DIGESTO ECONÔMICO, número 37, dezembro 1947

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— Afonso Aiinos do Melo Franco

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Barbosa de Oliveira

Perspectivas — Jt)sé Tlioma/. Nabuco A Indústria do Pescado — Antônio Renato Gago Nobre Introdução ao Estudo da Economia Amazônica — A. C. Ferreira Reis

O Estudo Sociológico das Eras de Crise — 1.^. A. Costa Pinto

-v.

MopfoGcnja da Arqultnturo Contemporânea — Luís de Aniiala Melo A Crise Mvindial de Dólorcs e o Plano Marshall — Jesus Cnssiano Piados Avrarte

Conceito e Determinação da Renda Nacional — Marcelo Boidrini . . . O Acadêmico e o Presidente Afonso Pena — José Honórlo Rodrigues

Velho Governo. Programa Atual — Otávio Tarquinio de Sousa

Geografia das Comunicações Paulistas — Nelson Werneck Soclré . . . Laniíicios Sciscentistcs de São Paulo — Sóri tio Buarque de Holanda Castanha Autores

do e

Panorama

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Diversos

dos em

consulte-nos sôbre:M^guel^^^^ Emendas c a

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SÃO UMA DELÍCIA OS PRODUTOS "SADIA"! ^^^^pniA — Estado de Santa Catarina— Via Mar-

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MATRIZ: CONCÓRDl

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de Inticinl

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« T5a„ia Souza, 287 — Telefone: 6-2463 — São Paulo FILIAL: Rua Paula Dou^a,

Agentes com Depósito permanente: químicos e orgânicos.

W. S. BERTONI

R. Dr. Costa Aguiar, 455

Campinas - Est. São Paulo

^as Rio do Joneiroí Roo Teófilo Oitoni, 81 — São Pauloi Rua Florêndo de Abreu 3&7

Belo Horizonfei Rua Rio de Janeiro, 368 — Pôrto Alegro: Av. JulIo de Castilhos 30

J.

SILVA

R. Dr. Virgílio Malta, 4-19 Bauru — Est. São Paulo

FRANCISCO HARO Rua Francisco Scarpa, 10 Sorocaba — Est. de S. Paulo


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COMPANHIA DE ANILINAS, PRODUTOS QUÍMICOS E MATERIAL TÉCNICO INDUSTRIA E COANERCIO

Representantes Exclusivos para todo o Brasil da . HARNISCHFEGER CORPORATIO N ~ MILWAUKEE, wisconsin, u. s. a.

Fabricantes das Afamadas Escavadeiras GRANDES ARMAZÉNS

De Secos e Molhados, Ferragens, Armarinho, Louças, Tintas, óleos e Miudezas em Geral. Dislribuidor do afamado vinho "FAROFA"

A Máquina mais vendida no brasili

Possuímos grande sorlimento, não temendo concorrência. Visite-nos antes de fazer suas compras. RUA DA CANTAREIRA, 530-538-546-554

Telefones: Escritório: 4-3366 — Gerência: 2-5253

Premiada Fábrica de Macarrão

"ITALO-BRASILEIRA" Rua Cesárlo Alvim. 227-333 — Telefone 9-2087 — SAO PAULO Consultem nosso

DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE

sobre os aquecedores elétricos de água

Escavadeira P&H. mod. 255-A, em serviço na Via Anchieta (E. de S. Paulo) produtores também DE: Estabilizadores de Solo Guindastes

Carregadores de Cana Pontes Rolantes

Talhas Elétricas de nossà fabricáçâo.

Hasta telefonar para 6-1794

Casa Matriz: RIO DE JANEIRO: Rua Alfândega. 100-102. — Tel.; 23-1640 Filial: SAO PAULO: Rua Florêncio de Abreu, 452-458 —' Telefone 3-4722

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OUTRAS FILIAIS NOS DEMAIS ESTADOS.


I

Dicesto Econômico

REIN AU U

53

rcm dc ser salisfcita.s, alguém terá de emprestar ou abrir créditos à Europa sob forma de moedas de curso internacional.

De outra forma, agravar-sc-ia a tendên cia inflacionista permitindo-se pagamen

Automóveis de Passageiros — JUVAQUATRE SEDAN FOURGONETTES PARA 300 QUILOS

to dessas importancia.s cm moedas ou

FOURGONS PARA 1.000 QUILOS

divisas inconversíveis, enquanto o go

verno teria que emitir para transforma-

CAMINHÕES ABERTOS PARA 2.000 QUILOS

las internamente em dinheiro nacional.

Normalmente, a Europa, acobertada

pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45Z de suas necessidades.

Passará a

depender dessa fonte de suprimento em

Stock de peças para todos os modelos ÚNICOS AGENTES AUTORIZADOS PELA

crédito para satisfazer essa caudal dc pedidos, como parece ser intenção do

ra indispensável que me'hor seria ligá-

senador Taft, de possível elevação de

custo da vida norte-americana, agravaCão da tendência inflacionista, arregimenor reflexo, junto

Alameda Cleveland. 415

Telefone: 4-5769

Telefone: 5-3381

SÃO

evidentemente condicionadas à melhoria

de sua capacidade de produçãoí^^quer Latina, se pode ser postergada para a

aos congressis

tas, do que a possibilidade de convul-

Rua Barão de Campinas. 118

Quanto aos demais povos deste Conti nente, sua contribuição e participação pam o levantamento da Europa estão agrícola, quer industrial.

mentação da vida industrial e perpetua ção do encargos fiscais, talvez tenham

Serviço e Peças:

Tudo isso está certo, mas só os Esta

dos Unidos estão em condições de as sumir responsabilidade de tal xoilto.

extensão do Plano Marshall á América

tivas dessa providência, apontadas_ pelo

Exposição e vendas:

pesadas exportações para a Europa.

no.s durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir

ra tal fim, poderão faze-lo, porque tem recursos para isso. As repercussões nega

AIJTO-GERAI.

da própria indústria norte-americana de lhe faltar no momento a continuação de

apro.ximadamcnte dois terços, pelo me-

Congresso, especialmente convocado pa

"REGIE NATIONALE DES USINES RENAULT'

sões sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou dc crise

Por isso, a

Conferência de Bogotá, é dc tal manei la desde logo, nas discussões do Con

gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa.

Sem o robusteci-

mento de nossa economia, no setor agrí cola ou industrial, nada poderemos fazer

em auxílio da Europa a não ser o que SC vem fornecendo, evidentemente em

condições precárias e muito aquém das necessidades daquele continente trans mitidas pelos seus peritos no relatório a que fizemos referência.

Os agricultores nicaraguenses cultivaram mais de 120.000 acres de milho, du

PAULO

rante o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acres sôbre o ano án-

terior, segundo estatísticas oficiais. A colheita dêste ano foi excelente, permitindo ao país dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a supetfície cultivada com arroz seja algo inferior à do ano anterior, não passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antécipando-se que' o total excederá o obtido em 1945. l


I

Dicesto Econômico

REIN AU U

53

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De outra forma, agravar-sc-ia a tendên cia inflacionista permitindo-se pagamen

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Normalmente, a Europa, acobertada

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Passará a

depender dessa fonte de suprimento em

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crédito para satisfazer essa caudal dc pedidos, como parece ser intenção do

ra indispensável que me'hor seria ligá-

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custo da vida norte-americana, agravaCão da tendência inflacionista, arregimenor reflexo, junto

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SÃO

evidentemente condicionadas à melhoria

de sua capacidade de produçãoí^^quer Latina, se pode ser postergada para a

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Quanto aos demais povos deste Conti nente, sua contribuição e participação pam o levantamento da Europa estão agrícola, quer industrial.

mentação da vida industrial e perpetua ção do encargos fiscais, talvez tenham

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Tudo isso está certo, mas só os Esta

dos Unidos estão em condições de as sumir responsabilidade de tal xoilto.

extensão do Plano Marshall á América

tivas dessa providência, apontadas_ pelo

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no.s durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir

ra tal fim, poderão faze-lo, porque tem recursos para isso. As repercussões nega

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da própria indústria norte-americana de lhe faltar no momento a continuação de

apro.ximadamcnte dois terços, pelo me-

Congresso, especialmente convocado pa

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sões sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou dc crise

Por isso, a

Conferência de Bogotá, é dc tal manei la desde logo, nas discussões do Con

gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa.

Sem o robusteci-

mento de nossa economia, no setor agrí cola ou industrial, nada poderemos fazer

em auxílio da Europa a não ser o que SC vem fornecendo, evidentemente em

condições precárias e muito aquém das necessidades daquele continente trans mitidas pelos seus peritos no relatório a que fizemos referência.

Os agricultores nicaraguenses cultivaram mais de 120.000 acres de milho, du

PAULO

rante o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acres sôbre o ano án-

terior, segundo estatísticas oficiais. A colheita dêste ano foi excelente, permitindo ao país dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a supetfície cultivada com arroz seja algo inferior à do ano anterior, não passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antécipando-se que' o total excederá o obtido em 1945. l


Dicesto Econômico

55

dos países do mundo, para não nos iludirmos mais sôbre os seus re.sultados.

Democracia e Partidos por Afonso Arinos de Melo Franco

dos partidos políticos em face do regime democrático. O assunto do presente

artigo refere-se àquêle momentoso problema.

J^iz Hans Kelsen, e ^ com .muito acerto, que a prática da democra

diametralmente oposto, isto é, no de

aprofundar cada vez mais as causas da

cia moderna está ligada ao funciona mento pelo menos satisfatório dos par

impotência dos partidos democrálicos e

tidos políticos. O preconceito contra êles não é, como a muitos se afigura,

desmoralização de um regime que elas

próprias contribuem para desmoralizar e

uma formà de convicção democrática, de

levar à ruína.

fé numa. certa democracia, mas, bem j ao contrário, uma tomada de posição

francamente antidemocrática,- pois, nos

de denunciar à nação a falência e a

Polo que se vê, será difícil quer ao comunismo quer ao degauMismo chegar ao poder em França pelas vias consti

termos atuais, não pode haver democra cia sem partidos. É fenômeno impressionante, pode-se

tucionais, visto que os sexis objetivos

mesmo dizer alarmante, o crescimento

da onda anti-partidária em vários paí

se compor com os processos estabeleci dos no regime criado pela Assembléia

ses, inclusive no Brasil, aonde com tan

Constituinte.

tas dificuldades nos estamos adaptando às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de recuperação econômica e política da

atual geração francesa dependem, antes do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de

1940. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos próprios dêsse mecanismo, inclusive o governo partidá rio.

Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degaullista e a co munista, se vem exercendo no sentido

o a sua técnica de govémo, embora

opostos, têm o traço comum de não

Se a democracia partidária fracassar em face do ambicioso ímpeto de qual quer dos doiS movimentos, o vitorioso (e êste será provàvelmcnte De GauUe) não se instalará no governo sem san

grenta luta com o opositor. Esta luta será início de um processo de consolidação violenta do poder con

quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão processos sempre instáveis, embora às vêzes longos, de consolidação dç um

poder conquistado pela fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-

Tem lideres de notória e grande capa

De Caulle não c maior que Napoleão. E a ditadura napoleônica trou.\e à Fran ça mais cantos fúnebres que ciarinadas

cidade.

marciais.

ditadura soviética conseguiu resolver o

No Brasil volta-se públicamento a clamar contra os partidos e a reclamar

O ST. Afonso Arinos de Melo Franco, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência

como instrumento de ação, do instrução, de enquadramento e de propaganda.

um govêmo forte, independente dêles. Ainda outro dia Alceu Amoroso Lima contava em uma entrevista como lhe

impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dêste assun to.

Dizia o moço que os partidos

nacionais tinham fracassado, que 6 pre ciso que nos libertemos dêlcs, e citava, em favor da sua tese, os exemplos do Franco, Salazar e De Gaulle. Reconheçamos a semelhança das si

tuações. Procura-se entre nós, como na prjjnça, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado, ninguóm procura prestig ar. E. aqui como lá, a pergunta é a mesma: que «iicederá a êste reg-me, se ele vier a

i acassar? A resposta também não di fere: sucederá a ditadura da espada. O problema prin

Pois, apesar de tudo, nem mesmo a

insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tòda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando.

A tremenda luta em que sf dilacerou o Partido Comunista da Rússia, desde

a dissidência de Trotski até os expur gos brutais que revoltaram a consciên

cia e a moral do mundo, esta tragédia que durou anos e custou centenas de

milhares, talvez milhões de vidas não

foi, afinal, considerada no seu conjun

to histórico, senão uma crise de poder dentro da maior ditadura

que jamais

existiu.

Nos tempos romanos a morte do im

perador e chefe militar costumava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império,

cipal das ditaduras

Acontecia que mais de um imperador era indicado pelas

não é o governo,

tropas

mas o poder.

tempo. Era a crise

Na

ao

mesmo

solução dêste pro

de poder sem solu

blema dispendem energias formidáveis,

ção constitucional.

melhor aplicáveis nas

dernas a coisa é a

tarefas de govôrno.

Nas ditaduras mo

X

Não se pode imaginar ditadura tècmcamente mais perfeita do que a sovié tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no

gênero.

Tem uma poderosa doutrina

justificativa. Tem uma gigantesca base econômica e demográfica sôbre que se

apoiar. Tem, inclusive, um partido po lítico (de modalidade especial, é ver dade, posto que único), que funciona

__ mesma, embora com hspectos mais nítidos e proporções maio res.

Vimos a impossibilidade de uma di tadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-

líco do caudilho sulino Getúlio Vargas. ■ Êle teve tudo às mãos para sair-se. bem da empreitada de 2 de Dezembro, para sair-se com uma auréola que p'


Dicesto Econômico

55

dos países do mundo, para não nos iludirmos mais sôbre os seus re.sultados.

Democracia e Partidos por Afonso Arinos de Melo Franco

dos partidos políticos em face do regime democrático. O assunto do presente

artigo refere-se àquêle momentoso problema.

J^iz Hans Kelsen, e ^ com .muito acerto, que a prática da democra

diametralmente oposto, isto é, no de

aprofundar cada vez mais as causas da

cia moderna está ligada ao funciona mento pelo menos satisfatório dos par

impotência dos partidos democrálicos e

tidos políticos. O preconceito contra êles não é, como a muitos se afigura,

desmoralização de um regime que elas

próprias contribuem para desmoralizar e

uma formà de convicção democrática, de

levar à ruína.

fé numa. certa democracia, mas, bem j ao contrário, uma tomada de posição

francamente antidemocrática,- pois, nos

de denunciar à nação a falência e a

Polo que se vê, será difícil quer ao comunismo quer ao degauMismo chegar ao poder em França pelas vias consti

termos atuais, não pode haver democra cia sem partidos. É fenômeno impressionante, pode-se

tucionais, visto que os sexis objetivos

mesmo dizer alarmante, o crescimento

da onda anti-partidária em vários paí

se compor com os processos estabeleci dos no regime criado pela Assembléia

ses, inclusive no Brasil, aonde com tan

Constituinte.

tas dificuldades nos estamos adaptando às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de recuperação econômica e política da

atual geração francesa dependem, antes do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de

1940. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos próprios dêsse mecanismo, inclusive o governo partidá rio.

Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degaullista e a co munista, se vem exercendo no sentido

o a sua técnica de govémo, embora

opostos, têm o traço comum de não

Se a democracia partidária fracassar em face do ambicioso ímpeto de qual quer dos doiS movimentos, o vitorioso (e êste será provàvelmcnte De GauUe) não se instalará no governo sem san

grenta luta com o opositor. Esta luta será início de um processo de consolidação violenta do poder con

quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão processos sempre instáveis, embora às vêzes longos, de consolidação dç um

poder conquistado pela fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-

Tem lideres de notória e grande capa

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No Brasil volta-se públicamento a clamar contra os partidos e a reclamar

O ST. Afonso Arinos de Melo Franco, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência

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Dizia o moço que os partidos

nacionais tinham fracassado, que 6 pre ciso que nos libertemos dêlcs, e citava, em favor da sua tese, os exemplos do Franco, Salazar e De Gaulle. Reconheçamos a semelhança das si

tuações. Procura-se entre nós, como na prjjnça, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado, ninguóm procura prestig ar. E. aqui como lá, a pergunta é a mesma: que «iicederá a êste reg-me, se ele vier a

i acassar? A resposta também não di fere: sucederá a ditadura da espada. O problema prin

Pois, apesar de tudo, nem mesmo a

insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tòda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando.

A tremenda luta em que sf dilacerou o Partido Comunista da Rússia, desde

a dissidência de Trotski até os expur gos brutais que revoltaram a consciên

cia e a moral do mundo, esta tragédia que durou anos e custou centenas de

milhares, talvez milhões de vidas não

foi, afinal, considerada no seu conjun

to histórico, senão uma crise de poder dentro da maior ditadura

que jamais

existiu.

Nos tempos romanos a morte do im

perador e chefe militar costumava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império,

cipal das ditaduras

Acontecia que mais de um imperador era indicado pelas

não é o governo,

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mas o poder.

tempo. Era a crise

Na

ao

mesmo

solução dêste pro

de poder sem solu

blema dispendem energias formidáveis,

ção constitucional.

melhor aplicáveis nas

dernas a coisa é a

tarefas de govôrno.

Nas ditaduras mo

X

Não se pode imaginar ditadura tècmcamente mais perfeita do que a sovié tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no

gênero.

Tem uma poderosa doutrina

justificativa. Tem uma gigantesca base econômica e demográfica sôbre que se

apoiar. Tem, inclusive, um partido po lítico (de modalidade especial, é ver dade, posto que único), que funciona

__ mesma, embora com hspectos mais nítidos e proporções maio res.

Vimos a impossibilidade de uma di tadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-

líco do caudilho sulino Getúlio Vargas. ■ Êle teve tudo às mãos para sair-se. bem da empreitada de 2 de Dezembro, para sair-se com uma auréola que p'


Dicesto EcoNÓNnco

58

fora da Constituição, em vez clc pro curarmos edificar o que cia planejou.

redimiria dos perjúrios anteriores. Teve tudo, inclusive, até certo momento, a

cCad

Porque uma Constituição não é uma

confiança dos seus maiores adversários.

obra, mas uma planta, um plano de

Mas a ditadura é mais forte que o

por José Mahia Bixo

obra.

ditador. O ambiente domina e conduz o homem contra as mais claras evidên

A nossa, seguindo os inevitáveis pen

cias.

dores da época, incorporou os partidos

habitante clc Siriiis que acompanhas

Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal inevitável que é a crise de poder das

políticos ao mecanismo constitucional,

se os acontecimejilo cia Terra nos úl

ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado. A série de

interesses espúrios que se criara em tômo ao ditador, qualquer que êle seja, ó uma fôrça terrível que lhe obscurece a \isão e lhe impede de dar uma

solução inteligente ao problema capital do regime. É quasi impossível que um homem se

deu-lhes cidadania jurídica, em vez de

timos quinze anos não ficaria muito

ignorar-lhes a existência como era hábito

admirado da capaciclaclc clc iiu enção, no •

nas antigas Constituições. Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que

p'ano. político, dos homens.

Parcccr-

Ihc-ia tão semelhante o espetáculo atoai . com o do Icjnpo da ascensão de Hitlcr

que, enervado, desviaria a sua

há de mais assente e mais puro na

doutrina democrática, mas contrariar a

letra e o espírito da nossa Constituição. É abandonar a democracia e marchar

fôrço da política nacional no problema do poder, com suas crises periódicas em vez de concentrá-lo nos problemas Com a espantosa versatilidade que nos do governo, que lhe são específicos e caracteriza voltamos, agora, a entrever, que pesam sombriamente, neste mo, para os problemas nacionais, soluções mento, sobre o futuro nacional.

cias

suas

ní\el de vida, e de au.\iliar a plena re

cuperação dos povos alheios. Ambicio na luirto mais: a hegemonia política da Europa c, através da Europa, a do

rivalidades internacionais, o me.s-

trina, lima ideologia a oferecer aos descontentes c aos revoltados de

várias espécies. Inspira-as ódio idêntico à liberdade e aos i-alores individuais; o ho

mem ó um simples dente da máquina do Estado, encarnado este num ditador oni

potente o intangível... Absolutamente se melhantes são os processos de agir: a

intransigência, a ameaça, a deslealdade, a insídia, a traição, a quinta coluna... Mas terminam aí as grandes analogias.

egoísmo e do comodismo dos seus an tigos adversários, não apenas para as concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e-para a conquista da

mais a sua curiosidade sobre o nosso

Europa. As hesitações ou as fraquezas das potências que a haviam feito morder o pó da derrota redobravam-llic a au

atormentado planeta, começaria a desco brir as divergências entre as duas pai sagens, a de Hitier e a de Stalin. A

dácia.

Alemanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de

No dia em que se julgou com

todos os trunfos da vitória, o nazismo

desoncadeou a segunda conflagração. Muito "suor, sangue e lágrimas" custou

O siriano, que demorasse um pouco

todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um 'dos grandes focos de

k humanidade civíMzada salvar-se da ti

'"Èm esferas de Caracas intimamenie ligadas à indtistrui do petróleo, assirutla-

rania que a ameaçava. Partindo, não de

■se

que, apesar do aparecimento do Or^nté Medw como ncwaJante de produção petTolifera, os E. V. A. dependem cada vez mats dos combustíveis líquidos extraídos

na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidaTes de petróleo para os E. U. A., contando com uma quota cormderavel entre os 45o!oOO tambores que os E. U. A. importam dxànamente du América do Sul. Assi nala-se, por outro lado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30^ suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norteu

bem-estar

Como a Alemanha nazista, a

pídamenle se refizera, ã sombra cio

-f

o

Rússia bolcherista tem uma dou

bstituir o nome da Alenianiui polo da Kús.sia ou o do fuehrer germânico pelo do ditador eslavo. . . Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ri\-

E o resultado de tudo foi o,29 de Outubro, antes do 2 de Dezembro.

eficiência

massas Inimanas, ainda de tão pobre

A.Ç mesmas ambições, as mesmas

mo ambiente clc aprocn.sões, fre qüentemente angustic.sas. Bastaria su

para a ditadura; c lançar todo o es-

Ichicia econômica, capaz de promover com

mundo.. .

curiosidade para outro planeta. . .

liberte desta pressão.

americanas de petróleo.

Quehhad.

■ .

í

Uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a

O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da República

marcha da Alemanha hítleriana.

delegado do Brasil na Pan Americana em

Não

se contenta em executar os seus sucessi

Wasfiington, enviou ao "Digesto Eco

vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po-

nômico, do qual ó colaborador, a inte

ressante crônica que ora publicamos.

,


Dicesto EcoNÓNnco

58

fora da Constituição, em vez clc pro curarmos edificar o que cia planejou.

redimiria dos perjúrios anteriores. Teve tudo, inclusive, até certo momento, a

cCad

Porque uma Constituição não é uma

confiança dos seus maiores adversários.

obra, mas uma planta, um plano de

Mas a ditadura é mais forte que o

por José Mahia Bixo

obra.

ditador. O ambiente domina e conduz o homem contra as mais claras evidên

A nossa, seguindo os inevitáveis pen

cias.

dores da época, incorporou os partidos

habitante clc Siriiis que acompanhas

Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal inevitável que é a crise de poder das

políticos ao mecanismo constitucional,

se os acontecimejilo cia Terra nos úl

ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado. A série de

interesses espúrios que se criara em tômo ao ditador, qualquer que êle seja, ó uma fôrça terrível que lhe obscurece a \isão e lhe impede de dar uma

solução inteligente ao problema capital do regime. É quasi impossível que um homem se

deu-lhes cidadania jurídica, em vez de

timos quinze anos não ficaria muito

ignorar-lhes a existência como era hábito

admirado da capaciclaclc clc iiu enção, no •

nas antigas Constituições. Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que

p'ano. político, dos homens.

Parcccr-

Ihc-ia tão semelhante o espetáculo atoai . com o do Icjnpo da ascensão de Hitlcr

que, enervado, desviaria a sua

há de mais assente e mais puro na

doutrina democrática, mas contrariar a

letra e o espírito da nossa Constituição. É abandonar a democracia e marchar

fôrço da política nacional no problema do poder, com suas crises periódicas em vez de concentrá-lo nos problemas Com a espantosa versatilidade que nos do governo, que lhe são específicos e caracteriza voltamos, agora, a entrever, que pesam sombriamente, neste mo, para os problemas nacionais, soluções mento, sobre o futuro nacional.

cias

suas

ní\el de vida, e de au.\iliar a plena re

cuperação dos povos alheios. Ambicio na luirto mais: a hegemonia política da Europa c, através da Europa, a do

rivalidades internacionais, o me.s-

trina, lima ideologia a oferecer aos descontentes c aos revoltados de

várias espécies. Inspira-as ódio idêntico à liberdade e aos i-alores individuais; o ho

mem ó um simples dente da máquina do Estado, encarnado este num ditador oni

potente o intangível... Absolutamente se melhantes são os processos de agir: a

intransigência, a ameaça, a deslealdade, a insídia, a traição, a quinta coluna... Mas terminam aí as grandes analogias.

egoísmo e do comodismo dos seus an tigos adversários, não apenas para as concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e-para a conquista da

mais a sua curiosidade sobre o nosso

Europa. As hesitações ou as fraquezas das potências que a haviam feito morder o pó da derrota redobravam-llic a au

atormentado planeta, começaria a desco brir as divergências entre as duas pai sagens, a de Hitier e a de Stalin. A

dácia.

Alemanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de

No dia em que se julgou com

todos os trunfos da vitória, o nazismo

desoncadeou a segunda conflagração. Muito "suor, sangue e lágrimas" custou

O siriano, que demorasse um pouco

todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um 'dos grandes focos de

k humanidade civíMzada salvar-se da ti

'"Èm esferas de Caracas intimamenie ligadas à indtistrui do petróleo, assirutla-

rania que a ameaçava. Partindo, não de

■se

que, apesar do aparecimento do Or^nté Medw como ncwaJante de produção petTolifera, os E. V. A. dependem cada vez mats dos combustíveis líquidos extraídos

na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidaTes de petróleo para os E. U. A., contando com uma quota cormderavel entre os 45o!oOO tambores que os E. U. A. importam dxànamente du América do Sul. Assi nala-se, por outro lado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30^ suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norteu

bem-estar

Como a Alemanha nazista, a

pídamenle se refizera, ã sombra cio

-f

o

Rússia bolcherista tem uma dou

bstituir o nome da Alenianiui polo da Kús.sia ou o do fuehrer germânico pelo do ditador eslavo. . . Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ri\-

E o resultado de tudo foi o,29 de Outubro, antes do 2 de Dezembro.

eficiência

massas Inimanas, ainda de tão pobre

A.Ç mesmas ambições, as mesmas

mo ambiente clc aprocn.sões, fre qüentemente angustic.sas. Bastaria su

para a ditadura; c lançar todo o es-

Ichicia econômica, capaz de promover com

mundo.. .

curiosidade para outro planeta. . .

liberte desta pressão.

americanas de petróleo.

Quehhad.

■ .

í

Uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a

O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da República

marcha da Alemanha hítleriana.

delegado do Brasil na Pan Americana em

Não

se contenta em executar os seus sucessi

Wasfiington, enviou ao "Digesto Eco

vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po-

nômico, do qual ó colaborador, a inte

ressante crônica que ora publicamos.

,


58

cultura do mundo. Encravada no cen

tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização

DicESTo Econômico

Os Estados Unidos, a Inglaterra, em su ma, as nações democráticas, estão a hu

milde serviço do capitalismo internacio

ocidental. A sua monstruosa ideologia

nal contra a Santa Rússia... E isto em

não procurava atrair as massas humildes

termos de arrieíro...

e sofredoras de além das suas fronteiras:

a burguesia internacional, grande e pe

Outra diferença radical entre o apósguerra de 1918 e o de 1945. Os "gran

quena, egoísta e interesse!ra, no perma

Dicesto EcoNÓxnco

giu-lhe em cheio a eslrulura econômi ca e financeira. Vencedores c vencidos, todos os seu.s povos sofrem-lhe com' maior ou menor intensidade as conse-

59

Eis aí o duende da ditadura dc Mos

cou: a projeção dos Estados Unidos sô bre o Continente que cia quisera fechar

nas suas implacáveis garras. O mundo

Iqüôncias. E como fata'monte teria dc

já conheceu outrora uma pax romana

acontecer, a exaustão econômica fez

e durante todo o século XIX uma pax

des" vencedores de vinte e nove anos

multiplicar a inquietação social. A vida

britânica, dizia um dia destes um jornal

nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos de crise a apelar para um chefe, um

passados equivaliam-se, senão em recur

cotidiana, nos seus aspectos mais vul

oficial da Rúss'a; dispensa ou repele uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases

condutor nmis ou menos iluminado, era

sos econômicos, de certo, em prestígio

gares, 6 uhi rude problema, mesmo para

político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela

as nações mais fortes c mais ricas como a Inglaterra e a França. O desapareci

tivamente fáceis os "entendimentos di

mento virtual na concorrência econômi

mais ou menos enfáticas; o que importa

o seu melhor campo de proselitismo.

plomáticos". Os Estados Unidos pro

ca de uma coletividade dc 70 milhões

A Rússia é ainda excêntrica à civilização

curavam reatar o fio, aliás já irremedià-

do almas, como a Alomanlia, bastaria,

européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico

velmente partido, da sua tradição "ísolacionista", fechando-se no seu imenso

aliás, em grande parte para explicar a grave crise do Continente. Impossibi'itado, assim, de preparar, pelas suas

ô procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos ofçrecem. Por mais poderoso quo seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en

fôrças exclusivas, a própria re cuperação econômica, o Velho

falso materíalismo poderia redu

das vantagens materiais da vida. Se não

o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da trai ção do Brest-Litowski, na categoria dos

Mundo tem de contar essencial

lhe atormentam os sonhos de maior "es

vitoriosos, constituía misterioso mundo

mente com o auxílio estrangeiro.

coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados

paço vital", que faziam o desespero sin

à parte. O equilíbrio europeu repousava

E sòmente um país no mundo

Unidos simplesmente a coopera

cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições, de

essencialmente sôbre a Inglaterra

empobrecido está em condições

ção da sua técnica e dos seus

que dístinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente cs deserdados

despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas

guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica

dos povos orientais. Por lôda parte, os russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con

tra os seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu ma atitude defensiva: tomam a

ofensiva e da forma mais chocante,

não apenas aos velhos estí-os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho

mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake

Success para se ter o modêlo da agres sividade moscovita e dos seus satélites.

e opulento país; o Japão voltava-se para

França, a Itália em segundo plano advento do fascismo e do nazismo turbou todo o jôgo diplomáticoesta é outra história... Em

n

tempo, a Europa refez-se das r

materiais da guerra. O que não ram ou não puderam compreend seus dirigentes vindos de

do assístí-Io: os Estados Unidos ou, cm outros termos, esta máquina formidável de trabalho, de técnica c dc dinheiro

que por sí só parece pesar mais na ba lança dos valores econômicos efetivos

tro os indivíduos, só um grosseiro e zi-lo a divisor único de tôdas as

inesgotáveis capitais.

Hoje, a grande

democracia representa, sobretudo, a maior força atuante da chilização oci

dental Quem acompanha de longe a vida americana e quem lhe sente direta mente os primeiros contatos bem sabe

do que o resto do Univer.so. Mas como sempre aconteceu em todos os tempos,

que ela está longe de realizar o "paraí

mas'' esgotados, foi a transfor

atrás do econômico está o político...

so terrestre".

maçao que se operava nos esníri

A influência econômica da América do

Norte implica forçosamente uma espé cie de primado político. Não haveria um govômo americano suficientemente

grandeza, muitos aspectos tristes, pro clamados pelos seus próprios nacionais, a deturpam. O capitalismo ainda exibe

tos na raiz de novas aspirações sociais. Entre as pous^-ées da

trema direita e da extrema" esl querda, as democracias ocidentais deixa

ram que se lhes solapassem impune mente as ve-has bases. Na hora extrema tiveram de redimir-se pelos inenarráveis

sofrimentos da guerra da sua displicên cia ou da sua criminosa inadvertência. Bem mais sombrio é o panorama atual

da Europa. A guerra hitleriana atin-

Sob a crosta da sua

imbecil que se propusesse a auxiliar as

à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação

nações exaustas da Europa ou dc qual quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia co

num livro recente — An American Dilemma — do escritor sueco Gunnar

dos negros, e.xaustívamente estudado

munista; o que aconteceu depois da

Uyardal, é um drama sem remissão. A

primeira guerra com o ressurgir da Ale manha mediante a cooperação dos capi

pobreza de certas camadas dos Estados

tais britânicos e americanos, deve estar bem vivo na memória de todos os ho mens medlocremente esclarecidos...

do Sul e das grandes cidades do Norte, como Nova York, Chicarfo

etc., não

deixa muito longe os dolorosos índices

do Brasil e de outras Repúblicas latino-


58

cultura do mundo. Encravada no cen

tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização

DicESTo Econômico

Os Estados Unidos, a Inglaterra, em su ma, as nações democráticas, estão a hu

milde serviço do capitalismo internacio

ocidental. A sua monstruosa ideologia

nal contra a Santa Rússia... E isto em

não procurava atrair as massas humildes

termos de arrieíro...

e sofredoras de além das suas fronteiras:

a burguesia internacional, grande e pe

Outra diferença radical entre o apósguerra de 1918 e o de 1945. Os "gran

quena, egoísta e interesse!ra, no perma

Dicesto EcoNÓxnco

giu-lhe em cheio a eslrulura econômi ca e financeira. Vencedores c vencidos, todos os seu.s povos sofrem-lhe com' maior ou menor intensidade as conse-

59

Eis aí o duende da ditadura dc Mos

cou: a projeção dos Estados Unidos sô bre o Continente que cia quisera fechar

nas suas implacáveis garras. O mundo

Iqüôncias. E como fata'monte teria dc

já conheceu outrora uma pax romana

acontecer, a exaustão econômica fez

e durante todo o século XIX uma pax

des" vencedores de vinte e nove anos

multiplicar a inquietação social. A vida

britânica, dizia um dia destes um jornal

nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos de crise a apelar para um chefe, um

passados equivaliam-se, senão em recur

cotidiana, nos seus aspectos mais vul

oficial da Rúss'a; dispensa ou repele uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases

condutor nmis ou menos iluminado, era

sos econômicos, de certo, em prestígio

gares, 6 uhi rude problema, mesmo para

político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela

as nações mais fortes c mais ricas como a Inglaterra e a França. O desapareci

tivamente fáceis os "entendimentos di

mento virtual na concorrência econômi

mais ou menos enfáticas; o que importa

o seu melhor campo de proselitismo.

plomáticos". Os Estados Unidos pro

ca de uma coletividade dc 70 milhões

A Rússia é ainda excêntrica à civilização

curavam reatar o fio, aliás já irremedià-

do almas, como a Alomanlia, bastaria,

européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico

velmente partido, da sua tradição "ísolacionista", fechando-se no seu imenso

aliás, em grande parte para explicar a grave crise do Continente. Impossibi'itado, assim, de preparar, pelas suas

ô procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos ofçrecem. Por mais poderoso quo seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en

fôrças exclusivas, a própria re cuperação econômica, o Velho

falso materíalismo poderia redu

das vantagens materiais da vida. Se não

o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da trai ção do Brest-Litowski, na categoria dos

Mundo tem de contar essencial

lhe atormentam os sonhos de maior "es

vitoriosos, constituía misterioso mundo

mente com o auxílio estrangeiro.

coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados

paço vital", que faziam o desespero sin

à parte. O equilíbrio europeu repousava

E sòmente um país no mundo

Unidos simplesmente a coopera

cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições, de

essencialmente sôbre a Inglaterra

empobrecido está em condições

ção da sua técnica e dos seus

que dístinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente cs deserdados

despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas

guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica

dos povos orientais. Por lôda parte, os russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con

tra os seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu ma atitude defensiva: tomam a

ofensiva e da forma mais chocante,

não apenas aos velhos estí-os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho

mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake

Success para se ter o modêlo da agres sividade moscovita e dos seus satélites.

e opulento país; o Japão voltava-se para

França, a Itália em segundo plano advento do fascismo e do nazismo turbou todo o jôgo diplomáticoesta é outra história... Em

n

tempo, a Europa refez-se das r

materiais da guerra. O que não ram ou não puderam compreend seus dirigentes vindos de

do assístí-Io: os Estados Unidos ou, cm outros termos, esta máquina formidável de trabalho, de técnica c dc dinheiro

que por sí só parece pesar mais na ba lança dos valores econômicos efetivos

tro os indivíduos, só um grosseiro e zi-lo a divisor único de tôdas as

inesgotáveis capitais.

Hoje, a grande

democracia representa, sobretudo, a maior força atuante da chilização oci

dental Quem acompanha de longe a vida americana e quem lhe sente direta mente os primeiros contatos bem sabe

do que o resto do Univer.so. Mas como sempre aconteceu em todos os tempos,

que ela está longe de realizar o "paraí

mas'' esgotados, foi a transfor

atrás do econômico está o político...

so terrestre".

maçao que se operava nos esníri

A influência econômica da América do

Norte implica forçosamente uma espé cie de primado político. Não haveria um govômo americano suficientemente

grandeza, muitos aspectos tristes, pro clamados pelos seus próprios nacionais, a deturpam. O capitalismo ainda exibe

tos na raiz de novas aspirações sociais. Entre as pous^-ées da

trema direita e da extrema" esl querda, as democracias ocidentais deixa

ram que se lhes solapassem impune mente as ve-has bases. Na hora extrema tiveram de redimir-se pelos inenarráveis

sofrimentos da guerra da sua displicên cia ou da sua criminosa inadvertência. Bem mais sombrio é o panorama atual

da Europa. A guerra hitleriana atin-

Sob a crosta da sua

imbecil que se propusesse a auxiliar as

à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação

nações exaustas da Europa ou dc qual quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia co

num livro recente — An American Dilemma — do escritor sueco Gunnar

dos negros, e.xaustívamente estudado

munista; o que aconteceu depois da

Uyardal, é um drama sem remissão. A

primeira guerra com o ressurgir da Ale manha mediante a cooperação dos capi

pobreza de certas camadas dos Estados

tais britânicos e americanos, deve estar bem vivo na memória de todos os ho mens medlocremente esclarecidos...

do Sul e das grandes cidades do Norte, como Nova York, Chicarfo

etc., não

deixa muito longe os dolorosos índices

do Brasil e de outras Repúblicas latino-


Ml"

60

DiCESTO econômico

americanas. O excesso da industrializa ção estandardizou demasiado a vida na

cional, como o da civilização técnica

ainda não permitiu a completa flores

Dicksto Econômico

propício será o clima para Moscou. Ao

mcnto esta catiuslrofc? Os colosso.s nnie-

cínios fáceis não são sempre os mais

imperialismo yankee do dinheiro, o Kremlin opõe o da miséria, «s liberda

licano e ru^so acabarão por transptir as suas contendas para os campos de ba

certos.

des, mesmo falhas, das democracias re-

Acreditemos, antes, que, pelo

monos, por muitos anos, a Rússia não

têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem sô-

lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Aiinal, ó tão absur

bre o seu pais na órbita diplomática.

talha? Tente alguém re.'^potKler a tal pergunta... A humanidade \i\eu no curto período hitiuriano na dolorosa expectativa de" guerra rpie, afinal, de flagrou um dia e estendeu-se por quase tôdí». a superfície do globo. Desta for ma, um raciocínio fácil leva-nos a pensaà', como o habitante dc SIrius a que me referi, que, repelindo rcccnto pas

do pressupor uma França, por exemplo,

sada, estamos às vésperas da mais trá

Ocidente, dos Estudos Unidos em pri

Mas, em troco, nenhum povo tem tanta

modelada pela Pensilvãnia ou pela Ca

gica das provações. Todavia, os racio

meiro lu2ar...

reser\'a de idealismo, tantos anseios de

lifórnia quanto pe-a Ucrânia ou pela Rússia Branca... A crí.se européia, por mais grave que seja, não pode ser uma crise dc morte. O Velho Mundo tem uma experiência multissecular de sofri,

cência do que chamaríamos de "cultura"

pelo modelo europeu. Os dirigentes americanos estão ainda, ao que parece na aprendizagem da política internacio

nal; somente agora ê^es começam a

presentati\tis, a tirania vermelha... Cer tamente, nem os povos da Europa c nem os dos outros Continentes de.sejam qualquer dos dois. É contra ê.ste di lema tendenciosamente armado — Was

"descobrir" o mundo... Muito, pois, hington ou Moscou — que ôles têm de

paz, de progresso e de bem-estar. Em

parte alguma é tão vivo, tão sincero e, por vezes, afigurando-se mesmo um

tanto ingênuo, o espírito de cooperação.

E' necessário apenas que ele se transpo

ra do colapsos... Por que, pois, preei-

prodígios tem conseguido, para a esfera externa. Das suas largas fronteiras para

cada um de nós há sempre uma ten

do mundo...

Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu

tes cada vez mais se identificam.

Por

enquanto, ela não passará da arrogância e das ameaças, c.xatamcnle como fez o

fiiehrci' alemão. Que possa ou não chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do

mentos para salvar-se, mesmo à véspe

nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos as fronteiras ainda mais largas

c.slará em condiç-ões dc lutar contra os

Estados Unidos e as nações que com es

pítar-lhes um atestado de agonia?

dêncía, mais ou menos acentuada, ot

prefigurar as coisas catastrófi'. que poderão acontecer. Um

nis-Europa abre à nossa iman' nação, tão carregada de remil niscências liistóricas, perspectiva • infinitas... A França reduzida

implacável capitalismo? Assim apregoam os russos... O Plano Marshall, por exemplo, não seria, na

a uma especie de Grécia depois dí

sua essência, senão o processo de con

conquista romana; uma Inglaterra con

O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado designa como "muililateralismo", oti seja, um programa financeiro e comercial internacional, segundo o qu(d as divisas serium ràpidamente conversíveis e relativamente estáveis, estando

U8 importadores e exportadores livres de comprar ou vender ú sua vontade. As

quista imperialista, um meio de prender a Europa, e através da Europa, o resto

finada na sua ilha brumosa; unia Italia

barreiras alfandegárias seriam progressivamente restringidas c as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas nu nacionalidade dos importadores e exportadores

como um vasto museu artístico. ,. pj.^

não mais existiriam.

da Terra, às finanças da "Wall Street",

tracemos pelo contrário, já que isto não

não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana... Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sucedâneo da assistência americana? A estimulaçao

das greves, a revolta das massas, o incitamento a todas as espécies de ódios de classes... Quanto mais baixo des cer o nível dá vida das nações, próspe ras e felizes' de antes da guerra, mais

nos custa, um panorama mais feliz- a

Europa reconstituída e reencontrando-sc a si mesma, para dar à humanidade novos mpdelos de organização política c social, transformadora e classificadora das correntes antagônicas que a amea çam ... Salvo — e surge aí outra hi pótese terrificante - que nova confla gração seja o galope final da sua atri

bulada existência, Mas aproxima-se real-

Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se

cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de wna, reunião dos membros do Congresso Nacional de Comércio Exterior.

O sr. Thorpe afirmou ainda que a instituição do "inultilateralismo" se tornaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redigida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou — ê um acontecimento

da maior importância no domínio do intercâmbio cottwrcial internacional".

Em seguida, considerou cojno principais ameaças a âsse sistema multilateral o

nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser demasiado

otimista, está fora de dúvida que a Corta da Organização Internacional do Comércio

e o Plano Marshall para a reconstrução da Europa nos oferecem as niaiores preP

mmas para a formação de um murulo tal qual desejamos: de paz e prosperidade,

dentro da liberdade e justiça para todos".


Ml"

60

DiCESTO econômico

americanas. O excesso da industrializa ção estandardizou demasiado a vida na

cional, como o da civilização técnica

ainda não permitiu a completa flores

Dicksto Econômico

propício será o clima para Moscou. Ao

mcnto esta catiuslrofc? Os colosso.s nnie-

cínios fáceis não são sempre os mais

imperialismo yankee do dinheiro, o Kremlin opõe o da miséria, «s liberda

licano e ru^so acabarão por transptir as suas contendas para os campos de ba

certos.

des, mesmo falhas, das democracias re-

Acreditemos, antes, que, pelo

monos, por muitos anos, a Rússia não

têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem sô-

lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Aiinal, ó tão absur

bre o seu pais na órbita diplomática.

talha? Tente alguém re.'^potKler a tal pergunta... A humanidade \i\eu no curto período hitiuriano na dolorosa expectativa de" guerra rpie, afinal, de flagrou um dia e estendeu-se por quase tôdí». a superfície do globo. Desta for ma, um raciocínio fácil leva-nos a pensaà', como o habitante dc SIrius a que me referi, que, repelindo rcccnto pas

do pressupor uma França, por exemplo,

sada, estamos às vésperas da mais trá

Ocidente, dos Estudos Unidos em pri

Mas, em troco, nenhum povo tem tanta

modelada pela Pensilvãnia ou pela Ca

gica das provações. Todavia, os racio

meiro lu2ar...

reser\'a de idealismo, tantos anseios de

lifórnia quanto pe-a Ucrânia ou pela Rússia Branca... A crí.se européia, por mais grave que seja, não pode ser uma crise dc morte. O Velho Mundo tem uma experiência multissecular de sofri,

cência do que chamaríamos de "cultura"

pelo modelo europeu. Os dirigentes americanos estão ainda, ao que parece na aprendizagem da política internacio

nal; somente agora ê^es começam a

presentati\tis, a tirania vermelha... Cer tamente, nem os povos da Europa c nem os dos outros Continentes de.sejam qualquer dos dois. É contra ê.ste di lema tendenciosamente armado — Was

"descobrir" o mundo... Muito, pois, hington ou Moscou — que ôles têm de

paz, de progresso e de bem-estar. Em

parte alguma é tão vivo, tão sincero e, por vezes, afigurando-se mesmo um

tanto ingênuo, o espírito de cooperação.

E' necessário apenas que ele se transpo

ra do colapsos... Por que, pois, preei-

prodígios tem conseguido, para a esfera externa. Das suas largas fronteiras para

cada um de nós há sempre uma ten

do mundo...

Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu

tes cada vez mais se identificam.

Por

enquanto, ela não passará da arrogância e das ameaças, c.xatamcnle como fez o

fiiehrci' alemão. Que possa ou não chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do

mentos para salvar-se, mesmo à véspe

nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos as fronteiras ainda mais largas

c.slará em condiç-ões dc lutar contra os

Estados Unidos e as nações que com es

pítar-lhes um atestado de agonia?

dêncía, mais ou menos acentuada, ot

prefigurar as coisas catastrófi'. que poderão acontecer. Um

nis-Europa abre à nossa iman' nação, tão carregada de remil niscências liistóricas, perspectiva • infinitas... A França reduzida

implacável capitalismo? Assim apregoam os russos... O Plano Marshall, por exemplo, não seria, na

a uma especie de Grécia depois dí

sua essência, senão o processo de con

conquista romana; uma Inglaterra con

O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado designa como "muililateralismo", oti seja, um programa financeiro e comercial internacional, segundo o qu(d as divisas serium ràpidamente conversíveis e relativamente estáveis, estando

U8 importadores e exportadores livres de comprar ou vender ú sua vontade. As

quista imperialista, um meio de prender a Europa, e através da Europa, o resto

finada na sua ilha brumosa; unia Italia

barreiras alfandegárias seriam progressivamente restringidas c as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas nu nacionalidade dos importadores e exportadores

como um vasto museu artístico. ,. pj.^

não mais existiriam.

da Terra, às finanças da "Wall Street",

tracemos pelo contrário, já que isto não

não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana... Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sucedâneo da assistência americana? A estimulaçao

das greves, a revolta das massas, o incitamento a todas as espécies de ódios de classes... Quanto mais baixo des cer o nível dá vida das nações, próspe ras e felizes' de antes da guerra, mais

nos custa, um panorama mais feliz- a

Europa reconstituída e reencontrando-sc a si mesma, para dar à humanidade novos mpdelos de organização política c social, transformadora e classificadora das correntes antagônicas que a amea çam ... Salvo — e surge aí outra hi pótese terrificante - que nova confla gração seja o galope final da sua atri

bulada existência, Mas aproxima-se real-

Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se

cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de wna, reunião dos membros do Congresso Nacional de Comércio Exterior.

O sr. Thorpe afirmou ainda que a instituição do "inultilateralismo" se tornaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redigida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou — ê um acontecimento

da maior importância no domínio do intercâmbio cottwrcial internacional".

Em seguida, considerou cojno principais ameaças a âsse sistema multilateral o

nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser demasiado

otimista, está fora de dúvida que a Corta da Organização Internacional do Comércio

e o Plano Marshall para a reconstrução da Europa nos oferecem as niaiores preP

mmas para a formação de um murulo tal qual desejamos: de paz e prosperidade,

dentro da liberdade e justiça para todos".


63

DicESTO Econômico

EVôiiçío eco\6miciv dos TR/\\'SP0RTES FERROVIÁRIOS IVO RRilSIL

Neste artigo, vamos examinar .sòmcn-

tarifas.

porte realizado por nove estradas de

airso tem limites estreitos, de vez que

feiro situadas cm quase tcklas as re

giões geoeconómicas. por Américo Barbosa de Oliveira

IJma tendência que se observa hoje em todos os setores do conhecimen

to humano é o recuo do costume dos

antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas falsas e inspiradoras de

O ilustre engenheiro Américo Barbosa

de Oliveira apresenta algumas conclu sões tiradas do campo da economia geral para o da economia ferroviária.

metodologias errôneas no estudo dos problemas. O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des-

Dgado das condições do meio em que

Se processa e preservado, portanto, do

exprime, como é sabido, o grau de utili

vimento.

Quando uma estrada de ferro se vê nesse tomiquele, rriantendo um ser\'iço deficitário apesar de serem as tarifas elevadas, a solução é transferir quanto

antes o "abacaxi" ao govêmo mais pró ximo, mediante encampação após u* bom preparo da opinião pública »•

qual ressurgem os velhos

d*

região servida. A mesma interdepen

mais é do que o quociente da divi.são da tone'agem deslocada medida em toneladas-quilômetros pela etxtensSo da

titui um dever governamental" «anter

estrada em quilômetros.

suficientemente elevada, a operação do serviço deixa saldo, mesmo sendo bai

dência se observa entre essas caracte

rísticas da zona tributária e a organiO menosprêzo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada de certos disparates como o de atxib *

"Central" a diferença entre a adm'inis''

em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade.

Outra conseqüência dessa errAní.o atitude diante dos problemas é o cni^

a superioridade da "Paulista" sAV» traçao pnvada e a estatal.

plexo de inferioridade, pois, para S" p^licar a diferença entre as grandes esl

tiadas de ferro do mundo e as nossas agente capaz de aprofundar tôdas as surgem ogo as idéias da nossa incapacidistinções existentes e de determinar

dade administrativa ou da nossa com sempre novas deformações, desde que, posição racial ou o "tropic^lismo" e ou através da dissociação de fatos e pro tras ainda mais esdrúxulas. blemas, possa criar diretamente opor Entretanto, o exame do nosso sistema tunidade de satisfação de objetívos de ferroviário como parte de um todo permi grupos ou indiretamente acenar com so te defrontar tôdas as controvérsias e en luções prometedoras de boas empreita trever as verdadeiras soluções que interes das. Em referência ao assunto de nosso sam a consolidação da economia nacio artigo de hoje é impossível disfarçar nal, do mesmo passo que nos premune a profunda interdependência existente contra os efeitos de certos slogans sem base, mas profundamente arraigados no entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de

repercute imediatamente sôbre a produ ção e o consumo nas áreas tributárias, tendendo a restringir mais ainda o mo

zação social dc uma estrada, pois nada

A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas aütudes; por isso, encontramos

Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interêsses como

Colhemos em estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos rcfercnte.s ao tráfego efetuado durante cêrca de meio século e através da curva de densidade de tráfego e.xprimírao-lo no gráfico anexo. A densidade dc tráfego, que também ó chamada de intensidade do tráfego,

É claro, porém, que ôssc re-

outro, as características econômicas da

influxo das variações que essas condições . zação social do trabalho humano. acusam a cada momento.

sidade insuficiente, é o aumento das

te a evolução do movimento de trans

espírito público.

É fácil reconhecer a importância da

densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada. Não é difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários,

pôsto que impede a satisfatória utiliza

que somos um país novo e de qne coasas estradas etc., etc.

Quando a densidade de tráfego •

xas as tarifas. Nessas estradas a manu tenção do material rodante e a conserva

da linha estão sempre em dia, o pessoal trabalha com estímulo e a administra

ção se aperfeiçoa cada vez mais. Nin guém cogita em transferir o encargo aos

ção da capacidade da linha.

governos.

A receita líquida de uma estra da é função direta da densidade

qual começa a ser remunerativa a ex ploração de uma estrada de ferro, que

do tráfego.

O único processo de suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den

,

O mínimo de densidade a partir oa

chamaremos densidade crítica, varia^na turalmente conforme o custo da liaçao e este 6 função principalmente das difi

culdade topográficas

que a estrada tenha de vencer.

É claro que es tradas como a "São

Paulo Railway" e a "Central" ou a "So-

rocabana", que cor tam a escarpa ma

rítima, têm suas des

pesas' de tração e


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DicESTO Econômico

EVôiiçío eco\6miciv dos TR/\\'SP0RTES FERROVIÁRIOS IVO RRilSIL

Neste artigo, vamos examinar .sòmcn-

tarifas.

porte realizado por nove estradas de

airso tem limites estreitos, de vez que

feiro situadas cm quase tcklas as re

giões geoeconómicas. por Américo Barbosa de Oliveira

IJma tendência que se observa hoje em todos os setores do conhecimen

to humano é o recuo do costume dos

antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas falsas e inspiradoras de

O ilustre engenheiro Américo Barbosa

de Oliveira apresenta algumas conclu sões tiradas do campo da economia geral para o da economia ferroviária.

metodologias errôneas no estudo dos problemas. O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des-

Dgado das condições do meio em que

Se processa e preservado, portanto, do

exprime, como é sabido, o grau de utili

vimento.

Quando uma estrada de ferro se vê nesse tomiquele, rriantendo um ser\'iço deficitário apesar de serem as tarifas elevadas, a solução é transferir quanto

antes o "abacaxi" ao govêmo mais pró ximo, mediante encampação após u* bom preparo da opinião pública »•

qual ressurgem os velhos

d*

região servida. A mesma interdepen

mais é do que o quociente da divi.são da tone'agem deslocada medida em toneladas-quilômetros pela etxtensSo da

titui um dever governamental" «anter

estrada em quilômetros.

suficientemente elevada, a operação do serviço deixa saldo, mesmo sendo bai

dência se observa entre essas caracte

rísticas da zona tributária e a organiO menosprêzo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada de certos disparates como o de atxib *

"Central" a diferença entre a adm'inis''

em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade.

Outra conseqüência dessa errAní.o atitude diante dos problemas é o cni^

a superioridade da "Paulista" sAV» traçao pnvada e a estatal.

plexo de inferioridade, pois, para S" p^licar a diferença entre as grandes esl

tiadas de ferro do mundo e as nossas agente capaz de aprofundar tôdas as surgem ogo as idéias da nossa incapacidistinções existentes e de determinar

dade administrativa ou da nossa com sempre novas deformações, desde que, posição racial ou o "tropic^lismo" e ou através da dissociação de fatos e pro tras ainda mais esdrúxulas. blemas, possa criar diretamente opor Entretanto, o exame do nosso sistema tunidade de satisfação de objetívos de ferroviário como parte de um todo permi grupos ou indiretamente acenar com so te defrontar tôdas as controvérsias e en luções prometedoras de boas empreita trever as verdadeiras soluções que interes das. Em referência ao assunto de nosso sam a consolidação da economia nacio artigo de hoje é impossível disfarçar nal, do mesmo passo que nos premune a profunda interdependência existente contra os efeitos de certos slogans sem base, mas profundamente arraigados no entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de

repercute imediatamente sôbre a produ ção e o consumo nas áreas tributárias, tendendo a restringir mais ainda o mo

zação social dc uma estrada, pois nada

A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas aütudes; por isso, encontramos

Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interêsses como

Colhemos em estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos rcfercnte.s ao tráfego efetuado durante cêrca de meio século e através da curva de densidade de tráfego e.xprimírao-lo no gráfico anexo. A densidade dc tráfego, que também ó chamada de intensidade do tráfego,

É claro, porém, que ôssc re-

outro, as características econômicas da

influxo das variações que essas condições . zação social do trabalho humano. acusam a cada momento.

sidade insuficiente, é o aumento das

te a evolução do movimento de trans

espírito público.

É fácil reconhecer a importância da

densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada. Não é difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários,

pôsto que impede a satisfatória utiliza

que somos um país novo e de qne coasas estradas etc., etc.

Quando a densidade de tráfego •

xas as tarifas. Nessas estradas a manu tenção do material rodante e a conserva

da linha estão sempre em dia, o pessoal trabalha com estímulo e a administra

ção se aperfeiçoa cada vez mais. Nin guém cogita em transferir o encargo aos

ção da capacidade da linha.

governos.

A receita líquida de uma estra da é função direta da densidade

qual começa a ser remunerativa a ex ploração de uma estrada de ferro, que

do tráfego.

O único processo de suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den

,

O mínimo de densidade a partir oa

chamaremos densidade crítica, varia^na turalmente conforme o custo da liaçao e este 6 função principalmente das difi

culdade topográficas

que a estrada tenha de vencer.

É claro que es tradas como a "São

Paulo Railway" e a "Central" ou a "So-

rocabana", que cor tam a escarpa ma

rítima, têm suas des

pesas' de tração e


64

Dícesto Econômico

de remuneração do capital de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá fego, em iguaMade de outras ccndições.

a casa dos 3.000.000 t. (último dado

É propositadamente que não fazemos

distinção quanto às estradas do govêmo

Em 1915 a densidade dc tráfego de mer cadorias, que orçava em 498.000 t,

no que diz respeito à remuneração do

progrediu ano a ano, embora com certos

obtido).

No Canadá, o nível do movimento ferroviário é também bastante cVvado.

capital investido, pois, do ponto de vis

recuos nas épocas de crise, atiniiinclo

ta da economia nacional, não há, neste

1.498.000 t em 1945.

particular, diferença alguma entre o ca

Se deitarmos agora um olhar para o

pital público e o privado, pou<» im

nosso gráfico referente a algumas estra

portando se a contabilidade das estra

das brasileiras averiguaremos que grande maioria apresenta densidade d'e tráfego reduzidíssimo, sendo que, al gumas como a "São Luiz-Tcrezinà" ^ a "Madeira-Mamoré", a "Bragança"' â "Leste Brasileiro" dificilmente encoiitrarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten sidade do tráfego e chegará o dia em que êste garantirá a receita necessária ao

das governamentais registra ou não tal parcela.

Da mesma maneira, não desejamos entrar aqui em pormenores de ordem

técnica. O nosso silêncio a esse respei to significa que estamos admitindo tàcitamente terem as estradas sua

via

permanente e seu material rodantc em

condições adequadas à máxima eco nomia de tráfego; ou, pelo menos, es tarem todas elas igualmente afastadas dessas condições ideais, o que na ver dade sabemos não ser exato.

Feitas no entanto tôdas as reservas

cabíveis no caso, procuraremos, em com

panhia do leitor, formar idéia sobre a ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a

posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sôbre a den

custeio do serviço...

*

Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america

viam de .seus recursos para o eustr-io c

trabalho, que permitiram a ampla utili zação dos c.xccpcionais recursos naturais

do pais.

Tais condições se propagaram ao tní-

remuneração do capital. Tudo o mais,

fego ferroviário americano, cujo volume

que era cêrca dc HO'/, consliliiía um grande problema do govêrno. Hoje a situaç.ão não é diferente.

aproximadamente igual ao da "Paulista"

Dc nada valeram ns panncéias ten

tadas; tanto as encampações para liqui

dação das garantias de juros como a

política de arrendamento trouxeram ns mesmas desilusões. No futuro, de nada

valerão também quaLsquor providências se não incluírem um vigoroso programa

dc fomento dc tráfego, mediante pla

nejamento técnico pura o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as

sistido ao desbravamenlo dc certas re

giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as

médio, em 1882, já atingia um nível cm nossos dias.

A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições so

ciais que permitissem a cada família dc imigrantes levar ao nível máximo sua

capacidade de produção, de consumo, dc capitalização, de organização, de aquisi ção de cultura etc. O processo funda mental para tal racionalização foi o acesso generalizado à propriedade da terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimensões ade-

qjindns à finalidade de utilização plena pelas famílias pioneiras. No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se de esta

belecer

tísticas das receitas c das despesas ^d*^~ .* ^

tradas deficitárias que figuram em grafico ha tendência para o enuiln,

econômico. E, dentre as não-deflc!tÍriô°

ritmo mais elevado do que a densida de de tráfego, fazendo dc.saparecer e'm

muitas estradas a pequena vantagem de

na revelam que, em 1882, já a densi

corrente da melhoria no movimento de cargas.

Há cêrca de 25 anos atrás, em rela

tradas. Êsses algarismos vêm crescendo

tório que marcou época, expôs Pires

com o tempo, ultrapassando em 1943

do Rio a situação da rêde ferroviária

condições sociais

que permitissem a certas

cobriremos que em nenhuma dag

dade de tráfego de mercadorias atingia 374.000 t-valor médio de tôdas as es

braiilcíra: nioslrnu que sòincnle a "Pau lista". a "Mogiana" c a ".Sfio Paulo Railway" e parte da "Loopildina" vi

Se examinarmos os reflexos dôssc monto de tráfego sobro a receita do viço e se confrontarmos a.s séries

.somente a "Paulista", a "Mogiana"'J "Great Western" vêm registando alcum sidade de tráfego em • outros países no vos como o Brasil. progresso econômico. A par dp aumento Nos Estados Unidos, segundo informa da receita não podemos olvidar que o o eng. Raul Simon, as estradas com custeio do transporte ferroviário cresce densidade de tráfego inferior a 100.000 também ano a ano e, geralmente em toneladas não são mantidas em serviço.

65

Díck-sto Econômico

famílias de boa origem continuar a viver "dignamen-

~ ^- to", mediante exploração das grandes extensões de conseqüências do csclerosamento eco nômico que se vai estendendo por toda a região.

Se a estrutura da economia regional

prefigura um tipo de sistema ferroviá rio compatível com suas condições, em

qualquer país do mundo, está explicada a precária situação das estradas brasi leiras.

O invejável movimento ferroviário constatado nos Estados Unidos — mal

grado a enorme concorrência rodoviária

terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a

princípio e depois passou a ser o imi grante. ■

Em bases de tamanha desigualdade social a unidade produtora não era o cidadão e sua família; era o proprietá rio - e seus agregados reproduzindo

num país novo os característicos eco nômicos caducos dos quadros feudais europeus.

Criando tal clima social, impusemo-nos

res — decorre do sistema adotado na co

um progresso-teto muito baixo, de vez que repousa sôbre a progressiva expo-

lonização e na organização racional do

liação cultural de milhões de trabalha-

feita por iniJSões de veícidos automoto


64

Dícesto Econômico

de remuneração do capital de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá fego, em iguaMade de outras ccndições.

a casa dos 3.000.000 t. (último dado

É propositadamente que não fazemos

distinção quanto às estradas do govêmo

Em 1915 a densidade dc tráfego de mer cadorias, que orçava em 498.000 t,

no que diz respeito à remuneração do

progrediu ano a ano, embora com certos

obtido).

No Canadá, o nível do movimento ferroviário é também bastante cVvado.

capital investido, pois, do ponto de vis

recuos nas épocas de crise, atiniiinclo

ta da economia nacional, não há, neste

1.498.000 t em 1945.

particular, diferença alguma entre o ca

Se deitarmos agora um olhar para o

pital público e o privado, pou<» im

nosso gráfico referente a algumas estra

portando se a contabilidade das estra

das brasileiras averiguaremos que grande maioria apresenta densidade d'e tráfego reduzidíssimo, sendo que, al gumas como a "São Luiz-Tcrezinà" ^ a "Madeira-Mamoré", a "Bragança"' â "Leste Brasileiro" dificilmente encoiitrarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten sidade do tráfego e chegará o dia em que êste garantirá a receita necessária ao

das governamentais registra ou não tal parcela.

Da mesma maneira, não desejamos entrar aqui em pormenores de ordem

técnica. O nosso silêncio a esse respei to significa que estamos admitindo tàcitamente terem as estradas sua

via

permanente e seu material rodantc em

condições adequadas à máxima eco nomia de tráfego; ou, pelo menos, es tarem todas elas igualmente afastadas dessas condições ideais, o que na ver dade sabemos não ser exato.

Feitas no entanto tôdas as reservas

cabíveis no caso, procuraremos, em com

panhia do leitor, formar idéia sobre a ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a

posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sôbre a den

custeio do serviço...

*

Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america

viam de .seus recursos para o eustr-io c

trabalho, que permitiram a ampla utili zação dos c.xccpcionais recursos naturais

do pais.

Tais condições se propagaram ao tní-

remuneração do capital. Tudo o mais,

fego ferroviário americano, cujo volume

que era cêrca dc HO'/, consliliiía um grande problema do govêrno. Hoje a situaç.ão não é diferente.

aproximadamente igual ao da "Paulista"

Dc nada valeram ns panncéias ten

tadas; tanto as encampações para liqui

dação das garantias de juros como a

política de arrendamento trouxeram ns mesmas desilusões. No futuro, de nada

valerão também quaLsquor providências se não incluírem um vigoroso programa

dc fomento dc tráfego, mediante pla

nejamento técnico pura o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as

sistido ao desbravamenlo dc certas re

giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as

médio, em 1882, já atingia um nível cm nossos dias.

A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições so

ciais que permitissem a cada família dc imigrantes levar ao nível máximo sua

capacidade de produção, de consumo, dc capitalização, de organização, de aquisi ção de cultura etc. O processo funda mental para tal racionalização foi o acesso generalizado à propriedade da terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimensões ade-

qjindns à finalidade de utilização plena pelas famílias pioneiras. No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se de esta

belecer

tísticas das receitas c das despesas ^d*^~ .* ^

tradas deficitárias que figuram em grafico ha tendência para o enuiln,

econômico. E, dentre as não-deflc!tÍriô°

ritmo mais elevado do que a densida de de tráfego, fazendo dc.saparecer e'm

muitas estradas a pequena vantagem de

na revelam que, em 1882, já a densi

corrente da melhoria no movimento de cargas.

Há cêrca de 25 anos atrás, em rela

tradas. Êsses algarismos vêm crescendo

tório que marcou época, expôs Pires

com o tempo, ultrapassando em 1943

do Rio a situação da rêde ferroviária

condições sociais

que permitissem a certas

cobriremos que em nenhuma dag

dade de tráfego de mercadorias atingia 374.000 t-valor médio de tôdas as es

braiilcíra: nioslrnu que sòincnle a "Pau lista". a "Mogiana" c a ".Sfio Paulo Railway" e parte da "Loopildina" vi

Se examinarmos os reflexos dôssc monto de tráfego sobro a receita do viço e se confrontarmos a.s séries

.somente a "Paulista", a "Mogiana"'J "Great Western" vêm registando alcum sidade de tráfego em • outros países no vos como o Brasil. progresso econômico. A par dp aumento Nos Estados Unidos, segundo informa da receita não podemos olvidar que o o eng. Raul Simon, as estradas com custeio do transporte ferroviário cresce densidade de tráfego inferior a 100.000 também ano a ano e, geralmente em toneladas não são mantidas em serviço.

65

Díck-sto Econômico

famílias de boa origem continuar a viver "dignamen-

~ ^- to", mediante exploração das grandes extensões de conseqüências do csclerosamento eco nômico que se vai estendendo por toda a região.

Se a estrutura da economia regional

prefigura um tipo de sistema ferroviá rio compatível com suas condições, em

qualquer país do mundo, está explicada a precária situação das estradas brasi leiras.

O invejável movimento ferroviário constatado nos Estados Unidos — mal

grado a enorme concorrência rodoviária

terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a

princípio e depois passou a ser o imi grante. ■

Em bases de tamanha desigualdade social a unidade produtora não era o cidadão e sua família; era o proprietá rio - e seus agregados reproduzindo

num país novo os característicos eco nômicos caducos dos quadros feudais europeus.

Criando tal clima social, impusemo-nos

res — decorre do sistema adotado na co

um progresso-teto muito baixo, de vez que repousa sôbre a progressiva expo-

lonização e na organização racional do

liação cultural de milhões de trabalha-

feita por iniJSões de veícidos automoto


CT

Dícesto Econômico

60

Dicesto EcoNÓAnco

íJores rurais, cuja produtividade vai dar neste artigo não comporta tal di

caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão

gressão.

social qualquer que seja sua etaia de

nomia geral para o da economia ferro

origem.

viária, poderemos tirar algumas con

Somem-se a êsse clima social algumas

desvantagens da pluviosidade e do solo

Se recuarmos agora do campo da eco

nomico-financeiros de ordem internacio

estão sendo adotadas — a não ser em

nio movimento ferroviário.

A Argentina, embora tenha sido colo

nizada segundo o mesmo molde feudal adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de

trabalho escravo tão profundamente inhoduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a estrutura latifundiária para pitimover colonização racional à moda americana. Libertou, assim, certos trechos de seu território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal, entre os quais o baixo rendimento do

trabalho, o pauperismo, a rotina e a baixa densidade de tráfego constituem ainda os menores males.

escala reduzida e por algumas estradas

^ o^á-5 o h S"oá -^ O"3 3^5

como a "Paulista" e a "Mogiana";

2.® — devemos recusar categoricamen te o "calmante" de sermos "país novo"

como justificativa da esperança de que os deficits ferroviários desaparecerão automàticamente;

o a» 2

3.® — precisamos fazer justiça ao pes

t)

de

O O C) <9 O) ■O

Diz-se que o Governo cobre os

devotamento do pessoal ferroviário que

O

> 3 B Ml

•o ^ p S 5 .. .« L" n

ficitâ, mas na verdade, cobre apenas parte dos deficits, pois a substituição do.material não é feita a tempo e a conservação dos equipamentos é quase

1900, 246.000 toneladas. Em 1945, alcançou a cifra de 414.000 toneladas.

"O S3 «

o to n 3 M Qi c ra.3 a

econòmlcamente equilibradas.

que sistemàticamente postergada.

'wo Ti C

Ww í* § « w 4) (9 U K M o

soal ferroviário, reconhecendo que a ca pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente mais elevada do que para explorar estradas

A densidade de tráfego na Argentina — média de todo o país — já era, em

Embora seja de ínexcedível interesse

:p£i6

1.^ — as verdadeiras soluções fljue o nosso sistema ferroviário reclama não

exíguo mercado interno, do nosso ínfi-

rrrn T

clusões:

tropicais, bem como os imperativos eco-

nal e teremos os principais agentes do baixo nível de vida brasileiro, do nosso

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É com o engenho, o malabarismo e o w Q

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uma parte do balanço se equilibra, ca

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examinar em suas minácias a estrutura

bendo a outra à resignação dos clientes

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ção social das fôrças produtivas Brasi

da estrada e, às vêzes, ao seu malaba

leiras, o tema que nos propusemos abor-

rismo também...

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CT

Dícesto Econômico

60

Dicesto EcoNÓAnco

íJores rurais, cuja produtividade vai dar neste artigo não comporta tal di

caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão

gressão.

social qualquer que seja sua etaia de

nomia geral para o da economia ferro

origem.

viária, poderemos tirar algumas con

Somem-se a êsse clima social algumas

desvantagens da pluviosidade e do solo

Se recuarmos agora do campo da eco

nomico-financeiros de ordem internacio

estão sendo adotadas — a não ser em

nio movimento ferroviário.

A Argentina, embora tenha sido colo

nizada segundo o mesmo molde feudal adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de

trabalho escravo tão profundamente inhoduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a estrutura latifundiária para pitimover colonização racional à moda americana. Libertou, assim, certos trechos de seu território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal, entre os quais o baixo rendimento do

trabalho, o pauperismo, a rotina e a baixa densidade de tráfego constituem ainda os menores males.

escala reduzida e por algumas estradas

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como a "Paulista" e a "Mogiana";

2.® — devemos recusar categoricamen te o "calmante" de sermos "país novo"

como justificativa da esperança de que os deficits ferroviários desaparecerão automàticamente;

o a» 2

3.® — precisamos fazer justiça ao pes

t)

de

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Diz-se que o Governo cobre os

devotamento do pessoal ferroviário que

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ficitâ, mas na verdade, cobre apenas parte dos deficits, pois a substituição do.material não é feita a tempo e a conservação dos equipamentos é quase

1900, 246.000 toneladas. Em 1945, alcançou a cifra de 414.000 toneladas.

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o to n 3 M Qi c ra.3 a

econòmlcamente equilibradas.

que sistemàticamente postergada.

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soal ferroviário, reconhecendo que a ca pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente mais elevada do que para explorar estradas

A densidade de tráfego na Argentina — média de todo o país — já era, em

Embora seja de ínexcedível interesse

:p£i6

1.^ — as verdadeiras soluções fljue o nosso sistema ferroviário reclama não

exíguo mercado interno, do nosso ínfi-

rrrn T

clusões:

tropicais, bem como os imperativos eco-

nal e teremos os principais agentes do baixo nível de vida brasileiro, do nosso

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É com o engenho, o malabarismo e o w Q

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uma parte do balanço se equilibra, ca

M B o

"asf g-S

examinar em suas minácias a estrutura

bendo a outra à resignação dos clientes

SH y

ção social das fôrças produtivas Brasi

da estrada e, às vêzes, ao seu malaba

leiras, o tema que nos propusemos abor-

rismo também...

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Dicesto Econômico

n w 5^ 1»

o"ri V

por José Thomaz Nauuco I

sr. Carlos Lacerda se surpreende, O num de seus artigos no "Correio da

Manhã", com o fato de a "Light" precisar do auxílio do Governo Federal

para poder continuar as obras que esta

O ilustre causídico José Thomaz N" ahuco

inicia a s-ua prestigiosa colaboração para o "Digesto Econômico" descrevendo o

ambiente angustioso que estamos vi vendo provocado pela economia dirigido.

va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins

talações hidrelétricas e outras provi dências indispensáveis para que os seus

quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece es

serviços possam acompanhar o cresci

quecer-se de que, com essa medida,

mento das cidades a que servem, que

estanca tôdas as fontes de capital es

são, notadamente, o Rio e São Paulo.

trangeiro e que êste só pode entrar

, A "Light", que tanto ganha, ainda precisa de auxílio do Govêmo para se

num país onde existam restrições de

manter?

O fato, que pode surpreender a mui tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro

les governamentais e economia dirigida em que vivemos (e o resto do mundo também) há tantos anos.

câmbio, com a nítida e positiva garan

tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró prias, na moeda estrangeira combinada. As restrições não são só nossas, como

a Halanda ou a Suíça, hoje não conse guem lo%antnr naquele mercado qual

duvida, do 1943 para cá. Mas mais do (pjc êlcs, subiram tôdas as despesas dos

quer soma apreciável.

fazendeiros.

Entretanto, a "Lighl", que lui mais de quarenta anos opera entre nós, nun

impostos, os seus inseticidas e todo o

seu material dobrou ou triplicou de

ca havia tido a menor ci ficiildaclc em

preço.

conseguir os recursos cie cjue precisa\'a. O seu negócio era bom. a sua situação firme, e tòclas as portas dos nmtuantes

Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu c ô!e foi procurar outras cul

Sü lhe abriam.

íntorêsses.

Hoje a sua situação é a mesma, os

socorrê-la são as das instituições oficiais

lucro ofereça?

Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.

as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível,

ticulares, se vêem chamados a substi

daquilo que convém fazer, do que a

tuir-se a êles.

Porque o comunismo

está invadindo, sem que nós o sintamos,

dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impecilhos que

dissemos, mas do mundo quase todo, e em conseqüência, uma fonte quase ines

como conseqüência inexorável de nossos

gotável de recursos financeiros, que era

II

O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a

(que nas dimensões espetaculares de enquanto vigoram os preços ora cor

próprios atos.

êle terá de enfrentar, pode e deve pro-

o sêca, para todos os mutuários estran geiros.

grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em

quererem os "Soviets", que tomaram

Não é só a "Ligbt" que se vô im possibilitada de conseguir naquelas pra

produção caiu de quase 500.000 tone

ças o dinheiro de que precisa.

São

abricas, que estas foram forçadas a tôdas as emprêsas do mundo que se paralisar os seus serviços, e o Govêmo, acham fora dos Estados Unidos e que, diante da paralisação, se viu forçado a por mais solvável e segura que seja a ccupá-Ias 6 assumir a responsabilidade sua posição financeira, não conseguem

quando intervém no mercado cambial,

vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con

ção ocorreu na Rússia muito antes de o

minaram na grande fome, por ocasião

mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz

econômico, por mais que o odiemos, nos

dos Estados Unidos, estxi hoje esgotada

da socialização da produção agrícola. O nosso Govêmo, ou outro qualquer,

Ê claro que sim. E não há, em tôdas

Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par

o mercado de títulos de Nova York e

fez sem grandes sofrimentos que cul- -

turas que melhor atendiam aos seus

ou scmi-oficiais.

O Govêmo intervém onde quer e

da produção. Mas a transformação não

Os seus salários, os seus

Dove-sc considerar isto indesejável? Não ó de se desejar, para o progresso o a salvação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre aquilo que n^elhores perspectivas de

SCU.S balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or dem. Mas as únicas portas que podiam

acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ conta do país. Mas, tais foram as re® restrições a que submeteram as

69

obter empréstimos de qualquer natu reza.

A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta dos Unidos que mesmo países de cré

dito de primeira ordem, como a Suécia,

cifras impressionantes mostia que essa

duzií.

O abandono da cultura de algodão 1943 era um produto de exportação),

rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle

ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente. E analisa as causas

ó vendido, só alcançam os preços atual

possíveis dessa déhacle, a falta de bra

cambial, e enquanto os preços internos

ços, a falta de transporte, a falta de

se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência e grande vantagem.

crédito, a falta de sementes, a falta de adubo c mais outras faltas.

Mas não se vê formulada, entro tô das as causas examinadas dessa deca

dência, a hipótese de ser ela devida a

um menor interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.

Os preços do algodão subiram, sem

mente

vigorantes no nosso mercado

III

No Congresso Nacional discute-se no

va lei do inquilinato. Por mais tempo serão mantidas as restrições que atual mente pesam sobre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-


Dicesto Econômico

n w 5^ 1»

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por José Thomaz Nauuco I

sr. Carlos Lacerda se surpreende, O num de seus artigos no "Correio da

Manhã", com o fato de a "Light" precisar do auxílio do Governo Federal

para poder continuar as obras que esta

O ilustre causídico José Thomaz N" ahuco

inicia a s-ua prestigiosa colaboração para o "Digesto Econômico" descrevendo o

ambiente angustioso que estamos vi vendo provocado pela economia dirigido.

va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins

talações hidrelétricas e outras provi dências indispensáveis para que os seus

quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece es

serviços possam acompanhar o cresci

quecer-se de que, com essa medida,

mento das cidades a que servem, que

estanca tôdas as fontes de capital es

são, notadamente, o Rio e São Paulo.

trangeiro e que êste só pode entrar

, A "Light", que tanto ganha, ainda precisa de auxílio do Govêmo para se

num país onde existam restrições de

manter?

O fato, que pode surpreender a mui tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro

les governamentais e economia dirigida em que vivemos (e o resto do mundo também) há tantos anos.

câmbio, com a nítida e positiva garan

tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró prias, na moeda estrangeira combinada. As restrições não são só nossas, como

a Halanda ou a Suíça, hoje não conse guem lo%antnr naquele mercado qual

duvida, do 1943 para cá. Mas mais do (pjc êlcs, subiram tôdas as despesas dos

quer soma apreciável.

fazendeiros.

Entretanto, a "Lighl", que lui mais de quarenta anos opera entre nós, nun

impostos, os seus inseticidas e todo o

seu material dobrou ou triplicou de

ca havia tido a menor ci ficiildaclc em

preço.

conseguir os recursos cie cjue precisa\'a. O seu negócio era bom. a sua situação firme, e tòclas as portas dos nmtuantes

Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu c ô!e foi procurar outras cul

Sü lhe abriam.

íntorêsses.

Hoje a sua situação é a mesma, os

socorrê-la são as das instituições oficiais

lucro ofereça?

Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.

as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível,

ticulares, se vêem chamados a substi

daquilo que convém fazer, do que a

tuir-se a êles.

Porque o comunismo

está invadindo, sem que nós o sintamos,

dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impecilhos que

dissemos, mas do mundo quase todo, e em conseqüência, uma fonte quase ines

como conseqüência inexorável de nossos

gotável de recursos financeiros, que era

II

O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a

(que nas dimensões espetaculares de enquanto vigoram os preços ora cor

próprios atos.

êle terá de enfrentar, pode e deve pro-

o sêca, para todos os mutuários estran geiros.

grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em

quererem os "Soviets", que tomaram

Não é só a "Ligbt" que se vô im possibilitada de conseguir naquelas pra

produção caiu de quase 500.000 tone

ças o dinheiro de que precisa.

São

abricas, que estas foram forçadas a tôdas as emprêsas do mundo que se paralisar os seus serviços, e o Govêmo, acham fora dos Estados Unidos e que, diante da paralisação, se viu forçado a por mais solvável e segura que seja a ccupá-Ias 6 assumir a responsabilidade sua posição financeira, não conseguem

quando intervém no mercado cambial,

vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con

ção ocorreu na Rússia muito antes de o

minaram na grande fome, por ocasião

mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz

econômico, por mais que o odiemos, nos

dos Estados Unidos, estxi hoje esgotada

da socialização da produção agrícola. O nosso Govêmo, ou outro qualquer,

Ê claro que sim. E não há, em tôdas

Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par

o mercado de títulos de Nova York e

fez sem grandes sofrimentos que cul- -

turas que melhor atendiam aos seus

ou scmi-oficiais.

O Govêmo intervém onde quer e

da produção. Mas a transformação não

Os seus salários, os seus

Dove-sc considerar isto indesejável? Não ó de se desejar, para o progresso o a salvação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre aquilo que n^elhores perspectivas de

SCU.S balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or dem. Mas as únicas portas que podiam

acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ conta do país. Mas, tais foram as re® restrições a que submeteram as

69

obter empréstimos de qualquer natu reza.

A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta dos Unidos que mesmo países de cré

dito de primeira ordem, como a Suécia,

cifras impressionantes mostia que essa

duzií.

O abandono da cultura de algodão 1943 era um produto de exportação),

rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle

ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente. E analisa as causas

ó vendido, só alcançam os preços atual

possíveis dessa déhacle, a falta de bra

cambial, e enquanto os preços internos

ços, a falta de transporte, a falta de

se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência e grande vantagem.

crédito, a falta de sementes, a falta de adubo c mais outras faltas.

Mas não se vê formulada, entro tô das as causas examinadas dessa deca

dência, a hipótese de ser ela devida a

um menor interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.

Os preços do algodão subiram, sem

mente

vigorantes no nosso mercado

III

No Congresso Nacional discute-se no

va lei do inquilinato. Por mais tempo serão mantidas as restrições que atual mente pesam sobre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-


Dicesto EcoNÓNnco

ro

n

rios. A lei não é recente. Começou em

A isto tem correspondido o legisla

1942 6 ameaça perdurar por muito tempo.

dor decretando sanções severas contra os

Não se trata de novidade em matéria

econômica ou política. Em quase to

dos os países existem leis de proteção aos inquilinos. Entre nos ja existiram outras anteriores, e mesmo nas velhas

coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Heniiques, se encontram leis semelhantes.

Mas tôdas essas foram abandonadas,

por nocivas e contraproducentes. Não é de hoje que parou a constru ção das casas de aluguel. A velha apli cação de capital, tão do gôsto de nossa gente,.e da gente lusi tana, especialmente de pais e maridos que de

proprietários que deixam desocupadas as suas casas c a polícia tem procurado organizar listas de prédios vazios para

compelir a sua locação. Mas o resulta do 6 pequeno pois resta sempre ao proprietário o expediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa

zê-la ocupar de forma que lhe permita ter a certeza de sua devolução, no momento necessário.

trócm as demais, nulrindo-se com seus

solutamente, no caminlio da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.

ánores mais poderosas, assim, também,

Mas quem ainda repousa a sua fé

nasce, cresce e se desenvolve uma na-

ser encontrada: que pelo menos prepa

mente a riqueza que poderia haver para

O grande surto de

renda predial, tomam

que

recaem

sôbre

inquilinos, clefendendo-os com a lei do inquilinato, mas restabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual em tôdas as novas locações que se fi

a

a aplicação de capital

zerem.

em prédios de renda uma das menos interes

prietários às velhas rendas que pos

Assim condenar-se-ão os atuais pro

santes no momento.

suem e que, cada dia, diminuem, pe'a perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre

E com isto sofre o erário público, como muito bem demonstrou

cha de luz c de esperança, através da

mento generoso, que ja acabou,

o deputado Alíomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de aluguel, também não o é o da renda do impôsto

qual talvez se estimule a 'aplicação de capitais na construção de imóveis.

que precisam de moradia de a ugue

predial. O povo vai ficando, assim, cada vez

IV

casso, generalizandc-se os abusos as luvas ou dos pagamentos por ora e preferindo os proprietários, em mui os casos, deixar as suas casas vazias a alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên cias relativamente curtas, ou

quando

se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do prédio é considerável.

Na procura exagerada da justiça e da igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinàriadistribuir entre todos.

o ônus dos impostos

o mercado se toma cada vez mais es

sitas proliferam sugando a seiva das

téria de locação cie imóveis, por cami nhos como sejam o do proteger os atuais

I sas um pecúlio seguro, está desaparecendo.

se fez para a grande classe de pessoas

cli-tritos, e que os cipós e as trepadeiras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para

remos o advento da liberdade cm ma

Não só a lei do in-

dos donos, construídos muitos no sistema de condomínio, e auxiliados por

as csptóes mais fortes abafam c des-

em que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema cio habitação se agrave cada vez mais, ou entrar, re

sas para alugar. quilinato, mas também

_

que espalha as suas sementes, e que

construção de novas ca

filhos e a suas espo-

para residência própria

desordem de sua vegetação; assim como as árvores nascem ao sabor do vento,

É aceitar a inc\ italíilidado do dilema

problemas econômicos, deve esperar que alguma medida de meio-termo possa

das com eficácia, não resolveriam o problema da falta de

sejavam deixar a seus

assistiu, durante os úl timos anos, foi todo de casas e apartamentos

começando pelas simples casas de ave nida e prédios de habitação coletiva, para as classes menos fa\'orccidas.

71

na solução capitaHsta-indi\Ídualista dos \ção grande e rica.

Mas essas medidas legislativas e po liciais, ainda que pudessem ser aplica

construções, a que se

Dicesto Econômico

mais mal acomodado, as casas de alu

guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos são forçados a combinações criminosas com os senhorios.

A única solução, aqui também, se se há de resolver o problema, é o Govêmo fazer o que o capital particular não

quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos.

A economia dirigida é injusta, con

l

Se o crescimento da floresta fôsse

controlado por leis humanas, em que se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci

mento das mais rápidas, de modo que as árvores mais fortes devessem aguar dar o desenvohdmento das mais fracas, a fim de não sobrepujá-las, e onde os parasitas, os mata-paus e as gameleiras fôssem proibidos de existir, teríamos,

talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de

grande debilidade própria. O único caminho para a grandeza de uma nação é o da liberdade indmdual, temperada, porque somos homens ads tritos aos princípios cristãos do amor ao

traproducente e contrária à natureza.

próximo, fazendo, pelo exemplo e pela

Nela, nem mesmo através do trabalho

escravo, se poderá construir uma grande

pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus

nação.

semelhantes e procedendo-se, uma vez

Assim como a selva amazônica cres

por outra, a extirpação de elementos

ce vertiginosamente, e assume um po

que se mostrem refratários a êsses ensi

derio incontrastável, no meio da maior

namentos.


Dicesto EcoNÓNnco

ro

n

rios. A lei não é recente. Começou em

A isto tem correspondido o legisla

1942 6 ameaça perdurar por muito tempo.

dor decretando sanções severas contra os

Não se trata de novidade em matéria

econômica ou política. Em quase to

dos os países existem leis de proteção aos inquilinos. Entre nos ja existiram outras anteriores, e mesmo nas velhas

coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Heniiques, se encontram leis semelhantes.

Mas tôdas essas foram abandonadas,

por nocivas e contraproducentes. Não é de hoje que parou a constru ção das casas de aluguel. A velha apli cação de capital, tão do gôsto de nossa gente,.e da gente lusi tana, especialmente de pais e maridos que de

proprietários que deixam desocupadas as suas casas c a polícia tem procurado organizar listas de prédios vazios para

compelir a sua locação. Mas o resulta do 6 pequeno pois resta sempre ao proprietário o expediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa

zê-la ocupar de forma que lhe permita ter a certeza de sua devolução, no momento necessário.

trócm as demais, nulrindo-se com seus

solutamente, no caminlio da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.

ánores mais poderosas, assim, também,

Mas quem ainda repousa a sua fé

nasce, cresce e se desenvolve uma na-

ser encontrada: que pelo menos prepa

mente a riqueza que poderia haver para

O grande surto de

renda predial, tomam

que

recaem

sôbre

inquilinos, clefendendo-os com a lei do inquilinato, mas restabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual em tôdas as novas locações que se fi

a

a aplicação de capital

zerem.

em prédios de renda uma das menos interes

prietários às velhas rendas que pos

Assim condenar-se-ão os atuais pro

santes no momento.

suem e que, cada dia, diminuem, pe'a perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre

E com isto sofre o erário público, como muito bem demonstrou

cha de luz c de esperança, através da

mento generoso, que ja acabou,

o deputado Alíomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de aluguel, também não o é o da renda do impôsto

qual talvez se estimule a 'aplicação de capitais na construção de imóveis.

que precisam de moradia de a ugue

predial. O povo vai ficando, assim, cada vez

IV

casso, generalizandc-se os abusos as luvas ou dos pagamentos por ora e preferindo os proprietários, em mui os casos, deixar as suas casas vazias a alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên cias relativamente curtas, ou

quando

se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do prédio é considerável.

Na procura exagerada da justiça e da igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinàriadistribuir entre todos.

o ônus dos impostos

o mercado se toma cada vez mais es

sitas proliferam sugando a seiva das

téria de locação cie imóveis, por cami nhos como sejam o do proteger os atuais

I sas um pecúlio seguro, está desaparecendo.

se fez para a grande classe de pessoas

cli-tritos, e que os cipós e as trepadeiras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para

remos o advento da liberdade cm ma

Não só a lei do in-

dos donos, construídos muitos no sistema de condomínio, e auxiliados por

as csptóes mais fortes abafam c des-

em que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema cio habitação se agrave cada vez mais, ou entrar, re

sas para alugar. quilinato, mas também

_

que espalha as suas sementes, e que

construção de novas ca

filhos e a suas espo-

para residência própria

desordem de sua vegetação; assim como as árvores nascem ao sabor do vento,

É aceitar a inc\ italíilidado do dilema

problemas econômicos, deve esperar que alguma medida de meio-termo possa

das com eficácia, não resolveriam o problema da falta de

sejavam deixar a seus

assistiu, durante os úl timos anos, foi todo de casas e apartamentos

começando pelas simples casas de ave nida e prédios de habitação coletiva, para as classes menos fa\'orccidas.

71

na solução capitaHsta-indi\Ídualista dos \ção grande e rica.

Mas essas medidas legislativas e po liciais, ainda que pudessem ser aplica

construções, a que se

Dicesto Econômico

mais mal acomodado, as casas de alu

guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos são forçados a combinações criminosas com os senhorios.

A única solução, aqui também, se se há de resolver o problema, é o Govêmo fazer o que o capital particular não

quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos.

A economia dirigida é injusta, con

l

Se o crescimento da floresta fôsse

controlado por leis humanas, em que se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci

mento das mais rápidas, de modo que as árvores mais fortes devessem aguar dar o desenvohdmento das mais fracas, a fim de não sobrepujá-las, e onde os parasitas, os mata-paus e as gameleiras fôssem proibidos de existir, teríamos,

talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de

grande debilidade própria. O único caminho para a grandeza de uma nação é o da liberdade indmdual, temperada, porque somos homens ads tritos aos princípios cristãos do amor ao

traproducente e contrária à natureza.

próximo, fazendo, pelo exemplo e pela

Nela, nem mesmo através do trabalho

escravo, se poderá construir uma grande

pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus

nação.

semelhantes e procedendo-se, uma vez

Assim como a selva amazônica cres

por outra, a extirpação de elementos

ce vertiginosamente, e assume um po

que se mostrem refratários a êsses ensi

derio incontrastável, no meio da maior

namentos.


DlCESTO

A Indústria do Pescado por Antônio Renato Caco Nobhe

O autor, que é um técnico prático da indú.'itria de cortíerüas de peixe, examina as nossas espécies ictiológicas mais apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indiistrias necessitam.

J^ESDE os tempos da

quentes Tccorrium à secagem natural ou artificial c à funiagem,

mais remota anti

güidade que o peixe

nas regiões frias c ge ladas praticavam a

vem sendo utilizado na ajimenlação humana.

Ecx)n6mico

dccísivann-ntc pani aporfciçoar c do.son-

Em 1811, na Inglaterra, Pepcr Du-

vülvcr a conservação do pescado, pela

rancl que inventara no ano anterior o

ncce.ssdad'- do alimentar tripulações e

in\óhicn) de fòlha de flandres, iniciava

pass;igeir<)s, o»j exércitos; por outro lado,

o fabricx) de conservas em latas, na fá

povos deficitários cin produtos agrícolas

brica para esse fim instalada por John llall e ür)'an Donkin.

e caníiçarin fizeram do peixe base de alimentação, aproxeilando ainda os ex

cedentes pura comerciar com outros po vos menos faxoreeidos pe'a Natureza.

E o peixe, qualíjuer que fõsse sua pre paração, passou a representar importante valor transacionável. chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "Irusts" c monopólios. Data do

que constituindo as

congelação. A salga, a salmoura, o vinagre,

então o grande desenvolvimento da induslrializjição do pc.siado, principa'mentc do Mediterrâneo c norte da Europa, e

espécie ictiológicas um

o azeite e os móllios

no Japão.

dos primeiros alimen

foram processos poste riormente emprega

No entanto, os progressos da indús tria vcrificavani-so muito lentos c a téc nica dc conserx-nr continuava, mais ou

Não admira, portanto,

tos do homem, este

se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de

tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida. Conservando as espécies ictiológicas

nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim, consoante a maior ou menor necessida de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti lização durante as épocas de escassez ou

consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter minadas espécies ictiologicas. ^

^

Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas

dos, constituindo juntamente com os primeiros os primórdios da técnica dc se conservar peixe. Encontram-se notícias

da sua aplicação em escritos de histo riadores, descrições de naturalistas o car dápios de gastrónomos, particularmente na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca da preparação de sardinhas condimenta das com azeite, molhos de escabeche e de anchovas.

menos, a mesma. Os produtos manufaliirados tinham duração muito limitada,

deterioravnm-sc rapidamente c quando forçados a conservar por períodos dc

maior duração perdiam muito do sabor e

principais qualidades. Procnrava-so des cobrir o sistema dc fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a

um ou dois anos, ."^em que algo cie novo

surgisse, porquanto às próprias tenta

Mais tarde, aí por volta do século XV,

tivas de Spallanzanl e Chulo acôrca do

os povos nórdicos da Europa, baseados decerto nos velhos processos da fuma-

inundo microbiano e da conservação pe'o

gem rudimentar, iniciavam o tratamen

tiveram prosseguimento.

to de peixe pela combustão de madeiras, imprimindo notável desenvolvimento a

êste sistema de fabrico. E, conjunta mente, desenvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vezes aromatizada com especiarias ou condi mentos.

As viagens marítimas, depois as gran des campanhas militares, contribuíram

73

calor, ou ficaram incompletas ou não No alvorecer do século XIX, Nicolas

Appert descobria finabncnte o prin

Depois da dcscobcrla do "Benfcilor | da Humanidade", foi esta a mais impor- i tante conquista da indústria. As vanta gens que advieram com a utilização dos recipientes dc fòlha de flandres oonstituiram as bases fundamentais do desen

volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen

tação dos povos das mais longínquas pa ragens.

A primeira fábrica de conservas dc .>;urdinha, utilizando os métodos Appert o Durand, foi fundada cm Nantes, por Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de 20

fábricas, inspirando ainda a instalação

da primeira fábrica norueguesa e logo a seguir no Japão. A indústria incremen ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi nalar a fundação das primeiras fábricas

norte-americanas e espanholas. Em 1879, a França e.vibia ao mundo

160 fábricas de conservas de peixe, ra

cionalmente apetrechodas com tòdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con

tra a falta de pescado e resolvem emi

cípio da conservação pelo calor, em reci

grar, insta'ando fábricas noutros países. É então que industriais de Nantes e

pientes hermèticamente fechados, revo

Lor^ent, precisamente os centros mais

lucionando a técnica de conservar e lan çando as bases da moderna indústria de

caustícados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins talando a primeira fábrica em Setúbal; e no mesmo ano de 1880, em Espinho, entra a funcionar outra fábrica, seguin-

conservas.

Estamos em 1804, mas so

mente seis anos depois Appert divulga va o seu método.


DlCESTO

A Indústria do Pescado por Antônio Renato Caco Nobhe

O autor, que é um técnico prático da indú.'itria de cortíerüas de peixe, examina as nossas espécies ictiológicas mais apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indiistrias necessitam.

J^ESDE os tempos da

quentes Tccorrium à secagem natural ou artificial c à funiagem,

mais remota anti

güidade que o peixe

nas regiões frias c ge ladas praticavam a

vem sendo utilizado na ajimenlação humana.

Ecx)n6mico

dccísivann-ntc pani aporfciçoar c do.son-

Em 1811, na Inglaterra, Pepcr Du-

vülvcr a conservação do pescado, pela

rancl que inventara no ano anterior o

ncce.ssdad'- do alimentar tripulações e

in\óhicn) de fòlha de flandres, iniciava

pass;igeir<)s, o»j exércitos; por outro lado,

o fabricx) de conservas em latas, na fá

povos deficitários cin produtos agrícolas

brica para esse fim instalada por John llall e ür)'an Donkin.

e caníiçarin fizeram do peixe base de alimentação, aproxeilando ainda os ex

cedentes pura comerciar com outros po vos menos faxoreeidos pe'a Natureza.

E o peixe, qualíjuer que fõsse sua pre paração, passou a representar importante valor transacionável. chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "Irusts" c monopólios. Data do

que constituindo as

congelação. A salga, a salmoura, o vinagre,

então o grande desenvolvimento da induslrializjição do pc.siado, principa'mentc do Mediterrâneo c norte da Europa, e

espécie ictiológicas um

o azeite e os móllios

no Japão.

dos primeiros alimen

foram processos poste riormente emprega

No entanto, os progressos da indús tria vcrificavani-so muito lentos c a téc nica dc conserx-nr continuava, mais ou

Não admira, portanto,

tos do homem, este

se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de

tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida. Conservando as espécies ictiológicas

nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim, consoante a maior ou menor necessida de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti lização durante as épocas de escassez ou

consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter minadas espécies ictiologicas. ^

^

Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas

dos, constituindo juntamente com os primeiros os primórdios da técnica dc se conservar peixe. Encontram-se notícias

da sua aplicação em escritos de histo riadores, descrições de naturalistas o car dápios de gastrónomos, particularmente na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca da preparação de sardinhas condimenta das com azeite, molhos de escabeche e de anchovas.

menos, a mesma. Os produtos manufaliirados tinham duração muito limitada,

deterioravnm-sc rapidamente c quando forçados a conservar por períodos dc

maior duração perdiam muito do sabor e

principais qualidades. Procnrava-so des cobrir o sistema dc fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a

um ou dois anos, ."^em que algo cie novo

surgisse, porquanto às próprias tenta

Mais tarde, aí por volta do século XV,

tivas de Spallanzanl e Chulo acôrca do

os povos nórdicos da Europa, baseados decerto nos velhos processos da fuma-

inundo microbiano e da conservação pe'o

gem rudimentar, iniciavam o tratamen

tiveram prosseguimento.

to de peixe pela combustão de madeiras, imprimindo notável desenvolvimento a

êste sistema de fabrico. E, conjunta mente, desenvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vezes aromatizada com especiarias ou condi mentos.

As viagens marítimas, depois as gran des campanhas militares, contribuíram

73

calor, ou ficaram incompletas ou não No alvorecer do século XIX, Nicolas

Appert descobria finabncnte o prin

Depois da dcscobcrla do "Benfcilor | da Humanidade", foi esta a mais impor- i tante conquista da indústria. As vanta gens que advieram com a utilização dos recipientes dc fòlha de flandres oonstituiram as bases fundamentais do desen

volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen

tação dos povos das mais longínquas pa ragens.

A primeira fábrica de conservas dc .>;urdinha, utilizando os métodos Appert o Durand, foi fundada cm Nantes, por Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de 20

fábricas, inspirando ainda a instalação

da primeira fábrica norueguesa e logo a seguir no Japão. A indústria incremen ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi nalar a fundação das primeiras fábricas

norte-americanas e espanholas. Em 1879, a França e.vibia ao mundo

160 fábricas de conservas de peixe, ra

cionalmente apetrechodas com tòdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con

tra a falta de pescado e resolvem emi

cípio da conservação pelo calor, em reci

grar, insta'ando fábricas noutros países. É então que industriais de Nantes e

pientes hermèticamente fechados, revo

Lor^ent, precisamente os centros mais

lucionando a técnica de conservar e lan çando as bases da moderna indústria de

caustícados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins talando a primeira fábrica em Setúbal; e no mesmo ano de 1880, em Espinho, entra a funcionar outra fábrica, seguin-

conservas.

Estamos em 1804, mas so

mente seis anos depois Appert divulga va o seu método.


DiGESTO Econômico

74

do-se depois Lagos e Chão, no sul do pais.

produtores. É então que a Grande Guerra vem em auxílio dos industriais

que grupos de operários portugueses

portugueses, impulsionando a indústria c generahzando o consumo; no entanto, somente depois de 1920 podcmo.s situar

fijndaram as fábricas propriamente por

precisamente o grande desenvolvimento

A indústria de conservas adquire cer

ta prosperidade, principalmente depois

tuguesas, utilizando a prática de alguns

industrial da conservação de pescado,

anos da indústria e pequenos capitais e

não só em Portugal como ainda no re.sto

créditos. Ainda nesse século, em 1886,

do Mundo

Portugal elevava para 66 o número de fábricas, para logo a seguir se verifi car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en

tanto, a partir de 1890, a indústria inicia a recuperação passando das 54 fábricas a que ficâra reduzida, para 76

que a índole destas breves notas não permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu extraor-

dinàriamente a indústria, particular mente nos países que não participaram

Conjuntamente e por idênticos moti vos, as 'ndustrias portuguesas de salgas,

sa'raouras, estivados ou enchovados ha

americanos.

viam de conhecer notável desenvolvi

Em Portugal, por exemplo, reabriramse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos* outras se ampliaram ou modernizaram

I

mento. No Meditenâneo, a escassez de

espécies ictiológicas, talvez conjugada com o conhecimento da abundância e

qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi

grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890

embora a Direção Geral da Indústria' num espírito rotineiro muito peculiar aos departamentos portugueses, jamais hou vesse permitido grandes aperfeiçoamen

tos na mecanização das fábricas, apcemigração, para áquêle país, de gregos e trechando-as, para competirem em tem italianos, que se estabeleceram princi pos normais ou de crise com as indus palmente no sul, em nome individual trias mecanizadas de outros países. Tuou representando^ firmas dos respecti •do o mais foi obra da política dúbia vos países. As conservas produzidas, do govêrao português, fornecendo pri principalmente sardinhas e biqueiroes meiro ao eixo por simpatia ideológica e

e continuou nos anos seguintes com a

(anchovas), primeiro acondicicnadas em barris e mais tarde em latas, destinavam-

se quase exclusivamente à Grécia e Itá lia, de onde irradiavam depois para os

países balcânicos e para o norte da África ou médio-oriente.

A indústria portuguesa, apesar da valiosa cooperação estrangeira, caminha

também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu

ropa, a uns e a outros em contratos co

letivos e finalmente só aos aliados, quando não restava a menor dúvida acêrca da vitória do que julgávamos Justiça e Direito.

O desenvolvimento da indústria por

va atribulàriamente e sem organização

tuguesa

estacionou

nos

após-guerra,

comercial que permitisse acompanhar ou superar a concorrência de outros países

acentuando-se cada vez mais a falta de

resistência perante a concorrência con-

<0

com a escassez o preço do peixe. Pre

sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fato.s que levam a èslcs racio cínios pessimistas não venham a sc agra var, fazendo retornar a indústria ao es tado caótico cm ^^e se encontrava

quando a Europa ouviu os primeiros tiros da úHima guerra. *

Sem entrarmos em maiores minúcias

da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co mo se verificou em muitos países

unidades em 1896.

DrçKSTO Econômico

*

A variedade de espécies ictiológicas, a extensão de uma costa que se prolonga gênero estrangeira, desta vez agravada por cerca dc 9.000 quilô metros de abundantes e ri

quíssimos pesqueiros, fa riam acreditar que o Brasil

ocupava lugar preponde

silares, ora proibindo a exportação que permitia aumentar considcràvelmente a

produção e ctmcomitanlemente fabricar mais barato.

A industrialização dos peixc.s brasilei ros devo ter sofrido, nos primeiros anos,

do atraso industrial português. Portuga', ao tempo das descobertas e nos anos que se procederam, exibia um dos iiltinios lugares na tabela dos países indus triais, devido em grande parte a outras preocupações que absorviam a quase totalidade das suas atividades; e ainda

no século passado, ao tempo da eman cipação do Brasil, Portugal não praticav"a outros méto dos de tratamento de peixe que não fôssem u seca na tural, pelo calor do sol e

rante entro os países pro dutores de conservas e

a salga, também por siste

consumidores dc peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem sido realizado nesse

pequenas indústrias casei

principalmente

entre os

mas rudimentares, além dos molhos de escabeche em

ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras,

há séculos praticada na

importante setor econômi

Europa, era então desco

co, em confronto mesmo com países de menores

nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em

possibilidades e mais baixo nível de vida, quanto a conservas de peixe; e no con

fase experimental.

sumo de peixe fresco ocupamos um dos

Embora não possuindo elementos que permitam determinar quais os primeiros

últimos lugares, com

menos de um

processos empregados no tratamento de

Entristece verificar tanto rio, tanto

lago, tanto mar riquíssimo de pescado enquanto as populações urbanas lutam

verdade afirmando, pelos motivos acima expostos e ainda pelo estudo dos atual mente praticados, que devem ter sido

contra a escassez de gêneros alimen

idênticos aos inicialmente usados em

tícios; e da parte de quem devia supe

Portugal, talvez juntamente com a fumagem rudimentar, processo de tra

quilo "per capita"...

rintender, orientar e auxiliar a indústria nacional, a indiferença e o desinterêsse,

inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba-

peixe, não andaremos muito longe da

tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.

No século XIX, particularmente na se gunda metade, vamos encontrar elemen tos que permitem avaliar o notável de-


DiGESTO Econômico

74

do-se depois Lagos e Chão, no sul do pais.

produtores. É então que a Grande Guerra vem em auxílio dos industriais

que grupos de operários portugueses

portugueses, impulsionando a indústria c generahzando o consumo; no entanto, somente depois de 1920 podcmo.s situar

fijndaram as fábricas propriamente por

precisamente o grande desenvolvimento

A indústria de conservas adquire cer

ta prosperidade, principalmente depois

tuguesas, utilizando a prática de alguns

industrial da conservação de pescado,

anos da indústria e pequenos capitais e

não só em Portugal como ainda no re.sto

créditos. Ainda nesse século, em 1886,

do Mundo

Portugal elevava para 66 o número de fábricas, para logo a seguir se verifi car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en

tanto, a partir de 1890, a indústria inicia a recuperação passando das 54 fábricas a que ficâra reduzida, para 76

que a índole destas breves notas não permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu extraor-

dinàriamente a indústria, particular mente nos países que não participaram

Conjuntamente e por idênticos moti vos, as 'ndustrias portuguesas de salgas,

sa'raouras, estivados ou enchovados ha

americanos.

viam de conhecer notável desenvolvi

Em Portugal, por exemplo, reabriramse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos* outras se ampliaram ou modernizaram

I

mento. No Meditenâneo, a escassez de

espécies ictiológicas, talvez conjugada com o conhecimento da abundância e

qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi

grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890

embora a Direção Geral da Indústria' num espírito rotineiro muito peculiar aos departamentos portugueses, jamais hou vesse permitido grandes aperfeiçoamen

tos na mecanização das fábricas, apcemigração, para áquêle país, de gregos e trechando-as, para competirem em tem italianos, que se estabeleceram princi pos normais ou de crise com as indus palmente no sul, em nome individual trias mecanizadas de outros países. Tuou representando^ firmas dos respecti •do o mais foi obra da política dúbia vos países. As conservas produzidas, do govêrao português, fornecendo pri principalmente sardinhas e biqueiroes meiro ao eixo por simpatia ideológica e

e continuou nos anos seguintes com a

(anchovas), primeiro acondicicnadas em barris e mais tarde em latas, destinavam-

se quase exclusivamente à Grécia e Itá lia, de onde irradiavam depois para os

países balcânicos e para o norte da África ou médio-oriente.

A indústria portuguesa, apesar da valiosa cooperação estrangeira, caminha

também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu

ropa, a uns e a outros em contratos co

letivos e finalmente só aos aliados, quando não restava a menor dúvida acêrca da vitória do que julgávamos Justiça e Direito.

O desenvolvimento da indústria por

va atribulàriamente e sem organização

tuguesa

estacionou

nos

após-guerra,

comercial que permitisse acompanhar ou superar a concorrência de outros países

acentuando-se cada vez mais a falta de

resistência perante a concorrência con-

<0

com a escassez o preço do peixe. Pre

sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fato.s que levam a èslcs racio cínios pessimistas não venham a sc agra var, fazendo retornar a indústria ao es tado caótico cm ^^e se encontrava

quando a Europa ouviu os primeiros tiros da úHima guerra. *

Sem entrarmos em maiores minúcias

da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co mo se verificou em muitos países

unidades em 1896.

DrçKSTO Econômico

*

A variedade de espécies ictiológicas, a extensão de uma costa que se prolonga gênero estrangeira, desta vez agravada por cerca dc 9.000 quilô metros de abundantes e ri

quíssimos pesqueiros, fa riam acreditar que o Brasil

ocupava lugar preponde

silares, ora proibindo a exportação que permitia aumentar considcràvelmente a

produção e ctmcomitanlemente fabricar mais barato.

A industrialização dos peixc.s brasilei ros devo ter sofrido, nos primeiros anos,

do atraso industrial português. Portuga', ao tempo das descobertas e nos anos que se procederam, exibia um dos iiltinios lugares na tabela dos países indus triais, devido em grande parte a outras preocupações que absorviam a quase totalidade das suas atividades; e ainda

no século passado, ao tempo da eman cipação do Brasil, Portugal não praticav"a outros méto dos de tratamento de peixe que não fôssem u seca na tural, pelo calor do sol e

rante entro os países pro dutores de conservas e

a salga, também por siste

consumidores dc peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem sido realizado nesse

pequenas indústrias casei

principalmente

entre os

mas rudimentares, além dos molhos de escabeche em

ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras,

há séculos praticada na

importante setor econômi

Europa, era então desco

co, em confronto mesmo com países de menores

nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em

possibilidades e mais baixo nível de vida, quanto a conservas de peixe; e no con

fase experimental.

sumo de peixe fresco ocupamos um dos

Embora não possuindo elementos que permitam determinar quais os primeiros

últimos lugares, com

menos de um

processos empregados no tratamento de

Entristece verificar tanto rio, tanto

lago, tanto mar riquíssimo de pescado enquanto as populações urbanas lutam

verdade afirmando, pelos motivos acima expostos e ainda pelo estudo dos atual mente praticados, que devem ter sido

contra a escassez de gêneros alimen

idênticos aos inicialmente usados em

tícios; e da parte de quem devia supe

Portugal, talvez juntamente com a fumagem rudimentar, processo de tra

quilo "per capita"...

rintender, orientar e auxiliar a indústria nacional, a indiferença e o desinterêsse,

inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba-

peixe, não andaremos muito longe da

tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.

No século XIX, particularmente na se gunda metade, vamos encontrar elemen tos que permitem avaliar o notável de-


m Dicesto

70

Econóxmoo

scnvolvimento da indústria de salgas,

correr, em sabor e contcxtura, com as

salmouras e seca natural, por vêzes tam

melhores de qualquer outro pais. Desta

bém prensados rudimentares, prestando

caremos, todavia, somente a título cie

relevantes serviços na alimentação das

curiosidade e porque as breves notas dêstes tópicos não permitem aprofundar

populações rurais ou nas épocas de cri ses agrícolas.

Depois de 1920 verificam-se várias

o assunto, a sard#l!ia miúda de .sabor

II

Qs homens que vieram fazer a América no sécu'o XVI. fõssein élos portugucse.s, espanhóis franceses, ingléscs,

da, muito semelhante à sardlnlia norue

principalmente da Grécia e Itália, como

a brasileira mais saborosa, a cavalinlia

se verificou no alvorecer da indústria

ou cava'a — "maquereau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecía-

guesa (brisling) embora consideremos

se devem filiar na incompetência dos

díssima na Europa e em alguns países

respectivos industriais. B e depois de 1930, particularmente nos trôs anos que antecederam a guerra e principalmente durante a guerra que devemos situar o

americanos, albaeora (atum),

grande desenvolvimento industrial con-

tem, embora insuficientes e usando pro

serveiro do Brasil.

cessos antiquados. Que será necessário promoverem para merecer o carinhoso

No Estado do Rio,

. por exemplo, verificam-se presentemen te cerca de 20 fábricas, algumas das

quais regularmente apetrechadas.

A monografia sob a indústria de con servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre tenda vencer as dificuldades provenien

tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a

por A. C. FERREinA Reis

idêntico à portuguesa, a sardinha grai'»-

tentativas para fabricarem conservas em óleos e azeites, este último importado

portuguesa, fracassadas por motivos que

Introdução ao Estudo da Economia Amazônica

cação,

bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.

As indústrias de pesca também exis

dominado.s pelo descriti\-<) exaltado da época, que pintnxa o No\o Mundo co mo aquele paraí.so onde os menos afor cer, devem ter tido uma tremenda de

cepção quando verificaram que os des-

do medir fôrças com a natureza agres

siva da região, êsses seguramente se

racterísticas doces que haviam imagina do, mas como um ambiente que era pre

hão de ter sentido ludibriados, de vez

que não jnideram vencer de pronto al cançando os êxitos que seriam de es

amparo e, proteção dos governos, que ainda não corhpreenderam o valor eco

ciso enfrentar sem temores, antc.s com

O espaço americano, particularmente

nômico da pesca e o fator importantís

uma fortaleza de ânimo que forçaria a re

simo que poderá desempenhar na ali

o espaço amazônico, seria, porém, aquele

tirada dos menos capazes para a aventura.

mentação?...

Urge, portanto, conceder o financia

mento que as industrias necessitam, co

mo medida inadiável para solucionar os problemas, presentemente insolúveis, da

ambiente agressivo, onde o homem teria

do exibir qualidades especiais para do

os luso-brasilciros chegaram, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re

salubridade negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe

presentavam

ou a

tente que superintende aquelas indústr as, particularmente a segunda, apetrechando-o e dotando-o com práticos

impressão deve ter sido mais viva, da

Po e competência se proponham es

competentes e eficientes, oficinas expe

rimentais e recursos suficientes para in

perar.

Na Amazônia quando, no século XVII,

mente, de forma a poder servir de base do orientação a trabalho de maior minúcia, que outros com mais temcrever.

as e.xceléncias da nova conquista. Os colonos que viemm após, toda\ia, tendo

critivo.s a que tinham atendido oram uma dura inverdade. A realidade ameri cana não SC apresentava com aquelas ca

cujo

Çáo e possibilidades, embora resumida

por seis tuiçõcs do continente.

tunados encontrariam Iodos os elementos

fáceis de que eareeesscm para enrique

pesca e conservas. E urge, outrossim, criar departamento, ou remodelar o exis

estudar a indústria, seus métodos, evolu-

O sr. A. C. Ferreira Reis descreve em

largas pinceladas éssc mundo gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado

vam,

serviço essa

miná-lo, ambiente de clima nocivo, de

ra de restrições, de

esta-

desconfiança, de má

mesma

vontade que se criou

do que nenhum mo tivo profundo, de natureza econômica,

á sua volta, atmos

fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá

suflar progresso e desenvolvimento, des

encontraram a dar-

ceis, das exaltações

onerando o Tesouro brasileiro das asfi-

lhes estímulos pon

prejudiciais e falsas?

xiantes importações de conservas, permitind.0 a drenagem de divisas prove

tas, c certo, deslum

êsse espaço, o con

brados com o luxu

quistador e o colo

damente enraizadas. Também não fal

nientes da exportação além do importan tíssimo fator que, decerto, desempenha

riante da vegetação,

nizador teriam sido

tam as espécies ictiológicas mais apre

rá na alimentação dos desnutridos bra

com a potencialidade

vencidos fragorosa-

ciadas, algumas das quais podendo con

sileiros.

das águas, exagera ram perigosamente

no caso amazônico?

* * *

As bases da indústria brasileira de

conservas de peixe estão lançadas e fun

deráveis. Os cronis

Na ofensiva sôbre

mente, pelo menos


m Dicesto

70

Econóxmoo

scnvolvimento da indústria de salgas,

correr, em sabor e contcxtura, com as

salmouras e seca natural, por vêzes tam

melhores de qualquer outro pais. Desta

bém prensados rudimentares, prestando

caremos, todavia, somente a título cie

relevantes serviços na alimentação das

curiosidade e porque as breves notas dêstes tópicos não permitem aprofundar

populações rurais ou nas épocas de cri ses agrícolas.

Depois de 1920 verificam-se várias

o assunto, a sard#l!ia miúda de .sabor

II

Qs homens que vieram fazer a América no sécu'o XVI. fõssein élos portugucse.s, espanhóis franceses, ingléscs,

da, muito semelhante à sardlnlia norue

principalmente da Grécia e Itália, como

a brasileira mais saborosa, a cavalinlia

se verificou no alvorecer da indústria

ou cava'a — "maquereau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecía-

guesa (brisling) embora consideremos

se devem filiar na incompetência dos

díssima na Europa e em alguns países

respectivos industriais. B e depois de 1930, particularmente nos trôs anos que antecederam a guerra e principalmente durante a guerra que devemos situar o

americanos, albaeora (atum),

grande desenvolvimento industrial con-

tem, embora insuficientes e usando pro

serveiro do Brasil.

cessos antiquados. Que será necessário promoverem para merecer o carinhoso

No Estado do Rio,

. por exemplo, verificam-se presentemen te cerca de 20 fábricas, algumas das

quais regularmente apetrechadas.

A monografia sob a indústria de con servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre tenda vencer as dificuldades provenien

tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a

por A. C. FERREinA Reis

idêntico à portuguesa, a sardinha grai'»-

tentativas para fabricarem conservas em óleos e azeites, este último importado

portuguesa, fracassadas por motivos que

Introdução ao Estudo da Economia Amazônica

cação,

bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.

As indústrias de pesca também exis

dominado.s pelo descriti\-<) exaltado da época, que pintnxa o No\o Mundo co mo aquele paraí.so onde os menos afor cer, devem ter tido uma tremenda de

cepção quando verificaram que os des-

do medir fôrças com a natureza agres

siva da região, êsses seguramente se

racterísticas doces que haviam imagina do, mas como um ambiente que era pre

hão de ter sentido ludibriados, de vez

que não jnideram vencer de pronto al cançando os êxitos que seriam de es

amparo e, proteção dos governos, que ainda não corhpreenderam o valor eco

ciso enfrentar sem temores, antc.s com

O espaço americano, particularmente

nômico da pesca e o fator importantís

uma fortaleza de ânimo que forçaria a re

simo que poderá desempenhar na ali

o espaço amazônico, seria, porém, aquele

tirada dos menos capazes para a aventura.

mentação?...

Urge, portanto, conceder o financia

mento que as industrias necessitam, co

mo medida inadiável para solucionar os problemas, presentemente insolúveis, da

ambiente agressivo, onde o homem teria

do exibir qualidades especiais para do

os luso-brasilciros chegaram, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re

salubridade negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe

presentavam

ou a

tente que superintende aquelas indústr as, particularmente a segunda, apetrechando-o e dotando-o com práticos

impressão deve ter sido mais viva, da

Po e competência se proponham es

competentes e eficientes, oficinas expe

rimentais e recursos suficientes para in

perar.

Na Amazônia quando, no século XVII,

mente, de forma a poder servir de base do orientação a trabalho de maior minúcia, que outros com mais temcrever.

as e.xceléncias da nova conquista. Os colonos que viemm após, toda\ia, tendo

critivo.s a que tinham atendido oram uma dura inverdade. A realidade ameri cana não SC apresentava com aquelas ca

cujo

Çáo e possibilidades, embora resumida

por seis tuiçõcs do continente.

tunados encontrariam Iodos os elementos

fáceis de que eareeesscm para enrique

pesca e conservas. E urge, outrossim, criar departamento, ou remodelar o exis

estudar a indústria, seus métodos, evolu-

O sr. A. C. Ferreira Reis descreve em

largas pinceladas éssc mundo gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado

vam,

serviço essa

miná-lo, ambiente de clima nocivo, de

ra de restrições, de

esta-

desconfiança, de má

mesma

vontade que se criou

do que nenhum mo tivo profundo, de natureza econômica,

á sua volta, atmos

fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá

suflar progresso e desenvolvimento, des

encontraram a dar-

ceis, das exaltações

onerando o Tesouro brasileiro das asfi-

lhes estímulos pon

prejudiciais e falsas?

xiantes importações de conservas, permitind.0 a drenagem de divisas prove

tas, c certo, deslum

êsse espaço, o con

brados com o luxu

quistador e o colo

damente enraizadas. Também não fal

nientes da exportação além do importan tíssimo fator que, decerto, desempenha

riante da vegetação,

nizador teriam sido

tam as espécies ictiológicas mais apre

rá na alimentação dos desnutridos bra

com a potencialidade

vencidos fragorosa-

ciadas, algumas das quais podendo con

sileiros.

das águas, exagera ram perigosamente

no caso amazônico?

* * *

As bases da indústria brasileira de

conservas de peixe estão lançadas e fun

deráveis. Os cronis

Na ofensiva sôbre

mente, pelo menos


'1^"^

i-

Dicesto Econômico Digestô

78

79

Econômico

imaginando mesmo abandonar o campo

homem não pô

táncia da temperatura elcNuda c pela

Sabemos o que

abundância das cluivas, donde a exube

da luta.

eles

de líbcrlar-sc dô-

rância da

nhecida.

realizaram

na América espa-

les para criar al

nliola, na Améri

guma coisa im

ca francesa, na

pressionante que

América inglêsa.

he cxteriorize o

Na América por

capacidade

e

tuguesa, o Brasil,

lhe e.xteriorizc o

é a grande lição

triunfo

de que se orgu lha a velha raiz

nente sobre a na tureza bravia.

portuguesa. No caso particular

porciona

da Amazônia, diante da ofen-

perma

A floresta pro

todo

um conjunto rico

sividade ambiente, como explicar a pos ção do colonizador dos séculos XVII

de espécies ve getais e animais de valor econômico inconteste, mas de difícil utilização em

o XVIII?

volume. As águas, de seu lado, igual

O espaço amazônico, possuindo fei ção própria dentro do quadro geográfico

mente proporcionando elementos de efe tivo valor econômico, são os caminhos

sulamericano, constitui um mundo gi

naturais de que se valeu e vale o

I

gantesco, desfrutado por seis nações do continente; Brasil, Peru, Bolívia, Equa

dor, Colômbia e Venezuela. Ésse mun-

do assinala-se por cêrca de seis milhões

Notemos bem. os algarismos: seis mi-

Ihóes de quilômetros quadrados de extensão, dos quais SM de forestas e o restante águas e campos. Essa floresta e essa bacia naturalmente condrc.onap. atividade do colono e e seus

sucessores. Porque se dentro do es

clui, devido "aos ventos aliseos que so

pram regularmente das bandas do mar

badas pelos cursos fluviais. O clima amazônico, que absolutamen te não é aquêle "glorious climate", de

páginas da "Revista Brasileira de Geo

uindo a paisagem física, são de tal grafia", o professor paulista José Carlos sorte categóricos que até o presente o Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons-

tatada no que diz respeito aos cronistas o ao document;mo sobre as condições da salubridade regional no momento do dosbravamento colonial no século XVII,

apontada por Oliveira Viana, em capí tulos de livro, divulgados na revista "Terra do Sol", pode ser verificada no

a presença do homem na empresa ci-

estudo da história das endemias que assolaram a região entre n época do

Leíam-se os cronistas e em

descobrimento e u atualidade, história

nenhum dê'es encontraremos restrições

feita nas páginas de ensaios magníficos,

vihzadora.

ao clima para indicá-lo como o fator

pr mordial que teria impedido um maior

.sucesso á ação do colonizador dos séculos XVII e XVIII. - Lciam-se os viajantes e

os cientistas que detiveram sua atenção Em todos êles, 6 certo, faz-se referência ao rigor por que

ôle exerce sua ação seletiva.

isto é, as terras baixas lavadas e adu

A afirmação, da salubridade inicial da

Amazônia, que tem sido posta em dú vida quanto ao seu fundamento, cons

vamente acentuada queda da tempera tura à noite, boas são na Amazon a as condições do meio assim amenizado". O clima amazônico autoriza, portanto,

impedir os grandes. êxitos do homem.

forço realizado no sentido da criação da lavoura de alimentação, lavoura rea lizada justamente nas áreas de várzea,

Foi, porém, a e-xceção co

o penetram pelo continente, e a relati

sôbro o assunto.

Bates, o clima caluniado de Euclides, paço amazônico encontramos áreas de mas um clima rigoroso, que enfrenta campos, onde a tarefa agrána e a pe mos sem desencorajamento, "não ofere cuária podem ser experimentadas e, mais ce maior obstáculo desenvolvimento*' que e.vperimentadas, realizadas com se da região, escreveu ao ainda há pouco, nas gurança no empreendimento, os irnpe-

rativos da floresta e das águas, defi-

equatorial que lá se desdobra" escla rece aquêle mestre eininenlc, nem por isso podc-se-lho atribuir influência no civa sôbrc o homem, pois, como con

homem para o transporte dos produtos do sua atividade. Floresta e água, toda via, são forças que se conjugam para

peiO caráter esmagador que de quUómelros quadrados dos quais 80% A floresta, pela indisciplina das variedades ocupados pela vegetação de uma flores oferece ta fechada, luxuriante, e o restante por de espécies que a definem. As águas, por cr arem dificuldades nas épocas de pequenas áreas de campos e pelas aguas enchente, quando destrocm todo o es da bacia de maior volume do ecumeno.

vegetação verdadeiramente

Nenhum,

porém, o incropa de ser o responsável pelos insucessos da colonização da Ama

de Berredo, Constantino

de

Chermonl, A'exnndre Rodrigues Ferrei ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, Al fredo da Mata, Araújo Lima. Região salubre, ás endemias e epidemias que a assolam ou a denigrem vieram, destarte, dü fora, foram importação devida ao europeu e ao africano. Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando

zônia.

No tocante à salubridade, sobre se afirmam algarismos trabalhados o objetivo negativo, é de ler-se vista a tese, aceita hoje, de que o

do ontem e de hoje, entro outros por Pereira

que com em am

a natureza, esbarrando com aquêle am biente, tão diverso do ambiente a que êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o

biente amazônico não era, de início, um

ambiente doentio que lhes entravasse a

ambiente de onde a saúde estivesse ausente, mas para onde, com o advento

ação.

do europeu, convergiram, através da ci

vilização que êle trouxe, as enfermidades

ãs quaí.s a floresta e as águas locais

possibilitaram uma longevidade, uma

vitalidade que não foi possível ainda dominar, exterminando-as. É certo que houve trecho da Amazônia, na área em

que ela se limita com a Guiana fran

A natureza, na sua feição florestal,

no contingente fluvial que a distinguía, de certo oferecia resistência, do mes

mo passo que oferecia perspectivas amáveis.

A salubridade, o clima não

constituíam, porém, fatores negativos. Ao contrário, na apreciação dos elemen tos com que se houveram os coloniza dores dos séculos XVII e XVIII, foram

cesa onde o colonizador teve de medir

elementos que não atemorizaram co

fôrças com as febres de mau caráter,

mo não embaraçaram. A tese da ina-


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Econômico

imaginando mesmo abandonar o campo

homem não pô

táncia da temperatura elcNuda c pela

Sabemos o que

abundância das cluivas, donde a exube

da luta.

eles

de líbcrlar-sc dô-

rância da

nhecida.

realizaram

na América espa-

les para criar al

nliola, na Améri

guma coisa im

ca francesa, na

pressionante que

América inglêsa.

he cxteriorize o

Na América por

capacidade

e

tuguesa, o Brasil,

lhe e.xteriorizc o

é a grande lição

triunfo

de que se orgu lha a velha raiz

nente sobre a na tureza bravia.

portuguesa. No caso particular

porciona

da Amazônia, diante da ofen-

perma

A floresta pro

todo

um conjunto rico

sividade ambiente, como explicar a pos ção do colonizador dos séculos XVII

de espécies ve getais e animais de valor econômico inconteste, mas de difícil utilização em

o XVIII?

volume. As águas, de seu lado, igual

O espaço amazônico, possuindo fei ção própria dentro do quadro geográfico

mente proporcionando elementos de efe tivo valor econômico, são os caminhos

sulamericano, constitui um mundo gi

naturais de que se valeu e vale o

I

gantesco, desfrutado por seis nações do continente; Brasil, Peru, Bolívia, Equa

dor, Colômbia e Venezuela. Ésse mun-

do assinala-se por cêrca de seis milhões

Notemos bem. os algarismos: seis mi-

Ihóes de quilômetros quadrados de extensão, dos quais SM de forestas e o restante águas e campos. Essa floresta e essa bacia naturalmente condrc.onap. atividade do colono e e seus

sucessores. Porque se dentro do es

clui, devido "aos ventos aliseos que so

pram regularmente das bandas do mar

badas pelos cursos fluviais. O clima amazônico, que absolutamen te não é aquêle "glorious climate", de

páginas da "Revista Brasileira de Geo

uindo a paisagem física, são de tal grafia", o professor paulista José Carlos sorte categóricos que até o presente o Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons-

tatada no que diz respeito aos cronistas o ao document;mo sobre as condições da salubridade regional no momento do dosbravamento colonial no século XVII,

apontada por Oliveira Viana, em capí tulos de livro, divulgados na revista "Terra do Sol", pode ser verificada no

a presença do homem na empresa ci-

estudo da história das endemias que assolaram a região entre n época do

Leíam-se os cronistas e em

descobrimento e u atualidade, história

nenhum dê'es encontraremos restrições

feita nas páginas de ensaios magníficos,

vihzadora.

ao clima para indicá-lo como o fator

pr mordial que teria impedido um maior

.sucesso á ação do colonizador dos séculos XVII e XVIII. - Lciam-se os viajantes e

os cientistas que detiveram sua atenção Em todos êles, 6 certo, faz-se referência ao rigor por que

ôle exerce sua ação seletiva.

isto é, as terras baixas lavadas e adu

A afirmação, da salubridade inicial da

Amazônia, que tem sido posta em dú vida quanto ao seu fundamento, cons

vamente acentuada queda da tempera tura à noite, boas são na Amazon a as condições do meio assim amenizado". O clima amazônico autoriza, portanto,

impedir os grandes. êxitos do homem.

forço realizado no sentido da criação da lavoura de alimentação, lavoura rea lizada justamente nas áreas de várzea,

Foi, porém, a e-xceção co

o penetram pelo continente, e a relati

sôbro o assunto.

Bates, o clima caluniado de Euclides, paço amazônico encontramos áreas de mas um clima rigoroso, que enfrenta campos, onde a tarefa agrána e a pe mos sem desencorajamento, "não ofere cuária podem ser experimentadas e, mais ce maior obstáculo desenvolvimento*' que e.vperimentadas, realizadas com se da região, escreveu ao ainda há pouco, nas gurança no empreendimento, os irnpe-

rativos da floresta e das águas, defi-

equatorial que lá se desdobra" escla rece aquêle mestre eininenlc, nem por isso podc-se-lho atribuir influência no civa sôbrc o homem, pois, como con

homem para o transporte dos produtos do sua atividade. Floresta e água, toda via, são forças que se conjugam para

peiO caráter esmagador que de quUómelros quadrados dos quais 80% A floresta, pela indisciplina das variedades ocupados pela vegetação de uma flores oferece ta fechada, luxuriante, e o restante por de espécies que a definem. As águas, por cr arem dificuldades nas épocas de pequenas áreas de campos e pelas aguas enchente, quando destrocm todo o es da bacia de maior volume do ecumeno.

vegetação verdadeiramente

Nenhum,

porém, o incropa de ser o responsável pelos insucessos da colonização da Ama

de Berredo, Constantino

de

Chermonl, A'exnndre Rodrigues Ferrei ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, Al fredo da Mata, Araújo Lima. Região salubre, ás endemias e epidemias que a assolam ou a denigrem vieram, destarte, dü fora, foram importação devida ao europeu e ao africano. Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando

zônia.

No tocante à salubridade, sobre se afirmam algarismos trabalhados o objetivo negativo, é de ler-se vista a tese, aceita hoje, de que o

do ontem e de hoje, entro outros por Pereira

que com em am

a natureza, esbarrando com aquêle am biente, tão diverso do ambiente a que êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o

biente amazônico não era, de início, um

ambiente doentio que lhes entravasse a

ambiente de onde a saúde estivesse ausente, mas para onde, com o advento

ação.

do europeu, convergiram, através da ci

vilização que êle trouxe, as enfermidades

ãs quaí.s a floresta e as águas locais

possibilitaram uma longevidade, uma

vitalidade que não foi possível ainda dominar, exterminando-as. É certo que houve trecho da Amazônia, na área em

que ela se limita com a Guiana fran

A natureza, na sua feição florestal,

no contingente fluvial que a distinguía, de certo oferecia resistência, do mes

mo passo que oferecia perspectivas amáveis.

A salubridade, o clima não

constituíam, porém, fatores negativos. Ao contrário, na apreciação dos elemen tos com que se houveram os coloniza dores dos séculos XVII e XVIII, foram

cesa onde o colonizador teve de medir

elementos que não atemorizaram co

fôrças com as febres de mau caráter,

mo não embaraçaram. A tese da ina-


T

*»»•»-

80

Dicesto EcoNÓ^^co

Captação do homem europeu ao meio

estilo, apenas com a produção indígena,

equatorial, posta em experiência no

a especiaria local, a chamada "droga do sertão" que, no fim de contas, marcou,

mundo amazônico, náo consegue êxito. As tentativas de colonização levadas a

pelos séculos seguintes, imprcssivamcnte, o teor econômico da imensa região.

O Estudo Sociológico das Eras de Crise por L. A. Costa PiNn*o (da Univcrsidado do Brasil)

efeito em várias épocas, inclusive pos teriormente à experiência lusitana, não

Tentando a reaç-ão ao meio geográfico,

fracassaram devido aos fatôres c'ima e

o exato, como veremos mais adiante,

sociouxUA formou-se como rca-

salubridade, mas a razões de outra espé

empreenderam domínio do espaço com a realização de uma experiência agrária

do e.spírito humano ao estimulo representado pela existência dc proble

cie, nelas devendo ser incluída a hos

tilidade da floresta.

O desencanto do

colonizador não decorreu, assim, senão

•cm intensidade. Lograram rendimentos interessantíssimos, que vaiem como um

da falta imediata de estimulos econômi

atestado impressionante da plasticidade

cos ponderáveis, como teremos ocasião dc verificar.

outro lado são uma eloqüente demons

É certo que ó empossamento do vale

tração de que nem o clima nem a salu

amazônico, constituindo empresa polí

tica projetada pelas autoridades régias, os que vieram para a execução dêsse empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a

qual não poderiam manter-se e sem a

qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas*de seu

lusitana para a proeza amazônica c de

bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, ■ que somos nós, deixando-se vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina e certo caráter de antieconomicidade que

ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo num recuo impressionante, mas explicável.

I

mas sociais e à necessidade de resol

vê-los, caracterizíindo-sc sua evolução

como cência pela racionalÍ7.;ição pro

gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica.

Como campo dc inlerêsse e de análise os problemas sociais preexistem á .so ciologia o o que tem variado, por con-

EcqüêncUi, na história do pensamento humano, c o modo clc encarar os

problemas sociais, variação que se caracterizíi pelo esforço cons

tante para assumir diante dêlcs uma atitude rigorosamente cientí fica. Não foi outra a razão pela

qual o profcsor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a auto-cons-

ciôncla científica dc uma era dc crise. Se assim é, a discus.são cios funda

gadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...

Por outro lado, nenhum esfôr-

ço deve ser poupado no sentido do ampliar cada vez mais o cír culo dos que raciocinam de ca beça fria sôbre os problemas da

organização social e da cultura. Se em boa parte a crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas

mentos dc uma atituclo objetiva a ser

em quadros sociais cada vez mais estrei

assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor metodológico evidente que apresenta, contribui também, ou aspira contribuir,

c se encontra o comêço da solução da crise, se se difundir entre as maiorias par

tos — nesta circunstância mesma reside ticipantes e deliberantes — que são a co-

alguns estudiosos se agarram desespera-

luna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientificamento sôbre as eras de crise e, mais que

damente — mais á palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje-

va de cultivar o consolidar esse hábito.

para tornar menos acadêmico e mais conciso o conceito de objetividade a que

Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas,

lividado da ciência não é algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanenté e imutável. .-A obje tividade da ciência — que é o casamen to do pensamento com a realidade — é um testo constante, permanente, alguma coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e se defende com ardor o determinação, especialmente nas eras de crise em que, como nas madru

isso, se se defender a possibilidade efeti

u República do Saloador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de

cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos dispu nham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notadamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos

elevados preços ating^os pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.

Êste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que é preciso ser focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os

problemas políticos, entre a industrialização e a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.


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80

Dicesto EcoNÓ^^co

Captação do homem europeu ao meio

estilo, apenas com a produção indígena,

equatorial, posta em experiência no

a especiaria local, a chamada "droga do sertão" que, no fim de contas, marcou,

mundo amazônico, náo consegue êxito. As tentativas de colonização levadas a

pelos séculos seguintes, imprcssivamcnte, o teor econômico da imensa região.

O Estudo Sociológico das Eras de Crise por L. A. Costa PiNn*o (da Univcrsidado do Brasil)

efeito em várias épocas, inclusive pos teriormente à experiência lusitana, não

Tentando a reaç-ão ao meio geográfico,

fracassaram devido aos fatôres c'ima e

o exato, como veremos mais adiante,

sociouxUA formou-se como rca-

salubridade, mas a razões de outra espé

empreenderam domínio do espaço com a realização de uma experiência agrária

do e.spírito humano ao estimulo representado pela existência dc proble

cie, nelas devendo ser incluída a hos

tilidade da floresta.

O desencanto do

colonizador não decorreu, assim, senão

•cm intensidade. Lograram rendimentos interessantíssimos, que vaiem como um

da falta imediata de estimulos econômi

atestado impressionante da plasticidade

cos ponderáveis, como teremos ocasião dc verificar.

outro lado são uma eloqüente demons

É certo que ó empossamento do vale

tração de que nem o clima nem a salu

amazônico, constituindo empresa polí

tica projetada pelas autoridades régias, os que vieram para a execução dêsse empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a

qual não poderiam manter-se e sem a

qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas*de seu

lusitana para a proeza amazônica c de

bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, ■ que somos nós, deixando-se vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina e certo caráter de antieconomicidade que

ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo num recuo impressionante, mas explicável.

I

mas sociais e à necessidade de resol

vê-los, caracterizíindo-sc sua evolução

como cência pela racionalÍ7.;ição pro

gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica.

Como campo dc inlerêsse e de análise os problemas sociais preexistem á .so ciologia o o que tem variado, por con-

EcqüêncUi, na história do pensamento humano, c o modo clc encarar os

problemas sociais, variação que se caracterizíi pelo esforço cons

tante para assumir diante dêlcs uma atitude rigorosamente cientí fica. Não foi outra a razão pela

qual o profcsor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a auto-cons-

ciôncla científica dc uma era dc crise. Se assim é, a discus.são cios funda

gadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...

Por outro lado, nenhum esfôr-

ço deve ser poupado no sentido do ampliar cada vez mais o cír culo dos que raciocinam de ca beça fria sôbre os problemas da

organização social e da cultura. Se em boa parte a crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas

mentos dc uma atituclo objetiva a ser

em quadros sociais cada vez mais estrei

assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor metodológico evidente que apresenta, contribui também, ou aspira contribuir,

c se encontra o comêço da solução da crise, se se difundir entre as maiorias par

tos — nesta circunstância mesma reside ticipantes e deliberantes — que são a co-

alguns estudiosos se agarram desespera-

luna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientificamento sôbre as eras de crise e, mais que

damente — mais á palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje-

va de cultivar o consolidar esse hábito.

para tornar menos acadêmico e mais conciso o conceito de objetividade a que

Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas,

lividado da ciência não é algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanenté e imutável. .-A obje tividade da ciência — que é o casamen to do pensamento com a realidade — é um testo constante, permanente, alguma coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e se defende com ardor o determinação, especialmente nas eras de crise em que, como nas madru

isso, se se defender a possibilidade efeti

u República do Saloador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de

cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos dispu nham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notadamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos

elevados preços ating^os pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.

Êste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que é preciso ser focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os

problemas políticos, entre a industrialização e a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.


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Dicesto Econômico

83

Dicesto Ecgnómico

As notas que se seguem são as re flexões de um sociólogo — descontado da expressão o quanto de pernóstico ela

conhecimentos sôbre os mesmos pro blemas. Sôbre ôles, todos temos suposi

encerra em nosso meio — sôbre êsse

samente muito embora nem sempre .sai bamos porque pensamos assim e jamais tenhamos procurado refletir sôbre a ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente se observa, entretanto, que a re sistência, mais ou menos consciente, que

capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos. * * *

Seja o interêsse pelo estudo e pelo tratamento dos desajustamentos sociais

entendido como virtude aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro

ções e palpites, que cultivamos carinho

todos fazemos às tentativas de alterar

nosso pensamento tradicional sobre de terminadas questões estú na ra/ão di

admitem que os problemas sociais sempre surgem dentro de uma determinada

reta da irracionalidade do pensamento tradicional c nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dôle, uma outra posição màís ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais e das opiniões ossificadas, que é a lei su prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con

^ estrutura ou organização social. Isto

blema encarado em suas manifestações

cíclicas, ao impulso da moda ou do esncbismo; seja ainda entendido como de ver do Estado ou como assunto que so

o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos

objetividade da ciência, cm nenhum se

reforma

tor e muito menos nos fenômenos so

temos uma atitude primilria e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per

ciais, não é "ponto pacífico", nem se coloca numa esfera inctg-social de pen

samento puro. Ê po.sição qnc se assume

com esf^rçcN não raro contra quase

tudo e quase todos, contra nós mes mos, — não poucas vezes.

As crises sociais .são crise de uma

nela prevalecem o predominam.

Uma afirmação desse tipo, que

assim formulada parece ate re

dundante c pleonàstica e que to

dos temos por certa e sabida — encon tra na prática, ao ser utilizada, opemtivamcnte, como inslrumcnto de análi

se e como ferramenta de trabalho, mfl dificuldades à sua plena aplicação. Isto

porque, ao levarmos um escopo cientí

falamos em desorganização social referimo-nos a uma organização que se de

Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe

nos limitarmos à constatação dos efeitos

nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou

sas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais cm que sur gem fricções entre a análise científica

blemas e que devem ser procuradas as pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o

que multiplica as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social

® a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re

formação.

Assim, se o 'estudioso dos problemas

sociais não se pode confundir com os espíritos simples que para tudo têm fá

ceis respostas e só se interessam pela cura das conseqüências dos problemas c não pela anáJise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme

lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica — "neutra" em relação a tudo

e parcialíssima da ordem social que a

ços emocionais e materiais, uns

dição para isso.

bem pouco tempo e,specializou-se em

mas de aspecto diferente, surgem, no

utopias reformistas; na era de crise, po

ram, no estudo sociológico das eras de

rém, crise estrutural e profunda como essa"" em que vivemos, o grande leste

opinião.' j

e nos estendermos à pesquisa das cau

pretende ser científica — devese procurar, antes de mais nada, conhecer o que d e o que existe, a realidade objetiva tal qual é, pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; mais que isso, 6 o começo dessa trans

de estudo estamos presos por la

Ao nosso objeto

põem nosso pensamento e nossa

ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daque a na ^

Sem dúvida, não e.x!Ste, na realidade,

nenhum abismo insondávcl separando n teoria da prática, o pensamento da ação. O que afirmamos, porém, é que, como ponto de partida da atitu

vestir o pensamento de rótulos científi cos, pois terá faltado a principal con

como atores.

visíveis, outros sutis, que predis

que estudamos estamos sempre tureza.

tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também,

corre.

de a ser adotada no estudo das

fico ao estudo das eras de crise, se não

suas causas e soluções. E é exatamente

eras de crise — se essa atitude

eras de crise.

na intimidade das moléculas de um corpo químico. Ao fazô-lo, estamos

conhecimento

sua estrutura, dos padrões qvic

tra um escopo cientifico no estudo das

das relações sociais que surgem os pro

o

sociedade, de sua organização, de

significa, noutras palavras, que quando

sorganiza a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano cbjeUvo

antecede

Assumir, por abstração, uma

posição rigorosa de observador das eras Em verdade, em qualquer campo das de ter objetividade científica nes ciências sociais e muito especialmeute sas crise, conjunturas, é coisa que faz apâlo nêste que se refere aos desajustamen a algumas qualidades que geralmente

tos c às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfõrço de pre . se espera mais no "herói", no "mártir", parar-se para transformar as opmaes no "santo" ou no "iluminado" do que que fazemos sôbre certos problemas em no cientista. E isto ocorre porque a

Outro problemas, de igual natureza

plano metodológico, quando se mistu

crise, o espírito de investigação e o es

pírito de reforma. São dois momentos do pensamento humano e embora não existam muralhas chinesas a separar um

do outro, constitui supino êiTo não saber

distínguí-Ios. No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a

sustenta.

Em verdade, a ciência acadêmica até medir a distância que a separava das

a que a ciência está sendo submetida ó o de contar, milímetro por milíme

tro, o abismo profundo que a distân cia das utopias conservadoras. E para isso não seria mal recordar a genial

exclamação que Goethe colocou na bôca do sua imortal criatura:


■aMjW |>( ••

Dicesto Econômico

83

Dicesto Ecgnómico

As notas que se seguem são as re flexões de um sociólogo — descontado da expressão o quanto de pernóstico ela

conhecimentos sôbre os mesmos pro blemas. Sôbre ôles, todos temos suposi

encerra em nosso meio — sôbre êsse

samente muito embora nem sempre .sai bamos porque pensamos assim e jamais tenhamos procurado refletir sôbre a ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente se observa, entretanto, que a re sistência, mais ou menos consciente, que

capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos. * * *

Seja o interêsse pelo estudo e pelo tratamento dos desajustamentos sociais

entendido como virtude aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro

ções e palpites, que cultivamos carinho

todos fazemos às tentativas de alterar

nosso pensamento tradicional sobre de terminadas questões estú na ra/ão di

admitem que os problemas sociais sempre surgem dentro de uma determinada

reta da irracionalidade do pensamento tradicional c nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dôle, uma outra posição màís ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais e das opiniões ossificadas, que é a lei su prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con

^ estrutura ou organização social. Isto

blema encarado em suas manifestações

cíclicas, ao impulso da moda ou do esncbismo; seja ainda entendido como de ver do Estado ou como assunto que so

o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos

objetividade da ciência, cm nenhum se

reforma

tor e muito menos nos fenômenos so

temos uma atitude primilria e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per

ciais, não é "ponto pacífico", nem se coloca numa esfera inctg-social de pen

samento puro. Ê po.sição qnc se assume

com esf^rçcN não raro contra quase

tudo e quase todos, contra nós mes mos, — não poucas vezes.

As crises sociais .são crise de uma

nela prevalecem o predominam.

Uma afirmação desse tipo, que

assim formulada parece ate re

dundante c pleonàstica e que to

dos temos por certa e sabida — encon tra na prática, ao ser utilizada, opemtivamcnte, como inslrumcnto de análi

se e como ferramenta de trabalho, mfl dificuldades à sua plena aplicação. Isto

porque, ao levarmos um escopo cientí

falamos em desorganização social referimo-nos a uma organização que se de

Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe

nos limitarmos à constatação dos efeitos

nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou

sas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais cm que sur gem fricções entre a análise científica

blemas e que devem ser procuradas as pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o

que multiplica as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social

® a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re

formação.

Assim, se o 'estudioso dos problemas

sociais não se pode confundir com os espíritos simples que para tudo têm fá

ceis respostas e só se interessam pela cura das conseqüências dos problemas c não pela anáJise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme

lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica — "neutra" em relação a tudo

e parcialíssima da ordem social que a

ços emocionais e materiais, uns

dição para isso.

bem pouco tempo e,specializou-se em

mas de aspecto diferente, surgem, no

utopias reformistas; na era de crise, po

ram, no estudo sociológico das eras de

rém, crise estrutural e profunda como essa"" em que vivemos, o grande leste

opinião.' j

e nos estendermos à pesquisa das cau

pretende ser científica — devese procurar, antes de mais nada, conhecer o que d e o que existe, a realidade objetiva tal qual é, pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; mais que isso, 6 o começo dessa trans

de estudo estamos presos por la

Ao nosso objeto

põem nosso pensamento e nossa

ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daque a na ^

Sem dúvida, não e.x!Ste, na realidade,

nenhum abismo insondávcl separando n teoria da prática, o pensamento da ação. O que afirmamos, porém, é que, como ponto de partida da atitu

vestir o pensamento de rótulos científi cos, pois terá faltado a principal con

como atores.

visíveis, outros sutis, que predis

que estudamos estamos sempre tureza.

tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também,

corre.

de a ser adotada no estudo das

fico ao estudo das eras de crise, se não

suas causas e soluções. E é exatamente

eras de crise — se essa atitude

eras de crise.

na intimidade das moléculas de um corpo químico. Ao fazô-lo, estamos

conhecimento

sua estrutura, dos padrões qvic

tra um escopo cientifico no estudo das

das relações sociais que surgem os pro

o

sociedade, de sua organização, de

significa, noutras palavras, que quando

sorganiza a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano cbjeUvo

antecede

Assumir, por abstração, uma

posição rigorosa de observador das eras Em verdade, em qualquer campo das de ter objetividade científica nes ciências sociais e muito especialmeute sas crise, conjunturas, é coisa que faz apâlo nêste que se refere aos desajustamen a algumas qualidades que geralmente

tos c às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfõrço de pre . se espera mais no "herói", no "mártir", parar-se para transformar as opmaes no "santo" ou no "iluminado" do que que fazemos sôbre certos problemas em no cientista. E isto ocorre porque a

Outro problemas, de igual natureza

plano metodológico, quando se mistu

crise, o espírito de investigação e o es

pírito de reforma. São dois momentos do pensamento humano e embora não existam muralhas chinesas a separar um

do outro, constitui supino êiTo não saber

distínguí-Ios. No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a

sustenta.

Em verdade, a ciência acadêmica até medir a distância que a separava das

a que a ciência está sendo submetida ó o de contar, milímetro por milíme

tro, o abismo profundo que a distân cia das utopias conservadoras. E para isso não seria mal recordar a genial

exclamação que Goethe colocou na bôca do sua imortal criatura:


84

Dicesto Econômico

" Isso, que vós outros apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaramül Se o emprêgo do método científico no estudo das eras de crise apresenta di ficuldades dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,

ses estruturais; entre a miséria e o mis

ideologias; entre a prostituição e a es trutura da família — cm suma, a ação

reflexa, direta ou indireta, que entre sí exercem os problemas sociais, consti

tui dado fundamental dc estudo que ração. E c, precisamente, ponderando tais aspectos interdependentes da vida

as situações sociais que, em certas cir cunstâncias, se transformam em pro

social, — que ressaltam nas eras de

ção objetiva.

Não se deve perder de vista jamais — por exemplo — a unidade essencial que

I existe em todos os aspectos e setores da organização social e da cultura. Em verdade, a vida social constitui

uma realidade complexa e uma razão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre tôdas as esferas da sociedade, de

modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas

3.

precisa sempre ser levado cm conside

da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são blemas sociais, — há que atentar em alguns aspectos dessas situações a fim de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à- sua considera

3

ticismo; entro a industrialização c a ur banização; entre as classes sociais c as

crise, — que podemos avaliar a impor tância, o o significado, no sentido do agravamento da própria crise, de todos

êsses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e insular os efeitos e as repercussões cau sadas por um problema e que se espa lham por todo o organismo em que se manifestam.

Êssc anseio, sempre renovado c sem pre destruído, de circunscrever a. crisp, de impedir sua propagação, de canalizar

seus efeitos para um mágico conta-go

tas e soltá-los lentamente, um a um,

a med^a em que fôr possível aguardar os problemas já tendo prontas as suas so uções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam

Tome uma assinatura do "Diário ât

influências recíprocas. A ação recí proca que tôdas as partes da organi

significa uma espécie de planificação

S.Paulo",e terá em sua casa, perma nentemente,o maiscompleto serviço

inversa que tem por fim a conservação

e não a mudança, planificação que fa zem a cada dia e a cada hora os que

informativo do país e do mundo.

zação social e cultural estão exercendo permanentemente uma sôbre as outras

não pode ser descurada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é

demonstram tanto horrqr à planifica-

mais importante na sociedade e espe

o sono das estruturas sociais decadentes.

O que ocorre, porém, e precisa ser atentamente observado, é que a ação

cialmente nas sociedades em crise.

que se emprega no sentido de circuns

A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e os pro blemas políticos; entre os fenômenos demográficos e as relações internacio nais; entre as crises espirituais e as cri

crever a crise depois de precipitada, tem sempre a peculiaridade estranha de iso

lar aqueles fatòres que, dentro da crise, evoluem no sentido de sua solução — o que resulta, por esquisito que pareça.

Diano de S:!bnlo MAIS «OMFkl.TO

AAATUfiNÓ*' PAViLISTA"'


84

Dicesto Econômico

" Isso, que vós outros apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaramül Se o emprêgo do método científico no estudo das eras de crise apresenta di ficuldades dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,

ses estruturais; entre a miséria e o mis

ideologias; entre a prostituição e a es trutura da família — cm suma, a ação

reflexa, direta ou indireta, que entre sí exercem os problemas sociais, consti

tui dado fundamental dc estudo que ração. E c, precisamente, ponderando tais aspectos interdependentes da vida

as situações sociais que, em certas cir cunstâncias, se transformam em pro

social, — que ressaltam nas eras de

ção objetiva.

Não se deve perder de vista jamais — por exemplo — a unidade essencial que

I existe em todos os aspectos e setores da organização social e da cultura. Em verdade, a vida social constitui

uma realidade complexa e uma razão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre tôdas as esferas da sociedade, de

modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas

3.

precisa sempre ser levado cm conside

da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são blemas sociais, — há que atentar em alguns aspectos dessas situações a fim de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à- sua considera

3

ticismo; entro a industrialização c a ur banização; entre as classes sociais c as

crise, — que podemos avaliar a impor tância, o o significado, no sentido do agravamento da própria crise, de todos

êsses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e insular os efeitos e as repercussões cau sadas por um problema e que se espa lham por todo o organismo em que se manifestam.

Êssc anseio, sempre renovado c sem pre destruído, de circunscrever a. crisp, de impedir sua propagação, de canalizar

seus efeitos para um mágico conta-go

tas e soltá-los lentamente, um a um,

a med^a em que fôr possível aguardar os problemas já tendo prontas as suas so uções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam

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significa uma espécie de planificação

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PRODUTOS QUÍMICOS E

Cia. União dos Refinadores

PLÁSTICOS ^^MONSANTO"

— Açúcar e Café —

A serviço da indústria... que serve à FUNDADA EM 1910

Jlnmanidade,, »no mundo inteiro CAPITAL: CrS 40.000.000,00

Onde quer que o sr. observe as indústrias ao serviço do gênero butnano, ali achará os produtos químicos e plás ticos iMonsauto ajudando a acelerar suas tarefas e a me lhorar os seus j)rodut()6.

RUA BORGES DE FIGUEIREDO n.o 237 CAIXA POSTAL n.o G95 SÃO PAULO

Isso se aplica particularmente aos países da América do Sul e Central, onde grande número de novas indús trias cstao sendo incrementadas. Cada ano que passa, numa proporção maior do que no ano anterior, centenas de produtos das dezoito fábricas Monsanto têm sido

expedidos para esses paises. Essa tendência continuou mesmo durante a guerra, a tal pouto que, no ano findo,

Refinaria de Açúcar

as indústrias da América do Sul e Central consumiram

mais do dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1941.

Torrefação e Moagem de Café

Enquanto essas indústrias c nossa capacidade para servi-las continuarem progredindo, vislumbramos um futuro mais brilhante e próspero, como nunca se viu an teriormente em nossos dois grandes continentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Streef, St. Louis 4r Mo., E. U. A. e MONSANTO CHEMICALS, LTD.,

Víctoria Station House, London, S. W. 1, Englond

Agsnteii Brasil: Klingler, S. A., Anilinaa e Produtos Químicos,

DIRETORIA

S3o Paulo — Rio de Janeiro — Curitiba

José Ferraz de Camargo Mário d'Almeida

EIS ALGUMAS INDÚSTRIAS SERVIDAS PELA MONSANTO

r^. •• •

Olavo A. Ferraz

Bebidas

Papel

Processamento qutmfco

Petr6leo Farmacêutica

Produtos alimentícios

Íris Miguel Rolundo Armando Pereira Viariz

Flávio de Lima Rodrigues

Produtos florestais

Plásticos

Inseticidas

Curtume

Empocotamento Tintos, locas, vernizes

Te'xtels Tratamento de agua

A SERVIÇO DA INDUSTRIA..QUE SERVE A HUMANIDADE

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Isso se aplica particularmente aos países da América do Sul e Central, onde grande número de novas indús trias cstao sendo incrementadas. Cada ano que passa, numa proporção maior do que no ano anterior, centenas de produtos das dezoito fábricas Monsanto têm sido

expedidos para esses paises. Essa tendência continuou mesmo durante a guerra, a tal pouto que, no ano findo,

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as indústrias da América do Sul e Central consumiram

mais do dobro do volume de produtos Monsanto que usaram em 1941.

Torrefação e Moagem de Café

Enquanto essas indústrias c nossa capacidade para servi-las continuarem progredindo, vislumbramos um futuro mais brilhante e próspero, como nunca se viu an teriormente em nossos dois grandes continentes. MONSANTO CHEMICAL COMPANY, 1700 South 2nd Streef, St. Louis 4r Mo., E. U. A. e MONSANTO CHEMICALS, LTD.,

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Íris Miguel Rolundo Armando Pereira Viariz

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Lembre-se de que para produzirem com eficiência e economia as vacas leiteiras exigem uma alimentação racional - farta, rica e bem equilibrada.

As "RAÇOES concentradas BRASIL" são cuidadosamente calculadas para a obtenção do má ximo rendimento dos seus animais, conservai.rio-os fortes e sadios.

Experimente-a hoje mesmo e nunca mais deixará de usa-la. (Resp. Brenno M. de Andrade, eng.-agro.)

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S_. Fronri.sco do Culllórnla. onde se nmhrcou com os produlos aiamadus do Conlintiile. Hé mais de ÜO uno.s quel-HAr.Al.fW/ \ se vem deslocando na produção de bauelas

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o ialhcres. que enleltam as mesas brasileiras. Sua marca, iradíclonal nu Urasii.

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DR. NICOLAU MORAES BARBOS DR. LAURO CARDOSO DE ALMEIDA

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DR. GASTÃO VIDIGAL Capilal Realizado

.

.

. . CrJ 6.000.000,00

Bens Imóveis (preço de custo) Cr$ 23.500.000,00 Patrimônio Social

Cl

. . . Cr$ 60.000.000,00

Responsabilidades assumidas em 1947 - mais de

DOIS BILHÕES

DE

CRUZEIROS

.■vwi"

Opera nos seguintes ramos: 'tZÚ:.

°

INCÊNDIO, ACIDENTES (do Trabalho e Pes -

soais),

°

Responsabilidade Civil.

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5-955Ó - SÃO PAULO Ano-Arltui


«■i 1^.

DIGESTO

o MUHSO DOS MIEÚCIOS HUU PflHOÜIMA VüfSIl Publicado Mob ot auipícios da

ASSOCIACÍDCaMERCIlilDE São PAULO

ECONOMICO

FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO 00 ESTAOO DE SÃO PAULO

o MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

O Iligesttift £eon^»Biii«o Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade

pub'kará no próximo número;

Sã49 B^nailo - B>«»Koiaii»iPo tia» lfM7

N.

A-^rUALÍDADE DE D. QülXOTE -

Diretor:

Anlonlo Gonlljo de Carvalho

O Digeiío Econômico, órgão de In

formações econômicas e financeipublicado mensalmente pela Editôra Comercial Ltda.

Eiancisco Campos. PLANO REGIONAL DE Francisco Prestes Maia.

fabrica

nacional

C2J

SANTOS -

de

11.11 nia i:ico[n[!.iiy.i.n®iiia

moto

1 rr

res — Francisco Sá Filho.

noi5 responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidamente citadas, nem pelos

conceitos emitidos em artigos assi nados.

UMA PREVISÃO FRANCISCO —

Econômico.

U

geografia DAS COMUNICAÇÕES PAULISTAS

Na transcrição de artigos pede-se citar o nome do Dlgesto

SÕBRE O SÃO Dcolinclo Ainorim.

Nelson

cações congêneres nacionais e es

Werneck

nrnsil auando entra fio -vcn (yurif^o «no de vMa,

'omo'aconlcce a-^ora com o "DIGESTO ECO

Sodrc.

NÔMICO"- Nc.vse espaço dc Icmpo as dificul dades'' que^'^^ciativas "cralmenle ncompanham os primeicoma esta, já puderam

O ESTADO-EMPRESÁRIO - Alioniar

j^iJvnnüis não SÓ pela dedicação das cie-

SOCIOLOGIA DAS INVENÇÕES -

TncK íioí

L. A. Costa Pinto.

PORQUE

fioi estudos econômicos. Já naora, portanto, ó

7c Lvem que o "DIGESTO ECONÓJIICO"

Oaví Campísta FiMu).

tenha penetrado na fase mais fecunda da açao aue a Associação Comercial dc São Paulo e a 'içdcração do Comércio do Estado dc São Pauprocuraram imprimir c que é a de atrair

Cr? 30,00

" (registrado)

Cr? 36,00

Número do mês:

Cr? 3,00 Cr? 5,00

Atrasado:

INTERVEM

NO COMÉRCIO DE SEGUROS -

Dlgesto Econômico

Ano (simples)

O ESTADO

esteve confiada a sua direção, ,

como velo apoio crescente que recebeu da par te das pessoas que, cm nosso país, se dedicam

trangeiras. ASSINATURAS:

dedicada aos assuntos econômicos, pode, sem

laror considerar-se plenamente vitorioso, iio

Baleeiro. Aceita-se intercâmbio com publi

MA ptiblicação cs-pcci(úizad<i, sobretudo se

•ão dos responsáveis pela produção, em - òdo e nos nulros Estados, pelos magnos

ffrtíblcnuis cconômíco.s' que o nosso pais tem de enfrentar neste difícil após-gueira. Nunca, co

Redação e Administração;

mo nos tempos que correm, teve a humanidadp com efeito, demonstrações tão evidentes da importância qne assumem os problemas econô

Viaduto Boa Vista, 67 - 7.o andar

Tel. 3-7499 — Caixa Postal, 240-B São Paulo

V •

micos para a vida dos povos, nem da interdc-

• fil- l


«■i 1^.

DIGESTO

o MUHSO DOS MIEÚCIOS HUU PflHOÜIMA VüfSIl Publicado Mob ot auipícios da

ASSOCIACÍDCaMERCIlilDE São PAULO

ECONOMICO

FEDERAÇÃO 00 COMÉRCIO 00 ESTAOO DE SÃO PAULO

o MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

O Iligesttift £eon^»Biii«o Diretor Superintendente Auro Soares de Moura Andrade

pub'kará no próximo número;

Sã49 B^nailo - B>«»Koiaii»iPo tia» lfM7

N.

A-^rUALÍDADE DE D. QülXOTE -

Diretor:

Anlonlo Gonlljo de Carvalho

O Digeiío Econômico, órgão de In

formações econômicas e financeipublicado mensalmente pela Editôra Comercial Ltda.

Eiancisco Campos. PLANO REGIONAL DE Francisco Prestes Maia.

fabrica

nacional

C2J

SANTOS -

de

11.11 nia i:ico[n[!.iiy.i.n®iiia

moto

1 rr

res — Francisco Sá Filho.

noi5 responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidamente citadas, nem pelos

conceitos emitidos em artigos assi nados.

UMA PREVISÃO FRANCISCO —

Econômico.

U

geografia DAS COMUNICAÇÕES PAULISTAS

Na transcrição de artigos pede-se citar o nome do Dlgesto

SÕBRE O SÃO Dcolinclo Ainorim.

Nelson

cações congêneres nacionais e es

Werneck

nrnsil auando entra fio -vcn (yurif^o «no de vMa,

'omo'aconlcce a-^ora com o "DIGESTO ECO

Sodrc.

NÔMICO"- Nc.vse espaço dc Icmpo as dificul dades'' que^'^^ciativas "cralmenle ncompanham os primeicoma esta, já puderam

O ESTADO-EMPRESÁRIO - Alioniar

j^iJvnnüis não SÓ pela dedicação das cie-

SOCIOLOGIA DAS INVENÇÕES -

TncK íioí

L. A. Costa Pinto.

PORQUE

fioi estudos econômicos. Já naora, portanto, ó

7c Lvem que o "DIGESTO ECONÓJIICO"

Oaví Campísta FiMu).

tenha penetrado na fase mais fecunda da açao aue a Associação Comercial dc São Paulo e a 'içdcração do Comércio do Estado dc São Pauprocuraram imprimir c que é a de atrair

Cr? 30,00

" (registrado)

Cr? 36,00

Número do mês:

Cr? 3,00 Cr? 5,00

Atrasado:

INTERVEM

NO COMÉRCIO DE SEGUROS -

Dlgesto Econômico

Ano (simples)

O ESTADO

esteve confiada a sua direção, ,

como velo apoio crescente que recebeu da par te das pessoas que, cm nosso país, se dedicam

trangeiras. ASSINATURAS:

dedicada aos assuntos econômicos, pode, sem

laror considerar-se plenamente vitorioso, iio

Baleeiro. Aceita-se intercâmbio com publi

MA ptiblicação cs-pcci(úizad<i, sobretudo se

•ão dos responsáveis pela produção, em - òdo e nos nulros Estados, pelos magnos

ffrtíblcnuis cconômíco.s' que o nosso pais tem de enfrentar neste difícil após-gueira. Nunca, co

Redação e Administração;

mo nos tempos que correm, teve a humanidadp com efeito, demonstrações tão evidentes da importância qne assumem os problemas econô

Viaduto Boa Vista, 67 - 7.o andar

Tel. 3-7499 — Caixa Postal, 240-B São Paulo

V •

micos para a vida dos povos, nem da interdc-

• fil- l


M

Dicesto Econômico

pendência dos fenômenos econômicos em lôdas as nações. O Brasil prcci.ui, por mo, ter a-j suas classes produtoras e a sua elite pensante voltadas sempre 'para

lats problemas, a fim de enfrentá-los com segurança e não mais com imvrovisaçõc.s

O (Píajpvo- ^cpUmaí de SantO-á

simplistas que caracterizaram a nossa evolução econômica em todos os' tcmvos. /ormcr essa legião de estudiosos, acredito que o "DIGESTO EC:0t^üMlCO" tenha contribuído poderosamente nos três anos de sua existência. Pn^

n.DESENVOLVIMENTO DO PÔRTO

por FiiANCisco PniaxEs Maja

'a comprová-lo, aí estão o.s suas tiragem, que crescem constantemente em propor ções outrora só atingidas pelas revistas de fuliUdades e de mundo,lismo c que imr

e!pedZío'^'^"^ ífnporfóíicífl singular quando se referem a um menJírla /# 5 "D/G£STO ECONÔMICO", esfârço quedosnãomais pode deixarespccindc ser aitado, vem, por outro lado, atraindonum a colaboração notáveis tos do pais, no estudo dos nrnhlemas econômicos, financeiros ou sociais, c crian0 msim, para eles, um ambiente outrora exclusivamente alcançado nas colunas aa imprensa diária, onde, como e Óbvio, tais assuntos nem podem ser abordados com o rigor de técnica que extge geralmente a sua natureza, nem com a profundi dade necessária.

Dessa forma, o "DIGESTO ECONÔMICO" alcançou sua finalUlade, que era a de despertar o mterêsse coletivo para os problemas direta ou indiretamente Ugados a economia nacional, e, como conseqüência, serviu de estímulo aos esj^ectahstas que. em nosso pats. estudam os problemas nacionais. Assim, com realizações concretas, objetivas e vitoriosas, vêm as entidades do comercio paulista honrando a ma classe e servindo aos altos interôsses de São

Paulo e do Brasil.

No capítulo anterior encaramos San to sob o ponto de visla histórico e geo

gráfico, e mostramos como o sou desen volvimento decorre dum determinismo

sôbre o Plano Regional de Santos. Êste,

cpialquer plano referente ao litoral, nes

o segundo da série, resume a história do pôrto.

te momento, quando projetos prematu

ros e dispersivos tentam desviar a aten

ção para outros pontos. Santos é e será ainda por largo tempo o centro do comércio exterior do Estado e de vasta zona sul-americana, e sôbre ele devem

convergir os projetos portuários e urba

para o comércio externo. Stephen Buck

outros portos paulistas, de planos pro

Consideremos agora muis pormenori zadamente a questão portuária que, além do sua importância regional, é também o determinante principal das linhas mes tras do urbanismo santisla. Resumindo a história do pôrto, veremos a persis tência ou a repetiç.ão de muitos fatos, o isto nos ajudará a dar-lhes o devido

Na segunda metade do século passado Santos era um dos portos mais insalu bres do mundo e, materialmente, resu mia-se a uma série de pontos, pontões o trapiches; 23 pontes, das quais 2 da Alfândega e 2 da "São Paulo Rail-

way", e 100 pontões. Na baixa-mar lar ga faixa de lodo, receptáculo de detri tos e do escoamento urbano, ficava des coberta ao 'sol, constituindo tremendo fo

co do pestilêncía, que a ausência de um tô' u

i.

tava apto para controlar a construção,

em todo o país, de docas e armazéns c André Rebouças logo propuseram a

valor e interpretação.

n'

O Covêrno Imperial, pela Lei n.° 1.746 do 13 de outubro de 1865, es

nísticos dc vulto, sem prejuízo, para os

puramente locais*.

W

nômico" uma série de cinco artigos

geográfico que ó mister sopezar cm

porcionados aos seus interôsses e papéis

Brasílio Machado Nisto

O ilustre engenheiro dr. Francisco Prestes Aíafo prometeu para o "Digcsto Eco

sistema urbano de esgôto agravava.

organização de uma companhia estran geira para as Docas do Rio, que não vingou. O dividendo previsto, de 10%, foi elevado a 12, sem resultado.

No

ano seguinte o Governo concedeu ao Condo da Estréia e Pra.\edes de An drade autorização para construção e

gôzo, em Santos, de~ docas e melhora mentos.

O engenheiro Brereton apre

sentava 3 projetos, sendo um compos to de cais corrido sobre enrocamento e ;

7 moMies de estrutura metálica, em T, j e outro, composto de um cais corrido ;

simpled, de ferro.

j

Após duas prorrogações a conces- j

são caducou e o próprio Governo to- j mou a iniciativa de mandar estudar e j

projetar a obra. Nomeou uma comissão

com nomes que depois se tomaram no táveis na engenharia brasileira: William| Mi'nor Roberts, chefe, Sérgio de Saboia, Alfredo Lisboa, Teodoro Sampaio e ou

tros.

Enquanto uma concorrência se


M

Dicesto Econômico

pendência dos fenômenos econômicos em lôdas as nações. O Brasil prcci.ui, por mo, ter a-j suas classes produtoras e a sua elite pensante voltadas sempre 'para

lats problemas, a fim de enfrentá-los com segurança e não mais com imvrovisaçõc.s

O (Píajpvo- ^cpUmaí de SantO-á

simplistas que caracterizaram a nossa evolução econômica em todos os' tcmvos. /ormcr essa legião de estudiosos, acredito que o "DIGESTO EC:0t^üMlCO" tenha contribuído poderosamente nos três anos de sua existência. Pn^

n.DESENVOLVIMENTO DO PÔRTO

por FiiANCisco PniaxEs Maja

'a comprová-lo, aí estão o.s suas tiragem, que crescem constantemente em propor ções outrora só atingidas pelas revistas de fuliUdades e de mundo,lismo c que imr

e!pedZío'^'^"^ ífnporfóíicífl singular quando se referem a um menJírla /# 5 "D/G£STO ECONÔMICO", esfârço quedosnãomais pode deixarespccindc ser aitado, vem, por outro lado, atraindonum a colaboração notáveis tos do pais, no estudo dos nrnhlemas econômicos, financeiros ou sociais, c crian0 msim, para eles, um ambiente outrora exclusivamente alcançado nas colunas aa imprensa diária, onde, como e Óbvio, tais assuntos nem podem ser abordados com o rigor de técnica que extge geralmente a sua natureza, nem com a profundi dade necessária.

Dessa forma, o "DIGESTO ECONÔMICO" alcançou sua finalUlade, que era a de despertar o mterêsse coletivo para os problemas direta ou indiretamente Ugados a economia nacional, e, como conseqüência, serviu de estímulo aos esj^ectahstas que. em nosso pats. estudam os problemas nacionais. Assim, com realizações concretas, objetivas e vitoriosas, vêm as entidades do comercio paulista honrando a ma classe e servindo aos altos interôsses de São

Paulo e do Brasil.

No capítulo anterior encaramos San to sob o ponto de visla histórico e geo

gráfico, e mostramos como o sou desen volvimento decorre dum determinismo

sôbre o Plano Regional de Santos. Êste,

cpialquer plano referente ao litoral, nes

o segundo da série, resume a história do pôrto.

te momento, quando projetos prematu

ros e dispersivos tentam desviar a aten

ção para outros pontos. Santos é e será ainda por largo tempo o centro do comércio exterior do Estado e de vasta zona sul-americana, e sôbre ele devem

convergir os projetos portuários e urba

para o comércio externo. Stephen Buck

outros portos paulistas, de planos pro

Consideremos agora muis pormenori zadamente a questão portuária que, além do sua importância regional, é também o determinante principal das linhas mes tras do urbanismo santisla. Resumindo a história do pôrto, veremos a persis tência ou a repetiç.ão de muitos fatos, o isto nos ajudará a dar-lhes o devido

Na segunda metade do século passado Santos era um dos portos mais insalu bres do mundo e, materialmente, resu mia-se a uma série de pontos, pontões o trapiches; 23 pontes, das quais 2 da Alfândega e 2 da "São Paulo Rail-

way", e 100 pontões. Na baixa-mar lar ga faixa de lodo, receptáculo de detri tos e do escoamento urbano, ficava des coberta ao 'sol, constituindo tremendo fo

co do pestilêncía, que a ausência de um tô' u

i.

tava apto para controlar a construção,

em todo o país, de docas e armazéns c André Rebouças logo propuseram a

valor e interpretação.

n'

O Covêrno Imperial, pela Lei n.° 1.746 do 13 de outubro de 1865, es

nísticos dc vulto, sem prejuízo, para os

puramente locais*.

W

nômico" uma série de cinco artigos

geográfico que ó mister sopezar cm

porcionados aos seus interôsses e papéis

Brasílio Machado Nisto

O ilustre engenheiro dr. Francisco Prestes Aíafo prometeu para o "Digcsto Eco

sistema urbano de esgôto agravava.

organização de uma companhia estran geira para as Docas do Rio, que não vingou. O dividendo previsto, de 10%, foi elevado a 12, sem resultado.

No

ano seguinte o Governo concedeu ao Condo da Estréia e Pra.\edes de An drade autorização para construção e

gôzo, em Santos, de~ docas e melhora mentos.

O engenheiro Brereton apre

sentava 3 projetos, sendo um compos to de cais corrido sobre enrocamento e ;

7 moMies de estrutura metálica, em T, j e outro, composto de um cais corrido ;

simpled, de ferro.

j

Após duas prorrogações a conces- j

são caducou e o próprio Governo to- j mou a iniciativa de mandar estudar e j

projetar a obra. Nomeou uma comissão

com nomes que depois se tomaram no táveis na engenharia brasileira: William| Mi'nor Roberts, chefe, Sérgio de Saboia, Alfredo Lisboa, Teodoro Sampaio e ou

tros.

Enquanto uma concorrência se


.1.

aa

Dicestí)

diti

° Governo de São Paulo pe^ ^ concessão das ol>ías me-

EcroNÓNfico'

fai.xa de 20 metros paru rb-pósilos e operações de carga c descarga das nier> cadorias; guindastes bidnuilicos Arriis-

^tde^ 1^ estipuladas na Lei trong (hoje suplantados pelos e'élr:cos): Pau'"T ^'è-se que é antigo o prurido prazo de 39 anos; rcvt?rsúo jíoslerior do ^ etacar dirc-tanientc o caso não ^

mfnf^"c^a

máximo, Mas a Província

Lei Federal 55 f>decmprcendi18.S4 deu

ncessão a parhculares.

Pleiton

d.r

concessão, como re-

no r„ 1 Paulo Railway", baseada iiU "suai na Inglaterra, teve «itntica pretensão.

semP°

1888,

v7r!

A"lónio Prado, o Go-

" fn

chamou de novo a si

conco"^'""^^'' das scir^'^'

"ma íiprescnta-

Pinto de

G°!:r"' tZ

^

"=■■'> criticai o dlsras^T^SraT Rea™.u.„ Hélio Lobo. o historiador S

mprca, nestas palavras: "Nascia cm "ta e em luta viveria a cmprôsa ciuc

1 ç'T">. Despeitos ^ da preterição Docas dc Santos

cmmes regionalistas (pois os vencedorei eram estranhos h província), depois lu-

de interesses, desgostos pelos atraso.s c insuficiências do serviço, por vêzes

I

nos e apureibamento, seoi indenii/aç-ão; usufruto do.s terrenos aterradíis; (iircíto

dc resgate- pelo Goxèrno, aj)ós c(?rlo

Comercial de Santos

Prespnf"!

para o Estado dc t(klas as oLra.s. terre

prazx> c com dedução da parte amorti

zada; direito dc taxas dr- carga e des carga (1 a 3 réis por kg ), de uso de

cais pelos navios (500 a 700 réi.s por metro linear e por dia) e dc ocupação

dos armazéns (2 réi.s por kg por niès); preferencia, em igualdade de condições, para obras semelhantes que, no prazo

da concessão, se tornassem necessárias íio pértü; pagamento das despesas de fiscalização; início das obias dcnta-u do 6 meses e conclusão dentro dc 3 anos. O contrato datava de 20 dc jiillio. Organizou-se a firma eom 4. OOü con

to;; dc capital, elevado a 15.000 ein 1890. O relatório bá.sico era o dc

remos: cais c aterro desde a ponte velha

da Estrada de Ferro até a rua Braz

Cubas, seja a Alfândega; via férrea du• pia dc bitola larga, para os guindastes o vagões; armazéns; reserva de imiji

Logo SI- reconlicccu unániniemente a

mS, ascendeu a 500.000, pois

-odo refluía .sob o pêso do aterro.

Os

rinha constitujram obstáculos de outra

ordem.

1885, em que se verificara uina expor-

taçiio de 130.000 toneladas e umu im portação de 80.000. Comparando com o- .situação atual (4.800.000 toneladas e exportação e importação em 1946),

veri icaremos quo o volume movinieiitaclo multiplicou-sc por 23, mas a exten••■«ío do c;iis aumentou apenas de 6

extensão. Antes já Imvia sido autorizado u alargamento da faixa. O Decreto n.® 942 de 1892 estipulou o prolongamento de Paquetá até os

necessidiule dc prolongar o cais c a

Ouleirinhos, numa extensão de 2.848 ni,

Cãjmpuubia rc-ipiereu-o, para o lado do Valongo, até o rio SuImjó. Visava com isso ^siimiilàneanii nte sanear a costa o corrigir simiosidades que. .sob a ação dc

do que resultaria o lota! de 4.720 m.

correntes vasanles, cria\am águas inorlas

junto ao cais e os c(jnsc(jüent<'s depósilo.s.

O

Decreto

n."

10.277

de

1889

A 2 de fevereiro de 1892 foram en

tregues os primeiros 2GÜ ui

de cais

c a 27 de junlio interligavam-se os tri lhos da Inglesa o do cais. A inauguração (Xiincidia com uma tremenda crise do abarrolamento: cais,

autorizou o prolongamento até o cncoranicnto pró.xiino à ponte da c.slracla

pontes, praças e ruas atulhadas de mer

dc ferro, c mais a construção de um

ses o mais, a ponto de alguns arma dores 0.S venderem para evitar maiore.s

cadorias; navios esperando 8, 9, 10 me

d-que no Valongo. para reparações na vais. Mas o prolongamento era mínimo, 122, m apenas, o (pie quer dizer que de.sde o começo a companhia preferia os

prejuízos; mercadorias apodrecendo à merco das intempéries ou entregues à rapinagem. Os carroceiros exploravam

palialhüs.

a necessidade dos comerciantes; a Com

llaxia outras rcclaniaçõe.'^,

principahiientc da Câmara Municipal. Por outro lado avi/.lnliava-.se uma gran de crise portuária, com qne a Compa nhia, apenas constituída, estreava uma série que vem ate os nossos verno Federal (ministro Francisco Gli-

C projeto visava sòmente 866 m de . vais, cifra buscada no exercício de 1884-

as cláusu'as contratuais que resumi

desproporção é flagrante.

Sfcu "curriculum" ferroviário.

nhas posteriores na imprensa e no Par C-Decreto n.° 9.979 de 1888 enuncia-

Einliora possa ser alegado apa-

relhamciUo e fcrviço mais eficiente, a

lherme Wainsclienk, já conhecido por Uma das primeiras dificuldades foi a dragagem. Previslo o volume de

■WT!** yi, T ,VT' 37

dias.

himbém simples pretextos de propaganda política — tais foram os motivos, jus-

lamente.

vézes.

I. <

ICeoNÕMieo

Saboia o Silva; o engenlieiro era Gui

ocupantes das pontes c terrenos de ma

tos ou injustos, de prolongadas campa

ÜiuKSTO

Por Decreto n.'' 966 do 1890 o Go

ccrio) autorizou o prolongamento do cais até o Paquelá, inclusive os anexos o uma doca dc peixe; concomitantemcntü elevou o prazo "do privilégio" a 90 "anos. Êste prazo era o máximo da Lei de 1869 e igualava o de diversas estra

das dc ferro. Além disso, não se percebe bem com que intenção c alcance (pois fé-Io indiictainente apenas jiclo uso da

panhia Docas, que só tinha 260 m do cuiá, paradoxalmente lançava a maior

culpa i\ Estrada do Ferro. Situação de fazer inveja a 1947. Para maior aflição,

campeavam a febre amarela e a varíola, o os próprios operários, muitos deles n custo trazidos do Norte, desertavam.

A

Associação Comercial avaliava os pre juízos em 60.000 contos. O Govêmo justificou os favores ou alterações contratuais (privilégio, ele vação de prazo, relevação de multas, prorrogação de prazos, isenção de di reitos) pela premência da situação jun ta á queda do câmbio de 26 a 10 dinheiros por mil réis, o que encarecia o material de importação, como o ci

exprê.s.são) qualificou a concessão como "privilégio", o que provocou naturais

mento, ferro e maquinário, e encarecia

impugnaçõc.s.

outros elementos.

Êsto segundo prolongamento era dc .S84 m, de modo a somar o total de 1.872 m.

Dois anos apó.s, em 1892, a Câmara

Municipal c outro.s reclamavam maior

ainda, por refle.xo, a mão dé obra é O saláaio do trabalhador comum, por exemplo, subira de 2 mil réis em 1886 a 6 mil réis em 1892 — salto comparável em tempo e importância ao que vimos durante a última guerra mundial.


.1.

aa

Dicestí)

diti

° Governo de São Paulo pe^ ^ concessão das ol>ías me-

EcroNÓNfico'

fai.xa de 20 metros paru rb-pósilos e operações de carga c descarga das nier> cadorias; guindastes bidnuilicos Arriis-

^tde^ 1^ estipuladas na Lei trong (hoje suplantados pelos e'élr:cos): Pau'"T ^'è-se que é antigo o prurido prazo de 39 anos; rcvt?rsúo jíoslerior do ^ etacar dirc-tanientc o caso não ^

mfnf^"c^a

máximo, Mas a Província

Lei Federal 55 f>decmprcendi18.S4 deu

ncessão a parhculares.

Pleiton

d.r

concessão, como re-

no r„ 1 Paulo Railway", baseada iiU "suai na Inglaterra, teve «itntica pretensão.

semP°

1888,

v7r!

A"lónio Prado, o Go-

" fn

chamou de novo a si

conco"^'""^^'' das scir^'^'

"ma íiprescnta-

Pinto de

G°!:r"' tZ

^

"=■■'> criticai o dlsras^T^SraT Rea™.u.„ Hélio Lobo. o historiador S

mprca, nestas palavras: "Nascia cm "ta e em luta viveria a cmprôsa ciuc

1 ç'T">. Despeitos ^ da preterição Docas dc Santos

cmmes regionalistas (pois os vencedorei eram estranhos h província), depois lu-

de interesses, desgostos pelos atraso.s c insuficiências do serviço, por vêzes

I

nos e apureibamento, seoi indenii/aç-ão; usufruto do.s terrenos aterradíis; (iircíto

dc resgate- pelo Goxèrno, aj)ós c(?rlo

Comercial de Santos

Prespnf"!

para o Estado dc t(klas as oLra.s. terre

prazx> c com dedução da parte amorti

zada; direito dc taxas dr- carga e des carga (1 a 3 réis por kg ), de uso de

cais pelos navios (500 a 700 réi.s por metro linear e por dia) e dc ocupação

dos armazéns (2 réi.s por kg por niès); preferencia, em igualdade de condições, para obras semelhantes que, no prazo

da concessão, se tornassem necessárias íio pértü; pagamento das despesas de fiscalização; início das obias dcnta-u do 6 meses e conclusão dentro dc 3 anos. O contrato datava de 20 dc jiillio. Organizou-se a firma eom 4. OOü con

to;; dc capital, elevado a 15.000 ein 1890. O relatório bá.sico era o dc

remos: cais c aterro desde a ponte velha

da Estrada de Ferro até a rua Braz

Cubas, seja a Alfândega; via férrea du• pia dc bitola larga, para os guindastes o vagões; armazéns; reserva de imiji

Logo SI- reconlicccu unániniemente a

mS, ascendeu a 500.000, pois

-odo refluía .sob o pêso do aterro.

Os

rinha constitujram obstáculos de outra

ordem.

1885, em que se verificara uina expor-

taçiio de 130.000 toneladas e umu im portação de 80.000. Comparando com o- .situação atual (4.800.000 toneladas e exportação e importação em 1946),

veri icaremos quo o volume movinieiitaclo multiplicou-sc por 23, mas a exten••■«ío do c;iis aumentou apenas de 6

extensão. Antes já Imvia sido autorizado u alargamento da faixa. O Decreto n.® 942 de 1892 estipulou o prolongamento de Paquetá até os

necessidiule dc prolongar o cais c a

Ouleirinhos, numa extensão de 2.848 ni,

Cãjmpuubia rc-ipiereu-o, para o lado do Valongo, até o rio SuImjó. Visava com isso ^siimiilàneanii nte sanear a costa o corrigir simiosidades que. .sob a ação dc

do que resultaria o lota! de 4.720 m.

correntes vasanles, cria\am águas inorlas

junto ao cais e os c(jnsc(jüent<'s depósilo.s.

O

Decreto

n."

10.277

de

1889

A 2 de fevereiro de 1892 foram en

tregues os primeiros 2GÜ ui

de cais

c a 27 de junlio interligavam-se os tri lhos da Inglesa o do cais. A inauguração (Xiincidia com uma tremenda crise do abarrolamento: cais,

autorizou o prolongamento até o cncoranicnto pró.xiino à ponte da c.slracla

pontes, praças e ruas atulhadas de mer

dc ferro, c mais a construção de um

ses o mais, a ponto de alguns arma dores 0.S venderem para evitar maiore.s

cadorias; navios esperando 8, 9, 10 me

d-que no Valongo. para reparações na vais. Mas o prolongamento era mínimo, 122, m apenas, o (pie quer dizer que de.sde o começo a companhia preferia os

prejuízos; mercadorias apodrecendo à merco das intempéries ou entregues à rapinagem. Os carroceiros exploravam

palialhüs.

a necessidade dos comerciantes; a Com

llaxia outras rcclaniaçõe.'^,

principahiientc da Câmara Municipal. Por outro lado avi/.lnliava-.se uma gran de crise portuária, com qne a Compa nhia, apenas constituída, estreava uma série que vem ate os nossos verno Federal (ministro Francisco Gli-

C projeto visava sòmente 866 m de . vais, cifra buscada no exercício de 1884-

as cláusu'as contratuais que resumi

desproporção é flagrante.

Sfcu "curriculum" ferroviário.

nhas posteriores na imprensa e no Par C-Decreto n.° 9.979 de 1888 enuncia-

Einliora possa ser alegado apa-

relhamciUo e fcrviço mais eficiente, a

lherme Wainsclienk, já conhecido por Uma das primeiras dificuldades foi a dragagem. Previslo o volume de

■WT!** yi, T ,VT' 37

dias.

himbém simples pretextos de propaganda política — tais foram os motivos, jus-

lamente.

vézes.

I. <

ICeoNÕMieo

Saboia o Silva; o engenlieiro era Gui

ocupantes das pontes c terrenos de ma

tos ou injustos, de prolongadas campa

ÜiuKSTO

Por Decreto n.'' 966 do 1890 o Go

ccrio) autorizou o prolongamento do cais até o Paquelá, inclusive os anexos o uma doca dc peixe; concomitantemcntü elevou o prazo "do privilégio" a 90 "anos. Êste prazo era o máximo da Lei de 1869 e igualava o de diversas estra

das dc ferro. Além disso, não se percebe bem com que intenção c alcance (pois fé-Io indiictainente apenas jiclo uso da

panhia Docas, que só tinha 260 m do cuiá, paradoxalmente lançava a maior

culpa i\ Estrada do Ferro. Situação de fazer inveja a 1947. Para maior aflição,

campeavam a febre amarela e a varíola, o os próprios operários, muitos deles n custo trazidos do Norte, desertavam.

A

Associação Comercial avaliava os pre juízos em 60.000 contos. O Govêmo justificou os favores ou alterações contratuais (privilégio, ele vação de prazo, relevação de multas, prorrogação de prazos, isenção de di reitos) pela premência da situação jun ta á queda do câmbio de 26 a 10 dinheiros por mil réis, o que encarecia o material de importação, como o ci

exprê.s.são) qualificou a concessão como "privilégio", o que provocou naturais

mento, ferro e maquinário, e encarecia

impugnaçõc.s.

outros elementos.

Êsto segundo prolongamento era dc .S84 m, de modo a somar o total de 1.872 m.

Dois anos apó.s, em 1892, a Câmara

Municipal c outro.s reclamavam maior

ainda, por refle.xo, a mão dé obra é O saláaio do trabalhador comum, por exemplo, subira de 2 mil réis em 1886 a 6 mil réis em 1892 — salto comparável em tempo e importância ao que vimos durante a última guerra mundial.


Dice^to

38

veis

Salientou-se, na

Econômico

SC

ficasse

DicK-vro Económux)

tomar, sem niainrrs probabilidades, ujna

questão vcncid i há 49 anos. Num mo

campanha contra a Companhia,

sujeita a tais al terações unilate

mento do c«)ngo.sti<nKinu'nto portuário,

Adolfo Pinto, en genheiro chefe da'

rais

mentos, que é o

poderia, V ccrlo, Irazcr algum ali\'it), mas p. insígnificáncia dêslt- a'ivi<), confronta

Companhia Pau

que IJie garantia

da com as dificirclarlc.s c a transitor'cda-

lista de Estradas

a receita c as de-

do das in.slulaç-õcs c do serviço, os sou.s

de Feno, pelo "Diário Popular" (1894). Êle via nas

de

regula

bêntures.

facilidades federais um dos exemplos da

A Companhia chegaria a um acôrdo se as empresas de navegaçao, a Inglè^

"orgia sardanapalesca" do Govêmo Pro

-c as Docas estabelecessem lrúfi'go mú

visório.

Uma das acusações versava sôbre a

dualidade de taxas: a Companhia teria direito sòmente às taxas de utilização de cais, por navio e por mercadoria. As

de armazenagem e capatazias, cobradas em tôdas as alfândegas, não teria direito,

embora o Govêmo lhas tivesse igual mente atribuído.

A Companhia alegou que isto era mera interpretação.

Nesta altura surge o pitoresco episomo da alfândega sêca da Capital.

tuo, e as primeiras se responsabilizas sem pelas taxas. O funcionário fiscal encarregado do caso embespinhou-se e chegou a propor a encampação das Docas.

O ministro da Fazenda Cens. Rodri

gues Alves e a Associação Comercial de São Paulo propuseram diversas soluções, mas nada conseguindo, aquôle baixou o Decreto n° 2.291 de 1896, em apoio à nova alfândega. Mas a balança dos argumentos co

meçou a pender contra a mesma: as

inconvenientes de duplicação tanto para

o governo como para o públict>, levam a reafirmar a única solução: o mellu>ra-

mcnto c a ampliação real do porto. Em 1896 surgiu a questão dti draga

gem em grande escala o da closobstnição do canal c do pôrto — milhão do metros cúbicos amia".s, ale atingir a pro fundidade de 8 m. O decreto respecti

vo, o 2.411, previa a remuneração pelo aumento da taxa dc 1 Já réis/kg. para 2 Jí. Alguns oposilorc.s preferiam scr-

viç-o por terceiros; na realidade, o ser viço pela própria companhia não apre sentava inconvenientes, senão o desta

poder interpretar e de fato ter dcpoi,s interpretado essa atribuição como o re

39

curios.amenle a própria Prefeitura quei xava-se da clccadênc"a daqueles primei ros. qvíc llies proporcionavam tributos de que os armazéns portuiírios estavam isen to;.

Em 1901 a Companhia obteve autorizt\ção para utilizar a força do rio Jurubatiiba, o que depois se efetivou po rém no Itatinga, aproveitando uma queda do 651 m o 3.000 litros, sejam 26,000 HP.

Depois os proprictár os das Docas pretenderam entrar na indústria elétrica

o fornecer energia tanto ao Rio como a São Paulo, concorrendo com a "Light". Se isso não foi por diante, teve no me nos o mérito de haver provocado melho

res condições nos serviços da "Light" na Capitak em especial o abaixamento da

tarifa de bondes, que, como se sabe, desceu dc 300 para 200 réis, cifra man

tida até 1947, quando o atual Govêmo elevou essa tarifa de 150%.

Criou-a o Govêmo pelo Decreto n.° 149-A de 1893, assim como outra em Juiz de Fora. O Govêmo do Estado entrou com o edifício e a instalação, de que "O Estado de São Paulo" ainda

fraudes aduaneiras, já reduzidas pelo

conhecimento dc um monopólio de cons

sistema do pôrto, tomariam (dizia-se)

trução e exploração total, o que, sc não era de todo desarrazoado à vista do gê nero do serviço, por outro lado não era

cos) e maior profundidade (8 m em

foi encontrada mais uma grande lage,

reproduziu a fotografia em número re cente (4 de maio). Inaugurou-se com festanças a 15 de novèmbro de 1895. As mercadorias passariam por Santos

expresso, nem forçoso, nem indiscutível,

acessibilidade de Santos, apenas a 3

A vista do circunstâncias que noutro

semelhantemente ao

horas da capital, não justificava a ino

ponto explanaremos.

em frente à Guarda Moria, requerendo

"em trânsito"- e viriam, por transporte seguro o curto, desembaraçar-se em São

Paulo, tudo visando maior desafôgo ao pôrto e mais facilidade ao comércio,

novas asas com a nova alfândega; os

únicos beneficiados, na realidade, seriam

os negociantes em pequena escala; a vação; abrir-se-ia além disso um prece

dente perigoso.

A Companhia impetrou e obteve man dado de manutenção de seus direitos de retenção das mercadorias, e o Govêmo,

intimado, obedeceu e matou a questão.

Em 1906 c anos seguintes surgiu a

da de cruzadores da nossa marinha de

dito, feito de grandes blocos de con creto, capeado de cantaria e com fruto

guerra. Os donos desses armazéns julga vam-se prejudicados pelos armazéns tan

de 1/10. À base sôbre vasa não deixa de oferecer risco de deslocamento. Em

to internos como externos das Docas, e

Trieste, onde o mesmo sistema foi em-

mida e dela cremos que só resta, como lembrança, o nome de uma rua no líraz.

em Santos, a ponto de motivarem a vin

impossível congregar capitais considerá-

Revivendo a questão recentemente, o Govêmo do Estado não fez senão re-

Noutras extensões

fície. Sôbre esta, acima das marés mí

tantes epidemias. Mas a Companhia Docas opôs-se, recusando trânsito às mercadorias antes de pagas as taxas de

2.960 de 1898.

demorado desmonte.

que já sucedera

calho menor permitia aplainar a super

tituído ou tornado obsoletos. Alguns dôsses desgostosos parece terem con tribuído para as greves então verificadas

de 1893 e alegava sobretudo ser-lhe

No trecho de Outeirinhos

o lodo era tão profundo e indefinido,

A Alfândega de São Paulo foi supri

O Decreto de revogação é o n.®

vez dc 7).

auestão dos prejudicados indiretos pelas Docas; os fornecedores de lastro para navios, os fornecedores de água, Irapicheiros, carroce'ros etc., todos cujas ati vidades o serviço das Docas havia subs

assim como evitar os efeitos das cons

armagenagem e capatazias. Estribavase no artigo 15 do regulamento 1.280

A extensão do cais prosseguiu pela adoção de novo sistema construtivo (blo

que foi forçoso atirar grande quantida de de pedra no fundo, após dragagem, para constituir terreno e base para a construção. Na parte superior um cas

nimas, assentava o muro pròpriamente


Dice^to

38

veis

Salientou-se, na

Econômico

SC

ficasse

DicK-vro Económux)

tomar, sem niainrrs probabilidades, ujna

questão vcncid i há 49 anos. Num mo

campanha contra a Companhia,

sujeita a tais al terações unilate

mento do c«)ngo.sti<nKinu'nto portuário,

Adolfo Pinto, en genheiro chefe da'

rais

mentos, que é o

poderia, V ccrlo, Irazcr algum ali\'it), mas p. insígnificáncia dêslt- a'ivi<), confronta

Companhia Pau

que IJie garantia

da com as dificirclarlc.s c a transitor'cda-

lista de Estradas

a receita c as de-

do das in.slulaç-õcs c do serviço, os sou.s

de Feno, pelo "Diário Popular" (1894). Êle via nas

de

regula

bêntures.

facilidades federais um dos exemplos da

A Companhia chegaria a um acôrdo se as empresas de navegaçao, a Inglè^

"orgia sardanapalesca" do Govêmo Pro

-c as Docas estabelecessem lrúfi'go mú

visório.

Uma das acusações versava sôbre a

dualidade de taxas: a Companhia teria direito sòmente às taxas de utilização de cais, por navio e por mercadoria. As

de armazenagem e capatazias, cobradas em tôdas as alfândegas, não teria direito,

embora o Govêmo lhas tivesse igual mente atribuído.

A Companhia alegou que isto era mera interpretação.

Nesta altura surge o pitoresco episomo da alfândega sêca da Capital.

tuo, e as primeiras se responsabilizas sem pelas taxas. O funcionário fiscal encarregado do caso embespinhou-se e chegou a propor a encampação das Docas.

O ministro da Fazenda Cens. Rodri

gues Alves e a Associação Comercial de São Paulo propuseram diversas soluções, mas nada conseguindo, aquôle baixou o Decreto n° 2.291 de 1896, em apoio à nova alfândega. Mas a balança dos argumentos co

meçou a pender contra a mesma: as

inconvenientes de duplicação tanto para

o governo como para o públict>, levam a reafirmar a única solução: o mellu>ra-

mcnto c a ampliação real do porto. Em 1896 surgiu a questão dti draga

gem em grande escala o da closobstnição do canal c do pôrto — milhão do metros cúbicos amia".s, ale atingir a pro fundidade de 8 m. O decreto respecti

vo, o 2.411, previa a remuneração pelo aumento da taxa dc 1 Já réis/kg. para 2 Jí. Alguns oposilorc.s preferiam scr-

viç-o por terceiros; na realidade, o ser viço pela própria companhia não apre sentava inconvenientes, senão o desta

poder interpretar e de fato ter dcpoi,s interpretado essa atribuição como o re

39

curios.amenle a própria Prefeitura quei xava-se da clccadênc"a daqueles primei ros. qvíc llies proporcionavam tributos de que os armazéns portuiírios estavam isen to;.

Em 1901 a Companhia obteve autorizt\ção para utilizar a força do rio Jurubatiiba, o que depois se efetivou po rém no Itatinga, aproveitando uma queda do 651 m o 3.000 litros, sejam 26,000 HP.

Depois os proprictár os das Docas pretenderam entrar na indústria elétrica

o fornecer energia tanto ao Rio como a São Paulo, concorrendo com a "Light". Se isso não foi por diante, teve no me nos o mérito de haver provocado melho

res condições nos serviços da "Light" na Capitak em especial o abaixamento da

tarifa de bondes, que, como se sabe, desceu dc 300 para 200 réis, cifra man

tida até 1947, quando o atual Govêmo elevou essa tarifa de 150%.

Criou-a o Govêmo pelo Decreto n.° 149-A de 1893, assim como outra em Juiz de Fora. O Govêmo do Estado entrou com o edifício e a instalação, de que "O Estado de São Paulo" ainda

fraudes aduaneiras, já reduzidas pelo

conhecimento dc um monopólio de cons

sistema do pôrto, tomariam (dizia-se)

trução e exploração total, o que, sc não era de todo desarrazoado à vista do gê nero do serviço, por outro lado não era

cos) e maior profundidade (8 m em

foi encontrada mais uma grande lage,

reproduziu a fotografia em número re cente (4 de maio). Inaugurou-se com festanças a 15 de novèmbro de 1895. As mercadorias passariam por Santos

expresso, nem forçoso, nem indiscutível,

acessibilidade de Santos, apenas a 3

A vista do circunstâncias que noutro

semelhantemente ao

horas da capital, não justificava a ino

ponto explanaremos.

em frente à Guarda Moria, requerendo

"em trânsito"- e viriam, por transporte seguro o curto, desembaraçar-se em São

Paulo, tudo visando maior desafôgo ao pôrto e mais facilidade ao comércio,

novas asas com a nova alfândega; os

únicos beneficiados, na realidade, seriam

os negociantes em pequena escala; a vação; abrir-se-ia além disso um prece

dente perigoso.

A Companhia impetrou e obteve man dado de manutenção de seus direitos de retenção das mercadorias, e o Govêmo,

intimado, obedeceu e matou a questão.

Em 1906 c anos seguintes surgiu a

da de cruzadores da nossa marinha de

dito, feito de grandes blocos de con creto, capeado de cantaria e com fruto

guerra. Os donos desses armazéns julga vam-se prejudicados pelos armazéns tan

de 1/10. À base sôbre vasa não deixa de oferecer risco de deslocamento. Em

to internos como externos das Docas, e

Trieste, onde o mesmo sistema foi em-

mida e dela cremos que só resta, como lembrança, o nome de uma rua no líraz.

em Santos, a ponto de motivarem a vin

impossível congregar capitais considerá-

Revivendo a questão recentemente, o Govêmo do Estado não fez senão re-

Noutras extensões

fície. Sôbre esta, acima das marés mí

tantes epidemias. Mas a Companhia Docas opôs-se, recusando trânsito às mercadorias antes de pagas as taxas de

2.960 de 1898.

demorado desmonte.

que já sucedera

calho menor permitia aplainar a super

tituído ou tornado obsoletos. Alguns dôsses desgostosos parece terem con tribuído para as greves então verificadas

de 1893 e alegava sobretudo ser-lhe

No trecho de Outeirinhos

o lodo era tão profundo e indefinido,

A Alfândega de São Paulo foi supri

O Decreto de revogação é o n.®

vez dc 7).

auestão dos prejudicados indiretos pelas Docas; os fornecedores de lastro para navios, os fornecedores de água, Irapicheiros, carroce'ros etc., todos cujas ati vidades o serviço das Docas havia subs

assim como evitar os efeitos das cons

armagenagem e capatazias. Estribavase no artigo 15 do regulamento 1.280

A extensão do cais prosseguiu pela adoção de novo sistema construtivo (blo

que foi forçoso atirar grande quantida de de pedra no fundo, após dragagem, para constituir terreno e base para a construção. Na parte superior um cas

nimas, assentava o muro pròpriamente


;.,'r r-v ••

4(1

Dici;sto

pregado, verificaram-se movimentos de 8 a 9 ni; mas em Santos só hou\e um

tarifas.

DicESTo Econômico

1C(:<jn6mh:c>

Itapcma.

Ao contrário poicJU «Io fjnc

41

Em abril ligou a linha dc

taxa geral no país c que cm Santos a Alfândega continuaria a ctíbrur sc exe cutasse o scrviç-o correspondente, como

energia do llatinga à rèdc tia "City".

acidente relativamente pequeno, cm

hcijo SC pcn-saria, EIlis acusava t» prolon gamento de Oulííriiiiio.s, cojmo flc.sno-

meio da construção o na extensão de

ccssário. mero cli.sfarcc para loMicr o

antes executava e, cni outros portos,

algumas dezenas de metros.

passo à E.stradii Sorocahana, então pro-

cio das obras em 1892; oiilni iria co memorar a sua eonclusão em 1912. O

desenvolvimento do Estado e a grc\e do pessoal tinham pro\'oeado o abarro-

panhias dc docas. A questão das capalazias ficou en mo ano, do "cais estadual", voltaria

Uma crise portuária as.»;iijalara o iní

ainda executa, sem transferi-lo às com

A primeira parte do caís tivera cons

leiulcnlc não só a uma terminal cm

trução diversa; muro de alvenaria sôbrc maciço de concreto feito em ensecadeí-

Santo.s, como à con(;<'s:irio mesmo <lo nm

ra de madeira, sendo que o maciço as

aspecto pessoal o .sitío <■ por ponco

tamento. Scguiu-sc a habitual polêmica entre as Docas e a Inglesa. "Com o

não terminou num duelo «"Ui •pie, contrâríamcnte ao c.slilo, cpicm por fôrça

desenvolvimento

lha, um prisma de enroeamcnto. O cais

troii-so insiifieionle a faixa do cai.s para

à tona ainda no presente. A "Gazeta" cm S. Paulo c o "Jornal

mais recente, no Valongo, está sendo construído sôbrc estacas premoldadas de concreto armado (0,38x0,38x19,00 m ), inclinadas nos dois sentidos, com cortina

queria dar tiros não era o gaúclu>, mas

o

do Comércio" no Rio iniciaram a cam

o paulista. Em 1907 Icvantou-.sc o conflito

cações, descargas, cargas e manobras,

exibição do.s livros c da aplicavão a

como para a guarda o movimentação das

marítima de "palplanche" também de concreto. O aterro, que vai empurran

essa exigência do Decreto rogidameutar

mercadorias nos armazéns c nos pátios

do a vasa, é feito atrás da cortina. Uma lage gera', a cobrir de lena, repousa

fi .501 de 1907.

das Docas, insuficiência agravada pchi deficiência manifesta dc maior trans

sobre a estacaria; o paramento externo é

deriam Ici.s, e muito meiifjs rcgtdumcn-

sentava em estacaria.

i

Atrás da mura

oe cantaria.

Estando atrasados os serviços, o Go verno pelo Decreto n.° 6.0S0 de 1907 dilatou de 5 anos o prazo para o trecho Paquetá-Outeirinhos, que deveria ter minar assim em 1912. Obrigou concomitantemente à construção nos Outeiri-

nhos, de um dique de 200 x 40 m

(em substituição à especificação primi tiva, para o Valongo, que ficara ino perante) e do edifício dos Correios e Telégrafos — curioso meio de custear

caís próprio. A brilp tomon por fim

com base na

c

no

Estado.. .

insuficiência

mos-

rcxelada

pela falta de espaço tanto para as atra-

da

A Companbia rc.sistin, Constituição

movimento,

do

porte da "São Paulo Railway".

digo Comercia', alegando riue, nao po

Em virtude disso, vapores que che

tu:;. modificar situações conlruluais pre-

gam hão podem atracar imediatamente

cxislentcs.

o ficam ã espera dc lugar, oito e mes

Tudo visava a fixação do

Júnior propunha um entendimento entre

foi executada e em 1909 as partes se

tera por completo a economia calcula da da viagem. . é o que protestavam, cm manifesto ao Juízo Federal as com

o Estado e a União para o contrato e construção do novo cais além de Outeirinhos, em direção à Ponta da Praia.

compuseram (Decreto n.° 7.578). Em 1909 surgiu a rhalidadc com a no estadual, que, em véspera de eleição,

de dezembro. No Rio o projeto passou

bro. Em 1947 a espera dos navios seria

ressuscitava a pretensão de um cais pró prio. O secretário da AgrÍG|idtnra re-

três vêzcs maior.

no Senado como emenda orçamentá ria, mas caiu na Câmara. A iniciativa renova-se em 1913, cm

Em 1912 ressuscita a questão das ca-

de 25 ouro e tôdas as outras taxas que

4 anos: 438 contos. O Juiz Federal pro feriu a sentença em 29 de janeiro dc 1914 reconhecendo a legitimidade da taxa impugnada; a taxa de carga e des carga cobra-se por pêso da mercadoria; a atracação, por extensão de cais, e am bas retribuem o juro e amortização do capital empregado; quanto à taxa de capatazia, cobra-se pelo movimento da mercadoria feito com o auxilio do pes soal e do aparelhamento do pôrto, in cluindo o transporte aos armazéns; é

lei 23 de 1891, que reunira no mesmo

o pôrtü já percebia e a lei de 1869

Ministério o serviço de portos e os de

autorizava.

correios e telégrafos. Era presidente da

Ora, essa mesma taxa de 2%, incluí

llcpublica o Con.s. Rodrigues Alves, e ministro, Lauro Müller. Não obstante isto, e, talvez por isto mesmo (pois tinba

da no cdUal de concorrência para o ar

cie .se iniciou agora, no Purlamonto,

Resultou a lei estadual n° 369 de 28

panhias de navegação, em 25 de outu

"Light" e, depois, a luta com o CJoxór-

justificado ainda mais curiosamente pela

nova campanha contra as' Docas, ata cadas principalmente pelo exagero das

ção, por isso mesmo tão retardada. A 14 de dezembro o deputado Fontes

reta extraordinários prejuízos e lhes al

nbras ou obrigações federais no Estado,

Com

realidade estariam custeando a constru

mo dez e mais dias, fato que llies acar

patazias, por uma ação da "Light", que pretendia reaver as que pagara durante

contas políticas a ajustar) levantou-se

panha "pró-cais próprio", sublinhando a deficiência da instalação das Docas (apa relhamento antiquado, extensão pequena, profundidade escassa, bai.vio da barra, ar mazéns precários de chapa zincada) e o exagero das tarifas, superiores às de muitos portos europèus — tarifas que na

mo Tribunal (1008), mas a sentença não

capital. A Emprósa perdeu no Supre

quereu-o ao Governo federal, s'olicitando em compensação a arrecadação federal

contra as medidas Alfredo Ellls.

cerrada; mas a outra, ressurgida no mes

rendamento do cais do Rio, cpiasc já provocara aí uma rebelião do comércio.

Houve cm 1909 a primeira demonstra ção póbhca da renda da Companhia.

Ein 1910 esta protestava contra nm pe dido de aforamcnto perpétuo, por Wil son ,& Sons, de terrenos de marinha no

i

mensagem do presidente do Èstado, Cons. Rodrigues Alves, visando atender

velhas queixas do comércio e da la

voura. Ao que a Companhia respondia que a tarifa reputada alta em compara ção com outros portos nacionais expli cava-se pela existência, nestes, da taxa

de 2%, não cobrada em Santos pelo Go verno porque a obra fôra tôda de ini

ciativa e esfôrçú privado. Outro argu--

niento do Estado, aliás mais cabível

hoje que naquela época, era o grande

dispêndio do Góvêmo estadual em vias

férreas e rodoviárias, que iam beneficiar


;.,'r r-v ••

4(1

Dici;sto

pregado, verificaram-se movimentos de 8 a 9 ni; mas em Santos só hou\e um

tarifas.

DicESTo Econômico

1C(:<jn6mh:c>

Itapcma.

Ao contrário poicJU «Io fjnc

41

Em abril ligou a linha dc

taxa geral no país c que cm Santos a Alfândega continuaria a ctíbrur sc exe cutasse o scrviç-o correspondente, como

energia do llatinga à rèdc tia "City".

acidente relativamente pequeno, cm

hcijo SC pcn-saria, EIlis acusava t» prolon gamento de Oulííriiiiio.s, cojmo flc.sno-

meio da construção o na extensão de

ccssário. mero cli.sfarcc para loMicr o

antes executava e, cni outros portos,

algumas dezenas de metros.

passo à E.stradii Sorocahana, então pro-

cio das obras em 1892; oiilni iria co memorar a sua eonclusão em 1912. O

desenvolvimento do Estado e a grc\e do pessoal tinham pro\'oeado o abarro-

panhias dc docas. A questão das capalazias ficou en mo ano, do "cais estadual", voltaria

Uma crise portuária as.»;iijalara o iní

ainda executa, sem transferi-lo às com

A primeira parte do caís tivera cons

leiulcnlc não só a uma terminal cm

trução diversa; muro de alvenaria sôbrc maciço de concreto feito em ensecadeí-

Santo.s, como à con(;<'s:irio mesmo <lo nm

ra de madeira, sendo que o maciço as

aspecto pessoal o .sitío <■ por ponco

tamento. Scguiu-sc a habitual polêmica entre as Docas e a Inglesa. "Com o

não terminou num duelo «"Ui •pie, contrâríamcnte ao c.slilo, cpicm por fôrça

desenvolvimento

lha, um prisma de enroeamcnto. O cais

troii-so insiifieionle a faixa do cai.s para

à tona ainda no presente. A "Gazeta" cm S. Paulo c o "Jornal

mais recente, no Valongo, está sendo construído sôbrc estacas premoldadas de concreto armado (0,38x0,38x19,00 m ), inclinadas nos dois sentidos, com cortina

queria dar tiros não era o gaúclu>, mas

o

do Comércio" no Rio iniciaram a cam

o paulista. Em 1907 Icvantou-.sc o conflito

cações, descargas, cargas e manobras,

exibição do.s livros c da aplicavão a

como para a guarda o movimentação das

marítima de "palplanche" também de concreto. O aterro, que vai empurran

essa exigência do Decreto rogidameutar

mercadorias nos armazéns c nos pátios

do a vasa, é feito atrás da cortina. Uma lage gera', a cobrir de lena, repousa

fi .501 de 1907.

das Docas, insuficiência agravada pchi deficiência manifesta dc maior trans

sobre a estacaria; o paramento externo é

deriam Ici.s, e muito meiifjs rcgtdumcn-

sentava em estacaria.

i

Atrás da mura

oe cantaria.

Estando atrasados os serviços, o Go verno pelo Decreto n.° 6.0S0 de 1907 dilatou de 5 anos o prazo para o trecho Paquetá-Outeirinhos, que deveria ter minar assim em 1912. Obrigou concomitantemente à construção nos Outeiri-

nhos, de um dique de 200 x 40 m

(em substituição à especificação primi tiva, para o Valongo, que ficara ino perante) e do edifício dos Correios e Telégrafos — curioso meio de custear

caís próprio. A brilp tomon por fim

com base na

c

no

Estado.. .

insuficiência

mos-

rcxelada

pela falta de espaço tanto para as atra-

da

A Companbia rc.sistin, Constituição

movimento,

do

porte da "São Paulo Railway".

digo Comercia', alegando riue, nao po

Em virtude disso, vapores que che

tu:;. modificar situações conlruluais pre-

gam hão podem atracar imediatamente

cxislentcs.

o ficam ã espera dc lugar, oito e mes

Tudo visava a fixação do

Júnior propunha um entendimento entre

foi executada e em 1909 as partes se

tera por completo a economia calcula da da viagem. . é o que protestavam, cm manifesto ao Juízo Federal as com

o Estado e a União para o contrato e construção do novo cais além de Outeirinhos, em direção à Ponta da Praia.

compuseram (Decreto n.° 7.578). Em 1909 surgiu a rhalidadc com a no estadual, que, em véspera de eleição,

de dezembro. No Rio o projeto passou

bro. Em 1947 a espera dos navios seria

ressuscitava a pretensão de um cais pró prio. O secretário da AgrÍG|idtnra re-

três vêzcs maior.

no Senado como emenda orçamentá ria, mas caiu na Câmara. A iniciativa renova-se em 1913, cm

Em 1912 ressuscita a questão das ca-

de 25 ouro e tôdas as outras taxas que

4 anos: 438 contos. O Juiz Federal pro feriu a sentença em 29 de janeiro dc 1914 reconhecendo a legitimidade da taxa impugnada; a taxa de carga e des carga cobra-se por pêso da mercadoria; a atracação, por extensão de cais, e am bas retribuem o juro e amortização do capital empregado; quanto à taxa de capatazia, cobra-se pelo movimento da mercadoria feito com o auxilio do pes soal e do aparelhamento do pôrto, in cluindo o transporte aos armazéns; é

lei 23 de 1891, que reunira no mesmo

o pôrtü já percebia e a lei de 1869

Ministério o serviço de portos e os de

autorizava.

correios e telégrafos. Era presidente da

Ora, essa mesma taxa de 2%, incluí

llcpublica o Con.s. Rodrigues Alves, e ministro, Lauro Müller. Não obstante isto, e, talvez por isto mesmo (pois tinba

da no cdUal de concorrência para o ar

cie .se iniciou agora, no Purlamonto,

Resultou a lei estadual n° 369 de 28

panhias de navegação, em 25 de outu

"Light" e, depois, a luta com o CJoxór-

justificado ainda mais curiosamente pela

nova campanha contra as' Docas, ata cadas principalmente pelo exagero das

ção, por isso mesmo tão retardada. A 14 de dezembro o deputado Fontes

reta extraordinários prejuízos e lhes al

nbras ou obrigações federais no Estado,

Com

realidade estariam custeando a constru

mo dez e mais dias, fato que llies acar

patazias, por uma ação da "Light", que pretendia reaver as que pagara durante

contas políticas a ajustar) levantou-se

panha "pró-cais próprio", sublinhando a deficiência da instalação das Docas (apa relhamento antiquado, extensão pequena, profundidade escassa, bai.vio da barra, ar mazéns precários de chapa zincada) e o exagero das tarifas, superiores às de muitos portos europèus — tarifas que na

mo Tribunal (1008), mas a sentença não

capital. A Emprósa perdeu no Supre

quereu-o ao Governo federal, s'olicitando em compensação a arrecadação federal

contra as medidas Alfredo Ellls.

cerrada; mas a outra, ressurgida no mes

rendamento do cais do Rio, cpiasc já provocara aí uma rebelião do comércio.

Houve cm 1909 a primeira demonstra ção póbhca da renda da Companhia.

Ein 1910 esta protestava contra nm pe dido de aforamcnto perpétuo, por Wil son ,& Sons, de terrenos de marinha no

i

mensagem do presidente do Èstado, Cons. Rodrigues Alves, visando atender

velhas queixas do comércio e da la

voura. Ao que a Companhia respondia que a tarifa reputada alta em compara ção com outros portos nacionais expli cava-se pela existência, nestes, da taxa

de 2%, não cobrada em Santos pelo Go verno porque a obra fôra tôda de ini

ciativa e esfôrçú privado. Outro argu--

niento do Estado, aliás mais cabível

hoje que naquela época, era o grande

dispêndio do Góvêmo estadual em vias

férreas e rodoviárias, que iam beneficiar


Dicesto Econômico

42

extraordinariamente o porto, cuja Com

baría por ser considerado prolongamen

panhia cômodamente via assim cresce rem os seus proveitos.

to ou anexo do caí.s da ilha de São

O principal argumento contrário, das Docas, era o "monopólio". Êste não derivava da concessão ori

ginária, mas do caráter que depois to-

•nou o empreendimento, não mais de meras docas, mas de melhoramento e

construção e exploração geral do pôrto, do que resultaria, pela natureza das coisas, o privilégio, ao menos por pre ferência, como reconheciam leis poste riores. É muito respeitável êste ponto

do rista da Companhia, mas pode-se di zer que o alcance das expressões "pri vilégios", "igualdade de condições" etc., são suscetíveis de discussão, máxime

^ hoje, quando a questão assume extrema mh importância para a economia regional ^ e para o desenvolvimento do pôrto na ilha de Santo Amaro, desenvolvimento que na realidade seria totalmente inde pendente das instalações atuais. Em

1914 as Docas argumentaram, e bem, que o cais Outeirinhos-Ponta da Praia

não passava de um prolongamento natu

ral do seu, com travessia dos trens pela faixa.

Embora êste

último argumento fôsse certo ponto depois

elidido pela Sorocabaha,

Os projetos de ampliação do porto do lado de Santo Amaro, enquanto simples

projetos, sem a confirmação obras apreciáveis e concretas, naturalmente não poderão garantir à Companhia di

va-so disposta a reuniões tarifárias e

Em fins de 1923 tem início o terceiro

capaz financeiramente das ampliações acaso necessárias, que preferencialmen

"congestionamento" do pôrto de Santos, que durou quase dois anos. As Docas

te rec'amava. Alegava a dispensa da taxa ouro de 2Í£ e a pr()vá\ el queda da

Hildebrando de Góis (Diário Oficial da

tratara somente a construção de docas o armazéns, nos termos estritos da lei dc 1860, mas os melhoramentos gerais do

União, 12 de outubro de 1924) opinou que a crise "não era originàriamenté por tuária; não provinha nem da insufici

18 do setembro de 1914, a concessão

pôrto "como escrito na epígrafe e no tex

ência do comprimento do cais, nem de

do novo cais.

to do Decreto 9.979 de 12 de julho de

aparelhamento, nem de armazéns, nem

O Estado pleiteava os mesmos favo res gozados pelas Docas, taxas de arma zenagem só sôbre a mercadoria efetiva

1888", distinção essa "radical e não dc

do instalações especiais, nem da rede de

palavras".

linhas férreas do cais, mas tinha como

Invocava em apoio da interpretação a lei dc 29 de agôsto de 1828; docas

causa única tão sòmente a manifesta in

e armazéns eram obras pequenas e par

entro Santos e o interior".

damos apenas que, munido do Decreto citado n.° 369 de 1912, o Estado pediu

em 3 de agôsto de 1913, e repetiu-o a

mente recolhida aos armazéns, c pro

punha isenção de capatazias sobre a ex portação e o aprofundamento do pôrto

receita, prejudicial no fim das contas â

Em requerimento ao ministro da Via-

ticulares; para tal não era exigida con corrência, que não consta da lei de 1869; porém a exigência havia na lei

ção dizia o secretário da Agricultura e Obras Públicas que o movimento de

por que? "Porque se tratava de coisa

mercadorias subira de 387 mil tonela

diferente, muito mais importante, sob

das em 1888 a 2 milhões em 1913, sem

outro regimen jurídico.

para 8 a 11 metros.

que se notasse esforço da emprêsa para ampliar e baratear os seus serviços.

A questão ressurgiu em

1914, embora, pelas cir mércio mundial.

Como

de 1828 6 foi obedecida em Santos,

Tratava-se de

um serviço federal, que o Governo não

queria ou não poderia executar". A campanha prosseguiu em

1915,

novo cais, fronteiro, apli-

que, sempre que a sa

pitais particulares, e o Rio, construído pela União, sem que a emprêsa local

turação portuária se apro

necessitasse mais capital que o de mo

ca-se o argumento?

xima, coincide

vimento.

Nelson

Wemeck Sodré, a Com

sobrevir

O Governo parece não ter

está mudadoj do contrá

zir-lhe o movimento ou

encontrado suficiente escudo para a ação, mas exportadores de Santos entraram

rio até São Sebastião aca-

mascarar-lhe a deficiência

em juízo no mesmo sentido, em 1917,

um fato externo a redu

Docas um programa suficiente.

O re

latório concluirá mais: "o aparelliamento do pôrto era largamente suficiente, por muito tempo ainda". Não obstante o extremo valor db tra balho e do autor, não foram totalmente

convincentes, suscitando numerosas opir

se justamente no período de setembro

i cais é um só". Mas ao

acentuado

Havia coerência no parecer, pois do contrário a inspetoria de portos reco nheceria culpa na própria fiscalização, que não teria impôsto à Companhia

Ê de notar que, como registra Al fredo Lisboa no seu livro (Portos do

panhia Docas é tão feliz

tem

suficiência dos transportes ferroviários

sem outro resultado porém que a cauda orçamentária ou lei 3.070 de 1915, au torizando o Govêrno a estudar e projuQver a redução das taxas de capatazia, questão em que, como se sabe, jíferiam as condições dos diversos por tos: p. ex. Santos, construído com ca

suas razões no "Jornal do Comércio" de 4 de no. vembro de 1914): "o

evidente que o problema

terminando por fim a favor da em prêsa.

própria União cm virtude da futura re

^^ropéia, se reduzisse o co-

É

A questão prolongou-se durante anos,

versão. Alegava sobretudo que não con

reitos sobre a costa fronteira. É po rém assunto que melhor trataremos em capítulo vindouro. No momento recor

o ponto de vista da Còm-

resumia

Não foi outm coisa o que

sucedeu cm 1914.

o a "São Paulo Railway" tinham ambas culpas em cartório mas, como em na tural, cada qual atirax^a-as à outra. O relatório do distinto engenheiro

cunstâncias da guerra eu-

Esta

do serviço.

43

Em todo caso a Companhia dcciara-

Vicente...

que atingiu o estuário por São Vicente, era razoável Panhia.

Dicesto Econômico

niões diferentes ou contrárias, entre elas

o estudo promovido pela Associação Co mercial de São Paulo e publicado em 1925.

Brasil, 2.*'' ed., 1926), a crise agravoude 1924 a abril de 1925, isto é, de pois do estudo do eng. Hildebrando de Góis, que, assim, não lhe assistiu a fase

mais critica.

Em 28 de setembro de

1924 acumulavam-se em Santos, prontas


Dicesto Econômico

42

extraordinariamente o porto, cuja Com

baría por ser considerado prolongamen

panhia cômodamente via assim cresce rem os seus proveitos.

to ou anexo do caí.s da ilha de São

O principal argumento contrário, das Docas, era o "monopólio". Êste não derivava da concessão ori

ginária, mas do caráter que depois to-

•nou o empreendimento, não mais de meras docas, mas de melhoramento e

construção e exploração geral do pôrto, do que resultaria, pela natureza das coisas, o privilégio, ao menos por pre ferência, como reconheciam leis poste riores. É muito respeitável êste ponto

do rista da Companhia, mas pode-se di zer que o alcance das expressões "pri vilégios", "igualdade de condições" etc., são suscetíveis de discussão, máxime

^ hoje, quando a questão assume extrema mh importância para a economia regional ^ e para o desenvolvimento do pôrto na ilha de Santo Amaro, desenvolvimento que na realidade seria totalmente inde pendente das instalações atuais. Em

1914 as Docas argumentaram, e bem, que o cais Outeirinhos-Ponta da Praia

não passava de um prolongamento natu

ral do seu, com travessia dos trens pela faixa.

Embora êste

último argumento fôsse certo ponto depois

elidido pela Sorocabaha,

Os projetos de ampliação do porto do lado de Santo Amaro, enquanto simples

projetos, sem a confirmação obras apreciáveis e concretas, naturalmente não poderão garantir à Companhia di

va-so disposta a reuniões tarifárias e

Em fins de 1923 tem início o terceiro

capaz financeiramente das ampliações acaso necessárias, que preferencialmen

"congestionamento" do pôrto de Santos, que durou quase dois anos. As Docas

te rec'amava. Alegava a dispensa da taxa ouro de 2Í£ e a pr()vá\ el queda da

Hildebrando de Góis (Diário Oficial da

tratara somente a construção de docas o armazéns, nos termos estritos da lei dc 1860, mas os melhoramentos gerais do

União, 12 de outubro de 1924) opinou que a crise "não era originàriamenté por tuária; não provinha nem da insufici

18 do setembro de 1914, a concessão

pôrto "como escrito na epígrafe e no tex

ência do comprimento do cais, nem de

do novo cais.

to do Decreto 9.979 de 12 de julho de

aparelhamento, nem de armazéns, nem

O Estado pleiteava os mesmos favo res gozados pelas Docas, taxas de arma zenagem só sôbre a mercadoria efetiva

1888", distinção essa "radical e não dc

do instalações especiais, nem da rede de

palavras".

linhas férreas do cais, mas tinha como

Invocava em apoio da interpretação a lei dc 29 de agôsto de 1828; docas

causa única tão sòmente a manifesta in

e armazéns eram obras pequenas e par

entro Santos e o interior".

damos apenas que, munido do Decreto citado n.° 369 de 1912, o Estado pediu

em 3 de agôsto de 1913, e repetiu-o a

mente recolhida aos armazéns, c pro

punha isenção de capatazias sobre a ex portação e o aprofundamento do pôrto

receita, prejudicial no fim das contas â

Em requerimento ao ministro da Via-

ticulares; para tal não era exigida con corrência, que não consta da lei de 1869; porém a exigência havia na lei

ção dizia o secretário da Agricultura e Obras Públicas que o movimento de

por que? "Porque se tratava de coisa

mercadorias subira de 387 mil tonela

diferente, muito mais importante, sob

das em 1888 a 2 milhões em 1913, sem

outro regimen jurídico.

para 8 a 11 metros.

que se notasse esforço da emprêsa para ampliar e baratear os seus serviços.

A questão ressurgiu em

1914, embora, pelas cir mércio mundial.

Como

de 1828 6 foi obedecida em Santos,

Tratava-se de

um serviço federal, que o Governo não

queria ou não poderia executar". A campanha prosseguiu em

1915,

novo cais, fronteiro, apli-

que, sempre que a sa

pitais particulares, e o Rio, construído pela União, sem que a emprêsa local

turação portuária se apro

necessitasse mais capital que o de mo

ca-se o argumento?

xima, coincide

vimento.

Nelson

Wemeck Sodré, a Com

sobrevir

O Governo parece não ter

está mudadoj do contrá

zir-lhe o movimento ou

encontrado suficiente escudo para a ação, mas exportadores de Santos entraram

rio até São Sebastião aca-

mascarar-lhe a deficiência

em juízo no mesmo sentido, em 1917,

um fato externo a redu

Docas um programa suficiente.

O re

latório concluirá mais: "o aparelliamento do pôrto era largamente suficiente, por muito tempo ainda". Não obstante o extremo valor db tra balho e do autor, não foram totalmente

convincentes, suscitando numerosas opir

se justamente no período de setembro

i cais é um só". Mas ao

acentuado

Havia coerência no parecer, pois do contrário a inspetoria de portos reco nheceria culpa na própria fiscalização, que não teria impôsto à Companhia

Ê de notar que, como registra Al fredo Lisboa no seu livro (Portos do

panhia Docas é tão feliz

tem

suficiência dos transportes ferroviários

sem outro resultado porém que a cauda orçamentária ou lei 3.070 de 1915, au torizando o Govêrno a estudar e projuQver a redução das taxas de capatazia, questão em que, como se sabe, jíferiam as condições dos diversos por tos: p. ex. Santos, construído com ca

suas razões no "Jornal do Comércio" de 4 de no. vembro de 1914): "o

evidente que o problema

terminando por fim a favor da em prêsa.

própria União cm virtude da futura re

^^ropéia, se reduzisse o co-

É

A questão prolongou-se durante anos,

versão. Alegava sobretudo que não con

reitos sobre a costa fronteira. É po rém assunto que melhor trataremos em capítulo vindouro. No momento recor

o ponto de vista da Còm-

resumia

Não foi outm coisa o que

sucedeu cm 1914.

o a "São Paulo Railway" tinham ambas culpas em cartório mas, como em na tural, cada qual atirax^a-as à outra. O relatório do distinto engenheiro

cunstâncias da guerra eu-

Esta

do serviço.

43

Em todo caso a Companhia dcciara-

Vicente...

que atingiu o estuário por São Vicente, era razoável Panhia.

Dicesto Econômico

niões diferentes ou contrárias, entre elas

o estudo promovido pela Associação Co mercial de São Paulo e publicado em 1925.

Brasil, 2.*'' ed., 1926), a crise agravoude 1924 a abril de 1925, isto é, de pois do estudo do eng. Hildebrando de Góis, que, assim, não lhe assistiu a fase

mais critica.

Em 28 de setembro de

1924 acumulavam-se em Santos, prontas


4^

Dice-sto

para embarque na estrada, 119 mil to

Econômico

45

DrcESTo Econômico

nuante, quer às Docas, quer à Inglêsa,

tensão bastante de linhas, prejudicando

neladas de mercadorias; cm fevereiro,

mente verificada (c que já \'cio tarde, pois, como diz Werneck Sudré, ainda

pois era uma característica mesmo do

as manobras.

março e abril de 1Ô25, a tonelagem su-

desta vez as circunstâncias externas ou

comércio «través dc Santos.

(43.000 metros) equix-alia a 9 vêzes a

b a a 220 mil.

mundiais atrasaram

A c.Ktensão ferroviária

A eficiência do transporte serra-aci-

comercial de São Paulo), a crise de

difere do do Santos, pôrto dc passa

ma, na estrada, alcançou o máximo

1947, dizíamos, provou concr<'tanientc.

gem. O livro da Associação Comercial,

(7.239 tons."diárias) em maio de 1925, cifra que iguala ou excede o calculo técnico dessa capacidade, assim consi

mais uma vez, a insuficicnc'a do porto. Gois invocava o coeficiente de apro

tomando um exemplo particular (Santos-

dc cais. quando a média aconselhável (Joly, Watier, Laroche, Ronxille) é 15, tanto mais que o canUer de pôrto "de passagem", onde a maior parte da mer

Aíontreai), mostrou as juimerosas dife

cadoria é encaminhada para o interior,

veitamento de 1923, que foi 431 lons/ml.

renças influentes.

requer maiores facilidades ferroviárias. O parecer da Associação calculava a necessidade em 88 quilômetros de li nha ou 407.000 m2 de pátio, sem en contrar espaço para tudo e chegando a

derada esgotada. Comparando esse má ximo com o máximo carregamento de vagões feito pelas Docas (5.807 tons.) c que coincidiu ser no mesmo mês, ve

»

rificava-se um excesso de 1.432 tons. no transporte da estrada, explicável pelo

fato de uma parte (cerca de 20ÍÍ) da carga ser recebida diretamente na esta-

Çao inicial ferroviária, por caminhões. D relatório citado não é convincente

poí três motivos principais:

^) Baseava-se em grande parte nos ^eficientes de uftlização do caís de uma série de portos estran

geiros, comparados com os coe

ficientes de Santos e Rio de Ja neiro. b) Havia diversos pontos fracos no sistema do pôrto de Santos, bas tante visíveis, coparticipantes dos motivos da crise.

c) A própria Companhia Docas, no

o desenvolvimento

"folgado em relação ao do Rio", 623

critério do coeficiente médio dc aprovei

tros portos: Liverpool 205, Ilavrc 250, EHinkcrque 320, Saint-Nazairc 340,

ínaproveitávcl para esclarecer o conges

Nantes 340, Bristol 420, Rotterdam 560,

tionamento de Santos, tanto mais que temos a observação concreta. Em tré

Marselha 580, Bordeus 680, Gênova 770,

Ruão 800, Antuérpia 950, Algcr 1.200. Ao que podíamo.s juntar: Santos 431 (482 em 1924), Rio 578 e 623, Saint-

gundo Alfredo Lisboa) 400, normal (se

satisfatórios a rede ferroviária do cais, o

gundo Finsette c Joly-VVatier-Laroche-

Roaviüe) 500, normal (segundo Béné-

zít) 450, normal (segundo Cardemoy) 600.

A média dos portos franceses é de 500 a 600 tons., mas os materiais pesa

dos e a granel, admitindo instalações mecânicas e especializadas, permitem atingir 2.000 tons. (carvão, Bordeus), 2.500 (hidrocarburetos, Havre), 10.000 passageiros já não permitem expressão equivalente. Na realidade mais interes sam as cifras recordes para mercadorias e instalações determinadas, pois as di

Os navios de

versas circunstâncias, jnclusive o regimen de trabalho, o equilíbrio entre im

portação e exportação, o tipo do pôrto, a especialização

etc., influem imenso

no coeficiente.

O fato de uma das dificuldades con-

para execução das obras, que é

sishr no desequilíbrio entre

longo".

<ías e as saídas, isto é, na diversidade e predomínio das importações sobre as

que o rei. A crise de 1947, concreta-

plica, Géis mostrou como Montreal, pôrto muito especializado, é bloqueado pelos golos grande parte do ano.

Nazaire (guerra) 1.800, normal (se

(fosfates, Casablanca).

A Inspetoria tinha sido mais realis-

tamento global dos cais é pràlicamente

Por outro lado, como Géis déclarawa

último relatório precedente à

G por outro, ao prazo necessário

Nestas condições pode-se dizer que o

tons/ml., e acrescentava a lista de ou

crise, reconhecia, ao menos quan to ao futuro: "Se no momento a situação do pôrto é satisfatória quanto à capacidade de suas ins talações, é indispensável que se cogite desde já da sua ampliação, atendendo, por um lado, ao rá pido desenvolvimento da região,

O caso do R*o, praça dislríhuidom,

as entra-

exportações, não podia constituir ate-

aparelhamcnto e os arjuazéns, convém observar que iiaxia várias defciências. Ealtavam, por e.vcmplo, pátios ccm ex-

aventar a demolição dos armazéns ex

ternos do Macuco. Veremos no capítulo seguinte que a ampliação do pôrto na ilha do Santo Amaro facilitará a solução

do problema.

A'cni 'disso a exigüidade dc largura da faixa portuária, pela qual todo o trá fego obrlgatòriamente se deve fazer, é um fator de retardamento e obstrução; naiguns pontos, como na rua Xavier da


4^

Dice-sto

para embarque na estrada, 119 mil to

Econômico

45

DrcESTo Econômico

nuante, quer às Docas, quer à Inglêsa,

tensão bastante de linhas, prejudicando

neladas de mercadorias; cm fevereiro,

mente verificada (c que já \'cio tarde, pois, como diz Werneck Sudré, ainda

pois era uma característica mesmo do

as manobras.

março e abril de 1Ô25, a tonelagem su-

desta vez as circunstâncias externas ou

comércio «través dc Santos.

(43.000 metros) equix-alia a 9 vêzes a

b a a 220 mil.

mundiais atrasaram

A c.Ktensão ferroviária

A eficiência do transporte serra-aci-

comercial de São Paulo), a crise de

difere do do Santos, pôrto dc passa

ma, na estrada, alcançou o máximo

1947, dizíamos, provou concr<'tanientc.

gem. O livro da Associação Comercial,

(7.239 tons."diárias) em maio de 1925, cifra que iguala ou excede o calculo técnico dessa capacidade, assim consi

mais uma vez, a insuficicnc'a do porto. Gois invocava o coeficiente de apro

tomando um exemplo particular (Santos-

dc cais. quando a média aconselhável (Joly, Watier, Laroche, Ronxille) é 15, tanto mais que o canUer de pôrto "de passagem", onde a maior parte da mer

Aíontreai), mostrou as juimerosas dife

cadoria é encaminhada para o interior,

veitamento de 1923, que foi 431 lons/ml.

renças influentes.

requer maiores facilidades ferroviárias. O parecer da Associação calculava a necessidade em 88 quilômetros de li nha ou 407.000 m2 de pátio, sem en contrar espaço para tudo e chegando a

derada esgotada. Comparando esse má ximo com o máximo carregamento de vagões feito pelas Docas (5.807 tons.) c que coincidiu ser no mesmo mês, ve

»

rificava-se um excesso de 1.432 tons. no transporte da estrada, explicável pelo

fato de uma parte (cerca de 20ÍÍ) da carga ser recebida diretamente na esta-

Çao inicial ferroviária, por caminhões. D relatório citado não é convincente

poí três motivos principais:

^) Baseava-se em grande parte nos ^eficientes de uftlização do caís de uma série de portos estran

geiros, comparados com os coe

ficientes de Santos e Rio de Ja neiro. b) Havia diversos pontos fracos no sistema do pôrto de Santos, bas tante visíveis, coparticipantes dos motivos da crise.

c) A própria Companhia Docas, no

o desenvolvimento

"folgado em relação ao do Rio", 623

critério do coeficiente médio dc aprovei

tros portos: Liverpool 205, Ilavrc 250, EHinkcrque 320, Saint-Nazairc 340,

ínaproveitávcl para esclarecer o conges

Nantes 340, Bristol 420, Rotterdam 560,

tionamento de Santos, tanto mais que temos a observação concreta. Em tré

Marselha 580, Bordeus 680, Gênova 770,

Ruão 800, Antuérpia 950, Algcr 1.200. Ao que podíamo.s juntar: Santos 431 (482 em 1924), Rio 578 e 623, Saint-

gundo Alfredo Lisboa) 400, normal (se

satisfatórios a rede ferroviária do cais, o

gundo Finsette c Joly-VVatier-Laroche-

Roaviüe) 500, normal (segundo Béné-

zít) 450, normal (segundo Cardemoy) 600.

A média dos portos franceses é de 500 a 600 tons., mas os materiais pesa

dos e a granel, admitindo instalações mecânicas e especializadas, permitem atingir 2.000 tons. (carvão, Bordeus), 2.500 (hidrocarburetos, Havre), 10.000 passageiros já não permitem expressão equivalente. Na realidade mais interes sam as cifras recordes para mercadorias e instalações determinadas, pois as di

Os navios de

versas circunstâncias, jnclusive o regimen de trabalho, o equilíbrio entre im

portação e exportação, o tipo do pôrto, a especialização

etc., influem imenso

no coeficiente.

O fato de uma das dificuldades con-

para execução das obras, que é

sishr no desequilíbrio entre

longo".

<ías e as saídas, isto é, na diversidade e predomínio das importações sobre as

que o rei. A crise de 1947, concreta-

plica, Géis mostrou como Montreal, pôrto muito especializado, é bloqueado pelos golos grande parte do ano.

Nazaire (guerra) 1.800, normal (se

(fosfates, Casablanca).

A Inspetoria tinha sido mais realis-

tamento global dos cais é pràlicamente

Por outro lado, como Géis déclarawa

último relatório precedente à

G por outro, ao prazo necessário

Nestas condições pode-se dizer que o

tons/ml., e acrescentava a lista de ou

crise, reconhecia, ao menos quan to ao futuro: "Se no momento a situação do pôrto é satisfatória quanto à capacidade de suas ins talações, é indispensável que se cogite desde já da sua ampliação, atendendo, por um lado, ao rá pido desenvolvimento da região,

O caso do R*o, praça dislríhuidom,

as entra-

exportações, não podia constituir ate-

aparelhamcnto e os arjuazéns, convém observar que iiaxia várias defciências. Ealtavam, por e.vcmplo, pátios ccm ex-

aventar a demolição dos armazéns ex

ternos do Macuco. Veremos no capítulo seguinte que a ampliação do pôrto na ilha do Santo Amaro facilitará a solução

do problema.

A'cni 'disso a exigüidade dc largura da faixa portuária, pela qual todo o trá fego obrlgatòriamente se deve fazer, é um fator de retardamento e obstrução; naiguns pontos, como na rua Xavier da


46

Dícesto

Econômico

SilvcTa e Antônio Prado, e perto da Estação da Inglesa, os estrangulamen tos são visíveis. Na construção do pri

não tinham silos c só o Moinho Santis-

meiro cais certa timidez levou a lançar

encher os pátios; o carvão cm grande parte descarregava no estuário, tendo de percorrer tôda a faixa portuária; as instalações para combustíveis líquidos eram incipientes. Finalmente a defici ência de profundidade con.stituía ob.sláculo à entrada dos tipos mais eficientes

a muralha de cais encostada à terra,

motivando a exígüidade da faixa por

tuária, o que a Companhia agora pre tende corrigir pela retificação ValongoPaquetá.

Os guindastes antigos são de alcance e rendimento reduzido.

O livro da Associação Comercial cha rla atenção para a disposição dos ar^^^azens, todos térreos e distantes da

linha de atracação, quando, ao menos em certas extensões, a disposição em 2

^dares e junto do cais, freqüente nos Estados Unidos, teria permitido maior rendimento de carga e descarga. zada ue 1 ^grande rendimento: instalação as especialíDocas

ta dispunha de depósito e trau.sportador moderno; o trigo em saca costumava

O PLANO MARSHALL E A AMÉRICA LATINA por GAniDALDi Dantas

^ Piano Marshall é na realidade um plano de âmbito europeu.

As.sim

foi concebido pelo Co\êrno dos Estados

conflagrações, cujas conseqüências nin

Unidos c assim está sendo submetido íi

guém ousa sequer admitir nos dias atuais,

Vê-se, em resumo, como as deficiên

consideração do Congresso daquele país.

cias do pôrto eram sensíveis c jimta-

E é apenas europeu porque partiu-se da

tão tremendas suo as possibilidades de destruição criadas pela ciência moderna.

do navios.

vam-se hs do escoamento ferroviário, por vêzes influindo no agravamento destas.

Finalmente em setembro de 1925 a

situação estava normalizada. Todos tinham sofrido prejuízos vul tosos. Mas a lição aproveitou pouco, os

projetos foram engavetados e tudo vol tou à niodôrra primitiva.

teso de que sòtnenlc a Europa está ameaçada de colapso econômico, de que só a Eun)pa padecerá as agruras da fo me, de que só a Europa podo de um momento para outro, premida pelas cir cunstâncias c necessidades, abismar-se numa tremenda convulsão social.

Não ó, porem, apenas por preocupa

ções de caráter econômico ou financei ro que se lançou o Plano Marsliall. O

a dL milhões de

menuTf^que «

de r^'r''f'"'^t""'

ocárt/o comercial franco-britânico, nos têrmos do

''f'

^ P"'"

próprios para para roupa indui'^VOrtar ^azeaãas próprias vez rruiis rms Ilhas Britânicas, jó

à exportação destinada a países

à lZtr ^ sua princtpal formcedora 1"^"Pjqqçq forneceráTrata-se tecidosnaturalmende homem yiaterra, outrora désse artigo. Penár""" 1""^ compradores ingUses jazem com prazer em razão da r^nuTia em que se acham de roupa masculina.

Depressão econômica e desordem social A Rússia Soviética admitia, como inc-

vitá\el, não faz muito tempo, a de pressão econômica dos Estados Unidos. Os seus melhores economistas, analisan

do os ciclos de prosperidade e depres são, a cTonicidade e a repetição deles na

vida econômica norte-americana, profelisaram a grande depressão para fins do

alcance dessa grande providência de ca ráter continental vai mais longe, porque

ano passado. O próprio chefe do go

visa acima de tudo conservar as insti

da a destacado jornalista norte-america

tuições democráticas ameaçadas pela de sagregação econômica, pelo cãos ou pe la m'séria que porventura resultassem de

Estados Unidos das questões européias em vista das inevitáveis preoctipações

condições desfavoráveis no Continente

domésticas prestes a surgir, com ó ad

europeu.

vento da crise econômica.

E' acima de tudo o primeiro capítulo

9^1 o "Board 'nf

trinas ou das lutas de idéias, mas pode também levar a humauidade a novas

verno soviético, em entrevista concedi no, dava como certo o alheiainento dos

Essa depressão não veio, com a apre goada antecedência, mas, ao contrário, os índices de atividade geral dos Esta

de um grande drama ou de uma gran de luta, em que se defrontam ideologia.s antagônicas: de' um lado, o credo co munista que acaba de levantar uma cor tina de aço entre a Europa ocidental e oriental. De outro, a concepção de mocrática de vida, pela qual se bate

O sr. Garihaldi Dantas sustenta que sà-

ram as Nações Unidas, no mais extraor

mente os Estados Unidos estão em con

dos Unidos, a nação-baluarte da demo cracia, são cada vez melhores. Passou-

dinário esforço coletivo dos últimos

dições de auxiliar a Eurojja.

tempos.

aos demais povos americanos, o auxílio

Êssc grande drama pode — e assim todos o desejam — terminar sem clioques armados,límítado ao campo das dou

dependerá de uma melhoria de sua ca pacidade de produção agrícola e industrial.

Quanto


46

Dícesto

Econômico

SilvcTa e Antônio Prado, e perto da Estação da Inglesa, os estrangulamen tos são visíveis. Na construção do pri

não tinham silos c só o Moinho Santis-

meiro cais certa timidez levou a lançar

encher os pátios; o carvão cm grande parte descarregava no estuário, tendo de percorrer tôda a faixa portuária; as instalações para combustíveis líquidos eram incipientes. Finalmente a defici ência de profundidade con.stituía ob.sláculo à entrada dos tipos mais eficientes

a muralha de cais encostada à terra,

motivando a exígüidade da faixa por

tuária, o que a Companhia agora pre tende corrigir pela retificação ValongoPaquetá.

Os guindastes antigos são de alcance e rendimento reduzido.

O livro da Associação Comercial cha rla atenção para a disposição dos ar^^^azens, todos térreos e distantes da

linha de atracação, quando, ao menos em certas extensões, a disposição em 2

^dares e junto do cais, freqüente nos Estados Unidos, teria permitido maior rendimento de carga e descarga. zada ue 1 ^grande rendimento: instalação as especialíDocas

ta dispunha de depósito e trau.sportador moderno; o trigo em saca costumava

O PLANO MARSHALL E A AMÉRICA LATINA por GAniDALDi Dantas

^ Piano Marshall é na realidade um plano de âmbito europeu.

As.sim

foi concebido pelo Co\êrno dos Estados

conflagrações, cujas conseqüências nin

Unidos c assim está sendo submetido íi

guém ousa sequer admitir nos dias atuais,

Vê-se, em resumo, como as deficiên

consideração do Congresso daquele país.

cias do pôrto eram sensíveis c jimta-

E é apenas europeu porque partiu-se da

tão tremendas suo as possibilidades de destruição criadas pela ciência moderna.

do navios.

vam-se hs do escoamento ferroviário, por vêzes influindo no agravamento destas.

Finalmente em setembro de 1925 a

situação estava normalizada. Todos tinham sofrido prejuízos vul tosos. Mas a lição aproveitou pouco, os

projetos foram engavetados e tudo vol tou à niodôrra primitiva.

teso de que sòtnenlc a Europa está ameaçada de colapso econômico, de que só a Eun)pa padecerá as agruras da fo me, de que só a Europa podo de um momento para outro, premida pelas cir cunstâncias c necessidades, abismar-se numa tremenda convulsão social.

Não ó, porem, apenas por preocupa

ções de caráter econômico ou financei ro que se lançou o Plano Marsliall. O

a dL milhões de

menuTf^que «

de r^'r''f'"'^t""'

ocárt/o comercial franco-britânico, nos têrmos do

''f'

^ P"'"

próprios para para roupa indui'^VOrtar ^azeaãas próprias vez rruiis rms Ilhas Britânicas, jó

à exportação destinada a países

à lZtr ^ sua princtpal formcedora 1"^"Pjqqçq forneceráTrata-se tecidosnaturalmende homem yiaterra, outrora désse artigo. Penár""" 1""^ compradores ingUses jazem com prazer em razão da r^nuTia em que se acham de roupa masculina.

Depressão econômica e desordem social A Rússia Soviética admitia, como inc-

vitá\el, não faz muito tempo, a de pressão econômica dos Estados Unidos. Os seus melhores economistas, analisan

do os ciclos de prosperidade e depres são, a cTonicidade e a repetição deles na

vida econômica norte-americana, profelisaram a grande depressão para fins do

alcance dessa grande providência de ca ráter continental vai mais longe, porque

ano passado. O próprio chefe do go

visa acima de tudo conservar as insti

da a destacado jornalista norte-america

tuições democráticas ameaçadas pela de sagregação econômica, pelo cãos ou pe la m'séria que porventura resultassem de

Estados Unidos das questões européias em vista das inevitáveis preoctipações

condições desfavoráveis no Continente

domésticas prestes a surgir, com ó ad

europeu.

vento da crise econômica.

E' acima de tudo o primeiro capítulo

9^1 o "Board 'nf

trinas ou das lutas de idéias, mas pode também levar a humauidade a novas

verno soviético, em entrevista concedi no, dava como certo o alheiainento dos

Essa depressão não veio, com a apre goada antecedência, mas, ao contrário, os índices de atividade geral dos Esta

de um grande drama ou de uma gran de luta, em que se defrontam ideologia.s antagônicas: de' um lado, o credo co munista que acaba de levantar uma cor tina de aço entre a Europa ocidental e oriental. De outro, a concepção de mocrática de vida, pela qual se bate

O sr. Garihaldi Dantas sustenta que sà-

ram as Nações Unidas, no mais extraor

mente os Estados Unidos estão em con

dos Unidos, a nação-baluarte da demo cracia, são cada vez melhores. Passou-

dinário esforço coletivo dos últimos

dições de auxiliar a Eurojja.

tempos.

aos demais povos americanos, o auxílio

Êssc grande drama pode — e assim todos o desejam — terminar sem clioques armados,límítado ao campo das dou

dependerá de uma melhoria de sua ca pacidade de produção agrícola e industrial.

Quanto


48

se o ano de 1947, sem que se livessera registado quedas, nem depressões, mas apenas simples reajustamento em al

tando de pão, a situação do mundo, ãs portas de novo inverno na Europa, as sume proporções dramáticas.

A inquie

49

Econômico

Digesto Econóníico

cio espírito objclivisla norte-americano. De outra inanr-irí», o Piam) Marshall se ria caridade. Nfu» é isso. porém, o que SC deseja, nem foi isso o cpie os léetiieos dn^ dezesseis nações européias retuudas L-m Pari.s, em sel« niliro iléste ano. eou-

cos dias apeado do poder.-

Outras

tratarão, iroréin, da parlo mais urgen

te que é dc suprir u deficiência alimen tar da Europa com nova.s e fortes im

c agrícola daquele grande povo.

tação se ala.stra a ponto de julgar-se questão de vida e morte, não somente

Por ai, pelo terreno da depressão, não se poderia mais chegar ao fim desejado.

para a Europa, mas para outras partes do mundo, o auxílio imediato cm vívc-

5Cguirani cou.subslaneiar ein notável re

ração econuinica, eliminando barreiras

Era necessário achar novas fontes de

res ou em recursos financeiros, para as dezesseis nações democráticas do Ve

latório <pic não sabemos o que mais

aduaneiras e estabelecendo as bases dc

apreciar: se a preeisâo cios números, se íi. lógica rigo;5os;i dos r.n.OeínitJs ali apresentados.

uma unidade econômica européia, o so

guns setores da forte economia industrial

perturbação e desordem econômica. In-

feliz-mente, as estiagenJ correntes na

lho Mundo.

maioria dos países europeus, durante o ano em curso, reduziram de maneira

Para atenuar, pois, as conseqüências das atuais dificuldades européias c per

alarmante a produção agrícola da Eu-

mitir à Europa manter padrões de vi-

mpa ocidental.

A crise de

carvão, por outro lado, pu

nha em cheque o esfôrço de recuperação industrial euro

peu que se vinha firmando nos anos anteriores.

Falta

de pão e crise de carvão são ns grandes armas de pertur bação geral.

I

De fato, os relatórios dos

economistas do "Comitê" In

ternacional de Alimentação, reunidos em meados dôste

ano em Genebra, foram unâ

nimes a esse respeito. A po pulação do mundo cresceu em cêrca de 200.000.000 de

almas nos últimos anos, em comparação com os censos

antes da guerra. A produção de gê neros alimentares básicos caiu, porém,

sete por cento. O mundo suporta uma população nova, cujos índi ces de vida melhoraram em muitas par-

tes-do;globo, e-cujos governos, se com prometeram a atender-lhes mais racio

nalmente as suas necessidades ahmen-

tares, sem que, do outro lado, a pro•íução agrícola tenha aumentado corre'atamente. Sem novas fontes de recursos alimen

tares, e com população maior necessi

da decentes, em contraste com os correntes nas nações

sujeitas ao jugo comunista,

lançou-se o princípio do auxí lio

norte-americano

transfor

mado posteriormente em Plano

portações de nações exportadoras.

Ou tras, porem, poderão tratar da coope

nho

tantos

estadistas

do

Velho

Antes, pois, de analisar a reporeussão plano Marshall, a neeessidacle de sua

A primeira parte do plano da ex pansão da produção admite, porem,

extensão ã América Latina, eoinéni .sa ber o procura realmente fa/er, para salvar a Europa do caos econctmÍLO

acima de tudo o aumento da atividade

c da desordem social.

agrícola, através de duas providências básicas:

1.0 — Aumento

da

produç\ão

de

fertilizantes.

principais clapas do Plano Marshall

2.0 — Mecanização

das

alixidades

rurais.

Marshall.

Essa grande providência não tem, portanto, apenas o objeti vo econômico.

maior.

de

Míindü.

Seu alcance 6

Porque visa acima de

tudo á defesa da forma demo

O Piano Marshall, tal como foi estu-

dido e apresontad») ã consideração do

^vêrno dos Estados Unidos pelos perieuropeiíi, é inn grandioso esfôrço de ^^'j_.uperação econômica, através da maior

crática de vida. E como as de

p'anificação realizada na história do

mocracias só podem sobreviver,

inundo, adinilindo qnali-o etapas básicas:

se vencerem as depressões, ou

j o - A expansão da produção agrí-

se pelo menos as reduzirem ã proporção de simples reajusta-

eohi, do carvão, da eleliieida-

do e transportes e moderniza ção dos equipamentos indus-

mento, todo o esfôrço deverá ser concentrado no sentido de im

pedir o caos e a desordem econômica da

Europa, ocidental.

E.slabilização financeira das nações envolvidas no Plano,

Daí a necessidade inadiável da re

cuperação européia.

Iviais.

2Q

Ali se encontra

um do.s maiores mercados consumidores

do mundo. E também um dos maiores centros produtores. Não seria sequer

admissível pensar-se em mundo econômi co sadio, com Europa empobrecida, de sanimada, presa fácil de correntes sub

versivas e desagregadoias. Na concep ção generosa dessa assistência vai tam

bém, muito acertadamente, grande dose

g.o - Cooperação

econômica

das

nações participantes.

^■() — "Aléndimcnto do "clofieit" da balança comercial.

j3ssa^ quatro etapas não se acham

tjeíderiÇ^úéntc em ordem de precedên

cia» importância cronológica, jj' ppssjvel que alguns países iniciem a recuperação de sua economia pela

estabilização financeira, como foi o ca-

gü da França, com o gabinete há pou

À produção de fertilizantes estão li gados os mais sérios problemas da agri cultura européia. Até havia algum

tempo, a produção rural desta parte do mundo fora sempre considerada a de mais alto rendimento por unidade dc .superfície. Com a crise da indústria do adubos, a produção cedeu rápidumonte. A crise da agricultum euro péia não é, pois, apenas decorrente das grandes e recentes estiagens. E' fru to igualmente da falta de adubação intcníiiva, como sc fazia em outras épo

ca.;.

Daí a recomendação de que se

dowria reiniciar a restauração da pro

dução do gêneros alimentares pelo au mento da indústria de fertilizantes. De outro lado, caracterizara-se em

épocas passadas a lavoura européia pe la predominância de métodos intensi vos, rios quais nem sempre a mecani-

zaçcão da\'a a última pala\'ra. Hoje, a situação transformou-se. O êxodo dos campos vai ali desfalcando antigas re servas de braços. O que fica neces-


48

se o ano de 1947, sem que se livessera registado quedas, nem depressões, mas apenas simples reajustamento em al

tando de pão, a situação do mundo, ãs portas de novo inverno na Europa, as sume proporções dramáticas.

A inquie

49

Econômico

Digesto Econóníico

cio espírito objclivisla norte-americano. De outra inanr-irí», o Piam) Marshall se ria caridade. Nfu» é isso. porém, o que SC deseja, nem foi isso o cpie os léetiieos dn^ dezesseis nações européias retuudas L-m Pari.s, em sel« niliro iléste ano. eou-

cos dias apeado do poder.-

Outras

tratarão, iroréin, da parlo mais urgen

te que é dc suprir u deficiência alimen tar da Europa com nova.s e fortes im

c agrícola daquele grande povo.

tação se ala.stra a ponto de julgar-se questão de vida e morte, não somente

Por ai, pelo terreno da depressão, não se poderia mais chegar ao fim desejado.

para a Europa, mas para outras partes do mundo, o auxílio imediato cm vívc-

5Cguirani cou.subslaneiar ein notável re

ração econuinica, eliminando barreiras

Era necessário achar novas fontes de

res ou em recursos financeiros, para as dezesseis nações democráticas do Ve

latório <pic não sabemos o que mais

aduaneiras e estabelecendo as bases dc

apreciar: se a preeisâo cios números, se íi. lógica rigo;5os;i dos r.n.OeínitJs ali apresentados.

uma unidade econômica européia, o so

guns setores da forte economia industrial

perturbação e desordem econômica. In-

feliz-mente, as estiagenJ correntes na

lho Mundo.

maioria dos países europeus, durante o ano em curso, reduziram de maneira

Para atenuar, pois, as conseqüências das atuais dificuldades européias c per

alarmante a produção agrícola da Eu-

mitir à Europa manter padrões de vi-

mpa ocidental.

A crise de

carvão, por outro lado, pu

nha em cheque o esfôrço de recuperação industrial euro

peu que se vinha firmando nos anos anteriores.

Falta

de pão e crise de carvão são ns grandes armas de pertur bação geral.

I

De fato, os relatórios dos

economistas do "Comitê" In

ternacional de Alimentação, reunidos em meados dôste

ano em Genebra, foram unâ

nimes a esse respeito. A po pulação do mundo cresceu em cêrca de 200.000.000 de

almas nos últimos anos, em comparação com os censos

antes da guerra. A produção de gê neros alimentares básicos caiu, porém,

sete por cento. O mundo suporta uma população nova, cujos índi ces de vida melhoraram em muitas par-

tes-do;globo, e-cujos governos, se com prometeram a atender-lhes mais racio

nalmente as suas necessidades ahmen-

tares, sem que, do outro lado, a pro•íução agrícola tenha aumentado corre'atamente. Sem novas fontes de recursos alimen

tares, e com população maior necessi

da decentes, em contraste com os correntes nas nações

sujeitas ao jugo comunista,

lançou-se o princípio do auxí lio

norte-americano

transfor

mado posteriormente em Plano

portações de nações exportadoras.

Ou tras, porem, poderão tratar da coope

nho

tantos

estadistas

do

Velho

Antes, pois, de analisar a reporeussão plano Marshall, a neeessidacle de sua

A primeira parte do plano da ex pansão da produção admite, porem,

extensão ã América Latina, eoinéni .sa ber o procura realmente fa/er, para salvar a Europa do caos econctmÍLO

acima de tudo o aumento da atividade

c da desordem social.

agrícola, através de duas providências básicas:

1.0 — Aumento

da

produç\ão

de

fertilizantes.

principais clapas do Plano Marshall

2.0 — Mecanização

das

alixidades

rurais.

Marshall.

Essa grande providência não tem, portanto, apenas o objeti vo econômico.

maior.

de

Míindü.

Seu alcance 6

Porque visa acima de

tudo á defesa da forma demo

O Piano Marshall, tal como foi estu-

dido e apresontad») ã consideração do

^vêrno dos Estados Unidos pelos perieuropeiíi, é inn grandioso esfôrço de ^^'j_.uperação econômica, através da maior

crática de vida. E como as de

p'anificação realizada na história do

mocracias só podem sobreviver,

inundo, adinilindo qnali-o etapas básicas:

se vencerem as depressões, ou

j o - A expansão da produção agrí-

se pelo menos as reduzirem ã proporção de simples reajusta-

eohi, do carvão, da eleliieida-

do e transportes e moderniza ção dos equipamentos indus-

mento, todo o esfôrço deverá ser concentrado no sentido de im

pedir o caos e a desordem econômica da

Europa, ocidental.

E.slabilização financeira das nações envolvidas no Plano,

Daí a necessidade inadiável da re

cuperação européia.

Iviais.

2Q

Ali se encontra

um do.s maiores mercados consumidores

do mundo. E também um dos maiores centros produtores. Não seria sequer

admissível pensar-se em mundo econômi co sadio, com Europa empobrecida, de sanimada, presa fácil de correntes sub

versivas e desagregadoias. Na concep ção generosa dessa assistência vai tam

bém, muito acertadamente, grande dose

g.o - Cooperação

econômica

das

nações participantes.

^■() — "Aléndimcnto do "clofieit" da balança comercial.

j3ssa^ quatro etapas não se acham

tjeíderiÇ^úéntc em ordem de precedên

cia» importância cronológica, jj' ppssjvel que alguns países iniciem a recuperação de sua economia pela

estabilização financeira, como foi o ca-

gü da França, com o gabinete há pou

À produção de fertilizantes estão li gados os mais sérios problemas da agri cultura européia. Até havia algum

tempo, a produção rural desta parte do mundo fora sempre considerada a de mais alto rendimento por unidade dc .superfície. Com a crise da indústria do adubos, a produção cedeu rápidumonte. A crise da agricultum euro péia não é, pois, apenas decorrente das grandes e recentes estiagens. E' fru to igualmente da falta de adubação intcníiiva, como sc fazia em outras épo

ca.;.

Daí a recomendação de que se

dowria reiniciar a restauração da pro

dução do gêneros alimentares pelo au mento da indústria de fertilizantes. De outro lado, caracterizara-se em

épocas passadas a lavoura européia pe la predominância de métodos intensi vos, rios quais nem sempre a mecani-

zaçcão da\'a a última pala\'ra. Hoje, a situação transformou-se. O êxodo dos campos vai ali desfalcando antigas re servas de braços. O que fica neces-


50

Dícesto

Econômico

sUará de aumento de produtividade pela maquinaria, se a Europa quiser

Daí, a necessidade da estabilidade financeira, com freio ao eniis.sionismo.

voltar a ser auto-suf.ciente, na maioria dos gêneros de sua alimentação normal. Corre'ataiíienle, seguem outros planos

A fa'ta de pâo é a m'séria íis portas,

de expansão como o do carvão, que é tão essencial, quanto o pão, o da q)ro-

duçâo de energia elétrica, os transpor tes, e a modernização do equipamento industrial.

mas o encarecimento exagerado dos gê neros alímenlarcs é também rastilho pe

rigoso, estimulando rancores e auxilian do a propaganda subversiva. Os téc nicos europeus consideraram a estabi lização financeira, com a conseqüente

moderação nos preços das utilidades

A eslabüização financeira e a ordem social.

51

Dícesto Econóníico

Com o suprimonln acima, a Emopa se abastecia normalnicnle, antes da ultima conflagração. E' claro que daquela da ta até agora, a produção crcsccu apesar

das devastações da lula uias jã Sena grande coisa, se piidi ssc contar ao meno5 com supriu.eiito ideiitieo ao |A mencionado. A realidade e. porem, di versa e por isso justifica a profiuidii lu-

também a esse estado de coisas pe'a desordem financeira. Agora mesmo, os países ligados à Rússia Soviética exul tam com a possibilidade de forte mnwmento inflacionista nos Estados Uni

dos. ^ Quanto maior a soma de auxíativamente

trabalharão as rodas da indústria nor te-americana, tanto maior será o estí

reestruturação

econômica

do

Importação

Velho

A União Aduaneira da Europa

Advertiram os Estados Unidos, por intermédio do seu antigo siili-secretário de Estado, senhor Wil iam Cayton, ser

Trigo e outros grãos Açúcar Camo

aduaneiras.

Leite

Essa recomendação evi

dentemente não se concrelizara da noi

meira necessidade. Tudo subirá. A vida se tomará insuportável. E' o in verso do que se esperava, quando se admitia a grande depressão, com seu

tido.

Outros poderão seguir as pega

das dos pioneiros. E se a união adua neira européia, pelo menos a do grupo das nações democráticas, puder trans

cortejo de milhões de desempregados, formar-se em realidade, o grande passo mas os resultados poderão ser mais oii da recuperação definitiva estará dado. O probhrrui do "déficit** alimentar e da

Importação.

(toneladas)

14.000.000

48.900.000 57.700.000

3.400.000

2.700.000

9.000.000

1.700.000

10.700.000

5.000.000

72.500.000 7.800.000

72.500.000 2.800.000

23.700.000

45.100.000 61.600.000

Como se verifica do quadro acima,

senvolvido neste ano e rnesmo com a

promessa de maior liberalidade na im portação de trigo e outros grãos correJatos, o suprimento alimentar da Eurona será deficiente, na maioria dos proJutos básicos do sua dieta, durante

Total

(toneladas)

Açúcar

Gorduras

21.400.000

1.700.000

5.100.000

2.100.000

8.100.000

3.500.000

57.000.000 5.700.000

Por isso, a pedra fundamental do Plano Marshall, a julgar pelo relatório dos peritos europeus, é a que trata da produção agrícola local, cuja expansão se pretende intensificar a ponto de em 1950/51 poder a Europa ocidental con tar com os seguintes suprimentos de gê neros básicos:

Antes da guerra, a produção c su

57.700.000

Came

(Toneladas)

Total

1947/48.

balança comercial.

Batatas

Leite

(Toneladas)

comparativamente com o anterior, no ta-se que apesar do esfôrço a ser de

o." seguintes:

(toneladas) Trigo e outros grãos .. 34.900.000

(Toneladas)

2.200.000

Gorduras

primento alímcntarcs da Europa eram Produção

Provável

te para o dia, mas a semente começa

a frutificar. Já alguns países europeus iniciaram movimento seguro nesse sen

ção 6 desordem.

Produção

61.600.000 3.400.000 6.000.000 57.000.000

Batatas

mais fácil a aplicação do Plano Mar shall a uma Europa livre de barreiras

mulo aos produtores de gêneros de pri

menos idênticos, se o encarecimento exagerado da vida, decorrente dessa expansão, criar, como esperam, fermentos de desagregação, de inquieta

ni necessidade. De fato, o suprimen to atual de gêneros alimentares, isto é, o que pode ser obtido no ano de 1947/48, iniciado cm 1." de julho úl timo c a terminar em 30 de junho do futuro exercício 6 o seguinte:

bás'cas, uma das pedras angulares da Mundo.

Não se chega à revolução social ape nas por falta de pão. Pode-se chegar

quiclaçáo levantada cm tòda a Europa dcmocnítica pelas conseqüências da pro gressiva escassez de gêneros de primei-

6.100.000

Produção

Importação

(Toneladas)

(Toneladas)

(Toneladas)

17.900.000

51.900.000

2.300.000

68.200.000 6.200.000

TrífiO 6 outros grãos .. 34.000.000

Total

Baetas

68.200.000

Acúcar Camo Leite

3.900.000 8.100.000 73.400.000

2.500.000

10.600.000 73.400.000

2.900.000

5.400.000

8.300.000

Gorduras

<


50

Dícesto

Econômico

sUará de aumento de produtividade pela maquinaria, se a Europa quiser

Daí, a necessidade da estabilidade financeira, com freio ao eniis.sionismo.

voltar a ser auto-suf.ciente, na maioria dos gêneros de sua alimentação normal. Corre'ataiíienle, seguem outros planos

A fa'ta de pâo é a m'séria íis portas,

de expansão como o do carvão, que é tão essencial, quanto o pão, o da q)ro-

duçâo de energia elétrica, os transpor tes, e a modernização do equipamento industrial.

mas o encarecimento exagerado dos gê neros alímenlarcs é também rastilho pe

rigoso, estimulando rancores e auxilian do a propaganda subversiva. Os téc nicos europeus consideraram a estabi lização financeira, com a conseqüente

moderação nos preços das utilidades

A eslabüização financeira e a ordem social.

51

Dícesto Econóníico

Com o suprimonln acima, a Emopa se abastecia normalnicnle, antes da ultima conflagração. E' claro que daquela da ta até agora, a produção crcsccu apesar

das devastações da lula uias jã Sena grande coisa, se piidi ssc contar ao meno5 com supriu.eiito ideiitieo ao |A mencionado. A realidade e. porem, di versa e por isso justifica a profiuidii lu-

também a esse estado de coisas pe'a desordem financeira. Agora mesmo, os países ligados à Rússia Soviética exul tam com a possibilidade de forte mnwmento inflacionista nos Estados Uni

dos. ^ Quanto maior a soma de auxíativamente

trabalharão as rodas da indústria nor te-americana, tanto maior será o estí

reestruturação

econômica

do

Importação

Velho

A União Aduaneira da Europa

Advertiram os Estados Unidos, por intermédio do seu antigo siili-secretário de Estado, senhor Wil iam Cayton, ser

Trigo e outros grãos Açúcar Camo

aduaneiras.

Leite

Essa recomendação evi

dentemente não se concrelizara da noi

meira necessidade. Tudo subirá. A vida se tomará insuportável. E' o in verso do que se esperava, quando se admitia a grande depressão, com seu

tido.

Outros poderão seguir as pega

das dos pioneiros. E se a união adua neira européia, pelo menos a do grupo das nações democráticas, puder trans

cortejo de milhões de desempregados, formar-se em realidade, o grande passo mas os resultados poderão ser mais oii da recuperação definitiva estará dado. O probhrrui do "déficit** alimentar e da

Importação.

(toneladas)

14.000.000

48.900.000 57.700.000

3.400.000

2.700.000

9.000.000

1.700.000

10.700.000

5.000.000

72.500.000 7.800.000

72.500.000 2.800.000

23.700.000

45.100.000 61.600.000

Como se verifica do quadro acima,

senvolvido neste ano e rnesmo com a

promessa de maior liberalidade na im portação de trigo e outros grãos correJatos, o suprimento alimentar da Eurona será deficiente, na maioria dos proJutos básicos do sua dieta, durante

Total

(toneladas)

Açúcar

Gorduras

21.400.000

1.700.000

5.100.000

2.100.000

8.100.000

3.500.000

57.000.000 5.700.000

Por isso, a pedra fundamental do Plano Marshall, a julgar pelo relatório dos peritos europeus, é a que trata da produção agrícola local, cuja expansão se pretende intensificar a ponto de em 1950/51 poder a Europa ocidental con tar com os seguintes suprimentos de gê neros básicos:

Antes da guerra, a produção c su

57.700.000

Came

(Toneladas)

Total

1947/48.

balança comercial.

Batatas

Leite

(Toneladas)

comparativamente com o anterior, no ta-se que apesar do esfôrço a ser de

o." seguintes:

(toneladas) Trigo e outros grãos .. 34.900.000

(Toneladas)

2.200.000

Gorduras

primento alímcntarcs da Europa eram Produção

Provável

te para o dia, mas a semente começa

a frutificar. Já alguns países europeus iniciaram movimento seguro nesse sen

ção 6 desordem.

Produção

61.600.000 3.400.000 6.000.000 57.000.000

Batatas

mais fácil a aplicação do Plano Mar shall a uma Europa livre de barreiras

mulo aos produtores de gêneros de pri

menos idênticos, se o encarecimento exagerado da vida, decorrente dessa expansão, criar, como esperam, fermentos de desagregação, de inquieta

ni necessidade. De fato, o suprimen to atual de gêneros alimentares, isto é, o que pode ser obtido no ano de 1947/48, iniciado cm 1." de julho úl timo c a terminar em 30 de junho do futuro exercício 6 o seguinte:

bás'cas, uma das pedras angulares da Mundo.

Não se chega à revolução social ape nas por falta de pão. Pode-se chegar

quiclaçáo levantada cm tòda a Europa dcmocnítica pelas conseqüências da pro gressiva escassez de gêneros de primei-

6.100.000

Produção

Importação

(Toneladas)

(Toneladas)

(Toneladas)

17.900.000

51.900.000

2.300.000

68.200.000 6.200.000

TrífiO 6 outros grãos .. 34.000.000

Total

Baetas

68.200.000

Acúcar Camo Leite

3.900.000 8.100.000 73.400.000

2.500.000

10.600.000 73.400.000

2.900.000

5.400.000

8.300.000

Gorduras

<


52

Digesto EcoNÔ>nco

Para atender à importação de gêneros alimentícios, de equipamentos novos, dc adubos c de outros tantos pro dutos indíspensá\'eis ao P-'ano Marshall, alguém terá de fornecer os neccssú-

De acordo cotn o relalórit) dos peritos reunidos em Paris, em fins de setembro, as necessidades básicas das dezesseis na

ções da líuropa ocidental serão as se guintes, em dólares americanos:

Dicesto ECONÓ^UCO

rem de ser satisfeitas, alguém terá de emprestar ou abrir créditos a Europa sob

cia inflacionista pcrmitindo-sc pagamen

divisas inconversíveis, enquanto o go verno teria que emitir para transformá-

Do resto do Total

las internamente em dinheiro nacional.

5.400.000.000 5.900.000.000

13.900.000.000 14.500.000.000 14.500.000.000

pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45% do suas necessidades. ♦ Passará a

6.200.000.000

14.400.000.000

aproximadamente dois terços, pelo me

Anos

dos E. Unidos

1948 1949 1950 1951

e.000.000.000

3.200.000.000

Países 4.700.000.000

5.300.000.000 4.800.000.000

3.900.000.000 3.800.000.000

4.500.000.000

3.900.000.000

De outros

Continente Americano

Essas necessidades básicas de impor tação, no período citado, são meras es

Noimalmentc, a Europa, acobertada

Poderão, porém, as Nações do Novo Mundo fazer sacrifícios como os apon

timativas e não levaram em conta as pos síveis flutuações de preço que porventu

tados no quadro acima, calculados cm

ra ocorrerem daqui por diante. As ba ses citadas foram levantadas de confor

anua'mentc? Estão os povos desta par

midade com os preços correntes em 1." do julho último.

Conforme se evidencia desse quadro, às nações do novo mundo compete uma tarefa gigantesca no reerguimento eco

nômico da Europa. De fato, daqui podenão partir as maiores somas de recur-

cerca

dc

4.000.000.000

<le

dólares

le do mundo econômica c financeira

ção da tendência inflacionista, arrcgimentação da vida industrial c perpetua

ao Plano Marshall e com os quais as de zesseis nações ocidentais normalmente

represado, ao menos no que tange ao

negociam, não poderão contribuir senão

Brasil, já é sangria considerável nas nos

ces5itado.s da Europa.

sas 'reservas

pelo menos durante os primeiros anos de vi gência do referido pla

ras e já está pondo em cheque o proprio pro nacional.

sidades européias, tota

utilidades

e

decrescendo

lizadas

em

cerca

de

4.000.000.000 de dó lares

anuais, a

serem

fornecidos pelos países

a

das Américas, fora os Estados Unidos, tive-

participação. das

nente, sua contribuição o participação

para o levantamento da Europa estão ovidcntemente condicionadas à mellioria

dc sua capacidade de produção, quer

agrícola, quer industrial. Por isso, a extensão do Plano Marshall à América

Latina, se pode ser postergada para a Conferência de Bogotá, 6 de tal manei

ra indispensável que nie'hor seria ligála desde logo, nas discussões do Con gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa. Sem o robustecimentü do nossa economia, no setor agrí

cola ou industrial, nada poderemos fazer ■ cm auxílio da Europa a não ser o que so vem fornecendo, evidentemente em

condições precárias e muito aquém das

menor reflexo, junto aos congressis

necessidades daquele continente trans-

tas, do que a possibilidade de convul-

que fizemos referência.

mitida.s pelos seus peritos no relatório a

Se as necc.s-

assim progressivamente Américas.

ção de encargos fiscais, talvez tenham

suiiiií responsabilidade de tal vulto. Quanto aos demais povos dêste Conti

grama dc eslabihdade

derá a Europa ociden de

custo da vida norte-americana, agrava-

Tudo isso está certo, mas só os Esta

dos Unidos estão em condições de as-

financei

no. Posteriormente, po

serviços,

senador Taft, de possível elevação de

pesadas cxporlaçües para a Europa.

O que ali está

em escala decrescente,

soma

Congresso, especialmente convocado pa ra tal fim, poderão fazê-lo, porque tem recursos para isso. As reporcus.sões nega

exceção dos Estados Unidos, Canadá c

cimentos de crédito de matérias-primas c gêneros alimentícios para os povos ne-

tal comprar-lhes maior

nos durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir crédito para satisfazer es.sa caudal de pedidos, como parece ser intenção do

tivas dessa providencia, apontadas pelo

soSj quer em créditos, quer em merca dorias, porque os países não aderentes

Ciirii: ^

depender dessa fonte do suprimento em

mente preparados para essa tarefa gigantcsca dc atender a necessidades dc tal envergadura? Evidentemente, com possivelmente a Argentina, só com grandes dificuldades seria possível obter aqui alguma coisa, sob forma de fonic-

sõcs sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou de cri.sc

forma de moedas do cur.so internacional. * da própria indústria norte-americana dc De outra forma, agravar-sc-ia a tendên lho faltar no momento a continuação dc

to dessas importâncias em moedas ou*

nos recursos.

53

Os agricultores nicaragucnses cultivaram mais dc 120.000 acres dc milho, duranto o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acros sobre o ano an terior,^ segundo estatísticas ofieiais. A colheita dêste ano foi excelente, pcnniítndo

ao pais dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a superfície cultivada com arro-z seja algo inferior à do ano anterior, rwo passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antecipando-se que o total excederá o obtido em 1945.


52

Digesto EcoNÔ>nco

Para atender à importação de gêneros alimentícios, de equipamentos novos, dc adubos c de outros tantos pro dutos indíspensá\'eis ao P-'ano Marshall, alguém terá de fornecer os neccssú-

De acordo cotn o relalórit) dos peritos reunidos em Paris, em fins de setembro, as necessidades básicas das dezesseis na

ções da líuropa ocidental serão as se guintes, em dólares americanos:

Dicesto ECONÓ^UCO

rem de ser satisfeitas, alguém terá de emprestar ou abrir créditos a Europa sob

cia inflacionista pcrmitindo-sc pagamen

divisas inconversíveis, enquanto o go verno teria que emitir para transformá-

Do resto do Total

las internamente em dinheiro nacional.

5.400.000.000 5.900.000.000

13.900.000.000 14.500.000.000 14.500.000.000

pelo Plano, importa dos Estados Unidos 45% do suas necessidades. ♦ Passará a

6.200.000.000

14.400.000.000

aproximadamente dois terços, pelo me

Anos

dos E. Unidos

1948 1949 1950 1951

e.000.000.000

3.200.000.000

Países 4.700.000.000

5.300.000.000 4.800.000.000

3.900.000.000 3.800.000.000

4.500.000.000

3.900.000.000

De outros

Continente Americano

Essas necessidades básicas de impor tação, no período citado, são meras es

Noimalmentc, a Europa, acobertada

Poderão, porém, as Nações do Novo Mundo fazer sacrifícios como os apon

timativas e não levaram em conta as pos síveis flutuações de preço que porventu

tados no quadro acima, calculados cm

ra ocorrerem daqui por diante. As ba ses citadas foram levantadas de confor

anua'mentc? Estão os povos desta par

midade com os preços correntes em 1." do julho último.

Conforme se evidencia desse quadro, às nações do novo mundo compete uma tarefa gigantesca no reerguimento eco

nômico da Europa. De fato, daqui podenão partir as maiores somas de recur-

cerca

dc

4.000.000.000

<le

dólares

le do mundo econômica c financeira

ção da tendência inflacionista, arrcgimentação da vida industrial c perpetua

ao Plano Marshall e com os quais as de zesseis nações ocidentais normalmente

represado, ao menos no que tange ao

negociam, não poderão contribuir senão

Brasil, já é sangria considerável nas nos

ces5itado.s da Europa.

sas 'reservas

pelo menos durante os primeiros anos de vi gência do referido pla

ras e já está pondo em cheque o proprio pro nacional.

sidades européias, tota

utilidades

e

decrescendo

lizadas

em

cerca

de

4.000.000.000 de dó lares

anuais, a

serem

fornecidos pelos países

a

das Américas, fora os Estados Unidos, tive-

participação. das

nente, sua contribuição o participação

para o levantamento da Europa estão ovidcntemente condicionadas à mellioria

dc sua capacidade de produção, quer

agrícola, quer industrial. Por isso, a extensão do Plano Marshall à América

Latina, se pode ser postergada para a Conferência de Bogotá, 6 de tal manei

ra indispensável que nie'hor seria ligála desde logo, nas discussões do Con gresso americano, à própria sorte da as sistência à Europa. Sem o robustecimentü do nossa economia, no setor agrí

cola ou industrial, nada poderemos fazer ■ cm auxílio da Europa a não ser o que so vem fornecendo, evidentemente em

condições precárias e muito aquém das

menor reflexo, junto aos congressis

necessidades daquele continente trans-

tas, do que a possibilidade de convul-

que fizemos referência.

mitida.s pelos seus peritos no relatório a

Se as necc.s-

assim progressivamente Américas.

ção de encargos fiscais, talvez tenham

suiiiií responsabilidade de tal vulto. Quanto aos demais povos dêste Conti

grama dc eslabihdade

derá a Europa ociden de

custo da vida norte-americana, agrava-

Tudo isso está certo, mas só os Esta

dos Unidos estão em condições de as-

financei

no. Posteriormente, po

serviços,

senador Taft, de possível elevação de

pesadas cxporlaçües para a Europa.

O que ali está

em escala decrescente,

soma

Congresso, especialmente convocado pa ra tal fim, poderão fazê-lo, porque tem recursos para isso. As reporcus.sões nega

exceção dos Estados Unidos, Canadá c

cimentos de crédito de matérias-primas c gêneros alimentícios para os povos ne-

tal comprar-lhes maior

nos durante os primeiros dois anos. Se os Estados Unidos consentirem em abrir crédito para satisfazer es.sa caudal de pedidos, como parece ser intenção do

tivas dessa providencia, apontadas pelo

soSj quer em créditos, quer em merca dorias, porque os países não aderentes

Ciirii: ^

depender dessa fonte do suprimento em

mente preparados para essa tarefa gigantcsca dc atender a necessidades dc tal envergadura? Evidentemente, com possivelmente a Argentina, só com grandes dificuldades seria possível obter aqui alguma coisa, sob forma de fonic-

sõcs sociais na Europa, decorrentes do abandono do Plano Marshall ou de cri.sc

forma de moedas do cur.so internacional. * da própria indústria norte-americana dc De outra forma, agravar-sc-ia a tendên lho faltar no momento a continuação dc

to dessas importâncias em moedas ou*

nos recursos.

53

Os agricultores nicaragucnses cultivaram mais dc 120.000 acres dc milho, duranto o ano em curso, com um aumento de mais de 47.000 acros sobre o ano an terior,^ segundo estatísticas ofieiais. A colheita dêste ano foi excelente, pcnniítndo

ao pais dispor de consideráveis excedentes para a exportação. Embora a superfície cultivada com arro-z seja algo inferior à do ano anterior, rwo passando de 21.000 acres, obteve-se também uma excelente colheita até o momento, antecipando-se que o total excederá o obtido em 1945.


1 Democracia e Partidos por Afonso Amnos de Melo Franco

Dicbsto Econômico

55

dos países do mundo, para não nos

como instrumento de ação, de instrução,

iludirmos mais sôbre os seus resultados.

de enquadramento e de propaganda. Tem líderes de notória e grande capa

De Gaulle não é maior que Napoleão. E a ditadura napoleònica trou.xe à Fran ça mais cantos fúnebres que clarinadas

cidade.

marciais.

ditadura soriética conseguiu resolver o

No Bradil volta-se publicamente a clamar contra os partidos e a reclamar um govêmo forte, independente dêles.

O sr. AfotKo Arinos de Melo Franco, na Comí-wío de Justiça da Cârnara dos

Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência

dos partidos políticos em face do ref^ime democrático. O assunto do presente

Amda outro dia Alceu Amoroso Limo

artigo refere-se àquêle momentoso problema.

JJiz Hans Kelsen, e diz com muito acêrto, que a prática da democra

cia moderna está ligada ao funciona

mento pelo menos satisfatório dos par tidos políticos. O preconceito contra eles não é, como a muitos se afigura forma de convicção democrática, de fe numa^ certa democracia, mas, bom

I

ao contrário, uma tomada de posição francamente antidemocrática, pois nos têrmos atuais, não pode haver democra cia sem partidos.

diametralmente oposto, isto c, no de

aprofundar cada vez mais as causas da impotência dos partidos democráticos e de denunciar à nação a falência e a

desmoralização de uni regime que elas

próprias contribuem para desmoralizar e levar à ruína.

Pelo que se vê, será difícil quer ao comuni.smo quer ao degau'lísmo chegar ao poder em França pe'as vias consti tucionais, visto que os seus objetivos

É fenômeno impressionante, pode-se

o a sua técnica de govêmo, embora

mesmo diáer alarmante, o crescimento

opostos, têm o traço comum de não

ses, inclusive no Brasil, aonde com tan

SQ compor com os processos estabeleci dos no regime criado pda Assembléia

tas dificuldades nos estamos adaptando

Constituinte.

da onda anti-partidária em vários paí às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas

Se a democracia partidária fracassar

contava

I

em

uma

entrevista

como lhe

impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dôstc assun to. Dizia o moço que os partidos

nacionais tinham fracassado, que é pre ciso que nos libertemos deles, e ci

Pois, apesar de tudo, nem mesmo a

insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tôda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando. A tremenda luta em que sí Jilacerou D Partido Comunista da Rússia, desde

a dissidência de Trotski até os e.xpur-

gos brutais que revoltaram a consciên cia e a moral do mundo, esta tragédia

tava, em favor da sua tese, os e.xemplos

que durou anos e custou centenas de

do Franco, Salazar e De Gaulle.

milhares, talvez milhões de vidas não foi, afinal, considerada no seu conjun to lustórico, senão uma crise de poder

Reconheçamos a semelhança das si tuações. Procura-se entre nós, como na

França, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado,

ninguém procura prestigar. E, aqui como lá, a pergunta é a mesma; que sucederá a esto regmie, se êle vier a fracassar? A resposta também não di

fere: sucederá a ditadura da espada.

dentro da maior ditadura que jamais existiu.

perador e chèfe militar costiunava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império. Acontecia que mais

de ura imperador era indicado pelas

O problema prin

cipal das ditaduras não é

o

^

tropas

govêmo,

em face do ambicioso ímpeto de qual

mas o poder.

^"

Nos tempos romanos a morte do im

ao

mesmo

tempo. Era a crise

Na

tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de

quer dos dois movimentos, o vitorioso

solução dôste pro

de poder sem solu

(e êste será provavelmente De Gau^e)

blema

recuperação econômica e política da atual geração francesa dependem, antes

não so instalará no govêrno sem san

grenta luta com o opositor.

energias formidáveis, melhor aplicáveis nas .w.MO de — govêmo. tarefas

ção constitucional. Nas ditaduras mo

do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de

1946. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos proprios dôsse mecanismo, inclusive O governo partidá rio.

Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degauilísta e a co munista,' SC vem exercendo no sentido

Esta luta será início de um processo

do consolidação violenta do poder con quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão

processos sempre instáveis, embora às vezes longos, de consolidação de um poder conquistado pol^i fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-

dispendem

-y

dernas a coisa é a mesma, embora com

■ n 1—

Não se pode imaginar ditad&ríP tècni-'^aspecto*mais nítidos e proporções maio-

camente mais perfeita do que a sovié-

res.

tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no gênero. Tem uma poderosa doutrina justificativa. Tem uma gigantesca base

Vimos a impossibilidade de uma ditadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-

económica e demográfica sôbre que se lico do caudilho sulino Getúlio Vargas apoiar. Tem, inclusive, um partido polítíco (de modalidade especial, é ver-

Êle teve tudo às mãos para sair-sè bem da empreitada de 2 de Dezembro

dado, pôsto que único), que funciona paro sair-se com uma auréola que o


1 Democracia e Partidos por Afonso Amnos de Melo Franco

Dicbsto Econômico

55

dos países do mundo, para não nos

como instrumento de ação, de instrução,

iludirmos mais sôbre os seus resultados.

de enquadramento e de propaganda. Tem líderes de notória e grande capa

De Gaulle não é maior que Napoleão. E a ditadura napoleònica trou.xe à Fran ça mais cantos fúnebres que clarinadas

cidade.

marciais.

ditadura soriética conseguiu resolver o

No Bradil volta-se publicamente a clamar contra os partidos e a reclamar um govêmo forte, independente dêles.

O sr. AfotKo Arinos de Melo Franco, na Comí-wío de Justiça da Cârnara dos

Deputados, tem, em minuciosos e brilhantes pareceres, examinado a existência

dos partidos políticos em face do ref^ime democrático. O assunto do presente

Amda outro dia Alceu Amoroso Limo

artigo refere-se àquêle momentoso problema.

JJiz Hans Kelsen, e diz com muito acêrto, que a prática da democra

cia moderna está ligada ao funciona

mento pelo menos satisfatório dos par tidos políticos. O preconceito contra eles não é, como a muitos se afigura forma de convicção democrática, de fe numa^ certa democracia, mas, bom

I

ao contrário, uma tomada de posição francamente antidemocrática, pois nos têrmos atuais, não pode haver democra cia sem partidos.

diametralmente oposto, isto c, no de

aprofundar cada vez mais as causas da impotência dos partidos democráticos e de denunciar à nação a falência e a

desmoralização de uni regime que elas

próprias contribuem para desmoralizar e levar à ruína.

Pelo que se vê, será difícil quer ao comuni.smo quer ao degau'lísmo chegar ao poder em França pe'as vias consti tucionais, visto que os seus objetivos

É fenômeno impressionante, pode-se

o a sua técnica de govêmo, embora

mesmo diáer alarmante, o crescimento

opostos, têm o traço comum de não

ses, inclusive no Brasil, aonde com tan

SQ compor com os processos estabeleci dos no regime criado pda Assembléia

tas dificuldades nos estamos adaptando

Constituinte.

da onda anti-partidária em vários paí às práticas da democracia. O caso da França nos parece bas

Se a democracia partidária fracassar

contava

I

em

uma

entrevista

como lhe

impressionaram as palavras de um jo vem paulista a propósito dôstc assun to. Dizia o moço que os partidos

nacionais tinham fracassado, que é pre ciso que nos libertemos deles, e ci

Pois, apesar de tudo, nem mesmo a

insolúvel problema das ditaduras, que é o problema do poder. E êle se apre senta em tôda sua agudeza e gravidade nos períodos de sucessão dos postos supremos de mando. A tremenda luta em que sí Jilacerou D Partido Comunista da Rússia, desde

a dissidência de Trotski até os e.xpur-

gos brutais que revoltaram a consciên cia e a moral do mundo, esta tragédia

tava, em favor da sua tese, os e.xemplos

que durou anos e custou centenas de

do Franco, Salazar e De Gaulle.

milhares, talvez milhões de vidas não foi, afinal, considerada no seu conjun to lustórico, senão uma crise de poder

Reconheçamos a semelhança das si tuações. Procura-se entre nós, como na

França, responsabilizar pela confusão reinante um regime que, por outro lado,

ninguém procura prestigar. E, aqui como lá, a pergunta é a mesma; que sucederá a esto regmie, se êle vier a fracassar? A resposta também não di

fere: sucederá a ditadura da espada.

dentro da maior ditadura que jamais existiu.

perador e chèfe militar costiunava pro vocar dramas palacianos e, às vêzes, pro nunciamentos das legiões em vários pon tos do Império. Acontecia que mais

de ura imperador era indicado pelas

O problema prin

cipal das ditaduras não é

o

^

tropas

govêmo,

em face do ambicioso ímpeto de qual

mas o poder.

^"

Nos tempos romanos a morte do im

ao

mesmo

tempo. Era a crise

Na

tante significativo. A vida pacífica da quele grande povo e a capacidade de

quer dos dois movimentos, o vitorioso

solução dôste pro

de poder sem solu

(e êste será provavelmente De Gau^e)

blema

recuperação econômica e política da atual geração francesa dependem, antes

não so instalará no govêrno sem san

grenta luta com o opositor.

energias formidáveis, melhor aplicáveis nas .w.MO de — govêmo. tarefas

ção constitucional. Nas ditaduras mo

do mais, do funcionamento do mecanis mo constitucional criado pe'a Carta de

1946. Dependem, por conseguinte, de um esfôrço comum no sentido da preser vação dos instrumentos proprios dôsse mecanismo, inclusive O governo partidá rio.

Ora, o esfôrço de duas poderosas cor rentes de opinião, a degauilísta e a co munista,' SC vem exercendo no sentido

Esta luta será início de um processo

do consolidação violenta do poder con quistado, isto é, um início de ditadura, porque as ditaduras nunca foram senão

processos sempre instáveis, embora às vezes longos, de consolidação de um poder conquistado pol^i fôrça. E nós, desta atormentada geração, temos bas tante experiência das ditaduras nos mais adiantados como nos mais atrasa-

dispendem

-y

dernas a coisa é a mesma, embora com

■ n 1—

Não se pode imaginar ditad&ríP tècni-'^aspecto*mais nítidos e proporções maio-

camente mais perfeita do que a sovié-

res.

tica. Tudo ela tem e nada lhe falta no gênero. Tem uma poderosa doutrina justificativa. Tem uma gigantesca base

Vimos a impossibilidade de uma ditadura resolver pacificamente no Brasil a crise de poder, através do fim melancó-

económica e demográfica sôbre que se lico do caudilho sulino Getúlio Vargas apoiar. Tem, inclusive, um partido polítíco (de modalidade especial, é ver-

Êle teve tudo às mãos para sair-sè bem da empreitada de 2 de Dezembro

dado, pôsto que único), que funciona paro sair-se com uma auréola que o


50

Digesto Econômico

redimiria dos perjúrios anteriores. Teve

fora da Constituição, cm vez de pro

tudo, inclusive, até certo momento, a confiança dos seus maiores adversários.

curarmos edificar o que cia planejou. Porque uma Constituição não é uma obra, mas uma planta, um plano de

Mas a ditadura é mais forte que o ditador. O ambiente domina c conduz o homem contra as mais claras eviden cias.

Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal

inevitável que é a crise de poder das ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado.

A série de

interesses espúrios que se criam em

tômo ao ditador, qualquer -jue êle seja,

por JüsÉ Mauia Belo

obra.

A nossa, seguindo os inevitáveis pen dores da época, incorporou os partidos políticos ao mecanismo constitucional, deu-lhes cidadania jurídica, em vez de ignorar-lhes a existência como era hábito nas antigas Constituições.

Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que há de mais assente c mais puro na

c uma fôrça terrível que lhe obscurece a visão e lhe impede dc dar uma

doutrina democrática, mas contrariar a

solução inteligente ao probicina capital do regime.

cLad- ^uaó Q.uehhaé habitante de Sirius que acompanlias£c us aconlccimi rito da Terra nos úl

timos quinze ano;: não ficaria

muito

admirado da capacidatle de invenção, no p'ano político, dos homens. Parecer-

Ihc-ia tão .semelhante o espetáculo atual com o do tempo da ascensão de Hitlor que, enervado, desviaria a sua

na mu to mais: a hegemonia política da

Europa e, atra\és da Europa, a do Como a Alemanha nazista, a

As mesmas ambições, as mesmas

Rússia bolchevisla tem uma dou

letra e o espírito da nossa Constituição.

rivalidades interiiacionais, o nies-

É abandonar a democracia e marchar

mo ambiente do apreensões, fre-

trina, uma ideologia a oferecer aos descontentes e aos tevoKatlM de

para a ditadura; é lançar todo o es-

rjüenteinente angiisliosas.

fôrço da política nacional no problema

bstituir o nome da Alemanha pe'o da Rússia ou o do fuehrer germânico pelo

Com a espantosa versatilidade que nos caracteriza voltamos, agora, a entrever,

de govêmo, que lhe são específicos e

do poder, com suas crises periódicas, em vez de concentrá-lo nos problemas que pesam sombriamente, neste mo--

mento, sôbre o futuro nacional.

Bastaria su

do ditador eslavo... Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ra

tigos adversários, não apenas para as

a insidil a traição, a q"'"'" coluna... Mas terminam ai as grandes analogias,

das potências que a haviam feito morder

dácia. No dia em que se julgou com todos os trunfos da vitória, o nazismo

desemcadeou a segunda conflagração.

trolífera, os E. U. A. dependem cada vez mais dos combustíveis líquidos extraias na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidades de petróleo para os E. V. A., contando corri uma quota considerável entre as 450.000 tambores que os E. U. A. importam diàriamente da América do Sul. Assinala-se, por outro fado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30% suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norte-

mcn ó um simples dente da rasq"'® ^o Estudo, eencarnado êsteAbsolutamente num ditador om potente intangivel... se melhantes sfio os processos de agir intransigência, a ameaça, a ts e-

o pó da derrota redobravam-lhe a au

Em esferas de Caracas intimamente ligadas d indústria do petróleo, assinala-so que, apesar do aparecimento do Oriente Médio como nova fonte de produção pe

váriíís espécies. Inspira-as ódio i cn ico liberdade e aos valores individuais: o h -

pidamente se refizera, à sombra do egoísmo e do comodismo dos seus an

concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e para a conquista da Europa. As hesitações ou as fraquezas

(imericanas de petróleo.

cupemção dos povos alheios. Ambicio mundo...

c-uríosidadc para outro planeta...

É quasi impossível qut ui:i homem se liberte desta pressão. .E o resultado de tudo foi o 29 de ..Outubro, antes do 2 de Dezembro.

para os problemas nacionais, soluções

tência econômica, capaz de promover com eficiência o bem-eslnr d.ís suas massíjs humanas, ainda de tão pobre nível de vida, e de auxiliar a plena re-

O sir/mto. qcc demorasse um pouco

mais a sua curiosidade sobre o nosso atormentado planeta, conieçarta a desco brir as divergências entre as duas pm-

sogmis. a de Hitier e a de Stalm. A

Akraanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um dos grandes focos de

Muito "suor, sangue e lágrimas" custou à humanidade civilizada salvar-se da ti rania que a ameaçava. Partindo, não de

******************

uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a

O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da Reptihlica

marcha da Alemanha hitleriana.

Não

SC contenta em executar os seus sucessi

vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po

delegado do Brasil na Pan Americana em Washington, enviou ao "Digesto Eco nômico, do qual é colaborador, a inte ressante crônica que ora publicamos.


50

Digesto Econômico

redimiria dos perjúrios anteriores. Teve

fora da Constituição, cm vez de pro

tudo, inclusive, até certo momento, a confiança dos seus maiores adversários.

curarmos edificar o que cia planejou. Porque uma Constituição não é uma obra, mas uma planta, um plano de

Mas a ditadura é mais forte que o ditador. O ambiente domina c conduz o homem contra as mais claras eviden cias.

Pouco a pouco Vargas foi-se enleando no cipoal, foi-se atolando no lodaçal

inevitável que é a crise de poder das ditaduras, no momento supremo da su cessão na chefia do Estado.

A série de

interesses espúrios que se criam em

tômo ao ditador, qualquer -jue êle seja,

por JüsÉ Mauia Belo

obra.

A nossa, seguindo os inevitáveis pen dores da época, incorporou os partidos políticos ao mecanismo constitucional, deu-lhes cidadania jurídica, em vez de ignorar-lhes a existência como era hábito nas antigas Constituições.

Por conseqüência, combater os parti dos não é apenas investir contra o que há de mais assente c mais puro na

c uma fôrça terrível que lhe obscurece a visão e lhe impede dc dar uma

doutrina democrática, mas contrariar a

solução inteligente ao probicina capital do regime.

cLad- ^uaó Q.uehhaé habitante de Sirius que acompanlias£c us aconlccimi rito da Terra nos úl

timos quinze ano;: não ficaria

muito

admirado da capacidatle de invenção, no p'ano político, dos homens. Parecer-

Ihc-ia tão .semelhante o espetáculo atual com o do tempo da ascensão de Hitlor que, enervado, desviaria a sua

na mu to mais: a hegemonia política da

Europa e, atra\és da Europa, a do Como a Alemanha nazista, a

As mesmas ambições, as mesmas

Rússia bolchevisla tem uma dou

letra e o espírito da nossa Constituição.

rivalidades interiiacionais, o nies-

É abandonar a democracia e marchar

mo ambiente do apreensões, fre-

trina, uma ideologia a oferecer aos descontentes e aos tevoKatlM de

para a ditadura; é lançar todo o es-

rjüenteinente angiisliosas.

fôrço da política nacional no problema

bstituir o nome da Alemanha pe'o da Rússia ou o do fuehrer germânico pelo

Com a espantosa versatilidade que nos caracteriza voltamos, agora, a entrever,

de govêmo, que lhe são específicos e

do poder, com suas crises periódicas, em vez de concentrá-lo nos problemas que pesam sombriamente, neste mo--

mento, sôbre o futuro nacional.

Bastaria su

do ditador eslavo... Vencida na pri meira guerra mundial, a Alemanha ra

tigos adversários, não apenas para as

a insidil a traição, a q"'"'" coluna... Mas terminam ai as grandes analogias,

das potências que a haviam feito morder

dácia. No dia em que se julgou com todos os trunfos da vitória, o nazismo

desemcadeou a segunda conflagração.

trolífera, os E. U. A. dependem cada vez mais dos combustíveis líquidos extraias na América Latina. Atualmente, a Venezuela está exportando grandes quantidades de petróleo para os E. V. A., contando corri uma quota considerável entre as 450.000 tambores que os E. U. A. importam diàriamente da América do Sul. Assinala-se, por outro fado, que os E. U. A. se viram obrigados a aumentar 30% suas importações, excedendo estas pela primeira vez, desde 1932, às exportações norte-

mcn ó um simples dente da rasq"'® ^o Estudo, eencarnado êsteAbsolutamente num ditador om potente intangivel... se melhantes sfio os processos de agir intransigência, a ameaça, a ts e-

o pó da derrota redobravam-lhe a au

Em esferas de Caracas intimamente ligadas d indústria do petróleo, assinala-so que, apesar do aparecimento do Oriente Médio como nova fonte de produção pe

váriíís espécies. Inspira-as ódio i cn ico liberdade e aos valores individuais: o h -

pidamente se refizera, à sombra do egoísmo e do comodismo dos seus an

concorrências pacíficas da vida, onde tantas vantagens lhe eram abertas, mas para a vingança e para a conquista da Europa. As hesitações ou as fraquezas

(imericanas de petróleo.

cupemção dos povos alheios. Ambicio mundo...

c-uríosidadc para outro planeta...

É quasi impossível qut ui:i homem se liberte desta pressão. .E o resultado de tudo foi o 29 de ..Outubro, antes do 2 de Dezembro.

para os problemas nacionais, soluções

tência econômica, capaz de promover com eficiência o bem-eslnr d.ís suas massíjs humanas, ainda de tão pobre nível de vida, e de auxiliar a plena re-

O sir/mto. qcc demorasse um pouco

mais a sua curiosidade sobre o nosso atormentado planeta, conieçarta a desco brir as divergências entre as duas pm-

sogmis. a de Hitier e a de Stalm. A

Akraanha atingira os limites possíveis da industrialização. Sem embargo de todos os seus erros, de todos os seus crimes, era um dos grandes focos de

Muito "suor, sangue e lágrimas" custou à humanidade civilizada salvar-se da ti rania que a ameaçava. Partindo, não de

******************

uma derrota, mas de um triunfo militar, a Rússia comunista repete servilmente, pelo menos nas suas grandes linhas, a

O escritor José Maria Belo, que acaba de ser nomeado pelo Govêmo da Reptihlica

marcha da Alemanha hitleriana.

Não

SC contenta em executar os seus sucessi

vos planos de industrialização, para afir mar-se um dia como uma grande po

delegado do Brasil na Pan Americana em Washington, enviou ao "Digesto Eco nômico, do qual é colaborador, a inte ressante crônica que ora publicamos.


53

Dicesto

cultura do mundo.

Encravada no cen

Econômico

Os Estados Unidos, a Inglaterra, cm su

tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização

ma, as nações democráticas, estão a hu

ocidental.

nal contra a Santa Rússia... E isto em

A sua monstruosa ideologia

não procurava atrair as massas humildes e sofredoras de além das suas fronteiras:

a burguesia internacional, grande e pe quena, egoísta e interesselra, no perma nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos

termos de arrieiro...

Outra diferença radical entre o apdsguerra de 1918 e o do 1945. Os "gran des" vencedores dc vinte e nove anos

passados equivaliam-se, senão em recur sos econômicos, de certo, cm prestígio

político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela

condutor mais ou menos iluminado, era

tivamente fáceis os "entendimentos di

européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico que distinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente os deserdados das vantagens materiais da vida. Se não lhe atormentam os sonhos de maior "es

paço vital", que faziam o desespêro sin cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições de

despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica dos povos orientais. Por tôda parte, cs russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con

'

mildo serviço do capitalismo internacio

de crise a apelar para um chefe, um o seu melhor campo de proselitismo. A Rússia é ainda excêntrica à civilização

If Djcest DlCESI o

plomáticos".

o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da tnüção do Brest-Litowski, na categoria dos vitoriosos, constituía misterioso mundo

à parte. O equilíbrio europeu repousava

Em

breve

tempo, a Europa refez-sc das ruínas materiais da guerra. O que não soube

ram ou não puderam compreender os seus dirigentes \indos de "cli mas" esgotados, foi a transfor

bre o Continente que ela quisera fechar

maior ou menor intensidade as conse-

Iqüências. E como fatalmente teria de

nas suas implacáveis garras. O mundo já conlieceu outrora uma pax romana

acontecer, a exaustão econômica fez

e durante todo o século XIX uma pax

multiplicar a inquietação social. A ^•ida

britânica, dizia um dia destes um jornal

cotidiana, nos seus aspectos mais vul

oficial da Rússia; dispensa ou repele

gares, c um rude problema, mesmo para

uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases mais ou menos enfáticas; o que importa

Impossí-

ó procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos oferecem. Por mais poderoso que seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en

bi itado, assim, do preparar, pcla.s suas

tre os indivíduos, só um grosseiro e

grave crise do Continente.

e opulento país; o Japão voltava-se para

história...

todos os seus povos sofrem-lhe com

ca dc uma coletividade de 70 milhões de almas, como a Alemanha, bastaria, aliá-S, em grande parte para explicar a

velmente partido, da sua tradição "iso-

Eis aí o 'duende da ditadura de Mos

cou: a projeção dos Estados Unidos sô-"

)mente virtual na concorrência econômi

lacionista", fechando-se no seu imenso

esta ó outra

tu.

a Inglaterra c a França. O desapareci-

curavam reatar o fio, aliás já irremedià-

essencialmente sôbre a Inglaterra e a

gm-!ho cm cheio a estrutura econômi ca c financeira. Vencedores c vencidos,

as nações mais fortes c mais ricas como

Os Estados Unidos pro

França, a Itália em segundo plano. O advento do fascismo e do nazismo per turbou todo o jôgo diplomático; mas

59

Econômico

fôrças exclusivas, a própria re

falso materialismo poderia redu

cuperação econômica, o Velho

zi-lo a divisor único de todas as

Mundo tem dc contar esscncialmento com o auxílio estrangeiro.

coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados

E sòmcnte um país no mundo

Unidos simplesmente a coopera

empobrecido está em condições

ção da sua técnica e dos seus

inesgotáveis capitais.

Hoje, a grande

j

do assistí-lo: os Estados Unidos ou. cm

;

outros lêrmos, esta máquina formidável

democracia representa, sobretudo, a

' de trabalho, de técnica e de dinheiro

maior fôrça atuante da civilização oci-

que por si só parece pesar mais na ba-

!■ lançu valores econômicos efetivos r do que o resto do Universo. Mas como

• sempr® aconteceu em todos os tempos, atrás do econômico está o político. .. A influência econômica da América do

dentaV

Quem acompanha de longe a

vida americana e quem lhe sente direta

mente os primeiros contatos bem sabe

que ela está longe de realizar o "paraí so terrestre".

Sob a crosfa da sua

grandeza, muitos aspectos tristes, pro

mação que se operava nos espíri tos na raiz de novas aspirações

TNjorte implica forçosamente nma espé cie de primado político. Não haveria

clamados pelos seus próprios nacionais,

tra cs seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu

sociais. Entre as pousyées da ex

um govêmo americano suficientemente imbecil que se propusesse a auxiliar as

à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação

nações exaustas da Europa ou de qual-

dos negros, exaustivamente. estudado

ma atitude defensiva: tomam a

6 da forma mais chocante,

não apenas aos velhos esti os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake

Success para se ter o modê'0 da agres sividade moscovita e dos seus satélites.

trema direita e da extrema es

querda, as democracias ocidentais deixa

ram que se lhes solapassem impune ' quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia comente as velhas bases. Na hora extrema, \ niunista; o que aconteceu depois da tiveram de redimir-se pelos inenarráveis I primeira guerra com o ressurgir da Alesofrimentos da guerra da sua displicên I manha mediante a cooperação dos capicia ou da sua criminosa inadvertência...

Bem mais sombrio é o panorama atual

da Europa.

A guerra hitleriana atin-

À tais britânicos e americanos, deve estar I bem vivo na memória de todos os ho-

1 _

—a...

a deturpam. O capitalismo ainda exibe

num livro recente

— An 'Avierican Di-

lemina — do escritor sueco Gunnar

Uyarda^ é um drama sem remissão. A pobreza de certas camadas dos Estados do Sul e das grandes cidades do Norte,

como Nova York, Chicago etc., não deixa muito longe os dolorosos índices

do Brasil e de outras Repúblicas latino-


53

Dicesto

cultura do mundo.

Encravada no cen

Econômico

Os Estados Unidos, a Inglaterra, cm su

tro da Europa, entrosava-se, para o mal e para o bem, na cadeia da civilização

ma, as nações democráticas, estão a hu

ocidental.

nal contra a Santa Rússia... E isto em

A sua monstruosa ideologia

não procurava atrair as massas humildes e sofredoras de além das suas fronteiras:

a burguesia internacional, grande e pe quena, egoísta e interesselra, no perma nente pânico da desordem social e na eterna incerteza das próprias fôrças, in certeza que a leva em todos os tempos

termos de arrieiro...

Outra diferença radical entre o apdsguerra de 1918 e o do 1945. Os "gran des" vencedores dc vinte e nove anos

passados equivaliam-se, senão em recur sos econômicos, de certo, cm prestígio

político: Inglaterra, França, Estados Unidos, Itália, Japão. Eram, pois, rela

condutor mais ou menos iluminado, era

tivamente fáceis os "entendimentos di

européia. Muito tem de caminhar para alcançar as etapas do progresso técnico que distinguia a Alemanha. A sua concepção da ordem econômica e social visa apaixonar justamente os deserdados das vantagens materiais da vida. Se não lhe atormentam os sonhos de maior "es

paço vital", que faziam o desespêro sin cero ou tendencioso da Alemanha, traba lham-na outros motivos de ambições de

despeito e de ressentimentos. O largo isolamento em que viveu, entre as duas guerras, como segregada por um cor dão sanitário, exasperou-lhe natural mente a desconfiança, tão característica dos povos orientais. Por tôda parte, cs russos supõem encontrar implacá veis adversários, e, atordoados pe los louros da vitória militar con

'

mildo serviço do capitalismo internacio

de crise a apelar para um chefe, um o seu melhor campo de proselitismo. A Rússia é ainda excêntrica à civilização

If Djcest DlCESI o

plomáticos".

o próprio Continente, e a Rússia, im possível de classificar-se depois da tnüção do Brest-Litowski, na categoria dos vitoriosos, constituía misterioso mundo

à parte. O equilíbrio europeu repousava

Em

breve

tempo, a Europa refez-sc das ruínas materiais da guerra. O que não soube

ram ou não puderam compreender os seus dirigentes \indos de "cli mas" esgotados, foi a transfor

bre o Continente que ela quisera fechar

maior ou menor intensidade as conse-

Iqüências. E como fatalmente teria de

nas suas implacáveis garras. O mundo já conlieceu outrora uma pax romana

acontecer, a exaustão econômica fez

e durante todo o século XIX uma pax

multiplicar a inquietação social. A ^•ida

britânica, dizia um dia destes um jornal

cotidiana, nos seus aspectos mais vul

oficial da Rússia; dispensa ou repele

gares, c um rude problema, mesmo para

uma pax americana... Muito mais dis pensaria ou repeliria uma pax russa... Todavia, não vale a pena analisar frases mais ou menos enfáticas; o que importa

Impossí-

ó procurar conhecer os fatos na reali dade em que se nos oferecem. Por mais poderoso que seja o fator econômico no jôgo da vida entre as nações como en

bi itado, assim, do preparar, pcla.s suas

tre os indivíduos, só um grosseiro e

grave crise do Continente.

e opulento país; o Japão voltava-se para

história...

todos os seus povos sofrem-lhe com

ca dc uma coletividade de 70 milhões de almas, como a Alemanha, bastaria, aliá-S, em grande parte para explicar a

velmente partido, da sua tradição "iso-

Eis aí o 'duende da ditadura de Mos

cou: a projeção dos Estados Unidos sô-"

)mente virtual na concorrência econômi

lacionista", fechando-se no seu imenso

esta ó outra

tu.

a Inglaterra c a França. O desapareci-

curavam reatar o fio, aliás já irremedià-

essencialmente sôbre a Inglaterra e a

gm-!ho cm cheio a estrutura econômi ca c financeira. Vencedores c vencidos,

as nações mais fortes c mais ricas como

Os Estados Unidos pro

França, a Itália em segundo plano. O advento do fascismo e do nazismo per turbou todo o jôgo diplomático; mas

59

Econômico

fôrças exclusivas, a própria re

falso materialismo poderia redu

cuperação econômica, o Velho

zi-lo a divisor único de todas as

Mundo tem dc contar esscncialmento com o auxílio estrangeiro.

coisas. A Europa, combalida pela guerra, não procura nos Estados

E sòmcnte um país no mundo

Unidos simplesmente a coopera

empobrecido está em condições

ção da sua técnica e dos seus

inesgotáveis capitais.

Hoje, a grande

j

do assistí-lo: os Estados Unidos ou. cm

;

outros lêrmos, esta máquina formidável

democracia representa, sobretudo, a

' de trabalho, de técnica e de dinheiro

maior fôrça atuante da civilização oci-

que por si só parece pesar mais na ba-

!■ lançu valores econômicos efetivos r do que o resto do Universo. Mas como

• sempr® aconteceu em todos os tempos, atrás do econômico está o político. .. A influência econômica da América do

dentaV

Quem acompanha de longe a

vida americana e quem lhe sente direta

mente os primeiros contatos bem sabe

que ela está longe de realizar o "paraí so terrestre".

Sob a crosfa da sua

grandeza, muitos aspectos tristes, pro

mação que se operava nos espíri tos na raiz de novas aspirações

TNjorte implica forçosamente nma espé cie de primado político. Não haveria

clamados pelos seus próprios nacionais,

tra cs seus inimigos da Extrema Direita, não se comprazem nu

sociais. Entre as pousyées da ex

um govêmo americano suficientemente imbecil que se propusesse a auxiliar as

à plena luz as suas piores deformações. O problema racial ou da segregação

nações exaustas da Europa ou de qual-

dos negros, exaustivamente. estudado

ma atitude defensiva: tomam a

6 da forma mais chocante,

não apenas aos velhos esti os diplomá ticos, mas às normas comezinhas de cortesia no comércio cotidiano dos ho mens educados. Basta acompanhar os debates diários da O.N.U. em Lake

Success para se ter o modê'0 da agres sividade moscovita e dos seus satélites.

trema direita e da extrema es

querda, as democracias ocidentais deixa

ram que se lhes solapassem impune ' quer outro Continente para entregá-las pacificamente à órbita da Rússia comente as velhas bases. Na hora extrema, \ niunista; o que aconteceu depois da tiveram de redimir-se pelos inenarráveis I primeira guerra com o ressurgir da Alesofrimentos da guerra da sua displicên I manha mediante a cooperação dos capicia ou da sua criminosa inadvertência...

Bem mais sombrio é o panorama atual

da Europa.

A guerra hitleriana atin-

À tais britânicos e americanos, deve estar I bem vivo na memória de todos os ho-

1 _

—a...

a deturpam. O capitalismo ainda exibe

num livro recente

— An 'Avierican Di-

lemina — do escritor sueco Gunnar

Uyarda^ é um drama sem remissão. A pobreza de certas camadas dos Estados do Sul e das grandes cidades do Norte,

como Nova York, Chicago etc., não deixa muito longe os dolorosos índices

do Brasil e de outras Repúblicas latino-


60

Djcijsto Econômico ■

americanas. O excesso da industrializa ção estandardízou demasiado a vida na

imperialismo yankee do dinlieiro, o Kremlin opõe o da miséria, às liberda-

ainda não permitiu a completa flores cência do que chamaríamos de "cultura"

dc.s, mesmo falhas, das democracias re

Os dirigentes

americanos estão ainda, ao que parece, na aprendizagem da política internacio

cínios fáceis não são sempre os mais certos. Acreditemos, antes, que, pelo

presentativas, a tirania vermelha... Cer

iuas contendas para os campos de ba talha? Tente alguém responder a tal

tamente, nem os povos da Europa o nem os dos outros Continentes desejam

estará em condições de lutar contra os

curto período hitloriimo

nal; somente, agora ê'es começam a

"descobrir" o mundo...

hington ou Moscou — que êlcs têm de

Muito, pois,

bre o seu país na órbita diplomática. Mas, em trôco, nenhum povo tem tanta reserva de idealismo, tantos anseio.s de

lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Afinal, 6 tão absur

do pressupor uma França, por exemplo, modelada pela Pcnsilvània ou pela Ca

parte alguma é tão vivo, tão sincero e

lifórnia quanto pela Ucrânia ou pela Rús.sia Branca... A criso européia, por

por vezes, afigurando-se mesmo uni tanto ingênuo, o espírito de cooperação

cri.se dc morte. O Velho Mundo tem

paz, de progresso e de bem-estar. Em

E' necessário apenas que ôle se transpoi

uma experiência multissecular dc sofri

ra do colapsos... Por que, pois, prcci-

externa. Das suas largas fronteiras para do mundo...

Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu

implacável capitalismo?

Assim

apregoam os russos... O Plano

Marshall, por exemplo, não seria, na sua essência, senão o' processo de con

pergunta...

Os colossos ame-

A humanidade viveu no

na dolorosa

expectativa de guerra que, afinal, de

flagrou um dia c cstcndou-.se por quase tôda a superfície do globo.

Desta for

ma, um raciocínio fácil leva-nos a pen sar, como o habitante de Sirius a que mo referi, que, rcjJctindo recente pas sado, estamos às vésperas da mais trá gica das provações.

Todavia, os racio

menos, por muitos anos, a Rússia não Estados Unidos e as nações que com êstes cada vez mais se identificam. Por

enquanto, ela não passará cia arrogância o das ameaças, exatamente como fez o

ftiehref alemão.

Que possa ou não

chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do

Ocidente, dos Estados Unidos em pri meiro lugar...

mentos pura .salvar-.sc, mesmo à véspe pitnr-Ihes um atestado de agonia? Em

cada um dc nós liá sempre uma ten

dência, mais ou menos acentuada, paru prefigurar as coisas catastróficas

que poderão acontecer.

Um fi-

nls-Europa abre à nossa imagi nação, tão carregada de remi-

niscências históricas, perspectivas infinitas...

A França reduzida

a uma espécie de Grécia depois da conquista romana; uma Inglaterra con

quista imperialista, um meio de prender a Eiu-opa, e através da Europa, o resto

finada na sua ilha brumosa; uma Italia

da Terra, às finanças da "Wall Street",

Iracemos pelo contrário, já que isto não

não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana.., Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sticedànco

mente esta catústTofc?

mais grave que seja, não pode ser uma

nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos prodígios tem conseguido, para a esfera as fronteiras ainda mais largas

61

licano e nisso acabarão por transpor as

qualquer dos dois. É contra este di lema tendenciosamente armado — Was

têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem so

Econômico

propicio será o clima para Moscou. Ao

cional, como o da civilização técnica

pelo modelo europeu.

Dícesto DlCESl

como um vasto museu artístico... Pre-

nos custa, um panorama mais feliz; a

Europa reconstituída e reencontrando-sc

^ si mesma, para dar à humanidade novos modelos de organização política

da assistência americana? A estimulação

c social, transformadora c classificado-

das greves, a revolta das massas, o incitamento a tôdas as espécies de ódios de classes.., Quanto mais baixo des cer o nível da vida das nações, próspe ras e felizes de antes da guerra, mais

ra das con-entes antagônicas que a amea çam...

Salvo — e surge aí outra hi

pótese terríficante — que nova confla gração seja o galope final da sua atri bulada existência. Mas aproxima-se real-

O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado dcai^na como "muliilateralismo", ou seja, um programo financeiro c comercial iriíernactono/, segundo o qual as divisas seriam ràpidamente conversiveis c relativamente estáveis, estando 03 importadores e exportadores livres de comprar ou vender à sua conffíííc. As barreiras alfandegárias seriam progressivaineiite restringidas e as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas na nacionalidade dos importadores e exportadores não mais existiriam.

Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de unu^ reunião dos membros do Congresso Nacional dc Comércio Exterior. O sr. Thotpe afirmou ainda que a instituição do "multilateralismo" <e fonjaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redisida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou ~ é um aconteciir da maior importância no domínio do intercâmbio comercial infeniacional" sepuida. considerou como comn principais nrím inntx ameaças nmcacas a êssc sistema multilateral o Em seguida,

nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser detJiasiado otimista, está fora de dúvida que a Carta da Organização Internacional do Comércio e o Plano Marsliall para a reconstrução da Europa nos oferecem as maiores mcr' missas para a formação de um mundo tal qual desejamos-, de paz e prosnericKide dentro da liberdade e justiça para todas".

'


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Djcijsto Econômico ■

americanas. O excesso da industrializa ção estandardízou demasiado a vida na

imperialismo yankee do dinlieiro, o Kremlin opõe o da miséria, às liberda-

ainda não permitiu a completa flores cência do que chamaríamos de "cultura"

dc.s, mesmo falhas, das democracias re

Os dirigentes

americanos estão ainda, ao que parece, na aprendizagem da política internacio

cínios fáceis não são sempre os mais certos. Acreditemos, antes, que, pelo

presentativas, a tirania vermelha... Cer

iuas contendas para os campos de ba talha? Tente alguém responder a tal

tamente, nem os povos da Europa o nem os dos outros Continentes desejam

estará em condições de lutar contra os

curto período hitloriimo

nal; somente, agora ê'es começam a

"descobrir" o mundo...

hington ou Moscou — que êlcs têm de

Muito, pois,

bre o seu país na órbita diplomática. Mas, em trôco, nenhum povo tem tanta reserva de idealismo, tantos anseio.s de

lutar para sobreviver na linha dos seus destinos históricos. Afinal, 6 tão absur

do pressupor uma França, por exemplo, modelada pela Pcnsilvània ou pela Ca

parte alguma é tão vivo, tão sincero e

lifórnia quanto pela Ucrânia ou pela Rús.sia Branca... A criso européia, por

por vezes, afigurando-se mesmo uni tanto ingênuo, o espírito de cooperação

cri.se dc morte. O Velho Mundo tem

paz, de progresso e de bem-estar. Em

E' necessário apenas que ôle se transpoi

uma experiência multissecular dc sofri

ra do colapsos... Por que, pois, prcci-

externa. Das suas largas fronteiras para do mundo...

Com o fim de dominá-lo, de escravizá-lo aos interesses do seu

implacável capitalismo?

Assim

apregoam os russos... O Plano

Marshall, por exemplo, não seria, na sua essência, senão o' processo de con

pergunta...

Os colossos ame-

A humanidade viveu no

na dolorosa

expectativa de guerra que, afinal, de

flagrou um dia c cstcndou-.se por quase tôda a superfície do globo.

Desta for

ma, um raciocínio fácil leva-nos a pen sar, como o habitante de Sirius a que mo referi, que, rcjJctindo recente pas sado, estamos às vésperas da mais trá gica das provações.

Todavia, os racio

menos, por muitos anos, a Rússia não Estados Unidos e as nações que com êstes cada vez mais se identificam. Por

enquanto, ela não passará cia arrogância o das ameaças, exatamente como fez o

ftiehref alemão.

Que possa ou não

chegar ao golpe de 1939, isto depende muito da atitude das democracias do

Ocidente, dos Estados Unidos em pri meiro lugar...

mentos pura .salvar-.sc, mesmo à véspe pitnr-Ihes um atestado de agonia? Em

cada um dc nós liá sempre uma ten

dência, mais ou menos acentuada, paru prefigurar as coisas catastróficas

que poderão acontecer.

Um fi-

nls-Europa abre à nossa imagi nação, tão carregada de remi-

niscências históricas, perspectivas infinitas...

A França reduzida

a uma espécie de Grécia depois da conquista romana; uma Inglaterra con

quista imperialista, um meio de prender a Eiu-opa, e através da Europa, o resto

finada na sua ilha brumosa; uma Italia

da Terra, às finanças da "Wall Street",

Iracemos pelo contrário, já que isto não

não no inspira nenhum sentimento de cooperação, de solidariedade humana.., Mas, porventura, que oferece a Rússia à recuperação da Europa como sticedànco

mente esta catústTofc?

mais grave que seja, não pode ser uma

nha com o mesmo otimismo e o mesmo ardor da esfera interna, onde tantos prodígios tem conseguido, para a esfera as fronteiras ainda mais largas

61

licano e nisso acabarão por transpor as

qualquer dos dois. É contra este di lema tendenciosamente armado — Was

têm de treinar para levar a bom êxito os encargos tremendos que recaem so

Econômico

propicio será o clima para Moscou. Ao

cional, como o da civilização técnica

pelo modelo europeu.

Dícesto DlCESl

como um vasto museu artístico... Pre-

nos custa, um panorama mais feliz; a

Europa reconstituída e reencontrando-sc

^ si mesma, para dar à humanidade novos modelos de organização política

da assistência americana? A estimulação

c social, transformadora c classificado-

das greves, a revolta das massas, o incitamento a tôdas as espécies de ódios de classes.., Quanto mais baixo des cer o nível da vida das nações, próspe ras e felizes de antes da guerra, mais

ra das con-entes antagônicas que a amea çam...

Salvo — e surge aí outra hi

pótese terríficante — que nova confla gração seja o galope final da sua atri bulada existência. Mas aproxima-se real-

O mundo deve adotar o que o Departamento do Estado dcai^na como "muliilateralismo", ou seja, um programo financeiro c comercial iriíernactono/, segundo o qual as divisas seriam ràpidamente conversiveis c relativamente estáveis, estando 03 importadores e exportadores livres de comprar ou vender à sua conffíííc. As barreiras alfandegárias seriam progressivaineiite restringidas e as vantagens ou des vantagens comerciais baseadas na nacionalidade dos importadores e exportadores não mais existiriam.

Tais são, em substância, as declarações feitas pelo sr. Willard Thorpe, se cretario de Estado adjunto para os Negócios Econômicos, no transcurso de unu^ reunião dos membros do Congresso Nacional dc Comércio Exterior. O sr. Thotpe afirmou ainda que a instituição do "multilateralismo" <e fonjaria possível com a adoção da Carta da Organização Internacional do Comércio, redisida em Genebra. "A Conferência de Genebra — acrescentou ~ é um aconteciir da maior importância no domínio do intercâmbio comercial infeniacional" sepuida. considerou como comn principais nrím inntx ameaças nmcacas a êssc sistema multilateral o Em seguida,

nacionalismo e as intervenções políticas. "Todavia, sem pretender ser detJiasiado otimista, está fora de dúvida que a Carta da Organização Internacional do Comércio e o Plano Marsliall para a reconstrução da Europa nos oferecem as maiores mcr' missas para a formação de um mundo tal qual desejamos-, de paz e prosnericKide dentro da liberdade e justiça para todas".

'


63

Dicesto Econômico

EVOLIÇSO EC0\6MICA DOS TR/l\SPORTES

Neste artigo, vamos examinar somen te a evolução do movimento de trans

EERROVíARIOS ^0 RRiESIL

porte realizado por no\'c estradas de fcno situadas cm quase lôdas as re

curso tem limites estreitos, de vez que

giões geoeconómica.s.

çâo e o consumo nas áreas tributarias, tendendo a re.stringir mais ainda o mo-

por Américo Barbosa de Oliveira

Colhemos cm estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos refercnte.s ao tráfego efetuado durante cerca de

IJma tendência que se observa boje em todos os setores do conhecimen

to humano é o recuo do costume dos

antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas fa'sas e inspiradoras de

de Oliveira apresenta algumas conclu' sues tiradas do campo da econotnit^ geral para o da economia ferroviária-

metodologias errôneas no estudo dos problemas.

O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des

ligado das condições do meio em que se processa e preservado, portanto, do influxo das variações que essas condições acusam a cada momento.

A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas atitudes; por isso, encontramos em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade. Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interesses como agente capaz de aprofundar todas as distinções existentes e de determinar

outro, as características econômicas da

região servida.

A mesma intcrdeperi'

dência se observa entre essas caracte

rísticas da zona tributária e a organi zação social do trabalho humano.

O menosprezo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada

de certos disparates como o de atribuir a superioridade da "Paulista" sôbre a

Central" a diferença entre a adminis tração privada e a estatal. Outra conseqüência dessa errônea atitude diante dos problemas é o com plexo de inferioridade, pois, para ex plicar a diferença entre as grandes es tradas de ferro do mundò e as nossa."»

surgem logo as idéias da nossa incapaci-

sempre novas deformações, desde que, . dado administrativa ou da nossa com através da dissociação de fatos e pro posição racial ou o "tropicalismo" e ou blemas, possa criar diretamente opor tras ainda mais esdrúxulas. tunidade de satisfação de objetivos de

grupos ou indiretamente acenar com so

luções prometedoras de boas empreita das.

Em referência ao assunto de nosso

artigo de hoje é impossível disfarçar a profunda interdependência existente entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de

meio século

O ilustre engenheiro Américo Barbosf

Entretanto, o exame do nosso sistema

c

através

da

cur\'a

de

densidade do tráfego exprimimò-lo no gráfico ãncxo.

I

sidade insuficiente, é o aumento das tarifas. É claro, porém, que êsse re

A densidade dc tráfego, que também

é chamada de intensidade do tráfego, exprime, como é sabido, o grau de nHli. zação social de uma estrada, pois nada mais é do que o quociente da divisão da tone'agem deslocada medida em toneladas-quiLómetros pela extensão da «ístrada em quilômetros.

É fácil reconhecer a importância da densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada.

Não

ó difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários, pôsto que impede a satisfatória utiliza ção da capacidade da linha. A receita da

é

líquida

função

direta

de da

uma estra densidade

do tráfego. O único processo dc suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den-

repercute imediatamente sôbre a pmduvimento.

.

Quando uma estrada de ferro se nosso tomiquete, mantendo um ser\T

deficitário apesar de serem as taní^ ele\'adas, a solução é transferir antes o "abacaxi" ao govémo mais pró ximo, mediante encamptçSo "

bom preparo da opinião P" " qual ressurgem os

y, cons-

que somos um pats novo o de q ^ Hh,i um devi goven..meut.l m.nter as estradas etc., etc.

Quando a densidade de

é

suficientemente elevada, a opc serviço deixa saldo,

xas as tarifas. Nessas estradas a man tenção do material rodante e | da linha estão sempre em

trabalha com estimulo e ^

ção .a aperf-í» ôs guém cogita em transfenr o encarg

"Snimo de densidade a partir da qual começa a ser

âoracão de uma estrada de ferro, que

chamlemos densidade cnúca tiualmente conforme o f

^

êste é função principa mente das difi culdade topográficas - que a estrada tenha . de vencer.

ferroviário como parte de um todo permi

E claro que es

te defrontar todas as controvérsias e en

tradas como a "São

trever as verdadeiras soluções que interes

4 Paulo Railway" e a

sam a consolidação da economia nacio

"Central" ou a "So-

nal, do mesmo passo que nos premune

rocabana", que cor

contra os efeitos de certos slogans sem

tam a escarpa ma-

base, mas profundamente arraigados no espírito público.

4.0

J._


63

Dicesto Econômico

EVOLIÇSO EC0\6MICA DOS TR/l\SPORTES

Neste artigo, vamos examinar somen te a evolução do movimento de trans

EERROVíARIOS ^0 RRiESIL

porte realizado por no\'c estradas de fcno situadas cm quase lôdas as re

curso tem limites estreitos, de vez que

giões geoeconómica.s.

çâo e o consumo nas áreas tributarias, tendendo a re.stringir mais ainda o mo-

por Américo Barbosa de Oliveira

Colhemos cm estatísticas oficiais, para cada estrada, os algarismos refercnte.s ao tráfego efetuado durante cerca de

IJma tendência que se observa boje em todos os setores do conhecimen

to humano é o recuo do costume dos

antigos exageros em matéria de especia lização; exageros que são responsáveis por perspectivas fa'sas e inspiradoras de

de Oliveira apresenta algumas conclu' sues tiradas do campo da econotnit^ geral para o da economia ferroviária-

metodologias errôneas no estudo dos problemas.

O vício mais comum era o de encarar cada fenômeno como se estivesse des

ligado das condições do meio em que se processa e preservado, portanto, do influxo das variações que essas condições acusam a cada momento.

A colocação do problema das estradas de ferro, como a de outros, não podia deixar de refletir as deformações dessas velhas atitudes; por isso, encontramos em circulação certos conceitos admitidos por tôda "a gente boa" e que, no en tanto, se afastam muito da realidade. Em assuntos econômicos, releva ain da mencionar o jôgo de interesses como agente capaz de aprofundar todas as distinções existentes e de determinar

outro, as características econômicas da

região servida.

A mesma intcrdeperi'

dência se observa entre essas caracte

rísticas da zona tributária e a organi zação social do trabalho humano.

O menosprezo dêsses laços é que determina a aceitação tão generalizada

de certos disparates como o de atribuir a superioridade da "Paulista" sôbre a

Central" a diferença entre a adminis tração privada e a estatal. Outra conseqüência dessa errônea atitude diante dos problemas é o com plexo de inferioridade, pois, para ex plicar a diferença entre as grandes es tradas de ferro do mundò e as nossa."»

surgem logo as idéias da nossa incapaci-

sempre novas deformações, desde que, . dado administrativa ou da nossa com através da dissociação de fatos e pro posição racial ou o "tropicalismo" e ou blemas, possa criar diretamente opor tras ainda mais esdrúxulas. tunidade de satisfação de objetivos de

grupos ou indiretamente acenar com so

luções prometedoras de boas empreita das.

Em referência ao assunto de nosso

artigo de hoje é impossível disfarçar a profunda interdependência existente entre: de um lado, a situação e a evo lução dos sistemas ferroviários e, de

meio século

O ilustre engenheiro Américo Barbosf

Entretanto, o exame do nosso sistema

c

através

da

cur\'a

de

densidade do tráfego exprimimò-lo no gráfico ãncxo.

I

sidade insuficiente, é o aumento das tarifas. É claro, porém, que êsse re

A densidade dc tráfego, que também

é chamada de intensidade do tráfego, exprime, como é sabido, o grau de nHli. zação social de uma estrada, pois nada mais é do que o quociente da divisão da tone'agem deslocada medida em toneladas-quiLómetros pela extensão da «ístrada em quilômetros.

É fácil reconhecer a importância da densidade de tráfego como fator de rendimento econômico da estrada.

Não

ó difícil também compreender que abai xo de certa densidade o tráfego ferro viário apresenta resultados deficitários, pôsto que impede a satisfatória utiliza ção da capacidade da linha. A receita da

é

líquida

função

direta

de da

uma estra densidade

do tráfego. O único processo dc suplementar a receita ferroviária, na hipótese de den-

repercute imediatamente sôbre a pmduvimento.

.

Quando uma estrada de ferro se nosso tomiquete, mantendo um ser\T

deficitário apesar de serem as taní^ ele\'adas, a solução é transferir antes o "abacaxi" ao govémo mais pró ximo, mediante encamptçSo "

bom preparo da opinião P" " qual ressurgem os

y, cons-

que somos um pats novo o de q ^ Hh,i um devi goven..meut.l m.nter as estradas etc., etc.

Quando a densidade de

é

suficientemente elevada, a opc serviço deixa saldo,

xas as tarifas. Nessas estradas a man tenção do material rodante e | da linha estão sempre em

trabalha com estimulo e ^

ção .a aperf-í» ôs guém cogita em transfenr o encarg

"Snimo de densidade a partir da qual começa a ser

âoracão de uma estrada de ferro, que

chamlemos densidade cnúca tiualmente conforme o f

^

êste é função principa mente das difi culdade topográficas - que a estrada tenha . de vencer.

ferroviário como parte de um todo permi

E claro que es

te defrontar todas as controvérsias e en

tradas como a "São

trever as verdadeiras soluções que interes

4 Paulo Railway" e a

sam a consolidação da economia nacio

"Central" ou a "So-

nal, do mesmo passo que nos premune

rocabana", que cor

contra os efeitos de certos slogans sem

tam a escarpa ma-

base, mas profundamente arraigados no espírito público.

4.0

J._


64

Dic;i:sto

de remuneração do capUal de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá

fego, em igua'dade de outras condições. É propositadamente que não fazemos

distinção quanto às estradas do governo no que diz respeito à remuneração do capita' investido, pois, do ponto de vis ta da economia nacional, não lia, neste particular, diferença alguma entre o ca

pital público e o privado, pouco im

portando se a contabilidade das estra

das governamentais reg stra ou não tal parcela.

EcoNÓMict>

a casa cios 3.0Ü0.000 (. (último dado obtido). No Canadá, o nível do movimento

cadoria.s, Cj[iic orçaxa eni 496.000 t, progrediu ano a ano, embora com certos

que era cê-rca do 80%, constituía um grande problema de governo. Hoje a situação não é diferente.

cm nossos dias.

De nada valeram as panacéias ten

A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições

Se deitarmos agora um olhar para o no.s.so gráfico referente a algumas estra das

brasileiras

averiguaremos que a

grande maioria aprc.scnta densidade dc

tráfego reduzidí.ssimo, .sendo que, al

trarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten

sidade do tráfego e chegará o dia em que este garantirá a receita necessária ao

ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a

cobriremos que em nenhuma das es

política de arrendamento trouxeram as mesmas desilusões.

No futuro, de nada

valerão também quaisquer providências

SC não incluírem um vigoroso programa do fomento de tráfego, mediante pla nejamento técnico para o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as

dais que permitissem a cada família de imigrantes levar ao nível máximo sua capacidade dc produção, de consumo, de capitalização, de organização, dc aquisi ção de cultura etc. O proce-sso funda mental para tal racionalização foi o

acesso generalizado à propriedade d» terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimen.sõcs a o

sistido ao dcsbravamenlo de certas re

quadas à finalidade de utilização plo"'^

giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as

pelas famílias pioneiras.

No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se do esta

belecer condições sociais

que permitissem a certas famílias de boa origem-con

d ito •

gráfico há tendência para o equilíbrio

econômico. E, dentre as não-defícitdrias

tinuar a viver "dignamen-

" *"• te",'mediante exploração

tradas deficitárias que figuram em nosso

das grandes extensões de conseqüências do esclerosamento eco

somente a "Paulista", a "Mogiana" e a

nômico que se vai estendendo por tôda

"Great Westcm" vêm registando algum

a região.

terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a princípio e depois passou a ser o imi

progresso econômico. A par do aumento

Se a estrutura da economia regional prefigura um tipo de sistema ferroviá

grante.

da receita não podemos olvidar que o custeio do transporte ferroviário cresce

rio compatível com suas condições, em

social a unidade produtora não era o

Em bases de tamanha desigualdade

a precária situação das estradas brasi

cidadão e sua família; era o proprietá rio e seus agregados reproduzindo

de de tráfego, fazendo desaparecer em

leiras.

num país novo os característicos eco

muitas estradas a pequena vantagem de

O

toneladas não são mantidas em serviço.

também ano a ano e, geralmente, eni ritmo mais elevado do que a densida

Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america

374.000 t-valor médio de tôdas as es

dação das garantia.s de juros como a

Se examinarmos os reflexos dêsse au

cabíveis no caso, procuraremos, em corli panhia do leitor, formar idéia sôbre a

na revelam que, em 1882, já a densi dade de tráfego de mercadorias atingia

tadas; tanto as encampações para liqui

custeio do serviço...

mento de tráfego sôbre a receita do ser

o eng. Raul Simon, as estradas com densidade de tráfego inferior a 100.000

Tais condições se propagaram ao tra

fego ferroviário americano, cujo volume médio, cm 1882, já atingia um nive] aproximadamente igual ao da "Paulista

recuos na.s época.s dc crí.sc, atingindo

viço e se confrontarmos as séries esta tísticas das receitas e das despesas, des

vos como o Brasil. . Nos Estados Unidos, segundo informa

do país.

1.498.000 t cm 1945.

Feitas no entanto tôdas ai reservas

posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sobre a den sidade de tráfego em outros países no

zação dos excepcionais recursos naturais

Em 1915 a dcnsicladc de tráfego de incr-

"Leste Brasileiro" dificilmente encon

dade sabemos nac ser exato

lista", a "Mogiana" o a "São Paulo Railway" e parto da "Lcopoldina" vi remuneração do capital. Tudo o mais,

to significa que estamos admitindo tíicilamente terem as estradas sua via permanente e seu materiai rodante em

dessas condições ideais, o que na ver!

trabalho, que permitiram a ampla uHli-

viam de seus recursos para o custeio e

gumas como a "São Luiz-Terezina", O "Madcira-Mamoré", a "Bragança", a

condições, a^quadas à máxima eco nom.a de tráfego; ou, peio menos ei tarem todas elas igualmente afastadas

brasileira: mostrou que somente a "Pau

ferroviário c também ba.stanle elevado.

"5° de desejamos entrar aqui om pormcnorcs ordem

^.ca O nosso silêncio a êsse respeU

r

65

Dir.ESTO Econômico

qualquer país do mundo, está explicada invejável

movimento ferroviário

corrente da melhoria no movimento de

constatado nos Estados Unidos — mal

cargas.

grado a enorme concorrência rodoviária

Há cêrca ,de 25 anos atrás, em reln-

feita por milíiões de veículos automoto

nômicos caducos dos quadros feudais europeus.

Criando tal clima social, impusemo-nos um progresso-teto muito baLxo, de vez

tradas. Êsses algarismos vêm crescendo

tóriu que marcou época, e.xpô.s Pires

res — decorre do sistema adotado na co

que repousa sôbre a progressiva expo-

com o tempo, ultrapassando em 1943

do Rio a situação da rêde ferroviária

lonização e na organização racional do

liação cultural de miUiões de trabalha-


64

Dic;i:sto

de remuneração do capUal de tal mo do majoradas que sua exploração sem déficit exige u'a maior densidade de trá

fego, em igua'dade de outras condições. É propositadamente que não fazemos

distinção quanto às estradas do governo no que diz respeito à remuneração do capita' investido, pois, do ponto de vis ta da economia nacional, não lia, neste particular, diferença alguma entre o ca

pital público e o privado, pouco im

portando se a contabilidade das estra

das governamentais reg stra ou não tal parcela.

EcoNÓMict>

a casa cios 3.0Ü0.000 (. (último dado obtido). No Canadá, o nível do movimento

cadoria.s, Cj[iic orçaxa eni 496.000 t, progrediu ano a ano, embora com certos

que era cê-rca do 80%, constituía um grande problema de governo. Hoje a situação não é diferente.

cm nossos dias.

De nada valeram as panacéias ten

A colonização racional, naquela épo ca, constituiu em criar condições

Se deitarmos agora um olhar para o no.s.so gráfico referente a algumas estra das

brasileiras

averiguaremos que a

grande maioria aprc.scnta densidade dc

tráfego reduzidí.ssimo, .sendo que, al

trarão paralelo noutros países do mundo. Mas — dirá o leitor — o gráfico re vela tendência de aumento da inten

sidade do tráfego e chegará o dia em que este garantirá a receita necessária ao

ordem de grandeza da densidade crí tica em condições médias e verificar a

cobriremos que em nenhuma das es

política de arrendamento trouxeram as mesmas desilusões.

No futuro, de nada

valerão também quaisquer providências

SC não incluírem um vigoroso programa do fomento de tráfego, mediante pla nejamento técnico para o desenvolvi mento econômico das regiões servidas. Inúmeras estradas brasileiras têm as

dais que permitissem a cada família de imigrantes levar ao nível máximo sua capacidade dc produção, de consumo, de capitalização, de organização, dc aquisi ção de cultura etc. O proce-sso funda mental para tal racionalização foi o

acesso generalizado à propriedade d» terra. Para isso adotaram-se unidades fundiárias uniformes e de dimen.sõcs a o

sistido ao dcsbravamenlo de certas re

quadas à finalidade de utilização plo"'^

giões; têm vivido os dias de maior progresso regional, para sofrer depois as

pelas famílias pioneiras.

No Brasil, outros princípios presidiram a colonização desde tempos remotos: tratava-se do esta

belecer condições sociais

que permitissem a certas famílias de boa origem-con

d ito •

gráfico há tendência para o equilíbrio

econômico. E, dentre as não-defícitdrias

tinuar a viver "dignamen-

" *"• te",'mediante exploração

tradas deficitárias que figuram em nosso

das grandes extensões de conseqüências do esclerosamento eco

somente a "Paulista", a "Mogiana" e a

nômico que se vai estendendo por tôda

"Great Westcm" vêm registando algum

a região.

terras recebidas por doação. O elemen to de trabalho "ideal" foi o africano a princípio e depois passou a ser o imi

progresso econômico. A par do aumento

Se a estrutura da economia regional prefigura um tipo de sistema ferroviá

grante.

da receita não podemos olvidar que o custeio do transporte ferroviário cresce

rio compatível com suas condições, em

social a unidade produtora não era o

Em bases de tamanha desigualdade

a precária situação das estradas brasi

cidadão e sua família; era o proprietá rio e seus agregados reproduzindo

de de tráfego, fazendo desaparecer em

leiras.

num país novo os característicos eco

muitas estradas a pequena vantagem de

O

toneladas não são mantidas em serviço.

também ano a ano e, geralmente, eni ritmo mais elevado do que a densida

Os algarismos mais antigos que obtive da estatística ferroviária norte-america

374.000 t-valor médio de tôdas as es

dação das garantia.s de juros como a

Se examinarmos os reflexos dêsse au

cabíveis no caso, procuraremos, em corli panhia do leitor, formar idéia sôbre a

na revelam que, em 1882, já a densi dade de tráfego de mercadorias atingia

tadas; tanto as encampações para liqui

custeio do serviço...

mento de tráfego sôbre a receita do ser

o eng. Raul Simon, as estradas com densidade de tráfego inferior a 100.000

Tais condições se propagaram ao tra

fego ferroviário americano, cujo volume médio, cm 1882, já atingia um nive] aproximadamente igual ao da "Paulista

recuos na.s época.s dc crí.sc, atingindo

viço e se confrontarmos as séries esta tísticas das receitas e das despesas, des

vos como o Brasil. . Nos Estados Unidos, segundo informa

do país.

1.498.000 t cm 1945.

Feitas no entanto tôdas ai reservas

posição das ferrovias brasileiras. Vejamos de início algo sobre a den sidade de tráfego em outros países no

zação dos excepcionais recursos naturais

Em 1915 a dcnsicladc de tráfego de incr-

"Leste Brasileiro" dificilmente encon

dade sabemos nac ser exato

lista", a "Mogiana" o a "São Paulo Railway" e parto da "Lcopoldina" vi remuneração do capital. Tudo o mais,

to significa que estamos admitindo tíicilamente terem as estradas sua via permanente e seu materiai rodante em

dessas condições ideais, o que na ver!

trabalho, que permitiram a ampla uHli-

viam de seus recursos para o custeio e

gumas como a "São Luiz-Terezina", O "Madcira-Mamoré", a "Bragança", a

condições, a^quadas à máxima eco nom.a de tráfego; ou, peio menos ei tarem todas elas igualmente afastadas

brasileira: mostrou que somente a "Pau

ferroviário c também ba.stanle elevado.

"5° de desejamos entrar aqui om pormcnorcs ordem

^.ca O nosso silêncio a êsse respeU

r

65

Dir.ESTO Econômico

qualquer país do mundo, está explicada invejável

movimento ferroviário

corrente da melhoria no movimento de

constatado nos Estados Unidos — mal

cargas.

grado a enorme concorrência rodoviária

Há cêrca ,de 25 anos atrás, em reln-

feita por milíiões de veículos automoto

nômicos caducos dos quadros feudais europeus.

Criando tal clima social, impusemo-nos um progresso-teto muito baLxo, de vez

tradas. Êsses algarismos vêm crescendo

tóriu que marcou época, e.xpô.s Pires

res — decorre do sistema adotado na co

que repousa sôbre a progressiva expo-

com o tempo, ultrapassando em 1943

do Rio a situação da rêde ferroviária

lonização e na organização racional do

liação cultural de miUiões de trabalha-


6d

dores rurais, cuja produtividade vai

caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão social qualquer que seja sua etnia de origem.

Somem-se a êsse clima social algumas desvantagens da pluviosidade e do solo

DiCESTO

Econóxuco

gressão.

Se recuarmos agora do campo da eco nomia geral para o da economia ferro viária, poderemos tirar algumas con

estão sendo adotadas — a não ser em

A Argentina, embora tenha sido colo nizada segundo o mesmo molde feudal

adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de trabalho escravo tão profundamente in troduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a

escala reduzida e por algumas estradas como a "Paulista" e a "Mogiana"; 2.® — devemos recusar categòricamen-

o 3 oC ois

"®

tomàticamente;

3.® — precisamos fazer justiça ao pes

"

2

pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente máis

território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal,

elevada do que para explorar estradas

entoe cs quais o baixo rendimento do

Diz-se que'o Govêrno cobre os de-

Oo*s C

0] w r.

É com o engenho, o malabarismo e o devotamento do pessoal ferroviário que

uma parte do balanço se equilibra, ca- -

5

'3 •o ® 05 « „ fl

ihfãl

econòmicamente equilibradas.

^balho, o pauperismo, a rotina & a ficiu, mas na verdade, cobre apenas baixa densidade de tráfego constituem, parte dos deficits, pois a substituição ainda os menores males. do material não ó feita a tempo e a A densidade de tráfego na Argentina conservação dos equipamentos é quase iQííí 246.000 íí./® toneladas. ° em que sístemàticamente postergada. 1900, Emera,1945,

ra CO M fi

a>

soal ferroviário, reconhecendo que a ca

Libertou, assim, certos trechos de seu

ção social das forças produtivas brasi' leiras, o tema que nos propusemos abor-

■Solisf ^■0 g w .a

como justificativa da esperança de qua

colonização racional à moda americana.

limbora seja de inexcedível interêsse

JL u3

os deficits ferroviários desaparecerão au-

estrutura latifundiária para pitomover

examinar em suas minúcias a estrutura

ra Ei R

ggl^lfá ■ssg1:i1

te o "calmante" de sermos "país novo"

pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es

alcançou a ctfra de 414.000 toneladas.

eS&e

1.^ — as verdadeiras soluções que o

nómico-financeiros de ordem internacio

mo movimento ferroviário.

o.

TTrrTT-T

clusões:

nosso sistema ferroviário reclama não

baixo nível de vida brasileiro, do nosso exíguo mercado interno, do nosso ínfi

67

Econômico

dar neste artigo não comporia tal di

tropicais, bem como os imperativos eco-

nal e teremos os principais agentes do

Dit.esto

Ç (fl

•o

0*0 íS

6 «a « Ul

Q

d

>3

«12

4>-

ou

n

bendo a outra à resignação dos clientes da estrada e, às vêzes, ao seu malaba

n 2s

S o*

rismo também... V n 01

Ou a o S c > H a «5

r\ 2 O M<0 5


6d

dores rurais, cuja produtividade vai

caindo de geração em geração, conde nando-os impiedosamente à regressão social qualquer que seja sua etnia de origem.

Somem-se a êsse clima social algumas desvantagens da pluviosidade e do solo

DiCESTO

Econóxuco

gressão.

Se recuarmos agora do campo da eco nomia geral para o da economia ferro viária, poderemos tirar algumas con

estão sendo adotadas — a não ser em

A Argentina, embora tenha sido colo nizada segundo o mesmo molde feudal

adotado no Brasil, levou sôbre nós a vantagem de não ter tido o regime de trabalho escravo tão profundamente in troduzido e de ter quebrado, nas áreas de concessão de estradas de ferro, a

escala reduzida e por algumas estradas como a "Paulista" e a "Mogiana"; 2.® — devemos recusar categòricamen-

o 3 oC ois

"®

tomàticamente;

3.® — precisamos fazer justiça ao pes

"

2

pectros de estradas de ferro como a maioria das nossas é infinitamente máis

território do cortejo de anacronísmos que acompanha a organização feudal,

elevada do que para explorar estradas

entoe cs quais o baixo rendimento do

Diz-se que'o Govêrno cobre os de-

Oo*s C

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É com o engenho, o malabarismo e o devotamento do pessoal ferroviário que

uma parte do balanço se equilibra, ca- -

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econòmicamente equilibradas.

^balho, o pauperismo, a rotina & a ficiu, mas na verdade, cobre apenas baixa densidade de tráfego constituem, parte dos deficits, pois a substituição ainda os menores males. do material não ó feita a tempo e a A densidade de tráfego na Argentina conservação dos equipamentos é quase iQííí 246.000 íí./® toneladas. ° em que sístemàticamente postergada. 1900, Emera,1945,

ra CO M fi

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soal ferroviário, reconhecendo que a ca

Libertou, assim, certos trechos de seu

ção social das forças produtivas brasi' leiras, o tema que nos propusemos abor-

■Solisf ^■0 g w .a

como justificativa da esperança de qua

colonização racional à moda americana.

limbora seja de inexcedível interêsse

JL u3

os deficits ferroviários desaparecerão au-

estrutura latifundiária para pitomover

examinar em suas minúcias a estrutura

ra Ei R

ggl^lfá ■ssg1:i1

te o "calmante" de sermos "país novo"

pacidade de trabalho e de organização requerida para manter em tráfego es

alcançou a ctfra de 414.000 toneladas.

eS&e

1.^ — as verdadeiras soluções que o

nómico-financeiros de ordem internacio

mo movimento ferroviário.

o.

TTrrTT-T

clusões:

nosso sistema ferroviário reclama não

baixo nível de vida brasileiro, do nosso exíguo mercado interno, do nosso ínfi

67

Econômico

dar neste artigo não comporia tal di

tropicais, bem como os imperativos eco-

nal e teremos os principais agentes do

Dit.esto

Ç (fl

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0*0 íS

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bendo a outra à resignação dos clientes da estrada e, às vêzes, ao seu malaba

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y/

r

a Holanda ou a Suíça, hoje não conse

guem levantar naquele mercada qual por José Thomaz Naduco

quer soma apreciável.

Entretanto, a "Light", que há mais de quarenta anos opera entre nós, nun ca havia tido a menor dificuldade ern.

^ sr. Carlos Lacerda sc surpreende, num de seus artigos no "Correio da

O Üustre causídico José Thomaz Nabuco

inicia a siui prestigiosa colaboração para

Manhã", com o fato de a "Light"

o "Digesto Econômico" descrevendo o

precisar do auxilio do Govômo Federal

vendo provocado pela economia dirigida.

para poder continuar as obras que esta

ambiente angusUoso que estamos vi

talações hidrelétricas e outras providências indispensáveis para que os seus serviços possam acompanhar o cresci-

mento das cidades a que servem, nue

^ precisa de auxilio do Govêmo para se manter?

^

t) fato, que pode surpreender a mui

quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece cs-

quecer-so de que, com essa medida, estanca tôdas as fontes de capital es trangeiro e que êste só pode entrar num país onde existam restrições de câmbio, com a nítida e positiva garan tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró

tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro

prias, na moeda estrangeira combinada.

em que vivemos (e o resto do mundo

dissemos, mas do mundo quase todo, e,

les governamentais e economia dirigida também) há tantos anos.

O Govêmo intervém onde quer e

acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ ção ocorreu na Rússia muito antes de o

quererem os "Soviets", que tornaram conta do país. Mas, tais foram as re gras e restrições a que submeteram as

I

fábricas, que estas foram forçadas a

,

paralisar os seus serviços, e o Governo,

; I

diante da paralisação, se viu forçado a ocupá-las e assumir a responsabilidade

I

da produção.

I ,

se fez sem grandes sofrimentos que culminaram na grande fome, por ocasião

Mas a transformação não

I da socialização da produção agrícola. 1 O nosso Govêmo, ou outro qualquer, quando intervém no mercado cambial.

conseguir os recursos de que precisava.

O seu negócio era bom, a sua situação firme, c tôdas as portas dos mutiiantes so lhe abriam.

Hoje a sua situação é a mesma, õs

As restrições não são só nossas, como

em conseqüência, uma fonte quase ines

gotável do recursos financeiros, que era o mercado de títulos de Nova York e

dos Estados Unidos, está hoje esgotada o sêca, para todos os mutuários estran geiros.

Não é só a "Light" que se vê im possibilitada de conseguir naquelas pra ças o dinheiro de que precisa. São

tôdas as empresas do mundo que se acham fora dos Estados Unidos e que, por mais solvável e segura que seja a sua posição financeira, não conseguem

obter empréstimos de qualquer natu reza.

A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta

dos Unidos que mesmo países de cré dito de primeira ordem, como a Suécia,

69

dúvida, de 1943 para cá. Mas mais do que eles, subiram tôdas as despesas dos fazendeiros. Os seus salários, os seus impostos, os seus inseticidas e todo o

seu material' dobrou ou triplicou de preço.

Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu o êle foi procurar outras cul

turas que melhor atendiam aos seus interêsses.

dem. Mas as únicas portas que podiam

Deve-se considerar isto indesejável? Não é de se desejar, para o progresso e a sah'ação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre

Ou semi-oficiais.

lucro ofereça?

seus balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or

va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins

■b São Paulo. W A Light , que °tanto ^ganha, ainda

I

Dicesto EcoNÓ\nco

socorrê-la são as das instituições oficiais Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.

Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par

ticulares, se vêem chamados a substi tuir-se a ôles. Porque o comunismo

econômico, por mais que o odiemos nos está invadindo, sem que nós o sintamos como conseqüência ine.xorável de nossos próprios atos. U

O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em

cifras impressionantes mostm que essa produção caiu de quase 500.000 tone

ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente.

E analisa as causas

possíveis dessa débacle, a falta de bra ços, a falta de transporte, a falta de crédito, a falta de sementes, a falta de adubo e mais outras faltas.

Mas não se ve formuláda, entre tô

das as causas examinadas dessa deca dência, a hipótese de ser ela devida a um menor -interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.

Os preços do algodão subiram, sem

aqujlo que n^lhores perspectivas de

É claro que sim. E não há, em tôdas as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível, mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz

daquilo que convém fazer, do que a vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impedlhos que êle terá de enfrentar, pode e deve pro duzir.

O abandono da cultura de algodão

(que nas dimensões espetaculares de

1943 era um produto de exportação),

enquanto vigoram os preços ora cor rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle ó vendido, só alcançam os preços atual mente

\'igorantes

no

nosso

mercado

cambial, e enquanto os preços internos

se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência o grando vantagem. m

No Congresso Nacional discute-se no

va lei do inquilinato. Por mais tempo serão manridas as restrições que atual mente pesam sôbre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-


y/

r

a Holanda ou a Suíça, hoje não conse

guem levantar naquele mercada qual por José Thomaz Naduco

quer soma apreciável.

Entretanto, a "Light", que há mais de quarenta anos opera entre nós, nun ca havia tido a menor dificuldade ern.

^ sr. Carlos Lacerda sc surpreende, num de seus artigos no "Correio da

O Üustre causídico José Thomaz Nabuco

inicia a siui prestigiosa colaboração para

Manhã", com o fato de a "Light"

o "Digesto Econômico" descrevendo o

precisar do auxilio do Govômo Federal

vendo provocado pela economia dirigida.

para poder continuar as obras que esta

ambiente angusUoso que estamos vi

talações hidrelétricas e outras providências indispensáveis para que os seus serviços possam acompanhar o cresci-

mento das cidades a que servem, nue

^ precisa de auxilio do Govêmo para se manter?

^

t) fato, que pode surpreender a mui

quando faz tôdas as remessas depen derem do seu consentimento, parece cs-

quecer-so de que, com essa medida, estanca tôdas as fontes de capital es trangeiro e que êste só pode entrar num país onde existam restrições de câmbio, com a nítida e positiva garan tia, do próprio Govêmo, de que os pa gamentos serão feitos, nas épocas pró

tos, não é nem mais nem menos do que um reflexo do ambiente de contro

prias, na moeda estrangeira combinada.

em que vivemos (e o resto do mundo

dissemos, mas do mundo quase todo, e,

les governamentais e economia dirigida também) há tantos anos.

O Govêmo intervém onde quer e

acaba tendo que intervir onde não quer. A socialização dos meios de produ ção ocorreu na Rússia muito antes de o

quererem os "Soviets", que tornaram conta do país. Mas, tais foram as re gras e restrições a que submeteram as

I

fábricas, que estas foram forçadas a

,

paralisar os seus serviços, e o Governo,

; I

diante da paralisação, se viu forçado a ocupá-las e assumir a responsabilidade

I

da produção.

I ,

se fez sem grandes sofrimentos que culminaram na grande fome, por ocasião

Mas a transformação não

I da socialização da produção agrícola. 1 O nosso Govêmo, ou outro qualquer, quando intervém no mercado cambial.

conseguir os recursos de que precisava.

O seu negócio era bom, a sua situação firme, c tôdas as portas dos mutiiantes so lhe abriam.

Hoje a sua situação é a mesma, õs

As restrições não são só nossas, como

em conseqüência, uma fonte quase ines

gotável do recursos financeiros, que era o mercado de títulos de Nova York e

dos Estados Unidos, está hoje esgotada o sêca, para todos os mutuários estran geiros.

Não é só a "Light" que se vê im possibilitada de conseguir naquelas pra ças o dinheiro de que precisa. São

tôdas as empresas do mundo que se acham fora dos Estados Unidos e que, por mais solvável e segura que seja a sua posição financeira, não conseguem

obter empréstimos de qualquer natu reza.

A repercussão dessas restrições go vernamentais foi tão grande nos Esta

dos Unidos que mesmo países de cré dito de primeira ordem, como a Suécia,

69

dúvida, de 1943 para cá. Mas mais do que eles, subiram tôdas as despesas dos fazendeiros. Os seus salários, os seus impostos, os seus inseticidas e todo o

seu material' dobrou ou triplicou de preço.

Conseqüentemente a sua margem de lucro caiu o êle foi procurar outras cul

turas que melhor atendiam aos seus interêsses.

dem. Mas as únicas portas que podiam

Deve-se considerar isto indesejável? Não é de se desejar, para o progresso e a sah'ação econômica do país, que os nossos fazendeiros plantem sempre

Ou semi-oficiais.

lucro ofereça?

seus balanços revelam uma situação econômica e financeira de primeira or

va executando para ampliação de sua rêde telefônica, aumento de suas ins

■b São Paulo. W A Light , que °tanto ^ganha, ainda

I

Dicesto EcoNÓ\nco

socorrê-la são as das instituições oficiais Por que? Porque a socialização da ri queza já nos está atingindo a todos.

Porque os Governos tendo, sem o que rer, paralisado os financiamentos par

ticulares, se vêem chamados a substi tuir-se a ôles. Porque o comunismo

econômico, por mais que o odiemos nos está invadindo, sem que nós o sintamos como conseqüência ine.xorável de nossos próprios atos. U

O sr. Costa Rego, no mesmo "Cor reio da Manhã", lastima e lamenta a grande diminuição da produção de al godão no Estado de São Paulo. Em

cifras impressionantes mostm que essa produção caiu de quase 500.000 tone

ladas em 1943 a pouco mais de 50.000 no ano corrente.

E analisa as causas

possíveis dessa débacle, a falta de bra ços, a falta de transporte, a falta de crédito, a falta de sementes, a falta de adubo e mais outras faltas.

Mas não se ve formuláda, entre tô

das as causas examinadas dessa deca dência, a hipótese de ser ela devida a um menor -interêsse econômico do pro dutor, nessa cultura.

Os preços do algodão subiram, sem

aqujlo que n^lhores perspectivas de

É claro que sim. E não há, em tôdas as organizações administrativas do mun do, nenhum barômetro mais sensível, mais exato, mais cauteloso, e mais sagaz

daquilo que convém fazer, do que a vigília do fazendeiro, pensando no que a sua própria terra, com tôda as con dições peculiares que tem, com tôdas as dificuldades, tropeços e impedlhos que êle terá de enfrentar, pode e deve pro duzir.

O abandono da cultura de algodão

(que nas dimensões espetaculares de

1943 era um produto de exportação),

enquanto vigoram os preços ora cor rentes nos mercados mundiais, enquan to as moedas estrangeiras, por que êle ó vendido, só alcançam os preços atual mente

\'igorantes

no

nosso

mercado

cambial, e enquanto os preços internos

se mantêm como estão, só pode ser, pois, uma medida de alta prudência o grando vantagem. m

No Congresso Nacional discute-se no

va lei do inquilinato. Por mais tempo serão manridas as restrições que atual mente pesam sôbre a livre disponibilida de das suas casas pelos seus proprietá-


to

■*-nr 'm: /

DrcESTO

70

EcoNÓKaco

Dicesto

Econômico

71

rios. A lei não é recente. Começou em

A isto tem correspondido o legisl*'

1942 e ameaça perdurar por muito tempo.

dor decretando sanções severas contra os

começando pelas simples casas de ave nida c prédios de habitação coletiva,

desordem de sua vegetação; assim como que espalha as suas sementes, e que

organ'zar listas de prédios vazios para

para as classes menos favorecidas. É aceitar a inevitabilidadc do dilema cm que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema de habitação SC agrave cada vez mais, ou entrar, re

Não se trata de novidade em matéria

econômica ou política. Em quase to dos os países existem leis de proteção aos inquilinos.

Entre nós já existiram

outras anteriores, e mesmo nas velhas

coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Henriques, se encontram leis semelhantes.

Mas tôdas essas foram abandonadas, por nocivas e contraproducentes.

Não é de hoje que parou a constru

ção das casas de aluguel. A velha apli

cação de capital, tão do gôslo de nossa gente, e da gente lusi

proprietários que deixam desocupadas as suas casas e a polícia tem procurado compelir a sua locação. Mas o resulta

do ó pequeno pois resta sempre a® proprietário o e.xpediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa zê-la ocupar de forma que lhe pemúia ter a certeza de sua devolução, no momento

Mas essas medidas legislativas e po

liciais, ainda que pudessem ser aplica

das com eficácia, não resolveriam o

problema da falta d®

tana, especialmente dc

construção de novas ca

pais e maridos que de

sas para alugar.

sejavam deixar a seus

Não só a lei do in-

filhos e a suas espo

quilinato, mas tambéni

sas um pecúlio seguro,

o

está desaparecendo. O grande surto de construções, a que se assistiu, durante os úl

dos impostos

renda predial, tomanj a aplicação de capital em prédios de renda uma das menos interes santes no momento.

para residência própria

E com isto sofre o

dos donos, construídos muitos no sistema de

erário

condomínio, e auxiliados por financia

mento generoso, que já acabou. Nada se fez para a grande classe de pessoas

que precisam de moradia de aluguel e o mercado se toma cada vez mais es

casso, generalizando-se os abusos das luvas' ou dos pagamentos por fora e

preferindo os proprietários, em muitos

casos, deixar as suas casas vazias a

alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên

quando

se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do

prédio é considerável.

ônus

que recaem sôbre a

timos anos, foi todo de casas e apartamentos

cias relativamente curtas, ou

necessário.

público,

como

muito bem demonstrou

o deputado Aliomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de alugue,

solutamente, no caminho da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.

Mas quem ainda repousa a sua fé na solução capitalista-individualista dos

problemas econômicos,- deve esperar que alguma medida de meio-têrmo possa ser encontrada: que pelo menos prepa remos o advento da liberdade em ma

téria de locação de imóveis, por cami nhos como sejam o de proteger os atuais inquilinos, defendendo-os com a lei do inquilinato, mas reslabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual

cm tôdas as novas locações que se fi zerem.

Assim condenar-se-ão os atuais pro prietários às velhas rendas que pos suem e que, cada dia, diminuem, pela perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre

cha de luz e de esperança, através da

qual talvez se estimule a aplicação de capitais na construção de imóveis.

também não o é o da renda do impôsio

mais mal acomodado, as casas de alu guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos

são forçados a combinações criminosas com os senliorics.

A única solução, aqui também, se se

Iiá de resolver o problema, e o Govêrno fazer o que o capital particular não quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos,

A economia dirigida é injusta, con traproducente e contrária à natureza, isjela, nem mesmo através do trabalho

escravo, se poderá construir uma grande nação.

Assim como a selva amazônica cres

ce vertiginosamente, e assume um poclerio incontrastável, no meio da maior ^

-¥•

as espécies mais fortes abafam e destróem as demais, nutrindo-se com seus

detritos, e que os cipós e as trepade.ras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para

sitas proliferam sugando a seiva das ár\-ores mais poderosas, assim, também, nasce, cresce e se desenvolve uma na

ção grande e rica.

Na procura exagerada da justiça e da

igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinaria mente a riqueza que poderia haver para distribuir entre todos.

Se o crescimento da floresta fôsse confa-olado por leis hmnanas, em qy® se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci

mento das mais rápidas, de modo q"® as árvores mais fortes devessem aguar

dar o desenvolvimento das mais fracas,

a fim de não sobrepujá-las, e onde

os parasitas, os mata-paus e as gamelei-

ras fôssem proibidos de e-xistir, teríamos, talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de grande debilidade própria. O ún'"co caminho para a grandeza de

uma nação é o da liberdade individual,

IV

predial.

O povo vai ficando, assim, cada veZ

as árvores nascem ao sabor do vento,

^

temperada, porque somos homens ads

tritos aos princípios cristãos do amor ao pi-ó.ximo, fazendo, pelo exemplo e pela pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus semelliantes e procedendo-se, uma vez por outra, a extiipação de elementos que se mostrem refratários a êsses ensi namentos.

^

^ íf *


to

■*-nr 'm: /

DrcESTO

70

EcoNÓKaco

Dicesto

Econômico

71

rios. A lei não é recente. Começou em

A isto tem correspondido o legisl*'

1942 e ameaça perdurar por muito tempo.

dor decretando sanções severas contra os

começando pelas simples casas de ave nida c prédios de habitação coletiva,

desordem de sua vegetação; assim como que espalha as suas sementes, e que

organ'zar listas de prédios vazios para

para as classes menos favorecidas. É aceitar a inevitabilidadc do dilema cm que nós mesmos nos colocamos: ou permitir que o problema de habitação SC agrave cada vez mais, ou entrar, re

Não se trata de novidade em matéria

econômica ou política. Em quase to dos os países existem leis de proteção aos inquilinos.

Entre nós já existiram

outras anteriores, e mesmo nas velhas

coleções de leis portuguesas, dos Afonsos ou dos Henriques, se encontram leis semelhantes.

Mas tôdas essas foram abandonadas, por nocivas e contraproducentes.

Não é de hoje que parou a constru

ção das casas de aluguel. A velha apli

cação de capital, tão do gôslo de nossa gente, e da gente lusi

proprietários que deixam desocupadas as suas casas e a polícia tem procurado compelir a sua locação. Mas o resulta

do ó pequeno pois resta sempre a® proprietário o e.xpediente de emprestar a casa a amigo ou parente e assim fa zê-la ocupar de forma que lhe pemúia ter a certeza de sua devolução, no momento

Mas essas medidas legislativas e po

liciais, ainda que pudessem ser aplica

das com eficácia, não resolveriam o

problema da falta d®

tana, especialmente dc

construção de novas ca

pais e maridos que de

sas para alugar.

sejavam deixar a seus

Não só a lei do in-

filhos e a suas espo

quilinato, mas tambéni

sas um pecúlio seguro,

o

está desaparecendo. O grande surto de construções, a que se assistiu, durante os úl

dos impostos

renda predial, tomanj a aplicação de capital em prédios de renda uma das menos interes santes no momento.

para residência própria

E com isto sofre o

dos donos, construídos muitos no sistema de

erário

condomínio, e auxiliados por financia

mento generoso, que já acabou. Nada se fez para a grande classe de pessoas

que precisam de moradia de aluguel e o mercado se toma cada vez mais es

casso, generalizando-se os abusos das luvas' ou dos pagamentos por fora e

preferindo os proprietários, em muitos

casos, deixar as suas casas vazias a

alugá-las no regimen em que vivemos. Sobretudo quando se trata de ausên

quando

se pensa em vender o imóvel, a vanta gem de não permitir a ocupação do

prédio é considerável.

ônus

que recaem sôbre a

timos anos, foi todo de casas e apartamentos

cias relativamente curtas, ou

necessário.

público,

como

muito bem demonstrou

o deputado Aliomar Baleeiro, pois não sendo possível o aumento de alugue,

solutamente, no caminho da habitação estatal, ou seja, na detestada solução so viética para a crise.

Mas quem ainda repousa a sua fé na solução capitalista-individualista dos

problemas econômicos,- deve esperar que alguma medida de meio-têrmo possa ser encontrada: que pelo menos prepa remos o advento da liberdade em ma

téria de locação de imóveis, por cami nhos como sejam o de proteger os atuais inquilinos, defendendo-os com a lei do inquilinato, mas reslabelecendo, por ou tro lado, a plena liberdade contratual

cm tôdas as novas locações que se fi zerem.

Assim condenar-se-ão os atuais pro prietários às velhas rendas que pos suem e que, cada dia, diminuem, pela perda do poder aquisitivo da moeda. Mas, por outro lado, abre-se uma bre

cha de luz e de esperança, através da

qual talvez se estimule a aplicação de capitais na construção de imóveis.

também não o é o da renda do impôsio

mais mal acomodado, as casas de alu guel escasseiam, os aluguéis a pagar se tomam escorchantes e os inquilinos

são forçados a combinações criminosas com os senliorics.

A única solução, aqui também, se se

Iiá de resolver o problema, e o Govêrno fazer o que o capital particular não quer mais fazer: construir êle próprio casas de aluguel, para todos os bolsos,

A economia dirigida é injusta, con traproducente e contrária à natureza, isjela, nem mesmo através do trabalho

escravo, se poderá construir uma grande nação.

Assim como a selva amazônica cres

ce vertiginosamente, e assume um poclerio incontrastável, no meio da maior ^

-¥•

as espécies mais fortes abafam e destróem as demais, nutrindo-se com seus

detritos, e que os cipós e as trepade.ras completam o todo, subindo pelos ga lhos das outras plantas, e que os para

sitas proliferam sugando a seiva das ár\-ores mais poderosas, assim, também, nasce, cresce e se desenvolve uma na

ção grande e rica.

Na procura exagerada da justiça e da

igualdade, violentam-se os instintos da própria vida, e se reduz extraordinaria mente a riqueza que poderia haver para distribuir entre todos.

Se o crescimento da floresta fôsse confa-olado por leis hmnanas, em qy® se reduzisse a natalidade das espécies mais fecundas e se atrasasse o cresci

mento das mais rápidas, de modo q"® as árvores mais fortes devessem aguar

dar o desenvolvimento das mais fracas,

a fim de não sobrepujá-las, e onde

os parasitas, os mata-paus e as gamelei-

ras fôssem proibidos de e-xistir, teríamos, talvez, uma selva feita com princípios de uma suposta justiça social, mas de grande debilidade própria. O ún'"co caminho para a grandeza de

uma nação é o da liberdade individual,

IV

predial.

O povo vai ficando, assim, cada veZ

as árvores nascem ao sabor do vento,

^

temperada, porque somos homens ads

tritos aos princípios cristãos do amor ao pi-ó.ximo, fazendo, pelo exemplo e pela pregação, que cada um cuide, espontâneamente, dos interêsses de seus semelliantes e procedendo-se, uma vez por outra, a extiipação de elementos que se mostrem refratários a êsses ensi namentos.

^

^ íf *


Dxoestü

Eccjnómico

decisivamente para aperfeiçoar c desen

A Indústria do Pescado por Antônio Renato Ga(;() Nobiu-:

O autor, que é um técnico prático da indtistrin do couMcrvdíi dc peixe, examina as nossas esjjócies ictiolóf^icas nuiLs apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indústrias

J^EsDE os tempos da mais

remota

güidade que o peixe

artificial e ã fumagem,

vem sendo utilizado na

humana.

nas regiões frias e ge ladas praticavam ^

Não admira, portanto,

congelação. A salgo»

que constituindo

as

a salmoura, o vinagra*»

espécie ictiológicas um dos primeiros alimen

o azeite e os môlhos foram processos poste

tos do homem, êste

riormente

alimentação

se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida.

Conservando as espécies ictiológicas nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim consoante a maior ou menor necessida

de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti

o fabrico de conservas em latas, na fa

povo.s deficitários em produtos agrícolas

brica para ésse fim instalada por John

c carniçaria fizeram do peixe base de

Hal! e Br)'an Donkin.

vos menos favorecidos pela Natureza.

secagem natural o«

anti

invólucro cie fôlha de flandrc,s, Iniciava

passageiros, ou exércitos; por outro lado,

cedentes para comerciar com outros po

quentes recorriam

emprega

dos, constituindo juntamente com os

primeiros os primórdios da técnica de se conservar peixe. Encontram-se noticias da sua aplicação em escntos de histo riadores, descrições de naturalistas o car

dápios de gastrónomos, particularmente

na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca

da preparação de sardinhas condimenta

E o peixe, qualquer que fôsse sua pre paração, passou a.representar importante valor transacionável, chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "trusts" e monopólios. Data de então o grande desenvolvimento da in

dustrialização do pescado, principalmen te do Mediterrâneo e norte da Europa, e no Japão.

No entanto, os progressos da indús tria verificavam-se muito lentos e a téc

forçados a conservar por períodos de maior duração perdiam muito do sabor e principais qualidades. Procurava-se des

cobrir o sistema de fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a

um ou dois anos, sem que algo de novo surgisse, porquanto às próprias tenta tivas de Spallanzani e Chule acêrca do

mundo microbiano e da conservação pe'o calor, ou ficaram incompletas ou não

lização durante as épocas de escassez ou

decerto nos vellios processos da fuma

consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter

to dc peixe pela combustão de madeiras,

minadas espécies ictiológicas.

imprimindo notável desenvolvimento a

Appert descobria finalmente o prin

êste sistema de fabrico.

cipio da conservação pelo calor, em reci pientes hermèticamente fechados, revo lucionando a técnica de conservar e lan

^ íN *

Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor

E, conjunta-

ntente, descnvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vêzes aromatizada com especiarias ou condi mentos.

As viagens marítimas, depois as ^an me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas des campanhas militares, contribuixam

Depois da descoberta do "Boufe.tor da Humanidade", foi esta a mais impor

tante conquista da indústria. As vanta

gens que advieram com a utiliz;içáo dos recipientes de fôlha de flandres consti tuíram as bases fundamentais do desen

volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen tação dos povos das mais longínquas pa ragens.

A primeira fábrica de conser\as de sardinha, utilizando os métodos Appert e Durand, foi fundada em Nontes, por

Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de ^ menos, a me-sma. Os produtos manufa turados tinham duração muito limitada, fábricas, inspirando ainda a instalaçao da primeira fábrica norueguesa e logo a deterioravam-se ràpidamente e quando seguir no Japão. A indústria incremen-

das com azeite, molhos de escabeche c

gem rudimentar, iniciavam o tratamen

rand que inventara no ano anterior o

nica de conservar continuava, mais ou

de anchovas.

Mais tarde, aí por volta do século XV, os povos nórdicos da Europa, baseados

Em 1811, na Ingliitcrra, Popcr Du-

volver a conservação do pescado, pela ncccss'dadc de alimentar tripulações e

alimentação, aproveitando ainda os ex

necessitam.

.73

tiveram prosseguimento.

No alvorecer do século XIX, Nicolas

çando as bases da moderna indústria de conservas.

ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi

nalaria fundação das primeiras fábricas

norte*americanas e espanholas. Em 1879, a França exibia ao mundo

160 fábricas de conservas de peLxe, ra cionalmente apetrechadas com tôdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con

tra a falta de pescado e resol\'cm emi

grar, instigando fabricas noutros países. É então que industriais de Nantes e Lor.ent, precisamente os centros mais

causticados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins

Estamos em 1804, mas so

talando a primeira fábrica em Setúbal;

mente seis anos depois Appert divulga

e no mesmo ano de 1880, em Espinho,

va o seu método.

entra a funcionar outra fábrica, scguin-


Dxoestü

Eccjnómico

decisivamente para aperfeiçoar c desen

A Indústria do Pescado por Antônio Renato Ga(;() Nobiu-:

O autor, que é um técnico prático da indtistrin do couMcrvdíi dc peixe, examina as nossas esjjócies ictiolóf^icas nuiLs apreciadas e apela para que se conceda o financiamento que as indústrias

J^EsDE os tempos da mais

remota

güidade que o peixe

artificial e ã fumagem,

vem sendo utilizado na

humana.

nas regiões frias e ge ladas praticavam ^

Não admira, portanto,

congelação. A salgo»

que constituindo

as

a salmoura, o vinagra*»

espécie ictiológicas um dos primeiros alimen

o azeite e os môlhos foram processos poste

tos do homem, êste

riormente

alimentação

se tenha preocupado assiduamente com a sua conservação durante um lapso de tempo superior ao concedido pela Natu reza, por espírito de previdência e em defesa da própria vida.

Conservando as espécies ictiológicas nas épocas de abastança, defendia-se da fome nos períodos de escassez; e, assim consoante a maior ou menor necessida

de dc peixe como alimento, a maior ou menor abundância e variedade de pes cado, desenvolveu e aperfeiçoou os mé todos de conservar, permitindo sua uti

o fabrico de conservas em latas, na fa

povo.s deficitários em produtos agrícolas

brica para ésse fim instalada por John

c carniçaria fizeram do peixe base de

Hal! e Br)'an Donkin.

vos menos favorecidos pela Natureza.

secagem natural o«

anti

invólucro cie fôlha de flandrc,s, Iniciava

passageiros, ou exércitos; por outro lado,

cedentes para comerciar com outros po

quentes recorriam

emprega

dos, constituindo juntamente com os

primeiros os primórdios da técnica de se conservar peixe. Encontram-se noticias da sua aplicação em escntos de histo riadores, descrições de naturalistas o car

dápios de gastrónomos, particularmente

na Grécia e Roma antigas, fornecendo esta última curiosos elementos acerca

da preparação de sardinhas condimenta

E o peixe, qualquer que fôsse sua pre paração, passou a.representar importante valor transacionável, chegando a consti tuir nalguns países, juntamente com o sal, "trusts" e monopólios. Data de então o grande desenvolvimento da in

dustrialização do pescado, principalmen te do Mediterrâneo e norte da Europa, e no Japão.

No entanto, os progressos da indús tria verificavam-se muito lentos e a téc

forçados a conservar por períodos de maior duração perdiam muito do sabor e principais qualidades. Procurava-se des

cobrir o sistema de fabrico que permitis se conservar por tempo não inferior a

um ou dois anos, sem que algo de novo surgisse, porquanto às próprias tenta tivas de Spallanzani e Chule acêrca do

mundo microbiano e da conservação pe'o calor, ou ficaram incompletas ou não

lização durante as épocas de escassez ou

decerto nos vellios processos da fuma

consumo, longe dos locais de pesca e latitudes onde não se verificavam deter

to dc peixe pela combustão de madeiras,

minadas espécies ictiológicas.

imprimindo notável desenvolvimento a

Appert descobria finalmente o prin

êste sistema de fabrico.

cipio da conservação pelo calor, em reci pientes hermèticamente fechados, revo lucionando a técnica de conservar e lan

^ íN *

Os primeiros processos utilizados na conservação de peixe variaram confor

E, conjunta-

ntente, descnvolvem-se os processos de conservação pela salmoura, por vêzes aromatizada com especiarias ou condi mentos.

As viagens marítimas, depois as ^an me as regiões onde foram praticados. Assim, enquanto os habitantes de climas des campanhas militares, contribuixam

Depois da descoberta do "Boufe.tor da Humanidade", foi esta a mais impor

tante conquista da indústria. As vanta

gens que advieram com a utiliz;içáo dos recipientes de fôlha de flandres consti tuíram as bases fundamentais do desen

volvimento industrial, possibilitando os serviços atualmente prestados na alimen tação dos povos das mais longínquas pa ragens.

A primeira fábrica de conser\as de sardinha, utilizando os métodos Appert e Durand, foi fundada em Nontes, por

Joseph Collin, em 1824. Dezesseis anos depois a França contava cerca de ^ menos, a me-sma. Os produtos manufa turados tinham duração muito limitada, fábricas, inspirando ainda a instalaçao da primeira fábrica norueguesa e logo a deterioravam-se ràpidamente e quando seguir no Japão. A indústria incremen-

das com azeite, molhos de escabeche c

gem rudimentar, iniciavam o tratamen

rand que inventara no ano anterior o

nica de conservar continuava, mais ou

de anchovas.

Mais tarde, aí por volta do século XV, os povos nórdicos da Europa, baseados

Em 1811, na Ingliitcrra, Popcr Du-

volver a conservação do pescado, pela ncccss'dadc de alimentar tripulações e

alimentação, aproveitando ainda os ex

necessitam.

.73

tiveram prosseguimento.

No alvorecer do século XIX, Nicolas

çando as bases da moderna indústria de conservas.

ta-se por todos os países que possuem abundância de pescado, sendo de assi

nalaria fundação das primeiras fábricas

norte*americanas e espanholas. Em 1879, a França exibia ao mundo

160 fábricas de conservas de peLxe, ra cionalmente apetrechadas com tôdas as inovações ao tempo existentes, incluindo mesmo a mecanização do fabrico de latas e os autoclaves. Os industriais fran ceses começam entretanto a lutar con

tra a falta de pescado e resol\'cm emi

grar, instigando fabricas noutros países. É então que industriais de Nantes e Lor.ent, precisamente os centros mais

causticados pela escassez de peixe, introduzem a indústria em Portugal ins

Estamos em 1804, mas so

talando a primeira fábrica em Setúbal;

mente seis anos depois Appert divulga

e no mesmo ano de 1880, em Espinho,

va o seu método.

entra a funcionar outra fábrica, scguin-


74

Dicesto Econômico

do-se depois Lagos e Chão, no sul

produtores. É cntfio que a Grande

do país.

Guerra vem cm auxílio do.s industriais

A indústria de conservas adquire cer ta prosperidade, principalmenlc depois que grupos de operários portugueses

portugue.scs, impulsionando a indústria c gencra'izando o consumo; no entanto, sòmcnlc depois de 1920 podemos situar precisamente o grande desenvolvimento

fundaram as fábricas pròpriamente por tuguesas, utilizando a prática de alguns anos da indústria e pequenos capitais e créditos. Ainda nesse século, em 1886,

P^lugal elevava para 66 o número de fabricas, para logo a seguir se verifi

car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en tanto, a partir de 1890, a indústria micia a recuperação passando das 54

tabncas a que ficára reduzida, para 76 ^unidades em 1896.

B Conjuntamente c por idênticos moti-

^vos, as industrias portuguesas de salcas

industrial dri conservação de pescado,

não só em Portugal como ainda no resto

permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu cxtraordinàriamcnte

a indústria, particular mente nos países que n<ão participaram

da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co

viam de conhecer notável desenvolvi mento. No Mediterrâneo, a escassez de

americanos.

grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890 e continuou nos anos seguintes ccrm a

' emigração, para aquele país, de gregos e italianos, que se estabeleceram principa'inente nó sul, em nome individual

ou representando firmas dos respecti vos países. As conservas produzidas, principalmente sardinhas e biquelrões

(cinchovas), primeiro acondicionadas em ^íirris 6 mais tarde em latas, destinavam-

sc quase exclusivamente à Grécia e Itá-

com a escassez c preço do pcLxc. Pre sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fatos que levam a êstes racio

silares, ora proibindo a exportação que permitia auinenlar consideràvelinenle a

cínios pessimi-stas não venham a se agra

mais barato.

var, fazendo retornar a indústria ao es

tado caótico cm

se

verificou

em

muitos

países

Em Portugal, por exemplo, rcabriraanse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos; outras se ampliaram ou modernizaram, embora a Direção Geral da Indústria, num espírito rotineiro muito peculiar aos

departamentos portugueses, jamais hou

vos deve ter sofrido, nos primeiros anos,

do atraso industrial português. Portuga.,

tiros da última guerra.

ao tempo das descobertas e nos anos | que se procederam, exibia um dos u li- ^ mos lugares na tabela dos países indus- ^

A variedade dc espécies ictiológicas, a extensão dc uma costa que se prolonga gênere estrangeira, desta vez agravada por cerca de 9.000 quilô metros de abundantes e ri

quíssimos

pesqueiros, fa

riam acreditar que o Brasil

ocupava lugar preponde rante entre os países pro dutores

de

conservas

principalmente

entre

e

os

consumidores de peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem

sido

realizado

nesse

vesse permitido grandes aperfeiçcamen-

importante setor econômi

fos na mecanização das fábricas, ape-

co, em confronto mesmo

trechando-as, para competirem em tem

com

países

de

menores

pos normais ou de crise com as indus

possibilidades e mais baixo nível de vida,

trias mecanizadas de outros países. Tu

quanto a conservas de peixe; e no con

no século passado,

cipação do Brasil, Portuga não praticava outros méto

dos de tratamento de pei.\c que não fossem a seca na

tural, pelo calor do sol e a salga, também por siste mas rudimentares, alem dos ^ molhos de escabeche em pequenas indústrias casei ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras, há séculos praticada na

Europa, era então desco

nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em

fase experimental. Embora não possuindo elementos que

permitam determinar quais os primeiros processos empregados no tratamento de peixe, não andaremos muito longe da

do o mais foi obra da política dúbia

sumo de peixe fresco ocupamos um dos últimos lugares, com menos de um quilo "per capita"... Entristece verificar tanto rio, tanto

\-erdade afirmando, pelos moti\'os acima

lago, tanto mar riquíssimo de pescado

expostos e ainda pelo estudo dos atual

enquanto as populações urbanas lutam contra a escassez de gêneros alimen

mente praticados, que devem ter sido idênticos aos ^ inicialmente usados em Portugal, talvez juntamente com a

ropa, a uns e a outros em contratos co

países balcânicos e para o norte da

quando não restava a menor dúvida

tícios; e da parte de quem devia supe

acerca da vitória do que julgávamos

rintender, orientar e auxiliar a indústria

Justiça e Direito. O desenvolvimento da indústria por

nac'onal, a indiferença e o desinterêsse,

atribulàriamente e sem organização

triai.s, devido em grande parte a outras ^ preocupações que absorviam a quasttülalidade das suas atividades; e ainda

do gòvêmo português, fornecendo pri meiro ao ebco por simpatia ideológica e também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu letivos e finalmente só aos aliados,

ou médio-oriente.

.

A industrialização dos pcixc.s brasiloj-

que se encontrava

de onde irradiavam depois para os

^ indústria portuguesa, apesar da Valiosa cooperação estiangeira, caminha-

produção e concomitantemente fabricar

quando n Europa ouviu os primeiros

Sem entrarmos em maiores minúcias

que a índole dc.stas breves notas não

mo

espécies ictiológicas, talvez conjugada

75

Econômico

do Mundo

sa mouras, estivados ou enchovados ha

com o conhecimento da abundância e qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi

Dicesto

tuguesa

estacionou

nos

após-guerra,

comercial que permitisse acompanhar ou

acentuando-se cada vez mais a falta de

Sóperar a concorrência de outros países

resistência perante a concorrência con-

inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba

fumagem rudimentar, processo de tra tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.

No século XD(, particularmente na se

gunda metade, vamos encontrar elemen-


74

Dicesto Econômico

do-se depois Lagos e Chão, no sul

produtores. É cntfio que a Grande

do país.

Guerra vem cm auxílio do.s industriais

A indústria de conservas adquire cer ta prosperidade, principalmenlc depois que grupos de operários portugueses

portugue.scs, impulsionando a indústria c gencra'izando o consumo; no entanto, sòmcnlc depois de 1920 podemos situar precisamente o grande desenvolvimento

fundaram as fábricas pròpriamente por tuguesas, utilizando a prática de alguns anos da indústria e pequenos capitais e créditos. Ainda nesse século, em 1886,

P^lugal elevava para 66 o número de fabricas, para logo a seguir se verifi

car queda vertical motivada pela con corrência da indústria francesa. No en tanto, a partir de 1890, a indústria micia a recuperação passando das 54

tabncas a que ficára reduzida, para 76 ^unidades em 1896.

B Conjuntamente c por idênticos moti-

^vos, as industrias portuguesas de salcas

industrial dri conservação de pescado,

não só em Portugal como ainda no resto

permite nem justifica, diremos ainda que a última guerra desenvolveu cxtraordinàriamcnte

a indústria, particular mente nos países que n<ão participaram

da conflagração, como Portugal e Es panha, ou naqueles situados geogràficamente longe do teatro da guerra, co

viam de conhecer notável desenvolvi mento. No Mediterrâneo, a escassez de

americanos.

grar para Lagos. Isto ocorreu em 1890 e continuou nos anos seguintes ccrm a

' emigração, para aquele país, de gregos e italianos, que se estabeleceram principa'inente nó sul, em nome individual

ou representando firmas dos respecti vos países. As conservas produzidas, principalmente sardinhas e biquelrões

(cinchovas), primeiro acondicionadas em ^íirris 6 mais tarde em latas, destinavam-

sc quase exclusivamente à Grécia e Itá-

com a escassez c preço do pcLxc. Pre sentemente, verifica-se queda brusca e oxalá os fatos que levam a êstes racio

silares, ora proibindo a exportação que permitia auinenlar consideràvelinenle a

cínios pessimi-stas não venham a se agra

mais barato.

var, fazendo retornar a indústria ao es

tado caótico cm

se

verificou

em

muitos

países

Em Portugal, por exemplo, rcabriraanse fábricas paralisadas há 15 e 20 anos; outras se ampliaram ou modernizaram, embora a Direção Geral da Indústria, num espírito rotineiro muito peculiar aos

departamentos portugueses, jamais hou

vos deve ter sofrido, nos primeiros anos,

do atraso industrial português. Portuga.,

tiros da última guerra.

ao tempo das descobertas e nos anos | que se procederam, exibia um dos u li- ^ mos lugares na tabela dos países indus- ^

A variedade dc espécies ictiológicas, a extensão dc uma costa que se prolonga gênere estrangeira, desta vez agravada por cerca de 9.000 quilô metros de abundantes e ri

quíssimos

pesqueiros, fa

riam acreditar que o Brasil

ocupava lugar preponde rante entre os países pro dutores

de

conservas

principalmente

entre

e

os

consumidores de peixe fresco. Verificamos, po rém, que pouco ou nada tem

sido

realizado

nesse

vesse permitido grandes aperfeiçcamen-

importante setor econômi

fos na mecanização das fábricas, ape-

co, em confronto mesmo

trechando-as, para competirem em tem

com

países

de

menores

pos normais ou de crise com as indus

possibilidades e mais baixo nível de vida,

trias mecanizadas de outros países. Tu

quanto a conservas de peixe; e no con

no século passado,

cipação do Brasil, Portuga não praticava outros méto

dos de tratamento de pei.\c que não fossem a seca na

tural, pelo calor do sol e a salga, também por siste mas rudimentares, alem dos ^ molhos de escabeche em pequenas indústrias casei ras. A fumagem, pela com bustão lenta de madeiras, há séculos praticada na

Europa, era então desco

nhecida em Portugal e ain da hoje se encontra em

fase experimental. Embora não possuindo elementos que

permitam determinar quais os primeiros processos empregados no tratamento de peixe, não andaremos muito longe da

do o mais foi obra da política dúbia

sumo de peixe fresco ocupamos um dos últimos lugares, com menos de um quilo "per capita"... Entristece verificar tanto rio, tanto

\-erdade afirmando, pelos moti\'os acima

lago, tanto mar riquíssimo de pescado

expostos e ainda pelo estudo dos atual

enquanto as populações urbanas lutam contra a escassez de gêneros alimen

mente praticados, que devem ter sido idênticos aos ^ inicialmente usados em Portugal, talvez juntamente com a

ropa, a uns e a outros em contratos co

países balcânicos e para o norte da

quando não restava a menor dúvida

tícios; e da parte de quem devia supe

acerca da vitória do que julgávamos

rintender, orientar e auxiliar a indústria

Justiça e Direito. O desenvolvimento da indústria por

nac'onal, a indiferença e o desinterêsse,

atribulàriamente e sem organização

triai.s, devido em grande parte a outras ^ preocupações que absorviam a quasttülalidade das suas atividades; e ainda

do gòvêmo português, fornecendo pri meiro ao ebco por simpatia ideológica e também porque podiam pagar melhores preços devido ao saqueamento da Eu letivos e finalmente só aos aliados,

ou médio-oriente.

.

A industrialização dos pcixc.s brasiloj-

que se encontrava

de onde irradiavam depois para os

^ indústria portuguesa, apesar da Valiosa cooperação estiangeira, caminha-

produção e concomitantemente fabricar

quando n Europa ouviu os primeiros

Sem entrarmos em maiores minúcias

que a índole dc.stas breves notas não

mo

espécies ictiológicas, talvez conjugada

75

Econômico

do Mundo

sa mouras, estivados ou enchovados ha

com o conhecimento da abundância e qualidade dos peixes portugueses, leva ram a família Novak, austríaca, a emi

Dicesto

tuguesa

estacionou

nos

após-guerra,

comercial que permitisse acompanhar ou

acentuando-se cada vez mais a falta de

Sóperar a concorrência de outros países

resistência perante a concorrência con-

inconcebíveis medidas demagogas, ora isentando produtos congêneres de países onde a indústria é protegida e oficial mente abastecida de matérias-primas ba

fumagem rudimentar, processo de tra tamento preferentemente utilizado pelos índios brasileiros.

No século XD(, particularmente na se

gunda metade, vamos encontrar elemen-


7a

Dicesto Econóxuco

senvolvimento da indústria de salgas, salmouras c seca natural, por vêzes tam bém prensados rudimentares, prestando relevantes serviços na alimentação das populações rurais ou nas épocas de cri

Introdução ao Estudo da Economia Amazônica

correr, em sabor c contexlura, com as

melhores de qualquer outro país. Desta por A. C. Feiireira Reis

caremos, todavia, sòmcnlc a título de

curiosidade e porque as breves notas

ses agrícolas.

destes tópicos não permitem aprofundar

II

o assunto, a sardinha miúda de sabor

Depois de 1920 verificam-se várias tentativas para fabricarem conservas em

idêntico i\ portuguesa, a sardinha graú-

|s homens que vieram fazer a América O' no sccu'o XVI, fôsscm êlcs porluguesc.s, espanhóis, franceses, ingleses,

óleos e azeites, êste último importado

da, muito semelhante íi sardinha norue

principalmente da Grécia e Itália, como se verificou no alvorecer da indústria

a brasileira mais saborosa, a cavalinha

portuguesa, fracassadas por motivos que se devem filiar na incompetência dos respectivos industriais. E é depois de

1930, particularmente nos tres anos que antecederam a guerra e principalmente ^ durante a guerra que devemos situar o

grande desenvolvimento industrial conserveiro do Brasil. No Estado do Rio ipor exemplo, verificam-se presentemen^

guesa (brisling) embora consideremos

dominados pelo descritivo exaltado da

díssima na Europa e em alguns países americanos, albacora

(atum), cação,

bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.

I

fáceis de que carecessem para enrique cer, devem ter tido uma tremenda de

cançando os êxitos que seriam de es perar.

mentação?.

Urge, portanto, conceder o financia mento que as indústrias necessitam, co

mo medida inadiável para solucionar os

presentavam

problemas, presentemente insolúveis, da

cujo

pesca e conservas. E urge, outrossim, cnar departamento, ou remodelar o e.xis-

impressão deve ter

tente que superintende aquelas índús-

sido mais viva, da-

as, particularmente a ségunda, ape-

trechando-o e dotando-o com práticos

po e competência se proponham es

competentes o eficientes, oficinas expe

crever.

rimentais e recursos suficientes para in :ií s|í

vam,

ou

serviço essa

a

esta mesma

do que nenhum mo tivo

profundo,

natureza

de

econômica,

encontraram

a

dar-

suflar progresso c desenvolvimento, des

lhes estímulos pon

onerando o Tesouro brasileiro das asfi-

tas, é certo, deslum

conservas de peixe estão lançadas e fun

xíantes importações de conservas, per mitindo a drenagem de divisas prove nientes da exportação além do importan

damente enraizadas.

Também não fal

tíssimo fator que, decerto, desempenha

tam as espécies ictiológicas mais apre

rá na alimentação dos desnutridos bra

ciadas, algumas das quais podendo con-

sileiros.

As bases da indústria brasileira de

Os

racterísticas doces que haviam imagina

Que será necessário

minúcia, 906 outros com mais tem

:|J

as excelências da nova conquista.

colonos que vieram após, todavia, tendo

cessos antiquados.

uma fortaleza de ânimo que forçaria a re tirada dos menos capazes para a aventura. Na Amazônia quando, 110 século XVII, os luso-brasileiros cbegíu-am, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re

de maior

«

cana não SC apresentava com aquelas ca

ainda não compreenderam o valor eco nômico da pesca e o fator importantís simo que poderá desempenhar na ali

do orientação a trabalho

As indústrias de pesca também exis tem, embora insuficientes e usando pro

do, mas como um ambiente que era pre

mente, de forma a poder servir de base

de medir forças com a natureza agres

ciso enfrentar sem temores, antes com

ção e possibilidades, embora resumida

♦ ♦

siva da região, êsses seguramente sc

promoverem para merecer o carinhoso

a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a estudar a indústria, seus métodos, evolu

» ♦

critivos a que tinham atendido eram uma dura inverdade. A realidade ameri

amparo e proteção dos governos, que

tenda vencer as dificuldades provenien tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se

cepção quando verificaram que os des

te cerca de 20 fábricas, algumas das servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre

♦ ♦

nio aquôle paraíso onde os menos afor tunados encontrariam todos os elementos

quais regularmente apetrechadas.

A monografia sob a indústria de con

por seis nações do continente.

época, que pintava o Novo Mundo co-

ou cava'a — "maqucreau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecia-

O ST. A. C. Ferreira Heis descrcoc cvi

largas pinceladas êssc mundo ■gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado

t i

deráveis.

Os cronis

brados com o luxu

hão do ter sentido ludibriados, de vez

que não puderam vencer de pronto al

O espaço americano, particularmente

o espaço amazônico, seria, porém^ aquele

ambiento ngrcssi\'0, onde o homem teria de exibir qualidades especiais para do

miná-lo, ambiente de clima nocivo, do

salubridadc negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe

ra de restrições, de desconfiança, de má vontade que se criou à sua volta, atmos

fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá

ceis, das exaltações prejudiciais e falsas?

Na ofensiva sôbre

esse espaço, o con

quistador e o colo

riante da vegetação,

nizador teriam sido

Dom a potencialidade

vencidos fragorosa-

das águas, exagera ram

perigosamente

mente, pelo menos no caso amazônico?


7a

Dicesto Econóxuco

senvolvimento da indústria de salgas, salmouras c seca natural, por vêzes tam bém prensados rudimentares, prestando relevantes serviços na alimentação das populações rurais ou nas épocas de cri

Introdução ao Estudo da Economia Amazônica

correr, em sabor c contexlura, com as

melhores de qualquer outro país. Desta por A. C. Feiireira Reis

caremos, todavia, sòmcnlc a título de

curiosidade e porque as breves notas

ses agrícolas.

destes tópicos não permitem aprofundar

II

o assunto, a sardinha miúda de sabor

Depois de 1920 verificam-se várias tentativas para fabricarem conservas em

idêntico i\ portuguesa, a sardinha graú-

|s homens que vieram fazer a América O' no sccu'o XVI, fôsscm êlcs porluguesc.s, espanhóis, franceses, ingleses,

óleos e azeites, êste último importado

da, muito semelhante íi sardinha norue

principalmente da Grécia e Itália, como se verificou no alvorecer da indústria

a brasileira mais saborosa, a cavalinha

portuguesa, fracassadas por motivos que se devem filiar na incompetência dos respectivos industriais. E é depois de

1930, particularmente nos tres anos que antecederam a guerra e principalmente ^ durante a guerra que devemos situar o

grande desenvolvimento industrial conserveiro do Brasil. No Estado do Rio ipor exemplo, verificam-se presentemen^

guesa (brisling) embora consideremos

dominados pelo descritivo exaltado da

díssima na Europa e em alguns países americanos, albacora

(atum), cação,

bonito, pirarucu e ainda os saborosíssi mos camarões, para terminar.

I

fáceis de que carecessem para enrique cer, devem ter tido uma tremenda de

cançando os êxitos que seriam de es perar.

mentação?.

Urge, portanto, conceder o financia mento que as indústrias necessitam, co

mo medida inadiável para solucionar os

presentavam

problemas, presentemente insolúveis, da

cujo

pesca e conservas. E urge, outrossim, cnar departamento, ou remodelar o e.xis-

impressão deve ter

tente que superintende aquelas índús-

sido mais viva, da-

as, particularmente a ségunda, ape-

trechando-o e dotando-o com práticos

po e competência se proponham es

competentes o eficientes, oficinas expe

crever.

rimentais e recursos suficientes para in :ií s|í

vam,

ou

serviço essa

a

esta mesma

do que nenhum mo tivo

profundo,

natureza

de

econômica,

encontraram

a

dar-

suflar progresso c desenvolvimento, des

lhes estímulos pon

onerando o Tesouro brasileiro das asfi-

tas, é certo, deslum

conservas de peixe estão lançadas e fun

xíantes importações de conservas, per mitindo a drenagem de divisas prove nientes da exportação além do importan

damente enraizadas.

Também não fal

tíssimo fator que, decerto, desempenha

tam as espécies ictiológicas mais apre

rá na alimentação dos desnutridos bra

ciadas, algumas das quais podendo con-

sileiros.

As bases da indústria brasileira de

Os

racterísticas doces que haviam imagina

Que será necessário

minúcia, 906 outros com mais tem

:|J

as excelências da nova conquista.

colonos que vieram após, todavia, tendo

cessos antiquados.

uma fortaleza de ânimo que forçaria a re tirada dos menos capazes para a aventura. Na Amazônia quando, 110 século XVII, os luso-brasileiros cbegíu-am, objetivando realizar a façanha política do empossamento para a soberania ibérica que re

de maior

«

cana não SC apresentava com aquelas ca

ainda não compreenderam o valor eco nômico da pesca e o fator importantís simo que poderá desempenhar na ali

do orientação a trabalho

As indústrias de pesca também exis tem, embora insuficientes e usando pro

do, mas como um ambiente que era pre

mente, de forma a poder servir de base

de medir forças com a natureza agres

ciso enfrentar sem temores, antes com

ção e possibilidades, embora resumida

♦ ♦

siva da região, êsses seguramente sc

promoverem para merecer o carinhoso

a trabalho tão ingrato quão difícil. Em todo o caso, estamos resolvidos a estudar a indústria, seus métodos, evolu

» ♦

critivos a que tinham atendido eram uma dura inverdade. A realidade ameri

amparo e proteção dos governos, que

tenda vencer as dificuldades provenien tes da exigüidade de elementos e dispersidade da indústria, abalançando-se

cepção quando verificaram que os des

te cerca de 20 fábricas, algumas das servas de peixe no Brasil está por es crever e não consta que alguém pre

♦ ♦

nio aquôle paraíso onde os menos afor tunados encontrariam todos os elementos

quais regularmente apetrechadas.

A monografia sob a indústria de con

por seis nações do continente.

época, que pintava o Novo Mundo co-

ou cava'a — "maqucreau" dos franceses, atum branco dos argentinos — aprecia-

O ST. A. C. Ferreira Heis descrcoc cvi

largas pinceladas êssc mundo ■gigantesco, que é o espaço amazônico, desfrutado

t i

deráveis.

Os cronis

brados com o luxu

hão do ter sentido ludibriados, de vez

que não puderam vencer de pronto al

O espaço americano, particularmente

o espaço amazônico, seria, porém^ aquele

ambiento ngrcssi\'0, onde o homem teria de exibir qualidades especiais para do

miná-lo, ambiente de clima nocivo, do

salubridadc negativa, desde logo au torizando a formação daquela atmosfe

ra de restrições, de desconfiança, de má vontade que se criou à sua volta, atmos

fera que entestou, é certo, com aquela outra, dos louvores, dos entusiasmos fá

ceis, das exaltações prejudiciais e falsas?

Na ofensiva sôbre

esse espaço, o con

quistador e o colo

riante da vegetação,

nizador teriam sido

Dom a potencialidade

vencidos fragorosa-

das águas, exagera ram

perigosamente

mente, pelo menos no caso amazônico?


Dicesto

Econômico

Sabemos o quê

homem não pô-

êles

do libertar-se dê-

realizaram

nhola, na Améri

los para criar al guma coisa im-

ca francesa, na

prc.ssionantc que

América inglesa. Na América por

lie cxtcriorizc o

tuguesa, o Brasil,

lhe oxteriorize o

é a grande lição

triunfo

na América espa

capacidade

de que se orgu

tureza bravia.

A floresta pro

porciona todo

Amazônia,

diante da ofen-

sividado ambiente, como explicar a po-

perma

nente sobre a na

lha a velha raiz portuguesa. No caso particular

da

c

um conjunto rico

de espécies ve getais e animais de valor econômico incontestc, mas dc dificil utilização cm

V çau própria espaçodentro amazônico, possuindo feído quadro geográfico sulamericano, constitui um mundo gi gantesco, desfrutado por seis nações do continente: Brasil, Peru, Bolívia, Equa dor, Colômbia e Venezuela. Êsse mun do assínala-se por cêrca de seis milhões de quilômetros quadrados, dos quais 80% ocupados pela vegetação de uma flores ta fechada, luxuriante, e o restante per pequenas áreas de campos e pelas águas

' da bacia de maior volume do ecumeno.

■ -Notemos bem os algarismj^: seis mi-

' IhÕe.s de quilômetros quadrados de extensão, dos quais 80% de forestas e o • restante águas e campos. Essa floresta

'' e essa bacia naturalmente condiciona-

' ram í atividade do colono e de seus sucessores. Porque se dentro do es paço amazônico encontramos áreas de campos, onde a tarefa agrana e a pe

cuária podem ser experimentadas e, mais que experimentadas, realizadas com se gurança no empreendimento, os impe rativos da floresta e das águas, defi

Dicesto

EcoNÓ^^co

79

tância da temperatura elevada c pela

imaginando mesmo abandonar o campo

abundância das chuvas, donde a exube

da luta.

rância

nhecida.

da

vegetação

verdadeiramente

equatorial que lá se desdobra" escla

rece aquele mestre eminente, nem por isso pode-se-lhe atribuir influencia no

civa sôbre o homem, pois, como con

clui, devido "aos ventos alíseos que so pram regularmente das bandas do mar

Foi, porem, a exceção co

.A afimiação, da salubridade inicial da

Amazônia, que tem sido posta em du vida quanto ao seu fundamento, cons tatada no que diz respeito aos cronistas e ao documentiirio sôbre as condições

da salubridade regional no momento do

o penetram pelo continente, e a relati

desbravamento colonial no século XVII,

vamente acentuada queda da tempera

apontada por Oliveira Viana, em capí

tura à noite, boas são na Amnzôn a as condições do meio assim amenizado".

"Terra do Sol", pode ser verificada no

O clima amazônico autoriza, portanto, a presença do homem na empresa ci-

tulos de U\TO, divulgados na rerista estudo da história das endemias que

assolaram a região entre a época do

Lclam-se os cronistas e em

descobrimento e a atualidade, liistória

nenhum dô'es encontraremos restrições

feita nas páginas de ensaios inagnífico.s,

vilizadora.

volume. As águas, dc seu lado, igual mente proporcionando elementos de efe

ao clima para indicá-lo como o fator

de ontem e de hoje, entre outros por

pr mordial que teria impedido um maior

tivo valor econômico, são os caminhos

sucesso i\ ação do colonizador dos séculos

Pereira do Berredo, Conslantino de Chermont, A'exandre Rodrigues ,

xvn e XVIII. Leiam-se os viajantes e os cientistas que detiveram sua atenção

fredo da Mata, Araújo Lima. "Região ^

sôbre o assunto.

Em todos êles, é

salubre, as endemias e epidemias que a

certo, faz-se referência ao rigor por que

assolam ou a denigrem vieram, destarte, do fora, foram importação devida ao europeu e ao africano.

--

w

J lícw,

onw

naturais de que sc s-aleu e valo o

homem para o transporte dos produtos Ic sua atividade. Floresta c água, toda via, .são fôrças que se conjugam para impedir o.s grandes êxitos do homem. A florc.sta, polo caráter esmagador que o erece pe'a indisciplina das variedades de espécies que a definem. As águas,

dc

por cr arcm dificuldades nas épocas de

onchente, quando destrocm todo o es

forço realizado no sentido da criação oa lavoura do alimentação, lavoura reaJizada justamente ria.s áreas de várzea, terras baixas lavadas c adu-

a as pelos curso.s fluviais.

O clima amazônico, que absolutamen^ não é aquêle "glorious climate", de

Bates, o clima caluniado de Euclides, mas um clima rigoroso, que enfrenta mos sem desencorajamento, "não ofere

ce maior obstáculo ao desenvolvimento"

da mgião, escreveu ainda há pouco, nas páginas da "Revista Brasileira de Geo

nindo a paisagem física, são de tal

grafia", o professor paulista José Carlos

sorte categóricos que até o presente o

Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons

ôlo exerce sua ação seletiva.

Nenhum,

porém, o increpa de ser o respotisáoel pelos insucessos da colonização da Ama zônia.

No tocante á salubridade, sôbre que se afirmam algarismos trabalhados com o objetivo negativo, é de ter-se em

ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, | A.-

Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando a natureza, esbarrando com aquele am biente, tão diverso do ambiente a que

êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o

vista a tese, aceita hoje, de que o am biento amazônico não era, de início, um

ambiente doentio que lhes entravasse a

ambiente de onde a saúde estivesse

ação.

ausente, mas para onde, com o advento

A natureza, na sua feição florestal,

do europeu, convergiram, através da ci

no contingente fluvial que a distinguia,

vilização que êle trouxe, as enfermid?.des

de certo oferecia resistência, do mes

às quais a floresta e as águas locais possibilitaram xlína longevidade, uma vitalidade que não foi possível ainda

amáveis.

mo passo que oferecia perspectivas A salubridade, o clima não

constituíam, porém, fatôres negativos.

dominar, exterminarido-as. É certo que

Ao contrário, na apreciação dos elemen

bouve trecho da Amazônia, na área em

tos com que se houveram os coloniza

que ela se limita com a Guiana fran cesa onde o colonizador teve de rnedir

dores dos séculos XVII e XVIII, foram elementos qne não atemorizaram co

fôrças com as febres de mau caráter,

mo não embaraçaram. A tese da ina-


Dicesto

Econômico

Sabemos o quê

homem não pô-

êles

do libertar-se dê-

realizaram

nhola, na Améri

los para criar al guma coisa im-

ca francesa, na

prc.ssionantc que

América inglesa. Na América por

lie cxtcriorizc o

tuguesa, o Brasil,

lhe oxteriorize o

é a grande lição

triunfo

na América espa

capacidade

de que se orgu

tureza bravia.

A floresta pro

porciona todo

Amazônia,

diante da ofen-

sividado ambiente, como explicar a po-

perma

nente sobre a na

lha a velha raiz portuguesa. No caso particular

da

c

um conjunto rico

de espécies ve getais e animais de valor econômico incontestc, mas dc dificil utilização cm

V çau própria espaçodentro amazônico, possuindo feído quadro geográfico sulamericano, constitui um mundo gi gantesco, desfrutado por seis nações do continente: Brasil, Peru, Bolívia, Equa dor, Colômbia e Venezuela. Êsse mun do assínala-se por cêrca de seis milhões de quilômetros quadrados, dos quais 80% ocupados pela vegetação de uma flores ta fechada, luxuriante, e o restante per pequenas áreas de campos e pelas águas

' da bacia de maior volume do ecumeno.

■ -Notemos bem os algarismj^: seis mi-

' IhÕe.s de quilômetros quadrados de extensão, dos quais 80% de forestas e o • restante águas e campos. Essa floresta

'' e essa bacia naturalmente condiciona-

' ram í atividade do colono e de seus sucessores. Porque se dentro do es paço amazônico encontramos áreas de campos, onde a tarefa agrana e a pe

cuária podem ser experimentadas e, mais que experimentadas, realizadas com se gurança no empreendimento, os impe rativos da floresta e das águas, defi

Dicesto

EcoNÓ^^co

79

tância da temperatura elevada c pela

imaginando mesmo abandonar o campo

abundância das chuvas, donde a exube

da luta.

rância

nhecida.

da

vegetação

verdadeiramente

equatorial que lá se desdobra" escla

rece aquele mestre eminente, nem por isso pode-se-lhe atribuir influencia no

civa sôbre o homem, pois, como con

clui, devido "aos ventos alíseos que so pram regularmente das bandas do mar

Foi, porem, a exceção co

.A afimiação, da salubridade inicial da

Amazônia, que tem sido posta em du vida quanto ao seu fundamento, cons tatada no que diz respeito aos cronistas e ao documentiirio sôbre as condições

da salubridade regional no momento do

o penetram pelo continente, e a relati

desbravamento colonial no século XVII,

vamente acentuada queda da tempera

apontada por Oliveira Viana, em capí

tura à noite, boas são na Amnzôn a as condições do meio assim amenizado".

"Terra do Sol", pode ser verificada no

O clima amazônico autoriza, portanto, a presença do homem na empresa ci-

tulos de U\TO, divulgados na rerista estudo da história das endemias que

assolaram a região entre a época do

Lclam-se os cronistas e em

descobrimento e a atualidade, liistória

nenhum dô'es encontraremos restrições

feita nas páginas de ensaios inagnífico.s,

vilizadora.

volume. As águas, dc seu lado, igual mente proporcionando elementos de efe

ao clima para indicá-lo como o fator

de ontem e de hoje, entre outros por

pr mordial que teria impedido um maior

tivo valor econômico, são os caminhos

sucesso i\ ação do colonizador dos séculos

Pereira do Berredo, Conslantino de Chermont, A'exandre Rodrigues ,

xvn e XVIII. Leiam-se os viajantes e os cientistas que detiveram sua atenção

fredo da Mata, Araújo Lima. "Região ^

sôbre o assunto.

Em todos êles, é

salubre, as endemias e epidemias que a

certo, faz-se referência ao rigor por que

assolam ou a denigrem vieram, destarte, do fora, foram importação devida ao europeu e ao africano.

--

w

J lícw,

onw

naturais de que sc s-aleu e valo o

homem para o transporte dos produtos Ic sua atividade. Floresta c água, toda via, .são fôrças que se conjugam para impedir o.s grandes êxitos do homem. A florc.sta, polo caráter esmagador que o erece pe'a indisciplina das variedades de espécies que a definem. As águas,

dc

por cr arcm dificuldades nas épocas de

onchente, quando destrocm todo o es

forço realizado no sentido da criação oa lavoura do alimentação, lavoura reaJizada justamente ria.s áreas de várzea, terras baixas lavadas c adu-

a as pelos curso.s fluviais.

O clima amazônico, que absolutamen^ não é aquêle "glorious climate", de

Bates, o clima caluniado de Euclides, mas um clima rigoroso, que enfrenta mos sem desencorajamento, "não ofere

ce maior obstáculo ao desenvolvimento"

da mgião, escreveu ainda há pouco, nas páginas da "Revista Brasileira de Geo

nindo a paisagem física, são de tal

grafia", o professor paulista José Carlos

sorte categóricos que até o presente o

Junqueira Schmidt. Marcado pela "cons

ôlo exerce sua ação seletiva.

Nenhum,

porém, o increpa de ser o respotisáoel pelos insucessos da colonização da Ama zônia.

No tocante á salubridade, sôbre que se afirmam algarismos trabalhados com o objetivo negativo, é de ter-se em

ra, Artur Viana, Torquato Tapajós, | A.-

Quando o conquistador e o coloniza dor chegaram à Amazônia, enfrentando a natureza, esbarrando com aquele am biente, tão diverso do ambiente a que

êles já estavam habituados na própria América portuguesa, não encontraram o

vista a tese, aceita hoje, de que o am biento amazônico não era, de início, um

ambiente doentio que lhes entravasse a

ambiente de onde a saúde estivesse

ação.

ausente, mas para onde, com o advento

A natureza, na sua feição florestal,

do europeu, convergiram, através da ci

no contingente fluvial que a distinguia,

vilização que êle trouxe, as enfermid?.des

de certo oferecia resistência, do mes

às quais a floresta e as águas locais possibilitaram xlína longevidade, uma vitalidade que não foi possível ainda

amáveis.

mo passo que oferecia perspectivas A salubridade, o clima não

constituíam, porém, fatôres negativos.

dominar, exterminarido-as. É certo que

Ao contrário, na apreciação dos elemen

bouve trecho da Amazônia, na área em

tos com que se houveram os coloniza

que ela se limita com a Guiana fran cesa onde o colonizador teve de rnedir

dores dos séculos XVII e XVIII, foram elementos qne não atemorizaram co

fôrças com as febres de mau caráter,

mo não embaraçaram. A tese da ina-


^ W

Digesto Econômico

80

equatorial, posta em experiência no

esti'o, apenas com a produção indígena, a especiaria local, a chamada "droga do

mundo amazônico, não consegue êxito. As tentativas de coloniz-ção levadas- a

sertão" que, no fim dc contas, marcou, pelos séculos seguintes, ímpressi\'amen-

por L. A. Costa Pinto

efeito em várias épocas, inclusive pos

te, o teor econômico da inicnsa região.

(da Universidade do Brasil)

teriormente à experiência lusitana, não

Tentando a reação ao meio geográfico,

fracassaram devido aos fatores c'ima e

ü exato, como veremos mais adiante, empreenderam domínio do e.spaço com a realização de uma e.xperiêncía agrária

daptação do homem europeu ao meio

salubridade, mas a razões de outra espé cie, nelas devendo ser incluída a hos tilidade da floresta. O desencanto do colonizador não decorreu, assim, senão da falta imediata de estímulos econômi

cos ponderáveis, como teremos ocasião do verificar.

É certo que ò empossamento do vale

amazônico, constituindo emprêsa polí tica projetada pelas autoridades regias, os que vieram para a execução desse

empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a qual não poderiam manter-se e .sem a

qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas de seu

cm intensidade. Lograram rendimentos

interessantíssimos, que vaiem como um atestado impressionante da plasticidade lusitana para a proeza amazôrtica e de outro lado são uma eloqüente demonsIração de que nem o clima nem a salu bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, que somos nós, deixando-se

vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina o certo caráter de antíeconomicidade que

ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo

num

recuo

impressionante,

mas explicável.

O Estudo Sociolóçjico das Eras de Crise

representado pela c.xistcncía de proble

tividade da ciência não c algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanente e imutável. A obje

mas sociais e à necessidade de resol-

tividade da ciência — que é o casamen

SOCIOLOGIA formou-so como rea

ção do espírito humano ao estímulo

vô-Ios, caracterizando-se sua evolução

um teste constante, permanente, alguma

gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica. Como campo de interesse e de análise

coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e sc defende com

os problemas sociais preexistem à so ciologia e o cj^ue tem variado, por con seqüência, na história do pensamento humano, ô o modo dc encarar os

ardor e determinação, especialmente nas

eras de crise cm que, como nas inadriigadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...

problemas sociais, variação que

Por outro lado, nenhum cstõr-

se caracteriza pelo esfôrço cons tante para assumir diante dôlos

ço deve ser poupado no sentido

uma atitude rigorosamente cientí

culo dos que raciocinam de ca

fica. Não foi outra a razão pela quiil o profesor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a aiito-consciôncia científica de uma era de crLse. So assim é, a discussão dos funda

mentos de uma atitude objetiva a ser assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor motodológico evidente que apresenta contribui também, ou aspira contribuir para tornar menos acadêmico e mais

Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas, a República do Salvador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de

to do pensamento com a realidade — é

como ciência pela racionalização pro

conciso o conceito de objetividade a que alguns estudiosos se agarram desesperadamente — mais à palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje

dc ampliar cada vez mais o cir

beça fria sôbre os problemas da organização social e da cultiim. Se em boa parte h crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas em quadros sociais cada ^•ez mais estrei tos - nesta circunstância mesma reside e se encontra o comêç-o da solução da crise so se difundir entre as maiorias par

ticipantes e deliberantes — que sSo a coluna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientifica

mente sôbre as eras de crise e, mais que isso, se se defender a possibilidade efeti va de cultivar e consolidar esse hábito.

cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos disjm-

riham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notaãamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos

elevados preços atingidos pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.

isste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que c preciso ser

focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os problemas políticos, entre a industrialização c a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.


^ W

Digesto Econômico

80

equatorial, posta em experiência no

esti'o, apenas com a produção indígena, a especiaria local, a chamada "droga do

mundo amazônico, não consegue êxito. As tentativas de coloniz-ção levadas- a

sertão" que, no fim dc contas, marcou, pelos séculos seguintes, ímpressi\'amen-

por L. A. Costa Pinto

efeito em várias épocas, inclusive pos

te, o teor econômico da inicnsa região.

(da Universidade do Brasil)

teriormente à experiência lusitana, não

Tentando a reação ao meio geográfico,

fracassaram devido aos fatores c'ima e

ü exato, como veremos mais adiante, empreenderam domínio do e.spaço com a realização de uma e.xperiêncía agrária

daptação do homem europeu ao meio

salubridade, mas a razões de outra espé cie, nelas devendo ser incluída a hos tilidade da floresta. O desencanto do colonizador não decorreu, assim, senão da falta imediata de estímulos econômi

cos ponderáveis, como teremos ocasião do verificar.

É certo que ò empossamento do vale

amazônico, constituindo emprêsa polí tica projetada pelas autoridades regias, os que vieram para a execução desse

empreendimento oficial tiveram de haver-se, para a tarefa econômica, sem a qual não poderiam manter-se e .sem a

qual o sistema colonial português per deria uma das melhores pintas de seu

cm intensidade. Lograram rendimentos

interessantíssimos, que vaiem como um atestado impressionante da plasticidade lusitana para a proeza amazôrtica e de outro lado são uma eloqüente demonsIração de que nem o clima nem a salu bridade foram fatôres negativos. Seus herdeiros, que somos nós, deixando-se

vencer pelos imperativos do potencial da floresta, mesmo com aquela indisciplina o certo caráter de antíeconomicidade que

ela oferece, é que regressaram ao ciclo extrativo

num

recuo

impressionante,

mas explicável.

O Estudo Sociolóçjico das Eras de Crise

representado pela c.xistcncía de proble

tividade da ciência não c algo estabele cido uma vez e para sempre fixado, de modo permanente e imutável. A obje

mas sociais e à necessidade de resol-

tividade da ciência — que é o casamen

SOCIOLOGIA formou-so como rea

ção do espírito humano ao estímulo

vô-Ios, caracterizando-se sua evolução

um teste constante, permanente, alguma

gressiva dessa reação, cada vez menos sentimental, cada vez mais científica. Como campo de interesse e de análise

coisa que se faz e se renova a cada dia, que se conquista e sc defende com

os problemas sociais preexistem à so ciologia e o cj^ue tem variado, por con seqüência, na história do pensamento humano, ô o modo dc encarar os

ardor e determinação, especialmente nas

eras de crise cm que, como nas inadriigadas, nem sempre é fácil distinguir onde finda a noite e onde começa o dia...

problemas sociais, variação que

Por outro lado, nenhum cstõr-

se caracteriza pelo esfôrço cons tante para assumir diante dôlos

ço deve ser poupado no sentido

uma atitude rigorosamente cientí

culo dos que raciocinam de ca

fica. Não foi outra a razão pela quiil o profesor Hans Freyer procurou definir a sociologia como a aiito-consciôncia científica de uma era de crLse. So assim é, a discussão dos funda

mentos de uma atitude objetiva a ser assumida ante os problemas de uma sociedade em crise, ao lado do valor motodológico evidente que apresenta contribui também, ou aspira contribuir para tornar menos acadêmico e mais

Contràriamente ao que ocorre na maior parte das Repúblicas latino-americanas, a República do Salvador acha-se em excelente situação quanto a suas reservas de

to do pensamento com a realidade — é

como ciência pela racionalização pro

conciso o conceito de objetividade a que alguns estudiosos se agarram desesperadamente — mais à palavra do que ao conceito — sem perceberem que a obje

dc ampliar cada vez mais o cir

beça fria sôbre os problemas da organização social e da cultiim. Se em boa parte h crise da sociedade contem porânea ó resultante da integração mon tante de camadas cada vez mais largas em quadros sociais cada ^•ez mais estrei tos - nesta circunstância mesma reside e se encontra o comêç-o da solução da crise so se difundir entre as maiorias par

ticipantes e deliberantes — que sSo a coluna-mestra das democracias contempo râneas — o hábito de pensar cientifica

mente sôbre as eras de crise e, mais que isso, se se defender a possibilidade efeti va de cultivar e consolidar esse hábito.

cambiais. Ao concluir o primeiro semestre de 1947, os bancos salvadorenhos disjm-

riham de 21.016.903 dólares em cambiais estrangeiras, em sua maior parte dólares norte-americanos. Cabe assinalar que essa soma é notaãamente superior à obser vada em períodos semelhantes de anos anteriores. Atribui-se essa circunstância aos

elevados preços atingidos pelo café, produto que constitui o principal setor das exportações do Salvador.

isste trabalho, que se reveste de caráter doutrinário, mostra que c preciso ser

focalizada a interdependência que existe entre os problemas econômicos e os problemas políticos, entre a industrialização c a urbanização, entre as classes sociais e as ideologias.


SJ

Dicesto Econômico

Dicesto

83

Econômico

conhecimentos sobre os mesmos pro blemas. Sôbrc eles, todos temos suposi

objetividade cia ciência, cm nenhum se

reforma

da expressão o quanto de pernóstico ela

ções 8 palpites, que cultivamos carinho-

tor e muito menos nos fenômenos so

encerra em nosso meio — sobre êsse

samento muito embora nem sempre sai

capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos.

bamos porque pensamos assim e jamais

ciais, não é "ponto pacifico", nem se coloca numa esfera meta-soeial de pen samento puro. É posição que se assume com esíprço, não raro contra qua.se tudo e quase todos, contra nós mes-

temos uma atitude primária e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per

As notas que se seguem são as re

flexões de um sociólogo — descontado

^

^

tenhamos procurado refletir sôbre u ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente sc observa, entretanto, que a re

sistência, mais ou menos consciente, que Seja o interêsse pelo estudo e pelo

todos fazemos às tentativas de alterar

tratamento dos desajustamentos sociais

nosso pensamento tradicional sôbre de

entendido como virhide aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro

reta da irracionalidade do pensamento

blema encarado em suas manifestações cícMcas, ao impulso da moda ou do es-

nobismo; seja ainda entendido como de

ver do Estado ou como assunto que só o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos

terminadas questões está na razão di

tradicional e nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dele, uma outra posição màfs ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais c das opiniões ossificadas, que é a lei su

admitem que os problemas sociais sem pre surgem dentro de uma determinada estrutura ou organização social. Isto

prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con

falamos em desorganização social refe-

eras de crise.

significa, noutras palavras, que quando rimo-nos a urna organização que se de

sorganiza, a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano objetivo das relações sociais que surgem os pro blemas e que devem ser procuradas as suas causas e soluções. E é exatamente

pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o

que multipbca as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social >. que estudamos estamos sempre

ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daquela natimeza.

Em verdade, em qualquer campo das ciências sociais e muito especialmente nêste que se refere aos desajustamen tos e às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfôrço de pre parar-se para transformar as opiniões que fazemos sobre certos problemas em

tra um escopo científico no estudo das

Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe

nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou na intimidade das moléculas de um

corpo químico.

Ao fazê-lo, estamos

tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também, como atores. Ao nosso objeto de estudo estamos presos por la ços emocionais e materiais, uns

visíveis, outros sutis, que predis

põem nosso pensamento e nossa opinião.

Assumir, por abstração, uma posição rigorosa de observador das eras

de crise, ter objetividade científica nes

sas conjunturas, é coisa que faz apêlo

a algumas qualidades que geralmente

moíi, — não poucas vôzes. As crises

sociais

são

crise do uma

antecede o conhecimento

corre.

Sem dúvida, não existe, na realidade, nenhum abismo insondá\-eI separando

a teoria da prática, o pensamento da ação.

O que afiraiaraos, porém, c

que, como ponto de partida da atitu

sociedade, de sua organização, de

de a ser adotada no estudo das

soa estrutura, dos padrões que

eras de crise — se essa atitude

ne'a prevalecem e predominam. Uma afirmação desse tipo, que assim formulada parece até re

pretende ser científica — de\'e-

dundante e pleonástica c que to dos temos por certa e sabida — encon

tra na prática, ao ser utilizada, operativamente, como instrumento do análi

se e como ferramenta de trabalho, m'l dificuldades à sua plena aplicação. Isto

porque, ao levarmos um escopo cientí fico ao estudo das eras de crise, se não nos limitarmos à constatação dos efeitos e nos estendermos à pesquisa das can

gas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais em que sur gem fricções entre a análise científica © a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re vestir o pensamento de rótulos científi

cos, pois terá faltado a principal con dição para isso. Outro problemas, de igual natureza

mas de aspecto diferente, surgem, no

plano metodológico, quando se mistu ram, no estudo sociológico das eras de

crise, o espírito de investigação e o es-'

se procurar, antes de ma^s nada, conhecer o que é e o que existe, a realidade objetiva tal qual é.

pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; niais que isso, é o começo dessa trans- , formação.

Assim, se o estudioso dos problemas sociais não se pode confundir com os

espíritos simples que para tudo têm fá ceis respostas e só se interessam pelí^ cura das conseqüências dos problemas o não pela análise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme

lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica - "neutra" em relação a tudo

0 parcialíssima da ordem social que a sustenta.

Em verdade, a ciência acadêmica até

bem pouco tempo especializou-se em niedir a distância que a separava das

utopias reformistas; na era de crise, po rém, crise estrutiual e profunda como

vivemos, o grande teste

pírito de reforma. São dois momentos ^ ^ ciência está sendo submetida Jo pensamento humano e embora não ® contar, milímetro por milímeexistam muralha.s chinesas a separar um ° abismo profundo que a distkn-

se espera mais no "herói", no "mártir",

do outro, constitui supino erro não saber

no "santo" ou no "iluminado" do que

distingui-los.

isso não seria mal recordar a genial

No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a

e.xclamação que Goethe colocou na bôca de sua imortal criatura:

no cientista.

E isto ocorre porque a

utopias conservadoras. E para


SJ

Dicesto Econômico

Dicesto

83

Econômico

conhecimentos sobre os mesmos pro blemas. Sôbrc eles, todos temos suposi

objetividade cia ciência, cm nenhum se

reforma

da expressão o quanto de pernóstico ela

ções 8 palpites, que cultivamos carinho-

tor e muito menos nos fenômenos so

encerra em nosso meio — sobre êsse

samento muito embora nem sempre sai

capítulo, o primeiro e o último capítulo da sociologia de todos os tempos.

bamos porque pensamos assim e jamais

ciais, não é "ponto pacifico", nem se coloca numa esfera meta-soeial de pen samento puro. É posição que se assume com esíprço, não raro contra qua.se tudo e quase todos, contra nós mes-

temos uma atitude primária e utópica; o inverso é o caminho que a ciência per

As notas que se seguem são as re

flexões de um sociólogo — descontado

^

^

tenhamos procurado refletir sôbre u ra cionalidade de nossas opiniões. Fàcilmente sc observa, entretanto, que a re

sistência, mais ou menos consciente, que Seja o interêsse pelo estudo e pelo

todos fazemos às tentativas de alterar

tratamento dos desajustamentos sociais

nosso pensamento tradicional sôbre de

entendido como virhide aprovada por quase tôdas as religiões; seja o pro

reta da irracionalidade do pensamento

blema encarado em suas manifestações cícMcas, ao impulso da moda ou do es-

nobismo; seja ainda entendido como de

ver do Estado ou como assunto que só o tempo pode resolver — o fato é que, consciente ou inconscientemente, todos

terminadas questões está na razão di

tradicional e nas proporções da distância que devemos percorrer para atingir, par tindo dele, uma outra posição màfs ra cional e mais próxima da realidade. A inércia dos pensamentos tradicionais c das opiniões ossificadas, que é a lei su

admitem que os problemas sociais sem pre surgem dentro de uma determinada estrutura ou organização social. Isto

prema dos conceitos estereotipados, é a primeira barreira que se levanta con

falamos em desorganização social refe-

eras de crise.

significa, noutras palavras, que quando rimo-nos a urna organização que se de

sorganiza, a certas formas sociais que se deformam, e que é no plano objetivo das relações sociais que surgem os pro blemas e que devem ser procuradas as suas causas e soluções. E é exatamente

pelo fato da crise social ser sempre a crise de uma ordem social, o

que multipbca as dificuldades ao seu estudo, pois à ordem social >. que estudamos estamos sempre

ligados por determinada equa ção pessoal, dessa ou daquela natimeza.

Em verdade, em qualquer campo das ciências sociais e muito especialmente nêste que se refere aos desajustamen tos e às crises, exige-se, antes de mais nada, a disposição e o esfôrço de pre parar-se para transformar as opiniões que fazemos sobre certos problemas em

tra um escopo científico no estudo das

Ao estudarmos os problemas de uma era de crise não estamos analisando fe

nômenos que se passam na atmosfera, no seio da terra, no mundo vegetal ou na intimidade das moléculas de um

corpo químico.

Ao fazê-lo, estamos

tentando desvendar situações e problenias dos quais participamos, também, como atores. Ao nosso objeto de estudo estamos presos por la ços emocionais e materiais, uns

visíveis, outros sutis, que predis

põem nosso pensamento e nossa opinião.

Assumir, por abstração, uma posição rigorosa de observador das eras

de crise, ter objetividade científica nes

sas conjunturas, é coisa que faz apêlo

a algumas qualidades que geralmente

moíi, — não poucas vôzes. As crises

sociais

são

crise do uma

antecede o conhecimento

corre.

Sem dúvida, não existe, na realidade, nenhum abismo insondá\-eI separando

a teoria da prática, o pensamento da ação.

O que afiraiaraos, porém, c

que, como ponto de partida da atitu

sociedade, de sua organização, de

de a ser adotada no estudo das

soa estrutura, dos padrões que

eras de crise — se essa atitude

ne'a prevalecem e predominam. Uma afirmação desse tipo, que assim formulada parece até re

pretende ser científica — de\'e-

dundante e pleonástica c que to dos temos por certa e sabida — encon

tra na prática, ao ser utilizada, operativamente, como instrumento do análi

se e como ferramenta de trabalho, m'l dificuldades à sua plena aplicação. Isto

porque, ao levarmos um escopo cientí fico ao estudo das eras de crise, se não nos limitarmos à constatação dos efeitos e nos estendermos à pesquisa das can

gas, verificaremos, com freqüência, que aparecem pontos cruciais em que sur gem fricções entre a análise científica © a organização social cuja desorganiza ção configura a crise. Sem a disposição do vencer essa prova é inútil querer re vestir o pensamento de rótulos científi

cos, pois terá faltado a principal con dição para isso. Outro problemas, de igual natureza

mas de aspecto diferente, surgem, no

plano metodológico, quando se mistu ram, no estudo sociológico das eras de

crise, o espírito de investigação e o es-'

se procurar, antes de ma^s nada, conhecer o que é e o que existe, a realidade objetiva tal qual é.

pois conhecer a realidade é o primeiro passo para sua transformação; niais que isso, é o começo dessa trans- , formação.

Assim, se o estudioso dos problemas sociais não se pode confundir com os

espíritos simples que para tudo têm fá ceis respostas e só se interessam pelí^ cura das conseqüências dos problemas o não pela análise de suas causas — deve repelir, por outro lado, com vee mência nunca menor, qualquer seme

lhança com a falsa "neutralidade" aca dêmica - "neutra" em relação a tudo

0 parcialíssima da ordem social que a sustenta.

Em verdade, a ciência acadêmica até

bem pouco tempo especializou-se em niedir a distância que a separava das

utopias reformistas; na era de crise, po rém, crise estrutiual e profunda como

vivemos, o grande teste

pírito de reforma. São dois momentos ^ ^ ciência está sendo submetida Jo pensamento humano e embora não ® contar, milímetro por milímeexistam muralha.s chinesas a separar um ° abismo profundo que a distkn-

se espera mais no "herói", no "mártir",

do outro, constitui supino erro não saber

no "santo" ou no "iluminado" do que

distingui-los.

isso não seria mal recordar a genial

No plano do pensamento, quando a explicação precede a investigação e a

e.xclamação que Goethe colocou na bôca de sua imortal criatura:

no cientista.

E isto ocorre porque a

utopias conservadoras. E para


84

DiGESTO Econômico

"

Isso, que vós outros

ses estruturais; entre a miséria e o ims-

apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaram!!!

ideologias; entre a prostituição e a es

Se o eraprêgo do método científico no

reflexa, direta ou indireta, que entre

tícismo; entro a industrializjiçüo e a ur banização; entro as classes sociais e as

trutura da família — cm suma, a ação

estudo das eras de crise apresenta di-

si exercem os problemas sociais, consti

ficuldadef dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,

tui dado fundamental de estudo que

da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são as situações sociais que, em certos cir

cunstâncias, se transformam em pro blemas sociais, — há que atentar em a'guns aspectos dessas situações a fim

de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à sua considera ção objetiva.

Não se deve perder de vista jamais -

por exemplo - a unidade esseircial que

precisa sempre ser levado cm conside ração. E é, precisamente, ponderando

tais aspectos interdependentes da vida social, — que ressaltam nas eras de crise, -- que podemos avaliar a impor tância, e o significado, no sentido do agravamento .da própria crise, de todos esses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e msular cs efeitos c as repercussões cau sadas por um problema e que se espa

«isle em todos os aspectos e setâes

lham por todo o organismo cm que se

da organização social e da cultura

manifestam.

Em verdade, a vida social constitui uma realidade complexa e uma rarão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre todas as esferas da sociedade de modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas influências recíprocas.

A ação recí

proca que todas as partes da organi zação social e cultural estão exercendo

permanentemente uma sobre as outras não pode ser descorada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é

Êssc anseio, sempre renovado e sem pre destruído, de circunscrever a crise,

de impedir sua propagação, de canalizar seus efeitos para um mágico conta-go tas e soltá-los lentamente, um a um,

« medida em que for possível aguardar Os problemas já tendo prontas as suas soluções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam o sono das estruturas sociais decadentes.

T

Dicesto

Econômico

no seu

constíuitc

8S

agravamento

e

na

ticular, o fator-chave de cada situação

Analisando o problema sob outro pris ma, obser\a-se que essa interdependên cia essencial que existe no campo dos fenômenos sociais, por outro lado, tem levado alguns espíritos primários à con

social, destacando sua natureza funda mental em relação aos outros fatòres

clusão simplista de que "tudo influi sôbre tudo", o que muitas vêzes se

sociais que caracteriziim a estrutura es tudada... e assim sucessivamente ate

apresenta como sapiência profunda e

estarmos habilitados a estabelecer, no

c, na verdade, a negação mais completa de qualquer lei ou nexo causai e só

hierarquia de fatores que intenêm no

O que ocorre, porém, e precisa ser

mais importante na sociedade e espe

atentamente observado, é que a ação

cialmente nas sociedades em crise.

que se emprega no sentido de circuns

crever a crise depois de precipitada, tem

, A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e cs pro

sempre a peculiaridade estranha de iso

plano dos conceitos, uma reprodução da plano da realidade, detemiinando-a. relação à interdependência intrínseca aos

fenômenos sociais sem com isso embo junturas de crise compreender que a tarmos nossa sensibilidade científica, incapacitando-a de registrar o que ocor ação recíproca que entre si e.xercem tô Para o estudo sociológico das con

das as esferas da organização so cial e da cultura não é meio de

confttsâo metodológica, mas sim melo de esclarecimento de um

aspecto essencial dos fenômenos sociais; não é um ponto em que se encerra e termina a sociologia e a

re na realidade objetiva onde

unidade do processo não exclui, antes pressupõe, diferenças pou • deráx'eis na importância e no sen tido dos fatores que compõem o nexo causai.

O que importa, acima de tudo, e

política social mas sim um ponto de partida da investigação científica com que se procura, em cada conjuntura particular e em cada situação concxela,

nisto se define o escopo científico do

determinar o modo, a intensidade e o

imposta; que seja capaz de explicá-la

influenciam e reciprocamente reagem.

ção!

ção-chave na constelação de situações

Desse modo, estaremos vigilantes em

inversa que tem por fim a conservação

demonstram tanto horror à planifica

feito, buscaremos, em seguida, a situa-

atesta a incapacidade lamentável de

sentido em que as partes interdependen

zem a cada dia e a cada hora os que

que inter\"êm na situação dada; isto

di.scemir, em cada caso, o que é funda mental do que é secundário e acessório.

E significa uma espécie de planificação o não a mudança, planificação que fa

tuação concieUi e de cada caso par

busca de sohiç^õcs forçadas.

tes do campo de estudos mutuamente se Isso significa que para objetivar e con cretizar a noção da interdependência o

que importa é ver o seu modo de fun cionar na realidade; é tomá-la uma no

estudo das eras de crise, é que nosso

quadro de conceitos resulte da ana lise da realidade e não seja a ela

e não obscurecê-la ainda mais. Sincro nizar o pensamento com o que se passa na realidade objetiwa e não recusar uma

hierarquização de fatores causais, se ela foi engendrada pela própria realidade —

eis em que consiste o método científico.

O que resta estabelecer, por conse-

.

qüência, e longe ainda está de ser universalmente estabelecida - é a prelimi-

• 'i

determinante

nar fundamental de que as eras de

i.

dêste ou daquele fator e a natureza

crise são passíveis de análise por méto dos cienlificos e de ação nèles inspira-

'

ção operativa, um instrumeuto de tra

balho, de pesquisa e de ação e não um recurso acadêmico para encobrir a natureza

fundamental e

blemas políticos; entre os fenômenos

lar aqueles fatòres que, dentro da crise,

demográficos e ãs relações internacio

evoluem no sentido de sua solução — o

Para isto, um procedimento recomen

nais; entre as crises espirituais e as cri

que resulta, por esquisito que pareça,

dável é. procurar, diante de cada si

condicionada e secundária de outros.

da. Todos concordam em que é pos- )

sível fazer o estudo científico de lUiv j


84

DiGESTO Econômico

"

Isso, que vós outros

ses estruturais; entre a miséria e o ims-

apelidais o "espírito de um século", é simplesmente o vosso espírito, a debuxar fantasmas que abalaram!!!

ideologias; entre a prostituição e a es

Se o eraprêgo do método científico no

reflexa, direta ou indireta, que entre

tícismo; entro a industrializjiçüo e a ur banização; entro as classes sociais e as

trutura da família — cm suma, a ação

estudo das eras de crise apresenta di-

si exercem os problemas sociais, consti

ficuldadef dessa ordem — outras exis tem que resultam, mais diretamente,

tui dado fundamental de estudo que

da natureza mesma do objeto de estu do. E tendo sempre em mente que são as situações sociais que, em certos cir

cunstâncias, se transformam em pro blemas sociais, — há que atentar em a'guns aspectos dessas situações a fim

de procurar evitar os quase inevitáveis escolhos que surgem à sua considera ção objetiva.

Não se deve perder de vista jamais -

por exemplo - a unidade esseircial que

precisa sempre ser levado cm conside ração. E é, precisamente, ponderando

tais aspectos interdependentes da vida social, — que ressaltam nas eras de crise, -- que podemos avaliar a impor tância, e o significado, no sentido do agravamento .da própria crise, de todos esses esforços que com freqüência se fazem a fim de circunscrever, limitar e msular cs efeitos c as repercussões cau sadas por um problema e que se espa

«isle em todos os aspectos e setâes

lham por todo o organismo cm que se

da organização social e da cultura

manifestam.

Em verdade, a vida social constitui uma realidade complexa e uma rarão fundamental dessa complexidade é a interdependência estreita que existe en tre todas as esferas da sociedade de modo que os problemas que se manifes tam numa área do continuum logo co meçam a exercer influência em tôdas as outras e a receber de tôdas elas influências recíprocas.

A ação recí

proca que todas as partes da organi zação social e cultural estão exercendo

permanentemente uma sobre as outras não pode ser descorada por quem es tuda as eras de crise, sob pena de deixar de ver exatamente aquilo que é

Êssc anseio, sempre renovado e sem pre destruído, de circunscrever a crise,

de impedir sua propagação, de canalizar seus efeitos para um mágico conta-go tas e soltá-los lentamente, um a um,

« medida em que for possível aguardar Os problemas já tendo prontas as suas soluções — é talvez a maior utopia, e a mais torturante de quantas perturbam o sono das estruturas sociais decadentes.

T

Dicesto

Econômico

no seu

constíuitc

8S

agravamento

e

na

ticular, o fator-chave de cada situação

Analisando o problema sob outro pris ma, obser\a-se que essa interdependên cia essencial que existe no campo dos fenômenos sociais, por outro lado, tem levado alguns espíritos primários à con

social, destacando sua natureza funda mental em relação aos outros fatòres

clusão simplista de que "tudo influi sôbre tudo", o que muitas vêzes se

sociais que caracteriziim a estrutura es tudada... e assim sucessivamente ate

apresenta como sapiência profunda e

estarmos habilitados a estabelecer, no

c, na verdade, a negação mais completa de qualquer lei ou nexo causai e só

hierarquia de fatores que intenêm no

O que ocorre, porém, e precisa ser

mais importante na sociedade e espe

atentamente observado, é que a ação

cialmente nas sociedades em crise.

que se emprega no sentido de circuns

crever a crise depois de precipitada, tem

, A interdependência estreita que existe entre os problemas econômicos e cs pro

sempre a peculiaridade estranha de iso

plano dos conceitos, uma reprodução da plano da realidade, detemiinando-a. relação à interdependência intrínseca aos

fenômenos sociais sem com isso embo junturas de crise compreender que a tarmos nossa sensibilidade científica, incapacitando-a de registrar o que ocor ação recíproca que entre si e.xercem tô Para o estudo sociológico das con

das as esferas da organização so cial e da cultura não é meio de

confttsâo metodológica, mas sim melo de esclarecimento de um

aspecto essencial dos fenômenos sociais; não é um ponto em que se encerra e termina a sociologia e a

re na realidade objetiva onde

unidade do processo não exclui, antes pressupõe, diferenças pou • deráx'eis na importância e no sen tido dos fatores que compõem o nexo causai.

O que importa, acima de tudo, e

política social mas sim um ponto de partida da investigação científica com que se procura, em cada conjuntura particular e em cada situação concxela,

nisto se define o escopo científico do

determinar o modo, a intensidade e o

imposta; que seja capaz de explicá-la

influenciam e reciprocamente reagem.

ção!

ção-chave na constelação de situações

Desse modo, estaremos vigilantes em

inversa que tem por fim a conservação

demonstram tanto horror à planifica

feito, buscaremos, em seguida, a situa-

atesta a incapacidade lamentável de

sentido em que as partes interdependen

zem a cada dia e a cada hora os que

que inter\"êm na situação dada; isto

di.scemir, em cada caso, o que é funda mental do que é secundário e acessório.

E significa uma espécie de planificação o não a mudança, planificação que fa

tuação concieUi e de cada caso par

busca de sohiç^õcs forçadas.

tes do campo de estudos mutuamente se Isso significa que para objetivar e con cretizar a noção da interdependência o

que importa é ver o seu modo de fun cionar na realidade; é tomá-la uma no

estudo das eras de crise, é que nosso

quadro de conceitos resulte da ana lise da realidade e não seja a ela

e não obscurecê-la ainda mais. Sincro nizar o pensamento com o que se passa na realidade objetiwa e não recusar uma

hierarquização de fatores causais, se ela foi engendrada pela própria realidade —

eis em que consiste o método científico.

O que resta estabelecer, por conse-

.

qüência, e longe ainda está de ser universalmente estabelecida - é a prelimi-

• 'i

determinante

nar fundamental de que as eras de

i.

dêste ou daquele fator e a natureza

crise são passíveis de análise por méto dos cienlificos e de ação nèles inspira-

'

ção operativa, um instrumeuto de tra

balho, de pesquisa e de ação e não um recurso acadêmico para encobrir a natureza

fundamental e

blemas políticos; entre os fenômenos

lar aqueles fatòres que, dentro da crise,

demográficos e ãs relações internacio

evoluem no sentido de sua solução — o

Para isto, um procedimento recomen

nais; entre as crises espirituais e as cri

que resulta, por esquisito que pareça,

dável é. procurar, diante de cada si

condicionada e secundária de outros.

da. Todos concordam em que é pos- )

sível fazer o estudo científico de lUiv j


^

■* "v

TTTT^

53T

Dicesto

80

fenômeno atmosférico de uma

reação

Econômico

sociologia que incumbe diagnosticá-las.

química, da queda de um corpo, r)u

para removê-las.

de uma espécie vegetal; não há comple to acordo, porém, sôbre a possibilida

Numa organização social, como a do Bra.sil, caracterizada pela presença de problemas sociais acumulados e onde a análise de um termo qualquer do pro

de de ser feito o estudo científico dos fenômenos sociais.

Em verdade, porém, entre os fenô menos físicos e os fenômenos sociais —

nunca é demais insistir — como partes que todos são da realidade objetiva, não existe uma diferença de espécie, mas sim de graii: grau maior ou menor com que se oferecem à observação e ao es

tudo. Intrinsecamente, na estrutura ín

tima do fenômeno social, nada impede

^cl\Sfico'^

rigorosamente

As dificuldades que se levantam nesse cammho sao de natureza claramente

contingente e como. são contingências em grande parte ligadas a formL his"toricas de organização social, é à própria

Morfogenía da Arquitetura Contemporânea por Luís DE Anhaia Melo.

"L>'Archilettura é una interpretazíone delia vita. Ia risultanza con creta delle attivitá umune".

blema social leva-nos a seguir sua mea da através de toda a sociedade, da

Gio

buse à cúpola, nunca é demais refle tir sôbre os aspectos metodológicos en

"Notre êtrc au.\

volvidos nu consideração e na solução

dos devaneios messiânicos. O mau, po rém, para recordar mais uma vez as palavras do

Fausto,

é que a arte é

longa e a vida breve. . . muito mais

breve do que o tempo que a própria crise pode esperar na dinâmica de suas soluções espontâneas.

cpoque apparâitra peut-

bistoriens comme TépoMaurlce Barret

arquitetura é ciência e arte.

Seus

fatôres morfogenéticos — geradores da forma, atravé.s dos sucessivos ciclos históricos — são de três ordens: mate

rial, social e psicológica.

Dêsses fatôres, uns são universais, ou tros específicos; permanentes uns, ou tro::

tran.silórios.

Auguste Perret, arquiteto francês, pio neiro da renovação arquitetônica, assim

resume número e fenômeno arquitetu-

rai.s:

L*Architecture est Tart d'orgdniser Tespacc.

C'est par Ia Construction qu*il s'exprimc. rarchitecte.

L*architecte est un poéte qui pense et parle en Construction.

Umversidade de Birmingham, catedratico de física e tido cLio uma das maiores autoridades do mundo no domínio da energia atômica, declarou que dentro de dez anos a Inglaterra poderá central elétrica movida a energia atômica. Segundo o professor Oliphant o custo da corrente gerada pela energia atômica não excedera o das correntes fornecidas pelas usinas que utilizam a hulha, como é o caso das usinas geradoras de eletricidade da Grã-Bretanha.

Dentro de trinta anos — acrescentou o professor — a energia atômica consti

tuirá a principal fonte de energia do mundo.

Lc climát, ses intempéries;

Les inoteriaux, leurs propriétés; La stabilité, ses lois;

L'optique. sés déformations;

Le sens étémel et universel - Des lignes et des formes,

Imposent des conditions qui sont per manentes.

La foncHon, les usages, les réglemetits. Ia mode,

Imposent des conditions qm sont passa géres.

Architecte est le constructeur

Que salisfait au passager par le per-

manent.

La Construction est Ia langue maternelle de

Em uma conferência que proferiu em Stoke On Trent o professor Oliphant, da

material, social c psicológico.

que-typc ou lc cycle dos bouleversements fut complet".

científica de nossa crise social, de seus

paradoxo.s e de suas contradições. Sem confiar no poder da ciência para compreender a crise social e seus variados aspectos — não há como resistir à fas cinação das .soluções brutais c à fuga

Pontl

O professor Luís de Anhaia Melo exa mina, com a habitual erudição, os três jatôrcs morfogenéticos da arquitetura-,

L'arcliitccture e.st de toute.s les expressions de l*arl,

Celle qui est le plus soumise aux conditions materielles.

Les conditions passagéres Et les conditions permanentes satisfaiL'édifice ainsi soumis á riiomme et á Ia nature,

Aura da caractère; il aura du style, il sera harmonieux.

Permanentes sont les conditions qu'im-

Caractère, style, hamionie, jalonnent le

pose Ia natui'e.

chemin qui.

Passagéres, celles qui impose Tliomnie.

Par Ia vérité, conduit à Ia Beaulé.


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■* "v

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Dicesto

80

fenômeno atmosférico de uma

reação

Econômico

sociologia que incumbe diagnosticá-las.

química, da queda de um corpo, r)u

para removê-las.

de uma espécie vegetal; não há comple to acordo, porém, sôbre a possibilida

Numa organização social, como a do Bra.sil, caracterizada pela presença de problemas sociais acumulados e onde a análise de um termo qualquer do pro

de de ser feito o estudo científico dos fenômenos sociais.

Em verdade, porém, entre os fenô menos físicos e os fenômenos sociais —

nunca é demais insistir — como partes que todos são da realidade objetiva, não existe uma diferença de espécie, mas sim de graii: grau maior ou menor com que se oferecem à observação e ao es

tudo. Intrinsecamente, na estrutura ín

tima do fenômeno social, nada impede

^cl\Sfico'^

rigorosamente

As dificuldades que se levantam nesse cammho sao de natureza claramente

contingente e como. são contingências em grande parte ligadas a formL his"toricas de organização social, é à própria

Morfogenía da Arquitetura Contemporânea por Luís DE Anhaia Melo.

"L>'Archilettura é una interpretazíone delia vita. Ia risultanza con creta delle attivitá umune".

blema social leva-nos a seguir sua mea da através de toda a sociedade, da

Gio

buse à cúpola, nunca é demais refle tir sôbre os aspectos metodológicos en

"Notre êtrc au.\

volvidos nu consideração e na solução

dos devaneios messiânicos. O mau, po rém, para recordar mais uma vez as palavras do

Fausto,

é que a arte é

longa e a vida breve. . . muito mais

breve do que o tempo que a própria crise pode esperar na dinâmica de suas soluções espontâneas.

cpoque apparâitra peut-

bistoriens comme TépoMaurlce Barret

arquitetura é ciência e arte.

Seus

fatôres morfogenéticos — geradores da forma, atravé.s dos sucessivos ciclos históricos — são de três ordens: mate

rial, social e psicológica.

Dêsses fatôres, uns são universais, ou tros específicos; permanentes uns, ou tro::

tran.silórios.

Auguste Perret, arquiteto francês, pio neiro da renovação arquitetônica, assim

resume número e fenômeno arquitetu-

rai.s:

L*Architecture est Tart d'orgdniser Tespacc.

C'est par Ia Construction qu*il s'exprimc. rarchitecte.

L*architecte est un poéte qui pense et parle en Construction.

Umversidade de Birmingham, catedratico de física e tido cLio uma das maiores autoridades do mundo no domínio da energia atômica, declarou que dentro de dez anos a Inglaterra poderá central elétrica movida a energia atômica. Segundo o professor Oliphant o custo da corrente gerada pela energia atômica não excedera o das correntes fornecidas pelas usinas que utilizam a hulha, como é o caso das usinas geradoras de eletricidade da Grã-Bretanha.

Dentro de trinta anos — acrescentou o professor — a energia atômica consti

tuirá a principal fonte de energia do mundo.

Lc climát, ses intempéries;

Les inoteriaux, leurs propriétés; La stabilité, ses lois;

L'optique. sés déformations;

Le sens étémel et universel - Des lignes et des formes,

Imposent des conditions qui sont per manentes.

La foncHon, les usages, les réglemetits. Ia mode,

Imposent des conditions qm sont passa géres.

Architecte est le constructeur

Que salisfait au passager par le per-

manent.

La Construction est Ia langue maternelle de

Em uma conferência que proferiu em Stoke On Trent o professor Oliphant, da

material, social c psicológico.

que-typc ou lc cycle dos bouleversements fut complet".

científica de nossa crise social, de seus

paradoxo.s e de suas contradições. Sem confiar no poder da ciência para compreender a crise social e seus variados aspectos — não há como resistir à fas cinação das .soluções brutais c à fuga

Pontl

O professor Luís de Anhaia Melo exa mina, com a habitual erudição, os três jatôrcs morfogenéticos da arquitetura-,

L'arcliitccture e.st de toute.s les expressions de l*arl,

Celle qui est le plus soumise aux conditions materielles.

Les conditions passagéres Et les conditions permanentes satisfaiL'édifice ainsi soumis á riiomme et á Ia nature,

Aura da caractère; il aura du style, il sera harmonieux.

Permanentes sont les conditions qu'im-

Caractère, style, hamionie, jalonnent le

pose Ia natui'e.

chemin qui.

Passagéres, celles qui impose Tliomnie.

Par Ia vérité, conduit à Ia Beaulé.


Dicesto

S8

EcoNÓsnco

ganização do espaço para uso humano.

Os estilos são coisas do passado; per tencem a história da arquitetura.

Desde a sua era inicial, até que a

Deixaram de ser estilo.s criadores —

engenharia criasse o esqueleto suportan-

observa Eliel Saarinen — e se tornaram

te, e o edifício evoluisse de crustáceo a

estilos históricos, padrões de outras épo

vertebrado, o problema do arquiteto foi

cas e outras culturas.

A arquitetura, pois, é problema de or

construir muros, para suportar cargas e empu.\os.

Era preciso, pois, ornamentar tais mu

O dever da época atua! é ter e.xpressão arquitetônica própria.

A pesquisa sincera da forma, igno

r

89

Dice&to Econónuco

"Seria triste

favour of nwdem houses, not because

para a arquitetura, c ela não mereceria

they are modem, but because they are

o lugar procnnnentc que tem entre as artes, se consistisse apenas em algumas

traditional".

E, em 1824, c.screNâa:

combinaç-ões novas das formas indivi

duais dos antigos". Poucos anos depois Sbinkel visitou a Inglaterra e foi a Manchester, percor

Pirâmides.

rendo os bairros industriais, onde ope

psicológico. r , „ Honestamente traduzidos tais iatos, a

ros, aligeirú-los, modelá-los, toma-los di

rando a busca intencional de estilo, é o

rários se empilhavam em cortiços tene

nâmicos é rítmicos.

caminho seguro para um estilo, o es tilo da época atual.

mulheres

Daí os ntmos clássicos e renascen

tistas, bramantescos, paladianos e dos Luíses de França.

O clímax dessa "wall-concíousness" —

nota Seldon Cheney — foi o século XIX.

Mas o arcabouço suportante — aço ou concreto armado - transformou o muro suporte em simples cortina; o

elemento estrutural passou a elemento do proteção.

Estilo no sentido de realização aca

bada e perfeita, e não no sentido de moda.

"Architecture, doutrina Kichards, is a social art, related to tbe social life of

the people it ser\es, not a academic exercise in applied ornainent".

Mas como c.xplicar o prestigio da tra

clássica, codificada pelas acade A arquitetura tomou-se elástica, livre, dição mias, prestígio que ainda hoje se man aberta à luz e à paisagem. ' tém?

O homem, animal de ar livre, \ encera afinal a luta ancestral contra os elemen

tos hostis da natureza — ventos, chuva, umidade, frio — afastando sem se

privar dos elementos benéficos, dentro do ambiente habitado — ar puro e abundante, luz, sol, brisas, a

A doutrina do classicisino e o jôgo

estético da composição de fachadas, me ramente decorati\'as, \'i\em hoje no vá

cuo, porque o espírito, a sociedade e a tecnologia que os ciiaram, já passaram ou foram superados. Mas dominaram

vista dos horizontes.

soberanos

quatro séculos da História.

A habitação atual, fundindo

E os arquitetos do século

pràtícamente õ "indoor" e o

XIX, copiando todos os esti

"outdoor", Ii\re dos obstáculos da alvenaria, é e.xemplo \i\o

los

desse espaço organizado, oposto ao sen tido tradicional de muro pesado. É pela Construção que a Arquitetura se exprime.

Os novos materiais — aço, concreto,

vidro, metais e plásticos - e os usos novos dos velhos materiais, como a ma

deira, permitem realizações criadoras de novos ritmos.

E os estilos?

históricos,

transformados

assim em entidades indepen dentes, com existência abstrata, deram origem ao ecletismo ou historicismo, que

hoje desorienta os observadores super

brosos, e as fábricas, nas quais homens, e

crianças trabalhavam de

zesseis horas por dia, nos peores am E escre\eu no seu caderno de notas:

"Todas as grandes épocas deixavam o

registro •♦da sua grandeza no estilo das Buas construções. Porque não havemos de procurar o estilo característico da nossa épo da reação contra o decorativismo e retomado o fio da tradição.

A

Porque tradição não é fonna, é es não

consisto nas obras feitas

mas nas qualidades nelas presentes.

Respeitar a tradição ~ escreve Séailles — é imitar o passado, não por fora,

mas por dentro; imitá-To no seu poder, nas suas virtudes, na sua fecundidade, no gênio das suas realizações. "Si Tart ne se separe pas de Ia vie,

8'il en est 1'expression mobile et toujours renouvelée, il ne peut en aucun cas consister dans Ia réproduction servile des formes, qui les sociétés mortes ont imapose á Tart, .comme 1'inertie au niou-

primeiras dúvidas.

século XX.

vement,

. .

Mas continuavam os arquitetos do

século XIX empenliados em problemas estéticos, utilizando os vellios ntmos, en

quanto os engenheiros criavam, utiU7.an^

do o ferro e o concreto ar mado, obras grandiosas, sim

Momento houve em que se

boa tradição.

plaisir.

°

societ)'", hoje. a nossa sociedade do

acreditou que a arte do en

ginées pour leur utilité, et pour leur

teto do edifício do Museu de Berlim,

arquitetura é "a perfect

audazes.

Estava lançada a semente

Era preciso porém retomar o fio da boa tradição arquitetônica. de composição grega, que levantou as

simultànearaente, fato técnico, social e

ples e lógicas, honestas e

ca?"

pírito;

, .

Tôdá a realização arquitetônica e,

bientes.

ficiais.

E fõ{ KarI Frledrick Sbinkel, o arqui

A grande tradição da boa arquitet^a é construção honesta, e desde as grandes

Imitation est stérilité; elle s'opcomme

Ia

routíne á Tinven-

genheiro estava destinada a substit^ a arquitetura, porque era ela a expi ^ característica da nova época.

Quando em 1889, na

^

verlil de Paris, o engenheiro Gustave

Eiffel, levantou a sua famosa torre de ferro, artistas célebres da época

Sar-

dou, Dumas, Coppée e Maupassant protestaram enèrgicamente, em nome do bom gôsto" contra a monstruosa

co'una, de rebites à mostra, que era, escreviam êles, um borrão de Ünta sò-

brc a jjeleza gloriosa de Paris. .. Não menos veementes os protestos de

Jolm Ruskin e Wilíiam Morris, contra a máquina e a industrialização, advogan do um retomo à manufatura, concebido em têrmos de um goücismo saneador.

E tal a persistência desse esteticismo

tion".

decorativista, que uma outra reação con

Tem razão pois o arquiteto George Nelson, quando afirma: "We are in

tra as formas liistóricas, o ".íVit Nouveau" de Van de Velde, Hankar e


Dicesto

S8

EcoNÓsnco

ganização do espaço para uso humano.

Os estilos são coisas do passado; per tencem a história da arquitetura.

Desde a sua era inicial, até que a

Deixaram de ser estilo.s criadores —

engenharia criasse o esqueleto suportan-

observa Eliel Saarinen — e se tornaram

te, e o edifício evoluisse de crustáceo a

estilos históricos, padrões de outras épo

vertebrado, o problema do arquiteto foi

cas e outras culturas.

A arquitetura, pois, é problema de or

construir muros, para suportar cargas e empu.\os.

Era preciso, pois, ornamentar tais mu

O dever da época atua! é ter e.xpressão arquitetônica própria.

A pesquisa sincera da forma, igno

r

89

Dice&to Econónuco

"Seria triste

favour of nwdem houses, not because

para a arquitetura, c ela não mereceria

they are modem, but because they are

o lugar procnnnentc que tem entre as artes, se consistisse apenas em algumas

traditional".

E, em 1824, c.screNâa:

combinaç-ões novas das formas indivi

duais dos antigos". Poucos anos depois Sbinkel visitou a Inglaterra e foi a Manchester, percor

Pirâmides.

rendo os bairros industriais, onde ope

psicológico. r , „ Honestamente traduzidos tais iatos, a

ros, aligeirú-los, modelá-los, toma-los di

rando a busca intencional de estilo, é o

rários se empilhavam em cortiços tene

nâmicos é rítmicos.

caminho seguro para um estilo, o es tilo da época atual.

mulheres

Daí os ntmos clássicos e renascen

tistas, bramantescos, paladianos e dos Luíses de França.

O clímax dessa "wall-concíousness" —

nota Seldon Cheney — foi o século XIX.

Mas o arcabouço suportante — aço ou concreto armado - transformou o muro suporte em simples cortina; o

elemento estrutural passou a elemento do proteção.

Estilo no sentido de realização aca

bada e perfeita, e não no sentido de moda.

"Architecture, doutrina Kichards, is a social art, related to tbe social life of

the people it ser\es, not a academic exercise in applied ornainent".

Mas como c.xplicar o prestigio da tra

clássica, codificada pelas acade A arquitetura tomou-se elástica, livre, dição mias, prestígio que ainda hoje se man aberta à luz e à paisagem. ' tém?

O homem, animal de ar livre, \ encera afinal a luta ancestral contra os elemen

tos hostis da natureza — ventos, chuva, umidade, frio — afastando sem se

privar dos elementos benéficos, dentro do ambiente habitado — ar puro e abundante, luz, sol, brisas, a

A doutrina do classicisino e o jôgo

estético da composição de fachadas, me ramente decorati\'as, \'i\em hoje no vá

cuo, porque o espírito, a sociedade e a tecnologia que os ciiaram, já passaram ou foram superados. Mas dominaram

vista dos horizontes.

soberanos

quatro séculos da História.

A habitação atual, fundindo

E os arquitetos do século

pràtícamente õ "indoor" e o

XIX, copiando todos os esti

"outdoor", Ii\re dos obstáculos da alvenaria, é e.xemplo \i\o

los

desse espaço organizado, oposto ao sen tido tradicional de muro pesado. É pela Construção que a Arquitetura se exprime.

Os novos materiais — aço, concreto,

vidro, metais e plásticos - e os usos novos dos velhos materiais, como a ma

deira, permitem realizações criadoras de novos ritmos.

E os estilos?

históricos,

transformados

assim em entidades indepen dentes, com existência abstrata, deram origem ao ecletismo ou historicismo, que

hoje desorienta os observadores super

brosos, e as fábricas, nas quais homens, e

crianças trabalhavam de

zesseis horas por dia, nos peores am E escre\eu no seu caderno de notas:

"Todas as grandes épocas deixavam o

registro •♦da sua grandeza no estilo das Buas construções. Porque não havemos de procurar o estilo característico da nossa épo da reação contra o decorativismo e retomado o fio da tradição.

A

Porque tradição não é fonna, é es não

consisto nas obras feitas

mas nas qualidades nelas presentes.

Respeitar a tradição ~ escreve Séailles — é imitar o passado, não por fora,

mas por dentro; imitá-To no seu poder, nas suas virtudes, na sua fecundidade, no gênio das suas realizações. "Si Tart ne se separe pas de Ia vie,

8'il en est 1'expression mobile et toujours renouvelée, il ne peut en aucun cas consister dans Ia réproduction servile des formes, qui les sociétés mortes ont imapose á Tart, .comme 1'inertie au niou-

primeiras dúvidas.

século XX.

vement,

. .

Mas continuavam os arquitetos do

século XIX empenliados em problemas estéticos, utilizando os vellios ntmos, en

quanto os engenheiros criavam, utiU7.an^

do o ferro e o concreto ar mado, obras grandiosas, sim

Momento houve em que se

boa tradição.

plaisir.

°

societ)'", hoje. a nossa sociedade do

acreditou que a arte do en

ginées pour leur utilité, et pour leur

teto do edifício do Museu de Berlim,

arquitetura é "a perfect

audazes.

Estava lançada a semente

Era preciso porém retomar o fio da boa tradição arquitetônica. de composição grega, que levantou as

simultànearaente, fato técnico, social e

ples e lógicas, honestas e

ca?"

pírito;

, .

Tôdá a realização arquitetônica e,

bientes.

ficiais.

E fõ{ KarI Frledrick Sbinkel, o arqui

A grande tradição da boa arquitet^a é construção honesta, e desde as grandes

Imitation est stérilité; elle s'opcomme

Ia

routíne á Tinven-

genheiro estava destinada a substit^ a arquitetura, porque era ela a expi ^ característica da nova época.

Quando em 1889, na

^

verlil de Paris, o engenheiro Gustave

Eiffel, levantou a sua famosa torre de ferro, artistas célebres da época

Sar-

dou, Dumas, Coppée e Maupassant protestaram enèrgicamente, em nome do bom gôsto" contra a monstruosa

co'una, de rebites à mostra, que era, escreviam êles, um borrão de Ünta sò-

brc a jjeleza gloriosa de Paris. .. Não menos veementes os protestos de

Jolm Ruskin e Wilíiam Morris, contra a máquina e a industrialização, advogan do um retomo à manufatura, concebido em têrmos de um goücismo saneador.

E tal a persistência desse esteticismo

tion".

decorativista, que uma outra reação con

Tem razão pois o arquiteto George Nelson, quando afirma: "We are in

tra as formas liistóricas, o ".íVit Nouveau" de Van de Velde, Hankar e


90

Dicksto

Horta, se limitou também a simples tro ca dc omato.

Em vez de acantos e volutas, a linha de fôrça abstrata.

O següinte movimento renovador, de um puritanismo intransigente, ainda não

considerou o problema morfológicOj atri buindo ao omato todos os males da

desorientação arquitetônica.

Econômico

Todos conhecem os atuais grandes lídere.s da arquitetura, muitos déles de influência internacional.

A essa arquitetura, cuja finalidade ó restabelecer o equilíbrio c a correspon

A crise mundidl de dólares c o plano Marshall por Jksus Cassiano Puados Aruarte

dência entre a vida c a arte, arquitetos brasileiros têm dado valiosa contribui ção.

por \'Os falar em espanhol.

* Estou, toda\'ia, perfeitamente certo

"Contemporary architecture — nul:: com acêrto Eric Mendelsohn — being a movement of the spirit, quite natu-

de que serão compreendidas todas as

corresponde ao abandono progressivo do

rally ís accompaníed by a variet)- of

mais me impressionou, não foi a ma

sòbre o problema do dólar e quais oS aspectos mais importantes do Plano Mar

omato nos objetos de uso.

crceds and a multitude of camps".

ravilha da costa brasileira, já entrevista

shall.

São bem conhecidas a frase de Adolf

Loos — o omato é um crime — e a sua teoria de que a evoluç-áo da cultura Mas um niundo novo — técnica so-

dal e espiritualmente — pedia expres são arquitetônica própria.

E os verdadeiros criadores dessa expressão arquitetônica foram Mcintosh

na Inglaterra; Hans Poelzig, Peter Beh'

V na Austna, Otto Wagner e Josef Hofíl

man; Berlage na Holanda. E dois no táveis americanos, Louis Sullivan e

Franx Lloyd Wright.

Sullivan formulou o princípio orientado?, o credo da nova arquitetura: "form

Essa variedade de oredosi abnmge

os internacionalista.s-, como Le Corbusier J- P. Oud; os néo-clássícos, como Auguste Perrct o Piacentini; os li\Te-

pcsquisadores de possibilidades estéticas como Dudok e Frank Lloyd Wrigiu e os regionalistas.

Variedade de credos, mas unidade de

concepção: novos materiais, novas fun ções, novos ritmos; fatos técnico, fator

social, fator psicológico.

O que está

plenamente de acôrdo com a velha tra

morfológica de todo o crescimento or-

dição vitruviana, que já prescrevia, no século de Augusto, como fatores morfogenéticos da boa arquitetura, êsses

gânico.

?nesmos três:

follows function".

É esta uma verdade biológica e a lei

nustas.

Utilitas; Firmitas; Ve-

minhas palavras.

Nesta -minha \'iagem ao Brasil o que do a\iãü entre as giràndolas de luuens.

Não foi também a esplêndida baía dc Guanabara e a cidade, realmente belíssi

Quaisquer análises efetuadas sobre a situação econômica mundial, no presen te, de\ em, sem dúvida, tomar como pon

ma que é o Rio dc Janeiro, nem tampou

to dc partida as conseqüências

co esta outra acolhedora São Paulo, tal

guerra.

como a Cidade Eterna, construída so

Não vou consignar, senão ràpidamente, algumas cifras.

bre colinas. O cpic mais mo impressio nou no Brasil foi, sem dúvicla, a esplên dida hospitalidade brasileira.

Permiti-me agora acrescentar aqui al

gumas palavras sobre a minha proce dência, que apareceu um tanto tranca

da em alguns jornais, os quais, por cer

to, ao saberem ter sido eu delegado da República do Salvador, na Conferência

da

Basta assinalar supor-se ter sido de 10 bilhões de dólares os gastos do Reino Unido, de natureza bélica, além de mais de 30 bilhões de perdas em bens de ca

pitai, dos quais, 17 bilhões de dólares representados, em parte, pelas dividas contraídas no exterior e, em parte, pelas in\'crsões feitas no estrangeiro e que fo-

de Petrópoiis, se equivocaram a respei

raiR perdidas. Estas cifras falam por si

to de minha nacionalidade. Devo ad vertir que, SC dc fato a Câmara do Co

sós.

mércio de Salvador bonron-me com a delegação de poderes para representá-la

para a maior parte dos países europeus,

na reunião de Quitandinha, foi na rea

Pois bem, produzida esta perturbação na economia britânica e, em geral, na

lidade a Argentina que h-je deu refúgio íicolhedor, ao ter eu de deixar aquela Espanha peregrina, a que pertencia, pu

%

ra correr hoje pelo mundo, entristecido com a sorte da pátria. E ditas estas pala\Tas iniciais passo a expor, em termos gerais, o que penso

E o problema é exatamente o mesmo devastados pela guerra. economia européia, foi necessário levar

algum alivio aos países destruídos e dc-

.Convidado peto dr. Brasítto \facIiado Neto, prcridcnte da As.sodaçãn Comercia} de São luuto, Paulo, o o professor professor jesus Jestis Cassiano Prados Arrane, Arrarle, rvnnztiu realizou no de P^oPxo:yao Uassiano Prados nn InslUutn insututo dc riomia utTui conferência sâbre "A situação situarão finaru:eira iinaweiro mundial ante o crive dc dâlares". ddiares". nomia uma rofessor Arrarle é catedrátUo Economia da Fanddade Fonddade de Ciências EccmknlO professor catedrd/iro de EconomUt cas de de Buenos Btiennfi Aires Aires e e recentemente rerentomni%te> nnrtMnot participou do '' Cimcresso "— Econdniico t' . efetuailo em fetrópoits, como representante ^ Argentina e ua República do Saítador.


90

Dicksto

Horta, se limitou também a simples tro ca dc omato.

Em vez de acantos e volutas, a linha de fôrça abstrata.

O següinte movimento renovador, de um puritanismo intransigente, ainda não

considerou o problema morfológicOj atri buindo ao omato todos os males da

desorientação arquitetônica.

Econômico

Todos conhecem os atuais grandes lídere.s da arquitetura, muitos déles de influência internacional.

A essa arquitetura, cuja finalidade ó restabelecer o equilíbrio c a correspon

A crise mundidl de dólares c o plano Marshall por Jksus Cassiano Puados Aruarte

dência entre a vida c a arte, arquitetos brasileiros têm dado valiosa contribui ção.

por \'Os falar em espanhol.

* Estou, toda\'ia, perfeitamente certo

"Contemporary architecture — nul:: com acêrto Eric Mendelsohn — being a movement of the spirit, quite natu-

de que serão compreendidas todas as

corresponde ao abandono progressivo do

rally ís accompaníed by a variet)- of

mais me impressionou, não foi a ma

sòbre o problema do dólar e quais oS aspectos mais importantes do Plano Mar

omato nos objetos de uso.

crceds and a multitude of camps".

ravilha da costa brasileira, já entrevista

shall.

São bem conhecidas a frase de Adolf

Loos — o omato é um crime — e a sua teoria de que a evoluç-áo da cultura Mas um niundo novo — técnica so-

dal e espiritualmente — pedia expres são arquitetônica própria.

E os verdadeiros criadores dessa expressão arquitetônica foram Mcintosh

na Inglaterra; Hans Poelzig, Peter Beh'

V na Austna, Otto Wagner e Josef Hofíl

man; Berlage na Holanda. E dois no táveis americanos, Louis Sullivan e

Franx Lloyd Wright.

Sullivan formulou o princípio orientado?, o credo da nova arquitetura: "form

Essa variedade de oredosi abnmge

os internacionalista.s-, como Le Corbusier J- P. Oud; os néo-clássícos, como Auguste Perrct o Piacentini; os li\Te-

pcsquisadores de possibilidades estéticas como Dudok e Frank Lloyd Wrigiu e os regionalistas.

Variedade de credos, mas unidade de

concepção: novos materiais, novas fun ções, novos ritmos; fatos técnico, fator

social, fator psicológico.

O que está

plenamente de acôrdo com a velha tra

morfológica de todo o crescimento or-

dição vitruviana, que já prescrevia, no século de Augusto, como fatores morfogenéticos da boa arquitetura, êsses

gânico.

?nesmos três:

follows function".

É esta uma verdade biológica e a lei

nustas.

Utilitas; Firmitas; Ve-

minhas palavras.

Nesta -minha \'iagem ao Brasil o que do a\iãü entre as giràndolas de luuens.

Não foi também a esplêndida baía dc Guanabara e a cidade, realmente belíssi

Quaisquer análises efetuadas sobre a situação econômica mundial, no presen te, de\ em, sem dúvida, tomar como pon

ma que é o Rio dc Janeiro, nem tampou

to dc partida as conseqüências

co esta outra acolhedora São Paulo, tal

guerra.

como a Cidade Eterna, construída so

Não vou consignar, senão ràpidamente, algumas cifras.

bre colinas. O cpic mais mo impressio nou no Brasil foi, sem dúvicla, a esplên dida hospitalidade brasileira.

Permiti-me agora acrescentar aqui al

gumas palavras sobre a minha proce dência, que apareceu um tanto tranca

da em alguns jornais, os quais, por cer

to, ao saberem ter sido eu delegado da República do Salvador, na Conferência

da

Basta assinalar supor-se ter sido de 10 bilhões de dólares os gastos do Reino Unido, de natureza bélica, além de mais de 30 bilhões de perdas em bens de ca

pitai, dos quais, 17 bilhões de dólares representados, em parte, pelas dividas contraídas no exterior e, em parte, pelas in\'crsões feitas no estrangeiro e que fo-

de Petrópoiis, se equivocaram a respei

raiR perdidas. Estas cifras falam por si

to de minha nacionalidade. Devo ad vertir que, SC dc fato a Câmara do Co

sós.

mércio de Salvador bonron-me com a delegação de poderes para representá-la

para a maior parte dos países europeus,

na reunião de Quitandinha, foi na rea

Pois bem, produzida esta perturbação na economia britânica e, em geral, na

lidade a Argentina que h-je deu refúgio íicolhedor, ao ter eu de deixar aquela Espanha peregrina, a que pertencia, pu

%

ra correr hoje pelo mundo, entristecido com a sorte da pátria. E ditas estas pala\Tas iniciais passo a expor, em termos gerais, o que penso

E o problema é exatamente o mesmo devastados pela guerra. economia européia, foi necessário levar

algum alivio aos países destruídos e dc-

.Convidado peto dr. Brasítto \facIiado Neto, prcridcnte da As.sodaçãn Comercia} de São luuto, Paulo, o o professor professor jesus Jestis Cassiano Prados Arrane, Arrarle, rvnnztiu realizou no de P^oPxo:yao Uassiano Prados nn InslUutn insututo dc riomia utTui conferência sâbre "A situação situarão finaru:eira iinaweiro mundial ante o crive dc dâlares". ddiares". nomia uma rofessor Arrarle é catedrátUo Economia da Fanddade Fonddade de Ciências EccmknlO professor catedrd/iro de EconomUt cas de de Buenos Btiennfi Aires Aires e e recentemente rerentomni%te> nnrtMnot participou do '' Cimcresso "— Econdniico t' . efetuailo em fetrópoits, como representante ^ Argentina e ua República do Saítador.


'£síF> yr

"»-1í

Digesto Econômico

92

r

93

Dxcesto Econômico

ocorrer às suas necessidades imprescin

no Marshall, suo as seguintes, compa

díveis.

rando-se o qüinqüênio 1934-38 com o

O consumo de alimentos na Europa, segundo as cifras apresentadas pelo "Co mitê" de Cooperação Econômica Euro-

ano agrícola 1946-47. O consumo de alimentos na Europa ocidental, per ca pita, é naturalmente e.vpresso em quilo-

oéia, no documento conhecido por Pla

gramas.

constituíram os Estados Unidos e ou

européia c bem simples de explicar. Eoi primeiro lugar, Icvou-se a cabo, nos ao'

tras nações, entre elas o Brasil, a UNRRA para prestação de socorros mais ime

gustiosos anos dc guerra, uma cultura deprcdatória, consistente em retirar do solo

diatos e urgentes. Além da UNRRA, outros organismos se encarregaram também de solucionar os problemas e

tudo quanto éste pode dar, para trans'

formá-lo ràpidamente em alimentos e matéria-prima que tiáo necessários crarn.

Consumo per

Consumo per

atender às necessidades das zonas devas

Por outro lado, a snaquínária agrícola

capita (kg. p.

capita (kg. p.

tadas, da Europa e de outros continen tes. E dentro desta ajuda devo fazer

está completamente desgastada, tendo

ano)

ano)

Trigo e outros cereais para pão ....

192

Batatas

236

158 19Ü

vastados- E, com grande generosidade,

referência a uma cifra, pois, quando mais tarde falarmos do Plano Marshall, vereis não ser tanto maior a soma soli

citada como imprescindível a fim de conecessidades mínimas do "Comi

1934-38

ultrapassado o seu limite de vida e, pois» necessita

dc

uma

reconstrução ime

diata. Acresce mais a falta de adubos,

principalmente de nitratos e fosfntos, de\ ida cm parte ao fato de haverem cer tos países europeus utilizado as suaS

-\çiícar

27,4

20,8

Carne

42,9

27,7

24,1

13,3

tê" de Cooperação Econômica Européia do que aquela já generosamente presta instalações para a fabricação de explo Esta prejudicial falta de adubos da pelos Estados Unidos desde o fim sivos. foi de terríveis conseqüências para s

da contenda. Excluindo-se as contrí buições em empréstimos, que sabemos terem sido as maiores, despenderam os

Estados Unidos, desde o fim da guer ra até épocas relativamente recentes a soma de 100 bilhões de dólares.

Não obstante a ajuda da UNRRA, para a qual só os Estados Unidos concor reram com mais de 15 bilhões de dó lares,'ou seja cêrca de 73%, e além da inter\'enção de outros organismos, a Eu

ropa e outras zonas mundiais não con seguiram repor-se em conseqüência da devastação. Isto se deve a diversas cau sas e, em primeiro lugar, à completa destruição da agricultura européia. An tes de tocar nesse ponto, devo mencio nar o fato de haver a agricultura euro

péia levado oito anos para reconstituir-

I

Por aí já se nota a deficiência.

agricultura européia. E, por liltimo, a escassez da mão de obra.

Mas, para assinalar até que ponto é angustiosa a situação alimentícia da Eu

Numa eco

nomia empenhada no mister de forne cer numeroso contingente de soldados às

ropa, o que ficou dito não é tudo. Cria da pela intervenção da natureza, por

fôrças combatentes e premida pela ne

fatos alheios à vontade dos homens, por fatos de força maior ou por atos de Deus, como dizem os simples, a situa

cessidade de levar avante uma indústria bélica considerável, eram bem es

cassos os braços livres para a agricultura. Tudo isso concorreu para a completa

destnução da agricultura européia. Daí a terrível redução da sua produção agrícola. Em 1947 a falta de alimentos para

se milagres e soluções imediatas de um processo industrial, no amplo sentido da palavra, que foi tão afetado. A causa do mal-estar da agricultura

governos, cuja política te\e como con

as mesmas medidas, que asseguram

seqüência a redução de muitas cultu

uma maior afluência de cereais nos mercados consumidores.

nou-se mais precária ainda em virtude

mentos que chegam às mãos dos últi

da baixa colheita de milho norte-ameri

mos consumidores.

antes da guerra. E hoje, aqueles que an teriormente exportavam cereais e outros produtos alimentícios à Europa ociden tal precisam de ser por esta socorridos

com produtos alimentícios a fim de

assim

também os ali

Com efeito, ante o perigo de não

líticas 6 sociais não necessitam dc ex plicação.

sua produção. E em França tomaram

Êste o problema alimentício que, naturalmente, ocasiona uma drenagem de dólares, os quais saem da empobre

poderem as massas mais pobres da po pulação dispor dc alimentos em quan tidade suficiente, adotaram os gover

cida Europa para os Estados Unidos.

nos um

ma alimentício.

sistema

um

tanto primitivo.

Assim é que, alguns países da Europa

Mas não é o mais importante.

Outros

há tão graves, ou mais, que o proble

ocidental obrigaram os camponeses a

Em primeiro lugar está o do carvão, juntamente com o problema do combus

entregar toda sua coUieita.

tível em geral.

E, como

êstes não tivessem interesse monetáiio

l

principalmente na Itália e nu França. Devo dizer, porém, que os go\ernos reagiram à vista da péssima colheita de 1947, aliás em parte de\ida tam bém ao rigor do inverno. Na Itália, por e.xemplo, permitiu-se aos campone ses comerciar livremente com 45% da

ras, reduzindo

cano. Criou-se, assim, um estado de coisas, cujas influências económica.s, po

devera a quantidade de alimentos pro duzidos para a Europa. Isto ocorreu

ção da agricultura européia se deve também, em grande parte, à ação dos

essa Europa faminta e depauperada tor

Por outro lado, qual se fôra uma mal se, depois da primeira guerra mundial, em que a devastação não foi tão consi dição, a colheita do arroz no continen derável quanto nestas ultimas hostilida te asiático não foi sequer semelhante à dc des. Portanto, não é possível exigirem-

1946-47

A revista "The Economist", que de

na produção pouparam seus esforços.

ve entender destas questões, sendo a

Em última instância, foi menor do que

Inglaterra, como foi, tradicionalmente,


'£síF> yr

"»-1í

Digesto Econômico

92

r

93

Dxcesto Econômico

ocorrer às suas necessidades imprescin

no Marshall, suo as seguintes, compa

díveis.

rando-se o qüinqüênio 1934-38 com o

O consumo de alimentos na Europa, segundo as cifras apresentadas pelo "Co mitê" de Cooperação Econômica Euro-

ano agrícola 1946-47. O consumo de alimentos na Europa ocidental, per ca pita, é naturalmente e.vpresso em quilo-

oéia, no documento conhecido por Pla

gramas.

constituíram os Estados Unidos e ou

européia c bem simples de explicar. Eoi primeiro lugar, Icvou-se a cabo, nos ao'

tras nações, entre elas o Brasil, a UNRRA para prestação de socorros mais ime

gustiosos anos dc guerra, uma cultura deprcdatória, consistente em retirar do solo

diatos e urgentes. Além da UNRRA, outros organismos se encarregaram também de solucionar os problemas e

tudo quanto éste pode dar, para trans'

formá-lo ràpidamente em alimentos e matéria-prima que tiáo necessários crarn.

Consumo per

Consumo per

atender às necessidades das zonas devas

Por outro lado, a snaquínária agrícola

capita (kg. p.

capita (kg. p.

tadas, da Europa e de outros continen tes. E dentro desta ajuda devo fazer

está completamente desgastada, tendo

ano)

ano)

Trigo e outros cereais para pão ....

192

Batatas

236

158 19Ü

vastados- E, com grande generosidade,

referência a uma cifra, pois, quando mais tarde falarmos do Plano Marshall, vereis não ser tanto maior a soma soli

citada como imprescindível a fim de conecessidades mínimas do "Comi

1934-38

ultrapassado o seu limite de vida e, pois» necessita

dc

uma

reconstrução ime

diata. Acresce mais a falta de adubos,

principalmente de nitratos e fosfntos, de\ ida cm parte ao fato de haverem cer tos países europeus utilizado as suaS

-\çiícar

27,4

20,8

Carne

42,9

27,7

24,1

13,3

tê" de Cooperação Econômica Européia do que aquela já generosamente presta instalações para a fabricação de explo Esta prejudicial falta de adubos da pelos Estados Unidos desde o fim sivos. foi de terríveis conseqüências para s

da contenda. Excluindo-se as contrí buições em empréstimos, que sabemos terem sido as maiores, despenderam os

Estados Unidos, desde o fim da guer ra até épocas relativamente recentes a soma de 100 bilhões de dólares.

Não obstante a ajuda da UNRRA, para a qual só os Estados Unidos concor reram com mais de 15 bilhões de dó lares,'ou seja cêrca de 73%, e além da inter\'enção de outros organismos, a Eu

ropa e outras zonas mundiais não con seguiram repor-se em conseqüência da devastação. Isto se deve a diversas cau sas e, em primeiro lugar, à completa destruição da agricultura européia. An tes de tocar nesse ponto, devo mencio nar o fato de haver a agricultura euro

péia levado oito anos para reconstituir-

I

Por aí já se nota a deficiência.

agricultura européia. E, por liltimo, a escassez da mão de obra.

Mas, para assinalar até que ponto é angustiosa a situação alimentícia da Eu

Numa eco

nomia empenhada no mister de forne cer numeroso contingente de soldados às

ropa, o que ficou dito não é tudo. Cria da pela intervenção da natureza, por

fôrças combatentes e premida pela ne

fatos alheios à vontade dos homens, por fatos de força maior ou por atos de Deus, como dizem os simples, a situa

cessidade de levar avante uma indústria bélica considerável, eram bem es

cassos os braços livres para a agricultura. Tudo isso concorreu para a completa

destnução da agricultura européia. Daí a terrível redução da sua produção agrícola. Em 1947 a falta de alimentos para

se milagres e soluções imediatas de um processo industrial, no amplo sentido da palavra, que foi tão afetado. A causa do mal-estar da agricultura

governos, cuja política te\e como con

as mesmas medidas, que asseguram

seqüência a redução de muitas cultu

uma maior afluência de cereais nos mercados consumidores.

nou-se mais precária ainda em virtude

mentos que chegam às mãos dos últi

da baixa colheita de milho norte-ameri

mos consumidores.

antes da guerra. E hoje, aqueles que an teriormente exportavam cereais e outros produtos alimentícios à Europa ociden tal precisam de ser por esta socorridos

com produtos alimentícios a fim de

assim

também os ali

Com efeito, ante o perigo de não

líticas 6 sociais não necessitam dc ex plicação.

sua produção. E em França tomaram

Êste o problema alimentício que, naturalmente, ocasiona uma drenagem de dólares, os quais saem da empobre

poderem as massas mais pobres da po pulação dispor dc alimentos em quan tidade suficiente, adotaram os gover

cida Europa para os Estados Unidos.

nos um

ma alimentício.

sistema

um

tanto primitivo.

Assim é que, alguns países da Europa

Mas não é o mais importante.

Outros

há tão graves, ou mais, que o proble

ocidental obrigaram os camponeses a

Em primeiro lugar está o do carvão, juntamente com o problema do combus

entregar toda sua coUieita.

tível em geral.

E, como

êstes não tivessem interesse monetáiio

l

principalmente na Itália e nu França. Devo dizer, porém, que os go\ernos reagiram à vista da péssima colheita de 1947, aliás em parte de\ida tam bém ao rigor do inverno. Na Itália, por e.xemplo, permitiu-se aos campone ses comerciar livremente com 45% da

ras, reduzindo

cano. Criou-se, assim, um estado de coisas, cujas influências económica.s, po

devera a quantidade de alimentos pro duzidos para a Europa. Isto ocorreu

ção da agricultura européia se deve também, em grande parte, à ação dos

essa Europa faminta e depauperada tor

Por outro lado, qual se fôra uma mal se, depois da primeira guerra mundial, em que a devastação não foi tão consi dição, a colheita do arroz no continen derável quanto nestas ultimas hostilida te asiático não foi sequer semelhante à dc des. Portanto, não é possível exigirem-

1946-47

A revista "The Economist", que de

na produção pouparam seus esforços.

ve entender destas questões, sendo a

Em última instância, foi menor do que

Inglaterra, como foi, tradicionalmente,


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Dicesto

Econômico

Dic.esto

Econômico

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o grande país pro

neladas e isto ainda

dutor do carvão, dis

foi dc\ido, em boa

se o seguinte a res

parte, à importaç-ão do carvão de proce

X \isla desta exposição, não é de se es tranhar se tenha criado o problema do dólar num continente, como o europeu,

dência norte-ameri cana, custando à Eu

cuja economia sofreu uma destruição de ta) natureza, e que, não obstante, man

transferidos e os preços destes bens.

ropa pro\à\e]mente.

tuação, os preços se alteraram com ra Estados Unidos e contrária à Europa e

peito da falta de combvistível na Eu

ropa:

"... Todos os go vernos representados cm Paris (na Con

no presente ano, niais dc 400 milhões de

ferência da Cooperação Econômica Eu

teve integralmente a sua potencialidade havendo aprendido muito e sob diversos

dólares.

aspectos diirantes as hostilidades.

ropéia) sofreram em con.seqüêncía da falta dc car\'ão: todos foram criticados

pelo seu povo. Trocaram a estrutura da

sua balança comercial para adquirí-Io

Lo — O aço. A produção do a^x) é

-em outros mercados; ga.staram dólares para comprá-lo aos Estados Unidos ou

inferior á de antes da guerra: na Alema

enredaram politicamente para obtè-Io da Alemanha. O vicio.so círculo econô mico causado pela falta de carvão é c-onhecido em tôdas as partes da Europa ocidental. A recuperação alemã tem

29%; em Luxemburgo, 27%; Heino Unido, 10% e Bélgica, 8% a menos, comparando-

Sido criticamente retardada pelas e.tilativamente ao carvão do Ruhr e do coque, os quais poderiam ter sido uti lizados na fabricação do aço alemão gencas feitas pelos países vizinhos re

ou na provisão de minério. A recupera çáo da França atrasou-se - advindo daí conseqüências políticas importantes - porque as exigências do plano nado-

nai, relativamente ao carvão, não pude ram ser satisfeitas. A madeira para a celulose, para a imprensa, e para as casas britânicas tem sido queimada 'bo.s lares suecos porque o carvão in

glês não chegou. A Itália teve de tro car Jiomens por carvão francês porque não podia comprar carvão inglês. A re cuperação cuperaçaü dos uus campos e i- jjianjau granjas aa da Europa atraam-se porque não houve carvão suficiente para produzir adubos. carvao suricieme

«uuuus.

E assim este relato podia chegar ao .

r.

99

infinito... .

A produç<ão do carvão, na Europa, foi, em 1938, de 552 milhões de toneladas. Em 1947 bai.xou para 439 milhõe.s de to

Lógico c normal que, à vista da quan

A escassez de outras matérias-primas é também essencial.

nha, 93% a menos;

na França, Itália,

í

tidade de bens, cm matérias-primas e alimentos, enviados pelos Estudos Uni dos a esta Europa faminta, se produzis

se vnn desequilíbrio, não dispondo a mesma dc dólares suficientes com que pagar desde logo a conta.

Ò problema do dólar, porém, não é

se as cifras 1939 e 1947.

um problema puramente europeu. E creio ser isto o que falta explicar. Na

Quero lembrar-vos outro elemento es.sencial para as estradas de ferro. con.s-

pende unicamente de quantidades de uma balança de pagamentos. Há duas

coisas que influem: a quantidade de bens E, note-se, para complicar mais a .si

pidez e de maneira muito fa\orável aos prox àvelmente também à América Latina. As importações custam hoje, na Eu ropa, muito mais do que no final da guerra. E, em compensação, as expor

tações que da Europa Iam para as ou tras zonas do mundo não aumentaram

correspondentemente. E a diferença entre os preços de exportação e impor tação do velho continente é de tal na tureza que um movimento de 10% rt'"

América Latina, nos Domínios Britâni

presenta, por ano, um agravamento do

madeira. Não existe problema rnais an-

cos. na Ásia, em todas as partes, se

problema do dólar em um bilhão de di-

gustioso, pois, grande parte do que a Europa ocidental consumia no pré-guer-

apresenta o mesmo problema, a mesma

x-isas norte-americanas a mais. O mesmo

falta dc dólares.

sucedeu em relação á América Latina-

trução cie navios, cstaleiro.s, vi\endas: a

ra provinha da Europa oriental.

consumo oscilava, concrctamente, entre

25% das madeiras brancas ou moles; 40%

países bálHcos, a Finlândia, Rússia e ou tros territórios.

A .situação dos transportes, numa eco

nomia cuja produção se encontra em con Dos 2 milhões de vagões de

ticipantes do Plano Marshall antes das

800 mil danificado.s pela guerra. Ape sar disso havia em 1947 mais passagei

deu 22 milhões de toneladas de na\-ios,

real de tôdas as economias analisadas.

sibilidade de renovação. E hoje a in

tam muito mais que antes da guerra e

dústria da América Latina, e de outras mercados internacionais; quer continuar

importam também muito mais. Entre tanto, suas vendas no exterior são supe riores a 90%, enquanto as compras efe

de cabeça erguida, desfrutando a inve

tuadas se elevaram apenas a 40%.

í 4

l

Assim, pois, os Estados Unidos expor

Tendo-lhes .sido favoráveis os preços en

Necessitam indubitávelmente êsses

tre 1945-46, o "superávit" comercial dos

países de renovar a sua maquinaria gas ta e de ampliar as suas instalações, pois, nesse ínterim, as necessidades cresceram,

Estados Unidos, num semestre dc cada ano, foi de 6 bilhões e 300 milhões de dólares, e, nos anos de 46-47, de 7 bi lhões e 800 milhões de dólares. Em 1947, no último dia de junho, a balan

as populações melhoraram o seu "stan

Ou seja, grande parte da sua frota mer cante, que hoje deve repor penosamente.

dispunham para produzir traballiasse num ritmo acelerado, sem qualquer pos

ra.

hostilidades, 300 mil foram destruídos,

Finalmente, a Europa per

que devera ser em conseqüência do simples jogo de quantidades e a posição

josa situação conseguida durante a guer

carga dc que dispunham os países par

pré-guerra.

durante os anos de hostilidades, de fa

zonas, quer continuar contando com os

dições tão angustiosas, não é mais fa

ros e mais carga a transportar que no

No entanto, a inexistência de divisas

estadunidenses se toma mais gra\e do

zer que toda a maquinaria de que

das duras e 30% das menos rijas. Em 1938 forneciam-na os férteis bosques dos

vorável.

América Latina, as nações não

afetadas fisicamente pela guerra tiveram,

Na

Êsse

dard" dc vida. A atual expansão indus trial cia América Latina e de outras nações

ça de pagamentos norte-americana era

exige a importação de bens de produção dos Estados Unidos, o que certamente é

ativa, com o ritmo anual de 8 bilhões

importante, E daí o problema do dólar.

Porém, o problema do dólar não de-i/kk:

de dólares: 20 bilhões e 700 milhões de saídas contra 12 bilhões e 700 milhões de entradas, segundo os dados ofereci-


94

Dicesto

Econômico

Dic.esto

Econômico

95

o grande país pro

neladas e isto ainda

dutor do carvão, dis

foi dc\ido, em boa

se o seguinte a res

parte, à importaç-ão do carvão de proce

X \isla desta exposição, não é de se es tranhar se tenha criado o problema do dólar num continente, como o europeu,

dência norte-ameri cana, custando à Eu

cuja economia sofreu uma destruição de ta) natureza, e que, não obstante, man

transferidos e os preços destes bens.

ropa pro\à\e]mente.

tuação, os preços se alteraram com ra Estados Unidos e contrária à Europa e

peito da falta de combvistível na Eu

ropa:

"... Todos os go vernos representados cm Paris (na Con

no presente ano, niais dc 400 milhões de

ferência da Cooperação Econômica Eu

teve integralmente a sua potencialidade havendo aprendido muito e sob diversos

dólares.

aspectos diirantes as hostilidades.

ropéia) sofreram em con.seqüêncía da falta dc car\'ão: todos foram criticados

pelo seu povo. Trocaram a estrutura da

sua balança comercial para adquirí-Io

Lo — O aço. A produção do a^x) é

-em outros mercados; ga.staram dólares para comprá-lo aos Estados Unidos ou

inferior á de antes da guerra: na Alema

enredaram politicamente para obtè-Io da Alemanha. O vicio.so círculo econô mico causado pela falta de carvão é c-onhecido em tôdas as partes da Europa ocidental. A recuperação alemã tem

29%; em Luxemburgo, 27%; Heino Unido, 10% e Bélgica, 8% a menos, comparando-

Sido criticamente retardada pelas e.tilativamente ao carvão do Ruhr e do coque, os quais poderiam ter sido uti lizados na fabricação do aço alemão gencas feitas pelos países vizinhos re

ou na provisão de minério. A recupera çáo da França atrasou-se - advindo daí conseqüências políticas importantes - porque as exigências do plano nado-

nai, relativamente ao carvão, não pude ram ser satisfeitas. A madeira para a celulose, para a imprensa, e para as casas britânicas tem sido queimada 'bo.s lares suecos porque o carvão in

glês não chegou. A Itália teve de tro car Jiomens por carvão francês porque não podia comprar carvão inglês. A re cuperação cuperaçaü dos uus campos e i- jjianjau granjas aa da Europa atraam-se porque não houve carvão suficiente para produzir adubos. carvao suricieme

«uuuus.

E assim este relato podia chegar ao .

r.

99

infinito... .

A produç<ão do carvão, na Europa, foi, em 1938, de 552 milhões de toneladas. Em 1947 bai.xou para 439 milhõe.s de to

Lógico c normal que, à vista da quan

A escassez de outras matérias-primas é também essencial.

nha, 93% a menos;

na França, Itália,

í

tidade de bens, cm matérias-primas e alimentos, enviados pelos Estudos Uni dos a esta Europa faminta, se produzis

se vnn desequilíbrio, não dispondo a mesma dc dólares suficientes com que pagar desde logo a conta.

Ò problema do dólar, porém, não é

se as cifras 1939 e 1947.

um problema puramente europeu. E creio ser isto o que falta explicar. Na

Quero lembrar-vos outro elemento es.sencial para as estradas de ferro. con.s-

pende unicamente de quantidades de uma balança de pagamentos. Há duas

coisas que influem: a quantidade de bens E, note-se, para complicar mais a .si

pidez e de maneira muito fa\orável aos prox àvelmente também à América Latina. As importações custam hoje, na Eu ropa, muito mais do que no final da guerra. E, em compensação, as expor

tações que da Europa Iam para as ou tras zonas do mundo não aumentaram

correspondentemente. E a diferença entre os preços de exportação e impor tação do velho continente é de tal na tureza que um movimento de 10% rt'"

América Latina, nos Domínios Britâni

presenta, por ano, um agravamento do

madeira. Não existe problema rnais an-

cos. na Ásia, em todas as partes, se

problema do dólar em um bilhão de di-

gustioso, pois, grande parte do que a Europa ocidental consumia no pré-guer-

apresenta o mesmo problema, a mesma

x-isas norte-americanas a mais. O mesmo

falta dc dólares.

sucedeu em relação á América Latina-

trução cie navios, cstaleiro.s, vi\endas: a

ra provinha da Europa oriental.

consumo oscilava, concrctamente, entre

25% das madeiras brancas ou moles; 40%

países bálHcos, a Finlândia, Rússia e ou tros territórios.

A .situação dos transportes, numa eco

nomia cuja produção se encontra em con Dos 2 milhões de vagões de

ticipantes do Plano Marshall antes das

800 mil danificado.s pela guerra. Ape sar disso havia em 1947 mais passagei

deu 22 milhões de toneladas de na\-ios,

real de tôdas as economias analisadas.

sibilidade de renovação. E hoje a in

tam muito mais que antes da guerra e

dústria da América Latina, e de outras mercados internacionais; quer continuar

importam também muito mais. Entre tanto, suas vendas no exterior são supe riores a 90%, enquanto as compras efe

de cabeça erguida, desfrutando a inve

tuadas se elevaram apenas a 40%.

í 4

l

Assim, pois, os Estados Unidos expor

Tendo-lhes .sido favoráveis os preços en

Necessitam indubitávelmente êsses

tre 1945-46, o "superávit" comercial dos

países de renovar a sua maquinaria gas ta e de ampliar as suas instalações, pois, nesse ínterim, as necessidades cresceram,

Estados Unidos, num semestre dc cada ano, foi de 6 bilhões e 300 milhões de dólares, e, nos anos de 46-47, de 7 bi lhões e 800 milhões de dólares. Em 1947, no último dia de junho, a balan

as populações melhoraram o seu "stan

Ou seja, grande parte da sua frota mer cante, que hoje deve repor penosamente.

dispunham para produzir traballiasse num ritmo acelerado, sem qualquer pos

ra.

hostilidades, 300 mil foram destruídos,

Finalmente, a Europa per

que devera ser em conseqüência do simples jogo de quantidades e a posição

josa situação conseguida durante a guer

carga dc que dispunham os países par

pré-guerra.

durante os anos de hostilidades, de fa

zonas, quer continuar contando com os

dições tão angustiosas, não é mais fa

ros e mais carga a transportar que no

No entanto, a inexistência de divisas

estadunidenses se toma mais gra\e do

zer que toda a maquinaria de que

das duras e 30% das menos rijas. Em 1938 forneciam-na os férteis bosques dos

vorável.

América Latina, as nações não

afetadas fisicamente pela guerra tiveram,

Na

Êsse

dard" dc vida. A atual expansão indus trial cia América Latina e de outras nações

ça de pagamentos norte-americana era

exige a importação de bens de produção dos Estados Unidos, o que certamente é

ativa, com o ritmo anual de 8 bilhões

importante, E daí o problema do dólar.

Porém, o problema do dólar não de-i/kk:

de dólares: 20 bilhões e 700 milhões de saídas contra 12 bilhões e 700 milhões de entradas, segundo os dados ofereci-


97

Econômico Dicesto EcoKÔNnco

od

dos pelo Presidente Truman em seu in

2.099.900.000 d«')!ares cm

forme ao Congresso Americano. Estas

1947 o ritmo do primeiro trimestre, to mado em função de doze meses, atin

são as cifras.

Não se trata de um mi

lhão a mais ou a menos. Trata-se de 8

bilhões de dólares. Pense-se no que isso

giu à soma de 3 bilhões e 725 milhões, enquanto o ritmo da.s remessas da Amé

representa em cruzeiros e pense-se na

rica Latina aos Estados Unidos se ele-

gTa\idade do problema do dólar no

N'ou apenas a 2 bilhõe.s c 117 milhões de

mundo! Vejamos agora qual a situação,

dólares. Ficou, assim, cin 1946. um "dé

no pré-guerra, de distintas zonas mun

ficit" de 340 milhóe.s cie dólares e, em

diais. Vejamos até que ponto se modifi

1947, neste ritmo, o "déficit" anual da

cou esta situação nos anos transcorridos

após as hostilidades e quais as possi bilidades existentes para solução deste

problema do dólar. Na Europa ociden

Ante a situação atual cias coisas e an

1946. Em

se compensava, porém, com as rendas

com um movimento de capital, de em préstimos a curto prazo.

Mas as coisas mudaram após a guer

gravíssimo: 1 billião e 608 milhões de

dólares por ano, para países"não indus

ra. As inversões, que antes davam um

rendimento de 1 bilhão e 500 milhões

Além disso, não é este o único passi vo da América Latina para com os Es

tados Unidos, pois a união norte-ameri cana tem grandes inversões na Améri ca Latina, as quais, por sorte daquela e duziram, nestes anos, magníficos rendi mentos.

Por essas inversões a América

entregou

be como resolver o problema do dólar. Quanto à América Latina, as suas ex

que os governos não consideraram senão

vo, contrária à Europa, de 900 milhões

portações aos Estados Unidos, compara

nos últimos meses. O seu valor está em

representar uma fuga de capitais de di

valor, correspondendo a uma cifra cer tamente apreciável: 439%. Mas as ven

versos países da América Latina para os

tina, nesse mesmo período, de 480 mi

Estados Unidos. Esta fuga é determina da por muitas considerações, mas, prin cipalmente, pelo próprio problema do

lhões 6 600 mil, em 1938, passaram a

dólar.

das dos Estados Unidos à América La

ante a c.stupcncla

tram na curio.sa situação de exportar 10® mais, em 1946, do que em 1938. Im

portam, porém, 25% menos que no préguerra, uma vez que o seu principal nbasteccdor. o Reino Unido, não está

renda cias suas inversões e ante a situa

em condições de lhes jxider enviar bens

ção próspera da economia cios países

e mercadorias necessárias.

Com estes dados e depois de ter vis

pôsto de ronda nos Estados Unidos, mui

to que o sucedido na Europa sc repro

tos norte-americanos enviam seus fun

duzirá nn América Latina, Canadá, Do

dos à América Latina e efetuam ali in

mínios Britânicos e, por causas óbvias,

versões, cujo alcance não se conhece

na Ásia, não é estranho constituir o

ainda, mas c provável sc opere ao rit

problema do dólar o problema crucial

mo do após a primeira guerra mundial,

da economia do mundo e. por a.ssim di

isto é, por volta de 1922, chegando tal

zer, da política mundial, conforme ve

vez a atingir consideráveis somas c apre

rificaremos.

sentando, ao mesmo tempo, um fenômeno

Pois bem, ante esta situação, ate tempos bem recentes, não se compreen

cpicnas indvi.strias e pequenos comércios

deu a grax idade da questão que ameaça

norte-americanos estão agora estabelecen do também sucursais c filiais na América

Ixojc a humanidade. No Departamento da Agriculttira dos Estados Unidos, em uma análi.se repro

bém o "déficit" da América Latina. Encontramos

os

mesmos fenômenos

Ouro existente Empréstimos cio Governo dos Estados

muito importante, no meu entender, e

das com as de pré-guerra, cresceram em

na zona do e.sterlino. Por outro lado os Domínios Britmiico.s sc encon

apenas ás grandes e importantes'empre sas dos Estados Unidos, e e.xplica tam

cêrca de 500 milhões de dólares em

de dólares. E assim, a Europa não sa

de um bilhão do dòlarc.s, do-s quais 600

ma do dólar criou, pois. um novo pro blema do dcSlar o os governos elevem, sem dúvida, fazer tudo quanto estiver em suas mãos para interromper radical

Latina, fenômeno esse cpie se limitava

aos Estados Unidos

1947, elevando-se, assim, o "déficit" da América Latina a 2 bilhões e 108 milliões 6e dólares. Uá ainda outros "deficits" provenien tes de fontes diversas, entre as quais uma

anuais de "superávit", hoje se compen sam com uma balança de capital passi

uma possível desvalorização. O proble

curioso e certamente original. E' que pe-

infelicidade dos latino-americanos, pro

Latina

Estados Unidos a fim de lazer face a

davia, em compensiição, tem o Canadá um "supetiuit" com o resto do mundo

norte-americanos, c ante o elevado im-

as

tradas da economia européia. Assim pois, a economia européia fechava a sua situação, ainda em outros anos, com um pequeno "déficit" fàcílmente coberto

em 1946, a 603 milhóe.s de dólare.s. To

um fator favorável:

lhões de dólares.

das mversoes européias em outras zo- trializados como a Europa e com menos rendas, é uma questão muito complica nas, inclusive nos Estados Unidos quais montavam a um bilhão e quinhen! da, cujos efeitos são conhecidos pela tos milhões e se compensavam, em nar apreciação da vicia diária.

te, com os serviços de frete e outras en

dos países sul-anicricanos. muitas pes soas trataram dc enviar fundos para os

Por outro hiclo, bá. cm compensação,

pois, cjue o problema do dó tal, antes da guerra, havia, em geral, larVemos, para a América Latina é certamente um déficit' em seu comércio exterior

de 2 bilhões de dólares. Êste "déficit'

Estados Unido.s, maior ainda, montava,

mente esta corrente.

América Latina para com os E.stados Unidos atingirá 1 bilhão e 608 mi

no uu Canadá. O w "déficit" uriica para para com cxan os «J'»

te o temor clc cair a cotação das di\ isns

Unidos, para mais de ..,

...

duzida pelas agencias mundiais da im

prensa, indicou-se di,sporcm.os países eu ropeus das seguintes reser\'as, para en frentar o problema do dó'ar.

16 bilhões de dólares

4 bilhõe.s de dólares

Haveres a curto prazo, nos Estados Uni 1

dos, para mais de

6 bilhões de dólares

Haveres a longo prazo

8 bilhões de dólares

Possibilidades de financiamento em dó

lares do Fundo Monetário Internacional

L

^ bilhões i50 milhões de dólares

Banco Internacional de Reconstrução e

Fomerito

nàlhões de dólare.s


97

Econômico Dicesto EcoKÔNnco

od

dos pelo Presidente Truman em seu in

2.099.900.000 d«')!ares cm

forme ao Congresso Americano. Estas

1947 o ritmo do primeiro trimestre, to mado em função de doze meses, atin

são as cifras.

Não se trata de um mi

lhão a mais ou a menos. Trata-se de 8

bilhões de dólares. Pense-se no que isso

giu à soma de 3 bilhões e 725 milhões, enquanto o ritmo da.s remessas da Amé

representa em cruzeiros e pense-se na

rica Latina aos Estados Unidos se ele-

gTa\idade do problema do dólar no

N'ou apenas a 2 bilhõe.s c 117 milhões de

mundo! Vejamos agora qual a situação,

dólares. Ficou, assim, cin 1946. um "dé

no pré-guerra, de distintas zonas mun

ficit" de 340 milhóe.s cie dólares e, em

diais. Vejamos até que ponto se modifi

1947, neste ritmo, o "déficit" anual da

cou esta situação nos anos transcorridos

após as hostilidades e quais as possi bilidades existentes para solução deste

problema do dólar. Na Europa ociden

Ante a situação atual cias coisas e an

1946. Em

se compensava, porém, com as rendas

com um movimento de capital, de em préstimos a curto prazo.

Mas as coisas mudaram após a guer

gravíssimo: 1 billião e 608 milhões de

dólares por ano, para países"não indus

ra. As inversões, que antes davam um

rendimento de 1 bilhão e 500 milhões

Além disso, não é este o único passi vo da América Latina para com os Es

tados Unidos, pois a união norte-ameri cana tem grandes inversões na Améri ca Latina, as quais, por sorte daquela e duziram, nestes anos, magníficos rendi mentos.

Por essas inversões a América

entregou

be como resolver o problema do dólar. Quanto à América Latina, as suas ex

que os governos não consideraram senão

vo, contrária à Europa, de 900 milhões

portações aos Estados Unidos, compara

nos últimos meses. O seu valor está em

representar uma fuga de capitais de di

valor, correspondendo a uma cifra cer tamente apreciável: 439%. Mas as ven

versos países da América Latina para os

tina, nesse mesmo período, de 480 mi

Estados Unidos. Esta fuga é determina da por muitas considerações, mas, prin cipalmente, pelo próprio problema do

lhões 6 600 mil, em 1938, passaram a

dólar.

das dos Estados Unidos à América La

ante a c.stupcncla

tram na curio.sa situação de exportar 10® mais, em 1946, do que em 1938. Im

portam, porém, 25% menos que no préguerra, uma vez que o seu principal nbasteccdor. o Reino Unido, não está

renda cias suas inversões e ante a situa

em condições de lhes jxider enviar bens

ção próspera da economia cios países

e mercadorias necessárias.

Com estes dados e depois de ter vis

pôsto de ronda nos Estados Unidos, mui

to que o sucedido na Europa sc repro

tos norte-americanos enviam seus fun

duzirá nn América Latina, Canadá, Do

dos à América Latina e efetuam ali in

mínios Britânicos e, por causas óbvias,

versões, cujo alcance não se conhece

na Ásia, não é estranho constituir o

ainda, mas c provável sc opere ao rit

problema do dólar o problema crucial

mo do após a primeira guerra mundial,

da economia do mundo e. por a.ssim di

isto é, por volta de 1922, chegando tal

zer, da política mundial, conforme ve

vez a atingir consideráveis somas c apre

rificaremos.

sentando, ao mesmo tempo, um fenômeno

Pois bem, ante esta situação, ate tempos bem recentes, não se compreen

cpicnas indvi.strias e pequenos comércios

deu a grax idade da questão que ameaça

norte-americanos estão agora estabelecen do também sucursais c filiais na América

Ixojc a humanidade. No Departamento da Agriculttira dos Estados Unidos, em uma análi.se repro

bém o "déficit" da América Latina. Encontramos

os

mesmos fenômenos

Ouro existente Empréstimos cio Governo dos Estados

muito importante, no meu entender, e

das com as de pré-guerra, cresceram em

na zona do e.sterlino. Por outro lado os Domínios Britmiico.s sc encon

apenas ás grandes e importantes'empre sas dos Estados Unidos, e e.xplica tam

cêrca de 500 milhões de dólares em

de dólares. E assim, a Europa não sa

de um bilhão do dòlarc.s, do-s quais 600

ma do dólar criou, pois. um novo pro blema do dcSlar o os governos elevem, sem dúvida, fazer tudo quanto estiver em suas mãos para interromper radical

Latina, fenômeno esse cpie se limitava

aos Estados Unidos

1947, elevando-se, assim, o "déficit" da América Latina a 2 bilhões e 108 milliões 6e dólares. Uá ainda outros "deficits" provenien tes de fontes diversas, entre as quais uma

anuais de "superávit", hoje se compen sam com uma balança de capital passi

uma possível desvalorização. O proble

curioso e certamente original. E' que pe-

infelicidade dos latino-americanos, pro

Latina

Estados Unidos a fim de lazer face a

davia, em compensiição, tem o Canadá um "supetiuit" com o resto do mundo

norte-americanos, c ante o elevado im-

as

tradas da economia européia. Assim pois, a economia européia fechava a sua situação, ainda em outros anos, com um pequeno "déficit" fàcílmente coberto

em 1946, a 603 milhóe.s de dólare.s. To

um fator favorável:

lhões de dólares.

das mversoes européias em outras zo- trializados como a Europa e com menos rendas, é uma questão muito complica nas, inclusive nos Estados Unidos quais montavam a um bilhão e quinhen! da, cujos efeitos são conhecidos pela tos milhões e se compensavam, em nar apreciação da vicia diária.

te, com os serviços de frete e outras en

dos países sul-anicricanos. muitas pes soas trataram dc enviar fundos para os

Por outro hiclo, bá. cm compensação,

pois, cjue o problema do dó tal, antes da guerra, havia, em geral, larVemos, para a América Latina é certamente um déficit' em seu comércio exterior

de 2 bilhões de dólares. Êste "déficit'

Estados Unido.s, maior ainda, montava,

mente esta corrente.

América Latina para com os E.stados Unidos atingirá 1 bilhão e 608 mi

no uu Canadá. O w "déficit" uriica para para com cxan os «J'»

te o temor clc cair a cotação das di\ isns

Unidos, para mais de ..,

...

duzida pelas agencias mundiais da im

prensa, indicou-se di,sporcm.os países eu ropeus das seguintes reser\'as, para en frentar o problema do dó'ar.

16 bilhões de dólares

4 bilhõe.s de dólares

Haveres a curto prazo, nos Estados Uni 1

dos, para mais de

6 bilhões de dólares

Haveres a longo prazo

8 bilhões de dólares

Possibilidades de financiamento em dó

lares do Fundo Monetário Internacional

L

^ bilhões i50 milhões de dólares

Banco Internacional de Reconstrução e

Fomerito

nàlhões de dólare.s


»

fT'

DíCEí»TC' Econômico

9^

98

E outras contas até chegar a uma soma superior a 42 bilhões de dólares. Â* vista disso, se efetivamente o resto

pensação os demais países atingiriam

uma proporção muito inferior. .4ssim, por .sobra da Europa, baixaram as reservas

5 anos chegando-se assim à conclusão de

dido principalmente os seguintes países:

que a situação do dólar não é tão pre

lhão e 800 milhões dc dólares, tendo per

Mas se

analisarmos

O mundo.

nal depende do preço da sua moeda,

em sou conjunto, de

de ela é apresentada.

ve ter perdido 1 bilhão

ÇCMtK».

c 800 milhões em ouro.

estas cifras uma por

cifras taladas, e insuficiente.

Mas fpianclo só existe um país su bordinado ao padrão ouro, como por exemplo, os Estados Unidos, compran do e vendendo a países estrangeiros, o preço do ouro no mercado internacio

ouro do 5 bilhões e 200 milhões a 1 bi

França, Itália e Molanda.

do todos o.s paí.ses estavam subordinados ao padrão ouro, ou consUtuia o ouro, na dc conta.

Unido, da Alenninlia e Rússia, no que

mente como na realida

Iraver assim um alivio [«.ra „ problema

maioria dèles, o elemento internacional

exemplo, fazendo-se exclusão do Reino

do mundo dispõe de 42 bilhões de dó lares, e o "déficit" para com os Estados Unidos é, ôste ano, de 8 bilhões, os ati vos de 42 bilhões não dão para mais de

je menos do «juc antes da guerra, quan

levando em conta a realização de um comércio de ouro, solicitou o Fundo

ra menos de trés anos. no caso de continua

Reconstrução e Fomen

te, publicadas posterior mente

a

esta

rem a .ser enviadas aos Estados Unidos com o

análise

feítá pelo Departamen to da Agricultura dos

ritmo das remessas fei

Estados Unidos, a si

tas nos primeiros meses

tuação

de 1947.

torna-se

dife

Com efeito, analise

problema

servtas ouro;

Se ejc-

-luirmo.s

Estados

Unidos

os

do

reservas de ouro em seu conjunto, mas em

cada

compute

ria o seguinte: a Fran

tramos para 1947 uma semelhante à anterior à

guerra: 12 bilhões de dólares para to dos os países, exceto os Estados Unidos. Mas estas reservas, se se não altera

dos países.

Assim sendo, acontece

destas reservas, encon

cifra muito

um

ça, Itália e outras nucassez de ouro, se não recebessem uma

por de um só centavo de reservas em

mente. A América Latina, em seu con

seus cofres.

junto, a Suíça, União Sul Africana, o Canadá e Portugal, dispõem agora mais do dobro de antes da guerra. Em com-

mentos dos preço.s, ocorre um fato mui

Levando-se ainda em conta os movi to curioso: as reservas ouro valem ho-

i

Qual a explicação dessa situação ca tastrófica do Reino Unido? Parece ser

a complicadíssima política do govènio trabalhista.

De fato, a Inglaterra, em primeiro

luaar, teve um "déficit" em .sua ba

solver o problema. Existe apenas uma

complicação a de .se saber em qtie

lhão e 200 milhões, em divisas,.foram

consistem os bens estrangeiros na na ção norte-americana c qual a forma

vastos em conseqüência de ter a GrãBretanha de sustentar os seus deveres

de dispor desses bens. Naturalmente entra nisso a legislação comercial nor-

de grande potência mundial. As tropas da Grã-Bretanha a serviço da paz, esta

Hoje se fala numa.s inversões a longo

ajuda adicional, estariam, dentro dc pra zo muito curto, em situação de não dis

senão 400 inilhôc.s de dólares.

lança de pagamentos no ano de 1946. correspondente a um bilhão e 600 mi lhões de dólares. Pois bem, destes I bilhão e 600 milhões de dólares, 1 bi

to-amei'icana.

Ções, que lutam contra uma terrível es

ram, estão distribuídas muito desigual

unia pequena soma, não so tendo reti

veres a longo prazo nos Estados Uni

qim não importam as

rain, pois, para pouco mais de ano e meio. Do empréstimo canadense resta

rado do empréstimo norte-americano

dos poderiam, da mesma forma que a.s reservas ouro, ser utilizados para re

plista da situação, por-

do

ponto de vista das re-

esta\-am praticamente esgotados.

com o dólar. E como hoje com um dólar

HA uma questão interessante: Os ha-

é esta uma análise sim

riam gastos de 4 a 6 anos, e, no entan to, no dia 20 de agôslo do presente ano

.se compram menos coisas que no período anterior à guerra, daí resulta valerem menos as rescrxas ouro dos países eu ropeus e da América Latina. As rc.scrvas ouro da Europa só servem para quarta parte do que serviam antes da guerra.

Na realidade, porem,

rente.

mos o

Monetário ao México e outros países para não venderem ouro senão ao preço resultante da paridade dc suas divisas

res. Quer dizer: as re servas ouro dariam pa

nal ou do Banco de

dc dólares. E o Canadá, em data pos terior. emprestou mais 1 biUião e 2õ0 milhões de dólares adicionais. Èste.s

empréstimos sc consumiram com uma

em 1940, tendo a per

c 600 milhões de dóla

Os Estados Unidos emprestaram, eai 1945. à Europa 3 bilhòe.s e 5(K) millióes

enorme rapidez. Calculou-se que se

Por esta e outras razões,

da do metal amarelo, mo anual do 4 bilhões

da libra esterlina agravou o problema-

monetários.

uma, contando hoje com

em 1947, seguido o rit

Além dos fatos mencionados e em %'ir' Uide dc não se encontrar uma soliiç-áo para a crise do dólar, a inconversibilidade

i.sto é, depende do preço do dólar, que e.stá acima do preço do ouro para usos

elementos mais recen tes, tais como as infor

mações constantes do Memorial do Fundo Monetário Internacio

do dolm, mas, ievando-se em conta aS

belecidas em diversas zonas, custaramII,e em 1946 os referidos 1 billuio e

prazo, nos Estados Unidos, no montante

200 milhões de dólares. E os restantes

dc 8 bilhões de dólares, sobre os quais os E. U. A. poderiam fazer empréstimos a países estrangeiros através do "Export &

400 milhões foram gastos em virtude^ da diferença entre os preços das suas

Import Bank". Logicamente dá-se aqui o

importações e as exportações, aquêles muito mais elevados que êstes. Assim

mesmo que se dá com o ouro. Poderia

.se explica o "déficit" de 1 bilhão o


»

fT'

DíCEí»TC' Econômico

9^

98

E outras contas até chegar a uma soma superior a 42 bilhões de dólares. Â* vista disso, se efetivamente o resto

pensação os demais países atingiriam

uma proporção muito inferior. .4ssim, por .sobra da Europa, baixaram as reservas

5 anos chegando-se assim à conclusão de

dido principalmente os seguintes países:

que a situação do dólar não é tão pre

lhão e 800 milhões dc dólares, tendo per

Mas se

analisarmos

O mundo.

nal depende do preço da sua moeda,

em sou conjunto, de

de ela é apresentada.

ve ter perdido 1 bilhão

ÇCMtK».

c 800 milhões em ouro.

estas cifras uma por

cifras taladas, e insuficiente.

Mas fpianclo só existe um país su bordinado ao padrão ouro, como por exemplo, os Estados Unidos, compran do e vendendo a países estrangeiros, o preço do ouro no mercado internacio

ouro do 5 bilhões e 200 milhões a 1 bi

França, Itália e Molanda.

do todos o.s paí.ses estavam subordinados ao padrão ouro, ou consUtuia o ouro, na dc conta.

Unido, da Alenninlia e Rússia, no que

mente como na realida

Iraver assim um alivio [«.ra „ problema

maioria dèles, o elemento internacional

exemplo, fazendo-se exclusão do Reino

do mundo dispõe de 42 bilhões de dó lares, e o "déficit" para com os Estados Unidos é, ôste ano, de 8 bilhões, os ati vos de 42 bilhões não dão para mais de

je menos do «juc antes da guerra, quan

levando em conta a realização de um comércio de ouro, solicitou o Fundo

ra menos de trés anos. no caso de continua

Reconstrução e Fomen

te, publicadas posterior mente

a

esta

rem a .ser enviadas aos Estados Unidos com o

análise

feítá pelo Departamen to da Agricultura dos

ritmo das remessas fei

Estados Unidos, a si

tas nos primeiros meses

tuação

de 1947.

torna-se

dife

Com efeito, analise

problema

servtas ouro;

Se ejc-

-luirmo.s

Estados

Unidos

os

do

reservas de ouro em seu conjunto, mas em

cada

compute

ria o seguinte: a Fran

tramos para 1947 uma semelhante à anterior à

guerra: 12 bilhões de dólares para to dos os países, exceto os Estados Unidos. Mas estas reservas, se se não altera

dos países.

Assim sendo, acontece

destas reservas, encon

cifra muito

um

ça, Itália e outras nucassez de ouro, se não recebessem uma

por de um só centavo de reservas em

mente. A América Latina, em seu con

seus cofres.

junto, a Suíça, União Sul Africana, o Canadá e Portugal, dispõem agora mais do dobro de antes da guerra. Em com-

mentos dos preço.s, ocorre um fato mui

Levando-se ainda em conta os movi to curioso: as reservas ouro valem ho-

i

Qual a explicação dessa situação ca tastrófica do Reino Unido? Parece ser

a complicadíssima política do govènio trabalhista.

De fato, a Inglaterra, em primeiro

luaar, teve um "déficit" em .sua ba

solver o problema. Existe apenas uma

complicação a de .se saber em qtie

lhão e 200 milhões, em divisas,.foram

consistem os bens estrangeiros na na ção norte-americana c qual a forma

vastos em conseqüência de ter a GrãBretanha de sustentar os seus deveres

de dispor desses bens. Naturalmente entra nisso a legislação comercial nor-

de grande potência mundial. As tropas da Grã-Bretanha a serviço da paz, esta

Hoje se fala numa.s inversões a longo

ajuda adicional, estariam, dentro dc pra zo muito curto, em situação de não dis

senão 400 inilhôc.s de dólares.

lança de pagamentos no ano de 1946. correspondente a um bilhão e 600 mi lhões de dólares. Pois bem, destes I bilhão e 600 milhões de dólares, 1 bi

to-amei'icana.

Ções, que lutam contra uma terrível es

ram, estão distribuídas muito desigual

unia pequena soma, não so tendo reti

veres a longo prazo nos Estados Uni

qim não importam as

rain, pois, para pouco mais de ano e meio. Do empréstimo canadense resta

rado do empréstimo norte-americano

dos poderiam, da mesma forma que a.s reservas ouro, ser utilizados para re

plista da situação, por-

do

ponto de vista das re-

esta\-am praticamente esgotados.

com o dólar. E como hoje com um dólar

HA uma questão interessante: Os ha-

é esta uma análise sim

riam gastos de 4 a 6 anos, e, no entan to, no dia 20 de agôslo do presente ano

.se compram menos coisas que no período anterior à guerra, daí resulta valerem menos as rescrxas ouro dos países eu ropeus e da América Latina. As rc.scrvas ouro da Europa só servem para quarta parte do que serviam antes da guerra.

Na realidade, porem,

rente.

mos o

Monetário ao México e outros países para não venderem ouro senão ao preço resultante da paridade dc suas divisas

res. Quer dizer: as re servas ouro dariam pa

nal ou do Banco de

dc dólares. E o Canadá, em data pos terior. emprestou mais 1 biUião e 2õ0 milhões de dólares adicionais. Èste.s

empréstimos sc consumiram com uma

em 1940, tendo a per

c 600 milhões de dóla

Os Estados Unidos emprestaram, eai 1945. à Europa 3 bilhòe.s e 5(K) millióes

enorme rapidez. Calculou-se que se

Por esta e outras razões,

da do metal amarelo, mo anual do 4 bilhões

da libra esterlina agravou o problema-

monetários.

uma, contando hoje com

em 1947, seguido o rit

Além dos fatos mencionados e em %'ir' Uide dc não se encontrar uma soliiç-áo para a crise do dólar, a inconversibilidade

i.sto é, depende do preço do dólar, que e.stá acima do preço do ouro para usos

elementos mais recen tes, tais como as infor

mações constantes do Memorial do Fundo Monetário Internacio

do dolm, mas, ievando-se em conta aS

belecidas em diversas zonas, custaramII,e em 1946 os referidos 1 billuio e

prazo, nos Estados Unidos, no montante

200 milhões de dólares. E os restantes

dc 8 bilhões de dólares, sobre os quais os E. U. A. poderiam fazer empréstimos a países estrangeiros através do "Export &

400 milhões foram gastos em virtude^ da diferença entre os preços das suas

Import Bank". Logicamente dá-se aqui o

importações e as exportações, aquêles muito mais elevados que êstes. Assim

mesmo que se dá com o ouro. Poderia

.se explica o "déficit" de 1 bilhão o


109

Dicesto Econômico

seiscentos milhões de dólares da Grã-

Bretanha e, conseqüentemente, o fato

de se haver utilizado tão rapidamente do empréstimo norte-americano.

.será equivalente ao passivo dii balança de pagamentos. Assim, pois, o Go\èruo Britânico que,

com tão boa \üntucle. pretendeu reali

Econômico

101

de fábrica a levantar em outw sítio

qualquer. Passam-se assim os anos, 10, 20, 30 de evolução, e a miséria das

mo é indubitável, propondo-se a não obrigar indivíduos, acontecia que, qual quer mudança na situação, punha os planificadores na situação de ter de mo

Ko entanto, há outros fatôres explica tivos, tais como e principalmente a planificação traballüsta e a conseqüente

zar uma e.xperimentução socialista, for

massas populares é considerável. Êste problema não terá solução, \>ois não ha

necendo uma boa alimentação ao seu

verá governo capaz de resol\'è-Io a

ad'ante arriscando-se «a produzir sérios

inflação. Vejamos porque. Creio que uma das c-ausas e um dos

pela guerra, acelerando o ritmo de pro dução, acabou numa inflação, que teve

menos que disponha de um processo

desequilíbrios. Por exemplo: calcularam um nível de vida para a população de

suas mãos tão grande soma de poder.

como conseqüência o "déficit" da ba

Sempre haverá motivos de sobra para

fatôres que perturbam a vida econômi ca hoje em dia reside no fato de te

rem os homens pretendido, por assim

dizer, roubar o fogo aos deuses, como disse Prometeu na fábula, estabelecen

do planos concretos que produziam tan tas toneladas de aço, tantos vagões ferloviários, um volume tal de alimentos

povo, reconstruindo o que fòra destruído

se poe nas mãos de um homem um

poder dessa natureza, a tentação é de masiado forte para que deixe de usá-lo passando assim à história como um dos grandes criadores. Foi o que ocorreu com o governo trabalhista britânico, da mesma forma que com todos os gover nos que planifícam com dados objeti vos. De.struíu-se onde se pretendia or ganizar a economia; estabeleceram-se medidas de força onde houve rutura

em seus cálculos.

Procurou-se, assim,

I "Conseqüência normal, lógica e necesj sáría foi a inflação considerável da ren da nacional e o tremendo desequilíbrio econômico caracterizado por um "dé

uma determinada atividade industrial.

manter grande parte da economia des

empréstimo de dólares e a declaração

tinada à produção de bens de produção,

da inconversibilidade da libra em dó-

enquanto apenas uma pequena parle

ou mudar os planos, ou deixá-los taf

lança de pagamentos, o csvaimento do

qual, a fim de esperar surgisse uma

lare.s. Agravou-se. assim, o problema do dólar para todos os países do mundo,

das necessidades mais elementares.

pois muitos deles, como o Brasil, conta vam com a possibilidade de trocar suas

ajuda qualquer para resolver o proble ma do dólar. A disjuntiva se resolveu

Assim é que, passados trinta anos, a economia soviética não foi ainda capaz

que é muito difícil para uma economia

do resolver problemas angustiosos como

planificada mudar planos e medidas to

dos Unidos.

A planifícação pode de fato cjiegar a conduzir-nos a e.xtremos terríveis. Para

mim o problema da economia soviética,

atentamente analisado, é defeituoso pelo

fato de poder um pequeno grupo de homens decidir, na Rússia, quanto se vai consumir e quanto se vai poupar em cada ano, e, conseguintemente, quanto se pode in\estir.

E estão em

condições de fazê-lo porque, através do

plano qüinqüenal, podem calcular quais ' -de equilíbrio. Como acontece com todos os bens de consumo a serem produzidos I -os que adotam a planifícação, estabele- em cada ano, qual a quantidade de ele 1 cendo quanto se deve produzir em cada mentos a ser destinada à economia na j ano, o governo traballüsta excedeu-se cional para a criação destes bens de

, levar a população mais longe do que j efetivamente se poderia produzir. A

capaz de impedir enfeixe um homem em

dificar todos os cálculos ou levá-los

Quando os preços das importações su biram, apresentoii-se-lhes a disjuntiva:

^para tantas calorias per capita, um voB lume tal de importações e tal outro de libras em dólares a fim de equilibrar ^ exportações etc. etc. Realmente, quando suu balança de comércio com os Esta

!

f

üiCESTO

consumo.

Por outro lado é também

dessa produção se destina à satisfação

o da habitação, mantendo o novo plano quinciuenal, pelo que conhecemos, as mesmas perspectixas.

E, paru fazer

a favor da manutenção dos planos, ja madas em relação à massa. E

conseqüência ocorreu a circunstância de ser o "déficit" maior. Por outro lado,

com que os consumidores, em tão baixo

como combinar a planifícação com u li

nível, não expressem seu protesto, não

berdade, com a existência de sindicatos

se levantem contra êste permanente sa

tão poderosos como são as "Trade

crifício em prol da uma geração ou das

Unions" inglesas? Não podendo o go-

geraç-ões futuras, às quais nem sequer

vèrno trabalhista, que queria manter es-

sabem se de fato beneficiarão, só há um meio: é a ditadura terrível, com acentuada tendência para se desenvol

dos operários, linha que conciliar os

ver, nos últimos anos, a criação de ope rários

escravos,

homens

vivendo

em

campos de coi"vcentração e de intenso trabalho, quase que exclusivamente para a economia soxiética.

tá\'el o custo da vida, elevar os salários salários com a ele\'ação dos preços. Se aumentasse os salários e.\punha-se a ter de aumentar as remunerações dos tra balhadores das minas de carvão, teriam

de aumentar os salários dos metalúrgi cos.

Èste é o problema do próprio Reino

Mas se aumentassem os destes,

teriam por sua vez de aumentar os dos

conhecida a quantidade de fatôres de

Todavia como os trabalhistas

ferroviários-, e, logo em seguida, dos

são, afinal, homens liberais, que tratam

produção destinados à criação dos meios

de defender o consumidor e os direitos

com a megalomania dos planificadores

elementares do homem, não quiseram forçar os trabalhadores, inipondo-llies

portuários, e assim por diante, tal como ocorreu, em 1946, nos Estados Unidos.

de produção. A conseqüência é óbxia: todo plano parece insuficiente. Sempre há de existir uma grande queda dágua

Unido.

Os trabalhistas procuraram evitai- isso, advindo o seguinte: Os planificadores carecem de annas para planificar. Em

uma planifícação de forma ditatorial. Quiseram levá-los aos seus fins de uma

economia liberal a planifícação se faz

maneira

através dos preços. Quando se quer

ficit" na balança de pagamentos. Seneío as inversões maiores do que permite

a utilizar para a produção de energia

elétiica; um grande canal a construir,

dois problemas fundamentais do presen

® cirçamento nacional, essa diferença

para unirem-se dois mares; umu gvan-

te: a planifícação com a liberdade. Co-

democrática,

conciliando

os

mais ipineiros aumenta-se o salário. Po

rém, na economia trabalhista planifica-


109

Dicesto Econômico

seiscentos milhões de dólares da Grã-

Bretanha e, conseqüentemente, o fato

de se haver utilizado tão rapidamente do empréstimo norte-americano.

.será equivalente ao passivo dii balança de pagamentos. Assim, pois, o Go\èruo Britânico que,

com tão boa \üntucle. pretendeu reali

Econômico

101

de fábrica a levantar em outw sítio

qualquer. Passam-se assim os anos, 10, 20, 30 de evolução, e a miséria das

mo é indubitável, propondo-se a não obrigar indivíduos, acontecia que, qual quer mudança na situação, punha os planificadores na situação de ter de mo

Ko entanto, há outros fatôres explica tivos, tais como e principalmente a planificação traballüsta e a conseqüente

zar uma e.xperimentução socialista, for

massas populares é considerável. Êste problema não terá solução, \>ois não ha

necendo uma boa alimentação ao seu

verá governo capaz de resol\'è-Io a

ad'ante arriscando-se «a produzir sérios

inflação. Vejamos porque. Creio que uma das c-ausas e um dos

pela guerra, acelerando o ritmo de pro dução, acabou numa inflação, que teve

menos que disponha de um processo

desequilíbrios. Por exemplo: calcularam um nível de vida para a população de

suas mãos tão grande soma de poder.

como conseqüência o "déficit" da ba

Sempre haverá motivos de sobra para

fatôres que perturbam a vida econômi ca hoje em dia reside no fato de te

rem os homens pretendido, por assim

dizer, roubar o fogo aos deuses, como disse Prometeu na fábula, estabelecen

do planos concretos que produziam tan tas toneladas de aço, tantos vagões ferloviários, um volume tal de alimentos

povo, reconstruindo o que fòra destruído

se poe nas mãos de um homem um

poder dessa natureza, a tentação é de masiado forte para que deixe de usá-lo passando assim à história como um dos grandes criadores. Foi o que ocorreu com o governo trabalhista britânico, da mesma forma que com todos os gover nos que planifícam com dados objeti vos. De.struíu-se onde se pretendia or ganizar a economia; estabeleceram-se medidas de força onde houve rutura

em seus cálculos.

Procurou-se, assim,

I "Conseqüência normal, lógica e necesj sáría foi a inflação considerável da ren da nacional e o tremendo desequilíbrio econômico caracterizado por um "dé

uma determinada atividade industrial.

manter grande parte da economia des

empréstimo de dólares e a declaração

tinada à produção de bens de produção,

da inconversibilidade da libra em dó-

enquanto apenas uma pequena parle

ou mudar os planos, ou deixá-los taf

lança de pagamentos, o csvaimento do

qual, a fim de esperar surgisse uma

lare.s. Agravou-se. assim, o problema do dólar para todos os países do mundo,

das necessidades mais elementares.

pois muitos deles, como o Brasil, conta vam com a possibilidade de trocar suas

ajuda qualquer para resolver o proble ma do dólar. A disjuntiva se resolveu

Assim é que, passados trinta anos, a economia soviética não foi ainda capaz

que é muito difícil para uma economia

do resolver problemas angustiosos como

planificada mudar planos e medidas to

dos Unidos.

A planifícação pode de fato cjiegar a conduzir-nos a e.xtremos terríveis. Para

mim o problema da economia soviética,

atentamente analisado, é defeituoso pelo

fato de poder um pequeno grupo de homens decidir, na Rússia, quanto se vai consumir e quanto se vai poupar em cada ano, e, conseguintemente, quanto se pode in\estir.

E estão em

condições de fazê-lo porque, através do

plano qüinqüenal, podem calcular quais ' -de equilíbrio. Como acontece com todos os bens de consumo a serem produzidos I -os que adotam a planifícação, estabele- em cada ano, qual a quantidade de ele 1 cendo quanto se deve produzir em cada mentos a ser destinada à economia na j ano, o governo traballüsta excedeu-se cional para a criação destes bens de

, levar a população mais longe do que j efetivamente se poderia produzir. A

capaz de impedir enfeixe um homem em

dificar todos os cálculos ou levá-los

Quando os preços das importações su biram, apresentoii-se-lhes a disjuntiva:

^para tantas calorias per capita, um voB lume tal de importações e tal outro de libras em dólares a fim de equilibrar ^ exportações etc. etc. Realmente, quando suu balança de comércio com os Esta

!

f

üiCESTO

consumo.

Por outro lado é também

dessa produção se destina à satisfação

o da habitação, mantendo o novo plano quinciuenal, pelo que conhecemos, as mesmas perspectixas.

E, paru fazer

a favor da manutenção dos planos, ja madas em relação à massa. E

conseqüência ocorreu a circunstância de ser o "déficit" maior. Por outro lado,

com que os consumidores, em tão baixo

como combinar a planifícação com u li

nível, não expressem seu protesto, não

berdade, com a existência de sindicatos

se levantem contra êste permanente sa

tão poderosos como são as "Trade

crifício em prol da uma geração ou das

Unions" inglesas? Não podendo o go-

geraç-ões futuras, às quais nem sequer

vèrno trabalhista, que queria manter es-

sabem se de fato beneficiarão, só há um meio: é a ditadura terrível, com acentuada tendência para se desenvol

dos operários, linha que conciliar os

ver, nos últimos anos, a criação de ope rários

escravos,

homens

vivendo

em

campos de coi"vcentração e de intenso trabalho, quase que exclusivamente para a economia soxiética.

tá\'el o custo da vida, elevar os salários salários com a ele\'ação dos preços. Se aumentasse os salários e.\punha-se a ter de aumentar as remunerações dos tra balhadores das minas de carvão, teriam

de aumentar os salários dos metalúrgi cos.

Èste é o problema do próprio Reino

Mas se aumentassem os destes,

teriam por sua vez de aumentar os dos

conhecida a quantidade de fatôres de

Todavia como os trabalhistas

ferroviários-, e, logo em seguida, dos

são, afinal, homens liberais, que tratam

produção destinados à criação dos meios

de defender o consumidor e os direitos

com a megalomania dos planificadores

elementares do homem, não quiseram forçar os trabalhadores, inipondo-llies

portuários, e assim por diante, tal como ocorreu, em 1946, nos Estados Unidos.

de produção. A conseqüência é óbxia: todo plano parece insuficiente. Sempre há de existir uma grande queda dágua

Unido.

Os trabalhistas procuraram evitai- isso, advindo o seguinte: Os planificadores carecem de annas para planificar. Em

uma planifícação de forma ditatorial. Quiseram levá-los aos seus fins de uma

economia liberal a planifícação se faz

maneira

através dos preços. Quando se quer

ficit" na balança de pagamentos. Seneío as inversões maiores do que permite

a utilizar para a produção de energia

elétiica; um grande canal a construir,

dois problemas fundamentais do presen

® cirçamento nacional, essa diferença

para unirem-se dois mares; umu gvan-

te: a planifícação com a liberdade. Co-

democrática,

conciliando

os

mais ipineiros aumenta-se o salário. Po

rém, na economia trabalhista planifica-


rV".

DiCESTo Econômico

102

DiceSto

da, como o govèmo não podia aumen tar os salários, nem tão pouco queria

ro, mas, em compensação, lhe transmi

obrigar as pessoas a ir trabalhar nas mi

tirá um pouco de liberdade.

nas, criou o problema do carvão na

O Fundo Monetária Internacional tam

Grã-Bretanha, que foi um dos mais graves da economia trabalhista e pre

bém não é capaz dc rcsoKcr o proble ma do dólar, pois dispõe apenas de 3

judicou extraordinàriamentc a ec-onomia

billiões e 500 milhões cm divisas norte-

britânica. Fracassou a planifícação de

americanas e cm ouro, c, por outro lado,

vido ao fato de não adotar a obriga

como sabem os comunistas russos e os

os países em "déficit" só podem dispor da quarta parte, ou seja, 25/p das suas quotas. A drenagem do dólar pode, desde logo, ser tão grande a ponto de se ver o Fundo obrigado a declarar a

fascistas alemães ou italianos e, esta

escassez dessa moeda.

toriedade do trabalho e ao mesmo tem

po por ser impossível manter fortes sin dicatos não controlados pelo governo, mos convencidos, sabem-no hoje tam bém os trabalhistas britânicos.

Criou-se, assim, um problema consi

derável. Ã vista dessa situação o govêrno trabalhista caiu recentemente no

i

que queria evitar. Teve de ditar uma

ordem, pela qual os operários inscritos

nas Bolsas de trabalho devem ir, quan

do estiverem desocupados ou deixarem

de trabalhar, para onde se lhes indicar, sob pena de multa. Nessa ordem não se incluem nem os gerentes, nem os em

pregados de escritório. Daí resulta que os socialistas, os

quais com tanto acerto estavam exe cutando o seu programa de socialização, alcançando grande êxito do ponto de vista de seus propósitos, levando a cabo uma enorme distribuição de rendas em benefício das classes mais pobres da

O Banco Internacional de Reconstru

ção e Fomento dispõe apenas de mis 750 milhões dc dólares, sendo 20? de

suas quotas representadas pela contri buição dos Estados Unidos e Canadá.

Emijora esteja em condições de fornecer •3 bilhões de dólares, nada pode fazer

para resolver o problema do dólar. En contra-se em um círculo vicioso.

Antes

de efetuar empréstimos o Banco deve emitir debêntures ou obrigações.

Po

deria faze-lo dirigindo-se ao público de banqueiros, isto é, aos Estados Unidos. Porém, se a situação européia não se

regulariza previamente, os capitalistas norle-americunos não irão comprar as

obrigações do Banco e, nessas condições,

o Banco não poderá cinilí-las, visto os seus estatutos não o permitirem. Se se aprovar o Plano Marshall, por exem

Grã-Bretanha, tiveram de legislar de

plo, o Banco poderá oferecer mais de

modo a colocar essas mesmas pessoas

3 bilhões de dólares.

beneficiadas em situação diferente, não em virtude de dinheiro, mas em virtude d'lei Por um retrocesso cliegamos as

contrário, só poderá oferecer um es

Mas, em caso

casso paliativo.

Há outras possibilidades para se re solver o problema do dólar. Uma de

sim à época medieval. Um homem oqhora rico, com, a qscassa fortuna las é a depreciação monetária, que, aliás, que lhe resta, pode, sem embargo, trans não serve. E isso porque, os países eu mitir uma boa educação ao seu filho e afinal libertá-lo da futura obrigação de ir trabalhar onde o Estado o mandai.

Econômico 103

Píiderá talvez transmitir menos dinhei

ropeus têm necessidades tão urgentes

a ponto de continuar comprando qua.se o mesmo, embora se faça cair o %alor

\

da moeda em função do dólar.

Não

to> Mr. Snyder. secretário da Fazenda,

podem deixar de comprar sob pena de privarem-se de abastecimentos essen

quando recentemente interrogado sobre se os Estados Unidos aprovariam esta medida, declarou ser o seu país tcrini-

ciais, conforme \imos.

Por outro lado,

êsses compradores, prejudicados com a

nanlemente contrário u mesma.

depreciação das suas divisas em rela ção ao dólar, não podem vender mais

provávelmente, por ser difícil à opi-

aos Estados Unidos. preciação

monetária

Portanto, a de como

medida a

curto prazo, não serve nem para a Eu ropa, nem

tampouco para a América

Isto,

niãp públiua aceit^í-ik, ou lah'ez ao

próprio Partido Republicano. Resta as-siin apenas uma outra jiossibilídade adicional, isto é, a cx]iortação de capitais dos Estados Unidos a outnis

Latina. A depreciação monetária é, co mo sabemos, uma medida que leva al

zonas, sob a forma de in\ersáo de car

gum tempo para produzir efeito. Em.

sucedido aos bens norte-americanos in

todo o caso a questão da paridade das

vertidos na guerra passada.

divisas deve ser estudada atentamente, pois não existe hoje um equilíbrio de

pecialmente dos Estados Unidos à Ame-

preços e uma paridade tal como foi

c-onsignada em Bretton Woods. Os pre ços -são artificiais e dc\"cm ajustar-se, cedo ou tarde, à situação normal.

Outra possibilidade; desvalorização,

teira.

Inviável, entreftmlo, à \isla do

Sob a fonna de inversões diretas, es

rica Latina, será uma solução muito ^ conveniente, tanto para o problema do dólar como para se refoniiar a maqui naria destas nações. Temos ouvido em todo o mundo, nos.

em termos de ouro, de todas as divisas.

últimos decênios — tal como se fòra um

A Carta do Fundo Monetário Interna

sarampo — que basta um dólar, um

cional permite, conjuntamente, a todos os países, a redução de 10% do conteúdo

ouro de suas moedas.

Esta redução

para os países produtores de

ouro é

de

grande

valor.

peso, uma moeda qualquer, cnizar uma

fronteira, pani se ter criado desde logo uma servidão pública. Só em íiitimo extremo um

Mas, mesmo para os paíse.s

movimento de divisas pode criar uma servidão pública.

que não produzem ouro, se ria também conveniente, à

Eventualmente poderá cola borar para a sua implanta

vista da valorização das suas

ção, mas de fato funda-se

reservas.

cm outros fatores mais im

Poderiam, assim,

drenar mais dólares e, por tanto, adquirir mais produ tos.

Mas para que tal se

operasse, seria preciso con

cordassem os Estados Uni

dos, pois o convênio de Bretton Woods dá, neste caso, o poder de veto ao

país cuja quota seja superior a 25%, como é o caso dos Estados Unidos. No entan-

portantes. Aliás, a servidão econômi

ca pode ser perfeitamente estabelecida sem o mínimo

movimento de divisas, como

fez, por exemplo, a Alema nha, nos anos de 1925 a

1929, na Europa oriental, submentendo a Bulgária, a Rmnánia, a Hungria, .sem' enviar-lhes um só marco.


rV".

DiCESTo Econômico

102

DiceSto

da, como o govèmo não podia aumen tar os salários, nem tão pouco queria

ro, mas, em compensação, lhe transmi

obrigar as pessoas a ir trabalhar nas mi

tirá um pouco de liberdade.

nas, criou o problema do carvão na

O Fundo Monetária Internacional tam

Grã-Bretanha, que foi um dos mais graves da economia trabalhista e pre

bém não é capaz dc rcsoKcr o proble ma do dólar, pois dispõe apenas de 3

judicou extraordinàriamentc a ec-onomia

billiões e 500 milhões cm divisas norte-

britânica. Fracassou a planifícação de

americanas e cm ouro, c, por outro lado,

vido ao fato de não adotar a obriga

como sabem os comunistas russos e os

os países em "déficit" só podem dispor da quarta parte, ou seja, 25/p das suas quotas. A drenagem do dólar pode, desde logo, ser tão grande a ponto de se ver o Fundo obrigado a declarar a

fascistas alemães ou italianos e, esta

escassez dessa moeda.

toriedade do trabalho e ao mesmo tem

po por ser impossível manter fortes sin dicatos não controlados pelo governo, mos convencidos, sabem-no hoje tam bém os trabalhistas britânicos.

Criou-se, assim, um problema consi

derável. Ã vista dessa situação o govêrno trabalhista caiu recentemente no

i

que queria evitar. Teve de ditar uma

ordem, pela qual os operários inscritos

nas Bolsas de trabalho devem ir, quan

do estiverem desocupados ou deixarem

de trabalhar, para onde se lhes indicar, sob pena de multa. Nessa ordem não se incluem nem os gerentes, nem os em

pregados de escritório. Daí resulta que os socialistas, os

quais com tanto acerto estavam exe cutando o seu programa de socialização, alcançando grande êxito do ponto de vista de seus propósitos, levando a cabo uma enorme distribuição de rendas em benefício das classes mais pobres da

O Banco Internacional de Reconstru

ção e Fomento dispõe apenas de mis 750 milhões dc dólares, sendo 20? de

suas quotas representadas pela contri buição dos Estados Unidos e Canadá.

Emijora esteja em condições de fornecer •3 bilhões de dólares, nada pode fazer

para resolver o problema do dólar. En contra-se em um círculo vicioso.

Antes

de efetuar empréstimos o Banco deve emitir debêntures ou obrigações.

Po

deria faze-lo dirigindo-se ao público de banqueiros, isto é, aos Estados Unidos. Porém, se a situação européia não se

regulariza previamente, os capitalistas norle-americunos não irão comprar as

obrigações do Banco e, nessas condições,

o Banco não poderá cinilí-las, visto os seus estatutos não o permitirem. Se se aprovar o Plano Marshall, por exem

Grã-Bretanha, tiveram de legislar de

plo, o Banco poderá oferecer mais de

modo a colocar essas mesmas pessoas

3 bilhões de dólares.

beneficiadas em situação diferente, não em virtude de dinheiro, mas em virtude d'lei Por um retrocesso cliegamos as

contrário, só poderá oferecer um es

Mas, em caso

casso paliativo.

Há outras possibilidades para se re solver o problema do dólar. Uma de

sim à época medieval. Um homem oqhora rico, com, a qscassa fortuna las é a depreciação monetária, que, aliás, que lhe resta, pode, sem embargo, trans não serve. E isso porque, os países eu mitir uma boa educação ao seu filho e afinal libertá-lo da futura obrigação de ir trabalhar onde o Estado o mandai.

Econômico 103

Píiderá talvez transmitir menos dinhei

ropeus têm necessidades tão urgentes

a ponto de continuar comprando qua.se o mesmo, embora se faça cair o %alor

\

da moeda em função do dólar.

Não

to> Mr. Snyder. secretário da Fazenda,

podem deixar de comprar sob pena de privarem-se de abastecimentos essen

quando recentemente interrogado sobre se os Estados Unidos aprovariam esta medida, declarou ser o seu país tcrini-

ciais, conforme \imos.

Por outro lado,

êsses compradores, prejudicados com a

nanlemente contrário u mesma.

depreciação das suas divisas em rela ção ao dólar, não podem vender mais

provávelmente, por ser difícil à opi-

aos Estados Unidos. preciação

monetária

Portanto, a de como

medida a

curto prazo, não serve nem para a Eu ropa, nem

tampouco para a América

Isto,

niãp públiua aceit^í-ik, ou lah'ez ao

próprio Partido Republicano. Resta as-siin apenas uma outra jiossibilídade adicional, isto é, a cx]iortação de capitais dos Estados Unidos a outnis

Latina. A depreciação monetária é, co mo sabemos, uma medida que leva al

zonas, sob a forma de in\ersáo de car

gum tempo para produzir efeito. Em.

sucedido aos bens norte-americanos in

todo o caso a questão da paridade das

vertidos na guerra passada.

divisas deve ser estudada atentamente, pois não existe hoje um equilíbrio de

pecialmente dos Estados Unidos à Ame-

preços e uma paridade tal como foi

c-onsignada em Bretton Woods. Os pre ços -são artificiais e dc\"cm ajustar-se, cedo ou tarde, à situação normal.

Outra possibilidade; desvalorização,

teira.

Inviável, entreftmlo, à \isla do

Sob a fonna de inversões diretas, es

rica Latina, será uma solução muito ^ conveniente, tanto para o problema do dólar como para se refoniiar a maqui naria destas nações. Temos ouvido em todo o mundo, nos.

em termos de ouro, de todas as divisas.

últimos decênios — tal como se fòra um

A Carta do Fundo Monetário Interna

sarampo — que basta um dólar, um

cional permite, conjuntamente, a todos os países, a redução de 10% do conteúdo

ouro de suas moedas.

Esta redução

para os países produtores de

ouro é

de

grande

valor.

peso, uma moeda qualquer, cnizar uma

fronteira, pani se ter criado desde logo uma servidão pública. Só em íiitimo extremo um

Mas, mesmo para os paíse.s

movimento de divisas pode criar uma servidão pública.

que não produzem ouro, se ria também conveniente, à

Eventualmente poderá cola borar para a sua implanta

vista da valorização das suas

ção, mas de fato funda-se

reservas.

cm outros fatores mais im

Poderiam, assim,

drenar mais dólares e, por tanto, adquirir mais produ tos.

Mas para que tal se

operasse, seria preciso con

cordassem os Estados Uni

dos, pois o convênio de Bretton Woods dá, neste caso, o poder de veto ao

país cuja quota seja superior a 25%, como é o caso dos Estados Unidos. No entan-

portantes. Aliás, a servidão econômi

ca pode ser perfeitamente estabelecida sem o mínimo

movimento de divisas, como

fez, por exemplo, a Alema nha, nos anos de 1925 a

1929, na Europa oriental, submentendo a Bulgária, a Rmnánia, a Hungria, .sem' enviar-lhes um só marco.


W

Dicesto EcOXÓNftCO

104

mas, ao contrário, obrigando-as a lhes emprestar capitais.

darem a Europa, esta, com os dólares que lhe forem proporcionados, pagará

I

Dioesto

Ecoícóxnco

105

generosa a todas as zonas do mundo.

cer bem a conveniência desse mo\inien-

estabelecimento déssc triângulo, se faz

to de capitais, qual o momento em que

Existe aqui o mesmo perigo por que passamos na guerra passada: ou nos arriscamos a perder a batalha do dólar por pretender feri-la ao mesmo lempo,

a tran.sferència do dólar de uma niáo

poderia produzir de fato perturbações

cm tôdas as frentes, ou nos decidimos

à outra de modo a todo mundo ser

políticas, fomentando-o na medida do possí\'el, taU'ez sob a forma de inver

pago.

sões mistas, nacíonai.s e estrangeiras.

círculos: "E p()rque um Plano Marshall para a Europa? Porque não ajudam os

a ganhá-la apenas em um ponto, exa tamente naquele em que é possível con centrar tôdas as fôrças para envolver o inimigo de modo a que o resto dos teatros das operações caia por si .só, tal

Julgo, pois, esta questão inteiramen te absurda.

Seria conveniente esclare

Tôdas estas possíveis medidas são in

suficientes e parciais, não conseguindo

resolver o problema do dólar, que chega a representar um grave problema para o mundo.

O triunfo nestes dias dos partidos não comunistas, da França e da Itália, as modificações políticas observadas na Eu

ropa^ ocidental, são fundamentais para a salvação da nossa civilização.

Estas modificações se fazem, positiva mente, na esperança de aliviarem os

Estados Unidos a situação européia, fa zendo-o através do único plano atual mente disponível, isto é, do Plano Mar shall. Se não existir um Plano Marshall para a Europa é indubitável que, den tro de um lapso de tempo muito curto

entregar-se-iam os homens da Europa

ocidental ao desespêro, sendo mais do

que provável assistirmos as tropas de

à América Latina, a qual, por sua vez,

pagará aos Estados Unidos.

Com o

Diz-se cin muitos centros c em muitos

Estados Unidos a América Latina?"

A minha resposta c que é preferível começar o Plano Marsliall na Europa. Recordemos a guerra. Havia duas fren tes: a européia e a do Pacífico. Poderse-ia ter adotado a rc.çolução de diridir

equítati^■amente

os

recursos entre as

duas frentes. O que aconteceria? Não se poderia ter ganho a guerra, ou só dificilmente se teria conseguido.

De

fato, por uma questão elementar de tática, de estratégia militar, ao in\és de se atacar as linhas principais de resis tência, deve-se manobrar por um ponto

determinado, com grande superioridade de elementos dc modo a se poder, nessa

zona, cair sôbre o inimigo e destrui-lo virtualmente. Não se deve defrontá-lo em todo o teatro das operações, mas num só determinado.

Eis o que se

tico para alcançar, quem sabe, o Con

chama o ponto principal de ataque. Corh efeito: lioje estamos ante a ba

tinente Americano.

talha do dólar.

Moscou atravessarem o Oceano Atlân

É, pois, imprescindível se encontre uma' solução para o problema do dólar

E esta batalha também

não pode ser ganha se tentarmos re

solvê-la espalhando os recursos, diluindo os homens e os elementos com que vão

na Europa.

A Europa, segundo o Plano Marshall, lutar pelos diversos teatros bélicos. De

rnmniitado pm 0. vai• .ter um "déficit" computado em 2 bilhões de dólares para o primeiro ano,

fato, se se diluíssem estes dólares pelos

enquanto a América Latina tem dois

se-iam antes de dois ou três anos, con

t-.-ii -

t

1'1

narn

pnm

bilhões de dólares de "déficit" para com os Estados Unidos além de 900 com o Canadá.

, Pois bem, se os Estados Unidos aju-

diferentes teatros de operações, evapor-

tinuando o problema de pé. E então,

a opinião pública norte-americana ja não estaria de modo algum disposta a continuar trazendo esta ajuda mais que

como um fruto maduro.

E qual é èste teatro principal?

Ê

evidentemente a Europa, que, neste mo mento, passa por uma das situações mais

difíceis e complicadas, mais perigõsas do ponto de vista político. A Europa, atualmente, está atuando como baluarte

da ci\ ilização ocidental. E, pois, acima dc tudo, deve êste baluarte ser ajuda do. E ao mesmo tempo, por uma fe licidade, a Europa representa aquêle ponto que nos permitirá, se para o seu

redor convergirem os nossos esforços, ganhar a batalha do dólar em tôdas as zonas, graças a essa situação triangular

scnadór Sinionsen, as exportação América Latina à Europa são superiores às do período de guerwÉ obvio que as matérias de produÇ^'' e exportação latina devem crescer e,

portanto, será impre.scindível o recebi

mento de maquinaria, de alimentos, lhe serão fornecidos principalmente Estados Unidos. Portanto, a aplica?®'' do Plano Marshall na Europa represen ta um auxílio norle-anicricano muito ii"' portante à América Latina.

Mas, além disso, passado um q"®' triénío e se formos felizes, reaIizando--*c

os prognósticos, de modo a q"C a Lu ropa .se ponha de novo sôbre os pr prios pés c possa dispens.ar o

norte-americano, a economia dos Es ^ dos Unidos, então em pleno

mcnto, numa situação de emprego W • não tendo mais dc enviar tantos cap' tais à Europa, estará nesse

ameaçada de inflação, de desempr ^ ^

operário, de contração de negócios, cn suma, de uma crise. E nesse momento,

nada mais natural que se voltem os

a que me referi. Portanto, como bons latino-americanos

olho.s para a América Latina, lugar de

deveis reconhecer que, neste momento,

trução, no qual colaboi'a também a própria indústria européia.

o auxílio principal dos Estados Uniàos

deve ser para a Europa. Naturalmente deve haver auxílio para a América La tina, embora não figure no Plano ela borado, o qual não deve» afinal ficar exclusivamente limitado a um continen te.

E isso devemos evitá-lo.

O fato característico é que, quando

se examina esse Plano, sempre se es

quece de um elemento: o consumo de

matérias-primas. E logo em seguida, advirto, vêm os elementos de produção

tantos e enormes programas de recons

Êste Plano Marshall, que não \"0U

explicar, pois já estou abusando da vossa paciência, prolongando-nie por fempo

demasiado para um conferencista. êste

Plano Marshall repilo de\e ser aprosado e pouco serão os esforços feitos para levá-lo avante, quer orientando a opi

nião pública, quer ilustrando a todas as

pcs.soas infuentes sôbre a necessidade de

resolver ràpidamente êste problema cru

matérias.

cial da economia e da política européia. O Plano, em linhas gerais, consiste simplesmente em intensificar a produ

Ora, segundo os cálculos importan tíssimos, comunicados recentemente pelo

ção européia de uma série de artigos essenciais: alimentos, cartão, aço, ferro,

necessários para se produzirem essas

,


W

Dicesto EcOXÓNftCO

104

mas, ao contrário, obrigando-as a lhes emprestar capitais.

darem a Europa, esta, com os dólares que lhe forem proporcionados, pagará

I

Dioesto

Ecoícóxnco

105

generosa a todas as zonas do mundo.

cer bem a conveniência desse mo\inien-

estabelecimento déssc triângulo, se faz

to de capitais, qual o momento em que

Existe aqui o mesmo perigo por que passamos na guerra passada: ou nos arriscamos a perder a batalha do dólar por pretender feri-la ao mesmo lempo,

a tran.sferència do dólar de uma niáo

poderia produzir de fato perturbações

cm tôdas as frentes, ou nos decidimos

à outra de modo a todo mundo ser

políticas, fomentando-o na medida do possí\'el, taU'ez sob a forma de inver

pago.

sões mistas, nacíonai.s e estrangeiras.

círculos: "E p()rque um Plano Marshall para a Europa? Porque não ajudam os

a ganhá-la apenas em um ponto, exa tamente naquele em que é possível con centrar tôdas as fôrças para envolver o inimigo de modo a que o resto dos teatros das operações caia por si .só, tal

Julgo, pois, esta questão inteiramen te absurda.

Seria conveniente esclare

Tôdas estas possíveis medidas são in

suficientes e parciais, não conseguindo

resolver o problema do dólar, que chega a representar um grave problema para o mundo.

O triunfo nestes dias dos partidos não comunistas, da França e da Itália, as modificações políticas observadas na Eu

ropa^ ocidental, são fundamentais para a salvação da nossa civilização.

Estas modificações se fazem, positiva mente, na esperança de aliviarem os

Estados Unidos a situação européia, fa zendo-o através do único plano atual mente disponível, isto é, do Plano Mar shall. Se não existir um Plano Marshall para a Europa é indubitável que, den tro de um lapso de tempo muito curto

entregar-se-iam os homens da Europa

ocidental ao desespêro, sendo mais do

que provável assistirmos as tropas de

à América Latina, a qual, por sua vez,

pagará aos Estados Unidos.

Com o

Diz-se cin muitos centros c em muitos

Estados Unidos a América Latina?"

A minha resposta c que é preferível começar o Plano Marsliall na Europa. Recordemos a guerra. Havia duas fren tes: a européia e a do Pacífico. Poderse-ia ter adotado a rc.çolução de diridir

equítati^■amente

os

recursos entre as

duas frentes. O que aconteceria? Não se poderia ter ganho a guerra, ou só dificilmente se teria conseguido.

De

fato, por uma questão elementar de tática, de estratégia militar, ao in\és de se atacar as linhas principais de resis tência, deve-se manobrar por um ponto

determinado, com grande superioridade de elementos dc modo a se poder, nessa

zona, cair sôbre o inimigo e destrui-lo virtualmente. Não se deve defrontá-lo em todo o teatro das operações, mas num só determinado.

Eis o que se

tico para alcançar, quem sabe, o Con

chama o ponto principal de ataque. Corh efeito: lioje estamos ante a ba

tinente Americano.

talha do dólar.

Moscou atravessarem o Oceano Atlân

É, pois, imprescindível se encontre uma' solução para o problema do dólar

E esta batalha também

não pode ser ganha se tentarmos re

solvê-la espalhando os recursos, diluindo os homens e os elementos com que vão

na Europa.

A Europa, segundo o Plano Marshall, lutar pelos diversos teatros bélicos. De

rnmniitado pm 0. vai• .ter um "déficit" computado em 2 bilhões de dólares para o primeiro ano,

fato, se se diluíssem estes dólares pelos

enquanto a América Latina tem dois

se-iam antes de dois ou três anos, con

t-.-ii -

t

1'1

narn

pnm

bilhões de dólares de "déficit" para com os Estados Unidos além de 900 com o Canadá.

, Pois bem, se os Estados Unidos aju-

diferentes teatros de operações, evapor-

tinuando o problema de pé. E então,

a opinião pública norte-americana ja não estaria de modo algum disposta a continuar trazendo esta ajuda mais que

como um fruto maduro.

E qual é èste teatro principal?

Ê

evidentemente a Europa, que, neste mo mento, passa por uma das situações mais

difíceis e complicadas, mais perigõsas do ponto de vista político. A Europa, atualmente, está atuando como baluarte

da ci\ ilização ocidental. E, pois, acima dc tudo, deve êste baluarte ser ajuda do. E ao mesmo tempo, por uma fe licidade, a Europa representa aquêle ponto que nos permitirá, se para o seu

redor convergirem os nossos esforços, ganhar a batalha do dólar em tôdas as zonas, graças a essa situação triangular

scnadór Sinionsen, as exportação América Latina à Europa são superiores às do período de guerwÉ obvio que as matérias de produÇ^'' e exportação latina devem crescer e,

portanto, será impre.scindível o recebi

mento de maquinaria, de alimentos, lhe serão fornecidos principalmente Estados Unidos. Portanto, a aplica?®'' do Plano Marshall na Europa represen ta um auxílio norle-anicricano muito ii"' portante à América Latina.

Mas, além disso, passado um q"®' triénío e se formos felizes, reaIizando--*c

os prognósticos, de modo a q"C a Lu ropa .se ponha de novo sôbre os pr prios pés c possa dispens.ar o

norte-americano, a economia dos Es ^ dos Unidos, então em pleno

mcnto, numa situação de emprego W • não tendo mais dc enviar tantos cap' tais à Europa, estará nesse

ameaçada de inflação, de desempr ^ ^

operário, de contração de negócios, cn suma, de uma crise. E nesse momento,

nada mais natural que se voltem os

a que me referi. Portanto, como bons latino-americanos

olho.s para a América Latina, lugar de

deveis reconhecer que, neste momento,

trução, no qual colaboi'a também a própria indústria européia.

o auxílio principal dos Estados Uniàos

deve ser para a Europa. Naturalmente deve haver auxílio para a América La tina, embora não figure no Plano ela borado, o qual não deve» afinal ficar exclusivamente limitado a um continen te.

E isso devemos evitá-lo.

O fato característico é que, quando

se examina esse Plano, sempre se es

quece de um elemento: o consumo de

matérias-primas. E logo em seguida, advirto, vêm os elementos de produção

tantos e enormes programas de recons

Êste Plano Marshall, que não \"0U

explicar, pois já estou abusando da vossa paciência, prolongando-nie por fempo

demasiado para um conferencista. êste

Plano Marshall repilo de\e ser aprosado e pouco serão os esforços feitos para levá-lo avante, quer orientando a opi

nião pública, quer ilustrando a todas as

pcs.soas infuentes sôbre a necessidade de

resolver ràpidamente êste problema cru

matérias.

cial da economia e da política européia. O Plano, em linhas gerais, consiste simplesmente em intensificar a produ

Ora, segundo os cálculos importan tíssimos, comunicados recentemente pelo

ção européia de uma série de artigos essenciais: alimentos, cartão, aço, ferro,

necessários para se produzirem essas

,


Dic.esto

madeira, energia elétrica,

transportes

Econômico

Ccnceitc e cletermlnnçao da próprios Estados Unidos estão iiitercs-

etc-, através das importações norte-ame

sadü.s no Plano Marshall, ponjue, não

ricanas.

e.xistindo esse Plano, .seriam cm gran

Desta forma se resolverá o

problema da Europa. E quem vai pagar o Plano Marshall? Nf. meu entender o Plano Marshall deve

ser urna dádiva dos Estados Unidos. E

de\erá sè-!o ^rquc, se se tratasse de um empréstimo, seria possível tardassem os governos europeus em

resolver a

questão, uma vez que teriam de con

renda iiaciciial por Mai\cku) Bolurini

de parte interrompidas as importações,

produzindo-se assim uma crise crucial no;: Estados Uiiid<»s.

ÇoNTA-si:: que u Visconde Bemabc,

A Europa, por

senhor de Milão, lendo ouvido" di

sua vez, de pés e mãos atados, seria la'vez forçada a se entregar a grande tirania soviética, que se apelida de de

zer que um falso adivinho andava a

explorar o povo, ebaniou-o à sua presenç-a para castigá-lo. o desgraçado

mocracia, mas estende sua falácia ate

defcndcu-se c pediu

o Continente Americano, o qual terá de

sultar os parlamentos, orientar a opinião .SC entregar a uma luta de vida e dc pública, defrontar-se com a luta política morte para se salvar. terrível dos elementos comunistas rjue Ademais, nao podendo a Europa nacar

Porque, pois, deixar que se desenca deie uma guerra, quando, com o Plano Marshall, se poderá evitá-la."^ O Plano

blema para o futuro? Ao passo que^ se

res. Mas o que valem 10 bilhões de

apregoam comprarem os Estados Unidos

os seus países com êstes empréstimos.

como o obvio porque criar um pro^

SC tratar de uma dádiva, a quÍl 'n^o representa aliás algo de terrWlmen^e vo

xv

c cutcdrdtico dc E-Uatistico da Cnivci'-

velo de fio dizendo ser aquela a res posta à pergunta que lhe fbra feita pe

dólares ante a perspectiva de gastos enormes com uma guerra futura que

nii c Pddua. E' autor de valiosas ohra-^

dc biomctria, untropomciria, dcmografia c estatística. #♦ • ♦

sombra e depois se Irrita, pcrgunlandoIhe como poderia saber se a resposta era certa ou uma mistificação. Porém,

o espertalhão, defendendo a cabeça, res ponde tranqüilamente: se V. S.' não acreditar em mim mande verificar.

nião pública? E quem se negará a se

À primeira vista pode parecer que eu

fazer soldado desta causa?

- aceitando o amável convite de falarvos nesta data — como o nieu concida dão de 600 ano.s passados, estaria arris cando a cabeça. Mus, nesta mesa, ne nhum novélo de fio se vé e nenhuma intenção tenho eu de apresentar-vos inna cifra fictícia como representativa .Um antigo adivinho, e nm atual ho

mem de ciências têm algo em comum: o primeiro arriscava a vida e este põe

O chanceler do Erário de Londres, tcncionaria aumentar no orçamento pro

em jôgo algo de importância equiva lente — a sua reputação. As diferenças,

visória a taxa de cem poi cento sobre os cosméticos e outros artiaos do "toüette", ^

A nova taxação teria por objetivo a diminuição dos pedidos no mercado in terno, e o aumento das quantidades disponíveis para a exportação.

porém, são maiores que as semelhanÇa.s porque quem cultiva os estudos

O Ministério da Agricultura proibiu a venda e exposição de aves domésticas de metade da Inglaterra, devido ao suHo, pela primeira vez, nos lÚtimos 13 anos^ de uma terrível epizootia entre as galinhas. Essa ordem foi dada depois de serem descobertos 1.141 casos da referida enfermidade, que se considera sumamente con tagiosa e pode causar a morte de crianças.

diferentes cadeiras ligadas ò .víi« espe cialidade nas Unkcrsidadcs dc Mcssi-

le senhor. O príncipe, primeiro se as

do montante da renda deste país.

como os cremes e oleos para cabelo.

nomia uma conferência sòhre "Concei to c Determinação da Rendo Nacional", sidadc Católica dc Milão c ex-titular de

te voltou a Còrtc coni \iin enorme no

Dl-

coisas se resolverão ràpidamente. 'Os

São Paulo, realizou no lusiituto de Eeo-

que como prova que adivinhasse a dis

vinho pediu uni prazo e no dia seguin

Marshall custará 16 bilhões de dóla

convite do dr. Brasilio Machado Sdo,

presidente da Associação Comercial dtt

sem a uma prosa, iiupondo-lbe o Du

tância entro a Terra o o Céu. O adi

importante para os Estados Unidos ooís será evitada se se levar avante esta para quem ja emprestou 100 bilhões de batalha do dólar e de aprovação do dólares, pouco significarão os iq bj. Plano Marshall, batalha na qual vos Ihões propostos pelo Plano Marshall as convido a participar, orientando a opi -

o submetes

O professor Marcelo BoUhini que,

l

científicos assume, também, a responsa bilidade de provar o que afirma, de controlar mediante certas regras vigo-

rosas o seu raciocínio, de confrontai os

seus resultados com os jú obtidos ou

que poderão ser conseguidos por outros procc.ssos; enfim, justificar lògicainentc as semelhanças c as diferenças.

Não basta que dois cientistas tenham

conseguido sabor qgo esta sala tem dois metros de comprimento para aceitar o

resultado como válido;

é necessário,

além disso, que tenham adotado tódas as precauções metodológicas prescritas e agido independentemente, empregan do, por e.xemplo, in.stnnnentos difeientes.

Somente assim se evita o perigo

de cometer os mesmos erros ipial se ria o de tomar por um metro uma fita cie cinco metros dando em resultado

um comprimento excessivamente pe

queno a esta sala. Para .se determinar a renda prhacla dc uni país toniani-se necessários, prin cipalmente, instrumentos de medida adaptados a êste fim e, na ciência eco-


Dic.esto

madeira, energia elétrica,

transportes

Econômico

Ccnceitc e cletermlnnçao da próprios Estados Unidos estão iiitercs-

etc-, através das importações norte-ame

sadü.s no Plano Marshall, ponjue, não

ricanas.

e.xistindo esse Plano, .seriam cm gran

Desta forma se resolverá o

problema da Europa. E quem vai pagar o Plano Marshall? Nf. meu entender o Plano Marshall deve

ser urna dádiva dos Estados Unidos. E

de\erá sè-!o ^rquc, se se tratasse de um empréstimo, seria possível tardassem os governos europeus em

resolver a

questão, uma vez que teriam de con

renda iiaciciial por Mai\cku) Bolurini

de parte interrompidas as importações,

produzindo-se assim uma crise crucial no;: Estados Uiiid<»s.

ÇoNTA-si:: que u Visconde Bemabc,

A Europa, por

senhor de Milão, lendo ouvido" di

sua vez, de pés e mãos atados, seria la'vez forçada a se entregar a grande tirania soviética, que se apelida de de

zer que um falso adivinho andava a

explorar o povo, ebaniou-o à sua presenç-a para castigá-lo. o desgraçado

mocracia, mas estende sua falácia ate

defcndcu-se c pediu

o Continente Americano, o qual terá de

sultar os parlamentos, orientar a opinião .SC entregar a uma luta de vida e dc pública, defrontar-se com a luta política morte para se salvar. terrível dos elementos comunistas rjue Ademais, nao podendo a Europa nacar

Porque, pois, deixar que se desenca deie uma guerra, quando, com o Plano Marshall, se poderá evitá-la."^ O Plano

blema para o futuro? Ao passo que^ se

res. Mas o que valem 10 bilhões de

apregoam comprarem os Estados Unidos

os seus países com êstes empréstimos.

como o obvio porque criar um pro^

SC tratar de uma dádiva, a quÍl 'n^o representa aliás algo de terrWlmen^e vo

xv

c cutcdrdtico dc E-Uatistico da Cnivci'-

velo de fio dizendo ser aquela a res posta à pergunta que lhe fbra feita pe

dólares ante a perspectiva de gastos enormes com uma guerra futura que

nii c Pddua. E' autor de valiosas ohra-^

dc biomctria, untropomciria, dcmografia c estatística. #♦ • ♦

sombra e depois se Irrita, pcrgunlandoIhe como poderia saber se a resposta era certa ou uma mistificação. Porém,

o espertalhão, defendendo a cabeça, res ponde tranqüilamente: se V. S.' não acreditar em mim mande verificar.

nião pública? E quem se negará a se

À primeira vista pode parecer que eu

fazer soldado desta causa?

- aceitando o amável convite de falarvos nesta data — como o nieu concida dão de 600 ano.s passados, estaria arris cando a cabeça. Mus, nesta mesa, ne nhum novélo de fio se vé e nenhuma intenção tenho eu de apresentar-vos inna cifra fictícia como representativa .Um antigo adivinho, e nm atual ho

mem de ciências têm algo em comum: o primeiro arriscava a vida e este põe

O chanceler do Erário de Londres, tcncionaria aumentar no orçamento pro

em jôgo algo de importância equiva lente — a sua reputação. As diferenças,

visória a taxa de cem poi cento sobre os cosméticos e outros artiaos do "toüette", ^

A nova taxação teria por objetivo a diminuição dos pedidos no mercado in terno, e o aumento das quantidades disponíveis para a exportação.

porém, são maiores que as semelhanÇa.s porque quem cultiva os estudos

O Ministério da Agricultura proibiu a venda e exposição de aves domésticas de metade da Inglaterra, devido ao suHo, pela primeira vez, nos lÚtimos 13 anos^ de uma terrível epizootia entre as galinhas. Essa ordem foi dada depois de serem descobertos 1.141 casos da referida enfermidade, que se considera sumamente con tagiosa e pode causar a morte de crianças.

diferentes cadeiras ligadas ò .víi« espe cialidade nas Unkcrsidadcs dc Mcssi-

le senhor. O príncipe, primeiro se as

do montante da renda deste país.

como os cremes e oleos para cabelo.

nomia uma conferência sòhre "Concei to c Determinação da Rendo Nacional", sidadc Católica dc Milão c ex-titular de

te voltou a Còrtc coni \iin enorme no

Dl-

coisas se resolverão ràpidamente. 'Os

São Paulo, realizou no lusiituto de Eeo-

que como prova que adivinhasse a dis

vinho pediu uni prazo e no dia seguin

Marshall custará 16 bilhões de dóla

convite do dr. Brasilio Machado Sdo,

presidente da Associação Comercial dtt

sem a uma prosa, iiupondo-lbe o Du

tância entro a Terra o o Céu. O adi

importante para os Estados Unidos ooís será evitada se se levar avante esta para quem ja emprestou 100 bilhões de batalha do dólar e de aprovação do dólares, pouco significarão os iq bj. Plano Marshall, batalha na qual vos Ihões propostos pelo Plano Marshall as convido a participar, orientando a opi -

o submetes

O professor Marcelo BoUhini que,

l

científicos assume, também, a responsa bilidade de provar o que afirma, de controlar mediante certas regras vigo-

rosas o seu raciocínio, de confrontai os

seus resultados com os jú obtidos ou

que poderão ser conseguidos por outros procc.ssos; enfim, justificar lògicainentc as semelhanças c as diferenças.

Não basta que dois cientistas tenham

conseguido sabor qgo esta sala tem dois metros de comprimento para aceitar o

resultado como válido;

é necessário,

além disso, que tenham adotado tódas as precauções metodológicas prescritas e agido independentemente, empregan do, por e.xemplo, in.stnnnentos difeientes.

Somente assim se evita o perigo

de cometer os mesmos erros ipial se ria o de tomar por um metro uma fita cie cinco metros dando em resultado

um comprimento excessivamente pe

queno a esta sala. Para .se determinar a renda prhacla dc uni país toniani-se necessários, prin cipalmente, instrumentos de medida adaptados a êste fim e, na ciência eco-


rvr^-

Dicesto Econômico

103

nómica, são èles as estatísticas boas e

abundantes. Em segundo lugar, é ne cessário que os economistas de boa von tade. de grande habilidade, conheçam a

fundo u vida do país ao se empenharem nos longos e difíceis cálculos necessá rios a èste propósito. Infelizmente, fal ta hoje aqui o primeiro elemento, o que faz que, de nenhum modo, se possa substitui-lo pela boa vontade ovi competência técnica. E' verdade que a sábia organização do I.B.G.E. do tou èste pais de um serviço de coleta

de estatísticas econômicas e sociais, im possível de se imaginar apenas há 10 anos passados, sendo digno de admiração o enorme e bem sucedido esforço do dt. Teixeira de Freitas e

^ seus eficientes colaborado

Estados; pe'as suas \ari;u,-ões mode-se o progresso ou a decadência econômi

dêste Estado, quer na de E' necessário, porém, dar

produção, seja durante a distribuição ou

terem uma ji\'aliação tècnícamente cor

durante o ato do consumo. O uso de um

reta da renda priWa brasileira. Não

dutos estrangeiros. Por fim, o seu mon tante e sua distribuição tornecem aos

governantes a base científica para uma taxação racional.

Depois de ter re.so!vido o problema preliminar

da

estatística

surgem

as

ria, dados precisos sôbre a produção in dustrial, uma classificação dos rendi-

ças à generosa hospitalidade e a ajuda

tão de conveniência, consiclerando-se as

te de estudos das Indústrias Reunidas

amigá\'el que mc ofereceram, no gabine

suas miitua.s relações e a possibilidade

Matarazzo, onde os drs. Lefevre e Alber

teóricíi de passar de um a outro \alor. A alguém poderia parecer oportuno

to Mortara coligem preciosos documentos

reto para seguir outro caminho. Êsle,

randa, diretor do Serxiço de Estatísti

devem ser consideradas ou excluídas nos métodos

dificuldades. Convém notar que, nos xá-

lizou, a êste respeito, uma pesq^^uisa

rios países, de acôrdo com seu grau de

detalhada: avaliou a renda brasi eira

desenvolvimento econômico, a renda na

nos anos de 1926 e 1942 e, graças as-

mas teóricos e práticos do

dade fundiária e imobiliá

me será difícil passá-los em revista, gra

mente não coincidem e que, por isso, dão resultados numéricos diferentes, c ques

abandonar êstcs critérios de cálculo di

num país onde os proble

cas completas da proprie

ou outro dos três critérios, que forçosa

medida das parcelas que

à definição da renda, a

ciência dos que, me ouvem,

quando tivermos estatísti

Quanto ao período no qual a avalia ção SC faz convém notar que u renda

estatísticos sôbre a economia dèste país. O dr. Oswaldo Gomes da Costa Mi

questões, puramente técnicas, relativas

sando, no entanto, da pa

a renda privada do Brasil

mente, o \crdadeiro mérito dos eco

pode ser a\aliada, seja no momento da

discorrer longamente, abu

Só se poderá dizer qual

que permitem utilizar tôdas as fontes de informação disponíveis.

avaliar a possibilidade de certos desen-

cial; fornece, além disso, a base para

não teria dificuldade em

tempo ao tempo.

109

\olvinientos, de determinadas produ ções, de consumo, da absorção dos pro

ca; a sua concentração c um dos me lhores índices do grau de progresso so

prática dos resultados, A respeito de tudo isto

todo o território nacional.

Dicest(« Econômico

nomistas deste país que se encarrega ram dc arrancar das magras e incertas estatísticas e.xistentes tudo o que elas podiam fornecer, com o cbjeti\'0 de ob

de cálculo, ao significado tí à utilização científica e

res quer nas realizações

f

meu tema são bem conhe

cidos, como a recente polêmica entre o sr. Roberto Símonsen e o prof. Gudín e

porém, traria consigo novas e maiores

ca da Previdência e do Trabalho,

^

cional privada corresponde a uma cota

duas cifras, obteve depois, medúuite m-

de 15 a 20% da riqueza nacional. Na Itá

terpolação com um método não indi

lia, por exemplo, em 1938, esta propor ção alcançava 15 a 16%, mantendo-se no industrialmente mais evoluídos e no su

cado, tôda uma série de valores refe rentes aos anos do período 1919/1942, O dr. Lewnsohn, confrontando dados obtidos por CoHn Clark referentes aos

perior, naqueles onde a estrutura eco

anos de 1927/1928 com os valores cor

limite inferior nos países econômica e

tante viável avaliar a riqueza privada de

respondentes, substancialmente concordantes, obtidos por Costa Miranda, jul

um país, talvez se pudesse evitar pes quisas apuradas para julgar diretamente

sileiro.

nômica é ainda incipiente. Se fôsse bas

ga válidas as conclusões do autor bra Costa Miranda atribui para o

do volume da renda. Porém, a realida

país uma renda líquida global de

de é bem outra: enquanto se pode, por vêzes, fazer uma estimativa do patrimô

10.144.000.000

mento.s individuais — mesmo que seja unicamente com a finalidade fiscal uma ê.stimativa aceitável do consumo

os estudos dos autores, que adiante cita rei, demonstram sobejamente. Apenas rei mais tarde, convém lembrar que a renda pode ser calculada com critério

nio, multiplicando a renda por coeficien

cruzeiros, em 1942. E' possível tentar-

riódica da poupança c

tes variáveis entre 7, 6 e 5, dificilmente

se atualizar esta riltima cifra, admitin-

real, avaliando-se, uma a uma, as par

haverá oportunidade de se perconer o

tes que a compõem (quer dizer, renda

do-se que a renda efetiva cresça pro porcionalmente ao crescimento da po pulação e que aumente, nominalmen

alimentar e geral, uma^ avaliação pe

investimen

tos, dados necessários para se construir bons índices de preço de atacado, de

para enquadrar as afirmações, que fa

Por outro lado, avaliar a renda na cional é uma necessidade primária de

critério pessoal (como seja, baseando-

caminho oposto. Para muitos países a renda tem sido calculada e se pode pe lo menos fazer uma estimativa de qual seria seu patrimônio, mas seria empre

se na soma dos rendimentos dos indi

sa impossível tentar-se, por esta forma,

qualquer país progressista.

víduos componentes da população) ou

a avaliação patrimonial direta. Detivemo-nos nestas questões preli minares para que se evidencie, clara

varejo, de custo da vida, válidos para todo o país.

Com ba

se nisto se estabe'ece a hierarquia dos

fundiária, renda imobiliária, industrial, e comercial, do trabalho etc.), ou com

ainda, adotando-se

processos

mistos,

de

cruzeiros

para

1926, atingindo 39.938.000.000 de

te, na razão inversa da desvalorização

monetária.

Considerando que, segun

do estimativa do prof. G. Mortara, h

população dêste pais de 1942 a 1947 aumentou de 10% e que o índice de custo da vida no Estado de São Paulo


rvr^-

Dicesto Econômico

103

nómica, são èles as estatísticas boas e

abundantes. Em segundo lugar, é ne cessário que os economistas de boa von tade. de grande habilidade, conheçam a

fundo u vida do país ao se empenharem nos longos e difíceis cálculos necessá rios a èste propósito. Infelizmente, fal ta hoje aqui o primeiro elemento, o que faz que, de nenhum modo, se possa substitui-lo pela boa vontade ovi competência técnica. E' verdade que a sábia organização do I.B.G.E. do tou èste pais de um serviço de coleta

de estatísticas econômicas e sociais, im possível de se imaginar apenas há 10 anos passados, sendo digno de admiração o enorme e bem sucedido esforço do dt. Teixeira de Freitas e

^ seus eficientes colaborado

Estados; pe'as suas \ari;u,-ões mode-se o progresso ou a decadência econômi

dêste Estado, quer na de E' necessário, porém, dar

produção, seja durante a distribuição ou

terem uma ji\'aliação tècnícamente cor

durante o ato do consumo. O uso de um

reta da renda priWa brasileira. Não

dutos estrangeiros. Por fim, o seu mon tante e sua distribuição tornecem aos

governantes a base científica para uma taxação racional.

Depois de ter re.so!vido o problema preliminar

da

estatística

surgem

as

ria, dados precisos sôbre a produção in dustrial, uma classificação dos rendi-

ças à generosa hospitalidade e a ajuda

tão de conveniência, consiclerando-se as

te de estudos das Indústrias Reunidas

amigá\'el que mc ofereceram, no gabine

suas miitua.s relações e a possibilidade

Matarazzo, onde os drs. Lefevre e Alber

teóricíi de passar de um a outro \alor. A alguém poderia parecer oportuno

to Mortara coligem preciosos documentos

reto para seguir outro caminho. Êsle,

randa, diretor do Serxiço de Estatísti

devem ser consideradas ou excluídas nos métodos

dificuldades. Convém notar que, nos xá-

lizou, a êste respeito, uma pesq^^uisa

rios países, de acôrdo com seu grau de

detalhada: avaliou a renda brasi eira

desenvolvimento econômico, a renda na

nos anos de 1926 e 1942 e, graças as-

mas teóricos e práticos do

dade fundiária e imobiliá

me será difícil passá-los em revista, gra

mente não coincidem e que, por isso, dão resultados numéricos diferentes, c ques

abandonar êstcs critérios de cálculo di

num país onde os proble

cas completas da proprie

ou outro dos três critérios, que forçosa

medida das parcelas que

à definição da renda, a

ciência dos que, me ouvem,

quando tivermos estatísti

Quanto ao período no qual a avalia ção SC faz convém notar que u renda

estatísticos sôbre a economia dèste país. O dr. Oswaldo Gomes da Costa Mi

questões, puramente técnicas, relativas

sando, no entanto, da pa

a renda privada do Brasil

mente, o \crdadeiro mérito dos eco

pode ser a\aliada, seja no momento da

discorrer longamente, abu

Só se poderá dizer qual

que permitem utilizar tôdas as fontes de informação disponíveis.

avaliar a possibilidade de certos desen-

cial; fornece, além disso, a base para

não teria dificuldade em

tempo ao tempo.

109

\olvinientos, de determinadas produ ções, de consumo, da absorção dos pro

ca; a sua concentração c um dos me lhores índices do grau de progresso so

prática dos resultados, A respeito de tudo isto

todo o território nacional.

Dicest(« Econômico

nomistas deste país que se encarrega ram dc arrancar das magras e incertas estatísticas e.xistentes tudo o que elas podiam fornecer, com o cbjeti\'0 de ob

de cálculo, ao significado tí à utilização científica e

res quer nas realizações

f

meu tema são bem conhe

cidos, como a recente polêmica entre o sr. Roberto Símonsen e o prof. Gudín e

porém, traria consigo novas e maiores

ca da Previdência e do Trabalho,

^

cional privada corresponde a uma cota

duas cifras, obteve depois, medúuite m-

de 15 a 20% da riqueza nacional. Na Itá

terpolação com um método não indi

lia, por exemplo, em 1938, esta propor ção alcançava 15 a 16%, mantendo-se no industrialmente mais evoluídos e no su

cado, tôda uma série de valores refe rentes aos anos do período 1919/1942, O dr. Lewnsohn, confrontando dados obtidos por CoHn Clark referentes aos

perior, naqueles onde a estrutura eco

anos de 1927/1928 com os valores cor

limite inferior nos países econômica e

tante viável avaliar a riqueza privada de

respondentes, substancialmente concordantes, obtidos por Costa Miranda, jul

um país, talvez se pudesse evitar pes quisas apuradas para julgar diretamente

sileiro.

nômica é ainda incipiente. Se fôsse bas

ga válidas as conclusões do autor bra Costa Miranda atribui para o

do volume da renda. Porém, a realida

país uma renda líquida global de

de é bem outra: enquanto se pode, por vêzes, fazer uma estimativa do patrimô

10.144.000.000

mento.s individuais — mesmo que seja unicamente com a finalidade fiscal uma ê.stimativa aceitável do consumo

os estudos dos autores, que adiante cita rei, demonstram sobejamente. Apenas rei mais tarde, convém lembrar que a renda pode ser calculada com critério

nio, multiplicando a renda por coeficien

cruzeiros, em 1942. E' possível tentar-

riódica da poupança c

tes variáveis entre 7, 6 e 5, dificilmente

se atualizar esta riltima cifra, admitin-

real, avaliando-se, uma a uma, as par

haverá oportunidade de se perconer o

tes que a compõem (quer dizer, renda

do-se que a renda efetiva cresça pro porcionalmente ao crescimento da po pulação e que aumente, nominalmen

alimentar e geral, uma^ avaliação pe

investimen

tos, dados necessários para se construir bons índices de preço de atacado, de

para enquadrar as afirmações, que fa

Por outro lado, avaliar a renda na cional é uma necessidade primária de

critério pessoal (como seja, baseando-

caminho oposto. Para muitos países a renda tem sido calculada e se pode pe lo menos fazer uma estimativa de qual seria seu patrimônio, mas seria empre

se na soma dos rendimentos dos indi

sa impossível tentar-se, por esta forma,

qualquer país progressista.

víduos componentes da população) ou

a avaliação patrimonial direta. Detivemo-nos nestas questões preli minares para que se evidencie, clara

varejo, de custo da vida, válidos para todo o país.

Com ba

se nisto se estabe'ece a hierarquia dos

fundiária, renda imobiliária, industrial, e comercial, do trabalho etc.), ou com

ainda, adotando-se

processos

mistos,

de

cruzeiros

para

1926, atingindo 39.938.000.000 de

te, na razão inversa da desvalorização

monetária.

Considerando que, segun

do estimativa do prof. G. Mortara, h

população dêste pais de 1942 a 1947 aumentou de 10% e que o índice de custo da vida no Estado de São Paulo


Dicesto 11(1

Dioesto

aumentou de 135,82, obtém-se, paru éste ano, uma cifra de 103 bilhões de

cruzeiros. (Querendo considerar um niodesto aumento efetivo da renda nes tes últimos 5 anos deveríamos acres

centar, à última cifra, uma parcela que, no entanto, não sabemos como calcular.

Chega-se a um resultado ligeiramen te mais baixo atualizando, para 1947, com o mesmo processo a renda de

92.200.000.000 de cruzeiros atribuí

dos ao Brasil, em 1946, num recente

es^do do sr. Sérgio Nunes de Maga lhães júnior. A atualização dá, como resultado, 101..500.000.000 de cruzei ros. o qual deveria ser ligeiramente aumentado desde que se leve em conta aumento médio individual efetivo

^bastante provável. Devemos, porém

W lhaes acrescentar que o sr, Nunes de MagT: nenhum elemento forneceu que

ríodo

1940-1945.

Para

o

ano

mais

o dado para o ano de 1947, c passar do consumo à renda real. não basta

considerar 42 de aumento da popula ção e 37,62 de aumento dos preços, devendo-se acrescentar uma pequena co

ta de poupança, mesmo que se quisesse pôr de lado uiiui diminuta variação da cota média individual c de renda Fazendo-se o.s necessários cál

culos obtém-se, para o corrente ano, um valor de 126.300.000.000 que, pelas

considerações aqui feitas, se elevaria a cérca de 130 bilhões dc cruzeiros.

Tais são os dados que os técnicos da Economia Brasileira, por mim inlerrogndos, apresentaram. Sou um estran geiro c não me sinto capaz de apre ciar, convenientemente, cifras das quais

piides.se, pe o menos, permitir avaliar a e.xatidao dos seus cálculos. Ninguém nie escapam, em grande parte, os ele poderá, realmente, orientar-se mediante mentos constitutivos.

A minha qualidade de hóspede deve ria obrigar-me a ficar por aqui, mas ao exterior, pois não se pode imaginar um fazer isto trairia a confiança, pelo meprocesso de cálculo com esta base. .nos, daqueles que amàvelmente me porque deixaria de ressal Além disso, é necessário dizer-se que o convidaram, var que, na minha opinião, todos os au sr. -Nunes de Magalhães calculou a ren- tores brasileiros não recorreram a um da brasileira para todos os anos do pe método de cálculo da renda que em

a simples informação do autor de se ha\er servido dos dados do comércio

> I

í

i;

ríodo 1912/1946; mas, que se os da-

'

do.s mais afastados estão bem próximos

dos obtidos pelo dr. Gomes da Costa Miranda, afastam-se, cada vez mais, dos mesmos à medida que se aproximam

!

da época atual.

\

Uma- pesquisa ainda inédita sobre a renda nacional do Brasil devida a Riohard Lewinsohn é digna de nota

seja pela acurada pesquisa dos precerlonfíic híbUnffráfiVnsalffudentes bibliográficos, como como Dor por algi

IIJ

Econômico

recente, o dr. Lewinsohn achou o va lor de 88.500.000.000. Para atualizar

efetiva.

Econômico

bora seja mais simples e mais grossei

ro que os outros presta-se melhor a ser empregado em um país no qual as estatísticas econômicas ainda estão em

organização e são parciais e, até certo ponto, embrionárias.

Antes da Segunda Guerra Mundial, numerosos estudos realizados na Euro-

p e na América sobre orçamentos de famílias operárias permitiram aceitar como válido, que as despesas alimen-

mas considerações metodológicas e téc nicas e, por fim, por uma avaliação

tares representam de 42 a 45% do ren

da renda consumida nos anos do pe

fração ligeiramente menor do rendimen

dimento individual, e, por isto, uma

to da poptilaç-ão total, incluindo-se a poupança. Mas, o.s países europeus e

a América do Norte são muito povoa

ainda muito longe da anterior à guerra. O Bra.^^il é ainda um país com uma população média escassa e muito con-

dos e industrializados c como a indu.s-

centnida cm poucas jíreas, dc um ter

trialização caminha ao lado do aumen to da renda, de acordo com a lei de

ritório imenso e que somente agora po

Engel, é naturaU'que as despesas dc primeira necessidade sejam proporcio nalmente baixadas a um nível mais mo

derado cm outros países. Com a guerra este a.spccto da situa ção econômica também piorou. Na In glaterra, onde o consumo alimentar es tava próximo de 412 da renda total e, por isto, a uma cifra ainda menor em rela

de cunsiderar-se decididamente voltado

para um intenso desenvolvimento in dustrial. Tudo, portanto, leva a crer

que o alimento absorve porções relifi\'amente grandes do rendimento dispendido e do distribuído. O orçamento f.j-

miliar que ser\'e de base aos mdice> do custo da vida do Estado dc São Paulo

confirma esta presunção. Verificamos que as despesas alim e n t a r e s absor\*em 54% do.s gas tos totais c uma fra

ção à renda (que in

clui a poupança ao la do das despesas) já

ção, um pouco moiior, I

no ano

da renda distribuída.

de

despeito do

1942, a

raciona

Mas. a situação pau

mento dc guerra e do

lista está longe de re fletir a situação mé dia de lodo o País

tabelamento dos pre ços, a cota correspon

dente alcançava 472.

porque seria absurdo

O caso da Itália, ar

esquecer que nos t-n-

ruinada pela chamada

contramos no coração

administração

econômico e indus trial do Brasil. O dr.

nazis-

ta-alemã e pelas de vastações dos exércitos

Lewinsohn. a este res

combatentes que per

peito afirma, textual

correram o país de ponta a ponta, a si tuação tornou-se de certa forma ainda

pior.

Enquanto, dc acordo com as es

tatísticas do prof. Vinci, em 1936, o alimento nbsorvia 422 da renda, o dr. Rossi Ragazzi calculou para 1945, ano da libertação, a parte alimentar em 65%

da renda consumida (compreendendo um levantamento baseado em poupan ça

anterior),

e

a

712

da

renda

mente. que "nas classes mais pobres, es pecialmente do interior, a alimentação absorve cerca de 2/3 da renda . Creio,

pois, que não estaremos muito longe da verdade estimando a porcentagem do consumo alimentar como intermédia en

tre a altíssima porcentagem observada na Itália, em 1945, de 65% e a de 54%, vá

lida para a classe operária desta cidade. Digamos em números redondos 60%. Res

produzida apesar de preços e quan tidades estarem em parte controla dos. A situação melhorou rapi

sumo alimentar no Brasil para, a partir

damente nestes últimos ano,s, mas está

dos necessários para avaliar o consumo

ta-nos, apenas, saber qual o valor do con dele, chegarmos à renda total. Os da


Dicesto 11(1

Dioesto

aumentou de 135,82, obtém-se, paru éste ano, uma cifra de 103 bilhões de

cruzeiros. (Querendo considerar um niodesto aumento efetivo da renda nes tes últimos 5 anos deveríamos acres

centar, à última cifra, uma parcela que, no entanto, não sabemos como calcular.

Chega-se a um resultado ligeiramen te mais baixo atualizando, para 1947, com o mesmo processo a renda de

92.200.000.000 de cruzeiros atribuí

dos ao Brasil, em 1946, num recente

es^do do sr. Sérgio Nunes de Maga lhães júnior. A atualização dá, como resultado, 101..500.000.000 de cruzei ros. o qual deveria ser ligeiramente aumentado desde que se leve em conta aumento médio individual efetivo

^bastante provável. Devemos, porém

W lhaes acrescentar que o sr, Nunes de MagT: nenhum elemento forneceu que

ríodo

1940-1945.

Para

o

ano

mais

o dado para o ano de 1947, c passar do consumo à renda real. não basta

considerar 42 de aumento da popula ção e 37,62 de aumento dos preços, devendo-se acrescentar uma pequena co

ta de poupança, mesmo que se quisesse pôr de lado uiiui diminuta variação da cota média individual c de renda Fazendo-se o.s necessários cál

culos obtém-se, para o corrente ano, um valor de 126.300.000.000 que, pelas

considerações aqui feitas, se elevaria a cérca de 130 bilhões dc cruzeiros.

Tais são os dados que os técnicos da Economia Brasileira, por mim inlerrogndos, apresentaram. Sou um estran geiro c não me sinto capaz de apre ciar, convenientemente, cifras das quais

piides.se, pe o menos, permitir avaliar a e.xatidao dos seus cálculos. Ninguém nie escapam, em grande parte, os ele poderá, realmente, orientar-se mediante mentos constitutivos.

A minha qualidade de hóspede deve ria obrigar-me a ficar por aqui, mas ao exterior, pois não se pode imaginar um fazer isto trairia a confiança, pelo meprocesso de cálculo com esta base. .nos, daqueles que amàvelmente me porque deixaria de ressal Além disso, é necessário dizer-se que o convidaram, var que, na minha opinião, todos os au sr. -Nunes de Magalhães calculou a ren- tores brasileiros não recorreram a um da brasileira para todos os anos do pe método de cálculo da renda que em

a simples informação do autor de se ha\er servido dos dados do comércio

> I

í

i;

ríodo 1912/1946; mas, que se os da-

'

do.s mais afastados estão bem próximos

dos obtidos pelo dr. Gomes da Costa Miranda, afastam-se, cada vez mais, dos mesmos à medida que se aproximam

!

da época atual.

\

Uma- pesquisa ainda inédita sobre a renda nacional do Brasil devida a Riohard Lewinsohn é digna de nota

seja pela acurada pesquisa dos precerlonfíic híbUnffráfiVnsalffudentes bibliográficos, como como Dor por algi

IIJ

Econômico

recente, o dr. Lewinsohn achou o va lor de 88.500.000.000. Para atualizar

efetiva.

Econômico

bora seja mais simples e mais grossei

ro que os outros presta-se melhor a ser empregado em um país no qual as estatísticas econômicas ainda estão em

organização e são parciais e, até certo ponto, embrionárias.

Antes da Segunda Guerra Mundial, numerosos estudos realizados na Euro-

p e na América sobre orçamentos de famílias operárias permitiram aceitar como válido, que as despesas alimen-

mas considerações metodológicas e téc nicas e, por fim, por uma avaliação

tares representam de 42 a 45% do ren

da renda consumida nos anos do pe

fração ligeiramente menor do rendimen

dimento individual, e, por isto, uma

to da poptilaç-ão total, incluindo-se a poupança. Mas, o.s países europeus e

a América do Norte são muito povoa

ainda muito longe da anterior à guerra. O Bra.^^il é ainda um país com uma população média escassa e muito con-

dos e industrializados c como a indu.s-

centnida cm poucas jíreas, dc um ter

trialização caminha ao lado do aumen to da renda, de acordo com a lei de

ritório imenso e que somente agora po

Engel, é naturaU'que as despesas dc primeira necessidade sejam proporcio nalmente baixadas a um nível mais mo

derado cm outros países. Com a guerra este a.spccto da situa ção econômica também piorou. Na In glaterra, onde o consumo alimentar es tava próximo de 412 da renda total e, por isto, a uma cifra ainda menor em rela

de cunsiderar-se decididamente voltado

para um intenso desenvolvimento in dustrial. Tudo, portanto, leva a crer

que o alimento absorve porções relifi\'amente grandes do rendimento dispendido e do distribuído. O orçamento f.j-

miliar que ser\'e de base aos mdice> do custo da vida do Estado dc São Paulo

confirma esta presunção. Verificamos que as despesas alim e n t a r e s absor\*em 54% do.s gas tos totais c uma fra

ção à renda (que in

clui a poupança ao la do das despesas) já

ção, um pouco moiior, I

no ano

da renda distribuída.

de

despeito do

1942, a

raciona

Mas. a situação pau

mento dc guerra e do

lista está longe de re fletir a situação mé dia de lodo o País

tabelamento dos pre ços, a cota correspon

dente alcançava 472.

porque seria absurdo

O caso da Itália, ar

esquecer que nos t-n-

ruinada pela chamada

contramos no coração

administração

econômico e indus trial do Brasil. O dr.

nazis-

ta-alemã e pelas de vastações dos exércitos

Lewinsohn. a este res

combatentes que per

peito afirma, textual

correram o país de ponta a ponta, a si tuação tornou-se de certa forma ainda

pior.

Enquanto, dc acordo com as es

tatísticas do prof. Vinci, em 1936, o alimento nbsorvia 422 da renda, o dr. Rossi Ragazzi calculou para 1945, ano da libertação, a parte alimentar em 65%

da renda consumida (compreendendo um levantamento baseado em poupan ça

anterior),

e

a

712

da

renda

mente. que "nas classes mais pobres, es pecialmente do interior, a alimentação absorve cerca de 2/3 da renda . Creio,

pois, que não estaremos muito longe da verdade estimando a porcentagem do consumo alimentar como intermédia en

tre a altíssima porcentagem observada na Itália, em 1945, de 65% e a de 54%, vá

lida para a classe operária desta cidade. Digamos em números redondos 60%. Res

produzida apesar de preços e quan tidades estarem em parte controla dos. A situação melhorou rapi

sumo alimentar no Brasil para, a partir

damente nestes últimos ano,s, mas está

dos necessários para avaliar o consumo

ta-nos, apenas, saber qual o valor do con dele, chegarmos à renda total. Os da


Dicesto Ecosóxaco

112

alimentar são bem menos numerosos e

mais incertos que os necessários ao cál

para o consumo. Tal \ulor exige uma integração para que se considerem mui

culo do consumo total; as estatísticas des

tos produtos essenciais, não incluídos nas

te país podem foniecer-nos uma boa par te dôstes elementos^ e, com boa vontade, não seria difícil, a um técnico, comple

estatísticas normais, como peixe, aves e

ovos, manteiga, verdura, óleos, sal. azei te, vinagre etc., que tôin uma importân

tar as partes que faltam.

cia relevante na dieta, tanto dèsle país,

Os cálculos que fizemos e que agora exporemos são aproxímativos, não tendo

a pretensão de que com êles tenhamos descoberto o verdadeiro valor da renda

dêste país. Faltava-nos para isto, prin cipalmente, o conhecimento profundo da economia brasileira, o que nos permiti ria tirar vantagens dos mínimos indícios

e utilizar fatos, mesmo os menores, da experiência quotidiana. E' necessário di

zer-se claramente, para evitar uma crí tica profunda aos nossos resultados nu-

meritos que êles são puramente aproximativos, pois a crítica que se possa fa

quanto de quase todos os países civili zados.

Obtido o valor total dado pelos pre

ços do produtor é necessário passarmos aos \alürcs de consumo. O dr. Lewinsolm a outros estudiosos admitem a e.\is-

locar minha experiência de estatística a do a discorrer. Comecemos por retirar, da tabela ela

borada pelo dr. Rafael Xavier, numa pu blicação da série econômica da Funda

ção Getúlio Vargas, os valores, na fon'te de origem, dos gêneros alimentícios,

da em 5.790.000.000, enquanto Xunes de Magalhães falava em 10.894.000.000

lor aproximado de 96.000.000.000 de

de cruzeiros. Com referência ao auo de

cruzeiros, que exprimiria o consumo na- 1940 temos três dados: o primeiro e^-

cional na hipótese de permanecer inva- niou o \'alor da renda em 83.144.000. , riável o consumo médio "per capita" des- o segundo em 24.802.000.000, enquande 1944. Esta hipótese é, manifestamente, pessimista e, além disso, a últi-

to Leirinsolm estimava em 39.400.000.000 de cruzeiros. i

ma cifra deveria ser integrada para se considerar uma cota ainda que modesta de poupança anual. E' difícil estimar

considerando-se que os três autores balharam em anos diferentes e não a otaram a mesma definição de renda,

uma integração aceitável para as duas preciso reconhecer que as discordancias partes; certo é. porém, que de acôrdo são tão gritantes que é de se duvn ar o

com os resultados obtidos, não se de-

valor dos dados. Das três esbma n

pôsto sôbre vendas.

veria afastar muito de 100 bilhões a

pelo menos duas são desprmi

renda nacional total do Brasil.

loi. Qual? e que valida e

vra muito forte que o valor obtido não

nós, por grosseiro que seja,

pode nem pretende exprimir. O que se deve aproveitar é o processo que, dada

uma massa de connecimen ' cos q«e já existem e que, em pa . um pouco de trabalho poderão ser ape ^ feiçoados. E como os cálculos tes à obtenção de series temporms tem a finalidade de indicar uma tendenc , niais que a de se conseguir valores a solutos exatos, jiUganios que para se er uma idéia do dinamismo do em-es ar ó necessário encanúnhamio-nos ^ pe a senda que ora traçamos, aperteiçoa- a e tomá-la praticável e eficiente. ,

Adotando um au

mento de preços de 40% para cada pas sagem, de acordo com a estimativa do dr. Lewinsohn, e calculando o imposto em 1,8% do valor da venda (pois esta é

zer deve ser concentrada no caminho que a média das partes alíquotas dos \'áriüs

serviço do tema para o qual fui convida-

nas passar dos alimentos ao consumo total, na base de 6t)%, obtendo-se um \"a-

tência de, pelo menos, duas passagens de mãos e de três pagamentos de im-

da Federação), os preços de alatraçamos, de modo a incluir ou eliminar, Estados eado transformam-se em preços de venda nos cálculos, as estimativas das partidas ao consumidor. Falta ainda juntar uma

mais incertas. Com esta pesquisa, não pensamos fazer outra coisa além de co

113

Dicesto Econômico

parcela para transformação e prepara

ção dos alimentos, a qoal não pode ser

inferior a 20%, pois compreende muitas e variadas operações que se processam desde a fábrica, como a fabricação da farinha e beneficiamento do arroz e o

Resultado total é, porém, uma pala- terceira? O método, agora sugen

a sua simplicidade, x^oderá ser repetido, série de valores capaz de exprimir a variação do consumo e o progresso da prosperidade nacional. " As séries temx>orais da renda, que até

ano por ano, de modo a fornecer uma

agora se obtêm neste País, são tão discordantes entre si que dificilmente se

poderia tirar delas alguma vantagem. Pa-

ra 1919, Costa Miranda avaliava a ren-

'

empacotamento de alímeatos, até a in

dústria de "atelier" doméstico e mesmo a própria cozinha. Todo este complexo do cálculos conduz a um valor dos ali

para os quais o I. B. G. E. fornece o

mentos de 36.000.000.000 de cruzei

levantamento periódico. Os dados refe rem-se ao ano de 1944. Subtraindo-se cêrca de 20%, como cota-parte destina da à sèmeadura e alimentação de ani

ros para 1944.

mais, bem como a várias indústrias agrí colas não consideradas e eliminando

to da ^'ida de São Paulo, cresceram de

Desta época até hoje a população bra sileira aumentou de 6% enquanto Os pre

ços, a julgar pelo número índice do cus 50%.

Considerando estes dados, che

posteriormente, o excedente dos produ

ga-se, imediatamente, a um valor de ..

tos alimentícios exportados em relação áos importados obtém-se o valor resi dual original da quantidade disponível

57.300.000.000 de cruzeiros como e.v-

pressão das despesas alinientares da po pulação do Brasil em 1947. Resta ape-

ESQUEMA DO CÁLCULO DA RENDA NACIONAL NO BRASIL EM 1947 (Baseado no consumo alimentar de 1944) (em Cr$ 1.000.000,00)

Valor dos produtos alimentícios na fonte de produção • Diminuição de 20% de parte destinada a semeadura, animais, indús trias e desperdício

18.255 3,651

Saldo negativo da exportação sôbre a importação Total destinado ao consumo

3.548 11.058

Vários produtos não calculados (peixe, ovos, aves, verduras, óleo, manteiga etc.) Total Geral

3.500 -

14.556


Dicesto Ecosóxaco

112

alimentar são bem menos numerosos e

mais incertos que os necessários ao cál

para o consumo. Tal \ulor exige uma integração para que se considerem mui

culo do consumo total; as estatísticas des

tos produtos essenciais, não incluídos nas

te país podem foniecer-nos uma boa par te dôstes elementos^ e, com boa vontade, não seria difícil, a um técnico, comple

estatísticas normais, como peixe, aves e

ovos, manteiga, verdura, óleos, sal. azei te, vinagre etc., que tôin uma importân

tar as partes que faltam.

cia relevante na dieta, tanto dèsle país,

Os cálculos que fizemos e que agora exporemos são aproxímativos, não tendo

a pretensão de que com êles tenhamos descoberto o verdadeiro valor da renda

dêste país. Faltava-nos para isto, prin cipalmente, o conhecimento profundo da economia brasileira, o que nos permiti ria tirar vantagens dos mínimos indícios

e utilizar fatos, mesmo os menores, da experiência quotidiana. E' necessário di

zer-se claramente, para evitar uma crí tica profunda aos nossos resultados nu-

meritos que êles são puramente aproximativos, pois a crítica que se possa fa

quanto de quase todos os países civili zados.

Obtido o valor total dado pelos pre

ços do produtor é necessário passarmos aos \alürcs de consumo. O dr. Lewinsolm a outros estudiosos admitem a e.\is-

locar minha experiência de estatística a do a discorrer. Comecemos por retirar, da tabela ela

borada pelo dr. Rafael Xavier, numa pu blicação da série econômica da Funda

ção Getúlio Vargas, os valores, na fon'te de origem, dos gêneros alimentícios,

da em 5.790.000.000, enquanto Xunes de Magalhães falava em 10.894.000.000

lor aproximado de 96.000.000.000 de

de cruzeiros. Com referência ao auo de

cruzeiros, que exprimiria o consumo na- 1940 temos três dados: o primeiro e^-

cional na hipótese de permanecer inva- niou o \'alor da renda em 83.144.000. , riável o consumo médio "per capita" des- o segundo em 24.802.000.000, enquande 1944. Esta hipótese é, manifestamente, pessimista e, além disso, a últi-

to Leirinsolm estimava em 39.400.000.000 de cruzeiros. i

ma cifra deveria ser integrada para se considerar uma cota ainda que modesta de poupança anual. E' difícil estimar

considerando-se que os três autores balharam em anos diferentes e não a otaram a mesma definição de renda,

uma integração aceitável para as duas preciso reconhecer que as discordancias partes; certo é. porém, que de acôrdo são tão gritantes que é de se duvn ar o

com os resultados obtidos, não se de-

valor dos dados. Das três esbma n

pôsto sôbre vendas.

veria afastar muito de 100 bilhões a

pelo menos duas são desprmi

renda nacional total do Brasil.

loi. Qual? e que valida e

vra muito forte que o valor obtido não

nós, por grosseiro que seja,

pode nem pretende exprimir. O que se deve aproveitar é o processo que, dada

uma massa de connecimen ' cos q«e já existem e que, em pa . um pouco de trabalho poderão ser ape ^ feiçoados. E como os cálculos tes à obtenção de series temporms tem a finalidade de indicar uma tendenc , niais que a de se conseguir valores a solutos exatos, jiUganios que para se er uma idéia do dinamismo do em-es ar ó necessário encanúnhamio-nos ^ pe a senda que ora traçamos, aperteiçoa- a e tomá-la praticável e eficiente. ,

Adotando um au

mento de preços de 40% para cada pas sagem, de acordo com a estimativa do dr. Lewinsohn, e calculando o imposto em 1,8% do valor da venda (pois esta é

zer deve ser concentrada no caminho que a média das partes alíquotas dos \'áriüs

serviço do tema para o qual fui convida-

nas passar dos alimentos ao consumo total, na base de 6t)%, obtendo-se um \"a-

tência de, pelo menos, duas passagens de mãos e de três pagamentos de im-

da Federação), os preços de alatraçamos, de modo a incluir ou eliminar, Estados eado transformam-se em preços de venda nos cálculos, as estimativas das partidas ao consumidor. Falta ainda juntar uma

mais incertas. Com esta pesquisa, não pensamos fazer outra coisa além de co

113

Dicesto Econômico

parcela para transformação e prepara

ção dos alimentos, a qoal não pode ser

inferior a 20%, pois compreende muitas e variadas operações que se processam desde a fábrica, como a fabricação da farinha e beneficiamento do arroz e o

Resultado total é, porém, uma pala- terceira? O método, agora sugen

a sua simplicidade, x^oderá ser repetido, série de valores capaz de exprimir a variação do consumo e o progresso da prosperidade nacional. " As séries temx>orais da renda, que até

ano por ano, de modo a fornecer uma

agora se obtêm neste País, são tão discordantes entre si que dificilmente se

poderia tirar delas alguma vantagem. Pa-

ra 1919, Costa Miranda avaliava a ren-

'

empacotamento de alímeatos, até a in

dústria de "atelier" doméstico e mesmo a própria cozinha. Todo este complexo do cálculos conduz a um valor dos ali

para os quais o I. B. G. E. fornece o

mentos de 36.000.000.000 de cruzei

levantamento periódico. Os dados refe rem-se ao ano de 1944. Subtraindo-se cêrca de 20%, como cota-parte destina da à sèmeadura e alimentação de ani

ros para 1944.

mais, bem como a várias indústrias agrí colas não consideradas e eliminando

to da ^'ida de São Paulo, cresceram de

Desta época até hoje a população bra sileira aumentou de 6% enquanto Os pre

ços, a julgar pelo número índice do cus 50%.

Considerando estes dados, che

posteriormente, o excedente dos produ

ga-se, imediatamente, a um valor de ..

tos alimentícios exportados em relação áos importados obtém-se o valor resi dual original da quantidade disponível

57.300.000.000 de cruzeiros como e.v-

pressão das despesas alinientares da po pulação do Brasil em 1947. Resta ape-

ESQUEMA DO CÁLCULO DA RENDA NACIONAL NO BRASIL EM 1947 (Baseado no consumo alimentar de 1944) (em Cr$ 1.000.000,00)

Valor dos produtos alimentícios na fonte de produção • Diminuição de 20% de parte destinada a semeadura, animais, indús trias e desperdício

18.255 3,651

Saldo negativo da exportação sôbre a importação Total destinado ao consumo

3.548 11.058

Vários produtos não calculados (peixe, ovos, aves, verduras, óleo, manteiga etc.) Total Geral

3.500 -

14.556


Dicesto

IM

Transporte

Taxa de transferência ao atacadista 1,8^

Total t

-Taxa de transferência ao varejista, 1,8%

5.927 20.745 373

O Acadêmico e o Presidente Aíonso Pena por José Honóuio Kodiucues

Afonso Pena, Rodrigues Alves, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Castro estiveram, em 1868, matriculados no 3.® ano da Faculdade dc Direito dc São

'

Total

21.118

Aumento de preço por transferencia ao consumidor, 40% Total Taxa de transferência ao consumidor, 1,8%

8.ÍÍT 29.565 523

Ê o período áureo da gloriosa Escola. Em 30 dc novembro próximo passacu comemorou-se o centenário de nascimento do Conselheiro Afonso Augusto

Pena. Aluno notável, detentor, em sua turma, da chave simbólica, diretor, to JÍrtr1firr*tr9í> Alves, da rí/t "Imprensa J A * Rodrigues Acadêmica", doutor cm direito, Afonso i

'—'-ção viva dos políticos de cultura c probidade formados na escola O professor José Honório resume as idéias sobre imigração

Total

Preparação, transformação, empacotamento*è cocção dos" aíimentos,"20%

A A de l preços de 1944 despesas alimentares de 1944 1^^ Aumento a 1947, 50%

;j

14.556 262 14.818

Total

Aumento de pre^-o por transferência ao mercado a varejo, 40Í .... I

Econômico

30.088

6.017

Pena i;cn/i7ou ainda e.studante e /postas em execução quando "f> c-vcrcicio altas funções de presidente da República.

36.105 18.052

ÃO c coisa nova, posto que

grande e singular, que um jo-

Total

Aumento da população, 6% de 1944 â Í947

Total das despesas alimentícias, em 1947

Capitalização a 100/60 milhões de cruzeiros

54.157

vem realize seus sonhos e idéias na maturidade. Nem é coisa

3.249

no\a 57.406

95.701)

que

comemoremos no seu

cen

,. j

Em 1944, a área cultivada era de 807.009 hectares; a safra rendeu 10.333.356

toneladas com um valor de 1.309.884.030 cruzeiros. No ano-anterior,^ a área foi de 897 988 hectares e a produção de 11.414.680 toneladas, na importância de .... I 688.982.382 cruzeiros. No ano passado, conforme dados incertos, a área foi dc 931.205 hectares; a produção 11.556.331 e o valor 1,815.204.539 cruzeiros. Entre os Estados produtores, em 1946, figuraram, em primeiro plano, o Estado dn Bahia sepuklo por Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e finalmente

São Pauio, antes du Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Faratba c Ceara.

Eram êles Afonso Pena, Rodrigi^es

'

Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Castr

tenário suas realizações, tanto c tão

Alves e Salvador de Mendonça.

Imprensa Acadêmica que os dois ros dirigiram não era um simples^ jo

têm mais substancia que sua demasiada

nal universitário, com artigos literários,

ambição, o político preparado na arte de governar, sem a qual tudo é desacêrto, é erro, é ruína. Os impi-ovisados

sóficos, mas cheio de maténa política,

e noviços não sabem evitar no exercício

Sôbre a última epígrafe escreveram miu-

^

poesia, novela e pretensos estudos tilo-

problemas econômicos e questões sociais.

do governo os miseráveis naufnígios.

ta.s vezes Rodrigues Alves e Afonso

For isso, quando estamos assim, como

Pena. Seus artigos não nos servem ain

agora, em presença simbólica de um

da hoje apenas para o estudo da for mação de ambos; ser\em-nos tambeni

apaixonada devoção e inteiro zelo, na últimos três anos.

ano o mais notável gr"po ^ i„niia

jamais matriculado em uma Acaden •

grandes. Novo é honrarmos e festejar mos, nestas horas, em que alguns não

político que desde cedo se preparou, com

Segundo apurou o Serviço de Estatística da Prodtição do Ministério da Agri cultura, aumentou em quantidade e valor a produção nacional de mandioca, nos

São Paulo. Em 1868 estivera. no a

novidade tão pouco comum no Brasil.

para conhecer os problemas que então afligiam os contemporâneos. Vejamos um exemplo, que demonstre

O político Afonso Pena nasceu no

de uma só vez três fatos; primeiro,

acadêmico da Faculdade de Direito de

que a Imprenso Acadêmica e seus cola-

ciência do governo, temos que registrar a


Dicesto

IM

Transporte

Taxa de transferência ao atacadista 1,8^

Total t

-Taxa de transferência ao varejista, 1,8%

5.927 20.745 373

O Acadêmico e o Presidente Aíonso Pena por José Honóuio Kodiucues

Afonso Pena, Rodrigues Alves, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Castro estiveram, em 1868, matriculados no 3.® ano da Faculdade dc Direito dc São

'

Total

21.118

Aumento de preço por transferencia ao consumidor, 40% Total Taxa de transferência ao consumidor, 1,8%

8.ÍÍT 29.565 523

Ê o período áureo da gloriosa Escola. Em 30 dc novembro próximo passacu comemorou-se o centenário de nascimento do Conselheiro Afonso Augusto

Pena. Aluno notável, detentor, em sua turma, da chave simbólica, diretor, to JÍrtr1firr*tr9í> Alves, da rí/t "Imprensa J A * Rodrigues Acadêmica", doutor cm direito, Afonso i

'—'-ção viva dos políticos de cultura c probidade formados na escola O professor José Honório resume as idéias sobre imigração

Total

Preparação, transformação, empacotamento*è cocção dos" aíimentos,"20%

A A de l preços de 1944 despesas alimentares de 1944 1^^ Aumento a 1947, 50%

;j

14.556 262 14.818

Total

Aumento de pre^-o por transferência ao mercado a varejo, 40Í .... I

Econômico

30.088

6.017

Pena i;cn/i7ou ainda e.studante e /postas em execução quando "f> c-vcrcicio altas funções de presidente da República.

36.105 18.052

ÃO c coisa nova, posto que

grande e singular, que um jo-

Total

Aumento da população, 6% de 1944 â Í947

Total das despesas alimentícias, em 1947

Capitalização a 100/60 milhões de cruzeiros

54.157

vem realize seus sonhos e idéias na maturidade. Nem é coisa

3.249

no\a 57.406

95.701)

que

comemoremos no seu

cen

,. j

Em 1944, a área cultivada era de 807.009 hectares; a safra rendeu 10.333.356

toneladas com um valor de 1.309.884.030 cruzeiros. No ano-anterior,^ a área foi de 897 988 hectares e a produção de 11.414.680 toneladas, na importância de .... I 688.982.382 cruzeiros. No ano passado, conforme dados incertos, a área foi dc 931.205 hectares; a produção 11.556.331 e o valor 1,815.204.539 cruzeiros. Entre os Estados produtores, em 1946, figuraram, em primeiro plano, o Estado dn Bahia sepuklo por Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e finalmente

São Pauio, antes du Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Faratba c Ceara.

Eram êles Afonso Pena, Rodrigi^es

'

Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Castr

tenário suas realizações, tanto c tão

Alves e Salvador de Mendonça.

Imprensa Acadêmica que os dois ros dirigiram não era um simples^ jo

têm mais substancia que sua demasiada

nal universitário, com artigos literários,

ambição, o político preparado na arte de governar, sem a qual tudo é desacêrto, é erro, é ruína. Os impi-ovisados

sóficos, mas cheio de maténa política,

e noviços não sabem evitar no exercício

Sôbre a última epígrafe escreveram miu-

^

poesia, novela e pretensos estudos tilo-

problemas econômicos e questões sociais.

do governo os miseráveis naufnígios.

ta.s vezes Rodrigues Alves e Afonso

For isso, quando estamos assim, como

Pena. Seus artigos não nos servem ain

agora, em presença simbólica de um

da hoje apenas para o estudo da for mação de ambos; ser\em-nos tambeni

apaixonada devoção e inteiro zelo, na últimos três anos.

ano o mais notável gr"po ^ i„niia

jamais matriculado em uma Acaden •

grandes. Novo é honrarmos e festejar mos, nestas horas, em que alguns não

político que desde cedo se preparou, com

Segundo apurou o Serviço de Estatística da Prodtição do Ministério da Agri cultura, aumentou em quantidade e valor a produção nacional de mandioca, nos

São Paulo. Em 1868 estivera. no a

novidade tão pouco comum no Brasil.

para conhecer os problemas que então afligiam os contemporâneos. Vejamos um exemplo, que demonstre

O político Afonso Pena nasceu no

de uma só vez três fatos; primeiro,

acadêmico da Faculdade de Direito de

que a Imprenso Acadêmica e seus cola-

ciência do governo, temos que registrar a


DlfíESTO

iid

boradores c. no caso especial, Afonso

sido o primeiro a .sentir èssc problema,

Pena, discutiam as mais graves ques

ao escrever cm seu relatório de 1858

tões nacionais; segundo, que este de

qíte o Brasil tinha um grande problema

bate não tinha um nível meramente

a resolver na esfera d.i sna indvistria,

acadêmico ou ainda estudantil; terceiro, que, até hoje, seus artigos nos servem para o integral conhecimento de algu

a substituição do trabalho escra\o pelo

mas questões na época.

A Imprensa Acadêmico, que reúne os escritos de tão grandes estudantes, é extremamente rara.

A Biblioteca da

Faculdade de Direito de São Paulo dela

não possui sequer um exemplar. E' a

Biblioteca Nacional do Rio de ]aneíro, com o seu precioso acervo, que nos serve. Pois bem. No número de 6 de

junho de 1870 Afonso Pena inicia "sua

colaboração sôbre um tema de grande mterêsse e indiscutível atualidade, on tem como hoje, a imigração. Sòbre a matéria escrêve três longos e interessan tíssimos artigos, discutindo-a em todos os seus aspectos.

Antes de conhecer

mos suas idéias sòbre a questão veja mos como esta se enquadra entre os

grandes problemas de sua época. Sabemos que a década de 1850 é de prosperidade da aristocracia rural

e de consolidação do poder imperial. Mas o apogeu de dez anos é ilusório. Com a extinção do tráfico negreiro de cretado pela Lei Eusébio de Queiroz em 1830, tinha-se em germe uma causa

decisiva para a grave crise da lavoura

<s,\<

livre, sem quebra da grande produção. Beaurepaire Rohan é, aliás, um dos mais arguto.s obscr\adorcs da vida eco nômica daquela época e autor de um dos raros e únicos exemplos de pre\nsão, quando disse, no seu notável fo lheto sôbre O futuro do pronde Íocoura e da grande propriedade no Brasil (Rio de "janeiro, 1878): "no lapso de

de viajantes o observadores, como Fre derico Cer.staerker e Legovt. Manifes

dez anos estará extinta ou quase .ex tinta a e.scravidião no Brasil".

117

Dioesto EcoxÓMtCC

ECONÓNnCO

Só O

ta suas coiiNicções políticas com altura e independência, pois é então um indi

teiramente crente, crente no liberalismo

mitiria tão certeira prognose.

vidualista e liberal, como demonstrará

crente no naturalismo. Nenhuma o vida o assalta como tão comumente costuma acontecer com os fdlios 6 fins de eras, como talvez seja a nossa. Con\'icto dos males da interferência estatal e dos benefícios da iniciativa

no seu

A crise cia lavoura, tão magnifica-

discurso de orador na defesa

de tese. Ser orador nem sempre é tí tulo de glória, mas sê-lo na conquista de um títido é mais um exemplo de seu grande valor, reconhecido por jovens

mente e.xposta num opúsculo sob este título por Quintino Bocaiúva (1868), a imigração européia e a substituição do traballio e.scravo pelo li>re são, assim, os mais graves, urgentes e atuais pro

blemas do Brasil por volta de 1870, quando o jovem Afonso Pena discute na Imprensa Acadêmica "questões so

privada, Afonso Pena escreve que "nao

problemas como o da aclimação dos co lonos norte-europeus no Brasil, mostran

iniciativa indiridual para soh er as ques tões que jogam com os interesses mie-

A leitura dos seus artigos revela não

só a atualidade de suas preocupações

como grande conhecimento dos autores da época, .áionso Pena já não é um

trar a urgência das grandes correntes imigratórias por \olta de 1870.

escritor de mentalidade estudantil mas

Sua formação cientifica o faz iniciar

os artigos indagando das causas por

vação, com uma inteligência alertada

que a América do Norte ostenta maior

grandes casas faliram com um ativo e passivo de cerca de 130 mil contos de

para os problemas de política econômi

sa já aceita anteriormente, mas da subs tituição do trabalho escravo pelo ]í\tc.

Beaurepaire Rohan, quando presidente da província da Paraíba, talvez tenha

riqueza que a América do Sul.

ca. Os autores nacionais mais autori zados élc os conhece e cita, como Per

digão Malheiros e Tavares Bastos, não sem por vezes di.scordar e oferecer su gestões valiosas. Lê relatórios oficiais brasileiros e esti-angeiros, cita depoi mentos de pioneiros alemães, como o do dr. Blumenau e o de Fnmz Raduim,

deiemos descrer da superioridade da

diatos dos cidadãos. Nu imgração do, baseado em testemunhos fidedig nos, sua inteira adaptação ao trópico.. como em tudo o mais cremos firme Enumera dados estatísticos para mos mente que são os esforços do indi%-iduo

ciais".

mente a partir de 1864, qundo cinco A partir desse momento muitos

econômico, crente no inclhidualisnm^

como Rui e Nabuco, mestres da oratória. Afonso Pena debate também difíceis

um moço lido e culto, de arguta obser

réis.

de uma civilização, -áfonso Pena c in

mais profundo e íntimo conhecimento da estrutura econômica bra.siieirQ per

qua aparece na década de 60, especial

compreendem a necessidade urgente não de uma grande corrente imigratória, coi

hora de crescimento ou do maturldacle

1

L

Se é

o meio mais seguro de obter êxito.

Desde que o govèmo se limite a atrair dentro da esfera que lhe ó marcada pelos verdadeiros princípios da eco

nomia política e da organização social, o espírito púbhco a.ssumiria a vanguarda

a imigração européia, como se pensa então, por que ela evita nosso país? Esta a principal pergunta a que preten

jogam com o futuro do país".

de responder com seus artigos.

uma gi"ande corrente, imigratória é o meio mais seguro que se apresenta para

Influenciado pelo naturalismo cientí fico do século XIX, êlc acredita que as emigrações estão sujeitas a leis certas e conhecidas:

Como

homem

de uma

na direção dos grandes interesses que

Crente, ainda, quando assegura que conjurar "uma grande crise social e econômica" que está pendendo sôbre o país. Segundo èle, as causas da


DlfíESTO

iid

boradores c. no caso especial, Afonso

sido o primeiro a .sentir èssc problema,

Pena, discutiam as mais graves ques

ao escrever cm seu relatório de 1858

tões nacionais; segundo, que este de

qíte o Brasil tinha um grande problema

bate não tinha um nível meramente

a resolver na esfera d.i sna indvistria,

acadêmico ou ainda estudantil; terceiro, que, até hoje, seus artigos nos servem para o integral conhecimento de algu

a substituição do trabalho escra\o pelo

mas questões na época.

A Imprensa Acadêmico, que reúne os escritos de tão grandes estudantes, é extremamente rara.

A Biblioteca da

Faculdade de Direito de São Paulo dela

não possui sequer um exemplar. E' a

Biblioteca Nacional do Rio de ]aneíro, com o seu precioso acervo, que nos serve. Pois bem. No número de 6 de

junho de 1870 Afonso Pena inicia "sua

colaboração sôbre um tema de grande mterêsse e indiscutível atualidade, on tem como hoje, a imigração. Sòbre a matéria escrêve três longos e interessan tíssimos artigos, discutindo-a em todos os seus aspectos.

Antes de conhecer

mos suas idéias sòbre a questão veja mos como esta se enquadra entre os

grandes problemas de sua época. Sabemos que a década de 1850 é de prosperidade da aristocracia rural

e de consolidação do poder imperial. Mas o apogeu de dez anos é ilusório. Com a extinção do tráfico negreiro de cretado pela Lei Eusébio de Queiroz em 1830, tinha-se em germe uma causa

decisiva para a grave crise da lavoura

<s,\<

livre, sem quebra da grande produção. Beaurepaire Rohan é, aliás, um dos mais arguto.s obscr\adorcs da vida eco nômica daquela época e autor de um dos raros e únicos exemplos de pre\nsão, quando disse, no seu notável fo lheto sôbre O futuro do pronde Íocoura e da grande propriedade no Brasil (Rio de "janeiro, 1878): "no lapso de

de viajantes o observadores, como Fre derico Cer.staerker e Legovt. Manifes

dez anos estará extinta ou quase .ex tinta a e.scravidião no Brasil".

117

Dioesto EcoxÓMtCC

ECONÓNnCO

Só O

ta suas coiiNicções políticas com altura e independência, pois é então um indi

teiramente crente, crente no liberalismo

mitiria tão certeira prognose.

vidualista e liberal, como demonstrará

crente no naturalismo. Nenhuma o vida o assalta como tão comumente costuma acontecer com os fdlios 6 fins de eras, como talvez seja a nossa. Con\'icto dos males da interferência estatal e dos benefícios da iniciativa

no seu

A crise cia lavoura, tão magnifica-

discurso de orador na defesa

de tese. Ser orador nem sempre é tí tulo de glória, mas sê-lo na conquista de um títido é mais um exemplo de seu grande valor, reconhecido por jovens

mente e.xposta num opúsculo sob este título por Quintino Bocaiúva (1868), a imigração européia e a substituição do traballio e.scravo pelo li>re são, assim, os mais graves, urgentes e atuais pro

blemas do Brasil por volta de 1870, quando o jovem Afonso Pena discute na Imprensa Acadêmica "questões so

privada, Afonso Pena escreve que "nao

problemas como o da aclimação dos co lonos norte-europeus no Brasil, mostran

iniciativa indiridual para soh er as ques tões que jogam com os interesses mie-

A leitura dos seus artigos revela não

só a atualidade de suas preocupações

como grande conhecimento dos autores da época, .áionso Pena já não é um

trar a urgência das grandes correntes imigratórias por \olta de 1870.

escritor de mentalidade estudantil mas

Sua formação cientifica o faz iniciar

os artigos indagando das causas por

vação, com uma inteligência alertada

que a América do Norte ostenta maior

grandes casas faliram com um ativo e passivo de cerca de 130 mil contos de

para os problemas de política econômi

sa já aceita anteriormente, mas da subs tituição do trabalho escravo pelo ]í\tc.

Beaurepaire Rohan, quando presidente da província da Paraíba, talvez tenha

riqueza que a América do Sul.

ca. Os autores nacionais mais autori zados élc os conhece e cita, como Per

digão Malheiros e Tavares Bastos, não sem por vezes di.scordar e oferecer su gestões valiosas. Lê relatórios oficiais brasileiros e esti-angeiros, cita depoi mentos de pioneiros alemães, como o do dr. Blumenau e o de Fnmz Raduim,

deiemos descrer da superioridade da

diatos dos cidadãos. Nu imgração do, baseado em testemunhos fidedig nos, sua inteira adaptação ao trópico.. como em tudo o mais cremos firme Enumera dados estatísticos para mos mente que são os esforços do indi%-iduo

ciais".

mente a partir de 1864, qundo cinco A partir desse momento muitos

econômico, crente no inclhidualisnm^

como Rui e Nabuco, mestres da oratória. Afonso Pena debate também difíceis

um moço lido e culto, de arguta obser

réis.

de uma civilização, -áfonso Pena c in

mais profundo e íntimo conhecimento da estrutura econômica bra.siieirQ per

qua aparece na década de 60, especial

compreendem a necessidade urgente não de uma grande corrente imigratória, coi

hora de crescimento ou do maturldacle

1

L

Se é

o meio mais seguro de obter êxito.

Desde que o govèmo se limite a atrair dentro da esfera que lhe ó marcada pelos verdadeiros princípios da eco

nomia política e da organização social, o espírito púbhco a.ssumiria a vanguarda

a imigração européia, como se pensa então, por que ela evita nosso país? Esta a principal pergunta a que preten

jogam com o futuro do país".

de responder com seus artigos.

uma gi"ande corrente, imigratória é o meio mais seguro que se apresenta para

Influenciado pelo naturalismo cientí fico do século XIX, êlc acredita que as emigrações estão sujeitas a leis certas e conhecidas:

Como

homem

de uma

na direção dos grandes interesses que

Crente, ainda, quando assegura que conjurar "uma grande crise social e econômica" que está pendendo sôbre o país. Segundo èle, as causas da


r

OicESTO

118

desproporcional preferência imigratória

para os Estudos Unidos e o Brasil são 'não só a liberdade religiosa e as garan

DrcESTo

Econômico

do Estado. Neste capítulo o estudante

Afonso Pena sentirá, na prática do govêmo, a necessidade de rever suas idéias.

tias individuais inteiramente assegura

Veremos mais adiante como aquele niais

das naquele país, como a facilidade de

puro liberalismo será moderado.

participação dos direitos e regalias de cidadão e a obtenção de terras por preços moderados. A desigual autorização para u práti ca religiosa era um dos obstáculos mais

relevantes entre os evangélicos do Norte, diz êle, baseando-se no depoimento do

dt Blumenau e na moção aprovada pela Camara dos Deputados da Prússia

vein estudante. Alguns queriam os "coolies" chineses, eonu) Quintino Bo-

caiuva, que a considerava a base da ri

queza dos domínios coloniais da Ingla Afon.so Pena. Quanto aos portugueses,

a se opor a emigração para o Brasil

entendia Afonso Pena que embora fôssein eles proveitosos ao país, não fa\-o-

devido à intolerância religiosa. Relem bra queixas belgas, francesas e portu-

reciam, entretanto, a nossa primeira in

dústria, a lavoura. Haviam entrado em

guesas contra os maus tratos infligidos aos seus naturais, desprotegidos ou des

grande maioria, pois dos 9.527 imi

conhecidos pelas leis brasileiras

grantes entrados no ano de 1869, 6.347

Discute a lei de 27 de setembro de 1860 que autorizou o governo a comprar terras próximas das estradas de ferio para o estabelecimento de colônias. Não foi esta a única lei do 2.° Império li gando c.s problemas da colônia aos das terras. A Lei de 18 de setembro de

eram portugue.ses.

A imigração que

mais nos convinba, em sua opinião, era a alemã, "raça dotada de grande ener

gia e fôrça de inteligência". Os alemães, dizia,

"são moralizados, trabalhadores

c perseverantes nos seus comctimcntos.

Além disso preferem a vida da lavoura

1850, que dispunha sobre terras devo-

a qualquer outra, e isto muito convém

lutas e determinava que elas fossem cedidas a titulo oneroso para o estabe lecimento de colônias nacionais ou es trangeiras e a anterior de 28 de ou tubro de 1848, que concedera a cada

agrícola". Não via nem podia ver Afonso Pena naquela época os • incon venientes da colonização aleijiã, um dos quais por êle tão justamente criticado

uma das províncias seis léguas em qua dro para a colonização, representaram

tentativas enormes na solução do pro blema do povoapiento. Baseado nos dados estatísticos divul

gados pelo Ministro da Fazenda Ma noel Felizardo, segundo os quais o termo médio do custo de transporte de

ao n().sso país, que é essencialmente

na imigração dos "coolie.s" — o de evitar o coiitacto com os naturais do

razão que ao finar-se -Monso Pena se concluía urna fase na nossa liistória.

país .sòbre o momento propício que facilitava a imigração.

escolhidos pelos seus méritos pessoais

Aí estão as principais idéias de Afon

imigrante parece *não ter dúvidas o j'o-

em 18.58, convidando o governo alemão

do a revisão de nos.sas leis, e.spccialmen-

te da locação de .serviços, e alertando o

so Pena em matéria imigratória. Elas revelam a intensidade e profundeza dos

Também quanto à questão do melhor

terra (A crÍAC da hivoura, 1868), outros rejeitavam-na, como Tavares Bastos e

119

Econômico

4

preparou na \*crdadeira arte de go

blico.

vernar.

Focalizadas apenas sob èsle

passado de honra, de trabalho c de de

aspecto cl.as têm um alcance muito mais amplo, porque mo.slrain não só seu in

dicação às exigências nacionais. A mesma filiação ideológica, a mes

teresse e conhecimento de um dos mais

x-itai.s problema.s de sua época de estu

ma coerência política, a mesma doutri na econômica dirigem a \áda do aca

dante, como jiossibilitam entre\"er a fôr ça de sua cultura em matéria econômi

dêmico à do presidente da República.

ca e político-econômica. O regime de trabalho li\re era o

sidência, lida aos 12 de outubro de

único caminho de salvação para a la

cinco anos depois de formado, os mes

me de um dos mais graves problemas

nacionais apoiado em fatos incontestá

denou o sistema de intervenção direta

veis e cm opiniões autorizadas, propon-

Na sua Plataforma de candidato ã pre

1905, ou no seu Manifesto, trinta e

voura quase em estado de liquidação

mos ideais individualistas e liberais, 0

as mesmas idéias fundamentais .sòbre o

problema brasileiro se afinnam. Ainda

ra em 1868.

Pois bem. Êste jovem, que com tanto

o povoamento do solo, a imigração c a

acerto participa dos problemas brasi

construção ferroviária continuam a ser

leiros e Ibe indica os rumos, não podia dei-xar de entrar na vida política da na

as primeiras necessidades do país. Ape nas uma indecisão surgira agora a amar

ção com um futuro assegurado.

gurar-lhe o e.spirito ou a quebrar a con

De

pôsto em posto, de degrau em degrau, Afonso Pena exerce várias e importan

tes funções.

Foi deputado provincial

justamente filiado ao Partido Liberal, ministro da Guerra, da Agricultura e

da Justiça, ainda aos trinta e poucos anos, como foi sempre a tradição impe rial, presidente de Minas, presidente do Banco do Brasil, vice-presidente da Re

guro processo de formação de estadis tas. E' por isso que Pandiá Calógeras

cada colono foi de 43.$000 réis, Afonso

Seus nomes simbolizavam uin

forçada, como escrevia Quintino Bocaiu-

íissimilável, só se revelou mais tarde

Pena declara que a experiência já con

tes cms de 1894 em diante liaviam sido

grandes cidadãos, com uma longa lista de préstimos valiosos ao serviço pu"

pública, e finalmente em 1906 presi

O jovem acadêmico concluía o exa

e por seus seixi^-os. Os quatro presiden

seus estudos e o cxüdado com que se

país e conseqüentemente o da forma ção de quisto.s raciais ou culturais. O grande trabalhador enérgico e inteligen te, agricultor e industrial, inteiramente o italiano.

Até então os presidentes hariam sido

dente da República. À formação teórica reuniu a prática

e o exercício do govêrno.

Lento, se

~ que foi o mais preparado homem de govêrno que o Bx-asil já possuiu e por isso podia falar de cátedra — disse com

tinuidade de suas idéias econômicas. Não acredita\a mais num liberalismo

puro e total, nem julgiwa a iniciativa privada sóluçáo única e wmpleta. Na Plataforma êle .diz que "a teoria do Estado g,endarme, simples mantenedor da ordem e distribuidor da justiça, teve seus tempos, encontrando poucos pu

blicistas que a sustentem na sua pure za, e é positi\amente desmentida pela prática dos povos civilizados, sem exce ção da própria Inglaterra". "Outro é o conceito dominante: a alta missão

do Estado abrange também cuidar do

bem-estar e melhorar a condição do vida do povo, exercendo sua ação be néfica em ramos da atiridade social,

desde que a iniciativa individual sob


r

OicESTO

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desproporcional preferência imigratória

para os Estudos Unidos e o Brasil são 'não só a liberdade religiosa e as garan

DrcESTo

Econômico

do Estado. Neste capítulo o estudante

Afonso Pena sentirá, na prática do govêmo, a necessidade de rever suas idéias.

tias individuais inteiramente assegura

Veremos mais adiante como aquele niais

das naquele país, como a facilidade de

puro liberalismo será moderado.

participação dos direitos e regalias de cidadão e a obtenção de terras por preços moderados. A desigual autorização para u práti ca religiosa era um dos obstáculos mais

relevantes entre os evangélicos do Norte, diz êle, baseando-se no depoimento do

dt Blumenau e na moção aprovada pela Camara dos Deputados da Prússia

vein estudante. Alguns queriam os "coolies" chineses, eonu) Quintino Bo-

caiuva, que a considerava a base da ri

queza dos domínios coloniais da Ingla Afon.so Pena. Quanto aos portugueses,

a se opor a emigração para o Brasil

entendia Afonso Pena que embora fôssein eles proveitosos ao país, não fa\-o-

devido à intolerância religiosa. Relem bra queixas belgas, francesas e portu-

reciam, entretanto, a nossa primeira in

dústria, a lavoura. Haviam entrado em

guesas contra os maus tratos infligidos aos seus naturais, desprotegidos ou des

grande maioria, pois dos 9.527 imi

conhecidos pelas leis brasileiras

grantes entrados no ano de 1869, 6.347

Discute a lei de 27 de setembro de 1860 que autorizou o governo a comprar terras próximas das estradas de ferio para o estabelecimento de colônias. Não foi esta a única lei do 2.° Império li gando c.s problemas da colônia aos das terras. A Lei de 18 de setembro de

eram portugue.ses.

A imigração que

mais nos convinba, em sua opinião, era a alemã, "raça dotada de grande ener

gia e fôrça de inteligência". Os alemães, dizia,

"são moralizados, trabalhadores

c perseverantes nos seus comctimcntos.

Além disso preferem a vida da lavoura

1850, que dispunha sobre terras devo-

a qualquer outra, e isto muito convém

lutas e determinava que elas fossem cedidas a titulo oneroso para o estabe lecimento de colônias nacionais ou es trangeiras e a anterior de 28 de ou tubro de 1848, que concedera a cada

agrícola". Não via nem podia ver Afonso Pena naquela época os • incon venientes da colonização aleijiã, um dos quais por êle tão justamente criticado

uma das províncias seis léguas em qua dro para a colonização, representaram

tentativas enormes na solução do pro blema do povoapiento. Baseado nos dados estatísticos divul

gados pelo Ministro da Fazenda Ma noel Felizardo, segundo os quais o termo médio do custo de transporte de

ao n().sso país, que é essencialmente

na imigração dos "coolie.s" — o de evitar o coiitacto com os naturais do

razão que ao finar-se -Monso Pena se concluía urna fase na nossa liistória.

país .sòbre o momento propício que facilitava a imigração.

escolhidos pelos seus méritos pessoais

Aí estão as principais idéias de Afon

imigrante parece *não ter dúvidas o j'o-

em 18.58, convidando o governo alemão

do a revisão de nos.sas leis, e.spccialmen-

te da locação de .serviços, e alertando o

so Pena em matéria imigratória. Elas revelam a intensidade e profundeza dos

Também quanto à questão do melhor

terra (A crÍAC da hivoura, 1868), outros rejeitavam-na, como Tavares Bastos e

119

Econômico

4

preparou na \*crdadeira arte de go

blico.

vernar.

Focalizadas apenas sob èsle

passado de honra, de trabalho c de de

aspecto cl.as têm um alcance muito mais amplo, porque mo.slrain não só seu in

dicação às exigências nacionais. A mesma filiação ideológica, a mes

teresse e conhecimento de um dos mais

x-itai.s problema.s de sua época de estu

ma coerência política, a mesma doutri na econômica dirigem a \áda do aca

dante, como jiossibilitam entre\"er a fôr ça de sua cultura em matéria econômi

dêmico à do presidente da República.

ca e político-econômica. O regime de trabalho li\re era o

sidência, lida aos 12 de outubro de

único caminho de salvação para a la

cinco anos depois de formado, os mes

me de um dos mais graves problemas

nacionais apoiado em fatos incontestá

denou o sistema de intervenção direta

veis e cm opiniões autorizadas, propon-

Na sua Plataforma de candidato ã pre

1905, ou no seu Manifesto, trinta e

voura quase em estado de liquidação

mos ideais individualistas e liberais, 0

as mesmas idéias fundamentais .sòbre o

problema brasileiro se afinnam. Ainda

ra em 1868.

Pois bem. Êste jovem, que com tanto

o povoamento do solo, a imigração c a

acerto participa dos problemas brasi

construção ferroviária continuam a ser

leiros e Ibe indica os rumos, não podia dei-xar de entrar na vida política da na

as primeiras necessidades do país. Ape nas uma indecisão surgira agora a amar

ção com um futuro assegurado.

gurar-lhe o e.spirito ou a quebrar a con

De

pôsto em posto, de degrau em degrau, Afonso Pena exerce várias e importan

tes funções.

Foi deputado provincial

justamente filiado ao Partido Liberal, ministro da Guerra, da Agricultura e

da Justiça, ainda aos trinta e poucos anos, como foi sempre a tradição impe rial, presidente de Minas, presidente do Banco do Brasil, vice-presidente da Re

guro processo de formação de estadis tas. E' por isso que Pandiá Calógeras

cada colono foi de 43.$000 réis, Afonso

Seus nomes simbolizavam uin

forçada, como escrevia Quintino Bocaiu-

íissimilável, só se revelou mais tarde

Pena declara que a experiência já con

tes cms de 1894 em diante liaviam sido

grandes cidadãos, com uma longa lista de préstimos valiosos ao serviço pu"

pública, e finalmente em 1906 presi

O jovem acadêmico concluía o exa

e por seus seixi^-os. Os quatro presiden

seus estudos e o cxüdado com que se

país e conseqüentemente o da forma ção de quisto.s raciais ou culturais. O grande trabalhador enérgico e inteligen te, agricultor e industrial, inteiramente o italiano.

Até então os presidentes hariam sido

dente da República. À formação teórica reuniu a prática

e o exercício do govêrno.

Lento, se

~ que foi o mais preparado homem de govêrno que o Bx-asil já possuiu e por isso podia falar de cátedra — disse com

tinuidade de suas idéias econômicas. Não acredita\a mais num liberalismo

puro e total, nem julgiwa a iniciativa privada sóluçáo única e wmpleta. Na Plataforma êle .diz que "a teoria do Estado g,endarme, simples mantenedor da ordem e distribuidor da justiça, teve seus tempos, encontrando poucos pu

blicistas que a sustentem na sua pure za, e é positi\amente desmentida pela prática dos povos civilizados, sem exce ção da própria Inglaterra". "Outro é o conceito dominante: a alta missão

do Estado abrange também cuidar do

bem-estar e melhorar a condição do vida do povo, exercendo sua ação be néfica em ramos da atiridade social,

desde que a iniciativa individual sob


DlCtlSTO

120

-suas diversas formas se mostre impoten te e in.suficíente’'. Não era a prática do governo rpie llié sugerira a moderação do seii liliemlisnio. Eram tasnbém as próprias condiçõe.s econômicas que já estavam se modific-ando lentainentc. E’ por i.^o mesmo (pic seu espírito hesita quando deve afirmar-se partidá rio dü livre canibismo cm do protecio nismo, Mostra-se então conciliatório, propondo um apoio moderado ás indúslrias nacionais, não só porque não se devia criar indú.stría'^ artificiais, como porcpie não se devia perder de vista os interesses dos consumidores c os reclamos do Te.souro, que tirava da Al fândega sua melhor parte. Mas ó especialmente no proble

- V

●●●> IJ-

be-se

que o movi mento imigratório, tão diminuto na época dos seus artigos na Impreusa Acadêmica, crescera sempre até ü govérno de Campos Sales, que por medida de economia decidiu supri mir a Inspetoria de Terras e Coloni zação, . reduzidas as \’erbas para a introdução de imigrantes, De 4.5.56 imigrantes em 1870, atingiu o total de 146.362 em 1897. O movimento ascenrecomeça

com

território por imigrantes dc origem eu ropéia constitui um dos mai-' seguros elementos para acelerar o pnign*ssi) e a grandezii de nossa p.ilri.i". <iirá no seu Manifesto Iiumgiiral, ao .issumir. aos 15 de n()\embro du 1900. a presidên cia da República. o O decreto n. 0.-179. vle 10 dc maio de 1907, (|iie criava a Diretoria Oeral du Seniço d<* I\)\t)ameiito. era o fruto

1

a

política

imi

gratória de Afonso Pena, inaugurada aos 16 de maio de 1907, com a criação da Diretoria Geral do Serviço de Po U voamento. O po\'oamento do nosso \

dizia (pie a Uniã<» rigiiá ou au.xiliaiá, de comum acordo com

Dicíe&to Econômico

3

de uma idéia largameiite amadurecida. À diretoria cabia cspccialiiu-ule [)ioino\’cr a introdução tle imigrantes por iniciali\a on por conta do go\érno ietleral. .'\s diretrizes da

r

sá\cl ã imigração, mas de solução difí cil ao e.'>tadi.sta ({iie não conc*ordara c'om a idéia de Ta\ares Rastos de um impòstü territ(Jiial que obrigas.se os proprie tários dl* terras incultas a vcndé-las. Achav.i a lavoura c.xcessivamente onerada dc dívidas c impostos para suportar Esmais éste aumento do despesa, a esctarcperava que a opinião públic Agora cic mesmo, cesst a questão, amjàdiirccido na idéia, e.\perimenladü na administração, pr átíca dü govérno c da ,se encontrava ofcr«“cia a solução tpie n. 6.-155 de no decreto legislada ^^T'ib'üZ SC possa dizer que entre as 5 estudadas nenhuma teve, cerqiiestões mais amplo e feliz tratamento tanicnte. a colonização do solo, um dos do iinpoilantes objetivos do govérno Pena. de Afonso consagravam ao estudo dc le se Os econômica pleiteavam uma ida nos.sa' ● t>anion1’ara o proljlema do po\

politica imigratória já haviam sido esta belecidas no decreto n.o 0.-155 de 19 de abril dc 1907. A velha idéia de estu dante (|iie à ini ciativa privada cabia promover a vntrada de imigrantes conti nuava de pé. do vez que no art. -1." désIv último decreto se

ma da imigração que Afonso Pena consegue realizar in teiramente os ideais da mocidade. Sa

sional

Ecosomico

.121

lo o du imigração (jm* Iui\ia sido colo cada cin segundo plano nos primeiros tempos da República. E.\tinta a antiga Repartivão de Terras e Coloniz;iyão, transferidas as terras devolulas para o domínio dos Estados, declinou considerà\olmente a imigração pam o Rrasil e raros foram os ensaios de colonização feitos no país durante o período de inércia deste importante serviço público. O govèniü de Afonso Pena criou, poréiii, uma nova era, de \’antajosas trans formações, ao regulamentar o ser\iço e aparelhar as repartições que deviam dirigi-lo. Os resultados foram auspicio sos pois de 1907 a 1909 cerca de 300.000 iniigrantes entraram no país. .-\s idéias, inesind as mai,s úteis, suo dificultosas dc introduzir. Servido por grande inclinação e grande capaqídude, Afonso Pena teve a seu crédito a coe rência de suas idéias, a força de seus princípios, o preparo, a competência e a capacidade de realização.

>

«JS Estados, e sem embargo de ação idòntica por parte destes. ;a introdução e localização de imigrantes <|ue .se disponham a fixar-se" como proprietários territoriais e que só em oa.sos excepcio nais introduzirá u sua custa imigrantes que se destinem a trabalhar sem : aquisiçao dc terras onde venham residir. A intervenção gov^ernaniontal tinlia seus limites fixado.s que SC acordavam com os princípios cio liberalismo econéiinico agora ligeiramente moderado. Comprar terras por preços módicos para cloá-las aos colonos era inclispen-

f ■

n ex diretor da piviutganda- do Departamento da Guerra, no exterior, sr. Inmrl- P 'werburc' falando perante a Associação de Relações Exteriores, disse: 4i AI ryenswuenfo do público mundial, os Estados Unidos paríilham com a. União ■ SoniÁicd da responsabilidade pela divisão do mundo *em dois campos opostos. A Eurooa teme tanto o capitalismo norte-americano como o comunismo russo. Muitos voüos vensam que estamos êmpenhodos em uma política de auxilio econômico únicamente com o obietivo de obrigar os europeus a se reorganizarem à seme lhança dos Estados Unidos^'.

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DlCtlSTO

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-suas diversas formas se mostre impoten te e in.suficíente’'. Não era a prática do governo rpie llié sugerira a moderação do seii liliemlisnio. Eram tasnbém as próprias condiçõe.s econômicas que já estavam se modific-ando lentainentc. E’ por i.^o mesmo (pic seu espírito hesita quando deve afirmar-se partidá rio dü livre canibismo cm do protecio nismo, Mostra-se então conciliatório, propondo um apoio moderado ás indúslrias nacionais, não só porque não se devia criar indú.stría'^ artificiais, como porcpie não se devia perder de vista os interesses dos consumidores c os reclamos do Te.souro, que tirava da Al fândega sua melhor parte. Mas ó especialmente no proble

- V

●●●> IJ-

be-se

que o movi mento imigratório, tão diminuto na época dos seus artigos na Impreusa Acadêmica, crescera sempre até ü govérno de Campos Sales, que por medida de economia decidiu supri mir a Inspetoria de Terras e Coloni zação, . reduzidas as \’erbas para a introdução de imigrantes, De 4.5.56 imigrantes em 1870, atingiu o total de 146.362 em 1897. O movimento ascenrecomeça

com

território por imigrantes dc origem eu ropéia constitui um dos mai-' seguros elementos para acelerar o pnign*ssi) e a grandezii de nossa p.ilri.i". <iirá no seu Manifesto Iiumgiiral, ao .issumir. aos 15 de n()\embro du 1900. a presidên cia da República. o O decreto n. 0.-179. vle 10 dc maio de 1907, (|iie criava a Diretoria Oeral du Seniço d<* I\)\t)ameiito. era o fruto

1

a

política

imi

gratória de Afonso Pena, inaugurada aos 16 de maio de 1907, com a criação da Diretoria Geral do Serviço de Po U voamento. O po\'oamento do nosso \

dizia (pie a Uniã<» rigiiá ou au.xiliaiá, de comum acordo com

Dicíe&to Econômico

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de uma idéia largameiite amadurecida. À diretoria cabia cspccialiiu-ule [)ioino\’cr a introdução tle imigrantes por iniciali\a on por conta do go\érno ietleral. .'\s diretrizes da

r

sá\cl ã imigração, mas de solução difí cil ao e.'>tadi.sta ({iie não conc*ordara c'om a idéia de Ta\ares Rastos de um impòstü territ(Jiial que obrigas.se os proprie tários dl* terras incultas a vcndé-las. Achav.i a lavoura c.xcessivamente onerada dc dívidas c impostos para suportar Esmais éste aumento do despesa, a esctarcperava que a opinião públic Agora cic mesmo, cesst a questão, amjàdiirccido na idéia, e.\perimenladü na administração, pr átíca dü govérno c da ,se encontrava ofcr«“cia a solução tpie n. 6.-155 de no decreto legislada ^^T'ib'üZ SC possa dizer que entre as 5 estudadas nenhuma teve, cerqiiestões mais amplo e feliz tratamento tanicnte. a colonização do solo, um dos do iinpoilantes objetivos do govérno Pena. de Afonso consagravam ao estudo dc le se Os econômica pleiteavam uma ida nos.sa' ● t>anion1’ara o proljlema do po\

politica imigratória já haviam sido esta belecidas no decreto n.o 0.-155 de 19 de abril dc 1907. A velha idéia de estu dante (|iie à ini ciativa privada cabia promover a vntrada de imigrantes conti nuava de pé. do vez que no art. -1." désIv último decreto se

ma da imigração que Afonso Pena consegue realizar in teiramente os ideais da mocidade. Sa

sional

Ecosomico

.121

lo o du imigração (jm* Iui\ia sido colo cada cin segundo plano nos primeiros tempos da República. E.\tinta a antiga Repartivão de Terras e Coloniz;iyão, transferidas as terras devolulas para o domínio dos Estados, declinou considerà\olmente a imigração pam o Rrasil e raros foram os ensaios de colonização feitos no país durante o período de inércia deste importante serviço público. O govèniü de Afonso Pena criou, poréiii, uma nova era, de \’antajosas trans formações, ao regulamentar o ser\iço e aparelhar as repartições que deviam dirigi-lo. Os resultados foram auspicio sos pois de 1907 a 1909 cerca de 300.000 iniigrantes entraram no país. .-\s idéias, inesind as mai,s úteis, suo dificultosas dc introduzir. Servido por grande inclinação e grande capaqídude, Afonso Pena teve a seu crédito a coe rência de suas idéias, a força de seus princípios, o preparo, a competência e a capacidade de realização.

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«JS Estados, e sem embargo de ação idòntica por parte destes. ;a introdução e localização de imigrantes <|ue .se disponham a fixar-se" como proprietários territoriais e que só em oa.sos excepcio nais introduzirá u sua custa imigrantes que se destinem a trabalhar sem : aquisiçao dc terras onde venham residir. A intervenção gov^ernaniontal tinlia seus limites fixado.s que SC acordavam com os princípios cio liberalismo econéiinico agora ligeiramente moderado. Comprar terras por preços módicos para cloá-las aos colonos era inclispen-

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n ex diretor da piviutganda- do Departamento da Guerra, no exterior, sr. Inmrl- P 'werburc' falando perante a Associação de Relações Exteriores, disse: 4i AI ryenswuenfo do público mundial, os Estados Unidos paríilham com a. União ■ SoniÁicd da responsabilidade pela divisão do mundo *em dois campos opostos. A Eurooa teme tanto o capitalismo norte-americano como o comunismo russo. Muitos voüos vensam que estamos êmpenhodos em uma política de auxilio econômico únicamente com o obietivo de obrigar os europeus a se reorganizarem à seme lhança dos Estados Unidos^'.

I


r í

Dicesto Econômico

123

MO GOVERNO, PROGRAMA ATI de representar acêrca dos inconvenien

por OTÁ^^o Tahqitínio dk Sousa

tes de qualquer lei ou decreto menos compatível com as circunstâncias locais.

Q govèmo proNisório de Sâo Paulo, dentro da ordem. Da ordem que se aclamado a 23 de junho de 1821, em

originava das bases constitucionais de-

conseqüência da revolução constituciona-

crctada.s pelas Côrtes de Lisboa para "obser\'ar religiosamente as leis que ga rantissem a segurança individual, a pro

lista de Portugal no ano anterior, foi

talvez dos que contaram até hoje, entre os seus dirigentes, maior número de ho

mens de valor intelectual. Na verdade, que govêmo paulista pôde depois reu nir figuras como ]osé Bonifácio, Martim Francisco, Campos Vergueiro? E se re

cordarmos os nomes de Oeynhausen, Da-

mel Pe^o Müllcr, Manuel Rodrigues

Jordão, Francisco Inácio de Sousa Ouei-

daslTo André da Silva Gomes, Laaaro José Gonçalves

venfiearemos sem demora que para go!

vemar Sao Paulo se congregaram os ek-

mentos inais representarivos da cultura da tradiçao e da riqueza da terra Ex'

pressões mais ou menos autênticas do" pensamento da Ilustração seriam Tosé

priedade e o direito dos cidadãos", se gundo o auto da vercança geral c e.xtraordinária da Câmara de São Paulo.

Era sem dúvida em muitos aspectos a nova ordem caracterizada pelas conquis tas da burguesia Iriunfante depois dos sucessos da Revolução Francesa, porém sem nenhum propósito de repetir os e.xcessos desta, antes os condenando.

Num espírito de marcada contemporização, fôra conservado à frente do go vêmo o antigo capitão general João Car los Augusto Oeynhausen e chamadas aos seus conselhos personalidades como o

coronel Francisco Inácio de Sousa Quei roz, o brigadeiro Jordão, o coronel Láza ro Gonçalves, o coronel Gama Lobo.

Bonifácio, Martim Francisco, Verguei'ro, Daniel Pedro MüUer, a quem o gôs- À governança pública concorriam depu to pelas investigações científicas orien tadas de preferência sob o ponto de vista da exploração econômica do Bra

sil, o saber não apenas como um oma-

tados das armas e ao mesmo tempo do eclesiástico, do comércio, da agricultu ra, da ciência e da educação. Decidido a obediência às leis emanadas do Sobe

Realizar uma administração profícua, que atendesse às necessidades paulistas, constituía o grande escopo dêsses ho mens.

Nenhum documento brasileiro, no gê nero, axcederá em largueza de \isáo, em objetix'idade, na capacidade de pôr em foco os problemas capitais e sugerir os meios de resohê-los, ao firmado pelo primeiro govêmo de São Paulo.

Pouco

E governar objetivamente, ou

haverá nele da autoria de Oe\*nhausea

vindo todos os interessados; "que se pu todos o.s Homens de Letras e pessoas zelosas do bem público que comuniquem

ou de Jordão, de tal maneira transpare ce nu sua fomra mais cUbcteristica o pensimiento andradino. José Bonifácio procurou improrisar o menos possível,

a ôste govêmo suas idéias sôbre todos

tendo realizado antes da feitura das Ins-

os ramos da administração".

tmções um esbôço de inquérito median do o pedido de memórias e apontamen tos às câmaras municipais paulistas. Mas ainda assim o leitor menos prevenido

blique um bando em que se convidem

Grande inimigo dos prelos fôra o re

gime colonial. Não o era o novo govèrno de Suo Paulo: menos de um mês de

pois de sua ascensão já cogitava da com

pra de uma imprensa e de papel e do ajuste de compositor e impressor.

econômicos do grande Andra-

Sem golpes de audácia

escusada, sem meios de levar

adianto

grandes

descobrirá nas Instruções as idéias polí ticas, as concepções sociais, os planos áa.

f

empreendi

Em 1821, brasileiros de to

das as regiões e das tendên

mentos, cônscio do seu caráter

cias mais dhersas acredita\'ani

transitório, perturbado por agi

no bom êxito das Côrtes de

tações políticas e dissídios pessoais, o primeiro govêmo

Lisboa e na possibilidade da

paulista tomava entretanto as providências ao seu alcance e

'?■])' ■

continuação do regime de rei no unido. Não era apenas a posição de José Bonifácio por

não se esquecia daquilo que se afigura

ventura influenciado pela larga estada

va então o acontecimento má.ximo — a

em Portugal: era a de Antônio Carlos,

to do espírito e o cultivo das letras si

rano Congresso de Lisbba e reconhecen-

reunião das Côrtes de Lisboa, para ela

tuavam como homens nitidamente do

do a autoridade de D. João VI e do

borar a Constituição que regeria os des-'

a de José Martiniano de Alencar, a de Cipriano Barata, a de Muniz Tavares, a

seu tempo. Mas sem entusiasmos demolidores, sem apêgo maior a fórmu

príncipe regente D. Pedro, o go\'êrno

tinos de Portugal e do Brasil. Os depu

provisório de São Paulo reivindicava de

tados de São Paulo às referidas Cortes

libertos do cárcere como participantes

quiseram dar ao primeiro govêmo livre

partida liberdade de movimentos no que dizia respeito à administração e eco

entregues apenas ao critério e decisão de

tros reconhecidamente adeptos dos ikeais

de São Paulo um sentido de renovação

nomia interna da província e o direito

cada um. Por proposta de José Boni fácio o govêmo paulista designou uma comissão, de que participaram o pro ponente, Oeynhausen e o brigadeiro Jor dão, para redigir minuciosas instruções

mais liberais. Fôra, também, semelhan

temente, na América do Norte, a posi ção de Benjamin Franklin, de John Dickson, de Samuel Adums. A posição de Diogo Antônio Feijó. Por isso não se

aos representantes da província. Na reu

deputados paulistas mandados ao Sobe rano Congresso de Lisboa contivessem

las abstratas, sem flama revolucionária,

O 4f, Otávio Tarquínio de Sousa examina, neste artigo, o progratrui de ação que

os representantes paulistas, José Bonifácio à frente, traçaram ao Congresso de Lishôa. Entende o Üustre historiador que se trata de um dos mais lúcidos e objetivos pro gramas de govêmo formulados por homens públicos brasileiros.

não deveriam partir de mãos abanando,

nião de 3 de outubro de 1821 fôram as

mesmas aprovadas.

de Francisco Agostinho Gomes, uns mal

da revolução republicana de 1817. ou

deve estranhar que as Instruções aos

um capitulo intitulado "Os negócios da


r í

Dicesto Econômico

123

MO GOVERNO, PROGRAMA ATI de representar acêrca dos inconvenien

por OTÁ^^o Tahqitínio dk Sousa

tes de qualquer lei ou decreto menos compatível com as circunstâncias locais.

Q govèmo proNisório de Sâo Paulo, dentro da ordem. Da ordem que se aclamado a 23 de junho de 1821, em

originava das bases constitucionais de-

conseqüência da revolução constituciona-

crctada.s pelas Côrtes de Lisboa para "obser\'ar religiosamente as leis que ga rantissem a segurança individual, a pro

lista de Portugal no ano anterior, foi

talvez dos que contaram até hoje, entre os seus dirigentes, maior número de ho

mens de valor intelectual. Na verdade, que govêmo paulista pôde depois reu nir figuras como ]osé Bonifácio, Martim Francisco, Campos Vergueiro? E se re

cordarmos os nomes de Oeynhausen, Da-

mel Pe^o Müllcr, Manuel Rodrigues

Jordão, Francisco Inácio de Sousa Ouei-

daslTo André da Silva Gomes, Laaaro José Gonçalves

venfiearemos sem demora que para go!

vemar Sao Paulo se congregaram os ek-

mentos inais representarivos da cultura da tradiçao e da riqueza da terra Ex'

pressões mais ou menos autênticas do" pensamento da Ilustração seriam Tosé

priedade e o direito dos cidadãos", se gundo o auto da vercança geral c e.xtraordinária da Câmara de São Paulo.

Era sem dúvida em muitos aspectos a nova ordem caracterizada pelas conquis tas da burguesia Iriunfante depois dos sucessos da Revolução Francesa, porém sem nenhum propósito de repetir os e.xcessos desta, antes os condenando.

Num espírito de marcada contemporização, fôra conservado à frente do go vêmo o antigo capitão general João Car los Augusto Oeynhausen e chamadas aos seus conselhos personalidades como o

coronel Francisco Inácio de Sousa Quei roz, o brigadeiro Jordão, o coronel Láza ro Gonçalves, o coronel Gama Lobo.

Bonifácio, Martim Francisco, Verguei'ro, Daniel Pedro MüUer, a quem o gôs- À governança pública concorriam depu to pelas investigações científicas orien tadas de preferência sob o ponto de vista da exploração econômica do Bra

sil, o saber não apenas como um oma-

tados das armas e ao mesmo tempo do eclesiástico, do comércio, da agricultu ra, da ciência e da educação. Decidido a obediência às leis emanadas do Sobe

Realizar uma administração profícua, que atendesse às necessidades paulistas, constituía o grande escopo dêsses ho mens.

Nenhum documento brasileiro, no gê nero, axcederá em largueza de \isáo, em objetix'idade, na capacidade de pôr em foco os problemas capitais e sugerir os meios de resohê-los, ao firmado pelo primeiro govêmo de São Paulo.

Pouco

E governar objetivamente, ou

haverá nele da autoria de Oe\*nhausea

vindo todos os interessados; "que se pu todos o.s Homens de Letras e pessoas zelosas do bem público que comuniquem

ou de Jordão, de tal maneira transpare ce nu sua fomra mais cUbcteristica o pensimiento andradino. José Bonifácio procurou improrisar o menos possível,

a ôste govêmo suas idéias sôbre todos

tendo realizado antes da feitura das Ins-

os ramos da administração".

tmções um esbôço de inquérito median do o pedido de memórias e apontamen tos às câmaras municipais paulistas. Mas ainda assim o leitor menos prevenido

blique um bando em que se convidem

Grande inimigo dos prelos fôra o re

gime colonial. Não o era o novo govèrno de Suo Paulo: menos de um mês de

pois de sua ascensão já cogitava da com

pra de uma imprensa e de papel e do ajuste de compositor e impressor.

econômicos do grande Andra-

Sem golpes de audácia

escusada, sem meios de levar

adianto

grandes

descobrirá nas Instruções as idéias polí ticas, as concepções sociais, os planos áa.

f

empreendi

Em 1821, brasileiros de to

das as regiões e das tendên

mentos, cônscio do seu caráter

cias mais dhersas acredita\'ani

transitório, perturbado por agi

no bom êxito das Côrtes de

tações políticas e dissídios pessoais, o primeiro govêmo

Lisboa e na possibilidade da

paulista tomava entretanto as providências ao seu alcance e

'?■])' ■

continuação do regime de rei no unido. Não era apenas a posição de José Bonifácio por

não se esquecia daquilo que se afigura

ventura influenciado pela larga estada

va então o acontecimento má.ximo — a

em Portugal: era a de Antônio Carlos,

to do espírito e o cultivo das letras si

rano Congresso de Lisbba e reconhecen-

reunião das Côrtes de Lisboa, para ela

tuavam como homens nitidamente do

do a autoridade de D. João VI e do

borar a Constituição que regeria os des-'

a de José Martiniano de Alencar, a de Cipriano Barata, a de Muniz Tavares, a

seu tempo. Mas sem entusiasmos demolidores, sem apêgo maior a fórmu

príncipe regente D. Pedro, o go\'êrno

tinos de Portugal e do Brasil. Os depu

provisório de São Paulo reivindicava de

tados de São Paulo às referidas Cortes

libertos do cárcere como participantes

quiseram dar ao primeiro govêmo livre

partida liberdade de movimentos no que dizia respeito à administração e eco

entregues apenas ao critério e decisão de

tros reconhecidamente adeptos dos ikeais

de São Paulo um sentido de renovação

nomia interna da província e o direito

cada um. Por proposta de José Boni fácio o govêmo paulista designou uma comissão, de que participaram o pro ponente, Oeynhausen e o brigadeiro Jor dão, para redigir minuciosas instruções

mais liberais. Fôra, também, semelhan

temente, na América do Norte, a posi ção de Benjamin Franklin, de John Dickson, de Samuel Adums. A posição de Diogo Antônio Feijó. Por isso não se

aos representantes da província. Na reu

deputados paulistas mandados ao Sobe rano Congresso de Lisboa contivessem

las abstratas, sem flama revolucionária,

O 4f, Otávio Tarquínio de Sousa examina, neste artigo, o progratrui de ação que

os representantes paulistas, José Bonifácio à frente, traçaram ao Congresso de Lishôa. Entende o Üustre historiador que se trata de um dos mais lúcidos e objetivos pro gramas de govêmo formulados por homens públicos brasileiros.

não deveriam partir de mãos abanando,

nião de 3 de outubro de 1821 fôram as

mesmas aprovadas.

de Francisco Agostinho Gomes, uns mal

da revolução republicana de 1817. ou

deve estranhar que as Instruções aos

um capitulo intitulado "Os negócios da


■ f

Dfch-sTo

124

Econômico

Dicesto

1-23

E<a>NÓMKa>

senvolvimento natural da população e

fiscalizando-sp os senhon s para que os

roo, de S. Francisco e de S. Bento, ha

tratassem "como

bitados então apenas por um ou dois

fica\'ani as mais das" \"èzes abandon,adas

frades.

Talvez falasse mais alto aí o

e incultas. Visando à pequena proprie

"Não podendo ha\er govêmo algum

bairrismo paulistano, mas o certo é que,

dade, as instruções esboçavam o seguin

constitucional sem a maior instrução e

seis anos depois, ati serem criados os

te plano: a) reversão à massa dos bens

moralidade do povo", recomendaN-am as instruções que os deputados promo-

cursos jurídicos, São Paulo figurov» ao lado de (blinda para abrigar as pepinei-

sesmarias e não cultímdas, deix.ando-se

\'ossem, além de esco'as de primeira-s le tras pelos métodos de Leiicasler, em tô-

destinados aos altos

aos seus donos meia légua quadrada; b)

cargos da política, da administração e

reversão também das terras dos simples

dação em cada província do Brasil de um ginásio ou colégio para o ensino das

da justiça durante o Império c ainda na República. Inconveniente para o estabelecimento

lotes de meia légua quadrada; d) forma

conciliar os seus recíprocos interêsses. Cogitando entre outros assuntos dos orgaos adequados ao govêmo do rei

ciências chamadas úteis.

da universidade, era também o Rio de

ção de um patrimônio com o produto da

com sede nas capitais das províncias, possuiriam as seguintes cadeiras: a) me dicina teórica e prática; b) cirurgia e

Janeiro para sede do govèrno geral. Su geriam as instruções que "o assento da

\enda desses lotes para favorecer u co

Còrte" fòsse numa cidade central no in

latos e negros forros, a quem se conce

sores para conhecer os atos transgres-

arte obstétrica; c) arte veterinária: d) elementos de matemática; e) idem de

terior do Brasil, adrede construida. na latitude

física e química; f) idem de botânica e horticultura experimental; g) idem de

em sitio ameno, fértil o

União",

estabelecendo

os

meios

de

"prender as diferentes partes da monar quia em ambos» os hemisférios".

Mais

ou menos iludidos desejavam os mem bros do primeiro govêmo de São Paulo que os representantes paulistas, manti

da a integridade do reino unido, plei

teassem a ic^ldade dos direitos politicos e civis brasileiros e portugue ses, resolvessem a difícil questão da se

de da monarqviia, e acertassem os prin cípios gerais acerca do comércio exter no e interno dos dois reinos de modo a

no umdo, como fòsse um corpo de cen

si\os da Constimição por partç de qual » quer poder do Estado, as instmções com

que partiram os deputados paulistas desciam a minúcias de grande sabedo ria quanto aos negócios peculiares ao

Brasil. Deveria haver aqui um governo gera!, organizado por emanação e dele

gação dos eleitores do povo e do poder supremo executivo.

Ao govêmo cen

tral ficariam subordinados os governos

provinciais, fixada a competência de um e outro. Cumpria aos deputados pau listas ficar atentos para que na elabora

ção dos códigos civil e criminal se ti vesse em \'ista a diversidade das' cir cunstâncias de clima, o grau de cultu

ra e a situação social da população

homens e cristãos e

não como brutos animais".

das as cidades, vilas e freguesias, a fun

Tais ginásios,

zoologia e mineralogia. Não ficava nis

ras de

bacharéis

aproximada de 15 graus, regado por algum rio na

lotes

pequenos

para se estabelecerem. A essas medidas de ex

cepcional alcance social, que teriam transformado

fendido pelo govêmo de São Paulo. Não

completamente a fisiono mia política e econômica

só o estudo dc ciências com aplicação

quer assalto ou sui-prèsa

do Brasil, seguiam-se ou

imediata se fazia necessário: o Brasil

externa e para as provín-

instava a exigir desde logo pelo menos

cias centi-ais seria cana-

unia universidade, com quatro faculda-

lizado o excesso de popu-

des ~ filosófica (dividida em três colégios: a) ciências naturais; b) mate-maticas puras e aplicadas; c) filosofia

lação das cidades maríti mas e mercantes.

Nessa

«especulativa e belas artes); 2.") de me-

nova capital, que por largas estradas se comunicaria com as diversas províncias

«licina; 3.") de jurisprudência; 4.^) de

e os portos de mar, estimulando-se des-

economia, fazenda e govêmo.

sarte "o comércio interno do. vasto Im

Cada

tima dessas faculdades teria as cadeiras

pério do Brasil", encontrariam também

necessárias ao ensino completo de todos

abrigo o Tribunal Supremo de Justiça, o

sas côres e pessoas".

ral de Economia Pública.

lização; quanto aos escravos, impunha-

Sob a alegação do bom clima, da salubridade dos ares, da barateza e abun dância dos comestíveis, da facilidade de comunicações com as províncias centrais e marítimas, cabia aos deputados reivin dicar para a cidade de São Paulo a sede

se melhorar a sua sorte com a emanci

da primeira universidade brasileira. Ja

pação gradual a fim de transformar os negros "em cidadãos ativos e virtuosos",

havia até edifícios próprios para a sua

mister cuidar da sua catequese e civi

deriam

vegável. Assim ficaria a

Conselho de Fazenda e a Direção Ge

blemas - o trabalho escravo, o aban dono dos índios. Quanto a êstes, era

lonização de europeus pobres, índios, mu

Côrte defendida de qual

os conhecimentos humanos.

Tocavam nesse

posseiros, salvo da parte cultivada e de mais quatrocentas geiras; c) venda de

so o plano de reforma de instrução de

"composta no Brasil de classes de diver

ponto as instmções em dois graves pro

nacionais de todas as terras dadas por

instalação, como os conventos do Car-

A reve'arem antes preocupação com

os problemas de estrutura do que com OS de simples fachada, o govêmo pau lista enfretitava o do latifúndio, preco

tras ainda concernentes

ao problema da proprie dade

fundiária,

como

fôssem a preseivaçâo da sexta parte dos terrenos para reserva florestal, a destinação, pa

ta o estabelecimento de vilas, povoações e serviços de utilidade pública, de uma

légua intacta entre cada três léguas en tregues ao cultivo dos agricultores, e o acesso igual às aguadas por parte dos proprietários territoriais ao longo de rios ou ribeiros, mediante cuidadosa demar cação dos terrenos.

Nenhuma dessas idéias, realizáveis

lunas, utópicas outras, logrou sequer ser discutida nas Côrtes de Lisbôa pelos

nizando nova legislação sobre as sesmarias. Estas, sem promoverem o pro gresso da agricultura, como se preten

deputados paulistas. A repulsa às ten

dera ao instituí-las, dificultavam o de

tos não permitiram p seu exame, quan-

tativas recolonizadoras, melindres pa

trióticos, choques de interêsses imedia


■ f

Dfch-sTo

124

Econômico

Dicesto

1-23

E<a>NÓMKa>

senvolvimento natural da população e

fiscalizando-sp os senhon s para que os

roo, de S. Francisco e de S. Bento, ha

tratassem "como

bitados então apenas por um ou dois

fica\'ani as mais das" \"èzes abandon,adas

frades.

Talvez falasse mais alto aí o

e incultas. Visando à pequena proprie

"Não podendo ha\er govêmo algum

bairrismo paulistano, mas o certo é que,

dade, as instruções esboçavam o seguin

constitucional sem a maior instrução e

seis anos depois, ati serem criados os

te plano: a) reversão à massa dos bens

moralidade do povo", recomendaN-am as instruções que os deputados promo-

cursos jurídicos, São Paulo figurov» ao lado de (blinda para abrigar as pepinei-

sesmarias e não cultímdas, deix.ando-se

\'ossem, além de esco'as de primeira-s le tras pelos métodos de Leiicasler, em tô-

destinados aos altos

aos seus donos meia légua quadrada; b)

cargos da política, da administração e

reversão também das terras dos simples

dação em cada província do Brasil de um ginásio ou colégio para o ensino das

da justiça durante o Império c ainda na República. Inconveniente para o estabelecimento

lotes de meia légua quadrada; d) forma

conciliar os seus recíprocos interêsses. Cogitando entre outros assuntos dos orgaos adequados ao govêmo do rei

ciências chamadas úteis.

da universidade, era também o Rio de

ção de um patrimônio com o produto da

com sede nas capitais das províncias, possuiriam as seguintes cadeiras: a) me dicina teórica e prática; b) cirurgia e

Janeiro para sede do govèrno geral. Su geriam as instruções que "o assento da

\enda desses lotes para favorecer u co

Còrte" fòsse numa cidade central no in

latos e negros forros, a quem se conce

sores para conhecer os atos transgres-

arte obstétrica; c) arte veterinária: d) elementos de matemática; e) idem de

terior do Brasil, adrede construida. na latitude

física e química; f) idem de botânica e horticultura experimental; g) idem de

em sitio ameno, fértil o

União",

estabelecendo

os

meios

de

"prender as diferentes partes da monar quia em ambos» os hemisférios".

Mais

ou menos iludidos desejavam os mem bros do primeiro govêmo de São Paulo que os representantes paulistas, manti

da a integridade do reino unido, plei

teassem a ic^ldade dos direitos politicos e civis brasileiros e portugue ses, resolvessem a difícil questão da se

de da monarqviia, e acertassem os prin cípios gerais acerca do comércio exter no e interno dos dois reinos de modo a

no umdo, como fòsse um corpo de cen

si\os da Constimição por partç de qual » quer poder do Estado, as instmções com

que partiram os deputados paulistas desciam a minúcias de grande sabedo ria quanto aos negócios peculiares ao

Brasil. Deveria haver aqui um governo gera!, organizado por emanação e dele

gação dos eleitores do povo e do poder supremo executivo.

Ao govêmo cen

tral ficariam subordinados os governos

provinciais, fixada a competência de um e outro. Cumpria aos deputados pau listas ficar atentos para que na elabora

ção dos códigos civil e criminal se ti vesse em \'ista a diversidade das' cir cunstâncias de clima, o grau de cultu

ra e a situação social da população

homens e cristãos e

não como brutos animais".

das as cidades, vilas e freguesias, a fun

Tais ginásios,

zoologia e mineralogia. Não ficava nis

ras de

bacharéis

aproximada de 15 graus, regado por algum rio na

lotes

pequenos

para se estabelecerem. A essas medidas de ex

cepcional alcance social, que teriam transformado

fendido pelo govêmo de São Paulo. Não

completamente a fisiono mia política e econômica

só o estudo dc ciências com aplicação

quer assalto ou sui-prèsa

do Brasil, seguiam-se ou

imediata se fazia necessário: o Brasil

externa e para as provín-

instava a exigir desde logo pelo menos

cias centi-ais seria cana-

unia universidade, com quatro faculda-

lizado o excesso de popu-

des ~ filosófica (dividida em três colégios: a) ciências naturais; b) mate-maticas puras e aplicadas; c) filosofia

lação das cidades maríti mas e mercantes.

Nessa

«especulativa e belas artes); 2.") de me-

nova capital, que por largas estradas se comunicaria com as diversas províncias

«licina; 3.") de jurisprudência; 4.^) de

e os portos de mar, estimulando-se des-

economia, fazenda e govêmo.

sarte "o comércio interno do. vasto Im

Cada

tima dessas faculdades teria as cadeiras

pério do Brasil", encontrariam também

necessárias ao ensino completo de todos

abrigo o Tribunal Supremo de Justiça, o

sas côres e pessoas".

ral de Economia Pública.

lização; quanto aos escravos, impunha-

Sob a alegação do bom clima, da salubridade dos ares, da barateza e abun dância dos comestíveis, da facilidade de comunicações com as províncias centrais e marítimas, cabia aos deputados reivin dicar para a cidade de São Paulo a sede

se melhorar a sua sorte com a emanci

da primeira universidade brasileira. Ja

pação gradual a fim de transformar os negros "em cidadãos ativos e virtuosos",

havia até edifícios próprios para a sua

mister cuidar da sua catequese e civi

deriam

vegável. Assim ficaria a

Conselho de Fazenda e a Direção Ge

blemas - o trabalho escravo, o aban dono dos índios. Quanto a êstes, era

lonização de europeus pobres, índios, mu

Côrte defendida de qual

os conhecimentos humanos.

Tocavam nesse

posseiros, salvo da parte cultivada e de mais quatrocentas geiras; c) venda de

so o plano de reforma de instrução de

"composta no Brasil de classes de diver

ponto as instmções em dois graves pro

nacionais de todas as terras dadas por

instalação, como os conventos do Car-

A reve'arem antes preocupação com

os problemas de estrutura do que com OS de simples fachada, o govêmo pau lista enfretitava o do latifúndio, preco

tras ainda concernentes

ao problema da proprie dade

fundiária,

como

fôssem a preseivaçâo da sexta parte dos terrenos para reserva florestal, a destinação, pa

ta o estabelecimento de vilas, povoações e serviços de utilidade pública, de uma

légua intacta entre cada três léguas en tregues ao cultivo dos agricultores, e o acesso igual às aguadas por parte dos proprietários territoriais ao longo de rios ou ribeiros, mediante cuidadosa demar cação dos terrenos.

Nenhuma dessas idéias, realizáveis

lunas, utópicas outras, logrou sequer ser discutida nas Côrtes de Lisbôa pelos

nizando nova legislação sobre as sesmarias. Estas, sem promoverem o pro gresso da agricultura, como se preten

deputados paulistas. A repulsa às ten

dera ao instituí-las, dificultavam o de

tos não permitiram p seu exame, quan-

tativas recolonizadoras, melindres pa

trióticos, choques de interêsses imedia


r. 126

Digesto

to mais a sua adoção.

O mesmo infe

lizmente aconteceria pouco depois no Brasil, ao consiunar-se a Independência. Os sucessos meramente políticos, extre-

mando-se em choques pessoais, impedi-

EcoNõ.Nnco

nelas tão sàbiamcnle encarados.

Como

quer que seja, pode-se afirmar sem te-

mor de ênfase que o programa de ação traçado aos repre.sentantes paulistas ao

instruções, pudesse encaminhar a solu

Soberano Congres.so é dos mais objeti vos, lúcidos e generosos de quantos já foram formulados por homens públicos

ção racional e progressista dos problemas

bra.sileiros. E continua, em muitos pon

de ordem social, econômica e cultural

tos, de gritante atualidade.

râwi que José Bonifácio, à frente do go verno e autor principal, senão único, das

Geografia das Comun^' Ppoes por Nelson Werneck Sodré

VI — Portos, rios e canais

O historiador Nelson WfTiiecic Sodré, ém continuação d série dos artigos que está escrevendo para o "Digesto EcO'

rpnÊs zonas do litoral paulista fornecem portos ao Estado e ao país: a "zona ilhada", ao sul, a "zona baixa santista". ao centro, e a "zona recorta da", ao norte.

nómico" sôbre a Geografia das Comuni

cações Paulistas, aprecia as condições

Na sua zona, São Sebas

naturais dos portos e as de mcegaçâo

tião ó um acidente, proporcionado pela ilha do mesmo nome, que cobre a costa

dos rios e canais da baixada do Estado, bem como o clima da região entre o planalto e o litoral.

dobrada e estabelece um canal abriga

do e profvmdo. O pôrto, em suas con dições naturais, aí, iião deriva da' si tuação litorânea, em si, mas da formi

dável cobertxira estabelecida pela ilha

Santos se apresenta como o mais impor tante dos portos do Estado e do paisÉ o mais antigo entre os aparelhados, e

votos que a aereniiação £OverMmeS

Os Parlamento e tiovas eleições. Os

montanhosa, com cotas superiores, em vários pontos, a mil metros. As condições naturais dos portos de

ciam provàvebnente ao tradicionni ^

'cneleições municipais não perteii'

pendem, além das características da orla

de importância imvortâtu:in política, por «ronnr^ Partido Trabalhista trabalhista britânico reveste-se reveste-.' de gmnsua campanha

j- àr"exibir a F dilZi rcionar aos conservadore conservadores maior estímulo em destinada

A. classes médias, que sempre eleitorado do trabalhismo trahnlhistnn hritAntr.n. <25 britânico, »//7.c mas .«"m sim somente nos últimos anos se haviam conservadores ou aos liberais e que O apõio que essas camadas sociais dern " candidatos trabalhistas, ver com a orientação política dêstes r conservadores pouco tem, porém, a um programa económico-social aue

litorânea, da existência de baixada limí

trofe, e de suas condições quanto à

às primeiras obras é de 1888. e a inau

guração do primeiro trecho de cais, com guindastes hidráulicos. _ data de lhoramentos que sofreu deram-lhe uma

Ora, so

'n

há baixadas permeáveis. Na "zona ilha da", a existência de rodovias penetran

lecada a efeito com grandes hesitações e Tm m .,"™ "sid' Stafford Cripps para ministro dos NeSol pc"

''f P'<'"<tiemento «J®

tes, em condições técnicas sofríveis, e

P '■"'■••""''o das

moderaô. A concessão que deu origem

mente nas dtias primeiras zonas citadas

viabilidade de comunicações.

muUo maior que a dos trabalhadores hramSl n u''

eleições municipais significa, ainda, a cêLra „

aquêle que possui o aparelimmento mais

em precário estado de conservação, dei

1892. As sucessivas ampliações e me

extensão acostável pouco supenor a cm-

00 quilômetros, vinte e sete annazéns

para que pudesse corrigir os erros de um nuZnado. Eis porque é possível interpretar o resilíf"I"^°!

eco demasiado tarde i ® " cqorde-

xou Cananéia relegada à condição de

internos e vinte e cinco arnmzens ex

ção com os demais, uma vez que a com

estabelecer um paralelo entre a vitória do depanlí

v

panhia concessionária da navegação na

tinado ao fornecimento de energia aos

ção contra um "estatismo econômico" LVe^cumõ servador na Grã-Bretanha. Em primeiro

P"

"J""" '"•""f"""'lusto querer

"r" '5'™/"^°"-

Francãs representa uma clara 'demJZrX\ntíTol^:;iJ^a:"M^^^^^^^

nZ'\^caVbZitaLZÍZ%^^^ . j . ^ \ 1 ji-""

aS

'^""servadores britânicos

pohttcas. nas alas e.dremas e rmms ainda uma cr,se estrutural de regime. forças Finalrímte. não é razoável atribuir ímfíZs f "^i"" i" econômico da Europa depender de

..... íOTem

os E. U. entre A., porque os ressentimentas anti-americanos com aeepitahsta,^ mesma intensidade conservadores e trabalhistas britânicos,

for isso, o Piam Marshall não exerceu nenhuma influência positiva ou negativa

sobre o resvJiado das eleições municipais inglésas.

pôrto pesqueiro, pràticamente sem liga

zona deixou de prestar serviços eficien

tes. Iguape, com o levantamento aluvional da barra de Icaparra, ficou redvizi-

da a um progressivo estiolamento.

No

primeiro dos citados portos há ainda tra balhos de molhe, favorecidos por uma barranca alta sôbre o canal. Em Iguape, nem isso existe.

A

"zona

baixa

santista"

oferece

o

grande pôrto que Ibe emprestou o nome.

ternos, e um aparelhamento eletnco des

guindastes, pertencente à própria emprêsa concessionária, e anterior às obras do Cubatáo.

Os trabalhos de draga

gem, do pôrto e do canal que lhe dá acesso, permanecem em estado de qua

se abandono, e estão a exigir uma reto mada enérgica e tenaz.

A situação do grande pôrto, entretan

to, entrou era estado agudo. A crise

portuária atual não é mais do que o


r. 126

Digesto

to mais a sua adoção.

O mesmo infe

lizmente aconteceria pouco depois no Brasil, ao consiunar-se a Independência. Os sucessos meramente políticos, extre-

mando-se em choques pessoais, impedi-

EcoNõ.Nnco

nelas tão sàbiamcnle encarados.

Como

quer que seja, pode-se afirmar sem te-

mor de ênfase que o programa de ação traçado aos repre.sentantes paulistas ao

instruções, pudesse encaminhar a solu

Soberano Congres.so é dos mais objeti vos, lúcidos e generosos de quantos já foram formulados por homens públicos

ção racional e progressista dos problemas

bra.sileiros. E continua, em muitos pon

de ordem social, econômica e cultural

tos, de gritante atualidade.

râwi que José Bonifácio, à frente do go verno e autor principal, senão único, das

Geografia das Comun^' Ppoes por Nelson Werneck Sodré

VI — Portos, rios e canais

O historiador Nelson WfTiiecic Sodré, ém continuação d série dos artigos que está escrevendo para o "Digesto EcO'

rpnÊs zonas do litoral paulista fornecem portos ao Estado e ao país: a "zona ilhada", ao sul, a "zona baixa santista". ao centro, e a "zona recorta da", ao norte.

nómico" sôbre a Geografia das Comuni

cações Paulistas, aprecia as condições

Na sua zona, São Sebas

naturais dos portos e as de mcegaçâo

tião ó um acidente, proporcionado pela ilha do mesmo nome, que cobre a costa

dos rios e canais da baixada do Estado, bem como o clima da região entre o planalto e o litoral.

dobrada e estabelece um canal abriga

do e profvmdo. O pôrto, em suas con dições naturais, aí, iião deriva da' si tuação litorânea, em si, mas da formi

dável cobertxira estabelecida pela ilha

Santos se apresenta como o mais impor tante dos portos do Estado e do paisÉ o mais antigo entre os aparelhados, e

votos que a aereniiação £OverMmeS

Os Parlamento e tiovas eleições. Os

montanhosa, com cotas superiores, em vários pontos, a mil metros. As condições naturais dos portos de

ciam provàvebnente ao tradicionni ^

'cneleições municipais não perteii'

pendem, além das características da orla

de importância imvortâtu:in política, por «ronnr^ Partido Trabalhista trabalhista britânico reveste-se reveste-.' de gmnsua campanha

j- àr"exibir a F dilZi rcionar aos conservadore conservadores maior estímulo em destinada

A. classes médias, que sempre eleitorado do trabalhismo trahnlhistnn hritAntr.n. <25 britânico, »//7.c mas .«"m sim somente nos últimos anos se haviam conservadores ou aos liberais e que O apõio que essas camadas sociais dern " candidatos trabalhistas, ver com a orientação política dêstes r conservadores pouco tem, porém, a um programa económico-social aue

litorânea, da existência de baixada limí

trofe, e de suas condições quanto à

às primeiras obras é de 1888. e a inau

guração do primeiro trecho de cais, com guindastes hidráulicos. _ data de lhoramentos que sofreu deram-lhe uma

Ora, so

'n

há baixadas permeáveis. Na "zona ilha da", a existência de rodovias penetran

lecada a efeito com grandes hesitações e Tm m .,"™ "sid' Stafford Cripps para ministro dos NeSol pc"

''f P'<'"<tiemento «J®

tes, em condições técnicas sofríveis, e

P '■"'■••""''o das

moderaô. A concessão que deu origem

mente nas dtias primeiras zonas citadas

viabilidade de comunicações.

muUo maior que a dos trabalhadores hramSl n u''

eleições municipais significa, ainda, a cêLra „

aquêle que possui o aparelimmento mais

em precário estado de conservação, dei

1892. As sucessivas ampliações e me

extensão acostável pouco supenor a cm-

00 quilômetros, vinte e sete annazéns

para que pudesse corrigir os erros de um nuZnado. Eis porque é possível interpretar o resilíf"I"^°!

eco demasiado tarde i ® " cqorde-

xou Cananéia relegada à condição de

internos e vinte e cinco arnmzens ex

ção com os demais, uma vez que a com

estabelecer um paralelo entre a vitória do depanlí

v

panhia concessionária da navegação na

tinado ao fornecimento de energia aos

ção contra um "estatismo econômico" LVe^cumõ servador na Grã-Bretanha. Em primeiro

P"

"J""" '"•""f"""'lusto querer

"r" '5'™/"^°"-

Francãs representa uma clara 'demJZrX\ntíTol^:;iJ^a:"M^^^^^^^

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aS

'^""servadores britânicos

pohttcas. nas alas e.dremas e rmms ainda uma cr,se estrutural de regime. forças Finalrímte. não é razoável atribuir ímfíZs f "^i"" i" econômico da Europa depender de

..... íOTem

os E. U. entre A., porque os ressentimentas anti-americanos com aeepitahsta,^ mesma intensidade conservadores e trabalhistas britânicos,

for isso, o Piam Marshall não exerceu nenhuma influência positiva ou negativa

sobre o resvJiado das eleições municipais inglésas.

pôrto pesqueiro, pràticamente sem liga

zona deixou de prestar serviços eficien

tes. Iguape, com o levantamento aluvional da barra de Icaparra, ficou redvizi-

da a um progressivo estiolamento.

No

primeiro dos citados portos há ainda tra balhos de molhe, favorecidos por uma barranca alta sôbre o canal. Em Iguape, nem isso existe.

A

"zona

baixa

santista"

oferece

o

grande pôrto que Ibe emprestou o nome.

ternos, e um aparelhamento eletnco des

guindastes, pertencente à própria emprêsa concessionária, e anterior às obras do Cubatáo.

Os trabalhos de draga

gem, do pôrto e do canal que lhe dá acesso, permanecem em estado de qua

se abandono, e estão a exigir uma reto mada enérgica e tenaz.

A situação do grande pôrto, entretan

to, entrou era estado agudo. A crise

portuária atual não é mais do que o


128

Dic.ii.sTo Eco.vÓNnco

desvcndanienlo, que as circunstâncias

permitiram, de ujna ineficiência prolon

gada. As crises, cm Santos, sempre en contraram circunstancias que as escon

dessem. Uma guerra, uma revolução, e o movimento portuário descaía, sem

que o acúmulo de carga chegasse, in terrompida a sua ascensão; a indicar

as condições insatisfatórias do pôrto. A última circunstância foi o conflito mun

dial iniciado em 1939, ano em que se movimentaram perto de quatro e meio

milhões de toneladas nele.

Com o

vamenlc, a letra dos tratados. Para cum

bf-tagcni mas. em ijxiaUpun- circunslàn-

primento dc.ssa letra, c para .satisfação

cia, as enseadas o baías da "zona re-

de necessidade.s qiic não pas.sam, agora, do elementarc.s, o grande pôrto necessi

foz do rio dèste nome ano o Ríbeim.

turalmente.

rendíment(i, obras ensto.sa.s o demoradas. Ante, nc.stc momento, a neces.sidade è

do com a muralha da serra do Mar, oferece dificuldades técnicas considerá

Iguape, pe'o pòrlo velho, são c.scalas

a magnitude de tais obras le\antam-se

veis ao lançamento de ferrovias, acres-

a.s características naturais do pôrto, em zona ilhada c baixa, proveniente do aterramento aluvional progressivo da

ocupado por uma base aérea.

itif, prejmzo de mais de quinhentos mil Brasil, e um do.s primeiros no mundo. contos da época, - quase o dôfjro do A profundidade do cana), .superior a que o estado dlspenderia, mais de dez trinta metros, a proteção dos ventos, a anos depois, e com moeda já menos insensibilidade aos efeitos do mar alto, vaüosa, para a construção de ferrovia as condições de solidez do solo, apresen das condições técnicas difíceis da Mai- tam tal pôrto como destinado, em futu soberbas tarefas de engenharia. Insatisfatório para a.s solicitações do mo\'imento atual do comércio internacio

nal, o pôrto de Santos é apresentado, en tretanto, como devendo desempenhar função de destaque na política sul-ame

ricana, destinado a servir ao Paraguai e à Bolívia, conforme já discrimina, taxati-

ro não muito remoto taK ez, a suprir as

deficiências que o errôneo .sistema de

urn só pôrto nos trouxeram.

A zona referida, confinan

í-idas pela existência dos vales tranversaís, o as obras em apreço seriam cus-

to.sas cm extremo, o que parece reV^gar os porto.s dela a uma função se cundária, tanto quanto c possível prever. A transformação de Cananéia. cujas

condiç-ões naturais são apreciáveis, co

mo ancoradouro, cm pôrto aparelhado,

t?taT'i movimento totã de carga próximo dosomcinco milhões e -fora dela, protegido pela muralha da de toneladas e o pôrto esgotou a sua ilha que lhe dá o nome, o pôrto de Sâo Itapandade de trafego. A crise reduzi Sebastião apresenta condições naturais da dos anos de 1924-25 concorreu com que o colocam como o primeiro, no

e inúmeros viadutos, alguns dos quais

ciai.s atra\és dc água doce, hoje bas tante deficientes, mas cuja retomada parece anunciar-sc. Jiiquiá, próxima a

cas indicarem, até um certo limite, na

No extremo sul da "zona recortada",

rinque-Santos, com trinta e três túneis

airtada" estarão apta.s a receber obras portuárias qu«' as necessidades econômi

antigos tempos, ativa.s reliHÔcs eonuT-

ta, entretanto, .sofrer reforma radical, que lhe altere, fundatuentalmcnte, o

advento das condições de progressiva faixa litorânea, exigindo con.stantcs tra normahzaçao do comércio intemlcional balhos de dragagem, particularmente se menos de dots anos foram suficientes o cais fôr prolongado ao longo do canal para demonstrar a situação insustentável da Bertioga, marginando mangues e

do aparelhanrento portuário em Santos

129

i:)K;E.s-ro Econômico

A aberta

fornecida pelo \'íile do Juqujeriquerè

demandaria

a

construção

de ferrovia

ritimos da zona ilhada. -á recente rcor

ganização da companhia concossiomna,

em novo.s moldes, parece admitir a pos sibilidade dc uma rêde de naxTgaçao fluvial de intcrès.<c.

O rio Pequeno, o \'nh Grande, cons tinido pela, mão do

nais das zonas ilhada e cb

.snas condiçóes,^ como vias e^ cação, foram ja apreciadas, •

mente um pouco ao norte da região em que, atualmente, se faz a travessia para

dc sua importância . So os e'o

a ilha de Cananéia.

água doce,.

A ligação desta

ritimos merecem menção,

cidade a Ourinhos, cortando a E. F.

não representam hm^a

Sorocabana na altura de Itapeva, para ganhar os vales do Taquari e do Paranapanema, tarefa para largo futifro fer

rêsse para os transportes.

roviário, articulando o citado pôrto, na

ca, parece dever suceder-se, na medida das necessidades e das possibilidades em capitais, à ligação de São Sebastião ao planalto, cuja urgência é maior, ao que tudo indica. Se não há rios navegáveis, ao norte de Santos, e se a rede fluvial da baixa

^

existentes na região em es uc '

gadura, sôbre o mesmo canal, provavel

ria vir a ser a .sua hinterlàndia econômi

porto.s superiores às necessidades da ca-

na\'egação se estendc.sse aos canais i"'*

baixada de mangues, próxima ao mar de Cubatão e ponte de grande enver

condições técnicas razoáveis, — e quem diz pôrto, em escala internacional, diz Caraguatatuba e Ubatuba não pos

se aci"oscontarÍam Pôrto Snbaúma, or o Cubatão e Ciuiunéia mesmo, se essa

tista são os únicos hgadores

bitola' métrica, à Bolívia e ao Paraguai, sem falar na zona brasileira que pode

suem condições para ^'jrem a se tornar

fluviais de imporlimcia crescente, ^ 9"®

que, facilitada no acesso ao planalto, exigiria, sem diivida, custoso grade, na

permitirá o lançamento de ferro\'ia de

ferrovia.

Registro. Xiririca, Iporanga lahcz. e

|

i

VII - C/ínirt

O clima do p'analto não é unifomie.

Difereneia-se, em conseqüência da cliN-ersidade. na sua extensão, dos fatores

que imle influem. Ao longo da Serra do Mar, desde a sua entrada em territó

rio paulista até ao maçiço da Bo caina. o clima é temperado, e tam bém ao longo de tôda á faixa que acom

panha o desenvolvimento da serra, de um lado e de outro, quando atinge

da santista, em condições indecisas, não

Jundiaí e Cabreúva, do lado' interno, e

serve .senão a misteres rudimentares, já

o Alto da Serra, do lado marítimo. Só

o mesmo não acontece com a bacia do

Ribeira, na qual se desenvolveram, de

estão fora da faixa temperada a orla oceânica, com as zonas de baixada, è


128

Dic.ii.sTo Eco.vÓNnco

desvcndanienlo, que as circunstâncias

permitiram, de ujna ineficiência prolon

gada. As crises, cm Santos, sempre en contraram circunstancias que as escon

dessem. Uma guerra, uma revolução, e o movimento portuário descaía, sem

que o acúmulo de carga chegasse, in terrompida a sua ascensão; a indicar

as condições insatisfatórias do pôrto. A última circunstância foi o conflito mun

dial iniciado em 1939, ano em que se movimentaram perto de quatro e meio

milhões de toneladas nele.

Com o

vamenlc, a letra dos tratados. Para cum

bf-tagcni mas. em ijxiaUpun- circunslàn-

primento dc.ssa letra, c para .satisfação

cia, as enseadas o baías da "zona re-

de necessidade.s qiic não pas.sam, agora, do elementarc.s, o grande pôrto necessi

foz do rio dèste nome ano o Ríbeim.

turalmente.

rendíment(i, obras ensto.sa.s o demoradas. Ante, nc.stc momento, a neces.sidade è

do com a muralha da serra do Mar, oferece dificuldades técnicas considerá

Iguape, pe'o pòrlo velho, são c.scalas

a magnitude de tais obras le\antam-se

veis ao lançamento de ferrovias, acres-

a.s características naturais do pôrto, em zona ilhada c baixa, proveniente do aterramento aluvional progressivo da

ocupado por uma base aérea.

itif, prejmzo de mais de quinhentos mil Brasil, e um do.s primeiros no mundo. contos da época, - quase o dôfjro do A profundidade do cana), .superior a que o estado dlspenderia, mais de dez trinta metros, a proteção dos ventos, a anos depois, e com moeda já menos insensibilidade aos efeitos do mar alto, vaüosa, para a construção de ferrovia as condições de solidez do solo, apresen das condições técnicas difíceis da Mai- tam tal pôrto como destinado, em futu soberbas tarefas de engenharia. Insatisfatório para a.s solicitações do mo\'imento atual do comércio internacio

nal, o pôrto de Santos é apresentado, en tretanto, como devendo desempenhar função de destaque na política sul-ame

ricana, destinado a servir ao Paraguai e à Bolívia, conforme já discrimina, taxati-

ro não muito remoto taK ez, a suprir as

deficiências que o errôneo .sistema de

urn só pôrto nos trouxeram.

A zona referida, confinan

í-idas pela existência dos vales tranversaís, o as obras em apreço seriam cus-

to.sas cm extremo, o que parece reV^gar os porto.s dela a uma função se cundária, tanto quanto c possível prever. A transformação de Cananéia. cujas

condiç-ões naturais são apreciáveis, co

mo ancoradouro, cm pôrto aparelhado,

t?taT'i movimento totã de carga próximo dosomcinco milhões e -fora dela, protegido pela muralha da de toneladas e o pôrto esgotou a sua ilha que lhe dá o nome, o pôrto de Sâo Itapandade de trafego. A crise reduzi Sebastião apresenta condições naturais da dos anos de 1924-25 concorreu com que o colocam como o primeiro, no

e inúmeros viadutos, alguns dos quais

ciai.s atra\és dc água doce, hoje bas tante deficientes, mas cuja retomada parece anunciar-sc. Jiiquiá, próxima a

cas indicarem, até um certo limite, na

No extremo sul da "zona recortada",

rinque-Santos, com trinta e três túneis

airtada" estarão apta.s a receber obras portuárias qu«' as necessidades econômi

antigos tempos, ativa.s reliHÔcs eonuT-

ta, entretanto, .sofrer reforma radical, que lhe altere, fundatuentalmcnte, o

advento das condições de progressiva faixa litorânea, exigindo con.stantcs tra normahzaçao do comércio intemlcional balhos de dragagem, particularmente se menos de dots anos foram suficientes o cais fôr prolongado ao longo do canal para demonstrar a situação insustentável da Bertioga, marginando mangues e

do aparelhanrento portuário em Santos

129

i:)K;E.s-ro Econômico

A aberta

fornecida pelo \'íile do Juqujeriquerè

demandaria

a

construção

de ferrovia

ritimos da zona ilhada. -á recente rcor

ganização da companhia concossiomna,

em novo.s moldes, parece admitir a pos sibilidade dc uma rêde de naxTgaçao fluvial de intcrès.<c.

O rio Pequeno, o \'nh Grande, cons tinido pela, mão do

nais das zonas ilhada e cb

.snas condiçóes,^ como vias e^ cação, foram ja apreciadas, •

mente um pouco ao norte da região em que, atualmente, se faz a travessia para

dc sua importância . So os e'o

a ilha de Cananéia.

água doce,.

A ligação desta

ritimos merecem menção,

cidade a Ourinhos, cortando a E. F.

não representam hm^a

Sorocabana na altura de Itapeva, para ganhar os vales do Taquari e do Paranapanema, tarefa para largo futifro fer

rêsse para os transportes.

roviário, articulando o citado pôrto, na

ca, parece dever suceder-se, na medida das necessidades e das possibilidades em capitais, à ligação de São Sebastião ao planalto, cuja urgência é maior, ao que tudo indica. Se não há rios navegáveis, ao norte de Santos, e se a rede fluvial da baixa

^

existentes na região em es uc '

gadura, sôbre o mesmo canal, provavel

ria vir a ser a .sua hinterlàndia econômi

porto.s superiores às necessidades da ca-

na\'egação se estendc.sse aos canais i"'*

baixada de mangues, próxima ao mar de Cubatão e ponte de grande enver

condições técnicas razoáveis, — e quem diz pôrto, em escala internacional, diz Caraguatatuba e Ubatuba não pos

se aci"oscontarÍam Pôrto Snbaúma, or o Cubatão e Ciuiunéia mesmo, se essa

tista são os únicos hgadores

bitola' métrica, à Bolívia e ao Paraguai, sem falar na zona brasileira que pode

suem condições para ^'jrem a se tornar

fluviais de imporlimcia crescente, ^ 9"®

que, facilitada no acesso ao planalto, exigiria, sem diivida, custoso grade, na

permitirá o lançamento de ferro\'ia de

ferrovia.

Registro. Xiririca, Iporanga lahcz. e

|

i

VII - C/ínirt

O clima do p'analto não é unifomie.

Difereneia-se, em conseqüência da cliN-ersidade. na sua extensão, dos fatores

que imle influem. Ao longo da Serra do Mar, desde a sua entrada em territó

rio paulista até ao maçiço da Bo caina. o clima é temperado, e tam bém ao longo de tôda á faixa que acom

panha o desenvolvimento da serra, de um lado e de outro, quando atinge

da santista, em condições indecisas, não

Jundiaí e Cabreúva, do lado' interno, e

serve .senão a misteres rudimentares, já

o Alto da Serra, do lado marítimo. Só

o mesmo não acontece com a bacia do

Ribeira, na qual se desenvolveram, de

estão fora da faixa temperada a orla oceânica, com as zonas de baixada, è


Dici-;st<í EcoNóNnco

o vale (Io Paraíba. Se todo o planalto está compreendido na faixa de clima temperado, com a ressalva do vale do

Paraíba, há que distinguir, quanto à estação invemosa, que a faLxa mais pró xima à Serra do Mar é diferente daquela que, originando-se um pouco a oeste de São Paulo, nas alturas de Santo'Ama

ro e Cotia, abrange todo o planalto, na zona norte, desde o divisor entre o

Paraíbuna e o Paraitinga até o vale do Paraíba. Esta xiltima, realmente em

bora temperada, é de inverno sêco

A

outra, mais próxima da Unha de cumia-

da da seira, é de inverno menos sêco Nesta, o total das chuvas do mês mai

Sêcx> esta entre 30 e 60 mm. Naqueb

^esse total e inferior a 30 mm. A zona

V

paulista, salvo nas faixas do saliente de

costa, pois, o clima é tropical úmido. Os climas da baixada e do litoral,

quente c tropical úmido, compreendera uma temperatura média, para o mês mais quente, superior a 22° C, e uma O quadro das temperaturas nos indica,

acompanha a serra do Mar, desde São

com mais minúcias, uma zona fria, de

Vicente até os limite.s fluminenses, com

média anual inferior a 17° C, no ma ciço da Bocáina; uma zona entre 17

uma descarga superior a 1.900 mm. Segue-.se a baixada do Ribcira-luquiá, o

e 18" C, ao longo da .serra do Mar.

litoral ao sul de São Vicente, a ilha de Santo Amaro e o saliente de São Se

bastião, com um total anual entre 1.500

e 1.900 mm. Eni seguida. \ cm a parte

sul do planalto c tôda a sua parte norte

ao sul do vale do Ribeira, em seuTnce oeste-Ieste, está compreendida, como a

sempre inferior a 18° C.

Na baixada, já as coisas não se pas sam da mesma maneira. Tôda a zona da baixada do Ribeira-Juquiá, salvo num

; Iguape, o clima é quente e úmido, e

)

essa faixa climática chega ao litoral, de

! Cananéia para o sul. Segue ainda pa

ralela à costa, para o norte, mas dela

distante cerca de dez quilômetros, em

média, estreita e longa, comprimida pela faixa temperada que acompanha a serra do ^íar.

No litoral, salvo ao sul de

Cananéia, e compreendendo a zona de baixada num raio de trinta quifórnetrog. em torno de Iguape, o cltma é tropical úmido. Além dessa entrada curiosa em torno de Iguape, essa faixa tem outra entrada, configurada na bai xada santista.

Ao longo de tôda a

Santos segue-se a Iguape, nesse p^' licular. Os meses mais úmidos são ja

total anual de chuvas é a fai.xa que

serras do Cadeado e dn n.

raio de trinta quilômetros em tomo de

todo o Estado de São Paulo, salvo o

média de mês mais frio superior a

ta-se de temperatura média inferior. 22° C, e a média do mês mais frio é I

dade relativa. Iguape c a menos úmida

18° C.

estreita na parte sul do planalto, quan do apenas acompanha a linha de cumiaíla, muito larga na zona central, abra çando a região da cidade de São Paulo,

Santos é, também, a localidade onde, em média, mais chove, e São Sebastiao

j

aquela onde menos clwe; nos meses frios são freqüentes as quantidades com N-alores pró.ximos de 90 mm para

e de 40nim para esta. Sah'0 o caso

de Santos a Ubatuba, as O»'!'" '.^ M

sul do que no litoral norte. i ..

M

dos vales do Paraíba e do Tietê, prolongando-se até Una, pertence a um total

de março são maiore.s que as de jane e fevereiro; o que não acontece no

^

anual entre 1.100 e 1.300 mm.

cho entre Santos e Cananéia.

Se o planalto apresenta temperatura favorável, temperada, com inverno mais sêco ou menos sêco, — salvo na parte

calmas são de

em Itanhaen, e mínimas em

plana do vale do Paraíba, — já o clima

Naquela, a predominância vana

do litoral é bastante desfavorável, em

a sudeste, durante todo o aao»

entre 18 e 19° C, que acompanha a

fnáxima, com

litoral a temperatvira já se elevou a

41°.8, mas em todo o

40° C, entre dezembro e fevereiro.

No

que se refere às mínimas, os postos do

lado interno, na parte norte; uma zona

dade onde se obser\ a maior ewaporaçao, e Ubatuba onde a evaporação é menor.

São Sebastião, chove menos no Mo^j^

serra, nas suas encostas interna e marí

tima, lia qual se compreende a cidade

neiro e fevereiro, e os menos úmidos

são junho e julho. Santos é a loca i

vale do Paraíba, com um total anual en tre 1.300 e 1.500 mm. Estreita faixa,

Foi em Santos que já se observou a

de São Paulo; uma zona entre 19 e 20° C, que se sucede à anterior, do lado marítimo da serra, na parte sul, e do

e nos meses quentes mal atinge '<

entre as encostas interiores da serra e o

certas épocas do ano. O mês mais quente, nêle, é fevereiro, e o mais frio é junho. Cananéia e Itanhaen apresen tam as maiores amplitudes térmicyis.

pelo sul Q pelo norte, mas deixando fora essa região, estendendo-se para o in terior e para a Mantiqueira; uma zona

Ubatuba e Itanhaen são as localidades mais iimidas, ambas com 87% de umi

São Sebastião c parle central da bai xada santista, qvic se compreende entre 22 e 2-3° C, a parte mais quente de vale Superior do Paraná. De um modo geral, a zona de maior

faixa próxima da serra do Mar, no cUmí temperado de inverno menos sêco Tr !

151

DlCEííTt' EctJNÓMlCO

130

Quanto aos ventos, em conjui , ■

em reina o sudoeste." Can^nétajulho é o sudoeste que mais se Em .mmfest^ vigorando de abril a setembro. Em Iguape, ísse vento reina de ma,o

agôsto, no restante é do quadrante su deste. Em São Sebastião, em virtude de seu afastamento da serra, predomina o vento superficial do norte. Em

litoral sul apresentam os menores valores

tuba, de abril a agôsto reina o sudo

mas, por exceção, Ubatviba já registrou a temperatura de 0°.8.

sais'variàm de este a sudeste.

este, e as restantes predominàncias men

entre 20 e 21° C, que se sucede à última, no sul, em frente à baixada e que constitui, no norte, a parte plana do vale

do Paraíba; uma zona entre 21 e 22° C, que abrange tôda a baixada do Ribeíra-Juquíá e tôda a baixada do litoral

Uma alta fonte oficial recelou que a Grã-Sretauha prcicudc uumentato^

•comércio com o ocidente da Europa e com a África, para campeusar a rua escaasez /

ãe ílólares.


Dici-;st<í EcoNóNnco

o vale (Io Paraíba. Se todo o planalto está compreendido na faixa de clima temperado, com a ressalva do vale do

Paraíba, há que distinguir, quanto à estação invemosa, que a faLxa mais pró xima à Serra do Mar é diferente daquela que, originando-se um pouco a oeste de São Paulo, nas alturas de Santo'Ama

ro e Cotia, abrange todo o planalto, na zona norte, desde o divisor entre o

Paraíbuna e o Paraitinga até o vale do Paraíba. Esta xiltima, realmente em

bora temperada, é de inverno sêco

A

outra, mais próxima da Unha de cumia-

da da seira, é de inverno menos sêco Nesta, o total das chuvas do mês mai

Sêcx> esta entre 30 e 60 mm. Naqueb

^esse total e inferior a 30 mm. A zona

V

paulista, salvo nas faixas do saliente de

costa, pois, o clima é tropical úmido. Os climas da baixada e do litoral,

quente c tropical úmido, compreendera uma temperatura média, para o mês mais quente, superior a 22° C, e uma O quadro das temperaturas nos indica,

acompanha a serra do Mar, desde São

com mais minúcias, uma zona fria, de

Vicente até os limite.s fluminenses, com

média anual inferior a 17° C, no ma ciço da Bocáina; uma zona entre 17

uma descarga superior a 1.900 mm. Segue-.se a baixada do Ribcira-luquiá, o

e 18" C, ao longo da .serra do Mar.

litoral ao sul de São Vicente, a ilha de Santo Amaro e o saliente de São Se

bastião, com um total anual entre 1.500

e 1.900 mm. Eni seguida. \ cm a parte

sul do planalto c tôda a sua parte norte

ao sul do vale do Ribeira, em seuTnce oeste-Ieste, está compreendida, como a

sempre inferior a 18° C.

Na baixada, já as coisas não se pas sam da mesma maneira. Tôda a zona da baixada do Ribeira-Juquiá, salvo num

; Iguape, o clima é quente e úmido, e

)

essa faixa climática chega ao litoral, de

! Cananéia para o sul. Segue ainda pa

ralela à costa, para o norte, mas dela

distante cerca de dez quilômetros, em

média, estreita e longa, comprimida pela faixa temperada que acompanha a serra do ^íar.

No litoral, salvo ao sul de

Cananéia, e compreendendo a zona de baixada num raio de trinta quifórnetrog. em torno de Iguape, o cltma é tropical úmido. Além dessa entrada curiosa em torno de Iguape, essa faixa tem outra entrada, configurada na bai xada santista.

Ao longo de tôda a

Santos segue-se a Iguape, nesse p^' licular. Os meses mais úmidos são ja

total anual de chuvas é a fai.xa que

serras do Cadeado e dn n.

raio de trinta quilômetros em tomo de

todo o Estado de São Paulo, salvo o

média de mês mais frio superior a

ta-se de temperatura média inferior. 22° C, e a média do mês mais frio é I

dade relativa. Iguape c a menos úmida

18° C.

estreita na parte sul do planalto, quan do apenas acompanha a linha de cumiaíla, muito larga na zona central, abra çando a região da cidade de São Paulo,

Santos é, também, a localidade onde, em média, mais chove, e São Sebastiao

j

aquela onde menos clwe; nos meses frios são freqüentes as quantidades com N-alores pró.ximos de 90 mm para

e de 40nim para esta. Sah'0 o caso

de Santos a Ubatuba, as O»'!'" '.^ M

sul do que no litoral norte. i ..

M

dos vales do Paraíba e do Tietê, prolongando-se até Una, pertence a um total

de março são maiore.s que as de jane e fevereiro; o que não acontece no

^

anual entre 1.100 e 1.300 mm.

cho entre Santos e Cananéia.

Se o planalto apresenta temperatura favorável, temperada, com inverno mais sêco ou menos sêco, — salvo na parte

calmas são de

em Itanhaen, e mínimas em

plana do vale do Paraíba, — já o clima

Naquela, a predominância vana

do litoral é bastante desfavorável, em

a sudeste, durante todo o aao»

entre 18 e 19° C, que acompanha a

fnáxima, com

litoral a temperatvira já se elevou a

41°.8, mas em todo o

40° C, entre dezembro e fevereiro.

No

que se refere às mínimas, os postos do

lado interno, na parte norte; uma zona

dade onde se obser\ a maior ewaporaçao, e Ubatuba onde a evaporação é menor.

São Sebastião, chove menos no Mo^j^

serra, nas suas encostas interna e marí

tima, lia qual se compreende a cidade

neiro e fevereiro, e os menos úmidos

são junho e julho. Santos é a loca i

vale do Paraíba, com um total anual en tre 1.300 e 1.500 mm. Estreita faixa,

Foi em Santos que já se observou a

de São Paulo; uma zona entre 19 e 20° C, que se sucede à anterior, do lado marítimo da serra, na parte sul, e do

e nos meses quentes mal atinge '<

entre as encostas interiores da serra e o

certas épocas do ano. O mês mais quente, nêle, é fevereiro, e o mais frio é junho. Cananéia e Itanhaen apresen tam as maiores amplitudes térmicyis.

pelo sul Q pelo norte, mas deixando fora essa região, estendendo-se para o in terior e para a Mantiqueira; uma zona

Ubatuba e Itanhaen são as localidades mais iimidas, ambas com 87% de umi

São Sebastião c parle central da bai xada santista, qvic se compreende entre 22 e 2-3° C, a parte mais quente de vale Superior do Paraná. De um modo geral, a zona de maior

faixa próxima da serra do Mar, no cUmí temperado de inverno menos sêco Tr !

151

DlCEííTt' EctJNÓMlCO

130

Quanto aos ventos, em conjui , ■

em reina o sudoeste." Can^nétajulho é o sudoeste que mais se Em .mmfest^ vigorando de abril a setembro. Em Iguape, ísse vento reina de ma,o

agôsto, no restante é do quadrante su deste. Em São Sebastião, em virtude de seu afastamento da serra, predomina o vento superficial do norte. Em

litoral sul apresentam os menores valores

tuba, de abril a agôsto reina o sudo

mas, por exceção, Ubatviba já registrou a temperatura de 0°.8.

sais'variàm de este a sudeste.

este, e as restantes predominàncias men

entre 20 e 21° C, que se sucede à última, no sul, em frente à baixada e que constitui, no norte, a parte plana do vale

do Paraíba; uma zona entre 21 e 22° C, que abrange tôda a baixada do Ribeíra-Juquíá e tôda a baixada do litoral

Uma alta fonte oficial recelou que a Grã-Sretauha prcicudc uumentato^

•comércio com o ocidente da Europa e com a África, para campeusar a rua escaasez /

ãe ílólares.


5^

DicESTO

Launiíícios Seiscentistas de São Paulo

XVII.

seiscentista 6 licito dizer-se, tanto

quanto do planalto de São Paulo, que oferecia condições admiràvelinente pro picias à multiplicação dos rebanhos de

ove.has. O clima, que em contraste tom o das baixadas litorâneas parece favorecer essa criação, também reclama dos moradores o freqüente recurso a agasalhos de lã.

scculo XVI, o do padre, Fernão Cardim ja nos apresenta o povo dp

\ vesHndo-se ordinàriainente de bureV em pleno mes de fevereirn a , rancaa desse "pano de' dó" rS

ditada aqui. apenas pela austera tZ teza das modas de Felipe II, poi^ o,

133

Dcstinanclo-so nossas malhadas

seisicntistas cpiase unicamente à produ ção <le lã, não à cie carne ou do 'eito,

por Skhcio Buarque i>k Holanda

JJe nenhuma outra região do Brasil

Econó n I ic;o

e tendo-se em conta a escassez da popu lação díi capitania c a escassez também

o-s grandes rcbuiibo.s de o\inos consti-

de recursos para a alimentação de gran

tuiram nos séculos iniciais da coloniza

des rebanhos, elas parecem ratificar, ao contrário, certas expressões só aparen

ção uma das riquezas da terra, "cujOs habitantes não logram no presente tem po daquela abundância antiga na cria

temente cxcessi\'as do gonealogisla.

E

se é corto <pít. essa lã se destina\a em

ção das ovcibas..."

parle à fiação e tecelagem, considtve-se

Ignora-se a quanto

que a capacidade de absorção do pro

montava, por

duto se restringia, segundo tòdas as probabilidades, i\ gente abastada ou re mediada, que por sua vez também con sumia, e sem dúvida cm escala muito

exemplo, u criação de um Amador Bue-

no, senhor de muitos rebanhos e pas tagens, mas há notícia segura de que

não faltavam potentados de mais de uma t-entena de cabeças de lanígeros.

Um

maior, tecidos

dòles, Antônio Raposo da Silveira, dei.va

dos

de

vin

fora.

Os

Um exame dos preço.": que coshiniam ser :rtribuídos ao.s no.ssos lunares nos \eIhos inventários ainda pode lançar al

guma luz .sobre a sua situação relativa

no quadro de nossa economia colonial, em particular durante o decorrer do sé culo XVII. A regra geral - mus ain da neste caso a regra comporta exce-

_ é que uma o\elha se \ende a

preç-os mais ele\ãdos do que um car......

neilü.

^

X^,-» inventário No inventário de de Estêvão Estêvão FurFur-

quim por e.xeniplo, que é do ano de 1660. pre\alece a regra geral: c-ada um dos seus dezesseis carneiros é avaliado en:

duas palacas, ou sejam seiscentos e qua renta réis. e cada uma das sua tre ze ovelhas em mil réis. No mesmo in-

rebanhos de cento e quinze, ein 1663,

outros,

entre carneiros, ü\'e!has e crias.

especialmente e os

^•entário uma égua, um ca\'alo pastor e

um poldro são esti-

Outro,

os

escra\os

Loiirenço Castanho Taques, apresenta,

índios

no ano de 1671, cento e sessenta e

tração, êsses tinham

mado.s, cada um, in

paulistanos timbravam pouco em acoin quatro cabeças, incluindo-se nesse nú panhar as modas, admite-o o próprio mero cento e quarenta carneiros maCardim, nem pelo temperamiento da thos e femeas e mais doze ovelhas com terra, sombria e até melancólica de seu seus borregos e crias tenras. Em uma

de contentar-se com

diferentemente, eni

natural, mas antes pela conveniência de

so localidade da capitania, Parnaíba,

se resguardar o corpo contra surprêsas

não é muito raro encontrareni-se, pelos últimos decênios do mesmo

ral eles mesmos fia vam, teciam e co

do clima, num lugar de "grandes frios e geadas". Quem folheie inventários da mesma época não deixará de notar o e.xcesso de trajos de baeta, sarja e outros panos

^eculü,

criadores

ças

mais

e

de

como

sessenta

é

o

as

de

adminis

simples

mentas

\esti-

mil réis. Mil réis é

roceiras • de

também o preço cie

algodão, que em ge

Para

cabe-

ter-se

me

lhor idéia do que significava um rebanho de uma cente

exemplo, de um Pedro Vaz de Barros io

moço) ou o de um Francisco Pedroso

na de ovelhas, é bastante observar que

de l<ã mais. ou menos grossa: roupões,

Xavier.

na América do Norte, por volta do ano

roupetas, calções, mantos com ou sem capuzes, rebuços, pelotes, "ferragoulos". Mais tarde chegará também a vez do

Cifras semelhantes só parecerão mes quinhas a quem encare com olhos de hoje a situação de São Paulo du século

de 1650, as três mil cabeças de laníge ros então existentes em todo o Massa-

chusetts', já serviam, segundo informa o

surtum, invariàvelmente de baeta, e a

do poncho, este trazido das possessões castelhanas, e que durante longo tem po constituirá elemento obrigatório na clás.síca indumentária paulista. Sabemos, além disso, particularmente por informação de Pedro Taqites, que

1 ^ sr. Sérgio Biuirque àe Hol<imla mos^fa, no presente artigo, a pujança dos rebanhos de ovinos do plaiujlto paulista o as suas repercussões na iiidústria do méstica da tecelaaem.

..A«k

a

um boi de três para quatro anos se a\ a-

siam.

caso, por

uma novilha, ao pas so que uma \'aca e

historiador T. J. Wertenbaker, para ali

íiam, cada qual, em mil e seiscentos réis.

Vinte anos mais tarde a re'ação achase consideravelmente :dterada. Assim é

que, no inventário de Ana de Proença, datado de 1680 precisamente, quaren

ta ovelhas, entre grandes e pequenas, são orçadas, ao todo, em 12S800, e isso

quer dizer que cada ovelha custaria,

mentar uma ativa indústria têxtil na

em média, apenas uma pataca. ou .se

Nova Inglaterra, e que antes de termi nado o terceiro quartel do mesmo sé culo, já saíam de Newport apreciáveis quantidades de lã para a França, em

jam trezentos e vinte réis. Pois bem, no mesmo inventário atribui-se o preço de oitocentos réis a um bezerro e o de

troca de linho, e para a Espaníia, ein

dois mil réis a uma cavalgadura. Uma da,s interpretações plausiveis

troca de vinho.

para èsse fato .seria a de que, durante a


5^

DicESTO

Launiíícios Seiscentistas de São Paulo

XVII.

seiscentista 6 licito dizer-se, tanto

quanto do planalto de São Paulo, que oferecia condições admiràvelinente pro picias à multiplicação dos rebanhos de

ove.has. O clima, que em contraste tom o das baixadas litorâneas parece favorecer essa criação, também reclama dos moradores o freqüente recurso a agasalhos de lã.

scculo XVI, o do padre, Fernão Cardim ja nos apresenta o povo dp

\ vesHndo-se ordinàriainente de bureV em pleno mes de fevereirn a , rancaa desse "pano de' dó" rS

ditada aqui. apenas pela austera tZ teza das modas de Felipe II, poi^ o,

133

Dcstinanclo-so nossas malhadas

seisicntistas cpiase unicamente à produ ção <le lã, não à cie carne ou do 'eito,

por Skhcio Buarque i>k Holanda

JJe nenhuma outra região do Brasil

Econó n I ic;o

e tendo-se em conta a escassez da popu lação díi capitania c a escassez também

o-s grandes rcbuiibo.s de o\inos consti-

de recursos para a alimentação de gran

tuiram nos séculos iniciais da coloniza

des rebanhos, elas parecem ratificar, ao contrário, certas expressões só aparen

ção uma das riquezas da terra, "cujOs habitantes não logram no presente tem po daquela abundância antiga na cria

temente cxcessi\'as do gonealogisla.

E

se é corto <pít. essa lã se destina\a em

ção das ovcibas..."

parle à fiação e tecelagem, considtve-se

Ignora-se a quanto

que a capacidade de absorção do pro

montava, por

duto se restringia, segundo tòdas as probabilidades, i\ gente abastada ou re mediada, que por sua vez também con sumia, e sem dúvida cm escala muito

exemplo, u criação de um Amador Bue-

no, senhor de muitos rebanhos e pas tagens, mas há notícia segura de que

não faltavam potentados de mais de uma t-entena de cabeças de lanígeros.

Um

maior, tecidos

dòles, Antônio Raposo da Silveira, dei.va

dos

de

vin

fora.

Os

Um exame dos preço.": que coshiniam ser :rtribuídos ao.s no.ssos lunares nos \eIhos inventários ainda pode lançar al

guma luz .sobre a sua situação relativa

no quadro de nossa economia colonial, em particular durante o decorrer do sé culo XVII. A regra geral - mus ain da neste caso a regra comporta exce-

_ é que uma o\elha se \ende a

preç-os mais ele\ãdos do que um car......

neilü.

^

X^,-» inventário No inventário de de Estêvão Estêvão FurFur-

quim por e.xeniplo, que é do ano de 1660. pre\alece a regra geral: c-ada um dos seus dezesseis carneiros é avaliado en:

duas palacas, ou sejam seiscentos e qua renta réis. e cada uma das sua tre ze ovelhas em mil réis. No mesmo in-

rebanhos de cento e quinze, ein 1663,

outros,

entre carneiros, ü\'e!has e crias.

especialmente e os

^•entário uma égua, um ca\'alo pastor e

um poldro são esti-

Outro,

os

escra\os

Loiirenço Castanho Taques, apresenta,

índios

no ano de 1671, cento e sessenta e

tração, êsses tinham

mado.s, cada um, in

paulistanos timbravam pouco em acoin quatro cabeças, incluindo-se nesse nú panhar as modas, admite-o o próprio mero cento e quarenta carneiros maCardim, nem pelo temperamiento da thos e femeas e mais doze ovelhas com terra, sombria e até melancólica de seu seus borregos e crias tenras. Em uma

de contentar-se com

diferentemente, eni

natural, mas antes pela conveniência de

so localidade da capitania, Parnaíba,

se resguardar o corpo contra surprêsas

não é muito raro encontrareni-se, pelos últimos decênios do mesmo

ral eles mesmos fia vam, teciam e co

do clima, num lugar de "grandes frios e geadas". Quem folheie inventários da mesma época não deixará de notar o e.xcesso de trajos de baeta, sarja e outros panos

^eculü,

criadores

ças

mais

e

de

como

sessenta

é

o

as

de

adminis

simples

mentas

\esti-

mil réis. Mil réis é

roceiras • de

também o preço cie

algodão, que em ge

Para

cabe-

ter-se

me

lhor idéia do que significava um rebanho de uma cente

exemplo, de um Pedro Vaz de Barros io

moço) ou o de um Francisco Pedroso

na de ovelhas, é bastante observar que

de l<ã mais. ou menos grossa: roupões,

Xavier.

na América do Norte, por volta do ano

roupetas, calções, mantos com ou sem capuzes, rebuços, pelotes, "ferragoulos". Mais tarde chegará também a vez do

Cifras semelhantes só parecerão mes quinhas a quem encare com olhos de hoje a situação de São Paulo du século

de 1650, as três mil cabeças de laníge ros então existentes em todo o Massa-

chusetts', já serviam, segundo informa o

surtum, invariàvelmente de baeta, e a

do poncho, este trazido das possessões castelhanas, e que durante longo tem po constituirá elemento obrigatório na clás.síca indumentária paulista. Sabemos, além disso, particularmente por informação de Pedro Taqites, que

1 ^ sr. Sérgio Biuirque àe Hol<imla mos^fa, no presente artigo, a pujança dos rebanhos de ovinos do plaiujlto paulista o as suas repercussões na iiidústria do méstica da tecelaaem.

..A«k

a

um boi de três para quatro anos se a\ a-

siam.

caso, por

uma novilha, ao pas so que uma \'aca e

historiador T. J. Wertenbaker, para ali

íiam, cada qual, em mil e seiscentos réis.

Vinte anos mais tarde a re'ação achase consideravelmente :dterada. Assim é

que, no inventário de Ana de Proença, datado de 1680 precisamente, quaren

ta ovelhas, entre grandes e pequenas, são orçadas, ao todo, em 12S800, e isso

quer dizer que cada ovelha custaria,

mentar uma ativa indústria têxtil na

em média, apenas uma pataca. ou .se

Nova Inglaterra, e que antes de termi nado o terceiro quartel do mesmo sé culo, já saíam de Newport apreciáveis quantidades de lã para a França, em

jam trezentos e vinte réis. Pois bem, no mesmo inventário atribui-se o preço de oitocentos réis a um bezerro e o de

troca de linho, e para a Espaníia, ein

dois mil réis a uma cavalgadura. Uma da,s interpretações plausiveis

troca de vinho.

para èsse fato .seria a de que, durante a


Dir.ESTo Eco^-õ^^«)

134

OiCESTí) Ec:on<'>mico

segunda metade do século, teria havido

aumento progressivo nos rebanhos de la-

guntar se o seu próprio cniprêgo na te celagem doméstica teria chegado a ve

plenamente confirmada, aliás, pela cir

rificar-se, ainda- que em escala reduzida. É certo que, pelo menos na confecção

cunstância dos inventários

mesma

da.s rêdes de dormir, empregavam nossas

época assinalarem geralmente malhadas

tecedciras seiscentistas, em muitos casos,

mais numerosas do que os da primeira

fios de lã misturados aos de algodão. Mas nada impede de supor que essa mesma lã fóssc de provcnicnciu exótica.

nares da capitania. Hipótese que parece da

metade do século.

Ê interessante notar como os preços da lã não decaem em progressão corres pondente. Dois mil réis por arroba é a estimativa mais corrente entre os anos

de 1630 e 1660. Pois em 1875 as trê.s arrobas deixadas por um Aleixo Leme de Alvarenga, com sítio na Pamaíba não custarão mais de cinco

i exemplos

mil reis, ao todo.

Sabemos, por te.stcmunhos de princípio do século pasado, que as tecelâs paulis tanas faziam as suas redes e colchas

felpudas, empregando, ao lado do algo dão, fios de lá tirados de \ elhos retalhos de baeta. Não ocorreria coi.sa semelhan te no século XVII?

E outros

poderiam citar-se

Note-se que Pedro Taques, aludindo à abundância antiga

[.

igualmente ilustrativos.

%

Nos anos de 90 é que prin

;- V

cipia a registar-se novo au

/.

da criação de o\'elhas em São Paulo, só lembra, a propósito,

o emprego de sua lã na con fecção de chapéus dé feltro.

mento, tanto no preço das ovelhas como no da lã, mas

Com a diminuição dos reba nhos, observa, "extinguiram-se as fábricas de chapéus gros

esse fato deve relacionar-se ao

encarecimento geral dos gêne ros, conseqüente à grande de

sos, que ainda no fim do sé-

sorganização na vida econômi

'

ca da capitania, que o rush

culo 6 ano de 1699 estavam

135

indígenas que eram. ao cabo, os serxiçafs dos moradores brancos.

Os próprio.s jesuítas das missões do

Paraguai não conseguiram, por muito que o fizessem, industriar seus carijós domésticos no fabrico de telas mais de

licadas do que certa espécie de .verga

não se achasse vinculado às velhas ati

vidades tribais. O que faziam, comenta o padre Pablo Heniandez, S. J., era

mo o de maior pujança na criação de lanares em São Paulo.

vel é que fossem, em sua totalidade ou

Até que ponto essa pujança se teria refletido no aproveitamento industrial do principal produto dos rebanhos de c\i-

quase totalidade, fruto de importação.

nos? Para começar cumpre dizer que a lã da terra, como fibra têxtil, jamais

neficio do algodão, mas é verdade, por outro lado, que no caso deste, tratandose de produto da terra, a limpeza fazia parle de uma experiência ancestral dos

chegou a tomar-se competidor impor tante para o algodão. Cabe mesmo per-

O preparo de lãs finas para a fiação não exigiria esfôrço maior do que o be

c

registados trinta e oito pares de cai as ao preço de quatrocentos réis cada Trata-se seguramente dos .apare io> manuais de procedência européia, que, com efeito, só se manejam aos par", e ainda são correntemente

É bem sabido que para a fiação, a lâ deve ser convenientemente lavada, até tomar a aparência aproximada de capulhos de algodão, e que nessa lava gem se vai pelo menos cinqüenta por

cento, é em geral duas terças partes do peso primitivo. Assim sendo, há

de crescer por força seu valor, na pro

Quanto às baetas c papas de cober tor, que com tamanha freqüência apa recem nos antigos inventários, o prová

a arroba e meia de lã.

No inxentário

ponchos de gahi.

vez sem granâe èrro, considerar o trintênio que se estende de 1660 a 1690 co

buir-se, sem dúvida, a decadência das

de que costumax am dar a êsse produto os habitantes da ca

pelo menos, de que isso ocorreria ein um ou outro caso.

tingir a lã e depois tecer telas listadas ou floreadas, de que fabricavam seus

"lavada" que Januário Ribeiro deixou

motivos idênticos deve atri-

estabelecidas". Outra utilida

lhantes aos que fabricariam os ínmos

Lourenço Castanho Taques oparecein

pitania. segundo o atestam diferentes do

i

lavada na confecção de panos seme

dência européia —, tal o horror que ins pirava a esses índios todo esfôrço que

cumentos, era a fabricação de colchõw, onde entrava, para cada um, de arrôba

,

Nâo cabe. porém, exchür de todo a

possibilidade do emprego dessa lá mal das missões do sul. Há um indicio,

antigas malhadas piratininganas, inicia da com o século seguinte, segunda pa rece sugerir Pedro Taques. Pode-se, tal

A

te eficaz no mister da fiação.

rude, a que chamavam bechara — de bechã ou obechd, que é como denomi navam os Guaranis a ovelha de proce

porção do peso que lhe foi tirado, Ora, percorrendo velhos inventários, não se nota divergência sensível de preço entre as lãs sujas e as lavadas.

para as minas suscitara.

ri

cientemente aperfeiçoados para permi tirem o aproveitamento verdadeiramen

Cada umia das dims arrobas de lã

em 1639, é orçada em dois mil e quinhentps e sessenta réis.

Sendo de

cêrca de dois mil réis o preço corren te da lã suja pela mesma época, re sulta que a diferença a mais é, no caso, inferior a duas patacas. Isso pode significar que os processos e os recursos, técnicos empregados na sua limpeza não estariam, entre nós, sufi

pelas IIUMUS peius nossas i.n..—fiandeiras domesticas p ^y ^

cardar a !ã, não o caraar

a

ia,

nau

u

algodão, o instrumento habitual

'

da, na indústria caseira, e unic

gistado em textos antigos, é um cor . estirado em pequeno arco de '

que a operária tange sóbre _os c p Ihos desfeitos, e em quantidade q corresponda a uma batedura. Não se trata certamente SC, se entre os inventários

í"™;

públicados. o de Lourenço Cast-anl.o

Cues assinale a malhada mars nume

rosa, deisando de fazer qualquer referência à presença eventual de a.godoais. E não seria de esperar que, destinando-se essa lã apenas a encher colchões, ou a fí\zer chapéus de feltro

grosseiro, fosse necessário cardá-la pre viamente. De qualquer modo há aqui

uma simples sugestão, que Qutro.s do cumentos poderão ratificar, tahez. al gum dia. ou tornar improváwl.

^


Dir.ESTo Eco^-õ^^«)

134

OiCESTí) Ec:on<'>mico

segunda metade do século, teria havido

aumento progressivo nos rebanhos de la-

guntar se o seu próprio cniprêgo na te celagem doméstica teria chegado a ve

plenamente confirmada, aliás, pela cir

rificar-se, ainda- que em escala reduzida. É certo que, pelo menos na confecção

cunstância dos inventários

mesma

da.s rêdes de dormir, empregavam nossas

época assinalarem geralmente malhadas

tecedciras seiscentistas, em muitos casos,

mais numerosas do que os da primeira

fios de lã misturados aos de algodão. Mas nada impede de supor que essa mesma lã fóssc de provcnicnciu exótica.

nares da capitania. Hipótese que parece da

metade do século.

Ê interessante notar como os preços da lã não decaem em progressão corres pondente. Dois mil réis por arroba é a estimativa mais corrente entre os anos

de 1630 e 1660. Pois em 1875 as trê.s arrobas deixadas por um Aleixo Leme de Alvarenga, com sítio na Pamaíba não custarão mais de cinco

i exemplos

mil reis, ao todo.

Sabemos, por te.stcmunhos de princípio do século pasado, que as tecelâs paulis tanas faziam as suas redes e colchas

felpudas, empregando, ao lado do algo dão, fios de lá tirados de \ elhos retalhos de baeta. Não ocorreria coi.sa semelhan te no século XVII?

E outros

poderiam citar-se

Note-se que Pedro Taques, aludindo à abundância antiga

[.

igualmente ilustrativos.

%

Nos anos de 90 é que prin

;- V

cipia a registar-se novo au

/.

da criação de o\'elhas em São Paulo, só lembra, a propósito,

o emprego de sua lã na con fecção de chapéus dé feltro.

mento, tanto no preço das ovelhas como no da lã, mas

Com a diminuição dos reba nhos, observa, "extinguiram-se as fábricas de chapéus gros

esse fato deve relacionar-se ao

encarecimento geral dos gêne ros, conseqüente à grande de

sos, que ainda no fim do sé-

sorganização na vida econômi

'

ca da capitania, que o rush

culo 6 ano de 1699 estavam

135

indígenas que eram. ao cabo, os serxiçafs dos moradores brancos.

Os próprio.s jesuítas das missões do

Paraguai não conseguiram, por muito que o fizessem, industriar seus carijós domésticos no fabrico de telas mais de

licadas do que certa espécie de .verga

não se achasse vinculado às velhas ati

vidades tribais. O que faziam, comenta o padre Pablo Heniandez, S. J., era

mo o de maior pujança na criação de lanares em São Paulo.

vel é que fossem, em sua totalidade ou

Até que ponto essa pujança se teria refletido no aproveitamento industrial do principal produto dos rebanhos de c\i-

quase totalidade, fruto de importação.

nos? Para começar cumpre dizer que a lã da terra, como fibra têxtil, jamais

neficio do algodão, mas é verdade, por outro lado, que no caso deste, tratandose de produto da terra, a limpeza fazia parle de uma experiência ancestral dos

chegou a tomar-se competidor impor tante para o algodão. Cabe mesmo per-

O preparo de lãs finas para a fiação não exigiria esfôrço maior do que o be

c

registados trinta e oito pares de cai as ao preço de quatrocentos réis cada Trata-se seguramente dos .apare io> manuais de procedência européia, que, com efeito, só se manejam aos par", e ainda são correntemente

É bem sabido que para a fiação, a lâ deve ser convenientemente lavada, até tomar a aparência aproximada de capulhos de algodão, e que nessa lava gem se vai pelo menos cinqüenta por

cento, é em geral duas terças partes do peso primitivo. Assim sendo, há

de crescer por força seu valor, na pro

Quanto às baetas c papas de cober tor, que com tamanha freqüência apa recem nos antigos inventários, o prová

a arroba e meia de lã.

No inxentário

ponchos de gahi.

vez sem granâe èrro, considerar o trintênio que se estende de 1660 a 1690 co

buir-se, sem dúvida, a decadência das

de que costumax am dar a êsse produto os habitantes da ca

pelo menos, de que isso ocorreria ein um ou outro caso.

tingir a lã e depois tecer telas listadas ou floreadas, de que fabricavam seus

"lavada" que Januário Ribeiro deixou

motivos idênticos deve atri-

estabelecidas". Outra utilida

lhantes aos que fabricariam os ínmos

Lourenço Castanho Taques oparecein

pitania. segundo o atestam diferentes do

i

lavada na confecção de panos seme

dência européia —, tal o horror que ins pirava a esses índios todo esfôrço que

cumentos, era a fabricação de colchõw, onde entrava, para cada um, de arrôba

,

Nâo cabe. porém, exchür de todo a

possibilidade do emprego dessa lá mal das missões do sul. Há um indicio,

antigas malhadas piratininganas, inicia da com o século seguinte, segunda pa rece sugerir Pedro Taques. Pode-se, tal

A

te eficaz no mister da fiação.

rude, a que chamavam bechara — de bechã ou obechd, que é como denomi navam os Guaranis a ovelha de proce

porção do peso que lhe foi tirado, Ora, percorrendo velhos inventários, não se nota divergência sensível de preço entre as lãs sujas e as lavadas.

para as minas suscitara.

ri

cientemente aperfeiçoados para permi tirem o aproveitamento verdadeiramen

Cada umia das dims arrobas de lã

em 1639, é orçada em dois mil e quinhentps e sessenta réis.

Sendo de

cêrca de dois mil réis o preço corren te da lã suja pela mesma época, re sulta que a diferença a mais é, no caso, inferior a duas patacas. Isso pode significar que os processos e os recursos, técnicos empregados na sua limpeza não estariam, entre nós, sufi

pelas IIUMUS peius nossas i.n..—fiandeiras domesticas p ^y ^

cardar a !ã, não o caraar

a

ia,

nau

u

algodão, o instrumento habitual

'

da, na indústria caseira, e unic

gistado em textos antigos, é um cor . estirado em pequeno arco de '

que a operária tange sóbre _os c p Ihos desfeitos, e em quantidade q corresponda a uma batedura. Não se trata certamente SC, se entre os inventários

í"™;

públicados. o de Lourenço Cast-anl.o

Cues assinale a malhada mars nume

rosa, deisando de fazer qualquer referência à presença eventual de a.godoais. E não seria de esperar que, destinando-se essa lã apenas a encher colchões, ou a fí\zer chapéus de feltro

grosseiro, fosse necessário cardá-la pre viamente. De qualquer modo há aqui

uma simples sugestão, que Qutro.s do cumentos poderão ratificar, tahez. al gum dia. ou tornar improváwl.

^


Dicesto Econónuco

estrangeiros, clc\ ido ao seu emprêgo na

se rcaliz;i ;is horas de .sol mds

indústria de confcilos finos e outros

e maior calor ou diinuite a.s grandes

produtos culinário.s, uma vez que subs

PfW»

a precaução dos ca.stanhciros ou cas-

zes européias.

tanhadnres, qnç os vão catar pí"'^ chão, de só .se entregarem a essa

tempo, a castanha do Pará, grande ri queza da líiléia amazônica, quase não teve serventia. Quando muito, na pró pria região, aprovcitavam-na para a ali-

por Gastão Cnui-í5

^os

viajantes

da

Amazônia tomam-

se logo familiares duas arvores que, pelo ta

de

estar

sujeita

ao

regime

mentação dos animais domésticos, prin cipalmente os porcos. A partir, entre tanto, de ineadcís do século passado, começou a figurar na ordem dos artigos de valor estimável e, daí por diante, a

das

citeias.

Embora o nome da suinainncira, Ceiba

pcnfamha, da família das Bombacáceas,

manho e freqüência, ande sempre junto com o cia castanhei marcam profundamen

te o fades paisagís tico da região.

São

elas a sumaumeira e

, a castanheira. A pri

meira é habitante das várzeas e, de pre ferência, aparece logo à beira dágua, nos terrenos que se inundam por oca sião das enchentes. Ê árvore de tron

co , claro e linheiro, em cuja base a raiz emite enormes sapopemas ou se

duas das maiores árvores da Amazônia,

do ponto cie vi.sta cconchnico não há quanto a sumaumeira e árvore de ma deira fraca e de tal hércules da floresta

apenas pode ser aproveitada a paina que lhe envolve as sementes, a casta nheira tem uma enorme riqueza na

fazem, mais grosso. A sua ramagem, de um verde vivo e alegre, expande-se,

do Pará, primitivamente caslanhas do

por vêzes, nos exemplares mais vigoro

tação

doas. São as nossas famosas ccj.víflnhfls

do tronco de uma castaniieira, em plao ta adulta e a um metro do .solo, e ^ ImSO e mesmo 2 metros. O diâme

tro da galharia, ao alto, pode cliegar

a 40 metros e cada uma de suas O

lhas, oblongas e dispostas alteina a mente, mede 60 cm. de coniprnnen por 12 de largura. o fnito da castanheira í

concorrência da sua similar oriental, con

tidas as castanhas ou amên oa ,

seguiu manter certo equilíbrio nas pau

número de 12 a 24, dispostas a

tas alfandegárias locais.

do eixo central. Cada castaU u, q

A castanheira do Pará só atinge pleno desenvolvimento e máxima produtivida

uma semente e tem de - «

comprimento, possui uma

de a partír dos 10 a 12 anos de ida de, mas já aos 4 e 5 anos dá os seus primeiros frutos, então menores e escas

o rrrgosa, rernsHndo a

Í.""

branco amarfinado e supei

, .. Co,

1, o T 4 cm. oe

mente lisa. Os ouriços sao a n ^

câo e as caslanhas vendidas a razão de ■ novembro e são essas flores, pequenas dearricas colhêroue abrir por dia de'"T" dOO a % 800 e de cor creme, que vão transformar-se,

sos.

^Uirunhân, que quando lograram acei nos centros europeus passaram

A árvore floresce de setembro a

no ano seguinte, de janeiro a mnrço[ ouriços, n que lhe permitira em frutos plenamente maduros e que ou menos 2 hectolitros de amêndoas. Ao se despegam espontaneamente dos ga contrário do que acontece coin os serin

ít .ser conhecidas, na Inglaterra, por Brazil mits ou P(irá nuts e, na França,

por mix chi Brósil ou nolx dti Pará, produto esse cada vez mais apreciado, não só entre nós como nos mercados

lhos altos.

Dado o tamanho e pêso gueiros, quase sempre população adven-

desses mesmos frutos, duros e redondos, tícia, ^•inda da região nordestina, os apa também conhecidos por ouriços, que nhadores de castanha são na sua grande

avista é esse mesmo dossel, também gi-

não raro atnígem 15 cm. de diâmetro

gantesco, mas de um verde muito mais escuro, formado pela sua vigorosa fron-

tarefa com bom tempo e por manhãzi nha ou já ao entardecer. O diâmetro

to da região, já foi ela que, ao tempo lenhoso, de casca extremamen e da desvalorização da borracha, pela e c.spèssa. Nele é que se

termo de comparação entre ambas. En

jam expansões tabulares que ainda o

pelas cercanias. Quanto às castanheiras, quando se sobem ou descem os rio.s, quase .sempre o que apenas delas se

Tanto assim que sendo, jioje, em im portância econômica, o segundo produ

Lccitidáceas, quando .se querem citar

abundância das suas preciosas amên

sos, a 30 e até 60 metros de altura, abrindo-se num imenso dossel que do mina e sombreia tudo que lhe fica

sua procura nao conheceu mais tréguas.

ra, Bcrlholctui exceha, da família das

c!mviirada,s e as fortes ventanias, e dai

titui com vantagem as amêndoas c no

Lcmbrc-scí, porém, que, por muito

Castanha do Pará

137

O sr. Gastão Crujs estuda, neste aiiigo,

dagem. E delas só se percebe a copa, a 1'iquez-a da castanheira na abundân

maioria caboclos autóctones, filhos dos

e chegam a pesar mais de 1 quilo, e também devido à grande altura de que

Estados do Pará e Amazonas.

caem, podem expor-se a graves aciden

É vastíssima a iirea de disseminação

dominando a vegetação de em tômo,

cia das suas amêndoas e declara que a

tes aqueles que déscuidadaraente este

da Bcitholctia, encontrada ao longo de todo o percurso do rio Amazonas e

porque a castanheira, árvore de terra

amêndoa da sapucaia poderia muito

jam sob a cop» dessas árvores na épo

seus principais afluentes, sendo que na

firmè, dos solos altos e maduros, evita as margens fluviais, não gosta

bem ser uma concorrente séria da

ca em que se processa a queda dos

bacia do Madeira vamos ainda defron

frutos.

castanha do Pará.

L

Todavia,, essa quase que só

ta 1/, !,c níQrfToi-ic

nltn Bpni. ià em


Dicesto Econónuco

estrangeiros, clc\ ido ao seu emprêgo na

se rcaliz;i ;is horas de .sol mds

indústria de confcilos finos e outros

e maior calor ou diinuite a.s grandes

produtos culinário.s, uma vez que subs

PfW»

a precaução dos ca.stanhciros ou cas-

zes européias.

tanhadnres, qnç os vão catar pí"'^ chão, de só .se entregarem a essa

tempo, a castanha do Pará, grande ri queza da líiléia amazônica, quase não teve serventia. Quando muito, na pró pria região, aprovcitavam-na para a ali-

por Gastão Cnui-í5

^os

viajantes

da

Amazônia tomam-

se logo familiares duas arvores que, pelo ta

de

estar

sujeita

ao

regime

mentação dos animais domésticos, prin cipalmente os porcos. A partir, entre tanto, de ineadcís do século passado, começou a figurar na ordem dos artigos de valor estimável e, daí por diante, a

das

citeias.

Embora o nome da suinainncira, Ceiba

pcnfamha, da família das Bombacáceas,

manho e freqüência, ande sempre junto com o cia castanhei marcam profundamen

te o fades paisagís tico da região.

São

elas a sumaumeira e

, a castanheira. A pri

meira é habitante das várzeas e, de pre ferência, aparece logo à beira dágua, nos terrenos que se inundam por oca sião das enchentes. Ê árvore de tron

co , claro e linheiro, em cuja base a raiz emite enormes sapopemas ou se

duas das maiores árvores da Amazônia,

do ponto cie vi.sta cconchnico não há quanto a sumaumeira e árvore de ma deira fraca e de tal hércules da floresta

apenas pode ser aproveitada a paina que lhe envolve as sementes, a casta nheira tem uma enorme riqueza na

fazem, mais grosso. A sua ramagem, de um verde vivo e alegre, expande-se,

do Pará, primitivamente caslanhas do

por vêzes, nos exemplares mais vigoro

tação

doas. São as nossas famosas ccj.víflnhfls

do tronco de uma castaniieira, em plao ta adulta e a um metro do .solo, e ^ ImSO e mesmo 2 metros. O diâme

tro da galharia, ao alto, pode cliegar

a 40 metros e cada uma de suas O

lhas, oblongas e dispostas alteina a mente, mede 60 cm. de coniprnnen por 12 de largura. o fnito da castanheira í

concorrência da sua similar oriental, con

tidas as castanhas ou amên oa ,

seguiu manter certo equilíbrio nas pau

número de 12 a 24, dispostas a

tas alfandegárias locais.

do eixo central. Cada castaU u, q

A castanheira do Pará só atinge pleno desenvolvimento e máxima produtivida

uma semente e tem de - «

comprimento, possui uma

de a partír dos 10 a 12 anos de ida de, mas já aos 4 e 5 anos dá os seus primeiros frutos, então menores e escas

o rrrgosa, rernsHndo a

Í.""

branco amarfinado e supei

, .. Co,

1, o T 4 cm. oe

mente lisa. Os ouriços sao a n ^

câo e as caslanhas vendidas a razão de ■ novembro e são essas flores, pequenas dearricas colhêroue abrir por dia de'"T" dOO a % 800 e de cor creme, que vão transformar-se,

sos.

^Uirunhân, que quando lograram acei nos centros europeus passaram

A árvore floresce de setembro a

no ano seguinte, de janeiro a mnrço[ ouriços, n que lhe permitira em frutos plenamente maduros e que ou menos 2 hectolitros de amêndoas. Ao se despegam espontaneamente dos ga contrário do que acontece coin os serin

ít .ser conhecidas, na Inglaterra, por Brazil mits ou P(irá nuts e, na França,

por mix chi Brósil ou nolx dti Pará, produto esse cada vez mais apreciado, não só entre nós como nos mercados

lhos altos.

Dado o tamanho e pêso gueiros, quase sempre população adven-

desses mesmos frutos, duros e redondos, tícia, ^•inda da região nordestina, os apa também conhecidos por ouriços, que nhadores de castanha são na sua grande

avista é esse mesmo dossel, também gi-

não raro atnígem 15 cm. de diâmetro

gantesco, mas de um verde muito mais escuro, formado pela sua vigorosa fron-

tarefa com bom tempo e por manhãzi nha ou já ao entardecer. O diâmetro

to da região, já foi ela que, ao tempo lenhoso, de casca extremamen e da desvalorização da borracha, pela e c.spèssa. Nele é que se

termo de comparação entre ambas. En

jam expansões tabulares que ainda o

pelas cercanias. Quanto às castanheiras, quando se sobem ou descem os rio.s, quase .sempre o que apenas delas se

Tanto assim que sendo, jioje, em im portância econômica, o segundo produ

Lccitidáceas, quando .se querem citar

abundância das suas preciosas amên

sos, a 30 e até 60 metros de altura, abrindo-se num imenso dossel que do mina e sombreia tudo que lhe fica

sua procura nao conheceu mais tréguas.

ra, Bcrlholctui exceha, da família das

c!mviirada,s e as fortes ventanias, e dai

titui com vantagem as amêndoas c no

Lcmbrc-scí, porém, que, por muito

Castanha do Pará

137

O sr. Gastão Crujs estuda, neste aiiigo,

dagem. E delas só se percebe a copa, a 1'iquez-a da castanheira na abundân

maioria caboclos autóctones, filhos dos

e chegam a pesar mais de 1 quilo, e também devido à grande altura de que

Estados do Pará e Amazonas.

caem, podem expor-se a graves aciden

É vastíssima a iirea de disseminação

dominando a vegetação de em tômo,

cia das suas amêndoas e declara que a

tes aqueles que déscuidadaraente este

da Bcitholctia, encontrada ao longo de todo o percurso do rio Amazonas e

porque a castanheira, árvore de terra

amêndoa da sapucaia poderia muito

jam sob a cop» dessas árvores na épo

seus principais afluentes, sendo que na

firmè, dos solos altos e maduros, evita as margens fluviais, não gosta

bem ser uma concorrente séria da

ca em que se processa a queda dos

bacia do Madeira vamos ainda defron

frutos.

castanha do Pará.

L

Todavia,, essa quase que só

ta 1/, !,c níQrfToi-ic

nltn Bpni. ià em


Dicksto

Dícesto

Ecosó>nco

território bolúiano. No Estado do Pará.

tritiva:;, e não .só as consumiam em es

distinguem-se pela riqueza dos seus cas-

tado natural, como lhes extraíam o suco

tanhais, notáveis não só pelo vulto das

leltoso para o preparo de mingaus e ou

Econó>uco

139

fruto, também uma cápsula lenhosa, quase esférica, mas com um opérculo que se dc.sprcndc facilmente por ocasião

ár\ores como pela abundância dos exem

tros alimentos.

Conforme a tribo, a

do amadurecimento, e que liberta as

plares. os teses de terra firme que se

castanha era chamada; nhá, tua, juvta, invia e tacarí, tocari ou tucari.

sementes enq\janto o ouriço ainda se

Mas a castanheira não vale apenas

mamente dificil o aproveitamento das

param os grandes tributários do baixo

Amazonas, Tocantins, Xingu e Tapajós, à margem direita, e Jari, Paru, Jamundá e Trombetas, à margem esquerda. No Estado do Amazonas, parece que a

sua distribuição se opera de este para oeste e são freqüentes os castanhais já conhecidos e explorados nos rios Solimões e Purus, parte baixa, e Madeira

e rio Negro, parte média.

h

Ainda em

território nacional, a castanheira é en

mantém préso ao galho, torna-se extre

suas castanhas. Ê que estas, despejadas

pelo va'or econômico das suas sementes, das quais, pisadas cruas ou ;issadas. se pode extrair também um belo óleo fixo,

do alto, SC espalham a esmo por uiu chão não raro .sujo e coberto de mato, onde .se faz preciso procurá-las uma

de còr amarela clara e grande limpidez.

Da própria entrecasca (líber) das ár vores, consegue-se unta cstópa resis

tente, de que o selvícola se utiliza para

I

a uma. E nesse penoso trabalho o homem encontra um sério concorrente

Equador, Colômbia e Venezuela, ern Diante de tão extensa área

de propagação e da multipli cidade dos seus exemplares,

pode-se ter como quase certo que apenas 10% da produção da castanha é aproveitada pelo homem e concorre para a ri

queza da Amazônia. Apesar disso, a produção média anual de castanha, com casca, de

que cada uma é presa ao centro do ou riço. Mas antes mesmo que se despegne o opérculo e as castanhas venham livremente ter ao solo, já os macacos, lá pelo cimo das árvores, forçam e conseguem u abertura dos ouriços, esvnziando-os do seu precioso conteúdo.

7.

^•- r

esvaziado, é produto de combustão fá

goza da fama de afugentar as "pragas". Além disso, dada a sua forma

e quando bem tratado indus

Reinava em Waòhinston a mesma atmosfera de icusão observada cm Holhjr

trialmente, dêle se conseguem vários objetos, como porta-

wood nos (lios das grandes estréias, quando teve início, no recinto do Coiigresso, o inquérito dos magnatas da indústria cinematográfica, em tórno dos atividades anti-norte-amoricanas na capital do cinema. O inquérito é patrocinado pela Co

jóias, saboneteiras, copos e va sos, que aparecem no comér

missão de Inquérito sôbre Atividades Anti-Nortc-Amcrknnas, da Câmara dos Re

cio e são muito procurados como lembranças locais.

presentantes.

üt * *

matográficas.

Amêndoa que poderia ser

ou sejam cerca de 40.000 to neladas, vendidas na media de

tanha do Pará, é a da sapu-

As pessoas mais ligados a HoUuwood dizem que os atores em geral julgam que a atitude da Comissão significa censura e intimiaação polUica nas produções cine A maneira pela qual será conduzido o interrogatório foi revelada logo de mícfO com o inquérito apresentado verbalniente ao sr. Jack V/arner, do "Warner Brás",

emprêsa que durante a guerra produziu "Missão em Moscou". O sr. Warner declnrou que demitira três escritores da companhia, porque

uma séria concorrente da cas

luiviam introduzido naquele celulóide cenas e cenários que iam contra as dotdrínas norte-americanas. No entanto, o sr. Panell Thomas, presidente da Comissão,

cáia, Lecytim usitata, também da fa-

triplicar durante a tiltima guerra), o que soma 120 milhões de cruzeiros por

tretanto, que os seus exemplares se

ano.

apresentam em número infinitamente

Dizíamos acima que, por muito tem

os morcegos também lhes apreciam mui to o apêndice camudo e branco com

cil, que dá bom fogo e cuja fumaça

tôda a região, e aproximada mente de 800.000 hectolitros, 150 cruzeiros (êste preço chegou a

sas amêndoas, como porcos selvagens, pacas, cuKas e caxinguclês, sendo que

o fabrico de máscaras de dança, es

dêmica no Acre e na zona norte do Es teiras e outros utensílios domésticos, e tado de Mato Grosso, confinante com a que é também de grande uso para o Amazônia e, já em território estrangeiro, calafeto das canoas. Quanto áo fruto na citada Bolívia, e também no Peru' pròpriamentc dito, ou ouriço, depois de

regiões igualmente limítrofes da Hiléia

em muitos animais, ávidos das saboro

mília das Lecitídáceas.

Acontece, en

advertiu-o logo, dizendo-. "Estamos aqui não Vera averiguar se existem comunis tas em Hollywood. O que desejamos saber é a extensão da sua infiltração na índústria cinematográfica". O segundo interrogado foi o sr. Louis B. Maijer, que fez a fita "Canção da Rússia", com Robert Taylor no papel principal

menor na floresta amazônica e jamais

po, as castanhas quase não tinham apro

se poderiam citar sapucaiais nativos,

veitamento entre os colonizadores da re

como se citam os castanhais espontâneos

gião. Os índios, porém, conheciam-lhe o sabor agradável e as qualidade.s nu-

em vários pontos da região. Por outro lado, devido á conformação do seu

i

Tudo faz crer que a Comissão pretende provar que tais películas foram feitas com o propósito exclusivo de propagar idéias subversivas e contrarias aos inie-rêsses da América.


Dicksto

Dícesto

Ecosó>nco

território bolúiano. No Estado do Pará.

tritiva:;, e não .só as consumiam em es

distinguem-se pela riqueza dos seus cas-

tado natural, como lhes extraíam o suco

tanhais, notáveis não só pelo vulto das

leltoso para o preparo de mingaus e ou

Econó>uco

139

fruto, também uma cápsula lenhosa, quase esférica, mas com um opérculo que se dc.sprcndc facilmente por ocasião

ár\ores como pela abundância dos exem

tros alimentos.

Conforme a tribo, a

do amadurecimento, e que liberta as

plares. os teses de terra firme que se

castanha era chamada; nhá, tua, juvta, invia e tacarí, tocari ou tucari.

sementes enq\janto o ouriço ainda se

Mas a castanheira não vale apenas

mamente dificil o aproveitamento das

param os grandes tributários do baixo

Amazonas, Tocantins, Xingu e Tapajós, à margem direita, e Jari, Paru, Jamundá e Trombetas, à margem esquerda. No Estado do Amazonas, parece que a

sua distribuição se opera de este para oeste e são freqüentes os castanhais já conhecidos e explorados nos rios Solimões e Purus, parte baixa, e Madeira

e rio Negro, parte média.

h

Ainda em

território nacional, a castanheira é en

mantém préso ao galho, torna-se extre

suas castanhas. Ê que estas, despejadas

pelo va'or econômico das suas sementes, das quais, pisadas cruas ou ;issadas. se pode extrair também um belo óleo fixo,

do alto, SC espalham a esmo por uiu chão não raro .sujo e coberto de mato, onde .se faz preciso procurá-las uma

de còr amarela clara e grande limpidez.

Da própria entrecasca (líber) das ár vores, consegue-se unta cstópa resis

tente, de que o selvícola se utiliza para

I

a uma. E nesse penoso trabalho o homem encontra um sério concorrente

Equador, Colômbia e Venezuela, ern Diante de tão extensa área

de propagação e da multipli cidade dos seus exemplares,

pode-se ter como quase certo que apenas 10% da produção da castanha é aproveitada pelo homem e concorre para a ri

queza da Amazônia. Apesar disso, a produção média anual de castanha, com casca, de

que cada uma é presa ao centro do ou riço. Mas antes mesmo que se despegne o opérculo e as castanhas venham livremente ter ao solo, já os macacos, lá pelo cimo das árvores, forçam e conseguem u abertura dos ouriços, esvnziando-os do seu precioso conteúdo.

7.

^•- r

esvaziado, é produto de combustão fá

goza da fama de afugentar as "pragas". Além disso, dada a sua forma

e quando bem tratado indus

Reinava em Waòhinston a mesma atmosfera de icusão observada cm Holhjr

trialmente, dêle se conseguem vários objetos, como porta-

wood nos (lios das grandes estréias, quando teve início, no recinto do Coiigresso, o inquérito dos magnatas da indústria cinematográfica, em tórno dos atividades anti-norte-amoricanas na capital do cinema. O inquérito é patrocinado pela Co

jóias, saboneteiras, copos e va sos, que aparecem no comér

missão de Inquérito sôbre Atividades Anti-Nortc-Amcrknnas, da Câmara dos Re

cio e são muito procurados como lembranças locais.

presentantes.

üt * *

matográficas.

Amêndoa que poderia ser

ou sejam cerca de 40.000 to neladas, vendidas na media de

tanha do Pará, é a da sapu-

As pessoas mais ligados a HoUuwood dizem que os atores em geral julgam que a atitude da Comissão significa censura e intimiaação polUica nas produções cine A maneira pela qual será conduzido o interrogatório foi revelada logo de mícfO com o inquérito apresentado verbalniente ao sr. Jack V/arner, do "Warner Brás",

emprêsa que durante a guerra produziu "Missão em Moscou". O sr. Warner declnrou que demitira três escritores da companhia, porque

uma séria concorrente da cas

luiviam introduzido naquele celulóide cenas e cenários que iam contra as dotdrínas norte-americanas. No entanto, o sr. Panell Thomas, presidente da Comissão,

cáia, Lecytim usitata, também da fa-

triplicar durante a tiltima guerra), o que soma 120 milhões de cruzeiros por

tretanto, que os seus exemplares se

ano.

apresentam em número infinitamente

Dizíamos acima que, por muito tem

os morcegos também lhes apreciam mui to o apêndice camudo e branco com

cil, que dá bom fogo e cuja fumaça

tôda a região, e aproximada mente de 800.000 hectolitros, 150 cruzeiros (êste preço chegou a

sas amêndoas, como porcos selvagens, pacas, cuKas e caxinguclês, sendo que

o fabrico de máscaras de dança, es

dêmica no Acre e na zona norte do Es teiras e outros utensílios domésticos, e tado de Mato Grosso, confinante com a que é também de grande uso para o Amazônia e, já em território estrangeiro, calafeto das canoas. Quanto áo fruto na citada Bolívia, e também no Peru' pròpriamentc dito, ou ouriço, depois de

regiões igualmente limítrofes da Hiléia

em muitos animais, ávidos das saboro

mília das Lecitídáceas.

Acontece, en

advertiu-o logo, dizendo-. "Estamos aqui não Vera averiguar se existem comunis tas em Hollywood. O que desejamos saber é a extensão da sua infiltração na índústria cinematográfica". O segundo interrogado foi o sr. Louis B. Maijer, que fez a fita "Canção da Rússia", com Robert Taylor no papel principal

menor na floresta amazônica e jamais

po, as castanhas quase não tinham apro

se poderiam citar sapucaiais nativos,

veitamento entre os colonizadores da re

como se citam os castanhais espontâneos

gião. Os índios, porém, conheciam-lhe o sabor agradável e as qualidade.s nu-

em vários pontos da região. Por outro lado, devido á conformação do seu

i

Tudo faz crer que a Comissão pretende provar que tais películas foram feitas com o propósito exclusivo de propagar idéias subversivas e contrarias aos inie-rêsses da América.


Dic.esto

AUTORES

E

LiVROS

por CÂNDIDO Mota Fii.no A SOCIOLOGIA

DO

RENASCIMENTO

JJm cios eshidüs

rada. O valor de .Níax Weber

básicos para a compreensão

foi,

da

mente, èsse. Com

sem dúvida algu-

.seus

ma. o do Renascimentü. Foi o que as

estudos

e

sinalou o grande Jacob Bukhardt, quan

com suas concepçTx-.s, conseguiu alargar e robu.stecer o campo .sociológico. Pros

rios estudos históricos, uma visão pano

seguiram, no intento, seu.s discípulos,

do nos forneceu, pelos seus extraordiná

râmica desse período da cuítura hu mana.

Tudo o que se definiu, na atualida

de, provém do Renascimento e por ôle se explica. Os grandes vitrais góticos deixam, com êle, de ref.etir, na graça de sua.': cores, as luzes da vida.

Os

monstros, que espiam das alturas ren-

>■

indiscutivel

vida moderna é,

como Werner Soinbart, mantendo a co

nexão entre as ciências do e.spírito e as da natureza.

Acompanliundo a trajetória do pro cesso Instórico-ciilturnI do Renascimen

to, na sua fase primitiva, no alto e também

no

bai.vo

Renascimento, Von

Martín vai encontrar, por fim, o tipo

dilhadas de Noíre Dama de Paris, trans-

estrutura! da cultura burguesa.

figuram-se em monstros ornamentais. Piá um novo panorama de vida, do

sugestivo e notável. E, com êle, temos então elementos para compreender a fi

tada ela de uma linguagem até então desconhecida, linguagem essa que vai-se enriquecendo com o caminhar dos anos, até alcançar nossos dias. Para situarmos, portanto, os atuais conflitos da vida, nos seus aspectos fundamentais, — cren ça e de.scrença, ordem e desordem, — temos que voltar a nossa atenção pura

esse espetáculo fabuloso, contraditório e rico, que denominaram Renascimento. Alfred Von Martín (Sociologia dei Renacimiento) procurou vê-lo sob o as

pecto sociológico, que é, sem dúvida, um dos aspectos fundamentais. A socio logia não pode ser vista tão só como ciência

imediata

da

dimensão

social.

E, nesse sentido, o seu estudo é

sionomia dos processos .sociais da atua lidade.

e indiscutíveis; tudo mais era heresia.

Leonardo, Ga'ileu atacam os problenias

Pois a heresia domina o Renascimento. Assim, o e.spírito individuul sta da bur

de náutica, dc construção e equipa-

guesia nascente acaba com o espírito corporativo medieval e o sulistitui por

na e das fortificaçôes. Com a invenção

uma sério de relações de mando. E como todas as forças anteriores se e.\-

tingucin, extingue-se, por sua vez, a hegemonia da antiga classe militar. A cavalaria pesada dos \assalos e homens

de armas recua pura dar lugar à infan

taria, nova arma burguesa, cuja impor

tância tática foi aumentando, cada vez mais. A própria noção do honra mudou, diante de uma época onde não mais

eram possí\eis as desilusões e. em cujo recinto, a força deveria ser o melhor

argumento.

E o homem então, liber

tado de seus antigos vínculos, iomeça a contar com suas próprias forças e a sustentar a superioridade da "ratio" sôbre

a

"traditio".

Desenvolve-se, dentro dêsse realismo, nesta substituição da crença em Deus pela crença dos homens, nesta substi

tuição do valor sagrado pelo valor das coisas profanas, o saber técnico, atra vés do conhecimento das leis fundamen

tais da natureza.

Fixando sua atenção, prime"vamente. nos problemas ví.síveis, mostra que o cen

tro no qual gravitava a sociedade medie

val era o so'o. Muda, porém, com o Re

nascimento, cujo centro econômico e so cial passa a ser a cidade. Muda-se as sim o sistema de vida, passa-se^ de uma atitude "conservadora" para uma ati

tude "liberal".

Desfaz-se uma socieda

de baseada na ordem do.s estados, con

sagrados pela igreja, onde cada um ocupa um lugar designado por Deus,

para surgir uma rebeldia cada vez mais acentuada, que vai alcançar o próprio

Ela é também uma ciência cultural e

Deus.

A vida, dentro de uma associa

ássim pode ser perfeitamente configu

ção comunal, era feita com dados certos

14Í

Econômico

A metafísica não

pode mais interessar. Indagar-se das coi sas sobrenaturais não tem mais sentido, conforme

argumenta

Guicciardini.

O

que é preciso é, com a ciência natural,

mento das naves de edificação urba

e o aperfeiçoamento das armas de fogOr a guerra toma um caráter técnico e a artilharia se converte num ramo da engenharia.

A ruptura com o passado \ai-se acen tuando desse modo. Para o "hoino iS"

I gioi.us" da Idade Média, imbuído dd

ponto de vista tradicional, o mundo é um ate de criação divina. Para o ho

mem novo do Renascimento só há reair. menlo o trabalho humano. A \ontade de dominar as coisas dá o novo ritmo

dos gestos. E daí o reflexo dessas con

dições humanas e sociais na no\a ten

dência artística. A arte perde o sen- ^

tido de inspiração para tornar-se s» bordinada à'técnica, à técnica, confundindo com isso, muitas vèzes, o engenheiro e o artista, como aconteceu com Migue Ângelo e, principalmente, com Leonardo.'^

Basta lembrarmos artistas como

Castagno, Ucello", Signorelli ou Man tenha, que vi\'iam dentro da preocupa

ção técnica. A vontade de domínio, porque o artista também é ura domina dor da natureza, dá, pela pintura, a

sensação de que ela alcança as longas

distâncias, através das regras da pe«-

dominar a natureza e compreender que

pcctiva, quer pela perspectiva linear

todo o poder do homem vem dela. Para

atmosférica dos holandeses.

Von Martín, o pensador burguês "é engenheiro por natureza", que faz uma rápida aplicação prática das ciências téc

nicas. Por outro lado, a especulação científica, como aliá.'! já foi notado por

dos italianos, quer pela perspectiva Alberti,

tigador da natureza, um matemático, um técnico". A cúpola de Brunelesco cons

titui um exemplo dessa afirmativa. E como a arte é uma forma de domí

Dilthcy, faz sua adesão ao trabalho in-

du-strial.

A' nova sociedade só poderia

Segundo

"o artista é, antes, um inves

nio e de orgulho, ela recebe a consa

prosperar por essa cooperação entre o trabalho manual e cientifico. E os in-

gração popular. A construção da ca tedral de Florença foi um acontecimen

vestigadores,

to Donuíar na RpruiV»!;.-., iri..

os

Ubaldi,

Benedetti,

O'

>

X

X

MU

n


Dic.esto

AUTORES

E

LiVROS

por CÂNDIDO Mota Fii.no A SOCIOLOGIA

DO

RENASCIMENTO

JJm cios eshidüs

rada. O valor de .Níax Weber

básicos para a compreensão

foi,

da

mente, èsse. Com

sem dúvida algu-

.seus

ma. o do Renascimentü. Foi o que as

estudos

e

sinalou o grande Jacob Bukhardt, quan

com suas concepçTx-.s, conseguiu alargar e robu.stecer o campo .sociológico. Pros

rios estudos históricos, uma visão pano

seguiram, no intento, seu.s discípulos,

do nos forneceu, pelos seus extraordiná

râmica desse período da cuítura hu mana.

Tudo o que se definiu, na atualida

de, provém do Renascimento e por ôle se explica. Os grandes vitrais góticos deixam, com êle, de ref.etir, na graça de sua.': cores, as luzes da vida.

Os

monstros, que espiam das alturas ren-

>■

indiscutivel

vida moderna é,

como Werner Soinbart, mantendo a co

nexão entre as ciências do e.spírito e as da natureza.

Acompanliundo a trajetória do pro cesso Instórico-ciilturnI do Renascimen

to, na sua fase primitiva, no alto e também

no

bai.vo

Renascimento, Von

Martín vai encontrar, por fim, o tipo

dilhadas de Noíre Dama de Paris, trans-

estrutura! da cultura burguesa.

figuram-se em monstros ornamentais. Piá um novo panorama de vida, do

sugestivo e notável. E, com êle, temos então elementos para compreender a fi

tada ela de uma linguagem até então desconhecida, linguagem essa que vai-se enriquecendo com o caminhar dos anos, até alcançar nossos dias. Para situarmos, portanto, os atuais conflitos da vida, nos seus aspectos fundamentais, — cren ça e de.scrença, ordem e desordem, — temos que voltar a nossa atenção pura

esse espetáculo fabuloso, contraditório e rico, que denominaram Renascimento. Alfred Von Martín (Sociologia dei Renacimiento) procurou vê-lo sob o as

pecto sociológico, que é, sem dúvida, um dos aspectos fundamentais. A socio logia não pode ser vista tão só como ciência

imediata

da

dimensão

social.

E, nesse sentido, o seu estudo é

sionomia dos processos .sociais da atua lidade.

e indiscutíveis; tudo mais era heresia.

Leonardo, Ga'ileu atacam os problenias

Pois a heresia domina o Renascimento. Assim, o e.spírito individuul sta da bur

de náutica, dc construção e equipa-

guesia nascente acaba com o espírito corporativo medieval e o sulistitui por

na e das fortificaçôes. Com a invenção

uma sério de relações de mando. E como todas as forças anteriores se e.\-

tingucin, extingue-se, por sua vez, a hegemonia da antiga classe militar. A cavalaria pesada dos \assalos e homens

de armas recua pura dar lugar à infan

taria, nova arma burguesa, cuja impor

tância tática foi aumentando, cada vez mais. A própria noção do honra mudou, diante de uma época onde não mais

eram possí\eis as desilusões e. em cujo recinto, a força deveria ser o melhor

argumento.

E o homem então, liber

tado de seus antigos vínculos, iomeça a contar com suas próprias forças e a sustentar a superioridade da "ratio" sôbre

a

"traditio".

Desenvolve-se, dentro dêsse realismo, nesta substituição da crença em Deus pela crença dos homens, nesta substi

tuição do valor sagrado pelo valor das coisas profanas, o saber técnico, atra vés do conhecimento das leis fundamen

tais da natureza.

Fixando sua atenção, prime"vamente. nos problemas ví.síveis, mostra que o cen

tro no qual gravitava a sociedade medie

val era o so'o. Muda, porém, com o Re

nascimento, cujo centro econômico e so cial passa a ser a cidade. Muda-se as sim o sistema de vida, passa-se^ de uma atitude "conservadora" para uma ati

tude "liberal".

Desfaz-se uma socieda

de baseada na ordem do.s estados, con

sagrados pela igreja, onde cada um ocupa um lugar designado por Deus,

para surgir uma rebeldia cada vez mais acentuada, que vai alcançar o próprio

Ela é também uma ciência cultural e

Deus.

A vida, dentro de uma associa

ássim pode ser perfeitamente configu

ção comunal, era feita com dados certos

14Í

Econômico

A metafísica não

pode mais interessar. Indagar-se das coi sas sobrenaturais não tem mais sentido, conforme

argumenta

Guicciardini.

O

que é preciso é, com a ciência natural,

mento das naves de edificação urba

e o aperfeiçoamento das armas de fogOr a guerra toma um caráter técnico e a artilharia se converte num ramo da engenharia.

A ruptura com o passado \ai-se acen tuando desse modo. Para o "hoino iS"

I gioi.us" da Idade Média, imbuído dd

ponto de vista tradicional, o mundo é um ate de criação divina. Para o ho

mem novo do Renascimento só há reair. menlo o trabalho humano. A \ontade de dominar as coisas dá o novo ritmo

dos gestos. E daí o reflexo dessas con

dições humanas e sociais na no\a ten

dência artística. A arte perde o sen- ^

tido de inspiração para tornar-se s» bordinada à'técnica, à técnica, confundindo com isso, muitas vèzes, o engenheiro e o artista, como aconteceu com Migue Ângelo e, principalmente, com Leonardo.'^

Basta lembrarmos artistas como

Castagno, Ucello", Signorelli ou Man tenha, que vi\'iam dentro da preocupa

ção técnica. A vontade de domínio, porque o artista também é ura domina dor da natureza, dá, pela pintura, a

sensação de que ela alcança as longas

distâncias, através das regras da pe«-

dominar a natureza e compreender que

pcctiva, quer pela perspectiva linear

todo o poder do homem vem dela. Para

atmosférica dos holandeses.

Von Martín, o pensador burguês "é engenheiro por natureza", que faz uma rápida aplicação prática das ciências téc

nicas. Por outro lado, a especulação científica, como aliá.'! já foi notado por

dos italianos, quer pela perspectiva Alberti,

tigador da natureza, um matemático, um técnico". A cúpola de Brunelesco cons

titui um exemplo dessa afirmativa. E como a arte é uma forma de domí

Dilthcy, faz sua adesão ao trabalho in-

du-strial.

A' nova sociedade só poderia

Segundo

"o artista é, antes, um inves

nio e de orgulho, ela recebe a consa

prosperar por essa cooperação entre o trabalho manual e cientifico. E os in-

gração popular. A construção da ca tedral de Florença foi um acontecimen

vestigadores,

to Donuíar na RpruiV»!;.-., iri..

os

Ubaldi,

Benedetti,

O'

>

X

X

MU

n


142

Digesto

Econômico

DiCESTo Econômico

mesmo acontecendo com-as de Orvieto,

com o auxílio de Loduvico, o Mouro,

o burguês se torna poderoso, o trafican

Pisa, Síena, Veneza.

tenta atirar os turcos contra Veneza.

te se transforma em comerciante. Um

Por sua vez, a arte assume duas ca

racterísticas expressivas. Uma é seu as pecto familiar, como se pode ver em Filippo Lippi ou em Gliirlandaío, onde os santos aparecem como "bons bour-

contra-partida: - Pago".

volucionária, que faz essa definitiva transfiguração dc valores. Ê o dinheiro.

mentalidade comercial, oferece-nos o

leve, é que se pode ir até as raízes dos

e.xemplo daquela partida que o vene- nossos atuais meios de \-ida, que conti

O dinheiro c um demônio a transtornar

os cérebros e as coisas. Com èle pÕe-se em marcha tôdas as ambições.

Com

melhante.

os conflitos em que se empenha, atra vés das indulgências. As infrações da

concepção que o homem se toma culto

lí\TO maior: — "qq Doge Foscari, pela morte de meu filho e de meu tio".

nuam a oferecer os argumentos

as nossas angústias e para as nossas pobres esperanças.

gumentos. É ôle o organizador visível do mundo. Os príncipes saem de suas

Êsse individualismo burguês é assim

ziano Jacob Loreano escriturou em seu

Assim, lendo este Iínto. resimiido e

êle está a razão final de todos os ar

mocrática, que mostra o homem, sem artifício, igual por natureza ao seu se

tombem humanismo. Signorelli defen"nobihtas k v! de Poggio. "í^umanitas" contra E é dentro dessaa

mesmo Foscari e seu filho, escritura

exei-.iplo, que impressiona, da impreg nação de tôdas as esferas da vida pela

sagração do nu nas obras de arte. Con

tra a arte clerical e aristocrática surge

E, logo depois de ter eliminado c

Há, entretanto, para Von Martin, um elemento de estranha capacidade re

geois"... Outra característica é a con

o nu que é uma expressão da arte de

143

dificuldades com ôle.

A Igreja vence

moral podiam espiar-se com o dinheiro. Assim, desaparecera o vinculo orgânico das comunidades, isto e, a comunidade

de sangue, para vencer, por tôda a parte, a comunidade de interêsses me

e educado e é dentro dessa concepção cânicos e imediatos, impostos pela po .expressão está exS" ?em Petrarca. lítica do dinheiro. Quem sabe contar A politíca se movimenta com êsses sabe vencer. dados. Ela e feita pela 'Sirtú", no dinheiro, O político, como o negociante, é um sentido de fôrça viril e pela "astuzzia" homem que sabe calcular. A menta no sentido de sagacidade racional e (

diz Von Martin, in assim por um Borgia, por um Medicis lidadea calculista, política, que se movimenta com por um Carlos V, Henrique VIII. E é vado categorias de meios e fins, ditados por assim que ela é lista por Maquiavel interêsses burgueses". ele, o em que procura, por entre as debilidades presário burguês, ao contrário do nobre, que existem, as fôrças de recomposi do labrego e do menestrel de caráter

ção social. ,

Porque nessa época de ostentação de

fôrça, há, também, em virtude do aspec

medieval, é um calculador, pensa de ' maneira racional e não de maneira tra dicional.

to cambiante da transição, o oportunis

O dinheiro é o protetor do indivíduo

mo assustado daqueles que se sentiam

e não do grupo e é êle que faz expandir a riqueza mobiliária. "O laço que une

ameaçados, que faziam com seus piores adversários a política da mão estendida.

os homens, diz Bretano, é o dinheiro

Gregórío DC e Inocêncio IV solicitaram

contado".

o auxílio dos muçulmanos contra a Euròpa cristã. Assim, de vez em vez, a

dade do processo econômico do dinhei ro 6 submeter ao seu próprio ritmo

aliança com os turcos se fazia e Mao-

todo o conteúdo da vida".

mé II intitulava-se amigo e irmão de Gonzaga de Mântua. E Alexandre VI,

E não há o que mais segure essa pe netração do valor monetário. Com êle,

Para Simmel, "a peculiari

O sr. Arnaldo Massone, presidente da Câmara Argentina àc Comércio e de legado de seu país junto ao Conselho Interamericano de Comércio e Produção, declarou que as decisões atuahyiente tomadas pelos homens de negócio deverão orientar os homens de gocêrno. No tocante ao intercâmbio comercial entre os países da América, decidiu-se s. s. pelo sistema do acordos muUilaterais, passando a defen der a conveniência de uma união aduaneira que englobasse tôdas as nações conti nentais, ou apenas um grupo de países. Os resultados de tal união estimxilaríam os deniais a ingressar para o mesma.

Com referência ao problema do trigo, declarou o sr. Masivne que a Argen tina pode e deve satisfazer a tôdas as necessidades das nações americanas, achondo-se, além disso, em condições de suprir outros mercados.


142

Digesto

Econômico

DiCESTo Econômico

mesmo acontecendo com-as de Orvieto,

com o auxílio de Loduvico, o Mouro,

o burguês se torna poderoso, o trafican

Pisa, Síena, Veneza.

tenta atirar os turcos contra Veneza.

te se transforma em comerciante. Um

Por sua vez, a arte assume duas ca

racterísticas expressivas. Uma é seu as pecto familiar, como se pode ver em Filippo Lippi ou em Gliirlandaío, onde os santos aparecem como "bons bour-

contra-partida: - Pago".

volucionária, que faz essa definitiva transfiguração dc valores. Ê o dinheiro.

mentalidade comercial, oferece-nos o

leve, é que se pode ir até as raízes dos

e.xemplo daquela partida que o vene- nossos atuais meios de \-ida, que conti

O dinheiro c um demônio a transtornar

os cérebros e as coisas. Com èle pÕe-se em marcha tôdas as ambições.

Com

melhante.

os conflitos em que se empenha, atra vés das indulgências. As infrações da

concepção que o homem se toma culto

lí\TO maior: — "qq Doge Foscari, pela morte de meu filho e de meu tio".

nuam a oferecer os argumentos

as nossas angústias e para as nossas pobres esperanças.

gumentos. É ôle o organizador visível do mundo. Os príncipes saem de suas

Êsse individualismo burguês é assim

ziano Jacob Loreano escriturou em seu

Assim, lendo este Iínto. resimiido e

êle está a razão final de todos os ar

mocrática, que mostra o homem, sem artifício, igual por natureza ao seu se

tombem humanismo. Signorelli defen"nobihtas k v! de Poggio. "í^umanitas" contra E é dentro dessaa

mesmo Foscari e seu filho, escritura

exei-.iplo, que impressiona, da impreg nação de tôdas as esferas da vida pela

sagração do nu nas obras de arte. Con

tra a arte clerical e aristocrática surge

E, logo depois de ter eliminado c

Há, entretanto, para Von Martin, um elemento de estranha capacidade re

geois"... Outra característica é a con

o nu que é uma expressão da arte de

143

dificuldades com ôle.

A Igreja vence

moral podiam espiar-se com o dinheiro. Assim, desaparecera o vinculo orgânico das comunidades, isto e, a comunidade

de sangue, para vencer, por tôda a parte, a comunidade de interêsses me

e educado e é dentro dessa concepção cânicos e imediatos, impostos pela po .expressão está exS" ?em Petrarca. lítica do dinheiro. Quem sabe contar A politíca se movimenta com êsses sabe vencer. dados. Ela e feita pela 'Sirtú", no dinheiro, O político, como o negociante, é um sentido de fôrça viril e pela "astuzzia" homem que sabe calcular. A menta no sentido de sagacidade racional e (

diz Von Martin, in assim por um Borgia, por um Medicis lidadea calculista, política, que se movimenta com por um Carlos V, Henrique VIII. E é vado categorias de meios e fins, ditados por assim que ela é lista por Maquiavel interêsses burgueses". ele, o em que procura, por entre as debilidades presário burguês, ao contrário do nobre, que existem, as fôrças de recomposi do labrego e do menestrel de caráter

ção social. ,

Porque nessa época de ostentação de

fôrça, há, também, em virtude do aspec

medieval, é um calculador, pensa de ' maneira racional e não de maneira tra dicional.

to cambiante da transição, o oportunis

O dinheiro é o protetor do indivíduo

mo assustado daqueles que se sentiam

e não do grupo e é êle que faz expandir a riqueza mobiliária. "O laço que une

ameaçados, que faziam com seus piores adversários a política da mão estendida.

os homens, diz Bretano, é o dinheiro

Gregórío DC e Inocêncio IV solicitaram

contado".

o auxílio dos muçulmanos contra a Euròpa cristã. Assim, de vez em vez, a

dade do processo econômico do dinhei ro 6 submeter ao seu próprio ritmo

aliança com os turcos se fazia e Mao-

todo o conteúdo da vida".

mé II intitulava-se amigo e irmão de Gonzaga de Mântua. E Alexandre VI,

E não há o que mais segure essa pe netração do valor monetário. Com êle,

Para Simmel, "a peculiari

O sr. Arnaldo Massone, presidente da Câmara Argentina àc Comércio e de legado de seu país junto ao Conselho Interamericano de Comércio e Produção, declarou que as decisões atuahyiente tomadas pelos homens de negócio deverão orientar os homens de gocêrno. No tocante ao intercâmbio comercial entre os países da América, decidiu-se s. s. pelo sistema do acordos muUilaterais, passando a defen der a conveniência de uma união aduaneira que englobasse tôdas as nações conti nentais, ou apenas um grupo de países. Os resultados de tal união estimxilaríam os deniais a ingressar para o mesma.

Com referência ao problema do trigo, declarou o sr. Masivne que a Argen tina pode e deve satisfazer a tôdas as necessidades das nações americanas, achondo-se, além disso, em condições de suprir outros mercados.


PAN

Ouvido pela imprema, o engenheiro Silvio Frues de Abreu, inembro da Commao de Estudo doe aplicações de capital em empréstimos de relevante interâsse para o Brasil, referiu-se th decisões tomadas na última reunião dêsse órgão, e de pois de acentuar a atuação do general Juarez Távora conio relator das normos bá

Longa vida e po*

SEMPRE VIVO -

sicas da lei sôbre exploração do petróleo, declarou-,

tência de sobra!

"Efetivamente foram estabelecidas'as condições em que interessava ao Brasil o recebimento do capital estrangeiro para aplicação na indústria do petróleo. O traa o está muito bem feito. Encarou-se a possibilidade do emprâgo do capital

dores Etna foram

projetados e cons

estrangeiro mas, tendo em vista, antes de tudo, o interêsse nacionar.

truídos pelos téc

Os acumula-

Perguntado .sôbre se há alguma proposta concreta de capitais estrangeiros com

nicos da General Motors para

E pura fantasia o que dizem a respeito. Flão temos conhecimento de tie-

corresponder exatamente òs condições peculiares dó clim®

relaçao^ ao petrolco, a engenheiro Froes de Abreu respondeu -. cão"do^vZ'ó^ í

rJo

brasileiro 1

houver alguém que deseje empregar capitais na explora-

PRODUTO DA

poí isso. E- .Sá „g.>

general motors

os iniorêsses do 'capital hartnonizar-se ferfcilamente capital altentgena com os sagrados mlerêsscs do BrasU".

i

mexicano resolveu abrir iconcursogovêmo para a construção de um dique O

de vastas proporções em Sinalga. A re presa contará com uma capacidade de quatro bilhões de metros cúbicos de água para irrigação e poderá satisfazer às necessidades de 300.000 hectares.

Q Departamento de Comércio anun

ciou que as e.xportações de borracha é subprodutos, no mês de agôsto, foram

ACUMULADORES

avaliadas em'15.861.467 dólares, ou

5% menos do total de julho. Revelou ainda que a média mensal, no segundo trimestre de 1947, foi de

O Departamento de Comércio anun ciou que a cota de exportação de car tão sofreu uniiX queda de três milhões e meio de toneladas. O declínio se refere ao mês de novem

ETNA

20,326.379 dólares e que a cifra geral para os primeiros oito meses do corren

te ano foi de 1.53.032.482 dólares.

GENERAL MOTORS DO BRASIL S. A.

D govêmo uruguaio autorizou licen

bro e' na relação estão incluídos o Brasil, com 144.000, a Argentina, com 72.000 e outros países latino-america

esterlinos, para a importação de auto

nos, com 54.000 toneladas bnitas.

mésticos britânicos.

PARA VENDAS E SERVIÇO PROCURE OS DISTRIBUIDORES E CONCESSIONÁRIOS DA GENERAL MOTORS DO BRASIL S. A.

ças de câmbio, no valor de 220.000

móveis, produtos químicos e artigos do

.A

4ãl


PAN

Ouvido pela imprema, o engenheiro Silvio Frues de Abreu, inembro da Commao de Estudo doe aplicações de capital em empréstimos de relevante interâsse para o Brasil, referiu-se th decisões tomadas na última reunião dêsse órgão, e de pois de acentuar a atuação do general Juarez Távora conio relator das normos bá

Longa vida e po*

SEMPRE VIVO -

sicas da lei sôbre exploração do petróleo, declarou-,

tência de sobra!

"Efetivamente foram estabelecidas'as condições em que interessava ao Brasil o recebimento do capital estrangeiro para aplicação na indústria do petróleo. O traa o está muito bem feito. Encarou-se a possibilidade do emprâgo do capital

dores Etna foram

projetados e cons

estrangeiro mas, tendo em vista, antes de tudo, o interêsse nacionar.

truídos pelos téc

Os acumula-

Perguntado .sôbre se há alguma proposta concreta de capitais estrangeiros com

nicos da General Motors para

E pura fantasia o que dizem a respeito. Flão temos conhecimento de tie-

corresponder exatamente òs condições peculiares dó clim®

relaçao^ ao petrolco, a engenheiro Froes de Abreu respondeu -. cão"do^vZ'ó^ í

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houver alguém que deseje empregar capitais na explora-

PRODUTO DA

poí isso. E- .Sá „g.>

general motors

os iniorêsses do 'capital hartnonizar-se ferfcilamente capital altentgena com os sagrados mlerêsscs do BrasU".

i

mexicano resolveu abrir iconcursogovêmo para a construção de um dique O

de vastas proporções em Sinalga. A re presa contará com uma capacidade de quatro bilhões de metros cúbicos de água para irrigação e poderá satisfazer às necessidades de 300.000 hectares.

Q Departamento de Comércio anun

ciou que as e.xportações de borracha é subprodutos, no mês de agôsto, foram

ACUMULADORES

avaliadas em'15.861.467 dólares, ou

5% menos do total de julho. Revelou ainda que a média mensal, no segundo trimestre de 1947, foi de

O Departamento de Comércio anun ciou que a cota de exportação de car tão sofreu uniiX queda de três milhões e meio de toneladas. O declínio se refere ao mês de novem

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Imposta sóbre a renda e adicional do ronda (Lucros extraordinários) Organização de sociedades e firmas em geral.

Consultas, defesas e recursos sobro matéria fiscal o .serviços diversos junto à's repartições públicas em geral. Auditoria Revisões — Planos contabilfsticos — Exames de balanços — Escritas avulsas e organização de escritas contábeis cm geral. DIRETORES; MARIO CARLOS

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Telefones: 2-2222 — 2-5999 — 2-6888 Caixa 148-A — SÃO PAULO Uma grande e antiga organizaçao a ser viço dos que necessitam:

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(Contadores o Economistas) SAMUEL PSANQUEVICH

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(Contador) RUA FLORIANO PEIXOTO. 40 — TELEFONES: 3-4094 e 3-6627 (entre as Caixas Econômica Federal e Estadual) 12.0 andar — Salas 122 e 123

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Fones: Vendas: 2-2386 — Escr.: 3-7918 — Caixa Postal, 1816


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