TERÇA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5586
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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Fundação da Lava-Jato: instrumento do imperialismo no Brasil A força-tarefa da Lava-Jato decidiu criar um fundo com 2,5 bilhões arrancados da Petrobras, que seria gerido pelo Ministério Público Federal do Paraná.
Governo Bolsonaro não investirá em infraestrutura: todo o dinheiro irá para os banqueiros Com o desenvolvimento do governo cambaleante, ilegítimo e miliciano de Messias Bolsonaro fica claro para que foi dado o Golpe.
Revista Mulheres nº29
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Imprensa golpista usa massacre em Suzano para fazer campanha pelo desarmamento da população A imprensa capitalista; golpista, os porta-vozes dos interesses da burguesia brasileira e do imperialismo dentro do país, utilizaram-se do massacre ocorrido recentemente em Suzano, na grande São Paulo
ADQUIRA JÁ!
BARRAR A OFENSIVA FASCISTA CONTRA AS MULHERES
Editorial do “Estadão” mostra como o jornal é mentiroso e hipócrita, mas também evidencia as contradições na burguesia
Liberalismo não existe, o que existe é monopólio: dona da Claro compra Nextel Brasil por R$ 3,47 bilhões Nesta segunda-feira (18) o mercado de telecomunicações no Brasil recebeu a notícia de que a empresa que é dona da Claro vai adquirir a Nextel. O valor total do negócio pode chegar R$ 3,47 bilhões.
Ditadura aberta: agentes do imperialismo, Moro e chefe da PF negociam espionagem das redes sociais O Juiz Sérgio Moro, atualmente ministro do governo de extremadireita de Jair Bolsonaro, está em viagem aos Estados Unidos junto com a comitiva da Presidência.
INTERNACIONAL | 3
ARGÉLIA
Em meio à mobilização popular, imperialismo faz um reajuste político para atender a seus próprios interesses A
Argélia vive desde o dia 22 de fevereiro grandes mobilizações populares contra o governo do presidente Abdelaziz Bouteflika. A oposição diz que ele não tem condições de governar em um quinto mandato devido a seu estado de saúde, uma vez que sofreu um AVC em 2013, somada a sua idade avançada (82 anos). Os protestos, que já duraram quatro sextas-feiras, não cessaram com o anúncio de que Bouteflika renunciaria ao novo mandato e adiaria as eleições que estavam marcadas para o dia 18 de abril. Ele anunciou a criação de um governo de transição. Continuará na presidência ao menos até o ano que vem, mas o primeiro-ministro foi substituído e seu sucessor está encarregado de formar o novo governo, com a intenção futuro de aprovar uma nova constituição. As manifestações são compostas por membros das classes populares mas contam com importante participação de setores da classe média e de parcelas da burguesia ligada a interesses imperialistas. A principal bandeira dos atos é a corrupção do regime, o que já indica uma demanda conservadora para os padrões populares. Mas as classes populares têm uma expressiva participação porque a situação econômica da Argélia vem se deteriorando especialmente a partir de 2013, com a queda nos preços do barril de petróleo (o país é muito dependente da exportação de hidrocarbonetos). De 2014 para 2016, as exportações do óleo cru do país árabe caíram pela metade.
Assim, os subsídios estatais fornecidos pelo governo não conseguem conter o rebaixamento no padrão de vida do povo. Atualmente, um terço dos jovens está desempregado, o que é uma cifra muito grande para um país onde 70% da população tem menos de 30 anos. O governo Bouteflika é caracterizado por ser um nacionalismo burguês extremamente moderado, apoiado nos militares e na oligarquia. Como tal, tem relações importantes com os países imperialistas. Por exemplo, nos últimos anos a exportação de gás para a União Europeia tem sido um fator fundamental de laços com a Europa. Na França, onde os argelinos representam a maior comunidade estrangeira com cinco milhões de imigrantes, 10% do gás consumido provém da nação africana. Mas, por ser um governo nacionalista, muitas vezes entra em contradição com o imperialismo. Isso pode ser exemplificado com o aumento no comércio com a China nos últimos anos. A Argélia é um dos principais parceiros de Pequim na África, do qual recebe 6% dos investimentos na região e 17% de suas importações (a China é o principal país exportador para a Argélia). Isso já pode ser o bastante para o imperialismo francês, especialmente, buscar um reajuste político na sua ex-colônia, a fim de que seus monopólios recuperem o mercado perdido. A possível saída de Bouteflika no ano que vem, bem como as reformas anunciadas, portanto, devem beneficiar o capitalismo internacional.
A Argélia pertenceu à França até 1962, quando uma revolução nacionalista levou o país do norte da África à independência. A guerra, que durou desde 1954, deixou ao menos meio milhão de mortos, dos quais muitos foram vítimas de tortura, massacres e terrorismo das forças francesas. Os paraquedistas enviados pelo governo francês atuaram de maneira muito semelhante às SS nos territórios ocupados pelos nazistas na II Guerra Mundial. Seus métodos bárbaros foram retratados no filme A Batalha de Argel (Gillo Pontecorvo, Itália/Argélia, 1966). Tanto é que, após a derrota na Argélia, os franceses ensinaram esses métodos na famosa Escola das Américas, para os militares fascistas brasileiros e de outros países sul-americanos, onde foram aplicados por suas respectivas ditaduras. A organização responsável pela independência argelina foi a Frente de Libertação Nacional (FLN), que desde o início fez uso da luta armada, no campo e nas periferias das grandes cidades, particularmente da capital, Argel. Uma frente popular armada, inspirada em outros movimentos nacionalistas árabes (como o nasserismo no Egito) de países que haviam acabado de conquistar sua independência em relação à França. O imperialismo francês já vinha sofrendo uma gigantesca decadência desde a II Guerra. No Oriente Médio e por toda a África, a França foi perdendo suas colônias, uma a uma, até o início da década de 1960. Além da Argélia, a derrota no Vietnã (1954) também
foi um duro golpe para os colonialistas franceses. Com a chegada no governo através da revolução, a FLN empreendeu uma série de reformas, como a agrária, a nacionalização de bancos e indústrias e o alinhamento à União Soviética e a Cuba, sem, no entanto, expropriar completamente a burguesia. Com o passar dos anos, o regime passou passou a fazer uma série de concessões, ainda que limitadas, à burguesia e ao imperialismo. No final da década de 1980, uma reabertura capitalista levou a uma grande crise econômica e social, com protestos poderosos e a emergência de um movimento islâmico de oposição que, devido à repressão do regime, iniciou uma luta armada que desembocou em uma guerra civil. Esta guerra preencheu toda a década de 1990 e só terminou em 2005. Quem é considerado o responsável pela pacificação do país é justamente o presidente Bouteflika, eleito pela primeira vez em 1999. Agora, com a nova crise (uma mini Primavera Árabe), há o temor de uma nova guerra civil. Mas, aparentemente, até o momento, embora os militares e a oligarquia não estejam dispostos a deixar o poder, a oposição pró-imperialista também não quer uma ruptura radical, atendendo aos interesses do imperialismo. Uma rearrumação política que traga a Argélia para mais próxima dos braços da França e dos outros países imperialistas parece ser a aposta da burguesia, o que, obviamente, não significaria nenhuma vitória para o povo argelino, mas sim um cenário pior em relação ao atual.
REVOLTA CONTRA A CARESTIA
Na França, coletes amarelos gritam “morte aos ricos!” E
nquanto a imprensa golpista e capacho dos interesses imperialistas mentem sobre a Venezuela, ocultam a repressão promovida pelo governo Macron contra os cidadãos franceses que, por sua vez, radicalizaram os protestos. No sábado, dia 16 de março, depois de algumas semanas de aparente calmaria, com protestos mais contidos, os coletes amarelos e simpatizantes fizeram um violento protesto em Paris. A avenida Champs-Elysées foi tomada por milhares de manifestantes, barricadas com fogo, brados anticapitalistas e contra a polícia entoados durante toda a manifestação que incluiu ataques com pedras e barras de ferro à polícia e suas viaturas, e a restaurantes de luxo, bancos e lojas de marcas famosas, incluindo apedrejamento, coquetel molotov e pichação. Uma delas , em uma vitrine, dizia “morte aos ricos”. Mais de 200 pessoas foram detidas, mas o rastro de destruição não podia mais ser apagado.
Interessante notar que as manifestações de sábado ocorreram um dia após o encerramento do “grande debate nacional” promovido pelo presidente Macron, que, ironicamente teria o objetivo de “ouvir” as demandas das ruas, indicando que os manifestantes consideram esse ‘debate’ um engodo, um teatro. “Macron é uma marionete do sistema” dizem alguns manifestantes, muitos deles desempregados, com idade avançada. Os coletes amarelos fazem uma crítica ao sistema político francês e ao fato de que o governo não escuta os cidadãos, ignora suas demandas e a percepção clara de que a desigualdade é um mal que não vem sendo enfrentado pelo Estado. Não só não o enfrenta como o agrava com sua política neoliberal escancarada. Não o enfrenta e criminaliza os manifestantes, como o faz o ministro do interior, Christophe Castaner: “Os indivíduos que cometeram este ato não são manifestantes nem ativistas ultrarradicais, são assassinos”.
Como é comum, enquanto o povo passa fome, se desespera com o empobrecimento, com o desemprego, com a falta de expectativa, o presidente tira uma folga para esquiar. Quando se pensava que os protestos iriam cessar, o violento protesto de sábado mostra que, ao contrário, os cidadãos têm consciência de que se não radicalizam agora jamais serão ouvidos, jamais terão uma chance de mudança, jamais saberão do que acontece no país, de quão nefasta é a desigualdade e o quão desesperador é a situação de milhares de desempre-
gados e pobres num dos países mais ricos da Europa. Os coletes amarelos sabem bem que a situação está intimamente ligada à manutenção do status quo, que os ricos vivem tranquilos, que jamais sofrem ou sofrem muito pouco com as crises que vêm e vão, com as políticas econômicas que atingem sempre, e de forma violenta, apenas os mais pobres. Se não se organizam, se não se mobilizam, ninguém sabe de sua existência, ninguém os ouve. O povo reage violentamente contra os que os tratam de forma violenta.
4 | POLÍTICA
NOTA OFICIALDO PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA
Fundação da Lava-Jato: instrumento do imperialismo no Brasil A
força-tarefa da Lava-Jato decidiu criar um fundo com 2,5 bilhões arrancados da Petrobras, que seria gerido pelo Ministério Público Federal do Paraná. A criação da fundação surgiu de um acordo firmado entre Estados Unidos e a Petrobras. A empresa, acusada pelas autoridades norte-americanas de fraudar o mercado de ações, seria obrigada a pagar multas altíssimas ao Departamento de Justiça dos EUA. Em lugar disso, acordaram que 80% desse dinheiro seria revertido para a criação de uma fundação no Brasil com o objetivo de combater a corrupção. Em contrapartida a Petrobras será obrigada a repassar informações confidenciais de seus negócios para os EUA, que terá poder até mesmo sobre a formação da diretoria da empresa. Não é a primeira vez que o MPF tenta se apropriar do dinheiro oriundo dos processos da Lava Jato. Em 2016, tentaram se apropriar dos valores pagos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, o que, na ocasião, foi barrado pelo ministro do STF Teori Zavascki. O Partido da Causa Operária considera essa uma operação criminosa.
Primeiramente, a criação de tal fundação abriria precedentes que simplesmente minariam o que resta da Justiça no País. A partir desse modelo, qualquer juiz que apreendesse dinheiro oriundo de drogas ou qualquer outra atividade ilícita poderia abrir uma fundação e se apropriar do dinheiro. Nesse caso, trata-se de uma fundação privada em acordo com a Justiça norte-americana, o que é uma ingerência nos assuntos do País. Tal fundação serviria para extorsão política no Brasil a serviço dos Estados Unidos. Está claro que a própria Operação Lava Jato, além de servir de base para o golpe que derrubou Dilma Rousseff em 2016, tinha por finalidade servir aos interesses norte-americanos. A prova: entrega do petróleo brasileiro aos monopólios norte-americanos e ingleses, destruição da Petrobras e agora o acordo explícito de subserviência da empresa brasileira aos norte-americanos, que passariam a controlar a empresa. Mas a Petrobras não é a única empresa na mira dos norte-americanos. Vários outros setores foram atacados, como o da carne. A partir dessa fun-
dação, os Estados Unidos teriam ainda mais poder para agir dentro do país a serviço de seus interesses. Essa fundação, independente das instituições, seria uma operação mafiosa para extorsão de políticos, em-
presários e dos brasileiros em geral, assim como tem sido a Operação Lava Jato, favorecendo os interesses políticos, econômicos e militares dos EUA e enriquecendo seus testas de ferro no Brasil.
GOVERNO BOLSONARO NÃO INVESTIRÁ EM INFRAESTRUTURA
Todo o dinheiro irá para os banqueiros
C
om o desenvolvimento do governo cambaleante, ilegítimo e miliciano de Messias Bolsonaro fica claro para que foi dado o Golpe. Da mesma forma que com os escândalos de corrupção e agora com o envolvimento direto com as milícias
que efetuaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ficou claro que o discurso de luta contra a corrupção era pura demagogia, fica ainda mais claro que o discurso de que para a economia entrar nos eixos era só tirar o PT também não
passava de outra demagogia ainda mais descarada. Sob responsabilidade do Ministro da Economia, o “Chicago Boy” Paulo Guedes (PSL), os investimentos em infraestrutura em logística e transportes, energia, telecomunicações e saneamento devem ficar estagnados em 1,80% do Produto Interno Bruto (PIB), antes 1,87% em 2018. Vale lembrar que as ratazanas da grande imprensa golpista que trabalha diretamente para os interesses da burguesia e do Imperialismo chamava o PIB de Dilma (PT), de 2,5% de “pibinho” e que depois do Golpe, chamava o PIB da raposa do PT (Michel Temer) de 0,1% de “retomada do crescimento”. Esse sucateamento da infraestrutura é tramado sob medida pelos golpistas, uma vez que estes querem desestatizar o país para que o Brasil possa ter sua indústria totalmente destruída para ser entregue aos grande monopólios e bancos imperialistas. Isso fica claro na proposta de entrega do metrô, privatização das estradas, aeroportos e do Instituto Butantã para o capital estrangeiro feita em Davos, na Suíça, pelo governador eleito pela fraude eleitoral, João Dória (PSDB). Enquanto de um lado Dória trabalha para vender São Paulo, de outro
Bolsonaro tenta passar a Reforma da Previdência enquanto articula a privatização da Eletrobrás, Casa da Moeda do Brasil, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Banco do Brasil, Base de Alcântara, ao mesmo tempo que Sérgio Moro (PSL) viabiliza a criminalização das greves, manifestações e da própria existência das frentes e partidos de esquerda. Isso tudo sem mencionar o principal: ignorou de todas as formas a constituição e prendeu sem provas o candidato quer iria ganhar as eleições no primeiro turno (Lula) para receber como prêmio um ministério no governo do presidente ilegítimo e fantoche dos Estados Unidos. Assim atua o Imperialismo e seus serviçais. Montaram a a Operação Lava-Jato para destruir as empreiteiras brasileiras, que apesar de toda a corrupção e exploração dos trabalhadores, ao menos realizavam obras de infraestrutura, para agora leiloar o que sobrou do Brasil. Dessa forma a esquerda e todas as suas frentes e movimentos precisam tomar compreensão da proporção do Golpe, abandonar suas ilusões parlamentares e alianças com golpistas e aproveitar a fragilidade e impopularidade do governo Bolsonaro para levar as bases para as ruas num movimento revolucionário e num grito de ordem único pelo: #ForaBolsonaroETodosOsGolpisas e #LiberdadeParaLulaETodosOsPresosPoliticos
POLÍTICA| 5
MONOPÓLIO DAS TELECOMUNICAÇÕES
Liberalismo não existe, o que existe é monopólio: dona da Claro compra Nextel Brasil por R$ 3,47 bilhões N
esta segunda-feira (18) o mercado de telecomunicações no Brasil recebeu a notícia de que a empresa que é dona da Claro vai adquirir a Nextel. O valor total do negócio pode chegar R$ 3,47 bilhões. A Nextel, atualmente, é a quinta maior operadora do país, com 3,3 milhões de linhas móveis. Entretanto, a composição desse mercado no Brasil deixa bem claro que não existe a menor capacidade de concorrer com as transnacionais da comunicação que dominam o sistema desde a famosa privatização. Na prática, houve uma entrega de todo o sistema de comunicação das empresas do governo federal e dos governos estaduais ao capital estrangeiro nos anos FHC. Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a empresa Vivo tem 31,9 do mercado, a Claro 24,6, a Tim 24,3, a Oi 16,4. Para a Nextel so-
bra 1,4 por cento do mercado. Outras empresas ainda ficam com 1,2 por cento. Esses números são esclarecedores da baixa qualidade e do alto custo do serviço no Brasil. No últimos anos, mudanças tecnológicas permitiram ampliar os serviços e a exploração econômica deles. Entretanto, a qualidade e o preço da comunicação no país continua sendo insatisfatório para a maioria da população, colocando essas empresas como as que mais recebem reclamações. O desenvolvimento de monopólios e grandes empresas que tenham a condição de controlar o segmento em se que encontram, como no caso das telecomunicações no Brasil, impede que reste qualquer sombra de concorrência. Se, por acaso, alguma empresa menor viesse a disputar esse controle do mercado ela provavelmente seria
comprada ou levada a falência pela pressão das outras. Apesar do seus 1,4 por cento do mercado, A Nextel era a única empresa que oferecia alguma resistência ao monopólio Vivo, Claro, Tim e Oi. Esse fato pode ser inclusive observado nas campanhas publicitárias da empresa a um ano atrás, antes de saírem notícias sobre possível venda. A ideia da livre concorrência, que deveria beneficiar os melhores serviços e os melhores preços fica represada na decisão de quatro empresas. Ou seja, suas decisões são tomadas em conjunto de acordo com seus interesses, na maioria das vezes ligado ao capital internacional. Esse mito, que sustenta a ideia do liberalismo e do neo-liberalismo não encontra nenhum lastro no mundo real no estágio atual do desenvolvimento capitalista.
IMPRENSA GOLPISTA
Editorial do “Estadão” mostra como o jornal é mentiroso e hipócrita, mas também evidencia as contradições na burguesia
N
o dia 12 de março, o jornal golpista O Estado de S. Paulo publicou um editorial em que escancara todo o cinismo da imprensa burguesa. Intitulado “A missão do ‘Estado'”, o editorial contesta o tratamento que presidente ilegítimo Jair Bolsonaro tem dado à imprensa. Não se trata, no entanto, de nenhuma defesa de nenhum princípio democrático por parte do Estado de S. Paulo. A crítica do jornal golpista ao governo Bolsonaro é apenas o reflexo da crise política que se abriu no regime político. A impopularidade do governo, as disputas internas e a dificuldade em estabilizar a economia está levando a burguesia a uma divisão. E é tão somente esse o teor do ataque do editorial a Bolsonaro: os interesses do grupo que controla O Estado de S. Paulo são distintos de alguns dos interesses do presidente ilegítimo. No início do editorial, O Estado de S. Paulo se diz um defensor intransigente dos ideais democráticos: “os jornalistas do Estado se pautam pelo compromisso inarredável com os valores democráticos e com o regime da lei, que estão na essência da identidade do jornal desde sua fundação, em 1875. A defesa da liberdade contra todo tipo de tirania, a começar por aquelas que se creem chanceladas pelas urnas, marca a atuação desta publicação e de seus profissionais ao longo de 144 anos de história”. No entanto, assim como todos os órgãos da imprensa burguesa, O Estado de S. Paulo fez parte da campanha suja e pró-imperialista pela derrubada de Dilma Rousseff e pela prisão de Lula.
Em um segundo momento, O Estado de S. Paulo afirma ser imparcial: “Este jornal se comprometeu, desde seu primeiro momento, a ser totalmente apartidário e independente, infenso às injunções do poder. A imparcialidade necessária para o exercício dessa liberdade não significa, contudo, que o jornal silencie ou deixe de defender o que acredita ser o certo diante do malfeito e do arbítrio. É papel desta publicação funcionar como a consciência crítica de seu tempo”. Contudo, o jornal golpista foi, ele próprio, um elemento dr propaganda da campanha eleitoral de Bolsonaro. O Estado de S. Paulo fez de tufo para equiparar Lula a um criminoso e procurou ao máximo
pressionar Fernando Haddad para se apresentar de maneira mais moderada. O editorial ainda chega a falar que O Estado de S. Paulo se insurgiu contra a ditadura militar. Entretanto, é publicamente conhecido o apoio de toda a imprensa burguesa à ditadura militar, inclusive logístico. A imprensa burguesa não é uma aliada dos trabalhadores e setores democráticos. As contradições da imprensa burguesa com o governo Bolsonaro nada tem a ver com qualquer defesa real dos direitos da população. Por isso, é necessário mobilizar os trabalhadores e derrubar o governo Bolsonaro na marra.
Curiosamente, o negócio ainda precisa passar pela aprovação do CADE (Órgão de defesa da concorrência) e da Anatel. Porém o avançado das negociações entre as controladoras da Nextel e a América Móvil (controladora da Claro) mostra que a aprovação não deve ser difícil.
6 | POLÍTICA
MASSACRE
Imprensa golpista usa massacre em Suzano para fazer campanha pelo desarmamento da população A
imprensa capitalista; golpista, os porta-vozes dos interesses da burguesia brasileira e do imperialismo dentro do país, utilizaram-se do massacre ocorrido recentemente em Suzano, na grande São Paulo – onde dois ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil invadiram-na e assassinaram 8 pessoas aleatoriamente, entre estudantes e funcionários, além de ferir outras 11 e, aparentemente, suicidaram-se – para fazer campanha pelo desarmamento da população, ou melhor, contra o direito da população em geral armar-se. A tônica da campanha contra-revolucionária e antidemocrática de toda a imprensa capitalista (que expressa a posição política da grande burguesia) seria o caráter do povo brasileiro, que na visão preconceituosa da imprensa, que procura utilizar-se de eufemismos, seria demasiado violento, passional, irracional, bárbaro, não estando qualificado para tamanha responsabilidade. Armas devem ser apenas para o aparato repressivo do Estado e para as pessoas “qualificadas”, ou seja os cães de guarda da burguesia golpista, para possuí-las e portá-las. A imprensa capitalista utiliza-se agora, para defender sua tese, até mesmo o argumento da “cultura do ódio”, que
paira sobre o país misteriosamente, não de sua própria boca, mas colocando-o na de “especialistas”. A cultura do ódio, que beira a patologia social favorecerá a ocorrência, caso a população esteja armada, de inúmeros crimes aterradores como de Suzano, essa só pode ser combatida com a Cultura Paz, não com mais armas. Cínicos! Os mesmos que deram o golpe de Estado, que cassaram os direitos do povo, que levaram a extrema-direita fascista ao poder, falam em Cultura de Paz. Os opressores do povo, os que impulsionam a violência barbara do Estado contra a população pobre e negra. Contudo, os argumentos moralistas e pseudo pacifistas, uma vez que a burguesia já está armada e oprime o povo, veiculados pela imprensa capitalista influem diretamente na esquerda pequeno-burguesa, que os reformulam, quando necessário, com termos esquerdistas. Forma-se uma curiosa frente única contra o direito do povo se armar. Logo após o massacre referido, políticos do PSDB, do DEM e de outros partidos da burguesia saíram em campanha contra o direito ao armamento. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), por exemplo, afirmou “…. Espe-
ro que as pessoas pensem um pouquinho nas vítimas desta tragédia e depois compreendam que o monopólio da segurança pública é do Estado. Não é responsabilidade do cidadão”. A esquerda em geral é da mesma posição, com a diferença que Maia, como representante da burguesia, sabe o perigo para todo o regime burguês que essa reivindicação sucinta, os outros agem pelos preconceitos democráticos que lhes turvam a vista, uma vez que o Estado brasileiro é uma das maiores máquinas de extermínio já vistas, e o índice de homicídio anual bem o confirma,
DITADURA ABERTA
Agentes do imperialismo, Moro e chefe da PF negociam espionagem das redes sociais O Juiz Sérgio Moro, atualmente ministro do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, está em viagem aos Estados Unidos junto com a comitiva da Presidência. Durante a viagem Moro anunciou que irá trabalhar em negociações para que o Estado brasileiro possa ter acesso à informações de usuário da rede social Facebook e do aplicativo de mensagens Whatsapp. Moro, que tem profundas ligações com os norte-americanos e inclusive foi treinado pela inteligência do imperialismo, pretende estabelecer um acordo com a justiça norte-americana para obrigar as empresas a entregarem dados pessoais de cidadãos brasileiros que estiverem sendo investigados. De acordo com a tradicional demagogia da direita golpista, a medida seria utilizada para fortalecer o combate ao crime organizado, o que é uma uma mentira descarada. A verdade é que o acordo que Moro e Bolsonaro pretendem fazer com os norte-americanos tem como objetivo central ampliar a perseguição política que tem sido forma de ação sistemática do sistema judiciário brasileiro. Desde o Golpe de Estado de 2016, no qual a direita e o próprio imperialismo norte-americano derrubaram ilegalmente o governo de Dilma Roussef, a justiça
brasileira tem sido usada como um mecanismo para prender e intimidar os adversários políticos dos golpistas cometendo uma série de arbitrariedades e absurdos. Vale lembrar que o próprio Moro foi responsável por condenar o ex-presidente Lula em um julgamento sem provas e totalmente farsesco. Além da prisão de Lula, temos observado a justiça brasileira assumir características cada vez mais ditatoriais e tem servido como um dos principais pilares de sustentação do regime político. Agora, Moro, que recebeu um Ministério de presente por ter tirado Lula das eleições, pretende legalizar a espionagem contra os cidadãos brasileiros através do acesso à dados privados dos usuários do Facebook e Whatsapp. É preciso denunciar esta ação absurda do governo Bolsonaro e
de seus capachos, como o próprio Sérgio Moro, pois o suposto “combate ao crime” é apenas uma desculpa furada para estender ainda mais a perseguição aos movimentos e lideranças populares. A violação de privacidade que Moro está propondo para os norte-americanos significa colocar nas mãos da justiça golpista o poder de espionar abertamente os cidadãos brasileiros, tudo isso supervisionado e aprovado pelo imperialismo norte-americano que é o inimigo número um de todos os povos. Moro e seus colegas na justiça golpista são todos capachos do Departamento de Estado dos EUA e seguem ordens diretas da CIA e do FBI, que querem colocar todas organizações de esquerda na ilegalidade e todos os opositores do regime na prisão.
não é nada prudente para a esquerda defender o desarmamento do povo. O problema do armamento deve ser colocado sob o viés correto, que é o direito da cidadania defender-se da tirania, que é o direito do povo oprimido defender-se do Estado opressor, na sociedade de classes só o povo em armas pode garantir sua própria liberdade, os seus direitos. Não se trata de defender esta ou aquela medida parlamentar a respeito da posse ou da porta, mas de defender o princípio democrático fundamental do armamento geral do povo e sua efetiva realização.
CIDADES E MOVIMENTO OPERÁRIO | 7
PM ASSASSINA
Suposto ladrão de padaria é alvejado por policiais em Cuiabá A
Polícia Militar assassinou um jovem de 17 anos na cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso (MT). O assassinato ocorreu na sexta-feira (15) após o adolescente supostamente haver realizado tentativa de assalto em uma padaria no Bairro Vista Alegre, juntamente com seu comparsa. Os policiais afirmam no Boletim de Ocorrência que os dois supostos ladrões – supostos porque é sensato desconfiar de tudo o que a polícia afirma – fugiram em uma moto e, durante a fuga se envolveram em um acidente. Após o acidente um dos ladrões se entregou, mas o adolescente entrou em um matagal para fugir e, ao ser alcançado pela polícia não soltou a arma, foi alvejado e morreu antes de chegar ao hospital.
Ninguém que tenha o mínimo de sensatez e que, ao menos, saiba o que é a maquina de matar gente que é a polícia pode acreditar nessa história mal contada. Até porque o estilo da história é típico dos casos de execução sumária. Trata-se de mais uma demonstração de para que servem as polícias: reprimir criminosamente a população pobre, que diariamente sofre com a violência policial. Por esse motivo, falar em humanização ou desmilitarização da polícia é tentar jogar areia nos olhos do povo. A única solução possível é a completa dissolução de todas as polícias e a criação de milícias operárias, controladas pela população trabalhadora.
GOLPE NA EDUCAÇÃO
MULHERES
Professores paulistas devem participar massivamente do dia 22 de março
Nos frigoríficos, mulheres não podem engravidar
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a próxima sexta-feira dia 22 de março de 2019, está sendo convocado pelas forças de esquerda uma ampla manifestação nas capitais brasileiras contra a famigerada “reforma” da Previdência. Os professores paulistas vão realizar uma assembleia no mesmo dia. O governo militar fascista de Jair Bolsonaro (PSL) e seu Ministro da Economia Paulo Guedes enviaram ao Congresso Nacional a proposta de Reforma da Previdência que é uma verdadeira liquidação do sistema de previdência no Brasil. Haverá redução nos valores das pensões por morte. Atualmente, pensionistas do INSS recebem 100% do valor de seu conjugue falecido. Se a pessoa falecida ganhava R$ 2.000,00, a viúva recebe o mesmo valor. Com a proposta de Bolsonaro, o valor passaria a ser de 60% fixo, isto é, R$ 1.200,00 e mais 10% para cada filho menor de 21 anos. Dos pensionistas por morte, 83,5% são mulheres e 16,3% são homens.
No caso do acúmulo integral de pensão e aposentadoria, a proposta de Reforma (ou liquidação) da Previdência coloca uma limitação. Somente o benefício maior continuaria integral, enquanto o benefício adicional jamais poderia exceder dois salários mínimos. O tempo mínimo de idade de carência para aposentadoria passaria a ser de 15 para 20 anos. As mulheres são a maioria entre os que buscam aposentadoria por idade. De acordo com dados do Dieese divulgados pela Folha, 62,5% das mulheres se aposentaram por idade, com somente 37,2% eram homens. O ataque é extremamente profundo e precisa ser muito bem compreendido pela população. As mulheres serão especialmente atingidas, caso a proposta seja aprovada. Por isso os professores paulistas que as mulheres são sua esmagadora parte da categoria devem se organizar em suas cidades para levar caravanas para todas as capitais. FORA BOLSONARO! Liberdade Para Lula
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onhecido por ser o setor de produção que mais ocorre acidentes, bem como deixam seus funcionários inválidos em virtude de doenças ocupacionais, os frigoríficos também perseguem as mulheres grávidas com demissões. As mulheres, na maioria das vezes, são obrigadas a esconder a gravidez com o receio de serem demitidas, mesmo sabendo que é ilegal sua demissão, uma vez que a maioria dos
frigoríficos atuam à revelia da lei, principalmente quando diz respeito aos inúmeros acidentes e doenças dentro das fábricas. O frigorífico Seara, do grupo JBS/ Friboi, no município de Osasco, região Oeste da grande São Paulo, por exemplo, recentemente demitiu uma funcionária que estava grávida e veio a perder a criança na gravidez. Ou seja, a licença maternidade de 120 dias e estabilidade de cinco meses que lhe é garantida legalmente foi completamente rasgada. O desespero das mulheres no mercado de trabalho, neste sentido é muito grande, com a possibilidade de perda do emprego. O desrespeito às companheiras trabalhadoras é tamanho que lhes é tirado, inclusive, em sua grande maioria, o direito à amamentação, creche, entre outros. Apesar da exploração das mulheres com os salários bem abaixo do que o dos homens, os patrões querem, também tirar o direito das operárias terem filhos.
ECT
Correios dá prejuízo? Só em 2018 foram 70,5 milhões de encomendas internacionais entregues pela ECT U ma das mentiras mais absurdas criadas pelos golpistas, para poder entregar o patrimônio brasileiro para os grandes capitalistas do mundo, é a de que a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) está na bancarrota, e que os Correios brasileiro dá prejuízo. A partir do golpe de 2016, contra o governo do PT, a direita golpista que assumiu o controle da ECT vem publicando em todos os meios de publicidade de que a empresa gasta mais do que arrecada, por culpa dos gastos
com os trabalhadores, e que a concorrência vem diminuindo o potencial de arrecadação. Uma baita mentira e calhordice dos golpistas. A Receita Federal publicou no início do ano de 2019 informe dizendo que em 2018 entraram no Brasil 73,2 milhões de encomendas vinda do exterior, e que 96% dessas encomendas foram entregues pelos Correios brasileiro, ou seja, 70, 5 milhões dessas encomendas. Além do fato de que não existe concorrência que consiga competir com os
Correios brasileiro, devido o preço baixo e sua estrutura de logística, também temos que mencionar o volume de encomendas, que significa bilhões de reais de faturamento. Isso sem contar os demais serviços da empresa, como cartas, impressos, malotes, telegramas etc. Para derrotar os mentirosos, golpistas que querem destruir os Correios é necessária a formação de comitês de luta contra o golpe, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, e pela liberdade de Lula.
8 | ESPORTES E COMITÊS
ESPORTES
Ala antifascista da torcida do Náutico estende faixa: “Quem mandou matar Marielle”? E m partida realizada no domingo, válida pela última rodada do campeonato pernambucano, Náutico e Santa Cruz empataram, sem abertura de placar, no estádio dos Aflitos, casa do Náutico, conhecido carinhosamente por sua torcida como “Timbu”. A partida em si não deixou muitas emoções às duas torcidas – embora o clássico seja conhecido como o das “emoções”. Sem muitas atrações dentro de campo, as atenções estiveram voltadas para as arquibancadas, sempre lotadas em dia de clássico estadual. O Náutico tem entre as diversas alas de sua torcida, uma que se destaca pela politização e combatividade. Esse setor da torcida ostenta o nome de “Ala Antifascista”, que se fez representar no clássico com uma faixa estendida e bem visível onde estava escrito: “Quem mandou matar Marielle”? Depois da prisão dos dois policiais que são os principais suspeitos de terem assassinado a vereadora carioca do PSOL, a pergunta do momento e que ecoa em todo o país, é uma só: Quem são os mandantes do crime; quem contratou e pagou os assassinos de Marielle Franco. Enquanto crescem as suspeitas de relações próximas entre os assassinos de Marielle e o clã dos Bolsonaro, crescem também as manifestações em
todo o país contra o próprio governo Bolsonaro e os golpistas, indignação estas expressas no carnaval, nos estádios, nas ruas, nos bairros, nas escolas, nas fábricas etc. A luta pelo esclarecimento cabal do crime político contra a vereadora, inclusive e principalmente com a revelação dos mandantes, é parte da luta do movimento de massas em todo o país não só pelo “Fora Bolsonaro”, mas também um grito de guerra contra a política de terra arrasada do governo fraudulento, antioperário e pró-imperialista instalado pelos golpistas a partir do impeachment farsa contra o governo petista. Em conexão com as lutas populares que se avizinham (reforma da previ-
COMITÊS
Foi um sucesso: os Comitês de Luta Contra o Gollpe realizaram a Plenária Lula Livre
A
Plenária Nacional Lula Livre, que aconteceu no Sindicato dos Metroviários de São Paulo no último Sábado (16/03) foi um sucesso. Cerca de 1.200 ativistas de diversos movimentos sociais e partidos de esquerda se reuniram para traçar um plano de agitação política e mobilização pela liberdade de Lula. Diversas lideranças políticas da esquerda compareceram à Plenária: Antônio Carlos Silva, da Direção Nacional do PCO; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; a deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB; o Presidente da CUT, Vagner Freitas; o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim e João Pedro Stédile, coordenador do MST. As intervenções na tribuna denunciavam a operação golpista da Lava-
-Jato, as farsas judiciais e processuais, a perseguição à esquerda e às organizações populares e o desmonte do Estado e da economia nacionais. A prisão de Lula , segundo as lideranças, é o eixo central do processo golpista de submissão do país aos interesses dos norte-americanos. Juízes como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol foram denunciados como criminosos entreguistas e agentes do imperialismo, que deveriam estar presos. Apesar da pouca divulgação por parte da esquerda, a Plenária representou um avanço na luta pela liberdade de Lula. Cabe aos comitês de luta contra o Golpe ampliar a organização, a agitação política de rua e a mobilização para derrotar os golpistas e libertar Lula do cárcere político de Curitiba.
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dência, campanhas salariais etc.) é necessário levantar alto e em bom tom a principal e maior de todas as lutas do momento: A luta pela liberdade do ex-presidente Lula, que no dia 07 de abril completa 1 (um) ano de cárcere, como preso político do regime usurpador, fraudulento e golpista. Esta coluna parabeniza a torcida do Náutico, exemplo a ser seguido por todas as outras torcidas dos times de futebol em todo o país. Campeonato Carioca De olho na Libertadores o Flamengo poupou suas principais peças e não foi além de um empate em zero a zero contra o Volta Redonda, no sá-
bado, pela quarta rodada do returno do “Cariocão”. O rubro-negro tem como prioridade a competição continental e em função disso vem escalando um time misto para os compromissos pelo estadual. Na partida, os rubro-negros foram superiores, dominando amplamente o jogo nas duas etapas. Mas a bola insistia em não entrar. Para completar, o Flamengo ainda teve dois lances em que o placar poderia ter sido aberto, em dois erros crassos, um do árbitro e outro da assistente. Um gol anulado e um pênalti não marcou deixaram os flamenguistas indignados com a arbitragem. Mesmo com o empate a situação do Flamengo na tabela ainda é confortável, pois necessita apenas de uma vitória nos dois próximos compromissos, contra o Madureira e contra o Fluminense. Em duas outras partidas – realizadas no domingo – o Vasco enfrentou a Cabofriense e foi derrotada pelo placar de 2 x 0. A derrota fez o Vasco perder a invencibilidade que vinha sendo mantida desde o início do ano. Na outra partida, no clássico “vovô”, Fluminense e Botafogo empataram em 1 x 1. O Fluminense esteve melhor em campo nas duas etapas, com maior volume de jogo e com as melhores oportunidades de gol. Ganso abriu o placar para os tricolores e Alex Santana empatou para os alvinegros. Os dois gols foram assinalados ainda no primeiro tempo. Na etapa complementar as duas equipes diminuíram o ritmo e não forçaram, parecendo estarem satisfeitas com o placar.