Edição Diário Causa Operária nº5658

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QUINTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5658

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

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HOJE, TODOS ÀS RUAS

FORA BOLSONARO

Estão convocadas para hoje mais de 150 manifestações, em todo o País e até no exterior, contra o governo Bolsonaro e seus ataques à Educação.

Manipulação: El País compara Qual deve ser a atos bolsonaristas com política para as chavismo e petismo EDITORIAL

manifestações?

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Um dos mais importantes veículos de comunicação do imperialismo estrangeiro é o jornal espanhol El País.

POLÍTICA

Veja onde ocorrerão os atos nacionais contra Bolsonaro POLÍTICA

Frente com os golpistas “amplia”? Flávio Dino quer aliança com a direita “boa”

Atos de hoje são sim contra o governo Bolsonaro POLÍTICA

As grandes manifestações do dia 15 de maio foram muito além do seu propósito inicial. Aconteceu um protesto contra a reforma da Previdência? Sem dúvida.

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Imprensa golpista tenta encobrir o fracasso das manifestaçoes pró-Bolsonaro



OPINIÃO| 3 EDITORIAL

Qual deve ser a política para as manifestações? A

s grandes manifestações do dia 15 de maio foram muito além do seu propósito inicial. Aconteceu um protesto contra a reforma da Previdência? Sem dúvida. A comunidade universitária se manifestou contra o corte de verba? Certamente. Mas, além das reivindicações parciais, o movimento sintetizou em um único grito de guerra todo o sentimento popular de repúdio ao golpe e ao governo do fascista Bolsonaro entalado na garganta dos manifestantes unificando as diversas lutas parciais em curso. Esse grito foi o “Fora Bolsonaro”.

Por si, isso já deveria ser suficiente para que as organizações do movimento abandonassem o salto alto, deixassem de lado sua soberba, e interpretassem a realidade como ela é, de fato, e não o que a aparência das eleições golpistas causou nas mentes perturbadas pelo golpe de Estado no país. Não foi isso que aconteceu, pelo menos até o momento. Afinal, sabedoria popular para quê? Quem sabe, com mais do mesmo também não cheguemos lá? Afinal é muito mais fácil mobilizar pelas lutas parciais,

pensam os nossos sábios, do que pelo todo. O que ontem foi a mobilização contra a reforma da Previdência, amanhã será contra a destruição do ensino, depois contra a privatização dessa ou daquela empresa, depois, ainda, contra o desemprego e assim, ao invés de termos um eixo que expresse a luta contra o conjunto da obra, uma luta pedacinho por pedacinho até o dia em que façamos uma luta com uma pauta de mobilização e reivindicações que somem as centenas ou milhares de medidas produzidas pelo golpe contra

o conjunto da população explorada do país. Essa lógica às avessas é o grande impasse na atual etapa da luta política no país. Atacar o problema pela raiz ou atacar apenas os seus efeitos colaterais? Mais, se tratarmos apenas dos efeitos secundários será possível salvar o paciente, no caso o povo, impedindo, por exemplo, com medidas parciais ou paliativas que o cancro tome novas formas, recobre as forças e avance sobre o paciente? O dia 15 de maio mostrou qual é o remédio.

COLUNA

Luta de classes é destaque entre os premiados do festival de Cannes Por João André Silva

A

72ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes, terminou no último sábado, dia 25 premiando dois filmes brasileiros, “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, do diretor cearense Karim Ainouz e “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Já falei a respeito de “Bacurau” na coluna da semana passada, antes do resultado divulgado no sábado. Mas vale aqui ressaltar o caráter político e de protesto do novo filme de Kleber Mendonça Filho que depois do protesto no tapete vermelho em 2016, quando “Aquarius” concorria ao prêmio causou furou internacional. Este ano o protesto, segundo o diretor veio em forma de filme. “Bacurau” conta a história de resistência, armada, de uma população massacrada por um político autoritário no sertão pernambucano que para calar a voz do povo con-

trata mercenários norte-americanos. Na premiação divulgada no último sábado, “Bacurau” ganhou o Prêmio do Juri, o terceiro mais importante do festival. O filme brasileiro dividiu o prêmio com o francês “Les Miserables”, de Ladj Ly. O prêmio principal ficou com “Parasite”, ou em português, “Parasita”, do sul coreano, Boog Joon-ho. O que chamou a atenção entre esses filmes foi a temática, além de “Bacurau”, “Les Miserables” e “Parasite”, são filmes extremamente políticos que ressaltam a luta de classes de maneira bem latente. Começando por “Bacurau”, temos uma cidade pequena, desprotegida do sertão nordestino que é tomada por estrangeiros, mais diretamente, norte-americanos, que enfrentam à bala, uma população sofrida, mas combativa, que não se curva e pega em armas para se defender. O filme é mais que isso, mistura ficção científica, filme de faroeste, terror B e também comédia,

mas no essencial é a resistência, a luta contra o imperialismo representada pelos mercenários. Em “Les Miserables”, o diretor Ladj Ly, mostra a repressão policial nas periferias parisienses para conter a população pobre, principalmente imigrante, que vivem às margens da cidade luz. No início, como ironia, o diretor mostra as comemorações entre todos, da vitória da França na Copa do Mundo de 2018, para depois mostrar que a integração, a harmonia, não existem e que os pobres de Paris, sejam nativos ou estrangeiros, são vigiados, controlados, reprimidos para não atrapalharem a “ordem” e eles reagem. Não à toa o filme tem o título de “Os miseráveis”, em referência clara ao clássico de Victor Hugo. Já o prêmio principal, a Palma de Ouro, ficou com o sul coreano, “Parasita”, que pelo nome já delimita uma parcela da sociedade sul coreana que

poderia ser qualquer uma do planeta. No filme é mostrado o contraste entre duas famílias, uma rica, a parasita, outra extremamente pobre. A rica vive no luxo exacerbado, em condições em que a minoria vive no mundo. Já a família pobre é muito pobre, daquelas famílias em que todos os membros estão desempregados, que passam fome, necessidades básicas, que vivem em condições subumanas. Até que essas duas famílias se cruzam e as diferenças sociais, de classe, ficam ainda mais evidentes e o que é melhor, se acirram. Não é possível supor porque tamanha premiação para filmes tão políticos, já que Cannes é um dos mais versáteis e, falando no jargão da moda, plurais, festivais de cinema do mundo. Talvez o momento político extremamente propício fez aguçar o júri que escolheu estes filmes. Em tempos difíceis nada melhor cinema político para entreter.


4 | POLÍTICA

HOJE

Todos às ruas: Fora Bolsonaro E

stão convocadas para hoje mais de 150 manifestações, em todo o País e até no exterior, contra o governo Bolsonaro e seus ataques à Educação. Esses atos, convocados – inicialmente – pelas entidades estudantis (UNE, UBES etc.) e apoiados pelas entidades que convocaram as manifestação exitosas do último dia 30, como os grandes sindicatos dos professores do ensino básico (APEOESP, Sepe, APP, Sinpro’s, UTE-MG, SINTE’s etc.) e a sua confederação Nacional (CNTE), que junto com a CUT e outras entidades e partidos da esquerda aderiram à convocação da manifestação, são a continuidade das gigantescas mobilizações realizadas no último dia 15, em mais de 300 cidades, reunindo mais de um milhão de pessoas, que colocaram o governo Bolsonaro na lona, ao assumirem claramente como reivindicação central o “fora Bolsonaro”. Essas manifestações têm como estopim os ataques do governo contra a Educação e os educadores (corte de verbas, “reforma” da Previdência), mas se transformaram – sem qualquer sombra de dúvida – em manifestações

pela derrubada do governo, levando – inclusive – a que este convocasse atos em seu apoio, no último dia 26, que foram um grande fracasso de público e de amplitude, não reunindo sequer 10% do público que foi às ruas no dia 15 de Maio. Os atos da direita tornaram evidente a fraqueza do governo Bolsonaro. Não há dúvidas que o“fica Bolsonaro” tem apoio de uma minoria. Mas os golpistas ainda não foram totalmente derrotados e seguem impondo sua política contra a juventude, os trabalhadores e todo o povo. Mantém os cortes e os ataques contra a Educação, a tramitação da “reforma”da Previdência, para roubar bilhões das aposentadorias de toda a classe trabalhadora, o aumento do desemprego, a destruição da Saúde Pública, o roubo do petróleo, a entrega da economia nacional (privatizações) etc. Nestas condições, os atos de hoje são parte da mobilização geral dos explorados contra o governo ilegítimo de Bolsonaro e de todo o regime político. A convocação da “greve geral” (paralisação nacional) do dia 14 de junho, deve reforçar a coesão desse movi-

mento, que está apenas começando, e apontar no sentido da superação da sequência de derrotas do último período – desde o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff. Para o que é preciso superar a política de lutas parciais (testada e reprovada nos últimos anos) e fazer avançar a mobilização em torno de uma perspetiva de conjunto, uma alternativa própria dos trabalhadores e da juventude diante da crise atual tendo como reivindicações centrais o Fora Bolsonaro e todos os golpistas, a liberdade para Lula e a defesa de Eleições Gerais, com Lula candidato.

Por isso, é importante reforçar a mobilização, nos locais de estudo, trabalho e moradia, subordinando as lutas específicas pela derrota do roubo da Previdência e para barrar a destruição do Ensino Público aos eixos políticos centrais nesse momento, capazes de unificar todas as organizações de luta dos explorados e abrir caminho para uma vitória contra o regime golpista. Por isso, vamos todos às ruas, com os estudantes: Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula e todos os presos políticos. Eleições Gerais, com Lula candidato.

Veja onde ocorrerão os atos nacionais contra Bolsonaro N

a quinta-feira (30) ocorrerá o segundo dia de mobilizações nacionais organizadas pelas entidades estudantis e de professores. UNE, Ubes, CUT, MST, frentes populares, partidos e movimentos sociais estão convocando atos em cerca de 150 cidades em todo o Brasil, além dos internacionais na Europa e EUA. Apesar do motivo para o estopim das grandes manifestações do dia 15 ter sido o anúncio dos cortes no orçamento das universidades e institutos federais, os atos ganharam corpo devido ao grande repúdio da população ao governo Bolsonaro, que ataca diariamente os direitos do povo brasileiro. É necessário que as direções da esquerda mantenham a base organizada para aumentar a força do movimento e alcançar seus objetivos. Nos atos ouviu-se em alto e bom som os anseios dos manifestantes pela derrubada do governo golpista, viu-se nas diversas faixas, cartazes e bandeiras com a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro” e “Liberdade para Lula” a exigência do fim golpe que atingiu o país. É de grande importância nesse momento que todas as camadas da população que anseiam pelo fim do governo Bolsonaro juntem-se às manifestações para que os atos sejam ainda maiores que os primeiros. Os setores populares que não tiveram grande expressão devem aderir ao movimento no dia 30 e convocar sua militância para comparecer à nível nacional. Os primeiros atos já causaram um aprofundamento na crise do governo, que precisou convocar sua base às ruas do dia 26 para tentar demonstrar

alguma força. O fiasco das manifestações pró-governo somado às crises internas entre o presidente e parlamentares demonstra que o governo se mantém em pé por pouco. Assim o caráter dos próximos atos devem ser de ofensiva contra o governo, nada de reivindicações parciais, de atos apenas pela educação. Os ataques somente terão fim com a queda do governo pelo povo mobilizado nas ruas, dando lugar a novas eleições com Lula candidato.

Santa Maria (RS) Praça Saldanha Marinho 17h

Veja a lista dos atos em cada região: SUL

Bento Gonçalves (RS) IFRS 15h (https://www.facebook.com/ events/461725837931894/?ti=icl)

Caxias do Sul (RS) Praça Dante Alighieri 17h30 (https://www.facebook.com/ events/2298214550429517/)

Lageado (RS) Em frente a Caixa Econômica Federal 10h (https://www.facebook.com/ events/2061377833987695/?ti=as)

Porto Alegre (RS) Esquina Democrática 18h (https://www.facebook.com/ events/392259398038989/)

Torres (RS) Praça XV de Novembro 15h (https://www.facebook.com/ events/319583988712132/)

Viamão (RS) Calçadão Tapir Rocha 13h (https://www.facebook.com/ events/2286377418310709) Bento Gonçalves (RS) IFRS – Campus Farroupilha 13h30 (https://www.facebook.com/ events/341960863384954/?active_ tab=about)

=Rio Grande (RS) Largo Dr Pio 17h30 Joinville (SC) Praça da Bandeira 15h Chapecó (SC) Praça Coronel Bertaso 18h (https://www.facebook.com/ events/461725837931894/?ti=icl) Florianópolis (SC) Praça XV de Novembro 15h Camboriú (SC) IFC 12h (https://www.facebook.com/ events/284824935606884/?ti=cl) Rio do Sul (SC) IFC 19h Curitiba (PR) Praça Santos Antrade 18h (https://www.facebook.com/ events/611119619389683/) Maringá (PR) UEM 17h


POLÍTICA | 5 Londrina (PR) Calçadão do centro 16h Foz do Iguaçu (PR) TTU Terminal de Transporte Urbano de Foz do Iguaçu 15h (https://m.facebook.com/ events/572583919897194/?ti=wa)

Itabirito (MG) Praça 1º de Maio 9h

NORDESTE

Ouro Preto (MG) Concentração na portaria da UFOP 14h

São Luis (MA) Praça Deodoro 15h (https:// www.facebook.com/ events/360650647767439/)

Mariana (MG) Concentração terminal turistico 15h

SUDESTE

Vitória (ES) Teatro da UFES 16h30

São Paulo (SP) Largo da Batata 17h (https:// www.facebook.com/ events/2425750947706729/)

Candelária (RJ) 15h (https://www.facebook.com/ events/2034838143487414/)

Piracicaba (SP) Praça José Bonifácio 17h (https://www.facebook.com/ events/437480163720226/) Avaré (SP) Largo São João 18h Santo André (SP) E.E Americano Brasiliense 12h Sorocaba (SP) Praça Cel Fernando Prestes 13h (https://www.facebook.com/ events/321635161828501/) Caçapava (SP) Praça da bandeira 9h Santos (SP) Estação Cidadania- Ana Costa – 340 18h Taubaté (SP) Praça Sta Teresinha 17h São José do Rio Preto (SP) Frente a câmara municipal 18h30 Ubatuba (SP) Calçadão centro da cidade 17h Botucatu (SP) Praça da catedral metropolina 17h (https://www.facebook.com/ events/284824935606884/) Ribeirão Preto (SP) Em frente ao Teatro D. Pedro 15h (htt0,0ps://m.facebook.com/ events/327733881252538/?ti=wa) Jundiaí (SP) Praça Matriz 10h (https:// www.facebook.com/ events/2278331898950949/?ti=cl) São Carlos (SP) Praça Coronel Salles 9h Campinas (SP) Largo do Rosário 17h (https://www.facebook.com/ events/696976510759870/?ti=cl) São José dos Campos (SP) Praça Afonso Pena 16h

Bacabal (MA) Praça Silva Neta 16h30 Pinheiro (MA) Praça do centenário 15h UFMA Timon (MA) Praça São José 7h

Petrópolis (RJ) Praça Dom Pedro 17h

Teresina (PI) Praça da liberdade 8h

Volta Redonda (RJ) Praça Juarez Antunes 17h

Picos (PI) Praça Felix Pacheco 7h

Nova Friburgo (RJ) Praça Demerval Barbosa 17h CENTRO OESTE Goiânia (GO) Praça Universitária 15h Céres (GO) Parque Curumin 8h Brasília (DF) Museu Nacional 10h (https:// www.facebook.com/ events/283860272496429/) Cuiabá (MT) Praça Alencastro 14h Tangará da Serra (MT) Em frente a UNEMAT 8h Campo Grande (MS) Praça Ary Coelho 15h NORTE Palmas (TO) UFT 18h Belém (PA) Praça da República 16h (https://www.facebook.com/ events/294062414878238/) Bragança (PA) Praça das Bandeiras 16h Altamira (PA) UFPA – Campus 1 16h30 Santarém (PA) Praça da Matriz 17h Marabá (PA) Em frente à UNIFESSPA Campus I 7h30 Tucurí (PA) Praça do Rotery 8h Castanhal (PA) Praça Matriz 16h (https://m.facebook.com/ events/607954049695381/?ti=wa) Macapá (AP) Praça da Bandeira 15h

Fortaleza (CE) Praça da Gentilândia 14h (https://www.facebook.com/ events/613004579207564/)

Feira de Santana (BA) Praça Tiradentes 08h30 Valente (BA) Praça do Forrodrómo 8h30 Juazeiro (BA) Em frente ao INSS 15h Recife (PE) Rua Aurora 15h (https:// www.facebook.com/ events/851047115272181/) Caruaru (PE) Grande hotel 8h (https:// web.facebook.com/ events/899001680445302/) Vitoria de Santo Antão (PE) Próximo ao CAV 13h

Sobral (CE) IFCE Campus Sobral 18h30

Araripina (PE) Praça da Igreja Matriz 8h

Limoeiro do Norte (CE) IFCE- Campus Limoeiro do Norte 7h30

Guaranhuns (PE) Praça Colunata 10h

Aracape (CE) Praça Matriz 14h DCE Unilab

Petrolina (PE) Praça do Bambuzinho 15h

Tabuleiro do Norte (CE) Praça da Matriz 7h30

Surubim (PE) Pátio da Usina 8h

Natal (RN) Praça Cívica 15h (https:// www.facebook.com/ events/335740263810833/) São Miguel (RN) Rua Dr José Torquarto (em frente ao BB) 17h (https://www.facebook.com/ events/2170064783042533/)

INTERNACIONAIS Estados Unidos – Massachusetts Boston – Harvard 19h (https://www.facebook.com/ events/432405474184503/)

Currais Novos (RN) Praça Tetê Salustiano 16h

Estados Unidos – Nova York NY – Washington Square Park 15h (https://www.facebook.com/ events/294435714835331/?notif_ t=plan_user_invited&notif_ id=1558828939619320)

Campina Grande (PB) Praça da bandeira 13h (https://m.facebook.com/ events/453737722027676/?ti=wa)

Estados Unidos – Califórnia Los Angeles – 800 N Alameda St, 13h (https://www.facebook.com/ events/876487739367337/)

João Pessoa (PB) CCHLA / UFPB 15h (https://m.facebook.com/ events/453737722027676/?ti=wa)

Irlanda – Dublin – Spire of Dublin 18h (https://m.facebook.com/ events/449858885774114)

Guarabira (PB) Praça Lima e Moura 15h

Suíça – Genebra – Rue De Lausanne, 1202 16h (https://www.facebook.com/ events/685514118586423/)

Aracaju (SE) Praça General Valadão 15h Claudiney

Holanda – Amsterdam – Dam 1 17h (https://www.facebook.com/ events/2431750803503893/?ti=icl)

Maceió (AL) Praça do centenário 13h Pedro

Portugal – Lisboa – Praça Luis Camões 18h (https://www.facebook.com/ events/312365419702612/)

Laranjal do Jari (AP) Praça Central 17h Boa Vista (RR) Centro Cívico 16h

Arapiraca (AL) Bosque das Arapiracas 9h

Montes Claros (MG) Praça Dr. Carlos 15h

Manaus (AM) Praça da Saudade 15h (https://www.facebook.com/ events/2239254829661109/)

Salvador (BA) Praça do Campo Grande 10h (https://www.facebook.com/ events/2298692520346814/)

Porto Velho (RO) Unir centro 16h

Paulo Afonso (BA) Praça da Tribuna 17h30

Rio Branco (AC) Praça da Revolução 11h

Irecê (BA) Em frente ao banco do Brasil (centro) 8h

Uberlândia (MG) Praça do J – UFU 15h (https:// www.facebook.com/ events/2259407720992829/)

Serrinha (BA) - Praça Luis Nogueira 7h30

Barbalha (CE) Parque da Barbalha 8h

Belo Horizonte (MG) Praça Afonso Arinos 17h (https://www.facebook.com/ events/678014102637522)

Sete Lagoas (MG) Av. Antônio Olinto 16h30

Jequié (BA) Em frente a câmara dos vereadores 15h

Portugal – Coimbra – Praça da República 17h (https://www.facebook. com/events/419427981942258/) Estados Unidos – Flórida 12h (https://www.facebook.com/ events/187287855512631/) Luxemburgo – Luxemburgo – Place d’Armes 14h30 (https://m.facebook. com/events/1647997805344246? ref=bookmarks&_rdr)


6 | OPINIÃO E POLÊMICA

MANIPULAÇÃO

El País compara atos bolsonaristas com chavismo e petismo U

m dos mais importantes veículos de comunicação do imperialismo estrangeiro é o jornal espanhol El País. Surpreendentemente, um setor da esquerda brasileira procura caracterizar este jornal como se fosse progressista, até de esquerda. Ledo engano. Em longa matéria publicada no sítio do El País, o jornal, um dos que está supostamente na campanha contra as “Fake News” divulgou uma notícia falsa : que os atos bolsonaristas do último sucesso, um fracasso retumbante, teriam sido na verdade a demonstração da força do governo Bolsonaro! Isso não passa de mais uma falsificação da imprensa capitalista, não só brasileira mas internacional. A matéria apresenta as opiniões de alguns “especialistas”, que fazem uso de todo tipo de malabarismo intelectual para mostrar o poder do bolsonarismo. É impressionante, mas este tipo de campanha do PIG – o Partido da Imprensa Golpista -, embora seja uma farsa evidente, exerce uma influência sobre a esquerda. Devemos afirmar em alto e bom som: os atos bolsonaristas foram um fracasso retumbante. Os dois maiores atos bolsonaristas, de São Paulo e do Rio de Janeiro, juntaram se muito 10 mil almas no total neste último domingo. Em ambos os casos tivemos companheiros que compareceram aos atos à paisana e que puderam constatar a baixa adesão destes atos. O El País não chegou ao ponto de dizer que os atos bolsonaristas foram

maiores do que os do dia 15, o que seria uma mentira muito descarada. Vejamos, para começo de conversa, os atos do dia 15 ocorreram em todos os estados do Brasil mais o Distrito Federal. Já os bolsonaristas aconteceram em apenas 12 estados, e em muitos deles foram um fracasso, como nem a direita pôde esconder. No entanto, a própria cobertura da imprensa capitalista acabou revelando a ausência de público. As fotos aéreas, por mais bem selecionadas que fossem, não permitiram sustentar a fraude de 300 mil na Paulista ou 100 mil em Copacabana, no Rio. Também circularam pela internet fotos de outros atos, como por exemplo uma onde não se deram o trabalho nem de retirar o papa móvel no Rio de Janeiro! Se formos levar em consideração que, assim como em 2015, a direita procurou convocar os coxinhas a irem para as ruas veremos que na verdade a base social de Bolsonaro, que nunca foi muito grande, vem na realidade se desmanchando. A matéria do El País, como afirmamos anteriormente, apresenta uma série de argumentos acadêmicos, que servem apenas para iludir o público. Ela chega ao ponto de comparar o bolsonarismo ao lulismo e ao chavismo. Esses argumentos, embora possam enganar os mais incautos, não passam de pura enrolação. Não há nenhuma caracterização das ideologias desses fenômenos, apenas termos como populismo e nacionalismo, bem ao gosto da demagogia direitista, que chega a

classificar o fascismo como sendo de esquerda. Tanto o lulismo quanto o chavismo são amplos movimentos, que contam com um forte apoio da classe operária. O bolsonarismo, por outro lado, nunca teve uma presença massiva, entre os trabalhadores a sua presença é residual. A verdadeira base social de sustentação para Bolsonaro e a extrema-direita é a pequena-burguesia direitista. As análises são tão forçadas que procuram comparar Bolsonaro e Chávez enquanto líderes nacionalistas, ignorando totalmente que, enquanto Bolsonaro é um nacionalista de fachada, sendo na verdade um capacho do imperialismo norte-americano o chavismo é um movimento popular que verdadeiramente procura defender os interesses da Venezuela, como no caso do petróleo por exemplo.

Não se pode de forma alguma menosprezar Bolsonaro e a extrema-direita, mas ao mesmo tempo não podemos cair na propaganda do PIG. Os atos pró Bolsonaro do dia 26 foram um fracasso monumental e expressam a crise do atual estágio do golpe. Devemos destacar também que esta campanha, que não é feita apenas pelo El País, é uma tentativa da direita de enganar a esquerda e colocá-la na defensiva. Não podemos embarcar nessa canoa furada, o governo golpista de Bolsonaro está cada vez mais fraco, como os atos puderam comprovar e a esquerda e as organizações operárias e populares devem aproveitar essa oportunidade para mobilizar pelo “Fora Bolsonaro” e a convocação de Eleições gerais, colocando assim o golpe em xeque.

ALIANÇAS COM SETORES DA BURGUESIA

Frente com os golpistas “amplia”? Flávio Dino quer aliança com a direita “boa” N

essa semana, o tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC), conhecido capacho do imperialismo norte-americano, encontrou figuras do chamado “campo progressista” para discutir a criação de uma “frente ampla”. Entre os que se encontraram com FHC, estão o governador do Maranhão Flávio Dino, o ex-presidenciável petista Fernando Haddad e o ex-chanceler Celso Amorim. As conversas entre FHC, Haddad, Amorim e Dino aconteceram dias antes de uma convenção a ser realizada pelo PSDB. A convenção, conforme especulado pela imprensa burguesa, deverá orientar os parlamentares tucanos a como atuar nos próximos meses em relação ao governo Bolsonaro. A aliança com os golpistas Os encontros com FHC ajudam a esclarecer o que é a Frente Ampla, que é frequentemente apresentada de maneira obscura por setores da esquerda nacional. FHC teve a oportunidade de governar o país durante oito longos

anos para explicar o que é a política neoliberal: a entrega do patrimônio nacional, o desemprego altíssimo e a dura repressão do Estado. Fazer uma aliança com Fernando Henrique Cardoso para derrotar Jair Bolsonaro é, portanto, um absurdo, uma política injustificável. O fato de que FHC é um professor universitário, de que fala de maneira civilizada ou de que critica Bolsonaro não têm a menor importância: o tucano apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula. Frente ampla com Rodrigo Maia Dentro da esquerda, o partido que aparece como maior propagandista da chamada Frente Ampla é o PCdoB. No início do ano, Flávio Dino e outros correligionários defenderam intransigentemente o apoio à candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara. Isso, no entanto, não trouxe nenhuma vantagem para a luta contra o governo Bolsonaro. Rodrigo Maia foi reeleito com tranquilidade para a Presidência da Câ-

mara, sob nenhum protesto organizado da esquerda. Com isso, o centrão eleito por meio de uma fraude eleitoral se consolidou e conseguiu seguir legislando de forma totalmente negligente para com os interesses da população. O caminho da mobilização A única forma de derrotar o governo Bolsonaro é por meio da mobilização

popular. Alianças com quaisquer setores da burguesia são, conforme comprovado nas últimas décadas, uma política suicida. O único interesse de FHC ou qualquer outro setor da burguesia em conversar com a esquerda é a tentativa de salvar um regime político em frangalhos. O governo Bolsonaro está na corda bamba e pode colocar tudo o que os golpistas conseguiram impor desde 2016 a perder.


POLÍTICA| 7

APOIO A GLOBO GOLPISTA

Haddad quer ajuda da Globo para derrotar a extrema-direita D

ia 26 os fascistas foram às ruas para defender o moribundo governo de Jair Bolsonaro. Atacavam o Congresso e o STF, instituições do regime político vigente, embora a imprensa tenha destacado outras reivindicações, já que a pauta dos protestos em si não tinha importância real nenhuma, diante de seu fracasso numérico. A imprensa tratou, portanto, de inflar os protestos e apresentar seu próprio programa político (como a reforma da Previdência, por exemplo). Foi diante desse quadro que Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT em 2018, apareceu no Twitter para cobrar dos “grandes grupos de comunicação” uma defesa “inequívoca” do que ele chamou de “democracia”. Os “grandes grupos” são os monopólios capitalistas das comunicações. Como, por exemplo, a Rede Globo, principal desses monopólios. Haddad está exigindo da Globo uma defesa da “democracia”. A “democracia” provavelmente se refere ao próprio Congresso e ao STF. Isso chama atenção considerando que houve um golpe de Estado em 2016,

embora Haddad já tenha dito anteriormente que considera “golpe” uma “palavra forte”. Em qualquer caso, Haddad quer apoio da Rede Globo para manter um “compromisso” de que Bolsonaro não torne o regime político mais autoritário. O candidato do PT gostaria que a Globo condenasse de forma “inequívoca” a tentativa de Bolsonaro de enquadrar o Congresso e o STF. Por outro lado, cabe perguntar: estaria Haddad “comprometido” com a “democracia” a ponto de se colocar contra a exigência de que o governo caia? A Globo é bolsonarista O problema é que foi justamente a Rede Globo e os demais veículos golpistas de comunicação que acabou levando Bolsonaro ao governo com os ataques ao PT. Haddad quer que a direita golpista combata a direita golpista, com a esperança de apelar a um suposto liberalismo de determinados setores da direita. É um apelo por uma frente com a imprensa golpista contra Bolsonaro. Essa é uma política que só fortalece a própria direita.

Fora Bolsonaro! Para derrotar Bolsonaro e a direita golpista não é preciso que a Rede Globo faça uma “defesa inequívoca” de uma inexistente “democracia”. A população já apresentou sua política nas ruas, exigindo: Fora Bolsonaro! É

preciso levantar essa reivindicação e engrossar os atos com essa reivindicação. Além de exigir a queda do governo, é preciso exigir também uma saída para a crise política pela esquerda. Ou seja, que sejam realizadas eleições gerais, com Lula libertado e candidato nas eleições.

ABUTRE

Ciro Gomes mostra novamente que não está do lado da esquerda: “unidade é o cacete” N

esta segunda feira (27), aconteceu o I Congresso de Policias Antifascismo, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O último evento do congresso foi uma mesa redonda para falar sobre segurança pública com a participação de contou com uma mesa redonda com o Movimento Policiais Antifascismo, Ciro Gomes (PDT), Marcelo Freixo (PSOL) e Maria do Rosário (PT). Como de praxe, Ciro atacou o ex-presidente Lula, começando com pequenas indiretas imediatamente aplaudidas pela claque profissional levada por ele, e em seguida ataques mais violentos, todos feitos de maneira dissimulada e demagógica. O objetivo de Gomes é continuar frequentando os eventos da esquerda e dos acadêmicos para atacar o ex-presi-

dente e se apresentar como uma alternativa legítima da esquerda. Ele apresenta Lula como um conciliador, um político tradicional cujo discurso não condiz com as ações, enquanto ele, Ciro Gomes, seria um político com autocrítica, um excluído da política ordinária, e realmente combativo. As críticas tecidas contra o PT sempre carregam um pesado verniz de demagogia. Lula é de fato um conciliador, mas Ciro atribuiu o golpe de Estado às escolhas e alianças mal feitas do PT. O golpe não aconteceu por causa dessas alianças, mais sim apesar delas. A crise econômica do capitalismo tirou de cogitação qualquer governo “nacional desenvolvimentista” aos moldes de Lula e Dilma, precisam de regimes que salvem os banqueiros e a burguesia imperialista. O perfil de Ciro Gomes é de um político oportunista e confusionista. En-

quanto corrobora com o atual governo, emprestando seus contatos para aprovar a reforma de previdência, diz que quer lutar contra o mesmo e que a esquerda precisa fazer autocrítica, fazendo então, sob a forma dessas “críticas”, diversos ataques ao PT e a Lula, justificando todo o processo golpista contra a esquerda. Sempre à flor da pele, quando os militantes de esquerda rechaçam o pedetista por atacar o ex-presidente, ele se irrita e fachada desaba. Foi exatamente assim que Ciro deixou escapar mais uma de suas pérolas durante o evento em Pernambuco. Depois de culpar Lula pelo impeachment e a eleição de Bolsonaro, assim como atacar diversas vezes Maria do Rosário que se prontificava a tomar a palavra para defender o líder de seu partido que está preso injustamente, a maioria dos

presentes no auditório começaram a gritar “Lula Livre” e a contestar as falas do coronel, que se irritou e deixou escapar: “unidade é o cacete”.


8 | POLÍTICA

DIA 30

Atos de hoje são sim contra o governo Bolsonaro C

onvocados originalmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, os gigantescos e massivos atos que se realizaram em todo o país no dia 15 de maio, com manifestações nos 26 estados e mais o Distrito Federal, extrapolaram a luta “setorizada em defesa da educação” e contra aos ataques do governo ao ensino público (redução do orçamento das universidades federais, bloqueio de recursos para ações e programas e cortes de bolsas) tornando-se, como se viu e foi possível constatar, uma enorme mobilização pelo FORA BOLSONARO, que foi o grito ouvido em todas as principais cidades do país onde ocorreram as mobilizações. Esse mesmo desejo de ver escorraçado do poder o fraudulento governo Bolsonaro – um cadáver insepulto que apodrece à luz ante os olhos da população – já havia se manifestado na festa popular mais importante do país, o carnaval, onde no início do mês de março, centenas de milhares de pessoas já haviam entoado cânticos contrários ao governo fantoche do imperialismo, manifestado em ruas e praças de todo o Brasil, onde não faltaram palavras de ordem contra o governo (ei Bolsonaro, VTNC) inclusive nas marchinhas e nos blocos de rua, passando pelos sambas enredo das grandes escolas dos principais estados, com destaque para o Rio de Janeiro e São Paulo. Essa mesma disposição de colocar fim ao governo dos banqueiros e dos demais exploradores, de terra arrasada contra os interesses do país e do povo trabalhador teve continuidade

em várias ocasiões, ainda que em menor escala, deixando claro que o conjunto da população, mesmo em protestos menores e esporádicos, vem exigindo a derrubada de Bolsonaro e seu governo reacionário e direitista, de ataques aos trabalhadores e à população explorada. No entanto, o que se vê neste momento, depois das impressionantes manifestações do dia 15, é um gigantesco esforço da imprensa golpista nacional (bolsonarista) em tentar ocultar o caráter de luta e enfrentamento contra o governo Bolsonaro que assumiram as manifestações em todo o país. Este mesmo esforço também vem sendo feito pela grande maioria da esquerda e das direções do movimento sindical, operário, popular e estudantil do país. As análises dos acontecimentos do dia 15 feitas por um amplo setor da esquerda nacional se referem às manifestações como de caráter “defensivo”, “setorizadas”, em “defesa da educação”, e que seria um “erro grave” interpretá-las como de enfrentamento direto ao governo Bolsonaro. Ora, basta um discreto olhar para o que as ruas revelaram no dia 15 para constatar que as manifestações “setorizadas” e em “defesa da educação” foram muito além de uma luta específica em defesa de um determinado setor ou segmento de trabalhadores (educação), ou mesmo em defesa das instituições de ensino superior do país. O que a esquerda pequeno burguesa não quer enxergar é que há todo um material inflamável no ar provocado pela política de ataques do governo golpista contra o conjunto da popula-

ção e que qualquer chamado à mobilização – não importa quem a convoque e qual a pauta específica a ser reclamada – acaba dando lugar à revolta latente que há muito existe na maioria da população do país contra os responsáveis pela mais completa destruição que vem sendo levada adiante pelos golpistas, desde o impeachment fraudulento contra o governo eleito em 2014. Desta forma, as manifestações marcadas para ocorrerem novamente neste dia 30 de maio devem novamente reforçar o mesmo conteúdo presente nas manifestações do último dia 15, de claro enfrentamento ao moribundo governo Bolsonaro, que já não conta com o apoio nem mesmo de determinados setores que o elegeram em 2018. Isso ficou patente nas raquíticas e pálidas “manifestações” do último domingo, dia 26, onde mesmo diante do enorme esforço realizado pelos órgãos da imprensa golpista bolsonarista para mostrar as ruas ocupadas por apoiadores do ex-capitão, o que se viu

em algumas poucas cidades foi um patético desfile de uma minoria de elementos da extrema direita nacional, devotos do bolsonarismo, sem qualquer apelo ou conteúdo popular. As manifestações deste dia 30, portanto, não podem e não devem ficar restritas a pautas setorizadas, de defesa desta ou daquela reivindicação, mas devem ganhar um claro contorno de enfrentamento contra o governo Bolsonaro, de luta das massas populares para colocar para fora ,o governo que vem atacando os trabalhadores e destruindo a economia nacional. Este movimento nacional de luta, esta segunda etapa deve estar dirigida no sentido de fazer do dia 14 de junho (GREVE GERAL) o momento em que o Brasil irá para de norte a sul para dizer um sonoro não ao governo Bolsonaro, que certamente irá se manifestar na palavra de ordem que já se tornou o mantra oficial das manifestações antibolsonaristas: Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula! Eleições Gerais! Lula Candidato!

GOLPISTAS

Imprensa golpista tenta encobrir o fracasso das manifestaçoes pró-Bolsonaro O

s atos bolsonaristas do dia 26 foram um retumbante fracasso. Em Brasília, a extrema-direita não conseguiu mais do que reunir 500 pessoas, o resultado em Belo Horizonte foi igualmente sofrível, em São Luís do Maranhão o resultado foi risível. Em todas as capitais os atos foram pequenos. Mesmo em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde os atos foram maiores, não foram atos de massas, foram manifestações relativamente pequenas onde não mais de 5 mil pessoas se reuniram. O interior dos Estados, suposto reduto da extrema-direita bolsonarista, teve um resultado ainda pior que as capitais. Se nas capitais aconteciam atos de poucas centenas, no interior os atos de uma dezena, ou na melhor das hipóteses, poucas dezenas. A rede Globo de televisão divulgou o número de 156 cidades onde ocorreram atos em defesa de Bolsonaro, no entanto, este número é em grande

medida fictício, pois os atos do governo são em grande medida fictícios, sem representação, ou número expressivo. Os atos contra Bolsonaro, chamados pelas organizações ligadas à educação, tanto estudantis quanto de professores, aconteceu em mais de 200 cidades. No entanto, não eram atos figurativos como os de Bolsonaro, reuniram mais de 1 milhão de pessoas. Nas capitais os atos foram significativamente maiores que os de Bolsonaro, na Avenida Paulista aconteceu uma verdadeira manifestação de massas, no Rio de Janeiro também, dezenas de milhares, talvez uma centena de milhar ocuparam as ruas em ambas as cidades. Vejamos as fotos Ato de São Paulo. Lembrando que a Paulista estava fechada, angariando um grande público não ligado ao ato A imprensa fez questão de esconder esta realidade. Ao invés de expor a realidade: Bolsonaro perdeu de golea-

da nas ruas, eles fizeram questão de apresentar uma versão dos fatos mais favorável a si. Merval Pereira do jornal O Globo disse no dia 27 deste mês: “As manifestações a favor do governo Bolsonaro não são fatos políticos desprezíveis, mas também não são suficientes para submeter o Congresso aos desejos do Executivo. E nem o tornam mais forte nas negociações políticas.”. Uma frase que visa esconder o que realmente aconteceu, mas não consegue. Se Bolsonaro conseguiu fazer frente aos atos da educação, como pode ele não ter saído mais forte para negociar com o governo? É simples, ele não saiu mais forte, pois ele saiu mais fraco. Eles não admitem para não admitir que o governo está mais fraco perante a esquerda. O Estado de S. Paulo segue a mesma linha: “Espera-se que o presidente Jair Bolsonaro não tome esses protestos como uma espécie de carta branca pa-

ra ampliar sua força na tumultuada relação com o Congresso, até porque o comparecimento não foi tão estrondoso como seus seguidores mais radicais esperavam. Mas é inegável também que essas passeatas, cuja afluência não foi nada desprezível, podem funcionar como uma espécie de confirmação da legitimidade de Bolsonaro obtida nas urnas no ano passado.” Eles reconhecem que o comparecimento não foi o esperado, para não reconhecer que foi um comparecimento fracassado, e tentam mascarar dizendo exatamente o que o O Globo disse, que os atos não teriam sido desprezíveis. A Folha de S. Paulo diz que “Não houve fiasco de público” mas que isso, por si só, não traz legitimidade ao governo golpista. Os três grandes jornais brasileiros todos falaram em uníssono que não houve fracasso de público, mas as fotos que mostramos provam o inverso. Eles organizaram uma operação para maquiar o resultado por um simples motivo: um fracasso de Bolsonaro seria uma vitória estrondosa da esquerda, Bolsonaro fracassou, só a imprensa golpista não quis ver.


ECONOMIA E POLÍTICA | 9

10 ANOS DE CRISE NA INDÚSTRIA

A devastação capitalista da economia nacional R

eportagem do jornal O Globo de 29 de maio aponta que a indústria brasileira está completando uma década de crise. Segundo dados do artigo, “em março, a produção industrial caiu 1,3% em relação a fevereiro e voltou para o campo negativo no acumulado em 12 meses (-0,1%), depois de 18 resultados positivos seguidos.” Mais ainda, segundo o gerente de Indústria do IBGE, André Macedo, procurado pela reportagem, “é como se a indústria não tivesse saído do lugar na última década”. Embora a reportagem dê conta dos últimos dez anos, o retrocesso econômico no País é um problema que se estende desde o pós-ditadura. A política econômica de destruição nacional implementada desde a ditadura, passando pelos anos 80, 90 até hoje se mantém basicamente a mesma. A burguesia golpista, totalmente subserviente aos interesses dos grandes capitalistas internacionais, procura uma “saída” para crise aprofundando os ataques ao povo e pro-

curando estrangular ainda mais os trabalhadores. Na própria reportagem d’O Globo fica clara a chantagem em torno da reforma da Previdência: “O economista Marcelo Azevedo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), diz que, apesar de o setor não enxergar um horizonte de recuperação consistente, há expectativas de melhora dos resultados com a aprovação das mudanças na Previdência, que podem acontecer nos próximos

meses, e do encaminhamento da reforma tributária.” Na realidade esta é uma falsa solução. A reforma da Previdência e outros ataques como a própria reforma trabalhista não são capazes de resolver o problema do crescimento econômico, mas tende a acelerar o retrocesso. A burguesia brasileira atende aos interesses do imperialismo e procura soluções que não são apenas anti-povo, mas também são anti-nacionais.

Tanto é assim que durante os anos de governo do PT, apesar das políticas sociais – ainda que tímidas – o ciclo de desindustrialização se manteve. Isso porque o País continuou sendo governado pelos banqueiros e não por uma verdadeira política de desenvolvimento nacional. A crise capitalista é um problema estrutural e histórico. Sem uma política que rompa completamente com os interesses dos banqueiros e dos grandes capitalistas internacionais ou aliados a eles não haverá crescimento e o processo de desindustrialização irá se aprofundar. Por isso mesmo, as fórmulas da burguesia para superar a crise são todas artificiais pois ela não é capaz de romper com estes interesses para conduzir um verdadeiro desenvolvimento nacional. O dinheiro está nas mãos dos bancos e especuladores. Qualquer governo, democrático ou não, não será capaz de retomar o crescimento econômico e o desenvolvimento. Como tem ficado cada vez mais claro, o golpe de Estado apenas acelerou a crise com os ataques aos trabalhadores.

"FORA DO AR"

Jovem Pan demite Marco Antonio Villa: missão cumprida e muito obrigado

A

inda está um diz-que-me-diz se o comentarista Marco Antonio Villa foi demitido, condenado a 30 dias de férias forçadas, foi colocado na geladeira ou os 30 dias são de aviso prévio: o fato é que ele está fora da Rádio Jovem Pan, e ele exibiu um papel onde se lê que ele não deve aparecer na emissora por 30 dias. De início ele estrilou, gravou um video em que diz que “não é moleque” e esperneia. Depois, tomou uma água com açúcar e passou um pano na situação, dando a entender que pode não ser uma ausência definitiva, apenas algo temporário devido a uma tal reestruturação lá da rádio. Vamos esperar os 30 dias para ver. Mas, o fato é que ele está “fora do ar”. Isso nos leva à reflexão que ele é cria da direita e a Rádio Jovem Pan de-

TODOS OS DIAS ÀS 10H, NA CAUSA OPERÁRIA TV

veria ser seu lar. Entretanto, ocasionalmente, a direita precisa controlar as feras que cria e colocá-las para dormir ou para fora, por extrapolarem, por passarem de algum limite, para não perder audiência ou patrocinador. Foi assim com Reynaldo Azevedo, Joyce Hasselmann, Alexandre Garcia, William Waack e agora o Villa. Saiu uma fofoca de que o próprio Bolsonaro teria pedido a cabeça dele. Villa teria feito muitas críticas, recentemente, a Bolsonaro, desde que o provável candidato dele, Alckmin, ficou na curva. Tanto é que Villa continua fazendo seus comentários como historiador na tucana TV Cultura. Parece que a opção da Jovem Pan em abraçar a extrema-direita deixou Villa pendurado no microfone.


10 | ATIVIDADES DO PCO

PCO

Comitê Central Nacional do PCO irá se reunir neste domingo O

comitê central nacional do Partido da Causa Operária, que reúne as lideranças políticas do partido de todas as regiões do país, irá se reunir neste domingo (2). A situação política explosiva, vista pelos atos de massas no dia 15 de maio – que reuniu mais de 1 milhão de trabalhadores em todo país – leva à necessidade de um amplo debate dos dirigentes do partido. Será discutido os balanços dos atos do dia 15 e de hoje (30) contra Bolsonaro, além de também a crise do governo Bolsonaro e a política da esquerda pequeno-burguesa e burguesa diante desta crise. O objetivo central é organizar uma atividade política para direcionar a

CHARGE

ampla tendência de mobilização contra o governo no sentido de derrotar o golpe, convocar novas eleições e libertar Lula. Para isso, a discussão com os dirigentes regionais é fundamental para ter uma atuação política ampla, presente nas principais cidades do país, no sentido de mobilizar os trabalhadores de todo o país contra o governo golpista. Além disso, será discutido a organização do partido para a Greve Geral nacional do dia 14 de junho. Com isso, o PCO, através de um amplo debate, estará fortalecendo seu trabalho de agitação e propaganda política – e de organização – contra os golpistas.

Está nas ruas a edição nº1058 do Jornal Causa Operária


INTERNACIONAL |11

QUEDA DO GOVERNO AUSTRÍACO

Manobra contra a extrema-direita nas eleições europeias S

egunda-feira (27) o governo da Áustria foi destituído pelo Parlamento, que aprovou uma moção de desconfiança contra o jovem primeiro-ministro Sebastian Kurz. Com isso o governo do Partido Popular Austríaco (Österreichische Volkspartei, ÖVP) terminou seu governo depois de apenas 525 dias. Uma estranha frente se formou para derrotar o governo: de um lado, a extrema-direita, com o Partido da Liberdade da Áustria (Freiheitliche Partei Österreichs, FPÖ); de outro, a esquerda tradicional do regime burguês austríaco, o Partido Social-Democrata da Áustria (Sozialdemokratische Partei Österreichs, SPÖ). Com a união do SPÖ e do FPÖ, formou-se a maioria necessária para derrubar Kurz. Ao todo, 110 dos 183 parlamentares votaram pela destituição. Agora o presidente Alexander van der Bellen (dos Verdes) terá que formar um gabinete para governar provisoriamente até as eleições antecipadas, que deverão acontecer em setembro. Antes desse desfecho, no entanto, o FPÖ estava dentro do governo, em coalizão com a direita tradicional. A queda do FPÖ Pouco antes das eleições para o Parlamento Europeu, o vice-primeiro-ministro da Áustria, Hans-Christian Strache anunciou em uma coletiva de imprensa que estava renunciando ao cargo, no último dia 18. Um dia antes,

a imprensa alemã (o jornal Süddeutsche Zeitung e a revista Der Spiegel) divulgaram um vídeo em que Strache aparece negociando com uma suposta sobrinha de um “oligarca” russo em Ibiza, na Espanha. Diante de uma câmera escondida, Strache negocia apoio à campanha eleitoral de 2017. Depois da renúncia de Strache, Kurz demitiu o ministro do Interior, membro do FPÖ. Depois disso, os demais ministros do FPÖ que faziam parte da coalizão também se demitiram em solidariedade, e a coalizão desmoronou. O primeiro-ministro pediu então ao presidente que antecipasse as eleições, mas esperava ficar no governo até setembro. Com a moção votada na segunda-feira, esse plano foi frustrado. A manobra A manobra de usar denúncias de corrupção para derrubar políticos é um mecanismo já bastante conhecido de quem acompanha a política. No caso da Áustria, o alvo foi a extrema-direita. O problema para o regime burguês em todo o bloco da União Europeia é que seus partidos tradicionais estão desintegrando, e a extrema-direita está crescendo diante dessa crise política do regime burguês. No caso austríaco esse processo já estava bastante avançado. A direita tradicional, ÖVP, não tinha cadeiras o suficiente para governar sozinha, ten-

do que fazer coalizão com a extrema-direita, o FPÖ. Isso demonstra que a deterioração do regime já tinha chegado a um ponto alarmante do ponto de vista da manutenção de um governo “democrático”. Foi nesse quadro que surgiram as providenciais denúncias de corrupção contra Strache. Com essa manobra, a extrema-direita foi tirada do governo, justamente às vésperas das eleições. O fracasso da manobra As manobras do regime político para conter a extrema-direita na Europa serviram para impedir que a extrema-direita se tornasse uma força predominante no Parlamento Europeu. Olhando-se unicamente para os números pode dar a impressão de que a extrema-direita é bem

menos ameaçadora do que parecia. No entanto, deve-se considerar que, na Itália, Matteo Salvini e sua Liga venceram as eleições, assim como Marine Le Pen e o Reagrupamento Nacional na França. Enquanto a desagregação social na Europa persiste, a extrema-direita continua sendo o elemento dinâmico no quadro eleitoral. Nas eleições austríacas o sucesso da manobra eleitoral contra o FPÖ também não parece ter surtido o efeito esperado. A direita tradicional venceu as eleições europeias na Áustria, com os 34,6% de votos do ÖVP de Sebastian Kurz, seguida pelo SPÖ, que ficou com 23,9%. No entanto, o FPÖ continuou tendo um desempenho alto, chegando a 17,2%, incluindo a eleição do próprio Hans-Christian Strache para o Parlamento Europeu…

30 DE MAIO DE 1937

Polícia de Chicago mata 10 trabalhadores que protestavam pacificamente

N

o dia 30 de maio de 1937, a polícia de Chicago, nos Estados Unidos da América, ao reprimir uma greve, cometeu um dos maiores massacres contra a classe operária daquele país. Dez operários da indústria siderúrgica foram assassinados e, pelo menos, outros 100 ficaram feridos. O Massacre do Memory Day coincidiu com feriado nacional do Memory Day, na última segunda-feira do mês de maio. No dia 26 maio daquele ano, operários do aço entraram em greve por seus direitos, os grevistas estavam associados a nova federação de trabalhadores, o Comitê para Organização Internacional (CIO) que havia conseguido em um ano, muitas das vezes através de greves, constituir sindicatos em locais de forte resistência dos capitalistas como na General Motors. Os grevistas no dia 30 marcharam, eram cerca de 1.500 trabalhadores, em direção a Republic Steel Corporation, uma das maiores produtoras de

aço do mundo. A Republic compunha um grupo de importantes empresas capitalistas chamados de Little Steel dispostas a destruir o CIO, a organização sindical dos trabalhadores e o desfazer a política do New Deal de Roosevelt, sobretudo a lei Wagner (Lei Nacional de Relações Trabalhistas). Esse grupo de capitalistas realizou uma série de investidas contra a organização sindical em especial o CIO, desde demissão, ameaças, agressão, recusa de negociar com sindicatos, o

grupo era composto inclusive de uma organização fascista chamada Liga Liberty. As corporações querem a anulação da lei trabalhista. Daí a greve, exigiam o seu direito de protestar contra as ilegalidades que as empresas que compunham o grupo Little Steel praticavam contra os trabalhadores e a organização sindical. A marcha tinha por objetivo realizar um piquete na porta na Republic. Contudo, perto do portão da fábrica, os manifestantes, que incluíam

mulheres e crianças, foram recebidos por 250 policiais de Chicago, que haviam sido recrutados pela própria empresa que os alimentou com um lanche e os armou com bombas de gás. Esses pararam a manifestação e ameaçaram os manifestantes, logo depois abriram fogo indiscriminadamente contra a multidão. Descarregaram 100 tiros de seus revólveres de serviço e as bombas de gás dadas pela empresa. Quatro operários morreram no local, mais seis nos dias subsequentes, muitos ficaram feridos e inclusive gravemente. A imprensa capitalista norte-americana escondeu o massacre, nenhum policial foi condenado pelos assassinatos, muito menos os grandes capitalistas que estavam por trás da operação fascista contra os trabalhadores. O fato histórico mostra também a relação direta entre o aparato os grandes capitalistas e o aparato repressivo do Estado.


12 | INTERNACIONAL

VENEZUELA

Guiado pelo imperialismo, Guaidó usurpa nova empresa estatal venezuelana

C

om o apoio imperialista à sua empreitada, Juan Guaidó conseguiu tomar o controle de mais uma estatal venezuelana, dessa vez com sede na Colômbia. Através da indicação dos integrantes da direção da empresa Monómeros Colombo Venezolanos, Guaidó garantiu o controle da companhia por parte dos imperialistas. O anúncio da nova direção, não reconhecida pelo governo da Venezuela, veio através do embaixador de Guaidó na Colômbia. A companhia petroquímica é subsidiária da estatal venezuelana Pequiven, que detém metade do mercado de fertilizantes na Colômbia, É a segunda empresa venezuelana usurpada pelo golpista Guaidó, sendo a primeira empresa a Citgo nos EUA, subsidiária da PDVSA. As empresas estatais tem sua direção nomeada pelo governo da Venezuela, logo as que se encontram em países que reconheceram a autoproclamação de Guaidó estão sendo entregues nas mãos dos capachos imperialistas para tomar posse dos recursos do povo venezuelano.

A maior reserva de petróleo do mundo, que se encontra no território venezuelano, está sob ameaça constante dos golpistas e já começou a ser saqueada por meio de manobras espúrias. Com o congelamento de fundos das empresas, conseguem forçar uma nova nomeação de integrantes das direções das estatais, em acordo com o “governo interino” para que possam continuar operando em paiśes que não aceitam o governo eleito de Nicolás Maduro. O imperialismo tem evitado intervir diretamente na Venezuela devido à enorme crise que poderia causar em todo o continente Latino-americano com uma guerra, mas faz uso do bloqueio econômico e da corrupção de autoridades para assegurar a continuidade da crise no país. Roubando os recursos provenientes do petróleo do povo venezuelano os golpistas mantém a miséria no país e impedem que a economia retome fôlego, na esperança de causar uma guerra civil que derrube o governo Maduro.

AVANÇO TÍMIDO

IMPERIALISMO

Evo Morales propõe desmilitarização EUA e Brasil deixam conferência da polícia boliviana do desarmamento após Venezuela assumir presidência

N

A

brutalidade das atividades policiais levou o presidente da Bolívia, Evo Morales, a propor a desmilitarização da polícia de seu país. Evo afirmou que a desmilitarização orientará a formação da polícia para proteção da sociedade e ao invés de exercer poder através da repressão constante da população. Em todos os países a função das polícias é a mesma, manter o povo sob controle através da repressão constante, principalmente dos setores mais oprimidos pelo capitalismo. O braço armado do estado burguês jamais garantirá qualquer segurança ao povo uma vez que só age contra os trabalhadores. São formados por verdadeiros bandos fascistas, de onde é originada grande parte da base da extrema-direita, sendo usados para repressão política de partidos e movimentos sociais.

O programa defendido pelo PCO não é o da desmilitarização, pois o aparato repressivo não é resultado somente de sua orientação militar, sendo muito comuns casos de violência extrema por parte da polícia civil, guardas municipais, dos metrôs, e até seguranças particulares. A solução seria o fim dos aparatos policiais por completo, sendo a segurança garantida por grupos de vigilância populares, ligados às comunidades em que atuam e integrados pelos próprios moradores. A medida de Evo é um avanço positivo, que, se implementada, atenderá parcialmente a um importante direito democrático da população. Uma parte da base do governo Boliviano é de trabalhadores, sendo o próprio Evo uma liderança dos índios cocaleiros, por isso a pressão à esquerda que leva o governo a tomar medidas mais progressistas.

a última terça-feira (28), a Venezuela assumiu a presidência rotativa da Conferência de Desarmamento da ONU, que é revezada por todos os países conforme ordem alfabética. Como forma de atacar mais uma vez o país governado por Nicolás Maduro, os EUA abandonaram o Fórum, sendo seguidos por seus fantoches: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Guatemala, Honduras, Paraguai e Peru. O governo títere de Jair Bolsonaro, por meio do Ministério de Relações Exteriores comandado pelo aloprado Ernesto Araújo, anunciou que não irá participar da Conferência enquanto a presidência for ocupada pelo representante legítimo da Venezuela, diplomata de Maduro em Genebra. Robert Wood, o embaixador norte-americano no órgão, saiu da sala logo quando seu par venezuelano Jorge Valero, começou a discursar. Trata-se de mais uma medida de pressão pelo golpe de Estado na Venezuela, uma vez que os EUA e seus cachorrinhos não reconhecem o governo legítimo de Maduro e, portanto, os seus representantes nos diferentes organismos internacionais. Embora a intervenção militar tenha sido abortada, os ataques políticos, diplomáticos e econômicos contra a Venezuela continuam a todo o vapor, na tentativa de isolar o governo legítimo e popular de Maduro. No entanto, mesmo alguns países imperialistas percebem que é preciso

reconhecer (ainda que informalmente) Maduro como presidente. É o caso da Suíça, que na semana passada apresentou as credenciais de seu embaixador a Maduro. Os mais enfáticos adversários de Maduro no cenário internacional continuam sendo o imperialismo norte-americano e seus fantoches do Cartel de Lima, composto por governos de extrema-direita impostos pelos EUA após golpes de Estado. A investida imperialista se enquadra na tentativa golpista do início do ano, para derrubar Maduro por meio de um golpe de Estado e substituí-lo pelo capacho Juan Guaidó. Recentemente, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, denunciou que a própria legislação venezuelana prevê de 20 a 30 anos de prisão para quem pedir intervenção estrangeira contra seu próprio país, o que é o caso de Guaidó e seus comparsas golpistas da direita.


MOVIMENTO OPERÁRIO|13

CAIXA

Ato dos bancários da Caixa Econômica Federal, em Brasília, põe para correr bolsonarista da manifestação

O

ato, organizado pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, contra o leilão da Loteria Instantânea (Lotex) da Caixa Econômica Federal na porta da Matriz III na última terça-feira (28), leilão esse que é parte da política do governo ilegítimo, Bolsonaro, de fatiamento do único banco 100% público para a sua privatização, teve um fato inusitado que foi devidamente tratado pelos manifestantes do ato. Quando da falação dos oradores apareceu, do nada, um maluco coxinha bolsonarista fazendo provocações, gritando histericamente contra a manifestação, favor da privatização da Caixa e fazendo reverências ao golpista Bolsonaro. A atitude do idiota bolsonarista provocou imediatamente a ira dos manifestantes que partiram para

cima do transloucado direitista colocando-o para correr, mas antes disso levou um merecido pé no traseiro, o que o obrigou a se retirar rapidamente já que as coisas iriam ferver, porque o pessoal do “deixa disso” não iria dar conta para conter os manifestantes. A reação dos bancários, contra os inimigos dos trabalhadores, é mais uma demonstração de como deve ser tratado aqueles de defendem a política de terra arrasada da direita fascista, que hoje se encontra à frente da presidência da República, de ataque sistemático às organizações dos trabalhadores, às mulheres, homossexuais, os negros, aos sem terra, sem teto, a população indígena, de extermínio da população pobre, ect., ou seja, um ataque a toda população.

ECT

SÃO PAULO

General golpista que preside os Correios fala que vai melhorar a empresa fechando agências e demitindo funcionários

Patrão do frigorífico Frigoli de Caçapava/ SP já proíbe fiscalização em sua

O

general golpista, Juarez Aparecido de Paula de Cunha, que preside a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) seguindo os métodos direitistas do fascista Jair Bolsonaro, está por um lado destruindo os Correios e por outro, usando seu Twitter para fazer propaganda de que está preocupado com a empresa pública. O cinismo do general golpista da ECT é tamanho que essa semana, o general apareceu em foto com o governador direitista, Romeu Zema de Minas Gerais, fazendo propaganda de que a reunião tinha como objetivo uma parceria com o governo de Minas Gerais para melhorar a entrega de correspondência nesse Estado. Também escreveu no Twitter que os Correios estuda facilidades para o usuário usar os serviços dos correios nos balcões das agências da empresa. Igualmente acontece com o golpista Bolsonaro, o general usa o Twitter

para mentir sobre suas intenções de melhorar os serviços postais para a população e fortalecimento da empresa, enquanto isso, na vida real, o general golpista assinou um novo programa de demissão na empresa, que visa reduzir o quadro de funcionários dos Correios em 20%, e está fechando 161 agências próprias dos Correios, para facilitar a capitação de clientes pelas agências franquiadas e até pelos concorrentes, DHL, UPS, empresas de Courrier. É preciso tirar qualquer ilusão com os golpistas no controle do país e das estatais, Principalmente as Forças Armadas que dão garantia e manutenção ao golpe, da força, da chantagem. Todos à greve geral contra o governo golpista de Jair Bolsonaro, através da palavra de ordem de Fora Bolsonaro, Liberdade Para Lula, Eleições gerais já! Com Lula candidato.

N

o dia 11 de abril de 2019, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) divulgou nota à imprensa, relatando que um Auditor Fiscal Federal Agropecuário (Affa) estava sendo ameaçado no Frigorífico Frigoli, em Caçapava. Na nota, o auditor disse que está sendo ameaçado por funcionários e pelo proprietário do frigorífico e que ele sofreu ameaças de agressão física, intimidação e teve os pneus do seu carro rasgados no estacionamento da empresa. As agressões ocorreram devido à constatação pelo profissional de irregularidades no frigorífico. (A Gazeta de Caçapava – 12-05-2019). O patrão do Frigoli Nelson Oliveira, (como já se sabe, em ralação aos tratamentos utilizados de, no dia em que há fiscalização, tentam esconder as irregularidades, ameaçam os próprios trabalhadores de retaliações, tanto de suspensão e até demissão), utilizou-se do tradicional cinismo em resposta às acusações. Falou que não houve ameaças e que o auditor é que se indispôs com os funcionários, aos trata-los com rispidez e falta de respeito durante o trabalho de abate dos animais. O dono do Frigoli, parte integrante dos demais frigoríficos que estão colocados em primeiro lugar em relação às péssimas de saúde e condições de trabalho, se propõe como a empresa mais integra deste setor. Tanto é assim que o patrão se fazendo de coitado, apesar de agir igual aos escravagistas do período colonial, tratando seus funcionários na base do chicote, se justifica dizendo que: “a questão dos pneus do carro, a empresa não tem o controle das atitudes das pessoas. O frigorífico também é vítima de vandalismo regularmente. Já solta-

ram bois das mangueiras, quebraram para-brisas, tentaram arrombar o escritório e outros casos registrados na delegacia de Polícia”. (A Gazeta de Caçapava – 12-05-2019). O impedimento de o auditor fiscal de exercer sua função, ou seja, fiscalizar está relatado na nota da (Anffa) onde, o auditor teria sido ameaçado inicialmente em janeiro enquanto fiscalizava um carregamento de miúdos congelados. O servidor solicitou a nota fiscal do carregamento, mas não foi atendido. Ao questionar o motorista sobre o fato, ele foi ameaçado e intimidado pelo mesmo, que disse que o auditor “não sabia com quem estava falando”. O Sindicato dos Auditores declarou ainda, que o auditor seguiu então o procedimento de lacrar e sequestrar a carga. O patrão do Frigoli está se utilizando das benesses concedidas pelo ministério da agricultura, através da ministra Tereza Cristina, latifundiária e golpista que está facilitando os donos das grandes empresas da área.


14 | NEGROS E CULTURA

NEGROS

Comissão Interamericana de Direitos Humanos denuncia perseguição policial a negros no Brasil A

repressão policial é algo contínuo na vida da população pobre, contudo ainda mais acentuada contra a população negra e pobre que compõe os bairros mais periféricos do país. Cotidianamente essa população está a mercê do aparelho repressor do estado, onde se tornaram os verdadeiros alvos da policia assassina. Essa é uma situação que a cada dia se acentua, e esse fato se comprova quando o massacre da população negra por meio da repressão é denunciando também por órgãos intencionais com ligação aos direitos humanos. Os dados revelados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública do Atlas de Segurança de 2018, mostram que foram cerca de 62.517 assassinados no país partindo do ano de 2016, deixando claro também que os negros morrem 2,5 vezes mais, logo ocupam

grande parte desse número de mortes. Fato é que a situação da população negra no país é alarmante, e está comprovado na prática que o poder exercido pela polícia contra os negros é brutal e escancarado. A polícia age enquanto representante do estado burguês, que chancela a perseguição da população negra de maneira indiscriminada. Outra dado apontado, é dos números referentes às ações policiais, que contabilizam cerca de 4,222 mortes, sendo 76,2% das vítimas pessoas negras. Em suma, mais uma vez é preciso reforçar a política de organização da luta do povo negro contra a repressão policial e opressão perpetrado pelo estado burguês, defendendo de maneira irrestrita o direito de autodefesa da população contra a máquina de matar do Estado.

PELA LIBERDADE DE LULA

Festival Lula Livre será mais politizado do que o 1º de Maio N

este próximo sábado (2), a Praça da República, na capital paulista, será palco de um ato político e cultural verdadeiramente popular e unificador da esquerda brasileira: o Festival Lula Livre, organizado pelo Comitê Nacional Lula Livre, pela Frente Brasil Popular, pelo Partido dos Trabalhadores, além de diversos coletivos e comitês populares de base espalhados pelo Brasil, que lutam pela liberdade do ex-presidente. E é mesmo notável como o Festival Lula Livre demonstra um grau de politização incomparavelmente superior ao do próprio Dia do Trabalhador – 1º de maio. O problema é que o Dia do Trabalhador foi totalmente esvaziado em seu aspecto político pela presença das falsas centrais sindicais pelegas, que impuseram ao povo o desgosto de ter no palco até mesmo artistas bolsonaristas, além do mais desavergonhado boicote à luta pela liberdade de Lula, que é hoje, juntamente com o Fora Bolsonaro, a palavra de ordem e ação política mais popular e urgente do país. E a popularidade da luta pela liberdade de Lula fica clara pela organização de caravanas de militantes de diversos lugares do Brasil, como os do Coletivo Alvorada, de Minas Gerais, e da Tenda Lula Livre, de Santa Catarina. São militantes que vão para o festival na quase totalidade das vezes com recursos próprios, baseados em cotizações solidárias de despesas de transporte e alimentação. Além disto, no festival a cultura mostra toda a sua força de agitação e propaganda através da arte de Zeca Baleiro, Chico César, Dead Fisch, Arnaldo Antunes entre outros artistas de es-

querda, deixando claro que se trata de um evento artístico puramente dedicado a impulsionar a mobilização popular pela liberdade do ex-presidente. O Festival Lula Livre vem no momento certo para se unificar com a luta de Fora Bolsonaro, que também toma as ruas do país. São as pautas de luta mais populares e que mais unificam a esquerda militante pelo Brasil afora e que se encaminham para demonstrar toda a sua força através da luta por novas eleições gerais, com Lula candidato, anseio que começa a tomar conta do povo com a crescente deterioração política e econômica do país, efeito inevitável da política proto-fascista de Bolsonaro. E isto porque o povo sabe que eleições com Lula é simplesmente o que já teria ocorrido em 2018, não fosse a fraude escandalosa da burguesia àquele pleito, que sufocou a expressão da vontade da nossa população, claramente pela eleição de Lula como Presidente da República. Na verdade, a cada dia que passa vai ficando mais claro o crescente distanciamento entre a verdadeira esquerda, militante e popular, e uma esquerda falsa, composta de políticos carreiristas, que usam das pautas populares para obterem cargos e salários públicos ou sindicais. Ao contrário do que muito oportunista anda por aí dizendo, a militância que se vê espelhada e representada pelo Festival Lula Livre deixa claro que se o povo ainda tem alguma esperança para levar avante a sua luta é a de ter Lula livre, não só para reparar uma óbvia injustiça, mas principalmente para disputar novas eleições e colocar fim ao golpe.


MULHERES E MORADIA E TERRA | 15

VOLTA DA MULHER PARA AS TAREFAS DO LAR

Bolsonaro corta 80% do orçamento para creches C

om o golpe de 2016, onde derrubou a primeira mulher eleita presidenta do Brasil, a perseguição as mulheres e o corte de verbas nas creches que prejudica diretamente as mulheres foi implementado pelo governo ilegítimo de Temer e se aprofundou nos primeiros meses de Bolsonaro. A política dos golpistas é de tirar a mulher do mercado de trabalho e transforma-las em mulheres do lar (dona de casa), através do cortes de verbas das creches e escolas, pois onde as mulheres da classe trabalhadora deixaram seus filhos… Para o governo golpista e seu projeto macabro para as mulheres, são elas que deveram se quiserem ser mães, deixar seus postos de trabalho. Com isso, aumenta a opressão das mulhe-

res, pois ela é dada através das questões materiais. A mulher já ganha menos e não tem igualdade jurídica com os homens,

com sua volta ao lar, retornaremos aos anos 1930, onde á mulher era propriedade primeiro do seu pai e depois do marido.

Um retrocesso gigantesco, com o corte de verbas para a educação, segundo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). De janeiro a abril deste ano, o governo repassou R$ 10,2 milhões aos municípios. No mesmo período de 2018, o valor era de R$ 81,6 milhões. O melhor período ocorreu em 2014, quando de janeiro a abril o governo Dilma chegou a destinar R$ 506,6 milhões ao programa. O corte será de mais de 80%, isso representa fim de muitas creches e o retorno de muitas mulheres ao lar. Dia 15 de maio mostrou o caminho, sair nas ruas com a palavra de ordem do Fora Bolsonaro. Somente a mobilização dos trabalhadores que estão sendo esmagados pelo golpe de 2016 e seus desdobramentos, vamos derrotar o golpe.Eleições Gerais e Lula Livre e Candidato!!!

DESTRUIÇÃO

Sob Bolsonaro, Ibama avisa onde irá realizar ações de combate à mineração e desmatamento ilegal A

derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio de um golpe de Estado em 2016, mudou todo o conteúdo da política de proteção ambiental do país. O governo golpista de Michel Temer (MDB) levou adiante a venda dos parques nacionais e unidades de conservação ambiental e promoveu uma série de alterações nos órgãos de fiscalização do trabalho escravo e do meio ambiente, de forma a dificultar ou inviabilizar qualquer tipo de ação efetiva contra os escravistas, os tubarões do agronegócio e as empresas mineradoras. Como resultado dessa política, o desmatamento da floresta Amazônica disparou, bem como a permanente degradação da biodiversidade e dos ecossistemas nacionais. O governo Jair Bolsonaro (PSL) aprofunda a política já iniciada pelo governo Michel Temer, de impedir a fiscalização sobre os latifundiários e as em-

presas mineradoras. Uma mudança do governo Bolsonaro é que o Ibama terá que avisar antecipadamente onde fará operações de combate ao desmatamento na região amazônica. Até então, as operações do Ibama eram mantidas em sigilo; agora, as ações serão publicadas antes das ações. A exploração dos territórios indígenas e unidades de conservação ambiental -sem nenhuma autorização – pelas empresas está liberada. A publicação prévia de suas ações por parte do Ibama é uma forma de avisar os latifundiários e as empresas mineradoras para que não sejam multados e seus crimes descobertos. Além disso, na Agrishow em Ribeirão Preto, Bolsonaro propôs a aprovação uma lei de excludente de ilicitude no campo, para com isso permitir que os grupos de pistoleiros a serviço dos latifundiários tomem as terras indígenas e quilombolas e assassinem os sem-terra.

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16 | JUVENTUDE E ESPORTES

AJR

Juventude do PCO lança chapas pelo Fora Bolsonaro para participar do congresso da UNE A

Aliança da Juventude Revolucionária está desenvolvendo uma chapa nacional para o congresso da UNE (CONUNE), pleiteando as vagas para delegados de importantes universidades brasileiras, como a UFMG e a USP. A chapa nacional da AJR é pautada na luta por Fora Bolsonaro, Eleições diretas já, Liberdade para Lula e Lula Candidato. É compreendido, pois, o fato de a luta da juventude e dos estudantes do Brasil estar atrelada a luta dos diversos outros setores, como a dos trabalhadores em geral: os ataques do governo são generalizados e traduzem o eixo da política golpista que é o entreguis-

mo pró-imperialista. Portanto, a luta da esquerda de conjunto deve estar centralizada na derrubada do governo do golpe. A juventude tem o papel histórico de ser a centelha da mobilização operaria no desenvolvimento da luta nas ruas pelas conquistas sociais. Nesse sentido, num contexto em que o golpe de Estado aprofunda seu caráter fascista, contraposto tão somente pela mobilização popular contra o governo, a política declarada pelo Fora Bolsonaro é a chave da vitoria para a esquerda brasileira. Promover uma grande polarização favorável ao Fora Bolsonaro no interior da UNE, portanto, deve fortalecer todo o processo de

luta que se desenvolve hoje. As chapas da AJR são pautadas sobre o Manifesto do Movimento Fora Bolsonaro, utilizado também como

material de divulgação no processo de eleições para delegados. A UFMG já esta em campanha eleitoral, com as eleições no dia 4 de junho.

ESPORTES

Abaixo o VAR! Árbitro de vídeo, goleador da 6ª rodada do Brasileirão A

6° rodada do campeonato brasileiro de futebol foi marcado mais um vez pelas interferências absurdas do VAR – Video Assistant Referee – termo em ingles, que significa árbitro de vídeo. Foi utilizado o VAR em jogos importantes, como o jogo do Palmeiras contra o Botafogo, Flamengo contra o Atlético Paranaense e Santos contra o Internacional. No jogo do Palmeiras contra o Botofogo, o VAR entrou em campo para ajudar o Palmeiras marcar seu gol, já que o time paulista tinha mais volume de jogo, mas não conseguia furar a defesa do Botafogo. Em uma falta inexistente, os árbitros de vídeo, pararam o jogo em andamento, depois de acontecido o lance, com a bola em jogo, para exigir que o juiz em campo marcasse um penalti contra o Botafogo, com o argumento de que o defensor do time carioca teria pisado no pé do extravagante atacante palmeirense, Deyverson.

A atuação do VAR em prol do Palmeiras chama atenção, porque o técnico do Palmeiras, Felipe Scolari, vinha dizendo que o VAR só apitava contra o seu time, mas dessa vez foi o contrário, suspeita de que foi só o Palmeiras assinar o contrato de imagem com a

Rede Globo que o VAR será o décimo segundo jogador do alvi-verde. No jogo do Flamengo com o Atlético paranaense, o VAR também entrou em campo para mostrar que o juiz de campo já não manda mais nada, novamente o VAR esperou a bola rolar depois

do lance polêmico, de tal forma que o Flamengo quase fez um gol, mas aí o VAR mandou o juiz de campo rever um lance de 30 minutos atrás, para no final dar penalti para o Atlético Paranaense. Sem contar o fato de que quando o VAR entra em campo, é pior do que catimbeiro uruguaio, fica de 3 a 6 minutos ensebando no campo, sem deixar a bola rolar. Nos jogos do Santos e Inter, e no de Grêmio versos Atlético Mineiro, o VAR, apesar de ser mais discreto, também entrou em campo para atuar em lances interpretativos que só caberia ao juiz de campo, mas como está virando moda, o juiz de campo é um zero a esquerda, correndo de um lado para outro, só esperando os deuses do VAR dizer o que é que ele tem que fazer. ´É necessário faze uma grande campanha contra o VAR e a interferência externa dos grandes capitalistas, como a Rede Globo que quer mandar no futebol, e organizar os resultados de acordo com o dinheiro que eles investem nesse negócio.


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