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Rodrigo Soares Júnior
36
Problema da industrialização no Brasil — Dorival Teixeira Vieira Paridade do preços e poder aquisitivo dos produtores — Aldo M. Azevedo
45
Roberto Pinto de Souza
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40
O imposto do vendas e consignações e a capacidade contribullva paulista — Petróleo artificial o suas possibilidades — S. Fróes Abreu A erosão o a conservação dos solos — Pimentel Gomes
'V>> ^ . •■ -v "V
9 30
O Plano Monnct — Ricliard Lcwinsohn Hisiórla Econômica — Plano e Democracia — Afonso Arlnos de Melo Franco
51 56 60
A reforma do sistema bancário brasileiro — Orozimbo O. Roxo Loureiro
65
Noções goraes sôbro Imposto — José Luís de Almeida Nogueira PÔrto
72
O existoncialismo e a vida econômica — Cândido Mota Filho
78
Metafísica da economia política liberal — Ivan Lins
81
O tratado do Methucn — Nelson Wcrncck Sodré
85
Formação Histórica do Brasil — Luiz Delgado
90
O cobre falso na Bahia — Otávio Tarquinio de Souza O movimento marítimo comerciai de São Paulo em 1801 — Afonso de Tatinay
100
Panorama
108
econômico
—
RcdaçSu
94
II N.O
53
ABRIL OE 1949
ANO V
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Presidente Vargas. 502
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Goiás: Joüo Manailno, Rua Setenta A. Goiânia.
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Mato Grosso: Carvalho. Pinheiro &
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Sergipe: Liviarta Regina Ltda., Rua João Pessoa. 137, Aracaju.
RIO DE JANEIRO
Paraíba: Loja das Revistas. Rua Ba
Território do Acre: Diógenes de Oli
>.aÍxo Postal, 237 ■ Tel.: 23-5516
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RW DE JANEIRO - RUA MAYRINK VEIGA. 28 - LOJA - TEIEFON6 23-1655^^^^^^^^^
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Da economia de hoje depende a
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desta organização, para reauzar suas aspirações.
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Diretor superintendente: Maiílin Affonso Xavier da Silveira
O Dl^esto Econômico publicará no próximo número:
Diretor:
Anlonlo Gonlijo de Carvalho
O Dlgesto Econômico, órgíio de In formações econômicas e financei ras, é publicado mensalmente pela Edltôra Comercial Ltda.
TEMAS E PROBLEMAS EM DEBATE
— Dario de Almeida Magalhães.
pelos dados cujas fontes estejam
devidamente citadas, nem
pelos
conceitos emitidos em artigos assi nados.
A LEI DO INQUILINATO E O CON CEITO CRISTÃO DE proprieda de — Roland Corbisier.
Na transcrlcOo de artigos pede-se
citar
o
nome
do
D i g e s1o
Econômico.
SISTEMA TRIBUTÁRIO DO BRASIL — Paul Hugon.
Aceita-se intercâmbio com publi cações congêneres naclonala e es
trangeiras.
RodIUCO SOAIIES JlJNlOR
Ês ano.s após. o termino da segunda conflagração universal, o mundo de proine.ssaf: e cspcntnças pelo qual se co'igarani tantos povos contra o nnzi-fascismo oferece quadros muito nniílogos aos que antecederam o tenebroso conflito. No decorrer da guerra, estadistas, so ciólogos o publicistas haviam insisten
temente posto o acento na democríicía, frisando a necessidade de rejeitar as dou
A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DAS EMPRÊSAS — Clóvis Leite Ribeiro.
das principahnente no regime de Hitler. considerar realmente u'D
mundo me
lhor", consoante a fórmula tão apregoa
da, o que fosse liberto e desembaraça do dos vícios do imperialismo e das aber rações totalitíirias.
Tornemos a citar as quatro liberda
des famosas, enunciadas pelo Presidente Rooseve't, para bem compreender co
mo elas exprimiam a melhor síntese de
um mundo novo, encarreíraclo numa tri
lha de pacificação e de justiça: 1) Liberdade de palavra e de .ex pressão;
Deus a seu modo;
3) Liberdade de subsistência e de
Dlgeito Econômico Ano í.simnles) CrS SO.no
fregistradol
CrS 58.00
Número do mês:
Cr.Ç
5.00
Atrasada:
Cr§ 8.00
-k
possuir um nível de vida decente; 4) Liberdade de viver sem medo.
E' fácil notar, nas palavras aparente
mente tão simples das quatro cláusulas RedaçSo e Administração: Viaduto Boa Vlata, 67 - 7.o andar TeL 3-7499 — Caixa Posíal, 240-B São Paulo
sal de direito e de convivência social. Ressai ainda da leitura mais atenta
dessas quatro liberdades, /jue repre sentam a melhor configuração da "de mocracia", quanto custaria aplicá-las num mundo onde la\Tam ainda, infehz-
mente, pensamentos contrários à liber dade e à tolerância religiosa. *
*
E sem dúvida não fa'tavam razões para
2) Liberdade de cada qual adorar ASSINATURAS:
"
Franlílin Roosevelt, essas sentenças que
constituem a base de um código imiver- '
trinas de força e de agressão corporifica-
O TRATADO DE METHUEN - Nelson "Wemeck Sodré.
A direcSo nSo se responsabiliza
As responsabilidades dos Estados Unidos na elaboração do mundo novo
acima citadas, a amplidão do programa
A todos os críticos que argiiem o pre sidente Roosevelt de hiwer cometido
grandes erros de estratégia política com relação aos pontos de vista do seu alia do Stalin e às pretensões da Rússia, devem os homens sinceramente democrá
ticos responder que jamais existe um
erro quando se tentou procurar o cami nho da reconciliação e da paz.
Depois de uma guerra feita contra as "forças do mal", constituía uma neces
sidade absoluta dar crédito ao pais.
que ajudara a vencer a potência nazista. Winston Churchill, na hora do perigo,
proclamara que se uniria com quem quer
que fôsse, contanto que servisse para destruir o hitlerismo.
Ao realismo da
mesma atitude, Roosevelt ajuntou a sin cera tentativa de aproximar-se de uma coletividade rica de energias, de virtu des de sacrifício e de capacidade técni
que elas encobriam e como seria laborio
ca com a qual se teria de reconstruir
so executar esses preceitos comesinhos de respeito à dignidade humana. , E l.onra
o mundo em bases "democráticas". Só a circunstância de haver prestado efi
sumamente a civilização americana te
rem partido de um grande homem, como
ciente e fie' ajuda para derrocar o nazifascismo bastaria para confiar na co-
,< t
"ta I HUHD9 DOS NUOCIOS NUU PtHQRftMS Pub/ieodo lob o* auipíciot da
ttSSOCIflCJOCOHERClALDESâDFflUlO
-k
fEDERJCiO DO COMERCIO DO ESTADO DE SiO PAUIO
Diretor superintendente: Maiílin Affonso Xavier da Silveira
O Dl^esto Econômico publicará no próximo número:
Diretor:
Anlonlo Gonlijo de Carvalho
O Dlgesto Econômico, órgíio de In formações econômicas e financei ras, é publicado mensalmente pela Edltôra Comercial Ltda.
TEMAS E PROBLEMAS EM DEBATE
— Dario de Almeida Magalhães.
pelos dados cujas fontes estejam
devidamente citadas, nem
pelos
conceitos emitidos em artigos assi nados.
A LEI DO INQUILINATO E O CON CEITO CRISTÃO DE proprieda de — Roland Corbisier.
Na transcrlcOo de artigos pede-se
citar
o
nome
do
D i g e s1o
Econômico.
SISTEMA TRIBUTÁRIO DO BRASIL — Paul Hugon.
Aceita-se intercâmbio com publi cações congêneres naclonala e es
trangeiras.
RodIUCO SOAIIES JlJNlOR
Ês ano.s após. o termino da segunda conflagração universal, o mundo de proine.ssaf: e cspcntnças pelo qual se co'igarani tantos povos contra o nnzi-fascismo oferece quadros muito nniílogos aos que antecederam o tenebroso conflito. No decorrer da guerra, estadistas, so ciólogos o publicistas haviam insisten
temente posto o acento na democríicía, frisando a necessidade de rejeitar as dou
A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DAS EMPRÊSAS — Clóvis Leite Ribeiro.
das principahnente no regime de Hitler. considerar realmente u'D
mundo me
lhor", consoante a fórmula tão apregoa
da, o que fosse liberto e desembaraça do dos vícios do imperialismo e das aber rações totalitíirias.
Tornemos a citar as quatro liberda
des famosas, enunciadas pelo Presidente Rooseve't, para bem compreender co
mo elas exprimiam a melhor síntese de
um mundo novo, encarreíraclo numa tri
lha de pacificação e de justiça: 1) Liberdade de palavra e de .ex pressão;
Deus a seu modo;
3) Liberdade de subsistência e de
Dlgeito Econômico Ano í.simnles) CrS SO.no
fregistradol
CrS 58.00
Número do mês:
Cr.Ç
5.00
Atrasada:
Cr§ 8.00
-k
possuir um nível de vida decente; 4) Liberdade de viver sem medo.
E' fácil notar, nas palavras aparente
mente tão simples das quatro cláusulas RedaçSo e Administração: Viaduto Boa Vlata, 67 - 7.o andar TeL 3-7499 — Caixa Posíal, 240-B São Paulo
sal de direito e de convivência social. Ressai ainda da leitura mais atenta
dessas quatro liberdades, /jue repre sentam a melhor configuração da "de mocracia", quanto custaria aplicá-las num mundo onde la\Tam ainda, infehz-
mente, pensamentos contrários à liber dade e à tolerância religiosa. *
*
E sem dúvida não fa'tavam razões para
2) Liberdade de cada qual adorar ASSINATURAS:
"
Franlílin Roosevelt, essas sentenças que
constituem a base de um código imiver- '
trinas de força e de agressão corporifica-
O TRATADO DE METHUEN - Nelson "Wemeck Sodré.
A direcSo nSo se responsabiliza
As responsabilidades dos Estados Unidos na elaboração do mundo novo
acima citadas, a amplidão do programa
A todos os críticos que argiiem o pre sidente Roosevelt de hiwer cometido
grandes erros de estratégia política com relação aos pontos de vista do seu alia do Stalin e às pretensões da Rússia, devem os homens sinceramente democrá
ticos responder que jamais existe um
erro quando se tentou procurar o cami nho da reconciliação e da paz.
Depois de uma guerra feita contra as "forças do mal", constituía uma neces
sidade absoluta dar crédito ao pais.
que ajudara a vencer a potência nazista. Winston Churchill, na hora do perigo,
proclamara que se uniria com quem quer
que fôsse, contanto que servisse para destruir o hitlerismo.
Ao realismo da
mesma atitude, Roosevelt ajuntou a sin cera tentativa de aproximar-se de uma coletividade rica de energias, de virtu des de sacrifício e de capacidade técni
que elas encobriam e como seria laborio
ca com a qual se teria de reconstruir
so executar esses preceitos comesinhos de respeito à dignidade humana. , E l.onra
o mundo em bases "democráticas". Só a circunstância de haver prestado efi
sumamente a civilização americana te
rem partido de um grande homem, como
ciente e fie' ajuda para derrocar o nazifascismo bastaria para confiar na co-
10
laboraçâo soviética, a fim de instituir no futuro a paz entre os povos e eli
Dicesto EcoNÓNnco
avanço do "oriente": a doutrina Tniman
minar da sociedade internacional os vírus
Pela primeira, a Casa Branca concla
mou OS povos livrc.s a objetivarem uma
rialismo.
ação comum de defesa contra o tran.sbor-
Sc- Os fatos não vierem ratificar as
damento soviético e tomou-se fíadora
esperanças dos idealistas, a culpa não
cabe às nações democráticas. E entre
da independência de viirios povos, a ponto de coní5Ídcrar-lhes as respectivas
elas, numa hora profundamente dramá
fronteiras nacionais como a linlia invio
tica, asoiltam os Estados Unidos, sobre
lável da própria .segurança americana.Quanto ao Plano Mar.sliall, lançado em Harvarcl a 5 dc junho de 1947, teve por objeto precipuo organizar paulatina
rcsponsabi idades da história contemporâ nea.
à tutc'a ou taK e/ à conquista dc Moscou, conquista .sol)rc'nu)do 'facilitada pcln falo dc o marxismo, auxiliado por fortes propul.sões suliversivas, deparar cíim maio res probairllidadcs dc iiuadir o conta
e o Plano Marshall.
da agressividade sistemática e do impe
os quais pesam as mais transcendentes
Dioesto Econômico
res democráticos de maior talento e en-
\-ergaduru n\oral. Manobras envolventes e penetrações
ramificadas nos órgãos vitais de um país
jugulam todas as facu'dades do defesa
minar os outros do que de ser contrabu-
das democracias atacadas e incorporam
tido pcla.s idéias opostas. Porque c inegável que mio se encon
ao bloco "oriental" países inteiros.' ul-
tram face
face poderes em condições
iguais dc se afrontarem no campo da luta. A força suplementar de Moscou,
abrigada atrás dc "nnm cortina do ferro",
Icriormente dominados pelos princípios
marxistas e pelos processos educativos e do produção da União Soviética.
Que tais métodos são rendosos, mos tra-o a lista dos países sucessivamente
mente a auto-suficiuncia das nações de
reside na faculdade dc niinar os adver-
abocanhados pelo colosso soviético, digno
mocráticas da Europa, mediante um pro grama dc reabilitação econômica compu
continuador do urso moscovita que ou-
tado em centena.s de bilhões de dólares.
ssirios por meio de uma técnica oficicntíssima, manobrada por agentes qiie atuam geralmente c-ni terreno bastante
referência às forças econômicas, apa
Ora. do choque da iclco'ogia lenino-
permeável às idéias comunistas. A quin-
Em conquista franca foram anexadas
recem como a única fonte de recupera ção da normalidade.
mar.xista com a concepção ocidental de
ta-coluna marxist-a
democracia, vem resultando.uma situa
como a nazista, um invasor
ção extremamente grave, prcnhe do con
que Se insinua num meio em grande maioria hostil. O contágio social do mar xismo opera, via de regra,
Em face dos seus co-associados tam
bém vencedores na guerra contra o na zismo, os Estados Unidos, além de uma
•posição de excepcional privilégio cora
O Império Britânico sacrificou um po
derio secular para sobreviver. Revelou e continua a revelar notável robustez de
flitos e divergências que impossibilitam
a formação daquele "mundo só" ao qual
SC referira Wendell Wülkie. A ausên cia de acordo entre Moscou e as demo edifício da era vitoriana, que se imagi nava capaz de desafiar os tempos. ,0 cracias cria um , mundo dual, muito resto da Europa, mesmo empenhando es • mais perigoso que se fôssc cheio de va forços imensos para reerguer-se, luta não riantes político-sociais. Essa bipartição só contra os vestígios da guerra como ideológica conduz incvitàvelmente aa para defender-se das agitações internas "impasse" insanávtíl, onde .será precisa uma ca'rna evangélica para contornar a que retardam a conva!e.scença. O pior na situação que se criou é solução irremediável da conflagração ^ que a Europa, perdida a unidade de universal n.° 3. Nesta emergência,, cujos perigos é es civilização que possuía antes da guerra, caráter, mas deixou de ser o portentoso
se acha dividida e separada por dois
princípios opostos, de modo que uma parte, denominada a "Ocidental , e a que sustenta as idéias, a essência filosó fica e o ritmo de vida compatíveis com
cusado esconder, os Estados Unidos re-
prc-seutam um centro de ação e resis tência com tal ascendência técnica o
econômica sôbre os outros países, que não há remédio senão solicitar-lhes que
o programa "democrático da América. assumam a posição de árbitros e proteto Pois essa Europa, agregada a alguns res do princípio ocidental.
Outros países dos demais continentes, forma o conjunto francamente liderado
E, por enquanto, vêm ôles desempe nhando tal função e formando o pólo
pelos Estados Unidos, que hoje se es
moral, social e econômico para o qual se
cuda em dois fa^ôres de resistência ao
volvem as nações esperançadas de fugir _ i
à U. R. S. S. depois da
não c,
A ^
guerra: províncias orientais da Polônia, Lituiinia, Letô^
nia, Estônia, Bcssarábia, Bucovina do Norte, Ucroi-
na subcarpática, a parte norte da Prússia oriental, a
em terrenos cm que é niro
V*
trora cubiçava Constantinopla c estencUa os tentáculos até o Pacífico.
Garélia
não surgirem alianças e cumplicidades ocultas, por via das quais a conquista Se executa apó.s impressio
fineza,
Petsano,
Tann ou Touva, a Sakalina do Sul e as Kourikas. Somem-se a ôsse imenso
acréscimo territorial as de mocracias populares , nas quais o comunismo venceu
nante -trabalho de penetra
ção, por vêzes tão hábil e silencioso que, quando ex plode, sobrevém em cará- ^
à custa de habilíssimas ci
ter quase fulminante e irresistível. E uma outra forma de "blitzkrieg",^ precedida de conjuras quase imperceptíveis. É a tática do golpe vibrado ao "calcar um
ladas eleitorais e dos golpes descritos, e
para aniquilar as resistências e desani
que são as seguinte^: Polônia, Tchecos lováquia, Hungria, Runiânia, Bulgária e Iugoslávia, sendo que neste último pais parece haver alguns desentendimentos a regular entre Moscou e o General Tito, a menos que seja isso mais uma tática
mar as'veleidades de reagir,
para ludibriar os ingênuos.
botão", visto haver sido preparada se gundo O.S ensinamentos mais perfeitos Assim se
deu na Tchecoslováquia, onde a técni ca foi aplicada modelarmente e determi
O que há a constatar é que essas "de mocracias populares", dirigidas por go
nou a morte de homens do valor de
vernos mais ou menos títeres, seguem
Benes e Masaryk, colhidos nas malhas de uma conspiração que anulou os líde
obedientemente as bases ideológicas da Rússia e nroclamam em seus programas.
10
laboraçâo soviética, a fim de instituir no futuro a paz entre os povos e eli
Dicesto EcoNÓNnco
avanço do "oriente": a doutrina Tniman
minar da sociedade internacional os vírus
Pela primeira, a Casa Branca concla
mou OS povos livrc.s a objetivarem uma
rialismo.
ação comum de defesa contra o tran.sbor-
Sc- Os fatos não vierem ratificar as
damento soviético e tomou-se fíadora
esperanças dos idealistas, a culpa não
cabe às nações democráticas. E entre
da independência de viirios povos, a ponto de coní5Ídcrar-lhes as respectivas
elas, numa hora profundamente dramá
fronteiras nacionais como a linlia invio
tica, asoiltam os Estados Unidos, sobre
lável da própria .segurança americana.Quanto ao Plano Mar.sliall, lançado em Harvarcl a 5 dc junho de 1947, teve por objeto precipuo organizar paulatina
rcsponsabi idades da história contemporâ nea.
à tutc'a ou taK e/ à conquista dc Moscou, conquista .sol)rc'nu)do 'facilitada pcln falo dc o marxismo, auxiliado por fortes propul.sões suliversivas, deparar cíim maio res probairllidadcs dc iiuadir o conta
e o Plano Marshall.
da agressividade sistemática e do impe
os quais pesam as mais transcendentes
Dioesto Econômico
res democráticos de maior talento e en-
\-ergaduru n\oral. Manobras envolventes e penetrações
ramificadas nos órgãos vitais de um país
jugulam todas as facu'dades do defesa
minar os outros do que de ser contrabu-
das democracias atacadas e incorporam
tido pcla.s idéias opostas. Porque c inegável que mio se encon
ao bloco "oriental" países inteiros.' ul-
tram face
face poderes em condições
iguais dc se afrontarem no campo da luta. A força suplementar de Moscou,
abrigada atrás dc "nnm cortina do ferro",
Icriormente dominados pelos princípios
marxistas e pelos processos educativos e do produção da União Soviética.
Que tais métodos são rendosos, mos tra-o a lista dos países sucessivamente
mente a auto-suficiuncia das nações de
reside na faculdade dc niinar os adver-
abocanhados pelo colosso soviético, digno
mocráticas da Europa, mediante um pro grama dc reabilitação econômica compu
continuador do urso moscovita que ou-
tado em centena.s de bilhões de dólares.
ssirios por meio de uma técnica oficicntíssima, manobrada por agentes qiie atuam geralmente c-ni terreno bastante
referência às forças econômicas, apa
Ora. do choque da iclco'ogia lenino-
permeável às idéias comunistas. A quin-
Em conquista franca foram anexadas
recem como a única fonte de recupera ção da normalidade.
mar.xista com a concepção ocidental de
ta-coluna marxist-a
democracia, vem resultando.uma situa
como a nazista, um invasor
ção extremamente grave, prcnhe do con
que Se insinua num meio em grande maioria hostil. O contágio social do mar xismo opera, via de regra,
Em face dos seus co-associados tam
bém vencedores na guerra contra o na zismo, os Estados Unidos, além de uma
•posição de excepcional privilégio cora
O Império Britânico sacrificou um po
derio secular para sobreviver. Revelou e continua a revelar notável robustez de
flitos e divergências que impossibilitam
a formação daquele "mundo só" ao qual
SC referira Wendell Wülkie. A ausên cia de acordo entre Moscou e as demo edifício da era vitoriana, que se imagi nava capaz de desafiar os tempos. ,0 cracias cria um , mundo dual, muito resto da Europa, mesmo empenhando es • mais perigoso que se fôssc cheio de va forços imensos para reerguer-se, luta não riantes político-sociais. Essa bipartição só contra os vestígios da guerra como ideológica conduz incvitàvelmente aa para defender-se das agitações internas "impasse" insanávtíl, onde .será precisa uma ca'rna evangélica para contornar a que retardam a conva!e.scença. O pior na situação que se criou é solução irremediável da conflagração ^ que a Europa, perdida a unidade de universal n.° 3. Nesta emergência,, cujos perigos é es civilização que possuía antes da guerra, caráter, mas deixou de ser o portentoso
se acha dividida e separada por dois
princípios opostos, de modo que uma parte, denominada a "Ocidental , e a que sustenta as idéias, a essência filosó fica e o ritmo de vida compatíveis com
cusado esconder, os Estados Unidos re-
prc-seutam um centro de ação e resis tência com tal ascendência técnica o
econômica sôbre os outros países, que não há remédio senão solicitar-lhes que
o programa "democrático da América. assumam a posição de árbitros e proteto Pois essa Europa, agregada a alguns res do princípio ocidental.
Outros países dos demais continentes, forma o conjunto francamente liderado
E, por enquanto, vêm ôles desempe nhando tal função e formando o pólo
pelos Estados Unidos, que hoje se es
moral, social e econômico para o qual se
cuda em dois fa^ôres de resistência ao
volvem as nações esperançadas de fugir _ i
à U. R. S. S. depois da
não c,
A ^
guerra: províncias orientais da Polônia, Lituiinia, Letô^
nia, Estônia, Bcssarábia, Bucovina do Norte, Ucroi-
na subcarpática, a parte norte da Prússia oriental, a
em terrenos cm que é niro
V*
trora cubiçava Constantinopla c estencUa os tentáculos até o Pacífico.
Garélia
não surgirem alianças e cumplicidades ocultas, por via das quais a conquista Se executa apó.s impressio
fineza,
Petsano,
Tann ou Touva, a Sakalina do Sul e as Kourikas. Somem-se a ôsse imenso
acréscimo territorial as de mocracias populares , nas quais o comunismo venceu
nante -trabalho de penetra
ção, por vêzes tão hábil e silencioso que, quando ex plode, sobrevém em cará- ^
à custa de habilíssimas ci
ter quase fulminante e irresistível. E uma outra forma de "blitzkrieg",^ precedida de conjuras quase imperceptíveis. É a tática do golpe vibrado ao "calcar um
ladas eleitorais e dos golpes descritos, e
para aniquilar as resistências e desani
que são as seguinte^: Polônia, Tchecos lováquia, Hungria, Runiânia, Bulgária e Iugoslávia, sendo que neste último pais parece haver alguns desentendimentos a regular entre Moscou e o General Tito, a menos que seja isso mais uma tática
mar as'veleidades de reagir,
para ludibriar os ingênuos.
botão", visto haver sido preparada se gundo O.S ensinamentos mais perfeitos Assim se
deu na Tchecoslováquia, onde a técni ca foi aplicada modelarmente e determi
O que há a constatar é que essas "de mocracias populares", dirigidas por go
nou a morte de homens do valor de
vernos mais ou menos títeres, seguem
Benes e Masaryk, colhidos nas malhas de uma conspiração que anulou os líde
obedientemente as bases ideológicas da Rússia e nroclamam em seus programas.
Dicesto ,Econômico DiciíSTO
12
como ocorre na Polônia, a decisão de
guardar o poder para a classe operária e militar no campo "anti-imperíalista". Os partidos que dominam nas democracias populares propóem-se a realizar o Esta do socialista e a liqüidar progressiva mente os elementos capitalistas da eco
bito pensar na Europa como moribunda
assuntos comuns aos povos associados.
ou doente sem cspcçança. Mas os fatos
insistindo para a própria reconciliação francíí-germàniea e denunciando nos
desmentem esse falso conceito. Estamos
Estados Unidos as atitudes renitentes e
diante de uni território de cèrea de 270 milhões de almas, altamente indus-
união européia firmada dentro dos qua
trioso, com uma herança de educação
dros das Nações Unidas, afiguraya-se ao eminente líder britânico impossível sal
Era o órgão mais indicado para curar um inundo abalado c ferido pela guer ra. E manda a justiça consignar a pri-
macial participação dos Estados Unidos numa obra onde se combinam harmonio
samente o espírito filantrópico o o senso prático dos americanos. Mais do que de frases e discursos, neccssitavaní os
povos de mercadorias e mantimcntos em
forças de classes na escala internacio
quantidade aprecíávc!. Privados de teto,
nal".
vestuário, alimentos e instrumentos de
trabalho, os povos castigados pela guerra
tamente o propósito de coonestar os obje
receberam dos Estados Unidos," a breve
tivos da União Soviética, intento em
lapso e com a presteza necessária, os
diametral antagonismo com os ideais
elementos imprescindíveis para dar im
res, consideradas satéMtes de Moscou,
apelidam por seu turno de campo ímperialista os países que optam pelas quatro liberdades de Roosevelt.
Eis um mundo, evidentemente, que ainda não realizou a concórdia que se esperava a bem da paz, e que até parece conduzir a uma desastrosa falência as
ilusões dos mais enraizados pacifistas. Hs * *
Não obstante o lamentável antagonis mo entre o mundo oriental e o ocidental, subsistem razões de confiança e otimis
mo, se considerarmos por outro lado os
esforços empreendidos para aplainar as causas de conflitos e resolver num plano
internacional os grandes problemas do momento, técnicos, políticos e sociais.
Sob essa concepção é que foi ideada e
Internacional de Reconstrução: "Ê há
sário da Alemanha ao tempo do nazi.smo, foi o estadista europcti que mais propugnou o p^ano da federação européia,
uma justa e eqüitativa compreensão cios
por um ministro polonês: "A democra cia popular é uma forma específica de poder revo'ucionário, nascida de novas condições históricas de nossa época; ela é e.xpressáo de uma nova relação das
americanos, pois as democracias popula
mara de Comércio de Filadélfia pelo -sr. John J. McCloy, presidente do Banco
Woodrow Wilson c que tem por fim substituir as conipetiçõe.s agressivas por
nomia. Tomemos a definição formulada
Não c possível confessar mais aber
13
Econômico
pulso à restauração econômica. Países que pareciam inteiramente desmantela dos e mesmo desvita'izados, acusaram
admirável poder recuperativo, como a
França, a Bélgica, a Holanda, a Itália.
E maior é o mérito desse rcerguimento, .sabendo-se que êle se processou em meio
de crises políticas e perturbações sociais em que não faltaram excessos de toda a
1
sem paralelo no inundo c com uma téc nica produtiva apenas superada, se o fòr, pelos Estados Unidos. Es.sas 270
de muitos entraves que paralisam as per-
'uma cultura rica e outros grandes fato
res imponderáveis que marcam o seu progresso .
Essa velha Europa, velha mas sempre
rejuvenescida com singular vitalidade, ao mesmo tempo museu dc arte o oficina das última.s descobertas da técnica, per cebo liavor chegado u hora de formar uma união federativa para não perecer.
Depreende-se de certas conferências políticas e de muitas sugestões larga mente propagadas na imprensa o em cír culos intelectuais muito seletos, que pas
sou a época das antigas divisões nacio-
ções funestas. Só uma fórmula sincera
os recursos e a inteMgência de uma civi
Nações Unidas), entidade que fêz re nascer com maiores atribuições a pri meira Liga das Nações proposta por
lização antiga e cheia de espiritualidade. Cabe aqui citar as seguintes palavras, tão apropriadamente proferidas na Câ-
Espontaneamente, premida pelo ins tinto dc conservação, a Europa recorreu
aos acordos regionais, a fim de liberar-se
trora tão feliz que os saudosistas dos tempos anteriores à primeira guerra mundial a êle se referem como a um "paraíso perdido", procura emergir das ruínas e dominar a exaustão econômica
funciona a O. N. U. (Organização das
var n civilização continontab
liberdade pessoal o govérno parlamentar,
fôssem os pavticuiarisinos europeus, sob
desconcertam, a Europa demonstra um heroísmo admirável para fazer frutificar
Sem essa
mi'hõcs dc almas possuem um ativo de valor incalculável cm suas tradições de
natureza, inc'usive sabotagens estimula das por fôrças externas. A Europa, por conseguinte, não se afundou no caos. Êsse continente, ou-
legada pela conflagração. O certo é que, através de provações e meandros que
maquiavélicas dos So\'icts.
nahstas.
Por mais interessantes que
o aspecto social e cultural, não podem hoje perdurar separaçüe.s políticas que engendraram tantas rivalidades e ambi de aproximação e solidariedade será ca paz do promover a síntese européia e resguardar uma obra mi'enária que vei culou até os nossos dias a flama espiritual da Grécia e dè^Roma.
No Pacto dos Cinco, em Bruxelas, na Conferência dos Dezesseis, assistimos aos
primeiros atos concretos de uma cons ciência européia. Wínston ChurcliiU, inexorável adver
mutas e o intercâmbio econômico e eu -
tural. E todos êsses pactos bilaterais, abrangendo oportunas concessões a ua neiras^ como o de "Benelu.x", constituem
o primeiro passo para ativar a circulação da riqueza européia e forjar sòlidamen e os vínculos do bloco ocidental.
Sentem-se, pelo vulto dessa tarefa re construtiva, os efeitos extraordinariamen te benéficos da O. N. U. Essa entidade,
segundo salientou o seu presidente, sr. TiVgve Lie. "converteu-se na unica tor ça que mantém a coesão do mundo con tra as tensões e conflitos que se es orçam
por dividi-lo. De fato, os órgãos a O. N. U. constituem, hoje em dia, virtua'mente os únicos lugares onde man tém contacto e discussões regulares s bre uma base contínua. ••
E, com efeito, para bom avaliar quan to a magna assembléia contribui para proteger o equilíbrio intemaciona, as
taria imaginar o que adviria se nao e.xis tisso presentemente êsse campo e n tendimento coletivo e êsse po er mo e
rador, quando não h4, p" um recanto do globo em que nao se
registre^ conflitos e revo tas tendentes
a assumir proporções calamitosas. Mmtas revoluções propagariam as suas c a-
Dicesto ,Econômico DiciíSTO
12
como ocorre na Polônia, a decisão de
guardar o poder para a classe operária e militar no campo "anti-imperíalista". Os partidos que dominam nas democracias populares propóem-se a realizar o Esta do socialista e a liqüidar progressiva mente os elementos capitalistas da eco
bito pensar na Europa como moribunda
assuntos comuns aos povos associados.
ou doente sem cspcçança. Mas os fatos
insistindo para a própria reconciliação francíí-germàniea e denunciando nos
desmentem esse falso conceito. Estamos
Estados Unidos as atitudes renitentes e
diante de uni território de cèrea de 270 milhões de almas, altamente indus-
união européia firmada dentro dos qua
trioso, com uma herança de educação
dros das Nações Unidas, afiguraya-se ao eminente líder britânico impossível sal
Era o órgão mais indicado para curar um inundo abalado c ferido pela guer ra. E manda a justiça consignar a pri-
macial participação dos Estados Unidos numa obra onde se combinam harmonio
samente o espírito filantrópico o o senso prático dos americanos. Mais do que de frases e discursos, neccssitavaní os
povos de mercadorias e mantimcntos em
forças de classes na escala internacio
quantidade aprecíávc!. Privados de teto,
nal".
vestuário, alimentos e instrumentos de
trabalho, os povos castigados pela guerra
tamente o propósito de coonestar os obje
receberam dos Estados Unidos," a breve
tivos da União Soviética, intento em
lapso e com a presteza necessária, os
diametral antagonismo com os ideais
elementos imprescindíveis para dar im
res, consideradas satéMtes de Moscou,
apelidam por seu turno de campo ímperialista os países que optam pelas quatro liberdades de Roosevelt.
Eis um mundo, evidentemente, que ainda não realizou a concórdia que se esperava a bem da paz, e que até parece conduzir a uma desastrosa falência as
ilusões dos mais enraizados pacifistas. Hs * *
Não obstante o lamentável antagonis mo entre o mundo oriental e o ocidental, subsistem razões de confiança e otimis
mo, se considerarmos por outro lado os
esforços empreendidos para aplainar as causas de conflitos e resolver num plano
internacional os grandes problemas do momento, técnicos, políticos e sociais.
Sob essa concepção é que foi ideada e
Internacional de Reconstrução: "Ê há
sário da Alemanha ao tempo do nazi.smo, foi o estadista europcti que mais propugnou o p^ano da federação européia,
uma justa e eqüitativa compreensão cios
por um ministro polonês: "A democra cia popular é uma forma específica de poder revo'ucionário, nascida de novas condições históricas de nossa época; ela é e.xpressáo de uma nova relação das
americanos, pois as democracias popula
mara de Comércio de Filadélfia pelo -sr. John J. McCloy, presidente do Banco
Woodrow Wilson c que tem por fim substituir as conipetiçõe.s agressivas por
nomia. Tomemos a definição formulada
Não c possível confessar mais aber
13
Econômico
pulso à restauração econômica. Países que pareciam inteiramente desmantela dos e mesmo desvita'izados, acusaram
admirável poder recuperativo, como a
França, a Bélgica, a Holanda, a Itália.
E maior é o mérito desse rcerguimento, .sabendo-se que êle se processou em meio
de crises políticas e perturbações sociais em que não faltaram excessos de toda a
1
sem paralelo no inundo c com uma téc nica produtiva apenas superada, se o fòr, pelos Estados Unidos. Es.sas 270
de muitos entraves que paralisam as per-
'uma cultura rica e outros grandes fato
res imponderáveis que marcam o seu progresso .
Essa velha Europa, velha mas sempre
rejuvenescida com singular vitalidade, ao mesmo tempo museu dc arte o oficina das última.s descobertas da técnica, per cebo liavor chegado u hora de formar uma união federativa para não perecer.
Depreende-se de certas conferências políticas e de muitas sugestões larga mente propagadas na imprensa o em cír culos intelectuais muito seletos, que pas
sou a época das antigas divisões nacio-
ções funestas. Só uma fórmula sincera
os recursos e a inteMgência de uma civi
Nações Unidas), entidade que fêz re nascer com maiores atribuições a pri meira Liga das Nações proposta por
lização antiga e cheia de espiritualidade. Cabe aqui citar as seguintes palavras, tão apropriadamente proferidas na Câ-
Espontaneamente, premida pelo ins tinto dc conservação, a Europa recorreu
aos acordos regionais, a fim de liberar-se
trora tão feliz que os saudosistas dos tempos anteriores à primeira guerra mundial a êle se referem como a um "paraíso perdido", procura emergir das ruínas e dominar a exaustão econômica
funciona a O. N. U. (Organização das
var n civilização continontab
liberdade pessoal o govérno parlamentar,
fôssem os pavticuiarisinos europeus, sob
desconcertam, a Europa demonstra um heroísmo admirável para fazer frutificar
Sem essa
mi'hõcs dc almas possuem um ativo de valor incalculável cm suas tradições de
natureza, inc'usive sabotagens estimula das por fôrças externas. A Europa, por conseguinte, não se afundou no caos. Êsse continente, ou-
legada pela conflagração. O certo é que, através de provações e meandros que
maquiavélicas dos So\'icts.
nahstas.
Por mais interessantes que
o aspecto social e cultural, não podem hoje perdurar separaçüe.s políticas que engendraram tantas rivalidades e ambi de aproximação e solidariedade será ca paz do promover a síntese européia e resguardar uma obra mi'enária que vei culou até os nossos dias a flama espiritual da Grécia e dè^Roma.
No Pacto dos Cinco, em Bruxelas, na Conferência dos Dezesseis, assistimos aos
primeiros atos concretos de uma cons ciência européia. Wínston ChurcliiU, inexorável adver
mutas e o intercâmbio econômico e eu -
tural. E todos êsses pactos bilaterais, abrangendo oportunas concessões a ua neiras^ como o de "Benelu.x", constituem
o primeiro passo para ativar a circulação da riqueza européia e forjar sòlidamen e os vínculos do bloco ocidental.
Sentem-se, pelo vulto dessa tarefa re construtiva, os efeitos extraordinariamen te benéficos da O. N. U. Essa entidade,
segundo salientou o seu presidente, sr. TiVgve Lie. "converteu-se na unica tor ça que mantém a coesão do mundo con tra as tensões e conflitos que se es orçam
por dividi-lo. De fato, os órgãos a O. N. U. constituem, hoje em dia, virtua'mente os únicos lugares onde man tém contacto e discussões regulares s bre uma base contínua. ••
E, com efeito, para bom avaliar quan to a magna assembléia contribui para proteger o equilíbrio intemaciona, as
taria imaginar o que adviria se nao e.xis tisso presentemente êsse campo e n tendimento coletivo e êsse po er mo e
rador, quando não h4, p" um recanto do globo em que nao se
registre^ conflitos e revo tas tendentes
a assumir proporções calamitosas. Mmtas revoluções propagariam as suas c a-
DICKSTO lÜCONÓMlCO
14
guerras, como a da Indonésia, atuariam
empréstimos e financiamentos, clepenclom primacia mente da boa vontade dos Es
como fagulhas de vastos incêndios in
tados Unidos.
ternacionais, náo fôra a presença de um órgão em que ecoam, como num par
Já vimos que na fase in»e<liatarncnte subseqüente à paz, ao se dar um ba lanço nav ruína.s da guerra e no colapso ' moral das populaçõci ocupadas pelas
nias pelos países vizinhos, e muitas
lamento ou num pretório super-nacional, as queixas c os apelos a justiça de todos os povos.
Haverá fato mais auspicioso que a Declaração Universal dos Direitos Hu manos e o convênio condenando defini
tivamente o crime de "genocídio", ou seja a bárbara supressão de grupos in
fôrças nazistas, só o rápido auxílio ame ricano evitou as complicaçõ; s e os de sastre;; de uma subsersão comunista. A
impuisão inicial du recdifícação da Eriropa fêz-.sc á custn doi créditos, dos alimentos e do material provindos da
teiros pertencentes a uma determinada
América.
raça?
principiaram a manifestar-se agudas clis-. cordâncias com a Riissia, surgiu o Plano
Temos aí uma codificação de precei
E, mais tarde, assim que
tos que extirpam a semente de cruelda
Marshall como tonificador da democra
des e fanatismos culpados de crFmes
cia e arrinio dos parttdo.s por igual dis tanciados do comunismo e dos golpes
atrozes em muitos e muitos séculos de história.
^ Exaltar as normas de solidariedade ' humana, dignificar numa lei cuper-nacional franquias e proteções tendentes a promover o respeito a todo ser huma no, independente de sua raça e opiniões, ó uina nobre tentativa para melhorar a
sorte de centenas de milhões de, criatu ras e tomar a vida digna de ser vivida. Como não destacar o sentido de uma
lei universal que estabelece para todos
os países a obrigação de pôr a salvo de atentados e agressões as regalias funda mentais da liberdade individual e da
família, do lar, da honra e da reputação? E não somente nos instantes de cri
ses atua a O. N. U. Ela já se estruturou
em caráter de permanência como ins trumento de unificação, habilitada por
seus departamentos especializados a prestar aos povos que dela precisarem a necessária assistência técnica e financei ra.
Semelhantemente ao que sucede no
campo político, as bases econômicas, ga rantidas por um fardo considerável de
autoritários da direita.
O P!ano Marshall, tão discutido e
até combatido, salvou a Europa na hora "H" e, feitas as provas de sua eficiên
cia, preparou o caminbo para o Plano Truman, tendo por fim substituir os empréstimos governamcntai.s por um sis
tema de investimento de fundos a longo ou curto prazo, de maneira a incentivar o desenvolvimento do novas indústrias e de novas atividades comerciais nas cha madas áreas "rudimentares" do mundo. Certamente as entidades previstas para reconstruir um sistema de paz e de cooperação alcançariam bem maior êxito dentro de um clima geral de cor dialidade e de confiança, se as demo
cracias lograssem atingir o alvo deseja do pelo presidente Roosevelt. A cúpula da O. N. U. cobriria os acordos regio nais, o aju.stamento monetário em con
formidade com as normas estatuídas em Bretton Woods e o funcionamento do Banco de Fomento e Reconstrução. E é indubitável que esses organismos, esta
belecidos com sabedoria e por técnicos
15
EcoNÓNnco
de grande competência, atuariam aos
poucf).s no sentido de realizar, senão'a
unidade total, pelo monos uma relativa unificação da economia mundial c, atra vés dê.ssc intercâmbio, uma associação cada mais o.stTeita de todos os re-
gime.s c ,governos-. Posta a guerra fora da lei. facilitada a permnla das produçõc-; cssímclais o das malcrias-primas, assegurado um cqüifalivo equilíbrio das moedas, chegaríamos bom próximo da
quela atmosfera de compreensão e de paz de espírito que permitiria talvez pensar num certo grau de bem-estar e felicidade coletiva. Não era um programa utópico, nem um deMrío de poetas. Por que não po deria o mundo viver livre do peias escravízndoras e do medo? % Infcliz.mcnte, o grandioso projeto não
se procc.ssou como o sonharam os idea listas. Sendo ainda cedo para designar
os culpados dôsse malôgro, resta apenas
consignar as ocorrências com a possível imparcialidade, a fim de apurar mais tarde se somos governados por fatalida
des superiores à vontade humana ou se • paixões inferiores contribuíram para im pedir ou afastar o reino do bom enten-» dímento universal. O mundo está singularmente separa
do por barreiras de idéias, ao passo que, no domínio da ciência e da técnica, os
agentes do nosso progresso e bem-estar são exatamente os mesmos. O que agita
a humanidade é a discrepância de prin
cípios quanto ao modo de distribuir o rendimento proveniente do trabalho. Visto que uma parte do mundo dis corda da outra no tocante ao método
de repartição das riquezas, ambas, em lugar de .se completarem e de formarem um todo harmônico e cimentado pela
boa vontade recíproca, se colocaram face a face, voltando a coagir os povos a
ími sistema de p.iz armada e de armamcntismn intensi\t).
E o comêço dessa dramática situação foi muito sugestivo.
A 3 do ju'ho dc 1945, quando ostax-a a caminho de Berlim a segunda dinsao blindada americana, comandada pc o Major-Gonernl Floyd. D. ®
vangnarda dos motociclistas detida exa tamente na linha divisória da zona viétíca. Recebeu intimativamente das
tropas nissas a ordem de f.azer a to. e só depois de sete horas dc azedas iscussões é que a força americana pôde .seguir em demanda de Per im. on e chegou no dia seguinte. 4 de da independência dos Estados ni os, para içar a bandeira estrelada ao a o do navilhão da U. R- S. S. Como comentou um iomalista ameri cano que descreveu miúdampnte esse#
fatos, âs sete horas de detença foram apenas uni antegôsto dos próximos anosl
..
Dessa hora em diante, principiou
a Europa e, por conseguinte,
os povos, ura novo período de^ psicoses
e de guerras de ner\'OS ainda piores qu«
a chantagem dos nazistas, pois o espec • da bomba atômica é mais assustador qii« as ameaças do "fuehrer .
O triste é que um ambiente de apreen soes e de pânicos viola brutalmente a quarta liberdade prometida por cose velt: viver sem mêdo. Q"e adianta en
tão instalar em grande pompa a O. • criar novos postulados de,direito pu i CO e incrementar a produção do g o o, se um conflito ideológico latente po e reduzir as regiões reconstrui as a mon
tões de terras calcinadas e de mor tífera radioatividade?
Não é conccbível que se prolongue
por muito tempo a anomalia de uma se paração de idéias, causadora de uma seT
. .. -.
DICKSTO lÜCONÓMlCO
14
guerras, como a da Indonésia, atuariam
empréstimos e financiamentos, clepenclom primacia mente da boa vontade dos Es
como fagulhas de vastos incêndios in
tados Unidos.
ternacionais, náo fôra a presença de um órgão em que ecoam, como num par
Já vimos que na fase in»e<liatarncnte subseqüente à paz, ao se dar um ba lanço nav ruína.s da guerra e no colapso ' moral das populaçõci ocupadas pelas
nias pelos países vizinhos, e muitas
lamento ou num pretório super-nacional, as queixas c os apelos a justiça de todos os povos.
Haverá fato mais auspicioso que a Declaração Universal dos Direitos Hu manos e o convênio condenando defini
tivamente o crime de "genocídio", ou seja a bárbara supressão de grupos in
fôrças nazistas, só o rápido auxílio ame ricano evitou as complicaçõ; s e os de sastre;; de uma subsersão comunista. A
impuisão inicial du recdifícação da Eriropa fêz-.sc á custn doi créditos, dos alimentos e do material provindos da
teiros pertencentes a uma determinada
América.
raça?
principiaram a manifestar-se agudas clis-. cordâncias com a Riissia, surgiu o Plano
Temos aí uma codificação de precei
E, mais tarde, assim que
tos que extirpam a semente de cruelda
Marshall como tonificador da democra
des e fanatismos culpados de crFmes
cia e arrinio dos parttdo.s por igual dis tanciados do comunismo e dos golpes
atrozes em muitos e muitos séculos de história.
^ Exaltar as normas de solidariedade ' humana, dignificar numa lei cuper-nacional franquias e proteções tendentes a promover o respeito a todo ser huma no, independente de sua raça e opiniões, ó uina nobre tentativa para melhorar a
sorte de centenas de milhões de, criatu ras e tomar a vida digna de ser vivida. Como não destacar o sentido de uma
lei universal que estabelece para todos
os países a obrigação de pôr a salvo de atentados e agressões as regalias funda mentais da liberdade individual e da
família, do lar, da honra e da reputação? E não somente nos instantes de cri
ses atua a O. N. U. Ela já se estruturou
em caráter de permanência como ins trumento de unificação, habilitada por
seus departamentos especializados a prestar aos povos que dela precisarem a necessária assistência técnica e financei ra.
Semelhantemente ao que sucede no
campo político, as bases econômicas, ga rantidas por um fardo considerável de
autoritários da direita.
O P!ano Marshall, tão discutido e
até combatido, salvou a Europa na hora "H" e, feitas as provas de sua eficiên
cia, preparou o caminbo para o Plano Truman, tendo por fim substituir os empréstimos governamcntai.s por um sis
tema de investimento de fundos a longo ou curto prazo, de maneira a incentivar o desenvolvimento do novas indústrias e de novas atividades comerciais nas cha madas áreas "rudimentares" do mundo. Certamente as entidades previstas para reconstruir um sistema de paz e de cooperação alcançariam bem maior êxito dentro de um clima geral de cor dialidade e de confiança, se as demo
cracias lograssem atingir o alvo deseja do pelo presidente Roosevelt. A cúpula da O. N. U. cobriria os acordos regio nais, o aju.stamento monetário em con
formidade com as normas estatuídas em Bretton Woods e o funcionamento do Banco de Fomento e Reconstrução. E é indubitável que esses organismos, esta
belecidos com sabedoria e por técnicos
15
EcoNÓNnco
de grande competência, atuariam aos
poucf).s no sentido de realizar, senão'a
unidade total, pelo monos uma relativa unificação da economia mundial c, atra vés dê.ssc intercâmbio, uma associação cada mais o.stTeita de todos os re-
gime.s c ,governos-. Posta a guerra fora da lei. facilitada a permnla das produçõc-; cssímclais o das malcrias-primas, assegurado um cqüifalivo equilíbrio das moedas, chegaríamos bom próximo da
quela atmosfera de compreensão e de paz de espírito que permitiria talvez pensar num certo grau de bem-estar e felicidade coletiva. Não era um programa utópico, nem um deMrío de poetas. Por que não po deria o mundo viver livre do peias escravízndoras e do medo? % Infcliz.mcnte, o grandioso projeto não
se procc.ssou como o sonharam os idea listas. Sendo ainda cedo para designar
os culpados dôsse malôgro, resta apenas
consignar as ocorrências com a possível imparcialidade, a fim de apurar mais tarde se somos governados por fatalida
des superiores à vontade humana ou se • paixões inferiores contribuíram para im pedir ou afastar o reino do bom enten-» dímento universal. O mundo está singularmente separa
do por barreiras de idéias, ao passo que, no domínio da ciência e da técnica, os
agentes do nosso progresso e bem-estar são exatamente os mesmos. O que agita
a humanidade é a discrepância de prin
cípios quanto ao modo de distribuir o rendimento proveniente do trabalho. Visto que uma parte do mundo dis corda da outra no tocante ao método
de repartição das riquezas, ambas, em lugar de .se completarem e de formarem um todo harmônico e cimentado pela
boa vontade recíproca, se colocaram face a face, voltando a coagir os povos a
ími sistema de p.iz armada e de armamcntismn intensi\t).
E o comêço dessa dramática situação foi muito sugestivo.
A 3 do ju'ho dc 1945, quando ostax-a a caminho de Berlim a segunda dinsao blindada americana, comandada pc o Major-Gonernl Floyd. D. ®
vangnarda dos motociclistas detida exa tamente na linha divisória da zona viétíca. Recebeu intimativamente das
tropas nissas a ordem de f.azer a to. e só depois de sete horas dc azedas iscussões é que a força americana pôde .seguir em demanda de Per im. on e chegou no dia seguinte. 4 de da independência dos Estados ni os, para içar a bandeira estrelada ao a o do navilhão da U. R- S. S. Como comentou um iomalista ameri cano que descreveu miúdampnte esse#
fatos, âs sete horas de detença foram apenas uni antegôsto dos próximos anosl
..
Dessa hora em diante, principiou
a Europa e, por conseguinte,
os povos, ura novo período de^ psicoses
e de guerras de ner\'OS ainda piores qu«
a chantagem dos nazistas, pois o espec • da bomba atômica é mais assustador qii« as ameaças do "fuehrer .
O triste é que um ambiente de apreen soes e de pânicos viola brutalmente a quarta liberdade prometida por cose velt: viver sem mêdo. Q"e adianta en
tão instalar em grande pompa a O. • criar novos postulados de,direito pu i CO e incrementar a produção do g o o, se um conflito ideológico latente po e reduzir as regiões reconstrui as a mon
tões de terras calcinadas e de mor tífera radioatividade?
Não é conccbível que se prolongue
por muito tempo a anomalia de uma se paração de idéias, causadora de uma seT
. .. -.
•TT'
Dicksto
16
EcoNÓNnco
paração estratégica, depois da qual se
cisão de reagir contra o mundo fechado
teme a guerra total. como a denominam, foi e, neste ano de
e hostil que despreza a.s concepç-ões alheia.s c estabelece as relações diplomá tica:: na ba.se da frieza e da ropuLsa à
1949, continua a ser a capital alemã,
cordialidade.
O campo de batallia dessa guerra fria,
Truman fa'nii da União
Ber im, a cidade simbólica de uma di
Soviética, em março de 1948. conio nem
visão quadripartida, sobreposta à divi
Hítier a ela .se referiu antc.s dc atacá-la. Apontando e donimclanclo com vee
são fundamental entre o Ocidente e o Oriente.
Barreiras no meio de uma cidade,
TT*
17
Digesto Econômico
a poder dc assaltos repentinos, c que
vcnda.s de energia elétrica se elevarão,
muitos espíritos prccaxádos e absoluta-
do.s 200 milhões de kilowats de 1947, a 400 milhões em 1957. Um índice bem
* mente insuspeitos do bclicismo ou de sub.sor\'it'ncia ao capitali.smo estão acei
marcante da atualidade é o comércio de
tando a tese dc que "para preser\'ar a paz, dcve-sc arriscar a guerra".
aparelhos de lele\ isão, que alcançará a
ü: ^
mência as manobras russas, o sr. Truman
Focalizemos, no meio de uma cole
proclamou a necessidade do agir sem
tividade humana combalida por uma es
demora, sublinhando que "ó mais sábio
trofes, concepções contrárias e hostis a
agir que vacilar, e se a ação comporta
pantosa catástrofe e dominada por tan tos prob'cinas conjuntos, a situação dos
poucos passos de distância, eis realmen
riscos, há mais risco em não saber a^ir".
Estados Unidos.
te uma contristadora imagem do mundo
O chefe do governo americano ainda
À primeira vista, em contraste com as
melhor que se anunciou durante cinco
reclamou "um esforço rea'isla para con seguir a paz", o que denotou insofismà-
demais nações, a República americana
moedas diferentes em duas zonas limí
anos de guerra.
Mas nesse ponto nevrálgico de Berlim,
do qual se originaram debates diplomá ticos tão ásperos, marcados pelo veto
constante e obslrutivo.da Rús.sia, de par com as descortesias de delegados da es
cola de Molotov e de Vishinsky, surgiu uma resistência inesperada e enérgica,
pela qual a intransigência democrática
velmente a deliberação de não permitir um ensaio do estilo de Munich.
•Aliás, na questão da Grécia, o chefe
do executivo ianque não hesitou cm ope rar uma verdadeira intervenção militar
um milluio no corrente ano de 1949, en
quanto que na América Latina, por exem plo, ainda não funciona uma só estação telexrisora.
No início .dc 1949 um acontecimento
de grande significação assinalou ainda mais o papel dos Estados Unidos na de fesa e restauração do mundo que agora
podemos chamar "ocidental". Tmta-se
alcançou um plano ínigualado de pro.speridade e produção. Bateu o recorde
da reeleição do presidente Truman, sur
do todas as cifras anteriores quanto ao potencial agrícola e industrial e figura como o celeiro máximo do g'obo e a
mentos de pesquisas e de cálcu.os. Se-
mais pujante oficina técnica dc que
direta na península helênica, campo de
houve notícia. Em novembro de 1948 re-
'utas selvagens e teatro do gucrrillias
gístra-sc uin auge de produção, com 59
intermináveis que custam niilhõc.s de
presa que desnorteou os observadores profissionais, munidos de todos os ele melliante fato serve para mostrar a ma-
nidadc das previsões e é um dos muitos índices de que vivemos numa época de transtornos inverossímeis, dèsses que con denam ao malogro os videntes m-ais pre tensiosos e desmoralizam os augunos e
dólares aos cofres de Washington, além
lência soviética.
de uma impaciência igual a uma 'guerra
milhões de empregados, o que acusa o índice 189 em relação à base 100, to mada pelos anos medeando entre 1935
os órgãos como o "Gallup , especia iza
Os generais vermelhos, fiéis às ordens do Kremlim, tentaram incbiir Berlim na
de nervos.
e 1939.
Perante tantas perturbações, os paci fistas desanimam, enquanto os partidos
dos em sondar o futuro e alumiar as ro tas da opinião pública.
de larga divulgação, "na paz como na
extremistas, hàbilmenle conduzidos, es palham que a oposição a Moscou é
guerra, produzir é uma alegria e uma necessidade para os americanos. É a
se opôs em tempo à obstinação e à vio
região misteriosa sita atrás da famige rada "cortina de ferro", mas a aviação americana, por ordem do governo de Washington, transpôs os obstáculos ter
_ Como assevera uma conhecida revista
Dentro do jogo dos seus dois partidos •
tradicionais, já que mais uma vez a lhou o tentame de lançar um
movida pelos imperialistas. É a lingua gem que os chefes comunísta.s empregam
sua forma predileta de auto-cxprcssão".
redor de Berlim, última comunicação
contra o Plano Marshall e contra todos com o mimdo democrático que teria, .os atos do Departamento de Estado. sem isso, morrido definitivamente para Manda o bom-senso evitar que se fale os berlinenses. em guerra e manda a dignidade huma
que os Estados Unidos estão à testa de
Desses incidentes consecutivos e bru
na repelir a idéia infame do uma guerra
tais nasceu a doutrina Truman. O pre
preventiva. Devem ser cuidadosamente
todos os povos como prpdutores, con sumidores, banqueiros-, investidores de capitais. Em tempo algum calhou-lhes melhor a expressão .do superlativo tão usada entre os "yankees": "The largest in the World", o maior do mundo. Com 1/16 da população do globo,
E' uma lição que merece ser bem su blinhada, dado que o candidato, ao en
conforriie declarou o sr. Harl S. Stassen,
trar na liça para enfrentar o
restres c sustentou a linha aérea do cor
sidente americano, apesar das campa
vigiadas as manobras provocativas ve
nhas de fazer concessões a todo o preço
nham de onde vierem, mas, sob o pre
promovidas por Henry Wallace, não en
texto de abrandar as fúrias da Rússia,
veredou pelo rumo da timidez e dos re
seria muita ingenuidade permitir mais golpes fulminantes. Devido ao temor desse expansionismo soviético, efetuado
cuos por mêdo da guerra. Truman, antes de ser reeleito, demonstrou a de
E os a'garismos mostram, á evidência,
os americanos produzem 1/3 dos artigos oferecidos no mercado mundial.
E, de
acordo com,as previsões e estimativas da General Electric e da Westinghouse, as
partido nos Estados Unidos, o si « popular consagrou um homem m i »
modesto, cognominado "o pequeno ar ry" pelas massas e que venceu magis a mente um pleito em que entrou con a a hostilidade das maiores fôrças pubü^ tárias e foi considerado vencido sem remissão...
,
,
pitalismo. se apoiou nuni P^^^ido dem^
crático fragmentado e não ttepi
tocar num ponto nielindrosiss^o, q a questão racista do sul. Equipar
•TT'
Dicksto
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EcoNÓNnco
paração estratégica, depois da qual se
cisão de reagir contra o mundo fechado
teme a guerra total. como a denominam, foi e, neste ano de
e hostil que despreza a.s concepç-ões alheia.s c estabelece as relações diplomá tica:: na ba.se da frieza e da ropuLsa à
1949, continua a ser a capital alemã,
cordialidade.
O campo de batallia dessa guerra fria,
Truman fa'nii da União
Ber im, a cidade simbólica de uma di
Soviética, em março de 1948. conio nem
visão quadripartida, sobreposta à divi
Hítier a ela .se referiu antc.s dc atacá-la. Apontando e donimclanclo com vee
são fundamental entre o Ocidente e o Oriente.
Barreiras no meio de uma cidade,
TT*
17
Digesto Econômico
a poder dc assaltos repentinos, c que
vcnda.s de energia elétrica se elevarão,
muitos espíritos prccaxádos e absoluta-
do.s 200 milhões de kilowats de 1947, a 400 milhões em 1957. Um índice bem
* mente insuspeitos do bclicismo ou de sub.sor\'it'ncia ao capitali.smo estão acei
marcante da atualidade é o comércio de
tando a tese dc que "para preser\'ar a paz, dcve-sc arriscar a guerra".
aparelhos de lele\ isão, que alcançará a
ü: ^
mência as manobras russas, o sr. Truman
Focalizemos, no meio de uma cole
proclamou a necessidade do agir sem
tividade humana combalida por uma es
demora, sublinhando que "ó mais sábio
trofes, concepções contrárias e hostis a
agir que vacilar, e se a ação comporta
pantosa catástrofe e dominada por tan tos prob'cinas conjuntos, a situação dos
poucos passos de distância, eis realmen
riscos, há mais risco em não saber a^ir".
Estados Unidos.
te uma contristadora imagem do mundo
O chefe do governo americano ainda
À primeira vista, em contraste com as
melhor que se anunciou durante cinco
reclamou "um esforço rea'isla para con seguir a paz", o que denotou insofismà-
demais nações, a República americana
moedas diferentes em duas zonas limí
anos de guerra.
Mas nesse ponto nevrálgico de Berlim,
do qual se originaram debates diplomá ticos tão ásperos, marcados pelo veto
constante e obslrutivo.da Rús.sia, de par com as descortesias de delegados da es
cola de Molotov e de Vishinsky, surgiu uma resistência inesperada e enérgica,
pela qual a intransigência democrática
velmente a deliberação de não permitir um ensaio do estilo de Munich.
•Aliás, na questão da Grécia, o chefe
do executivo ianque não hesitou cm ope rar uma verdadeira intervenção militar
um milluio no corrente ano de 1949, en
quanto que na América Latina, por exem plo, ainda não funciona uma só estação telexrisora.
No início .dc 1949 um acontecimento
de grande significação assinalou ainda mais o papel dos Estados Unidos na de fesa e restauração do mundo que agora
podemos chamar "ocidental". Tmta-se
alcançou um plano ínigualado de pro.speridade e produção. Bateu o recorde
da reeleição do presidente Truman, sur
do todas as cifras anteriores quanto ao potencial agrícola e industrial e figura como o celeiro máximo do g'obo e a
mentos de pesquisas e de cálcu.os. Se-
mais pujante oficina técnica dc que
direta na península helênica, campo de
houve notícia. Em novembro de 1948 re-
'utas selvagens e teatro do gucrrillias
gístra-sc uin auge de produção, com 59
intermináveis que custam niilhõc.s de
presa que desnorteou os observadores profissionais, munidos de todos os ele melliante fato serve para mostrar a ma-
nidadc das previsões e é um dos muitos índices de que vivemos numa época de transtornos inverossímeis, dèsses que con denam ao malogro os videntes m-ais pre tensiosos e desmoralizam os augunos e
dólares aos cofres de Washington, além
lência soviética.
de uma impaciência igual a uma 'guerra
milhões de empregados, o que acusa o índice 189 em relação à base 100, to mada pelos anos medeando entre 1935
os órgãos como o "Gallup , especia iza
Os generais vermelhos, fiéis às ordens do Kremlim, tentaram incbiir Berlim na
de nervos.
e 1939.
Perante tantas perturbações, os paci fistas desanimam, enquanto os partidos
dos em sondar o futuro e alumiar as ro tas da opinião pública.
de larga divulgação, "na paz como na
extremistas, hàbilmenle conduzidos, es palham que a oposição a Moscou é
guerra, produzir é uma alegria e uma necessidade para os americanos. É a
se opôs em tempo à obstinação e à vio
região misteriosa sita atrás da famige rada "cortina de ferro", mas a aviação americana, por ordem do governo de Washington, transpôs os obstáculos ter
_ Como assevera uma conhecida revista
Dentro do jogo dos seus dois partidos •
tradicionais, já que mais uma vez a lhou o tentame de lançar um
movida pelos imperialistas. É a lingua gem que os chefes comunísta.s empregam
sua forma predileta de auto-cxprcssão".
redor de Berlim, última comunicação
contra o Plano Marshall e contra todos com o mimdo democrático que teria, .os atos do Departamento de Estado. sem isso, morrido definitivamente para Manda o bom-senso evitar que se fale os berlinenses. em guerra e manda a dignidade huma
que os Estados Unidos estão à testa de
Desses incidentes consecutivos e bru
na repelir a idéia infame do uma guerra
tais nasceu a doutrina Truman. O pre
preventiva. Devem ser cuidadosamente
todos os povos como prpdutores, con sumidores, banqueiros-, investidores de capitais. Em tempo algum calhou-lhes melhor a expressão .do superlativo tão usada entre os "yankees": "The largest in the World", o maior do mundo. Com 1/16 da população do globo,
E' uma lição que merece ser bem su blinhada, dado que o candidato, ao en
conforriie declarou o sr. Harl S. Stassen,
trar na liça para enfrentar o
restres c sustentou a linha aérea do cor
sidente americano, apesar das campa
vigiadas as manobras provocativas ve
nhas de fazer concessões a todo o preço
nham de onde vierem, mas, sob o pre
promovidas por Henry Wallace, não en
texto de abrandar as fúrias da Rússia,
veredou pelo rumo da timidez e dos re
seria muita ingenuidade permitir mais golpes fulminantes. Devido ao temor desse expansionismo soviético, efetuado
cuos por mêdo da guerra. Truman, antes de ser reeleito, demonstrou a de
E os a'garismos mostram, á evidência,
os americanos produzem 1/3 dos artigos oferecidos no mercado mundial.
E, de
acordo com,as previsões e estimativas da General Electric e da Westinghouse, as
partido nos Estados Unidos, o si « popular consagrou um homem m i »
modesto, cognominado "o pequeno ar ry" pelas massas e que venceu magis a mente um pleito em que entrou con a a hostilidade das maiores fôrças pubü^ tárias e foi considerado vencido sem remissão...
,
,
pitalismo. se apoiou nuni P^^^ido dem^
crático fragmentado e não ttepi
tocar num ponto nielindrosiss^o, q a questão racista do sul. Equipar
iii. i I 18
Dicesto Econónoco
brancos e negros no sul foi quase um sa crilégio, cometido de par com a audácia rec amar a revogação da lei Taft-
vel um retrocesso, tanto na ordem eco nômica como na social.
Os e'emcntos mais conservaclore.s po
Harticy, engendrada por certos reacio
dem regozijar-se com o fato de a opinião
nários muito receosos do comunismo e
americana, so'ícitada entre duas corren
ainda mais aferrados à velha supremacia patronal do capitalismo. Contra tantos fatôres desfavoráveis,
o "pequeno" Truman, quase que único propagandista de si próprio, apenas de
fendeu as franquias sindicais do opera
tes de idéias 'evemcntc diferenciadas, ter optado por uma delas, sem cair no tcorismo do terceiro partido, onde talvez so aninhasse a armadilha de Moscou.
Tome-se nota, por conseguinte, cora
satisfação e otimismo, de que, por en
riado 6 o sahirio mínimo. Pois foi de
quanto, D mecanismo político dos Esta
fendendo o homem médio e o homem
dos Unidos continua a .ser bem simples,
esquecido, de acordo com os precedentes
já que se reduz à colisão de duas fdr-
políticos de Roosevelt, que o candidato
ças periòdicamente substituídas uma por outra, justamente porque repudiam prin
üemccrático a'iciou mí hões de eleitores
o derrotou na mesma campanha os pode rosos interêsses bancários e os comunis
tas arregimentados em tôrno do sr. Wallace.
O que se deduz desses fatos é que os Estados Unidos não precisaram de modificações substanciais na vida pública para formar o b^oco majoritário que con grega o povo à volta do Govômo e consolida o pujante apareJhamento fe dera'. Resta, entretanto, a lição de uma
surpresa que pode, em outras circunstân cias, revestir aspectos mais significativos.
cípios abstratos e se voltam para os prob'emas práticos.
O perigo seria, numa conjuntura in ternacional tumultuada por tantas in
certezas, assistir a um desvio da opinião americana para o campo das ideologias. * * i{i
E que pensa a Europa Ocidental dos Estados Unjdos?
Pelo que afirmam seus políticos ho
Dicesto EcoNÓKnco
está hoje reduzida a entregar ao Estado
Henry Tliorez, que em caso de guerra
va.slus propriedades imobiliárias, de tra dição histórica, por não lhe ser possível saldar os impostos de sucessão que gra
com a Rússia o proletariado ficará ao
vam a transmissão desses patrimônios e
sia, ela se apóia na cuniia introduzida
extinguir a plutocracia no meio da qual
Tchecoslováquia e na cumplicidade eventual dos milhões de simpatizantes prontos a formar "maquis" e núcleos de resistência contra os governos cha
se recrutavam os novos lordes. O que resta do seculares legados sociais da In
glaterra ü a compostura, o respeito à lei, o patriotismo com o qual as e.x-classes privilegiadas aceitam o inelutável nivelamento das fortunas e a socialização
dos, depois da aliança militar pratica mente celebrada com a Grécia e vir
sistía no poder das gerências e das as sembléias de acionistas, está abalada
pelo projeto de tomar obrigatória a au diência dos representantes dos sindicatos nos atos administrativos que entendam com o aumento da produtividade e a re
dução do custeio das emprêsas. O ca
sentes do mundo.
Ora, embora tais declarações se-'am criticadas em certos meios sob o pretex
to de que exprimem uma inclinação de natureza esquerdista ou socialista é pre ferível interpretá-las como indicando a compreensão de que não é mais possí
dorias a serem fornecidos por meto do Fano Marshall. A começar pela Grã-Breltmha. principal associada dos Estados Unidos na guerra mundial e que vem expcutando pacificamente, sob o reg*me trabaihi''ta, uma verdadeira re volução da qual saiu p^àticamente arrui
to do Atlântico, verdadeira coalizão an-
ti-Kominform, efetuada para traçar a cintura de segurança que os americanos
consideram intransponível. A esse pacto quis a Rússia, inquieta
com o surgimento de um obstáculo tãu
essenciais.
efetivo, opor negociações diplomáticas, que foram repelidas secamente pelo De
Os outros países da Europa Ociden
Mundo, como um exemplo invejável de
do sr.
tualmente com a Turquia, decidiranà con gregar as democracias em tòmo do Pac
pital está atingido nos seus atributos
to de que não entende "congelar o statu-quo" e considera impreicindível um programa de tendências liberais, em be nhas cardiais do "New Deai
Ante tal situação, abertamente procla mada e bem conhecida, os Estados Uni
progressiva da economia privada. Até
com notável presteza, posto que a po lítica interior acuse incessantemente o desacôrdo entre os democratas e os ex
Roo-eve't, adaptado às condições pre
mados "burgueses".
a última regalia do capital, que con-
ção americana, em coteio com o Velho
Dado o curso dos eventos e as di ficuldades econômicas, ela necessita vi talmente do aPuxo de caoitais e merca
ções da quinta-coluua soviética. Quanto à posição estratégica da Rús na Europa Central cora o golpe da
nar é a declaração do presidente reelei
nefício dos cbreiros e das classes médias. Reconhecemos nessa orientação as ba
Essa declaração é peremptória e re trata, sem o menor disfarce, as inten
privadas concorre, ao mesmo tempo, a
tal dependentes dos auxílios ianques,
felicidade, abundância e otimismo.
lado do invasor vermelho.
por não suportar o ônus crescente do im posto cie renda. A nacionalização da grande indústria e dc outras emprêsas
mens de negócios e publicistas mais au torizados, a Europa encara a civiliza
Muito importante também a consig
19
vãô-se restabelecendo, como já dissemos,
tremistas partidários de Moscou. Não há Estado em que os partidos
esquerdistas nãb. impugnem o Plano
Marshall e não o descrevam como um
partamento de Estado americano e clas
sificadas como "ofensiva de paz", curio
sa expressão oportunamente empregada para mostrar que a má-fé dos russas já não engana ninguém e que sempre se suspeita estar oculto um punhal trai çoeiro na mão que êles estendem para propor, não amizade, mas uma trégua na guerra de nervos. Rispidamente, o Go-
vêrno americano rejeitou o convite para
ardil do capitalisrno ianque "ímpôsto à Europa para explorar as classes traba
o sr. Truman ir confabular em Mos
lhadoras e submetê-las ao imperialismo
de Washington". Os Soviets e seus adep
cou com Stalin, embora se formulasse o convite cortês para o ditador vermelho
tos sabotam, por conseguinte, a coope ração econômica com os Estados Unidos,
do momento no quadro das questões co
vir a Washington discutir os problemas
nada a aristocracia, detentora de antiga
e os líderes comunistas não hesitam em
letivas da O. N. U. Os Estados Unidos
fortuna senhorial. A velha aristocracia'
declarar, como o fez o da França, sr.
repeliram categoricamente qualquer pac-
iii. i I 18
Dicesto Econónoco
brancos e negros no sul foi quase um sa crilégio, cometido de par com a audácia rec amar a revogação da lei Taft-
vel um retrocesso, tanto na ordem eco nômica como na social.
Os e'emcntos mais conservaclore.s po
Harticy, engendrada por certos reacio
dem regozijar-se com o fato de a opinião
nários muito receosos do comunismo e
americana, so'ícitada entre duas corren
ainda mais aferrados à velha supremacia patronal do capitalismo. Contra tantos fatôres desfavoráveis,
o "pequeno" Truman, quase que único propagandista de si próprio, apenas de
fendeu as franquias sindicais do opera
tes de idéias 'evemcntc diferenciadas, ter optado por uma delas, sem cair no tcorismo do terceiro partido, onde talvez so aninhasse a armadilha de Moscou.
Tome-se nota, por conseguinte, cora
satisfação e otimismo, de que, por en
riado 6 o sahirio mínimo. Pois foi de
quanto, D mecanismo político dos Esta
fendendo o homem médio e o homem
dos Unidos continua a .ser bem simples,
esquecido, de acordo com os precedentes
já que se reduz à colisão de duas fdr-
políticos de Roosevelt, que o candidato
ças periòdicamente substituídas uma por outra, justamente porque repudiam prin
üemccrático a'iciou mí hões de eleitores
o derrotou na mesma campanha os pode rosos interêsses bancários e os comunis
tas arregimentados em tôrno do sr. Wallace.
O que se deduz desses fatos é que os Estados Unidos não precisaram de modificações substanciais na vida pública para formar o b^oco majoritário que con grega o povo à volta do Govômo e consolida o pujante apareJhamento fe dera'. Resta, entretanto, a lição de uma
surpresa que pode, em outras circunstân cias, revestir aspectos mais significativos.
cípios abstratos e se voltam para os prob'emas práticos.
O perigo seria, numa conjuntura in ternacional tumultuada por tantas in
certezas, assistir a um desvio da opinião americana para o campo das ideologias. * * i{i
E que pensa a Europa Ocidental dos Estados Unjdos?
Pelo que afirmam seus políticos ho
Dicesto EcoNÓKnco
está hoje reduzida a entregar ao Estado
Henry Tliorez, que em caso de guerra
va.slus propriedades imobiliárias, de tra dição histórica, por não lhe ser possível saldar os impostos de sucessão que gra
com a Rússia o proletariado ficará ao
vam a transmissão desses patrimônios e
sia, ela se apóia na cuniia introduzida
extinguir a plutocracia no meio da qual
Tchecoslováquia e na cumplicidade eventual dos milhões de simpatizantes prontos a formar "maquis" e núcleos de resistência contra os governos cha
se recrutavam os novos lordes. O que resta do seculares legados sociais da In
glaterra ü a compostura, o respeito à lei, o patriotismo com o qual as e.x-classes privilegiadas aceitam o inelutável nivelamento das fortunas e a socialização
dos, depois da aliança militar pratica mente celebrada com a Grécia e vir
sistía no poder das gerências e das as sembléias de acionistas, está abalada
pelo projeto de tomar obrigatória a au diência dos representantes dos sindicatos nos atos administrativos que entendam com o aumento da produtividade e a re
dução do custeio das emprêsas. O ca
sentes do mundo.
Ora, embora tais declarações se-'am criticadas em certos meios sob o pretex
to de que exprimem uma inclinação de natureza esquerdista ou socialista é pre ferível interpretá-las como indicando a compreensão de que não é mais possí
dorias a serem fornecidos por meto do Fano Marshall. A começar pela Grã-Breltmha. principal associada dos Estados Unidos na guerra mundial e que vem expcutando pacificamente, sob o reg*me trabaihi''ta, uma verdadeira re volução da qual saiu p^àticamente arrui
to do Atlântico, verdadeira coalizão an-
ti-Kominform, efetuada para traçar a cintura de segurança que os americanos
consideram intransponível. A esse pacto quis a Rússia, inquieta
com o surgimento de um obstáculo tãu
essenciais.
efetivo, opor negociações diplomáticas, que foram repelidas secamente pelo De
Os outros países da Europa Ociden
Mundo, como um exemplo invejável de
do sr.
tualmente com a Turquia, decidiranà con gregar as democracias em tòmo do Pac
pital está atingido nos seus atributos
to de que não entende "congelar o statu-quo" e considera impreicindível um programa de tendências liberais, em be nhas cardiais do "New Deai
Ante tal situação, abertamente procla mada e bem conhecida, os Estados Uni
progressiva da economia privada. Até
com notável presteza, posto que a po lítica interior acuse incessantemente o desacôrdo entre os democratas e os ex
Roo-eve't, adaptado às condições pre
mados "burgueses".
a última regalia do capital, que con-
ção americana, em coteio com o Velho
Dado o curso dos eventos e as di ficuldades econômicas, ela necessita vi talmente do aPuxo de caoitais e merca
ções da quinta-coluua soviética. Quanto à posição estratégica da Rús na Europa Central cora o golpe da
nar é a declaração do presidente reelei
nefício dos cbreiros e das classes médias. Reconhecemos nessa orientação as ba
Essa declaração é peremptória e re trata, sem o menor disfarce, as inten
privadas concorre, ao mesmo tempo, a
tal dependentes dos auxílios ianques,
felicidade, abundância e otimismo.
lado do invasor vermelho.
por não suportar o ônus crescente do im posto cie renda. A nacionalização da grande indústria e dc outras emprêsas
mens de negócios e publicistas mais au torizados, a Europa encara a civiliza
Muito importante também a consig
19
vãô-se restabelecendo, como já dissemos,
tremistas partidários de Moscou. Não há Estado em que os partidos
esquerdistas nãb. impugnem o Plano
Marshall e não o descrevam como um
partamento de Estado americano e clas
sificadas como "ofensiva de paz", curio
sa expressão oportunamente empregada para mostrar que a má-fé dos russas já não engana ninguém e que sempre se suspeita estar oculto um punhal trai çoeiro na mão que êles estendem para propor, não amizade, mas uma trégua na guerra de nervos. Rispidamente, o Go-
vêrno americano rejeitou o convite para
ardil do capitalisrno ianque "ímpôsto à Europa para explorar as classes traba
o sr. Truman ir confabular em Mos
lhadoras e submetê-las ao imperialismo
de Washington". Os Soviets e seus adep
cou com Stalin, embora se formulasse o convite cortês para o ditador vermelho
tos sabotam, por conseguinte, a coope ração econômica com os Estados Unidos,
do momento no quadro das questões co
vir a Washington discutir os problemas
nada a aristocracia, detentora de antiga
e os líderes comunistas não hesitam em
letivas da O. N. U. Os Estados Unidos
fortuna senhorial. A velha aristocracia'
declarar, como o fez o da França, sr.
repeliram categoricamente qualquer pac-
DrGi::5rro
20
to bilateral com a Rússia e mostraram
estarem cansados com uma poMtica qtvj
só patrocina revoltas e, consoante as pa
lavras de um jornalista francês, converteu
a diplomacia "numa espécie de partida de pocker jogada com o revólver car regado sobre a mesa". Outro acontecimento de imensa gra
vidade veio aumentar as perspectivas de
apreensão no que toca ao perigo so•
inflação "galopantc",
EconAmico
tão catastrófic:^
como a do marco alemão, e pela qual q preço da vida cm poucos anos svibi^
mais de 90 mil vêzes, levando a urna inundação de papel-mocda que aiiinonij^ a depreciação do "yan" minuto a minq, to e toma a fabricação dc uma cédula mais cara do que o valor que ela os., tampa!
Aliás, não é só a China a vítima da
negar a significação da tempestade que
inflação. Essa onfermidade, cujo dÍa<T, nóstico já foi estabe'ccido coin toda a precisão, envolve todo.s os Estados muna rede de dificuldades perniciosas c timôa. ça aniquilar a ordem social exislcnle. A fatal molc.stia monetária contamina o organismo econômico e sc desenvolve sob a forma da e.spiral inlerminá\'el de preços e salários, qualificada dc e.spirab
sopra naciuelas bandas, no momento ern
serpente.
viético.
A guerra civil da China, para a qual muita gente olhava distraidamente, ul trapassou iiltimamente a órbita dos as suntos dosHnados a uns poucos observa
dores. Sente-se que sé jogam destinos vitais nanuela tragédia do Extremo Oriente. E bem inconsciente será quem
que desaba uma estrutura política so cial mílenária e a filosofia de Confucius
é varrida pc'o tufão do materialismo de Karl Marx o pelas peripécias de uma
revolução agrária numa coletividade de mais de quinhentos milhões de almas. Maior e mais categórica .se rcveia a
derrota do capitalismo ocidenta^ visto haver êie concorrido, de longa data, para
espoliar e humilhar o povo chinês, des
de as misérias do contrabando do opio ató ao sistema das conces.sões internacio
nais que várias vêzes como na grande revolta dos r-Hs "boxers", e.xasperaram o massas. A êsses ante-
T nacionalis
cedentes
ajuntar a inabilidade
à custa de auxCios
dos que susten não a resistência de muito dispe . .gjjtíca de patriotismo
Nos próprios países menos sacrlficados pela guerra, como a Suíça e a Suécia, o acréscimo da produção vai cie
par com uma baixa acentuada do poder aquisitivo da moeda. Circula copíosa-
mente um dinheiro que se ganha com maior facilidade, mas cjuc foge e se ex-apora na razão direta da velocidade com que circu'a. Diante desse aumento contínuo da massa monetária e dos meios de pagamento, só à çusta de um gitrantesco esfôrço se conseguirá cstabili^or a
moeda, pois em toda parte, sob a pres
são de múltiplos interesses, a.s tentativas de restringir o crédito são logo incrimi nadas de deflação.
Ora, em Bretton 'Woods, ao se lan
Chang-Kaí-
çar o plano do Fundo Monetário Inter nacional, fôra bem previsto' que as na ções não poderiam reatar o intercâmbio Rorma^ sem ajustar o valor recíproco de
aok O preTenso Govêrno nacionalista,
Unidos deram o exemplo de um critério
uma ® chinês, mas u
politiqueiros e
generais da casta dos
suas moedas.
Nesse caso, os Estados
louvável e de uma salutar lição de civenais, dc:.xo.>
'■
'.isme, aceitando cercear a= "pcraçces de
Dir.KSTo Eco^'ó^uco
natureza infincionária, com o apoio dos seus próprios bancos, que, em número
de 15 mil. se propuseram a efetuar \'0luntàriamcntc uma poMtica restritiva de créditos.
O presidente Tniman corajosamente re.sol\'ea seguir essa política anti-inflacioni.sta, e.scudado no parecer de economist.as r financistas eminentes, entre
os quais Bcrnard Barucb. que traçou um
plano dc rigoro.so combate para deter
o flagelo.
Cabe notar que nessa matéria da es
tabilidade monetária foram sempre des
pendidos argumentos suspeitos para com-
batê-'a, porque bá muitos grupos eco nômicos empenhados cm conservar a
permanência da depreciação.
Num mundo já bastante agitado por
conflitos tão seguidos e .variáveis, a in flação beneficia certos interêsses de pro dutores c dá .às massas a impressão de melhorar-lJies a vida, tanto mais que lhes
proporciona a satísfação de destruir as
camadas de po.sses medianas. Como sabcntou com grande lucidez
o professor e economista francês René
Gonnard, abordamos aí uma questão mais social que econômica e uma ques tão de psicologia de classe. O êrro de^
não querer compreender a necessidade' dá estabilização é partilhado por deter minados agrupamentos de produtores apenas por conveniências de classes. Os grandes blocos operários .sentem que a
falência monetária abate definitivamen te as classes médias e assim aumenta o número dos adeptos do proletariado e
partidários do marxismo. E muitos magnatas da grande industria e da fi nança, julgando-se seguros de sua fôrça,
21
travam os seus desígnios de onipotência econômica e política.
Plutocratas e demagogos se acumplíciam de instinto contra a reserva de ho
mens livTeSí- adversos aos sistemas que aprisionam a sociedade nas engrenagens de unia máquina absorvente. Observe-se como esse quadro se ve rifica em diversos países, onde a infla
ção, de par com uma série de leis de magógicas contra a c'asse média, cria os pólos extromo.s de uma riqueza fácil e do um proletariado temporàrianiente ilu dido pelos salários nominais, mas sempre pronto a reclamar novas majorações as
sim que se eleva o preço das uti'idades o dos alimentas.
E' a corrida ao abis
mo, a marcha veloz para a re\-olução, social. . . *
íií
ijs
Enquanto os tumultos sociais abalam
a Europa e o perigo de Moscou avança pela China para conquistar a Ásia in teira e se projeta sôbre a Indonésia em guerras sangrentas, dois incidentes de sintomática expressão .agitam o Ociden te e ^evam o desassossêgo à comunidade católica.
, O processo do Cardeal primaz da Hun gria demonstrou exuberantemente como
corre perigo a segunda liberdade: "di reito de cada qual adorar Deus a seu
modo". E* a prova mais eloqüente de que o.s regimes sovieti^ntes, sob as or dens da Rússia, reputani a religião o inimigo número 1 do comunismo e, por isso, deliberaram exterminar as Igrejas,
principalmente a catóMca, por temer a fôrça de sua doutrina e a imponente ba
ajudam a fomentar, como conforme à
se e^iritual dà civilização cristã. Para
evo'ução técnica e econômica, o desa
o materialismo comunista. Deus é ura
parecimento das classes médias de que eles pensam poder prescindir e que en-
o capitalismo, ao passo que as religiões
mito perigoso sustentado para defender
DrGi::5rro
20
to bilateral com a Rússia e mostraram
estarem cansados com uma poMtica qtvj
só patrocina revoltas e, consoante as pa
lavras de um jornalista francês, converteu
a diplomacia "numa espécie de partida de pocker jogada com o revólver car regado sobre a mesa". Outro acontecimento de imensa gra
vidade veio aumentar as perspectivas de
apreensão no que toca ao perigo so•
inflação "galopantc",
EconAmico
tão catastrófic:^
como a do marco alemão, e pela qual q preço da vida cm poucos anos svibi^
mais de 90 mil vêzes, levando a urna inundação de papel-mocda que aiiinonij^ a depreciação do "yan" minuto a minq, to e toma a fabricação dc uma cédula mais cara do que o valor que ela os., tampa!
Aliás, não é só a China a vítima da
negar a significação da tempestade que
inflação. Essa onfermidade, cujo dÍa<T, nóstico já foi estabe'ccido coin toda a precisão, envolve todo.s os Estados muna rede de dificuldades perniciosas c timôa. ça aniquilar a ordem social exislcnle. A fatal molc.stia monetária contamina o organismo econômico e sc desenvolve sob a forma da e.spiral inlerminá\'el de preços e salários, qualificada dc e.spirab
sopra naciuelas bandas, no momento ern
serpente.
viético.
A guerra civil da China, para a qual muita gente olhava distraidamente, ul trapassou iiltimamente a órbita dos as suntos dosHnados a uns poucos observa
dores. Sente-se que sé jogam destinos vitais nanuela tragédia do Extremo Oriente. E bem inconsciente será quem
que desaba uma estrutura política so cial mílenária e a filosofia de Confucius
é varrida pc'o tufão do materialismo de Karl Marx o pelas peripécias de uma
revolução agrária numa coletividade de mais de quinhentos milhões de almas. Maior e mais categórica .se rcveia a
derrota do capitalismo ocidenta^ visto haver êie concorrido, de longa data, para
espoliar e humilhar o povo chinês, des
de as misérias do contrabando do opio ató ao sistema das conces.sões internacio
nais que várias vêzes como na grande revolta dos r-Hs "boxers", e.xasperaram o massas. A êsses ante-
T nacionalis
cedentes
ajuntar a inabilidade
à custa de auxCios
dos que susten não a resistência de muito dispe . .gjjtíca de patriotismo
Nos próprios países menos sacrlficados pela guerra, como a Suíça e a Suécia, o acréscimo da produção vai cie
par com uma baixa acentuada do poder aquisitivo da moeda. Circula copíosa-
mente um dinheiro que se ganha com maior facilidade, mas cjuc foge e se ex-apora na razão direta da velocidade com que circu'a. Diante desse aumento contínuo da massa monetária e dos meios de pagamento, só à çusta de um gitrantesco esfôrço se conseguirá cstabili^or a
moeda, pois em toda parte, sob a pres
são de múltiplos interesses, a.s tentativas de restringir o crédito são logo incrimi nadas de deflação.
Ora, em Bretton 'Woods, ao se lan
Chang-Kaí-
çar o plano do Fundo Monetário Inter nacional, fôra bem previsto' que as na ções não poderiam reatar o intercâmbio Rorma^ sem ajustar o valor recíproco de
aok O preTenso Govêrno nacionalista,
Unidos deram o exemplo de um critério
uma ® chinês, mas u
politiqueiros e
generais da casta dos
suas moedas.
Nesse caso, os Estados
louvável e de uma salutar lição de civenais, dc:.xo.>
'■
'.isme, aceitando cercear a= "pcraçces de
Dir.KSTo Eco^'ó^uco
natureza infincionária, com o apoio dos seus próprios bancos, que, em número
de 15 mil. se propuseram a efetuar \'0luntàriamcntc uma poMtica restritiva de créditos.
O presidente Tniman corajosamente re.sol\'ea seguir essa política anti-inflacioni.sta, e.scudado no parecer de economist.as r financistas eminentes, entre
os quais Bcrnard Barucb. que traçou um
plano dc rigoro.so combate para deter
o flagelo.
Cabe notar que nessa matéria da es
tabilidade monetária foram sempre des
pendidos argumentos suspeitos para com-
batê-'a, porque bá muitos grupos eco nômicos empenhados cm conservar a
permanência da depreciação.
Num mundo já bastante agitado por
conflitos tão seguidos e .variáveis, a in flação beneficia certos interêsses de pro dutores c dá .às massas a impressão de melhorar-lJies a vida, tanto mais que lhes
proporciona a satísfação de destruir as
camadas de po.sses medianas. Como sabcntou com grande lucidez
o professor e economista francês René
Gonnard, abordamos aí uma questão mais social que econômica e uma ques tão de psicologia de classe. O êrro de^
não querer compreender a necessidade' dá estabilização é partilhado por deter minados agrupamentos de produtores apenas por conveniências de classes. Os grandes blocos operários .sentem que a
falência monetária abate definitivamen te as classes médias e assim aumenta o número dos adeptos do proletariado e
partidários do marxismo. E muitos magnatas da grande industria e da fi nança, julgando-se seguros de sua fôrça,
21
travam os seus desígnios de onipotência econômica e política.
Plutocratas e demagogos se acumplíciam de instinto contra a reserva de ho
mens livTeSí- adversos aos sistemas que aprisionam a sociedade nas engrenagens de unia máquina absorvente. Observe-se como esse quadro se ve rifica em diversos países, onde a infla
ção, de par com uma série de leis de magógicas contra a c'asse média, cria os pólos extromo.s de uma riqueza fácil e do um proletariado temporàrianiente ilu dido pelos salários nominais, mas sempre pronto a reclamar novas majorações as
sim que se eleva o preço das uti'idades o dos alimentas.
E' a corrida ao abis
mo, a marcha veloz para a re\-olução, social. . . *
íií
ijs
Enquanto os tumultos sociais abalam
a Europa e o perigo de Moscou avança pela China para conquistar a Ásia in teira e se projeta sôbre a Indonésia em guerras sangrentas, dois incidentes de sintomática expressão .agitam o Ociden te e ^evam o desassossêgo à comunidade católica.
, O processo do Cardeal primaz da Hun gria demonstrou exuberantemente como
corre perigo a segunda liberdade: "di reito de cada qual adorar Deus a seu
modo". E* a prova mais eloqüente de que o.s regimes sovieti^ntes, sob as or dens da Rússia, reputani a religião o inimigo número 1 do comunismo e, por isso, deliberaram exterminar as Igrejas,
principalmente a catóMca, por temer a fôrça de sua doutrina e a imponente ba
ajudam a fomentar, como conforme à
se e^iritual dà civilização cristã. Para
evo'ução técnica e econômica, o desa
o materialismo comunista. Deus é ura
parecimento das classes médias de que eles pensam poder prescindir e que en-
o capitalismo, ao passo que as religiões
mito perigoso sustentado para defender
.'^n i^n.M F-«w 22
Dicesto
geral não passam de um opium para
adormecer os povos e retardar a luta
Econômico
dades intelectuais por drogas inibiclnras da vontade. Inúmcro.s incidcníos depri
Dicesto
'
Econômico
narrativas desencontradas, isso em meio
a coléricas exp'osões das partes.
23
tes do protestantismo que a Immanídade carece de fazer um e.xame de cons
e
Isso mostra a habilidade da técnica
Implacável na perseguição ao dogma católico e ao clero que o propaga, o
concorreram para siiblcvar o protesto
comunista, que atalha os golpes e os
D conflito que opõe comunismo e cris
universal dos católicos o transformar em
tianismo, disseram que a Igreja preten
comunismo na Hungria levou ao banco
mártir a figura do Cardeal Mindszcnsty.
de\'oIvo, c faz crer às massas que se move um "complot" contra a Rússia, a
traição e de contrabando de câm-
O segundo processo, de repercussão por igual escandalosa, foi o do escritor
classes.
dos réus, sob a imputação dos crimes de um prelado de nomeada, o Cardeal
mentes tornaram sensacional o caso
^bndszensty.
russo Kravchcnko, autor do livro "Eu Escolhi a Liberdade", contra o semariiírio
1^0 decorrer de um processo rumoroso, c ministério púb'ico articulou um cerra
comunista francês "Lcltres Erançaiscs". A obra de Kravchcnko, bastante di
do libelo contra a príncipe da Igreja,
lazendo desfilar à barra do tribunal inú meras
testemunhas
industriadas para re
vulgada para dar combate ao regime co munista e à política de Staiin, serviu nos
Estados Unidos para desfazer um pouco
todos cruéis e coercitivos do materia-
na na tese defendida por A. Kahn no li vro: "A Grande Conspiração contra a
lismo. Alguns congressistas atacaram o capitalismo porque "proclama a ên fase de ganhar dinheiro" e se tomou responsável pelas crises de desempregos
Rússia".
O.; agentes russos e .seus simpatizantes
lançaram mão, liàbilmenle, da oportu
Diante desse debate que verberou os
gia política, e propalar que o capitalis
abusos de dois materialistas — o do
mo trabalha com seu serviço de propa
comunismo e o do capital ganancioso,
ganda estipendiada e de espionagem
especulativo e iníquo, cabe lembrar que a Rússia, a propósito de re'igião, en seguintes palavras: "Religião é o sns-
as ilusões alimenta
sacerdote e acusá-lo
das durante a guer
os Süvicts e o proletariado. Assustados pelos resíduos de brutali
ra pelo livro do Ar cebispo de Canter-
Tais espetáculos de simu'acro judiciá
bury, cpie tanta pro
rio, levados a efeito
tudes da R\'issia So
nos cenários de um
lóro respeitável, fi
paganda fez das vir viética. •
e muitas catástrofes sociais.
nidade para movimentar a sua estraté
para organizar a guerra preventiva contra
c delitos imaginá
de libertar os homens do terror e dos mé
serviço do capitalismo, como se expla
baixar a missão do rios.
ciência. Vários oradores, ao comentarem
dade e cinismo deixados pela guerra, notadamente quando a vida dos nossos dias repete amiúde os choques emotivos, muitos homen-s, temerosos de \una nova
época de escuridão e barbárie, invocam a», neces.sidade de elevar as almas para
campa a lese de Karl Marx, e.xpressa nas piro da criatura acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, como ela é o
espírito de uma existência sem espírito.
A religião é o opium do-povo". E certamente os comunistas, inimi
uma inspíiação supra-terrena.
gos implacáveis de qualquer misticismo ou metafísica, aduzirão, a título de ar
Ao reunir-se em Amsterdam o Conse lho Mundial das Igrejas Protestantes,
gumento, o que ê'es já vêm executando na prática e que figura nesta outra fra se de Karl Marx: "O desaparecimento
da marxista de Lenin. Na comédia de
para desmoralizar e desmentir as decla rações do queixoso. Como os debates
num grandioso conc'ave de mais de 440 pre'ados vindos de 44 países, ventilaramse as questões da defesa do espírito con tra o i"go crescente das baixas pai
Moscou, milhares de condenações foram
transcorreram no tribunal público de um
xões utilitárias.
pronunciadas e tachados de "víboras lú-
bricas" pelo promotor Krilenko os réus
país livre e democrático, a batalha ideo lógica assumiu características de uma
'pie haviam caído na lista negra da fa
ardente controvérsia, cujo fim era dar
gados expenderam juízos por igual se
mosa Guepeu. Uma semelhança entre o
aos observadores desapaixonados a im pressão de que a obra "Eu Escolhi a
zeram evocar os fa-
A tática dos inte
lectuais
comunistas
nrosos processos de Moscou, intentados
que em Paris atacaram com veemência
para realizar o expurgo dos adversários
o livro de Kravchenko consistiju em acu
de Staiin e liquidar, juntamente com niuitas figuras do Exército Vermelho, ^uase todos os elementos da velha guar
inlgamento de Budapeste e o da Rússia residiu no fato de as vítimas responde rem afirmativamente às perguntas mais eomprornetedoras da acusação e concor darem com os maiores absurdos, profe rindo as confissões como se fossem au tômatos, sem vontade nem discernimen
to e provàvelmeilte privados das facul
mular depoimentos de personalidades de certa projeção na política ou nas letras
veros contra o capitalismo e o comunis Frisaram que "a raiz mais pro
Liberdade" não passou de um tecido
funda da desordem está na recusa dos homens em reconhecer que sua respon
de invencionices feito sob encomenda,
sabilidade perante Deus está acima de
só para e^alhar calúnias sôbre a Rússia. Nesse processo, entre inúmeras teste
real". ^
Ao analisarem esses temas, os dele
mo.
da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência de sua felicidade
sua 'ealdade a qualquer comunidade ter rena e de sua obediência a qualquer po
^
Como acertar a simples equação de tantos problemas, se não houver since ra vontade de paz e de compreensão hu mana e o inf exívél propósito de impe dir os gestos ditados pelo pânico ou -o egoísmo monstruoso de certos interes ses? E' inadmissível que o mundo venha a reger-se por quaisquer combinações fundadas sôbre o prestígio de uma arma
munhas, depuseram técnicos, literatos,
der no mundo".
engenheiros, militares, em oposição fla
gicos e colocados no plano das tendên
secreta, sobretudo tão infernal e repug
grante uns contra os outros, trazendo
cias morais, mostraram os representan
nante como a bomba atômica.
Sem ressaibos teoló
.'^n i^n.M F-«w 22
Dicesto
geral não passam de um opium para
adormecer os povos e retardar a luta
Econômico
dades intelectuais por drogas inibiclnras da vontade. Inúmcro.s incidcníos depri
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a coléricas exp'osões das partes.
23
tes do protestantismo que a Immanídade carece de fazer um e.xame de cons
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Isso mostra a habilidade da técnica
Implacável na perseguição ao dogma católico e ao clero que o propaga, o
concorreram para siiblcvar o protesto
comunista, que atalha os golpes e os
D conflito que opõe comunismo e cris
universal dos católicos o transformar em
tianismo, disseram que a Igreja preten
comunismo na Hungria levou ao banco
mártir a figura do Cardeal Mindszcnsty.
de\'oIvo, c faz crer às massas que se move um "complot" contra a Rússia, a
traição e de contrabando de câm-
O segundo processo, de repercussão por igual escandalosa, foi o do escritor
classes.
dos réus, sob a imputação dos crimes de um prelado de nomeada, o Cardeal
mentes tornaram sensacional o caso
^bndszensty.
russo Kravchcnko, autor do livro "Eu Escolhi a Liberdade", contra o semariiírio
1^0 decorrer de um processo rumoroso, c ministério púb'ico articulou um cerra
comunista francês "Lcltres Erançaiscs". A obra de Kravchcnko, bastante di
do libelo contra a príncipe da Igreja,
lazendo desfilar à barra do tribunal inú meras
testemunhas
industriadas para re
vulgada para dar combate ao regime co munista e à política de Staiin, serviu nos
Estados Unidos para desfazer um pouco
todos cruéis e coercitivos do materia-
na na tese defendida por A. Kahn no li vro: "A Grande Conspiração contra a
lismo. Alguns congressistas atacaram o capitalismo porque "proclama a ên fase de ganhar dinheiro" e se tomou responsável pelas crises de desempregos
Rússia".
O.; agentes russos e .seus simpatizantes
lançaram mão, liàbilmenle, da oportu
Diante desse debate que verberou os
gia política, e propalar que o capitalis
abusos de dois materialistas — o do
mo trabalha com seu serviço de propa
comunismo e o do capital ganancioso,
ganda estipendiada e de espionagem
especulativo e iníquo, cabe lembrar que a Rússia, a propósito de re'igião, en seguintes palavras: "Religião é o sns-
as ilusões alimenta
sacerdote e acusá-lo
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os Süvicts e o proletariado. Assustados pelos resíduos de brutali
ra pelo livro do Ar cebispo de Canter-
Tais espetáculos de simu'acro judiciá
bury, cpie tanta pro
rio, levados a efeito
tudes da R\'issia So
nos cenários de um
lóro respeitável, fi
paganda fez das vir viética. •
e muitas catástrofes sociais.
nidade para movimentar a sua estraté
para organizar a guerra preventiva contra
c delitos imaginá
de libertar os homens do terror e dos mé
serviço do capitalismo, como se expla
baixar a missão do rios.
ciência. Vários oradores, ao comentarem
dade e cinismo deixados pela guerra, notadamente quando a vida dos nossos dias repete amiúde os choques emotivos, muitos homen-s, temerosos de \una nova
época de escuridão e barbárie, invocam a», neces.sidade de elevar as almas para
campa a lese de Karl Marx, e.xpressa nas piro da criatura acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, como ela é o
espírito de uma existência sem espírito.
A religião é o opium do-povo". E certamente os comunistas, inimi
uma inspíiação supra-terrena.
gos implacáveis de qualquer misticismo ou metafísica, aduzirão, a título de ar
Ao reunir-se em Amsterdam o Conse lho Mundial das Igrejas Protestantes,
gumento, o que ê'es já vêm executando na prática e que figura nesta outra fra se de Karl Marx: "O desaparecimento
da marxista de Lenin. Na comédia de
para desmoralizar e desmentir as decla rações do queixoso. Como os debates
num grandioso conc'ave de mais de 440 pre'ados vindos de 44 países, ventilaramse as questões da defesa do espírito con tra o i"go crescente das baixas pai
Moscou, milhares de condenações foram
transcorreram no tribunal público de um
xões utilitárias.
pronunciadas e tachados de "víboras lú-
bricas" pelo promotor Krilenko os réus
país livre e democrático, a batalha ideo lógica assumiu características de uma
'pie haviam caído na lista negra da fa
ardente controvérsia, cujo fim era dar
gados expenderam juízos por igual se
mosa Guepeu. Uma semelhança entre o
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zeram evocar os fa-
A tática dos inte
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comunistas
nrosos processos de Moscou, intentados
que em Paris atacaram com veemência
para realizar o expurgo dos adversários
o livro de Kravchenko consistiju em acu
de Staiin e liquidar, juntamente com niuitas figuras do Exército Vermelho, ^uase todos os elementos da velha guar
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to e provàvelmeilte privados das facul
mular depoimentos de personalidades de certa projeção na política ou nas letras
veros contra o capitalismo e o comunis Frisaram que "a raiz mais pro
Liberdade" não passou de um tecido
funda da desordem está na recusa dos homens em reconhecer que sua respon
de invencionices feito sob encomenda,
sabilidade perante Deus está acima de
só para e^alhar calúnias sôbre a Rússia. Nesse processo, entre inúmeras teste
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Ao analisarem esses temas, os dele
mo.
da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência de sua felicidade
sua 'ealdade a qualquer comunidade ter rena e de sua obediência a qualquer po
^
Como acertar a simples equação de tantos problemas, se não houver since ra vontade de paz e de compreensão hu mana e o inf exívél propósito de impe dir os gestos ditados pelo pânico ou -o egoísmo monstruoso de certos interes ses? E' inadmissível que o mundo venha a reger-se por quaisquer combinações fundadas sôbre o prestígio de uma arma
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der no mundo".
engenheiros, militares, em oposição fla
gicos e colocados no plano das tendên
secreta, sobretudo tão infernal e repug
grante uns contra os outros, trazendo
cias morais, mostraram os representan
nante como a bomba atômica.
Sem ressaibos teoló
r)».
Dícesto Econômico
24
Ora, como bem acentuaram alguns pu blicistas e comentadores internacionais,
solar que derreteu as areias do deserto de New-Móxico.
os povos não se acham só em face do
Tem-se a impressão dc que as con
dilema atômico relativo ao bem ou ao
25
Digksto Econômico
do segredo sem permitir em seu sei
ter-
ritório a vigilância internacional.
O efeito do desacordo c que os Esta
sistem em opor o princípio da coopera
ção ao da guerra de classes e pensam evitar tal conflito mediante a criação de uma atmosfera de cordial convivência
^al que dessa invenção possa decorrer.
trovérsias em torno da bomba e da.s pe.squísas sôbre a radioatividade e as jazi
dos Unidos preferiram conservar o mo-
mopólio da bomba, embora os homens
nas esferas da produção.
Estão também diante de uma segunda
das dc uranium constituem o centrt) de
cortina de ferro, desde que um segrêdo
uma política capaz de desintegrar a q>rópria civilização. A revolução técnica que
cos anos tudo o mistério estará no domí
científico se defronta com a clandes
tinidade geral da vida russa.
Acresce que o segredo da arma nu clear, a despeito do rigor com que pre
tendem guardá-lo e dele fazer moriopolio, até com pena de morte para os denunciadores, não pode continuar um
enigma eternamente vedado à descoberta de outros povos. Conforme declaram os cientistas mais honestos e autorizados,
^ l\á "um prazo inexoravelmente limitado" W para a p'ena elucidação do segrêdo e mesmo a fabricação do mortífero enge nho. Tòda a hierarquia militar do mun
do, todos os métodos clássicos' da guer
ra estão hoje completamente desbancados por uma arma que relegou para o pas sado a supremacia do poder marítimo e
conseguiu realizar de forma espantosa a transmutação dos alquimistas e que liberou imensas energias dos combustí
veis nucleares, depois dc servir para a horrível destruição de duas cidades, le
feiçoamento de centros científicos ou in-r
dústrias de elementos atômicos, ora ex
perimentados nas pillias, dc caráter pa cífico, ora nas explosões como a de Bi-
kini, cuja natureza bélica parece indubitável.
O problema seria internacionalizar tan
logas às que se produziram coin a apre goada invulnerabilidade da Linha MagL
nufatureira da energia atômica, conceder a uma agencia especial o privilegio de
dades e grandesT aglomerações mdustnais " ? sofrer destruiçoe.s de
estão suieito.s a
^
vigiar minas e usinas, além de fiscali
zar a destruição de quaisquer estoques de armas ofensivas.
As conversas certamente foram inicia
das em bu.sca de um acôrdo tendo em'
vista as possíveis conseqüências- de um
jacto e
rnilados por teJecomando,
recomendam, por con-
Taiscüntmgencasre
sepii nte uma so uç^i^
'
i
para proibir ternrinant^^te se,a para controlar essa preparaçao da energia
talistas.
nos que levaram a efeito a preparação lidade dc usá-la para ^bater um
to a parte c.speculativa como a parte ma-
Acontece que os países de grandes ci
Governo de "Washinglon mais outro tre mendo encargo, pois foram os america
Quantias astronômicas, colossais equi pamentos técnicos, centenas dc milhares
conflito atômico.
Entretanto, as teses
da América e dos Soviets não se acor-
daraiTí, dadas as exigências preliminares da Rússia, cuja atitude sempre equívoca leva a crer que Moscou deseja partiUiar
a fim de dissipar estados emocionais que conduzem uns à revolta e aos progra mas colctivishis 6 outros às satisfações
vanta a questão dramática do monopólio
de operários estão empregados no aper
Recorrem por isso aos subsídios da
psicologia social e mesmo da psicanálise, .
Está em su.spcnso a questão, cabendo ao
em mãos dos Estados Unidos.
dar margens a ilusões e suipresas aná not.
nio público, provavelmente a aumentar os pesadelos o as neuroses de guerra.
da arma nuclear e assumiram perante a consciência universal a responsabi
Num orçamento militar que já conso a estratégia usual dos exércitos de terra. Uma guerra ganha com o "sea power" me mais de 30% das dospe.sas gerais do que fêz a grandeza da Inglaterra é coisa país, não se incluem, ao que parece, os do passado e que não volta. Mas a atual gastos para explorar e desenvolver cada preeminência dos Estados Unidos no se vez mais o poderio do átomo assassinof tor atômico é muito discutível e pode.
dc ciência garantam que dentro de pou
Vimos de relance alguns dos proble
mas que afetam o destino da civilização, bem como as soluções preconizadas para atender ao novo ciclo da evolução social. Para fortalecer a paz, instituiram-se orga nismos que alteram aos poucos os ve lhos conceitos de soberania e mudam as •nraxes da diplomacia clássica no exame
daV questões-chaves e dos litígios inter nacionais.
No terreiio da paz social, onde é mais
difícil um entendimento unificador, de vido à irredutível oposição entre capita lismo e comunismo, a democrácia ame ricana não poupa esforços..para repelir a idéia, nem sempre errônea, de que no sistema atual da produção ainda há muitos exploradores e muitos explorados. O comunismo, firmado nos estudos e na finalidade revolucionária do marxismo, teima em assentar como um imperativo
categórico a noção da guerra de classes
e o esboroamento fatal do capitalismo, através de várias etapas, das quais a úl tima será a e.xpansão ímperialista. Inclinados para as pesquisas que pos sam abrir novos métodos no próprio cam
po das relações sociais, os americanos in
egocêntricas de certos domínios capi
Já está ultrapassada a fase da racio nalização e da tailorização, puro pro cesso técnico sôbre o qual se procurou edificar uma filosofia da produção ém
massa, de maneira a resolver os dissídios sociais a poder de simples satisfações pecuniárias. Altos salários, higiene fa bril, elementos de conforto material não
bastam para remover as formas subje tivas de mal-estar que tanto concorrera
para instigar conflitos nas questões do trabalho.
O homera, mesmo bem pago e com al
to poder aquisitivo, não pode ser sub metido à crescente -velocidade da má
quina. A concepção mais recente é que o homem é a constante, e a máquina a
variável que tem que ser adaptada à fisiologia humana. Os marxistas demmciavam como um ardil capitalístico a
"cadeia de ouro" por meio da qual, com maior confôrto e maior remuneração,
se procurava contornar a crise revolu cionária riestinada a emancipar o prole tariado.
Reconhecendo que a questão social vai além dos fatores físicos, biológicos e monetários, os americanos compreendem
que os velhos princípios da pestão, decorrentes de uma concepção ainda mecanística da vida, devem ceder lugar
aos planos que visam a melhor inte gração das relações humanas. nriiüii
•
•
r)».
Dícesto Econômico
24
Ora, como bem acentuaram alguns pu blicistas e comentadores internacionais,
solar que derreteu as areias do deserto de New-Móxico.
os povos não se acham só em face do
Tem-se a impressão dc que as con
dilema atômico relativo ao bem ou ao
25
Digksto Econômico
do segredo sem permitir em seu sei
ter-
ritório a vigilância internacional.
O efeito do desacordo c que os Esta
sistem em opor o princípio da coopera
ção ao da guerra de classes e pensam evitar tal conflito mediante a criação de uma atmosfera de cordial convivência
^al que dessa invenção possa decorrer.
trovérsias em torno da bomba e da.s pe.squísas sôbre a radioatividade e as jazi
dos Unidos preferiram conservar o mo-
mopólio da bomba, embora os homens
nas esferas da produção.
Estão também diante de uma segunda
das dc uranium constituem o centrt) de
cortina de ferro, desde que um segrêdo
uma política capaz de desintegrar a q>rópria civilização. A revolução técnica que
cos anos tudo o mistério estará no domí
científico se defronta com a clandes
tinidade geral da vida russa.
Acresce que o segredo da arma nu clear, a despeito do rigor com que pre
tendem guardá-lo e dele fazer moriopolio, até com pena de morte para os denunciadores, não pode continuar um
enigma eternamente vedado à descoberta de outros povos. Conforme declaram os cientistas mais honestos e autorizados,
^ l\á "um prazo inexoravelmente limitado" W para a p'ena elucidação do segrêdo e mesmo a fabricação do mortífero enge nho. Tòda a hierarquia militar do mun
do, todos os métodos clássicos' da guer
ra estão hoje completamente desbancados por uma arma que relegou para o pas sado a supremacia do poder marítimo e
conseguiu realizar de forma espantosa a transmutação dos alquimistas e que liberou imensas energias dos combustí
veis nucleares, depois dc servir para a horrível destruição de duas cidades, le
feiçoamento de centros científicos ou in-r
dústrias de elementos atômicos, ora ex
perimentados nas pillias, dc caráter pa cífico, ora nas explosões como a de Bi-
kini, cuja natureza bélica parece indubitável.
O problema seria internacionalizar tan
logas às que se produziram coin a apre goada invulnerabilidade da Linha MagL
nufatureira da energia atômica, conceder a uma agencia especial o privilegio de
dades e grandesT aglomerações mdustnais " ? sofrer destruiçoe.s de
estão suieito.s a
^
vigiar minas e usinas, além de fiscali
zar a destruição de quaisquer estoques de armas ofensivas.
As conversas certamente foram inicia
das em bu.sca de um acôrdo tendo em'
vista as possíveis conseqüências- de um
jacto e
rnilados por teJecomando,
recomendam, por con-
Taiscüntmgencasre
sepii nte uma so uç^i^
'
i
para proibir ternrinant^^te se,a para controlar essa preparaçao da energia
talistas.
nos que levaram a efeito a preparação lidade dc usá-la para ^bater um
to a parte c.speculativa como a parte ma-
Acontece que os países de grandes ci
Governo de "Washinglon mais outro tre mendo encargo, pois foram os america
Quantias astronômicas, colossais equi pamentos técnicos, centenas dc milhares
conflito atômico.
Entretanto, as teses
da América e dos Soviets não se acor-
daraiTí, dadas as exigências preliminares da Rússia, cuja atitude sempre equívoca leva a crer que Moscou deseja partiUiar
a fim de dissipar estados emocionais que conduzem uns à revolta e aos progra mas colctivishis 6 outros às satisfações
vanta a questão dramática do monopólio
de operários estão empregados no aper
Recorrem por isso aos subsídios da
psicologia social e mesmo da psicanálise, .
Está em su.spcnso a questão, cabendo ao
em mãos dos Estados Unidos.
dar margens a ilusões e suipresas aná not.
nio público, provavelmente a aumentar os pesadelos o as neuroses de guerra.
da arma nuclear e assumiram perante a consciência universal a responsabi
Num orçamento militar que já conso a estratégia usual dos exércitos de terra. Uma guerra ganha com o "sea power" me mais de 30% das dospe.sas gerais do que fêz a grandeza da Inglaterra é coisa país, não se incluem, ao que parece, os do passado e que não volta. Mas a atual gastos para explorar e desenvolver cada preeminência dos Estados Unidos no se vez mais o poderio do átomo assassinof tor atômico é muito discutível e pode.
dc ciência garantam que dentro de pou
Vimos de relance alguns dos proble
mas que afetam o destino da civilização, bem como as soluções preconizadas para atender ao novo ciclo da evolução social. Para fortalecer a paz, instituiram-se orga nismos que alteram aos poucos os ve lhos conceitos de soberania e mudam as •nraxes da diplomacia clássica no exame
daV questões-chaves e dos litígios inter nacionais.
No terreiio da paz social, onde é mais
difícil um entendimento unificador, de vido à irredutível oposição entre capita lismo e comunismo, a democrácia ame ricana não poupa esforços..para repelir a idéia, nem sempre errônea, de que no sistema atual da produção ainda há muitos exploradores e muitos explorados. O comunismo, firmado nos estudos e na finalidade revolucionária do marxismo, teima em assentar como um imperativo
categórico a noção da guerra de classes
e o esboroamento fatal do capitalismo, através de várias etapas, das quais a úl tima será a e.xpansão ímperialista. Inclinados para as pesquisas que pos sam abrir novos métodos no próprio cam
po das relações sociais, os americanos in
egocêntricas de certos domínios capi
Já está ultrapassada a fase da racio nalização e da tailorização, puro pro cesso técnico sôbre o qual se procurou edificar uma filosofia da produção ém
massa, de maneira a resolver os dissídios sociais a poder de simples satisfações pecuniárias. Altos salários, higiene fa bril, elementos de conforto material não
bastam para remover as formas subje tivas de mal-estar que tanto concorrera
para instigar conflitos nas questões do trabalho.
O homera, mesmo bem pago e com al
to poder aquisitivo, não pode ser sub metido à crescente -velocidade da má
quina. A concepção mais recente é que o homem é a constante, e a máquina a
variável que tem que ser adaptada à fisiologia humana. Os marxistas demmciavam como um ardil capitalístico a
"cadeia de ouro" por meio da qual, com maior confôrto e maior remuneração,
se procurava contornar a crise revolu cionária riestinada a emancipar o prole tariado.
Reconhecendo que a questão social vai além dos fatores físicos, biológicos e monetários, os americanos compreendem
que os velhos princípios da pestão, decorrentes de uma concepção ainda mecanística da vida, devem ceder lugar
aos planos que visam a melhor inte gração das relações humanas. nriiüii
•
•
^|N^PiiW|,> iiÍi .,
.%»r.— TF i-r V
26
Dicesto Econ-ómico
Socvólogos e especialistas estiijclam,
através de inquéritos em que os traba lhadores podém extemar-se com a má xima franqueza, os fatores que derivam da incidência da moral coletiva sôbre a
produção.
Da investigação dos fenô
menos psico-sociais se conclui ser indis
pensável melhorar a atmosfera de con
fiança nas coletividades que produzem, reforçar o espírito de equipe, proceder, em suma, a uma "organização humana de pessoas tendo entre elas redações fun cionais".
Bons resultados já foram obtidos no
esclarecimento dos trabalhadores quanto ao papel que desempenham no conjun to da produção. Assim elucidados, com preendem êles melhor a necessidade
de aperfeiçoar as suas aptidões e apren dem a respeitar a cultura e o nível men tal dos quadros dirigentes. A sócio-técnica e a nova ciência "psicoeconómica" visam a procurar os meios de estabelecer o equilíbrio na produção. E,
para atingir esse objetivo, a forma mais indicada consiste em suprimir ou evitar
as tensões psicológicas que impedem
Os órgãos sociais de funcionar harmonio samente. Sem a dissipação dos precon ceitos e das "frustações" que atuam nos meios de trabalho coletivo, permanece
o perigo de vingarem ds ape'os à revolta e os subterfúgios da penetração bolchevista.
E' patente, porquanto, se pode obser var, no atual panorama dos fenômenos
mente a terra de Jcífcrson e Frnnklin
I^oosevelt pode proporcionar os elemen
mundo inteiro.
Na América Latina, as
res da civilização^ ocidental. E tanto os Estados europeu.s ainda livres como tôdas as naçõe.s do continente colombia
dos rezassem pela alma do condenado. Eis, evidentemente, um fato que deve servir de aviso aos que sonham atacar
ricas tradicionais e se íriçam de arra
no, esperam que a fôrça moral e o po tencial be ico de Tio Sam evitem uma catástrofe fatal para tôda a humani
os americanos.
dade. sit ^ Hi
Seria ingenuidade, entretanto, admitir uma superioridade qualitativa dovs ame
ricanos sobre os outros povos. Muitas anomalias e fenômeno.s ba.stante censuráveis ainda desadornam a vida
Num trabalho recente editado sob o tí
tulo "O Mi'agre da América", subli nham-se os métodos do livre empreendi mento e progresso técnico que mais ca racterizaram a grandeza da América, e
proclama-se a necessidade de continuálos para fazer o dinamismo ianque ven cer a grande revolução económico-social da atualidade.
nha-céus, ao passo que o grande pú blico cada vez mais se habitua a con
sumir grande quantidade de mercadorias estadunidenses, desde os utensílios bá
sicos como o automóvel e a ge'adeira, ató os alimentos em lata e as bugigangas
das casas de preço único e preço mínimo. Ao lado dessa imitação superficial do confôrto, nota-se uma infiltração dos costumes, sobretudo no que toca a uma
certa agitação da vida, que leva a exa gerar a exteriorização das atividades e do b-abalho. Outros empréstimos da vi
corrupção e outras 'extravagâncias que é
Em outras publicações e.xalta-se o "team-work", isto é, o trabalho efetua do em conjunto e com amplo senso de solidariedade necessária para aumentar e melhorar a produção. Sentem-se os americanos perfeitamente
jmpossíve^, extinguir de todo.
satisfeitos com os seus modos de viver —
em romances "best-sellers" e em fitas
"ways of life" - e , explicam, aos que
de cinema.
ficados e fa'hos de profundeza, que êles os dispensam de pensar obsessivamente
exagêro esposar a opinião dos que des
americana.
Todavia, a liberdade de
pensamento permite inquirir os pontos traços da sociedade, e o fundo enórtrico
e moralista da raça estimula as reajões neces.sárias contra as vagas de crime ou
Para ganhar a guerra, o povo demons trou as mais sugesHvas qualidades de açao e disciplina e contou, em tôdas ás
emergências com a apreciável e eficien te cooperação das mulheres.
consideram os seus costumes muito ui>i-
na vida, como ocorre com os europeus,
da americana são menos feÜzes. A ín dole ibero-latina nem sempre se compa
dece com afetações excessivas na inde
pendência das mulheres e um certo gê nero de modalidades sociais exploradas
Não será, contudo, dèspropósito ou crevem o homem médio da América co
mo um cidadão prático, de animo espor tivo, de moral sadia e propenso a acei
^Alcançada a vitória, o.s americano,
que ruminam por demais os complexos
ainda revelaram, paralelamente à boa vontade com que ajudam os povos ne cessitados, a dureza da e^ncia purita
provindos de um intelectualismo muito
tar um certo conformismo e certas re
"sofisticado". O fato é que os ianques sustentam,
gras "standard" de comportamento so
na que persiste na parte nuclear de sua
^letívidade. E' mister lembrar que eles lançaram a bomba atômica para re
tados criminosos de guerra. Bem expres-
litar e econômico dos Estados Unidos.-
^va nes.se particular foi a conduta do general Mac Arthiir, ao negar o recurso interposto para comutar a pena de mor-
ton. Em um mundo absolutamente ne cessitado de toda sorte de subsídios e auxílios e com fome de dólares, unica
No entanto, mesmo negando entregar os
maiores cidades perdem as feições ibé
político-sociais conseqüentes à última
uismo recomendado por George Washing
da vida americana se espalham pelo
de.spojos do réu ;\ familia, pediu que to
guerra, a enorme responsabilidade que
Acabou para ê'cs o perícdo do isolacio-
tese de novos atentados contra á paz.
tos curativos e talvez os recursos sa'vado-
matar o conflito mundial e se apresenta ram como juíze.s inexoráveis dos indigi-
Se tornou o apanágio do predomínio mi
27
Dicesto EcoNÓ^^co
te pronunciada contra o general japon s njo- Recusando clemência, enten
deu Mac Arthur que o castigo realçaria um exemplo desHnado a afastar a hipó-
cial, não tanto por preguiça mental como por necessidade de disciplina e aversão
com respeito ao seu tipo de existência, um continuado otimismo e usam de uma
à anarquia dispersiva das abstrações.
dárds" sociais que adotaram. Tão'cio
mos buscar algo de parecido com o exis-
hábil propaganda para idealizar os "stan-
sos são êles desses padrões e tão con vencidos de que ninguém os iguala na arte de fruir todos os confortos materiais
e o respectivo sossego de espírito que,
Não será nos Estados Unidos que ire tencialismo. A massa americana prefe re as fónnu!a.s bem fundamentadas, que
incorporem o homem na ação coletiva. E isso não obsta a que, ciosa de neces
não sòmerite êles se orguMiam de tal sis tema, como ainda deploram que os ou tros não o copiem a fim de alcançarem
sidades espirituais e políticas, ela de monstre periòdicamente o impulso de
a mesma bonança.
os abusos dos "trusts", ora contra as
Ora, hodiernamente, muitos aspectos
belos movimentos de opinião, ora contra
malfeitorias das máquinas eleitorais.
^|N^PiiW|,> iiÍi .,
.%»r.— TF i-r V
26
Dicesto Econ-ómico
Socvólogos e especialistas estiijclam,
através de inquéritos em que os traba lhadores podém extemar-se com a má xima franqueza, os fatores que derivam da incidência da moral coletiva sôbre a
produção.
Da investigação dos fenô
menos psico-sociais se conclui ser indis
pensável melhorar a atmosfera de con
fiança nas coletividades que produzem, reforçar o espírito de equipe, proceder, em suma, a uma "organização humana de pessoas tendo entre elas redações fun cionais".
Bons resultados já foram obtidos no
esclarecimento dos trabalhadores quanto ao papel que desempenham no conjun to da produção. Assim elucidados, com preendem êles melhor a necessidade
de aperfeiçoar as suas aptidões e apren dem a respeitar a cultura e o nível men tal dos quadros dirigentes. A sócio-técnica e a nova ciência "psicoeconómica" visam a procurar os meios de estabelecer o equilíbrio na produção. E,
para atingir esse objetivo, a forma mais indicada consiste em suprimir ou evitar
as tensões psicológicas que impedem
Os órgãos sociais de funcionar harmonio samente. Sem a dissipação dos precon ceitos e das "frustações" que atuam nos meios de trabalho coletivo, permanece
o perigo de vingarem ds ape'os à revolta e os subterfúgios da penetração bolchevista.
E' patente, porquanto, se pode obser var, no atual panorama dos fenômenos
mente a terra de Jcífcrson e Frnnklin
I^oosevelt pode proporcionar os elemen
mundo inteiro.
Na América Latina, as
res da civilização^ ocidental. E tanto os Estados europeu.s ainda livres como tôdas as naçõe.s do continente colombia
dos rezassem pela alma do condenado. Eis, evidentemente, um fato que deve servir de aviso aos que sonham atacar
ricas tradicionais e se íriçam de arra
no, esperam que a fôrça moral e o po tencial be ico de Tio Sam evitem uma catástrofe fatal para tôda a humani
os americanos.
dade. sit ^ Hi
Seria ingenuidade, entretanto, admitir uma superioridade qualitativa dovs ame
ricanos sobre os outros povos. Muitas anomalias e fenômeno.s ba.stante censuráveis ainda desadornam a vida
Num trabalho recente editado sob o tí
tulo "O Mi'agre da América", subli nham-se os métodos do livre empreendi mento e progresso técnico que mais ca racterizaram a grandeza da América, e
proclama-se a necessidade de continuálos para fazer o dinamismo ianque ven cer a grande revolução económico-social da atualidade.
nha-céus, ao passo que o grande pú blico cada vez mais se habitua a con
sumir grande quantidade de mercadorias estadunidenses, desde os utensílios bá
sicos como o automóvel e a ge'adeira, ató os alimentos em lata e as bugigangas
das casas de preço único e preço mínimo. Ao lado dessa imitação superficial do confôrto, nota-se uma infiltração dos costumes, sobretudo no que toca a uma
certa agitação da vida, que leva a exa gerar a exteriorização das atividades e do b-abalho. Outros empréstimos da vi
corrupção e outras 'extravagâncias que é
Em outras publicações e.xalta-se o "team-work", isto é, o trabalho efetua do em conjunto e com amplo senso de solidariedade necessária para aumentar e melhorar a produção. Sentem-se os americanos perfeitamente
jmpossíve^, extinguir de todo.
satisfeitos com os seus modos de viver —
em romances "best-sellers" e em fitas
"ways of life" - e , explicam, aos que
de cinema.
ficados e fa'hos de profundeza, que êles os dispensam de pensar obsessivamente
exagêro esposar a opinião dos que des
americana.
Todavia, a liberdade de
pensamento permite inquirir os pontos traços da sociedade, e o fundo enórtrico
e moralista da raça estimula as reajões neces.sárias contra as vagas de crime ou
Para ganhar a guerra, o povo demons trou as mais sugesHvas qualidades de açao e disciplina e contou, em tôdas ás
emergências com a apreciável e eficien te cooperação das mulheres.
consideram os seus costumes muito ui>i-
na vida, como ocorre com os europeus,
da americana são menos feÜzes. A ín dole ibero-latina nem sempre se compa
dece com afetações excessivas na inde
pendência das mulheres e um certo gê nero de modalidades sociais exploradas
Não será, contudo, dèspropósito ou crevem o homem médio da América co
mo um cidadão prático, de animo espor tivo, de moral sadia e propenso a acei
^Alcançada a vitória, o.s americano,
que ruminam por demais os complexos
ainda revelaram, paralelamente à boa vontade com que ajudam os povos ne cessitados, a dureza da e^ncia purita
provindos de um intelectualismo muito
tar um certo conformismo e certas re
"sofisticado". O fato é que os ianques sustentam,
gras "standard" de comportamento so
na que persiste na parte nuclear de sua
^letívidade. E' mister lembrar que eles lançaram a bomba atômica para re
tados criminosos de guerra. Bem expres-
litar e econômico dos Estados Unidos.-
^va nes.se particular foi a conduta do general Mac Arthiir, ao negar o recurso interposto para comutar a pena de mor-
ton. Em um mundo absolutamente ne cessitado de toda sorte de subsídios e auxílios e com fome de dólares, unica
No entanto, mesmo negando entregar os
maiores cidades perdem as feições ibé
político-sociais conseqüentes à última
uismo recomendado por George Washing
da vida americana se espalham pelo
de.spojos do réu ;\ familia, pediu que to
guerra, a enorme responsabilidade que
Acabou para ê'cs o perícdo do isolacio-
tese de novos atentados contra á paz.
tos curativos e talvez os recursos sa'vado-
matar o conflito mundial e se apresenta ram como juíze.s inexoráveis dos indigi-
Se tornou o apanágio do predomínio mi
27
Dicesto EcoNÓ^^co
te pronunciada contra o general japon s njo- Recusando clemência, enten
deu Mac Arthur que o castigo realçaria um exemplo desHnado a afastar a hipó-
cial, não tanto por preguiça mental como por necessidade de disciplina e aversão
com respeito ao seu tipo de existência, um continuado otimismo e usam de uma
à anarquia dispersiva das abstrações.
dárds" sociais que adotaram. Tão'cio
mos buscar algo de parecido com o exis-
hábil propaganda para idealizar os "stan-
sos são êles desses padrões e tão con vencidos de que ninguém os iguala na arte de fruir todos os confortos materiais
e o respectivo sossego de espírito que,
Não será nos Estados Unidos que ire tencialismo. A massa americana prefe re as fónnu!a.s bem fundamentadas, que
incorporem o homem na ação coletiva. E isso não obsta a que, ciosa de neces
não sòmerite êles se orguMiam de tal sis tema, como ainda deploram que os ou tros não o copiem a fim de alcançarem
sidades espirituais e políticas, ela de monstre periòdicamente o impulso de
a mesma bonança.
os abusos dos "trusts", ora contra as
Ora, hodiernamente, muitos aspectos
belos movimentos de opinião, ora contra
malfeitorias das máquinas eleitorais.
iiv JMjm'
28
Dicesto Econômico
Em nenhum país do mundo se apre
a ser minada nos seus centros do rosis-
senta tanto interesse pela educação, pelo-'
tcneia por infiltrações nuiití) sutis, por
despertar das inteligências e das vcca- . uma espécie de vírus revohjoiouário ulçóes e pelas pesquisas destinadas a ilus trar os valores morais da vida.
Um dos mais penetrantes observadores
da vida ianque, o Ck)nde de KeyserÜng, expendeu sôbre a mesma, no livro "Psi
canálise da América", juízos que são
tra-fi'trável que escape à.s investigações e à vigilância dos núcleos tipicnnionle americanos.
Para um futuro mais remoto, dificil mente se admito que o mundo continue por longo tempo bipartido e inconciliú-
preciosas contribuições para compreen der o povo que é presentemente o árbi
vel. A técnica e a ciência, apesar dos
tro máximo dos destinos mundiais.
lítico nem feição doutrinária. Tanto no Ocidente, como no Oriente, coino em
Ke)'serling, pensador de estonteante erudição e que apreende luminosamen
maiores fanatismos, não têm colorido po
te a essência dos fenômenos da cons
qualquer parte cio globo, o aperfeiçoa mento dos instrumentos de produção
ciência coletiva, merece que se lhe apli
tende a aumentar os gêneros e artigos à
que a frase de um crítico francês ao co
de inúmeras observações colhidas pelo
disposição das massas. Se o sociaHsnío faz questão cie montar um aparelhamento industrial perfeito, mediante planos colossais, ó ciue um dia ou outro c'e
prisma da intuição, escreveu Keyserling:
pretende distribuir aos que trabalham
"A constatação mais estupefaciente qiie faça um europeu de após-guerra (1914-
o fruto do seu próprio labor, por forma
1918) visitando a América — insisto nes
total de ciúme, de inveja, de malevo^ên-
zer e confôrto. Não se vai supor que o socialismo pretende sujeitar a bumanidaclo ao trabalho só para faze-la suar e penar e ficar acorrentada às máquinas
cia, de ressentimento e de revolta".
unicamente para levar a vida dos escra
mentar a obra de Emile Faguet: "um caos de idéias c'aras". No seguimento
se ponto e faço questão de frisá-lo — é, nacionalmente falando, a ausência
Ora, por outro lado, Keyserling re conhece que nos negócios da América não há sentimentalidade.
E bem sa
bemos que grandes fortunas e enor mes empresas se edificaram com abso luto desprezo a quaisquer contempla ções humanas e regras de moral. Toda via, o que o ilustre escritor ressaltou e que adquire uma extrema importância na atualidade é que a coletividade ame ricana lhe parecia "imunizada contra o
as iincnções novas podem originar. Recorrendo uma vez mais aos pensa
mentos do ilustre filósofo Keyserling, po demos citar a advertência que êlc formu'ou: "Desenvolver uma vida espiritual
nova para servir de base à nova idade técnica".
Sem nos perdermos em devaneios mís ticos, sentimos que ã civilização, para ser conservada de maneira a perpetuar a sua fòtça criadora, precisa cultivar
a grande realidade dós valores espiri
tuais. E só um clima de liberdade e de
libertação dos terrores é que favorecerá o desenvolvimento da verdadeira cultu ra e da harmonia interior.
O programa das Quatro Liberdades e
do Código dos Direitos Humanos, sob o patrocínio da O. N. U., não resolverá definitivamente o problema constante mente mutável dos nossos destinos. Mas
como preparação de um mundo melhor, êle dá provisoriamente aos homens as garantias para aperfeiçoiuem a justiça e preservarem a fé nas forças indestru tíveis da consciência individual e uni versal.
-4'.Ti
ponto de convergência entre as" doutri nas, por fôrça de um encontro fatal de
terminado pela identidade de propósitos da produção e da utilização do maquinis1110, concebidas para servir ao bem-estar dos homens.
' 4:
51:
A que conclusão chegar num período em que vivemos sob o efeito de tantos
fatores depressivos e receosos do fu
América nos dias de inquietação que es
turo?
tal, salvo a hipótese de vir, por sua vez,
manidade o perigo de se desvitalizar ern virtude dos próprios desequilíbrios qué
vos ou das abelhas. Por conscgúinte, haverá, mais cedo ou mais tarde, um
Até onde se pode prever a atitude da culo às investidas do comunismo orien
progressos materiais, pesa sôbre a hu
a fazê-los gozar a vida com mais pra
socialismo, no senso europeu do termo".
tamos vivendo, ela servirá de obstá
29
DrcESTo EcoNÓ>nco
A solução não pode existir exclusivmmente no domínio da ciência e dos inte
resses econômicos, porque a despeito dos
A indústria brasileira de aniJiruis tomou impulso no pais a partir de_1918. rnfantes azóicos, esijeciahnente destinados à fiação e à tece}a{i,em. A produção (fp anilinas, aumentando de ano para ano, chegou a cêrca de 700.000 quilos onimw, p ouc representa prande paHe do consumo nacional, pois a importação, em média, A ^nrinrívio fabricou-se o preto ao enxofre; cm sepuida iniciou-se a fabricaçao dos
nos anos de 1946, 47 e 48, orçou em 1.000.000 quilos. O carvao de Pfdra, atra vés de sua destilação, produz matéria-prima para a fabricação- de amléas. Em Volta Redonda destila-se a hulha, obtendo-se o benzol o xilol, o toluol a naftahna, o antraceno, etc. FSyricas nacionais produzem os ácüos sulfuricos, muriatico, mtnco. s't\:.
iiv JMjm'
28
Dicesto Econômico
Em nenhum país do mundo se apre
a ser minada nos seus centros do rosis-
senta tanto interesse pela educação, pelo-'
tcneia por infiltrações nuiití) sutis, por
despertar das inteligências e das vcca- . uma espécie de vírus revohjoiouário ulçóes e pelas pesquisas destinadas a ilus trar os valores morais da vida.
Um dos mais penetrantes observadores
da vida ianque, o Ck)nde de KeyserÜng, expendeu sôbre a mesma, no livro "Psi
canálise da América", juízos que são
tra-fi'trável que escape à.s investigações e à vigilância dos núcleos tipicnnionle americanos.
Para um futuro mais remoto, dificil mente se admito que o mundo continue por longo tempo bipartido e inconciliú-
preciosas contribuições para compreen der o povo que é presentemente o árbi
vel. A técnica e a ciência, apesar dos
tro máximo dos destinos mundiais.
lítico nem feição doutrinária. Tanto no Ocidente, como no Oriente, coino em
Ke)'serling, pensador de estonteante erudição e que apreende luminosamen
maiores fanatismos, não têm colorido po
te a essência dos fenômenos da cons
qualquer parte cio globo, o aperfeiçoa mento dos instrumentos de produção
ciência coletiva, merece que se lhe apli
tende a aumentar os gêneros e artigos à
que a frase de um crítico francês ao co
de inúmeras observações colhidas pelo
disposição das massas. Se o sociaHsnío faz questão cie montar um aparelhamento industrial perfeito, mediante planos colossais, ó ciue um dia ou outro c'e
prisma da intuição, escreveu Keyserling:
pretende distribuir aos que trabalham
"A constatação mais estupefaciente qiie faça um europeu de após-guerra (1914-
o fruto do seu próprio labor, por forma
1918) visitando a América — insisto nes
total de ciúme, de inveja, de malevo^ên-
zer e confôrto. Não se vai supor que o socialismo pretende sujeitar a bumanidaclo ao trabalho só para faze-la suar e penar e ficar acorrentada às máquinas
cia, de ressentimento e de revolta".
unicamente para levar a vida dos escra
mentar a obra de Emile Faguet: "um caos de idéias c'aras". No seguimento
se ponto e faço questão de frisá-lo — é, nacionalmente falando, a ausência
Ora, por outro lado, Keyserling re conhece que nos negócios da América não há sentimentalidade.
E bem sa
bemos que grandes fortunas e enor mes empresas se edificaram com abso luto desprezo a quaisquer contempla ções humanas e regras de moral. Toda via, o que o ilustre escritor ressaltou e que adquire uma extrema importância na atualidade é que a coletividade ame ricana lhe parecia "imunizada contra o
as iincnções novas podem originar. Recorrendo uma vez mais aos pensa
mentos do ilustre filósofo Keyserling, po demos citar a advertência que êlc formu'ou: "Desenvolver uma vida espiritual
nova para servir de base à nova idade técnica".
Sem nos perdermos em devaneios mís ticos, sentimos que ã civilização, para ser conservada de maneira a perpetuar a sua fòtça criadora, precisa cultivar
a grande realidade dós valores espiri
tuais. E só um clima de liberdade e de
libertação dos terrores é que favorecerá o desenvolvimento da verdadeira cultu ra e da harmonia interior.
O programa das Quatro Liberdades e
do Código dos Direitos Humanos, sob o patrocínio da O. N. U., não resolverá definitivamente o problema constante mente mutável dos nossos destinos. Mas
como preparação de um mundo melhor, êle dá provisoriamente aos homens as garantias para aperfeiçoiuem a justiça e preservarem a fé nas forças indestru tíveis da consciência individual e uni versal.
-4'.Ti
ponto de convergência entre as" doutri nas, por fôrça de um encontro fatal de
terminado pela identidade de propósitos da produção e da utilização do maquinis1110, concebidas para servir ao bem-estar dos homens.
' 4:
51:
A que conclusão chegar num período em que vivemos sob o efeito de tantos
fatores depressivos e receosos do fu
América nos dias de inquietação que es
turo?
tal, salvo a hipótese de vir, por sua vez,
manidade o perigo de se desvitalizar ern virtude dos próprios desequilíbrios qué
vos ou das abelhas. Por conscgúinte, haverá, mais cedo ou mais tarde, um
Até onde se pode prever a atitude da culo às investidas do comunismo orien
progressos materiais, pesa sôbre a hu
a fazê-los gozar a vida com mais pra
socialismo, no senso europeu do termo".
tamos vivendo, ela servirá de obstá
29
DrcESTo EcoNÓ>nco
A solução não pode existir exclusivmmente no domínio da ciência e dos inte
resses econômicos, porque a despeito dos
A indústria brasileira de aniJiruis tomou impulso no pais a partir de_1918. rnfantes azóicos, esijeciahnente destinados à fiação e à tece}a{i,em. A produção (fp anilinas, aumentando de ano para ano, chegou a cêrca de 700.000 quilos onimw, p ouc representa prande paHe do consumo nacional, pois a importação, em média, A ^nrinrívio fabricou-se o preto ao enxofre; cm sepuida iniciou-se a fabricaçao dos
nos anos de 1946, 47 e 48, orçou em 1.000.000 quilos. O carvao de Pfdra, atra vés de sua destilação, produz matéria-prima para a fabricação- de amléas. Em Volta Redonda destila-se a hulha, obtendo-se o benzol o xilol, o toluol a naftahna, o antraceno, etc. FSyricas nacionais produzem os ácüos sulfuricos, muriatico, mtnco. s't\:.
31
Dícesto Económtco
se completa dc recentes dados estatísti
o PLANO MONNET Richard Lewinsoiin
cos sobre a economia francesa.
Sabia-se mais ou menos o que fora
destruído, mas ignoravam-se as dimen
sões cin cquipanv-nto ainda intacto, os
J^E TODOS OS planos ecoijómicos do após-guerra, o Plano Monnet talvez seja o mais famoso.
ganisation pour Ia Coopóration Economique Européennc").
Entretanto, êsse
grande plano francês, já agora realizado
A elaboração do Plano
na sua maior parte, com aceleração do
ritmo originalmente prescrito, levou até há pouco uma vida quase ilegítima. Foi apenas em fins do ano passado, por
Da fértil colaboração entre tosses doi* homens — ambos tipicamente rcaiizuídores e inovadores, contrário.s ao mecanis
ocasião dos debates sobre o orça
mo burocrático tradicional, sur giu êssc Plano, oficialmente deno minado: "Primeiro Plano de Mo
mento de 1949, que o Flano ^íonnet foi, pe'a primeira vez, re gularmente examinado e aprova
dernização e de Equipamento". Formalmente, o ponto de partida foi um decreto de 3 dc janeiro d®
do pela Câmara dos Deputados. Não obstante, os princípios do
Plano Monnet remontam aos primeiros meses após o fim da guerra, e o con
ceito básico provém mesmo da época quando ninguém podia prever em que estado a França se encontraria no mo mento da libertação.
O autor, ou, pelo menos, o principal animador e organizador do plano, o sr. Jean Monnet, não é nem teórico nem
político, nem idêntico nem parente do
deputado socialista do mesmo nome que já antes da guerra fora várias vezes mi nistro. O sr. Jean Monnet foi homem
de negócios, viveu muitos anos nos Es tados Unidos e é, no seu pensamento, mais americanizado que a maioria de seus
compatriotas.. Ainda que já esteja com
uns cinqüenta anos, é, na vida política, um homem novo. Durante a guerra, li gou-se ao movimento do General De Caulle e entrou ao serviço do Governo
da França Livre. A verdadeira "cabeça" do planejamento na França foi o sr. Robert Marjolin, atualmente secretário
gera da organização dos países europeus beneficiados pelo Plano Marshall ("Or-
1946, do Governo Provisório da Repú
blica Francesa, presidido pe^o Gene ral De Gaulle. O decreto prescrevia o
estabelecimento de um "primeiro plano de conjunto para a moderniz;\ção, e o equipamento econômico da metrópole e dos territórios ultramarinos" e fixava os objetivos do planejamento em quatro pontos:
"1° — desenvolver a produção nacio
nal e as trocas exteriores, em particular nos domínios onde a posição francesa é mais favorável;
2.° — aumentar o rendimento do tra balho;
3.° — assegurar a ocupação completa da mão-de-obra;
4.° — e'evar o padrão de vida da po pulação e melhorar as condições de ha bitação 6 de vida coletiva".
As diretrizes do Governo foram, por tanto, bastante sumárias e deixaram pràticamente mão livre ao Comissariado Ge
ral, instituído para a elaboração do Plano e dirigido pe'o sr. Jean Monnet. A ta
refa foi ainda dificultada pela falta qua-
meios financeiros e as necessidades nos diverso;-, ramos industriais e agrícolas. Estabe'ecer um inventário completo te
ria exigido um longo prazo.
O sr.
Monnet e seus colaboradores usaram métodos mais diretos. Informaram-se
por inquéritos sobre o estado do material. Para tal fim foram constituídas 18 co missões c 74 subcomissões. O aparelho
do planejamento foi relativamente gran de muito mais vasto que o do Plano SALTE: no tota', mais de mil pessoas ficaram ocupadas durante dez meses com a elaboração do Piano.
Em janeiro de 1947, um ano depois
de baixado o decreto básico, o sr.
Monnet pndú. apresentar o "Relatório
Geral" ao Govêmo, presidido pelo sr.
Léon Blum. Sem longas formalidades, o Govêmo aprovou o P'ano e auto-.vnn sua aplicação imediata, por um
simples decreto. Seis programas básicos
O "Relatório Geral" de janeiro de 1947 qee constitui o chamado Plano
vidades foram consideradas como básicas
e, para elas, focados seis programas: car vão, eletricidade, siderurgia, cimento,
maquinaria agrícola e transportes inte
riores. Todavia, para várias outras in
dústrias, em particular para a indústria tê.xtil, também foram fixados planos de
produção que previam um ritmo de acréscimo.
Na sua forma original, o Plano Monnet
foi um plano quadrienal que devia ser rea'izado nos anos de 1947 a 1950. Entretanto, foi posteriormente estendido
e adaptado ao Plano Marshall. Atual mente,"já está fixado o planejamento até 1952, e alguns programas vão ainda
longe. Mas, a partir de 1951, as inver sões e subsídios do Governo deverão ir decrescendo.
O Plano Monnet — como o Plano
SALTE — é essencialmente um plano de investimentos. O aspecto social que, nas diretrizes do decreto básico, tinha
um lugar preponderante, não foi negli genciado, mas é corisiderado mais como efeito do que como alvo imediato da planificação. O objetivo principal risa o aumento da produção. Entretanto, as condições '' particulares da França no
após-guerra, sobretudo as destruições em massa de habitações — 277.000 casas
forarii completamente destruídas,
Monnet. é una dceumcnto eon-
densado - ™ito
do que o P.ano SALTE - de
duzentas páginas apenas, mas de uma admirável clareza, redigido
com o talento de síntese que sem
■fgio-i--:-:
mais de um milhão parcialmente danificadas ~ tomaram necessá rio um vasto programa de recons
trução residencial. Efetivamen
te, cerca de 30% de todas as des
pesas previstas para a execução do Plano
pre distinguiu os autores franceses. Dei desde o início, reservadas a haxou de lado os territórios de ultramar, 'foram, bitaçãò, ou, em têrmos economicos, a
limitando-se à metrópole. Mas, mesmo com essa limitaçao, foi
bens duráveis de consumo, e nao a bens
um sistema de prioridade, determinar o
tra a distribuição dos investimentos que
preciso fazer uma seleção, estabelecer que é o mais necessário e o que deve
ria figurar em segundo lugar. Seis ati
de produção. O esquema seguinte mos constam do Plano Monnet original de 1946-47.
31
Dícesto Económtco
se completa dc recentes dados estatísti
o PLANO MONNET Richard Lewinsoiin
cos sobre a economia francesa.
Sabia-se mais ou menos o que fora
destruído, mas ignoravam-se as dimen
sões cin cquipanv-nto ainda intacto, os
J^E TODOS OS planos ecoijómicos do após-guerra, o Plano Monnet talvez seja o mais famoso.
ganisation pour Ia Coopóration Economique Européennc").
Entretanto, êsse
grande plano francês, já agora realizado
A elaboração do Plano
na sua maior parte, com aceleração do
ritmo originalmente prescrito, levou até há pouco uma vida quase ilegítima. Foi apenas em fins do ano passado, por
Da fértil colaboração entre tosses doi* homens — ambos tipicamente rcaiizuídores e inovadores, contrário.s ao mecanis
ocasião dos debates sobre o orça
mo burocrático tradicional, sur giu êssc Plano, oficialmente deno minado: "Primeiro Plano de Mo
mento de 1949, que o Flano ^íonnet foi, pe'a primeira vez, re gularmente examinado e aprova
dernização e de Equipamento". Formalmente, o ponto de partida foi um decreto de 3 dc janeiro d®
do pela Câmara dos Deputados. Não obstante, os princípios do
Plano Monnet remontam aos primeiros meses após o fim da guerra, e o con
ceito básico provém mesmo da época quando ninguém podia prever em que estado a França se encontraria no mo mento da libertação.
O autor, ou, pelo menos, o principal animador e organizador do plano, o sr. Jean Monnet, não é nem teórico nem
político, nem idêntico nem parente do
deputado socialista do mesmo nome que já antes da guerra fora várias vezes mi nistro. O sr. Jean Monnet foi homem
de negócios, viveu muitos anos nos Es tados Unidos e é, no seu pensamento, mais americanizado que a maioria de seus
compatriotas.. Ainda que já esteja com
uns cinqüenta anos, é, na vida política, um homem novo. Durante a guerra, li gou-se ao movimento do General De Caulle e entrou ao serviço do Governo
da França Livre. A verdadeira "cabeça" do planejamento na França foi o sr. Robert Marjolin, atualmente secretário
gera da organização dos países europeus beneficiados pelo Plano Marshall ("Or-
1946, do Governo Provisório da Repú
blica Francesa, presidido pe^o Gene ral De Gaulle. O decreto prescrevia o
estabelecimento de um "primeiro plano de conjunto para a moderniz;\ção, e o equipamento econômico da metrópole e dos territórios ultramarinos" e fixava os objetivos do planejamento em quatro pontos:
"1° — desenvolver a produção nacio
nal e as trocas exteriores, em particular nos domínios onde a posição francesa é mais favorável;
2.° — aumentar o rendimento do tra balho;
3.° — assegurar a ocupação completa da mão-de-obra;
4.° — e'evar o padrão de vida da po pulação e melhorar as condições de ha bitação 6 de vida coletiva".
As diretrizes do Governo foram, por tanto, bastante sumárias e deixaram pràticamente mão livre ao Comissariado Ge
ral, instituído para a elaboração do Plano e dirigido pe'o sr. Jean Monnet. A ta
refa foi ainda dificultada pela falta qua-
meios financeiros e as necessidades nos diverso;-, ramos industriais e agrícolas. Estabe'ecer um inventário completo te
ria exigido um longo prazo.
O sr.
Monnet e seus colaboradores usaram métodos mais diretos. Informaram-se
por inquéritos sobre o estado do material. Para tal fim foram constituídas 18 co missões c 74 subcomissões. O aparelho
do planejamento foi relativamente gran de muito mais vasto que o do Plano SALTE: no tota', mais de mil pessoas ficaram ocupadas durante dez meses com a elaboração do Piano.
Em janeiro de 1947, um ano depois
de baixado o decreto básico, o sr.
Monnet pndú. apresentar o "Relatório
Geral" ao Govêmo, presidido pelo sr.
Léon Blum. Sem longas formalidades, o Govêmo aprovou o P'ano e auto-.vnn sua aplicação imediata, por um
simples decreto. Seis programas básicos
O "Relatório Geral" de janeiro de 1947 qee constitui o chamado Plano
vidades foram consideradas como básicas
e, para elas, focados seis programas: car vão, eletricidade, siderurgia, cimento,
maquinaria agrícola e transportes inte
riores. Todavia, para várias outras in
dústrias, em particular para a indústria tê.xtil, também foram fixados planos de
produção que previam um ritmo de acréscimo.
Na sua forma original, o Plano Monnet
foi um plano quadrienal que devia ser rea'izado nos anos de 1947 a 1950. Entretanto, foi posteriormente estendido
e adaptado ao Plano Marshall. Atual mente,"já está fixado o planejamento até 1952, e alguns programas vão ainda
longe. Mas, a partir de 1951, as inver sões e subsídios do Governo deverão ir decrescendo.
O Plano Monnet — como o Plano
SALTE — é essencialmente um plano de investimentos. O aspecto social que, nas diretrizes do decreto básico, tinha
um lugar preponderante, não foi negli genciado, mas é corisiderado mais como efeito do que como alvo imediato da planificação. O objetivo principal risa o aumento da produção. Entretanto, as condições '' particulares da França no
após-guerra, sobretudo as destruições em massa de habitações — 277.000 casas
forarii completamente destruídas,
Monnet. é una dceumcnto eon-
densado - ™ito
do que o P.ano SALTE - de
duzentas páginas apenas, mas de uma admirável clareza, redigido
com o talento de síntese que sem
■fgio-i--:-:
mais de um milhão parcialmente danificadas ~ tomaram necessá rio um vasto programa de recons
trução residencial. Efetivamen
te, cerca de 30% de todas as des
pesas previstas para a execução do Plano
pre distinguiu os autores franceses. Dei desde o início, reservadas a haxou de lado os territórios de ultramar, 'foram, bitaçãò, ou, em têrmos economicos, a
limitando-se à metrópole. Mas, mesmo com essa limitaçao, foi
bens duráveis de consumo, e nao a bens
um sistema de prioridade, determinar o
tra a distribuição dos investimentos que
preciso fazer uma seleção, estabelecer que é o mais necessário e o que deve
ria figurar em segundo lugar. Seis ati
de produção. O esquema seguinte mos constam do Plano Monnet original de 1946-47.
77*^
82
estimativa dos INVESTIMEiXTOS DO QUATHIÊNIO (1947-1950) Em bilhões de francos — preços de 1946
Setores
Construções e
Materiais e
obras públicas
equipamentos
Total
53 98 9 7
23,5 100 -24 11,5
56 5 I9S 33 jg 5
1
0
I. Atividades básicas
Carvão Energia elétrica Siderurgia Cimento
7
Máquinas agrícolas
Transportes
Estradas de ferro
64
Q1
Navegação interior
11
9
Estradas de rodagem e ca-
mi^Hões
-
......"223
1
jqq
Agricultura Habitaçao Indústria e comércio
•w,
- 78
313
530
60 660 76
290 _ 264
" ' 350 340
170 jq
oqn
734
1720
- (em números redondos).. 1210
1040
2^5o'
O Plano Monnet é, a um tempo só,
niza^o e o aumento de capacidade, 720 b'l''»ões, aproximadamente um terço do total. Com a execução progressiva das
um plano de reconstrução e de constm-
obras, num ritmo mais acelerado do qiie
ção. Os autores do Plano distinguem, além dessas duas, mais uma categoria: a "manutenção diferida", ou seja a execução de obras de renovação que não
o esperado inicialmente, esta última categoria, a das construções, tomou uma parce'a maior do conjunto. Nos investímentos do exercício de 1949, as obras
podiam ser realizadas durante a guerra.
do construção, ou seja "acréscimo do ca-
Dos 2.2.50 bilhões de francos previstos no plano original pe^o quatriênio (1947-
pitai nacional", representam 42% enquanto as reconstruções e a manuten-
19.50), a reconstrução devia absorver l.IOO bilhões ou quase metade, a manu-
Ção diferida, ou sejam a "reconstituição e a manutenção do antigo capital" se
tenção diferida 430 bilhões e a constru-
reduzem em 5S%.
ção propriamente dita, ou seja a mcder-
na Primeira Conferência Econômica Mundial, realizada em 1927. cm Gene
33
te argumento a favor • da socialização.
Ora, o Plano Monnet não é um-plano socialista. É, muito mais do que o Pla no SALTE, um plano dirigista. Seus diversos programas não são realizáveis
bra, o economista inglês Sir Waltlier Layton fez um discurso fulminante con tra a "ilusão dc prc-guerra". Explicou
sem certa intervenção do Govêmo na
que seria ab.surdo comparar permanente
laboração do Govêmo com as próprias organizações da indústria e da agricul
mente a situação do após-gucrra com a
economia particular.
Mas, respeita a
propriedade privada. Visa uma boa co
dc prc-guerra, considerando esta última
tura e esforça-se em obter a moderni
como critério etemo. O que fora des
zação da economia privada mediante
truído não existe mais, e tôda constru
persuasão, e não com medidas compul
ção, seja a título dc reconstrução, de
sórias.
tra denominação, constitui efetivamente
"
Do ponto de vista puramente ecçnó-
O financiamento
um acréscimo do capital nacionab
Todavia, do ponto de vista moral, é
As condições econômicas e políticas, acima mencionadas, explicam,
que as con.struções ultrapassam
até certo ponto, as imperfei
as dcstruições e qiie fica, apesar
ções do e.squema financeiro do
da guerra, um saldo positivo.
P'ano Monnet que, sob èsse
Além
aspecto, está longe de ser mo delar. A necessidade de um fi
disso, a discriminação
aplicada ao Plano Monnet tem também sua justificação do
986
Reconstrução e construção
mico, tais di.scriiuinaçúes não tem gran de significação. Jú depois da primeira guerra mundial foi u.so fazê-las, até que
naturalmente satisfatório- saber
Transportes e comunicações 120 Outros investimentos 70 Total geral
Digestci Econômico
manutenção diferida ou sob qualquer ou
78
n. Outras atividades
/,
,
Digesto EcoNÓNnco
ponto de vista financeiro, pois na Fran ça, como em outros países atingidos pe la guerra, a reconstrução de edifícios ou equipamentos destruídos fica a cargo do Governo, enquanto a modernização
e ampliação dos meios de produção de ve em princípio, ser financiada pelos respectivos proprietários. Se o Govêr-
no contribui a essa tarefa, é um ato ex traordinário, e os subsídios e auxílios à economia popular deveriam, em geral,
nanciamento sólido uão foi des
conhecida, mas, no plano original, os problemas financeiros são trmdos de
uma maneira bastante vaga. Enquan to as despesas são calculadas para todo o quatriênio com a má.xima precisão possível, as- receitas são apenas estima
das para o primeiro ano do Plano (1947), e ainda numa forma extrema mente sumária e hipotética. "Parece bem — diz o Relatório Geral
do sr. Monnet — que não seria desarra-
ser considerados sòmente como credito,
zoado esperar financiar 460 bilhões de
e não como presente.
francos cie investimentos". Dêsse total,
A questão complicou-se ainda em con seqüência das tendências de socializa
70 bilhões deveriam provir dos próprios recursos dos agricultores e das empre
ção que se- manifestaram nos primeiros anos do após-guerra na França. Se os
sas industriais, 140-150 bilhões de cré
particulares tivessem feito os seus in vestimentos simples e definitivamente a
em ouro e divisas, e 240-250 bilhões
seriam fornecidos pela poupança.
custo do Govêmo, isto teria sido um for
despesas com o equipamento e a re-
ditos estrangeiros e de haveres públicos As
77*^
82
estimativa dos INVESTIMEiXTOS DO QUATHIÊNIO (1947-1950) Em bilhões de francos — preços de 1946
Setores
Construções e
Materiais e
obras públicas
equipamentos
Total
53 98 9 7
23,5 100 -24 11,5
56 5 I9S 33 jg 5
1
0
I. Atividades básicas
Carvão Energia elétrica Siderurgia Cimento
7
Máquinas agrícolas
Transportes
Estradas de ferro
64
Q1
Navegação interior
11
9
Estradas de rodagem e ca-
mi^Hões
-
......"223
1
jqq
Agricultura Habitaçao Indústria e comércio
•w,
- 78
313
530
60 660 76
290 _ 264
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170 jq
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734
1720
- (em números redondos).. 1210
1040
2^5o'
O Plano Monnet é, a um tempo só,
niza^o e o aumento de capacidade, 720 b'l''»ões, aproximadamente um terço do total. Com a execução progressiva das
um plano de reconstrução e de constm-
obras, num ritmo mais acelerado do qiie
ção. Os autores do Plano distinguem, além dessas duas, mais uma categoria: a "manutenção diferida", ou seja a execução de obras de renovação que não
o esperado inicialmente, esta última categoria, a das construções, tomou uma parce'a maior do conjunto. Nos investímentos do exercício de 1949, as obras
podiam ser realizadas durante a guerra.
do construção, ou seja "acréscimo do ca-
Dos 2.2.50 bilhões de francos previstos no plano original pe^o quatriênio (1947-
pitai nacional", representam 42% enquanto as reconstruções e a manuten-
19.50), a reconstrução devia absorver l.IOO bilhões ou quase metade, a manu-
Ção diferida, ou sejam a "reconstituição e a manutenção do antigo capital" se
tenção diferida 430 bilhões e a constru-
reduzem em 5S%.
ção propriamente dita, ou seja a mcder-
na Primeira Conferência Econômica Mundial, realizada em 1927. cm Gene
33
te argumento a favor • da socialização.
Ora, o Plano Monnet não é um-plano socialista. É, muito mais do que o Pla no SALTE, um plano dirigista. Seus diversos programas não são realizáveis
bra, o economista inglês Sir Waltlier Layton fez um discurso fulminante con tra a "ilusão dc prc-guerra". Explicou
sem certa intervenção do Govêmo na
que seria ab.surdo comparar permanente
laboração do Govêmo com as próprias organizações da indústria e da agricul
mente a situação do após-gucrra com a
economia particular.
Mas, respeita a
propriedade privada. Visa uma boa co
dc prc-guerra, considerando esta última
tura e esforça-se em obter a moderni
como critério etemo. O que fora des
zação da economia privada mediante
truído não existe mais, e tôda constru
persuasão, e não com medidas compul
ção, seja a título dc reconstrução, de
sórias.
tra denominação, constitui efetivamente
"
Do ponto de vista puramente ecçnó-
O financiamento
um acréscimo do capital nacionab
Todavia, do ponto de vista moral, é
As condições econômicas e políticas, acima mencionadas, explicam,
que as con.struções ultrapassam
até certo ponto, as imperfei
as dcstruições e qiie fica, apesar
ções do e.squema financeiro do
da guerra, um saldo positivo.
P'ano Monnet que, sob èsse
Além
aspecto, está longe de ser mo delar. A necessidade de um fi
disso, a discriminação
aplicada ao Plano Monnet tem também sua justificação do
986
Reconstrução e construção
mico, tais di.scriiuinaçúes não tem gran de significação. Jú depois da primeira guerra mundial foi u.so fazê-las, até que
naturalmente satisfatório- saber
Transportes e comunicações 120 Outros investimentos 70 Total geral
Digestci Econômico
manutenção diferida ou sob qualquer ou
78
n. Outras atividades
/,
,
Digesto EcoNÓNnco
ponto de vista financeiro, pois na Fran ça, como em outros países atingidos pe la guerra, a reconstrução de edifícios ou equipamentos destruídos fica a cargo do Governo, enquanto a modernização
e ampliação dos meios de produção de ve em princípio, ser financiada pelos respectivos proprietários. Se o Govêr-
no contribui a essa tarefa, é um ato ex traordinário, e os subsídios e auxílios à economia popular deveriam, em geral,
nanciamento sólido uão foi des
conhecida, mas, no plano original, os problemas financeiros são trmdos de
uma maneira bastante vaga. Enquan to as despesas são calculadas para todo o quatriênio com a má.xima precisão possível, as- receitas são apenas estima
das para o primeiro ano do Plano (1947), e ainda numa forma extrema mente sumária e hipotética. "Parece bem — diz o Relatório Geral
do sr. Monnet — que não seria desarra-
ser considerados sòmente como credito,
zoado esperar financiar 460 bilhões de
e não como presente.
francos cie investimentos". Dêsse total,
A questão complicou-se ainda em con seqüência das tendências de socializa
70 bilhões deveriam provir dos próprios recursos dos agricultores e das empre
ção que se- manifestaram nos primeiros anos do após-guerra na França. Se os
sas industriais, 140-150 bilhões de cré
particulares tivessem feito os seus in vestimentos simples e definitivamente a
em ouro e divisas, e 240-250 bilhões
seriam fornecidos pela poupança.
custo do Govêmo, isto teria sido um for
despesas com o equipamento e a re-
ditos estrangeiros e de haveres públicos As
Dicesto
34
construção, diretamente a cargo do Govêmo,.foram estimadas em 220 bilhões,
EcoNÓ^aco
pesas com o Plano MoiintJt passaram através de vários canais.
Parcialmente
representando 48% dos investimentos to
foram custeadas pelos recursos do orça
tais.
mento gerai, na maior parte por em
Os.próprios autores estavam, ao que
préstimos internos e exlernn.s, e pela mo- •
Dicesto Econômico
res. Não sòmente em números abso lutos mas também em relação à renda
nacional, os investimentos do Plano Mon net .são um múltiplo dos do Plano
.SALTE. Já as despesas do primeiro ano
S5
previa que a balança de pagamentos cor
rentes da Franpa acusaria em 194S ape nas um déficit de 115 bilhões de fran
cos. Ora, o déficit do ano passado ele
vou-se a 1.892 bilhões, ultrapassando
parece, conscientes da insuficiência dêsse esquema e afirmaram que as possi
bilização de fundos existente.s no es
trangeiro, mas é quase impos.sjvel dis
do Plano Monnet (1947), de 460 bi lhões de francos, absorveram cêrca de
bilidades e moda'idades de financiamen
criminar exatamente cm que proporção
9% da renda nacional da França, enquan
mo do déficit. Em vez de 1950, espera-
to deveriam ser determinadas "pelas ins tituições interessadas, especialmente pe
essas diversas fontes contribuíram para
to que as despesas com o Plano SALTE correspondem apenas a 2-3% da renda
se agora apenas em 1952 chegar a una equilíbrio.
lo Conselho Nacional de Crédito". Mas
só idos — e inesperados — afluem agora
êsse órgão, como as outras instituições
dos Estados Unidos, através do Plano
nacional do Brasil. A despesa gover namental com o Plano Monnet. em 1949, eleva-sc a 794 bilhões de francos, ou se-
se grandes e incontestáveis sucessos. A
o financiamento do Plano. Recursos mais
especializadas, rião se- ocupou demasia
Marshall.
damente com os problemas financeiros
de auxílio norte-americano serão direta
ía cérca de 3 bilhões de cló'ares — 18
do Plano. Coube, na prática, exclusiva
mente, ou mediante revenda pelo Go vêmo francês, aplicados ao l^lano Mon
vôzes mais do que a despesa lotai deste «no com o Plano SALTE. Mesmo le vando em conta que mais do que um
mente ao Govêmo encontrar uma so
lução.
Os bens oriundos do plano
net.
Deve-se reconhecer que o
No esquema financeiro para
Governo da França cumpriu
1949, os auxí'ios norte-ameri
esta delicada tarefa com verda
canos
deira virtuosidade, mediante um processo pouco comum. O
Parcela da mesma ordem de
figuram
com
36,456.
grandeza (37,6%) será finan
dois anos virtualmente fora da legisla
ciada por impostos. A parte dos empréstimos fica reduzida em 13%,
ção, Seu nome e sua existência foram
e os restantes 13% deverão ser custeados
apenas, às vezes, mencionados em di
por diversos recursos internos e o pro duto das reparações. O Relatório Pleven insiste com razão .sobre o fato de que o contribuinte norte-americano participa
Plano
Monnet ficou
durante
versas Ifls, mas oficialmente nunca a Assembléia Nacional fora chamada a
votar créditos para esse fim.
Disse a
respeito o deputado René Pleven, no re
do financiamento do* Plano Monnet qua
latório da Comissão de Finanças de 4 de fevereiro de 1949, sôbre a nova lei
se com o mesmo montante que o contri buinte francês.
de investimentos:
"Nenhuma sanção legislativa prévia
interveio para autorizar a entrada em
vigor do Plano. E, até à data em que apresentamos este Relatório, o Parlamen to não conhecia o Plano senão por via
indireta, e, poder-se-ia dizer, pelo viés de suas incidências financeiras, por oca
sião de propostas de créditos ou auto rizações de despesas inscritas nos or çamentos extraordinários ou nos proje
tos de lei especiais." Como indicam essas alusões, as des
Funcionamento do Flano
Os defeitos do esquema financeiro do Plano original não reduzem os méritos desta grande obra. O Plano Monnet constitui um empreendimento extraor dinário. Para evidenciar seu alcance,
eis alguns algarismos:
tôrço das dc.spesas com o Plano Mon net são atualmente financiadas pelos «mericanos, o esforço do povo francês de assumir tal fardo fica respeitável. Os efeitos dêsse grande esforço" não deixaram de manifestar-se. Decerto,
«s repercussões financeiras foram pou co favoráveis. Foi em vão que os auto
res do ■ plano Monnet in.sistlram desde
ainda de 13% o do ano anterior.
Mes
mo em dólares, verifica-se um acrésci
Mas, com estas falligis, confrontam-
produção nacional aumentou num rit mo muito mais rápido do que foi previs
to. A produção.industrial, em 1946 re duzida a 76% do nível de pré-guerra (1938=100), passou já em 1948 a
114,5, e a produção agrícola no mesmo tempo de 82 a 98, resultando assim uma produção geral de 110. Não_ parece,
pois, e.xagerado, prever, em 1949, novo acréscimo para 120.
Êsse grande progresso constitui urMt justificação para o Plano Monnet e para o planejamento em gera'. O Parlamen to francês apreciou francamente o su
o princípio na necessidade de execu tá-lo sem inflação. Embora as princi pais causas da inflação residissem sem
cesso do Plano, como também o idealis
dúvida em outros terrenos e a França
zadores. Perdoou magnàniniamente os
mo e o senso realístico dos seus organi
iá conhecesse períodos inflacionistas an pequenos pecados contra o direito orçates da guerra, sem planejamento a'gum, pientário na introdução e na execução parece provável que a realização do pla do Plano Monnet. Em vez de dificultar no de investimento em 1947 e 1948, sem a realização desta grande obra com ar adequados meios de financiamento, te gumentos formalísticos, os juristas, tão nha agravado as dificuldades monetá numerosos na Câmara francesa, regula rias.
Pode-se também admitir que, no do
mínio cambial, os prognósticos do Plano não se confirmaram. O Plano original
rizaram a situação sem ressentimentos e
sem mesquinharias. Reconheceram, por assim dizer, o Plano Monnet como filho legítimo do -gênio francês.
Os 2.250 biliões de francos, previstos no Plano original para investimentos no quatriênio, representaram na época um montante de quase 20 bilhões de dóla i iWi •
11 •
Dicesto
34
construção, diretamente a cargo do Govêmo,.foram estimadas em 220 bilhões,
EcoNÓ^aco
pesas com o Plano MoiintJt passaram através de vários canais.
Parcialmente
representando 48% dos investimentos to
foram custeadas pelos recursos do orça
tais.
mento gerai, na maior parte por em
Os.próprios autores estavam, ao que
préstimos internos e exlernn.s, e pela mo- •
Dicesto Econômico
res. Não sòmente em números abso lutos mas também em relação à renda
nacional, os investimentos do Plano Mon net .são um múltiplo dos do Plano
.SALTE. Já as despesas do primeiro ano
S5
previa que a balança de pagamentos cor
rentes da Franpa acusaria em 194S ape nas um déficit de 115 bilhões de fran
cos. Ora, o déficit do ano passado ele
vou-se a 1.892 bilhões, ultrapassando
parece, conscientes da insuficiência dêsse esquema e afirmaram que as possi
bilização de fundos existente.s no es
trangeiro, mas é quase impos.sjvel dis
do Plano Monnet (1947), de 460 bi lhões de francos, absorveram cêrca de
bilidades e moda'idades de financiamen
criminar exatamente cm que proporção
9% da renda nacional da França, enquan
mo do déficit. Em vez de 1950, espera-
to deveriam ser determinadas "pelas ins tituições interessadas, especialmente pe
essas diversas fontes contribuíram para
to que as despesas com o Plano SALTE correspondem apenas a 2-3% da renda
se agora apenas em 1952 chegar a una equilíbrio.
lo Conselho Nacional de Crédito". Mas
só idos — e inesperados — afluem agora
êsse órgão, como as outras instituições
dos Estados Unidos, através do Plano
nacional do Brasil. A despesa gover namental com o Plano Monnet. em 1949, eleva-sc a 794 bilhões de francos, ou se-
se grandes e incontestáveis sucessos. A
o financiamento do Plano. Recursos mais
especializadas, rião se- ocupou demasia
Marshall.
damente com os problemas financeiros
de auxílio norte-americano serão direta
ía cérca de 3 bilhões de cló'ares — 18
do Plano. Coube, na prática, exclusiva
mente, ou mediante revenda pelo Go vêmo francês, aplicados ao l^lano Mon
vôzes mais do que a despesa lotai deste «no com o Plano SALTE. Mesmo le vando em conta que mais do que um
mente ao Govêmo encontrar uma so
lução.
Os bens oriundos do plano
net.
Deve-se reconhecer que o
No esquema financeiro para
Governo da França cumpriu
1949, os auxí'ios norte-ameri
esta delicada tarefa com verda
canos
deira virtuosidade, mediante um processo pouco comum. O
Parcela da mesma ordem de
figuram
com
36,456.
grandeza (37,6%) será finan
dois anos virtualmente fora da legisla
ciada por impostos. A parte dos empréstimos fica reduzida em 13%,
ção, Seu nome e sua existência foram
e os restantes 13% deverão ser custeados
apenas, às vezes, mencionados em di
por diversos recursos internos e o pro duto das reparações. O Relatório Pleven insiste com razão .sobre o fato de que o contribuinte norte-americano participa
Plano
Monnet ficou
durante
versas Ifls, mas oficialmente nunca a Assembléia Nacional fora chamada a
votar créditos para esse fim.
Disse a
respeito o deputado René Pleven, no re
do financiamento do* Plano Monnet qua
latório da Comissão de Finanças de 4 de fevereiro de 1949, sôbre a nova lei
se com o mesmo montante que o contri buinte francês.
de investimentos:
"Nenhuma sanção legislativa prévia
interveio para autorizar a entrada em
vigor do Plano. E, até à data em que apresentamos este Relatório, o Parlamen to não conhecia o Plano senão por via
indireta, e, poder-se-ia dizer, pelo viés de suas incidências financeiras, por oca
sião de propostas de créditos ou auto rizações de despesas inscritas nos or çamentos extraordinários ou nos proje
tos de lei especiais." Como indicam essas alusões, as des
Funcionamento do Flano
Os defeitos do esquema financeiro do Plano original não reduzem os méritos desta grande obra. O Plano Monnet constitui um empreendimento extraor dinário. Para evidenciar seu alcance,
eis alguns algarismos:
tôrço das dc.spesas com o Plano Mon net são atualmente financiadas pelos «mericanos, o esforço do povo francês de assumir tal fardo fica respeitável. Os efeitos dêsse grande esforço" não deixaram de manifestar-se. Decerto,
«s repercussões financeiras foram pou co favoráveis. Foi em vão que os auto
res do ■ plano Monnet in.sistlram desde
ainda de 13% o do ano anterior.
Mes
mo em dólares, verifica-se um acrésci
Mas, com estas falligis, confrontam-
produção nacional aumentou num rit mo muito mais rápido do que foi previs
to. A produção.industrial, em 1946 re duzida a 76% do nível de pré-guerra (1938=100), passou já em 1948 a
114,5, e a produção agrícola no mesmo tempo de 82 a 98, resultando assim uma produção geral de 110. Não_ parece,
pois, e.xagerado, prever, em 1949, novo acréscimo para 120.
Êsse grande progresso constitui urMt justificação para o Plano Monnet e para o planejamento em gera'. O Parlamen to francês apreciou francamente o su
o princípio na necessidade de execu tá-lo sem inflação. Embora as princi pais causas da inflação residissem sem
cesso do Plano, como também o idealis
dúvida em outros terrenos e a França
zadores. Perdoou magnàniniamente os
mo e o senso realístico dos seus organi
iá conhecesse períodos inflacionistas an pequenos pecados contra o direito orçates da guerra, sem planejamento a'gum, pientário na introdução e na execução parece provável que a realização do pla do Plano Monnet. Em vez de dificultar no de investimento em 1947 e 1948, sem a realização desta grande obra com ar adequados meios de financiamento, te gumentos formalísticos, os juristas, tão nha agravado as dificuldades monetá numerosos na Câmara francesa, regula rias.
Pode-se também admitir que, no do
mínio cambial, os prognósticos do Plano não se confirmaram. O Plano original
rizaram a situação sem ressentimentos e
sem mesquinharias. Reconheceram, por assim dizer, o Plano Monnet como filho legítimo do -gênio francês.
Os 2.250 biliões de francos, previstos no Plano original para investimentos no quatriênio, representaram na época um montante de quase 20 bilhões de dóla i iWi •
11 •
Dicesto Econókgco
fffsiêffa ^coHÓmrctx
tico 6 absolutamente inWável. Não nos
poderia organizar econòmicamente a vi
esqueçamos de que esta é, prcei.samente, a tese totalitária, a tese de Hitler e de
da moderna e seria, portanto, um assun to histórico em vez de um regime po
Sta'in.
lítico.
Ora, a \'crdade é que a cultura ociden
tal, no que tem de mais puro e de mais alto — como, por c.xcmplo, a ciência e a prática políticas da Grã-Bretanha —
Plano e democracia Afonso ÀniNos de Melo Franc<j
37
Rousseau — c as razões desta posi ção são muito longas para que as ex ponha aqui — era um adversário do que a moderna tébnica do Direito Constitu cional convencionou chamar a "raciona-
radoxal aos que não tiverem estudado q
vem-sc orientando num sentido oposto, isto c, no sentido de demonstrar a per
meditado o assunto) reside no apègo de.,
feita compatibilidade entre a técnica da
liração do poder". Mas esta posição ne»gativa do genebrês não dizia respeito
masiado às fórmu.as dos grandes teó ricos da democracia. Explico-me melhor^ antes que consciências escandalizadas
liberdade política, coração da democra
apenas à parte de racionalização econô
cia e um maciço anti-liberalisiiio eco
mica da ordem democrática: também
os argumentos de que me servi, em re
dêem à frase que acabo de escrever urn
ser o traço marcante
cente discurso na Câmara dos Deputa
alcance que ela não. possui.
do nosso tempo.
Atendo nesta crônica ao honroso pe-
" dido do diretor do "Digesto Econô
mico", dr. Antônio Gontijo de Carvalho, no sentido de que apresente, adaptados
os objetivos desta vitoriosa publicação, dos, em defesa do Piano SALTE.
Desde logo cumpre salientar que, fa lando embora em nome do meu partido (que colaborara por um dos seus mem bros de destaque, o sr. Odilon Braga, na elaboração do Plano), não foi mi
nha intenção justificar apenas a parti
cipação da agremiação política a que me filio na confecção do trabalho, mas, e
talvez principalmente, deixar bem claro que as-minhas sinceras convicções de-
mocráticas e a rigorosa interpretação que se deve atribuir, a meu ver, ao principio
consHtucional da independência dos poderes em nada se opõem nem prejudi
cam o planejamento da açao administra tiva dos Governos.
Ao contrário, parece-rne fora de dú vida nue o plano economico-social do
Govêmrdevetó tomar-se com c temA<^^z características insepararUderna democracia, poi, Iror dificilmente serão atendidos os com plexo problemas seja do povo sem de queuma ação governativa preced.da plano de conjunto. ^
O grande mal da política democráti
ca (e esta afirmativa só parecerá pa
Desejo salientar que há certos funda mentos dá doutrina democrática que ser
virão sempre do alicerces à construção da democracia, mas outros existem que correspondem não aos aspectos doutri nários da democracia, ao que ela tem
de autentico, de permanente, de irre dutível à marcha da História, mas que correspondem sòmente às condições eco
nômicas de períodos históricos já trans postos. Numa crônica ligeira como esta, e para fins de simplificação, proponho designar os fundamentos transitórios da
democracia classica, dependentes de con dições econômicas desaparecidas, com o nome de elemento liberai da democracia,
Aqui con\cm vol tarmos no que atrás ficou indicado, com
dos.
estatal e absolutamente inevitável, con
cluiríamos melancòlicamente que nas so ciedades modernas o Governo democrá
no de partidos polí ticos. No entanto, é falando
de
em
partidos
nome
que
tualmente se estabe
deputados invocam
lece por causa da importância dos no mes que defende
seau para combater
as idéias de Rous a racionalização eco
nômica, sem perce
ram tais princípios mortos, n
berem a contradição
começar
em que se acham... Quanto a Montes quieu, nunca é de
pelos de J. J.
apegam os que de
ciedades modernas o intervencionismo
gimentação da von tade popular em tõr-
.
moderna pode não ter nada de liberal,
nós estivéssemos convencidos de que a liberdade política, cuja técnica de rea lização ó afinal o escopo da democracia, depende da liberdade econômica, então, diante do fato inelutável de que nas so
ria possí\'el a arre-
A confusão habi
seau e Montesquieu.
Com efeito, se
Rousseau nunca se
relação a certos ele mentos primitivos da democracia, que de vem ser abandona
adotando a fecunda sugestão de Hans Kelsen, segundo a qual a democracia 110 sentido econômico.
impediria a raciona lização da sua parte política. Por exem plo, se seguíssemos a
nômico, que parece
A
.Rousseau
se
mais relembrar que
a atual critica jurí
sejam a atomização libera', da clemocru;
cia a Montesquieu os que se aferram a uma interpretação absurdamente rígida
dica combate forte
mente a extensão que os panegirístas e comentadores do "Espírito das Leis" en
do princípio da separação ou indepen
tenderam de dar à sua famosa teoria da
dência do.s podere.s políticos.
separação dos poderes. Teoria que aliás
Se formos dar a certas passagens do
nem é de Montesquieu, pois ja vem
"Contrato Social" o sentido que lhes deu o liberalismo econômico do século pas
exposta com tôda clareza na "Política"
sado, ó evidente que a democracia não
Mostrando os , enganos da interpreta-
de Aristóteles.
Dicesto Econókgco
fffsiêffa ^coHÓmrctx
tico 6 absolutamente inWável. Não nos
poderia organizar econòmicamente a vi
esqueçamos de que esta é, prcei.samente, a tese totalitária, a tese de Hitler e de
da moderna e seria, portanto, um assun to histórico em vez de um regime po
Sta'in.
lítico.
Ora, a \'crdade é que a cultura ociden
tal, no que tem de mais puro e de mais alto — como, por c.xcmplo, a ciência e a prática políticas da Grã-Bretanha —
Plano e democracia Afonso ÀniNos de Melo Franc<j
37
Rousseau — c as razões desta posi ção são muito longas para que as ex ponha aqui — era um adversário do que a moderna tébnica do Direito Constitu cional convencionou chamar a "raciona-
radoxal aos que não tiverem estudado q
vem-sc orientando num sentido oposto, isto c, no sentido de demonstrar a per
meditado o assunto) reside no apègo de.,
feita compatibilidade entre a técnica da
liração do poder". Mas esta posição ne»gativa do genebrês não dizia respeito
masiado às fórmu.as dos grandes teó ricos da democracia. Explico-me melhor^ antes que consciências escandalizadas
liberdade política, coração da democra
apenas à parte de racionalização econô
cia e um maciço anti-liberalisiiio eco
mica da ordem democrática: também
os argumentos de que me servi, em re
dêem à frase que acabo de escrever urn
ser o traço marcante
cente discurso na Câmara dos Deputa
alcance que ela não. possui.
do nosso tempo.
Atendo nesta crônica ao honroso pe-
" dido do diretor do "Digesto Econô
mico", dr. Antônio Gontijo de Carvalho, no sentido de que apresente, adaptados
os objetivos desta vitoriosa publicação, dos, em defesa do Piano SALTE.
Desde logo cumpre salientar que, fa lando embora em nome do meu partido (que colaborara por um dos seus mem bros de destaque, o sr. Odilon Braga, na elaboração do Plano), não foi mi
nha intenção justificar apenas a parti
cipação da agremiação política a que me filio na confecção do trabalho, mas, e
talvez principalmente, deixar bem claro que as-minhas sinceras convicções de-
mocráticas e a rigorosa interpretação que se deve atribuir, a meu ver, ao principio
consHtucional da independência dos poderes em nada se opõem nem prejudi
cam o planejamento da açao administra tiva dos Governos.
Ao contrário, parece-rne fora de dú vida nue o plano economico-social do
Govêmrdevetó tomar-se com c temA<^^z características insepararUderna democracia, poi, Iror dificilmente serão atendidos os com plexo problemas seja do povo sem de queuma ação governativa preced.da plano de conjunto. ^
O grande mal da política democráti
ca (e esta afirmativa só parecerá pa
Desejo salientar que há certos funda mentos dá doutrina democrática que ser
virão sempre do alicerces à construção da democracia, mas outros existem que correspondem não aos aspectos doutri nários da democracia, ao que ela tem
de autentico, de permanente, de irre dutível à marcha da História, mas que correspondem sòmente às condições eco
nômicas de períodos históricos já trans postos. Numa crônica ligeira como esta, e para fins de simplificação, proponho designar os fundamentos transitórios da
democracia classica, dependentes de con dições econômicas desaparecidas, com o nome de elemento liberai da democracia,
Aqui con\cm vol tarmos no que atrás ficou indicado, com
dos.
estatal e absolutamente inevitável, con
cluiríamos melancòlicamente que nas so ciedades modernas o Governo democrá
no de partidos polí ticos. No entanto, é falando
de
em
partidos
nome
que
tualmente se estabe
deputados invocam
lece por causa da importância dos no mes que defende
seau para combater
as idéias de Rous a racionalização eco
nômica, sem perce
ram tais princípios mortos, n
berem a contradição
começar
em que se acham... Quanto a Montes quieu, nunca é de
pelos de J. J.
apegam os que de
ciedades modernas o intervencionismo
gimentação da von tade popular em tõr-
.
moderna pode não ter nada de liberal,
nós estivéssemos convencidos de que a liberdade política, cuja técnica de rea lização ó afinal o escopo da democracia, depende da liberdade econômica, então, diante do fato inelutável de que nas so
ria possí\'el a arre-
A confusão habi
seau e Montesquieu.
Com efeito, se
Rousseau nunca se
relação a certos ele mentos primitivos da democracia, que de vem ser abandona
adotando a fecunda sugestão de Hans Kelsen, segundo a qual a democracia 110 sentido econômico.
impediria a raciona lização da sua parte política. Por exem plo, se seguíssemos a
nômico, que parece
A
.Rousseau
se
mais relembrar que
a atual critica jurí
sejam a atomização libera', da clemocru;
cia a Montesquieu os que se aferram a uma interpretação absurdamente rígida
dica combate forte
mente a extensão que os panegirístas e comentadores do "Espírito das Leis" en
do princípio da separação ou indepen
tenderam de dar à sua famosa teoria da
dência do.s podere.s políticos.
separação dos poderes. Teoria que aliás
Se formos dar a certas passagens do
nem é de Montesquieu, pois ja vem
"Contrato Social" o sentido que lhes deu o liberalismo econômico do século pas
exposta com tôda clareza na "Política"
sado, ó evidente que a democracia não
Mostrando os , enganos da interpreta-
de Aristóteles.
DiCESTO EcONÓkHOo -?■!
38
Dicksto
EcoNóxnco
39
I
ção clássica da obra de Montescjuieu, um
chamava um programa. Go\'cmar naque^ j|
da Universidade de Straburgo, não he
les tempos da primeira Hepúljlica era mais fáci' do que lioje. Não preten- '
sita em escrever que "por mais espa
do com isto diminuir em nada as propor»
lhada que ela seja, esta maneira de compreender e de apresentar as idéias
çôes dos grandes estadistas que tive mos, um Rodrigues Alves, um Calóge»
constitucionais do "Espírito das Leis" é
ras, um Rio Branco.
jurista de hoje, o çrofessor Eisenmann,
Mas a verdade po
de ser apresentada de outra forma: na Democracia é, repetimos ainda, uma quele tempo havia dificuldades cujos retécnica de liberdade política. Sobretudo , médios eram conhecidos pela experiên
errada".
independência dos poderes. Era ainda uma conseqüência da interpretação" er
também suscitada, é por igual sem fun
rada do princípio de Monlesquieii. Pro
que prevê é fixa, embora as autori zações se distribuam por vários exer
curei demonstrar, não com argumentos
cícios consecutivos.
te dos Estado.s" Unidos, a iinprocedência de tal dúvida. A luta da Suprema Corte com o bom-senso, na época do primeiro
novidade nisto, dentro da nossa téc
período de governo de Franklin Roose-
velt terminou, como não podia deixar dc
cia alheia, e confíava-se cm tais remé
terminar, com aquilo a que Jackson de
Mas nada impede que os dirigentes, li vremente escolhidos e livremente critica
dios. Hoje tudo são ensaios, mesmo para os maiores países; ninguém pode
senso".
dos, empreendam um severo programa
prever o resultado da.s medidas toma
econômico anti-liberal.
das, o que diminui muito a nossa con
Se isto se passa numa democracia sar algo de semelhante entre nós? Sobre
tudo levando-se em conta que o Plano SALTE nada tem, propriamente, de antiliberal, pois o seu objetivo principal é permitir que o Governo lance mão de
grandes recursos públicos a fim de esti mular a iniciativa particular. O de que
fiança nelas. Eis porque governar é hoje mais difícil; navegamos sem bús sola num mar desconhecido.
Por isto mesmo, hoje o programa s« transformou em plano, e não é mais li teratura de candidato, porém necessidade de quem já se acha no poder. Permito-me, a êste respeito, transcre ma referido:
gerais mínimas, em matéria de valoriza ção do homem e de disponibilidade de
A diferença entre plano e programa, que tem sido, mais de uma vez, objeto de
tiva particular encontre melhor campo de expansão. Por isto mesmo não hesito em con
siderar o Plano SALTE como capitalis ta, e mesmo pré-capitalísta. Num país de desenvolvimento econômico retardado,
como o nosso, os planos socialistas são
ainda prematuros. O de que se trata é de tomar possível a criação de rique za, esta acumu'ação nacional de que.o socialismo será uma conseqüência fatal,
qualquer que seja o nome que adote no futuro.
Antigamente os governos, ou antes os candidatos aos governos, nas 'fa
Figueiredo chamou "a reação do bomNão temos mais o direito de reiniciar
aqui aquela luta ociosa. A Constituição não pode ser niuica inteqjretada no sentido de opô-la, em respeito às fórmu las mortas, ao progresso e ao bem-estar nacional.
Finalmente, a questão orçamentária.
Não há nenhuma
nica orçamentiíria, conforme indiquei com a menção de um decreto de 1922
que já pre\ia as despesas repartidas por vários e.xercícios financeiros, embora au
torizadas por uma só lei. Aí estão, em rápido resumo, alguns argumentos em favor da viabilidade constihicíona! do Plano SALTE.
Por in
fringir a Constituição não poderá ê'e ser recusado.
Se acham que não deve ser
transformado em lei, que procurem ou tros motivos, motivos de ordem econó-
mico-financeira, que a'iás, não foram su ficientemente alegados e, ainda menos,, provados.
ver os .seguintes tópicos do discurso aci
se trata, no fundo, é de criar condições
recursos comuns, a fim de que a inicia
O plano é lei, e a despesa
subjetivo.s, porém com a história recen
da liberdade na escolha dos dirigentes.
como a inglêsa, por que não se pode pas
damento.
críticas no debate do Plano SALTE, mo parece irrelevante. Na minha opinião, plano é programa transformado em loi. Não é senão a crista'ização de um pro grama teórico dentro dc um texto le
gislativo. Desde que tenhamos con feccionado e aprovado, no seio do Con gresso, êsse texto legislativo, com as q'^^"
lidades intrínsecas que a lei deve possuir, essa lei terá consubstanciado um plano,
tera mudado um programa teórico num capítu'o de direito objetivo, terá trans
formado- um simples anseio político em
texto específico e de realização concreta." Outra dúvida que se levantou dentro da
mosas plataformas lidas em banquetes
Câmara e fora dela versava sobre a pre tendida inconstitucionalidade do plano,
solenes, apresentavam o que então se
no que toca ao preceito constitucional da
A poptilação operária da Grã-Bretanha, sèriamente reduzida,no primeiro ano do após-guerra, aumentou rapidamente durante o ano de 1948. Segundo estatísOcas que acabam de ser publicadas pelo Ministério do Trabalho, o número de
trabalhadores em atividade, na Grã-Bretanha, em pns do novembro, eJevava-se a 20.400.000, ultrapassando em cerca de 600.000 o nível de meados de 1939, poiíco _ ante^ de irromper a segunda guerra mundial. Êsse aumento deve-se exclusiva mente ao grande número de mulheres recentemente engajadas nos diferèntes se tores da produção, ao ponto de compensar o número de homeris que deixaram o trabalho. Por outro lado, continua pequeno o número de desempregados: côrca de 327.000 no comôço de dezembro, representando apenas 1 e meio por cento de tôda
a população industrial.
DiCESTO EcONÓkHOo -?■!
38
Dicksto
EcoNóxnco
39
I
ção clássica da obra de Montescjuieu, um
chamava um programa. Go\'cmar naque^ j|
da Universidade de Straburgo, não he
les tempos da primeira Hepúljlica era mais fáci' do que lioje. Não preten- '
sita em escrever que "por mais espa
do com isto diminuir em nada as propor»
lhada que ela seja, esta maneira de compreender e de apresentar as idéias
çôes dos grandes estadistas que tive mos, um Rodrigues Alves, um Calóge»
constitucionais do "Espírito das Leis" é
ras, um Rio Branco.
jurista de hoje, o çrofessor Eisenmann,
Mas a verdade po
de ser apresentada de outra forma: na Democracia é, repetimos ainda, uma quele tempo havia dificuldades cujos retécnica de liberdade política. Sobretudo , médios eram conhecidos pela experiên
errada".
independência dos poderes. Era ainda uma conseqüência da interpretação" er
também suscitada, é por igual sem fun
rada do princípio de Monlesquieii. Pro
que prevê é fixa, embora as autori zações se distribuam por vários exer
curei demonstrar, não com argumentos
cícios consecutivos.
te dos Estado.s" Unidos, a iinprocedência de tal dúvida. A luta da Suprema Corte com o bom-senso, na época do primeiro
novidade nisto, dentro da nossa téc
período de governo de Franklin Roose-
velt terminou, como não podia deixar dc
cia alheia, e confíava-se cm tais remé
terminar, com aquilo a que Jackson de
Mas nada impede que os dirigentes, li vremente escolhidos e livremente critica
dios. Hoje tudo são ensaios, mesmo para os maiores países; ninguém pode
senso".
dos, empreendam um severo programa
prever o resultado da.s medidas toma
econômico anti-liberal.
das, o que diminui muito a nossa con
Se isto se passa numa democracia sar algo de semelhante entre nós? Sobre
tudo levando-se em conta que o Plano SALTE nada tem, propriamente, de antiliberal, pois o seu objetivo principal é permitir que o Governo lance mão de
grandes recursos públicos a fim de esti mular a iniciativa particular. O de que
fiança nelas. Eis porque governar é hoje mais difícil; navegamos sem bús sola num mar desconhecido.
Por isto mesmo, hoje o programa s« transformou em plano, e não é mais li teratura de candidato, porém necessidade de quem já se acha no poder. Permito-me, a êste respeito, transcre ma referido:
gerais mínimas, em matéria de valoriza ção do homem e de disponibilidade de
A diferença entre plano e programa, que tem sido, mais de uma vez, objeto de
tiva particular encontre melhor campo de expansão. Por isto mesmo não hesito em con
siderar o Plano SALTE como capitalis ta, e mesmo pré-capitalísta. Num país de desenvolvimento econômico retardado,
como o nosso, os planos socialistas são
ainda prematuros. O de que se trata é de tomar possível a criação de rique za, esta acumu'ação nacional de que.o socialismo será uma conseqüência fatal,
qualquer que seja o nome que adote no futuro.
Antigamente os governos, ou antes os candidatos aos governos, nas 'fa
Figueiredo chamou "a reação do bomNão temos mais o direito de reiniciar
aqui aquela luta ociosa. A Constituição não pode ser niuica inteqjretada no sentido de opô-la, em respeito às fórmu las mortas, ao progresso e ao bem-estar nacional.
Finalmente, a questão orçamentária.
Não há nenhuma
nica orçamentiíria, conforme indiquei com a menção de um decreto de 1922
que já pre\ia as despesas repartidas por vários e.xercícios financeiros, embora au
torizadas por uma só lei. Aí estão, em rápido resumo, alguns argumentos em favor da viabilidade constihicíona! do Plano SALTE.
Por in
fringir a Constituição não poderá ê'e ser recusado.
Se acham que não deve ser
transformado em lei, que procurem ou tros motivos, motivos de ordem econó-
mico-financeira, que a'iás, não foram su ficientemente alegados e, ainda menos,, provados.
ver os .seguintes tópicos do discurso aci
se trata, no fundo, é de criar condições
recursos comuns, a fim de que a inicia
O plano é lei, e a despesa
subjetivo.s, porém com a história recen
da liberdade na escolha dos dirigentes.
como a inglêsa, por que não se pode pas
damento.
críticas no debate do Plano SALTE, mo parece irrelevante. Na minha opinião, plano é programa transformado em loi. Não é senão a crista'ização de um pro grama teórico dentro dc um texto le
gislativo. Desde que tenhamos con feccionado e aprovado, no seio do Con gresso, êsse texto legislativo, com as q'^^"
lidades intrínsecas que a lei deve possuir, essa lei terá consubstanciado um plano,
tera mudado um programa teórico num capítu'o de direito objetivo, terá trans
formado- um simples anseio político em
texto específico e de realização concreta." Outra dúvida que se levantou dentro da
mosas plataformas lidas em banquetes
Câmara e fora dela versava sobre a pre tendida inconstitucionalidade do plano,
solenes, apresentavam o que então se
no que toca ao preceito constitucional da
A poptilação operária da Grã-Bretanha, sèriamente reduzida,no primeiro ano do após-guerra, aumentou rapidamente durante o ano de 1948. Segundo estatísOcas que acabam de ser publicadas pelo Ministério do Trabalho, o número de
trabalhadores em atividade, na Grã-Bretanha, em pns do novembro, eJevava-se a 20.400.000, ultrapassando em cerca de 600.000 o nível de meados de 1939, poiíco _ ante^ de irromper a segunda guerra mundial. Êsse aumento deve-se exclusiva mente ao grande número de mulheres recentemente engajadas nos diferèntes se tores da produção, ao ponto de compensar o número de homeris que deixaram o trabalho. Por outro lado, continua pequeno o número de desempregados: côrca de 327.000 no comôço de dezembro, representando apenas 1 e meio por cento de tôda
a população industrial.
1 T*»
41
Dicesto Econômico
Problema da industrialização no Brasil pM ARTIGOS anteriores tivemos oca-
ligam estreita e diretamente ao traba'ho
^ sião de apontar que a industrializa
e ao empreendimento.
ção no Brasil é recente. O consenso so cial só neste século, mercê dos tropeços
problema delicado.
pelos quais tem passado a agricultura
rarefeita, sem uma tradição cie trabalho
brasileira, tomou-se favorável ao desen volvimento da grande industria, embora
sòlidamcnte constituída, visto que a ex tinção da escravatura data de apenas 60
Do tal maneira se tem feito sentir a necessidade de amparar o trabalhador
Paí.s clc população
anos, sente falta de mão-de-obra quali
ro", a 9 de dezembro de 1944: "Nossas
12 escolas do Engenharia e Arquitetura,"
minguado sistema de formação profissio nal, terão que ser multiplicadas por 10". Quanto à obtenção de operários ajus tados aos misteres da indústria, dc tal ma neira se tem feito sentir a sua fa'ta qu6 a Confederação Nacional de Indústria
resolveu criar, às suas expensas, o Serviço Nacional de Aprendiza
var se vem impondo no quadro nacional, atendendo, quase com
buído eficazmente, em todo o
pletamente. às necessidades do
país e particularmente em São
consumo interno.
Paulo, para que se possam obter
gem Industrial, que tem contri
ij ,
■ o Primeiro Congresso Nacional de Inj'
-profissionais aptos a trabalhar no nosso parque industrial. O nível de vida do trabalhador do industoalizaçao realidade,bravá- Brasil é precário. Mesmo no Estado de
u Primeira Cqnterencia das
aãs^es Produtoras mostraram, entielanf to que, para
sileira y™ r j ^^r atacados. Sem nos problemas dev contarmos com
^ °
.
aproveitamento de energia hidrelétrica, permitindo maior disseminação dos cen tos industriais pelo teiritono brasileiro, há outros fatôres a considerar que se
São Phu'o, onde desfrutam os operários uma situação sem par, está ele muito
abaixo do nível de vida dos demais paí ses industriais.
lidariedade entro empregados e empre gadores Percebendo que a continua
desvalorização çionetária tem .sido a cau sa de que a elevação dos salários seja
O consumo médio de
um paulista é, segundo cálculos do Dr. Roberto Simonsen, 2 vêzcs superior ao do brasileiro em geral; o Estado de São Â
Mas, a nossa
Legi.s]ação Traba'hista, ao fazê-lo, não cionamento; os salários acima do salá
rio mínimo não foram reajustados de modo a aumentar proporcionalmente em relação ao aumento permitido no nível inferior da escala de trabalho, e o resul tado disto foi a e.\istência de um nivela
mento por baixo. Empregados qualifi cados nos viírios graus profissionais den tro da área de aumento, não tendo seus
salários proporcionalmente elevados, vi
ram-se colocado.s quase ao mesmo nível
mais ilusória que real, êste ser
de empregados não qualificados; sentindo-se prejudicados, reagi
tornar possível a e^evaçao do salario real dos operários. A sua
ram principalmente pe'a redução
viço procura, no setor industrial,
tivemos oportunidade de obser
delas - a de cimento - como já
atendeu completamente a certas condi ções indispensáveis ao seu perfeito fun
lhoria geral do meio clc vida de todo o país o aperfeiçoamento moral e cívico o o desenvolvimento do espírito de so
de países industrialmente mais adianta
principiam a tomar vulto sendo que, uma
fixar salários mínimos.
dos trabalhadores e .suas famílias. Para isso procura, dc todas as formas, a me
correr no mercado internacional com as
econômica do país não forem resolvidos. As indústrias de energia e combustíveis, de cimento, de ferro e aço e de petróleo
que. ao lado dos serviços dc assistência
tem por objetivo promover o bem-estar
para a indústria mas, até mesmo, de
cialmente não podem ser ignoradas. Foi justamente a idéia de que a um mínimo fisiológico de existência se deve sobrepor um mínimo social de existên cia, que levou o Govêmo brasileiro a
social criado.s pelos governos dos viirios Estado.s e pelo federal, a Confederação Nacional de Indústria criou, cm 1946, o
Serviço Social da Indústria. Tal ser\'içp
Precisa-se não só de técnicos
engenheiros. Basta considerar que con no entanto, ganham terreno dia a tamos, hoje, no país todo, com pouco dia. mais de 10.000 engcnheiro.s. Daí, as A indústria têxtil coloca-se hoje em ' palavras do engenheiro Henrique Lcfèvre, pronunciadas no "Dia do Engenhei um plano elevado, começando já a con
se- prob'emas fundamentais da estrutura
nam dia a dia indispensáveis e que, se fisiològicamente não se justificam, so
norte-americano.
demais ramos da atividade industrial,
dos. Não poderá, todavia, ir muito além
grande.s regiões empobrecidas. Se to dio do brasileiro veremos que, em 1945, era mínimo, 2o vezes menor que o do
A mão-de-obra, no Brasil, constitui um
ficada.
vestida, pois com a evolução sociifl há uma série de comodidades que se tor
marmos cm consideração o consumo mé
Dorival Teixeira Vieira
- predomine, ainda, no conjunto de indus trias, aquelas diretamente ligadas à ati vidade agríco'a — as de alimentação. Os
Pau'o, porem, apesar de gozar dessa situação privilegiada, possui, até hoje,
atuação se estende até mesmo à assistência mcdico-samtána.
da produtividade, de modo que hoje a fixação dos salários míni mos, além de socialmente injusta, tem-se mostrado econòmicamente impro
A obser\'ação destes fatos levou o dutiva. Uma outra condição a que não Governo brasileiro a tomar uma séne de, se obedeceu foi a de.se garantir relativa medidas referente.s à organização do tra estabilidade do poder de compra da balho sendo de se notar, particularmen moeda, e nosso salário mínimo tem, por
te a fixação do saMrio mínimo. Dia a dia vem-Se tornando mais nítido o
problema da necessidade de haver maior justiça social na distribuição dos rendi mentos, se quisermos realmente garan tir a harmonia e a paz social.
Hoje em dia é verdade assente que" o salário fisiológico é incompatível com
a dignidade humana, e que não basta ao homem trabalhar para river e manter
süa família precariamente alimentada e
isso, sido antes nominal que real; seria
necessário que ele pudesse ser medido em têniios de aumento das possibilida
des de adquirir mercadorias e serviços. Mas, isto ocorria apenas na ocasião em que era estabelecido, pois que, com a desvalorização monetária num momen
to posterior, a vantagem da fixação de saparece porque a elevação geral dos
preços reduz o poder de compra das tf.,
1 T*»
41
Dicesto Econômico
Problema da industrialização no Brasil pM ARTIGOS anteriores tivemos oca-
ligam estreita e diretamente ao traba'ho
^ sião de apontar que a industrializa
e ao empreendimento.
ção no Brasil é recente. O consenso so cial só neste século, mercê dos tropeços
problema delicado.
pelos quais tem passado a agricultura
rarefeita, sem uma tradição cie trabalho
brasileira, tomou-se favorável ao desen volvimento da grande industria, embora
sòlidamcnte constituída, visto que a ex tinção da escravatura data de apenas 60
Do tal maneira se tem feito sentir a necessidade de amparar o trabalhador
Paí.s clc população
anos, sente falta de mão-de-obra quali
ro", a 9 de dezembro de 1944: "Nossas
12 escolas do Engenharia e Arquitetura,"
minguado sistema de formação profissio nal, terão que ser multiplicadas por 10". Quanto à obtenção de operários ajus tados aos misteres da indústria, dc tal ma neira se tem feito sentir a sua fa'ta qu6 a Confederação Nacional de Indústria
resolveu criar, às suas expensas, o Serviço Nacional de Aprendiza
var se vem impondo no quadro nacional, atendendo, quase com
buído eficazmente, em todo o
pletamente. às necessidades do
país e particularmente em São
consumo interno.
Paulo, para que se possam obter
gem Industrial, que tem contri
ij ,
■ o Primeiro Congresso Nacional de Inj'
-profissionais aptos a trabalhar no nosso parque industrial. O nível de vida do trabalhador do industoalizaçao realidade,bravá- Brasil é precário. Mesmo no Estado de
u Primeira Cqnterencia das
aãs^es Produtoras mostraram, entielanf to que, para
sileira y™ r j ^^r atacados. Sem nos problemas dev contarmos com
^ °
.
aproveitamento de energia hidrelétrica, permitindo maior disseminação dos cen tos industriais pelo teiritono brasileiro, há outros fatôres a considerar que se
São Phu'o, onde desfrutam os operários uma situação sem par, está ele muito
abaixo do nível de vida dos demais paí ses industriais.
lidariedade entro empregados e empre gadores Percebendo que a continua
desvalorização çionetária tem .sido a cau sa de que a elevação dos salários seja
O consumo médio de
um paulista é, segundo cálculos do Dr. Roberto Simonsen, 2 vêzcs superior ao do brasileiro em geral; o Estado de São Â
Mas, a nossa
Legi.s]ação Traba'hista, ao fazê-lo, não cionamento; os salários acima do salá
rio mínimo não foram reajustados de modo a aumentar proporcionalmente em relação ao aumento permitido no nível inferior da escala de trabalho, e o resul tado disto foi a e.\istência de um nivela
mento por baixo. Empregados qualifi cados nos viírios graus profissionais den tro da área de aumento, não tendo seus
salários proporcionalmente elevados, vi
ram-se colocado.s quase ao mesmo nível
mais ilusória que real, êste ser
de empregados não qualificados; sentindo-se prejudicados, reagi
tornar possível a e^evaçao do salario real dos operários. A sua
ram principalmente pe'a redução
viço procura, no setor industrial,
tivemos oportunidade de obser
delas - a de cimento - como já
atendeu completamente a certas condi ções indispensáveis ao seu perfeito fun
lhoria geral do meio clc vida de todo o país o aperfeiçoamento moral e cívico o o desenvolvimento do espírito de so
de países industrialmente mais adianta
principiam a tomar vulto sendo que, uma
fixar salários mínimos.
dos trabalhadores e .suas famílias. Para isso procura, dc todas as formas, a me
correr no mercado internacional com as
econômica do país não forem resolvidos. As indústrias de energia e combustíveis, de cimento, de ferro e aço e de petróleo
que. ao lado dos serviços dc assistência
tem por objetivo promover o bem-estar
para a indústria mas, até mesmo, de
cialmente não podem ser ignoradas. Foi justamente a idéia de que a um mínimo fisiológico de existência se deve sobrepor um mínimo social de existên cia, que levou o Govêmo brasileiro a
social criado.s pelos governos dos viirios Estado.s e pelo federal, a Confederação Nacional de Indústria criou, cm 1946, o
Serviço Social da Indústria. Tal ser\'içp
Precisa-se não só de técnicos
engenheiros. Basta considerar que con no entanto, ganham terreno dia a tamos, hoje, no país todo, com pouco dia. mais de 10.000 engcnheiro.s. Daí, as A indústria têxtil coloca-se hoje em ' palavras do engenheiro Henrique Lcfèvre, pronunciadas no "Dia do Engenhei um plano elevado, começando já a con
se- prob'emas fundamentais da estrutura
nam dia a dia indispensáveis e que, se fisiològicamente não se justificam, so
norte-americano.
demais ramos da atividade industrial,
dos. Não poderá, todavia, ir muito além
grande.s regiões empobrecidas. Se to dio do brasileiro veremos que, em 1945, era mínimo, 2o vezes menor que o do
A mão-de-obra, no Brasil, constitui um
ficada.
vestida, pois com a evolução sociifl há uma série de comodidades que se tor
marmos cm consideração o consumo mé
Dorival Teixeira Vieira
- predomine, ainda, no conjunto de indus trias, aquelas diretamente ligadas à ati vidade agríco'a — as de alimentação. Os
Pau'o, porem, apesar de gozar dessa situação privilegiada, possui, até hoje,
atuação se estende até mesmo à assistência mcdico-samtána.
da produtividade, de modo que hoje a fixação dos salários míni mos, além de socialmente injusta, tem-se mostrado econòmicamente impro
A obser\'ação destes fatos levou o dutiva. Uma outra condição a que não Governo brasileiro a tomar uma séne de, se obedeceu foi a de.se garantir relativa medidas referente.s à organização do tra estabilidade do poder de compra da balho sendo de se notar, particularmen moeda, e nosso salário mínimo tem, por
te a fixação do saMrio mínimo. Dia a dia vem-Se tornando mais nítido o
problema da necessidade de haver maior justiça social na distribuição dos rendi mentos, se quisermos realmente garan tir a harmonia e a paz social.
Hoje em dia é verdade assente que" o salário fisiológico é incompatível com
a dignidade humana, e que não basta ao homem trabalhar para river e manter
süa família precariamente alimentada e
isso, sido antes nominal que real; seria
necessário que ele pudesse ser medido em têniios de aumento das possibilida
des de adquirir mercadorias e serviços. Mas, isto ocorria apenas na ocasião em que era estabelecido, pois que, com a desvalorização monetária num momen
to posterior, a vantagem da fixação de saparece porque a elevação geral dos
preços reduz o poder de compra das tf.,
'-■V*
çr-
DiGESTO ECONÓMIC^i 'I
42
dicações para aumento de salário e veri
de industrialização. Ê essa dificuldade de mão-de-obra e esse baixo nível de vida do operariado que explicam por«
fica-se uma verdadeira corrida entre os
que as nossas empresas industriais de
unidades monetárias recebidas. Em con seqüência disto, têm crescido as reivin
preços dos bens e serviços e os preços da mão-de-obra.
Os descontentamentos
são recíprocos, tanto na classe patronal quanto na classe trabalhadora, facilitan
do o desentendimento que perturba o ri tmo normal de atividade econômica do
pais.
É verdade que parte dessas leis
trabalhistas não foram ditadas por mo
tivos de ordem estritamente econômica e
financeira, mas sim devido a imperati vos de ordem político-sociah
Certas ideologias políticas que, vindas
de fora, se introduziram no país, têm contribuído para perturbar a ordem so cial e dificultar a tarefa de desenvolvi
mento da produção brasileira e, parti
cularmente, da industria'; por isso, vá rias reformas sociais foram introduzidas. Muitas delas, entretanto, obedecendo an tes a motivos políticos de momento, fo ram realizadas sem as pesquisas e in quéritos indispensáveis e, como conse qüência, causaram perturbações no cam po do trabalho. Por isso. os benefícios que a orientação da política social tra balhista do BrasP pretendia dar às clas ses trabalhadoras foram muito menores
do que os apregoados. Esta legislação desordenada, perturbando a justiça do trabalho, contribuiu, em parte, para a queda da produtividade de vu'toso nú
grande vulto se criam com maior di
ficuldade; ao lado do empreendimento propriamente dito é preciso, não raro^ construir verdadeiras cidades para qu® se possa obter a mão-de-obra indispen sável. Haja vista para o caso dc Vo'ta Redonda, da Companhia Vale do Rio
Doce, da Fábrica Nacional de Motores^ da Usina do Cubatão, para citar apenas algumas.
Além destes problemas concernentes
ao trabalho devemos considerar, ainda, os do empreendimento. A desvalorização
monetária que o país tem sofrido, a bern
dizer crônicamentc, dificn*ta previsões
por facilitar extrema instabilidade de preços.
Com isto, não só í> risco auinen-
ta, como também as possibilidades de
falência de um empreendimento novo se tornam muíto mais fáceik
Este mesmo fenômeno monetário promais, um desarmamento
aiiandegario, a despeito do aparente protecionismo da política comerei al bra-
direitos alfandegários são
calculados em valores nominais e não
ternacional de Comércio e Emprego, fi cou provado ser o nosso país um dos.
baixas tarifas do mundo.
Os próprios
leiro a promover um reajustamentó ta
com isso, obter-se mellior justiça so
rifário na base de 40% de aumento ad
cial.
valorem.
remos de considerar ta' legislação como
um dos fatôres de perturbação do ritmo
Cría-se, assim, um círculo vicioso, do
qual cumpre fugir. Somente a diversifi
cação da estrutura econômica do Brasil
poderá permitir que se obtenha maior
solidez econômica e, graças a ela, se
consiga estabilizar o valor da moeda,
Sem contarmos com a escassez de
energia e deficiência de transportes qüe tivemos ocasião de apontar, vfemos ain
máquinas e ferramentas, possui siderur
gia incipiente, é pobre em energia
combustíveis e, para resolver os pro blemas de sua indústria, necessitará, nio ponto de partida, obter os bens ins trumentais mínimos e indispensáveis à sua emancipação. E isto sô será pos co
sível por compra no exterior, de onde
ser necessária a existência de divisas.
Com o capital estrangeiro seria
tanto no mercado interno quan
'possível obtê-las direta e ime-
to no mercado internacional. O
k-
zeiro e sua instabilidade provo-
1
to
IJO
—-
fraco poder de compra do cru-
I*
^
cam entretanto, por oütro lado,
desconfiança, o que leva à con-
i'
tração de crédito e dificulta a obtenção de capitais necessários ao desenvolvi
mento da indústria.
.
diatamente. Se, no entanto, recorrermos ao capital nacional
•
O problema da obtenção de capitais vem sendo. ú'tímamente, mais ainda di ficultado devido a uma crescente camríanha de nacionalismo mal compreendi do Brada-se pela não ingerência do caoital estrangeiro nos nossos empreen
dimentos básicos, mas o problema con siste antes em condicionar o emprego desse capital de modo a não toma-lo neritioso ou nocivo ao desenvo vimento
Lonómico e social ou à independência
política da nação, do que em impedir
o capital técnico pròpriamente dito e a sua «pressão monetár.a, O capital, tal
participantes da Conferência, em conse qüência, autorizaram o Governo brasi
,ção não tiver a chancela dos fatos, te
da os empreendimentos industriais serem retardados pe'a precariedade de nosso crédito c pela carência de capitais.
isto é verdade que, na Conferência In
trabalhista, no qual se procura conse
Enquanto, porém, esta consolida-
43
a sua entrada pura e simplesmente.
que apresentavam, em conjunto, as mais
guir melhor ajustamento das partes e,
Econókoco
Se reajustam com a mesma velocidade com que a moeda se desvaloriza. Tanto
mero de indivíduos.
Encontramo-nos, atualmente, num período que se pode chamar de sistematização da legislação
DlCESTO
Há além disso, uma confusão entre
como o entendemos, é o conjunto de
bens instrumentais necessários a pro dução da riqueza; são as máquinas, os instrumentos, lubrificantes, combustíveis, matérias-primas necessárias à obtenção dc uma determinada mercadoria. A moeda, aí, representa tão somente o instrumento mediante o qual se toma
apenas, sendo êle sabidamente insuficiente, restaria ao país apenas o recurso a novas ^emissões e a nacionalização de empreendimentos, pa ra que com o papel-moeda emitido pos sa o Estado realizar o capital das em
presas nascentes indispensáveis ao de
senvolvimento industrial do Brasil. O mesmo será, porém, nominal, e deverá
converter-se em capital real pela com
pra dos bens de produção indispensá veis ao funcionamento da emprêsa. Mas, estaS novas emissões terão o po der de desvalorizar a moeda no mer
cado internacional, dificultando a obten
ção de divisas e tomando quase proi bitiva a obtenção da maquinaria e demais
bens
instrumentais
necessários
aos empreendimentos novos. Além disso,, no mercado intemo, a desvalorização de-
coiTente destas emissões provocará uma
elevação de preços que agravará os pro blemas de mão-de-obra. É preciso, pois,
ter bem presente na memória estes fatos e suas repercussões, antes de se tomarem atitudes extremadas capazes de compro
meter um programa de industrialização no qual o país se vem empenhando. Não nos esqueçamos de que a indus
possível obter esses bens in trumentais.
trialização no Brasil é recente porque o
início de industrialização.
aos movimentas de criação e expansão da.
Ora, já afirmamos que o Brasil está em Carece de
consenso
social tem sido desfavorável
'-■V*
çr-
DiGESTO ECONÓMIC^i 'I
42
dicações para aumento de salário e veri
de industrialização. Ê essa dificuldade de mão-de-obra e esse baixo nível de vida do operariado que explicam por«
fica-se uma verdadeira corrida entre os
que as nossas empresas industriais de
unidades monetárias recebidas. Em con seqüência disto, têm crescido as reivin
preços dos bens e serviços e os preços da mão-de-obra.
Os descontentamentos
são recíprocos, tanto na classe patronal quanto na classe trabalhadora, facilitan
do o desentendimento que perturba o ri tmo normal de atividade econômica do
pais.
É verdade que parte dessas leis
trabalhistas não foram ditadas por mo
tivos de ordem estritamente econômica e
financeira, mas sim devido a imperati vos de ordem político-sociah
Certas ideologias políticas que, vindas
de fora, se introduziram no país, têm contribuído para perturbar a ordem so cial e dificultar a tarefa de desenvolvi
mento da produção brasileira e, parti
cularmente, da industria'; por isso, vá rias reformas sociais foram introduzidas. Muitas delas, entretanto, obedecendo an tes a motivos políticos de momento, fo ram realizadas sem as pesquisas e in quéritos indispensáveis e, como conse qüência, causaram perturbações no cam po do trabalho. Por isso. os benefícios que a orientação da política social tra balhista do BrasP pretendia dar às clas ses trabalhadoras foram muito menores
do que os apregoados. Esta legislação desordenada, perturbando a justiça do trabalho, contribuiu, em parte, para a queda da produtividade de vu'toso nú
grande vulto se criam com maior di
ficuldade; ao lado do empreendimento propriamente dito é preciso, não raro^ construir verdadeiras cidades para qu® se possa obter a mão-de-obra indispen sável. Haja vista para o caso dc Vo'ta Redonda, da Companhia Vale do Rio
Doce, da Fábrica Nacional de Motores^ da Usina do Cubatão, para citar apenas algumas.
Além destes problemas concernentes
ao trabalho devemos considerar, ainda, os do empreendimento. A desvalorização
monetária que o país tem sofrido, a bern
dizer crônicamentc, dificn*ta previsões
por facilitar extrema instabilidade de preços.
Com isto, não só í> risco auinen-
ta, como também as possibilidades de
falência de um empreendimento novo se tornam muíto mais fáceik
Este mesmo fenômeno monetário promais, um desarmamento
aiiandegario, a despeito do aparente protecionismo da política comerei al bra-
direitos alfandegários são
calculados em valores nominais e não
ternacional de Comércio e Emprego, fi cou provado ser o nosso país um dos.
baixas tarifas do mundo.
Os próprios
leiro a promover um reajustamentó ta
com isso, obter-se mellior justiça so
rifário na base de 40% de aumento ad
cial.
valorem.
remos de considerar ta' legislação como
um dos fatôres de perturbação do ritmo
Cría-se, assim, um círculo vicioso, do
qual cumpre fugir. Somente a diversifi
cação da estrutura econômica do Brasil
poderá permitir que se obtenha maior
solidez econômica e, graças a ela, se
consiga estabilizar o valor da moeda,
Sem contarmos com a escassez de
energia e deficiência de transportes qüe tivemos ocasião de apontar, vfemos ain
máquinas e ferramentas, possui siderur
gia incipiente, é pobre em energia
combustíveis e, para resolver os pro blemas de sua indústria, necessitará, nio ponto de partida, obter os bens ins trumentais mínimos e indispensáveis à sua emancipação. E isto sô será pos co
sível por compra no exterior, de onde
ser necessária a existência de divisas.
Com o capital estrangeiro seria
tanto no mercado interno quan
'possível obtê-las direta e ime-
to no mercado internacional. O
k-
zeiro e sua instabilidade provo-
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to
IJO
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fraco poder de compra do cru-
I*
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cam entretanto, por oütro lado,
desconfiança, o que leva à con-
i'
tração de crédito e dificulta a obtenção de capitais necessários ao desenvolvi
mento da indústria.
.
diatamente. Se, no entanto, recorrermos ao capital nacional
•
O problema da obtenção de capitais vem sendo. ú'tímamente, mais ainda di ficultado devido a uma crescente camríanha de nacionalismo mal compreendi do Brada-se pela não ingerência do caoital estrangeiro nos nossos empreen
dimentos básicos, mas o problema con siste antes em condicionar o emprego desse capital de modo a não toma-lo neritioso ou nocivo ao desenvo vimento
Lonómico e social ou à independência
política da nação, do que em impedir
o capital técnico pròpriamente dito e a sua «pressão monetár.a, O capital, tal
participantes da Conferência, em conse qüência, autorizaram o Governo brasi
,ção não tiver a chancela dos fatos, te
da os empreendimentos industriais serem retardados pe'a precariedade de nosso crédito c pela carência de capitais.
isto é verdade que, na Conferência In
trabalhista, no qual se procura conse
Enquanto, porém, esta consolida-
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a sua entrada pura e simplesmente.
que apresentavam, em conjunto, as mais
guir melhor ajustamento das partes e,
Econókoco
Se reajustam com a mesma velocidade com que a moeda se desvaloriza. Tanto
mero de indivíduos.
Encontramo-nos, atualmente, num período que se pode chamar de sistematização da legislação
DlCESTO
Há além disso, uma confusão entre
como o entendemos, é o conjunto de
bens instrumentais necessários a pro dução da riqueza; são as máquinas, os instrumentos, lubrificantes, combustíveis, matérias-primas necessárias à obtenção dc uma determinada mercadoria. A moeda, aí, representa tão somente o instrumento mediante o qual se toma
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presas nascentes indispensáveis ao de
senvolvimento industrial do Brasil. O mesmo será, porém, nominal, e deverá
converter-se em capital real pela com
pra dos bens de produção indispensá veis ao funcionamento da emprêsa. Mas, estaS novas emissões terão o po der de desvalorizar a moeda no mer
cado internacional, dificultando a obten
ção de divisas e tomando quase proi bitiva a obtenção da maquinaria e demais
bens
instrumentais
necessários
aos empreendimentos novos. Além disso,, no mercado intemo, a desvalorização de-
coiTente destas emissões provocará uma
elevação de preços que agravará os pro blemas de mão-de-obra. É preciso, pois,
ter bem presente na memória estes fatos e suas repercussões, antes de se tomarem atitudes extremadas capazes de compro
meter um programa de industrialização no qual o país se vem empenhando. Não nos esqueçamos de que a indus
possível obter esses bens in trumentais.
trialização no Brasil é recente porque o
início de industrialização.
aos movimentas de criação e expansão da.
Ora, já afirmamos que o Brasil está em Carece de
consenso
social tem sido desfavorável
"/'TV'
44
Dicmsto Econónuco '
indústria brasileira; ela se limita quase totalmente ao mercado interno e seu
tanto precisará desenvolver a indústria, mas necessário se torna tainljém que
niaior volume se refere a bens de con
seja ela real c não artificial.
sumo, principalmente os de alimentação
<2ia de uma planificação industrial inte ligentemente traçada, onde os problemas
tudo, que seja consentãnea com os re cursos do país, de.senvolvendo-se ao lado de uma agricultora pD'imorfa, sem prejuízo da base agrícola já e.xistcnle. Não nos cs(picçaino.s, sobretudo, que a economia bra.sileira é dc tipo reflexo;
econômicos do país sejam analisados em
os movimentos do comércio internacional
conjunto, para que não se consiga.o de
repercaitem intensa e imediatamente na
senvolvimento industrial h custa da atro
economia do país. Por isso, toma-se di
fia de outros ramos da atividade. E' fo
fícil dizer até que ponto será possível
e tecidos.
Cumpre notar, além do mais, que as possibi idades de desenvolvimento das in
dústrias básicas dependem da exísten-
ra de dúvida que o Brasil precisa cons
tituir uma economia comp'exa e para
Paridade de preçes e neder aaulsítívc dcs prcdutcres
E. sobre
prever a expan.são e viabilidade de nos
so parque industrial.
Aldo M. Azevedo
Aque.síão do poder aquisitivo das diver.so.s catcgoria.s dc pr.jcuüorcs, es
tudada cm função do preço relati vo dos rcspccli\üs produtos cm con fronto com os demais valores do mercado, ainda permite novas apre
ciações mais nos aproximam do uma conclusão imparcial "e cbietiva. baseiam nas esta tísticas dc preços médios que acompanliaram o artigo "índices de Preços no Brasil"» tl'^ autoria de um dos nossos crnincntcs economistas, Otávio Gouveia 1
Biilliões, c publicado no número IL
de iunho de 1948. da REVISTA BRASILEIHA DE ECONOMIA. .
Mno sendo - como -jú acentuei anlo(V. "DIGESTO ECONüMI-
C^ n.° 46, de. setembro de 1948) uma medida absoluta do poder aquisitivo a comparação dos pre
Há anos que se debatem questões
referentes à paridade dos preços agríco'as e industriais, sem o menor resul tado.
Não bá, realmente, nada abso
luto em tal problema, pois se introduzem flutuações resultantes não só do
progresso técnico em cada ramo de ati vidade, como conseqüentes de outras causas fortuitas''; como o depau
peramento das tenas, aumento das dis tâncias, as variações climáticas, as pra
gas etc. O presente trabalho não pre tende resover tal questão controverti
da. Seu objetivo é bem mais modesto,
pois ^não vai além da focalização de um método de comparação e a apre
sentação dos resultados encontrados, considerando as estatísticas de preços de 1938 é 1947, conforme a publicação já referida, que se baseia nos dados oficiais do
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatís
ços e suas variações entre duas épocas, pa^
tica.
Para atingir mais claramente êsse objètivo, tei'emos á vista uma relação de gê
ra cada artigo em fun ção de outros, serve entretanto para dar uma idéia das flutua
ções do poder de com pra notadamente en tre'produtos preveni-
Ammcui-se oficialmente em Nova Deli, que foi descoberta im-portante jazida '
de minenos no pequeno Estado de Sandur, na Provínòia de Madras. O depósito i compreende sobretudo ferro e manganês, e apresenta traços de ouro e cobre As ocorrâncias de manganês sao estimadas pelo menos em 2.500.00Q toneladas. 'Êsse Estado exportou, abas, entre 1927 e 1948, mais de 1.700.000 toneladas de nuinga. nês e suas reservas em.ferro ultrapassariam 170.000.000 de toneladas
neros de a'imentação,
alguns de produção diretamente
agrícola
entes de grupos econômicos, partindo de
e outros que sofrem transformaç-ões
uma suposta paridade ou equivalência. O presente trabalho tem por escopo apresentar essa comparação, especial
te
mente quanto aos dois principais gru
pos de produtorès — agrícolas e indus triais — que geralmente se apreciam
reciprocamente com maus olhos, sem ra zão aleuma, aliás.
industriais.
Também
verificar
será
interessan
comparativamente
ou
tros artigos, de menor ou maior transformação industrial, como os têxteis e materiais de construção, es
colhendo sempre aqueles de con sumo necessário e indispensável. As sim, depois dessas confrontações, que
"/'TV'
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Dicmsto Econónuco '
indústria brasileira; ela se limita quase totalmente ao mercado interno e seu
tanto precisará desenvolver a indústria, mas necessário se torna tainljém que
niaior volume se refere a bens de con
seja ela real c não artificial.
sumo, principalmente os de alimentação
<2ia de uma planificação industrial inte ligentemente traçada, onde os problemas
tudo, que seja consentãnea com os re cursos do país, de.senvolvendo-se ao lado de uma agricultora pD'imorfa, sem prejuízo da base agrícola já e.xistcnle. Não nos cs(picçaino.s, sobretudo, que a economia bra.sileira é dc tipo reflexo;
econômicos do país sejam analisados em
os movimentos do comércio internacional
conjunto, para que não se consiga.o de
repercaitem intensa e imediatamente na
senvolvimento industrial h custa da atro
economia do país. Por isso, toma-se di
fia de outros ramos da atividade. E' fo
fícil dizer até que ponto será possível
e tecidos.
Cumpre notar, além do mais, que as possibi idades de desenvolvimento das in
dústrias básicas dependem da exísten-
ra de dúvida que o Brasil precisa cons
tituir uma economia comp'exa e para
Paridade de preçes e neder aaulsítívc dcs prcdutcres
E. sobre
prever a expan.são e viabilidade de nos
so parque industrial.
Aldo M. Azevedo
Aque.síão do poder aquisitivo das diver.so.s catcgoria.s dc pr.jcuüorcs, es
tudada cm função do preço relati vo dos rcspccli\üs produtos cm con fronto com os demais valores do mercado, ainda permite novas apre
ciações mais nos aproximam do uma conclusão imparcial "e cbietiva. baseiam nas esta tísticas dc preços médios que acompanliaram o artigo "índices de Preços no Brasil"» tl'^ autoria de um dos nossos crnincntcs economistas, Otávio Gouveia 1
Biilliões, c publicado no número IL
de iunho de 1948. da REVISTA BRASILEIHA DE ECONOMIA. .
Mno sendo - como -jú acentuei anlo(V. "DIGESTO ECONüMI-
C^ n.° 46, de. setembro de 1948) uma medida absoluta do poder aquisitivo a comparação dos pre
Há anos que se debatem questões
referentes à paridade dos preços agríco'as e industriais, sem o menor resul tado.
Não bá, realmente, nada abso
luto em tal problema, pois se introduzem flutuações resultantes não só do
progresso técnico em cada ramo de ati vidade, como conseqüentes de outras causas fortuitas''; como o depau
peramento das tenas, aumento das dis tâncias, as variações climáticas, as pra
gas etc. O presente trabalho não pre tende resover tal questão controverti
da. Seu objetivo é bem mais modesto,
pois ^não vai além da focalização de um método de comparação e a apre
sentação dos resultados encontrados, considerando as estatísticas de preços de 1938 é 1947, conforme a publicação já referida, que se baseia nos dados oficiais do
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatís
ços e suas variações entre duas épocas, pa^
tica.
Para atingir mais claramente êsse objètivo, tei'emos á vista uma relação de gê
ra cada artigo em fun ção de outros, serve entretanto para dar uma idéia das flutua
ções do poder de com pra notadamente en tre'produtos preveni-
Ammcui-se oficialmente em Nova Deli, que foi descoberta im-portante jazida '
de minenos no pequeno Estado de Sandur, na Provínòia de Madras. O depósito i compreende sobretudo ferro e manganês, e apresenta traços de ouro e cobre As ocorrâncias de manganês sao estimadas pelo menos em 2.500.00Q toneladas. 'Êsse Estado exportou, abas, entre 1927 e 1948, mais de 1.700.000 toneladas de nuinga. nês e suas reservas em.ferro ultrapassariam 170.000.000 de toneladas
neros de a'imentação,
alguns de produção diretamente
agrícola
entes de grupos econômicos, partindo de
e outros que sofrem transformaç-ões
uma suposta paridade ou equivalência. O presente trabalho tem por escopo apresentar essa comparação, especial
te
mente quanto aos dois principais gru
pos de produtorès — agrícolas e indus triais — que geralmente se apreciam
reciprocamente com maus olhos, sem ra zão aleuma, aliás.
industriais.
Também
verificar
será
interessan
comparativamente
ou
tros artigos, de menor ou maior transformação industrial, como os têxteis e materiais de construção, es
colhendo sempre aqueles de con sumo necessário e indispensável. As sim, depois dessas confrontações, que
46
Dicesto
Eco.vónoco
funcionam como verdadeiras "amostras , poderemos realizar uma idéia
Entre os que já recebem as trans formações industriais, podemos escolher
fiiutétíca do que se passou na vida prática, principalmente para os indivíduos mais chegados, por suas atividades, aos grupos estudados.
o açúcar refinado.
47
Dicesto EcoNÓ>nco
O cafeicultor podia comprar, com 10 kg. de café Santos, tipo 4, mole, o se
O-T dois anos extremos do decênio, pode remos organizar outras tabelas semelhan tes à do poder aquisitivo do arroz.
guinte:
Como matérias-primas, registramos o
algodão paulista. Entre os produtos industriais, figuram o morim de algodão e a enxada. Veja
Poder de compra de 10 kg. de café Santos Outros artigos, em unidades
Em 1938
de 1938 a 1947.
Batata, saco de 60 kg
0,50
0,48
Feijão, saco de 60 kg
0,49 31,16
0,61 42.26
0,74
1,04
Como alimentos desprovidos de Bene-
ficiamento industrial, por sua ■ pequena
O plantador de arroz podia adquirir, mediante o pagamento de um saco com
Leite, litro
transformação, foram destacados o arroz
60 kg., o seguinte, cm quantidade de
Míiho, saco de 60 kg
•o café.
outros artigos:
0,23
0 51
18,15
33,36
Ó!eo de algodao, kg
6,23
Biscoito Maria,_ kg
2.54
5,95 5,35
Goiabada, lata de 1 kg. .
7,19
14 62
A godão pauli.sta tipo 3, 15 kg
0,35
0,57 19,44 10,65
Arroz, saco de 60 kg
Açúcar refinado de l.^ kg. Poder de compra de 60 kg. de arroz
OutfOí artigos, em unidades
Em 1938
Batata, saco" de 60 kg Feijão, saco de 60 kg
2,14
Leite, litro
Milho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Açúcar refinado de l.^ kg Óleo de algodão, kg Biscoito Maria, kg
•
Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro
Saco de juta, um
'
Areia grossa lavada, m3
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg
Em 1947
+ ou —
mos, por conseguinte, o que aconteceu,
* * *
2,10
0,95 1,20
131,90
83,16
3,13 4,23
2,06 1,97
76,83 26,38
65,65
10,69 30,44
1,49 45,22 38,42 3,96 164,87
;
Enxada, tamanho 1, uma
Gasolina pura, litro
Uma ligeira inspeção nessa tabela evi dencia logo que o arroz, ou seu plan tador, perdeu terreno em poder aqui sitivo, de 1938 para'1947. Dos 18 ar tigos ali relacionados, o arroz só con seguiu um aumento de poder de com pra em face de 2, cimento e gasolina, ambos produtos bastante industriahzados,
Em 1947
.11,69 10,54 28,78
+ —
—
—
—
—
—
—
89,10
9,79
54.58
32,54
8,12 70,66
5,67 117,68
—
55,61% 42,86% 36,95% 34,20% 53,43%
14,55% 55,69% 1,40% 5,46%
24,84% 15,40%
1,12
38,26 20,95 2,88
7,19
ou
45,47% —
. 4—
—
+
27,28% 45,96%
36,16% 40,37% 30,18% 66,54%
sendo um de importação. Dos gêneros alimentícios, o arroz teve uma pequena redução somente em relação ao biscoito Maria e à goiabada. Nos demais casos
a perda de poder aquistwo variou de 14,55% até - 55,69%.
Repetindo o processo de cálculo quan titativo e percentual da variação entre
10,68
Morim de aigodão, metro
9,08 0,93
Saco dc juta um
Areia grossa lavada. m3
1,46
4,00% + 23,14%
-P -p + -h
35,62% 40,54% 121,74% 83,80%
-
4.50%
+ -j-1+ -h
110,63% 103,33% 62,85% 82 02% 17,29%
+ 56,99% + 16,19%
38.96
45,27
Cimento, saco de 42.5 kg Sabão grosso, kg.
1,70 12,90
4,98 16,53
+ 192 94%
Enxada, tamanho 1, uma Gasolina pura, litro
1,92
288
16,69
59,79
-f 50,00% + 258.24%
Táboas de pinho, pe
Ao contrário de seu colega rizicultor, o plantador de café conseguiu conside rável vantagem, quanto ao poder aquisi tivo relativo, no decenio .1938-1947.
unicamente dois artigos - batata e oleo
de caroço de n'godão ^ ficaram ma^ caros em relação ao preço do c.afe. O quadro é bastante expressivo e dispensa comentários. Entretanto, como o saco de
juta e a enxada são os dois artigos da
.
+ 28,14%
produção industrial mais visados pelos agricultores que se queixam do encarecimento da vida no Brasil, é interessan
te assina'ar o fato de ter o café, em 1947,
a possibilidade de adquirir maiores quan
tidades desses dois artigos por unidade de venda.
Passemos agora ao exame do quê aconteceu com o poder aquisitivo do usineiro de açúcar:
Poder de compra de 100 kg. de açúcar refinado de 1.^
Outros artigos, em unidades Batata, saco de 60 kg
Feijão, saco de 60 kg Leite, litro
Em 1938 2,79 2,74
171,66
Em 1947 1,45 1,83 126,66
ou
- 48,03% - 33,21% - 26,22%
46
Dicesto
Eco.vónoco
funcionam como verdadeiras "amostras , poderemos realizar uma idéia
Entre os que já recebem as trans formações industriais, podemos escolher
fiiutétíca do que se passou na vida prática, principalmente para os indivíduos mais chegados, por suas atividades, aos grupos estudados.
o açúcar refinado.
47
Dicesto EcoNÓ>nco
O cafeicultor podia comprar, com 10 kg. de café Santos, tipo 4, mole, o se
O-T dois anos extremos do decênio, pode remos organizar outras tabelas semelhan tes à do poder aquisitivo do arroz.
guinte:
Como matérias-primas, registramos o
algodão paulista. Entre os produtos industriais, figuram o morim de algodão e a enxada. Veja
Poder de compra de 10 kg. de café Santos Outros artigos, em unidades
Em 1938
de 1938 a 1947.
Batata, saco de 60 kg
0,50
0,48
Feijão, saco de 60 kg
0,49 31,16
0,61 42.26
0,74
1,04
Como alimentos desprovidos de Bene-
ficiamento industrial, por sua ■ pequena
O plantador de arroz podia adquirir, mediante o pagamento de um saco com
Leite, litro
transformação, foram destacados o arroz
60 kg., o seguinte, cm quantidade de
Míiho, saco de 60 kg
•o café.
outros artigos:
0,23
0 51
18,15
33,36
Ó!eo de algodao, kg
6,23
Biscoito Maria,_ kg
2.54
5,95 5,35
Goiabada, lata de 1 kg. .
7,19
14 62
A godão pauli.sta tipo 3, 15 kg
0,35
0,57 19,44 10,65
Arroz, saco de 60 kg
Açúcar refinado de l.^ kg. Poder de compra de 60 kg. de arroz
OutfOí artigos, em unidades
Em 1938
Batata, saco" de 60 kg Feijão, saco de 60 kg
2,14
Leite, litro
Milho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Açúcar refinado de l.^ kg Óleo de algodão, kg Biscoito Maria, kg
•
Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro
Saco de juta, um
'
Areia grossa lavada, m3
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg
Em 1947
+ ou —
mos, por conseguinte, o que aconteceu,
* * *
2,10
0,95 1,20
131,90
83,16
3,13 4,23
2,06 1,97
76,83 26,38
65,65
10,69 30,44
1,49 45,22 38,42 3,96 164,87
;
Enxada, tamanho 1, uma
Gasolina pura, litro
Uma ligeira inspeção nessa tabela evi dencia logo que o arroz, ou seu plan tador, perdeu terreno em poder aqui sitivo, de 1938 para'1947. Dos 18 ar tigos ali relacionados, o arroz só con seguiu um aumento de poder de com pra em face de 2, cimento e gasolina, ambos produtos bastante industriahzados,
Em 1947
.11,69 10,54 28,78
+ —
—
—
—
—
—
—
89,10
9,79
54.58
32,54
8,12 70,66
5,67 117,68
—
55,61% 42,86% 36,95% 34,20% 53,43%
14,55% 55,69% 1,40% 5,46%
24,84% 15,40%
1,12
38,26 20,95 2,88
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ou
45,47% —
. 4—
—
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27,28% 45,96%
36,16% 40,37% 30,18% 66,54%
sendo um de importação. Dos gêneros alimentícios, o arroz teve uma pequena redução somente em relação ao biscoito Maria e à goiabada. Nos demais casos
a perda de poder aquistwo variou de 14,55% até - 55,69%.
Repetindo o processo de cálculo quan titativo e percentual da variação entre
10,68
Morim de aigodão, metro
9,08 0,93
Saco dc juta um
Areia grossa lavada. m3
1,46
4,00% + 23,14%
-P -p + -h
35,62% 40,54% 121,74% 83,80%
-
4.50%
+ -j-1+ -h
110,63% 103,33% 62,85% 82 02% 17,29%
+ 56,99% + 16,19%
38.96
45,27
Cimento, saco de 42.5 kg Sabão grosso, kg.
1,70 12,90
4,98 16,53
+ 192 94%
Enxada, tamanho 1, uma Gasolina pura, litro
1,92
288
16,69
59,79
-f 50,00% + 258.24%
Táboas de pinho, pe
Ao contrário de seu colega rizicultor, o plantador de café conseguiu conside rável vantagem, quanto ao poder aquisi tivo relativo, no decenio .1938-1947.
unicamente dois artigos - batata e oleo
de caroço de n'godão ^ ficaram ma^ caros em relação ao preço do c.afe. O quadro é bastante expressivo e dispensa comentários. Entretanto, como o saco de
juta e a enxada são os dois artigos da
.
+ 28,14%
produção industrial mais visados pelos agricultores que se queixam do encarecimento da vida no Brasil, é interessan
te assina'ar o fato de ter o café, em 1947,
a possibilidade de adquirir maiores quan
tidades desses dois artigos por unidade de venda.
Passemos agora ao exame do quê aconteceu com o poder aquisitivo do usineiro de açúcar:
Poder de compra de 100 kg. de açúcar refinado de 1.^
Outros artigos, em unidades Batata, saco de 60 kg
Feijão, saco de 60 kg Leite, litro
Em 1938 2,79 2,74
171,66
Em 1947 1,45 1,83 126,66
ou
- 48,03% - 33,21% - 26,22%
•,T
DrCESTÓ ECONÓ^OCO
"
'
^ ^
DXCESTÒ ISCt>NÓMlco
48
^íilho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Arroz, saco de 60 kg Óleo de algodão, kg. Biscoito Maria, kg
'...
Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3 Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg Enxada tamanho 1, uma
Gasolina pura, litro
4,07 5.51 1,30 34,33 13,92
3,14 2.99 1,52 17,81 16,05
— -f— +
22,85$ 45,74$ 16,93$ 48,12$ lo,30$
39,61 1,94 58,86 50,00 5,15 214,58 9,36 71,03
43,85 1,70 58,28 31,91 4,38 135,71 14,92 49,56
+ — — — — — -f—
10,09$ 12,37$ 0,99$ 36,18$ 14,95$ 39,76$ 59,40$ 30,23$
10,56
8,64
—
18,18$
• 91,97
179,24
4"
94,89$
Verifica-se fàcilmente que o fabrican-
de importação, e o aumento de preço que
te de açúcar ficou melhor servido do que o plantador de arroz, embora muito longe de obter as vantagens aquisitivas do cafeicultor. Com exceção do arroz, cujo preço variou favoravelmente ao
sofreu, em porcentagem míninui, deve ser atribuído à elevação das taxas do fretes e scguro.s, bem como dos inipostos. Devido à importância da posição eco-
açucar, os demais artigos que deram au-
nómica do algodão paulista, como ma-
mentp de poder de compra ao usíneiro
téria-prima do maior setor industrial, é
são produtos industriais: - biscoito, goia-
indispensável a análise da sitijação do
bada. cimento e gasolina. A gasolina representu um caso à parte, pois é artigo
Em 1938
Em 1947
1,41
0,85 1,07
88,67
74,26
16,25$
2,10
1,84
2,84
1,76
12,38$ 38,02$
Goiabada, lata de 1 kg Arroz, saco de 60 kg. ......... Morim de algodão, metro
Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3
40.98$
24,12$
36,69
29,06
5,45
5,06
47,50
105,08
7,16%
-f 121,22$
c o morim. Em relação ao primeiro —
os preços médios dos anos 1938 e 1947, confrontados com os de 18 artigos de re
gordura vegetal inclispcnsá\el à aMinen-
ferência, não confirmam
a
exagera
tação — houve grande perda; mas, quan to ao morim, o algodão - e possivel mente o seu plantador - saiu ganhando. Mais significativo, porém, é o qua
da alta de preços dos tecidos de algodão. Sua posição é intermediá ria, entre os artigos de maior ele
dro que nos indica o poder aquisitivo do morim. Os tecidos - especialmente
encareceram. Vejamos:
vação de preços e os que
menos
Poder dc compra de 100 metros de morim de algodão Em 1938
Outros artigos, cm unidades
Em 1947
ou
—
47,55%
4,74
2,48
4,65
3,14
32,48$
291,66 6,92 9'36
217,33 5,38 5,14
25,49%
óleo de algodão, kg Biscoito Mana, kg
58,33 23,65
30,36 27,55
22,26$ 45,09$ 0,99$ + 47,61$ + 16,49%
Goiabada, lata de 1 kg
67,31
75,23
+
11,76%
Arroz, saco dc 60 kg
2,21
2,61
•+
10,95% 18,10% 35,54$ 14,06$
••
A^car refinado de l.-\ kg
169,90
AlfTodão paulista tipo 3, 15 kg
Lo de juta. aim
3,29
84,95
171,58 2,93
54,76
58,62
13,49$
Areia grossa lavada, m3
8,75
7,52
10,44
41,12$
Táboas de pinho, pé'
364.58
232,86
20,46 0,67. 30,40
9,41 25.70 0,89
30,87$ + 25,61$ + 32,80$
Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg
15,91 120,69
25,60 85,04
34,16
25,82^
+
18.71
2,66
2,57
i-
— 20,80$ —
guerra. As queixas dos consumidores fo
51,65
12,37% 27,54$ 3,39$
28,22$ 81,15$
ram gerais. Como veremos, entretanto,
17,73 7,19
+
— '
godão em rama para com dois de seus produtos derivados: — o óleo de algodão
Leite, litro Milho, saco de 60 kg Café por 10 kg
+ oíí —
79,56 8,75
os de algodão — tiveram aumentos de preços muito grandes durante os anos da
Feijão, saco de 60 kg
1,44
Biscoito Maria, kg. -••.
O que liá de notável, neste quadro,
110,83 4,83
é a relação de poder de compra do al
apreço:
Feijão, saco de 60 kg. Milho, saco de 60 kg. ......... Café, por 10 kg Açúcar refinado de 1.®> kg Óleo de algodão, kg.
Gasolina pura, litro
Batata, saco de 60 kg
Batata, saco de 60 kg Leite, litro
Sabão grosso, "kg En.xada tamanlio 1, uma
plantador de algodão no decônio em
Poder de compra de 15 kg. de algodão paulista tipo 3 Outros artigos, em unidades
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg
Enxada tamanho 1, uma .
Gasolina pura, litro
'
36,13% + 60.90% 29,54%
17,95
14,82
17,44%
156,25
307,54
+ 96,82%
•,T
DrCESTÓ ECONÓ^OCO
"
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^ ^
DXCESTÒ ISCt>NÓMlco
48
^íilho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Arroz, saco de 60 kg Óleo de algodão, kg. Biscoito Maria, kg
'...
Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3 Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg Enxada tamanho 1, uma
Gasolina pura, litro
4,07 5.51 1,30 34,33 13,92
3,14 2.99 1,52 17,81 16,05
— -f— +
22,85$ 45,74$ 16,93$ 48,12$ lo,30$
39,61 1,94 58,86 50,00 5,15 214,58 9,36 71,03
43,85 1,70 58,28 31,91 4,38 135,71 14,92 49,56
+ — — — — — -f—
10,09$ 12,37$ 0,99$ 36,18$ 14,95$ 39,76$ 59,40$ 30,23$
10,56
8,64
—
18,18$
• 91,97
179,24
4"
94,89$
Verifica-se fàcilmente que o fabrican-
de importação, e o aumento de preço que
te de açúcar ficou melhor servido do que o plantador de arroz, embora muito longe de obter as vantagens aquisitivas do cafeicultor. Com exceção do arroz, cujo preço variou favoravelmente ao
sofreu, em porcentagem míninui, deve ser atribuído à elevação das taxas do fretes e scguro.s, bem como dos inipostos. Devido à importância da posição eco-
açucar, os demais artigos que deram au-
nómica do algodão paulista, como ma-
mentp de poder de compra ao usíneiro
téria-prima do maior setor industrial, é
são produtos industriais: - biscoito, goia-
indispensável a análise da sitijação do
bada. cimento e gasolina. A gasolina representu um caso à parte, pois é artigo
Em 1938
Em 1947
1,41
0,85 1,07
88,67
74,26
16,25$
2,10
1,84
2,84
1,76
12,38$ 38,02$
Goiabada, lata de 1 kg Arroz, saco de 60 kg. ......... Morim de algodão, metro
Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3
40.98$
24,12$
36,69
29,06
5,45
5,06
47,50
105,08
7,16%
-f 121,22$
c o morim. Em relação ao primeiro —
os preços médios dos anos 1938 e 1947, confrontados com os de 18 artigos de re
gordura vegetal inclispcnsá\el à aMinen-
ferência, não confirmam
a
exagera
tação — houve grande perda; mas, quan to ao morim, o algodão - e possivel mente o seu plantador - saiu ganhando. Mais significativo, porém, é o qua
da alta de preços dos tecidos de algodão. Sua posição é intermediá ria, entre os artigos de maior ele
dro que nos indica o poder aquisitivo do morim. Os tecidos - especialmente
encareceram. Vejamos:
vação de preços e os que
menos
Poder dc compra de 100 metros de morim de algodão Em 1938
Outros artigos, cm unidades
Em 1947
ou
—
47,55%
4,74
2,48
4,65
3,14
32,48$
291,66 6,92 9'36
217,33 5,38 5,14
25,49%
óleo de algodão, kg Biscoito Mana, kg
58,33 23,65
30,36 27,55
22,26$ 45,09$ 0,99$ + 47,61$ + 16,49%
Goiabada, lata de 1 kg
67,31
75,23
+
11,76%
Arroz, saco dc 60 kg
2,21
2,61
•+
10,95% 18,10% 35,54$ 14,06$
••
A^car refinado de l.-\ kg
169,90
AlfTodão paulista tipo 3, 15 kg
Lo de juta. aim
3,29
84,95
171,58 2,93
54,76
58,62
13,49$
Areia grossa lavada, m3
8,75
7,52
10,44
41,12$
Táboas de pinho, pé'
364.58
232,86
20,46 0,67. 30,40
9,41 25.70 0,89
30,87$ + 25,61$ + 32,80$
Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg
15,91 120,69
25,60 85,04
34,16
25,82^
+
18.71
2,66
2,57
i-
— 20,80$ —
guerra. As queixas dos consumidores fo
51,65
12,37% 27,54$ 3,39$
28,22$ 81,15$
ram gerais. Como veremos, entretanto,
17,73 7,19
+
— '
godão em rama para com dois de seus produtos derivados: — o óleo de algodão
Leite, litro Milho, saco de 60 kg Café por 10 kg
+ oíí —
79,56 8,75
os de algodão — tiveram aumentos de preços muito grandes durante os anos da
Feijão, saco de 60 kg
1,44
Biscoito Maria, kg. -••.
O que liá de notável, neste quadro,
110,83 4,83
é a relação de poder de compra do al
apreço:
Feijão, saco de 60 kg. Milho, saco de 60 kg. ......... Café, por 10 kg Açúcar refinado de 1.®> kg Óleo de algodão, kg.
Gasolina pura, litro
Batata, saco de 60 kg
Batata, saco de 60 kg Leite, litro
Sabão grosso, "kg En.xada tamanlio 1, uma
plantador de algodão no decônio em
Poder de compra de 15 kg. de algodão paulista tipo 3 Outros artigos, em unidades
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg
Enxada tamanho 1, uma .
Gasolina pura, litro
'
36,13% + 60.90% 29,54%
17,95
14,82
17,44%
156,25
307,54
+ 96,82%
7-*5y^,
V
50
Dicesto
Econó^uco
Poder de compra de 10 enxadas tamanho 1
Outros artigos, em unidades
Em 1938
Batata, saco de 60 kg
Feijão, saco de 60 kg Leite, litro
.
Milho, saco de 60 kg
Café, por 10 kg
'
2,64 2,59 162,50 3,85 5,21 32,50 13,17
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg Arroz, saco de 60 kg Gasolina pura, litro
37,50
1,83 55,71 47,33
4,87 203,12 8,86
+
18.59
+ +
—
+ H-
67,48 36,95 . 5,07 157,14 17,27
67,24'
33,40% 22,32% 36,55%
—
115,79 20,62 50,77 1,97
1,23
57,39 1,76
87,05
207,55
—
+ —
4-
-
O imposto de vendas e consignações e a eapaeida«lc eoulributiva paulista
—
5,72%
—
3,47
Óleo de a'godão, kg
Saco de juta, um
—
3,63
Otl
36,37% 18,15% 9,75%
—
146,66
94,66-
.Areia grossa lavada, m3
-b
1,68 2,12
Açúcar refinado de 1.^, kg Biscoito Maria, kg Goiabada, lata de 1 kg. Algodão paulista tipo 3, 15 kg Morim de algodão, metro
Em 1947
—
+ 4-
41,15%
35,40% 7,65% 21,12% 21,93% 4,10% 22,64% 94,92% 14,65% "43,09% 138,41%
Como se verifica, nem mesmo o fa
vive econòmicamente, mediante as tran
bricante de enxadas pode vangloriar-se de ter conseguido um maior progresso no seu poder de compra, se compararmos
sações, que não passam de troflas do que
sua evolução com o que apresentou o plantador de ca"fé. Mas, fiquemos por aqui. Essas 6 tabelas são suficientes
para que o leitor imparcial que não tenha o espírito
produz (serviço ou artigos quaisquer) pelo que os outros produzem. Por isso, os resultados aqui indicados não são ab solutos nem compreen dem as situações comple tas. Cabe-nos, portanto, a tarefa de integrar o quadro
geral,
cobrindo
obcecado por uma paixão
com a nossa avaliação os
ou por qualquer mania de perseguição, possa fazer uma idéia aproximada da
vazios que circundam os
variação do poder aquisi
cada leitor "parti-pris".
índices aqui revelados. E' o que espero que
tivo dos mais importantes
produtos brasileiros e, indiretamente, de
parto
seus produtores. Uma advertência, porém, deve ser
tigo
já é
boncluí, porque uma
súmula
de
faça, sem De minha
este um
arestu-
do feito segundo o critério aqui feita. Ninguém é produtor ou consu exposto e abrangendo 50 difeíentes armidor de um só artigo. Cada pessoa .tigos de primeira necessidade.
Robiírto Pinto de Souza
QUE.STÃO do aumento do impôsto de vendas e consignações foi muito debatida no término da legislatura paulista do ano passado. O público acompanhou com interesse as discussões travadas na Câmara Estadual e leu aten
to os noticiários e os artigos dos jornais
pagamento do impôsto. Foi essa noção que abriu caminho para as múltiplas íiplicações modernas da progressividade e das discriminações fiscais.
Esta noção ò completada e aprofun
dada pela dc sacrifício mínimo. Não é suficiente tributar-se levando em conta
cou encerrado; cessaram apenas momen-
apenas o esfôrço do contribuinte em função do seu consumo; é preciso con-
tàneamente ns debates, que deverão vol
siderar-se também o impôsto que enO mecanismo e
sôbrc o caso. O assunto porém, não fi tar à bai'a aindj no correr déste ano.
Dado Q grande interêsse despertado e as conseqüências da elevação de um
tal impôsto sôbre a economia paulista, não achamos de.scabido voltarmos a êle novamente. E o vamos fazer, apontan
trave o menos possivti ^
_
o desenvolvimento áa produção.
Êstes dois princípios saívaguaidam ao mesmo tempo o problema do consumo e o da produção, e fazem da teoria mo-
Lrnfda imposição uma doutrina com
do em primeiro lugar alguns aspectos teóricos indispensáveis paru a sua me lhor compreensão, passando após ao e.\a-
pleta.
me objetivo do mesmo.
■ No processo de produção e de distn-
Capacidade contributiva
A teoria moderna da imposição tem como base a capacidade contributiva dos cidadãos, isto é, o impôsto deve ser me dido segundo o qiiantum com que cada indivíduo possa contribuir para a manu tenção dos serviços públicos. Para que esta capacidade seja estimada com jus tiça, é necessário que o impôsto repre sente igual sacrifício para todos. Desta forma, a capacidade contributiva deve, do um modo ideal, ser determinada se
gundo a utilidade relativa do capital e do rendimento de cada
contriljuinte.
Ela deve fixar-se de tal modo que a
posição econômica de cada qual não fique relativamente modificada após o
A repercussão do impôsto
burção^^do produto, até a
final P--.—"■preçTdc cnslo. o„ faustas e dos salários aos
Para nua se verifiquem es .dea.s de juçtiça e produHvádade adma aponta dos, é necessário que o unpôslo seja real
o definitivamente pago por quem for visado pela lei fiscal. Entretanto, é freqüente que o contri
buinte, sôbre o qual o legislador .deci de que recaia o pêso do imposto, o des carregue sôbre um outro, e, desse inodn, é poSível que aquele que paga o im
pôsto não seja quem deveria suportar o pêso. Daí ser necessário distingiiir-sc
7-*5y^,
V
50
Dicesto
Econó^uco
Poder de compra de 10 enxadas tamanho 1
Outros artigos, em unidades
Em 1938
Batata, saco de 60 kg
Feijão, saco de 60 kg Leite, litro
.
Milho, saco de 60 kg
Café, por 10 kg
'
2,64 2,59 162,50 3,85 5,21 32,50 13,17
Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg Arroz, saco de 60 kg Gasolina pura, litro
37,50
1,83 55,71 47,33
4,87 203,12 8,86
+
18.59
+ +
—
+ H-
67,48 36,95 . 5,07 157,14 17,27
67,24'
33,40% 22,32% 36,55%
—
115,79 20,62 50,77 1,97
1,23
57,39 1,76
87,05
207,55
—
+ —
4-
-
O imposto de vendas e consignações e a eapaeida«lc eoulributiva paulista
—
5,72%
—
3,47
Óleo de a'godão, kg
Saco de juta, um
—
3,63
Otl
36,37% 18,15% 9,75%
—
146,66
94,66-
.Areia grossa lavada, m3
-b
1,68 2,12
Açúcar refinado de 1.^, kg Biscoito Maria, kg Goiabada, lata de 1 kg. Algodão paulista tipo 3, 15 kg Morim de algodão, metro
Em 1947
—
+ 4-
41,15%
35,40% 7,65% 21,12% 21,93% 4,10% 22,64% 94,92% 14,65% "43,09% 138,41%
Como se verifica, nem mesmo o fa
vive econòmicamente, mediante as tran
bricante de enxadas pode vangloriar-se de ter conseguido um maior progresso no seu poder de compra, se compararmos
sações, que não passam de troflas do que
sua evolução com o que apresentou o plantador de ca"fé. Mas, fiquemos por aqui. Essas 6 tabelas são suficientes
para que o leitor imparcial que não tenha o espírito
produz (serviço ou artigos quaisquer) pelo que os outros produzem. Por isso, os resultados aqui indicados não são ab solutos nem compreen dem as situações comple tas. Cabe-nos, portanto, a tarefa de integrar o quadro
geral,
cobrindo
obcecado por uma paixão
com a nossa avaliação os
ou por qualquer mania de perseguição, possa fazer uma idéia aproximada da
vazios que circundam os
variação do poder aquisi
cada leitor "parti-pris".
índices aqui revelados. E' o que espero que
tivo dos mais importantes
produtos brasileiros e, indiretamente, de
parto
seus produtores. Uma advertência, porém, deve ser
tigo
já é
boncluí, porque uma
súmula
de
faça, sem De minha
este um
arestu-
do feito segundo o critério aqui feita. Ninguém é produtor ou consu exposto e abrangendo 50 difeíentes armidor de um só artigo. Cada pessoa .tigos de primeira necessidade.
Robiírto Pinto de Souza
QUE.STÃO do aumento do impôsto de vendas e consignações foi muito debatida no término da legislatura paulista do ano passado. O público acompanhou com interesse as discussões travadas na Câmara Estadual e leu aten
to os noticiários e os artigos dos jornais
pagamento do impôsto. Foi essa noção que abriu caminho para as múltiplas íiplicações modernas da progressividade e das discriminações fiscais.
Esta noção ò completada e aprofun
dada pela dc sacrifício mínimo. Não é suficiente tributar-se levando em conta
cou encerrado; cessaram apenas momen-
apenas o esfôrço do contribuinte em função do seu consumo; é preciso con-
tàneamente ns debates, que deverão vol
siderar-se também o impôsto que enO mecanismo e
sôbrc o caso. O assunto porém, não fi tar à bai'a aindj no correr déste ano.
Dado Q grande interêsse despertado e as conseqüências da elevação de um
tal impôsto sôbre a economia paulista, não achamos de.scabido voltarmos a êle novamente. E o vamos fazer, apontan
trave o menos possivti ^
_
o desenvolvimento áa produção.
Êstes dois princípios saívaguaidam ao mesmo tempo o problema do consumo e o da produção, e fazem da teoria mo-
Lrnfda imposição uma doutrina com
do em primeiro lugar alguns aspectos teóricos indispensáveis paru a sua me lhor compreensão, passando após ao e.\a-
pleta.
me objetivo do mesmo.
■ No processo de produção e de distn-
Capacidade contributiva
A teoria moderna da imposição tem como base a capacidade contributiva dos cidadãos, isto é, o impôsto deve ser me dido segundo o qiiantum com que cada indivíduo possa contribuir para a manu tenção dos serviços públicos. Para que esta capacidade seja estimada com jus tiça, é necessário que o impôsto repre sente igual sacrifício para todos. Desta forma, a capacidade contributiva deve, do um modo ideal, ser determinada se
gundo a utilidade relativa do capital e do rendimento de cada
contriljuinte.
Ela deve fixar-se de tal modo que a
posição econômica de cada qual não fique relativamente modificada após o
A repercussão do impôsto
burção^^do produto, até a
final P--.—"■preçTdc cnslo. o„ faustas e dos salários aos
Para nua se verifiquem es .dea.s de juçtiça e produHvádade adma aponta dos, é necessário que o unpôslo seja real
o definitivamente pago por quem for visado pela lei fiscal. Entretanto, é freqüente que o contri
buinte, sôbre o qual o legislador .deci de que recaia o pêso do imposto, o des carregue sôbre um outro, e, desse inodn, é poSível que aquele que paga o im
pôsto não seja quem deveria suportar o pêso. Daí ser necessário distingiiir-sc
52
Dicesto
DrcESTo Econômico
EcONÓ^^co
53
na imposição- três aspectos distintos:
tando ao mesmo tempo. o preço
1) a percussão; 2) a repercussão; 3) a incidência do imposto! Verifica-se a percussão quando o in divíduo, sôbre o qual o imposto recai,
venda c reduzindo-se o lucro.
No caso da repercussão total, o au
Social, uma luta na qual as parles em
pelo próprio Estado, absorxidos pelo pêso
mento do preço de venda provocará contração da procura, principalmente nos
pre.sença no proci'sso das trocas pro
da tributação.
paga-o. Se este "pagador" do impôsto
hodicrna é antes de tudo capitalista, no
casos de produtos de semi-luxo, cuja
curam ali\iur-se do pêso do imposto, descarrcgundü-o sôbre a outra. Quando
descarregar seu pêso sôbre outra pessoa, repercussão.
Esta pode ser única
de
procura é extra-elástica.
É preciso não nos esquecermos de que as disponibilidades dos indivíduos
ou múltipla. É única quando há um único intermediário do impôsto e o pa gador o repercute diretamente sôbre aquele que o irá suportar. Mas, pode
são distribuídas de acôrdo com uma es
estabelecer-se uma cadeia de interme
tarem os preços de algumas utilidades,
diários, cada um descarregando o impôs to sôbre o seguinte, até chegar ao úl
timo elo dessa corrente, chamado porlidor definitivo, e nesse caso temos a incidência do impôsto. A percussão é, pois, o fenômeno ini
cial da imposição; a repercussão o ele mento intermediário, e a incidência o ponto final da cadeia, marcando o esta
belecimento definitivo do impôsto. Conseqüências econômicas da imposição
Admitindo-se o caso mais freqüente da existência da repercussão pelo menos no sistema brasileiro, podemos estabele
cer as conseqüências da imposição sôbre a economia de um país.
O estabelecimento de um impôsto so bre um bem qualquer representa para o seu produtor nova parcela a se juntar ao preço do custo. Se esta parcela fôr matematicamente acrescida ao preço de
Na realidade, a imposição representa Um elemento poderoso do antagonismo
cala de preferências. Sc se conservar constante o poder de aquisição e aumen
Há, portanto, necessidade dc grande ponderação na distribuição dos impostos,
a fim de se verificar um certo equilíbrio
do evitar a queda da procura, conten
nas contribuições das várias classes so
tar-se em suportar todo o pêso do im pôsto, não se realizando a repercussão, a sua margem de lucro diminuirá, uma
ciais.
Um impôsto de consumo excessivo c
inju.sto, pois sua repercussão' é total e
vez que o impôsto será retirado do pró prio custo. Com isso os produtores mar
recai, na maioria das vezes, sobre os
gêneros de consumo forçado e dificil
ginais — quer dizer, aqueles que não
mente comprimível. Desta forma se tra
puderem tirar do lucro a parcela devida ao fisco sem suportar prejuízo — desa
duz numa grande parcela dc bens e serviços subtraída pelo Estado à coleti vidade. Dai considerar-se à luz da jus tiça social, o impôsto direto, isto é, aque
parecerão do mercado, reduzindo-se a oferta.
No primeiro caso, a contração da pro
le cuja repercussão rara mente pode ser feita, co
cura faz baixar o preço e obriga uma parte dos produtores a se retirar do mercado, havendo um reajustamento en
mo mais equánime, uma
venda, o produtor realizou a repercus
tre a procura e a oferta. No segundo, a restrição da oferta conduz à elevação
são e se furtou ao pêso do imposto, Se, porém, êle não puder ou não desejar
do preço, elevação esta que se produz até que o impôsto se translade aos pou
elevar o preço de venda, tera que re cos do produtor ao consumidor e a mar tirar essa parcela, entregue ao Estado, gem do lucro reapareça. O imposto da sua própria margem de lucro, redu-' aparece, assim, como um dos elementos, da formação dos preços e é capaz, mui zindo-se esta. Pode também haver o parte percute sôbre o produtor, aumen-
preendimento.
ção da x içla econômica.
da mc.sma.
Por outro lado, se o produtor, procuran
tas vêzes, de estimular ou matar o em
(mpcrra o progresso e prox-oca a estagna
incliiindo-.se no preço de xenda dos bens
nui o bem-estar da coletividade, uma voz
sua vez reduzirá o volume das vendas.
caso misto, em que parte repercute e
renda, êlc subtrai aos detentores desses
rendimentos uma parcela de poder dc compra, e quando pode s( r repercutido,
que restringe a capacidade dc aipúsição
Dêsse modo, a imposição terá contribuí do para uma elevação de preços, que por
vez que onera os rendi
mentos dos melhor aqui nhoados.
Se, por outro lado, o Es
tado força a tributação di reta, cnerarido os vários rendimentos, com exceção
do trabalho, em fortes pro porções, os capitais se re
traem, a poupança diminui, impossibilitando a forma
M
sentido dc exigir grandes massas de
capita', no seu sentido técnico, a tribu
Neste caso, gravando o trabalho, dimi
ciais' terão uma restrição no consumo.
Orn, como a economia
tação que restringe a poupança e provo ca o consumo dc capitais já existentes
maior massa c formada dc assalariados.
distribuição e os produtos menos cssen^
tais aos poucos vão sendo consumidos
o impôsto onera o lucro, o juro ou a
o serviços, vai recair no consumidor cuja
a escala de preferências sofre uma re-
ção de capitais novos, e os velhos capi
Sistema tributário estadual
o sistema de discriminação de ren^das adotado pela Constituição Federal bra sileira prãticame"ntc limitou a esfera tri butária estadual aos impostos indiretos • ábre a circulação das riquezas.
Nessa circunstância a base dos orça
mentos estaduais tem de^<-V-cessana-
iiiente o impflsto de vendas e consigna
:íes. que por sua vez P"-"" " característica <=conoiruca »
„h,ío
r' .^Srd:'eLSade dossis-os de que a falta Cl tr^t:ib::;ários m Estados a recorrerem a p ra o problenia « '
elevação das
tas, que e a consta ^
taxas, em
^
que seria
n ampliaçáo do campo das L^cidências. A inconve niência do atual sistema do impôsto de vendas e consignações se toma ainda mais patente devido
às incidências múltiplas e à falta .de diferenciação
dos produtos segundo a sua
natureza,
sobremaneira
onerando as
merca-
52
Dicesto
DrcESTo Econômico
EcONÓ^^co
53
na imposição- três aspectos distintos:
tando ao mesmo tempo. o preço
1) a percussão; 2) a repercussão; 3) a incidência do imposto! Verifica-se a percussão quando o in divíduo, sôbre o qual o imposto recai,
venda c reduzindo-se o lucro.
No caso da repercussão total, o au
Social, uma luta na qual as parles em
pelo próprio Estado, absorxidos pelo pêso
mento do preço de venda provocará contração da procura, principalmente nos
pre.sença no proci'sso das trocas pro
da tributação.
paga-o. Se este "pagador" do impôsto
hodicrna é antes de tudo capitalista, no
casos de produtos de semi-luxo, cuja
curam ali\iur-se do pêso do imposto, descarrcgundü-o sôbre a outra. Quando
descarregar seu pêso sôbre outra pessoa, repercussão.
Esta pode ser única
de
procura é extra-elástica.
É preciso não nos esquecermos de que as disponibilidades dos indivíduos
ou múltipla. É única quando há um único intermediário do impôsto e o pa gador o repercute diretamente sôbre aquele que o irá suportar. Mas, pode
são distribuídas de acôrdo com uma es
estabelecer-se uma cadeia de interme
tarem os preços de algumas utilidades,
diários, cada um descarregando o impôs to sôbre o seguinte, até chegar ao úl
timo elo dessa corrente, chamado porlidor definitivo, e nesse caso temos a incidência do impôsto. A percussão é, pois, o fenômeno ini
cial da imposição; a repercussão o ele mento intermediário, e a incidência o ponto final da cadeia, marcando o esta
belecimento definitivo do impôsto. Conseqüências econômicas da imposição
Admitindo-se o caso mais freqüente da existência da repercussão pelo menos no sistema brasileiro, podemos estabele
cer as conseqüências da imposição sôbre a economia de um país.
O estabelecimento de um impôsto so bre um bem qualquer representa para o seu produtor nova parcela a se juntar ao preço do custo. Se esta parcela fôr matematicamente acrescida ao preço de
Na realidade, a imposição representa Um elemento poderoso do antagonismo
cala de preferências. Sc se conservar constante o poder de aquisição e aumen
Há, portanto, necessidade dc grande ponderação na distribuição dos impostos,
a fim de se verificar um certo equilíbrio
do evitar a queda da procura, conten
nas contribuições das várias classes so
tar-se em suportar todo o pêso do im pôsto, não se realizando a repercussão, a sua margem de lucro diminuirá, uma
ciais.
Um impôsto de consumo excessivo c
inju.sto, pois sua repercussão' é total e
vez que o impôsto será retirado do pró prio custo. Com isso os produtores mar
recai, na maioria das vezes, sobre os
gêneros de consumo forçado e dificil
ginais — quer dizer, aqueles que não
mente comprimível. Desta forma se tra
puderem tirar do lucro a parcela devida ao fisco sem suportar prejuízo — desa
duz numa grande parcela dc bens e serviços subtraída pelo Estado à coleti vidade. Dai considerar-se à luz da jus tiça social, o impôsto direto, isto é, aque
parecerão do mercado, reduzindo-se a oferta.
No primeiro caso, a contração da pro
le cuja repercussão rara mente pode ser feita, co
cura faz baixar o preço e obriga uma parte dos produtores a se retirar do mercado, havendo um reajustamento en
mo mais equánime, uma
venda, o produtor realizou a repercus
tre a procura e a oferta. No segundo, a restrição da oferta conduz à elevação
são e se furtou ao pêso do imposto, Se, porém, êle não puder ou não desejar
do preço, elevação esta que se produz até que o impôsto se translade aos pou
elevar o preço de venda, tera que re cos do produtor ao consumidor e a mar tirar essa parcela, entregue ao Estado, gem do lucro reapareça. O imposto da sua própria margem de lucro, redu-' aparece, assim, como um dos elementos, da formação dos preços e é capaz, mui zindo-se esta. Pode também haver o parte percute sôbre o produtor, aumen-
preendimento.
ção da x içla econômica.
da mc.sma.
Por outro lado, se o produtor, procuran
tas vêzes, de estimular ou matar o em
(mpcrra o progresso e prox-oca a estagna
incliiindo-.se no preço de xenda dos bens
nui o bem-estar da coletividade, uma voz
sua vez reduzirá o volume das vendas.
caso misto, em que parte repercute e
renda, êlc subtrai aos detentores desses
rendimentos uma parcela de poder dc compra, e quando pode s( r repercutido,
que restringe a capacidade dc aipúsição
Dêsse modo, a imposição terá contribuí do para uma elevação de preços, que por
vez que onera os rendi
mentos dos melhor aqui nhoados.
Se, por outro lado, o Es
tado força a tributação di reta, cnerarido os vários rendimentos, com exceção
do trabalho, em fortes pro porções, os capitais se re
traem, a poupança diminui, impossibilitando a forma
M
sentido dc exigir grandes massas de
capita', no seu sentido técnico, a tribu
Neste caso, gravando o trabalho, dimi
ciais' terão uma restrição no consumo.
Orn, como a economia
tação que restringe a poupança e provo ca o consumo dc capitais já existentes
maior massa c formada dc assalariados.
distribuição e os produtos menos cssen^
tais aos poucos vão sendo consumidos
o impôsto onera o lucro, o juro ou a
o serviços, vai recair no consumidor cuja
a escala de preferências sofre uma re-
ção de capitais novos, e os velhos capi
Sistema tributário estadual
o sistema de discriminação de ren^das adotado pela Constituição Federal bra sileira prãticame"ntc limitou a esfera tri butária estadual aos impostos indiretos • ábre a circulação das riquezas.
Nessa circunstância a base dos orça
mentos estaduais tem de^<-V-cessana-
iiiente o impflsto de vendas e consigna
:íes. que por sua vez P"-"" " característica <=conoiruca »
„h,ío
r' .^Srd:'eLSade dossis-os de que a falta Cl tr^t:ib::;ários m Estados a recorrerem a p ra o problenia « '
elevação das
tas, que e a consta ^
taxas, em
^
que seria
n ampliaçáo do campo das L^cidências. A inconve niência do atual sistema do impôsto de vendas e consignações se toma ainda mais patente devido
às incidências múltiplas e à falta .de diferenciação
dos produtos segundo a sua
natureza,
sobremaneira
onerando as
merca-
Dic^to Econômico
54
55
Digesto EcoNÓ>nco
A tributação paulista
vidades lucrativas, como as donas de casa, os estudantes e os inválidos ou in
O sistema tributário estadual é, por tanto, defeituosíssimo, uma vez que re percute todo o seu pêso sôbre a massa consumidora. Ora, esta é na sua grande
capazes para o trabalho.
maioria constituída de assalariados, no
lumosa, representando uma sobrecarga
geral de baixo padrão de vida. Daí a elevação progressiva e contínua dos im postos vir provocando sérias repercussões tio nível de vida da população paulista, o que não nos permite ficar alheios aos pedidos reiterados de aumento das taxas. De fato, se examinarmos a receita ar
No conjunto,
a parcela dos, que não participam do processo de produção, mas que avuUa no processo dc consumo, é bastante vo
nos leva a utilizar aqui, entre outros, al guns dados apontados por esse ilustre economista.
Assim, em 1927, cada paulista paga va à União, ao Estado c aos municípios, um total de Cr$ 207,30, enquanto em 1946 essa arrecadação já se elevava a Cr$ 1.002 80. Êsse cálculo, no entanto, não exprime bem a realidade, pois toma
a população total do Estado, isto é, de zero. até oitenta anos. Ora, sabemos perfeitamente que não é a totalidade dos
habitantes de São Paulo que paga os diferentes tributos. Quem rea'mente su porta o pêso da tributação é a popula ção operosa, ou melhor aqueles cidadãos que exercem atividades econômicas, em
1940, a porcentagem da popula\ã" ope rosa, portanto dos contribuintes efetivos, era de 31,32%. Ca'culando-.se em ...
tária.
O Prof. Dorival Teixeira Vieira cal
cula — levando em conta a recente ele
vação da taxa de vendas c consignações, como também ,os aumentos prováveis da arrecadação federal e municipal — cpie os paulistas pagarão, em 1949, aos vá
1.524.340,00. Se bem que tenha cres cido ficou ainda muito aquém dos im
quele mesmo ano, 1946, cada cidadão
postos indiretos. E a tendência dêstes,.
americano contribuía com apenas 24,3%
cm face do sistema de discriminação de rendas estabelecido pela última Consti tuição brasileira, é de se elevar conti nuamente, pois conftitui quase a única fonte de renda do tesouro estadual.
de sua renda e, note-se, era orçamento
de guerra.
Se indagarmos de outros
Argentina e n(t Mt-xico, na mesma data, de sua renda.
É preciso considerar ainda que essa arrecadação é constituída na maioria por impostos indiretos, tais como o de con
sumo c o de vendas e consignações.
Confrnntando-sc êsses dados com os
ensinamentos da Ciência àas Finanças
atrás apontados, devemos reconhecer ser
grax^e a situação tributária de São Paulo.
Incontcstàvelmente. a população paulista
já atingiu o seu ponto de saturação tri sas duas tributações atingiu, no Estado butária^ Não é mais possível prossede São Paulo, a cifra de Cr$ 3.060.715,00, cuirmos com o sistema de miposiçâo enquanto o impôsto de renda c o de todireta estatuído pela nossa Magna "inter-vivos" se elevou apenas a Cr$ Carta, sem qne se verifique o empobre- • 1.307.034,00, quase um térço dos dois cimento gradativo e o rebammento do nivel dir vida, ji bastante bauto, da poanteriores. E êles não têm feito senão Para o mesmo ano de 1946, a soma des
crescer de ano para ano. Em 1947, já
pulação do nosso Estado.
rios podcres constituídos, aproximada mente Cr§ 13.328.300,00. Segundo essa estimativa, cada cidadão,' em nosso Esta
do, deverá pagar no corrente ano Cr$ 1-650,56, considerando-se a população total. Levando-se em conta, porém, apenas a população operosa, o tributo que recairá sôbre aquêle que trabalha atingirá a importância de Cr$ 5.270,18.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
e.stimou
a
renda
nacional
Êsse cálculo parece, no entanto, ser
catorze anos, bem como as pessoas de
muito elevado.
idade sup-^rior a setenta anos uma vez
tanto, como a mais próxima da realida de. essa estimativa. Nesse caso, verifi-
Além dêstes. devemos excluir aquêle ro. de indivíduos que não executam ati
impôsto de renda a cançou Cr$
cada cidadão era taxado em apenas 10%
uma correção, eliminando as crianças até
micas.
mativa de que o brasileiro é o cidadão
que menos paga impòslo. Nada mais falso do que isso. Basta dizer que na
De acôrdo com o recenseamenlo de
família. Daí ser necessário introduzirmos
que estas não exercem atividades econô
É verdade que ne sa mesma data só o
países americanos-, verificaremos que na
brasileira, em 1946, em Cr$ 110.300.000.000,00, o que dava uma renda "per capita" de Cr$ 2.342,00.
que vão buscar o seu sustento e o de sua
passava para a casa de Cr$ 3.697.080,00.
No entanto, ouve-se comumenlc a afir
para a massa dos que trabalham e arcam com o pôso dos impostos.
8.075.000 a provável população do Es recadada "per capita'", verificaremos tado do São Paulo, podemos estimar em que esta vem aumentando sem cessar. - apenas 2.529.000 a porção sôbre aAlias, o Prof. Doriva' Teixeira Vieira qual efetivamente recai a carga tribu
salientou muito bem esse ponto em brilhante entrevista à imprensa, o .que
lista era entregue aos cofres públicos.
Vamos aceitar, entre
.camos que. naquele mesmo ano. cada
habitante de São Pau'o pagava Cr$ .... 1.002,80, isto é, metade da renda pau-
r.
A irocas jtrocas' comerciais -- boviettca O -jcsi e /t» r<rf/i.íos Unidos, emde As AS comerciais entre entre aa Untao Untao decaíram Ac-rniram dejaneiro 75% 75%,
último, indicam substancial redução, pois as exportações rus
atiiifrin^o poi- conseguinte ponto bastante baixo,
. , entrada f»n
com destino
i:iS.or das restrições à retnessa de material estratégico norte-am An4i^Ií> «/ííC hÀ cêrca de A àquele país, há um ano.
, ,
„
a
O decréscimo em apreço refere-se principalmente a produtos omno o í nganes
e o bromo.
Dic^to Econômico
54
55
Digesto EcoNÓ>nco
A tributação paulista
vidades lucrativas, como as donas de casa, os estudantes e os inválidos ou in
O sistema tributário estadual é, por tanto, defeituosíssimo, uma vez que re percute todo o seu pêso sôbre a massa consumidora. Ora, esta é na sua grande
capazes para o trabalho.
maioria constituída de assalariados, no
lumosa, representando uma sobrecarga
geral de baixo padrão de vida. Daí a elevação progressiva e contínua dos im postos vir provocando sérias repercussões tio nível de vida da população paulista, o que não nos permite ficar alheios aos pedidos reiterados de aumento das taxas. De fato, se examinarmos a receita ar
No conjunto,
a parcela dos, que não participam do processo de produção, mas que avuUa no processo dc consumo, é bastante vo
nos leva a utilizar aqui, entre outros, al guns dados apontados por esse ilustre economista.
Assim, em 1927, cada paulista paga va à União, ao Estado c aos municípios, um total de Cr$ 207,30, enquanto em 1946 essa arrecadação já se elevava a Cr$ 1.002 80. Êsse cálculo, no entanto, não exprime bem a realidade, pois toma
a população total do Estado, isto é, de zero. até oitenta anos. Ora, sabemos perfeitamente que não é a totalidade dos
habitantes de São Paulo que paga os diferentes tributos. Quem rea'mente su porta o pêso da tributação é a popula ção operosa, ou melhor aqueles cidadãos que exercem atividades econômicas, em
1940, a porcentagem da popula\ã" ope rosa, portanto dos contribuintes efetivos, era de 31,32%. Ca'culando-.se em ...
tária.
O Prof. Dorival Teixeira Vieira cal
cula — levando em conta a recente ele
vação da taxa de vendas c consignações, como também ,os aumentos prováveis da arrecadação federal e municipal — cpie os paulistas pagarão, em 1949, aos vá
1.524.340,00. Se bem que tenha cres cido ficou ainda muito aquém dos im
quele mesmo ano, 1946, cada cidadão
postos indiretos. E a tendência dêstes,.
americano contribuía com apenas 24,3%
cm face do sistema de discriminação de rendas estabelecido pela última Consti tuição brasileira, é de se elevar conti nuamente, pois conftitui quase a única fonte de renda do tesouro estadual.
de sua renda e, note-se, era orçamento
de guerra.
Se indagarmos de outros
Argentina e n(t Mt-xico, na mesma data, de sua renda.
É preciso considerar ainda que essa arrecadação é constituída na maioria por impostos indiretos, tais como o de con
sumo c o de vendas e consignações.
Confrnntando-sc êsses dados com os
ensinamentos da Ciência àas Finanças
atrás apontados, devemos reconhecer ser
grax^e a situação tributária de São Paulo.
Incontcstàvelmente. a população paulista
já atingiu o seu ponto de saturação tri sas duas tributações atingiu, no Estado butária^ Não é mais possível prossede São Paulo, a cifra de Cr$ 3.060.715,00, cuirmos com o sistema de miposiçâo enquanto o impôsto de renda c o de todireta estatuído pela nossa Magna "inter-vivos" se elevou apenas a Cr$ Carta, sem qne se verifique o empobre- • 1.307.034,00, quase um térço dos dois cimento gradativo e o rebammento do nivel dir vida, ji bastante bauto, da poanteriores. E êles não têm feito senão Para o mesmo ano de 1946, a soma des
crescer de ano para ano. Em 1947, já
pulação do nosso Estado.
rios podcres constituídos, aproximada mente Cr§ 13.328.300,00. Segundo essa estimativa, cada cidadão,' em nosso Esta
do, deverá pagar no corrente ano Cr$ 1-650,56, considerando-se a população total. Levando-se em conta, porém, apenas a população operosa, o tributo que recairá sôbre aquêle que trabalha atingirá a importância de Cr$ 5.270,18.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
e.stimou
a
renda
nacional
Êsse cálculo parece, no entanto, ser
catorze anos, bem como as pessoas de
muito elevado.
idade sup-^rior a setenta anos uma vez
tanto, como a mais próxima da realida de. essa estimativa. Nesse caso, verifi-
Além dêstes. devemos excluir aquêle ro. de indivíduos que não executam ati
impôsto de renda a cançou Cr$
cada cidadão era taxado em apenas 10%
uma correção, eliminando as crianças até
micas.
mativa de que o brasileiro é o cidadão
que menos paga impòslo. Nada mais falso do que isso. Basta dizer que na
De acôrdo com o recenseamenlo de
família. Daí ser necessário introduzirmos
que estas não exercem atividades econô
É verdade que ne sa mesma data só o
países americanos-, verificaremos que na
brasileira, em 1946, em Cr$ 110.300.000.000,00, o que dava uma renda "per capita" de Cr$ 2.342,00.
que vão buscar o seu sustento e o de sua
passava para a casa de Cr$ 3.697.080,00.
No entanto, ouve-se comumenlc a afir
para a massa dos que trabalham e arcam com o pôso dos impostos.
8.075.000 a provável população do Es recadada "per capita'", verificaremos tado do São Paulo, podemos estimar em que esta vem aumentando sem cessar. - apenas 2.529.000 a porção sôbre aAlias, o Prof. Doriva' Teixeira Vieira qual efetivamente recai a carga tribu
salientou muito bem esse ponto em brilhante entrevista à imprensa, o .que
lista era entregue aos cofres públicos.
Vamos aceitar, entre
.camos que. naquele mesmo ano. cada
habitante de São Pau'o pagava Cr$ .... 1.002,80, isto é, metade da renda pau-
r.
A irocas jtrocas' comerciais -- boviettca O -jcsi e /t» r<rf/i.íos Unidos, emde As AS comerciais entre entre aa Untao Untao decaíram Ac-rniram dejaneiro 75% 75%,
último, indicam substancial redução, pois as exportações rus
atiiifrin^o poi- conseguinte ponto bastante baixo,
. , entrada f»n
com destino
i:iS.or das restrições à retnessa de material estratégico norte-am An4i^Ií> «/ííC hÀ cêrca de A àquele país, há um ano.
, ,
„
a
O decréscimo em apreço refere-se principalmente a produtos omno o í nganes
e o bromo.
57
DicESTo Econômico
O custo dc exploração o as dificuldades
porventura encontradas na produção de
S. Fróes Abreu
óleo em escala industrial.
A s apreensões com relação ao abaste-
do, teve a preocupação de assegurar um
cimento futuro de petróleo levaram
abastecimento de carburante dentro do
os técnicos a trabalhar intensivamente no
próprio território, à margem de quais quer perturbações nas comunicações in-
sentido de criar fontes artificiais dêsse
combustível, transformando produtos na turais de baixo preço e fácil aquisição. A Alemanha foi o primeiro país a levar avante a idéia, em vista de pos
ter-oceânicas.
A realização prática na usina de Billin-
gham, que funcionou com a almejada eficiência durante u última guerra, de
suir minguadas fontes de combustíveis
monstrou cabalmente que, emloora a
líquidos no seu território e de sentir a
preço mais elevado, é perfeitamente pos sível manter-se uma produção industrial de carburantes partindo do carvão. Nos Estados Unidos, o tradicional país
insegurança do abastecimento com pe tróleo da Polônia, da Rumânia, da Rús sia ou das Américas.
Os fatores que impulsionaram as pes quisas no rumo da produção de com
do petróleo, a idéia de fabricar com
As companhias dc petróleo nos Esta dos Unidas também têm dedicado uma
atenção e.special á produção dc gasolina sintética partindo do gás natural, dos carvões, óleos pesados, lignitos e xistos
pirobetuminosos, e, entre outras, a grande usina de experimentação em Buton Rea
ge, Louisianna, tem feito avançar muito a confiança na possibilidade de produ zir gasolina artificial a preços satisfató rios.
^
Não obstante as opiniões alarmantes
que aparecem de tempos em tempos nos
jornais e revistas técnicas, os receios dum próximo esgotamento do petróleo no
bustíveis sintéticos, na Alemanha, foram
bustíveis líquidos vem ganhando corpo nos últimos anos, em vista das apreen
a falta de condições geológicas propícias
sões relativas ao possível esgotamento
infundados.
à descoberta de grandes jazidas petro líferas e a abundância de matérias ade
das reservas de petróleo.* Além da possibilidade de utilizar o
submersas da costa do Golfo do México,
quadas à fabricação de carburantes sin
gás natural composto essencialmente de
téticos.
metana, ou os carvões betuminosos lar
Os processos Bergius e Fischer, ensaia dos há muito tempo e desenvolvidos
gamente disseminados em várias zonas
através de intensivos trabalhos
nos anos de paz, proporciona
daquele país, existe uma imensa reser\"a potencial de ó^eo nos depósitos de xistos pirobetuminosos dos
ram aos alemães uma expe
Estados do Oeste.
riência tal que permitiu suprir grande parte das necessidades
Considerando o interesse que representa para a nação ame
de carburantes para a última
cou alheia a esses movimentes
e procurou produzir gasolina sintérica partindo do carvão de pedra,tão abundantemente dis
Há ainda muita margem
para descobertas importantes nas áreas bem como nos Montes Rochosos e no Território do Alasca. O alarma se faz ouvir toda vez que a
dc barris, subiram para 22.500 milhões do barris a 31 de dezembro de 1948. Apesar de tão pujanles reservas, o elevado espírito de previdência e a com
preensão da importância do petróleo
para uma nação civilizada fazem com que os técnicos naquele país venham despendendo considerável esforço no sentido de criar fontes artificiais de ga solina.
Segundo Robert Wilson, Chefe do Conselho Diretor da Standard Oil de
Indiana, as reser\'as de gás natural e carvões betuminosos dos Estados Unidos permitirão produzir carburantes para as necessidades do país nos próximos mi lênios, sendo as perspectivas de apro veitamento dos xistos pirobetuminosos bem mais remotas.
_
já se pode produzir gasolina a 5 cen tavos por galão mais que a do petróleo, proporção das descobertas cai um pouco, natural, o que corresponde a cerca de
rnas sempre tem havido uma reação
30% mais.
que mantém as reservas na ordem duns
As reservas de gás já conhecidas nos
vinte anos de garantia. De 1947 para 1948, o consumo nacio-
Estados Unidos atingem a J65.927 bi lhões de pés ciibicos e dão para 37 anos,
jial nos Estados Unidos aumentou de 1.989 milhões para 2.107 milhões de
na base de consumo do ano de 1947. ^
processos capazes de permitir a, exploração econômica daque
isto é, 8,6% a mais.
lizados como combustíveis, que seriam
Houve, portanto, um certo acréscimo, embora fique ainda um déficit de 91
em gasolina, passando o carvão a substi
Com a supervisão
seminado no seu subsolo. Não obstante ter um domínio asse
rimental em Refle, Colorado,
gurado sobre grande parte das reservas de petróleo do mun
e construída uma usina para destilar os xistos determinando
barris, isto é, de 5,9% a mais, mas a
milhões de barris. Em 1948, o consu mo foi de 2.107 milhões e as' novas ja zidas descobertas nesse ano atingiram a
3.028 milhões de barris, que, desconta dos dos 2.016 milhões gastos nesse ano,
deixam 1.012 milhões de barris para
m
Partindo do gás natural ou do carvão, ^
produção nacional também aumentou Je 1.856 milhões para 2.016 milhões,
dos técnicos do Buredà of Afi nes foi aberta uma mina exj5e-
'.4
As reservas totais, que em 31 de de zembro de 1947 eram de 21.448 milhões
dos para que sejam estudados
les xistos.
L._
ção.
Segundo Robert Wilson, antes de uti lizar o gás natural, os carvões betumino sos ou os xistos, tem-se a possibilidade de hidrogenar os ó'eos pesados hoje uti
ricana o aproveitamento da quela riqueza potencial, o Go verno votou créditos avantuja-
guerra, quando faltaram os su primentos de petróleo natural. A Inglaterra também não fi
território dos Estados Unidos parecem
serem incorporados às reservas da Na
retirados do mercado, para transformação tuir o óleo combustível.
A fabricação de petróleo sintético exi
ge - em princípio - fontes abundantes de carbono e hidrogênio, a preço muito baixo. As reações de catálise unem esses
elementos, dando os hidrocarbonetos, ou
57
DicESTo Econômico
O custo dc exploração o as dificuldades
porventura encontradas na produção de
S. Fróes Abreu
óleo em escala industrial.
A s apreensões com relação ao abaste-
do, teve a preocupação de assegurar um
cimento futuro de petróleo levaram
abastecimento de carburante dentro do
os técnicos a trabalhar intensivamente no
próprio território, à margem de quais quer perturbações nas comunicações in-
sentido de criar fontes artificiais dêsse
combustível, transformando produtos na turais de baixo preço e fácil aquisição. A Alemanha foi o primeiro país a levar avante a idéia, em vista de pos
ter-oceânicas.
A realização prática na usina de Billin-
gham, que funcionou com a almejada eficiência durante u última guerra, de
suir minguadas fontes de combustíveis
monstrou cabalmente que, emloora a
líquidos no seu território e de sentir a
preço mais elevado, é perfeitamente pos sível manter-se uma produção industrial de carburantes partindo do carvão. Nos Estados Unidos, o tradicional país
insegurança do abastecimento com pe tróleo da Polônia, da Rumânia, da Rús sia ou das Américas.
Os fatores que impulsionaram as pes quisas no rumo da produção de com
do petróleo, a idéia de fabricar com
As companhias dc petróleo nos Esta dos Unidas também têm dedicado uma
atenção e.special á produção dc gasolina sintética partindo do gás natural, dos carvões, óleos pesados, lignitos e xistos
pirobetuminosos, e, entre outras, a grande usina de experimentação em Buton Rea
ge, Louisianna, tem feito avançar muito a confiança na possibilidade de produ zir gasolina artificial a preços satisfató rios.
^
Não obstante as opiniões alarmantes
que aparecem de tempos em tempos nos
jornais e revistas técnicas, os receios dum próximo esgotamento do petróleo no
bustíveis sintéticos, na Alemanha, foram
bustíveis líquidos vem ganhando corpo nos últimos anos, em vista das apreen
a falta de condições geológicas propícias
sões relativas ao possível esgotamento
infundados.
à descoberta de grandes jazidas petro líferas e a abundância de matérias ade
das reservas de petróleo.* Além da possibilidade de utilizar o
submersas da costa do Golfo do México,
quadas à fabricação de carburantes sin
gás natural composto essencialmente de
téticos.
metana, ou os carvões betuminosos lar
Os processos Bergius e Fischer, ensaia dos há muito tempo e desenvolvidos
gamente disseminados em várias zonas
através de intensivos trabalhos
nos anos de paz, proporciona
daquele país, existe uma imensa reser\"a potencial de ó^eo nos depósitos de xistos pirobetuminosos dos
ram aos alemães uma expe
Estados do Oeste.
riência tal que permitiu suprir grande parte das necessidades
Considerando o interesse que representa para a nação ame
de carburantes para a última
cou alheia a esses movimentes
e procurou produzir gasolina sintérica partindo do carvão de pedra,tão abundantemente dis
Há ainda muita margem
para descobertas importantes nas áreas bem como nos Montes Rochosos e no Território do Alasca. O alarma se faz ouvir toda vez que a
dc barris, subiram para 22.500 milhões do barris a 31 de dezembro de 1948. Apesar de tão pujanles reservas, o elevado espírito de previdência e a com
preensão da importância do petróleo
para uma nação civilizada fazem com que os técnicos naquele país venham despendendo considerável esforço no sentido de criar fontes artificiais de ga solina.
Segundo Robert Wilson, Chefe do Conselho Diretor da Standard Oil de
Indiana, as reser\'as de gás natural e carvões betuminosos dos Estados Unidos permitirão produzir carburantes para as necessidades do país nos próximos mi lênios, sendo as perspectivas de apro veitamento dos xistos pirobetuminosos bem mais remotas.
_
já se pode produzir gasolina a 5 cen tavos por galão mais que a do petróleo, proporção das descobertas cai um pouco, natural, o que corresponde a cerca de
rnas sempre tem havido uma reação
30% mais.
que mantém as reservas na ordem duns
As reservas de gás já conhecidas nos
vinte anos de garantia. De 1947 para 1948, o consumo nacio-
Estados Unidos atingem a J65.927 bi lhões de pés ciibicos e dão para 37 anos,
jial nos Estados Unidos aumentou de 1.989 milhões para 2.107 milhões de
na base de consumo do ano de 1947. ^
processos capazes de permitir a, exploração econômica daque
isto é, 8,6% a mais.
lizados como combustíveis, que seriam
Houve, portanto, um certo acréscimo, embora fique ainda um déficit de 91
em gasolina, passando o carvão a substi
Com a supervisão
seminado no seu subsolo. Não obstante ter um domínio asse
rimental em Refle, Colorado,
gurado sobre grande parte das reservas de petróleo do mun
e construída uma usina para destilar os xistos determinando
barris, isto é, de 5,9% a mais, mas a
milhões de barris. Em 1948, o consu mo foi de 2.107 milhões e as' novas ja zidas descobertas nesse ano atingiram a
3.028 milhões de barris, que, desconta dos dos 2.016 milhões gastos nesse ano,
deixam 1.012 milhões de barris para
m
Partindo do gás natural ou do carvão, ^
produção nacional também aumentou Je 1.856 milhões para 2.016 milhões,
dos técnicos do Buredà of Afi nes foi aberta uma mina exj5e-
'.4
As reservas totais, que em 31 de de zembro de 1947 eram de 21.448 milhões
dos para que sejam estudados
les xistos.
L._
ção.
Segundo Robert Wilson, antes de uti lizar o gás natural, os carvões betumino sos ou os xistos, tem-se a possibilidade de hidrogenar os ó'eos pesados hoje uti
ricana o aproveitamento da quela riqueza potencial, o Go verno votou créditos avantuja-
guerra, quando faltaram os su primentos de petróleo natural. A Inglaterra também não fi
território dos Estados Unidos parecem
serem incorporados às reservas da Na
retirados do mercado, para transformação tuir o óleo combustível.
A fabricação de petróleo sintético exi
ge - em princípio - fontes abundantes de carbono e hidrogênio, a preço muito baixo. As reações de catálise unem esses
elementos, dando os hidrocarbonetos, ou
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Digesto Econômico
r
Dicrsto Econômico
58
a hidiogenaçSo de compostos não satura
dos formam produtos semelhantes aos do petró'eo natural. Os caminhos mais tri
lhados têm sido a lüdrogenação dos alcatrões primários em altas pressões (Ber-
Transformado todo êsso gás cm gaso lina, admitindo um rendimento ideal, considerando a tran.sformaçáo de 6 mo léculas de CH4 em uma molécula de C6H14, teríamos coisa da ordem cCe
gius), e as reações de síntese da mis tura gasosa de monóxido de carbono e
800.000 toneladas de gasolina, isto ô,
hidrogênio (Fischer-Tropsch). A substituição dos produtos do petró
em um ano. (Em 1946 importamos 815.809 toneladas, c cm 1947 importa
leo pelos derivados dos xistos pirobe-
mos 806.561 toneladas).
um pouco menos que o nosso consumo
tuminosos tem sido tentada na França,
Os depósitos de lignitos conhecidos em
na Itália, na Austrália, na África do Sul,
Caçapava (São Paulo) c Gandarela (Minas Gerais) não têm rc.scrvas com
na Iugos'ávja, na Suécia, sem grande sucessoj só na Estônia, pelas peculiarida des do caso, obteve êxito.
patíveis com ôsse gênero de trabalho, e os depósitos ainda pouco estudados ou
No processo Fischer-Tropsch, que se vem generalizando cada vez mais, o
pràtícamente desconhecidos de Tabatin-
fundamento da fabricação é a reação de
são econômica.
vapor dágua sobre coque incandescente. Naturalmente, só países que dispo nham de carvões produtores de coque poderão adotar o processo. Ê o caso
contêm reservas grandes nem acusam os
dos Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Alemanha, mas não é o caso do Brasil.
O nosso coque só pode ser obtido após um oneroso beneficiamenlo do carvão catarinense e ficaria demasiadamentb
Texas.
O óleo de xisto tem um alto teor de
Iiidrocarbonetos não saturados do^tipo das olefinas e contém muitos compostos sujfurados c nitrogcnados — o bastante
para criar sérios problemas de refinação. O óleo de xisto precisa ser submetido a processos especiais c a "cracking" catalítico para produzir compostos equi
valentes aos do petróleo natural.
üs xistos do Paraíba ou do Irati.
Não
será mais que uma solução para abas tecimento regiona' e só poderá ser man tida se contar com um franco apoio do Governo.
As perspectivas para a produção de gasolina artificial no Brasil não são, pois, muito animadoras, e a medida mais
aconselhável seria a intensificação das
pesquisas de petróleo para que não se contimic indefinidamente na inteira de
pendência do combustível importado.
teores elevados das primeiras camadas Embora produzindo teores da ordem
de 15 e 20% de óleo, essas jazidas não poderão manter uma indústria de deri
vados de petróleo, em vista do acanha
Dada a natureza das nossas reservas
especiais são os xistos pirobetuminosos
Irati. Em princípio, poderão fornecer
do Vale do Paraíba e das camadas do quantidades consideráveis de gasolina e
óleos minerais, ficando o preço na de pendência de fatores locais.
As dificuldades na obtenção da gaso
toue'ada, para um combustível com
lina do xisto são grandes e o principal
cêrca de 45% de matéria inerte. Não se podendo contar com o carvão,
empecilho provém do fato de conter o
para a produção de sintético, resta con siderar o gás natural, os lignitos e xistos
inerte, que consome energia sem nada
pirobetuminosos.
ba e os do Irati, depois de secos, con
do os dados do Conselho Nacional do
ruim, a um iOur oil, como os do West
indústria poderá ser mantida utilizando
estudadas por Gonzaga de Campos.
de carvão (alto teor de enxôíre, alto teor de matéria inerte, camadas finas)
As reservas de gás conhecidas na Ba hia, a 31 de dezembro de 1948, segun
geral, não constitui um óleo equixalente ao petróleo normal, mas a um petróleo
Se a mineração
c a destilação puderem ser feitas den tro dos limites de preço toleráveis, essa
As tão facadas jazidas de Maraú não
do das reservas. As grandes massas de rochas orgânicas que merecem estudos
minas é da ordem de Cr$ 100,00 por
disso, o ó'eo bruto produzido, que é da ordem de 6 a 10% para o ca.so mais
O problema do xisto é uma questão meramente econômica.
ga (Amazonas) não representam e.xpres-
caro para a produção de bidiocarbonetos.
não se pode pensar em aproveitá-las para a produção de petróleo sintético, bastan do considerar que o preço na bôca das
positada em algum lugar, consumindo energia sem produzir nada de útil. Além
xisto uma grande massa de matéria produzir.
Os xistos do Vale do Parai-
têm de 65 a 75% de silicatos; essa massa
considerável tem de ser extraída da ja zida, transportada às retortas, aqueci
Petróleo, atingem 1.215.000.000 de m3. da a 400°-500°C, retirada quente è de-
Cercadas de prados e arbustos estarão as ipstahçoes de ^ipj^icie das futuras minas de carvão britânicas, como é já o caso da fnina de carvao Rolhes, na Escócw.
Quando atingir a produção máxima, como mina de syperf.cie em 1956, repre de grandes tubos subterrâneos circularão as vagonetas carregadas de carvão, em lugar de as mesmas seguirem, como agora, a trajetória sinuosa dos veios.
sentará o máximo de progresso técnico em matéria de mineração de carvão. Através
59
Digesto Econômico
r
Dicrsto Econômico
58
a hidiogenaçSo de compostos não satura
dos formam produtos semelhantes aos do petró'eo natural. Os caminhos mais tri
lhados têm sido a lüdrogenação dos alcatrões primários em altas pressões (Ber-
Transformado todo êsso gás cm gaso lina, admitindo um rendimento ideal, considerando a tran.sformaçáo de 6 mo léculas de CH4 em uma molécula de C6H14, teríamos coisa da ordem cCe
gius), e as reações de síntese da mis tura gasosa de monóxido de carbono e
800.000 toneladas de gasolina, isto ô,
hidrogênio (Fischer-Tropsch). A substituição dos produtos do petró
em um ano. (Em 1946 importamos 815.809 toneladas, c cm 1947 importa
leo pelos derivados dos xistos pirobe-
mos 806.561 toneladas).
um pouco menos que o nosso consumo
tuminosos tem sido tentada na França,
Os depósitos de lignitos conhecidos em
na Itália, na Austrália, na África do Sul,
Caçapava (São Paulo) c Gandarela (Minas Gerais) não têm rc.scrvas com
na Iugos'ávja, na Suécia, sem grande sucessoj só na Estônia, pelas peculiarida des do caso, obteve êxito.
patíveis com ôsse gênero de trabalho, e os depósitos ainda pouco estudados ou
No processo Fischer-Tropsch, que se vem generalizando cada vez mais, o
pràtícamente desconhecidos de Tabatin-
fundamento da fabricação é a reação de
são econômica.
vapor dágua sobre coque incandescente. Naturalmente, só países que dispo nham de carvões produtores de coque poderão adotar o processo. Ê o caso
contêm reservas grandes nem acusam os
dos Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Alemanha, mas não é o caso do Brasil.
O nosso coque só pode ser obtido após um oneroso beneficiamenlo do carvão catarinense e ficaria demasiadamentb
Texas.
O óleo de xisto tem um alto teor de
Iiidrocarbonetos não saturados do^tipo das olefinas e contém muitos compostos sujfurados c nitrogcnados — o bastante
para criar sérios problemas de refinação. O óleo de xisto precisa ser submetido a processos especiais c a "cracking" catalítico para produzir compostos equi
valentes aos do petróleo natural.
üs xistos do Paraíba ou do Irati.
Não
será mais que uma solução para abas tecimento regiona' e só poderá ser man tida se contar com um franco apoio do Governo.
As perspectivas para a produção de gasolina artificial no Brasil não são, pois, muito animadoras, e a medida mais
aconselhável seria a intensificação das
pesquisas de petróleo para que não se contimic indefinidamente na inteira de
pendência do combustível importado.
teores elevados das primeiras camadas Embora produzindo teores da ordem
de 15 e 20% de óleo, essas jazidas não poderão manter uma indústria de deri
vados de petróleo, em vista do acanha
Dada a natureza das nossas reservas
especiais são os xistos pirobetuminosos
Irati. Em princípio, poderão fornecer
do Vale do Paraíba e das camadas do quantidades consideráveis de gasolina e
óleos minerais, ficando o preço na de pendência de fatores locais.
As dificuldades na obtenção da gaso
toue'ada, para um combustível com
lina do xisto são grandes e o principal
cêrca de 45% de matéria inerte. Não se podendo contar com o carvão,
empecilho provém do fato de conter o
para a produção de sintético, resta con siderar o gás natural, os lignitos e xistos
inerte, que consome energia sem nada
pirobetuminosos.
ba e os do Irati, depois de secos, con
do os dados do Conselho Nacional do
ruim, a um iOur oil, como os do West
indústria poderá ser mantida utilizando
estudadas por Gonzaga de Campos.
de carvão (alto teor de enxôíre, alto teor de matéria inerte, camadas finas)
As reservas de gás conhecidas na Ba hia, a 31 de dezembro de 1948, segun
geral, não constitui um óleo equixalente ao petróleo normal, mas a um petróleo
Se a mineração
c a destilação puderem ser feitas den tro dos limites de preço toleráveis, essa
As tão facadas jazidas de Maraú não
do das reservas. As grandes massas de rochas orgânicas que merecem estudos
minas é da ordem de Cr$ 100,00 por
disso, o ó'eo bruto produzido, que é da ordem de 6 a 10% para o ca.so mais
O problema do xisto é uma questão meramente econômica.
ga (Amazonas) não representam e.xpres-
caro para a produção de bidiocarbonetos.
não se pode pensar em aproveitá-las para a produção de petróleo sintético, bastan do considerar que o preço na bôca das
positada em algum lugar, consumindo energia sem produzir nada de útil. Além
xisto uma grande massa de matéria produzir.
Os xistos do Vale do Parai-
têm de 65 a 75% de silicatos; essa massa
considerável tem de ser extraída da ja zida, transportada às retortas, aqueci
Petróleo, atingem 1.215.000.000 de m3. da a 400°-500°C, retirada quente è de-
Cercadas de prados e arbustos estarão as ipstahçoes de ^ipj^icie das futuras minas de carvão britânicas, como é já o caso da fnina de carvao Rolhes, na Escócw.
Quando atingir a produção máxima, como mina de syperf.cie em 1956, repre de grandes tubos subterrâneos circularão as vagonetas carregadas de carvão, em lugar de as mesmas seguirem, como agora, a trajetória sinuosa dos veios.
sentará o máximo de progresso técnico em matéria de mineração de carvão. Através
61
Dicesto Econókdco
sado, quando, infelizmente, há tanta ero
'r:"rvaçao PlMENTEL CONÍRS
pARTicipa, há algumas semanas, da Mesa Redonda para a Conser\açáo
dos Solos, organizada pela Sociedade Rural Brasileira. Nela focalizou-se um dos problemas mais interessantes do Bra sil e do mundo inteiro — a erosão e a conservação dos solos — problema que "rgc solucionar, para que seja possível ^ própria existência da humanidade. Fa
çamos sobre tão magno assunto alguns oomentáríos.
A erosão na antigüidade
_ Os historiadores descrevem principalDiente guerras, invasões e a vida dos
• potentados.
Os principados, reinos e
impérios surgem
melo inexplicavel
mente, crescem à custa dos vizinhos, atin gem o apogeu, e quando pareciam desti
nados a progressos maiores, aluem fragorosamente, entulhando de destroços de civi'ização as terras ásperas da Ásia e
da África. Os historiadores citam guer
ras. Pesquisas mais demoradas estão mostrando que razões econômicas e não
apenas o capricho de potentados presi diram o progresso e a decadência de an tigos países e cidades. E a destruição dos solos mal agricultados foi uma das maiores razões da derrocada. Às vêzes
guerras trouxeram a destruição dos canais de rega, a erosão dos solos, a ^^uína, enfim, de países prósperos e or
gulhosos. Foi, por exemplo, o que acon teceu com Timgad. A cidade de Timgad, construiram-na Cs romanos, no norte da África, no ano
^00, mais ou menos. Cresceu ràpida'"cnte na planície fértil. Povoaram-na,
pelo de.sprendimenlo de terras na ba
ruínas até mesmo países tão ricos e
cia do rio — "uma forma dc erosão geo
prósperos como os Estados Unidos e o próprio Brasil?
todas as terras". E vem a explicação da
cm algum tempo, 25 mil pessoas. Tinha uma biblioloca pública, nni grande fó rum, um teatro com capacidade para 2.500 pessoas, bons cdifício.s públicos,
Nas Américas, a situação mais grave é
Trajano, ruas e praças Ijcm calçadas.
Um aqneduto com uns cinco cjuilòmetros de extensão Icvava-lhc- água dc uma
ricano, estudando o problema, diz como
montanha vizinha.
El Salvador
Em tomo, no solo
•fecundo, alargavam-sc pomarc.s, vinhe dos, trigais. Os limgadanos deveriam ter orgulho de sua iirbcs e julgá-la des tinada a um grande futuro. Tal, porém, não aconteceu.
No século VII os nô
mades irromperam do de.scrto. Con quistaram a cidade. Mataram parte da popu'ação. Escravizaram a restante. Timgad, de.spovoada, com o solo revol
vido pélos agricultores, foi entregue às erosões eólea e aquática.
As águas de
deslizamento lavaram as terras despro tegidas, arniínando-as. As areias do de serto fizeram o resto, cobrindo os cam pos e a cidade, durante 1.200 anos. As
escavações feitas ultimamente expuse ram-na aos raios do sol" tal como era,
há doze séculos, quando em plena pros peridade. E', porém, uma cidade defini
tivamente morta, pois o solo que a ali mentava com produção abundante e va riada foi completamente arruinado. O mundo, infelizmente, está cheio
de Timgads. Palmira surge com suas ruínas de antiga capital, silenciosa e de serta, em plenos arcais da Síria orien
tal. A erosão apressou a decadência da Grécia e de Roma, da Pérsia e da Pales
tina, pela subalimentação de suas popu lações. Para que, porém, revolver o pas-
"William Vügt, um técnico norte-ame
seus
^
recursos
, ,
naturais, e qual a
■;, V
sua atual situação. Convém que os brasíleiros
erosão verificada: "No princípio do sécu selva e mutilando as árvores para ex
trair resinas. Pouco a pouco, o São Jo
sé começou a manifestar mais amplas variações em seu caudal. As cheias su cediam-se períodos em que as águas desciam a níveis não observados ante riormente. As inun-
des
truiu a maior parte de
lógica — a que se acham submetidas lo presente, o homem começou a ocupar as terras altas, queimando e talando a
A erosão em El Salvador
a da pequena República dc El Salvador, que em 34 mil quilômetros quadrados tem quase 2 milhões dc habitantes.
banhos públicos pnvimenlíidos coni mo saicos belíssimas, um magnífico arco dc
A inundação, Vogt julga-a provocada
são nos dias que correm, ameaçando de
conheçam
.dações
,., } . ' • .
.
estéreis. Êsses ma-
. ...
se tome, amanhã,
um imenso EI Salvador,
nhos de grandeza e prosperidade. Metapán, fundada em 1743, uma das
principais cidades da República, é um exemplo clínico, na opinião jde Vogt. Cresceu às margens do São José, um rio
pequenino, correndo, antigamente, por uma garganta de uns três metros de pro fundidade. Há cinqüenta anos, o São Jo sé destacava-se pela regularidade de seu regime, pois o caudal, durante o ano inteiro, sofria apenas pequenas flutua ções. Tempos atrás, depois de anos em
que a vazão se mostrava bastante regu
lar, o São José subiu ràpidamente,. inun dou Metapán, o que nunca tinha suce dido, destruiu alguns edifícios e voltou ao leito "sem deixar nenhum depósito de limo sôbre as terras".
gí^rganta de três
>
metros de profundi- ^
" —'
dade, que antes servia de leito ao rio,
arruinando
todos os nossos so
eram
' teriais entupiram, em pouco tempo, a
algo a respeito, pa
ra que o Brasil não
não
mais de águas limpas, pois que agora cancegavam areias
e êste começou a
alagar as margens. O Governo construiu um dique de pedra para desviar as águas
e proteger Metapán. De pronto, porem o dique cobriu-se de lodo e houve
cessidade de levantar um novo muro
de contenção.
Finalmente, chegou o
pior, as inundações, e atualmente o Go verno está tratando, a tôda pressa,
6
construir diques de terra pára contra balançar a ameaça de que as águas subam a níveis ainda mais altos.
Há a salientar que o custo das obras
tem sido excessivo — uns 100 mil colo-
^ j •
nes, cerca de Cr$ 700.000,00 - e os | resultados muito reduzidos, deraonstran-
j
do claramente que a solução do
;
ma não se encontra apenas nas obras de
engenharia. Esqueceram o refloresta-
61
Dicesto Econókdco
sado, quando, infelizmente, há tanta ero
'r:"rvaçao PlMENTEL CONÍRS
pARTicipa, há algumas semanas, da Mesa Redonda para a Conser\açáo
dos Solos, organizada pela Sociedade Rural Brasileira. Nela focalizou-se um dos problemas mais interessantes do Bra sil e do mundo inteiro — a erosão e a conservação dos solos — problema que "rgc solucionar, para que seja possível ^ própria existência da humanidade. Fa
çamos sobre tão magno assunto alguns oomentáríos.
A erosão na antigüidade
_ Os historiadores descrevem principalDiente guerras, invasões e a vida dos
• potentados.
Os principados, reinos e
impérios surgem
melo inexplicavel
mente, crescem à custa dos vizinhos, atin gem o apogeu, e quando pareciam desti
nados a progressos maiores, aluem fragorosamente, entulhando de destroços de civi'ização as terras ásperas da Ásia e
da África. Os historiadores citam guer
ras. Pesquisas mais demoradas estão mostrando que razões econômicas e não
apenas o capricho de potentados presi diram o progresso e a decadência de an tigos países e cidades. E a destruição dos solos mal agricultados foi uma das maiores razões da derrocada. Às vêzes
guerras trouxeram a destruição dos canais de rega, a erosão dos solos, a ^^uína, enfim, de países prósperos e or
gulhosos. Foi, por exemplo, o que acon teceu com Timgad. A cidade de Timgad, construiram-na Cs romanos, no norte da África, no ano
^00, mais ou menos. Cresceu ràpida'"cnte na planície fértil. Povoaram-na,
pelo de.sprendimenlo de terras na ba
ruínas até mesmo países tão ricos e
cia do rio — "uma forma dc erosão geo
prósperos como os Estados Unidos e o próprio Brasil?
todas as terras". E vem a explicação da
cm algum tempo, 25 mil pessoas. Tinha uma biblioloca pública, nni grande fó rum, um teatro com capacidade para 2.500 pessoas, bons cdifício.s públicos,
Nas Américas, a situação mais grave é
Trajano, ruas e praças Ijcm calçadas.
Um aqneduto com uns cinco cjuilòmetros de extensão Icvava-lhc- água dc uma
ricano, estudando o problema, diz como
montanha vizinha.
El Salvador
Em tomo, no solo
•fecundo, alargavam-sc pomarc.s, vinhe dos, trigais. Os limgadanos deveriam ter orgulho de sua iirbcs e julgá-la des tinada a um grande futuro. Tal, porém, não aconteceu.
No século VII os nô
mades irromperam do de.scrto. Con quistaram a cidade. Mataram parte da popu'ação. Escravizaram a restante. Timgad, de.spovoada, com o solo revol
vido pélos agricultores, foi entregue às erosões eólea e aquática.
As águas de
deslizamento lavaram as terras despro tegidas, arniínando-as. As areias do de serto fizeram o resto, cobrindo os cam pos e a cidade, durante 1.200 anos. As
escavações feitas ultimamente expuse ram-na aos raios do sol" tal como era,
há doze séculos, quando em plena pros peridade. E', porém, uma cidade defini
tivamente morta, pois o solo que a ali mentava com produção abundante e va riada foi completamente arruinado. O mundo, infelizmente, está cheio
de Timgads. Palmira surge com suas ruínas de antiga capital, silenciosa e de serta, em plenos arcais da Síria orien
tal. A erosão apressou a decadência da Grécia e de Roma, da Pérsia e da Pales
tina, pela subalimentação de suas popu lações. Para que, porém, revolver o pas-
"William Vügt, um técnico norte-ame
seus
^
recursos
, ,
naturais, e qual a
■;, V
sua atual situação. Convém que os brasíleiros
erosão verificada: "No princípio do sécu selva e mutilando as árvores para ex
trair resinas. Pouco a pouco, o São Jo
sé começou a manifestar mais amplas variações em seu caudal. As cheias su cediam-se períodos em que as águas desciam a níveis não observados ante riormente. As inun-
des
truiu a maior parte de
lógica — a que se acham submetidas lo presente, o homem começou a ocupar as terras altas, queimando e talando a
A erosão em El Salvador
a da pequena República dc El Salvador, que em 34 mil quilômetros quadrados tem quase 2 milhões dc habitantes.
banhos públicos pnvimenlíidos coni mo saicos belíssimas, um magnífico arco dc
A inundação, Vogt julga-a provocada
são nos dias que correm, ameaçando de
conheçam
.dações
,., } . ' • .
.
estéreis. Êsses ma-
. ...
se tome, amanhã,
um imenso EI Salvador,
nhos de grandeza e prosperidade. Metapán, fundada em 1743, uma das
principais cidades da República, é um exemplo clínico, na opinião jde Vogt. Cresceu às margens do São José, um rio
pequenino, correndo, antigamente, por uma garganta de uns três metros de pro fundidade. Há cinqüenta anos, o São Jo sé destacava-se pela regularidade de seu regime, pois o caudal, durante o ano inteiro, sofria apenas pequenas flutua ções. Tempos atrás, depois de anos em
que a vazão se mostrava bastante regu
lar, o São José subiu ràpidamente,. inun dou Metapán, o que nunca tinha suce dido, destruiu alguns edifícios e voltou ao leito "sem deixar nenhum depósito de limo sôbre as terras".
gí^rganta de três
>
metros de profundi- ^
" —'
dade, que antes servia de leito ao rio,
arruinando
todos os nossos so
eram
' teriais entupiram, em pouco tempo, a
algo a respeito, pa
ra que o Brasil não
não
mais de águas limpas, pois que agora cancegavam areias
e êste começou a
alagar as margens. O Governo construiu um dique de pedra para desviar as águas
e proteger Metapán. De pronto, porem o dique cobriu-se de lodo e houve
cessidade de levantar um novo muro
de contenção.
Finalmente, chegou o
pior, as inundações, e atualmente o Go verno está tratando, a tôda pressa,
6
construir diques de terra pára contra balançar a ameaça de que as águas subam a níveis ainda mais altos.
Há a salientar que o custo das obras
tem sido excessivo — uns 100 mil colo-
^ j •
nes, cerca de Cr$ 700.000,00 - e os | resultados muito reduzidos, deraonstran-
j
do claramente que a solução do
;
ma não se encontra apenas nas obras de
engenharia. Esqueceram o refloresta-
^3^
Dicesto Econômico 63
DrcESTo EcoNó^^co
mento dos trecbos montanhosos da ba
cia liidrográfica do São José, onde a erosão abriu e continua abrindo barrocões tremendos, num solo outrora fértil
e hoje esterilizado.
E não fica nisto o desastre. As terras
dicada em sua capacidade de produção.
Resuhado: cada salvadorenho ingere ape
nas cerca de 1.500 calorias, isto é, menos
do que o suficiente para manter o orga
nismo em condiçõc.s de rc.sistir às enfer
midades. Acrescente-se quo a popiilaçâo do subsolo, estéreis, arrancadas dos flan- contínua aumentando, tendo quase du cos das montanhas, o rio as transporta plicado nos últimos trinta e cinco anos. para as várzeas férteis, açoreando-as, inutilizando-as para a lavoura. Perde
ram-se, assim, por esta forma, grandes áreas que se cobriram outrora de magní
A imensídade do país não permitiu a situação norte-americana se apro J O que acontece com o São José, aconte que ximasse da salvadorenhaj nem por isso, ce com outros rios, inc!usive o Lempa, porém, deixa dc ser bastante seria. quo é o maior do país. A'ém das ter
ras das encostas e das várzeas que se
perdem com alarmante rapidez, as pró
prias obras hidráulicas são prejudicadas pela destruição das pontes em cheias sempre mais volumosas e o açoreamenlo
Conforme Bennett, em Elemcnts of
Sbí! Con^iervation, os Estados Unidos contam, atualmente, com 1.840.000 qui lômetros quadrados de boas terras culti vadas e cultiyáveis, dos quais 400.000 quilômetros quadrados estão sendo es tragados pela erosão, que os pode inu
dos açudes destinados à produção de energia elétrica. O Lempa, por exem tilizar totalmente se não se tomarem imeplo, Se não se modificar a atual e gra .diatas medidas de contrôle. 800.000 qui víssima situação, em quinze ou vinte quadrados de terras outrora anos aterrará qualquer barragem que lômetros^ muito férteis já foram destruídos pela lhe detenha e armazene as águas. erosão. Se se levarem em conta qs ter-
Para se verificar a gravidade da crise em que se debate EI Salvador, devido à
erosão de seus solos, basta saber-se que Bennett, chefe do Serviço de Conservação dos Solos dos Estados Unidos, e outros técnicos, acreditam que, para que uma população humana possa alimentar-se suficientemente, precisa de uma área cul
tivada de pouco mais de um hectare por pessoa. El Salvador já dispôs de muito mais para cada um de seus habitantes. E
afirmava-se, então, por lá, com orgullio: "En El Salvador nadie muere de hambre". Tal, porém, infelizmente, per
ras^ lavoura e de pastagens, a erosão
cios Estados Unidos já inutilizou ou es tragou sèriamente 1.128.000 quilôme tros quadrados. 3.100.000 quilômetros
quadrados de terras de lavoura, de pas
tagem e floresta e outras sofrerami de certo modo, os males da erosão.
te das culturas c atividades rurais, o
mente. Nos últimos anos, os solos dos
pampa, o pisoteio do gado oni lòrno dos .suporpovoarncnto das pastagens.
^ trechos superiores das colinas tornaramse muito rasos para culturas como o mi
A erosão na Venezuela
Na Venezuela, a erosão tem ^ido mui
to grande. Grande parte dos solos da.s zonas monlanho.sas do oeste e do norte
c.stá total ou parcialmente prejudicada. Muito tem contribuído para isto o fato de alinharem as plantações de a'to a baixo, quando
o
aconselliável seria estabelecê-las em faixas de contorno.
A China tem sido uma das maiores ví
timas
da
erosão,
apesar de a comba terem, embora não muito sistemàtica-
mente, há milhares de anos.
Digamos apenas que o solo das coli nas o das margens dos rios é .arrastado
para o mar em enormes quantidades. As águas do Hoang-ho, em agosto de
erosão são avaliados em 60 trilhões e 8
1934, continham limo na proporção de 38® de seu pêso. Ém Lo Ho, um braço do Hoang-ho, a proporção de lama su bia a 63%. Acredita-se que em 1934 o Hoang-ho transportou L450-milhões de metros cúbicos de limo ~ eqüivalendo ao
bilhões de cruzeiros. A erosão no Prata
A erosão eólea tem prejudicado gran des da Argentina e pequenos tre bitante dispõe apenas de um quarto de chostrecbos do Uruguai e do Paraguai. A re hectare - 25 ares - susceptível de cul-' gião argentina que mais tem sofrido é o meio oeste, cuja fertilidade tem decres-
lho e a cana-de-açúcar, que foram substi
tuídos pela batata doce c o amendoim, menos exigentes. Continuando a ero são, essas lavouras terão também que ser abandonadas.
Seria possível alinhar outros dados interessantes, mostrando como a China
já perdeu muitos milhares de quilôme-
tros quadrados de
de suas terras mais
férteis, e está per dendo outros, en
quanto a população aumenta de ano pa
A erosão na China
Os prejuízos anuais ocasionados pela
tence ao passado. Atualmente cada ha
bvo, achando-se grande parte prejuh
bebedouros, a diversificação insuficien
arrasta, também, quantidades imensas de solo. O solo das colinas do Szechwan está sendo destruído rapida
a aradura de determinados tipos de
A erosão nos Estados Unidos
ficas culturas.
O langlzé, oulro' grande rio clvinês,
cido bastante. Contribui para a erosão
solo de 145.000 hectares, com um metro
de^profundidade. Em algumas colinas da Ijacia hidrográfica desse rio, as águas de uma única grande chuva an-astam uma camada de solo com 5 centímetros de espessura.
ra ano.
II
A erosão no Brasil -Infelizmente
a
erosão tem também
prejudicado algu mas de nossas terras nas regiões ondula das, montanhosas, e nos trechos mais dinamizados do País. Áreas bem vastas
do Brasil perderam grande parle de sua fertilidade. Notam-se deslizamentos por
aqui e por ali. ,Banocões lutam os solos outrora fecundos e muitas colinas de Mi
nas Gerais, São Paulo e outros Estados. A erosão laminar, mais sutil, menos apa
rente, arrastou o solo quase totalmente em muitos trechos. Perras que produ
ziam muito bom milhojá não o produzem. E os cafèzais são ondas verdes
que vão passando p^ira o oeste, acompa nhando a derrubada das florestas que se afastam cada vez mais do litoral. Os fatos citados e outros semelhantes são da
^3^
Dicesto Econômico 63
DrcESTo EcoNó^^co
mento dos trecbos montanhosos da ba
cia liidrográfica do São José, onde a erosão abriu e continua abrindo barrocões tremendos, num solo outrora fértil
e hoje esterilizado.
E não fica nisto o desastre. As terras
dicada em sua capacidade de produção.
Resuhado: cada salvadorenho ingere ape
nas cerca de 1.500 calorias, isto é, menos
do que o suficiente para manter o orga
nismo em condiçõc.s de rc.sistir às enfer
midades. Acrescente-se quo a popiilaçâo do subsolo, estéreis, arrancadas dos flan- contínua aumentando, tendo quase du cos das montanhas, o rio as transporta plicado nos últimos trinta e cinco anos. para as várzeas férteis, açoreando-as, inutilizando-as para a lavoura. Perde
ram-se, assim, por esta forma, grandes áreas que se cobriram outrora de magní
A imensídade do país não permitiu a situação norte-americana se apro J O que acontece com o São José, aconte que ximasse da salvadorenhaj nem por isso, ce com outros rios, inc!usive o Lempa, porém, deixa dc ser bastante seria. quo é o maior do país. A'ém das ter
ras das encostas e das várzeas que se
perdem com alarmante rapidez, as pró
prias obras hidráulicas são prejudicadas pela destruição das pontes em cheias sempre mais volumosas e o açoreamenlo
Conforme Bennett, em Elemcnts of
Sbí! Con^iervation, os Estados Unidos contam, atualmente, com 1.840.000 qui lômetros quadrados de boas terras culti vadas e cultiyáveis, dos quais 400.000 quilômetros quadrados estão sendo es tragados pela erosão, que os pode inu
dos açudes destinados à produção de energia elétrica. O Lempa, por exem tilizar totalmente se não se tomarem imeplo, Se não se modificar a atual e gra .diatas medidas de contrôle. 800.000 qui víssima situação, em quinze ou vinte quadrados de terras outrora anos aterrará qualquer barragem que lômetros^ muito férteis já foram destruídos pela lhe detenha e armazene as águas. erosão. Se se levarem em conta qs ter-
Para se verificar a gravidade da crise em que se debate EI Salvador, devido à
erosão de seus solos, basta saber-se que Bennett, chefe do Serviço de Conservação dos Solos dos Estados Unidos, e outros técnicos, acreditam que, para que uma população humana possa alimentar-se suficientemente, precisa de uma área cul
tivada de pouco mais de um hectare por pessoa. El Salvador já dispôs de muito mais para cada um de seus habitantes. E
afirmava-se, então, por lá, com orgullio: "En El Salvador nadie muere de hambre". Tal, porém, infelizmente, per
ras^ lavoura e de pastagens, a erosão
cios Estados Unidos já inutilizou ou es tragou sèriamente 1.128.000 quilôme tros quadrados. 3.100.000 quilômetros
quadrados de terras de lavoura, de pas
tagem e floresta e outras sofrerami de certo modo, os males da erosão.
te das culturas c atividades rurais, o
mente. Nos últimos anos, os solos dos
pampa, o pisoteio do gado oni lòrno dos .suporpovoarncnto das pastagens.
^ trechos superiores das colinas tornaramse muito rasos para culturas como o mi
A erosão na Venezuela
Na Venezuela, a erosão tem ^ido mui
to grande. Grande parte dos solos da.s zonas monlanho.sas do oeste e do norte
c.stá total ou parcialmente prejudicada. Muito tem contribuído para isto o fato de alinharem as plantações de a'to a baixo, quando
o
aconselliável seria estabelecê-las em faixas de contorno.
A China tem sido uma das maiores ví
timas
da
erosão,
apesar de a comba terem, embora não muito sistemàtica-
mente, há milhares de anos.
Digamos apenas que o solo das coli nas o das margens dos rios é .arrastado
para o mar em enormes quantidades. As águas do Hoang-ho, em agosto de
erosão são avaliados em 60 trilhões e 8
1934, continham limo na proporção de 38® de seu pêso. Ém Lo Ho, um braço do Hoang-ho, a proporção de lama su bia a 63%. Acredita-se que em 1934 o Hoang-ho transportou L450-milhões de metros cúbicos de limo ~ eqüivalendo ao
bilhões de cruzeiros. A erosão no Prata
A erosão eólea tem prejudicado gran des da Argentina e pequenos tre bitante dispõe apenas de um quarto de chostrecbos do Uruguai e do Paraguai. A re hectare - 25 ares - susceptível de cul-' gião argentina que mais tem sofrido é o meio oeste, cuja fertilidade tem decres-
lho e a cana-de-açúcar, que foram substi
tuídos pela batata doce c o amendoim, menos exigentes. Continuando a ero são, essas lavouras terão também que ser abandonadas.
Seria possível alinhar outros dados interessantes, mostrando como a China
já perdeu muitos milhares de quilôme-
tros quadrados de
de suas terras mais
férteis, e está per dendo outros, en
quanto a população aumenta de ano pa
A erosão na China
Os prejuízos anuais ocasionados pela
tence ao passado. Atualmente cada ha
bvo, achando-se grande parte prejuh
bebedouros, a diversificação insuficien
arrasta, também, quantidades imensas de solo. O solo das colinas do Szechwan está sendo destruído rapida
a aradura de determinados tipos de
A erosão nos Estados Unidos
ficas culturas.
O langlzé, oulro' grande rio clvinês,
cido bastante. Contribui para a erosão
solo de 145.000 hectares, com um metro
de^profundidade. Em algumas colinas da Ijacia hidrográfica desse rio, as águas de uma única grande chuva an-astam uma camada de solo com 5 centímetros de espessura.
ra ano.
II
A erosão no Brasil -Infelizmente
a
erosão tem também
prejudicado algu mas de nossas terras nas regiões ondula das, montanhosas, e nos trechos mais dinamizados do País. Áreas bem vastas
do Brasil perderam grande parle de sua fertilidade. Notam-se deslizamentos por
aqui e por ali. ,Banocões lutam os solos outrora fecundos e muitas colinas de Mi
nas Gerais, São Paulo e outros Estados. A erosão laminar, mais sutil, menos apa
rente, arrastou o solo quase totalmente em muitos trechos. Perras que produ
ziam muito bom milhojá não o produzem. E os cafèzais são ondas verdes
que vão passando p^ira o oeste, acompa nhando a derrubada das florestas que se afastam cada vez mais do litoral. Os fatos citados e outros semelhantes são da
64
Digesto Econômico
pbseA'açáo de todos. E todo o mundo sabe que ou se tomam medidas muito
O presidente Dutra, em Itaperuna, em di.scurso magistral, já disse ao País a
sérias para controlar as erosões, ou nossa situação se aproximará da salvadore
gravidade da situação.
ministro da Agricultura, Sr. Daniel de
A erosão, a maior desgraça que not
Carvalho, inaugurando a Mesa Redonda
ameaça
de Ck)nservação dos Solos convoc-ada pela
^ciedade Rural Brasileira, citou alguns
A erosão é a maior de.sgraça que nos
ados colhidos em estações experimen-
ameaça, 'pois pode destruir a
maior
parte do .sc)'o, ijrovocando uin colapso
que merecem ser difundidos em
P. 'cações oficiais, em revistas e jor-^ nas produções de gêneros alimentícios e nais e pelo rádio. Os brasileiros precisam de matérias-primas. Nías a erosão tem saber como estão sendo totalmente ar remédio. Difundir os meios de com-
umdas da nossa terra. E urge um gran-
demo^mentoem torno do assunto Lg-
baté-Ia, parece-mo ser obrigação de to dos os que podem fazé-lo. Trabalhar contra ela é obrigação dos governos fe
deral, estaduais c municipais, bem como
ra asTAf
da Agricultu-
a®c.a^r';™/Sr.colas e tôdas as
j Orozimbo o. Roxo Loureiro
nha, em regiões amplas do País. O
omadas algumas das regiões mais fe-
A
de todos os fazendeiros e sitiantes.
Procuraremos alinhar, 'em linguagem acessível, noutro artigo, os principais meios de contrôle às erosões.
X|a segunda-feira de carnaval eu esta-
ferências que se processaram no 2.° dia
^
do 55.® Congresso Anual dos "Savings Banks", realizado no Hotel Traymore,
va me distraindo com a leitura do
Aniiário
de
1948
dos
"SAVINGS
BANKS" do Estado de Nova York, quan
artigo, que lhe havia prometido, alguns meses atrás, sobre esse palpitante pro
blicas, e há mais de 15 anos se vem
blema para a vida econômica nacional:—
notabilizando como conselheiro de pro
paganda e de relações públicas das maio
leiro.
res corporações norte-americanas, tais
Prometi-lhe imediatamente sal
dar o quanto antes o meu compromisso,
e é o que ora faço com muito prazer, não obstante tenha as minhas dúvidas
A exportação de cereais dos Esfndn tt seu alto nível, até 1950, sesundn
/. Loveland.
ao que se espera, continuará em
'^^Çoes do Subsecretário da Agricultura, A. seus
mer, é um especialista em relações pú
a reforma do sistema bancário brasi
de que uma simples reforma legislati va e formal possa consertar uma situação
ÍV.1
cm Atlantíc City — N. Y. — em 4, 5 e
do fui surpreendido por um telefone .6 de novembro do ano passado. Interessante notar que dentre os 3 ma do distinto Diretor do Digesto Eco conferencistas do dia, naquela reunião de nômico, Dr. Gontijo de Carvalho. Tra tava-se de uma justa reclamação. Êsse banqueiros, nenlium, sequer, era ban meu amigo estava me cobrando um 2.° queiro. O primeiro, Mr. Fred L. Pal-
que só poderia ser resolvida mediante um gigantesco e continuado esforço por parte dos banqueiros e autoridades brasileiras, encarregados de promover
como a Ford Motor Company, Standard Oil Company, Internacional Paper Com-
pany e a American Locoihotive Company. A razão do convite a Mr. Pabner ó que aqueles banqueiros de N. Y. de sejavam ouvir os conselhos daquele téc nico sôbre a melhor maneira de desen
volver um programa de boas relações e mais íntima cooperação com a sua clien
a movimentação e desenvolvimento- do
tela. O 2.® orador do dia foi Mr. \Vil-
crédito em nosso país. De fato, estava eu naquela segundafeira de Momo colhendo mais uma pre ciosa lição daqueles homens que con
liam J. Levitt, engenheiro, de 41 anos,
chefe de uma firma construtora que, no ano passado, conquistou grande notorie
seguiram criar a majestosa civilização
de construções dos Estados Unidos, con
americana, através de um sistema social
seguindo em 12 meses urbanizar e mns-
dade por ter revolucionado a indústria
republicano que se baseia na livre ini
truir umà cidade com 4 mil casas n '-
ciativa, no respeito à personalidade hu
pulares, nos arredores de N. Y. (I.ong
mana, na produção organizada, no tra balho honesto e eficiente, e numa polí
Island) onde antes era uma chácara de
tica de crédito com C maiúsculo, isto é,
Ao convidar aquêle construtor, julga ram os banqueiros americanos que mui to poderiam lucrar ouvindo a opinião de
crédito para servir o público, para auxi liar o progresso, para promover o bemestaí social e incrementar a riqueza co letiva.
Eu lia, precisamente, os debates e con
plantar batatas.
um jovem homem de negócios ultr.i-di-
nâmico e que certamente lhes viria a])ontar uma série de sugestões úteis sôbre
64
Digesto Econômico
pbseA'açáo de todos. E todo o mundo sabe que ou se tomam medidas muito
O presidente Dutra, em Itaperuna, em di.scurso magistral, já disse ao País a
sérias para controlar as erosões, ou nossa situação se aproximará da salvadore
gravidade da situação.
ministro da Agricultura, Sr. Daniel de
A erosão, a maior desgraça que not
Carvalho, inaugurando a Mesa Redonda
ameaça
de Ck)nservação dos Solos convoc-ada pela
^ciedade Rural Brasileira, citou alguns
A erosão é a maior de.sgraça que nos
ados colhidos em estações experimen-
ameaça, 'pois pode destruir a
maior
parte do .sc)'o, ijrovocando uin colapso
que merecem ser difundidos em
P. 'cações oficiais, em revistas e jor-^ nas produções de gêneros alimentícios e nais e pelo rádio. Os brasileiros precisam de matérias-primas. Nías a erosão tem saber como estão sendo totalmente ar remédio. Difundir os meios de com-
umdas da nossa terra. E urge um gran-
demo^mentoem torno do assunto Lg-
baté-Ia, parece-mo ser obrigação de to dos os que podem fazé-lo. Trabalhar contra ela é obrigação dos governos fe
deral, estaduais c municipais, bem como
ra asTAf
da Agricultu-
a®c.a^r';™/Sr.colas e tôdas as
j Orozimbo o. Roxo Loureiro
nha, em regiões amplas do País. O
omadas algumas das regiões mais fe-
A
de todos os fazendeiros e sitiantes.
Procuraremos alinhar, 'em linguagem acessível, noutro artigo, os principais meios de contrôle às erosões.
X|a segunda-feira de carnaval eu esta-
ferências que se processaram no 2.° dia
^
do 55.® Congresso Anual dos "Savings Banks", realizado no Hotel Traymore,
va me distraindo com a leitura do
Aniiário
de
1948
dos
"SAVINGS
BANKS" do Estado de Nova York, quan
artigo, que lhe havia prometido, alguns meses atrás, sobre esse palpitante pro
blicas, e há mais de 15 anos se vem
blema para a vida econômica nacional:—
notabilizando como conselheiro de pro
paganda e de relações públicas das maio
leiro.
res corporações norte-americanas, tais
Prometi-lhe imediatamente sal
dar o quanto antes o meu compromisso,
e é o que ora faço com muito prazer, não obstante tenha as minhas dúvidas
A exportação de cereais dos Esfndn tt seu alto nível, até 1950, sesundn
/. Loveland.
ao que se espera, continuará em
'^^Çoes do Subsecretário da Agricultura, A. seus
mer, é um especialista em relações pú
a reforma do sistema bancário brasi
de que uma simples reforma legislati va e formal possa consertar uma situação
ÍV.1
cm Atlantíc City — N. Y. — em 4, 5 e
do fui surpreendido por um telefone .6 de novembro do ano passado. Interessante notar que dentre os 3 ma do distinto Diretor do Digesto Eco conferencistas do dia, naquela reunião de nômico, Dr. Gontijo de Carvalho. Tra tava-se de uma justa reclamação. Êsse banqueiros, nenlium, sequer, era ban meu amigo estava me cobrando um 2.° queiro. O primeiro, Mr. Fred L. Pal-
que só poderia ser resolvida mediante um gigantesco e continuado esforço por parte dos banqueiros e autoridades brasileiras, encarregados de promover
como a Ford Motor Company, Standard Oil Company, Internacional Paper Com-
pany e a American Locoihotive Company. A razão do convite a Mr. Pabner ó que aqueles banqueiros de N. Y. de sejavam ouvir os conselhos daquele téc nico sôbre a melhor maneira de desen
volver um programa de boas relações e mais íntima cooperação com a sua clien
a movimentação e desenvolvimento- do
tela. O 2.® orador do dia foi Mr. \Vil-
crédito em nosso país. De fato, estava eu naquela segundafeira de Momo colhendo mais uma pre ciosa lição daqueles homens que con
liam J. Levitt, engenheiro, de 41 anos,
chefe de uma firma construtora que, no ano passado, conquistou grande notorie
seguiram criar a majestosa civilização
de construções dos Estados Unidos, con
americana, através de um sistema social
seguindo em 12 meses urbanizar e mns-
dade por ter revolucionado a indústria
republicano que se baseia na livre ini
truir umà cidade com 4 mil casas n '-
ciativa, no respeito à personalidade hu
pulares, nos arredores de N. Y. (I.ong
mana, na produção organizada, no tra balho honesto e eficiente, e numa polí
Island) onde antes era uma chácara de
tica de crédito com C maiúsculo, isto é,
Ao convidar aquêle construtor, julga ram os banqueiros americanos que mui to poderiam lucrar ouvindo a opinião de
crédito para servir o público, para auxi liar o progresso, para promover o bemestaí social e incrementar a riqueza co letiva.
Eu lia, precisamente, os debates e con
plantar batatas.
um jovem homem de negócios ultr.i-di-
nâmico e que certamente lhes viria a])ontar uma série de sugestões úteis sôbre
Dicxsto Econômico DiCES^rio
3 melhor maDeíra de estreitar as suas
relações conj a gigantesca indústria das <^nstruções civis. Como último orador da sessão, ouviram todos com grande
"Permitam-mc outro conselho: —
Os banqueiros .são como os sacerdo tes c os médicos. Aos sacerdotes nós
^'nhisiasmo uma palestra proferida por
confiamos o nosso espírito e a nossa alma. Aos médicos — minha profis
rnn jovem médico, Dr. George W. Cra-
são — nós confiamos a nossa saúde.
Além de médico, o Dr. Grane, que
Aos banqueiros nós confiamos a nos
possui mais 4 diplomas universitários,
sa vida. Afinal clc contas, todos sa
o filósofo, psicólogo, jornalista e comen
bem, o dinheiro c a própria vida, c
dador de rádio, sendo tão grande a sua
o sangue clc cada mn. Vocês podem
^pularidade que as suas crônicas e pa
ir à rua, o por 10 dólares podem
lestras costumam ser lidas e ouvidas
comprar um clia de vida de um tra
^àriamente em 10 milhões de lares ame
balhador. Êle lhes venderá por dez dólares 1 dia de sua vida produtiva."
ricanos.
Depois de apreciar as considerações rcitas pelos dois primeiros oradores do e de mostrar como é importante a
f. ^refa dos banqueiros na sociedade mo-
erna, o Dr. Grane ofereceu as seguin-
sugestões àquela plêiade de ban,Queirós do mais avançado centro fij^jDanceiro do mundo:
"O dinheiro que vocês recebem muito justamente lembrou, não é apenas papel ou metal. Pois como papel ou metal ele vale muito pouco. O que tem valor real é aquilo que ' êle simbòücamente representa. Êsse dinheiro representa a energia poupa da durante a existência
de inúmeras
pessoas.
lembrem:— Em suas re
Se o
lações com o público
suas caixas, se não o
conservarem
em
e em sua propaganda,
emprestarern para fi
não façam
nanciar as casas ou as
de suas
idéias um espelho dos seus próprios interêsses
outras necessidades - do
seu povo, vocês esta rão simplesmente con
e vaídades. Por exem
plo: — muitos bancos
trolando um ""campo de Pois estarão apri
fazem anúncios assim — "em ativi
concentração.
dade neste local há 94 anos!'; ou —
sionando
"celebramos o
não lhes permitindo sair para tra
nosso
centenário".
Vocês precisam lembrar que o públi
milhares
de
vicias
e
balhar."
co americano não está interessado em
"Vocês têm uma grande responsa
saber se vocês estão era atividade há 100 anos ou há mil anos. O público quer um empréstimo para constniir
bilidade perante o povo. Certamente,
a sua casa própria, e desde que vo cês são os emprestadores, é a vocês que o público procura. Assim, ofe reçam os seus serviços, em lugar de oferecer o seu prédio."
reunir mais dinheiro para expandir os
comecem a sua propaganda nas pró
seus empréstimos."
prias escolas."
"Como banqueiros, vocês são os
'Vocês não podem oferecer o seu
alicerces do comé-rcio, porque é o crédito que vocês oferecem que per mito aos homens de negócios, como .\Ir.. Levitt, conservar os negócios em andamento, aumentar o nível geral dos empregos, e fazer com que o go-
banco na estratosfera. Precisam des
os banqueiros são as pessoas de maior projeção na vida moderna. Como banqueiros, os seus principais pro blemas são: 1.°) fazer com que o povo venha buscar o seu dinheiro p^ra aplicá-lo convenientemente; e 2.°) atrair nossos dépositantes a'fim de
cer para o nível-intelectual dos seus
clientes. Deveriam explicar o seu negócio para ser entendido por um motorista, pois um motorista repre senta a média de cultura do homem
vcino possa arrecadar os seus im
americano.
postos."
tumam tratar com uma classe um
Certamente \'Ocês cos
isso nas escolas? Os escolares de sua
pouco mais alta. Todavia, quanto mais simples forem as suas explica
terra já sabem o c^ue é inn banco,
ções para o povo, tanto melhor."
"Vocês, por acaso, já ensinaram
em seus bancos, como Mr. Levitt
"Peço-lhes que se'
67
EcoNÓNnco
qual a função do banqueiro na so ciedade? Ê'es sabem, talvez, o que um banqueiro precisa conhecer, quando recebe alguóm que lhe faz um pedido de enipré*stimo? Pois bem, vocês
deveriam
ensinar-lhes
"Outra coisa a ressaltar é o se
guinte: — o elemento capaz de criar o sucesso de vocês, é a sua persona
lidade e a sua capacidade de exaltar o "ego" dos demais indivíduos. Da
rei um exemplo: —
Em Clúcago,
isso, a fim do não permitir que a maioria das pessoas continue pen
posta de 35 casas, que faz uma média
sando que vocês sãos uns avaren-
de vendas de 30 milhões de dólares
to.s, que só querem bisbilhotar sobre
por ano, o que representa um bri Trinta e quatro casas traba'havam com grande êxito. Uma delas; entretanto, apesar de tão bem localizada quanto as demais e
a vida alheia."
existo certa cadeia de empórios com
lhante negócio.
"Esta é a maneira como pensa a média das pessoas, meus senliores. E assim que quase todo mundo pen sa. Aquilo que para vocês parece tão simples, em sua terminologia es pecializada, é tão sòmente "grego" para o público em geral. Pois ê!e não possui telepatia. E' preciso que
vendendo as mesmas mercadorias, se
gundo o mesmo sistema, não conse
guia fazer coisa alguma. E sabem por que? É que o seu gerente, não obstante fôsse um bom sujeito, era
vocês o ensinem, de maneira .simples
um introvertido. Era um cidadão ho
e acessível, que um banqueiro tem o direito de saber porque êle quer o dinheiro, pois que o dinheiro que
contador, üm químico, um médico, um xnaquüiista ou um fazendeiro.
nesto, tal como um banqueiro, um
empresta não é dêle. O cidadão mé
Êsse homem de pouca prosa ficava
dio acredita que vocês estão empres
no fundo da loja. Êle fiscalizava tu
tando o dinheiro do seu bôlso.
Êle
geralmente não sabe que vocês são simplesmente os guardiães do di nheiro, cú melhor, da energia vital da sua comunidade."
"Assim, eu lhes recomendo que
do, a fim de bem conservar as mer
cadorias 6 os vá'ores que lhe estavam confiados. Controlava os cai.xeiros, a
fim de que élcs mantivessem perma nentemente as prateleiras em per feita ordem. Mas o seu concorrente
Dicxsto Econômico DiCES^rio
3 melhor maDeíra de estreitar as suas
relações conj a gigantesca indústria das <^nstruções civis. Como último orador da sessão, ouviram todos com grande
"Permitam-mc outro conselho: —
Os banqueiros .são como os sacerdo tes c os médicos. Aos sacerdotes nós
^'nhisiasmo uma palestra proferida por
confiamos o nosso espírito e a nossa alma. Aos médicos — minha profis
rnn jovem médico, Dr. George W. Cra-
são — nós confiamos a nossa saúde.
Além de médico, o Dr. Grane, que
Aos banqueiros nós confiamos a nos
possui mais 4 diplomas universitários,
sa vida. Afinal clc contas, todos sa
o filósofo, psicólogo, jornalista e comen
bem, o dinheiro c a própria vida, c
dador de rádio, sendo tão grande a sua
o sangue clc cada mn. Vocês podem
^pularidade que as suas crônicas e pa
ir à rua, o por 10 dólares podem
lestras costumam ser lidas e ouvidas
comprar um clia de vida de um tra
^àriamente em 10 milhões de lares ame
balhador. Êle lhes venderá por dez dólares 1 dia de sua vida produtiva."
ricanos.
Depois de apreciar as considerações rcitas pelos dois primeiros oradores do e de mostrar como é importante a
f. ^refa dos banqueiros na sociedade mo-
erna, o Dr. Grane ofereceu as seguin-
sugestões àquela plêiade de ban,Queirós do mais avançado centro fij^jDanceiro do mundo:
"O dinheiro que vocês recebem muito justamente lembrou, não é apenas papel ou metal. Pois como papel ou metal ele vale muito pouco. O que tem valor real é aquilo que ' êle simbòücamente representa. Êsse dinheiro representa a energia poupa da durante a existência
de inúmeras
pessoas.
lembrem:— Em suas re
Se o
lações com o público
suas caixas, se não o
conservarem
em
e em sua propaganda,
emprestarern para fi
não façam
nanciar as casas ou as
de suas
idéias um espelho dos seus próprios interêsses
outras necessidades - do
seu povo, vocês esta rão simplesmente con
e vaídades. Por exem
plo: — muitos bancos
trolando um ""campo de Pois estarão apri
fazem anúncios assim — "em ativi
concentração.
dade neste local há 94 anos!'; ou —
sionando
"celebramos o
não lhes permitindo sair para tra
nosso
centenário".
Vocês precisam lembrar que o públi
milhares
de
vicias
e
balhar."
co americano não está interessado em
"Vocês têm uma grande responsa
saber se vocês estão era atividade há 100 anos ou há mil anos. O público quer um empréstimo para constniir
bilidade perante o povo. Certamente,
a sua casa própria, e desde que vo cês são os emprestadores, é a vocês que o público procura. Assim, ofe reçam os seus serviços, em lugar de oferecer o seu prédio."
reunir mais dinheiro para expandir os
comecem a sua propaganda nas pró
seus empréstimos."
prias escolas."
"Como banqueiros, vocês são os
'Vocês não podem oferecer o seu
alicerces do comé-rcio, porque é o crédito que vocês oferecem que per mito aos homens de negócios, como .\Ir.. Levitt, conservar os negócios em andamento, aumentar o nível geral dos empregos, e fazer com que o go-
banco na estratosfera. Precisam des
os banqueiros são as pessoas de maior projeção na vida moderna. Como banqueiros, os seus principais pro blemas são: 1.°) fazer com que o povo venha buscar o seu dinheiro p^ra aplicá-lo convenientemente; e 2.°) atrair nossos dépositantes a'fim de
cer para o nível-intelectual dos seus
clientes. Deveriam explicar o seu negócio para ser entendido por um motorista, pois um motorista repre senta a média de cultura do homem
vcino possa arrecadar os seus im
americano.
postos."
tumam tratar com uma classe um
Certamente \'Ocês cos
isso nas escolas? Os escolares de sua
pouco mais alta. Todavia, quanto mais simples forem as suas explica
terra já sabem o c^ue é inn banco,
ções para o povo, tanto melhor."
"Vocês, por acaso, já ensinaram
em seus bancos, como Mr. Levitt
"Peço-lhes que se'
67
EcoNÓNnco
qual a função do banqueiro na so ciedade? Ê'es sabem, talvez, o que um banqueiro precisa conhecer, quando recebe alguóm que lhe faz um pedido de enipré*stimo? Pois bem, vocês
deveriam
ensinar-lhes
"Outra coisa a ressaltar é o se
guinte: — o elemento capaz de criar o sucesso de vocês, é a sua persona
lidade e a sua capacidade de exaltar o "ego" dos demais indivíduos. Da
rei um exemplo: —
Em Clúcago,
isso, a fim do não permitir que a maioria das pessoas continue pen
posta de 35 casas, que faz uma média
sando que vocês sãos uns avaren-
de vendas de 30 milhões de dólares
to.s, que só querem bisbilhotar sobre
por ano, o que representa um bri Trinta e quatro casas traba'havam com grande êxito. Uma delas; entretanto, apesar de tão bem localizada quanto as demais e
a vida alheia."
existo certa cadeia de empórios com
lhante negócio.
"Esta é a maneira como pensa a média das pessoas, meus senliores. E assim que quase todo mundo pen sa. Aquilo que para vocês parece tão simples, em sua terminologia es pecializada, é tão sòmente "grego" para o público em geral. Pois ê!e não possui telepatia. E' preciso que
vendendo as mesmas mercadorias, se
gundo o mesmo sistema, não conse
guia fazer coisa alguma. E sabem por que? É que o seu gerente, não obstante fôsse um bom sujeito, era
vocês o ensinem, de maneira .simples
um introvertido. Era um cidadão ho
e acessível, que um banqueiro tem o direito de saber porque êle quer o dinheiro, pois que o dinheiro que
contador, üm químico, um médico, um xnaquüiista ou um fazendeiro.
nesto, tal como um banqueiro, um
empresta não é dêle. O cidadão mé
Êsse homem de pouca prosa ficava
dio acredita que vocês estão empres
no fundo da loja. Êle fiscalizava tu
tando o dinheiro do seu bôlso.
Êle
geralmente não sabe que vocês são simplesmente os guardiães do di nheiro, cú melhor, da energia vital da sua comunidade."
"Assim, eu lhes recomendo que
do, a fim de bem conservar as mer
cadorias 6 os vá'ores que lhe estavam confiados. Controlava os cai.xeiros, a
fim de que élcs mantivessem perma nentemente as prateleiras em per feita ordem. Mas o seu concorrente
Dicesto EcoNóinco
68
"Procurem contrastar a atitude dc
<lo empório fronteiro não fazia o mes mo. Êste ficava na frente da loja,
um agente dc seguros com a atitu
obser\'ando a clientela em vez de
de de um caixa.
E encontrarão, tal
69
Dicesto EcoNÓNnco
.
procuram.
O seu ponto de vendas
pensando: — "Mas, afinal, quando entra
não c no departamento de propagan
remos no assunto da refonna bancária
brasileira?" Pois bem, eis o que tenho a dizer-lhe sobre a palpitante matéria,
«tbservar a papelada. Cumprimentava
vez, a mesma diferença que existe
5is pessoas, chamando-as pelos seus íespectivos nomes. Conhecia de cor.
da ou no departamento dc crédito, mas na. janela dos caixas. E' lá
entre o dia c a noite." "O caixa recebe a caderneta e o
que vocês se encontram com os .seus
que tanta discussão vem suscitando no
nosso Congresso, c entre os mais emi
os nomes de mais de 500 senhoras
da \'izinhança, de maneira que as re-
dinheiro. Êle nem ao menos pro fere um cumprimento se você não
clientes."
eebia assim: — bom dia Mrs. Al-
o cumprimentar primeiro.
E assim
bight, ou então, bom dia Mrs. Le-
mesmo, êle o fará .sêcamcnle, sem
vití.
um sorriso, sem sequer perguntar: —
E conhecia também os nomes
de quase tôdas as crianças dessas se nhoras. E mesmo que não se lem brasse, êle os cumprimentava com
como vai?, como vai o negócio?"
.simpatia e entusiasmo, de maneira a
zendo que eles estão com a sua
fazê-los Se sentir mais importantes.*'
atenção voltada para as operações de
"Eu acredito que vocês tenham uma defesa para os seus caixas, di somar, de subtrair,
"Um introvertido, como um químico, um engenheiro ou mesmo um banquei
de contar o dinhei
ro, ou dc registrar a caderneta.
E' ver
ro, poderia agora
dade que isto exige
interpelar-me:
atenção,
—
Você não preten de que eu desça «
ao salão para cum-
j
prímentar todos os
'
clientes?"
i
"Todavia, senhoras e senhores, tô-
,
,
.
manter uma super-
,
^
^l'
1
'
,
•.
atenção e de, ao mesmo tempo, exaltar o "ego", a im-
portáncia, a vaida-
de do seu freguês, porque é lá o pon to vital vendas."
vocês possam ofere
de
suas
"Vocês podem gastar milhões de
inteira
mente inoperantes '.se vocês não forem
^
'[ j
da a publicidade do
serão
um
super-vendedor deve ser capaz de
.
■í ,J
mundo, toda a efi ciência técnica que cer
mas
'
dólares
em
seus
ao encontyo do público, no local das
programas de redações públicas, Po
vendas."
dem dessa maneira atrair milhares de
"Vocês sabem onde é o local das
vendas em uma loja? E' no balcão.
Mas qual é o local das vendas em um banco?
E' na janela do caixa.
Vocês já estiveram algum dia obser vando a atitude dos caixas para com os clientes?"
clientes para o banco, enquanto os seus caixas os botam pela pcffta a fora. Pois é lá o seu ponto de ven
das. E' lá que vocês precisam per manecer, de vez em quando, fotogra fando as atitudes dos seus caixas pa
ra com os inúmeros clientes que os
"Os banqueiros dc\'eni ser bons vcndcdore.s. Em prineipio, o ban
queiro é um vendedor dc dinhei ro, um vendedor dc crédito, como lembrou muito accrladamentc Mr. Lovití. E um aslro-\cndcdor deve
estudar e conhecer as pessoas." "Quando vocês entram, pela ma nhã, e dizem a seu pessoal: — Bom
dia, como vamos?, procurem notar cojuo êles respondem. Alguns dirão apenas: — Bem, ou então O. K. Êstcs sãos os introvertidos. Veja se não ó sempre esta a resposta do seu con tador.
Mas
se
você
se
encontrar
com o seu recepcionista, ou com o
nentes banqueiros, juristas, associações de classe, comerciantes e industriais: — Del-mc ao trabalho de ler e estudar o
anteprojeto apresentado como primeira sugestão do Exmo. Sr. Ministro da Fa zenda ás classes interessadas, aos estu
diosos e profissionais. Fiz o mesmo com
o projeto apresentado ao Congresso de pois dos longos debates suscitados pelo primeiro. Apreciei o substitutno do eminente relator da Comissão de Indús tria e Comércio da Câmara Federal, e admirei a sua brilhante e.vposiçáo de mo tivos. Aprendi de sobejo na interessan
te exposição do Dr. Horacio Laffer, quando esse ilustre deputado apresentou i
seu encarregado de publicidade, ou das rchiçõcs pi'iblicas, êle certamen te lhe responderá: — Bem, obrigado,
o sou notável trabalho sôbre o assunto,
e o sr., como está?
ceu um 2.° substitutivo ao projeto em
bom?
Vai passando
Êstes serão os extrovertidos
e isto é muito bom."
"Quero lembrar-lhes, finalmente,
e, na qualidade de relator da Comissão de Finanças da mesma Camara, ofere andamento.
Ilustrei-me, ainda mais, com a análise trabalhosamente elaborada pelo Instituto
que o banqueiro observador e psicó logo é o que paga melhores dividen dos. O sucesso na vída é, pelo me
de Economia ,da Associação Comercial de São Paulo, criticando e comparando o ianteprojeto governamental e os 2
nos em 50 por cento, devido à habili
substitutivos citados.
dade psicológica e à capacidade de
lidar conv as pessoas e fazê-las se sentirem importantes. E lembremso mais do seguinte: — é fazendo ami gos que se fazem cs clientes, pois um inimigo só serve para nos, atra palhar.** H«
:K
Depois de passar os olhos por estas
Saciei-me a valer,
pela imprensa e pelo rádio, sobre êsse assunto transcendente para a vida eco nômica nacional. E cheguei, finalmen te, a uma conclusão: — lôdas as pro
postas e sugestões visando a elaboração da nova lei bancária são muito boas,
justas e oportunas. Os 3 modelos apre sentados para o estatuto legal são ex celentes. Qualquer dos três estaria mui
to bom para ser transformado em lei.
dezenas de .linhas, certamente o ilustre
Não acredito, entretanto, que qualquer
diretor do Digesto Econômico estaria
deles represente a almejada solução pa-
Dicesto EcoNóinco
68
"Procurem contrastar a atitude dc
<lo empório fronteiro não fazia o mes mo. Êste ficava na frente da loja,
um agente dc seguros com a atitu
obser\'ando a clientela em vez de
de de um caixa.
E encontrarão, tal
69
Dicesto EcoNÓNnco
.
procuram.
O seu ponto de vendas
pensando: — "Mas, afinal, quando entra
não c no departamento de propagan
remos no assunto da refonna bancária
brasileira?" Pois bem, eis o que tenho a dizer-lhe sobre a palpitante matéria,
«tbservar a papelada. Cumprimentava
vez, a mesma diferença que existe
5is pessoas, chamando-as pelos seus íespectivos nomes. Conhecia de cor.
da ou no departamento dc crédito, mas na. janela dos caixas. E' lá
entre o dia c a noite." "O caixa recebe a caderneta e o
que vocês se encontram com os .seus
que tanta discussão vem suscitando no
nosso Congresso, c entre os mais emi
os nomes de mais de 500 senhoras
da \'izinhança, de maneira que as re-
dinheiro. Êle nem ao menos pro fere um cumprimento se você não
clientes."
eebia assim: — bom dia Mrs. Al-
o cumprimentar primeiro.
E assim
bight, ou então, bom dia Mrs. Le-
mesmo, êle o fará .sêcamcnle, sem
vití.
um sorriso, sem sequer perguntar: —
E conhecia também os nomes
de quase tôdas as crianças dessas se nhoras. E mesmo que não se lem brasse, êle os cumprimentava com
como vai?, como vai o negócio?"
.simpatia e entusiasmo, de maneira a
zendo que eles estão com a sua
fazê-los Se sentir mais importantes.*'
atenção voltada para as operações de
"Eu acredito que vocês tenham uma defesa para os seus caixas, di somar, de subtrair,
"Um introvertido, como um químico, um engenheiro ou mesmo um banquei
de contar o dinhei
ro, ou dc registrar a caderneta.
E' ver
ro, poderia agora
dade que isto exige
interpelar-me:
atenção,
—
Você não preten de que eu desça «
ao salão para cum-
j
prímentar todos os
'
clientes?"
i
"Todavia, senhoras e senhores, tô-
,
,
.
manter uma super-
,
^
^l'
1
'
,
•.
atenção e de, ao mesmo tempo, exaltar o "ego", a im-
portáncia, a vaida-
de do seu freguês, porque é lá o pon to vital vendas."
vocês possam ofere
de
suas
"Vocês podem gastar milhões de
inteira
mente inoperantes '.se vocês não forem
^
'[ j
da a publicidade do
serão
um
super-vendedor deve ser capaz de
.
■í ,J
mundo, toda a efi ciência técnica que cer
mas
'
dólares
em
seus
ao encontyo do público, no local das
programas de redações públicas, Po
vendas."
dem dessa maneira atrair milhares de
"Vocês sabem onde é o local das
vendas em uma loja? E' no balcão.
Mas qual é o local das vendas em um banco?
E' na janela do caixa.
Vocês já estiveram algum dia obser vando a atitude dos caixas para com os clientes?"
clientes para o banco, enquanto os seus caixas os botam pela pcffta a fora. Pois é lá o seu ponto de ven
das. E' lá que vocês precisam per manecer, de vez em quando, fotogra fando as atitudes dos seus caixas pa
ra com os inúmeros clientes que os
"Os banqueiros dc\'eni ser bons vcndcdore.s. Em prineipio, o ban
queiro é um vendedor dc dinhei ro, um vendedor dc crédito, como lembrou muito accrladamentc Mr. Lovití. E um aslro-\cndcdor deve
estudar e conhecer as pessoas." "Quando vocês entram, pela ma nhã, e dizem a seu pessoal: — Bom
dia, como vamos?, procurem notar cojuo êles respondem. Alguns dirão apenas: — Bem, ou então O. K. Êstcs sãos os introvertidos. Veja se não ó sempre esta a resposta do seu con tador.
Mas
se
você
se
encontrar
com o seu recepcionista, ou com o
nentes banqueiros, juristas, associações de classe, comerciantes e industriais: — Del-mc ao trabalho de ler e estudar o
anteprojeto apresentado como primeira sugestão do Exmo. Sr. Ministro da Fa zenda ás classes interessadas, aos estu
diosos e profissionais. Fiz o mesmo com
o projeto apresentado ao Congresso de pois dos longos debates suscitados pelo primeiro. Apreciei o substitutno do eminente relator da Comissão de Indús tria e Comércio da Câmara Federal, e admirei a sua brilhante e.vposiçáo de mo tivos. Aprendi de sobejo na interessan
te exposição do Dr. Horacio Laffer, quando esse ilustre deputado apresentou i
seu encarregado de publicidade, ou das rchiçõcs pi'iblicas, êle certamen te lhe responderá: — Bem, obrigado,
o sou notável trabalho sôbre o assunto,
e o sr., como está?
ceu um 2.° substitutivo ao projeto em
bom?
Vai passando
Êstes serão os extrovertidos
e isto é muito bom."
"Quero lembrar-lhes, finalmente,
e, na qualidade de relator da Comissão de Finanças da mesma Camara, ofere andamento.
Ilustrei-me, ainda mais, com a análise trabalhosamente elaborada pelo Instituto
que o banqueiro observador e psicó logo é o que paga melhores dividen dos. O sucesso na vída é, pelo me
de Economia ,da Associação Comercial de São Paulo, criticando e comparando o ianteprojeto governamental e os 2
nos em 50 por cento, devido à habili
substitutivos citados.
dade psicológica e à capacidade de
lidar conv as pessoas e fazê-las se sentirem importantes. E lembremso mais do seguinte: — é fazendo ami gos que se fazem cs clientes, pois um inimigo só serve para nos, atra palhar.** H«
:K
Depois de passar os olhos por estas
Saciei-me a valer,
pela imprensa e pelo rádio, sobre êsse assunto transcendente para a vida eco nômica nacional. E cheguei, finalmen te, a uma conclusão: — lôdas as pro
postas e sugestões visando a elaboração da nova lei bancária são muito boas,
justas e oportunas. Os 3 modelos apre sentados para o estatuto legal são ex celentes. Qualquer dos três estaria mui
to bom para ser transformado em lei.
dezenas de .linhas, certamente o ilustre
Não acredito, entretanto, que qualquer
diretor do Digesto Econômico estaria
deles represente a almejada solução pa-
ttttt
70
Dicesto Ecokónoco D10K.STO EcoNóxnco
^ Os múltiplos problemas que afb-
tulos nas Dôlsas por 70, 350
gern a nossa economia e as nossas finan-
ou 700 cruzeiros.
O problema de crédito no Brasil me parece tão sòmente urn problc-
legislativo, assim como o nosso pro
blema político jamais se resolverá £om esta ou aque'a Constituição. N'ós vivemos nos iludindo com as so-
J|Ções fcrmalistas, vazadas em uma eru pção esliatosférica, acreditando etema"^ente que são as leis que fazem os ho"lens, quando são Os homens que fazem leis. As vetustas Constituições in8 tsa e norte-americana encerram ainda
mesmas linhas mestras que de
data continuam
a
presidir
^ ^ida política, jurídica e económica dêsses países de notável civiliInglêses e americanos, que são Os povos mais adiantados do mundo, bem
5
^^preendem o pouco que valem as con-
iias reformas legislativas, quando não
seguidas de um programa prático de por parte dos governos, das auto
ridades, ou dos líderes da vida social do país.
Em vez de ficarmos debatendo eterna mente qual o projeto de reforma ban
cária capaz de pôr cobro aos lastimá veis problemas que afligem a nossa eco
nomia, melhor seria que banqueiros, juristas, políticos, jornalistas, industriais' comerciantes ou profissionais se orga nizassem para dizer ao Govêmo peque nas miudezas como estas: —
1) — Quando você precisa do di
ÍK '
nesto?
Isso é ho
Isso está certo?
Pois
Parodiando o Dr. Grane, eu diria, fi
nalmente, que o que falta às nossas fi
mais comprar os seus títulos.
entesourando, naturalmente re
nanças não é estatuto legal, mas sim uma
Mas se voco quiser mostrar-se
ceosa de uma no\a desvalori
grande dose de psicologia e de habilida
um devedor honesto, a solução
zação da moeda, colocaria ime
é simples.
diatamente o seu dinheiro em
é por isso que o povo não quer
seu banco oficial mantenha o
movimento, reativando-sc a sua
valor nominal dos seus títu
circulação, c outra vez a caixa
de nas relações com a grande massa da população. O Govêmo agiria 5.000 por cento me lhor SC, em vez de desperdiçar tanto
los nas Bôlsas, comprando sem
dos bancos e instituições fi
tempo, SC limitasse a constituir imediata
pre que a tendência dos pre
nanceiras SC veriam abasteci
mente o nosso Banco Central, e entregas
se a sua administração a um grupo de homens inteligentes, devotados ao inle-
Faça com que o
Isto
das de numerário fugaz, sem qualquer necessidade do novas emissões. Portanto, em lugar
que os eruditos chamam de
de emitir o papel que já temos
pouco de psicologia,na política financei
"open market policy" nada tem
demais, emitam conceitos inte
de comp'icado e difícil.
ra nacional. E os bancos prestariam mais serviço se adotassem um largo pro
ços seja para a bai.xa e venden do sempre que a tendência dos preços seja para a alta.
rêsse púb'ico e capazes de introduzir um
honestos do mundo. E só as
ligentes, dêem entrevistas oti mistas, procurem fazer um lar go movimento de opinião pú
sim estaremos dispostos a dizer
blica visando impedir o ente-
tada com a comunidade a que seivem. Dessa forma, todos lucraríamos mais e
ao povo para lhe emprestar O
souramento nefasto à economia nacional.
imenso Brasil.
As
sim fazem todos os governos
seu dinheiro, comprando sem pre os seus títulos.
grama de relações, cooperação e boa vonpagaríamos melliores di%'idendos a este
2) — Foi muito louvável a sua re
solução de suspender as emis sões de papel-moeda, a fim de combater a inflação. Mas, des
de o momento em que a conse qüente paralisação do crédito à produção começa a causar graves prejuízos à economia
ÍTT YT1
nacional, c justo que você procure sanar esse mal.
E,
para isso, em lugar de emitir dinheiro quase às escondidas e logo recolher êsse dinheiro
e lhe vende títulos no valor de 100, 500 ou 1.000 cruzeiros.
você deveria obrigar os seus
com receio da opinião pública,
Mas quando ôle precisa rece
altos funcionários a daç am
ber o seu dinheiro de volta,
plas entr evistas, declarando que
para comprar uma casa, para
serão
feitas
tantas
emissões
Segwulo quadro demonstrativo organizado pela Caixa de Atnorti^ção, o valor
quantas necessárias para socor rer a produção nacional, que
do nosso papel-moeda cm circulação em 31 de ■janeiro último era de Cf?
está sèriamente embaraçada por
O valor do papel-moeda em curso a 31 de dezeirwro de 1.94o era ae .CfÇ 21.692.976.129.50, havendo portanto uma diferença para menos de Cr§.... ..
21.537.417.434,50. 155.558.695,00
t
As
sim, a população que estivesse
nheiro do povo, você vai a êle
instalar uma oficina, ou para encaminhar o seu filho, vopê lhe. diz para ir vender êsses ti-
falta de financiamento.
•
,
.
j
o »•
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70
Dicesto Ecokónoco D10K.STO EcoNóxnco
^ Os múltiplos problemas que afb-
tulos nas Dôlsas por 70, 350
gern a nossa economia e as nossas finan-
ou 700 cruzeiros.
O problema de crédito no Brasil me parece tão sòmente urn problc-
legislativo, assim como o nosso pro
blema político jamais se resolverá £om esta ou aque'a Constituição. N'ós vivemos nos iludindo com as so-
J|Ções fcrmalistas, vazadas em uma eru pção esliatosférica, acreditando etema"^ente que são as leis que fazem os ho"lens, quando são Os homens que fazem leis. As vetustas Constituições in8 tsa e norte-americana encerram ainda
mesmas linhas mestras que de
data continuam
a
presidir
^ ^ida política, jurídica e económica dêsses países de notável civiliInglêses e americanos, que são Os povos mais adiantados do mundo, bem
5
^^preendem o pouco que valem as con-
iias reformas legislativas, quando não
seguidas de um programa prático de por parte dos governos, das auto
ridades, ou dos líderes da vida social do país.
Em vez de ficarmos debatendo eterna mente qual o projeto de reforma ban
cária capaz de pôr cobro aos lastimá veis problemas que afligem a nossa eco
nomia, melhor seria que banqueiros, juristas, políticos, jornalistas, industriais' comerciantes ou profissionais se orga nizassem para dizer ao Govêmo peque nas miudezas como estas: —
1) — Quando você precisa do di
ÍK '
nesto?
Isso é ho
Isso está certo?
Pois
Parodiando o Dr. Grane, eu diria, fi
nalmente, que o que falta às nossas fi
mais comprar os seus títulos.
entesourando, naturalmente re
nanças não é estatuto legal, mas sim uma
Mas se voco quiser mostrar-se
ceosa de uma no\a desvalori
grande dose de psicologia e de habilida
um devedor honesto, a solução
zação da moeda, colocaria ime
é simples.
diatamente o seu dinheiro em
é por isso que o povo não quer
seu banco oficial mantenha o
movimento, reativando-sc a sua
valor nominal dos seus títu
circulação, c outra vez a caixa
de nas relações com a grande massa da população. O Govêmo agiria 5.000 por cento me lhor SC, em vez de desperdiçar tanto
los nas Bôlsas, comprando sem
dos bancos e instituições fi
tempo, SC limitasse a constituir imediata
pre que a tendência dos pre
nanceiras SC veriam abasteci
mente o nosso Banco Central, e entregas
se a sua administração a um grupo de homens inteligentes, devotados ao inle-
Faça com que o
Isto
das de numerário fugaz, sem qualquer necessidade do novas emissões. Portanto, em lugar
que os eruditos chamam de
de emitir o papel que já temos
pouco de psicologia,na política financei
"open market policy" nada tem
demais, emitam conceitos inte
de comp'icado e difícil.
ra nacional. E os bancos prestariam mais serviço se adotassem um largo pro
ços seja para a bai.xa e venden do sempre que a tendência dos preços seja para a alta.
rêsse púb'ico e capazes de introduzir um
honestos do mundo. E só as
ligentes, dêem entrevistas oti mistas, procurem fazer um lar go movimento de opinião pú
sim estaremos dispostos a dizer
blica visando impedir o ente-
tada com a comunidade a que seivem. Dessa forma, todos lucraríamos mais e
ao povo para lhe emprestar O
souramento nefasto à economia nacional.
imenso Brasil.
As
sim fazem todos os governos
seu dinheiro, comprando sem pre os seus títulos.
grama de relações, cooperação e boa vonpagaríamos melliores di%'idendos a este
2) — Foi muito louvável a sua re
solução de suspender as emis sões de papel-moeda, a fim de combater a inflação. Mas, des
de o momento em que a conse qüente paralisação do crédito à produção começa a causar graves prejuízos à economia
ÍTT YT1
nacional, c justo que você procure sanar esse mal.
E,
para isso, em lugar de emitir dinheiro quase às escondidas e logo recolher êsse dinheiro
e lhe vende títulos no valor de 100, 500 ou 1.000 cruzeiros.
você deveria obrigar os seus
com receio da opinião pública,
Mas quando ôle precisa rece
altos funcionários a daç am
ber o seu dinheiro de volta,
plas entr evistas, declarando que
para comprar uma casa, para
serão
feitas
tantas
emissões
Segwulo quadro demonstrativo organizado pela Caixa de Atnorti^ção, o valor
quantas necessárias para socor rer a produção nacional, que
do nosso papel-moeda cm circulação em 31 de ■janeiro último era de Cf?
está sèriamente embaraçada por
O valor do papel-moeda em curso a 31 de dezeirwro de 1.94o era ae .CfÇ 21.692.976.129.50, havendo portanto uma diferença para menos de Cr§.... ..
21.537.417.434,50. 155.558.695,00
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As
sim, a população que estivesse
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instalar uma oficina, ou para encaminhar o seu filho, vopê lhe. diz para ir vender êsses ti-
falta de financiamento.
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.
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o »•
Digesto Econômico
rem, todos esses autores atribuírem ao
impôsto uma função de prcço, divergem
'IVnvílíís n
VP !]n
Assim, enquanto Proudhon afirma que
Natnreza da obrigação do impòNlo
José Luís de Aenieida Nogueira Porto
1. Grandes polêmicas têm travado
maioria contempla a sociedade e o Es
imposto. Postos diante do fato tribu
tado, não como uma unidade, não este
tário, indagam-se por que motivo deve o cidadão entregar ao Estado uma par
como e.xpressão política daquela, mas sim como duas forças em oposição, a se
cela de seus bens e cada um encontra
dig'adiarem.
para e.xplicar essa obrigação uma res
do Estado, em suas relações com o ci
dadão isolado, contribui para que llie
que repugna a muitos outros.
seja atribuída uma e.xistència autônoma,
alheia ã vida da coletividade que dirige c oprime.
Daí os reclamos freqüentemente ouvi
finanças, cujos conceitos, ainda incon
dos dos contribuintes, de que os impos
sistentes, davam margem às mais diversas
tos que pagam estão em desproporção
concepções.
com os serviços que recebem.
2. A primeira interpretação dos fi nancistas, ainda sob a influência do
"Contrato Social" de Rousseau, que, por sua dialética sedutora e original, deu ori
gem a tantas doutrinas na ordem social, foi a de que o impôsto representava a contraprestação pag^ cidadão ao
4. Montesquieu é tido como o pre cursor dessa teoria ao definir o impôs to, dizendo: "Pimpôt est une portion que cliaque citoyen donne de sen bien pour avoir Ia süreté de Tautre ou pour en jouir plus agréablement" (1). A concepção contratual do impôsto,
Estado em troca dos serviços dêlo recebi
porém, segundo Laufenburger (2), re
dos. E' a teoria contratual. Se o Estado resulta áS um acordo de vontade entre os homens, tàcllamente
monta aos romanos que, por tal modo justificavam os impostos territoriais. Ès-
tes eram considerados como a contrapres
aceito, para o fim de proteção mútua, é natural que cada um renuncie a uma par
concedendo terras aos membros da co
cela de sua liberdade e de seus bens pa
letividade.
ra que possa subsistir o organismo assim
5. Hugon (3) cita grande número de autores que atribuem ao impôsto
criado. Daí o dever de cada cidadão
tação dos serviços prestados pelo Estado,
de pagar impostos como conseqüência
um caráter contratual, transcrevendo as
dêsse contrato.
respectivas definições. Dentre elas, as
3. E' interessante notar que a teoria
1
A pcrsonaliclade jurídica
posta que lhe parece satisfatória, mas
ríodo ainda de formação da ciência das
I
ti\'a, c resulta do angulo pelo qual a
os financistas em tomo da natureza do
Essas divergências de opinião tive^ ram especial relevo no século XIX, pe
sobro o objeto do pagamento, ou me lhor, sobre a coisa comprada.
mais características, além da de Mon
contratual é a que melhor corresponde
tesquieu, são as de Thíers, Mirabeau,
^0 sentimento e ao raciocínio do cidadão
Proudhon, Mac Culloch, Sisxnondi, Le-
comum. Ela é, por assim dizer, instin-
rcy-Beaulieu e Menier. Não obstante, po
o impôsto é uma troca — dizendo: "de niême que, pour cerlaincs utlliíes, réchange se fait de per.sonne à pcrsonne,
primeiro grupo, afirma que a conse
qüência dessa idéia é a de que cada contribuinte deverá pagar ao Estado,
em proporção aos serviços que dele recebe; o que, na prática, resultaria na multiplicação das taxas, que represen
tam o preço dêsses ser\'íços prestados. Tudo quanto comporte uma utilização in
de memc, pour ccrtaincs autres utilités, récbange ne peut se fairc que de particu'iers à une personne colleli\'e qui
dividual, como a instrução pública, a saú
a nem: TEtat" (4) — outros, como Gi-
as despesas absolutamente indivisíveis,
rordin, vêem no impôsto um prêmio de seguro pago pelos membros da coleti
de púVica, o uso de estradas etc., deverá ser objeto de cobrança de taxas, reservando-se as contribuições gerais apenas para
como as de defesa nacional, congresso, administração e polí
vidade ao Estado; e
cia.
Quanto à segunda concepção, a do con
outros, ainda, como Menier (5) e Bro-
glie
.,
interpretam-no
..
trato de seguro, teria
como conseqüência o
como sendo o resul tado do contrato de
sociedade,
o
paga
mento que cada um faz para atender às despesas gerais da co letividade, tal como se
'
:\
pagamento, pelo con
' "é
tribuinte, de um prê
L!
f
mio, isto
•l i*-'!! (', ■ i-- -VV.-»
esta fosse uma socie
dade por ações.
T
7
'
elevado quanto mais valiosos fossem os
-
a renda.
posto tem uma natu
V
reza contratual permi
tem que se os classifique em três grupos: o) os que consideram o impôsto uma contraprestação de serviço; b) os que o interpretam como um prêmio de seguro;
Muitos autores, e
entre êles Laufenburger, criam_ co^usão entre êsses dois grupos, por nao distmdo de guireiu bem utsm ou conceito de _ seguro w garantia. Assim é que Loc e
.t ,1 ........ Ala c) os que_ entendem que êle resulta
_ r •• r>tfnflos como parti são freqüentemente citados como parti
de um contrato de sociedade.
dários da corrente que sustenta ser o im
concepções
4
Estado. Daí a ideia da impostos proporcio nais sôbre o capital e
entendem que o im
6. Dessas
l
bens segurados pelo
Essas nuanças de
interpretação dos que
é, de um
impôsto tanto mais
' ,' ■' ■
diferentes
quanto à natureza do contrato de que resulta o impôsto, decorrem também conseqüências diferentes quanto ao pro cesso de imposição e o conceito de jus tiça fiscal.
Assim é que Allix (6), analisando o
pôsto «m prêmio de seguro, quando na
verdade entendem que êle representa a
contraprestação do serviço de garanba prestado pelo Estado. Basta ver este conceito de Locke: "anyone whe en-
joys his share of the protection, should
Digesto Econômico
rem, todos esses autores atribuírem ao
impôsto uma função de prcço, divergem
'IVnvílíís n
VP !]n
Assim, enquanto Proudhon afirma que
Natnreza da obrigação do impòNlo
José Luís de Aenieida Nogueira Porto
1. Grandes polêmicas têm travado
maioria contempla a sociedade e o Es
imposto. Postos diante do fato tribu
tado, não como uma unidade, não este
tário, indagam-se por que motivo deve o cidadão entregar ao Estado uma par
como e.xpressão política daquela, mas sim como duas forças em oposição, a se
cela de seus bens e cada um encontra
dig'adiarem.
para e.xplicar essa obrigação uma res
do Estado, em suas relações com o ci
dadão isolado, contribui para que llie
que repugna a muitos outros.
seja atribuída uma e.xistència autônoma,
alheia ã vida da coletividade que dirige c oprime.
Daí os reclamos freqüentemente ouvi
finanças, cujos conceitos, ainda incon
dos dos contribuintes, de que os impos
sistentes, davam margem às mais diversas
tos que pagam estão em desproporção
concepções.
com os serviços que recebem.
2. A primeira interpretação dos fi nancistas, ainda sob a influência do
"Contrato Social" de Rousseau, que, por sua dialética sedutora e original, deu ori
gem a tantas doutrinas na ordem social, foi a de que o impôsto representava a contraprestação pag^ cidadão ao
4. Montesquieu é tido como o pre cursor dessa teoria ao definir o impôs to, dizendo: "Pimpôt est une portion que cliaque citoyen donne de sen bien pour avoir Ia süreté de Tautre ou pour en jouir plus agréablement" (1). A concepção contratual do impôsto,
Estado em troca dos serviços dêlo recebi
porém, segundo Laufenburger (2), re
dos. E' a teoria contratual. Se o Estado resulta áS um acordo de vontade entre os homens, tàcllamente
monta aos romanos que, por tal modo justificavam os impostos territoriais. Ès-
tes eram considerados como a contrapres
aceito, para o fim de proteção mútua, é natural que cada um renuncie a uma par
concedendo terras aos membros da co
cela de sua liberdade e de seus bens pa
letividade.
ra que possa subsistir o organismo assim
5. Hugon (3) cita grande número de autores que atribuem ao impôsto
criado. Daí o dever de cada cidadão
tação dos serviços prestados pelo Estado,
de pagar impostos como conseqüência
um caráter contratual, transcrevendo as
dêsse contrato.
respectivas definições. Dentre elas, as
3. E' interessante notar que a teoria
1
A pcrsonaliclade jurídica
posta que lhe parece satisfatória, mas
ríodo ainda de formação da ciência das
I
ti\'a, c resulta do angulo pelo qual a
os financistas em tomo da natureza do
Essas divergências de opinião tive^ ram especial relevo no século XIX, pe
sobro o objeto do pagamento, ou me lhor, sobre a coisa comprada.
mais características, além da de Mon
contratual é a que melhor corresponde
tesquieu, são as de Thíers, Mirabeau,
^0 sentimento e ao raciocínio do cidadão
Proudhon, Mac Culloch, Sisxnondi, Le-
comum. Ela é, por assim dizer, instin-
rcy-Beaulieu e Menier. Não obstante, po
o impôsto é uma troca — dizendo: "de niême que, pour cerlaincs utlliíes, réchange se fait de per.sonne à pcrsonne,
primeiro grupo, afirma que a conse
qüência dessa idéia é a de que cada contribuinte deverá pagar ao Estado,
em proporção aos serviços que dele recebe; o que, na prática, resultaria na multiplicação das taxas, que represen
tam o preço dêsses ser\'íços prestados. Tudo quanto comporte uma utilização in
de memc, pour ccrtaincs autres utilités, récbange ne peut se fairc que de particu'iers à une personne colleli\'e qui
dividual, como a instrução pública, a saú
a nem: TEtat" (4) — outros, como Gi-
as despesas absolutamente indivisíveis,
rordin, vêem no impôsto um prêmio de seguro pago pelos membros da coleti
de púVica, o uso de estradas etc., deverá ser objeto de cobrança de taxas, reservando-se as contribuições gerais apenas para
como as de defesa nacional, congresso, administração e polí
vidade ao Estado; e
cia.
Quanto à segunda concepção, a do con
outros, ainda, como Menier (5) e Bro-
glie
.,
interpretam-no
..
trato de seguro, teria
como conseqüência o
como sendo o resul tado do contrato de
sociedade,
o
paga
mento que cada um faz para atender às despesas gerais da co letividade, tal como se
'
:\
pagamento, pelo con
' "é
tribuinte, de um prê
L!
f
mio, isto
•l i*-'!! (', ■ i-- -VV.-»
esta fosse uma socie
dade por ações.
T
7
'
elevado quanto mais valiosos fossem os
-
a renda.
posto tem uma natu
V
reza contratual permi
tem que se os classifique em três grupos: o) os que consideram o impôsto uma contraprestação de serviço; b) os que o interpretam como um prêmio de seguro;
Muitos autores, e
entre êles Laufenburger, criam_ co^usão entre êsses dois grupos, por nao distmdo de guireiu bem utsm ou conceito de _ seguro w garantia. Assim é que Loc e
.t ,1 ........ Ala c) os que_ entendem que êle resulta
_ r •• r>tfnflos como parti são freqüentemente citados como parti
de um contrato de sociedade.
dários da corrente que sustenta ser o im
concepções
4
Estado. Daí a ideia da impostos proporcio nais sôbre o capital e
entendem que o im
6. Dessas
l
bens segurados pelo
Essas nuanças de
interpretação dos que
é, de um
impôsto tanto mais
' ,' ■' ■
diferentes
quanto à natureza do contrato de que resulta o impôsto, decorrem também conseqüências diferentes quanto ao pro cesso de imposição e o conceito de jus tiça fiscal.
Assim é que Allix (6), analisando o
pôsto «m prêmio de seguro, quando na
verdade entendem que êle representa a
contraprestação do serviço de garanba prestado pelo Estado. Basta ver este conceito de Locke: "anyone whe en-
joys his share of the protection, should
\
I
•
-íKET
INCESTO' EÍCONÔMIcO
74
DicESTO Eco^r6^^co
pay out of his estate the proportion for the maintenance of it .
Finalmente, os que consideram o im-
pôsto como resultante de um contrato de sociedade, tendem a interpretar a co
letividade como um todo organizado pa ra a produção. As- despesas dessa pro dução, ou são individuais — e nesse
caso suportadas por cada um isolada mente — ou SM coletivas, despesas ge rais indispensáveis à marcha da produ ção, como a segurança púb'iea, a ga
de, se o fmpôsto é compulsório? Acaso pode o cidadão reminciar ao direito A segurança que o Estado 'he oferece e, em con.seqüência, dci.\ar da pagar o
te, a Indenização no caso de perda do bem segurado. Ora, o Estado cm caso
paga a dívida. Por outro lado, a refu-
9. A teoria contratiudista do pri meiro grupo é sem dúvida admissível com relação ãs taxas, pois que, nesse
dúvida, garantia, mas sc, não obstante
tação de Allix não atinge a teoria que
essa garantia, sobrevier a perda do bem,
considera o impôsto como resulhxnte de
o Estado não indeniza seu possuidor.
um contraio de sociedade.
caso, cml)ora o contribuinte , isolado não
Não há, portanto, o contrato de seguro
possa debater livremente com o Estado
que justifique o impô.sto.
o preço dos serviços rjuc dèlc rece
be, pode, contudo, utilizar-se ou não
vida de que a teoria contratualista, em suas várias nuanças, não resiste a uma
crítica me.smo perfunctória.
glie não encontra correspondência na realidade, c isso porque o Estado não é o nem se assemelha a uma sociedade por
* * *
7. Convenhamos que nenhuma des sas correntes oferece uma interpretação convincente da natureza do impôsto
viços de ordem geral, cujo custo é co berto pelo impôsto.
Por outro lado, como explicar, pe^a
mesmo indiretamente. Todos os serviços
do amparar ao pobre e ao enfêrmo, por
reitos aduaneiros, por e.xcmplo?
exemplo, estão nes.sa categoria. E.ssa última teoria, porém, ó a que mais se apro.xima da realidade, Seu
A fi
despesas coletivas; não há pagamento
do serviço algum. E' c'aro que o Es.tado arrecada renda dô.sses impostos, não é êsse seu objetivo precípuo. pensamento financeiro, deixando alguns mas Além disso, os fatos contrariam essa vestígios longínquos na legislação. As flagrantemente. Se o impôsto sim é que vemos, ainda hoje, em nosso éteoria uma contraprestação do serviço pres impôsto do selo, uma variação de acor tado, quanto maiores fòssdm esses servi do com a importância do ato tributado ços, mais elevado de\'eria ser o impôsto. decorrente da garantia que o Estado ofe na prática, verifica-se justamente o rece à sua execução. Pelo sêlo propor Ora, contrário: as classes pobres são as que cional, tributa o Estado o ato jurídico menos impostos pagam e, entretanto,
De resto, hoje não encontram mais par
na proporção do interesse que êle ofe
preenche muitos fins estranhos a ês.se objetivo e que a ô!e não se referem,
teoria contratual, os impostos de finali
tidários. Perderam-se na evolução do
rece para o contribuinte. Isso, porém,
ações organizada para a produçrio., Êle
dades econômicas ou sociais, como os di nalidade, nesse caso, não é atender ãs
são justamente as que mais se benefi
Consideradas as relações entre
11. Do mesmo modo, a engenhosa
desses .serviços, como se sc tratasse de
porém, não existe em relação aos ser
13.
cada cidadão e o Estado, não há dú
teoria de Mcnicr e do Duque de Bro-
um contrato de adesão. Tal faculdade,
de um impôsto único sôbre o capital.
tamente, se refletem sôbre a geração que
impôsto? Ciar.-) <pio não.
nicação.
ser suportadas por todos, na propor ção do hilerèsse de cada um na pro dução, isto é, na proporção de seu ca pital. Daí, como conseqüência, a idéia
passadas, não há dúxrida de que, indire
algum cobre tal risco. Oferece, sem
rantia da propriedade, as vias de comu Essas despesas gerais devem
75
único êrro foi considerar o Es
tado um organismo de fins pu ramente econômicos e compa rá-lo a uma empresa comercial,
quando seria mais fácil e mais exato compará-lo a itma fa
mília, cujos objetivos, a^ém de econômicos, são também mo
rais, sociais e biológicos. 12. Allix, refutando em conjunto tôdas as teorias contratuais, lembra que uma parte considerável dos impostos é devida sem que o Estado forneça ser
Mas,, se
considerarmos as relações de toda a co letividade de um lado e o Estado de ou tro? Nesse caso, a maioria das críticas cairia por terra.
Todo impôsto arrecadado deve des tinar-se à cobertura de alguma despesa coletiva e, portanto, a coletix-idade, em seu conjimto, estaria pagando, através do impôsto. o preço do serviço recebido do Estado. O processo da repartição do encargo entre os membros da coletixidade já seria outro
problema diferente, mas poderia subsistir o conceito contratual
de preço, sendo êste o total pago pela coletividade ao Es tado, em troca dos serxàços recebidos.
Celestino Arena (7) embora não se detenha sôbre êsse aspecto e venha a adotar a teoria da capacidade contributiva, admite que a teoria contra
tual, considerada sob êsse angulo, sena
são simples vestígios de tendências pas
ciam com a ação do Estado, pelo am paro que dêle recebem. E todos sentem
sadas.
que 6 justo que assim seja.
consagrada à amortização da dívida pú
10. Foi, aliás, êsse argumento que fez os financistas do século passado evo luírem para a teoria do contrato de se
corresponda à contraprestação do im pôsto, este não pode ter uma natureza
blici indivisibili, cosa che corrisponde a
guro.
Não foram, porém, mais felizes
contratual de preço. Êsse argumento,
cui Pinsieme delle imposte è tutto spe-
de que os outros em sua interpr.etação,
porém, não é dos mais fe'izes, pois a dívida pública foi contraída iustamente para a prestação de serviços de interês-
8. As teorias contratuais, em seu con
junto, e os diversos ramos em que se dividem, não resistem a uma análise mes mo superficial.
Em seu conjunto, pode-se dizer que o contrato pressupõe um livre acordo de
vontades. Onde, porém, essa liberda
pois que o contrato de seguro pressupõe a cobertura do risco e, conseqüentemen. .rí.;« 'wíi
viço algum em troca: a saber, a parte
blica.
Não havendo serviço algum que
aceitável: "non solo si è detto che !m-
sieme delle imposte cònstituisce il prezzo complessivo deirhwiem^ áei servizi pubveritá, almeno nello Stato moderno, in
so per fini di utilità genera^e .
Realmente, «ssa teoria parece muito
se coletivo e, mesmo que tais serviços
próxima da realidade e fica imune ante as críticas que geralmente se dirigem
beneficiassem diretamente as gerações
às teorias contratualistas.
Seu erro só
\
I
•
-íKET
INCESTO' EÍCONÔMIcO
74
DicESTO Eco^r6^^co
pay out of his estate the proportion for the maintenance of it .
Finalmente, os que consideram o im-
pôsto como resultante de um contrato de sociedade, tendem a interpretar a co
letividade como um todo organizado pa ra a produção. As- despesas dessa pro dução, ou são individuais — e nesse
caso suportadas por cada um isolada mente — ou SM coletivas, despesas ge rais indispensáveis à marcha da produ ção, como a segurança púb'iea, a ga
de, se o fmpôsto é compulsório? Acaso pode o cidadão reminciar ao direito A segurança que o Estado 'he oferece e, em con.seqüência, dci.\ar da pagar o
te, a Indenização no caso de perda do bem segurado. Ora, o Estado cm caso
paga a dívida. Por outro lado, a refu-
9. A teoria contratiudista do pri meiro grupo é sem dúvida admissível com relação ãs taxas, pois que, nesse
dúvida, garantia, mas sc, não obstante
tação de Allix não atinge a teoria que
essa garantia, sobrevier a perda do bem,
considera o impôsto como resulhxnte de
o Estado não indeniza seu possuidor.
um contraio de sociedade.
caso, cml)ora o contribuinte , isolado não
Não há, portanto, o contrato de seguro
possa debater livremente com o Estado
que justifique o impô.sto.
o preço dos serviços rjuc dèlc rece
be, pode, contudo, utilizar-se ou não
vida de que a teoria contratualista, em suas várias nuanças, não resiste a uma
crítica me.smo perfunctória.
glie não encontra correspondência na realidade, c isso porque o Estado não é o nem se assemelha a uma sociedade por
* * *
7. Convenhamos que nenhuma des sas correntes oferece uma interpretação convincente da natureza do impôsto
viços de ordem geral, cujo custo é co berto pelo impôsto.
Por outro lado, como explicar, pe^a
mesmo indiretamente. Todos os serviços
do amparar ao pobre e ao enfêrmo, por
reitos aduaneiros, por e.xcmplo?
exemplo, estão nes.sa categoria. E.ssa última teoria, porém, ó a que mais se apro.xima da realidade, Seu
A fi
despesas coletivas; não há pagamento
do serviço algum. E' c'aro que o Es.tado arrecada renda dô.sses impostos, não é êsse seu objetivo precípuo. pensamento financeiro, deixando alguns mas Além disso, os fatos contrariam essa vestígios longínquos na legislação. As flagrantemente. Se o impôsto sim é que vemos, ainda hoje, em nosso éteoria uma contraprestação do serviço pres impôsto do selo, uma variação de acor tado, quanto maiores fòssdm esses servi do com a importância do ato tributado ços, mais elevado de\'eria ser o impôsto. decorrente da garantia que o Estado ofe na prática, verifica-se justamente o rece à sua execução. Pelo sêlo propor Ora, contrário: as classes pobres são as que cional, tributa o Estado o ato jurídico menos impostos pagam e, entretanto,
De resto, hoje não encontram mais par
na proporção do interesse que êle ofe
preenche muitos fins estranhos a ês.se objetivo e que a ô!e não se referem,
teoria contratual, os impostos de finali
tidários. Perderam-se na evolução do
rece para o contribuinte. Isso, porém,
ações organizada para a produçrio., Êle
dades econômicas ou sociais, como os di nalidade, nesse caso, não é atender ãs
são justamente as que mais se benefi
Consideradas as relações entre
11. Do mesmo modo, a engenhosa
desses .serviços, como se sc tratasse de
porém, não existe em relação aos ser
13.
cada cidadão e o Estado, não há dú
teoria de Mcnicr e do Duque de Bro-
um contrato de adesão. Tal faculdade,
de um impôsto único sôbre o capital.
tamente, se refletem sôbre a geração que
impôsto? Ciar.-) <pio não.
nicação.
ser suportadas por todos, na propor ção do hilerèsse de cada um na pro dução, isto é, na proporção de seu ca pital. Daí, como conseqüência, a idéia
passadas, não há dúxrida de que, indire
algum cobre tal risco. Oferece, sem
rantia da propriedade, as vias de comu Essas despesas gerais devem
75
único êrro foi considerar o Es
tado um organismo de fins pu ramente econômicos e compa rá-lo a uma empresa comercial,
quando seria mais fácil e mais exato compará-lo a itma fa
mília, cujos objetivos, a^ém de econômicos, são também mo
rais, sociais e biológicos. 12. Allix, refutando em conjunto tôdas as teorias contratuais, lembra que uma parte considerável dos impostos é devida sem que o Estado forneça ser
Mas,, se
considerarmos as relações de toda a co letividade de um lado e o Estado de ou tro? Nesse caso, a maioria das críticas cairia por terra.
Todo impôsto arrecadado deve des tinar-se à cobertura de alguma despesa coletiva e, portanto, a coletix-idade, em seu conjimto, estaria pagando, através do impôsto. o preço do serviço recebido do Estado. O processo da repartição do encargo entre os membros da coletixidade já seria outro
problema diferente, mas poderia subsistir o conceito contratual
de preço, sendo êste o total pago pela coletividade ao Es tado, em troca dos serxàços recebidos.
Celestino Arena (7) embora não se detenha sôbre êsse aspecto e venha a adotar a teoria da capacidade contributiva, admite que a teoria contra
tual, considerada sob êsse angulo, sena
são simples vestígios de tendências pas
ciam com a ação do Estado, pelo am paro que dêle recebem. E todos sentem
sadas.
que 6 justo que assim seja.
consagrada à amortização da dívida pú
10. Foi, aliás, êsse argumento que fez os financistas do século passado evo luírem para a teoria do contrato de se
corresponda à contraprestação do im pôsto, este não pode ter uma natureza
blici indivisibili, cosa che corrisponde a
guro.
Não foram, porém, mais felizes
contratual de preço. Êsse argumento,
cui Pinsieme delle imposte è tutto spe-
de que os outros em sua interpr.etação,
porém, não é dos mais fe'izes, pois a dívida pública foi contraída iustamente para a prestação de serviços de interês-
8. As teorias contratuais, em seu con
junto, e os diversos ramos em que se dividem, não resistem a uma análise mes mo superficial.
Em seu conjunto, pode-se dizer que o contrato pressupõe um livre acordo de
vontades. Onde, porém, essa liberda
pois que o contrato de seguro pressupõe a cobertura do risco e, conseqüentemen. .rí.;« 'wíi
viço algum em troca: a saber, a parte
blica.
Não havendo serviço algum que
aceitável: "non solo si è detto che !m-
sieme delle imposte cònstituisce il prezzo complessivo deirhwiem^ áei servizi pubveritá, almeno nello Stato moderno, in
so per fini di utilità genera^e .
Realmente, «ssa teoria parece muito
se coletivo e, mesmo que tais serviços
próxima da realidade e fica imune ante as críticas que geralmente se dirigem
beneficiassem diretamente as gerações
às teorias contratualistas.
Seu erro só
TT
78
Dicesto
se manifesta no campo puramente teó rico: ela pressupõe a existência de duas entídades autônomas: a coletividade na
cional, de um lado, e o Estado de cu
rió, Essa dualidade, porém, não exis
te, pois que o Estado é a expressão po lítica da coletividade. Podemos conside rar entidades distintas o cidadão e o Es
tado, mas nunca a coletividade e o Es
tado, pois que aquela é parte indissolú vel deste, Ora, onde não existem duas
entidades não pode existir contrato, e só por t-sse motivo não se pode aceitar como verdadeira a teoria contratual no plano coletivo.
14. Opondo-se a tôdas as teorias contratuahstas, a concepção do impôsto como ato de soberania do Estado reú ne hoje .a grande maioria dos financistas,
beus principais defensores são: Seligman, AlJix, Jéze, Celestino Arena, Enrico Barone, Wagner, Einaudi, Stiiart Mill, Stourm, Giannini, Nitti, Cossa e, entre nós, Veiga Filho, Pôrto Carreiro, De
Plácido e Silva, Viveiros de Castro, Al berto Deodato e Paul Hugon, Sustenta essa teoria que o Estado longe de ser ^um organismo artificial
criado pelos homens, como pretende Rousseau, resulta da própria natureza humana, É uma necessidade histórica e social.
man segimdo o qual "cm sua forma
família ou porque o chefe da família,
ideal o Estado deve ser assimilado, não
por ôssc meio, desejasse coagi-lo a con
a uma sociedade por ações mas a uma família", cíjucIuí <pie "como numa fa mília, a participação nos i^astos não de
trair matrimônio?
Vemos, assim, que a explicação não
é plenamente satisfatória, se considerar
corre do lucro ohlido por cada mem
mos o impôsto como a obrigação de cada um participar nas despesas coletivas,
bro da vida cin comum, mas. sobretudo,
de uma obrigação moral resuUanle da
pois que nem sempre é esse o objetivo
capacidade que possui o "ínclivíduo de contribuir para os encargos <le sua co
do impôsto. 16. Se fôsse possível distinguir-se
letividade".
nitidamente os impostos de finalidades
Ei.s aí o fundamento moral c social
do imposto contrapondo-so ao funda mento jurídico pretendido pelos contra-
Ora, o Estado tem certos fins
a cumprir; deve atender a determinadas
necessidades coletivas e para isso ne cessita de bens materiais, sob pena de falhar em sua missão.
Daí resulta o
direito do Estado de exigir que cada membro da coletividade contribua com
uma parte de seus bens para o cumpri mento dessa missão. Quanto ao pro cesso de repartição dos encargos, é obje to de teorias que em outra oportunida de serão estudadas.
Hugon, citando o conceito de Selig
1.5.
É de SC reconhecer que a acei
nação o o bem-estar coletivo. Essa fórmula, convenhamos que tam
bém um pouco vaga, tem ao ment.s o mérito dé e.xplicar o fundamento dos
(1) "Esprit des Lois" — L- Xni
1-
(2) "Précis d'Économie et de Legisiaviw Financières".
nação ou o de solidariedade humana,
(3) "O Impôsto".
justificariam os últimos. Como, porém,
(5) "Théone de
ticipa do duplo objetivo financeiro e so
os impostos de finalidades sociais e eco nômicas. Estes são arrecadados, não para atender a despesas da colelixadade
participação na despes» coletiva como do de colaborar para o progresso da
impostos de qualquer natiuezir e ína
freqüentemente, o mesmo imposto par
formas de imposição, como, por exemplo,
participação na despesa coletiva. Êle resulta, em verdade, tanto do devei- de
lidade.
dever de colaborar para o progresso da
pode expMcar satisfatoriamente certas
mento da obrigação do impôsto, atri- • buindo-o a uma obrigação moral de
puramente fiscais dos que têm finalida
justificar os primeiros, ao passo que o
tação desse fundamento para o imposto desperta uma certa relutância. Ela pa rece um tanto comodísta c nem sempre
cial, não se pode generalizar o fui.ni-
des econômicas e sociais — o essa distin
ção não é feita em pais algum — o fun damento moral poderia perfeitamente
tualístas', íjí ^ ^
77
DiGBSTO EC0NÓX«C0
Econ-ómico
14) "Thóorie de 1
•
jg Capital". de Léglsla-
"^fience des FinaTices ®t Q
ifoT Í-inancière
(7) "Principi dl Scienza delle
ji„anze-'.
das quais todos devem participar, mas sim para alcançar outros objetivos. Tão elástico é o conceito de sobera
nia que êle, evidentemente, abrange es sas modalidades de ação do Estado na . ordem econômica e social, mas então
não existe tal obrigação moral de pagar
•-"V
impostos, pois que não c despesa cole
tiva que se tem em vista ao exigir o tributo.
Ainda invocando a comparação com
uma família, que , princípio moral jus tificaria que um de seus membros pa gasse mais do que outros, não para atender às despesas da coletividade, não para auxiliar seus irmãos e parentes de samparados, não porque seus bens ou
Um emprêi^o de grande impoiiância para a borracha
^
ingrediente na preparação das tintas. As pesquisas romercial que se lesultados excelentes que se traduziram na produção do proauiu vende sob o nome dé "Solução B".
sua renda comportassem uma contribui
camadas lisas
Com essa finalidade a borracha é oxidada, é seu ernprêe .,.j j como faz de tinta tem a vantagem de que não só lhe comunica mawr f exi > sedinien'que esta apresente melhores condições de extensão, impeãtnd , >
ção maior, mas apenas porque, digamos, sua atividade representasse uma con corrência para algum outro membro da
tação do pigmento.
A
TT
78
Dicesto
se manifesta no campo puramente teó rico: ela pressupõe a existência de duas entídades autônomas: a coletividade na
cional, de um lado, e o Estado de cu
rió, Essa dualidade, porém, não exis
te, pois que o Estado é a expressão po lítica da coletividade. Podemos conside rar entidades distintas o cidadão e o Es
tado, mas nunca a coletividade e o Es
tado, pois que aquela é parte indissolú vel deste, Ora, onde não existem duas
entidades não pode existir contrato, e só por t-sse motivo não se pode aceitar como verdadeira a teoria contratual no plano coletivo.
14. Opondo-se a tôdas as teorias contratuahstas, a concepção do impôsto como ato de soberania do Estado reú ne hoje .a grande maioria dos financistas,
beus principais defensores são: Seligman, AlJix, Jéze, Celestino Arena, Enrico Barone, Wagner, Einaudi, Stiiart Mill, Stourm, Giannini, Nitti, Cossa e, entre nós, Veiga Filho, Pôrto Carreiro, De
Plácido e Silva, Viveiros de Castro, Al berto Deodato e Paul Hugon, Sustenta essa teoria que o Estado longe de ser ^um organismo artificial
criado pelos homens, como pretende Rousseau, resulta da própria natureza humana, É uma necessidade histórica e social.
man segimdo o qual "cm sua forma
família ou porque o chefe da família,
ideal o Estado deve ser assimilado, não
por ôssc meio, desejasse coagi-lo a con
a uma sociedade por ações mas a uma família", cíjucIuí <pie "como numa fa mília, a participação nos i^astos não de
trair matrimônio?
Vemos, assim, que a explicação não
é plenamente satisfatória, se considerar
corre do lucro ohlido por cada mem
mos o impôsto como a obrigação de cada um participar nas despesas coletivas,
bro da vida cin comum, mas. sobretudo,
de uma obrigação moral resuUanle da
pois que nem sempre é esse o objetivo
capacidade que possui o "ínclivíduo de contribuir para os encargos <le sua co
do impôsto. 16. Se fôsse possível distinguir-se
letividade".
nitidamente os impostos de finalidades
Ei.s aí o fundamento moral c social
do imposto contrapondo-so ao funda mento jurídico pretendido pelos contra-
Ora, o Estado tem certos fins
a cumprir; deve atender a determinadas
necessidades coletivas e para isso ne cessita de bens materiais, sob pena de falhar em sua missão.
Daí resulta o
direito do Estado de exigir que cada membro da coletividade contribua com
uma parte de seus bens para o cumpri mento dessa missão. Quanto ao pro cesso de repartição dos encargos, é obje to de teorias que em outra oportunida de serão estudadas.
Hugon, citando o conceito de Selig
1.5.
É de SC reconhecer que a acei
nação o o bem-estar coletivo. Essa fórmula, convenhamos que tam
bém um pouco vaga, tem ao ment.s o mérito dé e.xplicar o fundamento dos
(1) "Esprit des Lois" — L- Xni
1-
(2) "Précis d'Économie et de Legisiaviw Financières".
nação ou o de solidariedade humana,
(3) "O Impôsto".
justificariam os últimos. Como, porém,
(5) "Théone de
ticipa do duplo objetivo financeiro e so
os impostos de finalidades sociais e eco nômicas. Estes são arrecadados, não para atender a despesas da colelixadade
participação na despes» coletiva como do de colaborar para o progresso da
impostos de qualquer natiuezir e ína
freqüentemente, o mesmo imposto par
formas de imposição, como, por exemplo,
participação na despesa coletiva. Êle resulta, em verdade, tanto do devei- de
lidade.
dever de colaborar para o progresso da
pode expMcar satisfatoriamente certas
mento da obrigação do impôsto, atri- • buindo-o a uma obrigação moral de
puramente fiscais dos que têm finalida
justificar os primeiros, ao passo que o
tação desse fundamento para o imposto desperta uma certa relutância. Ela pa rece um tanto comodísta c nem sempre
cial, não se pode generalizar o fui.ni-
des econômicas e sociais — o essa distin
ção não é feita em pais algum — o fun damento moral poderia perfeitamente
tualístas', íjí ^ ^
77
DiGBSTO EC0NÓX«C0
Econ-ómico
14) "Thóorie de 1
•
jg Capital". de Léglsla-
"^fience des FinaTices ®t Q
ifoT Í-inancière
(7) "Principi dl Scienza delle
ji„anze-'.
das quais todos devem participar, mas sim para alcançar outros objetivos. Tão elástico é o conceito de sobera
nia que êle, evidentemente, abrange es sas modalidades de ação do Estado na . ordem econômica e social, mas então
não existe tal obrigação moral de pagar
•-"V
impostos, pois que não c despesa cole
tiva que se tem em vista ao exigir o tributo.
Ainda invocando a comparação com
uma família, que , princípio moral jus tificaria que um de seus membros pa gasse mais do que outros, não para atender às despesas da coletividade, não para auxiliar seus irmãos e parentes de samparados, não porque seus bens ou
Um emprêi^o de grande impoiiância para a borracha
^
ingrediente na preparação das tintas. As pesquisas romercial que se lesultados excelentes que se traduziram na produção do proauiu vende sob o nome dé "Solução B".
sua renda comportassem uma contribui
camadas lisas
Com essa finalidade a borracha é oxidada, é seu ernprêe .,.j j como faz de tinta tem a vantagem de que não só lhe comunica mawr f exi > sedinien'que esta apresente melhores condições de extensão, impeãtnd , >
ção maior, mas apenas porque, digamos, sua atividade representasse uma con corrência para algum outro membro da
tação do pigmento.
A
DiofcsTü Econômico
O exístencíalismo e a vida econômica CÂNDIDO Mota Filho
O existencialismo foi projetado então como um perigo social c fêz com que Albert Camus dissesse, com razão, que a França tem, atualmente, três profetas:
cretas que regem o mundo capitalista, a inaç-onaria, o jesuíta, os traficantes de armas, os capitães de indústrias, as du-
—
H. H. Americanos, seus "trusts", a "ku-klux-klan", a Internacional Comu
Karl
Marx, Paul
Sartre
e
Jesus
CristoÜl
POSIÇÃO assumida por Jean-Paul
Sartre, no campo fi!osófíco, contra tou, desde logo, a gregos .e troianos, ^to é, desgostou aos católicos e aos ^linistas. O chefe do existencialismo francês
tão se contentou, ao tentar solucionar o
problema da liberdade, em j)ennanecer to campo puramente doutnnario. A sua
"losofia movimenta-se no mundo, ou, como êle diz, decorre da posição do "eu
to mundo". É assim participativa, polítíca, criadora. Com ela não se trata
Apenas, como no tempo Kierkegaard, em afir mar que a existência é o
ponto de partida de todo o filosofar. Vai, como se
sabe, muito mais além,
chegando Claude Fabre a afirmar que "o existencia lismo é um perigo social" (L'existentialisme, ganger social). Nem sempre se pôde considerá-la sob
der, no momento em qnc foi acusado de dirigir, dentro das fórimdas nazistas, uma universidade na Alemanha, e ]asper, retomando suas prcleçõcs, para ana
lisar as possibilidades de culpa do povo alemão.
Mas, por êsse tempo, já o existencia
lismo era, em França, principahncnte o
de Jean-Paul Sartre, uma filosofia que participava da vida, que agitava, mes mo se apoiando em Husserl e em certa
terminologia de Heidegger, todos os grandos e tormentosos problemas da vida social contemporânea.
E êsse aspecto partici pativo não se encontra,
por certo, na sua princi pal e volumosa obra filo sófica — ""I^Ètre et le
Néant", mas priucipalmcnte nas .suas obras de
ficção, nos seus ensaios, nos seus artigos, na suà revista "Le
zontas famílias de França, . os quatro
nista. Todos quiseram a guerra e ela
Como se vê, na conclusão de Camus, Sartre não se encarta no mesmo grupo
em que se acham os filósofos, os discí pulos de Platão, de Aristóteles ou de Kant, mas está entre um pensador polí
, vciol
Acentuo êsse pensamento impresso em
"Le Sursis", para mo.strar como o fa
tico, que é Marx, e a figura suprema da religiosidade ocidental.
E o mais interessante é que ês.se es
moso existencialismo de Sartre, princi
palmente como filosofia da existência, não pode configurar com segurança o
problema econômico como problema pn-
critor, posto no mesmo plano de um
mordial.
gênio político incompaiável, como é Marx, e de um chefe de religião tam bém incomparávcl, porque êle ó Deus
Se cada um, para se usar do pensa mento de Sartre, é responsável pela sua
que se fêz carne, não concorda nem com
cuerra" - a vida ecoi^ómica nao tem senüdo, nem como "consciência da ne
um nem com outro.
cessidade". como
Podemos dizer mesmo que Sartre é um dcsacôrdo. Seu pensamento germi na dos desastre.s da civilização. Êle não
concorda com Marx, que é uma aspira ção, e com Cristo, que é uma promessa,
porque Sartre traduz uma filosofia do fracasso, essa filosofia que é incapaz de concluir, porque é mais fácil descrever. O existencialismo não 6, assim, pròpriamento, uma mistificação (Guy Le-
nem como decorrência da liberdade moral", como querem os cristãos. Sc cada um vive sua vida e morre
sua morte, se cada ser é prisioneiro de si mesmo, o que eqüivale dizer de seu destino, que significado pode ter a eco nomia como ciência "social?
_
No mundo da existência, a posipo de Marx, querendo dar o primado a eco nomia, toma-se, para Sartre, insusten tável.
temps modèrne". , A filosofia existencial, sustentando n possibihdade de uma liberdade inerte
clerc — "L'éxistentialisme: une mystifi-
vitalismo de Nietszche e depois com o
diante da necessidade incoercível, despe--
solve. e renasce nos contínuos desastres
àcontecímentos, não tem sentido, nem
"expressionismo" de Kierkegaard, ela se
ja-se tôda assim na política e na litera tura. Êsse rompimento de limitações do campo filosófico, feito com audácia e sem constrangimento,'constituiu, por si só, o maior pretexto para o sucesso de Sartre. Quem lê o ensaio de Sartre sôbre Bau-
da civilização contemporânea. Nas páginas de "Le Sursis", acen tuando êsse aspecto, encontra-se o pen
existencial.
êsse ângulo. Quando começa a tomar corpo, com o
tiostra como uma oposição, ao mesmo
^empo, ao idealismo crítico de Kant e positivismo relativísta de Comte. Mais tarde, continuou assim, mesmo no exis
tencialismo rehgíoso de Berdiaeff, no "quixotismo" de Unamuno, no "anti-racionalismo" de Chestov e de Albert Cae no cristianismo de G. Mareei.
O seu aspecto político só se fêz real mente sentir, com a última guerra, quan do encontramos Heidegger a se defen
de'aire e, principalmente, o que escre veu em torno do papel da literatura, como veículo de uma concepção da vida e do mundo, ficaria capacitado da ma
nobra de Sartre, que era a de conquis
cation").
Mas ó realmente um pensa
mento erguido entre ruínas, que se dis
samento do Ivich sôbre o tema da resr
ponsabiHdade, que se corporifica no te
A lógica do materialismo histórico, a configuração rigorosamente dialética dos utilidade, no clima absurdo do viver A religiosidade do homem, a interpre
tação reHgiosa da história, o pensamento político católico, expresso na Encic.ica
ma da última guerra. Por êle se procura
"Reruni Novamm", que defende o di
demonstrar que não há um culpado ou alguns culpados. Todos são culpados,"
reito à subsistência, na sua expressão
tanto os que a provocaram como os que
não a provocaram. Não foi culpado HUler ou não foram aquelas forças se
econômica e moral, também nao se -explicam.
tar terreno para a sua filosofia. ■' !' i"'
* "'VllS
,
j
A angústia diante do nada , que e a substância do pensamento existencial. ' ■ -l•
DiofcsTü Econômico
O exístencíalismo e a vida econômica CÂNDIDO Mota Filho
O existencialismo foi projetado então como um perigo social c fêz com que Albert Camus dissesse, com razão, que a França tem, atualmente, três profetas:
cretas que regem o mundo capitalista, a inaç-onaria, o jesuíta, os traficantes de armas, os capitães de indústrias, as du-
—
H. H. Americanos, seus "trusts", a "ku-klux-klan", a Internacional Comu
Karl
Marx, Paul
Sartre
e
Jesus
CristoÜl
POSIÇÃO assumida por Jean-Paul
Sartre, no campo fi!osófíco, contra tou, desde logo, a gregos .e troianos, ^to é, desgostou aos católicos e aos ^linistas. O chefe do existencialismo francês
tão se contentou, ao tentar solucionar o
problema da liberdade, em j)ennanecer to campo puramente doutnnario. A sua
"losofia movimenta-se no mundo, ou, como êle diz, decorre da posição do "eu
to mundo". É assim participativa, polítíca, criadora. Com ela não se trata
Apenas, como no tempo Kierkegaard, em afir mar que a existência é o
ponto de partida de todo o filosofar. Vai, como se
sabe, muito mais além,
chegando Claude Fabre a afirmar que "o existencia lismo é um perigo social" (L'existentialisme, ganger social). Nem sempre se pôde considerá-la sob
der, no momento em qnc foi acusado de dirigir, dentro das fórimdas nazistas, uma universidade na Alemanha, e ]asper, retomando suas prcleçõcs, para ana
lisar as possibilidades de culpa do povo alemão.
Mas, por êsse tempo, já o existencia
lismo era, em França, principahncnte o
de Jean-Paul Sartre, uma filosofia que participava da vida, que agitava, mes mo se apoiando em Husserl e em certa
terminologia de Heidegger, todos os grandos e tormentosos problemas da vida social contemporânea.
E êsse aspecto partici pativo não se encontra,
por certo, na sua princi pal e volumosa obra filo sófica — ""I^Ètre et le
Néant", mas priucipalmcnte nas .suas obras de
ficção, nos seus ensaios, nos seus artigos, na suà revista "Le
zontas famílias de França, . os quatro
nista. Todos quiseram a guerra e ela
Como se vê, na conclusão de Camus, Sartre não se encarta no mesmo grupo
em que se acham os filósofos, os discí pulos de Platão, de Aristóteles ou de Kant, mas está entre um pensador polí
, vciol
Acentuo êsse pensamento impresso em
"Le Sursis", para mo.strar como o fa
tico, que é Marx, e a figura suprema da religiosidade ocidental.
E o mais interessante é que ês.se es
moso existencialismo de Sartre, princi
palmente como filosofia da existência, não pode configurar com segurança o
problema econômico como problema pn-
critor, posto no mesmo plano de um
mordial.
gênio político incompaiável, como é Marx, e de um chefe de religião tam bém incomparávcl, porque êle ó Deus
Se cada um, para se usar do pensa mento de Sartre, é responsável pela sua
que se fêz carne, não concorda nem com
cuerra" - a vida ecoi^ómica nao tem senüdo, nem como "consciência da ne
um nem com outro.
cessidade". como
Podemos dizer mesmo que Sartre é um dcsacôrdo. Seu pensamento germi na dos desastre.s da civilização. Êle não
concorda com Marx, que é uma aspira ção, e com Cristo, que é uma promessa,
porque Sartre traduz uma filosofia do fracasso, essa filosofia que é incapaz de concluir, porque é mais fácil descrever. O existencialismo não 6, assim, pròpriamento, uma mistificação (Guy Le-
nem como decorrência da liberdade moral", como querem os cristãos. Sc cada um vive sua vida e morre
sua morte, se cada ser é prisioneiro de si mesmo, o que eqüivale dizer de seu destino, que significado pode ter a eco nomia como ciência "social?
_
No mundo da existência, a posipo de Marx, querendo dar o primado a eco nomia, toma-se, para Sartre, insusten tável.
temps modèrne". , A filosofia existencial, sustentando n possibihdade de uma liberdade inerte
clerc — "L'éxistentialisme: une mystifi-
vitalismo de Nietszche e depois com o
diante da necessidade incoercível, despe--
solve. e renasce nos contínuos desastres
àcontecímentos, não tem sentido, nem
"expressionismo" de Kierkegaard, ela se
ja-se tôda assim na política e na litera tura. Êsse rompimento de limitações do campo filosófico, feito com audácia e sem constrangimento,'constituiu, por si só, o maior pretexto para o sucesso de Sartre. Quem lê o ensaio de Sartre sôbre Bau-
da civilização contemporânea. Nas páginas de "Le Sursis", acen tuando êsse aspecto, encontra-se o pen
existencial.
êsse ângulo. Quando começa a tomar corpo, com o
tiostra como uma oposição, ao mesmo
^empo, ao idealismo crítico de Kant e positivismo relativísta de Comte. Mais tarde, continuou assim, mesmo no exis
tencialismo rehgíoso de Berdiaeff, no "quixotismo" de Unamuno, no "anti-racionalismo" de Chestov e de Albert Cae no cristianismo de G. Mareei.
O seu aspecto político só se fêz real mente sentir, com a última guerra, quan do encontramos Heidegger a se defen
de'aire e, principalmente, o que escre veu em torno do papel da literatura, como veículo de uma concepção da vida e do mundo, ficaria capacitado da ma
nobra de Sartre, que era a de conquis
cation").
Mas ó realmente um pensa
mento erguido entre ruínas, que se dis
samento do Ivich sôbre o tema da resr
ponsabiHdade, que se corporifica no te
A lógica do materialismo histórico, a configuração rigorosamente dialética dos utilidade, no clima absurdo do viver A religiosidade do homem, a interpre
tação reHgiosa da história, o pensamento político católico, expresso na Encic.ica
ma da última guerra. Por êle se procura
"Reruni Novamm", que defende o di
demonstrar que não há um culpado ou alguns culpados. Todos são culpados,"
reito à subsistência, na sua expressão
tanto os que a provocaram como os que
não a provocaram. Não foi culpado HUler ou não foram aquelas forças se
econômica e moral, também nao se -explicam.
tar terreno para a sua filosofia. ■' !' i"'
* "'VllS
,
j
A angústia diante do nada , que e a substância do pensamento existencial. ' ■ -l•
80
DicESTo Econômico
mojtra que a realidade econômica nSo pos,'.-ui qualidade orgânica de espécie al
pensamento do professor Matlieus, não
guma.
passa da projeção de cada vida huma
Metafísica da economia política liberal
O "mundo das coisas", a que Sartre
na (L'âge). E entre esse passado e ésse futuro está a morte, como suprema
se refere, vive por si mesmo, indiferente aos projetos humanos. Organizá-lo, pois,
cia do absurdo, a morte, como a maior objeção contra a economia. Condenado
é um esforço descomedido e de conse
à morte, um dos personagens da novela "Le Mur" descobre rpic seu materialis-
^ economistas aderir ao juincípio da
mo não serve para nada, porque não
tíveis dos acontecimentos .sociais, ape
pode salvá-'o da angústia da morte! A morte, diz um discípulo de Sartre,
nas para patentearem quanto eram inca pazes de compreender esse mesmo prin
posição de combate, atacando a econo
é uma-nbjcção a todos os valores. E as
cípio, por falta de o terem primeiro
mia capitalista, representada pelo ca
sim a economia, como ciência dos valo
apreciado nos domínios mais simples da
pitalismo americano, o cristianismo so
res materiai-s, foge inteiramente aos cál
matemática, da astronomia, da fí.sica, da
cial e o stalinismo marxista.
culos humanos.
química c da biologia, antes de o esten
do, por outro lado, os novos princípios, longo de determinarem qualquer pro gresso real, só engendram a estéril re produção de controvérsias ilusórias, sem pre renovadas sem o menor alcance, po
Dôsse modo, todo o esforço de Sartre para incorporar ao seu sistema a solução econômica dos prob'emas da vida social,
sociedade.
derem ao.s fenômenos mais complexos da Demonstraram, reahnente,'
douü-ina científica, porquanto esta se
ficam perdidos e considerados no campo
tural a tornar-se tanto mais modificávcl
das conjeturas.
E o seu papel, como
quanto mais se complica. Repousando
chefe de uma escola filo.sófica de uma época de transição, é o de discordar sempre, ora contra os esquerdistas de Thorez, ora contra os direitistas do Ma
nossa atividade s'ôbre esta noção, nada
qüências inevitáveis.
Na segunda fase de seu pensamento, Sarire tem' procurado amoldá-lo às con tingências econômicas.
Tomou mesmo
Mas fica
Sartre entre o "nada e o tempo", com todiis os caminhos da liberdade (Les
chemíns de Ia liberté) obstruídos. Sua
ação se amortece no passado que é "um
falso passado" e num futuro que é uni falso futuro". Èle tem mesmo, na sua obra literária "Le Nausée", esta
frase impressionante: — "O passado é um luxo de proprietário".
O futuro,
por sua vez, como se pode deduzir do
Ivan IjINs
Qegunix) Augusto Comti:, pareciam os
existência de leis. reguladoras imprescri
desconhecer a tendência cia ordem na
pode desculpar a censura doutorai quê
a metafísica econômica opunha à inter venção contínua da sabedoria humana
nos diversos aspectos do movimento so
rechal De Gaulle.
cial. As leis naturais, às quais esse mo vimento está sujeito, longe de nos des viar de moclificá-'o sem cessar, devem,
ao contrário, servir-nos para melhor apli car-lhe nossa capacidade de ação, que aí se toma mais eficaz e urgente do que relativamente a todos cs outros fenôme
nos. (1) Outro indício da natureza metafísi
ca da economia política de seu tempo era'ainda, aos olhos de Comte, a falta
Secundo estatística elaborada pelo Serviço de Estatística do Ministério da Aertcuhura, foi a seguinte a produção nacional de madeira, lenha, carvão verrctal e ilormentes, relativa ao ano de 1946: Madeira - 5.410.732 m3, no valor de Cr$ 1,363.352.023,00 Len]%a - 83.465.152 m3, no valor de Cr$ 1.776.405.310,00
de continuidade das investigações daque
les que a cultivavam. A continuidade e a fecundidade dos
esforços — notava o filósofo — são os índices mais seguros das concepções ver
Carvão vegetal — 5^.789.600 quilos, no valor de Cr$ 257.957.93?,00.
dadeiramente científicas. Quando, de um lado, as doutrinas, cm lugar de sé
O preço^médio
apresentarem como a seqüência lógica e o aperfeiçoamento dõs trabalhos anteno-
Dormentes - 3.684,740 unulades na importância de Cr$ 49.676 697.00.
Tforif' f
21,00 por
"13; do carvao, Cr$ 49,00 por kg. e dos dormentes Cr% 13,00 por Mnidade,
res, adquirem, em cada autor, como na velha economia política, um cunho essenciahnente pessoal, de maneira a serem
as suas noções mais fundamentais conti nuamente postas em discussão; e, quan
demos afirmar .que não se trata de
distingue pelo seu encadeamento atia-
vés das gerações e pe'a fecundidade de
seus resultados. São, sem duvida, doutri nas teológico-metafisicas.
É o que confirma o caso de Descar-,
ler: enquanto em Geometrm, como ele
mesmo e.xprossamente o declara (2R partiu do ponto onde haviam ficado os
antigos, cm Metafísica, ao contrário,
fêz tábua rasa de tudo, iniciando cons trução inteiramente nova. Era o que,
no tempo de Augusto Comte, acontecia com os economistas. Se fôssem, de fato, o.s sucessores científicos de Adam Snuth, cabia-lhes mostrar em que haviam aper feiçoado a doutrina desse mestre imor
tal, e quais as noVas descobertas que
acrescentaram aos felizes ensaios o i lósofo escocês. Foram êstes, ao
desfigurados por vão e pueri. apara o fórmulas científicas. Considerando, com
imparcialidade, as estéreis contestações, quo, no tempo de Comte^ divic iam os economistas sobre as noções
^®
montares acêrca do valor, da utdidade. da nqueza, da produção, etc., 9"®"^ creria assistir aos mais estranhos deba tes dos escolásticos medlevos sôbre os
■
80
DicESTo Econômico
mojtra que a realidade econômica nSo pos,'.-ui qualidade orgânica de espécie al
pensamento do professor Matlieus, não
guma.
passa da projeção de cada vida huma
Metafísica da economia política liberal
O "mundo das coisas", a que Sartre
na (L'âge). E entre esse passado e ésse futuro está a morte, como suprema
se refere, vive por si mesmo, indiferente aos projetos humanos. Organizá-lo, pois,
cia do absurdo, a morte, como a maior objeção contra a economia. Condenado
é um esforço descomedido e de conse
à morte, um dos personagens da novela "Le Mur" descobre rpic seu materialis-
^ economistas aderir ao juincípio da
mo não serve para nada, porque não
tíveis dos acontecimentos .sociais, ape
pode salvá-'o da angústia da morte! A morte, diz um discípulo de Sartre,
nas para patentearem quanto eram inca pazes de compreender esse mesmo prin
posição de combate, atacando a econo
é uma-nbjcção a todos os valores. E as
cípio, por falta de o terem primeiro
mia capitalista, representada pelo ca
sim a economia, como ciência dos valo
apreciado nos domínios mais simples da
pitalismo americano, o cristianismo so
res materiai-s, foge inteiramente aos cál
matemática, da astronomia, da fí.sica, da
cial e o stalinismo marxista.
culos humanos.
química c da biologia, antes de o esten
do, por outro lado, os novos princípios, longo de determinarem qualquer pro gresso real, só engendram a estéril re produção de controvérsias ilusórias, sem pre renovadas sem o menor alcance, po
Dôsse modo, todo o esforço de Sartre para incorporar ao seu sistema a solução econômica dos prob'emas da vida social,
sociedade.
derem ao.s fenômenos mais complexos da Demonstraram, reahnente,'
douü-ina científica, porquanto esta se
ficam perdidos e considerados no campo
tural a tornar-se tanto mais modificávcl
das conjeturas.
E o seu papel, como
quanto mais se complica. Repousando
chefe de uma escola filo.sófica de uma época de transição, é o de discordar sempre, ora contra os esquerdistas de Thorez, ora contra os direitistas do Ma
nossa atividade s'ôbre esta noção, nada
qüências inevitáveis.
Na segunda fase de seu pensamento, Sarire tem' procurado amoldá-lo às con tingências econômicas.
Tomou mesmo
Mas fica
Sartre entre o "nada e o tempo", com todiis os caminhos da liberdade (Les
chemíns de Ia liberté) obstruídos. Sua
ação se amortece no passado que é "um
falso passado" e num futuro que é uni falso futuro". Èle tem mesmo, na sua obra literária "Le Nausée", esta
frase impressionante: — "O passado é um luxo de proprietário".
O futuro,
por sua vez, como se pode deduzir do
Ivan IjINs
Qegunix) Augusto Comti:, pareciam os
existência de leis. reguladoras imprescri
desconhecer a tendência cia ordem na
pode desculpar a censura doutorai quê
a metafísica econômica opunha à inter venção contínua da sabedoria humana
nos diversos aspectos do movimento so
rechal De Gaulle.
cial. As leis naturais, às quais esse mo vimento está sujeito, longe de nos des viar de moclificá-'o sem cessar, devem,
ao contrário, servir-nos para melhor apli car-lhe nossa capacidade de ação, que aí se toma mais eficaz e urgente do que relativamente a todos cs outros fenôme
nos. (1) Outro indício da natureza metafísi
ca da economia política de seu tempo era'ainda, aos olhos de Comte, a falta
Secundo estatística elaborada pelo Serviço de Estatística do Ministério da Aertcuhura, foi a seguinte a produção nacional de madeira, lenha, carvão verrctal e ilormentes, relativa ao ano de 1946: Madeira - 5.410.732 m3, no valor de Cr$ 1,363.352.023,00 Len]%a - 83.465.152 m3, no valor de Cr$ 1.776.405.310,00
de continuidade das investigações daque
les que a cultivavam. A continuidade e a fecundidade dos
esforços — notava o filósofo — são os índices mais seguros das concepções ver
Carvão vegetal — 5^.789.600 quilos, no valor de Cr$ 257.957.93?,00.
dadeiramente científicas. Quando, de um lado, as doutrinas, cm lugar de sé
O preço^médio
apresentarem como a seqüência lógica e o aperfeiçoamento dõs trabalhos anteno-
Dormentes - 3.684,740 unulades na importância de Cr$ 49.676 697.00.
Tforif' f
21,00 por
"13; do carvao, Cr$ 49,00 por kg. e dos dormentes Cr% 13,00 por Mnidade,
res, adquirem, em cada autor, como na velha economia política, um cunho essenciahnente pessoal, de maneira a serem
as suas noções mais fundamentais conti nuamente postas em discussão; e, quan
demos afirmar .que não se trata de
distingue pelo seu encadeamento atia-
vés das gerações e pe'a fecundidade de
seus resultados. São, sem duvida, doutri nas teológico-metafisicas.
É o que confirma o caso de Descar-,
ler: enquanto em Geometrm, como ele
mesmo e.xprossamente o declara (2R partiu do ponto onde haviam ficado os
antigos, cm Metafísica, ao contrário,
fêz tábua rasa de tudo, iniciando cons trução inteiramente nova. Era o que,
no tempo de Augusto Comte, acontecia com os economistas. Se fôssem, de fato, o.s sucessores científicos de Adam Snuth, cabia-lhes mostrar em que haviam aper feiçoado a doutrina desse mestre imor
tal, e quais as noVas descobertas que
acrescentaram aos felizes ensaios o i lósofo escocês. Foram êstes, ao
desfigurados por vão e pueri. apara o fórmulas científicas. Considerando, com
imparcialidade, as estéreis contestações, quo, no tempo de Comte^ divic iam os economistas sobre as noções
^®
montares acêrca do valor, da utdidade. da nqueza, da produção, etc., 9"®"^ creria assistir aos mais estranhos deba tes dos escolásticos medlevos sôbre os
■
Dicesto
82
Econômico
Dicesto Econômico
Positiva, à situação precária dos operá
atributos fundamentais de suas entida
des metafísicas, de cujos característicos as concepções dos economistas se reves
rios, revoltava-se o filósofo contra "a
tiam então cada vez mais, à medida que
progressivamente eram dogmatizadas e sutilizadas?
O resultado dessas absur
cegueira doutorai da metafísica econô mica, que, em presença de tais confli tos, ousava acobertar sua impotência or gânica apelando para a pretensa neces
lidade Ho nossa espécie, c, portanto, a
eram desastrosas as conseqüências do
classe a princípio prejudicada, acabaria. abstencionismo preconizado pela ortodo xia indi\idualista. Admitindo a imper por experimentar, depois dc perturba feição da ordem natural espontânea, ções passageiras, real e ponnancnlc me sustentava, ao mesmo tempo, que o ho lhoria. Apesar da inconlestá\'ol exati dão desta conseqüência, tal resposta era mem pode atuar sobre os acontecimentos
das e intermináveis discussões era desna-
sidade de indefinidamente enlregar-se a
turarem-se as preciosas indicações pri
indústria moderrta à sua desordenada es
sociai.s.
evidente que es.síi pscuclo-ciência .se es
como as.sinala Mauduit. com "a altiva
então transformadas em noções radical
pontaneidade". (4) Já no quarto volume da Filosofia Po-
verdadciramchto dcrrisória, por tornar
mitivas do bom-senso comum, desde mente confusas, sem serem suscetíveis de
sitiva considerava sumamente perigosa a
qua'quer aplicação real, só podendo en
tendência
dc comportar indefinida duração. Não
gendrar ociosas controvérsias de pala\Tas. Assim, por exemplo, todos os homens sensatos ligavam, a princípio, um senti do nitidamente inteligível aos termos
sentido de impedir a instituição de qual
metafísica
da
economia
no
quecia de que a vida humana está longe
demissão solene por parte
fôrça de viciosas genera
da economia política em
com a revolução industrial produzida
redação a- cada dificulda
lizações, tornou-se de tal
pela descoberta da imprensa, poderiam
de um pouco grave que-
de ^oduçâo, à
modo vaga e imprecisa que os espíritos judiciosos, preocupados com a
.
y.y
/
o desenvolvimento social
fazia surgir. É o que se tomava manifesto sobre
exatidão e a c'areza, se
tudo na questão das má
viram obrigados a empre
quinas á vista dos emba
acaso sentir-se aliviados com a perspec
tiva, mesmo indiscutível, dc que, na
geração seguinte, existiria já um número equivalente de operários vivendo da im prensa, e que alguns séculos mais tarde
gar penosos circunlóquios para e\'itarem
raços .sociais imediatos, inerentes aos
o uso de termos tornados profundamen
seriam muito mais numerosos ainda? Èste, todavia, o habitual con.sôlo que
aperfeiçoamentos industriais, por acarre
especiahnento resultava da economia po
te obscuros e equívocos (como ainda
hoje vem acontecendo, em sociologia, com a palavra cuJftira). (3) *
A economia política liberal e a
grande indústria
A ciência econômica, então uni
como \'imos, a necessidade dc abster-se
o Estado de qualquer intervenção, de clarando serem passageiras as jierturba-
ções e que, depois de oscilações mais ou menos extensas, tudo voltaria por fim
à posição dc equilíbrio por haver, na sociedade, uma harmonia fundamental.
Percebera Augusto Comte tudo quanto este abstencionismo encerrava de cruel
para o indivíduo, para o trabalhador entregue a si mesmo no turbilhão dos negócios, e deixado, níjs lutas da concor
rência, à mercê do desemprego e da no do 1847 a 1848 as vítimas do desem
das justas e urgentes reclamações susci
apatia para indiretamente caraclerizar-lhc a inaptidão a dirigir, como se propunha,
tadas por essa lacuna básica, não sa
o surto industrial das sociedades mo
tência das. classes laboriosas.
Diante
biam os economistas senão repetir, com rismo da liberdade industrial absoluta
em vez de enxergarem nes.se caso o ín
ao serem introduzidas, acarretavam, em
tais e prementes da verdadeira ciência
seu tempo, a privação imediata do tra balho para imensa massa operária, ati
política.
Sem refletirem em que -as
(juostões
humanas,
Aludindo, no sexto volume da Filosofia
tria.
lítica. Mesmo na falta de qualquer dis cussão racional, bastaria essa estranha
ou menos profunda c duradoura da exis
Augusto Comte, tratavam com excessiva frivolidadc, era a das máquinas, as quais,
rada, de uma hora para outra, na mais negra miséria.
pelo desenvolvimento da grande indús
fome". (6)
tarem, cm geral, uma perturbação mais
imperdoável pedantismo, o estéril afo
Questão que os economistas, segundo
dos operários, indiferença
formemente indixidualista. proclamava,
empreendeu defini-los, a
idéia
miséria
recusável, sua própria incapacidade so cial, mostrando-se desprovida de qual
quer relação com o conjunto das princi pais necessidades práticas. O.s numcro.'Tos copistas que sofreram, no século XV,
metafísica
a
acompanhada de bca serenidade em re lação içs desordens e\identes acarretadas
econômica
produção e produtor. Desde, porém, que
indiferença dos economistas para com
SC pode, pelo menos, deixar de reconhe cer que semelhante teoria proc'ama\'a espontâneamcntc assim, dc maneira ir
quer discip'ina Industrial. A irracional disposição a só admitir o grau de or dem que se estabelece por si mesmo, eqüivalia evidentemente, na prática so cial, a uma espécie de
a
Não .SC conformava, por isto,
dice de uma das aplicações mais capi consideradas
sob
certo aspecto, se reduzem a simples
questões de tempo, ousavam responder a todas as queixas que, por fim, a tota-
Basta dizer qiie no decorrer do inver prego em França ascendiam a perto de 800.000. A liberdade que os ortodoxos
dernas. (5)
proclamavam ser sempre benfazeja, se
Comte, a economia política liberal e o
e desastres imprevisíveis.
egoísmo plutocrático
Asrím, pois, não só condenava Comte, oni nome do método, a economia polí tica dc seu tempo, na qual apenas via
reve'ava, assim, portadora de desgraças Tanto
maiores eram
estes desastres
para os proletários, quanto, pela legisla ção vigente a partir da Reyolução France.sa, ficaram, os operários impedidos de
mo de encomenda, por sua indiferença
se agremiar em organismos de defesa, enquanto as coligações de patrões eram, senão permitidas, toleradas, conforme
perante as desordens sociais e os sofri mentos dos proletários. A seus olhos,
A apregoada liberdade do operário
uma fa^sa ciência, mas ainda a conside rava uma teoria odiosa por seu otimis
assinalava Augusto Comte. (7)
Dicesto
82
Econômico
Dicesto Econômico
Positiva, à situação precária dos operá
atributos fundamentais de suas entida
des metafísicas, de cujos característicos as concepções dos economistas se reves
rios, revoltava-se o filósofo contra "a
tiam então cada vez mais, à medida que
progressivamente eram dogmatizadas e sutilizadas?
O resultado dessas absur
cegueira doutorai da metafísica econô mica, que, em presença de tais confli tos, ousava acobertar sua impotência or gânica apelando para a pretensa neces
lidade Ho nossa espécie, c, portanto, a
eram desastrosas as conseqüências do
classe a princípio prejudicada, acabaria. abstencionismo preconizado pela ortodo xia indi\idualista. Admitindo a imper por experimentar, depois dc perturba feição da ordem natural espontânea, ções passageiras, real e ponnancnlc me sustentava, ao mesmo tempo, que o ho lhoria. Apesar da inconlestá\'ol exati dão desta conseqüência, tal resposta era mem pode atuar sobre os acontecimentos
das e intermináveis discussões era desna-
sidade de indefinidamente enlregar-se a
turarem-se as preciosas indicações pri
indústria moderrta à sua desordenada es
sociai.s.
evidente que es.síi pscuclo-ciência .se es
como as.sinala Mauduit. com "a altiva
então transformadas em noções radical
pontaneidade". (4) Já no quarto volume da Filosofia Po-
verdadciramchto dcrrisória, por tornar
mitivas do bom-senso comum, desde mente confusas, sem serem suscetíveis de
sitiva considerava sumamente perigosa a
qua'quer aplicação real, só podendo en
tendência
dc comportar indefinida duração. Não
gendrar ociosas controvérsias de pala\Tas. Assim, por exemplo, todos os homens sensatos ligavam, a princípio, um senti do nitidamente inteligível aos termos
sentido de impedir a instituição de qual
metafísica
da
economia
no
quecia de que a vida humana está longe
demissão solene por parte
fôrça de viciosas genera
da economia política em
com a revolução industrial produzida
redação a- cada dificulda
lizações, tornou-se de tal
pela descoberta da imprensa, poderiam
de um pouco grave que-
de ^oduçâo, à
modo vaga e imprecisa que os espíritos judiciosos, preocupados com a
.
y.y
/
o desenvolvimento social
fazia surgir. É o que se tomava manifesto sobre
exatidão e a c'areza, se
tudo na questão das má
viram obrigados a empre
quinas á vista dos emba
acaso sentir-se aliviados com a perspec
tiva, mesmo indiscutível, dc que, na
geração seguinte, existiria já um número equivalente de operários vivendo da im prensa, e que alguns séculos mais tarde
gar penosos circunlóquios para e\'itarem
raços .sociais imediatos, inerentes aos
o uso de termos tornados profundamen
seriam muito mais numerosos ainda? Èste, todavia, o habitual con.sôlo que
aperfeiçoamentos industriais, por acarre
especiahnento resultava da economia po
te obscuros e equívocos (como ainda
hoje vem acontecendo, em sociologia, com a palavra cuJftira). (3) *
A economia política liberal e a
grande indústria
A ciência econômica, então uni
como \'imos, a necessidade dc abster-se
o Estado de qualquer intervenção, de clarando serem passageiras as jierturba-
ções e que, depois de oscilações mais ou menos extensas, tudo voltaria por fim
à posição dc equilíbrio por haver, na sociedade, uma harmonia fundamental.
Percebera Augusto Comte tudo quanto este abstencionismo encerrava de cruel
para o indivíduo, para o trabalhador entregue a si mesmo no turbilhão dos negócios, e deixado, níjs lutas da concor
rência, à mercê do desemprego e da no do 1847 a 1848 as vítimas do desem
das justas e urgentes reclamações susci
apatia para indiretamente caraclerizar-lhc a inaptidão a dirigir, como se propunha,
tadas por essa lacuna básica, não sa
o surto industrial das sociedades mo
tência das. classes laboriosas.
Diante
biam os economistas senão repetir, com rismo da liberdade industrial absoluta
em vez de enxergarem nes.se caso o ín
ao serem introduzidas, acarretavam, em
tais e prementes da verdadeira ciência
seu tempo, a privação imediata do tra balho para imensa massa operária, ati
política.
Sem refletirem em que -as
(juostões
humanas,
Aludindo, no sexto volume da Filosofia
tria.
lítica. Mesmo na falta de qualquer dis cussão racional, bastaria essa estranha
ou menos profunda c duradoura da exis
Augusto Comte, tratavam com excessiva frivolidadc, era a das máquinas, as quais,
rada, de uma hora para outra, na mais negra miséria.
pelo desenvolvimento da grande indús
fome". (6)
tarem, cm geral, uma perturbação mais
imperdoável pedantismo, o estéril afo
Questão que os economistas, segundo
dos operários, indiferença
formemente indixidualista. proclamava,
empreendeu defini-los, a
idéia
miséria
recusável, sua própria incapacidade so cial, mostrando-se desprovida de qual
quer relação com o conjunto das princi pais necessidades práticas. O.s numcro.'Tos copistas que sofreram, no século XV,
metafísica
a
acompanhada de bca serenidade em re lação içs desordens e\identes acarretadas
econômica
produção e produtor. Desde, porém, que
indiferença dos economistas para com
SC pode, pelo menos, deixar de reconhe cer que semelhante teoria proc'ama\'a espontâneamcntc assim, dc maneira ir
quer discip'ina Industrial. A irracional disposição a só admitir o grau de or dem que se estabelece por si mesmo, eqüivalia evidentemente, na prática so cial, a uma espécie de
a
Não .SC conformava, por isto,
dice de uma das aplicações mais capi consideradas
sob
certo aspecto, se reduzem a simples
questões de tempo, ousavam responder a todas as queixas que, por fim, a tota-
Basta dizer qiie no decorrer do inver prego em França ascendiam a perto de 800.000. A liberdade que os ortodoxos
dernas. (5)
proclamavam ser sempre benfazeja, se
Comte, a economia política liberal e o
e desastres imprevisíveis.
egoísmo plutocrático
Asrím, pois, não só condenava Comte, oni nome do método, a economia polí tica dc seu tempo, na qual apenas via
reve'ava, assim, portadora de desgraças Tanto
maiores eram
estes desastres
para os proletários, quanto, pela legisla ção vigente a partir da Reyolução France.sa, ficaram, os operários impedidos de
mo de encomenda, por sua indiferença
se agremiar em organismos de defesa, enquanto as coligações de patrões eram, senão permitidas, toleradas, conforme
perante as desordens sociais e os sofri mentos dos proletários. A seus olhos,
A apregoada liberdade do operário
uma fa^sa ciência, mas ainda a conside rava uma teoria odiosa por seu otimis
assinalava Augusto Comte. (7)
84
Dicesto
Econónoco
perante a lei da oferta e da procura
através de seu govêmo, já temporal, já
tomava-se, portanto, um mito: não pas
espiritual, legítima e necessária em ma téria de impostos, salários, empréstimos,
O tratado de Methuen
fixação de horas de trabaHio, descanso
Nelson Weoneck Sodbé
sava da liberdade que tinha o capitalis ta de explorar a penúria do proletário, porque êste carecia do salário para viver, enquanto o patrão podia esperar e
viver do próprio capital, na ausência
de qualquer renda. Demais, com a introdução da máqui na, o aviltamento da mão-de-obra, por
hebdomadário, etc.
O liberalismo, tão
apregoado pelos economistas de seu tempo, só aproveitava aos detentores do capital e o caráter absoluto atribuído à
pM 1691, mandava a Inglaterra, como ministro cm Lí.sboa, um hábil di
ríodo. A longa rivalidade anglo-francesa amainava-sc no acôrdo de RisNrick,
lei da oferta e da procura no alinentc
plomata. Deixando as .suas funções nos
mas os interesses em choque eram dema
Comuns, John Methuen passaria seis í^no.«5 junto à côrte do D. Pedro II.
excesso de braços, dava ao capitalista
aos empréstimos, aos salários e mesmo à venda dos objetos, de comércio em
uma situação privilegiada, podendo im
tempos
arbitrário
por ao operário salários ínfirnõs, abso-
Nela, não fêz a diplomacia liabilual
siado importantes para que a paz tra duzisse um têrino de conflito, já não militar mas econômico e político.
quanto a suposta lei de Malthus da
lutamente irrisórios.
falta de proporcionalidade entre o cres
do tempo, em particular a que os sen.s compatriotas faziam, apenas. Longe dc
transmudaria em outros, de tôda ordem.
Era, a'iás, o que o próprio Adam Smith não deixara de reconhecer e proclamar.
Para ele, realmente, os patrões tinham vantagem na discussão dos salários:
1.° — porque podiam coligar-se muito
anormais,
era
tão
cimento da população e o das subsistên-
se conservar distante, oficial e solene,
cias...
na posição em que sc achava investido,
No que interessava a Portugal e à In glaterra, e que misturados no conjunto
Êste strá, porém, o assunto a ser desenvolvido em outro artigo.
buscou'fazer relações, tomar-se conhe
do quadro europeu aparentemente sur
cido, impor-se por qualidades pessoais,
niais fàcilmentc do que os operários;
NOTAS
2° — porque, graças aos seus recursos, podiam esperar, enquanto muitos operá
(1) Vide A. Comte: "Política PoBilIva**,
rios não conseguiam manter-se uma se
(2) Vide Descartes: "Oeuvres", vol. I, pg.
vol, I, pgs. 155 e 15G.
mana, havendo um pequeno número
470, e vol. 11, pg. 82 da ed. Adam-Tan-
capaz de árstentar-se durante um mês e quase nenhum durante um ano inteiro de desemprego. (8) Pensando, como Louis Blanc (9), que
(3) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva"
a liberdade de direito, sem a liberdade
(4) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva",
de fato, nada mais é do que abomina- •
vel opressão, considerava Comte a li berdade econômica absoluta, pregada pe^a ortodoxia individualista, a formula
ção pseudo-científica do egoísmo plutocrático, isto é, a sanção hipócnta e so fistica do esmagamento dos fracos pelos
fortes, dos pobres pelos ncos. Julgava, . por isto a interferência da sociedade
O problema da sucessão espanhola se
nery.
vol. IV, pgs. 197 e 198 da ed. citada.
Sobre a obscuridade que, em J. B. Say o nos demais economistas da época, passou a envolver a palavra "riqueza" vide: Mauduit, op. cit., pg. 177. vol. VI. pg. 364.
(5) Idem, ibídem, vol. IV, ngs. 202 e- 203 (6) Vide Roger Mauduit. op. cit., pgs 131
132, 250 e 251.
t.
,
(7) Vide "Filosofia Positiva", vol. VI, pg. 364.
^
(8) Vide Adam Smith: "Riqueza das Na ções". livro.I, c. 8.O. pg. 169 do vol I da trad. franc. de G. Garnler, Paris 1859.
(0) Vide Louis Blanc: "Organisation du Travall", pg. 20 da 2.a ed., Paris, 1848.
independentes das que deveriam confundir-se na figura de um representante inglês. Não se conservou distante, nem frio, nem superior. Se não alcançou aquilo que poderíamos aceitar como po pularidade, pc-® menos fez-se figura co nhecida, relacionada — a tal ponto que, mesmo em 'documentos oficiais, f'oi tra
giam isolados, estavam os dos vinhos e os dos panos. Temiam os negociantes
que traficavam com os rinhos portugue ses
entre os quais havia muitos conipa-
Iriotas do Methuen — que o mercado
inglês, o de mais largo consumo, na
épocá, fôsse dominado pelos franceses. Por outro lado, ansiavam os britânicos
por que Portugal lhes abrisse o mercado
tado, à portuguesa, por D.João Methuen,
aos lanifícios. Êsses problemas estavam
e isso. conforme observou alguém, era quase um atestado de naturalização. O que está fora de dúvida é que John Methuen tinha pre.stígio pessoal, inde
engrenados em outros, de ordem polí tica, e foi isso que troioce, em maio de 1702, Methuen pai novamente a Lisboa.
pendente da fôrça do cargo que ocupa
va, e que ôsse prestígio se alicerçou nos seis anos de sua estada em Lisboa,
quando foi pela primeira vez a Portugal. Porque, em 1697, justamente o ano da paz de Riswick, John Methuen dei xou o pôsto, regressando ao seu país.
Sc da primeira vez viera para conven cer D. Pedro II da vantagem de abando
nar o partido de Filipe V, associando-se ao pretendente austríaco na guerra da sucessão espanhola, vinha agora persua dir o govêmo português a separar-se da ahança com Luís XIV. Methuen reti rou-se de Lisboa no ano seguinte, dei
Foi como se o não deixasse, em reali
xando ao filho a formalidade de assinar
dade, porque em seu lugar ficou o filho,
o tratado cie 10 de maio de 1703, de fundo nitidamente político, e que se
Paul Methuen, e tudo faz crer que ti vesse sido um bom continuador da obra
parava Portugal da França. Voltaria em
paterna. Encontrava t> caminho aberto
setembro, entretanto, para, tres meses
pela habilidade do outro, e não lhe se ria difícil tratar os assuntos diplomáti
de 1703, assinar êle próprio, por parte
cos, qa verdade complexos naquele pe
da Inglaterra, o discutido documento a
depois, justamente a 17 de dezembro
84
Dicesto
Econónoco
perante a lei da oferta e da procura
através de seu govêmo, já temporal, já
tomava-se, portanto, um mito: não pas
espiritual, legítima e necessária em ma téria de impostos, salários, empréstimos,
O tratado de Methuen
fixação de horas de trabaHio, descanso
Nelson Weoneck Sodbé
sava da liberdade que tinha o capitalis ta de explorar a penúria do proletário, porque êste carecia do salário para viver, enquanto o patrão podia esperar e
viver do próprio capital, na ausência
de qualquer renda. Demais, com a introdução da máqui na, o aviltamento da mão-de-obra, por
hebdomadário, etc.
O liberalismo, tão
apregoado pelos economistas de seu tempo, só aproveitava aos detentores do capital e o caráter absoluto atribuído à
pM 1691, mandava a Inglaterra, como ministro cm Lí.sboa, um hábil di
ríodo. A longa rivalidade anglo-francesa amainava-sc no acôrdo de RisNrick,
lei da oferta e da procura no alinentc
plomata. Deixando as .suas funções nos
mas os interesses em choque eram dema
Comuns, John Methuen passaria seis í^no.«5 junto à côrte do D. Pedro II.
excesso de braços, dava ao capitalista
aos empréstimos, aos salários e mesmo à venda dos objetos, de comércio em
uma situação privilegiada, podendo im
tempos
arbitrário
por ao operário salários ínfirnõs, abso-
Nela, não fêz a diplomacia liabilual
siado importantes para que a paz tra duzisse um têrino de conflito, já não militar mas econômico e político.
quanto a suposta lei de Malthus da
lutamente irrisórios.
falta de proporcionalidade entre o cres
do tempo, em particular a que os sen.s compatriotas faziam, apenas. Longe dc
transmudaria em outros, de tôda ordem.
Era, a'iás, o que o próprio Adam Smith não deixara de reconhecer e proclamar.
Para ele, realmente, os patrões tinham vantagem na discussão dos salários:
1.° — porque podiam coligar-se muito
anormais,
era
tão
cimento da população e o das subsistên-
se conservar distante, oficial e solene,
cias...
na posição em que sc achava investido,
No que interessava a Portugal e à In glaterra, e que misturados no conjunto
Êste strá, porém, o assunto a ser desenvolvido em outro artigo.
buscou'fazer relações, tomar-se conhe
do quadro europeu aparentemente sur
cido, impor-se por qualidades pessoais,
niais fàcilmentc do que os operários;
NOTAS
2° — porque, graças aos seus recursos, podiam esperar, enquanto muitos operá
(1) Vide A. Comte: "Política PoBilIva**,
rios não conseguiam manter-se uma se
(2) Vide Descartes: "Oeuvres", vol. I, pg.
vol, I, pgs. 155 e 15G.
mana, havendo um pequeno número
470, e vol. 11, pg. 82 da ed. Adam-Tan-
capaz de árstentar-se durante um mês e quase nenhum durante um ano inteiro de desemprego. (8) Pensando, como Louis Blanc (9), que
(3) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva"
a liberdade de direito, sem a liberdade
(4) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva",
de fato, nada mais é do que abomina- •
vel opressão, considerava Comte a li berdade econômica absoluta, pregada pe^a ortodoxia individualista, a formula
ção pseudo-científica do egoísmo plutocrático, isto é, a sanção hipócnta e so fistica do esmagamento dos fracos pelos
fortes, dos pobres pelos ncos. Julgava, . por isto a interferência da sociedade
O problema da sucessão espanhola se
nery.
vol. IV, pgs. 197 e 198 da ed. citada.
Sobre a obscuridade que, em J. B. Say o nos demais economistas da época, passou a envolver a palavra "riqueza" vide: Mauduit, op. cit., pg. 177. vol. VI. pg. 364.
(5) Idem, ibídem, vol. IV, ngs. 202 e- 203 (6) Vide Roger Mauduit. op. cit., pgs 131
132, 250 e 251.
t.
,
(7) Vide "Filosofia Positiva", vol. VI, pg. 364.
^
(8) Vide Adam Smith: "Riqueza das Na ções". livro.I, c. 8.O. pg. 169 do vol I da trad. franc. de G. Garnler, Paris 1859.
(0) Vide Louis Blanc: "Organisation du Travall", pg. 20 da 2.a ed., Paris, 1848.
independentes das que deveriam confundir-se na figura de um representante inglês. Não se conservou distante, nem frio, nem superior. Se não alcançou aquilo que poderíamos aceitar como po pularidade, pc-® menos fez-se figura co nhecida, relacionada — a tal ponto que, mesmo em 'documentos oficiais, f'oi tra
giam isolados, estavam os dos vinhos e os dos panos. Temiam os negociantes
que traficavam com os rinhos portugue ses
entre os quais havia muitos conipa-
Iriotas do Methuen — que o mercado
inglês, o de mais largo consumo, na
épocá, fôsse dominado pelos franceses. Por outro lado, ansiavam os britânicos
por que Portugal lhes abrisse o mercado
tado, à portuguesa, por D.João Methuen,
aos lanifícios. Êsses problemas estavam
e isso. conforme observou alguém, era quase um atestado de naturalização. O que está fora de dúvida é que John Methuen tinha pre.stígio pessoal, inde
engrenados em outros, de ordem polí tica, e foi isso que troioce, em maio de 1702, Methuen pai novamente a Lisboa.
pendente da fôrça do cargo que ocupa
va, e que ôsse prestígio se alicerçou nos seis anos de sua estada em Lisboa,
quando foi pela primeira vez a Portugal. Porque, em 1697, justamente o ano da paz de Riswick, John Methuen dei xou o pôsto, regressando ao seu país.
Sc da primeira vez viera para conven cer D. Pedro II da vantagem de abando
nar o partido de Filipe V, associando-se ao pretendente austríaco na guerra da sucessão espanhola, vinha agora persua dir o govêmo português a separar-se da ahança com Luís XIV. Methuen reti rou-se de Lisboa no ano seguinte, dei
Foi como se o não deixasse, em reali
xando ao filho a formalidade de assinar
dade, porque em seu lugar ficou o filho,
o tratado cie 10 de maio de 1703, de fundo nitidamente político, e que se
Paul Methuen, e tudo faz crer que ti vesse sido um bom continuador da obra
parava Portugal da França. Voltaria em
paterna. Encontrava t> caminho aberto
setembro, entretanto, para, tres meses
pela habilidade do outro, e não lhe se ria difícil tratar os assuntos diplomáti
de 1703, assinar êle próprio, por parte
cos, qa verdade complexos naquele pe
da Inglaterra, o discutido documento a
depois, justamente a 17 de dezembro
S7
Dicesto Econômico r>ICE»TO
que o seu nome ficaria ligado. Tal tra
EcONÓ^aoO
"Artigo 2." — fí estipulado qu©'
cruzados, com parte dos quais teria do
onde prejudicariam o dcscnvol\-imento
tado suas sobrinhas.
Ao Secretário de
das indústrias nacionais correspondentes.
Estado Roque Monteiro Paim acusava-se de ter recebido presentes valiosos, em
Orgulhava-Se de apresentar-se nas cor tes de Londres e Paris com roupas de
tado, ao contrário do anterior, era de
Sua Sagrada e Real Majestade Bri
fiindo essencialmente econômico. Teria
sido mera coincidência o fato dc John
tânica, em S'eu próprio Nome, e no de Seus Sucessores, será obrigada
jóias, que se destinariam às filhas, e em
panos fabricados na Covilhã ou no Fun
para sempre, de aqui em diante, de
dão.
Methuen ter deixado ao filho o encargo
moedas de ouro, que lhe caberiam. O
de firmar o acordo político, preocupan do-se em assinar pessoalmente o acôrdo econômico? Que trabalhou afanosâmente para chegar a êstc — e desde o perío do mais longo de sua primeira estada —
admitir na Grã-Bretanha os vinhos
signatário do tratado, por parte do govémo português, o Marquês de Alegrete, ficaria suspeito em conseqüência de, sendo pobre até então, ter comprado o palácio em que passou a residir. Nem o seu sogro, o Duque de Cadaval, rico já nessa época, escapou às acusações (1). A acusação ao confessor real, pa
tais concessões para obtenção de trata mento privilegiado, na Inglaterra, aos
parece não haver dúvida. Em tal tra
balho pusera, aliás, os seus reconheci dos dotes dc habilidade, a sua sociabili-
dade, o seu gôsto em tomar-se conhecido e estimado.
O tratado não seria fruto
dos esforços de um ano, aquêle que medeou entre o seu regresso, em maio de 1702, e a sua partida, antes de maio de
do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos dc Inglaterra e de França) não se podará e.xigir direi tos dc Alfândega nestes \inhos, ou debaixo dc qua'quer outro título di
reta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pi pas, toneis ou qualquer outra vasilha que seja, mais que o que se costuma
ou abatendo uma têrça parte do
ii^cnte preparada e amadurecida,
direito do costume.
Lisboa. Obra provàvelmentc continuada ou mantida pelo füho, nos intervalos de sua ausência na
Inglaterra. Como quer que seja, fir mando o tratado de 17 de dezembro de
1703, John Methuen entrava para a his tória.
Mais discutido do que conhecido -
"Artigo 3.° — 0$ Exmos. Serdiores
e quase sempre* mal discutido, pov ser
Plenipotenciários prometem e tomam
Visto isolado do quadro em que se gerou - b Tratado de Methuen era simples, curto e claro. Ei-lo, na íntegra:
sobre si, que Seus Amos acima men
tade El-Reí de Portugal promete, tanto em Seu próprio Nome, como
de Methuen, — e começou a ter os seus
no de Seus Sucessores, admitir para
efeitos. Desde a data em que foi fir mado, foi também combatido. Em Por tugal, a gente do tempo não poupou os que se haviam envolvido nas negocia ções. Suspeitas de suborno foram divoilgadas. Ao padre Sebastião de Maga lhães, jesuíta e confessor do rei, atribuía-se o recebimento de cinqüenta mil
sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de Ia e mais fábricas de. lanifício de Inglaterra, como era costume ate o tempo em
que foram proibidos pelas leis, jiâo obstante qualquer condição em con trário.
distribuição dos vinhos lusos? A con cessão, ao que informava, viria trazer
duplo prejuízo: arruinaria a indústria na
cional de panos e contribuiria para que
das de ouro, além das jóias que trou xera a Portugal, para o cumprimento da sua missão, montando os presentes a duzentos e dezesseis mil cruzados. Cons tava em Londres, por outro lado, que,
os lavradores lusos convertessem em vi
nhas as terras de pão, tendo, depois,
de importar com que se alimentar, além de importar com que se vestir. Traço
ao partir para Lisboa, na sua última viagem, Methuen conduzira somas avul-
de união entre duas épocas — a do Conde dá Ericeira e a do Marquês de Pombal — ambas dominadas pelo col-
tadas, destinadas a propinas (3). Sua
bertismo, raciocmava claro D. Luís da
condição de irmão de um fabricante de panos não o deixaria também isento de
Cunha, sob muitos pontos de rista, num período de extremadas concessões (4).
Severas
críticas
mereceu
o
Outro adversário português do
Tratado de Methuen foi Sebas
oficiais, ainda no tempo em que
tião José de Carvalho. O futuro Marquês de Pombal, quase
foi firmado. Entre elas, as que lhe fêz o representante portu
acôrdo econômico em questão,
guês em Londres, D. Luís da
far-lhe-ia uma critica cerrada. Mais do que isso: retomando e
tratado, mesmo em documentos 1
prios negociantes britânicos que haviam empregado capitais na produção e na
despendido quarenta e quatro mil moe
alvo da malevolência da época.
cionados ratificarão éste tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as ratificações." Assim passou à história o Tratado
"Artigo 1." — Sua Sagrada Majes
mento. Nelas constava ter o negociador
acima ó declarado, fôr por algum modo infringido e prejudicado. Sua Sagrada Majestade Portuguêsa poderá justa e legitimamente proibir os panos de lã e todas as mais fá bricas de lanifício de Inglaterra.
tre as còrtes de Paris e Londres. Para
isso lá, estaria ele, na capital inglesa,
esforçando-se e esperançado de ê.xito.
tação de contas de Methuen ao Parla
esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como
ceses, uma vez restabelecida a paz en
E não estariam nisso interessados os pró
do confirmadas, aliás, pela própria pres
Porém, se em qualquer tempo
e continuariam a ter, apesar da ameaça
que se constituiria nos concorrentes fran
de alguma forma com o depoimento
Suspeições ou acusações de certo mo
da de vinho do França, diminuindo
vinhos portugueses. Êsse tratamento — afirmava — tais \inhos já vinham tendo,
contido numa instrução do governo fran
cês ao seu representante em Lisboa (2).
pedir para igual quantidade ou medi
1703 — mas de uma obra lenta-
efetivada desde 1691 quando, pela primeira vez, aportara a
dre Sebastião de Magalhães, conjuga-se
Não acreditava na necessidade de
meio século depois de firmado o
Cunha. Herdeiro das idéias do Conde- da Ericeira, partidário das ten dências de Colbert, D. Luís da Cunlia manifestou-se contrário às facilidades de
ceira, e em plena vigência do Tratado
entrada dos panos ínglêses em Portugal,
uma política econômica que, em essên-
«iLi
ampliando as idéias do Conde da Eri de Methuen, deu forma e realidade a
S7
Dicesto Econômico r>ICE»TO
que o seu nome ficaria ligado. Tal tra
EcONÓ^aoO
"Artigo 2." — fí estipulado qu©'
cruzados, com parte dos quais teria do
onde prejudicariam o dcscnvol\-imento
tado suas sobrinhas.
Ao Secretário de
das indústrias nacionais correspondentes.
Estado Roque Monteiro Paim acusava-se de ter recebido presentes valiosos, em
Orgulhava-Se de apresentar-se nas cor tes de Londres e Paris com roupas de
tado, ao contrário do anterior, era de
Sua Sagrada e Real Majestade Bri
fiindo essencialmente econômico. Teria
sido mera coincidência o fato dc John
tânica, em S'eu próprio Nome, e no de Seus Sucessores, será obrigada
jóias, que se destinariam às filhas, e em
panos fabricados na Covilhã ou no Fun
para sempre, de aqui em diante, de
dão.
Methuen ter deixado ao filho o encargo
moedas de ouro, que lhe caberiam. O
de firmar o acordo político, preocupan do-se em assinar pessoalmente o acôrdo econômico? Que trabalhou afanosâmente para chegar a êstc — e desde o perío do mais longo de sua primeira estada —
admitir na Grã-Bretanha os vinhos
signatário do tratado, por parte do govémo português, o Marquês de Alegrete, ficaria suspeito em conseqüência de, sendo pobre até então, ter comprado o palácio em que passou a residir. Nem o seu sogro, o Duque de Cadaval, rico já nessa época, escapou às acusações (1). A acusação ao confessor real, pa
tais concessões para obtenção de trata mento privilegiado, na Inglaterra, aos
parece não haver dúvida. Em tal tra
balho pusera, aliás, os seus reconheci dos dotes dc habilidade, a sua sociabili-
dade, o seu gôsto em tomar-se conhecido e estimado.
O tratado não seria fruto
dos esforços de um ano, aquêle que medeou entre o seu regresso, em maio de 1702, e a sua partida, antes de maio de
do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos dc Inglaterra e de França) não se podará e.xigir direi tos dc Alfândega nestes \inhos, ou debaixo dc qua'quer outro título di
reta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pi pas, toneis ou qualquer outra vasilha que seja, mais que o que se costuma
ou abatendo uma têrça parte do
ii^cnte preparada e amadurecida,
direito do costume.
Lisboa. Obra provàvelmentc continuada ou mantida pelo füho, nos intervalos de sua ausência na
Inglaterra. Como quer que seja, fir mando o tratado de 17 de dezembro de
1703, John Methuen entrava para a his tória.
Mais discutido do que conhecido -
"Artigo 3.° — 0$ Exmos. Serdiores
e quase sempre* mal discutido, pov ser
Plenipotenciários prometem e tomam
Visto isolado do quadro em que se gerou - b Tratado de Methuen era simples, curto e claro. Ei-lo, na íntegra:
sobre si, que Seus Amos acima men
tade El-Reí de Portugal promete, tanto em Seu próprio Nome, como
de Methuen, — e começou a ter os seus
no de Seus Sucessores, admitir para
efeitos. Desde a data em que foi fir mado, foi também combatido. Em Por tugal, a gente do tempo não poupou os que se haviam envolvido nas negocia ções. Suspeitas de suborno foram divoilgadas. Ao padre Sebastião de Maga lhães, jesuíta e confessor do rei, atribuía-se o recebimento de cinqüenta mil
sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de Ia e mais fábricas de. lanifício de Inglaterra, como era costume ate o tempo em
que foram proibidos pelas leis, jiâo obstante qualquer condição em con trário.
distribuição dos vinhos lusos? A con cessão, ao que informava, viria trazer
duplo prejuízo: arruinaria a indústria na
cional de panos e contribuiria para que
das de ouro, além das jóias que trou xera a Portugal, para o cumprimento da sua missão, montando os presentes a duzentos e dezesseis mil cruzados. Cons tava em Londres, por outro lado, que,
os lavradores lusos convertessem em vi
nhas as terras de pão, tendo, depois,
de importar com que se alimentar, além de importar com que se vestir. Traço
ao partir para Lisboa, na sua última viagem, Methuen conduzira somas avul-
de união entre duas épocas — a do Conde dá Ericeira e a do Marquês de Pombal — ambas dominadas pelo col-
tadas, destinadas a propinas (3). Sua
bertismo, raciocmava claro D. Luís da
condição de irmão de um fabricante de panos não o deixaria também isento de
Cunha, sob muitos pontos de rista, num período de extremadas concessões (4).
Severas
críticas
mereceu
o
Outro adversário português do
Tratado de Methuen foi Sebas
oficiais, ainda no tempo em que
tião José de Carvalho. O futuro Marquês de Pombal, quase
foi firmado. Entre elas, as que lhe fêz o representante portu
acôrdo econômico em questão,
guês em Londres, D. Luís da
far-lhe-ia uma critica cerrada. Mais do que isso: retomando e
tratado, mesmo em documentos 1
prios negociantes britânicos que haviam empregado capitais na produção e na
despendido quarenta e quatro mil moe
alvo da malevolência da época.
cionados ratificarão éste tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as ratificações." Assim passou à história o Tratado
"Artigo 1." — Sua Sagrada Majes
mento. Nelas constava ter o negociador
acima ó declarado, fôr por algum modo infringido e prejudicado. Sua Sagrada Majestade Portuguêsa poderá justa e legitimamente proibir os panos de lã e todas as mais fá bricas de lanifício de Inglaterra.
tre as còrtes de Paris e Londres. Para
isso lá, estaria ele, na capital inglesa,
esforçando-se e esperançado de ê.xito.
tação de contas de Methuen ao Parla
esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como
ceses, uma vez restabelecida a paz en
E não estariam nisso interessados os pró
do confirmadas, aliás, pela própria pres
Porém, se em qualquer tempo
e continuariam a ter, apesar da ameaça
que se constituiria nos concorrentes fran
de alguma forma com o depoimento
Suspeições ou acusações de certo mo
da de vinho do França, diminuindo
vinhos portugueses. Êsse tratamento — afirmava — tais \inhos já vinham tendo,
contido numa instrução do governo fran
cês ao seu representante em Lisboa (2).
pedir para igual quantidade ou medi
1703 — mas de uma obra lenta-
efetivada desde 1691 quando, pela primeira vez, aportara a
dre Sebastião de Magalhães, conjuga-se
Não acreditava na necessidade de
meio século depois de firmado o
Cunha. Herdeiro das idéias do Conde- da Ericeira, partidário das ten dências de Colbert, D. Luís da Cunlia manifestou-se contrário às facilidades de
ceira, e em plena vigência do Tratado
entrada dos panos ínglêses em Portugal,
uma política econômica que, em essên-
«iLi
ampliando as idéias do Conde da Eri de Methuen, deu forma e realidade a
88
Dxcesto Econó^co 89
DicESTo Econômico
cia, estava em contradição com os têr-
mos daquele tratado, o que le\-ou muitos a ver em Pombal um adversário, quan
do não um inimigo da Inglaterra. Adver sário e até inimigo, na verdade, dos métodos comerciais britânicos, de sua in
mero acôrdo tarifário, em suma, que acabaria como tema central de prolon gada controvérsia, na cjual não se es creveu ainda a última pala\'ra (7).
(2) — Instrução ao embaixador Mar quês dc ChStcauneuf: "II avait un commcrce
intime
nvcc
le sieur
Methuen,
O curioso é que cerradas críticas ao tratado surgiriam na própria Inglaterra.
Chancçlier d"Iiiande et cnvoyó d'Anglaterre à Lisbonnc. ct Von prctcnd qu'il rnvait servi ulUement pour Ic succés do
filtração nociva ao país em que era mi nistro, de seus prejuízos à gente lusa. Na sua análise do tratado em questão, aliás, Pombal se mostra muito mais obje tivo do que os seus contemporâneos ou
Dez anos após a sua assinatura, afirmava-sc lá que fôra um ato de traição, rea
sa négocialion" — referindo-se ao trata do de aliança, dc 1702, que afastava Por
lizado sem o voto do Parlamento, e que
liona Donnóes aux Ambassadeurs ot Mi
tassem a cabeça. Methuen estava morto,
(3) _ Versão colhida cm Schercr, Mor-
os seus antecessores.
e sôbrc o acôrdo a que dera o nome
cators Letters on Portugal and iía Com-
Êle vô o acordo
firmado por Methuen no grande qua dro de conjunto da vida mercantil da época, refcríndo-o à posição subalterna
de Portugal nesse quadro.
o seu negociador merecia que lhe cor passava a tempestade dos debates. Che gou a constituir-se cm toma de progra mas partidários, na lula política interna:" defendiam-no os torics, atacavam-no os
A grande corrente adversária do Tra
ivhigs. Mais adiante, glorificavam-no os
tado de Methuen, aquela que contra êle
nacionalistas, exaltando a obra de Me
levantou verdadeira onda difamatória —
thuen, enquanto os livrc-cambistas o
que chegou aò nosso tempo e que tem
consideravam nocivo. O papa do divre-
encontrado eco nos comentários mais di
cambísmo, o criador da economia polí
vulgados cm tomo daquele documento — foi a francesa. Era suspeita, na ver-
tajoso para o seu país (8). Deu motivo
dadei uma vez que o acôrdo de 1703 re
a acesos debates, no Parlamento, em 1830 e em 1836, mas encontrou \un de
luta anglo-francesa, e episódio desfavo
cidido defensor em Palmerston (9). Até
rável à França. Quase não há historió-
que, em 1842, chegaria ao têrmo de
assuntos econômicos, na terra de Colbert
seus efeitos.
que não tenha lançado o seu quinhão de amargura contra Methuen e o seu
lusas, como no próprio desenvolvimento
tratado. Estudou-o Scherer para, no confronto da balança comercial anglo-
da revolução mercantil, fornecera ele
lusa, condená-lo com veemência, acoi-
tOs e do oitocentos, e despertara sempre, o por tòda parte, debates ativos, desen contrados, apaixonados e tempestuosos —
mando-o como responsável pela evasão Apreciou-o não menos acrimoníosamente
Noel, inclusive apontando a má-fé bri tânica
uma sorte de fc púnica da épo
velhice, em grande parte, íoram publica das cm livro em 1820.
(8) — "The treaty is indoubtedly advantageous to Portugal, and disadvanta-
geous to Grcat Britain... It has bcen celobratcd. however, as a master piece of the commercial poliçy of England". Em Adam Smith. An inquiry into the nalure and cause oi the wealth of nations. (9) — Ésscs debates podem ser acompa nhados na coleção Hansnrd. Parliamcnta-
ry Debates, 1820-30 ou Parliamenlary De bates. 1831-91. Também nos Specches of the Highl Hon. William Huskisson. Huskisson. a quem Canning chamai-ia "o mais
prático homem dé negócios da Inglater ra", foi parlamentar por mais de um quar to de século e presidente do Board of Trade do 1823 a 1827.
debates que se prolongaram além de sua vigência, e que chegaram ao nosso tempo. NOTAS
mento da revolução mercantil (6). Nes
nos dois citados, mas em outros — possi velmente alicerçou Sombart a sua formal condenação ao acôrdo de Lisboa — um
ofereceu ao rd D. José. Escritas na sua
Em Sombart: Der mcdcrne Kapita-
lismuB.
mentos ao surto capitalista do setecen-
ca moderna, ungindo todo o desenvolvi ses economistas franceses — talvez não
merce. — precioso subsídio para o estudo da expansão mercantil ipglésa e suas re percussões cin Poi"tugal. (4) As idéias econômicas de D. Luís da Cunha estão contidas em documentos reunidos em seu Testamento Político, que
(7) — "Obra-prima de hipócrita trapaça-
ria".
Durara quase século e
meio, tivera papel de relêvo, não só no quadro das relações comerciais anglo-
para a Inglaterra do ouro brasileiro (5).
nistres do Franco, compiladas pelo Vis conde de Calx de Samt-Aymour.
(6) — Noel, Octave: Histoire du Com-
merco du Monde.
tica, Adam Smith, considerou-o desvan-
presentou um episódio, na prolongada grafo, comentador ou memorialisla de
tugal da França. Em Hecuoll des Instruc-
(5) — Scherer: Histoire du Commerc* de Touts les Nations.
(1)'— Tais acusações estão relatadas nas MemóriELS
Históricas, de
Jacó
Frederico
Torlades Pereira, compiladas de 1827 a
1836, e parecem provir de algum escrito do tempo, no dizer de João Lúcio de Aze vedo.
Vi-V.''., -.i'
Secundo estatísticas do Departamento do Comércio, a receita nacional teria ^ aiinpido em 1948 225.000.000.000 de dólares, o que representa aumento de dez ■>r cento em relação ao ano precedente. , , , por O aludido Departamento salienta que a porcentagem das rendas das sociedades
particulares, sob forma de juros de dioiderxdos ou aluguéis, não registrou nenhurn progresso em cotejo com 1947.
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DicESTo Econômico
cia, estava em contradição com os têr-
mos daquele tratado, o que le\-ou muitos a ver em Pombal um adversário, quan
do não um inimigo da Inglaterra. Adver sário e até inimigo, na verdade, dos métodos comerciais britânicos, de sua in
mero acôrdo tarifário, em suma, que acabaria como tema central de prolon gada controvérsia, na cjual não se es creveu ainda a última pala\'ra (7).
(2) — Instrução ao embaixador Mar quês dc ChStcauneuf: "II avait un commcrce
intime
nvcc
le sieur
Methuen,
O curioso é que cerradas críticas ao tratado surgiriam na própria Inglaterra.
Chancçlier d"Iiiande et cnvoyó d'Anglaterre à Lisbonnc. ct Von prctcnd qu'il rnvait servi ulUement pour Ic succés do
filtração nociva ao país em que era mi nistro, de seus prejuízos à gente lusa. Na sua análise do tratado em questão, aliás, Pombal se mostra muito mais obje tivo do que os seus contemporâneos ou
Dez anos após a sua assinatura, afirmava-sc lá que fôra um ato de traição, rea
sa négocialion" — referindo-se ao trata do de aliança, dc 1702, que afastava Por
lizado sem o voto do Parlamento, e que
liona Donnóes aux Ambassadeurs ot Mi
tassem a cabeça. Methuen estava morto,
(3) _ Versão colhida cm Schercr, Mor-
os seus antecessores.
e sôbrc o acôrdo a que dera o nome
cators Letters on Portugal and iía Com-
Êle vô o acordo
firmado por Methuen no grande qua dro de conjunto da vida mercantil da época, refcríndo-o à posição subalterna
de Portugal nesse quadro.
o seu negociador merecia que lhe cor passava a tempestade dos debates. Che gou a constituir-se cm toma de progra mas partidários, na lula política interna:" defendiam-no os torics, atacavam-no os
A grande corrente adversária do Tra
ivhigs. Mais adiante, glorificavam-no os
tado de Methuen, aquela que contra êle
nacionalistas, exaltando a obra de Me
levantou verdadeira onda difamatória —
thuen, enquanto os livrc-cambistas o
que chegou aò nosso tempo e que tem
consideravam nocivo. O papa do divre-
encontrado eco nos comentários mais di
cambísmo, o criador da economia polí
vulgados cm tomo daquele documento — foi a francesa. Era suspeita, na ver-
tajoso para o seu país (8). Deu motivo
dadei uma vez que o acôrdo de 1703 re
a acesos debates, no Parlamento, em 1830 e em 1836, mas encontrou \un de
luta anglo-francesa, e episódio desfavo
cidido defensor em Palmerston (9). Até
rável à França. Quase não há historió-
que, em 1842, chegaria ao têrmo de
assuntos econômicos, na terra de Colbert
seus efeitos.
que não tenha lançado o seu quinhão de amargura contra Methuen e o seu
lusas, como no próprio desenvolvimento
tratado. Estudou-o Scherer para, no confronto da balança comercial anglo-
da revolução mercantil, fornecera ele
lusa, condená-lo com veemência, acoi-
tOs e do oitocentos, e despertara sempre, o por tòda parte, debates ativos, desen contrados, apaixonados e tempestuosos —
mando-o como responsável pela evasão Apreciou-o não menos acrimoníosamente
Noel, inclusive apontando a má-fé bri tânica
uma sorte de fc púnica da épo
velhice, em grande parte, íoram publica das cm livro em 1820.
(8) — "The treaty is indoubtedly advantageous to Portugal, and disadvanta-
geous to Grcat Britain... It has bcen celobratcd. however, as a master piece of the commercial poliçy of England". Em Adam Smith. An inquiry into the nalure and cause oi the wealth of nations. (9) — Ésscs debates podem ser acompa nhados na coleção Hansnrd. Parliamcnta-
ry Debates, 1820-30 ou Parliamenlary De bates. 1831-91. Também nos Specches of the Highl Hon. William Huskisson. Huskisson. a quem Canning chamai-ia "o mais
prático homem dé negócios da Inglater ra", foi parlamentar por mais de um quar to de século e presidente do Board of Trade do 1823 a 1827.
debates que se prolongaram além de sua vigência, e que chegaram ao nosso tempo. NOTAS
mento da revolução mercantil (6). Nes
nos dois citados, mas em outros — possi velmente alicerçou Sombart a sua formal condenação ao acôrdo de Lisboa — um
ofereceu ao rd D. José. Escritas na sua
Em Sombart: Der mcdcrne Kapita-
lismuB.
mentos ao surto capitalista do setecen-
ca moderna, ungindo todo o desenvolvi ses economistas franceses — talvez não
merce. — precioso subsídio para o estudo da expansão mercantil ipglésa e suas re percussões cin Poi"tugal. (4) As idéias econômicas de D. Luís da Cunha estão contidas em documentos reunidos em seu Testamento Político, que
(7) — "Obra-prima de hipócrita trapaça-
ria".
Durara quase século e
meio, tivera papel de relêvo, não só no quadro das relações comerciais anglo-
para a Inglaterra do ouro brasileiro (5).
nistres do Franco, compiladas pelo Vis conde de Calx de Samt-Aymour.
(6) — Noel, Octave: Histoire du Com-
merco du Monde.
tica, Adam Smith, considerou-o desvan-
presentou um episódio, na prolongada grafo, comentador ou memorialisla de
tugal da França. Em Hecuoll des Instruc-
(5) — Scherer: Histoire du Commerc* de Touts les Nations.
(1)'— Tais acusações estão relatadas nas MemóriELS
Históricas, de
Jacó
Frederico
Torlades Pereira, compiladas de 1827 a
1836, e parecem provir de algum escrito do tempo, no dizer de João Lúcio de Aze vedo.
Vi-V.''., -.i'
Secundo estatísticas do Departamento do Comércio, a receita nacional teria ^ aiinpido em 1948 225.000.000.000 de dólares, o que representa aumento de dez ■>r cento em relação ao ano precedente. , , , por O aludido Departamento salienta que a porcentagem das rendas das sociedades
particulares, sob forma de juros de dioiderxdos ou aluguéis, não registrou nenhurn progresso em cotejo com 1947.
91
Dicesto Econômico
do uma evolução lne\itável — através
de um Congresso que, em 1640, durou
"Formação Histórica do Brasil"
no Recife de Nassau menos dias do que o afro-brasileiro c o do motim municipal de Bernardo Vieira de Mello...
Luís Delgaix>
O sr.
Caio Prado ve conclusões bolcheviques
Quando comecei a ler história do
Êssc manual dc história a que êle
Brasil, o livro escolar de João Ri-
chamou Formação Histórica do Brasil
befro já andava em grandes edições. Foi nêle que estudei.
!
r
Meu primeiro
merece uma carinhosa atenção.
contacto com a crônica da terra verifi
Infelizmente, eii discordo, um pouco, do título. Nasce dele a impressão de
cou-se, portanto, através de uma obra
que SC vai ler uma interpretação crítica:
que fora saudada — segundo ouvi dizer, depois — como uma total renovação. João Ribeiro esquematízava, classificava —ca história do Brasil aparecia como
vai-se estudar quais os fatôres que se
uma cousa que era possível entenderse.
Depois de João Ribeiro, uma histó
desenvolveram nos fatos o a qualidade c a importância dc uns e dc outros. E acontece que o livro 6, realmente, uma
descrição de fatos, um arrolamenlo his tórico, certamente não resumido a um primeiro plano superficial de nomes e
ria do Brasil escrita dentro dêsses mol
datas, mas em que a história, a narra
des já não é em si mesma uma novi
ção é que tem a parte maior.
dade.
trata do crítica histórica, mas de uma
E curioso, no entanto, como cada ho
Não se
história feita com alta inte'igência.
mem pode ver sob novas luzes o mesmo drama, descobrindo sistemas inéditos e
permite mesmo outra natureza.
ligações imprevistas por entre os fatos
geras fôra convidado, em 1929, para dar
já longas vêzes repetidos e repisados. A complexidade da vida humana deixa a
impressão de um romance que, em lugar de um enredo ou de uma porção de enredos fragmentários, tivesse uma in
A finalidade dos estudos não lliè Caló
uma notícia do Brasil a estudantes nor te-americanos que visitavam a nossa
Escola de Altos Estudos. Para essa fi
nalidade, afinal de contas precária, êle escreveu conferências, lições que consti
finidade de enredos totais, cada um se
tuem a Formação Histórica.
guindo da primeira página à última,
pessoal é que pôde mesmo transformar,
i
envolvendo todos os personagens, sendo
a tarefa num livro definitivo, dentro áe'
I
muito justo e muito certo, parecendo o iinico enrêdo possível. A questão é co meçar por êste fato, por aquele personagem... De qualquer ponto de partida,
j faz-se a volta inteira do mundo. E vê-se um mundo ainda não visto.
I
Não é preciso dizer, como Pandiá
I
Calógeras, com aquela elevação intelec tual e moral de que jamais decaiu, que intentando fazer essa mesma viagem, não
se limitaria a ser um guia mas um de.scí>bridor.
Seu valor
um assunto que, com intenções mais
amplas, haviam outras tantas vêzes tra tado.
O livro é uma síntese, e nós sabemos como as sínteses da história brasileira
devem ser recebidas com desconfiança, numa época em que os partidos políti cos procuram teimosamente justificar seus pontos de vista, indicando-os como
conclusões normais, fatais, de nossa vida.
Justamente como as primeiras gerações republicanas viam na República o têrmo
na nossa (na sua...) evolução política e o sr. Hélio Viana parece que vê con
clusões integralistas.
E, não sei por
que motivos, sempre é mais fácil extraí rem-se essas conclusões de sínteses curtas
do que de análises cuidadosas,.. Quanto às conclusões, o livro de Pan diá Calógeras parece-me modesto de mais. A dupla conclusão que o autor
A segunda, porém, é tênue. O fato existe, mas processando-se apenas nas rodas da direção política e nas altas ca madas culturais. Em regra, o continente é ainda desconhecido. Excetue-Se unra
certa admiração popular pelo desenvol vimento material dos Estados Unidos, e tudo mais é indiferença. Abre-se, de
fato, caminho para alguma cousa melhor e não caem no vácuo os esforços de al
guns diretores intelectuais como o pró prio Pandiá Calógeras, mas essa aproxi mação continental é, por ora, menos uma conclusão nacional do que uma
construção política. Vale
vé na história nacional é a unidade do pais e a sua
aproximação
pena
também
que toma o século XIX. Enquanto só três capítulos
continental.
São estas, a seu ver,
a
acentuar no livro o relevo
as
tendências permanentes de
se consagram à Colônia,
nossa formação histórica .
independente. Ficaria o fa to um pouco estranho para um livro que trata precisa
treze são dedicados ao país
E realmente não se pode deixar de ver que construí mos uma unidade numa re
mente da nossa formação,
gião em que tudo parecia
se uma curta frase do pre
forçar tipos locais de cul tura, de organização e de
fácio não explicasse o mo
tivo: Ca<16g|eras desejaria fazê-lo uma espécie de se
vida, é vamos — pouco a
pouco — formando uma
gundo volume da história
viva solidariedade entre os
de Capistrano. Capistrano
grupos humanos do Con tinente.
A primeira dessas conclusões é ampla demais. Creio que, considerada nas conferências desHnadas a urna gente que nunca mais nos veria, ela fôsse satisfa tória. Nós outros, porém, que vivemos
envolvidos pelo Brasil a tôdas as horas e conhecemos as vicissitudes daquele ideal como que nos perdemos dentro da conclusão proposta. Dentro dela, permanece intacto um universo de acon tecimentos e d® idéias, de tendências
políticas, de fatos econômicos, de con ceitos de vida.
escrevera os Capítulos da
História Colonial, revivendo o Brasil dos
três primeiros séculos. Calógeras deve ter querido continuar o trabalho do seu grande amigo, complet^y o estudo de nossa evolução, retomando-o a partir da
quele ano de 1800. em que Capistrano
o havia deixado. E esta preferencia in dividual veio acrescentar-se àquela que nasceria obrigatòriamente da importân-
cia que teve em nossa vida o século pas sado - século da independência e da constituição.
, ,
,
No entanto, o Uvro nao é, nao pode-
91
Dicesto Econômico
do uma evolução lne\itável — através
de um Congresso que, em 1640, durou
"Formação Histórica do Brasil"
no Recife de Nassau menos dias do que o afro-brasileiro c o do motim municipal de Bernardo Vieira de Mello...
Luís Delgaix>
O sr.
Caio Prado ve conclusões bolcheviques
Quando comecei a ler história do
Êssc manual dc história a que êle
Brasil, o livro escolar de João Ri-
chamou Formação Histórica do Brasil
befro já andava em grandes edições. Foi nêle que estudei.
!
r
Meu primeiro
merece uma carinhosa atenção.
contacto com a crônica da terra verifi
Infelizmente, eii discordo, um pouco, do título. Nasce dele a impressão de
cou-se, portanto, através de uma obra
que SC vai ler uma interpretação crítica:
que fora saudada — segundo ouvi dizer, depois — como uma total renovação. João Ribeiro esquematízava, classificava —ca história do Brasil aparecia como
vai-se estudar quais os fatôres que se
uma cousa que era possível entenderse.
Depois de João Ribeiro, uma histó
desenvolveram nos fatos o a qualidade c a importância dc uns e dc outros. E acontece que o livro 6, realmente, uma
descrição de fatos, um arrolamenlo his tórico, certamente não resumido a um primeiro plano superficial de nomes e
ria do Brasil escrita dentro dêsses mol
datas, mas em que a história, a narra
des já não é em si mesma uma novi
ção é que tem a parte maior.
dade.
trata do crítica histórica, mas de uma
E curioso, no entanto, como cada ho
Não se
história feita com alta inte'igência.
mem pode ver sob novas luzes o mesmo drama, descobrindo sistemas inéditos e
permite mesmo outra natureza.
ligações imprevistas por entre os fatos
geras fôra convidado, em 1929, para dar
já longas vêzes repetidos e repisados. A complexidade da vida humana deixa a
impressão de um romance que, em lugar de um enredo ou de uma porção de enredos fragmentários, tivesse uma in
A finalidade dos estudos não lliè Caló
uma notícia do Brasil a estudantes nor te-americanos que visitavam a nossa
Escola de Altos Estudos. Para essa fi
nalidade, afinal de contas precária, êle escreveu conferências, lições que consti
finidade de enredos totais, cada um se
tuem a Formação Histórica.
guindo da primeira página à última,
pessoal é que pôde mesmo transformar,
i
envolvendo todos os personagens, sendo
a tarefa num livro definitivo, dentro áe'
I
muito justo e muito certo, parecendo o iinico enrêdo possível. A questão é co meçar por êste fato, por aquele personagem... De qualquer ponto de partida,
j faz-se a volta inteira do mundo. E vê-se um mundo ainda não visto.
I
Não é preciso dizer, como Pandiá
I
Calógeras, com aquela elevação intelec tual e moral de que jamais decaiu, que intentando fazer essa mesma viagem, não
se limitaria a ser um guia mas um de.scí>bridor.
Seu valor
um assunto que, com intenções mais
amplas, haviam outras tantas vêzes tra tado.
O livro é uma síntese, e nós sabemos como as sínteses da história brasileira
devem ser recebidas com desconfiança, numa época em que os partidos políti cos procuram teimosamente justificar seus pontos de vista, indicando-os como
conclusões normais, fatais, de nossa vida.
Justamente como as primeiras gerações republicanas viam na República o têrmo
na nossa (na sua...) evolução política e o sr. Hélio Viana parece que vê con
clusões integralistas.
E, não sei por
que motivos, sempre é mais fácil extraí rem-se essas conclusões de sínteses curtas
do que de análises cuidadosas,.. Quanto às conclusões, o livro de Pan diá Calógeras parece-me modesto de mais. A dupla conclusão que o autor
A segunda, porém, é tênue. O fato existe, mas processando-se apenas nas rodas da direção política e nas altas ca madas culturais. Em regra, o continente é ainda desconhecido. Excetue-Se unra
certa admiração popular pelo desenvol vimento material dos Estados Unidos, e tudo mais é indiferença. Abre-se, de
fato, caminho para alguma cousa melhor e não caem no vácuo os esforços de al
guns diretores intelectuais como o pró prio Pandiá Calógeras, mas essa aproxi mação continental é, por ora, menos uma conclusão nacional do que uma
construção política. Vale
vé na história nacional é a unidade do pais e a sua
aproximação
pena
também
que toma o século XIX. Enquanto só três capítulos
continental.
São estas, a seu ver,
a
acentuar no livro o relevo
as
tendências permanentes de
se consagram à Colônia,
nossa formação histórica .
independente. Ficaria o fa to um pouco estranho para um livro que trata precisa
treze são dedicados ao país
E realmente não se pode deixar de ver que construí mos uma unidade numa re
mente da nossa formação,
gião em que tudo parecia
se uma curta frase do pre
forçar tipos locais de cul tura, de organização e de
fácio não explicasse o mo
tivo: Ca<16g|eras desejaria fazê-lo uma espécie de se
vida, é vamos — pouco a
pouco — formando uma
gundo volume da história
viva solidariedade entre os
de Capistrano. Capistrano
grupos humanos do Con tinente.
A primeira dessas conclusões é ampla demais. Creio que, considerada nas conferências desHnadas a urna gente que nunca mais nos veria, ela fôsse satisfa tória. Nós outros, porém, que vivemos
envolvidos pelo Brasil a tôdas as horas e conhecemos as vicissitudes daquele ideal como que nos perdemos dentro da conclusão proposta. Dentro dela, permanece intacto um universo de acon tecimentos e d® idéias, de tendências
políticas, de fatos econômicos, de con ceitos de vida.
escrevera os Capítulos da
História Colonial, revivendo o Brasil dos
três primeiros séculos. Calógeras deve ter querido continuar o trabalho do seu grande amigo, complet^y o estudo de nossa evolução, retomando-o a partir da
quele ano de 1800. em que Capistrano
o havia deixado. E esta preferencia in dividual veio acrescentar-se àquela que nasceria obrigatòriamente da importân-
cia que teve em nossa vida o século pas sado - século da independência e da constituição.
, ,
,
No entanto, o Uvro nao é, nao pode-
92
Dicksto
Econômico
ria ser nunca, uma continuação do livro
elemento dcnunciador característico: ao
de Capistrano. A grandeza de cada um é uma grandeza própria. Entre si, êles estão tão separados quanto o tempera
passo que os nossos historiadores param,• cm regra, no começo da República, ale gando ser "história de ontem", e "esta rem vivas as paixões", Calógeras, escre vendo cm 1929, hi.storia até os fatos
mento e a feição intelectual dos dois autores.
Não importam as ligações pessoais que
de 1926. É uma bela demonstração de
êles mantinham, aquê'e nobre afeto que os ligava. O sr. Gontíjo de Carvalho, por exemplo, no seu Uvto sôbre Calógeras — obra de justiça a um grande ho
coragem intelectual e serve também para indicar um temperamento. Não se pense, todavia, que aceitava a grosseria indispensável a essa convivên
procedido cm suas duas obras monumen minas do Brasil.
A primeira característica deste livro, como obra pessoal, é êssc alargamento
da guerra inteiramente vencida e con
universal da história brasileim.
Os conflitos cm que nos envolvemos,
por causa de TordesiMias, com a Holan da, no Prata, com Portugal etc., consti tuem um ponto de prova para os nossos historiadores, inconscientemente desejan
digna, portanto, de todos os aplausos — conta como a lembrança do ateísmo de
nha seus refúíTios. É admirável a inven
Capistrano preocupava Calógeras, en-
tiva dos delicados, esses delicados que,
^ quanto sofria o doloroso processo da
para o velho Lafontaine, são infelizes:
um problema curiosíssimo. Só se fala
H conversão. Mesmo nesta hora em que o homem se abala em seus mais recônditos
amando os homens c não compactuando com êles, criam desvios que os afastam do grande número e ficam, no silêncio, a pensar em todos, a preocupar-se com a
havia dominado durante sessenta anos, e
'
fundamentos, Calógeras não largava de pensamento a Capistrano. Essa circuns
tância indica a amizade que tinham. Mas, nem a mais íntima amizade pode
salvação de todos, a sacrificar-se e a
fazer com que se completem os homens
e Calógeras não fugiram à regra. Mas,
que o temperamento separa.
enquanto Capistrano ia reviver a histó
Calógeras era um espírito incomparàvelmente mais universal que o seu ami
go. Capistrano reco!hera-se à história do Brasil como àquela sua rêde cearense
em que os amigos o iam encontrar e Onde estudava incansàvelmente, revol
vendo a gestação da nacionalidade es
sofrer, talvez, por todos...
Capistrano
ria esquecida do Brasil humilde dos tro peiros do São Francisco, não dando
uma palavra a Tiradentes coberto de glórias, Calógeras agia sôbre ó Brasil atual, alargava a sua história através do mundo, reclamava, portanto, no tempo e no espaço, o convívio de todos os
do entender o mundo cm função da his
tória do Brasil. Em Pernambuco, a guer ra holandesa e a atitude da metrópole são
contra a qual ele, por fim, se revoltara. Viesse uma nova guerra com a Plolanda e não era só Pernambuco que desapa receria: era Portugal de novo, também. Em tal situação, não há país que se
sacrifique por amor à co.ônia: não se compreende a Alemanha, em 1918, arris cando-se a perder a independência por
De 1640 a 1661, da restauração portu
cair, neste livro de que estou tratando, uma pequena frase significativa de sua alma: — "perdoar, antes de tudo". Dada essa diversidade de índoles, o
a Espanha conHnuava. Mas, feita a paz
se dos vivos, eaquanto que em Calóge ras- a vocação da atividade criava até
eerto ponto um homem do ar Kvre, dos ^bientes abertos.
Era um homem de parlamentos, de
seu livro não continua o de Capistrano,
senão na seqüência cronológica, na ho nestidade dos intuitos e na grandeza da compreensão.
congressos, de oficinas — nascido para o
Calógeras não poderia fazer uma sín
convívio de outros homens. A Formação
tese de nossa liistória, sem que nela re
^iistÓTica do Brasil oferece mesmo um
percutisse o longo trabalho de análise
detalhes ,cin que não forem atendidas cortas exigências de ordem moral. Fazer
a paz com a Holanda, resgatar Pernam buco a dinheiro quando tòdas as outras
que não poderia ter sido inellror. Êste 6 um exemplo de como o livro do Pandiá Calógeras articula com o mun do a vida brasileira, tomando-a incom-
paràvelmente mais compreensível e mais clara. Não me resta espaço para mostrar
outros e.xemplos, como o referente à es cravidão negra às voltas com a Ingla
compêndio sumário de acontecimentos
Se vê — uma tendência para o reco
lhimento, o esquecimento. Era um ho-
ainda que discorde dela. quanto a alguns
terra.
como se a olhasse do sol.
Wem que procurava fechar-se, esconder-
Digam o que quiserem ós adversários, mas eu vejo nisto uma grande política —
Portugal fez o que pôde, fôz talvez mais do que era razoável esperar dêle.
ser mais
E deixou
as pretensões^ portuguesas. Vinha con firmada a conquista do Amazonas".
amor à África Oriental ou ao Kamerum.
plantava algodão. Era sempre — como
Olhava a humanidade
fessava a derrota pela aceitação de todas
esperanças estavam perdidas, concentrar forças contra a Espanha, firmar a inde o pobre do Portugal estava, por aquele, pendência própria, anc.xar todo o Vale tempo, em lula com a Espanha, que o do Amazonas - é um resultado histórico
guesa até o tratado de paz, negociou, negaceou, tergiversou, ganhou tempo — digamos a palavra franca: iludiu os ho landeses até quando eles nao suportaram
visto.
166S,'diz Calógeras: "a Espanha saía
na colônia abandonada. Esquece-se que
quecida naquela gente que p.ovoava a zona do São Francisco, criava gado,
homens, mas alteava-se a ponto de não
holandesa,^ pago o resgate do Brasil, teve Portugal maiores elementos a jogar contra a Espanha e, feita a nova paz, era
tais sôbre a pü'ítica exterior e sôbre as
cia aberta. - Sua delicadeza superior — irmã_^da delicadeza de Capistrano — ti
mem para quem temos sido injustos,
93
DicESTO Econômico
mais. Durante êsse tempo, a guerra com
Desse livro, que o autor considera um
complicadissimos, a história do Brasil sai
banhada de uma luz que lhe permite re levos novos, brilhos novos. Sob muitos
aspectos, descobre-se o BrasÜ através da inteligência e do coração desse ho mem excepcional que foi Joao de Pandiá Calógeras.
92
Dicksto
Econômico
ria ser nunca, uma continuação do livro
elemento dcnunciador característico: ao
de Capistrano. A grandeza de cada um é uma grandeza própria. Entre si, êles estão tão separados quanto o tempera
passo que os nossos historiadores param,• cm regra, no começo da República, ale gando ser "história de ontem", e "esta rem vivas as paixões", Calógeras, escre vendo cm 1929, hi.storia até os fatos
mento e a feição intelectual dos dois autores.
Não importam as ligações pessoais que
de 1926. É uma bela demonstração de
êles mantinham, aquê'e nobre afeto que os ligava. O sr. Gontíjo de Carvalho, por exemplo, no seu Uvto sôbre Calógeras — obra de justiça a um grande ho
coragem intelectual e serve também para indicar um temperamento. Não se pense, todavia, que aceitava a grosseria indispensável a essa convivên
procedido cm suas duas obras monumen minas do Brasil.
A primeira característica deste livro, como obra pessoal, é êssc alargamento
da guerra inteiramente vencida e con
universal da história brasileim.
Os conflitos cm que nos envolvemos,
por causa de TordesiMias, com a Holan da, no Prata, com Portugal etc., consti tuem um ponto de prova para os nossos historiadores, inconscientemente desejan
digna, portanto, de todos os aplausos — conta como a lembrança do ateísmo de
nha seus refúíTios. É admirável a inven
Capistrano preocupava Calógeras, en-
tiva dos delicados, esses delicados que,
^ quanto sofria o doloroso processo da
para o velho Lafontaine, são infelizes:
um problema curiosíssimo. Só se fala
H conversão. Mesmo nesta hora em que o homem se abala em seus mais recônditos
amando os homens c não compactuando com êles, criam desvios que os afastam do grande número e ficam, no silêncio, a pensar em todos, a preocupar-se com a
havia dominado durante sessenta anos, e
'
fundamentos, Calógeras não largava de pensamento a Capistrano. Essa circuns
tância indica a amizade que tinham. Mas, nem a mais íntima amizade pode
salvação de todos, a sacrificar-se e a
fazer com que se completem os homens
e Calógeras não fugiram à regra. Mas,
que o temperamento separa.
enquanto Capistrano ia reviver a histó
Calógeras era um espírito incomparàvelmente mais universal que o seu ami
go. Capistrano reco!hera-se à história do Brasil como àquela sua rêde cearense
em que os amigos o iam encontrar e Onde estudava incansàvelmente, revol
vendo a gestação da nacionalidade es
sofrer, talvez, por todos...
Capistrano
ria esquecida do Brasil humilde dos tro peiros do São Francisco, não dando
uma palavra a Tiradentes coberto de glórias, Calógeras agia sôbre ó Brasil atual, alargava a sua história através do mundo, reclamava, portanto, no tempo e no espaço, o convívio de todos os
do entender o mundo cm função da his
tória do Brasil. Em Pernambuco, a guer ra holandesa e a atitude da metrópole são
contra a qual ele, por fim, se revoltara. Viesse uma nova guerra com a Plolanda e não era só Pernambuco que desapa receria: era Portugal de novo, também. Em tal situação, não há país que se
sacrifique por amor à co.ônia: não se compreende a Alemanha, em 1918, arris cando-se a perder a independência por
De 1640 a 1661, da restauração portu
cair, neste livro de que estou tratando, uma pequena frase significativa de sua alma: — "perdoar, antes de tudo". Dada essa diversidade de índoles, o
a Espanha conHnuava. Mas, feita a paz
se dos vivos, eaquanto que em Calóge ras- a vocação da atividade criava até
eerto ponto um homem do ar Kvre, dos ^bientes abertos.
Era um homem de parlamentos, de
seu livro não continua o de Capistrano,
senão na seqüência cronológica, na ho nestidade dos intuitos e na grandeza da compreensão.
congressos, de oficinas — nascido para o
Calógeras não poderia fazer uma sín
convívio de outros homens. A Formação
tese de nossa liistória, sem que nela re
^iistÓTica do Brasil oferece mesmo um
percutisse o longo trabalho de análise
detalhes ,cin que não forem atendidas cortas exigências de ordem moral. Fazer
a paz com a Holanda, resgatar Pernam buco a dinheiro quando tòdas as outras
que não poderia ter sido inellror. Êste 6 um exemplo de como o livro do Pandiá Calógeras articula com o mun do a vida brasileira, tomando-a incom-
paràvelmente mais compreensível e mais clara. Não me resta espaço para mostrar
outros e.xemplos, como o referente à es cravidão negra às voltas com a Ingla
compêndio sumário de acontecimentos
Se vê — uma tendência para o reco
lhimento, o esquecimento. Era um ho-
ainda que discorde dela. quanto a alguns
terra.
como se a olhasse do sol.
Wem que procurava fechar-se, esconder-
Digam o que quiserem ós adversários, mas eu vejo nisto uma grande política —
Portugal fez o que pôde, fôz talvez mais do que era razoável esperar dêle.
ser mais
E deixou
as pretensões^ portuguesas. Vinha con firmada a conquista do Amazonas".
amor à África Oriental ou ao Kamerum.
plantava algodão. Era sempre — como
Olhava a humanidade
fessava a derrota pela aceitação de todas
esperanças estavam perdidas, concentrar forças contra a Espanha, firmar a inde o pobre do Portugal estava, por aquele, pendência própria, anc.xar todo o Vale tempo, em lula com a Espanha, que o do Amazonas - é um resultado histórico
guesa até o tratado de paz, negociou, negaceou, tergiversou, ganhou tempo — digamos a palavra franca: iludiu os ho landeses até quando eles nao suportaram
visto.
166S,'diz Calógeras: "a Espanha saía
na colônia abandonada. Esquece-se que
quecida naquela gente que p.ovoava a zona do São Francisco, criava gado,
homens, mas alteava-se a ponto de não
holandesa,^ pago o resgate do Brasil, teve Portugal maiores elementos a jogar contra a Espanha e, feita a nova paz, era
tais sôbre a pü'ítica exterior e sôbre as
cia aberta. - Sua delicadeza superior — irmã_^da delicadeza de Capistrano — ti
mem para quem temos sido injustos,
93
DicESTO Econômico
mais. Durante êsse tempo, a guerra com
Desse livro, que o autor considera um
complicadissimos, a história do Brasil sai
banhada de uma luz que lhe permite re levos novos, brilhos novos. Sob muitos
aspectos, descobre-se o BrasÜ através da inteligência e do coração desse ho mem excepcional que foi Joao de Pandiá Calógeras.
DiGESTo Econômico
o cobre falso na Bahia Otávio TAnguíxio de Sousa
cobre falso, que foi urua das mazelas dos primeiros anos do Brasil imperial, em
t
O
conde de Camnmu, não se
nenhuma província assumiu
gindo sôbre o assunto repe
cansou de pedir providencias ao govérno do Império, diri
tamanha gravidade como na
rano c seus ministros.
aaaa,"
Plena
mente convencido da vergo
go\'émo pro\-isório de Ca choeira para atender às neces
para fácil enriquecimento. A partir de 1823, vários presidentes da província se empenharam em remediar a situação, sem o menor resu'tado. O cobre falso
transformou-se por assim dizer em moeda
de curso legal, recebido e pago pelo comércio, pela generalidade dos cida
obstou à circulação desta moeda; aiifcs
sua sanção, conlmuaiido a lecebeda c a ^ Quando S. Excia. o Marquês dc tinha chegado..,nr,i{e.stara ao mais espantoso auge. S. os maiores deseios fc .8 limitara a dar
Salvador, teve Gordilho de Barbuda en sejo de com ele conversar sobre os meios
mandando qoe nenhuma moeda de coh.c
panhada de vanhada dJ uma unm.ma guia assinada peh provinha e mandando estacionar
de acabar com o cobre falso, pedindolhe mesmo que obtivesse a opinião dos
Urreidar óSís..": tddasas Umca^ e
negociantes britânicos ali residentes. Não
se negaram ê.stcs a dar-lha, numa repre
o enfrentou mais corajosamente do que José Egídio Gordi^ho de Barbuda, quan
castelo d'Eu, hoje transferido para o Museu de Petrópolis. E' êste documen to inédito, de apreciável importância
Gordilho, amigo devotado de Pedro I, e de quem recebeu o título de Vis
. roninírio o Governo a revestiu da
JicSou a esta Trovíncia, o mal de o
^ suprimir.
convencido da sua tião se achava, v
Amigo pessoal do cônsul inglês em
sentação minuciosa, que Gordilho enca
do do comando das armas na província
Co,?í„rfo, aada se
cunhado por ordem do Governo P
em 1829, aos mocdeiros falsos.
dãos e até pelas próprias repartições do Governo. Se o depois Marquês de Queluz procurou obstar o mal, ninguém
passou para a presidência desta.
o...
'íÍ.X ma!e cscaudaloso.
çãa de cdrias
nha que o ca.so encerrava, deu combate franco aos "in-
sidades da luta contra os antigos domi . fames fabricantes", como os chamou em nadores portugueses, degenerou rapida missiva ao Imperador, havendo por isso mente em indústria criminosa que a mesmo qüem atribua o seu assassínio, gente menos honesta forneceu recurso
o
<?c aceitasse na Casa da Fazenda. cm maiores porções, não No dccur.so de pouco ictnpo esta se emjrra(Im-ando por consegutnle subsistir o mciior duvida ae q y
tidas cartas e ofícios ao sobe
Bahia. Tendo origem na moe da de guerra, cunhada pelo
OefUuos. ^
esta moeda haela .«rfn çuahada ™ rcpaenou rcccbê-la em nnra suprir as ncces.\tdadcs da guato. O / ' Vimio Vresicfcntc, mandou que vagamente até que o limo. Snr. Francisco Viccmie \ tona, t resta ,
minhou a Pedro I e se achava guarda
da no arquivo da família imperial, no
'ddade sem ser acom-
de donde a nmsma
tméocLra líos dos principais rUisj/ÊÍ rias.
^ _7rá,.>porte <Ifl moeda de^M
í. ndo ...o fdssc acom-^W -o„,. embaraço tompordrioao^^r,o, .
ZZilZaftorZns-na Talha ocasionadas Pf iaJlé vender farinha a ^ ecebeZ tôTa moeda^ue etntao xpedir ordei^^^e ^^^Z:TZ:ur ^ '■'^oifo para J ^^oeda falsa, mandando já retirar as canhoneiras, e p
para a história financeira e social do
Brasil, que se publica em seguida:
"limo. 8 Exmo.
Sr. José Egídio Gordilho de Barbuda Digníssimo Presidente da Província da Bahia
Os negociantes ingUses tendo recebido por via do Cônsul de S. M. B. a comunicação em que V. Excia. expressa o desejo de possuir o ■parecer dos mesmos iôbre as medidas mais eficazes que o Govêrno poderia adotar para suprimir a
'"''"Z ZZVtZa cireunstêncla foi notória e conhecida *Z'aZaffní um cobic ainda mais òil do que até então tinha ^Zêrno, coniinuondo ZZ:ZTloZZTre%elêTeZuZZ 'paff""^n,o. come havia anteriormente ' PTOÍfcS<!02'fXcrV°NLfC«l<r<>u, esta praça se achava nas críticas rirc ?zt aue Zabames de expor, e alguns indivíduos fã receosos das oonse7m qZ ZZium resultar «/«gnaram recebê-lo. Representações a este fm
moeda de cobre falso, êles tomam a liberdade de submeter a V. Excia. as seguin tes observações:
Em primeiro lugar êlesJulgam dever representar a V. Excia., de uma
neira concisa, a origem do cobre falso.
ma-
ák
.-y,<gér*"'
DiGESTo Econômico
o cobre falso na Bahia Otávio TAnguíxio de Sousa
cobre falso, que foi urua das mazelas dos primeiros anos do Brasil imperial, em
t
O
conde de Camnmu, não se
nenhuma província assumiu
gindo sôbre o assunto repe
cansou de pedir providencias ao govérno do Império, diri
tamanha gravidade como na
rano c seus ministros.
aaaa,"
Plena
mente convencido da vergo
go\'émo pro\-isório de Ca choeira para atender às neces
para fácil enriquecimento. A partir de 1823, vários presidentes da província se empenharam em remediar a situação, sem o menor resu'tado. O cobre falso
transformou-se por assim dizer em moeda
de curso legal, recebido e pago pelo comércio, pela generalidade dos cida
obstou à circulação desta moeda; aiifcs
sua sanção, conlmuaiido a lecebeda c a ^ Quando S. Excia. o Marquês dc tinha chegado..,nr,i{e.stara ao mais espantoso auge. S. os maiores deseios fc .8 limitara a dar
Salvador, teve Gordilho de Barbuda en sejo de com ele conversar sobre os meios
mandando qoe nenhuma moeda de coh.c
panhada de vanhada dJ uma unm.ma guia assinada peh provinha e mandando estacionar
de acabar com o cobre falso, pedindolhe mesmo que obtivesse a opinião dos
Urreidar óSís..": tddasas Umca^ e
negociantes britânicos ali residentes. Não
se negaram ê.stcs a dar-lha, numa repre
o enfrentou mais corajosamente do que José Egídio Gordi^ho de Barbuda, quan
castelo d'Eu, hoje transferido para o Museu de Petrópolis. E' êste documen to inédito, de apreciável importância
Gordilho, amigo devotado de Pedro I, e de quem recebeu o título de Vis
. roninírio o Governo a revestiu da
JicSou a esta Trovíncia, o mal de o
^ suprimir.
convencido da sua tião se achava, v
Amigo pessoal do cônsul inglês em
sentação minuciosa, que Gordilho enca
do do comando das armas na província
Co,?í„rfo, aada se
cunhado por ordem do Governo P
em 1829, aos mocdeiros falsos.
dãos e até pelas próprias repartições do Governo. Se o depois Marquês de Queluz procurou obstar o mal, ninguém
passou para a presidência desta.
o...
'íÍ.X ma!e cscaudaloso.
çãa de cdrias
nha que o ca.so encerrava, deu combate franco aos "in-
sidades da luta contra os antigos domi . fames fabricantes", como os chamou em nadores portugueses, degenerou rapida missiva ao Imperador, havendo por isso mente em indústria criminosa que a mesmo qüem atribua o seu assassínio, gente menos honesta forneceu recurso
o
<?c aceitasse na Casa da Fazenda. cm maiores porções, não No dccur.so de pouco ictnpo esta se emjrra(Im-ando por consegutnle subsistir o mciior duvida ae q y
tidas cartas e ofícios ao sobe
Bahia. Tendo origem na moe da de guerra, cunhada pelo
OefUuos. ^
esta moeda haela .«rfn çuahada ™ rcpaenou rcccbê-la em nnra suprir as ncces.\tdadcs da guato. O / ' Vimio Vresicfcntc, mandou que vagamente até que o limo. Snr. Francisco Viccmie \ tona, t resta ,
minhou a Pedro I e se achava guarda
da no arquivo da família imperial, no
'ddade sem ser acom-
de donde a nmsma
tméocLra líos dos principais rUisj/ÊÍ rias.
^ _7rá,.>porte <Ifl moeda de^M
í. ndo ...o fdssc acom-^W -o„,. embaraço tompordrioao^^r,o, .
ZZilZaftorZns-na Talha ocasionadas Pf iaJlé vender farinha a ^ ecebeZ tôTa moeda^ue etntao xpedir ordei^^^e ^^^Z:TZ:ur ^ '■'^oifo para J ^^oeda falsa, mandando já retirar as canhoneiras, e p
para a história financeira e social do
Brasil, que se publica em seguida:
"limo. 8 Exmo.
Sr. José Egídio Gordilho de Barbuda Digníssimo Presidente da Província da Bahia
Os negociantes ingUses tendo recebido por via do Cônsul de S. M. B. a comunicação em que V. Excia. expressa o desejo de possuir o ■parecer dos mesmos iôbre as medidas mais eficazes que o Govêrno poderia adotar para suprimir a
'"''"Z ZZVtZa cireunstêncla foi notória e conhecida *Z'aZaffní um cobic ainda mais òil do que até então tinha ^Zêrno, coniinuondo ZZ:ZTloZZTre%elêTeZuZZ 'paff""^n,o. come havia anteriormente ' PTOÍfcS<!02'fXcrV°NLfC«l<r<>u, esta praça se achava nas críticas rirc ?zt aue Zabames de expor, e alguns indivíduos fã receosos das oonse7m qZ ZZium resultar «/«gnaram recebê-lo. Representações a este fm
moeda de cobre falso, êles tomam a liberdade de submeter a V. Excia. as seguin tes observações:
Em primeiro lugar êlesJulgam dever representar a V. Excia., de uma
neira concisa, a origem do cobre falso.
ma-
ák
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93
Digesto Eco^'ó^^co
^^ndml exãZ pn.'^' S"»"- V,^-Pre«Jcníc Manoel Inácio da Cunha, o qual helecirnen^riZií ' ^ridmduos em qucMão e cnlre cias uma a um esta-
ceberVcobri fnl em circulação) ^^pre^ndia conduta dos mesmos {cm rcpugnar re^ o coore jalso •comoaintempestiva. '^
pre~nosatéTLÍTrjJllT em sepuimenf -^1 ^u 7 O cobrp\"frT7
Pgura como outr^7
^ 3^
10 C 12-
K tem QuebríinY7 t
progresso da moeda T",®^ origem edesta Frovíncia, cummoeda corrente. vogemento consiste de cobro falso.
1í
'^^^^PorecUlo da circulação, c'apenas agora
mercadoria, estando já por uni prêmio do
da mesma maneira não se alcança cOm menos de 30 C
«o ^elor do dinheiro, motivada pela moeda falsa
97
Digesto Econômico
depreciação, perderá afinal (e isto antes de pouco tempo) de todo, o conceito público, e aquúlcs que tiverem o infortúnio de o possuir apenas "possuirão um montão sem valor que lhes patenteará a sua ruína. Esta circutustância envolveria muita calamidade individual, e abriria a vorta
ò anarquia e confusão, cujas conseqüências, a não terem uma tendência si/oocr-
(iva do sistema que felizmente agora nos tege, envolveriam prov^ehnente o Covârno em maiores despesas para acomodar ús desordens, do que mé seria ne cessário para recolher o cobre falso.
negociantes ingleses têm o pesar de não estarem ao alcance de fornec^ a V. Excia. uma estimativa e.xata da quantidade de cobre falso em circulação, mas seja qual fôr a sua importância, ela é menor agora do aue seria em futuro, e
esta simples reflc.xão indica a urgente necessidade de proceder com a diligência e
ciividadc possível em preparar o remédio. Os meios que os negociantes inglêses têm a propor a V. Excia. são os seguintes ■.
^
.. .
,
,
' Ouo o Govêrno do Rio de Janeiro transmita, com a brevidade possível,
Estac -f =ínnn ^
i r- i
sstao agora experimentando,
e isto quando pó
, flo câmbio de Al e coLJuintTrnZfTo f R? 7.801Ç419.
mérciof^apZtt' cobre falso e preferindo em geral deixar o alternativa de receberem em paeainentn
cio Govãrno R$ 33.3335333.
remessa,se havia feito
pequena transação do
inteiramente paralisado o co^ rnuUos nem mesmo a
mercadouas, temendo-se do ^ cobrança das suas dív0a^
vai diminuindo consideràvelmente e o re> moeda. o comércio rendas do Estado. ' ^^tmltado influirá sensivelmente sôbre as
preço e imo ,ro,
publicas em breve será mui inadequado ao seiFsustentZ' Os enormes lucros dos fabricantes dn
^ empregados j,
tirna influência mui perniciosa sôbre a pública moral Interêss^^Z^i de produzir semelhante facilidade trazem consigo a depravação de costumes
tmulo cnpidcz edeaosmuitos outroe,são quelevados em vezpela de encaminharem a Zfa 00 hemà propno, daNaçao fârça do exemllo ? inMstriãsta ha immdade) aos mesmos nefandos f,ns. Êste objeto é de transcemlente ÍLortânZa
"um pmsna sua mfâncta, e tao ameno como o Brasil, e digno da sZiZ^JrínZn t-tderaçao do seu Govêrno.
®
mai$ séria con-
,.A,„ ânimos bem dispostos, ansiosos, têm os olhos fito. .ri, ^ Co cuí aphcavel 'P"? faos males que rodeiam propriedade, mas Província igualmeJe ^LrZ remé dw e ameaçam esta
conte Jíl ontestavel
pode continuar muitodepois^ tempodeé IZ/4atn irvDemorando-se "éo o remédio, o cobreporfalso, rãpS^
para esta Província, a quantia de 200 a 300 contos de réis, de moeda de cobre, conjuntamente com uma porção de notas pára dar em trôco do cobre falso, logo que o mesmo se recolha, Estas notas devem ser assinadas por uma ComLssao
' composta de pessoas de conhecida honra e probidadci e nomeadas a êste fim pelo Govêrno desta Província. . j ^ • Loao qne a Comissão estiver de posse dos sobreditos meios, deverá noti
ficar publicamente que dali em diante todo o cobre falso fica proibido, dendo-se um esjxiço de tempo razoável para se recolher o que estiver na ctda^
e dando-se extensão para o que estiver no interior. O cobre falso assim recolhido será substituído coní-.cohre verdadeiro, o notas, na proporção de um terço de cobre, e de dois terços de notas. Logo que todo o cobre falso e^iver recolhido a Comissão mandará inserir nos papéis públicos a porção de notas emi tidas.
■
■
Cumpre recomendar que as notas sejam das seguintes importâncias: 1/4 parte em notaç de
25$000
1/4
"
"
"
"
50$000
1/4 1/4
" "
" "
" "
" 1005000 " 2005000
Recornendam-se em preferência notas grandes, em razão da tendência que cs pequenas têm de retirar o cobre da circulação. Outrossim se inculca que as notas de 255000 sejam récolhidas, e
dinheiro, 6 meses depois da sua emissão-, as de 505000 em 12 meses, as de 1005000
^ 18 meses, as dq 200S000 em 24 meses. ■ j-j j O tempo que se propõe para o pagamento é certamente mui dilatado,
porém é preferível dar ao Gou^rjio amplo espaço do que incorrer no risco de ll^e causar embaraço ou inconveniente, aproximando mais as épocas dos pagamentos. Os negociantes ingleses, ao mesmo tempo que sugerem a V. Excia. estas ^tedidas toiruim a liberdade de declarar que êles as considerani simplesmente como remédio temporário, e o único suscetível de aplicação imediata {para o grande ® espantoso mal que atualmente pesa sôbre a Província). Êles consideram que é o seu dever francamente expor a V. Excia. que o
93
Digesto Eco^'ó^^co
^^ndml exãZ pn.'^' S"»"- V,^-Pre«Jcníc Manoel Inácio da Cunha, o qual helecirnen^riZií ' ^ridmduos em qucMão e cnlre cias uma a um esta-
ceberVcobri fnl em circulação) ^^pre^ndia conduta dos mesmos {cm rcpugnar re^ o coore jalso •comoaintempestiva. '^
pre~nosatéTLÍTrjJllT em sepuimenf -^1 ^u 7 O cobrp\"frT7
Pgura como outr^7
^ 3^
10 C 12-
K tem QuebríinY7 t
progresso da moeda T",®^ origem edesta Frovíncia, cummoeda corrente. vogemento consiste de cobro falso.
1í
'^^^^PorecUlo da circulação, c'apenas agora
mercadoria, estando já por uni prêmio do
da mesma maneira não se alcança cOm menos de 30 C
«o ^elor do dinheiro, motivada pela moeda falsa
97
Digesto Econômico
depreciação, perderá afinal (e isto antes de pouco tempo) de todo, o conceito público, e aquúlcs que tiverem o infortúnio de o possuir apenas "possuirão um montão sem valor que lhes patenteará a sua ruína. Esta circutustância envolveria muita calamidade individual, e abriria a vorta
ò anarquia e confusão, cujas conseqüências, a não terem uma tendência si/oocr-
(iva do sistema que felizmente agora nos tege, envolveriam prov^ehnente o Covârno em maiores despesas para acomodar ús desordens, do que mé seria ne cessário para recolher o cobre falso.
negociantes ingleses têm o pesar de não estarem ao alcance de fornec^ a V. Excia. uma estimativa e.xata da quantidade de cobre falso em circulação, mas seja qual fôr a sua importância, ela é menor agora do aue seria em futuro, e
esta simples reflc.xão indica a urgente necessidade de proceder com a diligência e
ciividadc possível em preparar o remédio. Os meios que os negociantes inglêses têm a propor a V. Excia. são os seguintes ■.
^
.. .
,
,
' Ouo o Govêrno do Rio de Janeiro transmita, com a brevidade possível,
Estac -f =ínnn ^
i r- i
sstao agora experimentando,
e isto quando pó
, flo câmbio de Al e coLJuintTrnZfTo f R? 7.801Ç419.
mérciof^apZtt' cobre falso e preferindo em geral deixar o alternativa de receberem em paeainentn
cio Govãrno R$ 33.3335333.
remessa,se havia feito
pequena transação do
inteiramente paralisado o co^ rnuUos nem mesmo a
mercadouas, temendo-se do ^ cobrança das suas dív0a^
vai diminuindo consideràvelmente e o re> moeda. o comércio rendas do Estado. ' ^^tmltado influirá sensivelmente sôbre as
preço e imo ,ro,
publicas em breve será mui inadequado ao seiFsustentZ' Os enormes lucros dos fabricantes dn
^ empregados j,
tirna influência mui perniciosa sôbre a pública moral Interêss^^Z^i de produzir semelhante facilidade trazem consigo a depravação de costumes
tmulo cnpidcz edeaosmuitos outroe,são quelevados em vezpela de encaminharem a Zfa 00 hemà propno, daNaçao fârça do exemllo ? inMstriãsta ha immdade) aos mesmos nefandos f,ns. Êste objeto é de transcemlente ÍLortânZa
"um pmsna sua mfâncta, e tao ameno como o Brasil, e digno da sZiZ^JrínZn t-tderaçao do seu Govêrno.
®
mai$ séria con-
,.A,„ ânimos bem dispostos, ansiosos, têm os olhos fito. .ri, ^ Co cuí aphcavel 'P"? faos males que rodeiam propriedade, mas Província igualmeJe ^LrZ remé dw e ameaçam esta
conte Jíl ontestavel
pode continuar muitodepois^ tempodeé IZ/4atn irvDemorando-se "éo o remédio, o cobreporfalso, rãpS^
para esta Província, a quantia de 200 a 300 contos de réis, de moeda de cobre, conjuntamente com uma porção de notas pára dar em trôco do cobre falso, logo que o mesmo se recolha, Estas notas devem ser assinadas por uma ComLssao
' composta de pessoas de conhecida honra e probidadci e nomeadas a êste fim pelo Govêrno desta Província. . j ^ • Loao qne a Comissão estiver de posse dos sobreditos meios, deverá noti
ficar publicamente que dali em diante todo o cobre falso fica proibido, dendo-se um esjxiço de tempo razoável para se recolher o que estiver na ctda^
e dando-se extensão para o que estiver no interior. O cobre falso assim recolhido será substituído coní-.cohre verdadeiro, o notas, na proporção de um terço de cobre, e de dois terços de notas. Logo que todo o cobre falso e^iver recolhido a Comissão mandará inserir nos papéis públicos a porção de notas emi tidas.
■
■
Cumpre recomendar que as notas sejam das seguintes importâncias: 1/4 parte em notaç de
25$000
1/4
"
"
"
"
50$000
1/4 1/4
" "
" "
" "
" 1005000 " 2005000
Recornendam-se em preferência notas grandes, em razão da tendência que cs pequenas têm de retirar o cobre da circulação. Outrossim se inculca que as notas de 255000 sejam récolhidas, e
dinheiro, 6 meses depois da sua emissão-, as de 505000 em 12 meses, as de 1005000
^ 18 meses, as dq 200S000 em 24 meses. ■ j-j j O tempo que se propõe para o pagamento é certamente mui dilatado,
porém é preferível dar ao Gou^rjio amplo espaço do que incorrer no risco de ll^e causar embaraço ou inconveniente, aproximando mais as épocas dos pagamentos. Os negociantes ingleses, ao mesmo tempo que sugerem a V. Excia. estas ^tedidas toiruim a liberdade de declarar que êles as considerani simplesmente como remédio temporário, e o único suscetível de aplicação imediata {para o grande ® espantoso mal que atualmente pesa sôbre a Província). Êles consideram que é o seu dever francamente expor a V. Excia. que o
99
Digesto Econômico 98
Digesto
Eco^•ó^aco
V
nesta crise se intrometesse alguma intriga política, é lamentável contempiar as conseqüências que poderiam sobrccir.
.
circulação nunca se estabelecerá sóbre sólidas bases enquanto este con-
r e cobre, e de notas meramente paeávels em cobre,
vêzes reflete que o cobre legtü representa um valor nominal d42 quatro c denm^"^ao,^e mormente ir^trínseco, é inegável queonde o estimulo para de os 4fabricantes nesta Província, pelo espaço anos tem- ainda exis-
nesir^^te'^^"^ tiea cíVr com com an
"«mero, os quais neccssàriamente têm adquirido perfeição j
circunstâncias do pais não derem lugar a restaurar-sc a an-
que a moeda maior perfeição, ®a 7>rata fim deé indispensável prevenir a moeda falsa.
no Ri
de cobre seja cunhada
Casa da Moeda desta Província ó inferior ao cunhado
cesse Icneiro, e seria muito a desejar que esta Casa de Moeda sc estabele^ o pé que a do Rio, ou que fôsse suprimida inteiramente, visto inhrh^^^ /florícanfes, pela dexteridade que têm adquirido, podem imitádo, o mne
cobre com a mesma perfeição, e, como já em-outra"luaar observa-
tpm
inglêses confiam inteiramente no zêlo e energia que V. Exata,
operações
exaeerando cm nada os males que müitam contra a Província, nem as coi^e-
qüências que podem resultar, não se aplicando oportunamente as necessárias medidas.
.,
^
0:i negociantes inglêses, tendo desta forma dado a V. Excia. o seu parec^, em conclusão têm a observar que Ôles mais têm tido em
e as desgraças que os mesmos podem acumular sôbre o
contudo
que isto poderá produzir sôhre os seus interêsses particulares, ' permitido acrescentar que nenhuma classe mais se mt^essa na ordem e boa administração, do que os negociantes inglêses,^ue na paz tWT>
quilidade e prosperidade do Império se envolvem os seus própnos interêsses e os das suas mais queridas relações.
loo-r».
Bahia, 29 de outubro de 1827.
grande, visto os grandes interêsses que resultam de semelhantes
mentp pJiprnm°
tomou a si a presidência desta Província, e sincera-
^ronehTZ^
reprmníafócí de V. Excia. sôhre os terríveis males que
antecessores dp V f
pf
V. Excia. tcmlo-se dignado de consultar o parecer dos negociantes mglêses, êstes têm desempenhado este mclimlroso dever com sinceridade e sem reserva, não
favorável do que fôra a sorte dos
• Excia., e que o Covêrno mandará imediatamente nôr etn vi^or
^
Vrosperidade da FroaiZa
®
que o Govêrno, pequena soT^ necessária para^restaurarmomenfo o meiosupor ãe circulação, exporá recusando-a a prosperidaSe desta
bela Província a ficar vítima da vil banda de fabrLnteWseus ciLXes a protT^
ZpSn,^t° o O""' .Os ^gociantes inglêses julgam, contudo, um dever representar a V Excia.
que se a Govêrno nao adotar medidas decisivas logo que receber os X&7de
L crZ'
^
I
tempo nos^Jaçam terZ j! ZgZo à
Não prestando o Govêrno atenção imediata a tão lastimoso estado de coisas, todos o considerarão como um total abandono dos interêsses da Província Os particulares, vendo que o Govêrno recusa interpor-se para a proteção de suas
propriedades (a que êles dao um justo título, e que as leis lhes garantem) começa rão cada um a cuidar na sua segurança individual. Os negociantes suspenderão as suas vendas, e de forma nenhuma receberão em pagamento esta vil moeda. A circunstância de ter o Govêrno pelo espaço de quatro anos recebido êste cobre já nada influirá. Aos loglstas e vendilhões repugnarão vender os seus sêneros e mercadorias, visto que os seus credores não lhes receberão mais êste dinheiro, e d méis que provável que para evitar as desordens que poderiam resultar fecheni AS suas lojas e armazéns.
'
Comoções da mais terrível natureza se devem antecipar, quando a tropa, maruja, artífices não puderem comprar o seu sustento com o dinheiro aue rece
beram pelos seus jornais. ^ Homens descontentes e sem princípios em tôda a parte se encontram dis
postos a valerem-se de calamidades públicas para excitar os povos a tormentos,
com os fins de satisfazerem as suas próprias vistas, e se por cúmulo de desgraça
Em Essex, na Grã-Bretanha, uma firma desenvolveu novo processo de folheado que não exige calor nem pressão, e sim apenas o uso de um adesivo, mija ba^ e a borracha, imune à ação da água, dos ácidos, dos alcalinos e do mofo. /^d.osos tipos de materiais podem receber êsse folheado-, metal, vidro, cimento, plástico etc.
99
Digesto Econômico 98
Digesto
Eco^•ó^aco
V
nesta crise se intrometesse alguma intriga política, é lamentável contempiar as conseqüências que poderiam sobrccir.
.
circulação nunca se estabelecerá sóbre sólidas bases enquanto este con-
r e cobre, e de notas meramente paeávels em cobre,
vêzes reflete que o cobre legtü representa um valor nominal d42 quatro c denm^"^ao,^e mormente ir^trínseco, é inegável queonde o estimulo para de os 4fabricantes nesta Província, pelo espaço anos tem- ainda exis-
nesir^^te'^^"^ tiea cíVr com com an
"«mero, os quais neccssàriamente têm adquirido perfeição j
circunstâncias do pais não derem lugar a restaurar-sc a an-
que a moeda maior perfeição, ®a 7>rata fim deé indispensável prevenir a moeda falsa.
no Ri
de cobre seja cunhada
Casa da Moeda desta Província ó inferior ao cunhado
cesse Icneiro, e seria muito a desejar que esta Casa de Moeda sc estabele^ o pé que a do Rio, ou que fôsse suprimida inteiramente, visto inhrh^^^ /florícanfes, pela dexteridade que têm adquirido, podem imitádo, o mne
cobre com a mesma perfeição, e, como já em-outra"luaar observa-
tpm
inglêses confiam inteiramente no zêlo e energia que V. Exata,
operações
exaeerando cm nada os males que müitam contra a Província, nem as coi^e-
qüências que podem resultar, não se aplicando oportunamente as necessárias medidas.
.,
^
0:i negociantes inglêses, tendo desta forma dado a V. Excia. o seu parec^, em conclusão têm a observar que Ôles mais têm tido em
e as desgraças que os mesmos podem acumular sôbre o
contudo
que isto poderá produzir sôhre os seus interêsses particulares, ' permitido acrescentar que nenhuma classe mais se mt^essa na ordem e boa administração, do que os negociantes inglêses,^ue na paz tWT>
quilidade e prosperidade do Império se envolvem os seus própnos interêsses e os das suas mais queridas relações.
loo-r».
Bahia, 29 de outubro de 1827.
grande, visto os grandes interêsses que resultam de semelhantes
mentp pJiprnm°
tomou a si a presidência desta Província, e sincera-
^ronehTZ^
reprmníafócí de V. Excia. sôhre os terríveis males que
antecessores dp V f
pf
V. Excia. tcmlo-se dignado de consultar o parecer dos negociantes mglêses, êstes têm desempenhado este mclimlroso dever com sinceridade e sem reserva, não
favorável do que fôra a sorte dos
• Excia., e que o Covêrno mandará imediatamente nôr etn vi^or
^
Vrosperidade da FroaiZa
®
que o Govêrno, pequena soT^ necessária para^restaurarmomenfo o meiosupor ãe circulação, exporá recusando-a a prosperidaSe desta
bela Província a ficar vítima da vil banda de fabrLnteWseus ciLXes a protT^
ZpSn,^t° o O""' .Os ^gociantes inglêses julgam, contudo, um dever representar a V Excia.
que se a Govêrno nao adotar medidas decisivas logo que receber os X&7de
L crZ'
^
I
tempo nos^Jaçam terZ j! ZgZo à
Não prestando o Govêrno atenção imediata a tão lastimoso estado de coisas, todos o considerarão como um total abandono dos interêsses da Província Os particulares, vendo que o Govêrno recusa interpor-se para a proteção de suas
propriedades (a que êles dao um justo título, e que as leis lhes garantem) começa rão cada um a cuidar na sua segurança individual. Os negociantes suspenderão as suas vendas, e de forma nenhuma receberão em pagamento esta vil moeda. A circunstância de ter o Govêrno pelo espaço de quatro anos recebido êste cobre já nada influirá. Aos loglstas e vendilhões repugnarão vender os seus sêneros e mercadorias, visto que os seus credores não lhes receberão mais êste dinheiro, e d méis que provável que para evitar as desordens que poderiam resultar fecheni AS suas lojas e armazéns.
'
Comoções da mais terrível natureza se devem antecipar, quando a tropa, maruja, artífices não puderem comprar o seu sustento com o dinheiro aue rece
beram pelos seus jornais. ^ Homens descontentes e sem princípios em tôda a parte se encontram dis
postos a valerem-se de calamidades públicas para excitar os povos a tormentos,
com os fins de satisfazerem as suas próprias vistas, e se por cúmulo de desgraça
Em Essex, na Grã-Bretanha, uma firma desenvolveu novo processo de folheado que não exige calor nem pressão, e sim apenas o uso de um adesivo, mija ba^ e a borracha, imune à ação da água, dos ácidos, dos alcalinos e do mofo. /^d.osos tipos de materiais podem receber êsse folheado-, metal, vidro, cimento, plástico etc.
Dicesto Econónhco
Afonso de E. Taunay
Santos se incrementaria muito, dentro
"
em pouco, com a mudança do governo de São Paulo, em 1802, pois novo Capitão General, AntÕEão Josó da Fran
" Santos " Santa Catarina
de São Paulo até agora divulgados, pois datam de 1801 e foram devidos a uma
iniciativa, nova na capitania, do Capitão General Governador Aulônio Manuel de Melo Castro e Mendonça (1797-1802)
pr Os quadros estatísticos de Melo Cas- o movimento marítimo de Paranaguá, y-^ e Mendonça, além de se referirem a Iguape, Ubatuba, Antonina, Canancia e tr Santos e São Sebastião, abrangem ainda
Guaratuba.
Exportação 9:981$370
Importação 14:9673219
Totais 24-948$5S9
5:054.$4OO 6:9463800 5253100
10;529$000 4:603$503 5:894$800 5:4703600
16-183$400 14-1''3$923 Io^hJiSOOO 5-g95$720
9:5203420
Guaratuba
3533720
3:210$000
3*:5533720
Em Paranaguá, como vemos, a im- ba e Antonina, exportavam mais do que portaçao superava a exportação e o mes- importavam mo acontecia nos demais pequenos porEm Paranaguá foi êste o movimento, tos da Capitania. Dois apenas, Ubatu- em 1801:
Portos de procedêtwia
Feoques '
Lanchas 1
Rio de Janeiro
2
^
—
1 1
Sta. Catarina
—
Totais
2
destino
Rio de Janeiro Bahia Santos Sta. Catarina
, Totais
'
te o decurso de 1801. A navegação para
Com o Rio de Janeiro ....
Canoas
—
^ ^
1
.3
_
o
- 0
Navios Galeras Penques Bergantins Sumacas Lanchas Canoas' 1 — — —
1 — _ —
2 _ j _
_ _ _ _
4 3 __
o
1
1
3
, 1.
7
2
'
. _ ■!
5:937$290 2:3953680
1:612$000 363400
^ tráfico importador com
a se concentrar no pôrto da Vila de Brás j Cubas. " C '^J\
Santos limi.tou-se a 60 araçúcar, dezenove
Medida esta de rematada inépcia, no dizer veemente de Saint-Iiilaire, e di-
fardos de fazendas, uma vinho, 4.259 va-
do a importância das transações, o comércio importador de Paranaguá assim se c'assificou: Com o Rio de Janeiro . . 9:942$499
De Pernambuco vieram 2.300 alqueires de sal (a 2.900 réis). De Sta. Catarina cem arrobas de carne seca e dez de sebo e 500 varas de pano de al-
tada por inconfessáveis intuitos. Segun-
"
Santos
3:7003000
" Pernambuco
683$720
"
6393000
Santa Catarina
ras de pano de algodão,
godão.
A importação fluminense assim se cifrou:
Açúcar
100 arrôbas
Ferro
9®
Aço Sal
Fio de-algodáo
^ 200 alqueires
,
22 arrôbas
Fazendas Baetas
•
Chapéus
17 fardos e 12 caixões 7 peças
8 caixões 30
Ferragens
2 caixões
Azeite doce
2 barris
Vinho
3 pipas
Pólvora
1 barril
O comércio exportador fêz-se, sobretudo, como acima vimos, com o Rio de Janeiro e a Bahia. Para Santos foram expe-
400 "de mandioca, 700 alqueires de con gonha (mate) e 300 peças de betas. Santa Catarina recebeu 70 alqueires de mate.
didos 800 alqueires de farinha de trigo e ^ O resto assim se discriminou: Café
~~ -
a Bahia
ca e Horta, iria forçar tôda a cabotagem
Colchas
Sumacas
Pernambuco ' Santos
Portos de
E o exportador:
embarcações c saíram dezesseis, duran
itcos conhecidos mais antigos sobre a movimento comercial, importador e exportador
y^^biba
Assim, entraram cm Paranaguá onze
t tnantfiTici ccmetciav I aulG em ISCl ^Verfe artigo publica o sr. Afonw de E. Taunatj wna série de dados c quadros iné ditos, havidos no Arquivo Nacional, que são jnovàvclmente os documentos cstatis-
Portos Paranaguá
101
34 arrôbas
Farinha de mandioca Feijão ■
326 alq. (188 para a Bahia) 62 " (para a Bahia)
Arroz descascado " com casca
2.525 " 1.369 "
L^U^iíkshiÍLÍJIÍ.LsÂi,.-'
(650 para a Bahia) (500 para a Bahia)
-ã»
Dicesto Econónhco
Afonso de E. Taunay
Santos se incrementaria muito, dentro
"
em pouco, com a mudança do governo de São Paulo, em 1802, pois novo Capitão General, AntÕEão Josó da Fran
" Santos " Santa Catarina
de São Paulo até agora divulgados, pois datam de 1801 e foram devidos a uma
iniciativa, nova na capitania, do Capitão General Governador Aulônio Manuel de Melo Castro e Mendonça (1797-1802)
pr Os quadros estatísticos de Melo Cas- o movimento marítimo de Paranaguá, y-^ e Mendonça, além de se referirem a Iguape, Ubatuba, Antonina, Canancia e tr Santos e São Sebastião, abrangem ainda
Guaratuba.
Exportação 9:981$370
Importação 14:9673219
Totais 24-948$5S9
5:054.$4OO 6:9463800 5253100
10;529$000 4:603$503 5:894$800 5:4703600
16-183$400 14-1''3$923 Io^hJiSOOO 5-g95$720
9:5203420
Guaratuba
3533720
3:210$000
3*:5533720
Em Paranaguá, como vemos, a im- ba e Antonina, exportavam mais do que portaçao superava a exportação e o mes- importavam mo acontecia nos demais pequenos porEm Paranaguá foi êste o movimento, tos da Capitania. Dois apenas, Ubatu- em 1801:
Portos de procedêtwia
Feoques '
Lanchas 1
Rio de Janeiro
2
^
—
1 1
Sta. Catarina
—
Totais
2
destino
Rio de Janeiro Bahia Santos Sta. Catarina
, Totais
'
te o decurso de 1801. A navegação para
Com o Rio de Janeiro ....
Canoas
—
^ ^
1
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Navios Galeras Penques Bergantins Sumacas Lanchas Canoas' 1 — — —
1 — _ —
2 _ j _
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5:937$290 2:3953680
1:612$000 363400
^ tráfico importador com
a se concentrar no pôrto da Vila de Brás j Cubas. " C '^J\
Santos limi.tou-se a 60 araçúcar, dezenove
Medida esta de rematada inépcia, no dizer veemente de Saint-Iiilaire, e di-
fardos de fazendas, uma vinho, 4.259 va-
do a importância das transações, o comércio importador de Paranaguá assim se c'assificou: Com o Rio de Janeiro . . 9:942$499
De Pernambuco vieram 2.300 alqueires de sal (a 2.900 réis). De Sta. Catarina cem arrobas de carne seca e dez de sebo e 500 varas de pano de al-
tada por inconfessáveis intuitos. Segun-
"
Santos
3:7003000
" Pernambuco
683$720
"
6393000
Santa Catarina
ras de pano de algodão,
godão.
A importação fluminense assim se cifrou:
Açúcar
100 arrôbas
Ferro
9®
Aço Sal
Fio de-algodáo
^ 200 alqueires
,
22 arrôbas
Fazendas Baetas
•
Chapéus
17 fardos e 12 caixões 7 peças
8 caixões 30
Ferragens
2 caixões
Azeite doce
2 barris
Vinho
3 pipas
Pólvora
1 barril
O comércio exportador fêz-se, sobretudo, como acima vimos, com o Rio de Janeiro e a Bahia. Para Santos foram expe-
400 "de mandioca, 700 alqueires de con gonha (mate) e 300 peças de betas. Santa Catarina recebeu 70 alqueires de mate.
didos 800 alqueires de farinha de trigo e ^ O resto assim se discriminou: Café
~~ -
a Bahia
ca e Horta, iria forçar tôda a cabotagem
Colchas
Sumacas
Pernambuco ' Santos
Portos de
E o exportador:
embarcações c saíram dezesseis, duran
itcos conhecidos mais antigos sobre a movimento comercial, importador e exportador
y^^biba
Assim, entraram cm Paranaguá onze
t tnantfiTici ccmetciav I aulG em ISCl ^Verfe artigo publica o sr. Afonw de E. Taunatj wna série de dados c quadros iné ditos, havidos no Arquivo Nacional, que são jnovàvclmente os documentos cstatis-
Portos Paranaguá
101
34 arrôbas
Farinha de mandioca Feijão ■
326 alq. (188 para a Bahia) 62 " (para a Bahia)
Arroz descascado " com casca
2.525 " 1.369 "
L^U^iíkshiÍLÍJIÍ.LsÂi,.-'
(650 para a Bahia) (500 para a Bahia)
-ã»
Dioe«to
loa
Econômico
Dtgesto Econômico
Mate Sola Taboado Estopa ^pas
850 309 890 50 94
Çabos de cipó Peças de beta Pfças de aparelho Qíuros
Vuradotes
alq. meios (60 para a Bahia) dúzias (202 para a Bahia) arrôbas dúzias
139 2.118 (711 para a Bahia) 295 (100 para a Bahia) 607 (200 para a Bahia)
103
O grande comércio se realizou com a praça de Santos, que absorveu quase
80 por cento do total das transações, Os artigos exportados foram:
Açúcar ..
60 ^^r. (para o Rio de Janeiro) 152 " (para Santos e 21 a 131
para São Sebastião) 838 " (636 para o Rio e 2.para Santos)
30
lanchas
9 dúzias
Prechais Peças somenos
117 310
Pujno
Aguardente
pôrto e uma do Rio Grande; de lá zar-
o Rio de Janeiro e o Rio Grande.
sumacas.
Iguape, que em 1801 só negociou com param para o Rio um penque e três • Três sumacas do Rio entraram em seu
A importação assim se distribuiu:
Fazendas
150 fardos
Bolacha
A exportação foi lôda para a Guanabara, constando de 3.750 alqueires de
(idem)
2.000 " (mil do Rio Grande) 100 " (do Rio Grande) 0 (do Rio de Janeiro)
Ubatuba só importou do Rio de Ja-
Fazendas
42 fardos e 5 baús
Game salgada
40 arrôbas
Remédios de botica
2 caixões
Vinho
1 pipa
Azeite doce
19 arr. (para São Sebastião e 71.984 peças)
A farinha e o peixe tomaram os seguintes destinos: Farinha
Rio de Janeiro
feixe
-
Santos
Angra dos Reis Sepetiba
Ím
17.138
34.493
'Si
ÍS
540 -
12.224
O peixe, por unidade, não atingia ao preço de vinte réis.
exportação se fez por quatro sumacas, para Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro
Em Antonina, os navios de importação
vieram de Paranaguá e Santos.
Trôs
® ^
sumacas do primeiro, um do outro. A Artigos
Paranaguá
Panos de linho
53 peças
A importação assim se distribuiu: Sqt^os
19
Idem de lã
A exportação se féz em 45 embarcações,'a saber:
São Sebastião
Peixe salgado
1 barril
Escravos
Santos
18.378 alqueires
neiro, em duas lanchas:
arroz pilado e 454 dúzias de tábuas.
Rio de Janeiro
13 pipas e 4 barris (para Santos)
Farinha de mandioca
50 arrôbas (do Rio Grande) 50
Carne salgada Sebo Escravos .v
Santos)
119 arr. (82 para o Rio e'37-para Angra)
"
;,^uito mais sumário p comércio de
Farinha de trigo
39
Bretanhas 2 lanchas
'1 lancha e 24 canoas 13 canoas
Algodão
50
6.300 varas
Chapéus Feijão
30 dúzias 220 alqueires
^
4.000 varas "
Parati
1 lancha e 2 canoas
Carne sêéa
340 arrôbas
""
Angra dos Reis
1 canoa
Mate
918 alqueires
""
Sepetiba
1 lancha
Vinho
48 medidas
Sal
27 alqueire^
Fumo
148 aiTÔbas
'"
—
Dioe«to
loa
Econômico
Dtgesto Econômico
Mate Sola Taboado Estopa ^pas
850 309 890 50 94
Çabos de cipó Peças de beta Pfças de aparelho Qíuros
Vuradotes
alq. meios (60 para a Bahia) dúzias (202 para a Bahia) arrôbas dúzias
139 2.118 (711 para a Bahia) 295 (100 para a Bahia) 607 (200 para a Bahia)
103
O grande comércio se realizou com a praça de Santos, que absorveu quase
80 por cento do total das transações, Os artigos exportados foram:
Açúcar ..
60 ^^r. (para o Rio de Janeiro) 152 " (para Santos e 21 a 131
para São Sebastião) 838 " (636 para o Rio e 2.para Santos)
30
lanchas
9 dúzias
Prechais Peças somenos
117 310
Pujno
Aguardente
pôrto e uma do Rio Grande; de lá zar-
o Rio de Janeiro e o Rio Grande.
sumacas.
Iguape, que em 1801 só negociou com param para o Rio um penque e três • Três sumacas do Rio entraram em seu
A importação assim se distribuiu:
Fazendas
150 fardos
Bolacha
A exportação foi lôda para a Guanabara, constando de 3.750 alqueires de
(idem)
2.000 " (mil do Rio Grande) 100 " (do Rio Grande) 0 (do Rio de Janeiro)
Ubatuba só importou do Rio de Ja-
Fazendas
42 fardos e 5 baús
Game salgada
40 arrôbas
Remédios de botica
2 caixões
Vinho
1 pipa
Azeite doce
19 arr. (para São Sebastião e 71.984 peças)
A farinha e o peixe tomaram os seguintes destinos: Farinha
Rio de Janeiro
feixe
-
Santos
Angra dos Reis Sepetiba
Ím
17.138
34.493
'Si
ÍS
540 -
12.224
O peixe, por unidade, não atingia ao preço de vinte réis.
exportação se fez por quatro sumacas, para Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro
Em Antonina, os navios de importação
vieram de Paranaguá e Santos.
Trôs
® ^
sumacas do primeiro, um do outro. A Artigos
Paranaguá
Panos de linho
53 peças
A importação assim se distribuiu: Sqt^os
19
Idem de lã
A exportação se féz em 45 embarcações,'a saber:
São Sebastião
Peixe salgado
1 barril
Escravos
Santos
18.378 alqueires
neiro, em duas lanchas:
arroz pilado e 454 dúzias de tábuas.
Rio de Janeiro
13 pipas e 4 barris (para Santos)
Farinha de mandioca
50 arrôbas (do Rio Grande) 50
Carne salgada Sebo Escravos .v
Santos)
119 arr. (82 para o Rio e'37-para Angra)
"
;,^uito mais sumário p comércio de
Farinha de trigo
39
Bretanhas 2 lanchas
'1 lancha e 24 canoas 13 canoas
Algodão
50
6.300 varas
Chapéus Feijão
30 dúzias 220 alqueires
^
4.000 varas "
Parati
1 lancha e 2 canoas
Carne sêéa
340 arrôbas
""
Angra dos Reis
1 canoa
Mate
918 alqueires
""
Sepetiba
1 lancha
Vinho
48 medidas
Sal
27 alqueire^
Fumo
148 aiTÔbas
'"
—
105
Dicesto EcoNÓNaco
Dicesto Económi,Co
104
Guaratuba importou do Rio de Janeiro, em uma sumaca, e de Paranaguá em 6 canoas:
E ã exportação abrangeu bs seguintes itras": Açúcar
693 " (para Santos) 16 arr. (para a Bahia)
Farinha de mandioca Feijão -
.^
1 barril (idem)
Exportou, por intermédio de 9 canoas para Paranaguá e 1 para São Francisco
12 " (idem)
Aguardente
2.000 varas (de Paranaguá) 2 cai-xões (idem) 5 arrôbas (idem)
Breu
1.578 alq. (idem) 3 " (idem)
Milho
^ fardos (4 da Guanabara)
Algodão Ferragens . Estopa
2.463 alq. (para o Rio de Janeiro)
Arroz em casca Café
. •
Fazendas 48 arr. (para Paranaguá)
Aitoz pilado
•
do Sul, os seguintes generos:
40 pipa.s (idem)
Couros
Paranaguá
10.000 (para o Rio de Janeiro)
Betas
600 (para a Bahia)
Fumos
Farinha (alqueires)
25 arr. (para o Rio de Janeiro)
Madeiras
Café (arrôbas)
469 dúzias (para a Bahia)"
Peixe salgado (arr.)
Idem (por unidade)
São Francisco
767 41
^
.'
—
38 arr.
• 5.700
Cananéia só negociou em importação ,. Rio, Rio Grande e Santos,
com o Rio de Janeiro e por intermédio de dois bergantins, mas exportou para o
Os artigos de importação vieram os seguintes:
Mas além dos oito portos da Capitania
entrou, cm 1801, em terras paulistas,
importante massa de mercadorias por .in Fazendas Chapéus
!
Cera do Reino
Farinha de trigo
1 ...
4 fardos e 3 caixões 3 caixões
termédio da via Cunha-Guaratinguetá,
1 arroba
sando pelo Novo Registro de Boa Vista.
13 arrôbas
Bolachas
-
Carne salgada
912
Sebo Escravos
4
"
Fazendas (fardos) Cera do Reino (arr.)- ...
12 5
Louça e vidro (caixões).
A exportação compreendeu 1 lancha sumaca para o Rio Grande, 2 sumor^oc
para o Rio de Janeiro, 1 bergantim e 1 para Santos; e os seguintes artigos; Farinha de mandioca
250-alq.
Café Cal
/
^
Ripas
Grande e 140
pnra Santos)
Vigas
Curvas
para o Ríq Grande n
200 para Santos) o Rio de Janeiro) 1.000 alq. (idem)
Portais
Frechais Caibros
após o desembarque cm Parati, e pas
\
* "•••,
para o Rio Grande e 20 para Santos)
30 (para o Rio Grande) 60ipara o Rio e o resto para o Rio Grande) 10 (para Santos)
I
Pólvora (barris) Chumbo (arr.) Ferro (arr.) Aço (arr.)
Sal (alq.) Peixe salgado (arr.) Bacalhau (arr.) . Vinho (barris)
95 48 17 5 64 383 64
- 11.870
A exportação, que seguia o caminho inverso,- compreendeu os seguintes ar tigos:
Açúcar (arr.) Café (arr.) Farinha de trigo (alq.)
15.605® 16
Farinha de mandioca (alq.) ...
Feijão (alq.) Milho (alq.) Toucinlro (arr.) .^
Queijos
63
Fumo (arr.)
10
Aguardente (medidas)
247
5 17
Ferragens (bams) Escravos
98
• ••
^ 1-"
21.089
4.220 15.021
161
Marmelada (arr.) Gahnhas
Azeite doce (barris) .. Azeitona (barris)
6 5
Bois
Farinha de trigo (arr.)
3
Cavalo
459 1
Machados
24
Algodão (varas)
15.417
Enxadas
24
Sola (meios) ..
Foices
12
Entrecostas
83 270
Remédios (caixões) .. Tachos de cobre
26
Chapéus (caixões)
2
■ 132 dúzias (para o Rio Grande)
)mi^L
Vejamos agora o que, aCerca do co mércio terrestre da Capitania de São
105
Dicesto EcoNÓNaco
Dicesto Económi,Co
104
Guaratuba importou do Rio de Janeiro, em uma sumaca, e de Paranaguá em 6 canoas:
E ã exportação abrangeu bs seguintes itras": Açúcar
693 " (para Santos) 16 arr. (para a Bahia)
Farinha de mandioca Feijão -
.^
1 barril (idem)
Exportou, por intermédio de 9 canoas para Paranaguá e 1 para São Francisco
12 " (idem)
Aguardente
2.000 varas (de Paranaguá) 2 cai-xões (idem) 5 arrôbas (idem)
Breu
1.578 alq. (idem) 3 " (idem)
Milho
^ fardos (4 da Guanabara)
Algodão Ferragens . Estopa
2.463 alq. (para o Rio de Janeiro)
Arroz em casca Café
. •
Fazendas 48 arr. (para Paranaguá)
Aitoz pilado
•
do Sul, os seguintes generos:
40 pipa.s (idem)
Couros
Paranaguá
10.000 (para o Rio de Janeiro)
Betas
600 (para a Bahia)
Fumos
Farinha (alqueires)
25 arr. (para o Rio de Janeiro)
Madeiras
Café (arrôbas)
469 dúzias (para a Bahia)"
Peixe salgado (arr.)
Idem (por unidade)
São Francisco
767 41
^
.'
—
38 arr.
• 5.700
Cananéia só negociou em importação ,. Rio, Rio Grande e Santos,
com o Rio de Janeiro e por intermédio de dois bergantins, mas exportou para o
Os artigos de importação vieram os seguintes:
Mas além dos oito portos da Capitania
entrou, cm 1801, em terras paulistas,
importante massa de mercadorias por .in Fazendas Chapéus
!
Cera do Reino
Farinha de trigo
1 ...
4 fardos e 3 caixões 3 caixões
termédio da via Cunha-Guaratinguetá,
1 arroba
sando pelo Novo Registro de Boa Vista.
13 arrôbas
Bolachas
-
Carne salgada
912
Sebo Escravos
4
"
Fazendas (fardos) Cera do Reino (arr.)- ...
12 5
Louça e vidro (caixões).
A exportação compreendeu 1 lancha sumaca para o Rio Grande, 2 sumor^oc
para o Rio de Janeiro, 1 bergantim e 1 para Santos; e os seguintes artigos; Farinha de mandioca
250-alq.
Café Cal
/
^
Ripas
Grande e 140
pnra Santos)
Vigas
Curvas
para o Ríq Grande n
200 para Santos) o Rio de Janeiro) 1.000 alq. (idem)
Portais
Frechais Caibros
após o desembarque cm Parati, e pas
\
* "•••,
para o Rio Grande e 20 para Santos)
30 (para o Rio Grande) 60ipara o Rio e o resto para o Rio Grande) 10 (para Santos)
I
Pólvora (barris) Chumbo (arr.) Ferro (arr.) Aço (arr.)
Sal (alq.) Peixe salgado (arr.) Bacalhau (arr.) . Vinho (barris)
95 48 17 5 64 383 64
- 11.870
A exportação, que seguia o caminho inverso,- compreendeu os seguintes ar tigos:
Açúcar (arr.) Café (arr.) Farinha de trigo (alq.)
15.605® 16
Farinha de mandioca (alq.) ...
Feijão (alq.) Milho (alq.) Toucinlro (arr.) .^
Queijos
63
Fumo (arr.)
10
Aguardente (medidas)
247
5 17
Ferragens (bams) Escravos
98
• ••
^ 1-"
21.089
4.220 15.021
161
Marmelada (arr.) Gahnhas
Azeite doce (barris) .. Azeitona (barris)
6 5
Bois
Farinha de trigo (arr.)
3
Cavalo
459 1
Machados
24
Algodão (varas)
15.417
Enxadas
24
Sola (meios) ..
Foices
12
Entrecostas
83 270
Remédios (caixões) .. Tachos de cobre
26
Chapéus (caixões)
2
■ 132 dúzias (para o Rio Grande)
)mi^L
Vejamos agora o que, aCerca do co mércio terrestre da Capitania de São
lOfl
DlGESTO
ECONÓí^nCO 107
DnntsTO Eco^fó^^co
Paulo, inculcam os quadros estatísticos do Capitão General Antônio Manuel de
sob D. João VI, conta-o Saint-Hilaiic.
Melo Castro e Mendonça, através dos
lícia, Paulo Fernandes, mediante gorda
Enxadas
dados dos diversos registros de Piraí,
gratificação dos fazendeiros de café de
Escravos
Fortaleza, por onde passavam a impor tação e exportação fluminenses, Pôrto do
São Jodo Maicos, Piraí e Rezendo, que preferiam ter como capital a Côrte o
Meira, Extrema, Campanha do Toledo e
não São Paulo.
Moji-Guaçú, barreiras fiscalizadoras do
intercâmbio com Minas Gerais. MojiGuaçú era o registro para as transações com Goiás, assim como Pôrto Feliz para
Mato Grosso e Curitiba para o Rio Gran'de do Sul, ou antes, para o Continente "^o Rio Grande de São Pedro do Sul, 'U)orao no tempo se dizia. Nesse milésimo de 1801
o território paulista avan
çava pela área hoje flu minense
em
verdadeira
ctmha delimitada pelas cumiadas da
Serra
do
Mar, à margem direita do
- Paraíba e à esquerda de seu afluente o -»'PÍrai, desde as cabeceiras dêste curso «dágua.
à influência do Intendente Geral de Po
O grande comércio paulista-fluminen-
„
"
magnífica coleção do Dr. Raimundo Ottonl de Castro Maya, o benemérito remodelador da Floresta Nacional de Ti-
Fumo
jucá, seja lembrado entre parênteses.
Bois
Dêste desenho mandei fazer vim qua
Cavalos fiêstas
dro a óleo para a coleção do Museu
Paulista, pela distinta pintora D. Maria José Botelho Egas, .
■
Algodão em pano
Allodão em fio ..
™
,om '•
Poaia Galinhas
• ,
2 arrôbas 21.984 ^
Vejamos, porém, o que em 1801 pas sou pelo registro de Piraí, em lombo das
admiráveis mulas brasileiras que a Eschwege e a Saint-Hilaire arrancaram verdadeiros brados de entusiasmo e ad-
1
mlração pela prodigiosa resistência. cadorias e efeitos.
Alambiques de cobre .
347 arrôbas
Toucinho
resta a base, que é o município de Ba-
Vinho Sal
Açúcar
há uma vista de Debret, pertencente à
se passava pelo registro de Piraí, de que
Importou São Paulo 85:e8B$434 réis e exportou 52:712$870 em gêneros, mer
Fazendas Ouro e prata lavrada Cera do Reino
Para o Rio de Janeiro descoram:
Café
Abrangia, portanto, terras de vários municípios fluminenses. Desta cunha
.;nanal. O recuo da fronteira deveu-se
•
Do Rio de Janeiro subiram: 167 10 23 11
fardos bocetas arrôbas barris
505 alqueires 2
Fomos de cobre .... Tachos de cobrè
Louça Pólvora Chumbo Ferro Aço
Machados
caixões
barris
10 arrôbas 249 12
40
A suspensão ão racionamento de tecido e roupas de ^" j = hritânia
nelos círculos competentes considerada efeitç de aumento da P
.^ An <nfXr>nn
Èsse aumèfito nos últimos meses permitiu a abolição de qaase metade do r ciona-
^nto Se tecidos, mas o govUo hritânwo mostra.se cauteloso a respetto da Embora a produção têxtÜ aumente, as exportações aumentam nmir ^^fdd^
e os desvios para os mercados externos implicam na continuação.(fas atuais, restri' ÇÕes no mercado interno.
lOfl
DlGESTO
ECONÓí^nCO 107
DnntsTO Eco^fó^^co
Paulo, inculcam os quadros estatísticos do Capitão General Antônio Manuel de
sob D. João VI, conta-o Saint-Hilaiic.
Melo Castro e Mendonça, através dos
lícia, Paulo Fernandes, mediante gorda
Enxadas
dados dos diversos registros de Piraí,
gratificação dos fazendeiros de café de
Escravos
Fortaleza, por onde passavam a impor tação e exportação fluminenses, Pôrto do
São Jodo Maicos, Piraí e Rezendo, que preferiam ter como capital a Côrte o
Meira, Extrema, Campanha do Toledo e
não São Paulo.
Moji-Guaçú, barreiras fiscalizadoras do
intercâmbio com Minas Gerais. MojiGuaçú era o registro para as transações com Goiás, assim como Pôrto Feliz para
Mato Grosso e Curitiba para o Rio Gran'de do Sul, ou antes, para o Continente "^o Rio Grande de São Pedro do Sul, 'U)orao no tempo se dizia. Nesse milésimo de 1801
o território paulista avan
çava pela área hoje flu minense
em
verdadeira
ctmha delimitada pelas cumiadas da
Serra
do
Mar, à margem direita do
- Paraíba e à esquerda de seu afluente o -»'PÍrai, desde as cabeceiras dêste curso «dágua.
à influência do Intendente Geral de Po
O grande comércio paulista-fluminen-
„
"
magnífica coleção do Dr. Raimundo Ottonl de Castro Maya, o benemérito remodelador da Floresta Nacional de Ti-
Fumo
jucá, seja lembrado entre parênteses.
Bois
Dêste desenho mandei fazer vim qua
Cavalos fiêstas
dro a óleo para a coleção do Museu
Paulista, pela distinta pintora D. Maria José Botelho Egas, .
■
Algodão em pano
Allodão em fio ..
™
,om '•
Poaia Galinhas
• ,
2 arrôbas 21.984 ^
Vejamos, porém, o que em 1801 pas sou pelo registro de Piraí, em lombo das
admiráveis mulas brasileiras que a Eschwege e a Saint-Hilaire arrancaram verdadeiros brados de entusiasmo e ad-
1
mlração pela prodigiosa resistência. cadorias e efeitos.
Alambiques de cobre .
347 arrôbas
Toucinho
resta a base, que é o município de Ba-
Vinho Sal
Açúcar
há uma vista de Debret, pertencente à
se passava pelo registro de Piraí, de que
Importou São Paulo 85:e8B$434 réis e exportou 52:712$870 em gêneros, mer
Fazendas Ouro e prata lavrada Cera do Reino
Para o Rio de Janeiro descoram:
Café
Abrangia, portanto, terras de vários municípios fluminenses. Desta cunha
.;nanal. O recuo da fronteira deveu-se
•
Do Rio de Janeiro subiram: 167 10 23 11
fardos bocetas arrôbas barris
505 alqueires 2
Fomos de cobre .... Tachos de cobrè
Louça Pólvora Chumbo Ferro Aço
Machados
caixões
barris
10 arrôbas 249 12
40
A suspensão ão racionamento de tecido e roupas de ^" j = hritânia
nelos círculos competentes considerada efeitç de aumento da P
.^ An <nfXr>nn
Èsse aumèfito nos últimos meses permitiu a abolição de qaase metade do r ciona-
^nto Se tecidos, mas o govUo hritânwo mostra.se cauteloso a respetto da Embora a produção têxtÜ aumente, as exportações aumentam nmir ^^fdd^
e os desvios para os mercados externos implicam na continuação.(fas atuais, restri' ÇÕes no mercado interno.
hiCESTO EcoNó^aco
109
t^Onseguiram vender, por preços satisfa tórios, pràticamente tudo o que haviam No ano
$212.000.000 de 1933 a 1943. Em \im
passado o.s Estados Unidos importaram Gs $ 2.329.000.000 de produtos latino-
os inwstimentos norte-americanos, na
produzido para a exportação.
P A N o R A M A E C O N Q^Mí C O .^ companhias siderúrgicas norte-ame-
ncanas contínuam a demonstrar grande
^Cresse em tômo da produção de mi"a semana de ferropassada, em váriasa partes do 'globo, Republic Steel Cleveland, terceiraUnidos, maior pro^utora de aço nos aEstados
anunciou que havia comprado ações da 'ena Mining (Dompany Ltd., que pos1 ^ricas jazidas do minério localizadas ctrca de 45 milhas a nordeste de Monpôrto 8, capital da Libéria.
O minério da referida região" é de primeira qualidade e ocorre em fragmengrandes de alto teor metálico, em pregados especialmente nos fomos aber
tos, a fim de apressar a redução do car bono durante a fabricação do aço, iustamen^ o tipo de minério mais escasso nos Estados Unidos. O minério liberiano e uma mistura de hematita e macneti
ta, com teor de 68%, contendo uma percentagem reduzida de fó.sforo, enxôfre
capitais para ^ e.xploração cias minas.
Uepublic Steel Corporation utilizará o
mincrio cm vários de seus fomos abortos
c o excedente cia produção será vendido
pela Libena Mining Company. Entrementes, uma frota de 266 navios empregados no transporte de minério a!°da primavera Grandespara Lagos aguarda o degelo reiniciar suas Operações. Êsses navios, no ano pas sado, com o auxílio do 40 barcos cana-
denses, ^ansportaram quase 83.000.000 de toneladas do produto. Entretanto com o aumento da produção de aço, os
estoques de minério nas usinas e nas
docas ao sul dos Grandes Lagos caíram
para 18.000.000 de toneladas e, so o consumo do produto nos meses vindouros seguir o mesmo ritmo de janeiro e fe-
vere^o passados, os carregamentos de minério em 1949 excederão o total aicançado em 1948.
o sílíca. Os minérios da região do Lago Superior, que preenchem mais de 80% das necessidades da indústria siderúrgi
ca dos Estados Unidos, contêm apenas cérca de 51% do metal.
De conformidade com as informações ora divulgadas, a ferrovia para o trans porto do minério das jazidas para Mónróvia, ora em fase de construção, estará
pronta dentro de dois anos. Entretanto,
em outubro dôste ano, já estarão com
*
o Inshtuto de Estudos Inter-Americanos, organizaçao particular de pesqüi-
sas, sedrada em Washington, infoníioa
recentemente que, com a expansão cres cente da importação de mercadorias latmo-amencanas pelos Estados Unidos, a capacidade de compra, à base de dó
pelas repúblicas do sul, atingiu pletas as instalações terminais para o car- lares. ao mvel máiomo da sua história. Des !|®82"^ento e descarregamento de de o término da guerra passada, afir OOTO ,de toneladas anuais. Será necessáno um dispêncHo adicional de
mou o Instituto em um estudo sôbre o
assunto, os
países latino-americanos
f
total de apenas $ 62.000.000 de dezem bro de 1943 a junho de 1945, e
período de oito anos, de 1940 a 1947,
$ 553.000.000.
América Latina, aumentaram de $ 800.000.000. Finalizando, o seu estu do, o Instituto declarou que, em ja neiro deste ano, o Departamento da Agri-' cultura dos Estados Unidos estava con siderando mais de 300 projetos de investif^ação e demonstração em colabo
As informações ora dÍNiilgadas, co mentam alguns círculos, constitticm uma
que em 1948, cinqüenta e quatro cida
americanos. em confronto com
$ 2.149.000.000 em 1947, $ 1.760.000.000 em 1946.
Durante a
guerra, a média anual aV\ançada foi de $ 1.304.000.000, e antes do conflito mun
dial esta cifra alcançava apenas a ..
refutação a um artigo de Summcr We^es o de outros elementos de projeção, se gundo os quais os Estados Unidos ha viam abandonado os princípios econô micos da "política da boa vizinhança" desde o término da gueiTa passada. O Instituto considera indispensável a di
vulgação e a compreensão dos dados estatísticos e afirma que desde a cessa
ção do conflito os Estados Unidos ha viam, mais do que nunca, proporcio nado ajuda para a estabilizaç<ão mone tária da América Latina.'
Além disso,
os Estados Unidos puseram á dispo sição das outras repúbUcas os seus co nhecimentos técnicos nos campos agrí
ração com os países latino-americanos e dãos das outras repúbUcas estavam se-
cuindo cursos de instrução no referido
Departamento, além de centenas de
o
Departamen pessoas que ali
-IZ.™..
/li:»
He
vão anualmente para fa
zer estudos técnicos. íj!
*
*
O sovêmo da RepúbUca Dominicana
acaba de informar que a Chocolatera Sanchez, a maior organizaçao para a fa bricação de chocolates na América Latina, adquirida recentemente pelo governo da-
nuéle país, exportará até dois terços das
safras dominicanas de amêndoas de cacau durante os próximos cinco anos e que,
cola e industrial,' estabeleceram leis pa
até dezembro de 1953, beneficiara o res tante do produto no próprio pais.
ra o controle da exportação, as quais concedem à América Latina igualdade
maior produtor de cacau. Em 1947, fo
de tratamento com os consumidores nor
ram ali produzidas 84.000
te-americanos, na distribuição dos produ tos escassos, e concluíram acordos finan
ria dominicana;
A República Dominicana é °
cas de amêndoas, a maior safra da histo segun
ceiramente satisfatórios para a venda de
ra, a produção de 1949 será ainda maior.
materiais de guerra e navios mercantes -
Os cacauais dominicanos cobrem ex tensão de 226.000 acres. Os dois maiores
excedentes.
Prosseguindo na sua análise, o Insti tuto afirmou que, nos três anos anterio
res a 30 ^de junho de 1948, o Banco de Exportação e Importação concedeu em préstimos à América Latina em um to tal de $ 213.000.000, em cotejo com um
importadores do produto são os Estados Unidos e a Holanda. Nos últimos anos, por motivo dos altos preços ^cançados pelas amêndoas, a República DommicaL preferiu exportar a matéria-prima, ao
hiCESTO EcoNó^aco
109
t^Onseguiram vender, por preços satisfa tórios, pràticamente tudo o que haviam No ano
$212.000.000 de 1933 a 1943. Em \im
passado o.s Estados Unidos importaram Gs $ 2.329.000.000 de produtos latino-
os inwstimentos norte-americanos, na
produzido para a exportação.
P A N o R A M A E C O N Q^Mí C O .^ companhias siderúrgicas norte-ame-
ncanas contínuam a demonstrar grande
^Cresse em tômo da produção de mi"a semana de ferropassada, em váriasa partes do 'globo, Republic Steel Cleveland, terceiraUnidos, maior pro^utora de aço nos aEstados
anunciou que havia comprado ações da 'ena Mining (Dompany Ltd., que pos1 ^ricas jazidas do minério localizadas ctrca de 45 milhas a nordeste de Monpôrto 8, capital da Libéria.
O minério da referida região" é de primeira qualidade e ocorre em fragmengrandes de alto teor metálico, em pregados especialmente nos fomos aber
tos, a fim de apressar a redução do car bono durante a fabricação do aço, iustamen^ o tipo de minério mais escasso nos Estados Unidos. O minério liberiano e uma mistura de hematita e macneti
ta, com teor de 68%, contendo uma percentagem reduzida de fó.sforo, enxôfre
capitais para ^ e.xploração cias minas.
Uepublic Steel Corporation utilizará o
mincrio cm vários de seus fomos abortos
c o excedente cia produção será vendido
pela Libena Mining Company. Entrementes, uma frota de 266 navios empregados no transporte de minério a!°da primavera Grandespara Lagos aguarda o degelo reiniciar suas Operações. Êsses navios, no ano pas sado, com o auxílio do 40 barcos cana-
denses, ^ansportaram quase 83.000.000 de toneladas do produto. Entretanto com o aumento da produção de aço, os
estoques de minério nas usinas e nas
docas ao sul dos Grandes Lagos caíram
para 18.000.000 de toneladas e, so o consumo do produto nos meses vindouros seguir o mesmo ritmo de janeiro e fe-
vere^o passados, os carregamentos de minério em 1949 excederão o total aicançado em 1948.
o sílíca. Os minérios da região do Lago Superior, que preenchem mais de 80% das necessidades da indústria siderúrgi
ca dos Estados Unidos, contêm apenas cérca de 51% do metal.
De conformidade com as informações ora divulgadas, a ferrovia para o trans porto do minério das jazidas para Mónróvia, ora em fase de construção, estará
pronta dentro de dois anos. Entretanto,
em outubro dôste ano, já estarão com
*
o Inshtuto de Estudos Inter-Americanos, organizaçao particular de pesqüi-
sas, sedrada em Washington, infoníioa
recentemente que, com a expansão cres cente da importação de mercadorias latmo-amencanas pelos Estados Unidos, a capacidade de compra, à base de dó
pelas repúblicas do sul, atingiu pletas as instalações terminais para o car- lares. ao mvel máiomo da sua história. Des !|®82"^ento e descarregamento de de o término da guerra passada, afir OOTO ,de toneladas anuais. Será necessáno um dispêncHo adicional de
mou o Instituto em um estudo sôbre o
assunto, os
países latino-americanos
f
total de apenas $ 62.000.000 de dezem bro de 1943 a junho de 1945, e
período de oito anos, de 1940 a 1947,
$ 553.000.000.
América Latina, aumentaram de $ 800.000.000. Finalizando, o seu estu do, o Instituto declarou que, em ja neiro deste ano, o Departamento da Agri-' cultura dos Estados Unidos estava con siderando mais de 300 projetos de investif^ação e demonstração em colabo
As informações ora dÍNiilgadas, co mentam alguns círculos, constitticm uma
que em 1948, cinqüenta e quatro cida
americanos. em confronto com
$ 2.149.000.000 em 1947, $ 1.760.000.000 em 1946.
Durante a
guerra, a média anual aV\ançada foi de $ 1.304.000.000, e antes do conflito mun
dial esta cifra alcançava apenas a ..
refutação a um artigo de Summcr We^es o de outros elementos de projeção, se gundo os quais os Estados Unidos ha viam abandonado os princípios econô micos da "política da boa vizinhança" desde o término da gueiTa passada. O Instituto considera indispensável a di
vulgação e a compreensão dos dados estatísticos e afirma que desde a cessa
ção do conflito os Estados Unidos ha viam, mais do que nunca, proporcio nado ajuda para a estabilizaç<ão mone tária da América Latina.'
Além disso,
os Estados Unidos puseram á dispo sição das outras repúbUcas os seus co nhecimentos técnicos nos campos agrí
ração com os países latino-americanos e dãos das outras repúbUcas estavam se-
cuindo cursos de instrução no referido
Departamento, além de centenas de
o
Departamen pessoas que ali
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vão anualmente para fa
zer estudos técnicos. íj!
*
*
O sovêmo da RepúbUca Dominicana
acaba de informar que a Chocolatera Sanchez, a maior organizaçao para a fa bricação de chocolates na América Latina, adquirida recentemente pelo governo da-
nuéle país, exportará até dois terços das
safras dominicanas de amêndoas de cacau durante os próximos cinco anos e que,
cola e industrial,' estabeleceram leis pa
até dezembro de 1953, beneficiara o res tante do produto no próprio pais.
ra o controle da exportação, as quais concedem à América Latina igualdade
maior produtor de cacau. Em 1947, fo
de tratamento com os consumidores nor
ram ali produzidas 84.000
te-americanos, na distribuição dos produ tos escassos, e concluíram acordos finan
ria dominicana;
A República Dominicana é °
cas de amêndoas, a maior safra da histo segun
ceiramente satisfatórios para a venda de
ra, a produção de 1949 será ainda maior.
materiais de guerra e navios mercantes -
Os cacauais dominicanos cobrem ex tensão de 226.000 acres. Os dois maiores
excedentes.
Prosseguindo na sua análise, o Insti tuto afirmou que, nos três anos anterio
res a 30 ^de junho de 1948, o Banco de Exportação e Importação concedeu em préstimos à América Latina em um to tal de $ 213.000.000, em cotejo com um
importadores do produto são os Estados Unidos e a Holanda. Nos últimos anos, por motivo dos altos preços ^cançados pelas amêndoas, a República DommicaL preferiu exportar a matéria-prima, ao
DiCESTO
110
Econónoco oco
\
BANCO DO BRASIL S. A. RUA ÁLVARES PENTEADO N.o 112 SÃO PAULO
coroas (Cr$ 233.147.500,00). Nos três últimos meses dc 194S, liouve um ex
cesso de exporlaç-ões, num total do
COBRANÇAS — DEPÓSITOS — EMPRÉSTIMOS — CÂMBIO —
artigo capaz de competir com os da
125.000.000 dc coroas (Cr$ 651.2.50.000,00). As importações au
província de Yucatan, no México, que
mentaram em janeiro de 26.000.000 dc
produz o sisal conhecido por "nene-
coroas, num total dc 378.900.000 (Cr$
rjuem" e é o resultado do aproveitarnento de oito espécies dessa planta.
1.974.069.000,.00), era comparação com
o Brasil já está participando do coroércio internacional de fibras com um
o mês precedente, enquanto qxie as e.\-
Diante a guerra, o sisal do Nordeste, ^ i denominado "agave", começou a ser
coroas, num total dc 334.200.000 (Cr$
exportado, passando a figurar, desde
1.741.182.000,00).
portações diminuíram de 85.{)00.000 de
1945, como um dos nossos produtos dc wa colocação no exterior. Graças a mc-
idas tomadas pelos governos de Per nambuco e Paraíba, o nosso país, que <^01 1945 enviou 5 toneladas do produto para o exterior, mandou nos sete primei
Em comparação com janeiro cie 1948,
as cifras correspondentes às importações apresentam . uma diminuição de cerca
de 43.000.000 c as das exportações um
aumento de mais dc 47.000.000. Quase todos os grupos dc artigos de impor
ros meses de 1948, 11.617 toneladas, •em daqueles dois Estados, São Paulo
tação apresentaram um aumento. A maior elevação, de 8.300.000 coroas, num total
agave". As possibilidades do comér
de 77.800.000 coroas, registrou-sc para os produtos minerais e fósseis, especial mente os óleos combustíveis, enquanto
nmbém possui alguns miMiões de pés de
cio do sisal são numerosas, não apenas para exportação, como se verifica atual
mente, mas também para a economia in
terna. No Rio Grande do Sul, o xarque está sendo exportado em sacos dessa
fibra. Na Bahia, já se instalou uma fiação de sisal para embalagem de ca cau. Atualmente, salienta-se que o Bra
sil deve evitar a exportação do sisal, a fim de que não continue a importar, a pêso de ouro, fibras de outras qualida des para revestir produtos agrícolas e
—
ORDENS DE PAGAMENTO
—
CRÉDITO
AGRÍCOLA E INDUSTRIAL — CARTEIRA DE FINANCIAMENTO.
TAXAS DAS CONTAS DE DEPÓSITO:
Populares (limite de CrS 50.000,00)
4% a.a.
Limitados Uimite de CrS 100.000,00) SEM LIMITE .:
3% a.a. 2% a.a.
Depósitos a Prazo Fixo: 12 meses
5% a.a.
Depósitos de Aviso Prévio: 90 dias
'iVz% a.a.
go dias
4 % a,a.
6 meses 4% a.a. 30 dias 3%% a.a. Contas a Prazo Fixo, com Pagamento mensal de Juros: 6 meses 3^% a.a. 12 meses 4V2% a.a.
que o grupo dos artigos têxteis aumen tou de 7.600.000, num total de
68.500.000 coroas. Entre as exportações, as madeiras sofreram a maior redução.
O seu valor foi de 32.200.00i, contra 58.700.000 cm dezembro, enquanto que as exportações de papel o pasta baixa ram de 147.700.000 para 143.000.000, número que é superior em 24.000.000,
contudo, ao do mesmo mês do ano pas
mesmo minérios.
sado. Os embarques dc minério de fer ro, que, como os de produtos florestais,
^
foram sensivelmente afetados pe^as di ficuldades de embarque próprias da
-
CUSTÓDIA
PORTO
temporada, diminuiram de 138.000 to
O aumento ^ das importações, junto à diminuição, em parte estacionária, das exportações, produziu como conseqüên cia um saldo desfavorável no comércio
exterior da Suécia, correspondente ao mês de janeiro, num total de 44.750.000
neladas, num total de 566.000, as ex portações de ferro e aço baixaram de
45.500.000 para 38.900.000 e as de arti
gos mecânicos de 53.800.000 para ... 40.000.000. A exportação de navios di minuiu em cêrca de 16.000.000, num total de 22.000.000. .
.
■
. ,
-
ADRIANO
DiCESTO
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Econónoco oco
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BANCO DO BRASIL S. A. RUA ÁLVARES PENTEADO N.o 112 SÃO PAULO
coroas (Cr$ 233.147.500,00). Nos três últimos meses dc 194S, liouve um ex
cesso de exporlaç-ões, num total do
COBRANÇAS — DEPÓSITOS — EMPRÉSTIMOS — CÂMBIO —
artigo capaz de competir com os da
125.000.000 dc coroas (Cr$ 651.2.50.000,00). As importações au
província de Yucatan, no México, que
mentaram em janeiro de 26.000.000 dc
produz o sisal conhecido por "nene-
coroas, num total dc 378.900.000 (Cr$
rjuem" e é o resultado do aproveitarnento de oito espécies dessa planta.
1.974.069.000,.00), era comparação com
o Brasil já está participando do coroércio internacional de fibras com um
o mês precedente, enquanto qxie as e.\-
Diante a guerra, o sisal do Nordeste, ^ i denominado "agave", começou a ser
coroas, num total dc 334.200.000 (Cr$
exportado, passando a figurar, desde
1.741.182.000,00).
portações diminuíram de 85.{)00.000 de
1945, como um dos nossos produtos dc wa colocação no exterior. Graças a mc-
idas tomadas pelos governos de Per nambuco e Paraíba, o nosso país, que <^01 1945 enviou 5 toneladas do produto para o exterior, mandou nos sete primei
Em comparação com janeiro cie 1948,
as cifras correspondentes às importações apresentam . uma diminuição de cerca
de 43.000.000 c as das exportações um
aumento de mais dc 47.000.000. Quase todos os grupos dc artigos de impor
ros meses de 1948, 11.617 toneladas, •em daqueles dois Estados, São Paulo
tação apresentaram um aumento. A maior elevação, de 8.300.000 coroas, num total
agave". As possibilidades do comér
de 77.800.000 coroas, registrou-sc para os produtos minerais e fósseis, especial mente os óleos combustíveis, enquanto
nmbém possui alguns miMiões de pés de
cio do sisal são numerosas, não apenas para exportação, como se verifica atual
mente, mas também para a economia in
terna. No Rio Grande do Sul, o xarque está sendo exportado em sacos dessa
fibra. Na Bahia, já se instalou uma fiação de sisal para embalagem de ca cau. Atualmente, salienta-se que o Bra
sil deve evitar a exportação do sisal, a fim de que não continue a importar, a pêso de ouro, fibras de outras qualida des para revestir produtos agrícolas e
—
ORDENS DE PAGAMENTO
—
CRÉDITO
AGRÍCOLA E INDUSTRIAL — CARTEIRA DE FINANCIAMENTO.
TAXAS DAS CONTAS DE DEPÓSITO:
Populares (limite de CrS 50.000,00)
4% a.a.
Limitados Uimite de CrS 100.000,00) SEM LIMITE .:
3% a.a. 2% a.a.
Depósitos a Prazo Fixo: 12 meses
5% a.a.
Depósitos de Aviso Prévio: 90 dias
'iVz% a.a.
go dias
4 % a,a.
6 meses 4% a.a. 30 dias 3%% a.a. Contas a Prazo Fixo, com Pagamento mensal de Juros: 6 meses 3^% a.a. 12 meses 4V2% a.a.
que o grupo dos artigos têxteis aumen tou de 7.600.000, num total de
68.500.000 coroas. Entre as exportações, as madeiras sofreram a maior redução.
O seu valor foi de 32.200.00i, contra 58.700.000 cm dezembro, enquanto que as exportações de papel o pasta baixa ram de 147.700.000 para 143.000.000, número que é superior em 24.000.000,
contudo, ao do mesmo mês do ano pas
mesmo minérios.
sado. Os embarques dc minério de fer ro, que, como os de produtos florestais,
^
foram sensivelmente afetados pe^as di ficuldades de embarque próprias da
-
CUSTÓDIA
PORTO
temporada, diminuiram de 138.000 to
O aumento ^ das importações, junto à diminuição, em parte estacionária, das exportações, produziu como conseqüên cia um saldo desfavorável no comércio
exterior da Suécia, correspondente ao mês de janeiro, num total de 44.750.000
neladas, num total de 566.000, as ex portações de ferro e aço baixaram de
45.500.000 para 38.900.000 e as de arti
gos mecânicos de 53.800.000 para ... 40.000.000. A exportação de navios di minuiu em cêrca de 16.000.000, num total de 22.000.000. .
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-
ADRIANO
AQUI BSTÁ O
Um simples botão garanfe milhares de cópias nítidas pelo
ST-: f
S'ssr
s |] M í R I n No Prlnt'Fix, o botdo patenteado a ar comprimido para enfintamento por sís»
■ tema prteumático é a garantia de mí/harei de cópias nítidas e uniformes de um mesmo steneil. Mais do que um dupUcador, Prinf-Fú eíecfro-oufomáf/co tem um prin cípio de funcionamento inteiramente novo
que o torna uma verdadeira máquina im pressora para escritórios. Gorontido por 5 anos. Peço-nos uma demonstração sem compromisso.
P*9-
o fuluro do regime fcderailvo brasileiro — BraslHo Machado Neto Temas e problemas em debote - Darlo de Almeida Magalhães
^
O instituto da Hilóia amazônica, seus cbietivos e planos^ ^
3^
Cheques compensados - Tlk-hard Lcwinsohn
®
A Lei do inquilinato e o conceito cristão da propriedodo — Roland Corbisler ... • Lei do inquilinato — Antônio clc Sampaio Dória
^
Plano do recuperação econômica c fomento da produção - Roberto Pinto de Souza M O sistema tributário do Brasil — Paul Hugon
O destino da padronização orçamentária — Arlzlo de Viana A participação no lucro das cmprêsas — Clóvis Leite Ribeiro Análise dos mercados — Dorival Teixeira Vieira
Noções gerais sòbre Impôsto - Josô Lui? dc Almeida Nogueira Pôrto
ÚNICOS IMPORTADORES t ORGHHIZRCflO
H
M cotnteu I eoKTAtJuoAoi micanoaoa itda.^
SAO PAULO - Rua do Carmo, 59 - Loja • Ttif. 2-1666 e 2-0526 RIO DE JANEIRO - Ruo Debr«t, 79 • A • Lojo - Tel. 32-6767
CURITIBA - Rua 15 dc Novembro, 575 - 3." ■ Tel. 4103 BELO HORIZONTE - Av. Aíonio Pena, 526• 11.« Tel. 2-1902
01
O Tratado de Methuen — Nelson Wcrnock Sodrc
j"
Importar teorias ou resolver problemas? — Djacir Menezes Emptésas concessionárias de serviços públicos — Alde Sampaio
Descentralização jnduslrial — Plmrntol Gomes
Produção agricola © reforma agrária — Edgar Teixeira Leite
Augusto Corato e o malthusianismo — Ivnn Lins Subsídio parlamentar — Otávio Tarquínio de Sousa Os caminhos da socialização — Cândido Mota Filho
N.o 54 —
ÍM
«
Impressões sóbre a zona assolada no Vale do Paraiba — L A. Costa Pinto . . .
MAIO DE 1949 -
ANO V