Dl CESTO ECON0MICO
SOB OS luspíGios D> ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO
problema da energia elétrica no Plano no
Universidade e a Civitas — Milton Camiros ● ● ■ ●
do comércio na formação das cidades - Brasilio Machado Neto .... o programa da Comiss.o Mis.a Brasil-Es.ados^Un.dosj^ara mabnUa^o^ í^arro-
— D. Geraldo de Proença Siííaud. SVD
PAULO
DO COMERCIO DO ESTAOO DE SÃO PAULO E OB " 3: s l M A R 1 0 Pág. 1 I 5'^ Quinquenal de Adminisiração do Govêr-
São Paulo
Lucas Nogueira Garcez
:7 A
Importância
“//V_/ ay // Reforma Agrária
desenvolvimento econômico
Robciio Pinto de Sousa Exportação de ferro e 46'./ A imigração japonesa no Brasil — J. To.sta O impacto do petróleo sôbrc a
civilização — José
Galvão de Sousa Gustav Egloff Duas etapas da economia política r// Economia latino-americana — Júlio Oroza Daza Missão a Bruxelas e a Genebra — Raul Fernandes Administração o política — Dcolindo Amorim ●● ● 7! 8 / 95 Nelson Hungria A responsabilidade civil no transporte do pessoas Sõbre a incullura na rotina agrícola — José Setzer 104 1 111 . Renascimento Lusíada Miguel Reale Cristianismo o razão do Estado no Jorge Tibiriçá — Rodrigo Soares Júnior Os caracteres do bom investimento O Rio Grande do Norte e as secas — B — Jos /126 148 crnard Pajiste é Augusto Nelson Wcmeck Sodré 151 /A >1 161 l Fundamentos da economia predatória A política social da Inglaterra — Cândido Mota Filho 167 mmI I kl N.d 163 ^ JUNHO DE 1953 — ANO IX
FEDERAÇÃO
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Sào
Paulo
CRISTIANISMO V. RA/ÃÍ) Dt) LSTADo NO rexascimt:n'tü LUSÍAÍ^A — Migufl Ri‘iil(;.
C:ONSIDF,RACõES CIFRAIS SÔRRE O proiílí‘:ma da energia elétri ca - Daniel Macliaclo dc Campos.
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dev°dam\^rjf e.stcjam conceitos omltSnc^^®’ nado.s. """"‘tidos em artigos assl't
10R(;e TÍBTRIÇÁ - Rodrigo Soares Jvinior. 1
Na transcrição citar o Econômico. nom cie anigos pedpdo D i g o B 1 o S(* e
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Acelta-se intercâmbio caçoes congêneres írangeiras.
Ano (simples) ” (registrado) Número
Redação e Administração; Rua Boa Visla. 51
9-0
t dar Ramal 19 I I' I
Caixa Postal, 8240
an
o PROBLEMA DA ENERGIA ELÉTRICA
NO PLANO QUINQUENAL DE ADMIN1^ TRAÇAO DO GOVÊRNO DE SAO PAULO^ ,
C GOVEUNADOU LUCAS NOGÜEIUA
I>ALKSTIÍA CLUBE DO RIO
\.<) é a ]n-imeira vez que o Rota- N ry Clube me distinjíue com a es colha para dirigir a palavra aos seus é gravas justamente dessa gentilei-iL Que E membros. eu ii repetição
tir um dii\ às vossas costumeiras reu- i niões, alimentará o desejo de a e.as , retornar. Constituis, realmente, uma ^ admirável de pessoas congregação
i. « esclarecidas, hom*adas e idealistas, cuja amizade os liomens de boa von tade desejam sempre cultivar. Re presentais os expoentes da socie a de mundial, que, tendo por norma , a boa fé nos negócios e nas profisnela baseando o vosso compa nheirismo, lutais pela inteligência, ,
Não é se explica a sociedade, cuja as nações.
vos posso assegurar agora que ciesa minha íntima satisfação, a ca(,)portunidade que se CO me da nova oferece, de gozar por alguns instanamável convívio. tes o vosso do outra forma, aliás, que notável expansuo desta idéia, nascendo, pra do Século, nos alvores
soes e entre .■ pela boa vontade e pela paz
tranquilo subúrbio de Chicago, ticamente. de Na permanente preocupação dar, e não de receber, de favorecer, * e não de ser favorecido, o Rotary .jl Clube tem tido no Brasil, como em ^ todo 0 mundo, iniciativas louváveis j de que benefícios inúmeros vêm re- I sültando para a coletividade. Esta ^ é uma delas: a de promover estu- .
num conquistou o mundo e floresce piesontemente em mais de setenta paígeográficas do glo¬ ses ou rcgioes bo, numa impressionante demonstra ção de que seu objetivo fundamental amizade como ocasião de servir a — pode representar, como represen ta, poderoso fator de boa vontade Êste mesmo sentianima, de satismovi-
internacional. mento, que ora me fação por participar de vosso
dos e conferências sobre os grandes
problemas com que se
País. mento de companheirismo, foi certa mente o que levou mais de trezeninquenta mil expoentes das das atividades tos e Cl lides profissionais e
defronta o
Encontra-se o Brasil num instante a um tempo temível e promissor * de sua evolução, aprestando-se para libertar-se das limitações em^ que o estrutura de país Essa passaecoencerra sua nòmicamente primário, ecijnómicas de todo o mundo a se do vosso em tôrno congregarerp de fase eminentemente agneo- j fase da in- gein la da economia para a
aplicando-o, em vida privada, Ideal de Serviço todas as ocasiões, a profissional e pública.
Quem tenha a satisfação de assis-
naturalmente, dustrialização poe, uma série imensa de problemas ao \ País, e dentre êles se destaca, pela
V
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1
«
j
sua primordial importância nas ati vidades produtoras, o da encrgiu. Daí, a preocupação, que em tódu j)arte SC nota, pela descoberta e explo ração das riquezas petrolíferas do subsolo nacional, pelo aproveitamen to de nossas jazidas carboníforas e pela transformação, em energia elé trica, da força hidráulica fie tão rico o território brasileiro. que e
o país, apesar das (‘ subidas dificuldades C e a despeito dos i)e.ssi-
, , f'sso e o tema que, atendendo ã amabilidade do vosso convite, escolhi para esta conferência.
patriotismo o vontade muito mais inten-
mistas, dos incrédulos, dos fivicos o do todos aquêles que jamais retiram seus óculos feita esta escuros, t Jes.salvn, impõe-nos objetivo (juc também reconiieçamos a urí^enK? neco.s-sidade de um esfôrÇo muito mais vigoroso, de uma apli cação de
lho intitulado O conomia universal” cngenhoiio que foi PlREs ÜO RIO escreveu e.stas palavras:
Em combustível seu traba na e no planejamento e na con.struçao^ do protrrc.sso nacional, pela so lução de dem
, ^st^darmos as nossas bibd
ospírito pomeprezando as
« possiades naturais, com s.two, sem hipóteses meramente dfs'em m princípios econômicos, des-
sa vários problemas de oreconómica
, cuja dificuldade es tá a <losafiiir a ííitelijíCncia dos bra sileiros c a .sua capacidade rcalizadora.
de nacJ nosso prop^resso material a I
%
f|uc, Gnerífia, , amos e os países civilizaa desprezar como quando infainantc dc ó íírande,
mos a i’Gpetit|UO, menos o
Com esta citação, é meu desejo dizer que podemos e devemos oi-ulhar-nos do esforço desenvolvido
Quero aqui tecer alprumas conside rações cm torno de uma das formas enerííia que maior importância assumo no Brasil: — a cnorpría elé trica.
Kntre esses problemas destaca-se o aumento e o barateamento da jn*oduçào do um dos elementos básicos como projetos será difícil no passado marchando entr dos, sem motivo nós mesmos, mos o conceito no Brasil, tudo homem.”
de o lação.
pono sentio proprresso do Bra
sil ressalva, o quan- que corresponde a reconhecer
A energia elétrica é básica para enriquecimento do país e eleva ção do padrão de vida de sua popuPaís pobre em combustíveis, pois o petróleo apenas aprora prin cipia a brotar de tituindo ainda uma incógnita, o com carvão de qualidade inferior, o Bra sil depende e provavelmente depen derá ainda por muito tempo, para alimentar suas atividades, da enerí?ia elétrica de oriprem hidráulica.
ie a melhoria das condições de vida do seu povo, para isso lutando contra fatores adversos, resultantes da situação geográfica do país e da sua formação históiica.
seu subsolo, cons-
a
4 t' 6 On.KsTc» Kc:osóMit:0
to tem .sido construído pelo brasi* leiro em (juatro séculos e o quanto tem proírredido inúmeras deficiências r w
ut r conve r.
opias apresentadas ealizáveis ncermo-nos de G no presente v
A eletricidade é a forma de enerffia que maiores facilidades apresen ta para sua produção, transporte
Ias gerações passadas e que vai sen do continuado pela atual, do de promover ■è
Entretanto, feita esta
niaitt víiriadas
desenvolvimento das zonas dos Bous
grandes distâncius e transformação, do modo a servir à indústria, cm suas formas, e propiciar o cidades e das rurais, tlando ao homem um niais poderosos elementos para ti vida na civilização moderna.
A líNICUdIA líLETlUCA NO mtASIL
scs tôm êsse índice entre 1.000 e No Brasil a produção foi» de 1G6 kwh/hab/ 2.000. em 1951, apenas
ano mais
. Para todo o Estado de S. Pau- i lü êsse número foi, nesse mesmo ano, de 470 e atingiu pouco ^ do 1.000 na área ser\-ida pela Lignt^ (Capital do Estado e outros municipios).
potencial hidráulico total do Brasil, que se avalia em 19.500.000 j CV, apenas 13d-, ou sejam, 2.500.000 3 CV, estão aproveitados. O aproveiintegral daquele potencial . fôsse viável, elevaria ^ , nas mes- 'ií
Um do.s mais expressivos índices do c.stágio econômico e social atin gido por um povo é, neste século, tamonto a sua produção do energia elétrica por habitante. A ésto respeito nos- a sa posição não é favorável, estando o Hrasil colocado entre o décimo quinto o ít vigésimo lugar no con junto dos vários países. As nações que produzem maior quantidade de energia elétrica por habitante são: Noruega, com quase 3.00Ü kwh/hab/ ano, e o Canadá, eom cerca de 2.500.
A Suíça, a Suécia, os Estados Uni dos, a Nova Zelãn^lia e outros paí-
hidráulic con to, a qu a êsse do de
o, se produção “per capita
dições atuais de fornecimen- j
» mas ase 1.000 kwh/hab/ano, so ^ . Gon- J de 67o mente de energia hidrelétrica, sidorando-se um acréscimo ' número, correspondente usinas termoelétricas existentes e valor
às em construção, chega-se a um da produção específica idêntico ao ora existe na Capital do Esta¬ que São Paulo e municípios Evidenteincnte, ^ vi¬ zinhos, êsse seria, como média > para todo o país, um vo muito elevado presen- ^ alTomemos um : temente, terço daquele valor, isto é, 350 kwh/hab/ano para todo o Brasil, ou seja, .● Douco mais do dobro da capita” u produção em 1961.
per Para atingir ;j midor possuir novas dro ou
í IOrí)NV)sn(u>
1
Do
essa produção, nas mesmas condições atuais de ^ fornecimento ao consu- g} precisaríamos usinas, bitermoelétricas, com potência instalada v total de quase 4.000.000 /f; ij
CV. Considerando-se, porém, cimento da população durante
nos anos que os projetos trução das e acrescentando-se novas usinas cxiííinam aquela potência para re-
0.8 pníximos o crcs■ 08 vác a cons-
t ●uma razoável percentaífcm serva e para melhoria das condições do demanda, atuais , t-hegaríamos, em números redondos, a 5.000,000 CV.
Tais usinas poderíam ser projetadas e construídas, digamos, em dez anos e custariam provavelmente cerca de vinte bilhões de cruzeiros, exigir,am emprego médio de capital de dois bilhões de cruzeiros por Todos êstes mente
Para de-se prever que çoes a serem feitas particulares
2.()0(».0()íi c:v, os j)oderes i)úhlicos, pótese (pie ÍJ.OOO.OUO CV,
dez anoa, poas nuvus instalapor empresas sotnarao cérca de (* (pie deixaria para sempre na hiestanioH fi^curandc, . . .
»
isto é, ano. principal- números, produção
a para um
O investimento do.s mencionados cajiitai.s, em sua totalidade, por par ticulares, niático nie i>areco muito probleatuai.s con<liç()es do renuineraçao do capital, permitida pe lo Código de Aguas, e com relação capital estrangeirí», ●situação,
nas ao na iH-csente virtude da legislação em anual do 350 Kwh, sao aqui assumidos í’ base
per capita’' evidentomente unicamente como
que regula uo paí.s e a entrada dêsse capital o seu retorno, anual do consumo O oom a do uma À fi
-
produzir .só se^^nnd'^ '
a aao uso Haverá pos
crescimento do eletricidade a Í0%. vem sendo sujicrior Como o rendimento ináxilegalmonte admitido pitai empregado indústria
mo para o canes.sa espécie do é de 10% ao ano, verifi
ca-se que dificilmente a .simples ca pitalização do rendimento permitirá o de.senvolvimento normal das cmprúaa.s. 'rêm estas de rccon-ur a
riinil, olc.
; de HG obter i^vestimeno pelos poderes nú por particulares ou nof .f bo.s Rimultâneamente? ^
.sibilídade o necoRBáiio capital? to poderá ser feit blicos,
Se ficas.se o
talmente a
O i empreendim
to¬
numeritos de capital, — pouco inte ressantes lucrativo.s para o pria indústria,
quumlo há empregos niuia dinheiro da próou a empréstimos,
também difíceis do serem negociados, diante da citada limitação da remu neração do empreendimento.
por meio de empréstimos inter¬ e, nos. públicos.
no campo e uma questão de na capacidade organizae administrativa dos poderes
8 r Du:ms 1 o !●.<.«(NÓMico i,
I I
A alternativa de jirodução de energia elétrica por entidades esta cais ou privadas envolve, além das questões meramente financeiras, um aspecto doutrinário — o relativo à interferência do Estado da produção, confiança dora r (. ento
dos poderes públi¬ cos 0 investimento anual, naquela base, que adotei apenas para ariru mentar, equivalería a cêrea de 4c." aos orçamentos da União e dos Es tados, o que se poderia em parte com o sacrifício de despesas menos urgentes e,
J
conseguir, - outras em par- t
adotar qualquer das Sem i>rocisar duas eoncei)CÕvs
cialista, qm* advo^ja para o Kstailo de todos os meios dc dos que não admitem interferência do Estado
extremas, — a soa transferência pro(Ua;ão, v a (pia (iiu'r
nesse ti*riH-no, j>odo-se perfeitaiderar isohulamonte o se- mente eons tor da produção do energia elétrica.
Sou, pois, favorável n atividade indústria do eletriciapenas pelas razões extambém, poi-que vejo qual
do Estado na dade, não postas, mas nue na presente situaçao, a acredito que não poderá ^odificartão cedo, não tem o poder publi co meios do compelir os concessi^ ^ necessária suas insta-
sc aumentar, na nários
Estou sineoramente convencido de medida, a capacidade de Os concessionários aumenta-
que há não apenas eonvomencia, mas neeossiíUule <lo passar a administra ção pública a cuidar, ao lado das empresas jmrtieularos, diretamento ou 1)01* intermédio de sociedades de economia mista, da produção de cnoriria elétrica. Fundamental como ó a eletricidade para todas as ati vidades dc que dependem a vida e o projrrossü da Nação, não é mais admissível que o desenvolvimento de su- produção fi(iue sujeito aos azarcís (io maior ou menor interesse que possa ela despertar nas empresas privadas.
Embora nem sempre se possa 0 caso brasileiro a transportar para
a lações. ,vão sua capacidade de produção se isto consultar seus inteixísses; mas 0 fizerem, ou o fii-^erem len- se nao
tamente, devemos reconhecer com poderes públicos levar os franqueza que probabilidade de os têm pouca modificar seus programas dêstes. a ritmo de execução
ou 0 Em resumo, tudo deve ser leito sentido de possibilitar e estimudesonvolvimento da industna privada de energia elétrica, mas é necessário, na presente conjuntura, poderes públicos passem a de ativi-
oxperiêi\fÍH usítfa ngeirn, nao se pofloiu nt'ji’1^1' siuuifiniçno do exemplos como os dos Ede u imiiortãncia tudos Unidos, da França u do outros países, onde a produção de energia elctrua pelo Estado vem dando os resull.ndoH.
molhovcH
repita o velho conceito, Nem se íolizmonte tantas vezes desmentido fatos, dc que entre nós os Goso mostram incapazes de geSe há em-
pelos vornos industriais, i'ir serviços
sempre
tuação em virtude de erros de oriagravados com o conter do gem, clestroem tempo, outras existem que aquêle conceito.
no lar 0 que os agir também nesse campo dades, ao lado da iniciativa v^rticulai-,-de modo que o povo tenha semein suas mãos a poderosa chave dn seu hem-estar e de econômico, qiie é a disponibilidade do energia elétrico.
pre
Um dos fatores preponderantes do progresso industrial do s a o de São Paulo foi a relativa abun dância de ener.ia eiétnc--do Estado ali se há poucos anos Ef do Estado que efetivamente estiveram em lastimável siprôsas etivamente, na zona abastecida pela LiüM. ®
geradora disponível era, » 53% superior às necessidades máxi1942, essa dismas de consumo; em
' iw TW, 9
K<H)SÓMic:o DicivSix)
A
ENERGIA KLftTRlCA EM SÃO PAULO
I
i' J
??■
Em 1946, o crescendo simultâneaniente
ponibilidadc era ainda de 33%. consumo atingiu a capaci dade geradora e noa anos seguintes ambos mantiveram-se prãticamente iguais, até que em 1952 a demanda ultra passou sensivelmente tomando-se imperioso to que ainda hoje se mantém e que perdurará por mais algum tempo.
Existem presentemente de São Paulo usina.s geradoras potência instalada tocai de 1.100.000 C.V.
nenhum serviço de energia elétrioa. (Jomo média geral para todo o Es tado u j)roduçfto atingiu em 1951, *170 kwh hah íino. lOxcluindo a área servida j)ela I.iglU, o restante do interior do Estado contou em 1951 com 118 kwh hah ano.
\ erifica-se, propoi-ção
assim, a restante do pais e I
Pode-se dividir o Estado tro grupos de municípios, origem da
a produção, o racionamenno Estado com em quaquanto à energia elétrica
grande deaexistente entre a produem parte de e no Distrito Fodi‘ral o
Mesmo n
CMitre a área servida pela aix*a.s, o (pie de concentraçã ■j
O
aí de 1.057 kwh/hab/ano™ Nes‘ sa aiea esta concentrada a maior parte da mdústria do país e ãí sÓ abastecem várias ferrovias para tra ^ em centenas de quilômetros de linhas eletrificada.s.
Kstaílü de S. Paulo é grandi* a di ferença Jdght e as outras á terminou
a excessiva
¬ o industrial, causadora de tantos pro blemas.
Urg(} proceder a uma des-
das inchistrias e da contrali/.ação popiilaçao, o ejue faz com (pic o ])roblema do incremento da produção
f.'
Um segundo
no centro e
ção elétrica grupo de municí
i (1 % O
compreende grande numero de empresas meno res, independentes, que servem população de 2.200.000 habitantes e cuja produção média em 1951 atin giu 169 kwh/hab/ano.
uma SALTO GRANDE, no rio Paranapanema, para 80.000 CV.
JURUMIRIM, tambeun no Paraimpanema, para 80.000 CV.
Finalmente, há nm grupo de mu nicípios muito mal servidos ou sem
LIMOEIRO, 40.000 CV. no rio l‘urdo, para ,
' V 10 !
* * \
çao de emugia elétiica São I'aulo a do
o
com 3.400.000 habiao Estado, compreende a Caoit*il o ma.s um certo número de mun dnios ao seu redor e no Vale do Pa“r
de energia elétrica deva .ser encao da co¬ rado sob dois aspectos: bertiira do déficit e.xistente na área suprida pola liight e o da cria ção (le disponibilidades de energia no restante do Estado, dc modo u fixar aí as populações e estimular a descentralização industrial, criando condições para um desenvolvimento mais uniforme de todo o Estado. pios norte do Estado, com uma populaçao de 2.800.000 habi tantes, é abastecido pela Cia Pau lista de Força e Luz e associadas' Sua produção foi, em 1951. de lOá kwh/hab/ano.
Compreendendo, como há pouco disse, a ncícessidade de passar o po der público a produzir, também ele, energia elétrica, previmos, no Plano Quadrienal de Administração do go verno paulista, a construção de oito usinas hidrelétricas, a saber:
terceiro grupo
EUCLIDKS DA CUNHA, ainda no ilO.OÜO CV.
RIO CAi’lVARI, provàvclmente com 50.000 CV.
BAKK.V BONITA, no rio Tietê, pa100.ÜOO CV.
rio I’ardo, para ra
OUTK.VS I)U.\S LISIN.VS, no rio Tiotê, com velmente superior
potência total provà200.000 CV. a
destinam a trazer à tona dos debates públicos as grandes questões que se Lparam à Nação. Dehtro, mesmo, dòL tema de indiscutível atualida de, muitos aspectos relevantes emste n, que poderão ser mais detidamènte examinados por outros_ estu diosos. A mesma transformação que uma grande usina, como a de Paulo Afonso, promete à extensa e ate lioje favorecida região brasileira, se poderá verificar em outros pontos do território nacional, lesde que saibaeletricidade a transformar em
A estas centrais elétricas acresposteriormente, eni nosso centamos plano, a de Caraguatatuba, que po derá ter ])otência da ordem de ... 600.000 CV. mos quedas dágua. de nossas detive por mais tempo nas neste terreno vêm
energia Se me Somam tòdas elas mais de 1.100.000 C.V., isto é. uma potên cia igual íi que hoje existe instala da no Estado de S. Paulo.
A usina de Salto Grande está com obras bem adiantadas: as do suas Rio Pai'do estão para ser iniciadas rriuito cm breve. As demais estão sendo projetadas, devendo estar to das em constrção até o fim do pró-
realizações que ●acterizando as atividades do Uode São Paulo, foi para dar Brasil inteiro do
cai verno conhecimento ao se faz e se pretende fazer em Estado. Aliás, com tudo o que que meu
até agora fêz no sentido de aumenprodução de eletricidade, São tar a Paulo está apenas no início da so lução do problema, e deve ainda inulseus esforços pai'a- que tiplienr ximo ano.
está fa-.iendo inira aumentar a proCada quilowatt adicionarmos à capacidade gedução brasileira. que radora de eletricidade do país é um elemento de trabalho que crianovo passo dado para do Brasil o para o bem-
novo mos e o um o progresso estar de seu povo.
Êste é o esforço que São Paulo êste àetor de sua economia acompa nhe 0 ritmo de desenvolvimento do conjunto da vida estadual. Longo é, portanto, e difícil, o caminho a percorrer, mas a meta a atingir compensará todos os sacrifícios que fizerem para vencê-ld.
Essas, as considerações que o asProcurei, natural- sunto me sugere,
os se
MEUS SENHORES:
mente, explanação, limitando-me aos traços essenciais de cada um dos principais aspectos do problema. Aprofundarexame seria abusar da
resumir o mais possível a C7T1 aou mo
Agradecendo a distinção que me conferiu o Rotary Clube convidandopara esta conferência e confes sando-vos meu desvanecimento por ter como ouvinte esta ilustre assem bléia, seja-me permitida uma palafinal de saudação ao eminente
me vra
benevolência da vossa atenção e, contrariar as próprias parccc-me, jiutrício que preside a esta reunião. A biografia do Senhor Almirante diretrizes destas conferênciaa, quo so
w 11 I**<;oNOMic<) sui
j
JORGE DODSWORTH é uma lon^u e constante sucessão de Nação c à Humanidade, lhante carreira de oficial da Mari nha constitui
.ser\'iço3 a Sua briuma .séiie ininterrupta
de trabalhos reali.-^ados, dentro fora das fronteiras benefício da coletividade, do, na vida profissional, culminante da sua nobre e na vida pública honrado
e nacionajs, cm Ascendenao pô.stü earreira, com fun ções, inclusive de Ministro de Esta do, à altura das invuliíares qualida des que exornam .« sua personalidade, êsse ilustre brasiloi ro conquistou mercês e condecorações que bem di-
é lido
zem do papel (pie lhe reservou o destino dentro e fora do Pais. Den tre as suas condecorações sc dostaeu a de Cavaleiri» da Legião de Hon ra, o (jue revela o conceito eni que n(j estranrreiro; e entro ua suas medallias ful>;e a dif Ciiniiionta Anos de Serviços ii República, o que demonstra (juanlo lhe deve o Brasil, uma vida inteira uedicada iio “I(ieal de Serviço”. Km Sua Exce lência tenlio, portanto, a honra de saudar todos o.s que, como voa do KOTARV CI..UBK, têm por lema dar de si antes dc pensar
em si.
12 l'*t:ONÓMICO
K’
A UNIVERSIDADE E A CIVITAS'
Oraçno de Pnrnniufo Mll.TXIN Camws .
Filosofia de Minas Gerais) (I’iofossor da Fat uldado de
Ão i* sem propósito que, cm oportuni<ladcs como ostn, o pnraninfo indajrar a razão do sua esco1<F ((uo. conformo soja o motiostará o natural compromisso oríonla<,‘ão que deve dar ãs
procura lha. vo, at para a suas ]>alavras.
Jurista. poUtico c humanista. .1 ;»c MiUon Campos proferiu quaaâouo exercício do ^ovêrno dc ' cn/ci-mfíns em precioso dclos dc concisão e aticismo, c ^ J do t^rdadeiras liÇÕes dc moral e ctv^no. ,
As írenc‘rosas inspirações da juven tude explieam tudo, até mesmo os henévolos do apreciação. E erros a faltava-lhes ainda a
convivência, o „ns com compreensão e ã mjust ç , ig. os outros. Então-Zeus var aos homens o sentimento ^ seriam o ornavínculo a ra e do direito, que
multo dos acontecimentos?
que inspiração mais írenerosa pode ríam ter os moços, ora aqui reunidos despedida, do quo a conforto o estímulo a um nn^^ifro li¬ do trazer cm dador da vida pública, a quem o reda cátedra não afasta do tu- manso monto das cidades e que maneira, perguntou o distribuir esse sentiatributos,
Sinto, entretanto, que uma razão mais rbjotivn, fundada em louvável desta
curiosidade intolectuab terá voz movido os mocos. quo exerce
E’ a sedução a cadeira a meu rarpro.
A Política, em verdade, é imemorial ar^c e, como ciência, é velha; como
0 emissário, devo outros C
mento? omo os concedidos a alg^uns, servem a ' outras ar¬ que, -muitos, tais a medicina e tes e profissões?
A todos, ordenou todos partilhem êsse que
Zeus, fiara , ^ sentimento.
mas c nova como disciplina dos ciirnniversitáidos. sos Se dêle participasse ^ no número, não haveria mine-se aquêle que participação. (1) Acade- essa Eis como, nos 3ard' i
Remontemos a Platão, na aleporia de um de seus Diálojros, que arris carei desficurar em apcrt^ido resuDepois de haverem dotado os mo.
homens da capacidade de sobreviindividual, verificaram os vencia
, mesmo reunidos nas
apenas peque-'*; cidade; e eli- T; recusar a í se
mus, se <^0”“ “ convívio dos "-J atributo fundamental . homens e, por isso mesmo, conferido.
Liceu, Aristótel
Depois, no cipava da Ética a
(1) Platão, tágoras”.
es emanpolítica, que gaCoinplètes’ ‘ProOeiivres
N'^
deuses que eles viviam dispersos, sem Se reunirem nas cidades, porque lhes faltava a arte política, que compreen dia também a arte da puerra para os animais, cidades, luta vi^^oriosa contra Depois a 1
nhou então autonomia, di.sciplínu c objetividade, inscrevendo-se como das principais entre as ciências do ho mem e que, na sua loní?a evolução, ora acentuou ora perdeu ter autônomo. seu cara-
Discute-se hoje se es.sa disciplina deve ser incluida sitários. Mas o de debate é
nos cursos univorque me parece fora sua g-rande utilidade qualquer que seja a especialização do curriculum, para que os portado
res do título universitário se familia rizem com os processos da ordenação do convívio humano : da.s instituições políticas, assim contribuir para mento.
Costumamos réis em direito paraçâo intelectual vica.
e com o jogo e possam seu aprimora-
Não si* pen>-a, evidentemento, fazer do filíí.sofo um estadisUi nem do estadista um fiJos«*fo, Síinho da repiildica platônica, ha (ji.e aproximar a.s duas missões, porquo elas têm uma finaliilade a dl' elevar o liomom perfeição moral
em como no Mas conuim, (pie (■ orientji-lo pai'U a
e para a ]>az.
Kecíírdemos rériclos, Iiomom de Kstado por excelência e tiue dou liome ao .século mn (pie viveu. Seu Muis que suas comiuistas gloriosas g suas fulgurantes realizações, prezou êlc a tranquilidade e o apaziguamen to no esjiirito de .seus compatriotas. Conta-nos 1’lutarco que em torno de J'éricles,
do tio leito de morte, os seus
rese o -
amigos, (jue o supunham sem senti dos. comentíivam-lho as virtudes o
rvar aos bachaprivilégio da preP^ra a vida cíMas quanto lucraria Se generalizasse de que o
e.sta se Pi’eparação, a fim conhecimento da
a
nam s instifní Çoes pohticas, polo „enos na" uas
os grandes feitos, tonando so refeaos nove troféu.s que êlc eri gia em lionra dc Atenas e que corres])ündiam a outras tanta.s bata lhas ganhas, Pêriclcs os interrompeu: — Recordais c louvais fatos
o E Se o contato problemas políticos atraísse açao cívica os estudiosos como teríamos melhorado quadros dirigentes, mentá-los
gloria e partilliada pela fortuna das armas e (pie tantos outros generais realizaram como eu. Entretanto» es
curricula nâo só como também
r com os para a em geral, os nossos por auPor lhes e os resul- aperfeiçoar os processos tados da atuação.
A Universidade não pode separarse da Civitas, da qual é elemento Nem a obra dos filósofos, cientistas e técnicos teria sentido senão pelo benefício que possa trazer ao homem e ao convívio humano. Daí
a conse-
quência da participação, em vez da separação.
queceis o que há de mais glorioso em minha vida, e é que jamais levei o luto ao coração de nenlium ate niense. (2).
Sob esse aspecto, que se refere à defesa da condição humana no ela tem de mais essencial que
I ao seu pleno desenvolvimento e a missão do filósofo, como, de do geral, a dos homens cultos, emparelha com a do estadista. Há uma tarefa comum afeta às duas categorias, embora por métodos di versos e processos diferentes.
expansão, mose
34 Dií.i.sto K<;on6mu;o
I
.i
(2) Plutarco, “Périclès", em "Les Vles <3es Hommes Illustres”, I.
nãt» ó possível ê submeter ‘stmio no dilema par(Jabriei Mnr-
evasiio. oU rosííuarda-lbos a no- pi.rt>s,
O que homens tle es tieipa(,'ão examinando o problema para os l^ilÕKoftis
bre* oontiiçru' mas Ibos lecomendu tom<) (lovcr prinu-iro, no mundo do hofanatismo como Je, o combato ao K aponta cpio lhe cumpro apresente, cm quer dois <{UC exemplos
atensumaçâo dos crimos e apenas dem a consciências individuais, em bora muitas vêzes com heróico sa-
orifício. Mais acertado é eliminar a atitude olímpica, para ouo se realize, não direi uma parti cipação constante que desviaria vocação natural, mas um interesse permanente, que contribuísse para o esclarecimento do meio social. l"ordo esclarecimento e
quo o silêncio
SC participar a fundo pelo protesto, porseria c u m])* icidade. exemplo ó o de uma mi(loterminado país, perseruciais ou reli-
O primeiro noria, em líuida por motivos
O segundo é o das depura- giosos. Çòes, com o corte jo <lc tribunais de exceção, em (jue os juizes são as víti mas, animadas <la idéia de represália cm nome dc um espírito de resis tência que, finda a guerra, perdeu sua razão de ser. (.3).
Êsses dois excm-
pios são aspecto.s do mesmo e único fenômeno de fana tismo, que c o que haver do pode
indiíerença e a que na falta
que reside a causa do fanatismo co mo fenômeno do mundo moderno, que se deve combater a fundo nas suas bases e não episòdicamente nas suas consequências superficiais.
Uma política sem princípios,que elimina os compro missos com 0 espi rito, fomenta os fanatismos explorá-los, com a habilidade substitui a virtu de. A culpa é dos dirigentes,
para que grupos
que não se preocuem persuadir, pam
mais contrário aos direitos da. cultura e do espírito. Mas, ampliando o con ceito do filósofo até abranger os in telectuais (professores, artistas, ho mens de pesquisa e estudo), observa ríamos que os protestos e as rebeldias eventuais ante episódios como os fi gurados naqueles exemplos ficientes, porque aguardam a con-
sao ine-
mas em fanatií.*ar. Observe-se como, hoje em dia, pros pera a mística do chefe, na proporção em que pro gride a massificação dos homens, ou seja a supressão do humano nos ha bitantes do planeta. A obra egoís ta e demoníaca dos dominadores pri mários, utilizando a propaganda, a ilusão e a mentira, consiste em substituir uma um conceito-
ampliar a massa e em concepção humana por
15
Dicksto KcONÓNUf*»
da física. (3) Gabriel Marcei. *‘L,es Hommes contre l’Humain”. p. 85.
14
1
f./
»
i
Sü noque j)elas
presenças: ausência de forma cór, ausência de determinaçã iniciativa.
e de ao e de Daí, no mundo social, a aparição da massa conm merado de indivíduos indistintos, d unidades atômicas <iue se adicionam em bloco, formando de amorfa e inerte de uniformes,
fa, ou, como sa. masO nào mover-.^^e scnã<» por i.m aj^envivc da ploni O povo
o com- tude da vida dos homens que j)oem, cada um dos Jirio lu^ar o do (piais constante e que valem pelo (lue sam e em ejue cada um so vale peso do todo. (4).
Assim concebida, 0 homem, massa elim
ina que pa.ssa a ser um "ente na feliz expres.são de os ditadores e domagoar as co-
a ra dosfech que percorrem
no prôprripiào modo -—. uma jiessoa consciente das liroprins responsabilid.ades convicçr-jos.
pepelo , influência externa, ^
é e das próprias A massa, pelo (ontrário
espera uma um brimpiedo fácil nas perempto”, Burdeau. mao.s tie quem (picr que jogue com seus ins tintos c impre gos a aproveitam emi.ssões ilusórias, mo corrente elétrica informe da
paina
o .s.sa, reações ^ invariáveis Daí a voga da pessoal o do outr tificadores
vocando ne¬ e condicio¬ propaganda os processos que têm o êxito tido pela ausência das dividuais discriminadas.
pro la nadas.
.ssoes”. (5). mas.sa femômeno 0 aglomorad Semio a carac terístico do mundo moderno, diante dela, como realidade irrecusável q poderosa, há duas atitudes a toinn^.. a conservadora e a progressista, primeira 6 a dos ditadoi-os c do.s de magogos, aos quais n mas.sa é cessária para a sua dominação, atra vés dos acenos ilusórios
Contra essas deformações o remé dio nao poderá ser o desconhecimen to ou a condenação do fenômeno, que antes se devera considerar como um dado auspicioso da realidade temporânea.
a massa um sinal da presença do povo, e aí, no povo, é que se tra a base ao mesmo tempo demo crática e cristã da atividade polí tica. Por isso, con.siderada
nocom quü
que A outra e a atitude doreintograr n
ecu-
●» sem sua po-
der político.
Há, portanto, grande missão : a
(4) Joseph Folliet. “L'Avènemont do Promethóe", p. 43.
Á
ni<;KsTO Kconómi^V
sa como par. ela <Jo povo, ambos s«’ apresentam aos cuidados da ciêncim jiolítica, aj)esar das aparências dife rences (jue as íiistin^ruein tiuo ninjíuém melhor exprimiu do <jue o i*upa reinante, na Mensajrem do Na tal de líMO; “icovo «● multidão amor>o (●●ístuma dizer, são (lí)ís ermeeitííS diversos, povo vive o m<ive-se por vida i>r6pria, a massa é de si inerte pode to externo. 16
\ í
Massa", com efeito, é o que pe sa, o que vale pelo seu peso e pelo seu péso. Partindo de.ssa ção da física, obsci*\-a um en.saísta moderno que a massa .se revela an tes pelas au.sências do
um a«lo(● uma coletividaindividuos maneira <iue reagem do
misgaranreações inr, , - conDe qualquer forma é
L y-
ntraom e das emoções insinceras suscitam, mocrática, que visa a massa no povo, ])ara que ôste pere, em todos os setores r pur
encona masl
que a condição crítica dn se distribui disoriminação e do julgamento, a qual não existe a consciôn ia de grandeza como orip:cm do
(5) Em Alceu Amoroso L.iin.'), "Mensagom de Roma", p. IGG, nola.
E’ assinalar na política moderna, a libertação da.s massas, ; que a utilizam em íler econômico, .seja dos t]ue a exploprovoilo da dominação polibertação nao se
seja dos beneficio do porani cm liti Mas cs.sa
planetas diferentes. Tanto quanto a par.icipação se manifesta em muitos graus e não e mente absorvente, mas exige ap da indiferença. a eliminação
luz insinccramento por favores apa rentes, ])or medidas paternalistas ou !U)r decretos providenciais, cujo efeiilusões e agravar as reclama é a des¬
ça. ti' c manter as anp^ú.stia.s. O tiuc SC do homem que se re informe, c contra no cuperação personalizou do homem cumpre humanização da massa. massificação a promover a nCssc modo SC dissiparão no amtrevas propícias ft biente social as
prosperidade das mistificações, par«i claridade iiifensa Híiverá consciênatuem os mêto-
do inconssensí¬ vel ao contágio donciosas. As armas
valecerão sobre as impulsões do mstinlo c a verdade, enfim, circuaia mais livremente do que os embustes do ilusionismo dirigido.
Essa missão impõe-se i da Universidade, que marcada pelo traço O primeiro sinal da e da sabedoria
ainda pela está índo’e da luimildadc. verdadeira ciência
autêntica é o conhecimento do limi te próximo e estreito do seu p ● E nada nos dá idéia tao vnva des^ impotência como o angust.oso espe táculo do mundo na hora
homens
Podemos figurar os liojc numa casa imensa beleza e o confôr o se . ? h, contribuição dos primores da ciência e da :fp(-5 0 arrojo e a arte das nicas atingem os limites da humana de melhor po is evoluídas
em que a perfeição, e o que dem dar as té
que SC* instale a aos automatismos. cia coletiva I , oni que cJos da persuasão, em ycvj ciente das multidões, apenas das sugestões ten da razão pre
se da física. saída aos que Para que se obtenha esse resulé imprescindível a colaboraçao Primeiro, abrindoambas alarmam pelo que oferecem lá fora: uma, a sujeição dos homens, despojados da sua dignidade e es vaziados de seu conteúdo de e.ernidade; a outra, um espetáculo de detende a ser tão do lado oposto solação humana que Gxasperante como
tado, da Universidade, so as camadas profundas do povo, a fim de que os valores, aí adorme cidos através de longa duração da injustiça social, encontrem seus caminjios de expansão. Depois, incu tindo nos que por ela passam o mda coexist e só o não será se as forças do esa sal-
0 congregarem para erêsse pelos problemas tência humana e assim sentido positivo as perplexidades O que não e Universidade
resolvendo em sobre a participação, possível é conservar a
pírito se vação. Diante disso, procuramos a terceira porta pela qual possamos terreno seguro, e nao na
ansiosos sair para Civitas, como se se de instituições pertencentes
tr alheia ã tasse í
aabrem a ciência e a técnica, que pu- a
17 DK-lvSUt
.nicas mais põe a serviço dessa prodigiosa máquina de habitar, desde o om gosto requintado pela experiencia do tempo até a utilização da energia nuclear domesticada pelos milagres Mas só duas portas dao habitam o edifício, e
deram conseíçuír o prodígio da cons trução, mas nâo podem realizar êsse trabalho elementar de aprendizes. E 0.S habitantes aflitos têm de rar pelas imprevistas scluções du história, se não recorrerem às ins pirações da filosofia e da fé, moveram montanhas e hoje hão de remover paredes.
Eis aí, caros diplomandos, lavras do
espeque ju a.s paesoeranca ejue vos dirip
e vosso paraninfo, no ato de diplomaçâo. vossa Deixei expandir-se mi nha sensibilidade, moderada pelo já
lonpTo trecho de vida docoirido. E não voH acenei com ns risonhas pers pectivas de vossos triunfos nas espo, cialidades ípie elejreste.^J, mas prefe ri entremostrar-vos iim itinerário serviço impessoal à causa do aperfeiçoamento da convivência humana.
de Aqueles triunfos
.suo o obje to do voto <jue a Deus formulo vosso benefício. em fÍHsc itinerário do .serviço é o voto que vos peço, moços do meu País, em proveito do no.ssa Pátria, (juc bem merece levantemos para ela o nosso hora auspiciosa. pensamento, nesta
DiGKsro 18
IV
IMPORTÂNCIA DO COIVIÉRCIO NA FORMAÇAO DAS CIDADES
Machado Neto Nacional do Comércio) ühamuo
(l*u-.sicU nto da Confcdernvâo scdc da Legião Brasiiciro, ... lUhcirâo Preto, luj 3 de abril do corraUe nrio)
(Coitfi-rcnciti proferida em em fêz a onsina-nos Oliveira Viana
QifANDo por motivo do transcurso do cincoentenário doRtj*. benomérila sociedade.
da fundação recebi
o convite i>ara pronunciar uma con ferência, veio-me ao espírito o penfiamonto de conversar convosco so bre tema particularmcntc grato ã condição de paulistas: a fordas cidades. nossa niação
propósito ao meu
Teríamos de empreenincursôes pela hisgem riam
Reconsiderei atentar para as proporções do assun to escolhido, dor numerosas lória, pela sociologia, pela urbanís tica c pela geografia, se nos arro jássemos ã empresa de esmiuçar a gênese o o crescimento do núcleo urbano. E ainda, ao término da viamuitos de seus aspectos tesidos esquecidos.
Rua glória como fundador de po\oa ções 0 vilas. ^ ^ de Bem sabemos que a política Portugal, nessa fase do povoamento do Brasil, não cbedccia ünicaraente à idéia de estimular os centi-os ur banos, como alicerce da gian eza da colônia: militavam nessa orienespírito expan0 do- tação, a par com o
sionista, a vigilância fiscal e minio político.
vê-lo a aqui estou, empresa, vossa
Julguei de bom aviso circunscrede seus ângulos. E homem da livre â fidalguia da destacar a na origem
um , como anuindo convocação, para importânciu do comércio
desenvolvimento das urbos.
e no antepassados realizaram No
período colonial, quando UOSSOs a esplên-
^ ^ dida aventura de alargar o dommio territoriâl da pátria, constituía tí tulo de benemerência, recomendá vel às boas graças de el-rei, dação de povoados.
a fun-
O Morgado de Mateus, goveimador da Capitania de São Paulo
Nâo raro a população tuía, nos primitivos núcleos, poi" tomavam
tivia a feição dominadora' da imposição do castigo.
cons se de recrutamentos, que
e outra havia, mais bela e que derivou da epopéia deiras. Devassando sertões, abrin do caminhos, demandando as cabe ceiras dos rios, traçaram os„ pauconfiguraçâo geográfica definitivo do
Se a diretoria oficial era essa, fecunda:
das bana listas a projetada no mapa Brasil. 1
Por onde passavam as velhas banestandartes des-
dcivns, com seus fraldados, aí ficavam as sementes da ●iam om dias civilização 1 , que govmmai advindos. Distendendo-se llO cami nho aberto na direção de Goiás, os a pnmeiterritório do atual bandeirantes realizaram ra penetração no
município de Ribeirão Preto. Um de nossos maiores sociólogos
T
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■ J
t
í
i 1
identificou no paulista a vocação do deserto. Nesse traço psicoló^jico
esa cose ISSO consrepresentana es.
taria a gênese do bandeirismo, propelir à internação sertaneja, mo indício de absenteísmo urbano. Mas, paradoxalmente, ; tituía a fuga da cidade, va por outro lado a disseminação de novos centros, que iriam aflorar rota seguida pelos desbravador como ressaltam os versos lapidares do poeta de “Caçador de Esmeral das”.
exercício da vontade humana, cretizando o o eonpropó-ito da institui ção do núcleo deniotriáfico.
O povoadt) de I)ital do caffde vosso antepas.sados. zer.
que e corto, que já ex
provem u nasceu de un ca.seio l’ode-se di- <‘s ele* implantação oi.
um istiam ment()s favoráveis à tadina. Vossos maiores, ( oordeiinndo essas condiçr.es de S(di<lariedade Kocial, houveram pt.r bem colocar invocação de São oxjiressaa,
já ío-
IAs velhas sesmarias, apoiadas em extensas faixas territoriais, ram interpretadas como elementos ue contradição à política sa de fixação urbana, sível retificar êese juizo, com o arisodios e dispersou a reduzida populaçao colomzadora, em compensação espalhou por tôda a colônia mentes das futuras cidades, das das fazendas calizados
portuguêMas é posas seoriune dos engenhos lonas léguas de t
bidas por doação da Coroa
A unidade morfológica de originou Ribeirão Preto, é fazenda de igual manou no entanto de cleo.
'ras receque se e a antiga Não nome. pro-
-n/r ● ^ ^ Único núMais tres fazendas naram a base física pandiriam,
proporcioem que se exno curso dos últimos
cem anos, vossa tenacidade, vosso traba lho, vosso espírito de iniciativa
Fernando de Azevedo, estudando alguns aspectos essenciais das cida des, observa que estas do a cultura da terra surgem quancessa de absoi^ver tôda a população.
a por doações a fi'ontciras o í pies
o povoado sob Sebastião difcrenciaçã
entenumte maior ram, j)ara São Paulo, cultura.
vossa
Tcográfica ^'ujas olaboprosperidado de liquc/.a e
Vem da Idade piedo.sa do col dos santos piontes.
em vossa
Média ooar sob n tradição a invocação os núcleos urbanos inci-
0 prestígio do catolicismo, consolidanclo-se no período medieval fez 0 mosteiro e o castelo comparti’ lharem da proteção dispensada ã popiilaçao distendida em torno da ralharadia dos feudais, dicado a
ÍYIUu mo- com que se re.sguardava monjes o dos senhor O nome do es um santo, adjxi_ uma cidade
, correspondia ao apreço cm que era tida a prote çao proporcionada pela Igreja.
Obedientes a formação cristã da nacionalidade - brasileira, erigistes São Sebastião em vosso padroeiro Se não lhe destes o nome à cidade’ foi sob a invocação de sua miseri* cordia e de sua bondade aglutinastes. que vos
Camüle Julian, a defender que passou a vida os toponímicos deixados pela tradição nas ruas, caminhos q cidades, rejubilar-se-ia. com certe-
20 Oi(.i.%ro K< oN4»Mi<-o
ei
Temos de convir, no entanto, que a esse fator de ordem agrária deve acrescentar-se, como no vosso caso, Á'
Kno diante do vosso exemplo. za, do.stes denominação arbitrária a vosisso que trouxestes Fazenda, sa cidade, por esse batisnu) tia primitiva
raiz de vossa a faziuula, 1 egião oiitle tiv nos tempos a t asn-grande, (liais.
genealogia urbana. F piu- sua vez, eolheu-a na .<e levantou sua primieelo-
que nos permite reduzir a esquemas ou leis a gênese e « expansão das
oidndes. .
Dois impulsos contrários, Lavedan, levam lura humana a constituii o urbano: a vontade e a fobia da so lidão. No jogo dêsses impulsos an tagônicos, a casa correspondería ao cleseio de isolamento, enquanto o aglomerado residencial atonderia a necessidade de comunicação do hosenielhaiite.
seguna crianúcleo do observa mem com seu
como tem sua eonuiiia cularidados e problemas
individuo tem cada onda .Assim a biografia que llie é própria, liistóriá, com peespecificos. sei de es-
De mim para mim, nao
tudo mais fascinante do que o que a íor- explica a origem,
iiidaga e niação e o dades,
tlcscnvolvimeiito das ciatribuindo-lhes o dom da vi-
A.S duas tendências, em lugar de conjugariam neutralizarem, se se
E agiríam como harmoniosamente. latÒres psicológicos, de ' eiávol. mas não exclusivo. Outias ruLÕes, de natureza histórica, geosociológica, Igualmente componentes de transforniarural em
gráfica e niilitariam, forças, para explicar da primitiva paisagem
como a
da, com os períodos de infância, ju- velhice, até maturidade e çao cenário urbano.
ventude, sobrevir a cio e a qii ra o rumor
morte, impondo ietude onde outvora reina* e dominara o movimento, de evolução, obedecen do embora a traçados diversos, podenti‘0 de sistema,
Essa curva
o silênde acomodar-se
Adna-Ferrin Weber, estudando o crescimento das cidades no século XIX, assinala três grupos de caudeterminantes da sua última centúria: o apa recimento da máquina, a adoção de atividades próprias
urbanos em zonas ruestabelecimen-
sas, como as formação na dos centros rais e o
to dessas atividades em definitivos, o is das vezes equidislocais mais tantes dos pequenos núcleos demográficos.
A cidade é, assim, na “o produdiferenciasua origem, to de uma ção entre o campo que cultiva a terra e um de artesãos e grupo
!●'< »)Sl'»MU O Dicr.sin
i
i
comerciantes estabelecidos no centro désse campo”.
A pré-história citadinu aitua-ae, como vedes, no comum doa caaoa, na zona rural. Oriundas de proces so lento de evolução social, elas o centro em que o.s camijoa, secun do já foi ob.servado, dissolvem diferenças.
suo suas a lenpeças da arma-
Dois tipos, conforme suas origens, costumam distinguir os historiadore.s da geografia: as cidades espontâneas e as cidades criadas. As primeiras se diferenciam no curso do tempo, enquanto as segundas nascem adul tas, como a Minerva que surgiu da cabeça de Júpiter, segundo da, com todas as dura.
dá-nos Homero ràpidaa causa citando co
paru n nova cidade, Homero, c uma ilhu. no pocnm
Povo do pastores e marinheiroa, o grego edificoii as cidades, no mento de .sua fixação ao prelerência na orla : dendo a vários fatores sobretudo
) -v,-. y'
mo ar gumento os versos da Ilíada.
0 povo de Hipéria, temendo a ma vizinhança dos Ciclopes, resol veu emigrar, a íim de erigir em ou! tro local sua cidade.
j,
,, casas, elevou os templos e dividiu as terras”.
Desse velho texto ser-nos-á possí
vel extrair alguns ensinamentos veitosos. pro-
Atentai primeiramente para a circunstância de que o local escolhido
niosolo, do marítima, ateneconômico», comér os ligados ao cio. ^ A diferenciação fêz, por isso mesmo, po, pelo processo ção da zona rural, orla marítima, atendeu cias de melhor
pre que se humano, protegê-lo contra
urba Situ a
na em pleno natural de
nao se cuinevoluando-se na conveniènoutro» por interménavegadores <1,^
eom, oontato nucicos demográficos «ío dos arrojarlos antiguidade.
Nas civilizações pri mitivas, constituía tornava-se
aeino aglomeruiio indispensável sal-
teadores e adversários. A mura. t ai resultante, é monos medíd «e proteção da unidade urbana, como componente da estrutura política, do Que obstáculo ã pilhagem Èsse espírito de
as sortidas de a e ao saque, resguardo se re
nao só na existência da murama,^ mas ainda na escolha da elí» vaçao de terreno em que cidade.
Contrapondo-se a um sociólogo que vê nos lugares elevados para sitio ux'bano o propósito de econo mia, porquanto os vales r>«;
— diz o poeta — è um deus, conduziu uma ilha de Chéria, mércio dos homens: a -
e os montes incultos, Lavedan fende a tese de que a colina preferencialmente mo defesa natural.
A ilha apresenta as mesmas con dições defensivas da colina, com a Vantagem de estar envolta
- ralha natural das águas, dio, sobretudo
deera aproveitada COna niuSeu assénas ocasiões de guer
22 Ou ».-» H > Kt.« 4 I
INa Odisséia, exemplo de cidade erigida nriente pela decisão humana, O eni sodio podería ser considerado sim ples lenda, nao houve.sse no poema epico a mterpenetração da fantasi e da verdade, que levou Sólon fender uma .f: ● ;v 'V t'. f i
a Nausitoos” a semelhança de seus patrícios separada do a co-
flete se ergue são férteis
., , , formando cidade, traçou o cinturão das ralhas, construiu a mu-
ra, oferece dificuldades de vária na-
sendo a menor delas a tureza, não abordagem ou o desembarque.
Nu antiguidade e na Idade Média, «Umndü a arte- da guerra não havia atingido o poder ofensivo de lioje, a ilha correspondia no baluarte ideal, proporcionado ao homem pela natu-
reza. no veíhü ICssa condição explica sitio escolhido para ilo Paris, Berlim, Eslocola
fovniando-se no centro de gravidade de poderosa estrutura política. As urbes que surgem ou prospcmer- fase de expansao
ram nessa cantil não CÔes serem {
riféricos. dos tempos de Homero, obedecer à rota das caravelas estendiferentes mercados, didas entre os
continente, o fundação mo e ilha fluvial. São P no velho e no novo mundo. As cidades do litoral brasileiio nascidas por esse tempo são explisua lo- cadas
No livro que das cidades na no demonstrou que o do comércio advêm da liberdade dos mares.
curopoii nesse
dedicou ao estudo Idade Média, Pirenflorcscimento período
H etersburgü, ou seja: , na sua origem e na caliz«ção marítima, pelas necessida des do comércio nascente. Para elas convergiam as especiarias, as ma deiras, 0 açúcar dos primeiros enge nhos. E delas partiam êsses produpelos navegadores do destino aos portos tos, levados século XVI com
Desde a conquista maometnna ate Cruzadas, o interior da Europa havia sido vedado à expansão da comércio, face às dificuldades oposdo Mediterrâneo, dificuldades desadisse-
europeus.
A
Froi Vicente do Salvador, ao comparar ao caranguejo arranhan do o litoral, não percebeu que essa orla marítima era ●)
imperativo econômico do tempo.
Mais tarde, no período da descocivilizaçao faixa do liberta das minas, nossa abandona fàcilmente a
-<
Mais tarde a quilha das não se volta apenas para as en.seaconhecidos, com navegação:
■ inexploradas, disocidente, alarga-se rotas.
caravelas a das e liberdade oferecida à os mares busca as paragens tende-se para o sul
A época das grandes descobertas, decorrendo do livre tráfego dos ma, coincide com o esplendor do cofase renascentista, cidade comercial
toral e invade o sertão.
Na penetração colonizadora, descobrir-se-iam rios e surgiríam estra das e caminhos, a cujas orilhas se levantariam cidades, de acôjdo com o princípio segundo o qual as linhas de viação são lugares privilegiados surgimento de unidades uiba- para o
nas.
1 ●t 1 .1
res mércio da neza é, então, por excelência, a
Em breve não cons-
Vecial brasileira, é o da ação ;cida pelo campo sobre o po das bandeiras ca exei voado, por paulistas em marcha para o sertão, ocasião
Fenômeno curioso, na evolução sodistrófititui simples unidade urbana, mas uma república de mercadores, trans-
n
2S FconíSmu < Oir.i.sio *_J
1 V ●1 .1
I
podiam fugir das eondiimpostas pelo comércio. Dai elas núcleos marítimos ou peComo na Grécia heróica tinham de
as tas à penetração Logo que essas civilização SC a p
nos localização na
areceram, minou, multiplicando seus focos ra diativos.
, traçando novas para o
0 campo atuava como te convite â aventura, atendería ao impulso heróico,
permanenAli o homem apenas transitória. À medida que se proro.ssa a evolução <lo núclo:) rural, verifica-se a neco.ssidade írradual dos floi.s aífcntes. Para que o latifúndio
tão do feitio psicülóifico dos desbrava dores, ao mesmo tempo que se <leixava conduzir pela ambição da ri queza e da conquista.
Por outro lado, os latifúndios decorrente.s da penetração sei't<ineja fazem do desbravador senhor abso luto de seus domínios territoriais. E’ êle, no limite de suas terras, a
lorna-se indís- l>aste a si mesmo, pensável, primitiva «e não a indústria e rotineira. niesino l>e!o menos
o coim*rcio, engenho
ou na
O braço servil, restririííindo de al guma forma a.s relaçóes entre o se nhor da te ri-a e o eolono suprema encarnação da vontade e da justiça. Suas ordens correspondem à lei. E é o seu arbítrio que decide o prêmio ou a condenação.
elemento entro.sad comunidade, ; do, ati‘avés da da ri
poi- ser (j itiu aior
, na estrutura da por outro ja- í i
O latifúndio, na sua condição auto suficiente de mundo em miniatura, é unidade aparte, no mosaico da vi da colonial. “No espaço em (jue se lez sentir sua influência — acentuou , meu Pai na “Vida e Morte do Bandeirante” - não há lugar para o comercio nem para a indústria, ele mentos greradores de ag-l humanas”. omeraçoes
Essa ausência nas extensas fai xas territoriais sertanejas, há de ser
(oncentraçào >;-nucza na mão dos senhor ® latifúndio cs, 0 comercio entre voado, A
mLX-òbrrVn''' =0:1-
aristocracia iLiral brasileira, voura. alicerçada na la0 - esumento da população livre ne.ssGs me.smos latifúndi a necessidade do entre que vão de.spontando.
(
24 Ok.IsKi Kconó.mic ● * O
I)rocesHando-se no pr«')prio casa da fa;<>nda. C
perm m
--10S, aumenta comércio normal a casa-ífrande e os povoados Em pouco o
diforoncia, por seleção a existir como \micomércio se natural, e passa dade isulaíla e independente.
●Já então a célula rural está evo luindo cun núcleos urbanos até desda insti- desejo coletivo pontar o cidade, como tui<;ão da convosco, bá pouco mais do um sé-
acontecou <ulo.
na im- do comércio desenvolvimento das acabamos de verifi-
como lon^c de ser marginal ou acesó da mais alta importância, novo mundo, que tanto na novas como
A influência plantação e no cidades, <'ar, sória, não somente no desabrocha numa das fases do esplen dor mercantil, mas também na Eu ropa, onde exerce atuação decisiva, nas antiíjas
comunas.
A transformação operada na Eu ropa, quando se inicia a grande etade florescimento do mundo me de maneira sensívida das ci-
pa dicval, reflete-se vel na fisionomia e na dades.
E’ a ressurreição que se proceda. Ao longo de seu vasto império, -ma havia exercido influxo poderoso do sentido normativo, não só na adna estrutura política, dos nú-
Roministração e mas também no comércio ● jcloos demográficos sob sua jurisdiA queda desse império gigan tesco altera o panorama europeu. E faz sentir sobretu-
çao. essa alteração se do nas urbes que o gênio latino dis¬ seminara.
Quando as cidades não foram destruídas — narra um historiador de ter vida própria: de dedicar-
— deixaram seus habitantes tiveram se à agi-icultura para cidade se oonverteu em simples sustentar-se e a aldeia”.
Depois do ano mil o panorama meça a ser alterado.
0 comércio, então eni desenvolvi mento acelerado, é o elemento im pulsionador dos núcleos urbanos. E cidade é menos a resultante do fato humano — de que o castelo e mosteiro são as mais típicas ex pressões arquitetônicas — do que do íato geoírráfico. Além da orla marítima ou fluvial, o ponto .de incruzamento das vias
coa ú teiTupçao ou
de comunicação é sítio propício à eclosão urbana, em virtude de sua importância mercantil, trarmos, afirma Clive Day, as ciimportantes ao longo
Daí encondades mais dos litorais e dos rios ou em lugado interseção das rotas terres- res .s tres”.
O florescimento dos negócios im põe, na estrutura social, como novo elemento, colocado entre a nobreza e a plebe — o homem do comércio. Do burgo medieval eclode burgue sia — esteio e suporte de nova aglu tinação social. Cabe-lhe a consoli dação da mentalidade capitalista. Ao mercador, ao mesmo tempo limi tado e tímido, sucede o negociante audaz e combativo, realizando de trabalho, de sua inteligência e de sua decisão, a mobilidade verti’ que lhe permite atingir posição preponderante na sociedade hodierna. A mudança opera-se aos poucos e influi no próprio espírito da Igreja.
Três fatores decisivos arrola Mauvice Halbwachs como agentes psico lógicos dessa transformação: a preo cupação do ganho, o espírito de em presa, de luta e competência.
A revolução que se realiza, sob influxo desses agentes, tem como sede a cidade. Daí desponta o mun-
25 Kcon<Smíco Olf.KsTO
seu c
o
U
1
do nioderno, com seu sentido de com petição no comércio c na indústria e o alargamento indefinido de seu campo de ação, não mais restrito
comércio, fazendo periferia o convergir da para o centro e do centro paru a periferia urbe. a circulação da O negociante com seu csUibea uma região ou às cidades próxi mas, como na Idade Média, mas dis tendido em amplitude universal
.
Ilustre sociólogo já fixou as li nhas e o sentido dessa evolução, ao assinalar que, se no período medie val * o comércio se restringia entre o centro urbano e o campo vizinho, na fase moderna alarga de modo ferentes cidades tacto
esse comercio se As di- espantoso: entraram em cone daí resultaram especiulij
iaUma fabricou a lã, de que a outra fêz o vestido, mercado
çoes. A extensão do cresceu e
Recente estudo definiu como um anatomia tituição, assim
a cidade vivo, distinguindo a e fisiologia na
ser sua consaiscriminada: os ele
lecimento e o corretor com entono são peças dessa engrenagem extraordinária. Aí se concentram as transaçõe.s de compra e venda « e e.ssa fôrça constante cpie, estimuiando a circulação do dinheiro e das niercadorias, dá impulso urbano.
seu csao coração
À medida que a cidade se distenae, a tendencia então observada semelhu-se ao fenômeno biológico da cissiparidade: o bairro, pouct a em unidade
e, adquire a çãü de outra cidade, dência so ocorre quand , em consequência, a extensão das cidades”.
aspouco, transformandoindependent
configuraTal indepe o bairro, conquista
li¬ o comércio próprio, condições de auto-suficiência l^anco, 0 escritório, a loja, o arma ram São instituições indispensáveis a essa evolução urbana.
com seu O me pequena observa
.
zovital e onde por assim dizer, e a diástole dêss
gantesco.
i i Não preciso
Permito-
a a cidano sentido Mas não devemos es
mentos de estrutura urbana (ruas, praças, área construída, quarteirões, bairros) e a vida vimenta que anima e moessa estrutura ção proposito da influência exercida pelo comercio e pela indústria. Enquan to aquêle tende a concentrar íle» a fábrica a expande da periferia.
-
agente exei-cendo e corpo gia função coordenadora que, na Idade Média, coube ao convento telo feudal.
que, na área seu alum co-
de e ao cas-
Em certa fase de sua
evolução, comércio, não mais podendo disten der-se no sentido horizontal pro
nos centros
0 , jeta a urbe no sentido vertical.Daí decorre a circunstância de, via de regra, concentrarem-se de negócios os mais altos edifícios da cidade.
2« Oii.(-vro Econumuto
k I
Sernpre que analisamos, embora superficialmente, as cidades, logo verificamos a existência de uma na, considerada centro se processam, sístole i-
quecer o fato de a organização fa bril muita vez atuar como aglomeração urbana,
¬
Para ela _ concorrem, em fabulosa concentração de energias, as forças componentes de sua guínea. corrente sanNo seu fluir e refluir co ■ >
lhe-se a impres.são de geográfica onde se elabora ternatismo, pulsa em verdade ração, a comandar a vida nas veias e artérias.
dizer-vos que aí está
Se hoje nos impressionamos oa nrrnnha-céiis que do longe anun ciam as grmules metrópoles, nno nos devemos esquecer de que Virgílio, há dois mil anos, para definir a im ponência arquitetura! de Roma, comcipreste n emergir aci-
de contraste ao homem que servo do ócio, na Roma imperial. No mundo moderno, a deixou de ser virtude civil, mas o negócio não é apenas a contraposi ção da inércia: é designação de ati vidade própria do comércio. O hode negócio é o homem de em presa, com espírito de iniciativa e dedicação ao trabalho.
com I>arou-a ao nia dos juncos flexíveis. desde a antiguidade, A altitude, ê também elemento de caracterizaSomos assim, em nossa classe, os legatários da expressão que primitivamente se designou antítese da ociosidade.
latina com a çâo da unidade urbana.
5{: 5}i desmere- Roma, como cabeça de vasto im pério, na hora de seu apogeu, eri giu o ócio em virtude civil.
Mais tarde desapareceu êsse ti po de metrópole parasitária, vivo contraste com o labor dos campos.
O cidadão do tempo dos Césares, afiianou Varrão — não utilizava as
mãos nos campos, mas no circo e no teatro, no ofício de bater palmas.
Contrapondo-se ao ócio, a que Cípretendeu emprestarmundodignidarocero de
Através do tempo, não dêsse legado. Nada compro va melhor o dinamismo dos da livre empresa em Ribeirão Pre to, do que vosso próprio exemplo.
cemos século edificastes bela o contribuístes
E tudo o que posso formular, co mo expressão de meus votos de maior grandeza, é o de que conti nueis a ser, na sua mais pura sig nificação latina gócio. — homens de ue-
, desponta, ainda no conceito de negócio, ou seja mano, o o reconhecimento de que, contrapon do-se à vida parasitária e vazia, a tempos de paz se enquadra açao nos conti-
Meus votos são para que mieis a obra ímpar do nosso profavor de São Paulo e pela gresso, a categoria das nobres ocupações humanas.
na maior grandeza do Brasil.
O homem de negócio é assim o
2■ ' ' Du;im(> F.« ON<’>MJí O «
ociosidade mem
Em um progressista cidade e assinaladamente para a prospendade comum. \
O programa da comissão mista BrasllEstados Unidos para reabilitação das ferrovias brasileiras
(il.VÍON 1)1- Paiva
pnopósiTo desta exposição dar umu noção sumária do programa de i*eabiUtação das ferrovias brasileiras elaborado pela Comissão Mista lirasil-Estados Unidos, são o início de sua criação, em junho de 1951, preponderante até mui recentemen-
te.
A essa Comis0 problema foi proposto desde e constituiu-lhe a tarefa
Para levar avante a gigantesca empreitada, os Presidentes da Coniissão Mista, Professor Ary F. Tor res, da Seção Brasileira e Embaixa dor Merwin L. Americana, inicialmente Bohan, da Seção recomenda ram a convocação dos Diretores das vias férreas, para que relatassem à Comissão os problemas defrontados pelas respectivas estradas.
Às reuniões compareceram Minis tros de Estado, principalmente da Fazenda e da Viação e Obras Pú blicas, além de altas autoridades federais do Departamento Nacional de Estradas de Ferro e de reparti ções outras relacionadas direta indiretamente com ou os problemas de
■^vij projíiama fUpossibilidades brasileiras anienlo e <lo desejo l.>iieçãü (Ias f iMinente da(iuele.s’ que sóbre a
transporte ferroviário. Demoraram tais exposições até o fim de agôsto de 1951. Aos Diretores das fer vias foi solicitado que complemen tassem suas exposições por escrito e circunstancíalmente, de modo a focali2|ar os programas de melhora mento, justificando-os técnica nòmicamente, permitindo, assim, que a Comissão pudesse partir, para o
roe eco-
itaçao. das de finanpresso pela — que soKuconsenso estradas, extensão dos uma neservir ao transcar^^a e passageiros. Ata outubro de 1951, teve Hao conhecimento de sojado.s por 1(5 «npunham de 17 billiões de l^^ara levar
errovias, reiu-c.sentava s
leabil ex o operam e a a
‘P-ie cada n ComisPiogramas deestradas de ferí'o, que investimento global cruzeiros. um i ^ efeito 0 estud
programa, foi Mista, são de T
o desse na Comissão uma Subcoinis-
criada entre outras, -'ransportos, inteirrado grupo misto de leiro.s e americano
por técnicos brasiespecializados Essa Subs em assuntos ferroviários^ eomi.s.são, ao mesmo tempo meçou a investigar submetidos pelos di rovias, passou
que coos problemas já retoros das ferao exame acurado de projetos submetidos pela Estrada de rorro Santos a Jundiaí e pela Com panhia Paulista de Estradas de Fer ro, que deram entrada na Comissão, em agosto de 1951, objetivando bal .substituição dos caengates de gan-
e corrente e de freios a vácuo, por engates automáticos e freios ar, ao
vaos de
cho a mesmo tempo que cuidavam, esses projetos, da aquisição de gões de aço, para substituir madeira que se' mostrassem impró-.
nature/.a melhoramentos de (ossita para melhor « porte de r
receber o novo tipo de ftsscs projetos conspnos pura cetuipamento.
K U.
a tc, com o
Red#
Catnrinn, prosseguindo com Mineira do Viação e, posteriornienprojeto relativo íi Estrada
tituiram os de n.os 1 e 2 da C M B de Ferro Noroeste do Brasil.
Subcomissão de Trnns* dedicar-sc, posteriormonte, ifto de reabilitação da EstraCentral do Brasil, no larga, princi-
Passou a portes a ao projt . da de Ferro seu trecho de bitola palmentü no que conceríic n remo delação das linhas c instalações e iniento de vagões, tendo om atendimento das ncccso suim.-vistu ciue o
sileira ceu a scu corpo face ao '
Em março de 1952, a Seção Bra da Comissão Mista reconhenecessidade de aumentar o - de ferroviários para fazer estudo dos projetos, partin-
do dos dados anteriormente subme tidos pelos diretores das estradas de ferro e precedendo à verificação dêsdados e a outros exames, junto às próprias ferrovias.
ses mcnio acorreram ao
sidades dc tração já fôrn acudido por iniciativa da própria Direção da Esiiue adquirira 120 locomotidicsel-elótricas para esse fim. A trada, vas ' necessária à Central do Brasil Comissão Mista, para constituir um “Escritório Técnico Especial (E T
cruzeiros parcela cm vomodelação nas Unhas de bitola larga ó a mais elevada dc todas as que foram exi gidas para realização de projetos de reabilitação ferroviária, smessivamonto investigados pela CMBEU. pois atinge a Cr$ 1.181 000.OOO.OO, quantia essa emprestada à E. iCentral do Brasil pelo Banco Nacio nal do Desenvolvimento Economico.
Sob a superior direção do Dr. Othon de Araújo Lima, do DepartaNacional de Estradas de Ferchamamento da
da com
E), elementos de quase todas as principais estradas de ferro do país, como os engenheiros Francisco OHJosé Ronuialdo de Oliveira, da
ro, va e
Companhia Paulista; Ricliard RDobson, da Rede Ferroviária do Nor(Great Western); Orlando deste Frankel e Luís Domingues da Silva, Sorovabana; Roberto Carneiro e da cipação
Uma vez considerados os trechos de bitola larga do sistema ferroviário brasileiro, ti’cchos elevada parti¬
porte de cargas e que foram pela Co missão Mista prio-
con-
no trans- gi fr r.y\ ,«r-' s ritàriamente siderados, passou ela a examinar os problemas das li nhas de bitola mé trica, começando pela Rêdé de Via ção Paraná-Santa
2‘ 9
Dicksic)
l‘'CONÓNn(H>
t
^opoldü Amorim do Vale, da Kcde An Viação; Antônio FurtaHn n v í? ^ lífnácio Marque» Dia», E F, e o engenheiro Antômo Gonçalves Chaves, da Viação Ferrea do Uio Grande. Para atender aos
■0 I
as molhrraT K. I>rocess(» de trabalh
o de reequipamento de po de obteve
programas de 0(pnpe e de exame critico por suum numeroso gruPoquenas ferrovias, pediu e rãn dn'' Mista a orienta-
ítl de A.e-
cessivo.s grupos de Kultou especialistas, o programa geral de reabilitaçao e melhoramento das ferro vias brasileiras esi)osado missão Mista, jeto.s.
Fonde dados seca.
aldetaro da ^^vantamentos f^í^í-oviaa ficaram a cargo ferroviários, como des Freira °H Marcon-
repela Co¬ que totaliza 28 proic-to« «“liznção dÕHses prosei- íl üspendidos US$ J 4.5,5 milhocs e Cr$. 7 ^ ri55.ooo o não .oo compreendidas
o
os rence Hércules Flo-
O sentido geral do roviario da Comissão
Estados Unidos é ati‘aso d 0 dos
- e o d a renovação d equipamonto
T E pôde.
fè,o e FeSdefí: ,^1"’"'*“ dros da Paulista a! ’ ^ trada de Per^o Satt '‘"r™ " e rerro Santos a Jundiaí, Assim provido de técnicos, o E ' em um ano, preparar nes projetos fundamentais das ferrovias, exceto a remodelação reequipamento da Estrada de Leopoldina, que fi^ou a cargo do en genheiro Cel. Mário Poppf de pl gueiredo, representante do Estado Maior do Exercito na C M B E U Terminada essa tarefa do ETE e’ para tornar mais rápido
restantes e o Ferro 0 trabalho i-
da Subcomissão de Transportes a Seçao Americana, além dos serviços do notável ferroviário americano
eas i .s, assim
progi'ama ferMista lírasilrecuperar o instalações . ^ como 0
ro"nfentrr““'? ''-bílitarèm-na;
maior emprego a duplicação. do carga; a substii' >
duração dos dormentes, intensivo do lastro, peso. do.s trens de tuição de locomotivas quadas a v
apor antipor locomotivas diesel*
a
substituição de vagões cujo repa10 sena demasiado dispendioso e a modernização e a concentração das oficinas de manutenção de material rodante. H, ní
Harold Dale Barber e seus auxiliares Jonathan Teal, George Dutton e Ronald Stemp, pediu
, Cl - -
^ da Burlington Quinoy Railway e seus auxiliares, os ferroviários W.
S'-
Para
■4V ● ,)■
30 Ok.KSTO nirt>NrtMtCU w
S. Kcrr, O. E. Wnrd, T. \V. T. Ueoae, o A. para exam Tizznrd í-f-
in loeo, inarem, nos.sas ferrovias e opinarem sohre os projetos dr men*o.s preparados pelo K Désse
Santos /^^^inistrador da E. F. bantos a Jundiaí, interessada dos Escobar G a colaboração engenheiros Itagiba e Marcos V
,00, verbas específi- consignadas n orçamento fecas deral.
pi”opiciar às de
esde pessoal mecanização dos conserva pela serviços correspondentes:
a o
^ concurso do Sr Ralph Budd, ex-Presidente
^ a realij.ação desse objetivo serão necessários 600.000 toneladas de trilhos, dos quais 80% do dução nacional; 6 milhões de prodor-
de 200 locomotivas diesel.
A parccla-dólares dôssc grandiodeverá de rcnovaçao programa
us§ 8.648-000 Santos a 28.919.000» sendo Estrada de Ferro para amilhões do nieti*os cúbi- montes, 1'5 . , oos de pedra britada, GõO vagões de 13.700 de carga e mais passageiros, Jundiaí; US? 6.801.000 para ^ Companhia Paulista de Estrad atualmente adquire crédito; Centrai do Brasil Estrada de esse
so sei Banco
● obtida de bancos mutuantcs de Washington, particularmente do World Bank for Reconstruction and Developmcnt. A parcela em c^zeiros provirá de recursos próprios das estradas, dc verbas consignados no orçamento federal ou de empréscimos que aproveitam as facilidades do Plano Lafer. por intermedio do Nacional do Desenvolvimento
a Ferro, que terial com êsse 12.500.000 para a e US$ 1.070.000 para a
Ferro Vitória a Minas. Ap™as último crédito foi aberto pelo E-vpot and Import Bank.
Em mos doa, em
volverão despesas em ordem de 70 milhões.
Adiantara-se. no momento, neg ciações em Washington, objetivan do mais 43 milhões de quatro de nossas ferrovias, tantes projetos ferroviários, ® de 20, ainda não foram subme do Governo BraEnmero tidos à consideração ^ . Ficonómico. sileiro para aprovação dólares quatro emprésti- da realidade, ferroviários já foram concedidólares, num total de US$
81 l£coSÕMKH> IDK.t-sJO
/REFORMA AGRARIA »
D. CwiALÜíJ ÜK PnoiAÇA SiGAUl». SVO (J3iij)ü (k- Jacarf/.inlKí)
Ç^EcuiNDo uma tática uniforme nhecida, o comunismo abalar tudo o sociedade ocidental e
c co-
pr que está firm cristã
ocura e na , para assim conseguir a inteira destruição do edifício, cuja ruína jurou alcanKevo.tas, çar. greves, arruaças são
do a escombros los de evolução
r v«uf ° estrutura Nesta, a <lesorde tanta,
i os meios com que trabalha a seita moscovita no seio das aglomerações uibanas. No Campo, êstes recursos nao surtem efeito, devido às circuns tancias peculiares dos naturalmente nalistas. meios rurai.s, e tradicioa ef pacíficos criar Para
ervescénos agitadores lanrecurso, tro
o que quatro sécu. . criaram de riqueza econoniua, de tradição moral, do bedorju humana, dores poder de atual
« so ●*m intrínseca que se parecerá com
saesperam os agitaarrasar tóda cieda-
como arte e técnica
nova. será o cadáver a ordem, ombalsainado se parece eoni ao sGr vivo
ras .>
cia na zona rural, çam transforma mão de ou a soc o.
. . - que iedade pacata dos campos num borborinho de agitação, abalando-a por um alvoroço estéril, semelhante cego e ^o da sociedad
«■■ando inopriedado , ■●ural .n,pondo a ..cpa..tiçã„":t^‘"““
f Estudam e em miniatura, frágil e sutil, que é um formigueiro, quando pisada por algum incauto. Esta arma de o comunismo se serve cionar o campo costuma forma agrária”.
a tercliamam extinção dos insc do salariad
que para revoluser a re-
a e delicado
, os Bispos do Brasil ará diante pi”oblenia.
itcn.s""re anín!’ alguns
doB Bispos da Proíín:^ EcSr e çòes e i'
Tôda instituição humana, Ihor que seja, ções, de que
tradicional estrutura desta vy
1 '.1 f
por meapresenta imperfeise servem , sempre os revolucionários para destruí-la. Vêde a Igreja Católica, esta maravilha de sabedoria e de equilíbrio! não falta quem fale da estrutura da Igreja”.
Pois reforma de Que de admirar-nos se também se fala da cessidade de uma reforma ta da vida agrária ?
necompleQuebrada a coluna
mestra da ordem no Brasil, reduzi-
ram apresentadas fonindo-sTa™rm o"n defi¬ q ne pode dizei- -ofídal ua Província
ná. São êstes aprovada:
ue dos Bispos Eclesiástica do Par os dizeres da amoção
“Observações relativas à Reforma Agraria:
1- O objetivo da Reforma Agrária deve ser duplo:
rt
[
de laÍM„d!::rf
titutos do colonato
De ca >v, dias 11 ^arço ultimo. As observa
í;’’ I
a) garantir a um grande núme-
de tríibalhadores rurais u proijricdade da terra,
b) garantir aos assalariados ru rais uma retribuição justa, dentro das normas do salá rio minimo e familiar.
As considerações que nos fo ram propostas pelo Secretaria do (da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros) se refe rem quase excíusivamente ao i)i*ograma de pequena proprie dade; mas não é este o problcAo lado dêste há
b) Mesmo nas zonas de terras devolutas vendidas em pe
seus mia.
outro: que o trabalhador rural ganhe o suficiente para se man ter dignamente, e possa ainda conseguir os fundos necessários à sua autonomia.
2, A desapropriação deve ser a extrema, a última medida de que SC lança mão no intuito de con seguir os dois fins do reforma agrária.
3. O primeiro objetivo pode ser alcançado no Brasil, normal mente, sem 0 recurso à desapro priação,
a) O governo possui grandes zonas de terras devolutas. Em lugar de desapropriar as grandes fazendas, deveria êle dividir primeiro entre os pequenos lavradores a maior parte das suas terras devo lutas. No Norte do Paraná, em Mato Grosso, no Vale do Rio Doce, neste momento es tão sendo vendidas terras do Estado,
ma único. vez de Mas, em
pequenas glebas de 10 a 40 alqueires, as glebas normais são, no Paraná, de 200, e em Mato Grosso, de 800 al queires.
quenas glebas de 10 a 60 al queires, por exemplo, con vém que haja algumas gran des propriedades. Só o gran de proprietário é, em geral, íatór de melhoria dos méto dos agrícolas: seja porque viaja e vê outros métodos, seja porque pode contratar técnicos, seja porque manda filhos estudar agrono0 pequeno proprietá rio é rotineiro e tradiciona lista.
facilidade que terras
●1. O govêrno, com a lhe proporcionam devolutas, pode realizar por contratando grandes loteamentO;
suas si mesmo, ou companhias, o venda, a abertura, a desmatação dessas glebas, e vendê-las condições tais, que o pequeproprietário possa pagá-las própria produção.
5. Duas extraordinárias teve 0 govêrno de adquirir lici tamente grandes fazendas, para 0 fim de criar menores propriedo café, em
a em no com a ocasiões dades:
1929-30, e na crise da pecuária, em 1946. Nestas ocasiões, mui tíssimos fazendeiros deviam aos Bancos somas que ultrapassa vam de muito o valor cie suas propriedades. O govêrno decre tou moratória e reajustamento, tomando a si a metade dos dé bitos; salvaram-se assim as fa zendas, mas o e financeiro do Brasil foi imen so. Muito mais sábio teria sido
prejuízo moral reajustamento em que os devedores entregassem aos creum
8S Ok;ksto Econômico
ro
na crise
doreb conservando uma parte dos imóveis, uma propriedade
menor, mais produtiva, com que pagassem o resto da divida, longo prazo. u Das glebas entre
gues em pagamento, se íanam menores lotes, ainda e.»onümicos
Klcba, mus nu aldeia, dirigindose ü lavrador diunumeiue delu a seus campos. A moradia do ruricoiu em pequenas aglomera-
assim em e rendosos, criando tórno das sedes das velhas fuzendas uma rede de sítios. pequenos
es..ülur esgoto, defesa mutua. A seria minorada
ba: religiosa, mcüica e mais íaci.; facilidade do ter luz elétrica, água, vida social, íuga do campo r
ü.
No futuro, caso tais situações se repitam, deverá 0 governo se o campo não fosse de isolamento. pensar em servir-se delas adquirir áreas para . _ apropriadas à di¬ visão em lotes familiares, casos em que imensas zomonopólio de sao poucas
, não pessoas, que por princípio vendem terras a pequenos propnetanoa. Neste caso. uma desapropnaçao se justifica
iBualmente se justifica uma desapropnaçao quando as zonas ciicunjaccntes dos centros sumidores são latifundiários duzir, não produzem consumo de
conpropriedade de que, podendo proos bens de que 0 centro ne
sinunimo Não se podo no-
gar, porém, que u colonização em aldeia apresenta certos i convenientes como o álcool, intrigas e,
mus também, a distán-
cia 03 campos, parece digna pequena propriesao abençoados pela Ig
lí re ja, contanto que u propriedade média e familiar exista tia propriedade grande.
Os esforços destinados à mul tiplicação da dadü
ao lado pequena e da cessita, preferindo dedicar-sc à especulação imobiliária.
7. Justifica-se também a desapro priação prévia das áreas que o governo vai transformar pela açudagem, drenagem, canaliza ção, porque é o dinheiro públi co que causa a valorização dos No entanto, convém que ela seja anterior às obras, e não posterior.
10. As propriedades devem desde as muito pequenas variar. até r ^ O ideal é que us niésejam muito
grandes, dias
Mas a mais alguns
Quando os filhos
, as propriedades médias de vem dar trabalho à família do proprietário e assalariados.
iv
8. Em zonas de agricultura inten siva, seria recomendável periência de se constituírem al deias.
terrenos. a exAs residências dos la
sao numerosos e crescidos, onde trabalharão ? paterna? Então, antes que eles crescessem, lá foram emprega dos necessariamente assalariados. U' ■ Ju
:M Dl<.»J»lo liCONn.vUco' ■, \ .*
f
í
çoes tem vantagens grandes bre u moradia isolada assistência na gle so-
Há nas para atingir Mas a experiência de ser feita.
as numerosas i
Na propriedade operários Se a propriedade paterna, nos primeiros anos da família, só deu trabalho para
o casal, os filhos terão de bus car outras propriedades onde vradores não se localÍ23ariam na
scrâo cmprepndos. O assalaria do rural é, pois, indispensável.
11 . Os .salários dos empregados ru rais serão familiares, forma de obter ôste salário po de variar. Trabnlliando em rejrimo de tempo integral, os ope rários rurais deverão ser pagos integralmento om dinheiro ou em víveres equivalentes, no montante neces.sário para rea lizar o salário-famílin.
12. Deve-.se ter, ao lado desses as salariados integrais, outros meio-assalariados.
pnvA colocar de lado algu mas reservas que lhe permi tam adquirir depois de al guns anos uma pequena pro priedade.
no
parte em
13. Neste ponto so entrosam os co lonos do café. São essencialmente empreiteiros que so com prometem por 12 meses a cui dar do certo número do cafcciros. A fazenda lhes dá om pa gamento uma quantia em di nheiro, ou parte cm dinheiro, parte em espécie, ou ainda ó o mais comum dinheiro, parte cedendo o usu fruto das ruas livres entre os cafeeiros para o plantio de ce rcais. O trabalho fora da lim peza do cafòzal 6 pago extraor dinariamente.
14. A igre.ia considera este contra to lícito, justo c recomendável. Mas exige:
1) que a remuneração total dinheiro, víveres, usufruto das terras — permita uma existência digna.
2) que as condições de moradia e de assistência se.iam tais que o colono possa ter saúde e educar bem os seus filhos.
3) que o colono sadio, trabalha dor e econômico, em casos normai.s, ganhe o necessário
16. Além do puro assalariado e dc colono, há lugar para o pequeproprietário de chácaras, que trabalha algum tempo em sua terra, e em outras ocasiões se emprega nos sítios ou fazendas vizinhas. Êste “pequeno pro prietário" não deve ser conde nado, e sim favorecido. Esta condição de meiò proprietário e meio assalariado é melhor do que a do puro assalariado e du puro colono.
Propostas:
I. Os Bispos recomendam que a Assembléia dos Cardeais e Ar cebispos declare a legitimidade dos salários rurais e ensine a doutrina católica sôbre êles.
II. Os Bispos recomendam à Con ferência solicitar ao Governo Federal leis que facilitem a criação do “Bem de Família", Liberdade de Testar”, e in troduziam a isenção dos impos tos de transmissão “causa mortis”, para que se perpetuem as pequenas e médias proprieda des, porque a atual legislação brasileira impede que as peque nas e médias propriedades sub sistam.
III. Os Bispos recomendam à Con ferência solicitar ao governo lugar de criar tantos
a que em ginásios no interior, crie “Es colas de Agricultura”, para que 0 nível técnico da pequena propriedade cresça.”
;]5 KcoN«'iMir«» Difiisií) I
Mas n
Não é esta uma tomada de posi ção da Iffreja no Brasil; é apenas a tomada de posição de uma Província Eclesiástica, a do Paraná.
Falar de uma Reforma Agrária que deva atin^çir todo o campo da pro priedade agrícola, é criar agitação inútil e prejudicial. As leis básicas da propriedade não precisam de ser reformadas. Os institutos do salariado rural e do colonato, na moda lidade que os Bispos do Paraná indi-
cam, são instituições naturais; boas e necessárias. Querer suprimi-las, é uma loucura que só se explica preconceitos socialistas, por idealismos nefelibáticos, ou por vontade de agitar a massa com quimeras.
por e econóMas
fica rodízio. Se o ciclo de cresci mento da essência florestal fór, por exemplo, dc 100 ano.s, so das madeiras dura.s, o reflorestamento requer uma proi)ric(la(ic qun pos.su ser dividida em 100 lotes do bom tamanho, dos um por ano, mesmo ritmo.
como e o ca¬ para serem plantae clerriibados no Um tal .sistema de rodízio dc 100 parcelas nos leva cessàriamente priedade.
neuma graiiílc i>romesmo vale para o progresso da pecuária e para a pro dução econômica dos
a O cereais.
oegLindo o ponto de vista da Tgreconvém que haja mero do ja. o maior nupropriedades médias, e do - que sejam donos da terMas a gran-
agricultores ra em que trabalham, de propriedade, bom aa, se justifica salariado é um instituto rural om si
justo, nccG.ssáG 6 o caminho normal para a pequena propriedade. Distribuir terras indiscriminadamento é des truir I I
o em geuma fazenda de 100 alqueires proem
De outro lado, a mecanização, modernização, o progresso da cultura só são possíveis dades maiores.
rio, o patrimônio nacional ín
a ri-
ieSe os mos+eiros Idade Média puderam reali?grandiosa obra de agricultura lonização, foi devido a ê)es grandes propriedades.
na <ar sua e copossuírem o e
O problema do reflorestament da conservação das reservas flores tais também está ligado essencialmente à grande propriedade. E’ fá cil de vê-lo.
Reflorestamento signi-
, era dono de todo que fez êle deste patrimônio?
como a pequee é neces.sária. 0 que delas provém proprio conceito de latifúndio é vago e relativo. No Brasil ral, não é considerada uma grande priedade, ao passo que o seria Portugal, na zona do Minho. Êstes mesmos 100 alqueires em Mato Gros so são uma chácara.
O dio Bras o e aces
Crédito rural barato
il, 0 sível, ensino rural, assistência técnica i’al, caixas rurais, e silenciosa política q bom agricultor
l’Uuma sábia e que facilite ao a compra de terras montagem de sua propriedade eis do que necessitamos. Para a vida agrícola, a’ém da téc nica
e a agrária, e do capital
, são necessárias duas virtudes, que são o alicerce de todo 0 progresso: diligência e ecoNa agricultura, como em tô- nomia.
da a vida, o progresso nasce dês^es dois princípios: "trabalha mais do que precisas”, e “gasta menos do qiie ganhas”. A agitação demagó-
36 DlCKüTO KCONÓMICO
A igreja não é contra os latifún dios em si. Considera ela que os latifúndios podem ser prejudiciais quando sufocam o povo, quando im pedem ao homem diligente mico 0 acesso à propriedade.
ag em propr [
promessas mirabo“reforma rural”,
gica, feita i om lantes de uma destruir estas duas virtudes, c sem economia, as tiradas ao fazendeiro e dadas grande
neficiar com aquela planta que confiava ao solo, e que êle mesmo Havia assim estrabalho de longo melhorava o
veria adulta. nao tímulo para um fôlego
])roprietário, nâo enriquecerão o pco Brasil no vór- (pieno, o Innçarao ticc da miséria.
:}: íJ:
Kntrc as do Paraná propõem à do seus colegas à primeira vista parecem figuram alg que
medidas que os Bispos consideração
umas não ter relação com o assunto, elas do fomento do bom
Tratam de famíliberdadc dc tostar”. A « cla lia”, adoção do Código Napoleônico torobrigatória a divisão da fortu na dos pais em tantas partes quano.s herdeiros.
em base inteira de um
ameaça Sem diligtMicia terras ruríeola arrmnarao o ao , e cada geração recebera do passado. O bem que de família” que passava de geraçao geração, de pai a filho, era a material da estabilidade social õ'agrícola. Não era o que hoje se chama bem de família, que é ape nas um patrimônio coletivo vincu lado por algum tempo. O “bem de família” de que falam os Bispos do Paraná é uma herdade que passa membro dc família a deixará
outro, que por sua vez a para seu herdeiro, perpetuando-se assim a mesma propriedade dentro da mesma família. Nossa legislasó desconhece, mas impede O resultado da matéria çâo não esta perpetuidade. legislação napoleônica em
c nou Assim, as tos são de herança é catastrófico. Aos agri cultores falta a tradição: cada um, geral, começa sua vida de noFalta 0 estímulo poderoso da Do que o agi-icul-
grandes propriedades imóveis devem ser divididas, e as pequenas e mévendidas para se dias devem ser poder fazer o rateio entre os Esta lei, aparentemente justa considerada sob um ponto de visindividualista, é extremamente consideramos o bem Ela cria na classe agri-
herdeiros. se ta perniciosa se da Nação,
cola uma mentalidade imediatista e Antigamente, o ngxicul- derrotista.
em vo. vov
. do sangue. ^ tor encontra, nada lhe fala a alma, porque sua casa, e tudo^ que o cerca, foi um estranho que fêz. Se olhar para o futuro,.também nâo encontra rá estímulo, pois dirá a si próprio: í‘Não -será um neto meu quem vi verá na casa que construo, quem co merá os frutos do pomar que planderiubará a mata que re- to, quem
aquela terra por seus avós.
tor cultivava sua herdade como um tesouro de família. Sabia êle que tinha sido trabalhada Via a casa, os estáseus antepasêle usucerteza de que filhos, netos
com a seus
bulos, os muros que sados construíram, e que fruía agora, os deixaria para
Plantava árvores que
e bisnetos, levam séculos a crescer, porque sa bia que sua gente haveria de se be-
floresto; virá um estranho e goza rá de tudo isto por alguns anos, a morte o colha, e então até que ^ is uma vez tudo passara a outras 0 clima profunmaismãos estranhas”, do e humano em que se sente o ca lor do próprio sangue é necessário para dar ao agricultor o estímulo
o < F.CONÓMICO I')ic;i-sro
èle
1
e a mentalidade que fazem a grandeza de sua classe.
Para haver a perpetuidade da fa. mília na herdade, é necessária a “li berdade de testar”, e é necessária a isenção do impô.sto “causa mortis”.
de teeUr" <● n iaonçAo de impootoi transmissões tal seria o
u nns ^ausa mortis"; ‘^■íiniinho para n so
lução do» proldoma» ,,,u. noa devem preocupar.
Uma sábia política rural que, sem falar de reforma agrária
Jf
com perproa proo “ liberdade
seii caráter perde mesmo ia. V t 4 ,<■ ■> V*' ●> < I ●● ' I I' i I
acentos revolucionários, e sem seguir a grande ou a pequena priedade, fomente entretanto priedade média; que institua como colunas da grandeza da classe rural bem de família”, a
■j*r 38 Di( í j.'i «iNÚMICn
Oh Bispos do Paraná o têrmo “reforma moção. Mas, tomado lhe dão essas obser tas, êste têrmo demagógico c agitador, seu .sentido de “reform.. ^iornia , para sig nificar apenas po ítim . ) ● e -7 i í ^Muca agrária feita
empregam íígiária” em sua uo sentido que ^'ações e jiropos perde com sabedor U
EXPORTAÇÃO DE FERRO E DE SENVOLVIMENTO ECONÓMICÍ^
Kohkhu» Pinto i>k Souza
1 . AIíhkííuos um ponto no desenvolvinu‘nti> econômico (pie pràticamento «aturou os fatores do produção disponíveis’o o poder de compra no internacional. Daipii por , referente ao ano
luta pelos fatores de produção, que levam à alta constante do preço custo. Aliás, foi esse o ponto sus- ^ tentado pelo lelatório do Banco do v de 1952. J
nuMi-ado
de Brasil
-lo neste artigo.
vastidão do seu âmbito, vamos nos :to da exploração do limitar ao aspe minério de ferro.
4 importância do assunto nos le- r Dada a ‘ tratá X va a diante, o progresso, para continuar a sua marcha, exij^irá a solução do uma série de problemas fundamen tais, Êstes, porém, são de larga en vergadura, isto é, exigem grandes in vestimentos pelo porte das obras a
realizar, o tpie levou muitos analistas a afirmar ter se findado o período do desenvolvimento espontâneo da eco nomia brasileira, nascendo a neces sidade de ac planejar o progresso pela realização, através do Estado, de empreendimentos indispensáveis ã formação da nova estrutura, que sus tentará o arcabouço mais amplo do futuro parciue produtor nacional.
Daí, o governo ter elaborado um plainclui sàbiamente os três esfundamentais no que teior.
transporte, A as
encrgTia elétrica e combustíveis, concretização dõs três setores dará lun impulso incalculável ao avanço das atividades econômicas, pois quebi ará as amarras que seguram hoje iniciativas particulares, amarras aue as levam, não raras vezes, a se desviar do campo da produção para
2. Muito se escreveu liznção das jazidas de ferro. ^
sobre a uti0 ân-
habitual do tratamento, porem, \ Há, no entanto, ana-'j gu:o é 0 da exportação, faces mais interessantes
lisar a questão, sem se desprezar - exterior, que, íj ponto nevrálgieo
a das remessas para o pode dizer-se, é o do problema.
De fato, é a exportação que permi- , tirá a feitura das obras essenciais ^ a pôr em movimento todo um sistema , do produção não só no quadrilátero . do ferro, pela criação de um parque } de fábricas de trans- ^ , em equipadas vias férmetalúrgico e formação de. ferro e aço mentos
, como ao longodos vales dos rios Santo AnDoee, Piracicaba, Paraopeba e das Velhas, pela instalação de culturas agrícolas intensivas. A Eco nomia mineira se transformara subs tancialmente quando essas novas fonestiverem em pleno Isto nos leva a exami- J
reas e tônio, tes de riqueza movimento,
da especulação. o nar, era primeiro lugar, a venda de minério para o exterior e, em segunsôbre a economia do
na as os , as repercussões da região atingida pelas benfeitorias
Não é exagero dizer-se que, contingência atual, mais vale suster iniciativas privadas e encaminhar recursos utilizáveis para o campo das grandes realizações acima apon tadas, do que deixá-las prosseguir na i
r I
1'esultantes da exportação da cionada matéria-prima.
men-
Ao tratar dêsse. aspecto, o primei ro ponto a salientar é o exuiíéro, melhor, o otimismo da maioria dos observadores.
ou Não se pode negar mananciais Entrelantc», constituírem as ja/idas formidáveis de riqueza, a utilização plena ainda nossos dias. Por êsse motivo, o *‘slo— “entremos na era dos miné— não traduz bem a realidade, pois expressa a convicção de que a receita cambial se elevará extiaordinàriamente com o carreamento
nao e para gan rios para
/
curKxeetuasão as do Uraííuerra. As essa garantia. curta.
excoto as da Noruo*ía, tèm vida ta, alcançando a de niuior dinaçno 20 unos. K’ preci.so levar em c onta o a.specto conlinuidade de f<irnerimento no ca.so de uma das as da Venezuela, sil <jue oíej-ffc-m d(» Canada e do (Jhile também o.stão fora do ri.sco de paralisação por guer ra, mas são de vida
Apesai' dessas vantagens o Ilrasil minérios menor fornecedor de de ferro dos K.stados Unidos, país compra cêrca de M milhões de toneladas das 140
e o Êste milhões que uti- o estrangeiro dos minérios brasilei ros. Tal fato não se dará, ser em dias remotos. a não iza nos altos fornos, a fim de produ/ar os 105 milhões de toneladas de A razão para esse pessimismo ao encontra na falta de ternacional. procura
Esta, jazidas em proe aumen0 Me-
nao inse não é intensa no momento, sê-lo-á em pouco tem po. A razão é simples: ; norte-americanas decrescem porção muito maior do que r to da produção metalúrgica, sabi está no fim
, . e as outras fontes de minérios de ferro estadunidens nao contêm teor metálico convenien te. Será a América do Norte forçada a procurar no exterior de que necessita,
lerro. No ano em duçãü maior, toneladas.
curso esperam procerca de 117.700 mil 1’orao que imi^ortar, pormais elevado de mi-
es 0 minério de O Brasil se aprealém , . que serio, a Venezuea ex-
senta como bom fornecedor' disso e 0 que é importante, fornecei dor a longo prazo. E’ verdade tem um concorrente la, onde as jazidas se encontram 60 quilômetros do mar e o pôrto dc embarque a 2.150 milhas do pôrto de.destino. São as duas menores dis tâncias que se conhecem. O teor de ferro é bom e a duração é longa.
a África Ocidenses.
tanto, Volume nérios. Por enquanto as fontes printnpais abastecedoras têm sido a Ve nezuela, u Canadá, inl, o Chile o a Noruega. Êstes paí ses orneceram no ano transato 10% apenas do montante de minério con sumido nos altos fornos estadunidenp . ^^^tes, a parte que tocou ao Erasil foi insignificante, 6% aproxi madamente, pois enviamos 940 mil toneladas. A aumentado.
nossa participação tem No ano passado expor
com decisão e calcula realizar a se gunda fase do programa traçado, isto é, elevar a 3 milhões de toneladas o envio de minério para o exterior, dentro de 3 a ,4 anos.
í- 40 DlCI sio Üí os-ÓNura K. i
í-
Afora esta, que já está sendo piorada pela Iron Mine Co. e pela Orinoco Mining Co., todas as demais, i
tamos 1.5Ü0 mil toneladas. Foi a ciira-recorde. Ultrapassar essa quan tidade é penoso. Requer programa de expansão das instalações portuárias e férreas. Doce A Cia. Vale do Rio vem enfrentando o problema
1956 ou 57 estaria com as instalaPor volta de
çõea prontas pnrn exportar n quan tia prevista. Terá atinpido, porém, o limito máximo do sua capacidade, <»u molhor, <las pi'ssihilidades da es trada do foriH) do porto. Klovar a oxiiortaçãí* sipnifioa novo proprama dc ot>nstniçõos o, i>ortanto, do remo delação da fori‘ovía \'itóriii-Minas e <los ofiuipamoTitos portuários, o que <■ <lifioil ilt* sor i*oalÍ7.ado.
Por osso motivo, as aiPoridados prtíciiiaram contornar a dificuldade, prop:raman(h> a exportação por ou tras vias. Traçaram para esse fim c plano do rocípiipamento da Contrai do Brasil e da construção do pôrto tio Itacuruçá. O projeto é mais prandioso que o do ^''ale do Rio Doce. Pre vê uma exportação dc 10 milhões de toircladas. Poi* outro lado, afora o aparclhamentc^^do pôrto, as obras ferroviária.s são menores, visto requerer
a remodelação da Central, o que será relaÜvamon‘.e fácil, desde que se dis ponha dos recursos necessários. ^ cálculo feito pelos técnicos estabe lece um pasto de 12 a lü milhões de dólares no trajeto da ferrovia e milhões de dólares em material Esperam os enpenheiros de 27 rodante.
necessitar de apenas 2 anos executar a renovação e melhoria destrajclo da Central, quando então 10 milhões se e.starãü aptos a carrear os de toneladas previstos. Deslocamen to dc semelhante volume de mmerio, dizem alpuns especialistas, imohi izaria tôda a capacidade técnica da lerrovia, 0 que implicaria em condena ção da economia da i.'ona poi e a sei vida, para atender apenas à expor a cão de minérios. Aliás, até certo pon acontecendo com to, é isto que vem n Central na situação deficiente em
41 I‘*c;tisó>tiro Dií.r-srn
L
que 60 encontra: o transporte de mi nério para Volta Redonda consome parte apreciável da capacidade téc nica da estrada, colocando as produ ções da região em secundo plano, o que está criando sérios embaraços ã zona servida por aquo’a estrada d.íerro.
ccira etapa du áun oxpnnsx"io, Isto é. elevar pnrn 1 míllião dc toneladas N*o estádio da íi produção da usina,
evolução em uue se encontra a indústria nacional, ampMação do fabrico do ferro da Cia, Siderúrj;iea,
é imprweind pois, cas
Há, ainda, outro roteiro para transporte de minério do Quadriláte
^ Ferrífero. Con.siste no plano do Hr. Demerval Pimenta.
o () Propõe ilustre engenheiro a abertura de estrada de ferro de Jaceaba a Augus-
ível a o aço o Lsso SC verifique, atuará cromo ponto nao do cstranjculamento d nufatureiro do país.
o projrrcsso mnn’emi-s ■*í?nrjra(juamlo é de repei*cus-
los em demasia; criar mais um seria êrro palmar, ospccialmento de porte tão elevado e são tão ampla.
^ Pestana e desta cidade ao pôrto de Angra dos Reis a construção de uma correia transportadora. A vantagem e que a correia passaria por Volta KGclonda e a abastecería de minério, ao mesmo tempo que permitiría ue Angra dos Reis à ca Nacional
uma levar Cia, Siderurgicarvão de que esta o
üs projeto.s suma cur.so a po.s.siJíilidadc de 10 a 12 milhôo.s minério dc fer permitiria Aos
prevetun, em da exportação de toneladas dc preços atuais 1CO receita de 120 a 150 milhoos ,1. dóiares. Tal importancia
ro. so tiproximariíi daquela ne¬ que recebemo.s do algodã duto da o, segundo propauta de cessita.
_ Tal SLstema permitiria deslocar das jazidas ao pôrto 10 milhões de to neladas.^ Destas, 6 milhões se desti nariam à venda no mercado externo ® 4 milhões a Volta Redonda Paulo. e a São Êste último ponto está se
^ .. nossa exportação. Permaneceria soberano com os 800 milhões sentemente. que nos fornece pre-
eis em insom melhoraque fi ariam s para atender às necessi-
questão, pois deverá entrar cionamento ainda êste trai, a menos que sacrifique nomia mineira e a do Estado do Ri de Janeiro, não poderá,to, atender às solicitações do trans porte de minério de ferro 5^
a em fun ano. 0 no momen para ali
talações portuárias o mentos imobilizado:ferroviários, dades de ti-ansporte de minéries, veegando para plano secundário o des locamento, dos produtos da rogiao
A Cena ecopercorrida jielas estradas de ferro. Daí, seria preferível encarar-se, na remodelação e construção das estra das de ferro, não tanto o aspecto clusivo ex■'O ou primacial da exportação
A situaque, enquanto não fôr resolvida, não po derá Volta Redonda efetuar a ter-
mentar o novo alto forno, çâo é delicada e de tal forma minério, mas, antes, a possibilida de de utilizar a riqueza proveniente da exploração das jazidas para de senvolver a economia de vasta região
V.■ _j
de
proNc*\nr?rt_^ T ^» ' 42 I>If.í s|0
3. l^ara ^^^oançarmos, no entanto, possibilidade do exportar 10 a 12 milhões de toneladas inverter ’ [V
a teremos que apreciáv somas convertendo em sério problema, consumo de minério da Cia. Siderúr^ca e de São Paulo aumenta rapi damente. A construção do novo alto forno da referida
O usina agravará
enriqutícor, expandindo fioh todas as formas. a
<Ío tíTriiório nacional. prüduçóo Kxplico-nu' com mais clareza: a oxportaçfio de minério deve aer vista não como fi nalidade em si, mas como o veículo da tran.sformação Oionómica de Mi-
em que remos ' f í íerais. nas (jue alarguemos o Não se amplia a procura favorecendo a concentração dos cen tros produtores, mas aumentando a capacidade produtiva dos milhões de brasileiros. E* sabido que pelo memühões de habitantes deste consomem artigos innos 20 vasto país não
A sc^nir-sc a pnmcua tose, lorianio.s um .si.Ktiuna <lc transporte vir (» carrcameiito do a cxportaçãi».
da, Li'1'íamos um i*omploxo fo riu c porluãrio, apoiado no transpor te df minério, mas a serviço do de senvolvimento tias regiòc.s
j)clc mesmo.
A i)i’imeira abriria iiuva fonte de cambiais, emiuanto a gando para segundo plano a receita de divi.sas, ])ü.ssibilitai'ia
segunda, roleexpansão que influia do atividades econômicas j-iani diretamente no nivel dc vida dn população das .\ltevü.sas nuuite, no aeoleranumto do do j)ar({ue produtor nacional.
e, indirctaprogrosso
●3
a ser minérios para ,\dot:ula a sogunvroviãatingidas dustrializados, mas apenas os agr^ colas provenientes das próprias ati vidades individuais isoladas, h nesário empurrar essa populaçao pacircuito econômico e fazer in gressar nêlo ns mercadorias que tem possibilidades do produzir. O pro gresso será enorme quando isso verificar. A utilização das minas de ferro, através da construção de ferportos, oferece essa oportuAté 0 momento, se a vasta Ferrífero e do }
rio encarar a expansão econômica brasileira não como o desenvolvi¬ mento de centros produtivos mais concentrados.
sempre
do mar perção que a pusessem em
território que a separa manoceu inaproveitada e te povoada por habitantes de baixo nível de vida, foi exclusivamente de vido u falta de meios de comumeacontato com
as popu-
nias como o esin-aiamoiito do progresso por todo o território, a fim de atingir
os centros mais populosos e de inten sidade econômica mais forte. A ex ploração do minério, com vistas tao só à exportação, de pouco seiviia àniieltt economia regional. Favorece rá, isto sim, aos centros nianufatureiros do país, criando nêles riquezas novas e ampliando as antigas. A modo geral, lucrara valeur^' das minas, efeito econômico não se re-
nação, de um “mise en com a porém 0
lações c as fontes de produção que se conservaram até o momento à margem do avanço econômico nacio nal. Por êsse motivo, a utilização das jazidas de minérios deve ser vista em plano idêntico ao da construção da usina elétrica de Paulo Afonso: ser vir o desenvolvimento econômico de uma região, foimecendo, à população que a habita, as possibilidades de se ‘V ● ^3 1
fletirá de forma mais ampla na popu lação do país, mas tão só nas que
J
.13 OríiKMu
No ponto da expansão econômica nos encontramos, não podecontinuar a progredir, a menos consumo interno, nacional 1 !
ces ra o se rovias e nidade. do Quadrilátero zona
A jirimeira tem preocupado ‘mais as autoridades e observadores, que vêem nn segunda um subproduto da exportação de minério, pensar ao contrário, Dever-se-ia pois é necessá
4
mais nuque mais t r
Para alcançar essa finalidade .será preciso articular a remessa de miné rios para o exterior com um plano de reerííuimenlü da economia reífional i
em questão. Isto será possível desde que a remodelação e construção de estradas de ferro sejam feitas vi sando a servir às jav.'idas e à econo mia da região. As minas forneceproduto indispensável i rao o
a manucontrizona. buirá para
tenção das f.rrovias, enquanto a pro dução industrial e agrícola que se desenvolvera à margem das estradas de ferro e ao pé das jazidas, 0 enriquecimento da 0 primeiro cuidado
.. . a se tomar é condicionar a exportação de minério a importação de carvão. essa T- , medida os fretes se reduzirão criar deficits
sem para as vias férreas, pois ter-se-á assegurado ida ta plenamente lotada das ções. O coque permitirá
indústria extrativa mio ena por st .SC cn- so riquexa na rejfião cm (juc contra, (juando a c!a sc a ha, porem, matéria-prima ccomnnico da zoa manufaturavâo da extraída, o aspect< nu muda inteirumcnlc <lc fcivào, de vido iis repercussõc*s i-conómicas da
i provenientes.
serie
í-, ir
% V
aparecendo população se A bola de neve da adensa que a prosi>eridade se
aliviilaproduçâo a^rropo<iue a e*. ommda da outras ativiemiuantü a e se enriquece, cxpan.são da riqiie/.a se formou, é só deixá-la .se^íuir a ●sua marcha, avoluma.
Por sou Im por onde no, as margens dos rios, a.s estradas íIc ferro devem pus.sar, veitamento fácil pel transporto
sao férteis e de aproa agricultura. Ü certo e à porta propiciaa expansão agrícovias férreas, pondo em cultura solos inaproveitados, pois contará
com uo Quadrilátero Ferrífero e com o das grandes concentrações ciadinas localizada.s no litoral e com o das duas megalópoles manufatureilas do país, visto estarem entrelaça das com 0 sistema de transporte que
centros industriais que irão se desen volver r-
quanenquanminas.
para a ex-
e volcomposi, ,. ^lue a produ¬ ção metalúrgica se desenvolva junto às jazidas. 0 projeto de construção de uma grande usina metalúrgica no pôrto de embarque de minério e de sembarque de carvão não parece acer tado. Ter-se-ão de transportar tldades maiores de minérios, to as composições, em número supe rior, regressam vázias às Mais vale levar de retorno, despej do 0 minério no cais, o coque impor tado e ao sopé das jazidas fincar os altos fornos.
pansão econômica da zona em que Se encontram as jazidas de minério.s de ferro e das margens dos rios per corridos pelas estradas de ferro é mais fácil do que o da região servida pela energia elétrica de Paulo AfonX
a-
E' preciso não esquecer, ainda, que
: í 44 fe
8ü beneficiarão du maior disponibili dade internacional de divisas. K’ pre ferível ter maior poder aquisitivo íçíneraüzado por contingentes merosos de brasileiros do cambiais, pois a expansão econômica (; antes fruto do consumo interno do que das vendas no exterior.
K' qiie a indústria tru/. a urbani zação e esta uma enorme de
.serviçíis públicos e civis, de des comereiais e dc cuária. À medida reííiuo se desenvolve, (iades vão
sem dúvida Ia ao longo das ra o consumo dos novos í
nasce nas jazidas.
I^eve notar-se que o aproveitamen to dos fatores apontados
Isto porquo na primeirn existem elementos necessários para que nola o progresso econômico se realizo ràpidamente. Lntao, criado o siste ma de carvão.
aliado
a flui rao espontànenmentc canião-de-obra e técnica, ins-
so. os tiansporte de minério e de ao fornecimento de energia <io plano mineiro de eletrici dade, pitais, ta'iuuio tnn complexo produtivo, que
so expandirá ràpidamente. No sertão , * nordestino a afluência espontânea.se rá mais difícil e só se daráJentamento e com auxílio governamental. Não deve inferir-se dessa observação que .<omos contrários a Paulo Afonso. Achamos obra indispensável, porém de efeito mais lento.
Tudo indica o caminho a seguir, só resta pôr mãos à obra.
45 V’' ITCONÓNUCO ● Otí;i'.«{TO
I VÍ ' J i J 1 4*.
I
A IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL
J. Teí>ta íL)a Superintendência do Cafê)
J^uiTo Re tem discutido, principal mente na imprensa e no parla mento, sobre a imigração japenêsa no Brasil c suas conseiiuéncias
i*-.
. Três aspectos foram, espeeiulmente, localizados: o sociológico, consider do a pouca adaptabilidade do mento nipônico aos nossos hábitos e condições de vida, suas diferenças de raça, tradições, religião; o político militar, examinando o perigo que constituíam ou poderíam constituir os o.mstos ou concentrações japonesas em certas áreas do Brasil; o um ter’ ceiro que reveste características mais propriamente econômicas, ou dicra mos, agronômicas, de vez que se releie a afirmaçao de que o sistema japonês de cultivo do solo, pôsto em pratica entre nos, é, por assim dizer predatório, “ salgando'' a terra devi’ do ao uso imoderado de fertilizantes químicos, que a deixariam, dentro do poucos anos, ressequida e estéril.
(lUo o clcnu-nto nipônico ê, te, bem diverso duípifle a média do i)ra.si'ciro. davia, (pie nossa base ge de sei* uniforme
,
anelede gente oriunda de cedências.
n-almen●pie constitui Acontece, to ra. ial (!st{i loncons*ituimlo-so tódas as proac encontra o encon-
em
fiiu*
jauni tipo inassitíorrentes e cada vez milávcl, sendo mais numerosas uma fusão étnica bi-asilei
ns
tem, ao contrário, algumas de
;j; *
Não desejaríamos iniciar a di.scus.são do assunto pela negativa absolu ta e peremptória dessas três asseveraçoes. Cada uma delas tem, pos sivelmente, parcelas de verdade. Mas examinando-as com objetividade e profundeza, veremos que muito numerosas são as afirmações que de las se extraem num sentido favorá vel aos japoneses.
mais
Vejamos, por exemplo, a primeira Ninguém podería negar asserção.
a preparado, em gru¬ de
constatações do entre a base 0 a japonesa. Exisoutras colônias, européia, muito menos assimiláveis quo a japonesa, cntie elas facil seria citar, por cxomp 0, os britânicos, os holandeses 0 uordicos da Europa, cm geral.E dizemos
Quanto ã , segunda afirmativa CIO que os nipônicos constituiriam um elemento adrede po, como pontas de lança, para o caso uma intervenção militar direta, parece ser verdadeira, "pareço**
^ ^ porque nao dis])omos de inlormações especializadas, de origem oficial, que nos autorb.em a uma afir mativa peremptória Não obstante . , qualquer perigo que pudessem cons tituir essas concentrações foi afastadebacle” do militarismo japonês e, mesmo, atualmente, düj com a com
! // » /
r
trará ainda, pur nu.il„ ten.po, processo do miseige vel é, também ponês nação, n fato de Veri (jue o nao constitui \
ííiadutiva
n dispersão qunsc total daqueles nú cleos.
>45 * *
Rclativamcnto n terceira, n discus são do assunto oferece vários deta lhes, que devem ser bem ponderados. Realmentc, as lavouras japonesas ostentam um característico aspecto de ordem e limpeza tipicamente nipônico. São varridas, “iientondas”. O uso de inseticidas e de adubos 6 cons tante, c orientado qnaso sempre por túcnioos. A produção ú rcpular e abundante.
Há, npenns, deficiência num pon to: o japonês, cm geral, usa pouco adubo orgânico, que, como se sabe, uão sòmonte é indispensável h melho ria das qualidades físicas do solo, como ainda favorece o desenvohnmento da flora microbiann e a assi milação dos fertilizantes químicos.
Só adubo químico, com exclusão do orgânico, faz realmente com que a torra perca, aos poucos, algumas de suas melhores propriedades, inclusivo a capacidade retentora das águas.
Cabe notar, entretanto, que o exclusivismo no uso de adubo orgânico não cabe aos japoneses. 151e resul tou das des'’obertas da química, no iiltimo século, descobertas às quais está indelêvelmente associado o node Hiebig. Há alguns anos atrás, me
sòmente a adubacão química era usanão ser pelos lavradores “ro que persistiam no uso do da, a tineiros esterco e de outros compostos. . . Hoje, a mentalidade é outra. Houve até uma rencão excessiva a favor do uso de adubos orgânicos, com proscricão total de adubação química. Hodiernament.e, está-se chegando à
conclusão racional de que ambas as ndvíbaçôcs se completam 0 que, cm última análi^-*''»
“natuimis". Os lan-adores jnpone, também, como todos, estão o mando na nova corrente.
ses
* * * foi
No Brasil, país que sempre será “eminentemente aprrícola imipração como a japonesa só pod^ 'recebida com simpatia, apesar dc, como dissemos, ser constituída elementos de uma etnia diferen* de difícil mis*
ser por to e, por isso mesmo, ciponação.
Realmcnte. essa imigração apenas constituída em ^ \ r n talidade de agricultores (90yo)- ss 6 muito, mas ainda não é tudo. principal é que se trata de appicutores de alto nível técnico, principa-mente em relação aos artigos de su sistência: hortaliças, aves
O abastecimento das duas Rio e S. Paulo
não ó quase to- sua e ovos, e batata, grandes Capitais
de vários outros grandes e pequecentros do pois é boje feito, qua se em sua totalidade, pela produção dos agricultores japoneses, reunidos muitas vezes em cooperativas de proTrata-se de uma
e nos ducão 0 consumo,
■oricultura orientada setrundo pa drões técnicos, com adubacão, combaAcresce oue o
a te às pragas, etc.
agricuRor ninônico não é. geralmensimples assalariado, um .lornaleiro de enxada, diarista rotineiro, é, ao contrário, um elemento capaz de viver do trato de terra que a quire ou arrenda, e seus processos e cultivo servem muito comiimente de incentivo e de modelo a pequenos agricultores nacionais, vizinhos, cou-
te. nm
47 D«'r_^TO EcoNÓNnm
<? , uma
tf
sa muito fácil de se constatar, principalmentc nas cercanias da Capital paulista.
Não pretendemos i r r r. k k
Acontece, um fato curioso: a importação de le vas de pequenos agricultores japone ses para certos distritos das vizinhan ças de numerosos centros urbanos, de vários pontos do pais, com o fim de prover os mesmos de produtos hortícolas e aví.olas.
sejam esses agricultores nipónicos de elevado nível cuUural, possuidores de grandes capiiais ou de parques me canizados. São, em maioria, elemen tos modestos e humildes, mas imb-.;ídos de acendrado
I
nêses, dos quais mais do 90% so de dicariam ã HprricuUura. Seria, prccisamente, sejíiindo <la<los oficiais ci tados pelo .sr. .Mizumotí». de 1S9.7I4 o número exato dos imigrantes japonéscs entrado.s no Kstado de S. Paulo e de 2Í5.910 o número total de japoneses aciui radicados, cm 1040. I.sso da população do Kstado, nmiuelo ano, que era de G.9:í5.4U(í
corresponderia a 2,õ'.í do total habitantes. d
amor à terra c cad
pa4«s de trab..Ihá-la com continuida de e boa orientação, produzin¬
o quase todo de agricultores, e dc ugrií ultores hábeis c operosos, teria menos de conseguido ])roduzir nada das utilidades extraídas da terlu. 1 criam éles contribuído dc 50 com mais dos 12 seguintes produtos e f /O
as mesas. São,
K ■ío, realmente, aqueles artigos e nao em teoria, K ^ que tão neces- 5 sanos se íazem hodiernamen- 2 te, em tôdas ainda, elementos morigerados e úteis cidadãos que, quando chegam a se fundir na massa da po pulação brasileira, em nada desmere cem dos nossos padrões comuns de ética e de trabalho.
agrícolas: 100%, pràticaniento, dc 4 produtos (rami, sêda, pêssego 0 morango); 997o de 2 produ tos (hortelã e cliá); 807c de 2 produtos (batata c legumes); 70% de ovos; 50% de banauas; 40% dc algodão; 207» de café. Tal produção represen-
,, j . , ao traba¬ lho dos agricultores japonêses no Brasil. Algumas que pudemos gir de uma publicação do sr. M. Mi, zumoto, diretor do São Paulo Shimbun, nos revelam, todavia, fatos to interessantes. Segundo êsse blicista, num período de 33 anos (de 1908 a 1941) teriam entrado no Bra sil quase 200.000 imigrantes japo
ção total, em 38 municípios, alcanÇou a soma 6.384,5 milhões de cruzeuos, concorrendo os japoneses com 2.715,2^ milhões. O valor total da produção dos nipónicos foi de . . . .
3.169,320 milhões de cluindo du::'idas
Não temos ainda à mão, infeliz mente, cifras detalhadas do último censo nacional, relativas ♦
tou cruzeiros, inas utilidades agrícolas procinturão verde”. no pessoas.
De 73.300 famílias japonesas ra dicadas em terras paulistas, 90%, isto é, cerca de 65.000 eram de agri cultores, dos quais um terço de pro prietários e dois terços *de arrenda tários. O número de japoneses e seus descenderttes, em todo o Estado de S. Paulo, seria então de cerca de 400.000 L *
DH.KSTI) KftONOMICO
Pois bem, ê.ssc contingente, constituíf
mesmo, presentemente. com isso dizei-
o valor de 3.159.320. A produ
i '
colimuipu*
Hn, no Hrnsil, alKiunaa realizações notáveis dos iini^rnintcs japoneses. Hentre elas. a mais citada, a mais eonlua-ida e, lealniente. a mais pujante. 0 a ('ooperativa .-Virrícola de í'<ítia, lundada li:\ 'Jã anos por um iíiupo <le 811 pioneiros, (juase todos jnponêst>s. dentri* t)s ipiais seria do justiça saliiuitar os nomes dos sr.s. Kenkiti SlHnu'mot. , Kamríti Yamns-●^ liita. ( hosakii Xakasliima o Hatuíri .Miasaki. A (‘ooperativa .●X.jrrícola do ('otia, euja diretoria, a partir do 1942, i’' i em xrrande parte lonstitiiída de biasileiros em virtude do estado de uuerra naquele momento existente cuitre o iU)sso país e o Japão, ó atual mente uma poderosa entidade, re.sponsável em jíi-ande parte pelo abas tecí mentt) <le S. Paulo e do Distrito 1‘ cderal cm hortaliças, batatas e ovos, sondo seu atual diretor-presidente, reeleito hii vários anos, o dr. Manoel Carlos Ferraz de Almeida.
Para dar uma idéia do desenvolvi mento da Cooperativa basta citar os scfi-uintcs alírarísmos, extraídos de seu relatório de 1952: número de coo perados 4.777; capital e fundos de reserva Cr.$ 60.309.742,10; ativo imo])iIizado, em imóveis, instalações, moventes, veículos, etc., Cr$ 81.767.699,40. Somente em imóveis í\ Cooperativa possui 60, atualmen te, em S. Paulo, Rio de Janeiro e várias outras localidades. O núme-' 1-0 de caminliões em serviço é de 88, além de numerosos outros veículos, tais como tratores, jipes e outros., Dos caminhões, 49 pertencem a Gru pos de Transporte Coletivos, que ser vem diretamente aos cooperados, no transporte de sua produção para os centros de consumo e de suas aqui-
se-
, da sede para suas 0 conhecimento de algumas cifras referentes ã produção dos coosocial 1951*52,
res das ]ícrados, no ano interessante: tomates G62.S57 caixas, batatas 668.921 sacas; bananas ●● 5.637.804 du- 1 .058.000 cachos; ovos zias; cenouras 51.125 caixas; doim 46.887 sacos; cebola 34.184 arrobas, etc. A importância total dos produtos entregues ao consumo pelos cooperados, nesse exercício, ascendeu a CrS 320.878.210,80.
número de pintos de um dia, distiibuídos aos cooperados, foi de 681.987, alov de Cr$ 3.320.487,10.
Cooperativa Agrí* notáve!
no V Acresce que a cola de Cotia exerce uma atuação no terreno da técnica agro nômica, mantendo uma estação ex perimental, uma divisão de fomen to agrícola, uma secção de mecani zação agrícola (em estudos e expe rimentação preliminares), ciona acs cooperados assistência me dica, farmacêutica e odontologia e, também, financiamento agrícola, emadiantamentos, dentro
Proporpréstimos e de certas condições.
0
lu-
Pu.FsT<» !●*< nSííMU O
siçôes de adubos, inseticidas e outros íidêncins. nrtigos
Um único senão poder-se-ia apon tar no funcionamento da Cooperativa Agrícola de Cotia: é a sua excessi va eficiência, que chegou a apresen tar, em 1951-52, um saldo de Cr$ 16.701.445,30. Julgamos de nosso dever salientar, como aliás já o fêz, em relatório, seu presidente, que lucro não é a finalidade das ccoperativas. Acreditamos que êsse cro se deve a uma razão principal: alto preço de todos os artigos, tan to os produzidos pelos cooperados co que são por êles adquiridos na 0
mo os Cooperativa. Esta tem operado, em
certo» caso», nio pròpríamentc uma cooperativa, mas como uma comercial. Razoável seria, então, que pelo menos fossem esses lucros dis tribuídos, não em capitalização mas de modo que beneficiassem dirctamente aos cooperados, ou, em última analise, a própria sociedade dentro da qual vive
como casa ® P^®spera a Cooperativa
ze*i o dr. Taukasn Uyetsuka
Rioto Oyanin, aconipnnhados do vArios <‘ntro < s
e o sr. íjuais os srs
.
Knion Araki <● Issaku Kino. ^ònionto exaustivas estéreis experiên cias, pois a preciosa tiliácea s<* (»bs. e em 1 tinnva em nao produzir.
Afinal, conse^ruiu Itioto Oyama dois exemplares de boas, um dos quais se
nri rcífino. características, perdeu Mas, não é sòmonte a Cooperativa Agrícola de Cotia que merece desta , restando apenas um único, <iu,. origem às atuais magníficas plantaçêes. A par tir dessa data, ^ sado, a juta se de.senvolveu, paulatinamente, na Amazônia, lha agronômica A butaestava vencida mas
que, entre as realizações dos japonêaes no Brasil. Em Tome-Açu, no Fará, o sr. Shota Kanzaki iniciou, ba algruns anos, a produção de pi menta do reino, artigo dantes total mente importado e de duzimos, Sendo neladas
Ique já proem 1952, 450 toneladas, aproximadamente de 1.000 to' o consumo total do ver-se que já atingimos a cêrea de metade do que necessitamos.
Nao e mu.to menos importante papel dos japoneses na lavoura ranaense, onde, piincipalmente na zona cafeeira do norte do Estado numeroso e produtivo é o contingen te nipônico.
Nos Estados do Amazonas e do Fara_ e igualmente notável a contri buição da iniciativa e do braço ja poneses Embora ainda pequeno o núcleo de niponicos na Amazônia, a totalidade da produção de juta da quela regiao que já está abastecend o Brasil, libertando-nos
portação indiana, e quase per mitindo a exportação, está mãos dos japoneses.
país, é de o pao em
Foi longo e árduo 0 proces so de implantação da Corchorus Capsularis, de Linneu, margens do rio-mar. Quatro de 1930 a 1934
nas anos
levarani
dois japonêses idealistas e pertina-
nao a comercial. Essa. finalmcnte, .«“■'ha, e, hoje, a juta bras.ie.ra, cr,ação dêsso., b.avos japoneses com o apoio dos brasileiro.s patriotas que nova G valiosa nal. Virão,
c uma para a Amazô
os npoiaram, matéria-prima naciougora,
nia,^numerosas outras famílias de jn* ponêses, jiara prosseguir no traba lho, ampliando-0, ao mesmo tempo que se dedicarão às culturas dc sub sistência, tão necessárias na região, mais elcnientaros importadora dos artigos do consumo.
Em Mma.s Gerais ^ na Bahia, re centemente, mediante ge.stõe.s dos po deres públicos c de particulares, pe quenos núcleos de japoneses sc esta beleceram nas proximidades de vácontros, principalmente rio.s
Belo Hori.onte e Salvador, onde implantaram, também, a produção de gêneros alimentí cios, principalmente de liovticu’tura.
Vai-se disseminando assim, por todo o Brasil, o trabalho profícuo e altamente meritório dos japoneses, principalmente nr.m mo-
● %-■ 50 Dlr.K%Tf> KcONí>MU r»
mento como o utual, de dificuldades no > ●●tor do ubusleoimonto.
^5em iiueier fazer paralelos depre ciativos, o tpic seria, além de desele gante, injusto, pois Iodas as colônias estrangeiras (pie nos procuram o fa zem para trazer-nos a preciosa con tribuição ilo Irabullio, (lo capital ou lio sangue, (piando não Iodas essas, simultaneamente, temos ipio roconhoeer (piü algumas delas, o espocialmente no setor agrícola, tc*m tido em nos sa vida uma colaboração devoras no tável,
t^uando o braço eseraví,i, já escasso, l'oi definitivamonte pôsto fora das lazenda.s dc café do cenlro-leste do país, o braço italiano, importado a pi incípio pelo Conde de 1'aranaiba e pelo liarão dc Ibicaüa, sustou o de sastre ciuc representaria o abandono das lavouras eafeeiras, as quais íêz renascer o prosperar com novo so pro de vitalidade. De S. Paulo, a imigração italiana irradiou para ou tros pontos, principalmcnte o sul de Minas, o Paraná e a região serrana do Uio Grande do Sul. Refluindo, depois, para a Capital paulista, os já então filhos dos imigrantes ita lianos foram elenientcs básicos na nascente e hoje pujante indústria do maior parque industrial da Améri ca Latina”.
volvendo, principal»i®nte trabalho criador.
tempos, seu japoneses, queremos ressa , aspectos marcantes que ap ^ ser reJativamente recente ® cialmente agricola- representar uma porcentagem mui importante dução toUÜ. « visU do numer^ P« . ; porcionalmente reduzido dos ,
tos nipônicos radicadas empregar uma técnica fn^er ciente o capaz de, pelo " seguidores entre os elementos meno capazes das classes k-iras; tratar-ae. em geral, de bona cidadãoe, trabalhadores e PertmMes. .
Quanto ao dizer-se que o co ono nipônico. ou qualquer outro ^ ^
nos Na nao nos da pio, é a D
brasioedència estrangeira, rouba o t ^ Iho ao nacional, de preferência o n destino, perseguido pelo clima hostil, parece justa a asserçao. agricultura brasileira há ra todos. Um dos maiores problema^ cafôicultura paulista, por e-xemíalta de braços, e nao o excesvelnas
so dêles. e tôdas as zonas ^ afluem para o norte do Parana mide trabalhadoi-es rurais, des- Ihares
u e também S. Leopoldo
Em Santa Catarina-Blumenau e Itajaí —, no Paraná e no Rio Grande do Sul
no Paraná, criaram os colonos ale mães núcleos de trabalho fecundo ca da vez maiores e mais próspei*os com o passar dos anos.
Poloneses, no Paraná, holandeses em S. Paulo, vêm igualmente desen-
povoando as velhas fazendas agro ^ pastoris de S. Paulo, Minas e Estado do Rio. 0 próprio Nordeste, nao *t tem excesso de mão-de-obra. 0 que necessidade cíclica do Todos 1 há, ali, é a êxodo, motivado pelas sêcas. podem ser aproveitados, cada um sua especialidade e na sua possibilidade de adaptação. Em seu setor insistimos — o japonês é nao apenas economicamente útil, mas socialmente necessário, como um professor de técnica rural. * :í: * V / j 1
■)T r>i Oíí.í -éU l**l « >Nl l\| |< ültiinoí?
Não se trata, pois, do ções. Mas, salientando oV
na verdadeiro
/
Finalizando estas lif^eiras aprecia ções, seria interessante que focali zássemos o papel dos aí^ricultores nipônicos na lavoura cafeeira do Ksta do. Não é éle tão restrito como poderiam supor os menos avisados, poi.s, sendo recente a penetração dos nipônicos no setor cafeeiro ■ ção japonesa no Brasil data de lÜOS — já contam élcs com 4.001
Kslatlü, (esses no
2.000.0110, em existentes
O número de cafeeiros de proprieda de dos japoneses, dado.s são j-eferente.-í a :U de dezomliro de i:»52] é de face dos 1 . ..'{75.IM l
1.8'í. dêsso.s TH'ssa data, o qm>
-- a imijíiacafei-
representa eafi*eira N’ão a. pelo me-^íi.U) coc cultorcs, num total de G5.500 lavra dores de café rcífistrado.s, no listado de S. Paulo, ou sejam 0,2'/. o total de japoneses existentes entre nós é de pouco mais de 37c d; lação total do Estado, verifica-.se na lavoura cafeeira, -
Como a popuque. que não é
.a que constitui o po a da seu coeficiente na popiilaçao geral. A área das suas fa zendas cafeeiras é de 70.000 alqueires paulistas, sendo ocuj)ados i café, propriamente, 20.250 alquei com res. í MUNICÍPIOS PAULISTAS EM que é maior a porcentagem ue CAFEICULTORES JAPONÊSES ! Outro.s inclusive ' brasileirO
sua principal atividade aícricola êles têm uma rcentagem dupl ●) i«T
.. de cafeeiros de sua propriedade. Üú muni, ipios cm concentração dos Porcenta gem dos Jaimnêscs
neses, <juadro; como ílcnionstra o seguinte 125 478 20,73 .3.3,14 17,24 37,75 53,3(5 03,4G 50,83 32,95 17.44 25,51 30,62 14,38 18,68
núm (pie é grande n cafeicultores japoMunicípios ! .Liponcses Total K Araçatuba Avanhandava Birigui Càfelândia Getulina Júlio Mesquita Lins Marília Paraguaçu Paulista Presidente Venceslau Promissão Quatá Santo Anastácio
603 350 1212 11(5 234 209 1003 171 282 453 254 222 47G 33 19 52 88G 857 1743 51G 170 346 GO 284 344 63 184 247 222 503 725 I 64 381 445 I 82 367 439 J_
52 HK.I S|í) Iv IINOMICO t í
r
(Quanto á produção 4.(;01 lavj-adore.H j.aiionèsi-s, não to mos elemento.s para lorneeê-1 .se poderia avaliá-la ficiente da
J>r<jduçao ^ji*ral do li.''ta-
do, rjuc é de .30 média dos últimos anos, e isto poi-íjuc as lavouras dos jaiionêses .se situam Kcralmente eni zona.s novas, de maior produtividade, de onde a razoável de dução de (pie deve ser maior do que o.s 4,87
arrôbas j>or mil )H’s, representados pelo ero
densidade ral, em tôila a (paulista e ilirigem. lides niponictís si* meiitf, para as
do patriarca japonês Rio Jlizuno, que, tendo sido o pioneiro da‘ imigração nipônica no Brasil, há quase cinquen ta anos, c tendo retomado à sua pá tria, de lá voltou, em 1950, a fim de, ●lindo dizia, yir morrer na terra Êsse sej d 4 hodiernamente susendo, como ê, fenômi'm> do êxodo dos
»iue contrário dc> ceder, em mnmlial o campos para as t^iieremos camsignar. por último, um l e^cisl ro luo c*omove<lor, em sentimentos de gente nfoliva: o
Mizuno, então com tregava o sil que êle nâo apenas amara, mas, por longos anos, cultivara com seus com seu suor. brnços c regara
o Brasil, que êlc tanto amava, gesto do an.ião 03 anos, muito impressionou^ a opi nião pública nacional e a coloma ja ponesa aqui radicada. Pouco tempo depois, efetivamente, Rio Mrzuno enseu corpo ã terra do Bra) \ 1 \ 2 1
Dit.Ksrn I'^ <*N('»MH'n
AUíIm, tende a acrescer a dá concentração japonesa na cnfoícultura jiauMsta, como, de inn modo ponossa ajrncultura, nacionun tle vor. quo os preferencialajíricolas, ao £8
tôda parle, eitlados. aUamente simpático o mesrelação aos nossos
T I»
CIVILIZAÇÃO
(>L'S TA\ }■
O DICESrO ECOSÓMICO. ifuc aco lhe com zelo os trabalhos de interesse
para a economia e o dcscneolvAmento do Brasil, nao pode ficar alheio ao discurso pronunciado pelo Dr. Gustac Ei^loff, cm 23 de fevereiro do corrente atw, na ^^estern íioclctij of Iín(>,incers, por ocafàão da homenüffem que lhe foi prestada <io receber a “Washington Award” do ano de 1953. Acjuela alta distinção c conferida aos ongen/jeíros que, por realizações grandiosas, licidade, o co7ifòrto Humanidade.
<iue o }>rlrólcn <lc',i niju tiha na t Ula mo. derna, alrarr', í/^/.ç palat ras th' itma das }>cssoa.s vtai.s autorÍza(lii-> juint discorrer sóhre o assuntii
suas promoveram a feo bem-estar da e
U 'rno, o Dr
Egloff tem ainda capacidade di> expor com .simplicidade c dosagem dc algarismos. <pic rouvcnce. agrada e não causa n hnfor.
Cuslav Egloff é sábio muiidialmente conhecido pelos notáveis trabalhos sôbre constituição e transiormação de hidrocarbonetos, especialmente visando às aoli caçoes práticas. Ê ejentista e leaiwlolis. ta, a quem a Civilização deve trabalh do maior valor no campo da química pura como também uas suas mais úteis aplicações. O grande número de cações, em livros e folhetos, par com as numerosas patentes, que co brem variadtssimos processos de obtenção de produtos do petróleo. É autor de mais de cêrea de 600 artigos, 11 litros e 3UÜ patentes de invenção, bre carvão, petróleo, óleo de esquisto e produtos químicos derivados de hidrocarbonetos. Diretor de Pesquisas da Uni versal Oil Products Co
O.S' puhlicorre de versando sómpany
E'Tia palestra é dc tòda;
a uma revisão sucinto <q>lieaçõcs úteis do petróleo, oumifestação dc confiança na ciàneui c na trcuira c uma confissão de fó bos destinos grandi
s as osos do flotncm.
A divulgação dâsse trabalho, no Brasil, ficrvirá
otua hoje em (juasc todos os setores do oida econômica duma nação, fomentando progresso, criando riqueza, proporcio nando bem-estar e segurança aos povos. Mostrando como é um problema em polgante da atualidade, deverá impressionioços que buscam uma profissão atraente, capaz dc dar riqueza em troca de idéias acertadas e de empreendimen tos arrojados.
f í 1
, em Chi
cago, 0 Dr. Egloff recebeu neste ano, como disse, a '‘Washington Atoard”, con cedida anteriormente a grandes vultos americanos como Karl Compfon, Hem Ford, Herbert Hoover.
transcrição, além de constituir ü adesão do Digeslo Econômico às excep cionais homenagens ))restadas àquele grande cientista norte-americano (o Dr. descendente de suíços, nasceu em Nova York), representa também uma oportunidade para divulgar fatos que devem ser conhecidos por todos os que J se ínteressatn pelo futuro do nosso pais.
No discurso aqui traduzido, tem irrutgem perfeita da importância t r-v. I: 2lj.k
o IMPACTO DO PETRÓLEO SÒBRE A
I ● ir hr ff K t
NOSSA
c \
fc
Eamiliarizad rcfcrculcs a rom (inhi'> as j)ateiUi\'i )>roduios dr derivados do pctrolcn, dirigindo pcsifuisas com o filo dc obter novo-, produtos que sc adaptem oos rerfuinírs da maneira de viver do homem modr % i. .
Iróleo para mostrar como o pc
o nar os
y -SC uma
j.
OpKniòi-KO é osHoneial a tôdns vida inodevnn. S fases da
.is
om o oleo no.^isa civilizarão sofreria um O petróleo nâo somente ó colapso, nossa fíinte primária do nio também a fonte de mas de eêrea ferentes.
energia, eomatêrias-prido 5.000 produtos iliindústrin tom semna vanguarda nu novos e aperfeiçoados mais baixi> custo, para
Sua manl ido to, a dt>
Unitt principuis rarCos para èste numento é que o óleo que estó sendo descoberto se encontra a maio res profundidades ou em locais me nos acessíveis do que antigamente. A aquiescência da indústria do peinvestir fundos para o mais claramente milhão
tróleo em futuro 6 talvez ilustrada pelo custo de um
|>re se criarão <li‘ prodiit(íS, a o consumo do publico.
Kntro as indústrias de maior vulpeLróleo ocupa o terceiro lujíar com investimentos no total de ●13 bilhões do dólares e emprega 2 milhões de pessoas.
So¬ mais de
monte a agricultura, com investimen170 bilhões do dólares o a tos de indústria dc utilidades públicas, com 52 bilhões de dólares, são maiores que a do petróleo. Kstas gigantescas proporções fo ram atingidas no período de tempo relativamente curto de 94 anos, des de a descoberta do Poço Drake em
A magnitude atual da indús- 1859.
triíi do iiotróleo é o resultado da sua posição relativa aos investimentos c Desde a segunda guermundial, ela consumiu 20 bilhões de dó'ares para expandir e aperíeiinstalaçõos e planeja con-
cl porte,
centes para diversas de suas operaPor exemplo, o custo de peraumentou 200 çoes.
furação de um poço por cento no.s filtimos 5 anos.
cincoonta mil dólai*es (Ç 1.250,000) necessários para única ilha feita pela mão do homem no Gôlfo
duzentos e uma perfuração de um poço
f do México.
Não obstante os custos crescentes encontrados pela indústria do pe tróleo, ela mantém os preços da ga solina a um nível muito mais baixo do que os de outras utilidades e, ao mesmo tempo, paga aos seus operá rios altos salários.
na postos
, elevou-se em 45 por cento durante estes últimos treze anos, comparado com cerca todas as outras de 85 por cento para
t, utilidades.
A razão primária da capacidade da indústria do petróleo em gastar mais, sem aumentar os preços respondentemente, é utilização do potencial humano téc nico e científico. Ela emprega de 17.000 -engenheiros e cientistas saídos das escolas e gasta em pes quisas mais de 130 milhões de dó lares por ano.
i sumir 4 bilhões 'mais durante 1053. Êstes gastos habilitam a indústria satisfazer todas as necessidades e marchai' paralelamente aos aperfei çoamentos técnicos no equipamento de exploração e perfuração, unidades de refinação e instalações de transSão necessárias quantias cres●4 r
As invenções que daí resultam ha bilitam a indústria a oferecer proaperfeiçoados e, ao conservar os preços
- corextensa a sua niais dutos novos e mesmo tempo, a
baixos.
Ademais, 0 valor das invenções surgidas das pesquisas no petroleo
s. tSf >\iu *; ● nií.j
O preço da gasolina, inclusive immédia cêrea de 4
às pes(juisaH. ra çoar suas
estcnde-se muito além da pró pria indústria» na aplicação do tó.*nicas e instrumentos a outras indús trias.
cidos fts nações aliadas, potência c facilidade de manobra dos aeroplanoH consumindo pasolinu de octana 100, habilit flores ])ri*ânicos fazer v«»ltair(i da Ilatallm da In^rlaterra contra a fórça aérea
numa processos tai.s recuperação de met
coda fabricação da calcinação Outra ilustração emprego do ácido fluorí-
f al do.s minerio.s de baixo teor, de anidrido itálico e da pedra calcária, consiste no drico
An 1 catalisador no processo de alquilaçao, que é usado paru os componente.s da gasoHn-i ●utx feasoima de aviaçao. O acido fluorídrico tom
A maior ou aos nvina mnnazista. qiU‘ consumia
combustível de íiiflicc de octaíia 91. As enormes necessidades di' trinitrotoluol e do bt»rraclia sintctic.a foram satisfeitas por uma comerciali; ação
quase da noite cessos que se achavam para dieno.
para o dia, de proem estudos a produção do tnlucno e butaTTma das mais notáveis rea lizações da encrenharia. do oleoduto desafio
.0 cnns*niçno nig Inob”, foi outro ncorridí) durante a guerra
,
propriedades violentamente comlsiPnncipio pareciam inibir 11 j comercial, culdadcs f
f oi com 0 modo adequado iv.,.., esta sub.tancin.'* A
1 ?●
vas que a o seu
As difioram sim tôda , sobrepujadas a indústria f
niiG a indústria teve de satisfazer para assegnrar o transporte do óleo na Costa do CÔlfo até a Costa Lcste. que estava sendo interceptado pelos ataques dos .submarinos aos navios-tanque.
I
peca pletada a expansão planejada, elas
No início da guerra na Coréia, os K.stados Unidos nmonçados foram
troleo aumenta também o volume dnegocios de outras indüst.ias. Como ilustraçao, as necessidades de cat, lisadores de “cracking” são de e,t de 1 000 000 de libras t e quando for com
cerca de 1.400.000 libr
A . , , áiárias.
A capacidade da indústria competir com
a em 0
com uma séria eseassoz do bcnzol niiG é sub.s+ância básica
fins naturezas do jilásticos, borracha sintética, nylon, detergentes c outros niateriais defesa E:
civis do país. Pròviamente, sua pro dução provinha totalmento dos fornos de coque cuia oporaçcão está liírada à No curto
produção do aço.
. a súbita necessidade de
petróleo tornou-se uma
A indústria do l;
Mesmo antes de Pearl Har- cessos.
bor, grandes volumes foram forne-
nossa vida, que somente alguns de seus efeitos podem ser considerados em detalhe.
O petróleo (êste termo como é
■V 66 Dicfatíí nroN<S\tiro r
I or exemplo» a técnica d(ts fluidos para 0 manu.seio dos sólidos flue , foi desenvolvida co em conexão r m o proce.s.so do “Fluid Fiow Catalytic Cracking” tem sido aplicada grande escala de mo da r
G asaquinhoada passarão ser de
para divcrqiiG servem tanto para n como para as necessidades
^ aparentemente im¬ possível, tem-se muito frequentemen te evidenciado nas emergências D espaço do tempo intermediário, a in dústria do írrande pi*odutora de benzol e a .sua falta foi aliviada, petróleo entra cm tantas fases de
, ^ , quantidades sem precedentes de gasolina de avia ção de índice de octana 100, durante a II Guerra Mundial, surgiu uma rá pida comercialização de novos pro-
« <1111 i‘ subsoquontoinonto uaudo, in clui o tuntí* como uma para o
KÚs natural) c muito imporfonte do energia transporte, o miuecimonto o operaçao industrial.
Desde a l.a tJuerra Mumlial èle
Vem ai\ amlo nal impô.'^to pelas des dl*
les i* ilesbancou o fonte iiriimiria.
como a a carvao grande importância, com o encargo adicionossas neco^sidai'TU“rgia ràpidamonto eresooncarvão como sua
este período, a produção tem iiermanocido quase estacionária, em eèrca de tUO mi lhões dc toneladas por ano. contraste, a produção do petróleo aumentou mais de sois vêzos o a ilo
Durante de earvao
tor preponderante nesta transforma ção de fontes de energia, a mudan ça do carvão para o óleo, na proaquecimento para dução dc fôrça e .
^
fins industriais e domésticos, assim substituição de locomotivas pelas diesel, têm sido de Estas trans-
formações têm trazido aos consumimuitos benefícios, em virtude dores ..
da maior conveniência no manuseio, facilidade dc controle e limpeza. ^
A produção da gasolina constitui lioje 0 maior volume da indústria, tem sido sempre assim. De nias nao
Em 1850 até cerca de 1916, o querosene maiores quantida- foi produzido em dos do que a gasolina. A revolução da produção industrial de querosene para a do gasolina, foi uma das maio res realizações em nossa história e n que pôs líteralmente a América Quando o automóvel sobro rodas,
.Tuntos, de nossas enquanto que o nas 31) por cento e o potencial hi(Iráulico, os restantes 4 por cento.
«●ás natural, einco ve/.os. fornecem atualmente 57 por cento necessidades ele energia carvão fornece apo-
13 uso i pot de gasolina que SC «jPiiaM-croH rF»^!. „ k.ut-s -ütMLK i/.V'.i
entrou primeiramente em eento foi a quantidade máxima podia obter pela /.-AN'' 'vA. 'W 1 ' V* .●'jvV P' ● ● I t i \ ísmr. ■ (srü.; A -c^ -i V ' tf \ ● -■ ' _ yif I.»- ● V»’.;n; l ■ .● ● r
57 J.',t ON«
Di<;i sio
*MIC 4>
Ainda (pie o incremento na quan tidade de automóveis, caminhões, ônibus e aeronaves constitua um fa-
V
para o óleo, começavam a conside rar que seriam necessitadas muito maiores quantidades de gasolina, do que as que se podiam obter pelo ro aumento da produção do óleo
Os pesquisadores do petróleo, contu do, já se encontravam
mecru. em atividade
sobre o problema da gasolina
nuo puderiani nem fimcionur com as ííasolina de 19:^5. Maiores econo mias de consumo serãí» aimla obti das, (pjando estiverem em »iso «f.; mo tores de taxa de eomj>e.ssão de 12:1 e ({uando se j)uder eniprejíar jrasollaa dc mais alta linsaios de (jualidadc. estrada mostram que
se pode obter ‘iOV, maior do automóveis de hoje. ma,
uma quilometragem (jue a obtida pelos
1913, entravam em operação ás pri meiras unidades comerciais de cking”.
Em breve mentos no ‘ tado de que tem
e em crasurgiam os aperfeiçoacracking”, com o resulm , sempre havido ais gasolina do que é necessário, de lidade suficientemente alta, tisfazer às necessidades do pre crescente número de
Da mesma fora aviação moderna não teriu sido possível sem a gasolina dc avia ção de alto número dc octana que resultou da pesquisa e do desenvol vimento contínuos.
quapara sanosso semautomóveis. os processos a entrar comercial em O , efeito dos mesmos foi obter-se ga solina de maior número de octana e aumentarem-se as quantidades, modo que hoje se obtem do óleo’ cêrea de 45 por cento de
Em meados de 1930, catalíticos começaram operação em escala
O emprego dos processos de "cracking” toma desnecessária a produ ção de cêrea de 2,5 bilhões de bar ris de óleo por ano, os quais seriam de outro modo necessários.
Dois gaDe fato, os motores de alta
Pelo emprego de produz gasolinas que n escala de avaliação Não obstante consno
piocessoH novos c ai)erfeiçoamcntos, a indústria ultrapassam da performance,
tituir o número de octana um critéprepondorante na medição óa qualidade da gasolina, outros fato res são da mais alta importância, ,e cni relação a ôles se efetuam pes quisas contínuas.
Os aviões a jacto criaram novos inteiramente diferentes motores al- os com os problcmas dos relacionad ternativos. Inicialmente, os motores a jacto cêrea de cinco requeriam
Êste e ouforam resolvidos vezes mais combustível, problemas parcialmente combustíveis mas pode
m-se esperar feitos especialmente para os motores a jacto.
Nos combustíveis para motores óiesel encontram-se critérios de qua lidades ainda diferentes e sua pro cura vem aumentando rapidamente. , Uma das principais razões para êste aumento ó que cêrea de 70 por cen to do total dos transportes de carga e de passageiros são feitos por veí culos a diesel. Outro produto cuja
compressão dos automóveis de hoje, 'â : <1 ní
5
Üif i > I» ● !●:« ● ,»●
destilação do óleo cru, o único pro cesso de refinação desenvolvido na quela época. Por volta de 1910, ha via 500.000 automóveis e homens com mentes progressivamentc voltadas ►
‘f
O aumento da produção de lina não é o único fatorvação da supremacia do petróleo, melhoria da qualidade resulta u ■
de cru gasolinagasona conserA no au¬
mento da quilometragem, lões de uma gasolina de hoje, equi valem a três galões da gasolina de 1925.
aumentado, 6 o ôleo procura tem levo ]jara aquecimento, usndo prinaquecimento do- cipalmente pnrn o méstico.
o atiuecimcnto a óleo o gás natu ral tem-se tornado muito popular ilaa vantagen.^í que ofero(iuanto à limpeza, facilidade de menor trabalho, comKin 1935, o carvão fornecia 80 por cento do ca lor mus habitações, enquanto que o óleo e o gás forneciam apenas 19 por cento.
por caiusa CO regulagem e parado ao a carvao.
dos Estados Unidos e estará produiindo 50 por cento do total pe lo ano de 1962. O desenvolvimento desta indústria tornou possível a obtenção de maiores quantidades de produtos antigos e alguns produtos inteirnmente novos, que concorrem ●andemente às conveniências vida.
I I
coa da campo sao ●●●1
para *13 por conto, cn-
earvão caiu <luanto tpio a do óleo e do gás, subiu para 5-1 por cento.
Outros i)rodutos do petróleo tradicionalmcnte consagrados incluem os lubrificantes c as graxas. A in dústria agora fabrica mais do 1600 óleos lubrificantes diferentes c 430 qualidades de graxas. Se bem que ns graxas do petróleo fossem usadas nas rodas das carruagens de nossas avós c que suas jçcléias de maça fos sem vedadas com cera de parafina, de petróleo e lubrifican- as graxas
ampla quantidade de matérias-pri mas, a pesquisa está habilitada a elevar o padrão de vida do mundo inteiro. Os petroquimicos abrangem muitos produtos cuja procura repwbilhõos de libras ou mais, senta
anualmente. Êles abrangem os pro- 0 nieta- dutos químicos tais como
mamadeira desde o tempo em que anos
tes de hoje, envolvem produtos para 03 fins mais divei'sos, variando desmáquinas gigantescas até os minúsculos relógios.
de as Ela para
. realmente derivado da madeira e gás natural é agora sua principal matéria-prima. O uso principal^ do álcool isopropílico reside na fabrica da acetona, outro produto que
0 çao
Estas mudanças de matérias-pnsòmente mas são importantes não
1
A indústria do petróleo é hoje, entretanto, mais do que uma produ tora dc combustíveis e lubrificantes motores e aquecimento. ■i ■>1 ,s<
i constitui a base de uma nova indús tria química de enormes proporções. Os petroquímicos, que há cerca de trinta anos surgiram como subpro dutos do petróleo, constituem hoje uma indústria de 2 bilhões de dóAtualmente ela está produ- lares,
por causa dos custos mais reduzidos, como também porque não se poderíam obter quantidades suficientes de pro dutos químicos para as necessi a es atuais, partindo das antigas o c. de matérias-primas. Os produtos podem agora obter estão revoluciofinais que se dos petroquímicos
4 \ 4‘ ^
■ !●> ONOMH o Dií.i-s I«»
As oportunidades futuras neste ilimitadas. Dispondo de
● ;
Km 1051, a utili.AUção do
nol, cuja produção provinha antiga mente de outras fontes e outros, co mo o álcool isopropíHco, cuja indus trialização só foi tomada possível pela utilização do petróleo como téria-prima. 0 metanol é coniuniente conhecido como “álcool de porém decorreram muitos êle ora 'j )
provinha totalmonte de fontes não petrolíferas.
-.1 ●}
zindo mais de 25 por cento das neidades totais de produtos quími- cessi
nando diversas fases de nossa virln. Os mais importantes dêstcs são os produtos químicos usados para os plásticos, borracha sintética c* têx teis.
rcs aos metais c aos ti*xtcis paru alífuns fins, tituindo o vidi* os plásticos estão stih^. «» cin alííuns de seu-;
empre^íos anti^-os.
exemplo, ti-m muit:
bre o vidi(j em jja Os plásticos estão substituindo metais escassos, o vidro, madeira, fibras naturais, pel e outros materiais.
í > poliftileiio, pur is vanta^reiis sô-
cerarm os rrafas para eo.smétieos, diojíns farmacêuticas e di- ea, couro, pj: Km div(»rversas dj-:<jras fiuimieas.
fas de polietilc
sos casos, sao superiores ao mate rial que substituem c frequentemen te são de mais baixo lusto. U mais recentes substituições ma das
a reque
ft , . . - no cam¬ po dos metais e o empréíío das tu bulações de plástico. Elas têm vantagem de serem flexíveis o sistentes à corrosão, incrustação c errugem, alem de serem mais leveOutra substituição de metais sera dentro em breve feita em mas sa e a de carroçarias de automóvel feitas de laminados de fibra de vi dro com
mais leves e
.\s jrarrano são in«iuebráveis. resist»*ntcs à maioria
<Ios corrosivos (iuímie‘'s. uso doméstico, «)s plásticos extraordinário número de
têm um
aj)licaçôes. vestimentos de vinil
Admile-se que os re para as.ísoalho.
terão maior duração do que as uísa.s que são
êstes revestimentos ser encerados mancham tato se decfunpoem em com a graxa. Os ])lásticos têm o mercado das tintas.
ainda invadido Substituindo o - resma. Estas carroçarias nao estão sujeitas às mossas e nem a ferrugem, " rém leves
como base das sao mais resistentes, poe, portanto, economizam gasolina e produzem menor desgas te dos pneus. Um material similar será usado^para a fabricação de nheiras. baEstas serão particular te vantajosas para u.so em
onde 0 peso é
um fator importante
As banheiras de fibra de vidro coni resina pesam cerca de 15 libi-j comparadas com 150 librasde aço esmaltado e 200 libras as de ferro fundido
mentrai’ers U para a as, para as
s óleos vegetais para tintas a serem usanos interiores, êlcs se tornam niais fáceis de aplicar, são isentos de cheiro e secam mais rapidamente. As novas películas envolventes, trans parentes para embalagem, feitas dc polietileno ou Saran, preservam os alimentos durante maior tempo e são utilizáveis em alguns fins, como congelação profunda “deepfreezing”, para a qual os envolven tes do tip para dos. esmaltadas.
Constitui uma observação interes sante 0 fato de que revolução materiais envolve não somente de substâncias inteiramente como também uma utüi/.ação
antigo eram inadequa- o
são também usados em 0 uso novas.
vantajosa de material consagrado pelo tempo, como o vidro. Enquant que as fibras de vidro são superio-
Os plásticos
em telas à prova de ferrugem, jieças para rádios e geladeiras, pratos in quebráveis, peças decorativas o ou tros artigos de uso doméstico. O de senvolvimento industrial dos plásti cos trará resultados de longo alcanUm dos melhores exemplos é a substituição dos moldes de areia
r t r.f ■ f ' íi
p » 60 Dh.l 'v|0 i;« «-SOMU o
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Para
.Ademais, em colocados, nunca precisam ou esfr(?gados o não con- ou
mais 0 ce. pe-
Ins eoquiUms áo plásticos fonólicos nas fundições. As novas coQuilhas produziun pi*çus fuiulidas com super fícies mais lisas. rciiiUMvni dimensões mais monos usina- pi<‘oisas o líí*m do (juo as pi'i*vi*niontos dos mol des ron\a*noionais. dir/.ido das ooiiuillias <lo plástico toraproveitamonto nas fisioamente
jíuerra. }i cs. nos c torácicos Outro emprego menos
endo continuaxnentG descobertas 0 mesmo. tão s novas aplicações para Uma das mais dramáticas e a sua «tilizaíão paia aa vestimentas do Os oficais tom atribuído tas vestimentas a redução de ferimentos abdominais da Coréia, conhecido do durarão
os do iiue as que resistentes menos As anleritn mente neeessarias. de plásticos fonólicos ospora-sc que sejam total de 8 milhões
i*ram necessidades para êste fim, elevadas de um no ano passado, para dentro de cinco anos. de libras milhões 80
vez os produtos petroquímicos, ca mento,
As novas fibras têxteis são lalmais interessantes do todos Quiniielas são aparentadas aos
na guerra
O pêso mais re¬ possível rundições t) na de Pi*ssoas nvlon é em tapetes, que „do menos cinco vèies mms do que de là. Tingem-se mais uniformemento, podem ser igualados na cor, :;:;m,tò que as fibras de lã « e ppdem ser limpos com agua e sabão.
plásticos e alg^umas delas podem ser classificadas
Uoria.
os numa ou noutra catep:eral, elas têm vantaas fibras naturais, por Em sôbre mais fortes, secarem mais
O nylon não é naturalmente, ne nhuma panacéia. As camisas de hon!cm, por exemplo, não se tornaram muito populares, porem uma fibra Dracon tem então sido aplica da para camisas e esta, alem as vantagens de rápida secagem do ny lon. tem melhor aparência, propor ciona maior confôrto e nao tem neidade de ser passada a ferro, está sendo também usacess O Dracon
ííens serem ràindamente, nenhuma (1„ tnnto isoladamente como em nustecidos para roupas, acrílicas, Orlon, Dynel , usadas principalmensubstituto da lã, tanto isoa la,
requererem pouco ou passapem a ferro, resistideteriorante das traças, dos aprontes químicos.
turns, ein As fibras G Acrilan são te como l
nao
mo as pelos do.s animais.
produzidas de matérias-primas quo estão sujeitas, como as fibras naturais, a fatores imprevisíveis cocondiçõGs do tempo, estragos insetos e condições dc saúde Como resultado, todos
produtos o roupa,
rem à açao do môfo e Como consequência disso, necessitam cuidados e duram mais. São menos adas como em misturas com algodão ou o rayon, em tais como cobertores, cortinas, meias de homem, camisas, roupas para tra balho, roupas de baixo, ternos de vestidos e tecidos industriais. ● resisten-
O A
estarão abrigados em
algum dia bem vestidos e habitações atraente-
crilan tem a maior Orlon é o mais mente decoradas.
fibras
isoladas
aplicações e para alguns usos misturadas com fibras naturais.
variam em As suas são
cia ã tração e o resistente à deterioração pete açao do tempo. O Dynel e 0 mais lesis tente à chama e por isto mais de 13, 5 milhas do mesmo para cortinas e
foram usadas tapeçaria, coberto-
tu I'.<;oS«>MU «» Dicksto
O nylon é muito conhecido, mas esI
no para auto-
rw5, roupa de cerna e enfoítoe r*ovo transatlântico “United States”.
Os fioB vinílicos Saran e Velon tém sido ífrandemcnte usados revestimentos de assento.s de móvel.
constituído « ilustrado pela radical transformação desde 1010, quando trabalhadores tuíam 31
os ‘■ní fazendas constipor cento da fórçu operá
Recentemente
, contudo, tem sido produzida uma prrande varicdade do produtos têxteis abranj?end desde os tapêtes até os tecidos roupas.
em 19.02 somente 13 r»a, quando por cento mister. ,9 enij)n‘|.fa(los neste eram
A borracha sintética está e.streitamente aparentada aos plásticos têxteis sintéticos. A indústria’ dn borracha, como a conhecemos hoie nao poderia existir sem o petróleo como fonte de matéria-primr efeito da borracha derivad tróleo tem sido colocar os a Umdos numa posição de auto ' f ciencia no que concerne
o para o a do pe-sufiaos fomeci ^ mentos de borracha, qui
A produção de milho por acre, nossa mais importante colhei ta, elevou-.se para mai.s de 35 por cen o durante é.ste me.smo periodo, Pç o.s efeitos combinados da niocntjízaçao, hibridização e agentes (í emprego de químicos
A aplicaçao do exterminador de e»-vas daninhas 2, -l-l) é uma boa lustraçao da.s economias feitas. As ■vas aninhas podem ser elimina das pela 2,4-D aplicação de uma libra de acre e est
Contínuas pes sas têm resultado borracha grandemente ● 0 desenvolvimento da bLÍcha^w' por exemplo, tem aumentado
tipos de
os. a quiem ao oes de dó-
lometragem dos pneus feitos dela 2B por cento e daí economizou publico cerca de 347 milho lt lares durant
. , , passado, ni
● versas borrachas especiais têm tam ; bem s,do produzidas para as câmT ras-de-ar, isolamento elétrico f "anírueiras
a operação leva nas uma hora, com um cspalhaüor mecânico puxado a trator, comoperação manual de que leva 100 horas. parada com a exterminaçâo, Tem-se estimado milho poderi POf cento 2ado dos o modo, a produção do trigo poena ser aumentada de 30 por cenfin qualquer aumento de
para para
bombas de gasolina, depósitos auto 1 estanques para gás e outros fin° S ^teis aplicações dos produtos de petról
eo está ção agrícola, que tem sido
e o ano na produ-
«M - f. . aumentada ^ pelo emprego de maquinas acionadas a petróleo e por meio de produtos g químicos tais como os fertilizadores pi inseticidas, fungicidas, reguladores do crescimento, exterminadores de ervas daninhas e desfolhadores.
^nipacto qtuG estas inovações têm
<jue a jirodução do m ser aumentada de 50 pelo uso mais gcneraliagentos cjuímicos. Do mesmuoalgodão i-equor atualobv^ maior proporção dc mão-doa o que qualquer outro produto agrícola enti■e os mais importantes
, ^^uiprêgo de máquinas e agentes imicos, contudo, está sendo ràpiamente incrementado. Os aeroplangora usados para cobri-
^ern largas áreas com inseticidas, aesfolhadores e outros agentes quí micos.^ A mecanização e a aplicação química reduziría, segundo esti mativas,
número de Iioras-liomem
necessário para produzir um fardo «e algodão, de 165 para 10 horas.
62 Dit.f >.11. Kí ‘*vrtMt( 4 1
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\no <*bslnnt«* o uao gencrnliiado de o <ÍL* ajrentos químicos, iiuo 13 bilhões do innquinana tom-sc ostimmlí dólares são perdi<h»s anualmonte dus de ervas dani- colheitas
por caii.sa cogumelo.s e doenças
, Ilhas, insetos, nas planUM."^'^nharú i.m
<lã<> tiosta uma foiito
D pe:róleo desempepapel primordial na reduperda, poripie òle seni preponderante de com-
Imstíveis para a meeanizaçao e agenpara o controle dos agentes de destruição.
cortas pragas devastadoras as locustas, os gafanhotos e gorgulhos.
Durante 1^51, o Irà teve sua pior praga de gafanhotos neste secu o e pediu 0 auxilio dos Estados ini Dèste pais saiu de debelá-la. paru
te.s químicos co aos efeitos são mundiais, pios mais uso mico, o
Êstes são apenas alguns exemplos dos diversos jirodutos do petróleo. O grantle número do produtos qui» mico.s, contiulo, requer menos do que um por cento da produção total de ü’.eo norte-americano e cêrea de cinpor cento da produc-ão total de gás natural. A expansão planejada cia indústria assegura amplos for necimentos para o incremento dos atuais produtos e para a fabricação dos que serão desenvolvidos pelos nossos engenheiros e cientistas.
Esta discussão do impacto da in dústria do petróleo tem-se limitado Estados Unidos, mas os seus Um dos exeniespetaculares encerra o de um único inseticida petroquíaldi-in, que é eficaz contra
avião uma equipe de suprimentos de nldrin e em q dias a exterminação foi de 100 por cento e mais de õS.uuu acros de phmtações foram assim sal vos Numa escala muito maior, con tudo. a indústria do petróleo nos Estados Unidos executa ma do Ponto IV financiado por par ticulares. Em todos os lugares onde operam nossas companhias de oleo, condições de vida têm sido gr boas oporeducação
com as demente melhoradas e tunidades de emprêgo e estendido a milhares de na¬ têm-se tivos.
Fantásticas como podem parecei da indústria do petrouma indicação as realizações leo, elas são apenas do que está para vir.
A indústria tem aquela fé no futornou grandiosa a Ame● ainda turo, fé que errai rica e maiores promessas para vilização.
continua a enc a nossa ci-
tio K<'<'^**'*'**^' ● nr«.i
conio
Duas etapas da economia política
J. P. («AÍVÂO Dl SoUSA
^Jm dos traços característicos d desenvolvimento das ciências s<jciais no século passado foi a
CJ aplica
çao, em seus domínios, do peculiar às só o método de obser ciencias naturais. . vaçao, tal na física ou na bioloífia se vinha ticando, mas até mesmo leis e princípios vij^entes
I)rocess<) XíV conic)
pra0 tipo do cias da natureza du..-ir
ciêncomeçou a se intrcna sociologia, no direito interpretação da história.
IA física sociaj de Comte cionismo de Spencer, dos autores alemães cam. Procurava-se reduzir
wiHsenscliafíc espírito Outros acentu
as I iências do íieis(es«issonschaftt*n. e n
am a pec-nliaridaile irre dutível do nuindt» da nalmente há ainda os »iue «lestacam a dimensão histcnica para constituiela um tijai íi parte <le saÍJC*r, tendo seu objeto
logo ao das fet™'S’“
N
ou na o evoluo organicismo assim SC explia atividaa mesma linha dêsse determinfi^"'*^'
Kustentava-se o influxís decisivo "rln’ chamada consciência coletiva che suprimir a liberdade índivigando a dual
cultura. K filem com plano (le num OS processíjs niet
vivências as (piais não é possível apli car
odológieus do cmpirismo cientifico-naturalista, pal
conhecer avras novas volta-se a reo (unho moral das ciências
tluo tratam da atividade Inimana. O moral ●significa exataniente o tiue ao deterniinisnio das leis c irredutível
físicas ou naturais, por sc relacionar diretamente com a liberdade. Ü mun do da cultura, da histiíria e da atividade social em tôdas as suas mo dalidades é aquêlc festa maniDai
pa cosmos í ■
Por vêzes, como no caso de Sn cer, as mesmas leis formuladas a interpretação do cavam à sociedade.
ra se aplicompreendida mo um caso particular do vir-a-ser universal. ^
Contra esse naturalismo
co-
complexa, à o eniiuadramento em ^im sistema de leis baseadas no de terminismo da
;; muitos países, se tornou a r' oficial do século XIX, tar-se hoje, dos
que, em ciência vemos levanmais variados seto res do pensamento sociológáco, a afir mação da autonomia das ciências, cujo objeto é a atividade humana jí qualquer de seus aspectos.
Distinguem alguns nitidamente
em en-
● tre as ciências da natureza — Natur-
^ mais, a liberdade implica também num mistério, pois na presente coniçao do homem ela não sc pode seproblema do bem o do mal, isto é, do my.sterium iniquitatis. A visao do naturalismo científico uma visão racionalista, que não pode satisfazer
angústia
em (pie se 0 livre arbítrio humano, a sua variabilidade tão qual repugna constância. De mais era aos homens de hoje, cuja em face da vida gera o esperança para outros u-
Assim o homem se voltoii para si mesmo e percebeu que devia medida das ciências sociais, ser a em vez
ww
l
existencialismo do desespero para alguns e da .
en-
dü conatruí-Iiis sokuiuIo o puditio das coisas (ia nalmv/.a. O humanismo
■''Upoidu u natmalismo.
O «lui* sí* passa com as ciònoias Nociais om di- um modo muit»» acentuado p(ali-'Se observar nos do minios da economia pohtica. Mosnu' porípu* l‘oi i*sla a i>rimeira a sofrer a(|uela influência naturalista, «lue de* pois se alastJ'ou pelos liemais ramos de conhei-imento concernentes à soí ietlade. Desile o sécuU> a ciên¬ cia. economica era dominada pelo na turalismo, tle «[iK‘ lu>j\' se vai liber tando em l)eneí’iciu ile uma orientavão humanista.
('onsideremos ràpidamente êsse.s íiois jjeriotlos, os cpmi.s por sua ver. coi*rospc»ndem a situavões espirituais divei-sas tia humanidade.
São dtias ota]Kis i>ercorridas pela economia politica. Na primeira pre domina a mentalidade Uberal-burp:uesa, em ambiente dc franco otimismo ííerado pela ilusão do progTosso. Na seg:unda, toma-se consciência de uma crise dc cultura e o mito do proííressü é substituído pela interpre tação catastrófica da história.
5pnlir n« ecouomis dos fisiocrataá. l*rimoiramente, a aura do iluminis* filosofia das luios era tida a renovadomo: a pelos seus adeptos como
O naturalismo econômico manifes ta-se claramente com os fisiocratas. Numa coletânea de obras de Quesnay, publicada por Dupont de Nemours, oncontra-se essa palavra fisiocracia para designar a constituição natural do g-ovêrno mais vantajoso ao g'ênero humano.
A obra em questão data de 1765. Pleno século XVIII. Século do iluminismo, do romantismo político de Rousseau, da impiedade de Voltah’e.
Todas estas influências se fazem
, da mente humana, capa* de im plantar a verdadeira civilização, ate então desconhecida pelos homens, iiue teriam vivido sob o jugo opi^ssivo esoolãstica medieval, impedindo o surto do pensamento livre, fato de ter surgido nes-
irias à expansão
va da E' bem expressivo o . . . . sa época o substantivo civilisation, vocábulo novo adotado pelos enciclopedisUis para significar o alvorecer de novos tempos. Entre os “ilumina dos” estão também alguns cultiva dores da nova ciência, a economia política. Julgam-se êles os descobri dores das leis econômicas, que per mitem assegurar as condições necesda vida social. Até então teriam sido ignoradas essas leis, razão pela qual os povos não haviam podido encontrar o caminho da prosperidade.
Quanto ao romantismo, não é ape nas um movimento literário e ate parece ter-se manifestado antes no campo das ciências sociais. A íiS^‘ central do romantismo político e Contrato Social” se ra Rousseau, cujo I tomará a cartilha dos homens de 89. Mas há também um romantismo eco nômico, abeberando-se nas mesmas fontes. Por um estranho paradoxo, aqueles intelectuais esclarecidos pe da civilização vão bus car no selvagem, o homem da naturesuas teorias
Ias “luzes za as
, o modelo para sociais.
vos europeus num atribuído exatamente ao êles abandonado as rem natureza”.
úb Du.ksio M
E' que consideravam a vida dos poestado de letargia fato de teleis da O conhecimento destas 1
●■f i ji I.
I
Itíi», por vift íilo»6fica, permitiría re tomar o caminho natural do profjre Kra preciwo co Como fLHjra
s●so e da civilização, meçar tudo de novo.
filosofia, fazia-se, o apei-
feiçoado pelas “luzes” da filosofia. Nesse sentido sempre serão míicamcnte instrutivas as páginas de Afonso Arinos de Melo Franco seu livro “O índio Brasileiro e a Revo lução Francesa”, A legenda do selvagem”, que Re no Gonnard estudou a propósito das ori gens do socialismo, serviu também de elemento inspirador para o liberalismo econômico.
lica achn-Kf impregnada de McnsualÍHmo, pois muitos de seus cultivado* rea, discípulos de Voltuirc, procla mam a libertarão da oiilem social dc todo e (|ual<juer vinculo moral e reli;íÍoao. Pela primeira vez a economia se apresenta abertamenle como ciên cia autônoma. As leis fundamentais da vida social <!erivam, secundo éstes autores, das necessidades físicas do homem. Mercier de Ia Uivièrc pre coniza a máxima produção a fim de proporcionar ao gênero humano maior soma «ie bens e de felicidade.
Quesnay c Dupont do Xemouls
a che¬
gam a assinalar co mo fim da sücieda gôzo dü iiolítica o
Adam Smith, cuja Riqueza das Na ções” alcançará tão grando ressonância, sua vez teoria dos iS.
j
(●
com olhos postos no bon sauvage por êle idealizado, daí se deduz
r sustenta a em que tese da moral uti litária, fundada so bro o interesse e
o prin cipio essencial de todo o liberalismo:
0 homem deve seguir sempre as ten dências da sua natureza, e a liber dade abandonada a si mesma só po derá conduzir para o bem. Mercier V" ír-/
de la Rivière, Mirabeau, Morellit, Le Trosne, Turgot apoiam sôbre tal princípio todo um programa de formas econômicas, condensado celébre fórmula: laissez faire, laiasez passer.
Finalmente, a nova economia poií-
do bem-estar Não famoso Inquiry anos o
baseada na procura material e da riqueza, nos esqueçamos de que The Thcory of Moral Sentinients prece deu de alguns into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. lista econômica.
Mas programa da esco- o
06
l \ r» i'
Descartes com a pois, tábua rasa do passado e do di reito hi.Htórico para aplicar daí poi' dianto os princípios regeneradores hauridoa na própria natureza, ideal era o homem da natureza magem
4» bom Com
sentidos. dos E
tt tem por aquela I.*-’
r sentimentos morais efeito, considerandose o homem natu ralmente bom, como pretendia Rousseau
A moral sensuaservia de base parn a ciência
rena
A mesma posição é a de J. B. Say e dos seus seguidores, na linha do liberalismo ortodoxo trances, nenhum autor soube com maior bri lho desfraldar í* :t * i-.i. *
lu do quf Hnstiat. já no scouU XIX. Partindo das mcainn.‘‘ premissas sensiialistas V ajdioando identico método, procura f»>rmular as leis da sociedade e da econt)mia de inatuâra a construir uina verdadeira “ mecânica social", semclluinte à “mecânica celeste". aniba.H produ/.imlo a ordem e a har monia universais. O titulo daquela sua obra, <|ue ^jranjeiui imensa popu laridade é bastante sijrnifii ativo: "Harmonias i*conómicas Todo O na-
turali.snio otimista da ói>t»ca se Dui nuB espe pá^rinas deste volume, onde
Rastiat exclama: I.aissons les hommoM tríiviiiller. éclmngor, approndre. K*as.socier, ajxir o( rcaRÍr les uns snr les autres, piiisqiCaussi bien, d*après IcH dccrots providenliels, il ne peut jaillir do Icur spontanóitó intelligentc qiCordrc, liarinonic, progrea, le bien, Ic micux, lo luioiix, oncore Ic mieux à rinfini.
Joseph Garnier reprodu?.* o pensa mento do Bnstiat quando, em seu Tratado de Economia Política”, afirma quo "a 01‘dem e o concurso do.s interôasos se produzem esponta neamente desde que abandonados à ordem natural”. A seu ver, a justiça resulta necessária e mecanicamente da lei da oferta e da procura. Molinari, escrevendo sôbre as "leis na turais” e sôbre a "evolução econô mica”, equipara o homem aos ani mais e aos vegetais na submissão ãs leis da economia das forças e da concorrência.
tir dos inglôsos imporialistas na orn vitoriana da prospcrity.
Kspinas, em sua trinas Econômicas", o moderno não deriva de doutrinas si milares anteriores, munismo de Platão, nem das utopias de Morus ou Campanelln. Foram es tas simples expressões de um socia lismo literário e sentimental. 0 so cialismo como economia política, es truturado em princípios cuja formumótodos oientífi-
V
J ●4
u vos!” Melhor ainda expressava o sen-
em voga, origina-se daquele na turalismo do século XIX e tira seus principais axiomas da escola li beral.
Nno são apenas noções técnicas que passam de uma escola para outra , por exemplo, a noção de valor, ts socialistas herdaram de Adam 0 que aqui cumpre notar
COS os COmOr que os Smith.
sobretudo é o mesmo processo natu ralista de construção da ciência nômien, a mesma obsessão das "leis naturais”, o mesmo determinismo, aliás levado ‘ao extremo por Marx, Sem negar as origens idealistas do marxismo, não esqueçamos tão pouco decisiva influência de Fuerbach sô bre o autor de “O Capital”.
ecoli X
A dialética hegeliana sofreu em Marx um corretivo com o materialismo de Feuerbach, que se vai encon trar, pelas suas premissas, com os postulados sensualistas dos físiocratas.
●i 1, i > i
Tal filosofia econômica ajustavase admiravelmente às condições polí ticas do tempo. O sistema vinha a propósito para os homens da monar quia de julho na França, ouvindo o apelo de Luis-Felipe: "enriquecei-
I (57
>ras era também n filosofia do so cialismo incipiente. Como escrevo ■J
História das Dousocialismo
Não vem do colução obedecia aos
Marx representa, porém, um ponto de interseção entre duas épocas. Com êle desaparece a visão otimista da evolução social conduzindo a um progi’esso indefinido. Êste progresso, Marx 0 prevê messiãnicamente como
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i »
uma conquista da evolução proletá ria, destruindo tôda a estrutura dn sociedade burguesa. Substitui u li vre concorrência pela luta de classes e, continuando a íiceiUir o determi nismo das forças econômicas, indica na revolução social o têrmo inevitá vel do processo histórico da humani dade.
e o repetiçi'io fastidiante dos
2
— II
O mito do progresso fôra corréncia da história propna
uma deconcepçüo unilinear da naturalismo. do
Aphcando-se às sociedades a lei d-i evolução tal como se formulara no terreno das ciências naturais
daí G dos
provinha a idéia de um aperfeiçoa mento continuo da humanidade povos.
A questão social, as crises econó micas, as duas guerras mundiais vie ram modificar inteiramente ô biente de otimismo progresso técnico e
- gssg am Opvogressista. científico podia
acarretar a destruição dos nossos dias os povos. Em primeiros resultados da desintegração atômica se mani festam num espetáculo de desolação 9 de ruínas. O excesso da lização e as novas condições do balho industrial representavam dúvida um progresso, k
não melhorava as condições huma¬ nas a nao ser para uma pequena par te da sociedade.
Os operários transformam-se proletários, e além disso tornam autômatos, quase que simples apên dices vivos das máquinas. Que dife-
em -se
tu.
o arquiteto das ^rrandes
mesmos atos! O arlifiei* era o artisera o autor anônimo daquelas miniaturas Jamais reproduzitlas, era o ess.ultor e catedrais, tas vézes reduz funções criadora.
0
civilização estava progrematerialmcnte ajustar ao homem, grande “desconhecido Alcxis Carro) connu.
A marcha do Gxpensas do homem, roalmcnte vilização ?
lil vem a tese catastrófica de Sponí?íer, que começa a se difundir pelo mundo no intervalo entre as duas gi*andes
progiesso sc dava a Poder-se-ia faem progresso, cm ci- lar Num dos países guerras.
onde mai.s acentuado fôra o progres so técnico e científico, na Alemanha vencida e humilhada pelo tratado dc Versalhes, não foi difícil ecoar favo ravelmente do autor da to
a advertência fatalista Decadência do Ociden- «
Spengler passa a considerar a vi da dos povos num esquema muito di ferente do que os evolucionistas ha-
V';, G8 s(o Kl r
rençn entre um artífice da Idade Mé dia, pleno conhecedor do seu oficio, operário especiali; a<io de hoje, <jue HO salie manejar a nmnivela de um íírafide maipiinismu e exaure as ultimas reservas do seu sistema ner voso na [
O optuiuáo inodeiaio mui-se a um executor de mecânicas, sem capacidade
Assim o próprio naturalismo faz passar do otimismo burj^ue.s nos para a interpretação catastrófica da his tória.
*1 udo isso começou a .ser compreen dido pelos socióloífos, emiuanto os economistas ainda afirmavam o absolutismo das leis ipie reífcm a pro dução üu o comércio — como a lei da oferta Verificou- e da pr icura
«0 que a dindo seni mais se Toniava-se êste na frase dc L’honinie. ccl in-
especiatrasem 0 que porém
viani trnvndo.
uma via do j>rov:rossi>
I.on>;o do porcorrorom iiulofinido, to-
liam ôlo> ●● to, uma faso do os 4' (h^oHnio «* a t>xaustâo.
sou pori«Mlo tio ovosoimoniplomli»r o depois Nesta úlli-
ma faso ostaria a oivili/.avão ocidontal, omU* não «d»stanto as jrramlos oont|uistas do pro^rosso matorial ia ílosaparooomlo a oultura autôntioa. A oulLuia ó oíuuo quo um olomonto in terno, espiritual, ila oivili/ação. E’ a ópoi’a dos jr»‘andos p:ònios oviado-
res.
A oivili/.açào purnnumto matéria', esteieotipada nos prmlutos fabrica dos om série, aoaba por acarretar a morte da cultura.
A teoria dos eielos de eultura fôra formulada por Frohenius. ICra a pri meira brecha aborta no evolncionismo. A evolução unilinenr da humani dade vinha ojior as transformações variadas dos povos, que ferinnm cír culos diversos e beteropOneos do cul tura.
Kss;i modificação do todo um esta do de espírito não ]>odia deixar do se j-efleLir na economia.
homem cm busca de umn vida meHmr. . ● f do liberalismo, Aos excessos 'ovando à destruição da própria Iihordado. pola formação da plutocra.M.» ix 1'scravitação do proletariado,
f socialismo, em nome Mas 0 sociavinha-se opor o de um ideal do justiça, lismo nascia das mesmas premissas linha de liberais, desenvolvia-se na naturalismo e predomínio do Estado acabava por mesmo consa>rrar um na vida social, que roputrnava a mui tos admitirem, por incompatível com as lepitimas liberdades do homem n: ●ida de família, na sua profispessoal enfim. sua V são
na sua vocnçuo
De mais a mais n repidamentaçao excessiva, pelo Estado, da produção 0 do comércio dava os mais funestos resultados em muitos países quo a ‘ Era preciso harmonizar ideais de JUSTIÇA e de blBERidéia abstrata de
ensaiavam. os n.\DE. Com a sua liberdade, herdada da Revolução Francesa, os liberais haviam compro metido a justiça, acabando por desliberdnde. Com a sua senti- (ruir a
so-
Já no século jmssado a'.p;unms po derosas vo:-.'es isoladas se haviam le vantado contra o tecnicismo c o na turalismo da “economia politica" sepai’ada da moral, j^reconizando em seu lug’ar uma “economia social” e entendendo por esta expressão uma ciência econômica penetrada do sen so da justiça social e do respeito à dÍR-nidade da pessoa humana. Entre todos êles é justo destacar o grande de Toniolo, na Itália.
, mentalidade justiceira utópica, os cialistas sacrificaram a liberdade sem conseguir alcançar a plena igualda de. cm que colocavam o ideal de jus tiça.
Vimos assim as primeiras tentatifeitns para superar essas posíProcurando-se fracassadas.
I vas d çoes adaptar a economia ao homem con creto, às aspirações desse grande “ desconhecido ” daquela economia construída segundo
nome
Refletindo sobre as responsabili dades que pesam sôbre os sens om bros, foram aos poucos compreenden do os economistas a necessidade de ajustar a sua ciência às aspirações do
modelo das 0 mentos como as F
ciências da natureza, surgem movíSemanas Sociais da comunitária
economia a
manismo
i rança, - . . . (François Perroux), economia e hu(Lebret) e tantos outros. ’ arraiais socialistas
Até mesmo nos
l-'.t ♦» ni«.i M« ●
L t i 1 -J
■ monifeeta-se essa tendência a quü de um modo geral se tem chamado a “humanização da economia”.
Dessocialismo espiritual M de- H
^ ponta o senvolve-se o socialismo guildistu, de fendendo a liberdade dos grupos em Estado centralizador, e Bélgica um dos adeptos da luta í de classes formula o princípio em
cposiçao ao na para
tee, começa a fornecer annna contra o socialismo. As aspirações humanas o trabalhador, o desejo de ser pro prietário, de manter um lar e poder c ucur 03 filhos sem inlerferêncin « usiva do Estado manifestam uma sene de problemas de ordem moral aos quais a economia não pode alheia. ser
■ sentido contrário ao de Marx. Uefiro-me a Henri de Man, que rejeita as razões econômicas de Marx
explicar a luta de classe, dizendo que o operário é levado a ela polo .sen timento da inferioridade < enconti*a.
tudo isto deco torcB, pode rre, para tais uuquo a economia política não Piuis ser considerada categorias das Sente
com as ciências da natureza. -S0 a crise da economia pe-
em que .se Assim o próprio socialis-
rante cultura do
. uma crise maior: a crise da ocidental. Ambas oriundas uma crise da consciência humana. (('■ ■u 4
7ü HTO Kc<»NÒNn« o
:
t
íy' mo, por alguns de seus representan-
ECONOMIA LATINO-AMERICANA
IVI IO l)m»/ \ 0-'7 \
Í M-ro. . -ú,l-n.'..í<- ,wm .. DK;t'Sro ECOSOMICO o > /'o./« AN..r luiu» Jii/ío Otiza, caUilrãlico da VnkcrsuUiiU ^
í/v Su< rr. « v-zínuMirín/or-^vni/ i/<i <'.v-prC5ÜÍ<'»í<' (*i'nfru/ « »nvm/>r<) da (^ímk-yctlo cSHÍi/icmíoni .V(jt'ítHiaí. «i /« ss.>r (Ví>i<i /)(»;«/ t‘ rtijfor de “AÍ(i/rím<»»M> y Wuvrt^o cn ^ Mi»«;nvfíc<j'’. i\v;>n'ííj/i,:<J(/i» vni assunU)s intcromeríciuws. .Aíiuí/mvnfi' v»?j .Arvi/wi/)!). no íVfti. rí'j»<’ um t'urso de GeopoliUca. para contar com u cooperacA" I maa , o ajuda estrangeira.
Não hfí muito tompo, um alto fun cionário cncarropjulo cio ostiulnv, no.‘< ICstaciofi Unidos, na possibilidades ecoiuíinicns das naçõcs latino-ameri canas, declarou reiteracbuuontc que a nação do norte estava disposta a ajudar o.s i>aísos dôsto hemisfério uma vG/j (1.UO “élcs 3C ajudassem n si mesmos
Rcalmeutc, aa nações da América Latina podem c devem ajudar-sc a si mesmas. Kntrotanto, cumpre consi derar antes do mais nada que vinte nações com ricos c extensos territó rios semipovoados, com falta do bra ços e capitais, dos dois fatores da produção, CAPI
A formal notificação dos Estados ] Unidos, por intermédio do seu alto funcionário, deve ter servido para que os países da América Latina considerassem atentamonte a adverton- ?J
cia da grande nação do norte o tam bém das Nações Unidas, ejue fizeram igual observação pura pouco desenvolvidos ”:
QUE EU TE AJUDAREI.
Infelizmente, nossas nações deixa- . Certo é que J
TAL c TRABALHO, portar as influencias dominantes das nações melhor orprnnizadas, coni su perior desenvolvimento comercial e industrial, economias saneadas e em marcha sempre ascendente. As na ções latino-americanlns são in*odutoras de matérias-pidmas, o que não lhes basta para se desenvolverem por si mesmas, pois a venda de tais ma térias a baixo preço não dá nem se quer para cobrir o custo da produção. Nessas condições, torna-se muito di fícil para elas
isto c, com carência têm que suajudar-se a si mesu
“os países AJUDA-TE i ram passar o tempo, algumas souberam compreender o problema, tratando de desalojar de , .seus territórios empresas e capitais ’ estrangeiros.
O México iniciou há muitos anos esta campanha, com o petróleo, clm- 'i mando “nacionalização” ã "estntização” de suas jazidas. 0 mosmo o foz a Argentina com algumas emprésas e produtos, bem como recente- ^ mente a Bolívia com a exploração de *
r" 1 í ' suas minas. 0 assunto que mais preo- ^ êstes países foi a explora- *■ norte-ameri- cupou a çno feita por empresas canas, as nuais foram entregues ao , Estado.
no México e Passaram-se anos, e Argentina, aconteceu o que era Porém, no concernente ã na de prever.
) ■'1
k À
Bolívia, produziu-HC um colapso eco nômico sem precedentes, de maneira que por lóda parte se sofre neste moniento a» consequências da fome da miséria mais espantosas.
Quando o Estado abandona funções específicas, petroleiro, empresário, agricultor mineiro, logo em seguida as explor ções das empresas “nacionalizadas decrescem e se complicam,
íi suas pura tornar-se ou aponjue
cresce inusitadamente o elemento burocrátreo e diminui o elemento rário. Longe de significar uma fonte de riqueza para o país, a torna-se
nacionalização assim um onus
tremendo para o Estado, já que em vez de lhe pro.^ porcionar benefícios acar reta prejuízos provocan
, do o empobrecimento nação, quando não lapso econômico deda um cogra-
transtornos, nem ííübitas e violenta.^, nmnli>ndu-su prolundfi tuições. nesses caso.s tumes.
provoca mudanças uin
alterar sem sofrcj a opinião pública.
iJuas nações mantêm com êxito a democracia, se dilerencieni uma da outra.
Bretanha,
re.speito pelas .'<uas instiAs instituições e.stribam-se sobre a íõrça dos cosOs liomens não as podem reprimenda da emboia em sua origem A (irãtradicionalista, sem term a
constituição escrita, rege-se pelo cos tume, e desta maneira se eonstituiu em senhora do mundo durante muitos sé culos. A outra, se não tom niesnia tradição, ela borou sua constituição es crita, ejue tem sido sempre respeitada trata-sc dos Estados Uni dos.
cii mprida: e
í
^ ●
ves consequências.
Desde os mais r
Temos assim o exemplo de duas nações poderosas, que se arrogam o de ordenadoras do mundo e praticam a democracia, uma através do costume ou direito consuetudinário — o outra, com institui ções de direito escrito. 1.
ainda se ^ se trata de nações em pleno desen- ● n ^ Estados Unidos, com a volvimento, com instituições demo- adquirida após a segunda eráticas copiadas de outros países mundial, tornaram-se a nação mal aplicadas e pior cumpridas de’ Poderosa que presta auxílio às correndo daí a presença no poder dos , opondo-se de forma definida audaciosos e não dos homens ouo império asiático, que, com
' poderíam conduzir com acêrto os iu "" comunista, põe em risco o terêsses do seu país. ‘ oquilibno e a convivência pacífica de o ,1- , . coüas as nações ao globo. Dessa sibem duvida que a democracia é i 7 ^ cuaçdo decorrem grandes perigos pamagn.f.ca nas nações r.cas e bem ra a América Latina, cujas instituiürganm.adas, pois então a alternabi- eões democráticas não têm a meslidacle dos homens no poder não causa ■» ma segurança e onde frequentemen-
. L 72 Oic.KsKi K( <»N(>mu:o t
P lír K I* r.
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emotos tempos até os dias de ho je, não há um só ■ siz'va de antecedente caso que para
demonstrar que o Estado — se abandona suas fun ções públicas e de govêrno — obtém êxito. Mais
I)<» i'X])o>to não si* tiodu.:a que as na^-õo.s latiiu>-anu*riounns devam sub meter-se a diretivas foràneas. Nos sos povos são muito eiosi>s ilo sua soberania e jamais as aeeituriam, ra zão pela <p»al menos ainda luuleriam inclinar-se :inle as tieas ilo' comunismo. imposições aslãnevemos se¬ guir o vinil o caminho que nos resta para não pv*rdermos do. a nossa dignidnl’or isso é preciso que melhor nos conheçamos c saibamos analisar a nossa siLuaçav) e as condições reais . em (luo nos achamos. Para contar
com a ajuda eslrangoiva dignamonte. todos e cada um dos países latinoamericanos devem dar-.so a si mesmos. começar por aju-
II
As nações latino-americanas conhcccm-sc poueo o mal entre si. Pas sada a l’ase colonial, começaram cor tas disputas tendentes a alcançar ex pansão territorial, circunstância esta quo provocou afastamentos, desafeições e impossibilidade de entendimenE entretanto, por sua situação tos.
vnnliiifons dôstes para oaminhare*ni junto?, na scnda do interòsíos e des tino? ^ntimamente vinculados.
K‘ do lastimar tiuc so cuoorrem no fronteiras, viroulo estreito dc suas
os
to homens mulHr.r.H c som tscrüpulo alonnçam o podor t’oni fins prs-oai? e oííoíslns, rnKnnamlu ns massas, om* preijanilo »>s oomunislas o tra/.cmlt» rin iMm>taj»lo m*Imv. salto O'; nossos povos. aplicando todo o tempo ein resolver problemas de sua politica sempre movimentada e violenta, agravada ca da vox mais pela penetração oonuimsla, particularmente no caso das na ções que se acham voltadas para a íL'íia, por motivos geopoHticos muito explicáveis, líabituamo-nos assim a considerar o resto do mundo como assunto remo to que não nos afeta em nada. Isto vem acontecendo desde que nos des vinculamos das nações que nos civilixaram. Portugal e Espanha. Daí por diaj\te começaram os nossos homens públicos a tratíxr dos assuntos inter nos dos respectivos países como se não nos dissessem respeito de forma alguma as questões debatidas além dos limites do nosso hemisfério.
Mas nos tempos em que vivemos planeta está se tornando pequeno, pois 0 progresso dos transportes su perou 0 problema das distâncias. 0 quo siuedo om qualquer parte do nnindo se conhece em tôdas as partes doutro de alguns minutos. Viaja-se por terra, mar e ar com velocidade assombrosa.
0 E assim a situação de
um país situado n grande distância de outro pode afeíá-lo muito de perto. geográfica e composição étnica, pelo variado do seu território o topogra fia, pelos idiomas idênticos ou afins, pela mesma religião e costumes se melhantes, por tôdas estas raiões os povos da América Latina formam um grupo de perspectivas e interesses coFundem-se muitas vezes os muns.
O Presidente Rooseveit assentou a teoria da “interdependência todos os povos, 0 que se vai eviden ciando dia a dia, a ponto de se poder deduzir que nenhuma noção paz de cumprir só e isoladamente o sei\ destino, mas necessitará do con curso de outras.
entre será ca-
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7S Di‘ J »*» c
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4 ●j
Diante disso, não se compreende *
objetos de suas aspirações. Nenhum grupo de países há no mundo com as
como as naçõcH Ua América Latina, tendo interêsses comuns e muitos meios de se unirem, permaneçam di vididas, isoladas e avêssas entjc si só SC aproximando quando os Kstados Unidos lhes propiciam reuniôcou entendimentos pan-americanos.
HU dc inaneíra miiin efetiva o suavomento, «cm vio'ência brutal, e assim uns vão se convertemhí em s»*n!iores 0 outros em povo.s i ^i-ravizndos.
momas ao fato dr nos.sas
O pan-americanismo, de certo do, anulou o hispano-amerlcanismo, nao se devendo isto à ação do.s Ksta dos Unidos, nações não terem nenhum interésse oni procurar um cntcndimcnLo mútuo 0 desfazer as desinteUf-jâncias que reRultam de não se conhecerem bem. países hispano-americanos vi vem afastados uns do.s outros, en quanto os acontecimento.s internacio nais da hora
Os presente estão batend
O maior perij^i» para os povos Iatino-amerÍ<*aiu».s é sem dvividu a pene¬ tração comunista, ainda mais amea çadora de.sde (pie, ein .-ejíiiida à se^íunda truerra mundial, a Kússia so fortaleceu h custa da Kuropa. na se torna pod(?rosa, com a ajuda d.» Rússia.
o
“ nossa porta, chamando-nos a mudar dc atitude, de maneira a poder mos cumprir nosso papel no e^oérmundo"" ’"'’ to
As nações da Améric ,, ^ Latina vi¬ vem orgulhosas de .sua liberdade, de sua independência e de sua soberaos fatos estão a demons trar que não somos tão livres nia. Mas , assim, que nossa independêiuia não é nem pode ser absoluta e que nossa de cantada soberania tem de se render ante a .soberania do outras nações, mais poderosas ou melhoidas, organiza-
A nu¬ A índia luta pela liliertação completa, c o faz iludind(»-se a .si mesíTia, poi.s essa almejada iilierdade silf* nificani para ela ficar atrelada no carro da Rússia c da China. K assiiu a omerKência do poderio asiático, com o comunismo, 6 um fato quo só não enxerííiuYi os quo não cpiercun ver.
O surto (1(2 tal poderio transtor nou o.s planos da guerra, como vai transtornando o.s planos da paz-
Em todas as partes do planeta ao fazem projetos o so tralxilha para agrupar nações que possam dofend(2r-se não ainda da influência das naç*”ios mais poderosas.
Daí
só do comunismo mas u assistirmos ao espetáculo de a se empe-
uma Kuropa destroçada nhar cada vez mais cm constituir os “Kstados Unidos da Europa”, a fim de não ser absorvida pola Rússia o a China.
A União Pan-asiática é já um fa. ameaçando o mundo quer i)ela sua população to quer pelo espaço imen
Outrora se expan ● . /
so que ocupa. Infelizmcntc, não se trata apenas de uma união dos povos asiáticos para assegurarem a sua
sobrevivência. Se a atuação da Rús sia fô.ssc simplesmente asiática e de proteção à teria raça amarela, ninguém nada a lhe opor
são territorial. Hoje as competições giram todas em torno do domínio econômico de umas nações sobre tras. O domínio (íconcmiico se pi ocesou. Porém, a Rússia pretende o domínio mundial,
t 71 !●> ■»\«i\nc<i
Tudo agora de um sentido no mundo reveste-sc econômico e nenhum assunto parece poder tratar-se senão em têrmos econômicos, faziam guerras e se levavam avante as conquistas por motivos de
h«»im-ns »iue mu> . levar n s e aa raçni» v os umureloK tèm direito próprin vida sem fienn'm sujeitos a ua mnguem.
d«»s países da diga Ajnériiai 4»ulr<‘s grxipos do
nações <juo )u'i buscando n manoira e unirem, para evitar a poderosos.
O mesmo so alguni tempo vèm o.s im'ios de so inflvièneia dos
Não pretendo união das na¬ ções latiiuí-amerieanas seja politiea. ou (lue si* proeure a Federação das mesmas dirigidas por um govèrno central. 'Podos os paises em apre ço oporiam resistência n nm tal pro jeto e todos èles se sentem ufaaos do sua independência, lograda à eusta do prói)rio sangue.
<lo !*A\líÍv.»*. ●' pont»’ Ho tor nnrcm dos.«M« íi visita um simples signifioudo do aproxima\'âo comercial.
necessárias retificações, que
Tois 0 primeiro passo para quo se unam ofctivameuto as nações la tino-americanas, no cemlrio inA'ruacional, ostà numa união econômica do condições especialí.ssimas. que nào venha de forma alguma afetar a soberania de neUuma delas. K isto supõe antes do mais nada que lòdas so conheçam mütuamento, fusemlo assim desaparecer incemprconsòes e desconfianças.
Cumpro-nos estudar isoladamen te ou em conjunto as possibilidades de cada país, para que se completem \ms aos outros nas suas produções e nos seus consumos. Cumpro-nos ainda ter cm mira o aproveitamento das matérias-primas que se produ zem em nossos pnises, para o fim do industrializá-las, e s6 então dis por dos excedentes pura a exporta ção íoi*a do continente.
«( para formar um U
te da Argentina ao Chile. O tJenevnl Perón, antes do empreender sua viagem a Santiago, declarou quo o objeto da visita era procurar uma união política núcleo central” dc entendimento en tro algumas nações do continente. Tal declaração suscitoví protestos no
Êsses e outros problemas estão a exigiv maior aproximação entre os nossos povos, preparando uma am pla 0 eficiente cooperação num fu turo não muito remoto.
-io r.í ..„.Mii ●
i
Uma prova do ipu* aconteceria com uma “união política” ou com a Federação dc Nações Latino-ameri canas, tivemo-la rccentemenle, quan do SC anunciou a visita do 1'residon\ i ,_I iü
MISSÃO A BRUXELAS E A GENEBRA
Hali. I-iunamus
^ONVIDADO
cidade, e por cima dela, tado, nas vésperas do Lfrande pleito eleitoral que vai decidir dos desti nos da terra fluminense, necessidade de tomar por toma questão pessoal mesquinh mesma, e ainda
falar a esta tirando a ao K;vejo-mo na uma a em si niais se compaiadu
o lseus delegados em evidência
e con
eus homens nú blicos. ‘
, cerne mesmo à comunhão fluminen T pode ser indiferente à honorabilidade dos s >.
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K
A essa escusa, um auditório campista meira mão conhecer de
.sona por juizes
acrescentarei para em que pri, j. questão de dignidade pessoal, e julgá-la c beranamente, é uma tentação a que não resiste um acusado tranquilo sua consciência e ávido .moralmente idôneos.
pulação aquele tônus que tradicio-
I\m 410 hrdsilt ito ilu-^trc (fuc tr\f d suo < otulifltitiiro oo /'n \ohcl <lo I'oz h i tuiloilii [>or itifi It rtuiiis dc fuií.srs rslrotiociros. o /●.ronôluírt»" r\t(i nfiUioudo. <●»»! stícrs.siro.ç mi(ilf^uii.s dr ●.< íis rsfuf/o.v dv dificíl acesso — o\ <fur uãii foram tirados cm folheio ou insriidos rm m istas jurídicas c literárias. Assim, uão fualt ria deixar da iueltiir a rimferèueia (jiic. liaul feruaudrs jtroftriu <’m (Uim})OS. cisto e.sehireeer as r<izões iiue determina ram a .sua atitude < ni face da in/í’rrt’n{ão federal uo Kstado do liio de Janeiro, assim como o seu aftistameuto da diplo macia militante^ aeouteeimentos de rvj>ereus.são )ia éjxiea. fl, pois-, eontrihuição ealiosa para a hioerafia exata do 67m’íir»j/6' jurista c estadista.
mero.s .●m 1936.
nalmente a impele a viver na rua, ébria de luz e vibrando ao menor choque exterior, como a corda mais retesada dêsse violino maravilhoso que é a alma fluminense — antiga, depurada e .sonora como um Stradivarius.
Eis-me aqui, meus senhores, pron to a constrastear nas reações desta atmospera, sensível entre todas, um libelo iníquo e a.»contestação.
Serei forçado, pelos próprios ter mos da acusação, a falar de mim. E’ um pecado mortal contra o bom gosto e contra a moçlcstia, a ser carregado ao acusador, não a mim, pois em tôdas as circunstâncias te-
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aos grandes problemas de ção política organizaeconomica que devem preferência dos eleito e ros. nortear a Sirva-me de escusa o fato que, cm certo modo, a questão transcende meu interesse individual. Na verdade, eia atinge o Partido Popular Ri dical, ferido num dos ocasionalmente
Campos é a metrópole do brio fluminense; e se de outras zonas do Estado ela recebe o influxo das vir tudes de moderação, equanimidade que são a caracterís tica e o orgulho da nossa civilização secular, a sua independência mica e as condições peculiares da sua vida rural infundiram-lhe I f ... i/
equilíbrio e econóna po-
t' oii e odioso**. nho monto «ino <onio <lÍ7.ia 1’nseal.
(} uui:i.o
josos, rivais o simplos advor.suriosI>oixoi-a som oontradila sempre (uu* se oeultmi no semi-anonintato «los suoltos foi murmtirada poi* l*nia ve/., temlo siilo nrti^co tle eolahoravãi da Manlià", rotumltância da sua
lendeneiosos, ou quando vadios e rates, aeolhidu como ) i)olo ” Correio que lhe entprostou a larga eireulaso por esta circunstância, lhe rosi>osta sumária, ntas cabal, são passados e volve a
volidica. om virtude da intorvenvao orfanei o grovorno, "humildemente, embora dêle depo^ilârio por mandato popular’ ; o tu do Cintaria bem se entregasse somen te o Kovèrno. :das entregue! também pontos, quando o l)r. Artur Beitalvez remordido de arreresolveu recompensar
Estado, eu no 1>S nardes. pondimento,
Não o do ho.il- ijui- mo utneam. Dosdo ;i injuria grossi-ira i* dirota. tòda ató as insinua»;*»!-^ viporinas a jrama tom siiio poroorrida por inimijíos, dosafotos, tlospoitados. invecom liberalidade a violência que pra ticara." Então, diz o colaborador da ●Hiazotn’*. ”o Presidente tirano to do acabrunhado ovadido do Pafarda nuu làoio do Ingá
de lucrativa Europa em curso
, vestiu-lhe uma embaixador e proporcionou-me viagem ati*avés terras da oficial por muitas
côrtes. Da Liga das Nações à Bélluoidez gica, foi um pulo; e com que lhe sobra, o sr. Raul Fernandes compòs-se facilmente figura inter nacional de grande relèvo”.
a vao, dei Sete anos mesma mosca a zumbir-me aos ouvido.s. t mo uma pílula.
Desta vez, quem lhe emprestou asas foi um homem eminente e que au jata de imparcial: o Dr. Fernan do Magalhães, professor da Univerííidado, membro da Academia de Le tras, ox-deputado à Constituinte e oomondador da nobre oi-dem de S.
Tiago.
Graças n Deus, tenho à vi.stn, pela primeira vez, o libelo velho assina do por um nome respeitável, e, en fim, posso me defender sem me re baixar.
A coisa veio na “Gazeta” (de São ● Paulo), edição de 4 deste mês, e deve ter sido mais uma improvisação do ilustre acadêmico, escrita entre duas consultas da sua clínica, o qu.e explica os anacronismos e ilogismos veio inçada. de que
Èsto o histórico, concentrado co-
Depois, aludindo ao repto que me . ^ ex-Presiden- * lançou ültimamente o
to da República e à resposta que êle forçara, entende o Dr. Fernando Bla"o erro do (( galhâes que eu revivi ●. Bernardes”, mas não recordei “a 0 sr. si (< recompensa”; e comenta:
Bernardes magoou e depois afagou. 0 sr. Fernandes, mais feliz, inver teu a sorte; primeiro sofreu, depois gozou e por último magoou... conclui severo: — “A sina liumana
E é vária.
Desafetos, Bernardes e
maravilhosa viagem e controu abertos os nardes
. . .
1
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Oh.» H M ● l'! ● »N«>MU ■
4 .1
1 \
Fernandes se entenderam, e Bernar des galardoou. Diante disso, Fer nandes, engalanado, seguiu longa e volvendo, enbraços de Bernenhúma \ » 1
Bernardes, sem
Na versão do Di de simples Fernando de categoria, nem mesmo a cidadão, também foi viajar. Viagem ; mais vénehosa do que Magalhães,
dura, viagem de penitência. E quan do Bemardca voltou, Fernandes não lhe abriu os braços.
E.M CÂM.AKA LENTA
Vamos decompor as imagens movimentos désse filme sonoro, câmara lenta lhe vai revelar os tru ques e as lacunas. 't
e o A .s
ttiirso comentário o artig do Magalhàc.s.
a i|Uf pi-i'ci.-4unient«‘ seive de II do Dr. Eernan-
Devo admitir fjiu* ésto fêz o coa, sem ter lido o outro modo não mentário dc oitiv discurso, pois de
7
conque or'‘huinildemenle”, ao dever dt'
rmtória. do povo certu 1’roeurei i>ara isso o am
era meu dever sustentar o Antes dc tudo: é um pecado tra o P2spírito Santo dizer lanei o governo e insinuar que faltei mandatário popular.
Saí, sim, protestando
^ veementemente perante o Supremo Tribunal rederal, chamando êste ao mento do cumpriseu dever e denunciando a burla do tt habeas- püblicamente corpus”. Esta era que me restava; se ela ilu.sória, disto não tive culpa.
Li, há poucos dias, perante a Câ mara dos Deputados, os documen tos oficiais desse epsódio, num dis1
e ésle falhou. De que paro da lei, outros meios i)oderia eu lançar mão?
A resistência
onde iria imileriai, ou jagunços, a reserva haem cer-
bu.seá-la? Sem fòrça de policia, que toda desertí fronteiriços, bitual das forças irregulares tos Estados do Brasil; sem armas, nem possibilidade de comprá-ias num mercado estritumente vigiado pela polícia do estado de aos olhos
»ra; sem <iue suo salta sitio, resistência, <iuc qualíiuer
de todo eni todo naquele terreno, impossível. era
fitatvtrirnittk
;i.v
guns mais apres sadamente do que 0 dr. Backer ou.
” 0 o dr. Oliveira ¥. Botelho, tornandoc’ se certa a inter^ , vençâo de força superior à sua po li lícia, abandonaram
de véspera o poder. O dr. Arlin-
n>í 1 >. !●» Im ‘'N«*MH ít
escaparia à impiitação de liavor ne gado a verdade Como mandatário mente mandato.
a única arma se revelou
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//. |t>ePBa|:i
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Sé ÍP^ w . h' f >● . r '
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sou mais valente, nem mais do que r
Não medroso, todos quantos se reduzidos a Viram
idêntica extremi dade procedeeu, al- ram como
do Leoni, reconhe-
■?ido governador da Huhin e munido dc “habons-eoi pus” lir no govrnu*. não l>ara ehegou u tomar
I.ast, hnt itíil le;o^t. o |’ívsidente tishiiurton l.ui>- d»M\i*ii láclo (lUanaliara ram todos
● garanpoK«e. pa piando )h(» falta os t*l«‘UU*nlos dl* resistên cia, sem :;o dar ao riiheuh» lU* uma luta corp(»ral r.-m a eomissão militar (|ue llu* intimou a deposieào.
Só eu, para eumpiir todo o jueu dever, d<‘viu esperai- ipie alguns agentes de polieia me expulsassem à força ou alterear eom a enpangngem do General l*''onto\ira. que sonhoroava a capital do lOstado. em vez de deixar o palácio presidencial, deixei, poucos minutos antes do de sembarcar euí Niterói o interveutov, o acomjíanhado apenas das cinco seis pessoas, entro auxiliares do go verno e amigos, que conviveram co migo os derradeiros o agoniados dias do meu govêi*no frustrado!
Brasil ^ A^^l'mblíin dn Sociedade dr- X-w em Rruxoln^, e a mim, quando aoeiU'i ês:íes encargos, uma intençào que não inspirou o ato do ex-presiden te. nem o meu.
c. depois, embaixador Não
O dr. Bernardes ainda lioje defen de como legitima a intervem,'ãü que promoveu om nosso Kstado. e crivei tiue se arrependesse dela em 1024 o em 1926, como dii o Dr. Magalhães, e tivesse procurado ate nuar a sua falta ‘'recompensando*' a vitima.
Kstn, por sua vor, tuio aceitou aqxíelas missões como uma vocompousn. pois que delas não retirou para si nenhuma vantagem.
K* o que passo a demonstrar, evo cando os fatos e citando os doeumentos quo os certificam.
O meu dever, ubandonando
como ou eu o cumpri uao o cargo senão quando
A missão nu Sociedade das Naçòcs velho mo foi proposta pelo amigo, Ministro Fêlix Pacheco, om nome do Pre.sidente da Kepública, em cnrtn do 26 de maio de 1924, na qual dizia:
meu intervenção federal se consumou oom os meios irresistíveis postos ã disposição do interventor, tão, embora humilhado pelas auto^^■idados federais, coacto cm Niterói, ridicularizado pelos adversários, fiz o maior dos sacrifícios de amor pró prio disputando até à última hora o poder a fim de que não se resol vesse pelo abandono, em proveito dos inimigos de Nilo Peçanlia, a cavilosa dualidade de governo por eles arquitetada como instrumento da in tervenção.
Até en-
AS MISSÕES DIPLOMÁTICAS
O Dr. Fernando Magalhães em presta ao Presidente Artur Bernardes, quando me nomeou delegado do
Precisamos defender, na Liga das Nações, como V. Ex. nno ignouma importante situação con quistada pelo esforço pertinaz do? nossos representantes, e necessita mos também para esse efeito curso prestigioso da sua autoridade nos meios da Liga em particular c nos círculos diplonuiticos da Europa em geral.
(( ra. 0 cono Sr. que V
À jjíaà
Ti* ►N* n.
Havendo já nomeado o ilustre Hr. Melo Franco para chefe da delega ção permanente, que instituímos em Genebra, e o dr. Frederico Clark, pa ra ministro-adjunto, S. Fx. Presidente da Eepública desejaria à nossa 4
Ex. se incorporasse representação na próxima assembléia ■«
de aetembro, onde devemos, como de costame, acreditar três enviados.
por um subsídio que cobro as despe sas de vintrem o estada.
Temos, porém, desde jY», c relacio nadas com a próxima reunião ● da assembléia, providências ui-gcntcs atender cm mais <le uma capital ropéia e V. Bx. prestaria assinala do serviço ao país aceitando tal cargo”.
a ouen-
O Ministro aludia u questão da estabilidade do Brasit no Conselh da Sociedade; e para falar dê.sse interesse nacional ao sr. TTymans ína Bélgica), ao sr. van Karnoheclí (na Holanda), ao sr. Benes (na Tchocoslováquia) ao sr. Branting (nã Suécia), e promovê-lo em Genebra como auxiliar do embaixador Melo
IFranco, eu tinha a vantagem de nhecer pessoalmente
o co-
X , esses Gstadis tas, e outro., influentes delegados à Assemble.a e de lhes in.spirar he ● nevola confiança. Para isto ser de alguma utilidade especial p incumbência ^seria ditada realmentP por um interesse indiscutível do
eu Podia país.
A razao declarada pelo Govêrnn era es.sa. Eu não podia duvidar que fosse sincera, pois, na verdade, como delegado do Brasil às Assembléias de 1920 e 1921. por nomeagão do Presidente Epitácio Pess borara com eu colaas demais deleg
ações, que pouco se modificavam de um ano para outro, e angariara sólidas anii nades. Nem podia me passar „ela cabeca oiie, a despeito dessa cia, tudo fosse um pretexto cobrir a munificência do para com a sua vítima de 1923 as missões dessa naturez' não comportam nenhuma
ção, e ainda menos remuneração nificente,
evidênPara eníTovêi-no pois a em regra remunera' miie apenas são auxiliadas
A independência moral, com que mc dispus a prestar mo reclamavam, foi dcsassoml)ro cííin (pie, tendo eu no bí^ilso o convite do ministro o antes de lhe dar resposta, pronunciei na Academia I’luminonsf d(» TaPras um caloroso elo^ri'» d(* Xilo Ppçanlia, do (piem, por essa (*po<'a, era (pmse um crime falar com louvor.
<* serviço que afixada polo
Gomo já dis.se em mitra ocasião, cu o elogiei, não tanto quanto fdo merecia, mas em têxla a medida em que mo permitiram os meus recur sos intelectuais. Flogiei-o nos gran des atos da .sua fecunda atividade governo dn Estado, na presidên cia da República, na laíjões exteriores. Elogiei-o na no ção de uma soberba elevaçao moral, que êlo tinha dos seus administrador ante os partido. Elogioi-o
U10 coração, de excelente fibra, adoÇodo ainda por um sonso agudo das inclinado,
no gestão das lodeveres de interesses de no seu boníssicontingências liunianas
nor isso mesmo, como nenhum outro à indulgência
e perdão. o ao
Fiz ato do justiça à memória do grande chefe desafiarecido, e ao mesmo temno patenteei a perfeita independência moral com qiu> ia i’Gsponder ao sr. FéRx Pacheco, dois dias depois de publicado êsse discur so, informando-o de que, invocada ^ necessidade de serviços que eu es tava bahilitndo a prestar graças a conhecimentos adquiridos no servi ço do país, corria-me o dever de não
recusar o meu concurso, tanto mais quanto - dizia eu textnalmente: it a confiança com que me honra
80 Drí:r^o p;<*ov6>nm
2
ns te^cral <lo nu*u exemplo tle iseneüo, diante do qual fleví> nie iii> linar .
investidura, c que, só
Isso ooorreii ouvidos os Nilo Tecanha ílí* sua viila e
depois de mais chegados últimos tempos
em políticos nos ilc opinarem êlcs, cm n tl(*via ao Rrasil o que eu ●lama<lo maioria. servida rei (Jiiom o atesta
ou
tc.
pelo governo, insuspeitnmente é o íla aeusnçao.
ílr. Maurício de Medeiros, num avíiICO jmblieado. por feliz coincidCmcia. laílo a h'ulo
agora ao llruxclas.
c.^íconclo quo
Fornanilo voluntariamente renunPodia ter acrescentadeix(‘i depois de exercê-lo
Magalhíies não
oioi ao posto. do (pic o durante monos do Trntando-so do um cargo altamcnto remunerado, * om representação c de titular pagas pelo Esta do honras o innmidnarguto professor de-
scis meses.
moradia do, c cercado dos especiais, o via desconfiar que alguma razão scsó ocupá-lo transitòvez do defcndê-lo levou a om ria me riamonto , ^ riiibus et rosiro como e de regra. ung - pedido os anais só registam dois exemdo dr. Olinto de 0
De exonoraçoes a do Itamaraii o meu o pios:
IVTagrilliães. patrício é nário numn
Mas de inihonnrios, VIVO cio meu ofiseio de uma fa do tinbalho. Largar
esto honradíssimo notòriamonte multimiliofamília
nuc eu ao pasKO cio de advogado no mília quo vive embaixada para retornar a um 0 fiz ii m a esc de advocacia, só eu -“”itór)o ató ho.ie.
Foi 0 caso que, em dezembro de 1025, o Conselho da Sociedade das Nações me surpreendeu com o con vite pnra desempenhar as importan tes funções de Conselheiro jurídico da instituição, oferecendo-me contrato por sete anos. Antes que chegasse, por via postal, essa proposta, 0 Ministro do Exterior, in formado tclegrãficamente de Gene bra, escrevia-me com a sua genero sidade habitual encarecendo a honfeita ao Brasil em minha pessoa e insistindo pela aceitação, direndo:
Jí
um mo ra
“E' tão grande, e tão eloquente e expressiva, a honra deferida ao Brasil com esse convite que acredi tamos 0 distinto amigo, que tão no-táveis serviços tem pres^-ado à So ciedade das Nações, não poderá re cusar.
Todos os brasileiros estão no di reito do fazer-lhe, nesse sentido, um veemente apêlo, que o Itaniarati se cunda com 0 mais vivo interesse, sabendo, embora, o sacrifício que tal escolha possa acarretar ao preclaro patrício, a cuja disposição se põe inteiramente para facilitar, em tudo que fôr possível, a sua ida ã Euro pa para se investir na relevante funAproveito o ensejo para feli- çao.
do enigma está nas pelas quais me foi citá-lo vivamente pela homenagem
A.
liCONÚ.MU*» Di*. t«>
ofei*ecida u embaixndo, nos motivos que me levavam a aceitá-la, e no nipu escrúpulo de conservar o carpo pelo cnrjri'». de viver dêle, depois de cessado o interesse do país que de terminara a ele, justificava em meu fôro intimo uniforme que o dr. Fernando ^lagalhâes supõe ter sido uma p:i*aça favor outorgado mnnificentemon0
utitudes que o frovôrm», mnlfrrndo tive <lc nsHiinúr no cumprimento in(Icvor político, 6 um
caso da Em- \’’cnhamos l>aixa<l;i om O <lr.
A explicação razões mesma.s
que os seus relevantes méritO; bam de obter”.
a«ao pnpel do
Por seu lado, o Embaixador Melo Franco, convcnfido do que minha entrada para um alto pô.Ht«i do Se cretariado prostiííinria
Brasil na Sociedade das X:
dia cm tcleprrama de IC do doy.prnbro minha aceitação, “ainda sória (}ue prf)vi, e insistia, em novo despach
I ado aleatória, (dadrj que a pn* é pela de
i rele'.
eonlra qilf ifiiar;; foi (;;id tela )n-rdol:i séneia. num meii estranho?
p.. to ;í>*
» eu.m lenovinaio ^ e nie n»(j pouco provívol naç«"'-r disputajn semeontentndns
' nas fun.‘'‘(●riftariado), a
Mf
v« l ia eu reduzido,
‘■n» .!■
o a snio a qte- ja senn qu«-
■ í I '-fa a-r uma «dien'●ni fão f)riil(«njrada uude 24 dôssc mês, dizendo: Espero do seu pntrioti
venha ajudar-nos desas3ombrad'ai mente na nossa justa prete la qual tenho feito todos fícios, inclusivo o da tem, na hora do faleci nha santa mãe".
nsâo, poos saeriausência, mento do mion-
do sou interesse com mestras
Era forço.so reconhecei 0 Brasil membr das Nações, gio lucrariam funções de um brasileiro, uma das molas tariado
A fihjfçao pare(‘eii fundada o o Minist r'\ (MII* di ycinii ailver O pro* líloma aiunlarnlf» niu subsídio do Bra ndi ao! Ivmoráriti .●^orieilade, me alirum tempo depois, que alei^aiido proei*(lpnte.s (oncor-
anuneioti, o l‘re-:i(i».|itf,^ nizíies oreanieMlíirias.
quo, Rpp. da Rociodadp as. s(*rviiPodf e prestíZ’ desempenho da oonselhoiro jui-ídh. ftsse funci
s 0 por ^■'omirio ú
da nao
dava com tal s..bicãn. a Embaixada etn .Apó oerani-me I
s, ofereBriixe-
nflo ou )ioonciar-mo pnrn uo Secretariado de Genebra, do emhaixa- ordonad í-ra nlijindo dor.
do Secre e, sem faltar aoQ , yeres de imparcialidade, ' pode^ ^
mn no .0., pois, t nao as pretensões maR no ● i r* no contraste das tendências' afrontam no i que RG imen.so 1aborat
Tive, entretanto, qp^
com o sr. Pobx Paclieco, mostran* do-lhe que me pediam um sacrir ● superior às minhas Po.ssibiiidadpro incompatível com responsabilidades domesticas respeitáveis. Genebra x uma cidade de vida cara, e r> Coiir Iheiro .Turídir-o da Sociedade das Na"
ções tem honorários que lhe permV tem viver com o decoro e a repre sentação que o cai-fi-o impõem, mas sem marA‘em para economia apre ciável. Ao cabo de sete ano.s, expi-
uni ex)iodicnto efêmero, para durar o resto do ano do 1020, pois o
o o Era mandado presidencial termi nava ein 1.ÍÍ do novembro, o, de todo modo. nao seria admissível <|U0 uni SC ausentasse anos a embaixador fio do seu pôsto. n,.;.s ● ternacional de Genebra. ^
Podi, uma audiência no dr. concedeu, imediato ao qiio ma no dia
c\ do. considerar um caso vo a SOI’ i-esolvido sob
então, Washington Tmís, em São Paulo, da sua eloição sem competidor para presidência dn Pepublica o podeneomo tal, ndministrati o futuro Governo.
Reconbeoeu S. possível, indeflnidamente do
E nem conv x. quo nao era eniente, afastar seu pôsto um chefe fie missão, e concluiu dizendo:
« Para 10?7. o nos quatro anos do Aovêrno, pedir-se-á verba no meu orçamento para se lhe dar um sub-
82 Eí os6.\f
h:i .,i o um iU .> ●' jn»i- -i.i não «kíi cU* r-. n;i« i .iim-u
1 1 i*i ^
-iUU>. I* n.i«. i ^ I I N r;.
“-C cuaa uo govómo, o ;ulOii»u- ^ ’ pcrmiur a fc »v.t..\ào dc uni ; loiivinu V..' iiiuuuoional tiuo li
● P
1 V aceila^ão «piloin posstbilitüvam a pòí^to iiiteriiHCional, larguei o Mostrei, assim, quo
to poi:oo i' ii»pi‘.
vii; luaos bvM»ik*ira5. o que avcunstàncius mu ua- ^ dès^ ^
om*iiao tMHj»;. 1':.»
KO.S..M- « pura iuiu[uir iiu* hoiir.ir.i.
dUiííouoia «● u"
1) ioi«d 11
.ju do Urasil íicA’ .U una uo intvs t u U-; liio, c.-crcvi no ptuuuuunü'.k ]>vU.t aiiiu' .) vui;a para lunpví.-i.^iur «.juom ,) caiK<* .''i-nao por muinão ilo^ojamlo cu ● . rons.tr.uil'i om nu* noinour
li> t a.kiiU*.*' o ronvilo rum quo Nao iU‘u rosuluuli) c^su dia imrdiato ora pudo minha nomoa-
ilo baixudor.
5i) areitura posição por convenicncui a o não queria guarun-lu dosde Brasil < tUO, uo...
● ^ momento om que cessava o inun-eiminha invesuo público ligado ã se iluva.
Não iirecisü dizer mais. ’ J
I*arLÍ para a Kuropu; ma.*í ao cho raria oni jiinlio dèsso nno, en- «ar a eonu-oi a nuticia <lo rompimento do a SocÍo(.huU‘ das Nações. Sorretúviü-üüial, lira.sil rom b^scrovi lo^o ponderando que, mc era detV.-io Consellieiro .liu idico, devendo o ConsubsliUUo. Sir Kric
litioo com 0 nei, om parte minima que
:Cão tivo nenhum entendimento po-/;^ di\ üernurdes. Não J fôsse, u ^ Não -7
yuo. minha independência moral, i-ccobi Kalardão, paga ou re.ompoii- / de qualquer ordem: servi o nu ^ país quando, bom ou mal, os meUs prêstimos foram reclamados sob « ● invocação de interesso público
sa
nessa conjuntura, aceitar o carg:o de sclliü iirocurar concusso.
Uiuniuuuul pcdiu-nic, entretanto, quo tudo om suspenso até que jíovôrno lio Brasil, a se inauno\c*ml)io, definisse a sua eom a Sociedade. De-
Querendo me deprimir, o nando Magalhães não percebeu quo 'Ç deprimia o seu novo chefe político, -/ pois, om suma, o que êle procuiou fa^er foi desfigurar um impulso dc J imparcialidade do Presidente lun ^ te de interesses superiores às ques- J toes do partido, para transforma-io *, numa baixa tentativa de corrupção. * ex-Presi- .1
Dr. FerNa verdade
ra,
eu lhe assegurara, dc (iiic como
deixasse f> novo j;urar em política para pois de .15 de novembro, insisti pela o om fins do mês imedia- disponsa, couvencendo-se Sir Kric com in diretas o de fonte segutü, formações , porém, o dente e eu, nesse passo, apenas sei- . vimo.s ò país.
O caria a situação
Dr. Washington Luís não modificriada por seu an-
tccessor, desligou-me do compromis-
so.
Imcdiatamente
çao escritório
telegrafei ao dr. Otávio Mangabeira pedindo exonera da embaixada e volvi ao meu de advocacia.
Eis aí.
Aceitei o cargo, como um
expediente provisório, adotado por
a e em guém a Não mo comparo mas 0 certo é que,
ao na veira onde nie
luinha inde- Não perdi com isso pendência, como Rui Barbosa nuo J perdeu a sua quando sen'iu na Ibua j Buenos Aires. Não leve mn- j má conta esta aproximaçao. v imortal baiano modesta cva-“< confina a minha in- \
l»', r i.
jJ
9
A
-ignifiCtiiiL-ia, Uú bu5«arl utilidade momentânea para a ' pública. O título da tascolha f
iinia ●mi/u oi
o os
. mitei à lotina da títulos, x’stiam. p
●(kcin:
I clat«<i iiuinum o «leiranKuio cm .\i-sse ilo*
dr ipi, i',j| iluüljt- i;j-. «illljcrto .\mado, lUHuriamente pumeiüífiu.s e .-aianíaliNjuc-. cumento : i- podi.- k-t a pus-
Os meus, bons vieram das mass ou ínaus, nuo iiie “Jui^a o Kelatoi cumjirir um de\er de patriotismo ebamamlo a alciiÇao da Comissão, da Camara c do país pura a paite ver<la<ieir;iinento notável que, na (pialidade bro de tão iinj)oitanle .\s>emülcia (a da Soeiedude
oes ne.-empenhad: por nomea<;ão do Iqe.HÍaente Be des, como afirma nia »s i●'Ink^alliae.-, cores da minh Huposta mkialidàíi. Minha cm ííenebra se malogrou, e, em liruxeh
o br. para carregar as u nii.s.sat^ vonu) lo dos sabem; as, nje 1
de memdas .\a(,-oes, alio uo
m odia scr de exprossanie governo para c-Oeperação pedid nu
■Ml o have > por acreditar a. indii- !
Meus precassuntos constantes , endas sulmietalas à dolegiido líaul l''ernamlcs. .lulga ntc i 111- aijrovação do Congio do Brasil, Sr. o Uelator dever de palidolisnu» acen tuar êste fat<
vno dêste e (b>s das demais em
tomou mi discussão e resulu- embaixada quaisquer (jue fósse Xem modo, pois foram vocados pelo à
Não referir r maioria como dcsiierceliido à cometerei desprimor luas 0 Dr, o J'>r de êle passado opinião iiúbliea do
nando que le com faeilidado e * encontrá-los iestrangeiros, sob assinaturas peitas e henrosíssimas, touos ante" nores ao ano de 1924. Indicarei " sua curiosidade: ~ The Project ,>f t Permanent Court of Intern-it:/ 1 Justice — Keporl and Com ' by James Brown Scott, pá hington, 1920; Léon mentary Pág. 31. Wasí
da
pa.ssou não tiveruni minai- de (dais da as mãos. í
a ass
pais, ele próprio e a ( oportunidade perto os documentos ofi-
juantos de oxa-
Manda-lh liar a pi-opósito a são
e o mesmo dever consigniagnífica impresque rov ebeii da leitura de um
Oeuvre de la Societé des^Nltr"^’ ' ris, 1923, 'ons, Pa pags. 68 e 206; líev
r lie do Dr. Interii. et de Lég. Comparée 1929 «8. 2, 3. 4; B. c. Loder, iiVriie’
British Year Book of Interna ion-ii Law, 1921, pág. 24. ‘
tiabalho de outro delegado do BraSr. Cincinalo Hi-aga, lido peran te a 3.a Comissão (Questões Eeouómicas)^ trabalho do que não pede fazer citação demorada neste parccai' porque
sentadas não puderam ser objeto de debate
as sugestões nele aprena assembléia nem consti
Há, todavia, um testemunh nal que não quero passar o n em tuem tema que se relacione com as emendas
agora sujeitas à ajirovação
Congresso Nacional.
Tratando-Se de dois membros des-
aciosilênCIO porque concerne também tro brasileiro: a 011é 0 da Comissã de Diplomacia e Tratados, recer de 12 de agosto de 1922 bre emendas ao Pacto da Sociedade < : ' ● ● 1
o em pa¬ sôta casa c|uo lionraram o nome e aa tradições intelectuais do Brasil tão alta esfera das cogitações políem
84 !)>«.« *■ 1(1 1-;» MSi.vtii',
\
me.smo num e noutro caso, embora íóssem incomparáveis os tít\>los d escolhido.s, ●y tf
<is aqui; Magalhães, prazer, pode
embleiu que lhe vieram
I* tYv»rni>* ● lator ohofio
í|ue faz ooní lo^itinin ono
no‘it«>
rn ol!i. nu*». vinHo do o^tianjToíbraços do encontrei abertos os m
Dr. Bernavdes. «o que a oste, dura voltava de viatreni mio que abri os meus. to. a uiii» nl»ri^ro^;ão
I)o HOVl U*JTÍtÍnin ilr-^VaiUUMIllOlltl», tú oot tn, pa I t ilhai a a Dípioinavia
In numíln. p«*n^a ● Rr I oforônoiaa, »lt‘sv«no. inu'nimioolinâvol. OS' i '●»m*ssão ilo
nao
exercício elaudica: achei aborto.'ii
í*S
So Jis niiss«M‘s madàdas tU> Pvi'.sidontn HiMiiarilf" não mo tvouNt* lam lurro niatorial noni aumentaram titulo." dn prestiprio fora valham e’es o que va lorem nem por isso fui insensi* vel à distinção «pu* o governo iiie dispensou. Nada uhrijíuva o ex-prosldonte a se s<)correr de meus próstimos e. si* si' al)sti\a>sse de.o fa zer, mu) seria a primeira vez que nu escolha dos rcpresimtantes <lo Rrasil c*m aasembléias ou institutos in ternacionais outro critério (pu' não o tia utilidade teviu predominado.
Ainda aqui, neste puro censor de estilo, meu Quando rejrrossei, nem fechados, os braços do ex-presiqunl nunca tive contacvisitas protocolares dc itnndo do
dento, com o to seiiHo nns vo
ílo meus pais saida e cheirada. Mas exilio 0 Dr. Rernarde.'*, fui eu, nau deputado que transformou de. congríttudo ilustre Pf-
outro, 0 um voto. parlamentai Inçòos pelo regresso Otávio Mangaheira em uma den●nidade nacional, ^ dé todos Iraçào de fratei de regozijo, pelo regresso iP. todos, impnòles fi¬ e os exi’ado.^, aos quais, tei serviços ao país.
Dr. Bernardes. Entr guravn o Toniet essa iniciativa, sem e. do dr. Mangabeira e ínibaig miiigo
severa, achou, <;oncoitos, fotos, tai.'^ ve do nari‘ar.
serviços no máximo pra:.er se levantes teria o concentrai nèle, sem seuR companheiros de exílio, a monstração da Câmara.
.Tulgo-o melhor do que Gazeta”, pois êlc não (i do ou a
corrompida.
o de que, votaiidoSo ii minha resposta ao repto foi eomo o Ur. iMag:alhães a a severidade não Ostá nos mas teria resultado dos como so passaram e tiO (orto é que a res posta nfío podia faltar, como por inexpUeável aberração queria o pro.fessor; nem me calando eu eorresponderiu à expectativa do Dr. Artur Bernardes. o libelistu da teria perdão se, lançando-me o seu repto, tivesse representado uma co média, descontando o silêncio forçamentira de uma testemunha
dedr. Ma- ● Por último mc. adverte o gnlhács que a história não acabou e a política muda todos os dias. Não era precisa a advertência a há pouco mais de um ano, Campos hospitaleira e vibrante, fazia a propaganda da candidatura do ilustre professor, e hoje retorna perante o mesmo pu blico para se defender de seus a 1
quem, nesta me.sma
ques.
A êstes não revido, nem
\ A ,JÍ
85 Ok.i .111
{
Iho sinceni admiração peDs seus i ■ Itamarati, eu pudesse humilhação dos
Por último, o egrégio acadêmico, resistindo ao deleite do jeu de revidanao
ju:--i i';a, íjui'Hi rih» nu-moi iu lena/. d fazem, e mal i{iic iif
n;- íia jo.-'ii.im
i-lhe «|Uc te* '» licm que mo ● ilnieiite o i.ii.cí'.
I i * \ r \ íf r●1 ✓/ f '^/'4ni / V M. ● I k 9 % 9. 4 1 r i-' F: / u '● ‘j t
ly II. a» n K< >w t »■
rei: ao Ur. l«Vinand«» M;ii;alhâc; d.vi noutra oca.sífio palavra» públicus de amizade e de elogio e, contra que êle pensa de mim com tanta inO
ADMINISTRAQAO E POLÍTICA
!><' ItTslilnto
( >t» i r«>
Hfiril fixar ns fronteiras
a iM>liticn da ndini- s«'}>ni'am Coiniuanto nâo sejam têrpolitiea e a nddirotas o al<'!Tti‘-^r n lôm ralaçõe.s
<IU(* nistravã*'nu<s piiv minisliarã»* iia*vitávfir». jjí pt>rque .‘;ão duas esfotoeam foi\'osamente. jn proldemas administratirxpio.^ssâo mais ampla, sor (lestituidoa de sen-
.u* ras ipio porque o.>< voa, <MU nâo podoiu tido ]><dítieo. nraior
sua com a aimla qiu‘ so definam, exatidão possível, o uma o o da outra dentro Convém, entenda o siímifica-
socini.s nfto tõm, é claro a mcama „™-ão dc rcsponsabil.dado do^ Go vemos Icsitimos, poi-quc, mqaanlo ò^tos últimos dirigem a coisa puW!em íunçâo do uma politioa disciplinado!' de Hío^ os Governos ilegítimos, nqucles que têm origem na fôrça ou na .. violCnoia, obedecem '^1;; b
se ])ública tien. decc
com tamonte porque nistrar rcspt>nf^obilidade, tica dcíinida. do
restritivos. camiTo <!(.* de eoneeilos por ISSO mesmo, que se vocábulo política om sua çâo elevada e. ao mesmo tempo, náo confiuida administração da coisa simples i'otinn buvocváTodo plano administrativo obeà diretriz de uma política, jusnão se podo admibem, com o verdadeiro sonso scni uma polísem uma base de prin-
cipios tabelocidos.
orientndoros, prèviamcnte esT*p1o menos, é o que I vicrência dos regimes noraudo todo o mecanismo, da m
OCOITC maiH, fpi admini:=t»-ação pública so vincula ao pvincí}uo do responsabilidade, que é ●aetevísiic.a inconfundível dos bom intencionados, embora pelas próprias condição biiniana,
oatejam Os exceções bistórin
su.jeito.s a erros.
dLca seus sistoma um mes do arbítrio pessoal. Os Go\u „u» reeponsAvem, PP^f'»;,"»'' prescindir de uma ■ conjunto de normas reguladora. administrativa. E^udontemonte essRs normas não podem >er flexíveis, porque imutiivel.
não c politicíi a
ç a iulmi* podem coexi.^tir, nns ^ sem determinados ]
vez que os excluídos o çao com a 1
s não ' rela-
i
íi oai Govevno.'^ Governos. todos e.ontinírôncias os da lítico-administrativo.
sao
om to, porque cúpola para
orienta, i São A política ção executa, se completam; teórico das concepções, polític a
«I administrndois campos quo j no plano ttdminis- a, a
T*'- s'-
>!
É
,Tã so vè que a politic.a nistraçào não regimes normais, pontos de contacto, uma atos administrativos, ^ que são triviais ou rotineiros, podem deixar de ter alguma filosofia pülític.a do trc
êrno. Quando não hã uma ooncc^w ● ^ ção clara da coisa juiblica, Quaiu t a administração não so in.spii'» j’ni premissas políticas fundamenta na realidade históric.i o J brevêm o caos, a irresponsa 1 1 . escala cada vez mais alerman- ^ de cima pmn baixo, Ua , n hftse do edifício po- ^
Governos iri*egularGS, que sombrias e perigosas na das instituições políticas e J
tração, no plano prático dai r«ali2:açõc». A política, através de um anterior a
em re^çru geral. proce.«iso lógico, '● quaiquci' plano adminis
concepção pojtica. mente isto nao problema;
Un». evidentequi-j aílministrativ.-,que os «levam
trativo, poríjüe ninguém executa programa, uma obra um Heni part;i d-
o que Hcn;i. çai' a des(i)(l,.m tiva. Tamb géjo dl* |)i «-coni
estar Miboidjnadu^ ;; lilicas, ás ●scilaçoos po di\ í'rgen la-. pai lidjn ias, i-ín chjvida alguma, bmcertos c« nceitos fundamentais. Kurçofto é reconhecer, portanto, que nao e tao grande, tão acentuada, co mo parece, a distância que separa a administração da políti.a. Não
Im administração inUdÍKontç que não careça de ás circunstâncias, raia ou locais, administra
uma política apropriada aos fenômenos Todo (; ‘ geloverno que uma política
enj (jue a leiramciili*
n:« vul.M a>tminislra**m na<> .'<● vai ao exuuin dl* vida /cai laçati fii-a>se inaíi-iolulaim-nte a mar"e;. poliiii-as. Pràti-
r possjve), a nào ser venlia a i siaiiclecer um sistí-ina ide.al, difi*iviUe de todos os sistemas poliii eni prática, fato » . I
, normativo caminha improvisação ou a desordem, ioda a históri Govérno
sem 8cm um padrão pura Kni la administrativa, cada uma politi
u adota tem relação eoni a politica. ca tanto democ)álii’os «íom as justamente
COS até agora opostiw ICstaimis encarando o existe: a administração (í êle
quanto possível condições do para evitar
consentãnea momento, sempre umu tendéiuia dufini.
_ ah so.uçoGs inadequadas as conveniências gerais. IIjVuma politica, da, sem
na< ■o.
)io'itico d(* esiiécie al-
f
ííuma, poiípie OH Governos democrá ticos .saem das de o iii nas, e nào se entens urnas veredictum da .sem arreliarlidária. sem movi- gnnentação montagão de forças políticas em clioUma que. <’am)>anha eleit<iral é uma 1
1.11 ator alrsoluto
fompartia in- o
ou rígido mas polo mono.s firniada sübro pr n' c.pius oons,stonto.s. A administração nao pode ser, a rigor, um mento inteiramento fecliad fluências políticas.
Há muita cliferençí í » i, , , puiem, entre adinmistrur dentro do ilotorminada ])ülitica, dentro de um negação do Nào há
o j u de luta políesiiírito demoportanto, Govêrtenha oj-igem na ailniinis- (|1IC
tica 0 a ciático. , , esquema de pensamentos demoradamente elabo lados, e iazQi política tração, utilizar tiativa como
na adminisn máíiuina adminisinstrumento políti
co para fins iiartidários em detrimento da solução de mas inadiáveis. Não
ou pessoais, íiroblee nc.ste seiitid que se defende a tese de que a po lítica e a administração têm
o pi nto l' s afins. A tose é clara: a adminisLi-f ção deve ser informada ipoj- uma ’i,
no regulai' politica. que nao K’ claro
tração púhlic; (ias uniu vez (|U( alisolutamentc Ne-
‘a s(> refleteni as influênpolíticas do Govêrti'’, nao h;i Govênio
destj'.iiído de f(‘içâo política, poviiue o povo nao vai às urnas sem arti culação, sem a proiiaração psicolóKica das correntes políticas, nluim Governo, pi*lo menos no regirepublicano, saiu alé agora <li-
nie
l*.» o
*
í'
gem (la.s situaç camente, é ainda sr im
XOH fcgimes por ' «' possivid um Govòristo <●, uni (tovêrno sem exemplo, uo apolíti< compromisso í;
|)i-ópria, aliás, do auscMi- I á*nuu-racia. .\ luta ladítica, bem caráter da cia de com))etição
rotaim*nlo da filiuvao polilioa, com osla c»u dária.
opiniAo pübhon sen» aeiií concordância
lupicla Iciulcncia pavtiPfUli*» oor'la do idéias,
sor»*mos Ifvatlo^ natuíalmonio a uma asMju ooino não podo haP».diliio, iu> sentido ostamltom não podo i‘xolusivamoiito adt ermi». rno
oonolu.siu»; tio vorn»> ili. ver l nlo havei’ íiiiuistiati vi>.
prejudicar o bem comum. E’ juj* tamente nesta circunstância que se conhecem os Governos independen tes, os Governos que têm a jiecessária autoridade para sobrepor uma politicn imnesta e segura, uma po lítica de princípios a todos os inte- ^ secundários, ainda que tais resses
(love
portpu' (lentos: administ rativa.
inteK'sses invoquem compromissos partidários. As soluções administra tivas nesta última hipótese, sao rudi» (h)vêrno ò misto. tc*m dua^ fei\.*oes intortlopona piditioa a Des-
fiMíõmeindolo ilemooiiUina eonhocor èslo no, cpie i'sla do sistema fURil- e eo, ei»mrealidado. a }>i-eensao i.OÍÍO p.ão mente fluências
orientadas pelo integeral, porque política, rêsse existe uma
* ponto de partida honesto. De qualquer forma, a política não pode deixar de ter re vida ad-
um percussão na
ii da ministvativa. Sem uma política bem equilibra da, todo 0 aparelho administrativo se deE’ a lição soricnta.
adntinistras,*ài»
pode muis fes de dam cingir-se fórmula: mon
ficai’ tolalfora das inpoiílicas, por que alp:ans CheKstado proten-
à velha os polítiadininistra- m ais A fóimula é inca e çao. teressante, próprias da vida pC
da experiência. 1
Dentro do raciocínio que as nossas premis sas nos permitem de senvolver até aqui, po demos pôr a questão, termos agora, em
as mas conting:ências ibiica se on de forçar as da política reais, isto é, justa- carroí?am incidências administração, que o diga. A na História
No processo de relações entre a a política, obserdois aspectos profundamenudministraçao e vam-se
te distintos: quando os interesses po líticos interferem ostensivamente na assim, prejudicam até, de problemas vitais administraçao e, a solução,
do país; quando, ao contrário disto, existe uma política superior, acima de quaisquer interêsses que possam
mente no terreno em que a administração pública sofre as in fluências periódicas da política. No Brasil, desde o Império, a adminis tração sempre padeceu de um mal, que a República, ainda hoje, não conseguiu extinguir: a falta de conSem constituir, todavia, invariável, catimiidade. uma regra ou praxe
>1 da Governo tem os seus compro missos, suas preferências, e por isso mesmo, ainda mais porque não há
I. lí *sn« »● I < I ,t í
.Is
lí..
tefapunsabiliíludc! expie: tenius tid(, {:<A’enK-.« riue 'ome(;ani quase sempre pela destruição ou in terrupção arbitrária de empreendímontü.s planejados pelos f;
lei, :t ein ou ató iniciado.'
●ovemos anteriores
A preocupação de fa>2cr tábua administrações precedentes, ^o he nada das existisse
l'ípi‘», «íf.i I I i-foí ● A K. -. ● trravi* « i i-.i df
r. ^1
r".
oc
j)H*tí-nd« ti uma oirj.-in didi-J‘ blMM '● fí-IlnUO-ncí
postulados iÇí ● loluetcil o|i ● .ivâo, porque violentamento > :n e- mprecil●● lal das re-
rasa não COcomo se f<ÕHscíiladi- hi>t(’iricn, , (li«aiiU'r'.tc.
ruir * >ii a l uM' itiu p«*rÍM rca!i/sii ,
Iran^fonnacõn- po.».sível colocar taca 7.ero as uma espécie de no ritmo da administiaçao pi*iR. sempre foi de.sastr porque leva do o.sa, ja erro a c
<*voluç;u». 1 «● ; tém o de .s de <»nse(jué*nja iioríjue forma, um círculo vicioso, revolucionários, (piando a transição de um redime, ‘idrmtc, como fenômeno a tendência violenta para
Nos so verifica i ainda mevitável, «lestruir. Pósitos radioalI“'Tndr"‘'’"
e re^^ra, entende plantar t: uma ordem de f ramente nova, .sem levajde]'ação pelo meno.s re.s que devem
oms incalculáveis, j a bem dizer, períodos revolução d
● imp<-<ta pola lei dc ;;< iupre i-xecutoprotframas ri'V(duci<,>nãrios X-m iric» seiisíi lilosfifico pncau.'a <li* certo.s A llisttuia Vem de-
cedoras I ● 1‘cvoluções ven-
, via qpe se deve imcoisas intei-
cm consiquaisquor valoscr preservados.
Nenhuma 1 líívolução, entretanto seja de caráter ,,eral, seja de car-U er nacional, ainda que tenha efei tos profundos, seria capaz de coiíiV 0 fio de sequência entre e o presente. o pas.sado
fúria popular, teve de ¥
conipi l í-ndi-r a movimentos, moustrand mudança de tico, tôd; que pas.sa
ra e i
, (guando por meia tiuestão de aproveita in vaiores ro*íime extinto, não deia])roveitar, todavia, aljíuns indispensjívcis, inVê-se muitas vozes, caráter nacional, aproveitamento de Iiomen.-; coniprometiilos coni a situação dopo.sta, em rax.ão d ou do solidariedade política, mentosntanto, que toda i<'ííime ou si.-,tema polilevoluçáo politiea, assim _ a onda di» «ulios e perseKuiçoe.s, piocura o seu iionto dc equi- Iilirio ■ tro Valore:;
o, llo
JtistanienLe mj intercâmbio onmjvos e velhos
revoluções, ortodoxia, biimanos do 5íam d(‘ valores confundíveis.
revoUiçÕe.s de
as uao cuiturais em até (I quG, eml)ora e cai'g‘os são oleFoi cajiazes c riísiieitados
, com da República, no O reg'imo iC))ublicano, con quanto influenciado, ao mesmo tempu, pela filosofia positivista Ias idéias liberai
a proclamação Brasil. e peais, não pôde dispen-
a experiência o a colaboração do Império, fiTandos políticos
recuar no mo mento exato em que sentiu a inuti lidade e a precipitação de dicalismo sanguinário, quências mancharam os nobres 7. y ■ j 7 ■9^ tli/! - , A
90 Oii J*>‘ONÓMICO 4
ví>!uç<m‘-: <, fiiij da.-«● de.->tj oir mas í
I
k-,.
Gm vi Tenha-se ST ifti'
. sta, - renasí>
u que se verificou , j)or exemplo para ilustração, o movimento centista, cujas idéias renovadoras nao dispensaram em ab.soluto certovalores oriundos da Idade Média. A Revolução Francesa, depois de série clamorosa de uma erros, passada a
seu racujas conseprin-
sar de tanto no plano nacional, plano estadual, dos políticos do
como no E’ verdade que um aatig-o regime (já
cuvim»* ro Dirntii
baian.n i
.li/.rr <iuí' foi ■. rnndi*
clu'fc da política de eu-
dijrnidade não ficara .^otcriada "escombroi du KepúbUca Velha ● veconhecoi' Comoçou-se então a
pu iVriu - iTitoMciar rov.'*”‘* no'o, idéias novn>. Ni‘m 'fiupre é posdiírn.
Il r.N
l>\ o<\ «-xpoí leiUMíi tjue e
niümo na República Velha; nem 1' desprezado pela chamacia Mais uma Hçúo a filosofia da llistóiâa. fàcil-
podia ser “no\Tv ordem confirmar a revoluções dc?acreditam-se
nem tudo era èrro, em anacreludü que t ro imxlo: hoinon-^ OV*‘l t ií*a. As
:i ri a ;*-'' ripn». passado o. tanto, algumas a laiii;ar mão de zos
>lu<;«*f> pri-t«.*mlom, totioS ('S YC a pnn<!iírÍo? do vèmeios
\ vida poli- «●m nu mente, sempre que procuram nepai obscurecer realidades respeitá veis, ainda que pertençam uo acervo Uma revolução não e
as ou do passado,
c●ond^*n:*l^■*‘i>. suai, noslas. 11 nia>
eonu» a difamação pe^ íU srospoito a intençõc.s lio* lojro do]>i’is, quando cesinic-ia! <la apritnção, prodirecondições sociais de seu meio am biente. Nenhuma revolução
um fenômeno n parte no tempo Q inteiramente dissociado «a» ' amno espaço
sa a faso vi-toniar contacto com fiirmulas ipic, antes, haviam como imprestáveis Temo.s um exemplo bem Nos 1 o:io. ji rovídução dc
portanto, alimentar a suposição do suas idéias são absolutamencovrespondência que ns te originais, sem
ou nociva.-^.
tí))ico:
insl ituiçães o as blica VeMui.
curam li*izcs <’ sido com 0 pensamento e as influências de sua época. Os movimentos embora tenham idealistas entre o?> seus mentores e chefes, não podem evitar a presença e até a preponde rância de mediooridades ou de^ falhos absolutamente destituídos
revolucionários, valores, d
>
c dosf onfusão demaffüírica. que de tô- itruração periprosa
das as não respeitou sequer homens
revoluções político-sociais, a reputação de Tudo na Ue- inntacaveis.
Velha estava podre, no ditriunfadores de 030.
pública zer dos se a iirip5’essão de que a revolução espécie de crm.ada de salentão
puvitanismo que Não demoraram, poi\ máscaj*a dc Catão o re.s-
TinhaGra uma vação, tal o .se a !■)rcí?oava. rém, as decepções, oa cleseng-anos, as amarguras. Tempos depois, pela imposição inevitável das circunstân cias, caía
quando estão em evidência, não .‘su portam concorrência.
efeito de re-
E' natural que, por voluções, sob a atmosfera das xões e do entusiasmo eufórico, n ^ niinistração sofra interrupções^ nis cas, porque êsse estado do annn pstá na própria psicologia das luções. Nos regimes de ostabihda-
f i
4* J
Í>I i»;6Ntlí a. Diíii
primeiros fOz outra < c lias da revolução, não se neste país a não ser homens oisa riílieularizar os condena r. da ehamndn RepúAo lado de revoUiciorevoUição ■“i
i1 '.q
sinceros (não há tenha) vieram oportunisérito e som convicção elonnn n aru)s oue os de ideal ou de qualquer noção espírito público. Ora, um dos traços distintivos dos espíritos medíocres é a preocupação de aparecer, mas apa recer de qualquer forma, ainda que tenham de negar o mérito de homens sacrificar iniciativas hoAs nulidades.
o capazes ou nestas e proveitosas, t.»
tas .‘<em vada. é uma ■' f.
aos poucos, os homens cuja surg;iam,
lidade.
mas
)f. de, porém, a falta de sequência administrativa, por simples caprichos 'y. pessoais ou meras transições políti* cas, é um sintoma de irresponsabiHá ocasiões em que a para^ lisação imediata de obras que estão, ir, às vezes, a meio caminho e já de■ ram, assim, grandes despesas à Nar- ção, obedece apenas a. dois fatores ^ - psicológicos: o espírito de hostilidade política e a vaidade pessoal. Não -há, na realidade, em tais casos, sentimento do interêsse público, ■' o puro personalismo, o propósito de anular a ação do Govêmo preceden. \ te. Paralisa-se uma obra de gran^ ; des proporçoes, sem consulta às le-
Í-V^ gítimas conveniências nacionais
com ou-
.: a mesma facilidade com que se desf P^eza um plano administrativo bem 1 o^^anizado, simplesmente para neutraüzar ou apagar a projeção de y^®/?™inistrações. Êsses hábitos, de efeitos tão contraproducentes na vida administrativa do país, ainda encontram fortes estímulos na predisposição, que já temos, por tem-
. peramento, para a inconstância, fe continuidade, o gosto das ^ imitações e substituições precipita das. Está no próprio embasamen to de nossa psicologia a propensão natural para as reformas de superI fície, cujos efeitos práticos se limi tam a simples mudanças de
a nomes, deslocamento de móveis ou substi-
' tuições de chefes de repartições, apenas o prazer de mudar tudo, ino var sem base nas exigências da lidade. Justamente por esta razão, ' que, aliás, não deve ser desconheci da, é que o regime deve ter meios legais e eficientes para evitar in-
' terrupções desastrosas no curso ad ministrativo da coisa pública.
NoBsa organÍ7.-nção constitucional, embora defina os casos de respon sabilidade do Govêi-no, ainda chegou a um estado de aperfeiçoa mento capaz de obrigar o Poder Exe cutivo a submeter ao Legislativo qualquer plano ou reforma que im porta na suspensão de obras já ini ciadas. O ideal seria que a Consti tuição fizesse exigência categórica para que o Poder Executivo, sempre que pretendesse determinar a inter rupção ou destruição de uma obra ou de um serviço do interêsse cional, justificasse perante o Con gresso a necessidade da suspensão. Cabería, neste caso, ao Poder Le gislativo justificar ou não os moti vos apresentados pelo Executivo. Não existem, porém, restrições dire tas neste campo de ação administra tiva. Cada Governo é livre para dar ou deixar de dar andamento a quais quer projetos ou planos administra tivos, em virtude das situações po líticas. Nem sempre são motivos de ordem rigorosamente administrati va a verdadeira causa da paralisa ção de obras e serviços públicos de interêsse geral. A política interfere na administração, em grande parte, por mais que se procure disfarçar a interferência de cogitações políti cas sob pretextos comuns e triviais, como as chamadas “medidas de nomia”, Não se pode deixar de i^econliecer que uma das causas da falta de con tinuidade realizadoi’a no Brasil
nao naecoredução de despesas” etc. e a
reaingerência da política na vida admi nistrativa. E’ claro que todo Go verno deve ter uma política, uma orientação, uma diretriz, justamente para evitar a improvisação admi nistrativa. Há profunda e evidente
Ü2 S Dff:i-:sro Econômico '
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diferença entre ter umu política, no bom sentido, e fazer política^ na ad ministração, retardar soluçoes ad ministrativas para atender a conve niências políticas ou não prejudicar posições partidárias, forma, portanto, poderá ser satis fatória ou completa enquanto não se levar em consideração, com o ver dadeiro senso de responsabilidade, problema da falta de continuida de administrativa.
Nenhuma reo duração do Partido no Poder, dois grandes Partidos tinham, como sobe, influência decisiva na vida nacional.
tivas dos dois Partidos nacionais: Liberal e Conservador, nistério que se formava levava o proíjrama de seu Partido: reformas, substituições, renovações de quadros etc. Se os Ministérios não eram du ráveis, é clai*o que o não eram, por sua vez, os programas do GovêrA Execução do programa go●namental dependia do tempo de
Cada Mino. vei
Os se Houve outros Partidos, Não se diga que o mal nasceu com República, trouxe a trativa,
A República descentralização adminisnecessidade imposta,
Nao!
a como pelas condições geográ-
até mesmo, ficas do país, mas não criou o pro blema da falta de continuidade: enconio herança do sistema
No Império também controu-o extinto em 89.
existia 0 problema das soluções de continuidade na administração na cional e provincial. A Monarquia, indiscutivelmente, era estável como Entretanto, pelo meca- instituição.
político do regime, os Minismuito transitórios. Sob nismo térios eram de um Império estável e o Governo de Gabiuea coroa centralizador, te não tinha nem pòdia ter estabilias situações políticas O Governo de dade, porque inconstantes. eram
houve ainda uma Liga, mas Liberal e o como eram, inegavelmente, o Conservador os Partidos de expressão nacional. A influência do Partido Republicano, conquanto oriundo da propaganda mente depois das Questões da campanha abolicionista marcante na vida e no auge se tornou e que
política nacional.
O Império, finalmente, padeceu de continuidade também da falta administrativa em consequência das oscilações políticas. Houve Ministé rios que duraram um ano, dois e três anos, por exemplo, mas tive mos Ministérios de poucos meses. Houve ainda um Ministério que, em virtude de uma crise política, durou Foi o Ministério Zacarias de apenas seis dias. liberal, chefiado por
Gabinete era em si uma instituição há dúvida, mas os do regime, nao Góis e Vasconcelos, que tomou pos se no dia 24 de maio de 62 e, logo no dia 30, seis dias depois, via su bir ao Governo o Ministério con servador, sob a chefia de Araújo Lima.
Ministérios que nete não podiam administrar com segurança, porque não tinham temcerto de permanência, administrativa
formavam o GubiA contidependia. po nuidade
pcrtanto, das contingências políti cas, no âmbito nacional como no âm bito provincial, porque os Ministé rios da Monarquia se revezavam no Govêmo de acordo com as alterna- dias”.,.
liberal caiu no dia 27, e por isso passou à história parlamentar do Ministério dos 3
Ministério Na realidade, o U Brasil como o
93 DíüKSIO iiCÜNÓMlCü
1*
Se, como .46 vc, u inconKtãncia c1ü>Ministérios não permitia íTJimento inalterável dos o pro.HHtpro^íra-
tai. at ravi'três ano.' nrj r
t ucuvH Província -, noineadoH Karo era o que se dç
iP.-ntro, p(Ji^. d.t,. ij.jjj, U'i a a d-- nindamonf'-i p- litiva, i|UO
d- um pi.M-. ■' I. ; t>'rici)
oilonl 1 ;u
('Xpiiciiitinuidiiiíc. o fi'ní>in4-n.> falia lU- conmas administrativos no âmbito tcf ial ou nacional, situação idontic; ria na aciministraçâo das cujos presidente*-- eram pelo Governo Impcuial. presidente de Piovíncia
● ● pI-HH-ipa.:. (i;i r.i.iii
compa m
è discutir este problenii
di.de, jua, iin, ji-slificaj', iiis óric<
‘■onlinui. morava, sujjonhamo.s, Governo, em administraçõe.4 de dois anoH.
--. aimlu de fatos asração iio ‘ oin as eses, (Já tivemo.s
|f;. apresentamo.s ao T t História da Bahiaj.
p«Jii' He nao eni n>'S, (I exjii*(llc*l
● luc inci.iem .-obre
i'j ont(.*ira.; da í’/ virdudi* so de Não havia nem
líe.- PolilicOS p'ob cnias adano, ceasião drna tese nmnstí ativo.s.
ll' podia haver continuidade
I.: nistraçao das Províncias, í ■ que
lA '-on o.s presidentes muitos casos, de ^ outra sem tempo, i' um pro^^rama de
um ííies na passavam outro passar de ti-és a
t( ^
que as e da administração c;;lao nuiit verdade jcni <JU( i)ro.\imas; é tamnão lui (iüvêrno
I) admiuma vez , nos períodos
, uma Província em para «üquer, de traçar ííovérno. Jneífà-
í. velmente. houve presidentes í revelaram administradores de 4^. to, assim como houve I». chejçaram
anos, substituições Muitos presidon
por exemplo, mas eram frequentes, tes de Províncias fizen : de meses ^ apenas. A mo
4
im Çovêrno bilidade dos ; erovernos provinciais prejudicava ' .sequência administrativa. Nem mo o Ato Adicional de 1834, mm /■ instituiu as assembléias legislativas resolveu
porquanto a nomeação dos ■ tes da.s Províncias presidencontinuou a dct pender do Govêrno Central.
JJoHtit c.s (lii-etos a sulH,rdim.ea„ „„ „ ,.,„KÍieio,„.monto <1.18 soluçoe.; arlmini..t)ativas ● veniéricias
normais, vínculos a*m indiretos; oll mas as conpolítieas df oi'(li*m
●‘dinjilesmeuLe .‘-'oljretiido a chamai'
pespartidárias soai ou que se méi’ique s <iemonst ra ausência do que podcnujs na exata ace uina política jição do têrnio, uma poJitica de (; adoção consciente de pC‘ss(jal um crit em face dos
lan-que overno sij*niíica uério i tn'ol)]einas adnãü está, finu fato de cada Govêrno j)orque não ó
1 cabe aqui a discussão do problemsob o ponto de vi.sta doutrinário porque apena.s interessa o sen-ido V ático em que êlc se ajnesenta para >'● V, j .* r-
imO mal pos-
ministrativos. nalinonte tci. n .sua política, segurança sem sívol ft’oveinar com uma política, cia], dúvida nias o som unidade mal está substansom a menor no de.srespoito à própria nauireza do mecanismo administrativo administração é um fenômeno di nâmico, não ó (i.stático. niinistríjçào <Ío cont.imiiílcwíe
t.ogo, a adnão podo sofrer solução
P<u' bitorfe ajicna.s
j>i 94 -r I>1í:i .1(1 !●> (*\nMlco
' ● KvpübliMin.i (la.s cau-
-e li aii, iiiii jii (1 > 1
y. a mesprovinciais, problema o
arênejas ))L*i ió'licas da política.
A RESPONSABILIDADE CIVIL NO transporte de pessoas
Nk .son Hvscnu
. Nimi>l[o *\o SupmiKi Tribunal tedenil)
A ""
. iU' it^rcUo^ líumanisto c gramlc orador </. .u<r<»» ves“imiseu histórico”, como um ligio dc barbaria”. Ü direito facilidade de criar **iiecom a sua
abiliilaile f>l ranba JIO
dí
Paslava cogritaiulo re
l U* vulpa, como condição da ou reação juridiroito primido dano deuio dó alp:uêm, atendiaracioeiirit) sumário: uiu dano; logo, deves um ilano”. Não se faeluin inUaaunn, senão,
dica. tivo. coi ri*ntc Para a ri‘paraçao (1(> a imi Se i-aii-sastc si>fri*r me tambóm CLMtÍa'‘'í^ exclusivamciite, do íaclum extormim. a <‘aiisalida<K* física, não sc causaliílade moral, biliilaiie era puramente obje-
A lia .‘^P‘>n.'^a t iva. () riMiui.-^ito da culpa, como upia ét ico-juriilica, isto ó, pressucoiisurabilidade tia ação ou noçaio pondo .a omissão contrária a um dever do conduta, sob ponto tio vista tia moral social, ê romprisla do avançada civili..ação.
Ao (iireitt) evoluído ropugnou a idéia do uniii rc.‘=ípon.^abUicÍade sem culpa. Lilidade jurídica, não fato lesivo soja
causadora tio tlano, porque (> Para a i-csponaa e sufitácnto tiuc o materialmentc imputávcl a algncm: ●ccist) tiuo o seja, tambem, moralId’ cei to que, aqui c ali, em insinuavam
■' it*sp« »n.'foi ● xções” e “presunçòes júris et de jure , quando tem de dissimular a quebra dü lógica de seu sistema, foi ainda mais complacente’ com a responsa bilidade objetiva, mas sempre a titu lo excepcional. 0 princípio nuclear é que, sub specie juris, a responsabí- ^ lidado assenta na culpa, representando esta a violação de um dever juri- i dico-social, praticada intencional, te merária ou imponderadamente. èsto o critério que prevaleceu na le gislação dos povos cultos, notadamento depois das codificações. E perdu rou, incontestado, em todo o curso do século XIX, que foi o século da mais alta racionalização do direito. Entretanto, as crescentes inquietudes , da vida social moderna, originárias da intensidade industrial, da multi- ;
o pi menteexcepciomus, so casos
Foi
loso malaniente, versari in como nas re ilUcita,
rosítlu os concepção cia grosseira da. faso gcncsíaca do direito, do direito penal, oriunda. No pi-óprio campo quo veio a impregnar-se de escrupu£>ub jetivismo, se tolerava, anôhipoteses do a responsabili-
plicidade do eventos lesivos provoca- ■; dos pelo emprego das máquinas, da exacerbada luta entre o capital e o i trabalho, dos desequilíbrios econémi- j' do estilo vertiginoso dos grandes ' co e centros urbanos, inspiraram a espí- ^ ritos justamente alarmados a procude retificações ou compensações i do direito, e o rera no campo mesmo ' t
medio preconizado foi, paradoxalmeneontramarcha ao primitivo: j te, uma simples, ao cidtério .?
se dade sêca polo resultado lesivo; mas atualidade, foi relegado a isso, na
V.
Tu
0 retorno, puro e da responsabilidade objetiva, que tentou justificar com especiosos ar● 'í Ir 1
ífunient/^^. Jã na órbita <io riíroit por motivos '»utros, n ■‘^óbrc l',a. ^es pietendulamente cabepra o movimento de long-ínquo passado, proclanjand cessidade de aubst.tuir-se a respmsadó Wal""'"™’ “^'-Ponaai,ilida- <le legal ou social'’
o penal, embora chamada *
científicas, enrecuo ao o a n<, 'lesDrovIH-. .1 qualquer cunho ético í“o*^homem é responsável nomcm e porque e enquant
mcsnio fctuia da lori, IISIJW
na cNa,
li ●. I*» "fundo qur chegou 'Ubsnliaria du r
f* <lecliua-l culpa. T
ca: <> ílf flaiu» flf tio uma prepr rfvpf.n^abiljdafj,- fif o r priotái i<i-giiarria, Ia prova calial do .'Oimuite eiidiv<-\ ca.';o ●)i f uito Foi pe- o vive em sociedade”), mais para que, civil, a cando
a I n«ui-.se pacifico la Krani;a, \ que fio.s tribunai -; K-fci ido ai t. l I o encerrava, ●oií,nte da utili/avao fie coisa.s irianiina<iav uncão fh-
r'
I ,
1:
a ponsabilidad re.s-
um estímulo pela teoria^ defr^isco umu eeneraliv./í * P^opugnasse fe oneraluada extensão da
e objeti Não va ou de íçarantia.
tor«;a maior f.u cati.-a estranha, .pi,. lhe luio fos.se imputável. \..,n mesmo hasta que I, proprietário-guai da prove «lur í-nipregfju a diligência devida:
> , cum“ ‘ ompleta impreisihihdade o inevitabilidade do eveii* ^«ívo. l-:n, matéria de aeitlentes
saçao, PerfóiuUTe^ÓÓeiHvór
euipa, mas limitando prévrÓ"t?
nfanamente. salvo o oaso dÓ , , o cuantun, do id guod interest Jm compensação da inadmissibilidade T apêlo do acidentado à re.snonsMK-idade de direito comum. Pleitear-im a ampliação da responsabilidade ob^ tiva a outros setores, notadamente em matéria de transporte de Saleilles e Josserand foram, na Fran ça, os precursores de tal movimento Foi «descoberto” 0 S 1T do ^ 1.384 do Código Civil de
- pessoas. art. Napolefio que passara até então e em torno dêle entr
'
se satisfizen nos com do trabalh , inadvertido, ou-.Se de fazej
através de filigranas de dialética ó pretensos subentendidos do texto ; gal, a construção jurídica da ê do risco dentro do 1804.
leteoria próprio Código de E certo que não vingou, em a sua plenitude, a famosa teo-
|;o,tlÇansp,„.l.. de pessoas, a responsaxou de ’ tloitual. ser aquiliano, par lí-^cogitou a scr contra-.se que o contra(<'. di ● nsporte contém uma cláu.sida nln ií-^ícional implícita, ainda que alheia pelo nu’‘‘cláusu-
oiiri l í-^açao, por parte de levar o passageiro
● I. e
'I intenção das partes ou, do transportador: é a ' de i la incolumidade” . ou seja. lo tran.sporlarsão
●uR-ar do seu destino. Idonw cou-se no eontrato <le transporte ' ‘dnigaç^jf, resultado, ^●mplcsmento de meios.
f‘‘dor se obriga í te ocor
t* nao
dÓieÓ.,'1^ '-'T BCBurança la ri' «'«-isação ifl de djhgencia geEstá-se a icialismo da construção, êica olementai- que o, trans¬ port
ver o artiE’ de 16ador não seria tão pomatadamen-o leviano a ponto do assumir a vqp.>ponsabilidade de levar, incondicional mente, o passageiro são e salvo seu destino., .sabendo
Tratarao quç não pode
rUh l)f i; ..N. >\ii> 1» r» V r
d<*ix<*u I la. mo iurjKprudénfja frant 'U ,'
as duas teorias, pôs?Ó Óu! ! a responsabilidade ainda na ■‘'●_'"'te de
O transpora fiLie nenhum aeidenla ao tiansportndo
I -j
toda
mi|>filii'. >enao limitadamenle. j »lo movimentos, ou tratât.i t omo so lora um saco de batatas ou um suíno, o que, por isso mesmo, i ro.iuontmm-nto ocorrem acidentes cni tia atividade própria e UviXJ do pa^^a^roiro. O que o transportador assumo, em tóda n evidencia, e tao
òmcnto a ol>rigat.'no do emprego da ailijròm-ia normal para eviUr aci.lonto.s no omso do transporte e em razão ilòsto. Se vem a ocorrer algum
hã nloa, nãc» exi)iessanientc cobert» íj pelo contrato, é um ilogrismo jurídiCO falar-se em culpa presumida, meamo relativamente.
Decidir de outixi num
modo, na espécie, é desnaturar o con- \ trato de transporte de pessoas contrato dc seguro.
íponderá ôle, se fôr o caluiliana, segundo
●al. o não por fôrça de uma contratual de
aeickmtc, res_ eiilpn a m ]>or SO, roííra i4C'i i
maíriniirin olumiclaclo
(Io acMcUmtcs imprevistos no curso transportes impõe, òbviamente.
●cláusula A á’ea on frequên- ● n« c*ia dos iií> ou
●aso, o reconhecimento de uma «imoles ’oln-igação de prudência ailiiôncia. Inteiramente arbitraria é a presunção, ainda que ]uns tantum (le transportador. AsVoiuo o médico não pode obrigardoente, senão a fazer
düs Mas não ficou nessa negaçao princípios tradicionais a jurisprudên- j cia francesa. Se o meio de transpor te é dirigido por um pveposto do de ^ aufere proveito da utilização do j quem veículo e sobrevêm um acidente por , culpa do preposto, o preponente res- i ponde pov presunção ijue não admite prova em contrário. Ao c^ue se alega, o preposto não é mais que um ptolongamento, uma longa manus, um .j substituto ou representante do prepo- ; nento. 0 fato daquele é fato deste. Provar a culpa do preposto, é presu mida júris et de jura a culpa do pre ponente.
ft im o Infletindo-se para o franco terreno ^ da teoria do risco, invoca-se mesmo o cujus commoda ejus et incommoda; quem quer que empreenda um tra balho ou monte uma empresa para auferir proveito, aceita, necessária- >
sG íi curni , t , j. c nara cura-lo, o transporta- /> 1‘)OSSl > ^ ^ »
dor não pode obrigar-se a que ne nhum acidente ocorra, mas apenas a ijossível diligencia para Num contrato cuja emproírar * ocorra. a
apresente frequentes riscos a presunção de cul- pode criar nao SC ser que se reconheça que justiça. Onde não pa, a o
mente, como um contragolpe, o ris- -^Ê co de danos que êsse trabalho ou empresa pode causar a outrem. Se- r melhautes argumentos não resistem a uma análise sé- ^ ria. 0 preposto só ^ ’● é uma longa ma-- | substituto I do preponente 3 quanto à execução normal ou regular ^
,
nus ou i;r; do trabalho ou ati- ' II vidade incumbidos, ') Pora daí, pÕe-se à. '
I‘>-ON<S.MKX» I JJ».»-.Vl«* ●^í-
1
^ marKcm tlu rt-lavão jurídica prepí.nente, a.s.sumindo po^ivão autôj. noma, e a responsabilidade solidána do prepononte, como postula a doutri^ na clássica, só será reconhecível r , contribuiu
coni o se ^na culjia proi)ria
com pee com razão, (jue
, m dizendo ou in vÍKÍlando. A in condicional absorção do proposto lo proponente só é concebível d.oitro da extravagante teoria do risco, da ClUa. ja se disse, adotada
na sua pureza, parali.saçãü de tódas í
1 redundaria as atividades
i’avao da tcoi ia d* ● iliedecí-ria íi
idéias no senlido da dctVsa dos eco-
* n "), na ●.●'^pcuv, mod* ína corieiuc de nojnicamcnlc Ijac.; ,i„^ riomiraiiu-ntc f-o u-.;. Oia, as vitimas <1').-; ac:(Í'*Mlt . de lran^porlc tanto pod<-m M I p(»loe- cpianti) ricas |>e.-sOaíi
, in.'- ii.st cnt avL‘1 ilogi.--iii(i ijUO :-ciia c a síT privilegiu da pobreza, temperamento, leito a induiizaçao com fundamento nc. rcspuiisabilidadc
i
pa - em ípialípicr dU o -em culpa,
0 binômio provcito-resr; ponsabilidade, dos teorista.s do risco l ^:"-*etor da atividade do transpm’-' k iriecusaveimente inadecmado.
na Os a vida urbana ou comunitaçao interurbana, são uma improsi.ndivel utilidade- coletiva. 0 Hsco criado na espécie, portanto, individual, mas coletivo, aas de ti'ansporte, a vida moderna,
Para remediar to, crie-.sc o se¬
● “í^Çoados ao atual teor d
üu atenuar as con sequências <los acident(r.-< do transpor.seguro obrigatório
nao é As emi)rêem adequação com «penas fon nao são -
% ■i6'-te de lucro para os seus rios, senão também proprietáum relevantíssiino proveito para a coletividade cantemente injusto será, ontão. ^ atiibmr-se o risco a responsabilidade Igr^; exclusiva do trarnsportador. Diz se que há a atender à nova corrente de ideias que se denominou “socializa t . Ção do direito”. Mas qpe socialismo jurídico e esse que faz, corresponder um proveito geral dade exclusiva de
TChor a « 1’osponsabilium só? A u
í^- lucrativa.s. gundo fórmulas lêz, aliás, viaveis, como ja se no transporte aéreo c nos acidente.s de trabalho; queira .subverter os fundamentos do direito formulado pelo sentime nto do justiça e pela experiência dos sécuos, revivendo o barbarismo da ponsabilidade objetiva, omlü nao se perde a jnoocupação de «mitir fumaça quando o Wdho Mun do acende fogo,
mas, nao so resNü Brasil, ciiidou-sc de impor-
u jurisprudência franco.sa. Não tínhamos, é certo, a cêra mole do art.
tar ressuscitar o defundo. E abstraiu mais: -se, pretorianamonte, o elementar priucíino jurí dico de que a lei que abre exceções
m só abrange os casos proveito social deve corresponder ^ uma responsabilidade social, e não uma responsabilidade individual. Co mo justamente acentuou Gowman " ' irreconciliável contradição noção individual de responsabilida de e a “preocupação social de prote ção da vítima”. Argúi-se que a apli-
reos meios a cüineNão há comparar o
a regras gcrai.s que específica, e, pnr pretensa anaiOgia, ostendeu-se a aplicação do divivo jus singulare a todos transporte coletivo, çar pelos bondes e a rematar nos autos-lotação. Porçou-se uma analogia que não existe.
n há entro a .d 4 ■rz ' [1.
98 nii.l.s-lO KtU*NliMUtO
1
● 84 do Código de Napoleão, mas tín íamos, para apoio da presunção tte culpa, o revogado dispositivo de uma lei do 1912 sobre estradas de torro. A taumaturgia dos intérpretes tratou de fCz-.se
tr»
‘ni fU* ferro com os riieios dc transmbaiio: naquele, o passageiro se entrega à mercê do muito menores são
l
l íSOOS t)
porto oomo que t ransportador e ; dc acidentes, dadas as próoondições o circunstâncias cm realiza. E se entre
o
apr<jxima nhas*’ ou o 1.523 do nosso Código Ciurt. f A vil quo exige, para o efeito da res ponsabilidade dü proponente, a coiicorrònciu de culpa deste com a do pi-oposto, passou a ser um raput mor^ Lobrigou-so radica] incompa- luuiuesse artigo e o art. tihilitlaclo entre
do iiue ó complemento. Abs traiu-se que um e outro gravitam na dc disciplina da i*esponsabi-
ü ai^t- Nüo é exato que culpa presumida ou O § únisão
de oulpn. 1.521 encerre rcsponsabilidade indireta, do art. 1.618, ao dispor que solidariamente responsáveis com os autores (do aco ilícito) os cúmplices e as pessoas mencionadas no art. ^
1.521”, não quer significar que estas * respondei'ão ainda que não haja de , parte contribuição de culpa, m committcndo ou in omittendo. Res pondem solidariamente os cúmplices porque contribuíram dolosa ou inten do evento
CO sua cionalmente na causaçao
designadas no lesivo, e as pessoas art. 1.521 ainda quando sua contri buição tenha sido raeramente culpo sa, conforme vem a explicar, com to das as letras, o art. 1.523. 0 nosso legislador de 1916 distanciou-se deli berada e conscientemente do modelo francês e não quis, sequer, aceitar sugestão do art. 831 do Código Civil alemão, que êle tantas vezes folheou e que admite, na espécie, uma' pre sunção juris tantum de culpa. Ficou doutrina clássica, que não com-
a com a
niou-se cin e ti cla
Hdlule aquiliana ou dclitual, para afir1.521 estabelece uma ,^pu--SG que o ● -restrita “responsabilidade indireta” presunção absoluta de culpa con1.523 renega. To¬ ou corrente. qiie o de empréstimo à jurispvudêndoiitrina francesas a trouvaille de incolumidade’ fláusula nos
dc transporte, para arguo fato mesmo do acicontratos nientar-se que
dente importa a presunção de culpa E’, positivamente, ti*ansportador.
o direito fora dos textos legais e do próprio raciocínio lógico. Não há
c'ontraste algum entre os dois citados Evoluem ambos na órbita responsabilidade extracontratual de influência ou de pro-
cio artigos. da na zona ou
aquele que voluntária, negligência ou imprudên cia, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o , excluída qualquer presunção 99 dano
ou
preende presunção de culpa, absoluta relativa, em matéria de dano aquiliano. A pretendida antinomia en- ● tre os arts. 1.623 e 1.521 somente
pode resultar do “troppo razzionare”, que ti ansforma as coisas mais sim ples e mais claras em novelas ema ranhadas ou chapéus pretos eni quar to escuro.
Um aresto do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, da lavra do provecto desembargador Sabóia Li citado e louvado por Carvalho basta do art. 159, segundo o qual ma, Santos, assim disserta: culpa do substituto (em- provar-se a
por açao ou omissão
I.
re atendendo-se ao p
99 (>SoMK'U 1 .)lf.1 ■>. l o
[1
pria.*^ tráfego SC ip.o Ôlo i* rotlar k é f
t> h.uiilc há a semelhança de .<ôl)ro trilhos, nem mesmo isso tios ônibus, dos “fomidos aiitos-lotação. r
1 .r>21.
jeçuo
pregado ou preposto) para haver-se como provada a culpa do substitu*'' (patrão), porque, \
X-
principio que determina a leAponsabilidade neste caso, verifica-se que
não se trata senão da uplicnçuo da responsabilidade pessoal, porque o iv presentado, que responde pela falta alheia, comete um (juasc-delito, correndo em culpa in elÍKcnd*> ou i: vi;;Ílando. culpa pela escolha do preposto. ou culpa por falta de viífilún‘.ia, ffüis que é obrigado a escollnbons prepestOH, e, se não os escolhe, responde diretamente por culpa
in in I 'iia ojn responsa-
I como faz outro mesmo Tribunal), póstu que os fatos que violaram o direto oe outrem sejam cometidos pelo presentante, preposto ou emprcíçad responsável ”, Oi a, raciocínio 6 tud de.sarrazoadü ►
me pronunciei, resumindo os moti* vos do meu voto vencedor: "E’ in justificável jurispnidrncia a que.
apí/iando-.se na teoria do risco, inter preta o arl. 1 .5j:i ai arrepio do scU texto, claro e inilndivd. S«‘»hre apresentar-so contra IcKcm. t.il jurispru dência revela-SC inteiramente alhoiii ao teor da vida
civilizaçãf» atual
inúmeros com moda,
h
liorte 08 incomnKKla re.suUar, como contragolpes. Há uma álea de
(pie possam daí acidentes de que não pode
indenizar-se, invocaiulo ojna admite que a prova de culpa do é a prova de culpa do porque êste teria faltado vida diligência
giai' aquêle, mas não
o majs prepostü preponente, com a dono escolher ou 110 viGxplica o por
querer indefensável va das responsabilidade objetiemprêsas de transporte, art. do Código Civil é incensu0 rável: Gm face dêle, as empresas de transporto não resjjondem pelos danos decorrentes de atos ilícitos (lo seus que dessa falta, rediindand tolerável apriorismo. ceitável
um inDe todo inaseria reconhecer-se que o .simples fato da ocorrência do evento lesivo por culpa do preposto dem tra a culpa in eligendo Jando do preponente. Os por mais hábeis
onsou in vigiprepostos, ou mais escrupulo
ésamente escolhidos, não são os gênios da atenção ou da prudência, estão isentos de dar e não causa, culposa, , Por outro lado, o preponente não pode fazerse a própria sombra do
o nsonao quando provada a Gulpa in eligondo ou in vigilaiiA êste trecho do acórdão, emérito Aguiar Dias, de renda”, fêz a seguinte crítica: “0 que fêz nos merece admiração, ó estabele cer, contra a responsabilidade obje tiva, a irresponsabilidade objetiva.
mente, a eventos lesivos. preposto
, para vigiar-lhe, a todos os momentos, a atividade funcional.
De uma Feita, como relator de um acordo do mesmo Tribunal, a que jn tive a honra de pertencer, assim
prepostos sua do”. o U punhos com eminente magistrado, que o
Vale-se mesmo da fórmula dos par tidários da teoria do risco, invocando a máxima ubi emolumentnni, íbi ours, apenas invertendo o sujeito a quem e dirigida. Sc é jus^o que o homem citadino suporte as desvantagens da civilização como contraprestação das utilidades que ela lhe proporciona expressão acabada do risco de viver » mi cidade —, porque não poderá a
. .lÜO Ijlt.l MII l .í < »N<»\!lt»»
t
(já aqui não se fala bilidade <
eon temp(>rànea. A oferece ao líomcm entie »>s quais u rapidez dos transportes, tornando'O intensí.ssiíno, nos «●randes centros urbanos, <> trânsito de veículos na via pública, bomem E’ justo, portanto, (juc o citadino até certo ponto su-
indireta” julgado do reo do semolhante quanto há de inconsistente: ou
>_
recolhe os commoda da que oxploiaçno, suportar, com mais jusincomnuída que ela lhe
No mesmo dinpasão afirma Ministro Orozimbo No-
tiça. traz ? ” t)S ominciiu i I i*m réiJlicn a um voto meu no Tribunal Federal: “Não é nato. Su}>rt>im)
hoji*
lOx. chogrn ato a nu*a tratual, para valno uuo lOS
ipie divirjo de S. Ex., raclicalnionto. absolutamente, porque S. aplicar ao caso técprtipria da teoria do risco couconsiderar que o indivivo no gôzü dos benefitlas cidmle.s tentaculares, tem de
K' tameiite CHJllt J ií i*
daí decorrentes. c.s nseos a teoria do riseo empregada exaj>aia justificar a da culpa o indivíduo desarmado e
(pie, muitas (Ias mo.. . las t rânsito,’
, vezes, tem do esplendor inelróijolcs apenas o tantalisO benefício resume-se, muivêzes, nas batalhas perigosas do
diílo
Llvitlentemcnte, fui mal compreenpclos meus ilustres opositores, sustento não é a irresponsabiobjetiva das empresas de
nitíUinnte critério de decidir, como é sabido, tem levado, sucessivamente, à falência e consequente paralisação, oom grave prejuízo do bonum coinimine omnium, várias empresas trans portadoras, cujos capitais e lucros não puderam fai^er face ao montante das vultosas e frequentes indeniza ções a que foram condenadas. In surgindo-me contra os que tentam justificar a responsabilidade objetiva dos transportadores, procuro demons trar, com argumentação idêntica, que será também justificável, a irrespon sabilidade objetiva destes, mas, como, num caso e noutro, os resultados se riam deploráveis e avessos à justi ça, o que se impõe, inelutnvelmente, é persistir-se na teoria da culpa, que a nossa lei civil expressamente consagra e nos vem da inexcedível sabedoria des romanos, que, como diz Anatole France, com justeza quase impecável, “legislaram para a eternidado”. O que impugno e reimpugno é a jurisprudência que, mesmo no do desconhecimento das causas caso
o que seria tão absur- tiansporte, do (luiinto a sua pretendida responsa bilidade objetiva. Meu raciocínio é atividade de transporte não uma fonte de lucros para explora, pois representa,
a (● í\ (^uem também, inegavelmente, uma utili dade geral, um benefício coletivo, um ●oveito social, e, assim, não é justo os riscos de tal atividade fiquem ■estritamente a cargo das emprêde transporte, ou que estas res-
outio: apenas
O ípío tidade do evento lesivo, ou quando êste de riva de fato da vítima ou de tercei ro, embora conjugados, concausalmente a fatos que a vida nas metrópo les tornou normalíssimos, não vaci lam em afirmar a responsabilidade dos transportadores, por presunção juris et de jure, — o que vale o mes mo que responsabilidade objetiva. Tome-se, por exemplo, o caso que 0 acidente, causado por fato de terceiro ou falta da vítima, colhe esta estribo do bonde: enten-
Pi que iri sas pondam ainda quando não se apre.sente efetiva culpa dos seus preposcontribuição de culpa própria tos ou
em a viajar no
de-se que há culpa do preposto di rigente do veículo aliada à culpa da emprêsa-preponente, que é, obrigada a reparar o dano, sem qual(juer abatimento do respectivo quan¬
assim, dos proponentes na produção do evenle.sivo, e isto em contradição coin (► jiróprio ai't. 17 da lei de 1912. Sct.)
101 I )tt.i % lo l::coNO>u^;o
tum. Ora, a culpa proaáupôe, ceitualmente, uma anormalidade d«conduta, e niníçuém pode constut que já se intcícrou nos liál>ito>^ d.v popu)a^‘ão cítadina, notadamentc horas do rush, ‘ j do bondes já lotados.
coiiar na o viajar no.s f.slrir)o.-< isto pa^ ',u
ao rol dos fatos triviais ou cr» riquci ros. E’ o quo acontece todos «. <lki0 que toda gente faz. K’ o quiKl plerunque fit, o que normalmcnfe pratica. Rocentemente, na Capital i-ederal.^um jni?., ao conceder SIS a um motorneiro do bonde
^ por lesões culposas, impôs-lhe a condição de não mais permitir pingentes». E* claro que o motorcumpriu a condição e mesmo a declarar, de públi que não a cumpriría, opinião pública ficou
SC 4( surcondenado os neiro não veio ICO 0 raso, Rois bem; i a mo
COIU'* o nvr»
i\r I*'i'<-hado.>, já '● nma
ejani i>
trânsito nas ^fiiindquanto ao uoj if»* bond** :i da.!r-7 K f»*ohndos, num pai.- on<lc* a !rmp«-i-ittiira atin^tc a in ifioij. i-enlii.''!ado-. . i-rra a-.Min m» InfcT.●Miava^rãnoirPM>i. cMijo in' «n titiii i.m venln-
no. (MC. (lllc tcM ior aliafarliçe deiro ●:upli' Ío iic (Mtnt radndic.-K^Mi'» '●onizado.‘;
go na mufr-mtam, <● a teoiMa do rijco.
I f I
AMia 'I'* \t iau. (1(1- Icru* - >● preapena.- ivvda .< “laMN* co em (jije se co]n am aqii(‘-l«'S «pK*, c.specic, ([uereni riinfiliar coisas gritam de sus*o qM.Mnd»» se deMii aja. a t<Miria da culpa
MAdmitam nham por os, razao em, (pic êlo.^ teA(Medilem(*s, com a na incrível ‘‘cláiisu— ao lado do/ torneiro e o juiz tratou de rovoRar ■ nao 0 «surs.s". ma. a condirão Im.’ posta._ E que já está apoiado pela consciência geral o costume invetera do do viajar no estribo. „„ pode, então, reconhecer condutí mal das
fogueira da fé, Ia da inc(»'uni:(i:i(Ic” implícita no contíalo dl* tran.‘-porte dc p<*ssoas. laciociiUMiios: .se o passageiro sc dis põe a viajar no e.stribo do bondi*. é evidente
s ou com a parali em detri
Como .a anoro
o emprêsas de bonde
propostos hábito cotidi de e contra go de confli tos e violências), sação da marcha do veículo mento dos outros
-
passageiros. Objeta-se que as empresas deviam tar 0 número de veículo.s ou somente / fazer correr bondes fechados.
aumonComo falar-se em acréscimo do número dos honrados, barateiros e democráticos bondes, se os já existentes são a cau-
máxima do congestionamento do sa
K quo o faz por sua conla e nc(.‘Uan(lo (» maior pcrig<> ou IM.SCO, oxp(jiulo-se a éste volnntàrÍamen’e. O transportador COS, síuuonte assume os risó claro seus com o assentii-em nesse lano, que entrou na álea perigos geralmente consentidos, o qual, aliás, seiia inútil qualquer oposição, a não ser com o aL'lm Lm -"«Id assim, com o serio peri
Oüino as segurança (]ue Ibe oCeo que se o jiassageiro as despreza sponio wua, há uma alteraçao do contrato, cancclando-se a tal cláusula de é l()gico incolumidado. Ou isto ou a bígica já deixou de u coerência do lacií». ínÍo.
, m* pri'ssuposto do <1110 (I pas.sageiro se submeta i condições do rece; dc niod
scr Assim
Como é dos nossos estilos, o fervor com (pie comungamos de idéias alie nígenas sempre nos faz dispo.^ítos a levar o disco além da meta.
o
enquanto a jurisprudência na espécie, depois dc in-
que, francesa, Iroduzir a teoria do risco como sub sidiária da teoria da culpa, já cuida, atualmente, de rever a si jiríípria,
102 ív <»\6Mir*»
erisc, sordenudos. paru
«ouu» n*
|itl;i<b* , inais, para 3 i . .
admitir, com maior lacilidadr, dn vitima ou o fato de teiveifxoludontes da responsabitransportador, os nossos tribunais se empenham, tada iu> oaminiio da teoria do idontifiearom a respon-
● íbilidatio do transportador ainda em relação n cie, consti- i«m si'camais característica infelici-
a .-; 4ue. t ucíii
lo, oi-oi rvu o tlò.stf.
Xão há muito tempo, no Janeiro, ipiando um bonde da piMielrava no túnel do Pasdesabamento parcial tendo sido atinírides vários Não obstante a culpa tios oiifrenheiros da Prefei-
pode atingir a resultados do0 semimonto de justiestratificaçâo profunda,
ça, na sua não existe no seio das nmssas popu lares. que 0 não experimentam senão quando se sentem prejudicadas, e são indiferentes à lesão do direito dos outros. A justiça não pode ser per cebida. em toda a sua plenitude, seResuita daí que não por uma elite.
necessidades
CNO
I u ra, e»np'õsa
i.rosoíqnco
iiia
tinnus do inn (c
E do assim por ti’
i V lusiva oonstituindo o fato, no tocante l ran.sportadüra, um macaso fortuito, foi a últincloiiada à indenização das vioii seus parcmtes, sem desconto contava. Mais ainda: proclalospoiisabilidadc inteira do transportador ainda quando o acidenrcsulta do vício intrínseco do veít ulo, oxclusivamcnte imputável ao fa})i ioante o inacessível ao conhecimentransportadov.
num crescend<» alarmante da
iliaul o, mais crua i-osponsabilidado objetiva, c reafirma-se que isso é louvável socialização do direito.
Afirma-se uniu
0])onho, veementemente, os meus eml)arfí’OS. A .socialização do direito não
po E’ a tiça.
bicv: so a.
(Io conduzir a um direito sem jusjusta advertência de Ronisocialização perde de vista vai redundar numa filo-
Ju.stiça, a utilitária, intolcrantemente soíia
<L o.star
Hando-se à concepção política que j‘imdamonta os regimes populares, e ó de prever-se que a procura do bemdas massas, ao esboçar-se uma
0 direito dos regimes populares, cons truído sobre bases de costumes mais ou menos racionais e sociais fortemente sentidas, pode evo luir rapidamente para a injustiça, que 6 um direito sem justiça? De pois de formular esta pergunta, pros segue Rombier: “Aqui ainda, os ju ristas da escola sociológica não pu deram ficar insensíveis a esse re sultado, e os mais eminentes (como Léon Duguit) tiveram de colocar co mo fundamento do direito, ao lado das necessidades da vida em sociedade, o sentimento da justiça: é a confissão de que o realismo jurídico, se pode inspirar um certo número de regras, não está, entretanto, em condições do as fundamentar tôdas e, em con sequência, não é um apoio suficiente de toda a ordem jurídica”. E a so cialização do direito, digo eu. ter.á de ser feita pelo legislador, e não pelo juiz, que não pode julgar das leis vigentes, deixando de aplicá-las, a pretexto de que não correspondem ao que êle entende por “boa política social”. Contesto‘formalmente, de lege ferendo, o acerto do critério ju* risprudencial de que ora se trata; mas, como quer que seja, não pode haver dúvida de que êle traduz, atualrirntc, uma negação frontal do Códi go Civil pátrio.
103 - Er . ^ ili< ‘
E
1
latt. Ias Kio
Sobre a incultura na rotina agrícola (*)
II
Si IY.I.U
há poucos dias tro Décio de Moura, chefe da debrasileira a Comissão K nómica
o minisroC América para a
aiíiicultuja A diminuição do empré^m «upérnuo de homens nas atividades tem elevado o índice dutividade
rurais propermitid per capita e o, o alteamento da
geral du consequentemente, nossa riqueza".
Parecem palavras
copiadas de relatóri sem considerar
hoiU‘>itidad(' orvcamzavaí). a tade (!<● i»j‘o>ín-dir rural ná<» mclhorarain <l<i a vonm>ss«) liomom atiiia muito, V estão lavrador ameI'. vcrdadi- <|Ue, excepeiomilestas <iualidade.s morais, que nao deixam de s(*r fa'or de produção, principalmente na a^rrieultura moder*íü, já podem
simplesmente -tos ostadunidenses a realidade brasileiInfeli^.mente, ra. ao contrário Hn que se passa nos Kstados Unido pa.-tn- de 1900 ou 1905, a nossa a.„ cultura amda se acha em regime ,le abaixamento contínuo da produtividade agrícola per capita.
a enorme distância <1 I) ncano. mente, sir c<nstalailas entre
Apesar do
.solo não de área plan tada. Dimmuiu por habitante devido ao enorme crescimento demográfico
Produzimos hoje um pouco mais que' por exemplo. 15 ou 20 anos atrás’ mas usamos bem maior extensão de terras e temos que alimenta mais bôeas. i’ muito
nos em certos te, não deixam d<* Ksta
s, mas, infelizmen.ser raridade, por nossa triste afirmação poparocer monstruosa aos iifanistas, ‘ njo patriotismo tifcralmeiite não pns- Ha dc
caso ora.
de exaltações orais
H a , etuiuanto os atos podem ser fàcilnienle voltados tne.snio contra a ))átria.
A melhor maneira de verificar a afirmação é ver de perto como tra balha 0 lavrador cá o lá. lí aconte¬ ^ ● 4.- tratore.s, adubos e inseticidas de eficiência norte ricana, a 1 ., ---ameprodutividade do
ce que a técnica feita na agricultura foi })ara .satisfazer as necessidades do lavrador de lá, impingida e ao passo que aqui não concorda com a
mentalidade do nosso lavrador.
Começa com o fato que gente ile tiada nao trabalha na terra tados Unidos e no Canadá:
os analfabetos balliadores assalariados, têm
Uma das causas principais desta situação, subestimada por falta de termos de comparação e por não nos ser nada bonito, é o fato que a cul tura, a capacidade de trabalho e di , preferem
nos Es mesmo entre os tra üs que não paciência para ler meticulosa
uma ou usar inseticidas
são rarosmente um prospecto que acompanha máquina ou instruções para mandar analisar terra, aplicar adul)OS
em pois a agricultura é só para in „
o*L artigo foi publicado 9b, cie novembro de 1952.
no
-
F| ● *
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fc
e
pregar-se como operários na indús tria
divíduos capazes de tal ocupação com
Dai o fato que sifazcndeiros, ou melhor, dos que lá trabalham na considerados como pertenà cln.ssc média e como gente
é definir as medidas necessárias para elevarmos o nosso nível. Para isto temos que descobrir aonde o carro
papel impresso, tiantos ou uns 00'^í pega. Antes de tudo, a cultura. Vinte atrás di.iia-se que o nosso horural é analfabeto e doente. HoMuitos
N'ova Inglaterra).
anos inem je isto nâo é bem verdade,
tiTia, sao . 1‘lltos abastada (exceto nas regiões monta nhosas dos .Apalaches e algumas da dos que são incapazes de lev e escrecer, mal sabendo assinar o nome, já passaram pela escola em criança, liam bem e até tinham letra bonita, mas desaprenderam tudo porque nun ca mais tiveram necessidade de ler E nem sentiram essa ou escrever,
nece mo nun uso cola nos órgãos cantes ou
ssidade. Seus capatazes foram os únicos que a sentiram, e, assim mesmuito pouco, pois por sua vez foram punidos por desleixo no ca
í. 1 I
ilustração c do patriotismo, igualmento não costumam ler os livrinhos e folhetos'de instruções das máquiagrícolas. são incapazes de le- nas
de produção, economia de tempo ou admitir a facilidades sem outras idéia de que a má fé possa ser ren dosa. Muitos folhetos são escritos por especialistas e professores universi tários afamados que por dinheiro alde afirmações gum seriam capazes
infundadas.
var a sério a diferença entre os vá rios inseticidas ou adubos, recebem sem ler quilos de folhetos das Se cretarias e do Ministério da Agricul tura, concentrando a sua atenção ape nas na venda vantajosa dos produtos, nos demais negócios ç no pagamento parcimonloso dos seus assalariados.
Não vamos com as nossas.
comparar, ponto por ponto, as condições norte-americanas O que nos interessa
Em resultado, o mesmo trator que na América do Norte dura 15 anos, trabalhando muito, diàriamente, aqui está abandonado após 5 anos de serviço, jazendo aos pedaços en ferrujados num valo ou atrás da tendo afinal trabalhado' cocheira,
bem somente nos primeiros meses, i
j
ll'õ DU.I NTO RrONÔMICO
O resultado é o plantio de cuUura:^ na época certa, bem de acordo com o solo e o clima, bem defendidas con tra a erosão e as pragas, bem aduba das, bem colhidas, o produto guarda do som SC estragar e sem criar ratos, c finnlmcnte vendido em condições financeiras das melhores do mundo, considorando-se a quantia embolsada pelo lavrador em comparação com a cobrada pelo varejista. Está tudo bem organizado porque todos seguem .sèriamente as instruções impressas. do associações rurais, cooperativas, -.jins de fomento agrícola, fabri- . vendedores de máquinas, 1 .1 l
o máximo res o va--II I J I 1 i
de máquinas, inseticidas, adu bos, ou por atraso de dias e sema na execução dos trabalhos agríMas os maiores culpados, a s,
so ver, são os fazendeiros, “doucoronéis", que, apesar da tores ou inseticidas, adubos, etc., todos êstes desejosos de conseguir rendimento para o lavrador a fim dc venderem bem essas mercadorias. As instruções dos fabricantes e vendedores não são propaganda deenfreada dos seus produtos, pois não contam com facilidades de enganar ^ freguês e, de resto, preferem catií-lo conseguindo-lhe reais aumentos
quando era novo. Depois ruramcn* te funcionou quando era preciso, ora cnguiçado, ora à espera de encomendadas
Quanto inseticida é aplicado fora do tempo ou de maneira inad> da! Quanto adubo ó espalhado campo, quando deve .ser misturad' com a terra, por ser insolúvel! turaa caríssima^
peças que nuo vinham. i'qua no Mirinâo adequada:-
e 80potássio nao V que com posto orgânico feito com esterco aumenta a colheita dc tôdas culturas em todos solos e que calcário moído faz quase J
as o.s sem¬
pre 0 mesmo milagre, mas quantos sâo fazendeiros, ceção dos cafelcultor (20 contos cobrados por tonelada obrigam a aprender a traba lhar!), produzindo
os eom exes que estejam regular mente 0 composto e comprando calcário ?
Atraso na adubavão, no plantio ou nu aplicação de inseticidas é roisa nuiitf> fre(|uenle l>ela iinpuni* dadc d«) de.shdxo. K q\>al(iuer um dê'tf. atias"- |U)(hhfila ;> nu'ta<l«-.
f oin fXf* ça(* do rai< rana\ iai^.
t ● }'■ . (
a CO* aljruns d.i - I <};.,● .>;h» ra ias as fiiliiua ronduziiia a con ten o.
COISUS que "mpaiução com
K' inntil rep«*lir o,^--a lodo;. <'onlu‘Cfino,-. Km u lavoura ik-i Ic amei icana, na noK.sa iini»fra a impunidado. o des leixo, a iiTfsptm.sahilidadt*. 'ludo iato é rc ●‘■ncia do«
ti-mp**s eni que us hura.s virgens produ ziam almmlantcmonte, havia pouca gente a sustentar e o sus tento era fácil, pois o homem <la riiça não precisava de .sapatos, relógio-pulseira, rou pa íle eidade, rádio, etc*., e muita sobra de (●●miida era atira da ao.s porcos.
Trator recém-adquirido ô motivo para arar enorme extensão de ter ras pobres plantando-as, por exem plo, com algodão, sem adubar usar inseticidas. nem ^ ^ resultado é bai xíssima produção por alqueire q custo elevado de arroba colhida sar de ter sido barato apeíôda arar aquela extensão. Ihêr;
Mas foi caro cüe a própria semente vepresen-
tou grande ônus em tal tipo de ba lanço econômico.
Os tempos nuulni‘nm. O fa/ondeiro, porém, mudou i>ouco. O colono aii^’o trocou a roca jicla O que ficou, representa seavéssas. E’ refratário ?is inovações e não (juer aprender coisa alguma. Faz maquinalmente o iiue capataz lhe ensina, procui-ando sa botar na medida do jnissivel a fim do in-ovar ((uo tôdas as inov.ações são contraproducentes. A sabotagem vai até o máximo que i>ermita sal var as aparências negando o ato ou justificando-o por falta de
cidade, leeão às o ordens
5" . ● lOG Dt(.i ●:(>
ao solo são aplicadas pela incapaci dade do fazendeiro de compreender que sulfato de umònio é azóto luvel e cloreto de adubo íosfórico. To dos sabem
li ilv mc no-:.ri‘ívi
Está um suiuv= de.*<cüntenuímen-
paiví i*x<c«tã-la.<.
:n i-m leiU u, mas continua ascensão, mai.s ativo o monos inculrcvülUvionario. M* um lornar-sc-ia i.i.
condições das terras cmpübrecida.s, pois são Nas terras médias.
.l.S A paroi^cram
aniÍKo> cap em pcrcentaA niaioatazes o, ●m menor, colonos ativos, sitiantes acaba vendendo dos terras a na vizinhos em conse-
● ista i-oin a sua opei\»sidadt.-, qium<lo após alguns anos dc trabalho conseguem comprar a prestações pe queno sitio.
Quanto à saúde, de 15 anos para câ também houve mudança notável no Estado de S. Paulo. Apesar do desleixo em procurar tratamento, pràtioamente não há mais caboclo que não tenha sido vacinado e não tenha tomado injeções de penicili na. Cuidados que qualquer um to ma hoje em dia, procurando não be ber água infecta, proteger-se contra insetos, etc., eram raros apenas 20 anos atrás.
Hoje não podemos desculpar com a mesma facilidade o caboclo por ser analfabeto e doente. Atenuados
I a‘
1 ● f .i
os vos (pie qiiontomonto as ruimis, pois possuem maiores facilipara arranjar trabalhadores d.-idos
f suiilcmcntos de vorba em caso do neoossidade.
(
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imigrantes c os nordestinos, que traucm boa dose de ambição e fie capacidade de trabalho, são ca dê se adaptar facilmente às encontram obstácu-
Os pazes novidades, lo reiírescntado pela inércia do meiO; inadvertidamente
mas ao adaptando-se
ostume da terra que é o de traba lhar o mínimo e pior possível quan do assalariados, e não dar muito na
1. d X K t'
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107 OU-: ,.1
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K>tas >ao as {II >1 >i'i ou i-omhçõos ímdhorv.^? os fazendeiros que não muilaram. lotearam as .suas fazendas, os sitiantes, que eram tl
sim se JA oni a.s (^uas t{uèm-ia ila incapacidade de introdu zir ou usar o progresso técnico. Asrecompõe o latifúndio ('), íkusos inelhore.s, provando que eomlições naturais do Estado de S. 1’aulü ainda continuam favorávi-is a estabilidade da grande pro priedade agrícola. !\Ias os emprecnünientos agrícolas mais sólidos são
n \
êstes empecilhos, não vemos, entre tanto, correspondente aumento de produtividade. Parece-nos, como dissemos, que a culpa cabe à elite rural que cultuvalmente progrediu muito pouco, 0 20 anos atrás já se achava num estado de inferiori dade indesculpável em relação às suas possibilidades econômicas.
; promovido.s por negociantes atide ])ü(iuenas cidades próximas sejam capazes de visitar fresuas propriedades
E’ claro que não se trata de uma classe inteira de gente que mereça reprovação. Em particular, sempre houve exceções honrosas, e no geral, trata-se de fruto do antigo ambien te de facilidades e de “dolce far niente” misturado políticas. Afastada da cidade e or gulhosa por isso, essa classe muitas vezes se sentia perfeitamente supe rior apenas sabendo ler e escrever fluentèmente. Por isto sempre subes timou a sua incultura e continua in culta hoje, quando a sua incultura atinge limites excessivos em contras te com as necessidades do momento. São os que mais necessitam de via-
com atividades
(●) "O latifúndio no Est. de S. Paulo”. Digest.o Econ., n.o 6». julho dc lasO.
I1
7 1
nni> p«!nvra» de Décio de Mouia, as d'*s lados Unidos, infelizmente,
;c<*ni «K lorras por exemplo, ainda mu>, que a façam
, nao querem passar um par de meses trabalhando num sítio do Middle
West ao lado do tário. respectivo proprieSe dizem que conhe.em Nova York, podemos estar conhecem certos (jue não os Kstados Unidos e que
naw afinal «Ir melhor do que vão imio. «oiila.N tr Na rigiila dlslrihujvuo hieiái'(|ui«*u de ntrihuivões e de i'oiaando, ■» infi*rior jus tificando o de.-ileixo ordens explicita- d’ pm falta de supcn«»r, ou jmr
lalta íle nii‘U>s adeijuadus a >ua exe cução, todos mcriíulliaüo- na mesnu
qur dilui (● di>sipa o Iesponsabilidade, ensua viagem foi inútil brasileiras. para as terras
Uma das homem lo, desde
provas da incultura d<. rural no Estado de ísão Pau- o caboclo até o fazendeio. t o malogro das escolas prática- 00 agncultu das Ape.sar de instala- í’a. com
e nfc». 1 máxima magnificência t oferecc-ncl„ tòdas as facilidades c conforto aos alunos, foram mente desprezadas rural, desde o caboclo teressou
que não recomendou dos que fizes.sem cola mais próxima dassem ou
azendeir aos assalariaum estágio na
, até 0 es-
impunidade sentimento d«(pianto o homi‘111 que exi-cuta «● ser¬ viço nao -í-nt»' a luinima voniatie di' lazé-lo Ijein feito, [irodutividade il». temente sólire
a culpa (ia baixa -olo recai evideno seu dono.
se iniciativas
consegue di.slingul-los dos r(»(los tralialluim e se cs● oiçum igualnientc, sentindo igual ●'■«tisíaçao diante de lioiis resid.tado.s. U mais humilde trabalhador toma tôílas as
.sem esperar orden.s, bastando-llie ai)enas saber iiual o jjlano de traballio.
inexplicável ção de todo.s
Parece-nos a harmoniosa cooperasem prévia divisão de
t vespeia, ocasião, aliás, em que o pa trão ao distingue dos empregados ● i)orque senta à cabeceira da mesa o diz duas palavras de prece antes da refeição. E isto são igualmente condições médias.
, e que não dava didoutor”. U rural
acostumado apesar de se e quem
i'. aguardar ordens do capatau, e fi car parado enquanto isso, não pode ser culpado. Pela mesma razão tem pouca culpa o capataz, supor que deva zelar pela ordem e produtividade do seu setor. Estão ambos obedecendo à praxe estabele cida e prestigiada pelos superiores. 0 administrador da fazenda é
A diferença entre cá e lá é muito grande. Estamos comparando ele
mentos correspondentes da ção, mas na realidade dois níveis principalmente diferentes r I
mais se preocupa, perfeita justificação pelos insuces sos e no gera] está certo qne as coi-
produnao são só sociais diferentes, mas duas mentalidades tom u moral muito di versa. Aqui o homem da roça traz complexo de inferioridade, sente-se
:o8 Hl* í S In .i.NnMiro
i
Nas projiriedades onde trabalha rurais amencanas, não Jiatrões.
m assalariados,
su-mãriapela população que não se ino f por elas f
trabalho e sem ordens de comando. Verificamos que para isto bastou a conversa calma durante a ceia da r'. k
para iá man^ os filhos. Quanto aos seus Pi^opnos filhos, o orgulho não per mitiu que aprendessem ofício de lasivr lí; ííiatuita, inclu- sive hospedage:m reito ao título de O trabalhador
mas apresenta
um pária, sabe <iue trabalha mal c e jusiificu-se pensando “Por não posso trabalhar mepuiico, óste preço
m»r ambientes fisicos históricos diterentes.
p, pprl^anto, Ü homem dc
l!u>r*’, mas acha que está tudo em ompíanlo viver cm paz com os jíi.ardar as aparCmcias.
oriliun -iupiTU>res o
I..a. ücuja fõrça esta no ver cumpriiiü.
homem do campo é um forte, sentimento do do-
lú está acostumado a vencer as dificuhiades e traz a idéia nitida e arraigada que sem muito esforço e sacrifício não se vence na vida. O de cá está acostumado a facilidades e sonha com o bafejo da sorte. Des de 0 laboclo até o fazendeiro, todos
Êle não esconde nameter u mmimo la mesma ra<-ao 1
iran<iueza nao costuma pensar o que não Sc êle trabalhar pior íjue possa dizer.
preferem comprar pronto o que po dem produzir, mas consideram tra balhoso demais. E quando não têm meios para comprar a coisa, sofrem falta dela, mas não fa;^«em esconsegui-la. por fôrço suplementar para
o ra Cde ganha mais que dinheiro:A fim de evitar trabalho e despesa, muitos fazendeiros deixam de estabular o gado à noite, apesar de saberem perfeitamente que juntar esterco é medida de extraordinária
í
t r
ganha consciência tranquila e res peito do empregador, apesar da in ferioridade física ou falta de práti(lue outra deficiência que tedemonstrado. ca ou nha
Está aqui um poderoso fator da produtividade da terra que não desubestimado. Depende da cultura, da saúde e da moral do homem rural. As duas primeiras melhoraram aqui nitidamente nos anos. A terceira deveria Infelizmente isto
vc ser últimos melhorar também,
verifica. Parece que o cabo- nao se cio de hoje possui melhor noção de unidade demográfica com direitos, mas não igual noção dos deveres e
ser* uma personalidade e adquiriu das responsabilidades. Neste último particular parece ter havido mesmo certa decadência.
Nâo se trata de raças diferentes. O homem de lá não é racialmentc melhor que o de cá. diferentes condicionados Trata-se de costumes
A desculpa é que estabular o gado não é praxe. Na reali dade 0 motivo é covardia dc enfrendespesa do estábulo e o traba-
eficiência. tar a
Iho de levar feno para o gado e terras de ciütu0 composto para as Como se pode falar em praxe, as terras serem ricas, ra. se era praxe
e hoje elas são pobres?
E’ claro que há magníficas excesituação geral é função E’ inadmisçoes, mas a das condições médias, sível gastarmos tempo e dinheiro levantando estatísticas para menos prezá-las sumãriamente, como fêz o representante da agricultui*a brasi leira na CEPAL. E’‘ verdade que muitas vezes uma tendência firme mente esboçada vale mais que a mé dia, principalmente quando cura formular previsão Mas nem isto era o caso.
O confronto pouco lisonjeiro com condições norte-americanas que fato nos lembrou, é, porém, útil,
I se prodo futuro. as êsse
J-'.« « (SuNtlf *» ni« !- s«
(hi poitiue nàü tem a intenção de co uto reprovável. Poollia a todos cem
e diz o que pensa, qjor-
I l i
ipic o colega ao lado, esf( rçar-se-a dòbro e, em caso de insucesso, secapnz do rejeitar salário iguai, alegando que mereceu menos. Com isto
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pois permito coiopieensúo mais lúlida das medida» que deveriamos ado tar para nieihorar as nossas eondições.
Km primeiro lugar o letalliamenmenos compulsório dus grandes propriedades agrícoh nos parece, por ora, medida tada .sem prévia preparavâo das ter ras e do» seus novos donos; aquelí : no sentido de defesa contra a eiosa«í, aumento de fertilidade, instalavà de benfeitorias, financiamento de máquinas, etc., e estes quanto ao au mento de especialização e de sentido de responsabilidade a fim de cerern realmente 0 bem público eles confiado; e tudo isto fortale cido por garantia de rativismo real, vias de armazenamento dos Sem estas medidas, prietário estaria bem das terra.s no geral.
to mais ou as nau aceras fi mertía mercado, coopc- c(/municação pre mais apto a tratar G ser bem sucedido ras especialina rea-
que a Jnni obserNàiiría d'*., previdto^ da térniea moderna abaixa a eficiênra. e o ioiuliiuentM de tõilas as obra» e trabalhos ao ponto cpie ;aja má qualidade pính* até liazer pivjui.<o» 4-m lupaj- d.* bi*ii.
lucrn.-.
K’ piei l.a» lei
lii nu-nto seiiipí V
<pio a rotina, a praxe e a eieiidicc, não ji.slifi.adas pela l'-<-ne'a moder na, (levem : ei- po.-,ta. de quarente na. I; Io, (●steiidide ao tíalo com ü3 eatejíorias, 1 ) paso sistema burttciMiieo di- reniu-
assalai’ia<lo.s de lõda U" significa a necessidad sar (1 de c
neraçâíj da antiguidade c da simpa tia jicssoal, ])ura o da n-muneraçâo da íiuantidadc dc trabalhu lumi exe cutado, 2) premiar o esforço d(?sl(‘ix <|ue
nem no , produtos, 0 grande etc.
Os proprietários atuais das ler necessitam de aumento de zaçâo agrícola e de empenho Iizaçâo de melhoramentos. E’ preci so mais esforço, mais trabalho, mais planejamento e sua execução mais cmdadosa, e tudo isto sem esquecer
e punir o sistematicamente, som na(juele caso signifique favor ●«egundo caso niá vontade, d) iirocurai’ pagamento por tarefa e não j)or dia ou mês, de modo quo e trabalhador possa ganluir 0 dôbro e mesmo 0 triplo se tralmlhar bem e com assiduidade.
Tais medidas parecem-nos neces sárias no momento a íini de melho rar o fator-liomem como um dos fatores que condicionam a nature za agrícola c u evolução dos solos do Estado do São Paulo.
no í)h.I .10 !●/
k
V I to (● ● V ● Vf. I c t. 4 f *1
CRISTIANISMO E RAZAO DE ESTADO NO RENASCIMENTO LUSÍADA
Migukl Reale
(Catedrdtico de Filosofia do Direito)
lO Evommico'' iuida, neste número, em primeira
mão, ü
puhhcaçõo da tese apresentada pelo ilustre Professor ao Con0.rcsso Internacional de Estudos Ilumanisticos, que se reuniu em Roma, cm abril de 1952
Kascido cm uma terra que surgiu Ocidente em plena época re- ]>ain nasccntisla, quando Portugal se prosobrancciramente no cenário jetava
ciiropou por seus feitos de armas e cultura, julgamos de bom alviindngar do significado e alcan-' (la “Razão dc Estado” na histó-
sua tre CG ria do Império Lusíada, cuja histó ria durante mais de três séculos se confunde com n do Brasil.
No processo do “milagre portu guês”, naquele tão breve espaço dc tempo que fêzi de um pequeno povo, monos de dois milhões do ho- com mens, o senhor dos mares da Afriea, da Asia e da América, deixando sinais maravilhosos de seu gênio criador na arquitetura e nas artes
]>lásticas, no direito e nas letras, ciência náutica e na obra colonizadora, participando vivamente das correntes espirituais da época, cabe esclarecer e determinar como sc exigências ideais do necessidades ur¬
na compuseram as Cristianismo e as gentes e pragmáticas da construção imperial.
derno, é possível que se encontrem também motivos para iluminar os pressupostos da estrutura e da for mação culturais do povo brasileiro, que, não obstante o influxo benéfico posteriormente recebido de outros fo cos de civilização, guarda em suas raízes o impulso fundamental da for mação ibérica.
Mesmo que Portugal se tivesse no tabilizado tão somente pelas desco bertas marítimas, mantendo-se im permeável ãs tendências filosóficas e artísticas da era renascentista, ainda assim seria oportuna a tese que suscitamos, pois o Renascimento sig nificou também insatisfação do co7ihecido, amor do risco e da aventuverticalizando-se em personalida des fortemente talhadas para a ação. Cumpre, no entanto, ponderar que as descobertas prodigiosas de terras e mares não foi um episódio isolado ou marginal na história portuguesa, mas antes um acontecimento enqua drado em um sis*-ema global de vida marcado pela consciência dos novos tempos.
o es-
Nessa ordem de pesquisa, além de seu significado universal para clarecimento de um aspecto dos mais relevantes da história do,homem mo-
Sendo um dos primeiros Estados Modernos nitidamente estruturado sobre uma base nacional, Portugal ja revela notáveis elementos de forma ção cultural no século XV, em múlti plos domínios da atividade espiritual.
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'Como bem observa MALHEIKÜ
DIAS, o.s descobrimentos porfuKuép*não foram o resultado de uma csp.»
DE GOUVEIA.
d.-i !●: ●■da í
radica aventura, tomado éste térm-. na sua acepção vulgar, mas o frut*. de um p'ano nacional, diam a íjue jncHiconcepções «eoirráficas arroja
das, desenvolvidas por um trabalh científico de ;rrande envergadura. A imponente hi.stória daqueles feito.continuará ininteligível enquant<i nâ.. for integrada na cultura universitána, colocando-.se» o.s sábio.s no pri meiro plano, ao lado dos heróis. M)
UAIS o MONTAIONE CJU no snbcr jurídico íio ANTOMn PK (iOU\KÍA, jui profcs* -or da 1'nivoi- .i«lad« in<*ntoiina flúvida fi-cund;
Hcidir" (!«● FP.AXCISrn SANC‘IIEZ: para rulniinar na liriea v >ia ei>opèia do I.riS DK CAMòKS.
.\'af|u«'l‘- Píirtiural «li- ;'rand(‘.s reis nieccna.^, dados it^
A maturidade
Ma capacidade dé participação uma multiplicidade do esfer lo^ricas, sendo
(I espiritual reve a-sft a as axio-
üup incompreensível que um povo se revele superior ape nas em um plano exclusivo da hzaçoes humanas. No caso ora Mderado, devemos reconhecer < ylZTfr Dia; e de Vasco da Gama cor
s reaconque às re.sponde o eco d» esp end.das afirmações no camn^J : quitetonico (bastaria lembrar teiro dos Jerônimo.s)
nafpiidc fí-ntn» d«- iri adiaçãn do pen samento !■ de tã*
● ●tra> «● as artes viva jiroouimçào
. [ ond(' se for- pelas cousa- da cif'n ia.
java nm irramle Impório, «p-c ropevcus.sao teve a idéia de "razão de Es tado”. loí-iição
i’-
o
ly
NUNO GONÇALVES
GIL VICENTE, DE GOES
0 mosna pintura do no teatro de na prosa de DAMIAO e de JOÃO DE BARROS
«■linda metade do Século X\’I se insi nua, no dizer do RODOUFO DE MATTEIS,
ambiirua que na solud vocab' lario p«ilitioo, e
poi fulminenniente (.raboeca nel linííuaííífio (li tutti, oítenendo il facilo. univcM-.sale .sucesso ehe verrá piu tarj riseivato a locuzioni fortunate, quali “diritti dell'uomo”, e simili ” ? (3)
« di non mono i4 contratto .'^ocialc", sovranità popoÍ4 aro na cultura humanística de ANDRÉ
*4 ■
if-P.,.. ■
1 ● 0 pi-oblema da “razão de Estafoi pô.sto de uma forma nova e mais ampla quando tH r ■
mas ensina-
(1) História da Colonizaram t. * do Brasil — Edição Portuguèsa ratlva do primeiro centenâvln pendência do Brasil Pôrto Introdução. pg. vil e segV propósito, a afirmação do ^ NUNES em seu Tratado da S»h° cobrimento.s de costasme.: nem se fozeranfincíò’t acerta™ partiam os nos.sos niareantes mui dos e providos de estormenlos e regras de astrologia e geometria: ciue cousas de que os Cosmografos ham^andar apercebidos Sobre os pressupostSs científicos dos descobrimentos portueS Ses, V. JOAQUIM BENSAUDEnomie nautique au Portugal à 1'épotfUG d*e gronds decouvorls, Berna, 1912
Í2) Cf. MONTAIGNE Essais, L. I i-h. XXV: ". ..on cela Andreas Goveanus, nostre prim-ipal. comrno en tontos aultros partios de sa flutrgo, feuf snns
(●i) Cf. II problema dclla Slato" nel Seicenio, in Raqlon di , "nivista Internazlonalp dl )'’ílosofia dei Diritto”. Aprllo. Settumhrc 1919, XXVI — 2-3. og 187
'112 I )l- .1 ■- Í ● 1 l‘i .S. -Mli-Ij
mostre de RABEi|i‘ Paris, inn dos d. (T-IACIO; <l«i '"(luod nihil
Essa a quiístão (jue nos propuse mos, e em cujo (jstudo cheeramos a alffumas < onclusões. ciue não haverá mal em enunciar desde lopo, quando mai.s não seja à puisa de .‘íumano:
a.s
do 0
, . comparaif-on le plns «rand pnnci|)al do Fiance”.
tica dada pelos pensadores do Renascimento aos problema? entre valores políti- contraste éticos se tornou mais pa¬ ços o , lento 0 aíTutlo, ao dar-se a rupda ordem medieval imanuma concepção tiira tada segundo
cristã unitária do Lmvcvso c da Vida: de Estado”, não como teoria ou do- como Rnzão
fato mas sonvolvímento ideológico, e uma categoria histórica, tanto como conceito de soberania ao qual ponde e do qual 6 expresparticiilar. marcando um veste do poder po de sua lai-
o corres sao aspecto ou lítico no processo
constituirem-se os cÍ7.nção. no
Estados hlodevnos;
políticos.
idéia a se mais rigoroso “Renascimento em uma
5 0 especial sentido que de ra;'ão de Estado adquire no plano da política exterior, em virtude dos descobrimentos ma rítimos e da expansão colonial, resulta de circunstâncias histó ricas pe:uliares àquele povo, in tegrado, na era do Humanismo e do Renascimento, (talvez fôsdizeri de seu humanístico”) comunidade concreta.
. , j modelada pelo ideal bipolar da Fé e do Império, tal como se reflete em obras literárias que máxima expressão LUÍS DE atingem sua GIL VICENTE e
comCAMÕES. ^ ^
vima apresenta, , características pró-
Traduzmdo tnl conceito mutá- , veis oxigCMicias do poder polí tico nn ópocn moderna, não teve formulação ccumênicn tal corno alguns autores quiseram atribuir-lhe; exemplo
rí 6 inconfundíveis na cul-
por prins c tura humanista e renascentista lusíada e, de maneira geral, na ibórica.
Em Portugal, onde Humanismo o Renascimento fundiram-se
cm um iinico processo, enquan to que em outros países assi nalaram dois momentos históri cos distintos, a ação e a doutvipolítica conservam deliberadanientc fortes elementos mecunho es-
, que dão um pecial à sua experiência da ra zão de Estado, a qual alberga tensão ética que. sempre uma alhures, só encontramos época propriamente do Huniani.smo, pois desaparece crescente explicação -
— Essa fisionomia do Estado m síada influiu de maneira pode rosa no destino do Brasil, nao só pela preservação e conso lidação de nossa unidade teiTi; ●tòrial e política, como também pelas tendências que viriam in fluir poderosamente em nossa maneira de conceber o poder o a lei.
Antes da era cristã e. mais prensamente, antes de se ter firmado a exigência profunda de uma distinção entre sociedade e Estado, liberda e individual e autoridade política, des tino da pessoa e destino da co e ividade, poder estatal e poder religioso — distinção que implicava no i co de algo umversalmente si, fora e nhecimento e eticamente válido por
na com a nnturalía_ , órbita política do Estad acima da o
113 p:coNA^«^■< >
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A
na dievais II
-- ● também antee detAii conaciència ética ter sofrido o contrasto dc inexoráveis resisténsias brotadas dn ação política empenhada na fundji Ção dos Estados Modernos, — nâ«i ae sentiu a necessidade de elaboraise plenamente, em uma teoria ou i-m um sistema, o conceito de “razão d« Estado", tomada esta locução em ; u sentido essencial como subordinação de outros fins aos fins políticos d<* uma comunidade, na medida exclu.si va dos seíçundos, com fundamento em razões que hr reputíim racional mente legítimas.
A um primeiro e superficial exa me, "razão de Estado” apareço co mo sendo “cobertura do legitimidade para atos que os governantes con sideram úteis ao interôsse público, embora em si mesmos devam reputarse injustificáveis”. Nes-
E*»lndo", lignificndo* cmnbimn> ajjain, m» «'ntanto, n posaibili* dnd«- do uma dofiniçA
c*j;o {
Í’'»/Kt-: o :i tah i-/ :d*'ia dr lazii'» <1.- í'Ntnd on:<ciólii ia dl*
ílo j»íifl' i «● .* ;i: :i 1 fotívol ílo valnrizaçm» tório.H ostianiio; ás inan d;i aojio
afit ●pa* i‘X^. tf oxigr P'»lítira ●
inar «(Ue a o brota dn no ânibítu iiui duMiinii* insus;rundü cri* noins mes, xoluindo-80, a;:sim, a pn :^ibilidad.. df contrôlo flualquer tiijfra instãm-ia Daí o sonf imi*nl() dj.
por valorativa. vinoulaçüo ne¬ cessária e oxrbisiva do podor a seus fins: todos ou fins so integram e so ordenam no processo do plonn do uma oonumiilad limites do rcaliznçSo o social nos siin condiciona. lidado histórica, to, tudo Dessaruquilo que possa contrapor, por qunlquer motivo, àquele proces.so integrativo, born
VI r a so onv pos.sa ser ostimávol om «i mesmo como valor «íngulo. nào pode ser destacado do todo, ficando sujeito às inexoráveis da lihcraclamonto
em si mesma a sua em que roaordem social
sa acepção, o conceito es condo um plano do legi timação de meios em ra zão do fins, árbitros dos quais acabam sendo os detentores mesmos da força política. Muitos, por certo, assim o entenderam, convencidos de que- a ação política racionalmente objetiva segue seu natural pronesso, tendo imanente legitimidade, na medida Hza com êxito uma
reas e.sennsecução do
fim posto como supremo valor.
Não nos parece, porém cobertura”, ou seja de cional disfarce de legitimidade essencial ao conceito dó
que a idéia inten● se.ia raj.
No fumiu, são critérios ditados por variáveis conjunturas históricas (uni dade nacional, espaço vital, reinvindicações de classes, etc.) assim como outros elementos conaturais ao po der um sua univur.salidade, que de cidem do rumo e da intensidade dn ação política, envolvendo cesso unitário as mens e dos grupo.s.
pressões meta depropostn. em .seu proatividades dos hoSó assim se
explica a alirmaçáo de MEINECKE segundo seu pri.snia e.sjiecial de his toriador, de que "neTagire secondo la regione di Stato si manifesta anzi tutto una rigida e ininterrottt
de U (i ,âo de ’
H4 Dir.r^ Tf>
.segundo as exigências do poder, sultando subordinadas tôdas feras de estimativa à \
rnusale, v«»«i chiara ed « i»ni\easione .●viiiento como in altro aspetto ílolla vita storica” (4).
Ora, emiuimto o Estado foi concel.i.U, como a mais alta expressão da vi<la dUca, não Imvin propriamente nma - ra/.ão de Estado" perante ou tras esferas axiolãgieas, porque instância se punha que Iho nenliunm não fôs.se rciiutívol.
■V razão de Estado na antiguida de' elãssiea pode ter sido, como efetivameute o foi. um fato de que se linlia eonsciência, mas nao chegou a constituir oiaramente um problema que pusesse a exigeucia de uma teoria ou do um sisfoma. como objeto
do ciòncia.
ao e a P valores te a que
era do
Não cabe aqui indagar du natuda poits c da urbs com relação da liberdade indi^^dual reza nrobleina ossibilidade de uma ordem de guscctívcl de pôr-se peranconsubstanciada'no orEstado-cidade, pois tal levaria muito longe
gaiiisnio indagação dos propósitos
nos desta comunicação.
nnov se admita, porem, a politici. total da vida ética no mundo ^ com uma redução absoluta clássico, . comunidade de ,.„3oga, consoante a conhepohtico-iel e ° J3ENJAMIN CONS-
¥aNT e^de FUSTEL DE COULANrírci (donde a sustentada identificaliberdade individual e liberda-
^1 Hva de individualidade e ci cie coletiva, a exisdadania), Que f„„da-
nmntel tamimm no mundo greco-rC
TrnvnERlCO MEINECICE “ 11 Slato nella Storia Modord? S Icolari. Vallecchl Eduore. ini2. vol. I, Pfi- 8.
mano, i’ümo j^usteiuaram lIAUlilOU o GLOTZ; Quer ainda so demonstre que ambos êsses pontos de vistas refletem aspectos parciais de problema bem mais complexo, insus cetível de solução segundo categorias peculiares à moderna concepção do Direito e do Estado (5) o certo é que 0 Estado Urbano representou para gregos e romanos a instância última de aferição dos comporta mentos e interesses.
um
Muito claramente CÍCERO vela a força espiritual do Estado-cidade, nesta incisiva passagem do Neque enim hac nos patria lego genuit, aut educavit, ut nulla quasi alimenta exspectaret a nobis, ac tantummodo nostris ipsa commodis serviens, tutum perfugium otio nostro suppeditaret, et transquilluin ad quietem locum; sed ut plurimus et niaximas nostri animi, iiigcnii, consilH partes ipsa sibi adutilitatem suam
nos re* De Republica”; pigneraretur; tan-
tumque nobis in nostrum privatuni usum, quantuin ipsi superesse posset, remitteret.” (6)
Concebida, assim, a absoluta preeminência ética da comunidade polí tica, era desnecessário desenvolver uma teoria da rarão de Estado paz^ de justificar a exclusiva vinculação do poder a seus fins, de sorte que nos parece possível afirmar, com apoio em certas passagens de Aristó teles, de Cícero, Tito Lívio, Tácito, ter havido no mundo clássico ape-
ca-
i5) Sôbre tal argumento, v. o nosso ístudo Liberdade Anliga e Liberdade Mo derna na "Revista da Universidade de São Paulo”, vol. I, 1950.
(8) CÍCERO, De República, I. IV — W-
iif; Ou.» sn»
(-n
I
nah.*'iichí tenUitivi avulii a forimi lare" aquidu concepção (7»
d. «Ííi Iirroja
uin at'> inou o mtrre:.---
^^ão bastará lembr;»r que este <»u aquéie político ou escritor .;enliu a necesKÍdade de justificar vocando a utilidade do Estado.
Teoria da Ka/
.ão de E.slad« é mais do (jue isso: »'● a teo ria da justificação, ou, jjor i.utra.' palavras, a ju.stífícação da ju.stificaÇão pelos aduzidos fins do Esiadf»
Enquanto se di.sse: Konia loruta to). litur quacstio, não houve teoria da razão de Estado, exatamente na inevitável.
porque esta re.side quaestio posta como
'!<● ●● ]i
niui <● prorliiinaiwl ilo honH-rn, do ’■ «●i*l.'id;ui”,
^umd i ” Iiai rr a ■' que t > «● dl Deus" vjil
di ii
a <íij.'nidadi univorsai a dii^iddude Na paiaboi:! du hoiu p.iia na-i itr.oe.tr
n'diitiv<‘)
i ainanlaiio, uin ética e oxi-níi«! nniv da xiino , < in si iiic.Miia, qi.(?r vínculos de naiidade.
scnao o, J « : pjenilc í-r.al cia
»‘>ta lòrça idi-ía do “pro■■ iiiJitiah.ta, ■■ «iiKidfieada dc.-prcndida di-
quais-
cidadania <mi nacio-
'rinha iiiiciíi, lun vi*r<la«lc, volução príifunda, que, se^H unm rellulo eXpres.são fcli/. <!«● Oito Scliilli c on- No mundo clássic não suríçiu
uma Or em síntese, aperfeiçoou razão de Estado, mesmo quando interesses de ■ do se invocaram í
uma doutrina da ou nao ” cultura
se Estaporque tal invoca
l>ara passar a valer conif) pessoa, ad(iuirindoçao por SI mesma tornava qualnuer justificaçao desn xessáriaO m
sistia s<il>rct.udi» ein da i)CJ-sonaIid:ulc‘”. va d(í valer apejias como ■●cidadão", c< mo homem, um cunho novo e mais pi-ofundo a concei>ção de “luimanitas” já afirmada na doutri na estóica.
E’ pa)’adoxal, mas afirmação feita católico d(! (lUe foi
-. uma í^rande revolução no plano polí tico (8).
verdadeira, por um historiador a apolilicidade, ou seja, a falta de i)reoeupaçào lítiea
a poque fez brotar do Cristianismo
op.
cit.! vol I lu S)""- ■ ^einecke -foram Incansáveis scculo XVII dentes clássicos paia as prcccnas. Com isso o conccín’^.í^-f/''^ to até se confundir com o rin’ Na realidade, como obsS-va no T? "a seconda delPidea che di Slaío, si ritroverà Pembrfnn^ò Raglon che pertanto, non sarà sempfe n mo. Cosl. chi “ ÍTICJCSIl Cosl, chi interpreterà a Ragion di
State come somplice Arte di Governo m verà facilmente in Platone TanHoPr^o ● tal senso E chi intenderá comc^^‘ non scritta e universale, si orienter^ ^ so Aristotele. Chi. infinr.
tro m come legg Chi, infine
, la riterrA nr«-, violenta iniziativa dei Principe. ai ííu delia pubbhca utilità. additerà Tácito- e via dicendo. Nella segnalazione dei ' cedenti dottrinali v’é già, insomma plícita Ia personale visuale dei studioso" (loc. cit„ pg. 210).
Sendo apolítico, o Cristiani.smo i plirou necessàriamcnte na quebra do caráter relií.>:ioso do Estado antigo, na distinção entre a esfera religiosa e a política, instituindo uma ordem moral de caráter universal, te a qual também o Estado devia inclinar-se.
Ora, na idade Média
imporanenquanto o
c reconhecimento daquela ordem sobre natural se manteve unia realidade
preimsingolo
(0) E. MAGMIN - L'6tal, concopilon payonne, conception cbrétlenne, 1931, Pff-
D». ■ l*« ●●NfiVIIt
O honicin deixa-
0 Cristianismo cheio veio atinííir a essência monista do Esta en
dc Estado pôde ser Mva, ii r:»7.uo não chegou a converprobkma, para o qual se necessidade de r.icional.
um fato, mas ler-; c em fientisse a imj>oriüsa tiar uma so.uçao
Atlmilir uma eoiuü eenuente
oídem superior a*ansu qual o (Oialidujiisianciii
Kstauü deva .Mijcitar-se na manifestações e oxciinr po.s.sihilidado de um.i justificação ra.ão” do
dem humana explicável segundo va lores transcendentes.
re-
na na O (lue agir. de.sneccs.sário iia-se de i.orto
Ue suas \«0 como (Io K.stado i)üSto Antiguidade era Idade àl(l'dia tor o modo impossível.
Küi ao iMundo Moderno que tocou viver plenamente o drama da justi ficação do K.stado em si mesmo, dra ma es-e que pressupõe sempre uma oulra instância além vio Estado, mas ncranto a qual se julga poder aduzir azoes do Estado de validade intrini e ba.stantes por si mesmas.
Ü KenaseÍmen‘o assinala, ao con trario, no plano da viaa social, unu iiUiUifluçao criadora que procura sol»er os problemas d. homem em sociedade df»«tnda às raízes dOS im pulsos i.sso u-Cinos, segLnüO ‘'qucha nduz.one ai principii che è la pa ro a innovatnctí dei rinaseimento per tutto ciò che riguarda l’uomo e lu sua vita associata”. (9)
-O mesmo acontece na considera ção do poier político, analisado na sua estrutura e nas suas ra.ões, assim como no seu projetar-se no cenário histórico. A idéia de .sobe rania, cemo poier que não recebe de fora a sua legitimidade, mas que se justifica a si mesma pelo simples fato de ser, é uma afirmação violeri a da nova estrutura ,.ultural do Ocidente.
0 conceito de «< razão de Estado corresponde ao de soberania, marimento dos Estades Mouma busca angustiosa do poder político no
IV
O apavoc marca (leriios do exp icaçno .
.nbiti dc suc. propna natereza, nas intrínseco descnvoladmitindo, expressa uma instrincia segundo cujos os acontecimen-
clo scii razoGS vimonto, sompvc * implicitamen e, diversa. ou axiológica atos 011 prismas os tos poderíam os deveriam ser aferidos.
cando ambos a ft rma do poder tor nada polêmica e conflitante dicionalidade histórica do mundo derno, na obra de autores que, obe decendo ao ritmo do tempo, procu ram inspiração nos modelos políti cos da antiguidade clássica.
Igreja-Império, não de seus cho-
O contraste obstante as violén ias t: do no seio de uma do universo e da de uma única
na conmoinanismo
Tal retorno para as concepções an tigas, neste .orno em outros campos da experiencia humanista, não po dia venficai-se, porém, fazendo-se tabula rasa da experiência do Crisiamsmo, máximo por terem sido Hue Renascimento, notadu-
ambos os suas rcinvidicações.
transpunha os horizontes de uma or-
mente o primeiro, que durante ’ongo tempo se supôs, movimentos marcados por profunda
ao contrário do qiics, transcorre conu m concepçiio graduação vida, na tábua de valores em que contendentes rpoiavam Era um conflito que nao
117 Ptt.l MO
A
(9) N. AB^GNANO — Sloria delia FiIcsoíla. U.T.E.T._ vol. II, pg. 28.
inquietação reliíp.jsa .● de pondeniveis elementos medíevairi. íiuj
Explica-ae, pois, a complexidade
e da Jurisnentre consciênc, iu e consciência política na
, cura de uma propossível conciliação entre a idéia antiga de impenum e |d,im enstã d. iK-Bsoi.: era eomu »,● t do.s mundos rorcejassem para comporem ern S(! ^ unidade
nova. en-
Ora 0 nessa conjuntura Idslórica que surte e se desenvolve a "teori-i d-, razão de Estado”, marcan.lo um a de^ultür^lls^""^''
lulí.stira déncia.H
iJe certa forma, pod.-r-M- ia dixer qiif „e «●oloraram a inarK'cm cm além do drama aciuélc*;. C-. .-vc-iu-ial pc-nsaciorc-.s iiiiinanismo <iue cortaram pe
afiiinmJa ejii .eila;- ten da pv íilfiimlicti mairaiu-*íio Kemi.M-imcnto. do pensamento da época, reelaíjorando 03 temas da Política prudência clássicas, visando superar a tensão que se estabelecia entre I dividuo 0 Estado, ética
A nosso ver, o sentido gorai do il ^amsmo, pela consciêncta da di“ ; dade das ciências do l.omcm o dcsua irrodutibilidadc ou subordinação
Giencias da ordem física, nao cL ga a pactuar com a tese dT culaçao inexorável do poder t imanentes ao seu
uas ií vmns razões processo”
, tese esta cosmovisão natu- que envolvia uma
plcnainento
a raiz os fios da
seja, pelo reconheuma urdem so«●m ejue deveríam se inses moim.uilos da ação po-
referida tensão espiritual, .-ja optando por uma so lução antinista ou aerisla de extre ma ijciliticidadc; cimeif.o pacífico de bicnatiiral rii- todoii liticu.
Eis, talv loH quais, e/., um 'los motivos se a teoria da razão de Estudo se constitui e se desenvolve quando o homem se torna perplexo ante
pea perda da unidade espiritual
que caracterizara a Idade Média, ela SC revela tanto mais poderosa c crua quanto mais marcante a desesperan ça na salvação dos homens graças íios valores morais do Cristianismo, üssumiudü formas radicais cm pleno renascentista segundo a li nha do naturalismo que se continha no sistema de suas tendências e que vuia a ser a dominante na apx-eciaÇao dos problemas do Estado.
mezzo úMe differenzo coSeSír 7:- esperienze politicho cHveí^írnf ‘'‘”0 ^ ti d
\^j egli indirizzi seientifi??^ ' í-„ scpravvive fantico spirito unHarto fÍÓ?,-
com DE motivos 1934,
tamonte si trasforma nuove esigenze: si f-f oHe elástico, perchè piü mobiln od 11 contenuto da accogliere-^rrf è forse, ma nondimeno^ presén^^-‘'° visibile delia Filosofia, Parte Terza ●nir.» io^ Riforma e Coniroriforma, 4^ ed. vol, I, pg. 4. Apreciando a maté’ ria sob um prisma filosófico-político na receu-nos plausível ver na Idade Méd?ã a Idade Inicial, em cujo sistema apro fundam raizes certas ideologias do Quatirocenlo (Cf. MIGUEL REALE - FormaçSo da Polííica Burguesa, São Paulo 1.» Parte, A Idade Inicial).
Em MACHIAVELLI, por exemplo, n razão de Estado é a única via de saída
processo para o homem moderno perdi
tio na .selva de seus impulsos natu rais.
-
Tudo se reduz ao Príncipe e por ôle^ SC mede. Tudo se reclama do Príncipe porque se julga nada ser possível esperar do Cristo. Em con traposição, como que nos oferecendo n outra face do mesmo fenômeno, astúcia do Prínciiae tende
a a ser con-
rf ●● - 1 Kt osomicoT (> V*
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4
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ít" ●
trabalauçada pela astúcia do súdito, escogitando meios e modos para fur- ' V r ..
comandos, atiavcs do tar-se u seus todo um jogo casuistico, uma de cuja< formulações a encontramos na nova da doutrina das “leges em virtude da qual ebcdiciicia de seu con de conteúdo ético princípio do poder.(11)
atizados os elementos neconfiguração geral Ksquem cessários a do problema, podemos verificar como idéia de de Estado operou no a português dos séculos \VI, refletindo-se na obra de ●onistas, poetas, políticos e juprimeira observação que fazer é quanto à precoce (lo Estado português sobre nacional, com uma estru‘ídico-polítii^í^ unitílria, que ibilitou superar em pouco da política me-
ÜLIVEI- I’üdemos concordar com RA .MARTIXS quando usíevera que partir dc 1385, com a subida ao tro no do rei D. João I. termina a Idade Média portuguesa, não só porque e poderoso sentimento de brio na cional que condiciona o advento du monarquia, era luta contra Castela, como também pela própria con figuração do poder, para o qual des de logo se propõe uma justificação nova, de todo alheia à idéia do Sa cro Romano Império, combinando-se a origem popular do poder primado da autoridade, a qual, uma vez conferida pelo povo, passaria to da no monarca. (12)
apresentaçao mero ])tH'nales , esvaziava a teúdo ético se esvaziara o como I ( I
uma pensamento XV c seus Cl ri.sta.s. nos cabe forniaçao base uma tura lhe possi quadros os tempo dieval. função da causa da .independência lusa.
. 1 eii cffet, au momeut oü. (11) romain. les lésous 1 iofluen droit positif de son Ristes l’Ordrc. la ju.tice,Condement idoai ^ autorité de pour fnire que la théorie des l a vülontó du P s’cvada le plus harlois très resserrées ou Vendimont des ^e saint Thomaz et rt-imait la Samme de la prit tout son q^,é le "casuisme” de Renaissance a pJO ^i^tudes se tlenuent Suorez: Ips Qn dicrchait l’anticominc pile ct Y*- \ , ,qi purement pédoto daiis le „-^tation commune, nalo, d’apròs ^ violatlon de lac’cst n’avoir pas eu quelle le _ ^'autre conséquen- 1'intention d attachor d pamende ou oe que rassujettissement à 1 an enae ou ■\ In nri«?on- quidquid principi placuil. .., ll ne fàul pas Ôtfe plus royaliste que e roi!” GEORGES RENARDdos Loges mere poenales. m Maurice Hauriou”. Paris, 1929. pg- 039.
a um nova cora 0 em expressão
D. JOÃO I teve um admirável teorizador do suas prerrogativas reais na figura de um jurisconsulto sutil, formado nos ensinamentos de Bolo nha, o famoso JOÃO DAS REGRAS, em cujas argumentações a invocação do primado pontifício perdia o cunho de sacralidade, para adquirir uma pragmático-política
E’ aquele, porém, ainda um prínci pe de formação medieval, marcando sua atividade criadora uma transição para novas formas de conceber-se o poder de império.
E’ com êle que se estrutura o novo Estado, como uma obra de arte, ten do como base uma concepção nacio nalista, singular em uma época na
112) Cf. J. P. OLIVEIRA MARTINSHistória de Poriuqal, 4.^ ed., Lls^oa 1886, t. I, pg. 160. E’ de notar-se que a Ideia de sãcro Romano Império, 15o decisiva para os destinos da Espanha, nao medrou no meio lusitano. Cf. do mesmo OLI VEIRA MARTINS — Os filhos d» D. Joao I, 6.« ed. Lisboa. 1935, pg. 206.
l\9 ECONÔMIO» nií.í s ;tl
J
qual ainda não brotara na Europa a idéia de na ionalidade. Puncitada e fortalecida cm Portufrnl pr-lo dup’o contraste com os reis dc Tastela e os aarracenos.
Eoi a lida eonlra -'ani.a
êstes que deu oríírem a um amá>" de nacionalismo e catolicidade. dc <i»k iria resultar mais tarde „m;, r^rmulaçâo oriífinal 1a razão de Estado.
Maravilhoso desMno o d-* portupfuês fjue durante renta anos n.‘1R5.M3.q) seu E.stado. deixando nífica í“fncHta fantes”, dirá CAMôES das”) cujo e.stud
re' sse quase quaconsolidou o uma prole niaecreracâo. aUoH InEu.sía- nos oferece tant? o IS ra^ cm um europeu,
zões de eneantamento para cpinm nrecura oonapreender fncêtaa in,proviatas da cu tura humanístic ponto extremo do mundo onde portuffuescs,
, , , , castelhamos e. sar ■acenos defendiam seus direitos o ?n teresses conflitando-se em armas ^ modos de viver. ®
Retratam os filhos de D. JOÃn t um^ quadro dos mais empoleante assinalando cada um dêlos^dc "om forma, as diferentea tondônriaren o atuavam no bôjo do. aconteoimon r no contra.te ontre velho, hábito.’ invetorada. tradicõo. o ava-òh^u’ ras exmências pes^a.s pela v!V berta do homem e de
meçam n brilhar os primeiro; to. n;5)
na ulttíra lusa a'v'r*- ;. d'i Keuasciiuon*
primeijo tl fi’!;- Mestre I m ba -fard.'. 1). .\FO>J. de A--: f.e I.(, I)iiri»!c s»»nifií-í.ii I- í:- . s' iie-a. que pora 1rad\'ãn feti ia', lutando príTia.ifafiv.a.^ eontra t ra(H(,'ào
ar eor- a, aeus ilesia-ndi-ntes ('on- que m“io 'i-M ulo. até ,seesa eurarnação da na liistéiria por-
ser\-aram ílui-,au{ireni flcfinitivaniente e^^nuurados pela polHica f,'.n-e-i de I). João II. ÍMRI. a mais poder "razão de Ks‘a(!o’' tüduOsa.
O seirundo filho de O. JOAO T foi Espítem sido mais desen.Sua rbra literária, dc importância nas letras revela-nos um espírito eni que elementos medievais e humanístjco.s .se ncasnlam.
rei sob o nonie íle n. I)uarle. ilustrado e inqrieto, alvo das interprofacnes contradas.
conflitnm, com marean‘e predominân cia dos primeiros. Daí ter sido tado,
u-
rito ÍS, mais do que se aponhomom estrut cra como um "
1’almonte medieval”, piecursor da dúvida eartesiana do a verdade está do fntôr
ora como um .quanna coexistência os novos G tradicionais uma .justaposição vista, tória.
E’ com a
uom
« G
em que, n primeira l)areco confusa eu contradi- taqiiemos apona grande galeria. s quatroj Teremos a i i sao de que através dêles do tempo veio
an-
es da mpresNo quadro da sociedade snírito se revelando mi.steriosamente, desde n senhor feudal trcado em suas pretensões baròniais ate ao estadista sequioso de desven dar os mistérios do planêt desejo incontido de saber
n em um e de posse, que CO “ínclita Geração
portuguê-
sa representa, contudo, algo de novo, não só pelo amor ao estudo db auto-
<13) V. IIEimANI CIDADE — Lições do crllura e liloralura poriuguôsas, Coim bra, 2.^ cd., 1943, pg. G5 o segs.
120 Di'.rsTO ov(^^ncrt
í'undamental lusíad; ►
modiovais c nntipos, como tamhrm |U‘h. valor dado à própria experióiiria pessoal (1*1)
i“\p'\ Llcòci^do Lllcrotura Porluguésa. (u \ r V - vv:il Ll.b :n 1034. pS- 2«5.
í\quch :. '*^‘‘V”ííí'c-iticn dc D. Duaiie na qiu- a >\'‘"‘'*‘^Yiaturvzn das paixões o na npu-i-ns.jo ‘J;* .\eclmonto. ao surpreender TiíAIi.si' do eoni ^ jJqs soâtimentos.
ro9 com sunicxu«„'-;^*;\;;fscVva vm /tunlidade, porque trocou nvidclai. observaçno e a nutoricladi* ^EAL CONSE:>v
M^ÍfÍrO Kd Joscph Piol. 1942 pg. XIX). Scín nctiar totalmentc o ponto dc vista ^ naitc dos historiadores que <la .^«/rn.ríin as tramformaçücs hístóricoáocn i do reinado dc D João I o dcsper- í,()tlais ,,,.„.,<;c,-nca portuguesa, entende, t:ir cia i'‘' SOARES AMORA. no cMitai yç.,-dadc que sc naqueles nconque. petão as raízes das tônicas da tooiinvnttis absolutlsino e o imvicla — também é verdaniM ialisino u ‘ inconcussa. que os ideais ● ''‘■'níiàm o espírito dc D. Joã.> e que von<l\i- '● genuinamente mediedc clc seus não é um homem da RoV3ÍS. D. ,„esmo de pié-Rcnasconça. nascença, ncio ^ ^ expressão acaÉ um Tdade Média, do oulono da bnda da ^„oca que na magistral inIdade Huizinga sc caracteriza peterprotaçao , j estilo de cultura do !a definição aMORA mundo --te e o "Leal Conselheiro". Sao ‘tnívez a uma visão exniaçáo , „^nucmática do Humanismo, ccssivainente Lsvi operando om cujo medievais, relevantes para a época e o Variada e D. Duaite. Cameio. a í^^*^’';?*Sras em latim e portutnlogam-so jivvos de Aristóteles, guês. destacando-se Cícero. Julio Marco Polo, astmho Aviccna. tim história, montaria, s.m como estudos cie h.stona^^ ^ agricultura. Pelitwa^ romances do ciclo poesia, sem ^"^^^^^^f^ccnselheiro, o qual K^"i^í"°Dua^-te.^rcv dc Portugal e do AIgarve e Senhor de Cepla. «d^ao cutica organizada por Joseph M. ,.X 1942. pg. 414 C segs. Essa Biblioteca re íletia de certa forma, a atitude de seu es pírito, que não pode ser todo situado na "Weltaiischauung” medieval.
0 seu livro intitulado "Leal Con selheiro”, esciàto por volta de 1437, e obra ue especial relevo para estas üo esiuuo, pois contem passare\eiani a consciência que das tentações do
noCiis gens que poasuui **el rej pouer, aberto a possíveis confàtos entre prLücncia e justiça, enquanto que a pruueiicia veruadeira — à qual do\em suborainar-se todos os homens, nuis especialniente os soberanos poue se confundir com a astúcia, nos li-
f” nao üeveiiüo permanecer sempre mitcs da justiça.
A tensão etica, a que acima nos essencial à linha reierimos, como luimanistica, mostra-se bem viva no Leal Conselheiro, ao qual já se quis méritos de atiíbuir, nesse ponto, os uma resposta antecipada às teses in flexíveis de MACHIAVELLI, obedien.e às razões “efetuais” das cüusas. (15)
Essa consciência viva do justo não 0 impediu, no entanto, de com preender as raLiões da preservação e da “grandeza” da monarquia e de sua fazenda, como 0 demonstrou com a promulgação da chamada Lei Men tal. Como seu pai houvera sido obri gado a exceder-se em liberalidades, galardoando serviços de fidalgos com bens da coroa, declarou que tôdas as doações haviam sido feitas com a idéia ou a intenção de reverterem novamente os bens ao monarca na ía ta de herdeiro varão... 0 juris ta sutil, JOÃO DAS REGRAS, mes tre em razão de Estado e inspirado no Direito Justinianeu, escogitara uma solução “prudene”, com que
*1 4 121 KCONOMICO IDiur.sro
(15) Cf. LEAL CONSELHEIRO, ed. cit. Nesse sentido, F. E. Capits. LII e LXXX. ^ ^ DE TEJADA SPINOLA — Las Doctrinas políticas en Portugal, 1942, pg. 93.
!r
1
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ç (f f *
<● viajado, a (j.iem .> jiiri»^ on.-^ulto fiorentino TOMMASO SAIAKTTI de dicou uma dí* xonado de sua.; oi)i-a.-;, Td um npuianti^ras o novas cojsn> .
Tradutor, entre
Oü Offici.s de ríCKUO e de <Io livro
A doutrina Mental trutura de nao se pressuposta na Rei parte de MAUCO 1’Of.O. foi, dc certa forma, o introdutoi- da cultura
cipais elementos ideais do I,eal C«msclheiro, revelando, outrossim, o ad vento e a natureza de uma outra lorça que iria modelar a i Estado: a ima^fom do a Jurisprudência
as ccr-se nos rinos
romanístit-a, pelo apoio relevante dos leirist aos direitos dos reis, assim como aos nteresses do povo, notadamonte da buiffuesia mercantil ávida do enriqueempreendimentos ultramaIt
Por outro lado
„ 7 , ● ° P^'oblema político í-olora-se de outras tintas quando o i'oi passa a considerar a qiie.stão dos mouros e judeus, reputando lícita a guen-a contra os infiéis, obrigá-los h fé, hbei-dade do sua propagação (16).
sempre de contentar os pendores li terários do primojíênio D
. Duarte e » sede (1(.
^luc animava
fante do. Sí
conhecimentos positivos 0 irmão menor, o Inlífrcs, a quem estava re-
servado tão radioso destino na histótia dos conhecimentos o descobrimen tos náuticos.
Lcgoii-nos o infante D. PEDRO uma obra fundamcntul, A Virtuosa Renfeitoria, calcado no De Hcncficiís de SÊNECA, mas
ra-
L “ “"«eiência doutrmaria de identifi
nao para mas para garantir a cação da zao do Império com a razão da Pé de que cuidaremos logo mais
VI
Joao I, D. PEDRO, Duque de Coimi bra, que se acentuam, traços hunianísticos. no entanto. Homem culto os
aü) Cf. Loal Conselheiro, 1.,' cit., Cap. XVII. r?'
tratado político-moral com amplos desenvolvimentos «ilribuívcis cm parte à colaboração d« Prei JOÃO VERBA.
0 conceito que D. PEDRO nos dá de benfeitoria não 6 estiitamente juiídico, enquadrado no sistema políticü-feudal, mas essencialmente éti co, consoante acertada interpretação do TEJADA SPíNOLA, de sorte a comunidade política se constitui uma gigantesca síntese de be nefícios quotidianamente
que co¬ mo acrescenta-
dos’b resultando a convivência de la ços de amor e gratidão, da lealdade
'1' i'
122 Di«.»sfo Ki.osrtMico
aquietava a consciência CHcruputosa do rei, a quem, aliás, OMVKIUA MARTÍXS cheíca a atribuir a inicia tiva da Lei, ainda quando príncipe herdeiro. t'
r.
otjtros trabalhos, do
enquadra mais na esconcepção política medie val, nem se harmoniza com os prin
no\a iio mundo lusiafl;i: fei élo quem trouxe de Veneza, o naveíTiulor, um exem plar da obr.a íio explorador ^fcnovês, os mapas de VALSKCA, os trabalhos do JOUdK I*URHA(dI, etc., cuidando
para o irmão D.
E^ no terceiro dos , > ^ filhos de D
f'
«● de respeito mútuos como condição do senhorio. (17)
observa MERÊA, o inlista da cultura jurídica Com rav.ao 11 na .'^ijrne l)ortUK'uèsa, que há em A Airtuosa pensamento correlato de que uma coisa se exige sempre, fundamento, ao menos
●ondição do poder: esse requisi to 6 o voluntário consentimento do aliás, D. DUARTE nom usara de
lienfeitoria o sonao como como c Declara povo. oxpressamente que crueldade o príncipe com aquellos que defensom lhe derom a es* pera sua
pada”. (IS)
potlc, porém, olvidar que de\x?mos no zêlo de D. Pedro, quan do Hcgcnte de Portugal, durante a minoridade dc seu sobrinho D. Afon so, a promulgação daquele notável monumento jurídico que recebeu o nome de “Ordenações Afonsinas
Não se
(17i TEJADA SPÍNOLA — op. cit.. pg. 115 e sces Sôbre A Virluosa Benfeilona, cujn odiçso critica do 1040 íoi cuidadosameute revista por Joaquim Costa, me rocem destaque amda os estudos de ME RÊA abaixo citados, OS de JOAQUIM
MódS’Colmbr.-., 1»27, scmpre vivas de OLIVEIRA MARTINS cm Os filhos de D. JoSo I. A ivuYUiiNS Cl pejro declara acertadaDE FIGUEIREDO ser monto Qj. da cultura clássica, pois
recebera, P°^.®fietras e da filosofia clàsda influencia das mx espírito tão leraiuVã cSssica. 1“ época. 3.« edição. São Paulo, 1936, pg. ^2 e segs.
(10) V MANUEL PRADO MERÉA Estudos do História de Direito, Coimbra, 1923. pg 207 Cf. A Virtuosa Benfeitoria. c*d. cit..’pgs.' 105 e segs.
Deus e
encontramos consagi’3'i*
Ora, nestas a doutrina de que “o rei tem principalmentG o regimento da mão de assim como seu vigário « lugar-tenente é absoluto de tôda a lei humana”, (L. II, t. 24) sendo im possível não ver refletido aí o pen samento do autor de A Virtuosa Benfeitoria, cioso das prerrogativas reais, embora consciente da lealdade D da prudência como virtudes ineren tes a elas.
Resta-nos agora falar do quarto dos filhos do D. João I, o Infante D. HENRIQUE, cuja figura já se an tecipa como um herói da Renascen ça, perdido no seu sonho imperial, tudo dobrando às necessidades inexoxáveis dêsse desideratum.
Êle marCa, na maravilhosa progênie de D. João e de D. Filipa de Lencastre, um ponto ideal projetado para o futuro, como o promontório do Sagi'es onde se recolhia para for jar seu destino ao lado de cosmógrafos, cartógrafos e marujos, gústia de desvendar os mistérios de mares “nunca dantes navegados”.
na anuma com1 ra-
Dêsse sonho brotaria um valor no vo, alarpndo os horizontes da polí tica lusíada e marcando preensão singular e moderna dí zão de Estado, à qual tudo seria ne cessário sujeitar, como D. Henrique mesmo deu exemplo trágico, ao en tregar aos sarracenos, na desgraça da expedição de Tânger, o pobre irmão D. Fernando, como refém e garantia da evolução de Ceuta, a qual — êle bem o sabia — jamais seria devolvida..
Mas essa já é uma outra
123 i »NÓMU t» 1 Dii.i >.u>
MI
face
OU ■i
●i .1 ● ^ I
X i 4 4 .j I 1 ■! Já
I f
momento do problema Que CMlamo.analisando: í* a razão (h- Kstarlo plano d:i política oxícrna, são do poder, no proú-íar perialismo, a força quf* iria a fisionomia <lo mundo.
Por ora, cabe-nos fazer uma ref«rencia, embora sumária, íu|i .-bvina completar o processo de fundação do Estad
no na exp-tud'i ‘i!iuuirlar 'pie interiK) o,
> ^ , . l)re.«Hunos‘o e condição do pleno de.serivrdvini.-nto das conqui.stas imperiais. Ueferimonos ao ja lembrado I). JOÃO H
CUJO breve reinado de catorze i foi con.solidada toridade real, i_ de seu bisavô, nome.
cm inos a supremacia da aucompletando-so a obra primeiro do mesmo
e 0 senKLU pleno G de
um homem de ação. no mais nH tido da palavra. MACHIAV porventura hruves.se tido nbecimento de .sua vida obra, ter-se-ia lembrado de"
se cosua suas dnRTíindí^ annn- o S''cnln.
«soes prontas e inHexiveis. ao rodi eir as pip-inas de II PrinHne qvasn tres lus ros após a morte do rei, cuja fama enrhou tado como o Prínci
pe Perfeito (10)
H9) Da imf^nca fnrna n-m n lograra em tôcla a -Cnronn a longa carta ono ANGFT n lhe escrevou, tomado rto^emusi-ímo ta essa que assim comnoanec foriuna mea. nec erudiUr.
cemníno virius eiusmodi esí, ut^Hcitom mihi pufem scribere ad te rex w*
to clr : f;:. fl|.nidade, II
●( ■IT íoa' fmuc p.t
Não foi, ●enti«lo anf.'ntico tl; pop-m. maf|uiavi'lico « xpre i no ou ●-.iii. par.a I :< íisr domÍM'.ii ‘●rv > a init i. di-sp*)'●mpi . I . .utinienon a comuIV pi*'o.,
ra > a iey e pohi <da ae <● a
impc r.it ivo da lei: i>.,; fíi‘ey” foi manteve a .-iia di^i .-:i, ^●ompre fiei i2 Hi.
A fonte priiii(»rdi;.l (li da vida d
P!-Iiei I). .loãn II, endo. na nual Miiari*
eiinnecimcnto o inon; !● a «’● a Clironira de de (íarcia de Re de corpo inteientra-jriie à i*n’ncii ic ro a fij^ura dn lua contra
po.le 'es rosfis ;ih s va:- «lUü se«:u- tado, honra i> JOÃO ir letras nao era homem d seus avós D. T)ua,-to e D. Pedro, CUJOS filhos Afonso c T„a
,
oram contra ^●ança d’Kl-Kc-i’'.
«í«nios (Je têrnio ã hui(“)es, cra tomado tio uma (t clioi-ar muitas h'4*TÍ-
ani-
ianía me iamen dionitalis, splÍSdÒtis' glona eque tuae, ianlaque laudum luarúm lam per omnium ora volilantiom nercuict admiraíio uí s.nonle sua calamSs meas exhibere tibi litíeras. iestari ^ mum. signjficare voluntaíem. gratias agenoslrae nomine gestiat. Quae lumc viríuíum tuarum oene coeleslium beneficio iam cum veíus-
iamque cum omni forlitor au, centondore". Eni le.^pos● dissí- o lyi port;ii»iié'. entro outriis eoinuiiilo- "El ul íibi brevibus ad rorp ndeanu-s, scias nos tui pii laboris, quem in noslrao - redcmníioncm lam crobro P^l icoris esse admodum gralos, ídguo Pl^climu t(?xt
(J mo laliíaiis amr, vchemcnlarquo laudamus". (O ('? reproduzido do FI-
s;;s. propesilum eficci. &
tJELINO DE
— A Épica latino supi .n
— São Paulo, ^ -J FIGUEIREDO
(20)^ Cí. AFRANIO PEIXOTO Príncipe Perfeito, Lisboa se«s.
gs.
O
124 í)i» ,: I»
I J
cpi.s(')dio ta do (ILe nos ndata o cronisjuljfameiito do II Duiiue do lin lííança, neto daíiuele a qiic Já nos ●'íJerinios, ó heni sintoinático da jisicoiojria da época; inflcxívc' nos desalvar o JOstado, jiondo ])i(‘poténcia e à felonia des u rei, à medida rjuc os juízos Min proJorimlü seus voto.s de condenaçao à morte, P*' funda e, cm pleno conseluo, foi visto a l
1 orluguLsa no Século XVI pgs. !);j e 07),
40 a 1
19-12, p
mas. lulve*/. à p.sicologia dc nossos dias, paaquela tensão entre
trar as causas e culpas do caso, pa ra vjer as ratões que tivera de o ma tar" (23).
viva rece-nos
valores do sovial e do humano que, pola presença do ideal cristão da viila e da dignidade do homem, é constante da cultura humanísA Hiz crua da razão dc Estasentido aquelas lágricomo homem mais
Merece ainda lembrança um epi sódio cujo alto siirnificndo não sera demais encarecer: certa vez, estava desembargadores lul- 0 Rei com os
uma tiea. do não teriam dc cristão, mas
ri¬
cheio de piedade, que de ira nem gor, acusando a Deus seus pecados próprios" (22) se c que, na comple xa problcmaticidade da razão de Es tado, não se esconde a duplicidade do estadista o do homem, o .segundo afogando cm lágrimas sinceras frias deliberações do primeiro.
Quando, em verdade, o podei o exigia, D. João II não vacilava, como vacilou quando se convenceu da idade dc eliminar seu cunhanao ncccss
gando um feito, e, ao chegar o mo mento de se tomarem os votos, um deles, NUNO GONÇALVES, se le vantou, declarando que, tendo o Rei interesse na causa, era mister que se retirasse a fim de que o julgamento pudesse se realizar com inteira li berdade.
Indignou-se o Rei, estranhando que isto lhe dissessem:
“Isso me haveis vós de dizer? Co mo em mim s" entende isso, se eu sou a justiça mesma, como hei de ser parte ? ”
Irredutíveis, no entanto, se man tiveram os juizes, e o Rei após pas sear um pouco pela casa sem falar nada, acabou por agradecer a Nuno Gonçalves, pela sua firmeza e hones tidade, retirando-se para que julgas^ sem segundo suas consciências... (24)
ça
»>
zões qae imediato à sogra: notificar a
Tão consciente estava de suas radelas deu conhecimento lhe mandou logo morte do filho, e mos-
Eis aí, na sua singelera, um fato de crônica de valor universal: a iden tificação que mais tarde ivia ser fei ta por HOBBES entre soberania e justiça explode, por antecipação, na fala do maior dos reis da segunda metade do século XV, mas recua ante a viva consciência cristã do justo re velada por magistrados exemplare.s.
loo. cit. (22) ■ U-li Op. cit.. Cap. XCVII.
125 KcONÒMlCO 1)I«.1 -.r<í
c dizer palavras de compaixão sentimento N'esso (21). episódio, ■ incompreensível <●
as
do, o Duque de Viseu, fazendo-o a punhaladas, com suas próprias mãos, por estar conspirando, como o outro Duque, contra “seu estade e seguranFê-lo calculadamente e friamente, sem reunir conselho, na presença do testemunhas, “que com seus di tos aprovaram e justificaram a mor to do duque".
GARCIA DE REZENDE, op. cit.. (23) V. Caps. LIII e LTV. (O]) GAIíCIA de REZENDE, op. cit. i-apllulos XLV-XLVI.
JORGE TIBIR A
X K<jduj(,o Süauks Jf.sjoji
i recapitulação sumária dos acon' tecímentos relativos à revolta de 1893-4, tivemos ocasião de frisar
a repeaventura revoluer uma crise poa inteira adesão de Jorge Tibiriçá a causa ílorianista, esposada pela i quase totalidade dos republicanos de jr Sao Paulo, por lhes parecer indubiL tayelmcnte a causa da ordem e da V salvaçao da Kepública.
e repv-ooo« ^ muito com IP'- fm''® ^ íovíxm conduzidos par I' tidanos e ad versários de Fioriano ^ Quena naturalmente que o governo l,, ccnstauido pelo Marechal em defesa do regime e que visara ao restabe’e o cimento do poder legislativo dissol
Como homem de ordem e cioso da conservação e da estabilidade da Uepública, Jorge Tibiriçá prestou intei ro apoio à Campos uçao de Hernardino de em prol de Floriano
Tibiriçá, espírito calmo iietido, desgostara-se , embora yisse com tristeza muitos aspectos u^^ratricida e lamentasse o esPinto simplcsmento faccioso nahsta de e persomuitos grupos
pensos u defender tuneo do que um
Z. Vido por Deodoro, abafasse a revou-i por um principio de ordem, sem to davia, cair na exaltação a qué se viram an-astados muitos elementos
|jí^ haviam tomado, luta
os quanpossoal que Para Tibiriçá, a
, mais proum chefe municnideal.
T nao tanto por amor à República ’ g to em defesa da atitude
. sepamva os republicanos fiéis a legalidade dos republicanos extra
[i
I
Viados e levados sem ra.ão pari J campo insurrecional, modo de airir contrario ao espírito democrático e que encaminharia o país para processos do caudilhismo latino-ame ^ ricano. Os velhos repubT.anos Ms V torieos aspiravam a um regime for ■I te, de autoridade bem assentada, pois sempre alegavam a instabilidade 1,4 gabinetes da monarquia. Em face ^ levante da sentiram-se profundamente abalados e
in
O pengo do florianisiiio consistia justamente cm combater os adversáiios a ordem republicana com certo exagero faccioso que se tornaria ^'ualmente nocivo us instituições. ui os florianistas, criando uma esecie de fidelidade fanática ao vicePiesidento, pensavam erigi-lo ditador, a capa de salvar a República, t^uer dizer, fomentavam um caudiIhism tão detestável quanto aque
ao
recurso à e impedir a desagregaJiilgava imjirescindí-
imt V T' i
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tiansiícência de Floriano, certos de assim eviUtr para o futuro tição de (luahjuer eionária paru resulv lítica. a f' lí* \
Tu, os dos J-'. da revolta do sul por isso optaram pela i
ce que pretendiam combater. Tibi^içá, sin.cro e firme adepto do Ma rechal, repelia tôda g^ias e de facciosismo em tôrno de um homem. -
o sorte de apoloTotalniente avesso vio ência de que se tinha yahdo Debdoro ao dar o golpe de ' stado, entendia que a resistência ferrea de Floriano era um remédio necessário paro defender a Consti tuição de 1891 ção do regime.
0-. rcvolto::üc., püiquo ro pulav;- ;i e.stnbilidade do poder legal .. único meio do restaurar o crédito io itrnsil no estrangeiro e evitar o .Ii -^prcsiigio da República, viúnvão, nas condições em que havia «loflagraílo a pais, lhe parecia um desastre para o crédito e i>arn o trabalho nacional.
r)csj>ertliçavam-sc importantes elcmcnttiS da fortuna pública, perturbarodnva o Cambio
v.d \-cncer Uma rc“ (lue ensanguentara o comercio, va-se o
para mu’ava-sc oiKntivithules produtiva.s.
;i condu- dossbonõiu >ouro, fatos que la dos auxiliai-es do governo c pei- homens pu-
mitam lançar sôbre os blicos da época a pecha de \cnais corrompidos. Floriano contou de muitos espintos imditadura. ou com a adesão
pulsivos que sonhavam Lses. na hora da vitona mostiaram se hupiedosos e cheios de rancores. Pregavam vinditas ® . cometeram crimes nefandos. i ram, porém, tais exaltados os maioesteios da legalidade. Os adeptos mais eficientes de Floviano e dn lei res taxas cada ve.» mais vis c estia especulação em voz de ●●ani/ar dc forma moralizadora as
Muitos erros cometeu Floriano, mas uma virtude essencial lhe garantiu o i cspeito dos bons republicanos. Era ide t unclamentalmente honesto e intle })ermitii* que à sombra do tramassem negócios escapaz g;ovôriu) se
No decurso de longos meses ^ luta não pôde evidentemente proi bir iogatinas perniciosas de bolsa e evitar que muitos fornecedores de mantimentos e mucarregassem nos preços, dada
<’USÜS. <lc câmbio nem de uições
a urgência de cortas encomendas paatender à defesa da legalidade, abusos inevitáveis que o go¬ ra Eram
vôrno SC viu coagido a sofrer devido às contingências internacionais e aos da luta interna. Na esfera azares
do poder federal, porém, não çopsta que se hajam praticado traficànatos condenáveis de advocaUma revolução cias ou cia administrativa, custa muito caro e a de 1893-4 sanbundantemente o erário nacioSangria proveniente das exisustentar a luta, pagar
os tam, entretanto, nas
grou a nalg-ôncias joara soidos das tropas e comprar arma mentos no estrangeiro. Não se apondespesas do Te-
nülitar de ânimo do de «ma probidade inatacavel. Es sa limpeza de procedimen o tade férrea de Floriano e qu defesa republicano revolta,
um ram o bloco de empenhado em derrotar a para marcar com seme.han e ■ a solidez das novas impossibilidade de criar n do caudilhismo e dos pronun 0 clima
( ciamentos.
Ao traçarmos ^^.°5Í^gôbre Jorge Tibiriçá, temos ^ os acontecimentos ocorrido ^ tratar de uma ia carreira cui do Estado dificulda-
a sua vida, por se figura de político, cuja minará no cargo máximo e num período de grandes des para a vida paulista. Vimos como o ilustre ,, família de tradições agrarias de grandes serviços pr
preparação da ^^Pggg^desempenhou rae instaurado em lo > p-overnador as funções de «egondo de São Paulo e ser “
eficiência o j,, pasta da C
uma e ampos, como titular
127 >NÓMiCX> - :<»
Comércio t* Obras Púp bücas. O administrador mostrou-Mo
I nesses postos de responsabilidado p perfcitamente à altura do proj^andis● ta republicano. Dedicou-se ao K t
s-
ado com honradez, patriotismo e es pirito público, sacrifií-ando até inte resses pessoais para corresponder às imposições de um momento histórico
- Mtal para Sao Paulo e as instituições
Por motivos de família e por in JunçooB diversas, além da inclinação espontânea para a vida pública, Jorge Tibiriçá íoi arrastado para a
política e sem dúvida empolgou se , por seus ‘ancGs. A política, de I . fato, possui uma fôrça do atração poderosamente que atua ●sôbre os que se deixam der na.s . E’ uma sereia qu
prensuas malhas. e encanta e também impe le os incauto.s a muitas desilusões e frágios.
Desambicio prestígio e posições e ", de uma índole inteira● , mente avessa a
politicu. o cert lutas, intrigas <■ ch^inif-i blica e no labirintr» d colisões
'im* no meif- iJa.da vid.i púiiitfrvsses e que ela provora, s« ntiu se èle coagido n pro;.segtij|- na !id.-
mas na a cumprir
o «● o pr«-. «> na engrenagí*m «'in ípic m- agitam tantos sentimentos íl<‘sene(ínt rad' s. qual êb- só permanecí-ti par; uni dever cívico.
Jorge 'ribiriçá. chefe de faniíli Deixemos entretanto
a , ag< ra de lado o político para obser var o marido, o pai, o fazendeiro dentro d*» sua casa, fora das ati tudes às vêzcs obrigatòriamonte convencio nais do homem público.
r nauso de Tj 01-Sü^ Ihos e exibições, Tibif ’ riçá, dado o seu ideat lismo republicano, i'- queria desertar do pôsto lí, bera na defesa do
nao
Que lhe couregime, embora parentes e amigos várias vêzes o fc ' aconselhassem a desistir de ativida■ des que lhe traziam mais dissabo4 res e prejuízos que satisfações.
A êsse avisos se opunham os de amigos e correligionários, conhece dores da sua fibra e probidade, a inc sistirem para que êle continuasse
: na
Casado com uma se nhora da velha linhaXíem paulista, como vi mos, o sua prima-irmã, Jorge foi o melhor dos esposos, mente o senso do famí lia e entre os seus des cobria os horizontes da desejada felicidade.
Tinha roal-
A sua esposa, moça fidalga que privara na Corte e varias vô: es estivera em contacto
com a família imperial que por duas vezes se na casa do seu pai quando in visita à província do São Pau^.o, sustentava a linha do fidnlguia 'iJta distinção da família. Prer.ava as instituições educação
hospedou e monárquicas e e formação espiritual por vene
lava upostólica i’amente praticante, com toda a devoção.
, i’eligião dospais, c.at(51ica romana. Piedosa e since-
a cultuava a fé
128 Ok.I s itt Iv <»M> llt 4» t
f
I»-
■1 V.. &●
lúducadu c formada, como jü disseiêgio X. S. do Patrocínio, liii, pu>si.idora dc sólida cultura e compreendia admimnrido, do tiual era a todos os assuntos do Discordando das
tro meninos, de nome Jorge, dos quuis três faleceram, sobrevivendo Jorge Tibiriçá Filho. Os últimos fi lhos foram Antônio e Paulo.
.in.nu) t-norgico,
ques mais Kslado.
iíj'' ●. no tU riivolinoiilc o ciuii'uu*nto em nat uri-/.a puliticn. opini.K-s I i-i)ublicanas de Jorge, ouviaIhi* i4.s narrativas de tudo quanto ocor ria na> lides da propaganda o niais lanlo nas questões relativas aos chol)artidáriüs ou aos problemas ilcbalidos na administração do t'onsolhüira avisada e de se¬
Kura percepção, cm muitos casos aiÍN-ertiu o marido contra os embara ços, trojicços c deslcaldadcs que tan tas vôzes perturbam a ação e en sombram a carreira do homem pú blico, Jorge confessava-se realmente feli... em companhia da esposa e dos filhos. Piei aos princípios materialis tas que recebera do pai, respeitava u catolicismo intransigente da consor te, filha do Conde Parnaíba e absolutamento identificada com os senti mentos monárquicos do progenitor.
Essas antinomias de caráter filo sófico jamais alteraram a perfeita harmonia do casal e a amizade que unia a família por cima de todas as concepções políticas. Jorge, fuiidaincntalineiite republicano e ateu, foi o mcllior marido que se pode imaginar, sempre respeitador dos pontos de vis ta de d. Ana e de suas convicções de ●senhora fervorosnmente apegada à re ligião dos pais e ao regime imperial.
Êsse lar, cuja altitude moral já se aquilata por tais amostras de tolei‘ãncia recíproca foi seguidamente en riquecido pelo nascimento de vários filhos, que são os seg’uintes: — Leonor, João Tibiriçá Neto, Anita, Georgina. Após essa filha, nasceram qua-
Diremos mais tarde a.go dessa des cendência, entre a qual encontramos pessoas, de relevo social, que man tiveram e ainda mantêm, nos cargos e atividades a que se consagraram, o renome de um iiustre tronco paulista.
Jorgo Tibiriçá, que prezava o lar acima de tudo, solreu grandemente com 0 falecimento em tenra idade dos três mencionados meninos de nome Jorge. Êsses golpes o feriram doloro samente,sobretudo um dèles, dadas as circunstâncias particulares em que se deu a perda da criança.
Nos últimos dias do seu governo em São Paulo, que assumira como sa bemos por decreto do chefe do Govêrno Provisório da República, Mare chal Deodoro, no meio das atribulaçòes da política e dos incidentes que ameaçavam o regime recéra-proclamado, adoeceu o menino e coincidiu piorar muito o seu estado justamente no dia em que era lavrado o arbitrá rio deci-eto de exoneração de Jorge Tibiriçá.
O gesto impulsivo de Deodoro ma goou muito Jorge e êsse aborreci mento se acumulou à aflição do pai diante do pequenino enfermo, mor mente quando teve de deixar rapida mente o palácio onde residia e pro curar às pressas uma habitação para mudar-se, o que obteve graças à casa emprestada por um amigo. No correr dessa mudança, mal se havia instala do a família na moradia provisória, faleceu o menino. O que mais acen tuou 0 sofrimento de Jorge, nesse transe, foi saber que um padre, irri tado com 0 governante que havia re-
iL»y UiOl.^ l\j tiCONÚMlCt:
tomado paia o Kstado a Igreja d« Colégio, exí*!amou do púlpito que morte da a i'iança era um castigo di
MU lar, por líoccartidmK -. Jv oducaçúu « diMciplina /umiliai, vigilância v.spiriio dc o Míveridade, severidade vino para o pai, apontado como ateu e inimigo da
Homem profundamente sensível, pungiu-o amargamente essa objurgatória iníqua, tanto mais (pie, apesar de seu confessado ateísmo, Jorge era tolerante e respeitador das
religião. amoroso e crenças alheias
, prova eloquentemente o fato de ha ver esposado uma senhora cattílica, de fé e de prática
como o come com a qual nunca discutiu acêrea .dessas toes de foro íntimo.
Pai extremoso, Jorge Xibiriçá era o companheiro mais velho dos filhos com?vT' brincava com extraordmaria p
sse mae mais coinovente
quesÊ aciência, feitio amorável lhe proviera da senhora cuja lembrança lhe dava pre margem às
, semevo- .s caçoes.
em Resamma se-
Na atmosfera da fazenda, saca vivendo com os seus num parecido com o de Itaici, levivia ele com os filhos de certa forna ■‘^«b.jes transcorridos da mãp ^ Paterna, quando recebia da mae as primeiras lições de francarinho protetor e a doçura angelical da nhora Pauline Eberlé. A morte dramatica da progenitora produzira um giande vacuo no coração de Jorge de sorte que essas saudades e a sú. bita interrupção que aquela perda causara na sua vida sentimental fizeram naturalmente transferir os filhos as afeições represadas.
o para Era êle todo indulgência e brandura para os pequenos. Pecaria talvez : cesso de bondade, não fora a inter venção da esposa, que representava
por ex-
e a corngjr os exa gero,'^ de ternura do jiai. Jorgo, mais tjue levar todas as faltas c a tolerar tôdus us alegrias do mundo infantil, bava
que nao era senão uma forma de amor maternal dí.-.stinada
por i» a re- r-entisse mipelid SC acaj)or aprovar a firmeza dc d
Ana, ijorcjue sentia (jue ela vinha tem perar cem regras inflexíveis de edu cação c de rigidez moral as fraquezas amor iiatíu no Pensamos haver dad
do o, nas linhas
acima uma idéia muitf) exata, hora paliduniente
intima de Tibiriçá. No lar, expan dia éle a ri(iueza afetiva que não apu1'ccia senão
emesboçada, da vida a pouquíssimos amigos, Iiois os (|Ue tratavam com ede de (piestoes políticas ou de negócios comuns apreciavam a perfeita educação e finura do seu convívio e sentiam-se
diante de uma jjessoa franca, de uma naturalidade incompatível com fingi mentos ou exteriorizações estudadas, mas de uma reserva que, sem afastar ninguém nem opor barreiras aos tí midos, o cercava dc defesas que ve davam quaisquer demonstrações de familiaridade.
Vistos 03 lineamentos morais do cidadão c chefe de família, vejamos agora o lavrador.
Jorgo Tibiriçá, lavrador
Em primeiro lugar, Jorge Tibiriçá, posto que descendente de uma família que interveio com larga influência nos destinos da província de São Pau lo 0 ligado pelo casamento a um outro tronco de grande projeção na vida pública bandeirante, exerceu a políti ca em virtude de sua índole idealista
130
de »eu espirito republicano. Jamni.«i, porém, viveu à sombra da polí tica ou dela se utilizou para a menor vanta^rem pessoal. Ao contrário, èle piTtenciu a uma escola de homens, ainda improírnados de tendências an tigas, para os quais n política só exi^riu sacrifícios de toda a espécie, inclusiví* o.s de ordem pecuniária, pois om outros tempos o até certa altura do perioílo republicano o comum era a maioria dos políticos sofrerem prejuízo.s no acu patrimônio particular t‘ não íranharom proventos ã custa dos carpros que ocupavam.
Do modi) que Jorge Tibiriçá foi, antes de tudo, um lavrador, segundo o exemplo paterno e de acordo com outros casos da numerosa família n que SC filiavam os Tibiriçás, a famí lia Almeida Prado, núcleo de cncrpricos pioneiros que nos meados do século passado saíram dc Itu rumo aos sortüos de São Paulo e desbra varam principalniente a zona de Jaú.
Cabe acrescentar que foi um la vrador abastado devido à herança re cebida do pai 0 que, em 1888, cons tou de diversas fazendas de um va lor venal de centenas de contos, quan do o câmbio estava a 27 e no Brasil ainda circulava ouro.
Ao regressar da Europa, em 1879, formado em ciências químicas e dou tor em filosofia pela Universidade do Zurique, além de engenheiroagrônomo diplomado pe’a famosa es cola de Hohenheim, Jorge, depois do casamento com a sua prinia-irmã, d. Ana, filha do dr. Antônio de Quei rós Teles, Conde de Parnaíba, entre gou-se à exploração da fazenda de Ressaca, já que a de Itaici, onde o pai montara anos antes o importante engenho do qual já falamos em outro
;i administração capitulo, ficava sob de gestores indicados pela família. Os Queirós Teles constituíam oufamilia de lavradores de prol e serviram n Sào Paulo como represen tantes do povo na Assembleia bcal e h testa do governo da província, da qual o Conde Pamaíba foi ura dos presidentes mais dinâmicos, atenden do a que imprimiu ò questão imigra tória rumos modernos e inteiramente acordes com os altos problemas da economia bandeirante.
tra vrador e
No exercício da profissão de lafazendeiro, Jorge Tibiriçá
atravessou um dos trechos mais in teressantes e agitados da nossa hisCom efeito, chegado ainda da Europa nos dias em que a imi gração apenas se esboçava, atuou na fase que se podia considerar a fase escravocrática da nossa formação soDurante a infânfazenda de
tória. ciai e econômica.
cia, quando residia , Itaici, dependente do município e Itu e mais tarde de Indaiatuba, co nheceu êle 0 serviço dos escravos no
na engenlio paterno.
Em 1879, quando pràticamente ad ministrador e dono da fazenda de Ressaca, na yona da Mojiana, a maio ria dos trabalhadores ainda se com punha de escravos. 0 homem forma do, pai de família e fazendeiro im portante, não pôde dispensar o re curso no braço servil, embora fosse dos mais entusiastas em preconizar fim do braço do as vantagens da imigração, substituir gradativamente o ^ cativo pelo sei-viço de homens Inres. Filosófica e raoralraente, Jorge ora abolicionista e não agasalha^ a ou ro. sentimentos, a não ser os de uni ^ erdadeiro humanitarismo. Não aderiu, movimento aholicio-
a entretanto, ao
131 Dic-7.^to EroNosnco
nísta, como sc operava então por to do o Brasil e que partia sobretudo da» cidades e dos centros intele tuai mais atento ao lado ro mântico do que à consideração das no-vas rea lidades sociais, eliminasse o fla{çe’o da mas de uma forma planificada, d< prévia mont»
s ca -SO
Jorífe íp.eria íi»u* escravatura maneira a se proceder à
do deliciido prolilemn e com tórla n framiuezn. pci ft itamcntc id»*ntifirado; (piatUM a«
discutiam inéi«.(los par*» foimuUar a vinda d** iiuÍKTaiUrs. pò.<* to ípj«* diVíTJp-llt*-, art r<;i (Io roífinic luttiro do Brasil.
A fa/A'iula d<‘ Uch.saca .Mojiaaa c a educação dos cativ formação UH e
o de a sua trans em trabalhadores livre-. Hem promover uma subversão nómica cujas consequências lhe aupuravam íavorá o Brasil
Ao falecer paj ficara êle dono várias favndas, i-ntre as tpiaií^ Itaici, Tranqueiras e Ressaca, as duaS
na eco priimuras última no muniiMpio d(. Itu o o na Mojiana.
o SC áveis nem para nem para os emamipados. No domínio da bondade, difícil seria encontrar quenr excedesse Jorèe Ti raça, côr 0 e democrata
duais sem preconceitos de e reliífiao. Republican SO exteriori^o
contudo . o sob es a
conforme ladatamos em pú" ^íinuH anteriores, (inha sido explorada principalmenle açúcar
Itaici, j)ara a cultura <lu e o funcionamento dc dois
■ considoraílos por volta dc como os meliiores da província c que proporcionaram írrandes lucros. Aconteceu, entretanto, com o açú-
car do .seu espía forma dc preparar paula-
unííonhoH, 18(J0 u, rito abolicionista idéias tendenti tinamente hom
i=: .“".rs"í
lento impacto na Receava êle e sob a forma de são de
se economi ra. e sentimontali
naum vioa brasileio. aboliçao brusca vinrli«-a u de oxplo
o mesmo (}ue com o chá, os vi nhedos e o tidíío c o aliíodâo. l')epois empreendidas com entusiasmo essas culturas, ori^itindas do esforço exclusivo dc lavradores brasileiros, caíram em decadência c tudo cedeu ante a maríha irresistível fio taifó.
Ante a imobilidade e a ins- destruição dr de nm choque
eliminação de
de mo laquoza permanente e caiiaz suportar todas as iirapas naturais e arcar com as baixas poriódica.s dcismo, visto que a as nossas elites económbo, muitos senh
por meio a par da ores inca
preços.
tabUidade da nossa economia aRTÍcoa família Tibiriçá acabou por se dedicar la, ao cafélíravemente as fôrpaís. Rra esta , por que alvitrava politicâ. r&cioDcil dc iniipfrciçfio voamento, dando-se uma uma
G posempre preferên
Êle e o so^ro, Conde Parnaíba, savam da mesma forma
e aos pena respeito
.
, a mais sólida e du radoura das culturas nacionais, seiu embaríço de haver sofrido também os efeitos da crise de braços, do desííaste das terras o do deslocamento das zonas produtoras cia aos camponeses europeus homens que procurassem a terra.
como quao
Um «;Gnêro tão importante na for mação da riqueza provincial, açúcar, chefiou a desaparecer se completamente dn produção pau-
132
i )!●.» ●.{«>
Só a rubiácea é íjuc se implantou co¬ .
pazes, viria ferir ças produtivas do das razões
lista c só veio n provocar noro surto ii.‘ iiilorôsse (jiiamlo dn fundação dos »H‘nlraÍs. em 1S75, devido empie.<tado pelo govôr●rial a uma cultura ameaça* a tpial se cons-
I ● »*● nup( <Ja <lf niina e com tituira iu)s tempos coloniais a opu* l'*neia
IO eei nomia nortista. (la 1'aiei esboçou un< retornos de prospei iilatle por ocasião da abertura da Itnana. eujos trilhos passavam no pr* <ia fazenda, tivas silvavam nas próprias terras do latifiimlio familiar. Mas a tona OUtrora .sede de írrande.s empresas agrí colas e emi que se fundaram sólidas fortunas ituanas, nào tardou em per der o valor, dada a melhor quali dade das terras novas na PaiPista e na Mojiana, para onde se deslocaram nuiitos lavradores do velhos troncos bandeirantes. A própria via férrea na qual so haviam depositado muitas esperanças mostrou logo polas difi culdades financeiras que n assoberba riam O reflexo de decadência ou pelo menos do es‘acionamento econômico da região, ao passo que na direção do Campinas e dali em diante, no caminho dc Aloji Mirim, Ribeirão Preto, Casa Branca, as novas lavoura.s iniciaiam um período do florescimon‘o que se prolongou até os nos sos dias.
cidade, falta de maquinistas hábeis. Conjunto de falhas que lhe traziam má renome e justificavam o ônus in tegral qie a estrada representava pa ra 0 governo, visto que nào produ zia ronda, apesar da importância o prolongamento até Capivari, Piraci .aba e Tietê e da participação na linha de vapores fluviais criada para complemento da via férrea.
A Paulista, ao contrário, fundada sob tão bons auspícios, prosseguiu na sua rota de prcgresso e levara os tri lhos além de Rio Claro, indo ao en contro das lavouras que se esten diam na direção de Santana de Parnniba e passando por São Carlos e Araraquara.
Uma prova, entre outras, de Que se tratava de uma entidade solida mente ccnstituída e próspera, foi pa tenteada pela restituição que trada fc;. ao Estado de juros garan tidos para alguns ramais.
a es-
Um dos a
A Ituana, como se vê nos relató rios de alguns presidentes da provín cia, mere. cu frequentes críticas e referências pouco lisonjeiras à im perfeição do seu tráfego, administradores provinciais aludiu a cia cm termos que se aphcaram mui to tempo à Central do Brasil, pois fala em várias deficiências técnicas administrativas e menciona dorment^s apodrecidos, excesso de velo-
Essas circuns‘âncias levaram os suas ati- Tibiriçás a centralizar as vidades principalmente em Ressaca, outra propriedade magnífica de mais de mil e cem alqueires, situada no tronco-mestre da linha Mojiana, a noroeste de Amparo e a meio cami nho aproximadamente entre Campi nas e Moji 'Mirim. Depois de 1870, tôda essa zona, ao lado da Paulista, formou 0 campo de expansão do cafe e para e’a confluíram centenas de famílias que foram enconti'ar-se, co mo já dissemes, com pioneiros que desciam de Minas.
Da família Almeida Prado, muitos demanda de membros seguiram em Jaú, em pleno sertão, antes do .ançamento da estrada de ferro paulis ta que, em 1879, ano da chegada de Jorge Tibiriçá da Europa, alcançava
loo )ii I :● ● 1*.« c'S«*'tu i>
Pm 1S73 as lo.omo-
a
como Urminaia R!o Claro e Plraçununga. E’ certo que já nessa époc muitos fazendeiros se adiantaram pa ra a» bandas de Casa Branca, São Simão e Ribeirão Prêto, mas em gran de parte tratava-se de desbravadores.
I O incremento cafeeiro se operava aínda^ nas vizinhanças dos principais ^ ramais ferroviários.
'
o seu p‘dn política
Ao falar da fazenda de Ressa
^ nâo é possível omitir algumas consN deraçães a respeito da Companhia Mojiana de Estradas de Forro. Essa ferrovia, nascida de
h-
ca movimento
A Mojiana, cm dado momento, Ias alturas do lH7l*, tentou levar trillus até Santos, plano (pie foi con trariado c prcjiidicadf) ptda ing’ê.sn, ora com dificuldades de eritr(*ga do material
peos ora jada pressão política exercida em I.ondres com o fito do difi.ultar cmj)r(;.stimos às comjianliias nacionai.s. espontâneo de importantes lavradore.s foi, como a Paulista, fruto do iniciat.va pnv.da e da contribuição 1 capitais brasileiros.
Um dos principais, talvez pal ideadnr e i o princi-
Jorge ddbiriçá ocupou o cargo de diretor da Mojiana de 1888 a 1800 e estudou, durante po.ssihilidade da fusão com a Companlna Paulista.
a sua gestão, a A i(l('‘ia não vingou, a 4? ● j ^ i^corporador da Estmda,foi odr. Antônio de Queirós Teles futuro Conde de Parnaíba e tio e so’ ^●0 de Jorge Tibirigá. Queirós Jes, primeiro presidente, grande acioni.sta e animador incansável da Com panhia, dirigiu-a durante vários anos com suma dedicação o competência, impnmindo-lhc diretrizes dicentes sempre conüom 0 progresso finan
cei da empresa e da região por ela ser vida. ro
. . ííos con¬ temporâneos, surgiu como emprecn dimento bem planeado e administra do, com 0 capital de 3 mil contos ■ juros de 7% e privilégio por 90 anos'
Desde o início . essidados do e dos jirodutorcs. O cafeicultor analisou de perto e de dentro segi*edos financeiro.s das ferrovias e pôde avaliar até que ponto so jus tificavam
Companhia gerida com todo o cri tério e debaixo de uma supervisão-
púb’ico os as pretimsões dc outras
a engenheiros de reconhecida capacidade, assinalou até 1913 uma curva ascensional de pros. peridade. A não ser em breves pe^
revolta de 1893-4,
técnica confiada ríodos, como nos meses agitados da pagou sempi*e em dia dividendos mais que razoáveis
companhias, com referência ao custo dos transpor
“■cs, aos salários, às ta-
rifas cobradas para passageirc^s c niercadoria:,. Anos depois, na presi dência do Estado, Tibiriçá exigirá das estradas dc forro prestações de con tas e limitará as exigências formula das para elevar os preços dos fretes, notadamente do café. O primeiro ma-
r* , 134 Dicksto EcoKósnco
e aumentou Rradativnmcnte capital, do modo a aju.stá-lo no cres cimento (ia linha, cuja capacidade dc expansão foi tolhida egoística da São Paulo Haihv;‘y*
com grave dano para a política forloviãria brasileira, cpie ficou na de pendência do capital estrangeiro. Como administrador de uma enti. e tão entrosada com o desenvol vimento da agricultura paulista, Ti^iiiçá inteirou-se dos múltiiilos as pectos concernentes à (picstão dos ■unsportes e ganhou conhecimentos flUG lhe permitiram ajuizar com seRurunça da situação das c.stradas de ferro em relação às ne
jrisiiatio ‘íc Siio Pn\Uo pòdc coibir
:il;U.s« s ílcfomior n lavoura, porque estava a par dc muitos scirròdos de p„jiti. n o dc oscritn das cmprèsn?
st‘r% .lorgo pri»pri Na Tibiriça
●iços públicos.
Acompanhemos nprom a açâo do i\ tc.‘íta do suas importantes icdndcs aírrícolns.
Fazenda Ressaca, onde Jorge í residiu vários anos a fio nasce-
o onde alguns dc seus filhos criados, encontrou êle u foram
ialh«, com o oôco para a:; ^●nlplvírada^
boberom.
o sua
íuphicnte extremamente, pareci(Ic sua infância em Itaici. do senhor de engenho ficou, vez, grande senhor rural.
ram um do com O filbo por I Grande dc Ressaca, monos iniprcssiva quo o solar de um vasto prédio do taipa, só andar térreo, solidamente ído pelos escravos. Extensa
d'\ corria ao longo da fachada.
” ‘ simples, de janelas amplasgadas, com a entrada prin-- , flanílueada por dois coqueiros, 0 velho tipo de morada
f‘“'fnzcndiis paulistas, mobiliário, na disposição inte”.o lembrava a fazenda paterQolões prandes e de grossos niau ■ ementes, mesas e cadeiras map ausência de ornatos superNos artefatos caseiros e nos de USO doméstico, a mesma faziam
objetos
antigas, que
tbrfgatM-iamente das mansões r^lívionais No salão, o relógio
drcàrrilhão, geralmente de importaing^Êsa 011 francesa; roupas de de linho de procedência estran
çao camas
geira e louça fina com jogos de co pos de cristal.
Na cozinha, os grandes tachos e caldeirões, os potes com água e a
A paisagem humana, durante mui tos anos, até que apareceram os pi^meiros colonos contratados, conipoitava naturalmente o pessoal ligado a administração, os camai'adas, cairocoiros e serventes livres de vãrias categorias. Para o grosso do traba lho no cafòi^I e pura várias tarefas domésticas, o inevitável núcleo de escravos que até a abolição forma vam 0 principal elemento de niãode-obra rural. Verdade que não se pode apagar da liistória e que é cusado quer ir cancelar do nosso pas sado.
es-
De manhã os escravos, despertados polo toque do sino que lhes anunciava a alvorada, erguiam-se das esteiras ou catres em que passavam a noite, na atmosfera de uma cela que tresandava a bafio e impregnada pela exa lação dos corpos.
Faziam ouvir vagos queixiiiúes ou se entregavam logo à algazaiTa pró pria de sua raça. Mas tinham que atender imediatamente aos chamados imperiosos dos feitores que conáam ao longo da senzala, abrindo as tramelas das portas e tangendo para fora dos cubículos os pobres seres estvemunhados.
Após uma rápida ablução, junta vam-se todos no centro do pátio, on de se alinhavam sob a vigilância dos guardas, homens e mulheres separa dos, todos pés descalços, vestidos com roupas de baetas e às vezes enleados em trapos ou cobertores nos dias de frio. Aí recebiam uma leve refeição caneca de café e composta de uma
bolos de fubá, calorias necessárias motor humano até a hora do al- ao moço.
i;>5 «» K« .4 DII.S -
A Cnsi solene Itnici, ci‘ de oustrn vai”’' prédio ente e c va m
na. ciças fluos.
/ »
;●
Devidamente contados e colocados em fila, íni. íavam a murcha u dois de fundo. Conduzidos pe.os feitores, que davatn de comando,
ern turmas as Vüzc.-i revi passavam eni
lULJUus aimla ipi.! exce.->.s(( (Ja.-i avalia^' (pianliau empje.Uad; KeJii i:al. Há diante do senlior, murmurand gatóriamente Jesus Cristo”, palavras dú ouvia apenas Crisso”.
."á»t l' "C.-N .sta o (jbjà-
Louvado U seja o resmunear:
Assim se manobrava o instrumento humano de trabalho quando levado como para a roça ou para o eito então diziam.
X. S. que se “Vosso inc.snw) (●st .r -\ou de ser fomifulauu ( para os no.~.sos eonirato.s. eontiiiuado a rec( In-r iiipotecas ültimamcnle feila.s, o seu valoj* nao tem .sid. no cr(?dito concedid
car, do que ooino i« al íjarantia, pelo que .se lh<reiavao ao d'. ii um valor j que linliain n quriiü em m^-rrailo, ■ huto, pelo t> (Ias aK-m lia marimiilM, puimi, (jue inM^fiuficaiUe valor deimo ^^arantia 'l\-m .se (í> e.scravo.i nas porem computado <j ao mutuário.”
segum'.es preciosas informações no re latorio do Banco de Crc-diio Keal pubheado na imprensa em Março de loo5:
U atenção da
A avaliação das se capital de ' timo.s, continua solícita banco.
^ merecer
t propriedades, bagarantia dos empriísi administração "do
<( Quanto ao e emento servil embo.
esse ])razcr de í^ozar a terra, de ob servá-la com enterniieimento,'de res pirar a.s suas fra|;râncias com delícia.
ÍSa visita diária (pie fazia zais aos lafèprincipalmente nas éjiocas das
.lafeHzmonte ainda pais e espccialmente nesta cia, uma das condiçõe da prosperidade circunstâncias
no províns garantidoras agricultura, as novas em i-am a melhor intuição ^ d""" deveT de humanidade o de verdadeiro patnotismo nao passaram despercebí
da que que constituía êl
floradas c das c(.Ihoitas, éle acari ciava O.S «:allios dos arbustos, apalpa va as cerejas c as fôlluis, íruía p'.enamonte a sensação física de tocar as plantas e haurir olus dcs])rende os aromas que m.
O agriOnomo o o senhor rural fa ziam boa liga.
GS
çao os cafè.^ais bem carregados, pro missores do
Olhava com saiisfaum safra abundunlc,
cujos réditos calculava mentnlmentc. Mas
e que não doao termo des contratos ■/
e um fator de valor transitório, dia riamente depreciado, via chegar efetuados.
experimentava a emoção do arveri ficar o impecável ali nhamento dos talluões, a basta vestidura dos cafeoiros vergando i des frutos.
f ien-
O filho do naturalista
Nos primeiros empréstimos cravos eram considerados antes penhor de que o mutuário dispunha de meios para fazfer a terra frutifi-
OS GScomo
cia agrícola, doao Tibiriçá
rcgozi.iava-se com o bom trato dispensado ao seus domí nios. O café que saía de Ressaca atestava nas amostras levadas aos
m nit.f» 1 o . M.;\|||.|
●s
Pelo que toca ao valor de.ssa tranha propriedade, colhemes as cshazendeiio, Joii^e não o foi apenas eoniü expioradtjr da terra, da (jual se tiram eafèzaia e pastos, para fins exelu.sivamente 1 realmente Amava uciaLivos. o solo e herdara do pai ‘i.
das da administração do banco desde logo anteviu
lista. ao ao peso Era uma vitória da <
comissários o „HiBO do quahdndo. hf^iro nprônomo, diploma-
.1,, „..r nm. s d ^ , „ naturalista e cient.smais filho do podería diripir <*o’as do
ta uma pi la\Tador
.Tono T'*!'‘*''í^;enda como simples ■"'Jl conhecimentos empíricos, poderin f.-r.cr de snns ennipo cx-penmenncecssitnvn viver dos O ripor cien-
um os cn liílade.
Tão poiicu propriod.ode.s tnl. dndo <1"C rcndiniente.s ..eeorror n tífieo nõo « ■ 1 invrndores naoxperiên cidtnrna haviam alenncionais. c“-’; , organização e qna"'‘mràtava-so dc aperfeiçoar c^ uso e mellmrar mmtos do Ciífé e do ama-
1 - fprraP- das te foi constnntemente * Jorpe Tibitôdns bjetivo do e o cepiiido P ‘ «ão escapavam velacionadaa com o torras e das suas propvio‘ p nuimiohs, bom como fenóme-
nrtiffo saído das fazendas paulistasMostrava que o critério da quantida de, sem velar pela boa apresentação do prênero, era po’ítlca errada, efeitos prejudiciais em face da com petição que se antevia para os ca fés do outras procedências. No que respeita ao cuidado para o trato das terras, mostrou-se propap:andista insistente dos métodos hoje apreg-oados como novidade para restaurar as chamadas terras can sadas. Fazia questão dc manter na fa.'-enda alprumas centenas de cabeç.as de pado, principalmente para a obtenção de adubo natural.
Nesse particular mostrou-se de um ripor intransigente e não cessava de clamar contra a Incúria dos apricultores alheios a tais pormenores e que só queriam cafèzais em terras novas, carregadas do húmus deixa do pelas matas derrubadas e as quei madas.
nprepoa ● ^ a -vnçoeí' riça. ob^ei e»stiido as da s físicas dados .^xícevnontcs aos Os nroprios tiado pai a esse reslidas e licõos sempre
os nos bnlhos 0 - -ito insorinni ]')01 ruotndns ] nelo filbo.
dados climnt‘’’-'‘^''"artigos
Observador consciencioso
i veivos pv mnis solocioiiadas.
.HeãeVtlo noz.o meio rural e prezando u"to valor da cultura cafeenm, cmdo caprichar na escolha do mudas, por meio de víns variedades
das cono dou olo spuioutos com
0 onnvados
Da educação e da cultura européia guardou bem vivo esse respeito e amor h gleba, digna de todos os cariiibos e que retribui geuovosameute nn proporção do que recebe, mas cas* tiga os que se couteutam em oxpUv rar-lbe a seiva. 0 camponês ua .Bvv' repa sucede aos pais o avôs uo mes mo naco de chão e não dispõe de reservas como nos países novos. Em prega, portanto, todos os meios pa ra sustentar a fertilidade de peque nas áreas, cuja produção não decai devido aos cuidados consagrados a estorcar os campos G neles operar
●Rocomondava lorrns Invrndore lídade do produto, pois compensariam pelas diferenboa reputação do e a
qua pesas se ças de preços
sempre aos seus coj^elassom pela essas dess que
a rotaçeão das cuUuras, intercalada do renousos periódicos. Tais pontos do vis*a, na aparência corriqueiros e banais, eram partilhados por poucos agricuHores brasileiros, geralmente confiantes na possibilidade de se ea-
137 Olr.rnTO
^'Ipoc-ordopvepfvo
K
1
tenderem em zona?-' vir^fend cada ve/, mais afastadas.
Amigo da natureza e das árvores e convkto da necessidade de pn -ei¬
var uma parte do nio flore.Htal, Jorge timbrav: servar amplos trechos de mata pri mária e mesmo as capoeiras .«obrevi ventes às devastações anteriore.s. Re feria-se muitas vêzes ao papel de defesa que as matas desempenham e condenava severamente o costume dv deitar abaixo arvoredos absolut? te necessários das culturas.
no.sso patrimóa em conimenao equilíbrio biológico
anteviiiin aindu u.': I)nixu8 cunsiderá\eis do nosso dinlieirí) que vão de sorganizar a escala dos valores e Inninihivão. ocíiiieia ec.in o einisK<’l>úbli.a o e\i*e.'SÍvo acréscimo dcj meio <MJciílarUe c nsocutivo Ji {Hilílica do (íovèniu I’rovisório e aos decretos de Ulí Ibiibüsa.
Ressaca ostentava.
por isso, belas arvores centenárias que ninguém ao atrevia a profanar.
Sem nos estendermos em pormenores acerca dos fatos de natureza politica ocorndos entre 1879 e 1895 o
É vés ã; vCdoT”
SSSSg:
«Tiercados internacionais e o sou se elevava gradualmente Euiopa e no.s Estados Unidos.
A quota anual por habitante países comprador ííegurança e os preços não excessiva flutuação até í da Repúb'ica.
díamos a
nos con¬ sumo na dos GS aumentava com acusavam as vésperas que venestá Cabe notar países de moeda vel e '-ouro e que em geral .se
sob 0 regime do padrão as oscilações de preços verificavam em mil-réis a ,- m corres pondência com as variações do câmcomissários fazendeiros pensavam mais nos ços em moeda estrangeira,to 0 outro circulava no país e não se
bio. Na monarquia. e preporquan-
çar o pai.', no tumu lu d.» a hipóti-.^í.'ioni.sn.o da Í-: ({ualidade deficiente do escravo c do desequilíbrio os sustentadas
Sem dúvida antes da República regi.straram-se algumas crises, eu untes, algumas Ij.tixas no café, jnas as maiores |»ertinba»,‘õc>s inovicram mais de dificuldades internas e da falta de segurança no ])róprio mer cado exportador (pie de uma depre ciação do gênero nas praças interna cionais. O .sistema de produção bra sileiro, habituado a altos jireços, não estava haldlitado a suportar (juedas hru.scas, isso em virtude da falta de 1-íiaços, da trabalho determinado pela decadência das ve lhas plantações.
A entrada de imigrantes animou fazendeiros dispostos a encetar novas ))lantaçües, mas não melhorou a po sição das zonas velhas graças ao braço servil. Pelas esta tísticas publicadas em 1887, graças ao levantamento mandado efetuar pa io presidente João Alfredo e realiza do por uma comissão de competentes profissionais, toj-na-se patente o pre juízo que iria repentinamente ferir centros produtores já considerados como antigos e de fraco rendimento, província contava perto de 160 mil escravos, de valor computado em 73.557 contos (não esqueçamo.s que 0 câmbio estava a 2G d.)
Municípios como Taubaté, Lorena e ftú contavam
respectivamente com
2.020, 1667 e 931 escravos, únicos
m OirríTí* F!« «●s*»Miro
A
^
disponíveis, uma voz eurt»i‘e«s, mesmo
'tuc os ifcebemlo planiaçóos SOS u além do» salários esperavam UH lu.n.s piov.-nionu.s das pojiuenas terras cedidas pelos latu uuiij incilidades ropresenz supéríiuo característico de farta produção, era nem pioneiro nem ● cm fazendas empoum elemento res-
endeiros. lavam um
das regiées imigrante 1»'“^ quena 1 ● j brecuias. _ principiava a detuuradoi* ^ ^.(jcurava o máximo de cair. imediatas e experipossibilim ^g^jjgeiramente us propriementava P ofereciam, sem riscos, condições de trabalho e jnclhoie ^ ^ período inicial da dades as do ganho. colonos, poucos eram os numa região. Pei'geral várias fazendas empregarem com certa
SC quo corriani antes
quntKío loi-ebiam w pa^umonii) t’jn ouro, mostravam-SG aletí;rís5!Ímoí e en tusiasmados e íaziain tilintar nos , chapéus e nas mãos as pilhas de libras esterlinas. Sentinm-se bciu re munerados e acrescentavam ao pro duto dos salários os benefícios obti dos com a venda de verduras, milho 0 feijão.
\ ●J L_^ .1 {
estabiU Ressaca, recebeu de imigrantes do
a norte to ativos
ejn de se Jorge famílias diversas d 1 11 ^ trabalhadores muiniorigcrados e propensos agricultores no país Essa fase intermédia escravocrático e o
nao aceique sugenem a quan
tornarem acolhih sistema
ft se que os entre o trabalho Uvre experiências o estudo da Q; primeirosda Mojian»
relativa patrões, mais em certas eniergên-
ciaT ató com dedicação Mostraramse extremamente satisfeitos com contratos de trabalho e nao tardaram a fazer economias que de início remetiam para a pátria. No começo,
t
omaria contacto logo com um am-
biente em que encontraria emprego seguro e condições mais favoráveis de adaptaçao. Familiarizado após certo tempo com o clima e o meio social, apareceríam as oportunidades escolher o seu para rumo e progre
dir sem prejudicar as grandes lavou ras pela falta de braços. Â fazenda com todos os recursos que possuía,
J
4' .1
139 ■ I.Í-..I ^ * <
i í i
● ralmlhatlores imití bom* ijalariüs, pix-íerium dc cafèzais viço- novas, O
Tibiriçá trocou frequentes vezes idéias com o sogro a propósito do incremento da imigração. 0 Conde de Parnaiba enfrentou o assunto com decisão 0 sob o seu governo entraram mais do 30 mil imigrantes em São Paulo, cifra bastante significativa e que ajudou a amparar as dificuldades surgidas em 1888 com a abolição. Antônio de Queirós Teles tava 0 ponto de vista dos riam a formação imediata dá pequena propriedade agricola. Entendia que ‘2/o processo exclusivo dos núcleos co- fl' loniais e da d.visão da propriedade _' não viria resolver convenientemente ’i 0 problema das lavouras paulistas carecidas de braços. Adotar a po lítica do fracionamento da terra não melhoraria, a seu ver,
>>>
J
tidade nem a qualidade da produção, pois 0 café exigia uma certa concen tração para alcançar maior eficiên cia econômica. No seu parecer, o , trabalhador estrangeiro, primeira- ' mente encaminhado para as fazendas,
deu ensejo a muitas observações para o uestão imigTatória. Os contratados na zo- oolonos aclimaram-se com mantiveram as na os
em ü
com 0 aparelhamento e organjzaç&o que se fundava, repichontava mais forte esteio du economia nacio nal e uma podciosa íornia conuru tora de rique.^ e garami«l<.ia da estabilidade social.
«r mom.>i.stia ampo. selecioar no mais curto um plano de agncu.tura encarava um auxí
.io periódico de te apressadamente contratada para mourcjar nas fazendas, amealha!- ah
parucipnçAo itál:ca mento, dl* uma nni^'i
ii.= m.
Migl-lu.;. 11.i. t- . Ja põ¬ em i. ,. ii-pu.açao bra.-v.b-jra. <iadf nao d.4i'i.'i .'e
1‘vonlu.ili- a de ci.m I>.aau iijc(/t porar prUiHMiaiUelltc i‘..ílipolU‘>.e.s euroj)i'u.s a n ^;a vida iigi uaila. Afirmava ainda que u c-li ineiuo ita liano, por mais (pie a^ .sua.i leavoia sentimentais causassem apieen.socs
Ao- qijf üiíjetJivam *● i’- 'Voa |)C..vao vui u\..- a v a (»i .j:*.'m 1 .K Kíl n - (U* uma úni (.'iii.il J<*iu.i -ava í lO evit.ir i i- api i...,- ii a^^ioiiii { U .1 ' iJorge Tibiri^-ú parlidmva é,-.do de apreciar a matéria e em que cievíamo.s inomovcr uma jntensa corrente imigratória de . neses italianos, devidamente naaos, a fim üe reali;; prazo de tempo pcssível suprimen.o de braços a paulista. E por braço.s não ' sòmente
- tcencertos CKiiíritos (le.-iiu evenidos, apresentava afinidade.s
Ilocalidade e do ocupação. A iniiirra çao a esmo. permitindo entr rentes de estr camadas
em com ti gi-nte bra.siK‘ira que com o tempo inam
veiicer tódas «'IS ba.ses de to fio sangue
a.s ])revençôi'.s e firmar um sólido iMiLrelaçamen-
ar torungeuüs de tÓdas < Ç íle qualquer as
Acreditícvíi piamente que num prarelativamente rápido seria éle to talmente absorvido na população na cional. lhe
procedência
A sabedoria dessa política recebeu irrecusável confirmação ciuando pas sou a intensificar-se de modo fran- e e nao raro
^ todos aqueles fortuna, que v sem critério amente demagógico a campanha abolicionista o se fizeram sentir os efeitos da
êm sem o objetivo do manual, e, além de i
tos cosmopolitas e sordem na nessa apero
procurar trabalho introduzir elemenperigüsos de desociedade, fazer âov pesas avultadas c inúteis conrind ' Viduos que muitas veses vêm nas fazei jus ao auxílio do Tesou e sem intenção de estabilidade saem para outras províncias e para as Repúblicas do Rio da Prata”.
u imigração ita¬ l
iana, Tibiriçá apoiava sem restri ções as idéias e iniciativas de Martinlio Qa Silva Prado, seu companhei ro de propaganda republicana, putava êle positivamente ótima Rea
c u ação direta” iiani apres
sar a liberação final dos pretos. Sain do do terreno dos discursos e ila sim ples doutrinação jornalística, o abo licionismo, soljretudo sob Antônio Bento, em São Paulo uina verdadeira c te¬
escravos, hostilidade da classes empol¬ as propaganda em açao para
J40 Dimisio
a ação dc passou a constituir f naz campanha de hostilidade aos detentores do coadjuvada por muitos comerciantes praças de Santos c muitos ele mentos de tódas gados polo idealismo da causa. Exor bitando dos limites da verbal e transformado organizar a fuga de cativos e infun/
<h r nus huionãrio o liotit' cada evasão de um um sério dano
fa::cndat o espirito de reabolicionismo reinfrati r da conscitui-
Ví» vuo, iitava raliví»
l-ocuniJirio nos ropvcse senhores. violenta determinou a atuaçno
» do fortes núcleos escravo1 movimento de resistèní a coriente contaa sorte que
da .subversão escravos e dai da
^riosa » infiltrou
K poi- parte cratas eia, de igu liberdade e entre os s derradeiros anos de viuma série de
'■●-■““l‘"d»''“sen.vatura trâgivos do que ropijgas em massa assuslocalidades do interior, gt>vérno remeteu condn Fôrça Pública. tiní?cutes^^^ pequenos efetivos, teve inilíciu» ^^gtiobrar em esforços para (juc se continuas requisições e
taram paia onde o Esta jitcjuior policiais, carenpitns foram substituídas
so gêncin episódios inântieos. varins m
(>
'qiu requeria do poder público tôihi a vig^ilância. As manifestações de revolta, ?e impressionavam o governo e exas peravam os proprietários de escra vos, entusiasmavam os abo.icicnistas, como se vê na seguinte quadra do escritor Valentim de Magalhães:
“Sempre esta nódoa negra Esta miséria imensa
A macular o alvor
Do nosso pavilhão!
Quanto mais do progresso
A luz intensa se adianta Mais nos tarda
0 sol da redenção!”
\
tes fazendas a que pertenciam. Essa privação repentina de
O sol da redenção levantou-se a 13 de Maio e a Lei Áurea foi rece bida por todo 0 Brasil, com a ex.eção dos prejudicados diretamente por de lirantes manifestações de júbilo, luramanas festejos e a saida era raassa dos hbertos, absolutamente rios a trabalhar refratácomo salariados nas de militares incumbidos ordem a todo o custo, parnaíba, quando presi-ovincia,^ viu-se obrigado diversos casos de exnão hesitou em
a idade e
da pi dente cin intervir a graviledidas iolentos ataques e a peescravocrata ferrenho, evidenciou na
treina tcniar ,]^e valeu vi de ser cha injustiça qpe aciministraçao al São pau qu
preventivas, o que n bem se
lo deve, como vimos, de programa imigraImeiite planeado e de execução raciona i) tório atrióticos objetivos. presidência Alves na Rodrigues , da província, em 1888, também ex pressou o receio de que se regisuasaem perigosos excessos e desvios por parte dos que saíam do cativeiro,
que criou
pov , . (le Conde d Ü e , - mais de 150 mil trabalhadores dos dois sexos e os terríveis efeitos causou nas velhas fazendas em São Paulo um receio exagerado de falta de braços. Embora São Paulo nao sofresse tão duramente como as províncias de Minas e Rio de Ja neiro, fixou-se na lavoura
de um governante ao , e perdurou por longos anos o mêdo de faltarem braços, mêdo muito exagerado tomou em várias circunstâncias ráter de uma verdadeira obsessão. Essa verdadeira fobia induziu muitas vêi-es 0 governo a cair no excesso oposto e a praticar uma política imigratória que nos encheu de mui tos elementos inajustáveis e impró-
e que 0 ca-
MI , |v - «NiíMl* ●● Pu.
Jk
prioí. e até nocivos no moio brasi loiro.
e rospon.-íãvel pc* uma importante fa>,enda, Jorjíc Ti biriçá acompanhou de ésses fatos, pelos tado díretamente.
i'4’on«*niia. tiniiou f. frncialinontc biasilfir
K ●‘ilzio |)«kuli.‘^tn ron
4 $ O. Como lavrador Ainda não »e iviidcu » mHO.-^^ãria juntiv^i à nia;;niifca funvão nacionali'/.adora <lo rudr homem do interior".
I’ode'ne imaK^inar como Joi^je com preendia a tei ra paulií^ta e se achava prêso a ela p<jr todos o.s vinculou do sentimento e por numamente orgânico. um apego ge('riança, vi-
mana e psicológica.
1pertü todos quajs era afeOs homens da¬ quela geração assistiram em pou co» anos a profundas transformaçõe.na contextura social do Brasil e na fisionomia da nossa paisagem hu veia no solar de Itaiei, entre o complí xo de impressões provenientes dos canaviais c do engenho, em meio dos rumores do trabalho agrí. o!a e dos ruídos mecânicos das líiociidas.
üm velho Brasil saía de sua mol dura para converter-se em país cos mopolita e a estrutura da lidade precisava demonstrar alto de resistência
naciona- grau não perder para G se desper- contornos tradicionais sonalizar rapidamente.
os o cosmopolitis-
A predição de Jorge Tibiriçá com referencia a capacidade de São Paulo absorver e integi^ar nos quadro.s da
mo nos seguintes conceiRoberto Simonse
Crescera ro, entrava na idade madura
Adulto, pai de família e fa/endeiaí>ós
exisexperiniontn- cafcicultor, . nacionalidade
tos expendidos
n numa conferência intitulada “Os bjetivos da Engenharia Nacional’»— No ultimo quartel do século pasimigrantes duplicaram, em 15 anos, paulista e levaram população seus braços
quase trinta anos de prática na tência de do jielas mudanças dc* canUer social do ordem técnica acarretadas jiolo progresso.
Atravessara em e os coloridos da natureza
ambientes análo
gos duas épocas marcadas por sen síveis diferenças, em que só não mu dariam os aspectos físicos da terra brasilei-
Os longos renques dq cafèzais ondulavam como sempre pelas niestalhões,
, e os seus cérebros agricultura, fa-
a os os seus músculos ao serviço da nossa cilitando a constituição de nossos imensos cafèzais. O tipo do fazen deiro paulista, Já formado, descen dente de uma linhagem temperada num passado de esforços e privações a serviço do Brasil, possuía tais qua lidades de comando e de sentimento.s nativistas, que não perdeu a direção de toda essa onda de imigrantes, le vando-os a so integrarem em nossa
ra. mas encostas, mas entre os om lugar dos pretos de outrora, cir culavam animadamente, cm trajes pitorescos c ás vêzcs entre cantos do velho mundo, trabalhadores contrata dos segundo diversas modalidades j’urídicas.
No equipamento material destinado a beneficiar o café, longe estavam os pilões e a ventilação manual dos tempos idos. Na fazenda de há mui to haviam parado monjolos e outros instrumentos primitivos, de ressaibo colonial. A casa de máquinas movi mentava em perfeito sincronigmo oa
142 Duw C -n i 4 ●
V írios aparelhos necessários
Hcscascar, deapolpar, distribuir f/. scpundo os tipos e qualidades.
Ciifó e açúcar, os dois artigos funPinientais da economia brasileira, rej-entam iigro-indúsírias dispenliüsas c de delicada organizaçao.
Uííineiros e fazendeiros, de senhores ■ij^rários do período esrravocrático, tinham que adquirir cada vez mais aptidões e a mentalidade de hodo empresa, seguros dos prode cultura e preparo do gêcomerciável e ao mesmo tempo
lliores pi-eceitos para Balvaguardnie valorizar uma herança preciosa t* digna de ser apontada como exemplo da magnífica organização rural de São Paulo.
O ilustre cidadão superou mais de uma vez prementes dificuldades. Por ocasião da crise de braços consequen te à emancipação, lidou para con tratar trabalhadores livres e não hesitou em pagar salários mais ele vados que desequilibi’aram o orça mento da fazenda e o coagiram a recon-er a importantes adiantamentos de fundos.
Ora, os ics em razão da fôrça CO, o vações.
para 0 caas mens cessos ncro vigilantes nas relações com os in termediários e exportadores, fazendeiros, nos quais indubitàvehnente pertencia a maior fôrça política do país e cujos clamotinham que ser atendidos pelo poder público, olcitoral que representavam, raramente conseguiram a mesma pro jeção nos domínios da influência eco nômica. O produtor, sôbre o qual recaía a função primordial de cria dor da riqueza brasileira, viu-se em contínuas nperturas frente aos ban(jueiros, comissários e exportadores. Assim que as cotações do café no sul, e do açúcar do norte desciam um poulavrador curtia dolorosas proTinha que agir como soli-
citanto dos governos, por meio de insistentes quando, reclamações políticas, conseguisse i-ea’men< e classe 0 fundar os seus próde crédito e financia-
se unir a prios órgãos ^ mento, teria dispensado esses pedi dos de favor e dominado altanehamente a economia de um país de que cie era a coluna mestra.
Em todas as atividades relaciona das com os métodos de cultura e benoficiamento, Jorge obedeceu aos me-
Ao verificar-se o surto inflacionista que fêz proliferar tantos negó cios em 1890 e 1891, o café acusou uma alta fictícia que concitou os fa zendeiros a adquirir terras e promo ver 0 incremento imigi-atório.
Com 0 papel-moeda dos primeiros tempos da República, acentuou-se de início 0 impulso de todas as ativida des, não faltando uaturalmente pansão agrícola, notadamente em São Paulo. A indústria
a exprocurava aos poucos instalar-se ao abrigo de opor tuna proteção aduaneira. Mas en quanto a derrama emissionista exci tava no Rio Q em outras praças do país puro jôgo de especulação, de manobras bolsistas e de extravagan te crédito bancário, em São Paulo a inflação, menos nociva e sobretudo menos imoral, estimulava, ao lado da salorhviçâo dos terrenos urbanos, a grande marcha cafeeira para a Mojiana e a Sorocabana. O período de grande fomento imigratório que vni de 1890 a 1900, encheu o Estado de braços e provocou maior corrida sô bre as zonas de terra roxa, fazendo crescer a onda dos cafèzais de ma neira impressionante, a ponto de São
IJÍi <lTO Fconômico Dic-t
acusar nocc«»o tnipos. inflacionism o VI-
P3ul0i no meio de todas as perturba ções qte assinalaram êsses períodov de depressão financeira e de trans tornos na ordem pública, tável prcífresso demográfico e nómi^o, como se verificou sob verno Bernardino do (’; primeiros anos o
publicano, ainda que depreciando for temente o mil-rcMs, pre dusiu a .sensa ção de bem-estar e abundância de di nheiro característica emissionistas. das inji;çõe
s Se muitas (jueixa.s se registraram com respeito aos abusos bancários e à carestia da vida, faltaram os beneficiários dêsse* rapidamente
nao esta eni'iquodo de coisas,
a ordem
As cotac a vitalidad--
nindn certas pnriiculnridndcs dn radas do interior: altos forros, por c<duncl nes jij ..,15,
s nv’ ços. . ladn: ri"d naví»
"''pa .'i.;'tcn o . ■nu u/n r-fii'.. df
'aiandas d«- fci i i».
ílc < "novo ri o’
'■''l. inva sas do ko-ncifí
Muito inclinado do mol)iIiáj i.j biriçá cscíídíc
tile Li.ís \\\ cade/.a de t
● 'o)í UMla ca
jro-l ao <● <la.s la la eie^anc cuiiibin orneúj
‘‘tniosfe coin a geral (la cra moda
ra ‘”'MUÍteturi «dotar K. 1.
b'm tom social. Até poucos «n cidos por operações de toda e mais ou menos lícitas, ções em papel do café da agricultura paulista se manifes taram no incentivo do plantio, fan tasticamente aumentado em virtude da con mua chegada de imigrantes e dos lucros que os colonos obtinham com salários majorados a po.ssibiMdado de e com se tornarem pe
¬ quenos proprietários.
Em 1891, satisfeito colocação de e de excelente o amigo íntimo, o engenheiro R
com os 'ucros uma .safra obtido.s na abundante biriçá confi café, Tiamos de Azevedo ● construção de sua n,^,r '-/eyeno, a rua Tamandarê ^'^-siden -ia à
e e chama¬ va e har6 a Solidez de sua
estrutura.
.i d«-c< ç
ava interna
11 am*c!' ri iies, para o.-- alõcs cuja o ia cse ticlibeni e o tip‘> de fato. fran u c do
os palacete da ai l ás ainda siibrua 'raiíiaiuhiré* si.stia o enquadrado l)inheiros dc pojalto e.sMUias palmeiras porte que acentur.‘inonte o ar .senhoria! vam expressiv}
'‘lo'lado‘i;'"‘“ '''-asileiras. er'ifi , - *1*^ ^‘‘iisíaçao causada pela ^"■íi-açao do novo ,s„lar de família. -«C Ijastanto Tibiriçá con* 'icgoem precipitadamente li‘-«do. Tratava-se da ^enda Itaici modernizar
cüíitraiàou _( outro reavenda da fudifícil c que .se tornava e repor em
ondições de ‘ c lucrativa, constituía O ônus u m e.xploração eficieiiLí
velho latifúndi (ada vez o mais )')esado em ve:, de fordc sustento finan- necer elementos Não icndia cciro.
nem ])ara o cli.sumas poucas plantações en- i tregues a alguns ío a portpianmaioria dos trabalhadores das
teio de Mansao de aspecto majestoso conforme aos padrões adotados fam.has mais ricas da Paulicéia ir guia-se ao centro de um vasto teri-enr capnchosamente ajardinado a atenção pela simplicidade monia das linhas
uma
Estávamos na época de série de palacetes, geralmentc de fazendeiros, nos quais se notavam
redondezas demandara
ção oferecida a
roceiros as torras noremuiieraJornaleiros e colovas, atraída pela melhor
nos.
A tran.sação conduiu-se pela quan tia de sesseiita contos de róis e o an- \ tig‘o patrimônio, com seu.s mil e oeiu í
144 Oi. I .1-.'. ●' 111 ^
I í 1
alqueires de terras e uma sede em ótimo estado de conservação, passou de Cândido Morais para as maos Hueno.
Alguns anos depois foi vendido aos pmiros jesuítas, que montaram sede c dispõem hoje (le uma propriedade orçada em mi lhares do contos.
do Tibirii'á, então senador estadual. Fiel soldado do Partido Republicano, Jorge não traduziu em reclamações do caráter político a aflição pelos prejuízos que sofria direíamente. Conformoii-se com a orientação do Governo Federal, aceitando a parte
um semnmrio na de sofrimento que lhe tocava, como a tantos outros lavradores. As lacu nas da nossa organização bancária, a falta de cooperação entre os fazenDemonstrou ele logo ■ deiros e a extensão desmedida dos cafèzais tinham concorrido simultâtü Tibiriçá. arropendinicnto pelo seu ato apres sado e tôda a vida lembrou o negó cio pelo qual se havia separado de um bem de família, depositário de füüzcs reminiscências. Quando fala va no caso repetia sempre aos fi lhos: “Nunca vendais uma propriedado”.
A venda tle Itaici, que se se tor nara um sorvedouro, aborreceu mui-
neamente para a crise. Jorge recor reu aos bancos e comissários e hipo tecou a fazenda, uma vez que .a venda do produto não dava nem para cobrir as despesas de Ressaca, consideràvelmente aumentadas pelas ma jorações de salários dos colonos que agora, pagos em mil-réis-papel, for mulavam constantes exigências e fàcilmente mudavam de r-ona.
n reum excesso
De 1891 a 1895 o café acusou ^ altas animadoras e, de repente, em 189C, começou uma queda oriunda do excesso de produção proveniente do milliões de novos cafèzais. Dada diferença de produtividade entre zonas velha e nova e as respectivas desigualdades no custeio, um declí nio mais pronunciado nos preços fletia penosamonte na situação de inúmeros fav-endeiros. Em 1901, com 0 agravamento ainda criado pelas restrições de crédito e a implacável política de Campos Sales e Murtinho pai’a sanear as finanças, o reerguimento do mil-réis, coincidindo com de oferta, determinou a
Nessa emergência, Tibiriçá logrou remediar em parte a situação, gra ças à área considerável ád’ terras disponíveis, das quais'cedeu lotes aos colonos para suas próprias culturas.
Gratos ao dono, que estimavam sinceramente, e cuja correção, cor dura e compreensão humana haviam apreciado em várias circunstâncias, aceitaram o acordo proposto prometeram-se a tratar dos cafèzais em troca do direito de estabelecer pequenas culturas por conta própria. Resolvido o lado
e commais agudo do problema, restava ainda um débito muito elevado a saldar. A perspec
nou-se minações contra
haixii dos preços-papel do café. Para grande parte da classe agrícola, torangiistiosa essa quadra dé queixas, desespero e iuriosas recri0 inexorável pro-
grama de Joaquim Murtinho.
A onda rolou sôbre os fazendei ros da Mojiana e atingiu a posição
tiva tornou-se de tal forma tormento sa que alguns parentes mais próxi mos se abalançaram a sugerir a Tibiricá a venda de Ressaca, lembrança o chocou extremamente e êlo redarguiu que preferia mòrrer
Essa
145 I)Ua.5TO Económjco
ao constituira uma
a se desfazer de om patrimônio qual o prendiam afetos, sacrifieio, inavai.áveia e três decênios de labor.
Nao SC conformava cm vender a fn● zenda, onde a bem dizer o seu lar e labutara'com amor c afineo para deixar ao» filho» obra e uma empresa diena das tradiçoes familiares.
portava diãnnmcntc hornr «rjruid/u do trabalho intfm.so o .- -S vinha t<>mni" repouso tarde h que -Tor^f, 8C esjfota.s.yf quisesse pr' ihir vidade. d. Ana
I*'»r mai-qiio a ospO.sn <*m lão árduo mist«’r, ● '‘xrr - o» d<> ntiresihtia a tais perli»
A salvação proveio de
do izenr re- c fabrica mantoiíra, artÍí?os reçião e que apressariam
noite, receoso ílc o
do» c aílmoestaçõcr mo no serviço, foi premiado Coni o comercio d , uma decisão corajosa partida príncipalmcnte d. Ana Tibinçá. A reso’uta senhora mostrou ao marido que poderíam lançar mao do jrado existente na f* da para vender leite queij'ões, queijos e de grande consumo 08 próprios colonos a adquirir.
na em
í* p»*rmam‘eia firE'SO riohre e.sfôrço por um «*xito som par. - fimdjos o doco.s criou uma fonte d(‘ reccitrt
a fazenda suficiente para atender no pa^ramento do várias prcstaçr.cs de juros.
1 ínterim, Joitfc ohteve alpuns adiantamentos do comissários o amipos G loírrou salvar nessaca.
Passados ^esos do apreensões o cansaços, verificou-se uma alta nos preços do café, mas d. Ana mostra va na saúde os efeitos da tensão físi¬ ca e nervosa
O plano foi pôsto em prática poucos d,as e levado avante com 4^meza. Enquanto Jor^e ciiidavn manutenção dos cafè;ais e^v f de premunir-se contra os riscos da próxima safra, d. Ana improrisava uma pequena indústria de laticínios, pondo pessoalmente aj‘udada nessa tarefa
Num lar niiroolndô tudes cristãs
q uo SC submetera, por todas as vir il heróica senhora apri-
mãos à obra e
a ra com a disposição, riqueza moral das matronas bandei rantes.
Esta
rp., P^^sagem da vida cio Jorge Tibiriçá o de sua família ficou tes temunhada de forma impressionan te numa fotografia casualmento ti rada cm Pcssaca.
n a corafrem, ^ por uma anti¬ ga escrava, Guilhermina, africana já nelf/ =*'í'>'^iuda alpTun., anos antes ?ila r ●í^'- Guilhermina era Intetie-enl-
tomàdrunf ativíssimo, que se havia tomado um verdadeiro dirigente engenho de Itaici.
D. Ana,
va a sua do dia, inicia¬ va a sua fama secundada por GuiIhermma. Providenciava para a estabulagem do melhor gado e fazia rl colher o leite destinado ao preparo dos queijos, logo remetidos para as vilas e cidades vizinhas.
A ilustre dama paulista, de linha gem aristocrática, revelara-se enérgi ca e prestimosa administradora. Su-
Todos os filhos o filhas achani-so sentados à voHa de uma mesa ondo Tibiriçá e a esposa se haviam abancado, à sombra de um arvoredo con tíguo à casa da fazenda.
Senolhar
Jorge tomava uma cerveja, tado om posição de descanso, o fixo sobre a objetiva espelha nm mundo de angústias. D. Ana, a seu lado, as feições reveladoras de pa lidez e fadiga, também trai nos olhos o no ríctus da face a depressão se guramente provinda de um esforço
Diccrro Ecovójkooo
‘^'^ente no
j
Quanto aos demorado e exaustivo, filhos, desde as meninas i» quase moças ntó os últimos rebentos, ainda na primeira infância, surpreendidos pela máquina fotográfKU> não apre.sentam o menor laivo de sorriso que costuma aparecer na fisionomia de jt>vena e crianças na hora de serem letratados.
t«o afpiava centenas e talvez inilhS" ros de famílias paulistas.
Nos dias de prosperidade como nos do provação, Jorge aprendeu a sen tir as esperanças e os anseios da la voura. Conhecera a fundo as rique zas e as dádivas da terra, ao mes mo tempo que se temperara nas du ras refregas do lavrador.
A família pnroce acorrentada âs mesma.s dúvidas, dominada por qual quer coisa de sombrio que paira no ar. Essa fotografia colheu num tanlâneo notável, mais do que uma conn, um estado de espírito que
insen-
Quando mais tarde o homem pú blico se vir obingado a travar uma luta decisiva pela salvação do cafft, sem dúvida terá presente ao espíri to a imagem dêsses dias dolorosos.
147 Oií.i "it» 1'*con6míi:o
oaracteres do bom investimento
}ÍKItSAHI> l*AJI.yn, 1 _ i> ^^pança ^ investimento.^ para fecunílar aa poderosas emprefacilitar as Irocaa <«tificitária.s de certos pai
O fenó an complexo da poupantrr.Q , a analise, ao menos ^^ferandes aspectos diversos: distinguir em primeiro mação!" “ de sua for0 pro dividual, da
ça cesso econômico inautolimitação do coasu
sei^as*^ ocasiona a formação das redevido*' fenômeno individual ô -iuma
stia7
ma fase, ^ vez passada esta primeira zada Se econômica já realiceira e como l?"
.ses, tur as finanças públicas de países, realizando, a função do : financeiro mundial.
su.^^tenoutros palavra, monetário o fm urna mercarlo so to-
I'arece-nos lógico perguntar aos es.ses fenômenos nao representam latos econômicos, financeiros ou mo netários diversos, devcriain única
I’rof. Charles Uist, eo publicado om um arti-
s,m,« * . “Eevue de Môtaphysniuc et de Morale’'. de abril-junho
JJ^l, e republicado no capítulo "Tliúorie de PEpargnc"»
lim após adquirir as sua própria pou-
E’ a fn« ^ começa a circular, grandec ^ ^ solidariedade dos York T monetários. Nova ^ork, Londres, Zurique, Paris, Eere outros centros internacionais da finança mundial, disponibilidades de
P nça nacional, funcionam como for necedores de teiro. Eis, portanto, a circulação da poupança através do mundo,
as vastas dis ponibilidades da cional sofrem > çâo (investimento).
capitais ao mundo inpoupança interna0 processo de sua fixaSe as necessiescapa à e se O as pou-
dades nacionais não foram capazes de produzir a procura efetiva, que podeiia fixar a poupança no próprio país de sua formação, ela força da gravidade nacional transforma de modo a tornar-se uma oferta apresentada ao exterior, fenômeno da circulação leva panças nacionais aos «juatro ventos
intitulado faz con- as Os emprego de capit»^ os franceses,
“ seguinte observaçao (1);
tr-wi— ^"^*^^essante notar ladiçoes constantes às quais dá lua própria definição de poupançasobreWdo?''^'*" produtivo"; prêgo em
o-Mo,., i-eserva", que êlcs distinmundo está de acôrdo fnnf ^ poupança como ^ contrario do pede de
um ‘<em- um de consumo, o que não in^' a designar frequentemente com estas palavras: ‘
rogado ou desviado";
definição mais difundida, é a
consumo proí’tal é hoje, ^ O segui‘0 Muitos autores íií poupança?
. i
íiue, portanto, não _scr enquadrados em uma noçao u"mdu'r
mo ou U , a da poupança.
(1) ProC. Charles Rist “Essais sur quelquer Problòmes Econoiniques et Monétaires”, Librairle du Reeueíl Sirev Paris, 1&33, pág. 178.
vfom o poupança i‘ru
tipo mesmo de operação de (Gidc, Webcr, Lescure), {unnto que outros (Cannan, Colnos-
.“on), fazem dela, com razão, em opinião, operações distintas. O gramlo dicionário Alemão das Ciên cias do Estado (Conrad e Lexis), não contém a palavra poupança”.
A evolução da economia contem porânea, cuja instabilidade e prccaried;ule .SC agravaram, sobretudo após a primeira guerra mundial, tinha com plicado o campo dèstcs processos, e tornado mais difícil ainda a tarefa do analista. Durante as duas guer ras mundiais, durante on períodos de entreguerras, que são caracterizados por uma luta econômica oculta, entre diversos países ou blocos de países, o fenômeno antexnor dc poupança tortiou-so mais complexo ainda. A cria ção de uma enorme massa de pou panças antecipadas por créditos em banco, o do papcl-moeda, era a conscqucMtcia do desaparecimento da es tabilidade das moedas, como também, da instabilidade política internacional.
Dcvo-sc, verdadeiramente, distin guir n noção de poupança como uma idéia independente, capaz de nos ex plicar a realidade econômica de nosdias, ou deve-se seguir o mesmo caminho dos economistas, que dão a mesma aceitação às palavras poucapital ? Eis um outro pro-
sos pança e
blema controvertido pelos economis¬ tas.
Ou antes, te nas obras econômicas, está implicada na teoria do capitíil e do interesse, porque, na aceitaçao corrente, as palavras capital e pança são comumcnte empregadas co* mo sinônimas. Confusão depiorável em nosso parecer, e de resto, caracte rística sobretudo da tradição inglesa. Javons, èste grande renovador da teo ria econômica, já pedia que se puses se fim a isso, distinguindo o capital (capital livre = poupança) do capital em seu sentido lato. A doutrina francesa com Walras, a ita liana com Pareto, sempre deram lagar à poupança. Elas vêem na “transformação da poupança em ca pital”, uma das funções do empreen dedor. A única critica que deseja mos fai.er à obra clássica de Irving Fisher, “O Capital e a Renda”, ^ de ter separado esta noção de sua concepção mesmo do objetivo”.
free
A generalização, que confunde as noções de poupança e capital, impe de-nos de perceber todos os detalhes que acompanham o processo do inves timento. A poupança se realiza, co mo já acentuamos mais acima, na ação individual (também de unidade social), e é um processo oculto; pode i consumar-se, mesmo, pelo entesouramento.
A poupança mobilizada dinheiro, que permanece na posse do in divíduo que a realizou, tem sobretu do implicações monetárias. Quando a poupança realizada pelo indivíduo A e oferecida
em a uma outra pessoa
tinção.
“A teoría da poupança não desem penha senão um papel insignifican-
Na obra já citada (2), o Prof. Charles Rist se pronunciou pela dis- B, ou ao público, as consequências desta ação tornam-se muito impor tantes, e podem influenciar o desen volvimento de nossa vida econômica de um modo decisivo. A ligação en tre * poupança e o invcstimeiito
149 \»Ní ● > IO
'2) Prof. Charle* Rist. idem. péff. 1T8 # 17».
torna-se neate momento uma queatã» com importantes implicações -«ociaí», portanto púbücaa.
O investimento representa a conti nuação do ato precedente da poupunÇn# que tinha deixado uma Oculta e dc posiçãu reserva, para passar pa
forinii do emprô^o u qual };ra e nu durante aljfum temp einprêífo de Ü f o. capital é a;-
●if «'oiianqual pretende se manter im de todo
conservação do capital e de retirar <jéie raçã t
Ksta definiçã acentua o .-oincnte dois fins da <*peração do cmpréjío de a conservação do CilpltJlI I capital:
<-;íurar a empregado uma cerUi rnuiinera uma ação econômica criadora. A poupança, que dormia no quadro da economia individual, entra novamentc no circuito social onde tinha sido criada.
O enipréíío de capital enfei
ser. a a permaposíção de re.scrva, que ato ««f seu caráter oculto, é um nuolTí relação inversa da \ qualidade do emprego do capitai podería ter satisfeito. que
poupança realizar sua razão de A poupança, que continu neeer em sua mantém í
.'\s formas de ein- Kua remuneração, préíío de cujiitalxa o círculo econômico c permito ã são bastante nu merosas, porôm, em «eial, divãlein-.sc todas as modalidades uti'izadas duas ífiandes cate^çorias. do capital devo ser mobiliário. Xão i de cmprêíío dc
em
fcm um dêstes dois grandes grupos, nój!. jurídicos, eco- nomicos e financei O e investimento e^muito importante, ; Çao não pode substituir o emprego de capital voluntário de uma moeda goza de certa estabilidade.
A posição keynesi impor a transformação da ça-reserva
porque a inflaquo que deseja ana poupanem poupança-criadora
, é perfeitamente justificada, porém, o apelo concomitante à inflação, azada rea^ no mesmo sentido de ampliar o investimento, parece-nos como con traditório e artificial.
" 2 —
0 investimento
Louis Janin, em uma excelente tese de doutorado, dá a definição seguin te da noção do emprego de canital (3):
„ _ --10S.
dcL, uma outra capitaf^d) <*<= (( Por empregos de v« operações dos les
« uma
Diz-se que um capital flutuante ê empregado quando êle escolheu
(3) Louis Janin, Les Sociétés de Participation au point de vue économique, Pa ióis. 1928, — Recuell Sirey, pó£. 10.
cap demo , que afetam
« arte que do mestre que sul)screve tíou
itais, entciicolocadoparticular, ‘mas as do a^Hcultor, r’aí,u-..?-rt" que comandita seu sucessor, do crítico de compra quadros de perito financista tulos".
Êste criteno parece muito estranho porque nao importa que emprego de capitais repre.senta uma colocação, com a condição de que esta operação possa conservar o respectivo valor e trazer, ao me.smo tempo, um certo
\
|)l4,» ●> I I > K< ,4
O emi)rêííO imobiliário ou imj)orta c^uo forma capital devo se situar
T3rí^ic Fain. Les Placemcnts, 1950. pág^S^ Universitalres de France, Paris,
rendimento. X condição mencionada mai? acima, ligada à atividade proÍÍ8.sional do indivíduo que poupa, ou ('.stranho a esta atividade, não contri bui para a definição desta noção. Hem pelo contrário, ela nada mais faz que complicar as idéias.
E’ verdade que nos encontramos diante de uma diversidade de têrmos usados para definir diferentes opeeconómicas, que podem íà- ruçoes cilmoníe ser confundidos uns com os O autor francês reconhece outros, esta dificuldade, completando sua de finição com ns seguintes explicaçòe.s (6):
“Não há em nossa língua palavra análoga ao têrrao inglês invesíor, para designar uma pessoa que efe tua empregos de capital: o indivíduo qiio poupa limita-se a entesourar; capitalista é sinônimo de possuidor do uma grande fortuna; uma pessoa vive de rendas próprias evoca que r. idéia de renda fixa, e êste têrpoderia, aliás, aplícar-se ao mo nao ))roprietário de uma coleção ou de de ouro; o neologismo “invesdeveria ser reservado aos peças tidor'
criadores diretos ou indiretos de nocapitais reais (por exemplo, dos vos subscritores de ações ou aos constru tores de residências). Utilizaremos, emprestando-lhe um sentido novo, o termo empregador de capital”, padesignar aquêle que emprega, coempregador de capital que emprego para seu clien-
ra mo 0 procura um te. Quanto aos profissionais, algu mas vêzes qualificados de emprega dores de capital, que dão vazão aos vítulos para o público, o têrmo “dé” basta para designá-los.” marcheur
(8> Proí. Gfiel Fain. pág. 5.
0 emprego de capital, iaío é, a mo dalidade usada para obter tambom sua conservação e remuneração, é uma noção evolutiva e dinâmica, em iunção das diferentes concepções que manifestam no quadro móvel do capitalismo privado. O número infi nito das decisões individuais, toma das pelos indivíduos que pretendem salvaguardar da melhor forma pos sível seus interesses, cruza-se num caleidoscópio, no qual é suficienteniente dificil caracterizar os movi mentos que deve tomar certo capita; para assegurar sua conservação e remuneração.
Quais são, portanto, as possibili dades do que economiza, que dispõe ^ i de um pequeno capital e que se contra desorientado diante da com plexidade que apresenta a forma > contemporânea de nossa vida econô mica e financeira?
O emprego de capital imobiliário representa a forma primária desta tendência. A evolução do capitalis mo tende para as colocações de ca pital mobiliários, entre os quais v compra das ações constitui, de lon ge, a mais frequente das operações.
Como fazer para comprar valores mobiliários, de modo a assegurar ao menos a conservação do capital em- i pregado e uma remuneração razoá vel?
Aléni do mais, será que o indivíduo que economiza, a fim de fazer mn investimento, tem somente os doi.-. objetivos mencionado.s acima, ou so preocupa também com outros aspec tos do emprego de capital a que visa ? Quais são as qualidades de um valor mobiliário para que possa satisfa zer 0 seu dinheiro? capitalista que vai empregar
lÕI ,
Se cu¬
2 — 0 inTCsiimento direto e tndlreto dão :íUA p»<‘ferãncia üas coisas, mc.smo u part,* piãucft «|Ucr ilc.itt* modo tenham f|utí nejílij^fiirjar a troria, tem prioridade Kstu idéia
aspectos mais curioHOh ao economista que es- apresentados tuda a prática mento é corrento do inveatirepresentado pelo fato de que há uma extraordinária diferen ça entre a concepção européia e americana, sòbre a matéria.
Um dos ● ex perém, esta pri nietra razuo não po i«>ria ■^●●r a única a explinir a aiiMÓncia de interê- ● e dos ííconomistas europeuM para u aspuo- pr< hienia.
(|Ue nlira.i eiiropéiah. representa uma tJa n aji
O estudioso habituado
a a encontrai o processo de não se trata Pelo contráa literatura
plicaç*>ea po sívei.s, to prático dé.ste
na literatura econômica européia e.specializada uma documentação mui to nca que, algumas vco.es, torna-so mesmo um estorvo, fica decep.ionado pelo número muito reduzido de obras que analisam investimento, quando da teoria econômica, rio,
econômica em e
moliárioB.
A segunda fenômeno k« liga razao cjue explica êste a uma .situação di‘ lato, íjue é a conseciuéncia das duas modalidades po.ssíveis um realizar para emprego de capital Com efeito, há si lidados «omente duas para comprar valores mobiA primeira, mo tempo a mai. antiga c a
m
^lUe é ao mesa mais «ímpies, difundid nortea do mobiliários na a, é americana, algumas vêzos mais desta, menos brilhante setores econômicos está em plano bem
momuitos e financeiros, superior à péia no que se refere ao lado tico deste problema.
Uma explicação possível é de êste fenômeno é devido mais i>oBÍtivo dos americanos
y
uioprá-
comprar bôlsa. os mafs trãn" “
valores
diriíTP do mercado "ònde nmnla „ ’ , “ cs^olha c mais
que ao espírito , ffo do £ t
r ri.
Há, ainda, a segunmodalidadü para o emprego ^ capital, que é motodo indireto. i’a fazer
ção de valore.s mobi liários. o indivíduo
Êle nao age dii^eta ou t pessoalmente para SBC IV í(í ●:* vr/i 1HTt'i É
T?
162 Dici Econ«'Mi* ● 11.
ao quadrn'^'”r^'‘'^°’ ‘*“'’‘do também a mano- instituição. E’ ‘ cani't-11 um emprS- capital direto *
da realizar de o Pasua coloca '7»J
se dirige um intermediário.
que poupa a
comprar títulos e se ■=dirige a um interme diário que considera qualificado, e atravôs
lio qual lem a certeza de que o em prego de capital respectivo vai lizudo nns melhores condições pos0 indivíduo que poupa pocncontro dêste interme-
ser rea .mveis. do ir ao diário; porém, acontece que os in termediários podem êles próprios disponibilidades em di- oncontrar as nheiro c convidá-lo a participar nas diversas empresas que necessitam um capital.
0 interêase especial manifestado na América do Norte pelos empregos de capital fora da bolsa, que en contra seu equivalente no velho continente, desenvolveu uma abun dantíssima literatura sobre o aspecto prático do problema. Esta literatu ra resume uma experiência que a América do Sul pode utilizar para não inàdir nos erros inerentes a cada nova forma de atividade finan ceira e econômica.
4 — As qualidades básicas do bom investimento
intermediário e, em os pregos
Esta segunda modalidade de em prego do capital, forma chamada in direta, pode, a seu turno, ser reali zada de duas maneiras. Em uma primeira hipótese, o pode comprar valores mobiliários porconta e no nome do capitalista, e, neste caso, éle executa um simples mandato de compra. Na segunda for ma possível, 0 indivíduo que poupa pode proceder de um modo diferente lugar de comprar diversos valores mobiliários em seu próprio nome, êle se torna somente o acionis ta de uma companhia de investimen to. O indivíduo que poupa e adquire títulos de uma sociedade de em prego de capital, beneficia-se, “ipso 1‘acto”, de todas as operações de emde capitul, que realiivi esta
companhia, especializada nesta ati vidade.
O mercado de títulos do velho con tinente se realiza sobretudo nas bol sas e a existência das verdadeiras mpanhias de investimento repreCom referência à CO senta a exceção.
América do Norte, a situaçao e completaniente diversa. As companhias de investimento americanas são mais numerosas do que suas co-irmãs euvolume de suas transa- ropéias, e o ções se cifra a montantes verdadei ramente excepcionais.
Para considerar um valor mobiliá rio como um bom emprego de capi tal, é necessário que êste título possa apresentar ao futuro subscritor ca racteres de um bom negócio.
Quais são as qualidades de um bom titulo?
A enumeração que vai seguir não tem n pretensão de passar em revis ta todos os caracteres de um empre go de capital de primeira ordem. Ela é antes enunciativa do que limitativa.
A análise das qualidades de um bom título pode nos conduzir muito lon ge; aqui nos limitaremos a in dicar sobretudo os caracteres essen ciais e gerais de um bom emprêgo de capital.
No mais, é preciso mencionar que nem a ordem na qual serão enume rados êstes critérios representa um elemento absoluto. A relatividade desta emuneração resulta do fato de que 0 emprego de capital é também uma ação subjetiva, onde, por con seguinte, pode funcionar a preferên cia, que um certo indivíduo que pou pa concede às diferentes qualidades de um valor mobiliário. Enquanto
1Õ3 DlOKHlO KlX)NÚMIOO
una podem se intereaear sobretu do pela segurança de :seus investinicntos, outros podem aceitar um certo ria.o, se o emprê^o de capi tal é capaz de trazer uma mais-vaba em capital. Outros economizadofes pensarão, no momento do emi)régo de capital, na seKurança, mesmo se a renda fór módica e a mais-valia excluída.
elevada possível ter uma caUibilidntIc. dalidudes
que contraditórias, dificil uma o outros, que .süo conjuntura do Ihor
c, tto mesmo tempo, Kís dua.H niosão fre<iuetUeim*ntc K’ .Huficienl(*nifntv reumr as condiv«'if;: d».* ronda ostávol <. ,ji„. tamb rn maxnno possível; om valor inobibano traz ícrandos dividendos, a cudeneiu destas rondas nâ«» pod^-rá .m>r Karantida por p^azo suficienlemente .on^jo, ,● fn-íjuenli-mente .si- impoem modificavóes as compa nhias de investimentos realizam ven dendo certos títulos e comprando niais favorecido.s ptda nioniento, ou são mesatisfazer as cond.çoes <lo máximo lum-o oatavol.
Na fase atual do capitalismo, o em prego de capital se tornou uma ati vidade objetiva, portanto, científica. Mesmo que o elemento pessoal intervenha cm cada deci.são individual como é normal, aliás, no quadro dos processos sociais — um exame geral destes fcnômeno.s salientará fucilmente as grandes linhas-mestras tme regem esta matéria. ais acima.
a
Um bom valor assegurar vantagens
A máxima renda rança de seu cientes
“ titular men, ionadas
mobiliário não deve sómentc as m
estável cmprêgü não .são sufiParu satisfazer
não Sua e serpoupança a seu inum inencon
A qualidade primordial de nüu importa qual emprego de capital é a segurança.. A poupança represen ta a reserva que o indivíduo tinha enado por si mesmo, ou recebido de um outro autor. Esta resei-va se destina ao consumo imediato e pessoal de seu autor. Deve, portanto sobreviver como reserva econômica* mesmo que já se tenha transformado em uma expressão financeira, fonna financeira é passageira ve para conduzir uma nova etapa econômica: vestimento. A segurança de vestimento traduz a idéia de
trar a resei^va que tinha sido criada com os sacrifícios de uma limitação do consumo de seu autor.
A segunda qualidade de um bom emprego de capital é representada pela renda que um certo valor mobiliário pode assegurar a seu detentor. A renda conseguida deve ser a mais
c a seguo investidor <iue constate neo da i ● n o - contemporãmllaçao hoje quase gencrnlio valor nominal nensn^ ?
zada, do vida
nrorr^ 1 ia..4io, evitara o em-
inira buscar valores que lhe assegurem uma
em capital
posicapital como mas nem sempre com realidade dos investi mentos que por fim .são acompanha dos de uma mais-valia
e bastante corrente para poder ser omitida, ou desqualificada pela ção pejorativa de especulaçã
capital em noo. Ja-
i&4 0*0» m> u
r::,
mobiliários mais-valia A
mais-valia , provocará um duplo resultado Uvo e a mais-valia do ambem a de seu coupom. Frequenemente se qualificou êsto objetivo de especulação, .íusta razão. A
wni título mobilizado senn snficiontcmento interessante o nennudestas qualidades 6 negligencialigada a mn vcl Nenhuma vantagem posse de um título inquietará o egoisnntural do investidor.
Uma quarta qualidade de um invesordem ó sua
nio timento de primeira conversibilidade, meira fnsc da formação dc poupan ça á seguida por uma mobilização em dinheiro. E’ sobretudo sob uma for ma financeira quo n poupança pode .so investir, vestida não
Vimos que n priin- Porém, n poupança concorda em criar e de saparecer com as empresas que ali menta. Ela não vai assumir o risco do um empreendedor. Diante de um perigo que pode ameaçar a empre, onde ela foi colocada em caráter cário, é a primeira a fugir para sa pre manter sua função primordial de seK a única forma de movi- gnranca.
mento que n poupança conhece é a fi nanceira. Portanto, ela deseja tcr-se de modo a ser facilmente trans formada em dinheiro à vista. O em prego de capital de primeira ordem deve ser facilmente negociável.
man-
Esta qualidade é refe-
Finalmente, há ainda uma quinta qualidade que nós julgamos funda mental para um título mobiliário de real valor, rente à ausência de preocupação quo a posse deste título oferece a seu detentor.
O capitalista náo gosta de preocu par-se com os diversos problemas que podem aparecer na vida das emprêsas onde tinha colocado sua poupan ça. Êle não deseja, igualmente, ter grandes preocupações para tocar em seu coupom. O emprego de capital de primeira ordem não deve ocasio nar a seus detentores nenhuma preo«●upnçào.
155 DlCKSTO ECONÔ^tlCO
joSK AfGLSK
SÊCAS
I — O problema da á;;ua
J
O Estado do Uio Grande do Norte 'tem o seu território eruiuadrado chamado Polí^jono das Súcas c quase totalidade déle sofro cm cheio os efeitos da Q inexorável.
no a calamidade periódica
Semelhante fatalidade ,. geográfica
j de tal região de pugnar por conseguir sej’am adotadas e executadas medidas < que atenuem, senão extingam os da■ nosos efeitos de uma calamidade cós mica de tal porte. E’ preciso repetir e 0 tenho feito vezes i ● sem conta
, que ; a sêca não é a ausência total de chu vas, mas a ausência de chuvas regulares, distribuídas por um determina do espaço de tempo e permitindo nascimento e florescimento dos 0 vege-
^
tái.s indispensáveis, uns (as pasta^ens) no alimento do.s rehanhos, e
Os dado.H abaixo d entre os ●secular é duranicnto
enion.s*. i ani i|U(‘ .●'nfriiiiunt 11 ^fi«lo o mais ... ‘í‘Hti^r.●ulo, com -ly.noo 'luilo.nctroa .iu..,ln>.i„.s am-
seus irmãos
^ "lai.; atin
1112Í1.000 1Õ4.000 dO.fjOO ■H.80Ü 79.GOO 10.500 10.200 198.000
ICíh ttl^^arismos: A K K A 117.000 3.000 2.800 11 .400 lo.nno 18.100 13.800 382.000
K M 2 245.000 157.000 52.300 50.200 90.200 28.000 24.000 530.000 074.GOO 017.700 1.102.300
explica e justifica o imenso dever que me assi.ste como filho s«-crhumanos°'*'“^
qu uma região prepondecxclusivamcnte vi- ase agricultura o da pecuária, vas rcL^uhroí^ faltando clui-
erande mássrdn
“ ‘‘'f l’"™
“ vive n " Oapalaçao que dele tuacão i. «cmelliante siJa e bastant
c, co¬ mo e conhecido vegioes
0 cerrn c fenômeno idôntitas vitori ^êle já lançaram mão
n r? n «>tao Provínm do Rio Grande cio Norte, disso cei -
I
0 RIO GRANDE
DO NORTE E AS
r
j [
i' » * estado
2 .800 de .ona ú,„ida ' 1 ' ?^ona Sêca /ona Ü Ml ida I Total Piauí Ceará Rio Grande do Norte * Paraíba I Pernambuco ’ Alag-oas Sergipe Bahia
e representante
Trata-se de rantemente, vendo da ^ as.sim
tn vez da tribuna do Parlamento que tudo so rcsolvcrm se impedíssemos
ela aparelhada para, sem maior« sofrimentos, resistir aos seus malé-
águas que com ns chuvas caem que ns ficos efeitos. Não obstante, o problema central A ausência desta, pa- tí 0 da água.
dos céus pudessem chegar ao Oceano, Ijurradas no caminho pelos açudes que ns rotivossem para ulterior distribui ção polas terras ressequidas. Iniciouse dosde então, no Brasil, a idéia de ilue n açiulagem seria a medicina in dicada, o remédio salvador, a observação cuidadoa evolução
sanguo mediar. . do fenômeno, c com das idéias a respeito do seu solucionafica mais na unilateraEstas conti- mento, não se lidade das barragens,
Já hoje, com sa
ra levar a umidade à terra tornan do-a apta a produzir (a água é o da terra, dizia Joaquim Cos ta) pastagens para os gados e ce reais para as populações,.é que cons titui a parte principal do mal a reE eis porque uma política ,
dü redenção econômica e social do nordeste tem que começar cuidando de obter a água que falta quando as chuvas não chegam oportunas, reguponto principal, a viga problema demanda um nuam a scr o mo.stra, mas o lares, suficientes.
njunto de providencias outras, com plementares c convergentes com aquetituindo uma verdadeira popolitica das secas, econômica da população utilizar efi-
co la, cons Hticn, a Educação para viver na rogiao e cientenientc os seus recursos natucrédito cooperativista, trans(iefesa de certos vegetais que * desenvolvem a des-
Por este prisma — água — pode remos encontrar sete variantes que 0 nordeste oferece para as soluções necessárias.
São estas as sete faces: chuvas artificiais, lavoura seca ou conservadoristn, açudes, barragens submersíveis, poços tubulares, motobombas e lagoas. A natureza deu o sêca ao nordeste, a longa estiagem, a falta de chuva, mas só pelo aspec to “água”, 0 problema oferece ali sete faces que, se devidamente en caradas, podem ajudar, talvez, em 807o, a debelar a calamidade.
sisto, assim, cm camente a região sobrevindo o
rais, l)orte ali vivem e se não sei peito das longas estiagens, quantas medidas outras podem e detomadas em bem dos que do nordesvem ser no nordeste nasceram e te não querem sair. O problema confortalecer econòmi, de tal modo que, flagelo, se encontre
1. Chuvas artificiais. Êste caso tem sido conduzido a debate em nos so país, nos últimos tempos, pelo ilustre engenheiro patrício, Sr. Janot Pacheco. Há mui ta genta que dcscrê da possi bilidade das chuvas artifi ciais, mas a realidade é que sábios dos de maior autorida-
V de no mundo, dedicados a esse problema, formulam a hipó tese da provocação de chuvas artificiais, com repercussão
15/ Du.i sTo F.cx)>íô>ni o
benéfica na vida econômica. No«
Bstados Unidos da América, o pro Vcma está sendo larf^amcntc deba tido, c ainda há poucos dias, contrava, cm trabalho dc utna auto ridado nacional, referências I tas e positivas a esta face do blema ainda mal esboçado
eu cn concre pro no pais
caem duranlo oi invcrri' . oinpubre cc, rasRü <● arrebata o solo, lornnn* do*o cada vez mai nr incapuz <!●■nmzenar á^fua.
Urna < b^e deste é rvaçao enipirira no iior* a: quando 1 p o, um monte, uma ii. dia * oisa
E um trabalho do Sr. Stember^r quo declara: c< rrer, ela se empt.ça que nasce narpada nunto mais viço:ui do pontos. Pogo coriel ‘0 problema 6 rip^orosamente científico, e não ê de.sejávei bar rar, dc um golpe, o caminho para futuras investigações sérias do assunto E' preciso reconhece grande mérito das ^ de Langmuir Schaefcr
r o experiências Vonnegut
'●■i, p'*r ex<*moi. altíua ma impede que iirua de e a Vl●^íl●l:lção rc-;'iao tonm-se *p>‘‘ «‘m outro.H emi»irica* ‘P»e a ájr»*'' pe‘<> solo 0 I aumentará pJofiutivulailo.
conseguirm infil nquela z sua o m uma lu (jual Oãm; n g , í
zombar dêsporquG Com universal, meditar a para ver
, mente, se caída do céu se uli demore, imediatamentc ^ problema da ]■ respeito do (p,al denso Cristóvão monografia do n acêrea d berg fê.,^ do Polí
, ui-M* os tre on;
‘voi.ra seca, a norte-rio-graiiDantas escn‘veu
comprova; mais do G poderemos, nao remoto, atensêcas de modo cabal.
2. Lavoura sêca ou conservadorista. A lavoura sêca é processo mui
so0 sêca é muito e reduz-se ao seguinte*
reter a água das chuvas no lugar em^ que ela cai, provocando a sua infiltração e não deixando que escor
na ('omissão intov ^ ' uma conferênessantissima, é outro aspece (h umidade do solo e da utilização da água «cr considerado vida
cela daquelas
ai» r in'erêsse, eógiafí» Stern- Assim íiâo é possível se aspecto do problema êle se preocupa a ciência Devemos, ao contrário, respeito dêle e pesquisar realmente se a ciência o se 0 comprovar, teremos meio caminho andado talvez em futuro der ao caso das
ira cia to do quo precisa com a atenção doPorque podo trazer boa parpara o fortalecimcnt paragens. agrícola o
3. Açudes.
Na ca ne a c pequ
1", nordestinas ● oluçao clássica, cutido a respeito, açudagem
ondene ena; há quem
mpanha contra o açude é a Muito SC tem disHá quem condo- to usado em vários países que frem a calamidade das estiagens. princípio da lavoura conhecido;
Cp -1 V ●- sertanejo que conhetodos ^ 0 de que o açude de feIÍ7 1 ^ ^'‘"^nianhos ó utilíssimo. leiiz do nordeste de! Não
Insc não fosse o açusó êle impede que
para o oceano as águas ra pelas encostas, crescendo de vo lume, de velocidade e de capacida de destrutiva porque o escoamento
violento da agua das chuvas que
n,., ,. e as retém Pdia distrjbuir depois pelos canais ne irrigação, permitindo
Agrícola quando
corram a irrigaçao a sôca sobrevêm
0 outros pesquisadores’dc renome que trabalham no Laboratérb ^ Pesquisas da General Electric.’^
agim.s tontnr .suas Zl' no Além rcs
pelo plantio de determinadas gramilimentação de certo nú- nioas, para a mero de reses, fornece o peixe para Não cabe abastecer a população, indapai- se o açude é grande, medio ou pequeno; temos de fazer a cons trução dos açudes de todos os tamanhos.
E' o dos quanto deric Grusolução que a e pcípienos
que lhes assinalava as seguintes utiHdades: l.o — acumulam grande vo-
a descarga dos rios, evitando os efei' tos devastadores das enchentes; 3.o — retêm matéria sólida eni suspen são ou arrastada pelas águas, evi tando, assim, que se deposite nas embo.aduras dos rios.
: o açude oxoi. v* inno fortalecimento romo, fluência di essivu lunití dágua com dispêudio relativamente pequeno; 2.o — regularizam da região. Quem tem um fcononuco açude que pode resistir a um ano de sêra. tem recursos nas vazantes, plantando na proporção cm que as do açudo vão cedendo, para susfamílias e mais dez ou dofamilias pobres que se ins‘alem na vizinhança o formam o que nós, nordeste, chamamos os moradode fornecer pastagem
Tanto no Rio Grande do Norte, como em outros Estados do nordes te do Brasil, o problema das barra gens submersíveis tem sido encara do modestamente. Mas, onde foram construídas, pix)duziram os benéficos resultados a que se referia com tan ta propriedade em 1935 o sr. Euzébio de Oliveira.
depoimento uníssono de to, estudam o problema. Rondall, por exemplo, afirma está em gi-andes açudes, mas em ambos, de Novais acrescen-
nao
E Henrique ta ser impossível desconhecer o lor da pequena açudagem, pois tornar-se-ia inabitá-
vasem cia o sertão
vcl, comentando:
O Seridó é a melhor porção Grande do Norte, devido epcional fertilidade das vado rio que lhe dá o nome
do Rio à exC' zantes e do Acauã, e ao grande numero do açudes particulares ali existen tes, jã em 1910 avaliado pelo dr. Felipe Guerra em 400.”
5. Poços tubulares. Têm sido construídos com grande proveito em todo 0 nordeste, naquelas zonas que pela sua constituição geológica, não se prestam à açudagem.
No Rio Grande do Norte, nas cha padas de Mossoró e Apodi e, so bretudo, em Baixa Verde, os poços tubulares têm sido construídos em número que cresce de ano para ano Q estão contribuindo poderosamente para o desenvolvimento económicí> dos lugares em que são instalados.
Eu mesmo sou testemunha da evo lução, por exemplo, da zona da Bai xa Verde, há pouco tempo quase inexistente hoje, e:oncmieamente;
graças aos poços tubulares, repre sentando uma grande força no for talecimento econômico do Rio Gran de do Ncrte.
6. Motobombas. Ültiraamente se ensaiaram com sucesso as motobom bas, que podem ser fabricadas no Brasil na nossa Fábrica Nacional de
4 Barragens submersíveis. O nor deste começou há tempos a ensaiálas nos leitos dos seus nos secos e das suas vantagens já falava com louvores o dr. Euzíébio de Oliveira, Motores.
Iõ9 ,j E-^ ● *
.
Em recente via^çcm ao Uio Grnn de do Xorte, em companhia do Sr. MínÍBtro da Agricultura, ao pas.nar em Açu, vi de perto a eficiência da motobomba. E a iniciativa privada eatá se 8er\’indo dêK.HC instrumento do cultura aírrícola.
7. I.aRons, destino. Há no território uin certo número de lajjoas que qunao nunca secam *● cujnH á>ruiis não têm sido veitadas.
Ainda há poucos dias rocebi de
ue assinala 08 progressos que está obtendo nua modesta lavoura, ria acentuando:
“Tenho o prazer de informar que estou, alem do mais, tendo uma produção de tomates por se mana de mil quilo.s.” *
Isto significa , que ali se
do \orte, conheço siy. dr li.infini, I’aP«n, Kntremoz, Piatú e ía.lras São uífiuiH
norconvenienli-iiimte aprupióprifj Kio (írande Xo mais. »e de\'i<liimento que, Amurante açuense, um afirrícultor aproveitada.s, node dar a Rocha, uma carta em q ni eni muito aju* produção atrríc* I secas, colaborando o«im as deuuu.s forças naturai soertfuimonto
a, nao ob.slan- to a.H us existentes no econômico do imrdcsto
rrsr,u.
Trata-se de uma modesta iniciati va, de irrigação, por proiesso conseguindo produzir, numa seca, além de cereais e algumas ^1-1^ tas, cerca de 1.000 quilos de toma; tes todas as semanas. Temos aí esta motobomba ajudando ’
* * Como He v6 ])elo rjue acabo de c.xaspocto — água — há no ^‘P^^^^vcltar no nordeste por, só pelo muito meiitn fortalecer econòmica«^'ra, castigado pd, um nb 0 executar plano racio
dü.s o.s oferece
ís secas. nal 0 saljta política dc olementos ao liomcm
» Uma verdadeira utilização de to que a natureza para que ali pos-
encontram no novo a solucio ^ um dos aspectos da da água para aumento da nar despeito das longas sa viver fdi estiagens.
17. autilização produção. aspccto.s do prohlcquG é preciso e posum eficiência. , secas a sivel atender c
Dí*'-rsiíi ri( >*vò>fic
Mas há *ua das .9^
Fundamentos da economia predatória
NhUíüN WiaiNECK SüDUÉ ■
\ iNTUNSA desmatação de algumas zonas do pais, particularmente aiinelas por onde, agora, vai se es tendendo a avançada agrícola, e que SC constituem como autênticas fren tes pioneiras,* vem despertando, aqui c nli, a atenção do uns poucos es tudiosos, Icvantando-se os brados de nlcrta a propósito do problema, que é vollio como a colonização, da de predação da riqueza. Por mais que, cni todos os tempos, desde que se
dedien, entro nós, alguma atenção ao aproveitamento racional do solo, vozes tenham so levantado, para protcst.nr contra a desmatação, a tare fa destruidora prossegue, sem tréClimatologistns provam que guas.
to do enriquecer no menor prazo de tempo possível.
O que é verdade é que nem só a destruição das matas representa o caráter predatório de uma economia tipicamente coíonial, como a nossa, — tudo 0 que fizemos, desde os pri meiros tempos coloniais não ficou, senão raras exceções, fora do qua dro destrutivo de uma atividade cujos h índices permanecem e cujos efeitos j perdurarão por muito tempo, como i sinal evidente de todo um sistema 1 de produção. Não é só por derrubar- | mos as matas que nos apresentamos como 0 exemplo frisante de destrui- ] dores de riqueza, de fazedores de j desertos. Se nos detivermos um .
03 reflexos da desnivatação vêm re sultando em alterações profundas das águas, afetando de no regime perto as condições climatéricas; pedólogos estendem-se eni arrazoados, a propósito do extenso trabalho da esgotando os solos e tornan- erosao, do safaras, em pouco tempo, regiões destacaram, em passado re- que se cente, pelas suas riquezas agiúcolas; cientistas de diversas especialidades proclamam a constância, a insistên cia criminosa no processo destruidor de uma atividade que só cuida do ; malbarata, criminopatrimônio que está presente e que samente, um longe de ser inesgotável coisas permanecem como estavam, como vem sendo desde que o homem europeu pisou as terras americanas e estabeleceu-se nelas com o intui-
mas as
pouco sobre as raízes, os fundamen- , tos e a história da economia nacio nal, vindo desde, os tempos mais re cuados, em que éramos simples co-lônia de uma nação em que a ativi- 1 dade agrícola, ao contrário do que ’ se proclama, aqui e ali, jamais es- i têve entre as mais estimadas, jamais se apresentou com felizes perspecti vas, verificaremos que a depredação ^ vera de tempos muito recuados e que, de forma essencial,- esteve in- í dissolüvelmente ligada ao sistema de produção que aqui se levantou, sistema que.herdamos, com a auto nomia política, e que continua a nos reger, sem que tenhamos tido opor tunidade e fôrça para modificá-lo ou para impedir-lhe as mazelas. E’ 0 que tentaremos demonstrar, neste trabalho, sem esperança de que isso ..j venha alterar, em mínima forma, a
●
marcha inexorável do proccsio destruidor, porque suas raízes sâo mui*
^ to profundas, demasiado profundas
^ para que esteja nas possibilidades
^ de al(?um poder erradicá-las ou alc-
^ nuar-lhes os efeitos.
P ■ Antes do mais, 6 indispensável p estudar o caráter essencial da colop ni.paçâo aqui estabelecida, desde o jg século XVI. Tem sido muito discuK tido êsse caráter, admitindo alguns, a nosso ver sem raS zão, a vigência, entre nós, como entre outros povos colo, niais, de instituições ■ feudais, ou do tipo : feudal, com o que
^ se apresentaria a W- América como em P contraste com o de senvolvimento histó rico do próprio con tinente de onde se originavam as cor rentes colonizadüras, continente em que 0 regime feudal estava em franca decomposição, lan-
■ çando-se a o em preendimento das descobertas e nave gações justamente as nações que !! mais adiantadas estavam no senti● do da substituição das relações mef dievais por um sistema de vida de y . fisionomia nitidamente nacional. A simples enunciação do problema in; dica a sua inanidade: não poderia o novo continente, a que aportavam ,● ' homens de várias origens, saídos de regiões em que a propriedade . ■ feudal entrara em liquidação e em ". que as atividades comerciais se
desenvolviam extraordinarianunte, aprcscnlar-sc cm cantrunte tido de acolher, cm no í.cn:ícus primeiros momento.s de exinlúncia, ju.lanunlo aquelas instituiç chegava ao fim. zou, de um mod
ofh «uja vigcncKi O 4JUC canielerl'> Jferal, <» lurmidavfl rnovimeiKo daa de.,cüb.-ri; guções, de (^ue lí» e navore.>u tou o ajiareciinentü dg continente historia, aim-ncano nu foi ju.»lainenle o cleaenvolvimenlo do capita lismo europeu e a n e c e h s i (1 a d e ésae deoenvoivimento trouxe do alar-
qiie garnento das arcas de troca. Com a época moderna, co meça realmcntc o intenso período da acumulação capita lista, c tòda a histó ria americana não é mais do que a de monstração de como a produção desta parte do mundo con tribuiu aquela O quo entre nós, pois, desde os primeiros tempos,
para acumulação, instituiu, se
dc
py’ , ~.
ri (L 4' J" s' ^ DW;r^itti KflííN-TtMltí,
poi mais estranho que imreccssc quando em quando, nas suas formas ex oriores, — como na hereditarie dade das capitanias, foram formas típicas de produção capitalista. Dc um modo rigoroso, as colônias ame1’icanas não surgiram ao mundo pa ra repetir o ciclo feudal, mas para integrar-se no novo ciclo capitalista que se inaugurava no mundo. Sur giram num momento de expansão daquele capitalismo, e constituírami
referi- ●- '.‘m um cr;'5» a mair na rr -xpun?.
l! e na. mos
flui ú preciso distinjruir, ^ ti*!n sido distinguido, — c que -0 iUpita^ismo não tinha os nicstniçüs do capitalismo europeu, ● iioniue era um capitalismo niti damente colonial, isto é, o regime econômico das colônias foi oi'ganizatlo pura robustecer n economia das
E « gula de tarras não sofro pausa, cstendendo-se o domínio sobre a enorme extensão descoberta. Mas
nao e a extensão em si que represen ta valor econômico, desde que colônias como começam a surgir fonte de produção: é a dependência que passa a existir, nas culturas meramente extensivas, entre o latifún dio e a quantidade de produção, uma vez que as culturas não eram ape nas extensivas, mas também quanti tativas, — tratava-se de produzir muito. A extensão dos domínios se processa em detrimento de posses comunais indígenas, a princípio, pa ra processar-se detri- depois, em
capitalistas na verdade, formas capltametropolitanas. Essa a
navecs metropolitanas, para respondiT às necessidades daquela econoexi- iiim, j)urn complementar as suas gOncias, para forUileccr-lhes os ali cerces e possibilitar-lhes o desenvol vimento. Isso é, evidentemente, mui to diferente do que se fôssem for mas Kram, listas coloniais, isto 6, meramente comp’omentares daquelas, diferença essencial, sem a qual não so poderia compreender, e nem mes mo aceitar, as características niti damente capitalistas da produção co lonial. Muito distante, pois, da ano malia que teria ocorrido, e que cons tituiría um contrassenso histórico, se tivessem surgido, aqui, formas feudais de produção, totalmente des ligadas da realidade do tempo e ab solutamente incompatibilizadas com o processo europeu de desenvolvi mento.
mento de posses privadas de elemen tos coloniais a que as sesmarias ha viam concedido oportunidade óe se estabelecerem.
A segunda das formas exteriores regime de capitalismo colonial caracteriza-se na servidão, no sen tido que teve, nas colônias, o trabalho^ escravo, de entregar ao pro prietário todo 0 produto de seu es forço e de entregá-lo sem salário. 0 restabelecimento, na terra ameri cana, do antigo instituto servil, que desenvolvimento histórico havia derrogado,
do 0 países metropolita nos. representa a satisfação de uma das necessidades fundamentais do capi^talismo co'oniaI, destinado a produzir muito, a produzir barato e a_ complementar, com a sua produ ção. 0 desenvolvimento do capitalis mo metropolitano. Não tardaria o tráfico negreiro em constituir-se
de ca propriedade na , se paradamente, em um dos mais for midáveis motores da acumulação pitalista. '* ca0 tráfico e a produção quantitativa nSo tardaria em produ zir uma acumulação capitalista, nas
A primeira das formas exteriores quG passam a caracterizar o regime pitalismo colonial em que se colocam as colônias americanas con siste precisamente extensa, no regime do latifúndio. E* a forma tangível de riqueza e de podeiúo social, conforme anotou Bagu, — é a maneira com que as mo narquias galardoam os seus validos, conquistadorôs de terras nova».
IW I iV-l
próprias colônias, acumulação que estêve sempre longe de se dispersar, concehtrando-se, ao contrário, em al gumas poucas mãos, e colocando-se sempre em função das necessidades e das exigências do capitalismo me tropolitano ou daquele que domina va a êste, como foi o caso específico de Portugal, amarrado ao carro bri tânico e exaurindo-sc, na mesma me dida em que exauria as suas colô nias, para alimentar as necessidades da expansão inglesa.
mento da riqueza colonial, para apli cação na própria colônia, ou na al teração do um sistema f|uc reprr-;4’ntava, no fim de contas, a subiiiirísfu» colonial na hua ch;.« nria.
K’ por i;;.4o tu*)o (|ue, como alguns historiógrafos têm ob -●●rvado. com equilíbrio e exatidão nai.s exteriores a c|mmto at s si, cubmização, no s(:ntido, inelusivo naquele que compreende o trabalho, flcmiíre se revestiu <le de aventura
Longe, pois, de representar retrocesso histórico, que seria de nunciado no aparecimento de insti/ tuições medievais no continente tão aberto à atividade européia, tu do o que se processou nas colônias não representou senão
um ena acelerada
seu mais amplo um aspecto gerando uma êti a da aventura, muito diversa da ética go rada pelo trabalho, mais agudos estudiosos ohs tal respeito,
Um fios nossos c*rvou, a que as.sim “o indivíduo
o tipo trabalhaflor só atribuir.á va-
^^®^al positivo às ações ([uc sen te ânimo de praticar c, inversamen te, terá por imorais e detestáveis as qualidades próprias do avcntureii’0
Iintegração no ciclo do capitalismo comercial. Integração que concedeu àquele ciclo, aliás, um vigor extraor dinário, possibilitando a sua evolu a audácia, imprcvidência, irres ponsabilidade, vagabumlagem, — tu do enfim que se relacione com a
para o ção, alguns séculos depois, período de capitalismo industrial. Para isso, ressurgiram formas his toricamente condenadas, como a da escravidão, a do florescimento, algumas zonas, de uma espécie de aristocracia, de que alguns dos sos historiógi*afos e sociológos têm pretendido fazer verdadeiro tabu, formas equívocas certamente,
concepção espaçosa do mundo, caracteristica dêsso tipo”. Para aduzir, adiante:
em nosmas
em cujo fundo descobrimos sempre satisfação das necessidades impe riosas do desenvolvimento capitalis
gias e esforços recompensa imediata dos pelos
Por outro lado as oner¬ que se dirigem a uma - são cnaltecias energias aventuroiros;
que visam estabilidade, i*ança pessoal
a a guir-se
ta metropolitano, até mesmo na caracterii-.ação complementar da pro dução colonial, sempre colocada em situação de não poder competir com produção metropolitana, de distindaquela, de alimentar de-
paz, seguc os esforços sem pers pectiva dc rápido proveito material passam, ao contrário, por viciosos c desprezíveis para cies. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho do que 0 idenl do trabalhador”. Para aplicar as considerações ao caso bra sileiro, quando esclarece:
da conquista e colonização dos novos mundos, coube ao espírito do traba lho,
Na obra uo sentido aqui compreendido,
mandas sem possibilidade de influir, i de qualquer forma, no desenvolvíP^pel muito mais limitado, quase nulo. A época predispunha aos ges-
194 Oi^rsTo Economico
0 que o por-
toa façanhas audaciosos, galarduando bem os homens de ^andes vôos. E nâo foi fortuita n circuns tância de se terem encontrado neste continente, empenhadas nessa obra, principalmento «s nações onde o ti po do trabalhador, tal como acaba do ser discriminado, encontrou am biente menos propício." Para afir mar, ilocisivamenle: tuírnOs vinlia buscar era, sem dúvi da, a riqueza, mas riqueza que cus tasse ousadia, não riqueza que cus-
tasse trabnllio.”
Ora, não surpreendo que uma étide tal natureza tivesse sido ge rada justamente pelas condições em atividade colonizadora se
ca quo montou e se desenvolveu: pela neenriquecer depressa,
a cessidado cm pela verdadeira espoliação que esse enriquecimento representou, quase sempre, pela destruição dos bens e patrimônio da natureza, pela insãnia atiraram todos à pro- com quo se dução em grande escala, desprezan do todos os fatores estranhos, derru bando todos os obstáculos e esque cendo todos os cuidados que tem, em regra, aquele que vive na terra não só a sua existência mas põe, trabalho, um certo sentido em seu de perpetuidade, para que lhe aufiresultados os descendentes, aqueles que se fixam, aqueles que permanecem, aqueles que se ligam ao solo por alguma coisa mais do tarefa simplista de
ram os arrancarque a lhe a produção. tal imediatisestreitamente dependente das arrimou o de¬ mo, condições em que se senvolvimento do capitalismo coloda técnica indí- nial, aproveitasse
mesmo comentador auteriormente citado, acrescenta, a propósito da tarefa agrícola dos colonizadores:
●‘Todos queriam extrair do solo ex cessivos benefícios sem grandes sa crifícios. Ou, como já dizia o mais antigo dos nossos historiadores, que riam servir-se da terra, náo como senhores, mas como usufrutuários, “só para a desfrutarem e a deixa rem destruída. Para, na mesma
ordem de idéias, explicar que numa produção “orientada sobretudo paro 0 consumo externo, teriam de preva lecer por força critérios grosseira mente quantitativos. Em realidade, só com alguma reserva se pode apli car a palavra “agricultura” aos processos de exploração da terra que se introduziram amplamente no país com os engenhos de cana. Nessa exploração, a técnica européia ser viu apenas para fazer ainda mais devastadores os métodos rudimenta res de que se valia o indígena em suas plantações, Se tornou possível, em certos casos, a fixação do colo no, não cabe atribuir tal fato a esse zêlo carinhoso pela terra, tão pecu liar ao homem rústico, entre povos genuinamente agricultores. A ver dade é que a grande lavoura, con forme Se praticou e ainda se prati ca no Brasil, participa, por sua na tureza perdulária, quase tanto da mi neração quanto da agrirubura. Sem braço escravo e terra farta, terra para gastar e arruinar, não para proteger ciosamente, ela seria irrealizável.”
Frisem-se as referências finais à extensão da propriedade e ao regi me de trabalho escravo, caracterís ticas essenciais do regime de capi talismo colonial, — terra para malgena justamente os aspectos des truidores, não seria de espantar. O
166 Oii-i ■'TO Econômico
baratar, trabalho sem remxmeração, — para íicar bem claro como n ta* refa destrutiva empreendida desde 08 primeirofl tempos coloniais não foi uma consequência da raça, do clima, da origem do colonizador, mas do sistema dc produção. No quadro de tal sistema, não havia senão mo enveredar pelo caminho da dadeira e pura extração dc que revestiu a nossa atividade dita agrí cola, sem nenhuma das característi cas que singularízam o trabalho da terra, particularmente aquela lhe assegura a perenidade dos cursos para produzir.
Não porque fôsse português, povoador nem porque fÔsse o clima tropical, nem porque fôsse Iho tarefa de
coverRC que reu o trabanegros, — conforme
se assoalha, ainda muitas vêzes, pa ra disfarçar a realidade, 0 quadro colonial brasileir sentou com tais traços, fêz, entre nós, não passou de mia predatória, economia de liação, economia de aventura, sistema logo elaborado para levan tamento da riqueza açucareira
ó que 0 se apre0 que se econoespoNo ve-
rificaram-se todos èsses traços: s grande propriedade da terra, o regimo dc trabalho escravo, n produ ção para mer.ado extern*», u nutosuficiênciu, e »i destruiçAu das no regime das cHmatolóa destruiações matas, a alteração águas. as perturb gicas 0, principalmente, ção, no homem, du tõda e nuuhiuer perspectiva de melhoria, o esinagamento das camadas inferiores, n rá pida deteriori:.«ção dos europeus que não estabelecer
elementos cun.seguinim se proprietários, amoralidade das relações humanas. Consequências idênticas cm outros lipo.s de ativi dade acabaram por tornar a colônia aquôle ambiente u que os historia dores se referiam, como os cronis tas, em que tudo era um paraíso pa ra alguns e um inferno para os dcniais, conceitos que se misturaram a latôres diverso.s
como a pouco mais ou menos e superficiais, por
muito tempo, mas que hoje podemos depurar, para deixá-los exata a nu, na sua nas significação c .suas ori gens, para indicar como o mal nem é novo e nem origina'.
196 Diortto E«>nomu:o
A política social da INGLATERRA -_^
i-ILIIÜ i^.ANunx) MoriA . _s
1
,1
cisivo.
Èsse aspecto foi naturalmente deO carvão fêz mais pela In- v<,i.ivv (lo9 conservadores no poder Iníflaterra interrompeu, cm pacífica revolução ►rraiulo parte, a
glatcrra que todos os seus reis, che0 meio escrever Merrian. gava a t rahulhisln que, instalada no pais, 1<*k:o (lopoÍH da última puerra, estava procurando modificar os velhos ru mos dn orKani.oçâo vitoriana. Essa volta foi explicada, entretanto, pcIn condição inconfundível da Comunidaile Hritíini do todo socialista, porque, na sua “esplendid isolation”, na ôua situa ção do de peixes”, era a resultaiUo de uma confederação mundial.
Ela não podia ser íca. bloco do carvão cercado um dü Não
O aoi ialiamo iiifrlês aparecia, além niais, profundamente atenuado, compreendia a rigidez mni*xista, punha cm dúvida os prognósticos do matorialismo histórico, aceitava a justiça social, muito mais no seu sigrnificado moral do que no seu sig nificado político.
Realmcnte as Ilhas, para conse guirem o prestígio mundial que adqui riram, n partir do meado do sécu lo dezenove, não podiam ser simples ilhas. Elas que, de começo produ ziam lã e trigo, tornaram-se as be neficiárias imediatas da revolução; industrial do século XVIII. A má quina a vapor, aplicada à indústria
,
industrial criou uma fôrça impenai dilatada e dominadora. Mas, par® alcançar tamanho potencial de ener gia, as Ilhas tiveram quase extintas atividades agrícolas. Era ne- suas cossário, para substituí-las, uma nopoliticn baseada na importação e exportação e no desenvolvimento seguro de uma política colonial, de forma que a Inglaterra fôsse real mente a comunidade britânica ou confederação de povos e raças.
K ató a última guerra, a Bi*etanha se manteve como o centro dn política econômica mundial. Com parlamentarismo inconipará-
va na uma Grãü seu
vel, com os seus estadistas ardiloe realistas, com sua cultura po lítica firme e profunda, ela dava exemplo de conduta, tornara-se mes mo a operante criadora, para o mun do moderno, da paz britânica, à se melhança, no mundo antiga, da paí
sos
romana.
o
ã metalurgia encontra alimento substancial justamente nas minas do País de Gales, de Midlands, de Nothumberland, de Lowlands. E vemos então
Manchester, em surgir em
Leeds e Bradford a indústria têxtil e, em Glasgow e Belfast, a indústria naval baseada no aço.
Em 1926, quando a política impe rial inglesa começava a sentir, mais de porto, o crescer de concorrentes, saía na Inglaterra um livro de Restovtzeff, professor universitário de Petersburgo, intitulado “A história social e econômica do Império Ro mano”. O livro impressionou. O seu autor conhecia bem a Inglaterra, onde viveu alguns anos e era já co nhecido na América como um de votado oonhecedor de História e Ar-
i
●í livro mostrava í|ui pro qu
ni^coloífiíi, »omelhança não ara mera coincidên cia, senão algo decorrente da pria vida histórica, com ésse mesmo ritmo de vida alimentou o poderio britânico.
O falo ●● <iuc. <|uando a -iu. t»ciai
-
}f c a a paz c a prospenComo consequência, propria
●urge -jm Uütiia, da não m* tnuatra como problema .cal urbam revolUí.H dentro d<. . mui., da cidn«c.s, or. uiHubordinadoí do .Monte , porque t.«»rn.!aniia «■ obrigado u combater fora d. da cidade, <-m .seguida. O probl cml c eronomico de Uom problema do mundo.
Uoma aparece e Con seguira, com as armas da conr|UÍsta e com a cultura jurídica, manter a libertas", através u concórdia : muros ema so» era um de uma confederação de povos. A energia romana era agíutinndora. Garantia assim dade mundial, não havia
Küi o que 80 ultiinoH tempos, haver uma f|ue
●
evidenciou N'üo nestes l)ü.ssívcl .stão social que não tiv terí.Hticas mglêsa, esse carnuniver.sais, mente problemas ro manos, porque, todos êles, se tornavam blemas
prouniversais. com sua com os seus com suas
Cada povo, índole, costumes, peculiaridades, com os seus deuses conheci dos e desconhecidos, estava ligado ao que se podería denominar
« 0 complexus roma no”. Houve assim uma organiiação so cial econômica roma na baseada em inte resses mundiais, a êsse mundo que nós chamamos, como títu lo de um capítulo de história, o mundo ro-
mano.
nao só era poniue isso uina decorrência unidade de cultura no mundo moderno, como também n Inglaterra confederação de vos, distribuídos todos os continentes. Ela
da porque era uma popor só se dofiniria através desses povos, do seus interesses, de seus quaclros econô
micos e sociais.
Não era possível haver um trabalhisnio para a ordem in terna c um não trabaIhismo para a ordem ' externa. A conti*adiçào era demasiada c se transformaria em destruição. 0 traba- processo de inte-
se tt
Um dia, porém, co meça a surgir uma desigualdade. A máquina não funciona mais no mes mo ritmo. As partes começam a sen tir valor próprio. A economia já não processa pela “concórdia” e, con sequentemente, não oferece mais a libertas”.
Ihismo seria um gí*açao de fôrç ria ao as sociais, que se opoGxpansionismo inglês, à sua Pohtica colonial, à técnica de sua exportação e de Para sua importação, mais essa agravar ainda contradição, havia a crise provoca-
V Idò Oi'-» í* ● E* ''cícc»
tJr |)l*Iu:í guerras sucessivas, que aenbuu limitando u exportação in glesa e proporcionando o aparecimen to de nuçòes mais poderosas. A com pra tio carvão de Xewwistle, do aço tie Shoffield ou dos tecidos de Mãneheslor deixou de ter o antigo sig nificado. Assim, a exportação tornou-se uma dificuldade, um proble ma grave, enquanto que a importa ção se tornou mais numerosa e mais cara, aumentando sem recuos os doficits da balança comercial.
Quando, cm 1915, os trabalhistas eleições, havia a at¬ venceram as mosfern de uma crise social imedia ta nas próprias Ilhas. Era aceitá vel tudo aquilo que os partidários de Attlee diziam no programa par tidário intitulado “Let us face the future”. Torém, logo a seguir, a realidade britânica surgiu na sua Como facilitar n impor- amplidão,
tnção necessária e, ao mesmo tem po, como expandir a exportação in dispensável ?
da impedir o esfacelamento Mas, se com essa volta, G contido o socialismo britâ nico, a política social nas Ilhas-continuou, mesmo com os conservodoA política contra tí désemprê' desdo-
para Commonwealth. rcs. go
, de amparo alimentar, o bramento da atividade do Serviço Xacional de Saúde, a política de re construção imobiliária continuam produzir seus efeitos. Jean Lequiller, ao apreciá-las, todas, chega a dizer que a Inglaterra atual possui uma dupla fisionomia: — o socia lismo é mais eficaz (ampliando serviços sociais) do que em França, por exemplo; e o conservantismo e mais sòUdamente organizado (a ma nutenção do Império).
a os
rios planos sociais, de lorde Keynes a lorde Beveridge, estava ameaçaDurante a guerimportação se fizera, pela lei
A Inglaterra, com váda de bancarrota. ra, a de Prêt-et-Bail, sem encargos para aos americanos. o país, graças
situação se agravou deOs trabalhistas no Porém, a pois da gnerra.
poder não podiam, com o seu pro grama de nacionalização, senão facondições econômicas zer piorar as Jo pais, ao mesmo tempo que coa comunidade, locavam em perigo que as esquerdas liberdade das colô-
num momento em estimulavam a nias.
A volta dos conservadores foi as^im interpretada como indispensável
Para a compreensão dêsse duplo aspeto, publicou Jean Lhcmnie um interessante estudo intitulado politique sociale de 1'Angleterre contemporaine”. Por êle, vemos o es forço de atualiiação da Inglaterra, com 0 critério verdadeiramente eco nômico de agir, isto é, com o mínide revolução e o máximo de realização. O estudo que faz da ex periência inglesa, ao lado de outras experiências, leva-nos a compreen der então 0 que atualmente se passa na Inglaterra. Apreciando as ideo logias políticas, 0 mecanismo par lamentar, as planificações intenta das, a técnica das direções planificadas, os instrumentos da política social, tais como a administração do trabalho, as condições de traba lho, 0 direito de greve, a conciliação arbitragem; a política dos salá rios, com todas as suas variabilida des, a política do emprego c do pieemprêgo, mostra como a Ingla terra soube colocar-se bem, Quer
mo e a no
IJh.tUtTO
com o serviços sociais quer com n or^nização sociaL
Com êste livro se esclarece, para o nosso espírito, a contradição in glesa. Há uma lógica dc profun didade, defendendo a nação, há um instinto de viver equilibrando, pe las consequências dc uma experiên cia multissecular, a Comunidade o seus povos. Acentua Lhomme assim a **calma sucessão dos acontecimen tos na Inglaterra”. As épocas mais revolucionárias foram assim equili bradas pela contenção conservadora.
pôs para os fatos numorosos objc tivoB socialista» o realizou cm si lêncio uma verdadeira revolução. .\ fachada subsiste, nia.s o interior ft»i reformado."
K mostra, niai» uma vez, como no.H tempo.» do .Montesquieu, a Ingla terra valendo j)elos seu» grande» exemplos.
l^ara nós, que ainda estamos no período rudimenUr de nossa construçãu, realmente interessa muito mais nos a Inglaterra atormentada
“O socialismo britânico, escreve êlc, é mais eficiente que qualquer outro mais indiscreto do que êle. centa judiciosamente:
E acresUma vez
mais encontramos a incerteza do.s tèrmos e o seu emprego falacioso:
^ nem constantemente socialista, nem expressamente revolucionária' a Inglaterra contemporânea trans¬
por dificuldades , . preocupada cm so¬ lucionar problemas de reconstrução, o a Inglaterra podero.'ía c consru^ a, a nglaterra da plenitude vi tonana, mãe do dora da parlamento, crin^^^córdia c d
a liberdade anas, nos tempos modenioa. rque assim podemos aprender inor a reconstruir. mo-
170 Dicrrm Ecos<^vnco
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O vasto proíTrama de construçSes da Esso Standard do Brasil está concorrendo para este crescente desenvolvimento das Industrias e, ainda, para aumentar a produção agrícola, pola à medida que maiores quantidades de petro leo se tornam mais facilmente disponíveis, os tratores e implementos mecanizados assegusafras maiores. E os lares passam a frulr de ram
maior conforto e comodidade.
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de São Paulo S. A.
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Na Cidade do Soo Paulo: Agua Raso, Arouche, Belém, Bom Retiro, Brás, Com bud, Ipiranga, Itaim, Lapa, Mercado, Moóca, Osasco, Ponha, Pinheiros, Sontano Santo Amaro, São João, Vila Prudente, 24 de Maio, 25 de Março.
No Interior Estado S. Paulo: Adamantina, Aguas da Prata, Americano, Araros, Atibaía, Bariri, Baurú, Bernardino de Campos, Borboremo, Campinas, Compos do Jordão, Capivari, Chavontes Gorço. Guarorapes, Guaratingueta, Ibltinga, ' Indolotuba, Itajobl, Itopova, Itararé, Itú, Leme, Limeira, Uns, Lorena, Morilio, Mirassol, Mogi das Cruzes, Mogi-Guoçú, Novo Horizonte, Olímpio, Oswoldo Cruz. Palmital, Pindanmonhangaba, Piracicabo, Pirajui, Piratiningo, Porto Ourinhos,
Folíz, Presidonfo Prudente, Quinfana, Ribeirão Preto, Rio, Cloro, Solto, Santa Bar bara d'Oeste, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo Anastoclo, Santo André, Santos, do Sul, Sõo João do Boa Vista, Sertõozinho, Sorocobo, Véro Crur Sõo Caetano
No Distrito Federal; Central, Castelo, Regente Feijó, Sõo Crislovõo. No Est. de Minas Gerais: Guaxupé.
No Estado do Paraná: Apucarano, Arapongas, Cambará, Cambé, Cornólio Pro- ^ cópio, Curitiba, Jandaia do Sul, Londrino, MandaguarI, Maringá, Paranaguá, Rolandia.
,.i. i y: Banco Mercantil
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(Fundador) ti Prédio V ffi
agências
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DE /HINAf DEDAI#, /.A.
Sócle: BELO HORIZONTE
Filial em São Paulo:
RUA 24 DE MAIO, 104 — TEL. 32-5175
158 departamenlos nos Estados do Pernambuco, Paraíba. Alagoas, Baía, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio, São Pau lo, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, e Territórios do Amapá e Distrito Federal
ATIVO — 30-4-53
C ANCO DA LAVDDD A
Disponível Empréstimos Agências e Correspondentes Outras Contas Imobilizado Resultados pendentes Contas de compensação 486.975.685.00 2.193.017.859.30 1.042.524.171.70 2.56.991.298.20 122.166.918,30 71 .637.590,50 3.685.782.339,50 ' I 7.859.095.863,40
— 30-4-Õ3 <S3 . Capital e Reservas Depósitos Agencias e Corresponcíentes Outras Contas Res,ultadcs pendentes Contas de compensação 262.000.000,00 . . . . 2.631.911.697.40 ... . .1,136;200.548,60 42.200.632,20 101.000.645,70 ... . 3.685.782.339,50 7.859.095.863,40
PASSIVO
Nelson
Aloysio de
Diretor José Heilbuíh Gonçalves, Diretor Francisco Rodrigues de Oliveira, Diretor Gustavo Prado Filho, Contador Geral C.R.C. - 1.311
a) Jose Bernardino Alves Junior, Presidente
Soares de Faria, Diretor
Andrade Faria,
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