Edição Diário Causa Operária nº5681 by Diário Causa Operária

SÁBADO, 22 DE JUNHO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5681

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

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Dia 24 e 25, todos às ruas pela anulação dos processos contra Lula

Dia 25 será julgado o Habeas Corpus do ex-presidente Lula. Os vazamentos da lava-jato trouxeram a tona a farsa montada para prender Lula. Todo o processo foi meticulosamente articulado para prender o ex-presidente. EDITORIAL

POLÍTICA

Não é hora de parar as mobilizações

Governo golpista quer que trabalhadores escravizados até nos feriados

A esquerda adquiriu o péssimo ato de realizar apenas grandes atos. Geralmente, com grande períodos entre um e outro. Isso é um erro. As mobilizações precisam ser constantes.

Um dos principais motivos do golpe de Estado é esfolar a classe operária.

Dessa vez o VAR não conseguiu barrar o massacre imposto pelo time brasileiro. Foram 5 gols: Casemiro, Firmino, Cebolinha, Daniel Alves e uma pintura de William. Um baile!

Seguindo com nossa série de lava-jatistas arrependidos, nossa estrela da vez é Marcelo Freixo (Psol), deputado federal que em 2016 lançou sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. Nas últimas eleições para a prefeitura do Rio, Freixo se aproximou da Globo, negou o apoio de Lula a sua candidatura, e participou da campanha lava-jatista.

POLÍTICA

Seleção brasileira atropela peruanos e VAR, e se classifica para o matamata da Copa América

Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (parte 7): Marcelo Freixo

O Brasil amanhã: sob governo golpista, Argentina tem maior desemprego em 13 anos Correios: corrigindo o governo Bolsonaro O governo golpista de Jair Bolsonaro, eleito de forma fraudulenta, devido a prisão e o impedimento de Lula ser candidato, apresentou na semana passada uma mudança no controle da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), retirando da presidência dos Correios, o general Juarez de Paula Almeida Cunha, que fez parte da transição do governo Temer para o governo Bolsonaro, para indicar o general Floriano Peixoto.

Deputada do PCdoB pede anulação da eleição Durante as manifestações da greve geral do dia 14 de junho, a deputada federal Alice Portugal, do PCdoB da Bahia, afirmou, em entrevista ao site Bocão News que a bancada da oposição vai analisar a possibilidade de ingressar com um pedido judicial de anulação das eleições de 2018

2 | OPINIÃO EDITORIAL

COLUNA

Não é hora de parar as mobilizações

PCO convoca: marchar a Curitiba pela liberdade de Lula e anulação da Lava Jato Por Antônio Carlos Silva

esquerda adquiriu o péssimo ato de realizar apenas grandes atos. Geralmente, com grande períodos entre um e outro. Isso é um erro. As mobilizações precisam ser constantes. Entre os atos nos dias 15, 30 e 14, eram para ter tidos diversos atos, por mais pequenos que fossem, justamente como forma de manter as mobilizações e fortalecer os atos unificados. Um grande movimento constante de mobilização tem muito mais capacidade de conquistar seus objetivos que grandes atos dispersos no calendário. O meio do ano, no qual estamos entrando, tende a ser um péssimo momento para a mobilização. As pessoas estão de férias, e portanto surge um grande clima de marasmo.

Isso está errado. Como foi demonstrado pelos últimos atos nacionais, o Festival Lula Livre e a Marcha da Maconha em São Paulo, existe uma grande tendência de mobilização das massas contra os golpistas. É preciso aproveitar este momento. Para isso se manter, é preciso que o movimento não pare. Não é hora de para as mobilizações. É hora de intensificá-las, enquanto os golpistas estão em crise, assim como todo o regime político. Por isso, os próximos meses devem ser intensos no sentido de mobilizar o povo em torno da liberdade de Lula, do Fora Bolsonaro e contra os ataques dos golpistas. Atividades nas ruas devem ser cotidianas para estimular a revolta popular contra a direita golpista.

s últimos acontecimentos, em torno do vazamento das mensagens do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, comprovaram a completa fraude que foram os processos da criminosa operação Lava Jato, realizada para criar as condições para o golpe de Estado, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e garantir seu aprofundamento. Um dos eixos de toda essa operação golpista foi, e continua sendo, a perseguição implacável e a cassação dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o que, tramaram de forma ilegal e ao arrepio de todo o funcionamento do devido processo legal, a condenação sem provas e a prisão arbitrária do ex-presidente, bem como a cassação de sua candidatura presidencial, cassando também o voto de dezenas de milhões de brasileiros que expressavam nas pesquisas de opinião (encomendadas, realizadas e divulgadas por empresas e instituições golpistas) a vontade majoritária de voltar e eleger Lula, presidente do Brasil mais uma vez. Ao contrário do que anunciavam dos defensores da Lava jato, inclusive certos setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, e que nós já denunciávamos, fica ainda mais evidente nuca existiu “luta contra a corrupção” ou qualquer esforço dos falsos moralistas e elemento ligados aos tradicionais aparatos corruptos da burguesia para moralizarem absolutamente nesse País. Que toda essa essa operação não foi mais do que uma operação comandada diretamente pelo imperialismo e realizada em direta articulação com os setores mais corruptos do regime político brasileiro, como os políticos do PSBD, as máfias que dominam o STF e todo o judiciário, o monopólio da imprensa capitalista etc. Não sobram dúvidas também de que não houve eleições de verdade no Brasil e que, nas condições em que foram realizadas, sob a égide da lava jato, as “eleições” não foram mais do que um processo totalmente fraudulento e que deram lugar a um governo ilegítimo, apoiado por uma minoria (cerca de 1/3 do eleitorado), boa parte do qual só votou no candidato fascista por não ter outra alternativa (Lula) que lhe parecesse com um candidatura de oposição ao partidos tradicionais da burguesia (PSDB, MDB, DEM etc.). A “premiação” do juiz Sérgio Moro, como cargo de “superministro” da Justiça, bem como com a promessa de cargo vitalício de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciaram a importância dessa operação criminosa para a ascensão do governo ilegítimo de Bolsonaro, bem como o papel fundamental em toda essa operação da prisão

de Lula. Essa prisão e violenta perseguição política contra o ex-presidente, continua sendo uma necessidade para a direita golpista, uma vez que Lula polariza a situação política no País, que o golpismo tenta estabilizar e apaziguar. Ainda mais em uma momento em que cresce a revolta popular contra o governo e seus ataques contra o povo, como se viu nas três grandes mobilizações das últimas semanas, que culminaram na “greve geral”, de 14 de junho, que tiveram como política unificadora de milhões e trabalhadores e jovens que saíram às ruas os gritos de “fora Bolsonaro” e “Lula livre”. Por isso mesmo os explorados e suas organizações devem lutar por sua liberdade, para derrotar a direita golpista e fazer avançar a luta por suas reivindicações, incluindo uma saída democrática para a crise atual, com a convocação de eleições gerais, com Lula candidato. Por isso mesmo, o Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO) reunido no último dia 20, deliberou convocar e propor a todos os setores que lutam contra o golpe e pela liberdade de Lula – como à Frente Brasil Popular e ao Comitê Nacional Lula Livre – aliados do Comitê Nacional Lula Livre, a realização de um Ato Nacional pela anulação dos processo da Lava Jato e pela Liberdade de Lula e de todos os presos políticos, no próximo dia 16 de agosto, em frente à sede da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso. Um dia depois de completar um ano do grande ato que fizemos junto com os companheiros do PT, CUT, CMP, MST e de toda a esquerda classista pela inscrição da candidatura presidencial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Chamamos os militantes dos Comitês de Luta contra o golpe, Lula Livre e outros espalhados por todo o País, os partidos de esquerda, a CUT, os Sindicatos e todas as entidades de luta dos trabalhadores, da juventude e de defesa dos direitos democráticos da população a se somarem a essa iniciativa e a construirmos juntos essa grande mobilização.

POLÍTICA| 3

PELA LIBERDADE DE LULA

Dia 24 e 25, todos às ruas pela anulação dos processos contra Lula

ia 25 será julgado o Habeas Corpus do ex-presidente Lula. Os vazamentos da lava-jato trouxeram a tona a farsa montada para prender Lula. Todo o processo foi meticulosamente articulado para prender o ex-presidente. A fraude, agora escancarada, deve ser derrotada nas ruas. Os escândalos estão impulsionando a polarização; botando lenha na fogueira da esquerda. Se antes havia alguma dúvida sobre a legitimidade de nossas instituições, agora já não se pode mais titubear. Lula só será liberto se a população tirá-lo na marra, assim como a direita só será derrotada com greves enormes e atos colossais. A burguesia controla o Estado e todas suas instâncias, desde um juiz de primeira vara até o STF, só a a esquerda pequeno-burguesa tem interesse em lutas parlamentares. Enquanto a

direita massacra a população, os parlamentares fazem comício e autopropaganda com palavras desacompanhadas de ação. O único interesse é a preservação de seus cargos. Por isso, no dia 24 a população deve realizar grandes atos locais para mobilizar a população, e convocar para no dia 25 todos irem para Brasília. Estão mais que claras as intenções políticas por trás da condenação. Não conseguiram provar nada contra Lula além de sua inocência, por isso o STF quer adiar a data do julgamento. Porém, os trabalhadores não podem mais esperar a benevolência dos golpistas e nem a iniciativa dos parlamentares preguiçosos. A situação deve ser tomadas em mãos imediatamente. Para derrotar Bolsonaro, libertar Lula e chamar por novas eleições só existe um caminho: o de asfalto.

GREVE GERAL

Deputada do PCdoB pede anulação da eleição

urante as manifestações da greve geral do dia 14 de junho, a deputada federal Alice Portugal, do PCdoB da Bahia, afirmou, em entrevista ao site Bocão News, que a bancada da oposição vai analisar a possibilidade de ingressar com um pedido judicial de anulação das eleições de 2018, por considerar que aquele pleito foi baseado em “fake news, controle de dados e ações no interior do Judiciário e do Ministério Público”. A deputada disse também que o ex-presidente Lula deveria ser libertado, uma vez que os diálogos revelados pelo Intercept Brasil mostram que Moro “tinha lado”, e que ele “foi o coordenador do processo de concatenação de dados” que levaram à prisão de Lula, o que torna o processo nulo. Se até o momento não havia qualquer manifestação por parte de lide-

ranças do PCdoB em defesa da anulação das eleições ou dos processos de Lula, teses que levam necessariamente ao “Fora Bolsonaro” e à “Liberdade de Lula”, as intensas mobilizações populares de maio e junho começam a arrastar novos setores da esquerda para esta posição de luta contra o re-

gime golpista. Fica claro que estes setores começam a perceber a impossibilidade de tentar qualquer manobra para ignorar as lutas verdadeiramente populares contra a continuidade do governo Bolsonaro e pela liberdade do ex-presidente Lula.

TODOS OS DIAS ÀS 3H, NA CAUSA OPERÁRIA TV

O aprofundamento da crise política não permite mais esconder que o povo quer o fim imediato do governo golpista e novas eleições já, com Lula candidato. Naturalmente, uma crise profunda como esta não será resolvida “à frio” em gabinetes do Poder Judiciário, como defende a deputada do PCdoB, até porque esse Poder foi até hoje uma das peças-chave do próprio golpe em si. Somente a luta popular, com a continuidade e a intensificação das manifestações nas ruas, é que tem força suficiente para mover as peças reais deste jogo político, até a completa derrota do golpe. De fato, a continuidade do movimento, que até o momento culminou na greve geral do dia 14, tende a arrastar cada vez mais setores para as lutas reais e que de fato estão na ordem do dia do povo brasileiro: Fora Bolsonaro, Liberdade para Lula e Eleições Gerais Já.

4 | INTERNACIONAL

SANTOS - SP

Veja como foi o debate sobre os 60 anos da Revolução Cubana, na XXIV Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba E stá ocorrendo em Santos-SP, a XXIV Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, organizada pelas Casas de Solidariedade a Cuba de todo o País e pelo Consulado Cubano. A Convenção começou no último dia 20 e vai até hoje, dia 22, com uma série de atividades, debates, feiras e apresentações artísticas. Nessa sexta-feira, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, foi convidado a participar do debate “60 anos da Revolução Cubana e a Nova Constituição”. Mediado pelo jornalista Renato Rovai, o debate contou com a participação de Marcelo Buzetto, dirigente do MST, Yenisey Cruz Carreno (deputada cubana e representante da Juventude Comunista Cubana) e Pedro Monzón Barata (Cônsul Geral de Cuba). O evento está acontecendo na sede do Sindpetro (Sindicato dos Petroleiros de Santos) que fica na Avenida Conselheiro Nébias, 248.

ARGENTINA

Sob governo golpista, Argentina tem maior desemprego em 13 anos

a Argentina, Maurício Macri está dando um bom exemplo do que os golpistas querem para o Brasil. Após quatro anos no poder, a política neoliberal do presidente argentino colocou o país com o maior desemprego dos últimos 13 anos. Atualmente, a taxa de desemprego é de 10,1%. Isso significa que cerca de 2,1 milhões de argentinos estão desempregadas no país. A indústria de base, a construção e o comércio estão profundamente afetados. Não é raro na Argentina a cena de pessoas brigando em supermercados e feiras para conseguir comprar o último pedaço de carne, ou mesmo o racionamento de produtos para os clientes. Apenas 13 milhões dos 17 milhões de Argentinos empregados tem um

salário fixo. O trabalho não registrado aumentou para 35%. Isso significa também, já que nos locais não registrados as condições de trabalho são bem piores, que aumentaram os acidentes de trabalho e a exploração. Os preços dos produtos está aumentando, enquanto a população está empobrecendo. 32% dos Argentinos são considerados pobres, e cerca de 2,7 milhões caíram abaixo da linha da pobreza. Esse cenário desastroso é produzido pelo neoliberalismo em todos os lugares por onde passa. É isso que querem para o Brasil. Macri, Temer e Bolsonaro são filhos do mesmo pai: o imperialismo norte-americano. Na Argentina, o golpe foi antes que no Brasil. Por isso, o resultado já chegou nesse ponto. Para evitar isso, é preciso intensifi-

TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, 14H00

car a luta nas ruas contra Bolsonaro e todos os golpistas. Exigir a derrubada do governo e a realização de novas eleições. Como ficou comprovado pe-

los vazamentos, a Lava Jato impediu Lula de participar das eleições para eleger Bolsonaro – o que torna o governo ainda mais ilegítimo.

TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, 12H30

POLÊMICA | 5

ARREPENDIDOS

Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (parte 7): Marcelo Freixo S eguindo com nossa série de lava-jatistas arrependidos, nossa estrela da vez é Marcelo Freixo (Psol), deputado federal que em 2016 lançou sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. Nas últimas eleições para a prefeitura do Rio, Freixo se aproximou da Globo, negou o apoio de Lula a sua candidatura, e participou da campanha lava-jatista. A defesa da operação criminosa foi uma campanha intensa do Psol, Luciana Genro, Chico Alencar, Babá, a lista é longa se listarmos todas as figuras do partido que comemoraram as prisões arbitrárias da Lava-Jato. 2016, ano de eleições: um ótimo momento para apoiar a Lava Jato O ano de 2016 foi o grande ano para a direita golpista. A campanha hipócrita e demagógica liderada pela imprensa em 2014 contra a Copa do Mundo foi repetida contra as Olimpíadas do Rio de Janeiro ( Cerimônia de abertura 5 de agosto, cerimônia de encerramento 21 de agosto). A diferença é que desta vez o evento internacional ocorreu durante o processo de impeachment de Dilma (2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016). O apoio de Marcelo Freixo à Lava Jato, e a campanha do deputado contra as Olimpíadas no Rio de Janeiro garantiram-lhe uma aproximação com os setores golpistas. Vemos que o deputado, assim como seu partido, agiram em coro com os golpistas, em uma campanha indireta em que se atacava o Partido dos Trabalhadores e defendia-se a operação do imperialismo elaborada para neutralizar o PT e perseguir as principais empresas brasileiras – como é o caso da Odebrecht que esteve envolvida com as obras do evento internacional.

TODOS OS DIAS ÀS 10H, NA CAUSA OPERÁRIA TV

Naquele ano, apoiar a Lava Jato era altamente oportuno, muitos setores da esquerda o fizeram esperando crescer através da demagogia e ocupar o lugar do PT depois que este fosse varrido do mapa. Como os escândalos ainda não haviam estourado, era seguro fazer essa campanha, por mais que as intenções da operação já fossem claras. Marcelo Bretas e Marcelo Freixo: a Lava Jato carioca

Talvez uma das figuras mais emblemáticas da Lava Jato depois de Sérgio Moro seja Marcelo Bretas, o Moro do Rio de Janeiro. Bretas foi responsável por perseguir o MDB carioca, ala da burguesia nacional intimamente ligada ao Partido dos Trabalhadores e responsável por um dos setores mais importantes da economia brasileira: o petróleo. O MBD do Rio de Janeiro, depois do PT, foi o setor político mais prejudicado pela Lava Jato, para os leigos poderia parecer um ponto positivo para a operação, pois o partido é dos mais corruptos e controlava o estado de maneira mafiosa há décadas. Porém sabe-se que a “campanha contra a corrupção” não passou de uma fachada fajuta para permitir a perseguição dos principais setores econômicos do Brasil. A corrupção da Petrobras, da Odebrecht, da JBS etc, não passou de um pretexto para acabar com essas empresas que até então estavam no topo da disputa mundial em seus respectivos mercados, em uma operação comandada por seus concorrentes, ainda mais corruptos e mais poderosos. Não é possível cogitar a pureza ética de empresas como Shell, Halliburton, Exxon, todas envolvidas com o financiamento de guerras

no Oriente Médio, golpes de Estado, como o realizado no Brasil, orquestrados em vários países atrasados, os maiores beneficiados pelo golpe e pela Lava Jato. Corrupção é regra e lei em toda empresa capitalista, quanto maior o porte, maior a corrupção, e não uma especialidade das empresas brasileiras. Bretas agiu da mesma forma que Moro, passando por cima da lei para realizar espetáculos propagandísticos em torno na prisão de Sérgio Cabral e outros figurões do MDB. Ao invés de Freixo denunciar o caráter antidemocrático da operação jurídica, ele fez uma enorme campanha para se aproveitar do clamor da classe média que acreditava que a “corrupção” estava sendo combatida. Freixo fez parte do grupo composto por diversos artistas como Caetano Veloso que apoiaram com unhas e dentes o juiz Bretas. O grupo participou de um ato em apoio ao juiz junto ao movimento pró-impeachment Vem Pra Rua, e levou uma faixa onde lia-se

“Bretas, Tamo Junto”. Marcelo Bretas, Caetano Veloso, juízes e outros artistas empunham a faixa de apoio ao magistrado, com a vírgula indevida. O momento em que a faixa dos artistas foi trocada, para a foto, pela faixa com o erro de português Foto: Márcio Alves / Agência O Globo Em suma, o apoio à Lava Jato foi extremamente oportuno para Freixo. Recebeu apoio da Globo nas eleições e de um eleitorado da mesma pequena-burguesia direitista que deu total suporte à perseguição política. O Psol, que sempre teve uma análise moralista da política brasileira, saltou em cima da oportunidade de posar de “paladino contra a corrupção” junto com a direita e agora está alegando sempre tere sido contra a Lava Jato. Temos aqui somente mais um exemplo claro de como funciona o pensamento do típico parlamentar pequeno-burguês: oportunista e moralista e que faz coro com a burguesia sempre que possível.

6 | POLÊMICA

PSOL (RJ)

Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (parte 6): Chico Alencar C hico Alencar, ex-deputado federal pelo PSOL (RJ), assim como vários dirigentes daquele partido, pautou sua intervenção durante os últimos quatro anos de golpe de Estado no Brasil, defendendo uma pretensa moralidade pública, baseada nas acusações, absolutamente falsificadas, da operação Lava-Jato, montada, como se vê, não com muito “esmero”, pelos órgãos, não tão inteligentes, do imperialismo norte-americano. Em 2015, quando a Lava-Jato se tornou peça fundamental de perseguição a esquerda, particularmente ao Partido dos Trabalhadores, o então “nobre” deputado do Psol, em artigo para o jornal O Dia (11/03/2015), com o sugestivo título, “Nem 13 nem 15: 14 razões”, assim se referia sobre a política de “moralização” do País: “sob a convocação do movimento social há o claro intuito de reforçar o PT, neste momento crítico, muito em função dos seus próprios e graves desvios”. Trocando em miúdos, o PT não apenas era corrupto, como sequer tinha o direito de se defender. Por quê? As provas não deixavam dúvidas: “o reconhecimento de que o PT assumiu uma governabilidade neoliberal e fisiológica, canal aberto para a corrupção sistêmica”. Quer dizer, a operação Lava-Jato, o Ministério Público, a Polícia Federal, todos estavam envolvidos em uma cruzada moralizadora do país.

O afã moralizador de Chico Alencar e do PSOL foi uma frente única com o imperialismo, com o grande capital nacional e com todas as instituições, no sentido de levar a cabo o golpe de Estado no Brasil. A política direitista e de apoio ao golpe de Chico Alencar e seu partido evoluiu ao longo do desenvolvimento do golpe. A afinidade moralizadora entre o Psol e os golpistas chegou a tal ponto, que o parlamentar Alencar não teve pejo em beijar, literalmente, a mão de um dos principais articuladores do golpe, como foi o ex-presidente do partido linha de frente do golpe e candidato derrotado por Dilma nas eleições de 2014, Aécio Neves. Finalmente, ainda em 2018, em meio as eleições mais fraudulentas da história do País, quando o golpe, via Lava-Jato, havia acabado de impor a exclusão de Lula do processo eleitoral, Alencar assim enaltecia, em entrevista ao jornal O Globo, 27/09/2018, o papel fundamental da operação de destruição do país: “A Lava-Jato desnudou de forma explícita o conluio público-privado ilícito na política brasileira, envolvendo diretamente pelo menos 14 partidos. Tem dois pesos e duas medidas em muitos casos, mas o combate à corrupção sistêmica tem que continuar doa a quem doer”, afirmava o então deputado.

Depois de tanto rame-rame, depois de tanto capachismo com tudo de mais podre produzido pelo imperialismo e pela corja de golpistas que assaltaram o País, um envergonhado Alencar publicou em sua página no facebook, candidamente, a seguinte mensagem: “ora, ora, parece que o combate à corrupção é seletivo. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei. Mais uma reportagem-bomba do The Intercept Brasil, desta vez sobre FHC”. Como se, agora, tivesse descoberto a total parcialidade de Sérgio Moro e de toda a operação criminosa da Lava Jato.

Para sorte ou infelicidade de Alencar, depende da ótica com que se veja o papelão cumprido, ele não está sozinho nesse papel vexaminoso, mas foi acompanhado pela quase totalidade da esquerda pequeno-burguesa. No afã de eleitoral de tomar o lugar do PT, os Chico Alencar da vida se alinharam com o que existe de mais podre em todo o meio político e agora estão aí a chorar como cachorros caídos de caminhão de mudança. Nada melhor do que um dia após o outro.

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POLÍTICA | 7

GOLPISTAS

Segundo os golpistas, é legal o juiz tomar partido da acusação É muita cara de pau do próprio Sérgio Moro argumentar que agiu dentro da normalidade quando se fazia passar por juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, justamente a vara de ferrar o PT. Afinal, parece que ele fez faculdade de Direito, deve ter passado em concurso para o cargo que exercia e ainda fez curso lá fora, como ele diz, algo como “Massachutissis”. E seus fãs e aliados golpistas aplaudem e endossam: o que tem de mais o juiz trocar idéias como o procurador (ou promotor)? Se aqui no Brasil as leis estivessem valendo ou fosse qualquer outro país civilizado do planeta, Moro, Dallagnol e todos os procuradores envolvidos nas tramoias da tal Lava Jato, já estariam presos. Vamos trocar em miúdos para ver se fica mais fácil para o coxinha entender. Suponha que, numa partida de futebol, o árbitro dê conselhos para os jogadores de um dos times, de como devem jogar, por onde devem correr e até interferir na escalação do time, barrando algum jogador daquele time que não jogue como ele gosta. O árbitro atua como se fosse dirigente de um dos times ou o técnico. E ainda, antes do jogo começar, mande o craque do outro time, aquele capaz de desequilibrar o jogo, de ganhar sozinho, para fora do campo, pior: para o vestiário, sozinho. E o árbitro ainda apita

o tempo todo contra esse time do qual ele expulsou o jogador. Ao final do jogo, quando o time que ele beneficiou ganha, ele é convidado ocupar uma cadeira na diretoria do clube, como prêmio. O jogo seria ou não anulado? Agora em juridiquês: o artigo 254 do Código de Processo Penal diz que o juiz tem que “se declarar suspeito”, ou seja, sair do caso, reconhecendo que não será parcial no processo, se for amigo ou inimigo de uma das partes, da acusação ou defesa, ou se der conselhos a qualquer uma das partes. É notório que o lema da Lava Jato era “peguem o Lula”. Moro, Dallagnol e seus procuradorzinhos amestrados elegeram em rede nacional de rádio e televisão, revistas e jornais, o Lula como inimigo a ser caçado, preso, imobilizado. Bingo! A primeira cláusula do artigo 254 do CPP bateu. Com a “vaza jato”, como foi carinhosamente apelidada a sequência de reportagens publicadas pelo sítio na internet The Intercept Brasil, com vazamentos das comunicações entre o falso juiz e seus ilegalmente comandados comparsas, saltou aos olhos do público e até da imprensa de direita que lhe deu sustentação, que Moro coordenou o trabalho dos acusadores, deu palpite até na formação do time de inquisidores, orientou detalhes do processo de acusação, montou uma operação de marketing articulada com

órgãos da imprensa, comandou até a investigação e as batidas policiais. Os processos contra o Lula não tiveram juiz. Tiveram só acusação. A defesa não teve chance alguma. O Moro era o chefe da acusação. Só imagina se viesse a público que o Moro trocava mensagens com os advogados da defesa, orientasse a defesa, escolhesse os advogados que achasse melhores e, ao final, absolvesse o Lula. Imaginou a gritaria? É muito cinismo da direita. A direita entende muito bem a gravidade da situação, mas se faz de sonsa, não se comove com esses “detalhes

técnicos legais”. A justiça foi usada para dar o golpe em curso, que derrubou a legítima presidenta eleita por 54,5 milhões de brasileiros, sem motivo legal, condenou e prendeu Lula, elegeu Bolsonaro e os outros golpistas, governadores e parlamentares, para prejudicar a classe trabalhadora, as minorias, os pobres e dar o Brasil e seus ativos para o imperialismo, que retribui sustentando essa corja toda com prestígio, presentes e vida boa. Não é possível contar com a justiça ou outras instituições constituídas. É preciso uma mobilização que tenha como objetivo derrubar todo o regime político.

RECESSÃO

Burguesia abre o jogo e afirma que só roubar aposentadorias não irá resolver economia U m dos pontos centrais da política do governo golpista e ilegítimo contra a população brasileira é a “reforma” da Previdência. Ou seja, o roubo bilionário do dinheiro do povo brasileiro para sustentar o parasitismo dos bancos e das grandes empresas internacionais. No entanto, a própria burguesia golpista já afirma abertamente que o assalto das aposentadorias da população não será suficiente para atender aos interesses dos grandes capitalistas. Foi o que afirmou o Secretário de Política Econômica do Governo, Adolfo Sachida. De acordo com o membro do governo golpista, a “reforma” não será suficiente para conter a recessão econômica no País. Isto é, não vai mudar em nada o fato do PIB deste ano deve ter crescimento praticamente nulo ou negativo. A declaração revela a farsa do discurso demagógico da direita golpista, de que as “reformas” seriam

necessárias para gerar crescimento na economia nacional. O que se viu depois do golpe de estado de 2016 foi, na verdade, um verdadeiro assalto à economia do País, contribuindo para isto todas as instituições do regime golpista, como a Operação Lava Jato, a qual pôs abaixo várias empresas nacionais, gerando um desemprego em larga escala e uma ampla destruição de parcela da economia nacional. Soma-se a isso as privatizações, o congelamento do salário mínimo, o corte nos investimentos públicos, etc. A recessão é um caminho inevitável para a política golpista de terra arrasada contra o País adotada pelo regime golpista. A única forma de evitar esse desastre contra o povo é por meio da luta e da mobilização popular contra o golpe de estado. É necessário colocar para correr todos os golpistas. Fora Bolsonaro e todos os golpistas.

8 | MOVIMENTO OPERÁRIO

ESFOLAR A CLASSE OPERÁRIA

Governo golpista quer que trabalhadores escravizados até nos feriados

m dos principais motivos do golpe de Estado é esfolar a classe operária. Os ataques aos direitos dos trabalhadores não param. Depois da “maravilha” da “reforma”trabalhista e da terceirização que iria aumentar o número de empregos, rasgaram a Consolidação das Leis Trabalhistas, inventaram a figura do trabalho intermitente, ameaçam condenar todos os trabalhadores a morrerem trabalhando, sem aposentadoria. Agora, o presidente ilegítimo Bolsonaro desfere mais uma facada nas costas de todo mundo: está liberado o trabalho aos domingos e feriados. A nova facada atinge 78 setores da economia. De novo, a desculpa é que isso pode incentivar a geração de emprego. A falta de noção é que “com mais dias de trabalho das empresas, mais pessoas serão contratadas”. Nós sabemos que não é assim. Não vai haver mais empregos. Os capitalis-

tas vão simplesmente sugar mais os empregados que já têm, não contratar novos. Muitos desses 78 setores já operam em domingos e feriados, alguns irregularmente. O secretário especial de Previdência

e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, diz que pretende reduzir barreiras à abertura de empresas e dar mais liberdade para que empresas possam produzir e empregar, inclusive em domingos e feriados. A Portaria assinada por Marinho de-

talha quais setores terão a permissão permanente a funcionar nesses períodos. E vem mais: a Secretaria de Previdência e Trabalho também prepara um corte de 90% das normas de saúde e segurança no trabalho! São 37 normas regulamentadoras, conhecidas como NR’s, que reúnem 6,8 mil regras distintas. Para o governo, essas normas de saúde e segurança todas só atrapalham as empresas capitalistas que, “coitadinhas”z, vivem tendo de pagar multas e subornar fiscais do trabalho. É uma carga que impacta diretamente a competitividade dos produtos brasileiros. Se os trabalhadores não se mexerem e não forem às ruas para tirar a direita do poder, o rolo compressor não vai parar. Esse governo ilegítimo é representante dos capitalistas, não do povo, e não tem dó: vai tirar todo o sangue até a última gota da classe operária.

CORREIOS

PARALISAÇÕES

Corrigindo o governo Bolsonaro

Professores realizaram a maior mobilização pelo Fora Bolsonaro até o momento A

governo golpista de Jair Bolsonaro, eleito de forma fraudulenta, devido a prisão e o impedimento de Lula ser candidato, apresentou na semana passada uma mudança no controle da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), retirando da presidência dos Correios, o general Juarez de Paula Almeida Cunha, que fez parte da transição do governo Temer para o governo Bolsonaro, para indicar o general Floriano Peixoto. O milico, general Floriano Peixoto, foi deslocado da Secretaria Geral da Presidência da Repúplica, aonde era secretário golpista, para assumir o controle dos Correios e tocar a promessa de campanha de Jair Bolsonaro de destruição dos Correios nos país, através da sua privatização. Mesmo o general Juarez Cunha, ex-presidente dos Correios, aplicando demissão e fechamento de agências nos Correios, Bolsonaro não se contentou, e fez a troca dizendo que Juarez não era um privatizador eficaz, ficava dando papo para os sindicalistas dos Correios. Bolsonaro reformou seu governo golpista nesta estatal, apontando uma mudança para pior para os trabalhadores na questão da privatização, logo após a greve geral de 14 junho, aonde todos os sindicatos dos Correios aprovaram e aderiram a greve, mostrando que os golpistas não vão parar seus ataques contra a população trabalhadora e a entrega do patrimônio nacional se a população deixar os golpistas “governando”. Frete a todas as medidas políticas tomadas pelos golpistas, desde o governo de Temer até hoje, no governo ilegítimo de Bolsonaro, as mobiliza-

ções parciais não colocam obstáculos a esses ataques, deixando claro que é um suicídio a política da esquerda pequeno burguesa de evitar que os trabalhadores se unifiquem pela derrubada desse governo, Não é possível corrigir o golpe ou “colocar Bolsonaro na linha”, a única política eficiente para que os trabalhadores derrotem os ataques golpistas as suas condições de vida é a derrubada do governo golpista, por meio de uma ampla mobilização unificando todas as lutas, categorias de trabalhadores e movimentos sociais contra o golpe e os golpistas, através da palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas, exigindo a liberdade de Lula, eleições gerais já, com Lula candidato.

s últimas semanas foram marcadas por grandes mobilizações que modificaram a conjuntura política brasileira. Os atos dos dias 15 e 30 de maio, e – principalmente – a greve no dia 14 de junho marcaram as manifestações e representam o aprendizado de importantes lições. As paralisações representam o desenvolvimento da luta classista contra o golpe de Estado que ocorreu em 2016 contra a ex-presidenta Dilma Roussef, das lutas contra o governo golpista de Temer etc. Vem ocorrendo um evolução da classe operária. O governo Bolsonaro, desde o início, foi marcado por uma ofensiva generalizada contra praticamente todos os direitos conquistados pelos trabalhadores. Desde a “reforma” que quer acabar com a aposentadoria, passando pela entrega do petróleo de outras riquezas naturais (até parques estão sendo privatizados), até o corte brutal de gastos com a Educação, Saúde, Moradia etc. e tudo mais que interessa ao povo. Na reação a estes ataques, fomos justamente, nós os professores que demos o passo inicial no sentido de enfrentar o governo Bolsonaro, da mesma forma, que foi a nossa categoria a primeira a se levantar contra o golpe de Estado, em 2015. O ensino público, das redes municipais, estaduais e federal, tornou-se um dos principais alvos dos diversos ataques, por concentrar pesados recursos (resultado de conquistas anteriores) e por ser alvo da política da di-

reita que busca transformar a Educação em uma máquina de propaganda reacionária, impondo a censura nas Escolas e Universidades e reprimindo professores e estudantes por meio do “escola com fascismo” (disfarçado de escola sem partido). A greve mostrou que o caminho para derrotar o governo, é a luta unificada dos trabalhadores pela derrubada do governo e não as lutas parciais e isoladas, por essa ou aquela reivindicação. Nossa categoria tomou a dianteira, por sermos um dos setores mais organizados, em grandes sindicatos, partidos de esquerda etc. Nossa mobilização contagiou outros setores e na greve do dia 14 tivemos uma importante participação de setores importantes da classe operária, como metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores da construção civil, dos correios, eletricitários etc.

NEGROS| ESPORTES | CULTURA| 9

AVANÇO DA DIREITA GOLPISTA

Racismo na Educação é aprofundado pelo golpe de Estado O golpe de Estado continua a produzir seus efeitos. O avanço da direita golpista sobre o estado acaba por atacar, em primeiro lugar, os setores mais oprimidos da sociedade, como os negros. É o que indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada na última quinta-feira (19), onde é apontado que, no Ceará, por exemplo, apenas um a cada quatro negros com mais de 18 anos está estudando. Significa dizer que no Estado, 205 mil negros, dos 18 aos 25 anos, não frequentam nenhum tipo de escola, não fazem parte do ensino do estado, qualquer que seja ele. Acima dos 25

anos a taxa de participação escolar cai ainda mais, apenas 4,4% dos negros estão estudando. O ataque dos golpistas contra a Educação é notório. Todos os níveis de educação pública estão sendo atacados, com o objetivo de deixar toda a educação para a iniciativa privada, o que faria aumentar ainda mais o racismo, como este visto no Ceará. É preciso intensificar a luta contra os golpistas, contra o golpe de Estado. Lutar apenas pela educação, como reivindicação parcial, não irá resolver o problema. É preciso derrubar Jair Bolsonaro da presidência, lutar por eleições gerais e pela liberdade do ex-presidente Lula.

CULTURA

ESPORTES

Seleção brasileira atropela peruanos Pablo Vilaça: cineasta contra o e VAR, e se classifica para o matagolpe denuncia desmonte do mata da Copa América Cinema por Bolsonaro

cineasta brasileiro, Pablo Vilaça, denunciou em entrevista ao jornal Brasil de Fato, a destruição que o governo golpista de Jair Bolsonaro está fazendo contra o cinema e a cultura nacional. Dentre as medidas de ataque ao cinema, estão o fim do Ministério da Cultura, o corte de repasses para o financiamento de produções brasileiras vindos de empresas nacionais, como a Petrobras, além do corte de investimentos provenientes de Fundo Setorial do Audiovisual. O cineasta vinculou a destruição da cultura nacional com a questão política que perpassa os governos golpistas

essa vez o VAR não conseguiu barrar o massacre imposto pelo time brasileiro. Foram 5 gols: Casemiro, Firmino, Cebolinha, Daniel Alves e uma pintura de William. Um baile! Apesar da intensa campanha da imprensa contra a seleção, seja atacando a convocação de Tite ou jogando lenha na fogueira do golpe sofrido por Neymar na falsa acusação de estupro, o time conseguiu manter a cabeça no lugar, e mostra que tem inúmeras alternativas táticas e técnicas. Éverton Cebolinha, jogador do Grêmio, um dos mais carismáticos e adorados pela torcida, mostrou que o Brasil tem jogadores de alto nível atuando também no Campeonato Brasileiro. O ponta marcou um golaço, e infernizou o lateral peruano Advíncula, que ape-

sar das entradas criminosas, não foi expulso. O adversário do Brasil nas quartas de final ainda não foi definido, mas a classificação como líder do grupo já está garantida. O outro time classificado na nossa chave é a Venezuela, uma equipe que vem evoluindo desde que o regime chavista passou a investir no esporte. A equipe é comandada pelo atacante Rondón, jogador do Newcastle da Inglaterra. O jogo entre Brasil e Peru, realizado na Arena Corinthians, na periferia de São Paulo, teve também manifestações contra os preços absurdos dos ingressos da Copa América. O povo, cada vez mais excluído da grande festa do futebol nacional, mandou seu recado.

da direita.“O cinema, a arte de modo geral, tende a incentivar a empatia, você enxergar o mundo através do olhar do outro. É isso que esses caras não querem”, declarou o cineasta. O ataque à cultura é parte da política dos governo da direita e da extrema-direita. Estes setores são inimigos declarados da cultura nacional, de todas as suas formas de manifestação. Nesse sentido a luta em defesa da cultura é parte essencial da luta contra o golpe de Estado. É preciso colocar abaixo esse regime golpista, reacionário, permeado pelo obscurantismo. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

10 | MULHERES E MORADIA E TERRA

LEGALIZAÇÃO DO ESTUPRO

No Alabama, estuprador disputa guarda de filho com vítima

Estado do Alabama, nos EUA, é o que tem uma das leis anti-aborto mais rígidas daquele país. Aprovada em maio, a lei proíbe o aborto em todos os casos, com exceção do caso em que a mãe corre risco de vida. Até mesmo em casos de estupro ou incesto, a prática do aborto é proibida, independente do mês de gestação. Junto com isso, o estado permite que o estuprador tenha a guarda da criança gerada através do estupro. Também em maio, alguns congressistas tentaram aprovar um projeto de lei para acabar com os direitos paternos em casos de estupro, porém essa parte do projeto de lei foi removida, reduzindo a lei a casos em que pais abusam sexualmente de seus filhos. Militantes pró-aborto afirmam que 3 em cada 4 casos de estupro nos EUA não são reportados. Uma estimativa do grupo de advocacia sem fins lucrativos, a Rede Nacional de Estupro, Abuso e Incesto (Rape, Abuse and Incest

National Network, RAINN), diz que menos de 1% de todos casos de estupro levam a condenações criminais com cárcere. De acordo com Maralee McLean, autora de Prosecuted, But Not Silenced:

PRESIDENTE GOLPISTA

Bolsonaro afirma que não vai demarcar terras indígenas

presidente golpista Jair Bolsonaro afirmou em entrevista, no último dia 19 de junho que não irá demarcar nenhuma terra indígena no País durante o seu governo. A declaração é mais uma demonstração do caráter de governo de guerra, não apenas contra os índios, mas contra todo o povo brasileiro. Desde começou seu mandato ilegítimo, Bolsonaro tem feito uma série de ataques contra os indígenas. A começar por colocar o INCRA sob o coman-

do do Ministério da Agricultura, o qual tem a frente a ministra ruralista, Tereza Cristina (DEM-MS). Bolsonaro colocou um general para comandar a FUNAI. Durante seu governo tem se intensificado também os ataques de jagunços e ruralistas contra as reservas indígenas em todo o País. A única forma de barrar essa ofensiva é por meio da mobilização de todos os setores explorados contra Bolsonaro e todos os golpistas. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Courtroom Reform for Sexually Abused Children (livro sem versão em português), 90% dos casos de estupros são cometidos por agressores conhecidos por suas vítimas, por isso não é incomum que o estuprador procure envol-

vimento na vida da vítima e da criança. Todos esses acontecimentos indicam o avanço da extrema-direita contra as mulheres. Um caso similar acontece no Brasil com a entrada do governo Bolsonaro, sua ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, é a favor do aborto em todos os casos e do “bolsa-estupro”, uma ajuda de custo paga pelo próprio estuprador para as mulheres que forem vítimas de estupro. É necessário barrar a ofensiva fascista contra as mulheres no mundo todo. É preciso mobilizar as mulheres e suas organizações, bem como todas as entidades de luta dos explorados e defesa dos direitos democráticos do povo na defesa da legalização do aborto, sendo esse feito em condições dignas – não em verdadeiros açougues, as ditas clínicas clandestinas – e pela rede de saúde pública para que a mulher tenha autonomia e controle sobre o próprio corpo.

ATIVIDADES DO PCO E COTV | 11

PCO

No DF, PCO realiza Churrasco de confraternização, marcando início da campanha financeira O Partido da Causa Operária estará realizando neste sábado, dia 22 de junho, uma importante atividade de finanças, marcando a abertura da campanha financeira do partido no Distrito Federal. Além dos militantes, também simpatizantes e colaboradores do partido estão envolvidos na atividade, que ocorrerá no Parque da Cidade, onde estará sendo servido um espetacular churrasco, com vários acompanhamentos, aquela cervejinha especial bem gelada, sucos, refrigerantes e água. Como o evento estará sendo realizado no sábado, será montada uma estrutura para viabilizar, no local do evento, a transmissão da Análise Política Semanal, com o companheiro Rui Costa Pimenta. Logo em seguida, às 16h. estaremos todos antenados para assistir o terceiro compromisso da seleção brasileira na Copa América, onde o Brasil estará enfrentando a seleção peruana. Todos os preparativos estão sendo ultimados para que a organização da atividade seja bem sucedida. Houve

um grande empenho da militância e do Comitê de Luta contra o Golpe do DF para a venda dos convites, havendo neste momento mais de 70 pessoas confirmadas, podendo este número chegar próximo a 100 participantes. Vários representantes dos comitês de Luta já confirmaram presença, assim como simpatizantes, colaboradores, amigos e familiares do PCO na capital também já estão com a presença confirmada. Dentre os convidados, já asseguraram presença representantes da embaixada de Cuba e da Venezuela, assim como o coordenador do Comitê General Abreu e Lima, de Defesa e Solidariedade à Venezuela, além de outros integrantes do Comitê. O PCO entende que somente através da mais completa independência financeira é possível fazer chegar aos trabalhadores o programa que seja a expressão política consciente da sua luta, da defesa dos seus interesses e da sua total emancipação. O PCO luta por colocar de pé no país uma verdadeira ferramenta política dos trabalhadores, das massas populares e do

conjunto dos explorados. Esta tarefa passa, indeclinavelmente, por delimitar-se não só da burguesia, seus partidos e suas agências de financiamento e corrupção, mas para criar as condições que possibilite o partido operário crescer, se desenvolver e construir uma sólida estrutura material e financeira para avançar na luta pela revolu-

ANÁLISE

É hoje! Não perca a Análise Política da Semana É

hoje! neste sábado dia 22 de junho, Rui Costa Pimenta irá fazer sua tradicional análise de conjuntura onde irá comentar os principais acontecimento da semana, as revelação da #VazaJato e apontar o caminho para o próximo período de lutas. A Análise é o programa mais tradicional da Causa Operária TV, com mais de de 5 anos de periodicidade semanal, conta mais de 20 mil telespectadores todo a semana, é também umas

das pioneiras do ramo da análise de conjuntura pela internet. Ela é apresentada pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO acesse o o canal do youtube da Causa Operária TV e se inscreva para ser notificado toda vez que sair um novo vídeo, clicando aqui. Você também pode apoiar este trabalho se tornando membro do canal e fazendo uma pequena contribuição de R$ 7,99 mensais para ajudar a manter este imprensa independente.

ção, o governo dos trabalhadores e o socialismo. Somente poderá haver independência política se houver também independência financeira. Neste sentido convidamos todos a se engajarem decididamente na luta por fortalecer as finanças partidárias, participando ativamente das atividades político-financeiras do PCO.