SEGUNDA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5746
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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Atos regionais convocam liberdade para Lula em Curitiba
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ntre os dia 28 de agosto e 8 de setembro, o Partido da Causa Operária organizará atos em 30 cidades pelo país com o intuito de mobilizar os militantes, outros partidos e os comitês no sentido de ir para Curitiba no dia 14 de setembro, quando um grande ato nacional será realizado em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal, onde Lula está preso há mais de 500 dias. Os atos serão um importante instrumento de mobilização e luta pela liberdade de Lula.
EDITORIAL
Abaixo a intervenção imperialista na Amazônia! Aproveitando o plano de favorecimento de Bolsonaro às mineradoras e aos latifundiários, com a grilagem de terras, o imperialismo está procurando uma forma de intervir na situação caótica da Amazônia. O interesse, naturalmente, é expropriar o Brasil de suas imensas riquezas que existem na região, através de uma política demagógica de cunho ecológica e supostamente humanitária.
Quem critica o roubo da aposentadoria das trabalhadoras é “machista” Pernambuco: mutirões pedem “fora Bolsonaro” e liberdade para Lula
Mutirões no DF a liberdade de Lula cresce e Bolsonaro despenca
PR: Em Curitiba militantes do PCO mostram como tratar os fascistas
Bolsonaro é criminoso na Amazônia, mas intervenção não é conspiração Temos que partir de um fato incontestável: Bolsonaro é um presidente ilegítimo, eleito em uma fraude, e sua política tem sido a continuidade do golpe, aprofundando o que Temer tinha feito anteriormente. Isto inclui as ações do governo Bolsonaro na Amazônia.
Em Minas, ato Fora Bolsonaro recebe o mutirão pela Liberdade de Lula! A Praça do Papa, em Belo Horizonte, foi tomada, neste domingo (25), pela esquerda mineira que segue com toda a força na luta contra Bolsonaro e pela Liberdade de Lula.
Em São Paulo, mais mutirões pela liberdade de Lula nesse domingo Nesse domingo, dia 25, mais um dia de mutirão pela liberdade de Lula aconteceu em várias cidades do estado de São Paulo. Os companheiros do PCO e dos comitês de lula contra o golpe saíram às ruas para distribuir milhares de adesivos, panfletos e cartazes e recolher assinaturas do abaixo assinado pela anulação dos processos contra Lula
BA: Mutirão coletas de assinaturas no Festival Lula Livre em Salvador
Mais uma delação de Palocci: abaixo a perseguição ao PT! Com o governo Bolsonaro cada vez mais pressionado pela crise, política e econômica, e com a direita ainda tentando se reorganizar para retomar o poder ‘via eleições’, e a força-tarefa da Lava Jato igualmente enfraquecida pelos vazamentos que têm confirmado o que era mais que suspeita, de sua atuação política contra, em particular, o Partido dos Trabalhadores (PT), tem havido uma retomada, acelerada e intensa, contra o PT, dirigentes, exministros, ex-presidentes, e aliados, inclusive os com mandatos.
2 | OPINIÃO EDITORIAL
COLUNA
Abaixo a intervenção imperialista na Amazônia! A
proveitando o plano de favorecimento de Bolsonaro às mineradoras e aos latifundiários, com a grilagem de terras, o imperialismo está procurando uma forma de intervir na situação caótica da Amazônia. O interesse, naturalmente, é expropriar o Brasil de suas imensas riquezas que existem na região, através de uma política demagógica de cunho ecológica e supostamente humanitária.Isso se dá através de uma suposta internacionalização da Amazônia, a floresta mais importante do mundo. Anteriormente à reunião do G7, o presidente francês, Emmanuel Macron, “Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão de nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio, arde em chamas. É uma crise internacional.” Quer dizer, a Amazônia não seria dos brasileiros e dos países latino-americanos, mas a “casa” de todos. E os problemas que nela ocorrem, “uma crise internacional”. A fala do presidente francês revela o interesse das grandes potências para uma intervenção do imperialismo na Amazônia. A cúpula do G7, que reuniu os principais países imperialistas neste final de semana na França, decidiu “ajudar” os países atingidos pelas queimadas na Amazônia “o mais rápido possível”, disse Macron, que procura faturar em cima do problema, disfarçando sua política colonialista, de intervenção em países soberanos, por detrás de uma capa democrática e ecológica. “Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar
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os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível.” Desta forma, o imperialismo aproveita a política criminosa de Bolsonaro para iniciar uma campanha de tipo colonial, com o objetivo de expropriar as riquezas brasileiras. Além disso, cabe aqui ressaltar a política de Bolsonaro, que cortou orçamento da fiscalização ambiental e no combate a incêndios e estimulou os latifundiários a realizarem queimadas pelo país, com o “Dia do Fogo”. Porém, vale ressaltar que nenhuma política cometida por Bolsonaro será pior que a dominação de uma parte do país pelo imperialismo. As potências europeias e norte-americanas são responsáveis pela devastação do Oriente Médio, o que revela a capacidade de destruição pelos monopólios em busca de riquezas. Bolsonaro, nesse sentido, também não é nenhuma alternativa nacionalista ao problema. Como afirmou anteriormente, “só uma pessoa que não tem qualquer cultura fala que” a Amazônia é nossa. Isto é, o presidente é um capacho capaz de entregar a maior região do país para os capitalistas estrangeiros. A única alternativa para manter a Amazônia sob território brasileiro é lutar, ao mesmo tempo, pelo Fora Bolsonaro e contra a intervenção imperialista no Brasil, seja esta intervenção direta ou indireta. Contra o capachismo e contra os monopólios capitalistas.
Não chame o Macron, chame o “Fora Bolsonaro” Por Henrique Áreas de Araujo
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a semana passada, o presidente francês, Emanuel Macron, convocou os demais Países imperialistas a debater o problema das queimadas na Amazônia na reunião do G7, que aconteceu nesse final de semana. Logo, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se juntaram ao chamado de Macron, assim como o primeiro ministro canadense Justin Trudeau. Na reunião que junta o seleto clube dos países imperialistas, o problema da Amazônia foi debatido sem a participação do Brasil. Logicamente que Jair Bolsonaro, um cachorro do imperialismo, tendo como preferência o norte-americano, não protestou contra essa tentativa de intervenção imperialista no País, nada mais do que meia dúzia de palavras desesperadas diante da crise que se agravou em seu governo. Não protestou e ainda delegou a Donald Trump o papel de representante do Brasil. Bolsonaro acredita que a raposa líder vai defender o galinheiro. É disso que se trata. O imperialismo viu na crise na Amazônia a possibilidade de colocar em prática aquilo que há muito tempo ele pretende: roubar a Amazônia dos brasileiros. Aí, Macron, no seu papel de abutre imperialista, tratou de comover os incautos chamando a atenção para o “pulmão do mundo ameaçado” e que a “Amazônia é nossa casa” e coisas do tipo. Resta a pergunta: qual o interesse dos países imperialistas? Qualquer pessoa minimamente crítica deveria saber que com certeza não é o de parar a devastação e as queimadas. Para começo de conversa, quem colocou Jair Bolsonaro na presidência da República, quem deu o golpe no governo do PT, quem está por trás da prisão de Lula, quem fraudou a eleição, quem está por trás da operação criminosa da Lava Jato foram os países imperialistas.
Agora, se aproveitam cinicamente de uma situação que eles mesmos criaram para criar o pretexto de que deveriam intervir na Amazônia. Macron e o clube imperialista são piores que Bolsonaro. Não porque o fascista brasileiro seja bom, mas porque são os imperialistas justamente seus donos. Os chefes de Bolsonaro querem agora virem aqui para nos dizer o que fazer sobre a Amazônia. Macron, Angela Merkel e seu clube também são responsáveis pelas queimadas. E aqui não é a casa deles. A Amazônia é do Brasil e dos brasileiros e quem deve resolver seus problemas são os próprios brasileiros. Setores da esquerda que vêem na intervenção imperialista uma solução para os problemas que passamos com Bolsonaro perdem de vista o real significado político do que está ocorrendo. Concordar com qualquer mínima intervenção do imperialismo é na realidade pedir para que a devastação aumente. não só a devastação da floresta mas toda a devastação que Bolsonaro e os golpistas estão colocando em prática contra o povo. Tudo a mando do imperialismo. É inegável que o escândalo internacional em relação à Amazônia aprofundou e muito a crise do governo Bolsonaro. Manifestações contra Bolsonaro aumentaram, o governo está na corda bamba. A crise é tão grave que a rede Globo foi obrigada a trazer Lula no jornal Nacional com declarações antigas do ex-presidente que serviam como uma espécie de justificativa contra a política de Macron em relação ao desmatamento. Enquanto isso, a população se manifestava contra Bolsonaro nas ruas e nas bairros. Por isso, é preciso aprofundar essa crise. É preciso derrubar Bolsonaro. A mesma esquerda que comemora a tentativa de Macron de intervir no País evita de qualquer maneira chamar o Fora Bolsonaro.
ATIVIDADES DO PCO | 3
CONTRA O GOLPE
Atos regionais convocam liberdade para Lula em Curitiba E
ntre os dia 28 de agosto e 8 de setembro, o Partido da Causa Operária organizará atos em 30 cidades pelo país com o intuito de mobilizar os militantes, outros partidos e os comitês no sentido de ir para Curitiba no dia 14 de setembro, quando um grande ato nacional será realizado em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal, onde Lula está preso há mais de 500 dias. Os atos serão um importante instrumento de mobilização e luta pela liberdade de Lula. Lula está preso há cerca de 500 dias por conta de um processo fraudulento da Operação Lava Jato e do atual ministro da justiça, o juiz Sérgio Moro. Sem provas, apenas com “convicções”, Lula foi preso para viabilizar a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018 e os ataques contra as organizações de luta dos trabalhadores. A prisão de Lula, em si, sendo ele a principal liderança da esquerda brasileira, é um profundo ataque contra todo movimento popular, operário e de luta contra a direita. Além do mais, é um profundo ataque aos direitos democráticos, pelo fato de que um ex-presidente foi preso sem um julgamento justo e em segunda instância, antes do fim do julgamento. Com isso, abre-se a brecha para a instauração generalizada de uma ditadura no país; se fazem isso com um ex-presidente e o político mais popular do país, qualquer um poderá ser perseguido pelas arbitrariedades do judiciário. Estas ações já ocorriam de maneira corriqueira com a população pobre e negra, esmagada pe-
lo Estado brasileiro, mas agora, atingiu um alcance superior. A evidência de que Lula e o PT foram vítimas de perseguição política por parte da Operação Lava Jato e da direita foram as conversas divulgadas pelo sítio The Intercept entre os procuradores da operação golpista e o ex-juiz e atual Ministro da Justiça Sérgio Moro. Por isso, a luta pela liberdade de Lula é uma luta democrática. Mas além disso, é uma luta central do movimento contra o golpe, uma vez que, como já ficou claro, foi um ponto-chave do aprofundamento da política reacionária dos golpistas no Brasil. Neste sentido, é fundamental ir às ruas pela liberdade de Lula. Saiba onde ocorrerão os atos e prepara-se para Curitiba, no dia 14 de setembro. Nordeste No Nordeste serão realizados atos em nove cidades, com o objetivo de reunir quase mil pessoas nas cidades de Maceió, capital de Alagoas, Porto Seguro e Salvador, na Bahia, Fortaleza e Juazeiro do Norte, no Ceará, na capital maranhense, São Luiz, em Natal, no Rio Grande do Norte, e em Teresina, no Piauí. Além disso, terá um ato em Recife, na capital de Pernambuco. Norte No Norte, a mobilização será menos intensa mas também importante. Os atos serão realizados nas capitais do
SÃO PAULO
Mais mutirões pela liberdade de Lula nesse domingo
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esse domingo, dia 25, mais um dia de mutirão pela liberdade de Lula aconteceu em várias cidades do estado de São Paulo. Os companheiros do PCO e dos comitês de lula contra o golpe saíram às ruas para distribuir milhares de adesivos, panfletos e cartazes e recolher assinaturas do abaixo assinado pela anulação dos processos contra Lula. Na capital paulista, o mutirão aconteceu na Praça da República. Além da dis-
tribuição dos materiais de campanha, os militantes do PCO também venderam a nova edição do jornal Causa Operária. Também foi montada a banca de materiais da loja do PCO, com bótons, camisetas, canecas, livros e muito mais. Confira algumas imagens dos mutirões desse domingo. Lembrando que os mutirões ocorrem todos os domingos na capital e em várias cidades do interior do estado e às quartas-feiras nas universidades.
Tocantins e do Pará, respectivamente, Palmas e Belém, com objetivo de reunir uma centena de pessoas. Centro-Oeste Já no Centro-Oeste serão realizados cinco atos, com o objetivo de reunir mais ou menos 500 pessoas, em Brasília, em um acampamento da Frente Nacional de Libertação (FNL) no DF, na capital do Goiás – Goiânia -, e nas capitais Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT). Sul No sul também serão realizados cinco atos para reunir 500 pessoas. Obviamente, será realizado um ato na principal cidade, para onde estarão indo as Caravanas, Curitiba, capital do Paraná. Mas também atos em Londrina (PR), Porto Alegre (RS), Blumenau (SC) e Florianópolis (SC).
Sudeste O Sudeste dividirá com o Nordeste a maior parte das manifestações, totalizando nove atos. Porém, com um maior número de pessoas. A meta é mobilizar mais de mil pessoas no sudeste para a Caravana para o ato em Curitiba no dia 14 de setembro. As cidades serão: Belo Horizonte (MG), Volta Redonda (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Embú das Artes (SP), Campinas (SP), Assis (SP), Araraquara (SP) e São José do Rio Preto (SP). Não fique de fora! Por isso, não fique de fora. Se sua cidade foi listada ou é próxima de alguma das que foram, participe você também e vá para Curitiba pela liberdade do ex-presidente Lula, preso político dos golpistas.
4 | ATIVIDADES DO PCO
MINAS GERAIS
Ato Fora Bolsonaro recebe o mutirão pela Liberdade de Lula! A
Praça do Papa, em Belo Horizonte, foi tomada, neste domingo (25), pela esquerda mineira que segue com toda a força na luta contra Bolsonaro e pela Liberdade de Lula. Organizado pelo Coletivo Alvorada e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o ato contra Bolsonaro e em protesto contra a devastação da floresta Amazônica reuniu aproximadamente 3.000 pessoas, entre militantes de diversos partidos, como o PT e cidadãos ainda não organizados, que começam a ser atraídos para a luta. O ato contou também com a participação do Partido da Causa Operária, que, além das famosas faixas Fora Bolsonaro e pela Liberdade de Lula, levou para o ato o seu mutirão pela coleta de assinaturas pela anulação dos processos contra Lula e adesões para o grande Ato Nacional pela Liberdade de Lula, em Curitiba. Em carro de som organizado para o ato, diversos setores da esquerda levaram suas considerações e palavras de ordem contra o governo Bolsonaro. “A Amazônia fica, Bolsonaro sai” e o “Fora Bolsonaro” foram as palavras de
ordem mais populares, presentes em quase todas as intervenções. O MAB destacou-se por discutir a devastação da floresta como consequência da ação imperialista, o mesmo mal que atinge, em Minas Gerais, as populações vítimas das mineradoras, através de rompimentos de barragens que deverão se repetir assim que iniciar a época de chuvas, como prevê o movimento. O Coletivo Alvorada defendeu a necessidade da luta pela Liberdade de Lula, considerando o quanto esta luta está ligada a todas as graves questões que estão em jogo no Brasil pós golpe. O PCO foi enfático em afirmar não se pode abrir um milímetro sequer para qualquer ação imperialista na Amazônia, uma vez que Bolsonaro é fruto deste mesmo imperialismo golpista, que quer tomar a Amazônia brasileira, uma entre outras tantas imensas riquezas brasileiras que são historicamente cobiçadas por países como os EUA, Inglaterra, França e Alemanha. A grande simpatia dos presentes pelas lutas centrais do momento atual, contra Bolsonaro e pela liberdade de
Lula, se traduziram em centenas de assinaturas pela anulação dos processos contra o ex-presidente e pela adesão de dezenas de pessoas ao Ato Nacional em Curitiba. O ato de Belo Horizonte é mais uma prova de que o povo em geral está cada vez mais mobilizado, e que o impacto da luta popular se avoluma cada vez mais sobre o governo
golpista, colocando à mostra toda a instabilidade política brasileira e até mesmo a fragilidade do poder dos fascistas. Quanto mais evidente se mostra a polarização entre esquerda e direita, mais o povo vai vencendo as confusões e mais companheiros entram na luta para derrubar o governo Bolsonaro e pela Liberdade de Lula.
MUTIRÕES NO DF
PERNAMBUCO
A liberdade de Lula cresce e Bolsonaro despenca
Mutirões pedem “fora Bolsonaro” e liberdade para Lula
O
s mutirões ocorridos nesse domingo no DF em defesa da liberdade de Lula e pela anulação de todos os processos fraudulentos que o incriminam, apontam aquilo que é o principal dado da situação política: ao mesmo tempo que cresce o apoio ao ex-presidente a população cada vez mais se manifesta pelo Fora Bolsonaro. Foram quatro os mutirões realizados pelo Partido da Causa Operária e pelo Comitê de Luta contra o Golpe e contra o fascismo: Samambaia, Ceilândia, Paranoá e Plano Piloto. À exceção do Plano Piloto os demais ocorreram em feiras populares das cidades satélites. Feirantes, populares, muitos deles sequer com escolaridade, manifestavam-se abertamente pela liberdade de Lula. O sentimento de que “a vida está muito pior” depois de que a presidenta Dilma foi deposta pelo golpe, era amplo. Uma característica marcante dessa situação é o próprio esvaziamento das feiras, agravada, ainda, pelo período do mês. Povo sem salário, sem emprego, feirantes que por conta disso não vende, a famosa “xepa” agora começa antes do fim da manhã. No Plano Piloto, os militantes do PCO e do Comitê de Luta contra o golpe, reuniram-se com militantes do PT e dos comitês Lula Livre no “eixão” norte, em torno de uma “roda de conversa”, que contou com a presença do deputado federal pelo PT (RS), Paulo Pimenta, que defendeu em sua intervenção “o fora Bolsonaro”, inclusive
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esse domingo, militantes de três cidades pernambucanas realizaram mutirões pela liberdade de Lula e pela derrubada do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro: Recife, Olinda e Moreno. Em todos os mutirões, foram coletadas assinaturas pela anulação de todos os processos contra o ex-presidente Lula e inscritos companheiros para a caravana de Recife a Curitiba, onde será realizado o ato nacional pela liberdade de Lula. A atividade de Olinda aconteceu na Feira de Peixinhos, logo de manhã. Feirantes e moradores do bairro de
portando o adesivo distribuído pelo PCO com essa palavra de ordem. Nos próximos dias e semanas o PCO e os comitês intensificarão a campanha em torno da construção de uma grande caravana para o ato do dia 14 de setembro em Curitiba. Além da continuação do movimento em feiras populares do DF e do entorno, a militância já definiu como uma estratégia levar o movimento para as universidades, a começar pela UnB. A situação política do País coloca como tarefa central o engajamento de todos que lutam contra o golpe. Estamos entrando em uma etapa decisiva. A luta pela liberdade do companheiro Lula está absolutamente associada à luta para varrer o golpe no país, a começar pelo Fora Bolsonaro.
Peixinhos receberam com muito entusiasmo o mutirão, mostrando disposição a lutar contra a direita golpista. Durante a tarde, Recife e Moreno testemunharam a ação dos militantes da luta contra o golpe. Em Recife, a atividade aconteceu na Avenida Martins de Barros, próximo de onde estava acontecendo um evento em alusão aos 40 anos da anistia. Em Moreno, a atividade aconteceu na Praça da Bandeira, local que recebeu, durante a semana, a IV Feira de Literatura Independente da Cidade do Moreno (IV FELICIDADE)
ATIVIDADES DO PCO | 5
PARANÁ
Em Curitiba militantes do PCO mostram como tratar os fascistas dos coxinhas, que se comporta hoje envergonhados com a crise do governo de Bolsonaro, como pode ser comprovado na diminuição brusca dos adesivos “eu apoio a Lava Jato”, muito comuns em Curitiba no ano passado no período eleitoral. Coxinha disfarçado
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este domingo (25), ocorreu no Paraná mais um mutirão pela liberdade de Lula, organizado pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pelos Comitês de Luta Contra o Golpe e o Fascismo. Mais uma atividade de sucesso e de importância central no cenário político, dado que o ato nacional pela liberdade do ex presidente será no próximo dia 14 de se-
tembro em frente à Polícia Federal em Curitiba. Os militantes seguiram a atividade tradicional de coleta de assinaturas pela anulação de todos os processos contra o ex-presidente, inscrição para o ato do dia 14, distribuição de materiais, adesivos e venda do jornal Causa Operária. A receptividade do público foi muito positiva, oposto da situação
No entanto, por volta das 12h, um fascista se dirigiu à barraca do mutirão e questionou se os companheiros tinham autorização para estarem fazendo a atividade. Os militantes explicaram sobre o direito à livre manifestação política, garantido na constituição e perguntaram se o senhor era fiscal da prefeitura ou algo do gênero. Para a surpresa das pessoas que participavam da atividade, o coxinha respondeu aumentando o tom de voz e dizendo que os militantes deviam apresentar a autorização antes. Os militantes então rebateram, dizendo que quem devia apresentar a identificação antes era o autointitulado fiscal e questionaram se ele era da polícia, da Lava Jato, se era o Sérgio Moro. Sem
saber o que responder, o coxinha começou com ofensas verbais e ao ser chamado de fascista partiu para cima dos militantes (onde se encontrava uma militante grávida), pegando pelo pescoço o militante que se colocou na frente. O militante então se defendeu empurrando o fascista, que tropeçou no meio fio e terminou no chão sendo ajudado por uma pessoa que perguntou o que ocorreu, mas ao saber o que o fascista tinha feito aconselhou-o a ir embora. Este foi o 7º mutirão na capital, onde o ex-presidente está preso e onde pôde ser comprovado o crescente apoio da população à atividade e o aumento do repúdio ao governo golpista de Bolsonaro. Também foi possível constatar que nestes quase 2 meses de mutirão a hostilidade parte de um grupo específico de pessoas mais velhas, que se colocam como defensores da ditadura militar e anti-comunistas. Os mutirões ocorreram em Curitiba (das 10:15 às 13:15h na feira do Largo da Ordem, perto das ruínas de São Francisco). Também ocorreram mutirões em várias outras cidades do Estado.
BAHIA
Mutirão coletas de assinaturas no Festival Lula Livre em Salvador N este domingo ocorreram os mutirões de coleta de assinaturas pela anulação dos processos fraudulentos contra o ex-presidente Lula em diversas cidades da Bahia. Nesta semana o destaque para a cidade de Salvador, onde os militantes do PCO e dos comitês de luta contra o golpe montaram uma banca de coleta de assinaturas e venda de materiais no Festival Lula Livre que ocorreu na capital. O festival Lula Livre foi um sucesso e contou com a participação de milhares de pessoas e artistas envolvidos na luta contra o golpe e pela liberdade de
Lula. Os comitês de luta contra o golpe coletaram centenas de assinaturas, distribuíram milhares de panfletos, adesivos e cartazes, além da venda do Jornal Causa Operária e de materiais de campanha. Militantes do PCO, PT, PCdoB, MST, Levante Popular da Juventude, independentes, entre outros, também organizaram em diversas cidades da Bahia a coleta de assinaturas. Foram registrados nas cidades de Feira de Santana, Coração de Maria, Vitoria da Conquista, Itabuna, Eunápolis, Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Itamaraju e Teixeira de Freitas.
6 | POLÍTICA
ABAIXO A PERSEGUIÇÃO AO PT!
Mais uma delação de Palocci C
om o governo Bolsonaro cada vez mais pressionado pela crise, política e econômica, e com a direita ainda tentando se reorganizar para retomar o poder ‘via eleições’, e a força-tarefa da Lava Jato igualmente enfraquecida pelos vazamentos que têm confirmado o que era mais que suspeita, de sua atuação política contra, em particular, o Partido dos Trabalhadores (PT), tem havido uma retomada, acelerada e intensa, contra o PT, dirigentes, ex-ministros, ex-presidentes, e aliados, inclusive os com mandatos. Os ataques têm vindo principalmente da Polícia Federal, por enquanto sobre o comando do ex-juiz Sérgio Moro, responsável pelos absurdos jurídicos que levaram o ex-Presidente Lula para a prisão, bem como José Dirceu, Delúbio Soares, Antônio Vaccari Neto. Como reação aos estragos provocados pelos vazamentos de mensagens de membros da Lava Jato, do Juiz Sérgio Moro e outros, levados a cabo pelo The Intercept, tem havido uma enxurrada de operações, com pedidos de prisão, de busca e apreensão, além de sentenças vindas de tribunais eleitorais, como a que condenou o ex-prefeito e ex-candidato a presidência pelo PT, Fernando Haddad, e a que cassou o mandato do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSB). Na sexta-feira, dia 23 de agosto, a juíza Gabriela Hardt, a mesma que condenou Lula no caso do sítio de Atibaia, autorizou mandados de busca e
apreensão contra o banqueiro André Esteves (BTG Pactual), contra a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, e ainda determinou que policiais federais cumprissem mandado de busca e apreensão no edifício do antigo escritório de advocacia de José Roberto Batochio, um dos advogados de defesa do ex-presidente Lula. As autorizações estão diretamente ligadas à delação do ex-ministro Antônio Palocci. Aliás, partes da delação de Antônio Palocci têm sido turbinadas, particularmente as que atingem os governos do PT e seus ex-presidentes, Lula e Dilma e enchido páginas de jornais e revistas durante as ultimas semanas. Lembramos que tal delação premiada foi rejeitada pelo Ministério Público, porque Palocci não conseguiu apresentar nada de concreto para corroborar com suas acusações. Na semana passada, um ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, soltou uma nota para denunciar a pressão que o delator teria feito a ele para confirmar mentiras que teria incluído em suas delações. Kontic, como não cedeu à pressão do ex-ministro, foi ele mesmo incluído em uma das delações de Palocci, acusado por este de ter recebido dinheiro, da Odebrecht para o Instituto Lula, exatamente no escritório do advogado José Roberto Batochio. Como não podem controlar os efeitos que os futuros vazamentos das
mensagens da força-tarefa da Lava Jato possa produzir, a direita se reorganizou para acelerar uma nova fase de denuncias e de ações, com as instituições que ainda controlam, a Polícia Federal, parte do Ministério Público, membros do Judiciário, a imprensa, para atacar o PT, de forma continuada a fim de produzir o maior desgaste possível. Não apenas do PT, obviamente, mas de seus aliados e de sua base popular, mas a ideia principal é tentar tirar o PT das eleições. E o fato de o governo Bolsonaro, e antes dele o de Temer, ter colaborado para aprofundar a crise em que o país se encontra, aumentando desemprego, as expectativas dos cidadãos quanto a melhoria de vida e perspectivas boas de futuro, produz uma avaliação bastante negativa para a direita quanto às eleições municipais. Nesse sentido, Palocci pode não ter prova alguma, mas suas delações se-
rão usadas, depois de vitaminadas, para desgastar o máximo possível o PT e seus dirigentes. No caso do BNDES, para ficarmos com a ultima delação explorada pela imprensa burguesa, a ideia é recolocar ex-ministros dos governos Lula e Dilma na roda e abrir um grande leque de acusações de Caixa 2 contra virtualmente qualquer candidato importante do PT, em nível municipal e estadual. Trata-se de uma farsa, evidentemente, mas mesmo o Ministério Público, sabidamente descrentes quanto à veracidade das delações de Palocci, vão usá-las contra a esquerda, contra o PT. Sérgio Moro, igualmente descrente sobre o valor da delação, não hesitou em liberar vazamento de parte dela para beneficiar Bolsonaro, imagina o que não fará a direita como um todo, ao se ver ameaçada de mais um fracasso eleitoral.
REGIME MILITAR
Ustra e Sarney articularam-se para esconder crimes da ditadura D
uas das mais sinistras e pavorosas figuras do regime militar; dos anos de chumbo da ditadura (josé Sarney e Brilhante Ustra), o regime que mergulhou o país na escuridão por longos 21 anos, trabalharam juntas para evitar que viesse à tona os crimes perpetrados pelos generais assassinos, incluindo prisões, torturas, sequestros,, estupros e outras formas de violência contra os que eram chancelados como “inimigos” do regime. A saída de cena dos militares, com o despedaçamento da ditadura provocada pela ascensão do movimento operário no final da década de setenta (as greves metalúrgicas do ABC paulista), operou-se no país uma “transição” completamente fraudulenta e totalmente controlada pela caserna, onde os militares não só monitoraram a “transição”, como ditaram o ritmo da chamada ‘abertura democrática”, conduzida pelos civis mas sob a batuta e a supervisão direta das Forças Armadas golpistas. O fim do ciclo militar, no ano de 1984, fez emergir no país diversos movimentos de familiares de mortos e desaparecidos, exigindo o esclarecimento dos casos e a punição dos responsáveis pelas inúmeras violações perpetradas pelos agentes do Estado (leia-se milita-
res) contra os que enfrentaram a ditadura através da luta armada, o que levou preocupação aos quartéis, com as FFAA alertando e ameaçando os partidos com representação no congresso para que não permitissem que essas investigações fossem adiante. Durante uma entrevista concedida a uma cientista política, em 2007, o vice de Tancredo Neves, o homem de confiança dos militares; à época presidente do partido da ditadura o PDS, José Sarney, declarou: “Sabia que deveria fazer a transição com os militares e não contra eles. Se fizesse ‘compromissos’ mais enfáticos quanto ao tema das vítimas do regime, poderia comprometer todo o processo”. “Para ilustrar esse sentimento, é bom não esquecer que ele (Tancredo Neves) temia até mesmo a convocação da Constituinte e a legalização dos partidos clandestinos. Não estava nos planos dele” (sítio BOL, 25/08). As palavras do oligarca reacionário não deixam dúvidas sobre a tutela que os militares exerceram àquela época e ainda exercem hoje sobre o regime político nacional, que nada mais é do que uma tênue camada de tinta com aparência democrática, que mal consegue encobrir o caráter ditatorial e antidemocrático das atuais instituições, totalmente submetidas às chan-
tagens e ameaças vinda das baionetas dos generais golpistas. Exaltador da ditadura e elogiador de torturador, a quem chama de “herói nacional”, quando se refere ao torturador sinistro da ditadura, o coronel Brilhante Ustra, o presidente fraudulento Jair Bolsonaro atua como uma espécie de porta voz dos generais assassinos e
dos torturadores, atacando as vitimas da ditadura; os familiares dos mortos e desaparecidos durante a repressão, dizendo ainda que “mais mortes deveriam ter ocorrido”. Bolsonaro é a prova viva de que os militares nunca se afastaram da vida política nacional, onde atuam chantageando o povo brasileiro com ameaças de golpes e ditadura.
POLÍTICA E ECONOMIA | 7
PRESIDENTE ILEGÍTIMO
Bolsonaro libera exército a reprimir população na Amazônia N
esta sexta-feira (23/08), o fascista e presidente ilegítimo Jair Bolsonaro assinou um decreto que autorizar o uso das Forças Armadas para “combater” as queimadas nos Estados Amazônicos até o dia 24 de setembro. O governo federal já autorizou o envio das Forças Armadas para sete estados da Região Norte e na parte amazônica do Maranhão para, segundo o Diário Oficial, atuar no combate às queimadas, em função das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O que chama a atenção é que as operações de GLO nunca foram utilizadas em questões ambientais e muito menos nesta gigantesca proporção, pois somente são utilizadas para repressão localizadas. A GLO está na Constituição de 1988, mas foram regulamentadas uma lei complementar de 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, num momento de enorme crise do governo tucano, com privatizações, desemprego, conflitos no campo. Num período em que a burguesia necessitava de reprimir a classe trabalhadora para realizar seus ataques. Segundo a lei, a GLO pode ser aplicada caso “esgotados os instrumentos
destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. Também são utilizadas contra “agentes da perturbação da ordem pública”, segundo o manual de aplicação da GLO. Segundo o decreto, as Forças Armadas poderão ser usadas nas terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal. Justamente em áreas que estão sob a mira dos Bolsonaristas e de liquidação do governo golpista de Bolsonaro, onde a população se levanta contra esses ataques.
ATOS NESTE DOMINGO
Mais um fracasso dos bolsonaristas
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esse domingo, 25/08, os bolsonaristas tentaram ir às ruas. As manifestações, chamadas pelo grupo coxinha do Vem Pra Rua, tinham pautas a favor de Sérgio Moro, do impeachment dos ministros do STF e a favor da posse de Deltan Dallagnol como procurador-geral da República. Porém, crise do governo é tão forte que está difícil defender o “mito”: depois dos incidentes com relação à Lava-Jato e com relação à amazônia, a impopularidade do presidente caiu por água abaixo. Nessas bases, podemos afirmar novamente: ninguém foi às ruas defender Bolsonaro.
BOLSA DE VALORES
Ibovespa registra menor nível desde junho
N
a sexta-feira, 23/08, o Índice Bolsa de Valores de São Paulo atingiu seu menor nível em mais de dois meses, caindo cerca de 2,62%. O Ibovespa caiu para 97.391,53 pontos, mínima de fechamento desde 6 de junho. Tais quedas tem relação com a acentuada crise econômica e com o aumento das tensões entre a China e os EUA. Desde que essas tensões se intensificaram, a bolsa só faz cair.
As Forças Armadas estão sendo colocadas nos Estados sob a região amazônica que se encontram numa enorme crise e que podem se levantar contra as medidas entreguistas de Bolsonaro. Sob a cortina de combate aos incêndios e repressão aos latifundiários, vão atuar para reprimir os sem-terra, posseiros, indígenas, quilombolas e os trabalhadores da cidade da região amazônica. Bolsonaro já vem apresentando seus planos de entregar os recursos naturais da Amazônia para os países imperialistas, em especial os EUA, desde as eleições de 2018, onde chegou
a afirmar que a “Amazônia não pertencem só aos brasileiros” e que tinha interesse de entregá-la para a exploração de empresas norte-americanas. É para isso que as forças armadas estão sendo enviadas para a região Norte do país. Para que as medidas entreguistas de Bolsonaro sejam colocadas em prática e a população que se colocar contra seja reprimida, como a privatização de parques nacionais, abertura de terras indígenas para mineração, privatização da Eletrobrás e hidrelétricas e por aí vai. Os partidos de esquerda e movimentos sindicais e sociais devem exigir o fim da GLO e que as Forças Armadas voltem para o quartel. As queimadas na Amazônia são fruto da política de capacho e entreguista de Bolsonaro, que está incentivando o desmatamento e as queimadas para favorecer latifundiários, grileiros de terra e a especulação imobiliária. Para reduzir o desmatamento descontrolado e os incêndios na Amazônia é preciso derrotar Bolsonaro que cortou recursos de combate a incêndios, da fiscalização aos latifundiários, dos órgãos ambientais e está perseguindo política aos servidores que fiscalizam os latifundiários.
8 | INTERNACIONAL
POLÍTICA CRIMINOSA
Mais um bombardeio criminoso contra a Síria O
governo terrorista israelense – principal entreposto dos EUA no Oriente Médio – bombardeou a Síria neste domingo (25/8), sob o pretexto de destruir grupos iranianos que planejavam um ataque a Israel. Trata-se da velha tática imperialista que, para uma investida militar, sempre inventa alguma justificativa, no sentido de estar invadindo e atacando “em legítima defesa.” Tanto a Síria quanto o Irã são países que não caíram no controle imperialista, e os norte-americanos ainda não
engoliram sua derrota na tentativa de invadir a Síria, há cerca de um ano. Mas continuam na mira dos grandes capitalistas, que precisam controlar o petróleo mundial. Ambos os países sofrem com os embargos e se viram como conseguem para sobreviver à destruição e à miséria. Seria um suicídio para ambos iniciar uma ofensiva contra Israel. A “legítima defesa” alegada por Israel é completamente falta. É apenas um indício de que a fome de controle do imperialismo sobre estes países continua.
TENSÕES
GUERRA COMERCIAL
Crise obriga Johnson a debater acordo sobre Brexit
Após retalição, Trump anuncia novas tarifas contra a China A
guerra comercial entre EUA e China teve mais uma escalada anunciada nesta sexta-feira (23/8), quando Donald Trump anunciou a elevação dos impostos para produtos chineses. No início do mês, o presidente estadunidense já havia anunciado aumento de 10% nos impostos sobre produtos chineses que representavam US$300 bilhões no comércio entre os dois países. A China respondeu com tarifas sobre produtos norte-americanos, comprados hoje por US$75 bilhões. Em resposta, Trump anunciou
A
s tensões ocasionadas pelo Brexit e pelo atual primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sobre como ficará a situação da saída do Reino Unido da União Europeia, só aumentam. O primeiro-ministro de extrema-direita, que antes afirmava que o País sairia da UE sem nenhum tipo de acordo, agora aparenta estar voltando atrás com sua palavra e dando a entender que um acordo seria a melhor saída. O que fica subentendido é que Johnson está com medo de possíveis bloqueios econômicos que possam vir a ocorrer sobre o Reino Unido como consequência do Brexit. Boris Johnson, que mesmo com boas expectativas sobre um acordo com a UE, afirmou que o Reino Unido precisa se preparar para uma saída sem acordos, além de dizer que eles não só sairão sim da União Europeia, como também não possuem planos de quitar a multa de 39 bilhões de euros que o Reino Unido deveria pagar aos europeus. A medida que essas negociações avançam, esses acordos ficam mais perigosos para todos os lados. Theresa May, também de extrema-direita, por exemplo, acabou caindo do cargo de primeira-ministra por não conseguir acordar essa saída da União Eu-
ropeia. Além disso, apesar de Johnson negar, essa saída do Brexit poderia gerar um caos econômico gigante, principalmente no provável estabelecimento de uma fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte, localizada na província britânica. O estabelecimento dessa fronteira significaria que a União Europeia poderia interferir nas relações comerciais na parte que lhe cabe na Irlanda, o que afetaria a parte britânica, que provavelmente teria dificuldades para fazer, por exemplo, com que os produtos cheguem aos mercados, etc., uma vez que eles poderiam ficar parados nos portos da parte europeia. O que fica subentendido é que Johnson está com medo de possíveis bloqueios econômicos que possam vir a ocorrer sobre o Reino Unido com o Brexit. O prognóstico ainda é incerto, tudo vai depender se Johnson, na sua tentativa de ser mais incisivo que May, conseguirá fazer com que o Reino Unido saia da UE e, ainda assim, consiga se manter firme economicamente e sempre lembrando que grande parte dessa vontade do Reino Unido em sair da UE está nas políticas falidas de bem-estar social impostas pelo imperialismo, composto por uma burguesia cada vez mais decadente.
mais uma tarifação. Serão 5% adicionais sobre um grupo de produtos chineses que totalizam US$550 bilhões. O protecionismo norte-americano contra produtos chineses vem se acirrando há cerca de 18 meses e, a cada novo anúncio, diminui a expectativa de crescimento econômico no mundo inteiro. Desde então, a Bolsa de Valores de Nova Iorque vem andando de lado, com a expectativa de uma recessão econômica. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu abaixo dos 100 mil pontos – menor patamar desde junho – e o dólar volta a subir.
TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, 14H NA CAUSA OPERÁRIA TV
POLÊMICA | 9
ESQUERDA PEQUENO-BURGUESA
Quem critica o roubo da aposentadoria das trabalhadoras é “machista”
Q
uando se vê confrontada diante de uma situação em que ela não tem uma resposta, a esquerda pequeno-burguesa costuma apelar para as famosas “carteiradas”. Ao invés de se discutir os argumentos, ataca-se o interlocutor, sob acusações de machismo, racismo, homofobia, etc.. Pois foi exatamente isto que Tábata Amaral, do PDT, fez recentemente. Mesmo não sendo de esquerda, ela fez uso deste experiente em uma entrevista dada para o jornalista Renato Onofre, do Estado de S. Paulo. Nesta ocasião, Tábata afirmou que os ataques que têm sofrido não teriam sido por causa do seu voto pela destruição das aposentadorias. Na verdade, seria mais um caso de machismo. Obviamente que, como destacado no parágrafo anterior, trata-se de um golpe de Tábata, que diante da impossibilidade de justificar sua posição pela “reforma” da previdência, sacou este “argumento”. A reforma da previdência destruiu a aposentadoria de dezenas
de milhões de brasileiros, o que inclui as mulheres, principalmente as da classe trabalhadora. Independente de ser mulher, ou de supostamente ter vindo de um bairro operário, o fato é que Tábata teve um papel de destaque na destruição das aposentadorias, e deve ser criticada duramente por isso. Tivemos a oportunidade no último período de observar em diversas situações mulheres direitistas se fazendo de vítimas, e inclusive angariando a defesa de setores da esquerda. Quem não se lembra da “sororidade” com Raquel Scheherazade, quando Sílvio Santos lhe passou um “sabão” em público? Sendo que, meses antes deste ocorrido, a mesma Raquel tinha defendido fascistas que amarraram um suposto assaltante em um poste no Rio de Janeiro. A esquerda precisa se decidir: ou lugar de fascista é na ponta do fuzil, ou uma mulher nunca pode ser atacada por um homem, mesmo que ela seja fascista. Os dois ao mesmo tempo não dá.
Quando confrontada com outra denúncia incontornável, que são as relações que ela tem com Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil e que tem relações profundas com o imperialismo, Tábata chegou também a lançar outra cartada típica da esquerda pequeno-burguesa e da direita. No final das contas, tudo seria uma “teoria da conspiração”. Afinal, é
óbvio que Lemann financiou Tábata por conta de suas incríveis capacidades cognitivas, não? Que a esquerda pequeno-burguesa faça uso deste tipo de jogo sujo é até esperado. Mas vindo de uma direitista como Tábata, a situação fica muito ridícula. A esquerda não pode ser solidária com elementos direitistas, sejam eles de quaisquer sexo, cor, credo ou classe social.
FATO INCONTESTÁVEL
Bolsonaro é criminoso na Amazônia, mas intervenção não é conspiração T
emos que partir de um fato incontestável: Bolsonaro é um presidente ilegítimo, eleito em uma fraude, e sua política tem sido a continuidade do golpe, aprofundando o que Temer tinha feito anteriormente. Isto inclui as ações do governo Bolsonaro na Amazônia. Os latifundiários, que compõe a base direitista do governo, têm implementado uma ação profundamente predatória e irracional na floresta. No entanto, não podemos ser ingênuos. Quem está de olho na Amazônia é o imperialismo, uma ameaça muito maior e mais poderosa do que Bolsonaro jamais será. Até porquê, convém lembrar, foi o próprio imperialismo quem elegeu Bolsonaro, mesmo que ele não fosse o candidato dos sonhos desta burguesia estrangeira. Embora exista todo um setor que diz que denunciar o interesse imperialista na Amazônia é “teoria da conspiração”, vimos no último período as invasões do Iraque, do
Afeganistão e da Líbia, onde em cada um destes casos, o imperialismo encontrou uma “justificativa” diferente para agir. Estas ocupações foram reais, não apenas uma “teoria”, e custaram muito caro para os povos destes países.
É muito óbvio, mas devemos sempre destacar o fato de que a Amazônia possui uma riqueza inimaginável. Tanto os recursos minerais inexplorados, como ouro, petróleo, e muitos outros, como a própria diversidade biológica do território fazem da floresta um
tesouro muito cobiçado. Sabemos que empresas estrangeiras atuam constantemente no território há muito tempo. Além disso, não é de hoje que o “olho grande” do imperialismo espreita a Amazônia. Ficou famoso o caso de um livro de geografia dos Estados Unidos, onde o Brasil aparecia no mapa sem a floresta em seu território! Para os que insistem em tratam este assunto como “teoria da conspiração”, o próprio Macron falou recentemente na Amazônia como um “bem comum”. Ela não seria mais dos brasileiros, mas sim da “humanidade”. Traduzindo para o português claro: para os grandes tubarões imperialistas internacionais. Macron não foi o primeiro a dizer isso. Antes dele, François Mitterrant e Al Gore já tinham dado declarações similares. Aqui, se aplica a lei da autodeterminação dos povos. A Amazônia é do povo brasileiro, e somente ao povo brasileiro cabe definir o seu destino. O Brasil não pode aceitar uma intervenção estrangeira no país, sob absolutamente qualquer pretexto. A solução para o problema da Amazônia hoje passa necessariamente pelo “Fora Bolsonaro”, e somente nós podemos conquistar esta reivindicação.
10 | CIDADES, CULTURA E NEGROS
POLÍTICA COLONIAL
Agentes dos EUA poderão fiscalizar em Guarulhos O
governo Jair Bolsonaro e o bloco político golpista, capachos dos Estados Unidos e alinhados com seus interesses, negociam um acordo que permita que agentes da polícia alfandegária americana (CBP, na sigla em inglês) fiscalizem e assumam o controle do aeroporto de Guarulhos, com o pretexto de combater o terrorismo e identificar viajantes considerados de “alto risco”. O acordo entre a Polícia Federal e os EUA permite que um país estrangeiro atue nos aeroportos do país com função de polícia, isto é, signi-
fica uma intervenção imperialista no país. Os EUA são um dos países mais ditatoriais no quesito aeroportos, pois realiza uma dura repressão e controle sobre a entrada de latino-americanos e africanos. Um africano adepto da religião muçulmana ou um centro-americano de Honduras são considerados de “alto risco” para os americanos. O que fica evidente é que se trata de uma política colonialista, de controle e intervenção na política interna do Brasil por parte dos EUA e suas agências de inteligência e repressão.
CRISE TOTAL
COTV
Fora Bolsonaro até em show Privatização dos presídios é da Sandy e Junior tema do próximo Tição O
show da dupla Sandy e Júnior, que ocorreu no último sábado (24) no Allianz Parque, em São Paulo, foi marcado por manifestações políticas contrárias ao presidente fascista Jair Bolsonaro. Durante o show, Júnior se manifestou sobre as queimadas na Amazônia: “Deixe a nossa Amazônia em paz”. Após o apelo do cantor, o público se manifestou com gritos contra Bolsonaro. Com as últimas queimadas na Amazônia, a crise do governo se aprofundou ainda mais. O presidente fascista tem uma política criminosa para entregar nossa floresta para os grandes capitalistas, através de uma ação devastadora. A reação do público nesse show, deixa claro que a opinião pública de um amplo setor da classe média e até parte da burguesia, se voltou contra ele, o que levou a crise do governo nas alturas.
H
oje, às 19h, Juliano Lopes e Izadora Dias comandarão um debate sobre a privatização dos presídio, algo cada vez mais real no Brasil. O debate sobre a entrega do sistema penitenciário aos capitalistas e toda a ameaça que isso representa à população, principalmente os negros, acontecerá no programa Tição, Programa de Preto, na Causa Operária TV. Neste ano, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado em Manaus, protagonizou uma rebe-
lião que resultou em 55 mortos, além de, em outro levante no ano passado, ter 56 mortos. A prisão é administrada pela Umanizzare e é uma demonstração de como a privatização do sistema carcerário, uma vez que funciona sob a lógica mercantil, só gera mais violência e mortes à população negra e pobre. Não deixe de perder este e outros debates do Tição: o programa acontece às segundas, 19h, e traz uma discussão concreta e contundente para o movimento negro.
Como podemos ver, diante essa insatisfação do povo, a reação está sendo de amplas mobilizações. Em centenas de cidades do País houve panelaços e atos contra Bolsonaro.
TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, 19H NA CAUSA OPERÁRIA TV
JUVENTUDE, MORADIA E TERRA E ESPORTES | 11
COLETA DE ASSINATURAS
Mutirão pela liberdade de Lula na UFSCar N
a Universidade Federal de São Carlos, na última quarta-feira, dia 21 de agosto, integrantes da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), do Partido da Causa Operária (PCO), coletaram cerca de uma centena de assinaturas pela liberdade de Lula e convocaram através do Jornal Causa Operária todos à Curitiba-PR dia 14 de setembro. A juventude do PCO fez campanha pela liberdade de Lula, por fora Bol-
sonaro e eleições gerais nos períodos vespertino e noturno do dia 21 no campus Sorocaba-SP da UFSCar. Além do abaixo-assinado pela anulação dos processos fraudulentos contra Lula, foram distribuídos centenas de adesivos pela liberdade do ex-presidente, vendidos bottoms, dezenas de jornais Causa Operária, edição 1070, com a capa chamando à manifestação e explicando a campanha.
"AGENTES DE SEGURANÇA"
Jagunço invade e atira contra comunidade rural em Rio Preto (BA) J agunços armados que atuam como “agentes de segurança” da empresa Estrela guia, contratada do Condomínio Fazenda do Estrondo, localizada no município de Formosa do Rio Preto, região oeste da Bahia, atiraram contra membros de uma comunidade tradicional que trabalhava com gado, na tarde de sábado (17). Não é a primeira vez que jagunços invadem terras e atiram contra membros de comunidades tradicionais. Em janeiro deste ano, episódio similar ocorreu no mesmo município. As vítimas procuraram as autoridades, que se mostraram inertes e se recusam a tomar qualquer medida em relação aos ataques, em uma clara cumplici-
dade com os jagunços. Com a chegada ao poder do governo fascista de Jair Bolsonaro(PSL), por meio de um golpe de Estado e uma eleição fraudulenta, os ataques contra os povos indígenas, quilombolas e aos sem-terra têm se intensificado. A direita patrocina os ataques dos pistoleiros e jagunços, com o objetivo de impedir o avanço da luta pela reforma agrária e demarcação das terras indígenas. Os ataques e os assassinatos de sem-terra demonstram a necessidade de organizar comitês de auto-defesa no campo e nas aldeias indígenas. A única maneira de pôr um fim à violência da extrema-direta no campo é organizar a defesa dos oprimidos.
ESPORTES
Todos os domingos às 20h30 na Causa Operária TV
Barcelona oferece Dembelé mais 40 mi euros por empréstimo de Neymar As negociações milionárias do mundo futebolístico não deixam dúvidas, Neymar é o melhor jogador do planeta! O clube catalão, Barcelona, maior expressão do futebol europeu, fez mais uma proposta ao clube francês, Paris Saint-Germain (PSG), na tentativa de repatriar o maior craque do futebol brasileiro e do mundo ao futebol espanhol. O Barcelona realizou uma nova oferta de empréstimo por Neymar ao PSG, que inclui o empréstimo do atacante Ousmane Dembelé pelo mesmo período. Além de um grande nome do futebol francês, o clube da Catalunha está disposto a desembolsar 40 milhões de euros pelo empréstimo do brasileiro por uma única temporada.
O Barcelona não é o único interessado no maior atacante do futebol mundial, o grande rival Real Madri, que juntos polarizam o futebol espanhol, também está negociando com PSG. Resumindo, Neymar está sendo disputado pelas duas grandes equipes do maior futebol da Europa. Sendo que, o Barcelona coloca ainda a disposição um jogador que coleciona importantes prêmios individuais e importantes títulos nos últimos anos como a Copa do Mundo de 2018. Apesar da intensa campanha da imprensa imperialista contra Neymar, com o objetivo de desestabilizá-lo e rebaixar o futebol brasileiro de conjunto, o atacante continua sendo o melhor do mundo e as negociações provam isso.