Diário Causa Operária nº5767

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SEGUNDA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5767

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DITADURA! ASSANGE NÃO PODERÁ OPTAR POR LIBERDADE CONDICIONAL

Trabalhadores de Paris fazem greve contra Reforma da Previdência Emmanuel Macron, presidente da França e atual “defensor” da Amazônia, da democracia e do meio ambiente, pasmem, quer empurrar à classe trabalhadora de seu país uma Reforma da Previdência igualmente desnecessária e injusta igual a brasileira. Em resposta, os trabalhadores parisienses articularam simplesmente a maior greve dos últimos doze anos, nesta última sexta-feira (13), contra a medida impopular do governo francês.

Maduro não cede e afirma que Venezuela ganharia guerra Através do seu chanceler, o governo da Venezuela, afirma que possível guerra seria longa e Venezuela seria vencedora. Mas, que não irá atacar seus vizinhos.

16/09/1944: FEB ocupam Monte Castello na Itália

UFFS: não ceder até colocar abaixo a intervenção!

Com mais de 25 mil homens, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) conquista a luta de Monte Castello, na Itália, a partir da ocupação do local em 16 de setembro de 1944, até 2 de maior de 1945, quando o Exército norte-americano dá a ordem de cessar fogo.

Maioria nas universidades, mulheres não arrumam emprego com facilidade A posição da mulher trabalhadora na sociedade de classe é praticamente um paradoxo, ao mesmo tempo em que as mulheres são maioria nas universidades, possuem menos chances de conseguir um emprego. Esse é o diagnóstico do relatório Education at Glance 2019 divulgado nesta terça-feira (10), onde dados mostram que as mulheres brasileiras possuem 34% mais chances de se formar nas universidades em comparação com os homens, contudo, têm menos chances de se dar bem no mercado de trabalho.

Como informado pelo Diário Causa Operária, alunos da Universidade Federal Fronteira Sul ocuparam o prédio da reitoria da universidade quando o presidente fascista e ilegítimo Jair Bolsonaro nomeou para o cargo de reitor Marcelo Recktenvald, que nem mesmo havia ido ao segundo turno das votações.

Inferno na Terra: torturas são comuns em presídios do Ceará O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, o Conselho Penitenciário (Copen), a Pastoral Carcerária Nacional e outros órgãos, vem denunciando ataques aos direitos humanos dos presidiários no Ceará e em outros estado do Nordeste. Segundo esses órgãos, a tortura aos presos vem sendo crescente. Praticamente todos os dias acontecem abusos por parte dos carcereiros e policiais da prisão.


2 | POLÍTICA | INTERNACIONAL

GREVE NOS TRANSPORTES

Trabalhadores de Paris fazem greve contra Reforma da Previdência Os trabalhadores do setor de transportes podem perder seus benefícios de insalubridade caso a Reforma seja aprovada. Emmanuel Macron, presidente da França e atual “defensor” da Amazônia, da democracia e do meio ambiente, pasmem, quer empurrar à classe trabalhadora de seu país uma Reforma da Previdência igualmente desnecessária e injusta igual a brasileira. Em resposta, os trabalhadores parisienses articularam simplesmente a maior greve dos últimos doze anos, nesta última sexta-feira (13), contra a medida impopular do governo francês. Das 16 linhas de metrô de Paris, pelo menos dez estavam paralisadas pela greve os ônibus circulavam com a frota reduzida, dando forma ao primeiro grande protesto sindical contra a reforma das aposentadorias dos franceses. Com o acesso reduzido aos transportes públicos, grande parte da população parisiense resolveu trabalhar em casa, ou utilizar alternativas como patinetes e bicicletas. Defendida desde sua campanha, a Reforma da Previdência que Macron quer implantar acaba com as especifi-

cidades das aposentadorias, eliminando cerca de 43 pontos importantes para transformá-los numa aposentadoria universal. Em outras palavras, a partir da aprovação dessa reforma, os funcionários do metrô de Paris e de outras atividades consideradas perigosas ou insalubres perderão os benefícios dos regimes especiais de trabalho, que dão o direito de se aposentarem antes devido às condições de trabalho insalubres. O secretário-geral da CGT, uma das principais centrais sindicais da França, declarou que “Não é uma greve de privilegiados, esta é uma greve de trabalhadores que afirmam ‘queremos nos aposentar com uma idade razoável e em condições razoáveis”. Esta é a maior greve dos transportes desde 2007, quando o ex-presidente Sarkozy quis aplicar uma reforma da previdência que estendia a idade de aposentadoria dos funcionários públicos. As reformas que o capitalismo apresentam, infelizmente, não são de modo

algum benéficas à classe trabalhadora. Tanto Macron com seu ar imperialista envernizado de democrático, quanto Bolsonaro que consegue dar um significado genuíno às palavras incompetência, puxa-saquismo e fascismo, querem

empurrar as classes trabalhadoras de seus países para o serviço laboral eterno, onde a população pobre continuará pobre e ganhando pouco e a burguesia sanguessuga ficará cada vez mais ricas e com os bolsos cheios de dinheiro.

DITADURA

Ditadura! Assange não poderá optar por liberdade condicional Julian Assange corre risco de pegar prisão perpétua caso seja extraditado aos EUA, o que não faz sentido, já que o jornalista é Australiano. Preso há pouco mais de cinco meses através de manobras ameaçadoras por parte dos EUA, Julian Assange teria, teoricamente, direito a continuar sua sentença em liberdade condicional, podendo sair da prisão, contudo, a juíza responsável, Vanessa Baraitser, em audiência no tribunal de Westminster em Londres, negou o pedido. Baraitser alega que Assange poderia utilizar de seu período de liberdade para fugir, como aconteceu quando precisou pedir asilo político na Embaixada do Equador, lugar onde ficou por alguns anos em prol de sua segurança. Através da audiência por videoconferência, o ativista australiano, responsável por divulgar documentos comprometedores dos diversos crimes do exército dos EUA em guerras como Iraque e Afeganistão, recebeu a notícia de que assim que sua pena de 12 meses terminar, ele passará a ser um prisioneiro prestes a enfrentar a extradição aos EUA.

Mesmo não sendo seu país de origem, o coração do imperialismo e da democracia cenográfica vem articulando para que Assange responda por 18 “crimes”, os quais pouco se tem informação. Caso o jornalista australiano seja mesmo extraditado para os EUA, pegará prisão perpétua e, muito provavelmente, sofrerá as torturas que o país norte-americano tem a oferecer a quem ousa denunciar seus crimes de guerra. Fica claro a vontade dos EUA em passar esse recado, quem afronta o imperialismo terá o mesmo destino cruel. Assange não cometeu crime algum, mas os EUA não deixariam passar batido esse abalo em sua soberania. Julian Assange, na verdade, corre perigo com essa possível extradição, apoiada pelo governo equatoriano e pelo golpista Lenin Moreno, que retirou o asilo político do jornalista. A ditadura imperialista é implacável e os EUA estão dispostos a fazer de tu-

do para garantir seus interesses. Negar a liberdade condicional que Assange tem direito é uma das maiores provas dessa ditadura. Se Assange, que é um preso político importantíssimo e que

está nas lentes da imprensa, é tratado assim, imagine o que os EUA não fazem com seus outros presos de menor porte para manter a soberania de um país genocida.


INTERNACIONAL| 3

MADURO: VENEZUELA VENCERIA

Maduro não cede e afirma que Venezuela ganharia guerra Através do seu chanceler, o governo da Venezuela, afirma que possível guerra seria longa e Venezuela seria vencedora. Mas, que não irá atacar seus vizinhos. Diante do aumento das ameaças de uma intervenção armada contra o governo nacionalista da Venezuela pelas potências imperialistas, o governo de Nicolas Maduro através de seu chanceler Jorge Arreaza, junto a outros embaixadores em reunião na ONU em Genebra (Suíca), deixou claro que seu país não quer uma guerra, muito menos contra um país-irmão, como o Brasil ou Colômbia, mas se atacados os venezuelanos serão obrigados a se defender. Afirmou ainda que uma guerra contra seu país seria longa e os venezuelanos seriam vencedores, pois suas forças armadas estão preparadas e bem equipadas, possuem mais de 3 milhões de milicianos (militares), além do amplo apoio da população. Arreaza diz “não vamos ficar com os braços cruzados enquanto estão se preparando para nos atacar”, e ainda “temos a obrigação de defender nosso território e estamos preparados para responder”. As afirmações da diplomacia venezuelana são em resposta à última ameaça contra o país vindas dos Estados Unidos e da vizinha, Colômbia. Na última quarta-feira (11/09), em reunião da OEA em Washington, os EUA invocaram a ativação do TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca) um acordo assinado em 1947 no Rio de Janeiro que é, na verdade uma, porta de acesso do imperialismo estadunidense a intervir diretamente em países latino-americanos, um instrumento de política colonial. O secre-

tário de Estado Mike Pompeo atendeu ao pedido do presidente imaginário (autodeclarado) Juan Guidó, que utilizou como argumentos os exercícios militares das forças armadas venezuelanas convocados por Maduro nas proximidades da fronteira com a Colômbia e o fato do retorno à luta armada pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na última semana terem sido financiados pelo governo Maduro. É perceptível o estágio de desespero da oposição ao governo venezuelano ao buscar vincular atividades até mesmo de fora da Venezuela ao governo de Maduro. As FARC anunciaram o retorno à luta armada devido ao descumprimento do acordo de paz, assinado em Havana em 2016, pelo governo de Ivan Duque e pela burguesia colombiana responsável pela morte de dezenas de lideranças populares, sindicais e de membros das FARC. O governo venezuelano tem informado ainda que seu serviço de inteligência tem evidências da atividade de grupos mercenários nas proximidades de sua fronteira e teria informado ao presidente da Colômbia, o qual até agora não teria tomado providências. Nos últimos meses o comando militar venezuelano informou a prisão de diversos mercenários em seu território, os quais organizavam ataques contra a população do país. Assim, é preciso compreender que todas as ameaças à soberania da Ve-

nezuela são ataques contra o povo venezuelano, que elegeu em 2018 como seu presidente Nicolas Maduros Moros e deve ter seu desejo respeitado. A Venezuela tem passado por diversas dificuldades econômicas por conta do bloqueio econômico imposto pelos EUA e tem sido atacada por uma oposição golpista e antinacional que prefere entregar seu país aos monopólios imperialistas do que aceitar conviver com um regime diferente das suas posições e que realiza diversas medidas sociais ao povo pobre do país. Ainda que hou-

vesse um governo ruim, incompetente ou que não atendesse preceitos democráticos, o que não é o caso, nenhum cidadão ou governo de outros países, teria o direito de intervir e se sobrepor à vontade do povo venezuelano. Desta forma, os trabalhadores brasileiros e suas instituições devem se solidarizar com os irmãos venezuelanos, rechaçar qualquer intenção de intervenção política ou militar na Venezuela, rejeitando assim as garras do imperialismo na soberania dos povos sulamericanos.

NÃO, MÁRCIA TIBURI

O Brasil não vai mudar se a esquerda fugir para dar aulas no exterior Parte da esquerda utiliza o exemplo de Tiburi, assim como o de Jean Wyllys – que fugiu primeiro – para promover a ideia de que trata-se de uma “resistência” Márcia Tiburi, ex-candidata do PT ao governo do estado do Rio de Janeiro, viajou para os Estados Unidos no final do ano passado porque sua casa foi invadida e sofreu ameaças de morte por parte da extrema-direita. De acordo com Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela vai morar em Paris porque, a partir deste mês, começará a dar aulas na Universidade Paris 8. “Se o Brasil não mudar, eu não vou voltar. Talvez eu não volte nunca”, disse a também acadêmica. Parte da esquerda utiliza o exemplo de Tiburi, assim como o de Jean Wyllys – que fugiu primeiro e agora lecionará em Harvard – para promover a ideia de que se trata de uma “resistência” e que eles seriam exilados políticos. Tratam os dois como mártires. É uma campanha a favor da fuga de ativistas de esquerda para o exterior, algo absolutamente negativo para o movimento de luta contra o golpe. Isso, porque, nos dois casos, embora realmente haja uma perseguição do governo Bolsona-

ro, não é indo para o exterior que se organizará a luta contra ele. Ainda mais indo dar aulas em universidades, nem sequer articulando um movimento internacional contra o golpe e o governo ilegítimo de Bolsonaro. Alimentar a ideia de sair do País é uma política suicida da esquerda, que levanta o moral da extrema-direita. Ora, se a esquerda recua (e fugir é um recuo gigantesco), a direita avança ainda mais até dizimar toda a esquerda. A política correta é organizar a revolta popular contra o governo Bolsonaro, nas ruas, nos sindicatos, nos locais de trabalho, escolas e universidades, nos bairros e favelas. Combater o fascismo com as organizações de luta da classe operária, antes que Bolsonaro implante uma verdadeira ditadura que destrua essas organizações. Essa é a propaganda que deve ser feita, e não a de fugir do País. Porque a esmagadora maioria da população não poderá deixar o Brasil para escapar dos ataques da extrema-direita.


4 | POLÍTICA | DIA DE HOJE NA HISTÓRIA

LULA LIVRE PARA MUDAR O BRASIL

Ala ligada a Lula vence as eleições internas do PT Em novembro, durante o 7º Congresso Nacional do PT, os 800 delegados eleitos no PED (Processo de Eleições Diretas) elegerão a próxima direção do partido, com mandato de dois anos A chapa da deputada federal Gleisi Hoffmann, Lula Livre Para Mudar o Brasil, venceu o PED (Processo de Eleições Diretas) no PT no último domingo. Essa é a ala diretamente ligada ao ex-presidente Lula, preso político condenado sem provas pelo ex-juiz Sérgio Moro. A chapa obteve 53% dos votos, a chapa que ficou em segundo lugar, Lula Livre! Fora Bolsonaro! Governo Democrático e Popular!, teve 13%. Ao todo, o processo teve 310.909 votos. Com esse resultado, Gleisi Hoffmann deve ser reconduzida à presidência do PT para mais dois anos de mandato à frente do partido. A escolha deve ser confirmada pelos 800 delegados eleitos durante o PED no 7º Congresso Nacional do PT, que será realizado em novembro.

O processo eleitoral interno do PT foi acompanhado de perto pela imprensa burguesa, que aproveitou para exortar os petistas a abandonarem Lula. Essa campanha aconteceu tanto durante as eleições, com a esperança de alterar alguma coisa, quanto depois do resultado consumado. Foi o caso de uma matéria no Estado de S. Paulo publicada sob o seguinte título: “Proposta de corrente majoritária do PT esbarra no discurso ‘Lula Livre’”. Segundo o Estado de S. Paulo, “A insistência em colocar o “Lula Livre” na pauta de manifestações e eventos realizados em conjunto com outras forças políticas tem, algumas vezes, sido um obstáculo para que o PT participe de articulações para unificar a centro-esquerda como frente de oposição ao governo Bolsona-

ro.” Ou seja, o PT deveria abandonar a campanha pela liberdade de Lula para liderar uma suposta frente que poderia se formar contra o governo Bolsonaro nessas condições. Essa pressão da direita para que o PT abandone essa pauta vem de longe, e deverá continuar até a eleição em novembro, durante o Congresso Nacional, e também depois das eleições, dependendo do resultado. Para a direita, manter Lula preso é crucial, e, ao mesmo tempo, dar alguma estabilidade ao regime político, que entrou em crise desde a campanha golpista pela derrubada de Dilma Rousseff. Justamente por isso a esquerda deve fazer o contrário: mobilizar pela liberdade de Lula para pressionar a direita golpista até derrotá-la, impe-

dindo a continuidade dos ataques aos trabalhadores que vêm sendo levados adiante desde o governo do usurpador Michel Temer.

II GUERRA MUNDIAL

16/09/1944: FEB ocupam Monte Castello na Itália Mesmo com algumas baixas, a Força Expedicionária Brasileira conquistou Monte Castello e fez mais de 20 mil prisioneiros. Com mais de 25 mil homens, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) conquista a luta de Monte Castello, na Itália, a partir da ocupação do local em 16 de setembro de 1944, até 2 de maior de 1945, quando o Exército norte-americano dá a ordem de cessar fogo. Um tempo depois da ocupação e após quatro tentativas frustradas pelos alemães, em fevereiro de 1945 a FEB finalmente conquista Monte Castello, essa operação ficou conhecida como Encore, que significa “de novo” em francês. Às 17h50 daquele dia, Emílio Rodrigues Franklin anunciava pelo rádio: “Estou no cume do Castelo. Contudo, os brasileiros ainda tiveram que enfrentar o implacável inverno dos Montes Apeninos, onde as temperaturas chegavam a -15º, além dos constantes ataques de fogo dos

inimigos. Durante grande parte do inverno, os alemães conseguiram ganhar as posições da FEB, fazendo com que a tropa brasileira precisasse encobrir seus movimentos sob a proteção de um nevoeiro artificial criado a partir da queima de óleo diesel. No fim das contas, a FEB teve 443 baixas entre soldados e oficiais, 8 aviadores abatidos em combate tanto no Norte quanto no Sul da Itália e cerca de 3 mil feridos enviados para os hospitais da retaguarda. Mesmo assim, conseguira fazer 20.573 prisioneiros, dentre eles dois generais: Otto Fretter e Mário Carloni. Neste período, o lema “A cobra está fumando” ficou em evidência durante toda a campanha da guerra, isso porque contradizia o dito popular que era “mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra.”


JUVENTUDE | MULHERES | CIDADES| 5

MERCADO DE TRABALHO

Maioria nas universidades, mulheres não arrumam emprego com facilidade Apesar do grande número de mulheres que concluem a graduação, o mercado de trabalho ainda segue a linha conservadora e fecha suas portas às mulheres. A posição da mulher trabalhadora na sociedade de classe é praticamente um paradoxo, ao mesmo tempo em que as mulheres são maioria nas universidades, possuem menos chances de conseguir um emprego. Esse é o diagnóstico do relatório Education at Glance 2019 divulgado nesta terça-feira (10), onde dados mostram que as mulheres brasileiras possuem 34% mais chances de se formar nas universidades em comparação com os homens, contudo, têm menos chances de se dar bem no mercado de trabalho. O relatório ainda afirma que: “Embora a disparidade de gênero na educação favoreça as mulheres, a situação no mercado de trabalho é ao revés”, destacando que a taxa de mulheres que permanecem nas universidades e se formam é uma das maiores entre os 36 países estudados pelo Education at Glance 2019.

Somente 18% dos homens brasileiros entre 25 a 34 anos chegaram a se graduar numa universidade, entre as mulheres, essa porcentagem sobe para 25% na mesma faixa etária. O relatório também aponta para a discrepância no número de mulheres formadas e mulheres no mercado de trabalho. A empregabilidade das mulheres trabalhadoras brasileiras entre 25 e 34 anos com ensino superior é de 82%, caindo para 63% entre as mulheres com ensino técnico no currículo e 45% para mulheres sem a capacitação técnica. O papel das mulheres no sistema capitalista é de ser mais explorada. Apesar de nesses casos estarem mais qualificadas e não serem aceitas no mercado e em cargos superiores, fazem parte da parcela da população que é mais explorada dentro do sistema capitalista.

LUTA CONTRA BOLSONARO

PRESOS SÃO TORTURADOS

UFFS: não ceder até colocar abaixo a Inferno na Terra: torturas são comuns intervenção! em presídios do Ceará Desde que o golpe ocorreu no Brasil, o encarceramento no Brasil vem crescendo. Junto com isso, os órgãos de repressão tem intensificado a tortura desde que Bolsonaro foi eleito.

É necessário que os alunos da UFFS continuem a ocupação do prédio da reitoria. Os professores e demais trabalhadores da universidade devem se juntar à luta. Como informado pelo Diário Causa Operária, alunos da Universidade Federal Fronteira Sul ocuparam o prédio da reitoria da universidade quando o presidente fascista e ilegítimo Jair Bolsonaro nomeou para o cargo de reitor Marcelo Recktenvald, que nem mesmo havia ido ao segundo turno das votações. Foi formada uma comissão para discutir a reintegração do prédio, pedida pela reitoria ilegítima. A comissão aprovou uma moção de repúdio à indicação de Recktenvald para a reitoria, ao mesmo tempo em que aprovou uma outra moção, essa de solidariedade, aos estudantes que tomaram o prédio da reitoria. Porém, não será

com notas de repúdio ou de solidariedade que se vencerá o fascismo e o desmonte da educação. É necessário continuar na luta real, ocupando o prédio e exigindo que o resultado da eleição democrática realizada seja respeitado. É necessário intensificar a luta dentro das universidades contra o desmonte da educação. Somente ocupando as universidades e pedindo o “Fora Bolsonaro” é que a educação brasileira conseguirá vencer o fascismo e garantir a sua existência. Os alunos da UFFS devem continuar ocupando o prédio da reitoria até que seja empossado o reitor eleito através da eleição democrática.

O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, o Conselho Penitenciário (Copen), a Pastoral Carcerária Nacional e outros órgãos, vem denunciando ataques aos direitos humanos dos presidiários no Ceará e em outros estado do Nordeste. Segundo esses órgãos, a tortura aos presos vem sendo crescente. Praticamente todos os dias acontecem abusos por parte dos carcereiros e policiais da prisão. Segundo relatos, os presos tem de ficar nus e imóveis dentro das celas, uns encaixados nos outros, sem poder falar, o que é chamado de “procedimento”. São recorrentes, também, os casos em que os presos tem as mãos e os dedos quebrados.

Não é mais permitido que os presidiários conversem, nem mesmo é permitido que eles cantem. Além de toda a tortura desde que o golpe aconteceu no Brasil, e o que agora vem se intensificando no governo Bolsonaro, é adotado um sistema carcerário em que membros de diversas facções criminosas fiquem juntos em um mesmo presídio, o que causa ainda mais pânico dentre os presos, pois há sempre o risco de confronto entre as facções. É necessário denunciar os abusos e lutar contra eles. A palavra de ordem “Fora Bolsonaro” é ainda mais urgente, frente ao crescimento dos campos de concentração para os pobres no Brasil, assim como a intensificação da opressão nos presídios.


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