UKjISTÜ
ECONOÍMICO
SDB OS auspícios 00 ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO E 00 FEDERAÇÃO DO COMERCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO S l M il R I O Pág
o Inlercsso do Dlrollo Comparado para o Mundo dos Negócios — René David Tomas o Problemas cm Dobalo — Dar o de Ahiieicia Magalhães dn "Eslalulo do Petróleo" — Glycon Glvcon de t Caractoristicas do Proínto Projolo do Paiva A Ronda dos Oulros — Riehard Lcwinsohn Rogulamenlação Internacional das Migrações — Henrique Dória de Vasconcellos
23
34 45 53 59
Paridade Cambial do Cruzeiro na Presente Conjuntura Econômica — Roberto Pinto de Sousa
O Monopólio Bilateral no Comércio Internacional — Dorival Teixeira Vieira .... Diliculdades do Controle Monetário — Djacir Menezes O Valor Sociológico dos Recenscamcntcs — L. A. Cesta Pinto Unidade e Pluralidade Sindical — Cló\.s Leite Ribeiro O Crédito — A Moeda — O Capital — Aldo M. Azevedo Lobret e sua "Lettre aux Americains" — José Luiz de Almeida Nogueira Pôrto ..
Aspectos da Influência Francesa no Brasil — Otávio Tarquirio de Sousa Joaquim Murtinho — Dcolincio Amorim
69 76 82
89 98
101 112 118
122
Woodrow Wilson, Evangelista da Paz e da Liga das Nações — Rodrigo Soares Júnior 131
II N.o 49 — DEZEMBRO DE 1948 — ANO V
1# o DIGESTO ECONÔMICO ESTÁ À VENDA
nos principais pontos de jornais no Brasil, ao preço de Cr$ 3,00.
Industrias de Artefatos de Borracha Ej::ALÇADOâ
Os nossos agentes da relação abaixo estão aptos a suprir qualquer encomenda, bem como a receber pedidos de assinaturas, ao preço de Cr$ 30,00 anuais.
Agente Geral para o Brasil FERNANDO CHINAGLIA
Avenida Presidente Vargas, 502, 19.o andar
NOSSAS
ESPECIALIDADESi
Rio de Janeiro CALÇADOS EM GERAL — Calçados de couro com nlai dt
borracha, para homens, senhoras e crianças. Tênis e ctIçadM de lona para esportes e praÍL
Alagou: Manuel Espíndola, Praça Pe dro II. 49, Maceió.
Ajnasonu: Agência Freitas, Rua Joa
quim Sarmento, 29, Manaus.
BaUa: AHredo J. de Soi^a & Cia.. R. Saldanha da Gama, 6, Salvador.
Paraná: J. GhJagnone. Rua 15 de No vembro, 423, Curitiba.
Pernambuco:
Fornando
ARTEFATOS PARA CALÇADOS^Saltos e capas de bomdta para saltos. Solas de borracha para calçados de homem, senhoras
Chlnaglia,
e crianças. Lençóis de bonacha para solado. Virolas de borra cha. Corticite para calçados de homens e crianças. Tira ds
Rua do Imperador. 221, 3.o andar. Recife.
ligaçlo. Outras miudezas. Piauí: Cláudio M. Tote, Tereaina. ARTEFATCS DE BORRACHA EM GERAL-Fios elisticoi
Ceará: J. Alaor de Albuquerque & Cia.
Praça do Ferreira, 621, Fortaleza.
Rio de Janeiro: Fernando Chlnaglia, Av. Presidente Vargas, 502, 10.o
de bomchi de todos os tipos. Lençóis de borrichi para fíoi,
para cintas dísticas e para hospitais. Tapetes de borracha, d»
andar.
ontupidorcs para pias, pis de cadeira, pneumiticos e cord&ei
Egpírilo Sanio: Viuva Copolilo & Fi lhos Rua Jerônímo Monteiro, 361, Vitória.
GoIíí: João Manarino, Sua Setenta A, Goiânia.
Maranhão: - Livraria Universal, Rua João Lisboa, 114, São Luiz. Maio Grosso: Carvalho. Pinheiro &
Cia ,Pça. da Republica, 20, Ciuaba.
Mlnn. cerais: Joaquim Moss Velloso,
Avenlárdos Andradas. 330, Belo Horizonte.
P»,A. Aihano H. Martins & Cia.. Tra-
Víâl Cam?0S Sales, 85/89, Belém. Trtia das Revistas, Rua Ba
rão do Triunfo, 510-A, João Pessoa.
para rodas de Telocipedes, Pucaros, guamiçÕes de borracha pan pratos, rodas de borracha para balanças, revestimento de rodai pam fins Induimaíi e mais uma infíaídade de produtos de boiriaiu*
Rio Grande do Norte: I,uís Româo, Avenida Tavares Lira, 48. Natal.
Rio Grande do Sul: Sòmente para Por to Alegre: Octavio Sagebin. Rua 7 de Setembro. 789, Porto Alegre. Para locais fora de Porto Alegre.
Fernando Chlnaglia, R. de Janeiro
rRBRlCfllTES DOS IFAMIDOS SUTÜS DE DORRICHI Santa Catarina: Pedro Xavier Sc Cia.. Rua Felipe Schmidt, 8, Florianóp.
São Paulo: A Intelectual. Ltda.. Via duto Santa EíigÓnia, 281. S. Paulo.
Sergipe: Livraria Regina Ltda.. Rua João Pessoa, 137, Aracaju. Território do Acre: Oiógenes de Oli veira, Rio Branco.
FÁBRICAS: Rua Marajó, 136/158 Rua Cesario Alvim, 297 ESCRITÓRIOS
Rea Marajó/ 136 São Paulo
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TELEFONES i Gerencia
—• 9-3205
Contadoria — 9-3200
Vendas
—
9-5844
Endereço Telegrãílcoi CAMPANA
FeTTINATI-C-1-ò
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aviões americanos na úl
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43 Agências no interior do Estado de São Paulo 6 Agências no interior do Estado do Paraná.
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Conta com Carteiras de CÂMBIO especializadas, na
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MATRIZ e no Departamento do RIO DE JANEIRO, para
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GENERDL MOTORS DO BRDSIL S.H.
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COSSINETES e MACHOS
BANCO MERCANTL.
DE SÃO PAULO S. A. Endereço Telegráfico: "MERCAPAULO" CAPITAL CHS 60.000.000,00
OPERAÇÕES BANCÁRIAS EM GERAL Correspondentes nas principais praças do país e do exterior. Depósitos a prazo fixo e de prévio aviso. Depósitos a prazo fixo com pagamento mensal de juros* Depósitos em Contas-Correntes de movimento. Cofres particulares de aluguel na CASA FORTE
MATRIZ, Rua Alvares Penteado. 165 Caixa Postal, 4077 — Telefone 6-8391 São Paulo
FILIAL DO RIO DE JANEIRO
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Avenida Graça Aranha, 182-B Telefone 43-8860
i:
Caixa Postal, 1579 — Caixa ^ostal "Vasp'
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dos as padrõos co mumanto usados
FILIAL DE CURITIBA
FILIAL DE SANTOS
Rua Dr. Muricy, 653
Rua 15 de Novembro, 132 Telefone 7271
Telefones: 4064 e 4427 Caixa Postal, 443
Caixa Postal 570
AGÊNCIAS URBANAS: Brás — Pinheiros — Santo Amaro e 24 de Maio. Americana, Araras, Atibaia, Bariri, Bernardino de Campos, Cam
bará, Campinas, Campos do Jordão, Capivarí, Chavantes, Cornélio Procópio, Garça, Guararapes, Guaxupé, Ibitinga, Indaialuba, líajobi, Ifapeva, líú. Leme, Limeira, Lins, Londrina, Marília, Mogí das Cruzes, Mogi-Guaçu, Novo Horizonte, Olímpia, Ourinhos, Pal-
mital, Pindamonhangaba, Pirajuí, Piratininga, Porto Feliz, Quin-
RICONHECIDOS <0M0 OS MUHORES. NO MERCADO
Garante-se que o erro no passo não excede de
0,005 mm por 25,4 mm de corte. Perfil de rosca exato e uniforme.
Feitos de aço sueco da mais alta qualidade.
Durabilidade muito maior que a dos cossinetes e machos comuns.
Em outras palavras;
Abrem roscas perfeitas ao menor custo.
tana. Ribeirão Preto, Rio Claro, Salto, Santa Bárbara d'Oeste, San ta Cruz do Rio Pardo, São João da Boa Vista, Sertãozinho, Sorocaba e Vera Cruz.
COMPANHIA aKR DO BRASIL ROLAMENTOS MATRIZ I RIO DE JANEIRO
FILIAIS:' SÁO PAULO
PORTO ALEGRE
RECIFE
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mais, os adubos Swift,"O Semeador", fecundam e enriquecem a terra, produzindo melhores e maiores frutos e colheitas.
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poro injeção e moldagem de motérios
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poro todos os indústrias
Representações poro o Brosil dc
diretoria
José Ferraz de Camargo Mário d'Almeida Olavo A. Ferraz íris Miguel Roiundo Armando Pereira Viariz
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"O interêsse do Direito Comparado para o mundo dos negócios"
O UUXQO GOS HlGÚCiOS KUH PAHORkKi HÍHSIL Pob/ieado *ofa o» ouípíc/o» do
Rène D.wm
ISSOCIOCfiOCOHERCIflLDESSOPAUlO
P'o seguinte o a.ssnnto da minha con-
fEDERSCSO DO COMÉRCIO 00 ESIRDO DE SÃO PAOLO
o
E)eoii4>iiiico
publicará no próximo número: OS COMBUSTÍVEIS DK S.\C> PAULO Diretor:
Antonlo Goniljo de Carvalho
O Digesto Econômico, órgão de In formações econômicas e financei ras. é publicado mensalmente pela
— SiKio Frocs cie Abreu.
TEMAS E PROBLEMAS EM DEBATeJ - Dario de Almeida MatíaMiãe.s.
dc São Paulo, realizou aqui diversas
Direito Comparado pnra o mundo dos negócios". Começando a dele tratar, devo .suMcntar antes cie tudo, que o Direito Com
confcrcucias o Prof. Rénc Daoid, catedrútico de Direito Comparado da Facul
parado constitui algo de novo, .sendo matéria cujo conteúdo não foi ainda perfeitamente definido. Nomeado profcc.sor dessa disciplina, por muito tempo
me perguntei a mim mesmo o quePo-é
que
tdttôra Comercial Ltda.
HISTÓRIA ECONÔMICA - Afonso? A direção não se responsabiliza Pelos dados cujas fontes estejam devidamente citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assi nados.
Arinos de Melo Eranco.
A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA BRA
SILEIRA — Dorival Teixeira Vieira, i
iriir ensinar aos meus alunos.
de-se dí/er, sem èrro, (inc
Direito
Comparado não pas.sa, por enquanto, dc d tanto incerto, razão razã
mero csbóe",
ncl i qual procuramos ainda, aque'es que o cultivamos, atribuir-lhe contornos mais
precisos. Seu ensino, aliás, só há pouitrodir/ido nus nossas Facul-
c<i se \'iu mí Na transcrição de artigos pede-se citar o nome Econômico.
do
Digesto
A TRAGÉDIA DA TÉCNICA - Cún- .í| dído Mota Filho.
dade.s de Direito.
So remontardes, aliás, às suas origens,
tereís a impicssáo de que cumpre defi•
Aceita-se intercâmbio com publi cações congêneres nacionais e es
PASSADO-PRESENTE - A. C. Sulles Júnior.
trangeiras. ASSINATURAS:
ROOSEVELT — Rodrigo Soares Júnior.
Digesto Econômico Ano (simples) Cr$ 30,00 " (registrado) CrÇ 36.00 Número do mês:
Crf 3,00
Atrasado: ♦
Redação e Administração: Viaduto Boa VUta. 67 - 7.0 andar
TeL 3-7499 — Caixa Postal, 240-B São Paulo
A cuíiKí/c do In.stitiifo dos Advogados
^ ferèneia de lioje: "O interesse do
à vista de estudos nos quais a fi-
r''ofi f c- as pesquisas liistóricas tem uma maior do que os temas de
dade dc Direito dc Paris. A que pro nunciou sob os auspícios do Instituto de Eccnoinia da Associação Comercial de
São Paido c da Federação do Comércio
dc São Paulo, puhlicamo-la cm seguida, graças a uma gentileza do Presidente da
quele sodaiício, Prof. Pauh Barbosa de
Campos Filho, que .sc prontificou .a tra duzi-la dc notas taquigráficas. Èsse tra balho, embora versando 77iaféria dcnitrinária, revesthi-sc dc caráter didático c é
de real interesse para os nossos leitores.
tantos homens de negócios, para dèle ouvirem falar. Que interesse — indaga rão os presentes — que interesse pode rá oferecer a nós oulros o seu estudo, se nos sentimos antes vinculados às preo cupações de ordem imediata e aos fins
de ordem prática, sobretudo? Por que ^ ^ 1nrática. Na Alemanha, por exem- ^maneira poderá o Direito Comparado orc cin Direito Comparado — inquirirão ainda — interessar aos co ? 1 'X, nor Tosepli Kohlcr - "Zeitschrift merciantes ou aos homens de negócios?
""t'RWchende RccIUsvvissenschaft" -
é"revista que
ocupa dc assuntos c.s-
scnci dmcnte filosóficos, propondo-sc ate, como objetivo, encontrar as origens do
Ora, o que pretendo salientar é pre cisamente ès,se interesse.
Mais ainda:
pretendo demonstrar que a orientação, que mais recentemente se vem dando aos
espírito humano...
estudos de Direito Comparado, confere
Sc poi.s, tivcrcles bem presente essa origem do Direito Comparado, estareis,
a essa disciplina considerável interesse precisamente para os homens de negó
agora, a vos perguntardes, a vós mesmos, por que motivo aqui estarão reunidos
pam afirmá-lo, em algo de bastante sé-
cios. E para vos provar que me apoio,
J
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J
24
Dicesto
Ecox<'»mií"<^ Dicesto Econónaco
rio e que não quero apenas seduzir-vos
la mínima dos que se dedícajn ao Di
com o tema escolhido, peço vênia para
reito. E ainda para esses uhino.s. o estu do da matéria não é obrigatório, senão
alinhar alguns fatos. O primeiro dêles, realmente significa
tivo, está em que o primeiro Instituto de Direito Comparado, que até hoje se
fundou, foi o que se criou em França em 1920. Êle, porém, apesar da grande
centralização que tudo atrai para a Ca pital francesa, não se instituiu em Pa ris, senão em Lyon, precisamente a ci
dade dos negócios. E por que em Lyon? for entender-se que o Direito Comparado interessava diretamente ao comér
cio e, em particular, ao de expor tação e tecidos, que têm, como se
sabe, sede naquela cidade. Isso, aliás, não se verificou sòmente em França. O Instituto de
Direito Comparado de Berlim, a meu ver
facultativo.
Em Paris, não há senão
obrigatório o estudo do Direito Càjmparado. E essa E.scoia, longe de ser uma Faculdade do Direito, é a "Faeiilté des Hautes Étucles Con>nierciales". Eis aí»
mundo dos negócios?
dadeiro interesse dêles, aliás perfeitaniente legítimo, deve ter sido de natu reza diversa.
Mas não é só. Temos, é certo, na
todo o mundo. Na maioria dos casos, o juiz entenderá conveniente aplicar o Direito brasileiro, uma \-ez que bem pouco gostam os juizes, em geral, de
aplicar direito estrangeiro... E' pos sível que não seja sempre assim ou que não seja tanto assim, aqui, entre vós. Mas é certamente assim, e acentuadamente assim, cm França, onde o direito
inteniacional privado não passa de uma
coleção de artifícios de ordem jurídica, com o auxílio dos quais conseguem sem pre os juristas justificar e legitimar a aplicação do Direito francês. Antes de mais nada, os nossos juizes, por isso mesmo que franceses, consideram o Di
reito francês como o melhor dc todos os direitos. Além disso, conhecendo-o me
ciante brasileiro pode, por òxcmplo. re clamar a aplicaçru) de um direito estran lhor muito mais fácil lhes parece aplicágeiro Suponha-se uma exportação de do que regras jurídicas de outros café Sobrovém um litígio, relativo, ad lo países. E por tudo isso, bem se pode mita-se à qualidade do eafc a entregar, afirmar que a aplicação do Direi ou 'aincia ás condições contratuais to estrangeiro constitui em Fran desla entrega. Aquêlc, por exemça fato excepcional, encontran ulü que se obriga a entropr, se
irAhbcrado dêssc dever pela seca
O mais imediato de todos eles, pode
ocorrida no Estado de São Paulo, ou noutro qualquer ponto do Bra-
remos nós encontrá-lo, partindo de uma observação muito .simples, que é esta-
j] pode acontecer, também, que se discuta sôbrc -sc é ou não escusável o
para estudar Direito Comparado, impor ta estudar previamente os direitos estran
na entrega, rcsuUantc dc uma
geiros, pois que é impossível comparar,
do sempre os nossos tribunais meios de aplicar preferentemente o nosso.
Mas, se isso é bom para os juristas ou juizes franceses, que podem de tal arte prescindir do conhecimento de outros sis
jurídicos, não é de se dizer o ItSve verificada no país produtor. E, temas ® u-.,n se pode dar que tõdas essas mesmo dos comerciantes, cujo interesse é então, btin m i
por exemplo, o Direito brasileiro ao fran
cês, ao inglês, argcalino ou portugtiês,
-Ues não devam ser resolvidas se-
outro. No exemplo que figurei, está o
guinte, mero artifício pretender-se que
guncio o__ Comercial do país do adquiren-
comerciante interessado no Brasil. Pode
suceder, entretanto, que o processo não
uma coisa c o Direito Comparado e
• Acinc país os Estados Unidos, ou te, soja essL. i _ ,
deva ser julgado por um tribunal brasi
som estuclnr, além daquele, esses sistemas sistemas todos de Direito. Será, por conse
^ Direito brasileiro, senão pelo
mêsSo a França, tão só para e.xempli- leiro e então, se é em França, na Ingla
outra os Direitos dos diferentes países O conhecimento de todos estes consti
tui condição prévia do estudo daquele
no do Direito Comparado. Ministra-se
Ora, conhecerem-se os Direitos estran geiros representa algo de indispensável para o comércio e para a indústria, entendendo-se aqui por indústria e co
para o doutorado, vale dizer para um pequcuo número de estudantes, parce
Um negócio concluído por um nego
Que interesse, entretanto, poderá
Faculdade de Direito de Paris, o ensi
ê!e, entretanto, já no ciclo dos estudos
sôlirc muitos o\i sobre alguns de todos êsses direitos.
peti uma observação que já se tem feito nos meios comerciais e que
sos para organizar e manter opulenta
senvolvimento da ciência jurídica, o ver
respetivos, de pessoas bem infonnadas
Quando, portanto, vos adiantei de começo, que o estudo do E)ireito Comparado oferece interesse para o mundo dos negócios re
apresentar o Direito Comparado para o
^ indústria como o comércio, para o dc-<
tos estrangeiros, ou é, pelo menos, ne cessário que possam dispor, nos países
o interesse dos estudos de Direito Com parado.
cm todo o mundo, e dispondo de recur
Ocioso será acrescentar-se que, por maior
é que conheçam alguma coisa dos direi
a reconhecer, de maneira bem elocpicnte,
portanto, nao e rruto apenas de impres
que haja sido na Alemanha como em França, o desejo de contribuírem tanto
ésses ramos cie atividades, indispensável
sentado pelo meio comercial i^arisicnse,
são pessoal.
senão por fundos provenientes de uma Associação Comercial bem conhecida, qual seja o Kaiser Wilhelm Institut. E
ra todos (pumlüs se ocupam de todos
portanto, o mundo dos neg<>c-ios. repre
trabalhos, publicando a melhor das re vistas que sôbre o assunto se editam
do pelos governos alemão e prussiano,
portação. ou do de importação, ou ainda dos negócios liancários, oíi mesmo dos transportes marítimos, como dos negó cios dc .seguros, e assim por diante. Pa
uma Escola em que .se tcni por básico o
o que produziu até hoje maior soma de
biblioteca, não foi criado nem é manti
mércio a indú.stria c o comércio inlema-
cionais, ou se trate do comércio dc ex
25
ficar.
Se o caso é ajuizado perante Iribunals brasileiros, eu, sem conhecer grande coisa do vosso Direito, mas sabendo-o semelbante ao de minha Pátria, sou le vado a concluir que as coisas se passa rão como em meu país, ou como em
J
terra, ou nos Estados Unidos que o pro cesso vai correr, ser-lhe-á aplicado, res pectivamente, o Direito francês, o in glês, ou o americano. Tanto sabem disso os comerciantes
de todo o orbe que, para evitar as con seqüências da aplicação do Direito na-
24
Dicesto
Ecox<'»mií"<^ Dicesto Econónaco
rio e que não quero apenas seduzir-vos
la mínima dos que se dedícajn ao Di
com o tema escolhido, peço vênia para
reito. E ainda para esses uhino.s. o estu do da matéria não é obrigatório, senão
alinhar alguns fatos. O primeiro dêles, realmente significa
tivo, está em que o primeiro Instituto de Direito Comparado, que até hoje se
fundou, foi o que se criou em França em 1920. Êle, porém, apesar da grande
centralização que tudo atrai para a Ca pital francesa, não se instituiu em Pa ris, senão em Lyon, precisamente a ci
dade dos negócios. E por que em Lyon? for entender-se que o Direito Comparado interessava diretamente ao comér
cio e, em particular, ao de expor tação e tecidos, que têm, como se
sabe, sede naquela cidade. Isso, aliás, não se verificou sòmente em França. O Instituto de
Direito Comparado de Berlim, a meu ver
facultativo.
Em Paris, não há senão
obrigatório o estudo do Direito Càjmparado. E essa E.scoia, longe de ser uma Faculdade do Direito, é a "Faeiilté des Hautes Étucles Con>nierciales". Eis aí»
mundo dos negócios?
dadeiro interesse dêles, aliás perfeitaniente legítimo, deve ter sido de natu reza diversa.
Mas não é só. Temos, é certo, na
todo o mundo. Na maioria dos casos, o juiz entenderá conveniente aplicar o Direito brasileiro, uma \-ez que bem pouco gostam os juizes, em geral, de
aplicar direito estrangeiro... E' pos sível que não seja sempre assim ou que não seja tanto assim, aqui, entre vós. Mas é certamente assim, e acentuadamente assim, cm França, onde o direito
inteniacional privado não passa de uma
coleção de artifícios de ordem jurídica, com o auxílio dos quais conseguem sem pre os juristas justificar e legitimar a aplicação do Direito francês. Antes de mais nada, os nossos juizes, por isso mesmo que franceses, consideram o Di
reito francês como o melhor dc todos os direitos. Além disso, conhecendo-o me
ciante brasileiro pode, por òxcmplo. re clamar a aplicaçru) de um direito estran lhor muito mais fácil lhes parece aplicágeiro Suponha-se uma exportação de do que regras jurídicas de outros café Sobrovém um litígio, relativo, ad lo países. E por tudo isso, bem se pode mita-se à qualidade do eafc a entregar, afirmar que a aplicação do Direi ou 'aincia ás condições contratuais to estrangeiro constitui em Fran desla entrega. Aquêlc, por exemça fato excepcional, encontran ulü que se obriga a entropr, se
irAhbcrado dêssc dever pela seca
O mais imediato de todos eles, pode
ocorrida no Estado de São Paulo, ou noutro qualquer ponto do Bra-
remos nós encontrá-lo, partindo de uma observação muito .simples, que é esta-
j] pode acontecer, também, que se discuta sôbrc -sc é ou não escusável o
para estudar Direito Comparado, impor ta estudar previamente os direitos estran
na entrega, rcsuUantc dc uma
geiros, pois que é impossível comparar,
do sempre os nossos tribunais meios de aplicar preferentemente o nosso.
Mas, se isso é bom para os juristas ou juizes franceses, que podem de tal arte prescindir do conhecimento de outros sis
jurídicos, não é de se dizer o ItSve verificada no país produtor. E, temas ® u-.,n se pode dar que tõdas essas mesmo dos comerciantes, cujo interesse é então, btin m i
por exemplo, o Direito brasileiro ao fran
cês, ao inglês, argcalino ou portugtiês,
-Ues não devam ser resolvidas se-
outro. No exemplo que figurei, está o
guinte, mero artifício pretender-se que
guncio o__ Comercial do país do adquiren-
comerciante interessado no Brasil. Pode
suceder, entretanto, que o processo não
uma coisa c o Direito Comparado e
• Acinc país os Estados Unidos, ou te, soja essL. i _ ,
deva ser julgado por um tribunal brasi
som estuclnr, além daquele, esses sistemas sistemas todos de Direito. Será, por conse
^ Direito brasileiro, senão pelo
mêsSo a França, tão só para e.xempli- leiro e então, se é em França, na Ingla
outra os Direitos dos diferentes países O conhecimento de todos estes consti
tui condição prévia do estudo daquele
no do Direito Comparado. Ministra-se
Ora, conhecerem-se os Direitos estran geiros representa algo de indispensável para o comércio e para a indústria, entendendo-se aqui por indústria e co
para o doutorado, vale dizer para um pequcuo número de estudantes, parce
Um negócio concluído por um nego
Que interesse, entretanto, poderá
Faculdade de Direito de Paris, o ensi
ê!e, entretanto, já no ciclo dos estudos
sôlirc muitos o\i sobre alguns de todos êsses direitos.
peti uma observação que já se tem feito nos meios comerciais e que
sos para organizar e manter opulenta
senvolvimento da ciência jurídica, o ver
respetivos, de pessoas bem infonnadas
Quando, portanto, vos adiantei de começo, que o estudo do E)ireito Comparado oferece interesse para o mundo dos negócios re
apresentar o Direito Comparado para o
^ indústria como o comércio, para o dc-<
tos estrangeiros, ou é, pelo menos, ne cessário que possam dispor, nos países
o interesse dos estudos de Direito Com parado.
cm todo o mundo, e dispondo de recur
Ocioso será acrescentar-se que, por maior
é que conheçam alguma coisa dos direi
a reconhecer, de maneira bem elocpicnte,
portanto, nao e rruto apenas de impres
que haja sido na Alemanha como em França, o desejo de contribuírem tanto
ésses ramos cie atividades, indispensável
sentado pelo meio comercial i^arisicnse,
são pessoal.
senão por fundos provenientes de uma Associação Comercial bem conhecida, qual seja o Kaiser Wilhelm Institut. E
ra todos (pumlüs se ocupam de todos
portanto, o mundo dos neg<>c-ios. repre
trabalhos, publicando a melhor das re vistas que sôbre o assunto se editam
do pelos governos alemão e prussiano,
portação. ou do de importação, ou ainda dos negócios liancários, oíi mesmo dos transportes marítimos, como dos negó cios dc .seguros, e assim por diante. Pa
uma Escola em que .se tcni por básico o
o que produziu até hoje maior soma de
biblioteca, não foi criado nem é manti
mércio a indú.stria c o comércio inlema-
cionais, ou se trate do comércio dc ex
25
ficar.
Se o caso é ajuizado perante Iribunals brasileiros, eu, sem conhecer grande coisa do vosso Direito, mas sabendo-o semelbante ao de minha Pátria, sou le vado a concluir que as coisas se passa rão como em meu país, ou como em
J
terra, ou nos Estados Unidos que o pro cesso vai correr, ser-lhe-á aplicado, res pectivamente, o Direito francês, o in glês, ou o americano. Tanto sabem disso os comerciantes
de todo o orbe que, para evitar as con seqüências da aplicação do Direito na-
DiCBSTO Et.f>NÔ!
26
portador, no dos transportes marítimos e
cional de outros po\'Os e fugir, assim, à
em face do coincrciaiile inglês. <!«> atni
parcialidade nacionalista, que a todos
ricano ou do alenifu)?
caracteriza, inventaram, para contornar
Se de pronto, e de anteinfn), os tas vos puderem adiantar fjiu? possibj,,
a dificuldade, a cláusula de que os lití
gios, se houver, serão decididos por árbi tros, ou por organismos arbitrais. Mas esses organismos arbitrais — observe-.se desde logo — não tém preferen cia determinada por êste ou aquele dos
diversos sistemas jurídicos, donde, ainda assim, a possibilidade de se ver sujeito o comerciante à aplicação de um Direito
estrangeiro qualquer.
Não pode deixar, portanto, de ser de grande utilidade para ê'e conhecer e.sse Direito, que lhe será possivelmente apli cado. E conhecê-lo, não no momento
em que nasce o processo, ocasião cm que
lhe pudera ser tarde, mas antes disso. Quando,com efei
lidades terá o comprador de i*sc-apar a'
estas ou à(|uelas «brigaçõe.s. Icrcis. cxa-' tamente, o de que precisais. Sabfis. poj] outras palavras — c sabcis prcci-^ainviité — o que é que pensa o nutro conlraiariie,
o que vos dará tranqüíliclacle absoluta^ pois que tendes meios de vos prosiunirdes contra esta ou aquela atitude, tjuo eventualmente éle venha a assumir.
Eis ai, pois, claramente evideiieiado
o interesse do Direito Comparadt» para o mundo do.s negócios.
Edouard Lambcrt, que dirigia, Lyon, os estudos de Direito Compara do e que é, a meu ver, o maior cf»mpart^. tista de todos os
to, alguém que
teinj5í).s, eostuina-
celebra um con
va dizer, e c()m
trato não pode 'er precipuamen-
razão, que a mis
te em
vista as
questões ou pro-
cesso.s que dêle se possam originar. Ao contrário disso, colima precisamente evi
tá-los. Ora, para bem os evitar, indis pensável é conhecer-se o Direito do País
são ou o escopo do Direito Com parado era for.
se Direito estrangeiro, cabe indagar se
teria de seguros ou de transportes marí timos, assuntos regulados por fórnml^rs
tendes, pelo menos, alguém que vos
em geral redigidas ein língua diversa e
possa informar sobre esta ou aquela fór
provenientes, quase sempre, do imuido anglo-saxão ou norte-americano. Essas
fórmulas, aliás, adquiriram, pode-se dizer, valor internaciona', dado precisa
café, ou os vossos tecidos. Tendes, numa
mente o predomínio, outrora da Ingla
palavra, alguém que vos possa esclarecér
terra e hoje dos Estados Unidos, no cam po do comércio importador como do ex-
sôbre as obrigações que ireis assumir
trü\'ér.sia c a maneira por que as par tes a consideram. Mas o juiz america no, un o árbitro inglês, de maneira al
guma compreenderão a linguagem de
vosso advogado, so êste sc externar, pe rante êVs, como o faria perante lun juiz ou árbitro brasileiro.
francês. <1"^' muito aliás se aproxima
Alemanha os estudos de Direito Com
jô \'osso. corteis o risco de não com-
parado.
.,/lfrdes muitas das clátisulas impospreen(aoi«. i
anos de 1919 e seguintes, que, em se ap'icando o Tratado de Versalhes, mui-
t is líolo contrato. E e bem dc ver que indispensável se torna a (luem contrata, saber precisamente acpiilo a que se vai ('bri"'0' '1^'^ possa, em determinados reclamar da outra parte contra
tante" Ora, saber a que é que vos obri-
'. s num contraio feito com eslrangeiem linguu estrangeira, é coisa que ...i-i nossívtê, ou se conhecerdes o . .
so \'OS s*-" I
nireito estrangeiro ou se dispuserdes 1 . algut''" « conheça e que,.assim,
•i' ^ipaz dc vos explicar o ponto de «vato do outro contratante. Eis ^'^''^ortanto, claramente exposto um pri-
CP — considerável e relevante, _ ditíu-se
de outros países, principalmente em
compreender, sem nenhuma dificuldade, as cireun.st;incias que deram lugar à cnn-
mação jurídica inglêsa ou norte-america na Então, se conheceis sòmcntc o Di reito brasileiro, on mesmo o também o
soas a despertar a alenvão dos comç.rciantes para o perigo que Ibes pode ad vir de um contrato que se disponham a
contratante.
mão, a quem desejais vender o vosso
que são apmus pe'os datados de for
^ /.-.rerêssc meiro nucit..-
assinar, quando redigido èsse o(jntralo em língua estranha ou por comerciantes
mula contratual, que vos haja proposto o comerciante inglês, americano, ou ale
um bra.sileiro c um francês, não raro
SC empregam fórmulas que nem êste nem aípiêle compioendem, inteligíveis
mar conselheiros ou consultores jm ídíeos do comércio exterior. Era habilitar pes
do adversário, ou melhor — é por isso que se não pode falar ainda em adver sário — o Direito do País da outra parte E então, .se não estais ao corrente des
cm parlieular, e numa certa medida, no do comércio baiicario. Assim ó que, para om contrato a ser conehiído entre
do Direito Comparado ^ .. . o mundo dos negocies e interesse
■ ^so qu^'
iiicn
Foi essa, aliás, a principal razão pela qual, ullim imente, tanto floresceram na Perceberam os alemães, nos
ta.«-- causas liavia que deviam ser subme tidas à apreciação de tribunais arbitrais mistos, que èsse mesmo Tratado ins
tituirá. Um conflito, por e.xemplo, en tre alemães e ingleses, tinha que ser le-
\ado a um tribunal dessa natureza, julganclü-o um juiz sueco. Perceberam lo
go os alemaos que, se quisessem obter ganho dc causa, não poderiam racioci nar perante êsse juiz, como o fariam perante um juiz alemão. Perceberam
que era con\eniente, por outras pala vras, que o advogado alemão, incum
bido de tratar da causa, a apresentasse de maneira compreensível ao juiz sueco, americano, ou suíço, que a tivesse de
manuesta nem so no ino-
julgar. Foi então que se fundou, na
qualquer litígio, como ainda
A'emanha o "Kaiser Wilhelm Institut" e que lá se organizou a biblioteca "Kai
celebração dos contratos e
^"'^ ocasião dêste, quando então tereis ser Wilhelm", visando proporcionar aos P"^^ ^ 'escutar os vossos argumentos a *1"^^ jz estrangeiro, ou que aduzir as P' rizões vossas
a árbitros igualmente est=
trangcir^'-''*
Nem SC suponha que as razões de um brasileiro possam ser apresentadas a um
juiz estrangeiro em termos do Direito brasileiro. Piira um juiz brasileiro seria isso o ideal, uma vez que lhe permitiria
advogados alemães, incumbidos de de
fender os interesses de alemães, argu mentos que pudessem impressionar a juizes estrangeiros, diversos naturalmen
te dos que podiam convir a juizes ale mães.
E a explicação permanece verdadei ra mesmo que esses tribunais mistos não
mais existam, pois que ainda hoje, sem-
DiCBSTO Et.f>NÔ!
26
portador, no dos transportes marítimos e
cional de outros po\'Os e fugir, assim, à
em face do coincrciaiile inglês. <!«> atni
parcialidade nacionalista, que a todos
ricano ou do alenifu)?
caracteriza, inventaram, para contornar
Se de pronto, e de anteinfn), os tas vos puderem adiantar fjiu? possibj,,
a dificuldade, a cláusula de que os lití
gios, se houver, serão decididos por árbi tros, ou por organismos arbitrais. Mas esses organismos arbitrais — observe-.se desde logo — não tém preferen cia determinada por êste ou aquele dos
diversos sistemas jurídicos, donde, ainda assim, a possibilidade de se ver sujeito o comerciante à aplicação de um Direito
estrangeiro qualquer.
Não pode deixar, portanto, de ser de grande utilidade para ê'e conhecer e.sse Direito, que lhe será possivelmente apli cado. E conhecê-lo, não no momento
em que nasce o processo, ocasião cm que
lhe pudera ser tarde, mas antes disso. Quando,com efei
lidades terá o comprador de i*sc-apar a'
estas ou à(|uelas «brigaçõe.s. Icrcis. cxa-' tamente, o de que precisais. Sabfis. poj] outras palavras — c sabcis prcci-^ainviité — o que é que pensa o nutro conlraiariie,
o que vos dará tranqüíliclacle absoluta^ pois que tendes meios de vos prosiunirdes contra esta ou aquela atitude, tjuo eventualmente éle venha a assumir.
Eis ai, pois, claramente evideiieiado
o interesse do Direito Comparadt» para o mundo do.s negócios.
Edouard Lambcrt, que dirigia, Lyon, os estudos de Direito Compara do e que é, a meu ver, o maior cf»mpart^. tista de todos os
to, alguém que
teinj5í).s, eostuina-
celebra um con
va dizer, e c()m
trato não pode 'er precipuamen-
razão, que a mis
te em
vista as
questões ou pro-
cesso.s que dêle se possam originar. Ao contrário disso, colima precisamente evi
tá-los. Ora, para bem os evitar, indis pensável é conhecer-se o Direito do País
são ou o escopo do Direito Com parado era for.
se Direito estrangeiro, cabe indagar se
teria de seguros ou de transportes marí timos, assuntos regulados por fórnml^rs
tendes, pelo menos, alguém que vos
em geral redigidas ein língua diversa e
possa informar sobre esta ou aquela fór
provenientes, quase sempre, do imuido anglo-saxão ou norte-americano. Essas
fórmulas, aliás, adquiriram, pode-se dizer, valor internaciona', dado precisa
café, ou os vossos tecidos. Tendes, numa
mente o predomínio, outrora da Ingla
palavra, alguém que vos possa esclarecér
terra e hoje dos Estados Unidos, no cam po do comércio importador como do ex-
sôbre as obrigações que ireis assumir
trü\'ér.sia c a maneira por que as par tes a consideram. Mas o juiz america no, un o árbitro inglês, de maneira al
guma compreenderão a linguagem de
vosso advogado, so êste sc externar, pe rante êVs, como o faria perante lun juiz ou árbitro brasileiro.
francês. <1"^' muito aliás se aproxima
Alemanha os estudos de Direito Com
jô \'osso. corteis o risco de não com-
parado.
.,/lfrdes muitas das clátisulas impospreen(aoi«. i
anos de 1919 e seguintes, que, em se ap'icando o Tratado de Versalhes, mui-
t is líolo contrato. E e bem dc ver que indispensável se torna a (luem contrata, saber precisamente acpiilo a que se vai ('bri"'0' '1^'^ possa, em determinados reclamar da outra parte contra
tante" Ora, saber a que é que vos obri-
'. s num contraio feito com eslrangeiem linguu estrangeira, é coisa que ...i-i nossívtê, ou se conhecerdes o . .
so \'OS s*-" I
nireito estrangeiro ou se dispuserdes 1 . algut''" « conheça e que,.assim,
•i' ^ipaz dc vos explicar o ponto de «vato do outro contratante. Eis ^'^''^ortanto, claramente exposto um pri-
CP — considerável e relevante, _ ditíu-se
de outros países, principalmente em
compreender, sem nenhuma dificuldade, as cireun.st;incias que deram lugar à cnn-
mação jurídica inglêsa ou norte-america na Então, se conheceis sòmcntc o Di reito brasileiro, on mesmo o também o
soas a despertar a alenvão dos comç.rciantes para o perigo que Ibes pode ad vir de um contrato que se disponham a
contratante.
mão, a quem desejais vender o vosso
que são apmus pe'os datados de for
^ /.-.rerêssc meiro nucit..-
assinar, quando redigido èsse o(jntralo em língua estranha ou por comerciantes
mula contratual, que vos haja proposto o comerciante inglês, americano, ou ale
um bra.sileiro c um francês, não raro
SC empregam fórmulas que nem êste nem aípiêle compioendem, inteligíveis
mar conselheiros ou consultores jm ídíeos do comércio exterior. Era habilitar pes
do adversário, ou melhor — é por isso que se não pode falar ainda em adver sário — o Direito do País da outra parte E então, .se não estais ao corrente des
cm parlieular, e numa certa medida, no do comércio baiicario. Assim ó que, para om contrato a ser conehiído entre
do Direito Comparado ^ .. . o mundo dos negocies e interesse
■ ^so qu^'
iiicn
Foi essa, aliás, a principal razão pela qual, ullim imente, tanto floresceram na Perceberam os alemães, nos
ta.«-- causas liavia que deviam ser subme tidas à apreciação de tribunais arbitrais mistos, que èsse mesmo Tratado ins
tituirá. Um conflito, por e.xemplo, en tre alemães e ingleses, tinha que ser le-
\ado a um tribunal dessa natureza, julganclü-o um juiz sueco. Perceberam lo
go os alemaos que, se quisessem obter ganho dc causa, não poderiam racioci nar perante êsse juiz, como o fariam perante um juiz alemão. Perceberam
que era con\eniente, por outras pala vras, que o advogado alemão, incum
bido de tratar da causa, a apresentasse de maneira compreensível ao juiz sueco, americano, ou suíço, que a tivesse de
manuesta nem so no ino-
julgar. Foi então que se fundou, na
qualquer litígio, como ainda
A'emanha o "Kaiser Wilhelm Institut" e que lá se organizou a biblioteca "Kai
celebração dos contratos e
^"'^ ocasião dêste, quando então tereis ser Wilhelm", visando proporcionar aos P"^^ ^ 'escutar os vossos argumentos a *1"^^ jz estrangeiro, ou que aduzir as P' rizões vossas
a árbitros igualmente est=
trangcir^'-''*
Nem SC suponha que as razões de um brasileiro possam ser apresentadas a um
juiz estrangeiro em termos do Direito brasileiro. Piira um juiz brasileiro seria isso o ideal, uma vez que lhe permitiria
advogados alemães, incumbidos de de
fender os interesses de alemães, argu mentos que pudessem impressionar a juizes estrangeiros, diversos naturalmen
te dos que podiam convir a juizes ale mães.
E a explicação permanece verdadei ra mesmo que esses tribunais mistos não
mais existam, pois que ainda hoje, sem-
Dicestít ECONONOCO
pre que os vossos interesses tenham que
ser defendidos perante um juiz que não brasileiro, necessário é que o vosso advogado conheça bem a maneira de raciocinar dêsse juiz e disponha de argumentos que o possam impressionar e ^nvencer. Se se trata, por exemplo, de um juiz ou árbitro americano, útil sera que o vosso advogado se adapte à
voltar ao Direito de minha pátria, que ^ é o que melhor conbeç-o - tivíínu>s. ain» da recentemente, a.s sociedades cio res
ponsabilidade limitada, foniia clesc-onlie. cida em França c que importamos da Alemanha. Tomamo-la, assim, de em
préstimo, por sentirmos que vinha cor
responder a uma evidente necessidade
maneira de conceber as coisas desse
nossa, tanto assim que entre nós loyo vin gou, sendo incontáveis o.s comerciantes
mesmo juiz americano. Podeis, é certo,
que foram Iransfonnando em socieda
29
reilo dc outros povos o, em particular,
no dos (pie mais progrediram em matéria encontramos solução
Na verdade, diversificando as legis
cm cjue no.s possamos inspirar. Deve,
lações de um para outro país, não sabem
comercial,
com efeito, existir por aí afora algo que
nos possa servir dc modelo, seja na prática inglesa, seja ainda na dos Estado.s Unidos, o" mesmo na do Canadá, di
ferente, sob certos aspectos, das duas primeiras.
«colher para isso um advogado amcri^no, que a esse juiz saiba dirigir-se.
des daquele tipo as suas empresas indi
Was, se êsse mesmo advogado america
espécie. Chegamos, assim, pelo estudo
títuição dos registros do comércio, ou
no não tiver conhecimentos do Direito
do Direito' Comercial alemão, a encon
brasileiro, começará por encontrar difi culdades em bem vos compreender, tor nando-se assim incapaz de se inteirar
ainda da organizarção dos comerciantes
trar uma técnica da qual o comércio francês tinha necessidade, fenômeno
^das Câmaras respectivas, ou, por cxem-
das \'ossas razões e de as apresentar de
esse que de resto se verifica eni todos
de cuio um^*^
os domínios do Direito Comercial, sobre
maneira satisfatória. Indispensável é, portanto, que o advogado de na cionalidade diversa da do clien
so vem l,níe boje cinclaudo, e sempre e em
tudo no domínio das técnicas bancárias. Ainda a és.sc respeito, lembrarei que existe, presentemente, em
tod s os cusos indispensável conhecer-
te e da do juiz, conheça sem pre, pelo menos, dois sistemas jurídicos: o do cliente e o do juiz.
Mas fora dêsse terreno, que e o do Direito Público, tem ainda o Di
reito Comparado importante função a
desempenhar, qual a de servir — e é essa a sua mais velha utilidade — ao aperfei çoamento das leis nacionais e à in
trodução de técnicas novas. Vive, na verdade, o Direito em constantes trans
formações. Inventada, assim, em deter minado país uma técnica nova, van tajosa para o comércio, devem os juris tas inteirar-se logo do sucedido, para
viduais ou mesmo sociedades de outra
França um grave problema
a
resoVer e que é o da possibili dade de se constítuirem garantias reais sem perda de posse da coi
sa por parte do devedor que as outorgue. Sc para os imóveis essa possi bilidade sempre existiu — temo-la, com
efeito, na hipoteca — não dispomos, en tretanto, em relação às coisas móveis, de meio algum de as dar em garantia sem que o devedor se despoje dc sua posse. Sentimos, pois, necessidade de um processo ou expediente mais cômodo
que aperfeiçoando a nos.sa legislação,
Em resumo: ou se trate da proleçrio
contra a concorrência desleal, ou da cons-
lo' do registro das marcas de fábrica,
1 *
• ...liversa^ desenvolvimento tanto
se qiKinto SC pussa m, ostraiigeiro. PoA > A dizer, mesmo, que c normal exi-
gir-sc
i„c inristas que do tudo estejam .f. 1 c Sc ISSO, alias, se vcnticar,
*"'^"era^s serão as possibilidades, que aos oferecerão, de virem a en-
iuri.stas s>c
' f/irmulas novas, processos novos, centrar ron
r
nlicados ainda nos países respecti-
' c mie neles '•poderão medrar, fa vos inas . In de muito, e para o ruturo, a .
ci itancio.
Marcha dos "Cgócos.
íií portanto, nesse apontado pro^j^pqparativo, tendente ao aperfeidas várias legislações, outro ininenor, do Direito Com-
çoarn®" tcre.sse, -
^
^
jarado, P' pari mércio.
permita a realização do penhor .sem desapossamento. E' essa, pode-se dizer
a'guma lhes convém, sendo-lhes, antes, grandemente prejudicial.
precisamente os comerciantes aquilo a que se obrigam quando contratam com estrangeiros, como não sabem, por exem plo, SC válida scní no país do outro con
tratante a clúusida de arbitramento que a\'cntem, não sabendo, por fim, se, prolatada a decisão, poderá ela ser e.\ecutada no país do vencido. Aqui uma obser\ação interessante. Se
a êsse respeito ouvirdes os juristas, ficareis desapontados.
Declarar-vos-ão to
dos eles, como aliás vem sempre fazendo, qne a unificação do Direito é problema por demais complexo. E acrescentarão que é um ideal quimérico, tão difícil de se alcançar quanto, por exemplo, a cria ção de um parlamento internacional ou a de um super-Estado mundial... Dirão possivelmente que êsse ideal, um dia,
bem para o futuro, talvez se possa apre sentar como atingível, mas que não é possível, por ora, mudar tudo ou alterar todo um conjunto que assenta em tradi ções as mais respeitáveis e sólidas. Peço, evidentemente, desculpas por me externar assim perante eminentes juris tas. Mas, sendo eu também um jurista, ainda que dos mais modestos, acredito tenha o direito de usar de certa franque za.
Os juristas nesse terreno não de
vem ser escutados. Têm êles um espírito de rotina verdadeiramente invencível.
Dir-vos-ão, por exemplo, que a unifica ção do Direito taU'ez seja possí\'eI cir
que todos os países a aproveitem, De
uma questão que, entre nós, está por
n''sse aperfeiçoamento, podemos nós
vem, por exemplo, os juristas, pôr à dis posição dos comerciantes, no que respeí-
sem maior tran ição. a uma
cunscrita aos domínios do Direito Co
assim dizer na ordem do dia e para a solução da qual antes de imaginarmos
diversa, porém vizinha, qual a
^ às sociedades comerciais, os novos ti pos que se têm criado. No Direito fran
saia do cérebro de qualquer jurista, de
cês, por exemplo, — e eu me escuso de
vemos pesquisar o que se passa no Di-
mercial, mas que nos outros domínios será ela irrealizável, apontando, então, como exemplos, os regimes legais da fa mília ou das sucessões, a respeito dos quais seria utópico — acrescentam —
XíAmificação do Direito. Dela se pode
o que quer que seja de abstrato, que
dizer qne é desejada pelo comércio de todos os países, que vê na multiplicida de de legislações algo que de maneira
à
J
Dicestít ECONONOCO
pre que os vossos interesses tenham que
ser defendidos perante um juiz que não brasileiro, necessário é que o vosso advogado conheça bem a maneira de raciocinar dêsse juiz e disponha de argumentos que o possam impressionar e ^nvencer. Se se trata, por exemplo, de um juiz ou árbitro americano, útil sera que o vosso advogado se adapte à
voltar ao Direito de minha pátria, que ^ é o que melhor conbeç-o - tivíínu>s. ain» da recentemente, a.s sociedades cio res
ponsabilidade limitada, foniia clesc-onlie. cida em França c que importamos da Alemanha. Tomamo-la, assim, de em
préstimo, por sentirmos que vinha cor
responder a uma evidente necessidade
maneira de conceber as coisas desse
nossa, tanto assim que entre nós loyo vin gou, sendo incontáveis o.s comerciantes
mesmo juiz americano. Podeis, é certo,
que foram Iransfonnando em socieda
29
reilo dc outros povos o, em particular,
no dos (pie mais progrediram em matéria encontramos solução
Na verdade, diversificando as legis
cm cjue no.s possamos inspirar. Deve,
lações de um para outro país, não sabem
comercial,
com efeito, existir por aí afora algo que
nos possa servir dc modelo, seja na prática inglesa, seja ainda na dos Estado.s Unidos, o" mesmo na do Canadá, di
ferente, sob certos aspectos, das duas primeiras.
«colher para isso um advogado amcri^no, que a esse juiz saiba dirigir-se.
des daquele tipo as suas empresas indi
Was, se êsse mesmo advogado america
espécie. Chegamos, assim, pelo estudo
títuição dos registros do comércio, ou
no não tiver conhecimentos do Direito
do Direito' Comercial alemão, a encon
brasileiro, começará por encontrar difi culdades em bem vos compreender, tor nando-se assim incapaz de se inteirar
ainda da organizarção dos comerciantes
trar uma técnica da qual o comércio francês tinha necessidade, fenômeno
^das Câmaras respectivas, ou, por cxem-
das \'ossas razões e de as apresentar de
esse que de resto se verifica eni todos
de cuio um^*^
os domínios do Direito Comercial, sobre
maneira satisfatória. Indispensável é, portanto, que o advogado de na cionalidade diversa da do clien
so vem l,níe boje cinclaudo, e sempre e em
tudo no domínio das técnicas bancárias. Ainda a és.sc respeito, lembrarei que existe, presentemente, em
tod s os cusos indispensável conhecer-
te e da do juiz, conheça sem pre, pelo menos, dois sistemas jurídicos: o do cliente e o do juiz.
Mas fora dêsse terreno, que e o do Direito Público, tem ainda o Di
reito Comparado importante função a
desempenhar, qual a de servir — e é essa a sua mais velha utilidade — ao aperfei çoamento das leis nacionais e à in
trodução de técnicas novas. Vive, na verdade, o Direito em constantes trans
formações. Inventada, assim, em deter minado país uma técnica nova, van tajosa para o comércio, devem os juris tas inteirar-se logo do sucedido, para
viduais ou mesmo sociedades de outra
França um grave problema
a
resoVer e que é o da possibili dade de se constítuirem garantias reais sem perda de posse da coi
sa por parte do devedor que as outorgue. Sc para os imóveis essa possi bilidade sempre existiu — temo-la, com
efeito, na hipoteca — não dispomos, en tretanto, em relação às coisas móveis, de meio algum de as dar em garantia sem que o devedor se despoje dc sua posse. Sentimos, pois, necessidade de um processo ou expediente mais cômodo
que aperfeiçoando a nos.sa legislação,
Em resumo: ou se trate da proleçrio
contra a concorrência desleal, ou da cons-
lo' do registro das marcas de fábrica,
1 *
• ...liversa^ desenvolvimento tanto
se qiKinto SC pussa m, ostraiigeiro. PoA > A dizer, mesmo, que c normal exi-
gir-sc
i„c inristas que do tudo estejam .f. 1 c Sc ISSO, alias, se vcnticar,
*"'^"era^s serão as possibilidades, que aos oferecerão, de virem a en-
iuri.stas s>c
' f/irmulas novas, processos novos, centrar ron
r
nlicados ainda nos países respecti-
' c mie neles '•poderão medrar, fa vos inas . In de muito, e para o ruturo, a .
ci itancio.
Marcha dos "Cgócos.
íií portanto, nesse apontado pro^j^pqparativo, tendente ao aperfeidas várias legislações, outro ininenor, do Direito Com-
çoarn®" tcre.sse, -
^
^
jarado, P' pari mércio.
permita a realização do penhor .sem desapossamento. E' essa, pode-se dizer
a'guma lhes convém, sendo-lhes, antes, grandemente prejudicial.
precisamente os comerciantes aquilo a que se obrigam quando contratam com estrangeiros, como não sabem, por exem plo, SC válida scní no país do outro con
tratante a clúusida de arbitramento que a\'cntem, não sabendo, por fim, se, prolatada a decisão, poderá ela ser e.\ecutada no país do vencido. Aqui uma obser\ação interessante. Se
a êsse respeito ouvirdes os juristas, ficareis desapontados.
Declarar-vos-ão to
dos eles, como aliás vem sempre fazendo, qne a unificação do Direito é problema por demais complexo. E acrescentarão que é um ideal quimérico, tão difícil de se alcançar quanto, por exemplo, a cria ção de um parlamento internacional ou a de um super-Estado mundial... Dirão possivelmente que êsse ideal, um dia,
bem para o futuro, talvez se possa apre sentar como atingível, mas que não é possível, por ora, mudar tudo ou alterar todo um conjunto que assenta em tradi ções as mais respeitáveis e sólidas. Peço, evidentemente, desculpas por me externar assim perante eminentes juris tas. Mas, sendo eu também um jurista, ainda que dos mais modestos, acredito tenha o direito de usar de certa franque za.
Os juristas nesse terreno não de
vem ser escutados. Têm êles um espírito de rotina verdadeiramente invencível.
Dir-vos-ão, por exemplo, que a unifica ção do Direito taU'ez seja possí\'eI cir
que todos os países a aproveitem, De
uma questão que, entre nós, está por
n''sse aperfeiçoamento, podemos nós
vem, por exemplo, os juristas, pôr à dis posição dos comerciantes, no que respeí-
sem maior tran ição. a uma
cunscrita aos domínios do Direito Co
assim dizer na ordem do dia e para a solução da qual antes de imaginarmos
diversa, porém vizinha, qual a
^ às sociedades comerciais, os novos ti pos que se têm criado. No Direito fran
saia do cérebro de qualquer jurista, de
cês, por exemplo, — e eu me escuso de
vemos pesquisar o que se passa no Di-
mercial, mas que nos outros domínios será ela irrealizável, apontando, então, como exemplos, os regimes legais da fa mília ou das sucessões, a respeito dos quais seria utópico — acrescentam —
XíAmificação do Direito. Dela se pode
o que quer que seja de abstrato, que
dizer qne é desejada pelo comércio de todos os países, que vê na multiplicida de de legislações algo que de maneira
à
J
D10F.STO Econ-ómico
cm unificação, Mas os juristas sc
^•<luecein, assim se manifestando, de
nos mostra que dles tt-m vord.iclcira cessídade de.ssa unificaçãrj cl„ Dircit^
Aspira o comcTcio. por outras p.ilavT^^'^ em^'relação ao qual um capítulo do Direito a unificação sc ve- a uma verdadeira intfriiationalizavão, ^ ^ realizando, e naturalmente, por toda uma regulamentação unifornu» oin todoji os países. E por is.so. enquanto os da^f*^^^' eapítulo é precisamente o ristas amília e sucessões. Nesse terreno, continuam a afirmar (pio Can*onico, de maneirarealizou o Direito por assim dizer ^
eloqüente demons-
ficação não c possível", entram os merciantes, numa certa ineciicla, no reno dn.s rcalizaçõi-s práticas.
cio. numa palavra, suas regras próprias,
til o próprio juízo arbitrai, perdcndo-so tempo c dinheiro.
organiza<las fora das li'gis'uçõi's nacionais e fora delas dosem ol\ idas. E como, por
tes?
muitas tiutras luuiérias.
Tom o comér
outro lado, tanto o oomóroio como a in
dústria não <lesi'ja\am. nos casos do li tígio. juizes naeionais. sempre suspeitos de parcialidade, uma e outro recorre
ram ao juízo ou à cláusula arbitrai. Te mos as.siin, em França pelo mcaios, um I3ircito ConuTcial cheio de vida, intciramcnto dixcrso do fossilizado nn nosso
^ conversão dos po\-os pagãos ao credo ^ cristianismo, a Igreja lhes foi impon-
E' fenômeno, aliás, do.s mais antigo,, que se verificou até mesmo no Oirfi^çj Romano, que em certo grau já opnnh;» ^ Direito Comercial ao Direito C-*ivil prê^,. príamente dito. Tivemos, ao depois,
^^cessão, e muitas outras. A afirma-
Idadc-Mcdia, as feiras c mercados. Maij
Códig<'. Dir<Mlo (pie sc constitui dc nor mas ^Tréiprias. fundadas sobretudo nos
tarde ainda tivemos o Direito MarítiiTio todo ele imposto pelos con-i(>r*
íurisdiç(H'S arbitrais e internacionais.^ Qii—v-os-ão. por fim, os juristas, que nao
possívelqueunificar-se ^otn^t' pois à ^medida se operavao o regras uniformes de casamento, fiJia-
Ç^o, portanto, que costumam fazer os
rjstas, de que não devemos penem unificação, é, no fun-
1}^' afirmação falsa, ou me_ or, e uma simples afirmação, e nao tem por si argumento que _a jusHfique. m relação ao Direito Comercial, enc tal maneira se vem impondo à conveniência da sua unificação, que os junstas, não lhes sobrando coragem de
ciantes e fundado nos usos
comércio. Ainda depois, viemos ' ter, nos séculos XVII a XIX,
difercntc-s codificações qne tco,
taram, por a.ssim dizer, aprisionar o comércio na rigidez dos le.\to.s nacio
nais. Mas o comércio, fugindo sempre aos quadros nacionais, continuou a se bater por uma regulamentação unifor.
a dizerem irrealizável, passam a apontá- me, estravazando dos Códigos promulga,, ^ como inçada das maiores dificuldades. dos, embora ainda os juristas, e .sònioiite Mas que dificuldades serão essas? Onde estão elas?
No fundo, tôdas elas provêm, se as dos próprios juristas, e não dos co-
"lerciantes. A primeira delas reside precisamente no já referido espírito de ro'na, que os leva a considerar sempre como princípios sacrossantos, inalteráveis, intangíveis, coisas que, na realidade, não passam de técnicas diferentes, que eles percebem possam um dia hannonizar-sc, ou mesmo fundirem-se.
Ora, os comerciantes não se deixam seduzir apenas pela conveniência de res peitar a rotina dos juristas. E a história
os juristas, continuem a acreditar
no.s Códigos se encontra o Direito Co
mercial. Hoje, na verdade, ou se trate do Direito Comercial i^rasileiro, corno do francês, ou do alemão, errôneo será procurá-lo sòmente nos códigos de co mércio respectivos, que não passam, aliás
de cópias ou da adaptações do Direito Civih aplicado a certas matérias. Ela borado pelo próprio comércio, onde o Direito Comercial se encontra é nos formulários ou nos contratos internacio nais, desenvolvidos pelos sindicatos ma
rítimos, ou aplicado nos contratos-tipos, como, por exemplo, em seguros, e em
usos o costumes dos comerciantes e nas
é possível inu%ar; cpic cada país tem os seus costumes, os seus hábito.s, c os seus
modos dc entender os problemas, ne nhum deles desejando compreender os modos de N-er dos outros. Se bem anah-
^uxles, porém, quanto se passa, yerc.s
mm no funch^ os propnos )unstas e
Como. então, procedem os comercian
Estipulam que os árbitros têm poderef de composição. Decidirão êlcs, co mo de ordinário, as contendas.
Mas
o essencial é que, por êles julgada a con trovérsia, não haja recurso possível con tra as sentenças, não se podendo pa.s-
sar do juízo arbitrai para o comum. Os ingleses, enlãu, lexantam os bra
ços para os céus e exclamam: "Que vem a .ser essa composição amigável?
Que
justiça é essa, mediante a qual os árbitros decidem por eqüidade? Não é isso um absurdo? Um impossível?" À primeira vista, sim. Na realidade,
porém, nao. Que 6 que se quer, com efeitc;, com .essa chuisula de composição? Que os árbitros decidam por eqüidade? - Em França, pelo menos. não. O que lá, na realidade, se deseja, quando essa cláusula é estipulada, não é que os ár bitros decidam por eqüidade, senão que
Lo criam obstáculos, não querendo ver a sentença, uma \ C7. proferida, se tome 2nvlo os processos c as técnicas aos qnais irrecorrível para outro qualquer juízo ou <jc bá muito se habituaram. Ouereis um exemplo de esfòrço do tribunal comum. ,/.reio no sentido dc fugir aos incon-
lenientes dessas tóc.ms.s? Ei-lo nos úr-
• aos quais o comercio tom recordois modos principais: o do
" ' arbitraiamigável. pròpriamenle dito e o da P^.lo juÍT^o arbitrai, que deseja o co-
E os ingleses, por sua vez, de que ma
neira procedem? - Pensam êdes exata
mente como os franceses. Querem, tam
bém, que as decisões proferidas pelos ár bitros sejam definitivas. Empregara, no entanto, para alcançar êsse mesmo resul
tado. processo inteiramente diverso. Não
juizes deposita élo sua confmnça cre
conferem aos árbitros poderes dc com posição, mas apelam para o próprio Di reito mglês, que só permite recorrer das decisões arbitrais e lhes pedir a re
decisão se possa recorrer para os tribu nais de justiça, parecendo-lhe mesny) que admitir tal recurso fora tornar inú
visão quando não aplicadas as normas do Direito inglês, e isso — obsei"ve-se — quando a omissão praticada pelo ár bitro se verifique da própria decisão, transparecendo da sua simples leitura.
.^ianlc, .senão que a justiça seja dis-
Sbuída por juizes seus? E como nesses Lr isso mesmo, que a decisão arbitrai ó que será a justa. E como a tem por justa não deseja o comerciante que dessa
D10F.STO Econ-ómico
cm unificação, Mas os juristas sc
^•<luecein, assim se manifestando, de
nos mostra que dles tt-m vord.iclcira cessídade de.ssa unificaçãrj cl„ Dircit^
Aspira o comcTcio. por outras p.ilavT^^'^ em^'relação ao qual um capítulo do Direito a unificação sc ve- a uma verdadeira intfriiationalizavão, ^ ^ realizando, e naturalmente, por toda uma regulamentação unifornu» oin todoji os países. E por is.so. enquanto os da^f*^^^' eapítulo é precisamente o ristas amília e sucessões. Nesse terreno, continuam a afirmar (pio Can*onico, de maneirarealizou o Direito por assim dizer ^
eloqüente demons-
ficação não c possível", entram os merciantes, numa certa ineciicla, no reno dn.s rcalizaçõi-s práticas.
cio. numa palavra, suas regras próprias,
til o próprio juízo arbitrai, perdcndo-so tempo c dinheiro.
organiza<las fora das li'gis'uçõi's nacionais e fora delas dosem ol\ idas. E como, por
tes?
muitas tiutras luuiérias.
Tom o comér
outro lado, tanto o oomóroio como a in
dústria não <lesi'ja\am. nos casos do li tígio. juizes naeionais. sempre suspeitos de parcialidade, uma e outro recorre
ram ao juízo ou à cláusula arbitrai. Te mos as.siin, em França pelo mcaios, um I3ircito ConuTcial cheio de vida, intciramcnto dixcrso do fossilizado nn nosso
^ conversão dos po\-os pagãos ao credo ^ cristianismo, a Igreja lhes foi impon-
E' fenômeno, aliás, do.s mais antigo,, que se verificou até mesmo no Oirfi^çj Romano, que em certo grau já opnnh;» ^ Direito Comercial ao Direito C-*ivil prê^,. príamente dito. Tivemos, ao depois,
^^cessão, e muitas outras. A afirma-
Idadc-Mcdia, as feiras c mercados. Maij
Códig<'. Dir<Mlo (pie sc constitui dc nor mas ^Tréiprias. fundadas sobretudo nos
tarde ainda tivemos o Direito MarítiiTio todo ele imposto pelos con-i(>r*
íurisdiç(H'S arbitrais e internacionais.^ Qii—v-os-ão. por fim, os juristas, que nao
possívelqueunificar-se ^otn^t' pois à ^medida se operavao o regras uniformes de casamento, fiJia-
Ç^o, portanto, que costumam fazer os
rjstas, de que não devemos penem unificação, é, no fun-
1}^' afirmação falsa, ou me_ or, e uma simples afirmação, e nao tem por si argumento que _a jusHfique. m relação ao Direito Comercial, enc tal maneira se vem impondo à conveniência da sua unificação, que os junstas, não lhes sobrando coragem de
ciantes e fundado nos usos
comércio. Ainda depois, viemos ' ter, nos séculos XVII a XIX,
difercntc-s codificações qne tco,
taram, por a.ssim dizer, aprisionar o comércio na rigidez dos le.\to.s nacio
nais. Mas o comércio, fugindo sempre aos quadros nacionais, continuou a se bater por uma regulamentação unifor.
a dizerem irrealizável, passam a apontá- me, estravazando dos Códigos promulga,, ^ como inçada das maiores dificuldades. dos, embora ainda os juristas, e .sònioiite Mas que dificuldades serão essas? Onde estão elas?
No fundo, tôdas elas provêm, se as dos próprios juristas, e não dos co-
"lerciantes. A primeira delas reside precisamente no já referido espírito de ro'na, que os leva a considerar sempre como princípios sacrossantos, inalteráveis, intangíveis, coisas que, na realidade, não passam de técnicas diferentes, que eles percebem possam um dia hannonizar-sc, ou mesmo fundirem-se.
Ora, os comerciantes não se deixam seduzir apenas pela conveniência de res peitar a rotina dos juristas. E a história
os juristas, continuem a acreditar
no.s Códigos se encontra o Direito Co
mercial. Hoje, na verdade, ou se trate do Direito Comercial i^rasileiro, corno do francês, ou do alemão, errôneo será procurá-lo sòmente nos códigos de co mércio respectivos, que não passam, aliás
de cópias ou da adaptações do Direito Civih aplicado a certas matérias. Ela borado pelo próprio comércio, onde o Direito Comercial se encontra é nos formulários ou nos contratos internacio nais, desenvolvidos pelos sindicatos ma
rítimos, ou aplicado nos contratos-tipos, como, por exemplo, em seguros, e em
usos o costumes dos comerciantes e nas
é possível inu%ar; cpic cada país tem os seus costumes, os seus hábito.s, c os seus
modos dc entender os problemas, ne nhum deles desejando compreender os modos de N-er dos outros. Se bem anah-
^uxles, porém, quanto se passa, yerc.s
mm no funch^ os propnos )unstas e
Como. então, procedem os comercian
Estipulam que os árbitros têm poderef de composição. Decidirão êlcs, co mo de ordinário, as contendas.
Mas
o essencial é que, por êles julgada a con trovérsia, não haja recurso possível con tra as sentenças, não se podendo pa.s-
sar do juízo arbitrai para o comum. Os ingleses, enlãu, lexantam os bra
ços para os céus e exclamam: "Que vem a .ser essa composição amigável?
Que
justiça é essa, mediante a qual os árbitros decidem por eqüidade? Não é isso um absurdo? Um impossível?" À primeira vista, sim. Na realidade,
porém, nao. Que 6 que se quer, com efeitc;, com .essa chuisula de composição? Que os árbitros decidam por eqüidade? - Em França, pelo menos. não. O que lá, na realidade, se deseja, quando essa cláusula é estipulada, não é que os ár bitros decidam por eqüidade, senão que
Lo criam obstáculos, não querendo ver a sentença, uma \ C7. proferida, se tome 2nvlo os processos c as técnicas aos qnais irrecorrível para outro qualquer juízo ou <jc bá muito se habituaram. Ouereis um exemplo de esfòrço do tribunal comum. ,/.reio no sentido dc fugir aos incon-
lenientes dessas tóc.ms.s? Ei-lo nos úr-
• aos quais o comercio tom recordois modos principais: o do
" ' arbitraiamigável. pròpriamenle dito e o da P^.lo juÍT^o arbitrai, que deseja o co-
E os ingleses, por sua vez, de que ma
neira procedem? - Pensam êdes exata
mente como os franceses. Querem, tam
bém, que as decisões proferidas pelos ár bitros sejam definitivas. Empregara, no entanto, para alcançar êsse mesmo resul
tado. processo inteiramente diverso. Não
juizes deposita élo sua confmnça cre
conferem aos árbitros poderes dc com posição, mas apelam para o próprio Di reito mglês, que só permite recorrer das decisões arbitrais e lhes pedir a re
decisão se possa recorrer para os tribu nais de justiça, parecendo-lhe mesny) que admitir tal recurso fora tornar inú
visão quando não aplicadas as normas do Direito inglês, e isso — obsei"ve-se — quando a omissão praticada pelo ár bitro se verifique da própria decisão, transparecendo da sua simples leitura.
.^ianlc, .senão que a justiça seja dis-
Sbuída por juizes seus? E como nesses Lr isso mesmo, que a decisão arbitrai ó que será a justa. E como a tem por justa não deseja o comerciante que dessa
Que é que faz, então, o árbitro inglês para evitar o recurso? — Simples mente isto: profere sua decisão sem fun damentá-la. Dirá, por exemplo, em con clusão, que "Mr. Smith deverá pagar 1250 libras a Mr. Jones" sem dizer mais nada. Não se aduzindo, na sentença, o porquê dessa condenação, bem é de ver
que será impossível descobrir-se ne'a
Dicrsto
seguido — ó que o grande interê.ssc do
consegue o jurista libertar-.sc das técnicas que llic são familiares. E isso, para o bem dos próprios juristas. Estes, com
nimo pos.sí%'cl de intervenções cio Esta do, seja êste apenas o fisc-o, sejam ainda
Direito Comparado, superior até mesmo
efeito, de tal maneira se. habituaram às
oo de conduzir ã unificação do Direito, esta no permitir aos povos que recipro
noçoe.s e categorias de seus direitos na
camente SC compreendam.
sença de outras categorias ou noções,
• O mund(í, pelo progresso, se veio tor
são levados a supor que tudo é diferen
nando cada vc/. menor. A fonte princi; pal de' dificuldades, na bora presente, na Europa sobretudo, advém do que o
te e que se acham em face de con
os funcioniírios administrativos, ou seja afinal a própria autoridade judiciária.
Não quer, o comércio, processo, ou os to
a não-aplicação manifesta do Direito in glês...
mundo.
A isso dirá, por certo, o jurista fran cês, e, com êle, o jurista brasileiro: "Ma.s um julgamento não motivado é o que liá
pensarem como êles. Êsses mesmos pro
Não há duvida. Mas o que tudo isso revela é que, através de técnicas diferentes, con
Os juristas, c certo, bem incrccom que os comerciantes os desculpem, do não cessos, que constituem para os comercian
tes verdadeira calamidade, não o «ão tanto para c!c.s, juristas... Aplica-sc aqui para os juristas o conhecido ditado
popular: "à quclque chosc malhcur cst bon".
siderada cada qual no país mesmo era que é
Como quer que seja, parccc-mc que dexemos
praticada, como expedien
facilitar a tarefa do co mércio c que, para isso
te contrário às boas nor
mas da justiça, chegam
cumpre tendcrino.s ã uni
os comerciantes, num e noutro, aos mesmos re
ficação do Direito. q Direito Comercial, aliás é di.sciplina que não con
sultados práticos... E por que isso? - Sim
plesmente porque o co mércio tem, por tôda a parle, interes ses semelhantes. O que querem os co merciantes ingleses, como os franceses,
é fugir ao juízo comum. Servem-se, pois, uns e outros, de meios hábeis a tomar irrecorríveis as decisões arbitrais
evitando assim a justiça ordinária. O grande interesse do Direito Com parado está, pois, no preparar as vere
das para a unificação, ideal que ainda boje só se tem por impossível porque os juristas não se entendem. Quanto aos comerciantes, bem diversa é a sua ati
tude. Êles se compreendem. Para êles,
ocupando nesta tribuna. Mas, o que
é o oomércio bem mais siinplc.s. Colimam todos o mc.smo objeti\o. que á o de ultimar os seu.s negócios com o mí
qualquer êrro de Direito e, menos ainda,
de mais contrário aos princípio.s essen
. m|i 33
Económ
lera no menor número possíxel. E isso por tôda parte e cm todos os países do
ciais da justiça"...
nu. . illipi
Dicesto EconóVuco
32
tém tradições que so opo nham. O comércio fran cês, como o inglês, ou o brasilc:iro, tem necessidades idênticas, com a só dife rença de que a cias atendem por meios
desejava acentuar — o acredito tê-lo con
[•'progresso material considerá\'el, que do
cionais, que, quando se vêem em pre
ceitos essencialmente diversos. Supõem, além disso, que sua técnica, ou o seu
direito, é que são os melhores, não pas
Jcem anos a esta parto cm todos os do-
sando os dos estrangeiros de práticas
(•mínios SC verificou, não se fez acom-
utilizadas por selvagens... Ora, o Di
panlmr de progresso equivalente nos do
reito Comparado bem nos mostra que, na realidade, o que se faz é buscar, por
mínios do e.spírito. Nessa situação, sem
falar do outro qualquer objetivo práti co, tem o Direito Comparado uma funIção mcdiata a preencher, qual a de a todos mostrar que são comuns as ne
cessidades da justiça e que, se ó ela ministrada, aqui ou acolá, de maneiras
caminhos diversos, atingir por toda a
parte e sempre o mesmo ideal, que é o ideal da justiça. Dir-vos-ci, portanto, e para concluir,
que a função principal do Direito Com parado está no gerar entre os homens
diversas, as mesmas, entretanto, sao as
compreensão, contribuindo para estabe
preocupações que renascem no fundo da
lecer entre eles as melhores relações e
jcomposto de grupos raciais diferentes —
para reforçar a causa da paz. Dir-vosei, por fim, que os homens de negócios não podem ser indiferentes a isso e que
ijotc. — tem o mundo ocidental, em última
encontram, nessa natural utilidade do
alma humana. Na verdade, ainda que
jlatinos, germânicos, eslavos, anglo-saxões
['^análise, um "substratum" comum. O que é preciso é compreende-lo. Pelo estudo do Direito Comparado,
Direito Comparado, uma razão a mais, c definitiva, para simpatizar com o seu estudo e por todos os meios o estimular.
diversos.
E se vós outros, pelo e.studo dos sis temas jurídicos estrangeiros, puderdes convencer os juristas dessa fundamental
uniformidade, quer - de interesse, quer de fins objetivados pelos comerciantes tomareis possível a unificação do Direi
Como parte de sua campanha para o aumento da produção, o aovêrno briij cârca de doze mil fábricas e conterá pormenores de planos que se mostraram |k <^icientes para estimular a produtividade dos operários. "Target^' faz parte de jtima ampla experiência que está sendo posta em prática na Grã-Bretanha e que tânico acaba de lançar uma publicação mensal, "Targetf', que será aistribuida a
fé de importância vital, nas circunstâiicias atuais.
Também serão distribuiãos
to, o que será de grande utilidade para
novos cartazes e quadros para suplementar o serviço governaíTiental já existente de informações econômicos tnaustriais por meio de palestras, ^onómicas nos estaoeiecimentos estabelecimentos industriais
o comércio internacional.
filmes e cartazes.
Muito mais, ainda, teria eu que vos
dizer a propósito do tema que me vem
O governo reconhece, contudo, que o êxito da experiência
dependerá da amplitude com que empregadores e empregados coopej'«rem para tornar eficiente o serviço de informações.
Que é que faz, então, o árbitro inglês para evitar o recurso? — Simples mente isto: profere sua decisão sem fun damentá-la. Dirá, por exemplo, em con clusão, que "Mr. Smith deverá pagar 1250 libras a Mr. Jones" sem dizer mais nada. Não se aduzindo, na sentença, o porquê dessa condenação, bem é de ver
que será impossível descobrir-se ne'a
Dicrsto
seguido — ó que o grande interê.ssc do
consegue o jurista libertar-.sc das técnicas que llic são familiares. E isso, para o bem dos próprios juristas. Estes, com
nimo pos.sí%'cl de intervenções cio Esta do, seja êste apenas o fisc-o, sejam ainda
Direito Comparado, superior até mesmo
efeito, de tal maneira se. habituaram às
oo de conduzir ã unificação do Direito, esta no permitir aos povos que recipro
noçoe.s e categorias de seus direitos na
camente SC compreendam.
sença de outras categorias ou noções,
• O mund(í, pelo progresso, se veio tor
são levados a supor que tudo é diferen
nando cada vc/. menor. A fonte princi; pal de' dificuldades, na bora presente, na Europa sobretudo, advém do que o
te e que se acham em face de con
os funcioniírios administrativos, ou seja afinal a própria autoridade judiciária.
Não quer, o comércio, processo, ou os to
a não-aplicação manifesta do Direito in glês...
mundo.
A isso dirá, por certo, o jurista fran cês, e, com êle, o jurista brasileiro: "Ma.s um julgamento não motivado é o que liá
pensarem como êles. Êsses mesmos pro
Não há duvida. Mas o que tudo isso revela é que, através de técnicas diferentes, con
Os juristas, c certo, bem incrccom que os comerciantes os desculpem, do não cessos, que constituem para os comercian
tes verdadeira calamidade, não o «ão tanto para c!c.s, juristas... Aplica-sc aqui para os juristas o conhecido ditado
popular: "à quclque chosc malhcur cst bon".
siderada cada qual no país mesmo era que é
Como quer que seja, parccc-mc que dexemos
praticada, como expedien
facilitar a tarefa do co mércio c que, para isso
te contrário às boas nor
mas da justiça, chegam
cumpre tendcrino.s ã uni
os comerciantes, num e noutro, aos mesmos re
ficação do Direito. q Direito Comercial, aliás é di.sciplina que não con
sultados práticos... E por que isso? - Sim
plesmente porque o co mércio tem, por tôda a parle, interes ses semelhantes. O que querem os co merciantes ingleses, como os franceses,
é fugir ao juízo comum. Servem-se, pois, uns e outros, de meios hábeis a tomar irrecorríveis as decisões arbitrais
evitando assim a justiça ordinária. O grande interesse do Direito Com parado está, pois, no preparar as vere
das para a unificação, ideal que ainda boje só se tem por impossível porque os juristas não se entendem. Quanto aos comerciantes, bem diversa é a sua ati
tude. Êles se compreendem. Para êles,
ocupando nesta tribuna. Mas, o que
é o oomércio bem mais siinplc.s. Colimam todos o mc.smo objeti\o. que á o de ultimar os seu.s negócios com o mí
qualquer êrro de Direito e, menos ainda,
de mais contrário aos princípio.s essen
. m|i 33
Económ
lera no menor número possíxel. E isso por tôda parte e cm todos os países do
ciais da justiça"...
nu. . illipi
Dicesto EconóVuco
32
tém tradições que so opo nham. O comércio fran cês, como o inglês, ou o brasilc:iro, tem necessidades idênticas, com a só dife rença de que a cias atendem por meios
desejava acentuar — o acredito tê-lo con
[•'progresso material considerá\'el, que do
cionais, que, quando se vêem em pre
ceitos essencialmente diversos. Supõem, além disso, que sua técnica, ou o seu
direito, é que são os melhores, não pas
Jcem anos a esta parto cm todos os do-
sando os dos estrangeiros de práticas
(•mínios SC verificou, não se fez acom-
utilizadas por selvagens... Ora, o Di
panlmr de progresso equivalente nos do
reito Comparado bem nos mostra que, na realidade, o que se faz é buscar, por
mínios do e.spírito. Nessa situação, sem
falar do outro qualquer objetivo práti co, tem o Direito Comparado uma funIção mcdiata a preencher, qual a de a todos mostrar que são comuns as ne
cessidades da justiça e que, se ó ela ministrada, aqui ou acolá, de maneiras
caminhos diversos, atingir por toda a
parte e sempre o mesmo ideal, que é o ideal da justiça. Dir-vos-ci, portanto, e para concluir,
que a função principal do Direito Com parado está no gerar entre os homens
diversas, as mesmas, entretanto, sao as
compreensão, contribuindo para estabe
preocupações que renascem no fundo da
lecer entre eles as melhores relações e
jcomposto de grupos raciais diferentes —
para reforçar a causa da paz. Dir-vosei, por fim, que os homens de negócios não podem ser indiferentes a isso e que
ijotc. — tem o mundo ocidental, em última
encontram, nessa natural utilidade do
alma humana. Na verdade, ainda que
jlatinos, germânicos, eslavos, anglo-saxões
['^análise, um "substratum" comum. O que é preciso é compreende-lo. Pelo estudo do Direito Comparado,
Direito Comparado, uma razão a mais, c definitiva, para simpatizar com o seu estudo e por todos os meios o estimular.
diversos.
E se vós outros, pelo e.studo dos sis temas jurídicos estrangeiros, puderdes convencer os juristas dessa fundamental
uniformidade, quer - de interesse, quer de fins objetivados pelos comerciantes tomareis possível a unificação do Direi
Como parte de sua campanha para o aumento da produção, o aovêrno briij cârca de doze mil fábricas e conterá pormenores de planos que se mostraram |k <^icientes para estimular a produtividade dos operários. "Target^' faz parte de jtima ampla experiência que está sendo posta em prática na Grã-Bretanha e que tânico acaba de lançar uma publicação mensal, "Targetf', que será aistribuida a
fé de importância vital, nas circunstâiicias atuais.
Também serão distribuiãos
to, o que será de grande utilidade para
novos cartazes e quadros para suplementar o serviço governaíTiental já existente de informações econômicos tnaustriais por meio de palestras, ^onómicas nos estaoeiecimentos estabelecimentos industriais
o comércio internacional.
filmes e cartazes.
Muito mais, ainda, teria eu que vos
dizer a propósito do tema que me vem
O governo reconhece, contudo, que o êxito da experiência
dependerá da amplitude com que empregadores e empregados coopej'«rem para tornar eficiente o serviço de informações.
M
Temas e problemas em debate Daiuo de Almeida
Magalhães
Lições do pleito americano Todos os profetas — os empíricos, que
já aconteceu. É a única maneira de evi«
^ operam por intuição, ou pura adi
tar decepções tão chocantes como ess^,
vinhação, como as cartomantes e os vi
que pôs em xeque os créditos da fa
dentes, e os modernos, os científicos,
mosa organização Gallup,
que manipulam os instítutos de pesqui sas e de sondagem da opinião pública, e baseiam as suas conclusões em cál
culos de probabilidades, matemàticamente concatenados —
^
todos os profetas foram fragorosamente desmo ralizados nas suas pre-
[ !
À medida que se aproximava a data cJq pleito, a esperança da vitória do candi^ dato democrata ia fenecendo, e, pof
fim, só Truman ainda cria que lhe rcstava ainda algunic^^ ~1 "chance". E essa obs^ i tinada crença, em à incredulidade ger^l^
•
visões, pelo resultado
revelou no sucessor
'
Roosevelt a fibra de tador, e lhe deu
;
para incrementai" a
das quais, durante al
1
pria batallia, a, afing.)^
guns meses, se concen
i
arrastar consigo
I
mentos imponderáveis^ porém decisivos,
realmente surpreenden te das últimas eleições americanas, em tomo
.1.
-í'.'
trou a atenção do mun do inteiro, porque se
tratava realmente de escolher um govêmo
sempre se deve ter conta em movinientos. de grandes massas,
que hoje, em grande parte, dirige de fato
tadas por sentimentos ^
todos os povos, entre laçados política e eco
impulsos, cuja ção é de alguma
nomicamente no mesmo destino de paz
ingovernável, mesmo por aquôles
ou de guerra, de liberdade ou de servi dão de prosperidade ou de ruína, de
desencadeiam os estímulos motores.
sobrevivência ou de destruição de regi mes Diante do insucesso das profe
Om o seu partido dividido, debili^^^
fornece maior número de eleitores para o colégio eleitoral), Tniman fez a cam panha nas condições mais desfavoráveis para um candidato, suportando um "handicap" realmente mortal cm lulas dessa natureza: envolvido pela certeza genera lizada de que seu esforço era vão.
Tão profunda era essa con\ Ícção, que dela foi vítima o seu próprio adversário;
e o que era, assim, percalço terrível na campanha, se tornou paradoxalmente fa
tor decisivo do triunfo. DcNvoy, segu ríssimo da vitória, passou a agir apenas com cautela e reserva, para não compro meter o resultado, sòbre o qual nem ele
35
tática cautelosa de Dewey ia esmaecen
do o atrativo eleitoral da bandeira repu blicana, num país afeito ás práticas esportivas, e acostumado a vibrar e de
lirar diante dos autênticos campeões, ca pazes de tudo empenharem pela vitória. E enquanto Dewey, prelibando o triunfo, prosseguia na sua técnica calculista e moma, Truman mergulha\a fundo e duro no debate das grandes questões, dos
problemas imediatos do povo, dos pro blemas que se apresentam diariamente diante do cada família, indicando e pro metendo soluções, combatendo e defen
dendo pontos de vista, em suma, afir-
nem ninguém tinha a menor dúvida.
mando-se com a maior coragem e pre
A sua campanha adquiriu, de certo pon
cisão aceitando integralmente o risco das palaNtas claras e diretas, ao passo que os adversários se refugiavam no puro
to em diante, um tom olímpico, discre to, excessivamente medido e incolov. As suas declarações eram puramente evasi
vas; os seus discursos se perdiam em generalidades; todo o seu empenho era evitar os temas escabrosos, as palavras comprometedoras, as atitudes ou defini ções que lhe pudessem subtrair qual quer apoio (já virtualmente conquistado por ag'utinação, que supunha quase es pontânea), em favor de um contender
perdido, irremediàvelmente perdido. A prudência, a simples prudência, basta ria para conservar o triunfo inquestlonàvelmentc alcançado, e que o pronuncia mento das umas iria, em verdade, ape nas ratificar.
Truman, revelando esplêndida decisão
c penetrante argúcia política, entrou
negativismo, na crítica á obra do uma administração que,
loneava desde 1932, sem contudo ousa
rem apresentar objetívamente as medi das que seriam adotadas em subjhtui-
ção àquelas severamente censuradas. Diante das circunstâncias emocionan tes se desenrolou, na resultado sua fase Mema que grande batalha, e do n\"e V todos surpreendeu, os observado-
res âa ^'ida americana multiplicam as
interpretações e resumem, cada um do ângulo em que viu os acontecimentos, as lições que se devem tirar da pugna
política recém-encerrada; A primeira nota que ressalta e domi na o quadro é a pujança, a vitalidade,
do por duas cisões internas, uma
então a acentuar o
a fôrça da democra
rastando a ala esquerda com Walla^^
contraste entre o ca
ráter afirmativo do
cia americana, mais uma vez demonstra
seu programa, da
das na liberada e
sua candidatura, dos
no ardor que carac
e outra a ala mais tradicionalista,
cias,' mais urna vez se confirma a sabe- os "Dixiecrats", quebrando esta a bist^^. doria do observador prudente quando rica unidade do sul em favor dos
pondera que, nos dias delirantes em mocratas, e comprometendo aquela ^ que vivemos, só se deve auuuo.ar o apóio do Estado de Nova York (o
que vai acontecer depois de que tudo
DrcESTo Econômico
seus discursos, e o
terizaram a luta, e
tom incolor, hesitan
na lealdade e lisura
te e frio com que a
que a cercaram até »■ m
M
Temas e problemas em debate Daiuo de Almeida
Magalhães
Lições do pleito americano Todos os profetas — os empíricos, que
já aconteceu. É a única maneira de evi«
^ operam por intuição, ou pura adi
tar decepções tão chocantes como ess^,
vinhação, como as cartomantes e os vi
que pôs em xeque os créditos da fa
dentes, e os modernos, os científicos,
mosa organização Gallup,
que manipulam os instítutos de pesqui sas e de sondagem da opinião pública, e baseiam as suas conclusões em cál
culos de probabilidades, matemàticamente concatenados —
^
todos os profetas foram fragorosamente desmo ralizados nas suas pre-
[ !
À medida que se aproximava a data cJq pleito, a esperança da vitória do candi^ dato democrata ia fenecendo, e, pof
fim, só Truman ainda cria que lhe rcstava ainda algunic^^ ~1 "chance". E essa obs^ i tinada crença, em à incredulidade ger^l^
•
visões, pelo resultado
revelou no sucessor
'
Roosevelt a fibra de tador, e lhe deu
;
para incrementai" a
das quais, durante al
1
pria batallia, a, afing.)^
guns meses, se concen
i
arrastar consigo
I
mentos imponderáveis^ porém decisivos,
realmente surpreenden te das últimas eleições americanas, em tomo
.1.
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trou a atenção do mun do inteiro, porque se
tratava realmente de escolher um govêmo
sempre se deve ter conta em movinientos. de grandes massas,
que hoje, em grande parte, dirige de fato
tadas por sentimentos ^
todos os povos, entre laçados política e eco
impulsos, cuja ção é de alguma
nomicamente no mesmo destino de paz
ingovernável, mesmo por aquôles
ou de guerra, de liberdade ou de servi dão de prosperidade ou de ruína, de
desencadeiam os estímulos motores.
sobrevivência ou de destruição de regi mes Diante do insucesso das profe
Om o seu partido dividido, debili^^^
fornece maior número de eleitores para o colégio eleitoral), Tniman fez a cam panha nas condições mais desfavoráveis para um candidato, suportando um "handicap" realmente mortal cm lulas dessa natureza: envolvido pela certeza genera lizada de que seu esforço era vão.
Tão profunda era essa con\ Ícção, que dela foi vítima o seu próprio adversário;
e o que era, assim, percalço terrível na campanha, se tornou paradoxalmente fa
tor decisivo do triunfo. DcNvoy, segu ríssimo da vitória, passou a agir apenas com cautela e reserva, para não compro meter o resultado, sòbre o qual nem ele
35
tática cautelosa de Dewey ia esmaecen
do o atrativo eleitoral da bandeira repu blicana, num país afeito ás práticas esportivas, e acostumado a vibrar e de
lirar diante dos autênticos campeões, ca pazes de tudo empenharem pela vitória. E enquanto Dewey, prelibando o triunfo, prosseguia na sua técnica calculista e moma, Truman mergulha\a fundo e duro no debate das grandes questões, dos
problemas imediatos do povo, dos pro blemas que se apresentam diariamente diante do cada família, indicando e pro metendo soluções, combatendo e defen
dendo pontos de vista, em suma, afir-
nem ninguém tinha a menor dúvida.
mando-se com a maior coragem e pre
A sua campanha adquiriu, de certo pon
cisão aceitando integralmente o risco das palaNtas claras e diretas, ao passo que os adversários se refugiavam no puro
to em diante, um tom olímpico, discre to, excessivamente medido e incolov. As suas declarações eram puramente evasi
vas; os seus discursos se perdiam em generalidades; todo o seu empenho era evitar os temas escabrosos, as palavras comprometedoras, as atitudes ou defini ções que lhe pudessem subtrair qual quer apoio (já virtualmente conquistado por ag'utinação, que supunha quase es pontânea), em favor de um contender
perdido, irremediàvelmente perdido. A prudência, a simples prudência, basta ria para conservar o triunfo inquestlonàvelmentc alcançado, e que o pronuncia mento das umas iria, em verdade, ape nas ratificar.
Truman, revelando esplêndida decisão
c penetrante argúcia política, entrou
negativismo, na crítica á obra do uma administração que,
loneava desde 1932, sem contudo ousa
rem apresentar objetívamente as medi das que seriam adotadas em subjhtui-
ção àquelas severamente censuradas. Diante das circunstâncias emocionan tes se desenrolou, na resultado sua fase Mema que grande batalha, e do n\"e V todos surpreendeu, os observado-
res âa ^'ida americana multiplicam as
interpretações e resumem, cada um do ângulo em que viu os acontecimentos, as lições que se devem tirar da pugna
política recém-encerrada; A primeira nota que ressalta e domi na o quadro é a pujança, a vitalidade,
do por duas cisões internas, uma
então a acentuar o
a fôrça da democra
rastando a ala esquerda com Walla^^
contraste entre o ca
ráter afirmativo do
cia americana, mais uma vez demonstra
seu programa, da
das na liberada e
sua candidatura, dos
no ardor que carac
e outra a ala mais tradicionalista,
cias,' mais urna vez se confirma a sabe- os "Dixiecrats", quebrando esta a bist^^. doria do observador prudente quando rica unidade do sul em favor dos
pondera que, nos dias delirantes em mocratas, e comprometendo aquela ^ que vivemos, só se deve auuuo.ar o apóio do Estado de Nova York (o
que vai acontecer depois de que tudo
DrcESTo Econômico
seus discursos, e o
terizaram a luta, e
tom incolor, hesitan
na lealdade e lisura
te e frio com que a
que a cercaram até »■ m
Digesto EcoNÓ>nco *
36
Dicesto Econômico
talídade do que pela .substância mesma
fraterna do vencido ao triunfador, er
se um fenômeno que se vai tomando co mum, depois da comercialização que o
dos programas. A unidade fundamcjítal
guendo seu pensamento, nobremente, à felicidade da pátria comum, à sua coe
próprio progresso técnico impôs aos jor nais, e que Hilaire Belloc tão bem ana
são e ao seu progresso.
lisou, antes mesmo que, como ocorre
é a nota marcante do espírito cívico da poderosa nação, ainda sensí\'el aos exemplos c âs adverlências dos fundado
Acima das máquinas partidárias e das organizações eleitorais," acima mesmo dos
neira expressivas se apresentassem, como
à etapa final, com a saudação cordial e
efeitos entorpecentes ou deturpadores.da propaganda, o povo americano demons trou o seu esclarecido senso de julga
nos nossos dias, experiências do tal ma
rota dc quase todos os senadores que
Democrata ó o instrumento mais plás tico e aberto às conquistas sociais, que precisam ser consolidadas através de uma
haviam votado aquela lei, e no dia 2 dc no\'embro pleitearam a renovação de
tória do Partido Trabalhista nas eleições
temunhou foi a fidelidade do país ao
sistema bipartidário. Apesar de toda a
Estados Unidos, entre os dois candida
dos choques ideológicos e dos conflitos de sistemas, da guerra e dos problemas sociais, que ela tornou mais agudos, o país se conservou fiel aos quadros tradi cionais em que se desdobra a sua vida desde 1860. A cisão provocada por Thurmond, quebrando a unidade do "So-
Truman.
O criador do "New Deal",
que era magnífico orador, com imensa fôrça de atração sôbre as massas, se
valia do rádio; e assim se explicava que
mobilização das massas trabalhadoras,
Ud South", tinha sentido e alcance res
tritos. Wallace, porém, quis imprimir à sua campanha o objetivo de criar uma corrente ideológica mais avançada, que
pudesse constituir a "terceira fôrça", capaz de captar, sobretudo, as massas
evolução moderadamente conduzida. Po
A lei Taft-Hart'ey foi agitada diante
das massas proletárias como uma amea
e de seu partido significa a sobrc\ivcn-
ça dc regresso, dc destruição das con-
cia do "New Deal", isto é. de unia ex
qui-^las realizadas. E êsse fantasma do
periência que representa, sobretudo, re
reacionismo que poderia representar uma administraçã > republicana operou o mi
ceptividade às Irànsformações, contra a.s quais se erguia, com as suas
lagre de garantir, com a xn-
rígidas concepções, o Partido Republicano, cercado da sus
tória de Truman, a unidade política do governo, assegu
peita popular em virtude de
rando. ao mesmo tempo, a
suas ligações de ordem eco
maioria dos democratas no Se
nômica.
nado, na Câmara dos Repre
O verdadeiro vito
rioso é, segundo a opinião geral, o pró prio Roosevelt, cujas pregações c cuja
sentantes e nos governos dos Estados. Truman não ofereceu nenhum pro
obra deixaram raízes muito mais fundas
grama avançado, não propôs nenhuma
do que sc previa. Daí poder comentar com razão o "Economist", na sua edição de 13 dc novembro, que se abre agora, com a eleição de Truman, o quinto pe
significava que o caminho estava aberto para o futuro e afastaria o risco de um
ríodo presidencial dc Roosevelt.
alcançada, justamente interpretada como
proletárias. O fracasso de sua tentativa
bunícia que aperfeiçoou como um ar tista, os ataques dos ciclópicos jornais
foi estrondoso; não conseguiu senão um milhão ,de votos, sem alcançar vitória
americanos, com tiragens de milhões. Truman também se valeu largamente do
cm nenhum Estado. E dos 11 candida
Com efeito, os grandes lemas que
tos que concorreram ao pleito presiden
constituiram o alvo da campanha de
cial, com os vário.s rótulos de partidos sem tradição, só os dois, apre.sentados
Tmman (e que sem dúvida lhe deram
rádio, e da televisão; viajou 25.000 mi
seus mandatos.
lítica e socia'mcnte, a vitória de Truman
pudesse neutralizar, com a técnica tri-
lhas, pronunciando 250 discursos (ao passo que seu adversário só percorreu
efeito fulminante se verifica pela der
havia acontecido recentemente com a vi
A esse respeito é expressiva a cifra que indica a divisão da grande imprensa dos
porém, teve nesse terreno uma situação tão desfavorável como a que defrontou
blicano chiborara, e transformara em ato
legislativo, contra o \'eto do presidente Tnmian. Esta foi a grande arma da campanha dos democrata.s. E que foi de
ram a vitória, percebeu que o Partido
beração.
clinada ao Partido Republicano. Nunca,
O instinto das massas, que assegura
se exprimiu na declaração de guerra à lei Taft-Ilartley. que o Congrc.sso repu
agora aconteceu nos Estados Unido.s, e
mento, a sua capacidade cívica, o seu da Inglaterra. discernimento e independência de deli-, Outro fato que o pleito americano tes
tos: Dewey teve o apoio de 771 jornais; Truman apenas o de 182. Roosevelt se acostumara a ganhar as suas batalhas eleitorais contra a propaganda maciça da imprensa, na sua quase totalidade in
res.
37
a vitória) foram os mesmos do "New
reforma radicah Apenas o seu triunfo recuo. Não foi outra a razão da vitória a vitória do "homem comum", do "ho-
mem-esquecido", daquele cidadão ame ricano médio de que Roosevelt fêz a base de tôda a sua política reformadora. A posição de Truman estava bafejada ainda pela singular prosperidade de que
sob as legendas históricas dos republi
Deal": salários altos, forte taxação dos
16.000 milhas e fez 175 discursos); suas
canos ou democratas, foram tomados a
qualidades como orador estão, porém, longe, muito longe, de suportar confron
sério, sob o ponto de vista eleitoral.
grandes rendimentos, amparo à agri cultura, combate aos "trusts", seguro social, estabilização dos preços, prob'e-
to com as do seu antecessor. E, entre
tou em 1948 com as mesmas tendên
ma de habitação, reconhecimento das
pertenceu de 1860 a 1884 aos republica
tanto, em circunstâncias mais difíceis, anulou o combate que lhe deu a im
cias e características de 1932, ou de
prerrogativas dos sindicatos proletários. Do ponto de vista emocional, polari zando a atenção das massas operárias, cujo apoio foi decisivo, essa orientação
nos, e assim, com o intervalo apenas
prensa, na sua quase totalidade jungida à influência republicana. Repetiu-
A
opinião política americana se apresen 1920; a sua opção se verificou ainda
agora entre o binômio partidário, que mais se distingue pelas nuanças da men-
desfrutam os Estados Unidos.
A era,
agora, pertencia aos democratas, como da presidência de Cleve'and, continuou até à eleição de "Wilson. Nas épocas de reajustamentos e reformas, a mentali-
Digesto EcoNÓ>nco *
36
Dicesto Econômico
talídade do que pela .substância mesma
fraterna do vencido ao triunfador, er
se um fenômeno que se vai tomando co mum, depois da comercialização que o
dos programas. A unidade fundamcjítal
guendo seu pensamento, nobremente, à felicidade da pátria comum, à sua coe
próprio progresso técnico impôs aos jor nais, e que Hilaire Belloc tão bem ana
são e ao seu progresso.
lisou, antes mesmo que, como ocorre
é a nota marcante do espírito cívico da poderosa nação, ainda sensí\'el aos exemplos c âs adverlências dos fundado
Acima das máquinas partidárias e das organizações eleitorais," acima mesmo dos
neira expressivas se apresentassem, como
à etapa final, com a saudação cordial e
efeitos entorpecentes ou deturpadores.da propaganda, o povo americano demons trou o seu esclarecido senso de julga
nos nossos dias, experiências do tal ma
rota dc quase todos os senadores que
Democrata ó o instrumento mais plás tico e aberto às conquistas sociais, que precisam ser consolidadas através de uma
haviam votado aquela lei, e no dia 2 dc no\'embro pleitearam a renovação de
tória do Partido Trabalhista nas eleições
temunhou foi a fidelidade do país ao
sistema bipartidário. Apesar de toda a
Estados Unidos, entre os dois candida
dos choques ideológicos e dos conflitos de sistemas, da guerra e dos problemas sociais, que ela tornou mais agudos, o país se conservou fiel aos quadros tradi cionais em que se desdobra a sua vida desde 1860. A cisão provocada por Thurmond, quebrando a unidade do "So-
Truman.
O criador do "New Deal",
que era magnífico orador, com imensa fôrça de atração sôbre as massas, se
valia do rádio; e assim se explicava que
mobilização das massas trabalhadoras,
Ud South", tinha sentido e alcance res
tritos. Wallace, porém, quis imprimir à sua campanha o objetivo de criar uma corrente ideológica mais avançada, que
pudesse constituir a "terceira fôrça", capaz de captar, sobretudo, as massas
evolução moderadamente conduzida. Po
A lei Taft-Hart'ey foi agitada diante
das massas proletárias como uma amea
e de seu partido significa a sobrc\ivcn-
ça dc regresso, dc destruição das con-
cia do "New Deal", isto é. de unia ex
qui-^las realizadas. E êsse fantasma do
periência que representa, sobretudo, re
reacionismo que poderia representar uma administraçã > republicana operou o mi
ceptividade às Irànsformações, contra a.s quais se erguia, com as suas
lagre de garantir, com a xn-
rígidas concepções, o Partido Republicano, cercado da sus
tória de Truman, a unidade política do governo, assegu
peita popular em virtude de
rando. ao mesmo tempo, a
suas ligações de ordem eco
maioria dos democratas no Se
nômica.
nado, na Câmara dos Repre
O verdadeiro vito
rioso é, segundo a opinião geral, o pró prio Roosevelt, cujas pregações c cuja
sentantes e nos governos dos Estados. Truman não ofereceu nenhum pro
obra deixaram raízes muito mais fundas
grama avançado, não propôs nenhuma
do que sc previa. Daí poder comentar com razão o "Economist", na sua edição de 13 dc novembro, que se abre agora, com a eleição de Truman, o quinto pe
significava que o caminho estava aberto para o futuro e afastaria o risco de um
ríodo presidencial dc Roosevelt.
alcançada, justamente interpretada como
proletárias. O fracasso de sua tentativa
bunícia que aperfeiçoou como um ar tista, os ataques dos ciclópicos jornais
foi estrondoso; não conseguiu senão um milhão ,de votos, sem alcançar vitória
americanos, com tiragens de milhões. Truman também se valeu largamente do
cm nenhum Estado. E dos 11 candida
Com efeito, os grandes lemas que
tos que concorreram ao pleito presiden
constituiram o alvo da campanha de
cial, com os vário.s rótulos de partidos sem tradição, só os dois, apre.sentados
Tmman (e que sem dúvida lhe deram
rádio, e da televisão; viajou 25.000 mi
seus mandatos.
lítica e socia'mcnte, a vitória de Truman
pudesse neutralizar, com a técnica tri-
lhas, pronunciando 250 discursos (ao passo que seu adversário só percorreu
efeito fulminante se verifica pela der
havia acontecido recentemente com a vi
A esse respeito é expressiva a cifra que indica a divisão da grande imprensa dos
porém, teve nesse terreno uma situação tão desfavorável como a que defrontou
blicano chiborara, e transformara em ato
legislativo, contra o \'eto do presidente Tnmian. Esta foi a grande arma da campanha dos democrata.s. E que foi de
ram a vitória, percebeu que o Partido
beração.
clinada ao Partido Republicano. Nunca,
O instinto das massas, que assegura
se exprimiu na declaração de guerra à lei Taft-Ilartley. que o Congrc.sso repu
agora aconteceu nos Estados Unido.s, e
mento, a sua capacidade cívica, o seu da Inglaterra. discernimento e independência de deli-, Outro fato que o pleito americano tes
tos: Dewey teve o apoio de 771 jornais; Truman apenas o de 182. Roosevelt se acostumara a ganhar as suas batalhas eleitorais contra a propaganda maciça da imprensa, na sua quase totalidade in
res.
37
a vitória) foram os mesmos do "New
reforma radicah Apenas o seu triunfo recuo. Não foi outra a razão da vitória a vitória do "homem comum", do "ho-
mem-esquecido", daquele cidadão ame ricano médio de que Roosevelt fêz a base de tôda a sua política reformadora. A posição de Truman estava bafejada ainda pela singular prosperidade de que
sob as legendas históricas dos republi
Deal": salários altos, forte taxação dos
16.000 milhas e fez 175 discursos); suas
canos ou democratas, foram tomados a
qualidades como orador estão, porém, longe, muito longe, de suportar confron
sério, sob o ponto de vista eleitoral.
grandes rendimentos, amparo à agri cultura, combate aos "trusts", seguro social, estabilização dos preços, prob'e-
to com as do seu antecessor. E, entre
tou em 1948 com as mesmas tendên
ma de habitação, reconhecimento das
pertenceu de 1860 a 1884 aos republica
tanto, em circunstâncias mais difíceis, anulou o combate que lhe deu a im
cias e características de 1932, ou de
prerrogativas dos sindicatos proletários. Do ponto de vista emocional, polari zando a atenção das massas operárias, cujo apoio foi decisivo, essa orientação
nos, e assim, com o intervalo apenas
prensa, na sua quase totalidade jungida à influência republicana. Repetiu-
A
opinião política americana se apresen 1920; a sua opção se verificou ainda
agora entre o binômio partidário, que mais se distingue pelas nuanças da men-
desfrutam os Estados Unidos.
A era,
agora, pertencia aos democratas, como da presidência de Cleve'and, continuou até à eleição de "Wilson. Nas épocas de reajustamentos e reformas, a mentali-
Dicesto EcoNÓ^aco
38
dade iriais permeável dos democratas, sobretudo depois da pregação de Roosevelt, representa um fator de equilíbrio e um instrumento de transição mais pro
pícios e fecundos do que as ngidas con cepções dos que pretendem conduzir ínflexivelmente, seguindo preconceitos e
Dicesto Econóxuco
"savoir faire", perderá essa espécie de
dirige se reorganizarão para fornecer es
complexo de inferioridade que intima
pecialistas destínad[)s a scr\ir na im prensa á missão que lhe c alribuida.
mente o deveria perseguir, pelo con traste entre a sua figura e a grandeza
O plano a ser executado pelo Goebbels
do seu antecessor, a sua experiência e
da pátria do malogrado Bcnes foi facili
a magnitude da tarefa que recebeu. Agora, vencedor contra tôdas as expec
tado pelo princípio, anteriormente con
tativas, a sua personalidade se desabrochará em sua plenitude, na posso de
hábitos profundamente arraigados num passado que pode provocar nostalgia, mas realmente vale apenas como passado. Há quem encare a ação futura de
um lugar que não recebeu por herança,
Truman com reserva. O modesto polí
sua voz e os seus movimentos terão outra desenvoltura, nesta encruzilhada
tico de Missourí, depois do magnífico triunfo alcançado pela sua tenacidade e
r-
porém alcançou em árdua peleja. E a
sagrado pela lei, proibindo a propriedade individual dos órgãos de publicidade, que só poderiam pertencer aos partidos
nova organização da imprensa, que aper feiçoa ao extremo o regime de opinião
dirigida, que as ditaduras até agora en saiaram. Os jornais serão redigidos por especialistas, dirigidos e inspirados pelo
partido, licenciados pelo Estado, e fi nanciados presumidamente pelos leitores
jornal se • especializará em assuntos ou matérias de interesse de determinado
grupo de leitores. Assim, os fazendeiros, os advogados, os soldados, os médicos, os engenheiros, os comerciantes, compra rão e leráo apenas o jomal destinado a
cuidar daquelas questões que consti tuem a preocupação de cada um desses
núcleos da população. O Ministro das In
formações,
ponto não foi sufi do pelo relatório do
prensa, pois a publici dade, sob controle go\'emamental, feita
sera
exclusivamerite
por um órgão especia lizado; e a competi ção entre os jornais
Kopecki,
que possui uma larga experiência do regime
cientemente esclareci
ções que expôs o plano). Os anúncios desaparecerão da irn-
do partido governamental, cujos atos e cujos interesses não podem sofrer res trições.
As ditaduras, como se vê, aperfei
çoam os seus métodos de domínio e de opressão; e o que Hitler concebeu ain
cença do Estado.
rado grau de técnica e eficiência.
da estava longe de alcançar tão apu
Nacionalização da indústria siderúrgica inglesa
não mais existirá, uma vez que cada
para os quais são es critos (este último
Ministro de Informa
opinião dirigida, destinada a estabelecer a perfeita uniformidade de sentimentos o de opiniões, sob o rígido conlrôle
políticos, às organizações culturais, aos sindicatos operários c às sociedades coo perativas, c assim mesmo mediante li
A PRo?aMANE>o-SE do fim do seu man
^ Partido Comunista, instaurou-se uma
Estabelecidas as ba.scs do sistema, foi fácil ■ montar a máquina completa da
em que nos encontramos.
Novos aperfeiçoamentos da imprensa dirigida Ma Tchecoslováquia, sob o domínio do
89
russo,
adquirida
in
tf
loco de 1938 a 1945,
^
eso'areceu no seu re latório que a tarefa
da imprensa, assim organizada, é a edu
cação do povo, prin cipalmente voltada pa ra a luta de classes.
E as universidades e
o departamento que
dato, o govêmo trabalhista inglês acaba de se lançar à execução da me dida mais grave e de mais largo alcan ce de tôdas as que se contêm no seu
programa de reforma socialista: a nacio
nalização das indústrias siderúrgicas. Trata-se, com efeito, de proxndencia ra dical, e destinada a ter os mais profun dos efeitos, pelas repercussões naturais que dela decorrem. É, sob todos os aspectos, segundo a opinião dos que a estudam, um passo decisivo, que há de alterar, se fôr apro vada a lei que acaba de ser proposta, de maneira substancial a estrutura eco
nhias de gás, de eletricidade e de trans portes coletivos. Estas indústrias, em geral, estavam em má situação, parti
cularmente a de carvão. , É verdade que
sob contròle governamental não se ope
raram milagres; ao contrário, no pri meiro ano, a exploração das minas de carvão acusou um déficit de perto de 30 milhões de esterlinos, enquanto em
mãos particulares havia equilíbrio ^ ou superávit; mas os que atacaram por esse
motivo a política nacionalizadora não confessaram que as emprê^s privadas podiam apresentar resultados menos desfavoráveis em virtude dos baixos sa
lários, do tratamento negligente do ma
nômica do país, não só pela importân
terial e da abstenção de investimentos,
cia da indústria siderúrgica, que será
que as condições precárias da indústria
tomada propriedade do Estado, como
reclamavam.
pelo domínio que, em conseqüência, dará ao poder público, sobre as indús trias e atividades subsidiárias, conserva
O quadro apresentado pela indústria siderúrgica inglesa, que sob o ponto de
das ainda sob regime da propriedade
três primeiras do mimdo, ao lado da
privada.
americana e da russa, é bem diverso.
Até agora, o programa de nacionali zação dos trabalhistas ingleses havia atingido as minas de carvão, as compa
na ascensão econômica, contribuindo po
vista de importância se situa entre as
Trata-se de indústria próspera, em ple derosamente para a recuperação eco-
Dicesto EcoNÓ^aco
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dade iriais permeável dos democratas, sobretudo depois da pregação de Roosevelt, representa um fator de equilíbrio e um instrumento de transição mais pro
pícios e fecundos do que as ngidas con cepções dos que pretendem conduzir ínflexivelmente, seguindo preconceitos e
Dicesto Econóxuco
"savoir faire", perderá essa espécie de
dirige se reorganizarão para fornecer es
complexo de inferioridade que intima
pecialistas destínad[)s a scr\ir na im prensa á missão que lhe c alribuida.
mente o deveria perseguir, pelo con traste entre a sua figura e a grandeza
O plano a ser executado pelo Goebbels
do seu antecessor, a sua experiência e
da pátria do malogrado Bcnes foi facili
a magnitude da tarefa que recebeu. Agora, vencedor contra tôdas as expec
tado pelo princípio, anteriormente con
tativas, a sua personalidade se desabrochará em sua plenitude, na posso de
hábitos profundamente arraigados num passado que pode provocar nostalgia, mas realmente vale apenas como passado. Há quem encare a ação futura de
um lugar que não recebeu por herança,
Truman com reserva. O modesto polí
sua voz e os seus movimentos terão outra desenvoltura, nesta encruzilhada
tico de Missourí, depois do magnífico triunfo alcançado pela sua tenacidade e
r-
porém alcançou em árdua peleja. E a
sagrado pela lei, proibindo a propriedade individual dos órgãos de publicidade, que só poderiam pertencer aos partidos
nova organização da imprensa, que aper feiçoa ao extremo o regime de opinião
dirigida, que as ditaduras até agora en saiaram. Os jornais serão redigidos por especialistas, dirigidos e inspirados pelo
partido, licenciados pelo Estado, e fi nanciados presumidamente pelos leitores
jornal se • especializará em assuntos ou matérias de interesse de determinado
grupo de leitores. Assim, os fazendeiros, os advogados, os soldados, os médicos, os engenheiros, os comerciantes, compra rão e leráo apenas o jomal destinado a
cuidar daquelas questões que consti tuem a preocupação de cada um desses
núcleos da população. O Ministro das In
formações,
ponto não foi sufi do pelo relatório do
prensa, pois a publici dade, sob controle go\'emamental, feita
sera
exclusivamerite
por um órgão especia lizado; e a competi ção entre os jornais
Kopecki,
que possui uma larga experiência do regime
cientemente esclareci
ções que expôs o plano). Os anúncios desaparecerão da irn-
do partido governamental, cujos atos e cujos interesses não podem sofrer res trições.
As ditaduras, como se vê, aperfei
çoam os seus métodos de domínio e de opressão; e o que Hitler concebeu ain
cença do Estado.
rado grau de técnica e eficiência.
da estava longe de alcançar tão apu
Nacionalização da indústria siderúrgica inglesa
não mais existirá, uma vez que cada
para os quais são es critos (este último
Ministro de Informa
opinião dirigida, destinada a estabelecer a perfeita uniformidade de sentimentos o de opiniões, sob o rígido conlrôle
políticos, às organizações culturais, aos sindicatos operários c às sociedades coo perativas, c assim mesmo mediante li
A PRo?aMANE>o-SE do fim do seu man
^ Partido Comunista, instaurou-se uma
Estabelecidas as ba.scs do sistema, foi fácil ■ montar a máquina completa da
em que nos encontramos.
Novos aperfeiçoamentos da imprensa dirigida Ma Tchecoslováquia, sob o domínio do
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russo,
adquirida
in
tf
loco de 1938 a 1945,
^
eso'areceu no seu re latório que a tarefa
da imprensa, assim organizada, é a edu
cação do povo, prin cipalmente voltada pa ra a luta de classes.
E as universidades e
o departamento que
dato, o govêmo trabalhista inglês acaba de se lançar à execução da me dida mais grave e de mais largo alcan ce de tôdas as que se contêm no seu
programa de reforma socialista: a nacio
nalização das indústrias siderúrgicas. Trata-se, com efeito, de proxndencia ra dical, e destinada a ter os mais profun dos efeitos, pelas repercussões naturais que dela decorrem. É, sob todos os aspectos, segundo a opinião dos que a estudam, um passo decisivo, que há de alterar, se fôr apro vada a lei que acaba de ser proposta, de maneira substancial a estrutura eco
nhias de gás, de eletricidade e de trans portes coletivos. Estas indústrias, em geral, estavam em má situação, parti
cularmente a de carvão. , É verdade que
sob contròle governamental não se ope
raram milagres; ao contrário, no pri meiro ano, a exploração das minas de carvão acusou um déficit de perto de 30 milhões de esterlinos, enquanto em
mãos particulares havia equilíbrio ^ ou superávit; mas os que atacaram por esse
motivo a política nacionalizadora não confessaram que as emprê^s privadas podiam apresentar resultados menos desfavoráveis em virtude dos baixos sa
lários, do tratamento negligente do ma
nômica do país, não só pela importân
terial e da abstenção de investimentos,
cia da indústria siderúrgica, que será
que as condições precárias da indústria
tomada propriedade do Estado, como
reclamavam.
pelo domínio que, em conseqüência, dará ao poder público, sobre as indús trias e atividades subsidiárias, conserva
O quadro apresentado pela indústria siderúrgica inglesa, que sob o ponto de
das ainda sob regime da propriedade
três primeiras do mimdo, ao lado da
privada.
americana e da russa, é bem diverso.
Até agora, o programa de nacionali zação dos trabalhistas ingleses havia atingido as minas de carvão, as compa
na ascensão econômica, contribuindo po
vista de importância se situa entre as
Trata-se de indústria próspera, em ple derosamente para a recuperação eco-
Dicesto Econômico
40
41
Dicesto Econômico
nómica do país; a produtividade dos
obsoletas, em face dos novos progressos
seus operários cresceu de maneira sensí
da técnica e da concorrência no merca
vel depois da guerra, enquanto que em
do estrangeiro. Essas são as razões de
pria e o .sou departamento dc vendas. A corporação que as superintenderá vai
outras indústrias se mantém estacionária
ordem econômica ou administrativas.
O
funcionar como uma "holding": apenas
motivo político verdadeiro, que inspira o governo socialista que caminha para eleições gerais, é atacar de frente o mais poderoso bastião do capitalismo, como observa Robert Bellainy, no
as ações se deslocarão das mãos dos
ou em decréscimo; os salários dos me
talúrgicos são os mais elevados da In-
glaterra; e nenhuma greve de impor
ia tância se registrou neste setor desde 1926, o que demonstra o
acionistas aluais para as da agência ofi cial, explica o "Tiic Economist", em seu
indústria siderúrgica, tendo em conta sempre o que diz respeito ao interêsse nacional.
Considerando, como diz o "The Eco
nomist", na sua edição de 30 de outu
comentário de 6 de novembro.
bro. a projetada nacionalização da si derurgia uma iniciativa partidária, e não
O dispositivo do projeto nacionalizador que maiores ataques suscitou c o
um ato de construtiwa política econômi ca, os conservadores já iniciaram contra
bom entendimento reinan
seu comentário em "Infor-
te entre empregadores e
referente ao valor a ser pago pelas açúes
ela a mais vigorosa batalha parlamentar.
das companhias atingidas. Êsle valor,
Para o velbo órgão britânico, a propo
produção deverá atingir
mation et Documentation", de 6 de novembro últi mo: o domínio da indús
para as que têm colação na Bôlsa Ofi
sição do govêmo é em si mesma errada;
um total estimado em- 15
tria
as
cial, é o valor médio apresentado no mês
e é sobretudo inoportuna.
milhões de toneladas, man
suas ramificações, confere uma influência substancial
de outubro último, ou nos seis meses
segunda objeção, acredita que não haja dbcrgências de opiniões, pois o momen to c o pior possível para se adotar uma
empregados. Em 1948, a
tendo o ritmo crescente de
siderúrgica, com
anteriores às eleições gerais dc 1945. O critério adotado c considerado pro fundamente injusto, porque o valor das
guerra. Pela sua produ ção, a indústria siderúrgica é a terceira
sobre a economia do país. E um partido socialista não pode consentir que o poder privado
da Inglaterra em importância, perdendo por poucos pontos para a de tecidos e
desfrute de tais meios de influência e
ações na Bolsa havia bai.xado sob amea ça de nacionalização das companhias; e
de comando.
a de construções mecânicas. E, apesar das deficiências de instalação que se
os seus dividendos, apesar da prosperi
terra, em virtude do projeto apresen
apontam em alguns setores, é, em quali dade, uma das primeiras do mundo. O número de empregados que nela tra
poderiam ser, em virtude das próprias
tado, se êste fôr aprovado, passarão
restrições estabelecidas pelo contrôle go
ao contrôle do Estado, sob a direção de uma Corporação do Ferro e do Aço,
vernamental.
balham sobe atualmente a 168.000, con
a qual será a proprietária das ações das companhias incorporadas. Da incorpo ração só se excluem as pequenas usinas, mas através das grandes que forem in corporadas, sob a direção daquela agen
ascensão desde o fim da
tra 138.000 antes da guerra. E a in fluência da siderurgia no reerguimen-
to econômico da Inglaterra se exprime
pela possibilidade que Uie deu de ex portar, em 1946, 1.451.000 toneladas de produtos siderúrgicos. Por que então nacionalizar uma in dústria que apresenta índices tão fa-
107 emprêsas siderúrgicas da Ingla
cia, se estenderá o contrôle oficial sobre
dade apresentada, eram menores do que
medida de tal natureza.
Sobre essa
E as razões
são estas: a situação do país exige um
esforço industrial máximo, sobretudo no campo siderúrgico, e êsse esforço será
perturbado sèriamente pela nacionaliza ção projetada; a discussão do assunto
tramento; o projeto limita, porém, a li berdade dos arbitradores, estabelecen
vai azedar e exacerbar as paixões polí ticas e distrair a atenção geral de ou tras matérias mais urgentes e fundamen tais; a Inglaterra depende para sua re cuperação da ajuda dos Estados Unidos c estes, se bem que corretamente se
do critérios de avaliação, como se os
abstenham de interferir em questões in
títulos a serem adquiridos estivessem realmente oferecidos na "Stock Exchan
ternas da política inglesa, não escondem
Para as ações não co
tadas na Bô'sa, o preço dessa desapro
priação será fixado por acôrdo ou arbi
a sua desaprovação ao projeto apresen
um vasto campo de indústrias e ativida des que são dependentes, ancilares da quelas organizações básicas, nas quais
ge", o que tudo re
tado.
sulta em forçar uma nacionalização em
"The Economist" não tem dúvida de
serão absorvidas desde que, por decisão
condições vantajosas
que a iniciativa do
administrativa, assim se entenda conve
para o erário públi
niente ao desenvolvimento da indústria
co, em detrimento
govêrno irá custar a perda de posições
siderúrgica. O capital das 107 emprêsas naciona
dos possuidores dos
do
títulos, que são de-
lhista, nas próximas
avançada) visa declaradamente ao pro
lizadas é estimado em cerca de 195 mi
pósito de assegurar uma maior produção, para atender às necessidades crescentes do país, e à remodelação das instalações
lhões de esterlinos, e a organização de
.sapossados compulsòriamente. Por fim, o projeto do governo traba
cada uma delas será mantida como se
lhista atribui ao Ministro do Abasteci
domínio de uma pequena minoria auda ciosa sobre a maioria incapaz de resis
mento largos poderes na orientação da
tir à desastrosa idéia.
- voráveis?
A iniciativa do govêmo trabalhista (a
respeito da qual se indicam divergên cias no seio do próprio gabinete, domi nado nesta questão pela sua ala mais
encontra, com a sua administração pró-
corporação destinada ao comando da
Partido
Traba
eleições gerais; e só a explica pelo pre
Reconhece o prestigioso órgão que
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nómica do país; a produtividade dos
obsoletas, em face dos novos progressos
seus operários cresceu de maneira sensí
da técnica e da concorrência no merca
vel depois da guerra, enquanto que em
do estrangeiro. Essas são as razões de
pria e o .sou departamento dc vendas. A corporação que as superintenderá vai
outras indústrias se mantém estacionária
ordem econômica ou administrativas.
O
funcionar como uma "holding": apenas
motivo político verdadeiro, que inspira o governo socialista que caminha para eleições gerais, é atacar de frente o mais poderoso bastião do capitalismo, como observa Robert Bellainy, no
as ações se deslocarão das mãos dos
ou em decréscimo; os salários dos me
talúrgicos são os mais elevados da In-
glaterra; e nenhuma greve de impor
ia tância se registrou neste setor desde 1926, o que demonstra o
acionistas aluais para as da agência ofi cial, explica o "Tiic Economist", em seu
indústria siderúrgica, tendo em conta sempre o que diz respeito ao interêsse nacional.
Considerando, como diz o "The Eco
nomist", na sua edição de 30 de outu
comentário de 6 de novembro.
bro. a projetada nacionalização da si derurgia uma iniciativa partidária, e não
O dispositivo do projeto nacionalizador que maiores ataques suscitou c o
um ato de construtiwa política econômi ca, os conservadores já iniciaram contra
bom entendimento reinan
seu comentário em "Infor-
te entre empregadores e
referente ao valor a ser pago pelas açúes
ela a mais vigorosa batalha parlamentar.
das companhias atingidas. Êsle valor,
Para o velbo órgão britânico, a propo
produção deverá atingir
mation et Documentation", de 6 de novembro últi mo: o domínio da indús
para as que têm colação na Bôlsa Ofi
sição do govêmo é em si mesma errada;
um total estimado em- 15
tria
as
cial, é o valor médio apresentado no mês
e é sobretudo inoportuna.
milhões de toneladas, man
suas ramificações, confere uma influência substancial
de outubro último, ou nos seis meses
segunda objeção, acredita que não haja dbcrgências de opiniões, pois o momen to c o pior possível para se adotar uma
empregados. Em 1948, a
tendo o ritmo crescente de
siderúrgica, com
anteriores às eleições gerais dc 1945. O critério adotado c considerado pro fundamente injusto, porque o valor das
guerra. Pela sua produ ção, a indústria siderúrgica é a terceira
sobre a economia do país. E um partido socialista não pode consentir que o poder privado
da Inglaterra em importância, perdendo por poucos pontos para a de tecidos e
desfrute de tais meios de influência e
ações na Bolsa havia bai.xado sob amea ça de nacionalização das companhias; e
de comando.
a de construções mecânicas. E, apesar das deficiências de instalação que se
os seus dividendos, apesar da prosperi
terra, em virtude do projeto apresen
apontam em alguns setores, é, em quali dade, uma das primeiras do mundo. O número de empregados que nela tra
poderiam ser, em virtude das próprias
tado, se êste fôr aprovado, passarão
restrições estabelecidas pelo contrôle go
ao contrôle do Estado, sob a direção de uma Corporação do Ferro e do Aço,
vernamental.
balham sobe atualmente a 168.000, con
a qual será a proprietária das ações das companhias incorporadas. Da incorpo ração só se excluem as pequenas usinas, mas através das grandes que forem in corporadas, sob a direção daquela agen
ascensão desde o fim da
tra 138.000 antes da guerra. E a in fluência da siderurgia no reerguimen-
to econômico da Inglaterra se exprime
pela possibilidade que Uie deu de ex portar, em 1946, 1.451.000 toneladas de produtos siderúrgicos. Por que então nacionalizar uma in dústria que apresenta índices tão fa-
107 emprêsas siderúrgicas da Ingla
cia, se estenderá o contrôle oficial sobre
dade apresentada, eram menores do que
medida de tal natureza.
Sobre essa
E as razões
são estas: a situação do país exige um
esforço industrial máximo, sobretudo no campo siderúrgico, e êsse esforço será
perturbado sèriamente pela nacionaliza ção projetada; a discussão do assunto
tramento; o projeto limita, porém, a li berdade dos arbitradores, estabelecen
vai azedar e exacerbar as paixões polí ticas e distrair a atenção geral de ou tras matérias mais urgentes e fundamen tais; a Inglaterra depende para sua re cuperação da ajuda dos Estados Unidos c estes, se bem que corretamente se
do critérios de avaliação, como se os
abstenham de interferir em questões in
títulos a serem adquiridos estivessem realmente oferecidos na "Stock Exchan
ternas da política inglesa, não escondem
Para as ações não co
tadas na Bô'sa, o preço dessa desapro
priação será fixado por acôrdo ou arbi
a sua desaprovação ao projeto apresen
um vasto campo de indústrias e ativida des que são dependentes, ancilares da quelas organizações básicas, nas quais
ge", o que tudo re
tado.
sulta em forçar uma nacionalização em
"The Economist" não tem dúvida de
serão absorvidas desde que, por decisão
condições vantajosas
que a iniciativa do
administrativa, assim se entenda conve
para o erário públi
niente ao desenvolvimento da indústria
co, em detrimento
govêrno irá custar a perda de posições
siderúrgica. O capital das 107 emprêsas naciona
dos possuidores dos
do
títulos, que são de-
lhista, nas próximas
avançada) visa declaradamente ao pro
lizadas é estimado em cerca de 195 mi
pósito de assegurar uma maior produção, para atender às necessidades crescentes do país, e à remodelação das instalações
lhões de esterlinos, e a organização de
.sapossados compulsòriamente. Por fim, o projeto do governo traba
cada uma delas será mantida como se
lhista atribui ao Ministro do Abasteci
domínio de uma pequena minoria auda ciosa sobre a maioria incapaz de resis
mento largos poderes na orientação da
tir à desastrosa idéia.
- voráveis?
A iniciativa do govêmo trabalhista (a
respeito da qual se indicam divergên cias no seio do próprio gabinete, domi nado nesta questão pela sua ala mais
encontra, com a sua administração pró-
corporação destinada ao comando da
Partido
Traba
eleições gerais; e só a explica pelo pre
Reconhece o prestigioso órgão que
Dicesto
42
a indústria siderúrgica inglêsa, apesar
dos progressos realizados, reclama uma reorganização técnica. Julga ser egi
ttao que. a respeito de uma atividade de ordem tão fundamental, o govêmo
tenha uma política, e influa para que
ela seja seguida, em benefício coletivo. ^ Mas nacionalizar apenas para naciona lizar, e nesta hora, é um erro funesto. Só uma razão justificaria a medida:
Eco^'ó^^co
é algum esforço das fileiras socialistas para demonstrar que o Estado pode fa zer isso (produzir barato) melhor do que as indústrias privadas. Talvez possa;
porém, ninguém ainda deu uma razão para que assim se acredite". E insiste no ponto: o que interessa é
que se produza aço barato. Êste re sultado é que serve ao bem-estar e ao progresso coletivo. O projeto da na
era a de produzir-mais e mais barato. Não há, porém, nada que indique que
cionalização, como outro qualquer, deve ser examinado sob êsse ponto de vista,
tais resultados serão alcançados. A admi nistração da imensa corporação a ser
antes de tudo.
criada não será mais econômica, e sem
dúvida será mais sensível à pressão das "trade-unions". É esta a lição das ex periências recentes. E quanto à maior produção (o Ministro do Abastecimento fala em elevá-la a 18 ou 20 milhões de toneladas), observa o "The Econo-
mist" que se há, no momento, deficiên cia, é preciso estabelecer a base econômi
O governo traba'hista inglês deu o passo mais largo do seu programa so cialista, até agora moderadamente con duzido. A medida, que alcançará com a indústria siderúrgica tôda a estrutura básica da indústria da Inglaterra, será a questão central da política britânica, que da atual sessão parlamentar certa
ca da indústria em limites razoáveis, em
mente extravasará para as próximas elei ções de 1950, marcando a escolha entre
níveis de equilíbrio, de normalidade, não contando apenas com a produção má
dois caminhos nitidamente separados: ou prosseguir nessa marcha socializadora,
xima, absorvida nas fases de expansão,
em que os atos e as iniciativas se enca
nos momentos de demanda excepcional.
deiam inelutàvelmente; ou tentar o re
E é claro que o consumo vai depender
gresso, com a vitória dos conservadores, que, se a "chance" lhes sorrir, hão de sem dúvida retomar ao poder com um programa menos "tory"...
do preço. E conc'ui o "The Economist", céptico a êsse respeito: "O que cada um espera, e espera há muito em vão.
O que valeram os imigrantes para os Estados Unidos
Prof.,Cerrado Gini, economista ita-
^ liano, em artigo sumariado pelo "The Economic Digest", de novembro último, sustenta que uma das fontes da riqueza dos Estados Unidos — a sua causa fundamental — se deve encontrar
na livre contribuiçãíj que deu ao pro
gresso do país a massa de milhões de imigrantes europeus, e graças à qual a América se poupou às despesas de for mar e educar uma imensa parte da sua população. Vinte e sete e meio milhões de imi
grantes, na sua quase totalidade euro-
Dicesto EcoNóxnco
43
peus, geralmente moços e em plena capacidade
contribuição econômica
de produção, cstabele-
correspondia a xim to
ceram-se
Unidos,
nos
de
trazida pelos imigrantes tal superior a 2.200 bi
Estados
1820
a
lhões de dólares.
É claro que cálculos dessa natureza apre
1930. O professor ita liano, apresentando es tas cifras, deduz 12 mi
sentam bases flexíveis
lhões que regrcs.saram
e elásticas, uma vez que
à pátria de origem c pergunta quanto vale
se tomem em conta to
rão econòmicamentc es
vem ser considerados, como, por exemplo, o que os imigrantes reme
dos os fatôres que de
tes milhões do coopcradores do esfôrço cole tivo. Tomando em con
teram para suas pátrias
do origem, como capital acumulado por seu trabalho. De qualquer forma, po
ta o custo médio da manutenção de xim americano até aos 18 anos de idade e
rém, os números comprovam a tese do autor de que "ém certo sentido, a ri
o rendimento que possa oferecer, os 27 e meio milhões de imigrantes são esti res. Considerando essa soma à base do
queza da América pode-se dizer que é um presente que lhe foi dado pela
rendimento anual de 4%, em 1930, a
Europa"
mados no valor de 175 bilhões de dóla
Como enfrentar os preços altos "'piiE Economist", de
glês prova da intenção de obter vantagens am
30 de outubro, co
biciosas.
menta sob o título "Bar-
A situação da Inglater-
gaining over Beef" o
problema de trocas en tre a
Argentina
e
ajunta — em maté
ria de comércio interça-
a
Inglaterra e do acerto da balança de paga
f
mentos.
O senhor Miran
da, o líder econômico de Perón, tem
adiado
cional, melhorou desde a venda das estradas de ferro inglêsas situadas na
Argentina. A posição da Argentina, ao contrário, piorou. O estoque de
O acôrdo em vigor ex pira em dezembro cor rente.
¥
cereais, em virtude dos
as
preços excessivamente al
conversações que deveria ter em Lon
tos, apodrece. A próxima colheita au
dres. Agora, o Ministro Bramuglía en
mentará a pressão, agravando o pró prio problema da armazenagem. E a
caminha os entendimentos.
E a táti
ca de adiamentos parece ao jornal in-
balança comercial argentina se toma
Dicesto
42
a indústria siderúrgica inglêsa, apesar
dos progressos realizados, reclama uma reorganização técnica. Julga ser egi
ttao que. a respeito de uma atividade de ordem tão fundamental, o govêmo
tenha uma política, e influa para que
ela seja seguida, em benefício coletivo. ^ Mas nacionalizar apenas para naciona lizar, e nesta hora, é um erro funesto. Só uma razão justificaria a medida:
Eco^'ó^^co
é algum esforço das fileiras socialistas para demonstrar que o Estado pode fa zer isso (produzir barato) melhor do que as indústrias privadas. Talvez possa;
porém, ninguém ainda deu uma razão para que assim se acredite". E insiste no ponto: o que interessa é
que se produza aço barato. Êste re sultado é que serve ao bem-estar e ao progresso coletivo. O projeto da na
era a de produzir-mais e mais barato. Não há, porém, nada que indique que
cionalização, como outro qualquer, deve ser examinado sob êsse ponto de vista,
tais resultados serão alcançados. A admi nistração da imensa corporação a ser
antes de tudo.
criada não será mais econômica, e sem
dúvida será mais sensível à pressão das "trade-unions". É esta a lição das ex periências recentes. E quanto à maior produção (o Ministro do Abastecimento fala em elevá-la a 18 ou 20 milhões de toneladas), observa o "The Econo-
mist" que se há, no momento, deficiên cia, é preciso estabelecer a base econômi
O governo traba'hista inglês deu o passo mais largo do seu programa so cialista, até agora moderadamente con duzido. A medida, que alcançará com a indústria siderúrgica tôda a estrutura básica da indústria da Inglaterra, será a questão central da política britânica, que da atual sessão parlamentar certa
ca da indústria em limites razoáveis, em
mente extravasará para as próximas elei ções de 1950, marcando a escolha entre
níveis de equilíbrio, de normalidade, não contando apenas com a produção má
dois caminhos nitidamente separados: ou prosseguir nessa marcha socializadora,
xima, absorvida nas fases de expansão,
em que os atos e as iniciativas se enca
nos momentos de demanda excepcional.
deiam inelutàvelmente; ou tentar o re
E é claro que o consumo vai depender
gresso, com a vitória dos conservadores, que, se a "chance" lhes sorrir, hão de sem dúvida retomar ao poder com um programa menos "tory"...
do preço. E conc'ui o "The Economist", céptico a êsse respeito: "O que cada um espera, e espera há muito em vão.
O que valeram os imigrantes para os Estados Unidos
Prof.,Cerrado Gini, economista ita-
^ liano, em artigo sumariado pelo "The Economic Digest", de novembro último, sustenta que uma das fontes da riqueza dos Estados Unidos — a sua causa fundamental — se deve encontrar
na livre contribuiçãíj que deu ao pro
gresso do país a massa de milhões de imigrantes europeus, e graças à qual a América se poupou às despesas de for mar e educar uma imensa parte da sua população. Vinte e sete e meio milhões de imi
grantes, na sua quase totalidade euro-
Dicesto EcoNóxnco
43
peus, geralmente moços e em plena capacidade
contribuição econômica
de produção, cstabele-
correspondia a xim to
ceram-se
Unidos,
nos
de
trazida pelos imigrantes tal superior a 2.200 bi
Estados
1820
a
lhões de dólares.
É claro que cálculos dessa natureza apre
1930. O professor ita liano, apresentando es tas cifras, deduz 12 mi
sentam bases flexíveis
lhões que regrcs.saram
e elásticas, uma vez que
à pátria de origem c pergunta quanto vale
se tomem em conta to
rão econòmicamentc es
vem ser considerados, como, por exemplo, o que os imigrantes reme
dos os fatôres que de
tes milhões do coopcradores do esfôrço cole tivo. Tomando em con
teram para suas pátrias
do origem, como capital acumulado por seu trabalho. De qualquer forma, po
ta o custo médio da manutenção de xim americano até aos 18 anos de idade e
rém, os números comprovam a tese do autor de que "ém certo sentido, a ri
o rendimento que possa oferecer, os 27 e meio milhões de imigrantes são esti res. Considerando essa soma à base do
queza da América pode-se dizer que é um presente que lhe foi dado pela
rendimento anual de 4%, em 1930, a
Europa"
mados no valor de 175 bilhões de dóla
Como enfrentar os preços altos "'piiE Economist", de
glês prova da intenção de obter vantagens am
30 de outubro, co
biciosas.
menta sob o título "Bar-
A situação da Inglater-
gaining over Beef" o
problema de trocas en tre a
Argentina
e
ajunta — em maté
ria de comércio interça-
a
Inglaterra e do acerto da balança de paga
f
mentos.
O senhor Miran
da, o líder econômico de Perón, tem
adiado
cional, melhorou desde a venda das estradas de ferro inglêsas situadas na
Argentina. A posição da Argentina, ao contrário, piorou. O estoque de
O acôrdo em vigor ex pira em dezembro cor rente.
¥
cereais, em virtude dos
as
preços excessivamente al
conversações que deveria ter em Lon
tos, apodrece. A próxima colheita au
dres. Agora, o Ministro Bramuglía en
mentará a pressão, agravando o pró prio problema da armazenagem. E a
caminha os entendimentos.
E a táti
ca de adiamentos parece ao jornal in-
balança comercial argentina se toma
rável, apesar das cres
Inglaterra compra atual mente da Argentina
centes restrições da im
uma
portação.
£
cada vez mais desfavo
Nessas condições, acen
média
100
sòmente
tua o "Economist", a de-
^1
c'aração do embaixador argentino, em Washing
ton, de que seu país
anual
milhões £
40
e
de
Características do Projeto do Estatuto dol.Fetróleo fc t
vende Glycon de Paiva
milhões.
Haverá pouca esperança
(Membro da Comissão encarregada da elaboração do
projeto do "Estatuto do Petróleo".)
de equilíbrio nas transa ções dos dois países, a menos que a Argentina
está pronto a vender à
base dos preços ameri canos, desde que rece
ba as mercadorias de que
relaxe o contrôle da im
projeto do Eatotiiio do
portação de mercadorias não essenciais da Ingla
Petróleo, como apreslado
2) — a procedência do consumo in terno de petróleo e derivados sôbre o
pela comissão qvie dêle
externo;
os seus preços de expor
de preços americanos, ou em dólares, que permitam comprá-las, é particular mente interessante, pois significa que a Argentina pretende pedir parte do pa gamento da carne exportada para a In glaterra em dólares ou em esterlinos con
tação. Os preços dos cereais estão caindo.
Economist", a pre.ssão baixista pode ser feita pela firme recusa de comprar. E.sta tática foi aplicada com menos razão pela Dinamarca. Os dirigentes argentinos ameaçam consumir a carne destinada a exportação, ao invés de exportá-la a um
três meses, diz o jomal inglês, os esto
do que os americanos.
ques SC acumularão de tal maneira que.
tos em dólares ou em equipamentos.
Em caso de resistência da Argentina, a Inglaterra terá de resolver a maneira
de pagar as suas compras, depois de março próximo, quando terá esgotado as suas reservas, provenientes da venda das A importação e a
exportação terão de se equilibrar.
A
tinadas a ulterior consumo interno;
Subdivide-se em sele título.s.
preços argentinos forem tão mais altos
em princípio não haverá maior objeção para o pagamento de seus fornecimen
cional, é um documento
sul)-
em 105 artigos com 11.000 palavras.
preço mais reduzido.
seus preços se tornarem mais razoáveis,
3) — a necessidade de manutenção dc reservas naturais dc óleo bruto, des
ora
Quanto ao preço da carne, diz "The
versíveis. Esta solução não será possí vel, mesmo em conseqüência das cláu sulas do plano Marshall, enquanto os Se, porém, os
metido ao Congres.so Na
se incumbiu,
terra, e também reduza
necessita, também à base
estradas de ferro.
■! i-ug
l
mm Dicesto Econômico
44
Mas, no fim de
os frigoríficos serão insuficientes. A ra ção do povo inglês, com essa resistência, .será reduzida de um têrço; mas o sacri
fício conduzirá o país a melhores termos nas futuras negociações. Assim é a decisão inglesa nos dias que correm: o caminho do sacrifício e
da resistência em todos os problemas é aquêle que êsse povo admirável enfrenta com decisão, para reconquistar a anti
O título I trata das condições de apro
veitamento das jazidas de petróleo do Brasil; o título II di.scorro sobre conces sionários; o titulo III aborda as opera
ções necessárias à obtenção do petróleo^ isto 6, reconhecimento, pc.squisa c lavra; o título IV abrange os assuntos de re finação, transporte, exportação o ^'enda de petróleo; o título V cuida das regras de constituição do Fundo Nacional do Petróleo, e das disposições fiscais; o tí tulo VI não fere o problema de petró
4) — a política de proscrever proces sos não admitidos pela boa técnica de aproveitamento. Como se vê, as condições básicas de
utilização
do
petróleo
potencialmente
existente no subsolo nacional requerem prioridade, para satisfação das neces sidades do Brasil, sobre quaisquer ou tras.
O mercado interno tem, no espírito do projeto dc lei, franca preferência sôbre as necessidades
do
mercado
e.xl;erno.
Igualmente, foi visada, nesse documen to, a exigência da existência, em todo
leo natural, mas questão afim, a do aproveitamento dc xistos betuminosos; e, finalmente, o título VII estuda dispo sições gerais e transitórias.
o tempo, de resei-vas petrolíferas medi das, em quantidade suficiente para en
O sisteTTia de aproveitamento do petróleo
c, por conseqüência, da criação de cor
ga grandeza.
Formula o título I o sistema de apro veitamento.
Sujeita-se este a quatro
condições primordiais: 1) — o propósito de a Nação garan
tir participação máxima nas vantagens resultantes da indústria petrolífera, até onde compatível com sua criação ou sobrevivência;
carar o consumo interno pelo prazo de
três anos, pre-requisito fundamental pa ra abertura dos mercados de exportação rentes de óleo a eles destinados.
Em princq^io, o aproveitamento das
jazidas petrolíferas do Brasil é serviço de utilidade pública. Para cumpri-lo, o Estado pode agir por si mesmo (administração direta), po de empreitar serviços com terceiros (administração contratada), ou, final mente, atuar mediante os instrumentos
rável, apesar das cres
Inglaterra compra atual mente da Argentina
centes restrições da im
uma
portação.
£
cada vez mais desfavo
Nessas condições, acen
média
100
sòmente
tua o "Economist", a de-
^1
c'aração do embaixador argentino, em Washing
ton, de que seu país
anual
milhões £
40
e
de
Características do Projeto do Estatuto dol.Fetróleo fc t
vende Glycon de Paiva
milhões.
Haverá pouca esperança
(Membro da Comissão encarregada da elaboração do
projeto do "Estatuto do Petróleo".)
de equilíbrio nas transa ções dos dois países, a menos que a Argentina
está pronto a vender à
base dos preços ameri canos, desde que rece
ba as mercadorias de que
relaxe o contrôle da im
projeto do Eatotiiio do
portação de mercadorias não essenciais da Ingla
Petróleo, como apreslado
2) — a procedência do consumo in terno de petróleo e derivados sôbre o
pela comissão qvie dêle
externo;
os seus preços de expor
de preços americanos, ou em dólares, que permitam comprá-las, é particular mente interessante, pois significa que a Argentina pretende pedir parte do pa gamento da carne exportada para a In glaterra em dólares ou em esterlinos con
tação. Os preços dos cereais estão caindo.
Economist", a pre.ssão baixista pode ser feita pela firme recusa de comprar. E.sta tática foi aplicada com menos razão pela Dinamarca. Os dirigentes argentinos ameaçam consumir a carne destinada a exportação, ao invés de exportá-la a um
três meses, diz o jomal inglês, os esto
do que os americanos.
ques SC acumularão de tal maneira que.
tos em dólares ou em equipamentos.
Em caso de resistência da Argentina, a Inglaterra terá de resolver a maneira
de pagar as suas compras, depois de março próximo, quando terá esgotado as suas reservas, provenientes da venda das A importação e a
exportação terão de se equilibrar.
A
tinadas a ulterior consumo interno;
Subdivide-se em sele título.s.
preços argentinos forem tão mais altos
em princípio não haverá maior objeção para o pagamento de seus fornecimen
cional, é um documento
sul)-
em 105 artigos com 11.000 palavras.
preço mais reduzido.
seus preços se tornarem mais razoáveis,
3) — a necessidade de manutenção dc reservas naturais dc óleo bruto, des
ora
Quanto ao preço da carne, diz "The
versíveis. Esta solução não será possí vel, mesmo em conseqüência das cláu sulas do plano Marshall, enquanto os Se, porém, os
metido ao Congres.so Na
se incumbiu,
terra, e também reduza
necessita, também à base
estradas de ferro.
■! i-ug
l
mm Dicesto Econômico
44
Mas, no fim de
os frigoríficos serão insuficientes. A ra ção do povo inglês, com essa resistência, .será reduzida de um têrço; mas o sacri
fício conduzirá o país a melhores termos nas futuras negociações. Assim é a decisão inglesa nos dias que correm: o caminho do sacrifício e
da resistência em todos os problemas é aquêle que êsse povo admirável enfrenta com decisão, para reconquistar a anti
O título I trata das condições de apro
veitamento das jazidas de petróleo do Brasil; o título II di.scorro sobre conces sionários; o titulo III aborda as opera
ções necessárias à obtenção do petróleo^ isto 6, reconhecimento, pc.squisa c lavra; o título IV abrange os assuntos de re finação, transporte, exportação o ^'enda de petróleo; o título V cuida das regras de constituição do Fundo Nacional do Petróleo, e das disposições fiscais; o tí tulo VI não fere o problema de petró
4) — a política de proscrever proces sos não admitidos pela boa técnica de aproveitamento. Como se vê, as condições básicas de
utilização
do
petróleo
potencialmente
existente no subsolo nacional requerem prioridade, para satisfação das neces sidades do Brasil, sobre quaisquer ou tras.
O mercado interno tem, no espírito do projeto dc lei, franca preferência sôbre as necessidades
do
mercado
e.xl;erno.
Igualmente, foi visada, nesse documen to, a exigência da existência, em todo
leo natural, mas questão afim, a do aproveitamento dc xistos betuminosos; e, finalmente, o título VII estuda dispo sições gerais e transitórias.
o tempo, de resei-vas petrolíferas medi das, em quantidade suficiente para en
O sisteTTia de aproveitamento do petróleo
c, por conseqüência, da criação de cor
ga grandeza.
Formula o título I o sistema de apro veitamento.
Sujeita-se este a quatro
condições primordiais: 1) — o propósito de a Nação garan
tir participação máxima nas vantagens resultantes da indústria petrolífera, até onde compatível com sua criação ou sobrevivência;
carar o consumo interno pelo prazo de
três anos, pre-requisito fundamental pa ra abertura dos mercados de exportação rentes de óleo a eles destinados.
Em princq^io, o aproveitamento das
jazidas petrolíferas do Brasil é serviço de utilidade pública. Para cumpri-lo, o Estado pode agir por si mesmo (administração direta), po de empreitar serviços com terceiros (administração contratada), ou, final mente, atuar mediante os instrumentos
'A'
i-JT'•»'» H
46
Dicesto EcoNó^^co
de autorização ou de concessão, como decidir, em cada caso específico. Antes de explicar a terceira modali dade de ação, considerada no projeto de Estatuto do Petróleo, a única cujo mérito o publico interessado discute, é indispensável rememorar a seqüência de operações constitutivas da indústria do
petróleo, desde o momento em que se tem a intenção de procurá-lo em de-
) terminado país, até o instante de vendêJo ou distribuí-lo ao consumidor.
São
as seguintes, em ordem natural: reconhe
c) pessoas de direito público interno,
federais, estaduais ou municipais. Convém notar que as sociedades de
que fala a alínea b, quando o sejam por ações, serão estas nominativas, salvo as
preferenciais. Se o objeto da sociedade
for o transporte e a refinação de petró^ leo para consumo interno, faz-sc mister que 60% das ações, com direito a voto, pertençam a cidadãos bra.sileiros.
Não
haverá limitação se forem objetivo ex clusivo da sociedade os suprimentos do mercado externo.
Podem ser objeto de autorização, se
gundo o projeto de lei, o reconhecimen to e a pesquisa, assim como a lavra per manente de pequenos depósitos, ou a
preliminar das grandes jazidas, e, ain da, a venda, interna ou externa, de pe tróleo e derivados.
Podem ser objeto de concessão: a la vra definitiva de grandes jazidas, o trans porte por oleodutos e a refinação de pe tróleo cru.
Em princípio, o prazo das concessões será de 30 anos. Em caso algum excede
Do reconhecimento, da pesquisa e da Javra
vigência da concessão. Titulares de autorização ou de concessão De acordo com o título II, podem ser titulares de autorização ou de conces são:
a) cidadãos brasileiros;
b) sociedades comerciais organizadas no Brasil; e
sejado, como, ainda, distribuídas pelas treze províncias sedimentaros, até o caso
país foi dividido cm 812 desses retângu
extremo de uma zona por província de
los, numerados seguidamente dc norte
um gnipo de cinco. Desde que uma zona destinada a pes-
para sul e de leste para oesie. Ao Estado destina-se, dc início, todo
o petró'eo potencialmente existente no subsolo dos retângulos dc ordem par,
quis;» seja abandonada pelo titular da autorização respectiva, pelo desinteres se dela relativamente a petróleo, devi
damente comprovado, ou porque trans formada em área de laxTa, cm virtude
dos trabalhos de perfuração, êsse titu
lar poderá requerer outra zona para subs tituir a que abandonou ou aproveitou. A autorização de pesquisa é válida por 4 a 6 anos, dependendo a vigência do xmlto das difi-
mentares, medindo mais de 10.000 km2 cada um. Há,
toras ou extrair o petróleo, o país foi di
ossim, dentro dos retângulos de ordem ímpar, espaço am-
vidido em treze províncias sedímentares, ficando ressalvada, na lei, a possibili dade de mais uma, situada na platafor
cuidadas da província esco-
' Â y
Ihida.
fCO pb para localização | de
quaisquer zonas de pesqui- ^
ma continental do Brasil, isto é, no soa-
^0
sa ou áreas de lavra, ao
lho submarino justalitorâneo onde a profundidade da água fôr inferior a 100 braças, na qual também é lícito buscar
passo que a totalidade dos retângulos de ordem par, nas províncias, constitui extensão comparável, capaz de acomodar grandes reservas de petróleo de que a Nação desfrutará sem partici
petróleo. Sôbre essas províncias, cuja quilômetros quadrados, se exercerão as diferentes operações citadas.
de pesquisa podem ser situadas na mes ma província, contiguamente, se de
o fato de serem muito numerosos tais re
vamente procuram situar as bacias pe
instalações ao Estado, sem indenização,
salvo metade das despesas de manuten ção ou de acréscimo de equipamento, que forem aplicadas no último lustro dè
Para esse efeito, o
retângulo. Estas cinco diferentes zonas
tângulos, nas diferentes províncias secli-
trolíferas, localizar as estruturas produ
área total soma mais de três milhões de
drícula do Brasil.
^'alento a 10 ou 15% da área de um
atentar, dada a extensão do país, para
Para efeito das operações que respecti
rá a 40. Findo o prazo, reverterão as
No província que tiver sido reconheci da, o titular poderá escolher zonas de pesquisa, contanto que o faça entre os retângulos de um grau quadrado dc superfície, de numeração ímpar da qua-
para utilização futura. Só os retân gulos de ordem ímpar são aproveitáveis pelos titulares prospcclivos. Convém
cimento, pesquisa, lavra, transporte, re
finação e comércio do petróleo.
47
Dicesto Econômico
pação de terceiros.
A operação de pesquisa exerce-se sô
O reconhecimento colima a seleção de
bre unidades de superfície denominadas zonas. A extensão de uma zona varia de
areas que merecem ser pesquisadas. Pa
ra que seja realizado o reconhecimento,
20 mil a 30 mil hectares (200 a 300
faz-se mister autorização, válida pelo pra zo de 1 a 3 anos, conforme a província: objetivada pelo titular. Obriga-se este a apresentar ao govêmo, finda esta ope
km2), conforme a província petrolífera encarada. Entretanto, o mesmo pesqui
sador, simultâneamente, poderá ter di reito a 5 zonas dessa dimensão, o que
ração, relatórios com a situação e os ca
quer dizer que poderá deter, global
racterísticos das áreas selecionadas para
ulterior pesquisa. Um depósito prévio de Cr$ 100.000,00 6 Cr$ 200.000,00 é a ga
J
rogável por alguns anos
Ví
mais, até o máximo de 4,
^«*5»
modo que o período total
de autorização poderá variar entre 4 e 10 anos, durante o qual será possível o exercício das operações de pesquisa em determinada zona. As obrigações do titular de uma auto
rização de pesquisa são uma caução de Cr§ 5,00 a Cr$ 10,00 por hectare deti do, conforme a província em que estiver .
situada a zona a que se refere, o que eqüivale à imobilizaçao mínima de cem mil cruzeiros e máxima de um milhão
e meio.
Essa caução é restituída fin
da a pesquisa, conti'a relatório circunstanciad®, onde figurem as áreas seleciona das para lavra, semelhantemente ao caso
mente, em determinado momento, de
do reconliecimento.
100 mil a 150 mil hectares de terreno
Descoberto o petróleo em uma das zonas de pesquisa do titular desta au torização, tem êle exclusividade para,
a pesquisar (1.000 a 1.500 km2) median
rantia da apresentação dêsses estudos.
Êsse prazo é pror-
I
te cinco diferentes títulos, extensão equi-
'A'
i-JT'•»'» H
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Dicesto EcoNó^^co
de autorização ou de concessão, como decidir, em cada caso específico. Antes de explicar a terceira modali dade de ação, considerada no projeto de Estatuto do Petróleo, a única cujo mérito o publico interessado discute, é indispensável rememorar a seqüência de operações constitutivas da indústria do
petróleo, desde o momento em que se tem a intenção de procurá-lo em de-
) terminado país, até o instante de vendêJo ou distribuí-lo ao consumidor.
São
as seguintes, em ordem natural: reconhe
c) pessoas de direito público interno,
federais, estaduais ou municipais. Convém notar que as sociedades de
que fala a alínea b, quando o sejam por ações, serão estas nominativas, salvo as
preferenciais. Se o objeto da sociedade
for o transporte e a refinação de petró^ leo para consumo interno, faz-sc mister que 60% das ações, com direito a voto, pertençam a cidadãos bra.sileiros.
Não
haverá limitação se forem objetivo ex clusivo da sociedade os suprimentos do mercado externo.
Podem ser objeto de autorização, se
gundo o projeto de lei, o reconhecimen to e a pesquisa, assim como a lavra per manente de pequenos depósitos, ou a
preliminar das grandes jazidas, e, ain da, a venda, interna ou externa, de pe tróleo e derivados.
Podem ser objeto de concessão: a la vra definitiva de grandes jazidas, o trans porte por oleodutos e a refinação de pe tróleo cru.
Em princípio, o prazo das concessões será de 30 anos. Em caso algum excede
Do reconhecimento, da pesquisa e da Javra
vigência da concessão. Titulares de autorização ou de concessão De acordo com o título II, podem ser titulares de autorização ou de conces são:
a) cidadãos brasileiros;
b) sociedades comerciais organizadas no Brasil; e
sejado, como, ainda, distribuídas pelas treze províncias sedimentaros, até o caso
país foi dividido cm 812 desses retângu
extremo de uma zona por província de
los, numerados seguidamente dc norte
um gnipo de cinco. Desde que uma zona destinada a pes-
para sul e de leste para oesie. Ao Estado destina-se, dc início, todo
o petró'eo potencialmente existente no subsolo dos retângulos dc ordem par,
quis;» seja abandonada pelo titular da autorização respectiva, pelo desinteres se dela relativamente a petróleo, devi
damente comprovado, ou porque trans formada em área de laxTa, cm virtude
dos trabalhos de perfuração, êsse titu
lar poderá requerer outra zona para subs tituir a que abandonou ou aproveitou. A autorização de pesquisa é válida por 4 a 6 anos, dependendo a vigência do xmlto das difi-
mentares, medindo mais de 10.000 km2 cada um. Há,
toras ou extrair o petróleo, o país foi di
ossim, dentro dos retângulos de ordem ímpar, espaço am-
vidido em treze províncias sedímentares, ficando ressalvada, na lei, a possibili dade de mais uma, situada na platafor
cuidadas da província esco-
' Â y
Ihida.
fCO pb para localização | de
quaisquer zonas de pesqui- ^
ma continental do Brasil, isto é, no soa-
^0
sa ou áreas de lavra, ao
lho submarino justalitorâneo onde a profundidade da água fôr inferior a 100 braças, na qual também é lícito buscar
passo que a totalidade dos retângulos de ordem par, nas províncias, constitui extensão comparável, capaz de acomodar grandes reservas de petróleo de que a Nação desfrutará sem partici
petróleo. Sôbre essas províncias, cuja quilômetros quadrados, se exercerão as diferentes operações citadas.
de pesquisa podem ser situadas na mes ma província, contiguamente, se de
o fato de serem muito numerosos tais re
vamente procuram situar as bacias pe
instalações ao Estado, sem indenização,
salvo metade das despesas de manuten ção ou de acréscimo de equipamento, que forem aplicadas no último lustro dè
Para esse efeito, o
retângulo. Estas cinco diferentes zonas
tângulos, nas diferentes províncias secli-
trolíferas, localizar as estruturas produ
área total soma mais de três milhões de
drícula do Brasil.
^'alento a 10 ou 15% da área de um
atentar, dada a extensão do país, para
Para efeito das operações que respecti
rá a 40. Findo o prazo, reverterão as
No província que tiver sido reconheci da, o titular poderá escolher zonas de pesquisa, contanto que o faça entre os retângulos de um grau quadrado dc superfície, de numeração ímpar da qua-
para utilização futura. Só os retân gulos de ordem ímpar são aproveitáveis pelos titulares prospcclivos. Convém
cimento, pesquisa, lavra, transporte, re
finação e comércio do petróleo.
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Dicesto Econômico
pação de terceiros.
A operação de pesquisa exerce-se sô
O reconhecimento colima a seleção de
bre unidades de superfície denominadas zonas. A extensão de uma zona varia de
areas que merecem ser pesquisadas. Pa
ra que seja realizado o reconhecimento,
20 mil a 30 mil hectares (200 a 300
faz-se mister autorização, válida pelo pra zo de 1 a 3 anos, conforme a província: objetivada pelo titular. Obriga-se este a apresentar ao govêmo, finda esta ope
km2), conforme a província petrolífera encarada. Entretanto, o mesmo pesqui
sador, simultâneamente, poderá ter di reito a 5 zonas dessa dimensão, o que
ração, relatórios com a situação e os ca
quer dizer que poderá deter, global
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ulterior pesquisa. Um depósito prévio de Cr$ 100.000,00 6 Cr$ 200.000,00 é a ga
J
rogável por alguns anos
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mais, até o máximo de 4,
^«*5»
modo que o período total
de autorização poderá variar entre 4 e 10 anos, durante o qual será possível o exercício das operações de pesquisa em determinada zona. As obrigações do titular de uma auto
rização de pesquisa são uma caução de Cr§ 5,00 a Cr$ 10,00 por hectare deti do, conforme a província em que estiver .
situada a zona a que se refere, o que eqüivale à imobilizaçao mínima de cem mil cruzeiros e máxima de um milhão
e meio.
Essa caução é restituída fin
da a pesquisa, conti'a relatório circunstanciad®, onde figurem as áreas seleciona das para lavra, semelhantemente ao caso
mente, em determinado momento, de
do reconliecimento.
100 mil a 150 mil hectares de terreno
Descoberto o petróleo em uma das zonas de pesquisa do titular desta au torização, tem êle exclusividade para,
a pesquisar (1.000 a 1.500 km2) median
rantia da apresentação dêsses estudos.
Êsse prazo é pror-
I
te cinco diferentes títulos, extensão equi-
-V -r»
48
Dicesto EcoNÓAaco
49
indenização.
Até a metade da extensão de uma zona
em igualdade de condiçõe.s, preferên
o suprimento de petróleo cru às usi
de pesquisa poderá ser concedida em
rias normais ao CNP. Essas, começarão
cia para prosseguir com a lavra como
lavra, ficando o restante à disposição
nas de refinação para o mercado inter
a ser reduzidas a partir de um saldo
contratante de'a, em regime de adminis
da Nação, como reser\'a adicional à
no, assim como levará cm conta a ne
de meio bilhão de cruzeiros.
tração contratada.
cessidade de refinar, no país, parte do
Relativamente às disposições fiscais, comem notar que o petróleo exportado não está sujeito a imposto dc espécie alguma, a não ser aquela participação,
Todavia, tem o titular,
A lavra, se se
tratar de uma pequena jazida, ou mesmo de uma grande jazida, inicialmente não
objeto de uma simples autorização. To davia, o caso normal será o de conces são, cujos característicos são os seguin tes:
A extensão máxima de uma área de lavra concedida a um titular se
rá a metade da zona de pesquisa,
Da refinação, transporte, exportação e
veivla interna de petróleo O assunto tratado no título IV é es
de 100 a 150 kni2. Serão dividi
das, essas areas dg lavra, em tantos
lotes de 1.000 hectares (10 lan2) quan tos os desejados pelo titular da conces são. Em caso algum poderá o mesmo ti tular deter, ainda que por cessão de terceiros, mais de 150 mil hectares de
terrenos em lavra (1.500 km2) isto é, cinco centésimos de um por cento dos terrenos potencialmente petrolíferos do Brasil.
O prazo de uma concessão de lavra
de petróleo no Brasil será em regra de 30 anos, prorrogáveis por mais 10. As obrigações de um concessionário de la vra são essencialmente as seguintes: en tregar ao governo 10 a 14% do petróleo produzido, em moeda ou espécie, con forme a província petrolífera de onde se originar esse combustível e à medida da produção. Além disso, pagará 1% em dinheiro ou espécie, ao proprietário do solo em que se encontrar a jazida em lavra. Findo o prazo, como explicado, a concessão reverterá ao governo sem
gens progre.ssivaineiue crescentes, a par
tir de 25%. O incremento dessa parti cipação do refinados na c.xportação c estabelecido por qüinqüênios. A primei
sencialmente regulado pelo artigo 60 do
ra quota, de 25%, só será cxigí\-ol 10
Estatuto do Petróleo, onde se diz que
anos após a primeira remessa de óleo.
a União poderá constituir e manter cm funcionamento usinas para refinação de petróleo e tratamento de gases na
tra é exigida, isto é, a exportação do pe-
turais, bem como rôdes de condu
onde tiver sido escolhida, isto é, medirá, cada área de lavra, de
10 mil a 15 mil hectares, ou sejam
terminada emprêsa, de modo a as.scgurar
petróleo a ser exportado cm porcenta
j lobrigada como tal, também poderá ser
! ,
EcoNÓ>nco
dentro dela, requerer áreas de lavra.
anteriormente aludida.
^
Dicesto
tos e frota.s de navíos-tanques pa ra o transporte de petróleo e de
rivados, seja por administração di* reta ou contratada ou por via de concessões na forma da lei, isto é, pe lo mesmo sistema adotado no caso da lavra.
Em princípio, as refinarias pertencem ao governo, assim como os sistemas de
transporte de petróleo. Na impossibili dade em que se possa encontrar de não poder construí-los por administração di reta ou contratada, o governo, para dotar a nação dessas utilidades, lançará mão do instrumento de concessão.
Além dessa condição, nenhuma ou
tró*eo produzido no Brasil será franca, desde que assegurada uma reserva, para consumo interno, equivalente a três ve zes o consumo anual do país. Sendo de
ra os empresários interessados na venda
judicá-los.
prevendo situação futura. Desde que seja provada a existência dêsse volume, será permitida a exportação.
ApfoveHarriento dos piroxistos O título VI contempla o caso de ro
chas contendo matéria orgânica, da qual Fundo Nacional do Petróleo e
Disposições Fiscais .
artificialmente é possível se obterem petróleo e gases combustíveis. Tais são, por exemplo, os xistos de Tremembé
O título V trata da constituição do
Fundo Nacional do Petróleo, análogo ao Furído Nacional Rodoviário.
los titulares de lavra, e outros de origem
com projetos organizados ou aprovados pelo Conselho Nacional do Petróleo, ór gão encarregado de aplicar a lei. O
dustrialização do petróleo pelo Conselho Nacional do Petróleo (C. N. P.), se rão recolhidos ao Banco do Brasil, em
prazo dessas conce.ssões será de 30 anos.
conta especial sob a denominação de
caso, as quotas de exportação de de
hiclrocarbonetos fluidos de qualquer ori gem e natureza. Êsse dispositivo cons titucional será de grande vantagem pa
consumo do Brasil, a reserva de três anos
proponente que melhores condições de prazo e de execução oferecer, de acôrdo
movida por emprêsas especialmente au torizadas. O govêrno fixará, em cada
Diz o projeto de lei que é vedado aos Estados e aos Mimicipios tributar direta ou indiretamente a exportação de
será de 48 milhões, digamos 100 milhões,
Reza o projeto que as contribuições de aproveitamento das jazidas, pagas pe
Relativamente à exportação do petró
devida por ocasião da lavra, no valor de 10 a 14% da produção.
de petróleo, porque poderão formular pianos na certeza de que imposto al gum superveniente será capaz de pre
16 milhões de barris por ano o atual
Essas concessões serão objeto de con corrência pública. Serão outorgadas ao
leo, diz o projeto que só poderá ser pro
serão dispensadas as dotações orçamentá
contratual, as multas e os lucros de in
Fundo Nacional do Petróleo.
Essa conta custeará as despesas do
(São Paulo), de Irati (Paraná) etc.
A lavra dessas rochas fica sujeita ao Código de Minas, como a de quais quer outros minerais, à exceção do pe tróleo natural. Todavia, se o objetivo dc aproveitamento das rochas for a produ ção de óleo ou de gases, o assunto cai na esfera da legislação sôbre o petróleo. Nesse ponto, essa legislação é particular mente incentivadora do estabelecimento
da indústria de piroxistos, tendo em vis ta as grandes inversões necessárias à
CNP, decorrentes da sua atividade como
sua criação e as dificuldades naturais que devem ser vencidas antes da obten
industrial de petróleo. Quando o saldo da conta atingir um bilhão de cruzeiros,
ção de um resultado financeiro garantidor do êxito do empreendimento.
-V -r»
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Dicesto EcoNÓAaco
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indenização.
Até a metade da extensão de uma zona
em igualdade de condiçõe.s, preferên
o suprimento de petróleo cru às usi
de pesquisa poderá ser concedida em
rias normais ao CNP. Essas, começarão
cia para prosseguir com a lavra como
lavra, ficando o restante à disposição
nas de refinação para o mercado inter
a ser reduzidas a partir de um saldo
contratante de'a, em regime de adminis
da Nação, como reser\'a adicional à
no, assim como levará cm conta a ne
de meio bilhão de cruzeiros.
tração contratada.
cessidade de refinar, no país, parte do
Relativamente às disposições fiscais, comem notar que o petróleo exportado não está sujeito a imposto dc espécie alguma, a não ser aquela participação,
Todavia, tem o titular,
A lavra, se se
tratar de uma pequena jazida, ou mesmo de uma grande jazida, inicialmente não
objeto de uma simples autorização. To davia, o caso normal será o de conces são, cujos característicos são os seguin tes:
A extensão máxima de uma área de lavra concedida a um titular se
rá a metade da zona de pesquisa,
Da refinação, transporte, exportação e
veivla interna de petróleo O assunto tratado no título IV é es
de 100 a 150 kni2. Serão dividi
das, essas areas dg lavra, em tantos
lotes de 1.000 hectares (10 lan2) quan tos os desejados pelo titular da conces são. Em caso algum poderá o mesmo ti tular deter, ainda que por cessão de terceiros, mais de 150 mil hectares de
terrenos em lavra (1.500 km2) isto é, cinco centésimos de um por cento dos terrenos potencialmente petrolíferos do Brasil.
O prazo de uma concessão de lavra
de petróleo no Brasil será em regra de 30 anos, prorrogáveis por mais 10. As obrigações de um concessionário de la vra são essencialmente as seguintes: en tregar ao governo 10 a 14% do petróleo produzido, em moeda ou espécie, con forme a província petrolífera de onde se originar esse combustível e à medida da produção. Além disso, pagará 1% em dinheiro ou espécie, ao proprietário do solo em que se encontrar a jazida em lavra. Findo o prazo, como explicado, a concessão reverterá ao governo sem
gens progre.ssivaineiue crescentes, a par
tir de 25%. O incremento dessa parti cipação do refinados na c.xportação c estabelecido por qüinqüênios. A primei
sencialmente regulado pelo artigo 60 do
ra quota, de 25%, só será cxigí\-ol 10
Estatuto do Petróleo, onde se diz que
anos após a primeira remessa de óleo.
a União poderá constituir e manter cm funcionamento usinas para refinação de petróleo e tratamento de gases na
tra é exigida, isto é, a exportação do pe-
turais, bem como rôdes de condu
onde tiver sido escolhida, isto é, medirá, cada área de lavra, de
10 mil a 15 mil hectares, ou sejam
terminada emprêsa, de modo a as.scgurar
petróleo a ser exportado cm porcenta
j lobrigada como tal, também poderá ser
! ,
EcoNÓ>nco
dentro dela, requerer áreas de lavra.
anteriormente aludida.
^
Dicesto
tos e frota.s de navíos-tanques pa ra o transporte de petróleo e de
rivados, seja por administração di* reta ou contratada ou por via de concessões na forma da lei, isto é, pe lo mesmo sistema adotado no caso da lavra.
Em princípio, as refinarias pertencem ao governo, assim como os sistemas de
transporte de petróleo. Na impossibili dade em que se possa encontrar de não poder construí-los por administração di reta ou contratada, o governo, para dotar a nação dessas utilidades, lançará mão do instrumento de concessão.
Além dessa condição, nenhuma ou
tró*eo produzido no Brasil será franca, desde que assegurada uma reserva, para consumo interno, equivalente a três ve zes o consumo anual do país. Sendo de
ra os empresários interessados na venda
judicá-los.
prevendo situação futura. Desde que seja provada a existência dêsse volume, será permitida a exportação.
ApfoveHarriento dos piroxistos O título VI contempla o caso de ro
chas contendo matéria orgânica, da qual Fundo Nacional do Petróleo e
Disposições Fiscais .
artificialmente é possível se obterem petróleo e gases combustíveis. Tais são, por exemplo, os xistos de Tremembé
O título V trata da constituição do
Fundo Nacional do Petróleo, análogo ao Furído Nacional Rodoviário.
los titulares de lavra, e outros de origem
com projetos organizados ou aprovados pelo Conselho Nacional do Petróleo, ór gão encarregado de aplicar a lei. O
dustrialização do petróleo pelo Conselho Nacional do Petróleo (C. N. P.), se rão recolhidos ao Banco do Brasil, em
prazo dessas conce.ssões será de 30 anos.
conta especial sob a denominação de
caso, as quotas de exportação de de
hiclrocarbonetos fluidos de qualquer ori gem e natureza. Êsse dispositivo cons titucional será de grande vantagem pa
consumo do Brasil, a reserva de três anos
proponente que melhores condições de prazo e de execução oferecer, de acôrdo
movida por emprêsas especialmente au torizadas. O govêrno fixará, em cada
Diz o projeto de lei que é vedado aos Estados e aos Mimicipios tributar direta ou indiretamente a exportação de
será de 48 milhões, digamos 100 milhões,
Reza o projeto que as contribuições de aproveitamento das jazidas, pagas pe
Relativamente à exportação do petró
devida por ocasião da lavra, no valor de 10 a 14% da produção.
de petróleo, porque poderão formular pianos na certeza de que imposto al gum superveniente será capaz de pre
16 milhões de barris por ano o atual
Essas concessões serão objeto de con corrência pública. Serão outorgadas ao
leo, diz o projeto que só poderá ser pro
serão dispensadas as dotações orçamentá
contratual, as multas e os lucros de in
Fundo Nacional do Petróleo.
Essa conta custeará as despesas do
(São Paulo), de Irati (Paraná) etc.
A lavra dessas rochas fica sujeita ao Código de Minas, como a de quais quer outros minerais, à exceção do pe tróleo natural. Todavia, se o objetivo dc aproveitamento das rochas for a produ ção de óleo ou de gases, o assunto cai na esfera da legislação sôbre o petróleo. Nesse ponto, essa legislação é particular mente incentivadora do estabelecimento
da indústria de piroxistos, tendo em vis ta as grandes inversões necessárias à
CNP, decorrentes da sua atividade como
sua criação e as dificuldades naturais que devem ser vencidas antes da obten
industrial de petróleo. Quando o saldo da conta atingir um bilhão de cruzeiros,
ção de um resultado financeiro garantidor do êxito do empreendimento.
Digesto EcoNÓAaco
50
Di'$posições gerais e trarxsitórias
to em poder de cstrangeiro.s acionistas
DroESTo Econômico
S' íagnitude da futura indústria pctroUfcra no Brasil
de refinarias para consumo interno. O título VII é o último considerado
no projeto de lei. Entre as disposições que interessam
Assim procedendo, a lei teve cm mira o seguinte: apressar a descoberta no me nor prazo possível do maior número de estruturas petrolíferas e fundar cm .sóli
As linhas abai.xo objetivam dar uma
A mesma cifra, pois, para o caso da Ar gentina, é de 5 mil dólares por barril. A experiência brasileira — digamos a pequena c.xperiència brasileira" da Ba hia — representou uma inversão de 20
jeto de lei, ora apreciado, é extremamen
sumo que não existirem no país. Nesse mesmo artigo, trata-se da concessão, à indústria do petróleo, de tarifas mínimas
te parecido com a lei de petróleo ingle AcP'.
lares, va'or CIF-Kio, representando òssc total cérca de 7% da importação nacio
na estrada de ferro, nas companhias de
nal. ÊssD, o tamanho atual do merca
navegação e nos serviços de cais e bal-
O que terá o projeto oferecido ao capital estrangeiro se pretender ele in
deação dos portos custeados ou garanti
verter no Brasil em busca de óleo? En
O consumo nacional do petróleo bru
tendo que as seguintes vantagens são apreciáveis: 1) facilidade de reconhe cimento das áreas potencialrticnte pe
barris diários, número que tende a cre.s-
dos pelo govêrao, que serão dadas, não só para transporte dos trabalhadores destinados a esses serviços, como tam bém ao material.
trolíferas; 2) facilidade de em
áreas
exclusivas,
pesquisa
independente
mente de relações com proprietários do
Característicos do projeto de lei A fórmula encontrada para a compo
sição dos interêsses de inversores no sen
tido de aproveitar o subsolo do Brasil no setor petróleo, essencialmente consistiu na separação entre o mercado interno desse combus tível e o mercado externo.
O aproveitamento do petróleo destinado à exportação é fa cultado a empresas nacionais, indiferentemente constituídas por acionistas brasileiros ou es
trangeiros. De outro lado, as refinarias que objetivem o abastecimento do mercado mtemo devem ter o seu controle
seguramente garantido a nistas brasileiros, não podendo
ser superior a 40% a porcenta gem de ações com direito a vo-
solo, de indenizações de qualcjuer na tureza, como compra de terrenos, adian tamento de sinais de opção, taxas de ocupação etc., assim como de trâmites ou despesas legais de qualquer espé cie; 3) aproveitamento das jazidas descobertas sob condi ções contratuais, claras e de livre aceite; 4) margens de lu
cro dependentes da exportação do petróleo bruto e refinado para o grande mercado exter no, e não da pequenez e das incertezas do mercado interno
do país; e 5) certeza de amor tização e retômo das quantias investidas nas instalações de
lavra, transporte e refinação de petróleo destinado a expor tação, tendo em vista o prazo de 30 anos para resgate das inversões.
dia foi, aí, de 400 dólares.
objetivo do mercado interno.
sumo nacional. Nesse sentido esse pro
sa, de 1934:"The Peiroleum Production
Re
sulta que o capital neccssiário para a produção -de um barril de produção por Na Argentina, com a produção da ordem dc 50 mil barris diários, a in
rellios, ferramentas e material de con
ção e transporte de petróleo para con
dólares até o presente momento.
idéia menos vaga da grandeza dos pro blemas de reconhcciniciUo, pescpiisa, lam, tran.sporto e refinação de pctró'eo no Brasil, considcrando-sc apenas o
à indústria, do petróleo, figuram as do artigo 101, que garante isenção de di reitos de importação para máquinas, apa-
das bases a indústria nacional do refina
51
Atualmente o Brasil inipi)rta 2 mi lhões e 600 mil toneladas de petróleo e derivado.s, no valor de 75.milhõcs do dó
do interno do Brasil.
to é estimado entre 50 mil a 60 mil
cer assustadora e paralelamente ás di
versão acumulada até o presente mo mento orça por 250 milhões de dólares.
niilliões de dólares, com uma produção possível do 5 mil barris diilrios, ou seja, uma inversão da ordem de 4 mil dóla res por barril.
Dadas as dificuldades de operação em
teiTitório nacional, tanto de natureza
geográfica como, e principabiiente, geo
ficuldades de obtenção de combustíveis sólidos, carvão ou lenha. O valor de
lógica, a prudência aconselha que se
um barril de petróleo importado CIFRio, sob forma de produtos refinados,
dólares por barril. Resulta que a satis
orça por US$ 3.80. O custo do barril
de petróleo nas condições anteriores é do US$ 2.80. Essa diferença de um ■dólar dá idéia da margem dc possibi lidade das refinarias montadas cm terri
tório brasileiro, ora em projeto ou nego ciação, destinadas a suprir o mercado interno dc refinados de petróleo na ba-
.se de matória-prima estrangeira. Qual será a magnitude do investimen
to necessário à produção de petróleo des tinado a satisfazer o consumo interno do Brasil?
E' extremamente difícil responder o essa pergunta. Uma idéia concreta da
tomem como inversão específica 5.000
fação das atuais necessidades do mer
cado, mesmo com o miserável índíce de consumo específico nacional (51 kg de
petróleo por liabitante-ano, contra 1.200 kg para o americano médio) im
portaria em inversão total da ordem de 300 milhões de dólares.
Desencadeadas todas as forças de pes quisa de petróleo em nosso país, oito anos decorrerão até que se possa 'subs tituir o petróleo estrangeiro pelo nacio nal no abastecimento do mercado in
terno, dada a lerdeza natural das ope
rações necessárias à busca de óleo. Na
marcha crescente de consumo em que vivemos, com a escassez de outros com
magnitude dessa quantia poderá ser ob tida por analogia, da seguinte maneira: a Venezuela, atualmente, com uma pro dução de 1 millião de barris por dia, in
o nosso consumo específico, e serão 600
verteu, acumuladamente, 4 bilhões de
trado que a parte aventurosa da ínver-
bustíveis, terá seguramente duplicado os 300 milhões de dólares previstos. A experiência internacional tem mos
Digesto EcoNÓAaco
50
Di'$posições gerais e trarxsitórias
to em poder de cstrangeiro.s acionistas
DroESTo Econômico
S' íagnitude da futura indústria pctroUfcra no Brasil
de refinarias para consumo interno. O título VII é o último considerado
no projeto de lei. Entre as disposições que interessam
Assim procedendo, a lei teve cm mira o seguinte: apressar a descoberta no me nor prazo possível do maior número de estruturas petrolíferas e fundar cm .sóli
As linhas abai.xo objetivam dar uma
A mesma cifra, pois, para o caso da Ar gentina, é de 5 mil dólares por barril. A experiência brasileira — digamos a pequena c.xperiència brasileira" da Ba hia — representou uma inversão de 20
jeto de lei, ora apreciado, é extremamen
sumo que não existirem no país. Nesse mesmo artigo, trata-se da concessão, à indústria do petróleo, de tarifas mínimas
te parecido com a lei de petróleo ingle AcP'.
lares, va'or CIF-Kio, representando òssc total cérca de 7% da importação nacio
na estrada de ferro, nas companhias de
nal. ÊssD, o tamanho atual do merca
navegação e nos serviços de cais e bal-
O que terá o projeto oferecido ao capital estrangeiro se pretender ele in
deação dos portos custeados ou garanti
verter no Brasil em busca de óleo? En
O consumo nacional do petróleo bru
tendo que as seguintes vantagens são apreciáveis: 1) facilidade de reconhe cimento das áreas potencialrticnte pe
barris diários, número que tende a cre.s-
dos pelo govêrao, que serão dadas, não só para transporte dos trabalhadores destinados a esses serviços, como tam bém ao material.
trolíferas; 2) facilidade de em
áreas
exclusivas,
pesquisa
independente
mente de relações com proprietários do
Característicos do projeto de lei A fórmula encontrada para a compo
sição dos interêsses de inversores no sen
tido de aproveitar o subsolo do Brasil no setor petróleo, essencialmente consistiu na separação entre o mercado interno desse combus tível e o mercado externo.
O aproveitamento do petróleo destinado à exportação é fa cultado a empresas nacionais, indiferentemente constituídas por acionistas brasileiros ou es
trangeiros. De outro lado, as refinarias que objetivem o abastecimento do mercado mtemo devem ter o seu controle
seguramente garantido a nistas brasileiros, não podendo
ser superior a 40% a porcenta gem de ações com direito a vo-
solo, de indenizações de qualcjuer na tureza, como compra de terrenos, adian tamento de sinais de opção, taxas de ocupação etc., assim como de trâmites ou despesas legais de qualquer espé cie; 3) aproveitamento das jazidas descobertas sob condi ções contratuais, claras e de livre aceite; 4) margens de lu
cro dependentes da exportação do petróleo bruto e refinado para o grande mercado exter no, e não da pequenez e das incertezas do mercado interno
do país; e 5) certeza de amor tização e retômo das quantias investidas nas instalações de
lavra, transporte e refinação de petróleo destinado a expor tação, tendo em vista o prazo de 30 anos para resgate das inversões.
dia foi, aí, de 400 dólares.
objetivo do mercado interno.
sumo nacional. Nesse sentido esse pro
sa, de 1934:"The Peiroleum Production
Re
sulta que o capital neccssiário para a produção -de um barril de produção por Na Argentina, com a produção da ordem dc 50 mil barris diários, a in
rellios, ferramentas e material de con
ção e transporte de petróleo para con
dólares até o presente momento.
idéia menos vaga da grandeza dos pro blemas de reconhcciniciUo, pescpiisa, lam, tran.sporto e refinação de pctró'eo no Brasil, considcrando-sc apenas o
à indústria, do petróleo, figuram as do artigo 101, que garante isenção de di reitos de importação para máquinas, apa-
das bases a indústria nacional do refina
51
Atualmente o Brasil inipi)rta 2 mi lhões e 600 mil toneladas de petróleo e derivado.s, no valor de 75.milhõcs do dó
do interno do Brasil.
to é estimado entre 50 mil a 60 mil
cer assustadora e paralelamente ás di
versão acumulada até o presente mo mento orça por 250 milhões de dólares.
niilliões de dólares, com uma produção possível do 5 mil barris diilrios, ou seja, uma inversão da ordem de 4 mil dóla res por barril.
Dadas as dificuldades de operação em
teiTitório nacional, tanto de natureza
geográfica como, e principabiiente, geo
ficuldades de obtenção de combustíveis sólidos, carvão ou lenha. O valor de
lógica, a prudência aconselha que se
um barril de petróleo importado CIFRio, sob forma de produtos refinados,
dólares por barril. Resulta que a satis
orça por US$ 3.80. O custo do barril
de petróleo nas condições anteriores é do US$ 2.80. Essa diferença de um ■dólar dá idéia da margem dc possibi lidade das refinarias montadas cm terri
tório brasileiro, ora em projeto ou nego ciação, destinadas a suprir o mercado interno dc refinados de petróleo na ba-
.se de matória-prima estrangeira. Qual será a magnitude do investimen
to necessário à produção de petróleo des tinado a satisfazer o consumo interno do Brasil?
E' extremamente difícil responder o essa pergunta. Uma idéia concreta da
tomem como inversão específica 5.000
fação das atuais necessidades do mer
cado, mesmo com o miserável índíce de consumo específico nacional (51 kg de
petróleo por liabitante-ano, contra 1.200 kg para o americano médio) im
portaria em inversão total da ordem de 300 milhões de dólares.
Desencadeadas todas as forças de pes quisa de petróleo em nosso país, oito anos decorrerão até que se possa 'subs tituir o petróleo estrangeiro pelo nacio nal no abastecimento do mercado in
terno, dada a lerdeza natural das ope
rações necessárias à busca de óleo. Na
marcha crescente de consumo em que vivemos, com a escassez de outros com
magnitude dessa quantia poderá ser ob tida por analogia, da seguinte maneira: a Venezuela, atualmente, com uma pro dução de 1 millião de barris por dia, in
o nosso consumo específico, e serão 600
verteu, acumuladamente, 4 bilhões de
trado que a parte aventurosa da ínver-
bustíveis, terá seguramente duplicado os 300 milhões de dólares previstos. A experiência internacional tem mos
Digesto Econômico
52
são total, o venture capital ou gambling money, orça etn AÇfío do global, isto é, 240 a 250 milhões de dólares, que se
país, no setor petróleo, perguntando-se
rão inteiramente perdidos se o subsolo
250 milhões de dó'arcs, liaurida não se
nacional demonstrar-se comercialmente
sabe onde, ou se convém repartir o ris
estéril em petróleo, como pode aconte
as constituições de um monopólio esta tal e o concurso de inversores estrangei
co com terceiros que gozarão do usu fruto de algumas jazidas por trinta ou quarenta anos, sem que se transmitam às gerações vindouras os encargos fi nanceiros da parada exigida pelo jogo do
ros para aproveitamento do subsolo do
petróleo.
cer.
E' possível resumir-se a atual discus são que reina no público brasileiro entre
A renda dos outros
se a atual geração tem o direito de lan çar numa aventura a imensa quantia de
BlCILA,nD Lkwinsohn HENDA nacional do Bra sil continua sendo a
de caírem sôbre a Polônia as primeiras
grande
Rccord publicou um excelente trabalho
Não
desconhecida.
faltam
tentativas
para avaliá-la. Mas, en tre
as
numerosas
esti
encontrou aceitação geral, c nesse as sunto a aceitação é tão importante quan
países, elas estão sujeitas a uma mar gem substancial de erros. É de se
to a elaboração de um bom esquema.
supor que considerações políticas como
.ses."
Além desses defeitos básicos, os países tem as suas particularidades econômi cas, técnicas, climáiicas, e todos êsses fatôres se refletem nas estatísticas na
cionais, tomando a comparação extrema
mente difícil. Não obstante, compara
nem
ções internacionais são indispensáveis.
com
os
métodos
da
estatística
brasileira, e o resultado provisório oriun
Ainda que a renda nacional seja, em
do de Lakc Sucess é tão errôneo — aliás,
primeiro lugar, um índice do bem-estar
no sentido de uma subc.stimativa — que
do próprio país, a comparação com a renda de outros países dá uma idéia da evolução econômica mundial, dos movimentos cíclicos — prosperidade e
a confusão. Incertezas da estimativa
Faltando uma re.sposta segura para o
julho, contrastam com as de 20.735 vagões de carga e 418 locomotivas novas refe rentes ao primeiro semestre de 1947. O total de carros de carga encomendados a 1.° de julho de 1947 alcançava 109.006.
também econômicas tenham influencia
do as estatísticas oficiais em que estão baseadas as avaliações de certos paí-
micas, nem com as fontes disponíveis,
não pode senão contribuir a aumentar
de carga. No mesmo período, foram entregues ao tráfego 648 novas locomotivas. Revelou também que se achavam pendentes, a 1.° de julho, pedidos para nm nú mero adicional de 1.695 locomotivas e 122.181 vagões de carga. As cifras de 1948 correspondentes ao equipamento novo, posto efetivamente em serviço até 1.° de
países estrangeiros. O estudo começava pelas seguintes palavras:
"As c.stimalivas da renda nacional são, no máximo, aproximaç-ões e, para certos
tava familiarizado com as bases econô
A Associação Norte-Americana de Ferrovias informa que as vias férreas dos
sôbre a renda nacional dos principais
mativas feitas por entidades públicas e por economistas particularc.s, nenhuma
As divergências que se manifestam a respeito induziram recentemente a ONU a resolver o problema por uma estima tiva feita pelos próprios serviços das Nações Unidas. Infehzmcnte, a renda nacional é um objeto pouco apropriado para a televisão. O funcionário encar regado desta tarefa visivelmente não es
EUA colocaram em serviço, durante a primeira metade de 1948, 50.918 novos vagões
bombas, o Conference Board Economic
Brasil, queremos hoje fazer a pergunta: qua'. ó a renda dos outros países? Sem
depressão — e da situação social.
Já antes da guerra, dezesseis países estabeleciam regularmente — o que quer dizer: todos os anos — quadros detalha dos da sua renda nacional. Oito outros países publicavam estimativas em inter
dúvida, em vários deles, a técnica é mais desenvolvida, mas não se deveria menosprezar as dificuldades nem sobrccstimar a precisão dos dados publicados.
valos irregulares ou com poucos pormenores e sem indicação dos métodos apli cados. Reunimos aqui, segundo o es
Nas vésperas da segunda guerra mun dial, exatamente quatro semanas antes
tudo norte-americano acima citado, os algarismos das rendas nacionais em 1929
Digesto Econômico
52
são total, o venture capital ou gambling money, orça etn AÇfío do global, isto é, 240 a 250 milhões de dólares, que se
país, no setor petróleo, perguntando-se
rão inteiramente perdidos se o subsolo
250 milhões de dó'arcs, liaurida não se
nacional demonstrar-se comercialmente
sabe onde, ou se convém repartir o ris
estéril em petróleo, como pode aconte
as constituições de um monopólio esta tal e o concurso de inversores estrangei
co com terceiros que gozarão do usu fruto de algumas jazidas por trinta ou quarenta anos, sem que se transmitam às gerações vindouras os encargos fi nanceiros da parada exigida pelo jogo do
ros para aproveitamento do subsolo do
petróleo.
cer.
E' possível resumir-se a atual discus são que reina no público brasileiro entre
A renda dos outros
se a atual geração tem o direito de lan çar numa aventura a imensa quantia de
BlCILA,nD Lkwinsohn HENDA nacional do Bra sil continua sendo a
de caírem sôbre a Polônia as primeiras
grande
Rccord publicou um excelente trabalho
Não
desconhecida.
faltam
tentativas
para avaliá-la. Mas, en tre
as
numerosas
esti
encontrou aceitação geral, c nesse as sunto a aceitação é tão importante quan
países, elas estão sujeitas a uma mar gem substancial de erros. É de se
to a elaboração de um bom esquema.
supor que considerações políticas como
.ses."
Além desses defeitos básicos, os países tem as suas particularidades econômi cas, técnicas, climáiicas, e todos êsses fatôres se refletem nas estatísticas na
cionais, tomando a comparação extrema
mente difícil. Não obstante, compara
nem
ções internacionais são indispensáveis.
com
os
métodos
da
estatística
brasileira, e o resultado provisório oriun
Ainda que a renda nacional seja, em
do de Lakc Sucess é tão errôneo — aliás,
primeiro lugar, um índice do bem-estar
no sentido de uma subc.stimativa — que
do próprio país, a comparação com a renda de outros países dá uma idéia da evolução econômica mundial, dos movimentos cíclicos — prosperidade e
a confusão. Incertezas da estimativa
Faltando uma re.sposta segura para o
julho, contrastam com as de 20.735 vagões de carga e 418 locomotivas novas refe rentes ao primeiro semestre de 1947. O total de carros de carga encomendados a 1.° de julho de 1947 alcançava 109.006.
também econômicas tenham influencia
do as estatísticas oficiais em que estão baseadas as avaliações de certos paí-
micas, nem com as fontes disponíveis,
não pode senão contribuir a aumentar
de carga. No mesmo período, foram entregues ao tráfego 648 novas locomotivas. Revelou também que se achavam pendentes, a 1.° de julho, pedidos para nm nú mero adicional de 1.695 locomotivas e 122.181 vagões de carga. As cifras de 1948 correspondentes ao equipamento novo, posto efetivamente em serviço até 1.° de
países estrangeiros. O estudo começava pelas seguintes palavras:
"As c.stimalivas da renda nacional são, no máximo, aproximaç-ões e, para certos
tava familiarizado com as bases econô
A Associação Norte-Americana de Ferrovias informa que as vias férreas dos
sôbre a renda nacional dos principais
mativas feitas por entidades públicas e por economistas particularc.s, nenhuma
As divergências que se manifestam a respeito induziram recentemente a ONU a resolver o problema por uma estima tiva feita pelos próprios serviços das Nações Unidas. Infehzmcnte, a renda nacional é um objeto pouco apropriado para a televisão. O funcionário encar regado desta tarefa visivelmente não es
EUA colocaram em serviço, durante a primeira metade de 1948, 50.918 novos vagões
bombas, o Conference Board Economic
Brasil, queremos hoje fazer a pergunta: qua'. ó a renda dos outros países? Sem
depressão — e da situação social.
Já antes da guerra, dezesseis países estabeleciam regularmente — o que quer dizer: todos os anos — quadros detalha dos da sua renda nacional. Oito outros países publicavam estimativas em inter
dúvida, em vários deles, a técnica é mais desenvolvida, mas não se deveria menosprezar as dificuldades nem sobrccstimar a precisão dos dados publicados.
valos irregulares ou com poucos pormenores e sem indicação dos métodos apli cados. Reunimos aqui, segundo o es
Nas vésperas da segunda guerra mun dial, exatamente quatro semanas antes
tudo norte-americano acima citado, os algarismos das rendas nacionais em 1929
>■
0ICESTO ECONÓNnCo
54
— ano do "boom" — em 1932 — ponto mais baixo da crise — e em 1936 — ano
de recuperação.
DfGESTO
Países
1929
1932
Estados Unidos
79498
46 708 1422 844 282 2 734
3 433 1019 406 5392 586 987
Áustria
Bulgária Canadá Chile Dinamarca
Países
...
91
Estônia Finlândia
.. -.
França Alemanha
Hungria Japão Noniega Inglaterra
....
460 9 594 18 083 995
5494
..••
Rússia
587 19 029 3 780
Desvalorização e custo de vida
65 24e 2 787 1 045 ,
640 60 216
449
,
8 091 10 729 672 2 875
11 556 26 169
1
343
576
11759 9100
21 514 16 620
86
1 242
3 8O4
mo a Alemanha e a Rússia — e cuja renda parece aumentar fabulosamente
nas quais competiam entre si sobretudo os países totalitários, os fatôres monetá
em relação à dos Estados Unidos.
papel importante e perturbador.
Conditions of Economic Progress", para
O famoso estatístico australiano Colin
Clark esforçou-se,
cálculos em dólares são feitos à taxa cambial oficial. Ora, a última década
criar um critério universal,
Os
antes da guerra foi, no mundo inteiro, um período de desvalorização, mas o poder aquisitivo interno da moeda não se adaptou imediatamente ao valor ex terno
Em conseqüência, nos anos de
forte desvalorização, a renda nacional, calculada em dólares, acusa uma queda
vertical, enquanto o nível dos preços no interior não aurnentou na_ mesma
e a renda da população guar-
dou um poder aquisiHvo maior. O fenô nieuo contrário verifica-se para os países que formalmente, naquela época, nao
no seu
livro
"The
reduzindo
todos os algarismos das rendas nacio nais a um índice comum de poder aqui sitivo, mas êsse método, teòricamente
ideal, tem na prática também os seus
defeitos, pois é bastante difícil coorde nar os índices do custo da vida, que
são compostos, nos diversos países, de elementos heterogêneos e calculados se gundo métodos diferentes. O quadro seguinte, mesmo que tenha ainda imper feições semelhantes às do anterior, mos tra todavia a evolução da renda nacio nal sob uma forma realfstica: calculada
"per capita" de cada país.
2935
654 533
374 215
gQg 409
70
47
_
Canadá Chile Dinamarca Estônia Finlândia
538 134 281 82 127
260 64 177 53 61
340 09 049 70 ^25
França
233
Bulgária
3 783 314 932
rios têm neste quadro comparativo um
1932
Áustria
1936
desvalorizaram a sua moeda — tais co
Ê evidente que, além das exagerações
1929
Estados Unidos Austrália
282
55
RENDA "PER CAPITA" EM DÓLARES
Todos os valores es.,
tão transformados em dólares.
RENDA NACIONAL EM MILHÕES DE DÓLARES
Austrália
EcONÓNUCO
i
■
Alemanha Hungria Japão Noniega Inglaterra Rússia
Mostramos êstes quadros não como reminíscências históricas, mas para cviden-
152
125
193
279 115 87 208 417 46
163 77 43 123 254 70
1 ks
276
339 133 54 2OO 457 J20
tivas se tomaram mais numerosas. Para a América Latina, os dados são ainda
ciar que já antes da guerra as diferenças * precários. Os senuços da ONU regisdas rendas nacionais eram enormes e, tram apenas a renda nacional da Argennum período relativamente curto, as va- tina, do Chile, do México, da Repúriações dentro do mesmo país, também
blica Dominicana e do Panamá,
interpretar tôdas as alterações verificadas nos últimos anos como efeitos de guerra ou como sinal de reconstrução.
o aspecto da qualidade. Certamente n acerba crítica americana que citamos-nn início dêste artígo, não perdeu inteira
muito grandes, Não se deveria, pois,
A evolução de após-guerra Desde a guerra, o mterêsse e muito mais vivo para êsse assunto. O Boletim mensal das Nações Unidas reúne trimeslra'mente os dados sôbre a renda nacio-
„al de 32 paises. Alguns
que anhgamente publicavam com regu'andade dados a respeito cessaram as suas estatíslicas _ em conseqüência da mflaçao, outros cm conscquância das destruições. Porem, na Europa como no Império Britânico, as estima-
Qs progressos são ainda maiores sob
mente sua atualidade. Todavia, a técni-
ca estatística melhorou sensivelmente e também os métodos das estimativas ain
da longe de serem uniformes, anro " maram-se uns dos outros. En-os cos, freqüentíssimos antigamente fo aos poucos eliminados e a
países não' se UiSr^is"
i V A-.'«
•
divulgar o resultado global mas publica dados sòhre ã composição da renda de um l»do a proveniência ^egund" os diversos ramos da econo mia, e do outro lado a narte salários e das renda.^
oriundas do capital
>■
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— ano do "boom" — em 1932 — ponto mais baixo da crise — e em 1936 — ano
de recuperação.
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Países
1929
1932
Estados Unidos
79498
46 708 1422 844 282 2 734
3 433 1019 406 5392 586 987
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Países
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Hungria Japão Noniega Inglaterra
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Desvalorização e custo de vida
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640 60 216
449
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8 091 10 729 672 2 875
11 556 26 169
1
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576
11759 9100
21 514 16 620
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mo a Alemanha e a Rússia — e cuja renda parece aumentar fabulosamente
nas quais competiam entre si sobretudo os países totalitários, os fatôres monetá
em relação à dos Estados Unidos.
papel importante e perturbador.
Conditions of Economic Progress", para
O famoso estatístico australiano Colin
Clark esforçou-se,
cálculos em dólares são feitos à taxa cambial oficial. Ora, a última década
criar um critério universal,
Os
antes da guerra foi, no mundo inteiro, um período de desvalorização, mas o poder aquisitivo interno da moeda não se adaptou imediatamente ao valor ex terno
Em conseqüência, nos anos de
forte desvalorização, a renda nacional, calculada em dólares, acusa uma queda
vertical, enquanto o nível dos preços no interior não aurnentou na_ mesma
e a renda da população guar-
dou um poder aquisiHvo maior. O fenô nieuo contrário verifica-se para os países que formalmente, naquela época, nao
no seu
livro
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reduzindo
todos os algarismos das rendas nacio nais a um índice comum de poder aqui sitivo, mas êsse método, teòricamente
ideal, tem na prática também os seus
defeitos, pois é bastante difícil coorde nar os índices do custo da vida, que
são compostos, nos diversos países, de elementos heterogêneos e calculados se gundo métodos diferentes. O quadro seguinte, mesmo que tenha ainda imper feições semelhantes às do anterior, mos tra todavia a evolução da renda nacio nal sob uma forma realfstica: calculada
"per capita" de cada país.
2935
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Canadá Chile Dinamarca Estônia Finlândia
538 134 281 82 127
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França
233
Bulgária
3 783 314 932
rios têm neste quadro comparativo um
1932
Áustria
1936
desvalorizaram a sua moeda — tais co
Ê evidente que, além das exagerações
1929
Estados Unidos Austrália
282
55
RENDA "PER CAPITA" EM DÓLARES
Todos os valores es.,
tão transformados em dólares.
RENDA NACIONAL EM MILHÕES DE DÓLARES
Austrália
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■
Alemanha Hungria Japão Noniega Inglaterra Rússia
Mostramos êstes quadros não como reminíscências históricas, mas para cviden-
152
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163 77 43 123 254 70
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tivas se tomaram mais numerosas. Para a América Latina, os dados são ainda
ciar que já antes da guerra as diferenças * precários. Os senuços da ONU regisdas rendas nacionais eram enormes e, tram apenas a renda nacional da Argennum período relativamente curto, as va- tina, do Chile, do México, da Repúriações dentro do mesmo país, também
blica Dominicana e do Panamá,
interpretar tôdas as alterações verificadas nos últimos anos como efeitos de guerra ou como sinal de reconstrução.
o aspecto da qualidade. Certamente n acerba crítica americana que citamos-nn início dêste artígo, não perdeu inteira
muito grandes, Não se deveria, pois,
A evolução de após-guerra Desde a guerra, o mterêsse e muito mais vivo para êsse assunto. O Boletim mensal das Nações Unidas reúne trimeslra'mente os dados sôbre a renda nacio-
„al de 32 paises. Alguns
que anhgamente publicavam com regu'andade dados a respeito cessaram as suas estatíslicas _ em conseqüência da mflaçao, outros cm conscquância das destruições. Porem, na Europa como no Império Britânico, as estima-
Qs progressos são ainda maiores sob
mente sua atualidade. Todavia, a técni-
ca estatística melhorou sensivelmente e também os métodos das estimativas ain
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países não' se UiSr^is"
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oriundas do capital
imiiHi lu m
Dicesto Econóauco
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Dicesto Econ<'>mico
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Talvez a estatística mais perfeita, sob
o ponto de vista técnico, seja atualmen te a inglesa. Foi profundamente refor mada nos princípios da guerra, quando
te muito maior da rcjula que antes da
1947 indica, sôbre a mesma base, um
capital ficou quase a mesma que antes
guerra. A renda disponível dos parti
aumento para 326 bilhões, mas traz,
da guerra.
culares foi calculada em 173,6 bilhões
de dólares para 1947, contra 70,2 bi
ao mesmo tempo, um algarismo muito mais módico (348 bilhões) para 1938.
lhões em 1939.
Se essa revisão fòr exata, a renda na
O acréscimo da renda nos
L('\ando-se em conta
cional em 1948 há do ser, pro\'àvelmen-
cional se tomou um instrumento indis
o aumento dos preços, resulta um acrés cimo da renda real de uns (piarcnla por
pensável para a organização da econo mia de guerra. Desde 1941, o govêmo
cento c "per capita" do 30%'. A distri buição das rendas não .sofreu grandes
observações diretas do nível de \ida
modificações. A despeito do acréscimo
na França.
dos salários por hora, a parle do salaria-
Também cm algims países menores a técnica da estimativa foi muito aper feiçoada, em particular na Suécia. A
o conhecimento detalhado da renda na
britânico apresenta ao Parlamento, em abril de cada ano, simultaneamente com
Estados Unidos
A estatística dos- Estados Unidos, a
cargo do Departamento do Comércio, distingue-se antes de mais nada pela sua rapidez. São calculadas nicnsa'mente as rendas distribuídas, e os dados são
do à renda nacional passou de 66% cm 1939 a 63% em 1947.
somente com admirável precisão dados
divulgados algumas semanas depois do mês ao qual se referem. Além disso, quadros completos informam trimestral mente sôbre a produção e a aplicação da
sôbre a produção e o consumo do país,
renda nacional.
mas, sobretudo, mostram a distribuição
técnicas são freqüentes.
da renda, a influência dos impostos sôbre
o orçamento, um "Livro Branco" sôbre a renda nacional do ano anterior, em
comparação com o nível de pré-guerra (1938). Êsses trabalhos fornecem não
Entretanto, revisões
Em 1947, o
Na França, onde as cstimali\'a.s da
renda nacional desse país duplicou de 1938 a 1947, enquanto que o custo da vida aumentou apenas de 50%. Pre
bastante discutíveis, foram feitos nesle.s
últimos anos grandes esforços para me
cisa-se, pois, concluir que a renda real
lhorar a técnica, noladamentc em cone
subiu de cêrca de um terço.
esquema básico foi consideravelmente
xão com o plano Monnet. A estimativa
modificado, resultando que
para 1945 dava nm lotai do 305 bilhões
tribuintes e a formação do capital.
a renda nacional subiu de
de franco.s, contra 470 bilhões em 1938
cêrca de 10%.
e 545 bilhões cm 1929, todos esses
vários aspectos, surpreen dentes. Evidenciam que, mau grado as devastações e os impostos extremamen te elevados, a renda real
A evolução da renda es• tadunidense ultrapassou já
bilhões, mas em 1933 ape nas 39,6 bilhões de dólares,
bém as mudanças de or
fosse inferior de cêrca de 15% ao do ano do "boom" de 1929. Em
da
vida naquela
da xnda.
época
1947, a renda nacional foi estimada em 202,5 bilhões dc dólares, e o ano de 1948 dará certamente um novo recorde,
libras (750.000 cruzeiros) ao ano, bai
provavelmente 10% mais do que o ano anterior. Em comparação com os últi mos anos de pré-guerra, a renda atual
Em 1946-47 elas representavam,
tivo de 1938. Uma nova estimati\'a para
^
bilhões, ainda qtie o custo
gislação e a administração trabalhista. Decerto, as rendas altas, acima de 10.000
te.
a'garismos calculados cm poder aquisi
sintcse da evolução desde os últimos anos de pré-guerra, quando possível com dados ajustados de acôrdo com o custo
elevou-se já em 1941 a 104
se poderia esperar, de acôrdo com a le
xaram muito em número e em montan
O quadro .seguinte, baseado nos al- ^ garismos divulgados pela ONU, dá uma ■
durante a guerra a dos mais brilhantes períodos de paz. A renda nacional, que em 1929 atingiu 87,4
disponível para o consumo da população, que baixou durante a guerra de cerca de 20%, recuperou já o ní vel de pré-guerra. Tam
dem social não são tão incisivas quanto
guerra, o que, aliás, corresponde às
renda nacional fica\am antes da guerra
as diversas classes dos con
Os resultados são, sob
tc, quase igual à do último ano de pré-
depois do pagamento dos impostos dir retos, apenas meio por cento da renda total dos particulares, contra 1,6% em
representa o triplo, enquanto que o custo da vida aumentou apenas de 75%.
1938-39, mas a parte do trabalho e do
hoje nos Estados Unidos também par
Evidentemente, os impostos absorvem
•• ■/.'O
imiiHi lu m
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Talvez a estatística mais perfeita, sob
o ponto de vista técnico, seja atualmen te a inglesa. Foi profundamente refor mada nos princípios da guerra, quando
te muito maior da rcjula que antes da
1947 indica, sôbre a mesma base, um
capital ficou quase a mesma que antes
guerra. A renda disponível dos parti
aumento para 326 bilhões, mas traz,
da guerra.
culares foi calculada em 173,6 bilhões
de dólares para 1947, contra 70,2 bi
ao mesmo tempo, um algarismo muito mais módico (348 bilhões) para 1938.
lhões em 1939.
Se essa revisão fòr exata, a renda na
O acréscimo da renda nos
L('\ando-se em conta
cional em 1948 há do ser, pro\'àvelmen-
cional se tomou um instrumento indis
o aumento dos preços, resulta um acrés cimo da renda real de uns (piarcnla por
pensável para a organização da econo mia de guerra. Desde 1941, o govêmo
cento c "per capita" do 30%'. A distri buição das rendas não .sofreu grandes
observações diretas do nível de \ida
modificações. A despeito do acréscimo
na França.
dos salários por hora, a parle do salaria-
Também cm algims países menores a técnica da estimativa foi muito aper feiçoada, em particular na Suécia. A
o conhecimento detalhado da renda na
britânico apresenta ao Parlamento, em abril de cada ano, simultaneamente com
Estados Unidos
A estatística dos- Estados Unidos, a
cargo do Departamento do Comércio, distingue-se antes de mais nada pela sua rapidez. São calculadas nicnsa'mente as rendas distribuídas, e os dados são
do à renda nacional passou de 66% cm 1939 a 63% em 1947.
somente com admirável precisão dados
divulgados algumas semanas depois do mês ao qual se referem. Além disso, quadros completos informam trimestral mente sôbre a produção e a aplicação da
sôbre a produção e o consumo do país,
renda nacional.
mas, sobretudo, mostram a distribuição
técnicas são freqüentes.
da renda, a influência dos impostos sôbre
o orçamento, um "Livro Branco" sôbre a renda nacional do ano anterior, em
comparação com o nível de pré-guerra (1938). Êsses trabalhos fornecem não
Entretanto, revisões
Em 1947, o
Na França, onde as cstimali\'a.s da
renda nacional desse país duplicou de 1938 a 1947, enquanto que o custo da vida aumentou apenas de 50%. Pre
bastante discutíveis, foram feitos nesle.s
últimos anos grandes esforços para me
cisa-se, pois, concluir que a renda real
lhorar a técnica, noladamentc em cone
subiu de cêrca de um terço.
esquema básico foi consideravelmente
xão com o plano Monnet. A estimativa
modificado, resultando que
para 1945 dava nm lotai do 305 bilhões
tribuintes e a formação do capital.
a renda nacional subiu de
de franco.s, contra 470 bilhões em 1938
cêrca de 10%.
e 545 bilhões cm 1929, todos esses
vários aspectos, surpreen dentes. Evidenciam que, mau grado as devastações e os impostos extremamen te elevados, a renda real
A evolução da renda es• tadunidense ultrapassou já
bilhões, mas em 1933 ape nas 39,6 bilhões de dólares,
bém as mudanças de or
fosse inferior de cêrca de 15% ao do ano do "boom" de 1929. Em
da
vida naquela
da xnda.
época
1947, a renda nacional foi estimada em 202,5 bilhões dc dólares, e o ano de 1948 dará certamente um novo recorde,
libras (750.000 cruzeiros) ao ano, bai
provavelmente 10% mais do que o ano anterior. Em comparação com os últi mos anos de pré-guerra, a renda atual
Em 1946-47 elas representavam,
tivo de 1938. Uma nova estimati\'a para
^
bilhões, ainda qtie o custo
gislação e a administração trabalhista. Decerto, as rendas altas, acima de 10.000
te.
a'garismos calculados cm poder aquisi
sintcse da evolução desde os últimos anos de pré-guerra, quando possível com dados ajustados de acôrdo com o custo
elevou-se já em 1941 a 104
se poderia esperar, de acôrdo com a le
xaram muito em número e em montan
O quadro .seguinte, baseado nos al- ^ garismos divulgados pela ONU, dá uma ■
durante a guerra a dos mais brilhantes períodos de paz. A renda nacional, que em 1929 atingiu 87,4
disponível para o consumo da população, que baixou durante a guerra de cerca de 20%, recuperou já o ní vel de pré-guerra. Tam
dem social não são tão incisivas quanto
guerra, o que, aliás, corresponde às
renda nacional fica\am antes da guerra
as diversas classes dos con
Os resultados são, sob
tc, quase igual à do último ano de pré-
depois do pagamento dos impostos dir retos, apenas meio por cento da renda total dos particulares, contra 1,6% em
representa o triplo, enquanto que o custo da vida aumentou apenas de 75%.
1938-39, mas a parte do trabalho e do
hoje nos Estados Unidos também par
Evidentemente, os impostos absorvem
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Fatâres favoráveis
ção e Colonização do Estado de São
Paulo, e que fôra diretor do Departa mento Nacional de Imigração, membro da Comissão dc Planejamento Econômi co e do Conselho .Vocioruzl da Política Industrial e Comercial, assessor técni
co de diversas delegações a Conferências Internacionais do Trabalho, ó membro
perito da Comissão Pernianetite das Mi grações da O. I. T. Com êsse estudo, o ilustre publicista, autoridade incontcste na matéria, inicia, para o "Digesto Eco nômico", uma série de artigos sôhre um dos aspectos ínfcrnrtcfojinw mais inte
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O autor, que exerce atuahnetite o cargo de Diretor do Departamento de Imigra
É sabido que a capacidade do trans
ressantes do problema imigratório.
porte marítimo de passageiros, princi co co
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palmente entre a Europa Ocidental e o continente americano, aumenta gra-
datlvamente e tudo indica que, dentro de um futuro próximo, haverá possibi '(/í o
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los técnicos europeus em questões eco
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nômicas e de trabalho que aquela gra-
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J
Nenhum órgão mais competente e au torizado para indicar aquela medida
do que a referida Conferência, pois dela
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Obra que se reuniu, no princípio deste ano, em Roma.
participaram técnicos em questões eco nômicas, sociais e de trabalho, repre sentando os seguintes países: Áustria, Bélgica, França, Grécia, Holanda, Ir landa, Itália, Inglaterra, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça. Além disso, ali compareceram represen
ça econômica e social, o descontentamen
o»
Foi essa a conclusão a
cação do Plano Marshall, fazem acre
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extra-europeus.
que chegou a Conferência de Mão-de-
ditar que não será possível reduzir as já consideráveis disponibilidades de mão-
de-obra, o que irá agravar a inseguran
o
no
cS
Além disso, as dificuldades de
ordem política e econômica que persis tem nos países da Europa Ocidental, apesar dos trabalhos de reconstrução econômica promovidos mediante a apli
o;
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ve situação poderá ser normalizada me
diante a intensificação da emigração dos excedentes de mão-de-obra para países
tantes das zonas americana, francesa e
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Paulo, e que fôra diretor do Departa mento Nacional de Imigração, membro da Comissão dc Planejamento Econômi co e do Conselho .Vocioruzl da Política Industrial e Comercial, assessor técni
co de diversas delegações a Conferências Internacionais do Trabalho, ó membro
perito da Comissão Pernianetite das Mi grações da O. I. T. Com êsse estudo, o ilustre publicista, autoridade incontcste na matéria, inicia, para o "Digesto Eco nômico", uma série de artigos sôhre um dos aspectos ínfcrnrtcfojinw mais inte
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participaram técnicos em questões eco nômicas, sociais e de trabalho, repre sentando os seguintes países: Áustria, Bélgica, França, Grécia, Holanda, Ir landa, Itália, Inglaterra, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça. Além disso, ali compareceram represen
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tantes das zonas americana, francesa e
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60
inglêsa da Alemanha, assim como da Organização Internacional do Trabalho, da Comissão Econômica para a Europa,
da Organização para o Abastecimento e a Agricultura, da Comissão Preparató ria da Organização Internacional de Re
EcoNÓNnco
porte, de uma importante imigração ul tramarina, a fim de evitar cjitc a massa dé trabalhadores dcseiTíprcgado.s continue
a prejudicar o programa europeu de re construção econômica.
Se, de um lado, como foi reconhecido
Reconstrução e Fomento. Resultou dos
pelos rcpresentante.s autorizados cios paí ses da Europa Ocidental, há necessida
trabalhos da Conferência que a necessi
de de se promover a emigração do ex
dade de mão-de-obra na Europa Oci dental para o ano de 1948 era, apenas, de 380 mil trabalhadores, enquanto que as disponibilidades na Itália, nas zonas
cedente de população, por outro, países
britânica e americana da Alemanha c
vamente carrear para vários setores de trabalho, principalmente na indústria e na agricu'tura, os imigrantc.s de que
fugiados e do Banco Internacional de
entre as pessoas deslocadas (displaced persons) se elevava a cerca de 2 mi
Digesto Econômico
I
61
quando ôles .se verificam entre países que desejam facilitá-los. São as bar reiras criadas pelas legislações nacio nais, muitas vêzcs divorciadas da reali
dade c dos interesses do próprio país e
te da alçada das Nações Unidas, atra
dos seus próprios trabalhadores.
E' a
burocracia, que entrava as iniciativas individuais ou coletivas. São motivos sentimentais c melindros dc soberania.
vés dos seus órgãos econômicos e prin cipalmente do Banco Internacional de Reconstrução c Fomento. Há razões pa ra se crer que sem financiamento inter nacional nem mesmo a rica nação Ar-
Fatôres negativos
to como a Argentina, o Canadá, o Brasil, Convém assinalar, entretanto, que os maiores obstáculos de ordem prática
que embaraçam o desenvolvimento das migrações são, no momento, os seguin
lhões.
necessitam.
Aquela Conferência, após ter recomendado medidas capazes de permitir o desenvolvimento
Como se vê, há concordân cia dc interesses entre a políti ca de emigração, aceita particu
l,o — falta dc recursos financeiros su ficientes para
dos movimentos migratórios en
larmente pela Itália por força
tre os países europeus, frisou
de graves condições econômicas, sociais ü políticas, e a política do
que o excedente das disponibi
prob'enia do financiamento das migra ções de trabalhadores e "colonos". Êsse assunto, na parte executiva, c atualmen
novos ainda cm fase de desenvolvimen
a Venezuela c o Chile procuram ati
operação internacional para resolver o
genilna possa le\'ar ax-ante os vastos pla nos de imigração que foram ideahzados pelos seus técnicos.
O financiamento internacional dc pro jetos de migração já tem sido realizado cm circunstâncias especiais, quando pre domina o interèsse internacional, como
tes:
é o caso dos "refugiados" e "pessoas deslocadas".
As
custear as despe
possibilidades
de
sas avultadas que
um
financiamento
acarretam tanto o
daquela
transporic dos tra
são
natureza
ainda limita
lidades em relação às procuras ultra
imigração de alguns países americanos
balhadores migran
das, pois certamen
passara de 1.600.000 trabalhadores mas
tes
te
culinos e 500.000 operários, sem levar em
que sentem a necessidade de fortale cer a sua economia, principalmente no
mente nas migra
obstáculo
conta as pessoas deslocadas ainda não
setor industrial.
recenseadas pela Organização Interna cional de Refugiados. Ademais, foi as sinalado em documento apresentado à
tante a falta de
ropa aquela concordância entre a polí tica de emigração c a de imigração se verifica, porquanto alguns países —
ções intercontinen
reunião, realizada em março dêste ano,
principalmente a França — lutam com
da Comissão Permanente das Migrações, o seguinte: "L'évoIution démographiquc actuelle des pays excédentaires laisse prévoir qu'il subsistera des disponibilités
deficiência de mão-de-obra especíaliziida ou apta para determinados trabalhos. ao reinicio das migrações em larga esca
rentes órgãos nacionais e internacionais
mento tem preocupado, desde muito
considérables que 1'Europe est dans Tin-
la.
capacité d'absorver. Ce probleme est particuÜèrement grave pour ITlalie".
competentes, de modo
tempo, vários países da América Latina
transferências de população se possam
uma cooperação eficaz que conjugue todos os esforços ainda dispersos e mui
realizar.
No caso, não se pode ap'i-
tas vezes antagônicos, a fim dç se re
Finalmente, a Conferência de Mão-de
Mesmo dentro da Eu
Há, na verdade, condições favoráveis Mas não basta liaver excesso de
um lado e falta de outro para que as
—
principal
constitui
i
um
impor
uma regulamenta-
tais — como a exe
cução dos planos de desenvolvimento agrícola ou industrial onde os imigrantes
ção internacional satisfatória das várias
seriam empregados;
rações que regulam as migrações de
2° — deficiência na coordenação en
questões fundamentais referentes às ope trabalhadores e "colonos", quando se
tre as várias legislações sobre emigração
trata de casos de interesse nacional ou
c imigração, assim como entre os dife
regional. Esses problemas de financia
a se conseguir
Obra de Roma julgou indispensável,
car a lei de física dos vasos comuni-
solverem, no interêssc de todos, os pro
nas suas conclusões, chamar a atenção
canteg, onde facilmente se estabelece o
de todos os governos extra-europeus sô-
equilíbrio. Nos movimentos populacio
bre a necessidade do restabelecimento,
nais há obstáculos de várias naturezas
em função das possibilidades de trans
que os impedem ou restringem, mesmo
blemas de desequilíbrios econômicos, so ciais e demográficos. Para que a primeira dificuldade seja vencida é preciso que se promova a co-
que o focalizaram em conferências re
gionais e internacionais, e, para estu dá-lo, a Organização Internacional do Trabalho promoveu, em 1938, em Gene
bra, uma conferência técnica de peritos. Assinalamos isto de passagem, pois só em parte o aspecto financeiro se rela ciona com a regulamentação internacio-
i ijaj^iii«jt|(i( Digesto
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DlCESTO Ecoxóaqco
62
nal das migrações, assunto que iremos examinar com maiores detalhes neste ar
conditions d'e.xistence
convcnables. Ia
63
quer nas questões do direito, quer nas de
tuição a proteção do trabalhador é um
fatos, incidem, quase sempre, no que diz
fim essencial à atividade internacional,
respeito ao recrutamento que sc opera
como ó o caso da Organização Inter nacional do Trabalho, a elaboração de
tigo.
protection des travailleurs contre les maladies générales ou profi.ssionncllcs et
O papel da Organização Internacional
les accidents résultant du travail, |a protection des enfants, des adoVscents
no país de destino.
e des femmes, les pensíons de vicillesse et d'invalidité. Ia défense des intércts des
nar — no sentido construtivo e benéfico
do Trabalho
Uma regulamentação internacional que se possa aplicar de forma mais ampla possível aos aspectos gerais e particu lares das migrações é no momento a tarefa importantíssima que a Organiza í
garantia d'un salaire assurant des con-
Dícesto Econômico
ção Internacional do Trabalho pretende promo\'er com urgência, tanto assim
travaüleurs occupés a rétranger, raffirmation du príncipe de Ia liberte syndicale, Torganisatíon de rensegncment professionnel et technique et autrcs mosures analogues;
j que já a incluiu na ordem do dia da 32.®
Attendu que Ia non-adoption par \me nation quelconque dTm regime de tra
sessão da Conferência Internacional do Trabalho, a ser realizada em 1949.
vail réellemcnt humain fait obstacle aux
É fora de dúvida que a regulamenta ção internacional da migração de tra
balhadores era e é assunto da compe
tência daquela Organização. O anigo 1.° de sua Constituição de 1919 (1)
dispunha o seguinte: "1, H est fondé une organisation permanente chargée de travaiUer à Ia réahsatíon du programme
exposé dans le préambule". E ésse preâmbulo, no seu texto original, traçou êste programa:
"Attendu qu'il existe des condition de travail impliquat pour un grand nombre de personnes Tinjustice, Ia misère et les prívations, se qui engendre un tel mécontentement que Ia paix et Tliarmorue universelles sont mises en danger, et attendu qu'il est urgente d*améliorer ces conditions: par exemple, en ce qui concerne Ia réglementation des heures de travail, Ia 'fixation d'une durée
maxime de Ia journée et de Ia semaíne
efforts des autrcs nations dcsireuses d amcliorer le sort des travaillcurs dans leurs propres pays."
As questões fundamentais do proble ma das migrações estão aí expressamen
— as migrações, se continuar o regime
que ainda vigora de se regular quer a emigração, quer a imigração, con\o o fa zem as legislações nacionais, sem obe
grantes deveria constituir um dos pon tos mais importantes do seu programa permanente de ação. Ora, até hoje, e sem que a culpa caiba à Organização, não tem sido as
decer a disposições jurídicas e adminis
sim. Bem ao contrário, principalmente depois da grande guerra, numerosos paí
trativas discutidas c aprovadas livre c
ses de imigração — os Estados Unidos,
democràticamentc em
os Domínios britânicos, numerosos Es
assembléias in
ternacionais.
tados da América Latina ou da Europa
Se cabe à Organização Internacional
do Trabalho promo\'cr a regulamenta ção internacional em matéria de migra
— adotaram legislações unilaterais e res tritivas com respeito aos imigrantes. To dos se esforçam em dctenninar, o mais
ção, quais os resultados que ela já ob teve e que programa de trabalho atual
exatamente possível, a capacidade de
mente empreende?
estrangeiros e em fixar os princípios de seleção para aqueles que seriam admiti dos, seja sob o ponto de vista da na
absorção do Estado em trabalhadores
Primeiros passos da regulajnentação internacional
bém incluído no preâmbulo que trans
cionalidade, seja das profissões. Se essas legislações restritivas se inspiras
O caminho percorrido até 1936 re presenta grandes esforços, mas de re sultados pouco apreciáveis. A esse res peito recorremos a um trabalho de di vulgação da própria Organização, publi cado naquele ano, sob o título: "L'Orga-
sem em parte nàs dificuldades econômi cas do momento, pode-se dizer que o nacionalismo ardente que se manifestou um pouco por tôda parte no pós-guer
ção mais importante e mais contra ver
nísation Intemacionale du Travail" e o
movimento análogo em certos países de
tida no que diz respeito à regulamenta
emigração:
ção da emigração. E, por outro lado, n 2.® abrange os aspectos fundamentais da
subtítulo: "Ce qirelle est — Ce qu'elle a fait". À página 81 è
dência é de não se admitir como emi
crevemos acima o problema do desem-
prêgo, intimamente ligado, como se sabe, à eibigração e imigração.
E fora de dúvida que a primeira ques tão que acima mencionamos é a opera
regulamentação das imigrações, pois a
seguintes dessa publi
e'a estão relacionadas todas as medi
cação, relata-se o se
das de amparo ao imigrante no país de
guinte:
d'oeuvre, Ia lutte centre le chômage, Ia
As controvérsias que têm surgido na parte jurídico-admínistrativa das legis
ções nessa Constituição.
A verdade é que nfio se poderão orde
uma regulamentação protetora interna cional de imigrantes o mesmo de emi
crutamento da mão-de-obra; 2.*"^ — a defesa dos interêsses dos trabalhadores empregados no estrangeiro. Está tam
du travail, de recrutement de Ia main-
treal) foram introduzidas modifica
tratamento entre nacionais o imigrantes
te mencionadas. Elas sfu;: 1.^» _ o re
destino.
(1) Em 1944 (Filadélfia) e em 1946 (Mon
no país de emigração c na igualdade de
"Em rigor, todo ho
ra, tinha bem sua razão de ser.
E eis
que, nos xV.timos tempos, se eleva um
e
mesmo
a a
Itália Es
panha, onde a ten
gração para o es trangeiro a não ser
mem deveria chegar
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pelo raciocínio à con
porária, e
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clusão de que, se pa
se
varias operações referentes às migrações.
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Uma regulamentação internacional que se possa aplicar de forma mais ampla possível aos aspectos gerais e particu lares das migrações é no momento a tarefa importantíssima que a Organiza í
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Dícesto Econômico
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travaüleurs occupés a rétranger, raffirmation du príncipe de Ia liberte syndicale, Torganisatíon de rensegncment professionnel et technique et autrcs mosures analogues;
j que já a incluiu na ordem do dia da 32.®
Attendu que Ia non-adoption par \me nation quelconque dTm regime de tra
sessão da Conferência Internacional do Trabalho, a ser realizada em 1949.
vail réellemcnt humain fait obstacle aux
É fora de dúvida que a regulamenta ção internacional da migração de tra
balhadores era e é assunto da compe
tência daquela Organização. O anigo 1.° de sua Constituição de 1919 (1)
dispunha o seguinte: "1, H est fondé une organisation permanente chargée de travaiUer à Ia réahsatíon du programme
exposé dans le préambule". E ésse preâmbulo, no seu texto original, traçou êste programa:
"Attendu qu'il existe des condition de travail impliquat pour un grand nombre de personnes Tinjustice, Ia misère et les prívations, se qui engendre un tel mécontentement que Ia paix et Tliarmorue universelles sont mises en danger, et attendu qu'il est urgente d*améliorer ces conditions: par exemple, en ce qui concerne Ia réglementation des heures de travail, Ia 'fixation d'une durée
maxime de Ia journée et de Ia semaíne
efforts des autrcs nations dcsireuses d amcliorer le sort des travaillcurs dans leurs propres pays."
As questões fundamentais do proble ma das migrações estão aí expressamen
— as migrações, se continuar o regime
que ainda vigora de se regular quer a emigração, quer a imigração, con\o o fa zem as legislações nacionais, sem obe
grantes deveria constituir um dos pon tos mais importantes do seu programa permanente de ação. Ora, até hoje, e sem que a culpa caiba à Organização, não tem sido as
decer a disposições jurídicas e adminis
sim. Bem ao contrário, principalmente depois da grande guerra, numerosos paí
trativas discutidas c aprovadas livre c
ses de imigração — os Estados Unidos,
democràticamentc em
os Domínios britânicos, numerosos Es
assembléias in
ternacionais.
tados da América Latina ou da Europa
Se cabe à Organização Internacional
do Trabalho promo\'cr a regulamenta ção internacional em matéria de migra
— adotaram legislações unilaterais e res tritivas com respeito aos imigrantes. To dos se esforçam em dctenninar, o mais
ção, quais os resultados que ela já ob teve e que programa de trabalho atual
exatamente possível, a capacidade de
mente empreende?
estrangeiros e em fixar os princípios de seleção para aqueles que seriam admiti dos, seja sob o ponto de vista da na
absorção do Estado em trabalhadores
Primeiros passos da regulajnentação internacional
bém incluído no preâmbulo que trans
cionalidade, seja das profissões. Se essas legislações restritivas se inspiras
O caminho percorrido até 1936 re presenta grandes esforços, mas de re sultados pouco apreciáveis. A esse res peito recorremos a um trabalho de di vulgação da própria Organização, publi cado naquele ano, sob o título: "L'Orga-
sem em parte nàs dificuldades econômi cas do momento, pode-se dizer que o nacionalismo ardente que se manifestou um pouco por tôda parte no pós-guer
ção mais importante e mais contra ver
nísation Intemacionale du Travail" e o
movimento análogo em certos países de
tida no que diz respeito à regulamenta
emigração:
ção da emigração. E, por outro lado, n 2.® abrange os aspectos fundamentais da
subtítulo: "Ce qirelle est — Ce qu'elle a fait". À página 81 è
dência é de não se admitir como emi
crevemos acima o problema do desem-
prêgo, intimamente ligado, como se sabe, à eibigração e imigração.
E fora de dúvida que a primeira ques tão que acima mencionamos é a opera
regulamentação das imigrações, pois a
seguintes dessa publi
e'a estão relacionadas todas as medi
cação, relata-se o se
das de amparo ao imigrante no país de
guinte:
d'oeuvre, Ia lutte centre le chômage, Ia
As controvérsias que têm surgido na parte jurídico-admínistrativa das legis
ções nessa Constituição.
A verdade é que nfio se poderão orde
uma regulamentação protetora interna cional de imigrantes o mesmo de emi
crutamento da mão-de-obra; 2.*"^ — a defesa dos interêsses dos trabalhadores empregados no estrangeiro. Está tam
du travail, de recrutement de Ia main-
treal) foram introduzidas modifica
tratamento entre nacionais o imigrantes
te mencionadas. Elas sfu;: 1.^» _ o re
destino.
(1) Em 1944 (Filadélfia) e em 1946 (Mon
no país de emigração c na igualdade de
"Em rigor, todo ho
ra, tinha bem sua razão de ser.
E eis
que, nos xV.timos tempos, se eleva um
e
mesmo
a a
Itália Es
panha, onde a ten
gração para o es trangeiro a não ser
mem deveria chegar
a
pelo raciocínio à con
porária, e
lações 0 regulamentos que disciplinam as
clusão de que, se pa
se
varias operações referentes às migrações.
ra determinada insti
gração definitiva se-
emigração
de
tem
não
permitir a emi
rfT^—
Dicesto Económic.^
S4
Dicesto Econômico
não para as colônias ou protetorados da
Internacional do Trabalho se
mãe-pátria. Seria desnecessário negar que, ao lado
ressar.
de numerosos inconvenientes, semelhan
te atitude teve a vantagem de exercer uma influência, muitas vezes feliz, na
desinte
De fato, é o que tem acontecido desde a sua primeira sessão realizada em Washington, em 1919. A respeito do desemprego, a Organização Internacio
população, como as de mercadorias —
nal do Trabalho discutiu a qtiestão geral das migrações: em uma recomendação, pediu ao Conselho de Administração do
mais do que estas, pois o trabalho hu
B.I.T. a criação de uma comissão in
mano é algo bem mais estimável do que a mercadoria — não devem escapar à
ternacional que, tomando em conta as soberanias nacionais, procurasse c pro
rnelhoria da sorte dos emigrantes. Não
é menos verdadeiro que as permutas de
vigilância das instituições internacionais.
Com efeito, apesar das tendências acima indicadas, nota-se, nestes últimos quinze anos, todo um movimento de
acordos bilaterais, plurilaterais, e de regu amentos internacionais concernentes
às migrações de trabalhadores. De 1926 a 1929, o Bureau Internacio
nal do Trabalho empreendia a coletânea, a análise e a publicação sistemática, em
três volumes, de todos os textos que
pusesse medidas próprias a regulamen tação das migrações dos trabalhadores e à proteção dos assalariados residentes em países estrangeiros. Em 1921, reu-
niu-sc uma comissão composta igualmen
te de representantes de países europeus e de países de além-mar. Esta pediu ao B.I.T. que melhorasse, na medida
do possível, as estatísticas migratórias, e esse órgão, em conseqüência, organizou
quadros comparativos internacionais dos movimentos migratórios
mundiais
cm
regulamentam e compõem os movimen
1920-1923, 1924, 1925-1927, estudan
tos migratórios, tanto de emigrantes co
do alhures as estatísticas migratórias em
mo de imigrantes: regulamentos nacio nais, acordos bilaterais e plurilaterais,
suas definições, métodos e classificações,
convenções internacionais. Três volumes;
junto sobre "a estatística dos estrangei ros", para o qual foram examinados e comparados os recenseamentos demo
quer dizer que, apesar das tendências atuais, a regulamentação e os acordos concernentes às migrações de trabalha
dores ficam no campo da política de todos os Estados. É possível que ain da durante muito tempo os governos pensem que as questões de emigração e de imigração são desses "problemas do mésticos" sobre os quais a soberania na cional não deve ser atingida. Não é menos verdadeiro que, por ocasião da
passagem dos trabalhadores migrantes de um país para outro, a proteção destes exige acordos e regulamentações, pelos quais não seria possível a Organização
elaborando um vasto relatório de con
gráficos das duas últimas décadas, con vocando finalmente, em outubro de 1932, uma Conferência Internacional de
65
se fizesse ou para o qual se fizesse o recmtamento; inspeção c vigilância das
operações de rccnitamcnto pelas autori dades competentes dos dois países; re-
cmtamento por c.scritórios ou agentes reconhecidos pelas referidas autoridades competentes; consulta a ussc rc.speito, às
Um outro aspecto da questão foi es tudado pc'a Organização: a proteção dos migrantes durante a viagem. Em 1926, foi votada pela Conferência uma con venção a re.speito: o regime a bordo dos
países dc emigração, antes da partida, e
navios de emigrantes de\ eria ser fiscali zado por um inspetor que teria um assis tente qualificado, do sexo feminino, paru zelar pelas mulheres e crianças não acompanhadas; cada grupo de emigran tes dc\ eria ter à sua disposição um intér prete na sua própria língua. A conven ção foi ratificada por 16 Estados sem
plenamente cxeculá\-eis nos países de
restrições e por 3 condicionalmente.
imigração; enfim, interdição de recrutar
Sem entrar em detalhes, ó necessário relembrar aqui outras decisões da Con ferência Internacional do Trabalho no domínio dos seguros sociais. As con-
organizações dc empregadores e aos tra balhadores
interessados;
reerulamenio
orientado no sentido de. não perturbar o mercado dc trabalho do.s dois pyísos interessados;
contratos
assinados
nos
no estrangeiro trabalhadores destinados a substituir nacionais cm greve ou no caso de "lock-out".
Certamente, tratava-se apenas de uma
resolução sem valor imperativo. E, por
\'enções por ela adotadas desde 1927 ga rantiram a igualdade completa para o se-
tanto, desde o ano dc .sua redução, 1921,
guro-moléstia e, no caso de seguro-inva-
tôda uma série dc acordos bilaterais ali
lidcz-\elbice-morte, os trabalhadores es
inspirados foram concluídos; acordos da França com a Áustria, a Bélgica, a Itá
trangeiros obtiveram, também, garantias conside^á^'eis, o que foi ampliado, ain
lia, a Polônia, a Rumânia, a Tcbccoslo-
da, pelo projeto de convenção de 1935
váquia, a Iugoslávia c a Espanlia; da Áustria com a Hungria, a Polônia e a Tchecoslováquia; da Bélgica com a Itá lia e o Luxemburgo; da Alemanha com a Lituânia, a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia; da Itália com o Luxem burgo e a Iugoslávia, etc.
sôbre a conservação dos direitos àquele
Fora da Europa, podem-se citar al
mesmo seguro. O mesmo se \'erificou quanto ao seguro e assistência ao desem
prego, em virtude do projeto de conven ção de 1934. Vê-se, pois, que foi defi
nido e encontra-se em via de organiza ção um vasto programa assegurando aos trabalhadores um tratamento o mais am
Estatísticos das Migrações que estabele ceu a lista dos progressos que poderiam
guns acordos do mesmo gênero: acordo
plo possível quando eles se transferem
sôbre a emigração de Moçambique para
para o estrangeiro ou aí trabalham.
ser realizados tendo em vista a melhoria
a União Sul-Africana e a Rodésia Meri
das estatísticas em questão.
dional, etc. E finalmente na Ásia, se não foram feitos acordos formais, eram
tanciais, porém, singularmente limitados. Por exemplo, a questão da colocação dos
estritamente observadas determinadas re-
imigrantes e da maior ou menor liber
gras usuais, principalmente no caso dos
dade do movimento migratório dos tra balhadores, apesar de questão funda-
Por outra parte, a Comissão Interna cional de Emigração de 1921 enuncia
va também, quanto ao recrutamento co
letivo de trabalhadores no estrangeiro, um certo número de princípios-diretrizes, pedindo a sua adoção a cada país onde
ttabalhadores migrantes procedentes da
No momento, é tudo. Resultados subs
índia e das índias Plolandesas ou da ...j. mental, não fpi abordada. Até este ins-
Indochina Francesa e que se destinavam»^lante à Malásia ou à Oceania.
os governos têm hesitado em sub-
ap mete-la à Organização Internacional.
rfT^—
Dicesto Económic.^
S4
Dicesto Econômico
não para as colônias ou protetorados da
Internacional do Trabalho se
mãe-pátria. Seria desnecessário negar que, ao lado
ressar.
de numerosos inconvenientes, semelhan
te atitude teve a vantagem de exercer uma influência, muitas vezes feliz, na
desinte
De fato, é o que tem acontecido desde a sua primeira sessão realizada em Washington, em 1919. A respeito do desemprego, a Organização Internacio
população, como as de mercadorias —
nal do Trabalho discutiu a qtiestão geral das migrações: em uma recomendação, pediu ao Conselho de Administração do
mais do que estas, pois o trabalho hu
B.I.T. a criação de uma comissão in
mano é algo bem mais estimável do que a mercadoria — não devem escapar à
ternacional que, tomando em conta as soberanias nacionais, procurasse c pro
rnelhoria da sorte dos emigrantes. Não
é menos verdadeiro que as permutas de
vigilância das instituições internacionais.
Com efeito, apesar das tendências acima indicadas, nota-se, nestes últimos quinze anos, todo um movimento de
acordos bilaterais, plurilaterais, e de regu amentos internacionais concernentes
às migrações de trabalhadores. De 1926 a 1929, o Bureau Internacio
nal do Trabalho empreendia a coletânea, a análise e a publicação sistemática, em
três volumes, de todos os textos que
pusesse medidas próprias a regulamen tação das migrações dos trabalhadores e à proteção dos assalariados residentes em países estrangeiros. Em 1921, reu-
niu-sc uma comissão composta igualmen
te de representantes de países europeus e de países de além-mar. Esta pediu ao B.I.T. que melhorasse, na medida
do possível, as estatísticas migratórias, e esse órgão, em conseqüência, organizou
quadros comparativos internacionais dos movimentos migratórios
mundiais
cm
regulamentam e compõem os movimen
1920-1923, 1924, 1925-1927, estudan
tos migratórios, tanto de emigrantes co
do alhures as estatísticas migratórias em
mo de imigrantes: regulamentos nacio nais, acordos bilaterais e plurilaterais,
suas definições, métodos e classificações,
convenções internacionais. Três volumes;
junto sobre "a estatística dos estrangei ros", para o qual foram examinados e comparados os recenseamentos demo
quer dizer que, apesar das tendências atuais, a regulamentação e os acordos concernentes às migrações de trabalha
dores ficam no campo da política de todos os Estados. É possível que ain da durante muito tempo os governos pensem que as questões de emigração e de imigração são desses "problemas do mésticos" sobre os quais a soberania na cional não deve ser atingida. Não é menos verdadeiro que, por ocasião da
passagem dos trabalhadores migrantes de um país para outro, a proteção destes exige acordos e regulamentações, pelos quais não seria possível a Organização
elaborando um vasto relatório de con
gráficos das duas últimas décadas, con vocando finalmente, em outubro de 1932, uma Conferência Internacional de
65
se fizesse ou para o qual se fizesse o recmtamento; inspeção c vigilância das
operações de rccnitamcnto pelas autori dades competentes dos dois países; re-
cmtamento por c.scritórios ou agentes reconhecidos pelas referidas autoridades competentes; consulta a ussc rc.speito, às
Um outro aspecto da questão foi es tudado pc'a Organização: a proteção dos migrantes durante a viagem. Em 1926, foi votada pela Conferência uma con venção a re.speito: o regime a bordo dos
países dc emigração, antes da partida, e
navios de emigrantes de\ eria ser fiscali zado por um inspetor que teria um assis tente qualificado, do sexo feminino, paru zelar pelas mulheres e crianças não acompanhadas; cada grupo de emigran tes dc\ eria ter à sua disposição um intér prete na sua própria língua. A conven ção foi ratificada por 16 Estados sem
plenamente cxeculá\-eis nos países de
restrições e por 3 condicionalmente.
imigração; enfim, interdição de recrutar
Sem entrar em detalhes, ó necessário relembrar aqui outras decisões da Con ferência Internacional do Trabalho no domínio dos seguros sociais. As con-
organizações dc empregadores e aos tra balhadores
interessados;
reerulamenio
orientado no sentido de. não perturbar o mercado dc trabalho do.s dois pyísos interessados;
contratos
assinados
nos
no estrangeiro trabalhadores destinados a substituir nacionais cm greve ou no caso de "lock-out".
Certamente, tratava-se apenas de uma
resolução sem valor imperativo. E, por
\'enções por ela adotadas desde 1927 ga rantiram a igualdade completa para o se-
tanto, desde o ano dc .sua redução, 1921,
guro-moléstia e, no caso de seguro-inva-
tôda uma série dc acordos bilaterais ali
lidcz-\elbice-morte, os trabalhadores es
inspirados foram concluídos; acordos da França com a Áustria, a Bélgica, a Itá
trangeiros obtiveram, também, garantias conside^á^'eis, o que foi ampliado, ain
lia, a Polônia, a Rumânia, a Tcbccoslo-
da, pelo projeto de convenção de 1935
váquia, a Iugoslávia c a Espanlia; da Áustria com a Hungria, a Polônia e a Tchecoslováquia; da Bélgica com a Itá lia e o Luxemburgo; da Alemanha com a Lituânia, a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia; da Itália com o Luxem burgo e a Iugoslávia, etc.
sôbre a conservação dos direitos àquele
Fora da Europa, podem-se citar al
mesmo seguro. O mesmo se \'erificou quanto ao seguro e assistência ao desem
prego, em virtude do projeto de conven ção de 1934. Vê-se, pois, que foi defi
nido e encontra-se em via de organiza ção um vasto programa assegurando aos trabalhadores um tratamento o mais am
Estatísticos das Migrações que estabele ceu a lista dos progressos que poderiam
guns acordos do mesmo gênero: acordo
plo possível quando eles se transferem
sôbre a emigração de Moçambique para
para o estrangeiro ou aí trabalham.
ser realizados tendo em vista a melhoria
a União Sul-Africana e a Rodésia Meri
das estatísticas em questão.
dional, etc. E finalmente na Ásia, se não foram feitos acordos formais, eram
tanciais, porém, singularmente limitados. Por exemplo, a questão da colocação dos
estritamente observadas determinadas re-
imigrantes e da maior ou menor liber
gras usuais, principalmente no caso dos
dade do movimento migratório dos tra balhadores, apesar de questão funda-
Por outra parte, a Comissão Interna cional de Emigração de 1921 enuncia
va também, quanto ao recrutamento co
letivo de trabalhadores no estrangeiro, um certo número de princípios-diretrizes, pedindo a sua adoção a cada país onde
ttabalhadores migrantes procedentes da
No momento, é tudo. Resultados subs
índia e das índias Plolandesas ou da ...j. mental, não fpi abordada. Até este ins-
Indochina Francesa e que se destinavam»^lante à Malásia ou à Oceania.
os governos têm hesitado em sub-
ap mete-la à Organização Internacional.
Dicesto EcoNÓ^a
66
estabelecimento de acordos concernentes
quer por se chegar à conclusão cie que. quando fôsse tratada internacíona'nienle.
àquela questão promoveram, indepen dentemente das instituições de guerra, duas consultas internacionais sobre o pro
blema das migrações. A primeira foi a
B.I.T. de um relatório de conjunto in
Conferência de Roma, em maio de 1924;
titulado "Los Travailleurs Migrants".
Também certos países interessados no
problema internacional da.s migrações de
anualmente. Essa Conferência, que con grega delegações dos Estados-membros
o deveria ser pela Organização Interna cional do Trabalho..
vivo intcrèsse.
cional do Trabalho está pronta para os-
quais dois representam diretamente o go\'êrno, um a organização mais represen
ludá-lü quando for coincnicntc. c para propor as soluções oportunas. Uma re
empregadores — aprova, mediante discus
solução votada em Santiago do Chile,
são e votação, as convenções ou as reco
cm janeiro de 1936, pela Conferência
mendações. As primeiras, a fim de te rem força cxecuti\'a, após serem aprova das pela Conferência devem ser ratifica-
A publicação, feita recentemente pek) constitui um dos últimos fatos a assinalar
abril de 1928. O B.I.T. foi convida
a respeito. Estudando as transferencias
do para essas duas Conferências e par ticipou de sua organização material e da redação dos processos verbais. Ali fo
internacionais de trabalhadores recruta
ram votadas resoluções e não projetos de
desses trabalhadores quando eles ocupant no país de emigração seu primeiro em
dos cm um país e colocados em outro, assim como o tratamento e a condição
problemas de imigração considerados co
prego, êsse relatório e suas conclusões gerais sobre os princípios comuns aos
mo "domésticos" comportavam aspectos
regulamentos e aos tratados trazem unw
internacionais e mereciam ser tratados
contribuição à solução dos múltiplos pro
internacionalmente.
blemas técnicos relacionados com o aper
feiçoamento do regime da transferência
O B.I-T. nunca deixou de pensar de outra forma: em 1926 criou uma comis
internacional de trabalhadores.
são permanente de migrações para in cumbir-se do estudo do problema. Em
rido relatório foi submetido à Conferên cia Internacional do Trabalho durante a
1929 quando a Sociedade das Nações
sua 20.'"^ sessão, em junho de 1936. to as questões con cernentes às migra ções de assalaria
para a igualda de de tratamento B.I.T.
O refe
Estão neste pon
convocou em Pa ris uma confe rência diplomática dos estrangeiros, o
" -ii,
acompa
dos: o problema de sua proteção será incluído bre vemente, em con
nhou os seus tra balhos e lhe pres- ^
seqüência daquele
tou a sua colaboração. Apesar de não ter surgido nenhum projeto de conven ção dessa conferência, as suas delibera-
relatório supra citado, na ordem do dia da Comissão de Migrações do B.I.T.»
que se reúne periòdicamente.
Mas há
Tes contribuíram para esclarecer certos An nrob ema. Durante as dis-
outro aspecto a considerar, na migração de trabalhadores: o da colonização de
balhadores
terras e da emigração de "colonos"* Num mundo cada dia menor, em que
aspectos cussões, ^ ^
colocação dos traintrodução mais ou me-
imigrantes nos países es-
nos livre
trangeiros
como interessando
ícluívaníer.te às soberanias nacionais,
67
trabalhadores, apenas tratado hoje super ficialmente, talvez amanhã o .seja com
a segunda a Conferência de Havana, em
convenção. Essas duas reuniões ao me nos reforçaram a convicção de que os
Dicesto Econômico
as trocas — as de trabalhadores'corno
as de mercadorias, de livros ou de idéias
— apesar do que se faz e do que se diz, se tomaram mais generalizadas, o
A Organização Inlernu-
do Trabalho dos Estados da América
Membros da Organização, foi feita para
a encorajar nesse sentido. Ignalmente, chegaram recentemente apelos do Brasil, da Argentina c do Chi'e para que o Burcau Internacional do Trabaliio com eles estude os meios de dar força c efi
— compostas de quatro delegados, dos
tativa dos trabalhadores e o outro a dos
da.s pelos Estados.
Não basta que os
representantes dos go/ernos tenham vo
tado a favor ou contra um projeto de convenção. No ca.so afirmativo os govêmos só se obrigam a aplicar as cláu
O
sulas da con\'enção depois que o órgão competente a tenha formalmente ratifi
Burcau enviou ao Brasil c ao.s Estados
cado. No caso contrário, o governo está
do Prata uma primeira comissão de es tudos. Parece que se lhe abre um do
competente, a fim de que ê'e se decida
cácia a uma imigração, racionalmente
organizada,' de colonn.s europeus.
mínio até hoje contestado e proibida." O depoimento dramático prestado pela
obrigado a submetê-la àquele órgão a favor ou contra a ratificação.
Um
Organização Internacional do Trabalho, e que acima encerramos, tem víúios mé
projeto de convenção, uma vez ratifica do por um Estado, constitui para ele um verdadeiro compromisso contratual de
ritos: é um balanço objetivo e sintético das atividades daquela organização, no
comendações não estão sujeitas a rati
campo da cooperação e coordenação in
ficação. Elas não impõem aos Estados
ternacionais, em assuntos tanto dc imi
qualquer compromisso de ordem jurí
gração como dc emigração; mostra que
dica, e sim moral: simplesmente êles são convidados a respeitar o que elas dispõem.
a idéia da interdependência daqueles
dois aspectos do problema migratório e, em conseqüência, da sua universalidade,
ordem internacional.
Entretanto, as re
Durante o período de 1919 a 1936,
não tinha ainda conquistado adeptos suficíente.s; e, finalmente, entreabre a es
como já ficou assinalado, apenas duas convenções concernentes expressamente
perança de progressos futuros na concre
aos trabalhadores migrantes foram apro vadas pelas Conferências Internacionais do Trabalho. A primeira, de 1925, que regula a igualdade de tratamento nos acidentes de trabalho e se aplica a to dos ps trabalhadores residentes no es trangeiro, até 1936 tinha sido ratificada por 34 dos 61 Estados membros da Or ganização. A segunda, de 1926, cujo
tização daquela universalidade.
Ora, aquela organização tem à sua disposição, para realizar os seus fins, dois instrumentos jurídicos: os projetos de convenção ou de recomendação, cujos estudos ela elabora, para serem subme tidos à aprovação da Conferência Inter nacional do TrabaUio, que se reúne
Dicesto EcoNÓ^a
66
estabelecimento de acordos concernentes
quer por se chegar à conclusão cie que. quando fôsse tratada internacíona'nienle.
àquela questão promoveram, indepen dentemente das instituições de guerra, duas consultas internacionais sobre o pro
blema das migrações. A primeira foi a
B.I.T. de um relatório de conjunto in
Conferência de Roma, em maio de 1924;
titulado "Los Travailleurs Migrants".
Também certos países interessados no
problema internacional da.s migrações de
anualmente. Essa Conferência, que con grega delegações dos Estados-membros
o deveria ser pela Organização Interna cional do Trabalho..
vivo intcrèsse.
cional do Trabalho está pronta para os-
quais dois representam diretamente o go\'êrno, um a organização mais represen
ludá-lü quando for coincnicntc. c para propor as soluções oportunas. Uma re
empregadores — aprova, mediante discus
solução votada em Santiago do Chile,
são e votação, as convenções ou as reco
cm janeiro de 1936, pela Conferência
mendações. As primeiras, a fim de te rem força cxecuti\'a, após serem aprova das pela Conferência devem ser ratifica-
A publicação, feita recentemente pek) constitui um dos últimos fatos a assinalar
abril de 1928. O B.I.T. foi convida
a respeito. Estudando as transferencias
do para essas duas Conferências e par ticipou de sua organização material e da redação dos processos verbais. Ali fo
internacionais de trabalhadores recruta
ram votadas resoluções e não projetos de
desses trabalhadores quando eles ocupant no país de emigração seu primeiro em
dos cm um país e colocados em outro, assim como o tratamento e a condição
problemas de imigração considerados co
prego, êsse relatório e suas conclusões gerais sobre os princípios comuns aos
mo "domésticos" comportavam aspectos
regulamentos e aos tratados trazem unw
internacionais e mereciam ser tratados
contribuição à solução dos múltiplos pro
internacionalmente.
blemas técnicos relacionados com o aper
feiçoamento do regime da transferência
O B.I-T. nunca deixou de pensar de outra forma: em 1926 criou uma comis
internacional de trabalhadores.
são permanente de migrações para in cumbir-se do estudo do problema. Em
rido relatório foi submetido à Conferên cia Internacional do Trabalho durante a
1929 quando a Sociedade das Nações
sua 20.'"^ sessão, em junho de 1936. to as questões con cernentes às migra ções de assalaria
para a igualda de de tratamento B.I.T.
O refe
Estão neste pon
convocou em Pa ris uma confe rência diplomática dos estrangeiros, o
" -ii,
acompa
dos: o problema de sua proteção será incluído bre vemente, em con
nhou os seus tra balhos e lhe pres- ^
seqüência daquele
tou a sua colaboração. Apesar de não ter surgido nenhum projeto de conven ção dessa conferência, as suas delibera-
relatório supra citado, na ordem do dia da Comissão de Migrações do B.I.T.»
que se reúne periòdicamente.
Mas há
Tes contribuíram para esclarecer certos An nrob ema. Durante as dis-
outro aspecto a considerar, na migração de trabalhadores: o da colonização de
balhadores
terras e da emigração de "colonos"* Num mundo cada dia menor, em que
aspectos cussões, ^ ^
colocação dos traintrodução mais ou me-
imigrantes nos países es-
nos livre
trangeiros
como interessando
ícluívaníer.te às soberanias nacionais,
67
trabalhadores, apenas tratado hoje super ficialmente, talvez amanhã o .seja com
a segunda a Conferência de Havana, em
convenção. Essas duas reuniões ao me nos reforçaram a convicção de que os
Dicesto Econômico
as trocas — as de trabalhadores'corno
as de mercadorias, de livros ou de idéias
— apesar do que se faz e do que se diz, se tomaram mais generalizadas, o
A Organização Inlernu-
do Trabalho dos Estados da América
Membros da Organização, foi feita para
a encorajar nesse sentido. Ignalmente, chegaram recentemente apelos do Brasil, da Argentina c do Chi'e para que o Burcau Internacional do Trabaliio com eles estude os meios de dar força c efi
— compostas de quatro delegados, dos
tativa dos trabalhadores e o outro a dos
da.s pelos Estados.
Não basta que os
representantes dos go/ernos tenham vo
tado a favor ou contra um projeto de convenção. No ca.so afirmativo os govêmos só se obrigam a aplicar as cláu
O
sulas da con\'enção depois que o órgão competente a tenha formalmente ratifi
Burcau enviou ao Brasil c ao.s Estados
cado. No caso contrário, o governo está
do Prata uma primeira comissão de es tudos. Parece que se lhe abre um do
competente, a fim de que ê'e se decida
cácia a uma imigração, racionalmente
organizada,' de colonn.s europeus.
mínio até hoje contestado e proibida." O depoimento dramático prestado pela
obrigado a submetê-la àquele órgão a favor ou contra a ratificação.
Um
Organização Internacional do Trabalho, e que acima encerramos, tem víúios mé
projeto de convenção, uma vez ratifica do por um Estado, constitui para ele um verdadeiro compromisso contratual de
ritos: é um balanço objetivo e sintético das atividades daquela organização, no
comendações não estão sujeitas a rati
campo da cooperação e coordenação in
ficação. Elas não impõem aos Estados
ternacionais, em assuntos tanto dc imi
qualquer compromisso de ordem jurí
gração como dc emigração; mostra que
dica, e sim moral: simplesmente êles são convidados a respeitar o que elas dispõem.
a idéia da interdependência daqueles
dois aspectos do problema migratório e, em conseqüência, da sua universalidade,
ordem internacional.
Entretanto, as re
Durante o período de 1919 a 1936,
não tinha ainda conquistado adeptos suficíente.s; e, finalmente, entreabre a es
como já ficou assinalado, apenas duas convenções concernentes expressamente
perança de progressos futuros na concre
aos trabalhadores migrantes foram apro vadas pelas Conferências Internacionais do Trabalho. A primeira, de 1925, que regula a igualdade de tratamento nos acidentes de trabalho e se aplica a to dos ps trabalhadores residentes no es trangeiro, até 1936 tinha sido ratificada por 34 dos 61 Estados membros da Or ganização. A segunda, de 1926, cujo
tização daquela universalidade.
Ora, aquela organização tem à sua disposição, para realizar os seus fins, dois instrumentos jurídicos: os projetos de convenção ou de recomendação, cujos estudos ela elabora, para serem subme tidos à aprovação da Conferência Inter nacional do TrabaUio, que se reúne
Digesto
68
Eoonóx
campo de aplicação se restringe à ins peção dos trabalhadores migrantes a bordo, recebeu até 1936 apenas 19 rati
sentido de conquistar, a favor cie suas idéias, a opinião pública mundial e, par
ficações.
Estados membros.
Como se vê, foram realmente insig nificantes os progressos d'» regulamen
tação internacional no campo das migra ções, nesse período inicial, apesar dos esforços consideráveis que a Organização
presente conjuntura econômica
ticularmente, a dos representantes dos
Rom-iRTo Pinto de Souza
No próximo artigo mostraremos resu'tados mais promissores já obtidos na fase que se seguiu ao ano dc 1936 o que
Internacional do Trabalho e seu órgão
se encerra em 1940, quando os proble mas de guerra relegaram a segundo
técnico, o
plano os outros problemas internacionais.
empreenderam no
Paridade cambial do cruzeiro na
1
0 término da guerra em 1945 DKSDE que o govêmo, as associações cie
política monetária inglesa orientou-se no
classes, os elementos representativos da
.«:entido de procurar re.slabelecer a li
economia brasileira e os economistas vêm discutindo a paridade cambial do
bra estcr'ina na sua antiga paridade-ou-
cruzeiro, ou melhor, o valor do cruzei
Para conseguir êsse objetivo, foi neces sário fi.viu" ^ hi.va cambial num nível
ro em face das moedas das outras naçcões. É nosso objetivo, neste artigt). tratar esse
ro cm relação ao dólar americano (1).
apreciín't'lnií?"^<^ mais elevado do que
assunto tão debatido e vamos procurar abordá-lo de uma forma imparcial, o
o da taxa de equilíbrio. A economia in-
que na maioria das vezes não tem sido
fato que se traduziu na queda das exnorlações, no aumento progressi^•o do íuimero de desempregados, nas greves generalizadas, no mal-estar social etc. Os
feito.
Paridade cambial
clêsa foi profundamente ferida por êste
Lléses não SC esquecerão, por certo,
Ante.s de iniciarmos, convém esclare
rl-í sua sua yo po «rica monetána. desse êrro da «-ptanha
cer o que se entende por paridade cam bial. Aliás, a sua noção e muito recente, pois a necessidade de sua conccitua-
nliás justificável, pois a Gra-Bretaniia fri éooca o grande centro financei-
çâo surgiu sòmcnte depois da guerra de 1914-18, com a tentativa de estubdiza-
ção monetária de 1922-30. Isto porque a fixação das taxas cambiais pelas vá rias nações criou, naquele período, dcsajustamentos econômicos muito grandes. A análise posteriormente feita revelou
que a causa se encontrava na existência
simultânea do taxas cambiais altas c
taxas cambiais baixas, isto é, que o valor
atribuído pelas nações às suas respecti vas moedas se encontrava fora da taxa de equilíbrio.
Um total de 400.000 aparelhos receptores de televisão foram fabricados nos
Terminado o conflito de 1914-18, a
Para ilustrar este ponto podemos citai
Estados Unidos, desde que terminou a guerra, anunciou a Associação dos Fabri
o exemplo da Inglaterra, com a apre
cantes de Rádio norle-americana. A produção dôsses aparelhos nos cinco primei' TOS meses de 1948 atingiu a 214.543. A produção de maio chegou a 50.177, o que representa uma média c/e 12.500 aparelhos por semana e um aumento de
ciação e subseqüente depreciação da li bra e o da França com a desvalorização do franco, que constituem, sem dúvida,
sôbre a média semanal do primeiro trimestre do ano corrente.
os casos mais interessantes e conhecidos.
' rira sua preponderância no "„„ri ™o„:tório 'inLadonal lhe
rferie dois grendos benef.c.o^ pnTire de ordem poUHca - mP.rrenca inglêsa na política internacional; segun do de ordem econômica - coleta de grandes lucros. Para conservar esse pa
pel financeiro e político de Londres, a
Inglaten-a precisava repor a libra na sua antiga paridade e estabilidade, por
que foram essas duas qualidades que fi
zeram dela a moeda universal. E ver
dade que para conseguir êsse fim a GrãBretanha teve que sacrificar a sua eco nomia interna. Em 1931, a sua estabiC) De 3,20 a 3,60 dólares por f, foi-se Cracativamcnte procedendo à revaloriza ção da unidade monetária- inglêsa, até que em 1925, íoi a í novamente firmada em sua velha paridade de 4,86 dólares.
Digesto
68
Eoonóx
campo de aplicação se restringe à ins peção dos trabalhadores migrantes a bordo, recebeu até 1936 apenas 19 rati
sentido de conquistar, a favor cie suas idéias, a opinião pública mundial e, par
ficações.
Estados membros.
Como se vê, foram realmente insig nificantes os progressos d'» regulamen
tação internacional no campo das migra ções, nesse período inicial, apesar dos esforços consideráveis que a Organização
presente conjuntura econômica
ticularmente, a dos representantes dos
Rom-iRTo Pinto de Souza
No próximo artigo mostraremos resu'tados mais promissores já obtidos na fase que se seguiu ao ano dc 1936 o que
Internacional do Trabalho e seu órgão
se encerra em 1940, quando os proble mas de guerra relegaram a segundo
técnico, o
plano os outros problemas internacionais.
empreenderam no
Paridade cambial do cruzeiro na
1
0 término da guerra em 1945 DKSDE que o govêmo, as associações cie
política monetária inglesa orientou-se no
classes, os elementos representativos da
.«:entido de procurar re.slabelecer a li
economia brasileira e os economistas vêm discutindo a paridade cambial do
bra estcr'ina na sua antiga paridade-ou-
cruzeiro, ou melhor, o valor do cruzei
Para conseguir êsse objetivo, foi neces sário fi.viu" ^ hi.va cambial num nível
ro em face das moedas das outras naçcões. É nosso objetivo, neste artigt). tratar esse
ro cm relação ao dólar americano (1).
apreciín't'lnií?"^<^ mais elevado do que
assunto tão debatido e vamos procurar abordá-lo de uma forma imparcial, o
o da taxa de equilíbrio. A economia in-
que na maioria das vezes não tem sido
fato que se traduziu na queda das exnorlações, no aumento progressi^•o do íuimero de desempregados, nas greves generalizadas, no mal-estar social etc. Os
feito.
Paridade cambial
clêsa foi profundamente ferida por êste
Lléses não SC esquecerão, por certo,
Ante.s de iniciarmos, convém esclare
rl-í sua sua yo po «rica monetána. desse êrro da «-ptanha
cer o que se entende por paridade cam bial. Aliás, a sua noção e muito recente, pois a necessidade de sua conccitua-
nliás justificável, pois a Gra-Bretaniia fri éooca o grande centro financei-
çâo surgiu sòmcnte depois da guerra de 1914-18, com a tentativa de estubdiza-
ção monetária de 1922-30. Isto porque a fixação das taxas cambiais pelas vá rias nações criou, naquele período, dcsajustamentos econômicos muito grandes. A análise posteriormente feita revelou
que a causa se encontrava na existência
simultânea do taxas cambiais altas c
taxas cambiais baixas, isto é, que o valor
atribuído pelas nações às suas respecti vas moedas se encontrava fora da taxa de equilíbrio.
Um total de 400.000 aparelhos receptores de televisão foram fabricados nos
Terminado o conflito de 1914-18, a
Para ilustrar este ponto podemos citai
Estados Unidos, desde que terminou a guerra, anunciou a Associação dos Fabri
o exemplo da Inglaterra, com a apre
cantes de Rádio norle-americana. A produção dôsses aparelhos nos cinco primei' TOS meses de 1948 atingiu a 214.543. A produção de maio chegou a 50.177, o que representa uma média c/e 12.500 aparelhos por semana e um aumento de
ciação e subseqüente depreciação da li bra e o da França com a desvalorização do franco, que constituem, sem dúvida,
sôbre a média semanal do primeiro trimestre do ano corrente.
os casos mais interessantes e conhecidos.
' rira sua preponderância no "„„ri ™o„:tório 'inLadonal lhe
rferie dois grendos benef.c.o^ pnTire de ordem poUHca - mP.rrenca inglêsa na política internacional; segun do de ordem econômica - coleta de grandes lucros. Para conservar esse pa
pel financeiro e político de Londres, a
Inglaten-a precisava repor a libra na sua antiga paridade e estabilidade, por
que foram essas duas qualidades que fi
zeram dela a moeda universal. E ver
dade que para conseguir êsse fim a GrãBretanha teve que sacrificar a sua eco nomia interna. Em 1931, a sua estabiC) De 3,20 a 3,60 dólares por f, foi-se Cracativamcnte procedendo à revaloriza ção da unidade monetária- inglêsa, até que em 1925, íoi a í novamente firmada em sua velha paridade de 4,86 dólares.
Dicesto Econóauco Dicrsto
70
71
EcoNÓ>nco
especial para a alteração do valor par das moedas: "correção de uni desequilíbrio
lização monetária, não podendo mais
nómicas, decorrentes da desigualdade
país deve comunicar o valor par de sua moeda, baseado nas taxas de câmbio pre-
resistir ao embate das circunstâncias,
das paridades da libra e do franco no período de 1925-30, podemos, sem maio
municado scrú o \'a'.or par da moeda
cance dessa alteração a lOZ do valor
A nova ta.xa da libra colocou os produ
res dificuldades, chegar a conceituar o
daquele membro.
tos ingleses em boa posição no merca
que seja taxa cambial de equilíbrio. É a que mantém o balanço de contas cm equilíbrio sem produzir, de um lado,
No entanto, o valor par inicial comu nicado pode rcvelar-se como não corres
par inicial e, para dar maior garantia, exigiu, nas alterações subseqüentes, a consulta prévia ao Fundo, que poderá concordar ou não. Contudo, se a mo-,
desemprego interno, ou som de.semprônações e, de outro, sem criar descm-
compra. Nesse caso, cs países terão di reito do comunicar ao Fundo, no prazo de 90 dias, "que consideram o \'alor par
verá nenhuma razão para que não o
prôgo nas outras nações.
não satisfatório". Igual direito também
faça.
A questão da paridade da ta.xa cam bial é, portanto, de smiia importância, pois consiste em estabelecer relações de
assiste ao Fundo, caso ache "que o valor par não pode ser mantido sem que êsse membro ou outros tenham que recorrer
to importante, de que todos os ajusta
valores entre as várias moedas compa
ao Fundo em escala prejudicial a este
tíveis não só com a estabilidade interna
e a seus membros".
de cada país, mas também com o desen volvimento econômico em geral.
ções a possibilidade de futuras corre
sim ações unilaterais, como as do pe
ções, desde que constatem, pelo resta
ríodo de entre-guerras.
desmoronou-se.
do internacional, e à fase anterior de
depressão, ocasionada pela valorização da libra, sucedeu um período de recu
peração da economia interna inglêsa. É verdade que essa recuperação não se deve tão só à depreciação da libra. Ocorreram fortuitamente, por aquela oca sião, outros fenômenos econômicos, que vieram colaborar no complemento da obra iniciada pela quebra da paridade monetária.
A França, ao contrário da Inglaterra, estabeleceu para o franco, em 1926, uma
go interno maior do que o das outras
taxa cambial muito bai xa. Como era de se
•
esperar, as mercadorias
francesas, devido ao seu baixo preço, foram im portadas pelas outras nações
numa
escala
ça Comercial passou a apresentar, a
das, não sô pelo mecanismo da oferta e da procura como pelas condições eco
na
presente econômica,
do internacional. Daí ser aceita a idéia da
do, pois se assim fôsse, mudadas as con
dições da primitiva fixação da paridade cambial, o país sofreria uma perda con
dificação não afetar as transações e só
beneficiar o país que a realizar, não ha
Devemos lembrar ainda um fator mui
mentos e alterações das paridades mo-
netixrias serão feitos sob a vigilância do Fundo e deverão enquadrar-se no ritmo econômico mimdial, evitando as Parid^ide do cruzeiro
De acôrdo com as disposições do Fun do o Brasil, no primeiro semestre do ano corrente, estabeleceu como pari
dade do cruzeiro aquela que )á vem vigorando há muito tempo, ou sejam Cr$ 18,50 por um dólar. Em 1944, no auge das nossas exporta
necessidade de um pro grama internacional, para resolver o pro
siderável; por outro lado, ás vêzes, a al teração do valor monetário se faz ne
lou-se muito em valorização do cruzei
blema cambial.
cessária para a correção de um desequi
ro. Argumentou-se com a própria lei
líbrio econômico. Impossibilitado o país de qualquer alteração no valor de
da oferta e da procura; pois não havia
O Fundo Monetário,
conforme ficou estabelecido na confe
ráveis, o que determinou a repatriação, em somas vultosas, dos capitais fran ceses, devido à confiança que os ca
rência de Bretton Woods, se propõe a ser êsse programa internacional e um
pitalistas gauleses passaram a depositar
questão:
saldos comeroiais e o repatriamento,
nômicas peculiares a cada país. O valor fixado, portanto, não é .rígi
fundamental". Além disso, limitou o al
ções e dos saldos comerciais favoráveis pela impossibilidade de importação, fa
partir de 1926, enormes saldos favo
na sua moeda. E foram tão grandes os
dade inicial não corresponde mais à
valores,
taxas cambiais por acôr-
nações exportadoras nu
belecimento geral do comércio e das transações internacionais, que a pari que se estabeleceu no mercado das moe
é a de se estabelecer um sistema inicial de
nufaturados das demais
pondendo à taxa natural do poder de
conseguir tal relação de conjuntura
to as expectativas, colo cando os produtos ma ma posição difícil. Em virtude dessa'ocorrência, a Balan
Monetário
A única forma de se
que ultrapassou em mui
O valor co
Além disso, o Fundo confere íis na t
l
Fundo
valecentes anteriormente.
de seus objetivos fere exatamente essa "Promover
a
estabilidade
cambial,
manter em boa ordem os regulamentos
que isso pôs por terríi a estabilização
de câmbio entre os membros e evitar
monetária internacional, construída so
depreciações cambiais com o intuito de
bre o "Gold Exchange Standard". Pelo exemplo das conseqüências eco-
concorrência" (Cláusula I, n.° 3). Pelos estatutos dessa entidade, cada
sua moeda, fatalmente iria ter. grandes prejuízos. Daí a necessidade de um câmbio estável, porém flexível, a fim de permitir que certas nações, em de terminadas condições, possam modifi car as suas paridades monetárias. Entretanto, se o Fundo adotou o prin cípio da flexibilidade, exigiu condição
na praça dólares em abundância? Por tanto, se o câmbio fôsse livre, essa ofer ta maciça •da moeda americana levaria fatalmente à diminuição do seu valor.
Em 1946, porém, com o enorme dé ficit da balança comercial, com a con
corrência do produto importado no mer cado interno e com a tomada de cons
ciência de que as reservas acumuladas
Dicesto Econóauco Dicrsto
70
71
EcoNÓ>nco
especial para a alteração do valor par das moedas: "correção de uni desequilíbrio
lização monetária, não podendo mais
nómicas, decorrentes da desigualdade
país deve comunicar o valor par de sua moeda, baseado nas taxas de câmbio pre-
resistir ao embate das circunstâncias,
das paridades da libra e do franco no período de 1925-30, podemos, sem maio
municado scrú o \'a'.or par da moeda
cance dessa alteração a lOZ do valor
A nova ta.xa da libra colocou os produ
res dificuldades, chegar a conceituar o
daquele membro.
tos ingleses em boa posição no merca
que seja taxa cambial de equilíbrio. É a que mantém o balanço de contas cm equilíbrio sem produzir, de um lado,
No entanto, o valor par inicial comu nicado pode rcvelar-se como não corres
par inicial e, para dar maior garantia, exigiu, nas alterações subseqüentes, a consulta prévia ao Fundo, que poderá concordar ou não. Contudo, se a mo-,
desemprego interno, ou som de.semprônações e, de outro, sem criar descm-
compra. Nesse caso, cs países terão di reito do comunicar ao Fundo, no prazo de 90 dias, "que consideram o \'alor par
verá nenhuma razão para que não o
prôgo nas outras nações.
não satisfatório". Igual direito também
faça.
A questão da paridade da ta.xa cam bial é, portanto, de smiia importância, pois consiste em estabelecer relações de
assiste ao Fundo, caso ache "que o valor par não pode ser mantido sem que êsse membro ou outros tenham que recorrer
to importante, de que todos os ajusta
valores entre as várias moedas compa
ao Fundo em escala prejudicial a este
tíveis não só com a estabilidade interna
e a seus membros".
de cada país, mas também com o desen volvimento econômico em geral.
ções a possibilidade de futuras corre
sim ações unilaterais, como as do pe
ções, desde que constatem, pelo resta
ríodo de entre-guerras.
desmoronou-se.
do internacional, e à fase anterior de
depressão, ocasionada pela valorização da libra, sucedeu um período de recu
peração da economia interna inglêsa. É verdade que essa recuperação não se deve tão só à depreciação da libra. Ocorreram fortuitamente, por aquela oca sião, outros fenômenos econômicos, que vieram colaborar no complemento da obra iniciada pela quebra da paridade monetária.
A França, ao contrário da Inglaterra, estabeleceu para o franco, em 1926, uma
go interno maior do que o das outras
taxa cambial muito bai xa. Como era de se
•
esperar, as mercadorias
francesas, devido ao seu baixo preço, foram im portadas pelas outras nações
numa
escala
ça Comercial passou a apresentar, a
das, não sô pelo mecanismo da oferta e da procura como pelas condições eco
na
presente econômica,
do internacional. Daí ser aceita a idéia da
do, pois se assim fôsse, mudadas as con
dições da primitiva fixação da paridade cambial, o país sofreria uma perda con
dificação não afetar as transações e só
beneficiar o país que a realizar, não ha
Devemos lembrar ainda um fator mui
mentos e alterações das paridades mo-
netixrias serão feitos sob a vigilância do Fundo e deverão enquadrar-se no ritmo econômico mimdial, evitando as Parid^ide do cruzeiro
De acôrdo com as disposições do Fun do o Brasil, no primeiro semestre do ano corrente, estabeleceu como pari
dade do cruzeiro aquela que )á vem vigorando há muito tempo, ou sejam Cr$ 18,50 por um dólar. Em 1944, no auge das nossas exporta
necessidade de um pro grama internacional, para resolver o pro
siderável; por outro lado, ás vêzes, a al teração do valor monetário se faz ne
lou-se muito em valorização do cruzei
blema cambial.
cessária para a correção de um desequi
ro. Argumentou-se com a própria lei
líbrio econômico. Impossibilitado o país de qualquer alteração no valor de
da oferta e da procura; pois não havia
O Fundo Monetário,
conforme ficou estabelecido na confe
ráveis, o que determinou a repatriação, em somas vultosas, dos capitais fran ceses, devido à confiança que os ca
rência de Bretton Woods, se propõe a ser êsse programa internacional e um
pitalistas gauleses passaram a depositar
questão:
saldos comeroiais e o repatriamento,
nômicas peculiares a cada país. O valor fixado, portanto, não é .rígi
fundamental". Além disso, limitou o al
ções e dos saldos comerciais favoráveis pela impossibilidade de importação, fa
partir de 1926, enormes saldos favo
na sua moeda. E foram tão grandes os
dade inicial não corresponde mais à
valores,
taxas cambiais por acôr-
nações exportadoras nu
belecimento geral do comércio e das transações internacionais, que a pari que se estabeleceu no mercado das moe
é a de se estabelecer um sistema inicial de
nufaturados das demais
pondendo à taxa natural do poder de
conseguir tal relação de conjuntura
to as expectativas, colo cando os produtos ma ma posição difícil. Em virtude dessa'ocorrência, a Balan
Monetário
A única forma de se
que ultrapassou em mui
O valor co
Além disso, o Fundo confere íis na t
l
Fundo
valecentes anteriormente.
de seus objetivos fere exatamente essa "Promover
a
estabilidade
cambial,
manter em boa ordem os regulamentos
que isso pôs por terríi a estabilização
de câmbio entre os membros e evitar
monetária internacional, construída so
depreciações cambiais com o intuito de
bre o "Gold Exchange Standard". Pelo exemplo das conseqüências eco-
concorrência" (Cláusula I, n.° 3). Pelos estatutos dessa entidade, cada
sua moeda, fatalmente iria ter. grandes prejuízos. Daí a necessidade de um câmbio estável, porém flexível, a fim de permitir que certas nações, em de terminadas condições, possam modifi car as suas paridades monetárias. Entretanto, se o Fundo adotou o prin cípio da flexibilidade, exigiu condição
na praça dólares em abundância? Por tanto, se o câmbio fôsse livre, essa ofer ta maciça •da moeda americana levaria fatalmente à diminuição do seu valor.
Em 1946, porém, com o enorme dé ficit da balança comercial, com a con
corrência do produto importado no mer cado interno e com a tomada de cons
ciência de que as reservas acumuladas
Digesto EcoNÓkfico
72
durante a guerra logo desapareceriam, caso permanecesse o mesmo ritmo de importação e queda de exportação, mu dou-se completamente de orientação. Agora já não se fala mais em valoriza ção, mas em desvalorização. O câmbio
está muito alto, diz-se. E' preciso fi.xar
taxa mais elevada para o dólar, sob pe na de a economia brasileira soçobrar.
De fato, a paridade atual do cruzeiro
está elevada, não por fôrça própria da nossa moeda, mas pelas desvalorizações das moedas dos outros países. Daí perguntar-se, dadas as circunstâncias pre
tra o valor atual do cruzeiro reside na
Êste argumento é poderoso. Incontestàvelmcnte, o preço de custo de nossa produção é elevadíssimo, c elimina de fato a margem de diferença que sempre
sável pela atual situação econômica an
gustiante seja na verdade o elevado va
lor internacional do cnizeiro. Entretanto,
não convém tirar conclusões apressadas,
estrutura econômica débil e incipiente,
nomia brasileira. Os dois exemplos se
cionais, podem ser invocados e t^vez
em situação de inferioridade no merca do interno, em relação ao artigo estran
guintes são suficientes para demonstrar
éstes se coadunem mais com a reahdade
esse ponto.
brasileira.
sim, a produção nacional sofre uma con corrência desleal, quer no mercado in
bial é muito delicada, uma vez que dela depende o equilíbrio interno econômico. Vamos procurar resolver êste proble
terno, quer no externo.
A produção do café, elemento básico da nossa economia, vem sofrendo no mo
mento sérias dificuldades, criadas pelo alto custo do seu custeio e pelo preço
insuficiente que alcança na praça de Santos, devido à qualidade inferior de terminada pela broca. Caso houvesse
Deve-se considerar ainda que não é
uma desvalorização do cruzeiro, ocorre
possível alterar em curto prazo o custo
riam dois fatos, que iriam melhorar sen
do nosso produto. Não produzimos caro porque queremos, mas, sim, porque a
estrutura presente da economia brasilei ra não permite custo mais baixo, e isto por 4 razões: 1.^) pela alta enorme dos preços internos ocasionada pela infla ção; pela carência e baixa produti vidade da mão-de-obra; 3.^) pelos altos salários recebidos pelo operariado; 4.^) pela técnica deficiente empregada na
nheceram em Bretton Woods as neces sidades de desvalorizações cambiais,
produção brasileira.
sempre que estas se destinassem a cor rigir um desequilíbrio econômico, moti
bial alta, são os responsáveis pelas difi culdades atuais por que está passando
vado por paridades monetárias que não correspondessem à taxa de equilíbrio.
a economia brasileira.
E' necessário, a fím de concluir por uma desvalorização do cruzeiro, examinar se o câmbio atual é o responsável pelo de
médio é modificar a taxa do cruzeiro.
sequilíbrio da nossa economia. O argumento principal invocado con
traves qríc estão emperrando o desen
pois outro.s fatôres de ordem diversa,
A resposta exige certa consideração, pois, como vimos, a questão da taxa cam
Como vimos, as Nações Unidas reco
Essas razões invocadas são bastante fortes e nos levam a crer que o respon
ó um elemento perturbador para a eco
nacional, devido ao seu alto preço. As
Argumentos contrários à atual -paridade
Desta forma .se eliminariam todos os en
mercadoria brasileira, prodiizida por uma
ta paridade do cruzeiro?
raremos as nossas conclusões.
alguns milhões de sacas.
reconhecer que a taxa de câmbio atual
encontram colocação no mercado inter
da paridade em vigor, e, por último, ti
do internacional, reduzido o seu preço,
retando o mal-eslar econômico presente. De fato, sôbre êste aspecto, devemos
Desta maneira, coloca a
ternacionais; portanto, abrír-se-ia lu)'
escoamento natural para o estoque de
poderia encontrar ràcilmcnte colocação. volvimento da economia brasileira o acar
existiu entre o produto nacional e o
estrangeiro.
um mal para a economia brasileira a al
nossa moeda, para depois analisarmos os fatos que colaboram para a manutenção
a concorrência estrangeira, e no merca
dutos fabricados no país c os das mer cadorias estrangeiras importadas.
geiro. Além disso, os produtos nacio nais que poderiam ser exportados não
ma examinando em primeiro lugar os ar gumentos contrários ao atual valor da
cado interno ruio teria mais que temer
quase igualdade entre os preços dos pro
da no entrc-guerra: Constituí realmente
sentes e a experiência monetária colhi
Dicesto Econónuco
Êstes fatôres, aliados a uma taxa com-
Como não se
pode alterar nenhum dêles, o único re Diminuído o valor do cruzeiro, a po
sição do produto brasileiro, tanto inter na com externamente, apresentaria uma
melhoria sensível. Isso porque no mer-
Argumentos a poor da atual paridade Em primeiro lugar, é preciso consi derar que nem sempre uma desvalori zação cambial traz benefícios imediatos para a economia interna do país. Vimos atrás o caso da libra como bom lemédio para a situação angustiante inglêsa,
sivelmente a situação da rubiácea. Em
porém êsse não é o único caso de des
primeiro lugar comportariam uma redu ção do seu preço em dólares, o que
experiências que não determinaram as
favoreceria íncontestàvelmente a sua e.x-
portiçãc. Em segundo lugar, a conver
valorização monetária. Existem outras
mesmas conseqüências. Podemos invo car como exemplo á tentativa, feita pe
são dos dólares levaria ao recebimento do maior soma de cruzeiros, o que im--
lo Presidente Roosevelt em 1934, de com
plicaria, automàticamente, em elevação
a alta de preços pela desvalorização for çada do dólar, em relação ao ouro. Decretou o Presidente, da noite para o dia, que o dólar passaria a valer apenas
do preço interno do café, dando, por tanto, maior lucro para o fazendeiro. A indústria do açúcar não se encontra
]
mie consultam também os interesses na
em situação melhor que a do café. Exis te atualmente uma superprodução, pois o açúcar produzido ultrapassou em muito
bater a depressão econômica e promover
60% do seu valor em termos de ouro.
A conseqüência foi, como era de se
a capacidade de absorção do consumo
prever, a de um estímulo ás exporta ções com um decréscimo das importa
nacional e não encontra colocação no
ções. Mas como o comércio internacio
mercado internacional a preços compen
nal dos Estados Unidos é relativamente
sadores, devido à concorrência dos cen
pequeno em relação ao volume de seu
tros produtores da América Central. Desvalorizando-se o cruzeiro, co'ocar-se-á o
comércio interior e, principalmente, co mo a quantidade de meios de pagamen
açúcar brasileiro ao nível dos preços in
tos ativos nos Estados Unidos não havia
Digesto EcoNÓkfico
72
durante a guerra logo desapareceriam, caso permanecesse o mesmo ritmo de importação e queda de exportação, mu dou-se completamente de orientação. Agora já não se fala mais em valoriza ção, mas em desvalorização. O câmbio
está muito alto, diz-se. E' preciso fi.xar
taxa mais elevada para o dólar, sob pe na de a economia brasileira soçobrar.
De fato, a paridade atual do cruzeiro
está elevada, não por fôrça própria da nossa moeda, mas pelas desvalorizações das moedas dos outros países. Daí perguntar-se, dadas as circunstâncias pre
tra o valor atual do cruzeiro reside na
Êste argumento é poderoso. Incontestàvelmcnte, o preço de custo de nossa produção é elevadíssimo, c elimina de fato a margem de diferença que sempre
sável pela atual situação econômica an
gustiante seja na verdade o elevado va
lor internacional do cnizeiro. Entretanto,
não convém tirar conclusões apressadas,
estrutura econômica débil e incipiente,
nomia brasileira. Os dois exemplos se
cionais, podem ser invocados e t^vez
em situação de inferioridade no merca do interno, em relação ao artigo estran
guintes são suficientes para demonstrar
éstes se coadunem mais com a reahdade
esse ponto.
brasileira.
sim, a produção nacional sofre uma con corrência desleal, quer no mercado in
bial é muito delicada, uma vez que dela depende o equilíbrio interno econômico. Vamos procurar resolver êste proble
terno, quer no externo.
A produção do café, elemento básico da nossa economia, vem sofrendo no mo
mento sérias dificuldades, criadas pelo alto custo do seu custeio e pelo preço
insuficiente que alcança na praça de Santos, devido à qualidade inferior de terminada pela broca. Caso houvesse
Deve-se considerar ainda que não é
uma desvalorização do cruzeiro, ocorre
possível alterar em curto prazo o custo
riam dois fatos, que iriam melhorar sen
do nosso produto. Não produzimos caro porque queremos, mas, sim, porque a
estrutura presente da economia brasilei ra não permite custo mais baixo, e isto por 4 razões: 1.^) pela alta enorme dos preços internos ocasionada pela infla ção; pela carência e baixa produti vidade da mão-de-obra; 3.^) pelos altos salários recebidos pelo operariado; 4.^) pela técnica deficiente empregada na
nheceram em Bretton Woods as neces sidades de desvalorizações cambiais,
produção brasileira.
sempre que estas se destinassem a cor rigir um desequilíbrio econômico, moti
bial alta, são os responsáveis pelas difi culdades atuais por que está passando
vado por paridades monetárias que não correspondessem à taxa de equilíbrio.
a economia brasileira.
E' necessário, a fím de concluir por uma desvalorização do cruzeiro, examinar se o câmbio atual é o responsável pelo de
médio é modificar a taxa do cruzeiro.
sequilíbrio da nossa economia. O argumento principal invocado con
traves qríc estão emperrando o desen
pois outro.s fatôres de ordem diversa,
A resposta exige certa consideração, pois, como vimos, a questão da taxa cam
Como vimos, as Nações Unidas reco
Essas razões invocadas são bastante fortes e nos levam a crer que o respon
ó um elemento perturbador para a eco
nacional, devido ao seu alto preço. As
Argumentos contrários à atual -paridade
Desta forma .se eliminariam todos os en
mercadoria brasileira, prodiizida por uma
ta paridade do cruzeiro?
raremos as nossas conclusões.
alguns milhões de sacas.
reconhecer que a taxa de câmbio atual
encontram colocação no mercado inter
da paridade em vigor, e, por último, ti
do internacional, reduzido o seu preço,
retando o mal-eslar econômico presente. De fato, sôbre êste aspecto, devemos
Desta maneira, coloca a
ternacionais; portanto, abrír-se-ia lu)'
escoamento natural para o estoque de
poderia encontrar ràcilmcnte colocação. volvimento da economia brasileira o acar
existiu entre o produto nacional e o
estrangeiro.
um mal para a economia brasileira a al
nossa moeda, para depois analisarmos os fatos que colaboram para a manutenção
a concorrência estrangeira, e no merca
dutos fabricados no país c os das mer cadorias estrangeiras importadas.
geiro. Além disso, os produtos nacio nais que poderiam ser exportados não
ma examinando em primeiro lugar os ar gumentos contrários ao atual valor da
cado interno ruio teria mais que temer
quase igualdade entre os preços dos pro
da no entrc-guerra: Constituí realmente
sentes e a experiência monetária colhi
Dicesto Econónuco
Êstes fatôres, aliados a uma taxa com-
Como não se
pode alterar nenhum dêles, o único re Diminuído o valor do cruzeiro, a po
sição do produto brasileiro, tanto inter na com externamente, apresentaria uma
melhoria sensível. Isso porque no mer-
Argumentos a poor da atual paridade Em primeiro lugar, é preciso consi derar que nem sempre uma desvalori zação cambial traz benefícios imediatos para a economia interna do país. Vimos atrás o caso da libra como bom lemédio para a situação angustiante inglêsa,
sivelmente a situação da rubiácea. Em
porém êsse não é o único caso de des
primeiro lugar comportariam uma redu ção do seu preço em dólares, o que
experiências que não determinaram as
favoreceria íncontestàvelmente a sua e.x-
portiçãc. Em segundo lugar, a conver
valorização monetária. Existem outras
mesmas conseqüências. Podemos invo car como exemplo á tentativa, feita pe
são dos dólares levaria ao recebimento do maior soma de cruzeiros, o que im--
lo Presidente Roosevelt em 1934, de com
plicaria, automàticamente, em elevação
a alta de preços pela desvalorização for çada do dólar, em relação ao ouro. Decretou o Presidente, da noite para o dia, que o dólar passaria a valer apenas
do preço interno do café, dando, por tanto, maior lucro para o fazendeiro. A indústria do açúcar não se encontra
]
mie consultam também os interesses na
em situação melhor que a do café. Exis te atualmente uma superprodução, pois o açúcar produzido ultrapassou em muito
bater a depressão econômica e promover
60% do seu valor em termos de ouro.
A conseqüência foi, como era de se
a capacidade de absorção do consumo
prever, a de um estímulo ás exporta ções com um decréscimo das importa
nacional e não encontra colocação no
ções. Mas como o comércio internacio
mercado internacional a preços compen
nal dos Estados Unidos é relativamente
sadores, devido à concorrência dos cen
pequeno em relação ao volume de seu
tros produtores da América Central. Desvalorizando-se o cruzeiro, co'ocar-se-á o
comércio interior e, principalmente, co mo a quantidade de meios de pagamen
açúcar brasileiro ao nível dos preços in
tos ativos nos Estados Unidos não havia
75
Díckstí) Econômico Díc;ií:sto
"74
aumentado na proporção requerida, dei xou de verificar-se a alta geral dos pre ços, que era o objetivo da medida de cretada pelo governo americano. Além disso, a autorização conferida
pelo Fundo Monetário só diz respeito à
correção de um desequilíbrio profundo
Econónuco
crer, leva ao desaparecimento da invoca
micamente desde que aumente o ren dimento do trabalho, o que só sc pode
da situação angii.stiantc do produto na
rá dar com a sua mecanização.
Para a efetivação dessa profunda trans
cional.
De fato, o problema central da eco nomia brasileira c a
criação
forte mercado interno.
de
um
Não queremos
dizer com isso que devemos ser nacio O signifi
formação da nossa economia, são neces
sárias duas coisas: 1.^) grande importa ção de locomotivas, Irillios, vagões, ca minhões e máquinas para a moderniza ção da nossa indústria e meeanização da
Conclusão
Qual a conclusão a que poderemos che gar dc todos esses argumentos invocados? Parccc-nos qu"B a razão se encontra mais do lado dos que são favoráveis à
manutenção da atual paridade do cru zeiro, uma vez que esta consulta mais
cs altos desígnios da economia brasi leira, enquanto a desvalorização vem ser
da economia do país. Ora, o caso pre
nalistas ou auto-suficientes.
sente do Brasil não parece ser de um
cado da criação de um mercado inter
nossa lavoura; 2.''*) grande importação dc
no reside apenas na articulação efetiva
capitais. Estas duas importações, entretanto,
vir apenas aos interêsses do momento e
não são compatíveis com uniu desvalo
6 possível adotar-se uma posição inter mediária e talvez esta seja a mais ade
real desequilíbrio, mas de um desequi líbrio cíclico; portanto, foge às regras consignadas no estatuto daquela enti dade internacional.
Em segundo lugar, é preciso ter em mente não apenas os interesses imedia
tos, mas aqueles que melhor consul-
entre os centros produtores e consumi dores. Feito este cntrosamcnto em base
racional, teríamos como conseqüência um aumento considerável do consumo,
o que implicaria não só num aumento da
produção como na regularidade na ab sorção dessa produ ção.
Como conseguir a formação dêssc mer cado interno? O ca so do Brasil não é
muito
difícil,
pois
uma perfeita rede de transportes ferroviá rios e rodoviários so
lucionaria esta ques tão. Paulatína-
mente, com a inten-
*
sificação do consu
tem não só os interêsses efetivos como o
mo nacional, obtido pela melhoria dos
futuro desenvolvimento econômico do
meios de transportes, deverá procederse a uma alteração na técnica de pro
país. A situação presente do Brasil não re vela ser a concorrência do produto es trangeiro motivada pelo alto custo de produção da mercadoria nacional, e nem a falta de colocação de certos artigos nacionais no mercado externo o proble ma essencial do momento. Êle é sem
dúvida muito importante, mas não o de
maior importância. Existem outros, que o superam e cuja solução, tudo faz
dução. Esta, necessàriamente, tem que se mecanizar, porque: 1.°) não é pos
sível mais obter-se, por imigração, mão-
de-obra suficiente, para cobrir não só as necessidades da atual produção como da produção futura; 2.°) as populações rurais e a massa operária não se confor mam mais com baixo nível de vida,
o que implica em maiores salários; es
tes, porém, só poderão ser pagos econò-
rização cambial, pois de um lado iriam encarecer c.xorbitanlcmcnlc as máquinas dc que necessitamos, uma vez que se colocaria o cruzeiro a descoberto dos pre ços inflacionários vigorantcs nos países industriais, e dc outro criaria uma certa
desconfiança dos capitalistas estrangei ros, não só no valor da moeda como na
politica monetária brasileira. Para reforçar estes argumentos, já por
si poderosos, podç-se ainda negar a validade, pelo menos no presente, das razões invocadas pelos que se opõem à atual paridade do cruzeiro, pois o siste ma de licença* previa dc importação e exportação não é justamente a negação dôsses argumentos, uma vez que afasta a concorrência da mercadoria estrangei ra do mercado nacional?
É preciso notar, ainda, que as pers pectivas futuras de divisas internacionais são ainda muito negras e de forma al
guma poderemos suprimir o regime de
quada, pois harmoniza as duas orienta ções.
Esta posiç5o intermediária seria a nosso ver a seguinte: conservar a atual
paridade para as importaçóes_ dos e'™™" f_. „„enciais à transformação da econon Irr-rsileira. isto é, aquelas miqumas
atós apontadas e capitais, e adotar uma mais alta pata os artigos estrangei
ros concorrentes aos
^
do interno, e para as
leiras de exportação que tem dificulda de de colocação no estrangeno devido ao seu alto preço.
Em suma, a solução seria a de se con servar como base fundamental a atual
paridade e adotar para a importação e exportação de certos produtos taxas dis criminatórias, que seriam abolidas à me dida que desaparecessem as razões
que determinaram o seu estabeleci
mento.
licença prévia. ■<
aliviar situações transitórias. Contudo,
'i
:
—
O OAFR informa que as exportações de algodão do México estão
mente proibidas, até serem conhecidos os dados finais referentes à sofra ae iy4o-4y. Indicações atuais fazem prever que não atingirá os 580.000 fardos camilados, sendo por isso necessário reduzir a cota de exportação de 234.000 fardos, baseada naquela previsão mais otimista.
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Díckstí) Econômico Díc;ií:sto
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aumentado na proporção requerida, dei xou de verificar-se a alta geral dos pre ços, que era o objetivo da medida de cretada pelo governo americano. Além disso, a autorização conferida
pelo Fundo Monetário só diz respeito à
correção de um desequilíbrio profundo
Econónuco
crer, leva ao desaparecimento da invoca
micamente desde que aumente o ren dimento do trabalho, o que só sc pode
da situação angii.stiantc do produto na
rá dar com a sua mecanização.
Para a efetivação dessa profunda trans
cional.
De fato, o problema central da eco nomia brasileira c a
criação
forte mercado interno.
de
um
Não queremos
dizer com isso que devemos ser nacio O signifi
formação da nossa economia, são neces
sárias duas coisas: 1.^) grande importa ção de locomotivas, Irillios, vagões, ca minhões e máquinas para a moderniza ção da nossa indústria e meeanização da
Conclusão
Qual a conclusão a que poderemos che gar dc todos esses argumentos invocados? Parccc-nos qu"B a razão se encontra mais do lado dos que são favoráveis à
manutenção da atual paridade do cru zeiro, uma vez que esta consulta mais
cs altos desígnios da economia brasi leira, enquanto a desvalorização vem ser
da economia do país. Ora, o caso pre
nalistas ou auto-suficientes.
sente do Brasil não parece ser de um
cado da criação de um mercado inter
nossa lavoura; 2.''*) grande importação dc
no reside apenas na articulação efetiva
capitais. Estas duas importações, entretanto,
vir apenas aos interêsses do momento e
não são compatíveis com uniu desvalo
6 possível adotar-se uma posição inter mediária e talvez esta seja a mais ade
real desequilíbrio, mas de um desequi líbrio cíclico; portanto, foge às regras consignadas no estatuto daquela enti dade internacional.
Em segundo lugar, é preciso ter em mente não apenas os interesses imedia
tos, mas aqueles que melhor consul-
entre os centros produtores e consumi dores. Feito este cntrosamcnto em base
racional, teríamos como conseqüência um aumento considerável do consumo,
o que implicaria não só num aumento da
produção como na regularidade na ab sorção dessa produ ção.
Como conseguir a formação dêssc mer cado interno? O ca so do Brasil não é
muito
difícil,
pois
uma perfeita rede de transportes ferroviá rios e rodoviários so
lucionaria esta ques tão. Paulatína-
mente, com a inten-
*
sificação do consu
tem não só os interêsses efetivos como o
mo nacional, obtido pela melhoria dos
futuro desenvolvimento econômico do
meios de transportes, deverá procederse a uma alteração na técnica de pro
país. A situação presente do Brasil não re vela ser a concorrência do produto es trangeiro motivada pelo alto custo de produção da mercadoria nacional, e nem a falta de colocação de certos artigos nacionais no mercado externo o proble ma essencial do momento. Êle é sem
dúvida muito importante, mas não o de
maior importância. Existem outros, que o superam e cuja solução, tudo faz
dução. Esta, necessàriamente, tem que se mecanizar, porque: 1.°) não é pos
sível mais obter-se, por imigração, mão-
de-obra suficiente, para cobrir não só as necessidades da atual produção como da produção futura; 2.°) as populações rurais e a massa operária não se confor mam mais com baixo nível de vida,
o que implica em maiores salários; es
tes, porém, só poderão ser pagos econò-
rização cambial, pois de um lado iriam encarecer c.xorbitanlcmcnlc as máquinas dc que necessitamos, uma vez que se colocaria o cruzeiro a descoberto dos pre ços inflacionários vigorantcs nos países industriais, e dc outro criaria uma certa
desconfiança dos capitalistas estrangei ros, não só no valor da moeda como na
politica monetária brasileira. Para reforçar estes argumentos, já por
si poderosos, podç-se ainda negar a validade, pelo menos no presente, das razões invocadas pelos que se opõem à atual paridade do cruzeiro, pois o siste ma de licença* previa dc importação e exportação não é justamente a negação dôsses argumentos, uma vez que afasta a concorrência da mercadoria estrangei ra do mercado nacional?
É preciso notar, ainda, que as pers pectivas futuras de divisas internacionais são ainda muito negras e de forma al
guma poderemos suprimir o regime de
quada, pois harmoniza as duas orienta ções.
Esta posiç5o intermediária seria a nosso ver a seguinte: conservar a atual
paridade para as importaçóes_ dos e'™™" f_. „„enciais à transformação da econon Irr-rsileira. isto é, aquelas miqumas
atós apontadas e capitais, e adotar uma mais alta pata os artigos estrangei
ros concorrentes aos
^
do interno, e para as
leiras de exportação que tem dificulda de de colocação no estrangeno devido ao seu alto preço.
Em suma, a solução seria a de se con servar como base fundamental a atual
paridade e adotar para a importação e exportação de certos produtos taxas dis criminatórias, que seriam abolidas à me dida que desaparecessem as razões
que determinaram o seu estabeleci
mento.
licença prévia. ■<
aliviar situações transitórias. Contudo,
'i
:
—
O OAFR informa que as exportações de algodão do México estão
mente proibidas, até serem conhecidos os dados finais referentes à sofra ae iy4o-4y. Indicações atuais fazem prever que não atingirá os 580.000 fardos camilados, sendo por isso necessário reduzir a cota de exportação de 234.000 fardos, baseada naquela previsão mais otimista.
77
Dicesto EcoNó^^co
¥ Tm dos aspectos interessantes da
caso particular em que um monopoliza dor, detentor de tôda a oferta de um cer
to produto o um monopsonista, capaz de absorver tôda esta oferta, detentor, portanto, de tôda a procura, entrassem
O autor põe ein evidência as possibili dades e dificuldades dos acordos bila terais do comércio, salientando o caso do Brasil.
o êxito da operação na dependência da exalidáo das informações que cada qual
dedor, c a situação geral do mercado, é possível demonstrar que os contratos tendem a se realizar dentro do certos
limites, cujos pontos extremos podem ser facilmente determinados. E' bastante
considerar que o lucro máximo do ven
dedor coincido com uma vantagem nula
do comprador e que a maximização do
em contacto direto.
A situação das trocas na economia
apresentados pelo antagonista, ficando
mico e alcança o político. Considcrando-sc as várias possibili dades de lucro, para comprador e ven
Doiuval Teixeira Vieira
Teoria da Formação dos Preços é o
Êste é um caso de tal impor
tância, que ultrapassa o plano econô
volta.
O MONOPOLIO BILATERAL NO COMERCIO INTERNACIONAL
pólio, ou monopsônio, pode originar-se
moderna é a seguinte: de um lado um
em qualquer dos planos da produção.
conjunto de produtores e, de outro, um conjunto de compradores eventuais do
Os casos de bilateralismo mostram-se. assim, inúmeros, tanto mais numerosos se
lucro do comprador só será possível no ponto em que o lucro do vendedor se anule.
Entre êsses dois extremos é
ILy junto produtodefinal; entre êstes dois, um conintermediários não se fazendo
considerarmos também ac|uêles criados
que SC localizam as possibilidades do con trato. E' fácil pcrcebcr-se que tanto o
por contingências da legislação, como
comprador ^quanto o
as trocas diretamente. Duas situações podem existir: uma concentração econô
seja o caso do mercado de trabalho. Quando se criam organizações traba
vendedor não consen
mica dos produtores, formando um úni co bloco; teríamos, apenas, um mono
lhistas em blocos — como na criação
transações
pólio funcionando como uma única en
dos sindicatos em que temos sindicatos patronais e sindicatos operários, muitas
tidade, vendendo aos intermediários, e
vezes cm oposição — as taxas de salá
êstes, por sua vez, aos consumidores; ou então pode haver o caso de êstes inter
mediários, como medida de defesa, se constituirem em bloco e se oporem ao outro já formado; teríamos,, nesse caso um monopólio contra um monopsônio, desde que se encare o parque produtor como um todo indecomponível, desde a matéria-prima até o produto acabado. A produção, porém, se desdobra em estágios: o primeiro é b da obtenção da matéria-prima; há ainda o estágio de
rio não se regem mais pelo princípio da livre concorrência e sim vai resultar da
possibilidade de um acôrdo entre am bos; a fixação do salário será determina
tirão
em
realizar
que não
lhes proporcionem lu cro algum, dando ao contrário vantagem máxima ao seu co-perinutador. Por isso,
os preços possíveis numa situação de monopólio bilateral variam entre o preço de custo unitário do produtor e o preço de custo de transformação do
possui, seja sobre o outro, seja sobre a natureza do empreendimento. Para este
regateio pode haver três soluções: 1) Ameaça de ruptura do negócio
por parte do comprador, que dei xará de comprar por não poder vender sem lucro, ou contentar-se
com lucro- mínimo.
Neste caso,
quase sem exceção, a parte con trária cede, e então o preço tende rá a se fLxar tanto mais próximo
cio custo de produção, quanio mais difícil fôr ao vendedor enwntrar outro comprador eventual ou mudar de athãdade produtora; 21 A ameaça de ruptura pode dar-se no sentido contrário. O revende dor pode ser também um produtor e ter de adquirir a matéria-prima
para poder produzir; o vendedor desta, diante da procura a preço
baixo, pode negar-se a vende-.a. A ameaça do rompimento fará subir
o preço e este tenderá a se afastar
Como, porém, os preços
do custo de produção, deixando um lucro maior para o vendedor e menor para o comprador;
no se tratar do comércio internacional,
não são determináveis com exatidão,
3) Ruptura completa; neste caso ne
onde podemos conceber, perfeitamente,
não se pode evitar uma certa margem de
da pelo mecanismo do monopólio bila teral. O problema se complica, porém, a existência de dois países, dois blo cos opostos vendendo e comprando reciprocamente, cada um tentando
revendedor.
indeterminação.
E' por isso que no
nhuma negociação será possível por desinteresse de ambas as par
monopólio bilateral há sempre iim con
tes. Cada um dos vendedores e
flito de interesses que se reflete no re
compradores, em presença, faz o seguinte cálculo: Se realizarmos
ven
gateio; comprador e vendedor tendem
da. Temos uma situação típica de um
a descobrir a posição do adversário e
o negócio teremos maior ou me
transformação e, finalmente, o da obten
monopólio e um monopsônio de ida e
nor probabilidade de lucro; se
ção do produto acabado, se considerar mos um esquema simplificador. Neste caso, o problema se complica mais. O parque produtor desdobra-se em setores,
condição de monopsonista, mas ao ven
der seu produto passa a monopolizador, e vice-versa. Por isso, dizemos que
obter vantagens, jogando co'm as necessi dades e condições de operação do outro. Assim, um dêles procura majorar o custo de produção e o outro o custo de
e a concentração e conseqüente mono-
pode haver um bilateralismo de ida e
impor condições de compra
e
volta. Quando o país importa está na
.dá
não o realizarmos teremos unia
transformação, enquanto, ao mesmo tem
perda cei"ta. Se o lucro eventual fôr muito maior que a ppssibilidade de perda, o mais interessado
po, ambos procurarão retificar os dados
cederá. Se, ao contrário, a perda
77
Dicesto EcoNó^^co
¥ Tm dos aspectos interessantes da
caso particular em que um monopoliza dor, detentor de tôda a oferta de um cer
to produto o um monopsonista, capaz de absorver tôda esta oferta, detentor, portanto, de tôda a procura, entrassem
O autor põe ein evidência as possibili dades e dificuldades dos acordos bila terais do comércio, salientando o caso do Brasil.
o êxito da operação na dependência da exalidáo das informações que cada qual
dedor, c a situação geral do mercado, é possível demonstrar que os contratos tendem a se realizar dentro do certos
limites, cujos pontos extremos podem ser facilmente determinados. E' bastante
considerar que o lucro máximo do ven
dedor coincido com uma vantagem nula
do comprador e que a maximização do
em contacto direto.
A situação das trocas na economia
apresentados pelo antagonista, ficando
mico e alcança o político. Considcrando-sc as várias possibili dades de lucro, para comprador e ven
Doiuval Teixeira Vieira
Teoria da Formação dos Preços é o
Êste é um caso de tal impor
tância, que ultrapassa o plano econô
volta.
O MONOPOLIO BILATERAL NO COMERCIO INTERNACIONAL
pólio, ou monopsônio, pode originar-se
moderna é a seguinte: de um lado um
em qualquer dos planos da produção.
conjunto de produtores e, de outro, um conjunto de compradores eventuais do
Os casos de bilateralismo mostram-se. assim, inúmeros, tanto mais numerosos se
lucro do comprador só será possível no ponto em que o lucro do vendedor se anule.
Entre êsses dois extremos é
ILy junto produtodefinal; entre êstes dois, um conintermediários não se fazendo
considerarmos também ac|uêles criados
que SC localizam as possibilidades do con trato. E' fácil pcrcebcr-se que tanto o
por contingências da legislação, como
comprador ^quanto o
as trocas diretamente. Duas situações podem existir: uma concentração econô
seja o caso do mercado de trabalho. Quando se criam organizações traba
vendedor não consen
mica dos produtores, formando um úni co bloco; teríamos, apenas, um mono
lhistas em blocos — como na criação
transações
pólio funcionando como uma única en
dos sindicatos em que temos sindicatos patronais e sindicatos operários, muitas
tidade, vendendo aos intermediários, e
vezes cm oposição — as taxas de salá
êstes, por sua vez, aos consumidores; ou então pode haver o caso de êstes inter
mediários, como medida de defesa, se constituirem em bloco e se oporem ao outro já formado; teríamos,, nesse caso um monopólio contra um monopsônio, desde que se encare o parque produtor como um todo indecomponível, desde a matéria-prima até o produto acabado. A produção, porém, se desdobra em estágios: o primeiro é b da obtenção da matéria-prima; há ainda o estágio de
rio não se regem mais pelo princípio da livre concorrência e sim vai resultar da
possibilidade de um acôrdo entre am bos; a fixação do salário será determina
tirão
em
realizar
que não
lhes proporcionem lu cro algum, dando ao contrário vantagem máxima ao seu co-perinutador. Por isso,
os preços possíveis numa situação de monopólio bilateral variam entre o preço de custo unitário do produtor e o preço de custo de transformação do
possui, seja sobre o outro, seja sobre a natureza do empreendimento. Para este
regateio pode haver três soluções: 1) Ameaça de ruptura do negócio
por parte do comprador, que dei xará de comprar por não poder vender sem lucro, ou contentar-se
com lucro- mínimo.
Neste caso,
quase sem exceção, a parte con trária cede, e então o preço tende rá a se fLxar tanto mais próximo
cio custo de produção, quanio mais difícil fôr ao vendedor enwntrar outro comprador eventual ou mudar de athãdade produtora; 21 A ameaça de ruptura pode dar-se no sentido contrário. O revende dor pode ser também um produtor e ter de adquirir a matéria-prima
para poder produzir; o vendedor desta, diante da procura a preço
baixo, pode negar-se a vende-.a. A ameaça do rompimento fará subir
o preço e este tenderá a se afastar
Como, porém, os preços
do custo de produção, deixando um lucro maior para o vendedor e menor para o comprador;
no se tratar do comércio internacional,
não são determináveis com exatidão,
3) Ruptura completa; neste caso ne
onde podemos conceber, perfeitamente,
não se pode evitar uma certa margem de
da pelo mecanismo do monopólio bila teral. O problema se complica, porém, a existência de dois países, dois blo cos opostos vendendo e comprando reciprocamente, cada um tentando
revendedor.
indeterminação.
E' por isso que no
nhuma negociação será possível por desinteresse de ambas as par
monopólio bilateral há sempre iim con
tes. Cada um dos vendedores e
flito de interesses que se reflete no re
compradores, em presença, faz o seguinte cálculo: Se realizarmos
ven
gateio; comprador e vendedor tendem
da. Temos uma situação típica de um
a descobrir a posição do adversário e
o negócio teremos maior ou me
transformação e, finalmente, o da obten
monopólio e um monopsônio de ida e
nor probabilidade de lucro; se
ção do produto acabado, se considerar mos um esquema simplificador. Neste caso, o problema se complica mais. O parque produtor desdobra-se em setores,
condição de monopsonista, mas ao ven
der seu produto passa a monopolizador, e vice-versa. Por isso, dizemos que
obter vantagens, jogando co'm as necessi dades e condições de operação do outro. Assim, um dêles procura majorar o custo de produção e o outro o custo de
e a concentração e conseqüente mono-
pode haver um bilateralismo de ida e
impor condições de compra
e
volta. Quando o país importa está na
.dá
não o realizarmos teremos unia
transformação, enquanto, ao mesmo tem
perda cei"ta. Se o lucro eventual fôr muito maior que a ppssibilidade de perda, o mais interessado
po, ambos procurarão retificar os dados
cederá. Se, ao contrário, a perda
78
Dicesto
Econó.micíi
1
certa e o lucro provável se equili
e.xportadas ou importacln.*?, quniito à
brarem, haverá resistência.
procura, apresentam grau-s diversos de
Se a
perda fôr mínima, em caso de não
elasticidade; por outras palavras, os pro
se realizar o negócio, poderá haver
dutos negociados podem ser mais ou
ruptura.
menos necessários a quem os compra, sendo seu consumo comprcssível ou
Mas, na verdade é a resistência eco
nômica das firmas em presença que de termina a natureza do contrato.
Um
dôles pode esperar mais tempo que o outro por melhores condições de negó cio, e suportar um prejuízo eventual. Aquele que tem maior resistência eco
nômica impõe, por isso, o preço dentro dos limites de flutuação.
Transportemos êste raciocínio para o comércio internacional e vejamos a sua t importância. Marshall, em 1879,
bavia mostrado ser possível assunilar a balança comercial de
um país, em seus equilíbrios, a uma situação de monopólio bila teral.
Seja, por exemplo, um deter
minado país "A"; tomando-se suas im portações e exportações, em bloco, a taxa
de câmbio resultará do estado de equi
líbrio da sua Balança de Pagamentos. E um dos elementos mais importantes des ta é a Balança Comercial. Tanto na importação quanto na exportação há produtos principais que a bem dizer ca racterizam estas duas parcelas da Ba
lança de Comércio, sendo, por sua vez índices seguros da estrutura econômica do país "A" em relação à dos demais países. A taxa de câmbio manter-se-á estável ou instável, com tendência à valorização ou desvalorização da moeda
nacional, neste último caso em função da maior ou menor resistência econô
não, de acôrdo com as condições da conjuntura econômica do país e com as
suas possibilidades de aquisição. Se o país "A" apresentar, no conjunto de suas exportações, um ou mais produtos prin cipais de procura inelástica, gêneros es
senciais à própria sobrevivência dos paí
ses compradores e se, em oposição, os produtos de que necessita podem ter seu volume reduzido, em caso de necessida
de, ou ser substituídos por sucedâ neos nacionais, ainda que com majoração de custo, êste se en contra numa posição econòmica-
mente forte, apresentando uma estrutura econômica sólida, que
lhe permite ficar na posição de maior resistência, em
caso de
conflito de interesses, no comércio inter nacional.
Se, ao contrário, o país "A" apresentar uma estrutura econômica tal que os
produtos principais de sua exportação sejam de procura elástica ou extra-elás-
tica, se diante de uma elevação exagera
da de seus preços ou de uma depressão econômica nos países compradores pu derem estes, sem grande .sacrifício, res tringir ou mesmo eliminar suas compras
daquele país e se, ao contrário, o país "A" tiver importações de produtos es senciais à sua sobrevivência, gêneros de difícil compressão, de consumo obriga-tório, ainda que sua compra se faça à
quer dizer da solidez da sua estrutu
custa de grandes sacrifícios, encontrar-se-á êle na posição mais fraca o terá de aceitar condições - dos
ra econômica.
que Uie compram e dos que lhe
mica do país, eui relação aos demais, As várias mercadorias
79
DrcESTo Econômico
vendem,
monos
favoráveis
para
os
seus interôsscs.
diante de economias de estrutura mais
sólida. Tanto é verdade que a análise económico-cstatística dos preços-ouro de
Considerando-se as transações comer
nossas exportações e importações mostra
ciais como um bloco, os países que ne
que compramos a preços muito mais ele
gociam avaliam a .sua própria situação
vados do que vendemos por unidade e,
e, diante das dos demais, estabelecem suas condições de compra e venda e de acôrdo com elas é que a taxa de câmbio se vai formar c transformar. O poder de compra das moedas, no plano inter nacional, é função da esmitura econô mica de cada país e, neste sentido muito amplo, podemos afirmar que existe uma
a'menos que alteremos a nossa estrutura
situação muito análoga à do monopó
SfaorsiU luz do mecanismo
lio bilateral.
Neste ponto, convém indagar qual tem sido, e continua sendo, a situação do Brasil;
nosso pais apresenta como
produto de exportação mais importante o café, cuja procura, no plano comercial, é exlra-elástica, o que eqüivale a dizer
que a compressão das compras deste produto se consegue com relativa faci lidade e a queda de seus preços, no pla no internacional, tem representado sem
pre para o Brasil a regra, trazendo-lbe prejuízos de grande monta. Em opo
sição, nossas importações são, quase sem
exceção, de gênero de procura inelásti ca, como sejam o combustível, os óleos lubrificantes, os maquinismos em
geral (principalmente veículos, o que significa transportes) e até mesmo o trigo. Tendo uma in dústria sidenirgica incipiente, não
possuindo no momento grandes fontes de combustível, estando até mes
mo sem grandes possibilidades atuais de
produção de trigo, as importações do Brasil são, a bem dizer, incompressíveis,
de tal maneira que a ausência da com
pra dêste produtos significa quase aniquilação do país. Isto quer dizer que nos encontramos do lado mais fraco,
econômica, estaremos condenados a ven
der a preços de custo ou próximos dele e comprar a preços muito afastados do custo de produção. As razões disso serão fáceis de compreender se relacionarmos
o exposto até aqui com o que acabamos
dr íixaçáo dos contratos em monopóUo bilateral.
.
^°'fSa:çi"mrio%Tbr i, importadores e
emre
êxpmlTdores são muitos, e » ,/poderia takr em
S'Ti::te'^érirn/passado, perde âa'a dia sua fôrça, porque as nações vêm caminhando gradativamente da poüca comercial exterior li«e para o co^ mércio internacional controlado, Com isso importadores e exportadores nao têm possibilidade de acordos diretos e independentes, passando as transações a se fazerem mais
de govèrno a governo que de in
divíduo a indivíduo ou de émpre-.
sa a emprêsa. Com a crise de 1929, o fenômeno se acentuou;^ e xamos,
então, surgir o contròle 5e câmbios, estabelecimento de cotas de importação
e exportação, os acordos de compensação e, úllimamente, as negociações diretas de govêmo a governo, pela criação dos escritórios de compra e venda, como no caso da Argentina.
78
Dicesto
Econó.micíi
1
certa e o lucro provável se equili
e.xportadas ou importacln.*?, quniito à
brarem, haverá resistência.
procura, apresentam grau-s diversos de
Se a
perda fôr mínima, em caso de não
elasticidade; por outras palavras, os pro
se realizar o negócio, poderá haver
dutos negociados podem ser mais ou
ruptura.
menos necessários a quem os compra, sendo seu consumo comprcssível ou
Mas, na verdade é a resistência eco
nômica das firmas em presença que de termina a natureza do contrato.
Um
dôles pode esperar mais tempo que o outro por melhores condições de negó cio, e suportar um prejuízo eventual. Aquele que tem maior resistência eco
nômica impõe, por isso, o preço dentro dos limites de flutuação.
Transportemos êste raciocínio para o comércio internacional e vejamos a sua t importância. Marshall, em 1879,
bavia mostrado ser possível assunilar a balança comercial de
um país, em seus equilíbrios, a uma situação de monopólio bila teral.
Seja, por exemplo, um deter
minado país "A"; tomando-se suas im portações e exportações, em bloco, a taxa
de câmbio resultará do estado de equi
líbrio da sua Balança de Pagamentos. E um dos elementos mais importantes des ta é a Balança Comercial. Tanto na importação quanto na exportação há produtos principais que a bem dizer ca racterizam estas duas parcelas da Ba
lança de Comércio, sendo, por sua vez índices seguros da estrutura econômica do país "A" em relação à dos demais países. A taxa de câmbio manter-se-á estável ou instável, com tendência à valorização ou desvalorização da moeda
nacional, neste último caso em função da maior ou menor resistência econô
não, de acôrdo com as condições da conjuntura econômica do país e com as
suas possibilidades de aquisição. Se o país "A" apresentar, no conjunto de suas exportações, um ou mais produtos prin cipais de procura inelástica, gêneros es
senciais à própria sobrevivência dos paí
ses compradores e se, em oposição, os produtos de que necessita podem ter seu volume reduzido, em caso de necessida
de, ou ser substituídos por sucedâ neos nacionais, ainda que com majoração de custo, êste se en contra numa posição econòmica-
mente forte, apresentando uma estrutura econômica sólida, que
lhe permite ficar na posição de maior resistência, em
caso de
conflito de interesses, no comércio inter nacional.
Se, ao contrário, o país "A" apresentar uma estrutura econômica tal que os
produtos principais de sua exportação sejam de procura elástica ou extra-elás-
tica, se diante de uma elevação exagera
da de seus preços ou de uma depressão econômica nos países compradores pu derem estes, sem grande .sacrifício, res tringir ou mesmo eliminar suas compras
daquele país e se, ao contrário, o país "A" tiver importações de produtos es senciais à sua sobrevivência, gêneros de difícil compressão, de consumo obriga-tório, ainda que sua compra se faça à
quer dizer da solidez da sua estrutu
custa de grandes sacrifícios, encontrar-se-á êle na posição mais fraca o terá de aceitar condições - dos
ra econômica.
que Uie compram e dos que lhe
mica do país, eui relação aos demais, As várias mercadorias
79
DrcESTo Econômico
vendem,
monos
favoráveis
para
os
seus interôsscs.
diante de economias de estrutura mais
sólida. Tanto é verdade que a análise económico-cstatística dos preços-ouro de
Considerando-se as transações comer
nossas exportações e importações mostra
ciais como um bloco, os países que ne
que compramos a preços muito mais ele
gociam avaliam a .sua própria situação
vados do que vendemos por unidade e,
e, diante das dos demais, estabelecem suas condições de compra e venda e de acôrdo com elas é que a taxa de câmbio se vai formar c transformar. O poder de compra das moedas, no plano inter nacional, é função da esmitura econô mica de cada país e, neste sentido muito amplo, podemos afirmar que existe uma
a'menos que alteremos a nossa estrutura
situação muito análoga à do monopó
SfaorsiU luz do mecanismo
lio bilateral.
Neste ponto, convém indagar qual tem sido, e continua sendo, a situação do Brasil;
nosso pais apresenta como
produto de exportação mais importante o café, cuja procura, no plano comercial, é exlra-elástica, o que eqüivale a dizer
que a compressão das compras deste produto se consegue com relativa faci lidade e a queda de seus preços, no pla no internacional, tem representado sem
pre para o Brasil a regra, trazendo-lbe prejuízos de grande monta. Em opo
sição, nossas importações são, quase sem
exceção, de gênero de procura inelásti ca, como sejam o combustível, os óleos lubrificantes, os maquinismos em
geral (principalmente veículos, o que significa transportes) e até mesmo o trigo. Tendo uma in dústria sidenirgica incipiente, não
possuindo no momento grandes fontes de combustível, estando até mes
mo sem grandes possibilidades atuais de
produção de trigo, as importações do Brasil são, a bem dizer, incompressíveis,
de tal maneira que a ausência da com
pra dêste produtos significa quase aniquilação do país. Isto quer dizer que nos encontramos do lado mais fraco,
econômica, estaremos condenados a ven
der a preços de custo ou próximos dele e comprar a preços muito afastados do custo de produção. As razões disso serão fáceis de compreender se relacionarmos
o exposto até aqui com o que acabamos
dr íixaçáo dos contratos em monopóUo bilateral.
.
^°'fSa:çi"mrio%Tbr i, importadores e
emre
êxpmlTdores são muitos, e » ,/poderia takr em
S'Ti::te'^érirn/passado, perde âa'a dia sua fôrça, porque as nações vêm caminhando gradativamente da poüca comercial exterior li«e para o co^ mércio internacional controlado, Com isso importadores e exportadores nao têm possibilidade de acordos diretos e independentes, passando as transações a se fazerem mais
de govèrno a governo que de in
divíduo a indivíduo ou de émpre-.
sa a emprêsa. Com a crise de 1929, o fenômeno se acentuou;^ e xamos,
então, surgir o contròle 5e câmbios, estabelecimento de cotas de importação
e exportação, os acordos de compensação e, úllimamente, as negociações diretas de govêmo a governo, pela criação dos escritórios de compra e venda, como no caso da Argentina.
- V»Vi»
80
O comércio internacional foi aos pou cos adquirindo uma extrema rigidez em seu mecanismo, a qual tem favorecido,
cada dia mais, a existência de situações
de bilateralismo. Realmente, quando as transações se fazem entre governos, po
DíCESTO EC0NÒMK30
^
DtGEsro Econó.nucü
81
Os governos, porém, prfjcurarão corrigir a indeterminação cconómi<-a, por tenta tivas de determinação política. Isso eqüi vale a dizer qtie a fôrça po'ítica dos
econômica, seja mesmo militar.
Monetário Inlemacional e o Banco ín-
tabelecimento do mecanismo econômico.
países, no comércio internacional, xtu
temacional de Reconstrução e Desenvol
Ora, politicamente as nações estão lon^e
ser posta em jogo, para determinar'con
Esta
Organiziiçâo Internacional de Comercio
— agindo cm conjugação com o Fundo
mercio internacional, do plano econô
mico para o político, só a pacificação política do mundo é que permitirá o res
dições de compra c venda, e o politica
vimento — procurará agir sobre as causas
de chegar a um entendimento. E por
que permitiram a aparição dos bilatcra-
isso, parece que esta Organização Inter
da outra, como blocos antagônicos. E
mente mais forte tentará impor contratos
as possibilidades de acordo variarão com a maior ou menor resistência das eco nomias dos países que comerciam. Po
mais convenientes para o.s seu.s interes
lislas e, desse modo, contribuir para o melhor cntcncliincnlo entre os povos.
ses. Quando forças políticas .se encon
Convém, no entanto, não esquecer que,
cassar, muito embora seja uma tentativa louvável de reequilíbrio c entrosamento
tram, disputando vantagens no plano eco
tendü-se deslocado o mecanismo do co
das várias economias nacionais.
de-se dizer, sem risco de êrro, que en contramos duas economias, uma diante
de-se então aplicar com maior proprieda de o mecanismo da formação dos preços em monopólio bilateral, para compreen
der as possibilidades de equilíbrio das ta xas cambiais dos vários países.Ora, já vimos caracterizar-se o mono
pólio bilateral por certa rigigidez das quantidades nego
nômico, as possibilidades de conflito au mentam c a prova disto pode ser veri
ficada .pela análí.se do período de préguerra, principa'mantc entre '1933 e
1939. Compreendcmo.s, assim, que ra zões econômicas poderosas c profundas explicam grande parte dos movimentos políticos e das situações con-
diicentes à guerra; compreen demos porque a Alemanlia,
ciadas, acompanhada de uma
indeterminação do preço. Duas
por exemplo, depois de firmar
conseqüências principais igual mente sérias vão surgir.
acordos de compensação com vários países, acabou invadin-
A primeira delas é que com prando no plano internacional ano a ano, mais ou menos as mesma.s
quantidades, as possibilidades de cresci mento da produção só poderão existir
do-os porque, sendo mais for te, foi levada a tomar o que
não pôde comprar, vuna vez que nem sempre lhe foi possível vender o que se
em função da capacidade de absorção
comprometera a entregar, pelos acordos
do produzido pela população do país
firmados.
vendedor; diminui-se o ritmo de cres
cimento das economias porque a capaci dade de absorção dos produtos nacionais pelo mercado interno, varia de acôrdo com o crescimento da população, os ní veis de salário e a situação do valor da moeda.
A segunda conseqüência, igualmente grave, é que há uma certa indetermi nação de preços, tendendo eles a se fi xarem mais próximos ou mais afastados
do custo de produção, de acôrdo com a resistência econômica dos permutadores.
nacional de Comércio está fadada a fra
Foi a análise desta situação que levou os Estados Unidos da América do Nor
te a proporem a criação de uma Organi zação Internacional de Comércio, capaz de restabelecer a multilateralidade das trocas e quebrar esta situação artificial e
perigosa dos contrôles de cambio, dos cotas de importação e exportação, dos
acordos de compensação e das compras diretas de governo a govêrno, medidas estas capazes de levar a atritos que na melhor das hipóteses dificultam as tran
sações e na pior fabricam um clima pro pício às declarações de guerra, seja
Os progressos alcançados a partir de 1945 fomíJin provável a capacidade para a produção de 17.500.000 toneladas de aço, ou possivelmente dezoito milhões, pouco depois de 1950 — segundo revela o "Bulietin of Iron and Steel Federation". O total de dezoito milhões de toneladas de aço foi estabelecido como o objetivo razoável,
de acôrdo com as necessidades prováveis, naquela ocasião. Êsse cálculo foi feito
íle acordo^ com o estudo pi-ocedido pelo govêrno inglês sôhre a futura procura de aço e se baseia rium alto nível de emprêgo. O plano de expansão da indústria nacional visava, originalmente, atingir, dentro de pouco tempo, uma produção de dezoito
milhões de toneladas de aço. Durante o primeiro semestre dêste ano, foi alcançada a média de 15 milhões de toneladas. A possibilidade de se alcançar a produção
de dezoito milhões de toneladas depende de duas coisas: em primeiro lugar, que o fornecimento de matérias-primas aumente paralelamente às possibilidades' da produção de aço, e, em segundo lugar, que em tôda a planificação da indiistría, nao sejam assumidos compromissos a respeito da regulamentação das importações. i.f
Jt»-
- V»Vi»
80
O comércio internacional foi aos pou cos adquirindo uma extrema rigidez em seu mecanismo, a qual tem favorecido,
cada dia mais, a existência de situações
de bilateralismo. Realmente, quando as transações se fazem entre governos, po
DíCESTO EC0NÒMK30
^
DtGEsro Econó.nucü
81
Os governos, porém, prfjcurarão corrigir a indeterminação cconómi<-a, por tenta tivas de determinação política. Isso eqüi vale a dizer qtie a fôrça po'ítica dos
econômica, seja mesmo militar.
Monetário Inlemacional e o Banco ín-
tabelecimento do mecanismo econômico.
países, no comércio internacional, xtu
temacional de Reconstrução e Desenvol
Ora, politicamente as nações estão lon^e
ser posta em jogo, para determinar'con
Esta
Organiziiçâo Internacional de Comercio
— agindo cm conjugação com o Fundo
mercio internacional, do plano econô
mico para o político, só a pacificação política do mundo é que permitirá o res
dições de compra c venda, e o politica
vimento — procurará agir sobre as causas
de chegar a um entendimento. E por
que permitiram a aparição dos bilatcra-
isso, parece que esta Organização Inter
da outra, como blocos antagônicos. E
mente mais forte tentará impor contratos
as possibilidades de acordo variarão com a maior ou menor resistência das eco nomias dos países que comerciam. Po
mais convenientes para o.s seu.s interes
lislas e, desse modo, contribuir para o melhor cntcncliincnlo entre os povos.
ses. Quando forças políticas .se encon
Convém, no entanto, não esquecer que,
cassar, muito embora seja uma tentativa louvável de reequilíbrio c entrosamento
tram, disputando vantagens no plano eco
tendü-se deslocado o mecanismo do co
das várias economias nacionais.
de-se dizer, sem risco de êrro, que en contramos duas economias, uma diante
de-se então aplicar com maior proprieda de o mecanismo da formação dos preços em monopólio bilateral, para compreen
der as possibilidades de equilíbrio das ta xas cambiais dos vários países.Ora, já vimos caracterizar-se o mono
pólio bilateral por certa rigigidez das quantidades nego
nômico, as possibilidades de conflito au mentam c a prova disto pode ser veri
ficada .pela análí.se do período de préguerra, principa'mantc entre '1933 e
1939. Compreendcmo.s, assim, que ra zões econômicas poderosas c profundas explicam grande parte dos movimentos políticos e das situações con-
diicentes à guerra; compreen demos porque a Alemanlia,
ciadas, acompanhada de uma
indeterminação do preço. Duas
por exemplo, depois de firmar
conseqüências principais igual mente sérias vão surgir.
acordos de compensação com vários países, acabou invadin-
A primeira delas é que com prando no plano internacional ano a ano, mais ou menos as mesma.s
quantidades, as possibilidades de cresci mento da produção só poderão existir
do-os porque, sendo mais for te, foi levada a tomar o que
não pôde comprar, vuna vez que nem sempre lhe foi possível vender o que se
em função da capacidade de absorção
comprometera a entregar, pelos acordos
do produzido pela população do país
firmados.
vendedor; diminui-se o ritmo de cres
cimento das economias porque a capaci dade de absorção dos produtos nacionais pelo mercado interno, varia de acôrdo com o crescimento da população, os ní veis de salário e a situação do valor da moeda.
A segunda conseqüência, igualmente grave, é que há uma certa indetermi nação de preços, tendendo eles a se fi xarem mais próximos ou mais afastados
do custo de produção, de acôrdo com a resistência econômica dos permutadores.
nacional de Comércio está fadada a fra
Foi a análise desta situação que levou os Estados Unidos da América do Nor
te a proporem a criação de uma Organi zação Internacional de Comércio, capaz de restabelecer a multilateralidade das trocas e quebrar esta situação artificial e
perigosa dos contrôles de cambio, dos cotas de importação e exportação, dos
acordos de compensação e das compras diretas de governo a govêrno, medidas estas capazes de levar a atritos que na melhor das hipóteses dificultam as tran
sações e na pior fabricam um clima pro pício às declarações de guerra, seja
Os progressos alcançados a partir de 1945 fomíJin provável a capacidade para a produção de 17.500.000 toneladas de aço, ou possivelmente dezoito milhões, pouco depois de 1950 — segundo revela o "Bulietin of Iron and Steel Federation". O total de dezoito milhões de toneladas de aço foi estabelecido como o objetivo razoável,
de acôrdo com as necessidades prováveis, naquela ocasião. Êsse cálculo foi feito
íle acordo^ com o estudo pi-ocedido pelo govêrno inglês sôhre a futura procura de aço e se baseia rium alto nível de emprêgo. O plano de expansão da indústria nacional visava, originalmente, atingir, dentro de pouco tempo, uma produção de dezoito
milhões de toneladas de aço. Durante o primeiro semestre dêste ano, foi alcançada a média de 15 milhões de toneladas. A possibilidade de se alcançar a produção
de dezoito milhões de toneladas depende de duas coisas: em primeiro lugar, que o fornecimento de matérias-primas aumente paralelamente às possibilidades' da produção de aço, e, em segundo lugar, que em tôda a planificação da indiistría, nao sejam assumidos compromissos a respeito da regulamentação das importações. i.f
Jt»-
Digesto Econóxoco
83
cavilações dos estadistas, imbuídos de cantilenas entoadas por teóricos estran geiros, qi't' f''^^ticntcn^ente vivem e agem sob impulso e fascínio de outros
Dificuldades do controle monetário II
interêsses?
Ensaiamos varia.s vozes a circulação
lEm tôroo üe am projeto de lei moneíairlnj Djacir Menezes
(Prof. caiedrático <3a Universidade do Brasil) tura creditícia, embora concorrendo pa
primeiro plano das cogitações políticas.
ra o rápido c eficaz clcsenvoKimonto da riqueza, propiciando-lhe os mecanismos
E' uma observação corrente. Nem todo mundo observa, porém, que os especia
fôrças produtivas, não oferece senão pro
iiíàs relati^^os à moeda passam ao
listas, na sua maioria magnetizados pe las teorias monetárias de várias inspi rações, tendem a responsabilizar o ins-
J trumento de trocas dirigido pela políti
ca bancária por todos os males que se manifestam no sistema econômico. A moeda toma-se a causa mater de tô-
das as atiibulações que afligem a vida
contemporânea. Não nos deteremos em mencionar os teóricos dêsse pensamento. Muitos dêles vêem nas medidas de or
ganização bancária, nas panacéias do banco central, a solução suprema para melhor contrôle e direção do sistema
econômico abalado por tôda uma série de desajustamentos estruturais. Já co
mentamos alguns aspectos de tais ques tões nas páginas desta revista. Vamos
insistir agora em pontos mal discutidos porque nos parece oportuno; exatamen
te agora, quando se anda buscando pre parar a opinião para tentar uma circu lação metálica quase humorística. Pode
ser que depois se erga a voz do bom-
senso contra a futilidade anunciada. ■ Nunca é demais repetir que os pro blemas econômicos que angustiam o país não têm suas origens em causas
monetárias ou bancárias, A superestru-
necessários à sua mobilidade no jogo das blemas decorrentes de outros desajus tamentos mais fundamentais. Êstes têm suas raízes enterradas no solo das ativi
dades de produção, em cujas relações es senciais havemos de perquirír as fontes dos males que aí estão à vista de todos. Tentar insinuar o inverso é falsear, cons ciente ou inconscientemente, a perspec
tiva das nossas condições de desenvol vimento. E' desviar os olhos dos pontos
que devem ser objeto de exame.
Çui
habet aures audiendi, aiidiat.
preços depende da quantidade de merca
viagem, como dizia Mauá. Tivemos, em
dorias em circulação.
versível com valor superior ao ouro. O fato atestava que precisávamos de mais
instrumentos de circulação da riqueza. E uma firma daquele.s tempos escrevia: "Na Europa, mal se poderá conceber que um aumento do notas inconvcrsívcis determinasse um melhor aumento sensí
vel nas condições monetárias deste país" (I).
Como na Europa não se poderia con ceber o fenômeno, os nossos fi
A história financeira dos outros povos,
em geral, e do Brasil, em particular, é uma lição fatígante contra as ilusões metalistas.
A confiança na circulação do
papel-moeda, como testemunhava já o Visconde de Mauá nos melhores dias do
Império, nunca jamais dependeu de re servas de metal fino: tôda a vida finan ceira e econômica do Brasil esteve sem
pre ligada ao papel inconversível. Por que, então, essa inconcebível resistência psicológica em reconhecer uma verdade que tem rompido através de todas as
produção. As variações do quantum mo netário determinam as modificações dos
preços — se o volume das mercado rias em circulação continua sendo o mesmo. Os novos preços resultaram de
maior quantidade de signos monetários oara servir ao mesmo volume de trocas de mercadorias (e serxóços). Logo. este
^■olume é que suscita um quantum âe dinheiro que permite^ as trocas terminado nível. Se a função
de intermediário das trocas é
nancistas também não o cònlancólica.
desempenhada por um instru
mento de ouro, de prata, de
Entretanto, tôda a
matéria plástica ou de sabugo
nossa Inslória continuou abrin
(dificultados os meios de fa
do-lhes aos olhos a mesma ex
bricação ), pouco importa ao
periência monótona: a de que as espécies metálicas não afetavam o
Os pa
râmetros da determinação de seu valor
estariam na ampliação das fôrças pro dutivas, na sua melhor organização, por que nelas está a fonte criadora do que vai ser trocado por meio daqueles instru mentos de troca. Onde se gera, pois, o poder de compra que se manifesta
no dinheiro? Certamente, na produção. O governo, fabricando os signos mone tários, não cria a sua fôrça aquisitiva,
que esta sendo formada no próprio pro cesso produtivo. Só indiretamente, pela faculdade de dirigir a quantidade do meio circulante, ele pode agir sôbre o valor aquisitivo da moeda.
Esta sofre a in
fluência das condições e do nível da
ceberani, numa obediência me
valor do nosso papel-moeda. A lição da nossa história financeira
ças ao dinheiro, cujo volume é condicio nado também pela soma dos preços das mercadorias; por sua vez a soma dos
rnctálica. O ouro vcni, e volta de torna
certa época do Império, papel incon ^os períodos inflacionários os proble-
niação da riqueza (produção), circuía-
ção das mercadorias, e dinheiro. O que circula vem da produção, e move-se gra
Nestas in
terdependências indicadas, temos: for-
caso Ademais, o ouro. não o tem o país
que o qner, mas aquèle que pode tê-lo
por circunstâncias diversas. E se um país está em condições de converter to do seu dinheiro em estalão-ouro, é
porque entrou em fase de larga pros peridade. Que o faça: não causará ne
nhum mal à coletividade. Querer, entre
tanto, realizar tais façanhas em meio impróprio, històricamente alérgico a tais medidas, é um sonho de sonhador teimoso
em
sonlios,
como
dizia
o
Eça. E que dirão êles quando de parem exemplos como Q do Transval, maior centro aurífero do mimdo, que estêve longamente, no pas
sado, em regime de papel de curso forçado?
Digesto Econóxoco
83
cavilações dos estadistas, imbuídos de cantilenas entoadas por teóricos estran geiros, qi't' f''^^ticntcn^ente vivem e agem sob impulso e fascínio de outros
Dificuldades do controle monetário II
interêsses?
Ensaiamos varia.s vozes a circulação
lEm tôroo üe am projeto de lei moneíairlnj Djacir Menezes
(Prof. caiedrático <3a Universidade do Brasil) tura creditícia, embora concorrendo pa
primeiro plano das cogitações políticas.
ra o rápido c eficaz clcsenvoKimonto da riqueza, propiciando-lhe os mecanismos
E' uma observação corrente. Nem todo mundo observa, porém, que os especia
fôrças produtivas, não oferece senão pro
iiíàs relati^^os à moeda passam ao
listas, na sua maioria magnetizados pe las teorias monetárias de várias inspi rações, tendem a responsabilizar o ins-
J trumento de trocas dirigido pela políti
ca bancária por todos os males que se manifestam no sistema econômico. A moeda toma-se a causa mater de tô-
das as atiibulações que afligem a vida
contemporânea. Não nos deteremos em mencionar os teóricos dêsse pensamento. Muitos dêles vêem nas medidas de or
ganização bancária, nas panacéias do banco central, a solução suprema para melhor contrôle e direção do sistema
econômico abalado por tôda uma série de desajustamentos estruturais. Já co
mentamos alguns aspectos de tais ques tões nas páginas desta revista. Vamos
insistir agora em pontos mal discutidos porque nos parece oportuno; exatamen
te agora, quando se anda buscando pre parar a opinião para tentar uma circu lação metálica quase humorística. Pode
ser que depois se erga a voz do bom-
senso contra a futilidade anunciada. ■ Nunca é demais repetir que os pro blemas econômicos que angustiam o país não têm suas origens em causas
monetárias ou bancárias, A superestru-
necessários à sua mobilidade no jogo das blemas decorrentes de outros desajus tamentos mais fundamentais. Êstes têm suas raízes enterradas no solo das ativi
dades de produção, em cujas relações es senciais havemos de perquirír as fontes dos males que aí estão à vista de todos. Tentar insinuar o inverso é falsear, cons ciente ou inconscientemente, a perspec
tiva das nossas condições de desenvol vimento. E' desviar os olhos dos pontos
que devem ser objeto de exame.
Çui
habet aures audiendi, aiidiat.
preços depende da quantidade de merca
viagem, como dizia Mauá. Tivemos, em
dorias em circulação.
versível com valor superior ao ouro. O fato atestava que precisávamos de mais
instrumentos de circulação da riqueza. E uma firma daquele.s tempos escrevia: "Na Europa, mal se poderá conceber que um aumento do notas inconvcrsívcis determinasse um melhor aumento sensí
vel nas condições monetárias deste país" (I).
Como na Europa não se poderia con ceber o fenômeno, os nossos fi
A história financeira dos outros povos,
em geral, e do Brasil, em particular, é uma lição fatígante contra as ilusões metalistas.
A confiança na circulação do
papel-moeda, como testemunhava já o Visconde de Mauá nos melhores dias do
Império, nunca jamais dependeu de re servas de metal fino: tôda a vida finan ceira e econômica do Brasil esteve sem
pre ligada ao papel inconversível. Por que, então, essa inconcebível resistência psicológica em reconhecer uma verdade que tem rompido através de todas as
produção. As variações do quantum mo netário determinam as modificações dos
preços — se o volume das mercado rias em circulação continua sendo o mesmo. Os novos preços resultaram de
maior quantidade de signos monetários oara servir ao mesmo volume de trocas de mercadorias (e serxóços). Logo. este
^■olume é que suscita um quantum âe dinheiro que permite^ as trocas terminado nível. Se a função
de intermediário das trocas é
nancistas também não o cònlancólica.
desempenhada por um instru
mento de ouro, de prata, de
Entretanto, tôda a
matéria plástica ou de sabugo
nossa Inslória continuou abrin
(dificultados os meios de fa
do-lhes aos olhos a mesma ex
bricação ), pouco importa ao
periência monótona: a de que as espécies metálicas não afetavam o
Os pa
râmetros da determinação de seu valor
estariam na ampliação das fôrças pro dutivas, na sua melhor organização, por que nelas está a fonte criadora do que vai ser trocado por meio daqueles instru mentos de troca. Onde se gera, pois, o poder de compra que se manifesta
no dinheiro? Certamente, na produção. O governo, fabricando os signos mone tários, não cria a sua fôrça aquisitiva,
que esta sendo formada no próprio pro cesso produtivo. Só indiretamente, pela faculdade de dirigir a quantidade do meio circulante, ele pode agir sôbre o valor aquisitivo da moeda.
Esta sofre a in
fluência das condições e do nível da
ceberani, numa obediência me
valor do nosso papel-moeda. A lição da nossa história financeira
ças ao dinheiro, cujo volume é condicio nado também pela soma dos preços das mercadorias; por sua vez a soma dos
rnctálica. O ouro vcni, e volta de torna
certa época do Império, papel incon ^os períodos inflacionários os proble-
niação da riqueza (produção), circuía-
ção das mercadorias, e dinheiro. O que circula vem da produção, e move-se gra
Nestas in
terdependências indicadas, temos: for-
caso Ademais, o ouro. não o tem o país
que o qner, mas aquèle que pode tê-lo
por circunstâncias diversas. E se um país está em condições de converter to do seu dinheiro em estalão-ouro, é
porque entrou em fase de larga pros peridade. Que o faça: não causará ne
nhum mal à coletividade. Querer, entre
tanto, realizar tais façanhas em meio impróprio, històricamente alérgico a tais medidas, é um sonho de sonhador teimoso
em
sonlios,
como
dizia
o
Eça. E que dirão êles quando de parem exemplos como Q do Transval, maior centro aurífero do mimdo, que estêve longamente, no pas
sado, em regime de papel de curso forçado?
Digesto Econóxqco
84
Análise cientifica para as emissões
mento nesse terreno, parece-nos injusti ficável renúncia dos métodos científicos.
O nosso pensamento é simples: o va lor do papel-moeda não repousa sobre o ouro que o Estado consiga armazenar seus cofres, mas nas suas fôrças pro
Porque devemos bu.scar meios racionais para regular a política emissionista, in dependente de velhas fórmulas admitidas em épocas dominadas por idéias de que
dutivas e na organização do trabalho hu
cada vez mais nos distanciamos (2).
Dicesto Econômico
manobra, porque seus produtos foram
poder de compra condensado, adiado,
adquiridos por baixíssimos preços. Do onde saiu aquèle poder aquisiti vo lran.sfcrido inopinadamente para a moeda dos países liderantes de tal polí tica financeira? Das populações pro
conservado, para aquisição dos bens de
dutivas c consumidoras da América La
tina e da -ásia, cujas moedas dcpaupera-
mano.
85
que carecem os povos, e que são cria
dos pelo trabalho.
O que se deseja,
cm última análise, são os produtos do trabalho daqueles povos. Tais problemas impõem logo a cria ção dos bancos internacionais para li
— "Mas o padrão-ouro obriga o govémo, na sua política emissionista, a
O que mais fortemente dá ao meta-
restrições salutares, evitando aumentar
lismo doutrinário certa fôrça combativa
derrocada da prata. Quando se despo
quidação das conseqüências econômicas das guerras. Iniciadas e conduzidas pe los generais, as guerras são encerradas pelos banqueiros — diz Pierre Mendès-
excessivamente os meios de pagamentos para atender a serviços imprqdutivos, a fins meramente orçamentários sob ins pirações políticas de momento. Faz o
não é a especulação teórica; nesse do mínio ê!e já se exauriu. No debate cien
jam 320.000.000 de pessoas de 90% de sua produção e de seus salários não é
tífico, arrasta-se penosamente, envemi-
de admirar que elas acreditem na boa
N" osso primeiro ensaio de reforma-
zando os argumentos já dilacerados e safados. O que lhe dá energia é a po
fé do poder assaltante" (3). Êste autor refere-.se à Inglaterra e ás populaçõe.s da índia. Nessa época, os países industriais
Argui-se muitas vezes:
papel de freio."
Busca-se, dessarte, manter o govêmo ' y numa linha de conduta monetária sob
ação de um princípio fetíchista: invoca-
O que já se jôz com a prata
ram-sc em alta porcentagem. "A tragé dia da índia, da China, do México, —
lítica dos países guiados por interesses metalistas.
Esclareçamos. Os países recheados de
escreveu 0'Farrcll — leve origem na
France (4). monetória
Guia-nos essas considerações apenas
o desejo de que nos incli
iam entrar numa fase de
nemos, fora de ilusões,_para rumos que interessem verdadeiramente à econo
se como verdade científica para coagi-lo
ouro não se conformam em ver as barras
mono-metalismo pronuncia
a evitar as emissões mal aplicadas, sem
amarelas fora dos processos de troca.
do.
diretriz econômica. Apela-se para o ir
No plano internacional, convimos cm transigir e silenciar. O metal fino con tinua sendo, no comércio internacional,
meira guerra mundial, o
idéias que nos aproxima
ouro já começava a se
concentrar em países cujas
ram ultimamente de Ro berto Siraonsen. Èle com
racional a fim de evitar alguns males
que hoje são estudados cientificamente
As vésperas da pri
mia do país. Foram essas"
e podem ser combatidos racionalmente.
um elemento estabilizador das balanças
indústrias lhes asseguravam
preendia lücidamente a ne
É como quem deseja que uma criança
de pagamentos (calamos as restrições
preeminôncia nos'mercados
cessidade de uma boa lei
proceda bem, e em vez de inculcar-lhe
que teríamos de fazer a respeito para
internacionais.
no espírito noções claras sôbre a honra
outra oportunidade). Mas que pensar em
em ouro, ao encerrar-se a
se a lição de nossa expe;
e os deveres de quem vive em sociedade — começasse por soprar-lhe na consciên cia os medos do inferno e do espeto de
face de nações como o Brasil e tantas repúblicas sul-americanas?
hecatombe de 1914-18, su biam a 1.500 biliões de marcos-ouro. O interessan
riência como nação, deixan
satanaz.
Isto é, sanções místicas, em
vez de convicções positivas, nascidas de nientalidade mais alta.
Aquela política é uma política basea da num princípio já arcaico, que podia desempenhar esse papel quando ainda não se haviam compreendido bem as
'eis que regulam o comportamento dos fenômenos monetários e bancários. E
Uma política escorada mitològicamente. Mas querer ficar amarrado a tais arguuientos, quando há mais seguro conheci
As dividas
monetária, que reconheces do de lado todas as inspi rações obedientes a inte
Vejamos apenas um exemplo de como foi, depois da guerra franco-prussiana, a desmonetização da prata, nos fins do século passado. O contrôle do mercado
te 6 que as reservas totais do metal fino
resses estranhos, nem sempre conso-
chegavam a 40 biliões de marcos, assim mesmo quase todo já tiansferido para a
nanles com nossos propósitos coletivos.^
de ouro mundial era então feito pela
América do Norte que, no curso da
mesma comunhão de idéias, elaborou
dos, devedores de ambos aqueles paí
conflagração, se volvera de nação devcdora em nação credora dos principais
um anteprojeto de lei monetária que se enquadra no próprio ritmo das exigên
ses, tinham sua moeda prata. Que fize
povos europeus.
cias nacionais.
ram os dois países europeus? Desmonetizaram a prata. Vai daí, esta per
Como eNntar a desvalorização áurea? Como obter o pagamento das dívidas?
Inglaterra e Alemanha. Os Estados Uni
O Prof. Alde Sampaio, dentro da
Decerto, ante aquela
deu 90% do seu valor em relação ao
Como manter a saúde econômica dos
ouro.
povos vencidos e debilitados? O ouro,
medida legislativa, acender-se-á por di ferentes "fronts" a viva hostilidade que reformas dessa natureza sempre provo cam. Mas de qualquer forma represen
no final de contas, exprimia apenas o
ta o primeiro ensaio de legislação mo-
O d6'ar caiu de 60%.
A Amé
rica Central e a do Sul sofreram com a
Digesto Econóxqco
84
Análise cientifica para as emissões
mento nesse terreno, parece-nos injusti ficável renúncia dos métodos científicos.
O nosso pensamento é simples: o va lor do papel-moeda não repousa sobre o ouro que o Estado consiga armazenar seus cofres, mas nas suas fôrças pro
Porque devemos bu.scar meios racionais para regular a política emissionista, in dependente de velhas fórmulas admitidas em épocas dominadas por idéias de que
dutivas e na organização do trabalho hu
cada vez mais nos distanciamos (2).
Dicesto Econômico
manobra, porque seus produtos foram
poder de compra condensado, adiado,
adquiridos por baixíssimos preços. Do onde saiu aquèle poder aquisiti vo lran.sfcrido inopinadamente para a moeda dos países liderantes de tal polí tica financeira? Das populações pro
conservado, para aquisição dos bens de
dutivas c consumidoras da América La
tina e da -ásia, cujas moedas dcpaupera-
mano.
85
que carecem os povos, e que são cria
dos pelo trabalho.
O que se deseja,
cm última análise, são os produtos do trabalho daqueles povos. Tais problemas impõem logo a cria ção dos bancos internacionais para li
— "Mas o padrão-ouro obriga o govémo, na sua política emissionista, a
O que mais fortemente dá ao meta-
restrições salutares, evitando aumentar
lismo doutrinário certa fôrça combativa
derrocada da prata. Quando se despo
quidação das conseqüências econômicas das guerras. Iniciadas e conduzidas pe los generais, as guerras são encerradas pelos banqueiros — diz Pierre Mendès-
excessivamente os meios de pagamentos para atender a serviços imprqdutivos, a fins meramente orçamentários sob ins pirações políticas de momento. Faz o
não é a especulação teórica; nesse do mínio ê!e já se exauriu. No debate cien
jam 320.000.000 de pessoas de 90% de sua produção e de seus salários não é
tífico, arrasta-se penosamente, envemi-
de admirar que elas acreditem na boa
N" osso primeiro ensaio de reforma-
zando os argumentos já dilacerados e safados. O que lhe dá energia é a po
fé do poder assaltante" (3). Êste autor refere-.se à Inglaterra e ás populaçõe.s da índia. Nessa época, os países industriais
Argui-se muitas vezes:
papel de freio."
Busca-se, dessarte, manter o govêmo ' y numa linha de conduta monetária sob
ação de um princípio fetíchista: invoca-
O que já se jôz com a prata
ram-sc em alta porcentagem. "A tragé dia da índia, da China, do México, —
lítica dos países guiados por interesses metalistas.
Esclareçamos. Os países recheados de
escreveu 0'Farrcll — leve origem na
France (4). monetória
Guia-nos essas considerações apenas
o desejo de que nos incli
iam entrar numa fase de
nemos, fora de ilusões,_para rumos que interessem verdadeiramente à econo
se como verdade científica para coagi-lo
ouro não se conformam em ver as barras
mono-metalismo pronuncia
a evitar as emissões mal aplicadas, sem
amarelas fora dos processos de troca.
do.
diretriz econômica. Apela-se para o ir
No plano internacional, convimos cm transigir e silenciar. O metal fino con tinua sendo, no comércio internacional,
meira guerra mundial, o
idéias que nos aproxima
ouro já começava a se
concentrar em países cujas
ram ultimamente de Ro berto Siraonsen. Èle com
racional a fim de evitar alguns males
que hoje são estudados cientificamente
As vésperas da pri
mia do país. Foram essas"
e podem ser combatidos racionalmente.
um elemento estabilizador das balanças
indústrias lhes asseguravam
preendia lücidamente a ne
É como quem deseja que uma criança
de pagamentos (calamos as restrições
preeminôncia nos'mercados
cessidade de uma boa lei
proceda bem, e em vez de inculcar-lhe
que teríamos de fazer a respeito para
internacionais.
no espírito noções claras sôbre a honra
outra oportunidade). Mas que pensar em
em ouro, ao encerrar-se a
se a lição de nossa expe;
e os deveres de quem vive em sociedade — começasse por soprar-lhe na consciên cia os medos do inferno e do espeto de
face de nações como o Brasil e tantas repúblicas sul-americanas?
hecatombe de 1914-18, su biam a 1.500 biliões de marcos-ouro. O interessan
riência como nação, deixan
satanaz.
Isto é, sanções místicas, em
vez de convicções positivas, nascidas de nientalidade mais alta.
Aquela política é uma política basea da num princípio já arcaico, que podia desempenhar esse papel quando ainda não se haviam compreendido bem as
'eis que regulam o comportamento dos fenômenos monetários e bancários. E
Uma política escorada mitològicamente. Mas querer ficar amarrado a tais arguuientos, quando há mais seguro conheci
As dividas
monetária, que reconheces do de lado todas as inspi rações obedientes a inte
Vejamos apenas um exemplo de como foi, depois da guerra franco-prussiana, a desmonetização da prata, nos fins do século passado. O contrôle do mercado
te 6 que as reservas totais do metal fino
resses estranhos, nem sempre conso-
chegavam a 40 biliões de marcos, assim mesmo quase todo já tiansferido para a
nanles com nossos propósitos coletivos.^
de ouro mundial era então feito pela
América do Norte que, no curso da
mesma comunhão de idéias, elaborou
dos, devedores de ambos aqueles paí
conflagração, se volvera de nação devcdora em nação credora dos principais
um anteprojeto de lei monetária que se enquadra no próprio ritmo das exigên
ses, tinham sua moeda prata. Que fize
povos europeus.
cias nacionais.
ram os dois países europeus? Desmonetizaram a prata. Vai daí, esta per
Como eNntar a desvalorização áurea? Como obter o pagamento das dívidas?
Inglaterra e Alemanha. Os Estados Uni
O Prof. Alde Sampaio, dentro da
Decerto, ante aquela
deu 90% do seu valor em relação ao
Como manter a saúde econômica dos
ouro.
povos vencidos e debilitados? O ouro,
medida legislativa, acender-se-á por di ferentes "fronts" a viva hostilidade que reformas dessa natureza sempre provo cam. Mas de qualquer forma represen
no final de contas, exprimia apenas o
ta o primeiro ensaio de legislação mo-
O d6'ar caiu de 60%.
A Amé
rica Central e a do Sul sofreram com a
JJ.. .
Dicesto Econômico
86
Dicesto Econômico
netária dentro da liniia histórica do
Tendo is.so cm vista, cslabelecem-sc dois
próprio país, pelo reconhecimento de uma
grupos fundamentais de mercadorias des
verdade evidenciada durante um século
tinadas à constituição do preçograma:
te do Brasil, de 1878. Os nossos refor
aquelas que não sofrem as influências dos preços de importação e exportação, ou que o sofram em pequeno grau; e aquelas fortemente influenciadas pot
madores pasmariam, amarradas enfeza-
esses mesmos preços.
damente ao seu metalismo, para a visão
lhores exames deverão alterar, melhorar
quase revolucionária do industrial. Se quisesse, o projeto do Prof. Alde
ou completar o rol selecionado pelo
Sampaio poderia invocar, como consi
Scguem-se as medidas técnicas para
de evolução financeira. O velho Maua, ainda nesse setor, viu bem longe: convi ria reler o seu folheto O Meio Circulan
derando doutrinário, as reflexões feitas
por Mauá. Definida a moeda nacional, logo nos
Certamente, me
anteprojeto.
realizações dessas diretivas. Assim, o valor intemo da moeda, que é repre
sentado pelo inverso do nível médio
primeiros artigos está a dis
dos preços no ano básico,
criminação do seu valor in terno: este se afere pelo ní
será multiplicado por 10.000.
vel médio dos preços rela
exprimirão coeficientes do
As
suas
variações
anuais
tivos a um ano básico (ou
valorização ou
grupo básico de anos) como ponto de referência. Para isso, selecionando um con
ção: determinar-se-á o nú mero de vezes que o índice excede ou está encerrado nO
junto de mercadorias nacio nais, constitui-se o que ali se nomeia
por preçograma. As mercadorias refe
desvalorize'
ano básico (= 100). O valor externo da moeda
ridas devem obedecer aos seguintes re quisitos:
a) ser de produção nacional; b) suas variações qualitativas serem pequenas;
c) estarem sob regime de livre con corrência;
d) não SG acharem sujeitas a depre
ciação na época das colheitas;
e) que sua exploração seja fàcilmente intensificada ou parcial mente abandonada quando oportuno.
se
Além dos requisitos apontados, prevêinfluência da concorrência «tera
na em certas mercadorias de consumo interno, cujos preços estão sujeitos a va riações da importação ou exportação.
Quanto ao valor externo da moeda, o anteprojeto não rompeu tão aberta mente com a superstição metalista. No plano internacional, como fàcilmente se
percebe, mudam as condições de troca pela interveniência de fatôres inteira mente diversos. Então, preconiza-se o aferimento do valor da moeda, simultã-
neamente, pelo preço médio anual do dólar como moeda internacional e pelo
preço médio anual do ouro no mercado externo.
Representar-se-á pelo inverso
dos preços correspondentes a cada ano básico (índice = 100) multiplicado por
10.000 — e obler-se-ão os preços relati
consideradas como coeficientes de valoríísação ou dc clcsvalorizaçüo, conforme o caso.
Aqui surge um ponto interessante. As discrepãncias entro os dois valores da moeda, o externo c o interno, o antepro jeto denomina-as de dUtparidndc. Isso permite acompanhar as oscilações e pressentir as necessidades mais imedia tas de nossa política económico-financeira nessc domínio. Ao sc verificar a
igualdade dos dois valores nos índices
quantum temporàriamente fixo e xun suplemento variãvcl. Esta parte variável visaria a atender às exigências de cor rentes de circulação, e seria formada
pôr notas do Tesouro, emitidas em fun ção das necessidades da Carteira de Redesconto (ou do futuro Banco Cen
tral, se existente). O limite máximo seria fi.xado semestralmente, graças à
taxa percentual sôbre o capital e reservas dos estabelecimentos bancários, regula dos por um princípio permanente: a es
relativos ao ano básico, teremos a pari
tabilidade da moeda no mercado na
dade histórica; se relativos a um ano
Incorporado o suplemento variável ao
auxiliar, uma paridade temporária. Se a paridade for, simultãncmi^ntc, entre o ouro e o dólar, chamar-se-ú paridade real. A disparidade tem os mesmos qua lificativos, obedecendo ao mesmo pro cesso.
Os parâmetros estabelecidos para de terminação dos valores externo e intemo
da moeda são, até certo ponto, precários: sua segurança está a depender de boas estatísticas e de métodos de observação e controle de órgãos incumbidos de tais
estudos. Em todo caso, é o meio de
cional e internacional.
^
auamuí fixo, a Carteira de Redesconto Laria a dever essa importância ao Te-
mn rescatá-la mensalmente. SíemSsdes^uplementovanávelfa-
riam subir o meio circulante; êsse cr«-
cimcnto obedeceria às necessidades eco
nômicas O anteprojeto fixa o período
f5 anos para o cacu!o do
No final do período, os dois
nucnU (o fixo e o ooritol) deveriam
Liar o qmrnim fixo estipulado para o período seguinte.
escapar ao empirismo político, quase
"a direção e contrÔle de tais medidas
sempre tangido por móveis diferentes que animam os partidos. A política do comércio internacional, por sua vez, atua no sentido de modifi cações contínuas, determinando revi sões periódicas naquele estalão de re
reclamam, como ressalta à primeira vista,
ferência do ano base. Tais medidas se
rão confiadas à capacidade dos órgãos constituídos para ditos objetivos fixa dos no anteprojeto.
Para consecução desses objetivos, con signam-se outras medidas indispensáveis. A flexibilidade do "quantum" monetário
um órgão especializado, de alta qualifi cação técnica; sem o que tudo resulta ria confuso, perturbador ou prejudicial, mesmo em face do empirismo reinante.
O órgão previsto é o Conselho Técni co Monetário.
Caber-lhe-ia coligir anualmente os
dados estatísticos para acompanhar fiel mente a circulação monetária, determi
nar o quantum de moeda em circulação, indicar o estado do meio circulante, o
grau de paridade ou disparidade, anali
Constituído de notas emitidas pelo
sar o estado da renda nacional, o volu me real das transações econômicas, a
Tesouro, o meio circulante teria ura
taxa anual das despesas públicas, o grau
vos ao ano básico.
Assim, as variações verificadas serão
S7
i
JJ.. .
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netária dentro da liniia histórica do
Tendo is.so cm vista, cslabelecem-sc dois
próprio país, pelo reconhecimento de uma
grupos fundamentais de mercadorias des
verdade evidenciada durante um século
tinadas à constituição do preçograma:
te do Brasil, de 1878. Os nossos refor
aquelas que não sofrem as influências dos preços de importação e exportação, ou que o sofram em pequeno grau; e aquelas fortemente influenciadas pot
madores pasmariam, amarradas enfeza-
esses mesmos preços.
damente ao seu metalismo, para a visão
lhores exames deverão alterar, melhorar
quase revolucionária do industrial. Se quisesse, o projeto do Prof. Alde
ou completar o rol selecionado pelo
Sampaio poderia invocar, como consi
Scguem-se as medidas técnicas para
de evolução financeira. O velho Maua, ainda nesse setor, viu bem longe: convi ria reler o seu folheto O Meio Circulan
derando doutrinário, as reflexões feitas
por Mauá. Definida a moeda nacional, logo nos
Certamente, me
anteprojeto.
realizações dessas diretivas. Assim, o valor intemo da moeda, que é repre
sentado pelo inverso do nível médio
primeiros artigos está a dis
dos preços no ano básico,
criminação do seu valor in terno: este se afere pelo ní
será multiplicado por 10.000.
vel médio dos preços rela
exprimirão coeficientes do
As
suas
variações
anuais
tivos a um ano básico (ou
valorização ou
grupo básico de anos) como ponto de referência. Para isso, selecionando um con
ção: determinar-se-á o nú mero de vezes que o índice excede ou está encerrado nO
junto de mercadorias nacio nais, constitui-se o que ali se nomeia
por preçograma. As mercadorias refe
desvalorize'
ano básico (= 100). O valor externo da moeda
ridas devem obedecer aos seguintes re quisitos:
a) ser de produção nacional; b) suas variações qualitativas serem pequenas;
c) estarem sob regime de livre con corrência;
d) não SG acharem sujeitas a depre
ciação na época das colheitas;
e) que sua exploração seja fàcilmente intensificada ou parcial mente abandonada quando oportuno.
se
Além dos requisitos apontados, prevêinfluência da concorrência «tera
na em certas mercadorias de consumo interno, cujos preços estão sujeitos a va riações da importação ou exportação.
Quanto ao valor externo da moeda, o anteprojeto não rompeu tão aberta mente com a superstição metalista. No plano internacional, como fàcilmente se
percebe, mudam as condições de troca pela interveniência de fatôres inteira mente diversos. Então, preconiza-se o aferimento do valor da moeda, simultã-
neamente, pelo preço médio anual do dólar como moeda internacional e pelo
preço médio anual do ouro no mercado externo.
Representar-se-á pelo inverso
dos preços correspondentes a cada ano básico (índice = 100) multiplicado por
10.000 — e obler-se-ão os preços relati
consideradas como coeficientes de valoríísação ou dc clcsvalorizaçüo, conforme o caso.
Aqui surge um ponto interessante. As discrepãncias entro os dois valores da moeda, o externo c o interno, o antepro jeto denomina-as de dUtparidndc. Isso permite acompanhar as oscilações e pressentir as necessidades mais imedia tas de nossa política económico-financeira nessc domínio. Ao sc verificar a
igualdade dos dois valores nos índices
quantum temporàriamente fixo e xun suplemento variãvcl. Esta parte variável visaria a atender às exigências de cor rentes de circulação, e seria formada
pôr notas do Tesouro, emitidas em fun ção das necessidades da Carteira de Redesconto (ou do futuro Banco Cen
tral, se existente). O limite máximo seria fi.xado semestralmente, graças à
taxa percentual sôbre o capital e reservas dos estabelecimentos bancários, regula dos por um princípio permanente: a es
relativos ao ano básico, teremos a pari
tabilidade da moeda no mercado na
dade histórica; se relativos a um ano
Incorporado o suplemento variável ao
auxiliar, uma paridade temporária. Se a paridade for, simultãncmi^ntc, entre o ouro e o dólar, chamar-se-ú paridade real. A disparidade tem os mesmos qua lificativos, obedecendo ao mesmo pro cesso.
Os parâmetros estabelecidos para de terminação dos valores externo e intemo
da moeda são, até certo ponto, precários: sua segurança está a depender de boas estatísticas e de métodos de observação e controle de órgãos incumbidos de tais
estudos. Em todo caso, é o meio de
cional e internacional.
^
auamuí fixo, a Carteira de Redesconto Laria a dever essa importância ao Te-
mn rescatá-la mensalmente. SíemSsdes^uplementovanávelfa-
riam subir o meio circulante; êsse cr«-
cimcnto obedeceria às necessidades eco
nômicas O anteprojeto fixa o período
f5 anos para o cacu!o do
No final do período, os dois
nucnU (o fixo e o ooritol) deveriam
Liar o qmrnim fixo estipulado para o período seguinte.
escapar ao empirismo político, quase
"a direção e contrÔle de tais medidas
sempre tangido por móveis diferentes que animam os partidos. A política do comércio internacional, por sua vez, atua no sentido de modifi cações contínuas, determinando revi sões periódicas naquele estalão de re
reclamam, como ressalta à primeira vista,
ferência do ano base. Tais medidas se
rão confiadas à capacidade dos órgãos constituídos para ditos objetivos fixa dos no anteprojeto.
Para consecução desses objetivos, con signam-se outras medidas indispensáveis. A flexibilidade do "quantum" monetário
um órgão especializado, de alta qualifi cação técnica; sem o que tudo resulta ria confuso, perturbador ou prejudicial, mesmo em face do empirismo reinante.
O órgão previsto é o Conselho Técni co Monetário.
Caber-lhe-ia coligir anualmente os
dados estatísticos para acompanhar fiel mente a circulação monetária, determi
nar o quantum de moeda em circulação, indicar o estado do meio circulante, o
grau de paridade ou disparidade, anali
Constituído de notas emitidas pelo
sar o estado da renda nacional, o volu me real das transações econômicas, a
Tesouro, o meio circulante teria ura
taxa anual das despesas públicas, o grau
vos ao ano básico.
Assim, as variações verificadas serão
S7
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DicESTO Econômico
&8
de empobrecimento ou enriquecimento do país etc. Para alcançar esses fins, na realidade, tomar-se-a indispensável um conjunto
nai. Fruto de um espírito amadurecido na meditação dos problemas monetórios.
O valor sociológico dos recenseamentos L. A. Costa Pinto
o Prof. Alde Sampaií) esboçou um do
Universidade do Brasil
cumento que- teve ap'ausos do Prof.
do especialistas familiarizados cientifi
Nogueira de Paula, Souza Gomes e ou
camente com os assuntos monetários e
tros especialistas rcnomado.s om estudos
creditícios. Não bastaria a experiência
bitual com as operações da vida finan
econômicos e que certamente vai mere cer grande atenção do.s que estudam a organização de nossa moeda e a regu larização de seu poder de compra.
ceira._ Porque não se trata de continuar, mas inovar — e as inovações têm que se
de mais importante é o dissídio entre
apoiar no conhecimento científico — e
êste anteprojeto e a rala e inútil legisla
ca", a ênfase maior era feita no cálcu lo, na. elaboração matemática dos da
ção anterior, vacilante e acessória, a recusar constantemente a verificação do
dos de população. Em que pese o so pro racionalista que animava esses pri
fato fundamental: nossa história finan
meiros passos da dcmografia como dis ciplina científica, sente-se, olhando ho je as tendências daquele tempo, que ha
prática, o lidar constante com a matéria
económico-financeira pelo contacto ha
não apenas no empirismo alcançado na
atividade dos negócios. Em segundo lugar, os "experientes" nem sempre têm a visão objetiva dos fatos, mas a pers pectiva resultante de pontos de vista
particulares, dos quais nem sempre con seguem emancipar-se. Claro que o las
tro de experiência é imprescindível para um bom conhecimento teórico. Mas os íniciadores de uma reforma dessa na
tureza devem possuir a experiência e o preparo teórico.
A significação do anteprojeto Pelo rápido transunto que fizemos,
Do nosso ponto de vista, o que ressalta
ceira ■ jamais tefleliu as neccssidaãas
fundamentais do nosso desenvolvimento,
ditada por inspirações doutrinárias e po líticas estranhas aos nossos próprios in teresses de povo que persiste em crer
na .sua emancipação econômica e finan ceira.
A
Ciência da População atravessou,
em sua evolução metodológica, três fases principais e bem distintas. Na primeira, de formação, cm que ela era entendida como "aritmética políti
via ainda, na obra dos pioneiros, traços restantes daquela numcrologia cabalística, de sabor medieval, que até hoje encontramos ás vezes em alguns mate máticos que tem gosto em cünser\'ar uns
ares de quem vê "coisas" que os outros (1) Visconde de Mauá, Aulobioffxafia, Zélio Valverde, Rio. 1942, p. 330.
(2) Djacir Menezes. O Ouro e a "W?/® Concepção da Moeda.
apanhando sòmente os traços marcantes
do anteprojeto, pode-se ter uma idéia do que significa para nosso meio a me dida encaminhada ao Legislativo nacio-
A obra de Danvin — um dos homens a
Alba Edito
ra. Fio. 1941.
(3) J. de Matos Ibiapina, "in" anexo ao
Ouro e a Nova Concepção da Moeda.
(4) Pierre Mendòs ■— France, La Ban^® Inlernationale. ris,
Librairle Valols. Pa
1930.
não vêem.. .
Então, num êrro de pers
pectiva característico da imaturidade, os meios eram transformados em fins, e o cálculo — instrumento de trabalho
no estudo das populações — ganhava tal preeminência que não poucas vezes obscurecía a realidade humana e complexa
que pretendia conhecer e disciplinar. Foi certamente com uma forma de
reação a tais exageros que a demografia
ingressou, posteriormente, na segunda etapa de seu crescimento e de sua de
puração metodológica. Transferiu-se to
da ênfase e o foco das preocupações dos especialistas para o problema da
A produção de aço britânico no mês passado alcançou a média de 15.435.000
toneladas, quase igual ao recorde até hoje cançado em junho deste ano. A produção completo depois do período de férias, ficou do ano passado, quando a média anual foi
alcançado, que foi de 15.440.000 al de setembro, que foi o primeiro mês bem acima da produção de setembro de cêrca de 13.840.000 toneladas.
qualidade das populações. Foi a era do
selecionismo, do eugenismo sectário e
anti-científico, por cuja via id( ológica muitos chegaram até ao racismo.
quem mais deve a ciência em todos os tempos — repercutiu em cheio sobre o estudo das relações humanas o, prínià-
riamcnte entendida, muito contribuiu pa ra dar à demografia aquela feição sele-
donista que ela teve na era vitoriana,
como parte de seu espírito como smal dos tempos. O estudo diferencial das
populações, feito de um ponto de vista Lnéticü e bio-sociologico; a demograria Hpológica das classes sociais, das populações rurais e urbanas, dos gru pos étnicos diversos que a expansão Lropéia punha em contacto - eis os
Lmas predilêtos dos estudiosos dos pro
blemas de população no fim do secn o
VTV temas cujo desenvolvimento - teito
lom gmnde brita - con-
cluzia-os, geralmente, a conclusões pes-
rimist-is iá que fatalmente pessimistas ti-
nham de se?, naquele tempo, as atítades
mentais dos puristas de qualquer tipo em face dos problemas gerados pela ex
pansão ecumênica do capitalismo co mercial.
Também essa etapa foi vencida e su
perada pelo método da ciência da popu
lação e, especialmente depois da pri meira guerra mundial, entre a de mografia na fase atual de pleno floresci
mento, já liberta, embora não de todo, dos preconceitos materaaticistas e bio-
logístas que lhe peavam o progresso como estudo científico dos fenômenos de população.
O que caracteriza, antes de mais na da, a última etapa dos estudos demo-
DicESTO Econômico
&8
de empobrecimento ou enriquecimento do país etc. Para alcançar esses fins, na realidade, tomar-se-a indispensável um conjunto
nai. Fruto de um espírito amadurecido na meditação dos problemas monetórios.
O valor sociológico dos recenseamentos L. A. Costa Pinto
o Prof. Alde Sampaií) esboçou um do
Universidade do Brasil
cumento que- teve ap'ausos do Prof.
do especialistas familiarizados cientifi
Nogueira de Paula, Souza Gomes e ou
camente com os assuntos monetários e
tros especialistas rcnomado.s om estudos
creditícios. Não bastaria a experiência
bitual com as operações da vida finan
econômicos e que certamente vai mere cer grande atenção do.s que estudam a organização de nossa moeda e a regu larização de seu poder de compra.
ceira._ Porque não se trata de continuar, mas inovar — e as inovações têm que se
de mais importante é o dissídio entre
apoiar no conhecimento científico — e
êste anteprojeto e a rala e inútil legisla
ca", a ênfase maior era feita no cálcu lo, na. elaboração matemática dos da
ção anterior, vacilante e acessória, a recusar constantemente a verificação do
dos de população. Em que pese o so pro racionalista que animava esses pri
fato fundamental: nossa história finan
meiros passos da dcmografia como dis ciplina científica, sente-se, olhando ho je as tendências daquele tempo, que ha
prática, o lidar constante com a matéria
económico-financeira pelo contacto ha
não apenas no empirismo alcançado na
atividade dos negócios. Em segundo lugar, os "experientes" nem sempre têm a visão objetiva dos fatos, mas a pers pectiva resultante de pontos de vista
particulares, dos quais nem sempre con seguem emancipar-se. Claro que o las
tro de experiência é imprescindível para um bom conhecimento teórico. Mas os íniciadores de uma reforma dessa na
tureza devem possuir a experiência e o preparo teórico.
A significação do anteprojeto Pelo rápido transunto que fizemos,
Do nosso ponto de vista, o que ressalta
ceira ■ jamais tefleliu as neccssidaãas
fundamentais do nosso desenvolvimento,
ditada por inspirações doutrinárias e po líticas estranhas aos nossos próprios in teresses de povo que persiste em crer
na .sua emancipação econômica e finan ceira.
A
Ciência da População atravessou,
em sua evolução metodológica, três fases principais e bem distintas. Na primeira, de formação, cm que ela era entendida como "aritmética políti
via ainda, na obra dos pioneiros, traços restantes daquela numcrologia cabalística, de sabor medieval, que até hoje encontramos ás vezes em alguns mate máticos que tem gosto em cünser\'ar uns
ares de quem vê "coisas" que os outros (1) Visconde de Mauá, Aulobioffxafia, Zélio Valverde, Rio. 1942, p. 330.
(2) Djacir Menezes. O Ouro e a "W?/® Concepção da Moeda.
apanhando sòmente os traços marcantes
do anteprojeto, pode-se ter uma idéia do que significa para nosso meio a me dida encaminhada ao Legislativo nacio-
A obra de Danvin — um dos homens a
Alba Edito
ra. Fio. 1941.
(3) J. de Matos Ibiapina, "in" anexo ao
Ouro e a Nova Concepção da Moeda.
(4) Pierre Mendòs ■— France, La Ban^® Inlernationale. ris,
Librairle Valols. Pa
1930.
não vêem.. .
Então, num êrro de pers
pectiva característico da imaturidade, os meios eram transformados em fins, e o cálculo — instrumento de trabalho
no estudo das populações — ganhava tal preeminência que não poucas vezes obscurecía a realidade humana e complexa
que pretendia conhecer e disciplinar. Foi certamente com uma forma de
reação a tais exageros que a demografia
ingressou, posteriormente, na segunda etapa de seu crescimento e de sua de
puração metodológica. Transferiu-se to
da ênfase e o foco das preocupações dos especialistas para o problema da
A produção de aço britânico no mês passado alcançou a média de 15.435.000
toneladas, quase igual ao recorde até hoje cançado em junho deste ano. A produção completo depois do período de férias, ficou do ano passado, quando a média anual foi
alcançado, que foi de 15.440.000 al de setembro, que foi o primeiro mês bem acima da produção de setembro de cêrca de 13.840.000 toneladas.
qualidade das populações. Foi a era do
selecionismo, do eugenismo sectário e
anti-científico, por cuja via id( ológica muitos chegaram até ao racismo.
quem mais deve a ciência em todos os tempos — repercutiu em cheio sobre o estudo das relações humanas o, prínià-
riamcnte entendida, muito contribuiu pa ra dar à demografia aquela feição sele-
donista que ela teve na era vitoriana,
como parte de seu espírito como smal dos tempos. O estudo diferencial das
populações, feito de um ponto de vista Lnéticü e bio-sociologico; a demograria Hpológica das classes sociais, das populações rurais e urbanas, dos gru pos étnicos diversos que a expansão Lropéia punha em contacto - eis os
Lmas predilêtos dos estudiosos dos pro
blemas de população no fim do secn o
VTV temas cujo desenvolvimento - teito
lom gmnde brita - con-
cluzia-os, geralmente, a conclusões pes-
rimist-is iá que fatalmente pessimistas ti-
nham de se?, naquele tempo, as atítades
mentais dos puristas de qualquer tipo em face dos problemas gerados pela ex
pansão ecumênica do capitalismo co mercial.
Também essa etapa foi vencida e su
perada pelo método da ciência da popu
lação e, especialmente depois da pri meira guerra mundial, entre a de mografia na fase atual de pleno floresci
mento, já liberta, embora não de todo, dos preconceitos materaaticistas e bio-
logístas que lhe peavam o progresso como estudo científico dos fenômenos de população.
O que caracteriza, antes de mais na da, a última etapa dos estudos demo-
Dicesto EcoNÓ^aco
90
Digesto Econômico
gráficos — fase "institucional", "sócíoeconómica" ou "funcional", é vária a
mografia; explorando-o, a ciência da po pulação — uma das mais antigas ciên
denominação dada pelos diversos tratadistas — é o reconhecimento de que os fenômenos de população só podem
cias sociais — se renova e sc rc\-igora, ga
ser entendidos como parte integrante
seus campos de atuação, inclusive nas
e indissociável da organização social e
suas técnicas de pesquisa e nos seus ins
da cultura e que só como realidade que
trumentos básicos de coleta de dados,
influi e sofre a influência de todos os
entre os quais se destaca o recenseatncn-
setores da vida social podem êles ser estu dados e interpretados cientificamente. Es sa aquisição metodológica, aparentemen te tão simples, representou e representa, desde a primeira vez em que foi formula da, um passo avante de valor incalculá
nhando um tônus de atualidade e de ju
ventude que Se vai refletir em todos os
to.
Pelo fato de a demografia contempo rânea assumir, e cada vez mais, um es
côpo sociológico, alguns pretendem até mudar-lhe o nome, balizando-a de de-
mologia, neologismo que a nós nos pa
vel no estudo científico da população.
rece insustentável: se a cada avanço me
O escôpo sociológico da demogra( fia, que assim se define, e que inspira o
todológico de uma disciplina científica
i
tivéssemos de mudar-lhe o nome, adeus
que há de me-
sistemática je
Ihor nos estudos
confusão final se
demográfi-
ria positivamen
cos contemporâ
te...
neos (1) — de
caI
há
demonía
de estava dividida.
São do século XV,
ao que parece, as primeiras c embrio nárias tentativas ccnsitárias dos tempos
II ...E assim nos
vantagem, a ban
vamos aproxi
deira da reação
mando do assun
contra a corrente chamada "naturalis
de Malthus (2). A pretensão de encontrar uma lei
to primordial dôste artigo. A palavra censo tem hoje significado diverso do que teve em Roma, de cuja língua o vocábulo foi tomado. Mas a
de população eterna e imanente, uni
origem da operação, apesar das diferen
ta", cujas bases foram lançadas pe'a obra
versalmente válida, sem consideração
ças, ilustra a afirmação, confirmada pe
do enquadramento econômico, socioló gico e cultural da população estudada,
la evolução posterior, de que os recenseamentos evoluem paralelamente às
na Alemanha (Nurcmberg, 1449) — são conhecidos alguns trabalhos regionais de caráter pioneiro, embora sempre, ou
aumento de tributos, ou a conscrição mi
quase sempre, limitados a certos gru pos da população, sem o caráter univer sal que tem o censo moderno. Alguns deles registravam a número de lares (ménagc) c não dc indivíduos. No Bra sil, os registros coloniais rcforem-se ao número dc fogos c não dc pessoas. Des se.'; levantamentos eram c.vcluídos os es
cravos e servos e seus resultados, ge
ralmente, eram guardados como segredos de Estado.
Na medida em que a sociedade bur
guesa vai gerando novas formas de re lações .sociais, dentro do novo painel de manter contactos mais diretos com os indivíduos como indivíduos e os
progressos do individualismo influíram diretamente sobre o progresso das técni cas ccnsitárias.
No continente america
no (Canadá e Estados Unidos) vão sur
litar. Em alguns países, tanto os censos
quanto o registro civil tinham de vencer a resistência da Igreja Católica. Expli ca-se: antes dos registros civis, os regis
tros paroquiais é que recolhiam dados sôbre o movimento das populações e a obrigatoriedade do registro civil, que se tentava, aparecia quer como um cavitis diminutio, quer como um proce
dimento leigo, que
'""ías
tido Daí certas superstições notadas entre algumas populações mcultas se-
gunl as quais os censos trazem des-
SLs ao pais. Os próprios governos Sinais, em alguns países europeus,
resistiam à idéia de recensear periódicadiosa a sua realização, sem que a utili dade compensasse a despesa. Em a.guns países, o fato de os censos serem tarefa do governo central estêve ligado, his-
"Lte a população, por acharem d.^entòricamente, a essa circunstancia.
Foi preciso que a sociedade resultan te dos novos processos de produção inau gurados no século XVIII e florescentes
reivindica essa prioridade com um cen so em 1749. Ao que parece, entretan to os censos americanos, depois de inau
no século XIX - a sociedade burguesa, liberal e individualista — se desenvolves
temporânea. A Suécia, por outro lado,
gurados, repetiram-se com intervalos regulares, enquanto que os suecos, depois
transformações que se processam no seu
objeto de análise, que é a população. Em Roma o censo era mero registro da população masculina, para fins de recru
de repetição.
Nesse novo
tamento e taxação; registravam-se os ho
ta, a forma como pergunta e a ampli
status, como disciplina sociológica que realmente é, um mundo imenso de fe
mens em idade militar, os bens e proprie dades, a distribuição dós indivíduos pe
tude do setor da realidade que com suas perguntas procura iluminar — tudo está
cundas perspectivas se rasga ante a de-
los grupos de status em que a socieda
na estreita dependência da forma e da
contram e manifestam.
certa relação constante entre êles e o
gir os primeiros censos da idade con
maior.humildade diante dos fatos, ven do-os dentro da moldura total da com
o'fTiimnç bem hnin fortes e í» concretas, cias, algumas
modernos, feitas na Itália c na Grã-Bre tanha. Mesmo antes, na França (1328),
foi assim substituída por uma atitude de
plexa realidade social em que se en
Os primeiros recenseamentos, por exemplo, sempre encontravam resistên
por parte das populações, que notavam
de instituições, o Estado vai carecendo
muito existe
como tendência, levantando, com
91
daquele, não tiveram a mesma cadência E' óbvio que o que o censo pergun
estrutura da sociedade.
se para que o censo se tomasse não sòmente um instrumento de administração
e de governo da sociedade, mas também um reflexo do progresso social atingido em cada pais. Paralelamente, produto da mudança social e fator de renovação das operações censitárias, surgiram novas formas de Estado e, por conseqüência,
novo tipo de relações entre o Estado e o indivíduo, obrigando aquele a procurar uma noção quantitativa dos fatos sob
Dicesto EcoNÓ^aco
90
Digesto Econômico
gráficos — fase "institucional", "sócíoeconómica" ou "funcional", é vária a
mografia; explorando-o, a ciência da po pulação — uma das mais antigas ciên
denominação dada pelos diversos tratadistas — é o reconhecimento de que os fenômenos de população só podem
cias sociais — se renova e sc rc\-igora, ga
ser entendidos como parte integrante
seus campos de atuação, inclusive nas
e indissociável da organização social e
suas técnicas de pesquisa e nos seus ins
da cultura e que só como realidade que
trumentos básicos de coleta de dados,
influi e sofre a influência de todos os
entre os quais se destaca o recenseatncn-
setores da vida social podem êles ser estu dados e interpretados cientificamente. Es sa aquisição metodológica, aparentemen te tão simples, representou e representa, desde a primeira vez em que foi formula da, um passo avante de valor incalculá
nhando um tônus de atualidade e de ju
ventude que Se vai refletir em todos os
to.
Pelo fato de a demografia contempo rânea assumir, e cada vez mais, um es
côpo sociológico, alguns pretendem até mudar-lhe o nome, balizando-a de de-
mologia, neologismo que a nós nos pa
vel no estudo científico da população.
rece insustentável: se a cada avanço me
O escôpo sociológico da demogra( fia, que assim se define, e que inspira o
todológico de uma disciplina científica
i
tivéssemos de mudar-lhe o nome, adeus
que há de me-
sistemática je
Ihor nos estudos
confusão final se
demográfi-
ria positivamen
cos contemporâ
te...
neos (1) — de
caI
há
demonía
de estava dividida.
São do século XV,
ao que parece, as primeiras c embrio nárias tentativas ccnsitárias dos tempos
II ...E assim nos
vantagem, a ban
vamos aproxi
deira da reação
mando do assun
contra a corrente chamada "naturalis
de Malthus (2). A pretensão de encontrar uma lei
to primordial dôste artigo. A palavra censo tem hoje significado diverso do que teve em Roma, de cuja língua o vocábulo foi tomado. Mas a
de população eterna e imanente, uni
origem da operação, apesar das diferen
ta", cujas bases foram lançadas pe'a obra
versalmente válida, sem consideração
ças, ilustra a afirmação, confirmada pe
do enquadramento econômico, socioló gico e cultural da população estudada,
la evolução posterior, de que os recenseamentos evoluem paralelamente às
na Alemanha (Nurcmberg, 1449) — são conhecidos alguns trabalhos regionais de caráter pioneiro, embora sempre, ou
aumento de tributos, ou a conscrição mi
quase sempre, limitados a certos gru pos da população, sem o caráter univer sal que tem o censo moderno. Alguns deles registravam a número de lares (ménagc) c não dc indivíduos. No Bra sil, os registros coloniais rcforem-se ao número dc fogos c não dc pessoas. Des se.'; levantamentos eram c.vcluídos os es
cravos e servos e seus resultados, ge
ralmente, eram guardados como segredos de Estado.
Na medida em que a sociedade bur
guesa vai gerando novas formas de re lações .sociais, dentro do novo painel de manter contactos mais diretos com os indivíduos como indivíduos e os
progressos do individualismo influíram diretamente sobre o progresso das técni cas ccnsitárias.
No continente america
no (Canadá e Estados Unidos) vão sur
litar. Em alguns países, tanto os censos
quanto o registro civil tinham de vencer a resistência da Igreja Católica. Expli ca-se: antes dos registros civis, os regis
tros paroquiais é que recolhiam dados sôbre o movimento das populações e a obrigatoriedade do registro civil, que se tentava, aparecia quer como um cavitis diminutio, quer como um proce
dimento leigo, que
'""ías
tido Daí certas superstições notadas entre algumas populações mcultas se-
gunl as quais os censos trazem des-
SLs ao pais. Os próprios governos Sinais, em alguns países europeus,
resistiam à idéia de recensear periódicadiosa a sua realização, sem que a utili dade compensasse a despesa. Em a.guns países, o fato de os censos serem tarefa do governo central estêve ligado, his-
"Lte a população, por acharem d.^entòricamente, a essa circunstancia.
Foi preciso que a sociedade resultan te dos novos processos de produção inau gurados no século XVIII e florescentes
reivindica essa prioridade com um cen so em 1749. Ao que parece, entretan to os censos americanos, depois de inau
no século XIX - a sociedade burguesa, liberal e individualista — se desenvolves
temporânea. A Suécia, por outro lado,
gurados, repetiram-se com intervalos regulares, enquanto que os suecos, depois
transformações que se processam no seu
objeto de análise, que é a população. Em Roma o censo era mero registro da população masculina, para fins de recru
de repetição.
Nesse novo
tamento e taxação; registravam-se os ho
ta, a forma como pergunta e a ampli
status, como disciplina sociológica que realmente é, um mundo imenso de fe
mens em idade militar, os bens e proprie dades, a distribuição dós indivíduos pe
tude do setor da realidade que com suas perguntas procura iluminar — tudo está
cundas perspectivas se rasga ante a de-
los grupos de status em que a socieda
na estreita dependência da forma e da
contram e manifestam.
certa relação constante entre êles e o
gir os primeiros censos da idade con
maior.humildade diante dos fatos, ven do-os dentro da moldura total da com
o'fTiimnç bem hnin fortes e í» concretas, cias, algumas
modernos, feitas na Itália c na Grã-Bre tanha. Mesmo antes, na França (1328),
foi assim substituída por uma atitude de
plexa realidade social em que se en
Os primeiros recenseamentos, por exemplo, sempre encontravam resistên
por parte das populações, que notavam
de instituições, o Estado vai carecendo
muito existe
como tendência, levantando, com
91
daquele, não tiveram a mesma cadência E' óbvio que o que o censo pergun
estrutura da sociedade.
se para que o censo se tomasse não sòmente um instrumento de administração
e de governo da sociedade, mas também um reflexo do progresso social atingido em cada pais. Paralelamente, produto da mudança social e fator de renovação das operações censitárias, surgiram novas formas de Estado e, por conseqüência,
novo tipo de relações entre o Estado e o indivíduo, obrigando aquele a procurar uma noção quantitativa dos fatos sob
DicESTO
92
sua direta responsabilidade, responsabi
que pesem as lacunas que ficaram na apresentação ufanista dc .seus resultados,
liberal só contribuiu para aumentar e
feita nos festejos do primeiro centenário da Independência. Não ha\'endo a re
lidade que a decadência da concepção acrescer.
t.
EcONÓKflCO
Em 1787 os convencionais americanos estabeleceram a obrigatoriedade do recenseamento periódico da população "Uma enumeração será feita dentro de
três anos depois da reunião do Congresso dos Estados Unidos e em cada têrmo sub
seqüente de três ano^'. Em verdade, em um regime federal, que comportava, como órgão fundamenta!, uma Gamara de Representantes, na qual os membros
volução permitido o censo dc 1930, só em 1940 é que tivemos o seguinte, o me
lhor já feito no Brasil, cuja divulgação completa ainda não foi feita, com eNidentes prejuízos para o dcsenvoVimento de tais estudos entre nós, em que pesem as razões que justificaram o atraso da apuração, feita quase tôda durante o período da gxierra, lutando contra a ca
enviados de cada Estado dependiam de
rência de tudo que é indispensável a uma emprêsa dessa natureza e enverga
sua importância, impunha-se conhecer
dura.
de modo seguro e permanente as ci
fras referentes à população e à rique za como condição de funcionamento do
regime nas bases previstas. E o censo, sob êsse impulso, passou
Os censos, como se vc, evoluíram pa
ralelamente com a população e a socieda de, cujos fenômenos procuravam conhe cer: de simples, restritos e li mitados passaram a ser vastos
a ser um procedimento regular
e complexos, tentando sempre
do Estado moderno, pelo ca
abarcar a variedade de setores
ráter individualista e repre
em que a
sentativo de sua economia, de sua sociedade e de seu govêrno.
desdobra e em que o Estado moderno progressivamente pas
Na Europa, censos completos
e de fidedignidade mais^ aceitável, vão
aparecer no correr do século XIX: em
1821 na França, em 1844 na Inglaterra, em 1846 na Bélgica - este projetado e
dirigido por Quetelet - em 1861 na Itá lia em 1871 na Alemanha, em 1897 na Rússia No Brasil, os cálculos de 1808,
feitos quando da vinda da coroa portuguêsa são de valor muito relativo, como de resto tôdas as estimativas do período
colonial. Em 1872 foi feito o primeiro recenseamento e estabelecida a perio
vida
humana se
sa a atuar.
III
À luz desse brevíssimo resumo, em
que se pretendeu ressaltar que a ciên cia da população quer no plano concei tuai de sua metodologia, quer no plano técnico de seus instrumentos de coleta
de dados, reflete e repi-oduz as mu danças sociais que se processam no seu objeto de estudo — é possível buscar al gumas indicações sobre o que se deve fazer com o objetivo de aumentar o va
dicidade decenal,
lor sociológico do recenseamento de
mente obedecida. Em 1890 o pri meiro censo republicano; o de 1920 ,a
1950, para o qual marchamos.
foi eniprêea de maior vulto obra do mé rito pessoal de Bulhões de Carvalho, em
Se fôsse nosso intento exceder os li
mites estreitos desse artigo, por certo teríamos de partir, para tanto, da aná-
DrcESTO EcoNÓxnco
93
lise vertical do recenseamento de 1940,
como ponto dc partida de um aproveita mento sistemático das experiências dei xadas por sua realização, a serem capi talizadas na pesquisa vindoura. Muito mais modesta, entretanto, é a nossa fi
nalidade c muito melhor indicados para essa tarefa .são os dirigentes e técnicos dos organismos censilários oficiais, que
uso, pois, por processos mais simples,
^as mesmas respostas, e mais seguras, po diam ser obtidas diretamente, em face
da minúcia dos serviços censitários e dos
registros mais perfeitos que, felizmente possuíam. Bene trovato, sem diuida, e a razão está com ele.
Evidentemente, não há como escolher entre as duas hipóteses, pois que em ver
não variaram nos dez anos decorridos. A
dade as duas não se excluem. O fato,
posição que assumimos para expor nosso
entretanto, é que se fôsse obrigatória a
ponto de vista é simplesmente a do demógrafo não-oficial, que procura as in formações censilárias movido pela ne cessidade dc seus próprios estudos, in
clusive pelo dever de ofício de quem ensina a disciplina em
escolha, a nós nos parece absolutamente üracional preferir, em tese, outra alter
nativa que não seja a de realizar
ao
menos de dez em dez anos - trabalho perfeito, levantamentos com
pletos, minuciosos, o mais que
i
possível exaustivos, sobre as
cursos universitários.
realidades sociais do País.
Nessa condição, o que em primeiro lugar não faremos é
E' claro que o problema do tempo útil em que se divul
comparar a riqueza e acessi
gam os resultados de tais le
bilidade dos resultados dos censos nacionais com o de ou
vantamentos é problema fun damental por natureza, que se não deve descurar, necessi-
tros países — como tão fre
qüente, e primàriamente, se
tando-se, para isso, de um minucioso planejamento dos trabalhos de apuração, de mo
faz. Assim, quando se critica
o censo de 1940 por ter sido vasto, complexo, minucioso e multilateral e se aspira que o próximo seja uma operação ex
do que os resultados finais, em ordem que atenda igual
pedita e sumária, só nos recordamos do
mente à importância e à generalidade das
que se passou certa feita com um espe
informações, se escoem em prazo .útil e
cialista norte-americano c o conhecido de-
desejável. Para isso ser alcançado, o pro
mógrafo e economista sueco
blema é de maiores recursos de me
Gunar
Myrdal: quando o primeiro indicava-lhe as complicadas fórmulas e teorias mate máticas com as quais, nos Estados Uni
dos, se pretendia conhecer e prever o estado e o movimento das populações, o
Professor Gunar Myrdal, com uma fleugma de círculo polar ártico, observou qué tudo aquilo era muito interessante mas que em seu país tôdas aquelas acrobacias numéricas não tinham cabimento nem
canização e pessoal especializado, de ver bas mais largas pava custeá-los e de seu emprego racional, objetivando, inclusive, tão cedo quando possível, estarmos em condições de passar a fazer os recenseamentos com intervalos qüinqüenais.
Se partíssemos da idéia de que o cen so é uma reportagem superficial — coma algims simplórios andam pretendendo — e não uma sondagem séria e profunda.
DicESTO
92
sua direta responsabilidade, responsabi
que pesem as lacunas que ficaram na apresentação ufanista dc .seus resultados,
liberal só contribuiu para aumentar e
feita nos festejos do primeiro centenário da Independência. Não ha\'endo a re
lidade que a decadência da concepção acrescer.
t.
EcONÓKflCO
Em 1787 os convencionais americanos estabeleceram a obrigatoriedade do recenseamento periódico da população "Uma enumeração será feita dentro de
três anos depois da reunião do Congresso dos Estados Unidos e em cada têrmo sub
seqüente de três ano^'. Em verdade, em um regime federal, que comportava, como órgão fundamenta!, uma Gamara de Representantes, na qual os membros
volução permitido o censo dc 1930, só em 1940 é que tivemos o seguinte, o me
lhor já feito no Brasil, cuja divulgação completa ainda não foi feita, com eNidentes prejuízos para o dcsenvoVimento de tais estudos entre nós, em que pesem as razões que justificaram o atraso da apuração, feita quase tôda durante o período da gxierra, lutando contra a ca
enviados de cada Estado dependiam de
rência de tudo que é indispensável a uma emprêsa dessa natureza e enverga
sua importância, impunha-se conhecer
dura.
de modo seguro e permanente as ci
fras referentes à população e à rique za como condição de funcionamento do
regime nas bases previstas. E o censo, sob êsse impulso, passou
Os censos, como se vc, evoluíram pa
ralelamente com a população e a socieda de, cujos fenômenos procuravam conhe cer: de simples, restritos e li mitados passaram a ser vastos
a ser um procedimento regular
e complexos, tentando sempre
do Estado moderno, pelo ca
abarcar a variedade de setores
ráter individualista e repre
em que a
sentativo de sua economia, de sua sociedade e de seu govêrno.
desdobra e em que o Estado moderno progressivamente pas
Na Europa, censos completos
e de fidedignidade mais^ aceitável, vão
aparecer no correr do século XIX: em
1821 na França, em 1844 na Inglaterra, em 1846 na Bélgica - este projetado e
dirigido por Quetelet - em 1861 na Itá lia em 1871 na Alemanha, em 1897 na Rússia No Brasil, os cálculos de 1808,
feitos quando da vinda da coroa portuguêsa são de valor muito relativo, como de resto tôdas as estimativas do período
colonial. Em 1872 foi feito o primeiro recenseamento e estabelecida a perio
vida
humana se
sa a atuar.
III
À luz desse brevíssimo resumo, em
que se pretendeu ressaltar que a ciên cia da população quer no plano concei tuai de sua metodologia, quer no plano técnico de seus instrumentos de coleta
de dados, reflete e repi-oduz as mu danças sociais que se processam no seu objeto de estudo — é possível buscar al gumas indicações sobre o que se deve fazer com o objetivo de aumentar o va
dicidade decenal,
lor sociológico do recenseamento de
mente obedecida. Em 1890 o pri meiro censo republicano; o de 1920 ,a
1950, para o qual marchamos.
foi eniprêea de maior vulto obra do mé rito pessoal de Bulhões de Carvalho, em
Se fôsse nosso intento exceder os li
mites estreitos desse artigo, por certo teríamos de partir, para tanto, da aná-
DrcESTO EcoNÓxnco
93
lise vertical do recenseamento de 1940,
como ponto dc partida de um aproveita mento sistemático das experiências dei xadas por sua realização, a serem capi talizadas na pesquisa vindoura. Muito mais modesta, entretanto, é a nossa fi
nalidade c muito melhor indicados para essa tarefa .são os dirigentes e técnicos dos organismos censilários oficiais, que
uso, pois, por processos mais simples,
^as mesmas respostas, e mais seguras, po diam ser obtidas diretamente, em face
da minúcia dos serviços censitários e dos
registros mais perfeitos que, felizmente possuíam. Bene trovato, sem diuida, e a razão está com ele.
Evidentemente, não há como escolher entre as duas hipóteses, pois que em ver
não variaram nos dez anos decorridos. A
dade as duas não se excluem. O fato,
posição que assumimos para expor nosso
entretanto, é que se fôsse obrigatória a
ponto de vista é simplesmente a do demógrafo não-oficial, que procura as in formações censilárias movido pela ne cessidade dc seus próprios estudos, in
clusive pelo dever de ofício de quem ensina a disciplina em
escolha, a nós nos parece absolutamente üracional preferir, em tese, outra alter
nativa que não seja a de realizar
ao
menos de dez em dez anos - trabalho perfeito, levantamentos com
pletos, minuciosos, o mais que
i
possível exaustivos, sobre as
cursos universitários.
realidades sociais do País.
Nessa condição, o que em primeiro lugar não faremos é
E' claro que o problema do tempo útil em que se divul
comparar a riqueza e acessi
gam os resultados de tais le
bilidade dos resultados dos censos nacionais com o de ou
vantamentos é problema fun damental por natureza, que se não deve descurar, necessi-
tros países — como tão fre
qüente, e primàriamente, se
tando-se, para isso, de um minucioso planejamento dos trabalhos de apuração, de mo
faz. Assim, quando se critica
o censo de 1940 por ter sido vasto, complexo, minucioso e multilateral e se aspira que o próximo seja uma operação ex
do que os resultados finais, em ordem que atenda igual
pedita e sumária, só nos recordamos do
mente à importância e à generalidade das
que se passou certa feita com um espe
informações, se escoem em prazo .útil e
cialista norte-americano c o conhecido de-
desejável. Para isso ser alcançado, o pro
mógrafo e economista sueco
blema é de maiores recursos de me
Gunar
Myrdal: quando o primeiro indicava-lhe as complicadas fórmulas e teorias mate máticas com as quais, nos Estados Uni
dos, se pretendia conhecer e prever o estado e o movimento das populações, o
Professor Gunar Myrdal, com uma fleugma de círculo polar ártico, observou qué tudo aquilo era muito interessante mas que em seu país tôdas aquelas acrobacias numéricas não tinham cabimento nem
canização e pessoal especializado, de ver bas mais largas pava custeá-los e de seu emprego racional, objetivando, inclusive, tão cedo quando possível, estarmos em condições de passar a fazer os recenseamentos com intervalos qüinqüenais.
Se partíssemos da idéia de que o cen so é uma reportagem superficial — coma algims simplórios andam pretendendo — e não uma sondagem séria e profunda.
jpy .1#^. Dicesto Eco^•ó^aco Digesto
94
nesse caso não haveria o que sugerir
para aperfeiçoá-lo. Pelo contrario, o que
95
Econômico
sem que essa discriminação diminuísse de importância para observar os fenômenos
se recomendaria era uma poda, pura e
de outros ângulos, igualmente pertinen
simples, de tudo aquilo que certos plu-
tes, mas não e.xclusivos.
mitivos mal equipados imaginam ser ex-
modo, é tempo de as apurações ccnsitá-
Do mesmo
a esíatí-slica
brasileira confirma nosso
ponto de vista, segundo o qual o de que precisamos ó não somente aumentar a
liosa de informações objetivas sôbre a estrutura da sociedade brasileira.
O campo que tais estudos oferece aos interessados é virgem e larguíssimo, e.xi-
quantidade dos itens do apuração mas também de uma melhoria na qualidade deles. Dêsso ponto de vi.sla, no que se refere nos registros nem c bom falar, pois desde o registro de nascimento até
gindo, por isso mesmo, levantamentos básicos que sedimentam material para futuras e mais especializadas pesqui
crescência, pela óbvia razão de não sa
rias nacionais descerem na e.sca'a até
berem como utilizar nem interpretar.
cs resultados eleitorais, é uma verdadeira
reunindo dados fundamentais sôbre uma
censo seja mero ananhão na grossa casca
atingirem o nível municipal. Se," já para alguns municípios, a .significação de cer tos dados fica reduzida, que dizer quan
ginástica essa a que .se submete o es
sociedade que atravessa fase singular
das realidades nacionais, com o único ob
do eles só são encontrados com referen
tudioso, se pretende elaborar e inter
de sua formação, poderá permitir avan
jetivo de impedir que venha à tona a
cia a Estados ou regiões geográficas!
pretar os seus resultados. Num país como o Brasil, de popula
significação na esfera das ciências so
(Isto sem fa'ar dos que desejam que o
noção exata das dimensões e da gravi dade dos problemas sociais deste País. Êstes, sem tirar nem pôr, constituem meros casos de polícia, estejam onde es tiverem aninhados).
De nossa parte, o que desejamos é um número maior de"cfOss-ífli)u/íifioní",com
binações mais complexas, de maior núme
ro de variáveis, que não apenas as va riáveis espaciais, que são quase as úni cas encontradas nos nossos anuários. Em
Tais informações, referindo-se a es
paços quase continentais, a não .ser pa
ção extremamente móvel, outra carência
referente às migrações internas, não só
cial profunda de que necessitamos.
no seu aspecto geográfico e quantitativo, mas também nos seus aspectos socioló
censos não devem ser apenas o balanço
Ou então, pensemos em dividir o ter
ritório nacional em "áreas de registro",
que o censo deve procurar atender é a
especialmente delimitadas para esse fim,
gicos e qualitativos (4). Hoje já é pos
às quais se conformem todas as apresen
sível dizer quantos brasileiros de um Es
tações estatísticas oficiais, com
tado vivem noutro Estado; não sabemos,
inde
porém, há quanto tempo a migração ocor
a estatística, que é estrutural nos ór
exprimem sôbre as relações entre a JJOpulação e os recursos naturais ou sobre a
reu, a classe social, ou mesmo o grupo ccupacional, a que o deslocado perten cia e aquela a que pertence, a idade em
dependência em que elas se encontram
que o deslocamento teve lugar, se foi
ses, que são poucas, mas nos próprios
ceitos que se podem tomar graves, li gados a um "geografismo sociológico" primário e inaceitável hoje, pois que recua o problema, no plano metodológi
da estrutura sócio-económica regional.
feito individualmente ou juntamente com
Mesmo que se n<ão prefira tal recurso, outro problema que precisa ser conside
todos os membros de sua família — e
outras questões igualmente pertinentes,
rado e resolvido de modo mais racional é o de um critério científico de dis
recida.";, ao menos sumariamente, pelo
criminar as populações em rurais e ur
recenseamento.
algumas delas capazes de serem escla
era autoridade no assunto...
municípios é uma violentação, antes do
Dados mais completos sobre a compo sição da sociedade brasileira permitiriam,
Procuramos aqui não nos afastar da
mais nada, do bom-senso mais elementar.
consideração do censo demográfico, em bora o agrícola e o industrial, só por si,
à apresentação dos dados censitários, quanto àqueles do registro civil e das es tatísticas vitais (3) - correlações socio-
A imprestabilidade de tais resultados é
prir uma lacuna relativamente fácil de ser minorada, dentio de critérios estrita
lògicamente mais significativas do que aquelas das clássicas discriminações por
mente demográficos.
unidades da federação e por regiões.
vamente insustentável com que labora
Êsse exemplo de um conceito positi
do que o passado próximo legou ao presentrêJganhJ seu pleno_yJo, ^so ciológico se os entendemos como ins íe uma política que pretenda
-
conhecer para transformar, forjando com
as próprias mãos o que deve ser o futuro. notas
'i\ Racta citar, como exemplo, os tra-
i^aVho? e nesquisas feitos para a Liga das Nações pelo Princeton University s Oífice of PoPLilarion Research: F. iNetestein
ot al The Future Populaíion of Europa
and lhe Soviet Union (1944) Frank Lorimpr The Population o£ Soviet Umon: His-
Economic Demography oi Eastern and
banas. Isso de considerarmos como ur
bana a população de todas as sedes de
flagrante e é daquelas que conduzem a mil artifícios de cálculo para tentar su
Nesse sentído pode-se dizer que os
lory and Prospects (1946); W. Moore, The
co, para as priscas eras em que Ratzel
por certo — tanto no que se refere
pensar numa poHHca de população que conduza à renovação econômica e so
pràticamente inúteis c carecem de complementação.
objetiva
ministrativas que, tais como são, pouco
levantamentos, o que é pior — precon
ciais E sòmente nessa base é possível
de elementos de informação
pendência das divisões e subdivisões ad
fia brasileira — não apenas nas análi
ços teóricos de extraordinário alcance e
ra visões muito largas do conjunto, são
verdade, a simbiose entre a geografia e gãos centrais do levantamento estatístico nacional, está alimentando na demogra-
sas. Mais que isso, os censos brasileiros,
H:
Hs
íjí
mereçam tratamento à parte, que ficará
para outra oportunidade. Acreditamos, entretanto, que ficou evidenciado, mes
Southern Europe (1945), etc.
2) "The classic example of the naturalistic theorical approach is to be found, of course, in Malthus...
The classic
example of the institutienal approach to population theory is to be found m Marx... (Phillip Hauser, Preseni Slatus and Prospects of Research in Popmalion. "American Sociological Review, August, 1948, Vol. 13. n.o 4. pg. 376).
3) Cfr. Hauser, artigo citado, passlm. 4) Cfr., sôbre o assunto, a excelente mo
mo dentro da limitação de espaço e ob jetivos que nos impusemos, a necessi
nografia de G. Mortara et al.. Aproveita
dade de fazer do censo uma fonte va
l^gração Interior (1948).
mento dos Dados do Censo Demográfico
para a Determinação das Correntes de
jpy .1#^. Dicesto Eco^•ó^aco Digesto
94
nesse caso não haveria o que sugerir
para aperfeiçoá-lo. Pelo contrario, o que
95
Econômico
sem que essa discriminação diminuísse de importância para observar os fenômenos
se recomendaria era uma poda, pura e
de outros ângulos, igualmente pertinen
simples, de tudo aquilo que certos plu-
tes, mas não e.xclusivos.
mitivos mal equipados imaginam ser ex-
modo, é tempo de as apurações ccnsitá-
Do mesmo
a esíatí-slica
brasileira confirma nosso
ponto de vista, segundo o qual o de que precisamos ó não somente aumentar a
liosa de informações objetivas sôbre a estrutura da sociedade brasileira.
O campo que tais estudos oferece aos interessados é virgem e larguíssimo, e.xi-
quantidade dos itens do apuração mas também de uma melhoria na qualidade deles. Dêsso ponto de vi.sla, no que se refere nos registros nem c bom falar, pois desde o registro de nascimento até
gindo, por isso mesmo, levantamentos básicos que sedimentam material para futuras e mais especializadas pesqui
crescência, pela óbvia razão de não sa
rias nacionais descerem na e.sca'a até
berem como utilizar nem interpretar.
cs resultados eleitorais, é uma verdadeira
reunindo dados fundamentais sôbre uma
censo seja mero ananhão na grossa casca
atingirem o nível municipal. Se," já para alguns municípios, a .significação de cer tos dados fica reduzida, que dizer quan
ginástica essa a que .se submete o es
sociedade que atravessa fase singular
das realidades nacionais, com o único ob
do eles só são encontrados com referen
tudioso, se pretende elaborar e inter
de sua formação, poderá permitir avan
jetivo de impedir que venha à tona a
cia a Estados ou regiões geográficas!
pretar os seus resultados. Num país como o Brasil, de popula
significação na esfera das ciências so
(Isto sem fa'ar dos que desejam que o
noção exata das dimensões e da gravi dade dos problemas sociais deste País. Êstes, sem tirar nem pôr, constituem meros casos de polícia, estejam onde es tiverem aninhados).
De nossa parte, o que desejamos é um número maior de"cfOss-ífli)u/íifioní",com
binações mais complexas, de maior núme
ro de variáveis, que não apenas as va riáveis espaciais, que são quase as úni cas encontradas nos nossos anuários. Em
Tais informações, referindo-se a es
paços quase continentais, a não .ser pa
ção extremamente móvel, outra carência
referente às migrações internas, não só
cial profunda de que necessitamos.
no seu aspecto geográfico e quantitativo, mas também nos seus aspectos socioló
censos não devem ser apenas o balanço
Ou então, pensemos em dividir o ter
ritório nacional em "áreas de registro",
que o censo deve procurar atender é a
especialmente delimitadas para esse fim,
gicos e qualitativos (4). Hoje já é pos
às quais se conformem todas as apresen
sível dizer quantos brasileiros de um Es
tações estatísticas oficiais, com
tado vivem noutro Estado; não sabemos,
inde
porém, há quanto tempo a migração ocor
a estatística, que é estrutural nos ór
exprimem sôbre as relações entre a JJOpulação e os recursos naturais ou sobre a
reu, a classe social, ou mesmo o grupo ccupacional, a que o deslocado perten cia e aquela a que pertence, a idade em
dependência em que elas se encontram
que o deslocamento teve lugar, se foi
ses, que são poucas, mas nos próprios
ceitos que se podem tomar graves, li gados a um "geografismo sociológico" primário e inaceitável hoje, pois que recua o problema, no plano metodológi
da estrutura sócio-económica regional.
feito individualmente ou juntamente com
Mesmo que se n<ão prefira tal recurso, outro problema que precisa ser conside
todos os membros de sua família — e
outras questões igualmente pertinentes,
rado e resolvido de modo mais racional é o de um critério científico de dis
recida.";, ao menos sumariamente, pelo
criminar as populações em rurais e ur
recenseamento.
algumas delas capazes de serem escla
era autoridade no assunto...
municípios é uma violentação, antes do
Dados mais completos sobre a compo sição da sociedade brasileira permitiriam,
Procuramos aqui não nos afastar da
mais nada, do bom-senso mais elementar.
consideração do censo demográfico, em bora o agrícola e o industrial, só por si,
à apresentação dos dados censitários, quanto àqueles do registro civil e das es tatísticas vitais (3) - correlações socio-
A imprestabilidade de tais resultados é
prir uma lacuna relativamente fácil de ser minorada, dentio de critérios estrita
lògicamente mais significativas do que aquelas das clássicas discriminações por
mente demográficos.
unidades da federação e por regiões.
vamente insustentável com que labora
Êsse exemplo de um conceito positi
do que o passado próximo legou ao presentrêJganhJ seu pleno_yJo, ^so ciológico se os entendemos como ins íe uma política que pretenda
-
conhecer para transformar, forjando com
as próprias mãos o que deve ser o futuro. notas
'i\ Racta citar, como exemplo, os tra-
i^aVho? e nesquisas feitos para a Liga das Nações pelo Princeton University s Oífice of PoPLilarion Research: F. iNetestein
ot al The Future Populaíion of Europa
and lhe Soviet Union (1944) Frank Lorimpr The Population o£ Soviet Umon: His-
Economic Demography oi Eastern and
banas. Isso de considerarmos como ur
bana a população de todas as sedes de
flagrante e é daquelas que conduzem a mil artifícios de cálculo para tentar su
Nesse sentído pode-se dizer que os
lory and Prospects (1946); W. Moore, The
co, para as priscas eras em que Ratzel
por certo — tanto no que se refere
pensar numa poHHca de população que conduza à renovação econômica e so
pràticamente inúteis c carecem de complementação.
objetiva
ministrativas que, tais como são, pouco
levantamentos, o que é pior — precon
ciais E sòmente nessa base é possível
de elementos de informação
pendência das divisões e subdivisões ad
fia brasileira — não apenas nas análi
ços teóricos de extraordinário alcance e
ra visões muito largas do conjunto, são
verdade, a simbiose entre a geografia e gãos centrais do levantamento estatístico nacional, está alimentando na demogra-
sas. Mais que isso, os censos brasileiros,
H:
Hs
íjí
mereçam tratamento à parte, que ficará
para outra oportunidade. Acreditamos, entretanto, que ficou evidenciado, mes
Southern Europe (1945), etc.
2) "The classic example of the naturalistic theorical approach is to be found, of course, in Malthus...
The classic
example of the institutienal approach to population theory is to be found m Marx... (Phillip Hauser, Preseni Slatus and Prospects of Research in Popmalion. "American Sociological Review, August, 1948, Vol. 13. n.o 4. pg. 376).
3) Cfr. Hauser, artigo citado, passlm. 4) Cfr., sôbre o assunto, a excelente mo
mo dentro da limitação de espaço e ob jetivos que nos impusemos, a necessi
nografia de G. Mortara et al.. Aproveita
dade de fazer do censo uma fonte va
l^gração Interior (1948).
mento dos Dados do Censo Demográfico
para a Determinação das Correntes de
97
Digesto Econômico
■K
Í^Unidade e pluralidade sindical Clovis Leite RiaEino
PROBLEMA da unidade ou pluralidade sindical é de importância decisi
va para a existência do sindicalismo no Brasil. Êsse problema foi amplamente discutido por ocasião da elaboração da Carta Constitucional de 1934, quando 'OS constituintes se decidiram pela plu
O A. moatra, no presente trabalho, a necessidade da manutenção da unidade
sindical, como condição indispensável à própria subsislância do sindicalismo no Brasil.
acentuadamente democráticas dos cons-
m
tituintes de 1934, que entendiam ser a
J pluralidade sindical decorrência impera
tiva de um regime verdadeiramente de
mocrático.
Entretanto, em contradição
com essa atitude, introduziram em nosso
sistema constitucional a representação política profissional, como verdadeira excrescência em um sistema em que se mantinha a representação direta pelo su frágio universal. Êsses dispositivos da Carta Constitucional de 1934 determina
ram, como é sabido, a proliferação de sindicatos criados unicamente com
o
objetivo de eleger representantes pro
fissionais ao Congresso. Tais sindicatos não tinham qualquer possibilidade de existência real.
Era unicamente uma
arma com que os políticos classístas dis
obrigatória para tôdu a categoria eco
nômica e as decorrentes das atribuições de órgãos consullivo.s do Estado, o cons
tituinte de 1937 foi levado à imposição da unidade sindical. Nesse sentido dis pôs a Constituição de 1937, em seu art. 138, que a liberdade sindical seria limi
tada pela necessidade de o sindicato re presentar tôda a categoria profissional, como condição indispensável ao exercí
Entretanto, o estudo histórico de no.s-
sas instituições sindicais e a experiência 10
anos
de
existência
evidência, que a manutenção de uma re lativa unidade sindical ó condição indi.s-
pensávcl á subsistência do i'egime sindi cal no Brasil e, de certo modo, decorre
implicitamente do disposto na Constitui ção Federal. Realmente,
se
a
Constituição de 1937 que sc elaborou quase tôda a legislação sindical brasileira e que se constituiram quase todos os sin
dicatos atualmente existentes, segundo o
plano de um enquadramento sindical, or ganizado apressadamente, para atender
à situação real resultante da anárquica criação dos sindicatos inspirados nos dis
Entre
te oposta, decorrente das tendências fílofascistas que inegàvelmente a inspiraram.
1934 e o da de 1937, a primeira baseada na pluralidade sindical e a segunda na
Dando aos sindicatos o caráter de ór
unidade, situa-se a Constituição de 1946, que em seu art. 141, § 12 estabelece o
regime de unidade sindical, para que cada categoria eco nômica ou profissional seja representada por um único sindicato no exercício dessas
funções. Assim acontece com a faculdade de
celebração de contratos coletivos de tra balho e de imposição e arrecadação da
taxa impròpriamente denominada impos to sindical.
O exercício dessas funções
só pode ser atribuído a um único sin
dical a uma única dessas associações, a
mais represenlatíva, de cada categoria. Essa solução tem provado ser a que melhor se ajusta às necessidades e às tendências de nosso sindicali.smo e cor responde, mais ou menos exatamente, às diretrizes traçadas pela Igreja nas duas
grandes Encíclícas "Rerum Novarum" e "Ouadragésimo Anno" (1). Conforme já tivemos oportunidade de
escrever, tal solução corresponde ao es pírito neo-liberal de nossas instituições ^
nue no sentido das diretri
zes 'de Leão XIII e Pm XI,
respeitando a liberdade de
dicato representativo de cada grupo eco
inscrição no sindicato e adnntindo a livre existência de associações civis congêneres,
k
prescreve a unidade sindi
cal e dá aos sindicatos, me diante delegação de funções, os meios legais e materiais de realização de sua tarefa. "Sem a unidade e a con
tribuição sindical obrigató ria, jamais poderia ser reali^da essa tarefa social que o neo-liberalismo atribui aos sindicatos, na defesa das instituições democráticas e da pro
priedade privada dos meios de produção, contra a onda de anarquia que resulta das contradições sociais e econômicas
de nossa época. Se não houvesse unida-
nômico ou profissional, para que os con tratos coletivos de trabalho celebrados
principio da liberdade sindical, condicio
por seu intermédio e a imposição daque
nado à regulamentação pelo Estado das
la taxa possam incidir sobre todo o gru
funções delegadas pelo poder público.
vando a concessão da investidura sin
Magna Carta faculta ao Es tado delegar funções aos sin dicatos, regulamentando sua
corre a necessidade de um
Foi com a inspiração nesse sentido da
tindo a livre existência, dentro de ca
nossa
público.
êsses dois extremós, o da Constituição de
celebração de contratos coletivos de tra-
sentido de fixar soluções mais plásticas para os, problemas que se apresentassem.
atividade no sentido do exer cício dessas funções, daí de
ma sindical uma solução diametralmen
caráter estatal, tais como a faculdade de
cais, ficasse com maior liberdade, no
cio das funções delegadas pelo poder
positivos da Constituição de 1934.
classe perante o Estado, com funções de
da categoria econômica ou profissional, do associações profissionais, mas reser
dessas instituições indicam, com tôda
putavam os cargos de representação. A Constituição de 1937 deu ao proble
gãos de representação profissional de
uma posição definida no problema da pluralidade c unidade sindical, dando margem a que o legislador ordinário,
dêstes últimos
balho, de arrecadação da taxa sindical
Tal solução decorria das tendências
Nesse sentido, a Consolidação das Leis do Trabalho dispôs sabiamente, admi
na regulamentação das atividades sindi
ralidade sindical consagrada no art. 120 dessa Carta.
Es.sa solução significa que os consti tuintes de 194C preíerirum não tomar
po representado,
(1)
Cf. Digesto Econômico — maio de 1948 — "O Impôsto Sindical e a
Contribuição dos Sindicatos para a
Solução Cristã dos Problemas So ciais"
(pág.
48).
97
Digesto Econômico
■K
Í^Unidade e pluralidade sindical Clovis Leite RiaEino
PROBLEMA da unidade ou pluralidade sindical é de importância decisi
va para a existência do sindicalismo no Brasil. Êsse problema foi amplamente discutido por ocasião da elaboração da Carta Constitucional de 1934, quando 'OS constituintes se decidiram pela plu
O A. moatra, no presente trabalho, a necessidade da manutenção da unidade
sindical, como condição indispensável à própria subsislância do sindicalismo no Brasil.
acentuadamente democráticas dos cons-
m
tituintes de 1934, que entendiam ser a
J pluralidade sindical decorrência impera
tiva de um regime verdadeiramente de
mocrático.
Entretanto, em contradição
com essa atitude, introduziram em nosso
sistema constitucional a representação política profissional, como verdadeira excrescência em um sistema em que se mantinha a representação direta pelo su frágio universal. Êsses dispositivos da Carta Constitucional de 1934 determina
ram, como é sabido, a proliferação de sindicatos criados unicamente com
o
objetivo de eleger representantes pro
fissionais ao Congresso. Tais sindicatos não tinham qualquer possibilidade de existência real.
Era unicamente uma
arma com que os políticos classístas dis
obrigatória para tôdu a categoria eco
nômica e as decorrentes das atribuições de órgãos consullivo.s do Estado, o cons
tituinte de 1937 foi levado à imposição da unidade sindical. Nesse sentido dis pôs a Constituição de 1937, em seu art. 138, que a liberdade sindical seria limi
tada pela necessidade de o sindicato re presentar tôda a categoria profissional, como condição indispensável ao exercí
Entretanto, o estudo histórico de no.s-
sas instituições sindicais e a experiência 10
anos
de
existência
evidência, que a manutenção de uma re lativa unidade sindical ó condição indi.s-
pensávcl á subsistência do i'egime sindi cal no Brasil e, de certo modo, decorre
implicitamente do disposto na Constitui ção Federal. Realmente,
se
a
Constituição de 1937 que sc elaborou quase tôda a legislação sindical brasileira e que se constituiram quase todos os sin
dicatos atualmente existentes, segundo o
plano de um enquadramento sindical, or ganizado apressadamente, para atender
à situação real resultante da anárquica criação dos sindicatos inspirados nos dis
Entre
te oposta, decorrente das tendências fílofascistas que inegàvelmente a inspiraram.
1934 e o da de 1937, a primeira baseada na pluralidade sindical e a segunda na
Dando aos sindicatos o caráter de ór
unidade, situa-se a Constituição de 1946, que em seu art. 141, § 12 estabelece o
regime de unidade sindical, para que cada categoria eco nômica ou profissional seja representada por um único sindicato no exercício dessas
funções. Assim acontece com a faculdade de
celebração de contratos coletivos de tra balho e de imposição e arrecadação da
taxa impròpriamente denominada impos to sindical.
O exercício dessas funções
só pode ser atribuído a um único sin
dical a uma única dessas associações, a
mais represenlatíva, de cada categoria. Essa solução tem provado ser a que melhor se ajusta às necessidades e às tendências de nosso sindicali.smo e cor responde, mais ou menos exatamente, às diretrizes traçadas pela Igreja nas duas
grandes Encíclícas "Rerum Novarum" e "Ouadragésimo Anno" (1). Conforme já tivemos oportunidade de
escrever, tal solução corresponde ao es pírito neo-liberal de nossas instituições ^
nue no sentido das diretri
zes 'de Leão XIII e Pm XI,
respeitando a liberdade de
dicato representativo de cada grupo eco
inscrição no sindicato e adnntindo a livre existência de associações civis congêneres,
k
prescreve a unidade sindi
cal e dá aos sindicatos, me diante delegação de funções, os meios legais e materiais de realização de sua tarefa. "Sem a unidade e a con
tribuição sindical obrigató ria, jamais poderia ser reali^da essa tarefa social que o neo-liberalismo atribui aos sindicatos, na defesa das instituições democráticas e da pro
priedade privada dos meios de produção, contra a onda de anarquia que resulta das contradições sociais e econômicas
de nossa época. Se não houvesse unida-
nômico ou profissional, para que os con tratos coletivos de trabalho celebrados
principio da liberdade sindical, condicio
por seu intermédio e a imposição daque
nado à regulamentação pelo Estado das
la taxa possam incidir sobre todo o gru
funções delegadas pelo poder público.
vando a concessão da investidura sin
Magna Carta faculta ao Es tado delegar funções aos sin dicatos, regulamentando sua
corre a necessidade de um
Foi com a inspiração nesse sentido da
tindo a livre existência, dentro de ca
nossa
público.
êsses dois extremós, o da Constituição de
celebração de contratos coletivos de tra-
sentido de fixar soluções mais plásticas para os, problemas que se apresentassem.
atividade no sentido do exer cício dessas funções, daí de
ma sindical uma solução diametralmen
caráter estatal, tais como a faculdade de
cais, ficasse com maior liberdade, no
cio das funções delegadas pelo poder
positivos da Constituição de 1934.
classe perante o Estado, com funções de
da categoria econômica ou profissional, do associações profissionais, mas reser
dessas instituições indicam, com tôda
putavam os cargos de representação. A Constituição de 1937 deu ao proble
gãos de representação profissional de
uma posição definida no problema da pluralidade c unidade sindical, dando margem a que o legislador ordinário,
dêstes últimos
balho, de arrecadação da taxa sindical
Tal solução decorria das tendências
Nesse sentido, a Consolidação das Leis do Trabalho dispôs sabiamente, admi
na regulamentação das atividades sindi
ralidade sindical consagrada no art. 120 dessa Carta.
Es.sa solução significa que os consti tuintes de 194C preíerirum não tomar
po representado,
(1)
Cf. Digesto Econômico — maio de 1948 — "O Impôsto Sindical e a
Contribuição dos Sindicatos para a
Solução Cristã dos Problemas So ciais"
(pág.
48).
98
Dicesto
de sindical, como poderiam os sindicatos
de sua categoria econômica o necessário
representar os interesses gerais de sua ca tegoria econômica, realizar contratos co
espírito de solidariedade profissional, que os traz para a agremiação sindical.
letivos de trabalho, suscitar dissídios,
Poder-sc-ia dizer que a constatação
conciliar litígios? Qual dos múltiplos sindicatos de determinada profissão po
desses fatos revela o artificialismo de
deria representá-la? Os partidos políti cos, em luta uns contra os outros pela
ções, seria preferível que desapareces sem, em um regime de plena liberdade e pluralidade sindical. Tal observação
conquista de eleitores, invadiriam a sea ra sindical e acabaríamos tendo, dentro
de um mesmo grupo profissional, sindi catos comunistas, socialistas, trabalhistas, pessedistas, udenistas, combatendo-se im-
placàvelmente e gerando a mais comple ta anarquia." (2).
guém pode negar que o sindicalismo re presenta uma imperiosa necessidade da
época contemporânea. Conforme mostra
dernização das corporações»
sil, em que a deficiência de
sob
'j espírito de solidariedade profissional é uma herança de nossa formação histó rica, os sindicatos não se po
forma
sindical
dade profissional para rea lização das magnas tarefas
todos os sindicatos brasi leiros vivem ainda da arre
que o presente nos impõe e
que o futuro nos reserva.
cadação do ímpôsto sindical.
Raros são aqueles que conseguiram reu nir em seus grêmios suficiente número de integrantes de sua categoria econômica
de sorte a dísporem de rendas próprias existência
material e o exercício normal de suas
Somente com insano trabalho
das diretorias mais esclarecidas e com a
prestação de serviços, mantidos em gran
de parte pela arrecadação da taxa sin
dical, é que alguns sindicatos têm conse
guido desenvolver entre os integrantes
E', pois, mister que o Es
tado intervenha ativamente no problema sindicai, criando as condições indispen sáveis à organização, ao desenvolvimento e ao fortalecimento dos sindicatos.
Ora, essa obra não pode ser realizada senão em um regime, como o consubs tanciado na Constituição de 1946, em que se concilie a liberdade de existência
de associações civis profissionais e a livre inscrição nos sindicatos com a uni
dade sindical para cada categoria eco
nômica, fixado o âmbito de cada uma
em um plano de enquadramento sindical.
Sòmente, um regime dessa natureza per
(2) Ibidem, pág. 51.
mite ao Estado delegar aos sindicatos
convênio.
Nos países nórdicos o sindi
sindical de S. Francisco da Califórnia,
subscrito pelos delegados do Brasil, pro clamando a mais ampla liberdade de
e interesses coletivos. Aqui, ao contrário,
que por lei lhes sejam atribuídas. E' verdade que o recente convênio
associação profissional e condenando tôda intervenção do Estado na economia
dos sindicatos, parece inclinar-se no sen tido da pluralidade sindical. Os artigos
3.°, 7.° c 8.° desse convênio — dispon do que as autoridades púbbcas devem
abster-se de toda intcncnção que possa limitar o direito das organizações de tra balhadores e empregadores clc redigir tantes, de organizar sua administração e
sufi
99
calismo resulta de um movimento espon tâneo de aglutinação dos integrantes de cada categoria econômica ou profissio nal, animada por poderoso espírito de
trincados problemas sociais e econômicos em que nos
ciente espírito de solidarie
Nossa experiência nesse sentido é eloqüente. Quase
certas funções mínimas indispensáveis à sua existência c à realização das tarefas
nal, poderá resolver os in
sário criar no Brasil
Estado.
Econômico
seus estatutos e regulamentos administra
Por outro lado, é neces
sem uma certa tutela do
de assegurar sua
nacio
debatemos.
dem constituir e desenvolver
funções.
não resiste, porém, a uma análise mais atenta do problema. Com efeito, nin
Durkhoim, sòmente a mo
Em um país como o Bra-
capazes
nossos sindicatos e que, cm tais condi
.«■ víri-í V»
<--V
Dicesto EcoNÓNnco
tivos, de eleger livremente seus represen suas atividades e cie formular seu pro grama de ação, estatuindo que a aqui sição da personalidade jurídica pelas organizações do trabalhadores- e de em
pregadores não pode estar subordinada
a condições de natureza tal que limitem a aplicação dos princípios do convênio c determinando, de modo geral, que a
legislação nacional não prejudicará as
garantias previstas no convênio — são aparentemente inconciliáveis com o atual
regime sindical brasileiro. Aparentemente inconciliáveis^ disse mos.
Realmente, um exame mais aten
to desses dispositivos e do espírito do convênio —'revela a possibilidade de conciliação daqueles princípios com as tendências e necessidades de nosso sin dicalismo e indica as diretrizes acerta das de uma conveniente refoi-raa da le
gislação sindical brasileira.
solidariedade, na defesa de seus direitos cm um meio carente desse espírito de so lidariedade, tal movimento se orienta de
cima para baixo, provocado pela ação estimulante do Esbido c de uma mino ria esclarecida de dirigentes sindicais.
Tal política só agora começa a produ zir seus frutos, mediante uma gradual
educação das massas trabalhadoras e dos
empregadores, cujo interesse sindical decoire dos sen-iços individuais ou coleti vos prestados pelos sindicatos.
NLas condições, a completa demo
cratização dos sindicatos, em um regime
de plena liberdade e pluralidade sindi-
S ^excludente de qualquer inten^ençao
ou tutela do Estado, sem a delegação de certas funções estatais, imphcaria simae ceriao
—
plesmente em um retrocesso em nossa evolução sindical.
Ouem tem alguma experiência da ati
vidade sindical sabe - é mister repetir
que sem a faculdade de imposição
e airecadação da taxa sindical, de cele bração de contratos coletivos de trabalho e representação legal de sua categoria
econômica ou profissional perante o Es tado, rarissimos sindicatos subsistiriam no Brasil, se algum subsistisse. Ora, co mo tais delegações de funções pelo Es tado pressupõem necessariamente a uni dade de representação de cada categoria
ou profissão, segue-se que a unidade sin dical é um imperativo categórico de
que as condições sociais e econômicas do
nossa atual estruturação social. Como conciliar, entretanto, tal impe
Brasil são diversas das da maioria dos
rativo com as cláusulas do convênio de
países mais evoluídos, signatários do
São Francisco? A atual legislação sindi-
Antes do mais, é forçoso reconhecer
98
Dicesto
de sindical, como poderiam os sindicatos
de sua categoria econômica o necessário
representar os interesses gerais de sua ca tegoria econômica, realizar contratos co
espírito de solidariedade profissional, que os traz para a agremiação sindical.
letivos de trabalho, suscitar dissídios,
Poder-sc-ia dizer que a constatação
conciliar litígios? Qual dos múltiplos sindicatos de determinada profissão po
desses fatos revela o artificialismo de
deria representá-la? Os partidos políti cos, em luta uns contra os outros pela
ções, seria preferível que desapareces sem, em um regime de plena liberdade e pluralidade sindical. Tal observação
conquista de eleitores, invadiriam a sea ra sindical e acabaríamos tendo, dentro
de um mesmo grupo profissional, sindi catos comunistas, socialistas, trabalhistas, pessedistas, udenistas, combatendo-se im-
placàvelmente e gerando a mais comple ta anarquia." (2).
guém pode negar que o sindicalismo re presenta uma imperiosa necessidade da
época contemporânea. Conforme mostra
dernização das corporações»
sil, em que a deficiência de
sob
'j espírito de solidariedade profissional é uma herança de nossa formação histó rica, os sindicatos não se po
forma
sindical
dade profissional para rea lização das magnas tarefas
todos os sindicatos brasi leiros vivem ainda da arre
que o presente nos impõe e
que o futuro nos reserva.
cadação do ímpôsto sindical.
Raros são aqueles que conseguiram reu nir em seus grêmios suficiente número de integrantes de sua categoria econômica
de sorte a dísporem de rendas próprias existência
material e o exercício normal de suas
Somente com insano trabalho
das diretorias mais esclarecidas e com a
prestação de serviços, mantidos em gran
de parte pela arrecadação da taxa sin
dical, é que alguns sindicatos têm conse
guido desenvolver entre os integrantes
E', pois, mister que o Es
tado intervenha ativamente no problema sindicai, criando as condições indispen sáveis à organização, ao desenvolvimento e ao fortalecimento dos sindicatos.
Ora, essa obra não pode ser realizada senão em um regime, como o consubs tanciado na Constituição de 1946, em que se concilie a liberdade de existência
de associações civis profissionais e a livre inscrição nos sindicatos com a uni
dade sindical para cada categoria eco
nômica, fixado o âmbito de cada uma
em um plano de enquadramento sindical.
Sòmente, um regime dessa natureza per
(2) Ibidem, pág. 51.
mite ao Estado delegar aos sindicatos
convênio.
Nos países nórdicos o sindi
sindical de S. Francisco da Califórnia,
subscrito pelos delegados do Brasil, pro clamando a mais ampla liberdade de
e interesses coletivos. Aqui, ao contrário,
que por lei lhes sejam atribuídas. E' verdade que o recente convênio
associação profissional e condenando tôda intervenção do Estado na economia
dos sindicatos, parece inclinar-se no sen tido da pluralidade sindical. Os artigos
3.°, 7.° c 8.° desse convênio — dispon do que as autoridades púbbcas devem
abster-se de toda intcncnção que possa limitar o direito das organizações de tra balhadores e empregadores clc redigir tantes, de organizar sua administração e
sufi
99
calismo resulta de um movimento espon tâneo de aglutinação dos integrantes de cada categoria econômica ou profissio nal, animada por poderoso espírito de
trincados problemas sociais e econômicos em que nos
ciente espírito de solidarie
Nossa experiência nesse sentido é eloqüente. Quase
certas funções mínimas indispensáveis à sua existência c à realização das tarefas
nal, poderá resolver os in
sário criar no Brasil
Estado.
Econômico
seus estatutos e regulamentos administra
Por outro lado, é neces
sem uma certa tutela do
de assegurar sua
nacio
debatemos.
dem constituir e desenvolver
funções.
não resiste, porém, a uma análise mais atenta do problema. Com efeito, nin
Durkhoim, sòmente a mo
Em um país como o Bra-
capazes
nossos sindicatos e que, cm tais condi
.«■ víri-í V»
<--V
Dicesto EcoNÓNnco
tivos, de eleger livremente seus represen suas atividades e cie formular seu pro grama de ação, estatuindo que a aqui sição da personalidade jurídica pelas organizações do trabalhadores- e de em
pregadores não pode estar subordinada
a condições de natureza tal que limitem a aplicação dos princípios do convênio c determinando, de modo geral, que a
legislação nacional não prejudicará as
garantias previstas no convênio — são aparentemente inconciliáveis com o atual
regime sindical brasileiro. Aparentemente inconciliáveis^ disse mos.
Realmente, um exame mais aten
to desses dispositivos e do espírito do convênio —'revela a possibilidade de conciliação daqueles princípios com as tendências e necessidades de nosso sin dicalismo e indica as diretrizes acerta das de uma conveniente refoi-raa da le
gislação sindical brasileira.
solidariedade, na defesa de seus direitos cm um meio carente desse espírito de so lidariedade, tal movimento se orienta de
cima para baixo, provocado pela ação estimulante do Esbido c de uma mino ria esclarecida de dirigentes sindicais.
Tal política só agora começa a produ zir seus frutos, mediante uma gradual
educação das massas trabalhadoras e dos
empregadores, cujo interesse sindical decoire dos sen-iços individuais ou coleti vos prestados pelos sindicatos.
NLas condições, a completa demo
cratização dos sindicatos, em um regime
de plena liberdade e pluralidade sindi-
S ^excludente de qualquer inten^ençao
ou tutela do Estado, sem a delegação de certas funções estatais, imphcaria simae ceriao
—
plesmente em um retrocesso em nossa evolução sindical.
Ouem tem alguma experiência da ati
vidade sindical sabe - é mister repetir
que sem a faculdade de imposição
e airecadação da taxa sindical, de cele bração de contratos coletivos de trabalho e representação legal de sua categoria
econômica ou profissional perante o Es tado, rarissimos sindicatos subsistiriam no Brasil, se algum subsistisse. Ora, co mo tais delegações de funções pelo Es tado pressupõem necessariamente a uni dade de representação de cada categoria
ou profissão, segue-se que a unidade sin dical é um imperativo categórico de
que as condições sociais e econômicas do
nossa atual estruturação social. Como conciliar, entretanto, tal impe
Brasil são diversas das da maioria dos
rativo com as cláusulas do convênio de
países mais evoluídos, signatários do
São Francisco? A atual legislação sindi-
Antes do mais, é forçoso reconhecer
Dicesto
100
EcoNÓ>nco
cal brasileira, com pequenas correções
gativas que o Estado lhes confere, nos
já indicadas pela experiência, dá cabal
termos dos artigos 512 e 513, cm re
resposta a essa pergunta. A fórmula será a da manutenção do sistema de coexistência das associações
gime de unidade sindical para cada ca tegoria econômica ou profissional, cuja fiscalização pelo poder púbUco deve
profissionais previstas nos artigos 511 e
limitar-se ao exercício das funções esta
512 da Consolidação, constituídas em
tais que lhes são delegadas, respeitando-
regime de plena liberdade associativa,
se, em tudo mais, as liberdades assegu
com os sindicatos investidos das prerro
radas pelo convênio de São Francisco.
O crédito^ a moeda-o capital Aldo M. Azevedo
Conferência pronunciada no Centro de Debates "Casper Libero", da "A Gazeta" de São Paulo.
^OMO o mais forte argumento da pa^ lestra seguinte está baseado na no
com velocidade incrível os mais di\'ersos
ção do nível de preços, considero ne
assuntos. Repentinamente, um dos alu
cessário contar preliminarmente uma pe
nos interrompeu a contemplação, para
quena história que .sc passou na Ingla
.perguntar ao professor como se forma
terra há pouco tempo. Pelas margens escarpadas do estreito
vam os preços do mercado.
de Dover, pas seava certa oca
sião um grande professor de Economia da
rTT-TTI
Universidade de
Acrescentou que, durante o primeiro semestre do corrente ano, a Grã-Brotanha reduziu as vnponações_ norte-americanas de 602 para 382 milhões de dólares. Os
automóveis constituem o principcd artigo de exportação britânico, quando anterior mente o uísque ocupava essa posição.
te de seu raciocí
nio a respeito de uma nova teoria
que bá muito era objeto de seus
panhia de três
satisfeito
vinha
do
mesmo
tempo,
pela
curiosidade . do
mar espancava as
discípulo, dispôs-
preocupações co
se a satisfazê-lo,
tidianas daquele grupo, enchen-
e iniciou sua preleção mais ou
do-lhe os
menos nestes têr-
pul
mões com o oxi-
análogo mês de 1947. Graças a êsse resultado as exportações do Reino Unido representariam um terço das importações, em lugar apenas de 1/5, como em 1947.
recido pelo cor
de seus melhores alunos. A brisa
^ gênio vivíficante
a 25 milhões de dólares, em junho, representando aumento de 50% em relação a
O velho mestre pigarreou, meio abor
devaneios inte lectuais. Mas, ao
Oxford, em com
que
Em declarações à imprensa, o sr. EvÜle Blom, conselheiro comercial britânico nos Estados Unidos, revelou que as exportações inglêsas para os EUA se elevaram
deixado deliberadamente Ii\Te, percorria
mos:
— A formação
da atmosfera lím
dos preços repre
pida, que se per dia nos longín
senta
quos horizontes do Canal da Mancha. O mar se apresentava crespo, mantendo ritmadas suas ondas regulares, que trans
portavam ondículas espumantes por so bre a superfície. Permanecendo êles alguns instantes silenciosos e concentra dos, na contemplação do belíssimo es- • peiáculo, o pensamento de cada um,
uma
das
mais complexas
questões estudadas pela Economia. Poder-se-ia quase dizer que a Economia visa precipuamente estabelecer a lei re guladora da formação dos preços. Por
tanto, o que o amigo está pedindo é uma informação que corresponde qxiase que ao curso todo de Economia...
Mas, vou tentar uma súmula, usando
Dicesto
100
EcoNÓ>nco
cal brasileira, com pequenas correções
gativas que o Estado lhes confere, nos
já indicadas pela experiência, dá cabal
termos dos artigos 512 e 513, cm re
resposta a essa pergunta. A fórmula será a da manutenção do sistema de coexistência das associações
gime de unidade sindical para cada ca tegoria econômica ou profissional, cuja fiscalização pelo poder púbUco deve
profissionais previstas nos artigos 511 e
limitar-se ao exercício das funções esta
512 da Consolidação, constituídas em
tais que lhes são delegadas, respeitando-
regime de plena liberdade associativa,
se, em tudo mais, as liberdades assegu
com os sindicatos investidos das prerro
radas pelo convênio de São Francisco.
O crédito^ a moeda-o capital Aldo M. Azevedo
Conferência pronunciada no Centro de Debates "Casper Libero", da "A Gazeta" de São Paulo.
^OMO o mais forte argumento da pa^ lestra seguinte está baseado na no
com velocidade incrível os mais di\'ersos
ção do nível de preços, considero ne
assuntos. Repentinamente, um dos alu
cessário contar preliminarmente uma pe
nos interrompeu a contemplação, para
quena história que .sc passou na Ingla
.perguntar ao professor como se forma
terra há pouco tempo. Pelas margens escarpadas do estreito
vam os preços do mercado.
de Dover, pas seava certa oca
sião um grande professor de Economia da
rTT-TTI
Universidade de
Acrescentou que, durante o primeiro semestre do corrente ano, a Grã-Brotanha reduziu as vnponações_ norte-americanas de 602 para 382 milhões de dólares. Os
automóveis constituem o principcd artigo de exportação britânico, quando anterior mente o uísque ocupava essa posição.
te de seu raciocí
nio a respeito de uma nova teoria
que bá muito era objeto de seus
panhia de três
satisfeito
vinha
do
mesmo
tempo,
pela
curiosidade . do
mar espancava as
discípulo, dispôs-
preocupações co
se a satisfazê-lo,
tidianas daquele grupo, enchen-
e iniciou sua preleção mais ou
do-lhe os
menos nestes têr-
pul
mões com o oxi-
análogo mês de 1947. Graças a êsse resultado as exportações do Reino Unido representariam um terço das importações, em lugar apenas de 1/5, como em 1947.
recido pelo cor
de seus melhores alunos. A brisa
^ gênio vivíficante
a 25 milhões de dólares, em junho, representando aumento de 50% em relação a
O velho mestre pigarreou, meio abor
devaneios inte lectuais. Mas, ao
Oxford, em com
que
Em declarações à imprensa, o sr. EvÜle Blom, conselheiro comercial britânico nos Estados Unidos, revelou que as exportações inglêsas para os EUA se elevaram
deixado deliberadamente Ii\Te, percorria
mos:
— A formação
da atmosfera lím
dos preços repre
pida, que se per dia nos longín
senta
quos horizontes do Canal da Mancha. O mar se apresentava crespo, mantendo ritmadas suas ondas regulares, que trans
portavam ondículas espumantes por so bre a superfície. Permanecendo êles alguns instantes silenciosos e concentra dos, na contemplação do belíssimo es- • peiáculo, o pensamento de cada um,
uma
das
mais complexas
questões estudadas pela Economia. Poder-se-ia quase dizer que a Economia visa precipuamente estabelecer a lei re guladora da formação dos preços. Por
tanto, o que o amigo está pedindo é uma informação que corresponde qxiase que ao curso todo de Economia...
Mas, vou tentar uma súmula, usando
Dicesto
102
EcoNÓ^^co
Dicesto Econónoco
para isso de um artifício, de uma ana logia, que pode representar mais sim plesmente esse complexo fenômeno. Sen
veís e obstáculos às correntes; o contômo da costa e a dcclividacle mais ou
do mais simples do que o objeto em apreço, a analogia é mais compreensível;
que nadam de um lado para outro -
devidamente é a situação intermediária da moeda, cm relação ao crédito e ao capital. Entretanto, a moeda c na ver
tudo, mesmo a menor conclia ou mexi
por outro lado, sendo mais simples, não pode transmitir senão uma parte da complexidade daqui'o que pretende re presentar. Cabe a vocês, estudantes, rea
lhão, pode influir em grau sensível para a movimentação das águas do mar..-
dade o traço dc união, a ponte que per de economias acumuladas — ir socorrer a
Depois de ter ficado alguns instantes
produção, mediante o crédito a curto ou
lizar as necessárias correções, antes de
concluir, de modo a alcançar mais pròximamente a verdade da lição. Depois dessa introdução cautelosa, o
professor estendeu o braço em direção ao mar, para continuar:
essa superfície ondulada,
salpicada de pontos movediços. Ora ela se nos apresenta assim, crespa, sem mo
vimentos vío'entos; ora se torna agi
tada, com altas ondas que dão a im
pressão de querer arrebentar com a costa esbranquiçada da Inglaterra; ora se achata mansamente, como se fôra um lago tranqüilo, parado, sem o menor vento... Ao observador do mar, nada aparece como causa dessa diferença de aspecto. Superficialmente, há modifica
ções evidentes; mas. os motivos dessas variações não são visíveis, nem facilmen
te alcançados. Sòraente pelo estudo mais aprofundado, o homem pode encontrar a explicação do fato. E, depois de mui tas pesquisas e observações, os cientistas conseguiram indicar as principais cau sas diretas do movimento das águas do mar: a influência da lua, em suas fases
regulares; as corrçntes marítimas, provo cadas pelas diversas temperaturas do globo; os ventos, dirigidos por um com plicado sistema de pressões e depres sões...
Mas, realmente, liá outros nu
menos abrupta; os mi'hõcs dc peixes,
mite ao capital — na forma elementar
calado, o professor concluiu:
a longo prazo, assegurada uma retirada
— O mercado dc preços é como um mar, que ora se apresenta agitado, ora
oportuna pelo reombôlso.
calmo; e sua superfície, onde sahitam os va'ores econômicos, não indica ao obser
vador as razões mais profundas dos nu merosos movimentos.
As correntes não
são fàcilmente distinguívois, pois agem
misturadas com as águas passivas. Os obstáculos ocultos não aparecem aos nos sos olhos.
Os milhões de consumidores
Naturalmente, do lado do crédito, também figiua o representado pelos títu
los do Estado, que absorvem grandes somas de c.ipitais provindos das econo
mias privadas. Como a moeda, hoje em dia, na sua forma fiduciáría, não passa realmente de um titulo de crédito do
Estado, é fácil comjDreender como ela regula e condiciona o uso do crédito e,
poderiam ser comparados aos cardumes,
conseqüentemente, as aplicações do ca
cuja movimentação coletiva ora reforça,
pital. Mas, da moeda não depende sòmente o crédito público e particular. Ela determina, de forma decisiva, como veremos logo mais, a própria criação do
ora contraria as correntes principais.
Assim, a superfície do mercado de pre
ços, como o mar que estamos vendo neste momento, pode variar de um mo mento para outro, sem causa aparente.
capital e sua conservação íntegra. A criação do capital resulta, como é
Como os peixinhos que ali se encon
sabido, da formação de economias, isto
tram, somos arrastados de irm ponto
é, de poupanças obtidas mediante sacri
para outro, sem saber por que...
fícios e abstinências de várias ordens. Mas, essa é a forma primitiva e inicial da constituição daquilo que denomina mos capital, Porque êstc, no sistema econômico denominado capitalista, ordinàriamente passa a render juros, variá veis geralmente na proporção do risco
Os discípulos, absorvidos na medita ção dessa lição extra-cátedra, alongavam o olhar sobre o imenso rebanho de car-
neirinhos que corria em direção às es
carpas de Dever, e viam etiquetas de preços pulularem na superfície do mar, quando tiveram a atenção despertada por
um dos rapazes, que disse, como se fa
da aplicação. A própria renda do capi tal, quando acumulada e reinvestida^
lasse consigo mesmo:
contribui para a criação de novos ca
— Se" até os peixinhos podem influir no nível dos preços, imaginem os tu
pitais.
merosos fatores, que exercem mais ou
barões...
menos ação no resultado final: a forma
(Em tempo; — êsse aluno era brasi leiro...)
ção do fundo do mar, com seus desní-
Um fato que pouca gente considero
No Brasil, como sabemos e é repeti damente apontado, tem sido muito va garosa a criação de capitais: não só porque seu povo é menos previdente e, em conseqüência, pouco inclinado a rea
lizar economias, mas, também, em gran de parte, porque a moeda se tem desva
lorizado em proporções assombrosas, que anulam as altas taxas de juros geral mente cobradas para os capitais em prestados. Aqueles que empregaram suas econo mias em terras de cultura, imóveis urba
nos e empreendimentos industriais e co merciais, não sofreram, senão parcial mente, os efeitos de nossas sucessivas e
crônicas desvalorizações monetárias. En
tretanto, os que economizaram e foram levados a aplicar seus capitais em títulos da dívida pública, em contas correntes bancárias e das Caixas Econômicas, em
empréstimos, ou nas companiüas de ca pitalização e de seguros, ficaram su jeitos à invisível depreciação de seu pa trimônio, sub-repticiamente efetivada cada vez que a nossa moeda sofre des
valorizações. Para que examinemos mais
de perto essa questão, devemos prmci-
piar pelas noções mais rudimentares, o que peço me relevem. O mais elementar conceito de moeda fiduciáría é o que a equipara a uma
promessa de pagamento. Uma nota de mil cruzeiros é de fato uma promissória do erário, na qual está expresso o com
promisso de restituir ao portador a quan tia de mil cruzeiros, ali declarada como
"valor recebido". E* exato que não se encontra indicada a data em que será efetuado o pagamento, o que toma a moeda um título sem vencimento. Essa
circunstância, entretanto, longe de ate
nuar, agrava a responsabilidade do Es tado, porque o papel-moeda de curso forçado não encontra limites no espaço territorial da nação, nem do tempo. O aspecto moral é inseparável e, por isso mesmo, a moeda recebe o sobrenome
adjetivo de "fiduciária", isto é, funda-
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EcoNÓ^^co
Dicesto Econónoco
para isso de um artifício, de uma ana logia, que pode representar mais sim plesmente esse complexo fenômeno. Sen
veís e obstáculos às correntes; o contômo da costa e a dcclividacle mais ou
do mais simples do que o objeto em apreço, a analogia é mais compreensível;
que nadam de um lado para outro -
devidamente é a situação intermediária da moeda, cm relação ao crédito e ao capital. Entretanto, a moeda c na ver
tudo, mesmo a menor conclia ou mexi
por outro lado, sendo mais simples, não pode transmitir senão uma parte da complexidade daqui'o que pretende re presentar. Cabe a vocês, estudantes, rea
lhão, pode influir em grau sensível para a movimentação das águas do mar..-
dade o traço dc união, a ponte que per de economias acumuladas — ir socorrer a
Depois de ter ficado alguns instantes
produção, mediante o crédito a curto ou
lizar as necessárias correções, antes de
concluir, de modo a alcançar mais pròximamente a verdade da lição. Depois dessa introdução cautelosa, o
professor estendeu o braço em direção ao mar, para continuar:
essa superfície ondulada,
salpicada de pontos movediços. Ora ela se nos apresenta assim, crespa, sem mo
vimentos vío'entos; ora se torna agi
tada, com altas ondas que dão a im
pressão de querer arrebentar com a costa esbranquiçada da Inglaterra; ora se achata mansamente, como se fôra um lago tranqüilo, parado, sem o menor vento... Ao observador do mar, nada aparece como causa dessa diferença de aspecto. Superficialmente, há modifica
ções evidentes; mas. os motivos dessas variações não são visíveis, nem facilmen
te alcançados. Sòraente pelo estudo mais aprofundado, o homem pode encontrar a explicação do fato. E, depois de mui tas pesquisas e observações, os cientistas conseguiram indicar as principais cau sas diretas do movimento das águas do mar: a influência da lua, em suas fases
regulares; as corrçntes marítimas, provo cadas pelas diversas temperaturas do globo; os ventos, dirigidos por um com plicado sistema de pressões e depres sões...
Mas, realmente, liá outros nu
menos abrupta; os mi'hõcs dc peixes,
mite ao capital — na forma elementar
calado, o professor concluiu:
a longo prazo, assegurada uma retirada
— O mercado dc preços é como um mar, que ora se apresenta agitado, ora
oportuna pelo reombôlso.
calmo; e sua superfície, onde sahitam os va'ores econômicos, não indica ao obser
vador as razões mais profundas dos nu merosos movimentos.
As correntes não
são fàcilmente distinguívois, pois agem
misturadas com as águas passivas. Os obstáculos ocultos não aparecem aos nos sos olhos.
Os milhões de consumidores
Naturalmente, do lado do crédito, também figiua o representado pelos títu
los do Estado, que absorvem grandes somas de c.ipitais provindos das econo
mias privadas. Como a moeda, hoje em dia, na sua forma fiduciáría, não passa realmente de um titulo de crédito do
Estado, é fácil comjDreender como ela regula e condiciona o uso do crédito e,
poderiam ser comparados aos cardumes,
conseqüentemente, as aplicações do ca
cuja movimentação coletiva ora reforça,
pital. Mas, da moeda não depende sòmente o crédito público e particular. Ela determina, de forma decisiva, como veremos logo mais, a própria criação do
ora contraria as correntes principais.
Assim, a superfície do mercado de pre
ços, como o mar que estamos vendo neste momento, pode variar de um mo mento para outro, sem causa aparente.
capital e sua conservação íntegra. A criação do capital resulta, como é
Como os peixinhos que ali se encon
sabido, da formação de economias, isto
tram, somos arrastados de irm ponto
é, de poupanças obtidas mediante sacri
para outro, sem saber por que...
fícios e abstinências de várias ordens. Mas, essa é a forma primitiva e inicial da constituição daquilo que denomina mos capital, Porque êstc, no sistema econômico denominado capitalista, ordinàriamente passa a render juros, variá veis geralmente na proporção do risco
Os discípulos, absorvidos na medita ção dessa lição extra-cátedra, alongavam o olhar sobre o imenso rebanho de car-
neirinhos que corria em direção às es
carpas de Dever, e viam etiquetas de preços pulularem na superfície do mar, quando tiveram a atenção despertada por
um dos rapazes, que disse, como se fa
da aplicação. A própria renda do capi tal, quando acumulada e reinvestida^
lasse consigo mesmo:
contribui para a criação de novos ca
— Se" até os peixinhos podem influir no nível dos preços, imaginem os tu
pitais.
merosos fatores, que exercem mais ou
barões...
menos ação no resultado final: a forma
(Em tempo; — êsse aluno era brasi leiro...)
ção do fundo do mar, com seus desní-
Um fato que pouca gente considero
No Brasil, como sabemos e é repeti damente apontado, tem sido muito va garosa a criação de capitais: não só porque seu povo é menos previdente e, em conseqüência, pouco inclinado a rea
lizar economias, mas, também, em gran de parte, porque a moeda se tem desva
lorizado em proporções assombrosas, que anulam as altas taxas de juros geral mente cobradas para os capitais em prestados. Aqueles que empregaram suas econo mias em terras de cultura, imóveis urba
nos e empreendimentos industriais e co merciais, não sofreram, senão parcial mente, os efeitos de nossas sucessivas e
crônicas desvalorizações monetárias. En
tretanto, os que economizaram e foram levados a aplicar seus capitais em títulos da dívida pública, em contas correntes bancárias e das Caixas Econômicas, em
empréstimos, ou nas companiüas de ca pitalização e de seguros, ficaram su jeitos à invisível depreciação de seu pa trimônio, sub-repticiamente efetivada cada vez que a nossa moeda sofre des
valorizações. Para que examinemos mais
de perto essa questão, devemos prmci-
piar pelas noções mais rudimentares, o que peço me relevem. O mais elementar conceito de moeda fiduciáría é o que a equipara a uma
promessa de pagamento. Uma nota de mil cruzeiros é de fato uma promissória do erário, na qual está expresso o com
promisso de restituir ao portador a quan tia de mil cruzeiros, ali declarada como
"valor recebido". E* exato que não se encontra indicada a data em que será efetuado o pagamento, o que toma a moeda um título sem vencimento. Essa
circunstância, entretanto, longe de ate
nuar, agrava a responsabilidade do Es tado, porque o papel-moeda de curso forçado não encontra limites no espaço territorial da nação, nem do tempo. O aspecto moral é inseparável e, por isso mesmo, a moeda recebe o sobrenome
adjetivo de "fiduciária", isto é, funda-
1Ü5
ro Econômico
Dicesto Económicx) 104
da na confiança, na fé dos que a rece bem do Estado.
Tôda desvalorização da moeda, quan do realizada voluntàriamente pelo govêmo, é afinal sentida e compreendida
pelo povo como um ludibrio, uma verda
porcentagem anual de juros e devem
ser resgatados no fim de algum tempo. Ainda há pouco tempo, observa\'a o
vigário". Porque aquele solenemente
ilustre senador Roberto Simonsen que
uma apólice do governo inglês é geral
tão sensível a essa operação monetária,
mente cotada pelo seu valor nominal mais o juro, porque na Inglaterra o ti
que a crônica da Paulicéia registra a
tulo de dívida do Estado vale tanto
data de 17 de fevereiro de 1694 como
um dia de revolta popular, porque o governo colonial quis impor uma desva
quanto uma nota de papel-moeda emi tida por ôle.
E', portanto, uma ano
lorização da "moeda paulista". O caso
malia o que se passa entre nós, quando reputamos apólices com uma depreciação
é interessante, por encerrar várias li
de 20%, 30% e até 40% sobre o seu valor
ções. A valorização adquirida pela
nominal.
"moeda paulista" — ensina o eminen
t
bolsas e que prometem render certa
deira extorsão, xun autêntico "conto do declarado ".valor recebido" já não será mais restituído ao portador. O povo é
r
Mas, o Estado não põe em circulação unicamente moeda fíducíáría. Êle emi te títulos públicos, que se vendem nas
te professor Roberto Simonsen, em sua bem fundamentada "História Econômi ca do Brasil", - era devida à falta de
moedas entre nós. Assim, por causa de uma deflação de fato, os paulistas ha viam arbitrado um ágio de 20% até 50% no valor corrente da moeda metáli-
. ca existente na praça. Visavam atrair,
por esse modo, mais moedas que abun davam em outros centros então mais
adiantados, como a Bahia. Concomitantemente, aquela providência reduzia a necessidade de moedas para as tran sações. Vigorando esse regime durante
algum tempo, as autoridades portuguôsas quiseram estabelecer o valor antigo (no minal) da moeda em circulação nas ter ras de Piratininga.
Os paulistas não
gostaram e, armados de paus, flexas e ferros, foram incorporados até o Paço Municipal para protestar... O ato da desvalorização da moeda, a
não ser que ocorram circunstâncias im
perativas, evidentes e inexoráveis, é dos mais degradantes para um govêmo.
Só podemos encontrar explicação paia esse fenômeno na desconfiança tradi
ção dc nossa moeda foi cia ordem dc 4,5 vêzes, o que dá o "record" dc 630 vêzes para a desvalorização da moeda brasileira ncsse.s 447 anos... As tabelas
de juros compostos ensinam que um real se transforma cm 630 réis, no fim de 447 anos, se a ta.xa de juros fòr de 1,4% ao ano aproxiniaclamcute. Mas, examinemos um período mais recente
em média uma valorização de 2,75% ao ano, sendo que de 1929 para 1930,
após a queda mundial dos preços, a
de nossa economia. O ilustre profes.sor
rnetdrV de 1910 até 1946 era de
e deputado federal Aldc Feijó Sampaio, em sua conhecida obra "Lições de Eco nomia Circulatória", oferece-nos um
quadro, inserto na Lição 42.''^, que ser\'iu de ponto dc partida para a preparação da tabela anexa. Por ele se verifica que
os preços médios subiram do índice 100, em 1910, para o índice 375, em 1940.
A juros compostos, uma quantia qual quer atinge o valor 3,75 vêzes maior, em 30 anos, com a taxa de 4,5% ao ano...
Mas, de 1939 para 1947, segundo os índices de custo da vida em São Paulo, a desvalorização da moeda foi de 3,4
vas desvalorizações havidas na cotação
vêzes. Esse desgaste rapidíssimo do po der liberatório e aquisitivo de nossa
da moeda nacional. Podemos medir es
de compra de nossa moeda com o nível de preços das utilidades.
Observa o professor Simonsen (Histó ria Econômica do Brasil, tomo I, púg-
114) que "desde o descobrimento do Brasil (até 1937) o real já se depreciou, portanto, para nós, em mais de 140 ve zes, das quais uma quebra de quatro vêzes cabe á era colonial.
Isso sem
entrarmos em consideração quanto às flutuações do poder aquisitivo dos me tais preciosos". Realmente, a estatísti
moeda, nos anos recentes, só seria com
pensado com um rendimento médio de juros à taxa elevada e ilegal de 16,5% ao ano...
A tabela anexa merece alguns reparos.
na razão de 11,5%; de 19^5 para 1936,
está baseada no valor do ouro e da
na razão de 23,0%; de 1944 para 1945,
prata. Entretanto, a diferença em rela
nuase ■?«. ou, nra.s exatamente, 6.8%.
èssas verificações, a meu ver contêm a verdadeira raiz do nosso ma crômco
delde a descoberta: a def.cenc.a de 7 . nosso desenvoKnmento. capitais
justifica pie-
^•'^^"anDas taxas'de jurosV
;:r' enrnts setores financeúos. Os capita^ no ser constituídos "
y j pela broca çontinuamente —^ ^„,aa.
invisível da aes
O capitalista bras e prestou dtahe.ro consumindo esse
q próprio capital,
mente desgastando^,^ P^ÓP J
'^^"1940 fde 14% ao ano durante a uuer a devido à depredação da moeda Snal quanto ao seu poder aquisitivo
interno Portanto, é sina do capitalista empobrecer-se "sans le sapreciação monetária, no período de 36 brasÜeiro vcir". . . (Refiro-me ao capitabsta anos, os seguintes: de 1917 para 1918 no sentido exato do termo. Natural na razão de 10,8%; de 1923 para 1924,
parada pelo ilustre mestre de Economia ção ao nível geral dos preços, em pe ríodos longos, não é significativa. Ora, de 1937 para 1947, a deprecia
nossa moeda teve o poder aquisitivo au mentado dc 10,0%. A renda mínima nnual aue compensaria a depreciação
Destacam-se, como anos de giancle de
na na na na
ca das desvalorizações monetárias pre
período de seis anos, iniciado no govêrno de Washington Luís, no qual houve
cional que se instalou no espírito do povo brasileiro, por causa das sucessi sas desvalorizações confrontando o poder
Para compensar um pouquinho essa contínua desvalorização, encontramos um
razão razão razão razão
cie de de de
12,5%; 13,2%; 14,0%; 15,5%;
de de de de
1940 1941 1942 1943
para para para para
1941, 1942, 1943, 1944,
na razão de 10,5%; e, finalmente, de 1945
para 1946, na razão de 20,0%. A des valorização em 1947 foi diminuta.
mente, aquele qüe fêz aplicações em •indústrias, ou em propriedades imobi liárias, recebe compensações pela valo rização dêsses bens, ou pelo seu mais alto rendimento porcentual. Mas consi deremos mesmo a pessoa qn®
quinu
100 ações da Companhia Pauhsta de
Estradas de Ferro em 1868 por vinte
mil cruzeiros da época. Hoje, essas 100
1Ü5
ro Econômico
Dicesto Económicx) 104
da na confiança, na fé dos que a rece bem do Estado.
Tôda desvalorização da moeda, quan do realizada voluntàriamente pelo govêmo, é afinal sentida e compreendida
pelo povo como um ludibrio, uma verda
porcentagem anual de juros e devem
ser resgatados no fim de algum tempo. Ainda há pouco tempo, observa\'a o
vigário". Porque aquele solenemente
ilustre senador Roberto Simonsen que
uma apólice do governo inglês é geral
tão sensível a essa operação monetária,
mente cotada pelo seu valor nominal mais o juro, porque na Inglaterra o ti
que a crônica da Paulicéia registra a
tulo de dívida do Estado vale tanto
data de 17 de fevereiro de 1694 como
um dia de revolta popular, porque o governo colonial quis impor uma desva
quanto uma nota de papel-moeda emi tida por ôle.
E', portanto, uma ano
lorização da "moeda paulista". O caso
malia o que se passa entre nós, quando reputamos apólices com uma depreciação
é interessante, por encerrar várias li
de 20%, 30% e até 40% sobre o seu valor
ções. A valorização adquirida pela
nominal.
"moeda paulista" — ensina o eminen
t
bolsas e que prometem render certa
deira extorsão, xun autêntico "conto do declarado ".valor recebido" já não será mais restituído ao portador. O povo é
r
Mas, o Estado não põe em circulação unicamente moeda fíducíáría. Êle emi te títulos públicos, que se vendem nas
te professor Roberto Simonsen, em sua bem fundamentada "História Econômi ca do Brasil", - era devida à falta de
moedas entre nós. Assim, por causa de uma deflação de fato, os paulistas ha viam arbitrado um ágio de 20% até 50% no valor corrente da moeda metáli-
. ca existente na praça. Visavam atrair,
por esse modo, mais moedas que abun davam em outros centros então mais
adiantados, como a Bahia. Concomitantemente, aquela providência reduzia a necessidade de moedas para as tran sações. Vigorando esse regime durante
algum tempo, as autoridades portuguôsas quiseram estabelecer o valor antigo (no minal) da moeda em circulação nas ter ras de Piratininga.
Os paulistas não
gostaram e, armados de paus, flexas e ferros, foram incorporados até o Paço Municipal para protestar... O ato da desvalorização da moeda, a
não ser que ocorram circunstâncias im
perativas, evidentes e inexoráveis, é dos mais degradantes para um govêmo.
Só podemos encontrar explicação paia esse fenômeno na desconfiança tradi
ção dc nossa moeda foi cia ordem dc 4,5 vêzes, o que dá o "record" dc 630 vêzes para a desvalorização da moeda brasileira ncsse.s 447 anos... As tabelas
de juros compostos ensinam que um real se transforma cm 630 réis, no fim de 447 anos, se a ta.xa de juros fòr de 1,4% ao ano aproxiniaclamcute. Mas, examinemos um período mais recente
em média uma valorização de 2,75% ao ano, sendo que de 1929 para 1930,
após a queda mundial dos preços, a
de nossa economia. O ilustre profes.sor
rnetdrV de 1910 até 1946 era de
e deputado federal Aldc Feijó Sampaio, em sua conhecida obra "Lições de Eco nomia Circulatória", oferece-nos um
quadro, inserto na Lição 42.''^, que ser\'iu de ponto dc partida para a preparação da tabela anexa. Por ele se verifica que
os preços médios subiram do índice 100, em 1910, para o índice 375, em 1940.
A juros compostos, uma quantia qual quer atinge o valor 3,75 vêzes maior, em 30 anos, com a taxa de 4,5% ao ano...
Mas, de 1939 para 1947, segundo os índices de custo da vida em São Paulo, a desvalorização da moeda foi de 3,4
vas desvalorizações havidas na cotação
vêzes. Esse desgaste rapidíssimo do po der liberatório e aquisitivo de nossa
da moeda nacional. Podemos medir es
de compra de nossa moeda com o nível de preços das utilidades.
Observa o professor Simonsen (Histó ria Econômica do Brasil, tomo I, púg-
114) que "desde o descobrimento do Brasil (até 1937) o real já se depreciou, portanto, para nós, em mais de 140 ve zes, das quais uma quebra de quatro vêzes cabe á era colonial.
Isso sem
entrarmos em consideração quanto às flutuações do poder aquisitivo dos me tais preciosos". Realmente, a estatísti
moeda, nos anos recentes, só seria com
pensado com um rendimento médio de juros à taxa elevada e ilegal de 16,5% ao ano...
A tabela anexa merece alguns reparos.
na razão de 11,5%; de 19^5 para 1936,
está baseada no valor do ouro e da
na razão de 23,0%; de 1944 para 1945,
prata. Entretanto, a diferença em rela
nuase ■?«. ou, nra.s exatamente, 6.8%.
èssas verificações, a meu ver contêm a verdadeira raiz do nosso ma crômco
delde a descoberta: a def.cenc.a de 7 . nosso desenvoKnmento. capitais
justifica pie-
^•'^^"anDas taxas'de jurosV
;:r' enrnts setores financeúos. Os capita^ no ser constituídos "
y j pela broca çontinuamente —^ ^„,aa.
invisível da aes
O capitalista bras e prestou dtahe.ro consumindo esse
q próprio capital,
mente desgastando^,^ P^ÓP J
'^^"1940 fde 14% ao ano durante a uuer a devido à depredação da moeda Snal quanto ao seu poder aquisitivo
interno Portanto, é sina do capitalista empobrecer-se "sans le sapreciação monetária, no período de 36 brasÜeiro vcir". . . (Refiro-me ao capitabsta anos, os seguintes: de 1917 para 1918 no sentido exato do termo. Natural na razão de 10,8%; de 1923 para 1924,
parada pelo ilustre mestre de Economia ção ao nível geral dos preços, em pe ríodos longos, não é significativa. Ora, de 1937 para 1947, a deprecia
nossa moeda teve o poder aquisitivo au mentado dc 10,0%. A renda mínima nnual aue compensaria a depreciação
Destacam-se, como anos de giancle de
na na na na
ca das desvalorizações monetárias pre
período de seis anos, iniciado no govêrno de Washington Luís, no qual houve
cional que se instalou no espírito do povo brasileiro, por causa das sucessi sas desvalorizações confrontando o poder
Para compensar um pouquinho essa contínua desvalorização, encontramos um
razão razão razão razão
cie de de de
12,5%; 13,2%; 14,0%; 15,5%;
de de de de
1940 1941 1942 1943
para para para para
1941, 1942, 1943, 1944,
na razão de 10,5%; e, finalmente, de 1945
para 1946, na razão de 20,0%. A des valorização em 1947 foi diminuta.
mente, aquele qüe fêz aplicações em •indústrias, ou em propriedades imobi liárias, recebe compensações pela valo rização dêsses bens, ou pelo seu mais alto rendimento porcentual. Mas consi deremos mesmo a pessoa qn®
quinu
100 ações da Companhia Pauhsta de
Estradas de Ferro em 1868 por vinte
mil cruzeiros da época. Hoje, essas 100
Dicesto
ações valem vinte mil cruzeiros depre ciados muitas vézes...) Essa questão assume, a meu ver, uma importância fundamental para a forma ção da economia brasileira. Os títu
los do Estado raramente são de juros superiores a 8% ao ano. O adquirente
de apóMces. que é um verdadeiro capi ta.ista, não poderá confiar nesses títu los se não houver uma garantia quanto
ao valor da mooda que o papel repre senta. Deprecar a moeda é também depreciar os títulos emitidos pelo Estado, ao obter por emprésümo o capital de seus cidadaos. Depreciar a moeda es pontaneamente é infligir um prejuízo certo ao homem que, de boa fé. acei
um olal de .5.792 cr„,eiro,s, que na rea-
I.dade currcspondian, „
ÍOIO
■
aqui.
no valor de Cr.$ .5U.000,Ü9 ' Suponha mos só para argumentar, que a anuida-
'''■ "lil37cinzeiros. de pagar anuidades Em de m,l crazeira.s, o segurado morro. Apa rentemente ele contribuiu com o paga mento total de Cr.$ 37.000,00, e sua famí la recebe o .seguro de Cr.5'sO.000.00.
fLn 1946, f depo.s
Mas, a realidade é ,bem outra Como a moeda ia perdendo de valor cada ano.
Para ilustrjtr essa questão, no setor das operações financeiras de natureza particular, vamos exemplificar Supo nhamos o capitalista que possuía mil cruzeiros em 1910 e os deixou na Caixa Econômica a render juros de 5% ao ano No fim de vinte anos, em 1929 os iu' ros acumulados somados ao capital pri mitivo alcançariam o total de 2.635
zeiros, escriturados na caderneta do^d^' positante. Mas, como em 1929 mil cru
zeiros tinham um poder aquisitivo ape nas de 348 cruzeiros de 1910, na ver dade o montante acumulado valeria real mente 923,3 cruzeiros... ou um pouco menos do que o capital inicial. E, se o nosso capitalista deixasse essa economia em depósito até o ano de 1946, o re sultado seria efetivamente mais desfa^'orá\'el, pois então a caderneta indicaria
a 4.650 unidades de moeda de 1910. . .
Enfim, suponhamos que o nosso ho
mem econômico do primeiro exemplo, em vez de fazer o depósito inicial de
Cr$ 1.000,00, ou de fazer um seguro de yida previdente, resolvesse depositar io dos os anos, na Caixa Econômica, mil cruzeiros. Com os respectivos juros
acumulados de 5% ao ano, esses depósi
tos somariam na caderneta, em 1929,
r$ 33.066,00. Eis o que registra a contabilidade. Mas, na verdade, o que
foi depositado, em parcelas de mil cru zeiros', mais os juros, correspondem a Cr§ 23.971,00 de 1910. . . Mas, que valem êsses números?. . . Os Cr$. 33.066,00 que registra a caderneta da Caixa Econónuca, na base de unidades
monetárias com o valor aquisitivo do 1910, valeriam sòmente Cr$ 11.507,00. E o que a Caixa Econômica escriturou como um montante de Cr$ 33.066,00
foi recebido realmente pelo valor mone tário de Cr$ 23.971.00 segundo o poder
resumo, diante dôs.scs resultados, surge
Vejamos agora o caso do previdente, que fez um seguro do vida cm 1910.
107
de compra da moeda em cada ano. Em
em moeda de
tou entregar suas economias ao govêmo realmente o montante pago, durante os ou ao empreendedor, para o desenvT 37 anos, atinge apenas a Cr$ 17.190,00 ^mento de obras públicas, ou de indús- — isto é, 17.190 unidades com o poder tnas, no pressuposto de receber aquisitivo de 1910. E, do mesmo mo tarde igual valor de reembôlso, isto é do, a família do falecido recebe de o mesmo numero de unidades mònZias rato um valor de seguro correspondente
com o mesmo poder de compra
1
EcoNÓ^^co
aquela definição de matemática atribuí t
í
da a Bcrtrand Russcll. . .
O mal não é,
entretanto, exclusivaincntc brasileiro.
O engenheiro be'ga G. Van de Velde, no seu notável livro "Le rendcmcnt des
placements", que lhe deu o título de doutor em ciências comerciais e finan
ceiras pela Escola de Ciências Econômica.s da Universidade de Lovaina, infor
ma (à pág. 66) que a libra inglesa se desvalorizou, desde os tempos de Gui
lherme o Conquistador, no século XI, até 1865, na razão de 0,20%, juros negati
vos acumulados, que desceram à taxa de 0,65%, de 1865 atô 1939.
O franco
francês, segundo aquele ilustre autor, teve uma depreciação correspondente a 0,75%, de Carlos Magno, no século VIU, até 1865, c de 3,30% desse ano até
1939. Na Bélgica, cujos rendimentos de tôdas as espécies foram meticulosamen te estudados por aquele engenheiro e economista, a desvalorização do franco
belga foi na razão de 2,75% ao ano, entre 1860 e 1939.
Verifica-se, pois,
que a desvalorização monetária é um fenômeno geral conicmporãneo, embora
se apresente em diferentes graus de in tensidade.
Dando ao movimento redator do poder
aquisitivo da moeda brasileira a fonna adotada pelo economista Van de Velde, encontraremos as seguintes taxas de juros negativos: de 1500 a 1822 (Simonsen) vôzes - 0,417% (5/12%);
— 4
de 1822 a 1937 (Simonsen) — 35 vezes — 3,0%;
de 1937 a 1946 (C. da V.) - 4,5 vêzes — 11,5%.
Cumpre lembrar neste ponto, como observa o autor belga, que o juro ne gativo sempre
se compensa por xmi
juro positivo mais alto. Por exemplo, o juro de 11,5% só seria compensado por
um juro de + 13,0%, fato que se acen
tua com as taxas mais elevadas, o que é fácil \erificar.
Van de Velde, que fêz um exaustivo estudo a respeito do rendimento real dos diversos investimentos capitalistas na
Bélgica, entre 1865 e 1939, conclui seu notável trabalho com as seguintes consi derações, que merecem transcrição:
"Uma primeira verdade histórica re
sulta íncontestàvelmente dêste estudo: é
q e as guerras destroem as fortrmas
^d^uiridaf e P^vocam protodos cata
ml'" «ndo de
:
ím se refere a um mente pacífico, pois que de 1871 a 191 " è mrras furam pouco numerosas e lo2 .ifzàdas De qualquer modo. algumas
aptações deram resultado negahvo;
outms deram rendimentos posmvos.
Te mo superior a 2Í, embora nao te"bamos levado em conta cs ônus da sucessão e do iinposto de
rendimento liquido permanente de 2®
é contudo, notávelmente elevado. Com efeito, um franco depositado a juros compostos de 2%, no tempo de Carlos Magno, ultrapassaria em nossos dias 100 milhões" (Pág. 524).
Observamos, porém, que a Bélgica tem uma civilização muito mais longa
que o Brasil, "e que aquele povo conse guiu até exportar capitais, que, ahás, tiveram boa remuneração.
Ainda esta
mos longe de tal possibilidade. São do antigo ministro e renomado
engenheiro patrício J. Piies do Rio, que
Dicesto
ações valem vinte mil cruzeiros depre ciados muitas vézes...) Essa questão assume, a meu ver, uma importância fundamental para a forma ção da economia brasileira. Os títu
los do Estado raramente são de juros superiores a 8% ao ano. O adquirente
de apóMces. que é um verdadeiro capi ta.ista, não poderá confiar nesses títu los se não houver uma garantia quanto
ao valor da mooda que o papel repre senta. Deprecar a moeda é também depreciar os títulos emitidos pelo Estado, ao obter por emprésümo o capital de seus cidadaos. Depreciar a moeda es pontaneamente é infligir um prejuízo certo ao homem que, de boa fé. acei
um olal de .5.792 cr„,eiro,s, que na rea-
I.dade currcspondian, „
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aqui.
no valor de Cr.$ .5U.000,Ü9 ' Suponha mos só para argumentar, que a anuida-
'''■ "lil37cinzeiros. de pagar anuidades Em de m,l crazeira.s, o segurado morro. Apa rentemente ele contribuiu com o paga mento total de Cr.$ 37.000,00, e sua famí la recebe o .seguro de Cr.5'sO.000.00.
fLn 1946, f depo.s
Mas, a realidade é ,bem outra Como a moeda ia perdendo de valor cada ano.
Para ilustrjtr essa questão, no setor das operações financeiras de natureza particular, vamos exemplificar Supo nhamos o capitalista que possuía mil cruzeiros em 1910 e os deixou na Caixa Econômica a render juros de 5% ao ano No fim de vinte anos, em 1929 os iu' ros acumulados somados ao capital pri mitivo alcançariam o total de 2.635
zeiros, escriturados na caderneta do^d^' positante. Mas, como em 1929 mil cru
zeiros tinham um poder aquisitivo ape nas de 348 cruzeiros de 1910, na ver dade o montante acumulado valeria real mente 923,3 cruzeiros... ou um pouco menos do que o capital inicial. E, se o nosso capitalista deixasse essa economia em depósito até o ano de 1946, o re sultado seria efetivamente mais desfa^'orá\'el, pois então a caderneta indicaria
a 4.650 unidades de moeda de 1910. . .
Enfim, suponhamos que o nosso ho
mem econômico do primeiro exemplo, em vez de fazer o depósito inicial de
Cr$ 1.000,00, ou de fazer um seguro de yida previdente, resolvesse depositar io dos os anos, na Caixa Econômica, mil cruzeiros. Com os respectivos juros
acumulados de 5% ao ano, esses depósi
tos somariam na caderneta, em 1929,
r$ 33.066,00. Eis o que registra a contabilidade. Mas, na verdade, o que
foi depositado, em parcelas de mil cru zeiros', mais os juros, correspondem a Cr§ 23.971,00 de 1910. . . Mas, que valem êsses números?. . . Os Cr$. 33.066,00 que registra a caderneta da Caixa Econónuca, na base de unidades
monetárias com o valor aquisitivo do 1910, valeriam sòmente Cr$ 11.507,00. E o que a Caixa Econômica escriturou como um montante de Cr$ 33.066,00
foi recebido realmente pelo valor mone tário de Cr$ 23.971.00 segundo o poder
resumo, diante dôs.scs resultados, surge
Vejamos agora o caso do previdente, que fez um seguro do vida cm 1910.
107
de compra da moeda em cada ano. Em
em moeda de
tou entregar suas economias ao govêmo realmente o montante pago, durante os ou ao empreendedor, para o desenvT 37 anos, atinge apenas a Cr$ 17.190,00 ^mento de obras públicas, ou de indús- — isto é, 17.190 unidades com o poder tnas, no pressuposto de receber aquisitivo de 1910. E, do mesmo mo tarde igual valor de reembôlso, isto é do, a família do falecido recebe de o mesmo numero de unidades mònZias rato um valor de seguro correspondente
com o mesmo poder de compra
1
EcoNÓ^^co
aquela definição de matemática atribuí t
í
da a Bcrtrand Russcll. . .
O mal não é,
entretanto, exclusivaincntc brasileiro.
O engenheiro be'ga G. Van de Velde, no seu notável livro "Le rendcmcnt des
placements", que lhe deu o título de doutor em ciências comerciais e finan
ceiras pela Escola de Ciências Econômica.s da Universidade de Lovaina, infor
ma (à pág. 66) que a libra inglesa se desvalorizou, desde os tempos de Gui
lherme o Conquistador, no século XI, até 1865, na razão de 0,20%, juros negati
vos acumulados, que desceram à taxa de 0,65%, de 1865 atô 1939.
O franco
francês, segundo aquele ilustre autor, teve uma depreciação correspondente a 0,75%, de Carlos Magno, no século VIU, até 1865, c de 3,30% desse ano até
1939. Na Bélgica, cujos rendimentos de tôdas as espécies foram meticulosamen te estudados por aquele engenheiro e economista, a desvalorização do franco
belga foi na razão de 2,75% ao ano, entre 1860 e 1939.
Verifica-se, pois,
que a desvalorização monetária é um fenômeno geral conicmporãneo, embora
se apresente em diferentes graus de in tensidade.
Dando ao movimento redator do poder
aquisitivo da moeda brasileira a fonna adotada pelo economista Van de Velde, encontraremos as seguintes taxas de juros negativos: de 1500 a 1822 (Simonsen) vôzes - 0,417% (5/12%);
— 4
de 1822 a 1937 (Simonsen) — 35 vezes — 3,0%;
de 1937 a 1946 (C. da V.) - 4,5 vêzes — 11,5%.
Cumpre lembrar neste ponto, como observa o autor belga, que o juro ne gativo sempre
se compensa por xmi
juro positivo mais alto. Por exemplo, o juro de 11,5% só seria compensado por
um juro de + 13,0%, fato que se acen
tua com as taxas mais elevadas, o que é fácil \erificar.
Van de Velde, que fêz um exaustivo estudo a respeito do rendimento real dos diversos investimentos capitalistas na
Bélgica, entre 1865 e 1939, conclui seu notável trabalho com as seguintes consi derações, que merecem transcrição:
"Uma primeira verdade histórica re
sulta íncontestàvelmente dêste estudo: é
q e as guerras destroem as fortrmas
^d^uiridaf e P^vocam protodos cata
ml'" «ndo de
:
ím se refere a um mente pacífico, pois que de 1871 a 191 " è mrras furam pouco numerosas e lo2 .ifzàdas De qualquer modo. algumas
aptações deram resultado negahvo;
outms deram rendimentos posmvos.
Te mo superior a 2Í, embora nao te"bamos levado em conta cs ônus da sucessão e do iinposto de
rendimento liquido permanente de 2®
é contudo, notávelmente elevado. Com efeito, um franco depositado a juros compostos de 2%, no tempo de Carlos Magno, ultrapassaria em nossos dias 100 milhões" (Pág. 524).
Observamos, porém, que a Bélgica tem uma civilização muito mais longa
que o Brasil, "e que aquele povo conse guiu até exportar capitais, que, ahás, tiveram boa remuneração.
Ainda esta
mos longe de tal possibilidade. São do antigo ministro e renomado
engenheiro patrício J. Piies do Rio, que
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Di(;r..s-r<) 1v:on<
também é um ilustre economista estu
privilégio dos homens que govemíuu-"
dioso dos problemas.brasileiros, as se
(Pág. 32).
guintes palavras, retiradas de sua valio sa obra "A moeda brasileira":
"Valem o trigo e o café pela utili
dade de serem alimentos; vale o papelmoeda pela utilidade de seu poder liberatório, tão real quanto o poder de compra do ouro em moeda ou em barra. Mas, como o volume do papel circulante
corresponde ao da riqueza circulante a umdade monetária do papel varia com a sua quantidade e com o volume fí
sico da produção nacional que gira no comércio. Dêsse fato é que decorre a delicada responsabilidade dos homens
do governo que realizam a política mo
netária de uma nação. A elevação moral de um homem de govêmo se pode afenr pela facilidade maior ou menor com que êle faz emissão de papel-moe-
da. O poder de fazer riqueza; por in
termédio da moeda fiduciária de curso
obrigatório, é inerente ao Estado, é
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Digksto Econômico
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É claro, porém, que essa responsab»' >
lídade não se restringe sòmente à eroi^' são de moeda fiduciária: a emissão títulos, apólices, letras e promissória^ também compromete o credito do
tado. E, mais do que isso, desmoj^'' za a administração piiblica pela perd'' total da confiança, motivada concrelí*' mente pelos prejuízos substanciais do®
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aqui ficou focalizada, mais uma razão. e importantíssima, para que os homeos
que com tôda a probidade dirigem o política monetária do Brasil não cogi tem da desvalorização do cruzeiro, que
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além de outras conhecidas e da qu®
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Digesto Econômico ANEXO 2
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12.900 13.298
13.695 14.095
(33.066 X 0,348 =
(50.000 X 0,343 = 17.150) (50.000 X 0,093 = 4.650)
14.465 14.821 15.133 15.424 15.710 15.987 16.253 16.484
Nota(®)-Os índices de po der de compra da moeda nos anos de 1911, 12 e 13, que se encontram na coluna — Prêmio
Anual — foram calculados por interpolaçâo.
16.683
16.851 16.981 17.097 17.190
OBSERVAÇÕES E NOTAS
Os valores da segunda coluna — índices de preços — do ANEXO 1, foram tirados do livro do Professor Alde Sampaio, do ano 1910 até 1940. De 1941 até 1946, os índices foram adaptados da estatística do custo da vida da classe operária da cidade de São
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Paulo, como publicados pela "FOLHA DA MANHA" de 4 de maio de 1947. As demais colunas apresentam valores calculados da segunda. Os sinais (§1 indicam os anos de maiores depreciações da moeda, e o sinal (Ç) mostra o único ano de grande valorização da moeda, quanto ao seu poder de compra.
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35
6 19410750,093
30 37 38 39 1940 41 42 43 44 45 1946
O O o" o" o" O
383 398 397 400 370 356 312
291 286
277 266 231
199 168 130 116 93
12.900 13.298
13.695 14.095
(33.066 X 0,348 =
(50.000 X 0,343 = 17.150) (50.000 X 0,093 = 4.650)
14.465 14.821 15.133 15.424 15.710 15.987 16.253 16.484
Nota(®)-Os índices de po der de compra da moeda nos anos de 1911, 12 e 13, que se encontram na coluna — Prêmio
Anual — foram calculados por interpolaçâo.
16.683
16.851 16.981 17.097 17.190
OBSERVAÇÕES E NOTAS
Os valores da segunda coluna — índices de preços — do ANEXO 1, foram tirados do livro do Professor Alde Sampaio, do ano 1910 até 1940. De 1941 até 1946, os índices foram adaptados da estatística do custo da vida da classe operária da cidade de São
O X!
ê <
Paulo, como publicados pela "FOLHA DA MANHA" de 4 de maio de 1947. As demais colunas apresentam valores calculados da segunda. Os sinais (§1 indicam os anos de maiores depreciações da moeda, e o sinal (Ç) mostra o único ano de grande valorização da moeda, quanto ao seu poder de compra.
ã
Dicesto Econónuco
Lebret e sua Tettre aux Amérirains m
José Luiz de Almeida Nogueira Porto
ÇoNCLUiNDo esta rápida análise da si tuação econômica do Brasil, para mostrar a Frei Lebret quão longe andou
ele da realidade e oferecer-lhe o diag nóstico verdadeiro de nossa enfermida de, na esperança de que sua experiên
cia e sua sabedoria nos possam sugerir
remédio eficaz para nossos males, pas samos agora a ventilar um dos proble mas da mais alta magnitude e que até agora permanece sem solução; trata-se It da produção industrial.
, O desenvolvimento industrial do Bra
sil vinha-se processando lentamente e sem altos e baixos desde o comêço do século. Durante a úlüma guerra, po
rém, venficou-se um considerável surto
de progresso em nosso parque industrial, sendo o Brasil o país que maior índice de aumento teve em sua produção in dustrial. Segundo estudo publicado em "Etudes e Conjoncture" de janeiro dêste ano, a produção industrial do Brasil
subiu, do índice 100 em 1935-36, para os índices 177 em 1939; 269 em 1943-
300 em 1944 e alcançando o máximo ení novembro de 1946 com o índice 534 para baixar depois ao índice 360 cm janeiro de 1947 e 309 em março do
simples: a grande capaciclacle poten cial de produção manufatiireira do Bra sil só encontrou oportunidade de se manifestar durante a guerra. Nesse pe ríodo o bloqueio marítimo agiu como
barreira proibicionista de importação e o parque industrial brasileiro, para aten
der às exigências crescentes do consumo interno, teve de se ampliar considerà-
velmente. A inflação, por outro lado, au mentando o poder de compra da popula ção, não só trouxe ao mercado consumi
dor novos contingentes de população que anteriormente quase não consumiam
produtos industriais, como permitiu a fixação de preços elevados para esses produtos, o que atraiu para as atividades manufatureíxas vultosos capitais ansiosos por participarem do "boom" industrial.
Mesmo depois de afastado o perigo do
bloqueio inimigo, continuou a prosperi dade de nossas indústrias, já então de
produção e dos preços, que seria fatal
O fato é que as nossas indústrias não
foram reequipadas o, terminada a guerra
mercado, trataram de .saKmr os lucros auferidos, invertondo-os em terrenos ur
c feita a reconversão da indústria norto-
banos, propriedades agrícolas e prédios de apartamentos, mas muito poucos cui daram de aperfeiçoar suas instalações e maquinaria dc modo a poder enfrentar,
produção, superiores aos americanos por motivos vários, não nos permitiram en frentar a concorrência e hoje em dia já
rência estrangeira. Uma salutar medida foi então adota
da pelo govôrao para obrigar os indus triais e comerciantes a reservar parte
de seus lucros para rcequipamento e para garantia no período de crise que
seria de se esperar para depois da guer ra. Consistia em tributar de forma pro gressiva os lucros superiores a 25% do capital, permitindo, con
tudo, aos contribuintes, em lugar de pagar o imposto, aplicar o dôbro da quantia a êle corres
pondente na compra de,determi nados títulos que, para os indus
triais, davam direito à importação de máquinas c instalações e para os co merciantes constituíam uma reserva pa
preços pagos por-êsses mercados, ávidos
que maior aumento teve em sua produção industrial — — os Estados Unidos — v<*u inuuoLnax
se
até então não haviam sonhado.
Citam-
mesmo casos de lucros de l.OOO e
ra situações de crise.
Procurou as
sim o governo aproveitar a chance que nos oferecia a guerra, para reequipar o parque industrial brasileiro de mo A medida, porém, foi mal recebida
e mal interpretada. Grande parte dos industriais preferiu pagar o imposto, desinteressando-se pela ampliação e aper feiçoamento de sua indústria. Uns, por
índice 172 (máximo) em outubro de
2.000% ao ano, para não falar em lucros de 100, 200 e 300%, que eram banais. Nessa euforia de lucros vertiginosos,
para aproveitar
1947. A explicação desse fenômeno é
não cuidaram nossas indústrias de se pre-
ela proporcionava. Outros, por uma ati
subiu apenas do índice 100 em 1937 ao
amcricana, fomos perdendo aos poucos os mercados que havíamos conquista do, à medida que os Estados Unidos vol tavam ao mercado. Nossos custos de
em igualdade de condições, a concor
o término do conflito.
de produtos industriais,, remuneravam règíamente os produtores brasileiros, que
tude de desconfiança em relação ao nos
so governo de então, que era ditatorial.
quando os Estados Unidos voltassem ao
do a que este pudesse sobreviver após
passaram a auferir lucros com os quais
vv » w
pararem para o futuro. Os industriais mais previdentes, antevendo a queda da
vido à conquista de mercados consumi dores na América Latina, na África do Sul e mesmo na Europa, que os Estados Unidos e a Inglaterra, dedicados ao esfôrço de guerra, não podiam suprir. Os
mesmo ano. Dessa época para cá, pros segue o declínio, embora lentamente. Enquanto isso, no mesmo período, o país liJalUl
113
poucas possibilidades nos restam de ex
portar nossos produtos industriais.
A carência de capitais, a necessidade
do importação de máquinas, a mao-de-
obra cara, em conseqüência, pnncpalmente, de nossa legislação de amparei ao trabalhador, a falta de técnicos e de op^ rários especializados, o baixo mdice de consumo interno sao
alguns dos fatores que dificul
tam nossa expansão industrial. Não bá dúvida de que o Bra
sil dispondo das maiores jazidas de ferro do mundo, devena ser
um grande produtor de máquinas de to
da efpécie e de materiais de ferro em ge
ral- produzindo lá, algodao, raim e outras fíbras, estaria em condições de con correr vantajosamente nos mercados de tecidos; tendo ótimas condições para
produção de cacau, frutas, verduras e para criação de gado, poderia ter uma
indústria de conservas alimentícias bas tante desenvolvida; oferecendo-nos a na tureza, em estado nativo, a seringueira, os artefatos de borracha deveriam cons
tituir uma das pilastras de nossa produ ção industrial. E nada disso acontece.
serem estranhos à' indústria e se estarem
dedicando à produção manujFatureirn os altos lucros que
^
*
Uma certa instabilidade política de que ainda se ressente o Brasil, em con-
Dicesto Econónuco
Lebret e sua Tettre aux Amérirains m
José Luiz de Almeida Nogueira Porto
ÇoNCLUiNDo esta rápida análise da si tuação econômica do Brasil, para mostrar a Frei Lebret quão longe andou
ele da realidade e oferecer-lhe o diag nóstico verdadeiro de nossa enfermida de, na esperança de que sua experiên
cia e sua sabedoria nos possam sugerir
remédio eficaz para nossos males, pas samos agora a ventilar um dos proble mas da mais alta magnitude e que até agora permanece sem solução; trata-se It da produção industrial.
, O desenvolvimento industrial do Bra
sil vinha-se processando lentamente e sem altos e baixos desde o comêço do século. Durante a úlüma guerra, po
rém, venficou-se um considerável surto
de progresso em nosso parque industrial, sendo o Brasil o país que maior índice de aumento teve em sua produção in dustrial. Segundo estudo publicado em "Etudes e Conjoncture" de janeiro dêste ano, a produção industrial do Brasil
subiu, do índice 100 em 1935-36, para os índices 177 em 1939; 269 em 1943-
300 em 1944 e alcançando o máximo ení novembro de 1946 com o índice 534 para baixar depois ao índice 360 cm janeiro de 1947 e 309 em março do
simples: a grande capaciclacle poten cial de produção manufatiireira do Bra sil só encontrou oportunidade de se manifestar durante a guerra. Nesse pe ríodo o bloqueio marítimo agiu como
barreira proibicionista de importação e o parque industrial brasileiro, para aten
der às exigências crescentes do consumo interno, teve de se ampliar considerà-
velmente. A inflação, por outro lado, au mentando o poder de compra da popula ção, não só trouxe ao mercado consumi
dor novos contingentes de população que anteriormente quase não consumiam
produtos industriais, como permitiu a fixação de preços elevados para esses produtos, o que atraiu para as atividades manufatureíxas vultosos capitais ansiosos por participarem do "boom" industrial.
Mesmo depois de afastado o perigo do
bloqueio inimigo, continuou a prosperi dade de nossas indústrias, já então de
produção e dos preços, que seria fatal
O fato é que as nossas indústrias não
foram reequipadas o, terminada a guerra
mercado, trataram de .saKmr os lucros auferidos, invertondo-os em terrenos ur
c feita a reconversão da indústria norto-
banos, propriedades agrícolas e prédios de apartamentos, mas muito poucos cui daram de aperfeiçoar suas instalações e maquinaria dc modo a poder enfrentar,
produção, superiores aos americanos por motivos vários, não nos permitiram en frentar a concorrência e hoje em dia já
rência estrangeira. Uma salutar medida foi então adota
da pelo govôrao para obrigar os indus triais e comerciantes a reservar parte
de seus lucros para rcequipamento e para garantia no período de crise que
seria de se esperar para depois da guer ra. Consistia em tributar de forma pro gressiva os lucros superiores a 25% do capital, permitindo, con
tudo, aos contribuintes, em lugar de pagar o imposto, aplicar o dôbro da quantia a êle corres
pondente na compra de,determi nados títulos que, para os indus
triais, davam direito à importação de máquinas c instalações e para os co merciantes constituíam uma reserva pa
preços pagos por-êsses mercados, ávidos
que maior aumento teve em sua produção industrial — — os Estados Unidos — v<*u inuuoLnax
se
até então não haviam sonhado.
Citam-
mesmo casos de lucros de l.OOO e
ra situações de crise.
Procurou as
sim o governo aproveitar a chance que nos oferecia a guerra, para reequipar o parque industrial brasileiro de mo A medida, porém, foi mal recebida
e mal interpretada. Grande parte dos industriais preferiu pagar o imposto, desinteressando-se pela ampliação e aper feiçoamento de sua indústria. Uns, por
índice 172 (máximo) em outubro de
2.000% ao ano, para não falar em lucros de 100, 200 e 300%, que eram banais. Nessa euforia de lucros vertiginosos,
para aproveitar
1947. A explicação desse fenômeno é
não cuidaram nossas indústrias de se pre-
ela proporcionava. Outros, por uma ati
subiu apenas do índice 100 em 1937 ao
amcricana, fomos perdendo aos poucos os mercados que havíamos conquista do, à medida que os Estados Unidos vol tavam ao mercado. Nossos custos de
em igualdade de condições, a concor
o término do conflito.
de produtos industriais,, remuneravam règíamente os produtores brasileiros, que
tude de desconfiança em relação ao nos
so governo de então, que era ditatorial.
quando os Estados Unidos voltassem ao
do a que este pudesse sobreviver após
passaram a auferir lucros com os quais
vv » w
pararem para o futuro. Os industriais mais previdentes, antevendo a queda da
vido à conquista de mercados consumi dores na América Latina, na África do Sul e mesmo na Europa, que os Estados Unidos e a Inglaterra, dedicados ao esfôrço de guerra, não podiam suprir. Os
mesmo ano. Dessa época para cá, pros segue o declínio, embora lentamente. Enquanto isso, no mesmo período, o país liJalUl
113
poucas possibilidades nos restam de ex
portar nossos produtos industriais.
A carência de capitais, a necessidade
do importação de máquinas, a mao-de-
obra cara, em conseqüência, pnncpalmente, de nossa legislação de amparei ao trabalhador, a falta de técnicos e de op^ rários especializados, o baixo mdice de consumo interno sao
alguns dos fatores que dificul
tam nossa expansão industrial. Não bá dúvida de que o Bra
sil dispondo das maiores jazidas de ferro do mundo, devena ser
um grande produtor de máquinas de to
da efpécie e de materiais de ferro em ge
ral- produzindo lá, algodao, raim e outras fíbras, estaria em condições de con correr vantajosamente nos mercados de tecidos; tendo ótimas condições para
produção de cacau, frutas, verduras e para criação de gado, poderia ter uma
indústria de conservas alimentícias bas tante desenvolvida; oferecendo-nos a na tureza, em estado nativo, a seringueira, os artefatos de borracha deveriam cons
tituir uma das pilastras de nossa produ ção industrial. E nada disso acontece.
serem estranhos à' indústria e se estarem
dedicando à produção manujFatureirn os altos lucros que
^
*
Uma certa instabilidade política de que ainda se ressente o Brasil, em con-
114
Digesto
1
seqüência de 13 anos de ditadura e uma
nós acompanbar
legislação, se não hostil, pelo menos pouco simpática ao capital estrangeiro,
que são introdiizido.s continuamente nas fábricas de nossos principais con
dificulta as inversões externas. Quanto
correntes, cs Estados Unidos, pois que
ao capital nacional, sua formação é obs-
só depois de abastecer o mercado in terno norte-americano podem as fábricas de máquinas exportar seus novOkS inven tos e, nessa ocasião, já é comum que aperfeiçoamentos ainda mais modernos
tada pelo imposto de renda que o gover no pretende erigir em coluna mestra de
nosso sistema tributário, esquecendo-se
de que, com isso, está matando a gali nha de ovos de ouro. Ao invés de fazer reverter parte considerável do lucro das
empresas aos cofres públicos, despenden-
do-a em estéreis despesas burocráticas, mais inteligente seria obrigar sua reten ção c sua reinversão em melhoramen
tos de instalações e em aperfeiçoamen
to da técnica nas próprias empresas que os auferiram.
os
Dioksto EcoNÓ>nco
aperfeiçoamentos
tomem antiquadas as máquinas que recebemos.
çáo de inferioridade na concorrência in
sileiro. Essa solução, porém, não temos
ternacional.
meios para imp6-la aos outros países.
Tivemos liá pouco Icmpo um exemplo disso com a produção do tecidos de seda. Essa indú.stria, que se liavia revelado al tamente promissora no Brasil, foi esma
gada do dia para a noite pela concor rência da seda japonêsa, colocada no mercado pelos norte-americanos. Toda a produção de casulos e de te
cido do sêda cessou no Brasil, pois que o quilo do tecido de sêda japonesa era
A única solução seria termos a nossa
aqui vendido por preço inferior ao do
própria indústria de máquinas industriais, mas para isso seriam necessários, preli
custo do casulo. Pouco aparclliados cm
minarmente, muitos faiôres que não se
improvisam da noite para o dia, como cursos técnicos, operários especializados etc.
matéria de tarifas aduaneiras para en frentar cssa concorrência, vimos perecer nossa industria de seda, que tivera gran de descnvolvünento durante a guerra, para voltarmo.s a importar sêda japonêsa por intermédio dos Estados Unidos.
*
*
^
*
A necessidade de importação de ma quinaria ou, pelo menos, de
grande parte dela, é outro fa
*
sfs
Isso só se explica pelas miseráveis con
o preço da mão-de-obra brasileira contribui também para dífictiltar a colo cação de nossos produtos in dustriais
tor que contribui para dificul
nos
mercados
exter
nos.
tar nossa expansão industrial. Temos tido a experiência da ün-
Nossa legislação de amparo no
portação de máquinas obsoletas,
trabalhador, quer pela outorga
de baixo rendimento, que só con
de direitos relacionados com a
condição do empregado quer pe
tribuem para elevar os nossos custos de produção.
los benefícios do seguro social»
Durante a guerra, as indústrias brasi
leiras, dedicadas a um esfôrço de su
pesa
consíderàvelmente
sôbre
nossa produção, sendo tal carga ava liada em
cêrca de 30%
dos
salários.
perprodução e impossibilitadas de re
Longe de lamentarmos êsse ônus, enten
novar suas instalações, sofreram em suas
demos, ao contrário, que os outros países
máquinas um desgaste considerável e
dições de trabalho do operário ja ponês.
Qual a solução para o proble ma? Evidentemente, não se pode cogitar de reduzir as garantias e direitos do trabalhador brasileiro. Isso não seria nem justo, nem
possível, nem vantajoso do ponto de vista econômico, pois devemos cuidar
de elevar o padrão de vida do povo, ampliar o mercado interno e aperfei çoar o trabalhador tanto física como
intelectualmente, o que só é possível
deveriam seguir esse exemplo e adotar
se forem criadas condições satisfatórias de vida para as classes operárias. O úni co remédio é que tôdas as nações cum
em muitos casos irreparável. Quando se
idênticas medidas de amparo ao traba
procurou substituí-las, importou-se equi pamento íá obsoleto em face dos novos
pram com os compromissos que têm assu
lhador.
mido em muitos tratados internacionais,
inventos e aperfeiçoamentos introduzi dos nas instalações industriais de outros
compromissos internacionais assumidos no sentido de criar condições satisfató
países.
rias de vida para nossos operários, tem contribuído para nos colocar em situa-
-
Por outro lado, toma-se difícil para
115
Econômico
O fato de termos senso eleva
do de justiça social e de cumprirmos os
bastando citar o Tratado de Versalhes
e a Carta de Havana, e ofereçam aos seus operários as mesmas garantias e direitos de que goza o trabalhador bra
*-
*
A carência de técnicos e de mão-de-
obra especializada é outro ponto fraco do nosso aparelhamento industrial. País que sempre se dedicou à agricul tura, não cuidou o Brasil de aperfeiçoar
seu operariado industrial. Com a e.xpansão das indústrias verificada duran te a guerra, foram recrutados trabalhado res agrícolas para a faina industrial, in teiramente bizonhos e inadaptados às novas condições de trabalho e, com êsse material humano incompetente e desam-
bientado, tiveram as indústrias brasilei ras de enfrentar as exigências crescentes dos mercados consumidores sem tempo
sequer para dar-lhes um rápido treina mento.
Êsse mesmo operariado per
manece ainda hoje nas indus trias, sem ânimo de voltar ao trabalho agrícola e seni condições físicas e intelectuais para progre
dir no trabalho industrial e essa circunstancia determina uma bai xa produtividade e, consequentemente, uma elevação nos preços de custo. A agravar essa circunstância ha ainda a queda de produtividade "per capita", que cada vez mais se acentua, direta mente relacionada com as elevações de salários. Uma parte apreciável do ope rariado industrial brasileiro, notadamen-
te aquela procedente da agricultura, é constituída por indivíduos analfabetos ou semi-alfabetizados, habituados a um
baixo padrão de vida, sem ambição 6 sem estímulo, freqüentemente desilu didos das vantagens do trabalho nas fá bricas e que se desinteressam por com pleto da produção. Como o salário, nor-
114
Digesto
1
seqüência de 13 anos de ditadura e uma
nós acompanbar
legislação, se não hostil, pelo menos pouco simpática ao capital estrangeiro,
que são introdiizido.s continuamente nas fábricas de nossos principais con
dificulta as inversões externas. Quanto
correntes, cs Estados Unidos, pois que
ao capital nacional, sua formação é obs-
só depois de abastecer o mercado in terno norte-americano podem as fábricas de máquinas exportar seus novOkS inven tos e, nessa ocasião, já é comum que aperfeiçoamentos ainda mais modernos
tada pelo imposto de renda que o gover no pretende erigir em coluna mestra de
nosso sistema tributário, esquecendo-se
de que, com isso, está matando a gali nha de ovos de ouro. Ao invés de fazer reverter parte considerável do lucro das
empresas aos cofres públicos, despenden-
do-a em estéreis despesas burocráticas, mais inteligente seria obrigar sua reten ção c sua reinversão em melhoramen
tos de instalações e em aperfeiçoamen
to da técnica nas próprias empresas que os auferiram.
os
Dioksto EcoNÓ>nco
aperfeiçoamentos
tomem antiquadas as máquinas que recebemos.
çáo de inferioridade na concorrência in
sileiro. Essa solução, porém, não temos
ternacional.
meios para imp6-la aos outros países.
Tivemos liá pouco Icmpo um exemplo disso com a produção do tecidos de seda. Essa indú.stria, que se liavia revelado al tamente promissora no Brasil, foi esma
gada do dia para a noite pela concor rência da seda japonêsa, colocada no mercado pelos norte-americanos. Toda a produção de casulos e de te
cido do sêda cessou no Brasil, pois que o quilo do tecido de sêda japonesa era
A única solução seria termos a nossa
aqui vendido por preço inferior ao do
própria indústria de máquinas industriais, mas para isso seriam necessários, preli
custo do casulo. Pouco aparclliados cm
minarmente, muitos faiôres que não se
improvisam da noite para o dia, como cursos técnicos, operários especializados etc.
matéria de tarifas aduaneiras para en frentar cssa concorrência, vimos perecer nossa industria de seda, que tivera gran de descnvolvünento durante a guerra, para voltarmo.s a importar sêda japonêsa por intermédio dos Estados Unidos.
*
*
^
*
A necessidade de importação de ma quinaria ou, pelo menos, de
grande parte dela, é outro fa
*
sfs
Isso só se explica pelas miseráveis con
o preço da mão-de-obra brasileira contribui também para dífictiltar a colo cação de nossos produtos in dustriais
tor que contribui para dificul
nos
mercados
exter
nos.
tar nossa expansão industrial. Temos tido a experiência da ün-
Nossa legislação de amparo no
portação de máquinas obsoletas,
trabalhador, quer pela outorga
de baixo rendimento, que só con
de direitos relacionados com a
condição do empregado quer pe
tribuem para elevar os nossos custos de produção.
los benefícios do seguro social»
Durante a guerra, as indústrias brasi
leiras, dedicadas a um esfôrço de su
pesa
consíderàvelmente
sôbre
nossa produção, sendo tal carga ava liada em
cêrca de 30%
dos
salários.
perprodução e impossibilitadas de re
Longe de lamentarmos êsse ônus, enten
novar suas instalações, sofreram em suas
demos, ao contrário, que os outros países
máquinas um desgaste considerável e
dições de trabalho do operário ja ponês.
Qual a solução para o proble ma? Evidentemente, não se pode cogitar de reduzir as garantias e direitos do trabalhador brasileiro. Isso não seria nem justo, nem
possível, nem vantajoso do ponto de vista econômico, pois devemos cuidar
de elevar o padrão de vida do povo, ampliar o mercado interno e aperfei çoar o trabalhador tanto física como
intelectualmente, o que só é possível
deveriam seguir esse exemplo e adotar
se forem criadas condições satisfatórias de vida para as classes operárias. O úni co remédio é que tôdas as nações cum
em muitos casos irreparável. Quando se
idênticas medidas de amparo ao traba
procurou substituí-las, importou-se equi pamento íá obsoleto em face dos novos
pram com os compromissos que têm assu
lhador.
mido em muitos tratados internacionais,
inventos e aperfeiçoamentos introduzi dos nas instalações industriais de outros
compromissos internacionais assumidos no sentido de criar condições satisfató
países.
rias de vida para nossos operários, tem contribuído para nos colocar em situa-
-
Por outro lado, toma-se difícil para
115
Econômico
O fato de termos senso eleva
do de justiça social e de cumprirmos os
bastando citar o Tratado de Versalhes
e a Carta de Havana, e ofereçam aos seus operários as mesmas garantias e direitos de que goza o trabalhador bra
*-
*
A carência de técnicos e de mão-de-
obra especializada é outro ponto fraco do nosso aparelhamento industrial. País que sempre se dedicou à agricul tura, não cuidou o Brasil de aperfeiçoar
seu operariado industrial. Com a e.xpansão das indústrias verificada duran te a guerra, foram recrutados trabalhado res agrícolas para a faina industrial, in teiramente bizonhos e inadaptados às novas condições de trabalho e, com êsse material humano incompetente e desam-
bientado, tiveram as indústrias brasilei ras de enfrentar as exigências crescentes dos mercados consumidores sem tempo
sequer para dar-lhes um rápido treina mento.
Êsse mesmo operariado per
manece ainda hoje nas indus trias, sem ânimo de voltar ao trabalho agrícola e seni condições físicas e intelectuais para progre
dir no trabalho industrial e essa circunstancia determina uma bai xa produtividade e, consequentemente, uma elevação nos preços de custo. A agravar essa circunstância ha ainda a queda de produtividade "per capita", que cada vez mais se acentua, direta mente relacionada com as elevações de salários. Uma parte apreciável do ope rariado industrial brasileiro, notadamen-
te aquela procedente da agricultura, é constituída por indivíduos analfabetos ou semi-alfabetizados, habituados a um
baixo padrão de vida, sem ambição 6 sem estímulo, freqüentemente desilu didos das vantagens do trabalho nas fá bricas e que se desinteressam por com pleto da produção. Como o salário, nor-
DroiiSiO
116
EctONÓMirx)
"malmente, é pago por dia, por hora ou
também a falta de meios de transporte.
por tarefa, a cada aumento de salário
Sua produção agrícola, cxtrali\ a ovi pas toril, é tôda ela consumida na própria
corresponde uma redução nos dias ou lias horas de trabalho ou uma quantida
região e os produtos das fábricas do Rio
de menor de unidades de tarefa produzi das pelo operário. Prefere, assim, essa
e de São Paulo muito raramente conse
classe de trabalhadores receber a mesma
guem vencer o bloqueio que a ausência de meios dc transportes representa.
quantia trabalhando menos e baixar o
seu padrão de vida a cada elevação dc preços. ,'♦ )
A solução para êsses problemas resi de, principalmente, na educação e na instrução das massas trabalhadoras, o que só pode ser obtido após uma inten sa campanha de propaganda e um tra
Tudo isso contribui para dificultar a expansão de nossas indústrias, que no
balho preliminar de alfabetizaçâo em
para seus produtos.
massa. Mas isso mesmo está na depen
dência de outros problemas, como os de saúde, de renda pública, de meios de transporte etc., o que toma a solução extremamente complexa. *
*
:ií
exterior com
dificuldade
suportam a
concorrência de outras nações industriais
e, no interior, não encontram mercado
Junte-se a isso a precária proteção que oferecem nossas tarifas aduaneiras à produção nacional e ter-se-á uma idéia das dificuldades com que se defronta o produtor industrial bra.sileiro para a co locação de seus produtos.
Ainda uma dificuldade se apresenta
São êsses os óbices que se antepõem à nossa expansão industrial e que detive
ao nosso desenvolvimento industrial: o
ram o desenvolvimento de nossas indus
117
Alem dos problemas da produção agrí
pequenos capitais que se escondem em
outros
cofres e colchões; a ausência de um siste
mereceriam
ser
focalizados
no
campo econômico, financeiro, social, de
ma bancário satisfatório, impedindo a
mográfico, sanitário e educacional para
melhor distribuição.do crédito e, ultima
termos uma visão de conjunto da situa ção brasileira.
do crédito, adotada pelo Banco do Bra
sil, são outros tantos fatôres a contribuir
do comentário.
Brasil.
O dinheiro c uma das mercadorias
da procura age impiedosamente na fixa
blemas brasileiros e muitos terão mes
ção dos juros. Em um país como o
mo de ficar na penumbra.
nosso, em que os títulos públicos ren dem 11,2% de juros ao ano (®), é claro
guns dos aspectos da economia brasilei
que os títulos particulares devam ofere cer juros mais elevados ou pelo menos idênticos para encontrarem colocação. Nos Estados Unidos, as debôntures
oferecem, em média, 3,1% de juros e os empréstimos bancários se fazem na base de 2,2%.
Enquanto isso, no Brasil os
trias no pós-guerra. Dia a dia perdemos
lei o proíbe.
portação de tecidos, que havia subido
Assim, nossa ex
Não seria possí\'el, porém, em alguns
artigos apenas, focalizar todos os pro
terreno no mercado internacional de pro dutos manufaturados.
para o encarecimento do dinheiro no
mais caras do Brasil c a lei da oferta e
baixo índice de consumo interno. Ape baixíssimo de consumo "per capita". As populações das zonas rurais, princi
mente, uma política de brutal deflação
Assim, o problema do crédito, por exemplo, não pode ficar sem um rápi
sar de ter uma população de 45 milhões
de habitantes, o Brasil apresenta índice
pedindo que os bancos concentrem os
cola e da produção industrial, muitos
poucos capitais que se oferecem, além de garantias completas, exigem juros de 10 a 12% e só não pedem mais porque a O imposto de renda, dificultando a
Aqui, procuramos mostrar apenas al
ra que, como se verifica, são bem diver
sos do' que supõe o dominicano Joseph Lebret. fundador de Economia e Huma nismo.
_
,
Nossos problemas não sao de comunis mo. nem de Jacques Maritain. nem de favelas, nem de ruas estreitas. Sao ex
clusivamente de produção, pois que, se
êste fôr resolvido, resolveremos também com facilidade os de educação do povo,
de saúde púbUca, de estradas, de fave las de cidades süper-habitadas e de to dos os outros aspectos negativos de nos
a 26.434 toneladas em 1943, bai-xou a
formação de capitais; a legislação, afu gentando o capital estrangeiro; a insta
sa civilização, que tanto impressionaram
palmente das situadas longe dos grandes
16.678 em 1947 e êsses mesmos produ
bilidade política, gerando desconfianças
Père Lebret.
centros urbanos, são quase auto-suficien tes em matéria de consumo. Alimen tando-se de produtos da terra, habitando casas constmídas com os recursos locais, tratando-se com hervas e raízes que a própria natureza lhe oferece e vestindo-
tos, que ocupavam o terceiro lugar em nossas exportações, ocupam agora o 7. lugar, representando apenas 3,1% do to
no exterior; a falta de familiaridade do
tal de nossas exportações.
(•)
se de modo extremamente rudimentar, o brasileiro do "lúnterland", que consti
tui porcentagem apreciável da popula ção, nada representa no mercado consu midor de produtos industriais. Não só o pauperismo os exclui do con
sumo de produtos industrializados, como
rÍA-,
:}í
Digf^to H-CONÓNDCO
Com o desenvolvimento que estão tendo os parques industriais de outros
povo com as instituições bancárias, im"O Mercado de Capitais e a Conjun tura Econômica", em Suplemento Co mercial e Industrial do "O Estado de São Paulo" — ano I, n.o 2.
Eis aqui o diagnóstico de nossa enfer midade econômica, se não completo, ao menos mais verdadeiro do que o fei
to pelo autor de "Lettre aux Américains". Que êle nos receite remédios eficazes é o que desejamos.
países latino-americanos, nossos grandes compradores durante a guerra, e com as
perspectivas de reindustrialízaçâo da Europa através do Plano Marshall, maiores são as nossas preocupações quanto ao futuro.
Em face da presente crise de petróleo, que se faz sentir em tôda parte, o gooêmo inglês limitou as licenças para conversão de caldeiras e semelhantes a carvão, para óleo combustível, pois esta é uma das razões do formidável aumento de consumo dos produtos de petróleo nos últimos anos. Para se ter uma idéia
do aumento proveniente de tais conversões basta dizer que foram convertidos peta j!í
í|í
:í:
uso de óleo 1548 instalações com um consumo de 2.540.000 toneladas por ano. .Oa
DroiiSiO
116
EctONÓMirx)
"malmente, é pago por dia, por hora ou
também a falta de meios de transporte.
por tarefa, a cada aumento de salário
Sua produção agrícola, cxtrali\ a ovi pas toril, é tôda ela consumida na própria
corresponde uma redução nos dias ou lias horas de trabalho ou uma quantida
região e os produtos das fábricas do Rio
de menor de unidades de tarefa produzi das pelo operário. Prefere, assim, essa
e de São Paulo muito raramente conse
classe de trabalhadores receber a mesma
guem vencer o bloqueio que a ausência de meios dc transportes representa.
quantia trabalhando menos e baixar o
seu padrão de vida a cada elevação dc preços. ,'♦ )
A solução para êsses problemas resi de, principalmente, na educação e na instrução das massas trabalhadoras, o que só pode ser obtido após uma inten sa campanha de propaganda e um tra
Tudo isso contribui para dificultar a expansão de nossas indústrias, que no
balho preliminar de alfabetizaçâo em
para seus produtos.
massa. Mas isso mesmo está na depen
dência de outros problemas, como os de saúde, de renda pública, de meios de transporte etc., o que toma a solução extremamente complexa. *
*
:ií
exterior com
dificuldade
suportam a
concorrência de outras nações industriais
e, no interior, não encontram mercado
Junte-se a isso a precária proteção que oferecem nossas tarifas aduaneiras à produção nacional e ter-se-á uma idéia das dificuldades com que se defronta o produtor industrial bra.sileiro para a co locação de seus produtos.
Ainda uma dificuldade se apresenta
São êsses os óbices que se antepõem à nossa expansão industrial e que detive
ao nosso desenvolvimento industrial: o
ram o desenvolvimento de nossas indus
117
Alem dos problemas da produção agrí
pequenos capitais que se escondem em
outros
cofres e colchões; a ausência de um siste
mereceriam
ser
focalizados
no
campo econômico, financeiro, social, de
ma bancário satisfatório, impedindo a
mográfico, sanitário e educacional para
melhor distribuição.do crédito e, ultima
termos uma visão de conjunto da situa ção brasileira.
do crédito, adotada pelo Banco do Bra
sil, são outros tantos fatôres a contribuir
do comentário.
Brasil.
O dinheiro c uma das mercadorias
da procura age impiedosamente na fixa
blemas brasileiros e muitos terão mes
ção dos juros. Em um país como o
mo de ficar na penumbra.
nosso, em que os títulos públicos ren dem 11,2% de juros ao ano (®), é claro
guns dos aspectos da economia brasilei
que os títulos particulares devam ofere cer juros mais elevados ou pelo menos idênticos para encontrarem colocação. Nos Estados Unidos, as debôntures
oferecem, em média, 3,1% de juros e os empréstimos bancários se fazem na base de 2,2%.
Enquanto isso, no Brasil os
trias no pós-guerra. Dia a dia perdemos
lei o proíbe.
portação de tecidos, que havia subido
Assim, nossa ex
Não seria possí\'el, porém, em alguns
artigos apenas, focalizar todos os pro
terreno no mercado internacional de pro dutos manufaturados.
para o encarecimento do dinheiro no
mais caras do Brasil c a lei da oferta e
baixo índice de consumo interno. Ape baixíssimo de consumo "per capita". As populações das zonas rurais, princi
mente, uma política de brutal deflação
Assim, o problema do crédito, por exemplo, não pode ficar sem um rápi
sar de ter uma população de 45 milhões
de habitantes, o Brasil apresenta índice
pedindo que os bancos concentrem os
cola e da produção industrial, muitos
poucos capitais que se oferecem, além de garantias completas, exigem juros de 10 a 12% e só não pedem mais porque a O imposto de renda, dificultando a
Aqui, procuramos mostrar apenas al
ra que, como se verifica, são bem diver
sos do' que supõe o dominicano Joseph Lebret. fundador de Economia e Huma nismo.
_
,
Nossos problemas não sao de comunis mo. nem de Jacques Maritain. nem de favelas, nem de ruas estreitas. Sao ex
clusivamente de produção, pois que, se
êste fôr resolvido, resolveremos também com facilidade os de educação do povo,
de saúde púbUca, de estradas, de fave las de cidades süper-habitadas e de to dos os outros aspectos negativos de nos
a 26.434 toneladas em 1943, bai-xou a
formação de capitais; a legislação, afu gentando o capital estrangeiro; a insta
sa civilização, que tanto impressionaram
palmente das situadas longe dos grandes
16.678 em 1947 e êsses mesmos produ
bilidade política, gerando desconfianças
Père Lebret.
centros urbanos, são quase auto-suficien tes em matéria de consumo. Alimen tando-se de produtos da terra, habitando casas constmídas com os recursos locais, tratando-se com hervas e raízes que a própria natureza lhe oferece e vestindo-
tos, que ocupavam o terceiro lugar em nossas exportações, ocupam agora o 7. lugar, representando apenas 3,1% do to
no exterior; a falta de familiaridade do
tal de nossas exportações.
(•)
se de modo extremamente rudimentar, o brasileiro do "lúnterland", que consti
tui porcentagem apreciável da popula ção, nada representa no mercado consu midor de produtos industriais. Não só o pauperismo os exclui do con
sumo de produtos industrializados, como
rÍA-,
:}í
Digf^to H-CONÓNDCO
Com o desenvolvimento que estão tendo os parques industriais de outros
povo com as instituições bancárias, im"O Mercado de Capitais e a Conjun tura Econômica", em Suplemento Co mercial e Industrial do "O Estado de São Paulo" — ano I, n.o 2.
Eis aqui o diagnóstico de nossa enfer midade econômica, se não completo, ao menos mais verdadeiro do que o fei
to pelo autor de "Lettre aux Américains". Que êle nos receite remédios eficazes é o que desejamos.
países latino-americanos, nossos grandes compradores durante a guerra, e com as
perspectivas de reindustrialízaçâo da Europa através do Plano Marshall, maiores são as nossas preocupações quanto ao futuro.
Em face da presente crise de petróleo, que se faz sentir em tôda parte, o gooêmo inglês limitou as licenças para conversão de caldeiras e semelhantes a carvão, para óleo combustível, pois esta é uma das razões do formidável aumento de consumo dos produtos de petróleo nos últimos anos. Para se ter uma idéia
do aumento proveniente de tais conversões basta dizer que foram convertidos peta j!í
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:í:
uso de óleo 1548 instalações com um consumo de 2.540.000 toneladas por ano. .Oa
:,co^•ó^uco
119
Aspectos da iníluência francesa no Brasil
ras c.vpcdiçõcs e nos porlos franceses as casas do comércio de Paris, para jnaior facilidade, estabeleciam sucursais. Como
os inglêscs, que no primeiro ímpeto ti
II
veram grandes prejuízos pela ignorância das condições do mercado brasileiro
Otávio Tauquínio de Sousa
influência francesa no Brasil, tão A marcada desde as últimas décadas
do século XVIII, sobretudo no plano das idéias políticas, sofreu grandes res trições e até completa paralisação no to
cante às relações comerciais quando Junot invadiu Portugal. Ocupada a me trópole, viu-se o Brasil sem comunicação com o continente europeu, e o ato de
abertura dos portos brasileiros ao co mercio das nações amigas eqüivaleu, convém acentuar, a franqueá-los de pre ferencia aos inglêscs. Usando o mar
I
quase como propriedade
exclusiva e tendo sob sua proteção o governo ins
talado no Rio pelo prín cipe regente D. João, a
Inglaterra deu-se pressa em obter para os produ tos de sua indústria e pa ra os negócios do seu comércio uma situação
de verdadeiro privilégio.
(ate patins para gelo trouxeram), tam bém os franceses praticaram erros de
brasileiros achavam as meias pouco elás
que lhes resultaram consideráveis per
ticas e os tecidos mais frágeis.
das. O que paru logo deu lucro imenso, de quatro a cinco vezes o valor real, fo
A paz, que se inaugurou no mundo com o desmoronamento do sonho de Na
ram os artigos do fantasia, como os co-
poleão, criou outra vez ensejo à expan
lares de contas.
são francesa no Brasil. Admitida a Fran
ça, ainda em 1814, ao gôzo das vanta
gens concedidas às demais nações, não
lhe seria fácil enfrentar por cá a Ingla terra, garantida pelos escandalosos tra tados de 1810.
As tarifas aduaneiras,
mais favoráveis até aos artigos inglê
ses do que aos importados de Portugal, constituiriam terrível obs táculo. Ainda assim, po
rém,cedo começou o afluxo de mercadorias fran
cesas.
A 10 de abril de
1815, o português Mar rocos escrevia à irmã: "De
alguns portos da França têm aqui chegado alguns navios
com
muitas
mo
das, enfeites e bugiarias
Mercadorias e negociantes ingleses invadiram o Bra
mais baratas do que as in
sil e começaram a domi
sesperam, pois só queriam
glesas, de que estes de
nar o novo mercado. Antes das guerras
para si o interesse..." Os vendedores
napoleônicas havia gente entre nós ha bituada às meias de sêda branca e às
dessas quinquilharias nem sempre eram
fazendas francesas. Durante seis ou sete
anos os inglêses mandaram produtos si milares, de excelente qualidade, e tão ràpidamente conquistaram a preferência dos fregueses que, depois da queda de Napoleão, ao chegarem de novo os mes mos artigos da França, os consumidores
comerciantes, mas antigos funcionários, miliiares ou artistas ligados ao regime
decaído, que, exilando-se, buscavam obter os primeiros reciursos para tentar a vida aqui. Outros, mais tipicamente comerciantes, se entregavam à aventura
da América com arrojo e decisão. De Bordeaux e do Havre partiam verdadei-
Se no começo, como nos relata Hora-
ce Say, à chegada dos navios, pergun tavam os brasileiros, em tom irônico, ao verem desembarcar dezenas e dezenas de
vendedores de bugigangas, quantos "ne gociantes franceses" havia entre eles, ao
cabo dc certo tempo muitos conseguiram estabelccer-se, abrir lojas, ganhar dinheiro. Na época da Independência já a rua
entre os quais fazendas de algodão es tampadas e outras variedades de tecidos. Mas a situação de igualdade com a
Inglaterra era mais aparente do que real. Sem dúvida, muitos artigos franceses se firmaram entre nós e tudo o que dizia respeito à moda feminina dominou sobe ranamente. Entretanto, a política econô mica francesa não estimulava as rela ções coinerciais com o Brasil em bases
sólidas.
e • do café brasileiros, no propósito de
favorecer a produção das colônias. Não havendo reciprocidade, os pagamentos se tomavam mais difíceis e o preço das mer
cadorias se elevava. Os narios france
ses, sem carga de volta, duplicavam cs
fretes, e freqüentemente os produtos da indústria da França, para
chegarem ao Brasil, eram remetidos antes a Londres
do Ouvidor, pelo sortímen-
e Liverpool, desembarcan
to, arranjo e cunho pari siense de suas "boutiques", lembrava a rua Vivienne,
do de bordo de navios bri tânicos. Em 1837, a Fran
ça e.vportou para o Brasil produtos num total de no
da capital francesa. Pou
cos anos depois, na mesma rua do Ouvidor e em ou
tras próximas, franceses como Dillon
ainé, Alexandre Manson, André Lizaur, Carlos Melchcr, Drevon e Desbordes!
Dummont & Cia., F. Le Breton & Cia.,' Garay e Marcassus, G. Theremin, Luís
Troyon, P. Garay & Cia., Planclier Seignot exploravam negócios rendosos. Lu tando contra as tarifas de 1810, só em 1826 logrou a França firmar um trata
Enquanto havia aqui grande
procura de suas mercadorias, a França opunha embaraços à aquisição do açúcar
ve milhões de francos, ao
passo que os da Inglatena atingiram à soma de trinta e três milhões. Em dez anos (de 1827 a 1836), partiram de portos franceses, com destino ao Brasil, 996 navios, dos quais só 485 le
varam de volta produtos brasileiros, Afi nal, a França só dominou o mercado brasileiro no tocante às modas de Paris,
adotadas e vulgarizadas não apenas no Rio, na Bahia ou em Pernambuco, mas
do com o Brasil que a colocou pelo me nos teoricamente em pé de igualdade
em numerosos centros de população do interior. Tal foi a repercussão dessa
entrada era de todo impossível à ta xa antiga de 24%, fizeram a sua aparição.
Brasil 6 em outros países, que co
com a Inglaterra. Muitos produtos, cuja
espécie
de mercadoria francesa, no
merciantes inglêses iam
à França
:,co^•ó^uco
119
Aspectos da iníluência francesa no Brasil
ras c.vpcdiçõcs e nos porlos franceses as casas do comércio de Paris, para jnaior facilidade, estabeleciam sucursais. Como
os inglêscs, que no primeiro ímpeto ti
II
veram grandes prejuízos pela ignorância das condições do mercado brasileiro
Otávio Tauquínio de Sousa
influência francesa no Brasil, tão A marcada desde as últimas décadas
do século XVIII, sobretudo no plano das idéias políticas, sofreu grandes res trições e até completa paralisação no to
cante às relações comerciais quando Junot invadiu Portugal. Ocupada a me trópole, viu-se o Brasil sem comunicação com o continente europeu, e o ato de
abertura dos portos brasileiros ao co mercio das nações amigas eqüivaleu, convém acentuar, a franqueá-los de pre ferencia aos inglêscs. Usando o mar
I
quase como propriedade
exclusiva e tendo sob sua proteção o governo ins
talado no Rio pelo prín cipe regente D. João, a
Inglaterra deu-se pressa em obter para os produ tos de sua indústria e pa ra os negócios do seu comércio uma situação
de verdadeiro privilégio.
(ate patins para gelo trouxeram), tam bém os franceses praticaram erros de
brasileiros achavam as meias pouco elás
que lhes resultaram consideráveis per
ticas e os tecidos mais frágeis.
das. O que paru logo deu lucro imenso, de quatro a cinco vezes o valor real, fo
A paz, que se inaugurou no mundo com o desmoronamento do sonho de Na
ram os artigos do fantasia, como os co-
poleão, criou outra vez ensejo à expan
lares de contas.
são francesa no Brasil. Admitida a Fran
ça, ainda em 1814, ao gôzo das vanta
gens concedidas às demais nações, não
lhe seria fácil enfrentar por cá a Ingla terra, garantida pelos escandalosos tra tados de 1810.
As tarifas aduaneiras,
mais favoráveis até aos artigos inglê
ses do que aos importados de Portugal, constituiriam terrível obs táculo. Ainda assim, po
rém,cedo começou o afluxo de mercadorias fran
cesas.
A 10 de abril de
1815, o português Mar rocos escrevia à irmã: "De
alguns portos da França têm aqui chegado alguns navios
com
muitas
mo
das, enfeites e bugiarias
Mercadorias e negociantes ingleses invadiram o Bra
mais baratas do que as in
sil e começaram a domi
sesperam, pois só queriam
glesas, de que estes de
nar o novo mercado. Antes das guerras
para si o interesse..." Os vendedores
napoleônicas havia gente entre nós ha bituada às meias de sêda branca e às
dessas quinquilharias nem sempre eram
fazendas francesas. Durante seis ou sete
anos os inglêses mandaram produtos si milares, de excelente qualidade, e tão ràpidamente conquistaram a preferência dos fregueses que, depois da queda de Napoleão, ao chegarem de novo os mes mos artigos da França, os consumidores
comerciantes, mas antigos funcionários, miliiares ou artistas ligados ao regime
decaído, que, exilando-se, buscavam obter os primeiros reciursos para tentar a vida aqui. Outros, mais tipicamente comerciantes, se entregavam à aventura
da América com arrojo e decisão. De Bordeaux e do Havre partiam verdadei-
Se no começo, como nos relata Hora-
ce Say, à chegada dos navios, pergun tavam os brasileiros, em tom irônico, ao verem desembarcar dezenas e dezenas de
vendedores de bugigangas, quantos "ne gociantes franceses" havia entre eles, ao
cabo dc certo tempo muitos conseguiram estabelccer-se, abrir lojas, ganhar dinheiro. Na época da Independência já a rua
entre os quais fazendas de algodão es tampadas e outras variedades de tecidos. Mas a situação de igualdade com a
Inglaterra era mais aparente do que real. Sem dúvida, muitos artigos franceses se firmaram entre nós e tudo o que dizia respeito à moda feminina dominou sobe ranamente. Entretanto, a política econô mica francesa não estimulava as rela ções coinerciais com o Brasil em bases
sólidas.
e • do café brasileiros, no propósito de
favorecer a produção das colônias. Não havendo reciprocidade, os pagamentos se tomavam mais difíceis e o preço das mer
cadorias se elevava. Os narios france
ses, sem carga de volta, duplicavam cs
fretes, e freqüentemente os produtos da indústria da França, para
chegarem ao Brasil, eram remetidos antes a Londres
do Ouvidor, pelo sortímen-
e Liverpool, desembarcan
to, arranjo e cunho pari siense de suas "boutiques", lembrava a rua Vivienne,
do de bordo de navios bri tânicos. Em 1837, a Fran
ça e.vportou para o Brasil produtos num total de no
da capital francesa. Pou
cos anos depois, na mesma rua do Ouvidor e em ou
tras próximas, franceses como Dillon
ainé, Alexandre Manson, André Lizaur, Carlos Melchcr, Drevon e Desbordes!
Dummont & Cia., F. Le Breton & Cia.,' Garay e Marcassus, G. Theremin, Luís
Troyon, P. Garay & Cia., Planclier Seignot exploravam negócios rendosos. Lu tando contra as tarifas de 1810, só em 1826 logrou a França firmar um trata
Enquanto havia aqui grande
procura de suas mercadorias, a França opunha embaraços à aquisição do açúcar
ve milhões de francos, ao
passo que os da Inglatena atingiram à soma de trinta e três milhões. Em dez anos (de 1827 a 1836), partiram de portos franceses, com destino ao Brasil, 996 navios, dos quais só 485 le
varam de volta produtos brasileiros, Afi nal, a França só dominou o mercado brasileiro no tocante às modas de Paris,
adotadas e vulgarizadas não apenas no Rio, na Bahia ou em Pernambuco, mas
do com o Brasil que a colocou pelo me nos teoricamente em pé de igualdade
em numerosos centros de população do interior. Tal foi a repercussão dessa
entrada era de todo impossível à ta xa antiga de 24%, fizeram a sua aparição.
Brasil 6 em outros países, que co
com a Inglaterra. Muitos produtos, cuja
espécie
de mercadoria francesa, no
merciantes inglêses iam
à França
«jji i ^m\\
J uuiiq Dicesto Econ*ómico
120
escolher os panos de lã c dc algo
com a França.
dão estampado.
prestígio intelecluaL francês. Em Sáo
Enorme, porém, era o
Os brasileiros da primeira metade do
Paulo foi-lhes dado assistir à represen
8<k.-ulo XIX (período qiic int<Tissa a ds-
tação da opereta Lc Déscricur, traduzi
te estudo) acolhiam com aviílez os arti
de cera, os remédios, as pinturas, as gra
da para o português; eni Minas, depois de verem ns mulheres de S.ío João Hei veslida.s "à moda de França", pu
vuras em cobre, os espelhos, as porcela
deram manusear era Vila Rica, na bi
nas, os cristais, os licores, as frutas sécas,
blioteca do ouvidor, muitos Iíntos em
o azeite e a manteiga cjiie a França lhes fornecia. Mas o que mais os atraía eram as idéias francesas e, neste particular,
língua francesa, c contemplar cm Vila
gos de luxo, as jóias, os móveis, as velas
rificaram a aceitação das modas france
a todos os aspectos do país, (|iic ol)ser-
sas, de par com as gravuras da mesma origem pregadas nas paredes da igreja
sido
varam com olhos não só de naturalistas,
do Nossa Senhora da Conceição. Como
notaram: "A literatura francesa, q^ic con
no Rio, na cidade do Salvador SpLx é Martins observaram que o francês era nuiito mais falado do que o inglês, em
pagação da língua francesa c » enorme ingresso de livros seus
bora as relações comerciais com a GrãBretanha fôssem muito mais importantes. A
quistou também neste país as mais finas camadas ilustradas, é a preferida. A pro
I imaginar, tanto mais que ^pera tudo que se possa
existem duas livrarias mal fornecidas. Além da no
França desde a im-asão
vidade do dia, que fami
o advento de Luís XVIII.
teratura amorosa france
sa, bem se pode avaliar como depois da
paz na Europa e dc abertos os portos bra
das Tulherías e dos Campos Elíseos na
sileiros aos navios da França da Restau
ração, avultaria a sua entrada e difusão.
Não se pode negar a tolcr;\ncia de D.
João, permitindo o desembarque de bonapartistas extremados, como o general Rio transformado em fazendeiro de café.
aí^entes eficazes da influência francesa
Junto do rei havia amigos da França, do
emre nós e alguns dêles deixaram ilus
feiliõ do Conde da Barca, que lá ser
tre descendência; Influência pelo com
vira como diplomata e lá se envolvera
portamento e pela presença humana dos
em tentativas de suborno de altas perso
Taunay; influência pela conduta mili tar dos Beaurepaire, dos d'EscragnolIe, dos Labatut, lutadores da causa da
ao Brasil as lições de arte e do gôsto
emancipação brasileira; influência de ho
francês.
mens de atividades várias, de artistas co
Denlrè as inúmeras criações
la de Belas-Artes.
Para estabelecê-la
veio da França um grupo de artistas de apreciável valor, como J. B. Debret, Grandjean de Montigny, FelLx Éinile Taunay, Marcos e Zeferino Ferrez, es colhidos por Lebreton e chegados a 26 de março dc 1816, em companhia de
não cessou jamais a irralectual francesa. Ao tem
outros mais. Em verdade, desconcertan-
as obras de Voltaire e dc Rousseau e, com tanto
po de D. João, de gucmi
te foi a luta que tiveram de empreender
à França e nos "abomi
êsses artistas franceses contra a rotina, o
empenho, que
náveis princípios fnmc«>-
desleixo e a má vontade de certos ele mentos da administração, só dez anos mais tarde começando a funcionar a
sa, são lidas especialmente diversos
autores patriotas se vi
ram obrigados a manifestar-se contra essa
galomania. O fenômeno é ainda mais extraordinário, porque as relações políti cas e mercantis do povo lusitano estão ligadas à Inglaterra, pelo que se deveria pressupor maior aproximação da literatura-britânica".
Cumpre notar que os sábios alemães aqui chegaram em 1817, três anos ape nas depois do reatamento de relações
■
"
ses", a Tipografia Regia imprimiu no Rio de Janeiro traduções de Voltaire, Bemardin de Saint-Pierre e De-
Academia. Mas a sua influência não tar
lille (1811), a ÁlgebTO de Lacroix
dou. Nas festas comemorativas da coroa-
(1812), a Mecdntcfl de Francocur (1813), a Fisica de Hauy.
1
Se antes, nos fins do século XVIII, os livros franceses já aqui chega\'am em
ção de D. João VI, em 1818, muito tra balharam os artistas franceses. Grandjean de Montigny erigiu, no largo do Paço,
um templo de Minerva, que ostentava a estátua da deusa protegendo o monar
boa quantidade, mais ou menos dissimu lados, e o cônego Luís Vieira da Sil\-a
podia oferecer ao seqüestro das autorida, Jp.
grado os obstáculos que se opuseram à
sua ação, foram, uns mais do que outros,
do reinado joanino não havia uma Esco
|r\V diação da influência iutc-
mesma oportunidade. Tudo em estilo francês, no clássico napoleônico que a volta dos Bourbons não repudiara. Os artistas importados por Barca, mau
Hogendorp, que viveu nos arredores do
nagens do Diretório. Logo que lhe foi possível, cuidou Barca de proporcionar
de Portugal por Junot até
consular Maler as decorações lembraram
as de Paris por ocasião do regresso de Luís XVIII, ao passo que as iluminações do campo de Santana lhe sugeriram as
tantas outras/ todas em língua france
despeito do isolamento em que o Brasil ficou da
no Rio de Janeiro só
liariza o Brasil com a li
des do Reino obras de Condillac, Mon-
ornavam a casa do rigário; na Bahia
maior no Bra.sil, Spix c Martins, atentos
terá
121
Dicesto EcoNÓNaco
tesquieu c Mably, a Enciclopédia, e
do Príncipe as gravuras frana^sas que
taK-c/.
nenhuma .influencia
r
mo Bonrepos, Pallière, Luís Aleixo Boulanger, de médicos como FaivTe, Sigaud, Sénéchal, de jornalistas ou fundadores
dü jornal como Seignot Plancher, de técnicos em tinturaria como Salingre ou
em outras artes como Braconnot, 0\ide Enout, Pilite, Fabre. Roy pai e filho, que
organizaram oficinas de marcenaria, cortume, serralharia, carpintaria, fundição; de educadores como o padre Boiret, pro fessor de Pedro II; de desenhistas e cro nistas como Hércules Florence; influên
cia que se exerceu através desses homens, da propagação das idéias francesas, do reflexo dos movimentos políticos fran ceses, dos li\TOS franceses espalhados por muitos lugares do Brasil, das modas pa risienses pressurosamente adotadas, das lojas francesas da rua do Ouvidor, dos dançarinos e professores de dança france ses e até das cocottes francesas que em
prestaram à vida bizonha do Rio de Janei
ca; em frente ao chafariz, Debret cons truiu um arco do triunfo; no meio da pra
ro das primeiras décadas óitocentistas um
ça, Taunay fez um obelisco. Ao agente
pouco da graça e da alegria de Paris.
«jji i ^m\\
J uuiiq Dicesto Econ*ómico
120
escolher os panos de lã c dc algo
com a França.
dão estampado.
prestígio intelecluaL francês. Em Sáo
Enorme, porém, era o
Os brasileiros da primeira metade do
Paulo foi-lhes dado assistir à represen
8<k.-ulo XIX (período qiic int<Tissa a ds-
tação da opereta Lc Déscricur, traduzi
te estudo) acolhiam com aviílez os arti
de cera, os remédios, as pinturas, as gra
da para o português; eni Minas, depois de verem ns mulheres de S.ío João Hei veslida.s "à moda de França", pu
vuras em cobre, os espelhos, as porcela
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o azeite e a manteiga cjiie a França lhes fornecia. Mas o que mais os atraía eram as idéias francesas e, neste particular,
língua francesa, c contemplar cm Vila
gos de luxo, as jóias, os móveis, as velas
rificaram a aceitação das modas france
a todos os aspectos do país, (|iic ol)ser-
sas, de par com as gravuras da mesma origem pregadas nas paredes da igreja
sido
varam com olhos não só de naturalistas,
do Nossa Senhora da Conceição. Como
notaram: "A literatura francesa, q^ic con
no Rio, na cidade do Salvador SpLx é Martins observaram que o francês era nuiito mais falado do que o inglês, em
pagação da língua francesa c » enorme ingresso de livros seus
bora as relações comerciais com a GrãBretanha fôssem muito mais importantes. A
quistou também neste país as mais finas camadas ilustradas, é a preferida. A pro
I imaginar, tanto mais que ^pera tudo que se possa
existem duas livrarias mal fornecidas. Além da no
França desde a im-asão
vidade do dia, que fami
o advento de Luís XVIII.
teratura amorosa france
sa, bem se pode avaliar como depois da
paz na Europa e dc abertos os portos bra
das Tulherías e dos Campos Elíseos na
sileiros aos navios da França da Restau
ração, avultaria a sua entrada e difusão.
Não se pode negar a tolcr;\ncia de D.
João, permitindo o desembarque de bonapartistas extremados, como o general Rio transformado em fazendeiro de café.
aí^entes eficazes da influência francesa
Junto do rei havia amigos da França, do
emre nós e alguns dêles deixaram ilus
feiliõ do Conde da Barca, que lá ser
tre descendência; Influência pelo com
vira como diplomata e lá se envolvera
portamento e pela presença humana dos
em tentativas de suborno de altas perso
Taunay; influência pela conduta mili tar dos Beaurepaire, dos d'EscragnolIe, dos Labatut, lutadores da causa da
ao Brasil as lições de arte e do gôsto
emancipação brasileira; influência de ho
francês.
mens de atividades várias, de artistas co
Denlrè as inúmeras criações
la de Belas-Artes.
Para estabelecê-la
veio da França um grupo de artistas de apreciável valor, como J. B. Debret, Grandjean de Montigny, FelLx Éinile Taunay, Marcos e Zeferino Ferrez, es colhidos por Lebreton e chegados a 26 de março dc 1816, em companhia de
não cessou jamais a irralectual francesa. Ao tem
outros mais. Em verdade, desconcertan-
as obras de Voltaire e dc Rousseau e, com tanto
po de D. João, de gucmi
te foi a luta que tiveram de empreender
à França e nos "abomi
êsses artistas franceses contra a rotina, o
empenho, que
náveis princípios fnmc«>-
desleixo e a má vontade de certos ele mentos da administração, só dez anos mais tarde começando a funcionar a
sa, são lidas especialmente diversos
autores patriotas se vi
ram obrigados a manifestar-se contra essa
galomania. O fenômeno é ainda mais extraordinário, porque as relações políti cas e mercantis do povo lusitano estão ligadas à Inglaterra, pelo que se deveria pressupor maior aproximação da literatura-britânica".
Cumpre notar que os sábios alemães aqui chegaram em 1817, três anos ape nas depois do reatamento de relações
■
"
ses", a Tipografia Regia imprimiu no Rio de Janeiro traduções de Voltaire, Bemardin de Saint-Pierre e De-
Academia. Mas a sua influência não tar
lille (1811), a ÁlgebTO de Lacroix
dou. Nas festas comemorativas da coroa-
(1812), a Mecdntcfl de Francocur (1813), a Fisica de Hauy.
1
Se antes, nos fins do século XVIII, os livros franceses já aqui chega\'am em
ção de D. João VI, em 1818, muito tra balharam os artistas franceses. Grandjean de Montigny erigiu, no largo do Paço,
um templo de Minerva, que ostentava a estátua da deusa protegendo o monar
boa quantidade, mais ou menos dissimu lados, e o cônego Luís Vieira da Sil\-a
podia oferecer ao seqüestro das autorida, Jp.
grado os obstáculos que se opuseram à
sua ação, foram, uns mais do que outros,
do reinado joanino não havia uma Esco
|r\V diação da influência iutc-
mesma oportunidade. Tudo em estilo francês, no clássico napoleônico que a volta dos Bourbons não repudiara. Os artistas importados por Barca, mau
Hogendorp, que viveu nos arredores do
nagens do Diretório. Logo que lhe foi possível, cuidou Barca de proporcionar
de Portugal por Junot até
consular Maler as decorações lembraram
as de Paris por ocasião do regresso de Luís XVIII, ao passo que as iluminações do campo de Santana lhe sugeriram as
tantas outras/ todas em língua france
despeito do isolamento em que o Brasil ficou da
no Rio de Janeiro só
liariza o Brasil com a li
des do Reino obras de Condillac, Mon-
ornavam a casa do rigário; na Bahia
maior no Bra.sil, Spix c Martins, atentos
terá
121
Dicesto EcoNÓNaco
tesquieu c Mably, a Enciclopédia, e
do Príncipe as gravuras frana^sas que
taK-c/.
nenhuma .influencia
r
mo Bonrepos, Pallière, Luís Aleixo Boulanger, de médicos como FaivTe, Sigaud, Sénéchal, de jornalistas ou fundadores
dü jornal como Seignot Plancher, de técnicos em tinturaria como Salingre ou
em outras artes como Braconnot, 0\ide Enout, Pilite, Fabre. Roy pai e filho, que
organizaram oficinas de marcenaria, cortume, serralharia, carpintaria, fundição; de educadores como o padre Boiret, pro fessor de Pedro II; de desenhistas e cro nistas como Hércules Florence; influên
cia que se exerceu através desses homens, da propagação das idéias francesas, do reflexo dos movimentos políticos fran ceses, dos li\TOS franceses espalhados por muitos lugares do Brasil, das modas pa risienses pressurosamente adotadas, das lojas francesas da rua do Ouvidor, dos dançarinos e professores de dança france ses e até das cocottes francesas que em
prestaram à vida bizonha do Rio de Janei
ca; em frente ao chafariz, Debret cons truiu um arco do triunfo; no meio da pra
ro das primeiras décadas óitocentistas um
ça, Taunay fez um obelisco. Ao agente
pouco da graça e da alegria de Paris.
DicESTO EcoNó^aco
JOAQUIM
MURTINHO
123
de pulso forte, são valores que fulguapagam, assim que passa a sua época.
Deolixdo AMoniM
JoAQtJiM Murtinho foí um dos homens mais notáveis do Brasil. Poucos po
líticos, neste país, tanto no Império como na República, por mais sérias que tenham sido as crises de ordem interna ou externa, enfrentaram situações idên
ticas à que se apresentou a Joaquim Mur tinho durante a gestão financeira de
I 1889-1902. Talvez por se tratar de um
r quatriênio dos mais discutidos de tôda
/ a vida republicana do Brasil, a política financeira do Govêmo Campos Sales como que absorveu a projeção de Murti
nho, encobrindo outros aspectos de sua cultura, outras manifestações de seu ex
O "Digesto Econômico" associa-se às justas comemorações cio centenário de
cional e gloriosa Escola, ora imprimindo orientação própria à e.xecução dos
gramas de sua disciplina. Não era um espírito capaz de se acomodar à rotina
dos imprevistos, não conhecem o fatalis-
pedagógica, tanto que logo organizou
mo dos eclipses, porque são .sempre va
um plano completo para a cadeira de
perfil de estadista Sales Júnior tão bem retratou em seu notável livro, "O idea
lore.'!, não dependem de ocasião.
lismo republicano de Campos Sales". A inemória daquele homem público emi
Joa
quim Murtinho é um clêlos. Síntese psicológica das mais equilibradas de quantas ilustraram a inte'igência brasilei
não só por ter sido o grande colaborador
ra, dominou searas diferentes, desempe nhou atividades estranhas entre si, e com
nente é grata aos corações brasileiros
de Campos Sales na obra ingente de re
equivalência de méritos, o que não é
construção financeira do país, em memo
comum, mesmo entre os homens consi
rável quatriênio de govônio, como pe
derados excepcionais. Joaquim Murti nho é, portanto, uma expressão moral de grandeza: grande medico, grande professor, grande político. Basta dizer que tratou do Matemática, Zoologia, doutrinas políticas, Finanças, Homeopatia, assuntos heterogêneos e desencon trados, como SC vê, c não passou por medíocre em nenhum dêsses campos de atividade. Na cadeira de professor, en
las inúmeras provas de .saber e patriotis mo dadas eni fulgurante vida pública.
para louvar, seja para criticar a inflexível orientação de sua vida pública, as
nanças do país. Mas a competência de
apreciações convergem logo para o mi
cio de outras funções, fora da admi
nistro de um período presidencial dos
Ministro da Fazenda do Presidente
nistração pública. O magistério supe rior, a clínica, a pesquisa cientifica e os debates políticos, por exemplo, cons
Campos Sales. Parece, pois, que Jog.
tituíram, como sè sabe, preocupações
quim Murtinho, cuja inteligência brilhou
Os va'orcs permanentes, que não são feitos pelas circunstâncias, que não su biram os degraus da fama pela força
nascimento de Joaquim Murtinho, cujo
traordinário talento. Comumente, quan do se fala em Joaquim Murtinho, seja
mais difíceis da República, o corajoso
ção do Visconde do Rio Branco, um dos
ram dentro de um ciclo, mas logo se " mais insignes diretores daquela tradi
Murtinho se revelou ainda no exercí
sinando matérias diversas na Escola Po
litécnica,^ na clínica homeopática, no Congresso e, finahncnte, na direção das
Crcíícfaí Físicas c Naturais, de acordo
com os recursos científicos da época, o
que demonstra a capacidade criadora dc que era dotado. (1). Moço em re lação a outros professores do venerando Estabelecimento de ensino, em cuja di reção pontificava o saber do Visconde cio Rio Branco, figura já aureolnda entre os maiores snxltos do Império, nem por
isso MurHnho se anulou no seio de tão aita constelação de mestres. E a conerenação da Escola Pobtecn.ca renn.a
honiL dos mais eminentes do pais. CeZs alguns professôres da época: An1 ™ Llioucas Vieira Souto, Paula Frei-
gS Pimetrtel. Miguel Antômo
da Silva.
Coube a Joaquim Murtínho maugtrar,
em 1877, I cadeira de Biologta fcdus-
S. um ano depois, na expos.çao que Ireseulou ao Diretor da Escola, amda
em campos de ação bem diversos, foí ape nas o homem público de grande energia,
especiais de seu fecundo e irrequieto es
finança.s, foi sempre um nome de re
O Visconde do Rio Branco, dizia ele, re
pirito.
levo.
ferindo-se àquela cadeira: "foi ela cria
o ministro da "restauração financeira". Entretanto, Murtinho foi uma das ca
de sua glória à influência dos aconte
pacidades mais impressionantes do Bra sil.
O Ministro da Fazenda não sobrepu
jou o professor, o medico, o parlamentar.
Há homens que devem a maior parte cimentos ou a certos fatôres especiais, cujos efeitos, embora transitórios, não
deixam de contribuir, às vêzes decisiva
Aluno do Visconde do Rio Branco na
antiga Escola Central, mais tarde Esco la Politécnica do Rio de Janeiro, teve a honra de, logo depois de formado em Engenharia, ser um dos colegas de cáte
mente, para alguns triunfes inevitáveis;
dra do ilustre mestre e notável estadista,
^tcs de concluir o curso, no 4.° ano,
Indiscutivelmente, sua administração na
outros homens, porém, se afirmam por si mesmos, acima das circunstâncias, den
. pasta da Fazenda, embora sujeita a erros
tro e fora de sua época, conquanto não
já ensinava Zoologia. O fato de haver sido professor ainda moço poderia ser
inerentes à condição humana, seria por
possam dispensar a colaboração involun tária ou não do meio ambiente. Certos
destituído de esplendor se não tivesse êle concorrido muito para o engrandeci-
si só um motivo de consagração histórica, ' levando-se cm consideração, sobretudo, ' as circunstâncias em que dirigiu as fi-
da (iltiniamente, quando se organizou a Escola Politécnica, e fui eu quem formu lou o programa de estudos, que, apro
vado pela Congregação, foi realizado pela primeira vez, nó ano passado. O pensamento que me guiou na confec ção dêsse prograirui foi que o Govêrno Imperial, introduzindo no curso de Ciên cias Físicas e Naturais a cadeira de Bio
logia Industrial, tinha em. vista assentar
liomens, íncluindo-se figuras destacadas,
mento da Escola, ora colaborando na re
as bases para a criação, no futuro, de uma Escola Superior de Agricultura que
como pensadores políticos ou estadistas
forma de 1874, sob a fulgurante inspira
correspondesse aç Instituto Agronômicq
DicESTO EcoNó^aco
JOAQUIM
MURTINHO
123
de pulso forte, são valores que fulguapagam, assim que passa a sua época.
Deolixdo AMoniM
JoAQtJiM Murtinho foí um dos homens mais notáveis do Brasil. Poucos po
líticos, neste país, tanto no Império como na República, por mais sérias que tenham sido as crises de ordem interna ou externa, enfrentaram situações idên
ticas à que se apresentou a Joaquim Mur tinho durante a gestão financeira de
I 1889-1902. Talvez por se tratar de um
r quatriênio dos mais discutidos de tôda
/ a vida republicana do Brasil, a política financeira do Govêmo Campos Sales como que absorveu a projeção de Murti
nho, encobrindo outros aspectos de sua cultura, outras manifestações de seu ex
O "Digesto Econômico" associa-se às justas comemorações cio centenário de
cional e gloriosa Escola, ora imprimindo orientação própria à e.xecução dos
gramas de sua disciplina. Não era um espírito capaz de se acomodar à rotina
dos imprevistos, não conhecem o fatalis-
pedagógica, tanto que logo organizou
mo dos eclipses, porque são .sempre va
um plano completo para a cadeira de
perfil de estadista Sales Júnior tão bem retratou em seu notável livro, "O idea
lore.'!, não dependem de ocasião.
lismo republicano de Campos Sales". A inemória daquele homem público emi
Joa
quim Murtinho é um clêlos. Síntese psicológica das mais equilibradas de quantas ilustraram a inte'igência brasilei
não só por ter sido o grande colaborador
ra, dominou searas diferentes, desempe nhou atividades estranhas entre si, e com
nente é grata aos corações brasileiros
de Campos Sales na obra ingente de re
equivalência de méritos, o que não é
construção financeira do país, em memo
comum, mesmo entre os homens consi
rável quatriênio de govônio, como pe
derados excepcionais. Joaquim Murti nho é, portanto, uma expressão moral de grandeza: grande medico, grande professor, grande político. Basta dizer que tratou do Matemática, Zoologia, doutrinas políticas, Finanças, Homeopatia, assuntos heterogêneos e desencon trados, como SC vê, c não passou por medíocre em nenhum dêsses campos de atividade. Na cadeira de professor, en
las inúmeras provas de .saber e patriotis mo dadas eni fulgurante vida pública.
para louvar, seja para criticar a inflexível orientação de sua vida pública, as
nanças do país. Mas a competência de
apreciações convergem logo para o mi
cio de outras funções, fora da admi
nistro de um período presidencial dos
Ministro da Fazenda do Presidente
nistração pública. O magistério supe rior, a clínica, a pesquisa cientifica e os debates políticos, por exemplo, cons
Campos Sales. Parece, pois, que Jog.
tituíram, como sè sabe, preocupações
quim Murtinho, cuja inteligência brilhou
Os va'orcs permanentes, que não são feitos pelas circunstâncias, que não su biram os degraus da fama pela força
nascimento de Joaquim Murtinho, cujo
traordinário talento. Comumente, quan do se fala em Joaquim Murtinho, seja
mais difíceis da República, o corajoso
ção do Visconde do Rio Branco, um dos
ram dentro de um ciclo, mas logo se " mais insignes diretores daquela tradi
Murtinho se revelou ainda no exercí
sinando matérias diversas na Escola Po
litécnica,^ na clínica homeopática, no Congresso e, finahncnte, na direção das
Crcíícfaí Físicas c Naturais, de acordo
com os recursos científicos da época, o
que demonstra a capacidade criadora dc que era dotado. (1). Moço em re lação a outros professores do venerando Estabelecimento de ensino, em cuja di reção pontificava o saber do Visconde cio Rio Branco, figura já aureolnda entre os maiores snxltos do Império, nem por
isso MurHnho se anulou no seio de tão aita constelação de mestres. E a conerenação da Escola Pobtecn.ca renn.a
honiL dos mais eminentes do pais. CeZs alguns professôres da época: An1 ™ Llioucas Vieira Souto, Paula Frei-
gS Pimetrtel. Miguel Antômo
da Silva.
Coube a Joaquim Murtínho maugtrar,
em 1877, I cadeira de Biologta fcdus-
S. um ano depois, na expos.çao que Ireseulou ao Diretor da Escola, amda
em campos de ação bem diversos, foí ape nas o homem público de grande energia,
especiais de seu fecundo e irrequieto es
finança.s, foi sempre um nome de re
O Visconde do Rio Branco, dizia ele, re
pirito.
levo.
ferindo-se àquela cadeira: "foi ela cria
o ministro da "restauração financeira". Entretanto, Murtinho foi uma das ca
de sua glória à influência dos aconte
pacidades mais impressionantes do Bra sil.
O Ministro da Fazenda não sobrepu
jou o professor, o medico, o parlamentar.
Há homens que devem a maior parte cimentos ou a certos fatôres especiais, cujos efeitos, embora transitórios, não
deixam de contribuir, às vêzes decisiva
Aluno do Visconde do Rio Branco na
antiga Escola Central, mais tarde Esco la Politécnica do Rio de Janeiro, teve a honra de, logo depois de formado em Engenharia, ser um dos colegas de cáte
mente, para alguns triunfes inevitáveis;
dra do ilustre mestre e notável estadista,
^tcs de concluir o curso, no 4.° ano,
Indiscutivelmente, sua administração na
outros homens, porém, se afirmam por si mesmos, acima das circunstâncias, den
. pasta da Fazenda, embora sujeita a erros
tro e fora de sua época, conquanto não
já ensinava Zoologia. O fato de haver sido professor ainda moço poderia ser
inerentes à condição humana, seria por
possam dispensar a colaboração involun tária ou não do meio ambiente. Certos
destituído de esplendor se não tivesse êle concorrido muito para o engrandeci-
si só um motivo de consagração histórica, ' levando-se cm consideração, sobretudo, ' as circunstâncias em que dirigiu as fi-
da (iltiniamente, quando se organizou a Escola Politécnica, e fui eu quem formu lou o programa de estudos, que, apro
vado pela Congregação, foi realizado pela primeira vez, nó ano passado. O pensamento que me guiou na confec ção dêsse prograirui foi que o Govêrno Imperial, introduzindo no curso de Ciên cias Físicas e Naturais a cadeira de Bio
logia Industrial, tinha em. vista assentar
liomens, íncluindo-se figuras destacadas,
mento da Escola, ora colaborando na re
as bases para a criação, no futuro, de uma Escola Superior de Agricultura que
como pensadores políticos ou estadistas
forma de 1874, sob a fulgurante inspira
correspondesse aç Instituto Agronômicq
124
Dice-sto
Econômico
de França e outras instituições seme
a Abolição e a República — entrou na
lhante^'. (2). Entusiasta do ensino agrí cola, como se vê, queria um curso de
fase de maior e mais vibrante efcives-
Engenharia Agrícola na Escola Politéc nica. No Relatório de 1878, organiza
tenceu a uma geração acadêmica das
do pela Diretoria da Escola, a parte
inte'ectual e política do Brasil.
que toca a Joaquim Murtinho é das
mais honrosas, especialmente quando se
refere aos estudos da geologia do Es tado de São Paulo e a problemas de ordem geral. De um documento interitp, simples exposi-
I ção de professor para * o Diretor da Escola, Joaquim
Murtinho
fêz, por assim dizer, um programa de govêmo. No professor já se revelava a vi
são do homem pú blico. De sua com
petência como pro
fessor, ninguém po deria falar melhor
do que o Visconde do
Rio
Branco
quando disse, ao ser criada a cadeira de
Biologia Industrial, que Miutinho era o
único em condições de ensinar bem a
nova disciplina.
O ambiente acadêmico da época de Joaquim Murtinho, no Rio de Janeiro como no Recife, em São Paulo cdmo na
Balúa, não podia ter a fisionomia eonventual das escolas medievais, porquan
côncia do século XIX.
Murtinho per--
que tiveram maior influência na vida A revolução das idéias vinha da Ciên
cia, da interpretação dos fenômenos bio lógicos, e subia ã esfera política, modi ficando conceitos e concepções tradi cionais. A explicação das leis biológi cas pela filosofia de Comtc já não era mais o supiremo
dogma científico pa ra os partidários do evolucionismo spencèriano. Assim, pois,
a Zoologia, a Botâ nica, a Biologia Ge ral e
tantas outras
disciplinas eram mo tivos de controvér
sias profundas. debate
travado
O
científico,
no
campo
Digesto Econômico
seus contemporâneos é uma prova de valor próprio, porque um espírito vulgar jamais poderia alcançar lugar dc evidên
cia ao lado de tantos talentos, especial mente em Sc tratando de um ciclo inte
lectual que nao teve escassez dc capa cidades. A mediocridade só prolifera nas épocas de crepúsculo, quando se fecham as válvulas da crítica e das ma nifestações do pensamento. Uma das
de governo. Sòmente os espíritos aci ma do vulgar se
riam capazes de grandes vôos nessa
meopatia, tal foi a campanha que con tra ela se organizou, constituía, para certos espíritos, uma doutrina contrária a determinados dogmas. Já não era,
portanto, o aspecto puramente medico
11, se haver desenvolvido a livre dis
rito de algumas coletividades, mas o as
cussão em todos os terrenos — político, religioso, filosófico — sem que a força
crença.
do Estado criasse qualquer obstáculo à
batalha de idéias que empolgou o Bra sil pensante do século passado. A for mação e.spiritual de Joaquim Murtinho recebeu precioso lastro dc influências
novas, nascidas do ambiente de renova ção da época. Engenheiro e médico, não foi um
espírito rotineiro tanto na primeira como na.segunda profissão. Tendo defendi do tese doutorai em 1873 (3), abra fensor da escola de Halinemann e se
discussão política e
Jules Mure, chegou a se defrontar com o problema religioso, visto que a Ho
da Homeopatia que preocupava o espí
trosava-se
a crítica das formas
ganda homeopática, um de seus maio res pioneiros, o médico francês Bento Mure, cujo verdadeiro nome é Benoit
mente no fato de, sob a coroa de Pedro
çou a Homeopatia, fêz-se ardoroso de
a
raizada no país. No comôço da propa
glórias do Império Brasileiro está justa
da ciência pura, en com
125
tomou, depois de certo tempo, um dos grande homeopatas do Rio de Janeiro, ao lado dos mais conspícuos partidários da doutrina halinemanniana. Quem o diz é um estudiosos do assunto. (4).
pecto metafísico, ligado à questão da Precisamente há um século, na Bahia, onde Ferreira França fizera, antes de Mure e Vicente Martins, no início do século XIX, as primeiras comunicações
a respeito da nova doutrina, nascida na Alemanha, surgiram dÚNÍdas muito sé
rias no seio de importantes congrega
ções religiosas, o que esta cabalmente provado por um fato de
Lêsse histórico. João Vicente Ma^ns
companheiro de Mure na propaganda e na divulgação da Homeopatia teve necessidade de ir à BaUa
série de conferências sobre
tia e Religião", demonstrando que a doutrina de Hahnemann, baseada na lei dos semelhantes, não ameaçava os alicerces da fé. (5).
A situação não era menos difícil de
época. Foi êsse, no século passado, o
Era temeridade apoiar a escola homeo pática, porque contra a lei dos semelhan
período mais rico e mais brilhante do
tes, fundamento da doutrina de Hahne-
pensamento brasileiro.
mann, se levantava entre nós a mais ferrenha oposição. Quando Murtinho,
já contava adeptos eminentes, entre êles Joaquim Murtinho. Uma prova de que,
depois abraçou a escola homeo pática, ainda estava bem acesa a luta
nos últimos anos do Império, a doutrina halinemanniana ainda encontrava obje-
Murtinho pro
to as idéias revolucionárias do Velho
jetou-se, portanto, no seio de uma ge ração de escol, geração que deu ao
Mundo já estavam muito difundidas nos
Brasil uma reserva de homens ilustres
maiores centros intelectuais do país. A
na política, nas letras, na administra
partir de 1870, com o Manifesto Repu
ção, na eloqüência. Murtinho não saiu
blicano, o espírito tmiversitário, infla mado por dois grandes movimentos —
repercussão de seu nome no círculo de
de uma geração medíocre.
Logo, a
entre o sistema vitalista e a tradição acadêmica. A doutrina de Hahnemann, que começara a ser vulgarizada em 1840, ainda não estava inteiramente en
pois da primeira metade do século pas sado, justamente quando a Homeopatia
ções fartíssimas nos círculos alopatas é
o longo parecer com que a Faculdade de Medicina da Côrte se opos a criação
de duas cadeiras de Homeopatia.
Ai
124
Dice-sto
Econômico
de França e outras instituições seme
a Abolição e a República — entrou na
lhante^'. (2). Entusiasta do ensino agrí cola, como se vê, queria um curso de
fase de maior e mais vibrante efcives-
Engenharia Agrícola na Escola Politéc nica. No Relatório de 1878, organiza
tenceu a uma geração acadêmica das
do pela Diretoria da Escola, a parte
inte'ectual e política do Brasil.
que toca a Joaquim Murtinho é das
mais honrosas, especialmente quando se
refere aos estudos da geologia do Es tado de São Paulo e a problemas de ordem geral. De um documento interitp, simples exposi-
I ção de professor para * o Diretor da Escola, Joaquim
Murtinho
fêz, por assim dizer, um programa de govêmo. No professor já se revelava a vi
são do homem pú blico. De sua com
petência como pro
fessor, ninguém po deria falar melhor
do que o Visconde do
Rio
Branco
quando disse, ao ser criada a cadeira de
Biologia Industrial, que Miutinho era o
único em condições de ensinar bem a
nova disciplina.
O ambiente acadêmico da época de Joaquim Murtinho, no Rio de Janeiro como no Recife, em São Paulo cdmo na
Balúa, não podia ter a fisionomia eonventual das escolas medievais, porquan
côncia do século XIX.
Murtinho per--
que tiveram maior influência na vida A revolução das idéias vinha da Ciên
cia, da interpretação dos fenômenos bio lógicos, e subia ã esfera política, modi ficando conceitos e concepções tradi cionais. A explicação das leis biológi cas pela filosofia de Comtc já não era mais o supiremo
dogma científico pa ra os partidários do evolucionismo spencèriano. Assim, pois,
a Zoologia, a Botâ nica, a Biologia Ge ral e
tantas outras
disciplinas eram mo tivos de controvér
sias profundas. debate
travado
O
científico,
no
campo
Digesto Econômico
seus contemporâneos é uma prova de valor próprio, porque um espírito vulgar jamais poderia alcançar lugar dc evidên
cia ao lado de tantos talentos, especial mente em Sc tratando de um ciclo inte
lectual que nao teve escassez dc capa cidades. A mediocridade só prolifera nas épocas de crepúsculo, quando se fecham as válvulas da crítica e das ma nifestações do pensamento. Uma das
de governo. Sòmente os espíritos aci ma do vulgar se
riam capazes de grandes vôos nessa
meopatia, tal foi a campanha que con tra ela se organizou, constituía, para certos espíritos, uma doutrina contrária a determinados dogmas. Já não era,
portanto, o aspecto puramente medico
11, se haver desenvolvido a livre dis
rito de algumas coletividades, mas o as
cussão em todos os terrenos — político, religioso, filosófico — sem que a força
crença.
do Estado criasse qualquer obstáculo à
batalha de idéias que empolgou o Bra sil pensante do século passado. A for mação e.spiritual de Joaquim Murtinho recebeu precioso lastro dc influências
novas, nascidas do ambiente de renova ção da época. Engenheiro e médico, não foi um
espírito rotineiro tanto na primeira como na.segunda profissão. Tendo defendi do tese doutorai em 1873 (3), abra fensor da escola de Halinemann e se
discussão política e
Jules Mure, chegou a se defrontar com o problema religioso, visto que a Ho
da Homeopatia que preocupava o espí
trosava-se
a crítica das formas
ganda homeopática, um de seus maio res pioneiros, o médico francês Bento Mure, cujo verdadeiro nome é Benoit
mente no fato de, sob a coroa de Pedro
çou a Homeopatia, fêz-se ardoroso de
a
raizada no país. No comôço da propa
glórias do Império Brasileiro está justa
da ciência pura, en com
125
tomou, depois de certo tempo, um dos grande homeopatas do Rio de Janeiro, ao lado dos mais conspícuos partidários da doutrina halinemanniana. Quem o diz é um estudiosos do assunto. (4).
pecto metafísico, ligado à questão da Precisamente há um século, na Bahia, onde Ferreira França fizera, antes de Mure e Vicente Martins, no início do século XIX, as primeiras comunicações
a respeito da nova doutrina, nascida na Alemanha, surgiram dÚNÍdas muito sé
rias no seio de importantes congrega
ções religiosas, o que esta cabalmente provado por um fato de
Lêsse histórico. João Vicente Ma^ns
companheiro de Mure na propaganda e na divulgação da Homeopatia teve necessidade de ir à BaUa
série de conferências sobre
tia e Religião", demonstrando que a doutrina de Hahnemann, baseada na lei dos semelhantes, não ameaçava os alicerces da fé. (5).
A situação não era menos difícil de
época. Foi êsse, no século passado, o
Era temeridade apoiar a escola homeo pática, porque contra a lei dos semelhan
período mais rico e mais brilhante do
tes, fundamento da doutrina de Hahne-
pensamento brasileiro.
mann, se levantava entre nós a mais ferrenha oposição. Quando Murtinho,
já contava adeptos eminentes, entre êles Joaquim Murtinho. Uma prova de que,
depois abraçou a escola homeo pática, ainda estava bem acesa a luta
nos últimos anos do Império, a doutrina halinemanniana ainda encontrava obje-
Murtinho pro
to as idéias revolucionárias do Velho
jetou-se, portanto, no seio de uma ge ração de escol, geração que deu ao
Mundo já estavam muito difundidas nos
Brasil uma reserva de homens ilustres
maiores centros intelectuais do país. A
na política, nas letras, na administra
partir de 1870, com o Manifesto Repu
ção, na eloqüência. Murtinho não saiu
blicano, o espírito tmiversitário, infla mado por dois grandes movimentos —
repercussão de seu nome no círculo de
de uma geração medíocre.
Logo, a
entre o sistema vitalista e a tradição acadêmica. A doutrina de Hahnemann, que começara a ser vulgarizada em 1840, ainda não estava inteiramente en
pois da primeira metade do século pas sado, justamente quando a Homeopatia
ções fartíssimas nos círculos alopatas é
o longo parecer com que a Faculdade de Medicina da Côrte se opos a criação
de duas cadeiras de Homeopatia.
Ai
II
Digesto
126
temos o documento.
Em 1882 o Insti
Ecoxónuco
zia então Melo Morais: "O Govânio do
Faculdade, o que logo provocou o pro
ser ensinada nas sttas escolas, galardoou,
testo de Torres Homem, um dos mais
em 1855, os serviços humanitários de
acatados professores de Medicina de
seu tempo. Para se julgar o valor de
Murtinho como médico homeopata, bas ta citar a discussão que travou com
Torres Homem, nome de real projeção na classe médica. O parecer da Fa culdade de Medicina é de 25 de feve reiro de 1882. Termina o documento
afirmando, nas conclusões, que "a Ho meopatia não é um sistema médico-cien-
tífico". Quem é o relator do parecer? João Vicente Torres Homem,
Brasil, apesar de não reconhecer a Ho meopatia como medicina oficial, por não muitos médicos homeopotas, consideran
"Hão tem o menor fundamento o pe dido que faz o Instituto Hahnemanniano
ao Goüêrno Imperial, e a Faculdade
deve opor-se a que êle seja satisfeito, podendo o mesmo Instituto, se tanto de
tauração financeira. Campos Sales su biu ao governo sabendo o que ia fazer anunciara.
dente de Morais. O quulricnio Prudente de Morais (1894-1898) foi dc apcrturas financeiras e agitações internas, como se
todas as administrações, todavia a admi
Um ministro interino, homem
pmdente e observador como Joaquim Murtinho, não poderia lançar pianos de grandes proporções, notadamenlc na fase
Medicina. Foi à tribuna pública, dis cutiu, doutrinou, defendeu enfim a doutrina de Halmomann com elevação
que, embora durasse pouco a presidên cia de Manuel Vitorino, Joaquim Murti
miu o governo. Mas o que ó verdade é
nho, na pasta da Viação, não foi um
e ardor, som prejuízo do alto
ministro decorativo, não sc limitou, co co é muito comum nas administrações
conceito que conquistara como
professor da Politécnica. Ain da assim estudou problemas de administração.
transitórias, a assinar o expediente. Seu relatório a respeito das condições da
Que o diga a
sua passagem pela Constituin te de 1890.
Com Aquilino Amaral e Pi nheiro Guedes, completou Joaquim Murtinho a representação de Mato
nunca desprezou os problemas adminis níz estimulou-lhe o espírito de exatidão,
seca.
Subscreveu, com muitos outros
colegas do Legislativo, o Manifesto que o Congresso (Senado e Câmara) diri
tografia atualizada na presente trans
giu à Nação em 4 de novembro de 1891 (8), protestando contro o ato do Ma rechal Deodoro, que já era presidente
crição ).
constitucional.
Dos debates parlamentares no Senado, onde se revelou um homem de con
reconhecida oficialmente nas escolas do
vicções seguras, qualidade que até mes
país, embora já se houvesse fundado o
mo adversários políticos lhe reconhece
a propensão do rigor matemático nas so luções práticas. Inegavelmente, no Pari
blica de ser claro ao falar ao po\ o. No
dia seguinte ao de sua posse, publicou um Manifesto à Nação, dizendo franca mente: "A restauração financeira, supre-
mo objetivo do momento, para que seja sólida e duradoura, depende essencial mente de uma profunda reconstrução
dos fôrças econômicas, de tal sorte que os agentes da riqueza nacional possam atingir a sua maior capacidade produto ra, servindo de base a todas as vanta
nanceira sem levar em conta a produção,
tido a honra de pertencer à primeira o golpe do Marechal Deodoro da Fon
prometera. Como homem de govêmo, Campos Sales teve a rara virtude pú
ser um dos magnos problemas nacionais,
trativos. O trato com Descartes e Leib-
dêste modo mais digno da gratidão de seus adeptos, sendo-lhe mais fácil re crutar novas falanges entre médicos que por qualquer motivo se tenham revela do contra a antiga medicina". (6). (Or
nistração Campos Sales cumpriu o que
gens que possam ser alcançadas nas re lações do comércio internacional". (9). Seria utopia anunciar a reconstrução fi
Senador Federal, tendo
celebra as suas sessões, tornando-se
Passível de críticas como
quela pasta, focando principalmente o problema de transportes, que continua a é mais uma prova de que Joaquim Mur tinho, apesar de se haver dedicado a outros ramos de estudo e ao jornalismo,
Grasso, seu Estado natal, à Constituinte
republicana.
tendo um ponto fixo no programa que'
mir a presidência por moléstia dc Pru
aguda em que Prudente dc Morais assu
representação de seu Estado no Congres so da República, não se conformou com
lamentava não ser ainda a Homeopaüa
go\'êrno um programa definido: a res
tro interino da Viação e Obras Públicas
pansão dc suas idéias. Como Melo Mo rais, também desejou a criação de uma cadeira de Homeopatia na FaeuMade de
seja propagar as doutrinas que profes sa, abrir cursos livres na saía em que
Pouco antes, em 1878, Melo Morais
Presidente Campos Sales levou para o
alta administração pública como Minis
sabe.
vos antecedenies históricos, Murtinho não encontrou ambiente favorável à ex
cuja oposição sistemática à teo
clusão final;
ram, passou Joaquim Murtinho para a
quando Manuel Vitorino Pereira, Vicepresidente da República, teve de assu
do-os com distinções honoríficas". (7). Como SC ve, através de tão significati
ria de Hahnemann já era noto riamente sabida. Então, de pois de apreciar o assunto sob o ponto-de-vista doutrinário, o parecer firma a seguinte con
miw
127
Instituto Homeopático cicsclc 1843. Di
tuto Hahnemanniano fez um requeri mento ao Governo Imperial, pedindo a introdução do ensino da Homeopatia na
m I
Dicesto EcoxÓAaco
lamento como na administração, foi
l\ sempre ^ espírito objetivo. Ouando Campos Sales convidou Joa-
problema vital do país. O quaWênio de 1898-1902 não dissociou o problema
financeiro do problema econômico. No te-se, ainda, que Campos Sales foi o fiador de nosso crédito externo. Poucos chefes de Estado, neste país, tiveram a sua palavra empenhada em condições tão excepcionais como Campos
Sales, principalmente perante os cre dores estrangeiros. A negociação do Furi-
•— Murtinho para Ministro da Faquim
ãing-Loan assumiu forçosamente aspecto moral. Campos Sales não se preocupou
nela (1898-902), sem interferência de ifomisso 7partidário, naturalmente já ^ •»
apenas com a parte financeira propria mente dita, mas com a parte moral da
ze
comp
a orientação de seu futuro au-
xilíar através das atitudes dêste no Con
gresso e na pasta da Viação. Não po dendo, é . óbvio, estar imune de erros,
o que é incontestável, entretanto, é que o
transação, uma vez que estava em
causa o nome do país, a dignidade do govêmo que em breve deveria inaugurai-se. Não foi pequena a luta do pre sidente eleito do Brasil para evitar que
II
Digesto
126
temos o documento.
Em 1882 o Insti
Ecoxónuco
zia então Melo Morais: "O Govânio do
Faculdade, o que logo provocou o pro
ser ensinada nas sttas escolas, galardoou,
testo de Torres Homem, um dos mais
em 1855, os serviços humanitários de
acatados professores de Medicina de
seu tempo. Para se julgar o valor de
Murtinho como médico homeopata, bas ta citar a discussão que travou com
Torres Homem, nome de real projeção na classe médica. O parecer da Fa culdade de Medicina é de 25 de feve reiro de 1882. Termina o documento
afirmando, nas conclusões, que "a Ho meopatia não é um sistema médico-cien-
tífico". Quem é o relator do parecer? João Vicente Torres Homem,
Brasil, apesar de não reconhecer a Ho meopatia como medicina oficial, por não muitos médicos homeopotas, consideran
"Hão tem o menor fundamento o pe dido que faz o Instituto Hahnemanniano
ao Goüêrno Imperial, e a Faculdade
deve opor-se a que êle seja satisfeito, podendo o mesmo Instituto, se tanto de
tauração financeira. Campos Sales su biu ao governo sabendo o que ia fazer anunciara.
dente de Morais. O quulricnio Prudente de Morais (1894-1898) foi dc apcrturas financeiras e agitações internas, como se
todas as administrações, todavia a admi
Um ministro interino, homem
pmdente e observador como Joaquim Murtinho, não poderia lançar pianos de grandes proporções, notadamenlc na fase
Medicina. Foi à tribuna pública, dis cutiu, doutrinou, defendeu enfim a doutrina de Halmomann com elevação
que, embora durasse pouco a presidên cia de Manuel Vitorino, Joaquim Murti
miu o governo. Mas o que ó verdade é
nho, na pasta da Viação, não foi um
e ardor, som prejuízo do alto
ministro decorativo, não sc limitou, co co é muito comum nas administrações
conceito que conquistara como
professor da Politécnica. Ain da assim estudou problemas de administração.
transitórias, a assinar o expediente. Seu relatório a respeito das condições da
Que o diga a
sua passagem pela Constituin te de 1890.
Com Aquilino Amaral e Pi nheiro Guedes, completou Joaquim Murtinho a representação de Mato
nunca desprezou os problemas adminis níz estimulou-lhe o espírito de exatidão,
seca.
Subscreveu, com muitos outros
colegas do Legislativo, o Manifesto que o Congresso (Senado e Câmara) diri
tografia atualizada na presente trans
giu à Nação em 4 de novembro de 1891 (8), protestando contro o ato do Ma rechal Deodoro, que já era presidente
crição ).
constitucional.
Dos debates parlamentares no Senado, onde se revelou um homem de con
reconhecida oficialmente nas escolas do
vicções seguras, qualidade que até mes
país, embora já se houvesse fundado o
mo adversários políticos lhe reconhece
a propensão do rigor matemático nas so luções práticas. Inegavelmente, no Pari
blica de ser claro ao falar ao po\ o. No
dia seguinte ao de sua posse, publicou um Manifesto à Nação, dizendo franca mente: "A restauração financeira, supre-
mo objetivo do momento, para que seja sólida e duradoura, depende essencial mente de uma profunda reconstrução
dos fôrças econômicas, de tal sorte que os agentes da riqueza nacional possam atingir a sua maior capacidade produto ra, servindo de base a todas as vanta
nanceira sem levar em conta a produção,
tido a honra de pertencer à primeira o golpe do Marechal Deodoro da Fon
prometera. Como homem de govêmo, Campos Sales teve a rara virtude pú
ser um dos magnos problemas nacionais,
trativos. O trato com Descartes e Leib-
dêste modo mais digno da gratidão de seus adeptos, sendo-lhe mais fácil re crutar novas falanges entre médicos que por qualquer motivo se tenham revela do contra a antiga medicina". (6). (Or
nistração Campos Sales cumpriu o que
gens que possam ser alcançadas nas re lações do comércio internacional". (9). Seria utopia anunciar a reconstrução fi
Senador Federal, tendo
celebra as suas sessões, tornando-se
Passível de críticas como
quela pasta, focando principalmente o problema de transportes, que continua a é mais uma prova de que Joaquim Mur tinho, apesar de se haver dedicado a outros ramos de estudo e ao jornalismo,
Grasso, seu Estado natal, à Constituinte
republicana.
tendo um ponto fixo no programa que'
mir a presidência por moléstia dc Pru
aguda em que Prudente dc Morais assu
representação de seu Estado no Congres so da República, não se conformou com
lamentava não ser ainda a Homeopaüa
go\'êrno um programa definido: a res
tro interino da Viação e Obras Públicas
pansão dc suas idéias. Como Melo Mo rais, também desejou a criação de uma cadeira de Homeopatia na FaeuMade de
seja propagar as doutrinas que profes sa, abrir cursos livres na saía em que
Pouco antes, em 1878, Melo Morais
Presidente Campos Sales levou para o
alta administração pública como Minis
sabe.
vos antecedenies históricos, Murtinho não encontrou ambiente favorável à ex
cuja oposição sistemática à teo
clusão final;
ram, passou Joaquim Murtinho para a
quando Manuel Vitorino Pereira, Vicepresidente da República, teve de assu
do-os com distinções honoríficas". (7). Como SC ve, através de tão significati
ria de Hahnemann já era noto riamente sabida. Então, de pois de apreciar o assunto sob o ponto-de-vista doutrinário, o parecer firma a seguinte con
miw
127
Instituto Homeopático cicsclc 1843. Di
tuto Hahnemanniano fez um requeri mento ao Governo Imperial, pedindo a introdução do ensino da Homeopatia na
m I
Dicesto EcoxÓAaco
lamento como na administração, foi
l\ sempre ^ espírito objetivo. Ouando Campos Sales convidou Joa-
problema vital do país. O quaWênio de 1898-1902 não dissociou o problema
financeiro do problema econômico. No te-se, ainda, que Campos Sales foi o fiador de nosso crédito externo. Poucos chefes de Estado, neste país, tiveram a sua palavra empenhada em condições tão excepcionais como Campos
Sales, principalmente perante os cre dores estrangeiros. A negociação do Furi-
•— Murtinho para Ministro da Faquim
ãing-Loan assumiu forçosamente aspecto moral. Campos Sales não se preocupou
nela (1898-902), sem interferência de ifomisso 7partidário, naturalmente já ^ •»
apenas com a parte financeira propria mente dita, mas com a parte moral da
ze
comp
a orientação de seu futuro au-
xilíar através das atitudes dêste no Con
gresso e na pasta da Viação. Não po dendo, é . óbvio, estar imune de erros,
o que é incontestável, entretanto, é que o
transação, uma vez que estava em
causa o nome do país, a dignidade do govêmo que em breve deveria inaugurai-se. Não foi pequena a luta do pre sidente eleito do Brasil para evitar que
Dice:sto Econó.mico
x28
Dicesto Econômico
129
a soberania nacional viesse a ser preju-
papel-moeda brasileiro, restando ainda
lhe dirigiu o próprio Campos Sales
empurrões da inflação ou do emprésti
dicada pelas obrigações de um contrato. O acordo firmado com os banqueiros da
grande sobra". Evidentemente, o que havia, em relação ao estado financeiro
quando, no dia 1." de juMio do 1901, celebrou a vitória financeira do seu go
mo, combateu esses dois recursos no re latório de 1901 como cm todos os atos
City apresentou-se — diz Campos Sales — com três hipóteses: 1.^) mspensõo do seroiço de dívida; 2.^) redução de juros;
do país, era o desânimo nos círculos financeiros, o que .sc pode muito bem avaliar por esta informação dc Campos
sabendo que a prosperidade resultante
"i
verno, vendo o país "cumprir com dig nidade os compromissos dc honra que
Sales: "O que encontrei na opinião da Citij não era ahsolutaviente um .senti
1
3.^) grande empréstimo.
Sôbre a 1.^
hipótese, diz Campos Sales que a sus pensão sugerida foi logo rejeitada por que, "além da perda total do crédito
mento de aversão ao Brasil; era, sim, nni
estado de manifesto desânimo, provoca
do país, essa medida poderia afetar a própria soberania nacional", segundo se
do naturalmente pelas péssimas condi ções das nossas firutnças. Ninguém du
conjeturava na ocasião. A segunda hi pótese — redução de juros — trazia as
vidava da honestidade brasileira, mas
mesmas desvantagens. Vê-se, no curso
de tôda a missão financeira que o levou ao Velho Mundo, o zelo de Campos Sales, a preocupação de não deixar o
temia-se em geral que viessem a faltar recursos para continuarmos a pontua lidade até então observada." (12). Tendo trazido razões tão fortes para
Brasil em situação vexatória quanto à
uma política financeira de compressão
"O exemplo da Grécia é bastante instru tivo. Tendo aquêle país adotado esta
pos Sales tenha encontrado oposição
sua soberania. Eis aqui uma prova-
solução, para a crise que o afligia, foi obrigado mais tarde a sujeitar-se a "uma fiscalização financeira internacional muito severa". (10). Concluindo, lem bra o Presidente que Portugal conheceu também, "os resultados negati vos desta medida". Quanto ao grande empréstimo — acrescen ta — "já ponderei que êle de
pende essencialmente de um crédito sólido, e era só isto que nos faltava". (II).
Em Londres como em París,
e energia, é natural que o Governo Cam franca e veemente na imprensa, no seio das classes conser\'adoras, no Congresso.
Embora critique a política de Campos Sales por ter deixado de "amparar a economia interna", não obstante "ter da do ótimos resultados ao Tesouro", In
glês de Sousa faz ver que o câmbio caíra para 5 5/8 quando, para felicidade gera', tomaram as
rédeas governamentais os dois patriotas esclarecidos e bem in tencionados que foram Campos
Sales e Joaquim Murtinbo. (13). De fato, não se pode apreciar
das inflações é tôda fictícia, foí coerente com a fonnação de seu espírito, coerente,
relaciona com a data de hoje. Vai nela a intetição de exprhnir a subido estima
cia a ter de modificar suas convicções.
tiva em que tenho cm conta os grandes
de Ministro da Fazenda, um dos mais lídimos valores morais e intelectuais dó Brasil. Na cátedra, no Congresso, na
serviços qtte devo d stia fecundo e leal colaboração, graças ã qual pude ver com tranqüilidade chegar esta data, que
Joaquim Murtinlio foi, além de gran
alia administração pública, na clinica, em tudo, afinal, foi uma figura de es
dL disse muito bem Barbosa L.nm, na Câmara dos Deputados, na sessão de "S de novembro de 1911:
de ter podido resgatar dignajnente o crédito nacional. Não faltam, pois, mo tivos para as nossas íntimas congratu
apontar no curso de nossa lusttína cons titucional, deootado ao estudo de duas
lações". (14). Eis, finalmente, o maior
tirpe sempre acima do lugar comum, Murtinho não era simplesmente um ta-
TcZÒ como muitos destes que podemos
!ã- as dè proUemts de Matemáuca ele-
elogio de Joaquim Murtinho como Mi nistro da Fazenda. Mas Joaquim Murtinho foi também figura invulgar na Câmara Alta da República. Homem de
n enter, não; os surtos águutftnaneram lem,mis possantes! E odessa problema ceiro no seu espírito penetrante e clarmu
princípios, deixou a cadeira de Senador
econômico, o qual por sua vez convivia nessa mente prwüegtada com to
em 1906, por divergência que conside rou fundamental quando se discutiu a criação da Caixa de Conversão. Voltou ao Congresso, mais tarde, vín-
Jo n falecer em 18 dc novembro de 1911, como Senador Federal por Mato ([grosso. Coube-lhe ainda representar o
e o rigor de um homem de responsabili dade. Quando visitou, na França, o
ça pôr em relevo a ação de Campos Sa
apologias que a comemoração de seu
les 6 excluir ou colocar em segunda or
dem o papel de Murtinbo na pasta da
centenário venlia a sugerir ou inspirar,
Banco Crédit Lyonais, ouviu de Henri
Germain, Presidente do Conselho de Administração do Banco: "Aqui há va
Fazenda. O maior documento sôbre a
lores suficientes para resgatar todo O
de grande valor histórico, é a carta que
ação de Murtinbo, documento pessoal
no Senado, quando optou pela renún
fóra o objeto constante de minha preo cupação, por isso mesmo que ela repre senta o vencimento de grandes compro missos. Nada seria itíoís compensador aos esforços do governo como aos sacrifí cios do país, do que a própria satisfação
transmitiu fiel impressão com a frieza
ros sôbre a posição do Brasil, do que
Espírito realista,
contraíra com os credores estrangeiros". Dizia carta: "Pelo portador scr-lhe-á entregue uma lembrança minha, que se
a obra financeira dc Murtinbo sem ressaltar o trabalho de Campos Sa les, notadamente no que diz respeito ao crédito externo. Seria, entretanto, injusti
auscultou a opinião dos meios financei
do sua vida pública.
Brasil no exterior, em missão especial
na Argentina.
Mas, fora de todas as
Q que se extrai da vida de Murtinho é uma admirável e oportuna lição de coe rência. Não acreditando na prosperida de aparente, a prosperidade feita aos
dente vivia entrelaçado com o problema
dos os problemas de nossa sociedade, até os morais e políticos". (15). Não se deve, pois, considerar Joa
quim Murtinho apenas um laborioso Mi nistro da Fazenda, mas um dos brasi leiros mais ilustres em diversos ramos
de atividade. Desde o ensino agrícola, problema que lhe mereceu atenção quan do ainda estava moço, como professor da
Politécnica, aos problemas da produção e de higiene, como aos que se prendem à ordem moral, a todos êsses problemas se estendeu a penetração de seu espirito. Suas idéias sôbre inflação e a falsa prós-
Dice:sto Econó.mico
x28
Dicesto Econômico
129
a soberania nacional viesse a ser preju-
papel-moeda brasileiro, restando ainda
lhe dirigiu o próprio Campos Sales
empurrões da inflação ou do emprésti
dicada pelas obrigações de um contrato. O acordo firmado com os banqueiros da
grande sobra". Evidentemente, o que havia, em relação ao estado financeiro
quando, no dia 1." de juMio do 1901, celebrou a vitória financeira do seu go
mo, combateu esses dois recursos no re latório de 1901 como cm todos os atos
City apresentou-se — diz Campos Sales — com três hipóteses: 1.^) mspensõo do seroiço de dívida; 2.^) redução de juros;
do país, era o desânimo nos círculos financeiros, o que .sc pode muito bem avaliar por esta informação dc Campos
sabendo que a prosperidade resultante
"i
verno, vendo o país "cumprir com dig nidade os compromissos dc honra que
Sales: "O que encontrei na opinião da Citij não era ahsolutaviente um .senti
1
3.^) grande empréstimo.
Sôbre a 1.^
hipótese, diz Campos Sales que a sus pensão sugerida foi logo rejeitada por que, "além da perda total do crédito
mento de aversão ao Brasil; era, sim, nni
estado de manifesto desânimo, provoca
do país, essa medida poderia afetar a própria soberania nacional", segundo se
do naturalmente pelas péssimas condi ções das nossas firutnças. Ninguém du
conjeturava na ocasião. A segunda hi pótese — redução de juros — trazia as
vidava da honestidade brasileira, mas
mesmas desvantagens. Vê-se, no curso
de tôda a missão financeira que o levou ao Velho Mundo, o zelo de Campos Sales, a preocupação de não deixar o
temia-se em geral que viessem a faltar recursos para continuarmos a pontua lidade até então observada." (12). Tendo trazido razões tão fortes para
Brasil em situação vexatória quanto à
uma política financeira de compressão
"O exemplo da Grécia é bastante instru tivo. Tendo aquêle país adotado esta
pos Sales tenha encontrado oposição
sua soberania. Eis aqui uma prova-
solução, para a crise que o afligia, foi obrigado mais tarde a sujeitar-se a "uma fiscalização financeira internacional muito severa". (10). Concluindo, lem bra o Presidente que Portugal conheceu também, "os resultados negati vos desta medida". Quanto ao grande empréstimo — acrescen ta — "já ponderei que êle de
pende essencialmente de um crédito sólido, e era só isto que nos faltava". (II).
Em Londres como em París,
e energia, é natural que o Governo Cam franca e veemente na imprensa, no seio das classes conser\'adoras, no Congresso.
Embora critique a política de Campos Sales por ter deixado de "amparar a economia interna", não obstante "ter da do ótimos resultados ao Tesouro", In
glês de Sousa faz ver que o câmbio caíra para 5 5/8 quando, para felicidade gera', tomaram as
rédeas governamentais os dois patriotas esclarecidos e bem in tencionados que foram Campos
Sales e Joaquim Murtinbo. (13). De fato, não se pode apreciar
das inflações é tôda fictícia, foí coerente com a fonnação de seu espírito, coerente,
relaciona com a data de hoje. Vai nela a intetição de exprhnir a subido estima
cia a ter de modificar suas convicções.
tiva em que tenho cm conta os grandes
de Ministro da Fazenda, um dos mais lídimos valores morais e intelectuais dó Brasil. Na cátedra, no Congresso, na
serviços qtte devo d stia fecundo e leal colaboração, graças ã qual pude ver com tranqüilidade chegar esta data, que
Joaquim Murtinlio foi, além de gran
alia administração pública, na clinica, em tudo, afinal, foi uma figura de es
dL disse muito bem Barbosa L.nm, na Câmara dos Deputados, na sessão de "S de novembro de 1911:
de ter podido resgatar dignajnente o crédito nacional. Não faltam, pois, mo tivos para as nossas íntimas congratu
apontar no curso de nossa lusttína cons titucional, deootado ao estudo de duas
lações". (14). Eis, finalmente, o maior
tirpe sempre acima do lugar comum, Murtinho não era simplesmente um ta-
TcZÒ como muitos destes que podemos
!ã- as dè proUemts de Matemáuca ele-
elogio de Joaquim Murtinho como Mi nistro da Fazenda. Mas Joaquim Murtinho foi também figura invulgar na Câmara Alta da República. Homem de
n enter, não; os surtos águutftnaneram lem,mis possantes! E odessa problema ceiro no seu espírito penetrante e clarmu
princípios, deixou a cadeira de Senador
econômico, o qual por sua vez convivia nessa mente prwüegtada com to
em 1906, por divergência que conside rou fundamental quando se discutiu a criação da Caixa de Conversão. Voltou ao Congresso, mais tarde, vín-
Jo n falecer em 18 dc novembro de 1911, como Senador Federal por Mato ([grosso. Coube-lhe ainda representar o
e o rigor de um homem de responsabili dade. Quando visitou, na França, o
ça pôr em relevo a ação de Campos Sa
apologias que a comemoração de seu
les 6 excluir ou colocar em segunda or
dem o papel de Murtinbo na pasta da
centenário venlia a sugerir ou inspirar,
Banco Crédit Lyonais, ouviu de Henri
Germain, Presidente do Conselho de Administração do Banco: "Aqui há va
Fazenda. O maior documento sôbre a
lores suficientes para resgatar todo O
de grande valor histórico, é a carta que
ação de Murtinbo, documento pessoal
no Senado, quando optou pela renún
fóra o objeto constante de minha preo cupação, por isso mesmo que ela repre senta o vencimento de grandes compro missos. Nada seria itíoís compensador aos esforços do governo como aos sacrifí cios do país, do que a própria satisfação
transmitiu fiel impressão com a frieza
ros sôbre a posição do Brasil, do que
Espírito realista,
contraíra com os credores estrangeiros". Dizia carta: "Pelo portador scr-lhe-á entregue uma lembrança minha, que se
a obra financeira dc Murtinbo sem ressaltar o trabalho de Campos Sa les, notadamente no que diz respeito ao crédito externo. Seria, entretanto, injusti
auscultou a opinião dos meios financei
do sua vida pública.
Brasil no exterior, em missão especial
na Argentina.
Mas, fora de todas as
Q que se extrai da vida de Murtinho é uma admirável e oportuna lição de coe rência. Não acreditando na prosperida de aparente, a prosperidade feita aos
dente vivia entrelaçado com o problema
dos os problemas de nossa sociedade, até os morais e políticos". (15). Não se deve, pois, considerar Joa
quim Murtinho apenas um laborioso Mi nistro da Fazenda, mas um dos brasi leiros mais ilustres em diversos ramos
de atividade. Desde o ensino agrícola, problema que lhe mereceu atenção quan do ainda estava moço, como professor da
Politécnica, aos problemas da produção e de higiene, como aos que se prendem à ordem moral, a todos êsses problemas se estendeu a penetração de seu espirito. Suas idéias sôbre inflação e a falsa prós-
...
Dicesto EcoNóinco
130
peridade se confirmaram amplamente
nos dias que correm, quando tivemos de enfrentar a última guerra. Joaquim Murtínho é, finalmente, um
dêsses poucos valores cujo pensamento
(5)
Propaganda da Homocpaila na Ba
(6)
Parccor sôbre o requorlmeato do
hia —
(1) Programa da Cadeira de Ciências Fí(2)
slcas e Naturais — E. Politécnica. Relatório da Direção da Escola Po litécnica — Rio _ 1878.
(3)
(4)
Do estado patológico em geral. Carlos da Silva Araújo — Gazeta aa Farmácia — junho de 1948 Rio.
Paz c da Liga das Nações
Instituto Hahnomannianp... —- riq — 1882.
(7)
Melo Morais <A. J. do) EaWço his tórico da Homeopalia no Brasil —
está sempre presente ao destino da nacionuMdade.
WOODROW WILSON, Evangelista da
1848.
1879.
(8)
Anais do Senado Federal — 1891/92.
(9) (10)
O País. de IG de novembro de i898.
ii'
II
Campos Sales — Da Propaganda à Presidência.
(11-12) Campos Sales — oh. cit. (13) Inglês de Sousa — Moeda e Govômo no Brasil — 194G. (14) (15)
Rodrigo Soares Júnior
Campos Sales — Ob. cit. Anais
da
Câmara
dos
Deputados
(Sessão de 20-11-1911)-
AL arrebentou a Grande Guerra,
M sentiram-se imediatamente as reper
cussões nos Estados Unidos, através das agudas divergências de opinião exter
armar-se para impor o respeito e per-
país. Muito sàbiamente Wilson foi o primeiro a assinalar que a população americana, composta cm grande parte de famílias próxima ou remotamente des
cendentes dos países em luta, devia con
servar-se neutra, em palavras e ações e ató, se possível, na impassibilidade dos pensamentos.
O mosaico americano, ao qual várias vôzes aludiu o presidente, precisava
volume, em comparação com as exportações de 1948, não se poderia prever até que ponto seriam elevados os preços dos artigos que constituem as importações mais uecessátias à Grã-Bretanha — salientou mr. Wilson, acrescentando-. "Atualmente, temos de nos esforçar para que nossas exportações se coloquem quase 100% acima das exportações de 1938. Dentro de doze meses, nossas exportações não estarao limitadas pela nossa capacidade de vender e pela possibilidade de colocação nos mercados estrangeiros. O problema não consiste sòmente em produzir as quanti dades necessárias, mas em produzi-las conforme os tipos, qualidades e preços exigidos". I i iTíiíliÉfc
te lembrou que o país, justamente por
provindo de inúmeras origens diversas.
de fazer perigar a unidade moral do
tação. Quando, na três anos, foi fixado como objetivo um aumento de 75% do
Ao mesmo tempo, com
muito cuidado e diplomacia, o presiden
nadas por um povo muito mesclado e
América paixões e animnsidadcs capazes
ae 1938 declarou o mi^tro do Comércio, Harold Wilson, em discurso pronun ciado nujm rpintaq da Organização de Pesquisas sôbre o Comércio de Expor
econômica.
ser pacífico e nada ter com as guerras e ambições do velho mundo, carecia de
Êsse falo preocupou bastante o presi dente, receoso de que as cliamas propa gadas pelo conflito vio.ssem despertar na
possa se custear compras no exterior será «<?c^sano que^ o v lume das ^portações torne suas o dobro do volume das exportações
paixões da guerra e organizar a unida de popular em bases de cooperação
mantér-se coeso em torno de um pensa mento exclusivamente americano, visto que os Estados Unidos, única nação
poupada pela terrível tragédia, tinham que exercer a seu tempo a missão de
manccer acima da contenda. Êsses avisos práticos e realisticos in
dicavam que o presidente conhecm bem
o seu povo 0 queria po-lo a salvo da exaltações suscetíveis de lojar nas fi bras das origens nacionais
patriotismos hereditários. Era essencial rescuardar primeiramente a unidade dos senrimentos americanos o exatar as ma
nifestações do dualismo emocional de milhões de cidadãos de ongem estranfreira Nos países de grandes e recen tes povoamentos imigratórios, como acentua o sociólogo francês Boutmy, o patriotismo não oferece sempre uma consistência unitária; revela uma duali dade de afetos que lembra uma elipse de dois focos, em vez de ser um circulo com um centro exclusivo de fidelidade. Contra êsses cidadãos de dúplice e,
árbitros e pacificadores. Enquanto isso,
portanto, suspeito lealismo, o presiden
insistiu o sr. Wilson com muito senso
prático na necessidade de a nação incre
te Theodore Roosevelt já pusera em guarda a opinião nacional, explicando
mentar as fôrças produtoras e aumentar
que o americanismo era uma fôrça de
a marinha mercante, por forma a suprir as grandes fa'tas verificadas nos mer cados mundiais. Dirigir a atenção de
ag'utinação superior ao patriotismo, e
um povo utililário e dinâmico sôbre as possibilidades de uma atitude lucrativa era um meio para desviar os espíritos das
ou irlandês; queremos americanos ver
clamando; "Não queremos saber, na nossa vida política, do americano-alcmão dadeiros, quaisquer que sejam os an
cestrais.
Não há lugares para votos
...
Dicesto EcoNóinco
130
peridade se confirmaram amplamente
nos dias que correm, quando tivemos de enfrentar a última guerra. Joaquim Murtínho é, finalmente, um
dêsses poucos valores cujo pensamento
(5)
Propaganda da Homocpaila na Ba
(6)
Parccor sôbre o requorlmeato do
hia —
(1) Programa da Cadeira de Ciências Fí(2)
slcas e Naturais — E. Politécnica. Relatório da Direção da Escola Po litécnica — Rio _ 1878.
(3)
(4)
Do estado patológico em geral. Carlos da Silva Araújo — Gazeta aa Farmácia — junho de 1948 Rio.
Paz c da Liga das Nações
Instituto Hahnomannianp... —- riq — 1882.
(7)
Melo Morais <A. J. do) EaWço his tórico da Homeopalia no Brasil —
está sempre presente ao destino da nacionuMdade.
WOODROW WILSON, Evangelista da
1848.
1879.
(8)
Anais do Senado Federal — 1891/92.
(9) (10)
O País. de IG de novembro de i898.
ii'
II
Campos Sales — Da Propaganda à Presidência.
(11-12) Campos Sales — oh. cit. (13) Inglês de Sousa — Moeda e Govômo no Brasil — 194G. (14) (15)
Rodrigo Soares Júnior
Campos Sales — Ob. cit. Anais
da
Câmara
dos
Deputados
(Sessão de 20-11-1911)-
AL arrebentou a Grande Guerra,
M sentiram-se imediatamente as reper
cussões nos Estados Unidos, através das agudas divergências de opinião exter
armar-se para impor o respeito e per-
país. Muito sàbiamente Wilson foi o primeiro a assinalar que a população americana, composta cm grande parte de famílias próxima ou remotamente des
cendentes dos países em luta, devia con
servar-se neutra, em palavras e ações e ató, se possível, na impassibilidade dos pensamentos.
O mosaico americano, ao qual várias vôzes aludiu o presidente, precisava
volume, em comparação com as exportações de 1948, não se poderia prever até que ponto seriam elevados os preços dos artigos que constituem as importações mais uecessátias à Grã-Bretanha — salientou mr. Wilson, acrescentando-. "Atualmente, temos de nos esforçar para que nossas exportações se coloquem quase 100% acima das exportações de 1938. Dentro de doze meses, nossas exportações não estarao limitadas pela nossa capacidade de vender e pela possibilidade de colocação nos mercados estrangeiros. O problema não consiste sòmente em produzir as quanti dades necessárias, mas em produzi-las conforme os tipos, qualidades e preços exigidos". I i iTíiíliÉfc
te lembrou que o país, justamente por
provindo de inúmeras origens diversas.
de fazer perigar a unidade moral do
tação. Quando, na três anos, foi fixado como objetivo um aumento de 75% do
Ao mesmo tempo, com
muito cuidado e diplomacia, o presiden
nadas por um povo muito mesclado e
América paixões e animnsidadcs capazes
ae 1938 declarou o mi^tro do Comércio, Harold Wilson, em discurso pronun ciado nujm rpintaq da Organização de Pesquisas sôbre o Comércio de Expor
econômica.
ser pacífico e nada ter com as guerras e ambições do velho mundo, carecia de
Êsse falo preocupou bastante o presi dente, receoso de que as cliamas propa gadas pelo conflito vio.ssem despertar na
possa se custear compras no exterior será «<?c^sano que^ o v lume das ^portações torne suas o dobro do volume das exportações
paixões da guerra e organizar a unida de popular em bases de cooperação
mantér-se coeso em torno de um pensa mento exclusivamente americano, visto que os Estados Unidos, única nação
poupada pela terrível tragédia, tinham que exercer a seu tempo a missão de
manccer acima da contenda. Êsses avisos práticos e realisticos in
dicavam que o presidente conhecm bem
o seu povo 0 queria po-lo a salvo da exaltações suscetíveis de lojar nas fi bras das origens nacionais
patriotismos hereditários. Era essencial rescuardar primeiramente a unidade dos senrimentos americanos o exatar as ma
nifestações do dualismo emocional de milhões de cidadãos de ongem estranfreira Nos países de grandes e recen tes povoamentos imigratórios, como acentua o sociólogo francês Boutmy, o patriotismo não oferece sempre uma consistência unitária; revela uma duali dade de afetos que lembra uma elipse de dois focos, em vez de ser um circulo com um centro exclusivo de fidelidade. Contra êsses cidadãos de dúplice e,
árbitros e pacificadores. Enquanto isso,
portanto, suspeito lealismo, o presiden
insistiu o sr. Wilson com muito senso
prático na necessidade de a nação incre
te Theodore Roosevelt já pusera em guarda a opinião nacional, explicando
mentar as fôrças produtoras e aumentar
que o americanismo era uma fôrça de
a marinha mercante, por forma a suprir as grandes fa'tas verificadas nos mer cados mundiais. Dirigir a atenção de
ag'utinação superior ao patriotismo, e
um povo utililário e dinâmico sôbre as possibilidades de uma atitude lucrativa era um meio para desviar os espíritos das
ou irlandês; queremos americanos ver
clamando; "Não queremos saber, na nossa vida política, do americano-alcmão dadeiros, quaisquer que sejam os an
cestrais.
Não há lugares para votos
Dir.ESTf) ECONÓNflCO
132
alemães e irlandeses, e é uma demago
gia desprezível para um partido atrair tais votos com o seu programa". E o ardente estadista ajunla\'a que "americanismo é uma questão de espí rito, de convicção e de objetivo, não de
religião ou de terra natal". Wilson, na cautelosa política desen volvida para sustentar a neutralidade, procurou incutir essa concepção do ame-
ricanismo e lentamente sopitar as de monstrações de simpatia ou parcialis-
impérios centrais e exercia o direito de perquísição e de visita cin todos os na vios neutros que passavam pela zona
133
sas brutalidades o ultrajes era uma te meridade e uma afronta que uma na
A insistência com que o sr. Wilson SC apegava às prescrições internacionais
ção como os Estados Unidos não pode
contrastava chocantemente com o des
ria tolerar, sob pena de se tornar objeto
interdita.
Êsse procedimento inglês lenibra\-a as medidas do "embargo" oposto ao
tempo de Jefferson e siiscíiou algumas reclamações, aliás cortêsmente fonnuladas em favor da "liberdade dos mares",
tópico que se prestou a alguns comen tários jurídicos.
Já o mesmo não se deu com a guenra
mo a favor dos be
submarina alemã e
ligerantes. Para êle, todo homem que
com a discussão re
lativa à proibição de passarem navios neu
reabnente amava a América devia man
Dicesto EcoNÓKnco
votaram às regulamentações e aos direi-
de Berlim.
los invocados pelos noutros.
Ciente dos graves perigos dessa guer
povo americano, o sr. Wilson foi con duzindo pessoalmente as discussões com
as chancelarias européias. O plano do
presidente era evitar qualquer atitude de provocação e argumentar sempre em
prol dos direitos americanos, advertindo que nunca deveriam ser \'iolados. E
supostamente vigia
era essa uma tática prudente, necessá ria para desfazer as intrigas tecidas por
pensamento como
da pelos submersí-
americanos de origem alienígena.
em ação e não reve
veis.
lar preferências na luta européia.
Não se tratan
do mais de um blo
queio realmente efe tivo e executado em
* * *
conformidade
com
as regras internacio Sendo neutros, e
nais
relutaram
os
os neutros mais po
americanos em ace
derosos do mundo,
der à intimação da
não podiam, entre
marinha germânica.
tanto,
Uma guerra feita de
os
Estados
Unidos alhear-se
tocaias
das operações mer
mentos de surpre
cantis com as nações que lhes pagavam, em ouro e à vista, inúmeros gêneros e artigos de tôda ordem, inclusive arma
mentos e munições fornecidos copiosamente aos aliados.
e
afunda
sa, geralmente sem aviso prévio e sem providência alguma para salvar as tripu lações e os passageiros dos navios ataca dos, era evidentemente uma guerra repul siva. A Inglaterra limitava-se a apreender cargas, sob o pretexto de que figuravam
A Alemanha seguia a tese militarista,
ra e das paixões escaldantes que ela tão bem exposta nos livros do general podia despertar ainda no próprio seio do . Von Bernhardi, verdadeiro caiecismo dos
ter-se impassível em
tros através da faba
prezo, mal disfarçado, que os alemães
de mofa e desprezo para os militaristas
agentes estrangeiros entre os núcleos
Foi um período difícil, durante o qual o sr. Wilson foi acoimado de tímido e de hesitante e fartamente caricaturado
pangermanistas. Nessa doutrinação da
brutalidade e do cinismo, coincidente em muitos pontos com a filosofia nietzscliiana, o direito e a consciência não
passam de expressões de fraqueza, in compatíveis com as necessidades de um povo em guerra. Na guerra, os chefes cermànicos, identificados com a teoria
de vencer a qualquer preço nao podiam
senão olhar e ouvir com enfado um pre-
lecionador de Direito
querer limitar a ação ihmitável dos ins trumentos de morte e destruição.
por elementos aliadófilos e germanófi-
Por tendência espontânea e pelos fmtos da educação militansta, os chef^
los, uns e outros sempre acusando o pre sidente de fazer o jogo dos inimigos.
tema L guerra liberto de quaisquer
No correr de vários meses, o sr.
do império já pendiam para um sis considerações restritivas na escolha, no
Wilson, portando-se como um neutro inclinado a servir de árbitro e pacifica dor, procurou insinuar um acordo aos be ligerantes e tocou numa idéia que muito o empolgava: a de tôdas as nações do globo constituírem uma associação para pôr fim à guerra. Dessa idéia que êle não desistiu de
emprêgo e nos efeitos das aimas.
pregar, mau grado os apartes dos cépti-
verno de Berlim para sustentar um po
dava-se ainda o caso de a Alemanha sentir no pescoço o garroie do blo
queio inglês, bloqueio fechadíssimo, por cujas malhas o Almirantado nem deixa va passar, mesmo com uma suposta destinação para os neutros, as parcas
rações alimentares reclamadas pelo go
cos que a tachavam de quimera, o sr."
vo quase esfomeado. A lei suprema da
venenar as relações com a Alemanha,
na lista dos contrabandos. A Alemanha
Wilson fará o tema fundamental de to das as suas orações relacionadas com o
impossibilitada de participar do tráfego
continuamente sacrificava existências em
conflito mundial.
marítimo porque a Grã-Bretanha, senho
condições dramáticas.
guerras, se repetidas por simples mani
necessidade, duplamente invocada pe.o Reich, esbarrava, contudo, no obstácu lo e nas locubrações jurídicas de um pro fessor ocupado em esmiuçar textos, en
ra dos oceanos, não só lhe paralisara a
festações da força bruta, acabariam por
quanto o comando germânico se debatia
navegação comercia^ como cerceara qua
não eram, diretamente vitimadas pelas explosões morriam afogadas e sem o me
se inteiramente as comunicações com os
nor socorro.
abolir todos os códigos humanos e mer gulhar no caos a nossa civilização.
tânico.
Êste foi o ponto que principiou a en
As pessoas que
Submeter os neutros a es-
Êle sentia que as
angustiado nas garras do leopardo bri
Dir.ESTf) ECONÓNflCO
132
alemães e irlandeses, e é uma demago
gia desprezível para um partido atrair tais votos com o seu programa". E o ardente estadista ajunla\'a que "americanismo é uma questão de espí rito, de convicção e de objetivo, não de
religião ou de terra natal". Wilson, na cautelosa política desen volvida para sustentar a neutralidade, procurou incutir essa concepção do ame-
ricanismo e lentamente sopitar as de monstrações de simpatia ou parcialis-
impérios centrais e exercia o direito de perquísição e de visita cin todos os na vios neutros que passavam pela zona
133
sas brutalidades o ultrajes era uma te meridade e uma afronta que uma na
A insistência com que o sr. Wilson SC apegava às prescrições internacionais
ção como os Estados Unidos não pode
contrastava chocantemente com o des
ria tolerar, sob pena de se tornar objeto
interdita.
Êsse procedimento inglês lenibra\-a as medidas do "embargo" oposto ao
tempo de Jefferson e siiscíiou algumas reclamações, aliás cortêsmente fonnuladas em favor da "liberdade dos mares",
tópico que se prestou a alguns comen tários jurídicos.
Já o mesmo não se deu com a guenra
mo a favor dos be
submarina alemã e
ligerantes. Para êle, todo homem que
com a discussão re
lativa à proibição de passarem navios neu
reabnente amava a América devia man
Dicesto EcoNÓKnco
votaram às regulamentações e aos direi-
de Berlim.
los invocados pelos noutros.
Ciente dos graves perigos dessa guer
povo americano, o sr. Wilson foi con duzindo pessoalmente as discussões com
as chancelarias européias. O plano do
presidente era evitar qualquer atitude de provocação e argumentar sempre em
prol dos direitos americanos, advertindo que nunca deveriam ser \'iolados. E
supostamente vigia
era essa uma tática prudente, necessá ria para desfazer as intrigas tecidas por
pensamento como
da pelos submersí-
americanos de origem alienígena.
em ação e não reve
veis.
lar preferências na luta européia.
Não se tratan
do mais de um blo
queio realmente efe tivo e executado em
* * *
conformidade
com
as regras internacio Sendo neutros, e
nais
relutaram
os
os neutros mais po
americanos em ace
derosos do mundo,
der à intimação da
não podiam, entre
marinha germânica.
tanto,
Uma guerra feita de
os
Estados
Unidos alhear-se
tocaias
das operações mer
mentos de surpre
cantis com as nações que lhes pagavam, em ouro e à vista, inúmeros gêneros e artigos de tôda ordem, inclusive arma
mentos e munições fornecidos copiosamente aos aliados.
e
afunda
sa, geralmente sem aviso prévio e sem providência alguma para salvar as tripu lações e os passageiros dos navios ataca dos, era evidentemente uma guerra repul siva. A Inglaterra limitava-se a apreender cargas, sob o pretexto de que figuravam
A Alemanha seguia a tese militarista,
ra e das paixões escaldantes que ela tão bem exposta nos livros do general podia despertar ainda no próprio seio do . Von Bernhardi, verdadeiro caiecismo dos
ter-se impassível em
tros através da faba
prezo, mal disfarçado, que os alemães
de mofa e desprezo para os militaristas
agentes estrangeiros entre os núcleos
Foi um período difícil, durante o qual o sr. Wilson foi acoimado de tímido e de hesitante e fartamente caricaturado
pangermanistas. Nessa doutrinação da
brutalidade e do cinismo, coincidente em muitos pontos com a filosofia nietzscliiana, o direito e a consciência não
passam de expressões de fraqueza, in compatíveis com as necessidades de um povo em guerra. Na guerra, os chefes cermànicos, identificados com a teoria
de vencer a qualquer preço nao podiam
senão olhar e ouvir com enfado um pre-
lecionador de Direito
querer limitar a ação ihmitável dos ins trumentos de morte e destruição.
por elementos aliadófilos e germanófi-
Por tendência espontânea e pelos fmtos da educação militansta, os chef^
los, uns e outros sempre acusando o pre sidente de fazer o jogo dos inimigos.
tema L guerra liberto de quaisquer
No correr de vários meses, o sr.
do império já pendiam para um sis considerações restritivas na escolha, no
Wilson, portando-se como um neutro inclinado a servir de árbitro e pacifica dor, procurou insinuar um acordo aos be ligerantes e tocou numa idéia que muito o empolgava: a de tôdas as nações do globo constituírem uma associação para pôr fim à guerra. Dessa idéia que êle não desistiu de
emprêgo e nos efeitos das aimas.
pregar, mau grado os apartes dos cépti-
verno de Berlim para sustentar um po
dava-se ainda o caso de a Alemanha sentir no pescoço o garroie do blo
queio inglês, bloqueio fechadíssimo, por cujas malhas o Almirantado nem deixa va passar, mesmo com uma suposta destinação para os neutros, as parcas
rações alimentares reclamadas pelo go
cos que a tachavam de quimera, o sr."
vo quase esfomeado. A lei suprema da
venenar as relações com a Alemanha,
na lista dos contrabandos. A Alemanha
Wilson fará o tema fundamental de to das as suas orações relacionadas com o
impossibilitada de participar do tráfego
continuamente sacrificava existências em
conflito mundial.
marítimo porque a Grã-Bretanha, senho
condições dramáticas.
guerras, se repetidas por simples mani
necessidade, duplamente invocada pe.o Reich, esbarrava, contudo, no obstácu lo e nas locubrações jurídicas de um pro fessor ocupado em esmiuçar textos, en
ra dos oceanos, não só lhe paralisara a
festações da força bruta, acabariam por
quanto o comando germânico se debatia
navegação comercia^ como cerceara qua
não eram, diretamente vitimadas pelas explosões morriam afogadas e sem o me
se inteiramente as comunicações com os
nor socorro.
abolir todos os códigos humanos e mer gulhar no caos a nossa civilização.
tânico.
Êste foi o ponto que principiou a en
As pessoas que
Submeter os neutros a es-
Êle sentia que as
angustiado nas garras do leopardo bri
Dicesto
134
EcoNÓAnco"
•J
Dicesto Econômico 135
Ora, êsse professor levava sumamente a sério o exame e a interpretação dos
atitude presidencial frente aos belige
textos da lei internacional. Êle se de
Muito antes da guerra mundial al guns conflitos diplomátícos com a Ale
bruça sôbre a letra dos convênios, da
doutrina e dos tratados e perscruta-lhes o sentido, de maneira a proceder a uma exegese completa da matéria. Disse ram que êle se entregava a essa tare
fa em meditações impregnadas de pura religiosidade.
Era o pastor embebi-
do na leitura dos textos bíblicos, à pro
piarem as hostilidades.
dos. A esquadra germânica, uma vez
As palavras, as controvérsias jurídi
no Pacífico e outra na Venezuela, havia
cas e até algumas notas mais coniina-
revelado os objetivos expansionistas de um império, cujo engrandecimento co mercial ia de par com as ostentações da força. Quando o presidente Roosevelt, na questão venezuelana, pressenti
tórias na série de lições de Direito en
lhe cabiam, pois um dos "slogans" de
atentados, um dos quais, o do "Lusitâ• nía" provocou um abalo mundial, tal a monstruosidade da façanha. Desta
Tornando-se cada dia mais ameaça dora a atmosfera, o presidente viu-se
fogo, deliberação audaciosa que fizera
a errar gravemente, quem lhe contraria
recuar a Wilhelmstrasse.
de a redação das "notas", que dan tes lhe soavam como sabatinas esco
Afora êsses dois graves dissentimen-
lares.
é o erro se vem acompanhado de uma infração ao direito, pois então sg tor na um atentado à verdade e uma agres são material, hipótese que configura
do e que magoaram a opinião "yankee".
trever a marcha fatal dos acontecimen
Outras razões de monta militavam para entreter a desconfiança e apontar a
tos.
um crime premeditado.
Alemanha como um concorrente muito
tos, tão próximos de um conflito arma
ativo nos mercados internacionais e tal
guerra submarina, diziam os espíritos
vez o único a rivalizar com a capacida
afobados e inquietos que os alemães mandavam torpedos para afundar na
de produtiva da América. Nas compli cações anteriores da política mundial, em
vios, e o sr. Wilson revidava com no
que já avultavam no horizonte o perigo
tas diplomáticas, o que valia dizer
japonês e o pan-germanismo, o império
com folhas de papel.
de Guilherme II ainda era olhado de
Essa ironia mosbrava apenas que os
revés por um fato até hoje menos di
críticos não analisavam devidamente a
vulgado do que merece: o de as colô
prudência do estadista ainericano e o
escrúpulo com que êle se empenhava
nias teutas no sul do Brasil poderem servir de ponte para um ataque eventual
em evitar incidentes irremediáveis. En
ao continente americano.
tretanto, era visível uma certa inclina
ção, para não dizer parcialidade, do
Ao arrebentar a Grande Guerra, po rém, um dos fatores predominantes na
presidente, a favor da Grã-Bretanha, em
irritação, de uma
confronto com a secura formal e a
"yankee" foi o abismo entre a noção im
desconfiança com que sempre tratava
; , os impérios centrais.
perial do poder e a concepção democrá tica do govêrno americano, bem apa
1'
rentada nesse sentido ao feitio e à ín
Razões de ordem superior explicam, efetivamente, álguma desigualdade na
Alguns torpedeanientos deixaram en
í
parte
da
dole das instituições britânicas.
opinião
Essa
Mas o pnesidenlc guarxlava o
sangue frio, e a Alemaniia, refletindo nas conseqüências de uma entrada dos
Estados Unidos na guerra, foi temperan do um 2'ouco a fúria de sua campanha submarina, escusando-se dos ataques aos navios americanos e oferecendo inde
nizações e promessas de mitigar seus
obrigado, ao mesmo passo que respondia á Alemanha, a preparar o espírito do po-
\'o para a eventualidade, qüe agora Uie parecia fatal, de uma inter\'enção armada dos Estados Unidps na conflagração que
já arrastava tantos povos. Essa prepa
ração, particularmente nos Estados de população mais cosmopolita, teve que
ser efetuada com muita calma, em ape
los tendentes a mostrar que os Estados Unidos, desejosos de viver em paz com todas as nações, não podiam, entretan
to, sujeitar-se à pro\ocação de regimes
e'governos desconhecedores de todos
Em 1916, teve lugar a campanha presidencial para designar o Chefe de
os direitos humanos. Era mister colo car os Estados Unidos na posição de defensores de um direito violado, repre sentá-los como uma coletividade coagi
Estado no quatriênio a começar em
da a defender a própria honra e a so
métodos de combate.
i
Eleito, o sr. Wilson teve que pesar logo as imensas responsabilidades que seus eleitores foi que êle tinJia poupado a guerra ao povo americano.
Succdiam-se os
vez, o povo americano sentiu o perigo
desafio pôr à prova a doutrina de
forte e respeitada.
viadas a Berlim, não impediam a ação
e começou a acompanliar com ansieda
ra que as belonaves alemãs vinham em
ra, usando de expressões vagas atinentes í\ necessidade de a América permanecer
brutal dos submarino.s.
Monroe, não hesitara em mandar abrir
Nesse demorado debate em tôrno da
tar com o respeitável quocíente eleito ral dos germano-americanos. tanto Hu gues como Wilson se mostraram ambí
guos e reservados com respeito à guer ^
manha haviam alertado os Estados Uni
cura da revelação que alumía as al mas e procede diretamente do Inspirador Divino. Quando a verdade é encontrada ou quando dá sinal de haver surgido, o exegeta volta-se para o mundo da ação e entende que passa a errar, e a doutrina. E tanto mais condenável
I
distinção profunda .será bem aproveita da pelo prcsideiile na hora de princi
rantes.
março de 1917. Os republicanos e pro gressistas' indicaram o sr. Charles E. Hugues, de Nova York, juiz da Còrte Suprema dos Estados Unidos. A cam
panha a favor dêsse candidato foi apoia da pelo sr. Theodore Roosevelt, que não poupou os ataques a Wilson, por considerá-lo muito irresoluto a toleran
te ante a insolência da agressão ger mânica.
Como os candidatos tinham que con
berania, seguidamente agravadas por ofensofes perigosos e sem escrúpulos.
A questão alcançará o ponto nevrál gico quando a Alemanha declarar que a guerra submarina dependia também da conduta dos aliados, argumento ao qual o sr. Wilson, já irritado e decidido a to mar represálias, responde que "a res ponsabilidade em tais negócios é indi vidual e não coletiva, absoluta e não relativa".
€
Dicesto
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Dicesto Econômico 135
Ora, êsse professor levava sumamente a sério o exame e a interpretação dos
atitude presidencial frente aos belige
textos da lei internacional. Êle se de
Muito antes da guerra mundial al guns conflitos diplomátícos com a Ale
bruça sôbre a letra dos convênios, da
doutrina e dos tratados e perscruta-lhes o sentido, de maneira a proceder a uma exegese completa da matéria. Disse ram que êle se entregava a essa tare
fa em meditações impregnadas de pura religiosidade.
Era o pastor embebi-
do na leitura dos textos bíblicos, à pro
piarem as hostilidades.
dos. A esquadra germânica, uma vez
As palavras, as controvérsias jurídi
no Pacífico e outra na Venezuela, havia
cas e até algumas notas mais coniina-
revelado os objetivos expansionistas de um império, cujo engrandecimento co mercial ia de par com as ostentações da força. Quando o presidente Roosevelt, na questão venezuelana, pressenti
tórias na série de lições de Direito en
lhe cabiam, pois um dos "slogans" de
atentados, um dos quais, o do "Lusitâ• nía" provocou um abalo mundial, tal a monstruosidade da façanha. Desta
Tornando-se cada dia mais ameaça dora a atmosfera, o presidente viu-se
fogo, deliberação audaciosa que fizera
a errar gravemente, quem lhe contraria
recuar a Wilhelmstrasse.
de a redação das "notas", que dan tes lhe soavam como sabatinas esco
Afora êsses dois graves dissentimen-
lares.
é o erro se vem acompanhado de uma infração ao direito, pois então sg tor na um atentado à verdade e uma agres são material, hipótese que configura
do e que magoaram a opinião "yankee".
trever a marcha fatal dos acontecimen
Outras razões de monta militavam para entreter a desconfiança e apontar a
tos.
um crime premeditado.
Alemanha como um concorrente muito
tos, tão próximos de um conflito arma
ativo nos mercados internacionais e tal
guerra submarina, diziam os espíritos
vez o único a rivalizar com a capacida
afobados e inquietos que os alemães mandavam torpedos para afundar na
de produtiva da América. Nas compli cações anteriores da política mundial, em
vios, e o sr. Wilson revidava com no
que já avultavam no horizonte o perigo
tas diplomáticas, o que valia dizer
japonês e o pan-germanismo, o império
com folhas de papel.
de Guilherme II ainda era olhado de
Essa ironia mosbrava apenas que os
revés por um fato até hoje menos di
críticos não analisavam devidamente a
vulgado do que merece: o de as colô
prudência do estadista ainericano e o
escrúpulo com que êle se empenhava
nias teutas no sul do Brasil poderem servir de ponte para um ataque eventual
em evitar incidentes irremediáveis. En
ao continente americano.
tretanto, era visível uma certa inclina
ção, para não dizer parcialidade, do
Ao arrebentar a Grande Guerra, po rém, um dos fatores predominantes na
presidente, a favor da Grã-Bretanha, em
irritação, de uma
confronto com a secura formal e a
"yankee" foi o abismo entre a noção im
desconfiança com que sempre tratava
; , os impérios centrais.
perial do poder e a concepção democrá tica do govêrno americano, bem apa
1'
rentada nesse sentido ao feitio e à ín
Razões de ordem superior explicam, efetivamente, álguma desigualdade na
Alguns torpedeanientos deixaram en
í
parte
da
dole das instituições britânicas.
opinião
Essa
Mas o pnesidenlc guarxlava o
sangue frio, e a Alemaniia, refletindo nas conseqüências de uma entrada dos
Estados Unidos na guerra, foi temperan do um 2'ouco a fúria de sua campanha submarina, escusando-se dos ataques aos navios americanos e oferecendo inde
nizações e promessas de mitigar seus
obrigado, ao mesmo passo que respondia á Alemanha, a preparar o espírito do po-
\'o para a eventualidade, qüe agora Uie parecia fatal, de uma inter\'enção armada dos Estados Unidps na conflagração que
já arrastava tantos povos. Essa prepa
ração, particularmente nos Estados de população mais cosmopolita, teve que
ser efetuada com muita calma, em ape
los tendentes a mostrar que os Estados Unidos, desejosos de viver em paz com todas as nações, não podiam, entretan
to, sujeitar-se à pro\ocação de regimes
e'governos desconhecedores de todos
Em 1916, teve lugar a campanha presidencial para designar o Chefe de
os direitos humanos. Era mister colo car os Estados Unidos na posição de defensores de um direito violado, repre sentá-los como uma coletividade coagi
Estado no quatriênio a começar em
da a defender a própria honra e a so
métodos de combate.
i
Eleito, o sr. Wilson teve que pesar logo as imensas responsabilidades que seus eleitores foi que êle tinJia poupado a guerra ao povo americano.
Succdiam-se os
vez, o povo americano sentiu o perigo
desafio pôr à prova a doutrina de
forte e respeitada.
viadas a Berlim, não impediam a ação
e começou a acompanliar com ansieda
ra que as belonaves alemãs vinham em
ra, usando de expressões vagas atinentes í\ necessidade de a América permanecer
brutal dos submarino.s.
Monroe, não hesitara em mandar abrir
Nesse demorado debate em tôrno da
tar com o respeitável quocíente eleito ral dos germano-americanos. tanto Hu gues como Wilson se mostraram ambí
guos e reservados com respeito à guer ^
manha haviam alertado os Estados Uni
cura da revelação que alumía as al mas e procede diretamente do Inspirador Divino. Quando a verdade é encontrada ou quando dá sinal de haver surgido, o exegeta volta-se para o mundo da ação e entende que passa a errar, e a doutrina. E tanto mais condenável
I
distinção profunda .será bem aproveita da pelo prcsideiile na hora de princi
rantes.
março de 1917. Os republicanos e pro gressistas' indicaram o sr. Charles E. Hugues, de Nova York, juiz da Còrte Suprema dos Estados Unidos. A cam
panha a favor dêsse candidato foi apoia da pelo sr. Theodore Roosevelt, que não poupou os ataques a Wilson, por considerá-lo muito irresoluto a toleran
te ante a insolência da agressão ger mânica.
Como os candidatos tinham que con
berania, seguidamente agravadas por ofensofes perigosos e sem escrúpulos.
A questão alcançará o ponto nevrál gico quando a Alemanha declarar que a guerra submarina dependia também da conduta dos aliados, argumento ao qual o sr. Wilson, já irritado e decidido a to mar represálias, responde que "a res ponsabilidade em tais negócios é indi vidual e não coletiva, absoluta e não relativa".
€
Dir.r-STO Econômico
136
Apertada sem remédio pelo bloqueio,
vêmo militarista, habitjiaclo a brandir
a Alemanha, estrangulada aos poucos
espadas e que iniciara a maior tragédia
pelo anel constritor das tropas e das
do mundo com as declarações de um
marinhas aliadas, decidiu jogar sem reserva a carta da guerra submarina. Causou terríveis devastações e ajuniou contra si novos inimigos. Wilson não he
imperador ferrabraz.
sitou em romper as relações diplomá
;i:
'Ai
Ainda desta feita revelava-se o tem
ticas com o império e serviu-se do ense
peramento que o Coronel House, amigo
jo para denunciar ao povo americano as manobras criminosas dos agentes e
e confidente do sr. Wilson, assim descre
espiões que instigavam os sentimentos
tar uma linha de conduta, nenhum po
de deslealdade à América, praticavam atos de sabotagem e terrorismo e procu
der no mundo lograria desviá-lo do ca
ravam excitar a vizinha nação mexica
êle guarda somente para si o segredo de
na contra os Estados Unidos.
seus projetos e raros são os íntimos a quem êle confia as suas idéias. Mas ficai persuadidos de que ele sempre
Os diri
gentes de tais atentados eram diretamen
te estipendiados e orientados pela em
baixada alemã, como se provara ao se expulsarem os adidos Boi Ed e Von Papen.
Não era ainda a guerra, embora o sr. Wilson prevenisse o povo com essas palavras sintomáticas: "Praza a Deus que não sejamos obrigados a defender
via: "Urna vez que êle resolveu ado minho que éle se traçou.
De resto,
sabe onde vai..."
Na mensagem estão estampados os princípios pelos quais o chefe da na ção americana aceitava a guerra e se
preceitos da legalidade, o sr. Wilson fri sava que eles moviam "uma guerra
A 2 de abril o presidente
íiam acabar com a diplomacia secreta
contra a humanidade, uma guerra con
tra todas as nações". Respondendo ao desafio lançado, os Estados Unidos en travam na batallia de sangue-frio e ba nidas as paixões, unicamente para repe
lir "agravos que atingem a vida huma
compareceu perante o Congresso e leu a impressionante mensagem em que
na até as suas raízes".
No cumprimento da missão imposta
cia. Ninguém alcançou, dentro dos moldes legais tamanhos poderes e nun ca se riu um po\'o seguir o seu pri meiro magistrado com mais entusiasmo
mor literano
prol da
,1, paz mjd^
orgamzaçao
g- páginas insufla-
e a con-
e permitir o mais amplo serviço de infor
mações para elucidar a opinião mun-
injustiça voluntária por parte do gover
irrestrita.
a organização de uma sociedade das na ções "democráticas", vivendo sob go vernos legUünameiite eseollndos pelo povo, pois sòmente tais governos podedial.
Acusando os alemães de rejeitar to
por outro governante numa democra
Lrviço". Insistiu novamente para que a América abrisse mão de seus desper o respeito. Feitas as tréguas poIiHdícios e prodigalidades, proposta que fa para consagrar à guerra todos os rá o povo obedecer ma.s tarde, com ad- cas esforws da nação, obteve Wilson uma miráwl disciplina, aos d,as sem pao, verdadeira unanimidade popular com sem carne ou sem carvão e aos raciona insignificantes discrepànc.as, a fim de mentos destinados a au.s^il.ar «ma Euro- "var a bom têrmo a cruzada empreenjpa desnutrida e arruina ^ dà contra a autocracia e a favor do diAssinalando de modo msofismaNcl os mito de os povos disporem de si promoHvüs de uma guerra feita para por fim às guerras, o presidente" tornou a '"ot discursos de Wilson pronunciados rn^aresso ou em diversas solembrar que a paz só se consolidaria com
se, até um término vitorioso.
dos os direitos e calcar aos pés todos os
Consumou-se a injustiça voluntária assim que o Reich, exasperado com a atitude americana, que reputava dog mática e parcial, anunciou a intenção de proceder a uma guerra submarina
eficiente e tofaleressado', Rogou-lhes • aos lucros extraordique renunciassem nários e que os comerciantes tomassem por divisa "pequenos lueros e pronto
propunha levá-la, custasse o que custas
os direitos americanos por causa da no alemão".
decisão e retilínea energia. Wilson matérias-primas ""O. Pf^essem a fria foi realmente, nesses dias, um chefe ocasião de prcsmr ao pa.s um ausd.o supremo, de autoridade jamais igualada
Os Estados Uitidos, que empunhavam
armas como campeões da humanidade e do direito, que não alimentavam de sígnios egoísticos nem pediam para si
cia relíEiosa.
Mas essa linguagem empolgou a navontades. Na organização dos recursos qualquer indenização ou beneficio ma imensos do país, verificou-se em pou terial, exigiam, contudo, "que a paz cos dias um ritmo espantoso de produ do mundo se estabelecesse sôbre os fun damentos experimentados da liberdade ção. ao lado de um espontâneo devotapolítica". Nunca se vira, na história, um idea
lismo tão nobremente proclamado. E os efeitos dessa doutrinação galvanl2aram positivamente o povo americano.
eãre formou um bloco compacto de
niento cívico. A mobilização americana,
tanto moral como material, excedeu a
quaisquer prognósticos e se traduziu em cifras astronômicas.
Nenhuma nação em tão pouco tem
pedia o reconhecimento do estado de
para combater "as potências egoísticas
guerra com a Alemanha, pois "os senho
e autocráticas", o presidente reclamou
A paciência e a longanimidade do Pre
po lograra coordenar o espirito das
res militares denegam-nos o direito de
imediatamente os créditos e recursos
ser neutros".
indispensáveis para auxiliar as nações aliadas e pediu (conselho que deveria ter sido seguido em muitos países na
sidente durante os períodos das nego ciações anteriores ao conflito deram lu
pectos caracterizadores de uma admi
O Chefe de Estado que "associa a
serenidade com as mais altas regras
do poder entre os homens" vai enfrentar, dentro dessa linha de contrôle, um go-
segunda guerra mundial) aos interme diários e fornecedores de subsistências e
gar, na hora da ação, a uma conduta que nenhum outro estadista superou em
massas de forma tão eficiente e sob as
rável emulação coletiva em todos os serviços de natureza pública. Foi uma
Dir.r-STO Econômico
136
Apertada sem remédio pelo bloqueio,
vêmo militarista, habitjiaclo a brandir
a Alemanha, estrangulada aos poucos
espadas e que iniciara a maior tragédia
pelo anel constritor das tropas e das
do mundo com as declarações de um
marinhas aliadas, decidiu jogar sem reserva a carta da guerra submarina. Causou terríveis devastações e ajuniou contra si novos inimigos. Wilson não he
imperador ferrabraz.
sitou em romper as relações diplomá
;i:
'Ai
Ainda desta feita revelava-se o tem
ticas com o império e serviu-se do ense
peramento que o Coronel House, amigo
jo para denunciar ao povo americano as manobras criminosas dos agentes e
e confidente do sr. Wilson, assim descre
espiões que instigavam os sentimentos
tar uma linha de conduta, nenhum po
de deslealdade à América, praticavam atos de sabotagem e terrorismo e procu
der no mundo lograria desviá-lo do ca
ravam excitar a vizinha nação mexica
êle guarda somente para si o segredo de
na contra os Estados Unidos.
seus projetos e raros são os íntimos a quem êle confia as suas idéias. Mas ficai persuadidos de que ele sempre
Os diri
gentes de tais atentados eram diretamen
te estipendiados e orientados pela em
baixada alemã, como se provara ao se expulsarem os adidos Boi Ed e Von Papen.
Não era ainda a guerra, embora o sr. Wilson prevenisse o povo com essas palavras sintomáticas: "Praza a Deus que não sejamos obrigados a defender
via: "Urna vez que êle resolveu ado minho que éle se traçou.
De resto,
sabe onde vai..."
Na mensagem estão estampados os princípios pelos quais o chefe da na ção americana aceitava a guerra e se
preceitos da legalidade, o sr. Wilson fri sava que eles moviam "uma guerra
A 2 de abril o presidente
íiam acabar com a diplomacia secreta
contra a humanidade, uma guerra con
tra todas as nações". Respondendo ao desafio lançado, os Estados Unidos en travam na batallia de sangue-frio e ba nidas as paixões, unicamente para repe
lir "agravos que atingem a vida huma
compareceu perante o Congresso e leu a impressionante mensagem em que
na até as suas raízes".
No cumprimento da missão imposta
cia. Ninguém alcançou, dentro dos moldes legais tamanhos poderes e nun ca se riu um po\'o seguir o seu pri meiro magistrado com mais entusiasmo
mor literano
prol da
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e a con-
e permitir o mais amplo serviço de infor
mações para elucidar a opinião mun-
injustiça voluntária por parte do gover
irrestrita.
a organização de uma sociedade das na ções "democráticas", vivendo sob go vernos legUünameiite eseollndos pelo povo, pois sòmente tais governos podedial.
Acusando os alemães de rejeitar to
por outro governante numa democra
Lrviço". Insistiu novamente para que a América abrisse mão de seus desper o respeito. Feitas as tréguas poIiHdícios e prodigalidades, proposta que fa para consagrar à guerra todos os rá o povo obedecer ma.s tarde, com ad- cas esforws da nação, obteve Wilson uma miráwl disciplina, aos d,as sem pao, verdadeira unanimidade popular com sem carne ou sem carvão e aos raciona insignificantes discrepànc.as, a fim de mentos destinados a au.s^il.ar «ma Euro- "var a bom têrmo a cruzada empreenjpa desnutrida e arruina ^ dà contra a autocracia e a favor do diAssinalando de modo msofismaNcl os mito de os povos disporem de si promoHvüs de uma guerra feita para por fim às guerras, o presidente" tornou a '"ot discursos de Wilson pronunciados rn^aresso ou em diversas solembrar que a paz só se consolidaria com
se, até um término vitorioso.
dos os direitos e calcar aos pés todos os
Consumou-se a injustiça voluntária assim que o Reich, exasperado com a atitude americana, que reputava dog mática e parcial, anunciou a intenção de proceder a uma guerra submarina
eficiente e tofaleressado', Rogou-lhes • aos lucros extraordique renunciassem nários e que os comerciantes tomassem por divisa "pequenos lueros e pronto
propunha levá-la, custasse o que custas
os direitos americanos por causa da no alemão".
decisão e retilínea energia. Wilson matérias-primas ""O. Pf^essem a fria foi realmente, nesses dias, um chefe ocasião de prcsmr ao pa.s um ausd.o supremo, de autoridade jamais igualada
Os Estados Uitidos, que empunhavam
armas como campeões da humanidade e do direito, que não alimentavam de sígnios egoísticos nem pediam para si
cia relíEiosa.
Mas essa linguagem empolgou a navontades. Na organização dos recursos qualquer indenização ou beneficio ma imensos do país, verificou-se em pou terial, exigiam, contudo, "que a paz cos dias um ritmo espantoso de produ do mundo se estabelecesse sôbre os fun damentos experimentados da liberdade ção. ao lado de um espontâneo devotapolítica". Nunca se vira, na história, um idea
lismo tão nobremente proclamado. E os efeitos dessa doutrinação galvanl2aram positivamente o povo americano.
eãre formou um bloco compacto de
niento cívico. A mobilização americana,
tanto moral como material, excedeu a
quaisquer prognósticos e se traduziu em cifras astronômicas.
Nenhuma nação em tão pouco tem
pedia o reconhecimento do estado de
para combater "as potências egoísticas
guerra com a Alemanha, pois "os senho
e autocráticas", o presidente reclamou
A paciência e a longanimidade do Pre
po lograra coordenar o espirito das
res militares denegam-nos o direito de
imediatamente os créditos e recursos
ser neutros".
indispensáveis para auxiliar as nações aliadas e pediu (conselho que deveria ter sido seguido em muitos países na
sidente durante os períodos das nego ciações anteriores ao conflito deram lu
pectos caracterizadores de uma admi
O Chefe de Estado que "associa a
serenidade com as mais altas regras
do poder entre os homens" vai enfrentar, dentro dessa linha de contrôle, um go-
segunda guerra mundial) aos interme diários e fornecedores de subsistências e
gar, na hora da ação, a uma conduta que nenhum outro estadista superou em
massas de forma tão eficiente e sob as
rável emulação coletiva em todos os serviços de natureza pública. Foi uma
13ò
autênüca amostra de mobilização to tal em que homens e mulheres de tôdas as classes sociais colaboraram, em es
treita solidariedade, para o objetivo da vitória fínal.
Essa demonstração de preparo e de patriotismo foi a resposta cabal aos mi
litaristas prussianos, inábeis e provocadores, incapazes, por carência de suti
leza psicológica, de compreender a su perioridade dos ideais humanos sobre os dogmas da violência.
O Presidente acompanhou pessoal mente tôda essa conjugação
de^ esforços e manteve-se
diariamente a par de tô"^s as questões técnicas e ^ militares, inteirado de inú meros detalhes e projetos próprios de especialistas. O doutrinador revelouse o maior animador de
tâdas as iniciativas neces
sárias para completar o me canismo bélico do país e apressar a vitória.' diam-se
];iGI'5TO EconÓKUCO
Dini-iSTO EcoNÓMiCd
as
Suce
conferências
com os Secretários de Es
vidades nacionai.s ficaram pràticamentc dirigidas e centralizadas pelos funcionárío.s go\'emamentais ou as personali dades nomeadas para assumir chefia de
tmçáo e, constituindo muitas divisões
autônomas, tomaram parto om sangren
tos combates, como Saint Mihiel, Clia-
teau-Thierry e as Argonnes, posíçõesohavcs defendidas por tropas alemãs jo valor e que custaram sangrentos sa
certos setores mais técnicos da econo
mia ou das comunicações. O povo, aliás, seja na conscrição militar, seja nas
fábricas ou na subscrição dos "emprés timos da liberdade", atendeu a todos
os sacrifícios o poucas vezes deu mar
O fulminante ataque alemão planea-
do por Ludendorff em julho de 1918 e
tados com uma rapidez c eficiência que
promu'gada para combater o dcrrotismo,
espantou os espcciali.stas europeus. Em iQlSj o Império Alemão começou a dar sinais inequívocos de desânimo.
e o
Efetuaram-se sondagens discretas para
direito de crítica
legítima contra o govêmo.
Mesmo os lucros de guer ra foram excepcionalmente cerceados por meio do im posto de renda, estabeleci do, de forma progressiva,
jTiundü deveria ficar preparado para a democracia "safe for democracy" e pro
tegido contra a recidiva das guerras. Vamos citar esquemâticamente os 14
de 2^ até 63!? nas rendas
acima de 2 milhões de dó
pontos, que tanto deram que falar e pro
lares, sendo também pesa
vocaram tantas críticas;
1) — Franqueza e publicidade nas ne
damente taxadas as heran
ram certas dúvidas e registrou-se uma
que excedessem 35íS do ca
questões coloniais; 6) — Cooperação
ílos os problemas relativos ao emprôgo ^as fôrças armadas e ao abastecimento da população civil e dos povos associa
os beügLntes a fim de discutirem a
tos extraordinários, na ba
pital.
tão de tomar conhecimento direto de to-
vêmo suíço, dirigiu-se ao presidente
Wilson para rogar-lhe que convocasse
paz na base dos 14 pontos.
transportes terrestres ou marítimos. Bastante perso-
<lade presidencial, Wilson fazia ques
4
gociações diplomáticas; 2) — Liberdade
peritos de indústrias e de
nalista no tocante à autori-
lima defensiva estratégica, simples pr cesso para negociar a O chanceler Max de Bade a 5 de ou tubro de 1918, por intermédio do go
ças e reduzidos os proven
dos mares; 3) — Supressão das barrei ras econômicas; 4) — Redução dos arjnamentos; 5) — Ajuste imparcial das
tado, generais, almirantes,
lançado às portas de Amiens espraiarasc à laia de uma inundação irresistível, até as curvas do Marne, em direção de Paris, ameaçada pela segunda vez. Pouco faltou para vingar a terrível
ofensiva que, no entanto, se gastou de encontro aos exércitos aliados Permitin ^ paz. E Wilson, por conta própria, do o contragolpe dc Foch. Perdida de vez a esperança de esmagar o imimimpelido pelo persona'ismo de doutrina co o Estado-Maior alemão tentou ga dor que já lhe conhecemos, enunciou os' famosos 14 pontos, segundo os quais o nhar tempo, ao substituir o ataque por
berou por entender que fe ria a liberdade de impren sa
Rússia bo'chevizada, a única saída era
a tentativa de um golpe final.
E tanto como o heroismo
gem à aplicação da "Lei do Scdição"
lei que o senador Hiram Johnson ver-
paz negociada, uma paz sem vitória mi litar, hipótese inadmissível para os alia dos, desejosos de punir a Alemanlia. Quanto ao Reich, depois da detecção da
dos "yankec.s", o que mais surpreendeu os aliados foi a organização dos servi ços técnicos e de abastecimento, mon
crifícios.
I
189
se de 60% sobre os lucros
amistosa com a Riissia; 7) — Restauração
Da participação dos ame
da Bélgica; 8) — Garantias territoriais
ricanos nas operações mi
litares, o que demandaria um capítulo muito desenvolvido só para relatar os fatos principais, basta dizer que, na
A
e reparações da França; 9) — Retificação das fronteiras da Itália; 10) — Desen volvimento autônomo dos povos do Im
opinião de eminentes generais franceses,
pério Austro-Húngaro; 11) — Garantias
ela foi "prodigiosa". Em bravura, san
para as nacionalidades balcânicas; 12) —
dos.
gue-frio, conibatividade, os americanos
Soberania do território turco e abertura
Munido do extraordinário poder que ® guerra colocou nas mãos do govêmo federal, o sr. Wilson mostrou-se, em tôrías as circunstâncias, o melhor agente
corresponderam nos campos da França ao que realizavam no domínio da pro dução e do espírito civil. Em menx>s de
dos Dardanelos à navegação; 13 — Reconstituição da Polônia; 14) — Liga
um ano, mais de um milhão de homens
^0 "espírito de guenra . Tôdas as ati
atravessaram os mares, receberam ins-
Essa proclamação foi recebida com muitas reservas, porque subentendia uma
Vídi.
das Nações.
k
Trocaram-se várias notas que gera
tal ou qual flutuação nas primeiras res
postas de Wüson, flutuação dissipada
assim que o presidente declarou sem ambages não estarem cs aliados dispostos a acreditar nos governantes alemães,
pelo que só aceitariam o armistício de terminado pelos chefes militares. Des vanecidos os equívocos, compreenderam cs alemães consternados o malògro de -tôdas as suas astúcias e armadilhas, e a inelutável necessidade de homologa rem cláusulas de armistício equivalente
a uma capitulação incondicional. Os generais aliados, entre os quais Pétain, Douglas Haig, Pershing e Foch
13ò
autênüca amostra de mobilização to tal em que homens e mulheres de tôdas as classes sociais colaboraram, em es
treita solidariedade, para o objetivo da vitória fínal.
Essa demonstração de preparo e de patriotismo foi a resposta cabal aos mi
litaristas prussianos, inábeis e provocadores, incapazes, por carência de suti
leza psicológica, de compreender a su perioridade dos ideais humanos sobre os dogmas da violência.
O Presidente acompanhou pessoal mente tôda essa conjugação
de^ esforços e manteve-se
diariamente a par de tô"^s as questões técnicas e ^ militares, inteirado de inú meros detalhes e projetos próprios de especialistas. O doutrinador revelouse o maior animador de
tâdas as iniciativas neces
sárias para completar o me canismo bélico do país e apressar a vitória.' diam-se
];iGI'5TO EconÓKUCO
Dini-iSTO EcoNÓMiCd
as
Suce
conferências
com os Secretários de Es
vidades nacionai.s ficaram pràticamentc dirigidas e centralizadas pelos funcionárío.s go\'emamentais ou as personali dades nomeadas para assumir chefia de
tmçáo e, constituindo muitas divisões
autônomas, tomaram parto om sangren
tos combates, como Saint Mihiel, Clia-
teau-Thierry e as Argonnes, posíçõesohavcs defendidas por tropas alemãs jo valor e que custaram sangrentos sa
certos setores mais técnicos da econo
mia ou das comunicações. O povo, aliás, seja na conscrição militar, seja nas
fábricas ou na subscrição dos "emprés timos da liberdade", atendeu a todos
os sacrifícios o poucas vezes deu mar
O fulminante ataque alemão planea-
do por Ludendorff em julho de 1918 e
tados com uma rapidez c eficiência que
promu'gada para combater o dcrrotismo,
espantou os espcciali.stas europeus. Em iQlSj o Império Alemão começou a dar sinais inequívocos de desânimo.
e o
Efetuaram-se sondagens discretas para
direito de crítica
legítima contra o govêmo.
Mesmo os lucros de guer ra foram excepcionalmente cerceados por meio do im posto de renda, estabeleci do, de forma progressiva,
jTiundü deveria ficar preparado para a democracia "safe for democracy" e pro
tegido contra a recidiva das guerras. Vamos citar esquemâticamente os 14
de 2^ até 63!? nas rendas
acima de 2 milhões de dó
pontos, que tanto deram que falar e pro
lares, sendo também pesa
vocaram tantas críticas;
1) — Franqueza e publicidade nas ne
damente taxadas as heran
ram certas dúvidas e registrou-se uma
que excedessem 35íS do ca
questões coloniais; 6) — Cooperação
ílos os problemas relativos ao emprôgo ^as fôrças armadas e ao abastecimento da população civil e dos povos associa
os beügLntes a fim de discutirem a
tos extraordinários, na ba
pital.
tão de tomar conhecimento direto de to-
vêmo suíço, dirigiu-se ao presidente
Wilson para rogar-lhe que convocasse
paz na base dos 14 pontos.
transportes terrestres ou marítimos. Bastante perso-
<lade presidencial, Wilson fazia ques
4
gociações diplomáticas; 2) — Liberdade
peritos de indústrias e de
nalista no tocante à autori-
lima defensiva estratégica, simples pr cesso para negociar a O chanceler Max de Bade a 5 de ou tubro de 1918, por intermédio do go
ças e reduzidos os proven
dos mares; 3) — Supressão das barrei ras econômicas; 4) — Redução dos arjnamentos; 5) — Ajuste imparcial das
tado, generais, almirantes,
lançado às portas de Amiens espraiarasc à laia de uma inundação irresistível, até as curvas do Marne, em direção de Paris, ameaçada pela segunda vez. Pouco faltou para vingar a terrível
ofensiva que, no entanto, se gastou de encontro aos exércitos aliados Permitin ^ paz. E Wilson, por conta própria, do o contragolpe dc Foch. Perdida de vez a esperança de esmagar o imimimpelido pelo persona'ismo de doutrina co o Estado-Maior alemão tentou ga dor que já lhe conhecemos, enunciou os' famosos 14 pontos, segundo os quais o nhar tempo, ao substituir o ataque por
berou por entender que fe ria a liberdade de impren sa
Rússia bo'chevizada, a única saída era
a tentativa de um golpe final.
E tanto como o heroismo
gem à aplicação da "Lei do Scdição"
lei que o senador Hiram Johnson ver-
paz negociada, uma paz sem vitória mi litar, hipótese inadmissível para os alia dos, desejosos de punir a Alemanlia. Quanto ao Reich, depois da detecção da
dos "yankec.s", o que mais surpreendeu os aliados foi a organização dos servi ços técnicos e de abastecimento, mon
crifícios.
I
189
se de 60% sobre os lucros
amistosa com a Riissia; 7) — Restauração
Da participação dos ame
da Bélgica; 8) — Garantias territoriais
ricanos nas operações mi
litares, o que demandaria um capítulo muito desenvolvido só para relatar os fatos principais, basta dizer que, na
A
e reparações da França; 9) — Retificação das fronteiras da Itália; 10) — Desen volvimento autônomo dos povos do Im
opinião de eminentes generais franceses,
pério Austro-Húngaro; 11) — Garantias
ela foi "prodigiosa". Em bravura, san
para as nacionalidades balcânicas; 12) —
dos.
gue-frio, conibatividade, os americanos
Soberania do território turco e abertura
Munido do extraordinário poder que ® guerra colocou nas mãos do govêmo federal, o sr. Wilson mostrou-se, em tôrías as circunstâncias, o melhor agente
corresponderam nos campos da França ao que realizavam no domínio da pro dução e do espírito civil. Em menx>s de
dos Dardanelos à navegação; 13 — Reconstituição da Polônia; 14) — Liga
um ano, mais de um milhão de homens
^0 "espírito de guenra . Tôdas as ati
atravessaram os mares, receberam ins-
Essa proclamação foi recebida com muitas reservas, porque subentendia uma
Vídi.
das Nações.
k
Trocaram-se várias notas que gera
tal ou qual flutuação nas primeiras res
postas de Wüson, flutuação dissipada
assim que o presidente declarou sem ambages não estarem cs aliados dispostos a acreditar nos governantes alemães,
pelo que só aceitariam o armistício de terminado pelos chefes militares. Des vanecidos os equívocos, compreenderam cs alemães consternados o malògro de -tôdas as suas astúcias e armadilhas, e a inelutável necessidade de homologa rem cláusulas de armistício equivalente
a uma capitulação incondicional. Os generais aliados, entre os quais Pétain, Douglas Haig, Pershing e Foch
fS- -'•
i40
Dígesto Econômico
estípularam, de fato, condições impres
agradeceu cordialmente e sorriu para
cindíveis ao desarmamento da Alema
as massas, aguardando as realidades da política.
nha e que a impossibilitariam de reco
Banquetes e homenagens repetiram-
meçar a guerra. *
*
se nos palácios reais e presidenciais, em
55:
parlamentos, ministérios e prefeituras,
Assinado o armistício, festejado rui dosamente entre os povos mortificados
em universidades e associações literárias
por uma ignominiosa hecatombe de
e científicas. E todos os discursos salien
quatro anos, o inundo respirou um ins tante e esperou a paz de justiça e de eqüidade que lhe haviam prometido.
tavam a figura e a ação do e\'angelizador da paz. Entre as saudações diri gidas ao estadista "yankee", uma delas,
Wilson, louvado por tôda a imprensa do mundo como o grande apóstolo da
sr. Poincaré, parece-nos conter a vir
era nova, o pregador da grande cruzada
tude de sintetizar a opinião da Euro
a do Presidente da República Francesa,
democrática, decide comparecer em pes
pa naquela hora de aplausos e efusÕes:
soa à Assembléia da Paz.
"Paris 8 a França vos esperavam com
Num dos
seus gestos de decisão autoritária, de
impaciência.
liberou fazer o papel de delegado dos Estados Unidos, uma vez que não de posita confiança em ninguém para ex por e defender o programa que reputa
em vós o ilustre democrata de palavra e ação inspiradas por um pensamento su perior, o filósofo que se compraz em
imprescindível para coroar a obra da
leis universais, o homem de Estado emi
vitória militar.
Comunicando ao Con
Tinha pressa de aclamar
desprender os eventos particulares das nente que encontrou, para exprimir as
gresso a decisão de partir, declara ôle
mais altas verdades políticas e morais,
não desconhecer os inconvenientes de
fórmulas cunhadas com um loque de
tal ausência, mas explica haver chega do à conclusão de que essa viagem se
imortalidade".
impunha como um dever que se sobrepu nha a todos os outros. Competia-lhe
fazer o possível para não deixar des-
inúmeros discursos e alocuçoes espelha, a nosso ver, o pensamento que o domi nava, acima das cortesias protocolares:
naturar o ideal para cuja consagração
"Dev€(-se substituir alguma coisa ao
se derramara o sangue americano. Em navio próprio, acompanhado de alguns íntimos, pois o presidente não se dignara externar maiores impressões
E, do sr. Wilson, uma frase entre
equilíbrio das potências e regozijo-me de encontrar, sempre flutuante no meio das grandes nações, a concepção de que
aos grupos polítícos e partidários, aba lou o sr. Wilson para Paris, levando
essa coisa deve ser uma liga de na-r ções firmemente unida. O que os ho mens outrora consideravam como pura
um séquito de peritos e uma documen
mente teórico e utópico torna-se perfei
tação volumosa.
recepções nas capitais, as aclamações
tamente prático e necessário". A 19 de janeiro de 1919, reuniu-se em Paris, em sessão inaugural, a Con
delirantes das multidões constituíram es
ferência da Paz.
O desembarque no Velho Mundo, as
petáculos de raro esplendor.
Wilson,
glorificado como o salvador do mundo.
Às três horas da tarde, iniciou-se a
solenidade no salão-nobre do
Qual
^
Dint-STO Ecoxóxnco
d'Orsay, com a presença de 70 delega dos, representando 32 países. O sr. Wilson, de sobrecasaca, toma lugar numa das duas poltronas do luxo reservadas cm ^rno da mesa de pano \crdc, porque a outra era destinada ao Presidente Poin caré, n quem incumbia pronunciar o
T4I
líderes e a e.xclusão do vencido, que
será apenas intimado a assinar o que lhe impuserem.
Os trabalhos técnicos, abrangendo um
documentário enorme, ficaram a cargo de centenas de peritos, ao pas.so que a
direção geral pertenceu aos quatro gran
povos tinham vivido e terminou
des- Clemenceau, Lloyd George, Wil son e Orlando, dos quais os três primei ros foram os maiores. Wilson diversas
^.gide das altas verdades morais e polí-
Lis companheiros. Uma paz de justiça
discurso de abertura. O Cliefc de Es tado francês evocou o grande drama nue
^ sua oração lembrando que o bloco rios aliados colocara seu ideal "sob a
ticas de que o presidente Wilson se fêz
nobrenaente o intérprete". pepois de retirar-se o sr. Poincaré, Q sr. Wilson levantou-se para propor
que n presidência da Assembléia fosse dada ao sr. Clemcnceau, o ardente or(ranizador da vitória francesa. A pro posta, secundada pelo sr. Lloyd George, nassou naturalmente por unanimidade. poucas palavras, o velho Clemenj.eau definiu a tarefa da Conferência coiuo consistindo em fazer a paz "de
pressa e bem" e referiu-se à Sociedade das Nações, dizendo aos delegados: "A vós é que compete fazê-la viver e, por isso, é mister que ela esteja em vossos corações". fjo transcurso dos seis meses de tra
balhos da Conferência, transferidos paj-a Versalhes, debateram-se os destinos rio mundo na famosa Galeria dos Espe lhos, o mais suntuoso cenário do mais luxuoso dos castelos, no local em que
pompeavam as galas de Luís XIV c onde, em 1871, Guilherme I, rei ria Prússia, fôra proclamado impe rador alemão pelos príncipes confe derados. Essa conferência, desde o início, ofe rece dois traços inéditos: a condução de todos os debates e decisões por alguns
vêzes senHu o seu idealismo em colisão nuase irremediável com o realismo dos
nem?• senípre se harmonizava com os Ltnc e preconceitos europeus,
ardilosas de uma com TLmbinaLes as 00 jj^riora de velhos repolítica
da Amé-
toto Pactuar com represto
r" ":\s nL com o jôgo de equdiS^dà Òrã-Bretanha nem com as am bições exageradas de Roma Fieura espiritual,e afinada,
PTite calma e comedida, Wilson tinha
opor freqüentes contestações aos
Lpnlsos latinos e ao "S" ceau, obsecado pela intenção de oc^.
territórios inimigos e favorecer a cria ção de uma República Renana. Os desacordos chegaram ^
impacientar de tal forma o sr. Wilson,
que êle resolveu de súbito voltar à América e mandou acender os fogos do Lvio que o trouxera, o "George Washington".
Na perspectiva de um desastre a coes-ão dos aliados e para o prestígio da Europa, os "grandes" preferiram
• ajuizadamente retomar ao caminho dos entendimentos cordiais e pôr de lado as exigências mais egoísticas.
Um grande dia para Wilson foi o da inclusão do pacto da Liga das Nações no tratado de paz. Foi considerada me-
fS- -'•
i40
Dígesto Econômico
estípularam, de fato, condições impres
agradeceu cordialmente e sorriu para
cindíveis ao desarmamento da Alema
as massas, aguardando as realidades da política.
nha e que a impossibilitariam de reco
Banquetes e homenagens repetiram-
meçar a guerra. *
*
se nos palácios reais e presidenciais, em
55:
parlamentos, ministérios e prefeituras,
Assinado o armistício, festejado rui dosamente entre os povos mortificados
em universidades e associações literárias
por uma ignominiosa hecatombe de
e científicas. E todos os discursos salien
quatro anos, o inundo respirou um ins tante e esperou a paz de justiça e de eqüidade que lhe haviam prometido.
tavam a figura e a ação do e\'angelizador da paz. Entre as saudações diri gidas ao estadista "yankee", uma delas,
Wilson, louvado por tôda a imprensa do mundo como o grande apóstolo da
sr. Poincaré, parece-nos conter a vir
era nova, o pregador da grande cruzada
tude de sintetizar a opinião da Euro
a do Presidente da República Francesa,
democrática, decide comparecer em pes
pa naquela hora de aplausos e efusÕes:
soa à Assembléia da Paz.
"Paris 8 a França vos esperavam com
Num dos
seus gestos de decisão autoritária, de
impaciência.
liberou fazer o papel de delegado dos Estados Unidos, uma vez que não de posita confiança em ninguém para ex por e defender o programa que reputa
em vós o ilustre democrata de palavra e ação inspiradas por um pensamento su perior, o filósofo que se compraz em
imprescindível para coroar a obra da
leis universais, o homem de Estado emi
vitória militar.
Comunicando ao Con
Tinha pressa de aclamar
desprender os eventos particulares das nente que encontrou, para exprimir as
gresso a decisão de partir, declara ôle
mais altas verdades políticas e morais,
não desconhecer os inconvenientes de
fórmulas cunhadas com um loque de
tal ausência, mas explica haver chega do à conclusão de que essa viagem se
imortalidade".
impunha como um dever que se sobrepu nha a todos os outros. Competia-lhe
fazer o possível para não deixar des-
inúmeros discursos e alocuçoes espelha, a nosso ver, o pensamento que o domi nava, acima das cortesias protocolares:
naturar o ideal para cuja consagração
"Dev€(-se substituir alguma coisa ao
se derramara o sangue americano. Em navio próprio, acompanhado de alguns íntimos, pois o presidente não se dignara externar maiores impressões
E, do sr. Wilson, uma frase entre
equilíbrio das potências e regozijo-me de encontrar, sempre flutuante no meio das grandes nações, a concepção de que
aos grupos polítícos e partidários, aba lou o sr. Wilson para Paris, levando
essa coisa deve ser uma liga de na-r ções firmemente unida. O que os ho mens outrora consideravam como pura
um séquito de peritos e uma documen
mente teórico e utópico torna-se perfei
tação volumosa.
recepções nas capitais, as aclamações
tamente prático e necessário". A 19 de janeiro de 1919, reuniu-se em Paris, em sessão inaugural, a Con
delirantes das multidões constituíram es
ferência da Paz.
O desembarque no Velho Mundo, as
petáculos de raro esplendor.
Wilson,
glorificado como o salvador do mundo.
Às três horas da tarde, iniciou-se a
solenidade no salão-nobre do
Qual
^
Dint-STO Ecoxóxnco
d'Orsay, com a presença de 70 delega dos, representando 32 países. O sr. Wilson, de sobrecasaca, toma lugar numa das duas poltronas do luxo reservadas cm ^rno da mesa de pano \crdc, porque a outra era destinada ao Presidente Poin caré, n quem incumbia pronunciar o
T4I
líderes e a e.xclusão do vencido, que
será apenas intimado a assinar o que lhe impuserem.
Os trabalhos técnicos, abrangendo um
documentário enorme, ficaram a cargo de centenas de peritos, ao pas.so que a
direção geral pertenceu aos quatro gran
povos tinham vivido e terminou
des- Clemenceau, Lloyd George, Wil son e Orlando, dos quais os três primei ros foram os maiores. Wilson diversas
^.gide das altas verdades morais e polí-
Lis companheiros. Uma paz de justiça
discurso de abertura. O Cliefc de Es tado francês evocou o grande drama nue
^ sua oração lembrando que o bloco rios aliados colocara seu ideal "sob a
ticas de que o presidente Wilson se fêz
nobrenaente o intérprete". pepois de retirar-se o sr. Poincaré, Q sr. Wilson levantou-se para propor
que n presidência da Assembléia fosse dada ao sr. Clemcnceau, o ardente or(ranizador da vitória francesa. A pro posta, secundada pelo sr. Lloyd George, nassou naturalmente por unanimidade. poucas palavras, o velho Clemenj.eau definiu a tarefa da Conferência coiuo consistindo em fazer a paz "de
pressa e bem" e referiu-se à Sociedade das Nações, dizendo aos delegados: "A vós é que compete fazê-la viver e, por isso, é mister que ela esteja em vossos corações". fjo transcurso dos seis meses de tra
balhos da Conferência, transferidos paj-a Versalhes, debateram-se os destinos rio mundo na famosa Galeria dos Espe lhos, o mais suntuoso cenário do mais luxuoso dos castelos, no local em que
pompeavam as galas de Luís XIV c onde, em 1871, Guilherme I, rei ria Prússia, fôra proclamado impe rador alemão pelos príncipes confe derados. Essa conferência, desde o início, ofe rece dois traços inéditos: a condução de todos os debates e decisões por alguns
vêzes senHu o seu idealismo em colisão nuase irremediável com o realismo dos
nem?• senípre se harmonizava com os Ltnc e preconceitos europeus,
ardilosas de uma com TLmbinaLes as 00 jj^riora de velhos repolítica
da Amé-
toto Pactuar com represto
r" ":\s nL com o jôgo de equdiS^dà Òrã-Bretanha nem com as am bições exageradas de Roma Fieura espiritual,e afinada,
PTite calma e comedida, Wilson tinha
opor freqüentes contestações aos
Lpnlsos latinos e ao "S" ceau, obsecado pela intenção de oc^.
territórios inimigos e favorecer a cria ção de uma República Renana. Os desacordos chegaram ^
impacientar de tal forma o sr. Wilson,
que êle resolveu de súbito voltar à América e mandou acender os fogos do Lvio que o trouxera, o "George Washington".
Na perspectiva de um desastre a coes-ão dos aliados e para o prestígio da Europa, os "grandes" preferiram
• ajuizadamente retomar ao caminho dos entendimentos cordiais e pôr de lado as exigências mais egoísticas.
Um grande dia para Wilson foi o da inclusão do pacto da Liga das Nações no tratado de paz. Foi considerada me-
142^
DiOKSIO EcONÓMiCrt
prr.ESTO EcoNó^uco
143
morável a data de nascimento desse ór
soberania dos Estados, estatuía devercs
nações representadas... Não acredita-
gão de paz e de justiça, idéia de gabi
mos que nenhuma força no mundo possa
cumento foi o de Woodrow Wilson,
resistir a esta unanimidade... Estamos
seguido dos de Lansing, Coronel House
mo a esperança de um mundo novo.
inéditos de arbitragem c cooperação in ternacional e a criação cie órgãos espe cializados para julgar as pendências e,
A Liga das Nações, velha idéia aca
o que c mais importante ainda, para
aqui mandatados por 1.200 milhões de homens... A Liga tom por missão es pecial impedir a guerra. Se a fôrça moral não basta, a força deve inter
e General Bliss. Ao findar o ato, os delegados, ovacio
nete e de acadêmico agora saudada co
riciada para acabar com o flagelo das
aplicar sanções contra os infratores.
Aceito o projeto no mês dc fevereiro
guerras, já figurava num projeto do le gisla René du Bois, remontando a 130o,
de 1919, teve lugar no Quai d'Orsay
e fôra reexaminada pelo Papa Leão X. Em 1603, Suly, ministro do rei de Fran ça Henrique IV, esboçara o plano de
uma cerimônia que muito comoveu os que a presenciaram, até porque a sim
terríveis, também os leve bem grandes Q belos. O crime foi vencido. Os povos
plicidade do ato lhe emprestou maior
foram persuadidos mais uma vez, mais do qim nunca, da majestade e do poder
uma grande República Cristã das Na ções Européias. E em abono de tão no
grandeza.
bre pensamento se pronunciaram sábios,
dbs em grupos e palestras separadas en
filósofos e juristas, como Grolius, Leibniz, J. J. Rousseau, Bentham, Condor-
cet, Kant e outros. Uma idéia lançada
sob os auspícios de tais nomes não po dia ser julgada apenas uma utopia e
Na sala repleta de delegados entretitrou, como de costume, o sr. Woodrow Wilson. Todos lhe conhecem bem a
silhueta esguia, mais acusada ainda nas
linhas do fraque escuro, o semblante afável se bem que impassí\'el, onde luz o
vir. Esta guerra, que teve resultados tão
do direito
"
As últimas palaxTas do sr. Wilson,
proferidas com mais calor, fizeram per passar uma corrente de emoção pela sala, emoção tonfírmada pelo sfên-
cio subseqüente, prolongado por espaço
ristosos, o primeiro nome lançado no do
nados pelo povo, assistiram a um aparatoso desfile militar, enquanto troavam os canhões para salvar a vitória... O restabelecimento da paz não cones-
pondeu às ilusões dos ideabstas, a prin cipiar pela América, onde as lutas partidiWas recrudesceram com violência e se extravasaram impetuosamente - a pro-
nósito da ratificação do Tratado de Ver salhes Estadista de primeira ordem na . maneira dc conduzir a guerra e unificar
os americanos para as provações do conflito, Wilson, em virtude do seu
à ironia dos cépticos. Wilson, que várias vê-
olhar refrangido pelo "pin-
de vários minutos, em que todos pa reciam entregues a uma singular medi
estilo político personalista, resenhado e eSoritWo, alienou as simpatras de mm-
ce-nez". Com sua voz bem
tação.
zes em seus discursos alu
timbrada, êle cumprimenta alguns delegados e toma
tos adeptos e aumentou o numero dos adversários. Em grande parte o Pre sidente, dado o exclnsivismo de suas déias, que não confiava a mnguém, lor culpado dos lessenümentos nascidos no ingresso e principalmente no Senado.
prestar-se à indiferença ou
dira à Santa Aliança para condenar-lhe a estreiteza e
o faccionismo de um pro grama que se restringia a
pactuar uma a'iança de reis para su focar a vontade dos povos, sempre tim brou em fazer incluir, no tratado de
paz, as bases de uma "organização ju rídica internacional de garantias recí procas contra os conflitos".
No Hotel Crillon, em Paris, onde es
tava hospedada a delegação americana, o comitê que estudava a matéria elabo rou, sob a presidência de Wilson e com
a co'aboração do general Smuts, repre-' sentante da União Sul-Africana, o es
lugar à mesa central. Nes
A derradeira grande cerimônia da es
se dia o sorriso, que se es força para manter a mes
tada de Wilson na França foi a assina
ma expressão de reserva e
urbanidade, não consegue ocultar a emo
junho de 1919, no célebre ambiente de
ção do presidente, manifesta nos vincos
Versalhes. Pouco antes de os delegados
da fisionomia, no aperto mais acentua
tornarem seus lugares, o velho Clemen ceau apertou a mão de alguns mutila
do da bôca, de um fino desenho.
De fato o govêmo não convidara um senador'sequer para figurar na comissão . encarregada de negociar a paz. Era um pouco de estranhar que um espírito tão magnânimo e liberal para reclamar nos
dos convidados para assistir ao de.sfêcho do maior drama da história, dizendo-
debates mundiais o fim da diplomacia
que Se deteve a comentar, surgiram sonoridades mais quentes, sublinhadas pelo movimento da mão direita, ora a
lhes: "Sofrestes, eis a vossa recompen Essa recompensa estendia-se a todos,
de sua própria autoria nos assuntos da política exterior americana. O certo é que uma vaga tremenda de
apontajr o índice, ora rápido e cortante.
porque mais ou menos todos se sentiam,
oposição se levantou contra o Tratado
devido às agonias de uma guerra pro
e contra a Sociedade das Nações. As diversas correntes nacionais se di
O presidente leu o "Covenant" em
tom bem compassado, mas nas passagens
sa".
A seu lado, Clemenceau, "o tigre", es padando e de largos bigodes, fitava aten
longada, mutilados morais e feridos da
tamente o orador, enquanto a sala intei
alma.
quema do "Covenant" em que se corporificaram obrigações internacionais que ultrapassavam os limites do puro direito
ra eslava como que suspensa a ouvir o
contratual e constituíram uma convenção
"O resultado que obtívemos — dizia
de um tipo novo, a qual, sem afetar a
tura da paz. O espetáculo desenrolou-se a 28 de
mestre defender a sua tese.
o orador — o foi à unanimidade das 14
Por uma tarde propícia e insolada, em seguida a dias tristes e chuvosos, foi assinado o Tratado. Debaixo dos textos,
francês e inglês, entre selos e lacres
secreta, cercasse de tanto sigilo os atos
vidiram pró e contra a aceitação da paz firmada pelo sr. Wilson. Os "reservacionistas" anuíam em subscrever o pacto
com algumas reformas e aditamentos, ale gando que vários artigos afetavam a
142^
DiOKSIO EcONÓMiCrt
prr.ESTO EcoNó^uco
143
morável a data de nascimento desse ór
soberania dos Estados, estatuía devercs
nações representadas... Não acredita-
gão de paz e de justiça, idéia de gabi
mos que nenhuma força no mundo possa
cumento foi o de Woodrow Wilson,
resistir a esta unanimidade... Estamos
seguido dos de Lansing, Coronel House
mo a esperança de um mundo novo.
inéditos de arbitragem c cooperação in ternacional e a criação cie órgãos espe cializados para julgar as pendências e,
A Liga das Nações, velha idéia aca
o que c mais importante ainda, para
aqui mandatados por 1.200 milhões de homens... A Liga tom por missão es pecial impedir a guerra. Se a fôrça moral não basta, a força deve inter
e General Bliss. Ao findar o ato, os delegados, ovacio
nete e de acadêmico agora saudada co
riciada para acabar com o flagelo das
aplicar sanções contra os infratores.
Aceito o projeto no mês dc fevereiro
guerras, já figurava num projeto do le gisla René du Bois, remontando a 130o,
de 1919, teve lugar no Quai d'Orsay
e fôra reexaminada pelo Papa Leão X. Em 1603, Suly, ministro do rei de Fran ça Henrique IV, esboçara o plano de
uma cerimônia que muito comoveu os que a presenciaram, até porque a sim
terríveis, também os leve bem grandes Q belos. O crime foi vencido. Os povos
plicidade do ato lhe emprestou maior
foram persuadidos mais uma vez, mais do qim nunca, da majestade e do poder
uma grande República Cristã das Na ções Européias. E em abono de tão no
grandeza.
bre pensamento se pronunciaram sábios,
dbs em grupos e palestras separadas en
filósofos e juristas, como Grolius, Leibniz, J. J. Rousseau, Bentham, Condor-
cet, Kant e outros. Uma idéia lançada
sob os auspícios de tais nomes não po dia ser julgada apenas uma utopia e
Na sala repleta de delegados entretitrou, como de costume, o sr. Woodrow Wilson. Todos lhe conhecem bem a
silhueta esguia, mais acusada ainda nas
linhas do fraque escuro, o semblante afável se bem que impassí\'el, onde luz o
vir. Esta guerra, que teve resultados tão
do direito
"
As últimas palaxTas do sr. Wilson,
proferidas com mais calor, fizeram per passar uma corrente de emoção pela sala, emoção tonfírmada pelo sfên-
cio subseqüente, prolongado por espaço
ristosos, o primeiro nome lançado no do
nados pelo povo, assistiram a um aparatoso desfile militar, enquanto troavam os canhões para salvar a vitória... O restabelecimento da paz não cones-
pondeu às ilusões dos ideabstas, a prin cipiar pela América, onde as lutas partidiWas recrudesceram com violência e se extravasaram impetuosamente - a pro-
nósito da ratificação do Tratado de Ver salhes Estadista de primeira ordem na . maneira dc conduzir a guerra e unificar
os americanos para as provações do conflito, Wilson, em virtude do seu
à ironia dos cépticos. Wilson, que várias vê-
olhar refrangido pelo "pin-
de vários minutos, em que todos pa reciam entregues a uma singular medi
estilo político personalista, resenhado e eSoritWo, alienou as simpatras de mm-
ce-nez". Com sua voz bem
tação.
zes em seus discursos alu
timbrada, êle cumprimenta alguns delegados e toma
tos adeptos e aumentou o numero dos adversários. Em grande parte o Pre sidente, dado o exclnsivismo de suas déias, que não confiava a mnguém, lor culpado dos lessenümentos nascidos no ingresso e principalmente no Senado.
prestar-se à indiferença ou
dira à Santa Aliança para condenar-lhe a estreiteza e
o faccionismo de um pro grama que se restringia a
pactuar uma a'iança de reis para su focar a vontade dos povos, sempre tim brou em fazer incluir, no tratado de
paz, as bases de uma "organização ju rídica internacional de garantias recí procas contra os conflitos".
No Hotel Crillon, em Paris, onde es
tava hospedada a delegação americana, o comitê que estudava a matéria elabo rou, sob a presidência de Wilson e com
a co'aboração do general Smuts, repre-' sentante da União Sul-Africana, o es
lugar à mesa central. Nes
A derradeira grande cerimônia da es
se dia o sorriso, que se es força para manter a mes
tada de Wilson na França foi a assina
ma expressão de reserva e
urbanidade, não consegue ocultar a emo
junho de 1919, no célebre ambiente de
ção do presidente, manifesta nos vincos
Versalhes. Pouco antes de os delegados
da fisionomia, no aperto mais acentua
tornarem seus lugares, o velho Clemen ceau apertou a mão de alguns mutila
do da bôca, de um fino desenho.
De fato o govêmo não convidara um senador'sequer para figurar na comissão . encarregada de negociar a paz. Era um pouco de estranhar que um espírito tão magnânimo e liberal para reclamar nos
dos convidados para assistir ao de.sfêcho do maior drama da história, dizendo-
debates mundiais o fim da diplomacia
que Se deteve a comentar, surgiram sonoridades mais quentes, sublinhadas pelo movimento da mão direita, ora a
lhes: "Sofrestes, eis a vossa recompen Essa recompensa estendia-se a todos,
de sua própria autoria nos assuntos da política exterior americana. O certo é que uma vaga tremenda de
apontajr o índice, ora rápido e cortante.
porque mais ou menos todos se sentiam,
oposição se levantou contra o Tratado
devido às agonias de uma guerra pro
e contra a Sociedade das Nações. As diversas correntes nacionais se di
O presidente leu o "Covenant" em
tom bem compassado, mas nas passagens
sa".
A seu lado, Clemenceau, "o tigre", es padando e de largos bigodes, fitava aten
longada, mutilados morais e feridos da
tamente o orador, enquanto a sala intei
alma.
quema do "Covenant" em que se corporificaram obrigações internacionais que ultrapassavam os limites do puro direito
ra eslava como que suspensa a ouvir o
contratual e constituíram uma convenção
"O resultado que obtívemos — dizia
de um tipo novo, a qual, sem afetar a
tura da paz. O espetáculo desenrolou-se a 28 de
mestre defender a sua tese.
o orador — o foi à unanimidade das 14
Por uma tarde propícia e insolada, em seguida a dias tristes e chuvosos, foi assinado o Tratado. Debaixo dos textos,
francês e inglês, entre selos e lacres
secreta, cercasse de tanto sigilo os atos
vidiram pró e contra a aceitação da paz firmada pelo sr. Wilson. Os "reservacionistas" anuíam em subscrever o pacto
com algumas reformas e aditamentos, ale gando que vários artigos afetavam a
'í
144
Djoksto
DiCESTO Econóauco
soberania americana e arrastariam eter
mem prostrado pela moléstia e .subjuga
condições de lançar, com todos os ou
namente o país nos enredos da política
do pelo sofrimento, atingido pela para
tros governos civilizados do mundo, o
européia.
lisia que castigava o corpo e tolhia os vôos de uma inteligência de escol.
peso da nossa fòrça moral e da nos.sa for ça do Estado na balança da paz. A guerra se declara, mas a paz não se de clara. Estabelece-se pelo consentimento
Os "isolacionistas" ou "ir-
reconciliáveis" pediam, pura e simples
145
da percebemos p sentido profundo dessas reflexões do eminente professor e esta dista:
"... Nós vivemos para a nossa épo
mente, a rejeição de um tratado que denunciavam como nocivo e perigoso pa
Ásperos debates com as forças capitaMstas agastadas pelas leis refonnistas;
ra os Estados Unidos.
greves violentas nos caminhos de ferro, nas minas de carvão e ou inúmeras in
mútuo de todos os interessados."
dústrias, revczadamente solapadas por
uma cena ao completo, com as suas in
uma contínua propaganda revolucioná ria e bolchevista, assinalaram um período
pousar no seio da glória. Os grandes problemas que êle agitou aí estão, cada vez mais prementes e ca
durante o qual a máquina republicana
da vez mais angustiosos. E sem dúvi
senlace."
Wilson, ainda entusiasmado por seu
plano, tomou a peito defendê-lo pessoal mente perante o povo e começou a per correr vários centros do país, a fim de
explicar às massas a necessidade de ho mologar uma obra conseguida à custa do prestígio e dos sacrifícios americanos
Inflexível e dogmático, êle queria a
m
Econômico
aceitação ou a rejeição em bloco. O
que não tolerava era a mutilação do
■ se preparou a retomar as rédeas dó po
a organizar o plano de cobrança das dí
rorma perfeita.
de uma Europa em convalescença que
No decurso dessa nova campanha o vivo e colando, em que o mestre refuta
va as objeções dos adversários e pedia ao povo que sancionasse o Tratado, ele gendo para o Congresso uma maioria democrática.
Foi um êno bater na tecla do parti darísmo, como se viu pela estrondosa vitória repub'icana e a rejeição do Tra tado no Senado, por 55 votos contra 39 Mas esse não foi o golpe que mais feriu o Presidente, homem combativo e cheio
de império sobre si próprio. O que o abateu foi o cansaço, o esgotamento ner
voso que derrubou o gigante e o lançou por terra, quando em plena tribuna, em face de uma audiência simpatizante êle desenvolvia o tema agora objeto de discórdia entre os próprios vencedores da guerra. Nos dois últimos anos da administra
ção acumularam-se dificuldades impre vistas, mal e mal resolvidas por um ho
está a morrer e um mundo novo se pre para, uma idade de especulação nova e de aventuras novas para o espírito. E'
trigas completas, o seu jogo universal de
paixões. E ninguém pode prever o dç-
der, Máquina que fará voltar os homens práticos, dispostos a falar de negócios, "talk busine.ss", com os antigos aliados e
pacto, que julgava estruturado de uma
Presidente pronuneiou as suas mais aca loradas orações, algumas de um esHlo
Em 1924, Woodrow Wilson foi re
ca, uma idade em que um velho mundo
vidas de guerra, tornando-se credores passará a chamar os Estados Unidos de
"Unclc Shylock". A questão da Sociedade das Nações
ainda será focalizada na campanha pela sucessão presidencial e impugnada pelo
candidato republicano Harding, que dirá: O único "Covenant" que aceitamos c o da nossa consciência. E' preferível ao contrato escrito que aliena os nossos di
■•s
reitos entre as mãos de um consellio mi
litar estrangeiro..." Um liomem generoso e da mesma compleição idealista defenderá o sonho de Wilson. JÈsse homem foi o sr. Fran-
klin Delano Roosevelt, sub-secretário de Estado da Marinha e candidato à vice-presidência pelo Partido Demo
crático, que
proclamou
com
ener
gia:
"A Liga é a solução prática de uma situação prática.
O "Covenant" não é
mais perfeito evidentemente que a nos sa própria Constituição, emendada 18
vêzes e que o vai ser mais uma. Mas, graças
ao "Covenant",
estamos
em
Segundo o redator financeiro do "News Chronicle", a Argentina teria acumu lado estoques de 7nilho, estimados em um minimo de 3 milhões de toneladas ou 120 milhões de "hushells".
O redator acredita que o preço do cereal sofrerá grande baixa nos mercados mundiais, em conseqüência das perspectivas favoráveis da colheita não só nos Estados Unidos como na Riissia e nos países mediterrâneos.
'í
144
Djoksto
DiCESTO Econóauco
soberania americana e arrastariam eter
mem prostrado pela moléstia e .subjuga
condições de lançar, com todos os ou
namente o país nos enredos da política
do pelo sofrimento, atingido pela para
tros governos civilizados do mundo, o
européia.
lisia que castigava o corpo e tolhia os vôos de uma inteligência de escol.
peso da nossa fòrça moral e da nos.sa for ça do Estado na balança da paz. A guerra se declara, mas a paz não se de clara. Estabelece-se pelo consentimento
Os "isolacionistas" ou "ir-
reconciliáveis" pediam, pura e simples
145
da percebemos p sentido profundo dessas reflexões do eminente professor e esta dista:
"... Nós vivemos para a nossa épo
mente, a rejeição de um tratado que denunciavam como nocivo e perigoso pa
Ásperos debates com as forças capitaMstas agastadas pelas leis refonnistas;
ra os Estados Unidos.
greves violentas nos caminhos de ferro, nas minas de carvão e ou inúmeras in
mútuo de todos os interessados."
dústrias, revczadamente solapadas por
uma cena ao completo, com as suas in
uma contínua propaganda revolucioná ria e bolchevista, assinalaram um período
pousar no seio da glória. Os grandes problemas que êle agitou aí estão, cada vez mais prementes e ca
durante o qual a máquina republicana
da vez mais angustiosos. E sem dúvi
senlace."
Wilson, ainda entusiasmado por seu
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Em 1924, Woodrow Wilson foi re
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"A Liga é a solução prática de uma situação prática.
O "Covenant" não é
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vêzes e que o vai ser mais uma. Mas, graças
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chutagam, Vulcanisação e Consertos.
ESPECIALIDADES
Cafeína — Teobromina — Meníol — Crisarobina —
óleos iri-retificados para fins comestíveis e farmacêuticos.
Especialistas em Pneus para:
Manteiga de cacau Escritórios:
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'Rua Libero Badarò, 158 — 6.0 andar — Telefone: 4-9121 (22 ramais) Fábrica:
Av. Adolfo Pinheiro n.o 3864-3946 Brooklin Paulista — Tel.: 8-5481-2 FILIAIS: Rio de Janeiro:
Av. Rio Branco, 138 - D.o and. — Tels.: 42-4863, 42-4864, 42-4905 Salvador:
Av. Estados Unidos s-n. — Edifício Fiaes. Tel.: 3550
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Belo Horizonte
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SÃO PAULO
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ESTABELECIMENTOS
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ate U^íocL DE TECIDOS S A CASA FUNDADA EM 1878 C
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I
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D O G L A BRINS
DE
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J. FLORIANO DE TOLEDO
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LINHO
CORRETOR DE ÍMÓVEIS
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R
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RUA 8ÜEN0S AIRES, 150 - 3.o
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Telegramas "METALMA"
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(Rêde interna ligando dependências)
(l.a e 2.a Edição)
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Fabricação de artísticos brinquedos litografados em fôlha de flandres.
Tu
bos de alumínio, branco ou litografados, para embalagem de produtos quí micos e medicinais. Caixa e tubos para produtos de toucador, con feccionados em material plástico de primeiríssima ordem.
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TECIDOS POR ATACADO
COMPANHIA //
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Tipografia — Litografia — Fábrica de Envelopes — Papéis para cartas em caixas, carteiras, estojos e blocos — Papéis e Cartões
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Ágéncta Principal e Centro de Administração Londrina
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Filial: Rio de Janeiro — RUA PEDRO I, 33 — Tel.: 22-2122 VUile sem compromisso de compra, as Secções de Amostras.
Séde em São Paulo, Rua S. Bento, 329 - 8." andar - Caixa Postal 2771 • WlUirt*
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Fone 4-5313
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C. JB. A. COMPANHIA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO
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Tel. 2-8281
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