobre
poderem as massas mais pobres da po pulação dispor dc alimentos em quan tidade suficiente, adotaram os gover
cida Europa para os Estados Unidos.
nos um
ma alimentício.
sistema
um
tanto primitivo.
Assim é que, alguns países da Europa
Mas não é o mais importante.
Outros
há tão graves, ou mais, que o proble
ocidental obrigaram os camponeses a
Em primeiro lugar está o do carvão, juntamente com o problema do combus
entregar toda sua coUieita.
tível em geral.
E, como
êstes não tivessem interesse monetáiio
l
principalmente na Itália e nu França. Devo dizer, porém, que os go\ernos reagiram à vista da péssima colheita de 1947, aliás em parte de\ida tam bém ao rigor do inverno. Na Itália, por e.xemplo, permitiu-se aos campone ses comerciar livremente com 45% da
ras, reduzindo
cano. Criou-se, assim, um estado de coisas, cujas influências económica.s, po
devera a quantidade de alimentos pro duzidos para a Europa. Isto ocorreu
ção da agricultura européia se deve também, em grande parte, à ação dos
essa Europa faminta e depauperada tor
Por outro lado, qual se fôra uma mal se, depois da primeira guerra mundial, em que a devastação não foi tão consi dição, a colheita do arroz no continen derável quanto nestas ultimas hostilida te asiático não foi sequer semelhante à dc des. Portanto, não é possível exigirem-
1946-47
A revista "The Economist", que de
na produção pouparam seus esforços.
ve entender destas questões, sendo a
Em última instância, foi menor do que
Inglaterra, como foi, tradicionalmente,
'£síF> yr
"»-1í
Digesto Econômico
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Dxcesto Econômico
ocorrer às suas necessidades imprescin
no Marshall, suo as seguintes, compa
díveis.
rando-se o qüinqüênio 1934-38 com o
O consumo de alimentos na Europa, segundo as cifras apresentadas pelo "Co mitê" de Cooperação Econômica Euro-
ano agrícola 1946-47. O consumo de alimentos na Europa ocidental, per ca pita, é naturalmente e.vpresso em quilo-
oéia, no documento conhecido por Pla
gramas.
constituíram os Estados Unidos e ou
européia c bem simples de explicar. Eoi primeiro lugar, Icvou-se a cabo, nos ao'
tras nações, entre elas o Brasil, a UNRRA para prestação de socorros mais ime
gustiosos anos dc guerra, uma cultura deprcdatória, consistente em retirar do solo
diatos e urgentes. Além da UNRRA, outros organismos se encarregaram também de solucionar os problemas e
tudo quanto éste pode dar, para trans'
formá-lo ràpidamente em alimentos e matéria-prima que tiáo necessários crarn.
Consumo per
Consumo per
atender às necessidades das zonas devas
Por outro lado, a snaquínária agrícola
capita (kg. p.
capita (kg. p.
tadas, da Europa e de outros continen tes. E dentro desta ajuda devo fazer
está completamente desgastada, tendo
ano)
ano)
Trigo e outros cereais para pão ....
192
Batatas
236
158 19Ü
vastados- E, com grande generosidade,
referência a uma cifra, pois, quando mais tarde falarmos do Plano Marshall, vereis não ser tanto maior a soma soli
citada como imprescindível a fim de conecessidades mínimas do "Comi
1934-38
ultrapassado o seu limite de vida e, pois» necessita
dc
uma
reconstrução ime
diata. Acresce mais a falta de adubos,
principalmente de nitratos e fosfntos, de\ ida cm parte ao fato de haverem cer tos países europeus utilizado as suaS
-\çiícar
27,4
20,8
Carne
42,9
27,7
24,1
13,3
tê" de Cooperação Econômica Européia do que aquela já generosamente presta instalações para a fabricação de explo Esta prejudicial falta de adubos da pelos Estados Unidos desde o fim sivos. foi de terríveis conseqüências para s
da contenda. Excluindo-se as contrí buições em empréstimos, que sabemos terem sido as maiores, despenderam os
Estados Unidos, desde o fim da guer ra até épocas relativamente recentes a soma de 100 bilhões de dólares.
Não obstante a ajuda da UNRRA, para a qual só os Estados Unidos concor reram com mais de 15 bilhões de dó lares,'ou seja cêrca de 73%, e além da inter\'enção de outros organismos, a Eu
ropa e outras zonas mundiais não con seguiram repor-se em conseqüência da devastação. Isto se deve a diversas cau sas e, em primeiro lugar, à completa destruição da agricultura européia. An tes de tocar nesse ponto, devo mencio nar o fato de haver a agricultura euro
péia levado oito anos para reconstituir-
I
Por aí já se nota a deficiência.
agricultura européia. E, por liltimo, a escassez da mão de obra.
Mas, para assinalar até que ponto é angustiosa a situação alimentícia da Eu
Numa eco
nomia empenhada no mister de forne cer numeroso contingente de soldados às
ropa, o que ficou dito não é tudo. Cria da pela intervenção da natureza, por
fôrças combatentes e premida pela ne
fatos alheios à vontade dos homens, por fatos de força maior ou por atos de Deus, como dizem os simples, a situa
cessidade de levar avante uma indústria bélica considerável, eram bem es
cassos os braços livres para a agricultura. Tudo isso concorreu para a completa
destnução da agricultura européia. Daí a terrível redução da sua produção agrícola. Em 1947 a falta de alimentos para
se milagres e soluções imediatas de um processo industrial, no amplo sentido da palavra, que foi tão afetado. A causa do mal-estar da agricultura
governos, cuja política te\e como con
as mesmas medidas, que asseguram
seqüência a redução de muitas cultu
uma maior afluência de cereais nos mercados consumidores.
nou-se mais precária ainda em virtude
mentos que chegam às mãos dos últi
da baixa colheita de milho norte-ameri
mos consumidores.
antes da guerra. E hoje, aqueles que an teriormente exportavam cereais e outros produtos alimentícios à Europa ociden tal precisam de ser por esta socorridos
com produtos alimentícios a fim de
assim
também os ali
Com efeito, ante o perigo de não
líticas 6 sociais não necessitam dc ex plicação.
sua produção. E em França tomaram
Êste o problema alimentício que, naturalmente, ocasiona uma drenagem de dólares, os quais saem da empobre
poderem as massas mais pobres da po pulação dispor dc alimentos em quan tidade suficiente, adotaram os gover
cida Europa para os Estados Unidos.
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ma alimentício.
sistema
um
tanto primitivo.
Assim é que, alguns países da Europa
Mas não é o mais importante.
Outros
há tão graves, ou mais, que o proble
ocidental obrigaram os camponeses a
Em primeiro lugar está o do carvão, juntamente com o problema do combus
entregar toda sua coUieita.
tível em geral.
E, como
êstes não tivessem interesse monetáiio
l
principalmente na Itália e nu França. Devo dizer, porém, que os go\ernos reagiram à vista da péssima colheita de 1947, aliás em parte de\ida tam bém ao rigor do inverno. Na Itália, por e.xemplo, permitiu-se aos campone ses comerciar livremente com 45% da
ras, reduzindo
cano. Criou-se, assim, um estado de coisas, cujas influências económica.s, po
devera a quantidade de alimentos pro duzidos para a Europa. Isto ocorreu
ção da agricultura européia se deve também, em grande parte, à ação dos
essa Europa faminta e depauperada tor
Por outro lado, qual se fôra uma mal se, depois da primeira guerra mundial, em que a devastação não foi tão consi dição, a colheita do arroz no continen derável quanto nestas ultimas hostilida te asiático não foi sequer semelhante à dc des. Portanto, não é possível exigirem-
1946-47
A revista "The Economist", que de
na produção pouparam seus esforços.
ve entender destas questões, sendo a
Em última instância, foi menor do que
Inglaterra, como foi, tradicionalmente,
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Dicesto
Econômico
Dic.esto
Econômico
95
o grande país pro
neladas e isto ainda
dutor do carvão, dis
foi dc\ido, em boa
se o seguinte a res
parte, à importaç-ão do carvão de proce
X \isla desta exposição, não é de se es tranhar se tenha criado o problema do dólar num continente, como o europeu,
dência norte-ameri cana, custando à Eu
cuja economia sofreu uma destruição de ta) natureza, e que, não obstante, man
transferidos e os preços destes bens.
ropa pro\à\e]mente.
tuação, os preços se alteraram com ra Estados Unidos e contrária à Europa e
peito da falta de combvistível na Eu
ropa:
"... Todos os go vernos representados cm Paris (na Con
no presente ano, niais dc 400 milhões de
ferência da Cooperação Econômica Eu
teve integralmente a sua potencialidade havendo aprendido muito e sob diversos
dólares.
aspectos diirantes as hostilidades.
ropéia) sofreram em con.seqüêncía da falta dc car\'ão: todos foram criticados
pelo seu povo. Trocaram a estrutura da
sua balança comercial para adquirí-Io
Lo — O aço. A produção do a^x) é
-em outros mercados; ga.staram dólares para comprá-lo aos Estados Unidos ou
inferior á de antes da guerra: na Alema
enredaram politicamente para obtè-Io da Alemanha. O vicio.so círculo econô mico causado pela falta de carvão é c-onhecido em tôdas as partes da Europa ocidental. A recuperação alemã tem
29%; em Luxemburgo, 27%; Heino Unido, 10% e Bélgica, 8% a menos, comparando-
Sido criticamente retardada pelas e.tilativamente ao carvão do Ruhr e do coque, os quais poderiam ter sido uti lizados na fabricação do aço alemão gencas feitas pelos países vizinhos re
ou na provisão de minério. A recupera çáo da França atrasou-se - advindo daí conseqüências políticas importantes - porque as exigências do plano nado-
nai, relativamente ao carvão, não pude ram ser satisfeitas. A madeira para a celulose, para a imprensa, e para as casas britânicas tem sido queimada 'bo.s lares suecos porque o carvão in
glês não chegou. A Itália teve de tro car Jiomens por carvão francês porque não podia comprar carvão inglês. A re cuperação cuperaçaü dos uus campos e i- jjianjau granjas aa da Europa atraam-se porque não houve carvão suficiente para produzir adubos. carvao suricieme
«uuuus.
E assim este relato podia chegar ao .
r.
99
infinito... .
A produç<ão do carvão, na Europa, foi, em 1938, de 552 milhões de toneladas. Em 1947 bai.xou para 439 milhõe.s de to
Lógico c normal que, à vista da quan
A escassez de outras matérias-primas é também essencial.
nha, 93% a menos;
na França, Itália,
í
tidade de bens, cm matérias-primas e alimentos, enviados pelos Estudos Uni dos a esta Europa faminta, se produzis
se vnn desequilíbrio, não dispondo a mesma dc dólares suficientes com que pagar desde logo a conta.
Ò problema do dólar, porém, não é
se as cifras 1939 e 1947.
um problema puramente europeu. E creio ser isto o que falta explicar. Na
Quero lembrar-vos outro elemento es.sencial para as estradas de ferro. con.s-
pende unicamente de quantidades de uma balança de pagamentos. Há duas
coisas que influem: a quantidade de bens E, note-se, para complicar mais a .si
pidez e de maneira muito fa\orável aos prox àvelmente também à América Latina. As importações custam hoje, na Eu ropa, muito mais do que no final da guerra. E, em compensação, as expor
tações que da Europa Iam para as ou tras zonas do mundo não aumentaram
correspondentemente. E a diferença entre os preços de exportação e impor tação do velho continente é de tal na tureza que um movimento de 10% rt'"
América Latina, nos Domínios Britâni
presenta, por ano, um agravamento do
madeira. Não existe problema rnais an-
cos. na Ásia, em todas as partes, se
problema do dólar em um bilhão de di-
gustioso, pois, grande parte do que a Europa ocidental consumia no pré-guer-
apresenta o mesmo problema, a mesma
x-isas norte-americanas a mais. O mesmo
falta dc dólares.
sucedeu em relação á América Latina-
trução cie navios, cstaleiro.s, vi\endas: a
ra provinha da Europa oriental.
consumo oscilava, concrctamente, entre
25% das madeiras brancas ou moles; 40%
países bálHcos, a Finlândia, Rússia e ou tros territórios.
A .situação dos transportes, numa eco
nomia cuja produção se encontra em con Dos 2 milhões de vagões de
ticipantes do Plano Marshall antes das
800 mil danificado.s pela guerra. Ape sar disso havia em 1947 mais passagei
deu 22 milhões de toneladas de na\-ios,
real de tôdas as economias analisadas.
sibilidade de renovação. E hoje a in
tam muito mais que antes da guerra e
dústria da América Latina, e de outras mercados internacionais; quer continuar
importam também muito mais. Entre tanto, suas vendas no exterior são supe riores a 90%, enquanto as compras efe
de cabeça erguida, desfrutando a inve
tuadas se elevaram apenas a 40%.
í 4
l
Assim, pois, os Estados Unidos expor
Tendo-lhes .sido favoráveis os preços en
Necessitam indubitávelmente êsses
tre 1945-46, o "superávit" comercial dos
países de renovar a sua maquinaria gas ta e de ampliar as suas instalações, pois, nesse ínterim, as necessidades cresceram,
Estados Unidos, num semestre dc cada ano, foi de 6 bilhões e 300 milhões de dólares, e, nos anos de 46-47, de 7 bi lhões e 800 milhões de dólares. Em 1947, no último dia de junho, a balan
as populações melhoraram o seu "stan
Ou seja, grande parte da sua frota mer cante, que hoje deve repor penosamente.
dispunham para produzir traballiasse num ritmo acelerado, sem qualquer pos
ra.
hostilidades, 300 mil foram destruídos,
Finalmente, a Europa per
que devera ser em conseqüência do simples jogo de quantidades e a posição
josa situação conseguida durante a guer
carga dc que dispunham os países par
pré-guerra.
durante os anos de hostilidades, de fa
zonas, quer continuar contando com os
dições tão angustiosas, não é mais fa
ros e mais carga a transportar que no
No entanto, a inexistência de divisas
estadunidenses se toma mais gra\e do
zer que toda a maquinaria de que
das duras e 30% das menos rijas. Em 1938 forneciam-na os férteis bosques dos
vorável.
América Latina, as nações não
afetadas fisicamente pela guerra tiveram,
Na
Êsse
dard" dc vida. A atual expansão indus trial cia América Latina e de outras nações
ça de pagamentos norte-americana era
exige a importação de bens de produção dos Estados Unidos, o que certamente é
ativa, com o ritmo anual de 8 bilhões
importante, E daí o problema do dólar.
Porém, o problema do dólar não de-i/kk:
de dólares: 20 bilhões e 700 milhões de saídas contra 12 bilhões e 700 milhões de entradas, segundo os dados ofereci-
94
Dicesto
Econômico
Dic.esto
Econômico
95
o grande país pro
neladas e isto ainda
dutor do carvão, dis
foi dc\ido, em boa
se o seguinte a res
parte, à importaç-ão do carvão de proce
X \isla desta exposição, não é de se es tranhar se tenha criado o problema do dólar num continente, como o europeu,
dência norte-ameri cana, custando à Eu
cuja economia sofreu uma destruição de ta) natureza, e que, não obstante, man
transferidos e os preços destes bens.
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tuação, os preços se alteraram com ra Estados Unidos e contrária à Europa e
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ropa:
"... Todos os go vernos representados cm Paris (na Con
no presente ano, niais dc 400 milhões de
ferência da Cooperação Econômica Eu
teve integralmente a sua potencialidade havendo aprendido muito e sob diversos
dólares.
aspectos diirantes as hostilidades.
ropéia) sofreram em con.seqüêncía da falta dc car\'ão: todos foram criticados
pelo seu povo. Trocaram a estrutura da
sua balança comercial para adquirí-Io
Lo — O aço. A produção do a^x) é
-em outros mercados; ga.staram dólares para comprá-lo aos Estados Unidos ou
inferior á de antes da guerra: na Alema
enredaram politicamente para obtè-Io da Alemanha. O vicio.so círculo econô mico causado pela falta de carvão é c-onhecido em tôdas as partes da Europa ocidental. A recuperação alemã tem
29%; em Luxemburgo, 27%; Heino Unido, 10% e Bélgica, 8% a menos, comparando-
Sido criticamente retardada pelas e.tilativamente ao carvão do Ruhr e do coque, os quais poderiam ter sido uti lizados na fabricação do aço alemão gencas feitas pelos países vizinhos re
ou na provisão de minério. A recupera çáo da França atrasou-se - advindo daí conseqüências políticas importantes - porque as exigências do plano nado-
nai, relativamente ao carvão, não pude ram ser satisfeitas. A madeira para a celulose, para a imprensa, e para as casas britânicas tem sido queimada 'bo.s lares suecos porque o carvão in
glês não chegou. A Itália teve de tro car Jiomens por carvão francês porque não podia comprar carvão inglês. A re cuperação cuperaçaü dos uus campos e i- jjianjau granjas aa da Europa atraam-se porque não houve carvão suficiente para produzir adubos. carvao suricieme
«uuuus.
E assim este relato podia chegar ao .
r.
99
infinito... .
A produç<ão do carvão, na Europa, foi, em 1938, de 552 milhões de toneladas. Em 1947 bai.xou para 439 milhõe.s de to
Lógico c normal que, à vista da quan
A escassez de outras matérias-primas é também essencial.
nha, 93% a menos;
na França, Itália,
í
tidade de bens, cm matérias-primas e alimentos, enviados pelos Estudos Uni dos a esta Europa faminta, se produzis
se vnn desequilíbrio, não dispondo a mesma dc dólares suficientes com que pagar desde logo a conta.
Ò problema do dólar, porém, não é
se as cifras 1939 e 1947.
um problema puramente europeu. E creio ser isto o que falta explicar. Na
Quero lembrar-vos outro elemento es.sencial para as estradas de ferro. con.s-
pende unicamente de quantidades de uma balança de pagamentos. Há duas
coisas que influem: a quantidade de bens E, note-se, para complicar mais a .si
pidez e de maneira muito fa\orável aos prox àvelmente também à América Latina. As importações custam hoje, na Eu ropa, muito mais do que no final da guerra. E, em compensação, as expor
tações que da Europa Iam para as ou tras zonas do mundo não aumentaram
correspondentemente. E a diferença entre os preços de exportação e impor tação do velho continente é de tal na tureza que um movimento de 10% rt'"
América Latina, nos Domínios Britâni
presenta, por ano, um agravamento do
madeira. Não existe problema rnais an-
cos. na Ásia, em todas as partes, se
problema do dólar em um bilhão de di-
gustioso, pois, grande parte do que a Europa ocidental consumia no pré-guer-
apresenta o mesmo problema, a mesma
x-isas norte-americanas a mais. O mesmo
falta dc dólares.
sucedeu em relação á América Latina-
trução cie navios, cstaleiro.s, vi\endas: a
ra provinha da Europa oriental.
consumo oscilava, concrctamente, entre
25% das madeiras brancas ou moles; 40%
países bálHcos, a Finlândia, Rússia e ou tros territórios.
A .situação dos transportes, numa eco
nomia cuja produção se encontra em con Dos 2 milhões de vagões de
ticipantes do Plano Marshall antes das
800 mil danificado.s pela guerra. Ape sar disso havia em 1947 mais passagei
deu 22 milhões de toneladas de na\-ios,
real de tôdas as economias analisadas.
sibilidade de renovação. E hoje a in
tam muito mais que antes da guerra e
dústria da América Latina, e de outras mercados internacionais; quer continuar
importam também muito mais. Entre tanto, suas vendas no exterior são supe riores a 90%, enquanto as compras efe
de cabeça erguida, desfrutando a inve
tuadas se elevaram apenas a 40%.
í 4
l
Assim, pois, os Estados Unidos expor
Tendo-lhes .sido favoráveis os preços en
Necessitam indubitávelmente êsses
tre 1945-46, o "superávit" comercial dos
países de renovar a sua maquinaria gas ta e de ampliar as suas instalações, pois, nesse ínterim, as necessidades cresceram,
Estados Unidos, num semestre dc cada ano, foi de 6 bilhões e 300 milhões de dólares, e, nos anos de 46-47, de 7 bi lhões e 800 milhões de dólares. Em 1947, no último dia de junho, a balan
as populações melhoraram o seu "stan
Ou seja, grande parte da sua frota mer cante, que hoje deve repor penosamente.
dispunham para produzir traballiasse num ritmo acelerado, sem qualquer pos
ra.
hostilidades, 300 mil foram destruídos,
Finalmente, a Europa per
que devera ser em conseqüência do simples jogo de quantidades e a posição
josa situação conseguida durante a guer
carga dc que dispunham os países par
pré-guerra.
durante os anos de hostilidades, de fa
zonas, quer continuar contando com os
dições tão angustiosas, não é mais fa
ros e mais carga a transportar que no
No entanto, a inexistência de divisas
estadunidenses se toma mais gra\e do
zer que toda a maquinaria de que
das duras e 30% das menos rijas. Em 1938 forneciam-na os férteis bosques dos
vorável.
América Latina, as nações não
afetadas fisicamente pela guerra tiveram,
Na
Êsse
dard" dc vida. A atual expansão indus trial cia América Latina e de outras nações
ça de pagamentos norte-americana era
exige a importação de bens de produção dos Estados Unidos, o que certamente é
ativa, com o ritmo anual de 8 bilhões
importante, E daí o problema do dólar.
Porém, o problema do dólar não de-i/kk:
de dólares: 20 bilhões e 700 milhões de saídas contra 12 bilhões e 700 milhões de entradas, segundo os dados ofereci-
97
Econômico Dicesto EcoKÔNnco
od
dos pelo Presidente Truman em seu in
2.099.900.000 d«')!ares cm
forme ao Congresso Americano. Estas
1947 o ritmo do primeiro trimestre, to mado em função de doze meses, atin
são as cifras.
Não se trata de um mi
lhão a mais ou a menos. Trata-se de 8
bilhões de dólares. Pense-se no que isso
giu à soma de 3 bilhões e 725 milhões, enquanto o ritmo da.s remessas da Amé
representa em cruzeiros e pense-se na
rica Latina aos Estados Unidos se ele-
gTa\idade do problema do dólar no
N'ou apenas a 2 bilhõe.s c 117 milhões de
mundo! Vejamos agora qual a situação,
dólares. Ficou, assim, cin 1946. um "dé
no pré-guerra, de distintas zonas mun
ficit" de 340 milhóe.s cie dólares e, em
diais. Vejamos até que ponto se modifi
1947, neste ritmo, o "déficit" anual da
cou esta situação nos anos transcorridos
após as hostilidades e quais as possi bilidades existentes para solução deste
problema do dólar. Na Europa ociden
Ante a situação atual cias coisas e an
1946. Em
se compensava, porém, com as rendas
com um movimento de capital, de em préstimos a curto prazo.
Mas as coisas mudaram após a guer
gravíssimo: 1 billião e 608 milhões de
dólares por ano, para países"não indus
ra. As inversões, que antes davam um
rendimento de 1 bilhão e 500 milhões
Além disso, não é este o único passi vo da América Latina para com os Es
tados Unidos, pois a união norte-ameri cana tem grandes inversões na Améri ca Latina, as quais, por sorte daquela e duziram, nestes anos, magníficos rendi mentos.
Por essas inversões a América
entregou
be como resolver o problema do dólar. Quanto à América Latina, as suas ex
que os governos não consideraram senão
vo, contrária à Europa, de 900 milhões
portações aos Estados Unidos, compara
nos últimos meses. O seu valor está em
representar uma fuga de capitais de di
valor, correspondendo a uma cifra cer tamente apreciável: 439%. Mas as ven
versos países da América Latina para os
tina, nesse mesmo período, de 480 mi
Estados Unidos. Esta fuga é determina da por muitas considerações, mas, prin cipalmente, pelo próprio problema do
lhões 6 600 mil, em 1938, passaram a
dólar.
das dos Estados Unidos à América La
ante a c.stupcncla
tram na curio.sa situação de exportar 10® mais, em 1946, do que em 1938. Im
portam, porém, 25% menos que no préguerra, uma vez que o seu principal nbasteccdor. o Reino Unido, não está
renda cias suas inversões e ante a situa
em condições de lhes jxider enviar bens
ção próspera da economia cios países
e mercadorias necessárias.
Com estes dados e depois de ter vis
pôsto de ronda nos Estados Unidos, mui
to que o sucedido na Europa sc repro
tos norte-americanos enviam seus fun
duzirá nn América Latina, Canadá, Do
dos à América Latina e efetuam ali in
mínios Britânicos e, por causas óbvias,
versões, cujo alcance não se conhece
na Ásia, não é estranho constituir o
ainda, mas c provável sc opere ao rit
problema do dólar o problema crucial
mo do após a primeira guerra mundial,
da economia do mundo e. por a.ssim di
isto é, por volta de 1922, chegando tal
zer, da política mundial, conforme ve
vez a atingir consideráveis somas c apre
rificaremos.
sentando, ao mesmo tempo, um fenômeno
Pois bem, ante esta situação, ate tempos bem recentes, não se compreen
cpicnas indvi.strias e pequenos comércios
deu a grax idade da questão que ameaça
norte-americanos estão agora estabelecen do também sucursais c filiais na América
Ixojc a humanidade. No Departamento da Agriculttira dos Estados Unidos, em uma análi.se repro
bém o "déficit" da América Latina. Encontramos
os
mesmos fenômenos
Ouro existente Empréstimos cio Governo dos Estados
muito importante, no meu entender, e
das com as de pré-guerra, cresceram em
na zona do e.sterlino. Por outro lado os Domínios Britmiico.s sc encon
apenas ás grandes e importantes'empre sas dos Estados Unidos, e e.xplica tam
cêrca de 500 milhões de dólares em
de dólares. E assim, a Europa não sa
de um bilhão do dòlarc.s, do-s quais 600
ma do dólar criou, pois. um novo pro blema do dcSlar o os governos elevem, sem dúvida, fazer tudo quanto estiver em suas mãos para interromper radical
Latina, fenômeno esse cpie se limitava
aos Estados Unidos
1947, elevando-se, assim, o "déficit" da América Latina a 2 bilhões e 108 milliões 6e dólares. Uá ainda outros "deficits" provenien tes de fontes diversas, entre as quais uma
anuais de "superávit", hoje se compen sam com uma balança de capital passi
uma possível desvalorização. O proble
curioso e certamente original. E' que pe-
infelicidade dos latino-americanos, pro
Latina
Estados Unidos a fim de lazer face a
davia, em compensiição, tem o Canadá um "supetiuit" com o resto do mundo
norte-americanos, c ante o elevado im-
as
tradas da economia européia. Assim pois, a economia européia fechava a sua situação, ainda em outros anos, com um pequeno "déficit" fàcílmente coberto
em 1946, a 603 milhóe.s de dólare.s. To
um fator favorável:
lhões de dólares.
das mversoes européias em outras zo- trializados como a Europa e com menos rendas, é uma questão muito complica nas, inclusive nos Estados Unidos quais montavam a um bilhão e quinhen! da, cujos efeitos são conhecidos pela tos milhões e se compensavam, em nar apreciação da vicia diária.
te, com os serviços de frete e outras en
dos países sul-anicricanos. muitas pes soas trataram dc enviar fundos para os
Por outro hiclo, bá. cm compensação,
pois, cjue o problema do dó tal, antes da guerra, havia, em geral, larVemos, para a América Latina é certamente um déficit' em seu comércio exterior
de 2 bilhões de dólares. Êste "déficit'
Estados Unido.s, maior ainda, montava,
mente esta corrente.
América Latina para com os E.stados Unidos atingirá 1 bilhão e 608 mi
no uu Canadá. O w "déficit" uriica para para com cxan os «J'»
te o temor clc cair a cotação das di\ isns
Unidos, para mais de ..,
...
duzida pelas agencias mundiais da im
prensa, indicou-se di,sporcm.os países eu ropeus das seguintes reser\'as, para en frentar o problema do dó'ar.
16 bilhões de dólares
4 bilhõe.s de dólares
Haveres a curto prazo, nos Estados Uni 1
dos, para mais de
6 bilhões de dólares
Haveres a longo prazo
8 bilhões de dólares
Possibilidades de financiamento em dó
lares do Fundo Monetário Internacional
L
^ bilhões i50 milhões de dólares
Banco Internacional de Reconstrução e
Fomerito
nàlhões de dólare.s
97
Econômico Dicesto EcoKÔNnco
od
dos pelo Presidente Truman em seu in
2.099.900.000 d«')!ares cm
forme ao Congresso Americano. Estas
1947 o ritmo do primeiro trimestre, to mado em função de doze meses, atin
são as cifras.
Não se trata de um mi
lhão a mais ou a menos. Trata-se de 8
bilhões de dólares. Pense-se no que isso
giu à soma de 3 bilhões e 725 milhões, enquanto o ritmo da.s remessas da Amé
representa em cruzeiros e pense-se na
rica Latina aos Estados Unidos se ele-
gTa\idade do problema do dólar no
N'ou apenas a 2 bilhõe.s c 117 milhões de
mundo! Vejamos agora qual a situação,
dólares. Ficou, assim, cin 1946. um "dé
no pré-guerra, de distintas zonas mun
ficit" de 340 milhóe.s cie dólares e, em
diais. Vejamos até que ponto se modifi
1947, neste ritmo, o "déficit" anual da
cou esta situação nos anos transcorridos
após as hostilidades e quais as possi bilidades existentes para solução deste
problema do dólar. Na Europa ociden
Ante a situação atual cias coisas e an
1946. Em
se compensava, porém, com as rendas
com um movimento de capital, de em préstimos a curto prazo.
Mas as coisas mudaram após a guer
gravíssimo: 1 billião e 608 milhões de
dólares por ano, para países"não indus
ra. As inversões, que antes davam um
rendimento de 1 bilhão e 500 milhões
Além disso, não é este o único passi vo da América Latina para com os Es
tados Unidos, pois a união norte-ameri cana tem grandes inversões na Améri ca Latina, as quais, por sorte daquela e duziram, nestes anos, magníficos rendi mentos.
Por essas inversões a América
entregou
be como resolver o problema do dólar. Quanto à América Latina, as suas ex
que os governos não consideraram senão
vo, contrária à Europa, de 900 milhões
portações aos Estados Unidos, compara
nos últimos meses. O seu valor está em
representar uma fuga de capitais de di
valor, correspondendo a uma cifra cer tamente apreciável: 439%. Mas as ven
versos países da América Latina para os
tina, nesse mesmo período, de 480 mi
Estados Unidos. Esta fuga é determina da por muitas considerações, mas, prin cipalmente, pelo próprio problema do
lhões 6 600 mil, em 1938, passaram a
dólar.
das dos Estados Unidos à América La
ante a c.stupcncla
tram na curio.sa situação de exportar 10® mais, em 1946, do que em 1938. Im
portam, porém, 25% menos que no préguerra, uma vez que o seu principal nbasteccdor. o Reino Unido, não está
renda cias suas inversões e ante a situa
em condições de lhes jxider enviar bens
ção próspera da economia cios países
e mercadorias necessárias.
Com estes dados e depois de ter vis
pôsto de ronda nos Estados Unidos, mui
to que o sucedido na Europa sc repro
tos norte-americanos enviam seus fun
duzirá nn América Latina, Canadá, Do
dos à América Latina e efetuam ali in
mínios Britânicos e, por causas óbvias,
versões, cujo alcance não se conhece
na Ásia, não é estranho constituir o
ainda, mas c provável sc opere ao rit
problema do dólar o problema crucial
mo do após a primeira guerra mundial,
da economia do mundo e. por a.ssim di
isto é, por volta de 1922, chegando tal
zer, da política mundial, conforme ve
vez a atingir consideráveis somas c apre
rificaremos.
sentando, ao mesmo tempo, um fenômeno
Pois bem, ante esta situação, ate tempos bem recentes, não se compreen
cpicnas indvi.strias e pequenos comércios
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norte-americanos estão agora estabelecen do também sucursais c filiais na América
Ixojc a humanidade. No Departamento da Agriculttira dos Estados Unidos, em uma análi.se repro
bém o "déficit" da América Latina. Encontramos
os
mesmos fenômenos
Ouro existente Empréstimos cio Governo dos Estados
muito importante, no meu entender, e
das com as de pré-guerra, cresceram em
na zona do e.sterlino. Por outro lado os Domínios Britmiico.s sc encon
apenas ás grandes e importantes'empre sas dos Estados Unidos, e e.xplica tam
cêrca de 500 milhões de dólares em
de dólares. E assim, a Europa não sa
de um bilhão do dòlarc.s, do-s quais 600
ma do dólar criou, pois. um novo pro blema do dcSlar o os governos elevem, sem dúvida, fazer tudo quanto estiver em suas mãos para interromper radical
Latina, fenômeno esse cpie se limitava
aos Estados Unidos
1947, elevando-se, assim, o "déficit" da América Latina a 2 bilhões e 108 milliões 6e dólares. Uá ainda outros "deficits" provenien tes de fontes diversas, entre as quais uma
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uma possível desvalorização. O proble
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as
tradas da economia européia. Assim pois, a economia européia fechava a sua situação, ainda em outros anos, com um pequeno "déficit" fàcílmente coberto
em 1946, a 603 milhóe.s de dólare.s. To
um fator favorável:
lhões de dólares.
das mversoes européias em outras zo- trializados como a Europa e com menos rendas, é uma questão muito complica nas, inclusive nos Estados Unidos quais montavam a um bilhão e quinhen! da, cujos efeitos são conhecidos pela tos milhões e se compensavam, em nar apreciação da vicia diária.
te, com os serviços de frete e outras en
dos países sul-anicricanos. muitas pes soas trataram dc enviar fundos para os
Por outro hiclo, bá. cm compensação,
pois, cjue o problema do dó tal, antes da guerra, havia, em geral, larVemos, para a América Latina é certamente um déficit' em seu comércio exterior
de 2 bilhões de dólares. Êste "déficit'
Estados Unido.s, maior ainda, montava,
mente esta corrente.
América Latina para com os E.stados Unidos atingirá 1 bilhão e 608 mi
no uu Canadá. O w "déficit" uriica para para com cxan os «J'»
te o temor clc cair a cotação das di\ isns
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...
duzida pelas agencias mundiais da im
prensa, indicou-se di,sporcm.os países eu ropeus das seguintes reser\'as, para en frentar o problema do dó'ar.
16 bilhões de dólares
4 bilhõe.s de dólares
Haveres a curto prazo, nos Estados Uni 1
dos, para mais de
6 bilhões de dólares
Haveres a longo prazo
8 bilhões de dólares
Possibilidades de financiamento em dó
lares do Fundo Monetário Internacional
L
^ bilhões i50 milhões de dólares
Banco Internacional de Reconstrução e
Fomerito
nàlhões de dólare.s
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fT'
DíCEí»TC' Econômico
9^
98
E outras contas até chegar a uma soma superior a 42 bilhões de dólares. Â* vista disso, se efetivamente o resto
pensação os demais países atingiriam
uma proporção muito inferior. .4ssim, por .sobra da Europa, baixaram as reservas
5 anos chegando-se assim à conclusão de
dido principalmente os seguintes países:
que a situação do dólar não é tão pre
lhão e 800 milhões dc dólares, tendo per
Mas se
analisarmos
O mundo.
nal depende do preço da sua moeda,
em sou conjunto, de
de ela é apresentada.
ve ter perdido 1 bilhão
ÇCMtK».
c 800 milhões em ouro.
estas cifras uma por
cifras taladas, e insuficiente.
Mas fpianclo só existe um país su bordinado ao padrão ouro, como por exemplo, os Estados Unidos, compran do e vendendo a países estrangeiros, o preço do ouro no mercado internacio
ouro do 5 bilhões e 200 milhões a 1 bi
França, Itália e Molanda.
do todos o.s paí.ses estavam subordinados ao padrão ouro, ou consUtuia o ouro, na dc conta.
Unido, da Alenninlia e Rússia, no que
mente como na realida
Iraver assim um alivio [«.ra „ problema
maioria dèles, o elemento internacional
exemplo, fazendo-se exclusão do Reino
do mundo dispõe de 42 bilhões de dó lares, e o "déficit" para com os Estados Unidos é, ôste ano, de 8 bilhões, os ati vos de 42 bilhões não dão para mais de
je menos do «juc antes da guerra, quan
levando em conta a realização de um comércio de ouro, solicitou o Fundo
ra menos de trés anos. no caso de continua
Reconstrução e Fomen
te, publicadas posterior mente
a
esta
rem a .ser enviadas aos Estados Unidos com o
análise
feítá pelo Departamen to da Agricultura dos
ritmo das remessas fei
Estados Unidos, a si
tas nos primeiros meses
tuação
de 1947.
torna-se
dife
Com efeito, analise
problema
servtas ouro;
Se ejc-
-luirmo.s
Estados
Unidos
os
do
reservas de ouro em seu conjunto, mas em
cada
compute
ria o seguinte: a Fran
tramos para 1947 uma semelhante à anterior à
guerra: 12 bilhões de dólares para to dos os países, exceto os Estados Unidos. Mas estas reservas, se se não altera
dos países.
Assim sendo, acontece
destas reservas, encon
cifra muito
um
ça, Itália e outras nucassez de ouro, se não recebessem uma
por de um só centavo de reservas em
mente. A América Latina, em seu con
seus cofres.
junto, a Suíça, União Sul Africana, o Canadá e Portugal, dispõem agora mais do dobro de antes da guerra. Em com-
mentos dos preço.s, ocorre um fato mui
Levando-se ainda em conta os movi to curioso: as reservas ouro valem ho-
i
Qual a explicação dessa situação ca tastrófica do Reino Unido? Parece ser
a complicadíssima política do govènio trabalhista.
De fato, a Inglaterra, em primeiro
luaar, teve um "déficit" em .sua ba
solver o problema. Existe apenas uma
complicação a de .se saber em qtie
lhão e 200 milhões, em divisas,.foram
consistem os bens estrangeiros na na ção norte-americana c qual a forma
vastos em conseqüência de ter a GrãBretanha de sustentar os seus deveres
de dispor desses bens. Naturalmente entra nisso a legislação comercial nor-
de grande potência mundial. As tropas da Grã-Bretanha a serviço da paz, esta
Hoje se fala numa.s inversões a longo
ajuda adicional, estariam, dentro dc pra zo muito curto, em situação de não dis
senão 400 inilhôc.s de dólares.
lança de pagamentos no ano de 1946. correspondente a um bilhão e 600 mi lhões de dólares. Pois bem, destes I bilhão e 600 milhões de dólares, 1 bi
to-amei'icana.
Ções, que lutam contra uma terrível es
ram, estão distribuídas muito desigual
unia pequena soma, não so tendo reti
veres a longo prazo nos Estados Uni
qim não importam as
rain, pois, para pouco mais de ano e meio. Do empréstimo canadense resta
rado do empréstimo norte-americano
dos poderiam, da mesma forma que a.s reservas ouro, ser utilizados para re
plista da situação, por-
do
ponto de vista das re-
esta\-am praticamente esgotados.
com o dólar. E como hoje com um dólar
HA uma questão interessante: Os ha-
é esta uma análise sim
riam gastos de 4 a 6 anos, e, no entan to, no dia 20 de agôslo do presente ano
.se compram menos coisas que no período anterior à guerra, daí resulta valerem menos as rescrxas ouro dos países eu ropeus e da América Latina. As rc.scrvas ouro da Europa só servem para quarta parte do que serviam antes da guerra.
Na realidade, porem,
rente.
mos o
Monetário ao México e outros países para não venderem ouro senão ao preço resultante da paridade dc suas divisas
res. Quer dizer: as re servas ouro dariam pa
nal ou do Banco de
dc dólares. E o Canadá, em data pos terior. emprestou mais 1 biUião e 2õ0 milhões de dólares adicionais. Èste.s
empréstimos sc consumiram com uma
em 1940, tendo a per
c 600 milhões de dóla
Os Estados Unidos emprestaram, eai 1945. à Europa 3 bilhòe.s e 5(K) millióes
enorme rapidez. Calculou-se que se
Por esta e outras razões,
da do metal amarelo, mo anual do 4 bilhões
da libra esterlina agravou o problema-
monetários.
uma, contando hoje com
em 1947, seguido o rit
Além dos fatos mencionados e em %'ir' Uide dc não se encontrar uma soliiç-áo para a crise do dólar, a inconversibilidade
i.sto é, depende do preço do dólar, que e.stá acima do preço do ouro para usos
elementos mais recen tes, tais como as infor
mações constantes do Memorial do Fundo Monetário Internacio
do dolm, mas, ievando-se em conta aS
belecidas em diversas zonas, custaramII,e em 1946 os referidos 1 billuio e
prazo, nos Estados Unidos, no montante
200 milhões de dólares. E os restantes
dc 8 bilhões de dólares, sobre os quais os E. U. A. poderiam fazer empréstimos a países estrangeiros através do "Export &
400 milhões foram gastos em virtude^ da diferença entre os preços das suas
Import Bank". Logicamente dá-se aqui o
importações e as exportações, aquêles muito mais elevados que êstes. Assim
mesmo que se dá com o ouro. Poderia
.se explica o "déficit" de 1 bilhão o
»
fT'
DíCEí»TC' Econômico
9^
98
E outras contas até chegar a uma soma superior a 42 bilhões de dólares. Â* vista disso, se efetivamente o resto
pensação os demais países atingiriam
uma proporção muito inferior. .4ssim, por .sobra da Europa, baixaram as reservas
5 anos chegando-se assim à conclusão de
dido principalmente os seguintes países:
que a situação do dólar não é tão pre
lhão e 800 milhões dc dólares, tendo per
Mas se
analisarmos
O mundo.
nal depende do preço da sua moeda,
em sou conjunto, de
de ela é apresentada.
ve ter perdido 1 bilhão
ÇCMtK».
c 800 milhões em ouro.
estas cifras uma por
cifras taladas, e insuficiente.
Mas fpianclo só existe um país su bordinado ao padrão ouro, como por exemplo, os Estados Unidos, compran do e vendendo a países estrangeiros, o preço do ouro no mercado internacio
ouro do 5 bilhões e 200 milhões a 1 bi
França, Itália e Molanda.
do todos o.s paí.ses estavam subordinados ao padrão ouro, ou consUtuia o ouro, na dc conta.
Unido, da Alenninlia e Rússia, no que
mente como na realida
Iraver assim um alivio [«.ra „ problema
maioria dèles, o elemento internacional
exemplo, fazendo-se exclusão do Reino
do mundo dispõe de 42 bilhões de dó lares, e o "déficit" para com os Estados Unidos é, ôste ano, de 8 bilhões, os ati vos de 42 bilhões não dão para mais de
je menos do «juc antes da guerra, quan
levando em conta a realização de um comércio de ouro, solicitou o Fundo
ra menos de trés anos. no caso de continua
Reconstrução e Fomen
te, publicadas posterior mente
a
esta
rem a .ser enviadas aos Estados Unidos com o
análise
feítá pelo Departamen to da Agricultura dos
ritmo das remessas fei
Estados Unidos, a si
tas nos primeiros meses
tuação
de 1947.
torna-se
dife
Com efeito, analise
problema
servtas ouro;
Se ejc-
-luirmo.s
Estados
Unidos
os
do
reservas de ouro em seu conjunto, mas em
cada
compute
ria o seguinte: a Fran
tramos para 1947 uma semelhante à anterior à
guerra: 12 bilhões de dólares para to dos os países, exceto os Estados Unidos. Mas estas reservas, se se não altera
dos países.
Assim sendo, acontece
destas reservas, encon
cifra muito
um
ça, Itália e outras nucassez de ouro, se não recebessem uma
por de um só centavo de reservas em
mente. A América Latina, em seu con
seus cofres.
junto, a Suíça, União Sul Africana, o Canadá e Portugal, dispõem agora mais do dobro de antes da guerra. Em com-
mentos dos preço.s, ocorre um fato mui
Levando-se ainda em conta os movi to curioso: as reservas ouro valem ho-
i
Qual a explicação dessa situação ca tastrófica do Reino Unido? Parece ser
a complicadíssima política do govènio trabalhista.
De fato, a Inglaterra, em primeiro
luaar, teve um "déficit" em .sua ba
solver o problema. Existe apenas uma
complicação a de .se saber em qtie
lhão e 200 milhões, em divisas,.foram
consistem os bens estrangeiros na na ção norte-americana c qual a forma
vastos em conseqüência de ter a GrãBretanha de sustentar os seus deveres
de dispor desses bens. Naturalmente entra nisso a legislação comercial nor-
de grande potência mundial. As tropas da Grã-Bretanha a serviço da paz, esta
Hoje se fala numa.s inversões a longo
ajuda adicional, estariam, dentro dc pra zo muito curto, em situação de não dis
senão 400 inilhôc.s de dólares.
lança de pagamentos no ano de 1946. correspondente a um bilhão e 600 mi lhões de dólares. Pois bem, destes I bilhão e 600 milhões de dólares, 1 bi
to-amei'icana.
Ções, que lutam contra uma terrível es
ram, estão distribuídas muito desigual
unia pequena soma, não so tendo reti
veres a longo prazo nos Estados Uni
qim não importam as
rain, pois, para pouco mais de ano e meio. Do empréstimo canadense resta
rado do empréstimo norte-americano
dos poderiam, da mesma forma que a.s reservas ouro, ser utilizados para re
plista da situação, por-
do
ponto de vista das re-
esta\-am praticamente esgotados.
com o dólar. E como hoje com um dólar
HA uma questão interessante: Os ha-
é esta uma análise sim
riam gastos de 4 a 6 anos, e, no entan to, no dia 20 de agôslo do presente ano
.se compram menos coisas que no período anterior à guerra, daí resulta valerem menos as rescrxas ouro dos países eu ropeus e da América Latina. As rc.scrvas ouro da Europa só servem para quarta parte do que serviam antes da guerra.
Na realidade, porem,
rente.
mos o
Monetário ao México e outros países para não venderem ouro senão ao preço resultante da paridade dc suas divisas
res. Quer dizer: as re servas ouro dariam pa
nal ou do Banco de
dc dólares. E o Canadá, em data pos terior. emprestou mais 1 biUião e 2õ0 milhões de dólares adicionais. Èste.s
empréstimos sc consumiram com uma
em 1940, tendo a per
c 600 milhões de dóla
Os Estados Unidos emprestaram, eai 1945. à Europa 3 bilhòe.s e 5(K) millióes
enorme rapidez. Calculou-se que se
Por esta e outras razões,
da do metal amarelo, mo anual do 4 bilhões
da libra esterlina agravou o problema-
monetários.
uma, contando hoje com
em 1947, seguido o rit
Além dos fatos mencionados e em %'ir' Uide dc não se encontrar uma soliiç-áo para a crise do dólar, a inconversibilidade
i.sto é, depende do preço do dólar, que e.stá acima do preço do ouro para usos
elementos mais recen tes, tais como as infor
mações constantes do Memorial do Fundo Monetário Internacio
do dolm, mas, ievando-se em conta aS
belecidas em diversas zonas, custaramII,e em 1946 os referidos 1 billuio e
prazo, nos Estados Unidos, no montante
200 milhões de dólares. E os restantes
dc 8 bilhões de dólares, sobre os quais os E. U. A. poderiam fazer empréstimos a países estrangeiros através do "Export &
400 milhões foram gastos em virtude^ da diferença entre os preços das suas
Import Bank". Logicamente dá-se aqui o
importações e as exportações, aquêles muito mais elevados que êstes. Assim
mesmo que se dá com o ouro. Poderia
.se explica o "déficit" de 1 bilhão o
109
Dicesto Econômico
seiscentos milhões de dólares da Grã-
Bretanha e, conseqüentemente, o fato
de se haver utilizado tão rapidamente do empréstimo norte-americano.
.será equivalente ao passivo dii balança de pagamentos. Assim, pois, o Go\èruo Britânico que,
com tão boa \üntucle. pretendeu reali
Econômico
101
de fábrica a levantar em outw sítio
qualquer. Passam-se assim os anos, 10, 20, 30 de evolução, e a miséria das
mo é indubitável, propondo-se a não obrigar indivíduos, acontecia que, qual quer mudança na situação, punha os planificadores na situação de ter de mo
Ko entanto, há outros fatôres explica tivos, tais como e principalmente a planificação traballüsta e a conseqüente
zar uma e.xperimentução socialista, for
massas populares é considerável. Êste problema não terá solução, \>ois não ha
necendo uma boa alimentação ao seu
verá governo capaz de resol\'è-Io a
ad'ante arriscando-se «a produzir sérios
inflação. Vejamos porque. Creio que uma das c-ausas e um dos
pela guerra, acelerando o ritmo de pro dução, acabou numa inflação, que teve
menos que disponha de um processo
desequilíbrios. Por exemplo: calcularam um nível de vida para a população de
suas mãos tão grande soma de poder.
como conseqüência o "déficit" da ba
Sempre haverá motivos de sobra para
fatôres que perturbam a vida econômi ca hoje em dia reside no fato de te
rem os homens pretendido, por assim
dizer, roubar o fogo aos deuses, como disse Prometeu na fábula, estabelecen
do planos concretos que produziam tan tas toneladas de aço, tantos vagões ferloviários, um volume tal de alimentos
povo, reconstruindo o que fòra destruído
se poe nas mãos de um homem um
poder dessa natureza, a tentação é de masiado forte para que deixe de usá-lo passando assim à história como um dos grandes criadores. Foi o que ocorreu com o governo trabalhista britânico, da mesma forma que com todos os gover nos que planifícam com dados objeti vos. De.struíu-se onde se pretendia or ganizar a economia; estabeleceram-se medidas de força onde houve rutura
em seus cálculos.
Procurou-se, assim,
I "Conseqüência normal, lógica e necesj sáría foi a inflação considerável da ren da nacional e o tremendo desequilíbrio econômico caracterizado por um "dé
uma determinada atividade industrial.
manter grande parte da economia des
empréstimo de dólares e a declaração
tinada à produção de bens de produção,
da inconversibilidade da libra em dó-
enquanto apenas uma pequena parle
ou mudar os planos, ou deixá-los taf
lança de pagamentos, o csvaimento do
qual, a fim de esperar surgisse uma
lare.s. Agravou-se. assim, o problema do dólar para todos os países do mundo,
das necessidades mais elementares.
pois muitos deles, como o Brasil, conta vam com a possibilidade de trocar suas
ajuda qualquer para resolver o proble ma do dólar. A disjuntiva se resolveu
Assim é que, passados trinta anos, a economia soviética não foi ainda capaz
que é muito difícil para uma economia
do resolver problemas angustiosos como
planificada mudar planos e medidas to
dos Unidos.
A planifícação pode de fato cjiegar a conduzir-nos a e.xtremos terríveis. Para
mim o problema da economia soviética,
atentamente analisado, é defeituoso pelo
fato de poder um pequeno grupo de homens decidir, na Rússia, quanto se vai consumir e quanto se vai poupar em cada ano, e, conseguintemente, quanto se pode in\estir.
E estão em
condições de fazê-lo porque, através do
plano qüinqüenal, podem calcular quais ' -de equilíbrio. Como acontece com todos os bens de consumo a serem produzidos I -os que adotam a planifícação, estabele- em cada ano, qual a quantidade de ele 1 cendo quanto se deve produzir em cada mentos a ser destinada à economia na j ano, o governo traballüsta excedeu-se cional para a criação destes bens de
, levar a população mais longe do que j efetivamente se poderia produzir. A
capaz de impedir enfeixe um homem em
dificar todos os cálculos ou levá-los
Quando os preços das importações su biram, apresentoii-se-lhes a disjuntiva:
^para tantas calorias per capita, um voB lume tal de importações e tal outro de libras em dólares a fim de equilibrar ^ exportações etc. etc. Realmente, quando suu balança de comércio com os Esta
!
f
üiCESTO
consumo.
Por outro lado é também
dessa produção se destina à satisfação
o da habitação, mantendo o novo plano quinciuenal, pelo que conhecemos, as mesmas perspectixas.
E, paru fazer
a favor da manutenção dos planos, ja madas em relação à massa. E
conseqüência ocorreu a circunstância de ser o "déficit" maior. Por outro lado,
com que os consumidores, em tão baixo
como combinar a planifícação com u li
nível, não expressem seu protesto, não
berdade, com a existência de sindicatos
se levantem contra êste permanente sa
tão poderosos como são as "Trade
crifício em prol da uma geração ou das
Unions" inglesas? Não podendo o go-
geraç-ões futuras, às quais nem sequer
vèrno trabalhista, que queria manter es-
sabem se de fato beneficiarão, só há um meio: é a ditadura terrível, com acentuada tendência para se desenvol
dos operários, linha que conciliar os
ver, nos últimos anos, a criação de ope rários
escravos,
homens
vivendo
em
campos de coi"vcentração e de intenso trabalho, quase que exclusivamente para a economia soxiética.
tá\'el o custo da vida, elevar os salários salários com a ele\'ação dos preços. Se aumentasse os salários e.\punha-se a ter de aumentar as remunerações dos tra balhadores das minas de carvão, teriam
de aumentar os salários dos metalúrgi cos.
Èste é o problema do próprio Reino
Mas se aumentassem os destes,
teriam por sua vez de aumentar os dos
conhecida a quantidade de fatôres de
Todavia como os trabalhistas
ferroviários-, e, logo em seguida, dos
são, afinal, homens liberais, que tratam
produção destinados à criação dos meios
de defender o consumidor e os direitos
com a megalomania dos planificadores
elementares do homem, não quiseram forçar os trabalhadores, inipondo-llies
portuários, e assim por diante, tal como ocorreu, em 1946, nos Estados Unidos.
de produção. A conseqüência é óbxia: todo plano parece insuficiente. Sempre há de existir uma grande queda dágua
Unido.
Os trabalhistas procuraram evitai- isso, advindo o seguinte: Os planificadores carecem de annas para planificar. Em
uma planifícação de forma ditatorial. Quiseram levá-los aos seus fins de uma
economia liberal a planifícação se faz
maneira
através dos preços. Quando se quer
ficit" na balança de pagamentos. Seneío as inversões maiores do que permite
a utilizar para a produção de energia
elétiica; um grande canal a construir,
dois problemas fundamentais do presen
® cirçamento nacional, essa diferença
para unirem-se dois mares; umu gvan-
te: a planifícação com a liberdade. Co-
democrática,
conciliando
os
mais ipineiros aumenta-se o salário. Po
rém, na economia trabalhista planifica-
109
Dicesto Econômico
seiscentos milhões de dólares da Grã-
Bretanha e, conseqüentemente, o fato
de se haver utilizado tão rapidamente do empréstimo norte-americano.
.será equivalente ao passivo dii balança de pagamentos. Assim, pois, o Go\èruo Britânico que,
com tão boa \üntucle. pretendeu reali
Econômico
101
de fábrica a levantar em outw sítio
qualquer. Passam-se assim os anos, 10, 20, 30 de evolução, e a miséria das
mo é indubitável, propondo-se a não obrigar indivíduos, acontecia que, qual quer mudança na situação, punha os planificadores na situação de ter de mo
Ko entanto, há outros fatôres explica tivos, tais como e principalmente a planificação traballüsta e a conseqüente
zar uma e.xperimentução socialista, for
massas populares é considerável. Êste problema não terá solução, \>ois não ha
necendo uma boa alimentação ao seu
verá governo capaz de resol\'è-Io a
ad'ante arriscando-se «a produzir sérios
inflação. Vejamos porque. Creio que uma das c-ausas e um dos
pela guerra, acelerando o ritmo de pro dução, acabou numa inflação, que teve
menos que disponha de um processo
desequilíbrios. Por exemplo: calcularam um nível de vida para a população de
suas mãos tão grande soma de poder.
como conseqüência o "déficit" da ba
Sempre haverá motivos de sobra para
fatôres que perturbam a vida econômi ca hoje em dia reside no fato de te
rem os homens pretendido, por assim
dizer, roubar o fogo aos deuses, como disse Prometeu na fábula, estabelecen
do planos concretos que produziam tan tas toneladas de aço, tantos vagões ferloviários, um volume tal de alimentos
povo, reconstruindo o que fòra destruído
se poe nas mãos de um homem um
poder dessa natureza, a tentação é de masiado forte para que deixe de usá-lo passando assim à história como um dos grandes criadores. Foi o que ocorreu com o governo trabalhista britânico, da mesma forma que com todos os gover nos que planifícam com dados objeti vos. De.struíu-se onde se pretendia or ganizar a economia; estabeleceram-se medidas de força onde houve rutura
em seus cálculos.
Procurou-se, assim,
I "Conseqüência normal, lógica e necesj sáría foi a inflação considerável da ren da nacional e o tremendo desequilíbrio econômico caracterizado por um "dé
uma determinada atividade industrial.
manter grande parte da economia des
empréstimo de dólares e a declaração
tinada à produção de bens de produção,
da inconversibilidade da libra em dó-
enquanto apenas uma pequena parle
ou mudar os planos, ou deixá-los taf
lança de pagamentos, o csvaimento do
qual, a fim de esperar surgisse uma
lare.s. Agravou-se. assim, o problema do dólar para todos os países do mundo,
das necessidades mais elementares.
pois muitos deles, como o Brasil, conta vam com a possibilidade de trocar suas
ajuda qualquer para resolver o proble ma do dólar. A disjuntiva se resolveu
Assim é que, passados trinta anos, a economia soviética não foi ainda capaz
que é muito difícil para uma economia
do resolver problemas angustiosos como
planificada mudar planos e medidas to
dos Unidos.
A planifícação pode de fato cjiegar a conduzir-nos a e.xtremos terríveis. Para
mim o problema da economia soviética,
atentamente analisado, é defeituoso pelo
fato de poder um pequeno grupo de homens decidir, na Rússia, quanto se vai consumir e quanto se vai poupar em cada ano, e, conseguintemente, quanto se pode in\estir.
E estão em
condições de fazê-lo porque, através do
plano qüinqüenal, podem calcular quais ' -de equilíbrio. Como acontece com todos os bens de consumo a serem produzidos I -os que adotam a planifícação, estabele- em cada ano, qual a quantidade de ele 1 cendo quanto se deve produzir em cada mentos a ser destinada à economia na j ano, o governo traballüsta excedeu-se cional para a criação destes bens de
, levar a população mais longe do que j efetivamente se poderia produzir. A
capaz de impedir enfeixe um homem em
dificar todos os cálculos ou levá-los
Quando os preços das importações su biram, apresentoii-se-lhes a disjuntiva:
^para tantas calorias per capita, um voB lume tal de importações e tal outro de libras em dólares a fim de equilibrar ^ exportações etc. etc. Realmente, quando suu balança de comércio com os Esta
!
f
üiCESTO
consumo.
Por outro lado é também
dessa produção se destina à satisfação
o da habitação, mantendo o novo plano quinciuenal, pelo que conhecemos, as mesmas perspectixas.
E, paru fazer
a favor da manutenção dos planos, ja madas em relação à massa. E
conseqüência ocorreu a circunstância de ser o "déficit" maior. Por outro lado,
com que os consumidores, em tão baixo
como combinar a planifícação com u li
nível, não expressem seu protesto, não
berdade, com a existência de sindicatos
se levantem contra êste permanente sa
tão poderosos como são as "Trade
crifício em prol da uma geração ou das
Unions" inglesas? Não podendo o go-
geraç-ões futuras, às quais nem sequer
vèrno trabalhista, que queria manter es-
sabem se de fato beneficiarão, só há um meio: é a ditadura terrível, com acentuada tendência para se desenvol
dos operários, linha que conciliar os
ver, nos últimos anos, a criação de ope rários
escravos,
homens
vivendo
em
campos de coi"vcentração e de intenso trabalho, quase que exclusivamente para a economia soxiética.
tá\'el o custo da vida, elevar os salários salários com a ele\'ação dos preços. Se aumentasse os salários e.\punha-se a ter de aumentar as remunerações dos tra balhadores das minas de carvão, teriam
de aumentar os salários dos metalúrgi cos.
Èste é o problema do próprio Reino
Mas se aumentassem os destes,
teriam por sua vez de aumentar os dos
conhecida a quantidade de fatôres de
Todavia como os trabalhistas
ferroviários-, e, logo em seguida, dos
são, afinal, homens liberais, que tratam
produção destinados à criação dos meios
de defender o consumidor e os direitos
com a megalomania dos planificadores
elementares do homem, não quiseram forçar os trabalhadores, inipondo-llies
portuários, e assim por diante, tal como ocorreu, em 1946, nos Estados Unidos.
de produção. A conseqüência é óbxia: todo plano parece insuficiente. Sempre há de existir uma grande queda dágua
Unido.
Os trabalhistas procuraram evitai- isso, advindo o seguinte: Os planificadores carecem de annas para planificar. Em
uma planifícação de forma ditatorial. Quiseram levá-los aos seus fins de uma
economia liberal a planifícação se faz
maneira
através dos preços. Quando se quer
ficit" na balança de pagamentos. Seneío as inversões maiores do que permite
a utilizar para a produção de energia
elétiica; um grande canal a construir,
dois problemas fundamentais do presen
® cirçamento nacional, essa diferença
para unirem-se dois mares; umu gvan-
te: a planifícação com a liberdade. Co-
democrática,
conciliando
os
mais ipineiros aumenta-se o salário. Po
rém, na economia trabalhista planifica-
rV".
DiCESTo Econômico
102
DiceSto
da, como o govèmo não podia aumen tar os salários, nem tão pouco queria
ro, mas, em compensação, lhe transmi
obrigar as pessoas a ir trabalhar nas mi
tirá um pouco de liberdade.
nas, criou o problema do carvão na
O Fundo Monetária Internacional tam
Grã-Bretanha, que foi um dos mais graves da economia trabalhista e pre
bém não é capaz dc rcsoKcr o proble ma do dólar, pois dispõe apenas de 3
judicou extraordinàriamentc a ec-onomia
billiões e 500 milhões cm divisas norte-
britânica. Fracassou a planifícação de
americanas e cm ouro, c, por outro lado,
vido ao fato de não adotar a obriga
como sabem os comunistas russos e os
os países em "déficit" só podem dispor da quarta parte, ou seja, 25/p das suas quotas. A drenagem do dólar pode, desde logo, ser tão grande a ponto de se ver o Fundo obrigado a declarar a
fascistas alemães ou italianos e, esta
escassez dessa moeda.
toriedade do trabalho e ao mesmo tem
po por ser impossível manter fortes sin dicatos não controlados pelo governo, mos convencidos, sabem-no hoje tam bém os trabalhistas britânicos.
Criou-se, assim, um problema consi
derável. Ã vista dessa situação o govêrno trabalhista caiu recentemente no
i
que queria evitar. Teve de ditar uma
ordem, pela qual os operários inscritos
nas Bolsas de trabalho devem ir, quan
do estiverem desocupados ou deixarem
de trabalhar, para onde se lhes indicar, sob pena de multa. Nessa ordem não se incluem nem os gerentes, nem os em
pregados de escritório. Daí resulta que os socialistas, os
quais com tanto acerto estavam exe cutando o seu programa de socialização, alcançando grande êxito do ponto de vista de seus propósitos, levando a cabo uma enorme distribuição de rendas em benefício das classes mais pobres da
O Banco Internacional de Reconstru
ção e Fomento dispõe apenas de mis 750 milhões dc dólares, sendo 20? de
suas quotas representadas pela contri buição dos Estados Unidos e Canadá.
Emijora esteja em condições de fornecer •3 bilhões de dólares, nada pode fazer
para resolver o problema do dólar. En contra-se em um círculo vicioso.
Antes
de efetuar empréstimos o Banco deve emitir debêntures ou obrigações.
Po
deria faze-lo dirigindo-se ao público de banqueiros, isto é, aos Estados Unidos. Porém, se a situação européia não se
regulariza previamente, os capitalistas norle-americunos não irão comprar as
obrigações do Banco e, nessas condições,
o Banco não poderá cinilí-las, visto os seus estatutos não o permitirem. Se se aprovar o Plano Marshall, por exem
Grã-Bretanha, tiveram de legislar de
plo, o Banco poderá oferecer mais de
modo a colocar essas mesmas pessoas
3 bilhões de dólares.
beneficiadas em situação diferente, não em virtude de dinheiro, mas em virtude d'lei Por um retrocesso cliegamos as
contrário, só poderá oferecer um es
Mas, em caso
casso paliativo.
Há outras possibilidades para se re solver o problema do dólar. Uma de
sim à época medieval. Um homem oqhora rico, com, a qscassa fortuna las é a depreciação monetária, que, aliás, que lhe resta, pode, sem embargo, trans não serve. E isso porque, os países eu mitir uma boa educação ao seu filho e afinal libertá-lo da futura obrigação de ir trabalhar onde o Estado o mandai.
Econômico 103
Píiderá talvez transmitir menos dinhei
ropeus têm necessidades tão urgentes
a ponto de continuar comprando qua.se o mesmo, embora se faça cair o %alor
\
da moeda em função do dólar.
Não
to> Mr. Snyder. secretário da Fazenda,
podem deixar de comprar sob pena de privarem-se de abastecimentos essen
quando recentemente interrogado sobre se os Estados Unidos aprovariam esta medida, declarou ser o seu país tcrini-
ciais, conforme \imos.
Por outro lado,
êsses compradores, prejudicados com a
nanlemente contrário u mesma.
depreciação das suas divisas em rela ção ao dólar, não podem vender mais
provávelmente, por ser difícil à opi-
aos Estados Unidos. preciação
monetária
Portanto, a de como
medida a
curto prazo, não serve nem para a Eu ropa, nem
tampouco para a América
Isto,
niãp públiua aceit^í-ik, ou lah'ez ao
próprio Partido Republicano. Resta as-siin apenas uma outra jiossibilídade adicional, isto é, a cx]iortação de capitais dos Estados Unidos a outnis
Latina. A depreciação monetária é, co mo sabemos, uma medida que leva al
zonas, sob a forma de in\ersáo de car
gum tempo para produzir efeito. Em.
sucedido aos bens norte-americanos in
todo o caso a questão da paridade das
vertidos na guerra passada.
divisas deve ser estudada atentamente, pois não existe hoje um equilíbrio de
pecialmente dos Estados Unidos à Ame-
preços e uma paridade tal como foi
c-onsignada em Bretton Woods. Os pre ços -são artificiais e dc\"cm ajustar-se, cedo ou tarde, à situação normal.
Outra possibilidade; desvalorização,
teira.
Inviável, entreftmlo, à \isla do
Sob a fonna de inversões diretas, es
rica Latina, será uma solução muito ^ conveniente, tanto para o problema do dólar como para se refoniiar a maqui naria destas nações. Temos ouvido em todo o mundo, nos.
em termos de ouro, de todas as divisas.
últimos decênios — tal como se fòra um
A Carta do Fundo Monetário Interna
sarampo — que basta um dólar, um
cional permite, conjuntamente, a todos os países, a redução de 10% do conteúdo
ouro de suas moedas.
Esta redução
para os países produtores de
ouro é
de
grande
valor.
peso, uma moeda qualquer, cnizar uma
fronteira, pani se ter criado desde logo uma servidão pública. Só em íiitimo extremo um
Mas, mesmo para os paíse.s
movimento de divisas pode criar uma servidão pública.
que não produzem ouro, se ria também conveniente, à
Eventualmente poderá cola borar para a sua implanta
vista da valorização das suas
ção, mas de fato funda-se
reservas.
cm outros fatores mais im
Poderiam, assim,
drenar mais dólares e, por tanto, adquirir mais produ tos.
Mas para que tal se
operasse, seria preciso con
cordassem os Estados Uni
dos, pois o convênio de Bretton Woods dá, neste caso, o poder de veto ao
país cuja quota seja superior a 25%, como é o caso dos Estados Unidos. No entan-
portantes. Aliás, a servidão econômi
ca pode ser perfeitamente estabelecida sem o mínimo
movimento de divisas, como
fez, por exemplo, a Alema nha, nos anos de 1925 a
1929, na Europa oriental, submentendo a Bulgária, a Rmnánia, a Hungria, .sem' enviar-lhes um só marco.
rV".
DiCESTo Econômico
102
DiceSto
da, como o govèmo não podia aumen tar os salários, nem tão pouco queria
ro, mas, em compensação, lhe transmi
obrigar as pessoas a ir trabalhar nas mi
tirá um pouco de liberdade.
nas, criou o problema do carvão na
O Fundo Monetária Internacional tam
Grã-Bretanha, que foi um dos mais graves da economia trabalhista e pre
bém não é capaz dc rcsoKcr o proble ma do dólar, pois dispõe apenas de 3
judicou extraordinàriamentc a ec-onomia
billiões e 500 milhões cm divisas norte-
britânica. Fracassou a planifícação de
americanas e cm ouro, c, por outro lado,
vido ao fato de não adotar a obriga
como sabem os comunistas russos e os
os países em "déficit" só podem dispor da quarta parte, ou seja, 25/p das suas quotas. A drenagem do dólar pode, desde logo, ser tão grande a ponto de se ver o Fundo obrigado a declarar a
fascistas alemães ou italianos e, esta
escassez dessa moeda.
toriedade do trabalho e ao mesmo tem
po por ser impossível manter fortes sin dicatos não controlados pelo governo, mos convencidos, sabem-no hoje tam bém os trabalhistas britânicos.
Criou-se, assim, um problema consi
derável. Ã vista dessa situação o govêrno trabalhista caiu recentemente no
i
que queria evitar. Teve de ditar uma
ordem, pela qual os operários inscritos
nas Bolsas de trabalho devem ir, quan
do estiverem desocupados ou deixarem
de trabalhar, para onde se lhes indicar, sob pena de multa. Nessa ordem não se incluem nem os gerentes, nem os em
pregados de escritório. Daí resulta que os socialistas, os
quais com tanto acerto estavam exe cutando o seu programa de socialização, alcançando grande êxito do ponto de vista de seus propósitos, levando a cabo uma enorme distribuição de rendas em benefício das classes mais pobres da
O Banco Internacional de Reconstru
ção e Fomento dispõe apenas de mis 750 milhões dc dólares, sendo 20? de
suas quotas representadas pela contri buição dos Estados Unidos e Canadá.
Emijora esteja em condições de fornecer •3 bilhões de dólares, nada pode fazer
para resolver o problema do dólar. En contra-se em um círculo vicioso.
Antes
de efetuar empréstimos o Banco deve emitir debêntures ou obrigações.
Po
deria faze-lo dirigindo-se ao público de banqueiros, isto é, aos Estados Unidos. Porém, se a situação européia não se
regulariza previamente, os capitalistas norle-americunos não irão comprar as
obrigações do Banco e, nessas condições,
o Banco não poderá cinilí-las, visto os seus estatutos não o permitirem. Se se aprovar o Plano Marshall, por exem
Grã-Bretanha, tiveram de legislar de
plo, o Banco poderá oferecer mais de
modo a colocar essas mesmas pessoas
3 bilhões de dólares.
beneficiadas em situação diferente, não em virtude de dinheiro, mas em virtude d'lei Por um retrocesso cliegamos as
contrário, só poderá oferecer um es
Mas, em caso
casso paliativo.
Há outras possibilidades para se re solver o problema do dólar. Uma de
sim à época medieval. Um homem oqhora rico, com, a qscassa fortuna las é a depreciação monetária, que, aliás, que lhe resta, pode, sem embargo, trans não serve. E isso porque, os países eu mitir uma boa educação ao seu filho e afinal libertá-lo da futura obrigação de ir trabalhar onde o Estado o mandai.
Econômico 103
Píiderá talvez transmitir menos dinhei
ropeus têm necessidades tão urgentes
a ponto de continuar comprando qua.se o mesmo, embora se faça cair o %alor
\
da moeda em função do dólar.
Não
to> Mr. Snyder. secretário da Fazenda,
podem deixar de comprar sob pena de privarem-se de abastecimentos essen
quando recentemente interrogado sobre se os Estados Unidos aprovariam esta medida, declarou ser o seu país tcrini-
ciais, conforme \imos.
Por outro lado,
êsses compradores, prejudicados com a
nanlemente contrário u mesma.
depreciação das suas divisas em rela ção ao dólar, não podem vender mais
provávelmente, por ser difícil à opi-
aos Estados Unidos. preciação
monetária
Portanto, a de como
medida a
curto prazo, não serve nem para a Eu ropa, nem
tampouco para a América
Isto,
niãp públiua aceit^í-ik, ou lah'ez ao
próprio Partido Republicano. Resta as-siin apenas uma outra jiossibilídade adicional, isto é, a cx]iortação de capitais dos Estados Unidos a outnis
Latina. A depreciação monetária é, co mo sabemos, uma medida que leva al
zonas, sob a forma de in\ersáo de car
gum tempo para produzir efeito. Em.
sucedido aos bens norte-americanos in
todo o caso a questão da paridade das
vertidos na guerra passada.
divisas deve ser estudada atentamente, pois não existe hoje um equilíbrio de
pecialmente dos Estados Unidos à Ame-
preços e uma paridade tal como foi
c-onsignada em Bretton Woods. Os pre ços -são artificiais e dc\"cm ajustar-se, cedo ou tarde, à situação normal.
Outra possibilidade; desvalorização,
teira.
Inviável, entreftmlo, à \isla do
Sob a fonna de inversões diretas, es
rica Latina, será uma solução muito ^ conveniente, tanto para o problema do dólar como para se refoniiar a maqui naria destas nações. Temos ouvido em todo o mundo, nos.
em termos de ouro, de todas as divisas.
últimos decênios — tal como se fòra um
A Carta do Fundo Monetário Interna
sarampo — que basta um dólar, um
cional permite, conjuntamente, a todos os países, a redução de 10% do conteúdo
ouro de suas moedas.
Esta redução
para os países produtores de
ouro é
de
grande
valor.
peso, uma moeda qualquer, cnizar uma
fronteira, pani se ter criado desde logo uma servidão pública. Só em íiitimo extremo um
Mas, mesmo para os paíse.s
movimento de divisas pode criar uma servidão pública.
que não produzem ouro, se ria também conveniente, à
Eventualmente poderá cola borar para a sua implanta
vista da valorização das suas
ção, mas de fato funda-se
reservas.
cm outros fatores mais im
Poderiam, assim,
drenar mais dólares e, por tanto, adquirir mais produ tos.
Mas para que tal se
operasse, seria preciso con
cordassem os Estados Uni
dos, pois o convênio de Bretton Woods dá, neste caso, o poder de veto ao
país cuja quota seja superior a 25%, como é o caso dos Estados Unidos. No entan-
portantes. Aliás, a servidão econômi
ca pode ser perfeitamente estabelecida sem o mínimo
movimento de divisas, como
fez, por exemplo, a Alema nha, nos anos de 1925 a
1929, na Europa oriental, submentendo a Bulgária, a Rmnánia, a Hungria, .sem' enviar-lhes um só marco.
W
Dicesto EcOXÓNftCO
104
mas, ao contrário, obrigando-as a lhes emprestar capitais.
darem a Europa, esta, com os dólares que lhe forem proporcionados, pagará
I
Dioesto
Ecoícóxnco
105
generosa a todas as zonas do mundo.
cer bem a conveniência desse mo\inien-
estabelecimento déssc triângulo, se faz
to de capitais, qual o momento em que
Existe aqui o mesmo perigo por que passamos na guerra passada: ou nos arriscamos a perder a batalha do dólar por pretender feri-la ao mesmo lempo,
a tran.sferència do dólar de uma niáo
poderia produzir de fato perturbações
cm tôdas as frentes, ou nos decidimos
à outra de modo a todo mundo ser
políticas, fomentando-o na medida do possí\'el, taU'ez sob a forma de inver
pago.
sões mistas, nacíonai.s e estrangeiras.
círculos: "E p()rque um Plano Marshall para a Europa? Porque não ajudam os
a ganhá-la apenas em um ponto, exa tamente naquele em que é possível con centrar tôdas as fôrças para envolver o inimigo de modo a que o resto dos teatros das operações caia por si .só, tal
Julgo, pois, esta questão inteiramen te absurda.
Seria conveniente esclare
Tôdas estas possíveis medidas são in
suficientes e parciais, não conseguindo
resolver o problema do dólar, que chega a representar um grave problema para o mundo.
O triunfo nestes dias dos partidos não comunistas, da França e da Itália, as modificações políticas observadas na Eu
ropa^ ocidental, são fundamentais para a salvação da nossa civilização.
Estas modificações se fazem, positiva mente, na esperança de aliviarem os
Estados Unidos a situação européia, fa zendo-o através do único plano atual mente disponível, isto é, do Plano Mar shall. Se não existir um Plano Marshall para a Europa é indubitável que, den tro de um lapso de tempo muito curto
entregar-se-iam os homens da Europa
ocidental ao desespêro, sendo mais do
que provável assistirmos as tropas de
à América Latina, a qual, por sua vez,
pagará aos Estados Unidos.
Com o
Diz-se cin muitos centros c em muitos
Estados Unidos a América Latina?"
A minha resposta c que é preferível começar o Plano Marsliall na Europa. Recordemos a guerra. Havia duas fren tes: a européia e a do Pacífico. Poderse-ia ter adotado a rc.çolução de diridir
equítati^■amente
os
recursos entre as
duas frentes. O que aconteceria? Não se poderia ter ganho a guerra, ou só dificilmente se teria conseguido.
De
fato, por uma questão elementar de tática, de estratégia militar, ao in\és de se atacar as linhas principais de resis tência, deve-se manobrar por um ponto
determinado, com grande superioridade de elementos dc modo a se poder, nessa
zona, cair sôbre o inimigo e destrui-lo virtualmente. Não se deve defrontá-lo em todo o teatro das operações, mas num só determinado.
Eis o que se
tico para alcançar, quem sabe, o Con
chama o ponto principal de ataque. Corh efeito: lioje estamos ante a ba
tinente Americano.
talha do dólar.
Moscou atravessarem o Oceano Atlân
É, pois, imprescindível se encontre uma' solução para o problema do dólar
E esta batalha também
não pode ser ganha se tentarmos re
solvê-la espalhando os recursos, diluindo os homens e os elementos com que vão
na Europa.
A Europa, segundo o Plano Marshall, lutar pelos diversos teatros bélicos. De
rnmniitado pm 0. vai• .ter um "déficit" computado em 2 bilhões de dólares para o primeiro ano,
fato, se se diluíssem estes dólares pelos
enquanto a América Latina tem dois
se-iam antes de dois ou três anos, con
t-.-ii -
t
1'1
narn
pnm
bilhões de dólares de "déficit" para com os Estados Unidos além de 900 com o Canadá.
, Pois bem, se os Estados Unidos aju-
diferentes teatros de operações, evapor-
tinuando o problema de pé. E então,
a opinião pública norte-americana ja não estaria de modo algum disposta a continuar trazendo esta ajuda mais que
como um fruto maduro.
E qual é èste teatro principal?
Ê
evidentemente a Europa, que, neste mo mento, passa por uma das situações mais
difíceis e complicadas, mais perigõsas do ponto de vista político. A Europa, atualmente, está atuando como baluarte
da ci\ ilização ocidental. E, pois, acima dc tudo, deve êste baluarte ser ajuda do. E ao mesmo tempo, por uma fe licidade, a Europa representa aquêle ponto que nos permitirá, se para o seu
redor convergirem os nossos esforços, ganhar a batalha do dólar em tôdas as zonas, graças a essa situação triangular
scnadór Sinionsen, as exportação América Latina à Europa são superiores às do período de guerwÉ obvio que as matérias de produÇ^'' e exportação latina devem crescer e,
portanto, será impre.scindível o recebi
mento de maquinaria, de alimentos, lhe serão fornecidos principalmente Estados Unidos. Portanto, a aplica?®'' do Plano Marshall na Europa represen ta um auxílio norle-anicricano muito ii"' portante à América Latina.
Mas, além disso, passado um q"®' triénío e se formos felizes, reaIizando--*c
os prognósticos, de modo a q"C a Lu ropa .se ponha de novo sôbre os pr prios pés c possa dispens.ar o
norte-americano, a economia dos Es ^ dos Unidos, então em pleno
mcnto, numa situação de emprego W • não tendo mais dc enviar tantos cap' tais à Europa, estará nesse
ameaçada de inflação, de desempr ^ ^
operário, de contração de negócios, cn suma, de uma crise. E nesse momento,
nada mais natural que se voltem os
a que me referi. Portanto, como bons latino-americanos
olho.s para a América Latina, lugar de
deveis reconhecer que, neste momento,
trução, no qual colaboi'a também a própria indústria européia.
o auxílio principal dos Estados Uniàos
deve ser para a Europa. Naturalmente deve haver auxílio para a América La tina, embora não figure no Plano ela borado, o qual não deve» afinal ficar exclusivamente limitado a um continen te.
E isso devemos evitá-lo.
O fato característico é que, quando
se examina esse Plano, sempre se es
quece de um elemento: o consumo de
matérias-primas. E logo em seguida, advirto, vêm os elementos de produção
tantos e enormes programas de recons
Êste Plano Marshall, que não \"0U
explicar, pois já estou abusando da vossa paciência, prolongando-nie por fempo
demasiado para um conferencista. êste
Plano Marshall repilo de\e ser aprosado e pouco serão os esforços feitos para levá-lo avante, quer orientando a opi
nião pública, quer ilustrando a todas as
pcs.soas infuentes sôbre a necessidade de
resolver ràpidamente êste problema cru
matérias.
cial da economia e da política européia. O Plano, em linhas gerais, consiste simplesmente em intensificar a produ
Ora, segundo os cálculos importan tíssimos, comunicados recentemente pelo
ção européia de uma série de artigos essenciais: alimentos, cartão, aço, ferro,
necessários para se produzirem essas
,
W
Dicesto EcOXÓNftCO
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mas, ao contrário, obrigando-as a lhes emprestar capitais.
darem a Europa, esta, com os dólares que lhe forem proporcionados, pagará
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Dioesto
Ecoícóxnco
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generosa a todas as zonas do mundo.
cer bem a conveniência desse mo\inien-
estabelecimento déssc triângulo, se faz
to de capitais, qual o momento em que
Existe aqui o mesmo perigo por que passamos na guerra passada: ou nos arriscamos a perder a batalha do dólar por pretender feri-la ao mesmo lempo,
a tran.sferència do dólar de uma niáo
poderia produzir de fato perturbações
cm tôdas as frentes, ou nos decidimos
à outra de modo a todo mundo ser
políticas, fomentando-o na medida do possí\'el, taU'ez sob a forma de inver
pago.
sões mistas, nacíonai.s e estrangeiras.
círculos: "E p()rque um Plano Marshall para a Europa? Porque não ajudam os
a ganhá-la apenas em um ponto, exa tamente naquele em que é possível con centrar tôdas as fôrças para envolver o inimigo de modo a que o resto dos teatros das operações caia por si .só, tal
Julgo, pois, esta questão inteiramen te absurda.
Seria conveniente esclare
Tôdas estas possíveis medidas são in
suficientes e parciais, não conseguindo
resolver o problema do dólar, que chega a representar um grave problema para o mundo.
O triunfo nestes dias dos partidos não comunistas, da França e da Itália, as modificações políticas observadas na Eu
ropa^ ocidental, são fundamentais para a salvação da nossa civilização.
Estas modificações se fazem, positiva mente, na esperança de aliviarem os
Estados Unidos a situação européia, fa zendo-o através do único plano atual mente disponível, isto é, do Plano Mar shall. Se não existir um Plano Marshall para a Europa é indubitável que, den tro de um lapso de tempo muito curto
entregar-se-iam os homens da Europa
ocidental ao desespêro, sendo mais do
que provável assistirmos as tropas de
à América Latina, a qual, por sua vez,
pagará aos Estados Unidos.
Com o
Diz-se cin muitos centros c em muitos
Estados Unidos a América Latina?"
A minha resposta c que é preferível começar o Plano Marsliall na Europa. Recordemos a guerra. Havia duas fren tes: a européia e a do Pacífico. Poderse-ia ter adotado a rc.çolução de diridir
equítati^■amente
os
recursos entre as
duas frentes. O que aconteceria? Não se poderia ter ganho a guerra, ou só dificilmente se teria conseguido.
De
fato, por uma questão elementar de tática, de estratégia militar, ao in\és de se atacar as linhas principais de resis tência, deve-se manobrar por um ponto
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zona, cair sôbre o inimigo e destrui-lo virtualmente. Não se deve defrontá-lo em todo o teatro das operações, mas num só determinado.
Eis o que se
tico para alcançar, quem sabe, o Con
chama o ponto principal de ataque. Corh efeito: lioje estamos ante a ba
tinente Americano.
talha do dólar.
Moscou atravessarem o Oceano Atlân
É, pois, imprescindível se encontre uma' solução para o problema do dólar
E esta batalha também
não pode ser ganha se tentarmos re
solvê-la espalhando os recursos, diluindo os homens e os elementos com que vão
na Europa.
A Europa, segundo o Plano Marshall, lutar pelos diversos teatros bélicos. De
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fato, se se diluíssem estes dólares pelos
enquanto a América Latina tem dois
se-iam antes de dois ou três anos, con
t-.-ii -
t
1'1
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pnm
bilhões de dólares de "déficit" para com os Estados Unidos além de 900 com o Canadá.
, Pois bem, se os Estados Unidos aju-
diferentes teatros de operações, evapor-
tinuando o problema de pé. E então,
a opinião pública norte-americana ja não estaria de modo algum disposta a continuar trazendo esta ajuda mais que
como um fruto maduro.
E qual é èste teatro principal?
Ê
evidentemente a Europa, que, neste mo mento, passa por uma das situações mais
difíceis e complicadas, mais perigõsas do ponto de vista político. A Europa, atualmente, está atuando como baluarte
da ci\ ilização ocidental. E, pois, acima dc tudo, deve êste baluarte ser ajuda do. E ao mesmo tempo, por uma fe licidade, a Europa representa aquêle ponto que nos permitirá, se para o seu
redor convergirem os nossos esforços, ganhar a batalha do dólar em tôdas as zonas, graças a essa situação triangular
scnadór Sinionsen, as exportação América Latina à Europa são superiores às do período de guerwÉ obvio que as matérias de produÇ^'' e exportação latina devem crescer e,
portanto, será impre.scindível o recebi
mento de maquinaria, de alimentos, lhe serão fornecidos principalmente Estados Unidos. Portanto, a aplica?®'' do Plano Marshall na Europa represen ta um auxílio norle-anicricano muito ii"' portante à América Latina.
Mas, além disso, passado um q"®' triénío e se formos felizes, reaIizando--*c
os prognósticos, de modo a q"C a Lu ropa .se ponha de novo sôbre os pr prios pés c possa dispens.ar o
norte-americano, a economia dos Es ^ dos Unidos, então em pleno
mcnto, numa situação de emprego W • não tendo mais dc enviar tantos cap' tais à Europa, estará nesse
ameaçada de inflação, de desempr ^ ^
operário, de contração de negócios, cn suma, de uma crise. E nesse momento,
nada mais natural que se voltem os
a que me referi. Portanto, como bons latino-americanos
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o auxílio principal dos Estados Uniàos
deve ser para a Europa. Naturalmente deve haver auxílio para a América La tina, embora não figure no Plano ela borado, o qual não deve» afinal ficar exclusivamente limitado a um continen te.
E isso devemos evitá-lo.
O fato característico é que, quando
se examina esse Plano, sempre se es
quece de um elemento: o consumo de
matérias-primas. E logo em seguida, advirto, vêm os elementos de produção
tantos e enormes programas de recons
Êste Plano Marshall, que não \"0U
explicar, pois já estou abusando da vossa paciência, prolongando-nie por fempo
demasiado para um conferencista. êste
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nião pública, quer ilustrando a todas as
pcs.soas infuentes sôbre a necessidade de
resolver ràpidamente êste problema cru
matérias.
cial da economia e da política européia. O Plano, em linhas gerais, consiste simplesmente em intensificar a produ
Ora, segundo os cálculos importan tíssimos, comunicados recentemente pelo
ção européia de uma série de artigos essenciais: alimentos, cartão, aço, ferro,
necessários para se produzirem essas
,
Dic.esto
madeira, energia elétrica,
transportes
Econômico
Ccnceitc e cletermlnnçao da próprios Estados Unidos estão iiitercs-
etc-, através das importações norte-ame
sadü.s no Plano Marshall, ponjue, não
ricanas.
e.xistindo esse Plano, .seriam cm gran
Desta forma se resolverá o
problema da Europa. E quem vai pagar o Plano Marshall? Nf. meu entender o Plano Marshall deve
ser urna dádiva dos Estados Unidos. E
de\erá sè-!o ^rquc, se se tratasse de um empréstimo, seria possível tardassem os governos europeus em
resolver a
questão, uma vez que teriam de con
renda iiaciciial por Mai\cku) Bolurini
de parte interrompidas as importações,
produzindo-se assim uma crise crucial no;: Estados Uiiid<»s.
ÇoNTA-si:: que u Visconde Bemabc,
A Europa, por
senhor de Milão, lendo ouvido" di
sua vez, de pés e mãos atados, seria la'vez forçada a se entregar a grande tirania soviética, que se apelida de de
zer que um falso adivinho andava a
explorar o povo, ebaniou-o à sua presenç-a para castigá-lo. o desgraçado
mocracia, mas estende sua falácia ate
defcndcu-se c pediu
o Continente Americano, o qual terá de
sultar os parlamentos, orientar a opinião .SC entregar a uma luta de vida e dc pública, defrontar-se com a luta política morte para se salvar. terrível dos elementos comunistas rjue Ademais, nao podendo a Europa nacar
Porque, pois, deixar que se desenca deie uma guerra, quando, com o Plano Marshall, se poderá evitá-la."^ O Plano
blema para o futuro? Ao passo que^ se
res. Mas o que valem 10 bilhões de
apregoam comprarem os Estados Unidos
os seus países com êstes empréstimos.
como o obvio porque criar um pro^
SC tratar de uma dádiva, a quÍl 'n^o representa aliás algo de terrWlmen^e vo
xv
c cutcdrdtico dc E-Uatistico da Cnivci'-
velo de fio dizendo ser aquela a res posta à pergunta que lhe fbra feita pe
dólares ante a perspectiva de gastos enormes com uma guerra futura que
nii c Pddua. E' autor de valiosas ohra-^
dc biomctria, untropomciria, dcmografia c estatística. #♦ • ♦
sombra e depois se Irrita, pcrgunlandoIhe como poderia saber se a resposta era certa ou uma mistificação. Porém,
o espertalhão, defendendo a cabeça, res ponde tranqüilamente: se V. S.' não acreditar em mim mande verificar.
nião pública? E quem se negará a se
À primeira vista pode parecer que eu
fazer soldado desta causa?
- aceitando o amável convite de falarvos nesta data — como o nieu concida dão de 600 ano.s passados, estaria arris cando a cabeça. Mus, nesta mesa, ne nhum novélo de fio se vé e nenhuma intenção tenho eu de apresentar-vos inna cifra fictícia como representativa .Um antigo adivinho, e nm atual ho
mem de ciências têm algo em comum: o primeiro arriscava a vida e este põe
O chanceler do Erário de Londres, tcncionaria aumentar no orçamento pro
em jôgo algo de importância equiva lente — a sua reputação. As diferenças,
visória a taxa de cem poi cento sobre os cosméticos e outros artiaos do "toüette", ^
A nova taxação teria por objetivo a diminuição dos pedidos no mercado in terno, e o aumento das quantidades disponíveis para a exportação.
porém, são maiores que as semelhanÇa.s porque quem cultiva os estudos
O Ministério da Agricultura proibiu a venda e exposição de aves domésticas de metade da Inglaterra, devido ao suHo, pela primeira vez, nos lÚtimos 13 anos^ de uma terrível epizootia entre as galinhas. Essa ordem foi dada depois de serem descobertos 1.141 casos da referida enfermidade, que se considera sumamente con tagiosa e pode causar a morte de crianças.
diferentes cadeiras ligadas ò .víi« espe cialidade nas Unkcrsidadcs dc Mcssi-
le senhor. O príncipe, primeiro se as
do montante da renda deste país.
como os cremes e oleos para cabelo.
nomia uma conferência sòhre "Concei to c Determinação da Rendo Nacional", sidadc Católica dc Milão c ex-titular de
te voltou a Còrtc coni \iin enorme no
Dl-
coisas se resolverão ràpidamente. 'Os
São Paulo, realizou no lusiituto de Eeo-
que como prova que adivinhasse a dis
vinho pediu uni prazo e no dia seguin
Marshall custará 16 bilhões de dóla
convite do dr. Brasilio Machado Sdo,
presidente da Associação Comercial dtt
sem a uma prosa, iiupondo-lbe o Du
tância entro a Terra o o Céu. O adi
importante para os Estados Unidos ooís será evitada se se levar avante esta para quem ja emprestou 100 bilhões de batalha do dólar e de aprovação do dólares, pouco significarão os iq bj. Plano Marshall, batalha na qual vos Ihões propostos pelo Plano Marshall as convido a participar, orientando a opi -
o submetes
O professor Marcelo BoUhini que,
l
científicos assume, também, a responsa bilidade de provar o que afirma, de controlar mediante certas regras vigo-
rosas o seu raciocínio, de confrontai os
seus resultados com os jú obtidos ou
que poderão ser conseguidos por outros procc.ssos; enfim, justificar lògicainentc as semelhanças c as diferenças.
Não basta que dois cientistas tenham
conseguido sabor qgo esta sala tem dois metros de comprimento para aceitar o
resultado como válido;
é necessário,
além disso, que tenham adotado tódas as precauções metodológicas prescritas e agido independentemente, empregan do, por e.xemplo, in.stnnnentos difeientes.
Somente assim se evita o perigo
de cometer os mesmos erros ipial se ria o de tomar por um metro uma fita cie cinco metros dando em resultado
um comprimento excessivamente pe
queno a esta sala. Para .se determinar a renda prhacla dc uni país toniani-se necessários, prin cipalmente, instrumentos de medida adaptados a êste fim e, na ciência eco-
Dic.esto
madeira, energia elétrica,
transportes
Econômico
Ccnceitc e cletermlnnçao da próprios Estados Unidos estão iiitercs-
etc-, através das importações norte-ame
sadü.s no Plano Marshall, ponjue, não
ricanas.
e.xistindo esse Plano, .seriam cm gran
Desta forma se resolverá o
problema da Europa. E quem vai pagar o Plano Marshall? Nf. meu entender o Plano Marshall deve
ser urna dádiva dos Estados Unidos. E
de\erá sè-!o ^rquc, se se tratasse de um empréstimo, seria possível tardassem os governos europeus em
resolver a
questão, uma vez que teriam de con
renda iiaciciial por Mai\cku) Bolurini
de parte interrompidas as importações,
produzindo-se assim uma crise crucial no;: Estados Uiiid<»s.
ÇoNTA-si:: que u Visconde Bemabc,
A Europa, por
senhor de Milão, lendo ouvido" di
sua vez, de pés e mãos atados, seria la'vez forçada a se entregar a grande tirania soviética, que se apelida de de
zer que um falso adivinho andava a
explorar o povo, ebaniou-o à sua presenç-a para castigá-lo. o desgraçado
mocracia, mas estende sua falácia ate
defcndcu-se c pediu
o Continente Americano, o qual terá de
sultar os parlamentos, orientar a opinião .SC entregar a uma luta de vida e dc pública, defrontar-se com a luta política morte para se salvar. terrível dos elementos comunistas rjue Ademais, nao podendo a Europa nacar
Porque, pois, deixar que se desenca deie uma guerra, quando, com o Plano Marshall, se poderá evitá-la."^ O Plano
blema para o futuro? Ao passo que^ se
res. Mas o que valem 10 bilhões de
apregoam comprarem os Estados Unidos
os seus países com êstes empréstimos.
como o obvio porque criar um pro^
SC tratar de uma dádiva, a quÍl 'n^o representa aliás algo de terrWlmen^e vo
xv
c cutcdrdtico dc E-Uatistico da Cnivci'-
velo de fio dizendo ser aquela a res posta à pergunta que lhe fbra feita pe
dólares ante a perspectiva de gastos enormes com uma guerra futura que
nii c Pddua. E' autor de valiosas ohra-^
dc biomctria, untropomciria, dcmografia c estatística. #♦ • ♦
sombra e depois se Irrita, pcrgunlandoIhe como poderia saber se a resposta era certa ou uma mistificação. Porém,
o espertalhão, defendendo a cabeça, res ponde tranqüilamente: se V. S.' não acreditar em mim mande verificar.
nião pública? E quem se negará a se
À primeira vista pode parecer que eu
fazer soldado desta causa?
- aceitando o amável convite de falarvos nesta data — como o nieu concida dão de 600 ano.s passados, estaria arris cando a cabeça. Mus, nesta mesa, ne nhum novélo de fio se vé e nenhuma intenção tenho eu de apresentar-vos inna cifra fictícia como representativa .Um antigo adivinho, e nm atual ho
mem de ciências têm algo em comum: o primeiro arriscava a vida e este põe
O chanceler do Erário de Londres, tcncionaria aumentar no orçamento pro
em jôgo algo de importância equiva lente — a sua reputação. As diferenças,
visória a taxa de cem poi cento sobre os cosméticos e outros artiaos do "toüette", ^
A nova taxação teria por objetivo a diminuição dos pedidos no mercado in terno, e o aumento das quantidades disponíveis para a exportação.
porém, são maiores que as semelhanÇa.s porque quem cultiva os estudos
O Ministério da Agricultura proibiu a venda e exposição de aves domésticas de metade da Inglaterra, devido ao suHo, pela primeira vez, nos lÚtimos 13 anos^ de uma terrível epizootia entre as galinhas. Essa ordem foi dada depois de serem descobertos 1.141 casos da referida enfermidade, que se considera sumamente con tagiosa e pode causar a morte de crianças.
diferentes cadeiras ligadas ò .víi« espe cialidade nas Unkcrsidadcs dc Mcssi-
le senhor. O príncipe, primeiro se as
do montante da renda deste país.
como os cremes e oleos para cabelo.
nomia uma conferência sòhre "Concei to c Determinação da Rendo Nacional", sidadc Católica dc Milão c ex-titular de
te voltou a Còrtc coni \iin enorme no
Dl-
coisas se resolverão ràpidamente. 'Os
São Paulo, realizou no lusiituto de Eeo-
que como prova que adivinhasse a dis
vinho pediu uni prazo e no dia seguin
Marshall custará 16 bilhões de dóla
convite do dr. Brasilio Machado Sdo,
presidente da Associação Comercial dtt
sem a uma prosa, iiupondo-lbe o Du
tância entro a Terra o o Céu. O adi
importante para os Estados Unidos ooís será evitada se se levar avante esta para quem ja emprestou 100 bilhões de batalha do dólar e de aprovação do dólares, pouco significarão os iq bj. Plano Marshall, batalha na qual vos Ihões propostos pelo Plano Marshall as convido a participar, orientando a opi -
o submetes
O professor Marcelo BoUhini que,
l
científicos assume, também, a responsa bilidade de provar o que afirma, de controlar mediante certas regras vigo-
rosas o seu raciocínio, de confrontai os
seus resultados com os jú obtidos ou
que poderão ser conseguidos por outros procc.ssos; enfim, justificar lògicainentc as semelhanças c as diferenças.
Não basta que dois cientistas tenham
conseguido sabor qgo esta sala tem dois metros de comprimento para aceitar o
resultado como válido;
é necessário,
além disso, que tenham adotado tódas as precauções metodológicas prescritas e agido independentemente, empregan do, por e.xemplo, in.stnnnentos difeientes.
Somente assim se evita o perigo
de cometer os mesmos erros ipial se ria o de tomar por um metro uma fita cie cinco metros dando em resultado
um comprimento excessivamente pe
queno a esta sala. Para .se determinar a renda prhacla dc uni país toniani-se necessários, prin cipalmente, instrumentos de medida adaptados a êste fim e, na ciência eco-
rvr^-
Dicesto Econômico
103
nómica, são èles as estatísticas boas e
abundantes. Em segundo lugar, é ne cessário que os economistas de boa von tade. de grande habilidade, conheçam a
fundo u vida do país ao se empenharem nos longos e difíceis cálculos necessá rios a èste propósito. Infelizmente, fal ta hoje aqui o primeiro elemento, o que faz que, de nenhum modo, se possa substitui-lo pela boa vontade ovi competência técnica. E' verdade que a sábia organização do I.B.G.E. do tou èste pais de um serviço de coleta
de estatísticas econômicas e sociais, im possível de se imaginar apenas há 10 anos passados, sendo digno de admiração o enorme e bem sucedido esforço do dt. Teixeira de Freitas e
^ seus eficientes colaborado
Estados; pe'as suas \ari;u,-ões mode-se o progresso ou a decadência econômi
dêste Estado, quer na de E' necessário, porém, dar
produção, seja durante a distribuição ou
terem uma ji\'aliação tècnícamente cor
durante o ato do consumo. O uso de um
reta da renda priWa brasileira. Não
dutos estrangeiros. Por fim, o seu mon tante e sua distribuição tornecem aos
governantes a base científica para uma taxação racional.
Depois de ter re.so!vido o problema preliminar
da
estatística
surgem
as
ria, dados precisos sôbre a produção in dustrial, uma classificação dos rendi-
ças à generosa hospitalidade e a ajuda
tão de conveniência, consiclerando-se as
te de estudos das Indústrias Reunidas
amigá\'el que mc ofereceram, no gabine
suas miitua.s relações e a possibilidade
Matarazzo, onde os drs. Lefevre e Alber
teóricíi de passar de um a outro \alor. A alguém poderia parecer oportuno
to Mortara coligem preciosos documentos
reto para seguir outro caminho. Êsle,
randa, diretor do Serxiço de Estatísti
devem ser consideradas ou excluídas nos métodos
dificuldades. Convém notar que, nos xá-
lizou, a êste respeito, uma pesq^^uisa
rios países, de acôrdo com seu grau de
detalhada: avaliou a renda brasi eira
desenvolvimento econômico, a renda na
nos anos de 1926 e 1942 e, graças as-
mas teóricos e práticos do
dade fundiária e imobiliá
me será difícil passá-los em revista, gra
mente não coincidem e que, por isso, dão resultados numéricos diferentes, c ques
abandonar êstcs critérios de cálculo di
num país onde os proble
cas completas da proprie
ou outro dos três critérios, que forçosa
medida das parcelas que
à definição da renda, a
ciência dos que, me ouvem,
quando tivermos estatísti
Quanto ao período no qual a avalia ção SC faz convém notar que u renda
estatísticos sôbre a economia dèste país. O dr. Oswaldo Gomes da Costa Mi
questões, puramente técnicas, relativas
sando, no entanto, da pa
a renda privada do Brasil
mente, o \crdadeiro mérito dos eco
pode ser a\aliada, seja no momento da
discorrer longamente, abu
Só se poderá dizer qual
que permitem utilizar tôdas as fontes de informação disponíveis.
avaliar a possibilidade de certos desen-
cial; fornece, além disso, a base para
não teria dificuldade em
tempo ao tempo.
109
\olvinientos, de determinadas produ ções, de consumo, da absorção dos pro
ca; a sua concentração c um dos me lhores índices do grau de progresso so
prática dos resultados, A respeito de tudo isto
todo o território nacional.
Dicest(« Econômico
nomistas deste país que se encarrega ram dc arrancar das magras e incertas estatísticas e.xistentes tudo o que elas podiam fornecer, com o cbjeti\'0 de ob
de cálculo, ao significado tí à utilização científica e
res quer nas realizações
f
meu tema são bem conhe
cidos, como a recente polêmica entre o sr. Roberto Símonsen e o prof. Gudín e
porém, traria consigo novas e maiores
ca da Previdência e do Trabalho,
^
cional privada corresponde a uma cota
duas cifras, obteve depois, medúuite m-
de 15 a 20% da riqueza nacional. Na Itá
terpolação com um método não indi
lia, por exemplo, em 1938, esta propor ção alcançava 15 a 16%, mantendo-se no industrialmente mais evoluídos e no su
cado, tôda uma série de valores refe rentes aos anos do período 1919/1942, O dr. Lewnsohn, confrontando dados obtidos por CoHn Clark referentes aos
perior, naqueles onde a estrutura eco
anos de 1927/1928 com os valores cor
limite inferior nos países econômica e
tante viável avaliar a riqueza privada de
respondentes, substancialmente concordantes, obtidos por Costa Miranda, jul
um país, talvez se pudesse evitar pes quisas apuradas para julgar diretamente
sileiro.
nômica é ainda incipiente. Se fôsse bas
ga válidas as conclusões do autor bra Costa Miranda atribui para o
do volume da renda. Porém, a realida
país uma renda líquida global de
de é bem outra: enquanto se pode, por vêzes, fazer uma estimativa do patrimô
10.144.000.000
mento.s individuais — mesmo que seja unicamente com a finalidade fiscal uma ê.stimativa aceitável do consumo
os estudos dos autores, que adiante cita rei, demonstram sobejamente. Apenas rei mais tarde, convém lembrar que a renda pode ser calculada com critério
nio, multiplicando a renda por coeficien
cruzeiros, em 1942. E' possível tentar-
riódica da poupança c
tes variáveis entre 7, 6 e 5, dificilmente
se atualizar esta riltima cifra, admitin-
real, avaliando-se, uma a uma, as par
haverá oportunidade de se perconer o
tes que a compõem (quer dizer, renda
do-se que a renda efetiva cresça pro porcionalmente ao crescimento da po pulação e que aumente, nominalmen
alimentar e geral, uma^ avaliação pe
investimen
tos, dados necessários para se construir bons índices de preço de atacado, de
para enquadrar as afirmações, que fa
Por outro lado, avaliar a renda na cional é uma necessidade primária de
critério pessoal (como seja, baseando-
caminho oposto. Para muitos países a renda tem sido calculada e se pode pe lo menos fazer uma estimativa de qual seria seu patrimônio, mas seria empre
se na soma dos rendimentos dos indi
sa impossível tentar-se, por esta forma,
qualquer país progressista.
víduos componentes da população) ou
a avaliação patrimonial direta. Detivemo-nos nestas questões preli minares para que se evidencie, clara
varejo, de custo da vida, válidos para todo o país.
Com ba
se nisto se estabe'ece a hierarquia dos
fundiária, renda imobiliária, industrial, e comercial, do trabalho etc.), ou com
ainda, adotando-se
processos
mistos,
de
cruzeiros
para
1926, atingindo 39.938.000.000 de
te, na razão inversa da desvalorização
monetária.
Considerando que, segun
do estimativa do prof. G. Mortara, h
população dêste pais de 1942 a 1947 aumentou de 10% e que o índice de custo da vida no Estado de São Paulo
rvr^-
Dicesto Econômico
103
nómica, são èles as estatísticas boas e
abundantes. Em segundo lugar, é ne cessário que os economistas de boa von tade. de grande habilidade, conheçam a
fundo u vida do país ao se empenharem nos longos e difíceis cálculos necessá rios a èste propósito. Infelizmente, fal ta hoje aqui o primeiro elemento, o que faz que, de nenhum modo, se possa substitui-lo pela boa vontade ovi competência técnica. E' verdade que a sábia organização do I.B.G.E. do tou èste pais de um serviço de coleta
de estatísticas econômicas e sociais, im possível de se imaginar apenas há 10 anos passados, sendo digno de admiração o enorme e bem sucedido esforço do dt. Teixeira de Freitas e
^ seus eficientes colaborado
Estados; pe'as suas \ari;u,-ões mode-se o progresso ou a decadência econômi
dêste Estado, quer na de E' necessário, porém, dar
produção, seja durante a distribuição ou
terem uma ji\'aliação tècnícamente cor
durante o ato do consumo. O uso de um
reta da renda priWa brasileira. Não
dutos estrangeiros. Por fim, o seu mon tante e sua distribuição tornecem aos
governantes a base científica para uma taxação racional.
Depois de ter re.so!vido o problema preliminar
da
estatística
surgem
as
ria, dados precisos sôbre a produção in dustrial, uma classificação dos rendi-
ças à generosa hospitalidade e a ajuda
tão de conveniência, consiclerando-se as
te de estudos das Indústrias Reunidas
amigá\'el que mc ofereceram, no gabine
suas miitua.s relações e a possibilidade
Matarazzo, onde os drs. Lefevre e Alber
teóricíi de passar de um a outro \alor. A alguém poderia parecer oportuno
to Mortara coligem preciosos documentos
reto para seguir outro caminho. Êsle,
randa, diretor do Serxiço de Estatísti
devem ser consideradas ou excluídas nos métodos
dificuldades. Convém notar que, nos xá-
lizou, a êste respeito, uma pesq^^uisa
rios países, de acôrdo com seu grau de
detalhada: avaliou a renda brasi eira
desenvolvimento econômico, a renda na
nos anos de 1926 e 1942 e, graças as-
mas teóricos e práticos do
dade fundiária e imobiliá
me será difícil passá-los em revista, gra
mente não coincidem e que, por isso, dão resultados numéricos diferentes, c ques
abandonar êstcs critérios de cálculo di
num país onde os proble
cas completas da proprie
ou outro dos três critérios, que forçosa
medida das parcelas que
à definição da renda, a
ciência dos que, me ouvem,
quando tivermos estatísti
Quanto ao período no qual a avalia ção SC faz convém notar que u renda
estatísticos sôbre a economia dèste país. O dr. Oswaldo Gomes da Costa Mi
questões, puramente técnicas, relativas
sando, no entanto, da pa
a renda privada do Brasil
mente, o \crdadeiro mérito dos eco
pode ser a\aliada, seja no momento da
discorrer longamente, abu
Só se poderá dizer qual
que permitem utilizar tôdas as fontes de informação disponíveis.
avaliar a possibilidade de certos desen-
cial; fornece, além disso, a base para
não teria dificuldade em
tempo ao tempo.
109
\olvinientos, de determinadas produ ções, de consumo, da absorção dos pro
ca; a sua concentração c um dos me lhores índices do grau de progresso so
prática dos resultados, A respeito de tudo isto
todo o território nacional.
Dicest(« Econômico
nomistas deste país que se encarrega ram dc arrancar das magras e incertas estatísticas e.xistentes tudo o que elas podiam fornecer, com o cbjeti\'0 de ob
de cálculo, ao significado tí à utilização científica e
res quer nas realizações
f
meu tema são bem conhe
cidos, como a recente polêmica entre o sr. Roberto Símonsen e o prof. Gudín e
porém, traria consigo novas e maiores
ca da Previdência e do Trabalho,
^
cional privada corresponde a uma cota
duas cifras, obteve depois, medúuite m-
de 15 a 20% da riqueza nacional. Na Itá
terpolação com um método não indi
lia, por exemplo, em 1938, esta propor ção alcançava 15 a 16%, mantendo-se no industrialmente mais evoluídos e no su
cado, tôda uma série de valores refe rentes aos anos do período 1919/1942, O dr. Lewnsohn, confrontando dados obtidos por CoHn Clark referentes aos
perior, naqueles onde a estrutura eco
anos de 1927/1928 com os valores cor
limite inferior nos países econômica e
tante viável avaliar a riqueza privada de
respondentes, substancialmente concordantes, obtidos por Costa Miranda, jul
um país, talvez se pudesse evitar pes quisas apuradas para julgar diretamente
sileiro.
nômica é ainda incipiente. Se fôsse bas
ga válidas as conclusões do autor bra Costa Miranda atribui para o
do volume da renda. Porém, a realida
país uma renda líquida global de
de é bem outra: enquanto se pode, por vêzes, fazer uma estimativa do patrimô
10.144.000.000
mento.s individuais — mesmo que seja unicamente com a finalidade fiscal uma ê.stimativa aceitável do consumo
os estudos dos autores, que adiante cita rei, demonstram sobejamente. Apenas rei mais tarde, convém lembrar que a renda pode ser calculada com critério
nio, multiplicando a renda por coeficien
cruzeiros, em 1942. E' possível tentar-
riódica da poupança c
tes variáveis entre 7, 6 e 5, dificilmente
se atualizar esta riltima cifra, admitin-
real, avaliando-se, uma a uma, as par
haverá oportunidade de se perconer o
tes que a compõem (quer dizer, renda
do-se que a renda efetiva cresça pro porcionalmente ao crescimento da po pulação e que aumente, nominalmen
alimentar e geral, uma^ avaliação pe
investimen
tos, dados necessários para se construir bons índices de preço de atacado, de
para enquadrar as afirmações, que fa
Por outro lado, avaliar a renda na cional é uma necessidade primária de
critério pessoal (como seja, baseando-
caminho oposto. Para muitos países a renda tem sido calculada e se pode pe lo menos fazer uma estimativa de qual seria seu patrimônio, mas seria empre
se na soma dos rendimentos dos indi
sa impossível tentar-se, por esta forma,
qualquer país progressista.
víduos componentes da população) ou
a avaliação patrimonial direta. Detivemo-nos nestas questões preli minares para que se evidencie, clara
varejo, de custo da vida, válidos para todo o país.
Com ba
se nisto se estabe'ece a hierarquia dos
fundiária, renda imobiliária, industrial, e comercial, do trabalho etc.), ou com
ainda, adotando-se
processos
mistos,
de
cruzeiros
para
1926, atingindo 39.938.000.000 de
te, na razão inversa da desvalorização
monetária.
Considerando que, segun
do estimativa do prof. G. Mortara, h
população dêste pais de 1942 a 1947 aumentou de 10% e que o índice de custo da vida no Estado de São Paulo
Dicesto 11(1
Dioesto
aumentou de 135,82, obtém-se, paru éste ano, uma cifra de 103 bilhões de
cruzeiros. (Querendo considerar um niodesto aumento efetivo da renda nes tes últimos 5 anos deveríamos acres
centar, à última cifra, uma parcela que, no entanto, não sabemos como calcular.
Chega-se a um resultado ligeiramen te mais baixo atualizando, para 1947, com o mesmo processo a renda de
92.200.000.000 de cruzeiros atribuí
dos ao Brasil, em 1946, num recente
es^do do sr. Sérgio Nunes de Maga lhães júnior. A atualização dá, como resultado, 101..500.000.000 de cruzei ros. o qual deveria ser ligeiramente aumentado desde que se leve em conta aumento médio individual efetivo
^bastante provável. Devemos, porém
W lhaes acrescentar que o sr, Nunes de MagT: nenhum elemento forneceu que
ríodo
1940-1945.
Para
o
ano
mais
o dado para o ano de 1947, c passar do consumo à renda real. não basta
considerar 42 de aumento da popula ção e 37,62 de aumento dos preços, devendo-se acrescentar uma pequena co
ta de poupança, mesmo que se quisesse pôr de lado uiiui diminuta variação da cota média individual c de renda Fazendo-se o.s necessários cál
culos obtém-se, para o corrente ano, um valor de 126.300.000.000 que, pelas
considerações aqui feitas, se elevaria a cérca de 130 bilhões dc cruzeiros.
Tais são os dados que os técnicos da Economia Brasileira, por mim inlerrogndos, apresentaram. Sou um estran geiro c não me sinto capaz de apre ciar, convenientemente, cifras das quais
piides.se, pe o menos, permitir avaliar a e.xatidao dos seus cálculos. Ninguém nie escapam, em grande parte, os ele poderá, realmente, orientar-se mediante mentos constitutivos.
A minha qualidade de hóspede deve ria obrigar-me a ficar por aqui, mas ao exterior, pois não se pode imaginar um fazer isto trairia a confiança, pelo meprocesso de cálculo com esta base. .nos, daqueles que amàvelmente me porque deixaria de ressal Além disso, é necessário dizer-se que o convidaram, var que, na minha opinião, todos os au sr. -Nunes de Magalhães calculou a ren- tores brasileiros não recorreram a um da brasileira para todos os anos do pe método de cálculo da renda que em
a simples informação do autor de se ha\er servido dos dados do comércio
> I
í
i;
ríodo 1912/1946; mas, que se os da-
'
do.s mais afastados estão bem próximos
dos obtidos pelo dr. Gomes da Costa Miranda, afastam-se, cada vez mais, dos mesmos à medida que se aproximam
!
da época atual.
\
Uma- pesquisa ainda inédita sobre a renda nacional do Brasil devida a Riohard Lewinsohn é digna de nota
seja pela acurada pesquisa dos precerlonfíic híbUnffráfiVnsalffudentes bibliográficos, como como Dor por algi
IIJ
Econômico
recente, o dr. Lewinsohn achou o va lor de 88.500.000.000. Para atualizar
efetiva.
Econômico
bora seja mais simples e mais grossei
ro que os outros presta-se melhor a ser empregado em um país no qual as estatísticas econômicas ainda estão em
organização e são parciais e, até certo ponto, embrionárias.
Antes da Segunda Guerra Mundial, numerosos estudos realizados na Euro-
p e na América sobre orçamentos de famílias operárias permitiram aceitar como válido, que as despesas alimen-
mas considerações metodológicas e téc nicas e, por fim, por uma avaliação
tares representam de 42 a 45% do ren
da renda consumida nos anos do pe
fração ligeiramente menor do rendimen
dimento individual, e, por isto, uma
to da poptilaç-ão total, incluindo-se a poupança. Mas, o.s países europeus e
a América do Norte são muito povoa
ainda muito longe da anterior à guerra. O Bra.^^il é ainda um país com uma população média escassa e muito con-
dos e industrializados c como a indu.s-
centnida cm poucas jíreas, dc um ter
trialização caminha ao lado do aumen to da renda, de acordo com a lei de
ritório imenso e que somente agora po
Engel, é naturaU'que as despesas dc primeira necessidade sejam proporcio nalmente baixadas a um nível mais mo
derado cm outros países. Com a guerra este a.spccto da situa ção econômica também piorou. Na In glaterra, onde o consumo alimentar es tava próximo de 412 da renda total e, por isto, a uma cifra ainda menor em rela
de cunsiderar-se decididamente voltado
para um intenso desenvolvimento in dustrial. Tudo, portanto, leva a crer
que o alimento absorve porções relifi\'amente grandes do rendimento dispendido e do distribuído. O orçamento f.j-
miliar que ser\'e de base aos mdice> do custo da vida do Estado dc São Paulo
confirma esta presunção. Verificamos que as despesas alim e n t a r e s absor\*em 54% do.s gas tos totais c uma fra
ção à renda (que in
clui a poupança ao la do das despesas) já
ção, um pouco moiior, I
no ano
da renda distribuída.
de
despeito do
1942, a
raciona
Mas. a situação pau
mento dc guerra e do
lista está longe de re fletir a situação mé dia de lodo o País
tabelamento dos pre ços, a cota correspon
dente alcançava 472.
porque seria absurdo
O caso da Itália, ar
esquecer que nos t-n-
ruinada pela chamada
contramos no coração
administração
econômico e indus trial do Brasil. O dr.
nazis-
ta-alemã e pelas de vastações dos exércitos
Lewinsohn. a este res
combatentes que per
peito afirma, textual
correram o país de ponta a ponta, a si tuação tornou-se de certa forma ainda
pior.
Enquanto, dc acordo com as es
tatísticas do prof. Vinci, em 1936, o alimento nbsorvia 422 da renda, o dr. Rossi Ragazzi calculou para 1945, ano da libertação, a parte alimentar em 65%
da renda consumida (compreendendo um levantamento baseado em poupan ça
anterior),
e
a
712
da
renda
mente. que "nas classes mais pobres, es pecialmente do interior, a alimentação absorve cerca de 2/3 da renda . Creio,
pois, que não estaremos muito longe da verdade estimando a porcentagem do consumo alimentar como intermédia en
tre a altíssima porcentagem observada na Itália, em 1945, de 65% e a de 54%, vá
lida para a classe operária desta cidade. Digamos em números redondos 60%. Res
produzida apesar de preços e quan tidades estarem em parte controla dos. A situação melhorou rapi
sumo alimentar no Brasil para, a partir
damente nestes últimos ano,s, mas está
dos necessários para avaliar o consumo
ta-nos, apenas, saber qual o valor do con dele, chegarmos à renda total. Os da
Dicesto 11(1
Dioesto
aumentou de 135,82, obtém-se, paru éste ano, uma cifra de 103 bilhões de
cruzeiros. (Querendo considerar um niodesto aumento efetivo da renda nes tes últimos 5 anos deveríamos acres
centar, à última cifra, uma parcela que, no entanto, não sabemos como calcular.
Chega-se a um resultado ligeiramen te mais baixo atualizando, para 1947, com o mesmo processo a renda de
92.200.000.000 de cruzeiros atribuí
dos ao Brasil, em 1946, num recente
es^do do sr. Sérgio Nunes de Maga lhães júnior. A atualização dá, como resultado, 101..500.000.000 de cruzei ros. o qual deveria ser ligeiramente aumentado desde que se leve em conta aumento médio individual efetivo
^bastante provável. Devemos, porém
W lhaes acrescentar que o sr, Nunes de MagT: nenhum elemento forneceu que
ríodo
1940-1945.
Para
o
ano
mais
o dado para o ano de 1947, c passar do consumo à renda real. não basta
considerar 42 de aumento da popula ção e 37,62 de aumento dos preços, devendo-se acrescentar uma pequena co
ta de poupança, mesmo que se quisesse pôr de lado uiiui diminuta variação da cota média individual c de renda Fazendo-se o.s necessários cál
culos obtém-se, para o corrente ano, um valor de 126.300.000.000 que, pelas
considerações aqui feitas, se elevaria a cérca de 130 bilhões dc cruzeiros.
Tais são os dados que os técnicos da Economia Brasileira, por mim inlerrogndos, apresentaram. Sou um estran geiro c não me sinto capaz de apre ciar, convenientemente, cifras das quais
piides.se, pe o menos, permitir avaliar a e.xatidao dos seus cálculos. Ninguém nie escapam, em grande parte, os ele poderá, realmente, orientar-se mediante mentos constitutivos.
A minha qualidade de hóspede deve ria obrigar-me a ficar por aqui, mas ao exterior, pois não se pode imaginar um fazer isto trairia a confiança, pelo meprocesso de cálculo com esta base. .nos, daqueles que amàvelmente me porque deixaria de ressal Além disso, é necessário dizer-se que o convidaram, var que, na minha opinião, todos os au sr. -Nunes de Magalhães calculou a ren- tores brasileiros não recorreram a um da brasileira para todos os anos do pe método de cálculo da renda que em
a simples informação do autor de se ha\er servido dos dados do comércio
> I
í
i;
ríodo 1912/1946; mas, que se os da-
'
do.s mais afastados estão bem próximos
dos obtidos pelo dr. Gomes da Costa Miranda, afastam-se, cada vez mais, dos mesmos à medida que se aproximam
!
da época atual.
\
Uma- pesquisa ainda inédita sobre a renda nacional do Brasil devida a Riohard Lewinsohn é digna de nota
seja pela acurada pesquisa dos precerlonfíic híbUnffráfiVnsalffudentes bibliográficos, como como Dor por algi
IIJ
Econômico
recente, o dr. Lewinsohn achou o va lor de 88.500.000.000. Para atualizar
efetiva.
Econômico
bora seja mais simples e mais grossei
ro que os outros presta-se melhor a ser empregado em um país no qual as estatísticas econômicas ainda estão em
organização e são parciais e, até certo ponto, embrionárias.
Antes da Segunda Guerra Mundial, numerosos estudos realizados na Euro-
p e na América sobre orçamentos de famílias operárias permitiram aceitar como válido, que as despesas alimen-
mas considerações metodológicas e téc nicas e, por fim, por uma avaliação
tares representam de 42 a 45% do ren
da renda consumida nos anos do pe
fração ligeiramente menor do rendimen
dimento individual, e, por isto, uma
to da poptilaç-ão total, incluindo-se a poupança. Mas, o.s países europeus e
a América do Norte são muito povoa
ainda muito longe da anterior à guerra. O Bra.^^il é ainda um país com uma população média escassa e muito con-
dos e industrializados c como a indu.s-
centnida cm poucas jíreas, dc um ter
trialização caminha ao lado do aumen to da renda, de acordo com a lei de
ritório imenso e que somente agora po
Engel, é naturaU'que as despesas dc primeira necessidade sejam proporcio nalmente baixadas a um nível mais mo
derado cm outros países. Com a guerra este a.spccto da situa ção econômica também piorou. Na In glaterra, onde o consumo alimentar es tava próximo de 412 da renda total e, por isto, a uma cifra ainda menor em rela
de cunsiderar-se decididamente voltado
para um intenso desenvolvimento in dustrial. Tudo, portanto, leva a crer
que o alimento absorve porções relifi\'amente grandes do rendimento dispendido e do distribuído. O orçamento f.j-
miliar que ser\'e de base aos mdice> do custo da vida do Estado dc São Paulo
confirma esta presunção. Verificamos que as despesas alim e n t a r e s absor\*em 54% do.s gas tos totais c uma fra
ção à renda (que in
clui a poupança ao la do das despesas) já
ção, um pouco moiior, I
no ano
da renda distribuída.
de
despeito do
1942, a
raciona
Mas. a situação pau
mento dc guerra e do
lista está longe de re fletir a situação mé dia de lodo o País
tabelamento dos pre ços, a cota correspon
dente alcançava 472.
porque seria absurdo
O caso da Itália, ar
esquecer que nos t-n-
ruinada pela chamada
contramos no coração
administração
econômico e indus trial do Brasil. O dr.
nazis-
ta-alemã e pelas de vastações dos exércitos
Lewinsohn. a este res
combatentes que per
peito afirma, textual
correram o país de ponta a ponta, a si tuação tornou-se de certa forma ainda
pior.
Enquanto, dc acordo com as es
tatísticas do prof. Vinci, em 1936, o alimento nbsorvia 422 da renda, o dr. Rossi Ragazzi calculou para 1945, ano da libertação, a parte alimentar em 65%
da renda consumida (compreendendo um levantamento baseado em poupan ça
anterior),
e
a
712
da
renda
mente. que "nas classes mais pobres, es pecialmente do interior, a alimentação absorve cerca de 2/3 da renda . Creio,
pois, que não estaremos muito longe da verdade estimando a porcentagem do consumo alimentar como intermédia en
tre a altíssima porcentagem observada na Itália, em 1945, de 65% e a de 54%, vá
lida para a classe operária desta cidade. Digamos em números redondos 60%. Res
produzida apesar de preços e quan tidades estarem em parte controla dos. A situação melhorou rapi
sumo alimentar no Brasil para, a partir
damente nestes últimos ano,s, mas está
dos necessários para avaliar o consumo
ta-nos, apenas, saber qual o valor do con dele, chegarmos à renda total. Os da
Dicesto Ecosóxaco
112
alimentar são bem menos numerosos e
mais incertos que os necessários ao cál
para o consumo. Tal \ulor exige uma integração para que se considerem mui
culo do consumo total; as estatísticas des
tos produtos essenciais, não incluídos nas
te país podem foniecer-nos uma boa par te dôstes elementos^ e, com boa vontade, não seria difícil, a um técnico, comple
estatísticas normais, como peixe, aves e
ovos, manteiga, verdura, óleos, sal. azei te, vinagre etc., que tôin uma importân
tar as partes que faltam.
cia relevante na dieta, tanto dèsle país,
Os cálculos que fizemos e que agora exporemos são aproxímativos, não tendo
a pretensão de que com êles tenhamos descoberto o verdadeiro valor da renda
dêste país. Faltava-nos para isto, prin cipalmente, o conhecimento profundo da economia brasileira, o que nos permiti ria tirar vantagens dos mínimos indícios
e utilizar fatos, mesmo os menores, da experiência quotidiana. E' necessário di
zer-se claramente, para evitar uma crí tica profunda aos nossos resultados nu-
meritos que êles são puramente aproximativos, pois a crítica que se possa fa
quanto de quase todos os países civili zados.
Obtido o valor total dado pelos pre
ços do produtor é necessário passarmos aos \alürcs de consumo. O dr. Lewinsolm a outros estudiosos admitem a e.\is-
locar minha experiência de estatística a do a discorrer. Comecemos por retirar, da tabela ela
borada pelo dr. Rafael Xavier, numa pu blicação da série econômica da Funda
ção Getúlio Vargas, os valores, na fon'te de origem, dos gêneros alimentícios,
da em 5.790.000.000, enquanto Xunes de Magalhães falava em 10.894.000.000
lor aproximado de 96.000.000.000 de
de cruzeiros. Com referência ao auo de
cruzeiros, que exprimiria o consumo na- 1940 temos três dados: o primeiro e^-
cional na hipótese de permanecer inva- niou o \'alor da renda em 83.144.000. , riável o consumo médio "per capita" des- o segundo em 24.802.000.000, enquande 1944. Esta hipótese é, manifestamente, pessimista e, além disso, a últi-
to Leirinsolm estimava em 39.400.000.000 de cruzeiros. i
ma cifra deveria ser integrada para se considerar uma cota ainda que modesta de poupança anual. E' difícil estimar
considerando-se que os três autores balharam em anos diferentes e não a otaram a mesma definição de renda,
uma integração aceitável para as duas preciso reconhecer que as discordancias partes; certo é. porém, que de acôrdo são tão gritantes que é de se duvn ar o
com os resultados obtidos, não se de-
valor dos dados. Das três esbma n
pôsto sôbre vendas.
veria afastar muito de 100 bilhões a
pelo menos duas são desprmi
renda nacional total do Brasil.
loi. Qual? e que valida e
vra muito forte que o valor obtido não
nós, por grosseiro que seja,
pode nem pretende exprimir. O que se deve aproveitar é o processo que, dada
uma massa de connecimen ' cos q«e já existem e que, em pa . um pouco de trabalho poderão ser ape ^ feiçoados. E como os cálculos tes à obtenção de series temporms tem a finalidade de indicar uma tendenc , niais que a de se conseguir valores a solutos exatos, jiUganios que para se er uma idéia do dinamismo do em-es ar ó necessário encanúnhamio-nos ^ pe a senda que ora traçamos, aperteiçoa- a e tomá-la praticável e eficiente. ,
Adotando um au
mento de preços de 40% para cada pas sagem, de acordo com a estimativa do dr. Lewinsohn, e calculando o imposto em 1,8% do valor da venda (pois esta é
zer deve ser concentrada no caminho que a média das partes alíquotas dos \'áriüs
serviço do tema para o qual fui convida-
nas passar dos alimentos ao consumo total, na base de 6t)%, obtendo-se um \"a-
tência de, pelo menos, duas passagens de mãos e de três pagamentos de im-
da Federação), os preços de alatraçamos, de modo a incluir ou eliminar, Estados eado transformam-se em preços de venda nos cálculos, as estimativas das partidas ao consumidor. Falta ainda juntar uma
mais incertas. Com esta pesquisa, não pensamos fazer outra coisa além de co
113
Dicesto Econômico
parcela para transformação e prepara
ção dos alimentos, a qoal não pode ser
inferior a 20%, pois compreende muitas e variadas operações que se processam desde a fábrica, como a fabricação da farinha e beneficiamento do arroz e o
Resultado total é, porém, uma pala- terceira? O método, agora sugen
a sua simplicidade, x^oderá ser repetido, série de valores capaz de exprimir a variação do consumo e o progresso da prosperidade nacional. " As séries temx>orais da renda, que até
ano por ano, de modo a fornecer uma
agora se obtêm neste País, são tão discordantes entre si que dificilmente se
poderia tirar delas alguma vantagem. Pa-
ra 1919, Costa Miranda avaliava a ren-
'
empacotamento de alímeatos, até a in
dústria de "atelier" doméstico e mesmo a própria cozinha. Todo este complexo do cálculos conduz a um valor dos ali
para os quais o I. B. G. E. fornece o
mentos de 36.000.000.000 de cruzei
levantamento periódico. Os dados refe rem-se ao ano de 1944. Subtraindo-se cêrca de 20%, como cota-parte destina da à sèmeadura e alimentação de ani
ros para 1944.
mais, bem como a várias indústrias agrí colas não consideradas e eliminando
to da ^'ida de São Paulo, cresceram de
Desta época até hoje a população bra sileira aumentou de 6% enquanto Os pre
ços, a julgar pelo número índice do cus 50%.
Considerando estes dados, che
posteriormente, o excedente dos produ
ga-se, imediatamente, a um valor de ..
tos alimentícios exportados em relação áos importados obtém-se o valor resi dual original da quantidade disponível
57.300.000.000 de cruzeiros como e.v-
pressão das despesas alinientares da po pulação do Brasil em 1947. Resta ape-
ESQUEMA DO CÁLCULO DA RENDA NACIONAL NO BRASIL EM 1947 (Baseado no consumo alimentar de 1944) (em Cr$ 1.000.000,00)
Valor dos produtos alimentícios na fonte de produção • Diminuição de 20% de parte destinada a semeadura, animais, indús trias e desperdício
18.255 3,651
Saldo negativo da exportação sôbre a importação Total destinado ao consumo
3.548 11.058
Vários produtos não calculados (peixe, ovos, aves, verduras, óleo, manteiga etc.) Total Geral
3.500 -
14.556
Dicesto Ecosóxaco
112
alimentar são bem menos numerosos e
mais incertos que os necessários ao cál
para o consumo. Tal \ulor exige uma integração para que se considerem mui
culo do consumo total; as estatísticas des
tos produtos essenciais, não incluídos nas
te país podem foniecer-nos uma boa par te dôstes elementos^ e, com boa vontade, não seria difícil, a um técnico, comple
estatísticas normais, como peixe, aves e
ovos, manteiga, verdura, óleos, sal. azei te, vinagre etc., que tôin uma importân
tar as partes que faltam.
cia relevante na dieta, tanto dèsle país,
Os cálculos que fizemos e que agora exporemos são aproxímativos, não tendo
a pretensão de que com êles tenhamos descoberto o verdadeiro valor da renda
dêste país. Faltava-nos para isto, prin cipalmente, o conhecimento profundo da economia brasileira, o que nos permiti ria tirar vantagens dos mínimos indícios
e utilizar fatos, mesmo os menores, da experiência quotidiana. E' necessário di
zer-se claramente, para evitar uma crí tica profunda aos nossos resultados nu-
meritos que êles são puramente aproximativos, pois a crítica que se possa fa
quanto de quase todos os países civili zados.
Obtido o valor total dado pelos pre
ços do produtor é necessário passarmos aos \alürcs de consumo. O dr. Lewinsolm a outros estudiosos admitem a e.\is-
locar minha experiência de estatística a do a discorrer. Comecemos por retirar, da tabela ela
borada pelo dr. Rafael Xavier, numa pu blicação da série econômica da Funda
ção Getúlio Vargas, os valores, na fon'te de origem, dos gêneros alimentícios,
da em 5.790.000.000, enquanto Xunes de Magalhães falava em 10.894.000.000
lor aproximado de 96.000.000.000 de
de cruzeiros. Com referência ao auo de
cruzeiros, que exprimiria o consumo na- 1940 temos três dados: o primeiro e^-
cional na hipótese de permanecer inva- niou o \'alor da renda em 83.144.000. , riável o consumo médio "per capita" des- o segundo em 24.802.000.000, enquande 1944. Esta hipótese é, manifestamente, pessimista e, além disso, a últi-
to Leirinsolm estimava em 39.400.000.000 de cruzeiros. i
ma cifra deveria ser integrada para se considerar uma cota ainda que modesta de poupança anual. E' difícil estimar
considerando-se que os três autores balharam em anos diferentes e não a otaram a mesma definição de renda,
uma integração aceitável para as duas preciso reconhecer que as discordancias partes; certo é. porém, que de acôrdo são tão gritantes que é de se duvn ar o
com os resultados obtidos, não se de-
valor dos dados. Das três esbma n
pôsto sôbre vendas.
veria afastar muito de 100 bilhões a
pelo menos duas são desprmi
renda nacional total do Brasil.
loi. Qual? e que valida e
vra muito forte que o valor obtido não
nós, por grosseiro que seja,
pode nem pretende exprimir. O que se deve aproveitar é o processo que, dada
uma massa de connecimen ' cos q«e já existem e que, em pa . um pouco de trabalho poderão ser ape ^ feiçoados. E como os cálculos tes à obtenção de series temporms tem a finalidade de indicar uma tendenc , niais que a de se conseguir valores a solutos exatos, jiUganios que para se er uma idéia do dinamismo do em-es ar ó necessário encanúnhamio-nos ^ pe a senda que ora traçamos, aperteiçoa- a e tomá-la praticável e eficiente. ,
Adotando um au
mento de preços de 40% para cada pas sagem, de acordo com a estimativa do dr. Lewinsohn, e calculando o imposto em 1,8% do valor da venda (pois esta é
zer deve ser concentrada no caminho que a média das partes alíquotas dos \'áriüs
serviço do tema para o qual fui convida-
nas passar dos alimentos ao consumo total, na base de 6t)%, obtendo-se um \"a-
tência de, pelo menos, duas passagens de mãos e de três pagamentos de im-
da Federação), os preços de alatraçamos, de modo a incluir ou eliminar, Estados eado transformam-se em preços de venda nos cálculos, as estimativas das partidas ao consumidor. Falta ainda juntar uma
mais incertas. Com esta pesquisa, não pensamos fazer outra coisa além de co
113
Dicesto Econômico
parcela para transformação e prepara
ção dos alimentos, a qoal não pode ser
inferior a 20%, pois compreende muitas e variadas operações que se processam desde a fábrica, como a fabricação da farinha e beneficiamento do arroz e o
Resultado total é, porém, uma pala- terceira? O método, agora sugen
a sua simplicidade, x^oderá ser repetido, série de valores capaz de exprimir a variação do consumo e o progresso da prosperidade nacional. " As séries temx>orais da renda, que até
ano por ano, de modo a fornecer uma
agora se obtêm neste País, são tão discordantes entre si que dificilmente se
poderia tirar delas alguma vantagem. Pa-
ra 1919, Costa Miranda avaliava a ren-
'
empacotamento de alímeatos, até a in
dústria de "atelier" doméstico e mesmo a própria cozinha. Todo este complexo do cálculos conduz a um valor dos ali
para os quais o I. B. G. E. fornece o
mentos de 36.000.000.000 de cruzei
levantamento periódico. Os dados refe rem-se ao ano de 1944. Subtraindo-se cêrca de 20%, como cota-parte destina da à sèmeadura e alimentação de ani
ros para 1944.
mais, bem como a várias indústrias agrí colas não consideradas e eliminando
to da ^'ida de São Paulo, cresceram de
Desta época até hoje a população bra sileira aumentou de 6% enquanto Os pre
ços, a julgar pelo número índice do cus 50%.
Considerando estes dados, che
posteriormente, o excedente dos produ
ga-se, imediatamente, a um valor de ..
tos alimentícios exportados em relação áos importados obtém-se o valor resi dual original da quantidade disponível
57.300.000.000 de cruzeiros como e.v-
pressão das despesas alinientares da po pulação do Brasil em 1947. Resta ape-
ESQUEMA DO CÁLCULO DA RENDA NACIONAL NO BRASIL EM 1947 (Baseado no consumo alimentar de 1944) (em Cr$ 1.000.000,00)
Valor dos produtos alimentícios na fonte de produção • Diminuição de 20% de parte destinada a semeadura, animais, indús trias e desperdício
18.255 3,651
Saldo negativo da exportação sôbre a importação Total destinado ao consumo
3.548 11.058
Vários produtos não calculados (peixe, ovos, aves, verduras, óleo, manteiga etc.) Total Geral
3.500 -
14.556
Dicesto
IM
Transporte
Taxa de transferência ao atacadista 1,8^
Total t
-Taxa de transferência ao varejista, 1,8%
5.927 20.745 373
O Acadêmico e o Presidente Aíonso Pena por José Honóuio Kodiucues
Afonso Pena, Rodrigues Alves, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Castro estiveram, em 1868, matriculados no 3.® ano da Faculdade dc Direito dc São
'
Total
21.118
Aumento de preço por transferencia ao consumidor, 40% Total Taxa de transferência ao consumidor, 1,8%
8.ÍÍT 29.565 523
Ê o período áureo da gloriosa Escola. Em 30 dc novembro próximo passacu comemorou-se o centenário de nascimento do Conselheiro Afonso Augusto
Pena. Aluno notável, detentor, em sua turma, da chave simbólica, diretor, to JÍrtr1firr*tr9í> Alves, da rí/t "Imprensa J A * Rodrigues Acadêmica", doutor cm direito, Afonso i
'—'-ção viva dos políticos de cultura c probidade formados na escola O professor José Honório resume as idéias sobre imigração
Total
Preparação, transformação, empacotamento*è cocção dos" aíimentos,"20%
A A de l preços de 1944 despesas alimentares de 1944 1^^ Aumento a 1947, 50%
;j
14.556 262 14.818
Total
Aumento de pre^-o por transferência ao mercado a varejo, 40Í .... I
Econômico
30.088
6.017
Pena i;cn/i7ou ainda e.studante e /postas em execução quando "f> c-vcrcicio altas funções de presidente da República.
36.105 18.052
ÃO c coisa nova, posto que
grande e singular, que um jo-
Total
Aumento da população, 6% de 1944 â Í947
Total das despesas alimentícias, em 1947
Capitalização a 100/60 milhões de cruzeiros
54.157
vem realize seus sonhos e idéias na maturidade. Nem é coisa
3.249
no\a 57.406
95.701)
que
comemoremos no seu
cen
,. j
Em 1944, a área cultivada era de 807.009 hectares; a safra rendeu 10.333.356
toneladas com um valor de 1.309.884.030 cruzeiros. No ano-anterior,^ a área foi de 897 988 hectares e a produção de 11.414.680 toneladas, na importância de .... I 688.982.382 cruzeiros. No ano passado, conforme dados incertos, a área foi dc 931.205 hectares; a produção 11.556.331 e o valor 1,815.204.539 cruzeiros. Entre os Estados produtores, em 1946, figuraram, em primeiro plano, o Estado dn Bahia sepuklo por Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e finalmente
São Pauio, antes du Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Faratba c Ceara.
Eram êles Afonso Pena, Rodrigi^es
'
Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Castr
tenário suas realizações, tanto c tão
Alves e Salvador de Mendonça.
Imprensa Acadêmica que os dois ros dirigiram não era um simples^ jo
têm mais substancia que sua demasiada
nal universitário, com artigos literários,
ambição, o político preparado na arte de governar, sem a qual tudo é desacêrto, é erro, é ruína. Os impi-ovisados
sóficos, mas cheio de maténa política,
e noviços não sabem evitar no exercício
Sôbre a última epígrafe escreveram miu-
^
poesia, novela e pretensos estudos tilo-
problemas econômicos e questões sociais.
do governo os miseráveis naufnígios.
ta.s vezes Rodrigues Alves e Afonso
For isso, quando estamos assim, como
Pena. Seus artigos não nos servem ain
agora, em presença simbólica de um
da hoje apenas para o estudo da for mação de ambos; ser\em-nos tambeni
apaixonada devoção e inteiro zelo, na últimos três anos.
ano o mais notável gr"po ^ i„niia
jamais matriculado em uma Acaden •
grandes. Novo é honrarmos e festejar mos, nestas horas, em que alguns não
político que desde cedo se preparou, com
Segundo apurou o Serviço de Estatística da Prodtição do Ministério da Agri cultura, aumentou em quantidade e valor a produção nacional de mandioca, nos
São Paulo. Em 1868 estivera. no a
novidade tão pouco comum no Brasil.
para conhecer os problemas que então afligiam os contemporâneos. Vejamos um exemplo, que demonstre
O político Afonso Pena nasceu no
de uma só vez três fatos; primeiro,
acadêmico da Faculdade de Direito de
que a Imprenso Acadêmica e seus cola-
ciência do governo, temos que registrar a
Dicesto
IM
Transporte
Taxa de transferência ao atacadista 1,8^
Total t
-Taxa de transferência ao varejista, 1,8%
5.927 20.745 373
O Acadêmico e o Presidente Aíonso Pena por José Honóuio Kodiucues
Afonso Pena, Rodrigues Alves, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Castro estiveram, em 1868, matriculados no 3.® ano da Faculdade dc Direito dc São
'
Total
21.118
Aumento de preço por transferencia ao consumidor, 40% Total Taxa de transferência ao consumidor, 1,8%
8.ÍÍT 29.565 523
Ê o período áureo da gloriosa Escola. Em 30 dc novembro próximo passacu comemorou-se o centenário de nascimento do Conselheiro Afonso Augusto
Pena. Aluno notável, detentor, em sua turma, da chave simbólica, diretor, to JÍrtr1firr*tr9í> Alves, da rí/t "Imprensa J A * Rodrigues Acadêmica", doutor cm direito, Afonso i
'—'-ção viva dos políticos de cultura c probidade formados na escola O professor José Honório resume as idéias sobre imigração
Total
Preparação, transformação, empacotamento*è cocção dos" aíimentos,"20%
A A de l preços de 1944 despesas alimentares de 1944 1^^ Aumento a 1947, 50%
;j
14.556 262 14.818
Total
Aumento de pre^-o por transferência ao mercado a varejo, 40Í .... I
Econômico
30.088
6.017
Pena i;cn/i7ou ainda e.studante e /postas em execução quando "f> c-vcrcicio altas funções de presidente da República.
36.105 18.052
ÃO c coisa nova, posto que
grande e singular, que um jo-
Total
Aumento da população, 6% de 1944 â Í947
Total das despesas alimentícias, em 1947
Capitalização a 100/60 milhões de cruzeiros
54.157
vem realize seus sonhos e idéias na maturidade. Nem é coisa
3.249
no\a 57.406
95.701)
que
comemoremos no seu
cen
,. j
Em 1944, a área cultivada era de 807.009 hectares; a safra rendeu 10.333.356
toneladas com um valor de 1.309.884.030 cruzeiros. No ano-anterior,^ a área foi de 897 988 hectares e a produção de 11.414.680 toneladas, na importância de .... I 688.982.382 cruzeiros. No ano passado, conforme dados incertos, a área foi dc 931.205 hectares; a produção 11.556.331 e o valor 1,815.204.539 cruzeiros. Entre os Estados produtores, em 1946, figuraram, em primeiro plano, o Estado dn Bahia sepuklo por Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e finalmente
São Pauio, antes du Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Faratba c Ceara.
Eram êles Afonso Pena, Rodrigi^es
'
Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Castr
tenário suas realizações, tanto c tão
Alves e Salvador de Mendonça.
Imprensa Acadêmica que os dois ros dirigiram não era um simples^ jo
têm mais substancia que sua demasiada
nal universitário, com artigos literários,
ambição, o político preparado na arte de governar, sem a qual tudo é desacêrto, é erro, é ruína. Os impi-ovisados
sóficos, mas cheio de maténa política,
e noviços não sabem evitar no exercício
Sôbre a última epígrafe escreveram miu-
^
poesia, novela e pretensos estudos tilo-
problemas econômicos e questões sociais.
do governo os miseráveis naufnígios.
ta.s vezes Rodrigues Alves e Afonso
For isso, quando estamos assim, como
Pena. Seus artigos não nos servem ain
agora, em presença simbólica de um
da hoje apenas para o estudo da for mação de ambos; ser\em-nos tambeni
apaixonada devoção e inteiro zelo, na últimos três anos.
ano o mais notável gr"po ^ i„niia
jamais matriculado em uma Acaden •
grandes. Novo é honrarmos e festejar mos, nestas horas, em que alguns não
político que desde cedo se preparou, com
Segundo apurou o Serviço de Estatística da Prodtição do Ministério da Agri cultura, aumentou em quantidade e valor a produção nacional de mandioca, nos
São Paulo. Em 1868 estivera. no a
novidade tão pouco comum no Brasil.
para conhecer os problemas que então afligiam os contemporâneos. Vejamos um exemplo, que demonstre
O político Afonso Pena nasceu no
de uma só vez três fatos; primeiro,
acadêmico da Faculdade de Direito de
que a Imprenso Acadêmica e seus cola-
ciência do governo, temos que registrar a
DlfíESTO
iid
boradores c. no caso especial, Afonso
sido o primeiro a .sentir èssc problema,
Pena, discutiam as mais graves ques
ao escrever cm seu relatório de 1858
tões nacionais; segundo, que este de
qíte o Brasil tinha um grande problema
bate não tinha um nível meramente
a resolver na esfera d.i sna indvistria,
acadêmico ou ainda estudantil; terceiro, que, até hoje, seus artigos nos servem para o integral conhecimento de algu
a substituição do trabalho escra\o pelo
mas questões na época.
A Imprensa Acadêmico, que reúne os escritos de tão grandes estudantes, é extremamente rara.
A Biblioteca da
Faculdade de Direito de São Paulo dela
não possui sequer um exemplar. E' a
Biblioteca Nacional do Rio de ]aneíro, com o seu precioso acervo, que nos serve. Pois bem. No número de 6 de
junho de 1870 Afonso Pena inicia "sua
colaboração sôbre um tema de grande mterêsse e indiscutível atualidade, on tem como hoje, a imigração. Sòbre a matéria escrêve três longos e interessan tíssimos artigos, discutindo-a em todos os seus aspectos.
Antes de conhecer
mos suas idéias sòbre a questão veja mos como esta se enquadra entre os
grandes problemas de sua época. Sabemos que a década de 1850 é de prosperidade da aristocracia rural
e de consolidação do poder imperial. Mas o apogeu de dez anos é ilusório. Com a extinção do tráfico negreiro de cretado pela Lei Eusébio de Queiroz em 1830, tinha-se em germe uma causa
decisiva para a grave crise da lavoura
<s,\<
livre, sem quebra da grande produção. Beaurepaire Rohan é, aliás, um dos mais arguto.s obscr\adorcs da vida eco nômica daquela época e autor de um dos raros e únicos exemplos de pre\nsão, quando disse, no seu notável fo lheto sôbre O futuro do pronde Íocoura e da grande propriedade no Brasil (Rio de "janeiro, 1878): "no lapso de
de viajantes o observadores, como Fre derico Cer.staerker e Legovt. Manifes
dez anos estará extinta ou quase .ex tinta a e.scravidião no Brasil".
117
Dioesto EcoxÓMtCC
ECONÓNnCO
Só O
ta suas coiiNicções políticas com altura e independência, pois é então um indi
teiramente crente, crente no liberalismo
mitiria tão certeira prognose.
vidualista e liberal, como demonstrará
crente no naturalismo. Nenhuma o vida o assalta como tão comumente costuma acontecer com os fdlios 6 fins de eras, como talvez seja a nossa. Con\'icto dos males da interferência estatal e dos benefícios da iniciativa
no seu
A crise cia lavoura, tão magnifica-
discurso de orador na defesa
de tese. Ser orador nem sempre é tí tulo de glória, mas sê-lo na conquista de um títido é mais um exemplo de seu grande valor, reconhecido por jovens
mente e.xposta num opúsculo sob este título por Quintino Bocaiúva (1868), a imigração européia e a substituição do traballio e.scravo pelo li>re são, assim, os mais graves, urgentes e atuais pro
blemas do Brasil por volta de 1870, quando o jovem Afonso Pena discute na Imprensa Acadêmica "questões so
privada, Afonso Pena escreve que "nao
problemas como o da aclimação dos co lonos norte-europeus no Brasil, mostran
iniciativa indiridual para soh er as ques tões que jogam com os interesses mie-
A leitura dos seus artigos revela não
só a atualidade de suas preocupações
como grande conhecimento dos autores da época, .áionso Pena já não é um
trar a urgência das grandes correntes imigratórias por \olta de 1870.
escritor de mentalidade estudantil mas
Sua formação cientifica o faz iniciar
os artigos indagando das causas por
vação, com uma inteligência alertada
que a América do Norte ostenta maior
grandes casas faliram com um ativo e passivo de cerca de 130 mil contos de
para os problemas de política econômi
sa já aceita anteriormente, mas da subs tituição do trabalho escravo pelo ]í\tc.
Beaurepaire Rohan, quando presidente da província da Paraíba, talvez tenha
riqueza que a América do Sul.
ca. Os autores nacionais mais autori zados élc os conhece e cita, como Per
digão Malheiros e Tavares Bastos, não sem por vezes di.scordar e oferecer su gestões valiosas. Lê relatórios oficiais brasileiros e esti-angeiros, cita depoi mentos de pioneiros alemães, como o do dr. Blumenau e o de Fnmz Raduim,
deiemos descrer da superioridade da
diatos dos cidadãos. Nu imgração do, baseado em testemunhos fidedig nos, sua inteira adaptação ao trópico.. como em tudo o mais cremos firme Enumera dados estatísticos para mos mente que são os esforços do indi%-iduo
ciais".
mente a partir de 1864, qundo cinco A partir desse momento muitos
econômico, crente no inclhidualisnm^
como Rui e Nabuco, mestres da oratória. Afonso Pena debate também difíceis
um moço lido e culto, de arguta obser
réis.
de uma civilização, -áfonso Pena c in
mais profundo e íntimo conhecimento da estrutura econômica bra.siieirQ per
qua aparece na década de 60, especial
compreendem a necessidade urgente não de uma grande corrente imigratória, coi
hora de crescimento ou do maturldacle
1
L
Se é
o meio mais seguro de obter êxito.
Desde que o govèmo se limite a atrair dentro da esfera que lhe ó marcada pelos verdadeiros princípios da eco
nomia política e da organização social, o espírito púbhco a.ssumiria a vanguarda
a imigração européia, como se pensa então, por que ela evita nosso país? Esta a principal pergunta a que preten
jogam com o futuro do país".
de responder com seus artigos.
uma gi"ande corrente, imigratória é o meio mais seguro que se apresenta para
Influenciado pelo naturalismo cientí fico do século XIX, êlc acredita que as emigrações estão sujeitas a leis certas e conhecidas:
Como
homem
de uma
na direção dos grandes interesses que
Crente, ainda, quando assegura que conjurar "uma grande crise social e econômica" que está pendendo sôbre o país. Segundo èle, as causas da
DlfíESTO
iid
boradores c. no caso especial, Afonso
sido o primeiro a .sentir èssc problema,
Pena, discutiam as mais graves ques
ao escrever cm seu relatório de 1858
tões nacionais; segundo, que este de
qíte o Brasil tinha um grande problema
bate não tinha um nível meramente
a resolver na esfera d.i sna indvistria,
acadêmico ou ainda estudantil; terceiro, que, até hoje, seus artigos nos servem para o integral conhecimento de algu
a substituição do trabalho escra\o pelo
mas questões na época.
A Imprensa Acadêmico, que reúne os escritos de tão grandes estudantes, é extremamente rara.
A Biblioteca da
Faculdade de Direito de São Paulo dela
não possui sequer um exemplar. E' a
Biblioteca Nacional do Rio de ]aneíro, com o seu precioso acervo, que nos serve. Pois bem. No número de 6 de
junho de 1870 Afonso Pena inicia "sua
colaboração sôbre um tema de grande mterêsse e indiscutível atualidade, on tem como hoje, a imigração. Sòbre a matéria escrêve três longos e interessan tíssimos artigos, discutindo-a em todos os seus aspectos.
Antes de conhecer
mos suas idéias sòbre a questão veja mos como esta se enquadra entre os
grandes problemas de sua época. Sabemos que a década de 1850 é de prosperidade da aristocracia rural
e de consolidação do poder imperial. Mas o apogeu de dez anos é ilusório. Com a extinção do tráfico negreiro de cretado pela Lei Eusébio de Queiroz em 1830, tinha-se em germe uma causa
decisiva para a grave crise da lavoura
<s,\<
livre, sem quebra da grande produção. Beaurepaire Rohan é, aliás, um dos mais arguto.s obscr\adorcs da vida eco nômica daquela época e autor de um dos raros e únicos exemplos de pre\nsão, quando disse, no seu notável fo lheto sôbre O futuro do pronde Íocoura e da grande propriedade no Brasil (Rio de "janeiro, 1878): "no lapso de
de viajantes o observadores, como Fre derico Cer.staerker e Legovt. Manifes
dez anos estará extinta ou quase .ex tinta a e.scravidião no Brasil".
117
Dioesto EcoxÓMtCC
ECONÓNnCO
Só O
ta suas coiiNicções políticas com altura e independência, pois é então um indi
teiramente crente, crente no liberalismo
mitiria tão certeira prognose.
vidualista e liberal, como demonstrará
crente no naturalismo. Nenhuma o vida o assalta como tão comumente costuma acontecer com os fdlios 6 fins de eras, como talvez seja a nossa. Con\'icto dos males da interferência estatal e dos benefícios da iniciativa
no seu
A crise cia lavoura, tão magnifica-
discurso de orador na defesa
de tese. Ser orador nem sempre é tí tulo de glória, mas sê-lo na conquista de um títido é mais um exemplo de seu grande valor, reconhecido por jovens
mente e.xposta num opúsculo sob este título por Quintino Bocaiúva (1868), a imigração européia e a substituição do traballio e.scravo pelo li>re são, assim, os mais graves, urgentes e atuais pro
blemas do Brasil por volta de 1870, quando o jovem Afonso Pena discute na Imprensa Acadêmica "questões so
privada, Afonso Pena escreve que "nao
problemas como o da aclimação dos co lonos norte-europeus no Brasil, mostran
iniciativa indiridual para soh er as ques tões que jogam com os interesses mie-
A leitura dos seus artigos revela não
só a atualidade de suas preocupações
como grande conhecimento dos autores da época, .áionso Pena já não é um
trar a urgência das grandes correntes imigratórias por \olta de 1870.
escritor de mentalidade estudantil mas
Sua formação cientifica o faz iniciar
os artigos indagando das causas por
vação, com uma inteligência alertada
que a América do Norte ostenta maior
grandes casas faliram com um ativo e passivo de cerca de 130 mil contos de
para os problemas de política econômi
sa já aceita anteriormente, mas da subs tituição do trabalho escravo pelo ]í\tc.
Beaurepaire Rohan, quando presidente da província da Paraíba, talvez tenha
riqueza que a América do Sul.
ca. Os autores nacionais mais autori zados élc os conhece e cita, como Per
digão Malheiros e Tavares Bastos, não sem por vezes di.scordar e oferecer su gestões valiosas. Lê relatórios oficiais brasileiros e esti-angeiros, cita depoi mentos de pioneiros alemães, como o do dr. Blumenau e o de Fnmz Raduim,
deiemos descrer da superioridade da
diatos dos cidadãos. Nu imgração do, baseado em testemunhos fidedig nos, sua inteira adaptação ao trópico.. como em tudo o mais cremos firme Enumera dados estatísticos para mos mente que são os esforços do indi%-iduo
ciais".
mente a partir de 1864, qundo cinco A partir desse momento muitos
econômico, crente no inclhidualisnm^
como Rui e Nabuco, mestres da oratória. Afonso Pena debate também difíceis
um moço lido e culto, de arguta obser
réis.
de uma civilização, -áfonso Pena c in
mais profundo e íntimo conhecimento da estrutura econômica bra.siieirQ per
qua aparece na década de 60, especial
compreendem a necessidade urgente não de uma grande corrente imigratória, coi
hora de crescimento ou do maturldacle
1
L
Se é
o meio mais seguro de obter êxito.
Desde que o govèmo se limite a atrair dentro da esfera que lhe ó marcada pelos verdadeiros princípios da eco
nomia política e da organização social, o espírito púbhco a.ssumiria a vanguarda
a imigração européia, como se pensa então, por que ela evita nosso país? Esta a principal pergunta a que preten
jogam com o futuro do país".
de responder com seus artigos.
uma gi"ande corrente, imigratória é o meio mais seguro que se apresenta para
Influenciado pelo naturalismo cientí fico do século XIX, êlc acredita que as emigrações estão sujeitas a leis certas e conhecidas:
Como
homem
de uma
na direção dos grandes interesses que
Crente, ainda, quando assegura que conjurar "uma grande crise social e econômica" que está pendendo sôbre o país. Segundo èle, as causas da
r
OicESTO
118
desproporcional preferência imigratória
para os Estudos Unidos e o Brasil são 'não só a liberdade religiosa e as garan
DrcESTo
Econômico
do Estado. Neste capítulo o estudante
Afonso Pena sentirá, na prática do govêmo, a necessidade de rever suas idéias.
tias individuais inteiramente assegura
Veremos mais adiante como aquele niais
das naquele país, como a facilidade de
puro liberalismo será moderado.
participação dos direitos e regalias de cidadão e a obtenção de terras por preços moderados. A desigual autorização para u práti ca religiosa era um dos obstáculos mais
relevantes entre os evangélicos do Norte, diz êle, baseando-se no depoimento do
dt Blumenau e na moção aprovada pela Camara dos Deputados da Prússia
vein estudante. Alguns queriam os "coolies" chineses, eonu) Quintino Bo-
caiuva, que a considerava a base da ri
queza dos domínios coloniais da Ingla Afon.so Pena. Quanto aos portugueses,
a se opor a emigração para o Brasil
entendia Afonso Pena que embora fôssein eles proveitosos ao país, não fa\-o-
devido à intolerância religiosa. Relem bra queixas belgas, francesas e portu-
reciam, entretanto, a nossa primeira in
dústria, a lavoura. Haviam entrado em
guesas contra os maus tratos infligidos aos seus naturais, desprotegidos ou des
grande maioria, pois dos 9.527 imi
conhecidos pelas leis brasileiras
grantes entrados no ano de 1869, 6.347
Discute a lei de 27 de setembro de 1860 que autorizou o governo a comprar terras próximas das estradas de ferio para o estabelecimento de colônias. Não foi esta a única lei do 2.° Império li gando c.s problemas da colônia aos das terras. A Lei de 18 de setembro de
eram portugue.ses.
A imigração que
mais nos convinba, em sua opinião, era a alemã, "raça dotada de grande ener
gia e fôrça de inteligência". Os alemães, dizia,
"são moralizados, trabalhadores
c perseverantes nos seus comctimcntos.
Além disso preferem a vida da lavoura
1850, que dispunha sobre terras devo-
a qualquer outra, e isto muito convém
lutas e determinava que elas fossem cedidas a titulo oneroso para o estabe lecimento de colônias nacionais ou es trangeiras e a anterior de 28 de ou tubro de 1848, que concedera a cada
agrícola". Não via nem podia ver Afonso Pena naquela época os • incon venientes da colonização aleijiã, um dos quais por êle tão justamente criticado
uma das províncias seis léguas em qua dro para a colonização, representaram
tentativas enormes na solução do pro blema do povoapiento. Baseado nos dados estatísticos divul
gados pelo Ministro da Fazenda Ma noel Felizardo, segundo os quais o termo médio do custo de transporte de
ao n().sso país, que é essencialmente
na imigração dos "coolie.s" — o de evitar o coiitacto com os naturais do
razão que ao finar-se -Monso Pena se concluía urna fase na nossa liistória.
país .sòbre o momento propício que facilitava a imigração.
escolhidos pelos seus méritos pessoais
Aí estão as principais idéias de Afon
imigrante parece *não ter dúvidas o j'o-
em 18.58, convidando o governo alemão
do a revisão de nos.sas leis, e.spccialmen-
te da locação de .serviços, e alertando o
so Pena em matéria imigratória. Elas revelam a intensidade e profundeza dos
Também quanto à questão do melhor
terra (A crÍAC da hivoura, 1868), outros rejeitavam-na, como Tavares Bastos e
119
Econômico
4
preparou na \*crdadeira arte de go
blico.
vernar.
Focalizadas apenas sob èsle
passado de honra, de trabalho c de de
aspecto cl.as têm um alcance muito mais amplo, porque mo.slrain não só seu in
dicação às exigências nacionais. A mesma filiação ideológica, a mes
teresse e conhecimento de um dos mais
x-itai.s problema.s de sua época de estu
ma coerência política, a mesma doutri na econômica dirigem a \áda do aca
dante, como jiossibilitam entre\"er a fôr ça de sua cultura em matéria econômi
dêmico à do presidente da República.
ca e político-econômica. O regime de trabalho li\re era o
sidência, lida aos 12 de outubro de
único caminho de salvação para a la
cinco anos depois de formado, os mes
me de um dos mais graves problemas
nacionais apoiado em fatos incontestá
denou o sistema de intervenção direta
veis e cm opiniões autorizadas, propon-
Na sua Plataforma de candidato ã pre
1905, ou no seu Manifesto, trinta e
voura quase em estado de liquidação
mos ideais individualistas e liberais, 0
as mesmas idéias fundamentais .sòbre o
problema brasileiro se afinnam. Ainda
ra em 1868.
Pois bem. Êste jovem, que com tanto
o povoamento do solo, a imigração c a
acerto participa dos problemas brasi
construção ferroviária continuam a ser
leiros e Ibe indica os rumos, não podia dei-xar de entrar na vida política da na
as primeiras necessidades do país. Ape nas uma indecisão surgira agora a amar
ção com um futuro assegurado.
gurar-lhe o e.spirito ou a quebrar a con
De
pôsto em posto, de degrau em degrau, Afonso Pena exerce várias e importan
tes funções.
Foi deputado provincial
justamente filiado ao Partido Liberal, ministro da Guerra, da Agricultura e
da Justiça, ainda aos trinta e poucos anos, como foi sempre a tradição impe rial, presidente de Minas, presidente do Banco do Brasil, vice-presidente da Re
guro processo de formação de estadis tas. E' por isso que Pandiá Calógeras
cada colono foi de 43.$000 réis, Afonso
Seus nomes simbolizavam uin
forçada, como escrevia Quintino Bocaiu-
íissimilável, só se revelou mais tarde
Pena declara que a experiência já con
tes cms de 1894 em diante liaviam sido
grandes cidadãos, com uma longa lista de préstimos valiosos ao serviço pu"
pública, e finalmente em 1906 presi
O jovem acadêmico concluía o exa
e por seus seixi^-os. Os quatro presiden
seus estudos e o cxüdado com que se
país e conseqüentemente o da forma ção de quisto.s raciais ou culturais. O grande trabalhador enérgico e inteligen te, agricultor e industrial, inteiramente o italiano.
Até então os presidentes hariam sido
dente da República. À formação teórica reuniu a prática
e o exercício do govêrno.
Lento, se
~ que foi o mais preparado homem de govêrno que o Bx-asil já possuiu e por isso podia falar de cátedra — disse com
tinuidade de suas idéias econômicas. Não acredita\a mais num liberalismo
puro e total, nem julgiwa a iniciativa privada sóluçáo única e wmpleta. Na Plataforma êle .diz que "a teoria do Estado g,endarme, simples mantenedor da ordem e distribuidor da justiça, teve seus tempos, encontrando poucos pu
blicistas que a sustentem na sua pure za, e é positi\amente desmentida pela prática dos povos civilizados, sem exce ção da própria Inglaterra". "Outro é o conceito dominante: a alta missão
do Estado abrange também cuidar do
bem-estar e melhorar a condição do vida do povo, exercendo sua ação be néfica em ramos da atiridade social,
desde que a iniciativa individual sob
r
OicESTO
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desproporcional preferência imigratória
para os Estudos Unidos e o Brasil são 'não só a liberdade religiosa e as garan
DrcESTo
Econômico
do Estado. Neste capítulo o estudante
Afonso Pena sentirá, na prática do govêmo, a necessidade de rever suas idéias.
tias individuais inteiramente assegura
Veremos mais adiante como aquele niais
das naquele país, como a facilidade de
puro liberalismo será moderado.
participação dos direitos e regalias de cidadão e a obtenção de terras por preços moderados. A desigual autorização para u práti ca religiosa era um dos obstáculos mais
relevantes entre os evangélicos do Norte, diz êle, baseando-se no depoimento do
dt Blumenau e na moção aprovada pela Camara dos Deputados da Prússia
vein estudante. Alguns queriam os "coolies" chineses, eonu) Quintino Bo-
caiuva, que a considerava a base da ri
queza dos domínios coloniais da Ingla Afon.so Pena. Quanto aos portugueses,
a se opor a emigração para o Brasil
entendia Afonso Pena que embora fôssein eles proveitosos ao país, não fa\-o-
devido à intolerância religiosa. Relem bra queixas belgas, francesas e portu-
reciam, entretanto, a nossa primeira in
dústria, a lavoura. Haviam entrado em
guesas contra os maus tratos infligidos aos seus naturais, desprotegidos ou des
grande maioria, pois dos 9.527 imi
conhecidos pelas leis brasileiras
grantes entrados no ano de 1869, 6.347
Discute a lei de 27 de setembro de 1860 que autorizou o governo a comprar terras próximas das estradas de ferio para o estabelecimento de colônias. Não foi esta a única lei do 2.° Império li gando c.s problemas da colônia aos das terras. A Lei de 18 de setembro de
eram portugue.ses.
A imigração que
mais nos convinba, em sua opinião, era a alemã, "raça dotada de grande ener
gia e fôrça de inteligência". Os alemães, dizia,
"são moralizados, trabalhadores
c perseverantes nos seus comctimcntos.
Além disso preferem a vida da lavoura
1850, que dispunha sobre terras devo-
a qualquer outra, e isto muito convém
lutas e determinava que elas fossem cedidas a titulo oneroso para o estabe lecimento de colônias nacionais ou es trangeiras e a anterior de 28 de ou tubro de 1848, que concedera a cada
agrícola". Não via nem podia ver Afonso Pena naquela época os • incon venientes da colonização aleijiã, um dos quais por êle tão justamente criticado
uma das províncias seis léguas em qua dro para a colonização, representaram
tentativas enormes na solução do pro blema do povoapiento. Baseado nos dados estatísticos divul
gados pelo Ministro da Fazenda Ma noel Felizardo, segundo os quais o termo médio do custo de transporte de
ao n().sso país, que é essencialmente
na imigração dos "coolie.s" — o de evitar o coiitacto com os naturais do
razão que ao finar-se -Monso Pena se concluía urna fase na nossa liistória.
país .sòbre o momento propício que facilitava a imigração.
escolhidos pelos seus méritos pessoais
Aí estão as principais idéias de Afon
imigrante parece *não ter dúvidas o j'o-
em 18.58, convidando o governo alemão
do a revisão de nos.sas leis, e.spccialmen-
te da locação de .serviços, e alertando o
so Pena em matéria imigratória. Elas revelam a intensidade e profundeza dos
Também quanto à questão do melhor
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Econômico
4
preparou na \*crdadeira arte de go
blico.
vernar.
Focalizadas apenas sob èsle
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aspecto cl.as têm um alcance muito mais amplo, porque mo.slrain não só seu in
dicação às exigências nacionais. A mesma filiação ideológica, a mes
teresse e conhecimento de um dos mais
x-itai.s problema.s de sua época de estu
ma coerência política, a mesma doutri na econômica dirigem a \áda do aca
dante, como jiossibilitam entre\"er a fôr ça de sua cultura em matéria econômi
dêmico à do presidente da República.
ca e político-econômica. O regime de trabalho li\re era o
sidência, lida aos 12 de outubro de
único caminho de salvação para a la
cinco anos depois de formado, os mes
me de um dos mais graves problemas
nacionais apoiado em fatos incontestá
denou o sistema de intervenção direta
veis e cm opiniões autorizadas, propon-
Na sua Plataforma de candidato ã pre
1905, ou no seu Manifesto, trinta e
voura quase em estado de liquidação
mos ideais individualistas e liberais, 0
as mesmas idéias fundamentais .sòbre o
problema brasileiro se afinnam. Ainda
ra em 1868.
Pois bem. Êste jovem, que com tanto
o povoamento do solo, a imigração c a
acerto participa dos problemas brasi
construção ferroviária continuam a ser
leiros e Ibe indica os rumos, não podia dei-xar de entrar na vida política da na
as primeiras necessidades do país. Ape nas uma indecisão surgira agora a amar
ção com um futuro assegurado.
gurar-lhe o e.spirito ou a quebrar a con
De
pôsto em posto, de degrau em degrau, Afonso Pena exerce várias e importan
tes funções.
Foi deputado provincial
justamente filiado ao Partido Liberal, ministro da Guerra, da Agricultura e
da Justiça, ainda aos trinta e poucos anos, como foi sempre a tradição impe rial, presidente de Minas, presidente do Banco do Brasil, vice-presidente da Re
guro processo de formação de estadis tas. E' por isso que Pandiá Calógeras
cada colono foi de 43.$000 réis, Afonso
Seus nomes simbolizavam uin
forçada, como escrevia Quintino Bocaiu-
íissimilável, só se revelou mais tarde
Pena declara que a experiência já con
tes cms de 1894 em diante liaviam sido
grandes cidadãos, com uma longa lista de préstimos valiosos ao serviço pu"
pública, e finalmente em 1906 presi
O jovem acadêmico concluía o exa
e por seus seixi^-os. Os quatro presiden
seus estudos e o cxüdado com que se
país e conseqüentemente o da forma ção de quisto.s raciais ou culturais. O grande trabalhador enérgico e inteligen te, agricultor e industrial, inteiramente o italiano.
Até então os presidentes hariam sido
dente da República. À formação teórica reuniu a prática
e o exercício do govêrno.
Lento, se
~ que foi o mais preparado homem de govêrno que o Bx-asil já possuiu e por isso podia falar de cátedra — disse com
tinuidade de suas idéias econômicas. Não acredita\a mais num liberalismo
puro e total, nem julgiwa a iniciativa privada sóluçáo única e wmpleta. Na Plataforma êle .diz que "a teoria do Estado g,endarme, simples mantenedor da ordem e distribuidor da justiça, teve seus tempos, encontrando poucos pu
blicistas que a sustentem na sua pure za, e é positi\amente desmentida pela prática dos povos civilizados, sem exce ção da própria Inglaterra". "Outro é o conceito dominante: a alta missão
do Estado abrange também cuidar do
bem-estar e melhorar a condição do vida do povo, exercendo sua ação be néfica em ramos da atiridade social,
desde que a iniciativa individual sob
DlCtlSTO
120
-suas diversas formas se mostre impoten te e in.suficíente’'. Não era a prática do governo rpie llié sugerira a moderação do seii liliemlisnio. Eram tasnbém as próprias condiçõe.s econômicas que já estavam se modific-ando lentainentc. E’ por i.^o mesmo (pic seu espírito hesita quando deve afirmar-se partidá rio dü livre canibismo cm do protecio nismo, Mostra-se então conciliatório, propondo um apoio moderado ás indúslrias nacionais, não só porque não se devia criar indú.stría'^ artificiais, como porcpie não se devia perder de vista os interesses dos consumidores c os reclamos do Te.souro, que tirava da Al fândega sua melhor parte. Mas ó especialmente no proble
- V
●●●> IJ-
be-se
que o movi mento imigratório, tão diminuto na época dos seus artigos na Impreusa Acadêmica, crescera sempre até ü govérno de Campos Sales, que por medida de economia decidiu supri mir a Inspetoria de Terras e Coloni zação, . reduzidas as \’erbas para a introdução de imigrantes, De 4.5.56 imigrantes em 1870, atingiu o total de 146.362 em 1897. O movimento ascenrecomeça
com
território por imigrantes dc origem eu ropéia constitui um dos mai-' seguros elementos para acelerar o pnign*ssi) e a grandezii de nossa p.ilri.i". <iirá no seu Manifesto Iiumgiiral, ao .issumir. aos 15 de n()\embro du 1900. a presidên cia da República. o O decreto n. 0.-179. vle 10 dc maio de 1907, (|iie criava a Diretoria Oeral du Seniço d<* I\)\t)ameiito. era o fruto
1
a
política
imi
gratória de Afonso Pena, inaugurada aos 16 de maio de 1907, com a criação da Diretoria Geral do Serviço de Po U voamento. O po\'oamento do nosso \
dizia (pie a Uniã<» rigiiá ou au.xiliaiá, de comum acordo com
Dicíe&to Econômico
3
de uma idéia largameiite amadurecida. À diretoria cabia cspccialiiu-ule [)ioino\’cr a introdução tle imigrantes por iniciali\a on por conta do go\érno ietleral. .'\s diretrizes da
r
sá\cl ã imigração, mas de solução difí cil ao e.'>tadi.sta ({iie não conc*ordara c'om a idéia de Ta\ares Rastos de um impòstü territ(Jiial que obrigas.se os proprie tários dl* terras incultas a vcndé-las. Achav.i a lavoura c.xcessivamente onerada dc dívidas c impostos para suportar Esmais éste aumento do despesa, a esctarcperava que a opinião públic Agora cic mesmo, cesst a questão, amjàdiirccido na idéia, e.\perimenladü na administração, pr átíca dü govérno c da ,se encontrava ofcr«“cia a solução tpie n. 6.-155 de no decreto legislada ^^T'ib'üZ SC possa dizer que entre as 5 estudadas nenhuma teve, cerqiiestões mais amplo e feliz tratamento tanicnte. a colonização do solo, um dos do iinpoilantes objetivos do govérno Pena. de Afonso consagravam ao estudo dc le se Os econômica pleiteavam uma ida nos.sa' ● t>anion1’ara o proljlema do po\
politica imigratória já haviam sido esta belecidas no decreto n.o 0.-155 de 19 de abril dc 1907. A velha idéia de estu dante (|iie à ini ciativa privada cabia promover a vntrada de imigrantes conti nuava de pé. do vez que no art. -1." désIv último decreto se
ma da imigração que Afonso Pena consegue realizar in teiramente os ideais da mocidade. Sa
sional
Ecosomico
.121
lo o du imigração (jm* Iui\ia sido colo cada cin segundo plano nos primeiros tempos da República. E.\tinta a antiga Repartivão de Terras e Coloniz;iyão, transferidas as terras devolulas para o domínio dos Estados, declinou considerà\olmente a imigração pam o Rrasil e raros foram os ensaios de colonização feitos no país durante o período de inércia deste importante serviço público. O govèniü de Afonso Pena criou, poréiii, uma nova era, de \’antajosas trans formações, ao regulamentar o ser\iço e aparelhar as repartições que deviam dirigi-lo. Os resultados foram auspicio sos pois de 1907 a 1909 cerca de 300.000 iniigrantes entraram no país. .-\s idéias, inesind as mai,s úteis, suo dificultosas dc introduzir. Servido por grande inclinação e grande capaqídude, Afonso Pena teve a seu crédito a coe rência de suas idéias, a força de seus princípios, o preparo, a competência e a capacidade de realização.
>
«JS Estados, e sem embargo de ação idòntica por parte destes. ;a introdução e localização de imigrantes <|ue .se disponham a fixar-se" como proprietários territoriais e que só em oa.sos excepcio nais introduzirá u sua custa imigrantes que se destinem a trabalhar sem : aquisiçao dc terras onde venham residir. A intervenção gov^ernaniontal tinlia seus limites fixado.s que SC acordavam com os princípios cio liberalismo econéiinico agora ligeiramente moderado. Comprar terras por preços módicos para cloá-las aos colonos era inclispen-
f ■
n ex diretor da piviutganda- do Departamento da Guerra, no exterior, sr. Inmrl- P 'werburc' falando perante a Associação de Relações Exteriores, disse: 4i AI ryenswuenfo do público mundial, os Estados Unidos paríilham com a. União ■ SoniÁicd da responsabilidade pela divisão do mundo *em dois campos opostos. A Eurooa teme tanto o capitalismo norte-americano como o comunismo russo. Muitos voüos vensam que estamos êmpenhodos em uma política de auxilio econômico únicamente com o obietivo de obrigar os europeus a se reorganizarem à seme lhança dos Estados Unidos^'.
I
DlCtlSTO
120
-suas diversas formas se mostre impoten te e in.suficíente’'. Não era a prática do governo rpie llié sugerira a moderação do seii liliemlisnio. Eram tasnbém as próprias condiçõe.s econômicas que já estavam se modific-ando lentainentc. E’ por i.^o mesmo (pic seu espírito hesita quando deve afirmar-se partidá rio dü livre canibismo cm do protecio nismo, Mostra-se então conciliatório, propondo um apoio moderado ás indúslrias nacionais, não só porque não se devia criar indú.stría'^ artificiais, como porcpie não se devia perder de vista os interesses dos consumidores c os reclamos do Te.souro, que tirava da Al fândega sua melhor parte. Mas ó especialmente no proble
- V
●●●> IJ-
be-se
que o movi mento imigratório, tão diminuto na época dos seus artigos na Impreusa Acadêmica, crescera sempre até ü govérno de Campos Sales, que por medida de economia decidiu supri mir a Inspetoria de Terras e Coloni zação, . reduzidas as \’erbas para a introdução de imigrantes, De 4.5.56 imigrantes em 1870, atingiu o total de 146.362 em 1897. O movimento ascenrecomeça
com
território por imigrantes dc origem eu ropéia constitui um dos mai-' seguros elementos para acelerar o pnign*ssi) e a grandezii de nossa p.ilri.i". <iirá no seu Manifesto Iiumgiiral, ao .issumir. aos 15 de n()\embro du 1900. a presidên cia da República. o O decreto n. 0.-179. vle 10 dc maio de 1907, (|iie criava a Diretoria Oeral du Seniço d<* I\)\t)ameiito. era o fruto
1
a
política
imi
gratória de Afonso Pena, inaugurada aos 16 de maio de 1907, com a criação da Diretoria Geral do Serviço de Po U voamento. O po\'oamento do nosso \
dizia (pie a Uniã<» rigiiá ou au.xiliaiá, de comum acordo com
Dicíe&to Econômico
3
de uma idéia largameiite amadurecida. À diretoria cabia cspccialiiu-ule [)ioino\’cr a introdução tle imigrantes por iniciali\a on por conta do go\érno ietleral. .'\s diretrizes da
r
sá\cl ã imigração, mas de solução difí cil ao e.'>tadi.sta ({iie não conc*ordara c'om a idéia de Ta\ares Rastos de um impòstü territ(Jiial que obrigas.se os proprie tários dl* terras incultas a vcndé-las. Achav.i a lavoura c.xcessivamente onerada dc dívidas c impostos para suportar Esmais éste aumento do despesa, a esctarcperava que a opinião públic Agora cic mesmo, cesst a questão, amjàdiirccido na idéia, e.\perimenladü na administração, pr átíca dü govérno c da ,se encontrava ofcr«“cia a solução tpie n. 6.-155 de no decreto legislada ^^T'ib'üZ SC possa dizer que entre as 5 estudadas nenhuma teve, cerqiiestões mais amplo e feliz tratamento tanicnte. a colonização do solo, um dos do iinpoilantes objetivos do govérno Pena. de Afonso consagravam ao estudo dc le se Os econômica pleiteavam uma ida nos.sa' ● t>anion1’ara o proljlema do po\
politica imigratória já haviam sido esta belecidas no decreto n.o 0.-155 de 19 de abril dc 1907. A velha idéia de estu dante (|iie à ini ciativa privada cabia promover a vntrada de imigrantes conti nuava de pé. do vez que no art. -1." désIv último decreto se
ma da imigração que Afonso Pena consegue realizar in teiramente os ideais da mocidade. Sa
sional
Ecosomico
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lo o du imigração (jm* Iui\ia sido colo cada cin segundo plano nos primeiros tempos da República. E.\tinta a antiga Repartivão de Terras e Coloniz;iyão, transferidas as terras devolulas para o domínio dos Estados, declinou considerà\olmente a imigração pam o Rrasil e raros foram os ensaios de colonização feitos no país durante o período de inércia deste importante serviço público. O govèniü de Afonso Pena criou, poréiii, uma nova era, de \’antajosas trans formações, ao regulamentar o ser\iço e aparelhar as repartições que deviam dirigi-lo. Os resultados foram auspicio sos pois de 1907 a 1909 cerca de 300.000 iniigrantes entraram no país. .-\s idéias, inesind as mai,s úteis, suo dificultosas dc introduzir. Servido por grande inclinação e grande capaqídude, Afonso Pena teve a seu crédito a coe rência de suas idéias, a força de seus princípios, o preparo, a competência e a capacidade de realização.
>
«JS Estados, e sem embargo de ação idòntica por parte destes. ;a introdução e localização de imigrantes <|ue .se disponham a fixar-se" como proprietários territoriais e que só em oa.sos excepcio nais introduzirá u sua custa imigrantes que se destinem a trabalhar sem : aquisiçao dc terras onde venham residir. A intervenção gov^ernaniontal tinlia seus limites fixado.s que SC acordavam com os princípios cio liberalismo econéiinico agora ligeiramente moderado. Comprar terras por preços módicos para cloá-las aos colonos era inclispen-
f ■
n ex diretor da piviutganda- do Departamento da Guerra, no exterior, sr. Inmrl- P 'werburc' falando perante a Associação de Relações Exteriores, disse: 4i AI ryenswuenfo do público mundial, os Estados Unidos paríilham com a. União ■ SoniÁicd da responsabilidade pela divisão do mundo *em dois campos opostos. A Eurooa teme tanto o capitalismo norte-americano como o comunismo russo. Muitos voüos vensam que estamos êmpenhodos em uma política de auxilio econômico únicamente com o obietivo de obrigar os europeus a se reorganizarem à seme lhança dos Estados Unidos^'.
I
r í
Dicesto Econômico
123
MO GOVERNO, PROGRAMA ATI de representar acêrca dos inconvenien
por OTÁ^^o Tahqitínio dk Sousa
tes de qualquer lei ou decreto menos compatível com as circunstâncias locais.
Q govèmo proNisório de Sâo Paulo, dentro da ordem. Da ordem que se aclamado a 23 de junho de 1821, em
originava das bases constitucionais de-
conseqüência da revolução constituciona-
crctada.s pelas Côrtes de Lisboa para "obser\'ar religiosamente as leis que ga rantissem a segurança individual, a pro
lista de Portugal no ano anterior, foi
talvez dos que contaram até hoje, entre os seus dirigentes, maior número de ho
mens de valor intelectual. Na verdade, que govêmo paulista pôde depois reu nir figuras como ]osé Bonifácio, Martim Francisco, Campos Vergueiro? E se re
cordarmos os nomes de Oeynhausen, Da-
mel Pe^o Müllcr, Manuel Rodrigues
Jordão, Francisco Inácio de Sousa Ouei-
daslTo André da Silva Gomes, Laaaro José Gonçalves
venfiearemos sem demora que para go!
vemar Sao Paulo se congregaram os ek-
mentos inais representarivos da cultura da tradiçao e da riqueza da terra Ex'
pressões mais ou menos autênticas do" pensamento da Ilustração seriam Tosé
priedade e o direito dos cidadãos", se gundo o auto da vercança geral c e.xtraordinária da Câmara de São Paulo.
Era sem dúvida em muitos aspectos a nova ordem caracterizada pelas conquis tas da burguesia Iriunfante depois dos sucessos da Revolução Francesa, porém sem nenhum propósito de repetir os e.xcessos desta, antes os condenando.
Num espírito de marcada contemporização, fôra conservado à frente do go vêmo o antigo capitão general João Car los Augusto Oeynhausen e chamadas aos seus conselhos personalidades como o
coronel Francisco Inácio de Sousa Quei roz, o brigadeiro Jordão, o coronel Láza ro Gonçalves, o coronel Gama Lobo.
Bonifácio, Martim Francisco, Verguei'ro, Daniel Pedro MüUer, a quem o gôs- À governança pública concorriam depu to pelas investigações científicas orien tadas de preferência sob o ponto de vista da exploração econômica do Bra
sil, o saber não apenas como um oma-
tados das armas e ao mesmo tempo do eclesiástico, do comércio, da agricultu ra, da ciência e da educação. Decidido a obediência às leis emanadas do Sobe
Realizar uma administração profícua, que atendesse às necessidades paulistas, constituía o grande escopo dêsses ho mens.
Nenhum documento brasileiro, no gê nero, axcederá em largueza de \isáo, em objetix'idade, na capacidade de pôr em foco os problemas capitais e sugerir os meios de resohê-los, ao firmado pelo primeiro govêmo de São Paulo.
Pouco
E governar objetivamente, ou
haverá nele da autoria de Oe\*nhausea
vindo todos os interessados; "que se pu todos o.s Homens de Letras e pessoas zelosas do bem público que comuniquem
ou de Jordão, de tal maneira transpare ce nu sua fomra mais cUbcteristica o pensimiento andradino. José Bonifácio procurou improrisar o menos possível,
a ôste govêmo suas idéias sôbre todos
tendo realizado antes da feitura das Ins-
os ramos da administração".
tmções um esbôço de inquérito median do o pedido de memórias e apontamen tos às câmaras municipais paulistas. Mas ainda assim o leitor menos prevenido
blique um bando em que se convidem
Grande inimigo dos prelos fôra o re
gime colonial. Não o era o novo govèrno de Suo Paulo: menos de um mês de
pois de sua ascensão já cogitava da com
pra de uma imprensa e de papel e do ajuste de compositor e impressor.
econômicos do grande Andra-
Sem golpes de audácia
escusada, sem meios de levar
adianto
grandes
descobrirá nas Instruções as idéias polí ticas, as concepções sociais, os planos áa.
f
empreendi
Em 1821, brasileiros de to
das as regiões e das tendên
mentos, cônscio do seu caráter
cias mais dhersas acredita\'ani
transitório, perturbado por agi
no bom êxito das Côrtes de
tações políticas e dissídios pessoais, o primeiro govêmo
Lisboa e na possibilidade da
paulista tomava entretanto as providências ao seu alcance e
'?■])' ■
continuação do regime de rei no unido. Não era apenas a posição de José Bonifácio por
não se esquecia daquilo que se afigura
ventura influenciado pela larga estada
va então o acontecimento má.ximo — a
em Portugal: era a de Antônio Carlos,
to do espírito e o cultivo das letras si
rano Congresso de Lisbba e reconhecen-
reunião das Côrtes de Lisboa, para ela
tuavam como homens nitidamente do
do a autoridade de D. João VI e do
borar a Constituição que regeria os des-'
a de José Martiniano de Alencar, a de Cipriano Barata, a de Muniz Tavares, a
seu tempo. Mas sem entusiasmos demolidores, sem apêgo maior a fórmu
príncipe regente D. Pedro, o go\'êrno
tinos de Portugal e do Brasil. Os depu
provisório de São Paulo reivindicava de
tados de São Paulo às referidas Cortes
libertos do cárcere como participantes
quiseram dar ao primeiro govêmo livre
partida liberdade de movimentos no que dizia respeito à administração e eco
entregues apenas ao critério e decisão de
tros reconhecidamente adeptos dos ikeais
de São Paulo um sentido de renovação
nomia interna da província e o direito
cada um. Por proposta de José Boni fácio o govêmo paulista designou uma comissão, de que participaram o pro ponente, Oeynhausen e o brigadeiro Jor dão, para redigir minuciosas instruções
mais liberais. Fôra, também, semelhan
temente, na América do Norte, a posi ção de Benjamin Franklin, de John Dickson, de Samuel Adums. A posição de Diogo Antônio Feijó. Por isso não se
aos representantes da província. Na reu
deputados paulistas mandados ao Sobe rano Congresso de Lisboa contivessem
las abstratas, sem flama revolucionária,
O 4f, Otávio Tarquínio de Sousa examina, neste artigo, o progratrui de ação que
os representantes paulistas, José Bonifácio à frente, traçaram ao Congresso de Lishôa. Entende o Üustre historiador que se trata de um dos mais lúcidos e objetivos pro gramas de govêmo formulados por homens públicos brasileiros.
não deveriam partir de mãos abanando,
nião de 3 de outubro de 1821 fôram as
mesmas aprovadas.
de Francisco Agostinho Gomes, uns mal
da revolução republicana de 1817. ou
deve estranhar que as Instruções aos
um capitulo intitulado "Os negócios da
r í
Dicesto Econômico
123
MO GOVERNO, PROGRAMA ATI de representar acêrca dos inconvenien
por OTÁ^^o Tahqitínio dk Sousa
tes de qualquer lei ou decreto menos compatível com as circunstâncias locais.
Q govèmo proNisório de Sâo Paulo, dentro da ordem. Da ordem que se aclamado a 23 de junho de 1821, em
originava das bases constitucionais de-
conseqüência da revolução constituciona-
crctada.s pelas Côrtes de Lisboa para "obser\'ar religiosamente as leis que ga rantissem a segurança individual, a pro
lista de Portugal no ano anterior, foi
talvez dos que contaram até hoje, entre os seus dirigentes, maior número de ho
mens de valor intelectual. Na verdade, que govêmo paulista pôde depois reu nir figuras como ]osé Bonifácio, Martim Francisco, Campos Vergueiro? E se re
cordarmos os nomes de Oeynhausen, Da-
mel Pe^o Müllcr, Manuel Rodrigues
Jordão, Francisco Inácio de Sousa Ouei-
daslTo André da Silva Gomes, Laaaro José Gonçalves
venfiearemos sem demora que para go!
vemar Sao Paulo se congregaram os ek-
mentos inais representarivos da cultura da tradiçao e da riqueza da terra Ex'
pressões mais ou menos autênticas do" pensamento da Ilustração seriam Tosé
priedade e o direito dos cidadãos", se gundo o auto da vercança geral c e.xtraordinária da Câmara de São Paulo.
Era sem dúvida em muitos aspectos a nova ordem caracterizada pelas conquis tas da burguesia Iriunfante depois dos sucessos da Revolução Francesa, porém sem nenhum propósito de repetir os e.xcessos desta, antes os condenando.
Num espírito de marcada contemporização, fôra conservado à frente do go vêmo o antigo capitão general João Car los Augusto Oeynhausen e chamadas aos seus conselhos personalidades como o
coronel Francisco Inácio de Sousa Quei roz, o brigadeiro Jordão, o coronel Láza ro Gonçalves, o coronel Gama Lobo.
Bonifácio, Martim Francisco, Verguei'ro, Daniel Pedro MüUer, a quem o gôs- À governança pública concorriam depu to pelas investigações científicas orien tadas de preferência sob o ponto de vista da exploração econômica do Bra
sil, o saber não apenas como um oma-
tados das armas e ao mesmo tempo do eclesiástico, do comércio, da agricultu ra, da ciência e da educação. Decidido a obediência às leis emanadas do Sobe
Realizar uma administração profícua, que atendesse às necessidades paulistas, constituía o grande escopo dêsses ho mens.
Nenhum documento brasileiro, no gê nero, axcederá em largueza de \isáo, em objetix'idade, na capacidade de pôr em foco os problemas capitais e sugerir os meios de resohê-los, ao firmado pelo primeiro govêmo de São Paulo.
Pouco
E governar objetivamente, ou
haverá nele da autoria de Oe\*nhausea
vindo todos os interessados; "que se pu todos o.s Homens de Letras e pessoas zelosas do bem público que comuniquem
ou de Jordão, de tal maneira transpare ce nu sua fomra mais cUbcteristica o pensimiento andradino. José Bonifácio procurou improrisar o menos possível,
a ôste govêmo suas idéias sôbre todos
tendo realizado antes da feitura das Ins-
os ramos da administração".
tmções um esbôço de inquérito median do o pedido de memórias e apontamen tos às câmaras municipais paulistas. Mas ainda assim o leitor menos prevenido
blique um bando em que se convidem
Grande inimigo dos prelos fôra o re
gime colonial. Não o era o novo govèrno de Suo Paulo: menos de um mês de
pois de sua ascensão já cogitava da com
pra de uma imprensa e de papel e do ajuste de compositor e impressor.
econômicos do grande Andra-
Sem golpes de audácia
escusada, sem meios de levar
adianto
grandes
descobrirá nas Instruções as idéias polí ticas, as concepções sociais, os planos áa.
f
empreendi
Em 1821, brasileiros de to
das as regiões e das tendên
mentos, cônscio do seu caráter
cias mais dhersas acredita\'ani
transitório, perturbado por agi
no bom êxito das Côrtes de
tações políticas e dissídios pessoais, o primeiro govêmo
Lisboa e na possibilidade da
paulista tomava entretanto as providências ao seu alcance e
'?■])' ■
continuação do regime de rei no unido. Não era apenas a posição de José Bonifácio por
não se esquecia daquilo que se afigura
ventura influenciado pela larga estada
va então o acontecimento má.ximo — a
em Portugal: era a de Antônio Carlos,
to do espírito e o cultivo das letras si
rano Congresso de Lisbba e reconhecen-
reunião das Côrtes de Lisboa, para ela
tuavam como homens nitidamente do
do a autoridade de D. João VI e do
borar a Constituição que regeria os des-'
a de José Martiniano de Alencar, a de Cipriano Barata, a de Muniz Tavares, a
seu tempo. Mas sem entusiasmos demolidores, sem apêgo maior a fórmu
príncipe regente D. Pedro, o go\'êrno
tinos de Portugal e do Brasil. Os depu
provisório de São Paulo reivindicava de
tados de São Paulo às referidas Cortes
libertos do cárcere como participantes
quiseram dar ao primeiro govêmo livre
partida liberdade de movimentos no que dizia respeito à administração e eco
entregues apenas ao critério e decisão de
tros reconhecidamente adeptos dos ikeais
de São Paulo um sentido de renovação
nomia interna da província e o direito
cada um. Por proposta de José Boni fácio o govêmo paulista designou uma comissão, de que participaram o pro ponente, Oeynhausen e o brigadeiro Jor dão, para redigir minuciosas instruções
mais liberais. Fôra, também, semelhan
temente, na América do Norte, a posi ção de Benjamin Franklin, de John Dickson, de Samuel Adums. A posição de Diogo Antônio Feijó. Por isso não se
aos representantes da província. Na reu
deputados paulistas mandados ao Sobe rano Congresso de Lisboa contivessem
las abstratas, sem flama revolucionária,
O 4f, Otávio Tarquínio de Sousa examina, neste artigo, o progratrui de ação que
os representantes paulistas, José Bonifácio à frente, traçaram ao Congresso de Lishôa. Entende o Üustre historiador que se trata de um dos mais lúcidos e objetivos pro gramas de govêmo formulados por homens públicos brasileiros.
não deveriam partir de mãos abanando,
nião de 3 de outubro de 1821 fôram as
mesmas aprovadas.
de Francisco Agostinho Gomes, uns mal
da revolução republicana de 1817. ou
deve estranhar que as Instruções aos
um capitulo intitulado "Os negócios da
■ f
Dfch-sTo
124
Econômico
Dicesto
1-23
E<a>NÓMKa>
senvolvimento natural da população e
fiscalizando-sp os senhon s para que os
roo, de S. Francisco e de S. Bento, ha
tratassem "como
bitados então apenas por um ou dois
fica\'ani as mais das" \"èzes abandon,adas
frades.
Talvez falasse mais alto aí o
e incultas. Visando à pequena proprie
"Não podendo ha\er govêmo algum
bairrismo paulistano, mas o certo é que,
dade, as instruções esboçavam o seguin
constitucional sem a maior instrução e
seis anos depois, ati serem criados os
te plano: a) reversão à massa dos bens
moralidade do povo", recomendaN-am as instruções que os deputados promo-
cursos jurídicos, São Paulo figurov» ao lado de (blinda para abrigar as pepinei-
sesmarias e não cultímdas, deix.ando-se
\'ossem, além de esco'as de primeira-s le tras pelos métodos de Leiicasler, em tô-
destinados aos altos
aos seus donos meia légua quadrada; b)
cargos da política, da administração e
reversão também das terras dos simples
dação em cada província do Brasil de um ginásio ou colégio para o ensino das
da justiça durante o Império c ainda na República. Inconveniente para o estabelecimento
lotes de meia légua quadrada; d) forma
conciliar os seus recíprocos interêsses. Cogitando entre outros assuntos dos orgaos adequados ao govêmo do rei
ciências chamadas úteis.
da universidade, era também o Rio de
ção de um patrimônio com o produto da
com sede nas capitais das províncias, possuiriam as seguintes cadeiras: a) me dicina teórica e prática; b) cirurgia e
Janeiro para sede do govèrno geral. Su geriam as instruções que "o assento da
\enda desses lotes para favorecer u co
Còrte" fòsse numa cidade central no in
latos e negros forros, a quem se conce
sores para conhecer os atos transgres-
arte obstétrica; c) arte veterinária: d) elementos de matemática; e) idem de
terior do Brasil, adrede construida. na latitude
física e química; f) idem de botânica e horticultura experimental; g) idem de
em sitio ameno, fértil o
União",
estabelecendo
os
meios
de
"prender as diferentes partes da monar quia em ambos» os hemisférios".
Mais
ou menos iludidos desejavam os mem bros do primeiro govêmo de São Paulo que os representantes paulistas, manti
da a integridade do reino unido, plei
teassem a ic^ldade dos direitos politicos e civis brasileiros e portugue ses, resolvessem a difícil questão da se
de da monarqviia, e acertassem os prin cípios gerais acerca do comércio exter no e interno dos dois reinos de modo a
no umdo, como fòsse um corpo de cen
si\os da Constimição por partç de qual » quer poder do Estado, as instmções com
que partiram os deputados paulistas desciam a minúcias de grande sabedo ria quanto aos negócios peculiares ao
Brasil. Deveria haver aqui um governo gera!, organizado por emanação e dele
gação dos eleitores do povo e do poder supremo executivo.
Ao govêmo cen
tral ficariam subordinados os governos
provinciais, fixada a competência de um e outro. Cumpria aos deputados pau listas ficar atentos para que na elabora
ção dos códigos civil e criminal se ti vesse em \'ista a diversidade das' cir cunstâncias de clima, o grau de cultu
ra e a situação social da população
homens e cristãos e
não como brutos animais".
das as cidades, vilas e freguesias, a fun
Tais ginásios,
zoologia e mineralogia. Não ficava nis
ras de
bacharéis
aproximada de 15 graus, regado por algum rio na
lotes
pequenos
para se estabelecerem. A essas medidas de ex
cepcional alcance social, que teriam transformado
fendido pelo govêmo de São Paulo. Não
completamente a fisiono mia política e econômica
só o estudo dc ciências com aplicação
quer assalto ou sui-prèsa
do Brasil, seguiam-se ou
imediata se fazia necessário: o Brasil
externa e para as provín-
instava a exigir desde logo pelo menos
cias centi-ais seria cana-
unia universidade, com quatro faculda-
lizado o excesso de popu-
des ~ filosófica (dividida em três colégios: a) ciências naturais; b) mate-maticas puras e aplicadas; c) filosofia
lação das cidades maríti mas e mercantes.
Nessa
«especulativa e belas artes); 2.") de me-
nova capital, que por largas estradas se comunicaria com as diversas províncias
«licina; 3.") de jurisprudência; 4.^) de
e os portos de mar, estimulando-se des-
economia, fazenda e govêmo.
sarte "o comércio interno do. vasto Im
Cada
tima dessas faculdades teria as cadeiras
pério do Brasil", encontrariam também
necessárias ao ensino completo de todos
abrigo o Tribunal Supremo de Justiça, o
sas côres e pessoas".
ral de Economia Pública.
lização; quanto aos escravos, impunha-
Sob a alegação do bom clima, da salubridade dos ares, da barateza e abun dância dos comestíveis, da facilidade de comunicações com as províncias centrais e marítimas, cabia aos deputados reivin dicar para a cidade de São Paulo a sede
se melhorar a sua sorte com a emanci
da primeira universidade brasileira. Ja
pação gradual a fim de transformar os negros "em cidadãos ativos e virtuosos",
havia até edifícios próprios para a sua
mister cuidar da sua catequese e civi
deriam
vegável. Assim ficaria a
Conselho de Fazenda e a Direção Ge
blemas - o trabalho escravo, o aban dono dos índios. Quanto a êstes, era
lonização de europeus pobres, índios, mu
Côrte defendida de qual
os conhecimentos humanos.
Tocavam nesse
posseiros, salvo da parte cultivada e de mais quatrocentas geiras; c) venda de
so o plano de reforma de instrução de
"composta no Brasil de classes de diver
ponto as instmções em dois graves pro
nacionais de todas as terras dadas por
instalação, como os conventos do Car-
A reve'arem antes preocupação com
os problemas de estrutura do que com OS de simples fachada, o govêmo pau lista enfretitava o do latifúndio, preco
tras ainda concernentes
ao problema da proprie dade
fundiária,
como
fôssem a preseivaçâo da sexta parte dos terrenos para reserva florestal, a destinação, pa
ta o estabelecimento de vilas, povoações e serviços de utilidade pública, de uma
légua intacta entre cada três léguas en tregues ao cultivo dos agricultores, e o acesso igual às aguadas por parte dos proprietários territoriais ao longo de rios ou ribeiros, mediante cuidadosa demar cação dos terrenos.
Nenhuma dessas idéias, realizáveis
lunas, utópicas outras, logrou sequer ser discutida nas Côrtes de Lisbôa pelos
nizando nova legislação sobre as sesmarias. Estas, sem promoverem o pro gresso da agricultura, como se preten
deputados paulistas. A repulsa às ten
dera ao instituí-las, dificultavam o de
tos não permitiram p seu exame, quan-
tativas recolonizadoras, melindres pa
trióticos, choques de interêsses imedia
■ f
Dfch-sTo
124
Econômico
Dicesto
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E<a>NÓMKa>
senvolvimento natural da população e
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tratassem "como
bitados então apenas por um ou dois
fica\'ani as mais das" \"èzes abandon,adas
frades.
Talvez falasse mais alto aí o
e incultas. Visando à pequena proprie
"Não podendo ha\er govêmo algum
bairrismo paulistano, mas o certo é que,
dade, as instruções esboçavam o seguin
constitucional sem a maior instrução e
seis anos depois, ati serem criados os
te plano: a) reversão à massa dos bens
moralidade do povo", recomendaN-am as instruções que os deputados promo-
cursos jurídicos, São Paulo figurov» ao lado de (blinda para abrigar as pepinei-
sesmarias e não cultímdas, deix.ando-se
\'ossem, além de esco'as de primeira-s le tras pelos métodos de Leiicasler, em tô-
destinados aos altos
aos seus donos meia légua quadrada; b)
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reversão também das terras dos simples
dação em cada província do Brasil de um ginásio ou colégio para o ensino das
da justiça durante o Império c ainda na República. Inconveniente para o estabelecimento
lotes de meia légua quadrada; d) forma
conciliar os seus recíprocos interêsses. Cogitando entre outros assuntos dos orgaos adequados ao govêmo do rei
ciências chamadas úteis.
da universidade, era também o Rio de
ção de um patrimônio com o produto da
com sede nas capitais das províncias, possuiriam as seguintes cadeiras: a) me dicina teórica e prática; b) cirurgia e
Janeiro para sede do govèrno geral. Su geriam as instruções que "o assento da
\enda desses lotes para favorecer u co
Còrte" fòsse numa cidade central no in
latos e negros forros, a quem se conce
sores para conhecer os atos transgres-
arte obstétrica; c) arte veterinária: d) elementos de matemática; e) idem de
terior do Brasil, adrede construida. na latitude
física e química; f) idem de botânica e horticultura experimental; g) idem de
em sitio ameno, fértil o
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estabelecendo
os
meios
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"prender as diferentes partes da monar quia em ambos» os hemisférios".
Mais
ou menos iludidos desejavam os mem bros do primeiro govêmo de São Paulo que os representantes paulistas, manti
da a integridade do reino unido, plei
teassem a ic^ldade dos direitos politicos e civis brasileiros e portugue ses, resolvessem a difícil questão da se
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no umdo, como fòsse um corpo de cen
si\os da Constimição por partç de qual » quer poder do Estado, as instmções com
que partiram os deputados paulistas desciam a minúcias de grande sabedo ria quanto aos negócios peculiares ao
Brasil. Deveria haver aqui um governo gera!, organizado por emanação e dele
gação dos eleitores do povo e do poder supremo executivo.
Ao govêmo cen
tral ficariam subordinados os governos
provinciais, fixada a competência de um e outro. Cumpria aos deputados pau listas ficar atentos para que na elabora
ção dos códigos civil e criminal se ti vesse em \'ista a diversidade das' cir cunstâncias de clima, o grau de cultu
ra e a situação social da população
homens e cristãos e
não como brutos animais".
das as cidades, vilas e freguesias, a fun
Tais ginásios,
zoologia e mineralogia. Não ficava nis
ras de
bacharéis
aproximada de 15 graus, regado por algum rio na
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pequenos
para se estabelecerem. A essas medidas de ex
cepcional alcance social, que teriam transformado
fendido pelo govêmo de São Paulo. Não
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instava a exigir desde logo pelo menos
cias centi-ais seria cana-
unia universidade, com quatro faculda-
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des ~ filosófica (dividida em três colégios: a) ciências naturais; b) mate-maticas puras e aplicadas; c) filosofia
lação das cidades maríti mas e mercantes.
Nessa
«especulativa e belas artes); 2.") de me-
nova capital, que por largas estradas se comunicaria com as diversas províncias
«licina; 3.") de jurisprudência; 4.^) de
e os portos de mar, estimulando-se des-
economia, fazenda e govêmo.
sarte "o comércio interno do. vasto Im
Cada
tima dessas faculdades teria as cadeiras
pério do Brasil", encontrariam também
necessárias ao ensino completo de todos
abrigo o Tribunal Supremo de Justiça, o
sas côres e pessoas".
ral de Economia Pública.
lização; quanto aos escravos, impunha-
Sob a alegação do bom clima, da salubridade dos ares, da barateza e abun dância dos comestíveis, da facilidade de comunicações com as províncias centrais e marítimas, cabia aos deputados reivin dicar para a cidade de São Paulo a sede
se melhorar a sua sorte com a emanci
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vegável. Assim ficaria a
Conselho de Fazenda e a Direção Ge
blemas - o trabalho escravo, o aban dono dos índios. Quanto a êstes, era
lonização de europeus pobres, índios, mu
Côrte defendida de qual
os conhecimentos humanos.
Tocavam nesse
posseiros, salvo da parte cultivada e de mais quatrocentas geiras; c) venda de
so o plano de reforma de instrução de
"composta no Brasil de classes de diver
ponto as instmções em dois graves pro
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os problemas de estrutura do que com OS de simples fachada, o govêmo pau lista enfretitava o do latifúndio, preco
tras ainda concernentes
ao problema da proprie dade
fundiária,
como
fôssem a preseivaçâo da sexta parte dos terrenos para reserva florestal, a destinação, pa
ta o estabelecimento de vilas, povoações e serviços de utilidade pública, de uma
légua intacta entre cada três léguas en tregues ao cultivo dos agricultores, e o acesso igual às aguadas por parte dos proprietários territoriais ao longo de rios ou ribeiros, mediante cuidadosa demar cação dos terrenos.
Nenhuma dessas idéias, realizáveis
lunas, utópicas outras, logrou sequer ser discutida nas Côrtes de Lisbôa pelos
nizando nova legislação sobre as sesmarias. Estas, sem promoverem o pro gresso da agricultura, como se preten
deputados paulistas. A repulsa às ten
dera ao instituí-las, dificultavam o de
tos não permitiram p seu exame, quan-
tativas recolonizadoras, melindres pa
trióticos, choques de interêsses imedia
r. 126
Digesto
to mais a sua adoção.
O mesmo infe
lizmente aconteceria pouco depois no Brasil, ao consiunar-se a Independência. Os sucessos meramente políticos, extre-
mando-se em choques pessoais, impedi-
EcoNõ.Nnco
nelas tão sàbiamcnle encarados.
Como
quer que seja, pode-se afirmar sem te-
mor de ênfase que o programa de ação traçado aos repre.sentantes paulistas ao
instruções, pudesse encaminhar a solu
Soberano Congres.so é dos mais objeti vos, lúcidos e generosos de quantos já foram formulados por homens públicos
ção racional e progressista dos problemas
bra.sileiros. E continua, em muitos pon
de ordem social, econômica e cultural
tos, de gritante atualidade.
râwi que José Bonifácio, à frente do go verno e autor principal, senão único, das
Geografia das Comun^' Ppoes por Nelson Werneck Sodré
VI — Portos, rios e canais
O historiador Nelson WfTiiecic Sodré, ém continuação d série dos artigos que está escrevendo para o "Digesto EcO'
rpnÊs zonas do litoral paulista fornecem portos ao Estado e ao país: a "zona ilhada", ao sul, a "zona baixa santista". ao centro, e a "zona recorta da", ao norte.
nómico" sôbre a Geografia das Comuni
cações Paulistas, aprecia as condições
Na sua zona, São Sebas
naturais dos portos e as de mcegaçâo
tião ó um acidente, proporcionado pela ilha do mesmo nome, que cobre a costa
dos rios e canais da baixada do Estado, bem como o clima da região entre o planalto e o litoral.
dobrada e estabelece um canal abriga
do e profvmdo. O pôrto, em suas con dições naturais, aí, iião deriva da' si tuação litorânea, em si, mas da formi
dável cobertxira estabelecida pela ilha
Santos se apresenta como o mais impor tante dos portos do Estado e do paisÉ o mais antigo entre os aparelhados, e
votos que a aereniiação £OverMmeS
Os Parlamento e tiovas eleições. Os
montanhosa, com cotas superiores, em vários pontos, a mil metros. As condições naturais dos portos de
ciam provàvebnente ao tradicionni ^
'cneleições municipais não perteii'
pendem, além das características da orla
de importância imvortâtu:in política, por «ronnr^ Partido Trabalhista trabalhista britânico reveste-se reveste-.' de gmnsua campanha
j- àr"exibir a F dilZi rcionar aos conservadore conservadores maior estímulo em destinada
A. classes médias, que sempre eleitorado do trabalhismo trahnlhistnn hritAntr.n. <25 britânico, »//7.c mas .«"m sim somente nos últimos anos se haviam conservadores ou aos liberais e que O apõio que essas camadas sociais dern " candidatos trabalhistas, ver com a orientação política dêstes r conservadores pouco tem, porém, a um programa económico-social aue
litorânea, da existência de baixada limí
trofe, e de suas condições quanto à
às primeiras obras é de 1888. e a inau
guração do primeiro trecho de cais, com guindastes hidráulicos. _ data de lhoramentos que sofreu deram-lhe uma
Ora, so
'n
há baixadas permeáveis. Na "zona ilha da", a existência de rodovias penetran
lecada a efeito com grandes hesitações e Tm m .,"™ "sid' Stafford Cripps para ministro dos NeSol pc"
''f P'<'"<tiemento «J®
tes, em condições técnicas sofríveis, e
P '■"'■••""''o das
moderaô. A concessão que deu origem
mente nas dtias primeiras zonas citadas
viabilidade de comunicações.
muUo maior que a dos trabalhadores hramSl n u''
eleições municipais significa, ainda, a cêLra „
aquêle que possui o aparelimmento mais
em precário estado de conservação, dei
1892. As sucessivas ampliações e me
extensão acostável pouco supenor a cm-
00 quilômetros, vinte e sete annazéns
para que pudesse corrigir os erros de um nuZnado. Eis porque é possível interpretar o resilíf"I"^°!
eco demasiado tarde i ® " cqorde-
xou Cananéia relegada à condição de
internos e vinte e cinco arnmzens ex
ção com os demais, uma vez que a com
estabelecer um paralelo entre a vitória do depanlí
v
panhia concessionária da navegação na
tinado ao fornecimento de energia aos
ção contra um "estatismo econômico" LVe^cumõ servador na Grã-Bretanha. Em primeiro
P"
"J""" '"•""f"""'lusto querer
"r" '5'™/"^°"-
Francãs representa uma clara 'demJZrX\ntíTol^:;iJ^a:"M^^^^^^^
nZ'\^caVbZitaLZÍZ%^^^ . j . ^ \ 1 ji-""
aS
'^""servadores britânicos
pohttcas. nas alas e.dremas e rmms ainda uma cr,se estrutural de regime. forças Finalrímte. não é razoável atribuir ímfíZs f "^i"" i" econômico da Europa depender de
..... íOTem
os E. U. entre A., porque os ressentimentas anti-americanos com aeepitahsta,^ mesma intensidade conservadores e trabalhistas britânicos,
for isso, o Piam Marshall não exerceu nenhuma influência positiva ou negativa
sobre o resvJiado das eleições municipais inglésas.
pôrto pesqueiro, pràticamente sem liga
zona deixou de prestar serviços eficien
tes. Iguape, com o levantamento aluvional da barra de Icaparra, ficou redvizi-
da a um progressivo estiolamento.
No
primeiro dos citados portos há ainda tra balhos de molhe, favorecidos por uma barranca alta sôbre o canal. Em Iguape, nem isso existe.
A
"zona
baixa
santista"
oferece
o
grande pôrto que Ibe emprestou o nome.
ternos, e um aparelhamento eletnco des
guindastes, pertencente à própria emprêsa concessionária, e anterior às obras do Cubatáo.
Os trabalhos de draga
gem, do pôrto e do canal que lhe dá acesso, permanecem em estado de qua
se abandono, e estão a exigir uma reto mada enérgica e tenaz.
A situação do grande pôrto, entretan
to, entrou era estado agudo. A crise
portuária atual não é mais do que o
r. 126
Digesto
to mais a sua adoção.
O mesmo infe
lizmente aconteceria pouco depois no Brasil, ao consiunar-se a Independência. Os sucessos meramente políticos, extre-
mando-se em choques pessoais, impedi-
EcoNõ.Nnco
nelas tão sàbiamcnle encarados.
Como
quer que seja, pode-se afirmar sem te-
mor de ênfase que o programa de ação traçado aos repre.sentantes paulistas ao
instruções, pudesse encaminhar a solu
Soberano Congres.so é dos mais objeti vos, lúcidos e generosos de quantos já foram formulados por homens públicos
ção racional e progressista dos problemas
bra.sileiros. E continua, em muitos pon
de ordem social, econômica e cultural
tos, de gritante atualidade.
râwi que José Bonifácio, à frente do go verno e autor principal, senão único, das
Geografia das Comun^' Ppoes por Nelson Werneck Sodré
VI — Portos, rios e canais
O historiador Nelson WfTiiecic Sodré, ém continuação d série dos artigos que está escrevendo para o "Digesto EcO'
rpnÊs zonas do litoral paulista fornecem portos ao Estado e ao país: a "zona ilhada", ao sul, a "zona baixa santista". ao centro, e a "zona recorta da", ao norte.
nómico" sôbre a Geografia das Comuni
cações Paulistas, aprecia as condições
Na sua zona, São Sebas
naturais dos portos e as de mcegaçâo
tião ó um acidente, proporcionado pela ilha do mesmo nome, que cobre a costa
dos rios e canais da baixada do Estado, bem como o clima da região entre o planalto e o litoral.
dobrada e estabelece um canal abriga
do e profvmdo. O pôrto, em suas con dições naturais, aí, iião deriva da' si tuação litorânea, em si, mas da formi
dável cobertxira estabelecida pela ilha
Santos se apresenta como o mais impor tante dos portos do Estado e do paisÉ o mais antigo entre os aparelhados, e
votos que a aereniiação £OverMmeS
Os Parlamento e tiovas eleições. Os
montanhosa, com cotas superiores, em vários pontos, a mil metros. As condições naturais dos portos de
ciam provàvebnente ao tradicionni ^
'cneleições municipais não perteii'
pendem, além das características da orla
de importância imvortâtu:in política, por «ronnr^ Partido Trabalhista trabalhista britânico reveste-se reveste-.' de gmnsua campanha
j- àr"exibir a F dilZi rcionar aos conservadore conservadores maior estímulo em destinada
A. classes médias, que sempre eleitorado do trabalhismo trahnlhistnn hritAntr.n. <25 britânico, »//7.c mas .«"m sim somente nos últimos anos se haviam conservadores ou aos liberais e que O apõio que essas camadas sociais dern " candidatos trabalhistas, ver com a orientação política dêstes r conservadores pouco tem, porém, a um programa económico-social aue
litorânea, da existência de baixada limí
trofe, e de suas condições quanto à
às primeiras obras é de 1888. e a inau
guração do primeiro trecho de cais, com guindastes hidráulicos. _ data de lhoramentos que sofreu deram-lhe uma
Ora, so
'n
há baixadas permeáveis. Na "zona ilha da", a existência de rodovias penetran
lecada a efeito com grandes hesitações e Tm m .,"™ "sid' Stafford Cripps para ministro dos NeSol pc"
''f P'<'"<tiemento «J®
tes, em condições técnicas sofríveis, e
P '■"'■••""''o das
moderaô. A concessão que deu origem
mente nas dtias primeiras zonas citadas
viabilidade de comunicações.
muUo maior que a dos trabalhadores hramSl n u''
eleições municipais significa, ainda, a cêLra „
aquêle que possui o aparelimmento mais
em precário estado de conservação, dei
1892. As sucessivas ampliações e me
extensão acostável pouco supenor a cm-
00 quilômetros, vinte e sete annazéns
para que pudesse corrigir os erros de um nuZnado. Eis porque é possível interpretar o resilíf"I"^°!
eco demasiado tarde i ® " cqorde-
xou Cananéia relegada à condição de
internos e vinte e cinco arnmzens ex
ção com os demais, uma vez que a com
estabelecer um paralelo entre a vitória do depanlí
v
panhia concessionária da navegação na
tinado ao fornecimento de energia aos
ção contra um "estatismo econômico" LVe^cumõ servador na Grã-Bretanha. Em primeiro
P"
"J""" '"•""f"""'lusto querer
"r" '5'™/"^°"-
Francãs representa uma clara 'demJZrX\ntíTol^:;iJ^a:"M^^^^^^^
nZ'\^caVbZitaLZÍZ%^^^ . j . ^ \ 1 ji-""
aS
'^""servadores britânicos
pohttcas. nas alas e.dremas e rmms ainda uma cr,se estrutural de regime. forças Finalrímte. não é razoável atribuir ímfíZs f "^i"" i" econômico da Europa depender de
..... íOTem
os E. U. entre A., porque os ressentimentas anti-americanos com aeepitahsta,^ mesma intensidade conservadores e trabalhistas britânicos,
for isso, o Piam Marshall não exerceu nenhuma influência positiva ou negativa
sobre o resvJiado das eleições municipais inglésas.
pôrto pesqueiro, pràticamente sem liga
zona deixou de prestar serviços eficien
tes. Iguape, com o levantamento aluvional da barra de Icaparra, ficou redvizi-
da a um progressivo estiolamento.
No
primeiro dos citados portos há ainda tra balhos de molhe, favorecidos por uma barranca alta sôbre o canal. Em Iguape, nem isso existe.
A
"zona
baixa
santista"
oferece
o
grande pôrto que Ibe emprestou o nome.
ternos, e um aparelhamento eletnco des
guindastes, pertencente à própria emprêsa concessionária, e anterior às obras do Cubatáo.
Os trabalhos de draga
gem, do pôrto e do canal que lhe dá acesso, permanecem em estado de qua
se abandono, e estão a exigir uma reto mada enérgica e tenaz.
A situação do grande pôrto, entretan
to, entrou era estado agudo. A crise
portuária atual não é mais do que o
128
Dic.ii.sTo Eco.vÓNnco
desvcndanienlo, que as circunstâncias
permitiram, de ujna ineficiência prolon
gada. As crises, cm Santos, sempre en contraram circunstancias que as escon
dessem. Uma guerra, uma revolução, e o movimento portuário descaía, sem
que o acúmulo de carga chegasse, in terrompida a sua ascensão; a indicar
as condições insatisfatórias do pôrto. A última circunstância foi o conflito mun
dial iniciado em 1939, ano em que se movimentaram perto de quatro e meio
milhões de toneladas nele.
Com o
vamenlc, a letra dos tratados. Para cum
bf-tagcni mas. em ijxiaUpun- circunslàn-
primento dc.ssa letra, c para .satisfação
cia, as enseadas o baías da "zona re-
de necessidade.s qiic não pas.sam, agora, do elementarc.s, o grande pôrto necessi
foz do rio dèste nome ano o Ríbeim.
turalmente.
rendíment(i, obras ensto.sa.s o demoradas. Ante, nc.stc momento, a neces.sidade è
do com a muralha da serra do Mar, oferece dificuldades técnicas considerá
Iguape, pe'o pòrlo velho, são c.scalas
a magnitude de tais obras le\antam-se
veis ao lançamento de ferrovias, acres-
a.s características naturais do pôrto, em zona ilhada c baixa, proveniente do aterramento aluvional progressivo da
ocupado por uma base aérea.
itif, prejmzo de mais de quinhentos mil Brasil, e um do.s primeiros no mundo. contos da época, - quase o dôfjro do A profundidade do cana), .superior a que o estado dlspenderia, mais de dez trinta metros, a proteção dos ventos, a anos depois, e com moeda já menos insensibilidade aos efeitos do mar alto, vaüosa, para a construção de ferrovia as condições de solidez do solo, apresen das condições técnicas difíceis da Mai- tam tal pôrto como destinado, em futu soberbas tarefas de engenharia. Insatisfatório para a.s solicitações do mo\'imento atual do comércio internacio
nal, o pôrto de Santos é apresentado, en tretanto, como devendo desempenhar função de destaque na política sul-ame
ricana, destinado a servir ao Paraguai e à Bolívia, conforme já discrimina, taxati-
ro não muito remoto taK ez, a suprir as
deficiências que o errôneo .sistema de
urn só pôrto nos trouxeram.
A zona referida, confinan
í-idas pela existência dos vales tranversaís, o as obras em apreço seriam cus-
to.sas cm extremo, o que parece reV^gar os porto.s dela a uma função se cundária, tanto quanto c possível prever. A transformação de Cananéia. cujas
condiç-ões naturais são apreciáveis, co
mo ancoradouro, cm pôrto aparelhado,
t?taT'i movimento totã de carga próximo dosomcinco milhões e -fora dela, protegido pela muralha da de toneladas e o pôrto esgotou a sua ilha que lhe dá o nome, o pôrto de Sâo Itapandade de trafego. A crise reduzi Sebastião apresenta condições naturais da dos anos de 1924-25 concorreu com que o colocam como o primeiro, no
e inúmeros viadutos, alguns dos quais
ciai.s atra\és dc água doce, hoje bas tante deficientes, mas cuja retomada parece anunciar-sc. Jiiquiá, próxima a
cas indicarem, até um certo limite, na
No extremo sul da "zona recortada",
rinque-Santos, com trinta e três túneis
airtada" estarão apta.s a receber obras portuárias qu«' as necessidades econômi
antigos tempos, ativa.s reliHÔcs eonuT-
ta, entretanto, .sofrer reforma radical, que lhe altere, fundatuentalmcnte, o
advento das condições de progressiva faixa litorânea, exigindo con.stantcs tra normahzaçao do comércio intemlcional balhos de dragagem, particularmente se menos de dots anos foram suficientes o cais fôr prolongado ao longo do canal para demonstrar a situação insustentável da Bertioga, marginando mangues e
do aparelhanrento portuário em Santos
129
i:)K;E.s-ro Econômico
A aberta
fornecida pelo \'íile do Juqujeriquerè
demandaria
a
construção
de ferrovia
ritimos da zona ilhada. -á recente rcor
ganização da companhia concossiomna,
em novo.s moldes, parece admitir a pos sibilidade dc uma rêde de naxTgaçao fluvial de intcrès.<c.
O rio Pequeno, o \'nh Grande, cons tinido pela, mão do
nais das zonas ilhada e cb
.snas condiçóes,^ como vias e^ cação, foram ja apreciadas, •
mente um pouco ao norte da região em que, atualmente, se faz a travessia para
dc sua importância . So os e'o
a ilha de Cananéia.
água doce,.
A ligação desta
ritimos merecem menção,
cidade a Ourinhos, cortando a E. F.
não representam hm^a
Sorocabana na altura de Itapeva, para ganhar os vales do Taquari e do Paranapanema, tarefa para largo futifro fer
rêsse para os transportes.
roviário, articulando o citado pôrto, na
ca, parece dever suceder-se, na medida das necessidades e das possibilidades em capitais, à ligação de São Sebastião ao planalto, cuja urgência é maior, ao que tudo indica. Se não há rios navegáveis, ao norte de Santos, e se a rede fluvial da baixa
^
existentes na região em es uc '
gadura, sôbre o mesmo canal, provavel
ria vir a ser a .sua hinterlàndia econômi
porto.s superiores às necessidades da ca-
na\'egação se estendc.sse aos canais i"'*
baixada de mangues, próxima ao mar de Cubatão e ponte de grande enver
condições técnicas razoáveis, — e quem diz pôrto, em escala internacional, diz Caraguatatuba e Ubatuba não pos
se aci"oscontarÍam Pôrto Snbaúma, or o Cubatão e Ciuiunéia mesmo, se essa
tista são os únicos hgadores
bitola' métrica, à Bolívia e ao Paraguai, sem falar na zona brasileira que pode
suem condições para ^'jrem a se tornar
fluviais de imporlimcia crescente, ^ 9"®
que, facilitada no acesso ao planalto, exigiria, sem diivida, custoso grade, na
permitirá o lançamento de ferro\'ia de
ferrovia.
Registro. Xiririca, Iporanga lahcz. e
|
i
VII - C/ínirt
O clima do p'analto não é unifomie.
Difereneia-se, em conseqüência da cliN-ersidade. na sua extensão, dos fatores
que imle influem. Ao longo da Serra do Mar, desde a sua entrada em territó
rio paulista até ao maçiço da Bo caina. o clima é temperado, e tam bém ao longo de tôda á faixa que acom
panha o desenvolvimento da serra, de um lado e de outro, quando atinge
da santista, em condições indecisas, não
Jundiaí e Cabreúva, do lado' interno, e
serve .senão a misteres rudimentares, já
o Alto da Serra, do lado marítimo. Só
o mesmo não acontece com a bacia do
Ribeira, na qual se desenvolveram, de
estão fora da faixa temperada a orla oceânica, com as zonas de baixada, è
128
Dic.ii.sTo Eco.vÓNnco
desvcndanienlo, que as circunstâncias
permitiram, de ujna ineficiência prolon
gada. As crises, cm Santos, sempre en contraram circunstancias que as escon
dessem. Uma guerra, uma revolução, e o movimento portuário descaía, sem
que o acúmulo de carga chegasse, in terrompida a sua ascensão; a indicar
as condições insatisfatórias do pôrto. A última circunstância foi o conflito mun
dial iniciado em 1939, ano em que se movimentaram perto de quatro e meio
milhões de toneladas nele.
Com o
vamenlc, a letra dos tratados. Para cum
bf-tagcni mas. em ijxiaUpun- circunslàn-
primento dc.ssa letra, c para .satisfação
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turalmente.
rendíment(i, obras ensto.sa.s o demoradas. Ante, nc.stc momento, a neces.sidade è
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Iguape, pe'o pòrlo velho, são c.scalas
a magnitude de tais obras le\antam-se
veis ao lançamento de ferrovias, acres-
a.s características naturais do pôrto, em zona ilhada c baixa, proveniente do aterramento aluvional progressivo da
ocupado por uma base aérea.
itif, prejmzo de mais de quinhentos mil Brasil, e um do.s primeiros no mundo. contos da época, - quase o dôfjro do A profundidade do cana), .superior a que o estado dlspenderia, mais de dez trinta metros, a proteção dos ventos, a anos depois, e com moeda já menos insensibilidade aos efeitos do mar alto, vaüosa, para a construção de ferrovia as condições de solidez do solo, apresen das condições técnicas difíceis da Mai- tam tal pôrto como destinado, em futu soberbas tarefas de engenharia. Insatisfatório para a.s solicitações do mo\'imento atual do comércio internacio
nal, o pôrto de Santos é apresentado, en tretanto, como devendo desempenhar função de destaque na política sul-ame
ricana, destinado a servir ao Paraguai e à Bolívia, conforme já discrimina, taxati-
ro não muito remoto taK ez, a suprir as
deficiências que o errôneo .sistema de
urn só pôrto nos trouxeram.
A zona referida, confinan
í-idas pela existência dos vales tranversaís, o as obras em apreço seriam cus-
to.sas cm extremo, o que parece reV^gar os porto.s dela a uma função se cundária, tanto quanto c possível prever. A transformação de Cananéia. cujas
condiç-ões naturais são apreciáveis, co
mo ancoradouro, cm pôrto aparelhado,
t?taT'i movimento totã de carga próximo dosomcinco milhões e -fora dela, protegido pela muralha da de toneladas e o pôrto esgotou a sua ilha que lhe dá o nome, o pôrto de Sâo Itapandade de trafego. A crise reduzi Sebastião apresenta condições naturais da dos anos de 1924-25 concorreu com que o colocam como o primeiro, no
e inúmeros viadutos, alguns dos quais
ciai.s atra\és dc água doce, hoje bas tante deficientes, mas cuja retomada parece anunciar-sc. Jiiquiá, próxima a
cas indicarem, até um certo limite, na
No extremo sul da "zona recortada",
rinque-Santos, com trinta e três túneis
airtada" estarão apta.s a receber obras portuárias qu«' as necessidades econômi
antigos tempos, ativa.s reliHÔcs eonuT-
ta, entretanto, .sofrer reforma radical, que lhe altere, fundatuentalmcnte, o
advento das condições de progressiva faixa litorânea, exigindo con.stantcs tra normahzaçao do comércio intemlcional balhos de dragagem, particularmente se menos de dots anos foram suficientes o cais fôr prolongado ao longo do canal para demonstrar a situação insustentável da Bertioga, marginando mangues e
do aparelhanrento portuário em Santos
129
i:)K;E.s-ro Econômico
A aberta
fornecida pelo \'íile do Juqujeriquerè
demandaria
a
construção
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ritimos da zona ilhada. -á recente rcor
ganização da companhia concossiomna,
em novo.s moldes, parece admitir a pos sibilidade dc uma rêde de naxTgaçao fluvial de intcrès.<c.
O rio Pequeno, o \'nh Grande, cons tinido pela, mão do
nais das zonas ilhada e cb
.snas condiçóes,^ como vias e^ cação, foram ja apreciadas, •
mente um pouco ao norte da região em que, atualmente, se faz a travessia para
dc sua importância . So os e'o
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água doce,.
A ligação desta
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cidade a Ourinhos, cortando a E. F.
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Sorocabana na altura de Itapeva, para ganhar os vales do Taquari e do Paranapanema, tarefa para largo futifro fer
rêsse para os transportes.
roviário, articulando o citado pôrto, na
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existentes na região em es uc '
gadura, sôbre o mesmo canal, provavel
ria vir a ser a .sua hinterlàndia econômi
porto.s superiores às necessidades da ca-
na\'egação se estendc.sse aos canais i"'*
baixada de mangues, próxima ao mar de Cubatão e ponte de grande enver
condições técnicas razoáveis, — e quem diz pôrto, em escala internacional, diz Caraguatatuba e Ubatuba não pos
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tista são os únicos hgadores
bitola' métrica, à Bolívia e ao Paraguai, sem falar na zona brasileira que pode
suem condições para ^'jrem a se tornar
fluviais de imporlimcia crescente, ^ 9"®
que, facilitada no acesso ao planalto, exigiria, sem diivida, custoso grade, na
permitirá o lançamento de ferro\'ia de
ferrovia.
Registro. Xiririca, Iporanga lahcz. e
|
i
VII - C/ínirt
O clima do p'analto não é unifomie.
Difereneia-se, em conseqüência da cliN-ersidade. na sua extensão, dos fatores
que imle influem. Ao longo da Serra do Mar, desde a sua entrada em territó
rio paulista até ao maçiço da Bo caina. o clima é temperado, e tam bém ao longo de tôda á faixa que acom
panha o desenvolvimento da serra, de um lado e de outro, quando atinge
da santista, em condições indecisas, não
Jundiaí e Cabreúva, do lado' interno, e
serve .senão a misteres rudimentares, já
o Alto da Serra, do lado marítimo. Só
o mesmo não acontece com a bacia do
Ribeira, na qual se desenvolveram, de
estão fora da faixa temperada a orla oceânica, com as zonas de baixada, è
Dici-;st<í EcoNóNnco
o vale (Io Paraíba. Se todo o planalto está compreendido na faixa de clima temperado, com a ressalva do vale do
Paraíba, há que distinguir, quanto à estação invemosa, que a faLxa mais pró xima à Serra do Mar é diferente daquela que, originando-se um pouco a oeste de São Paulo, nas alturas de Santo'Ama
ro e Cotia, abrange todo o planalto, na zona norte, desde o divisor entre o
Paraíbuna e o Paraitinga até o vale do Paraíba. Esta xiltima, realmente em
bora temperada, é de inverno sêco
A
outra, mais próxima da Unha de cumia-
da da seira, é de inverno menos sêco Nesta, o total das chuvas do mês mai
Sêcx> esta entre 30 e 60 mm. Naqueb
^esse total e inferior a 30 mm. A zona
V
paulista, salvo nas faixas do saliente de
costa, pois, o clima é tropical úmido. Os climas da baixada e do litoral,
quente c tropical úmido, compreendera uma temperatura média, para o mês mais quente, superior a 22° C, e uma O quadro das temperaturas nos indica,
acompanha a serra do Mar, desde São
com mais minúcias, uma zona fria, de
Vicente até os limite.s fluminenses, com
média anual inferior a 17° C, no ma ciço da Bocáina; uma zona entre 17
uma descarga superior a 1.900 mm. Segue-.se a baixada do Ribcira-luquiá, o
e 18" C, ao longo da .serra do Mar.
litoral ao sul de São Vicente, a ilha de Santo Amaro e o saliente de São Se
bastião, com um total anual entre 1.500
e 1.900 mm. Eni seguida. \ cm a parte
sul do planalto c tôda a sua parte norte
ao sul do vale do Ribeira, em seuTnce oeste-Ieste, está compreendida, como a
sempre inferior a 18° C.
Na baixada, já as coisas não se pas sam da mesma maneira. Tôda a zona da baixada do Ribeira-Juquiá, salvo num
; Iguape, o clima é quente e úmido, e
)
essa faixa climática chega ao litoral, de
! Cananéia para o sul. Segue ainda pa
ralela à costa, para o norte, mas dela
distante cerca de dez quilômetros, em
média, estreita e longa, comprimida pela faixa temperada que acompanha a serra do ^íar.
No litoral, salvo ao sul de
Cananéia, e compreendendo a zona de baixada num raio de trinta quifórnetrog. em torno de Iguape, o cltma é tropical úmido. Além dessa entrada curiosa em torno de Iguape, essa faixa tem outra entrada, configurada na bai xada santista.
Ao longo de tôda a
Santos segue-se a Iguape, nesse p^' licular. Os meses mais úmidos são ja
total anual de chuvas é a fai.xa que
serras do Cadeado e dn n.
raio de trinta quilômetros em tomo de
todo o Estado de São Paulo, salvo o
média de mês mais frio superior a
ta-se de temperatura média inferior. 22° C, e a média do mês mais frio é I
dade relativa. Iguape c a menos úmida
18° C.
estreita na parte sul do planalto, quan do apenas acompanha a linha de cumiaíla, muito larga na zona central, abra çando a região da cidade de São Paulo,
Santos é, também, a localidade onde, em média, mais chove, e São Sebastiao
j
aquela onde menos clwe; nos meses frios são freqüentes as quantidades com N-alores pró.ximos de 90 mm para
e de 40nim para esta. Sah'0 o caso
de Santos a Ubatuba, as O»'!'" '.^ M
sul do que no litoral norte. i ..
M
dos vales do Paraíba e do Tietê, prolongando-se até Una, pertence a um total
de março são maiore.s que as de jane e fevereiro; o que não acontece no
^
anual entre 1.100 e 1.300 mm.
cho entre Santos e Cananéia.
Se o planalto apresenta temperatura favorável, temperada, com inverno mais sêco ou menos sêco, — salvo na parte
calmas são de
em Itanhaen, e mínimas em
plana do vale do Paraíba, — já o clima
Naquela, a predominância vana
do litoral é bastante desfavorável, em
a sudeste, durante todo o aao»
entre 18 e 19° C, que acompanha a
fnáxima, com
litoral a temperatvira já se elevou a
41°.8, mas em todo o
40° C, entre dezembro e fevereiro.
No
que se refere às mínimas, os postos do
lado interno, na parte norte; uma zona
dade onde se obser\ a maior ewaporaçao, e Ubatuba onde a evaporação é menor.
São Sebastião, chove menos no Mo^j^
serra, nas suas encostas interna e marí
tima, lia qual se compreende a cidade
neiro e fevereiro, e os menos úmidos
são junho e julho. Santos é a loca i
vale do Paraíba, com um total anual en tre 1.300 e 1.500 mm. Estreita faixa,
Foi em Santos que já se observou a
de São Paulo; uma zona entre 19 e 20° C, que se sucede à anterior, do lado marítimo da serra, na parte sul, e do
e nos meses quentes mal atinge '<
entre as encostas interiores da serra e o
certas épocas do ano. O mês mais quente, nêle, é fevereiro, e o mais frio é junho. Cananéia e Itanhaen apresen tam as maiores amplitudes térmicyis.
pelo sul Q pelo norte, mas deixando fora essa região, estendendo-se para o in terior e para a Mantiqueira; uma zona
Ubatuba e Itanhaen são as localidades mais iimidas, ambas com 87% de umi
São Sebastião c parle central da bai xada santista, qvic se compreende entre 22 e 2-3° C, a parte mais quente de vale Superior do Paraná. De um modo geral, a zona de maior
faixa próxima da serra do Mar, no cUmí temperado de inverno menos sêco Tr !
151
DlCEííTt' EctJNÓMlCO
130
Quanto aos ventos, em conjui , ■
em reina o sudoeste." Can^nétajulho é o sudoeste que mais se Em .mmfest^ vigorando de abril a setembro. Em Iguape, ísse vento reina de ma,o
agôsto, no restante é do quadrante su deste. Em São Sebastião, em virtude de seu afastamento da serra, predomina o vento superficial do norte. Em
litoral sul apresentam os menores valores
tuba, de abril a agôsto reina o sudo
mas, por exceção, Ubatviba já registrou a temperatura de 0°.8.
sais'variàm de este a sudeste.
este, e as restantes predominàncias men
entre 20 e 21° C, que se sucede à última, no sul, em frente à baixada e que constitui, no norte, a parte plana do vale
do Paraíba; uma zona entre 21 e 22° C, que abrange tôda a baixada do Ribeíra-Juquíá e tôda a baixada do litoral
Uma alta fonte oficial recelou que a Grã-Sretauha prcicudc uumentato^
•comércio com o ocidente da Europa e com a África, para campeusar a rua escaasez /
ãe ílólares.
Dici-;st<í EcoNóNnco
o vale (Io Paraíba. Se todo o planalto está compreendido na faixa de clima temperado, com a ressalva do vale do
Paraíba, há que distinguir, quanto à estação invemosa, que a faLxa mais pró xima à Serra do Mar é diferente daquela que, originando-se um pouco a oeste de São Paulo, nas alturas de Santo'Ama
ro e Cotia, abrange todo o planalto, na zona norte, desde o divisor entre o
Paraíbuna e o Paraitinga até o vale do Paraíba. Esta xiltima, realmente em
bora temperada, é de inverno sêco
A
outra, mais próxima da Unha de cumia-
da da seira, é de inverno menos sêco Nesta, o total das chuvas do mês mai
Sêcx> esta entre 30 e 60 mm. Naqueb
^esse total e inferior a 30 mm. A zona
V
paulista, salvo nas faixas do saliente de
costa, pois, o clima é tropical úmido. Os climas da baixada e do litoral,
quente c tropical úmido, compreendera uma temperatura média, para o mês mais quente, superior a 22° C, e uma O quadro das temperaturas nos indica,
acompanha a serra do Mar, desde São
com mais minúcias, uma zona fria, de
Vicente até os limite.s fluminenses, com
média anual inferior a 17° C, no ma ciço da Bocáina; uma zona entre 17
uma descarga superior a 1.900 mm. Segue-.se a baixada do Ribcira-luquiá, o
e 18" C, ao longo da .serra do Mar.
litoral ao sul de São Vicente, a ilha de Santo Amaro e o saliente de São Se
bastião, com um total anual entre 1.500
e 1.900 mm. Eni seguida. \ cm a parte
sul do planalto c tôda a sua parte norte
ao sul do vale do Ribeira, em seuTnce oeste-Ieste, está compreendida, como a
sempre inferior a 18° C.
Na baixada, já as coisas não se pas sam da mesma maneira. Tôda a zona da baixada do Ribeira-Juquiá, salvo num
; Iguape, o clima é quente e úmido, e
)
essa faixa climática chega ao litoral, de
! Cananéia para o sul. Segue ainda pa
ralela à costa, para o norte, mas dela
distante cerca de dez quilômetros, em
média, estreita e longa, comprimida pela faixa temperada que acompanha a serra do ^íar.
No litoral, salvo ao sul de
Cananéia, e compreendendo a zona de baixada num raio de trinta quifórnetrog. em torno de Iguape, o cltma é tropical úmido. Além dessa entrada curiosa em torno de Iguape, essa faixa tem outra entrada, configurada na bai xada santista.
Ao longo de tôda a
Santos segue-se a Iguape, nesse p^' licular. Os meses mais úmidos são ja
total anual de chuvas é a fai.xa que
serras do Cadeado e dn n.
raio de trinta quilômetros em tomo de
todo o Estado de São Paulo, salvo o
média de mês mais frio superior a
ta-se de temperatura média inferior. 22° C, e a média do mês mais frio é I
dade relativa. Iguape c a menos úmida
18° C.
estreita na parte sul do planalto, quan do apenas acompanha a linha de cumiaíla, muito larga na zona central, abra çando a região da cidade de São Paulo,
Santos é, também, a localidade onde, em média, mais chove, e São Sebastiao
j
aquela onde menos clwe; nos meses frios são freqüentes as quantidades com N-alores pró.ximos de 90 mm para
e de 40nim para esta. Sah'0 o caso
de Santos a Ubatuba, as O»'!'" '.^ M
sul do que no litoral norte. i ..
M
dos vales do Paraíba e do Tietê, prolongando-se até Una, pertence a um total
de março são maiore.s que as de jane e fevereiro; o que não acontece no
^
anual entre 1.100 e 1.300 mm.
cho entre Santos e Cananéia.
Se o planalto apresenta temperatura favorável, temperada, com inverno mais sêco ou menos sêco, — salvo na parte
calmas são de
em Itanhaen, e mínimas em
plana do vale do Paraíba, — já o clima
Naquela, a predominância vana
do litoral é bastante desfavorável, em
a sudeste, durante todo o aao»
entre 18 e 19° C, que acompanha a
fnáxima, com
litoral a temperatvira já se elevou a
41°.8, mas em todo o
40° C, entre dezembro e fevereiro.
No
que se refere às mínimas, os postos do
lado interno, na parte norte; uma zona
dade onde se obser\ a maior ewaporaçao, e Ubatuba onde a evaporação é menor.
São Sebastião, chove menos no Mo^j^
serra, nas suas encostas interna e marí
tima, lia qual se compreende a cidade
neiro e fevereiro, e os menos úmidos
são junho e julho. Santos é a loca i
vale do Paraíba, com um total anual en tre 1.300 e 1.500 mm. Estreita faixa,
Foi em Santos que já se observou a
de São Paulo; uma zona entre 19 e 20° C, que se sucede à anterior, do lado marítimo da serra, na parte sul, e do
e nos meses quentes mal atinge '<
entre as encostas interiores da serra e o
certas épocas do ano. O mês mais quente, nêle, é fevereiro, e o mais frio é junho. Cananéia e Itanhaen apresen tam as maiores amplitudes térmicyis.
pelo sul Q pelo norte, mas deixando fora essa região, estendendo-se para o in terior e para a Mantiqueira; uma zona
Ubatuba e Itanhaen são as localidades mais iimidas, ambas com 87% de umi
São Sebastião c parle central da bai xada santista, qvic se compreende entre 22 e 2-3° C, a parte mais quente de vale Superior do Paraná. De um modo geral, a zona de maior
faixa próxima da serra do Mar, no cUmí temperado de inverno menos sêco Tr !
151
DlCEííTt' EctJNÓMlCO
130
Quanto aos ventos, em conjui , ■
em reina o sudoeste." Can^nétajulho é o sudoeste que mais se Em .mmfest^ vigorando de abril a setembro. Em Iguape, ísse vento reina de ma,o
agôsto, no restante é do quadrante su deste. Em São Sebastião, em virtude de seu afastamento da serra, predomina o vento superficial do norte. Em
litoral sul apresentam os menores valores
tuba, de abril a agôsto reina o sudo
mas, por exceção, Ubatviba já registrou a temperatura de 0°.8.
sais'variàm de este a sudeste.
este, e as restantes predominàncias men
entre 20 e 21° C, que se sucede à última, no sul, em frente à baixada e que constitui, no norte, a parte plana do vale
do Paraíba; uma zona entre 21 e 22° C, que abrange tôda a baixada do Ribeíra-Juquíá e tôda a baixada do litoral
Uma alta fonte oficial recelou que a Grã-Sretauha prcicudc uumentato^
•comércio com o ocidente da Europa e com a África, para campeusar a rua escaasez /
ãe ílólares.
5^
DicESTO
Launiíícios Seiscentistas de São Paulo
XVII.
seiscentista 6 licito dizer-se, tanto
quanto do planalto de São Paulo, que oferecia condições admiràvelinente pro picias à multiplicação dos rebanhos de
ove.has. O clima, que em contraste tom o das baixadas litorâneas parece favorecer essa criação, também reclama dos moradores o freqüente recurso a agasalhos de lã.
scculo XVI, o do padre, Fernão Cardim ja nos apresenta o povo dp
\ vesHndo-se ordinàriainente de bureV em pleno mes de fevereirn a , rancaa desse "pano de' dó" rS
ditada aqui. apenas pela austera tZ teza das modas de Felipe II, poi^ o,
133
Dcstinanclo-so nossas malhadas
seisicntistas cpiase unicamente à produ ção <le lã, não à cie carne ou do 'eito,
por Skhcio Buarque i>k Holanda
JJe nenhuma outra região do Brasil
Econó n I ic;o
e tendo-se em conta a escassez da popu lação díi capitania c a escassez também
o-s grandes rcbuiibo.s de o\inos consti-
de recursos para a alimentação de gran
tuiram nos séculos iniciais da coloniza
des rebanhos, elas parecem ratificar, ao contrário, certas expressões só aparen
ção uma das riquezas da terra, "cujOs habitantes não logram no presente tem po daquela abundância antiga na cria
temente cxcessi\'as do gonealogisla.
E
se é corto <pít. essa lã se destina\a em
ção das ovcibas..."
parle à fiação e tecelagem, considtve-se
Ignora-se a quanto
que a capacidade de absorção do pro
montava, por
duto se restringia, segundo tòdas as probabilidades, i\ gente abastada ou re mediada, que por sua vez também con sumia, e sem dúvida cm escala muito
exemplo, u criação de um Amador Bue-
no, senhor de muitos rebanhos e pas tagens, mas há notícia segura de que
não faltavam potentados de mais de uma t-entena de cabeças de lanígeros.
Um
maior, tecidos
dòles, Antônio Raposo da Silveira, dei.va
dos
de
vin
fora.
Os
Um exame dos preço.": que coshiniam ser :rtribuídos ao.s no.ssos lunares nos \eIhos inventários ainda pode lançar al
guma luz .sobre a sua situação relativa
no quadro de nossa economia colonial, em particular durante o decorrer do sé culo XVII. A regra geral - mus ain da neste caso a regra comporta exce-
_ é que uma o\elha se \ende a
preç-os mais ele\ãdos do que um car......
neilü.
^
X^,-» inventário No inventário de de Estêvão Estêvão FurFur-
quim por e.xeniplo, que é do ano de 1660. pre\alece a regra geral: c-ada um dos seus dezesseis carneiros é avaliado en:
duas palacas, ou sejam seiscentos e qua renta réis. e cada uma das sua tre ze ovelhas em mil réis. No mesmo in-
rebanhos de cento e quinze, ein 1663,
outros,
entre carneiros, ü\'e!has e crias.
especialmente e os
^•entário uma égua, um ca\'alo pastor e
um poldro são esti-
Outro,
os
escra\os
Loiirenço Castanho Taques, apresenta,
índios
no ano de 1671, cento e sessenta e
tração, êsses tinham
mado.s, cada um, in
paulistanos timbravam pouco em acoin quatro cabeças, incluindo-se nesse nú panhar as modas, admite-o o próprio mero cento e quarenta carneiros maCardim, nem pelo temperamiento da thos e femeas e mais doze ovelhas com terra, sombria e até melancólica de seu seus borregos e crias tenras. Em uma
de contentar-se com
diferentemente, eni
natural, mas antes pela conveniência de
so localidade da capitania, Parnaíba,
se resguardar o corpo contra surprêsas
não é muito raro encontrareni-se, pelos últimos decênios do mesmo
ral eles mesmos fia vam, teciam e co
do clima, num lugar de "grandes frios e geadas". Quem folheie inventários da mesma época não deixará de notar o e.xcesso de trajos de baeta, sarja e outros panos
^eculü,
criadores
ças
mais
e
de
como
sessenta
é
o
as
de
adminis
simples
mentas
\esti-
mil réis. Mil réis é
roceiras • de
também o preço cie
algodão, que em ge
Para
cabe-
ter-se
me
lhor idéia do que significava um rebanho de uma cente
exemplo, de um Pedro Vaz de Barros io
moço) ou o de um Francisco Pedroso
na de ovelhas, é bastante observar que
de l<ã mais. ou menos grossa: roupões,
Xavier.
na América do Norte, por volta do ano
roupetas, calções, mantos com ou sem capuzes, rebuços, pelotes, "ferragoulos". Mais tarde chegará também a vez do
Cifras semelhantes só parecerão mes quinhas a quem encare com olhos de hoje a situação de São Paulo du século
de 1650, as três mil cabeças de laníge ros então existentes em todo o Massa-
chusetts', já serviam, segundo informa o
surtum, invariàvelmente de baeta, e a
do poncho, este trazido das possessões castelhanas, e que durante longo tem po constituirá elemento obrigatório na clás.síca indumentária paulista. Sabemos, além disso, particularmente por informação de Pedro Taqites, que
1 ^ sr. Sérgio Biuirque àe Hol<imla mos^fa, no presente artigo, a pujança dos rebanhos de ovinos do plaiujlto paulista o as suas repercussões na iiidústria do méstica da tecelaaem.
..A«k
a
um boi de três para quatro anos se a\ a-
siam.
caso, por
uma novilha, ao pas so que uma \'aca e
historiador T. J. Wertenbaker, para ali
íiam, cada qual, em mil e seiscentos réis.
Vinte anos mais tarde a re'ação achase consideravelmente :dterada. Assim é
que, no inventário de Ana de Proença, datado de 1680 precisamente, quaren
ta ovelhas, entre grandes e pequenas, são orçadas, ao todo, em 12S800, e isso
quer dizer que cada ovelha custaria,
mentar uma ativa indústria têxtil na
em média, apenas uma pataca. ou .se
Nova Inglaterra, e que antes de termi nado o terceiro quartel do mesmo sé culo, já saíam de Newport apreciáveis quantidades de lã para a França, em
jam trezentos e vinte réis. Pois bem, no mesmo inventário atribui-se o preço de oitocentos réis a um bezerro e o de
troca de linho, e para a Espaníia, ein
dois mil réis a uma cavalgadura. Uma da,s interpretações plausiveis
troca de vinho.
para èsse fato .seria a de que, durante a
5^
DicESTO
Launiíícios Seiscentistas de São Paulo
XVII.
seiscentista 6 licito dizer-se, tanto
quanto do planalto de São Paulo, que oferecia condições admiràvelinente pro picias à multiplicação dos rebanhos de
ove.has. O clima, que em contraste tom o das baixadas litorâneas parece favorecer essa criação, também reclama dos moradores o freqüente recurso a agasalhos de lã.
scculo XVI, o do padre, Fernão Cardim ja nos apresenta o povo dp
\ vesHndo-se ordinàriainente de bureV em pleno mes de fevereirn a , rancaa desse "pano de' dó" rS
ditada aqui. apenas pela austera tZ teza das modas de Felipe II, poi^ o,
133
Dcstinanclo-so nossas malhadas
seisicntistas cpiase unicamente à produ ção <le lã, não à cie carne ou do 'eito,
por Skhcio Buarque i>k Holanda
JJe nenhuma outra região do Brasil
Econó n I ic;o
e tendo-se em conta a escassez da popu lação díi capitania c a escassez também
o-s grandes rcbuiibo.s de o\inos consti-
de recursos para a alimentação de gran
tuiram nos séculos iniciais da coloniza
des rebanhos, elas parecem ratificar, ao contrário, certas expressões só aparen
ção uma das riquezas da terra, "cujOs habitantes não logram no presente tem po daquela abundância antiga na cria
temente cxcessi\'as do gonealogisla.
E
se é corto <pít. essa lã se destina\a em
ção das ovcibas..."
parle à fiação e tecelagem, considtve-se
Ignora-se a quanto
que a capacidade de absorção do pro
montava, por
duto se restringia, segundo tòdas as probabilidades, i\ gente abastada ou re mediada, que por sua vez também con sumia, e sem dúvida cm escala muito
exemplo, u criação de um Amador Bue-
no, senhor de muitos rebanhos e pas tagens, mas há notícia segura de que
não faltavam potentados de mais de uma t-entena de cabeças de lanígeros.
Um
maior, tecidos
dòles, Antônio Raposo da Silveira, dei.va
dos
de
vin
fora.
Os
Um exame dos preço.": que coshiniam ser :rtribuídos ao.s no.ssos lunares nos \eIhos inventários ainda pode lançar al
guma luz .sobre a sua situação relativa
no quadro de nossa economia colonial, em particular durante o decorrer do sé culo XVII. A regra geral - mus ain da neste caso a regra comporta exce-
_ é que uma o\elha se \ende a
preç-os mais ele\ãdos do que um car......
neilü.
^
X^,-» inventário No inventário de de Estêvão Estêvão FurFur-
quim por e.xeniplo, que é do ano de 1660. pre\alece a regra geral: c-ada um dos seus dezesseis carneiros é avaliado en:
duas palacas, ou sejam seiscentos e qua renta réis. e cada uma das sua tre ze ovelhas em mil réis. No mesmo in-
rebanhos de cento e quinze, ein 1663,
outros,
entre carneiros, ü\'e!has e crias.
especialmente e os
^•entário uma égua, um ca\'alo pastor e
um poldro são esti-
Outro,
os
escra\os
Loiirenço Castanho Taques, apresenta,
índios
no ano de 1671, cento e sessenta e
tração, êsses tinham
mado.s, cada um, in
paulistanos timbravam pouco em acoin quatro cabeças, incluindo-se nesse nú panhar as modas, admite-o o próprio mero cento e quarenta carneiros maCardim, nem pelo temperamiento da thos e femeas e mais doze ovelhas com terra, sombria e até melancólica de seu seus borregos e crias tenras. Em uma
de contentar-se com
diferentemente, eni
natural, mas antes pela conveniência de
so localidade da capitania, Parnaíba,
se resguardar o corpo contra surprêsas
não é muito raro encontrareni-se, pelos últimos decênios do mesmo
ral eles mesmos fia vam, teciam e co
do clima, num lugar de "grandes frios e geadas". Quem folheie inventários da mesma época não deixará de notar o e.xcesso de trajos de baeta, sarja e outros panos
^eculü,
criadores
ças
mais
e
de
como
sessenta
é
o
as
de
adminis
simples
mentas
\esti-
mil réis. Mil réis é
roceiras • de
também o preço cie
algodão, que em ge
Para
cabe-
ter-se
me
lhor idéia do que significava um rebanho de uma cente
exemplo, de um Pedro Vaz de Barros io
moço) ou o de um Francisco Pedroso
na de ovelhas, é bastante observar que
de l<ã mais. ou menos grossa: roupões,
Xavier.
na América do Norte, por volta do ano
roupetas, calções, mantos com ou sem capuzes, rebuços, pelotes, "ferragoulos". Mais tarde chegará também a vez do
Cifras semelhantes só parecerão mes quinhas a quem encare com olhos de hoje a situação de São Paulo du século
de 1650, as três mil cabeças de laníge ros então existentes em todo o Massa-
chusetts', já serviam, segundo informa o
surtum, invariàvelmente de baeta, e a
do poncho, este trazido das possessões castelhanas, e que durante longo tem po constituirá elemento obrigatório na clás.síca indumentária paulista. Sabemos, além disso, particularmente por informação de Pedro Taqites, que
1 ^ sr. Sérgio Biuirque àe Hol<imla mos^fa, no presente artigo, a pujança dos rebanhos de ovinos do plaiujlto paulista o as suas repercussões na iiidústria do méstica da tecelaaem.
..A«k
a
um boi de três para quatro anos se a\ a-
siam.
caso, por
uma novilha, ao pas so que uma \'aca e
historiador T. J. Wertenbaker, para ali
íiam, cada qual, em mil e seiscentos réis.
Vinte anos mais tarde a re'ação achase consideravelmente :dterada. Assim é
que, no inventário de Ana de Proença, datado de 1680 precisamente, quaren
ta ovelhas, entre grandes e pequenas, são orçadas, ao todo, em 12S800, e isso
quer dizer que cada ovelha custaria,
mentar uma ativa indústria têxtil na
em média, apenas uma pataca. ou .se
Nova Inglaterra, e que antes de termi nado o terceiro quartel do mesmo sé culo, já saíam de Newport apreciáveis quantidades de lã para a França, em
jam trezentos e vinte réis. Pois bem, no mesmo inventário atribui-se o preço de oitocentos réis a um bezerro e o de
troca de linho, e para a Espaníia, ein
dois mil réis a uma cavalgadura. Uma da,s interpretações plausiveis
troca de vinho.
para èsse fato .seria a de que, durante a
Dir.ESTo Eco^-õ^^«)
134
OiCESTí) Ec:on<'>mico
segunda metade do século, teria havido
aumento progressivo nos rebanhos de la-
guntar se o seu próprio cniprêgo na te celagem doméstica teria chegado a ve
plenamente confirmada, aliás, pela cir
rificar-se, ainda- que em escala reduzida. É certo que, pelo menos na confecção
cunstância dos inventários
mesma
da.s rêdes de dormir, empregavam nossas
época assinalarem geralmente malhadas
tecedciras seiscentistas, em muitos casos,
mais numerosas do que os da primeira
fios de lã misturados aos de algodão. Mas nada impede de supor que essa mesma lã fóssc de provcnicnciu exótica.
nares da capitania. Hipótese que parece da
metade do século.
Ê interessante notar como os preços da lã não decaem em progressão corres pondente. Dois mil réis por arroba é a estimativa mais corrente entre os anos
de 1630 e 1660. Pois em 1875 as trê.s arrobas deixadas por um Aleixo Leme de Alvarenga, com sítio na Pamaíba não custarão mais de cinco
i exemplos
mil reis, ao todo.
Sabemos, por te.stcmunhos de princípio do século pasado, que as tecelâs paulis tanas faziam as suas redes e colchas
felpudas, empregando, ao lado do algo dão, fios de lá tirados de \ elhos retalhos de baeta. Não ocorreria coi.sa semelhan te no século XVII?
E outros
poderiam citar-se
Note-se que Pedro Taques, aludindo à abundância antiga
[.
igualmente ilustrativos.
%
Nos anos de 90 é que prin
;- V
cipia a registar-se novo au
/.
da criação de o\'elhas em São Paulo, só lembra, a propósito,
o emprego de sua lã na con fecção de chapéus dé feltro.
mento, tanto no preço das ovelhas como no da lã, mas
Com a diminuição dos reba nhos, observa, "extinguiram-se as fábricas de chapéus gros
esse fato deve relacionar-se ao
encarecimento geral dos gêne ros, conseqüente à grande de
sos, que ainda no fim do sé-
sorganização na vida econômi
'
ca da capitania, que o rush
culo 6 ano de 1699 estavam
135
indígenas que eram. ao cabo, os serxiçafs dos moradores brancos.
Os próprio.s jesuítas das missões do
Paraguai não conseguiram, por muito que o fizessem, industriar seus carijós domésticos no fabrico de telas mais de
licadas do que certa espécie de .verga
não se achasse vinculado às velhas ati
vidades tribais. O que faziam, comenta o padre Pablo Heniandez, S. J., era
mo o de maior pujança na criação de lanares em São Paulo.
vel é que fossem, em sua totalidade ou
Até que ponto essa pujança se teria refletido no aproveitamento industrial do principal produto dos rebanhos de c\i-
quase totalidade, fruto de importação.
nos? Para começar cumpre dizer que a lã da terra, como fibra têxtil, jamais
neficio do algodão, mas é verdade, por outro lado, que no caso deste, tratandose de produto da terra, a limpeza fazia parle de uma experiência ancestral dos
chegou a tomar-se competidor impor tante para o algodão. Cabe mesmo per-
O preparo de lãs finas para a fiação não exigiria esfôrço maior do que o be
c
registados trinta e oito pares de cai as ao preço de quatrocentos réis cada Trata-se seguramente dos .apare io> manuais de procedência européia, que, com efeito, só se manejam aos par", e ainda são correntemente
É bem sabido que para a fiação, a lâ deve ser convenientemente lavada, até tomar a aparência aproximada de capulhos de algodão, e que nessa lava gem se vai pelo menos cinqüenta por
cento, é em geral duas terças partes do peso primitivo. Assim sendo, há
de crescer por força seu valor, na pro
Quanto às baetas c papas de cober tor, que com tamanha freqüência apa recem nos antigos inventários, o prová
a arroba e meia de lã.
No inxentário
ponchos de gahi.
vez sem granâe èrro, considerar o trintênio que se estende de 1660 a 1690 co
buir-se, sem dúvida, a decadência das
de que costumax am dar a êsse produto os habitantes da ca
pelo menos, de que isso ocorreria ein um ou outro caso.
tingir a lã e depois tecer telas listadas ou floreadas, de que fabricavam seus
"lavada" que Januário Ribeiro deixou
motivos idênticos deve atri-
estabelecidas". Outra utilida
lhantes aos que fabricariam os ínmos
Lourenço Castanho Taques oparecein
pitania. segundo o atestam diferentes do
i
lavada na confecção de panos seme
dência européia —, tal o horror que ins pirava a esses índios todo esfôrço que
cumentos, era a fabricação de colchõw, onde entrava, para cada um, de arrôba
,
Nâo cabe. porém, exchür de todo a
possibilidade do emprego dessa lá mal das missões do sul. Há um indicio,
antigas malhadas piratininganas, inicia da com o século seguinte, segunda pa rece sugerir Pedro Taques. Pode-se, tal
A
te eficaz no mister da fiação.
rude, a que chamavam bechara — de bechã ou obechd, que é como denomi navam os Guaranis a ovelha de proce
porção do peso que lhe foi tirado, Ora, percorrendo velhos inventários, não se nota divergência sensível de preço entre as lãs sujas e as lavadas.
para as minas suscitara.
ri
cientemente aperfeiçoados para permi tirem o aproveitamento verdadeiramen
Cada umia das dims arrobas de lã
em 1639, é orçada em dois mil e quinhentps e sessenta réis.
Sendo de
cêrca de dois mil réis o preço corren te da lã suja pela mesma época, re sulta que a diferença a mais é, no caso, inferior a duas patacas. Isso pode significar que os processos e os recursos, técnicos empregados na sua limpeza não estariam, entre nós, sufi
pelas IIUMUS peius nossas i.n..—fiandeiras domesticas p ^y ^
cardar a !ã, não o caraar
a
ia,
nau
u
algodão, o instrumento habitual
'
da, na indústria caseira, e unic
gistado em textos antigos, é um cor . estirado em pequeno arco de '
que a operária tange sóbre _os c p Ihos desfeitos, e em quantidade q corresponda a uma batedura. Não se trata certamente SC, se entre os inventários
í"™;
públicados. o de Lourenço Cast-anl.o
Cues assinale a malhada mars nume
rosa, deisando de fazer qualquer referência à presença eventual de a.godoais. E não seria de esperar que, destinando-se essa lã apenas a encher colchões, ou a fí\zer chapéus de feltro
grosseiro, fosse necessário cardá-la pre viamente. De qualquer modo há aqui
uma simples sugestão, que Qutro.s do cumentos poderão ratificar, tahez. al gum dia. ou tornar improváwl.
^
Dir.ESTo Eco^-õ^^«)
134
OiCESTí) Ec:on<'>mico
segunda metade do século, teria havido
aumento progressivo nos rebanhos de la-
guntar se o seu próprio cniprêgo na te celagem doméstica teria chegado a ve
plenamente confirmada, aliás, pela cir
rificar-se, ainda- que em escala reduzida. É certo que, pelo menos na confecção
cunstância dos inventários
mesma
da.s rêdes de dormir, empregavam nossas
época assinalarem geralmente malhadas
tecedciras seiscentistas, em muitos casos,
mais numerosas do que os da primeira
fios de lã misturados aos de algodão. Mas nada impede de supor que essa mesma lã fóssc de provcnicnciu exótica.
nares da capitania. Hipótese que parece da
metade do século.
Ê interessante notar como os preços da lã não decaem em progressão corres pondente. Dois mil réis por arroba é a estimativa mais corrente entre os anos
de 1630 e 1660. Pois em 1875 as trê.s arrobas deixadas por um Aleixo Leme de Alvarenga, com sítio na Pamaíba não custarão mais de cinco
i exemplos
mil reis, ao todo.
Sabemos, por te.stcmunhos de princípio do século pasado, que as tecelâs paulis tanas faziam as suas redes e colchas
felpudas, empregando, ao lado do algo dão, fios de lá tirados de \ elhos retalhos de baeta. Não ocorreria coi.sa semelhan te no século XVII?
E outros
poderiam citar-se
Note-se que Pedro Taques, aludindo à abundância antiga
[.
igualmente ilustrativos.
%
Nos anos de 90 é que prin
;- V
cipia a registar-se novo au
/.
da criação de o\'elhas em São Paulo, só lembra, a propósito,
o emprego de sua lã na con fecção de chapéus dé feltro.
mento, tanto no preço das ovelhas como no da lã, mas
Com a diminuição dos reba nhos, observa, "extinguiram-se as fábricas de chapéus gros
esse fato deve relacionar-se ao
encarecimento geral dos gêne ros, conseqüente à grande de
sos, que ainda no fim do sé-
sorganização na vida econômi
'
ca da capitania, que o rush
culo 6 ano de 1699 estavam
135
indígenas que eram. ao cabo, os serxiçafs dos moradores brancos.
Os próprio.s jesuítas das missões do
Paraguai não conseguiram, por muito que o fizessem, industriar seus carijós domésticos no fabrico de telas mais de
licadas do que certa espécie de .verga
não se achasse vinculado às velhas ati
vidades tribais. O que faziam, comenta o padre Pablo Heniandez, S. J., era
mo o de maior pujança na criação de lanares em São Paulo.
vel é que fossem, em sua totalidade ou
Até que ponto essa pujança se teria refletido no aproveitamento industrial do principal produto dos rebanhos de c\i-
quase totalidade, fruto de importação.
nos? Para começar cumpre dizer que a lã da terra, como fibra têxtil, jamais
neficio do algodão, mas é verdade, por outro lado, que no caso deste, tratandose de produto da terra, a limpeza fazia parle de uma experiência ancestral dos
chegou a tomar-se competidor impor tante para o algodão. Cabe mesmo per-
O preparo de lãs finas para a fiação não exigiria esfôrço maior do que o be
c
registados trinta e oito pares de cai as ao preço de quatrocentos réis cada Trata-se seguramente dos .apare io> manuais de procedência européia, que, com efeito, só se manejam aos par", e ainda são correntemente
É bem sabido que para a fiação, a lâ deve ser convenientemente lavada, até tomar a aparência aproximada de capulhos de algodão, e que nessa lava gem se vai pelo menos cinqüenta por
cento, é em geral duas terças partes do peso primitivo. Assim sendo, há
de crescer por força seu valor, na pro
Quanto às baetas c papas de cober tor, que com tamanha freqüência apa recem nos antigos inventários, o prová
a arroba e meia de lã.
No inxentário
ponchos de gahi.
vez sem granâe èrro, considerar o trintênio que se estende de 1660 a 1690 co
buir-se, sem dúvida, a decadência das
de que costumax am dar a êsse produto os habitantes da ca
pelo menos, de que isso ocorreria ein um ou outro caso.
tingir a lã e depois tecer telas listadas ou floreadas, de que fabricavam seus
"lavada" que Januário Ribeiro deixou
motivos idênticos deve atri-
estabelecidas". Outra utilida
lhantes aos que fabricariam os ínmos
Lourenço Castanho Taques oparecein
pitania. segundo o atestam diferentes do
i
lavada na confecção de panos seme
dência européia —, tal o horror que ins pirava a esses índios todo esfôrço que
cumentos, era a fabricação de colchõw, onde entrava, para cada um, de arrôba
,
Nâo cabe. porém, exchür de todo a
possibilidade do emprego dessa lá mal das missões do sul. Há um indicio,
antigas malhadas piratininganas, inicia da com o século seguinte, segunda pa rece sugerir Pedro Taques. Pode-se, tal
A
te eficaz no mister da fiação.
rude, a que chamavam bechara — de bechã ou obechd, que é como denomi navam os Guaranis a ovelha de proce
porção do peso que lhe foi tirado, Ora, percorrendo velhos inventários, não se nota divergência sensível de preço entre as lãs sujas e as lavadas.
para as minas suscitara.
ri
cientemente aperfeiçoados para permi tirem o aproveitamento verdadeiramen
Cada umia das dims arrobas de lã
em 1639, é orçada em dois mil e quinhentps e sessenta réis.
Sendo de
cêrca de dois mil réis o preço corren te da lã suja pela mesma época, re sulta que a diferença a mais é, no caso, inferior a duas patacas. Isso pode significar que os processos e os recursos, técnicos empregados na sua limpeza não estariam, entre nós, sufi
pelas IIUMUS peius nossas i.n..—fiandeiras domesticas p ^y ^
cardar a !ã, não o caraar
a
ia,
nau
u
algodão, o instrumento habitual
'
da, na indústria caseira, e unic
gistado em textos antigos, é um cor . estirado em pequeno arco de '
que a operária tange sóbre _os c p Ihos desfeitos, e em quantidade q corresponda a uma batedura. Não se trata certamente SC, se entre os inventários
í"™;
públicados. o de Lourenço Cast-anl.o
Cues assinale a malhada mars nume
rosa, deisando de fazer qualquer referência à presença eventual de a.godoais. E não seria de esperar que, destinando-se essa lã apenas a encher colchões, ou a fí\zer chapéus de feltro
grosseiro, fosse necessário cardá-la pre viamente. De qualquer modo há aqui
uma simples sugestão, que Qutro.s do cumentos poderão ratificar, tahez. al gum dia. ou tornar improváwl.
^
Dicesto Econónuco
estrangeiros, clc\ ido ao seu emprêgo na
se rcaliz;i ;is horas de .sol mds
indústria de confcilos finos e outros
e maior calor ou diinuite a.s grandes
produtos culinário.s, uma vez que subs
PfW»
a precaução dos ca.stanhciros ou cas-
zes européias.
tanhadnres, qnç os vão catar pí"'^ chão, de só .se entregarem a essa
tempo, a castanha do Pará, grande ri queza da líiléia amazônica, quase não teve serventia. Quando muito, na pró pria região, aprovcitavam-na para a ali-
por Gastão Cnui-í5
^os
viajantes
da
Amazônia tomam-
se logo familiares duas arvores que, pelo ta
de
estar
sujeita
ao
regime
mentação dos animais domésticos, prin cipalmente os porcos. A partir, entre tanto, de ineadcís do século passado, começou a figurar na ordem dos artigos de valor estimável e, daí por diante, a
das
citeias.
Embora o nome da suinainncira, Ceiba
pcnfamha, da família das Bombacáceas,
manho e freqüência, ande sempre junto com o cia castanhei marcam profundamen
te o fades paisagís tico da região.
São
elas a sumaumeira e
, a castanheira. A pri
meira é habitante das várzeas e, de pre ferência, aparece logo à beira dágua, nos terrenos que se inundam por oca sião das enchentes. Ê árvore de tron
co , claro e linheiro, em cuja base a raiz emite enormes sapopemas ou se
duas das maiores árvores da Amazônia,
do ponto cie vi.sta cconchnico não há quanto a sumaumeira e árvore de ma deira fraca e de tal hércules da floresta
apenas pode ser aproveitada a paina que lhe envolve as sementes, a casta nheira tem uma enorme riqueza na
fazem, mais grosso. A sua ramagem, de um verde vivo e alegre, expande-se,
do Pará, primitivamente caslanhas do
por vêzes, nos exemplares mais vigoro
tação
doas. São as nossas famosas ccj.víflnhfls
do tronco de uma castaniieira, em plao ta adulta e a um metro do .solo, e ^ ImSO e mesmo 2 metros. O diâme
tro da galharia, ao alto, pode cliegar
a 40 metros e cada uma de suas O
lhas, oblongas e dispostas alteina a mente, mede 60 cm. de coniprnnen por 12 de largura. o fnito da castanheira í
concorrência da sua similar oriental, con
tidas as castanhas ou amên oa ,
seguiu manter certo equilíbrio nas pau
número de 12 a 24, dispostas a
tas alfandegárias locais.
do eixo central. Cada castaU u, q
A castanheira do Pará só atinge pleno desenvolvimento e máxima produtivida
uma semente e tem de - «
comprimento, possui uma
de a partír dos 10 a 12 anos de ida de, mas já aos 4 e 5 anos dá os seus primeiros frutos, então menores e escas
o rrrgosa, rernsHndo a
Í.""
branco amarfinado e supei
, .. Co,
1, o T 4 cm. oe
mente lisa. Os ouriços sao a n ^
câo e as caslanhas vendidas a razão de ■ novembro e são essas flores, pequenas dearricas colhêroue abrir por dia de'"T" dOO a % 800 e de cor creme, que vão transformar-se,
sos.
^Uirunhân, que quando lograram acei nos centros europeus passaram
A árvore floresce de setembro a
no ano seguinte, de janeiro a mnrço[ ouriços, n que lhe permitira em frutos plenamente maduros e que ou menos 2 hectolitros de amêndoas. Ao se despegam espontaneamente dos ga contrário do que acontece coin os serin
ít .ser conhecidas, na Inglaterra, por Brazil mits ou P(irá nuts e, na França,
por mix chi Brósil ou nolx dti Pará, produto esse cada vez mais apreciado, não só entre nós como nos mercados
lhos altos.
Dado o tamanho e pêso gueiros, quase sempre população adven-
desses mesmos frutos, duros e redondos, tícia, ^•inda da região nordestina, os apa também conhecidos por ouriços, que nhadores de castanha são na sua grande
avista é esse mesmo dossel, também gi-
não raro atnígem 15 cm. de diâmetro
gantesco, mas de um verde muito mais escuro, formado pela sua vigorosa fron-
tarefa com bom tempo e por manhãzi nha ou já ao entardecer. O diâmetro
to da região, já foi ela que, ao tempo lenhoso, de casca extremamen e da desvalorização da borracha, pela e c.spèssa. Nele é que se
termo de comparação entre ambas. En
jam expansões tabulares que ainda o
pelas cercanias. Quanto às castanheiras, quando se sobem ou descem os rio.s, quase .sempre o que apenas delas se
Tanto assim que sendo, jioje, em im portância econômica, o segundo produ
Lccitidáceas, quando .se querem citar
abundância das suas preciosas amên
sos, a 30 e até 60 metros de altura, abrindo-se num imenso dossel que do mina e sombreia tudo que lhe fica
sua procura nao conheceu mais tréguas.
ra, Bcrlholctui exceha, da família das
c!mviirada,s e as fortes ventanias, e dai
titui com vantagem as amêndoas c no
Lcmbrc-scí, porém, que, por muito
Castanha do Pará
137
O sr. Gastão Crujs estuda, neste aiiigo,
dagem. E delas só se percebe a copa, a 1'iquez-a da castanheira na abundân
maioria caboclos autóctones, filhos dos
e chegam a pesar mais de 1 quilo, e também devido à grande altura de que
Estados do Pará e Amazonas.
caem, podem expor-se a graves aciden
É vastíssima a iirea de disseminação
dominando a vegetação de em tômo,
cia das suas amêndoas e declara que a
tes aqueles que déscuidadaraente este
da Bcitholctia, encontrada ao longo de todo o percurso do rio Amazonas e
porque a castanheira, árvore de terra
amêndoa da sapucaia poderia muito
jam sob a cop» dessas árvores na épo
seus principais afluentes, sendo que na
firmè, dos solos altos e maduros, evita as margens fluviais, não gosta
bem ser uma concorrente séria da
ca em que se processa a queda dos
bacia do Madeira vamos ainda defron
frutos.
castanha do Pará.
L
Todavia,, essa quase que só
ta 1/, !,c níQrfToi-ic
nltn Bpni. ià em
Dicesto Econónuco
estrangeiros, clc\ ido ao seu emprêgo na
se rcaliz;i ;is horas de .sol mds
indústria de confcilos finos e outros
e maior calor ou diinuite a.s grandes
produtos culinário.s, uma vez que subs
PfW»
a precaução dos ca.stanhciros ou cas-
zes européias.
tanhadnres, qnç os vão catar pí"'^ chão, de só .se entregarem a essa
tempo, a castanha do Pará, grande ri queza da líiléia amazônica, quase não teve serventia. Quando muito, na pró pria região, aprovcitavam-na para a ali-
por Gastão Cnui-í5
^os
viajantes
da
Amazônia tomam-
se logo familiares duas arvores que, pelo ta
de
estar
sujeita
ao
regime
mentação dos animais domésticos, prin cipalmente os porcos. A partir, entre tanto, de ineadcís do século passado, começou a figurar na ordem dos artigos de valor estimável e, daí por diante, a
das
citeias.
Embora o nome da suinainncira, Ceiba
pcnfamha, da família das Bombacáceas,
manho e freqüência, ande sempre junto com o cia castanhei marcam profundamen
te o fades paisagís tico da região.
São
elas a sumaumeira e
, a castanheira. A pri
meira é habitante das várzeas e, de pre ferência, aparece logo à beira dágua, nos terrenos que se inundam por oca sião das enchentes. Ê árvore de tron
co , claro e linheiro, em cuja base a raiz emite enormes sapopemas ou se
duas das maiores árvores da Amazônia,
do ponto cie vi.sta cconchnico não há quanto a sumaumeira e árvore de ma deira fraca e de tal hércules da floresta
apenas pode ser aproveitada a paina que lhe envolve as sementes, a casta nheira tem uma enorme riqueza na
fazem, mais grosso. A sua ramagem, de um verde vivo e alegre, expande-se,
do Pará, primitivamente caslanhas do
por vêzes, nos exemplares mais vigoro
tação
doas. São as nossas famosas ccj.víflnhfls
do tronco de uma castaniieira, em plao ta adulta e a um metro do .solo, e ^ ImSO e mesmo 2 metros. O diâme
tro da galharia, ao alto, pode cliegar
a 40 metros e cada uma de suas O
lhas, oblongas e dispostas alteina a mente, mede 60 cm. de coniprnnen por 12 de largura. o fnito da castanheira í
concorrência da sua similar oriental, con
tidas as castanhas ou amên oa ,
seguiu manter certo equilíbrio nas pau
número de 12 a 24, dispostas a
tas alfandegárias locais.
do eixo central. Cada castaU u, q
A castanheira do Pará só atinge pleno desenvolvimento e máxima produtivida
uma semente e tem de - «
comprimento, possui uma
de a partír dos 10 a 12 anos de ida de, mas já aos 4 e 5 anos dá os seus primeiros frutos, então menores e escas
o rrrgosa, rernsHndo a
Í.""
branco amarfinado e supei
, .. Co,
1, o T 4 cm. oe
mente lisa. Os ouriços sao a n ^
câo e as caslanhas vendidas a razão de ■ novembro e são essas flores, pequenas dearricas colhêroue abrir por dia de'"T" dOO a % 800 e de cor creme, que vão transformar-se,
sos.
^Uirunhân, que quando lograram acei nos centros europeus passaram
A árvore floresce de setembro a
no ano seguinte, de janeiro a mnrço[ ouriços, n que lhe permitira em frutos plenamente maduros e que ou menos 2 hectolitros de amêndoas. Ao se despegam espontaneamente dos ga contrário do que acontece coin os serin
ít .ser conhecidas, na Inglaterra, por Brazil mits ou P(irá nuts e, na França,
por mix chi Brósil ou nolx dti Pará, produto esse cada vez mais apreciado, não só entre nós como nos mercados
lhos altos.
Dado o tamanho e pêso gueiros, quase sempre população adven-
desses mesmos frutos, duros e redondos, tícia, ^•inda da região nordestina, os apa também conhecidos por ouriços, que nhadores de castanha são na sua grande
avista é esse mesmo dossel, também gi-
não raro atnígem 15 cm. de diâmetro
gantesco, mas de um verde muito mais escuro, formado pela sua vigorosa fron-
tarefa com bom tempo e por manhãzi nha ou já ao entardecer. O diâmetro
to da região, já foi ela que, ao tempo lenhoso, de casca extremamen e da desvalorização da borracha, pela e c.spèssa. Nele é que se
termo de comparação entre ambas. En
jam expansões tabulares que ainda o
pelas cercanias. Quanto às castanheiras, quando se sobem ou descem os rio.s, quase .sempre o que apenas delas se
Tanto assim que sendo, jioje, em im portância econômica, o segundo produ
Lccitidáceas, quando .se querem citar
abundância das suas preciosas amên
sos, a 30 e até 60 metros de altura, abrindo-se num imenso dossel que do mina e sombreia tudo que lhe fica
sua procura nao conheceu mais tréguas.
ra, Bcrlholctui exceha, da família das
c!mviirada,s e as fortes ventanias, e dai
titui com vantagem as amêndoas c no
Lcmbrc-scí, porém, que, por muito
Castanha do Pará
137
O sr. Gastão Crujs estuda, neste aiiigo,
dagem. E delas só se percebe a copa, a 1'iquez-a da castanheira na abundân
maioria caboclos autóctones, filhos dos
e chegam a pesar mais de 1 quilo, e também devido à grande altura de que
Estados do Pará e Amazonas.
caem, podem expor-se a graves aciden
É vastíssima a iirea de disseminação
dominando a vegetação de em tômo,
cia das suas amêndoas e declara que a
tes aqueles que déscuidadaraente este
da Bcitholctia, encontrada ao longo de todo o percurso do rio Amazonas e
porque a castanheira, árvore de terra
amêndoa da sapucaia poderia muito
jam sob a cop» dessas árvores na épo
seus principais afluentes, sendo que na
firmè, dos solos altos e maduros, evita as margens fluviais, não gosta
bem ser uma concorrente séria da
ca em que se processa a queda dos
bacia do Madeira vamos ainda defron
frutos.
castanha do Pará.
L
Todavia,, essa quase que só
ta 1/, !,c níQrfToi-ic
nltn Bpni. ià em
Dicksto
Dícesto
Ecosó>nco
território bolúiano. No Estado do Pará.
tritiva:;, e não .só as consumiam em es
distinguem-se pela riqueza dos seus cas-
tado natural, como lhes extraíam o suco
tanhais, notáveis não só pelo vulto das
leltoso para o preparo de mingaus e ou
Econó>uco
139
fruto, também uma cápsula lenhosa, quase esférica, mas com um opérculo que se dc.sprcndc facilmente por ocasião
ár\ores como pela abundância dos exem
tros alimentos.
Conforme a tribo, a
do amadurecimento, e que liberta as
plares. os teses de terra firme que se
castanha era chamada; nhá, tua, juvta, invia e tacarí, tocari ou tucari.
sementes enq\janto o ouriço ainda se
Mas a castanheira não vale apenas
mamente dificil o aproveitamento das
param os grandes tributários do baixo
Amazonas, Tocantins, Xingu e Tapajós, à margem direita, e Jari, Paru, Jamundá e Trombetas, à margem esquerda. No Estado do Amazonas, parece que a
sua distribuição se opera de este para oeste e são freqüentes os castanhais já conhecidos e explorados nos rios Solimões e Purus, parte baixa, e Madeira
e rio Negro, parte média.
h
Ainda em
território nacional, a castanheira é en
mantém préso ao galho, torna-se extre
suas castanhas. Ê que estas, despejadas
pelo va'or econômico das suas sementes, das quais, pisadas cruas ou ;issadas. se pode extrair também um belo óleo fixo,
do alto, SC espalham a esmo por uiu chão não raro .sujo e coberto de mato, onde .se faz preciso procurá-las uma
de còr amarela clara e grande limpidez.
Da própria entrecasca (líber) das ár vores, consegue-se unta cstópa resis
tente, de que o selvícola se utiliza para
I
a uma. E nesse penoso trabalho o homem encontra um sério concorrente
Equador, Colômbia e Venezuela, ern Diante de tão extensa área
de propagação e da multipli cidade dos seus exemplares,
pode-se ter como quase certo que apenas 10% da produção da castanha é aproveitada pelo homem e concorre para a ri
queza da Amazônia. Apesar disso, a produção média anual de castanha, com casca, de
que cada uma é presa ao centro do ou riço. Mas antes mesmo que se despegne o opérculo e as castanhas venham livremente ter ao solo, já os macacos, lá pelo cimo das árvores, forçam e conseguem u abertura dos ouriços, esvnziando-os do seu precioso conteúdo.
7.
^•- r
esvaziado, é produto de combustão fá
goza da fama de afugentar as "pragas". Além disso, dada a sua forma
e quando bem tratado indus
Reinava em Waòhinston a mesma atmosfera de icusão observada cm Holhjr
trialmente, dêle se conseguem vários objetos, como porta-
wood nos (lios das grandes estréias, quando teve início, no recinto do Coiigresso, o inquérito dos magnatas da indústria cinematográfica, em tórno dos atividades anti-norte-amoricanas na capital do cinema. O inquérito é patrocinado pela Co
jóias, saboneteiras, copos e va sos, que aparecem no comér
missão de Inquérito sôbre Atividades Anti-Nortc-Amcrknnas, da Câmara dos Re
cio e são muito procurados como lembranças locais.
presentantes.
üt * *
matográficas.
Amêndoa que poderia ser
ou sejam cerca de 40.000 to neladas, vendidas na media de
tanha do Pará, é a da sapu-
As pessoas mais ligados a HoUuwood dizem que os atores em geral julgam que a atitude da Comissão significa censura e intimiaação polUica nas produções cine A maneira pela qual será conduzido o interrogatório foi revelada logo de mícfO com o inquérito apresentado verbalniente ao sr. Jack V/arner, do "Warner Brás",
emprêsa que durante a guerra produziu "Missão em Moscou". O sr. Warner declnrou que demitira três escritores da companhia, porque
uma séria concorrente da cas
luiviam introduzido naquele celulóide cenas e cenários que iam contra as dotdrínas norte-americanas. No entanto, o sr. Panell Thomas, presidente da Comissão,
cáia, Lecytim usitata, também da fa-
triplicar durante a tiltima guerra), o que soma 120 milhões de cruzeiros por
tretanto, que os seus exemplares se
ano.
apresentam em número infinitamente
Dizíamos acima que, por muito tem
os morcegos também lhes apreciam mui to o apêndice camudo e branco com
cil, que dá bom fogo e cuja fumaça
tôda a região, e aproximada mente de 800.000 hectolitros, 150 cruzeiros (êste preço chegou a
sas amêndoas, como porcos selvagens, pacas, cuKas e caxinguclês, sendo que
o fabrico de máscaras de dança, es
dêmica no Acre e na zona norte do Es teiras e outros utensílios domésticos, e tado de Mato Grosso, confinante com a que é também de grande uso para o Amazônia e, já em território estrangeiro, calafeto das canoas. Quanto áo fruto na citada Bolívia, e também no Peru' pròpriamentc dito, ou ouriço, depois de
regiões igualmente limítrofes da Hiléia
em muitos animais, ávidos das saboro
mília das Lecitídáceas.
Acontece, en
advertiu-o logo, dizendo-. "Estamos aqui não Vera averiguar se existem comunis tas em Hollywood. O que desejamos saber é a extensão da sua infiltração na índústria cinematográfica". O segundo interrogado foi o sr. Louis B. Maijer, que fez a fita "Canção da Rússia", com Robert Taylor no papel principal
menor na floresta amazônica e jamais
po, as castanhas quase não tinham apro
se poderiam citar sapucaiais nativos,
veitamento entre os colonizadores da re
como se citam os castanhais espontâneos
gião. Os índios, porém, conheciam-lhe o sabor agradável e as qualidade.s nu-
em vários pontos da região. Por outro lado, devido á conformação do seu
i
Tudo faz crer que a Comissão pretende provar que tais películas foram feitas com o propósito exclusivo de propagar idéias subversivas e contrarias aos inie-rêsses da América.
Dicksto
Dícesto
Ecosó>nco
território bolúiano. No Estado do Pará.
tritiva:;, e não .só as consumiam em es
distinguem-se pela riqueza dos seus cas-
tado natural, como lhes extraíam o suco
tanhais, notáveis não só pelo vulto das
leltoso para o preparo de mingaus e ou
Econó>uco
139
fruto, também uma cápsula lenhosa, quase esférica, mas com um opérculo que se dc.sprcndc facilmente por ocasião
ár\ores como pela abundância dos exem
tros alimentos.
Conforme a tribo, a
do amadurecimento, e que liberta as
plares. os teses de terra firme que se
castanha era chamada; nhá, tua, juvta, invia e tacarí, tocari ou tucari.
sementes enq\janto o ouriço ainda se
Mas a castanheira não vale apenas
mamente dificil o aproveitamento das
param os grandes tributários do baixo
Amazonas, Tocantins, Xingu e Tapajós, à margem direita, e Jari, Paru, Jamundá e Trombetas, à margem esquerda. No Estado do Amazonas, parece que a
sua distribuição se opera de este para oeste e são freqüentes os castanhais já conhecidos e explorados nos rios Solimões e Purus, parte baixa, e Madeira
e rio Negro, parte média.
h
Ainda em
território nacional, a castanheira é en
mantém préso ao galho, torna-se extre
suas castanhas. Ê que estas, despejadas
pelo va'or econômico das suas sementes, das quais, pisadas cruas ou ;issadas. se pode extrair também um belo óleo fixo,
do alto, SC espalham a esmo por uiu chão não raro .sujo e coberto de mato, onde .se faz preciso procurá-las uma
de còr amarela clara e grande limpidez.
Da própria entrecasca (líber) das ár vores, consegue-se unta cstópa resis
tente, de que o selvícola se utiliza para
I
a uma. E nesse penoso trabalho o homem encontra um sério concorrente
Equador, Colômbia e Venezuela, ern Diante de tão extensa área
de propagação e da multipli cidade dos seus exemplares,
pode-se ter como quase certo que apenas 10% da produção da castanha é aproveitada pelo homem e concorre para a ri
queza da Amazônia. Apesar disso, a produção média anual de castanha, com casca, de
que cada uma é presa ao centro do ou riço. Mas antes mesmo que se despegne o opérculo e as castanhas venham livremente ter ao solo, já os macacos, lá pelo cimo das árvores, forçam e conseguem u abertura dos ouriços, esvnziando-os do seu precioso conteúdo.
7.
^•- r
esvaziado, é produto de combustão fá
goza da fama de afugentar as "pragas". Além disso, dada a sua forma
e quando bem tratado indus
Reinava em Waòhinston a mesma atmosfera de icusão observada cm Holhjr
trialmente, dêle se conseguem vários objetos, como porta-
wood nos (lios das grandes estréias, quando teve início, no recinto do Coiigresso, o inquérito dos magnatas da indústria cinematográfica, em tórno dos atividades anti-norte-amoricanas na capital do cinema. O inquérito é patrocinado pela Co
jóias, saboneteiras, copos e va sos, que aparecem no comér
missão de Inquérito sôbre Atividades Anti-Nortc-Amcrknnas, da Câmara dos Re
cio e são muito procurados como lembranças locais.
presentantes.
üt * *
matográficas.
Amêndoa que poderia ser
ou sejam cerca de 40.000 to neladas, vendidas na media de
tanha do Pará, é a da sapu-
As pessoas mais ligados a HoUuwood dizem que os atores em geral julgam que a atitude da Comissão significa censura e intimiaação polUica nas produções cine A maneira pela qual será conduzido o interrogatório foi revelada logo de mícfO com o inquérito apresentado verbalniente ao sr. Jack V/arner, do "Warner Brás",
emprêsa que durante a guerra produziu "Missão em Moscou". O sr. Warner declnrou que demitira três escritores da companhia, porque
uma séria concorrente da cas
luiviam introduzido naquele celulóide cenas e cenários que iam contra as dotdrínas norte-americanas. No entanto, o sr. Panell Thomas, presidente da Comissão,
cáia, Lecytim usitata, também da fa-
triplicar durante a tiltima guerra), o que soma 120 milhões de cruzeiros por
tretanto, que os seus exemplares se
ano.
apresentam em número infinitamente
Dizíamos acima que, por muito tem
os morcegos também lhes apreciam mui to o apêndice camudo e branco com
cil, que dá bom fogo e cuja fumaça
tôda a região, e aproximada mente de 800.000 hectolitros, 150 cruzeiros (êste preço chegou a
sas amêndoas, como porcos selvagens, pacas, cuKas e caxinguclês, sendo que
o fabrico de máscaras de dança, es
dêmica no Acre e na zona norte do Es teiras e outros utensílios domésticos, e tado de Mato Grosso, confinante com a que é também de grande uso para o Amazônia e, já em território estrangeiro, calafeto das canoas. Quanto áo fruto na citada Bolívia, e também no Peru' pròpriamentc dito, ou ouriço, depois de
regiões igualmente limítrofes da Hiléia
em muitos animais, ávidos das saboro
mília das Lecitídáceas.
Acontece, en
advertiu-o logo, dizendo-. "Estamos aqui não Vera averiguar se existem comunis tas em Hollywood. O que desejamos saber é a extensão da sua infiltração na índústria cinematográfica". O segundo interrogado foi o sr. Louis B. Maijer, que fez a fita "Canção da Rússia", com Robert Taylor no papel principal
menor na floresta amazônica e jamais
po, as castanhas quase não tinham apro
se poderiam citar sapucaiais nativos,
veitamento entre os colonizadores da re
como se citam os castanhais espontâneos
gião. Os índios, porém, conheciam-lhe o sabor agradável e as qualidade.s nu-
em vários pontos da região. Por outro lado, devido á conformação do seu
i
Tudo faz crer que a Comissão pretende provar que tais películas foram feitas com o propósito exclusivo de propagar idéias subversivas e contrarias aos inie-rêsses da América.
Dic.esto
AUTORES
E
LiVROS
por CÂNDIDO Mota Fii.no A SOCIOLOGIA
DO
RENASCIMENTO
JJm cios eshidüs
rada. O valor de .Níax Weber
básicos para a compreensão
foi,
da
mente, èsse. Com
sem dúvida algu-
.seus
ma. o do Renascimentü. Foi o que as
estudos
e
sinalou o grande Jacob Bukhardt, quan
com suas concepçTx-.s, conseguiu alargar e robu.stecer o campo .sociológico. Pros
rios estudos históricos, uma visão pano
seguiram, no intento, seu.s discípulos,
do nos forneceu, pelos seus extraordiná
râmica desse período da cuítura hu mana.
Tudo o que se definiu, na atualida
de, provém do Renascimento e por ôle se explica. Os grandes vitrais góticos deixam, com êle, de ref.etir, na graça de sua.': cores, as luzes da vida.
Os
monstros, que espiam das alturas ren-
>■
indiscutivel
vida moderna é,
como Werner Soinbart, mantendo a co
nexão entre as ciências do e.spírito e as da natureza.
Acompanliundo a trajetória do pro cesso Instórico-ciilturnI do Renascimen
to, na sua fase primitiva, no alto e também
no
bai.vo
Renascimento, Von
Martín vai encontrar, por fim, o tipo
dilhadas de Noíre Dama de Paris, trans-
estrutura! da cultura burguesa.
figuram-se em monstros ornamentais. Piá um novo panorama de vida, do
sugestivo e notável. E, com êle, temos então elementos para compreender a fi
tada ela de uma linguagem até então desconhecida, linguagem essa que vai-se enriquecendo com o caminhar dos anos, até alcançar nossos dias. Para situarmos, portanto, os atuais conflitos da vida, nos seus aspectos fundamentais, — cren ça e de.scrença, ordem e desordem, — temos que voltar a nossa atenção pura
esse espetáculo fabuloso, contraditório e rico, que denominaram Renascimento. Alfred Von Martín (Sociologia dei Renacimiento) procurou vê-lo sob o as
pecto sociológico, que é, sem dúvida, um dos aspectos fundamentais. A socio logia não pode ser vista tão só como ciência
imediata
da
dimensão
social.
E, nesse sentido, o seu estudo é
sionomia dos processos .sociais da atua lidade.
e indiscutíveis; tudo mais era heresia.
Leonardo, Ga'ileu atacam os problenias
Pois a heresia domina o Renascimento. Assim, o e.spírito individuul sta da bur
de náutica, dc construção e equipa-
guesia nascente acaba com o espírito corporativo medieval e o sulistitui por
na e das fortificaçôes. Com a invenção
uma sério de relações de mando. E como todas as forças anteriores se e.\-
tingucin, extingue-se, por sua vez, a hegemonia da antiga classe militar. A cavalaria pesada dos \assalos e homens
de armas recua pura dar lugar à infan
taria, nova arma burguesa, cuja impor
tância tática foi aumentando, cada vez mais. A própria noção do honra mudou, diante de uma época onde não mais
eram possí\eis as desilusões e. em cujo recinto, a força deveria ser o melhor
argumento.
E o homem então, liber
tado de seus antigos vínculos, iomeça a contar com suas próprias forças e a sustentar a superioridade da "ratio" sôbre
a
"traditio".
Desenvolve-se, dentro dêsse realismo, nesta substituição da crença em Deus pela crença dos homens, nesta substi
tuição do valor sagrado pelo valor das coisas profanas, o saber técnico, atra vés do conhecimento das leis fundamen
tais da natureza.
Fixando sua atenção, prime"vamente. nos problemas ví.síveis, mostra que o cen
tro no qual gravitava a sociedade medie
val era o so'o. Muda, porém, com o Re
nascimento, cujo centro econômico e so cial passa a ser a cidade. Muda-se as sim o sistema de vida, passa-se^ de uma atitude "conservadora" para uma ati
tude "liberal".
Desfaz-se uma socieda
de baseada na ordem do.s estados, con
sagrados pela igreja, onde cada um ocupa um lugar designado por Deus,
para surgir uma rebeldia cada vez mais acentuada, que vai alcançar o próprio
Ela é também uma ciência cultural e
Deus.
A vida, dentro de uma associa
ássim pode ser perfeitamente configu
ção comunal, era feita com dados certos
14Í
Econômico
A metafísica não
pode mais interessar. Indagar-se das coi sas sobrenaturais não tem mais sentido, conforme
argumenta
Guicciardini.
O
que é preciso é, com a ciência natural,
mento das naves de edificação urba
e o aperfeiçoamento das armas de fogOr a guerra toma um caráter técnico e a artilharia se converte num ramo da engenharia.
A ruptura com o passado \ai-se acen tuando desse modo. Para o "hoino iS"
I gioi.us" da Idade Média, imbuído dd
ponto de vista tradicional, o mundo é um ate de criação divina. Para o ho
mem novo do Renascimento só há reair. menlo o trabalho humano. A \ontade de dominar as coisas dá o novo ritmo
dos gestos. E daí o reflexo dessas con
dições humanas e sociais na no\a ten
dência artística. A arte perde o sen- ^
tido de inspiração para tornar-se s» bordinada à'técnica, à técnica, confundindo com isso, muitas vèzes, o engenheiro e o artista, como aconteceu com Migue Ângelo e, principalmente, com Leonardo.'^
Basta lembrarmos artistas como
Castagno, Ucello", Signorelli ou Man tenha, que vi\'iam dentro da preocupa
ção técnica. A vontade de domínio, porque o artista também é ura domina dor da natureza, dá, pela pintura, a
sensação de que ela alcança as longas
distâncias, através das regras da pe«-
dominar a natureza e compreender que
pcctiva, quer pela perspectiva linear
todo o poder do homem vem dela. Para
atmosférica dos holandeses.
Von Martín, o pensador burguês "é engenheiro por natureza", que faz uma rápida aplicação prática das ciências téc
nicas. Por outro lado, a especulação científica, como aliá.'! já foi notado por
dos italianos, quer pela perspectiva Alberti,
tigador da natureza, um matemático, um técnico". A cúpola de Brunelesco cons
titui um exemplo dessa afirmativa. E como a arte é uma forma de domí
Dilthcy, faz sua adesão ao trabalho in-
du-strial.
A' nova sociedade só poderia
Segundo
"o artista é, antes, um inves
nio e de orgulho, ela recebe a consa
prosperar por essa cooperação entre o trabalho manual e cientifico. E os in-
gração popular. A construção da ca tedral de Florença foi um acontecimen
vestigadores,
to Donuíar na RpruiV»!;.-., iri..
os
Ubaldi,
Benedetti,
O'
>
X
X
MU
n
Dic.esto
AUTORES
E
LiVROS
por CÂNDIDO Mota Fii.no A SOCIOLOGIA
DO
RENASCIMENTO
JJm cios eshidüs
rada. O valor de .Níax Weber
básicos para a compreensão
foi,
da
mente, èsse. Com
sem dúvida algu-
.seus
ma. o do Renascimentü. Foi o que as
estudos
e
sinalou o grande Jacob Bukhardt, quan
com suas concepçTx-.s, conseguiu alargar e robu.stecer o campo .sociológico. Pros
rios estudos históricos, uma visão pano
seguiram, no intento, seu.s discípulos,
do nos forneceu, pelos seus extraordiná
râmica desse período da cuítura hu mana.
Tudo o que se definiu, na atualida
de, provém do Renascimento e por ôle se explica. Os grandes vitrais góticos deixam, com êle, de ref.etir, na graça de sua.': cores, as luzes da vida.
Os
monstros, que espiam das alturas ren-
>■
indiscutivel
vida moderna é,
como Werner Soinbart, mantendo a co
nexão entre as ciências do e.spírito e as da natureza.
Acompanliundo a trajetória do pro cesso Instórico-ciilturnI do Renascimen
to, na sua fase primitiva, no alto e também
no
bai.vo
Renascimento, Von
Martín vai encontrar, por fim, o tipo
dilhadas de Noíre Dama de Paris, trans-
estrutura! da cultura burguesa.
figuram-se em monstros ornamentais. Piá um novo panorama de vida, do
sugestivo e notável. E, com êle, temos então elementos para compreender a fi
tada ela de uma linguagem até então desconhecida, linguagem essa que vai-se enriquecendo com o caminhar dos anos, até alcançar nossos dias. Para situarmos, portanto, os atuais conflitos da vida, nos seus aspectos fundamentais, — cren ça e de.scrença, ordem e desordem, — temos que voltar a nossa atenção pura
esse espetáculo fabuloso, contraditório e rico, que denominaram Renascimento. Alfred Von Martín (Sociologia dei Renacimiento) procurou vê-lo sob o as
pecto sociológico, que é, sem dúvida, um dos aspectos fundamentais. A socio logia não pode ser vista tão só como ciência
imediata
da
dimensão
social.
E, nesse sentido, o seu estudo é
sionomia dos processos .sociais da atua lidade.
e indiscutíveis; tudo mais era heresia.
Leonardo, Ga'ileu atacam os problenias
Pois a heresia domina o Renascimento. Assim, o e.spírito individuul sta da bur
de náutica, dc construção e equipa-
guesia nascente acaba com o espírito corporativo medieval e o sulistitui por
na e das fortificaçôes. Com a invenção
uma sério de relações de mando. E como todas as forças anteriores se e.\-
tingucin, extingue-se, por sua vez, a hegemonia da antiga classe militar. A cavalaria pesada dos \assalos e homens
de armas recua pura dar lugar à infan
taria, nova arma burguesa, cuja impor
tância tática foi aumentando, cada vez mais. A própria noção do honra mudou, diante de uma época onde não mais
eram possí\eis as desilusões e. em cujo recinto, a força deveria ser o melhor
argumento.
E o homem então, liber
tado de seus antigos vínculos, iomeça a contar com suas próprias forças e a sustentar a superioridade da "ratio" sôbre
a
"traditio".
Desenvolve-se, dentro dêsse realismo, nesta substituição da crença em Deus pela crença dos homens, nesta substi
tuição do valor sagrado pelo valor das coisas profanas, o saber técnico, atra vés do conhecimento das leis fundamen
tais da natureza.
Fixando sua atenção, prime"vamente. nos problemas ví.síveis, mostra que o cen
tro no qual gravitava a sociedade medie
val era o so'o. Muda, porém, com o Re
nascimento, cujo centro econômico e so cial passa a ser a cidade. Muda-se as sim o sistema de vida, passa-se^ de uma atitude "conservadora" para uma ati
tude "liberal".
Desfaz-se uma socieda
de baseada na ordem do.s estados, con
sagrados pela igreja, onde cada um ocupa um lugar designado por Deus,
para surgir uma rebeldia cada vez mais acentuada, que vai alcançar o próprio
Ela é também uma ciência cultural e
Deus.
A vida, dentro de uma associa
ássim pode ser perfeitamente configu
ção comunal, era feita com dados certos
14Í
Econômico
A metafísica não
pode mais interessar. Indagar-se das coi sas sobrenaturais não tem mais sentido, conforme
argumenta
Guicciardini.
O
que é preciso é, com a ciência natural,
mento das naves de edificação urba
e o aperfeiçoamento das armas de fogOr a guerra toma um caráter técnico e a artilharia se converte num ramo da engenharia.
A ruptura com o passado \ai-se acen tuando desse modo. Para o "hoino iS"
I gioi.us" da Idade Média, imbuído dd
ponto de vista tradicional, o mundo é um ate de criação divina. Para o ho
mem novo do Renascimento só há reair. menlo o trabalho humano. A \ontade de dominar as coisas dá o novo ritmo
dos gestos. E daí o reflexo dessas con
dições humanas e sociais na no\a ten
dência artística. A arte perde o sen- ^
tido de inspiração para tornar-se s» bordinada à'técnica, à técnica, confundindo com isso, muitas vèzes, o engenheiro e o artista, como aconteceu com Migue Ângelo e, principalmente, com Leonardo.'^
Basta lembrarmos artistas como
Castagno, Ucello", Signorelli ou Man tenha, que vi\'iam dentro da preocupa
ção técnica. A vontade de domínio, porque o artista também é ura domina dor da natureza, dá, pela pintura, a
sensação de que ela alcança as longas
distâncias, através das regras da pe«-
dominar a natureza e compreender que
pcctiva, quer pela perspectiva linear
todo o poder do homem vem dela. Para
atmosférica dos holandeses.
Von Martín, o pensador burguês "é engenheiro por natureza", que faz uma rápida aplicação prática das ciências téc
nicas. Por outro lado, a especulação científica, como aliá.'! já foi notado por
dos italianos, quer pela perspectiva Alberti,
tigador da natureza, um matemático, um técnico". A cúpola de Brunelesco cons
titui um exemplo dessa afirmativa. E como a arte é uma forma de domí
Dilthcy, faz sua adesão ao trabalho in-
du-strial.
A' nova sociedade só poderia
Segundo
"o artista é, antes, um inves
nio e de orgulho, ela recebe a consa
prosperar por essa cooperação entre o trabalho manual e cientifico. E os in-
gração popular. A construção da ca tedral de Florença foi um acontecimen
vestigadores,
to Donuíar na RpruiV»!;.-., iri..
os
Ubaldi,
Benedetti,
O'
>
X
X
MU
n
142
Digesto
Econômico
DiCESTo Econômico
mesmo acontecendo com-as de Orvieto,
com o auxílio de Loduvico, o Mouro,
o burguês se torna poderoso, o trafican
Pisa, Síena, Veneza.
tenta atirar os turcos contra Veneza.
te se transforma em comerciante. Um
Por sua vez, a arte assume duas ca
racterísticas expressivas. Uma é seu as pecto familiar, como se pode ver em Filippo Lippi ou em Gliirlandaío, onde os santos aparecem como "bons bour-
contra-partida: - Pago".
volucionária, que faz essa definitiva transfiguração dc valores. Ê o dinheiro.
mentalidade comercial, oferece-nos o
leve, é que se pode ir até as raízes dos
e.xemplo daquela partida que o vene- nossos atuais meios de \-ida, que conti
O dinheiro c um demônio a transtornar
os cérebros e as coisas. Com èle pÕe-se em marcha tôdas as ambições.
Com
melhante.
os conflitos em que se empenha, atra vés das indulgências. As infrações da
concepção que o homem se toma culto
lí\TO maior: — "qq Doge Foscari, pela morte de meu filho e de meu tio".
nuam a oferecer os argumentos
as nossas angústias e para as nossas pobres esperanças.
gumentos. É ôle o organizador visível do mundo. Os príncipes saem de suas
Êsse individualismo burguês é assim
ziano Jacob Loreano escriturou em seu
Assim, lendo este Iínto. resimiido e
êle está a razão final de todos os ar
mocrática, que mostra o homem, sem artifício, igual por natureza ao seu se
tombem humanismo. Signorelli defen"nobihtas k v! de Poggio. "í^umanitas" contra E é dentro dessaa
mesmo Foscari e seu filho, escritura
exei-.iplo, que impressiona, da impreg nação de tôdas as esferas da vida pela
sagração do nu nas obras de arte. Con
tra a arte clerical e aristocrática surge
E, logo depois de ter eliminado c
Há, entretanto, para Von Martin, um elemento de estranha capacidade re
geois"... Outra característica é a con
o nu que é uma expressão da arte de
143
dificuldades com ôle.
A Igreja vence
moral podiam espiar-se com o dinheiro. Assim, desaparecera o vinculo orgânico das comunidades, isto e, a comunidade
de sangue, para vencer, por tôda a parte, a comunidade de interêsses me
e educado e é dentro dessa concepção cânicos e imediatos, impostos pela po .expressão está exS" ?em Petrarca. lítica do dinheiro. Quem sabe contar A politíca se movimenta com êsses sabe vencer. dados. Ela e feita pela 'Sirtú", no dinheiro, O político, como o negociante, é um sentido de fôrça viril e pela "astuzzia" homem que sabe calcular. A menta no sentido de sagacidade racional e (
diz Von Martin, in assim por um Borgia, por um Medicis lidadea calculista, política, que se movimenta com por um Carlos V, Henrique VIII. E é vado categorias de meios e fins, ditados por assim que ela é lista por Maquiavel interêsses burgueses". ele, o em que procura, por entre as debilidades presário burguês, ao contrário do nobre, que existem, as fôrças de recomposi do labrego e do menestrel de caráter
ção social. ,
Porque nessa época de ostentação de
fôrça, há, também, em virtude do aspec
medieval, é um calculador, pensa de ' maneira racional e não de maneira tra dicional.
to cambiante da transição, o oportunis
O dinheiro é o protetor do indivíduo
mo assustado daqueles que se sentiam
e não do grupo e é êle que faz expandir a riqueza mobiliária. "O laço que une
ameaçados, que faziam com seus piores adversários a política da mão estendida.
os homens, diz Bretano, é o dinheiro
Gregórío DC e Inocêncio IV solicitaram
contado".
o auxílio dos muçulmanos contra a Euròpa cristã. Assim, de vez em vez, a
dade do processo econômico do dinhei ro 6 submeter ao seu próprio ritmo
aliança com os turcos se fazia e Mao-
todo o conteúdo da vida".
mé II intitulava-se amigo e irmão de Gonzaga de Mântua. E Alexandre VI,
E não há o que mais segure essa pe netração do valor monetário. Com êle,
Para Simmel, "a peculiari
O sr. Arnaldo Massone, presidente da Câmara Argentina àc Comércio e de legado de seu país junto ao Conselho Interamericano de Comércio e Produção, declarou que as decisões atuahyiente tomadas pelos homens de negócio deverão orientar os homens de gocêrno. No tocante ao intercâmbio comercial entre os países da América, decidiu-se s. s. pelo sistema do acordos muUilaterais, passando a defen der a conveniência de uma união aduaneira que englobasse tôdas as nações conti nentais, ou apenas um grupo de países. Os resultados de tal união estimxilaríam os deniais a ingressar para o mesma.
Com referência ao problema do trigo, declarou o sr. Masivne que a Argen tina pode e deve satisfazer a tôdas as necessidades das nações americanas, achondo-se, além disso, em condições de suprir outros mercados.
142
Digesto
Econômico
DiCESTo Econômico
mesmo acontecendo com-as de Orvieto,
com o auxílio de Loduvico, o Mouro,
o burguês se torna poderoso, o trafican
Pisa, Síena, Veneza.
tenta atirar os turcos contra Veneza.
te se transforma em comerciante. Um
Por sua vez, a arte assume duas ca
racterísticas expressivas. Uma é seu as pecto familiar, como se pode ver em Filippo Lippi ou em Gliirlandaío, onde os santos aparecem como "bons bour-
contra-partida: - Pago".
volucionária, que faz essa definitiva transfiguração dc valores. Ê o dinheiro.
mentalidade comercial, oferece-nos o
leve, é que se pode ir até as raízes dos
e.xemplo daquela partida que o vene- nossos atuais meios de \-ida, que conti
O dinheiro c um demônio a transtornar
os cérebros e as coisas. Com èle pÕe-se em marcha tôdas as ambições.
Com
melhante.
os conflitos em que se empenha, atra vés das indulgências. As infrações da
concepção que o homem se toma culto
lí\TO maior: — "qq Doge Foscari, pela morte de meu filho e de meu tio".
nuam a oferecer os argumentos
as nossas angústias e para as nossas pobres esperanças.
gumentos. É ôle o organizador visível do mundo. Os príncipes saem de suas
Êsse individualismo burguês é assim
ziano Jacob Loreano escriturou em seu
Assim, lendo este Iínto. resimiido e
êle está a razão final de todos os ar
mocrática, que mostra o homem, sem artifício, igual por natureza ao seu se
tombem humanismo. Signorelli defen"nobihtas k v! de Poggio. "í^umanitas" contra E é dentro dessaa
mesmo Foscari e seu filho, escritura
exei-.iplo, que impressiona, da impreg nação de tôdas as esferas da vida pela
sagração do nu nas obras de arte. Con
tra a arte clerical e aristocrática surge
E, logo depois de ter eliminado c
Há, entretanto, para Von Martin, um elemento de estranha capacidade re
geois"... Outra característica é a con
o nu que é uma expressão da arte de
143
dificuldades com ôle.
A Igreja vence
moral podiam espiar-se com o dinheiro. Assim, desaparecera o vinculo orgânico das comunidades, isto e, a comunidade
de sangue, para vencer, por tôda a parte, a comunidade de interêsses me
e educado e é dentro dessa concepção cânicos e imediatos, impostos pela po .expressão está exS" ?em Petrarca. lítica do dinheiro. Quem sabe contar A politíca se movimenta com êsses sabe vencer. dados. Ela e feita pela 'Sirtú", no dinheiro, O político, como o negociante, é um sentido de fôrça viril e pela "astuzzia" homem que sabe calcular. A menta no sentido de sagacidade racional e (
diz Von Martin, in assim por um Borgia, por um Medicis lidadea calculista, política, que se movimenta com por um Carlos V, Henrique VIII. E é vado categorias de meios e fins, ditados por assim que ela é lista por Maquiavel interêsses burgueses". ele, o em que procura, por entre as debilidades presário burguês, ao contrário do nobre, que existem, as fôrças de recomposi do labrego e do menestrel de caráter
ção social. ,
Porque nessa época de ostentação de
fôrça, há, também, em virtude do aspec
medieval, é um calculador, pensa de ' maneira racional e não de maneira tra dicional.
to cambiante da transição, o oportunis
O dinheiro é o protetor do indivíduo
mo assustado daqueles que se sentiam
e não do grupo e é êle que faz expandir a riqueza mobiliária. "O laço que une
ameaçados, que faziam com seus piores adversários a política da mão estendida.
os homens, diz Bretano, é o dinheiro
Gregórío DC e Inocêncio IV solicitaram
contado".
o auxílio dos muçulmanos contra a Euròpa cristã. Assim, de vez em vez, a
dade do processo econômico do dinhei ro 6 submeter ao seu próprio ritmo
aliança com os turcos se fazia e Mao-
todo o conteúdo da vida".
mé II intitulava-se amigo e irmão de Gonzaga de Mântua. E Alexandre VI,
E não há o que mais segure essa pe netração do valor monetário. Com êle,
Para Simmel, "a peculiari
O sr. Arnaldo Massone, presidente da Câmara Argentina àc Comércio e de legado de seu país junto ao Conselho Interamericano de Comércio e Produção, declarou que as decisões atuahyiente tomadas pelos homens de negócio deverão orientar os homens de gocêrno. No tocante ao intercâmbio comercial entre os países da América, decidiu-se s. s. pelo sistema do acordos muUilaterais, passando a defen der a conveniência de uma união aduaneira que englobasse tôdas as nações conti nentais, ou apenas um grupo de países. Os resultados de tal união estimxilaríam os deniais a ingressar para o mesma.
Com referência ao problema do trigo, declarou o sr. Masivne que a Argen tina pode e deve satisfazer a tôdas as necessidades das nações americanas, achondo-se, além disso, em condições de suprir outros mercados.
PAN
Ouvido pela imprema, o engenheiro Silvio Frues de Abreu, inembro da Commao de Estudo doe aplicações de capital em empréstimos de relevante interâsse para o Brasil, referiu-se th decisões tomadas na última reunião dêsse órgão, e de pois de acentuar a atuação do general Juarez Távora conio relator das normos bá
Longa vida e po*
SEMPRE VIVO -
sicas da lei sôbre exploração do petróleo, declarou-,
tência de sobra!
"Efetivamente foram estabelecidas'as condições em que interessava ao Brasil o recebimento do capital estrangeiro para aplicação na indústria do petróleo. O traa o está muito bem feito. Encarou-se a possibilidade do emprâgo do capital
dores Etna foram
projetados e cons
estrangeiro mas, tendo em vista, antes de tudo, o interêsse nacionar.
truídos pelos téc
Os acumula-
Perguntado .sôbre se há alguma proposta concreta de capitais estrangeiros com
nicos da General Motors para
E pura fantasia o que dizem a respeito. Flão temos conhecimento de tie-
corresponder exatamente òs condições peculiares dó clim®
relaçao^ ao petrolco, a engenheiro Froes de Abreu respondeu -. cão"do^vZ'ó^ í
rJo
brasileiro 1
houver alguém que deseje empregar capitais na explora-
PRODUTO DA
poí isso. E- .Sá „g.>
general motors
os iniorêsses do 'capital hartnonizar-se ferfcilamente capital altentgena com os sagrados mlerêsscs do BrasU".
i
mexicano resolveu abrir iconcursogovêmo para a construção de um dique O
de vastas proporções em Sinalga. A re presa contará com uma capacidade de quatro bilhões de metros cúbicos de água para irrigação e poderá satisfazer às necessidades de 300.000 hectares.
Q Departamento de Comércio anun
ciou que as e.xportações de borracha é subprodutos, no mês de agôsto, foram
ACUMULADORES
avaliadas em'15.861.467 dólares, ou
5% menos do total de julho. Revelou ainda que a média mensal, no segundo trimestre de 1947, foi de
O Departamento de Comércio anun ciou que a cota de exportação de car tão sofreu uniiX queda de três milhões e meio de toneladas. O declínio se refere ao mês de novem
ETNA
20,326.379 dólares e que a cifra geral para os primeiros oito meses do corren
te ano foi de 1.53.032.482 dólares.
GENERAL MOTORS DO BRASIL S. A.
D govêmo uruguaio autorizou licen
bro e' na relação estão incluídos o Brasil, com 144.000, a Argentina, com 72.000 e outros países latino-america
esterlinos, para a importação de auto
nos, com 54.000 toneladas bnitas.
mésticos britânicos.
PARA VENDAS E SERVIÇO PROCURE OS DISTRIBUIDORES E CONCESSIONÁRIOS DA GENERAL MOTORS DO BRASIL S. A.
ças de câmbio, no valor de 220.000
móveis, produtos químicos e artigos do
.A
4ãl
PAN
Ouvido pela imprema, o engenheiro Silvio Frues de Abreu, inembro da Commao de Estudo doe aplicações de capital em empréstimos de relevante interâsse para o Brasil, referiu-se th decisões tomadas na última reunião dêsse órgão, e de pois de acentuar a atuação do general Juarez Távora conio relator das normos bá
Longa vida e po*
SEMPRE VIVO -
sicas da lei sôbre exploração do petróleo, declarou-,
tência de sobra!
"Efetivamente foram estabelecidas'as condições em que interessava ao Brasil o recebimento do capital estrangeiro para aplicação na indústria do petróleo. O traa o está muito bem feito. Encarou-se a possibilidade do emprâgo do capital
dores Etna foram
projetados e cons
estrangeiro mas, tendo em vista, antes de tudo, o interêsse nacionar.
truídos pelos téc
Os acumula-
Perguntado .sôbre se há alguma proposta concreta de capitais estrangeiros com
nicos da General Motors para
E pura fantasia o que dizem a respeito. Flão temos conhecimento de tie-
corresponder exatamente òs condições peculiares dó clim®
relaçao^ ao petrolco, a engenheiro Froes de Abreu respondeu -. cão"do^vZ'ó^ í
rJo
brasileiro 1
houver alguém que deseje empregar capitais na explora-
PRODUTO DA
poí isso. E- .Sá „g.>
general motors
os iniorêsses do 'capital hartnonizar-se ferfcilamente capital altentgena com os sagrados mlerêsscs do BrasU".
i
mexicano resolveu abrir iconcursogovêmo para a construção de um dique O
de vastas proporções em Sinalga. A re presa contará com uma capacidade de quatro bilhões de metros cúbicos de água para irrigação e poderá satisfazer às necessidades de 300.000 hectares.
Q Departamento de Comércio anun
ciou que as e.xportações de borracha é subprodutos, no mês de agôsto, foram
ACUMULADORES
avaliadas em'15.861.467 dólares, ou
5% menos do total de julho. Revelou ainda que a média mensal, no segundo trimestre de 1947, foi de
O Departamento de Comércio anun ciou que a cota de exportação de car tão sofreu uniiX queda de três milhões e meio de toneladas. O declínio se refere ao mês de novem
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R: Pedro Américo, 52 - (Pr. República) Teleíone 4-4218 - São Paulo Ptl IINAT"
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Escritório Técnico Jurídico Fiscal e Contábil
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Imposta sóbre a renda e adicional do ronda (Lucros extraordinários) Organização de sociedades e firmas em geral.
Consultas, defesas e recursos sobro matéria fiscal o .serviços diversos junto à's repartições públicas em geral. Auditoria Revisões — Planos contabilfsticos — Exames de balanços — Escritas avulsas e organização de escritas contábeis cm geral. DIRETORES; MARIO CARLOS
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