DIGESTO ECONÔMICO, número 53, abril 1949

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Rodrigo Soares Júnior

36

Problema da industrialização no Brasil — Dorival Teixeira Vieira Paridade do preços e poder aquisitivo dos produtores — Aldo M. Azevedo

45

Roberto Pinto de Souza

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O imposto do vendas e consignações e a capacidade contribullva paulista — Petróleo artificial o suas possibilidades — S. Fróes Abreu A erosão o a conservação dos solos — Pimentel Gomes

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9 30

O Plano Monnct — Ricliard Lcwinsohn Hisiórla Econômica — Plano e Democracia — Afonso Arlnos de Melo Franco

51 56 60

A reforma do sistema bancário brasileiro — Orozimbo O. Roxo Loureiro

65

Noções goraes sôbro Imposto — José Luís de Almeida Nogueira PÔrto

72

O existoncialismo e a vida econômica — Cândido Mota Filho

78

Metafísica da economia política liberal — Ivan Lins

81

O tratado do Methucn — Nelson Wcrncck Sodré

85

Formação Histórica do Brasil — Luiz Delgado

90

O cobre falso na Bahia — Otávio Tarquinio de Souza O movimento marítimo comerciai de São Paulo em 1801 — Afonso de Tatinay

100

Panorama

108

econômico

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O Dl^esto Econômico publicará no próximo número:

Diretor:

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TEMAS E PROBLEMAS EM DEBATE

— Dario de Almeida Magalhães.

pelos dados cujas fontes estejam

devidamente citadas, nem

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conceitos emitidos em artigos assi nados.

A LEI DO INQUILINATO E O CON CEITO CRISTÃO DE proprieda de — Roland Corbisier.

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nome

do

D i g e s1o

Econômico.

SISTEMA TRIBUTÁRIO DO BRASIL — Paul Hugon.

Aceita-se intercâmbio com publi cações congêneres naclonala e es

trangeiras.

RodIUCO SOAIIES JlJNlOR

Ês ano.s após. o termino da segunda conflagração universal, o mundo de proine.ssaf: e cspcntnças pelo qual se co'igarani tantos povos contra o nnzi-fascismo oferece quadros muito nniílogos aos que antecederam o tenebroso conflito. No decorrer da guerra, estadistas, so ciólogos o publicistas haviam insisten

temente posto o acento na democríicía, frisando a necessidade de rejeitar as dou

A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DAS EMPRÊSAS — Clóvis Leite Ribeiro.

das principahnente no regime de Hitler. considerar realmente u'D

mundo me

lhor", consoante a fórmula tão apregoa

da, o que fosse liberto e desembaraça do dos vícios do imperialismo e das aber rações totalitíirias.

Tornemos a citar as quatro liberda

des famosas, enunciadas pelo Presidente Rooseve't, para bem compreender co

mo elas exprimiam a melhor síntese de

um mundo novo, encarreíraclo numa tri

lha de pacificação e de justiça: 1) Liberdade de palavra e de .ex pressão;

Deus a seu modo;

3) Liberdade de subsistência e de

Dlgeito Econômico Ano í.simnles) CrS SO.no

fregistradol

CrS 58.00

Número do mês:

Cr.Ç

5.00

Atrasada:

Cr§ 8.00

-k

possuir um nível de vida decente; 4) Liberdade de viver sem medo.

E' fácil notar, nas palavras aparente

mente tão simples das quatro cláusulas RedaçSo e Administração: Viaduto Boa Vlata, 67 - 7.o andar TeL 3-7499 — Caixa Posíal, 240-B São Paulo

sal de direito e de convivência social. Ressai ainda da leitura mais atenta

dessas quatro liberdades, /jue repre sentam a melhor configuração da "de mocracia", quanto custaria aplicá-las num mundo onde la\Tam ainda, infehz-

mente, pensamentos contrários à liber dade e à tolerância religiosa. *

*

E sem dúvida não fa'tavam razões para

2) Liberdade de cada qual adorar ASSINATURAS:

"

Franlílin Roosevelt, essas sentenças que

constituem a base de um código imiver- '

trinas de força e de agressão corporifica-

O TRATADO DE METHUEN - Nelson "Wemeck Sodré.

A direcSo nSo se responsabiliza

As responsabilidades dos Estados Unidos na elaboração do mundo novo

acima citadas, a amplidão do programa

A todos os críticos que argiiem o pre sidente Roosevelt de hiwer cometido

grandes erros de estratégia política com relação aos pontos de vista do seu alia do Stalin e às pretensões da Rússia, devem os homens sinceramente democrá

ticos responder que jamais existe um

erro quando se tentou procurar o cami nho da reconciliação e da paz.

Depois de uma guerra feita contra as "forças do mal", constituía uma neces

sidade absoluta dar crédito ao pais.

que ajudara a vencer a potência nazista. Winston Churchill, na hora do perigo,

proclamara que se uniria com quem quer

que fôsse, contanto que servisse para destruir o hitlerismo.

Ao realismo da

mesma atitude, Roosevelt ajuntou a sin cera tentativa de aproximar-se de uma coletividade rica de energias, de virtu des de sacrifício e de capacidade técni

que elas encobriam e como seria laborio

ca com a qual se teria de reconstruir

so executar esses preceitos comesinhos de respeito à dignidade humana. , E l.onra

o mundo em bases "democráticas". Só a circunstância de haver prestado efi

sumamente a civilização americana te

rem partido de um grande homem, como

ciente e fie' ajuda para derrocar o nazifascismo bastaria para confiar na co-


,< t

"ta I HUHD9 DOS NUOCIOS NUU PtHQRftMS Pub/ieodo lob o* auipíciot da

ttSSOCIflCJOCOHERClALDESâDFflUlO

-k

fEDERJCiO DO COMERCIO DO ESTADO DE SiO PAUIO

Diretor superintendente: Maiílin Affonso Xavier da Silveira

O Dl^esto Econômico publicará no próximo número:

Diretor:

Anlonlo Gonlijo de Carvalho

O Dlgesto Econômico, órgíio de In formações econômicas e financei ras, é publicado mensalmente pela Edltôra Comercial Ltda.

TEMAS E PROBLEMAS EM DEBATE

— Dario de Almeida Magalhães.

pelos dados cujas fontes estejam

devidamente citadas, nem

pelos

conceitos emitidos em artigos assi nados.

A LEI DO INQUILINATO E O CON CEITO CRISTÃO DE proprieda de — Roland Corbisier.

Na transcrlcOo de artigos pede-se

citar

o

nome

do

D i g e s1o

Econômico.

SISTEMA TRIBUTÁRIO DO BRASIL — Paul Hugon.

Aceita-se intercâmbio com publi cações congêneres naclonala e es

trangeiras.

RodIUCO SOAIIES JlJNlOR

Ês ano.s após. o termino da segunda conflagração universal, o mundo de proine.ssaf: e cspcntnças pelo qual se co'igarani tantos povos contra o nnzi-fascismo oferece quadros muito nniílogos aos que antecederam o tenebroso conflito. No decorrer da guerra, estadistas, so ciólogos o publicistas haviam insisten

temente posto o acento na democríicía, frisando a necessidade de rejeitar as dou

A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DAS EMPRÊSAS — Clóvis Leite Ribeiro.

das principahnente no regime de Hitler. considerar realmente u'D

mundo me

lhor", consoante a fórmula tão apregoa

da, o que fosse liberto e desembaraça do dos vícios do imperialismo e das aber rações totalitíirias.

Tornemos a citar as quatro liberda

des famosas, enunciadas pelo Presidente Rooseve't, para bem compreender co

mo elas exprimiam a melhor síntese de

um mundo novo, encarreíraclo numa tri

lha de pacificação e de justiça: 1) Liberdade de palavra e de .ex pressão;

Deus a seu modo;

3) Liberdade de subsistência e de

Dlgeito Econômico Ano í.simnles) CrS SO.no

fregistradol

CrS 58.00

Número do mês:

Cr.Ç

5.00

Atrasada:

Cr§ 8.00

-k

possuir um nível de vida decente; 4) Liberdade de viver sem medo.

E' fácil notar, nas palavras aparente

mente tão simples das quatro cláusulas RedaçSo e Administração: Viaduto Boa Vlata, 67 - 7.o andar TeL 3-7499 — Caixa Posíal, 240-B São Paulo

sal de direito e de convivência social. Ressai ainda da leitura mais atenta

dessas quatro liberdades, /jue repre sentam a melhor configuração da "de mocracia", quanto custaria aplicá-las num mundo onde la\Tam ainda, infehz-

mente, pensamentos contrários à liber dade e à tolerância religiosa. *

*

E sem dúvida não fa'tavam razões para

2) Liberdade de cada qual adorar ASSINATURAS:

"

Franlílin Roosevelt, essas sentenças que

constituem a base de um código imiver- '

trinas de força e de agressão corporifica-

O TRATADO DE METHUEN - Nelson "Wemeck Sodré.

A direcSo nSo se responsabiliza

As responsabilidades dos Estados Unidos na elaboração do mundo novo

acima citadas, a amplidão do programa

A todos os críticos que argiiem o pre sidente Roosevelt de hiwer cometido

grandes erros de estratégia política com relação aos pontos de vista do seu alia do Stalin e às pretensões da Rússia, devem os homens sinceramente democrá

ticos responder que jamais existe um

erro quando se tentou procurar o cami nho da reconciliação e da paz.

Depois de uma guerra feita contra as "forças do mal", constituía uma neces

sidade absoluta dar crédito ao pais.

que ajudara a vencer a potência nazista. Winston Churchill, na hora do perigo,

proclamara que se uniria com quem quer

que fôsse, contanto que servisse para destruir o hitlerismo.

Ao realismo da

mesma atitude, Roosevelt ajuntou a sin cera tentativa de aproximar-se de uma coletividade rica de energias, de virtu des de sacrifício e de capacidade técni

que elas encobriam e como seria laborio

ca com a qual se teria de reconstruir

so executar esses preceitos comesinhos de respeito à dignidade humana. , E l.onra

o mundo em bases "democráticas". Só a circunstância de haver prestado efi

sumamente a civilização americana te

rem partido de um grande homem, como

ciente e fie' ajuda para derrocar o nazifascismo bastaria para confiar na co-


10

laboraçâo soviética, a fim de instituir no futuro a paz entre os povos e eli

Dicesto EcoNÓNnco

avanço do "oriente": a doutrina Tniman

minar da sociedade internacional os vírus

Pela primeira, a Casa Branca concla

mou OS povos livrc.s a objetivarem uma

rialismo.

ação comum de defesa contra o tran.sbor-

Sc- Os fatos não vierem ratificar as

damento soviético e tomou-se fíadora

esperanças dos idealistas, a culpa não

cabe às nações democráticas. E entre

da independência de viirios povos, a ponto de coní5Ídcrar-lhes as respectivas

elas, numa hora profundamente dramá

fronteiras nacionais como a linlia invio

tica, asoiltam os Estados Unidos, sobre

lável da própria .segurança americana.Quanto ao Plano Mar.sliall, lançado em Harvarcl a 5 dc junho de 1947, teve por objeto precipuo organizar paulatina

rcsponsabi idades da história contemporâ nea.

à tutc'a ou taK e/ à conquista dc Moscou, conquista .sol)rc'nu)do 'facilitada pcln falo dc o marxismo, auxiliado por fortes propul.sões suliversivas, deparar cíim maio res probairllidadcs dc iiuadir o conta

e o Plano Marshall.

da agressividade sistemática e do impe

os quais pesam as mais transcendentes

Dioesto Econômico

res democráticos de maior talento e en-

\-ergaduru n\oral. Manobras envolventes e penetrações

ramificadas nos órgãos vitais de um país

jugulam todas as facu'dades do defesa

minar os outros do que de ser contrabu-

das democracias atacadas e incorporam

tido pcla.s idéias opostas. Porque c inegável que mio se encon

ao bloco "oriental" países inteiros.' ul-

tram face

face poderes em condições

iguais dc se afrontarem no campo da luta. A força suplementar de Moscou,

abrigada atrás dc "nnm cortina do ferro",

Icriormente dominados pelos princípios

marxistas e pelos processos educativos e do produção da União Soviética.

Que tais métodos são rendosos, mos tra-o a lista dos países sucessivamente

mente a auto-suficiuncia das nações de

reside na faculdade dc niinar os adver-

abocanhados pelo colosso soviético, digno

mocráticas da Europa, mediante um pro grama dc reabilitação econômica compu

continuador do urso moscovita que ou-

tado em centena.s de bilhões de dólares.

ssirios por meio de uma técnica oficicntíssima, manobrada por agentes qiie atuam geralmente c-ni terreno bastante

referência às forças econômicas, apa

Ora. do choque da iclco'ogia lenino-

permeável às idéias comunistas. A quin-

Em conquista franca foram anexadas

recem como a única fonte de recupera ção da normalidade.

mar.xista com a concepção ocidental de

ta-coluna marxist-a

democracia, vem resultando.uma situa

como a nazista, um invasor

ção extremamente grave, prcnhe do con

que Se insinua num meio em grande maioria hostil. O contágio social do mar xismo opera, via de regra,

Em face dos seus co-associados tam

bém vencedores na guerra contra o na zismo, os Estados Unidos, além de uma

•posição de excepcional privilégio cora

O Império Britânico sacrificou um po

derio secular para sobreviver. Revelou e continua a revelar notável robustez de

flitos e divergências que impossibilitam

a formação daquele "mundo só" ao qual

SC referira Wendell Wülkie. A ausên cia de acordo entre Moscou e as demo edifício da era vitoriana, que se imagi nava capaz de desafiar os tempos. ,0 cracias cria um , mundo dual, muito resto da Europa, mesmo empenhando es • mais perigoso que se fôssc cheio de va forços imensos para reerguer-se, luta não riantes político-sociais. Essa bipartição só contra os vestígios da guerra como ideológica conduz incvitàvelmente aa para defender-se das agitações internas "impasse" insanávtíl, onde .será precisa uma ca'rna evangélica para contornar a que retardam a conva!e.scença. O pior na situação que se criou é solução irremediável da conflagração ^ que a Europa, perdida a unidade de universal n.° 3. Nesta emergência,, cujos perigos é es civilização que possuía antes da guerra, caráter, mas deixou de ser o portentoso

se acha dividida e separada por dois

princípios opostos, de modo que uma parte, denominada a "Ocidental , e a que sustenta as idéias, a essência filosó fica e o ritmo de vida compatíveis com

cusado esconder, os Estados Unidos re-

prc-seutam um centro de ação e resis tência com tal ascendência técnica o

econômica sôbre os outros países, que não há remédio senão solicitar-lhes que

o programa "democrático da América. assumam a posição de árbitros e proteto Pois essa Europa, agregada a alguns res do princípio ocidental.

Outros países dos demais continentes, forma o conjunto francamente liderado

E, por enquanto, vêm ôles desempe nhando tal função e formando o pólo

pelos Estados Unidos, que hoje se es

moral, social e econômico para o qual se

cuda em dois fa^ôres de resistência ao

volvem as nações esperançadas de fugir _ i

à U. R. S. S. depois da

não c,

A ^

guerra: províncias orientais da Polônia, Lituiinia, Letô^

nia, Estônia, Bcssarábia, Bucovina do Norte, Ucroi-

na subcarpática, a parte norte da Prússia oriental, a

em terrenos cm que é niro

V*

trora cubiçava Constantinopla c estencUa os tentáculos até o Pacífico.

Garélia

não surgirem alianças e cumplicidades ocultas, por via das quais a conquista Se executa apó.s impressio

fineza,

Petsano,

Tann ou Touva, a Sakalina do Sul e as Kourikas. Somem-se a ôsse imenso

acréscimo territorial as de mocracias populares , nas quais o comunismo venceu

nante -trabalho de penetra

ção, por vêzes tão hábil e silencioso que, quando ex plode, sobrevém em cará- ^

à custa de habilíssimas ci

ter quase fulminante e irresistível. E uma outra forma de "blitzkrieg",^ precedida de conjuras quase imperceptíveis. É a tática do golpe vibrado ao "calcar um

ladas eleitorais e dos golpes descritos, e

para aniquilar as resistências e desani

que são as seguinte^: Polônia, Tchecos lováquia, Hungria, Runiânia, Bulgária e Iugoslávia, sendo que neste último pais parece haver alguns desentendimentos a regular entre Moscou e o General Tito, a menos que seja isso mais uma tática

mar as'veleidades de reagir,

para ludibriar os ingênuos.

botão", visto haver sido preparada se gundo O.S ensinamentos mais perfeitos Assim se

deu na Tchecoslováquia, onde a técni ca foi aplicada modelarmente e determi

O que há a constatar é que essas "de mocracias populares", dirigidas por go

nou a morte de homens do valor de

vernos mais ou menos títeres, seguem

Benes e Masaryk, colhidos nas malhas de uma conspiração que anulou os líde

obedientemente as bases ideológicas da Rússia e nroclamam em seus programas.


10

laboraçâo soviética, a fim de instituir no futuro a paz entre os povos e eli

Dicesto EcoNÓNnco

avanço do "oriente": a doutrina Tniman

minar da sociedade internacional os vírus

Pela primeira, a Casa Branca concla

mou OS povos livrc.s a objetivarem uma

rialismo.

ação comum de defesa contra o tran.sbor-

Sc- Os fatos não vierem ratificar as

damento soviético e tomou-se fíadora

esperanças dos idealistas, a culpa não

cabe às nações democráticas. E entre

da independência de viirios povos, a ponto de coní5Ídcrar-lhes as respectivas

elas, numa hora profundamente dramá

fronteiras nacionais como a linlia invio

tica, asoiltam os Estados Unidos, sobre

lável da própria .segurança americana.Quanto ao Plano Mar.sliall, lançado em Harvarcl a 5 dc junho de 1947, teve por objeto precipuo organizar paulatina

rcsponsabi idades da história contemporâ nea.

à tutc'a ou taK e/ à conquista dc Moscou, conquista .sol)rc'nu)do 'facilitada pcln falo dc o marxismo, auxiliado por fortes propul.sões suliversivas, deparar cíim maio res probairllidadcs dc iiuadir o conta

e o Plano Marshall.

da agressividade sistemática e do impe

os quais pesam as mais transcendentes

Dioesto Econômico

res democráticos de maior talento e en-

\-ergaduru n\oral. Manobras envolventes e penetrações

ramificadas nos órgãos vitais de um país

jugulam todas as facu'dades do defesa

minar os outros do que de ser contrabu-

das democracias atacadas e incorporam

tido pcla.s idéias opostas. Porque c inegável que mio se encon

ao bloco "oriental" países inteiros.' ul-

tram face

face poderes em condições

iguais dc se afrontarem no campo da luta. A força suplementar de Moscou,

abrigada atrás dc "nnm cortina do ferro",

Icriormente dominados pelos princípios

marxistas e pelos processos educativos e do produção da União Soviética.

Que tais métodos são rendosos, mos tra-o a lista dos países sucessivamente

mente a auto-suficiuncia das nações de

reside na faculdade dc niinar os adver-

abocanhados pelo colosso soviético, digno

mocráticas da Europa, mediante um pro grama dc reabilitação econômica compu

continuador do urso moscovita que ou-

tado em centena.s de bilhões de dólares.

ssirios por meio de uma técnica oficicntíssima, manobrada por agentes qiie atuam geralmente c-ni terreno bastante

referência às forças econômicas, apa

Ora. do choque da iclco'ogia lenino-

permeável às idéias comunistas. A quin-

Em conquista franca foram anexadas

recem como a única fonte de recupera ção da normalidade.

mar.xista com a concepção ocidental de

ta-coluna marxist-a

democracia, vem resultando.uma situa

como a nazista, um invasor

ção extremamente grave, prcnhe do con

que Se insinua num meio em grande maioria hostil. O contágio social do mar xismo opera, via de regra,

Em face dos seus co-associados tam

bém vencedores na guerra contra o na zismo, os Estados Unidos, além de uma

•posição de excepcional privilégio cora

O Império Britânico sacrificou um po

derio secular para sobreviver. Revelou e continua a revelar notável robustez de

flitos e divergências que impossibilitam

a formação daquele "mundo só" ao qual

SC referira Wendell Wülkie. A ausên cia de acordo entre Moscou e as demo edifício da era vitoriana, que se imagi nava capaz de desafiar os tempos. ,0 cracias cria um , mundo dual, muito resto da Europa, mesmo empenhando es • mais perigoso que se fôssc cheio de va forços imensos para reerguer-se, luta não riantes político-sociais. Essa bipartição só contra os vestígios da guerra como ideológica conduz incvitàvelmente aa para defender-se das agitações internas "impasse" insanávtíl, onde .será precisa uma ca'rna evangélica para contornar a que retardam a conva!e.scença. O pior na situação que se criou é solução irremediável da conflagração ^ que a Europa, perdida a unidade de universal n.° 3. Nesta emergência,, cujos perigos é es civilização que possuía antes da guerra, caráter, mas deixou de ser o portentoso

se acha dividida e separada por dois

princípios opostos, de modo que uma parte, denominada a "Ocidental , e a que sustenta as idéias, a essência filosó fica e o ritmo de vida compatíveis com

cusado esconder, os Estados Unidos re-

prc-seutam um centro de ação e resis tência com tal ascendência técnica o

econômica sôbre os outros países, que não há remédio senão solicitar-lhes que

o programa "democrático da América. assumam a posição de árbitros e proteto Pois essa Europa, agregada a alguns res do princípio ocidental.

Outros países dos demais continentes, forma o conjunto francamente liderado

E, por enquanto, vêm ôles desempe nhando tal função e formando o pólo

pelos Estados Unidos, que hoje se es

moral, social e econômico para o qual se

cuda em dois fa^ôres de resistência ao

volvem as nações esperançadas de fugir _ i

à U. R. S. S. depois da

não c,

A ^

guerra: províncias orientais da Polônia, Lituiinia, Letô^

nia, Estônia, Bcssarábia, Bucovina do Norte, Ucroi-

na subcarpática, a parte norte da Prússia oriental, a

em terrenos cm que é niro

V*

trora cubiçava Constantinopla c estencUa os tentáculos até o Pacífico.

Garélia

não surgirem alianças e cumplicidades ocultas, por via das quais a conquista Se executa apó.s impressio

fineza,

Petsano,

Tann ou Touva, a Sakalina do Sul e as Kourikas. Somem-se a ôsse imenso

acréscimo territorial as de mocracias populares , nas quais o comunismo venceu

nante -trabalho de penetra

ção, por vêzes tão hábil e silencioso que, quando ex plode, sobrevém em cará- ^

à custa de habilíssimas ci

ter quase fulminante e irresistível. E uma outra forma de "blitzkrieg",^ precedida de conjuras quase imperceptíveis. É a tática do golpe vibrado ao "calcar um

ladas eleitorais e dos golpes descritos, e

para aniquilar as resistências e desani

que são as seguinte^: Polônia, Tchecos lováquia, Hungria, Runiânia, Bulgária e Iugoslávia, sendo que neste último pais parece haver alguns desentendimentos a regular entre Moscou e o General Tito, a menos que seja isso mais uma tática

mar as'veleidades de reagir,

para ludibriar os ingênuos.

botão", visto haver sido preparada se gundo O.S ensinamentos mais perfeitos Assim se

deu na Tchecoslováquia, onde a técni ca foi aplicada modelarmente e determi

O que há a constatar é que essas "de mocracias populares", dirigidas por go

nou a morte de homens do valor de

vernos mais ou menos títeres, seguem

Benes e Masaryk, colhidos nas malhas de uma conspiração que anulou os líde

obedientemente as bases ideológicas da Rússia e nroclamam em seus programas.


Dicesto ,Econômico DiciíSTO

12

como ocorre na Polônia, a decisão de

guardar o poder para a classe operária e militar no campo "anti-imperíalista". Os partidos que dominam nas democracias populares propóem-se a realizar o Esta do socialista e a liqüidar progressiva mente os elementos capitalistas da eco

bito pensar na Europa como moribunda

assuntos comuns aos povos associados.

ou doente sem cspcçança. Mas os fatos

insistindo para a própria reconciliação francíí-germàniea e denunciando nos

desmentem esse falso conceito. Estamos

Estados Unidos as atitudes renitentes e

diante de uni território de cèrea de 270 milhões de almas, altamente indus-

união européia firmada dentro dos qua

trioso, com uma herança de educação

dros das Nações Unidas, afiguraya-se ao eminente líder britânico impossível sal

Era o órgão mais indicado para curar um inundo abalado c ferido pela guer ra. E manda a justiça consignar a pri-

macial participação dos Estados Unidos numa obra onde se combinam harmonio

samente o espírito filantrópico o o senso prático dos americanos. Mais do que de frases e discursos, neccssitavaní os

povos de mercadorias e mantimcntos em

forças de classes na escala internacio

quantidade aprecíávc!. Privados de teto,

nal".

vestuário, alimentos e instrumentos de

trabalho, os povos castigados pela guerra

tamente o propósito de coonestar os obje

receberam dos Estados Unidos," a breve

tivos da União Soviética, intento em

lapso e com a presteza necessária, os

diametral antagonismo com os ideais

elementos imprescindíveis para dar im

res, consideradas satéMtes de Moscou,

apelidam por seu turno de campo ímperialista os países que optam pelas quatro liberdades de Roosevelt.

Eis um mundo, evidentemente, que ainda não realizou a concórdia que se esperava a bem da paz, e que até parece conduzir a uma desastrosa falência as

ilusões dos mais enraizados pacifistas. Hs * *

Não obstante o lamentável antagonis mo entre o mundo oriental e o ocidental, subsistem razões de confiança e otimis

mo, se considerarmos por outro lado os

esforços empreendidos para aplainar as causas de conflitos e resolver num plano

internacional os grandes problemas do momento, técnicos, políticos e sociais.

Sob essa concepção é que foi ideada e

Internacional de Reconstrução: "Ê há

sário da Alemanha ao tempo do nazi.smo, foi o estadista europcti que mais propugnou o p^ano da federação européia,

uma justa e eqüitativa compreensão cios

por um ministro polonês: "A democra cia popular é uma forma específica de poder revo'ucionário, nascida de novas condições históricas de nossa época; ela é e.xpressáo de uma nova relação das

americanos, pois as democracias popula

mara de Comércio de Filadélfia pelo -sr. John J. McCloy, presidente do Banco

Woodrow Wilson c que tem por fim substituir as conipetiçõe.s agressivas por

nomia. Tomemos a definição formulada

Não c possível confessar mais aber

13

Econômico

pulso à restauração econômica. Países que pareciam inteiramente desmantela dos e mesmo desvita'izados, acusaram

admirável poder recuperativo, como a

França, a Bélgica, a Holanda, a Itália.

E maior é o mérito desse rcerguimento, .sabendo-se que êle se processou em meio

de crises políticas e perturbações sociais em que não faltaram excessos de toda a

1

sem paralelo no inundo c com uma téc nica produtiva apenas superada, se o fòr, pelos Estados Unidos. Es.sas 270

de muitos entraves que paralisam as per-

'uma cultura rica e outros grandes fato

res imponderáveis que marcam o seu progresso .

Essa velha Europa, velha mas sempre

rejuvenescida com singular vitalidade, ao mesmo tempo museu dc arte o oficina das última.s descobertas da técnica, per cebo liavor chegado u hora de formar uma união federativa para não perecer.

Depreende-se de certas conferências políticas e de muitas sugestões larga mente propagadas na imprensa o em cír culos intelectuais muito seletos, que pas

sou a época das antigas divisões nacio-

ções funestas. Só uma fórmula sincera

os recursos e a inteMgência de uma civi

Nações Unidas), entidade que fêz re nascer com maiores atribuições a pri meira Liga das Nações proposta por

lização antiga e cheia de espiritualidade. Cabe aqui citar as seguintes palavras, tão apropriadamente proferidas na Câ-

Espontaneamente, premida pelo ins tinto dc conservação, a Europa recorreu

aos acordos regionais, a fim de liberar-se

trora tão feliz que os saudosistas dos tempos anteriores à primeira guerra mundial a êle se referem como a um "paraíso perdido", procura emergir das ruínas e dominar a exaustão econômica

funciona a O. N. U. (Organização das

var n civilização continontab

liberdade pessoal o govérno parlamentar,

fôssem os pavticuiarisinos europeus, sob

desconcertam, a Europa demonstra um heroísmo admirável para fazer frutificar

Sem essa

mi'hõcs dc almas possuem um ativo de valor incalculável cm suas tradições de

natureza, inc'usive sabotagens estimula das por fôrças externas. A Europa, por conseguinte, não se afundou no caos. Êsse continente, ou-

legada pela conflagração. O certo é que, através de provações e meandros que

maquiavélicas dos So\'icts.

nahstas.

Por mais interessantes que

o aspecto social e cultural, não podem hoje perdurar separaçüe.s políticas que engendraram tantas rivalidades e ambi de aproximação e solidariedade será ca paz do promover a síntese européia e resguardar uma obra mi'enária que vei culou até os nossos dias a flama espiritual da Grécia e dè^Roma.

No Pacto dos Cinco, em Bruxelas, na Conferência dos Dezesseis, assistimos aos

primeiros atos concretos de uma cons ciência européia. Wínston ChurcliiU, inexorável adver

mutas e o intercâmbio econômico e eu -

tural. E todos êsses pactos bilaterais, abrangendo oportunas concessões a ua neiras^ como o de "Benelu.x", constituem

o primeiro passo para ativar a circulação da riqueza européia e forjar sòlidamen e os vínculos do bloco ocidental.

Sentem-se, pelo vulto dessa tarefa re construtiva, os efeitos extraordinariamen te benéficos da O. N. U. Essa entidade,

segundo salientou o seu presidente, sr. TiVgve Lie. "converteu-se na unica tor ça que mantém a coesão do mundo con tra as tensões e conflitos que se es orçam

por dividi-lo. De fato, os órgãos a O. N. U. constituem, hoje em dia, virtua'mente os únicos lugares onde man tém contacto e discussões regulares s bre uma base contínua. ••

E, com efeito, para bom avaliar quan to a magna assembléia contribui para proteger o equilíbrio intemaciona, as

taria imaginar o que adviria se nao e.xis tisso presentemente êsse campo e n tendimento coletivo e êsse po er mo e

rador, quando não h4, p" um recanto do globo em que nao se

registre^ conflitos e revo tas tendentes

a assumir proporções calamitosas. Mmtas revoluções propagariam as suas c a-


Dicesto ,Econômico DiciíSTO

12

como ocorre na Polônia, a decisão de

guardar o poder para a classe operária e militar no campo "anti-imperíalista". Os partidos que dominam nas democracias populares propóem-se a realizar o Esta do socialista e a liqüidar progressiva mente os elementos capitalistas da eco

bito pensar na Europa como moribunda

assuntos comuns aos povos associados.

ou doente sem cspcçança. Mas os fatos

insistindo para a própria reconciliação francíí-germàniea e denunciando nos

desmentem esse falso conceito. Estamos

Estados Unidos as atitudes renitentes e

diante de uni território de cèrea de 270 milhões de almas, altamente indus-

união européia firmada dentro dos qua

trioso, com uma herança de educação

dros das Nações Unidas, afiguraya-se ao eminente líder britânico impossível sal

Era o órgão mais indicado para curar um inundo abalado c ferido pela guer ra. E manda a justiça consignar a pri-

macial participação dos Estados Unidos numa obra onde se combinam harmonio

samente o espírito filantrópico o o senso prático dos americanos. Mais do que de frases e discursos, neccssitavaní os

povos de mercadorias e mantimcntos em

forças de classes na escala internacio

quantidade aprecíávc!. Privados de teto,

nal".

vestuário, alimentos e instrumentos de

trabalho, os povos castigados pela guerra

tamente o propósito de coonestar os obje

receberam dos Estados Unidos," a breve

tivos da União Soviética, intento em

lapso e com a presteza necessária, os

diametral antagonismo com os ideais

elementos imprescindíveis para dar im

res, consideradas satéMtes de Moscou,

apelidam por seu turno de campo ímperialista os países que optam pelas quatro liberdades de Roosevelt.

Eis um mundo, evidentemente, que ainda não realizou a concórdia que se esperava a bem da paz, e que até parece conduzir a uma desastrosa falência as

ilusões dos mais enraizados pacifistas. Hs * *

Não obstante o lamentável antagonis mo entre o mundo oriental e o ocidental, subsistem razões de confiança e otimis

mo, se considerarmos por outro lado os

esforços empreendidos para aplainar as causas de conflitos e resolver num plano

internacional os grandes problemas do momento, técnicos, políticos e sociais.

Sob essa concepção é que foi ideada e

Internacional de Reconstrução: "Ê há

sário da Alemanha ao tempo do nazi.smo, foi o estadista europcti que mais propugnou o p^ano da federação européia,

uma justa e eqüitativa compreensão cios

por um ministro polonês: "A democra cia popular é uma forma específica de poder revo'ucionário, nascida de novas condições históricas de nossa época; ela é e.xpressáo de uma nova relação das

americanos, pois as democracias popula

mara de Comércio de Filadélfia pelo -sr. John J. McCloy, presidente do Banco

Woodrow Wilson c que tem por fim substituir as conipetiçõe.s agressivas por

nomia. Tomemos a definição formulada

Não c possível confessar mais aber

13

Econômico

pulso à restauração econômica. Países que pareciam inteiramente desmantela dos e mesmo desvita'izados, acusaram

admirável poder recuperativo, como a

França, a Bélgica, a Holanda, a Itália.

E maior é o mérito desse rcerguimento, .sabendo-se que êle se processou em meio

de crises políticas e perturbações sociais em que não faltaram excessos de toda a

1

sem paralelo no inundo c com uma téc nica produtiva apenas superada, se o fòr, pelos Estados Unidos. Es.sas 270

de muitos entraves que paralisam as per-

'uma cultura rica e outros grandes fato

res imponderáveis que marcam o seu progresso .

Essa velha Europa, velha mas sempre

rejuvenescida com singular vitalidade, ao mesmo tempo museu dc arte o oficina das última.s descobertas da técnica, per cebo liavor chegado u hora de formar uma união federativa para não perecer.

Depreende-se de certas conferências políticas e de muitas sugestões larga mente propagadas na imprensa o em cír culos intelectuais muito seletos, que pas

sou a época das antigas divisões nacio-

ções funestas. Só uma fórmula sincera

os recursos e a inteMgência de uma civi

Nações Unidas), entidade que fêz re nascer com maiores atribuições a pri meira Liga das Nações proposta por

lização antiga e cheia de espiritualidade. Cabe aqui citar as seguintes palavras, tão apropriadamente proferidas na Câ-

Espontaneamente, premida pelo ins tinto dc conservação, a Europa recorreu

aos acordos regionais, a fim de liberar-se

trora tão feliz que os saudosistas dos tempos anteriores à primeira guerra mundial a êle se referem como a um "paraíso perdido", procura emergir das ruínas e dominar a exaustão econômica

funciona a O. N. U. (Organização das

var n civilização continontab

liberdade pessoal o govérno parlamentar,

fôssem os pavticuiarisinos europeus, sob

desconcertam, a Europa demonstra um heroísmo admirável para fazer frutificar

Sem essa

mi'hõcs dc almas possuem um ativo de valor incalculável cm suas tradições de

natureza, inc'usive sabotagens estimula das por fôrças externas. A Europa, por conseguinte, não se afundou no caos. Êsse continente, ou-

legada pela conflagração. O certo é que, através de provações e meandros que

maquiavélicas dos So\'icts.

nahstas.

Por mais interessantes que

o aspecto social e cultural, não podem hoje perdurar separaçüe.s políticas que engendraram tantas rivalidades e ambi de aproximação e solidariedade será ca paz do promover a síntese européia e resguardar uma obra mi'enária que vei culou até os nossos dias a flama espiritual da Grécia e dè^Roma.

No Pacto dos Cinco, em Bruxelas, na Conferência dos Dezesseis, assistimos aos

primeiros atos concretos de uma cons ciência européia. Wínston ChurcliiU, inexorável adver

mutas e o intercâmbio econômico e eu -

tural. E todos êsses pactos bilaterais, abrangendo oportunas concessões a ua neiras^ como o de "Benelu.x", constituem

o primeiro passo para ativar a circulação da riqueza européia e forjar sòlidamen e os vínculos do bloco ocidental.

Sentem-se, pelo vulto dessa tarefa re construtiva, os efeitos extraordinariamen te benéficos da O. N. U. Essa entidade,

segundo salientou o seu presidente, sr. TiVgve Lie. "converteu-se na unica tor ça que mantém a coesão do mundo con tra as tensões e conflitos que se es orçam

por dividi-lo. De fato, os órgãos a O. N. U. constituem, hoje em dia, virtua'mente os únicos lugares onde man tém contacto e discussões regulares s bre uma base contínua. ••

E, com efeito, para bom avaliar quan to a magna assembléia contribui para proteger o equilíbrio intemaciona, as

taria imaginar o que adviria se nao e.xis tisso presentemente êsse campo e n tendimento coletivo e êsse po er mo e

rador, quando não h4, p" um recanto do globo em que nao se

registre^ conflitos e revo tas tendentes

a assumir proporções calamitosas. Mmtas revoluções propagariam as suas c a-


DICKSTO lÜCONÓMlCO

14

guerras, como a da Indonésia, atuariam

empréstimos e financiamentos, clepenclom primacia mente da boa vontade dos Es

como fagulhas de vastos incêndios in

tados Unidos.

ternacionais, náo fôra a presença de um órgão em que ecoam, como num par

Já vimos que na fase in»e<liatarncnte subseqüente à paz, ao se dar um ba lanço nav ruína.s da guerra e no colapso ' moral das populaçõci ocupadas pelas

nias pelos países vizinhos, e muitas

lamento ou num pretório super-nacional, as queixas c os apelos a justiça de todos os povos.

Haverá fato mais auspicioso que a Declaração Universal dos Direitos Hu manos e o convênio condenando defini

tivamente o crime de "genocídio", ou seja a bárbara supressão de grupos in

fôrças nazistas, só o rápido auxílio ame ricano evitou as complicaçõ; s e os de sastre;; de uma subsersão comunista. A

impuisão inicial du recdifícação da Eriropa fêz-.sc á custn doi créditos, dos alimentos e do material provindos da

teiros pertencentes a uma determinada

América.

raça?

principiaram a manifestar-se agudas clis-. cordâncias com a Riissia, surgiu o Plano

Temos aí uma codificação de precei

E, mais tarde, assim que

tos que extirpam a semente de cruelda

Marshall como tonificador da democra

des e fanatismos culpados de crFmes

cia e arrinio dos parttdo.s por igual dis tanciados do comunismo e dos golpes

atrozes em muitos e muitos séculos de história.

^ Exaltar as normas de solidariedade ' humana, dignificar numa lei cuper-nacional franquias e proteções tendentes a promover o respeito a todo ser huma no, independente de sua raça e opiniões, ó uina nobre tentativa para melhorar a

sorte de centenas de milhões de, criatu ras e tomar a vida digna de ser vivida. Como não destacar o sentido de uma

lei universal que estabelece para todos

os países a obrigação de pôr a salvo de atentados e agressões as regalias funda mentais da liberdade individual e da

família, do lar, da honra e da reputação? E não somente nos instantes de cri

ses atua a O. N. U. Ela já se estruturou

em caráter de permanência como ins trumento de unificação, habilitada por

seus departamentos especializados a prestar aos povos que dela precisarem a necessária assistência técnica e financei ra.

Semelhantemente ao que sucede no

campo político, as bases econômicas, ga rantidas por um fardo considerável de

autoritários da direita.

O P!ano Marshall, tão discutido e

até combatido, salvou a Europa na hora "H" e, feitas as provas de sua eficiên

cia, preparou o caminbo para o Plano Truman, tendo por fim substituir os empréstimos governamcntai.s por um sis

tema de investimento de fundos a longo ou curto prazo, de maneira a incentivar o desenvolvimento do novas indústrias e de novas atividades comerciais nas cha madas áreas "rudimentares" do mundo. Certamente as entidades previstas para reconstruir um sistema de paz e de cooperação alcançariam bem maior êxito dentro de um clima geral de cor dialidade e de confiança, se as demo

cracias lograssem atingir o alvo deseja do pelo presidente Roosevelt. A cúpula da O. N. U. cobriria os acordos regio nais, o aju.stamento monetário em con

formidade com as normas estatuídas em Bretton Woods e o funcionamento do Banco de Fomento e Reconstrução. E é indubitável que esses organismos, esta

belecidos com sabedoria e por técnicos

15

EcoNÓNnco

de grande competência, atuariam aos

poucf).s no sentido de realizar, senão'a

unidade total, pelo monos uma relativa unificação da economia mundial c, atra vés dê.ssc intercâmbio, uma associação cada mais o.stTeita de todos os re-

gime.s c ,governos-. Posta a guerra fora da lei. facilitada a permnla das produçõc-; cssímclais o das malcrias-primas, assegurado um cqüifalivo equilíbrio das moedas, chegaríamos bom próximo da

quela atmosfera de compreensão e de paz de espírito que permitiria talvez pensar num certo grau de bem-estar e felicidade coletiva. Não era um programa utópico, nem um deMrío de poetas. Por que não po deria o mundo viver livre do peias escravízndoras e do medo? % Infcliz.mcnte, o grandioso projeto não

se procc.ssou como o sonharam os idea listas. Sendo ainda cedo para designar

os culpados dôsse malôgro, resta apenas

consignar as ocorrências com a possível imparcialidade, a fim de apurar mais tarde se somos governados por fatalida

des superiores à vontade humana ou se • paixões inferiores contribuíram para im pedir ou afastar o reino do bom enten-» dímento universal. O mundo está singularmente separa

do por barreiras de idéias, ao passo que, no domínio da ciência e da técnica, os

agentes do nosso progresso e bem-estar são exatamente os mesmos. O que agita

a humanidade é a discrepância de prin

cípios quanto ao modo de distribuir o rendimento proveniente do trabalho. Visto que uma parte do mundo dis corda da outra no tocante ao método

de repartição das riquezas, ambas, em lugar de .se completarem e de formarem um todo harmônico e cimentado pela

boa vontade recíproca, se colocaram face a face, voltando a coagir os povos a

ími sistema de p.iz armada e de armamcntismn intensi\t).

E o comêço dessa dramática situação foi muito sugestivo.

A 3 do ju'ho dc 1945, quando ostax-a a caminho de Berlim a segunda dinsao blindada americana, comandada pc o Major-Gonernl Floyd. D. ®

vangnarda dos motociclistas detida exa tamente na linha divisória da zona viétíca. Recebeu intimativamente das

tropas nissas a ordem de f.azer a to. e só depois de sete horas dc azedas iscussões é que a força americana pôde .seguir em demanda de Per im. on e chegou no dia seguinte. 4 de da independência dos Estados ni os, para içar a bandeira estrelada ao a o do navilhão da U. R- S. S. Como comentou um iomalista ameri cano que descreveu miúdampnte esse#

fatos, âs sete horas de detença foram apenas uni antegôsto dos próximos anosl

..

Dessa hora em diante, principiou

a Europa e, por conseguinte,

os povos, ura novo período de^ psicoses

e de guerras de ner\'OS ainda piores qu«

a chantagem dos nazistas, pois o espec • da bomba atômica é mais assustador qii« as ameaças do "fuehrer .

O triste é que um ambiente de apreen soes e de pânicos viola brutalmente a quarta liberdade prometida por cose velt: viver sem mêdo. Q"e adianta en

tão instalar em grande pompa a O. • criar novos postulados de,direito pu i CO e incrementar a produção do g o o, se um conflito ideológico latente po e reduzir as regiões reconstrui as a mon

tões de terras calcinadas e de mor tífera radioatividade?

Não é conccbível que se prolongue

por muito tempo a anomalia de uma se paração de idéias, causadora de uma seT

. .. -.


DICKSTO lÜCONÓMlCO

14

guerras, como a da Indonésia, atuariam

empréstimos e financiamentos, clepenclom primacia mente da boa vontade dos Es

como fagulhas de vastos incêndios in

tados Unidos.

ternacionais, náo fôra a presença de um órgão em que ecoam, como num par

Já vimos que na fase in»e<liatarncnte subseqüente à paz, ao se dar um ba lanço nav ruína.s da guerra e no colapso ' moral das populaçõci ocupadas pelas

nias pelos países vizinhos, e muitas

lamento ou num pretório super-nacional, as queixas c os apelos a justiça de todos os povos.

Haverá fato mais auspicioso que a Declaração Universal dos Direitos Hu manos e o convênio condenando defini

tivamente o crime de "genocídio", ou seja a bárbara supressão de grupos in

fôrças nazistas, só o rápido auxílio ame ricano evitou as complicaçõ; s e os de sastre;; de uma subsersão comunista. A

impuisão inicial du recdifícação da Eriropa fêz-.sc á custn doi créditos, dos alimentos e do material provindos da

teiros pertencentes a uma determinada

América.

raça?

principiaram a manifestar-se agudas clis-. cordâncias com a Riissia, surgiu o Plano

Temos aí uma codificação de precei

E, mais tarde, assim que

tos que extirpam a semente de cruelda

Marshall como tonificador da democra

des e fanatismos culpados de crFmes

cia e arrinio dos parttdo.s por igual dis tanciados do comunismo e dos golpes

atrozes em muitos e muitos séculos de história.

^ Exaltar as normas de solidariedade ' humana, dignificar numa lei cuper-nacional franquias e proteções tendentes a promover o respeito a todo ser huma no, independente de sua raça e opiniões, ó uina nobre tentativa para melhorar a

sorte de centenas de milhões de, criatu ras e tomar a vida digna de ser vivida. Como não destacar o sentido de uma

lei universal que estabelece para todos

os países a obrigação de pôr a salvo de atentados e agressões as regalias funda mentais da liberdade individual e da

família, do lar, da honra e da reputação? E não somente nos instantes de cri

ses atua a O. N. U. Ela já se estruturou

em caráter de permanência como ins trumento de unificação, habilitada por

seus departamentos especializados a prestar aos povos que dela precisarem a necessária assistência técnica e financei ra.

Semelhantemente ao que sucede no

campo político, as bases econômicas, ga rantidas por um fardo considerável de

autoritários da direita.

O P!ano Marshall, tão discutido e

até combatido, salvou a Europa na hora "H" e, feitas as provas de sua eficiên

cia, preparou o caminbo para o Plano Truman, tendo por fim substituir os empréstimos governamcntai.s por um sis

tema de investimento de fundos a longo ou curto prazo, de maneira a incentivar o desenvolvimento do novas indústrias e de novas atividades comerciais nas cha madas áreas "rudimentares" do mundo. Certamente as entidades previstas para reconstruir um sistema de paz e de cooperação alcançariam bem maior êxito dentro de um clima geral de cor dialidade e de confiança, se as demo

cracias lograssem atingir o alvo deseja do pelo presidente Roosevelt. A cúpula da O. N. U. cobriria os acordos regio nais, o aju.stamento monetário em con

formidade com as normas estatuídas em Bretton Woods e o funcionamento do Banco de Fomento e Reconstrução. E é indubitável que esses organismos, esta

belecidos com sabedoria e por técnicos

15

EcoNÓNnco

de grande competência, atuariam aos

poucf).s no sentido de realizar, senão'a

unidade total, pelo monos uma relativa unificação da economia mundial c, atra vés dê.ssc intercâmbio, uma associação cada mais o.stTeita de todos os re-

gime.s c ,governos-. Posta a guerra fora da lei. facilitada a permnla das produçõc-; cssímclais o das malcrias-primas, assegurado um cqüifalivo equilíbrio das moedas, chegaríamos bom próximo da

quela atmosfera de compreensão e de paz de espírito que permitiria talvez pensar num certo grau de bem-estar e felicidade coletiva. Não era um programa utópico, nem um deMrío de poetas. Por que não po deria o mundo viver livre do peias escravízndoras e do medo? % Infcliz.mcnte, o grandioso projeto não

se procc.ssou como o sonharam os idea listas. Sendo ainda cedo para designar

os culpados dôsse malôgro, resta apenas

consignar as ocorrências com a possível imparcialidade, a fim de apurar mais tarde se somos governados por fatalida

des superiores à vontade humana ou se • paixões inferiores contribuíram para im pedir ou afastar o reino do bom enten-» dímento universal. O mundo está singularmente separa

do por barreiras de idéias, ao passo que, no domínio da ciência e da técnica, os

agentes do nosso progresso e bem-estar são exatamente os mesmos. O que agita

a humanidade é a discrepância de prin

cípios quanto ao modo de distribuir o rendimento proveniente do trabalho. Visto que uma parte do mundo dis corda da outra no tocante ao método

de repartição das riquezas, ambas, em lugar de .se completarem e de formarem um todo harmônico e cimentado pela

boa vontade recíproca, se colocaram face a face, voltando a coagir os povos a

ími sistema de p.iz armada e de armamcntismn intensi\t).

E o comêço dessa dramática situação foi muito sugestivo.

A 3 do ju'ho dc 1945, quando ostax-a a caminho de Berlim a segunda dinsao blindada americana, comandada pc o Major-Gonernl Floyd. D. ®

vangnarda dos motociclistas detida exa tamente na linha divisória da zona viétíca. Recebeu intimativamente das

tropas nissas a ordem de f.azer a to. e só depois de sete horas dc azedas iscussões é que a força americana pôde .seguir em demanda de Per im. on e chegou no dia seguinte. 4 de da independência dos Estados ni os, para içar a bandeira estrelada ao a o do navilhão da U. R- S. S. Como comentou um iomalista ameri cano que descreveu miúdampnte esse#

fatos, âs sete horas de detença foram apenas uni antegôsto dos próximos anosl

..

Dessa hora em diante, principiou

a Europa e, por conseguinte,

os povos, ura novo período de^ psicoses

e de guerras de ner\'OS ainda piores qu«

a chantagem dos nazistas, pois o espec • da bomba atômica é mais assustador qii« as ameaças do "fuehrer .

O triste é que um ambiente de apreen soes e de pânicos viola brutalmente a quarta liberdade prometida por cose velt: viver sem mêdo. Q"e adianta en

tão instalar em grande pompa a O. • criar novos postulados de,direito pu i CO e incrementar a produção do g o o, se um conflito ideológico latente po e reduzir as regiões reconstrui as a mon

tões de terras calcinadas e de mor tífera radioatividade?

Não é conccbível que se prolongue

por muito tempo a anomalia de uma se paração de idéias, causadora de uma seT

. .. -.


•TT'

Dicksto

16

EcoNÓNnco

paração estratégica, depois da qual se

cisão de reagir contra o mundo fechado

teme a guerra total. como a denominam, foi e, neste ano de

e hostil que despreza a.s concepç-ões alheia.s c estabelece as relações diplomá tica:: na ba.se da frieza e da ropuLsa à

1949, continua a ser a capital alemã,

cordialidade.

O campo de batallia dessa guerra fria,

Truman fa'nii da União

Ber im, a cidade simbólica de uma di

Soviética, em março de 1948. conio nem

visão quadripartida, sobreposta à divi

Hítier a ela .se referiu antc.s dc atacá-la. Apontando e donimclanclo com vee

são fundamental entre o Ocidente e o Oriente.

Barreiras no meio de uma cidade,

TT*

17

Digesto Econômico

a poder dc assaltos repentinos, c que

vcnda.s de energia elétrica se elevarão,

muitos espíritos prccaxádos e absoluta-

do.s 200 milhões de kilowats de 1947, a 400 milhões em 1957. Um índice bem

* mente insuspeitos do bclicismo ou de sub.sor\'it'ncia ao capitali.smo estão acei

marcante da atualidade é o comércio de

tando a tese dc que "para preser\'ar a paz, dcve-sc arriscar a guerra".

aparelhos de lele\ isão, que alcançará a

ü: ^

mência as manobras russas, o sr. Truman

Focalizemos, no meio de uma cole

proclamou a necessidade do agir sem

tividade humana combalida por uma es

demora, sublinhando que "ó mais sábio

trofes, concepções contrárias e hostis a

agir que vacilar, e se a ação comporta

pantosa catástrofe e dominada por tan tos prob'cinas conjuntos, a situação dos

poucos passos de distância, eis realmen

riscos, há mais risco em não saber a^ir".

Estados Unidos.

te uma contristadora imagem do mundo

O chefe do governo americano ainda

À primeira vista, em contraste com as

melhor que se anunciou durante cinco

reclamou "um esforço rea'isla para con seguir a paz", o que denotou insofismà-

demais nações, a República americana

moedas diferentes em duas zonas limí

anos de guerra.

Mas nesse ponto nevrálgico de Berlim,

do qual se originaram debates diplomá ticos tão ásperos, marcados pelo veto

constante e obslrutivo.da Rús.sia, de par com as descortesias de delegados da es

cola de Molotov e de Vishinsky, surgiu uma resistência inesperada e enérgica,

pela qual a intransigência democrática

velmente a deliberação de não permitir um ensaio do estilo de Munich.

•Aliás, na questão da Grécia, o chefe

do executivo ianque não hesitou cm ope rar uma verdadeira intervenção militar

um milluio no corrente ano de 1949, en

quanto que na América Latina, por exem plo, ainda não funciona uma só estação telexrisora.

No início .dc 1949 um acontecimento

de grande significação assinalou ainda mais o papel dos Estados Unidos na de fesa e restauração do mundo que agora

podemos chamar "ocidental". Tmta-se

alcançou um plano ínigualado de pro.speridade e produção. Bateu o recorde

da reeleição do presidente Truman, sur

do todas as cifras anteriores quanto ao potencial agrícola e industrial e figura como o celeiro máximo do g'obo e a

mentos de pesquisas e de cálcu.os. Se-

mais pujante oficina técnica dc que

direta na península helênica, campo de

houve notícia. Em novembro de 1948 re-

'utas selvagens e teatro do gucrrillias

gístra-sc uin auge de produção, com 59

intermináveis que custam niilhõc.s de

presa que desnorteou os observadores profissionais, munidos de todos os ele melliante fato serve para mostrar a ma-

nidadc das previsões e é um dos muitos índices de que vivemos numa época de transtornos inverossímeis, dèsses que con denam ao malogro os videntes m-ais pre tensiosos e desmoralizam os augunos e

dólares aos cofres de Washington, além

lência soviética.

de uma impaciência igual a uma 'guerra

milhões de empregados, o que acusa o índice 189 em relação à base 100, to mada pelos anos medeando entre 1935

os órgãos como o "Gallup , especia iza

Os generais vermelhos, fiéis às ordens do Kremlim, tentaram incbiir Berlim na

de nervos.

e 1939.

Perante tantas perturbações, os paci fistas desanimam, enquanto os partidos

dos em sondar o futuro e alumiar as ro tas da opinião pública.

de larga divulgação, "na paz como na

extremistas, hàbilmenle conduzidos, es palham que a oposição a Moscou é

guerra, produzir é uma alegria e uma necessidade para os americanos. É a

se opôs em tempo à obstinação e à vio

região misteriosa sita atrás da famige rada "cortina de ferro", mas a aviação americana, por ordem do governo de Washington, transpôs os obstáculos ter

_ Como assevera uma conhecida revista

Dentro do jogo dos seus dois partidos •

tradicionais, já que mais uma vez a lhou o tentame de lançar um

movida pelos imperialistas. É a lingua gem que os chefes comunísta.s empregam

sua forma predileta de auto-cxprcssão".

redor de Berlim, última comunicação

contra o Plano Marshall e contra todos com o mimdo democrático que teria, .os atos do Departamento de Estado. sem isso, morrido definitivamente para Manda o bom-senso evitar que se fale os berlinenses. em guerra e manda a dignidade huma

que os Estados Unidos estão à testa de

Desses incidentes consecutivos e bru

na repelir a idéia infame do uma guerra

tais nasceu a doutrina Truman. O pre

preventiva. Devem ser cuidadosamente

todos os povos como prpdutores, con sumidores, banqueiros-, investidores de capitais. Em tempo algum calhou-lhes melhor a expressão .do superlativo tão usada entre os "yankees": "The largest in the World", o maior do mundo. Com 1/16 da população do globo,

E' uma lição que merece ser bem su blinhada, dado que o candidato, ao en

conforriie declarou o sr. Harl S. Stassen,

trar na liça para enfrentar o

restres c sustentou a linha aérea do cor

sidente americano, apesar das campa

vigiadas as manobras provocativas ve

nhas de fazer concessões a todo o preço

nham de onde vierem, mas, sob o pre

promovidas por Henry Wallace, não en

texto de abrandar as fúrias da Rússia,

veredou pelo rumo da timidez e dos re

seria muita ingenuidade permitir mais golpes fulminantes. Devido ao temor desse expansionismo soviético, efetuado

cuos por mêdo da guerra. Truman, antes de ser reeleito, demonstrou a de

E os a'garismos mostram, á evidência,

os americanos produzem 1/3 dos artigos oferecidos no mercado mundial.

E, de

acordo com,as previsões e estimativas da General Electric e da Westinghouse, as

partido nos Estados Unidos, o si « popular consagrou um homem m i »

modesto, cognominado "o pequeno ar ry" pelas massas e que venceu magis a mente um pleito em que entrou con a a hostilidade das maiores fôrças pubü^ tárias e foi considerado vencido sem remissão...

,

,

pitalismo. se apoiou nuni P^^^ido dem^

crático fragmentado e não ttepi

tocar num ponto nielindrosiss^o, q a questão racista do sul. Equipar


•TT'

Dicksto

16

EcoNÓNnco

paração estratégica, depois da qual se

cisão de reagir contra o mundo fechado

teme a guerra total. como a denominam, foi e, neste ano de

e hostil que despreza a.s concepç-ões alheia.s c estabelece as relações diplomá tica:: na ba.se da frieza e da ropuLsa à

1949, continua a ser a capital alemã,

cordialidade.

O campo de batallia dessa guerra fria,

Truman fa'nii da União

Ber im, a cidade simbólica de uma di

Soviética, em março de 1948. conio nem

visão quadripartida, sobreposta à divi

Hítier a ela .se referiu antc.s dc atacá-la. Apontando e donimclanclo com vee

são fundamental entre o Ocidente e o Oriente.

Barreiras no meio de uma cidade,

TT*

17

Digesto Econômico

a poder dc assaltos repentinos, c que

vcnda.s de energia elétrica se elevarão,

muitos espíritos prccaxádos e absoluta-

do.s 200 milhões de kilowats de 1947, a 400 milhões em 1957. Um índice bem

* mente insuspeitos do bclicismo ou de sub.sor\'it'ncia ao capitali.smo estão acei

marcante da atualidade é o comércio de

tando a tese dc que "para preser\'ar a paz, dcve-sc arriscar a guerra".

aparelhos de lele\ isão, que alcançará a

ü: ^

mência as manobras russas, o sr. Truman

Focalizemos, no meio de uma cole

proclamou a necessidade do agir sem

tividade humana combalida por uma es

demora, sublinhando que "ó mais sábio

trofes, concepções contrárias e hostis a

agir que vacilar, e se a ação comporta

pantosa catástrofe e dominada por tan tos prob'cinas conjuntos, a situação dos

poucos passos de distância, eis realmen

riscos, há mais risco em não saber a^ir".

Estados Unidos.

te uma contristadora imagem do mundo

O chefe do governo americano ainda

À primeira vista, em contraste com as

melhor que se anunciou durante cinco

reclamou "um esforço rea'isla para con seguir a paz", o que denotou insofismà-

demais nações, a República americana

moedas diferentes em duas zonas limí

anos de guerra.

Mas nesse ponto nevrálgico de Berlim,

do qual se originaram debates diplomá ticos tão ásperos, marcados pelo veto

constante e obslrutivo.da Rús.sia, de par com as descortesias de delegados da es

cola de Molotov e de Vishinsky, surgiu uma resistência inesperada e enérgica,

pela qual a intransigência democrática

velmente a deliberação de não permitir um ensaio do estilo de Munich.

•Aliás, na questão da Grécia, o chefe

do executivo ianque não hesitou cm ope rar uma verdadeira intervenção militar

um milluio no corrente ano de 1949, en

quanto que na América Latina, por exem plo, ainda não funciona uma só estação telexrisora.

No início .dc 1949 um acontecimento

de grande significação assinalou ainda mais o papel dos Estados Unidos na de fesa e restauração do mundo que agora

podemos chamar "ocidental". Tmta-se

alcançou um plano ínigualado de pro.speridade e produção. Bateu o recorde

da reeleição do presidente Truman, sur

do todas as cifras anteriores quanto ao potencial agrícola e industrial e figura como o celeiro máximo do g'obo e a

mentos de pesquisas e de cálcu.os. Se-

mais pujante oficina técnica dc que

direta na península helênica, campo de

houve notícia. Em novembro de 1948 re-

'utas selvagens e teatro do gucrrillias

gístra-sc uin auge de produção, com 59

intermináveis que custam niilhõc.s de

presa que desnorteou os observadores profissionais, munidos de todos os ele melliante fato serve para mostrar a ma-

nidadc das previsões e é um dos muitos índices de que vivemos numa época de transtornos inverossímeis, dèsses que con denam ao malogro os videntes m-ais pre tensiosos e desmoralizam os augunos e

dólares aos cofres de Washington, além

lência soviética.

de uma impaciência igual a uma 'guerra

milhões de empregados, o que acusa o índice 189 em relação à base 100, to mada pelos anos medeando entre 1935

os órgãos como o "Gallup , especia iza

Os generais vermelhos, fiéis às ordens do Kremlim, tentaram incbiir Berlim na

de nervos.

e 1939.

Perante tantas perturbações, os paci fistas desanimam, enquanto os partidos

dos em sondar o futuro e alumiar as ro tas da opinião pública.

de larga divulgação, "na paz como na

extremistas, hàbilmenle conduzidos, es palham que a oposição a Moscou é

guerra, produzir é uma alegria e uma necessidade para os americanos. É a

se opôs em tempo à obstinação e à vio

região misteriosa sita atrás da famige rada "cortina de ferro", mas a aviação americana, por ordem do governo de Washington, transpôs os obstáculos ter

_ Como assevera uma conhecida revista

Dentro do jogo dos seus dois partidos •

tradicionais, já que mais uma vez a lhou o tentame de lançar um

movida pelos imperialistas. É a lingua gem que os chefes comunísta.s empregam

sua forma predileta de auto-cxprcssão".

redor de Berlim, última comunicação

contra o Plano Marshall e contra todos com o mimdo democrático que teria, .os atos do Departamento de Estado. sem isso, morrido definitivamente para Manda o bom-senso evitar que se fale os berlinenses. em guerra e manda a dignidade huma

que os Estados Unidos estão à testa de

Desses incidentes consecutivos e bru

na repelir a idéia infame do uma guerra

tais nasceu a doutrina Truman. O pre

preventiva. Devem ser cuidadosamente

todos os povos como prpdutores, con sumidores, banqueiros-, investidores de capitais. Em tempo algum calhou-lhes melhor a expressão .do superlativo tão usada entre os "yankees": "The largest in the World", o maior do mundo. Com 1/16 da população do globo,

E' uma lição que merece ser bem su blinhada, dado que o candidato, ao en

conforriie declarou o sr. Harl S. Stassen,

trar na liça para enfrentar o

restres c sustentou a linha aérea do cor

sidente americano, apesar das campa

vigiadas as manobras provocativas ve

nhas de fazer concessões a todo o preço

nham de onde vierem, mas, sob o pre

promovidas por Henry Wallace, não en

texto de abrandar as fúrias da Rússia,

veredou pelo rumo da timidez e dos re

seria muita ingenuidade permitir mais golpes fulminantes. Devido ao temor desse expansionismo soviético, efetuado

cuos por mêdo da guerra. Truman, antes de ser reeleito, demonstrou a de

E os a'garismos mostram, á evidência,

os americanos produzem 1/3 dos artigos oferecidos no mercado mundial.

E, de

acordo com,as previsões e estimativas da General Electric e da Westinghouse, as

partido nos Estados Unidos, o si « popular consagrou um homem m i »

modesto, cognominado "o pequeno ar ry" pelas massas e que venceu magis a mente um pleito em que entrou con a a hostilidade das maiores fôrças pubü^ tárias e foi considerado vencido sem remissão...

,

,

pitalismo. se apoiou nuni P^^^ido dem^

crático fragmentado e não ttepi

tocar num ponto nielindrosiss^o, q a questão racista do sul. Equipar


iii. i I 18

Dicesto Econónoco

brancos e negros no sul foi quase um sa crilégio, cometido de par com a audácia rec amar a revogação da lei Taft-

vel um retrocesso, tanto na ordem eco nômica como na social.

Os e'emcntos mais conservaclore.s po

Harticy, engendrada por certos reacio

dem regozijar-se com o fato de a opinião

nários muito receosos do comunismo e

americana, so'ícitada entre duas corren

ainda mais aferrados à velha supremacia patronal do capitalismo. Contra tantos fatôres desfavoráveis,

o "pequeno" Truman, quase que único propagandista de si próprio, apenas de

fendeu as franquias sindicais do opera

tes de idéias 'evemcntc diferenciadas, ter optado por uma delas, sem cair no tcorismo do terceiro partido, onde talvez so aninhasse a armadilha de Moscou.

Tome-se nota, por conseguinte, cora

satisfação e otimismo, de que, por en

riado 6 o sahirio mínimo. Pois foi de

quanto, D mecanismo político dos Esta

fendendo o homem médio e o homem

dos Unidos continua a .ser bem simples,

esquecido, de acordo com os precedentes

já que se reduz à colisão de duas fdr-

políticos de Roosevelt, que o candidato

ças periòdicamente substituídas uma por outra, justamente porque repudiam prin

üemccrático a'iciou mí hões de eleitores

o derrotou na mesma campanha os pode rosos interêsses bancários e os comunis

tas arregimentados em tôrno do sr. Wallace.

O que se deduz desses fatos é que os Estados Unidos não precisaram de modificações substanciais na vida pública para formar o b^oco majoritário que con grega o povo à volta do Govômo e consolida o pujante apareJhamento fe dera'. Resta, entretanto, a lição de uma

surpresa que pode, em outras circunstân cias, revestir aspectos mais significativos.

cípios abstratos e se voltam para os prob'emas práticos.

O perigo seria, numa conjuntura in ternacional tumultuada por tantas in

certezas, assistir a um desvio da opinião americana para o campo das ideologias. * * i{i

E que pensa a Europa Ocidental dos Estados Unjdos?

Pelo que afirmam seus políticos ho

Dicesto EcoNÓKnco

está hoje reduzida a entregar ao Estado

Henry Tliorez, que em caso de guerra

va.slus propriedades imobiliárias, de tra dição histórica, por não lhe ser possível saldar os impostos de sucessão que gra

com a Rússia o proletariado ficará ao

vam a transmissão desses patrimônios e

sia, ela se apóia na cuniia introduzida

extinguir a plutocracia no meio da qual

Tchecoslováquia e na cumplicidade eventual dos milhões de simpatizantes prontos a formar "maquis" e núcleos de resistência contra os governos cha

se recrutavam os novos lordes. O que resta do seculares legados sociais da In

glaterra ü a compostura, o respeito à lei, o patriotismo com o qual as e.x-classes privilegiadas aceitam o inelutável nivelamento das fortunas e a socialização

dos, depois da aliança militar pratica mente celebrada com a Grécia e vir

sistía no poder das gerências e das as sembléias de acionistas, está abalada

pelo projeto de tomar obrigatória a au diência dos representantes dos sindicatos nos atos administrativos que entendam com o aumento da produtividade e a re

dução do custeio das emprêsas. O ca

sentes do mundo.

Ora, embora tais declarações se-'am criticadas em certos meios sob o pretex

to de que exprimem uma inclinação de natureza esquerdista ou socialista é pre ferível interpretá-las como indicando a compreensão de que não é mais possí

dorias a serem fornecidos por meto do Fano Marshall. A começar pela Grã-Breltmha. principal associada dos Estados Unidos na guerra mundial e que vem expcutando pacificamente, sob o reg*me trabaihi''ta, uma verdadeira re volução da qual saiu p^àticamente arrui

to do Atlântico, verdadeira coalizão an-

ti-Kominform, efetuada para traçar a cintura de segurança que os americanos

consideram intransponível. A esse pacto quis a Rússia, inquieta

com o surgimento de um obstáculo tãu

essenciais.

efetivo, opor negociações diplomáticas, que foram repelidas secamente pelo De

Os outros países da Europa Ociden

Mundo, como um exemplo invejável de

do sr.

tualmente com a Turquia, decidiranà con gregar as democracias em tòmo do Pac

pital está atingido nos seus atributos

to de que não entende "congelar o statu-quo" e considera impreicindível um programa de tendências liberais, em be nhas cardiais do "New Deai

Ante tal situação, abertamente procla mada e bem conhecida, os Estados Uni

progressiva da economia privada. Até

com notável presteza, posto que a po lítica interior acuse incessantemente o desacôrdo entre os democratas e os ex

Roo-eve't, adaptado às condições pre

mados "burgueses".

a última regalia do capital, que con-

ção americana, em coteio com o Velho

Dado o curso dos eventos e as di ficuldades econômicas, ela necessita vi talmente do aPuxo de caoitais e merca

ções da quinta-coluua soviética. Quanto à posição estratégica da Rús na Europa Central cora o golpe da

nar é a declaração do presidente reelei

nefício dos cbreiros e das classes médias. Reconhecemos nessa orientação as ba

Essa declaração é peremptória e re trata, sem o menor disfarce, as inten

privadas concorre, ao mesmo tempo, a

tal dependentes dos auxílios ianques,

felicidade, abundância e otimismo.

lado do invasor vermelho.

por não suportar o ônus crescente do im posto cie renda. A nacionalização da grande indústria e dc outras emprêsas

mens de negócios e publicistas mais au torizados, a Europa encara a civiliza

Muito importante também a consig

19

vãô-se restabelecendo, como já dissemos,

tremistas partidários de Moscou. Não há Estado em que os partidos

esquerdistas nãb. impugnem o Plano

Marshall e não o descrevam como um

partamento de Estado americano e clas

sificadas como "ofensiva de paz", curio

sa expressão oportunamente empregada para mostrar que a má-fé dos russas já não engana ninguém e que sempre se suspeita estar oculto um punhal trai çoeiro na mão que êles estendem para propor, não amizade, mas uma trégua na guerra de nervos. Rispidamente, o Go-

vêrno americano rejeitou o convite para

ardil do capitalisrno ianque "ímpôsto à Europa para explorar as classes traba

o sr. Truman ir confabular em Mos

lhadoras e submetê-las ao imperialismo

de Washington". Os Soviets e seus adep

cou com Stalin, embora se formulasse o convite cortês para o ditador vermelho

tos sabotam, por conseguinte, a coope ração econômica com os Estados Unidos,

do momento no quadro das questões co

vir a Washington discutir os problemas

nada a aristocracia, detentora de antiga

e os líderes comunistas não hesitam em

letivas da O. N. U. Os Estados Unidos

fortuna senhorial. A velha aristocracia'

declarar, como o fez o da França, sr.

repeliram categoricamente qualquer pac-


iii. i I 18

Dicesto Econónoco

brancos e negros no sul foi quase um sa crilégio, cometido de par com a audácia rec amar a revogação da lei Taft-

vel um retrocesso, tanto na ordem eco nômica como na social.

Os e'emcntos mais conservaclore.s po

Harticy, engendrada por certos reacio

dem regozijar-se com o fato de a opinião

nários muito receosos do comunismo e

americana, so'ícitada entre duas corren

ainda mais aferrados à velha supremacia patronal do capitalismo. Contra tantos fatôres desfavoráveis,

o "pequeno" Truman, quase que único propagandista de si próprio, apenas de

fendeu as franquias sindicais do opera

tes de idéias 'evemcntc diferenciadas, ter optado por uma delas, sem cair no tcorismo do terceiro partido, onde talvez so aninhasse a armadilha de Moscou.

Tome-se nota, por conseguinte, cora

satisfação e otimismo, de que, por en

riado 6 o sahirio mínimo. Pois foi de

quanto, D mecanismo político dos Esta

fendendo o homem médio e o homem

dos Unidos continua a .ser bem simples,

esquecido, de acordo com os precedentes

já que se reduz à colisão de duas fdr-

políticos de Roosevelt, que o candidato

ças periòdicamente substituídas uma por outra, justamente porque repudiam prin

üemccrático a'iciou mí hões de eleitores

o derrotou na mesma campanha os pode rosos interêsses bancários e os comunis

tas arregimentados em tôrno do sr. Wallace.

O que se deduz desses fatos é que os Estados Unidos não precisaram de modificações substanciais na vida pública para formar o b^oco majoritário que con grega o povo à volta do Govômo e consolida o pujante apareJhamento fe dera'. Resta, entretanto, a lição de uma

surpresa que pode, em outras circunstân cias, revestir aspectos mais significativos.

cípios abstratos e se voltam para os prob'emas práticos.

O perigo seria, numa conjuntura in ternacional tumultuada por tantas in

certezas, assistir a um desvio da opinião americana para o campo das ideologias. * * i{i

E que pensa a Europa Ocidental dos Estados Unjdos?

Pelo que afirmam seus políticos ho

Dicesto EcoNÓKnco

está hoje reduzida a entregar ao Estado

Henry Tliorez, que em caso de guerra

va.slus propriedades imobiliárias, de tra dição histórica, por não lhe ser possível saldar os impostos de sucessão que gra

com a Rússia o proletariado ficará ao

vam a transmissão desses patrimônios e

sia, ela se apóia na cuniia introduzida

extinguir a plutocracia no meio da qual

Tchecoslováquia e na cumplicidade eventual dos milhões de simpatizantes prontos a formar "maquis" e núcleos de resistência contra os governos cha

se recrutavam os novos lordes. O que resta do seculares legados sociais da In

glaterra ü a compostura, o respeito à lei, o patriotismo com o qual as e.x-classes privilegiadas aceitam o inelutável nivelamento das fortunas e a socialização

dos, depois da aliança militar pratica mente celebrada com a Grécia e vir

sistía no poder das gerências e das as sembléias de acionistas, está abalada

pelo projeto de tomar obrigatória a au diência dos representantes dos sindicatos nos atos administrativos que entendam com o aumento da produtividade e a re

dução do custeio das emprêsas. O ca

sentes do mundo.

Ora, embora tais declarações se-'am criticadas em certos meios sob o pretex

to de que exprimem uma inclinação de natureza esquerdista ou socialista é pre ferível interpretá-las como indicando a compreensão de que não é mais possí

dorias a serem fornecidos por meto do Fano Marshall. A começar pela Grã-Breltmha. principal associada dos Estados Unidos na guerra mundial e que vem expcutando pacificamente, sob o reg*me trabaihi''ta, uma verdadeira re volução da qual saiu p^àticamente arrui

to do Atlântico, verdadeira coalizão an-

ti-Kominform, efetuada para traçar a cintura de segurança que os americanos

consideram intransponível. A esse pacto quis a Rússia, inquieta

com o surgimento de um obstáculo tãu

essenciais.

efetivo, opor negociações diplomáticas, que foram repelidas secamente pelo De

Os outros países da Europa Ociden

Mundo, como um exemplo invejável de

do sr.

tualmente com a Turquia, decidiranà con gregar as democracias em tòmo do Pac

pital está atingido nos seus atributos

to de que não entende "congelar o statu-quo" e considera impreicindível um programa de tendências liberais, em be nhas cardiais do "New Deai

Ante tal situação, abertamente procla mada e bem conhecida, os Estados Uni

progressiva da economia privada. Até

com notável presteza, posto que a po lítica interior acuse incessantemente o desacôrdo entre os democratas e os ex

Roo-eve't, adaptado às condições pre

mados "burgueses".

a última regalia do capital, que con-

ção americana, em coteio com o Velho

Dado o curso dos eventos e as di ficuldades econômicas, ela necessita vi talmente do aPuxo de caoitais e merca

ções da quinta-coluua soviética. Quanto à posição estratégica da Rús na Europa Central cora o golpe da

nar é a declaração do presidente reelei

nefício dos cbreiros e das classes médias. Reconhecemos nessa orientação as ba

Essa declaração é peremptória e re trata, sem o menor disfarce, as inten

privadas concorre, ao mesmo tempo, a

tal dependentes dos auxílios ianques,

felicidade, abundância e otimismo.

lado do invasor vermelho.

por não suportar o ônus crescente do im posto cie renda. A nacionalização da grande indústria e dc outras emprêsas

mens de negócios e publicistas mais au torizados, a Europa encara a civiliza

Muito importante também a consig

19

vãô-se restabelecendo, como já dissemos,

tremistas partidários de Moscou. Não há Estado em que os partidos

esquerdistas nãb. impugnem o Plano

Marshall e não o descrevam como um

partamento de Estado americano e clas

sificadas como "ofensiva de paz", curio

sa expressão oportunamente empregada para mostrar que a má-fé dos russas já não engana ninguém e que sempre se suspeita estar oculto um punhal trai çoeiro na mão que êles estendem para propor, não amizade, mas uma trégua na guerra de nervos. Rispidamente, o Go-

vêrno americano rejeitou o convite para

ardil do capitalisrno ianque "ímpôsto à Europa para explorar as classes traba

o sr. Truman ir confabular em Mos

lhadoras e submetê-las ao imperialismo

de Washington". Os Soviets e seus adep

cou com Stalin, embora se formulasse o convite cortês para o ditador vermelho

tos sabotam, por conseguinte, a coope ração econômica com os Estados Unidos,

do momento no quadro das questões co

vir a Washington discutir os problemas

nada a aristocracia, detentora de antiga

e os líderes comunistas não hesitam em

letivas da O. N. U. Os Estados Unidos

fortuna senhorial. A velha aristocracia'

declarar, como o fez o da França, sr.

repeliram categoricamente qualquer pac-


DrGi::5rro

20

to bilateral com a Rússia e mostraram

estarem cansados com uma poMtica qtvj

só patrocina revoltas e, consoante as pa

lavras de um jornalista francês, converteu

a diplomacia "numa espécie de partida de pocker jogada com o revólver car regado sobre a mesa". Outro acontecimento de imensa gra

vidade veio aumentar as perspectivas de

apreensão no que toca ao perigo so•

inflação "galopantc",

EconAmico

tão catastrófic:^

como a do marco alemão, e pela qual q preço da vida cm poucos anos svibi^

mais de 90 mil vêzes, levando a urna inundação de papel-mocda que aiiinonij^ a depreciação do "yan" minuto a minq, to e toma a fabricação dc uma cédula mais cara do que o valor que ela os., tampa!

Aliás, não é só a China a vítima da

negar a significação da tempestade que

inflação. Essa onfermidade, cujo dÍa<T, nóstico já foi estabe'ccido coin toda a precisão, envolve todo.s os Estados muna rede de dificuldades perniciosas c timôa. ça aniquilar a ordem social exislcnle. A fatal molc.stia monetária contamina o organismo econômico e sc desenvolve sob a forma da e.spiral inlerminá\'el de preços e salários, qualificada dc e.spirab

sopra naciuelas bandas, no momento ern

serpente.

viético.

A guerra civil da China, para a qual muita gente olhava distraidamente, ul trapassou iiltimamente a órbita dos as suntos dosHnados a uns poucos observa

dores. Sente-se que sé jogam destinos vitais nanuela tragédia do Extremo Oriente. E bem inconsciente será quem

que desaba uma estrutura política so cial mílenária e a filosofia de Confucius

é varrida pc'o tufão do materialismo de Karl Marx o pelas peripécias de uma

revolução agrária numa coletividade de mais de quinhentos milhões de almas. Maior e mais categórica .se rcveia a

derrota do capitalismo ocidenta^ visto haver êie concorrido, de longa data, para

espoliar e humilhar o povo chinês, des

de as misérias do contrabando do opio ató ao sistema das conces.sões internacio

nais que várias vêzes como na grande revolta dos r-Hs "boxers", e.xasperaram o massas. A êsses ante-

T nacionalis

cedentes

ajuntar a inabilidade

à custa de auxCios

dos que susten não a resistência de muito dispe . .gjjtíca de patriotismo

Nos próprios países menos sacrlficados pela guerra, como a Suíça e a Suécia, o acréscimo da produção vai cie

par com uma baixa acentuada do poder aquisitivo da moeda. Circula copíosa-

mente um dinheiro que se ganha com maior facilidade, mas cjuc foge e se ex-apora na razão direta da velocidade com que circu'a. Diante desse aumento contínuo da massa monetária e dos meios de pagamento, só à çusta de um gitrantesco esfôrço se conseguirá cstabili^or a

moeda, pois em toda parte, sob a pres

são de múltiplos interesses, a.s tentativas de restringir o crédito são logo incrimi nadas de deflação.

Ora, em Bretton 'Woods, ao se lan

Chang-Kaí-

çar o plano do Fundo Monetário Inter nacional, fôra bem previsto' que as na ções não poderiam reatar o intercâmbio Rorma^ sem ajustar o valor recíproco de

aok O preTenso Govêrno nacionalista,

Unidos deram o exemplo de um critério

uma ® chinês, mas u

politiqueiros e

generais da casta dos

suas moedas.

Nesse caso, os Estados

louvável e de uma salutar lição de civenais, dc:.xo.>

'■

'.isme, aceitando cercear a= "pcraçces de

Dir.KSTo Eco^'ó^uco

natureza infincionária, com o apoio dos seus próprios bancos, que, em número

de 15 mil. se propuseram a efetuar \'0luntàriamcntc uma poMtica restritiva de créditos.

O presidente Tniman corajosamente re.sol\'ea seguir essa política anti-inflacioni.sta, e.scudado no parecer de economist.as r financistas eminentes, entre

os quais Bcrnard Barucb. que traçou um

plano dc rigoro.so combate para deter

o flagelo.

Cabe notar que nessa matéria da es

tabilidade monetária foram sempre des

pendidos argumentos suspeitos para com-

batê-'a, porque bá muitos grupos eco nômicos empenhados cm conservar a

permanência da depreciação.

Num mundo já bastante agitado por

conflitos tão seguidos e .variáveis, a in flação beneficia certos interêsses de pro dutores c dá .às massas a impressão de melhorar-lJies a vida, tanto mais que lhes

proporciona a satísfação de destruir as

camadas de po.sses medianas. Como sabcntou com grande lucidez

o professor e economista francês René

Gonnard, abordamos aí uma questão mais social que econômica e uma ques tão de psicologia de classe. O êrro de^

não querer compreender a necessidade' dá estabilização é partilhado por deter minados agrupamentos de produtores apenas por conveniências de classes. Os grandes blocos operários .sentem que a

falência monetária abate definitivamen te as classes médias e assim aumenta o número dos adeptos do proletariado e

partidários do marxismo. E muitos magnatas da grande industria e da fi nança, julgando-se seguros de sua fôrça,

21

travam os seus desígnios de onipotência econômica e política.

Plutocratas e demagogos se acumplíciam de instinto contra a reserva de ho

mens livTeSí- adversos aos sistemas que aprisionam a sociedade nas engrenagens de unia máquina absorvente. Observe-se como esse quadro se ve rifica em diversos países, onde a infla

ção, de par com uma série de leis de magógicas contra a c'asse média, cria os pólos extromo.s de uma riqueza fácil e do um proletariado temporàrianiente ilu dido pelos salários nominais, mas sempre pronto a reclamar novas majorações as

sim que se eleva o preço das uti'idades o dos alimentas.

E' a corrida ao abis

mo, a marcha veloz para a re\-olução, social. . . *

íií

ijs

Enquanto os tumultos sociais abalam

a Europa e o perigo de Moscou avança pela China para conquistar a Ásia in teira e se projeta sôbre a Indonésia em guerras sangrentas, dois incidentes de sintomática expressão .agitam o Ociden te e ^evam o desassossêgo à comunidade católica.

, O processo do Cardeal primaz da Hun gria demonstrou exuberantemente como

corre perigo a segunda liberdade: "di reito de cada qual adorar Deus a seu

modo". E* a prova mais eloqüente de que o.s regimes sovieti^ntes, sob as or dens da Rússia, reputani a religião o inimigo número 1 do comunismo e, por isso, deliberaram exterminar as Igrejas,

principalmente a catóMca, por temer a fôrça de sua doutrina e a imponente ba

ajudam a fomentar, como conforme à

se e^iritual dà civilização cristã. Para

evo'ução técnica e econômica, o desa

o materialismo comunista. Deus é ura

parecimento das classes médias de que eles pensam poder prescindir e que en-

o capitalismo, ao passo que as religiões

mito perigoso sustentado para defender


DrGi::5rro

20

to bilateral com a Rússia e mostraram

estarem cansados com uma poMtica qtvj

só patrocina revoltas e, consoante as pa

lavras de um jornalista francês, converteu

a diplomacia "numa espécie de partida de pocker jogada com o revólver car regado sobre a mesa". Outro acontecimento de imensa gra

vidade veio aumentar as perspectivas de

apreensão no que toca ao perigo so•

inflação "galopantc",

EconAmico

tão catastrófic:^

como a do marco alemão, e pela qual q preço da vida cm poucos anos svibi^

mais de 90 mil vêzes, levando a urna inundação de papel-mocda que aiiinonij^ a depreciação do "yan" minuto a minq, to e toma a fabricação dc uma cédula mais cara do que o valor que ela os., tampa!

Aliás, não é só a China a vítima da

negar a significação da tempestade que

inflação. Essa onfermidade, cujo dÍa<T, nóstico já foi estabe'ccido coin toda a precisão, envolve todo.s os Estados muna rede de dificuldades perniciosas c timôa. ça aniquilar a ordem social exislcnle. A fatal molc.stia monetária contamina o organismo econômico e sc desenvolve sob a forma da e.spiral inlerminá\'el de preços e salários, qualificada dc e.spirab

sopra naciuelas bandas, no momento ern

serpente.

viético.

A guerra civil da China, para a qual muita gente olhava distraidamente, ul trapassou iiltimamente a órbita dos as suntos dosHnados a uns poucos observa

dores. Sente-se que sé jogam destinos vitais nanuela tragédia do Extremo Oriente. E bem inconsciente será quem

que desaba uma estrutura política so cial mílenária e a filosofia de Confucius

é varrida pc'o tufão do materialismo de Karl Marx o pelas peripécias de uma

revolução agrária numa coletividade de mais de quinhentos milhões de almas. Maior e mais categórica .se rcveia a

derrota do capitalismo ocidenta^ visto haver êie concorrido, de longa data, para

espoliar e humilhar o povo chinês, des

de as misérias do contrabando do opio ató ao sistema das conces.sões internacio

nais que várias vêzes como na grande revolta dos r-Hs "boxers", e.xasperaram o massas. A êsses ante-

T nacionalis

cedentes

ajuntar a inabilidade

à custa de auxCios

dos que susten não a resistência de muito dispe . .gjjtíca de patriotismo

Nos próprios países menos sacrlficados pela guerra, como a Suíça e a Suécia, o acréscimo da produção vai cie

par com uma baixa acentuada do poder aquisitivo da moeda. Circula copíosa-

mente um dinheiro que se ganha com maior facilidade, mas cjuc foge e se ex-apora na razão direta da velocidade com que circu'a. Diante desse aumento contínuo da massa monetária e dos meios de pagamento, só à çusta de um gitrantesco esfôrço se conseguirá cstabili^or a

moeda, pois em toda parte, sob a pres

são de múltiplos interesses, a.s tentativas de restringir o crédito são logo incrimi nadas de deflação.

Ora, em Bretton 'Woods, ao se lan

Chang-Kaí-

çar o plano do Fundo Monetário Inter nacional, fôra bem previsto' que as na ções não poderiam reatar o intercâmbio Rorma^ sem ajustar o valor recíproco de

aok O preTenso Govêrno nacionalista,

Unidos deram o exemplo de um critério

uma ® chinês, mas u

politiqueiros e

generais da casta dos

suas moedas.

Nesse caso, os Estados

louvável e de uma salutar lição de civenais, dc:.xo.>

'■

'.isme, aceitando cercear a= "pcraçces de

Dir.KSTo Eco^'ó^uco

natureza infincionária, com o apoio dos seus próprios bancos, que, em número

de 15 mil. se propuseram a efetuar \'0luntàriamcntc uma poMtica restritiva de créditos.

O presidente Tniman corajosamente re.sol\'ea seguir essa política anti-inflacioni.sta, e.scudado no parecer de economist.as r financistas eminentes, entre

os quais Bcrnard Barucb. que traçou um

plano dc rigoro.so combate para deter

o flagelo.

Cabe notar que nessa matéria da es

tabilidade monetária foram sempre des

pendidos argumentos suspeitos para com-

batê-'a, porque bá muitos grupos eco nômicos empenhados cm conservar a

permanência da depreciação.

Num mundo já bastante agitado por

conflitos tão seguidos e .variáveis, a in flação beneficia certos interêsses de pro dutores c dá .às massas a impressão de melhorar-lJies a vida, tanto mais que lhes

proporciona a satísfação de destruir as

camadas de po.sses medianas. Como sabcntou com grande lucidez

o professor e economista francês René

Gonnard, abordamos aí uma questão mais social que econômica e uma ques tão de psicologia de classe. O êrro de^

não querer compreender a necessidade' dá estabilização é partilhado por deter minados agrupamentos de produtores apenas por conveniências de classes. Os grandes blocos operários .sentem que a

falência monetária abate definitivamen te as classes médias e assim aumenta o número dos adeptos do proletariado e

partidários do marxismo. E muitos magnatas da grande industria e da fi nança, julgando-se seguros de sua fôrça,

21

travam os seus desígnios de onipotência econômica e política.

Plutocratas e demagogos se acumplíciam de instinto contra a reserva de ho

mens livTeSí- adversos aos sistemas que aprisionam a sociedade nas engrenagens de unia máquina absorvente. Observe-se como esse quadro se ve rifica em diversos países, onde a infla

ção, de par com uma série de leis de magógicas contra a c'asse média, cria os pólos extromo.s de uma riqueza fácil e do um proletariado temporàrianiente ilu dido pelos salários nominais, mas sempre pronto a reclamar novas majorações as

sim que se eleva o preço das uti'idades o dos alimentas.

E' a corrida ao abis

mo, a marcha veloz para a re\-olução, social. . . *

íií

ijs

Enquanto os tumultos sociais abalam

a Europa e o perigo de Moscou avança pela China para conquistar a Ásia in teira e se projeta sôbre a Indonésia em guerras sangrentas, dois incidentes de sintomática expressão .agitam o Ociden te e ^evam o desassossêgo à comunidade católica.

, O processo do Cardeal primaz da Hun gria demonstrou exuberantemente como

corre perigo a segunda liberdade: "di reito de cada qual adorar Deus a seu

modo". E* a prova mais eloqüente de que o.s regimes sovieti^ntes, sob as or dens da Rússia, reputani a religião o inimigo número 1 do comunismo e, por isso, deliberaram exterminar as Igrejas,

principalmente a catóMca, por temer a fôrça de sua doutrina e a imponente ba

ajudam a fomentar, como conforme à

se e^iritual dà civilização cristã. Para

evo'ução técnica e econômica, o desa

o materialismo comunista. Deus é ura

parecimento das classes médias de que eles pensam poder prescindir e que en-

o capitalismo, ao passo que as religiões

mito perigoso sustentado para defender


.'^n i^n.M F-«w 22

Dicesto

geral não passam de um opium para

adormecer os povos e retardar a luta

Econômico

dades intelectuais por drogas inibiclnras da vontade. Inúmcro.s incidcníos depri

Dicesto

'

Econômico

narrativas desencontradas, isso em meio

a coléricas exp'osões das partes.

23

tes do protestantismo que a Immanídade carece de fazer um e.xame de cons

e

Isso mostra a habilidade da técnica

Implacável na perseguição ao dogma católico e ao clero que o propaga, o

concorreram para siiblcvar o protesto

comunista, que atalha os golpes e os

D conflito que opõe comunismo e cris

universal dos católicos o transformar em

tianismo, disseram que a Igreja preten

comunismo na Hungria levou ao banco

mártir a figura do Cardeal Mindszcnsty.

de\'oIvo, c faz crer às massas que se move um "complot" contra a Rússia, a

traição e de contrabando de câm-

O segundo processo, de repercussão por igual escandalosa, foi o do escritor

classes.

dos réus, sob a imputação dos crimes de um prelado de nomeada, o Cardeal

mentes tornaram sensacional o caso

^bndszensty.

russo Kravchcnko, autor do livro "Eu Escolhi a Liberdade", contra o semariiírio

1^0 decorrer de um processo rumoroso, c ministério púb'ico articulou um cerra

comunista francês "Lcltres Erançaiscs". A obra de Kravchcnko, bastante di

do libelo contra a príncipe da Igreja,

lazendo desfilar à barra do tribunal inú meras

testemunhas

industriadas para re

vulgada para dar combate ao regime co munista e à política de Staiin, serviu nos

Estados Unidos para desfazer um pouco

todos cruéis e coercitivos do materia-

na na tese defendida por A. Kahn no li vro: "A Grande Conspiração contra a

lismo. Alguns congressistas atacaram o capitalismo porque "proclama a ên fase de ganhar dinheiro" e se tomou responsável pelas crises de desempregos

Rússia".

O.; agentes russos e .seus simpatizantes

lançaram mão, liàbilmenle, da oportu

Diante desse debate que verberou os

gia política, e propalar que o capitalis

abusos de dois materialistas — o do

mo trabalha com seu serviço de propa

comunismo e o do capital ganancioso,

ganda estipendiada e de espionagem

especulativo e iníquo, cabe lembrar que a Rússia, a propósito de re'igião, en seguintes palavras: "Religião é o sns-

as ilusões alimenta

sacerdote e acusá-lo

das durante a guer

os Süvicts e o proletariado. Assustados pelos resíduos de brutali

ra pelo livro do Ar cebispo de Canter-

Tais espetáculos de simu'acro judiciá

bury, cpie tanta pro

rio, levados a efeito

tudes da R\'issia So

nos cenários de um

lóro respeitável, fi

paganda fez das vir viética. •

e muitas catástrofes sociais.

nidade para movimentar a sua estraté

para organizar a guerra preventiva contra

c delitos imaginá

de libertar os homens do terror e dos mé

serviço do capitalismo, como se expla

baixar a missão do rios.

ciência. Vários oradores, ao comentarem

dade e cinismo deixados pela guerra, notadamente quando a vida dos nossos dias repete amiúde os choques emotivos, muitos homen-s, temerosos de \una nova

época de escuridão e barbárie, invocam a», neces.sidade de elevar as almas para

campa a lese de Karl Marx, e.xpressa nas piro da criatura acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, como ela é o

espírito de uma existência sem espírito.

A religião é o opium do-povo". E certamente os comunistas, inimi

uma inspíiação supra-terrena.

gos implacáveis de qualquer misticismo ou metafísica, aduzirão, a título de ar

Ao reunir-se em Amsterdam o Conse lho Mundial das Igrejas Protestantes,

gumento, o que ê'es já vêm executando na prática e que figura nesta outra fra se de Karl Marx: "O desaparecimento

da marxista de Lenin. Na comédia de

para desmoralizar e desmentir as decla rações do queixoso. Como os debates

num grandioso conc'ave de mais de 440 pre'ados vindos de 44 países, ventilaramse as questões da defesa do espírito con tra o i"go crescente das baixas pai

Moscou, milhares de condenações foram

transcorreram no tribunal público de um

xões utilitárias.

pronunciadas e tachados de "víboras lú-

bricas" pelo promotor Krilenko os réus

país livre e democrático, a batalha ideo lógica assumiu características de uma

'pie haviam caído na lista negra da fa

ardente controvérsia, cujo fim era dar

gados expenderam juízos por igual se

mosa Guepeu. Uma semelhança entre o

aos observadores desapaixonados a im pressão de que a obra "Eu Escolhi a

zeram evocar os fa-

A tática dos inte

lectuais

comunistas

nrosos processos de Moscou, intentados

que em Paris atacaram com veemência

para realizar o expurgo dos adversários

o livro de Kravchenko consistiju em acu

de Staiin e liquidar, juntamente com niuitas figuras do Exército Vermelho, ^uase todos os elementos da velha guar

inlgamento de Budapeste e o da Rússia residiu no fato de as vítimas responde rem afirmativamente às perguntas mais eomprornetedoras da acusação e concor darem com os maiores absurdos, profe rindo as confissões como se fossem au tômatos, sem vontade nem discernimen

to e provàvelmeilte privados das facul

mular depoimentos de personalidades de certa projeção na política ou nas letras

veros contra o capitalismo e o comunis Frisaram que "a raiz mais pro

Liberdade" não passou de um tecido

funda da desordem está na recusa dos homens em reconhecer que sua respon

de invencionices feito sob encomenda,

sabilidade perante Deus está acima de

só para e^alhar calúnias sôbre a Rússia. Nesse processo, entre inúmeras teste

real". ^

Ao analisarem esses temas, os dele

mo.

da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência de sua felicidade

sua 'ealdade a qualquer comunidade ter rena e de sua obediência a qualquer po

^

Como acertar a simples equação de tantos problemas, se não houver since ra vontade de paz e de compreensão hu mana e o inf exívél propósito de impe dir os gestos ditados pelo pânico ou -o egoísmo monstruoso de certos interes ses? E' inadmissível que o mundo venha a reger-se por quaisquer combinações fundadas sôbre o prestígio de uma arma

munhas, depuseram técnicos, literatos,

der no mundo".

engenheiros, militares, em oposição fla

gicos e colocados no plano das tendên

secreta, sobretudo tão infernal e repug

grante uns contra os outros, trazendo

cias morais, mostraram os representan

nante como a bomba atômica.

Sem ressaibos teoló


.'^n i^n.M F-«w 22

Dicesto

geral não passam de um opium para

adormecer os povos e retardar a luta

Econômico

dades intelectuais por drogas inibiclnras da vontade. Inúmcro.s incidcníos depri

Dicesto

'

Econômico

narrativas desencontradas, isso em meio

a coléricas exp'osões das partes.

23

tes do protestantismo que a Immanídade carece de fazer um e.xame de cons

e

Isso mostra a habilidade da técnica

Implacável na perseguição ao dogma católico e ao clero que o propaga, o

concorreram para siiblcvar o protesto

comunista, que atalha os golpes e os

D conflito que opõe comunismo e cris

universal dos católicos o transformar em

tianismo, disseram que a Igreja preten

comunismo na Hungria levou ao banco

mártir a figura do Cardeal Mindszcnsty.

de\'oIvo, c faz crer às massas que se move um "complot" contra a Rússia, a

traição e de contrabando de câm-

O segundo processo, de repercussão por igual escandalosa, foi o do escritor

classes.

dos réus, sob a imputação dos crimes de um prelado de nomeada, o Cardeal

mentes tornaram sensacional o caso

^bndszensty.

russo Kravchcnko, autor do livro "Eu Escolhi a Liberdade", contra o semariiírio

1^0 decorrer de um processo rumoroso, c ministério púb'ico articulou um cerra

comunista francês "Lcltres Erançaiscs". A obra de Kravchcnko, bastante di

do libelo contra a príncipe da Igreja,

lazendo desfilar à barra do tribunal inú meras

testemunhas

industriadas para re

vulgada para dar combate ao regime co munista e à política de Staiin, serviu nos

Estados Unidos para desfazer um pouco

todos cruéis e coercitivos do materia-

na na tese defendida por A. Kahn no li vro: "A Grande Conspiração contra a

lismo. Alguns congressistas atacaram o capitalismo porque "proclama a ên fase de ganhar dinheiro" e se tomou responsável pelas crises de desempregos

Rússia".

O.; agentes russos e .seus simpatizantes

lançaram mão, liàbilmenle, da oportu

Diante desse debate que verberou os

gia política, e propalar que o capitalis

abusos de dois materialistas — o do

mo trabalha com seu serviço de propa

comunismo e o do capital ganancioso,

ganda estipendiada e de espionagem

especulativo e iníquo, cabe lembrar que a Rússia, a propósito de re'igião, en seguintes palavras: "Religião é o sns-

as ilusões alimenta

sacerdote e acusá-lo

das durante a guer

os Süvicts e o proletariado. Assustados pelos resíduos de brutali

ra pelo livro do Ar cebispo de Canter-

Tais espetáculos de simu'acro judiciá

bury, cpie tanta pro

rio, levados a efeito

tudes da R\'issia So

nos cenários de um

lóro respeitável, fi

paganda fez das vir viética. •

e muitas catástrofes sociais.

nidade para movimentar a sua estraté

para organizar a guerra preventiva contra

c delitos imaginá

de libertar os homens do terror e dos mé

serviço do capitalismo, como se expla

baixar a missão do rios.

ciência. Vários oradores, ao comentarem

dade e cinismo deixados pela guerra, notadamente quando a vida dos nossos dias repete amiúde os choques emotivos, muitos homen-s, temerosos de \una nova

época de escuridão e barbárie, invocam a», neces.sidade de elevar as almas para

campa a lese de Karl Marx, e.xpressa nas piro da criatura acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, como ela é o

espírito de uma existência sem espírito.

A religião é o opium do-povo". E certamente os comunistas, inimi

uma inspíiação supra-terrena.

gos implacáveis de qualquer misticismo ou metafísica, aduzirão, a título de ar

Ao reunir-se em Amsterdam o Conse lho Mundial das Igrejas Protestantes,

gumento, o que ê'es já vêm executando na prática e que figura nesta outra fra se de Karl Marx: "O desaparecimento

da marxista de Lenin. Na comédia de

para desmoralizar e desmentir as decla rações do queixoso. Como os debates

num grandioso conc'ave de mais de 440 pre'ados vindos de 44 países, ventilaramse as questões da defesa do espírito con tra o i"go crescente das baixas pai

Moscou, milhares de condenações foram

transcorreram no tribunal público de um

xões utilitárias.

pronunciadas e tachados de "víboras lú-

bricas" pelo promotor Krilenko os réus

país livre e democrático, a batalha ideo lógica assumiu características de uma

'pie haviam caído na lista negra da fa

ardente controvérsia, cujo fim era dar

gados expenderam juízos por igual se

mosa Guepeu. Uma semelhança entre o

aos observadores desapaixonados a im pressão de que a obra "Eu Escolhi a

zeram evocar os fa-

A tática dos inte

lectuais

comunistas

nrosos processos de Moscou, intentados

que em Paris atacaram com veemência

para realizar o expurgo dos adversários

o livro de Kravchenko consistiju em acu

de Staiin e liquidar, juntamente com niuitas figuras do Exército Vermelho, ^uase todos os elementos da velha guar

inlgamento de Budapeste e o da Rússia residiu no fato de as vítimas responde rem afirmativamente às perguntas mais eomprornetedoras da acusação e concor darem com os maiores absurdos, profe rindo as confissões como se fossem au tômatos, sem vontade nem discernimen

to e provàvelmeilte privados das facul

mular depoimentos de personalidades de certa projeção na política ou nas letras

veros contra o capitalismo e o comunis Frisaram que "a raiz mais pro

Liberdade" não passou de um tecido

funda da desordem está na recusa dos homens em reconhecer que sua respon

de invencionices feito sob encomenda,

sabilidade perante Deus está acima de

só para e^alhar calúnias sôbre a Rússia. Nesse processo, entre inúmeras teste

real". ^

Ao analisarem esses temas, os dele

mo.

da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência de sua felicidade

sua 'ealdade a qualquer comunidade ter rena e de sua obediência a qualquer po

^

Como acertar a simples equação de tantos problemas, se não houver since ra vontade de paz e de compreensão hu mana e o inf exívél propósito de impe dir os gestos ditados pelo pânico ou -o egoísmo monstruoso de certos interes ses? E' inadmissível que o mundo venha a reger-se por quaisquer combinações fundadas sôbre o prestígio de uma arma

munhas, depuseram técnicos, literatos,

der no mundo".

engenheiros, militares, em oposição fla

gicos e colocados no plano das tendên

secreta, sobretudo tão infernal e repug

grante uns contra os outros, trazendo

cias morais, mostraram os representan

nante como a bomba atômica.

Sem ressaibos teoló


r)».

Dícesto Econômico

24

Ora, como bem acentuaram alguns pu blicistas e comentadores internacionais,

solar que derreteu as areias do deserto de New-Móxico.

os povos não se acham só em face do

Tem-se a impressão dc que as con

dilema atômico relativo ao bem ou ao

25

Digksto Econômico

do segredo sem permitir em seu sei

ter-

ritório a vigilância internacional.

O efeito do desacordo c que os Esta

sistem em opor o princípio da coopera

ção ao da guerra de classes e pensam evitar tal conflito mediante a criação de uma atmosfera de cordial convivência

^al que dessa invenção possa decorrer.

trovérsias em torno da bomba e da.s pe.squísas sôbre a radioatividade e as jazi

dos Unidos preferiram conservar o mo-

mopólio da bomba, embora os homens

nas esferas da produção.

Estão também diante de uma segunda

das dc uranium constituem o centrt) de

cortina de ferro, desde que um segrêdo

uma política capaz de desintegrar a q>rópria civilização. A revolução técnica que

cos anos tudo o mistério estará no domí

científico se defronta com a clandes

tinidade geral da vida russa.

Acresce que o segredo da arma nu clear, a despeito do rigor com que pre

tendem guardá-lo e dele fazer moriopolio, até com pena de morte para os denunciadores, não pode continuar um

enigma eternamente vedado à descoberta de outros povos. Conforme declaram os cientistas mais honestos e autorizados,

^ l\á "um prazo inexoravelmente limitado" W para a p'ena elucidação do segrêdo e mesmo a fabricação do mortífero enge nho. Tòda a hierarquia militar do mun

do, todos os métodos clássicos' da guer

ra estão hoje completamente desbancados por uma arma que relegou para o pas sado a supremacia do poder marítimo e

conseguiu realizar de forma espantosa a transmutação dos alquimistas e que liberou imensas energias dos combustí

veis nucleares, depois dc servir para a horrível destruição de duas cidades, le

feiçoamento de centros científicos ou in-r

dústrias de elementos atômicos, ora ex

perimentados nas pillias, dc caráter pa cífico, ora nas explosões como a de Bi-

kini, cuja natureza bélica parece indubitável.

O problema seria internacionalizar tan

logas às que se produziram coin a apre goada invulnerabilidade da Linha MagL

nufatureira da energia atômica, conceder a uma agencia especial o privilegio de

dades e grandesT aglomerações mdustnais " ? sofrer destruiçoe.s de

estão suieito.s a

^

vigiar minas e usinas, além de fiscali

zar a destruição de quaisquer estoques de armas ofensivas.

As conversas certamente foram inicia

das em bu.sca de um acôrdo tendo em'

vista as possíveis conseqüências- de um

jacto e

rnilados por teJecomando,

recomendam, por con-

Taiscüntmgencasre

sepii nte uma so uç^i^

'

i

para proibir ternrinant^^te se,a para controlar essa preparaçao da energia

talistas.

nos que levaram a efeito a preparação lidade dc usá-la para ^bater um

to a parte c.speculativa como a parte ma-

Acontece que os países de grandes ci

Governo de "Washinglon mais outro tre mendo encargo, pois foram os america

Quantias astronômicas, colossais equi pamentos técnicos, centenas dc milhares

conflito atômico.

Entretanto, as teses

da América e dos Soviets não se acor-

daraiTí, dadas as exigências preliminares da Rússia, cuja atitude sempre equívoca leva a crer que Moscou deseja partiUiar

a fim de dissipar estados emocionais que conduzem uns à revolta e aos progra mas colctivishis 6 outros às satisfações

vanta a questão dramática do monopólio

de operários estão empregados no aper

Recorrem por isso aos subsídios da

psicologia social e mesmo da psicanálise, .

Está em su.spcnso a questão, cabendo ao

em mãos dos Estados Unidos.

dar margens a ilusões e suipresas aná not.

nio público, provavelmente a aumentar os pesadelos o as neuroses de guerra.

da arma nuclear e assumiram perante a consciência universal a responsabi

Num orçamento militar que já conso a estratégia usual dos exércitos de terra. Uma guerra ganha com o "sea power" me mais de 30% das dospe.sas gerais do que fêz a grandeza da Inglaterra é coisa país, não se incluem, ao que parece, os do passado e que não volta. Mas a atual gastos para explorar e desenvolver cada preeminência dos Estados Unidos no se vez mais o poderio do átomo assassinof tor atômico é muito discutível e pode.

dc ciência garantam que dentro de pou

Vimos de relance alguns dos proble

mas que afetam o destino da civilização, bem como as soluções preconizadas para atender ao novo ciclo da evolução social. Para fortalecer a paz, instituiram-se orga nismos que alteram aos poucos os ve lhos conceitos de soberania e mudam as •nraxes da diplomacia clássica no exame

daV questões-chaves e dos litígios inter nacionais.

No terreiio da paz social, onde é mais

difícil um entendimento unificador, de vido à irredutível oposição entre capita lismo e comunismo, a democrácia ame ricana não poupa esforços..para repelir a idéia, nem sempre errônea, de que no sistema atual da produção ainda há muitos exploradores e muitos explorados. O comunismo, firmado nos estudos e na finalidade revolucionária do marxismo, teima em assentar como um imperativo

categórico a noção da guerra de classes

e o esboroamento fatal do capitalismo, através de várias etapas, das quais a úl tima será a e.xpansão ímperialista. Inclinados para as pesquisas que pos sam abrir novos métodos no próprio cam

po das relações sociais, os americanos in

egocêntricas de certos domínios capi

Já está ultrapassada a fase da racio nalização e da tailorização, puro pro cesso técnico sôbre o qual se procurou edificar uma filosofia da produção ém

massa, de maneira a resolver os dissídios sociais a poder de simples satisfações pecuniárias. Altos salários, higiene fa bril, elementos de conforto material não

bastam para remover as formas subje tivas de mal-estar que tanto concorrera

para instigar conflitos nas questões do trabalho.

O homera, mesmo bem pago e com al

to poder aquisitivo, não pode ser sub metido à crescente -velocidade da má

quina. A concepção mais recente é que o homem é a constante, e a máquina a

variável que tem que ser adaptada à fisiologia humana. Os marxistas demmciavam como um ardil capitalístico a

"cadeia de ouro" por meio da qual, com maior confôrto e maior remuneração,

se procurava contornar a crise revolu cionária riestinada a emancipar o prole tariado.

Reconhecendo que a questão social vai além dos fatores físicos, biológicos e monetários, os americanos compreendem

que os velhos princípios da pestão, decorrentes de uma concepção ainda mecanística da vida, devem ceder lugar

aos planos que visam a melhor inte gração das relações humanas. nriiüii


r)».

Dícesto Econômico

24

Ora, como bem acentuaram alguns pu blicistas e comentadores internacionais,

solar que derreteu as areias do deserto de New-Móxico.

os povos não se acham só em face do

Tem-se a impressão dc que as con

dilema atômico relativo ao bem ou ao

25

Digksto Econômico

do segredo sem permitir em seu sei

ter-

ritório a vigilância internacional.

O efeito do desacordo c que os Esta

sistem em opor o princípio da coopera

ção ao da guerra de classes e pensam evitar tal conflito mediante a criação de uma atmosfera de cordial convivência

^al que dessa invenção possa decorrer.

trovérsias em torno da bomba e da.s pe.squísas sôbre a radioatividade e as jazi

dos Unidos preferiram conservar o mo-

mopólio da bomba, embora os homens

nas esferas da produção.

Estão também diante de uma segunda

das dc uranium constituem o centrt) de

cortina de ferro, desde que um segrêdo

uma política capaz de desintegrar a q>rópria civilização. A revolução técnica que

cos anos tudo o mistério estará no domí

científico se defronta com a clandes

tinidade geral da vida russa.

Acresce que o segredo da arma nu clear, a despeito do rigor com que pre

tendem guardá-lo e dele fazer moriopolio, até com pena de morte para os denunciadores, não pode continuar um

enigma eternamente vedado à descoberta de outros povos. Conforme declaram os cientistas mais honestos e autorizados,

^ l\á "um prazo inexoravelmente limitado" W para a p'ena elucidação do segrêdo e mesmo a fabricação do mortífero enge nho. Tòda a hierarquia militar do mun

do, todos os métodos clássicos' da guer

ra estão hoje completamente desbancados por uma arma que relegou para o pas sado a supremacia do poder marítimo e

conseguiu realizar de forma espantosa a transmutação dos alquimistas e que liberou imensas energias dos combustí

veis nucleares, depois dc servir para a horrível destruição de duas cidades, le

feiçoamento de centros científicos ou in-r

dústrias de elementos atômicos, ora ex

perimentados nas pillias, dc caráter pa cífico, ora nas explosões como a de Bi-

kini, cuja natureza bélica parece indubitável.

O problema seria internacionalizar tan

logas às que se produziram coin a apre goada invulnerabilidade da Linha MagL

nufatureira da energia atômica, conceder a uma agencia especial o privilegio de

dades e grandesT aglomerações mdustnais " ? sofrer destruiçoe.s de

estão suieito.s a

^

vigiar minas e usinas, além de fiscali

zar a destruição de quaisquer estoques de armas ofensivas.

As conversas certamente foram inicia

das em bu.sca de um acôrdo tendo em'

vista as possíveis conseqüências- de um

jacto e

rnilados por teJecomando,

recomendam, por con-

Taiscüntmgencasre

sepii nte uma so uç^i^

'

i

para proibir ternrinant^^te se,a para controlar essa preparaçao da energia

talistas.

nos que levaram a efeito a preparação lidade dc usá-la para ^bater um

to a parte c.speculativa como a parte ma-

Acontece que os países de grandes ci

Governo de "Washinglon mais outro tre mendo encargo, pois foram os america

Quantias astronômicas, colossais equi pamentos técnicos, centenas dc milhares

conflito atômico.

Entretanto, as teses

da América e dos Soviets não se acor-

daraiTí, dadas as exigências preliminares da Rússia, cuja atitude sempre equívoca leva a crer que Moscou deseja partiUiar

a fim de dissipar estados emocionais que conduzem uns à revolta e aos progra mas colctivishis 6 outros às satisfações

vanta a questão dramática do monopólio

de operários estão empregados no aper

Recorrem por isso aos subsídios da

psicologia social e mesmo da psicanálise, .

Está em su.spcnso a questão, cabendo ao

em mãos dos Estados Unidos.

dar margens a ilusões e suipresas aná not.

nio público, provavelmente a aumentar os pesadelos o as neuroses de guerra.

da arma nuclear e assumiram perante a consciência universal a responsabi

Num orçamento militar que já conso a estratégia usual dos exércitos de terra. Uma guerra ganha com o "sea power" me mais de 30% das dospe.sas gerais do que fêz a grandeza da Inglaterra é coisa país, não se incluem, ao que parece, os do passado e que não volta. Mas a atual gastos para explorar e desenvolver cada preeminência dos Estados Unidos no se vez mais o poderio do átomo assassinof tor atômico é muito discutível e pode.

dc ciência garantam que dentro de pou

Vimos de relance alguns dos proble

mas que afetam o destino da civilização, bem como as soluções preconizadas para atender ao novo ciclo da evolução social. Para fortalecer a paz, instituiram-se orga nismos que alteram aos poucos os ve lhos conceitos de soberania e mudam as •nraxes da diplomacia clássica no exame

daV questões-chaves e dos litígios inter nacionais.

No terreiio da paz social, onde é mais

difícil um entendimento unificador, de vido à irredutível oposição entre capita lismo e comunismo, a democrácia ame ricana não poupa esforços..para repelir a idéia, nem sempre errônea, de que no sistema atual da produção ainda há muitos exploradores e muitos explorados. O comunismo, firmado nos estudos e na finalidade revolucionária do marxismo, teima em assentar como um imperativo

categórico a noção da guerra de classes

e o esboroamento fatal do capitalismo, através de várias etapas, das quais a úl tima será a e.xpansão ímperialista. Inclinados para as pesquisas que pos sam abrir novos métodos no próprio cam

po das relações sociais, os americanos in

egocêntricas de certos domínios capi

Já está ultrapassada a fase da racio nalização e da tailorização, puro pro cesso técnico sôbre o qual se procurou edificar uma filosofia da produção ém

massa, de maneira a resolver os dissídios sociais a poder de simples satisfações pecuniárias. Altos salários, higiene fa bril, elementos de conforto material não

bastam para remover as formas subje tivas de mal-estar que tanto concorrera

para instigar conflitos nas questões do trabalho.

O homera, mesmo bem pago e com al

to poder aquisitivo, não pode ser sub metido à crescente -velocidade da má

quina. A concepção mais recente é que o homem é a constante, e a máquina a

variável que tem que ser adaptada à fisiologia humana. Os marxistas demmciavam como um ardil capitalístico a

"cadeia de ouro" por meio da qual, com maior confôrto e maior remuneração,

se procurava contornar a crise revolu cionária riestinada a emancipar o prole tariado.

Reconhecendo que a questão social vai além dos fatores físicos, biológicos e monetários, os americanos compreendem

que os velhos princípios da pestão, decorrentes de uma concepção ainda mecanística da vida, devem ceder lugar

aos planos que visam a melhor inte gração das relações humanas. nriiüii


^|N^PiiW|,> iiÍi .,

.%»r.— TF i-r V

26

Dicesto Econ-ómico

Socvólogos e especialistas estiijclam,

através de inquéritos em que os traba lhadores podém extemar-se com a má xima franqueza, os fatores que derivam da incidência da moral coletiva sôbre a

produção.

Da investigação dos fenô

menos psico-sociais se conclui ser indis

pensável melhorar a atmosfera de con

fiança nas coletividades que produzem, reforçar o espírito de equipe, proceder, em suma, a uma "organização humana de pessoas tendo entre elas redações fun cionais".

Bons resultados já foram obtidos no

esclarecimento dos trabalhadores quanto ao papel que desempenham no conjun to da produção. Assim elucidados, com preendem êles melhor a necessidade

de aperfeiçoar as suas aptidões e apren dem a respeitar a cultura e o nível men tal dos quadros dirigentes. A sócio-técnica e a nova ciência "psicoeconómica" visam a procurar os meios de estabelecer o equilíbrio na produção. E,

para atingir esse objetivo, a forma mais indicada consiste em suprimir ou evitar

as tensões psicológicas que impedem

Os órgãos sociais de funcionar harmonio samente. Sem a dissipação dos precon ceitos e das "frustações" que atuam nos meios de trabalho coletivo, permanece

o perigo de vingarem ds ape'os à revolta e os subterfúgios da penetração bolchevista.

E' patente, porquanto, se pode obser var, no atual panorama dos fenômenos

mente a terra de Jcífcrson e Frnnklin

I^oosevelt pode proporcionar os elemen

mundo inteiro.

Na América Latina, as

res da civilização^ ocidental. E tanto os Estados europeu.s ainda livres como tôdas as naçõe.s do continente colombia

dos rezassem pela alma do condenado. Eis, evidentemente, um fato que deve servir de aviso aos que sonham atacar

ricas tradicionais e se íriçam de arra

no, esperam que a fôrça moral e o po tencial be ico de Tio Sam evitem uma catástrofe fatal para tôda a humani

os americanos.

dade. sit ^ Hi

Seria ingenuidade, entretanto, admitir uma superioridade qualitativa dovs ame

ricanos sobre os outros povos. Muitas anomalias e fenômeno.s ba.stante censuráveis ainda desadornam a vida

Num trabalho recente editado sob o tí

tulo "O Mi'agre da América", subli nham-se os métodos do livre empreendi mento e progresso técnico que mais ca racterizaram a grandeza da América, e

proclama-se a necessidade de continuálos para fazer o dinamismo ianque ven cer a grande revolução económico-social da atualidade.

nha-céus, ao passo que o grande pú blico cada vez mais se habitua a con

sumir grande quantidade de mercadorias estadunidenses, desde os utensílios bá

sicos como o automóvel e a ge'adeira, ató os alimentos em lata e as bugigangas

das casas de preço único e preço mínimo. Ao lado dessa imitação superficial do confôrto, nota-se uma infiltração dos costumes, sobretudo no que toca a uma

certa agitação da vida, que leva a exa gerar a exteriorização das atividades e do b-abalho. Outros empréstimos da vi

corrupção e outras 'extravagâncias que é

Em outras publicações e.xalta-se o "team-work", isto é, o trabalho efetua do em conjunto e com amplo senso de solidariedade necessária para aumentar e melhorar a produção. Sentem-se os americanos perfeitamente

jmpossíve^, extinguir de todo.

satisfeitos com os seus modos de viver —

em romances "best-sellers" e em fitas

"ways of life" - e , explicam, aos que

de cinema.

ficados e fa'hos de profundeza, que êles os dispensam de pensar obsessivamente

exagêro esposar a opinião dos que des

americana.

Todavia, a liberdade de

pensamento permite inquirir os pontos traços da sociedade, e o fundo enórtrico

e moralista da raça estimula as reajões neces.sárias contra as vagas de crime ou

Para ganhar a guerra, o povo demons trou as mais sugesHvas qualidades de açao e disciplina e contou, em tôdas ás

emergências com a apreciável e eficien te cooperação das mulheres.

consideram os seus costumes muito ui>i-

na vida, como ocorre com os europeus,

da americana são menos feÜzes. A ín dole ibero-latina nem sempre se compa

dece com afetações excessivas na inde

pendência das mulheres e um certo gê nero de modalidades sociais exploradas

Não será, contudo, dèspropósito ou crevem o homem médio da América co

mo um cidadão prático, de animo espor tivo, de moral sadia e propenso a acei

^Alcançada a vitória, o.s americano,

que ruminam por demais os complexos

ainda revelaram, paralelamente à boa vontade com que ajudam os povos ne cessitados, a dureza da e^ncia purita

provindos de um intelectualismo muito

tar um certo conformismo e certas re

"sofisticado". O fato é que os ianques sustentam,

gras "standard" de comportamento so

na que persiste na parte nuclear de sua

^letívidade. E' mister lembrar que eles lançaram a bomba atômica para re

tados criminosos de guerra. Bem expres-

litar e econômico dos Estados Unidos.-

^va nes.se particular foi a conduta do general Mac Arthiir, ao negar o recurso interposto para comutar a pena de mor-

ton. Em um mundo absolutamente ne cessitado de toda sorte de subsídios e auxílios e com fome de dólares, unica

No entanto, mesmo negando entregar os

maiores cidades perdem as feições ibé

político-sociais conseqüentes à última

uismo recomendado por George Washing

da vida americana se espalham pelo

de.spojos do réu ;\ familia, pediu que to

guerra, a enorme responsabilidade que

Acabou para ê'cs o perícdo do isolacio-

tese de novos atentados contra á paz.

tos curativos e talvez os recursos sa'vado-

matar o conflito mundial e se apresenta ram como juíze.s inexoráveis dos indigi-

Se tornou o apanágio do predomínio mi

27

Dicesto EcoNÓ^^co

te pronunciada contra o general japon s njo- Recusando clemência, enten

deu Mac Arthur que o castigo realçaria um exemplo desHnado a afastar a hipó-

cial, não tanto por preguiça mental como por necessidade de disciplina e aversão

com respeito ao seu tipo de existência, um continuado otimismo e usam de uma

à anarquia dispersiva das abstrações.

dárds" sociais que adotaram. Tão'cio

mos buscar algo de parecido com o exis-

hábil propaganda para idealizar os "stan-

sos são êles desses padrões e tão con vencidos de que ninguém os iguala na arte de fruir todos os confortos materiais

e o respectivo sossego de espírito que,

Não será nos Estados Unidos que ire tencialismo. A massa americana prefe re as fónnu!a.s bem fundamentadas, que

incorporem o homem na ação coletiva. E isso não obsta a que, ciosa de neces

não sòmerite êles se orguMiam de tal sis tema, como ainda deploram que os ou tros não o copiem a fim de alcançarem

sidades espirituais e políticas, ela de monstre periòdicamente o impulso de

a mesma bonança.

os abusos dos "trusts", ora contra as

Ora, hodiernamente, muitos aspectos

belos movimentos de opinião, ora contra

malfeitorias das máquinas eleitorais.


^|N^PiiW|,> iiÍi .,

.%»r.— TF i-r V

26

Dicesto Econ-ómico

Socvólogos e especialistas estiijclam,

através de inquéritos em que os traba lhadores podém extemar-se com a má xima franqueza, os fatores que derivam da incidência da moral coletiva sôbre a

produção.

Da investigação dos fenô

menos psico-sociais se conclui ser indis

pensável melhorar a atmosfera de con

fiança nas coletividades que produzem, reforçar o espírito de equipe, proceder, em suma, a uma "organização humana de pessoas tendo entre elas redações fun cionais".

Bons resultados já foram obtidos no

esclarecimento dos trabalhadores quanto ao papel que desempenham no conjun to da produção. Assim elucidados, com preendem êles melhor a necessidade

de aperfeiçoar as suas aptidões e apren dem a respeitar a cultura e o nível men tal dos quadros dirigentes. A sócio-técnica e a nova ciência "psicoeconómica" visam a procurar os meios de estabelecer o equilíbrio na produção. E,

para atingir esse objetivo, a forma mais indicada consiste em suprimir ou evitar

as tensões psicológicas que impedem

Os órgãos sociais de funcionar harmonio samente. Sem a dissipação dos precon ceitos e das "frustações" que atuam nos meios de trabalho coletivo, permanece

o perigo de vingarem ds ape'os à revolta e os subterfúgios da penetração bolchevista.

E' patente, porquanto, se pode obser var, no atual panorama dos fenômenos

mente a terra de Jcífcrson e Frnnklin

I^oosevelt pode proporcionar os elemen

mundo inteiro.

Na América Latina, as

res da civilização^ ocidental. E tanto os Estados europeu.s ainda livres como tôdas as naçõe.s do continente colombia

dos rezassem pela alma do condenado. Eis, evidentemente, um fato que deve servir de aviso aos que sonham atacar

ricas tradicionais e se íriçam de arra

no, esperam que a fôrça moral e o po tencial be ico de Tio Sam evitem uma catástrofe fatal para tôda a humani

os americanos.

dade. sit ^ Hi

Seria ingenuidade, entretanto, admitir uma superioridade qualitativa dovs ame

ricanos sobre os outros povos. Muitas anomalias e fenômeno.s ba.stante censuráveis ainda desadornam a vida

Num trabalho recente editado sob o tí

tulo "O Mi'agre da América", subli nham-se os métodos do livre empreendi mento e progresso técnico que mais ca racterizaram a grandeza da América, e

proclama-se a necessidade de continuálos para fazer o dinamismo ianque ven cer a grande revolução económico-social da atualidade.

nha-céus, ao passo que o grande pú blico cada vez mais se habitua a con

sumir grande quantidade de mercadorias estadunidenses, desde os utensílios bá

sicos como o automóvel e a ge'adeira, ató os alimentos em lata e as bugigangas

das casas de preço único e preço mínimo. Ao lado dessa imitação superficial do confôrto, nota-se uma infiltração dos costumes, sobretudo no que toca a uma

certa agitação da vida, que leva a exa gerar a exteriorização das atividades e do b-abalho. Outros empréstimos da vi

corrupção e outras 'extravagâncias que é

Em outras publicações e.xalta-se o "team-work", isto é, o trabalho efetua do em conjunto e com amplo senso de solidariedade necessária para aumentar e melhorar a produção. Sentem-se os americanos perfeitamente

jmpossíve^, extinguir de todo.

satisfeitos com os seus modos de viver —

em romances "best-sellers" e em fitas

"ways of life" - e , explicam, aos que

de cinema.

ficados e fa'hos de profundeza, que êles os dispensam de pensar obsessivamente

exagêro esposar a opinião dos que des

americana.

Todavia, a liberdade de

pensamento permite inquirir os pontos traços da sociedade, e o fundo enórtrico

e moralista da raça estimula as reajões neces.sárias contra as vagas de crime ou

Para ganhar a guerra, o povo demons trou as mais sugesHvas qualidades de açao e disciplina e contou, em tôdas ás

emergências com a apreciável e eficien te cooperação das mulheres.

consideram os seus costumes muito ui>i-

na vida, como ocorre com os europeus,

da americana são menos feÜzes. A ín dole ibero-latina nem sempre se compa

dece com afetações excessivas na inde

pendência das mulheres e um certo gê nero de modalidades sociais exploradas

Não será, contudo, dèspropósito ou crevem o homem médio da América co

mo um cidadão prático, de animo espor tivo, de moral sadia e propenso a acei

^Alcançada a vitória, o.s americano,

que ruminam por demais os complexos

ainda revelaram, paralelamente à boa vontade com que ajudam os povos ne cessitados, a dureza da e^ncia purita

provindos de um intelectualismo muito

tar um certo conformismo e certas re

"sofisticado". O fato é que os ianques sustentam,

gras "standard" de comportamento so

na que persiste na parte nuclear de sua

^letívidade. E' mister lembrar que eles lançaram a bomba atômica para re

tados criminosos de guerra. Bem expres-

litar e econômico dos Estados Unidos.-

^va nes.se particular foi a conduta do general Mac Arthiir, ao negar o recurso interposto para comutar a pena de mor-

ton. Em um mundo absolutamente ne cessitado de toda sorte de subsídios e auxílios e com fome de dólares, unica

No entanto, mesmo negando entregar os

maiores cidades perdem as feições ibé

político-sociais conseqüentes à última

uismo recomendado por George Washing

da vida americana se espalham pelo

de.spojos do réu ;\ familia, pediu que to

guerra, a enorme responsabilidade que

Acabou para ê'cs o perícdo do isolacio-

tese de novos atentados contra á paz.

tos curativos e talvez os recursos sa'vado-

matar o conflito mundial e se apresenta ram como juíze.s inexoráveis dos indigi-

Se tornou o apanágio do predomínio mi

27

Dicesto EcoNÓ^^co

te pronunciada contra o general japon s njo- Recusando clemência, enten

deu Mac Arthur que o castigo realçaria um exemplo desHnado a afastar a hipó-

cial, não tanto por preguiça mental como por necessidade de disciplina e aversão

com respeito ao seu tipo de existência, um continuado otimismo e usam de uma

à anarquia dispersiva das abstrações.

dárds" sociais que adotaram. Tão'cio

mos buscar algo de parecido com o exis-

hábil propaganda para idealizar os "stan-

sos são êles desses padrões e tão con vencidos de que ninguém os iguala na arte de fruir todos os confortos materiais

e o respectivo sossego de espírito que,

Não será nos Estados Unidos que ire tencialismo. A massa americana prefe re as fónnu!a.s bem fundamentadas, que

incorporem o homem na ação coletiva. E isso não obsta a que, ciosa de neces

não sòmerite êles se orguMiam de tal sis tema, como ainda deploram que os ou tros não o copiem a fim de alcançarem

sidades espirituais e políticas, ela de monstre periòdicamente o impulso de

a mesma bonança.

os abusos dos "trusts", ora contra as

Ora, hodiernamente, muitos aspectos

belos movimentos de opinião, ora contra

malfeitorias das máquinas eleitorais.


iiv JMjm'

28

Dicesto Econômico

Em nenhum país do mundo se apre

a ser minada nos seus centros do rosis-

senta tanto interesse pela educação, pelo-'

tcneia por infiltrações nuiití) sutis, por

despertar das inteligências e das vcca- . uma espécie de vírus revohjoiouário ulçóes e pelas pesquisas destinadas a ilus trar os valores morais da vida.

Um dos mais penetrantes observadores

da vida ianque, o Ck)nde de KeyserÜng, expendeu sôbre a mesma, no livro "Psi

canálise da América", juízos que são

tra-fi'trável que escape à.s investigações e à vigilância dos núcleos tipicnnionle americanos.

Para um futuro mais remoto, dificil mente se admito que o mundo continue por longo tempo bipartido e inconciliú-

preciosas contribuições para compreen der o povo que é presentemente o árbi

vel. A técnica e a ciência, apesar dos

tro máximo dos destinos mundiais.

lítico nem feição doutrinária. Tanto no Ocidente, como no Oriente, coino em

Ke)'serling, pensador de estonteante erudição e que apreende luminosamen

maiores fanatismos, não têm colorido po

te a essência dos fenômenos da cons

qualquer parte cio globo, o aperfeiçoa mento dos instrumentos de produção

ciência coletiva, merece que se lhe apli

tende a aumentar os gêneros e artigos à

que a frase de um crítico francês ao co

de inúmeras observações colhidas pelo

disposição das massas. Se o sociaHsnío faz questão cie montar um aparelhamento industrial perfeito, mediante planos colossais, ó ciue um dia ou outro c'e

prisma da intuição, escreveu Keyserling:

pretende distribuir aos que trabalham

"A constatação mais estupefaciente qiie faça um europeu de após-guerra (1914-

o fruto do seu próprio labor, por forma

1918) visitando a América — insisto nes

total de ciúme, de inveja, de malevo^ên-

zer e confôrto. Não se vai supor que o socialismo pretende sujeitar a bumanidaclo ao trabalho só para faze-la suar e penar e ficar acorrentada às máquinas

cia, de ressentimento e de revolta".

unicamente para levar a vida dos escra

mentar a obra de Emile Faguet: "um caos de idéias c'aras". No seguimento

se ponto e faço questão de frisá-lo — é, nacionalmente falando, a ausência

Ora, por outro lado, Keyserling re conhece que nos negócios da América não há sentimentalidade.

E bem sa

bemos que grandes fortunas e enor mes empresas se edificaram com abso luto desprezo a quaisquer contempla ções humanas e regras de moral. Toda via, o que o ilustre escritor ressaltou e que adquire uma extrema importância na atualidade é que a coletividade ame ricana lhe parecia "imunizada contra o

as iincnções novas podem originar. Recorrendo uma vez mais aos pensa

mentos do ilustre filósofo Keyserling, po demos citar a advertência que êlc formu'ou: "Desenvolver uma vida espiritual

nova para servir de base à nova idade técnica".

Sem nos perdermos em devaneios mís ticos, sentimos que ã civilização, para ser conservada de maneira a perpetuar a sua fòtça criadora, precisa cultivar

a grande realidade dós valores espiri

tuais. E só um clima de liberdade e de

libertação dos terrores é que favorecerá o desenvolvimento da verdadeira cultu ra e da harmonia interior.

O programa das Quatro Liberdades e

do Código dos Direitos Humanos, sob o patrocínio da O. N. U., não resolverá definitivamente o problema constante mente mutável dos nossos destinos. Mas

como preparação de um mundo melhor, êle dá provisoriamente aos homens as garantias para aperfeiçoiuem a justiça e preservarem a fé nas forças indestru tíveis da consciência individual e uni versal.

-4'.Ti

ponto de convergência entre as" doutri nas, por fôrça de um encontro fatal de

terminado pela identidade de propósitos da produção e da utilização do maquinis1110, concebidas para servir ao bem-estar dos homens.

' 4:

51:

A que conclusão chegar num período em que vivemos sob o efeito de tantos

fatores depressivos e receosos do fu

América nos dias de inquietação que es

turo?

tal, salvo a hipótese de vir, por sua vez,

manidade o perigo de se desvitalizar ern virtude dos próprios desequilíbrios qué

vos ou das abelhas. Por conscgúinte, haverá, mais cedo ou mais tarde, um

Até onde se pode prever a atitude da culo às investidas do comunismo orien

progressos materiais, pesa sôbre a hu

a fazê-los gozar a vida com mais pra

socialismo, no senso europeu do termo".

tamos vivendo, ela servirá de obstá

29

DrcESTo EcoNÓ>nco

A solução não pode existir exclusivmmente no domínio da ciência e dos inte

resses econômicos, porque a despeito dos

A indústria brasileira de aniJiruis tomou impulso no pais a partir de_1918. rnfantes azóicos, esijeciahnente destinados à fiação e à tece}a{i,em. A produção (fp anilinas, aumentando de ano para ano, chegou a cêrca de 700.000 quilos onimw, p ouc representa prande paHe do consumo nacional, pois a importação, em média, A ^nrinrívio fabricou-se o preto ao enxofre; cm sepuida iniciou-se a fabricaçao dos

nos anos de 1946, 47 e 48, orçou em 1.000.000 quilos. O carvao de Pfdra, atra vés de sua destilação, produz matéria-prima para a fabricação- de amléas. Em Volta Redonda destila-se a hulha, obtendo-se o benzol o xilol, o toluol a naftahna, o antraceno, etc. FSyricas nacionais produzem os ácüos sulfuricos, muriatico, mtnco. s't\:.


iiv JMjm'

28

Dicesto Econômico

Em nenhum país do mundo se apre

a ser minada nos seus centros do rosis-

senta tanto interesse pela educação, pelo-'

tcneia por infiltrações nuiití) sutis, por

despertar das inteligências e das vcca- . uma espécie de vírus revohjoiouário ulçóes e pelas pesquisas destinadas a ilus trar os valores morais da vida.

Um dos mais penetrantes observadores

da vida ianque, o Ck)nde de KeyserÜng, expendeu sôbre a mesma, no livro "Psi

canálise da América", juízos que são

tra-fi'trável que escape à.s investigações e à vigilância dos núcleos tipicnnionle americanos.

Para um futuro mais remoto, dificil mente se admito que o mundo continue por longo tempo bipartido e inconciliú-

preciosas contribuições para compreen der o povo que é presentemente o árbi

vel. A técnica e a ciência, apesar dos

tro máximo dos destinos mundiais.

lítico nem feição doutrinária. Tanto no Ocidente, como no Oriente, coino em

Ke)'serling, pensador de estonteante erudição e que apreende luminosamen

maiores fanatismos, não têm colorido po

te a essência dos fenômenos da cons

qualquer parte cio globo, o aperfeiçoa mento dos instrumentos de produção

ciência coletiva, merece que se lhe apli

tende a aumentar os gêneros e artigos à

que a frase de um crítico francês ao co

de inúmeras observações colhidas pelo

disposição das massas. Se o sociaHsnío faz questão cie montar um aparelhamento industrial perfeito, mediante planos colossais, ó ciue um dia ou outro c'e

prisma da intuição, escreveu Keyserling:

pretende distribuir aos que trabalham

"A constatação mais estupefaciente qiie faça um europeu de após-guerra (1914-

o fruto do seu próprio labor, por forma

1918) visitando a América — insisto nes

total de ciúme, de inveja, de malevo^ên-

zer e confôrto. Não se vai supor que o socialismo pretende sujeitar a bumanidaclo ao trabalho só para faze-la suar e penar e ficar acorrentada às máquinas

cia, de ressentimento e de revolta".

unicamente para levar a vida dos escra

mentar a obra de Emile Faguet: "um caos de idéias c'aras". No seguimento

se ponto e faço questão de frisá-lo — é, nacionalmente falando, a ausência

Ora, por outro lado, Keyserling re conhece que nos negócios da América não há sentimentalidade.

E bem sa

bemos que grandes fortunas e enor mes empresas se edificaram com abso luto desprezo a quaisquer contempla ções humanas e regras de moral. Toda via, o que o ilustre escritor ressaltou e que adquire uma extrema importância na atualidade é que a coletividade ame ricana lhe parecia "imunizada contra o

as iincnções novas podem originar. Recorrendo uma vez mais aos pensa

mentos do ilustre filósofo Keyserling, po demos citar a advertência que êlc formu'ou: "Desenvolver uma vida espiritual

nova para servir de base à nova idade técnica".

Sem nos perdermos em devaneios mís ticos, sentimos que ã civilização, para ser conservada de maneira a perpetuar a sua fòtça criadora, precisa cultivar

a grande realidade dós valores espiri

tuais. E só um clima de liberdade e de

libertação dos terrores é que favorecerá o desenvolvimento da verdadeira cultu ra e da harmonia interior.

O programa das Quatro Liberdades e

do Código dos Direitos Humanos, sob o patrocínio da O. N. U., não resolverá definitivamente o problema constante mente mutável dos nossos destinos. Mas

como preparação de um mundo melhor, êle dá provisoriamente aos homens as garantias para aperfeiçoiuem a justiça e preservarem a fé nas forças indestru tíveis da consciência individual e uni versal.

-4'.Ti

ponto de convergência entre as" doutri nas, por fôrça de um encontro fatal de

terminado pela identidade de propósitos da produção e da utilização do maquinis1110, concebidas para servir ao bem-estar dos homens.

' 4:

51:

A que conclusão chegar num período em que vivemos sob o efeito de tantos

fatores depressivos e receosos do fu

América nos dias de inquietação que es

turo?

tal, salvo a hipótese de vir, por sua vez,

manidade o perigo de se desvitalizar ern virtude dos próprios desequilíbrios qué

vos ou das abelhas. Por conscgúinte, haverá, mais cedo ou mais tarde, um

Até onde se pode prever a atitude da culo às investidas do comunismo orien

progressos materiais, pesa sôbre a hu

a fazê-los gozar a vida com mais pra

socialismo, no senso europeu do termo".

tamos vivendo, ela servirá de obstá

29

DrcESTo EcoNÓ>nco

A solução não pode existir exclusivmmente no domínio da ciência e dos inte

resses econômicos, porque a despeito dos

A indústria brasileira de aniJiruis tomou impulso no pais a partir de_1918. rnfantes azóicos, esijeciahnente destinados à fiação e à tece}a{i,em. A produção (fp anilinas, aumentando de ano para ano, chegou a cêrca de 700.000 quilos onimw, p ouc representa prande paHe do consumo nacional, pois a importação, em média, A ^nrinrívio fabricou-se o preto ao enxofre; cm sepuida iniciou-se a fabricaçao dos

nos anos de 1946, 47 e 48, orçou em 1.000.000 quilos. O carvao de Pfdra, atra vés de sua destilação, produz matéria-prima para a fabricação- de amléas. Em Volta Redonda destila-se a hulha, obtendo-se o benzol o xilol, o toluol a naftahna, o antraceno, etc. FSyricas nacionais produzem os ácüos sulfuricos, muriatico, mtnco. s't\:.


31

Dícesto Económtco

se completa dc recentes dados estatísti

o PLANO MONNET Richard Lewinsoiin

cos sobre a economia francesa.

Sabia-se mais ou menos o que fora

destruído, mas ignoravam-se as dimen

sões cin cquipanv-nto ainda intacto, os

J^E TODOS OS planos ecoijómicos do após-guerra, o Plano Monnet talvez seja o mais famoso.

ganisation pour Ia Coopóration Economique Européennc").

Entretanto, êsse

grande plano francês, já agora realizado

A elaboração do Plano

na sua maior parte, com aceleração do

ritmo originalmente prescrito, levou até há pouco uma vida quase ilegítima. Foi apenas em fins do ano passado, por

Da fértil colaboração entre tosses doi* homens — ambos tipicamente rcaiizuídores e inovadores, contrário.s ao mecanis

ocasião dos debates sobre o orça

mo burocrático tradicional, sur giu êssc Plano, oficialmente deno minado: "Primeiro Plano de Mo

mento de 1949, que o Flano ^íonnet foi, pe'a primeira vez, re gularmente examinado e aprova

dernização e de Equipamento". Formalmente, o ponto de partida foi um decreto de 3 dc janeiro d®

do pela Câmara dos Deputados. Não obstante, os princípios do

Plano Monnet remontam aos primeiros meses após o fim da guerra, e o con

ceito básico provém mesmo da época quando ninguém podia prever em que estado a França se encontraria no mo mento da libertação.

O autor, ou, pelo menos, o principal animador e organizador do plano, o sr. Jean Monnet, não é nem teórico nem

político, nem idêntico nem parente do

deputado socialista do mesmo nome que já antes da guerra fora várias vezes mi nistro. O sr. Jean Monnet foi homem

de negócios, viveu muitos anos nos Es tados Unidos e é, no seu pensamento, mais americanizado que a maioria de seus

compatriotas.. Ainda que já esteja com

uns cinqüenta anos, é, na vida política, um homem novo. Durante a guerra, li gou-se ao movimento do General De Caulle e entrou ao serviço do Governo

da França Livre. A verdadeira "cabeça" do planejamento na França foi o sr. Robert Marjolin, atualmente secretário

gera da organização dos países europeus beneficiados pelo Plano Marshall ("Or-

1946, do Governo Provisório da Repú

blica Francesa, presidido pe^o Gene ral De Gaulle. O decreto prescrevia o

estabelecimento de um "primeiro plano de conjunto para a moderniz;\ção, e o equipamento econômico da metrópole e dos territórios ultramarinos" e fixava os objetivos do planejamento em quatro pontos:

"1° — desenvolver a produção nacio

nal e as trocas exteriores, em particular nos domínios onde a posição francesa é mais favorável;

2.° — aumentar o rendimento do tra balho;

3.° — assegurar a ocupação completa da mão-de-obra;

4.° — e'evar o padrão de vida da po pulação e melhorar as condições de ha bitação 6 de vida coletiva".

As diretrizes do Governo foram, por tanto, bastante sumárias e deixaram pràticamente mão livre ao Comissariado Ge

ral, instituído para a elaboração do Plano e dirigido pe'o sr. Jean Monnet. A ta

refa foi ainda dificultada pela falta qua-

meios financeiros e as necessidades nos diverso;-, ramos industriais e agrícolas. Estabe'ecer um inventário completo te

ria exigido um longo prazo.

O sr.

Monnet e seus colaboradores usaram métodos mais diretos. Informaram-se

por inquéritos sobre o estado do material. Para tal fim foram constituídas 18 co missões c 74 subcomissões. O aparelho

do planejamento foi relativamente gran de muito mais vasto que o do Plano SALTE: no tota', mais de mil pessoas ficaram ocupadas durante dez meses com a elaboração do Piano.

Em janeiro de 1947, um ano depois

de baixado o decreto básico, o sr.

Monnet pndú. apresentar o "Relatório

Geral" ao Govêmo, presidido pelo sr.

Léon Blum. Sem longas formalidades, o Govêmo aprovou o P'ano e auto-.vnn sua aplicação imediata, por um

simples decreto. Seis programas básicos

O "Relatório Geral" de janeiro de 1947 qee constitui o chamado Plano

vidades foram consideradas como básicas

e, para elas, focados seis programas: car vão, eletricidade, siderurgia, cimento,

maquinaria agrícola e transportes inte

riores. Todavia, para várias outras in

dústrias, em particular para a indústria tê.xtil, também foram fixados planos de

produção que previam um ritmo de acréscimo.

Na sua forma original, o Plano Monnet

foi um plano quadrienal que devia ser rea'izado nos anos de 1947 a 1950. Entretanto, foi posteriormente estendido

e adaptado ao Plano Marshall. Atual mente,"já está fixado o planejamento até 1952, e alguns programas vão ainda

longe. Mas, a partir de 1951, as inver sões e subsídios do Governo deverão ir decrescendo.

O Plano Monnet — como o Plano

SALTE — é essencialmente um plano de investimentos. O aspecto social que, nas diretrizes do decreto básico, tinha

um lugar preponderante, não foi negli genciado, mas é corisiderado mais como efeito do que como alvo imediato da planificação. O objetivo principal risa o aumento da produção. Entretanto, as condições '' particulares da França no

após-guerra, sobretudo as destruições em massa de habitações — 277.000 casas

forarii completamente destruídas,

Monnet. é una dceumcnto eon-

densado - ™ito

do que o P.ano SALTE - de

duzentas páginas apenas, mas de uma admirável clareza, redigido

com o talento de síntese que sem

■fgio-i--:-:

mais de um milhão parcialmente danificadas ~ tomaram necessá rio um vasto programa de recons

trução residencial. Efetivamen

te, cerca de 30% de todas as des

pesas previstas para a execução do Plano

pre distinguiu os autores franceses. Dei desde o início, reservadas a haxou de lado os territórios de ultramar, 'foram, bitaçãò, ou, em têrmos economicos, a

limitando-se à metrópole. Mas, mesmo com essa limitaçao, foi

bens duráveis de consumo, e nao a bens

um sistema de prioridade, determinar o

tra a distribuição dos investimentos que

preciso fazer uma seleção, estabelecer que é o mais necessário e o que deve

ria figurar em segundo lugar. Seis ati

de produção. O esquema seguinte mos constam do Plano Monnet original de 1946-47.


31

Dícesto Económtco

se completa dc recentes dados estatísti

o PLANO MONNET Richard Lewinsoiin

cos sobre a economia francesa.

Sabia-se mais ou menos o que fora

destruído, mas ignoravam-se as dimen

sões cin cquipanv-nto ainda intacto, os

J^E TODOS OS planos ecoijómicos do após-guerra, o Plano Monnet talvez seja o mais famoso.

ganisation pour Ia Coopóration Economique Européennc").

Entretanto, êsse

grande plano francês, já agora realizado

A elaboração do Plano

na sua maior parte, com aceleração do

ritmo originalmente prescrito, levou até há pouco uma vida quase ilegítima. Foi apenas em fins do ano passado, por

Da fértil colaboração entre tosses doi* homens — ambos tipicamente rcaiizuídores e inovadores, contrário.s ao mecanis

ocasião dos debates sobre o orça

mo burocrático tradicional, sur giu êssc Plano, oficialmente deno minado: "Primeiro Plano de Mo

mento de 1949, que o Flano ^íonnet foi, pe'a primeira vez, re gularmente examinado e aprova

dernização e de Equipamento". Formalmente, o ponto de partida foi um decreto de 3 dc janeiro d®

do pela Câmara dos Deputados. Não obstante, os princípios do

Plano Monnet remontam aos primeiros meses após o fim da guerra, e o con

ceito básico provém mesmo da época quando ninguém podia prever em que estado a França se encontraria no mo mento da libertação.

O autor, ou, pelo menos, o principal animador e organizador do plano, o sr. Jean Monnet, não é nem teórico nem

político, nem idêntico nem parente do

deputado socialista do mesmo nome que já antes da guerra fora várias vezes mi nistro. O sr. Jean Monnet foi homem

de negócios, viveu muitos anos nos Es tados Unidos e é, no seu pensamento, mais americanizado que a maioria de seus

compatriotas.. Ainda que já esteja com

uns cinqüenta anos, é, na vida política, um homem novo. Durante a guerra, li gou-se ao movimento do General De Caulle e entrou ao serviço do Governo

da França Livre. A verdadeira "cabeça" do planejamento na França foi o sr. Robert Marjolin, atualmente secretário

gera da organização dos países europeus beneficiados pelo Plano Marshall ("Or-

1946, do Governo Provisório da Repú

blica Francesa, presidido pe^o Gene ral De Gaulle. O decreto prescrevia o

estabelecimento de um "primeiro plano de conjunto para a moderniz;\ção, e o equipamento econômico da metrópole e dos territórios ultramarinos" e fixava os objetivos do planejamento em quatro pontos:

"1° — desenvolver a produção nacio

nal e as trocas exteriores, em particular nos domínios onde a posição francesa é mais favorável;

2.° — aumentar o rendimento do tra balho;

3.° — assegurar a ocupação completa da mão-de-obra;

4.° — e'evar o padrão de vida da po pulação e melhorar as condições de ha bitação 6 de vida coletiva".

As diretrizes do Governo foram, por tanto, bastante sumárias e deixaram pràticamente mão livre ao Comissariado Ge

ral, instituído para a elaboração do Plano e dirigido pe'o sr. Jean Monnet. A ta

refa foi ainda dificultada pela falta qua-

meios financeiros e as necessidades nos diverso;-, ramos industriais e agrícolas. Estabe'ecer um inventário completo te

ria exigido um longo prazo.

O sr.

Monnet e seus colaboradores usaram métodos mais diretos. Informaram-se

por inquéritos sobre o estado do material. Para tal fim foram constituídas 18 co missões c 74 subcomissões. O aparelho

do planejamento foi relativamente gran de muito mais vasto que o do Plano SALTE: no tota', mais de mil pessoas ficaram ocupadas durante dez meses com a elaboração do Piano.

Em janeiro de 1947, um ano depois

de baixado o decreto básico, o sr.

Monnet pndú. apresentar o "Relatório

Geral" ao Govêmo, presidido pelo sr.

Léon Blum. Sem longas formalidades, o Govêmo aprovou o P'ano e auto-.vnn sua aplicação imediata, por um

simples decreto. Seis programas básicos

O "Relatório Geral" de janeiro de 1947 qee constitui o chamado Plano

vidades foram consideradas como básicas

e, para elas, focados seis programas: car vão, eletricidade, siderurgia, cimento,

maquinaria agrícola e transportes inte

riores. Todavia, para várias outras in

dústrias, em particular para a indústria tê.xtil, também foram fixados planos de

produção que previam um ritmo de acréscimo.

Na sua forma original, o Plano Monnet

foi um plano quadrienal que devia ser rea'izado nos anos de 1947 a 1950. Entretanto, foi posteriormente estendido

e adaptado ao Plano Marshall. Atual mente,"já está fixado o planejamento até 1952, e alguns programas vão ainda

longe. Mas, a partir de 1951, as inver sões e subsídios do Governo deverão ir decrescendo.

O Plano Monnet — como o Plano

SALTE — é essencialmente um plano de investimentos. O aspecto social que, nas diretrizes do decreto básico, tinha

um lugar preponderante, não foi negli genciado, mas é corisiderado mais como efeito do que como alvo imediato da planificação. O objetivo principal risa o aumento da produção. Entretanto, as condições '' particulares da França no

após-guerra, sobretudo as destruições em massa de habitações — 277.000 casas

forarii completamente destruídas,

Monnet. é una dceumcnto eon-

densado - ™ito

do que o P.ano SALTE - de

duzentas páginas apenas, mas de uma admirável clareza, redigido

com o talento de síntese que sem

■fgio-i--:-:

mais de um milhão parcialmente danificadas ~ tomaram necessá rio um vasto programa de recons

trução residencial. Efetivamen

te, cerca de 30% de todas as des

pesas previstas para a execução do Plano

pre distinguiu os autores franceses. Dei desde o início, reservadas a haxou de lado os territórios de ultramar, 'foram, bitaçãò, ou, em têrmos economicos, a

limitando-se à metrópole. Mas, mesmo com essa limitaçao, foi

bens duráveis de consumo, e nao a bens

um sistema de prioridade, determinar o

tra a distribuição dos investimentos que

preciso fazer uma seleção, estabelecer que é o mais necessário e o que deve

ria figurar em segundo lugar. Seis ati

de produção. O esquema seguinte mos constam do Plano Monnet original de 1946-47.


77*^

82

estimativa dos INVESTIMEiXTOS DO QUATHIÊNIO (1947-1950) Em bilhões de francos — preços de 1946

Setores

Construções e

Materiais e

obras públicas

equipamentos

Total

53 98 9 7

23,5 100 -24 11,5

56 5 I9S 33 jg 5

1

0

I. Atividades básicas

Carvão Energia elétrica Siderurgia Cimento

7

Máquinas agrícolas

Transportes

Estradas de ferro

64

Q1

Navegação interior

11

9

Estradas de rodagem e ca-

mi^Hões

-

......"223

1

jqq

Agricultura Habitaçao Indústria e comércio

•w,

- 78

313

530

60 660 76

290 _ 264

" ' 350 340

170 jq

oqn

734

1720

- (em números redondos).. 1210

1040

2^5o'

O Plano Monnet é, a um tempo só,

niza^o e o aumento de capacidade, 720 b'l''»ões, aproximadamente um terço do total. Com a execução progressiva das

um plano de reconstrução e de constm-

obras, num ritmo mais acelerado do qiie

ção. Os autores do Plano distinguem, além dessas duas, mais uma categoria: a "manutenção diferida", ou seja a execução de obras de renovação que não

o esperado inicialmente, esta última categoria, a das construções, tomou uma parce'a maior do conjunto. Nos investímentos do exercício de 1949, as obras

podiam ser realizadas durante a guerra.

do construção, ou seja "acréscimo do ca-

Dos 2.2.50 bilhões de francos previstos no plano original pe^o quatriênio (1947-

pitai nacional", representam 42% enquanto as reconstruções e a manuten-

19.50), a reconstrução devia absorver l.IOO bilhões ou quase metade, a manu-

Ção diferida, ou sejam a "reconstituição e a manutenção do antigo capital" se

tenção diferida 430 bilhões e a constru-

reduzem em 5S%.

ção propriamente dita, ou seja a mcder-

na Primeira Conferência Econômica Mundial, realizada em 1927. cm Gene

33

te argumento a favor • da socialização.

Ora, o Plano Monnet não é um-plano socialista. É, muito mais do que o Pla no SALTE, um plano dirigista. Seus diversos programas não são realizáveis

bra, o economista inglês Sir Waltlier Layton fez um discurso fulminante con tra a "ilusão dc prc-guerra". Explicou

sem certa intervenção do Govêmo na

que seria ab.surdo comparar permanente

laboração do Govêmo com as próprias organizações da indústria e da agricul

mente a situação do após-gucrra com a

economia particular.

Mas, respeita a

propriedade privada. Visa uma boa co

dc prc-guerra, considerando esta última

tura e esforça-se em obter a moderni

como critério etemo. O que fora des

zação da economia privada mediante

truído não existe mais, e tôda constru

persuasão, e não com medidas compul

ção, seja a título dc reconstrução, de

sórias.

tra denominação, constitui efetivamente

"

Do ponto de vista puramente ecçnó-

O financiamento

um acréscimo do capital nacionab

Todavia, do ponto de vista moral, é

As condições econômicas e políticas, acima mencionadas, explicam,

que as con.struções ultrapassam

até certo ponto, as imperfei

as dcstruições e qiie fica, apesar

ções do e.squema financeiro do

da guerra, um saldo positivo.

P'ano Monnet que, sob èsse

Além

aspecto, está longe de ser mo delar. A necessidade de um fi

disso, a discriminação

aplicada ao Plano Monnet tem também sua justificação do

986

Reconstrução e construção

mico, tais di.scriiuinaçúes não tem gran de significação. Jú depois da primeira guerra mundial foi u.so fazê-las, até que

naturalmente satisfatório- saber

Transportes e comunicações 120 Outros investimentos 70 Total geral

Digestci Econômico

manutenção diferida ou sob qualquer ou

78

n. Outras atividades

/,

,

Digesto EcoNÓNnco

ponto de vista financeiro, pois na Fran ça, como em outros países atingidos pe la guerra, a reconstrução de edifícios ou equipamentos destruídos fica a cargo do Governo, enquanto a modernização

e ampliação dos meios de produção de ve em princípio, ser financiada pelos respectivos proprietários. Se o Govêr-

no contribui a essa tarefa, é um ato ex traordinário, e os subsídios e auxílios à economia popular deveriam, em geral,

nanciamento sólido uão foi des

conhecida, mas, no plano original, os problemas financeiros são trmdos de

uma maneira bastante vaga. Enquan to as despesas são calculadas para todo o quatriênio com a má.xima precisão possível, as- receitas são apenas estima

das para o primeiro ano do Plano (1947), e ainda numa forma extrema mente sumária e hipotética. "Parece bem — diz o Relatório Geral

do sr. Monnet — que não seria desarra-

ser considerados sòmente como credito,

zoado esperar financiar 460 bilhões de

e não como presente.

francos cie investimentos". Dêsse total,

A questão complicou-se ainda em con seqüência das tendências de socializa

70 bilhões deveriam provir dos próprios recursos dos agricultores e das empre

ção que se- manifestaram nos primeiros anos do após-guerra na França. Se os

sas industriais, 140-150 bilhões de cré

particulares tivessem feito os seus in vestimentos simples e definitivamente a

em ouro e divisas, e 240-250 bilhões

seriam fornecidos pela poupança.

custo do Govêmo, isto teria sido um for

despesas com o equipamento e a re-

ditos estrangeiros e de haveres públicos As


77*^

82

estimativa dos INVESTIMEiXTOS DO QUATHIÊNIO (1947-1950) Em bilhões de francos — preços de 1946

Setores

Construções e

Materiais e

obras públicas

equipamentos

Total

53 98 9 7

23,5 100 -24 11,5

56 5 I9S 33 jg 5

1

0

I. Atividades básicas

Carvão Energia elétrica Siderurgia Cimento

7

Máquinas agrícolas

Transportes

Estradas de ferro

64

Q1

Navegação interior

11

9

Estradas de rodagem e ca-

mi^Hões

-

......"223

1

jqq

Agricultura Habitaçao Indústria e comércio

•w,

- 78

313

530

60 660 76

290 _ 264

" ' 350 340

170 jq

oqn

734

1720

- (em números redondos).. 1210

1040

2^5o'

O Plano Monnet é, a um tempo só,

niza^o e o aumento de capacidade, 720 b'l''»ões, aproximadamente um terço do total. Com a execução progressiva das

um plano de reconstrução e de constm-

obras, num ritmo mais acelerado do qiie

ção. Os autores do Plano distinguem, além dessas duas, mais uma categoria: a "manutenção diferida", ou seja a execução de obras de renovação que não

o esperado inicialmente, esta última categoria, a das construções, tomou uma parce'a maior do conjunto. Nos investímentos do exercício de 1949, as obras

podiam ser realizadas durante a guerra.

do construção, ou seja "acréscimo do ca-

Dos 2.2.50 bilhões de francos previstos no plano original pe^o quatriênio (1947-

pitai nacional", representam 42% enquanto as reconstruções e a manuten-

19.50), a reconstrução devia absorver l.IOO bilhões ou quase metade, a manu-

Ção diferida, ou sejam a "reconstituição e a manutenção do antigo capital" se

tenção diferida 430 bilhões e a constru-

reduzem em 5S%.

ção propriamente dita, ou seja a mcder-

na Primeira Conferência Econômica Mundial, realizada em 1927. cm Gene

33

te argumento a favor • da socialização.

Ora, o Plano Monnet não é um-plano socialista. É, muito mais do que o Pla no SALTE, um plano dirigista. Seus diversos programas não são realizáveis

bra, o economista inglês Sir Waltlier Layton fez um discurso fulminante con tra a "ilusão dc prc-guerra". Explicou

sem certa intervenção do Govêmo na

que seria ab.surdo comparar permanente

laboração do Govêmo com as próprias organizações da indústria e da agricul

mente a situação do após-gucrra com a

economia particular.

Mas, respeita a

propriedade privada. Visa uma boa co

dc prc-guerra, considerando esta última

tura e esforça-se em obter a moderni

como critério etemo. O que fora des

zação da economia privada mediante

truído não existe mais, e tôda constru

persuasão, e não com medidas compul

ção, seja a título dc reconstrução, de

sórias.

tra denominação, constitui efetivamente

"

Do ponto de vista puramente ecçnó-

O financiamento

um acréscimo do capital nacionab

Todavia, do ponto de vista moral, é

As condições econômicas e políticas, acima mencionadas, explicam,

que as con.struções ultrapassam

até certo ponto, as imperfei

as dcstruições e qiie fica, apesar

ções do e.squema financeiro do

da guerra, um saldo positivo.

P'ano Monnet que, sob èsse

Além

aspecto, está longe de ser mo delar. A necessidade de um fi

disso, a discriminação

aplicada ao Plano Monnet tem também sua justificação do

986

Reconstrução e construção

mico, tais di.scriiuinaçúes não tem gran de significação. Jú depois da primeira guerra mundial foi u.so fazê-las, até que

naturalmente satisfatório- saber

Transportes e comunicações 120 Outros investimentos 70 Total geral

Digestci Econômico

manutenção diferida ou sob qualquer ou

78

n. Outras atividades

/,

,

Digesto EcoNÓNnco

ponto de vista financeiro, pois na Fran ça, como em outros países atingidos pe la guerra, a reconstrução de edifícios ou equipamentos destruídos fica a cargo do Governo, enquanto a modernização

e ampliação dos meios de produção de ve em princípio, ser financiada pelos respectivos proprietários. Se o Govêr-

no contribui a essa tarefa, é um ato ex traordinário, e os subsídios e auxílios à economia popular deveriam, em geral,

nanciamento sólido uão foi des

conhecida, mas, no plano original, os problemas financeiros são trmdos de

uma maneira bastante vaga. Enquan to as despesas são calculadas para todo o quatriênio com a má.xima precisão possível, as- receitas são apenas estima

das para o primeiro ano do Plano (1947), e ainda numa forma extrema mente sumária e hipotética. "Parece bem — diz o Relatório Geral

do sr. Monnet — que não seria desarra-

ser considerados sòmente como credito,

zoado esperar financiar 460 bilhões de

e não como presente.

francos cie investimentos". Dêsse total,

A questão complicou-se ainda em con seqüência das tendências de socializa

70 bilhões deveriam provir dos próprios recursos dos agricultores e das empre

ção que se- manifestaram nos primeiros anos do após-guerra na França. Se os

sas industriais, 140-150 bilhões de cré

particulares tivessem feito os seus in vestimentos simples e definitivamente a

em ouro e divisas, e 240-250 bilhões

seriam fornecidos pela poupança.

custo do Govêmo, isto teria sido um for

despesas com o equipamento e a re-

ditos estrangeiros e de haveres públicos As


Dicesto

34

construção, diretamente a cargo do Govêmo,.foram estimadas em 220 bilhões,

EcoNÓ^aco

pesas com o Plano MoiintJt passaram através de vários canais.

Parcialmente

representando 48% dos investimentos to

foram custeadas pelos recursos do orça

tais.

mento gerai, na maior parte por em

Os.próprios autores estavam, ao que

préstimos internos e exlernn.s, e pela mo- •

Dicesto Econômico

res. Não sòmente em números abso lutos mas também em relação à renda

nacional, os investimentos do Plano Mon net .são um múltiplo dos do Plano

.SALTE. Já as despesas do primeiro ano

S5

previa que a balança de pagamentos cor

rentes da Franpa acusaria em 194S ape nas um déficit de 115 bilhões de fran

cos. Ora, o déficit do ano passado ele

vou-se a 1.892 bilhões, ultrapassando

parece, conscientes da insuficiência dêsse esquema e afirmaram que as possi

bilização de fundos existente.s no es

trangeiro, mas é quase impos.sjvel dis

do Plano Monnet (1947), de 460 bi lhões de francos, absorveram cêrca de

bilidades e moda'idades de financiamen

criminar exatamente cm que proporção

9% da renda nacional da França, enquan

mo do déficit. Em vez de 1950, espera-

to deveriam ser determinadas "pelas ins tituições interessadas, especialmente pe

essas diversas fontes contribuíram para

to que as despesas com o Plano SALTE correspondem apenas a 2-3% da renda

se agora apenas em 1952 chegar a una equilíbrio.

lo Conselho Nacional de Crédito". Mas

só idos — e inesperados — afluem agora

êsse órgão, como as outras instituições

dos Estados Unidos, através do Plano

nacional do Brasil. A despesa gover namental com o Plano Monnet. em 1949, eleva-sc a 794 bilhões de francos, ou se-

se grandes e incontestáveis sucessos. A

o financiamento do Plano. Recursos mais

especializadas, rião se- ocupou demasia

Marshall.

damente com os problemas financeiros

de auxílio norte-americano serão direta

ía cérca de 3 bilhões de cló'ares — 18

do Plano. Coube, na prática, exclusiva

mente, ou mediante revenda pelo Go vêmo francês, aplicados ao l^lano Mon

vôzes mais do que a despesa lotai deste «no com o Plano SALTE. Mesmo le vando em conta que mais do que um

mente ao Govêmo encontrar uma so

lução.

Os bens oriundos do plano

net.

Deve-se reconhecer que o

No esquema financeiro para

Governo da França cumpriu

1949, os auxí'ios norte-ameri

esta delicada tarefa com verda

canos

deira virtuosidade, mediante um processo pouco comum. O

Parcela da mesma ordem de

figuram

com

36,456.

grandeza (37,6%) será finan

dois anos virtualmente fora da legisla

ciada por impostos. A parte dos empréstimos fica reduzida em 13%,

ção, Seu nome e sua existência foram

e os restantes 13% deverão ser custeados

apenas, às vezes, mencionados em di

por diversos recursos internos e o pro duto das reparações. O Relatório Pleven insiste com razão .sobre o fato de que o contribuinte norte-americano participa

Plano

Monnet ficou

durante

versas Ifls, mas oficialmente nunca a Assembléia Nacional fora chamada a

votar créditos para esse fim.

Disse a

respeito o deputado René Pleven, no re

do financiamento do* Plano Monnet qua

latório da Comissão de Finanças de 4 de fevereiro de 1949, sôbre a nova lei

se com o mesmo montante que o contri buinte francês.

de investimentos:

"Nenhuma sanção legislativa prévia

interveio para autorizar a entrada em

vigor do Plano. E, até à data em que apresentamos este Relatório, o Parlamen to não conhecia o Plano senão por via

indireta, e, poder-se-ia dizer, pelo viés de suas incidências financeiras, por oca

sião de propostas de créditos ou auto rizações de despesas inscritas nos or çamentos extraordinários ou nos proje

tos de lei especiais." Como indicam essas alusões, as des

Funcionamento do Flano

Os defeitos do esquema financeiro do Plano original não reduzem os méritos desta grande obra. O Plano Monnet constitui um empreendimento extraor dinário. Para evidenciar seu alcance,

eis alguns algarismos:

tôrço das dc.spesas com o Plano Mon net são atualmente financiadas pelos «mericanos, o esforço do povo francês de assumir tal fardo fica respeitável. Os efeitos dêsse grande esforço" não deixaram de manifestar-se. Decerto,

«s repercussões financeiras foram pou co favoráveis. Foi em vão que os auto

res do ■ plano Monnet in.sistlram desde

ainda de 13% o do ano anterior.

Mes

mo em dólares, verifica-se um acrésci

Mas, com estas falligis, confrontam-

produção nacional aumentou num rit mo muito mais rápido do que foi previs

to. A produção.industrial, em 1946 re duzida a 76% do nível de pré-guerra (1938=100), passou já em 1948 a

114,5, e a produção agrícola no mesmo tempo de 82 a 98, resultando assim uma produção geral de 110. Não_ parece,

pois, e.xagerado, prever, em 1949, novo acréscimo para 120.

Êsse grande progresso constitui urMt justificação para o Plano Monnet e para o planejamento em gera'. O Parlamen to francês apreciou francamente o su

o princípio na necessidade de execu tá-lo sem inflação. Embora as princi pais causas da inflação residissem sem

cesso do Plano, como também o idealis

dúvida em outros terrenos e a França

zadores. Perdoou magnàniniamente os

mo e o senso realístico dos seus organi

iá conhecesse períodos inflacionistas an pequenos pecados contra o direito orçates da guerra, sem planejamento a'gum, pientário na introdução e na execução parece provável que a realização do pla do Plano Monnet. Em vez de dificultar no de investimento em 1947 e 1948, sem a realização desta grande obra com ar adequados meios de financiamento, te gumentos formalísticos, os juristas, tão nha agravado as dificuldades monetá numerosos na Câmara francesa, regula rias.

Pode-se também admitir que, no do

mínio cambial, os prognósticos do Plano não se confirmaram. O Plano original

rizaram a situação sem ressentimentos e

sem mesquinharias. Reconheceram, por assim dizer, o Plano Monnet como filho legítimo do -gênio francês.

Os 2.250 biliões de francos, previstos no Plano original para investimentos no quatriênio, representaram na época um montante de quase 20 bilhões de dóla i iWi •

11 •


Dicesto

34

construção, diretamente a cargo do Govêmo,.foram estimadas em 220 bilhões,

EcoNÓ^aco

pesas com o Plano MoiintJt passaram através de vários canais.

Parcialmente

representando 48% dos investimentos to

foram custeadas pelos recursos do orça

tais.

mento gerai, na maior parte por em

Os.próprios autores estavam, ao que

préstimos internos e exlernn.s, e pela mo- •

Dicesto Econômico

res. Não sòmente em números abso lutos mas também em relação à renda

nacional, os investimentos do Plano Mon net .são um múltiplo dos do Plano

.SALTE. Já as despesas do primeiro ano

S5

previa que a balança de pagamentos cor

rentes da Franpa acusaria em 194S ape nas um déficit de 115 bilhões de fran

cos. Ora, o déficit do ano passado ele

vou-se a 1.892 bilhões, ultrapassando

parece, conscientes da insuficiência dêsse esquema e afirmaram que as possi

bilização de fundos existente.s no es

trangeiro, mas é quase impos.sjvel dis

do Plano Monnet (1947), de 460 bi lhões de francos, absorveram cêrca de

bilidades e moda'idades de financiamen

criminar exatamente cm que proporção

9% da renda nacional da França, enquan

mo do déficit. Em vez de 1950, espera-

to deveriam ser determinadas "pelas ins tituições interessadas, especialmente pe

essas diversas fontes contribuíram para

to que as despesas com o Plano SALTE correspondem apenas a 2-3% da renda

se agora apenas em 1952 chegar a una equilíbrio.

lo Conselho Nacional de Crédito". Mas

só idos — e inesperados — afluem agora

êsse órgão, como as outras instituições

dos Estados Unidos, através do Plano

nacional do Brasil. A despesa gover namental com o Plano Monnet. em 1949, eleva-sc a 794 bilhões de francos, ou se-

se grandes e incontestáveis sucessos. A

o financiamento do Plano. Recursos mais

especializadas, rião se- ocupou demasia

Marshall.

damente com os problemas financeiros

de auxílio norte-americano serão direta

ía cérca de 3 bilhões de cló'ares — 18

do Plano. Coube, na prática, exclusiva

mente, ou mediante revenda pelo Go vêmo francês, aplicados ao l^lano Mon

vôzes mais do que a despesa lotai deste «no com o Plano SALTE. Mesmo le vando em conta que mais do que um

mente ao Govêmo encontrar uma so

lução.

Os bens oriundos do plano

net.

Deve-se reconhecer que o

No esquema financeiro para

Governo da França cumpriu

1949, os auxí'ios norte-ameri

esta delicada tarefa com verda

canos

deira virtuosidade, mediante um processo pouco comum. O

Parcela da mesma ordem de

figuram

com

36,456.

grandeza (37,6%) será finan

dois anos virtualmente fora da legisla

ciada por impostos. A parte dos empréstimos fica reduzida em 13%,

ção, Seu nome e sua existência foram

e os restantes 13% deverão ser custeados

apenas, às vezes, mencionados em di

por diversos recursos internos e o pro duto das reparações. O Relatório Pleven insiste com razão .sobre o fato de que o contribuinte norte-americano participa

Plano

Monnet ficou

durante

versas Ifls, mas oficialmente nunca a Assembléia Nacional fora chamada a

votar créditos para esse fim.

Disse a

respeito o deputado René Pleven, no re

do financiamento do* Plano Monnet qua

latório da Comissão de Finanças de 4 de fevereiro de 1949, sôbre a nova lei

se com o mesmo montante que o contri buinte francês.

de investimentos:

"Nenhuma sanção legislativa prévia

interveio para autorizar a entrada em

vigor do Plano. E, até à data em que apresentamos este Relatório, o Parlamen to não conhecia o Plano senão por via

indireta, e, poder-se-ia dizer, pelo viés de suas incidências financeiras, por oca

sião de propostas de créditos ou auto rizações de despesas inscritas nos or çamentos extraordinários ou nos proje

tos de lei especiais." Como indicam essas alusões, as des

Funcionamento do Flano

Os defeitos do esquema financeiro do Plano original não reduzem os méritos desta grande obra. O Plano Monnet constitui um empreendimento extraor dinário. Para evidenciar seu alcance,

eis alguns algarismos:

tôrço das dc.spesas com o Plano Mon net são atualmente financiadas pelos «mericanos, o esforço do povo francês de assumir tal fardo fica respeitável. Os efeitos dêsse grande esforço" não deixaram de manifestar-se. Decerto,

«s repercussões financeiras foram pou co favoráveis. Foi em vão que os auto

res do ■ plano Monnet in.sistlram desde

ainda de 13% o do ano anterior.

Mes

mo em dólares, verifica-se um acrésci

Mas, com estas falligis, confrontam-

produção nacional aumentou num rit mo muito mais rápido do que foi previs

to. A produção.industrial, em 1946 re duzida a 76% do nível de pré-guerra (1938=100), passou já em 1948 a

114,5, e a produção agrícola no mesmo tempo de 82 a 98, resultando assim uma produção geral de 110. Não_ parece,

pois, e.xagerado, prever, em 1949, novo acréscimo para 120.

Êsse grande progresso constitui urMt justificação para o Plano Monnet e para o planejamento em gera'. O Parlamen to francês apreciou francamente o su

o princípio na necessidade de execu tá-lo sem inflação. Embora as princi pais causas da inflação residissem sem

cesso do Plano, como também o idealis

dúvida em outros terrenos e a França

zadores. Perdoou magnàniniamente os

mo e o senso realístico dos seus organi

iá conhecesse períodos inflacionistas an pequenos pecados contra o direito orçates da guerra, sem planejamento a'gum, pientário na introdução e na execução parece provável que a realização do pla do Plano Monnet. Em vez de dificultar no de investimento em 1947 e 1948, sem a realização desta grande obra com ar adequados meios de financiamento, te gumentos formalísticos, os juristas, tão nha agravado as dificuldades monetá numerosos na Câmara francesa, regula rias.

Pode-se também admitir que, no do

mínio cambial, os prognósticos do Plano não se confirmaram. O Plano original

rizaram a situação sem ressentimentos e

sem mesquinharias. Reconheceram, por assim dizer, o Plano Monnet como filho legítimo do -gênio francês.

Os 2.250 biliões de francos, previstos no Plano original para investimentos no quatriênio, representaram na época um montante de quase 20 bilhões de dóla i iWi •

11 •


Dicesto Econókgco

fffsiêffa ^coHÓmrctx

tico 6 absolutamente inWável. Não nos

poderia organizar econòmicamente a vi

esqueçamos de que esta é, prcei.samente, a tese totalitária, a tese de Hitler e de

da moderna e seria, portanto, um assun to histórico em vez de um regime po

Sta'in.

lítico.

Ora, a \'crdade é que a cultura ociden

tal, no que tem de mais puro e de mais alto — como, por c.xcmplo, a ciência e a prática políticas da Grã-Bretanha —

Plano e democracia Afonso ÀniNos de Melo Franc<j

37

Rousseau — c as razões desta posi ção são muito longas para que as ex ponha aqui — era um adversário do que a moderna tébnica do Direito Constitu cional convencionou chamar a "raciona-

radoxal aos que não tiverem estudado q

vem-sc orientando num sentido oposto, isto c, no sentido de demonstrar a per

meditado o assunto) reside no apègo de.,

feita compatibilidade entre a técnica da

liração do poder". Mas esta posição ne»gativa do genebrês não dizia respeito

masiado às fórmu.as dos grandes teó ricos da democracia. Explico-me melhor^ antes que consciências escandalizadas

liberdade política, coração da democra

apenas à parte de racionalização econô

cia e um maciço anti-liberalisiiio eco

mica da ordem democrática: também

os argumentos de que me servi, em re

dêem à frase que acabo de escrever urn

ser o traço marcante

cente discurso na Câmara dos Deputa

alcance que ela não. possui.

do nosso tempo.

Atendo nesta crônica ao honroso pe-

" dido do diretor do "Digesto Econô

mico", dr. Antônio Gontijo de Carvalho, no sentido de que apresente, adaptados

os objetivos desta vitoriosa publicação, dos, em defesa do Piano SALTE.

Desde logo cumpre salientar que, fa lando embora em nome do meu partido (que colaborara por um dos seus mem bros de destaque, o sr. Odilon Braga, na elaboração do Plano), não foi mi

nha intenção justificar apenas a parti

cipação da agremiação política a que me filio na confecção do trabalho, mas, e

talvez principalmente, deixar bem claro que as-minhas sinceras convicções de-

mocráticas e a rigorosa interpretação que se deve atribuir, a meu ver, ao principio

consHtucional da independência dos poderes em nada se opõem nem prejudi

cam o planejamento da açao administra tiva dos Governos.

Ao contrário, parece-rne fora de dú vida nue o plano economico-social do

Govêmrdevetó tomar-se com c temA<^^z características insepararUderna democracia, poi, Iror dificilmente serão atendidos os com plexo problemas seja do povo sem de queuma ação governativa preced.da plano de conjunto. ^

O grande mal da política democráti

ca (e esta afirmativa só parecerá pa

Desejo salientar que há certos funda mentos dá doutrina democrática que ser

virão sempre do alicerces à construção da democracia, mas outros existem que correspondem não aos aspectos doutri nários da democracia, ao que ela tem

de autentico, de permanente, de irre dutível à marcha da História, mas que correspondem sòmente às condições eco

nômicas de períodos históricos já trans postos. Numa crônica ligeira como esta, e para fins de simplificação, proponho designar os fundamentos transitórios da

democracia classica, dependentes de con dições econômicas desaparecidas, com o nome de elemento liberai da democracia,

Aqui con\cm vol tarmos no que atrás ficou indicado, com

dos.

estatal e absolutamente inevitável, con

cluiríamos melancòlicamente que nas so ciedades modernas o Governo democrá

no de partidos polí ticos. No entanto, é falando

de

em

partidos

nome

que

tualmente se estabe

deputados invocam

lece por causa da importância dos no mes que defende

seau para combater

as idéias de Rous a racionalização eco

nômica, sem perce

ram tais princípios mortos, n

berem a contradição

começar

em que se acham... Quanto a Montes quieu, nunca é de

pelos de J. J.

apegam os que de

ciedades modernas o intervencionismo

gimentação da von tade popular em tõr-

.

moderna pode não ter nada de liberal,

nós estivéssemos convencidos de que a liberdade política, cuja técnica de rea lização ó afinal o escopo da democracia, depende da liberdade econômica, então, diante do fato inelutável de que nas so

ria possí\'el a arre-

A confusão habi

seau e Montesquieu.

Com efeito, se

Rousseau nunca se

relação a certos ele mentos primitivos da democracia, que de vem ser abandona

adotando a fecunda sugestão de Hans Kelsen, segundo a qual a democracia 110 sentido econômico.

impediria a raciona lização da sua parte política. Por exem plo, se seguíssemos a

nômico, que parece

A

.Rousseau

se

mais relembrar que

a atual critica jurí

sejam a atomização libera', da clemocru;

cia a Montesquieu os que se aferram a uma interpretação absurdamente rígida

dica combate forte

mente a extensão que os panegirístas e comentadores do "Espírito das Leis" en

do princípio da separação ou indepen

tenderam de dar à sua famosa teoria da

dência do.s podere.s políticos.

separação dos poderes. Teoria que aliás

Se formos dar a certas passagens do

nem é de Montesquieu, pois ja vem

"Contrato Social" o sentido que lhes deu o liberalismo econômico do século pas

exposta com tôda clareza na "Política"

sado, ó evidente que a democracia não

Mostrando os , enganos da interpreta-

de Aristóteles.


Dicesto Econókgco

fffsiêffa ^coHÓmrctx

tico 6 absolutamente inWável. Não nos

poderia organizar econòmicamente a vi

esqueçamos de que esta é, prcei.samente, a tese totalitária, a tese de Hitler e de

da moderna e seria, portanto, um assun to histórico em vez de um regime po

Sta'in.

lítico.

Ora, a \'crdade é que a cultura ociden

tal, no que tem de mais puro e de mais alto — como, por c.xcmplo, a ciência e a prática políticas da Grã-Bretanha —

Plano e democracia Afonso ÀniNos de Melo Franc<j

37

Rousseau — c as razões desta posi ção são muito longas para que as ex ponha aqui — era um adversário do que a moderna tébnica do Direito Constitu cional convencionou chamar a "raciona-

radoxal aos que não tiverem estudado q

vem-sc orientando num sentido oposto, isto c, no sentido de demonstrar a per

meditado o assunto) reside no apègo de.,

feita compatibilidade entre a técnica da

liração do poder". Mas esta posição ne»gativa do genebrês não dizia respeito

masiado às fórmu.as dos grandes teó ricos da democracia. Explico-me melhor^ antes que consciências escandalizadas

liberdade política, coração da democra

apenas à parte de racionalização econô

cia e um maciço anti-liberalisiiio eco

mica da ordem democrática: também

os argumentos de que me servi, em re

dêem à frase que acabo de escrever urn

ser o traço marcante

cente discurso na Câmara dos Deputa

alcance que ela não. possui.

do nosso tempo.

Atendo nesta crônica ao honroso pe-

" dido do diretor do "Digesto Econô

mico", dr. Antônio Gontijo de Carvalho, no sentido de que apresente, adaptados

os objetivos desta vitoriosa publicação, dos, em defesa do Piano SALTE.

Desde logo cumpre salientar que, fa lando embora em nome do meu partido (que colaborara por um dos seus mem bros de destaque, o sr. Odilon Braga, na elaboração do Plano), não foi mi

nha intenção justificar apenas a parti

cipação da agremiação política a que me filio na confecção do trabalho, mas, e

talvez principalmente, deixar bem claro que as-minhas sinceras convicções de-

mocráticas e a rigorosa interpretação que se deve atribuir, a meu ver, ao principio

consHtucional da independência dos poderes em nada se opõem nem prejudi

cam o planejamento da açao administra tiva dos Governos.

Ao contrário, parece-rne fora de dú vida nue o plano economico-social do

Govêmrdevetó tomar-se com c temA<^^z características insepararUderna democracia, poi, Iror dificilmente serão atendidos os com plexo problemas seja do povo sem de queuma ação governativa preced.da plano de conjunto. ^

O grande mal da política democráti

ca (e esta afirmativa só parecerá pa

Desejo salientar que há certos funda mentos dá doutrina democrática que ser

virão sempre do alicerces à construção da democracia, mas outros existem que correspondem não aos aspectos doutri nários da democracia, ao que ela tem

de autentico, de permanente, de irre dutível à marcha da História, mas que correspondem sòmente às condições eco

nômicas de períodos históricos já trans postos. Numa crônica ligeira como esta, e para fins de simplificação, proponho designar os fundamentos transitórios da

democracia classica, dependentes de con dições econômicas desaparecidas, com o nome de elemento liberai da democracia,

Aqui con\cm vol tarmos no que atrás ficou indicado, com

dos.

estatal e absolutamente inevitável, con

cluiríamos melancòlicamente que nas so ciedades modernas o Governo democrá

no de partidos polí ticos. No entanto, é falando

de

em

partidos

nome

que

tualmente se estabe

deputados invocam

lece por causa da importância dos no mes que defende

seau para combater

as idéias de Rous a racionalização eco

nômica, sem perce

ram tais princípios mortos, n

berem a contradição

começar

em que se acham... Quanto a Montes quieu, nunca é de

pelos de J. J.

apegam os que de

ciedades modernas o intervencionismo

gimentação da von tade popular em tõr-

.

moderna pode não ter nada de liberal,

nós estivéssemos convencidos de que a liberdade política, cuja técnica de rea lização ó afinal o escopo da democracia, depende da liberdade econômica, então, diante do fato inelutável de que nas so

ria possí\'el a arre-

A confusão habi

seau e Montesquieu.

Com efeito, se

Rousseau nunca se

relação a certos ele mentos primitivos da democracia, que de vem ser abandona

adotando a fecunda sugestão de Hans Kelsen, segundo a qual a democracia 110 sentido econômico.

impediria a raciona lização da sua parte política. Por exem plo, se seguíssemos a

nômico, que parece

A

.Rousseau

se

mais relembrar que

a atual critica jurí

sejam a atomização libera', da clemocru;

cia a Montesquieu os que se aferram a uma interpretação absurdamente rígida

dica combate forte

mente a extensão que os panegirístas e comentadores do "Espírito das Leis" en

do princípio da separação ou indepen

tenderam de dar à sua famosa teoria da

dência do.s podere.s políticos.

separação dos poderes. Teoria que aliás

Se formos dar a certas passagens do

nem é de Montesquieu, pois ja vem

"Contrato Social" o sentido que lhes deu o liberalismo econômico do século pas

exposta com tôda clareza na "Política"

sado, ó evidente que a democracia não

Mostrando os , enganos da interpreta-

de Aristóteles.


DiCESTO EcONÓkHOo -?■!

38

Dicksto

EcoNóxnco

39

I

ção clássica da obra de Montescjuieu, um

chamava um programa. Go\'cmar naque^ j|

da Universidade de Straburgo, não he

les tempos da primeira Hepúljlica era mais fáci' do que lioje. Não preten- '

sita em escrever que "por mais espa

do com isto diminuir em nada as propor»

lhada que ela seja, esta maneira de compreender e de apresentar as idéias

çôes dos grandes estadistas que tive mos, um Rodrigues Alves, um Calóge»

constitucionais do "Espírito das Leis" é

ras, um Rio Branco.

jurista de hoje, o çrofessor Eisenmann,

Mas a verdade po

de ser apresentada de outra forma: na Democracia é, repetimos ainda, uma quele tempo havia dificuldades cujos retécnica de liberdade política. Sobretudo , médios eram conhecidos pela experiên

errada".

independência dos poderes. Era ainda uma conseqüência da interpretação" er

também suscitada, é por igual sem fun

rada do princípio de Monlesquieii. Pro

que prevê é fixa, embora as autori zações se distribuam por vários exer

curei demonstrar, não com argumentos

cícios consecutivos.

te dos Estado.s" Unidos, a iinprocedência de tal dúvida. A luta da Suprema Corte com o bom-senso, na época do primeiro

novidade nisto, dentro da nossa téc

período de governo de Franklin Roose-

velt terminou, como não podia deixar dc

cia alheia, e confíava-se cm tais remé

terminar, com aquilo a que Jackson de

Mas nada impede que os dirigentes, li vremente escolhidos e livremente critica

dios. Hoje tudo são ensaios, mesmo para os maiores países; ninguém pode

senso".

dos, empreendam um severo programa

prever o resultado da.s medidas toma

econômico anti-liberal.

das, o que diminui muito a nossa con

Se isto se passa numa democracia sar algo de semelhante entre nós? Sobre

tudo levando-se em conta que o Plano SALTE nada tem, propriamente, de antiliberal, pois o seu objetivo principal é permitir que o Governo lance mão de

grandes recursos públicos a fim de esti mular a iniciativa particular. O de que

fiança nelas. Eis porque governar é hoje mais difícil; navegamos sem bús sola num mar desconhecido.

Por isto mesmo, hoje o programa s« transformou em plano, e não é mais li teratura de candidato, porém necessidade de quem já se acha no poder. Permito-me, a êste respeito, transcre ma referido:

gerais mínimas, em matéria de valoriza ção do homem e de disponibilidade de

A diferença entre plano e programa, que tem sido, mais de uma vez, objeto de

tiva particular encontre melhor campo de expansão. Por isto mesmo não hesito em con

siderar o Plano SALTE como capitalis ta, e mesmo pré-capitalísta. Num país de desenvolvimento econômico retardado,

como o nosso, os planos socialistas são

ainda prematuros. O de que se trata é de tomar possível a criação de rique za, esta acumu'ação nacional de que.o socialismo será uma conseqüência fatal,

qualquer que seja o nome que adote no futuro.

Antigamente os governos, ou antes os candidatos aos governos, nas 'fa

Figueiredo chamou "a reação do bomNão temos mais o direito de reiniciar

aqui aquela luta ociosa. A Constituição não pode ser niuica inteqjretada no sentido de opô-la, em respeito às fórmu las mortas, ao progresso e ao bem-estar nacional.

Finalmente, a questão orçamentária.

Não há nenhuma

nica orçamentiíria, conforme indiquei com a menção de um decreto de 1922

que já pre\ia as despesas repartidas por vários e.xercícios financeiros, embora au

torizadas por uma só lei. Aí estão, em rápido resumo, alguns argumentos em favor da viabilidade constihicíona! do Plano SALTE.

Por in

fringir a Constituição não poderá ê'e ser recusado.

Se acham que não deve ser

transformado em lei, que procurem ou tros motivos, motivos de ordem econó-

mico-financeira, que a'iás, não foram su ficientemente alegados e, ainda menos,, provados.

ver os .seguintes tópicos do discurso aci

se trata, no fundo, é de criar condições

recursos comuns, a fim de que a inicia

O plano é lei, e a despesa

subjetivo.s, porém com a história recen

da liberdade na escolha dos dirigentes.

como a inglêsa, por que não se pode pas

damento.

críticas no debate do Plano SALTE, mo parece irrelevante. Na minha opinião, plano é programa transformado em loi. Não é senão a crista'ização de um pro grama teórico dentro dc um texto le

gislativo. Desde que tenhamos con feccionado e aprovado, no seio do Con gresso, êsse texto legislativo, com as q'^^"

lidades intrínsecas que a lei deve possuir, essa lei terá consubstanciado um plano,

tera mudado um programa teórico num capítu'o de direito objetivo, terá trans

formado- um simples anseio político em

texto específico e de realização concreta." Outra dúvida que se levantou dentro da

mosas plataformas lidas em banquetes

Câmara e fora dela versava sobre a pre tendida inconstitucionalidade do plano,

solenes, apresentavam o que então se

no que toca ao preceito constitucional da

A poptilação operária da Grã-Bretanha, sèriamente reduzida,no primeiro ano do após-guerra, aumentou rapidamente durante o ano de 1948. Segundo estatísOcas que acabam de ser publicadas pelo Ministério do Trabalho, o número de

trabalhadores em atividade, na Grã-Bretanha, em pns do novembro, eJevava-se a 20.400.000, ultrapassando em cerca de 600.000 o nível de meados de 1939, poiíco _ ante^ de irromper a segunda guerra mundial. Êsse aumento deve-se exclusiva mente ao grande número de mulheres recentemente engajadas nos diferèntes se tores da produção, ao ponto de compensar o número de homeris que deixaram o trabalho. Por outro lado, continua pequeno o número de desempregados: côrca de 327.000 no comôço de dezembro, representando apenas 1 e meio por cento de tôda

a população industrial.


DiCESTO EcONÓkHOo -?■!

38

Dicksto

EcoNóxnco

39

I

ção clássica da obra de Montescjuieu, um

chamava um programa. Go\'cmar naque^ j|

da Universidade de Straburgo, não he

les tempos da primeira Hepúljlica era mais fáci' do que lioje. Não preten- '

sita em escrever que "por mais espa

do com isto diminuir em nada as propor»

lhada que ela seja, esta maneira de compreender e de apresentar as idéias

çôes dos grandes estadistas que tive mos, um Rodrigues Alves, um Calóge»

constitucionais do "Espírito das Leis" é

ras, um Rio Branco.

jurista de hoje, o çrofessor Eisenmann,

Mas a verdade po

de ser apresentada de outra forma: na Democracia é, repetimos ainda, uma quele tempo havia dificuldades cujos retécnica de liberdade política. Sobretudo , médios eram conhecidos pela experiên

errada".

independência dos poderes. Era ainda uma conseqüência da interpretação" er

também suscitada, é por igual sem fun

rada do princípio de Monlesquieii. Pro

que prevê é fixa, embora as autori zações se distribuam por vários exer

curei demonstrar, não com argumentos

cícios consecutivos.

te dos Estado.s" Unidos, a iinprocedência de tal dúvida. A luta da Suprema Corte com o bom-senso, na época do primeiro

novidade nisto, dentro da nossa téc

período de governo de Franklin Roose-

velt terminou, como não podia deixar dc

cia alheia, e confíava-se cm tais remé

terminar, com aquilo a que Jackson de

Mas nada impede que os dirigentes, li vremente escolhidos e livremente critica

dios. Hoje tudo são ensaios, mesmo para os maiores países; ninguém pode

senso".

dos, empreendam um severo programa

prever o resultado da.s medidas toma

econômico anti-liberal.

das, o que diminui muito a nossa con

Se isto se passa numa democracia sar algo de semelhante entre nós? Sobre

tudo levando-se em conta que o Plano SALTE nada tem, propriamente, de antiliberal, pois o seu objetivo principal é permitir que o Governo lance mão de

grandes recursos públicos a fim de esti mular a iniciativa particular. O de que

fiança nelas. Eis porque governar é hoje mais difícil; navegamos sem bús sola num mar desconhecido.

Por isto mesmo, hoje o programa s« transformou em plano, e não é mais li teratura de candidato, porém necessidade de quem já se acha no poder. Permito-me, a êste respeito, transcre ma referido:

gerais mínimas, em matéria de valoriza ção do homem e de disponibilidade de

A diferença entre plano e programa, que tem sido, mais de uma vez, objeto de

tiva particular encontre melhor campo de expansão. Por isto mesmo não hesito em con

siderar o Plano SALTE como capitalis ta, e mesmo pré-capitalísta. Num país de desenvolvimento econômico retardado,

como o nosso, os planos socialistas são

ainda prematuros. O de que se trata é de tomar possível a criação de rique za, esta acumu'ação nacional de que.o socialismo será uma conseqüência fatal,

qualquer que seja o nome que adote no futuro.

Antigamente os governos, ou antes os candidatos aos governos, nas 'fa

Figueiredo chamou "a reação do bomNão temos mais o direito de reiniciar

aqui aquela luta ociosa. A Constituição não pode ser niuica inteqjretada no sentido de opô-la, em respeito às fórmu las mortas, ao progresso e ao bem-estar nacional.

Finalmente, a questão orçamentária.

Não há nenhuma

nica orçamentiíria, conforme indiquei com a menção de um decreto de 1922

que já pre\ia as despesas repartidas por vários e.xercícios financeiros, embora au

torizadas por uma só lei. Aí estão, em rápido resumo, alguns argumentos em favor da viabilidade constihicíona! do Plano SALTE.

Por in

fringir a Constituição não poderá ê'e ser recusado.

Se acham que não deve ser

transformado em lei, que procurem ou tros motivos, motivos de ordem econó-

mico-financeira, que a'iás, não foram su ficientemente alegados e, ainda menos,, provados.

ver os .seguintes tópicos do discurso aci

se trata, no fundo, é de criar condições

recursos comuns, a fim de que a inicia

O plano é lei, e a despesa

subjetivo.s, porém com a história recen

da liberdade na escolha dos dirigentes.

como a inglêsa, por que não se pode pas

damento.

críticas no debate do Plano SALTE, mo parece irrelevante. Na minha opinião, plano é programa transformado em loi. Não é senão a crista'ização de um pro grama teórico dentro dc um texto le

gislativo. Desde que tenhamos con feccionado e aprovado, no seio do Con gresso, êsse texto legislativo, com as q'^^"

lidades intrínsecas que a lei deve possuir, essa lei terá consubstanciado um plano,

tera mudado um programa teórico num capítu'o de direito objetivo, terá trans

formado- um simples anseio político em

texto específico e de realização concreta." Outra dúvida que se levantou dentro da

mosas plataformas lidas em banquetes

Câmara e fora dela versava sobre a pre tendida inconstitucionalidade do plano,

solenes, apresentavam o que então se

no que toca ao preceito constitucional da

A poptilação operária da Grã-Bretanha, sèriamente reduzida,no primeiro ano do após-guerra, aumentou rapidamente durante o ano de 1948. Segundo estatísOcas que acabam de ser publicadas pelo Ministério do Trabalho, o número de

trabalhadores em atividade, na Grã-Bretanha, em pns do novembro, eJevava-se a 20.400.000, ultrapassando em cerca de 600.000 o nível de meados de 1939, poiíco _ ante^ de irromper a segunda guerra mundial. Êsse aumento deve-se exclusiva mente ao grande número de mulheres recentemente engajadas nos diferèntes se tores da produção, ao ponto de compensar o número de homeris que deixaram o trabalho. Por outro lado, continua pequeno o número de desempregados: côrca de 327.000 no comôço de dezembro, representando apenas 1 e meio por cento de tôda

a população industrial.


1 T*»

41

Dicesto Econômico

Problema da industrialização no Brasil pM ARTIGOS anteriores tivemos oca-

ligam estreita e diretamente ao traba'ho

^ sião de apontar que a industrializa

e ao empreendimento.

ção no Brasil é recente. O consenso so cial só neste século, mercê dos tropeços

problema delicado.

pelos quais tem passado a agricultura

rarefeita, sem uma tradição cie trabalho

brasileira, tomou-se favorável ao desen volvimento da grande industria, embora

sòlidamcnte constituída, visto que a ex tinção da escravatura data de apenas 60

Do tal maneira se tem feito sentir a necessidade de amparar o trabalhador

Paí.s clc população

anos, sente falta de mão-de-obra quali

ro", a 9 de dezembro de 1944: "Nossas

12 escolas do Engenharia e Arquitetura,"

minguado sistema de formação profissio nal, terão que ser multiplicadas por 10". Quanto à obtenção de operários ajus tados aos misteres da indústria, dc tal ma neira se tem feito sentir a sua fa'ta qu6 a Confederação Nacional de Indústria

resolveu criar, às suas expensas, o Serviço Nacional de Aprendiza

var se vem impondo no quadro nacional, atendendo, quase com

buído eficazmente, em todo o

pletamente. às necessidades do

país e particularmente em São

consumo interno.

Paulo, para que se possam obter

gem Industrial, que tem contri

ij ,

■ o Primeiro Congresso Nacional de Inj'

-profissionais aptos a trabalhar no nosso parque industrial. O nível de vida do trabalhador do industoalizaçao realidade,bravá- Brasil é precário. Mesmo no Estado de

u Primeira Cqnterencia das

aãs^es Produtoras mostraram, entielanf to que, para

sileira y™ r j ^^r atacados. Sem nos problemas dev contarmos com

^ °

.

aproveitamento de energia hidrelétrica, permitindo maior disseminação dos cen tos industriais pelo teiritono brasileiro, há outros fatôres a considerar que se

São Phu'o, onde desfrutam os operários uma situação sem par, está ele muito

abaixo do nível de vida dos demais paí ses industriais.

lidariedade entro empregados e empre gadores Percebendo que a continua

desvalorização çionetária tem .sido a cau sa de que a elevação dos salários seja

O consumo médio de

um paulista é, segundo cálculos do Dr. Roberto Simonsen, 2 vêzcs superior ao do brasileiro em geral; o Estado de São Â

Mas, a nossa

Legi.s]ação Traba'hista, ao fazê-lo, não cionamento; os salários acima do salá

rio mínimo não foram reajustados de modo a aumentar proporcionalmente em relação ao aumento permitido no nível inferior da escala de trabalho, e o resul tado disto foi a e.\istência de um nivela

mento por baixo. Empregados qualifi cados nos viírios graus profissionais den tro da área de aumento, não tendo seus

salários proporcionalmente elevados, vi

ram-se colocado.s quase ao mesmo nível

mais ilusória que real, êste ser

de empregados não qualificados; sentindo-se prejudicados, reagi

tornar possível a e^evaçao do salario real dos operários. A sua

ram principalmente pe'a redução

viço procura, no setor industrial,

tivemos oportunidade de obser

delas - a de cimento - como já

atendeu completamente a certas condi ções indispensáveis ao seu perfeito fun

lhoria geral do meio clc vida de todo o país o aperfeiçoamento moral e cívico o o desenvolvimento do espírito de so

de países industrialmente mais adianta

principiam a tomar vulto sendo que, uma

fixar salários mínimos.

dos trabalhadores e .suas famílias. Para isso procura, dc todas as formas, a me

correr no mercado internacional com as

econômica do país não forem resolvidos. As indústrias de energia e combustíveis, de cimento, de ferro e aço e de petróleo

que. ao lado dos serviços dc assistência

tem por objetivo promover o bem-estar

para a indústria mas, até mesmo, de

cialmente não podem ser ignoradas. Foi justamente a idéia de que a um mínimo fisiológico de existência se deve sobrepor um mínimo social de existên cia, que levou o Govêmo brasileiro a

social criado.s pelos governos dos viirios Estado.s e pelo federal, a Confederação Nacional de Indústria criou, cm 1946, o

Serviço Social da Indústria. Tal ser\'içp

Precisa-se não só de técnicos

engenheiros. Basta considerar que con no entanto, ganham terreno dia a tamos, hoje, no país todo, com pouco dia. mais de 10.000 engcnheiro.s. Daí, as A indústria têxtil coloca-se hoje em ' palavras do engenheiro Henrique Lcfèvre, pronunciadas no "Dia do Engenhei um plano elevado, começando já a con

se- prob'emas fundamentais da estrutura

nam dia a dia indispensáveis e que, se fisiològicamente não se justificam, so

norte-americano.

demais ramos da atividade industrial,

dos. Não poderá, todavia, ir muito além

grande.s regiões empobrecidas. Se to dio do brasileiro veremos que, em 1945, era mínimo, 2o vezes menor que o do

A mão-de-obra, no Brasil, constitui um

ficada.

vestida, pois com a evolução sociifl há uma série de comodidades que se tor

marmos cm consideração o consumo mé

Dorival Teixeira Vieira

- predomine, ainda, no conjunto de indus trias, aquelas diretamente ligadas à ati vidade agríco'a — as de alimentação. Os

Pau'o, porem, apesar de gozar dessa situação privilegiada, possui, até hoje,

atuação se estende até mesmo à assistência mcdico-samtána.

da produtividade, de modo que hoje a fixação dos salários míni mos, além de socialmente injusta, tem-se mostrado econòmicamente impro

A obser\'ação destes fatos levou o dutiva. Uma outra condição a que não Governo brasileiro a tomar uma séne de, se obedeceu foi a de.se garantir relativa medidas referente.s à organização do tra estabilidade do poder de compra da balho sendo de se notar, particularmen moeda, e nosso salário mínimo tem, por

te a fixação do saMrio mínimo. Dia a dia vem-Se tornando mais nítido o

problema da necessidade de haver maior justiça social na distribuição dos rendi mentos, se quisermos realmente garan tir a harmonia e a paz social.

Hoje em dia é verdade assente que" o salário fisiológico é incompatível com

a dignidade humana, e que não basta ao homem trabalhar para river e manter

süa família precariamente alimentada e

isso, sido antes nominal que real; seria

necessário que ele pudesse ser medido em têniios de aumento das possibilida

des de adquirir mercadorias e serviços. Mas, isto ocorria apenas na ocasião em que era estabelecido, pois que, com a desvalorização monetária num momen

to posterior, a vantagem da fixação de saparece porque a elevação geral dos

preços reduz o poder de compra das tf.,


1 T*»

41

Dicesto Econômico

Problema da industrialização no Brasil pM ARTIGOS anteriores tivemos oca-

ligam estreita e diretamente ao traba'ho

^ sião de apontar que a industrializa

e ao empreendimento.

ção no Brasil é recente. O consenso so cial só neste século, mercê dos tropeços

problema delicado.

pelos quais tem passado a agricultura

rarefeita, sem uma tradição cie trabalho

brasileira, tomou-se favorável ao desen volvimento da grande industria, embora

sòlidamcnte constituída, visto que a ex tinção da escravatura data de apenas 60

Do tal maneira se tem feito sentir a necessidade de amparar o trabalhador

Paí.s clc população

anos, sente falta de mão-de-obra quali

ro", a 9 de dezembro de 1944: "Nossas

12 escolas do Engenharia e Arquitetura,"

minguado sistema de formação profissio nal, terão que ser multiplicadas por 10". Quanto à obtenção de operários ajus tados aos misteres da indústria, dc tal ma neira se tem feito sentir a sua fa'ta qu6 a Confederação Nacional de Indústria

resolveu criar, às suas expensas, o Serviço Nacional de Aprendiza

var se vem impondo no quadro nacional, atendendo, quase com

buído eficazmente, em todo o

pletamente. às necessidades do

país e particularmente em São

consumo interno.

Paulo, para que se possam obter

gem Industrial, que tem contri

ij ,

■ o Primeiro Congresso Nacional de Inj'

-profissionais aptos a trabalhar no nosso parque industrial. O nível de vida do trabalhador do industoalizaçao realidade,bravá- Brasil é precário. Mesmo no Estado de

u Primeira Cqnterencia das

aãs^es Produtoras mostraram, entielanf to que, para

sileira y™ r j ^^r atacados. Sem nos problemas dev contarmos com

^ °

.

aproveitamento de energia hidrelétrica, permitindo maior disseminação dos cen tos industriais pelo teiritono brasileiro, há outros fatôres a considerar que se

São Phu'o, onde desfrutam os operários uma situação sem par, está ele muito

abaixo do nível de vida dos demais paí ses industriais.

lidariedade entro empregados e empre gadores Percebendo que a continua

desvalorização çionetária tem .sido a cau sa de que a elevação dos salários seja

O consumo médio de

um paulista é, segundo cálculos do Dr. Roberto Simonsen, 2 vêzcs superior ao do brasileiro em geral; o Estado de São Â

Mas, a nossa

Legi.s]ação Traba'hista, ao fazê-lo, não cionamento; os salários acima do salá

rio mínimo não foram reajustados de modo a aumentar proporcionalmente em relação ao aumento permitido no nível inferior da escala de trabalho, e o resul tado disto foi a e.\istência de um nivela

mento por baixo. Empregados qualifi cados nos viírios graus profissionais den tro da área de aumento, não tendo seus

salários proporcionalmente elevados, vi

ram-se colocado.s quase ao mesmo nível

mais ilusória que real, êste ser

de empregados não qualificados; sentindo-se prejudicados, reagi

tornar possível a e^evaçao do salario real dos operários. A sua

ram principalmente pe'a redução

viço procura, no setor industrial,

tivemos oportunidade de obser

delas - a de cimento - como já

atendeu completamente a certas condi ções indispensáveis ao seu perfeito fun

lhoria geral do meio clc vida de todo o país o aperfeiçoamento moral e cívico o o desenvolvimento do espírito de so

de países industrialmente mais adianta

principiam a tomar vulto sendo que, uma

fixar salários mínimos.

dos trabalhadores e .suas famílias. Para isso procura, dc todas as formas, a me

correr no mercado internacional com as

econômica do país não forem resolvidos. As indústrias de energia e combustíveis, de cimento, de ferro e aço e de petróleo

que. ao lado dos serviços dc assistência

tem por objetivo promover o bem-estar

para a indústria mas, até mesmo, de

cialmente não podem ser ignoradas. Foi justamente a idéia de que a um mínimo fisiológico de existência se deve sobrepor um mínimo social de existên cia, que levou o Govêmo brasileiro a

social criado.s pelos governos dos viirios Estado.s e pelo federal, a Confederação Nacional de Indústria criou, cm 1946, o

Serviço Social da Indústria. Tal ser\'içp

Precisa-se não só de técnicos

engenheiros. Basta considerar que con no entanto, ganham terreno dia a tamos, hoje, no país todo, com pouco dia. mais de 10.000 engcnheiro.s. Daí, as A indústria têxtil coloca-se hoje em ' palavras do engenheiro Henrique Lcfèvre, pronunciadas no "Dia do Engenhei um plano elevado, começando já a con

se- prob'emas fundamentais da estrutura

nam dia a dia indispensáveis e que, se fisiològicamente não se justificam, so

norte-americano.

demais ramos da atividade industrial,

dos. Não poderá, todavia, ir muito além

grande.s regiões empobrecidas. Se to dio do brasileiro veremos que, em 1945, era mínimo, 2o vezes menor que o do

A mão-de-obra, no Brasil, constitui um

ficada.

vestida, pois com a evolução sociifl há uma série de comodidades que se tor

marmos cm consideração o consumo mé

Dorival Teixeira Vieira

- predomine, ainda, no conjunto de indus trias, aquelas diretamente ligadas à ati vidade agríco'a — as de alimentação. Os

Pau'o, porem, apesar de gozar dessa situação privilegiada, possui, até hoje,

atuação se estende até mesmo à assistência mcdico-samtána.

da produtividade, de modo que hoje a fixação dos salários míni mos, além de socialmente injusta, tem-se mostrado econòmicamente impro

A obser\'ação destes fatos levou o dutiva. Uma outra condição a que não Governo brasileiro a tomar uma séne de, se obedeceu foi a de.se garantir relativa medidas referente.s à organização do tra estabilidade do poder de compra da balho sendo de se notar, particularmen moeda, e nosso salário mínimo tem, por

te a fixação do saMrio mínimo. Dia a dia vem-Se tornando mais nítido o

problema da necessidade de haver maior justiça social na distribuição dos rendi mentos, se quisermos realmente garan tir a harmonia e a paz social.

Hoje em dia é verdade assente que" o salário fisiológico é incompatível com

a dignidade humana, e que não basta ao homem trabalhar para river e manter

süa família precariamente alimentada e

isso, sido antes nominal que real; seria

necessário que ele pudesse ser medido em têniios de aumento das possibilida

des de adquirir mercadorias e serviços. Mas, isto ocorria apenas na ocasião em que era estabelecido, pois que, com a desvalorização monetária num momen

to posterior, a vantagem da fixação de saparece porque a elevação geral dos

preços reduz o poder de compra das tf.,


'-■V*

çr-

DiGESTO ECONÓMIC^i 'I

42

dicações para aumento de salário e veri

de industrialização. Ê essa dificuldade de mão-de-obra e esse baixo nível de vida do operariado que explicam por«

fica-se uma verdadeira corrida entre os

que as nossas empresas industriais de

unidades monetárias recebidas. Em con seqüência disto, têm crescido as reivin

preços dos bens e serviços e os preços da mão-de-obra.

Os descontentamentos

são recíprocos, tanto na classe patronal quanto na classe trabalhadora, facilitan

do o desentendimento que perturba o ri tmo normal de atividade econômica do

pais.

É verdade que parte dessas leis

trabalhistas não foram ditadas por mo

tivos de ordem estritamente econômica e

financeira, mas sim devido a imperati vos de ordem político-sociah

Certas ideologias políticas que, vindas

de fora, se introduziram no país, têm contribuído para perturbar a ordem so cial e dificultar a tarefa de desenvolvi

mento da produção brasileira e, parti

cularmente, da industria'; por isso, vá rias reformas sociais foram introduzidas. Muitas delas, entretanto, obedecendo an tes a motivos políticos de momento, fo ram realizadas sem as pesquisas e in quéritos indispensáveis e, como conse qüência, causaram perturbações no cam po do trabalho. Por isso. os benefícios que a orientação da política social tra balhista do BrasP pretendia dar às clas ses trabalhadoras foram muito menores

do que os apregoados. Esta legislação desordenada, perturbando a justiça do trabalho, contribuiu, em parte, para a queda da produtividade de vu'toso nú

grande vulto se criam com maior di

ficuldade; ao lado do empreendimento propriamente dito é preciso, não raro^ construir verdadeiras cidades para qu® se possa obter a mão-de-obra indispen sável. Haja vista para o caso dc Vo'ta Redonda, da Companhia Vale do Rio

Doce, da Fábrica Nacional de Motores^ da Usina do Cubatão, para citar apenas algumas.

Além destes problemas concernentes

ao trabalho devemos considerar, ainda, os do empreendimento. A desvalorização

monetária que o país tem sofrido, a bern

dizer crônicamentc, dificn*ta previsões

por facilitar extrema instabilidade de preços.

Com isto, não só í> risco auinen-

ta, como também as possibilidades de

falência de um empreendimento novo se tornam muíto mais fáceik

Este mesmo fenômeno monetário promais, um desarmamento

aiiandegario, a despeito do aparente protecionismo da política comerei al bra-

direitos alfandegários são

calculados em valores nominais e não

ternacional de Comércio e Emprego, fi cou provado ser o nosso país um dos.

baixas tarifas do mundo.

Os próprios

leiro a promover um reajustamentó ta

com isso, obter-se mellior justiça so

rifário na base de 40% de aumento ad

cial.

valorem.

remos de considerar ta' legislação como

um dos fatôres de perturbação do ritmo

Cría-se, assim, um círculo vicioso, do

qual cumpre fugir. Somente a diversifi

cação da estrutura econômica do Brasil

poderá permitir que se obtenha maior

solidez econômica e, graças a ela, se

consiga estabilizar o valor da moeda,

Sem contarmos com a escassez de

energia e deficiência de transportes qüe tivemos ocasião de apontar, vfemos ain

máquinas e ferramentas, possui siderur

gia incipiente, é pobre em energia

combustíveis e, para resolver os pro blemas de sua indústria, necessitará, nio ponto de partida, obter os bens ins trumentais mínimos e indispensáveis à sua emancipação. E isto sô será pos co

sível por compra no exterior, de onde

ser necessária a existência de divisas.

Com o capital estrangeiro seria

tanto no mercado interno quan

'possível obtê-las direta e ime-

to no mercado internacional. O

k-

zeiro e sua instabilidade provo-

1

to

IJO

—-

fraco poder de compra do cru-

I*

^

cam entretanto, por oütro lado,

desconfiança, o que leva à con-

i'

tração de crédito e dificulta a obtenção de capitais necessários ao desenvolvi

mento da indústria.

.

diatamente. Se, no entanto, recorrermos ao capital nacional

O problema da obtenção de capitais vem sendo. ú'tímamente, mais ainda di ficultado devido a uma crescente camríanha de nacionalismo mal compreendi do Brada-se pela não ingerência do caoital estrangeiro nos nossos empreen

dimentos básicos, mas o problema con siste antes em condicionar o emprego desse capital de modo a não toma-lo neritioso ou nocivo ao desenvo vimento

Lonómico e social ou à independência

política da nação, do que em impedir

o capital técnico pròpriamente dito e a sua «pressão monetár.a, O capital, tal

participantes da Conferência, em conse qüência, autorizaram o Governo brasi

,ção não tiver a chancela dos fatos, te

da os empreendimentos industriais serem retardados pe'a precariedade de nosso crédito c pela carência de capitais.

isto é verdade que, na Conferência In

trabalhista, no qual se procura conse

Enquanto, porém, esta consolida-

43

a sua entrada pura e simplesmente.

que apresentavam, em conjunto, as mais

guir melhor ajustamento das partes e,

Econókoco

Se reajustam com a mesma velocidade com que a moeda se desvaloriza. Tanto

mero de indivíduos.

Encontramo-nos, atualmente, num período que se pode chamar de sistematização da legislação

DlCESTO

Há além disso, uma confusão entre

como o entendemos, é o conjunto de

bens instrumentais necessários a pro dução da riqueza; são as máquinas, os instrumentos, lubrificantes, combustíveis, matérias-primas necessárias à obtenção dc uma determinada mercadoria. A moeda, aí, representa tão somente o instrumento mediante o qual se toma

apenas, sendo êle sabidamente insuficiente, restaria ao país apenas o recurso a novas ^emissões e a nacionalização de empreendimentos, pa ra que com o papel-moeda emitido pos sa o Estado realizar o capital das em

presas nascentes indispensáveis ao de

senvolvimento industrial do Brasil. O mesmo será, porém, nominal, e deverá

converter-se em capital real pela com

pra dos bens de produção indispensá veis ao funcionamento da emprêsa. Mas, estaS novas emissões terão o po der de desvalorizar a moeda no mer

cado internacional, dificultando a obten

ção de divisas e tomando quase proi bitiva a obtenção da maquinaria e demais

bens

instrumentais

necessários

aos empreendimentos novos. Além disso,, no mercado intemo, a desvalorização de-

coiTente destas emissões provocará uma

elevação de preços que agravará os pro blemas de mão-de-obra. É preciso, pois,

ter bem presente na memória estes fatos e suas repercussões, antes de se tomarem atitudes extremadas capazes de compro

meter um programa de industrialização no qual o país se vem empenhando. Não nos esqueçamos de que a indus

possível obter esses bens in trumentais.

trialização no Brasil é recente porque o

início de industrialização.

aos movimentas de criação e expansão da.

Ora, já afirmamos que o Brasil está em Carece de

consenso

social tem sido desfavorável


'-■V*

çr-

DiGESTO ECONÓMIC^i 'I

42

dicações para aumento de salário e veri

de industrialização. Ê essa dificuldade de mão-de-obra e esse baixo nível de vida do operariado que explicam por«

fica-se uma verdadeira corrida entre os

que as nossas empresas industriais de

unidades monetárias recebidas. Em con seqüência disto, têm crescido as reivin

preços dos bens e serviços e os preços da mão-de-obra.

Os descontentamentos

são recíprocos, tanto na classe patronal quanto na classe trabalhadora, facilitan

do o desentendimento que perturba o ri tmo normal de atividade econômica do

pais.

É verdade que parte dessas leis

trabalhistas não foram ditadas por mo

tivos de ordem estritamente econômica e

financeira, mas sim devido a imperati vos de ordem político-sociah

Certas ideologias políticas que, vindas

de fora, se introduziram no país, têm contribuído para perturbar a ordem so cial e dificultar a tarefa de desenvolvi

mento da produção brasileira e, parti

cularmente, da industria'; por isso, vá rias reformas sociais foram introduzidas. Muitas delas, entretanto, obedecendo an tes a motivos políticos de momento, fo ram realizadas sem as pesquisas e in quéritos indispensáveis e, como conse qüência, causaram perturbações no cam po do trabalho. Por isso. os benefícios que a orientação da política social tra balhista do BrasP pretendia dar às clas ses trabalhadoras foram muito menores

do que os apregoados. Esta legislação desordenada, perturbando a justiça do trabalho, contribuiu, em parte, para a queda da produtividade de vu'toso nú

grande vulto se criam com maior di

ficuldade; ao lado do empreendimento propriamente dito é preciso, não raro^ construir verdadeiras cidades para qu® se possa obter a mão-de-obra indispen sável. Haja vista para o caso dc Vo'ta Redonda, da Companhia Vale do Rio

Doce, da Fábrica Nacional de Motores^ da Usina do Cubatão, para citar apenas algumas.

Além destes problemas concernentes

ao trabalho devemos considerar, ainda, os do empreendimento. A desvalorização

monetária que o país tem sofrido, a bern

dizer crônicamentc, dificn*ta previsões

por facilitar extrema instabilidade de preços.

Com isto, não só í> risco auinen-

ta, como também as possibilidades de

falência de um empreendimento novo se tornam muíto mais fáceik

Este mesmo fenômeno monetário promais, um desarmamento

aiiandegario, a despeito do aparente protecionismo da política comerei al bra-

direitos alfandegários são

calculados em valores nominais e não

ternacional de Comércio e Emprego, fi cou provado ser o nosso país um dos.

baixas tarifas do mundo.

Os próprios

leiro a promover um reajustamentó ta

com isso, obter-se mellior justiça so

rifário na base de 40% de aumento ad

cial.

valorem.

remos de considerar ta' legislação como

um dos fatôres de perturbação do ritmo

Cría-se, assim, um círculo vicioso, do

qual cumpre fugir. Somente a diversifi

cação da estrutura econômica do Brasil

poderá permitir que se obtenha maior

solidez econômica e, graças a ela, se

consiga estabilizar o valor da moeda,

Sem contarmos com a escassez de

energia e deficiência de transportes qüe tivemos ocasião de apontar, vfemos ain

máquinas e ferramentas, possui siderur

gia incipiente, é pobre em energia

combustíveis e, para resolver os pro blemas de sua indústria, necessitará, nio ponto de partida, obter os bens ins trumentais mínimos e indispensáveis à sua emancipação. E isto sô será pos co

sível por compra no exterior, de onde

ser necessária a existência de divisas.

Com o capital estrangeiro seria

tanto no mercado interno quan

'possível obtê-las direta e ime-

to no mercado internacional. O

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zeiro e sua instabilidade provo-

1

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IJO

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fraco poder de compra do cru-

I*

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cam entretanto, por oütro lado,

desconfiança, o que leva à con-

i'

tração de crédito e dificulta a obtenção de capitais necessários ao desenvolvi

mento da indústria.

.

diatamente. Se, no entanto, recorrermos ao capital nacional

O problema da obtenção de capitais vem sendo. ú'tímamente, mais ainda di ficultado devido a uma crescente camríanha de nacionalismo mal compreendi do Brada-se pela não ingerência do caoital estrangeiro nos nossos empreen

dimentos básicos, mas o problema con siste antes em condicionar o emprego desse capital de modo a não toma-lo neritioso ou nocivo ao desenvo vimento

Lonómico e social ou à independência

política da nação, do que em impedir

o capital técnico pròpriamente dito e a sua «pressão monetár.a, O capital, tal

participantes da Conferência, em conse qüência, autorizaram o Governo brasi

,ção não tiver a chancela dos fatos, te

da os empreendimentos industriais serem retardados pe'a precariedade de nosso crédito c pela carência de capitais.

isto é verdade que, na Conferência In

trabalhista, no qual se procura conse

Enquanto, porém, esta consolida-

43

a sua entrada pura e simplesmente.

que apresentavam, em conjunto, as mais

guir melhor ajustamento das partes e,

Econókoco

Se reajustam com a mesma velocidade com que a moeda se desvaloriza. Tanto

mero de indivíduos.

Encontramo-nos, atualmente, num período que se pode chamar de sistematização da legislação

DlCESTO

Há além disso, uma confusão entre

como o entendemos, é o conjunto de

bens instrumentais necessários a pro dução da riqueza; são as máquinas, os instrumentos, lubrificantes, combustíveis, matérias-primas necessárias à obtenção dc uma determinada mercadoria. A moeda, aí, representa tão somente o instrumento mediante o qual se toma

apenas, sendo êle sabidamente insuficiente, restaria ao país apenas o recurso a novas ^emissões e a nacionalização de empreendimentos, pa ra que com o papel-moeda emitido pos sa o Estado realizar o capital das em

presas nascentes indispensáveis ao de

senvolvimento industrial do Brasil. O mesmo será, porém, nominal, e deverá

converter-se em capital real pela com

pra dos bens de produção indispensá veis ao funcionamento da emprêsa. Mas, estaS novas emissões terão o po der de desvalorizar a moeda no mer

cado internacional, dificultando a obten

ção de divisas e tomando quase proi bitiva a obtenção da maquinaria e demais

bens

instrumentais

necessários

aos empreendimentos novos. Além disso,, no mercado intemo, a desvalorização de-

coiTente destas emissões provocará uma

elevação de preços que agravará os pro blemas de mão-de-obra. É preciso, pois,

ter bem presente na memória estes fatos e suas repercussões, antes de se tomarem atitudes extremadas capazes de compro

meter um programa de industrialização no qual o país se vem empenhando. Não nos esqueçamos de que a indus

possível obter esses bens in trumentais.

trialização no Brasil é recente porque o

início de industrialização.

aos movimentas de criação e expansão da.

Ora, já afirmamos que o Brasil está em Carece de

consenso

social tem sido desfavorável


"/'TV'

44

Dicmsto Econónuco '

indústria brasileira; ela se limita quase totalmente ao mercado interno e seu

tanto precisará desenvolver a indústria, mas necessário se torna tainljém que

niaior volume se refere a bens de con

seja ela real c não artificial.

sumo, principalmente os de alimentação

<2ia de uma planificação industrial inte ligentemente traçada, onde os problemas

tudo, que seja consentãnea com os re cursos do país, de.senvolvendo-se ao lado de uma agricultora pD'imorfa, sem prejuízo da base agrícola já e.xistcnle. Não nos cs(picçaino.s, sobretudo, que a economia bra.sileira é dc tipo reflexo;

econômicos do país sejam analisados em

os movimentos do comércio internacional

conjunto, para que não se consiga.o de

repercaitem intensa e imediatamente na

senvolvimento industrial h custa da atro

economia do país. Por isso, toma-se di

fia de outros ramos da atividade. E' fo

fícil dizer até que ponto será possível

e tecidos.

Cumpre notar, além do mais, que as possibi idades de desenvolvimento das in

dústrias básicas dependem da exísten-

ra de dúvida que o Brasil precisa cons

tituir uma economia comp'exa e para

Paridade de preçes e neder aaulsítívc dcs prcdutcres

E. sobre

prever a expan.são e viabilidade de nos

so parque industrial.

Aldo M. Azevedo

Aque.síão do poder aquisitivo das diver.so.s catcgoria.s dc pr.jcuüorcs, es

tudada cm função do preço relati vo dos rcspccli\üs produtos cm con fronto com os demais valores do mercado, ainda permite novas apre

ciações mais nos aproximam do uma conclusão imparcial "e cbietiva. baseiam nas esta tísticas dc preços médios que acompanliaram o artigo "índices de Preços no Brasil"» tl'^ autoria de um dos nossos crnincntcs economistas, Otávio Gouveia 1

Biilliões, c publicado no número IL

de iunho de 1948. da REVISTA BRASILEIHA DE ECONOMIA. .

Mno sendo - como -jú acentuei anlo(V. "DIGESTO ECONüMI-

C^ n.° 46, de. setembro de 1948) uma medida absoluta do poder aquisitivo a comparação dos pre

Há anos que se debatem questões

referentes à paridade dos preços agríco'as e industriais, sem o menor resul tado.

Não bá, realmente, nada abso

luto em tal problema, pois se introduzem flutuações resultantes não só do

progresso técnico em cada ramo de ati vidade, como conseqüentes de outras causas fortuitas''; como o depau

peramento das tenas, aumento das dis tâncias, as variações climáticas, as pra

gas etc. O presente trabalho não pre tende resover tal questão controverti

da. Seu objetivo é bem mais modesto,

pois ^não vai além da focalização de um método de comparação e a apre

sentação dos resultados encontrados, considerando as estatísticas de preços de 1938 é 1947, conforme a publicação já referida, que se baseia nos dados oficiais do

Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatís

ços e suas variações entre duas épocas, pa^

tica.

Para atingir mais claramente êsse objètivo, tei'emos á vista uma relação de gê

ra cada artigo em fun ção de outros, serve entretanto para dar uma idéia das flutua

ções do poder de com pra notadamente en tre'produtos preveni-

Ammcui-se oficialmente em Nova Deli, que foi descoberta im-portante jazida '

de minenos no pequeno Estado de Sandur, na Provínòia de Madras. O depósito i compreende sobretudo ferro e manganês, e apresenta traços de ouro e cobre As ocorrâncias de manganês sao estimadas pelo menos em 2.500.00Q toneladas. 'Êsse Estado exportou, abas, entre 1927 e 1948, mais de 1.700.000 toneladas de nuinga. nês e suas reservas em.ferro ultrapassariam 170.000.000 de toneladas

neros de a'imentação,

alguns de produção diretamente

agrícola

entes de grupos econômicos, partindo de

e outros que sofrem transformaç-ões

uma suposta paridade ou equivalência. O presente trabalho tem por escopo apresentar essa comparação, especial

te

mente quanto aos dois principais gru

pos de produtorès — agrícolas e indus triais — que geralmente se apreciam

reciprocamente com maus olhos, sem ra zão aleuma, aliás.

industriais.

Também

verificar

será

interessan

comparativamente

ou

tros artigos, de menor ou maior transformação industrial, como os têxteis e materiais de construção, es

colhendo sempre aqueles de con sumo necessário e indispensável. As sim, depois dessas confrontações, que


"/'TV'

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Dicmsto Econónuco '

indústria brasileira; ela se limita quase totalmente ao mercado interno e seu

tanto precisará desenvolver a indústria, mas necessário se torna tainljém que

niaior volume se refere a bens de con

seja ela real c não artificial.

sumo, principalmente os de alimentação

<2ia de uma planificação industrial inte ligentemente traçada, onde os problemas

tudo, que seja consentãnea com os re cursos do país, de.senvolvendo-se ao lado de uma agricultora pD'imorfa, sem prejuízo da base agrícola já e.xistcnle. Não nos cs(picçaino.s, sobretudo, que a economia bra.sileira é dc tipo reflexo;

econômicos do país sejam analisados em

os movimentos do comércio internacional

conjunto, para que não se consiga.o de

repercaitem intensa e imediatamente na

senvolvimento industrial h custa da atro

economia do país. Por isso, toma-se di

fia de outros ramos da atividade. E' fo

fícil dizer até que ponto será possível

e tecidos.

Cumpre notar, além do mais, que as possibi idades de desenvolvimento das in

dústrias básicas dependem da exísten-

ra de dúvida que o Brasil precisa cons

tituir uma economia comp'exa e para

Paridade de preçes e neder aaulsítívc dcs prcdutcres

E. sobre

prever a expan.são e viabilidade de nos

so parque industrial.

Aldo M. Azevedo

Aque.síão do poder aquisitivo das diver.so.s catcgoria.s dc pr.jcuüorcs, es

tudada cm função do preço relati vo dos rcspccli\üs produtos cm con fronto com os demais valores do mercado, ainda permite novas apre

ciações mais nos aproximam do uma conclusão imparcial "e cbietiva. baseiam nas esta tísticas dc preços médios que acompanliaram o artigo "índices de Preços no Brasil"» tl'^ autoria de um dos nossos crnincntcs economistas, Otávio Gouveia 1

Biilliões, c publicado no número IL

de iunho de 1948. da REVISTA BRASILEIHA DE ECONOMIA. .

Mno sendo - como -jú acentuei anlo(V. "DIGESTO ECONüMI-

C^ n.° 46, de. setembro de 1948) uma medida absoluta do poder aquisitivo a comparação dos pre

Há anos que se debatem questões

referentes à paridade dos preços agríco'as e industriais, sem o menor resul tado.

Não bá, realmente, nada abso

luto em tal problema, pois se introduzem flutuações resultantes não só do

progresso técnico em cada ramo de ati vidade, como conseqüentes de outras causas fortuitas''; como o depau

peramento das tenas, aumento das dis tâncias, as variações climáticas, as pra

gas etc. O presente trabalho não pre tende resover tal questão controverti

da. Seu objetivo é bem mais modesto,

pois ^não vai além da focalização de um método de comparação e a apre

sentação dos resultados encontrados, considerando as estatísticas de preços de 1938 é 1947, conforme a publicação já referida, que se baseia nos dados oficiais do

Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatís

ços e suas variações entre duas épocas, pa^

tica.

Para atingir mais claramente êsse objètivo, tei'emos á vista uma relação de gê

ra cada artigo em fun ção de outros, serve entretanto para dar uma idéia das flutua

ções do poder de com pra notadamente en tre'produtos preveni-

Ammcui-se oficialmente em Nova Deli, que foi descoberta im-portante jazida '

de minenos no pequeno Estado de Sandur, na Provínòia de Madras. O depósito i compreende sobretudo ferro e manganês, e apresenta traços de ouro e cobre As ocorrâncias de manganês sao estimadas pelo menos em 2.500.00Q toneladas. 'Êsse Estado exportou, abas, entre 1927 e 1948, mais de 1.700.000 toneladas de nuinga. nês e suas reservas em.ferro ultrapassariam 170.000.000 de toneladas

neros de a'imentação,

alguns de produção diretamente

agrícola

entes de grupos econômicos, partindo de

e outros que sofrem transformaç-ões

uma suposta paridade ou equivalência. O presente trabalho tem por escopo apresentar essa comparação, especial

te

mente quanto aos dois principais gru

pos de produtorès — agrícolas e indus triais — que geralmente se apreciam

reciprocamente com maus olhos, sem ra zão aleuma, aliás.

industriais.

Também

verificar

será

interessan

comparativamente

ou

tros artigos, de menor ou maior transformação industrial, como os têxteis e materiais de construção, es

colhendo sempre aqueles de con sumo necessário e indispensável. As sim, depois dessas confrontações, que


46

Dicesto

Eco.vónoco

funcionam como verdadeiras "amostras , poderemos realizar uma idéia

Entre os que já recebem as trans formações industriais, podemos escolher

fiiutétíca do que se passou na vida prática, principalmente para os indivíduos mais chegados, por suas atividades, aos grupos estudados.

o açúcar refinado.

47

Dicesto EcoNÓ>nco

O cafeicultor podia comprar, com 10 kg. de café Santos, tipo 4, mole, o se

O-T dois anos extremos do decênio, pode remos organizar outras tabelas semelhan tes à do poder aquisitivo do arroz.

guinte:

Como matérias-primas, registramos o

algodão paulista. Entre os produtos industriais, figuram o morim de algodão e a enxada. Veja

Poder de compra de 10 kg. de café Santos Outros artigos, em unidades

Em 1938

de 1938 a 1947.

Batata, saco de 60 kg

0,50

0,48

Feijão, saco de 60 kg

0,49 31,16

0,61 42.26

0,74

1,04

Como alimentos desprovidos de Bene-

ficiamento industrial, por sua ■ pequena

O plantador de arroz podia adquirir, mediante o pagamento de um saco com

Leite, litro

transformação, foram destacados o arroz

60 kg., o seguinte, cm quantidade de

Míiho, saco de 60 kg

•o café.

outros artigos:

0,23

0 51

18,15

33,36

Ó!eo de algodao, kg

6,23

Biscoito Maria,_ kg

2.54

5,95 5,35

Goiabada, lata de 1 kg. .

7,19

14 62

A godão pauli.sta tipo 3, 15 kg

0,35

0,57 19,44 10,65

Arroz, saco de 60 kg

Açúcar refinado de l.^ kg. Poder de compra de 60 kg. de arroz

OutfOí artigos, em unidades

Em 1938

Batata, saco" de 60 kg Feijão, saco de 60 kg

2,14

Leite, litro

Milho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Açúcar refinado de l.^ kg Óleo de algodão, kg Biscoito Maria, kg

Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro

Saco de juta, um

'

Areia grossa lavada, m3

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg

Em 1947

+ ou —

mos, por conseguinte, o que aconteceu,

* * *

2,10

0,95 1,20

131,90

83,16

3,13 4,23

2,06 1,97

76,83 26,38

65,65

10,69 30,44

1,49 45,22 38,42 3,96 164,87

;

Enxada, tamanho 1, uma

Gasolina pura, litro

Uma ligeira inspeção nessa tabela evi dencia logo que o arroz, ou seu plan tador, perdeu terreno em poder aqui sitivo, de 1938 para'1947. Dos 18 ar tigos ali relacionados, o arroz só con seguiu um aumento de poder de com pra em face de 2, cimento e gasolina, ambos produtos bastante industriahzados,

Em 1947

.11,69 10,54 28,78

+ —

89,10

9,79

54.58

32,54

8,12 70,66

5,67 117,68

55,61% 42,86% 36,95% 34,20% 53,43%

14,55% 55,69% 1,40% 5,46%

24,84% 15,40%

1,12

38,26 20,95 2,88

7,19

ou

45,47% —

. 4—

+

27,28% 45,96%

36,16% 40,37% 30,18% 66,54%

sendo um de importação. Dos gêneros alimentícios, o arroz teve uma pequena redução somente em relação ao biscoito Maria e à goiabada. Nos demais casos

a perda de poder aquistwo variou de 14,55% até - 55,69%.

Repetindo o processo de cálculo quan titativo e percentual da variação entre

10,68

Morim de aigodão, metro

9,08 0,93

Saco dc juta um

Areia grossa lavada. m3

1,46

4,00% + 23,14%

-P -p + -h

35,62% 40,54% 121,74% 83,80%

-

4.50%

+ -j-1+ -h

110,63% 103,33% 62,85% 82 02% 17,29%

+ 56,99% + 16,19%

38.96

45,27

Cimento, saco de 42.5 kg Sabão grosso, kg.

1,70 12,90

4,98 16,53

+ 192 94%

Enxada, tamanho 1, uma Gasolina pura, litro

1,92

288

16,69

59,79

-f 50,00% + 258.24%

Táboas de pinho, pe

Ao contrário de seu colega rizicultor, o plantador de café conseguiu conside rável vantagem, quanto ao poder aquisi tivo relativo, no decenio .1938-1947.

unicamente dois artigos - batata e oleo

de caroço de n'godão ^ ficaram ma^ caros em relação ao preço do c.afe. O quadro é bastante expressivo e dispensa comentários. Entretanto, como o saco de

juta e a enxada são os dois artigos da

.

+ 28,14%

produção industrial mais visados pelos agricultores que se queixam do encarecimento da vida no Brasil, é interessan

te assina'ar o fato de ter o café, em 1947,

a possibilidade de adquirir maiores quan

tidades desses dois artigos por unidade de venda.

Passemos agora ao exame do quê aconteceu com o poder aquisitivo do usineiro de açúcar:

Poder de compra de 100 kg. de açúcar refinado de 1.^

Outros artigos, em unidades Batata, saco de 60 kg

Feijão, saco de 60 kg Leite, litro

Em 1938 2,79 2,74

171,66

Em 1947 1,45 1,83 126,66

ou

- 48,03% - 33,21% - 26,22%


46

Dicesto

Eco.vónoco

funcionam como verdadeiras "amostras , poderemos realizar uma idéia

Entre os que já recebem as trans formações industriais, podemos escolher

fiiutétíca do que se passou na vida prática, principalmente para os indivíduos mais chegados, por suas atividades, aos grupos estudados.

o açúcar refinado.

47

Dicesto EcoNÓ>nco

O cafeicultor podia comprar, com 10 kg. de café Santos, tipo 4, mole, o se

O-T dois anos extremos do decênio, pode remos organizar outras tabelas semelhan tes à do poder aquisitivo do arroz.

guinte:

Como matérias-primas, registramos o

algodão paulista. Entre os produtos industriais, figuram o morim de algodão e a enxada. Veja

Poder de compra de 10 kg. de café Santos Outros artigos, em unidades

Em 1938

de 1938 a 1947.

Batata, saco de 60 kg

0,50

0,48

Feijão, saco de 60 kg

0,49 31,16

0,61 42.26

0,74

1,04

Como alimentos desprovidos de Bene-

ficiamento industrial, por sua ■ pequena

O plantador de arroz podia adquirir, mediante o pagamento de um saco com

Leite, litro

transformação, foram destacados o arroz

60 kg., o seguinte, cm quantidade de

Míiho, saco de 60 kg

•o café.

outros artigos:

0,23

0 51

18,15

33,36

Ó!eo de algodao, kg

6,23

Biscoito Maria,_ kg

2.54

5,95 5,35

Goiabada, lata de 1 kg. .

7,19

14 62

A godão pauli.sta tipo 3, 15 kg

0,35

0,57 19,44 10,65

Arroz, saco de 60 kg

Açúcar refinado de l.^ kg. Poder de compra de 60 kg. de arroz

OutfOí artigos, em unidades

Em 1938

Batata, saco" de 60 kg Feijão, saco de 60 kg

2,14

Leite, litro

Milho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Açúcar refinado de l.^ kg Óleo de algodão, kg Biscoito Maria, kg

Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro

Saco de juta, um

'

Areia grossa lavada, m3

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg

Em 1947

+ ou —

mos, por conseguinte, o que aconteceu,

* * *

2,10

0,95 1,20

131,90

83,16

3,13 4,23

2,06 1,97

76,83 26,38

65,65

10,69 30,44

1,49 45,22 38,42 3,96 164,87

;

Enxada, tamanho 1, uma

Gasolina pura, litro

Uma ligeira inspeção nessa tabela evi dencia logo que o arroz, ou seu plan tador, perdeu terreno em poder aqui sitivo, de 1938 para'1947. Dos 18 ar tigos ali relacionados, o arroz só con seguiu um aumento de poder de com pra em face de 2, cimento e gasolina, ambos produtos bastante industriahzados,

Em 1947

.11,69 10,54 28,78

+ —

89,10

9,79

54.58

32,54

8,12 70,66

5,67 117,68

55,61% 42,86% 36,95% 34,20% 53,43%

14,55% 55,69% 1,40% 5,46%

24,84% 15,40%

1,12

38,26 20,95 2,88

7,19

ou

45,47% —

. 4—

+

27,28% 45,96%

36,16% 40,37% 30,18% 66,54%

sendo um de importação. Dos gêneros alimentícios, o arroz teve uma pequena redução somente em relação ao biscoito Maria e à goiabada. Nos demais casos

a perda de poder aquistwo variou de 14,55% até - 55,69%.

Repetindo o processo de cálculo quan titativo e percentual da variação entre

10,68

Morim de aigodão, metro

9,08 0,93

Saco dc juta um

Areia grossa lavada. m3

1,46

4,00% + 23,14%

-P -p + -h

35,62% 40,54% 121,74% 83,80%

-

4.50%

+ -j-1+ -h

110,63% 103,33% 62,85% 82 02% 17,29%

+ 56,99% + 16,19%

38.96

45,27

Cimento, saco de 42.5 kg Sabão grosso, kg.

1,70 12,90

4,98 16,53

+ 192 94%

Enxada, tamanho 1, uma Gasolina pura, litro

1,92

288

16,69

59,79

-f 50,00% + 258.24%

Táboas de pinho, pe

Ao contrário de seu colega rizicultor, o plantador de café conseguiu conside rável vantagem, quanto ao poder aquisi tivo relativo, no decenio .1938-1947.

unicamente dois artigos - batata e oleo

de caroço de n'godão ^ ficaram ma^ caros em relação ao preço do c.afe. O quadro é bastante expressivo e dispensa comentários. Entretanto, como o saco de

juta e a enxada são os dois artigos da

.

+ 28,14%

produção industrial mais visados pelos agricultores que se queixam do encarecimento da vida no Brasil, é interessan

te assina'ar o fato de ter o café, em 1947,

a possibilidade de adquirir maiores quan

tidades desses dois artigos por unidade de venda.

Passemos agora ao exame do quê aconteceu com o poder aquisitivo do usineiro de açúcar:

Poder de compra de 100 kg. de açúcar refinado de 1.^

Outros artigos, em unidades Batata, saco de 60 kg

Feijão, saco de 60 kg Leite, litro

Em 1938 2,79 2,74

171,66

Em 1947 1,45 1,83 126,66

ou

- 48,03% - 33,21% - 26,22%


•,T

DrCESTÓ ECONÓ^OCO

"

'

^ ^

DXCESTÒ ISCt>NÓMlco

48

^íilho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Arroz, saco de 60 kg Óleo de algodão, kg. Biscoito Maria, kg

'...

Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3 Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg Enxada tamanho 1, uma

Gasolina pura, litro

4,07 5.51 1,30 34,33 13,92

3,14 2.99 1,52 17,81 16,05

— -f— +

22,85$ 45,74$ 16,93$ 48,12$ lo,30$

39,61 1,94 58,86 50,00 5,15 214,58 9,36 71,03

43,85 1,70 58,28 31,91 4,38 135,71 14,92 49,56

+ — — — — — -f—

10,09$ 12,37$ 0,99$ 36,18$ 14,95$ 39,76$ 59,40$ 30,23$

10,56

8,64

18,18$

• 91,97

179,24

4"

94,89$

Verifica-se fàcilmente que o fabrican-

de importação, e o aumento de preço que

te de açúcar ficou melhor servido do que o plantador de arroz, embora muito longe de obter as vantagens aquisitivas do cafeicultor. Com exceção do arroz, cujo preço variou favoravelmente ao

sofreu, em porcentagem míninui, deve ser atribuído à elevação das taxas do fretes e scguro.s, bem como dos inipostos. Devido à importância da posição eco-

açucar, os demais artigos que deram au-

nómica do algodão paulista, como ma-

mentp de poder de compra ao usíneiro

téria-prima do maior setor industrial, é

são produtos industriais: - biscoito, goia-

indispensável a análise da sitijação do

bada. cimento e gasolina. A gasolina representu um caso à parte, pois é artigo

Em 1938

Em 1947

1,41

0,85 1,07

88,67

74,26

16,25$

2,10

1,84

2,84

1,76

12,38$ 38,02$

Goiabada, lata de 1 kg Arroz, saco de 60 kg. ......... Morim de algodão, metro

Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3

40.98$

24,12$

36,69

29,06

5,45

5,06

47,50

105,08

7,16%

-f 121,22$

c o morim. Em relação ao primeiro —

os preços médios dos anos 1938 e 1947, confrontados com os de 18 artigos de re

gordura vegetal inclispcnsá\el à aMinen-

ferência, não confirmam

a

exagera

tação — houve grande perda; mas, quan to ao morim, o algodão - e possivel mente o seu plantador - saiu ganhando. Mais significativo, porém, é o qua

da alta de preços dos tecidos de algodão. Sua posição é intermediá ria, entre os artigos de maior ele

dro que nos indica o poder aquisitivo do morim. Os tecidos - especialmente

encareceram. Vejamos:

vação de preços e os que

menos

Poder dc compra de 100 metros de morim de algodão Em 1938

Outros artigos, cm unidades

Em 1947

ou

47,55%

4,74

2,48

4,65

3,14

32,48$

291,66 6,92 9'36

217,33 5,38 5,14

25,49%

óleo de algodão, kg Biscoito Mana, kg

58,33 23,65

30,36 27,55

22,26$ 45,09$ 0,99$ + 47,61$ + 16,49%

Goiabada, lata de 1 kg

67,31

75,23

+

11,76%

Arroz, saco dc 60 kg

2,21

2,61

•+

10,95% 18,10% 35,54$ 14,06$

••

A^car refinado de l.-\ kg

169,90

AlfTodão paulista tipo 3, 15 kg

Lo de juta. aim

3,29

84,95

171,58 2,93

54,76

58,62

13,49$

Areia grossa lavada, m3

8,75

7,52

10,44

41,12$

Táboas de pinho, pé'

364.58

232,86

20,46 0,67. 30,40

9,41 25.70 0,89

30,87$ + 25,61$ + 32,80$

Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg

15,91 120,69

25,60 85,04

34,16

25,82^

+

18.71

2,66

2,57

i-

— 20,80$ —

guerra. As queixas dos consumidores fo

51,65

12,37% 27,54$ 3,39$

28,22$ 81,15$

ram gerais. Como veremos, entretanto,

17,73 7,19

+

— '

godão em rama para com dois de seus produtos derivados: — o óleo de algodão

Leite, litro Milho, saco de 60 kg Café por 10 kg

+ oíí —

79,56 8,75

os de algodão — tiveram aumentos de preços muito grandes durante os anos da

Feijão, saco de 60 kg

1,44

Biscoito Maria, kg. -••.

O que liá de notável, neste quadro,

110,83 4,83

é a relação de poder de compra do al

apreço:

Feijão, saco de 60 kg. Milho, saco de 60 kg. ......... Café, por 10 kg Açúcar refinado de 1.®> kg Óleo de algodão, kg.

Gasolina pura, litro

Batata, saco de 60 kg

Batata, saco de 60 kg Leite, litro

Sabão grosso, "kg En.xada tamanlio 1, uma

plantador de algodão no decônio em

Poder de compra de 15 kg. de algodão paulista tipo 3 Outros artigos, em unidades

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg

Enxada tamanho 1, uma .

Gasolina pura, litro

'

36,13% + 60.90% 29,54%

17,95

14,82

17,44%

156,25

307,54

+ 96,82%


•,T

DrCESTÓ ECONÓ^OCO

"

'

^ ^

DXCESTÒ ISCt>NÓMlco

48

^íilho, saco de 60 kg Café, por 10 kg Arroz, saco de 60 kg Óleo de algodão, kg. Biscoito Maria, kg

'...

Goiabada, lata de 1 kg Algodão paulista tipo 3, 15 kg. Morim de algodão, metro Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3 Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg. Sabão grosso, kg Enxada tamanho 1, uma

Gasolina pura, litro

4,07 5.51 1,30 34,33 13,92

3,14 2.99 1,52 17,81 16,05

— -f— +

22,85$ 45,74$ 16,93$ 48,12$ lo,30$

39,61 1,94 58,86 50,00 5,15 214,58 9,36 71,03

43,85 1,70 58,28 31,91 4,38 135,71 14,92 49,56

+ — — — — — -f—

10,09$ 12,37$ 0,99$ 36,18$ 14,95$ 39,76$ 59,40$ 30,23$

10,56

8,64

18,18$

• 91,97

179,24

4"

94,89$

Verifica-se fàcilmente que o fabrican-

de importação, e o aumento de preço que

te de açúcar ficou melhor servido do que o plantador de arroz, embora muito longe de obter as vantagens aquisitivas do cafeicultor. Com exceção do arroz, cujo preço variou favoravelmente ao

sofreu, em porcentagem míninui, deve ser atribuído à elevação das taxas do fretes e scguro.s, bem como dos inipostos. Devido à importância da posição eco-

açucar, os demais artigos que deram au-

nómica do algodão paulista, como ma-

mentp de poder de compra ao usíneiro

téria-prima do maior setor industrial, é

são produtos industriais: - biscoito, goia-

indispensável a análise da sitijação do

bada. cimento e gasolina. A gasolina representu um caso à parte, pois é artigo

Em 1938

Em 1947

1,41

0,85 1,07

88,67

74,26

16,25$

2,10

1,84

2,84

1,76

12,38$ 38,02$

Goiabada, lata de 1 kg Arroz, saco de 60 kg. ......... Morim de algodão, metro

Saco de juta, um Areia grossa lavada, m3

40.98$

24,12$

36,69

29,06

5,45

5,06

47,50

105,08

7,16%

-f 121,22$

c o morim. Em relação ao primeiro —

os preços médios dos anos 1938 e 1947, confrontados com os de 18 artigos de re

gordura vegetal inclispcnsá\el à aMinen-

ferência, não confirmam

a

exagera

tação — houve grande perda; mas, quan to ao morim, o algodão - e possivel mente o seu plantador - saiu ganhando. Mais significativo, porém, é o qua

da alta de preços dos tecidos de algodão. Sua posição é intermediá ria, entre os artigos de maior ele

dro que nos indica o poder aquisitivo do morim. Os tecidos - especialmente

encareceram. Vejamos:

vação de preços e os que

menos

Poder dc compra de 100 metros de morim de algodão Em 1938

Outros artigos, cm unidades

Em 1947

ou

47,55%

4,74

2,48

4,65

3,14

32,48$

291,66 6,92 9'36

217,33 5,38 5,14

25,49%

óleo de algodão, kg Biscoito Mana, kg

58,33 23,65

30,36 27,55

22,26$ 45,09$ 0,99$ + 47,61$ + 16,49%

Goiabada, lata de 1 kg

67,31

75,23

+

11,76%

Arroz, saco dc 60 kg

2,21

2,61

•+

10,95% 18,10% 35,54$ 14,06$

••

A^car refinado de l.-\ kg

169,90

AlfTodão paulista tipo 3, 15 kg

Lo de juta. aim

3,29

84,95

171,58 2,93

54,76

58,62

13,49$

Areia grossa lavada, m3

8,75

7,52

10,44

41,12$

Táboas de pinho, pé'

364.58

232,86

20,46 0,67. 30,40

9,41 25.70 0,89

30,87$ + 25,61$ + 32,80$

Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg

15,91 120,69

25,60 85,04

34,16

25,82^

+

18.71

2,66

2,57

i-

— 20,80$ —

guerra. As queixas dos consumidores fo

51,65

12,37% 27,54$ 3,39$

28,22$ 81,15$

ram gerais. Como veremos, entretanto,

17,73 7,19

+

— '

godão em rama para com dois de seus produtos derivados: — o óleo de algodão

Leite, litro Milho, saco de 60 kg Café por 10 kg

+ oíí —

79,56 8,75

os de algodão — tiveram aumentos de preços muito grandes durante os anos da

Feijão, saco de 60 kg

1,44

Biscoito Maria, kg. -••.

O que liá de notável, neste quadro,

110,83 4,83

é a relação de poder de compra do al

apreço:

Feijão, saco de 60 kg. Milho, saco de 60 kg. ......... Café, por 10 kg Açúcar refinado de 1.®> kg Óleo de algodão, kg.

Gasolina pura, litro

Batata, saco de 60 kg

Batata, saco de 60 kg Leite, litro

Sabão grosso, "kg En.xada tamanlio 1, uma

plantador de algodão no decônio em

Poder de compra de 15 kg. de algodão paulista tipo 3 Outros artigos, em unidades

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg

Enxada tamanho 1, uma .

Gasolina pura, litro

'

36,13% + 60.90% 29,54%

17,95

14,82

17,44%

156,25

307,54

+ 96,82%


7-*5y^,

V

50

Dicesto

Econó^uco

Poder de compra de 10 enxadas tamanho 1

Outros artigos, em unidades

Em 1938

Batata, saco de 60 kg

Feijão, saco de 60 kg Leite, litro

.

Milho, saco de 60 kg

Café, por 10 kg

'

2,64 2,59 162,50 3,85 5,21 32,50 13,17

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg Arroz, saco de 60 kg Gasolina pura, litro

37,50

1,83 55,71 47,33

4,87 203,12 8,86

+

18.59

+ +

+ H-

67,48 36,95 . 5,07 157,14 17,27

67,24'

33,40% 22,32% 36,55%

115,79 20,62 50,77 1,97

1,23

57,39 1,76

87,05

207,55

+ —

4-

-

O imposto de vendas e consignações e a eapaeida«lc eoulributiva paulista

5,72%

3,47

Óleo de a'godão, kg

Saco de juta, um

3,63

Otl

36,37% 18,15% 9,75%

146,66

94,66-

.Areia grossa lavada, m3

-b

1,68 2,12

Açúcar refinado de 1.^, kg Biscoito Maria, kg Goiabada, lata de 1 kg. Algodão paulista tipo 3, 15 kg Morim de algodão, metro

Em 1947

+ 4-

41,15%

35,40% 7,65% 21,12% 21,93% 4,10% 22,64% 94,92% 14,65% "43,09% 138,41%

Como se verifica, nem mesmo o fa

vive econòmicamente, mediante as tran

bricante de enxadas pode vangloriar-se de ter conseguido um maior progresso no seu poder de compra, se compararmos

sações, que não passam de troflas do que

sua evolução com o que apresentou o plantador de ca"fé. Mas, fiquemos por aqui. Essas 6 tabelas são suficientes

para que o leitor imparcial que não tenha o espírito

produz (serviço ou artigos quaisquer) pelo que os outros produzem. Por isso, os resultados aqui indicados não são ab solutos nem compreen dem as situações comple tas. Cabe-nos, portanto, a tarefa de integrar o quadro

geral,

cobrindo

obcecado por uma paixão

com a nossa avaliação os

ou por qualquer mania de perseguição, possa fazer uma idéia aproximada da

vazios que circundam os

variação do poder aquisi

cada leitor "parti-pris".

índices aqui revelados. E' o que espero que

tivo dos mais importantes

produtos brasileiros e, indiretamente, de

parto

seus produtores. Uma advertência, porém, deve ser

tigo

já é

boncluí, porque uma

súmula

de

faça, sem De minha

este um

arestu-

do feito segundo o critério aqui feita. Ninguém é produtor ou consu exposto e abrangendo 50 difeíentes armidor de um só artigo. Cada pessoa .tigos de primeira necessidade.

Robiírto Pinto de Souza

QUE.STÃO do aumento do impôsto de vendas e consignações foi muito debatida no término da legislatura paulista do ano passado. O público acompanhou com interesse as discussões travadas na Câmara Estadual e leu aten

to os noticiários e os artigos dos jornais

pagamento do impôsto. Foi essa noção que abriu caminho para as múltiplas íiplicações modernas da progressividade e das discriminações fiscais.

Esta noção ò completada e aprofun

dada pela dc sacrifício mínimo. Não é suficiente tributar-se levando em conta

cou encerrado; cessaram apenas momen-

apenas o esfôrço do contribuinte em função do seu consumo; é preciso con-

tàneamente ns debates, que deverão vol

siderar-se também o impôsto que enO mecanismo e

sôbrc o caso. O assunto porém, não fi tar à bai'a aindj no correr déste ano.

Dado Q grande interêsse despertado e as conseqüências da elevação de um

tal impôsto sôbre a economia paulista, não achamos de.scabido voltarmos a êle novamente. E o vamos fazer, apontan

trave o menos possivti ^

_

o desenvolvimento áa produção.

Êstes dois princípios saívaguaidam ao mesmo tempo o problema do consumo e o da produção, e fazem da teoria mo-

Lrnfda imposição uma doutrina com

do em primeiro lugar alguns aspectos teóricos indispensáveis paru a sua me lhor compreensão, passando após ao e.\a-

pleta.

me objetivo do mesmo.

■ No processo de produção e de distn-

Capacidade contributiva

A teoria moderna da imposição tem como base a capacidade contributiva dos cidadãos, isto é, o impôsto deve ser me dido segundo o qiiantum com que cada indivíduo possa contribuir para a manu tenção dos serviços públicos. Para que esta capacidade seja estimada com jus tiça, é necessário que o impôsto repre sente igual sacrifício para todos. Desta forma, a capacidade contributiva deve, do um modo ideal, ser determinada se

gundo a utilidade relativa do capital e do rendimento de cada

contriljuinte.

Ela deve fixar-se de tal modo que a

posição econômica de cada qual não fique relativamente modificada após o

A repercussão do impôsto

burção^^do produto, até a

final P--.—"■preçTdc cnslo. o„ faustas e dos salários aos

Para nua se verifiquem es .dea.s de juçtiça e produHvádade adma aponta dos, é necessário que o unpôslo seja real

o definitivamente pago por quem for visado pela lei fiscal. Entretanto, é freqüente que o contri

buinte, sôbre o qual o legislador .deci de que recaia o pêso do imposto, o des carregue sôbre um outro, e, desse inodn, é poSível que aquele que paga o im

pôsto não seja quem deveria suportar o pêso. Daí ser necessário distingiiir-sc


7-*5y^,

V

50

Dicesto

Econó^uco

Poder de compra de 10 enxadas tamanho 1

Outros artigos, em unidades

Em 1938

Batata, saco de 60 kg

Feijão, saco de 60 kg Leite, litro

.

Milho, saco de 60 kg

Café, por 10 kg

'

2,64 2,59 162,50 3,85 5,21 32,50 13,17

Táboas de pinho, pé Cimento, saco de 42,5 kg Sabão grosso, kg Arroz, saco de 60 kg Gasolina pura, litro

37,50

1,83 55,71 47,33

4,87 203,12 8,86

+

18.59

+ +

+ H-

67,48 36,95 . 5,07 157,14 17,27

67,24'

33,40% 22,32% 36,55%

115,79 20,62 50,77 1,97

1,23

57,39 1,76

87,05

207,55

+ —

4-

-

O imposto de vendas e consignações e a eapaeida«lc eoulributiva paulista

5,72%

3,47

Óleo de a'godão, kg

Saco de juta, um

3,63

Otl

36,37% 18,15% 9,75%

146,66

94,66-

.Areia grossa lavada, m3

-b

1,68 2,12

Açúcar refinado de 1.^, kg Biscoito Maria, kg Goiabada, lata de 1 kg. Algodão paulista tipo 3, 15 kg Morim de algodão, metro

Em 1947

+ 4-

41,15%

35,40% 7,65% 21,12% 21,93% 4,10% 22,64% 94,92% 14,65% "43,09% 138,41%

Como se verifica, nem mesmo o fa

vive econòmicamente, mediante as tran

bricante de enxadas pode vangloriar-se de ter conseguido um maior progresso no seu poder de compra, se compararmos

sações, que não passam de troflas do que

sua evolução com o que apresentou o plantador de ca"fé. Mas, fiquemos por aqui. Essas 6 tabelas são suficientes

para que o leitor imparcial que não tenha o espírito

produz (serviço ou artigos quaisquer) pelo que os outros produzem. Por isso, os resultados aqui indicados não são ab solutos nem compreen dem as situações comple tas. Cabe-nos, portanto, a tarefa de integrar o quadro

geral,

cobrindo

obcecado por uma paixão

com a nossa avaliação os

ou por qualquer mania de perseguição, possa fazer uma idéia aproximada da

vazios que circundam os

variação do poder aquisi

cada leitor "parti-pris".

índices aqui revelados. E' o que espero que

tivo dos mais importantes

produtos brasileiros e, indiretamente, de

parto

seus produtores. Uma advertência, porém, deve ser

tigo

já é

boncluí, porque uma

súmula

de

faça, sem De minha

este um

arestu-

do feito segundo o critério aqui feita. Ninguém é produtor ou consu exposto e abrangendo 50 difeíentes armidor de um só artigo. Cada pessoa .tigos de primeira necessidade.

Robiírto Pinto de Souza

QUE.STÃO do aumento do impôsto de vendas e consignações foi muito debatida no término da legislatura paulista do ano passado. O público acompanhou com interesse as discussões travadas na Câmara Estadual e leu aten

to os noticiários e os artigos dos jornais

pagamento do impôsto. Foi essa noção que abriu caminho para as múltiplas íiplicações modernas da progressividade e das discriminações fiscais.

Esta noção ò completada e aprofun

dada pela dc sacrifício mínimo. Não é suficiente tributar-se levando em conta

cou encerrado; cessaram apenas momen-

apenas o esfôrço do contribuinte em função do seu consumo; é preciso con-

tàneamente ns debates, que deverão vol

siderar-se também o impôsto que enO mecanismo e

sôbrc o caso. O assunto porém, não fi tar à bai'a aindj no correr déste ano.

Dado Q grande interêsse despertado e as conseqüências da elevação de um

tal impôsto sôbre a economia paulista, não achamos de.scabido voltarmos a êle novamente. E o vamos fazer, apontan

trave o menos possivti ^

_

o desenvolvimento áa produção.

Êstes dois princípios saívaguaidam ao mesmo tempo o problema do consumo e o da produção, e fazem da teoria mo-

Lrnfda imposição uma doutrina com

do em primeiro lugar alguns aspectos teóricos indispensáveis paru a sua me lhor compreensão, passando após ao e.\a-

pleta.

me objetivo do mesmo.

■ No processo de produção e de distn-

Capacidade contributiva

A teoria moderna da imposição tem como base a capacidade contributiva dos cidadãos, isto é, o impôsto deve ser me dido segundo o qiiantum com que cada indivíduo possa contribuir para a manu tenção dos serviços públicos. Para que esta capacidade seja estimada com jus tiça, é necessário que o impôsto repre sente igual sacrifício para todos. Desta forma, a capacidade contributiva deve, do um modo ideal, ser determinada se

gundo a utilidade relativa do capital e do rendimento de cada

contriljuinte.

Ela deve fixar-se de tal modo que a

posição econômica de cada qual não fique relativamente modificada após o

A repercussão do impôsto

burção^^do produto, até a

final P--.—"■preçTdc cnslo. o„ faustas e dos salários aos

Para nua se verifiquem es .dea.s de juçtiça e produHvádade adma aponta dos, é necessário que o unpôslo seja real

o definitivamente pago por quem for visado pela lei fiscal. Entretanto, é freqüente que o contri

buinte, sôbre o qual o legislador .deci de que recaia o pêso do imposto, o des carregue sôbre um outro, e, desse inodn, é poSível que aquele que paga o im

pôsto não seja quem deveria suportar o pêso. Daí ser necessário distingiiir-sc


52

Dicesto

DrcESTo Econômico

EcONÓ^^co

53

na imposição- três aspectos distintos:

tando ao mesmo tempo. o preço

1) a percussão; 2) a repercussão; 3) a incidência do imposto! Verifica-se a percussão quando o in divíduo, sôbre o qual o imposto recai,

venda c reduzindo-se o lucro.

No caso da repercussão total, o au

Social, uma luta na qual as parles em

pelo próprio Estado, absorxidos pelo pêso

mento do preço de venda provocará contração da procura, principalmente nos

pre.sença no proci'sso das trocas pro

da tributação.

paga-o. Se este "pagador" do impôsto

hodicrna é antes de tudo capitalista, no

casos de produtos de semi-luxo, cuja

curam ali\iur-se do pêso do imposto, descarrcgundü-o sôbre a outra. Quando

descarregar seu pêso sôbre outra pessoa, repercussão.

Esta pode ser única

de

procura é extra-elástica.

É preciso não nos esquecermos de que as disponibilidades dos indivíduos

ou múltipla. É única quando há um único intermediário do impôsto e o pa gador o repercute diretamente sôbre aquele que o irá suportar. Mas, pode

são distribuídas de acôrdo com uma es

estabelecer-se uma cadeia de interme

tarem os preços de algumas utilidades,

diários, cada um descarregando o impôs to sôbre o seguinte, até chegar ao úl

timo elo dessa corrente, chamado porlidor definitivo, e nesse caso temos a incidência do impôsto. A percussão é, pois, o fenômeno ini

cial da imposição; a repercussão o ele mento intermediário, e a incidência o ponto final da cadeia, marcando o esta

belecimento definitivo do impôsto. Conseqüências econômicas da imposição

Admitindo-se o caso mais freqüente da existência da repercussão pelo menos no sistema brasileiro, podemos estabele

cer as conseqüências da imposição sôbre a economia de um país.

O estabelecimento de um impôsto so bre um bem qualquer representa para o seu produtor nova parcela a se juntar ao preço do custo. Se esta parcela fôr matematicamente acrescida ao preço de

Na realidade, a imposição representa Um elemento poderoso do antagonismo

cala de preferências. Sc se conservar constante o poder de aquisição e aumen

Há, portanto, necessidade dc grande ponderação na distribuição dos impostos,

a fim de se verificar um certo equilíbrio

do evitar a queda da procura, conten

nas contribuições das várias classes so

tar-se em suportar todo o pêso do im pôsto, não se realizando a repercussão, a sua margem de lucro diminuirá, uma

ciais.

Um impôsto de consumo excessivo c

inju.sto, pois sua repercussão' é total e

vez que o impôsto será retirado do pró prio custo. Com isso os produtores mar

recai, na maioria das vezes, sobre os

gêneros de consumo forçado e dificil

ginais — quer dizer, aqueles que não

mente comprimível. Desta forma se tra

puderem tirar do lucro a parcela devida ao fisco sem suportar prejuízo — desa

duz numa grande parcela dc bens e serviços subtraída pelo Estado à coleti vidade. Dai considerar-se à luz da jus tiça social, o impôsto direto, isto é, aque

parecerão do mercado, reduzindo-se a oferta.

No primeiro caso, a contração da pro

le cuja repercussão rara mente pode ser feita, co

cura faz baixar o preço e obriga uma parte dos produtores a se retirar do mercado, havendo um reajustamento en

mo mais equánime, uma

venda, o produtor realizou a repercus

tre a procura e a oferta. No segundo, a restrição da oferta conduz à elevação

são e se furtou ao pêso do imposto, Se, porém, êle não puder ou não desejar

do preço, elevação esta que se produz até que o impôsto se translade aos pou

elevar o preço de venda, tera que re cos do produtor ao consumidor e a mar tirar essa parcela, entregue ao Estado, gem do lucro reapareça. O imposto da sua própria margem de lucro, redu-' aparece, assim, como um dos elementos, da formação dos preços e é capaz, mui zindo-se esta. Pode também haver o parte percute sôbre o produtor, aumen-

preendimento.

ção da x içla econômica.

da mc.sma.

Por outro lado, se o produtor, procuran

tas vêzes, de estimular ou matar o em

(mpcrra o progresso e prox-oca a estagna

incliiindo-.se no preço de xenda dos bens

nui o bem-estar da coletividade, uma voz

sua vez reduzirá o volume das vendas.

caso misto, em que parte repercute e

renda, êlc subtrai aos detentores desses

rendimentos uma parcela de poder dc compra, e quando pode s( r repercutido,

que restringe a capacidade dc aipúsição

Dêsse modo, a imposição terá contribuí do para uma elevação de preços, que por

vez que onera os rendi

mentos dos melhor aqui nhoados.

Se, por outro lado, o Es

tado força a tributação di reta, cnerarido os vários rendimentos, com exceção

do trabalho, em fortes pro porções, os capitais se re

traem, a poupança diminui, impossibilitando a forma

M

sentido dc exigir grandes massas de

capita', no seu sentido técnico, a tribu

Neste caso, gravando o trabalho, dimi

ciais' terão uma restrição no consumo.

Orn, como a economia

tação que restringe a poupança e provo ca o consumo dc capitais já existentes

maior massa c formada dc assalariados.

distribuição e os produtos menos cssen^

tais aos poucos vão sendo consumidos

o impôsto onera o lucro, o juro ou a

o serviços, vai recair no consumidor cuja

a escala de preferências sofre uma re-

ção de capitais novos, e os velhos capi

Sistema tributário estadual

o sistema de discriminação de ren^das adotado pela Constituição Federal bra sileira prãticame"ntc limitou a esfera tri butária estadual aos impostos indiretos • ábre a circulação das riquezas.

Nessa circunstância a base dos orça

mentos estaduais tem de^<-V-cessana-

iiiente o impflsto de vendas e consigna

:íes. que por sua vez P"-"" " característica <=conoiruca »

„h,ío

r' .^Srd:'eLSade dossis-os de que a falta Cl tr^t:ib::;ários m Estados a recorrerem a p ra o problenia « '

elevação das

tas, que e a consta ^

taxas, em

^

que seria

n ampliaçáo do campo das L^cidências. A inconve niência do atual sistema do impôsto de vendas e consignações se toma ainda mais patente devido

às incidências múltiplas e à falta .de diferenciação

dos produtos segundo a sua

natureza,

sobremaneira

onerando as

merca-


52

Dicesto

DrcESTo Econômico

EcONÓ^^co

53

na imposição- três aspectos distintos:

tando ao mesmo tempo. o preço

1) a percussão; 2) a repercussão; 3) a incidência do imposto! Verifica-se a percussão quando o in divíduo, sôbre o qual o imposto recai,

venda c reduzindo-se o lucro.

No caso da repercussão total, o au

Social, uma luta na qual as parles em

pelo próprio Estado, absorxidos pelo pêso

mento do preço de venda provocará contração da procura, principalmente nos

pre.sença no proci'sso das trocas pro

da tributação.

paga-o. Se este "pagador" do impôsto

hodicrna é antes de tudo capitalista, no

casos de produtos de semi-luxo, cuja

curam ali\iur-se do pêso do imposto, descarrcgundü-o sôbre a outra. Quando

descarregar seu pêso sôbre outra pessoa, repercussão.

Esta pode ser única

de

procura é extra-elástica.

É preciso não nos esquecermos de que as disponibilidades dos indivíduos

ou múltipla. É única quando há um único intermediário do impôsto e o pa gador o repercute diretamente sôbre aquele que o irá suportar. Mas, pode

são distribuídas de acôrdo com uma es

estabelecer-se uma cadeia de interme

tarem os preços de algumas utilidades,

diários, cada um descarregando o impôs to sôbre o seguinte, até chegar ao úl

timo elo dessa corrente, chamado porlidor definitivo, e nesse caso temos a incidência do impôsto. A percussão é, pois, o fenômeno ini

cial da imposição; a repercussão o ele mento intermediário, e a incidência o ponto final da cadeia, marcando o esta

belecimento definitivo do impôsto. Conseqüências econômicas da imposição

Admitindo-se o caso mais freqüente da existência da repercussão pelo menos no sistema brasileiro, podemos estabele

cer as conseqüências da imposição sôbre a economia de um país.

O estabelecimento de um impôsto so bre um bem qualquer representa para o seu produtor nova parcela a se juntar ao preço do custo. Se esta parcela fôr matematicamente acrescida ao preço de

Na realidade, a imposição representa Um elemento poderoso do antagonismo

cala de preferências. Sc se conservar constante o poder de aquisição e aumen

Há, portanto, necessidade dc grande ponderação na distribuição dos impostos,

a fim de se verificar um certo equilíbrio

do evitar a queda da procura, conten

nas contribuições das várias classes so

tar-se em suportar todo o pêso do im pôsto, não se realizando a repercussão, a sua margem de lucro diminuirá, uma

ciais.

Um impôsto de consumo excessivo c

inju.sto, pois sua repercussão' é total e

vez que o impôsto será retirado do pró prio custo. Com isso os produtores mar

recai, na maioria das vezes, sobre os

gêneros de consumo forçado e dificil

ginais — quer dizer, aqueles que não

mente comprimível. Desta forma se tra

puderem tirar do lucro a parcela devida ao fisco sem suportar prejuízo — desa

duz numa grande parcela dc bens e serviços subtraída pelo Estado à coleti vidade. Dai considerar-se à luz da jus tiça social, o impôsto direto, isto é, aque

parecerão do mercado, reduzindo-se a oferta.

No primeiro caso, a contração da pro

le cuja repercussão rara mente pode ser feita, co

cura faz baixar o preço e obriga uma parte dos produtores a se retirar do mercado, havendo um reajustamento en

mo mais equánime, uma

venda, o produtor realizou a repercus

tre a procura e a oferta. No segundo, a restrição da oferta conduz à elevação

são e se furtou ao pêso do imposto, Se, porém, êle não puder ou não desejar

do preço, elevação esta que se produz até que o impôsto se translade aos pou

elevar o preço de venda, tera que re cos do produtor ao consumidor e a mar tirar essa parcela, entregue ao Estado, gem do lucro reapareça. O imposto da sua própria margem de lucro, redu-' aparece, assim, como um dos elementos, da formação dos preços e é capaz, mui zindo-se esta. Pode também haver o parte percute sôbre o produtor, aumen-

preendimento.

ção da x içla econômica.

da mc.sma.

Por outro lado, se o produtor, procuran

tas vêzes, de estimular ou matar o em

(mpcrra o progresso e prox-oca a estagna

incliiindo-.se no preço de xenda dos bens

nui o bem-estar da coletividade, uma voz

sua vez reduzirá o volume das vendas.

caso misto, em que parte repercute e

renda, êlc subtrai aos detentores desses

rendimentos uma parcela de poder dc compra, e quando pode s( r repercutido,

que restringe a capacidade dc aipúsição

Dêsse modo, a imposição terá contribuí do para uma elevação de preços, que por

vez que onera os rendi

mentos dos melhor aqui nhoados.

Se, por outro lado, o Es

tado força a tributação di reta, cnerarido os vários rendimentos, com exceção

do trabalho, em fortes pro porções, os capitais se re

traem, a poupança diminui, impossibilitando a forma

M

sentido dc exigir grandes massas de

capita', no seu sentido técnico, a tribu

Neste caso, gravando o trabalho, dimi

ciais' terão uma restrição no consumo.

Orn, como a economia

tação que restringe a poupança e provo ca o consumo dc capitais já existentes

maior massa c formada dc assalariados.

distribuição e os produtos menos cssen^

tais aos poucos vão sendo consumidos

o impôsto onera o lucro, o juro ou a

o serviços, vai recair no consumidor cuja

a escala de preferências sofre uma re-

ção de capitais novos, e os velhos capi

Sistema tributário estadual

o sistema de discriminação de ren^das adotado pela Constituição Federal bra sileira prãticame"ntc limitou a esfera tri butária estadual aos impostos indiretos • ábre a circulação das riquezas.

Nessa circunstância a base dos orça

mentos estaduais tem de^<-V-cessana-

iiiente o impflsto de vendas e consigna

:íes. que por sua vez P"-"" " característica <=conoiruca »

„h,ío

r' .^Srd:'eLSade dossis-os de que a falta Cl tr^t:ib::;ários m Estados a recorrerem a p ra o problenia « '

elevação das

tas, que e a consta ^

taxas, em

^

que seria

n ampliaçáo do campo das L^cidências. A inconve niência do atual sistema do impôsto de vendas e consignações se toma ainda mais patente devido

às incidências múltiplas e à falta .de diferenciação

dos produtos segundo a sua

natureza,

sobremaneira

onerando as

merca-


Dic^to Econômico

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55

Digesto EcoNÓ>nco

A tributação paulista

vidades lucrativas, como as donas de casa, os estudantes e os inválidos ou in

O sistema tributário estadual é, por tanto, defeituosíssimo, uma vez que re percute todo o seu pêso sôbre a massa consumidora. Ora, esta é na sua grande

capazes para o trabalho.

maioria constituída de assalariados, no

lumosa, representando uma sobrecarga

geral de baixo padrão de vida. Daí a elevação progressiva e contínua dos im postos vir provocando sérias repercussões tio nível de vida da população paulista, o que não nos permite ficar alheios aos pedidos reiterados de aumento das taxas. De fato, se examinarmos a receita ar

No conjunto,

a parcela dos, que não participam do processo de produção, mas que avuUa no processo dc consumo, é bastante vo

nos leva a utilizar aqui, entre outros, al guns dados apontados por esse ilustre economista.

Assim, em 1927, cada paulista paga va à União, ao Estado c aos municípios, um total de Cr$ 207,30, enquanto em 1946 essa arrecadação já se elevava a Cr$ 1.002 80. Êsse cálculo, no entanto, não exprime bem a realidade, pois toma

a população total do Estado, isto é, de zero. até oitenta anos. Ora, sabemos perfeitamente que não é a totalidade dos

habitantes de São Paulo que paga os diferentes tributos. Quem rea'mente su porta o pêso da tributação é a popula ção operosa, ou melhor aqueles cidadãos que exercem atividades econômicas, em

1940, a porcentagem da popula\ã" ope rosa, portanto dos contribuintes efetivos, era de 31,32%. Ca'culando-.se em ...

tária.

O Prof. Dorival Teixeira Vieira cal

cula — levando em conta a recente ele

vação da taxa de vendas c consignações, como também ,os aumentos prováveis da arrecadação federal e municipal — cpie os paulistas pagarão, em 1949, aos vá

1.524.340,00. Se bem que tenha cres cido ficou ainda muito aquém dos im

quele mesmo ano, 1946, cada cidadão

postos indiretos. E a tendência dêstes,.

americano contribuía com apenas 24,3%

cm face do sistema de discriminação de rendas estabelecido pela última Consti tuição brasileira, é de se elevar conti nuamente, pois conftitui quase a única fonte de renda do tesouro estadual.

de sua renda e, note-se, era orçamento

de guerra.

Se indagarmos de outros

Argentina e n(t Mt-xico, na mesma data, de sua renda.

É preciso considerar ainda que essa arrecadação é constituída na maioria por impostos indiretos, tais como o de con

sumo c o de vendas e consignações.

Confrnntando-sc êsses dados com os

ensinamentos da Ciência àas Finanças

atrás apontados, devemos reconhecer ser

grax^e a situação tributária de São Paulo.

Incontcstàvelmente. a população paulista

já atingiu o seu ponto de saturação tri sas duas tributações atingiu, no Estado butária^ Não é mais possível prossede São Paulo, a cifra de Cr$ 3.060.715,00, cuirmos com o sistema de miposiçâo enquanto o impôsto de renda c o de todireta estatuído pela nossa Magna "inter-vivos" se elevou apenas a Cr$ Carta, sem qne se verifique o empobre- • 1.307.034,00, quase um térço dos dois cimento gradativo e o rebammento do nivel dir vida, ji bastante bauto, da poanteriores. E êles não têm feito senão Para o mesmo ano de 1946, a soma des

crescer de ano para ano. Em 1947, já

pulação do nosso Estado.

rios podcres constituídos, aproximada mente Cr§ 13.328.300,00. Segundo essa estimativa, cada cidadão,' em nosso Esta

do, deverá pagar no corrente ano Cr$ 1-650,56, considerando-se a população total. Levando-se em conta, porém, apenas a população operosa, o tributo que recairá sôbre aquêle que trabalha atingirá a importância de Cr$ 5.270,18.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

e.stimou

a

renda

nacional

Êsse cálculo parece, no entanto, ser

catorze anos, bem como as pessoas de

muito elevado.

idade sup-^rior a setenta anos uma vez

tanto, como a mais próxima da realida de. essa estimativa. Nesse caso, verifi-

Além dêstes. devemos excluir aquêle ro. de indivíduos que não executam ati

impôsto de renda a cançou Cr$

cada cidadão era taxado em apenas 10%

uma correção, eliminando as crianças até

micas.

mativa de que o brasileiro é o cidadão

que menos paga impòslo. Nada mais falso do que isso. Basta dizer que na

De acôrdo com o recenseamenlo de

família. Daí ser necessário introduzirmos

que estas não exercem atividades econô

É verdade que ne sa mesma data só o

países americanos-, verificaremos que na

brasileira, em 1946, em Cr$ 110.300.000.000,00, o que dava uma renda "per capita" de Cr$ 2.342,00.

que vão buscar o seu sustento e o de sua

passava para a casa de Cr$ 3.697.080,00.

No entanto, ouve-se comumenlc a afir

para a massa dos que trabalham e arcam com o pôso dos impostos.

8.075.000 a provável população do Es recadada "per capita'", verificaremos tado do São Paulo, podemos estimar em que esta vem aumentando sem cessar. - apenas 2.529.000 a porção sôbre aAlias, o Prof. Doriva' Teixeira Vieira qual efetivamente recai a carga tribu

salientou muito bem esse ponto em brilhante entrevista à imprensa, o .que

lista era entregue aos cofres públicos.

Vamos aceitar, entre

.camos que. naquele mesmo ano. cada

habitante de São Pau'o pagava Cr$ .... 1.002,80, isto é, metade da renda pau-

r.

A irocas jtrocas' comerciais -- boviettca O -jcsi e /t» r<rf/i.íos Unidos, emde As AS comerciais entre entre aa Untao Untao decaíram Ac-rniram dejaneiro 75% 75%,

último, indicam substancial redução, pois as exportações rus

atiiifrin^o poi- conseguinte ponto bastante baixo,

. , entrada f»n

com destino

i:iS.or das restrições à retnessa de material estratégico norte-am An4i^Ií> «/ííC hÀ cêrca de A àquele país, há um ano.

, ,

a

O decréscimo em apreço refere-se principalmente a produtos omno o í nganes

e o bromo.


Dic^to Econômico

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Digesto EcoNÓ>nco

A tributação paulista

vidades lucrativas, como as donas de casa, os estudantes e os inválidos ou in

O sistema tributário estadual é, por tanto, defeituosíssimo, uma vez que re percute todo o seu pêso sôbre a massa consumidora. Ora, esta é na sua grande

capazes para o trabalho.

maioria constituída de assalariados, no

lumosa, representando uma sobrecarga

geral de baixo padrão de vida. Daí a elevação progressiva e contínua dos im postos vir provocando sérias repercussões tio nível de vida da população paulista, o que não nos permite ficar alheios aos pedidos reiterados de aumento das taxas. De fato, se examinarmos a receita ar

No conjunto,

a parcela dos, que não participam do processo de produção, mas que avuUa no processo dc consumo, é bastante vo

nos leva a utilizar aqui, entre outros, al guns dados apontados por esse ilustre economista.

Assim, em 1927, cada paulista paga va à União, ao Estado c aos municípios, um total de Cr$ 207,30, enquanto em 1946 essa arrecadação já se elevava a Cr$ 1.002 80. Êsse cálculo, no entanto, não exprime bem a realidade, pois toma

a população total do Estado, isto é, de zero. até oitenta anos. Ora, sabemos perfeitamente que não é a totalidade dos

habitantes de São Paulo que paga os diferentes tributos. Quem rea'mente su porta o pêso da tributação é a popula ção operosa, ou melhor aqueles cidadãos que exercem atividades econômicas, em

1940, a porcentagem da popula\ã" ope rosa, portanto dos contribuintes efetivos, era de 31,32%. Ca'culando-.se em ...

tária.

O Prof. Dorival Teixeira Vieira cal

cula — levando em conta a recente ele

vação da taxa de vendas c consignações, como também ,os aumentos prováveis da arrecadação federal e municipal — cpie os paulistas pagarão, em 1949, aos vá

1.524.340,00. Se bem que tenha cres cido ficou ainda muito aquém dos im

quele mesmo ano, 1946, cada cidadão

postos indiretos. E a tendência dêstes,.

americano contribuía com apenas 24,3%

cm face do sistema de discriminação de rendas estabelecido pela última Consti tuição brasileira, é de se elevar conti nuamente, pois conftitui quase a única fonte de renda do tesouro estadual.

de sua renda e, note-se, era orçamento

de guerra.

Se indagarmos de outros

Argentina e n(t Mt-xico, na mesma data, de sua renda.

É preciso considerar ainda que essa arrecadação é constituída na maioria por impostos indiretos, tais como o de con

sumo c o de vendas e consignações.

Confrnntando-sc êsses dados com os

ensinamentos da Ciência àas Finanças

atrás apontados, devemos reconhecer ser

grax^e a situação tributária de São Paulo.

Incontcstàvelmente. a população paulista

já atingiu o seu ponto de saturação tri sas duas tributações atingiu, no Estado butária^ Não é mais possível prossede São Paulo, a cifra de Cr$ 3.060.715,00, cuirmos com o sistema de miposiçâo enquanto o impôsto de renda c o de todireta estatuído pela nossa Magna "inter-vivos" se elevou apenas a Cr$ Carta, sem qne se verifique o empobre- • 1.307.034,00, quase um térço dos dois cimento gradativo e o rebammento do nivel dir vida, ji bastante bauto, da poanteriores. E êles não têm feito senão Para o mesmo ano de 1946, a soma des

crescer de ano para ano. Em 1947, já

pulação do nosso Estado.

rios podcres constituídos, aproximada mente Cr§ 13.328.300,00. Segundo essa estimativa, cada cidadão,' em nosso Esta

do, deverá pagar no corrente ano Cr$ 1-650,56, considerando-se a população total. Levando-se em conta, porém, apenas a população operosa, o tributo que recairá sôbre aquêle que trabalha atingirá a importância de Cr$ 5.270,18.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

e.stimou

a

renda

nacional

Êsse cálculo parece, no entanto, ser

catorze anos, bem como as pessoas de

muito elevado.

idade sup-^rior a setenta anos uma vez

tanto, como a mais próxima da realida de. essa estimativa. Nesse caso, verifi-

Além dêstes. devemos excluir aquêle ro. de indivíduos que não executam ati

impôsto de renda a cançou Cr$

cada cidadão era taxado em apenas 10%

uma correção, eliminando as crianças até

micas.

mativa de que o brasileiro é o cidadão

que menos paga impòslo. Nada mais falso do que isso. Basta dizer que na

De acôrdo com o recenseamenlo de

família. Daí ser necessário introduzirmos

que estas não exercem atividades econô

É verdade que ne sa mesma data só o

países americanos-, verificaremos que na

brasileira, em 1946, em Cr$ 110.300.000.000,00, o que dava uma renda "per capita" de Cr$ 2.342,00.

que vão buscar o seu sustento e o de sua

passava para a casa de Cr$ 3.697.080,00.

No entanto, ouve-se comumenlc a afir

para a massa dos que trabalham e arcam com o pôso dos impostos.

8.075.000 a provável população do Es recadada "per capita'", verificaremos tado do São Paulo, podemos estimar em que esta vem aumentando sem cessar. - apenas 2.529.000 a porção sôbre aAlias, o Prof. Doriva' Teixeira Vieira qual efetivamente recai a carga tribu

salientou muito bem esse ponto em brilhante entrevista à imprensa, o .que

lista era entregue aos cofres públicos.

Vamos aceitar, entre

.camos que. naquele mesmo ano. cada

habitante de São Pau'o pagava Cr$ .... 1.002,80, isto é, metade da renda pau-

r.

A irocas jtrocas' comerciais -- boviettca O -jcsi e /t» r<rf/i.íos Unidos, emde As AS comerciais entre entre aa Untao Untao decaíram Ac-rniram dejaneiro 75% 75%,

último, indicam substancial redução, pois as exportações rus

atiiifrin^o poi- conseguinte ponto bastante baixo,

. , entrada f»n

com destino

i:iS.or das restrições à retnessa de material estratégico norte-am An4i^Ií> «/ííC hÀ cêrca de A àquele país, há um ano.

, ,

a

O decréscimo em apreço refere-se principalmente a produtos omno o í nganes

e o bromo.


57

DicESTo Econômico

O custo dc exploração o as dificuldades

porventura encontradas na produção de

S. Fróes Abreu

óleo em escala industrial.

A s apreensões com relação ao abaste-

do, teve a preocupação de assegurar um

cimento futuro de petróleo levaram

abastecimento de carburante dentro do

os técnicos a trabalhar intensivamente no

próprio território, à margem de quais quer perturbações nas comunicações in-

sentido de criar fontes artificiais dêsse

combustível, transformando produtos na turais de baixo preço e fácil aquisição. A Alemanha foi o primeiro país a levar avante a idéia, em vista de pos

ter-oceânicas.

A realização prática na usina de Billin-

gham, que funcionou com a almejada eficiência durante u última guerra, de

suir minguadas fontes de combustíveis

monstrou cabalmente que, emloora a

líquidos no seu território e de sentir a

preço mais elevado, é perfeitamente pos sível manter-se uma produção industrial de carburantes partindo do carvão. Nos Estados Unidos, o tradicional país

insegurança do abastecimento com pe tróleo da Polônia, da Rumânia, da Rús sia ou das Américas.

Os fatores que impulsionaram as pes quisas no rumo da produção de com

do petróleo, a idéia de fabricar com

As companhias dc petróleo nos Esta dos Unidas também têm dedicado uma

atenção e.special á produção dc gasolina sintética partindo do gás natural, dos carvões, óleos pesados, lignitos e xistos

pirobetuminosos, e, entre outras, a grande usina de experimentação em Buton Rea

ge, Louisianna, tem feito avançar muito a confiança na possibilidade de produ zir gasolina artificial a preços satisfató rios.

^

Não obstante as opiniões alarmantes

que aparecem de tempos em tempos nos

jornais e revistas técnicas, os receios dum próximo esgotamento do petróleo no

bustíveis sintéticos, na Alemanha, foram

bustíveis líquidos vem ganhando corpo nos últimos anos, em vista das apreen

a falta de condições geológicas propícias

sões relativas ao possível esgotamento

infundados.

à descoberta de grandes jazidas petro líferas e a abundância de matérias ade

das reservas de petróleo.* Além da possibilidade de utilizar o

submersas da costa do Golfo do México,

quadas à fabricação de carburantes sin

gás natural composto essencialmente de

téticos.

metana, ou os carvões betuminosos lar

Os processos Bergius e Fischer, ensaia dos há muito tempo e desenvolvidos

gamente disseminados em várias zonas

através de intensivos trabalhos

nos anos de paz, proporciona

daquele país, existe uma imensa reser\"a potencial de ó^eo nos depósitos de xistos pirobetuminosos dos

ram aos alemães uma expe

Estados do Oeste.

riência tal que permitiu suprir grande parte das necessidades

Considerando o interesse que representa para a nação ame

de carburantes para a última

cou alheia a esses movimentes

e procurou produzir gasolina sintérica partindo do carvão de pedra,tão abundantemente dis

Há ainda muita margem

para descobertas importantes nas áreas bem como nos Montes Rochosos e no Território do Alasca. O alarma se faz ouvir toda vez que a

dc barris, subiram para 22.500 milhões do barris a 31 de dezembro de 1948. Apesar de tão pujanles reservas, o elevado espírito de previdência e a com

preensão da importância do petróleo

para uma nação civilizada fazem com que os técnicos naquele país venham despendendo considerável esforço no sentido de criar fontes artificiais de ga solina.

Segundo Robert Wilson, Chefe do Conselho Diretor da Standard Oil de

Indiana, as reser\'as de gás natural e carvões betuminosos dos Estados Unidos permitirão produzir carburantes para as necessidades do país nos próximos mi lênios, sendo as perspectivas de apro veitamento dos xistos pirobetuminosos bem mais remotas.

_

já se pode produzir gasolina a 5 cen tavos por galão mais que a do petróleo, proporção das descobertas cai um pouco, natural, o que corresponde a cerca de

rnas sempre tem havido uma reação

30% mais.

que mantém as reservas na ordem duns

As reservas de gás já conhecidas nos

vinte anos de garantia. De 1947 para 1948, o consumo nacio-

Estados Unidos atingem a J65.927 bi lhões de pés ciibicos e dão para 37 anos,

jial nos Estados Unidos aumentou de 1.989 milhões para 2.107 milhões de

na base de consumo do ano de 1947. ^

processos capazes de permitir a, exploração econômica daque

isto é, 8,6% a mais.

lizados como combustíveis, que seriam

Houve, portanto, um certo acréscimo, embora fique ainda um déficit de 91

em gasolina, passando o carvão a substi

Com a supervisão

seminado no seu subsolo. Não obstante ter um domínio asse

rimental em Refle, Colorado,

gurado sobre grande parte das reservas de petróleo do mun

e construída uma usina para destilar os xistos determinando

barris, isto é, de 5,9% a mais, mas a

milhões de barris. Em 1948, o consu mo foi de 2.107 milhões e as' novas ja zidas descobertas nesse ano atingiram a

3.028 milhões de barris, que, desconta dos dos 2.016 milhões gastos nesse ano,

deixam 1.012 milhões de barris para

m

Partindo do gás natural ou do carvão, ^

produção nacional também aumentou Je 1.856 milhões para 2.016 milhões,

dos técnicos do Buredà of Afi nes foi aberta uma mina exj5e-

'.4

As reservas totais, que em 31 de de zembro de 1947 eram de 21.448 milhões

dos para que sejam estudados

les xistos.

L._

ção.

Segundo Robert Wilson, antes de uti lizar o gás natural, os carvões betumino sos ou os xistos, tem-se a possibilidade de hidrogenar os ó'eos pesados hoje uti

ricana o aproveitamento da quela riqueza potencial, o Go verno votou créditos avantuja-

guerra, quando faltaram os su primentos de petróleo natural. A Inglaterra também não fi

território dos Estados Unidos parecem

serem incorporados às reservas da Na

retirados do mercado, para transformação tuir o óleo combustível.

A fabricação de petróleo sintético exi

ge - em princípio - fontes abundantes de carbono e hidrogênio, a preço muito baixo. As reações de catálise unem esses

elementos, dando os hidrocarbonetos, ou


57

DicESTo Econômico

O custo dc exploração o as dificuldades

porventura encontradas na produção de

S. Fróes Abreu

óleo em escala industrial.

A s apreensões com relação ao abaste-

do, teve a preocupação de assegurar um

cimento futuro de petróleo levaram

abastecimento de carburante dentro do

os técnicos a trabalhar intensivamente no

próprio território, à margem de quais quer perturbações nas comunicações in-

sentido de criar fontes artificiais dêsse

combustível, transformando produtos na turais de baixo preço e fácil aquisição. A Alemanha foi o primeiro país a levar avante a idéia, em vista de pos

ter-oceânicas.

A realização prática na usina de Billin-

gham, que funcionou com a almejada eficiência durante u última guerra, de

suir minguadas fontes de combustíveis

monstrou cabalmente que, emloora a

líquidos no seu território e de sentir a

preço mais elevado, é perfeitamente pos sível manter-se uma produção industrial de carburantes partindo do carvão. Nos Estados Unidos, o tradicional país

insegurança do abastecimento com pe tróleo da Polônia, da Rumânia, da Rús sia ou das Américas.

Os fatores que impulsionaram as pes quisas no rumo da produção de com

do petróleo, a idéia de fabricar com

As companhias dc petróleo nos Esta dos Unidas também têm dedicado uma

atenção e.special á produção dc gasolina sintética partindo do gás natural, dos carvões, óleos pesados, lignitos e xistos

pirobetuminosos, e, entre outras, a grande usina de experimentação em Buton Rea

ge, Louisianna, tem feito avançar muito a confiança na possibilidade de produ zir gasolina artificial a preços satisfató rios.

^

Não obstante as opiniões alarmantes

que aparecem de tempos em tempos nos

jornais e revistas técnicas, os receios dum próximo esgotamento do petróleo no

bustíveis sintéticos, na Alemanha, foram

bustíveis líquidos vem ganhando corpo nos últimos anos, em vista das apreen

a falta de condições geológicas propícias

sões relativas ao possível esgotamento

infundados.

à descoberta de grandes jazidas petro líferas e a abundância de matérias ade

das reservas de petróleo.* Além da possibilidade de utilizar o

submersas da costa do Golfo do México,

quadas à fabricação de carburantes sin

gás natural composto essencialmente de

téticos.

metana, ou os carvões betuminosos lar

Os processos Bergius e Fischer, ensaia dos há muito tempo e desenvolvidos

gamente disseminados em várias zonas

através de intensivos trabalhos

nos anos de paz, proporciona

daquele país, existe uma imensa reser\"a potencial de ó^eo nos depósitos de xistos pirobetuminosos dos

ram aos alemães uma expe

Estados do Oeste.

riência tal que permitiu suprir grande parte das necessidades

Considerando o interesse que representa para a nação ame

de carburantes para a última

cou alheia a esses movimentes

e procurou produzir gasolina sintérica partindo do carvão de pedra,tão abundantemente dis

Há ainda muita margem

para descobertas importantes nas áreas bem como nos Montes Rochosos e no Território do Alasca. O alarma se faz ouvir toda vez que a

dc barris, subiram para 22.500 milhões do barris a 31 de dezembro de 1948. Apesar de tão pujanles reservas, o elevado espírito de previdência e a com

preensão da importância do petróleo

para uma nação civilizada fazem com que os técnicos naquele país venham despendendo considerável esforço no sentido de criar fontes artificiais de ga solina.

Segundo Robert Wilson, Chefe do Conselho Diretor da Standard Oil de

Indiana, as reser\'as de gás natural e carvões betuminosos dos Estados Unidos permitirão produzir carburantes para as necessidades do país nos próximos mi lênios, sendo as perspectivas de apro veitamento dos xistos pirobetuminosos bem mais remotas.

_

já se pode produzir gasolina a 5 cen tavos por galão mais que a do petróleo, proporção das descobertas cai um pouco, natural, o que corresponde a cerca de

rnas sempre tem havido uma reação

30% mais.

que mantém as reservas na ordem duns

As reservas de gás já conhecidas nos

vinte anos de garantia. De 1947 para 1948, o consumo nacio-

Estados Unidos atingem a J65.927 bi lhões de pés ciibicos e dão para 37 anos,

jial nos Estados Unidos aumentou de 1.989 milhões para 2.107 milhões de

na base de consumo do ano de 1947. ^

processos capazes de permitir a, exploração econômica daque

isto é, 8,6% a mais.

lizados como combustíveis, que seriam

Houve, portanto, um certo acréscimo, embora fique ainda um déficit de 91

em gasolina, passando o carvão a substi

Com a supervisão

seminado no seu subsolo. Não obstante ter um domínio asse

rimental em Refle, Colorado,

gurado sobre grande parte das reservas de petróleo do mun

e construída uma usina para destilar os xistos determinando

barris, isto é, de 5,9% a mais, mas a

milhões de barris. Em 1948, o consu mo foi de 2.107 milhões e as' novas ja zidas descobertas nesse ano atingiram a

3.028 milhões de barris, que, desconta dos dos 2.016 milhões gastos nesse ano,

deixam 1.012 milhões de barris para

m

Partindo do gás natural ou do carvão, ^

produção nacional também aumentou Je 1.856 milhões para 2.016 milhões,

dos técnicos do Buredà of Afi nes foi aberta uma mina exj5e-

'.4

As reservas totais, que em 31 de de zembro de 1947 eram de 21.448 milhões

dos para que sejam estudados

les xistos.

L._

ção.

Segundo Robert Wilson, antes de uti lizar o gás natural, os carvões betumino sos ou os xistos, tem-se a possibilidade de hidrogenar os ó'eos pesados hoje uti

ricana o aproveitamento da quela riqueza potencial, o Go verno votou créditos avantuja-

guerra, quando faltaram os su primentos de petróleo natural. A Inglaterra também não fi

território dos Estados Unidos parecem

serem incorporados às reservas da Na

retirados do mercado, para transformação tuir o óleo combustível.

A fabricação de petróleo sintético exi

ge - em princípio - fontes abundantes de carbono e hidrogênio, a preço muito baixo. As reações de catálise unem esses

elementos, dando os hidrocarbonetos, ou


59

Digesto Econômico

r

Dicrsto Econômico

58

a hidiogenaçSo de compostos não satura

dos formam produtos semelhantes aos do petró'eo natural. Os caminhos mais tri

lhados têm sido a lüdrogenação dos alcatrões primários em altas pressões (Ber-

Transformado todo êsso gás cm gaso lina, admitindo um rendimento ideal, considerando a tran.sformaçáo de 6 mo léculas de CH4 em uma molécula de C6H14, teríamos coisa da ordem cCe

gius), e as reações de síntese da mis tura gasosa de monóxido de carbono e

800.000 toneladas de gasolina, isto ô,

hidrogênio (Fischer-Tropsch). A substituição dos produtos do petró

em um ano. (Em 1946 importamos 815.809 toneladas, c cm 1947 importa

leo pelos derivados dos xistos pirobe-

mos 806.561 toneladas).

um pouco menos que o nosso consumo

tuminosos tem sido tentada na França,

Os depósitos de lignitos conhecidos em

na Itália, na Austrália, na África do Sul,

Caçapava (São Paulo) c Gandarela (Minas Gerais) não têm rc.scrvas com

na Iugos'ávja, na Suécia, sem grande sucessoj só na Estônia, pelas peculiarida des do caso, obteve êxito.

patíveis com ôsse gênero de trabalho, e os depósitos ainda pouco estudados ou

No processo Fischer-Tropsch, que se vem generalizando cada vez mais, o

pràtícamente desconhecidos de Tabatin-

fundamento da fabricação é a reação de

são econômica.

vapor dágua sobre coque incandescente. Naturalmente, só países que dispo nham de carvões produtores de coque poderão adotar o processo. Ê o caso

contêm reservas grandes nem acusam os

dos Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Alemanha, mas não é o caso do Brasil.

O nosso coque só pode ser obtido após um oneroso beneficiamenlo do carvão catarinense e ficaria demasiadamentb

Texas.

O óleo de xisto tem um alto teor de

Iiidrocarbonetos não saturados do^tipo das olefinas e contém muitos compostos sujfurados c nitrogcnados — o bastante

para criar sérios problemas de refinação. O óleo de xisto precisa ser submetido a processos especiais c a "cracking" catalítico para produzir compostos equi

valentes aos do petróleo natural.

üs xistos do Paraíba ou do Irati.

Não

será mais que uma solução para abas tecimento regiona' e só poderá ser man tida se contar com um franco apoio do Governo.

As perspectivas para a produção de gasolina artificial no Brasil não são, pois, muito animadoras, e a medida mais

aconselhável seria a intensificação das

pesquisas de petróleo para que não se contimic indefinidamente na inteira de

pendência do combustível importado.

teores elevados das primeiras camadas Embora produzindo teores da ordem

de 15 e 20% de óleo, essas jazidas não poderão manter uma indústria de deri

vados de petróleo, em vista do acanha

Dada a natureza das nossas reservas

especiais são os xistos pirobetuminosos

Irati. Em princípio, poderão fornecer

do Vale do Paraíba e das camadas do quantidades consideráveis de gasolina e

óleos minerais, ficando o preço na de pendência de fatores locais.

As dificuldades na obtenção da gaso

toue'ada, para um combustível com

lina do xisto são grandes e o principal

cêrca de 45% de matéria inerte. Não se podendo contar com o carvão,

empecilho provém do fato de conter o

para a produção de sintético, resta con siderar o gás natural, os lignitos e xistos

inerte, que consome energia sem nada

pirobetuminosos.

ba e os do Irati, depois de secos, con

do os dados do Conselho Nacional do

ruim, a um iOur oil, como os do West

indústria poderá ser mantida utilizando

estudadas por Gonzaga de Campos.

de carvão (alto teor de enxôíre, alto teor de matéria inerte, camadas finas)

As reservas de gás conhecidas na Ba hia, a 31 de dezembro de 1948, segun

geral, não constitui um óleo equixalente ao petróleo normal, mas a um petróleo

Se a mineração

c a destilação puderem ser feitas den tro dos limites de preço toleráveis, essa

As tão facadas jazidas de Maraú não

do das reservas. As grandes massas de rochas orgânicas que merecem estudos

minas é da ordem de Cr$ 100,00 por

disso, o ó'eo bruto produzido, que é da ordem de 6 a 10% para o ca.so mais

O problema do xisto é uma questão meramente econômica.

ga (Amazonas) não representam e.xpres-

caro para a produção de bidiocarbonetos.

não se pode pensar em aproveitá-las para a produção de petróleo sintético, bastan do considerar que o preço na bôca das

positada em algum lugar, consumindo energia sem produzir nada de útil. Além

xisto uma grande massa de matéria produzir.

Os xistos do Vale do Parai-

têm de 65 a 75% de silicatos; essa massa

considerável tem de ser extraída da ja zida, transportada às retortas, aqueci

Petróleo, atingem 1.215.000.000 de m3. da a 400°-500°C, retirada quente è de-

Cercadas de prados e arbustos estarão as ipstahçoes de ^ipj^icie das futuras minas de carvão britânicas, como é já o caso da fnina de carvao Rolhes, na Escócw.

Quando atingir a produção máxima, como mina de syperf.cie em 1956, repre de grandes tubos subterrâneos circularão as vagonetas carregadas de carvão, em lugar de as mesmas seguirem, como agora, a trajetória sinuosa dos veios.

sentará o máximo de progresso técnico em matéria de mineração de carvão. Através


59

Digesto Econômico

r

Dicrsto Econômico

58

a hidiogenaçSo de compostos não satura

dos formam produtos semelhantes aos do petró'eo natural. Os caminhos mais tri

lhados têm sido a lüdrogenação dos alcatrões primários em altas pressões (Ber-

Transformado todo êsso gás cm gaso lina, admitindo um rendimento ideal, considerando a tran.sformaçáo de 6 mo léculas de CH4 em uma molécula de C6H14, teríamos coisa da ordem cCe

gius), e as reações de síntese da mis tura gasosa de monóxido de carbono e

800.000 toneladas de gasolina, isto ô,

hidrogênio (Fischer-Tropsch). A substituição dos produtos do petró

em um ano. (Em 1946 importamos 815.809 toneladas, c cm 1947 importa

leo pelos derivados dos xistos pirobe-

mos 806.561 toneladas).

um pouco menos que o nosso consumo

tuminosos tem sido tentada na França,

Os depósitos de lignitos conhecidos em

na Itália, na Austrália, na África do Sul,

Caçapava (São Paulo) c Gandarela (Minas Gerais) não têm rc.scrvas com

na Iugos'ávja, na Suécia, sem grande sucessoj só na Estônia, pelas peculiarida des do caso, obteve êxito.

patíveis com ôsse gênero de trabalho, e os depósitos ainda pouco estudados ou

No processo Fischer-Tropsch, que se vem generalizando cada vez mais, o

pràtícamente desconhecidos de Tabatin-

fundamento da fabricação é a reação de

são econômica.

vapor dágua sobre coque incandescente. Naturalmente, só países que dispo nham de carvões produtores de coque poderão adotar o processo. Ê o caso

contêm reservas grandes nem acusam os

dos Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Alemanha, mas não é o caso do Brasil.

O nosso coque só pode ser obtido após um oneroso beneficiamenlo do carvão catarinense e ficaria demasiadamentb

Texas.

O óleo de xisto tem um alto teor de

Iiidrocarbonetos não saturados do^tipo das olefinas e contém muitos compostos sujfurados c nitrogcnados — o bastante

para criar sérios problemas de refinação. O óleo de xisto precisa ser submetido a processos especiais c a "cracking" catalítico para produzir compostos equi

valentes aos do petróleo natural.

üs xistos do Paraíba ou do Irati.

Não

será mais que uma solução para abas tecimento regiona' e só poderá ser man tida se contar com um franco apoio do Governo.

As perspectivas para a produção de gasolina artificial no Brasil não são, pois, muito animadoras, e a medida mais

aconselhável seria a intensificação das

pesquisas de petróleo para que não se contimic indefinidamente na inteira de

pendência do combustível importado.

teores elevados das primeiras camadas Embora produzindo teores da ordem

de 15 e 20% de óleo, essas jazidas não poderão manter uma indústria de deri

vados de petróleo, em vista do acanha

Dada a natureza das nossas reservas

especiais são os xistos pirobetuminosos

Irati. Em princípio, poderão fornecer

do Vale do Paraíba e das camadas do quantidades consideráveis de gasolina e

óleos minerais, ficando o preço na de pendência de fatores locais.

As dificuldades na obtenção da gaso

toue'ada, para um combustível com

lina do xisto são grandes e o principal

cêrca de 45% de matéria inerte. Não se podendo contar com o carvão,

empecilho provém do fato de conter o

para a produção de sintético, resta con siderar o gás natural, os lignitos e xistos

inerte, que consome energia sem nada

pirobetuminosos.

ba e os do Irati, depois de secos, con

do os dados do Conselho Nacional do

ruim, a um iOur oil, como os do West

indústria poderá ser mantida utilizando

estudadas por Gonzaga de Campos.

de carvão (alto teor de enxôíre, alto teor de matéria inerte, camadas finas)

As reservas de gás conhecidas na Ba hia, a 31 de dezembro de 1948, segun

geral, não constitui um óleo equixalente ao petróleo normal, mas a um petróleo

Se a mineração

c a destilação puderem ser feitas den tro dos limites de preço toleráveis, essa

As tão facadas jazidas de Maraú não

do das reservas. As grandes massas de rochas orgânicas que merecem estudos

minas é da ordem de Cr$ 100,00 por

disso, o ó'eo bruto produzido, que é da ordem de 6 a 10% para o ca.so mais

O problema do xisto é uma questão meramente econômica.

ga (Amazonas) não representam e.xpres-

caro para a produção de bidiocarbonetos.

não se pode pensar em aproveitá-las para a produção de petróleo sintético, bastan do considerar que o preço na bôca das

positada em algum lugar, consumindo energia sem produzir nada de útil. Além

xisto uma grande massa de matéria produzir.

Os xistos do Vale do Parai-

têm de 65 a 75% de silicatos; essa massa

considerável tem de ser extraída da ja zida, transportada às retortas, aqueci

Petróleo, atingem 1.215.000.000 de m3. da a 400°-500°C, retirada quente è de-

Cercadas de prados e arbustos estarão as ipstahçoes de ^ipj^icie das futuras minas de carvão britânicas, como é já o caso da fnina de carvao Rolhes, na Escócw.

Quando atingir a produção máxima, como mina de syperf.cie em 1956, repre de grandes tubos subterrâneos circularão as vagonetas carregadas de carvão, em lugar de as mesmas seguirem, como agora, a trajetória sinuosa dos veios.

sentará o máximo de progresso técnico em matéria de mineração de carvão. Através


61

Dicesto Econókdco

sado, quando, infelizmente, há tanta ero

'r:"rvaçao PlMENTEL CONÍRS

pARTicipa, há algumas semanas, da Mesa Redonda para a Conser\açáo

dos Solos, organizada pela Sociedade Rural Brasileira. Nela focalizou-se um dos problemas mais interessantes do Bra sil e do mundo inteiro — a erosão e a conservação dos solos — problema que "rgc solucionar, para que seja possível ^ própria existência da humanidade. Fa

çamos sobre tão magno assunto alguns oomentáríos.

A erosão na antigüidade

_ Os historiadores descrevem principalDiente guerras, invasões e a vida dos

• potentados.

Os principados, reinos e

impérios surgem

melo inexplicavel

mente, crescem à custa dos vizinhos, atin gem o apogeu, e quando pareciam desti

nados a progressos maiores, aluem fragorosamente, entulhando de destroços de civi'ização as terras ásperas da Ásia e

da África. Os historiadores citam guer

ras. Pesquisas mais demoradas estão mostrando que razões econômicas e não

apenas o capricho de potentados presi diram o progresso e a decadência de an tigos países e cidades. E a destruição dos solos mal agricultados foi uma das maiores razões da derrocada. Às vêzes

guerras trouxeram a destruição dos canais de rega, a erosão dos solos, a ^^uína, enfim, de países prósperos e or

gulhosos. Foi, por exemplo, o que acon teceu com Timgad. A cidade de Timgad, construiram-na Cs romanos, no norte da África, no ano

^00, mais ou menos. Cresceu ràpida'"cnte na planície fértil. Povoaram-na,

pelo de.sprendimenlo de terras na ba

ruínas até mesmo países tão ricos e

cia do rio — "uma forma dc erosão geo

prósperos como os Estados Unidos e o próprio Brasil?

todas as terras". E vem a explicação da

cm algum tempo, 25 mil pessoas. Tinha uma biblioloca pública, nni grande fó rum, um teatro com capacidade para 2.500 pessoas, bons cdifício.s públicos,

Nas Américas, a situação mais grave é

Trajano, ruas e praças Ijcm calçadas.

Um aqneduto com uns cinco cjuilòmetros de extensão Icvava-lhc- água dc uma

ricano, estudando o problema, diz como

montanha vizinha.

El Salvador

Em tomo, no solo

•fecundo, alargavam-sc pomarc.s, vinhe dos, trigais. Os limgadanos deveriam ter orgulho de sua iirbcs e julgá-la des tinada a um grande futuro. Tal, porém, não aconteceu.

No século VII os nô

mades irromperam do de.scrto. Con quistaram a cidade. Mataram parte da popu'ação. Escravizaram a restante. Timgad, de.spovoada, com o solo revol

vido pélos agricultores, foi entregue às erosões eólea e aquática.

As águas de

deslizamento lavaram as terras despro tegidas, arniínando-as. As areias do de serto fizeram o resto, cobrindo os cam pos e a cidade, durante 1.200 anos. As

escavações feitas ultimamente expuse ram-na aos raios do sol" tal como era,

há doze séculos, quando em plena pros peridade. E', porém, uma cidade defini

tivamente morta, pois o solo que a ali mentava com produção abundante e va riada foi completamente arruinado. O mundo, infelizmente, está cheio

de Timgads. Palmira surge com suas ruínas de antiga capital, silenciosa e de serta, em plenos arcais da Síria orien

tal. A erosão apressou a decadência da Grécia e de Roma, da Pérsia e da Pales

tina, pela subalimentação de suas popu lações. Para que, porém, revolver o pas-

"William Vügt, um técnico norte-ame

seus

^

recursos

, ,

naturais, e qual a

■;, V

sua atual situação. Convém que os brasíleiros

erosão verificada: "No princípio do sécu selva e mutilando as árvores para ex

trair resinas. Pouco a pouco, o São Jo

sé começou a manifestar mais amplas variações em seu caudal. As cheias su cediam-se períodos em que as águas desciam a níveis não observados ante riormente. As inun-

des

truiu a maior parte de

lógica — a que se acham submetidas lo presente, o homem começou a ocupar as terras altas, queimando e talando a

A erosão em El Salvador

a da pequena República dc El Salvador, que em 34 mil quilômetros quadrados tem quase 2 milhões dc habitantes.

banhos públicos pnvimenlíidos coni mo saicos belíssimas, um magnífico arco dc

A inundação, Vogt julga-a provocada

são nos dias que correm, ameaçando de

conheçam

.dações

,., } . ' • .

.

estéreis. Êsses ma-

. ...

se tome, amanhã,

um imenso EI Salvador,

nhos de grandeza e prosperidade. Metapán, fundada em 1743, uma das

principais cidades da República, é um exemplo clínico, na opinião jde Vogt. Cresceu às margens do São José, um rio

pequenino, correndo, antigamente, por uma garganta de uns três metros de pro fundidade. Há cinqüenta anos, o São Jo sé destacava-se pela regularidade de seu regime, pois o caudal, durante o ano inteiro, sofria apenas pequenas flutua ções. Tempos atrás, depois de anos em

que a vazão se mostrava bastante regu

lar, o São José subiu ràpidamente,. inun dou Metapán, o que nunca tinha suce dido, destruiu alguns edifícios e voltou ao leito "sem deixar nenhum depósito de limo sôbre as terras".

gí^rganta de três

>

metros de profundi- ^

" —'

dade, que antes servia de leito ao rio,

arruinando

todos os nossos so

eram

' teriais entupiram, em pouco tempo, a

algo a respeito, pa

ra que o Brasil não

não

mais de águas limpas, pois que agora cancegavam areias

e êste começou a

alagar as margens. O Governo construiu um dique de pedra para desviar as águas

e proteger Metapán. De pronto, porem o dique cobriu-se de lodo e houve

cessidade de levantar um novo muro

de contenção.

Finalmente, chegou o

pior, as inundações, e atualmente o Go verno está tratando, a tôda pressa,

6

construir diques de terra pára contra balançar a ameaça de que as águas subam a níveis ainda mais altos.

Há a salientar que o custo das obras

tem sido excessivo — uns 100 mil colo-

^ j •

nes, cerca de Cr$ 700.000,00 - e os | resultados muito reduzidos, deraonstran-

j

do claramente que a solução do

;

ma não se encontra apenas nas obras de

engenharia. Esqueceram o refloresta-


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Dicesto Econókdco

sado, quando, infelizmente, há tanta ero

'r:"rvaçao PlMENTEL CONÍRS

pARTicipa, há algumas semanas, da Mesa Redonda para a Conser\açáo

dos Solos, organizada pela Sociedade Rural Brasileira. Nela focalizou-se um dos problemas mais interessantes do Bra sil e do mundo inteiro — a erosão e a conservação dos solos — problema que "rgc solucionar, para que seja possível ^ própria existência da humanidade. Fa

çamos sobre tão magno assunto alguns oomentáríos.

A erosão na antigüidade

_ Os historiadores descrevem principalDiente guerras, invasões e a vida dos

• potentados.

Os principados, reinos e

impérios surgem

melo inexplicavel

mente, crescem à custa dos vizinhos, atin gem o apogeu, e quando pareciam desti

nados a progressos maiores, aluem fragorosamente, entulhando de destroços de civi'ização as terras ásperas da Ásia e

da África. Os historiadores citam guer

ras. Pesquisas mais demoradas estão mostrando que razões econômicas e não

apenas o capricho de potentados presi diram o progresso e a decadência de an tigos países e cidades. E a destruição dos solos mal agricultados foi uma das maiores razões da derrocada. Às vêzes

guerras trouxeram a destruição dos canais de rega, a erosão dos solos, a ^^uína, enfim, de países prósperos e or

gulhosos. Foi, por exemplo, o que acon teceu com Timgad. A cidade de Timgad, construiram-na Cs romanos, no norte da África, no ano

^00, mais ou menos. Cresceu ràpida'"cnte na planície fértil. Povoaram-na,

pelo de.sprendimenlo de terras na ba

ruínas até mesmo países tão ricos e

cia do rio — "uma forma dc erosão geo

prósperos como os Estados Unidos e o próprio Brasil?

todas as terras". E vem a explicação da

cm algum tempo, 25 mil pessoas. Tinha uma biblioloca pública, nni grande fó rum, um teatro com capacidade para 2.500 pessoas, bons cdifício.s públicos,

Nas Américas, a situação mais grave é

Trajano, ruas e praças Ijcm calçadas.

Um aqneduto com uns cinco cjuilòmetros de extensão Icvava-lhc- água dc uma

ricano, estudando o problema, diz como

montanha vizinha.

El Salvador

Em tomo, no solo

•fecundo, alargavam-sc pomarc.s, vinhe dos, trigais. Os limgadanos deveriam ter orgulho de sua iirbcs e julgá-la des tinada a um grande futuro. Tal, porém, não aconteceu.

No século VII os nô

mades irromperam do de.scrto. Con quistaram a cidade. Mataram parte da popu'ação. Escravizaram a restante. Timgad, de.spovoada, com o solo revol

vido pélos agricultores, foi entregue às erosões eólea e aquática.

As águas de

deslizamento lavaram as terras despro tegidas, arniínando-as. As areias do de serto fizeram o resto, cobrindo os cam pos e a cidade, durante 1.200 anos. As

escavações feitas ultimamente expuse ram-na aos raios do sol" tal como era,

há doze séculos, quando em plena pros peridade. E', porém, uma cidade defini

tivamente morta, pois o solo que a ali mentava com produção abundante e va riada foi completamente arruinado. O mundo, infelizmente, está cheio

de Timgads. Palmira surge com suas ruínas de antiga capital, silenciosa e de serta, em plenos arcais da Síria orien

tal. A erosão apressou a decadência da Grécia e de Roma, da Pérsia e da Pales

tina, pela subalimentação de suas popu lações. Para que, porém, revolver o pas-

"William Vügt, um técnico norte-ame

seus

^

recursos

, ,

naturais, e qual a

■;, V

sua atual situação. Convém que os brasíleiros

erosão verificada: "No princípio do sécu selva e mutilando as árvores para ex

trair resinas. Pouco a pouco, o São Jo

sé começou a manifestar mais amplas variações em seu caudal. As cheias su cediam-se períodos em que as águas desciam a níveis não observados ante riormente. As inun-

des

truiu a maior parte de

lógica — a que se acham submetidas lo presente, o homem começou a ocupar as terras altas, queimando e talando a

A erosão em El Salvador

a da pequena República dc El Salvador, que em 34 mil quilômetros quadrados tem quase 2 milhões dc habitantes.

banhos públicos pnvimenlíidos coni mo saicos belíssimas, um magnífico arco dc

A inundação, Vogt julga-a provocada

são nos dias que correm, ameaçando de

conheçam

.dações

,., } . ' • .

.

estéreis. Êsses ma-

. ...

se tome, amanhã,

um imenso EI Salvador,

nhos de grandeza e prosperidade. Metapán, fundada em 1743, uma das

principais cidades da República, é um exemplo clínico, na opinião jde Vogt. Cresceu às margens do São José, um rio

pequenino, correndo, antigamente, por uma garganta de uns três metros de pro fundidade. Há cinqüenta anos, o São Jo sé destacava-se pela regularidade de seu regime, pois o caudal, durante o ano inteiro, sofria apenas pequenas flutua ções. Tempos atrás, depois de anos em

que a vazão se mostrava bastante regu

lar, o São José subiu ràpidamente,. inun dou Metapán, o que nunca tinha suce dido, destruiu alguns edifícios e voltou ao leito "sem deixar nenhum depósito de limo sôbre as terras".

gí^rganta de três

>

metros de profundi- ^

" —'

dade, que antes servia de leito ao rio,

arruinando

todos os nossos so

eram

' teriais entupiram, em pouco tempo, a

algo a respeito, pa

ra que o Brasil não

não

mais de águas limpas, pois que agora cancegavam areias

e êste começou a

alagar as margens. O Governo construiu um dique de pedra para desviar as águas

e proteger Metapán. De pronto, porem o dique cobriu-se de lodo e houve

cessidade de levantar um novo muro

de contenção.

Finalmente, chegou o

pior, as inundações, e atualmente o Go verno está tratando, a tôda pressa,

6

construir diques de terra pára contra balançar a ameaça de que as águas subam a níveis ainda mais altos.

Há a salientar que o custo das obras

tem sido excessivo — uns 100 mil colo-

^ j •

nes, cerca de Cr$ 700.000,00 - e os | resultados muito reduzidos, deraonstran-

j

do claramente que a solução do

;

ma não se encontra apenas nas obras de

engenharia. Esqueceram o refloresta-


^3^

Dicesto Econômico 63

DrcESTo EcoNó^^co

mento dos trecbos montanhosos da ba

cia liidrográfica do São José, onde a erosão abriu e continua abrindo barrocões tremendos, num solo outrora fértil

e hoje esterilizado.

E não fica nisto o desastre. As terras

dicada em sua capacidade de produção.

Resuhado: cada salvadorenho ingere ape

nas cerca de 1.500 calorias, isto é, menos

do que o suficiente para manter o orga

nismo em condiçõc.s de rc.sistir às enfer

midades. Acrescente-se quo a popiilaçâo do subsolo, estéreis, arrancadas dos flan- contínua aumentando, tendo quase du cos das montanhas, o rio as transporta plicado nos últimos trinta e cinco anos. para as várzeas férteis, açoreando-as, inutilizando-as para a lavoura. Perde

ram-se, assim, por esta forma, grandes áreas que se cobriram outrora de magní

A imensídade do país não permitiu a situação norte-americana se apro J O que acontece com o São José, aconte que ximasse da salvadorenhaj nem por isso, ce com outros rios, inc!usive o Lempa, porém, deixa dc ser bastante seria. quo é o maior do país. A'ém das ter

ras das encostas e das várzeas que se

perdem com alarmante rapidez, as pró

prias obras hidráulicas são prejudicadas pela destruição das pontes em cheias sempre mais volumosas e o açoreamenlo

Conforme Bennett, em Elemcnts of

Sbí! Con^iervation, os Estados Unidos contam, atualmente, com 1.840.000 qui lômetros quadrados de boas terras culti vadas e cultiyáveis, dos quais 400.000 quilômetros quadrados estão sendo es tragados pela erosão, que os pode inu

dos açudes destinados à produção de energia elétrica. O Lempa, por exem tilizar totalmente se não se tomarem imeplo, Se não se modificar a atual e gra .diatas medidas de contrôle. 800.000 qui víssima situação, em quinze ou vinte quadrados de terras outrora anos aterrará qualquer barragem que lômetros^ muito férteis já foram destruídos pela lhe detenha e armazene as águas. erosão. Se se levarem em conta qs ter-

Para se verificar a gravidade da crise em que se debate EI Salvador, devido à

erosão de seus solos, basta saber-se que Bennett, chefe do Serviço de Conservação dos Solos dos Estados Unidos, e outros técnicos, acreditam que, para que uma população humana possa alimentar-se suficientemente, precisa de uma área cul

tivada de pouco mais de um hectare por pessoa. El Salvador já dispôs de muito mais para cada um de seus habitantes. E

afirmava-se, então, por lá, com orgullio: "En El Salvador nadie muere de hambre". Tal, porém, infelizmente, per

ras^ lavoura e de pastagens, a erosão

cios Estados Unidos já inutilizou ou es tragou sèriamente 1.128.000 quilôme tros quadrados. 3.100.000 quilômetros

quadrados de terras de lavoura, de pas

tagem e floresta e outras sofrerami de certo modo, os males da erosão.

te das culturas c atividades rurais, o

mente. Nos últimos anos, os solos dos

pampa, o pisoteio do gado oni lòrno dos .suporpovoarncnto das pastagens.

^ trechos superiores das colinas tornaramse muito rasos para culturas como o mi

A erosão na Venezuela

Na Venezuela, a erosão tem ^ido mui

to grande. Grande parte dos solos da.s zonas monlanho.sas do oeste e do norte

c.stá total ou parcialmente prejudicada. Muito tem contribuído para isto o fato de alinharem as plantações de a'to a baixo, quando

o

aconselliável seria estabelecê-las em faixas de contorno.

A China tem sido uma das maiores ví

timas

da

erosão,

apesar de a comba terem, embora não muito sistemàtica-

mente, há milhares de anos.

Digamos apenas que o solo das coli nas o das margens dos rios é .arrastado

para o mar em enormes quantidades. As águas do Hoang-ho, em agosto de

erosão são avaliados em 60 trilhões e 8

1934, continham limo na proporção de 38® de seu pêso. Ém Lo Ho, um braço do Hoang-ho, a proporção de lama su bia a 63%. Acredita-se que em 1934 o Hoang-ho transportou L450-milhões de metros cúbicos de limo ~ eqüivalendo ao

bilhões de cruzeiros. A erosão no Prata

A erosão eólea tem prejudicado gran des da Argentina e pequenos tre bitante dispõe apenas de um quarto de chostrecbos do Uruguai e do Paraguai. A re hectare - 25 ares - susceptível de cul-' gião argentina que mais tem sofrido é o meio oeste, cuja fertilidade tem decres-

lho e a cana-de-açúcar, que foram substi

tuídos pela batata doce c o amendoim, menos exigentes. Continuando a ero são, essas lavouras terão também que ser abandonadas.

Seria possível alinhar outros dados interessantes, mostrando como a China

já perdeu muitos milhares de quilôme-

tros quadrados de

de suas terras mais

férteis, e está per dendo outros, en

quanto a população aumenta de ano pa

A erosão na China

Os prejuízos anuais ocasionados pela

tence ao passado. Atualmente cada ha

bvo, achando-se grande parte prejuh

bebedouros, a diversificação insuficien

arrasta, também, quantidades imensas de solo. O solo das colinas do Szechwan está sendo destruído rapida

a aradura de determinados tipos de

A erosão nos Estados Unidos

ficas culturas.

O langlzé, oulro' grande rio clvinês,

cido bastante. Contribui para a erosão

solo de 145.000 hectares, com um metro

de^profundidade. Em algumas colinas da Ijacia hidrográfica desse rio, as águas de uma única grande chuva an-astam uma camada de solo com 5 centímetros de espessura.

ra ano.

II

A erosão no Brasil -Infelizmente

a

erosão tem também

prejudicado algu mas de nossas terras nas regiões ondula das, montanhosas, e nos trechos mais dinamizados do País. Áreas bem vastas

do Brasil perderam grande parle de sua fertilidade. Notam-se deslizamentos por

aqui e por ali. ,Banocões lutam os solos outrora fecundos e muitas colinas de Mi

nas Gerais, São Paulo e outros Estados. A erosão laminar, mais sutil, menos apa

rente, arrastou o solo quase totalmente em muitos trechos. Perras que produ

ziam muito bom milhojá não o produzem. E os cafèzais são ondas verdes

que vão passando p^ira o oeste, acompa nhando a derrubada das florestas que se afastam cada vez mais do litoral. Os fatos citados e outros semelhantes são da


^3^

Dicesto Econômico 63

DrcESTo EcoNó^^co

mento dos trecbos montanhosos da ba

cia liidrográfica do São José, onde a erosão abriu e continua abrindo barrocões tremendos, num solo outrora fértil

e hoje esterilizado.

E não fica nisto o desastre. As terras

dicada em sua capacidade de produção.

Resuhado: cada salvadorenho ingere ape

nas cerca de 1.500 calorias, isto é, menos

do que o suficiente para manter o orga

nismo em condiçõc.s de rc.sistir às enfer

midades. Acrescente-se quo a popiilaçâo do subsolo, estéreis, arrancadas dos flan- contínua aumentando, tendo quase du cos das montanhas, o rio as transporta plicado nos últimos trinta e cinco anos. para as várzeas férteis, açoreando-as, inutilizando-as para a lavoura. Perde

ram-se, assim, por esta forma, grandes áreas que se cobriram outrora de magní

A imensídade do país não permitiu a situação norte-americana se apro J O que acontece com o São José, aconte que ximasse da salvadorenhaj nem por isso, ce com outros rios, inc!usive o Lempa, porém, deixa dc ser bastante seria. quo é o maior do país. A'ém das ter

ras das encostas e das várzeas que se

perdem com alarmante rapidez, as pró

prias obras hidráulicas são prejudicadas pela destruição das pontes em cheias sempre mais volumosas e o açoreamenlo

Conforme Bennett, em Elemcnts of

Sbí! Con^iervation, os Estados Unidos contam, atualmente, com 1.840.000 qui lômetros quadrados de boas terras culti vadas e cultiyáveis, dos quais 400.000 quilômetros quadrados estão sendo es tragados pela erosão, que os pode inu

dos açudes destinados à produção de energia elétrica. O Lempa, por exem tilizar totalmente se não se tomarem imeplo, Se não se modificar a atual e gra .diatas medidas de contrôle. 800.000 qui víssima situação, em quinze ou vinte quadrados de terras outrora anos aterrará qualquer barragem que lômetros^ muito férteis já foram destruídos pela lhe detenha e armazene as águas. erosão. Se se levarem em conta qs ter-

Para se verificar a gravidade da crise em que se debate EI Salvador, devido à

erosão de seus solos, basta saber-se que Bennett, chefe do Serviço de Conservação dos Solos dos Estados Unidos, e outros técnicos, acreditam que, para que uma população humana possa alimentar-se suficientemente, precisa de uma área cul

tivada de pouco mais de um hectare por pessoa. El Salvador já dispôs de muito mais para cada um de seus habitantes. E

afirmava-se, então, por lá, com orgullio: "En El Salvador nadie muere de hambre". Tal, porém, infelizmente, per

ras^ lavoura e de pastagens, a erosão

cios Estados Unidos já inutilizou ou es tragou sèriamente 1.128.000 quilôme tros quadrados. 3.100.000 quilômetros

quadrados de terras de lavoura, de pas

tagem e floresta e outras sofrerami de certo modo, os males da erosão.

te das culturas c atividades rurais, o

mente. Nos últimos anos, os solos dos

pampa, o pisoteio do gado oni lòrno dos .suporpovoarncnto das pastagens.

^ trechos superiores das colinas tornaramse muito rasos para culturas como o mi

A erosão na Venezuela

Na Venezuela, a erosão tem ^ido mui

to grande. Grande parte dos solos da.s zonas monlanho.sas do oeste e do norte

c.stá total ou parcialmente prejudicada. Muito tem contribuído para isto o fato de alinharem as plantações de a'to a baixo, quando

o

aconselliável seria estabelecê-las em faixas de contorno.

A China tem sido uma das maiores ví

timas

da

erosão,

apesar de a comba terem, embora não muito sistemàtica-

mente, há milhares de anos.

Digamos apenas que o solo das coli nas o das margens dos rios é .arrastado

para o mar em enormes quantidades. As águas do Hoang-ho, em agosto de

erosão são avaliados em 60 trilhões e 8

1934, continham limo na proporção de 38® de seu pêso. Ém Lo Ho, um braço do Hoang-ho, a proporção de lama su bia a 63%. Acredita-se que em 1934 o Hoang-ho transportou L450-milhões de metros cúbicos de limo ~ eqüivalendo ao

bilhões de cruzeiros. A erosão no Prata

A erosão eólea tem prejudicado gran des da Argentina e pequenos tre bitante dispõe apenas de um quarto de chostrecbos do Uruguai e do Paraguai. A re hectare - 25 ares - susceptível de cul-' gião argentina que mais tem sofrido é o meio oeste, cuja fertilidade tem decres-

lho e a cana-de-açúcar, que foram substi

tuídos pela batata doce c o amendoim, menos exigentes. Continuando a ero são, essas lavouras terão também que ser abandonadas.

Seria possível alinhar outros dados interessantes, mostrando como a China

já perdeu muitos milhares de quilôme-

tros quadrados de

de suas terras mais

férteis, e está per dendo outros, en

quanto a população aumenta de ano pa

A erosão na China

Os prejuízos anuais ocasionados pela

tence ao passado. Atualmente cada ha

bvo, achando-se grande parte prejuh

bebedouros, a diversificação insuficien

arrasta, também, quantidades imensas de solo. O solo das colinas do Szechwan está sendo destruído rapida

a aradura de determinados tipos de

A erosão nos Estados Unidos

ficas culturas.

O langlzé, oulro' grande rio clvinês,

cido bastante. Contribui para a erosão

solo de 145.000 hectares, com um metro

de^profundidade. Em algumas colinas da Ijacia hidrográfica desse rio, as águas de uma única grande chuva an-astam uma camada de solo com 5 centímetros de espessura.

ra ano.

II

A erosão no Brasil -Infelizmente

a

erosão tem também

prejudicado algu mas de nossas terras nas regiões ondula das, montanhosas, e nos trechos mais dinamizados do País. Áreas bem vastas

do Brasil perderam grande parle de sua fertilidade. Notam-se deslizamentos por

aqui e por ali. ,Banocões lutam os solos outrora fecundos e muitas colinas de Mi

nas Gerais, São Paulo e outros Estados. A erosão laminar, mais sutil, menos apa

rente, arrastou o solo quase totalmente em muitos trechos. Perras que produ

ziam muito bom milhojá não o produzem. E os cafèzais são ondas verdes

que vão passando p^ira o oeste, acompa nhando a derrubada das florestas que se afastam cada vez mais do litoral. Os fatos citados e outros semelhantes são da


64

Digesto Econômico

pbseA'açáo de todos. E todo o mundo sabe que ou se tomam medidas muito

O presidente Dutra, em Itaperuna, em di.scurso magistral, já disse ao País a

sérias para controlar as erosões, ou nossa situação se aproximará da salvadore

gravidade da situação.

ministro da Agricultura, Sr. Daniel de

A erosão, a maior desgraça que not

Carvalho, inaugurando a Mesa Redonda

ameaça

de Ck)nservação dos Solos convoc-ada pela

^ciedade Rural Brasileira, citou alguns

A erosão é a maior de.sgraça que nos

ados colhidos em estações experimen-

ameaça, 'pois pode destruir a

maior

parte do .sc)'o, ijrovocando uin colapso

que merecem ser difundidos em

P. 'cações oficiais, em revistas e jor-^ nas produções de gêneros alimentícios e nais e pelo rádio. Os brasileiros precisam de matérias-primas. Nías a erosão tem saber como estão sendo totalmente ar remédio. Difundir os meios de com-

umdas da nossa terra. E urge um gran-

demo^mentoem torno do assunto Lg-

baté-Ia, parece-mo ser obrigação de to dos os que podem fazé-lo. Trabalhar contra ela é obrigação dos governos fe

deral, estaduais c municipais, bem como

ra asTAf

da Agricultu-

a®c.a^r';™/Sr.colas e tôdas as

j Orozimbo o. Roxo Loureiro

nha, em regiões amplas do País. O

omadas algumas das regiões mais fe-

A

de todos os fazendeiros e sitiantes.

Procuraremos alinhar, 'em linguagem acessível, noutro artigo, os principais meios de contrôle às erosões.

X|a segunda-feira de carnaval eu esta-

ferências que se processaram no 2.° dia

^

do 55.® Congresso Anual dos "Savings Banks", realizado no Hotel Traymore,

va me distraindo com a leitura do

Aniiário

de

1948

dos

"SAVINGS

BANKS" do Estado de Nova York, quan

artigo, que lhe havia prometido, alguns meses atrás, sobre esse palpitante pro

blicas, e há mais de 15 anos se vem

blema para a vida econômica nacional:—

notabilizando como conselheiro de pro

paganda e de relações públicas das maio

leiro.

res corporações norte-americanas, tais

Prometi-lhe imediatamente sal

dar o quanto antes o meu compromisso,

e é o que ora faço com muito prazer, não obstante tenha as minhas dúvidas

A exportação de cereais dos Esfndn tt seu alto nível, até 1950, sesundn

/. Loveland.

ao que se espera, continuará em

'^^Çoes do Subsecretário da Agricultura, A. seus

mer, é um especialista em relações pú

a reforma do sistema bancário brasi

de que uma simples reforma legislati va e formal possa consertar uma situação

ÍV.1

cm Atlantíc City — N. Y. — em 4, 5 e

do fui surpreendido por um telefone .6 de novembro do ano passado. Interessante notar que dentre os 3 ma do distinto Diretor do Digesto Eco conferencistas do dia, naquela reunião de nômico, Dr. Gontijo de Carvalho. Tra tava-se de uma justa reclamação. Êsse banqueiros, nenlium, sequer, era ban meu amigo estava me cobrando um 2.° queiro. O primeiro, Mr. Fred L. Pal-

que só poderia ser resolvida mediante um gigantesco e continuado esforço por parte dos banqueiros e autoridades brasileiras, encarregados de promover

como a Ford Motor Company, Standard Oil Company, Internacional Paper Com-

pany e a American Locoihotive Company. A razão do convite a Mr. Pabner ó que aqueles banqueiros de N. Y. de sejavam ouvir os conselhos daquele téc nico sôbre a melhor maneira de desen

volver um programa de boas relações e mais íntima cooperação com a sua clien

a movimentação e desenvolvimento- do

tela. O 2.® orador do dia foi Mr. \Vil-

crédito em nosso país. De fato, estava eu naquela segundafeira de Momo colhendo mais uma pre ciosa lição daqueles homens que con

liam J. Levitt, engenheiro, de 41 anos,

chefe de uma firma construtora que, no ano passado, conquistou grande notorie

seguiram criar a majestosa civilização

de construções dos Estados Unidos, con

americana, através de um sistema social

seguindo em 12 meses urbanizar e mns-

dade por ter revolucionado a indústria

republicano que se baseia na livre ini

truir umà cidade com 4 mil casas n '-

ciativa, no respeito à personalidade hu

pulares, nos arredores de N. Y. (I.ong

mana, na produção organizada, no tra balho honesto e eficiente, e numa polí

Island) onde antes era uma chácara de

tica de crédito com C maiúsculo, isto é,

Ao convidar aquêle construtor, julga ram os banqueiros americanos que mui to poderiam lucrar ouvindo a opinião de

crédito para servir o público, para auxi liar o progresso, para promover o bemestaí social e incrementar a riqueza co letiva.

Eu lia, precisamente, os debates e con

plantar batatas.

um jovem homem de negócios ultr.i-di-

nâmico e que certamente lhes viria a])ontar uma série de sugestões úteis sôbre


64

Digesto Econômico

pbseA'açáo de todos. E todo o mundo sabe que ou se tomam medidas muito

O presidente Dutra, em Itaperuna, em di.scurso magistral, já disse ao País a

sérias para controlar as erosões, ou nossa situação se aproximará da salvadore

gravidade da situação.

ministro da Agricultura, Sr. Daniel de

A erosão, a maior desgraça que not

Carvalho, inaugurando a Mesa Redonda

ameaça

de Ck)nservação dos Solos convoc-ada pela

^ciedade Rural Brasileira, citou alguns

A erosão é a maior de.sgraça que nos

ados colhidos em estações experimen-

ameaça, 'pois pode destruir a

maior

parte do .sc)'o, ijrovocando uin colapso

que merecem ser difundidos em

P. 'cações oficiais, em revistas e jor-^ nas produções de gêneros alimentícios e nais e pelo rádio. Os brasileiros precisam de matérias-primas. Nías a erosão tem saber como estão sendo totalmente ar remédio. Difundir os meios de com-

umdas da nossa terra. E urge um gran-

demo^mentoem torno do assunto Lg-

baté-Ia, parece-mo ser obrigação de to dos os que podem fazé-lo. Trabalhar contra ela é obrigação dos governos fe

deral, estaduais c municipais, bem como

ra asTAf

da Agricultu-

a®c.a^r';™/Sr.colas e tôdas as

j Orozimbo o. Roxo Loureiro

nha, em regiões amplas do País. O

omadas algumas das regiões mais fe-

A

de todos os fazendeiros e sitiantes.

Procuraremos alinhar, 'em linguagem acessível, noutro artigo, os principais meios de contrôle às erosões.

X|a segunda-feira de carnaval eu esta-

ferências que se processaram no 2.° dia

^

do 55.® Congresso Anual dos "Savings Banks", realizado no Hotel Traymore,

va me distraindo com a leitura do

Aniiário

de

1948

dos

"SAVINGS

BANKS" do Estado de Nova York, quan

artigo, que lhe havia prometido, alguns meses atrás, sobre esse palpitante pro

blicas, e há mais de 15 anos se vem

blema para a vida econômica nacional:—

notabilizando como conselheiro de pro

paganda e de relações públicas das maio

leiro.

res corporações norte-americanas, tais

Prometi-lhe imediatamente sal

dar o quanto antes o meu compromisso,

e é o que ora faço com muito prazer, não obstante tenha as minhas dúvidas

A exportação de cereais dos Esfndn tt seu alto nível, até 1950, sesundn

/. Loveland.

ao que se espera, continuará em

'^^Çoes do Subsecretário da Agricultura, A. seus

mer, é um especialista em relações pú

a reforma do sistema bancário brasi

de que uma simples reforma legislati va e formal possa consertar uma situação

ÍV.1

cm Atlantíc City — N. Y. — em 4, 5 e

do fui surpreendido por um telefone .6 de novembro do ano passado. Interessante notar que dentre os 3 ma do distinto Diretor do Digesto Eco conferencistas do dia, naquela reunião de nômico, Dr. Gontijo de Carvalho. Tra tava-se de uma justa reclamação. Êsse banqueiros, nenlium, sequer, era ban meu amigo estava me cobrando um 2.° queiro. O primeiro, Mr. Fred L. Pal-

que só poderia ser resolvida mediante um gigantesco e continuado esforço por parte dos banqueiros e autoridades brasileiras, encarregados de promover

como a Ford Motor Company, Standard Oil Company, Internacional Paper Com-

pany e a American Locoihotive Company. A razão do convite a Mr. Pabner ó que aqueles banqueiros de N. Y. de sejavam ouvir os conselhos daquele téc nico sôbre a melhor maneira de desen

volver um programa de boas relações e mais íntima cooperação com a sua clien

a movimentação e desenvolvimento- do

tela. O 2.® orador do dia foi Mr. \Vil-

crédito em nosso país. De fato, estava eu naquela segundafeira de Momo colhendo mais uma pre ciosa lição daqueles homens que con

liam J. Levitt, engenheiro, de 41 anos,

chefe de uma firma construtora que, no ano passado, conquistou grande notorie

seguiram criar a majestosa civilização

de construções dos Estados Unidos, con

americana, através de um sistema social

seguindo em 12 meses urbanizar e mns-

dade por ter revolucionado a indústria

republicano que se baseia na livre ini

truir umà cidade com 4 mil casas n '-

ciativa, no respeito à personalidade hu

pulares, nos arredores de N. Y. (I.ong

mana, na produção organizada, no tra balho honesto e eficiente, e numa polí

Island) onde antes era uma chácara de

tica de crédito com C maiúsculo, isto é,

Ao convidar aquêle construtor, julga ram os banqueiros americanos que mui to poderiam lucrar ouvindo a opinião de

crédito para servir o público, para auxi liar o progresso, para promover o bemestaí social e incrementar a riqueza co letiva.

Eu lia, precisamente, os debates e con

plantar batatas.

um jovem homem de negócios ultr.i-di-

nâmico e que certamente lhes viria a])ontar uma série de sugestões úteis sôbre


Dicxsto Econômico DiCES^rio

3 melhor maDeíra de estreitar as suas

relações conj a gigantesca indústria das <^nstruções civis. Como último orador da sessão, ouviram todos com grande

"Permitam-mc outro conselho: —

Os banqueiros .são como os sacerdo tes c os médicos. Aos sacerdotes nós

^'nhisiasmo uma palestra proferida por

confiamos o nosso espírito e a nossa alma. Aos médicos — minha profis

rnn jovem médico, Dr. George W. Cra-

são — nós confiamos a nossa saúde.

Além de médico, o Dr. Grane, que

Aos banqueiros nós confiamos a nos

possui mais 4 diplomas universitários,

sa vida. Afinal clc contas, todos sa

o filósofo, psicólogo, jornalista e comen

bem, o dinheiro c a própria vida, c

dador de rádio, sendo tão grande a sua

o sangue clc cada mn. Vocês podem

^pularidade que as suas crônicas e pa

ir à rua, o por 10 dólares podem

lestras costumam ser lidas e ouvidas

comprar um clia de vida de um tra

^àriamente em 10 milhões de lares ame

balhador. Êle lhes venderá por dez dólares 1 dia de sua vida produtiva."

ricanos.

Depois de apreciar as considerações rcitas pelos dois primeiros oradores do e de mostrar como é importante a

f. ^refa dos banqueiros na sociedade mo-

erna, o Dr. Grane ofereceu as seguin-

sugestões àquela plêiade de ban,Queirós do mais avançado centro fij^jDanceiro do mundo:

"O dinheiro que vocês recebem muito justamente lembrou, não é apenas papel ou metal. Pois como papel ou metal ele vale muito pouco. O que tem valor real é aquilo que ' êle simbòücamente representa. Êsse dinheiro representa a energia poupa da durante a existência

de inúmeras

pessoas.

lembrem:— Em suas re

Se o

lações com o público

suas caixas, se não o

conservarem

em

e em sua propaganda,

emprestarern para fi

não façam

nanciar as casas ou as

de suas

idéias um espelho dos seus próprios interêsses

outras necessidades - do

seu povo, vocês esta rão simplesmente con

e vaídades. Por exem

plo: — muitos bancos

trolando um ""campo de Pois estarão apri

fazem anúncios assim — "em ativi

concentração.

dade neste local há 94 anos!'; ou —

sionando

"celebramos o

não lhes permitindo sair para tra

nosso

centenário".

Vocês precisam lembrar que o públi

milhares

de

vicias

e

balhar."

co americano não está interessado em

"Vocês têm uma grande responsa

saber se vocês estão era atividade há 100 anos ou há mil anos. O público quer um empréstimo para constniir

bilidade perante o povo. Certamente,

a sua casa própria, e desde que vo cês são os emprestadores, é a vocês que o público procura. Assim, ofe reçam os seus serviços, em lugar de oferecer o seu prédio."

reunir mais dinheiro para expandir os

comecem a sua propaganda nas pró

seus empréstimos."

prias escolas."

"Como banqueiros, vocês são os

'Vocês não podem oferecer o seu

alicerces do comé-rcio, porque é o crédito que vocês oferecem que per mito aos homens de negócios, como .\Ir.. Levitt, conservar os negócios em andamento, aumentar o nível geral dos empregos, e fazer com que o go-

banco na estratosfera. Precisam des

os banqueiros são as pessoas de maior projeção na vida moderna. Como banqueiros, os seus principais pro blemas são: 1.°) fazer com que o povo venha buscar o seu dinheiro p^ra aplicá-lo convenientemente; e 2.°) atrair nossos dépositantes a'fim de

cer para o nível-intelectual dos seus

clientes. Deveriam explicar o seu negócio para ser entendido por um motorista, pois um motorista repre senta a média de cultura do homem

vcino possa arrecadar os seus im

americano.

postos."

tumam tratar com uma classe um

Certamente \'Ocês cos

isso nas escolas? Os escolares de sua

pouco mais alta. Todavia, quanto mais simples forem as suas explica

terra já sabem o c^ue é inn banco,

ções para o povo, tanto melhor."

"Vocês, por acaso, já ensinaram

em seus bancos, como Mr. Levitt

"Peço-lhes que se'

67

EcoNÓNnco

qual a função do banqueiro na so ciedade? Ê'es sabem, talvez, o que um banqueiro precisa conhecer, quando recebe alguóm que lhe faz um pedido de enipré*stimo? Pois bem, vocês

deveriam

ensinar-lhes

"Outra coisa a ressaltar é o se

guinte: — o elemento capaz de criar o sucesso de vocês, é a sua persona

lidade e a sua capacidade de exaltar o "ego" dos demais indivíduos. Da

rei um exemplo: —

Em Clúcago,

isso, a fim do não permitir que a maioria das pessoas continue pen

posta de 35 casas, que faz uma média

sando que vocês sãos uns avaren-

de vendas de 30 milhões de dólares

to.s, que só querem bisbilhotar sobre

por ano, o que representa um bri Trinta e quatro casas traba'havam com grande êxito. Uma delas; entretanto, apesar de tão bem localizada quanto as demais e

a vida alheia."

existo certa cadeia de empórios com

lhante negócio.

"Esta é a maneira como pensa a média das pessoas, meus senliores. E assim que quase todo mundo pen sa. Aquilo que para vocês parece tão simples, em sua terminologia es pecializada, é tão sòmente "grego" para o público em geral. Pois ê!e não possui telepatia. E' preciso que

vendendo as mesmas mercadorias, se

gundo o mesmo sistema, não conse

guia fazer coisa alguma. E sabem por que? É que o seu gerente, não obstante fôsse um bom sujeito, era

vocês o ensinem, de maneira .simples

um introvertido. Era um cidadão ho

e acessível, que um banqueiro tem o direito de saber porque êle quer o dinheiro, pois que o dinheiro que

contador, üm químico, um médico, um xnaquüiista ou um fazendeiro.

nesto, tal como um banqueiro, um

empresta não é dêle. O cidadão mé

Êsse homem de pouca prosa ficava

dio acredita que vocês estão empres

no fundo da loja. Êle fiscalizava tu

tando o dinheiro do seu bôlso.

Êle

geralmente não sabe que vocês são simplesmente os guardiães do di nheiro, cú melhor, da energia vital da sua comunidade."

"Assim, eu lhes recomendo que

do, a fim de bem conservar as mer

cadorias 6 os vá'ores que lhe estavam confiados. Controlava os cai.xeiros, a

fim de que élcs mantivessem perma nentemente as prateleiras em per feita ordem. Mas o seu concorrente


Dicxsto Econômico DiCES^rio

3 melhor maDeíra de estreitar as suas

relações conj a gigantesca indústria das <^nstruções civis. Como último orador da sessão, ouviram todos com grande

"Permitam-mc outro conselho: —

Os banqueiros .são como os sacerdo tes c os médicos. Aos sacerdotes nós

^'nhisiasmo uma palestra proferida por

confiamos o nosso espírito e a nossa alma. Aos médicos — minha profis

rnn jovem médico, Dr. George W. Cra-

são — nós confiamos a nossa saúde.

Além de médico, o Dr. Grane, que

Aos banqueiros nós confiamos a nos

possui mais 4 diplomas universitários,

sa vida. Afinal clc contas, todos sa

o filósofo, psicólogo, jornalista e comen

bem, o dinheiro c a própria vida, c

dador de rádio, sendo tão grande a sua

o sangue clc cada mn. Vocês podem

^pularidade que as suas crônicas e pa

ir à rua, o por 10 dólares podem

lestras costumam ser lidas e ouvidas

comprar um clia de vida de um tra

^àriamente em 10 milhões de lares ame

balhador. Êle lhes venderá por dez dólares 1 dia de sua vida produtiva."

ricanos.

Depois de apreciar as considerações rcitas pelos dois primeiros oradores do e de mostrar como é importante a

f. ^refa dos banqueiros na sociedade mo-

erna, o Dr. Grane ofereceu as seguin-

sugestões àquela plêiade de ban,Queirós do mais avançado centro fij^jDanceiro do mundo:

"O dinheiro que vocês recebem muito justamente lembrou, não é apenas papel ou metal. Pois como papel ou metal ele vale muito pouco. O que tem valor real é aquilo que ' êle simbòücamente representa. Êsse dinheiro representa a energia poupa da durante a existência

de inúmeras

pessoas.

lembrem:— Em suas re

Se o

lações com o público

suas caixas, se não o

conservarem

em

e em sua propaganda,

emprestarern para fi

não façam

nanciar as casas ou as

de suas

idéias um espelho dos seus próprios interêsses

outras necessidades - do

seu povo, vocês esta rão simplesmente con

e vaídades. Por exem

plo: — muitos bancos

trolando um ""campo de Pois estarão apri

fazem anúncios assim — "em ativi

concentração.

dade neste local há 94 anos!'; ou —

sionando

"celebramos o

não lhes permitindo sair para tra

nosso

centenário".

Vocês precisam lembrar que o públi

milhares

de

vicias

e

balhar."

co americano não está interessado em

"Vocês têm uma grande responsa

saber se vocês estão era atividade há 100 anos ou há mil anos. O público quer um empréstimo para constniir

bilidade perante o povo. Certamente,

a sua casa própria, e desde que vo cês são os emprestadores, é a vocês que o público procura. Assim, ofe reçam os seus serviços, em lugar de oferecer o seu prédio."

reunir mais dinheiro para expandir os

comecem a sua propaganda nas pró

seus empréstimos."

prias escolas."

"Como banqueiros, vocês são os

'Vocês não podem oferecer o seu

alicerces do comé-rcio, porque é o crédito que vocês oferecem que per mito aos homens de negócios, como .\Ir.. Levitt, conservar os negócios em andamento, aumentar o nível geral dos empregos, e fazer com que o go-

banco na estratosfera. Precisam des

os banqueiros são as pessoas de maior projeção na vida moderna. Como banqueiros, os seus principais pro blemas são: 1.°) fazer com que o povo venha buscar o seu dinheiro p^ra aplicá-lo convenientemente; e 2.°) atrair nossos dépositantes a'fim de

cer para o nível-intelectual dos seus

clientes. Deveriam explicar o seu negócio para ser entendido por um motorista, pois um motorista repre senta a média de cultura do homem

vcino possa arrecadar os seus im

americano.

postos."

tumam tratar com uma classe um

Certamente \'Ocês cos

isso nas escolas? Os escolares de sua

pouco mais alta. Todavia, quanto mais simples forem as suas explica

terra já sabem o c^ue é inn banco,

ções para o povo, tanto melhor."

"Vocês, por acaso, já ensinaram

em seus bancos, como Mr. Levitt

"Peço-lhes que se'

67

EcoNÓNnco

qual a função do banqueiro na so ciedade? Ê'es sabem, talvez, o que um banqueiro precisa conhecer, quando recebe alguóm que lhe faz um pedido de enipré*stimo? Pois bem, vocês

deveriam

ensinar-lhes

"Outra coisa a ressaltar é o se

guinte: — o elemento capaz de criar o sucesso de vocês, é a sua persona

lidade e a sua capacidade de exaltar o "ego" dos demais indivíduos. Da

rei um exemplo: —

Em Clúcago,

isso, a fim do não permitir que a maioria das pessoas continue pen

posta de 35 casas, que faz uma média

sando que vocês sãos uns avaren-

de vendas de 30 milhões de dólares

to.s, que só querem bisbilhotar sobre

por ano, o que representa um bri Trinta e quatro casas traba'havam com grande êxito. Uma delas; entretanto, apesar de tão bem localizada quanto as demais e

a vida alheia."

existo certa cadeia de empórios com

lhante negócio.

"Esta é a maneira como pensa a média das pessoas, meus senliores. E assim que quase todo mundo pen sa. Aquilo que para vocês parece tão simples, em sua terminologia es pecializada, é tão sòmente "grego" para o público em geral. Pois ê!e não possui telepatia. E' preciso que

vendendo as mesmas mercadorias, se

gundo o mesmo sistema, não conse

guia fazer coisa alguma. E sabem por que? É que o seu gerente, não obstante fôsse um bom sujeito, era

vocês o ensinem, de maneira .simples

um introvertido. Era um cidadão ho

e acessível, que um banqueiro tem o direito de saber porque êle quer o dinheiro, pois que o dinheiro que

contador, üm químico, um médico, um xnaquüiista ou um fazendeiro.

nesto, tal como um banqueiro, um

empresta não é dêle. O cidadão mé

Êsse homem de pouca prosa ficava

dio acredita que vocês estão empres

no fundo da loja. Êle fiscalizava tu

tando o dinheiro do seu bôlso.

Êle

geralmente não sabe que vocês são simplesmente os guardiães do di nheiro, cú melhor, da energia vital da sua comunidade."

"Assim, eu lhes recomendo que

do, a fim de bem conservar as mer

cadorias 6 os vá'ores que lhe estavam confiados. Controlava os cai.xeiros, a

fim de que élcs mantivessem perma nentemente as prateleiras em per feita ordem. Mas o seu concorrente


Dicesto EcoNóinco

68

"Procurem contrastar a atitude dc

<lo empório fronteiro não fazia o mes mo. Êste ficava na frente da loja,

um agente dc seguros com a atitu

obser\'ando a clientela em vez de

de de um caixa.

E encontrarão, tal

69

Dicesto EcoNÓNnco

.

procuram.

O seu ponto de vendas

pensando: — "Mas, afinal, quando entra

não c no departamento de propagan

remos no assunto da refonna bancária

brasileira?" Pois bem, eis o que tenho a dizer-lhe sobre a palpitante matéria,

«tbservar a papelada. Cumprimentava

vez, a mesma diferença que existe

5is pessoas, chamando-as pelos seus íespectivos nomes. Conhecia de cor.

da ou no departamento dc crédito, mas na. janela dos caixas. E' lá

entre o dia c a noite." "O caixa recebe a caderneta e o

que vocês se encontram com os .seus

que tanta discussão vem suscitando no

nosso Congresso, c entre os mais emi

os nomes de mais de 500 senhoras

da \'izinhança, de maneira que as re-

dinheiro. Êle nem ao menos pro fere um cumprimento se você não

clientes."

eebia assim: — bom dia Mrs. Al-

o cumprimentar primeiro.

E assim

bight, ou então, bom dia Mrs. Le-

mesmo, êle o fará .sêcamcnle, sem

vití.

um sorriso, sem sequer perguntar: —

E conhecia também os nomes

de quase tôdas as crianças dessas se nhoras. E mesmo que não se lem brasse, êle os cumprimentava com

como vai?, como vai o negócio?"

.simpatia e entusiasmo, de maneira a

zendo que eles estão com a sua

fazê-los Se sentir mais importantes.*'

atenção voltada para as operações de

"Eu acredito que vocês tenham uma defesa para os seus caixas, di somar, de subtrair,

"Um introvertido, como um químico, um engenheiro ou mesmo um banquei

de contar o dinhei

ro, ou dc registrar a caderneta.

E' ver

ro, poderia agora

dade que isto exige

interpelar-me:

atenção,

Você não preten de que eu desça «

ao salão para cum-

j

prímentar todos os

'

clientes?"

i

"Todavia, senhoras e senhores, tô-

,

,

.

manter uma super-

,

^

^l'

1

'

,

•.

atenção e de, ao mesmo tempo, exaltar o "ego", a im-

portáncia, a vaida-

de do seu freguês, porque é lá o pon to vital vendas."

vocês possam ofere

de

suas

"Vocês podem gastar milhões de

inteira

mente inoperantes '.se vocês não forem

^

'[ j

da a publicidade do

serão

um

super-vendedor deve ser capaz de

.

■í ,J

mundo, toda a efi ciência técnica que cer

mas

'

dólares

em

seus

ao encontyo do público, no local das

programas de redações públicas, Po

vendas."

dem dessa maneira atrair milhares de

"Vocês sabem onde é o local das

vendas em uma loja? E' no balcão.

Mas qual é o local das vendas em um banco?

E' na janela do caixa.

Vocês já estiveram algum dia obser vando a atitude dos caixas para com os clientes?"

clientes para o banco, enquanto os seus caixas os botam pela pcffta a fora. Pois é lá o seu ponto de ven

das. E' lá que vocês precisam per manecer, de vez em quando, fotogra fando as atitudes dos seus caixas pa

ra com os inúmeros clientes que os

"Os banqueiros dc\'eni ser bons vcndcdore.s. Em prineipio, o ban

queiro é um vendedor dc dinhei ro, um vendedor dc crédito, como lembrou muito accrladamentc Mr. Lovití. E um aslro-\cndcdor deve

estudar e conhecer as pessoas." "Quando vocês entram, pela ma nhã, e dizem a seu pessoal: — Bom

dia, como vamos?, procurem notar cojuo êles respondem. Alguns dirão apenas: — Bem, ou então O. K. Êstcs sãos os introvertidos. Veja se não ó sempre esta a resposta do seu con tador.

Mas

se

você

se

encontrar

com o seu recepcionista, ou com o

nentes banqueiros, juristas, associações de classe, comerciantes e industriais: — Del-mc ao trabalho de ler e estudar o

anteprojeto apresentado como primeira sugestão do Exmo. Sr. Ministro da Fa zenda ás classes interessadas, aos estu

diosos e profissionais. Fiz o mesmo com

o projeto apresentado ao Congresso de pois dos longos debates suscitados pelo primeiro. Apreciei o substitutno do eminente relator da Comissão de Indús tria e Comércio da Câmara Federal, e admirei a sua brilhante e.vposiçáo de mo tivos. Aprendi de sobejo na interessan

te exposição do Dr. Horacio Laffer, quando esse ilustre deputado apresentou i

seu encarregado de publicidade, ou das rchiçõcs pi'iblicas, êle certamen te lhe responderá: — Bem, obrigado,

o sou notável trabalho sôbre o assunto,

e o sr., como está?

ceu um 2.° substitutivo ao projeto em

bom?

Vai passando

Êstes serão os extrovertidos

e isto é muito bom."

"Quero lembrar-lhes, finalmente,

e, na qualidade de relator da Comissão de Finanças da mesma Camara, ofere andamento.

Ilustrei-me, ainda mais, com a análise trabalhosamente elaborada pelo Instituto

que o banqueiro observador e psicó logo é o que paga melhores dividen dos. O sucesso na vída é, pelo me

de Economia ,da Associação Comercial de São Paulo, criticando e comparando o ianteprojeto governamental e os 2

nos em 50 por cento, devido à habili

substitutivos citados.

dade psicológica e à capacidade de

lidar conv as pessoas e fazê-las se sentirem importantes. E lembremso mais do seguinte: — é fazendo ami gos que se fazem cs clientes, pois um inimigo só serve para nos, atra palhar.** H«

:K

Depois de passar os olhos por estas

Saciei-me a valer,

pela imprensa e pelo rádio, sobre êsse assunto transcendente para a vida eco nômica nacional. E cheguei, finalmen te, a uma conclusão: — lôdas as pro

postas e sugestões visando a elaboração da nova lei bancária são muito boas,

justas e oportunas. Os 3 modelos apre sentados para o estatuto legal são ex celentes. Qualquer dos três estaria mui

to bom para ser transformado em lei.

dezenas de .linhas, certamente o ilustre

Não acredito, entretanto, que qualquer

diretor do Digesto Econômico estaria

deles represente a almejada solução pa-


Dicesto EcoNóinco

68

"Procurem contrastar a atitude dc

<lo empório fronteiro não fazia o mes mo. Êste ficava na frente da loja,

um agente dc seguros com a atitu

obser\'ando a clientela em vez de

de de um caixa.

E encontrarão, tal

69

Dicesto EcoNÓNnco

.

procuram.

O seu ponto de vendas

pensando: — "Mas, afinal, quando entra

não c no departamento de propagan

remos no assunto da refonna bancária

brasileira?" Pois bem, eis o que tenho a dizer-lhe sobre a palpitante matéria,

«tbservar a papelada. Cumprimentava

vez, a mesma diferença que existe

5is pessoas, chamando-as pelos seus íespectivos nomes. Conhecia de cor.

da ou no departamento dc crédito, mas na. janela dos caixas. E' lá

entre o dia c a noite." "O caixa recebe a caderneta e o

que vocês se encontram com os .seus

que tanta discussão vem suscitando no

nosso Congresso, c entre os mais emi

os nomes de mais de 500 senhoras

da \'izinhança, de maneira que as re-

dinheiro. Êle nem ao menos pro fere um cumprimento se você não

clientes."

eebia assim: — bom dia Mrs. Al-

o cumprimentar primeiro.

E assim

bight, ou então, bom dia Mrs. Le-

mesmo, êle o fará .sêcamcnle, sem

vití.

um sorriso, sem sequer perguntar: —

E conhecia também os nomes

de quase tôdas as crianças dessas se nhoras. E mesmo que não se lem brasse, êle os cumprimentava com

como vai?, como vai o negócio?"

.simpatia e entusiasmo, de maneira a

zendo que eles estão com a sua

fazê-los Se sentir mais importantes.*'

atenção voltada para as operações de

"Eu acredito que vocês tenham uma defesa para os seus caixas, di somar, de subtrair,

"Um introvertido, como um químico, um engenheiro ou mesmo um banquei

de contar o dinhei

ro, ou dc registrar a caderneta.

E' ver

ro, poderia agora

dade que isto exige

interpelar-me:

atenção,

Você não preten de que eu desça «

ao salão para cum-

j

prímentar todos os

'

clientes?"

i

"Todavia, senhoras e senhores, tô-

,

,

.

manter uma super-

,

^

^l'

1

'

,

•.

atenção e de, ao mesmo tempo, exaltar o "ego", a im-

portáncia, a vaida-

de do seu freguês, porque é lá o pon to vital vendas."

vocês possam ofere

de

suas

"Vocês podem gastar milhões de

inteira

mente inoperantes '.se vocês não forem

^

'[ j

da a publicidade do

serão

um

super-vendedor deve ser capaz de

.

■í ,J

mundo, toda a efi ciência técnica que cer

mas

'

dólares

em

seus

ao encontyo do público, no local das

programas de redações públicas, Po

vendas."

dem dessa maneira atrair milhares de

"Vocês sabem onde é o local das

vendas em uma loja? E' no balcão.

Mas qual é o local das vendas em um banco?

E' na janela do caixa.

Vocês já estiveram algum dia obser vando a atitude dos caixas para com os clientes?"

clientes para o banco, enquanto os seus caixas os botam pela pcffta a fora. Pois é lá o seu ponto de ven

das. E' lá que vocês precisam per manecer, de vez em quando, fotogra fando as atitudes dos seus caixas pa

ra com os inúmeros clientes que os

"Os banqueiros dc\'eni ser bons vcndcdore.s. Em prineipio, o ban

queiro é um vendedor dc dinhei ro, um vendedor dc crédito, como lembrou muito accrladamentc Mr. Lovití. E um aslro-\cndcdor deve

estudar e conhecer as pessoas." "Quando vocês entram, pela ma nhã, e dizem a seu pessoal: — Bom

dia, como vamos?, procurem notar cojuo êles respondem. Alguns dirão apenas: — Bem, ou então O. K. Êstcs sãos os introvertidos. Veja se não ó sempre esta a resposta do seu con tador.

Mas

se

você

se

encontrar

com o seu recepcionista, ou com o

nentes banqueiros, juristas, associações de classe, comerciantes e industriais: — Del-mc ao trabalho de ler e estudar o

anteprojeto apresentado como primeira sugestão do Exmo. Sr. Ministro da Fa zenda ás classes interessadas, aos estu

diosos e profissionais. Fiz o mesmo com

o projeto apresentado ao Congresso de pois dos longos debates suscitados pelo primeiro. Apreciei o substitutno do eminente relator da Comissão de Indús tria e Comércio da Câmara Federal, e admirei a sua brilhante e.vposiçáo de mo tivos. Aprendi de sobejo na interessan

te exposição do Dr. Horacio Laffer, quando esse ilustre deputado apresentou i

seu encarregado de publicidade, ou das rchiçõcs pi'iblicas, êle certamen te lhe responderá: — Bem, obrigado,

o sou notável trabalho sôbre o assunto,

e o sr., como está?

ceu um 2.° substitutivo ao projeto em

bom?

Vai passando

Êstes serão os extrovertidos

e isto é muito bom."

"Quero lembrar-lhes, finalmente,

e, na qualidade de relator da Comissão de Finanças da mesma Camara, ofere andamento.

Ilustrei-me, ainda mais, com a análise trabalhosamente elaborada pelo Instituto

que o banqueiro observador e psicó logo é o que paga melhores dividen dos. O sucesso na vída é, pelo me

de Economia ,da Associação Comercial de São Paulo, criticando e comparando o ianteprojeto governamental e os 2

nos em 50 por cento, devido à habili

substitutivos citados.

dade psicológica e à capacidade de

lidar conv as pessoas e fazê-las se sentirem importantes. E lembremso mais do seguinte: — é fazendo ami gos que se fazem cs clientes, pois um inimigo só serve para nos, atra palhar.** H«

:K

Depois de passar os olhos por estas

Saciei-me a valer,

pela imprensa e pelo rádio, sobre êsse assunto transcendente para a vida eco nômica nacional. E cheguei, finalmen te, a uma conclusão: — lôdas as pro

postas e sugestões visando a elaboração da nova lei bancária são muito boas,

justas e oportunas. Os 3 modelos apre sentados para o estatuto legal são ex celentes. Qualquer dos três estaria mui

to bom para ser transformado em lei.

dezenas de .linhas, certamente o ilustre

Não acredito, entretanto, que qualquer

diretor do Digesto Econômico estaria

deles represente a almejada solução pa-


ttttt

70

Dicesto Ecokónoco D10K.STO EcoNóxnco

^ Os múltiplos problemas que afb-

tulos nas Dôlsas por 70, 350

gern a nossa economia e as nossas finan-

ou 700 cruzeiros.

O problema de crédito no Brasil me parece tão sòmente urn problc-

legislativo, assim como o nosso pro

blema político jamais se resolverá £om esta ou aque'a Constituição. N'ós vivemos nos iludindo com as so-

J|Ções fcrmalistas, vazadas em uma eru pção esliatosférica, acreditando etema"^ente que são as leis que fazem os ho"lens, quando são Os homens que fazem leis. As vetustas Constituições in8 tsa e norte-americana encerram ainda

mesmas linhas mestras que de

data continuam

a

presidir

^ ^ida política, jurídica e económica dêsses países de notável civiliInglêses e americanos, que são Os povos mais adiantados do mundo, bem

5

^^preendem o pouco que valem as con-

iias reformas legislativas, quando não

seguidas de um programa prático de por parte dos governos, das auto

ridades, ou dos líderes da vida social do país.

Em vez de ficarmos debatendo eterna mente qual o projeto de reforma ban

cária capaz de pôr cobro aos lastimá veis problemas que afligem a nossa eco

nomia, melhor seria que banqueiros, juristas, políticos, jornalistas, industriais' comerciantes ou profissionais se orga nizassem para dizer ao Govêmo peque nas miudezas como estas: —

1) — Quando você precisa do di

ÍK '

nesto?

Isso é ho

Isso está certo?

Pois

Parodiando o Dr. Grane, eu diria, fi

nalmente, que o que falta às nossas fi

mais comprar os seus títulos.

entesourando, naturalmente re

nanças não é estatuto legal, mas sim uma

Mas se voco quiser mostrar-se

ceosa de uma no\a desvalori

grande dose de psicologia e de habilida

um devedor honesto, a solução

zação da moeda, colocaria ime

é simples.

diatamente o seu dinheiro em

é por isso que o povo não quer

seu banco oficial mantenha o

movimento, reativando-sc a sua

valor nominal dos seus títu

circulação, c outra vez a caixa

de nas relações com a grande massa da população. O Govêmo agiria 5.000 por cento me lhor SC, em vez de desperdiçar tanto

los nas Bôlsas, comprando sem

dos bancos e instituições fi

tempo, SC limitasse a constituir imediata

pre que a tendência dos pre

nanceiras SC veriam abasteci

mente o nosso Banco Central, e entregas

se a sua administração a um grupo de homens inteligentes, devotados ao inle-

Faça com que o

Isto

das de numerário fugaz, sem qualquer necessidade do novas emissões. Portanto, em lugar

que os eruditos chamam de

de emitir o papel que já temos

pouco de psicologia,na política financei

"open market policy" nada tem

demais, emitam conceitos inte

de comp'icado e difícil.

ra nacional. E os bancos prestariam mais serviço se adotassem um largo pro

ços seja para a bai.xa e venden do sempre que a tendência dos preços seja para a alta.

rêsse púb'ico e capazes de introduzir um

honestos do mundo. E só as

ligentes, dêem entrevistas oti mistas, procurem fazer um lar go movimento de opinião pú

sim estaremos dispostos a dizer

blica visando impedir o ente-

tada com a comunidade a que seivem. Dessa forma, todos lucraríamos mais e

ao povo para lhe emprestar O

souramento nefasto à economia nacional.

imenso Brasil.

As

sim fazem todos os governos

seu dinheiro, comprando sem pre os seus títulos.

grama de relações, cooperação e boa vonpagaríamos melliores di%'idendos a este

2) — Foi muito louvável a sua re

solução de suspender as emis sões de papel-moeda, a fim de combater a inflação. Mas, des

de o momento em que a conse qüente paralisação do crédito à produção começa a causar graves prejuízos à economia

ÍTT YT1

nacional, c justo que você procure sanar esse mal.

E,

para isso, em lugar de emitir dinheiro quase às escondidas e logo recolher êsse dinheiro

e lhe vende títulos no valor de 100, 500 ou 1.000 cruzeiros.

você deveria obrigar os seus

com receio da opinião pública,

Mas quando ôle precisa rece

altos funcionários a daç am

ber o seu dinheiro de volta,

plas entr evistas, declarando que

para comprar uma casa, para

serão

feitas

tantas

emissões

Segwulo quadro demonstrativo organizado pela Caixa de Atnorti^ção, o valor

quantas necessárias para socor rer a produção nacional, que

do nosso papel-moeda cm circulação em 31 de ■janeiro último era de Cf?

está sèriamente embaraçada por

O valor do papel-moeda em curso a 31 de dezeirwro de 1.94o era ae .CfÇ 21.692.976.129.50, havendo portanto uma diferença para menos de Cr§.... ..

21.537.417.434,50. 155.558.695,00

t

As

sim, a população que estivesse

nheiro do povo, você vai a êle

instalar uma oficina, ou para encaminhar o seu filho, vopê lhe. diz para ir vender êsses ti-

falta de financiamento.

,

.

j

o »•


ttttt

70

Dicesto Ecokónoco D10K.STO EcoNóxnco

^ Os múltiplos problemas que afb-

tulos nas Dôlsas por 70, 350

gern a nossa economia e as nossas finan-

ou 700 cruzeiros.

O problema de crédito no Brasil me parece tão sòmente urn problc-

legislativo, assim como o nosso pro

blema político jamais se resolverá £om esta ou aque'a Constituição. N'ós vivemos nos iludindo com as so-

J|Ções fcrmalistas, vazadas em uma eru pção esliatosférica, acreditando etema"^ente que são as leis que fazem os ho"lens, quando são Os homens que fazem leis. As vetustas Constituições in8 tsa e norte-americana encerram ainda

mesmas linhas mestras que de

data continuam

a

presidir

^ ^ida política, jurídica e económica dêsses países de notável civiliInglêses e americanos, que são Os povos mais adiantados do mundo, bem

5

^^preendem o pouco que valem as con-

iias reformas legislativas, quando não

seguidas de um programa prático de por parte dos governos, das auto

ridades, ou dos líderes da vida social do país.

Em vez de ficarmos debatendo eterna mente qual o projeto de reforma ban

cária capaz de pôr cobro aos lastimá veis problemas que afligem a nossa eco

nomia, melhor seria que banqueiros, juristas, políticos, jornalistas, industriais' comerciantes ou profissionais se orga nizassem para dizer ao Govêmo peque nas miudezas como estas: —

1) — Quando você precisa do di

ÍK '

nesto?

Isso é ho

Isso está certo?

Pois

Parodiando o Dr. Grane, eu diria, fi

nalmente, que o que falta às nossas fi

mais comprar os seus títulos.

entesourando, naturalmente re

nanças não é estatuto legal, mas sim uma

Mas se voco quiser mostrar-se

ceosa de uma no\a desvalori

grande dose de psicologia e de habilida

um devedor honesto, a solução

zação da moeda, colocaria ime

é simples.

diatamente o seu dinheiro em

é por isso que o povo não quer

seu banco oficial mantenha o

movimento, reativando-sc a sua

valor nominal dos seus títu

circulação, c outra vez a caixa

de nas relações com a grande massa da população. O Govêmo agiria 5.000 por cento me lhor SC, em vez de desperdiçar tanto

los nas Bôlsas, comprando sem

dos bancos e instituições fi

tempo, SC limitasse a constituir imediata

pre que a tendência dos pre

nanceiras SC veriam abasteci

mente o nosso Banco Central, e entregas

se a sua administração a um grupo de homens inteligentes, devotados ao inle-

Faça com que o

Isto

das de numerário fugaz, sem qualquer necessidade do novas emissões. Portanto, em lugar

que os eruditos chamam de

de emitir o papel que já temos

pouco de psicologia,na política financei

"open market policy" nada tem

demais, emitam conceitos inte

de comp'icado e difícil.

ra nacional. E os bancos prestariam mais serviço se adotassem um largo pro

ços seja para a bai.xa e venden do sempre que a tendência dos preços seja para a alta.

rêsse púb'ico e capazes de introduzir um

honestos do mundo. E só as

ligentes, dêem entrevistas oti mistas, procurem fazer um lar go movimento de opinião pú

sim estaremos dispostos a dizer

blica visando impedir o ente-

tada com a comunidade a que seivem. Dessa forma, todos lucraríamos mais e

ao povo para lhe emprestar O

souramento nefasto à economia nacional.

imenso Brasil.

As

sim fazem todos os governos

seu dinheiro, comprando sem pre os seus títulos.

grama de relações, cooperação e boa vonpagaríamos melliores di%'idendos a este

2) — Foi muito louvável a sua re

solução de suspender as emis sões de papel-moeda, a fim de combater a inflação. Mas, des

de o momento em que a conse qüente paralisação do crédito à produção começa a causar graves prejuízos à economia

ÍTT YT1

nacional, c justo que você procure sanar esse mal.

E,

para isso, em lugar de emitir dinheiro quase às escondidas e logo recolher êsse dinheiro

e lhe vende títulos no valor de 100, 500 ou 1.000 cruzeiros.

você deveria obrigar os seus

com receio da opinião pública,

Mas quando ôle precisa rece

altos funcionários a daç am

ber o seu dinheiro de volta,

plas entr evistas, declarando que

para comprar uma casa, para

serão

feitas

tantas

emissões

Segwulo quadro demonstrativo organizado pela Caixa de Atnorti^ção, o valor

quantas necessárias para socor rer a produção nacional, que

do nosso papel-moeda cm circulação em 31 de ■janeiro último era de Cf?

está sèriamente embaraçada por

O valor do papel-moeda em curso a 31 de dezeirwro de 1.94o era ae .CfÇ 21.692.976.129.50, havendo portanto uma diferença para menos de Cr§.... ..

21.537.417.434,50. 155.558.695,00

t

As

sim, a população que estivesse

nheiro do povo, você vai a êle

instalar uma oficina, ou para encaminhar o seu filho, vopê lhe. diz para ir vender êsses ti-

falta de financiamento.

,

.

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o »•


Digesto Econômico

rem, todos esses autores atribuírem ao

impôsto uma função de prcço, divergem

'IVnvílíís n

VP !]n

Assim, enquanto Proudhon afirma que

Natnreza da obrigação do impòNlo

José Luís de Aenieida Nogueira Porto

1. Grandes polêmicas têm travado

maioria contempla a sociedade e o Es

imposto. Postos diante do fato tribu

tado, não como uma unidade, não este

tário, indagam-se por que motivo deve o cidadão entregar ao Estado uma par

como e.xpressão política daquela, mas sim como duas forças em oposição, a se

cela de seus bens e cada um encontra

dig'adiarem.

para e.xplicar essa obrigação uma res

do Estado, em suas relações com o ci

dadão isolado, contribui para que llie

que repugna a muitos outros.

seja atribuída uma e.xistència autônoma,

alheia ã vida da coletividade que dirige c oprime.

Daí os reclamos freqüentemente ouvi

finanças, cujos conceitos, ainda incon

dos dos contribuintes, de que os impos

sistentes, davam margem às mais diversas

tos que pagam estão em desproporção

concepções.

com os serviços que recebem.

2. A primeira interpretação dos fi nancistas, ainda sob a influência do

"Contrato Social" de Rousseau, que, por sua dialética sedutora e original, deu ori

gem a tantas doutrinas na ordem social, foi a de que o impôsto representava a contraprestação pag^ cidadão ao

4. Montesquieu é tido como o pre cursor dessa teoria ao definir o impôs to, dizendo: "Pimpôt est une portion que cliaque citoyen donne de sen bien pour avoir Ia süreté de Tautre ou pour en jouir plus agréablement" (1). A concepção contratual do impôsto,

Estado em troca dos serviços dêlo recebi

porém, segundo Laufenburger (2), re

dos. E' a teoria contratual. Se o Estado resulta áS um acordo de vontade entre os homens, tàcllamente

monta aos romanos que, por tal modo justificavam os impostos territoriais. Ès-

tes eram considerados como a contrapres

aceito, para o fim de proteção mútua, é natural que cada um renuncie a uma par

concedendo terras aos membros da co

cela de sua liberdade e de seus bens pa

letividade.

ra que possa subsistir o organismo assim

5. Hugon (3) cita grande número de autores que atribuem ao impôsto

criado. Daí o dever de cada cidadão

tação dos serviços prestados pelo Estado,

de pagar impostos como conseqüência

um caráter contratual, transcrevendo as

dêsse contrato.

respectivas definições. Dentre elas, as

3. E' interessante notar que a teoria

1

A pcrsonaliclade jurídica

posta que lhe parece satisfatória, mas

ríodo ainda de formação da ciência das

I

ti\'a, c resulta do angulo pelo qual a

os financistas em tomo da natureza do

Essas divergências de opinião tive^ ram especial relevo no século XIX, pe

sobro o objeto do pagamento, ou me lhor, sobre a coisa comprada.

mais características, além da de Mon

contratual é a que melhor corresponde

tesquieu, são as de Thíers, Mirabeau,

^0 sentimento e ao raciocínio do cidadão

Proudhon, Mac Culloch, Sisxnondi, Le-

comum. Ela é, por assim dizer, instin-

rcy-Beaulieu e Menier. Não obstante, po

o impôsto é uma troca — dizendo: "de niême que, pour cerlaincs utlliíes, réchange se fait de per.sonne à pcrsonne,

primeiro grupo, afirma que a conse

qüência dessa idéia é a de que cada contribuinte deverá pagar ao Estado,

em proporção aos serviços que dele recebe; o que, na prática, resultaria na multiplicação das taxas, que represen

tam o preço dêsses ser\'íços prestados. Tudo quanto comporte uma utilização in

de memc, pour ccrtaincs autres utilités, récbange ne peut se fairc que de particu'iers à une personne colleli\'e qui

dividual, como a instrução pública, a saú

a nem: TEtat" (4) — outros, como Gi-

as despesas absolutamente indivisíveis,

rordin, vêem no impôsto um prêmio de seguro pago pelos membros da coleti

de púVica, o uso de estradas etc., deverá ser objeto de cobrança de taxas, reservando-se as contribuições gerais apenas para

como as de defesa nacional, congresso, administração e polí

vidade ao Estado; e

cia.

Quanto à segunda concepção, a do con

outros, ainda, como Menier (5) e Bro-

glie

.,

interpretam-no

..

trato de seguro, teria

como conseqüência o

como sendo o resul tado do contrato de

sociedade,

o

paga

mento que cada um faz para atender às despesas gerais da co letividade, tal como se

'

:\

pagamento, pelo con

' "é

tribuinte, de um prê

L!

f

mio, isto

•l i*-'!! (', ■ i-- -VV.-»

esta fosse uma socie

dade por ações.

T

7

'

elevado quanto mais valiosos fossem os

-

a renda.

posto tem uma natu

V

reza contratual permi

tem que se os classifique em três grupos: o) os que consideram o impôsto uma contraprestação de serviço; b) os que o interpretam como um prêmio de seguro;

Muitos autores, e

entre êles Laufenburger, criam_ co^usão entre êsses dois grupos, por nao distmdo de guireiu bem utsm ou conceito de _ seguro w garantia. Assim é que Loc e

.t ,1 ........ Ala c) os que_ entendem que êle resulta

_ r •• r>tfnflos como parti são freqüentemente citados como parti

de um contrato de sociedade.

dários da corrente que sustenta ser o im

concepções

4

Estado. Daí a ideia da impostos proporcio nais sôbre o capital e

entendem que o im

6. Dessas

l

bens segurados pelo

Essas nuanças de

interpretação dos que

é, de um

impôsto tanto mais

' ,' ■' ■

diferentes

quanto à natureza do contrato de que resulta o impôsto, decorrem também conseqüências diferentes quanto ao pro cesso de imposição e o conceito de jus tiça fiscal.

Assim é que Allix (6), analisando o

pôsto «m prêmio de seguro, quando na

verdade entendem que êle representa a

contraprestação do serviço de garanba prestado pelo Estado. Basta ver este conceito de Locke: "anyone whe en-

joys his share of the protection, should


Digesto Econômico

rem, todos esses autores atribuírem ao

impôsto uma função de prcço, divergem

'IVnvílíís n

VP !]n

Assim, enquanto Proudhon afirma que

Natnreza da obrigação do impòNlo

José Luís de Aenieida Nogueira Porto

1. Grandes polêmicas têm travado

maioria contempla a sociedade e o Es

imposto. Postos diante do fato tribu

tado, não como uma unidade, não este

tário, indagam-se por que motivo deve o cidadão entregar ao Estado uma par

como e.xpressão política daquela, mas sim como duas forças em oposição, a se

cela de seus bens e cada um encontra

dig'adiarem.

para e.xplicar essa obrigação uma res

do Estado, em suas relações com o ci

dadão isolado, contribui para que llie

que repugna a muitos outros.

seja atribuída uma e.xistència autônoma,

alheia ã vida da coletividade que dirige c oprime.

Daí os reclamos freqüentemente ouvi

finanças, cujos conceitos, ainda incon

dos dos contribuintes, de que os impos

sistentes, davam margem às mais diversas

tos que pagam estão em desproporção

concepções.

com os serviços que recebem.

2. A primeira interpretação dos fi nancistas, ainda sob a influência do

"Contrato Social" de Rousseau, que, por sua dialética sedutora e original, deu ori

gem a tantas doutrinas na ordem social, foi a de que o impôsto representava a contraprestação pag^ cidadão ao

4. Montesquieu é tido como o pre cursor dessa teoria ao definir o impôs to, dizendo: "Pimpôt est une portion que cliaque citoyen donne de sen bien pour avoir Ia süreté de Tautre ou pour en jouir plus agréablement" (1). A concepção contratual do impôsto,

Estado em troca dos serviços dêlo recebi

porém, segundo Laufenburger (2), re

dos. E' a teoria contratual. Se o Estado resulta áS um acordo de vontade entre os homens, tàcllamente

monta aos romanos que, por tal modo justificavam os impostos territoriais. Ès-

tes eram considerados como a contrapres

aceito, para o fim de proteção mútua, é natural que cada um renuncie a uma par

concedendo terras aos membros da co

cela de sua liberdade e de seus bens pa

letividade.

ra que possa subsistir o organismo assim

5. Hugon (3) cita grande número de autores que atribuem ao impôsto

criado. Daí o dever de cada cidadão

tação dos serviços prestados pelo Estado,

de pagar impostos como conseqüência

um caráter contratual, transcrevendo as

dêsse contrato.

respectivas definições. Dentre elas, as

3. E' interessante notar que a teoria

1

A pcrsonaliclade jurídica

posta que lhe parece satisfatória, mas

ríodo ainda de formação da ciência das

I

ti\'a, c resulta do angulo pelo qual a

os financistas em tomo da natureza do

Essas divergências de opinião tive^ ram especial relevo no século XIX, pe

sobro o objeto do pagamento, ou me lhor, sobre a coisa comprada.

mais características, além da de Mon

contratual é a que melhor corresponde

tesquieu, são as de Thíers, Mirabeau,

^0 sentimento e ao raciocínio do cidadão

Proudhon, Mac Culloch, Sisxnondi, Le-

comum. Ela é, por assim dizer, instin-

rcy-Beaulieu e Menier. Não obstante, po

o impôsto é uma troca — dizendo: "de niême que, pour cerlaincs utlliíes, réchange se fait de per.sonne à pcrsonne,

primeiro grupo, afirma que a conse

qüência dessa idéia é a de que cada contribuinte deverá pagar ao Estado,

em proporção aos serviços que dele recebe; o que, na prática, resultaria na multiplicação das taxas, que represen

tam o preço dêsses ser\'íços prestados. Tudo quanto comporte uma utilização in

de memc, pour ccrtaincs autres utilités, récbange ne peut se fairc que de particu'iers à une personne colleli\'e qui

dividual, como a instrução pública, a saú

a nem: TEtat" (4) — outros, como Gi-

as despesas absolutamente indivisíveis,

rordin, vêem no impôsto um prêmio de seguro pago pelos membros da coleti

de púVica, o uso de estradas etc., deverá ser objeto de cobrança de taxas, reservando-se as contribuições gerais apenas para

como as de defesa nacional, congresso, administração e polí

vidade ao Estado; e

cia.

Quanto à segunda concepção, a do con

outros, ainda, como Menier (5) e Bro-

glie

.,

interpretam-no

..

trato de seguro, teria

como conseqüência o

como sendo o resul tado do contrato de

sociedade,

o

paga

mento que cada um faz para atender às despesas gerais da co letividade, tal como se

'

:\

pagamento, pelo con

' "é

tribuinte, de um prê

L!

f

mio, isto

•l i*-'!! (', ■ i-- -VV.-»

esta fosse uma socie

dade por ações.

T

7

'

elevado quanto mais valiosos fossem os

-

a renda.

posto tem uma natu

V

reza contratual permi

tem que se os classifique em três grupos: o) os que consideram o impôsto uma contraprestação de serviço; b) os que o interpretam como um prêmio de seguro;

Muitos autores, e

entre êles Laufenburger, criam_ co^usão entre êsses dois grupos, por nao distmdo de guireiu bem utsm ou conceito de _ seguro w garantia. Assim é que Loc e

.t ,1 ........ Ala c) os que_ entendem que êle resulta

_ r •• r>tfnflos como parti são freqüentemente citados como parti

de um contrato de sociedade.

dários da corrente que sustenta ser o im

concepções

4

Estado. Daí a ideia da impostos proporcio nais sôbre o capital e

entendem que o im

6. Dessas

l

bens segurados pelo

Essas nuanças de

interpretação dos que

é, de um

impôsto tanto mais

' ,' ■' ■

diferentes

quanto à natureza do contrato de que resulta o impôsto, decorrem também conseqüências diferentes quanto ao pro cesso de imposição e o conceito de jus tiça fiscal.

Assim é que Allix (6), analisando o

pôsto «m prêmio de seguro, quando na

verdade entendem que êle representa a

contraprestação do serviço de garanba prestado pelo Estado. Basta ver este conceito de Locke: "anyone whe en-

joys his share of the protection, should


\

I

-íKET

INCESTO' EÍCONÔMIcO

74

DicESTO Eco^r6^^co

pay out of his estate the proportion for the maintenance of it .

Finalmente, os que consideram o im-

pôsto como resultante de um contrato de sociedade, tendem a interpretar a co

letividade como um todo organizado pa ra a produção. As- despesas dessa pro dução, ou são individuais — e nesse

caso suportadas por cada um isolada mente — ou SM coletivas, despesas ge rais indispensáveis à marcha da produ ção, como a segurança púb'iea, a ga

de, se o fmpôsto é compulsório? Acaso pode o cidadão reminciar ao direito A segurança que o Estado 'he oferece e, em con.seqüência, dci.\ar da pagar o

te, a Indenização no caso de perda do bem segurado. Ora, o Estado cm caso

paga a dívida. Por outro lado, a refu-

9. A teoria contratiudista do pri meiro grupo é sem dúvida admissível com relação ãs taxas, pois que, nesse

dúvida, garantia, mas sc, não obstante

tação de Allix não atinge a teoria que

essa garantia, sobrevier a perda do bem,

considera o impôsto como resulhxnte de

o Estado não indeniza seu possuidor.

um contraio de sociedade.

caso, cml)ora o contribuinte , isolado não

Não há, portanto, o contrato de seguro

possa debater livremente com o Estado

que justifique o impô.sto.

o preço dos serviços rjuc dèlc rece

be, pode, contudo, utilizar-se ou não

vida de que a teoria contratualista, em suas várias nuanças, não resiste a uma

crítica me.smo perfunctória.

glie não encontra correspondência na realidade, c isso porque o Estado não é o nem se assemelha a uma sociedade por

* * *

7. Convenhamos que nenhuma des sas correntes oferece uma interpretação convincente da natureza do impôsto

viços de ordem geral, cujo custo é co berto pelo impôsto.

Por outro lado, como explicar, pe^a

mesmo indiretamente. Todos os serviços

do amparar ao pobre e ao enfêrmo, por

reitos aduaneiros, por e.xcmplo?

exemplo, estão nes.sa categoria. E.ssa última teoria, porém, ó a que mais se apro.xima da realidade, Seu

A fi

despesas coletivas; não há pagamento

do serviço algum. E' c'aro que o Es.tado arrecada renda dô.sses impostos, não é êsse seu objetivo precípuo. pensamento financeiro, deixando alguns mas Além disso, os fatos contrariam essa vestígios longínquos na legislação. As flagrantemente. Se o impôsto sim é que vemos, ainda hoje, em nosso éteoria uma contraprestação do serviço pres impôsto do selo, uma variação de acor tado, quanto maiores fòssdm esses servi do com a importância do ato tributado ços, mais elevado de\'eria ser o impôsto. decorrente da garantia que o Estado ofe na prática, verifica-se justamente o rece à sua execução. Pelo sêlo propor Ora, contrário: as classes pobres são as que cional, tributa o Estado o ato jurídico menos impostos pagam e, entretanto,

De resto, hoje não encontram mais par

na proporção do interesse que êle ofe

preenche muitos fins estranhos a ês.se objetivo e que a ô!e não se referem,

teoria contratual, os impostos de finali

tidários. Perderam-se na evolução do

rece para o contribuinte. Isso, porém,

ações organizada para a produçrio., Êle

dades econômicas ou sociais, como os di nalidade, nesse caso, não é atender ãs

são justamente as que mais se benefi

Consideradas as relações entre

11. Do mesmo modo, a engenhosa

desses .serviços, como se sc tratasse de

porém, não existe em relação aos ser

13.

cada cidadão e o Estado, não há dú

teoria de Mcnicr e do Duque de Bro-

um contrato de adesão. Tal faculdade,

de um impôsto único sôbre o capital.

tamente, se refletem sôbre a geração que

impôsto? Ciar.-) <pio não.

nicação.

ser suportadas por todos, na propor ção do hilerèsse de cada um na pro dução, isto é, na proporção de seu ca pital. Daí, como conseqüência, a idéia

passadas, não há dúxrida de que, indire

algum cobre tal risco. Oferece, sem

rantia da propriedade, as vias de comu Essas despesas gerais devem

75

único êrro foi considerar o Es

tado um organismo de fins pu ramente econômicos e compa rá-lo a uma empresa comercial,

quando seria mais fácil e mais exato compará-lo a itma fa

mília, cujos objetivos, a^ém de econômicos, são também mo

rais, sociais e biológicos. 12. Allix, refutando em conjunto tôdas as teorias contratuais, lembra que uma parte considerável dos impostos é devida sem que o Estado forneça ser

Mas,, se

considerarmos as relações de toda a co letividade de um lado e o Estado de ou tro? Nesse caso, a maioria das críticas cairia por terra.

Todo impôsto arrecadado deve des tinar-se à cobertura de alguma despesa coletiva e, portanto, a coletix-idade, em seu conjimto, estaria pagando, através do impôsto. o preço do serviço recebido do Estado. O processo da repartição do encargo entre os membros da coletixidade já seria outro

problema diferente, mas poderia subsistir o conceito contratual

de preço, sendo êste o total pago pela coletividade ao Es tado, em troca dos serxàços recebidos.

Celestino Arena (7) embora não se detenha sôbre êsse aspecto e venha a adotar a teoria da capacidade contributiva, admite que a teoria contra

tual, considerada sob êsse angulo, sena

são simples vestígios de tendências pas

ciam com a ação do Estado, pelo am paro que dêle recebem. E todos sentem

sadas.

que 6 justo que assim seja.

consagrada à amortização da dívida pú

10. Foi, aliás, êsse argumento que fez os financistas do século passado evo luírem para a teoria do contrato de se

corresponda à contraprestação do im pôsto, este não pode ter uma natureza

blici indivisibili, cosa che corrisponde a

guro.

Não foram, porém, mais felizes

contratual de preço. Êsse argumento,

cui Pinsieme delle imposte è tutto spe-

de que os outros em sua interpr.etação,

porém, não é dos mais fe'izes, pois a dívida pública foi contraída iustamente para a prestação de serviços de interês-

8. As teorias contratuais, em seu con

junto, e os diversos ramos em que se dividem, não resistem a uma análise mes mo superficial.

Em seu conjunto, pode-se dizer que o contrato pressupõe um livre acordo de

vontades. Onde, porém, essa liberda

pois que o contrato de seguro pressupõe a cobertura do risco e, conseqüentemen. .rí.;« 'wíi

viço algum em troca: a saber, a parte

blica.

Não havendo serviço algum que

aceitável: "non solo si è detto che !m-

sieme delle imposte cònstituisce il prezzo complessivo deirhwiem^ áei servizi pubveritá, almeno nello Stato moderno, in

so per fini di utilità genera^e .

Realmente, «ssa teoria parece muito

se coletivo e, mesmo que tais serviços

próxima da realidade e fica imune ante as críticas que geralmente se dirigem

beneficiassem diretamente as gerações

às teorias contratualistas.

Seu erro só


\

I

-íKET

INCESTO' EÍCONÔMIcO

74

DicESTO Eco^r6^^co

pay out of his estate the proportion for the maintenance of it .

Finalmente, os que consideram o im-

pôsto como resultante de um contrato de sociedade, tendem a interpretar a co

letividade como um todo organizado pa ra a produção. As- despesas dessa pro dução, ou são individuais — e nesse

caso suportadas por cada um isolada mente — ou SM coletivas, despesas ge rais indispensáveis à marcha da produ ção, como a segurança púb'iea, a ga

de, se o fmpôsto é compulsório? Acaso pode o cidadão reminciar ao direito A segurança que o Estado 'he oferece e, em con.seqüência, dci.\ar da pagar o

te, a Indenização no caso de perda do bem segurado. Ora, o Estado cm caso

paga a dívida. Por outro lado, a refu-

9. A teoria contratiudista do pri meiro grupo é sem dúvida admissível com relação ãs taxas, pois que, nesse

dúvida, garantia, mas sc, não obstante

tação de Allix não atinge a teoria que

essa garantia, sobrevier a perda do bem,

considera o impôsto como resulhxnte de

o Estado não indeniza seu possuidor.

um contraio de sociedade.

caso, cml)ora o contribuinte , isolado não

Não há, portanto, o contrato de seguro

possa debater livremente com o Estado

que justifique o impô.sto.

o preço dos serviços rjuc dèlc rece

be, pode, contudo, utilizar-se ou não

vida de que a teoria contratualista, em suas várias nuanças, não resiste a uma

crítica me.smo perfunctória.

glie não encontra correspondência na realidade, c isso porque o Estado não é o nem se assemelha a uma sociedade por

* * *

7. Convenhamos que nenhuma des sas correntes oferece uma interpretação convincente da natureza do impôsto

viços de ordem geral, cujo custo é co berto pelo impôsto.

Por outro lado, como explicar, pe^a

mesmo indiretamente. Todos os serviços

do amparar ao pobre e ao enfêrmo, por

reitos aduaneiros, por e.xcmplo?

exemplo, estão nes.sa categoria. E.ssa última teoria, porém, ó a que mais se apro.xima da realidade, Seu

A fi

despesas coletivas; não há pagamento

do serviço algum. E' c'aro que o Es.tado arrecada renda dô.sses impostos, não é êsse seu objetivo precípuo. pensamento financeiro, deixando alguns mas Além disso, os fatos contrariam essa vestígios longínquos na legislação. As flagrantemente. Se o impôsto sim é que vemos, ainda hoje, em nosso éteoria uma contraprestação do serviço pres impôsto do selo, uma variação de acor tado, quanto maiores fòssdm esses servi do com a importância do ato tributado ços, mais elevado de\'eria ser o impôsto. decorrente da garantia que o Estado ofe na prática, verifica-se justamente o rece à sua execução. Pelo sêlo propor Ora, contrário: as classes pobres são as que cional, tributa o Estado o ato jurídico menos impostos pagam e, entretanto,

De resto, hoje não encontram mais par

na proporção do interesse que êle ofe

preenche muitos fins estranhos a ês.se objetivo e que a ô!e não se referem,

teoria contratual, os impostos de finali

tidários. Perderam-se na evolução do

rece para o contribuinte. Isso, porém,

ações organizada para a produçrio., Êle

dades econômicas ou sociais, como os di nalidade, nesse caso, não é atender ãs

são justamente as que mais se benefi

Consideradas as relações entre

11. Do mesmo modo, a engenhosa

desses .serviços, como se sc tratasse de

porém, não existe em relação aos ser

13.

cada cidadão e o Estado, não há dú

teoria de Mcnicr e do Duque de Bro-

um contrato de adesão. Tal faculdade,

de um impôsto único sôbre o capital.

tamente, se refletem sôbre a geração que

impôsto? Ciar.-) <pio não.

nicação.

ser suportadas por todos, na propor ção do hilerèsse de cada um na pro dução, isto é, na proporção de seu ca pital. Daí, como conseqüência, a idéia

passadas, não há dúxrida de que, indire

algum cobre tal risco. Oferece, sem

rantia da propriedade, as vias de comu Essas despesas gerais devem

75

único êrro foi considerar o Es

tado um organismo de fins pu ramente econômicos e compa rá-lo a uma empresa comercial,

quando seria mais fácil e mais exato compará-lo a itma fa

mília, cujos objetivos, a^ém de econômicos, são também mo

rais, sociais e biológicos. 12. Allix, refutando em conjunto tôdas as teorias contratuais, lembra que uma parte considerável dos impostos é devida sem que o Estado forneça ser

Mas,, se

considerarmos as relações de toda a co letividade de um lado e o Estado de ou tro? Nesse caso, a maioria das críticas cairia por terra.

Todo impôsto arrecadado deve des tinar-se à cobertura de alguma despesa coletiva e, portanto, a coletix-idade, em seu conjimto, estaria pagando, através do impôsto. o preço do serviço recebido do Estado. O processo da repartição do encargo entre os membros da coletixidade já seria outro

problema diferente, mas poderia subsistir o conceito contratual

de preço, sendo êste o total pago pela coletividade ao Es tado, em troca dos serxàços recebidos.

Celestino Arena (7) embora não se detenha sôbre êsse aspecto e venha a adotar a teoria da capacidade contributiva, admite que a teoria contra

tual, considerada sob êsse angulo, sena

são simples vestígios de tendências pas

ciam com a ação do Estado, pelo am paro que dêle recebem. E todos sentem

sadas.

que 6 justo que assim seja.

consagrada à amortização da dívida pú

10. Foi, aliás, êsse argumento que fez os financistas do século passado evo luírem para a teoria do contrato de se

corresponda à contraprestação do im pôsto, este não pode ter uma natureza

blici indivisibili, cosa che corrisponde a

guro.

Não foram, porém, mais felizes

contratual de preço. Êsse argumento,

cui Pinsieme delle imposte è tutto spe-

de que os outros em sua interpr.etação,

porém, não é dos mais fe'izes, pois a dívida pública foi contraída iustamente para a prestação de serviços de interês-

8. As teorias contratuais, em seu con

junto, e os diversos ramos em que se dividem, não resistem a uma análise mes mo superficial.

Em seu conjunto, pode-se dizer que o contrato pressupõe um livre acordo de

vontades. Onde, porém, essa liberda

pois que o contrato de seguro pressupõe a cobertura do risco e, conseqüentemen. .rí.;« 'wíi

viço algum em troca: a saber, a parte

blica.

Não havendo serviço algum que

aceitável: "non solo si è detto che !m-

sieme delle imposte cònstituisce il prezzo complessivo deirhwiem^ áei servizi pubveritá, almeno nello Stato moderno, in

so per fini di utilità genera^e .

Realmente, «ssa teoria parece muito

se coletivo e, mesmo que tais serviços

próxima da realidade e fica imune ante as críticas que geralmente se dirigem

beneficiassem diretamente as gerações

às teorias contratualistas.

Seu erro só


TT

78

Dicesto

se manifesta no campo puramente teó rico: ela pressupõe a existência de duas entídades autônomas: a coletividade na

cional, de um lado, e o Estado de cu

rió, Essa dualidade, porém, não exis

te, pois que o Estado é a expressão po lítica da coletividade. Podemos conside rar entidades distintas o cidadão e o Es

tado, mas nunca a coletividade e o Es

tado, pois que aquela é parte indissolú vel deste, Ora, onde não existem duas

entidades não pode existir contrato, e só por t-sse motivo não se pode aceitar como verdadeira a teoria contratual no plano coletivo.

14. Opondo-se a tôdas as teorias contratuahstas, a concepção do impôsto como ato de soberania do Estado reú ne hoje .a grande maioria dos financistas,

beus principais defensores são: Seligman, AlJix, Jéze, Celestino Arena, Enrico Barone, Wagner, Einaudi, Stiiart Mill, Stourm, Giannini, Nitti, Cossa e, entre nós, Veiga Filho, Pôrto Carreiro, De

Plácido e Silva, Viveiros de Castro, Al berto Deodato e Paul Hugon, Sustenta essa teoria que o Estado longe de ser ^um organismo artificial

criado pelos homens, como pretende Rousseau, resulta da própria natureza humana, É uma necessidade histórica e social.

man segimdo o qual "cm sua forma

família ou porque o chefe da família,

ideal o Estado deve ser assimilado, não

por ôssc meio, desejasse coagi-lo a con

a uma sociedade por ações mas a uma família", cíjucIuí <pie "como numa fa mília, a participação nos i^astos não de

trair matrimônio?

Vemos, assim, que a explicação não

é plenamente satisfatória, se considerar

corre do lucro ohlido por cada mem

mos o impôsto como a obrigação de cada um participar nas despesas coletivas,

bro da vida cin comum, mas. sobretudo,

de uma obrigação moral resuUanle da

pois que nem sempre é esse o objetivo

capacidade que possui o "ínclivíduo de contribuir para os encargos <le sua co

do impôsto. 16. Se fôsse possível distinguir-se

letividade".

nitidamente os impostos de finalidades

Ei.s aí o fundamento moral c social

do imposto contrapondo-so ao funda mento jurídico pretendido pelos contra-

Ora, o Estado tem certos fins

a cumprir; deve atender a determinadas

necessidades coletivas e para isso ne cessita de bens materiais, sob pena de falhar em sua missão.

Daí resulta o

direito do Estado de exigir que cada membro da coletividade contribua com

uma parte de seus bens para o cumpri mento dessa missão. Quanto ao pro cesso de repartição dos encargos, é obje to de teorias que em outra oportunida de serão estudadas.

Hugon, citando o conceito de Selig

1.5.

É de SC reconhecer que a acei

nação o o bem-estar coletivo. Essa fórmula, convenhamos que tam

bém um pouco vaga, tem ao ment.s o mérito dé e.xplicar o fundamento dos

(1) "Esprit des Lois" — L- Xni

1-

(2) "Précis d'Économie et de Legisiaviw Financières".

nação ou o de solidariedade humana,

(3) "O Impôsto".

justificariam os últimos. Como, porém,

(5) "Théone de

ticipa do duplo objetivo financeiro e so

os impostos de finalidades sociais e eco nômicas. Estes são arrecadados, não para atender a despesas da colelixadade

participação na despes» coletiva como do de colaborar para o progresso da

impostos de qualquer natiuezir e ína

freqüentemente, o mesmo imposto par

formas de imposição, como, por exemplo,

participação na despesa coletiva. Êle resulta, em verdade, tanto do devei- de

lidade.

dever de colaborar para o progresso da

pode expMcar satisfatoriamente certas

mento da obrigação do impôsto, atri- • buindo-o a uma obrigação moral de

puramente fiscais dos que têm finalida

justificar os primeiros, ao passo que o

tação desse fundamento para o imposto desperta uma certa relutância. Ela pa rece um tanto comodísta c nem sempre

cial, não se pode generalizar o fui.ni-

des econômicas e sociais — o essa distin

ção não é feita em pais algum — o fun damento moral poderia perfeitamente

tualístas', íjí ^ ^

77

DiGBSTO EC0NÓX«C0

Econ-ómico

14) "Thóorie de 1

jg Capital". de Léglsla-

"^fience des FinaTices ®t Q

ifoT Í-inancière

(7) "Principi dl Scienza delle

ji„anze-'.

das quais todos devem participar, mas sim para alcançar outros objetivos. Tão elástico é o conceito de sobera

nia que êle, evidentemente, abrange es sas modalidades de ação do Estado na . ordem econômica e social, mas então

não existe tal obrigação moral de pagar

•-"V

impostos, pois que não c despesa cole

tiva que se tem em vista ao exigir o tributo.

Ainda invocando a comparação com

uma família, que , princípio moral jus tificaria que um de seus membros pa gasse mais do que outros, não para atender às despesas da coletividade, não para auxiliar seus irmãos e parentes de samparados, não porque seus bens ou

Um emprêi^o de grande impoiiância para a borracha

^

ingrediente na preparação das tintas. As pesquisas romercial que se lesultados excelentes que se traduziram na produção do proauiu vende sob o nome dé "Solução B".

sua renda comportassem uma contribui

camadas lisas

Com essa finalidade a borracha é oxidada, é seu ernprêe .,.j j como faz de tinta tem a vantagem de que não só lhe comunica mawr f exi > sedinien'que esta apresente melhores condições de extensão, impeãtnd , >

ção maior, mas apenas porque, digamos, sua atividade representasse uma con corrência para algum outro membro da

tação do pigmento.

A


TT

78

Dicesto

se manifesta no campo puramente teó rico: ela pressupõe a existência de duas entídades autônomas: a coletividade na

cional, de um lado, e o Estado de cu

rió, Essa dualidade, porém, não exis

te, pois que o Estado é a expressão po lítica da coletividade. Podemos conside rar entidades distintas o cidadão e o Es

tado, mas nunca a coletividade e o Es

tado, pois que aquela é parte indissolú vel deste, Ora, onde não existem duas

entidades não pode existir contrato, e só por t-sse motivo não se pode aceitar como verdadeira a teoria contratual no plano coletivo.

14. Opondo-se a tôdas as teorias contratuahstas, a concepção do impôsto como ato de soberania do Estado reú ne hoje .a grande maioria dos financistas,

beus principais defensores são: Seligman, AlJix, Jéze, Celestino Arena, Enrico Barone, Wagner, Einaudi, Stiiart Mill, Stourm, Giannini, Nitti, Cossa e, entre nós, Veiga Filho, Pôrto Carreiro, De

Plácido e Silva, Viveiros de Castro, Al berto Deodato e Paul Hugon, Sustenta essa teoria que o Estado longe de ser ^um organismo artificial

criado pelos homens, como pretende Rousseau, resulta da própria natureza humana, É uma necessidade histórica e social.

man segimdo o qual "cm sua forma

família ou porque o chefe da família,

ideal o Estado deve ser assimilado, não

por ôssc meio, desejasse coagi-lo a con

a uma sociedade por ações mas a uma família", cíjucIuí <pie "como numa fa mília, a participação nos i^astos não de

trair matrimônio?

Vemos, assim, que a explicação não

é plenamente satisfatória, se considerar

corre do lucro ohlido por cada mem

mos o impôsto como a obrigação de cada um participar nas despesas coletivas,

bro da vida cin comum, mas. sobretudo,

de uma obrigação moral resuUanle da

pois que nem sempre é esse o objetivo

capacidade que possui o "ínclivíduo de contribuir para os encargos <le sua co

do impôsto. 16. Se fôsse possível distinguir-se

letividade".

nitidamente os impostos de finalidades

Ei.s aí o fundamento moral c social

do imposto contrapondo-so ao funda mento jurídico pretendido pelos contra-

Ora, o Estado tem certos fins

a cumprir; deve atender a determinadas

necessidades coletivas e para isso ne cessita de bens materiais, sob pena de falhar em sua missão.

Daí resulta o

direito do Estado de exigir que cada membro da coletividade contribua com

uma parte de seus bens para o cumpri mento dessa missão. Quanto ao pro cesso de repartição dos encargos, é obje to de teorias que em outra oportunida de serão estudadas.

Hugon, citando o conceito de Selig

1.5.

É de SC reconhecer que a acei

nação o o bem-estar coletivo. Essa fórmula, convenhamos que tam

bém um pouco vaga, tem ao ment.s o mérito dé e.xplicar o fundamento dos

(1) "Esprit des Lois" — L- Xni

1-

(2) "Précis d'Économie et de Legisiaviw Financières".

nação ou o de solidariedade humana,

(3) "O Impôsto".

justificariam os últimos. Como, porém,

(5) "Théone de

ticipa do duplo objetivo financeiro e so

os impostos de finalidades sociais e eco nômicas. Estes são arrecadados, não para atender a despesas da colelixadade

participação na despes» coletiva como do de colaborar para o progresso da

impostos de qualquer natiuezir e ína

freqüentemente, o mesmo imposto par

formas de imposição, como, por exemplo,

participação na despesa coletiva. Êle resulta, em verdade, tanto do devei- de

lidade.

dever de colaborar para o progresso da

pode expMcar satisfatoriamente certas

mento da obrigação do impôsto, atri- • buindo-o a uma obrigação moral de

puramente fiscais dos que têm finalida

justificar os primeiros, ao passo que o

tação desse fundamento para o imposto desperta uma certa relutância. Ela pa rece um tanto comodísta c nem sempre

cial, não se pode generalizar o fui.ni-

des econômicas e sociais — o essa distin

ção não é feita em pais algum — o fun damento moral poderia perfeitamente

tualístas', íjí ^ ^

77

DiGBSTO EC0NÓX«C0

Econ-ómico

14) "Thóorie de 1

jg Capital". de Léglsla-

"^fience des FinaTices ®t Q

ifoT Í-inancière

(7) "Principi dl Scienza delle

ji„anze-'.

das quais todos devem participar, mas sim para alcançar outros objetivos. Tão elástico é o conceito de sobera

nia que êle, evidentemente, abrange es sas modalidades de ação do Estado na . ordem econômica e social, mas então

não existe tal obrigação moral de pagar

•-"V

impostos, pois que não c despesa cole

tiva que se tem em vista ao exigir o tributo.

Ainda invocando a comparação com

uma família, que , princípio moral jus tificaria que um de seus membros pa gasse mais do que outros, não para atender às despesas da coletividade, não para auxiliar seus irmãos e parentes de samparados, não porque seus bens ou

Um emprêi^o de grande impoiiância para a borracha

^

ingrediente na preparação das tintas. As pesquisas romercial que se lesultados excelentes que se traduziram na produção do proauiu vende sob o nome dé "Solução B".

sua renda comportassem uma contribui

camadas lisas

Com essa finalidade a borracha é oxidada, é seu ernprêe .,.j j como faz de tinta tem a vantagem de que não só lhe comunica mawr f exi > sedinien'que esta apresente melhores condições de extensão, impeãtnd , >

ção maior, mas apenas porque, digamos, sua atividade representasse uma con corrência para algum outro membro da

tação do pigmento.

A


DiofcsTü Econômico

O exístencíalismo e a vida econômica CÂNDIDO Mota Filho

O existencialismo foi projetado então como um perigo social c fêz com que Albert Camus dissesse, com razão, que a França tem, atualmente, três profetas:

cretas que regem o mundo capitalista, a inaç-onaria, o jesuíta, os traficantes de armas, os capitães de indústrias, as du-

H. H. Americanos, seus "trusts", a "ku-klux-klan", a Internacional Comu

Karl

Marx, Paul

Sartre

e

Jesus

CristoÜl

POSIÇÃO assumida por Jean-Paul

Sartre, no campo fi!osófíco, contra tou, desde logo, a gregos .e troianos, ^to é, desgostou aos católicos e aos ^linistas. O chefe do existencialismo francês

tão se contentou, ao tentar solucionar o

problema da liberdade, em j)ennanecer to campo puramente doutnnario. A sua

"losofia movimenta-se no mundo, ou, como êle diz, decorre da posição do "eu

to mundo". É assim participativa, polítíca, criadora. Com ela não se trata

Apenas, como no tempo Kierkegaard, em afir mar que a existência é o

ponto de partida de todo o filosofar. Vai, como se

sabe, muito mais além,

chegando Claude Fabre a afirmar que "o existencia lismo é um perigo social" (L'existentialisme, ganger social). Nem sempre se pôde considerá-la sob

der, no momento em qnc foi acusado de dirigir, dentro das fórimdas nazistas, uma universidade na Alemanha, e ]asper, retomando suas prcleçõcs, para ana

lisar as possibilidades de culpa do povo alemão.

Mas, por êsse tempo, já o existencia

lismo era, em França, principahncnte o

de Jean-Paul Sartre, uma filosofia que participava da vida, que agitava, mes mo se apoiando em Husserl e em certa

terminologia de Heidegger, todos os grandos e tormentosos problemas da vida social contemporânea.

E êsse aspecto partici pativo não se encontra,

por certo, na sua princi pal e volumosa obra filo sófica — ""I^Ètre et le

Néant", mas priucipalmcnte nas .suas obras de

ficção, nos seus ensaios, nos seus artigos, na suà revista "Le

zontas famílias de França, . os quatro

nista. Todos quiseram a guerra e ela

Como se vê, na conclusão de Camus, Sartre não se encarta no mesmo grupo

em que se acham os filósofos, os discí pulos de Platão, de Aristóteles ou de Kant, mas está entre um pensador polí

, vciol

Acentuo êsse pensamento impresso em

"Le Sursis", para mo.strar como o fa

tico, que é Marx, e a figura suprema da religiosidade ocidental.

E o mais interessante é que ês.se es

moso existencialismo de Sartre, princi

palmente como filosofia da existência, não pode configurar com segurança o

problema econômico como problema pn-

critor, posto no mesmo plano de um

mordial.

gênio político incompaiável, como é Marx, e de um chefe de religião tam bém incomparávcl, porque êle ó Deus

Se cada um, para se usar do pensa mento de Sartre, é responsável pela sua

que se fêz carne, não concorda nem com

cuerra" - a vida ecoi^ómica nao tem senüdo, nem como "consciência da ne

um nem com outro.

cessidade". como

Podemos dizer mesmo que Sartre é um dcsacôrdo. Seu pensamento germi na dos desastre.s da civilização. Êle não

concorda com Marx, que é uma aspira ção, e com Cristo, que é uma promessa,

porque Sartre traduz uma filosofia do fracasso, essa filosofia que é incapaz de concluir, porque é mais fácil descrever. O existencialismo não 6, assim, pròpriamento, uma mistificação (Guy Le-

nem como decorrência da liberdade moral", como querem os cristãos. Sc cada um vive sua vida e morre

sua morte, se cada ser é prisioneiro de si mesmo, o que eqüivale dizer de seu destino, que significado pode ter a eco nomia como ciência "social?

_

No mundo da existência, a posipo de Marx, querendo dar o primado a eco nomia, toma-se, para Sartre, insusten tável.

temps modèrne". , A filosofia existencial, sustentando n possibihdade de uma liberdade inerte

clerc — "L'éxistentialisme: une mystifi-

vitalismo de Nietszche e depois com o

diante da necessidade incoercível, despe--

solve. e renasce nos contínuos desastres

àcontecímentos, não tem sentido, nem

"expressionismo" de Kierkegaard, ela se

ja-se tôda assim na política e na litera tura. Êsse rompimento de limitações do campo filosófico, feito com audácia e sem constrangimento,'constituiu, por si só, o maior pretexto para o sucesso de Sartre. Quem lê o ensaio de Sartre sôbre Bau-

da civilização contemporânea. Nas páginas de "Le Sursis", acen tuando êsse aspecto, encontra-se o pen

existencial.

êsse ângulo. Quando começa a tomar corpo, com o

tiostra como uma oposição, ao mesmo

^empo, ao idealismo crítico de Kant e positivismo relativísta de Comte. Mais tarde, continuou assim, mesmo no exis

tencialismo rehgíoso de Berdiaeff, no "quixotismo" de Unamuno, no "anti-racionalismo" de Chestov e de Albert Cae no cristianismo de G. Mareei.

O seu aspecto político só se fêz real mente sentir, com a última guerra, quan do encontramos Heidegger a se defen

de'aire e, principalmente, o que escre veu em torno do papel da literatura, como veículo de uma concepção da vida e do mundo, ficaria capacitado da ma

nobra de Sartre, que era a de conquis

cation").

Mas ó realmente um pensa

mento erguido entre ruínas, que se dis

samento do Ivich sôbre o tema da resr

ponsabiHdade, que se corporifica no te

A lógica do materialismo histórico, a configuração rigorosamente dialética dos utilidade, no clima absurdo do viver A religiosidade do homem, a interpre

tação reHgiosa da história, o pensamento político católico, expresso na Encic.ica

ma da última guerra. Por êle se procura

"Reruni Novamm", que defende o di

demonstrar que não há um culpado ou alguns culpados. Todos são culpados,"

reito à subsistência, na sua expressão

tanto os que a provocaram como os que

não a provocaram. Não foi culpado HUler ou não foram aquelas forças se

econômica e moral, também nao se -explicam.

tar terreno para a sua filosofia. ■' !' i"'

* "'VllS

,

j

A angústia diante do nada , que e a substância do pensamento existencial. ' ■ -l•


DiofcsTü Econômico

O exístencíalismo e a vida econômica CÂNDIDO Mota Filho

O existencialismo foi projetado então como um perigo social c fêz com que Albert Camus dissesse, com razão, que a França tem, atualmente, três profetas:

cretas que regem o mundo capitalista, a inaç-onaria, o jesuíta, os traficantes de armas, os capitães de indústrias, as du-

H. H. Americanos, seus "trusts", a "ku-klux-klan", a Internacional Comu

Karl

Marx, Paul

Sartre

e

Jesus

CristoÜl

POSIÇÃO assumida por Jean-Paul

Sartre, no campo fi!osófíco, contra tou, desde logo, a gregos .e troianos, ^to é, desgostou aos católicos e aos ^linistas. O chefe do existencialismo francês

tão se contentou, ao tentar solucionar o

problema da liberdade, em j)ennanecer to campo puramente doutnnario. A sua

"losofia movimenta-se no mundo, ou, como êle diz, decorre da posição do "eu

to mundo". É assim participativa, polítíca, criadora. Com ela não se trata

Apenas, como no tempo Kierkegaard, em afir mar que a existência é o

ponto de partida de todo o filosofar. Vai, como se

sabe, muito mais além,

chegando Claude Fabre a afirmar que "o existencia lismo é um perigo social" (L'existentialisme, ganger social). Nem sempre se pôde considerá-la sob

der, no momento em qnc foi acusado de dirigir, dentro das fórimdas nazistas, uma universidade na Alemanha, e ]asper, retomando suas prcleçõcs, para ana

lisar as possibilidades de culpa do povo alemão.

Mas, por êsse tempo, já o existencia

lismo era, em França, principahncnte o

de Jean-Paul Sartre, uma filosofia que participava da vida, que agitava, mes mo se apoiando em Husserl e em certa

terminologia de Heidegger, todos os grandos e tormentosos problemas da vida social contemporânea.

E êsse aspecto partici pativo não se encontra,

por certo, na sua princi pal e volumosa obra filo sófica — ""I^Ètre et le

Néant", mas priucipalmcnte nas .suas obras de

ficção, nos seus ensaios, nos seus artigos, na suà revista "Le

zontas famílias de França, . os quatro

nista. Todos quiseram a guerra e ela

Como se vê, na conclusão de Camus, Sartre não se encarta no mesmo grupo

em que se acham os filósofos, os discí pulos de Platão, de Aristóteles ou de Kant, mas está entre um pensador polí

, vciol

Acentuo êsse pensamento impresso em

"Le Sursis", para mo.strar como o fa

tico, que é Marx, e a figura suprema da religiosidade ocidental.

E o mais interessante é que ês.se es

moso existencialismo de Sartre, princi

palmente como filosofia da existência, não pode configurar com segurança o

problema econômico como problema pn-

critor, posto no mesmo plano de um

mordial.

gênio político incompaiável, como é Marx, e de um chefe de religião tam bém incomparávcl, porque êle ó Deus

Se cada um, para se usar do pensa mento de Sartre, é responsável pela sua

que se fêz carne, não concorda nem com

cuerra" - a vida ecoi^ómica nao tem senüdo, nem como "consciência da ne

um nem com outro.

cessidade". como

Podemos dizer mesmo que Sartre é um dcsacôrdo. Seu pensamento germi na dos desastre.s da civilização. Êle não

concorda com Marx, que é uma aspira ção, e com Cristo, que é uma promessa,

porque Sartre traduz uma filosofia do fracasso, essa filosofia que é incapaz de concluir, porque é mais fácil descrever. O existencialismo não 6, assim, pròpriamento, uma mistificação (Guy Le-

nem como decorrência da liberdade moral", como querem os cristãos. Sc cada um vive sua vida e morre

sua morte, se cada ser é prisioneiro de si mesmo, o que eqüivale dizer de seu destino, que significado pode ter a eco nomia como ciência "social?

_

No mundo da existência, a posipo de Marx, querendo dar o primado a eco nomia, toma-se, para Sartre, insusten tável.

temps modèrne". , A filosofia existencial, sustentando n possibihdade de uma liberdade inerte

clerc — "L'éxistentialisme: une mystifi-

vitalismo de Nietszche e depois com o

diante da necessidade incoercível, despe--

solve. e renasce nos contínuos desastres

àcontecímentos, não tem sentido, nem

"expressionismo" de Kierkegaard, ela se

ja-se tôda assim na política e na litera tura. Êsse rompimento de limitações do campo filosófico, feito com audácia e sem constrangimento,'constituiu, por si só, o maior pretexto para o sucesso de Sartre. Quem lê o ensaio de Sartre sôbre Bau-

da civilização contemporânea. Nas páginas de "Le Sursis", acen tuando êsse aspecto, encontra-se o pen

existencial.

êsse ângulo. Quando começa a tomar corpo, com o

tiostra como uma oposição, ao mesmo

^empo, ao idealismo crítico de Kant e positivismo relativísta de Comte. Mais tarde, continuou assim, mesmo no exis

tencialismo rehgíoso de Berdiaeff, no "quixotismo" de Unamuno, no "anti-racionalismo" de Chestov e de Albert Cae no cristianismo de G. Mareei.

O seu aspecto político só se fêz real mente sentir, com a última guerra, quan do encontramos Heidegger a se defen

de'aire e, principalmente, o que escre veu em torno do papel da literatura, como veículo de uma concepção da vida e do mundo, ficaria capacitado da ma

nobra de Sartre, que era a de conquis

cation").

Mas ó realmente um pensa

mento erguido entre ruínas, que se dis

samento do Ivich sôbre o tema da resr

ponsabiHdade, que se corporifica no te

A lógica do materialismo histórico, a configuração rigorosamente dialética dos utilidade, no clima absurdo do viver A religiosidade do homem, a interpre

tação reHgiosa da história, o pensamento político católico, expresso na Encic.ica

ma da última guerra. Por êle se procura

"Reruni Novamm", que defende o di

demonstrar que não há um culpado ou alguns culpados. Todos são culpados,"

reito à subsistência, na sua expressão

tanto os que a provocaram como os que

não a provocaram. Não foi culpado HUler ou não foram aquelas forças se

econômica e moral, também nao se -explicam.

tar terreno para a sua filosofia. ■' !' i"'

* "'VllS

,

j

A angústia diante do nada , que e a substância do pensamento existencial. ' ■ -l•


80

DicESTo Econômico

mojtra que a realidade econômica nSo pos,'.-ui qualidade orgânica de espécie al

pensamento do professor Matlieus, não

guma.

passa da projeção de cada vida huma

Metafísica da economia política liberal

O "mundo das coisas", a que Sartre

na (L'âge). E entre esse passado e ésse futuro está a morte, como suprema

se refere, vive por si mesmo, indiferente aos projetos humanos. Organizá-lo, pois,

cia do absurdo, a morte, como a maior objeção contra a economia. Condenado

é um esforço descomedido e de conse

à morte, um dos personagens da novela "Le Mur" descobre rpic seu materialis-

^ economistas aderir ao juincípio da

mo não serve para nada, porque não

tíveis dos acontecimentos .sociais, ape

pode salvá-'o da angústia da morte! A morte, diz um discípulo de Sartre,

nas para patentearem quanto eram inca pazes de compreender esse mesmo prin

posição de combate, atacando a econo

é uma-nbjcção a todos os valores. E as

cípio, por falta de o terem primeiro

mia capitalista, representada pelo ca

sim a economia, como ciência dos valo

apreciado nos domínios mais simples da

pitalismo americano, o cristianismo so

res materiai-s, foge inteiramente aos cál

matemática, da astronomia, da fí.sica, da

cial e o stalinismo marxista.

culos humanos.

química c da biologia, antes de o esten

do, por outro lado, os novos princípios, longo de determinarem qualquer pro gresso real, só engendram a estéril re produção de controvérsias ilusórias, sem pre renovadas sem o menor alcance, po

Dôsse modo, todo o esforço de Sartre para incorporar ao seu sistema a solução econômica dos prob'emas da vida social,

sociedade.

derem ao.s fenômenos mais complexos da Demonstraram, reahnente,'

douü-ina científica, porquanto esta se

ficam perdidos e considerados no campo

tural a tornar-se tanto mais modificávcl

das conjeturas.

E o seu papel, como

quanto mais se complica. Repousando

chefe de uma escola filo.sófica de uma época de transição, é o de discordar sempre, ora contra os esquerdistas de Thorez, ora contra os direitistas do Ma

nossa atividade s'ôbre esta noção, nada

qüências inevitáveis.

Na segunda fase de seu pensamento, Sarire tem' procurado amoldá-lo às con tingências econômicas.

Tomou mesmo

Mas fica

Sartre entre o "nada e o tempo", com todiis os caminhos da liberdade (Les

chemíns de Ia liberté) obstruídos. Sua

ação se amortece no passado que é "um

falso passado" e num futuro que é uni falso futuro". Èle tem mesmo, na sua obra literária "Le Nausée", esta

frase impressionante: — "O passado é um luxo de proprietário".

O futuro,

por sua vez, como se pode deduzir do

Ivan IjINs

Qegunix) Augusto Comti:, pareciam os

existência de leis. reguladoras imprescri

desconhecer a tendência cia ordem na

pode desculpar a censura doutorai quê

a metafísica econômica opunha à inter venção contínua da sabedoria humana

nos diversos aspectos do movimento so

rechal De Gaulle.

cial. As leis naturais, às quais esse mo vimento está sujeito, longe de nos des viar de moclificá-'o sem cessar, devem,

ao contrário, servir-nos para melhor apli car-lhe nossa capacidade de ação, que aí se toma mais eficaz e urgente do que relativamente a todos cs outros fenôme

nos. (1) Outro indício da natureza metafísi

ca da economia política de seu tempo era'ainda, aos olhos de Comte, a falta

Secundo estatística elaborada pelo Serviço de Estatística do Ministério da Aertcuhura, foi a seguinte a produção nacional de madeira, lenha, carvão verrctal e ilormentes, relativa ao ano de 1946: Madeira - 5.410.732 m3, no valor de Cr$ 1,363.352.023,00 Len]%a - 83.465.152 m3, no valor de Cr$ 1.776.405.310,00

de continuidade das investigações daque

les que a cultivavam. A continuidade e a fecundidade dos

esforços — notava o filósofo — são os índices mais seguros das concepções ver

Carvão vegetal — 5^.789.600 quilos, no valor de Cr$ 257.957.93?,00.

dadeiramente científicas. Quando, de um lado, as doutrinas, cm lugar de sé

O preço^médio

apresentarem como a seqüência lógica e o aperfeiçoamento dõs trabalhos anteno-

Dormentes - 3.684,740 unulades na importância de Cr$ 49.676 697.00.

Tforif' f

21,00 por

"13; do carvao, Cr$ 49,00 por kg. e dos dormentes Cr% 13,00 por Mnidade,

res, adquirem, em cada autor, como na velha economia política, um cunho essenciahnente pessoal, de maneira a serem

as suas noções mais fundamentais conti nuamente postas em discussão; e, quan

demos afirmar .que não se trata de

distingue pelo seu encadeamento atia-

vés das gerações e pe'a fecundidade de

seus resultados. São, sem duvida, doutri nas teológico-metafisicas.

É o que confirma o caso de Descar-,

ler: enquanto em Geometrm, como ele

mesmo e.xprossamente o declara (2R partiu do ponto onde haviam ficado os

antigos, cm Metafísica, ao contrário,

fêz tábua rasa de tudo, iniciando cons trução inteiramente nova. Era o que,

no tempo de Augusto Comte, acontecia com os economistas. Se fôssem, de fato, o.s sucessores científicos de Adam Snuth, cabia-lhes mostrar em que haviam aper feiçoado a doutrina desse mestre imor

tal, e quais as noVas descobertas que

acrescentaram aos felizes ensaios o i lósofo escocês. Foram êstes, ao

desfigurados por vão e pueri. apara o fórmulas científicas. Considerando, com

imparcialidade, as estéreis contestações, quo, no tempo de Comte^ divic iam os economistas sobre as noções

montares acêrca do valor, da utdidade. da nqueza, da produção, etc., 9"®"^ creria assistir aos mais estranhos deba tes dos escolásticos medlevos sôbre os


80

DicESTo Econômico

mojtra que a realidade econômica nSo pos,'.-ui qualidade orgânica de espécie al

pensamento do professor Matlieus, não

guma.

passa da projeção de cada vida huma

Metafísica da economia política liberal

O "mundo das coisas", a que Sartre

na (L'âge). E entre esse passado e ésse futuro está a morte, como suprema

se refere, vive por si mesmo, indiferente aos projetos humanos. Organizá-lo, pois,

cia do absurdo, a morte, como a maior objeção contra a economia. Condenado

é um esforço descomedido e de conse

à morte, um dos personagens da novela "Le Mur" descobre rpic seu materialis-

^ economistas aderir ao juincípio da

mo não serve para nada, porque não

tíveis dos acontecimentos .sociais, ape

pode salvá-'o da angústia da morte! A morte, diz um discípulo de Sartre,

nas para patentearem quanto eram inca pazes de compreender esse mesmo prin

posição de combate, atacando a econo

é uma-nbjcção a todos os valores. E as

cípio, por falta de o terem primeiro

mia capitalista, representada pelo ca

sim a economia, como ciência dos valo

apreciado nos domínios mais simples da

pitalismo americano, o cristianismo so

res materiai-s, foge inteiramente aos cál

matemática, da astronomia, da fí.sica, da

cial e o stalinismo marxista.

culos humanos.

química c da biologia, antes de o esten

do, por outro lado, os novos princípios, longo de determinarem qualquer pro gresso real, só engendram a estéril re produção de controvérsias ilusórias, sem pre renovadas sem o menor alcance, po

Dôsse modo, todo o esforço de Sartre para incorporar ao seu sistema a solução econômica dos prob'emas da vida social,

sociedade.

derem ao.s fenômenos mais complexos da Demonstraram, reahnente,'

douü-ina científica, porquanto esta se

ficam perdidos e considerados no campo

tural a tornar-se tanto mais modificávcl

das conjeturas.

E o seu papel, como

quanto mais se complica. Repousando

chefe de uma escola filo.sófica de uma época de transição, é o de discordar sempre, ora contra os esquerdistas de Thorez, ora contra os direitistas do Ma

nossa atividade s'ôbre esta noção, nada

qüências inevitáveis.

Na segunda fase de seu pensamento, Sarire tem' procurado amoldá-lo às con tingências econômicas.

Tomou mesmo

Mas fica

Sartre entre o "nada e o tempo", com todiis os caminhos da liberdade (Les

chemíns de Ia liberté) obstruídos. Sua

ação se amortece no passado que é "um

falso passado" e num futuro que é uni falso futuro". Èle tem mesmo, na sua obra literária "Le Nausée", esta

frase impressionante: — "O passado é um luxo de proprietário".

O futuro,

por sua vez, como se pode deduzir do

Ivan IjINs

Qegunix) Augusto Comti:, pareciam os

existência de leis. reguladoras imprescri

desconhecer a tendência cia ordem na

pode desculpar a censura doutorai quê

a metafísica econômica opunha à inter venção contínua da sabedoria humana

nos diversos aspectos do movimento so

rechal De Gaulle.

cial. As leis naturais, às quais esse mo vimento está sujeito, longe de nos des viar de moclificá-'o sem cessar, devem,

ao contrário, servir-nos para melhor apli car-lhe nossa capacidade de ação, que aí se toma mais eficaz e urgente do que relativamente a todos cs outros fenôme

nos. (1) Outro indício da natureza metafísi

ca da economia política de seu tempo era'ainda, aos olhos de Comte, a falta

Secundo estatística elaborada pelo Serviço de Estatística do Ministério da Aertcuhura, foi a seguinte a produção nacional de madeira, lenha, carvão verrctal e ilormentes, relativa ao ano de 1946: Madeira - 5.410.732 m3, no valor de Cr$ 1,363.352.023,00 Len]%a - 83.465.152 m3, no valor de Cr$ 1.776.405.310,00

de continuidade das investigações daque

les que a cultivavam. A continuidade e a fecundidade dos

esforços — notava o filósofo — são os índices mais seguros das concepções ver

Carvão vegetal — 5^.789.600 quilos, no valor de Cr$ 257.957.93?,00.

dadeiramente científicas. Quando, de um lado, as doutrinas, cm lugar de sé

O preço^médio

apresentarem como a seqüência lógica e o aperfeiçoamento dõs trabalhos anteno-

Dormentes - 3.684,740 unulades na importância de Cr$ 49.676 697.00.

Tforif' f

21,00 por

"13; do carvao, Cr$ 49,00 por kg. e dos dormentes Cr% 13,00 por Mnidade,

res, adquirem, em cada autor, como na velha economia política, um cunho essenciahnente pessoal, de maneira a serem

as suas noções mais fundamentais conti nuamente postas em discussão; e, quan

demos afirmar .que não se trata de

distingue pelo seu encadeamento atia-

vés das gerações e pe'a fecundidade de

seus resultados. São, sem duvida, doutri nas teológico-metafisicas.

É o que confirma o caso de Descar-,

ler: enquanto em Geometrm, como ele

mesmo e.xprossamente o declara (2R partiu do ponto onde haviam ficado os

antigos, cm Metafísica, ao contrário,

fêz tábua rasa de tudo, iniciando cons trução inteiramente nova. Era o que,

no tempo de Augusto Comte, acontecia com os economistas. Se fôssem, de fato, o.s sucessores científicos de Adam Snuth, cabia-lhes mostrar em que haviam aper feiçoado a doutrina desse mestre imor

tal, e quais as noVas descobertas que

acrescentaram aos felizes ensaios o i lósofo escocês. Foram êstes, ao

desfigurados por vão e pueri. apara o fórmulas científicas. Considerando, com

imparcialidade, as estéreis contestações, quo, no tempo de Comte^ divic iam os economistas sobre as noções

montares acêrca do valor, da utdidade. da nqueza, da produção, etc., 9"®"^ creria assistir aos mais estranhos deba tes dos escolásticos medlevos sôbre os


Dicesto

82

Econômico

Dicesto Econômico

Positiva, à situação precária dos operá

atributos fundamentais de suas entida

des metafísicas, de cujos característicos as concepções dos economistas se reves

rios, revoltava-se o filósofo contra "a

tiam então cada vez mais, à medida que

progressivamente eram dogmatizadas e sutilizadas?

O resultado dessas absur

cegueira doutorai da metafísica econô mica, que, em presença de tais confli tos, ousava acobertar sua impotência or gânica apelando para a pretensa neces

lidade Ho nossa espécie, c, portanto, a

eram desastrosas as conseqüências do

classe a princípio prejudicada, acabaria. abstencionismo preconizado pela ortodo xia indi\idualista. Admitindo a imper por experimentar, depois dc perturba feição da ordem natural espontânea, ções passageiras, real e ponnancnlc me sustentava, ao mesmo tempo, que o ho lhoria. Apesar da inconlestá\'ol exati dão desta conseqüência, tal resposta era mem pode atuar sobre os acontecimentos

das e intermináveis discussões era desna-

sidade de indefinidamente enlregar-se a

turarem-se as preciosas indicações pri

indústria moderrta à sua desordenada es

sociai.s.

evidente que es.síi pscuclo-ciência .se es

como as.sinala Mauduit. com "a altiva

então transformadas em noções radical

pontaneidade". (4) Já no quarto volume da Filosofia Po-

verdadciramchto dcrrisória, por tornar

mitivas do bom-senso comum, desde mente confusas, sem serem suscetíveis de

sitiva considerava sumamente perigosa a

qua'quer aplicação real, só podendo en

tendência

dc comportar indefinida duração. Não

gendrar ociosas controvérsias de pala\Tas. Assim, por exemplo, todos os homens sensatos ligavam, a princípio, um senti do nitidamente inteligível aos termos

sentido de impedir a instituição de qual

metafísica

da

economia

no

quecia de que a vida humana está longe

demissão solene por parte

fôrça de viciosas genera

da economia política em

com a revolução industrial produzida

redação a- cada dificulda

lizações, tornou-se de tal

pela descoberta da imprensa, poderiam

de um pouco grave que-

de ^oduçâo, à

modo vaga e imprecisa que os espíritos judiciosos, preocupados com a

.

y.y

/

o desenvolvimento social

fazia surgir. É o que se tomava manifesto sobre

exatidão e a c'areza, se

tudo na questão das má

viram obrigados a empre

quinas á vista dos emba

acaso sentir-se aliviados com a perspec

tiva, mesmo indiscutível, dc que, na

geração seguinte, existiria já um número equivalente de operários vivendo da im prensa, e que alguns séculos mais tarde

gar penosos circunlóquios para e\'itarem

raços .sociais imediatos, inerentes aos

o uso de termos tornados profundamen

seriam muito mais numerosos ainda? Èste, todavia, o habitual con.sôlo que

aperfeiçoamentos industriais, por acarre

especiahnento resultava da economia po

te obscuros e equívocos (como ainda

hoje vem acontecendo, em sociologia, com a palavra cuJftira). (3) *

A economia política liberal e a

grande indústria

A ciência econômica, então uni

como \'imos, a necessidade dc abster-se

o Estado de qualquer intervenção, de clarando serem passageiras as jierturba-

ções e que, depois de oscilações mais ou menos extensas, tudo voltaria por fim

à posição dc equilíbrio por haver, na sociedade, uma harmonia fundamental.

Percebera Augusto Comte tudo quanto este abstencionismo encerrava de cruel

para o indivíduo, para o trabalhador entregue a si mesmo no turbilhão dos negócios, e deixado, níjs lutas da concor

rência, à mercê do desemprego e da no do 1847 a 1848 as vítimas do desem

das justas e urgentes reclamações susci

apatia para indiretamente caraclerizar-lhc a inaptidão a dirigir, como se propunha,

tadas por essa lacuna básica, não sa

o surto industrial das sociedades mo

tência das. classes laboriosas.

Diante

biam os economistas senão repetir, com rismo da liberdade industrial absoluta

em vez de enxergarem nes.se caso o ín

ao serem introduzidas, acarretavam, em

tais e prementes da verdadeira ciência

seu tempo, a privação imediata do tra balho para imensa massa operária, ati

política.

Sem refletirem em que -as

(juostões

humanas,

Aludindo, no sexto volume da Filosofia

tria.

lítica. Mesmo na falta de qualquer dis cussão racional, bastaria essa estranha

ou menos profunda c duradoura da exis

Augusto Comte, tratavam com excessiva frivolidadc, era a das máquinas, as quais,

rada, de uma hora para outra, na mais negra miséria.

pelo desenvolvimento da grande indús

fome". (6)

tarem, cm geral, uma perturbação mais

imperdoável pedantismo, o estéril afo

Questão que os economistas, segundo

dos operários, indiferença

formemente indixidualista. proclamava,

empreendeu defini-los, a

idéia

miséria

recusável, sua própria incapacidade so cial, mostrando-se desprovida de qual

quer relação com o conjunto das princi pais necessidades práticas. O.s numcro.'Tos copistas que sofreram, no século XV,

metafísica

a

acompanhada de bca serenidade em re lação içs desordens e\identes acarretadas

econômica

produção e produtor. Desde, porém, que

indiferença dos economistas para com

SC pode, pelo menos, deixar de reconhe cer que semelhante teoria proc'ama\'a espontâneamcntc assim, dc maneira ir

quer discip'ina Industrial. A irracional disposição a só admitir o grau de or dem que se estabelece por si mesmo, eqüivalia evidentemente, na prática so cial, a uma espécie de

a

Não .SC conformava, por isto,

dice de uma das aplicações mais capi consideradas

sob

certo aspecto, se reduzem a simples

questões de tempo, ousavam responder a todas as queixas que, por fim, a tota-

Basta dizer qiie no decorrer do inver prego em França ascendiam a perto de 800.000. A liberdade que os ortodoxos

dernas. (5)

proclamavam ser sempre benfazeja, se

Comte, a economia política liberal e o

e desastres imprevisíveis.

egoísmo plutocrático

Asrím, pois, não só condenava Comte, oni nome do método, a economia polí tica dc seu tempo, na qual apenas via

reve'ava, assim, portadora de desgraças Tanto

maiores eram

estes desastres

para os proletários, quanto, pela legisla ção vigente a partir da Reyolução France.sa, ficaram, os operários impedidos de

mo de encomenda, por sua indiferença

se agremiar em organismos de defesa, enquanto as coligações de patrões eram, senão permitidas, toleradas, conforme

perante as desordens sociais e os sofri mentos dos proletários. A seus olhos,

A apregoada liberdade do operário

uma fa^sa ciência, mas ainda a conside rava uma teoria odiosa por seu otimis

assinalava Augusto Comte. (7)


Dicesto

82

Econômico

Dicesto Econômico

Positiva, à situação precária dos operá

atributos fundamentais de suas entida

des metafísicas, de cujos característicos as concepções dos economistas se reves

rios, revoltava-se o filósofo contra "a

tiam então cada vez mais, à medida que

progressivamente eram dogmatizadas e sutilizadas?

O resultado dessas absur

cegueira doutorai da metafísica econô mica, que, em presença de tais confli tos, ousava acobertar sua impotência or gânica apelando para a pretensa neces

lidade Ho nossa espécie, c, portanto, a

eram desastrosas as conseqüências do

classe a princípio prejudicada, acabaria. abstencionismo preconizado pela ortodo xia indi\idualista. Admitindo a imper por experimentar, depois dc perturba feição da ordem natural espontânea, ções passageiras, real e ponnancnlc me sustentava, ao mesmo tempo, que o ho lhoria. Apesar da inconlestá\'ol exati dão desta conseqüência, tal resposta era mem pode atuar sobre os acontecimentos

das e intermináveis discussões era desna-

sidade de indefinidamente enlregar-se a

turarem-se as preciosas indicações pri

indústria moderrta à sua desordenada es

sociai.s.

evidente que es.síi pscuclo-ciência .se es

como as.sinala Mauduit. com "a altiva

então transformadas em noções radical

pontaneidade". (4) Já no quarto volume da Filosofia Po-

verdadciramchto dcrrisória, por tornar

mitivas do bom-senso comum, desde mente confusas, sem serem suscetíveis de

sitiva considerava sumamente perigosa a

qua'quer aplicação real, só podendo en

tendência

dc comportar indefinida duração. Não

gendrar ociosas controvérsias de pala\Tas. Assim, por exemplo, todos os homens sensatos ligavam, a princípio, um senti do nitidamente inteligível aos termos

sentido de impedir a instituição de qual

metafísica

da

economia

no

quecia de que a vida humana está longe

demissão solene por parte

fôrça de viciosas genera

da economia política em

com a revolução industrial produzida

redação a- cada dificulda

lizações, tornou-se de tal

pela descoberta da imprensa, poderiam

de um pouco grave que-

de ^oduçâo, à

modo vaga e imprecisa que os espíritos judiciosos, preocupados com a

.

y.y

/

o desenvolvimento social

fazia surgir. É o que se tomava manifesto sobre

exatidão e a c'areza, se

tudo na questão das má

viram obrigados a empre

quinas á vista dos emba

acaso sentir-se aliviados com a perspec

tiva, mesmo indiscutível, dc que, na

geração seguinte, existiria já um número equivalente de operários vivendo da im prensa, e que alguns séculos mais tarde

gar penosos circunlóquios para e\'itarem

raços .sociais imediatos, inerentes aos

o uso de termos tornados profundamen

seriam muito mais numerosos ainda? Èste, todavia, o habitual con.sôlo que

aperfeiçoamentos industriais, por acarre

especiahnento resultava da economia po

te obscuros e equívocos (como ainda

hoje vem acontecendo, em sociologia, com a palavra cuJftira). (3) *

A economia política liberal e a

grande indústria

A ciência econômica, então uni

como \'imos, a necessidade dc abster-se

o Estado de qualquer intervenção, de clarando serem passageiras as jierturba-

ções e que, depois de oscilações mais ou menos extensas, tudo voltaria por fim

à posição dc equilíbrio por haver, na sociedade, uma harmonia fundamental.

Percebera Augusto Comte tudo quanto este abstencionismo encerrava de cruel

para o indivíduo, para o trabalhador entregue a si mesmo no turbilhão dos negócios, e deixado, níjs lutas da concor

rência, à mercê do desemprego e da no do 1847 a 1848 as vítimas do desem

das justas e urgentes reclamações susci

apatia para indiretamente caraclerizar-lhc a inaptidão a dirigir, como se propunha,

tadas por essa lacuna básica, não sa

o surto industrial das sociedades mo

tência das. classes laboriosas.

Diante

biam os economistas senão repetir, com rismo da liberdade industrial absoluta

em vez de enxergarem nes.se caso o ín

ao serem introduzidas, acarretavam, em

tais e prementes da verdadeira ciência

seu tempo, a privação imediata do tra balho para imensa massa operária, ati

política.

Sem refletirem em que -as

(juostões

humanas,

Aludindo, no sexto volume da Filosofia

tria.

lítica. Mesmo na falta de qualquer dis cussão racional, bastaria essa estranha

ou menos profunda c duradoura da exis

Augusto Comte, tratavam com excessiva frivolidadc, era a das máquinas, as quais,

rada, de uma hora para outra, na mais negra miséria.

pelo desenvolvimento da grande indús

fome". (6)

tarem, cm geral, uma perturbação mais

imperdoável pedantismo, o estéril afo

Questão que os economistas, segundo

dos operários, indiferença

formemente indixidualista. proclamava,

empreendeu defini-los, a

idéia

miséria

recusável, sua própria incapacidade so cial, mostrando-se desprovida de qual

quer relação com o conjunto das princi pais necessidades práticas. O.s numcro.'Tos copistas que sofreram, no século XV,

metafísica

a

acompanhada de bca serenidade em re lação içs desordens e\identes acarretadas

econômica

produção e produtor. Desde, porém, que

indiferença dos economistas para com

SC pode, pelo menos, deixar de reconhe cer que semelhante teoria proc'ama\'a espontâneamcntc assim, dc maneira ir

quer discip'ina Industrial. A irracional disposição a só admitir o grau de or dem que se estabelece por si mesmo, eqüivalia evidentemente, na prática so cial, a uma espécie de

a

Não .SC conformava, por isto,

dice de uma das aplicações mais capi consideradas

sob

certo aspecto, se reduzem a simples

questões de tempo, ousavam responder a todas as queixas que, por fim, a tota-

Basta dizer qiie no decorrer do inver prego em França ascendiam a perto de 800.000. A liberdade que os ortodoxos

dernas. (5)

proclamavam ser sempre benfazeja, se

Comte, a economia política liberal e o

e desastres imprevisíveis.

egoísmo plutocrático

Asrím, pois, não só condenava Comte, oni nome do método, a economia polí tica dc seu tempo, na qual apenas via

reve'ava, assim, portadora de desgraças Tanto

maiores eram

estes desastres

para os proletários, quanto, pela legisla ção vigente a partir da Reyolução France.sa, ficaram, os operários impedidos de

mo de encomenda, por sua indiferença

se agremiar em organismos de defesa, enquanto as coligações de patrões eram, senão permitidas, toleradas, conforme

perante as desordens sociais e os sofri mentos dos proletários. A seus olhos,

A apregoada liberdade do operário

uma fa^sa ciência, mas ainda a conside rava uma teoria odiosa por seu otimis

assinalava Augusto Comte. (7)


84

Dicesto

Econónoco

perante a lei da oferta e da procura

através de seu govêmo, já temporal, já

tomava-se, portanto, um mito: não pas

espiritual, legítima e necessária em ma téria de impostos, salários, empréstimos,

O tratado de Methuen

fixação de horas de trabaHio, descanso

Nelson Weoneck Sodbé

sava da liberdade que tinha o capitalis ta de explorar a penúria do proletário, porque êste carecia do salário para viver, enquanto o patrão podia esperar e

viver do próprio capital, na ausência

de qualquer renda. Demais, com a introdução da máqui na, o aviltamento da mão-de-obra, por

hebdomadário, etc.

O liberalismo, tão

apregoado pelos economistas de seu tempo, só aproveitava aos detentores do capital e o caráter absoluto atribuído à

pM 1691, mandava a Inglaterra, como ministro cm Lí.sboa, um hábil di

ríodo. A longa rivalidade anglo-francesa amainava-sc no acôrdo de RisNrick,

lei da oferta e da procura no alinentc

plomata. Deixando as .suas funções nos

mas os interesses em choque eram dema

Comuns, John Methuen passaria seis í^no.«5 junto à côrte do D. Pedro II.

excesso de braços, dava ao capitalista

aos empréstimos, aos salários e mesmo à venda dos objetos, de comércio em

uma situação privilegiada, podendo im

tempos

arbitrário

por ao operário salários ínfirnõs, abso-

Nela, não fêz a diplomacia liabilual

siado importantes para que a paz tra duzisse um têrino de conflito, já não militar mas econômico e político.

quanto a suposta lei de Malthus da

lutamente irrisórios.

falta de proporcionalidade entre o cres

do tempo, em particular a que os sen.s compatriotas faziam, apenas. Longe dc

transmudaria em outros, de tôda ordem.

Era, a'iás, o que o próprio Adam Smith não deixara de reconhecer e proclamar.

Para ele, realmente, os patrões tinham vantagem na discussão dos salários:

1.° — porque podiam coligar-se muito

anormais,

era

tão

cimento da população e o das subsistên-

se conservar distante, oficial e solene,

cias...

na posição em que sc achava investido,

No que interessava a Portugal e à In glaterra, e que misturados no conjunto

Êste strá, porém, o assunto a ser desenvolvido em outro artigo.

buscou'fazer relações, tomar-se conhe

do quadro europeu aparentemente sur

cido, impor-se por qualidades pessoais,

niais fàcilmentc do que os operários;

NOTAS

2° — porque, graças aos seus recursos, podiam esperar, enquanto muitos operá

(1) Vide A. Comte: "Política PoBilIva**,

rios não conseguiam manter-se uma se

(2) Vide Descartes: "Oeuvres", vol. I, pg.

vol, I, pgs. 155 e 15G.

mana, havendo um pequeno número

470, e vol. 11, pg. 82 da ed. Adam-Tan-

capaz de árstentar-se durante um mês e quase nenhum durante um ano inteiro de desemprego. (8) Pensando, como Louis Blanc (9), que

(3) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva"

a liberdade de direito, sem a liberdade

(4) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva",

de fato, nada mais é do que abomina- •

vel opressão, considerava Comte a li berdade econômica absoluta, pregada pe^a ortodoxia individualista, a formula

ção pseudo-científica do egoísmo plutocrático, isto é, a sanção hipócnta e so fistica do esmagamento dos fracos pelos

fortes, dos pobres pelos ncos. Julgava, . por isto a interferência da sociedade

O problema da sucessão espanhola se

nery.

vol. IV, pgs. 197 e 198 da ed. citada.

Sobre a obscuridade que, em J. B. Say o nos demais economistas da época, passou a envolver a palavra "riqueza" vide: Mauduit, op. cit., pg. 177. vol. VI. pg. 364.

(5) Idem, ibídem, vol. IV, ngs. 202 e- 203 (6) Vide Roger Mauduit. op. cit., pgs 131

132, 250 e 251.

t.

,

(7) Vide "Filosofia Positiva", vol. VI, pg. 364.

^

(8) Vide Adam Smith: "Riqueza das Na ções". livro.I, c. 8.O. pg. 169 do vol I da trad. franc. de G. Garnler, Paris 1859.

(0) Vide Louis Blanc: "Organisation du Travall", pg. 20 da 2.a ed., Paris, 1848.

independentes das que deveriam confundir-se na figura de um representante inglês. Não se conservou distante, nem frio, nem superior. Se não alcançou aquilo que poderíamos aceitar como po pularidade, pc-® menos fez-se figura co nhecida, relacionada — a tal ponto que, mesmo em 'documentos oficiais, f'oi tra

giam isolados, estavam os dos vinhos e os dos panos. Temiam os negociantes

que traficavam com os rinhos portugue ses

entre os quais havia muitos conipa-

Iriotas do Methuen — que o mercado

inglês, o de mais largo consumo, na

épocá, fôsse dominado pelos franceses. Por outro lado, ansiavam os britânicos

por que Portugal lhes abrisse o mercado

tado, à portuguesa, por D.João Methuen,

aos lanifícios. Êsses problemas estavam

e isso. conforme observou alguém, era quase um atestado de naturalização. O que está fora de dúvida é que John Methuen tinha pre.stígio pessoal, inde

engrenados em outros, de ordem polí tica, e foi isso que troioce, em maio de 1702, Methuen pai novamente a Lisboa.

pendente da fôrça do cargo que ocupa

va, e que ôsse prestígio se alicerçou nos seis anos de sua estada em Lisboa,

quando foi pela primeira vez a Portugal. Porque, em 1697, justamente o ano da paz de Riswick, John Methuen dei xou o pôsto, regressando ao seu país.

Sc da primeira vez viera para conven cer D. Pedro II da vantagem de abando

nar o partido de Filipe V, associando-se ao pretendente austríaco na guerra da sucessão espanhola, vinha agora persua dir o govêmo português a separar-se da ahança com Luís XIV. Methuen reti rou-se de Lisboa no ano seguinte, dei

Foi como se o não deixasse, em reali

xando ao filho a formalidade de assinar

dade, porque em seu lugar ficou o filho,

o tratado cie 10 de maio de 1703, de fundo nitidamente político, e que se

Paul Methuen, e tudo faz crer que ti vesse sido um bom continuador da obra

parava Portugal da França. Voltaria em

paterna. Encontrava t> caminho aberto

setembro, entretanto, para, tres meses

pela habilidade do outro, e não lhe se ria difícil tratar os assuntos diplomáti

de 1703, assinar êle próprio, por parte

cos, qa verdade complexos naquele pe

da Inglaterra, o discutido documento a

depois, justamente a 17 de dezembro


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Dicesto

Econónoco

perante a lei da oferta e da procura

através de seu govêmo, já temporal, já

tomava-se, portanto, um mito: não pas

espiritual, legítima e necessária em ma téria de impostos, salários, empréstimos,

O tratado de Methuen

fixação de horas de trabaHio, descanso

Nelson Weoneck Sodbé

sava da liberdade que tinha o capitalis ta de explorar a penúria do proletário, porque êste carecia do salário para viver, enquanto o patrão podia esperar e

viver do próprio capital, na ausência

de qualquer renda. Demais, com a introdução da máqui na, o aviltamento da mão-de-obra, por

hebdomadário, etc.

O liberalismo, tão

apregoado pelos economistas de seu tempo, só aproveitava aos detentores do capital e o caráter absoluto atribuído à

pM 1691, mandava a Inglaterra, como ministro cm Lí.sboa, um hábil di

ríodo. A longa rivalidade anglo-francesa amainava-sc no acôrdo de RisNrick,

lei da oferta e da procura no alinentc

plomata. Deixando as .suas funções nos

mas os interesses em choque eram dema

Comuns, John Methuen passaria seis í^no.«5 junto à côrte do D. Pedro II.

excesso de braços, dava ao capitalista

aos empréstimos, aos salários e mesmo à venda dos objetos, de comércio em

uma situação privilegiada, podendo im

tempos

arbitrário

por ao operário salários ínfirnõs, abso-

Nela, não fêz a diplomacia liabilual

siado importantes para que a paz tra duzisse um têrino de conflito, já não militar mas econômico e político.

quanto a suposta lei de Malthus da

lutamente irrisórios.

falta de proporcionalidade entre o cres

do tempo, em particular a que os sen.s compatriotas faziam, apenas. Longe dc

transmudaria em outros, de tôda ordem.

Era, a'iás, o que o próprio Adam Smith não deixara de reconhecer e proclamar.

Para ele, realmente, os patrões tinham vantagem na discussão dos salários:

1.° — porque podiam coligar-se muito

anormais,

era

tão

cimento da população e o das subsistên-

se conservar distante, oficial e solene,

cias...

na posição em que sc achava investido,

No que interessava a Portugal e à In glaterra, e que misturados no conjunto

Êste strá, porém, o assunto a ser desenvolvido em outro artigo.

buscou'fazer relações, tomar-se conhe

do quadro europeu aparentemente sur

cido, impor-se por qualidades pessoais,

niais fàcilmentc do que os operários;

NOTAS

2° — porque, graças aos seus recursos, podiam esperar, enquanto muitos operá

(1) Vide A. Comte: "Política PoBilIva**,

rios não conseguiam manter-se uma se

(2) Vide Descartes: "Oeuvres", vol. I, pg.

vol, I, pgs. 155 e 15G.

mana, havendo um pequeno número

470, e vol. 11, pg. 82 da ed. Adam-Tan-

capaz de árstentar-se durante um mês e quase nenhum durante um ano inteiro de desemprego. (8) Pensando, como Louis Blanc (9), que

(3) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva"

a liberdade de direito, sem a liberdade

(4) Vide A. Comte: "Filosofia Positiva",

de fato, nada mais é do que abomina- •

vel opressão, considerava Comte a li berdade econômica absoluta, pregada pe^a ortodoxia individualista, a formula

ção pseudo-científica do egoísmo plutocrático, isto é, a sanção hipócnta e so fistica do esmagamento dos fracos pelos

fortes, dos pobres pelos ncos. Julgava, . por isto a interferência da sociedade

O problema da sucessão espanhola se

nery.

vol. IV, pgs. 197 e 198 da ed. citada.

Sobre a obscuridade que, em J. B. Say o nos demais economistas da época, passou a envolver a palavra "riqueza" vide: Mauduit, op. cit., pg. 177. vol. VI. pg. 364.

(5) Idem, ibídem, vol. IV, ngs. 202 e- 203 (6) Vide Roger Mauduit. op. cit., pgs 131

132, 250 e 251.

t.

,

(7) Vide "Filosofia Positiva", vol. VI, pg. 364.

^

(8) Vide Adam Smith: "Riqueza das Na ções". livro.I, c. 8.O. pg. 169 do vol I da trad. franc. de G. Garnler, Paris 1859.

(0) Vide Louis Blanc: "Organisation du Travall", pg. 20 da 2.a ed., Paris, 1848.

independentes das que deveriam confundir-se na figura de um representante inglês. Não se conservou distante, nem frio, nem superior. Se não alcançou aquilo que poderíamos aceitar como po pularidade, pc-® menos fez-se figura co nhecida, relacionada — a tal ponto que, mesmo em 'documentos oficiais, f'oi tra

giam isolados, estavam os dos vinhos e os dos panos. Temiam os negociantes

que traficavam com os rinhos portugue ses

entre os quais havia muitos conipa-

Iriotas do Methuen — que o mercado

inglês, o de mais largo consumo, na

épocá, fôsse dominado pelos franceses. Por outro lado, ansiavam os britânicos

por que Portugal lhes abrisse o mercado

tado, à portuguesa, por D.João Methuen,

aos lanifícios. Êsses problemas estavam

e isso. conforme observou alguém, era quase um atestado de naturalização. O que está fora de dúvida é que John Methuen tinha pre.stígio pessoal, inde

engrenados em outros, de ordem polí tica, e foi isso que troioce, em maio de 1702, Methuen pai novamente a Lisboa.

pendente da fôrça do cargo que ocupa

va, e que ôsse prestígio se alicerçou nos seis anos de sua estada em Lisboa,

quando foi pela primeira vez a Portugal. Porque, em 1697, justamente o ano da paz de Riswick, John Methuen dei xou o pôsto, regressando ao seu país.

Sc da primeira vez viera para conven cer D. Pedro II da vantagem de abando

nar o partido de Filipe V, associando-se ao pretendente austríaco na guerra da sucessão espanhola, vinha agora persua dir o govêmo português a separar-se da ahança com Luís XIV. Methuen reti rou-se de Lisboa no ano seguinte, dei

Foi como se o não deixasse, em reali

xando ao filho a formalidade de assinar

dade, porque em seu lugar ficou o filho,

o tratado cie 10 de maio de 1703, de fundo nitidamente político, e que se

Paul Methuen, e tudo faz crer que ti vesse sido um bom continuador da obra

parava Portugal da França. Voltaria em

paterna. Encontrava t> caminho aberto

setembro, entretanto, para, tres meses

pela habilidade do outro, e não lhe se ria difícil tratar os assuntos diplomáti

de 1703, assinar êle próprio, por parte

cos, qa verdade complexos naquele pe

da Inglaterra, o discutido documento a

depois, justamente a 17 de dezembro


S7

Dicesto Econômico r>ICE»TO

que o seu nome ficaria ligado. Tal tra

EcONÓ^aoO

"Artigo 2." — fí estipulado qu©'

cruzados, com parte dos quais teria do

onde prejudicariam o dcscnvol\-imento

tado suas sobrinhas.

Ao Secretário de

das indústrias nacionais correspondentes.

Estado Roque Monteiro Paim acusava-se de ter recebido presentes valiosos, em

Orgulhava-Se de apresentar-se nas cor tes de Londres e Paris com roupas de

tado, ao contrário do anterior, era de

Sua Sagrada e Real Majestade Bri

fiindo essencialmente econômico. Teria

sido mera coincidência o fato dc John

tânica, em S'eu próprio Nome, e no de Seus Sucessores, será obrigada

jóias, que se destinariam às filhas, e em

panos fabricados na Covilhã ou no Fun

para sempre, de aqui em diante, de

dão.

Methuen ter deixado ao filho o encargo

moedas de ouro, que lhe caberiam. O

de firmar o acordo político, preocupan do-se em assinar pessoalmente o acôrdo econômico? Que trabalhou afanosâmente para chegar a êstc — e desde o perío do mais longo de sua primeira estada —

admitir na Grã-Bretanha os vinhos

signatário do tratado, por parte do govémo português, o Marquês de Alegrete, ficaria suspeito em conseqüência de, sendo pobre até então, ter comprado o palácio em que passou a residir. Nem o seu sogro, o Duque de Cadaval, rico já nessa época, escapou às acusações (1). A acusação ao confessor real, pa

tais concessões para obtenção de trata mento privilegiado, na Inglaterra, aos

parece não haver dúvida. Em tal tra

balho pusera, aliás, os seus reconheci dos dotes dc habilidade, a sua sociabili-

dade, o seu gôsto em tomar-se conhecido e estimado.

O tratado não seria fruto

dos esforços de um ano, aquêle que medeou entre o seu regresso, em maio de 1702, e a sua partida, antes de maio de

do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos dc Inglaterra e de França) não se podará e.xigir direi tos dc Alfândega nestes \inhos, ou debaixo dc qua'quer outro título di

reta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pi pas, toneis ou qualquer outra vasilha que seja, mais que o que se costuma

ou abatendo uma têrça parte do

ii^cnte preparada e amadurecida,

direito do costume.

Lisboa. Obra provàvelmentc continuada ou mantida pelo füho, nos intervalos de sua ausência na

Inglaterra. Como quer que seja, fir mando o tratado de 17 de dezembro de

1703, John Methuen entrava para a his tória.

Mais discutido do que conhecido -

"Artigo 3.° — 0$ Exmos. Serdiores

e quase sempre* mal discutido, pov ser

Plenipotenciários prometem e tomam

Visto isolado do quadro em que se gerou - b Tratado de Methuen era simples, curto e claro. Ei-lo, na íntegra:

sobre si, que Seus Amos acima men

tade El-Reí de Portugal promete, tanto em Seu próprio Nome, como

de Methuen, — e começou a ter os seus

no de Seus Sucessores, admitir para

efeitos. Desde a data em que foi fir mado, foi também combatido. Em Por tugal, a gente do tempo não poupou os que se haviam envolvido nas negocia ções. Suspeitas de suborno foram divoilgadas. Ao padre Sebastião de Maga lhães, jesuíta e confessor do rei, atribuía-se o recebimento de cinqüenta mil

sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de Ia e mais fábricas de. lanifício de Inglaterra, como era costume ate o tempo em

que foram proibidos pelas leis, jiâo obstante qualquer condição em con trário.

distribuição dos vinhos lusos? A con cessão, ao que informava, viria trazer

duplo prejuízo: arruinaria a indústria na

cional de panos e contribuiria para que

das de ouro, além das jóias que trou xera a Portugal, para o cumprimento da sua missão, montando os presentes a duzentos e dezesseis mil cruzados. Cons tava em Londres, por outro lado, que,

os lavradores lusos convertessem em vi

nhas as terras de pão, tendo, depois,

de importar com que se alimentar, além de importar com que se vestir. Traço

ao partir para Lisboa, na sua última viagem, Methuen conduzira somas avul-

de união entre duas épocas — a do Conde dá Ericeira e a do Marquês de Pombal — ambas dominadas pelo col-

tadas, destinadas a propinas (3). Sua

bertismo, raciocmava claro D. Luís da

condição de irmão de um fabricante de panos não o deixaria também isento de

Cunha, sob muitos pontos de rista, num período de extremadas concessões (4).

Severas

críticas

mereceu

o

Outro adversário português do

Tratado de Methuen foi Sebas

oficiais, ainda no tempo em que

tião José de Carvalho. O futuro Marquês de Pombal, quase

foi firmado. Entre elas, as que lhe fêz o representante portu

acôrdo econômico em questão,

guês em Londres, D. Luís da

far-lhe-ia uma critica cerrada. Mais do que isso: retomando e

tratado, mesmo em documentos 1

prios negociantes britânicos que haviam empregado capitais na produção e na

despendido quarenta e quatro mil moe

alvo da malevolência da época.

cionados ratificarão éste tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as ratificações." Assim passou à história o Tratado

"Artigo 1." — Sua Sagrada Majes

mento. Nelas constava ter o negociador

acima ó declarado, fôr por algum modo infringido e prejudicado. Sua Sagrada Majestade Portuguêsa poderá justa e legitimamente proibir os panos de lã e todas as mais fá bricas de lanifício de Inglaterra.

tre as còrtes de Paris e Londres. Para

isso lá, estaria ele, na capital inglesa,

esforçando-se e esperançado de ê.xito.

tação de contas de Methuen ao Parla

esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como

ceses, uma vez restabelecida a paz en

E não estariam nisso interessados os pró

do confirmadas, aliás, pela própria pres

Porém, se em qualquer tempo

e continuariam a ter, apesar da ameaça

que se constituiria nos concorrentes fran

de alguma forma com o depoimento

Suspeições ou acusações de certo mo

da de vinho do França, diminuindo

vinhos portugueses. Êsse tratamento — afirmava — tais \inhos já vinham tendo,

contido numa instrução do governo fran

cês ao seu representante em Lisboa (2).

pedir para igual quantidade ou medi

1703 — mas de uma obra lenta-

efetivada desde 1691 quando, pela primeira vez, aportara a

dre Sebastião de Magalhães, conjuga-se

Não acreditava na necessidade de

meio século depois de firmado o

Cunha. Herdeiro das idéias do Conde- da Ericeira, partidário das ten dências de Colbert, D. Luís da Cunlia manifestou-se contrário às facilidades de

ceira, e em plena vigência do Tratado

entrada dos panos ínglêses em Portugal,

uma política econômica que, em essên-

«iLi

ampliando as idéias do Conde da Eri de Methuen, deu forma e realidade a


S7

Dicesto Econômico r>ICE»TO

que o seu nome ficaria ligado. Tal tra

EcONÓ^aoO

"Artigo 2." — fí estipulado qu©'

cruzados, com parte dos quais teria do

onde prejudicariam o dcscnvol\-imento

tado suas sobrinhas.

Ao Secretário de

das indústrias nacionais correspondentes.

Estado Roque Monteiro Paim acusava-se de ter recebido presentes valiosos, em

Orgulhava-Se de apresentar-se nas cor tes de Londres e Paris com roupas de

tado, ao contrário do anterior, era de

Sua Sagrada e Real Majestade Bri

fiindo essencialmente econômico. Teria

sido mera coincidência o fato dc John

tânica, em S'eu próprio Nome, e no de Seus Sucessores, será obrigada

jóias, que se destinariam às filhas, e em

panos fabricados na Covilhã ou no Fun

para sempre, de aqui em diante, de

dão.

Methuen ter deixado ao filho o encargo

moedas de ouro, que lhe caberiam. O

de firmar o acordo político, preocupan do-se em assinar pessoalmente o acôrdo econômico? Que trabalhou afanosâmente para chegar a êstc — e desde o perío do mais longo de sua primeira estada —

admitir na Grã-Bretanha os vinhos

signatário do tratado, por parte do govémo português, o Marquês de Alegrete, ficaria suspeito em conseqüência de, sendo pobre até então, ter comprado o palácio em que passou a residir. Nem o seu sogro, o Duque de Cadaval, rico já nessa época, escapou às acusações (1). A acusação ao confessor real, pa

tais concessões para obtenção de trata mento privilegiado, na Inglaterra, aos

parece não haver dúvida. Em tal tra

balho pusera, aliás, os seus reconheci dos dotes dc habilidade, a sua sociabili-

dade, o seu gôsto em tomar-se conhecido e estimado.

O tratado não seria fruto

dos esforços de um ano, aquêle que medeou entre o seu regresso, em maio de 1702, e a sua partida, antes de maio de

do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos dc Inglaterra e de França) não se podará e.xigir direi tos dc Alfândega nestes \inhos, ou debaixo dc qua'quer outro título di

reta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pi pas, toneis ou qualquer outra vasilha que seja, mais que o que se costuma

ou abatendo uma têrça parte do

ii^cnte preparada e amadurecida,

direito do costume.

Lisboa. Obra provàvelmentc continuada ou mantida pelo füho, nos intervalos de sua ausência na

Inglaterra. Como quer que seja, fir mando o tratado de 17 de dezembro de

1703, John Methuen entrava para a his tória.

Mais discutido do que conhecido -

"Artigo 3.° — 0$ Exmos. Serdiores

e quase sempre* mal discutido, pov ser

Plenipotenciários prometem e tomam

Visto isolado do quadro em que se gerou - b Tratado de Methuen era simples, curto e claro. Ei-lo, na íntegra:

sobre si, que Seus Amos acima men

tade El-Reí de Portugal promete, tanto em Seu próprio Nome, como

de Methuen, — e começou a ter os seus

no de Seus Sucessores, admitir para

efeitos. Desde a data em que foi fir mado, foi também combatido. Em Por tugal, a gente do tempo não poupou os que se haviam envolvido nas negocia ções. Suspeitas de suborno foram divoilgadas. Ao padre Sebastião de Maga lhães, jesuíta e confessor do rei, atribuía-se o recebimento de cinqüenta mil

sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de Ia e mais fábricas de. lanifício de Inglaterra, como era costume ate o tempo em

que foram proibidos pelas leis, jiâo obstante qualquer condição em con trário.

distribuição dos vinhos lusos? A con cessão, ao que informava, viria trazer

duplo prejuízo: arruinaria a indústria na

cional de panos e contribuiria para que

das de ouro, além das jóias que trou xera a Portugal, para o cumprimento da sua missão, montando os presentes a duzentos e dezesseis mil cruzados. Cons tava em Londres, por outro lado, que,

os lavradores lusos convertessem em vi

nhas as terras de pão, tendo, depois,

de importar com que se alimentar, além de importar com que se vestir. Traço

ao partir para Lisboa, na sua última viagem, Methuen conduzira somas avul-

de união entre duas épocas — a do Conde dá Ericeira e a do Marquês de Pombal — ambas dominadas pelo col-

tadas, destinadas a propinas (3). Sua

bertismo, raciocmava claro D. Luís da

condição de irmão de um fabricante de panos não o deixaria também isento de

Cunha, sob muitos pontos de rista, num período de extremadas concessões (4).

Severas

críticas

mereceu

o

Outro adversário português do

Tratado de Methuen foi Sebas

oficiais, ainda no tempo em que

tião José de Carvalho. O futuro Marquês de Pombal, quase

foi firmado. Entre elas, as que lhe fêz o representante portu

acôrdo econômico em questão,

guês em Londres, D. Luís da

far-lhe-ia uma critica cerrada. Mais do que isso: retomando e

tratado, mesmo em documentos 1

prios negociantes britânicos que haviam empregado capitais na produção e na

despendido quarenta e quatro mil moe

alvo da malevolência da época.

cionados ratificarão éste tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as ratificações." Assim passou à história o Tratado

"Artigo 1." — Sua Sagrada Majes

mento. Nelas constava ter o negociador

acima ó declarado, fôr por algum modo infringido e prejudicado. Sua Sagrada Majestade Portuguêsa poderá justa e legitimamente proibir os panos de lã e todas as mais fá bricas de lanifício de Inglaterra.

tre as còrtes de Paris e Londres. Para

isso lá, estaria ele, na capital inglesa,

esforçando-se e esperançado de ê.xito.

tação de contas de Methuen ao Parla

esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como

ceses, uma vez restabelecida a paz en

E não estariam nisso interessados os pró

do confirmadas, aliás, pela própria pres

Porém, se em qualquer tempo

e continuariam a ter, apesar da ameaça

que se constituiria nos concorrentes fran

de alguma forma com o depoimento

Suspeições ou acusações de certo mo

da de vinho do França, diminuindo

vinhos portugueses. Êsse tratamento — afirmava — tais \inhos já vinham tendo,

contido numa instrução do governo fran

cês ao seu representante em Lisboa (2).

pedir para igual quantidade ou medi

1703 — mas de uma obra lenta-

efetivada desde 1691 quando, pela primeira vez, aportara a

dre Sebastião de Magalhães, conjuga-se

Não acreditava na necessidade de

meio século depois de firmado o

Cunha. Herdeiro das idéias do Conde- da Ericeira, partidário das ten dências de Colbert, D. Luís da Cunlia manifestou-se contrário às facilidades de

ceira, e em plena vigência do Tratado

entrada dos panos ínglêses em Portugal,

uma política econômica que, em essên-

«iLi

ampliando as idéias do Conde da Eri de Methuen, deu forma e realidade a


88

Dxcesto Econó^co 89

DicESTo Econômico

cia, estava em contradição com os têr-

mos daquele tratado, o que le\-ou muitos a ver em Pombal um adversário, quan

do não um inimigo da Inglaterra. Adver sário e até inimigo, na verdade, dos métodos comerciais britânicos, de sua in

mero acôrdo tarifário, em suma, que acabaria como tema central de prolon gada controvérsia, na cjual não se es creveu ainda a última pala\'ra (7).

(2) — Instrução ao embaixador Mar quês dc ChStcauneuf: "II avait un commcrce

intime

nvcc

le sieur

Methuen,

O curioso é que cerradas críticas ao tratado surgiriam na própria Inglaterra.

Chancçlier d"Iiiande et cnvoyó d'Anglaterre à Lisbonnc. ct Von prctcnd qu'il rnvait servi ulUement pour Ic succés do

filtração nociva ao país em que era mi nistro, de seus prejuízos à gente lusa. Na sua análise do tratado em questão, aliás, Pombal se mostra muito mais obje tivo do que os seus contemporâneos ou

Dez anos após a sua assinatura, afirmava-sc lá que fôra um ato de traição, rea

sa négocialion" — referindo-se ao trata do de aliança, dc 1702, que afastava Por

lizado sem o voto do Parlamento, e que

liona Donnóes aux Ambassadeurs ot Mi

tassem a cabeça. Methuen estava morto,

(3) _ Versão colhida cm Schercr, Mor-

os seus antecessores.

e sôbrc o acôrdo a que dera o nome

cators Letters on Portugal and iía Com-

Êle vô o acordo

firmado por Methuen no grande qua dro de conjunto da vida mercantil da época, refcríndo-o à posição subalterna

de Portugal nesse quadro.

o seu negociador merecia que lhe cor passava a tempestade dos debates. Che gou a constituir-se cm toma de progra mas partidários, na lula política interna:" defendiam-no os torics, atacavam-no os

A grande corrente adversária do Tra

ivhigs. Mais adiante, glorificavam-no os

tado de Methuen, aquela que contra êle

nacionalistas, exaltando a obra de Me

levantou verdadeira onda difamatória —

thuen, enquanto os livrc-cambistas o

que chegou aò nosso tempo e que tem

consideravam nocivo. O papa do divre-

encontrado eco nos comentários mais di

cambísmo, o criador da economia polí

vulgados cm tomo daquele documento — foi a francesa. Era suspeita, na ver-

tajoso para o seu país (8). Deu motivo

dadei uma vez que o acôrdo de 1703 re

a acesos debates, no Parlamento, em 1830 e em 1836, mas encontrou \un de

luta anglo-francesa, e episódio desfavo

cidido defensor em Palmerston (9). Até

rável à França. Quase não há historió-

que, em 1842, chegaria ao têrmo de

assuntos econômicos, na terra de Colbert

seus efeitos.

que não tenha lançado o seu quinhão de amargura contra Methuen e o seu

lusas, como no próprio desenvolvimento

tratado. Estudou-o Scherer para, no confronto da balança comercial anglo-

da revolução mercantil, fornecera ele

lusa, condená-lo com veemência, acoi-

tOs e do oitocentos, e despertara sempre, o por tòda parte, debates ativos, desen contrados, apaixonados e tempestuosos —

mando-o como responsável pela evasão Apreciou-o não menos acrimoníosamente

Noel, inclusive apontando a má-fé bri tânica

uma sorte de fc púnica da épo

velhice, em grande parte, íoram publica das cm livro em 1820.

(8) — "The treaty is indoubtedly advantageous to Portugal, and disadvanta-

geous to Grcat Britain... It has bcen celobratcd. however, as a master piece of the commercial poliçy of England". Em Adam Smith. An inquiry into the nalure and cause oi the wealth of nations. (9) — Ésscs debates podem ser acompa nhados na coleção Hansnrd. Parliamcnta-

ry Debates, 1820-30 ou Parliamenlary De bates. 1831-91. Também nos Specches of the Highl Hon. William Huskisson. Huskisson. a quem Canning chamai-ia "o mais

prático homem dé negócios da Inglater ra", foi parlamentar por mais de um quar to de século e presidente do Board of Trade do 1823 a 1827.

debates que se prolongaram além de sua vigência, e que chegaram ao nosso tempo. NOTAS

mento da revolução mercantil (6). Nes

nos dois citados, mas em outros — possi velmente alicerçou Sombart a sua formal condenação ao acôrdo de Lisboa — um

ofereceu ao rd D. José. Escritas na sua

Em Sombart: Der mcdcrne Kapita-

lismuB.

mentos ao surto capitalista do setecen-

ca moderna, ungindo todo o desenvolvi ses economistas franceses — talvez não

merce. — precioso subsídio para o estudo da expansão mercantil ipglésa e suas re percussões cin Poi"tugal. (4) As idéias econômicas de D. Luís da Cunha estão contidas em documentos reunidos em seu Testamento Político, que

(7) — "Obra-prima de hipócrita trapaça-

ria".

Durara quase século e

meio, tivera papel de relêvo, não só no quadro das relações comerciais anglo-

para a Inglaterra do ouro brasileiro (5).

nistres do Franco, compiladas pelo Vis conde de Calx de Samt-Aymour.

(6) — Noel, Octave: Histoire du Com-

merco du Monde.

tica, Adam Smith, considerou-o desvan-

presentou um episódio, na prolongada grafo, comentador ou memorialisla de

tugal da França. Em Hecuoll des Instruc-

(5) — Scherer: Histoire du Commerc* de Touts les Nations.

(1)'— Tais acusações estão relatadas nas MemóriELS

Históricas, de

Jacó

Frederico

Torlades Pereira, compiladas de 1827 a

1836, e parecem provir de algum escrito do tempo, no dizer de João Lúcio de Aze vedo.

Vi-V.''., -.i'

Secundo estatísticas do Departamento do Comércio, a receita nacional teria ^ aiinpido em 1948 225.000.000.000 de dólares, o que representa aumento de dez ■>r cento em relação ao ano precedente. , , , por O aludido Departamento salienta que a porcentagem das rendas das sociedades

particulares, sob forma de juros de dioiderxdos ou aluguéis, não registrou nenhurn progresso em cotejo com 1947.


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Dxcesto Econó^co 89

DicESTo Econômico

cia, estava em contradição com os têr-

mos daquele tratado, o que le\-ou muitos a ver em Pombal um adversário, quan

do não um inimigo da Inglaterra. Adver sário e até inimigo, na verdade, dos métodos comerciais britânicos, de sua in

mero acôrdo tarifário, em suma, que acabaria como tema central de prolon gada controvérsia, na cjual não se es creveu ainda a última pala\'ra (7).

(2) — Instrução ao embaixador Mar quês dc ChStcauneuf: "II avait un commcrce

intime

nvcc

le sieur

Methuen,

O curioso é que cerradas críticas ao tratado surgiriam na própria Inglaterra.

Chancçlier d"Iiiande et cnvoyó d'Anglaterre à Lisbonnc. ct Von prctcnd qu'il rnvait servi ulUement pour Ic succés do

filtração nociva ao país em que era mi nistro, de seus prejuízos à gente lusa. Na sua análise do tratado em questão, aliás, Pombal se mostra muito mais obje tivo do que os seus contemporâneos ou

Dez anos após a sua assinatura, afirmava-sc lá que fôra um ato de traição, rea

sa négocialion" — referindo-se ao trata do de aliança, dc 1702, que afastava Por

lizado sem o voto do Parlamento, e que

liona Donnóes aux Ambassadeurs ot Mi

tassem a cabeça. Methuen estava morto,

(3) _ Versão colhida cm Schercr, Mor-

os seus antecessores.

e sôbrc o acôrdo a que dera o nome

cators Letters on Portugal and iía Com-

Êle vô o acordo

firmado por Methuen no grande qua dro de conjunto da vida mercantil da época, refcríndo-o à posição subalterna

de Portugal nesse quadro.

o seu negociador merecia que lhe cor passava a tempestade dos debates. Che gou a constituir-se cm toma de progra mas partidários, na lula política interna:" defendiam-no os torics, atacavam-no os

A grande corrente adversária do Tra

ivhigs. Mais adiante, glorificavam-no os

tado de Methuen, aquela que contra êle

nacionalistas, exaltando a obra de Me

levantou verdadeira onda difamatória —

thuen, enquanto os livrc-cambistas o

que chegou aò nosso tempo e que tem

consideravam nocivo. O papa do divre-

encontrado eco nos comentários mais di

cambísmo, o criador da economia polí

vulgados cm tomo daquele documento — foi a francesa. Era suspeita, na ver-

tajoso para o seu país (8). Deu motivo

dadei uma vez que o acôrdo de 1703 re

a acesos debates, no Parlamento, em 1830 e em 1836, mas encontrou \un de

luta anglo-francesa, e episódio desfavo

cidido defensor em Palmerston (9). Até

rável à França. Quase não há historió-

que, em 1842, chegaria ao têrmo de

assuntos econômicos, na terra de Colbert

seus efeitos.

que não tenha lançado o seu quinhão de amargura contra Methuen e o seu

lusas, como no próprio desenvolvimento

tratado. Estudou-o Scherer para, no confronto da balança comercial anglo-

da revolução mercantil, fornecera ele

lusa, condená-lo com veemência, acoi-

tOs e do oitocentos, e despertara sempre, o por tòda parte, debates ativos, desen contrados, apaixonados e tempestuosos —

mando-o como responsável pela evasão Apreciou-o não menos acrimoníosamente

Noel, inclusive apontando a má-fé bri tânica

uma sorte de fc púnica da épo

velhice, em grande parte, íoram publica das cm livro em 1820.

(8) — "The treaty is indoubtedly advantageous to Portugal, and disadvanta-

geous to Grcat Britain... It has bcen celobratcd. however, as a master piece of the commercial poliçy of England". Em Adam Smith. An inquiry into the nalure and cause oi the wealth of nations. (9) — Ésscs debates podem ser acompa nhados na coleção Hansnrd. Parliamcnta-

ry Debates, 1820-30 ou Parliamenlary De bates. 1831-91. Também nos Specches of the Highl Hon. William Huskisson. Huskisson. a quem Canning chamai-ia "o mais

prático homem dé negócios da Inglater ra", foi parlamentar por mais de um quar to de século e presidente do Board of Trade do 1823 a 1827.

debates que se prolongaram além de sua vigência, e que chegaram ao nosso tempo. NOTAS

mento da revolução mercantil (6). Nes

nos dois citados, mas em outros — possi velmente alicerçou Sombart a sua formal condenação ao acôrdo de Lisboa — um

ofereceu ao rd D. José. Escritas na sua

Em Sombart: Der mcdcrne Kapita-

lismuB.

mentos ao surto capitalista do setecen-

ca moderna, ungindo todo o desenvolvi ses economistas franceses — talvez não

merce. — precioso subsídio para o estudo da expansão mercantil ipglésa e suas re percussões cin Poi"tugal. (4) As idéias econômicas de D. Luís da Cunha estão contidas em documentos reunidos em seu Testamento Político, que

(7) — "Obra-prima de hipócrita trapaça-

ria".

Durara quase século e

meio, tivera papel de relêvo, não só no quadro das relações comerciais anglo-

para a Inglaterra do ouro brasileiro (5).

nistres do Franco, compiladas pelo Vis conde de Calx de Samt-Aymour.

(6) — Noel, Octave: Histoire du Com-

merco du Monde.

tica, Adam Smith, considerou-o desvan-

presentou um episódio, na prolongada grafo, comentador ou memorialisla de

tugal da França. Em Hecuoll des Instruc-

(5) — Scherer: Histoire du Commerc* de Touts les Nations.

(1)'— Tais acusações estão relatadas nas MemóriELS

Históricas, de

Jacó

Frederico

Torlades Pereira, compiladas de 1827 a

1836, e parecem provir de algum escrito do tempo, no dizer de João Lúcio de Aze vedo.

Vi-V.''., -.i'

Secundo estatísticas do Departamento do Comércio, a receita nacional teria ^ aiinpido em 1948 225.000.000.000 de dólares, o que representa aumento de dez ■>r cento em relação ao ano precedente. , , , por O aludido Departamento salienta que a porcentagem das rendas das sociedades

particulares, sob forma de juros de dioiderxdos ou aluguéis, não registrou nenhurn progresso em cotejo com 1947.


91

Dicesto Econômico

do uma evolução lne\itável — através

de um Congresso que, em 1640, durou

"Formação Histórica do Brasil"

no Recife de Nassau menos dias do que o afro-brasileiro c o do motim municipal de Bernardo Vieira de Mello...

Luís Delgaix>

O sr.

Caio Prado ve conclusões bolcheviques

Quando comecei a ler história do

Êssc manual dc história a que êle

Brasil, o livro escolar de João Ri-

chamou Formação Histórica do Brasil

befro já andava em grandes edições. Foi nêle que estudei.

!

r

Meu primeiro

merece uma carinhosa atenção.

contacto com a crônica da terra verifi

Infelizmente, eii discordo, um pouco, do título. Nasce dele a impressão de

cou-se, portanto, através de uma obra

que SC vai ler uma interpretação crítica:

que fora saudada — segundo ouvi dizer, depois — como uma total renovação. João Ribeiro esquematízava, classificava —ca história do Brasil aparecia como

vai-se estudar quais os fatôres que se

uma cousa que era possível entenderse.

Depois de João Ribeiro, uma histó

desenvolveram nos fatos o a qualidade c a importância dc uns e dc outros. E acontece que o livro 6, realmente, uma

descrição de fatos, um arrolamenlo his tórico, certamente não resumido a um primeiro plano superficial de nomes e

ria do Brasil escrita dentro dêsses mol

datas, mas em que a história, a narra

des já não é em si mesma uma novi

ção é que tem a parte maior.

dade.

trata do crítica histórica, mas de uma

E curioso, no entanto, como cada ho

Não se

história feita com alta inte'igência.

mem pode ver sob novas luzes o mesmo drama, descobrindo sistemas inéditos e

permite mesmo outra natureza.

ligações imprevistas por entre os fatos

geras fôra convidado, em 1929, para dar

já longas vêzes repetidos e repisados. A complexidade da vida humana deixa a

impressão de um romance que, em lugar de um enredo ou de uma porção de enredos fragmentários, tivesse uma in

A finalidade dos estudos não lliè Caló

uma notícia do Brasil a estudantes nor te-americanos que visitavam a nossa

Escola de Altos Estudos. Para essa fi

nalidade, afinal de contas precária, êle escreveu conferências, lições que consti

finidade de enredos totais, cada um se

tuem a Formação Histórica.

guindo da primeira página à última,

pessoal é que pôde mesmo transformar,

i

envolvendo todos os personagens, sendo

a tarefa num livro definitivo, dentro áe'

I

muito justo e muito certo, parecendo o iinico enrêdo possível. A questão é co meçar por êste fato, por aquele personagem... De qualquer ponto de partida,

j faz-se a volta inteira do mundo. E vê-se um mundo ainda não visto.

I

Não é preciso dizer, como Pandiá

I

Calógeras, com aquela elevação intelec tual e moral de que jamais decaiu, que intentando fazer essa mesma viagem, não

se limitaria a ser um guia mas um de.scí>bridor.

Seu valor

um assunto que, com intenções mais

amplas, haviam outras tantas vêzes tra tado.

O livro é uma síntese, e nós sabemos como as sínteses da história brasileira

devem ser recebidas com desconfiança, numa época em que os partidos políti cos procuram teimosamente justificar seus pontos de vista, indicando-os como

conclusões normais, fatais, de nossa vida.

Justamente como as primeiras gerações republicanas viam na República o têrmo

na nossa (na sua...) evolução política e o sr. Hélio Viana parece que vê con

clusões integralistas.

E, não sei por

que motivos, sempre é mais fácil extraí rem-se essas conclusões de sínteses curtas

do que de análises cuidadosas,.. Quanto às conclusões, o livro de Pan diá Calógeras parece-me modesto de mais. A dupla conclusão que o autor

A segunda, porém, é tênue. O fato existe, mas processando-se apenas nas rodas da direção política e nas altas ca madas culturais. Em regra, o continente é ainda desconhecido. Excetue-Se unra

certa admiração popular pelo desenvol vimento material dos Estados Unidos, e tudo mais é indiferença. Abre-se, de

fato, caminho para alguma cousa melhor e não caem no vácuo os esforços de al

guns diretores intelectuais como o pró prio Pandiá Calógeras, mas essa aproxi mação continental é, por ora, menos uma conclusão nacional do que uma

construção política. Vale

vé na história nacional é a unidade do pais e a sua

aproximação

pena

também

que toma o século XIX. Enquanto só três capítulos

continental.

São estas, a seu ver,

a

acentuar no livro o relevo

as

tendências permanentes de

se consagram à Colônia,

nossa formação histórica .

independente. Ficaria o fa to um pouco estranho para um livro que trata precisa

treze são dedicados ao país

E realmente não se pode deixar de ver que construí mos uma unidade numa re

mente da nossa formação,

gião em que tudo parecia

se uma curta frase do pre

forçar tipos locais de cul tura, de organização e de

fácio não explicasse o mo

tivo: Ca<16g|eras desejaria fazê-lo uma espécie de se

vida, é vamos — pouco a

pouco — formando uma

gundo volume da história

viva solidariedade entre os

de Capistrano. Capistrano

grupos humanos do Con tinente.

A primeira dessas conclusões é ampla demais. Creio que, considerada nas conferências desHnadas a urna gente que nunca mais nos veria, ela fôsse satisfa tória. Nós outros, porém, que vivemos

envolvidos pelo Brasil a tôdas as horas e conhecemos as vicissitudes daquele ideal como que nos perdemos dentro da conclusão proposta. Dentro dela, permanece intacto um universo de acon tecimentos e d® idéias, de tendências

políticas, de fatos econômicos, de con ceitos de vida.

escrevera os Capítulos da

História Colonial, revivendo o Brasil dos

três primeiros séculos. Calógeras deve ter querido continuar o trabalho do seu grande amigo, complet^y o estudo de nossa evolução, retomando-o a partir da

quele ano de 1800. em que Capistrano

o havia deixado. E esta preferencia in dividual veio acrescentar-se àquela que nasceria obrigatòriamente da importân-

cia que teve em nossa vida o século pas sado - século da independência e da constituição.

, ,

,

No entanto, o Uvro nao é, nao pode-


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Dicesto Econômico

do uma evolução lne\itável — através

de um Congresso que, em 1640, durou

"Formação Histórica do Brasil"

no Recife de Nassau menos dias do que o afro-brasileiro c o do motim municipal de Bernardo Vieira de Mello...

Luís Delgaix>

O sr.

Caio Prado ve conclusões bolcheviques

Quando comecei a ler história do

Êssc manual dc história a que êle

Brasil, o livro escolar de João Ri-

chamou Formação Histórica do Brasil

befro já andava em grandes edições. Foi nêle que estudei.

!

r

Meu primeiro

merece uma carinhosa atenção.

contacto com a crônica da terra verifi

Infelizmente, eii discordo, um pouco, do título. Nasce dele a impressão de

cou-se, portanto, através de uma obra

que SC vai ler uma interpretação crítica:

que fora saudada — segundo ouvi dizer, depois — como uma total renovação. João Ribeiro esquematízava, classificava —ca história do Brasil aparecia como

vai-se estudar quais os fatôres que se

uma cousa que era possível entenderse.

Depois de João Ribeiro, uma histó

desenvolveram nos fatos o a qualidade c a importância dc uns e dc outros. E acontece que o livro 6, realmente, uma

descrição de fatos, um arrolamenlo his tórico, certamente não resumido a um primeiro plano superficial de nomes e

ria do Brasil escrita dentro dêsses mol

datas, mas em que a história, a narra

des já não é em si mesma uma novi

ção é que tem a parte maior.

dade.

trata do crítica histórica, mas de uma

E curioso, no entanto, como cada ho

Não se

história feita com alta inte'igência.

mem pode ver sob novas luzes o mesmo drama, descobrindo sistemas inéditos e

permite mesmo outra natureza.

ligações imprevistas por entre os fatos

geras fôra convidado, em 1929, para dar

já longas vêzes repetidos e repisados. A complexidade da vida humana deixa a

impressão de um romance que, em lugar de um enredo ou de uma porção de enredos fragmentários, tivesse uma in

A finalidade dos estudos não lliè Caló

uma notícia do Brasil a estudantes nor te-americanos que visitavam a nossa

Escola de Altos Estudos. Para essa fi

nalidade, afinal de contas precária, êle escreveu conferências, lições que consti

finidade de enredos totais, cada um se

tuem a Formação Histórica.

guindo da primeira página à última,

pessoal é que pôde mesmo transformar,

i

envolvendo todos os personagens, sendo

a tarefa num livro definitivo, dentro áe'

I

muito justo e muito certo, parecendo o iinico enrêdo possível. A questão é co meçar por êste fato, por aquele personagem... De qualquer ponto de partida,

j faz-se a volta inteira do mundo. E vê-se um mundo ainda não visto.

I

Não é preciso dizer, como Pandiá

I

Calógeras, com aquela elevação intelec tual e moral de que jamais decaiu, que intentando fazer essa mesma viagem, não

se limitaria a ser um guia mas um de.scí>bridor.

Seu valor

um assunto que, com intenções mais

amplas, haviam outras tantas vêzes tra tado.

O livro é uma síntese, e nós sabemos como as sínteses da história brasileira

devem ser recebidas com desconfiança, numa época em que os partidos políti cos procuram teimosamente justificar seus pontos de vista, indicando-os como

conclusões normais, fatais, de nossa vida.

Justamente como as primeiras gerações republicanas viam na República o têrmo

na nossa (na sua...) evolução política e o sr. Hélio Viana parece que vê con

clusões integralistas.

E, não sei por

que motivos, sempre é mais fácil extraí rem-se essas conclusões de sínteses curtas

do que de análises cuidadosas,.. Quanto às conclusões, o livro de Pan diá Calógeras parece-me modesto de mais. A dupla conclusão que o autor

A segunda, porém, é tênue. O fato existe, mas processando-se apenas nas rodas da direção política e nas altas ca madas culturais. Em regra, o continente é ainda desconhecido. Excetue-Se unra

certa admiração popular pelo desenvol vimento material dos Estados Unidos, e tudo mais é indiferença. Abre-se, de

fato, caminho para alguma cousa melhor e não caem no vácuo os esforços de al

guns diretores intelectuais como o pró prio Pandiá Calógeras, mas essa aproxi mação continental é, por ora, menos uma conclusão nacional do que uma

construção política. Vale

vé na história nacional é a unidade do pais e a sua

aproximação

pena

também

que toma o século XIX. Enquanto só três capítulos

continental.

São estas, a seu ver,

a

acentuar no livro o relevo

as

tendências permanentes de

se consagram à Colônia,

nossa formação histórica .

independente. Ficaria o fa to um pouco estranho para um livro que trata precisa

treze são dedicados ao país

E realmente não se pode deixar de ver que construí mos uma unidade numa re

mente da nossa formação,

gião em que tudo parecia

se uma curta frase do pre

forçar tipos locais de cul tura, de organização e de

fácio não explicasse o mo

tivo: Ca<16g|eras desejaria fazê-lo uma espécie de se

vida, é vamos — pouco a

pouco — formando uma

gundo volume da história

viva solidariedade entre os

de Capistrano. Capistrano

grupos humanos do Con tinente.

A primeira dessas conclusões é ampla demais. Creio que, considerada nas conferências desHnadas a urna gente que nunca mais nos veria, ela fôsse satisfa tória. Nós outros, porém, que vivemos

envolvidos pelo Brasil a tôdas as horas e conhecemos as vicissitudes daquele ideal como que nos perdemos dentro da conclusão proposta. Dentro dela, permanece intacto um universo de acon tecimentos e d® idéias, de tendências

políticas, de fatos econômicos, de con ceitos de vida.

escrevera os Capítulos da

História Colonial, revivendo o Brasil dos

três primeiros séculos. Calógeras deve ter querido continuar o trabalho do seu grande amigo, complet^y o estudo de nossa evolução, retomando-o a partir da

quele ano de 1800. em que Capistrano

o havia deixado. E esta preferencia in dividual veio acrescentar-se àquela que nasceria obrigatòriamente da importân-

cia que teve em nossa vida o século pas sado - século da independência e da constituição.

, ,

,

No entanto, o Uvro nao é, nao pode-


92

Dicksto

Econômico

ria ser nunca, uma continuação do livro

elemento dcnunciador característico: ao

de Capistrano. A grandeza de cada um é uma grandeza própria. Entre si, êles estão tão separados quanto o tempera

passo que os nossos historiadores param,• cm regra, no começo da República, ale gando ser "história de ontem", e "esta rem vivas as paixões", Calógeras, escre vendo cm 1929, hi.storia até os fatos

mento e a feição intelectual dos dois autores.

Não importam as ligações pessoais que

de 1926. É uma bela demonstração de

êles mantinham, aquê'e nobre afeto que os ligava. O sr. Gontíjo de Carvalho, por exemplo, no seu Uvto sôbre Calógeras — obra de justiça a um grande ho

coragem intelectual e serve também para indicar um temperamento. Não se pense, todavia, que aceitava a grosseria indispensável a essa convivên

procedido cm suas duas obras monumen minas do Brasil.

A primeira característica deste livro, como obra pessoal, é êssc alargamento

da guerra inteiramente vencida e con

universal da história brasileim.

Os conflitos cm que nos envolvemos,

por causa de TordesiMias, com a Holan da, no Prata, com Portugal etc., consti tuem um ponto de prova para os nossos historiadores, inconscientemente desejan

digna, portanto, de todos os aplausos — conta como a lembrança do ateísmo de

nha seus refúíTios. É admirável a inven

Capistrano preocupava Calógeras, en-

tiva dos delicados, esses delicados que,

^ quanto sofria o doloroso processo da

para o velho Lafontaine, são infelizes:

um problema curiosíssimo. Só se fala

H conversão. Mesmo nesta hora em que o homem se abala em seus mais recônditos

amando os homens c não compactuando com êles, criam desvios que os afastam do grande número e ficam, no silêncio, a pensar em todos, a preocupar-se com a

havia dominado durante sessenta anos, e

'

fundamentos, Calógeras não largava de pensamento a Capistrano. Essa circuns

tância indica a amizade que tinham. Mas, nem a mais íntima amizade pode

salvação de todos, a sacrificar-se e a

fazer com que se completem os homens

e Calógeras não fugiram à regra. Mas,

que o temperamento separa.

enquanto Capistrano ia reviver a histó

Calógeras era um espírito incomparàvelmente mais universal que o seu ami

go. Capistrano reco!hera-se à história do Brasil como àquela sua rêde cearense

em que os amigos o iam encontrar e Onde estudava incansàvelmente, revol

vendo a gestação da nacionalidade es

sofrer, talvez, por todos...

Capistrano

ria esquecida do Brasil humilde dos tro peiros do São Francisco, não dando

uma palavra a Tiradentes coberto de glórias, Calógeras agia sôbre ó Brasil atual, alargava a sua história através do mundo, reclamava, portanto, no tempo e no espaço, o convívio de todos os

do entender o mundo cm função da his

tória do Brasil. Em Pernambuco, a guer ra holandesa e a atitude da metrópole são

contra a qual ele, por fim, se revoltara. Viesse uma nova guerra com a Plolanda e não era só Pernambuco que desapa receria: era Portugal de novo, também. Em tal situação, não há país que se

sacrifique por amor à co.ônia: não se compreende a Alemanha, em 1918, arris cando-se a perder a independência por

De 1640 a 1661, da restauração portu

cair, neste livro de que estou tratando, uma pequena frase significativa de sua alma: — "perdoar, antes de tudo". Dada essa diversidade de índoles, o

a Espanha conHnuava. Mas, feita a paz

se dos vivos, eaquanto que em Calóge ras- a vocação da atividade criava até

eerto ponto um homem do ar Kvre, dos ^bientes abertos.

Era um homem de parlamentos, de

seu livro não continua o de Capistrano,

senão na seqüência cronológica, na ho nestidade dos intuitos e na grandeza da compreensão.

congressos, de oficinas — nascido para o

Calógeras não poderia fazer uma sín

convívio de outros homens. A Formação

tese de nossa liistória, sem que nela re

^iistÓTica do Brasil oferece mesmo um

percutisse o longo trabalho de análise

detalhes ,cin que não forem atendidas cortas exigências de ordem moral. Fazer

a paz com a Holanda, resgatar Pernam buco a dinheiro quando tòdas as outras

que não poderia ter sido inellror. Êste 6 um exemplo de como o livro do Pandiá Calógeras articula com o mun do a vida brasileira, tomando-a incom-

paràvelmente mais compreensível e mais clara. Não me resta espaço para mostrar

outros e.xemplos, como o referente à es cravidão negra às voltas com a Ingla

compêndio sumário de acontecimentos

Se vê — uma tendência para o reco

lhimento, o esquecimento. Era um ho-

ainda que discorde dela. quanto a alguns

terra.

como se a olhasse do sol.

Wem que procurava fechar-se, esconder-

Digam o que quiserem ós adversários, mas eu vejo nisto uma grande política —

Portugal fez o que pôde, fôz talvez mais do que era razoável esperar dêle.

ser mais

E deixou

as pretensões^ portuguesas. Vinha con firmada a conquista do Amazonas".

amor à África Oriental ou ao Kamerum.

plantava algodão. Era sempre — como

Olhava a humanidade

fessava a derrota pela aceitação de todas

esperanças estavam perdidas, concentrar forças contra a Espanha, firmar a inde o pobre do Portugal estava, por aquele, pendência própria, anc.xar todo o Vale tempo, em lula com a Espanha, que o do Amazonas - é um resultado histórico

guesa até o tratado de paz, negociou, negaceou, tergiversou, ganhou tempo — digamos a palavra franca: iludiu os ho landeses até quando eles nao suportaram

visto.

166S,'diz Calógeras: "a Espanha saía

na colônia abandonada. Esquece-se que

quecida naquela gente que p.ovoava a zona do São Francisco, criava gado,

homens, mas alteava-se a ponto de não

holandesa,^ pago o resgate do Brasil, teve Portugal maiores elementos a jogar contra a Espanha e, feita a nova paz, era

tais sôbre a pü'ítica exterior e sôbre as

cia aberta. - Sua delicadeza superior — irmã_^da delicadeza de Capistrano — ti

mem para quem temos sido injustos,

93

DicESTO Econômico

mais. Durante êsse tempo, a guerra com

Desse livro, que o autor considera um

complicadissimos, a história do Brasil sai

banhada de uma luz que lhe permite re levos novos, brilhos novos. Sob muitos

aspectos, descobre-se o BrasÜ através da inteligência e do coração desse ho mem excepcional que foi Joao de Pandiá Calógeras.


92

Dicksto

Econômico

ria ser nunca, uma continuação do livro

elemento dcnunciador característico: ao

de Capistrano. A grandeza de cada um é uma grandeza própria. Entre si, êles estão tão separados quanto o tempera

passo que os nossos historiadores param,• cm regra, no começo da República, ale gando ser "história de ontem", e "esta rem vivas as paixões", Calógeras, escre vendo cm 1929, hi.storia até os fatos

mento e a feição intelectual dos dois autores.

Não importam as ligações pessoais que

de 1926. É uma bela demonstração de

êles mantinham, aquê'e nobre afeto que os ligava. O sr. Gontíjo de Carvalho, por exemplo, no seu Uvto sôbre Calógeras — obra de justiça a um grande ho

coragem intelectual e serve também para indicar um temperamento. Não se pense, todavia, que aceitava a grosseria indispensável a essa convivên

procedido cm suas duas obras monumen minas do Brasil.

A primeira característica deste livro, como obra pessoal, é êssc alargamento

da guerra inteiramente vencida e con

universal da história brasileim.

Os conflitos cm que nos envolvemos,

por causa de TordesiMias, com a Holan da, no Prata, com Portugal etc., consti tuem um ponto de prova para os nossos historiadores, inconscientemente desejan

digna, portanto, de todos os aplausos — conta como a lembrança do ateísmo de

nha seus refúíTios. É admirável a inven

Capistrano preocupava Calógeras, en-

tiva dos delicados, esses delicados que,

^ quanto sofria o doloroso processo da

para o velho Lafontaine, são infelizes:

um problema curiosíssimo. Só se fala

H conversão. Mesmo nesta hora em que o homem se abala em seus mais recônditos

amando os homens c não compactuando com êles, criam desvios que os afastam do grande número e ficam, no silêncio, a pensar em todos, a preocupar-se com a

havia dominado durante sessenta anos, e

'

fundamentos, Calógeras não largava de pensamento a Capistrano. Essa circuns

tância indica a amizade que tinham. Mas, nem a mais íntima amizade pode

salvação de todos, a sacrificar-se e a

fazer com que se completem os homens

e Calógeras não fugiram à regra. Mas,

que o temperamento separa.

enquanto Capistrano ia reviver a histó

Calógeras era um espírito incomparàvelmente mais universal que o seu ami

go. Capistrano reco!hera-se à história do Brasil como àquela sua rêde cearense

em que os amigos o iam encontrar e Onde estudava incansàvelmente, revol

vendo a gestação da nacionalidade es

sofrer, talvez, por todos...

Capistrano

ria esquecida do Brasil humilde dos tro peiros do São Francisco, não dando

uma palavra a Tiradentes coberto de glórias, Calógeras agia sôbre ó Brasil atual, alargava a sua história através do mundo, reclamava, portanto, no tempo e no espaço, o convívio de todos os

do entender o mundo cm função da his

tória do Brasil. Em Pernambuco, a guer ra holandesa e a atitude da metrópole são

contra a qual ele, por fim, se revoltara. Viesse uma nova guerra com a Plolanda e não era só Pernambuco que desapa receria: era Portugal de novo, também. Em tal situação, não há país que se

sacrifique por amor à co.ônia: não se compreende a Alemanha, em 1918, arris cando-se a perder a independência por

De 1640 a 1661, da restauração portu

cair, neste livro de que estou tratando, uma pequena frase significativa de sua alma: — "perdoar, antes de tudo". Dada essa diversidade de índoles, o

a Espanha conHnuava. Mas, feita a paz

se dos vivos, eaquanto que em Calóge ras- a vocação da atividade criava até

eerto ponto um homem do ar Kvre, dos ^bientes abertos.

Era um homem de parlamentos, de

seu livro não continua o de Capistrano,

senão na seqüência cronológica, na ho nestidade dos intuitos e na grandeza da compreensão.

congressos, de oficinas — nascido para o

Calógeras não poderia fazer uma sín

convívio de outros homens. A Formação

tese de nossa liistória, sem que nela re

^iistÓTica do Brasil oferece mesmo um

percutisse o longo trabalho de análise

detalhes ,cin que não forem atendidas cortas exigências de ordem moral. Fazer

a paz com a Holanda, resgatar Pernam buco a dinheiro quando tòdas as outras

que não poderia ter sido inellror. Êste 6 um exemplo de como o livro do Pandiá Calógeras articula com o mun do a vida brasileira, tomando-a incom-

paràvelmente mais compreensível e mais clara. Não me resta espaço para mostrar

outros e.xemplos, como o referente à es cravidão negra às voltas com a Ingla

compêndio sumário de acontecimentos

Se vê — uma tendência para o reco

lhimento, o esquecimento. Era um ho-

ainda que discorde dela. quanto a alguns

terra.

como se a olhasse do sol.

Wem que procurava fechar-se, esconder-

Digam o que quiserem ós adversários, mas eu vejo nisto uma grande política —

Portugal fez o que pôde, fôz talvez mais do que era razoável esperar dêle.

ser mais

E deixou

as pretensões^ portuguesas. Vinha con firmada a conquista do Amazonas".

amor à África Oriental ou ao Kamerum.

plantava algodão. Era sempre — como

Olhava a humanidade

fessava a derrota pela aceitação de todas

esperanças estavam perdidas, concentrar forças contra a Espanha, firmar a inde o pobre do Portugal estava, por aquele, pendência própria, anc.xar todo o Vale tempo, em lula com a Espanha, que o do Amazonas - é um resultado histórico

guesa até o tratado de paz, negociou, negaceou, tergiversou, ganhou tempo — digamos a palavra franca: iludiu os ho landeses até quando eles nao suportaram

visto.

166S,'diz Calógeras: "a Espanha saía

na colônia abandonada. Esquece-se que

quecida naquela gente que p.ovoava a zona do São Francisco, criava gado,

homens, mas alteava-se a ponto de não

holandesa,^ pago o resgate do Brasil, teve Portugal maiores elementos a jogar contra a Espanha e, feita a nova paz, era

tais sôbre a pü'ítica exterior e sôbre as

cia aberta. - Sua delicadeza superior — irmã_^da delicadeza de Capistrano — ti

mem para quem temos sido injustos,

93

DicESTO Econômico

mais. Durante êsse tempo, a guerra com

Desse livro, que o autor considera um

complicadissimos, a história do Brasil sai

banhada de uma luz que lhe permite re levos novos, brilhos novos. Sob muitos

aspectos, descobre-se o BrasÜ através da inteligência e do coração desse ho mem excepcional que foi Joao de Pandiá Calógeras.


DiGESTo Econômico

o cobre falso na Bahia Otávio TAnguíxio de Sousa

cobre falso, que foi urua das mazelas dos primeiros anos do Brasil imperial, em

t

O

conde de Camnmu, não se

nenhuma província assumiu

gindo sôbre o assunto repe

cansou de pedir providencias ao govérno do Império, diri

tamanha gravidade como na

rano c seus ministros.

aaaa,"

Plena

mente convencido da vergo

go\'émo pro\-isório de Ca choeira para atender às neces

para fácil enriquecimento. A partir de 1823, vários presidentes da província se empenharam em remediar a situação, sem o menor resu'tado. O cobre falso

transformou-se por assim dizer em moeda

de curso legal, recebido e pago pelo comércio, pela generalidade dos cida

obstou à circulação desta moeda; aiifcs

sua sanção, conlmuaiido a lecebeda c a ^ Quando S. Excia. o Marquês dc tinha chegado..,nr,i{e.stara ao mais espantoso auge. S. os maiores deseios fc .8 limitara a dar

Salvador, teve Gordilho de Barbuda en sejo de com ele conversar sobre os meios

mandando qoe nenhuma moeda de coh.c

panhada de vanhada dJ uma unm.ma guia assinada peh provinha e mandando estacionar

de acabar com o cobre falso, pedindolhe mesmo que obtivesse a opinião dos

Urreidar óSís..": tddasas Umca^ e

negociantes britânicos ali residentes. Não

se negaram ê.stcs a dar-lha, numa repre

o enfrentou mais corajosamente do que José Egídio Gordi^ho de Barbuda, quan

castelo d'Eu, hoje transferido para o Museu de Petrópolis. E' êste documen to inédito, de apreciável importância

Gordilho, amigo devotado de Pedro I, e de quem recebeu o título de Vis

. roninírio o Governo a revestiu da

JicSou a esta Trovíncia, o mal de o

^ suprimir.

convencido da sua tião se achava, v

Amigo pessoal do cônsul inglês em

sentação minuciosa, que Gordilho enca

do do comando das armas na província

Co,?í„rfo, aada se

cunhado por ordem do Governo P

em 1829, aos mocdeiros falsos.

dãos e até pelas próprias repartições do Governo. Se o depois Marquês de Queluz procurou obstar o mal, ninguém

passou para a presidência desta.

o...

'íÍ.X ma!e cscaudaloso.

çãa de cdrias

nha que o ca.so encerrava, deu combate franco aos "in-

sidades da luta contra os antigos domi . fames fabricantes", como os chamou em nadores portugueses, degenerou rapida missiva ao Imperador, havendo por isso mente em indústria criminosa que a mesmo qüem atribua o seu assassínio, gente menos honesta forneceu recurso

o

<?c aceitasse na Casa da Fazenda. cm maiores porções, não No dccur.so de pouco ictnpo esta se emjrra(Im-ando por consegutnle subsistir o mciior duvida ae q y

tidas cartas e ofícios ao sobe

Bahia. Tendo origem na moe da de guerra, cunhada pelo

OefUuos. ^

esta moeda haela .«rfn çuahada ™ rcpaenou rcccbê-la em nnra suprir as ncces.\tdadcs da guato. O / ' Vimio Vresicfcntc, mandou que vagamente até que o limo. Snr. Francisco Viccmie \ tona, t resta ,

minhou a Pedro I e se achava guarda

da no arquivo da família imperial, no

'ddade sem ser acom-

de donde a nmsma

tméocLra líos dos principais rUisj/ÊÍ rias.

^ _7rá,.>porte <Ifl moeda de^M

í. ndo ...o fdssc acom-^W -o„,. embaraço tompordrioao^^r,o, .

ZZilZaftorZns-na Talha ocasionadas Pf iaJlé vender farinha a ^ ecebeZ tôTa moeda^ue etntao xpedir ordei^^^e ^^^Z:TZ:ur ^ '■'^oifo para J ^^oeda falsa, mandando já retirar as canhoneiras, e p

para a história financeira e social do

Brasil, que se publica em seguida:

"limo. 8 Exmo.

Sr. José Egídio Gordilho de Barbuda Digníssimo Presidente da Província da Bahia

Os negociantes ingUses tendo recebido por via do Cônsul de S. M. B. a comunicação em que V. Excia. expressa o desejo de possuir o ■parecer dos mesmos iôbre as medidas mais eficazes que o Govêrno poderia adotar para suprimir a

'"''"Z ZZVtZa cireunstêncla foi notória e conhecida *Z'aZaffní um cobic ainda mais òil do que até então tinha ^Zêrno, coniinuondo ZZ:ZTloZZTre%elêTeZuZZ 'paff""^n,o. come havia anteriormente ' PTOÍfcS<!02'fXcrV°NLfC«l<r<>u, esta praça se achava nas críticas rirc ?zt aue Zabames de expor, e alguns indivíduos fã receosos das oonse7m qZ ZZium resultar «/«gnaram recebê-lo. Representações a este fm

moeda de cobre falso, êles tomam a liberdade de submeter a V. Excia. as seguin tes observações:

Em primeiro lugar êlesJulgam dever representar a V. Excia., de uma

neira concisa, a origem do cobre falso.

ma-

ák

.-y,<gér*"'


DiGESTo Econômico

o cobre falso na Bahia Otávio TAnguíxio de Sousa

cobre falso, que foi urua das mazelas dos primeiros anos do Brasil imperial, em

t

O

conde de Camnmu, não se

nenhuma província assumiu

gindo sôbre o assunto repe

cansou de pedir providencias ao govérno do Império, diri

tamanha gravidade como na

rano c seus ministros.

aaaa,"

Plena

mente convencido da vergo

go\'émo pro\-isório de Ca choeira para atender às neces

para fácil enriquecimento. A partir de 1823, vários presidentes da província se empenharam em remediar a situação, sem o menor resu'tado. O cobre falso

transformou-se por assim dizer em moeda

de curso legal, recebido e pago pelo comércio, pela generalidade dos cida

obstou à circulação desta moeda; aiifcs

sua sanção, conlmuaiido a lecebeda c a ^ Quando S. Excia. o Marquês dc tinha chegado..,nr,i{e.stara ao mais espantoso auge. S. os maiores deseios fc .8 limitara a dar

Salvador, teve Gordilho de Barbuda en sejo de com ele conversar sobre os meios

mandando qoe nenhuma moeda de coh.c

panhada de vanhada dJ uma unm.ma guia assinada peh provinha e mandando estacionar

de acabar com o cobre falso, pedindolhe mesmo que obtivesse a opinião dos

Urreidar óSís..": tddasas Umca^ e

negociantes britânicos ali residentes. Não

se negaram ê.stcs a dar-lha, numa repre

o enfrentou mais corajosamente do que José Egídio Gordi^ho de Barbuda, quan

castelo d'Eu, hoje transferido para o Museu de Petrópolis. E' êste documen to inédito, de apreciável importância

Gordilho, amigo devotado de Pedro I, e de quem recebeu o título de Vis

. roninírio o Governo a revestiu da

JicSou a esta Trovíncia, o mal de o

^ suprimir.

convencido da sua tião se achava, v

Amigo pessoal do cônsul inglês em

sentação minuciosa, que Gordilho enca

do do comando das armas na província

Co,?í„rfo, aada se

cunhado por ordem do Governo P

em 1829, aos mocdeiros falsos.

dãos e até pelas próprias repartições do Governo. Se o depois Marquês de Queluz procurou obstar o mal, ninguém

passou para a presidência desta.

o...

'íÍ.X ma!e cscaudaloso.

çãa de cdrias

nha que o ca.so encerrava, deu combate franco aos "in-

sidades da luta contra os antigos domi . fames fabricantes", como os chamou em nadores portugueses, degenerou rapida missiva ao Imperador, havendo por isso mente em indústria criminosa que a mesmo qüem atribua o seu assassínio, gente menos honesta forneceu recurso

o

<?c aceitasse na Casa da Fazenda. cm maiores porções, não No dccur.so de pouco ictnpo esta se emjrra(Im-ando por consegutnle subsistir o mciior duvida ae q y

tidas cartas e ofícios ao sobe

Bahia. Tendo origem na moe da de guerra, cunhada pelo

OefUuos. ^

esta moeda haela .«rfn çuahada ™ rcpaenou rcccbê-la em nnra suprir as ncces.\tdadcs da guato. O / ' Vimio Vresicfcntc, mandou que vagamente até que o limo. Snr. Francisco Viccmie \ tona, t resta ,

minhou a Pedro I e se achava guarda

da no arquivo da família imperial, no

'ddade sem ser acom-

de donde a nmsma

tméocLra líos dos principais rUisj/ÊÍ rias.

^ _7rá,.>porte <Ifl moeda de^M

í. ndo ...o fdssc acom-^W -o„,. embaraço tompordrioao^^r,o, .

ZZilZaftorZns-na Talha ocasionadas Pf iaJlé vender farinha a ^ ecebeZ tôTa moeda^ue etntao xpedir ordei^^^e ^^^Z:TZ:ur ^ '■'^oifo para J ^^oeda falsa, mandando já retirar as canhoneiras, e p

para a história financeira e social do

Brasil, que se publica em seguida:

"limo. 8 Exmo.

Sr. José Egídio Gordilho de Barbuda Digníssimo Presidente da Província da Bahia

Os negociantes ingUses tendo recebido por via do Cônsul de S. M. B. a comunicação em que V. Excia. expressa o desejo de possuir o ■parecer dos mesmos iôbre as medidas mais eficazes que o Govêrno poderia adotar para suprimir a

'"''"Z ZZVtZa cireunstêncla foi notória e conhecida *Z'aZaffní um cobic ainda mais òil do que até então tinha ^Zêrno, coniinuondo ZZ:ZTloZZTre%elêTeZuZZ 'paff""^n,o. come havia anteriormente ' PTOÍfcS<!02'fXcrV°NLfC«l<r<>u, esta praça se achava nas críticas rirc ?zt aue Zabames de expor, e alguns indivíduos fã receosos das oonse7m qZ ZZium resultar «/«gnaram recebê-lo. Representações a este fm

moeda de cobre falso, êles tomam a liberdade de submeter a V. Excia. as seguin tes observações:

Em primeiro lugar êlesJulgam dever representar a V. Excia., de uma

neira concisa, a origem do cobre falso.

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93

Digesto Eco^'ó^^co

^^ndml exãZ pn.'^' S"»"- V,^-Pre«Jcníc Manoel Inácio da Cunha, o qual helecirnen^riZií ' ^ridmduos em qucMão e cnlre cias uma a um esta-

ceberVcobri fnl em circulação) ^^pre^ndia conduta dos mesmos {cm rcpugnar re^ o coore jalso •comoaintempestiva. '^

pre~nosatéTLÍTrjJllT em sepuimenf -^1 ^u 7 O cobrp\"frT7

Pgura como outr^7

^ 3^

10 C 12-

K tem QuebríinY7 t

progresso da moeda T",®^ origem edesta Frovíncia, cummoeda corrente. vogemento consiste de cobro falso.

'^^^^PorecUlo da circulação, c'apenas agora

mercadoria, estando já por uni prêmio do

da mesma maneira não se alcança cOm menos de 30 C

«o ^elor do dinheiro, motivada pela moeda falsa

97

Digesto Econômico

depreciação, perderá afinal (e isto antes de pouco tempo) de todo, o conceito público, e aquúlcs que tiverem o infortúnio de o possuir apenas "possuirão um montão sem valor que lhes patenteará a sua ruína. Esta circutustância envolveria muita calamidade individual, e abriria a vorta

ò anarquia e confusão, cujas conseqüências, a não terem uma tendência si/oocr-

(iva do sistema que felizmente agora nos tege, envolveriam prov^ehnente o Covârno em maiores despesas para acomodar ús desordens, do que mé seria ne cessário para recolher o cobre falso.

negociantes ingleses têm o pesar de não estarem ao alcance de fornec^ a V. Excia. uma estimativa e.xata da quantidade de cobre falso em circulação, mas seja qual fôr a sua importância, ela é menor agora do aue seria em futuro, e

esta simples reflc.xão indica a urgente necessidade de proceder com a diligência e

ciividadc possível em preparar o remédio. Os meios que os negociantes inglêses têm a propor a V. Excia. são os seguintes ■.

^

.. .

,

,

' Ouo o Govêrno do Rio de Janeiro transmita, com a brevidade possível,

Estac -f =ínnn ^

i r- i

sstao agora experimentando,

e isto quando pó

, flo câmbio de Al e coLJuintTrnZfTo f R? 7.801Ç419.

mérciof^apZtt' cobre falso e preferindo em geral deixar o alternativa de receberem em paeainentn

cio Govãrno R$ 33.3335333.

remessa,se havia feito

pequena transação do

inteiramente paralisado o co^ rnuUos nem mesmo a

mercadouas, temendo-se do ^ cobrança das suas dív0a^

vai diminuindo consideràvelmente e o re> moeda. o comércio rendas do Estado. ' ^^tmltado influirá sensivelmente sôbre as

preço e imo ,ro,

publicas em breve será mui inadequado ao seiFsustentZ' Os enormes lucros dos fabricantes dn

^ empregados j,

tirna influência mui perniciosa sôbre a pública moral Interêss^^Z^i de produzir semelhante facilidade trazem consigo a depravação de costumes

tmulo cnpidcz edeaosmuitos outroe,são quelevados em vezpela de encaminharem a Zfa 00 hemà propno, daNaçao fârça do exemllo ? inMstriãsta ha immdade) aos mesmos nefandos f,ns. Êste objeto é de transcemlente ÍLortânZa

"um pmsna sua mfâncta, e tao ameno como o Brasil, e digno da sZiZ^JrínZn t-tderaçao do seu Govêrno.

®

mai$ séria con-

,.A,„ ânimos bem dispostos, ansiosos, têm os olhos fito. .ri, ^ Co cuí aphcavel 'P"? faos males que rodeiam propriedade, mas Província igualmeJe ^LrZ remé dw e ameaçam esta

conte Jíl ontestavel

pode continuar muitodepois^ tempodeé IZ/4atn irvDemorando-se "éo o remédio, o cobreporfalso, rãpS^

para esta Província, a quantia de 200 a 300 contos de réis, de moeda de cobre, conjuntamente com uma porção de notas pára dar em trôco do cobre falso, logo que o mesmo se recolha, Estas notas devem ser assinadas por uma ComLssao

' composta de pessoas de conhecida honra e probidadci e nomeadas a êste fim pelo Govêrno desta Província. . j ^ • Loao qne a Comissão estiver de posse dos sobreditos meios, deverá noti

ficar publicamente que dali em diante todo o cobre falso fica proibido, dendo-se um esjxiço de tempo razoável para se recolher o que estiver na ctda^

e dando-se extensão para o que estiver no interior. O cobre falso assim recolhido será substituído coní-.cohre verdadeiro, o notas, na proporção de um terço de cobre, e de dois terços de notas. Logo que todo o cobre falso e^iver recolhido a Comissão mandará inserir nos papéis públicos a porção de notas emi tidas.

Cumpre recomendar que as notas sejam das seguintes importâncias: 1/4 parte em notaç de

25$000

1/4

"

"

"

"

50$000

1/4 1/4

" "

" "

" "

" 1005000 " 2005000

Recornendam-se em preferência notas grandes, em razão da tendência que cs pequenas têm de retirar o cobre da circulação. Outrossim se inculca que as notas de 255000 sejam récolhidas, e

dinheiro, 6 meses depois da sua emissão-, as de 505000 em 12 meses, as de 1005000

^ 18 meses, as dq 200S000 em 24 meses. ■ j-j j O tempo que se propõe para o pagamento é certamente mui dilatado,

porém é preferível dar ao Gou^rjio amplo espaço do que incorrer no risco de ll^e causar embaraço ou inconveniente, aproximando mais as épocas dos pagamentos. Os negociantes ingleses, ao mesmo tempo que sugerem a V. Excia. estas ^tedidas toiruim a liberdade de declarar que êles as considerani simplesmente como remédio temporário, e o único suscetível de aplicação imediata {para o grande ® espantoso mal que atualmente pesa sôbre a Província). Êles consideram que é o seu dever francamente expor a V. Excia. que o


93

Digesto Eco^'ó^^co

^^ndml exãZ pn.'^' S"»"- V,^-Pre«Jcníc Manoel Inácio da Cunha, o qual helecirnen^riZií ' ^ridmduos em qucMão e cnlre cias uma a um esta-

ceberVcobri fnl em circulação) ^^pre^ndia conduta dos mesmos {cm rcpugnar re^ o coore jalso •comoaintempestiva. '^

pre~nosatéTLÍTrjJllT em sepuimenf -^1 ^u 7 O cobrp\"frT7

Pgura como outr^7

^ 3^

10 C 12-

K tem QuebríinY7 t

progresso da moeda T",®^ origem edesta Frovíncia, cummoeda corrente. vogemento consiste de cobro falso.

'^^^^PorecUlo da circulação, c'apenas agora

mercadoria, estando já por uni prêmio do

da mesma maneira não se alcança cOm menos de 30 C

«o ^elor do dinheiro, motivada pela moeda falsa

97

Digesto Econômico

depreciação, perderá afinal (e isto antes de pouco tempo) de todo, o conceito público, e aquúlcs que tiverem o infortúnio de o possuir apenas "possuirão um montão sem valor que lhes patenteará a sua ruína. Esta circutustância envolveria muita calamidade individual, e abriria a vorta

ò anarquia e confusão, cujas conseqüências, a não terem uma tendência si/oocr-

(iva do sistema que felizmente agora nos tege, envolveriam prov^ehnente o Covârno em maiores despesas para acomodar ús desordens, do que mé seria ne cessário para recolher o cobre falso.

negociantes ingleses têm o pesar de não estarem ao alcance de fornec^ a V. Excia. uma estimativa e.xata da quantidade de cobre falso em circulação, mas seja qual fôr a sua importância, ela é menor agora do aue seria em futuro, e

esta simples reflc.xão indica a urgente necessidade de proceder com a diligência e

ciividadc possível em preparar o remédio. Os meios que os negociantes inglêses têm a propor a V. Excia. são os seguintes ■.

^

.. .

,

,

' Ouo o Govêrno do Rio de Janeiro transmita, com a brevidade possível,

Estac -f =ínnn ^

i r- i

sstao agora experimentando,

e isto quando pó

, flo câmbio de Al e coLJuintTrnZfTo f R? 7.801Ç419.

mérciof^apZtt' cobre falso e preferindo em geral deixar o alternativa de receberem em paeainentn

cio Govãrno R$ 33.3335333.

remessa,se havia feito

pequena transação do

inteiramente paralisado o co^ rnuUos nem mesmo a

mercadouas, temendo-se do ^ cobrança das suas dív0a^

vai diminuindo consideràvelmente e o re> moeda. o comércio rendas do Estado. ' ^^tmltado influirá sensivelmente sôbre as

preço e imo ,ro,

publicas em breve será mui inadequado ao seiFsustentZ' Os enormes lucros dos fabricantes dn

^ empregados j,

tirna influência mui perniciosa sôbre a pública moral Interêss^^Z^i de produzir semelhante facilidade trazem consigo a depravação de costumes

tmulo cnpidcz edeaosmuitos outroe,são quelevados em vezpela de encaminharem a Zfa 00 hemà propno, daNaçao fârça do exemllo ? inMstriãsta ha immdade) aos mesmos nefandos f,ns. Êste objeto é de transcemlente ÍLortânZa

"um pmsna sua mfâncta, e tao ameno como o Brasil, e digno da sZiZ^JrínZn t-tderaçao do seu Govêrno.

®

mai$ séria con-

,.A,„ ânimos bem dispostos, ansiosos, têm os olhos fito. .ri, ^ Co cuí aphcavel 'P"? faos males que rodeiam propriedade, mas Província igualmeJe ^LrZ remé dw e ameaçam esta

conte Jíl ontestavel

pode continuar muitodepois^ tempodeé IZ/4atn irvDemorando-se "éo o remédio, o cobreporfalso, rãpS^

para esta Província, a quantia de 200 a 300 contos de réis, de moeda de cobre, conjuntamente com uma porção de notas pára dar em trôco do cobre falso, logo que o mesmo se recolha, Estas notas devem ser assinadas por uma ComLssao

' composta de pessoas de conhecida honra e probidadci e nomeadas a êste fim pelo Govêrno desta Província. . j ^ • Loao qne a Comissão estiver de posse dos sobreditos meios, deverá noti

ficar publicamente que dali em diante todo o cobre falso fica proibido, dendo-se um esjxiço de tempo razoável para se recolher o que estiver na ctda^

e dando-se extensão para o que estiver no interior. O cobre falso assim recolhido será substituído coní-.cohre verdadeiro, o notas, na proporção de um terço de cobre, e de dois terços de notas. Logo que todo o cobre falso e^iver recolhido a Comissão mandará inserir nos papéis públicos a porção de notas emi tidas.

Cumpre recomendar que as notas sejam das seguintes importâncias: 1/4 parte em notaç de

25$000

1/4

"

"

"

"

50$000

1/4 1/4

" "

" "

" "

" 1005000 " 2005000

Recornendam-se em preferência notas grandes, em razão da tendência que cs pequenas têm de retirar o cobre da circulação. Outrossim se inculca que as notas de 255000 sejam récolhidas, e

dinheiro, 6 meses depois da sua emissão-, as de 505000 em 12 meses, as de 1005000

^ 18 meses, as dq 200S000 em 24 meses. ■ j-j j O tempo que se propõe para o pagamento é certamente mui dilatado,

porém é preferível dar ao Gou^rjio amplo espaço do que incorrer no risco de ll^e causar embaraço ou inconveniente, aproximando mais as épocas dos pagamentos. Os negociantes ingleses, ao mesmo tempo que sugerem a V. Excia. estas ^tedidas toiruim a liberdade de declarar que êles as considerani simplesmente como remédio temporário, e o único suscetível de aplicação imediata {para o grande ® espantoso mal que atualmente pesa sôbre a Província). Êles consideram que é o seu dever francamente expor a V. Excia. que o


99

Digesto Econômico 98

Digesto

Eco^•ó^aco

V

nesta crise se intrometesse alguma intriga política, é lamentável contempiar as conseqüências que poderiam sobrccir.

.

circulação nunca se estabelecerá sóbre sólidas bases enquanto este con-

r e cobre, e de notas meramente paeávels em cobre,

vêzes reflete que o cobre legtü representa um valor nominal d42 quatro c denm^"^ao,^e mormente ir^trínseco, é inegável queonde o estimulo para de os 4fabricantes nesta Província, pelo espaço anos tem- ainda exis-

nesir^^te'^^"^ tiea cíVr com com an

"«mero, os quais neccssàriamente têm adquirido perfeição j

circunstâncias do pais não derem lugar a restaurar-sc a an-

que a moeda maior perfeição, ®a 7>rata fim deé indispensável prevenir a moeda falsa.

no Ri

de cobre seja cunhada

Casa da Moeda desta Província ó inferior ao cunhado

cesse Icneiro, e seria muito a desejar que esta Casa de Moeda sc estabele^ o pé que a do Rio, ou que fôsse suprimida inteiramente, visto inhrh^^^ /florícanfes, pela dexteridade que têm adquirido, podem imitádo, o mne

cobre com a mesma perfeição, e, como já em-outra"luaar observa-

tpm

inglêses confiam inteiramente no zêlo e energia que V. Exata,

operações

exaeerando cm nada os males que müitam contra a Província, nem as coi^e-

qüências que podem resultar, não se aplicando oportunamente as necessárias medidas.

.,

^

0:i negociantes inglêses, tendo desta forma dado a V. Excia. o seu parec^, em conclusão têm a observar que Ôles mais têm tido em

e as desgraças que os mesmos podem acumular sôbre o

contudo

que isto poderá produzir sôhre os seus interêsses particulares, ' permitido acrescentar que nenhuma classe mais se mt^essa na ordem e boa administração, do que os negociantes inglêses,^ue na paz tWT>

quilidade e prosperidade do Império se envolvem os seus própnos interêsses e os das suas mais queridas relações.

loo-r».

Bahia, 29 de outubro de 1827.

grande, visto os grandes interêsses que resultam de semelhantes

mentp pJiprnm°

tomou a si a presidência desta Província, e sincera-

^ronehTZ^

reprmníafócí de V. Excia. sôhre os terríveis males que

antecessores dp V f

pf

V. Excia. tcmlo-se dignado de consultar o parecer dos negociantes mglêses, êstes têm desempenhado este mclimlroso dever com sinceridade e sem reserva, não

favorável do que fôra a sorte dos

• Excia., e que o Covêrno mandará imediatamente nôr etn vi^or

^

Vrosperidade da FroaiZa

®

que o Govêrno, pequena soT^ necessária para^restaurarmomenfo o meiosupor ãe circulação, exporá recusando-a a prosperidaSe desta

bela Província a ficar vítima da vil banda de fabrLnteWseus ciLXes a protT^

ZpSn,^t° o O""' .Os ^gociantes inglêses julgam, contudo, um dever representar a V Excia.

que se a Govêrno nao adotar medidas decisivas logo que receber os X&7de

L crZ'

^

I

tempo nos^Jaçam terZ j! ZgZo à

Não prestando o Govêrno atenção imediata a tão lastimoso estado de coisas, todos o considerarão como um total abandono dos interêsses da Província Os particulares, vendo que o Govêrno recusa interpor-se para a proteção de suas

propriedades (a que êles dao um justo título, e que as leis lhes garantem) começa rão cada um a cuidar na sua segurança individual. Os negociantes suspenderão as suas vendas, e de forma nenhuma receberão em pagamento esta vil moeda. A circunstância de ter o Govêrno pelo espaço de quatro anos recebido êste cobre já nada influirá. Aos loglstas e vendilhões repugnarão vender os seus sêneros e mercadorias, visto que os seus credores não lhes receberão mais êste dinheiro, e d méis que provável que para evitar as desordens que poderiam resultar fecheni AS suas lojas e armazéns.

'

Comoções da mais terrível natureza se devem antecipar, quando a tropa, maruja, artífices não puderem comprar o seu sustento com o dinheiro aue rece

beram pelos seus jornais. ^ Homens descontentes e sem princípios em tôda a parte se encontram dis

postos a valerem-se de calamidades públicas para excitar os povos a tormentos,

com os fins de satisfazerem as suas próprias vistas, e se por cúmulo de desgraça

Em Essex, na Grã-Bretanha, uma firma desenvolveu novo processo de folheado que não exige calor nem pressão, e sim apenas o uso de um adesivo, mija ba^ e a borracha, imune à ação da água, dos ácidos, dos alcalinos e do mofo. /^d.osos tipos de materiais podem receber êsse folheado-, metal, vidro, cimento, plástico etc.


99

Digesto Econômico 98

Digesto

Eco^•ó^aco

V

nesta crise se intrometesse alguma intriga política, é lamentável contempiar as conseqüências que poderiam sobrccir.

.

circulação nunca se estabelecerá sóbre sólidas bases enquanto este con-

r e cobre, e de notas meramente paeávels em cobre,

vêzes reflete que o cobre legtü representa um valor nominal d42 quatro c denm^"^ao,^e mormente ir^trínseco, é inegável queonde o estimulo para de os 4fabricantes nesta Província, pelo espaço anos tem- ainda exis-

nesir^^te'^^"^ tiea cíVr com com an

"«mero, os quais neccssàriamente têm adquirido perfeição j

circunstâncias do pais não derem lugar a restaurar-sc a an-

que a moeda maior perfeição, ®a 7>rata fim deé indispensável prevenir a moeda falsa.

no Ri

de cobre seja cunhada

Casa da Moeda desta Província ó inferior ao cunhado

cesse Icneiro, e seria muito a desejar que esta Casa de Moeda sc estabele^ o pé que a do Rio, ou que fôsse suprimida inteiramente, visto inhrh^^^ /florícanfes, pela dexteridade que têm adquirido, podem imitádo, o mne

cobre com a mesma perfeição, e, como já em-outra"luaar observa-

tpm

inglêses confiam inteiramente no zêlo e energia que V. Exata,

operações

exaeerando cm nada os males que müitam contra a Província, nem as coi^e-

qüências que podem resultar, não se aplicando oportunamente as necessárias medidas.

.,

^

0:i negociantes inglêses, tendo desta forma dado a V. Excia. o seu parec^, em conclusão têm a observar que Ôles mais têm tido em

e as desgraças que os mesmos podem acumular sôbre o

contudo

que isto poderá produzir sôhre os seus interêsses particulares, ' permitido acrescentar que nenhuma classe mais se mt^essa na ordem e boa administração, do que os negociantes inglêses,^ue na paz tWT>

quilidade e prosperidade do Império se envolvem os seus própnos interêsses e os das suas mais queridas relações.

loo-r».

Bahia, 29 de outubro de 1827.

grande, visto os grandes interêsses que resultam de semelhantes

mentp pJiprnm°

tomou a si a presidência desta Província, e sincera-

^ronehTZ^

reprmníafócí de V. Excia. sôhre os terríveis males que

antecessores dp V f

pf

V. Excia. tcmlo-se dignado de consultar o parecer dos negociantes mglêses, êstes têm desempenhado este mclimlroso dever com sinceridade e sem reserva, não

favorável do que fôra a sorte dos

• Excia., e que o Covêrno mandará imediatamente nôr etn vi^or

^

Vrosperidade da FroaiZa

®

que o Govêrno, pequena soT^ necessária para^restaurarmomenfo o meiosupor ãe circulação, exporá recusando-a a prosperidaSe desta

bela Província a ficar vítima da vil banda de fabrLnteWseus ciLXes a protT^

ZpSn,^t° o O""' .Os ^gociantes inglêses julgam, contudo, um dever representar a V Excia.

que se a Govêrno nao adotar medidas decisivas logo que receber os X&7de

L crZ'

^

I

tempo nos^Jaçam terZ j! ZgZo à

Não prestando o Govêrno atenção imediata a tão lastimoso estado de coisas, todos o considerarão como um total abandono dos interêsses da Província Os particulares, vendo que o Govêrno recusa interpor-se para a proteção de suas

propriedades (a que êles dao um justo título, e que as leis lhes garantem) começa rão cada um a cuidar na sua segurança individual. Os negociantes suspenderão as suas vendas, e de forma nenhuma receberão em pagamento esta vil moeda. A circunstância de ter o Govêrno pelo espaço de quatro anos recebido êste cobre já nada influirá. Aos loglstas e vendilhões repugnarão vender os seus sêneros e mercadorias, visto que os seus credores não lhes receberão mais êste dinheiro, e d méis que provável que para evitar as desordens que poderiam resultar fecheni AS suas lojas e armazéns.

'

Comoções da mais terrível natureza se devem antecipar, quando a tropa, maruja, artífices não puderem comprar o seu sustento com o dinheiro aue rece

beram pelos seus jornais. ^ Homens descontentes e sem princípios em tôda a parte se encontram dis

postos a valerem-se de calamidades públicas para excitar os povos a tormentos,

com os fins de satisfazerem as suas próprias vistas, e se por cúmulo de desgraça

Em Essex, na Grã-Bretanha, uma firma desenvolveu novo processo de folheado que não exige calor nem pressão, e sim apenas o uso de um adesivo, mija ba^ e a borracha, imune à ação da água, dos ácidos, dos alcalinos e do mofo. /^d.osos tipos de materiais podem receber êsse folheado-, metal, vidro, cimento, plástico etc.


Dicesto Econónhco

Afonso de E. Taunay

Santos se incrementaria muito, dentro

"

em pouco, com a mudança do governo de São Paulo, em 1802, pois novo Capitão General, AntÕEão Josó da Fran

" Santos " Santa Catarina

de São Paulo até agora divulgados, pois datam de 1801 e foram devidos a uma

iniciativa, nova na capitania, do Capitão General Governador Aulônio Manuel de Melo Castro e Mendonça (1797-1802)

pr Os quadros estatísticos de Melo Cas- o movimento marítimo de Paranaguá, y-^ e Mendonça, além de se referirem a Iguape, Ubatuba, Antonina, Canancia e tr Santos e São Sebastião, abrangem ainda

Guaratuba.

Exportação 9:981$370

Importação 14:9673219

Totais 24-948$5S9

5:054.$4OO 6:9463800 5253100

10;529$000 4:603$503 5:894$800 5:4703600

16-183$400 14-1''3$923 Io^hJiSOOO 5-g95$720

9:5203420

Guaratuba

3533720

3:210$000

3*:5533720

Em Paranaguá, como vemos, a im- ba e Antonina, exportavam mais do que portaçao superava a exportação e o mes- importavam mo acontecia nos demais pequenos porEm Paranaguá foi êste o movimento, tos da Capitania. Dois apenas, Ubatu- em 1801:

Portos de procedêtwia

Feoques '

Lanchas 1

Rio de Janeiro

2

^

1 1

Sta. Catarina

Totais

2

destino

Rio de Janeiro Bahia Santos Sta. Catarina

, Totais

'

te o decurso de 1801. A navegação para

Com o Rio de Janeiro ....

Canoas

^ ^

1

.3

_

o

- 0

Navios Galeras Penques Bergantins Sumacas Lanchas Canoas' 1 — — —

1 — _ —

2 _ j _

_ _ _ _

4 3 __

o

1

1

3

, 1.

7

2

'

. _ ■!

5:937$290 2:3953680

1:612$000 363400

^ tráfico importador com

a se concentrar no pôrto da Vila de Brás j Cubas. " C '^J\

Santos limi.tou-se a 60 araçúcar, dezenove

Medida esta de rematada inépcia, no dizer veemente de Saint-Iiilaire, e di-

fardos de fazendas, uma vinho, 4.259 va-

do a importância das transações, o comércio importador de Paranaguá assim se c'assificou: Com o Rio de Janeiro . . 9:942$499

De Pernambuco vieram 2.300 alqueires de sal (a 2.900 réis). De Sta. Catarina cem arrobas de carne seca e dez de sebo e 500 varas de pano de al-

tada por inconfessáveis intuitos. Segun-

"

Santos

3:7003000

" Pernambuco

683$720

"

6393000

Santa Catarina

ras de pano de algodão,

godão.

A importação fluminense assim se cifrou:

Açúcar

100 arrôbas

Ferro

Aço Sal

Fio de-algodáo

^ 200 alqueires

,

22 arrôbas

Fazendas Baetas

Chapéus

17 fardos e 12 caixões 7 peças

8 caixões 30

Ferragens

2 caixões

Azeite doce

2 barris

Vinho

3 pipas

Pólvora

1 barril

O comércio exportador fêz-se, sobretudo, como acima vimos, com o Rio de Janeiro e a Bahia. Para Santos foram expe-

400 "de mandioca, 700 alqueires de con gonha (mate) e 300 peças de betas. Santa Catarina recebeu 70 alqueires de mate.

didos 800 alqueires de farinha de trigo e ^ O resto assim se discriminou: Café

~~ -

a Bahia

ca e Horta, iria forçar tôda a cabotagem

Colchas

Sumacas

Pernambuco ' Santos

Portos de

E o exportador:

embarcações c saíram dezesseis, duran

itcos conhecidos mais antigos sobre a movimento comercial, importador e exportador

y^^biba

Assim, entraram cm Paranaguá onze

t tnantfiTici ccmetciav I aulG em ISCl ^Verfe artigo publica o sr. Afonw de E. Taunatj wna série de dados c quadros iné ditos, havidos no Arquivo Nacional, que são jnovàvclmente os documentos cstatis-

Portos Paranaguá

101

34 arrôbas

Farinha de mandioca Feijão ■

326 alq. (188 para a Bahia) 62 " (para a Bahia)

Arroz descascado " com casca

2.525 " 1.369 "

L^U^iíkshiÍLÍJIÍ.LsÂi,.-'

(650 para a Bahia) (500 para a Bahia)

-ã»


Dicesto Econónhco

Afonso de E. Taunay

Santos se incrementaria muito, dentro

"

em pouco, com a mudança do governo de São Paulo, em 1802, pois novo Capitão General, AntÕEão Josó da Fran

" Santos " Santa Catarina

de São Paulo até agora divulgados, pois datam de 1801 e foram devidos a uma

iniciativa, nova na capitania, do Capitão General Governador Aulônio Manuel de Melo Castro e Mendonça (1797-1802)

pr Os quadros estatísticos de Melo Cas- o movimento marítimo de Paranaguá, y-^ e Mendonça, além de se referirem a Iguape, Ubatuba, Antonina, Canancia e tr Santos e São Sebastião, abrangem ainda

Guaratuba.

Exportação 9:981$370

Importação 14:9673219

Totais 24-948$5S9

5:054.$4OO 6:9463800 5253100

10;529$000 4:603$503 5:894$800 5:4703600

16-183$400 14-1''3$923 Io^hJiSOOO 5-g95$720

9:5203420

Guaratuba

3533720

3:210$000

3*:5533720

Em Paranaguá, como vemos, a im- ba e Antonina, exportavam mais do que portaçao superava a exportação e o mes- importavam mo acontecia nos demais pequenos porEm Paranaguá foi êste o movimento, tos da Capitania. Dois apenas, Ubatu- em 1801:

Portos de procedêtwia

Feoques '

Lanchas 1

Rio de Janeiro

2

^

1 1

Sta. Catarina

Totais

2

destino

Rio de Janeiro Bahia Santos Sta. Catarina

, Totais

'

te o decurso de 1801. A navegação para

Com o Rio de Janeiro ....

Canoas

^ ^

1

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- 0

Navios Galeras Penques Bergantins Sumacas Lanchas Canoas' 1 — — —

1 — _ —

2 _ j _

_ _ _ _

4 3 __

o

1

1

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, 1.

7

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'

. _ ■!

5:937$290 2:3953680

1:612$000 363400

^ tráfico importador com

a se concentrar no pôrto da Vila de Brás j Cubas. " C '^J\

Santos limi.tou-se a 60 araçúcar, dezenove

Medida esta de rematada inépcia, no dizer veemente de Saint-Iiilaire, e di-

fardos de fazendas, uma vinho, 4.259 va-

do a importância das transações, o comércio importador de Paranaguá assim se c'assificou: Com o Rio de Janeiro . . 9:942$499

De Pernambuco vieram 2.300 alqueires de sal (a 2.900 réis). De Sta. Catarina cem arrobas de carne seca e dez de sebo e 500 varas de pano de al-

tada por inconfessáveis intuitos. Segun-

"

Santos

3:7003000

" Pernambuco

683$720

"

6393000

Santa Catarina

ras de pano de algodão,

godão.

A importação fluminense assim se cifrou:

Açúcar

100 arrôbas

Ferro

Aço Sal

Fio de-algodáo

^ 200 alqueires

,

22 arrôbas

Fazendas Baetas

Chapéus

17 fardos e 12 caixões 7 peças

8 caixões 30

Ferragens

2 caixões

Azeite doce

2 barris

Vinho

3 pipas

Pólvora

1 barril

O comércio exportador fêz-se, sobretudo, como acima vimos, com o Rio de Janeiro e a Bahia. Para Santos foram expe-

400 "de mandioca, 700 alqueires de con gonha (mate) e 300 peças de betas. Santa Catarina recebeu 70 alqueires de mate.

didos 800 alqueires de farinha de trigo e ^ O resto assim se discriminou: Café

~~ -

a Bahia

ca e Horta, iria forçar tôda a cabotagem

Colchas

Sumacas

Pernambuco ' Santos

Portos de

E o exportador:

embarcações c saíram dezesseis, duran

itcos conhecidos mais antigos sobre a movimento comercial, importador e exportador

y^^biba

Assim, entraram cm Paranaguá onze

t tnantfiTici ccmetciav I aulG em ISCl ^Verfe artigo publica o sr. Afonw de E. Taunatj wna série de dados c quadros iné ditos, havidos no Arquivo Nacional, que são jnovàvclmente os documentos cstatis-

Portos Paranaguá

101

34 arrôbas

Farinha de mandioca Feijão ■

326 alq. (188 para a Bahia) 62 " (para a Bahia)

Arroz descascado " com casca

2.525 " 1.369 "

L^U^iíkshiÍLÍJIÍ.LsÂi,.-'

(650 para a Bahia) (500 para a Bahia)

-ã»


Dioe«to

loa

Econômico

Dtgesto Econômico

Mate Sola Taboado Estopa ^pas

850 309 890 50 94

Çabos de cipó Peças de beta Pfças de aparelho Qíuros

Vuradotes

alq. meios (60 para a Bahia) dúzias (202 para a Bahia) arrôbas dúzias

139 2.118 (711 para a Bahia) 295 (100 para a Bahia) 607 (200 para a Bahia)

103

O grande comércio se realizou com a praça de Santos, que absorveu quase

80 por cento do total das transações, Os artigos exportados foram:

Açúcar ..

60 ^^r. (para o Rio de Janeiro) 152 " (para Santos e 21 a 131

para São Sebastião) 838 " (636 para o Rio e 2.para Santos)

30

lanchas

9 dúzias

Prechais Peças somenos

117 310

Pujno

Aguardente

pôrto e uma do Rio Grande; de lá zar-

o Rio de Janeiro e o Rio Grande.

sumacas.

Iguape, que em 1801 só negociou com param para o Rio um penque e três • Três sumacas do Rio entraram em seu

A importação assim se distribuiu:

Fazendas

150 fardos

Bolacha

A exportação foi lôda para a Guanabara, constando de 3.750 alqueires de

(idem)

2.000 " (mil do Rio Grande) 100 " (do Rio Grande) 0 (do Rio de Janeiro)

Ubatuba só importou do Rio de Ja-

Fazendas

42 fardos e 5 baús

Game salgada

40 arrôbas

Remédios de botica

2 caixões

Vinho

1 pipa

Azeite doce

19 arr. (para São Sebastião e 71.984 peças)

A farinha e o peixe tomaram os seguintes destinos: Farinha

Rio de Janeiro

feixe

-

Santos

Angra dos Reis Sepetiba

Ím

17.138

34.493

'Si

ÍS

540 -

12.224

O peixe, por unidade, não atingia ao preço de vinte réis.

exportação se fez por quatro sumacas, para Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro

Em Antonina, os navios de importação

vieram de Paranaguá e Santos.

Trôs

® ^

sumacas do primeiro, um do outro. A Artigos

Paranaguá

Panos de linho

53 peças

A importação assim se distribuiu: Sqt^os

19

Idem de lã

A exportação se féz em 45 embarcações,'a saber:

São Sebastião

Peixe salgado

1 barril

Escravos

Santos

18.378 alqueires

neiro, em duas lanchas:

arroz pilado e 454 dúzias de tábuas.

Rio de Janeiro

13 pipas e 4 barris (para Santos)

Farinha de mandioca

50 arrôbas (do Rio Grande) 50

Carne salgada Sebo Escravos .v

Santos)

119 arr. (82 para o Rio e'37-para Angra)

"

;,^uito mais sumário p comércio de

Farinha de trigo

39

Bretanhas 2 lanchas

'1 lancha e 24 canoas 13 canoas

Algodão

50

6.300 varas

Chapéus Feijão

30 dúzias 220 alqueires

^

4.000 varas "

Parati

1 lancha e 2 canoas

Carne sêéa

340 arrôbas

""

Angra dos Reis

1 canoa

Mate

918 alqueires

""

Sepetiba

1 lancha

Vinho

48 medidas

Sal

27 alqueire^

Fumo

148 aiTÔbas

'"


Dioe«to

loa

Econômico

Dtgesto Econômico

Mate Sola Taboado Estopa ^pas

850 309 890 50 94

Çabos de cipó Peças de beta Pfças de aparelho Qíuros

Vuradotes

alq. meios (60 para a Bahia) dúzias (202 para a Bahia) arrôbas dúzias

139 2.118 (711 para a Bahia) 295 (100 para a Bahia) 607 (200 para a Bahia)

103

O grande comércio se realizou com a praça de Santos, que absorveu quase

80 por cento do total das transações, Os artigos exportados foram:

Açúcar ..

60 ^^r. (para o Rio de Janeiro) 152 " (para Santos e 21 a 131

para São Sebastião) 838 " (636 para o Rio e 2.para Santos)

30

lanchas

9 dúzias

Prechais Peças somenos

117 310

Pujno

Aguardente

pôrto e uma do Rio Grande; de lá zar-

o Rio de Janeiro e o Rio Grande.

sumacas.

Iguape, que em 1801 só negociou com param para o Rio um penque e três • Três sumacas do Rio entraram em seu

A importação assim se distribuiu:

Fazendas

150 fardos

Bolacha

A exportação foi lôda para a Guanabara, constando de 3.750 alqueires de

(idem)

2.000 " (mil do Rio Grande) 100 " (do Rio Grande) 0 (do Rio de Janeiro)

Ubatuba só importou do Rio de Ja-

Fazendas

42 fardos e 5 baús

Game salgada

40 arrôbas

Remédios de botica

2 caixões

Vinho

1 pipa

Azeite doce

19 arr. (para São Sebastião e 71.984 peças)

A farinha e o peixe tomaram os seguintes destinos: Farinha

Rio de Janeiro

feixe

-

Santos

Angra dos Reis Sepetiba

Ím

17.138

34.493

'Si

ÍS

540 -

12.224

O peixe, por unidade, não atingia ao preço de vinte réis.

exportação se fez por quatro sumacas, para Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro

Em Antonina, os navios de importação

vieram de Paranaguá e Santos.

Trôs

® ^

sumacas do primeiro, um do outro. A Artigos

Paranaguá

Panos de linho

53 peças

A importação assim se distribuiu: Sqt^os

19

Idem de lã

A exportação se féz em 45 embarcações,'a saber:

São Sebastião

Peixe salgado

1 barril

Escravos

Santos

18.378 alqueires

neiro, em duas lanchas:

arroz pilado e 454 dúzias de tábuas.

Rio de Janeiro

13 pipas e 4 barris (para Santos)

Farinha de mandioca

50 arrôbas (do Rio Grande) 50

Carne salgada Sebo Escravos .v

Santos)

119 arr. (82 para o Rio e'37-para Angra)

"

;,^uito mais sumário p comércio de

Farinha de trigo

39

Bretanhas 2 lanchas

'1 lancha e 24 canoas 13 canoas

Algodão

50

6.300 varas

Chapéus Feijão

30 dúzias 220 alqueires

^

4.000 varas "

Parati

1 lancha e 2 canoas

Carne sêéa

340 arrôbas

""

Angra dos Reis

1 canoa

Mate

918 alqueires

""

Sepetiba

1 lancha

Vinho

48 medidas

Sal

27 alqueire^

Fumo

148 aiTÔbas

'"


105

Dicesto EcoNÓNaco

Dicesto Económi,Co

104

Guaratuba importou do Rio de Janeiro, em uma sumaca, e de Paranaguá em 6 canoas:

E ã exportação abrangeu bs seguintes itras": Açúcar

693 " (para Santos) 16 arr. (para a Bahia)

Farinha de mandioca Feijão -

.^

1 barril (idem)

Exportou, por intermédio de 9 canoas para Paranaguá e 1 para São Francisco

12 " (idem)

Aguardente

2.000 varas (de Paranaguá) 2 cai-xões (idem) 5 arrôbas (idem)

Breu

1.578 alq. (idem) 3 " (idem)

Milho

^ fardos (4 da Guanabara)

Algodão Ferragens . Estopa

2.463 alq. (para o Rio de Janeiro)

Arroz em casca Café

. •

Fazendas 48 arr. (para Paranaguá)

Aitoz pilado

do Sul, os seguintes generos:

40 pipa.s (idem)

Couros

Paranaguá

10.000 (para o Rio de Janeiro)

Betas

600 (para a Bahia)

Fumos

Farinha (alqueires)

25 arr. (para o Rio de Janeiro)

Madeiras

Café (arrôbas)

469 dúzias (para a Bahia)"

Peixe salgado (arr.)

Idem (por unidade)

São Francisco

767 41

^

.'

38 arr.

• 5.700

Cananéia só negociou em importação ,. Rio, Rio Grande e Santos,

com o Rio de Janeiro e por intermédio de dois bergantins, mas exportou para o

Os artigos de importação vieram os seguintes:

Mas além dos oito portos da Capitania

entrou, cm 1801, em terras paulistas,

importante massa de mercadorias por .in Fazendas Chapéus

!

Cera do Reino

Farinha de trigo

1 ...

4 fardos e 3 caixões 3 caixões

termédio da via Cunha-Guaratinguetá,

1 arroba

sando pelo Novo Registro de Boa Vista.

13 arrôbas

Bolachas

-

Carne salgada

912

Sebo Escravos

4

"

Fazendas (fardos) Cera do Reino (arr.)- ...

12 5

Louça e vidro (caixões).

A exportação compreendeu 1 lancha sumaca para o Rio Grande, 2 sumor^oc

para o Rio de Janeiro, 1 bergantim e 1 para Santos; e os seguintes artigos; Farinha de mandioca

250-alq.

Café Cal

/

^

Ripas

Grande e 140

pnra Santos)

Vigas

Curvas

para o Ríq Grande n

200 para Santos) o Rio de Janeiro) 1.000 alq. (idem)

Portais

Frechais Caibros

após o desembarque cm Parati, e pas

\

* "•••,

para o Rio Grande e 20 para Santos)

30 (para o Rio Grande) 60ipara o Rio e o resto para o Rio Grande) 10 (para Santos)

I

Pólvora (barris) Chumbo (arr.) Ferro (arr.) Aço (arr.)

Sal (alq.) Peixe salgado (arr.) Bacalhau (arr.) . Vinho (barris)

95 48 17 5 64 383 64

- 11.870

A exportação, que seguia o caminho inverso,- compreendeu os seguintes ar tigos:

Açúcar (arr.) Café (arr.) Farinha de trigo (alq.)

15.605® 16

Farinha de mandioca (alq.) ...

Feijão (alq.) Milho (alq.) Toucinlro (arr.) .^

Queijos

63

Fumo (arr.)

10

Aguardente (medidas)

247

5 17

Ferragens (bams) Escravos

98

• ••

^ 1-"

21.089

4.220 15.021

161

Marmelada (arr.) Gahnhas

Azeite doce (barris) .. Azeitona (barris)

6 5

Bois

Farinha de trigo (arr.)

3

Cavalo

459 1

Machados

24

Algodão (varas)

15.417

Enxadas

24

Sola (meios) ..

Foices

12

Entrecostas

83 270

Remédios (caixões) .. Tachos de cobre

26

Chapéus (caixões)

2

■ 132 dúzias (para o Rio Grande)

)mi^L

Vejamos agora o que, aCerca do co mércio terrestre da Capitania de São


105

Dicesto EcoNÓNaco

Dicesto Económi,Co

104

Guaratuba importou do Rio de Janeiro, em uma sumaca, e de Paranaguá em 6 canoas:

E ã exportação abrangeu bs seguintes itras": Açúcar

693 " (para Santos) 16 arr. (para a Bahia)

Farinha de mandioca Feijão -

.^

1 barril (idem)

Exportou, por intermédio de 9 canoas para Paranaguá e 1 para São Francisco

12 " (idem)

Aguardente

2.000 varas (de Paranaguá) 2 cai-xões (idem) 5 arrôbas (idem)

Breu

1.578 alq. (idem) 3 " (idem)

Milho

^ fardos (4 da Guanabara)

Algodão Ferragens . Estopa

2.463 alq. (para o Rio de Janeiro)

Arroz em casca Café

. •

Fazendas 48 arr. (para Paranaguá)

Aitoz pilado

do Sul, os seguintes generos:

40 pipa.s (idem)

Couros

Paranaguá

10.000 (para o Rio de Janeiro)

Betas

600 (para a Bahia)

Fumos

Farinha (alqueires)

25 arr. (para o Rio de Janeiro)

Madeiras

Café (arrôbas)

469 dúzias (para a Bahia)"

Peixe salgado (arr.)

Idem (por unidade)

São Francisco

767 41

^

.'

38 arr.

• 5.700

Cananéia só negociou em importação ,. Rio, Rio Grande e Santos,

com o Rio de Janeiro e por intermédio de dois bergantins, mas exportou para o

Os artigos de importação vieram os seguintes:

Mas além dos oito portos da Capitania

entrou, cm 1801, em terras paulistas,

importante massa de mercadorias por .in Fazendas Chapéus

!

Cera do Reino

Farinha de trigo

1 ...

4 fardos e 3 caixões 3 caixões

termédio da via Cunha-Guaratinguetá,

1 arroba

sando pelo Novo Registro de Boa Vista.

13 arrôbas

Bolachas

-

Carne salgada

912

Sebo Escravos

4

"

Fazendas (fardos) Cera do Reino (arr.)- ...

12 5

Louça e vidro (caixões).

A exportação compreendeu 1 lancha sumaca para o Rio Grande, 2 sumor^oc

para o Rio de Janeiro, 1 bergantim e 1 para Santos; e os seguintes artigos; Farinha de mandioca

250-alq.

Café Cal

/

^

Ripas

Grande e 140

pnra Santos)

Vigas

Curvas

para o Ríq Grande n

200 para Santos) o Rio de Janeiro) 1.000 alq. (idem)

Portais

Frechais Caibros

após o desembarque cm Parati, e pas

\

* "•••,

para o Rio Grande e 20 para Santos)

30 (para o Rio Grande) 60ipara o Rio e o resto para o Rio Grande) 10 (para Santos)

I

Pólvora (barris) Chumbo (arr.) Ferro (arr.) Aço (arr.)

Sal (alq.) Peixe salgado (arr.) Bacalhau (arr.) . Vinho (barris)

95 48 17 5 64 383 64

- 11.870

A exportação, que seguia o caminho inverso,- compreendeu os seguintes ar tigos:

Açúcar (arr.) Café (arr.) Farinha de trigo (alq.)

15.605® 16

Farinha de mandioca (alq.) ...

Feijão (alq.) Milho (alq.) Toucinlro (arr.) .^

Queijos

63

Fumo (arr.)

10

Aguardente (medidas)

247

5 17

Ferragens (bams) Escravos

98

• ••

^ 1-"

21.089

4.220 15.021

161

Marmelada (arr.) Gahnhas

Azeite doce (barris) .. Azeitona (barris)

6 5

Bois

Farinha de trigo (arr.)

3

Cavalo

459 1

Machados

24

Algodão (varas)

15.417

Enxadas

24

Sola (meios) ..

Foices

12

Entrecostas

83 270

Remédios (caixões) .. Tachos de cobre

26

Chapéus (caixões)

2

■ 132 dúzias (para o Rio Grande)

)mi^L

Vejamos agora o que, aCerca do co mércio terrestre da Capitania de São


lOfl

DlGESTO

ECONÓí^nCO 107

DnntsTO Eco^fó^^co

Paulo, inculcam os quadros estatísticos do Capitão General Antônio Manuel de

sob D. João VI, conta-o Saint-Hilaiic.

Melo Castro e Mendonça, através dos

lícia, Paulo Fernandes, mediante gorda

Enxadas

dados dos diversos registros de Piraí,

gratificação dos fazendeiros de café de

Escravos

Fortaleza, por onde passavam a impor tação e exportação fluminenses, Pôrto do

São Jodo Maicos, Piraí e Rezendo, que preferiam ter como capital a Côrte o

Meira, Extrema, Campanha do Toledo e

não São Paulo.

Moji-Guaçú, barreiras fiscalizadoras do

intercâmbio com Minas Gerais. MojiGuaçú era o registro para as transações com Goiás, assim como Pôrto Feliz para

Mato Grosso e Curitiba para o Rio Gran'de do Sul, ou antes, para o Continente "^o Rio Grande de São Pedro do Sul, 'U)orao no tempo se dizia. Nesse milésimo de 1801

o território paulista avan

çava pela área hoje flu minense

em

verdadeira

ctmha delimitada pelas cumiadas da

Serra

do

Mar, à margem direita do

- Paraíba e à esquerda de seu afluente o -»'PÍrai, desde as cabeceiras dêste curso «dágua.

à influência do Intendente Geral de Po

O grande comércio paulista-fluminen-

"

magnífica coleção do Dr. Raimundo Ottonl de Castro Maya, o benemérito remodelador da Floresta Nacional de Ti-

Fumo

jucá, seja lembrado entre parênteses.

Bois

Dêste desenho mandei fazer vim qua

Cavalos fiêstas

dro a óleo para a coleção do Museu

Paulista, pela distinta pintora D. Maria José Botelho Egas, .

Algodão em pano

Allodão em fio ..

,om '•

Poaia Galinhas

• ,

2 arrôbas 21.984 ^

Vejamos, porém, o que em 1801 pas sou pelo registro de Piraí, em lombo das

admiráveis mulas brasileiras que a Eschwege e a Saint-Hilaire arrancaram verdadeiros brados de entusiasmo e ad-

1

mlração pela prodigiosa resistência. cadorias e efeitos.

Alambiques de cobre .

347 arrôbas

Toucinho

resta a base, que é o município de Ba-

Vinho Sal

Açúcar

há uma vista de Debret, pertencente à

se passava pelo registro de Piraí, de que

Importou São Paulo 85:e8B$434 réis e exportou 52:712$870 em gêneros, mer

Fazendas Ouro e prata lavrada Cera do Reino

Para o Rio de Janeiro descoram:

Café

Abrangia, portanto, terras de vários municípios fluminenses. Desta cunha

.;nanal. O recuo da fronteira deveu-se

Do Rio de Janeiro subiram: 167 10 23 11

fardos bocetas arrôbas barris

505 alqueires 2

Fomos de cobre .... Tachos de cobrè

Louça Pólvora Chumbo Ferro Aço

Machados

caixões

barris

10 arrôbas 249 12

40

A suspensão ão racionamento de tecido e roupas de ^" j = hritânia

nelos círculos competentes considerada efeitç de aumento da P

.^ An <nfXr>nn

Èsse aumèfito nos últimos meses permitiu a abolição de qaase metade do r ciona-

^nto Se tecidos, mas o govUo hritânwo mostra.se cauteloso a respetto da Embora a produção têxtÜ aumente, as exportações aumentam nmir ^^fdd^

e os desvios para os mercados externos implicam na continuação.(fas atuais, restri' ÇÕes no mercado interno.


lOfl

DlGESTO

ECONÓí^nCO 107

DnntsTO Eco^fó^^co

Paulo, inculcam os quadros estatísticos do Capitão General Antônio Manuel de

sob D. João VI, conta-o Saint-Hilaiic.

Melo Castro e Mendonça, através dos

lícia, Paulo Fernandes, mediante gorda

Enxadas

dados dos diversos registros de Piraí,

gratificação dos fazendeiros de café de

Escravos

Fortaleza, por onde passavam a impor tação e exportação fluminenses, Pôrto do

São Jodo Maicos, Piraí e Rezendo, que preferiam ter como capital a Côrte o

Meira, Extrema, Campanha do Toledo e

não São Paulo.

Moji-Guaçú, barreiras fiscalizadoras do

intercâmbio com Minas Gerais. MojiGuaçú era o registro para as transações com Goiás, assim como Pôrto Feliz para

Mato Grosso e Curitiba para o Rio Gran'de do Sul, ou antes, para o Continente "^o Rio Grande de São Pedro do Sul, 'U)orao no tempo se dizia. Nesse milésimo de 1801

o território paulista avan

çava pela área hoje flu minense

em

verdadeira

ctmha delimitada pelas cumiadas da

Serra

do

Mar, à margem direita do

- Paraíba e à esquerda de seu afluente o -»'PÍrai, desde as cabeceiras dêste curso «dágua.

à influência do Intendente Geral de Po

O grande comércio paulista-fluminen-

"

magnífica coleção do Dr. Raimundo Ottonl de Castro Maya, o benemérito remodelador da Floresta Nacional de Ti-

Fumo

jucá, seja lembrado entre parênteses.

Bois

Dêste desenho mandei fazer vim qua

Cavalos fiêstas

dro a óleo para a coleção do Museu

Paulista, pela distinta pintora D. Maria José Botelho Egas, .

Algodão em pano

Allodão em fio ..

,om '•

Poaia Galinhas

• ,

2 arrôbas 21.984 ^

Vejamos, porém, o que em 1801 pas sou pelo registro de Piraí, em lombo das

admiráveis mulas brasileiras que a Eschwege e a Saint-Hilaire arrancaram verdadeiros brados de entusiasmo e ad-

1

mlração pela prodigiosa resistência. cadorias e efeitos.

Alambiques de cobre .

347 arrôbas

Toucinho

resta a base, que é o município de Ba-

Vinho Sal

Açúcar

há uma vista de Debret, pertencente à

se passava pelo registro de Piraí, de que

Importou São Paulo 85:e8B$434 réis e exportou 52:712$870 em gêneros, mer

Fazendas Ouro e prata lavrada Cera do Reino

Para o Rio de Janeiro descoram:

Café

Abrangia, portanto, terras de vários municípios fluminenses. Desta cunha

.;nanal. O recuo da fronteira deveu-se

Do Rio de Janeiro subiram: 167 10 23 11

fardos bocetas arrôbas barris

505 alqueires 2

Fomos de cobre .... Tachos de cobrè

Louça Pólvora Chumbo Ferro Aço

Machados

caixões

barris

10 arrôbas 249 12

40

A suspensão ão racionamento de tecido e roupas de ^" j = hritânia

nelos círculos competentes considerada efeitç de aumento da P

.^ An <nfXr>nn

Èsse aumèfito nos últimos meses permitiu a abolição de qaase metade do r ciona-

^nto Se tecidos, mas o govUo hritânwo mostra.se cauteloso a respetto da Embora a produção têxtÜ aumente, as exportações aumentam nmir ^^fdd^

e os desvios para os mercados externos implicam na continuação.(fas atuais, restri' ÇÕes no mercado interno.


hiCESTO EcoNó^aco

109

t^Onseguiram vender, por preços satisfa tórios, pràticamente tudo o que haviam No ano

$212.000.000 de 1933 a 1943. Em \im

passado o.s Estados Unidos importaram Gs $ 2.329.000.000 de produtos latino-

os inwstimentos norte-americanos, na

produzido para a exportação.

P A N o R A M A E C O N Q^Mí C O .^ companhias siderúrgicas norte-ame-

ncanas contínuam a demonstrar grande

^Cresse em tômo da produção de mi"a semana de ferropassada, em váriasa partes do 'globo, Republic Steel Cleveland, terceiraUnidos, maior pro^utora de aço nos aEstados

anunciou que havia comprado ações da 'ena Mining (Dompany Ltd., que pos1 ^ricas jazidas do minério localizadas ctrca de 45 milhas a nordeste de Monpôrto 8, capital da Libéria.

O minério da referida região" é de primeira qualidade e ocorre em fragmengrandes de alto teor metálico, em pregados especialmente nos fomos aber

tos, a fim de apressar a redução do car bono durante a fabricação do aço, iustamen^ o tipo de minério mais escasso nos Estados Unidos. O minério liberiano e uma mistura de hematita e macneti

ta, com teor de 68%, contendo uma percentagem reduzida de fó.sforo, enxôfre

capitais para ^ e.xploração cias minas.

Uepublic Steel Corporation utilizará o

mincrio cm vários de seus fomos abortos

c o excedente cia produção será vendido

pela Libena Mining Company. Entrementes, uma frota de 266 navios empregados no transporte de minério a!°da primavera Grandespara Lagos aguarda o degelo reiniciar suas Operações. Êsses navios, no ano pas sado, com o auxílio do 40 barcos cana-

denses, ^ansportaram quase 83.000.000 de toneladas do produto. Entretanto com o aumento da produção de aço, os

estoques de minério nas usinas e nas

docas ao sul dos Grandes Lagos caíram

para 18.000.000 de toneladas e, so o consumo do produto nos meses vindouros seguir o mesmo ritmo de janeiro e fe-

vere^o passados, os carregamentos de minério em 1949 excederão o total aicançado em 1948.

o sílíca. Os minérios da região do Lago Superior, que preenchem mais de 80% das necessidades da indústria siderúrgi

ca dos Estados Unidos, contêm apenas cérca de 51% do metal.

De conformidade com as informações ora divulgadas, a ferrovia para o trans porto do minério das jazidas para Mónróvia, ora em fase de construção, estará

pronta dentro de dois anos. Entretanto,

em outubro dôste ano, já estarão com

*

o Inshtuto de Estudos Inter-Americanos, organizaçao particular de pesqüi-

sas, sedrada em Washington, infoníioa

recentemente que, com a expansão cres cente da importação de mercadorias latmo-amencanas pelos Estados Unidos, a capacidade de compra, à base de dó

pelas repúblicas do sul, atingiu pletas as instalações terminais para o car- lares. ao mvel máiomo da sua história. Des !|®82"^ento e descarregamento de de o término da guerra passada, afir OOTO ,de toneladas anuais. Será necessáno um dispêncHo adicional de

mou o Instituto em um estudo sôbre o

assunto, os

países latino-americanos

f

total de apenas $ 62.000.000 de dezem bro de 1943 a junho de 1945, e

período de oito anos, de 1940 a 1947,

$ 553.000.000.

América Latina, aumentaram de $ 800.000.000. Finalizando, o seu estu do, o Instituto declarou que, em ja neiro deste ano, o Departamento da Agri-' cultura dos Estados Unidos estava con siderando mais de 300 projetos de investif^ação e demonstração em colabo

As informações ora dÍNiilgadas, co mentam alguns círculos, constitticm uma

que em 1948, cinqüenta e quatro cida

americanos. em confronto com

$ 2.149.000.000 em 1947, $ 1.760.000.000 em 1946.

Durante a

guerra, a média anual aV\ançada foi de $ 1.304.000.000, e antes do conflito mun

dial esta cifra alcançava apenas a ..

refutação a um artigo de Summcr We^es o de outros elementos de projeção, se gundo os quais os Estados Unidos ha viam abandonado os princípios econô micos da "política da boa vizinhança" desde o término da gueiTa passada. O Instituto considera indispensável a di

vulgação e a compreensão dos dados estatísticos e afirma que desde a cessa

ção do conflito os Estados Unidos ha viam, mais do que nunca, proporcio nado ajuda para a estabilizaç<ão mone tária da América Latina.'

Além disso,

os Estados Unidos puseram á dispo sição das outras repúbUcas os seus co nhecimentos técnicos nos campos agrí

ração com os países latino-americanos e dãos das outras repúbUcas estavam se-

cuindo cursos de instrução no referido

Departamento, além de centenas de

o

Departamen pessoas que ali

-IZ.™..

/li:»

He

vão anualmente para fa

zer estudos técnicos. íj!

*

*

O sovêmo da RepúbUca Dominicana

acaba de informar que a Chocolatera Sanchez, a maior organizaçao para a fa bricação de chocolates na América Latina, adquirida recentemente pelo governo da-

nuéle país, exportará até dois terços das

safras dominicanas de amêndoas de cacau durante os próximos cinco anos e que,

cola e industrial,' estabeleceram leis pa

até dezembro de 1953, beneficiara o res tante do produto no próprio pais.

ra o controle da exportação, as quais concedem à América Latina igualdade

maior produtor de cacau. Em 1947, fo

de tratamento com os consumidores nor

ram ali produzidas 84.000

te-americanos, na distribuição dos produ tos escassos, e concluíram acordos finan

ria dominicana;

A República Dominicana é °

cas de amêndoas, a maior safra da histo segun

ceiramente satisfatórios para a venda de

ra, a produção de 1949 será ainda maior.

materiais de guerra e navios mercantes -

Os cacauais dominicanos cobrem ex tensão de 226.000 acres. Os dois maiores

excedentes.

Prosseguindo na sua análise, o Insti tuto afirmou que, nos três anos anterio

res a 30 ^de junho de 1948, o Banco de Exportação e Importação concedeu em préstimos à América Latina em um to tal de $ 213.000.000, em cotejo com um

importadores do produto são os Estados Unidos e a Holanda. Nos últimos anos, por motivo dos altos preços ^cançados pelas amêndoas, a República DommicaL preferiu exportar a matéria-prima, ao


hiCESTO EcoNó^aco

109

t^Onseguiram vender, por preços satisfa tórios, pràticamente tudo o que haviam No ano

$212.000.000 de 1933 a 1943. Em \im

passado o.s Estados Unidos importaram Gs $ 2.329.000.000 de produtos latino-

os inwstimentos norte-americanos, na

produzido para a exportação.

P A N o R A M A E C O N Q^Mí C O .^ companhias siderúrgicas norte-ame-

ncanas contínuam a demonstrar grande

^Cresse em tômo da produção de mi"a semana de ferropassada, em váriasa partes do 'globo, Republic Steel Cleveland, terceiraUnidos, maior pro^utora de aço nos aEstados

anunciou que havia comprado ações da 'ena Mining (Dompany Ltd., que pos1 ^ricas jazidas do minério localizadas ctrca de 45 milhas a nordeste de Monpôrto 8, capital da Libéria.

O minério da referida região" é de primeira qualidade e ocorre em fragmengrandes de alto teor metálico, em pregados especialmente nos fomos aber

tos, a fim de apressar a redução do car bono durante a fabricação do aço, iustamen^ o tipo de minério mais escasso nos Estados Unidos. O minério liberiano e uma mistura de hematita e macneti

ta, com teor de 68%, contendo uma percentagem reduzida de fó.sforo, enxôfre

capitais para ^ e.xploração cias minas.

Uepublic Steel Corporation utilizará o

mincrio cm vários de seus fomos abortos

c o excedente cia produção será vendido

pela Libena Mining Company. Entrementes, uma frota de 266 navios empregados no transporte de minério a!°da primavera Grandespara Lagos aguarda o degelo reiniciar suas Operações. Êsses navios, no ano pas sado, com o auxílio do 40 barcos cana-

denses, ^ansportaram quase 83.000.000 de toneladas do produto. Entretanto com o aumento da produção de aço, os

estoques de minério nas usinas e nas

docas ao sul dos Grandes Lagos caíram

para 18.000.000 de toneladas e, so o consumo do produto nos meses vindouros seguir o mesmo ritmo de janeiro e fe-

vere^o passados, os carregamentos de minério em 1949 excederão o total aicançado em 1948.

o sílíca. Os minérios da região do Lago Superior, que preenchem mais de 80% das necessidades da indústria siderúrgi

ca dos Estados Unidos, contêm apenas cérca de 51% do metal.

De conformidade com as informações ora divulgadas, a ferrovia para o trans porto do minério das jazidas para Mónróvia, ora em fase de construção, estará

pronta dentro de dois anos. Entretanto,

em outubro dôste ano, já estarão com

*

o Inshtuto de Estudos Inter-Americanos, organizaçao particular de pesqüi-

sas, sedrada em Washington, infoníioa

recentemente que, com a expansão cres cente da importação de mercadorias latmo-amencanas pelos Estados Unidos, a capacidade de compra, à base de dó

pelas repúblicas do sul, atingiu pletas as instalações terminais para o car- lares. ao mvel máiomo da sua história. Des !|®82"^ento e descarregamento de de o término da guerra passada, afir OOTO ,de toneladas anuais. Será necessáno um dispêncHo adicional de

mou o Instituto em um estudo sôbre o

assunto, os

países latino-americanos

f

total de apenas $ 62.000.000 de dezem bro de 1943 a junho de 1945, e

período de oito anos, de 1940 a 1947,

$ 553.000.000.

América Latina, aumentaram de $ 800.000.000. Finalizando, o seu estu do, o Instituto declarou que, em ja neiro deste ano, o Departamento da Agri-' cultura dos Estados Unidos estava con siderando mais de 300 projetos de investif^ação e demonstração em colabo

As informações ora dÍNiilgadas, co mentam alguns círculos, constitticm uma

que em 1948, cinqüenta e quatro cida

americanos. em confronto com

$ 2.149.000.000 em 1947, $ 1.760.000.000 em 1946.

Durante a

guerra, a média anual aV\ançada foi de $ 1.304.000.000, e antes do conflito mun

dial esta cifra alcançava apenas a ..

refutação a um artigo de Summcr We^es o de outros elementos de projeção, se gundo os quais os Estados Unidos ha viam abandonado os princípios econô micos da "política da boa vizinhança" desde o término da gueiTa passada. O Instituto considera indispensável a di

vulgação e a compreensão dos dados estatísticos e afirma que desde a cessa

ção do conflito os Estados Unidos ha viam, mais do que nunca, proporcio nado ajuda para a estabilizaç<ão mone tária da América Latina.'

Além disso,

os Estados Unidos puseram á dispo sição das outras repúbUcas os seus co nhecimentos técnicos nos campos agrí

ração com os países latino-americanos e dãos das outras repúbUcas estavam se-

cuindo cursos de instrução no referido

Departamento, além de centenas de

o

Departamen pessoas que ali

-IZ.™..

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vão anualmente para fa

zer estudos técnicos. íj!

*

*

O sovêmo da RepúbUca Dominicana

acaba de informar que a Chocolatera Sanchez, a maior organizaçao para a fa bricação de chocolates na América Latina, adquirida recentemente pelo governo da-

nuéle país, exportará até dois terços das

safras dominicanas de amêndoas de cacau durante os próximos cinco anos e que,

cola e industrial,' estabeleceram leis pa

até dezembro de 1953, beneficiara o res tante do produto no próprio pais.

ra o controle da exportação, as quais concedem à América Latina igualdade

maior produtor de cacau. Em 1947, fo

de tratamento com os consumidores nor

ram ali produzidas 84.000

te-americanos, na distribuição dos produ tos escassos, e concluíram acordos finan

ria dominicana;

A República Dominicana é °

cas de amêndoas, a maior safra da histo segun

ceiramente satisfatórios para a venda de

ra, a produção de 1949 será ainda maior.

materiais de guerra e navios mercantes -

Os cacauais dominicanos cobrem ex tensão de 226.000 acres. Os dois maiores

excedentes.

Prosseguindo na sua análise, o Insti tuto afirmou que, nos três anos anterio

res a 30 ^de junho de 1948, o Banco de Exportação e Importação concedeu em préstimos à América Latina em um to tal de $ 213.000.000, em cotejo com um

importadores do produto são os Estados Unidos e a Holanda. Nos últimos anos, por motivo dos altos preços ^cançados pelas amêndoas, a República DommicaL preferiu exportar a matéria-prima, ao


DiCESTO

110

Econónoco oco

\

BANCO DO BRASIL S. A. RUA ÁLVARES PENTEADO N.o 112 SÃO PAULO

coroas (Cr$ 233.147.500,00). Nos três últimos meses dc 194S, liouve um ex

cesso de exporlaç-ões, num total do

COBRANÇAS — DEPÓSITOS — EMPRÉSTIMOS — CÂMBIO —

artigo capaz de competir com os da

125.000.000 dc coroas (Cr$ 651.2.50.000,00). As importações au

província de Yucatan, no México, que

mentaram em janeiro de 26.000.000 dc

produz o sisal conhecido por "nene-

coroas, num total dc 378.900.000 (Cr$

rjuem" e é o resultado do aproveitarnento de oito espécies dessa planta.

1.974.069.000,.00), era comparação com

o Brasil já está participando do coroércio internacional de fibras com um

o mês precedente, enquanto qxie as e.\-

Diante a guerra, o sisal do Nordeste, ^ i denominado "agave", começou a ser

coroas, num total dc 334.200.000 (Cr$

exportado, passando a figurar, desde

1.741.182.000,00).

portações diminuíram de 85.{)00.000 de

1945, como um dos nossos produtos dc wa colocação no exterior. Graças a mc-

idas tomadas pelos governos de Per nambuco e Paraíba, o nosso país, que <^01 1945 enviou 5 toneladas do produto para o exterior, mandou nos sete primei

Em comparação com janeiro cie 1948,

as cifras correspondentes às importações apresentam . uma diminuição de cerca

de 43.000.000 c as das exportações um

aumento de mais dc 47.000.000. Quase todos os grupos dc artigos de impor

ros meses de 1948, 11.617 toneladas, •em daqueles dois Estados, São Paulo

tação apresentaram um aumento. A maior elevação, de 8.300.000 coroas, num total

agave". As possibilidades do comér

de 77.800.000 coroas, registrou-sc para os produtos minerais e fósseis, especial mente os óleos combustíveis, enquanto

nmbém possui alguns miMiões de pés de

cio do sisal são numerosas, não apenas para exportação, como se verifica atual

mente, mas também para a economia in

terna. No Rio Grande do Sul, o xarque está sendo exportado em sacos dessa

fibra. Na Bahia, já se instalou uma fiação de sisal para embalagem de ca cau. Atualmente, salienta-se que o Bra

sil deve evitar a exportação do sisal, a fim de que não continue a importar, a pêso de ouro, fibras de outras qualida des para revestir produtos agrícolas e

ORDENS DE PAGAMENTO

CRÉDITO

AGRÍCOLA E INDUSTRIAL — CARTEIRA DE FINANCIAMENTO.

TAXAS DAS CONTAS DE DEPÓSITO:

Populares (limite de CrS 50.000,00)

4% a.a.

Limitados Uimite de CrS 100.000,00) SEM LIMITE .:

3% a.a. 2% a.a.

Depósitos a Prazo Fixo: 12 meses

5% a.a.

Depósitos de Aviso Prévio: 90 dias

'iVz% a.a.

go dias

4 % a,a.

6 meses 4% a.a. 30 dias 3%% a.a. Contas a Prazo Fixo, com Pagamento mensal de Juros: 6 meses 3^% a.a. 12 meses 4V2% a.a.

que o grupo dos artigos têxteis aumen tou de 7.600.000, num total de

68.500.000 coroas. Entre as exportações, as madeiras sofreram a maior redução.

O seu valor foi de 32.200.00i, contra 58.700.000 cm dezembro, enquanto que as exportações de papel o pasta baixa ram de 147.700.000 para 143.000.000, número que é superior em 24.000.000,

contudo, ao do mesmo mês do ano pas

mesmo minérios.

sado. Os embarques dc minério de fer ro, que, como os de produtos florestais,

^

foram sensivelmente afetados pe^as di ficuldades de embarque próprias da

-

CUSTÓDIA

PORTO

temporada, diminuiram de 138.000 to

O aumento ^ das importações, junto à diminuição, em parte estacionária, das exportações, produziu como conseqüên cia um saldo desfavorável no comércio

exterior da Suécia, correspondente ao mês de janeiro, num total de 44.750.000

neladas, num total de 566.000, as ex portações de ferro e aço baixaram de

45.500.000 para 38.900.000 e as de arti

gos mecânicos de 53.800.000 para ... 40.000.000. A exportação de navios di minuiu em cêrca de 16.000.000, num total de 22.000.000. .

.

. ,

-

ADRIANO


DiCESTO

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Econónoco oco

\

BANCO DO BRASIL S. A. RUA ÁLVARES PENTEADO N.o 112 SÃO PAULO

coroas (Cr$ 233.147.500,00). Nos três últimos meses dc 194S, liouve um ex

cesso de exporlaç-ões, num total do

COBRANÇAS — DEPÓSITOS — EMPRÉSTIMOS — CÂMBIO —

artigo capaz de competir com os da

125.000.000 dc coroas (Cr$ 651.2.50.000,00). As importações au

província de Yucatan, no México, que

mentaram em janeiro de 26.000.000 dc

produz o sisal conhecido por "nene-

coroas, num total dc 378.900.000 (Cr$

rjuem" e é o resultado do aproveitarnento de oito espécies dessa planta.

1.974.069.000,.00), era comparação com

o Brasil já está participando do coroércio internacional de fibras com um

o mês precedente, enquanto qxie as e.\-

Diante a guerra, o sisal do Nordeste, ^ i denominado "agave", começou a ser

coroas, num total dc 334.200.000 (Cr$

exportado, passando a figurar, desde

1.741.182.000,00).

portações diminuíram de 85.{)00.000 de

1945, como um dos nossos produtos dc wa colocação no exterior. Graças a mc-

idas tomadas pelos governos de Per nambuco e Paraíba, o nosso país, que <^01 1945 enviou 5 toneladas do produto para o exterior, mandou nos sete primei

Em comparação com janeiro cie 1948,

as cifras correspondentes às importações apresentam . uma diminuição de cerca

de 43.000.000 c as das exportações um

aumento de mais dc 47.000.000. Quase todos os grupos dc artigos de impor

ros meses de 1948, 11.617 toneladas, •em daqueles dois Estados, São Paulo

tação apresentaram um aumento. A maior elevação, de 8.300.000 coroas, num total

agave". As possibilidades do comér

de 77.800.000 coroas, registrou-sc para os produtos minerais e fósseis, especial mente os óleos combustíveis, enquanto

nmbém possui alguns miMiões de pés de

cio do sisal são numerosas, não apenas para exportação, como se verifica atual

mente, mas também para a economia in

terna. No Rio Grande do Sul, o xarque está sendo exportado em sacos dessa

fibra. Na Bahia, já se instalou uma fiação de sisal para embalagem de ca cau. Atualmente, salienta-se que o Bra

sil deve evitar a exportação do sisal, a fim de que não continue a importar, a pêso de ouro, fibras de outras qualida des para revestir produtos agrícolas e

ORDENS DE PAGAMENTO

CRÉDITO

AGRÍCOLA E INDUSTRIAL — CARTEIRA DE FINANCIAMENTO.

TAXAS DAS CONTAS DE DEPÓSITO:

Populares (limite de CrS 50.000,00)

4% a.a.

Limitados Uimite de CrS 100.000,00) SEM LIMITE .:

3% a.a. 2% a.a.

Depósitos a Prazo Fixo: 12 meses

5% a.a.

Depósitos de Aviso Prévio: 90 dias

'iVz% a.a.

go dias

4 % a,a.

6 meses 4% a.a. 30 dias 3%% a.a. Contas a Prazo Fixo, com Pagamento mensal de Juros: 6 meses 3^% a.a. 12 meses 4V2% a.a.

que o grupo dos artigos têxteis aumen tou de 7.600.000, num total de

68.500.000 coroas. Entre as exportações, as madeiras sofreram a maior redução.

O seu valor foi de 32.200.00i, contra 58.700.000 cm dezembro, enquanto que as exportações de papel o pasta baixa ram de 147.700.000 para 143.000.000, número que é superior em 24.000.000,

contudo, ao do mesmo mês do ano pas

mesmo minérios.

sado. Os embarques dc minério de fer ro, que, como os de produtos florestais,

^

foram sensivelmente afetados pe^as di ficuldades de embarque próprias da

-

CUSTÓDIA

PORTO

temporada, diminuiram de 138.000 to

O aumento ^ das importações, junto à diminuição, em parte estacionária, das exportações, produziu como conseqüên cia um saldo desfavorável no comércio

exterior da Suécia, correspondente ao mês de janeiro, num total de 44.750.000

neladas, num total de 566.000, as ex portações de ferro e aço baixaram de

45.500.000 para 38.900.000 e as de arti

gos mecânicos de 53.800.000 para ... 40.000.000. A exportação de navios di minuiu em cêrca de 16.000.000, num total de 22.000.000. .

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ADRIANO


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o fuluro do regime fcderailvo brasileiro — BraslHo Machado Neto Temas e problemas em debote - Darlo de Almeida Magalhães

^

O instituto da Hilóia amazônica, seus cbietivos e planos^ ^

3^

Cheques compensados - Tlk-hard Lcwinsohn

®

A Lei do inquilinato e o conceito cristão da propriedodo — Roland Corbisler ... • Lei do inquilinato — Antônio clc Sampaio Dória

^

Plano do recuperação econômica c fomento da produção - Roberto Pinto de Souza M O sistema tributário do Brasil — Paul Hugon

O destino da padronização orçamentária — Arlzlo de Viana A participação no lucro das cmprêsas — Clóvis Leite Ribeiro Análise dos mercados — Dorival Teixeira Vieira

Noções gerais sòbre Impôsto - Josô Lui? dc Almeida Nogueira Pôrto

ÚNICOS IMPORTADORES t ORGHHIZRCflO

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SAO PAULO - Rua do Carmo, 59 - Loja • Ttif. 2-1666 e 2-0526 RIO DE JANEIRO - Ruo Debr«t, 79 • A • Lojo - Tel. 32-6767

CURITIBA - Rua 15 dc Novembro, 575 - 3." ■ Tel. 4103 BELO HORIZONTE - Av. Aíonio Pena, 526• 11.« Tel. 2-1902

01

O Tratado de Methuen — Nelson Wcrnock Sodrc

j"

Importar teorias ou resolver problemas? — Djacir Menezes Emptésas concessionárias de serviços públicos — Alde Sampaio

Descentralização jnduslrial — Plmrntol Gomes

Produção agricola © reforma agrária — Edgar Teixeira Leite

Augusto Corato e o malthusianismo — Ivnn Lins Subsídio parlamentar — Otávio Tarquínio de Sousa Os caminhos da socialização — Cândido Mota Filho

N.o 54 —

ÍM

«

Impressões sóbre a zona assolada no Vale do Paraiba — L A. Costa Pinto . . .

MAIO DE 1949 -

ANO V


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