Edição Diário Causa Operária nº5620

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SEGUNDA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5620

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

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Sri Lanka: atentado vira pretexto para censurar a internet Sri Lanka não é um país muito noticiado na imprensa internacional, exceto em casos como o das explosões deste domingo (21/4), contra 3 igrejas e 3 hotéis de luxo em cidades importantes do país.

Perseguição política: FBI colocou anarquistas e Panteras Negras em lista de “extremistas” junto com nazistas, revela Wikileaks No país do golpe, crianças com necessidades especiais sofrem com descaso total

EDITORIAL

Macri, o traidor

No último sábado, dia 20 de abril, um homem de 55 anos foi morto pela polícia na praça da Igreja do Carmo, em Araraquara, interior de São Paulo. O fato ocorreu por volta das 17 horas, ou seja, em local movimentado e em plena luz do dia.

Após ouvir bombinhas, PM invade escola na Zona Sul de SP e dispara spray de pimenta contra estudantes Como de costume, nessa época do ano aproximam-se as comemorações de festas juninas, e comumente são realizadas diversas festas com a temática nas instituições de ensino, algumas tradicionalidades dessa festa típica, são muito utilizadas como as bombinhas, os então artefatos juninos. Foi necessária essa contextualização para explicar o acontecido na última semana na Escola Estadual Professor Manoel Tabacow Hidal na Zona Sul de São Paulo. Antes de a burguesia derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, no Brasil, e colocar o capacho Michel Temer em seu lugar, o imperialismo armou uma fraude para eleger, na Argentina, o vigarista Mauricio Macri, representante direto dos banqueiros.

Ciro Gomes mais uma vez ataca o PT: “corrupto igual ao PSDB”

TODA SEGUNDA ÀS19H

Polícia mata indigente em praça de Araraquara

Na última quinta-feira, dia 17 de abril, o ex-candidato à presidência da república pelo PDT, Ciro Gomes, foi entrevistado pela agência HuffPost Brasil e se posicionou a respeito da sua relação com a esquerda brasileira e sobre a atual crise política brasileira.

João Gordo: “Não troco ideia com fascista, é paulada!” Em entrevistas, durante a última semana e falando sobre a nova turnê da banda Ratos de Porão, “Brasil 30 anos”, o vocalista João Gordo expressou claramente seu repúdio aos fascistas, assim como aos “metaleiros” que andam por aí apoiando personagens da escória da humanidade.



OPINIÃO | 3 EDITORIAL

Macri, o traidor A

ntes de a burguesia derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, no Brasil, e colocar o capacho Michel Temer em seu lugar, o imperialismo armou uma fraude para eleger, na Argentina, o vigarista Mauricio Macri, representante direto dos banqueiros. Assumidamente “liberal”, Macri ecoava a campanha da imprensa burguesa contra os governos nacionalistas, apontando que o caminho para a “salvação” da América Latina seria o “Estado mínimo”. No entanto, nessa semana, o próprio Macri mostrou que o Estado mínimo não passa de mais um mito da direita golpista. Diante da falência e crise generalizada em que se encontra a Argentina, Macri anunciou o congelamento de preços e tarifas para conter a inflação. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos, a inflação argentina atingiu 4,7% em março, fazendo o índice acumulado dos últimos 12 meses

superar os 54%. O congelamento de preços na Argentina comprova o cinismo da direita internacional e a traição dos “neoliberais” à população que governam. Afinal, a campanha fraudulenta de Macri à presidência em 2015 teve como um dos principais pilares o ataque à inflação do governo de Cristina Kirchner. Além disso, o neoliberalismo foi mas uma desmascarado como uma farsa, uma espécie de seita ou religião que, embora seja inviável, possui um grupinho de adeptos pelo mundo. A religião neoliberal prega que, sem a interferência do Estado na Economia, o “mercado” funcionaria de maneira próspera. No entanto, como ficou demonstrado no caso argentino, nada funciona nessa etapa terminal do capitalismo, sendo o neoliberalismo apenas um mito para justificar um maior saque da população para enricar os banqueiros.

A própria imprensa burguesa tem chamado Macri de “traidor”, uma vez que o governo argentino decidiu intervir na Economia. Contudo, visto que o neoliberalismo é algo que não existe, Macri não é traidor dos interesses que o levaram à Presidência. Macri é um instrumento do imperialismo

para que os sanguessugas incrustados no Estado argentino continuem roubando a população argentina, independentemente da política que o governo esteja implementando. A “traição” de Macri à religião neoliberal, portanto, não é uma traição aos seus patrões.

CIRO GOMES MAIS UMA VEZ ATACA O PT

“Corrupto igual ao PSDB” N

a última quinta-feira, dia 17 de abril, o ex-candidato à presidência da república pelo PDT, Ciro Gomes, foi entrevistado pela agência HuffPost Brasil e se posicionou a respeito da sua relação com a esquerda brasileira e sobre a atual crise política brasileira. Tal como vinha fazendo desde antes das eleições o ano passado, Ciro se esforçou para fazer de sua entrevista um ataque ao Partido dos Trabalhadores (PT) e suas lideranças e mostrou mais uma vez ser um demagogo oportunista. Na sua entrevista Ciro acusa o PT de ser corrupto, tal como a burguesia vem fazendo sistematicamente, e afirmou que ele seria igual ao PSBD. Ciro Gomes, que desde antes das eleições operou como um “cavalo de Tróia” da direita dentro da esquerda, deixa cada vez mais claro que seu compromisso não é com a esquerda, tampouco com

os interesses reais do povo brasileiro, mas sim em engrossar a campanha da burguesia contra o PT e as organizações do movimento operário em geral. Após mais de três meses de uma um governo em profunda crise política Ciro Gomes não tem nada a falar a não ser suas tradicionais criticas e ataques ao PT e à esquerda, cumprindo muito bem seu papel de articulista dos interesses da burguesia dentro da esquerda. Além disso Ciro também acusa a Vox Populi, instituto de pesquisas de ser “um instituto fraudulento manipulado pelo PT”. Mais uma vez Ciro mostra que está disposto a atacar todas as instituições ligadas ao movimento operário para satisfazer os interesses dos capitalistas, inclusive desmoralizando e acusando essas organizações de corrupção. Em determinado ponto da entrevista, quando perguntado a respeito

da relação da esquerda com as declarações da deputada Tábata Amaral (PDT-SP) Ciro declarou “essa cúpula do PT apodreceu. É impressionante. Você vê que as pessoas não têm memória, não querem ter, mas o PT faz igualzinho o PSDB mais corrupto. Igual.”. Ao igualar o PT e o PSDB, Ciro, que é intimamente ligado aos coronéis que exploram a miséria do povo no nordeste do país, faz demagogia com a “campanha contra a corrupção” que é amplamente utilizada pela direita para perseguir politicamente esquerda e as lideranças do movimento popular. Além de ser um total farsante, o ex-presidenciável do PDT também ajuda a impulsionar o discurso da extrema-direita, o que é inaceitável. Ciro gomes vem sistematicamente atuando como um elemento de confusão política dentro da esquerda e busca agrupar todo um setor esquerdista contra o PT. Ao invés de atacar o governo Bolsonaro e confrontar os

TODOS OS DIAS NA CAUSA OPERÁRIA TV

ataques que este governo prepara, Ciro se concentra em atacar o PT e inclusive elogia o governo do fascista do PSL no combate ao crime organizado e facções criminosas. Por detrás da fachada de esquerdista o que vemos é um elemento intimamente comprometido com o programa neoliberal, que inclusive apoia a reforma da Previdência, e que representa os interesses da burguesia dentro da esquerda. É preciso deixar claro: Ciro Gomes não é de esquerda! Assim sendo, a política levada adiante por Ciro, assim como pela maior parte do PDT de conjunto, vem sendo a de não se confrontar com a extrema-direita e de fazer política voltada ara o ataque aberto às instituições e organizações de esquerda. Poderíamos até mesmo dizer que Ciro faz política muito mais para o MBL do que para a classe trabalhadora e que procura muito mais agradar aos seus patrões da FIESP do que lutar pelos direitos dos trabalhadores.


4 |POLÍTICA E INTERNACIONAL

JOÃO GORDO

“Não troco ideia com fascista, é paulada!” E

m entrevistas, durante a última semana e falando sobre a nova turnê da banda Ratos de Porão, “Brasil 30 anos”, o vocalista João Gordo expressou claramente seu repúdio aos fascistas, assim como aos “metaleiros” que andam por aí apoiando personagens da escória da humanidade. Não é nenhuma novidade, que o viés histórico de todo o Heavy Metal é de crítica ao sistema capitalista, mas frente ao surgimento minoritário de direitistas que tem se posicionado em shows de Heavy a favor da extrema direita, João Gordo foi categórico: “Esses metaleiros fascistas vão tudo se arrepender. Como esses caras dizem ser satanistas, escutam black metal, falam que são fãs do capeta e tal, mas apoiam cristão fundamentalista? Os caras são loucos” o roqueiro ainda conclama: “Não troco ideia com fascista, é paulada”. O Heavy Metal surgiu dentro das maiores periferias dos Estados Unidos e da Europa procurando em suas letras criticar as estruturas dominantes e excludentes. O termo ou conceito de satanismo dentro do gênero musical não é uma expressão espiritual ou religiosa, e sim uma crítica e uma oposição a todo tipo de atrocidade e disseminação de violência e repressão que sempre foi justificado por meio do cristianismo.

Repressão policial No conflito violento Desobediência civil Caminhando contra o vento Patriotada varonil Vai! Cubra sua cara e sai Linha de frente e vai Grite com ódio e vai Não perca o foco Borrachada para todos Todo mundo apanha igual Criança, velho, aleijado Jornalista toma um pau

Neste sentido as músicas dos Ratos de Porão, são da mais pura linhagem satanista, entre às que estarão na turnê temos: “Amazônia nunca mais”, “Retrocesso”, “Farsa nacionalista”, “Máquina militar”, “SOS país falido”. Segundo João, são músicas que dão até medo de escutar, cara, porque retratam o que está acontecendo. “Amazônia nunca mais” denuncia a situação do desmatamento, o assassinato de protetores da natureza, de ativistas ou essa expulsão de índios das terras desmarcadas”. Apesar de não levantar a fraude eleitoral política ocorrida nos últimos tempos, Gordo criticou a atual situação do país: “É um retrocesso, né, cara? A volta do regime militar… Não que eu seja a Mãe Diná, mas como o Brasil não mu-

da, né? Tá sempre cometendo os mesmos erros, o pessoal está sempre votando nos mesmos filhos da puta. Você vê como é cíclica a parada, cara“. Em linhas gerais, a análise de João Gordo de que “Não troco ideia com fascista, é paulada!”, se coaduna com o que há muito tempo, o Partido da Causa Operária defende e implementa, “Com Fascista não se discute, se combate!”. Para finalizar, a letra da música “Conflito violento”, do enorme repertório da Banda, mostrando claramente sua posição contra o fascismo. Conflito violento Gás lacrimogêneo Bomba de efeito moral Bala de borracha na cara

Com vinagre tá detido Barricada, choque, fogaréu Olho ardendo tá perdido Estilhaços, feridos a granel Vai! Cubra sua cara e sai Linha de frente e vai Grite com ódio e vai Não perca o foco Cuidado com infiltrado E a má fé da policia Não seja subjugado Por essa corja fascista Prisão arbitrária Ação repressiva Ação de canalhas Terceiro mundista Gás…


CIDADES | 5

SÃO PAULO

Polícia mata indigente em praça de Araraquara N

o último sábado, dia 20 de abril, um homem de 55 anos foi morto pela polícia na praça da Igreja do Carmo, em Araraquara, interior de São Paulo. O fato ocorreu por volta das 17 horas, ou seja, em local movimentado e em plena luz do dia. De acordo com a versão do portal CidadeOn o homem teria jogado pedras na bicicleta de uma criança que passeava pelo local e a polícia foi acionada. O morador de rua teria ido para cima de um dos dois policiais com uma faca, o policial se desequilibrou e seu parceiro atirou no homem que morreu no local e teria também sido alvejado pelo outro policial. Apesar da história publicada no portal, testemunhas que estavam presentes no momento contam uma versão bem diferente da divulgada. De acordo com a pessoa que estava em uma das várias lanchonetes ao redor da praça da igreja um tumulto começou com a chegada da polícia e havia o andarilho que morreu, três outros andarilhos e sete policiais no total. Segundo outra testemunha os policiais já estavam com arma em punho. O homem que teria jogado pedra na criança tentou a se retirar do local e um dos policiais foi correndo atrás do mesmo e deu uma

“voadora” nele. Ele caiu e já levantou com uma faca na mão. Uma das testemunhas estava se dirigindo ao local na tentativa de acalmar os ânimos, entretanto quando olhou para trás para ver se sua companhia estava lá, ouviu três disparos. Não houve prestação de socorro imediato por parte dos policiais, esperaram a chegada do corpo de bombeiros e do SAMU. Outras testemunhas estavam no local, inclusive uma bem mais próxima do ocorrido, mas todas elas têm medo de ser identificadas, portanto não

deram depoimento, afinal, a polícia executou uma pessoa que poderia ser imobilizada de outras formas, ao lado de uma igreja, em plena luz do dia e qualquer pessoa de bom senso temeria retaliação. É de extrema importância lembrar que, durante a campanha eleitoral para o governo do Estado de São Paulo no ano passado, o então candidato João Doria afirmou que em seu governo a polícia atiraria para matar. Não que deixasse de fazer isso nos demais governos do PSDB, afinal a política de

extermínio da população pobre, negra e periférica vem sendo adotada há tempos, mas nunca houve uma campanha pública para que isso fosse tratado como algo natural. Não é função da polícia matar a população, entretanto após Jair Bolsonaro ganhar as eleições, e seu apoiador em São Paulo também (BolsoDoria), parece que os oficiais estão levando a sugestão ao pé da letra, inclusive, na semana passada, em outro estado, invadiram a casa de um garoto de 19 anos que estava com uma espingardinha de pressão mirando em latinhas e o executaram sem nenhum aviso prévio. Essas ações, que podemos nomear execuções, são mais uma das consequências do golpe de estado que vêm aumentando a repressão já ha três anos. A PM se sente, com o atual governo golpista e fascista, acusadora, juíza e carrasca da população, entretanto, só quando se trata de pessoas pobres. Para barrar a ofensiva do aparato autoritário do Estado contra a população é necessário lutar para que aqueles fascistas que a tutelam saiam do poder político. Para que as execuções feitas por policias não se tornem mais rotineiras do que já são é preciso ir as ruas contra o golpe de estado e levantando a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

SÃO PAULO

Após ouvir bombinhas, PM invade escola na Zona Sul de SP e dispara spray de pimenta contra estudantes C

omo de costume, nessa época do ano aproximam-se as comemorações de festas juninas, e comumente são realizadas diversas festas com a temática nas instituições de ensino, algumas tradicionalidades dessa festa típica, são muito utilizadas como as bombinhas, os então artefatos juninos. Foi necessária essa contextualização para explicar o acontecido na última semana na Escola Estadual Professor Manoel Tabacow Hidal na Zona Sul de São Paulo. A Polícia Militar, fazia ronda pela região e segundo relatado, ouviu dis-

paros de bombinhas dentro da instituição e prontamente adentraram o estabelecimento. Fato é, que isso se caracteriza como mais uma ação arbitrária da PM dentro das escolas, desde o Massacre de Suzano, que abriu um precedente para a mesma se sentir a vontade para entrar dentro das escolas e coibir os estudantes de forma indiscriminada. Durante essa ação, a polícia não se contentou em apenas invadir a escola, mas também fez uso de spray de pimenta contra cerca de 50 alunos e apreendeu um, cujo o apontaram co-

mo o responsável pelos disparos que os levou até a escola. Durante a ação truculenta, um estudante teve seu uniforme rasgado e uma estudante chegou a desmaiar devido ao spray de pimenta. Como de costume, a PM afirmou que fora necessário o uso “moderado” de técnica de controle de distúrbio contra um grupo de 50 alunos que se colocaram contra a ação policialesca. O estudante acusado pela PM fora levado para a delegacia, acompanhado de seu responsável e logo em seguida fora liberado.

Esse cenário, demonstra a situação política na prática, o avanço da extrema-direita está estritamente ligado com o reforço do aparato repressor e a instalação do clima de terror contra a população. Esse fato, está dentre os diversos que aconteceram no último período, a juventude está sendo encurralada e massacrada pelo regime golpista. Nesse sentido, é preciso organizar a reação e lutar contra a escola com fascismo que tem atuado arduamente contra os estudantes e toda a comunidade escolar.


6 | INTERNACIONAL

SRI LANKA

Atentado vira pretexto para censurar a internet S

ri Lanka não é um país muito noticiado na imprensa internacional, exceto em casos como o das explosões deste domingo (21/4), contra 3 igrejas e 3 hotéis de luxo em cidades importantes do país. Acontece que os atentados não são por acaso. O país atravessa dura crise política. Em outubro do ano passado, o presidente Maithripala Sirisena nomeu como primeiro-ministro o ex-presidente Mahinda Rajapaksa, no lugar do então empossado Ranil Wickremesinghe. O movimento gerou grave crise no governo. Foi mais um golpe típico da atual crise capitalista, quando forças da grande burguesia racham e as rupturas entre poder executivo e legislativo se aprofundam, levando o país a uma situação insustentável. No acirramento das tensões, a burguesia procura reprimir como pode as revoltas que aparecer a qualquer momento. Para isso, ela se utiliza de

expedientes como os que se verificam neste caso. Logo na sequência dos atentados, o governo estabeleceu um toque de recolher nacional, para seus mais de 20 milhões de habitantes, das 18h desta noite às 6h da manhã. Além

do mais, estabeleceu um bloqueio temporário de redes sociais como Facebook, Instagram, Youtube, Whatsapp e outras, sob o curioso pretexto de “evitar a disseminação de notícias falsas.”

Cabe lembrar que o toque de recolher nacional é uma medida impopular e que afeta principalmente o sustento dos trabalhadores mais pobres, que atuam na informalidade. Além disso, a interrupção de serviços de comunicação é prejudicial, também ao povo, que precisa de meios de contato para se atualizar sobre a situação, falar com parentes etc. A maior razão para esta interrupção não é bloquear notícias falsas, mas as notícias verdadeiras, que aumentam o desgaste do governo. Qualquer governo em crise que sofre tamanho atentado vira alvo de crítica de todos os lados. Temendo perder o controle, o governo impopular e dividido de Sirisena se viu forçado a adotar estas medidas extremas. São demonstrações de um desespero. Incapaz de controlar a população através de um governo estável, o presidente precisa parar o país inteiro e interromper suas vias de comunicação. Não é uma exceção, mas um padrão que tende a se repetir no capitalismo decadente da atualidade.

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

FBI colocou anarquistas e Panteras Negras em lista de “extremistas” junto com nazistas, revela Wikileaks C

om a prisão ilegal de Julian Assange pelo imperialismo, o Wikileaks atendeu ao seu pedido de divulgar todos os documentos que a entidade tinha em mãos caso seu líder fosse algum dia preso. Dentre os milhares de novos arquivos publicados no site do Wikileaks, encontra-se um Relatório Especial de Aplicação da Lei, do Centro de Análises de Informação do estado do Colorado (EUA), datado de 9 de novembro de 2006, cujas informações foram fornecidas pela Força Tarefa Conjunta de Combate ao Terrorismo do Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês). O documento, de 12 páginas, era destinado a uso oficial apenas e sua intenção era servir como guia “para possível identificação de membros e ou ativistas relacionados a cada gru-

po”. Ou seja, um guia para perseguição política por parte das autoridades imperialistas contra grupos considerados “extremistas”, da mesma forma que ditaduras costumam tratar os “subversivos” que se opõem a elas. A maioria das organizações e símbolos relatados no documento é de extrema-direita, nazistas, como a Ku Klun Klan, com símbolos como a suástica ou o emblema das SS de Adolf Hitler. No entanto, há também a descrição de símbolos anarquistas e do Novo Partido dos Panteras Negras. Isso significa que o FBI considerava (e, possivelmente, ainda considera) anarquistas e militantes negros como “extremistas” do mesmo nível que nazistas, e que trabalha para monitorá-los, espioná-los e incriminá-los devido à luta que aqueles dois grupos realizam contra o regime norte-americano.

TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, 14H00

Junto aos símbolos, há uma descrição deles e de seus respectivos movimentos, como se fossem proibidos ou grupos criminosos. Nota-se, portanto, que a “democracia” norte-americana é mera fachada pa-

ra esconder um gigantesco estado policial que persegue e reprime os grupos dissidentes, os opositores e qualquer um que posse representar a menor ameaça para o sistema de exploração capitalista.

TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, 12H30


JUVENTUDE E COTV | 7

EDUCAÇÃO PÚBLICA

No país do golpe, crianças com necessidades especiais sofrem com descaso total E m todo país são inúmeros os exemplos do caos em que se encontra a educação pública. Um dos exemplos é a assistência às crianças com necessidades especiais (NEs), ou com transtornos do desenvolvimento, que de acordo com a legislação brasileira, amparada em inúmeras leis e decretos (Constituição, ECA, LDB, Declaração de Salamanca, entre outras), garantem a inclusão das crianças brasileiras nestas situações. A situação que já não era boa anteriormente, mas que caminhava na perspectiva do acolhimento qualitativo e da inclusão satisfatória destas crianças às redes públicas de ensino, com o golpe de Estado, toda essa perspectiva está sendo destruída rapidamente, pelos governos golpistas em todos os âmbitos, federal, estadual e municipal. O termo necessidades especiais é muito genérico, abrange as mais diferentes síndromes infantis, onde todas essas crianças precisam de um apoio, de um olhar, de uma atenção especial, de um acompanhamento, além de muito carinho. Definido em lei, a criança portadora de necessidades especiais, tem a necessidade de cursar uma escola normal, sendo um ramo da educação voltado para o atendimento e educação de pessoas com alguma deficiência. Preferencialmente em instituições de ensino regulares ou ambientes especializados (como por exemplo, escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas que atendem a pessoas com deficiência motora e intelectual). São também considerados

público-alvo dessas escolas crianças com transtornos globais de desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação de acordo com o art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que diz: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.” Em São Paulo, onde o fascista Bruno Covas já desferiu um grande golpe com a aprovação da reforma da previdência Municipal e a diminuição salarial da categoria em mais de 3% ao mês e onde a situação de atendimento às crianças com necessidades especiais é crítica, mais um corte, piora ainda mais a situação. Nas escolas da capital paulista, professores com formação específica que atuam neste atendimento, estão sendo totalmente desrespeitados pelo governo, em que através de portaria no final do ano anterior determinou que todos os professores designados para funções, como de salas de leitura, de informática, ou das salas de recursos(que atendem aos NEs), perderam o direito de ter turmas atribuídas no início do ano letivo, situação que gera uma enorme segurança aos profissionais de educação, pois se por qualquer motivo o professor se ver impedido de continuar a lecionar em qualquer destes cargos designados, o professor perde o direito de continuar a lecionar na mesma

unidade escolar sendo obrigado a participar de novas atribuições, correndo o risco inclusive de mudar de região. Não bastasse este ataque, os professores municipais da capital paulista estão sendo informados em suas respectivas regiões, através das chefias, que novos contratos para estagiários não serão reabertos pela secretaria da educação. Os estagiários cumprem uma importante função, ao mesmo tempo em que atuam diretamente na sua formação educacional e pedagógica, auxiliam os professores no atendimento pedagógico às crianças, muitas vezes com auxílios individualizados aos discentes com mais dificuldades, orientados pelo professor titular da classe. Em muitos casos esta assistência é de grande valia aos profissionais da educação, frente ao total descaso e ataque das administrações públicas à educação do povo. Com salas superlotadas, em geral com mais de 30 alunos, os professores ainda têm a obri-

gação de atender a crianças, com as mais diversas necessidades especiais, ou transtornos globais de desenvolvimento. Em todo o país, os professores sofrem com salas superlotadas e ainda com a adição de crianças com as mais diversas necessidades de atendimento, individualizado e especializado, sem contar a falta de investimentos em materiais, equipamentos, tecnologia e formação pedagógica específica dos profissionais, somados aos baixos salários, que levam os docentes a trabalhar em várias redes e com cargas horárias que de longe ultrapassam o mínimo estabelecido na Constituição Federal, que é de 44 horas semanais, a cada dia aumentam as licenças médicas e afastamentos por doenças decorrentes da excessiva carga de trabalho. É necessário a mobilização das comunidades escolares contra mais este crime que atinge em cheio, os setores mais necessitados da população.

COTV

Causa Operária TV: acompanhe a programação desta segunda-feira

Confira a nossa programação desta segunda-feira, dia 22 de abril, e não deixe de contribuir e se tornar um membro do canal. 10 horas – Reunião de Pauta

11 horas – Panorama Brasil 12 horas – Conexão Caracas 15 horas – Jornal das 3 17 horas – Universidade Marxista 19 horas – Tição – programa de preto 20h30 – Resumo do Dia

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8 | POLÍTICA

GOLPISTAS

Assim como a direita, PDT quer esconder a polarização política N

esta segunda-feira, dia 15 de abril, a deputada federal Tábata Amaral, eleita nas ultimas eleições pelo PDT, participou de um evento patrocinado pela imprensa burguesa e golpista e, mais uma vez, fez coro com as declarações da extrema-direita. De acordo com a deputada, ao ser interpelada pelos repórteres da Revista Veja (um dos principais veículos da burguesia golpista no Brasil), a polarização politica que tem definido a situação política no Pais é ruim politicamente. O evento, intitulado Fórum VEJA EXAME 100 dias de governo, tinha o objetivo de debater os primeiros 100 dias do governo de Jair Bolsonaro, sobretudo as questões ligadas à educação no Brasil. Como tem sido a regra entre os representantes da esquerda pequeno-burguesa, a deputada do PDT não perdeu a oportunidade de fazer de sua intervenção uma réplica do discurso veiculado justamente pelos golpistas e pela extrema direita, colocando a culpa do desastre econômico e social que o país vive no debate polarizado que ocorre no legislativo. Segundo a fala da deputada reproduzida na própria Revista Veja “Essa coisa de

esquerda e direita faz muito mal para o Brasil não só porque ameaça a democracia, mas porque rouba tempo precioso de discussões que realmente importam”. O problema central é que o discurso que visa suprimir o debate político entre as distintas correntes ideológicas e colocar esse debate como um “obstáculo” é amplamente utilizado justamente pela extrema-direita, além de ter sido historicamente utilizado pelos próprios grupos fascistas na Itália e na Alemanha, com o objetivo de ampliar a censura no país e perseguir os grupos e organizações de esquerda que buscam fazer a oposição a Bolsonaro nas ruas. A ideia de se posicionar acima da discussão entre esquerda e direita, ou mesmo de evitar o posicionamento político aberto, é uma marca dos grupos e personagens políticos oportunistas que não tem nenhum interesses de levar adiante a luta dos trabalhadores e oprimidos, mas buscam apenas fazer demagogia no parlamento e a manutenção dos seus cargos. A burguesia e a extrema-direita, assim como seus aliados dentro da pequena-burguesia, buscam mascarar

a luta de classes através de posicionamentos confusos que divergem do sentido real da política: a luta entre as classes sociais pelo poder político. Esse discurso não passa de pura besteira e demagogia política utilizada de forma oportunista por uma ala da esquerda burguesa que está mais próxima de Bolsonaro do que da classe operária e se distancia da luta política em nome da luta eleitoral. A polarização política do Brasil, devemos esclarecer, é fruto do acirramento das contradições de classe que

se tornaram cada vez mais intensas na medida em que o Golpe de Estado avançou no país. A derrubada do governo petista, a prisão de Lula e a sequência de ataques aos direitos dos trabalhadores que a burguesia vem levando adiante colocam em choque as organizações populares e as instituições burguesas e ai a polarização surge. Negar a polarização, ou mesmo tentar evitá-la, é justamente o plano dos golpistas que querem desmobilizar a luta contra o regime político e o governo da extrema-direita.

TAREFA DO MOMENTO PARA OS PROFESSORES

Estudar, enfrentar e derrotar o fascismo

O

s ataques fascistas na educação se ampliam cotidianamente, assassinatos em massa, como na escola de Suzano, agressão e prisão de professores por forças policiais dentro das escolas, agressões por elementos

direitistas de comunidades escolares aos mestres, escolas militarizadas, intimidação de professores através de redes sociais, entre dezenas de outros exemplos. É necessário dar um basta a toda essa situação. Para isso o Parti-

do da Causa Operária e os Comitês de luta contra o golpe de Estado por todo país estão chamando os trabalhadores a estudar e a agir contra o fascismo. Baseado no curso que o PCO que organizou em janeiro último “Fascismo: o que é e como combatê-lo”, durante sua 43ª Universidade de Férias, agora chama os trabalhadores, estudantes e professores, a lutarem contra o fascismo, antes que, assim como a história já mostrou ele acabe conosco. Como forma de ampliar a luta e atingir mais interessados em conhecer a história do surgimento do fascismo e impedir o avanço da extrema direita no país, estamos organizando e realizando em dezenas de cidades versões resumidas do curso apresentado pelo

companheiro Rui Costa Pimenta, com o objetivo de reproduzi-los em mais de 100 cidades. Assim convidamos a todos os professores e trabalhadores que se juntem a nós nesta luta e organizem debates em suas escolas, bairros e comunidades, estamos disponíveis para ampliar a luta junto com vocês. As primeiras rodadas aconteceram em 13 e 14 de abril nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Alagoas, seguido dos primeiros cursos municipais em 27 e 28 de abril, sendo o curso gratuito e aberto a qualquer pessoa, basta se inscrever no link. Inscreva-se e acompanhe o Diário Causa Operária para saber em quais cidades o curso será apresentado. É uma oportunidade para se aprofundar no tema e aprender com os próprios militantes do partido que ministrarão os cursos regionais.


MOVIMENTO OPERÁRIO E MORADIA E TERRA | 9

PROFESSOR É DEMITIDO POR CRITICAR BOLSONARO

Abaixo o “Escola com Fascismo”

D

urante a semana um vídeo gravado, sem autorização ou conhecimento do professor, em sala de aula, viralizou e culminou, na quarta-feira (17/04), na demissão do professor de geografia do Colégio Particular Poliedro em São José dos Campos, interior de São Paulo. No vídeo o professor fazia críticas ao governo golpista de Jair Bolsonaro nas quais afirmava: “Já parou pra pensar que esse imbecil que ganhou porque foi a maioria que votou? Então foi democrático, certo? Mas sabe o que é pior? É quando a maioria que ganhar quer que a outra parte se f*. Se a maioria ganha e quer ajudar o resto, é uma coisa, mas quando a maioria ganha e

quer que o preto se ferre, o pobre se ferre, o gay se ferre e a mulher se ferre, aí é pior que uma ditadura” e ainda, lembrando do cinismo da primeira dama colocou: “Lembra que a mulher dele foi lá, linda fazer discurso pra surdo? O que ele fez no dia seguinte? Ele excluiu a pasta que cuida dos direitos de todos os surdos”. As críticas do professor são extremamente moderadas, já que o mesmo acredita que esse governo é fruto de um processo democrático e que, de fato, a maioria da população teria escolhido Jair Bolsonaro como presidente da república, sem levar em consideração toda a fraude que atingiu o processo, desde a perseguição e

prisão de Lula, que era quem liderava as pesquisas e certamente ganharia as eleições se tivesse participado do pleito, criticando apenas, em sua fala, as mentiras nas redes sociais. O professor pede ainda para os alunos se informarem sobre plano e medidas do governo para contestar sua posição. O que acontece neste caso é censura, pura e simples. Os professores não podem mais emitir opinião divergente dos golpistas em sala de aula, sobretudo em colégios particulares, pertencentes aos grandes tubarões do ensino pago, que são, em quase sua totalidade, simpatizantes (pra dizer o mínimo) do governo golpista de Jair Bolsonaro. Uma parcela minoritária da juventude, essa que em casa é submetida ao ódio bolsonarista contra a educação por influência dos pais, se colocou na cruzada contra a laicidade do ensino e resolveu promover uma caça às bruxas contra professores minimamente progressistas, que defendem qualquer direito social, fazendo vídeos desse tipo nos quais levam os professores a opinar fazendo perguntas sobre temas políticos e filmam, com o objetivo claro de prejudicar o professor, provavelmente orientado pelos pais ou pelos canais coxinhas do YouTube que incentivam tal comportamento. O colégio, cinicamente, lançou uma nota para esclarecer a situação onde, entre muitas falácias, afirma que: “Reiteramos que a escola é um espaço pa-

ra a pluralidade de ideias e para o diálogo, que favoreça o desenvolvimento intelectual e ajude o aluno a formar suas próprias convicções com respeito a visões divergentes”, o que parece até piada, mas não passa de mau caratismo mesmo. Vale lembrar que esse não é o primeiro caso de perseguição aberta a professores, desde o ano passado vem acontecendo demissões, punições, afastamentos, abordagem policial e ate prisão de professor, como vimos na semana anterior nesse mesmo diário. A liberdade de expressão nas escolas está por um fio. Enquanto a esquerda pequeno burguesa se preocupa em censurar o “humorista” Danilo Gentili, professores vêm sendo coagidos e censurados diariamente desde a divulgação do resultado das eleições do ano passado. Para barrar a ofensiva golpista contra os professores e contra a própria educação é necessário construir uma grande luta em torno da liberdade de expressão tanto de professores, que devem se organizar em sindicatos e associações para combater o fascismo nas escolas e universidades, como de toda a população e tomar as ruas pela queda do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e todos os golpistas, pela liberdade de Lula. Para denúncias contra perseguição, o PCO, a Corrente Educadores em Luta e os Comitês de Luta contra o Golpe tem o número do disk solidário – (11) 97244-6304. Ligue e denuncie.

MINHA CASA MINHA VIDA

Programa Minha Casa Minha Vida está ameaçado O governo Bolsonaro liberou R$ 800 milhões para o programa Minha Casa Minha Vida de forma adicional, o que ajudará a cobrir desembolsos de 550 milhões atrasados. Mas nada garante a permanência do programa, que foi estendido com esses valores até junho. O recurso suplementar só foi liberado por pressão das construtoras, e majoritariamente daquelas que atuam na faixa 1 do programa, da qual destina-se a famílias com renda até R$ 1.800 mensais. Nessa faixa, 90% do valor do imóvel é pago com dinheiro do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). A verba para o programa em 2019 seria de R$ 4,6 bilhões. Construtoras de faixas superiores,

mesmo com subsídio menor, recebem atrasado e têm o temor da falta de dinheiro. São Paulo é um dos poucos estados que podem se recuperar e seria diretamente atingido caso haja suspensão dos recursos federais. Números do Sindicato do Mercado Imobiliário do estado de São Paulo demonstram que metade das unidades lançadas em 2018 na capital pertencia ao Minha Casa Minha Vida. A paralisação das obras é o último recurso das construtoras, segunda a Folha de SP as companhias relatam que suspenderam a procura por novos terrenos e estão revendo estratégias para novas aquisições e lançamentos. A MRV Engenharia maior companhia do Brasil no segmento mais popular,

com base em prévias operacionais mostra que a empresa não gerou caixa pela primeira vez em 26 trimestres. Os empresários do ramo classificam o cenário como dramático. Alguns veem um cenário de caos, pois o governo não consegue honrar com os 1,5% de participação que tem no programa. As empresas do programa reclamam desde o início do ano da redução nos repasses de valores. Um decreto publicado pelo Ministério da Economia fixou novos tetos de desembolso para o MCMV, reduzindo em 39% o limite para pagamento do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), que passou a gerenciar o programa após a extinção, do Ministério das Cidades.

Na última quarta-feira (17), o MDR informou que, em abril e maio, os repasses para o programa serão de R$ 550 milhões. Em junho, o valor será reduzido para R$ 500 milhões. A incerteza se mantém após essas informações. Não é claro se os R$ 800 milhões adicionais garantem os valores contingenciados ou se pagarão os R$ 550 milhões, em atraso. No Ceará, existem 5.430 obras de empresas na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. São 1.800 trabalhadores que, em último caso, poderão ser dispensados se as construções forem paralisadas. O que fica claro é o avanço da política neoliberal de aprofundamento da concentração das riquezas nas mãos dos banqueiros. A saída é reforçar a palavra de ordem Fora Bolsonaro que já está na boca do povo, libertar Lula nas ruas e derrotar os golpistas.



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