Edição Diário Causa Operária nº5560

Page 1

SÁBADO, 1º DE JUNHO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5660

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

WWW.PCO.ORG.BR

Após o dia 15 e o dia 30, organizar a greve geral de 14 de junho Os dias 15 e 30 de maio foram marcados por grandes atos nacionais que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas do País, nos quais foram mobilizados os estudantes, professores e demais trabalhadores, contando com a presença importante dos sindicatos, partidos de esquerda e movimentos populares.

EDITORIAL

O que a esquerda brasileira está esperando? As duas gigantescas e expressivas mobilizações realizadas num espaço de quinze dias, convocadas e organizadas pelas entidades nacionais de luta dos trabalhadores e estudantes, com apoio da CUT, dos partidos de esquerda e de outras organizações dos explorados, levaram quase 2 milhões de manifestantes a ocuparem as ruas, praças e avenidas de todos os Estados do país, marcando a retomada da luta popular de massas, o que não se via já há algum tempo, desde o golpe de Estado alijou do poder, de forma despótica, arbitrária e fraudulenta, o governo eleito em 2014.

ESTE DIÁRIO PRECISA DE VOCÊ, AJUDE-NOS! FAÇA UMA ASSINATURA SOLIDÁRIA HOJE MESMO

Amanhã é o festival Lula Livre: mais uma oportunidade para lutar pela liberdade de Lula POLÍTICA

Globo dá a linha para a esquerda, também sobre o desarmamento O jornal O Globo, publicou no dia 30 de maio uma matéria de opinião sobre o porte de armas. O editorial intitulado “No país das chacinas, ampliar acesso a armas é um contrassenso”, mostra de onde a esquerda pequeno-burguesa busca seus argumentos contra o armamento geral da população: do principal órgão de propaganda da burguesia golpista.

POLÍTICA

A direita quer explorar o atraso contra os partidos de esquerda e sindicatos POLÍTICA Acesse o link abaixo e faça uma assinatura mensal de R$ 15,00, R$ 30,00, R$ 50,00, R$ 100,00 ou colabore com o quanto puder no link da Vakinha: https://www.causaoperaria.org.br/assinar

Tábata Amaral, um embuste da direita para enganar eleitores de esquerda



EDITORIAL| 3 EDITORIAL

O que a esquerda brasileira está esperando? A

s duas gigantescas e expressivas mobilizações realizadas num espaço de quinze dias, convocadas e organizadas pelas entidades nacionais de luta dos trabalhadores e estudantes, com apoio da CUT, dos partidos de esquerda e de outras organizações dos explorados, levaram quase 2 milhões de manifestantes a ocuparem as ruas, praças e avenidas de todos os Estados do país, marcando a retomada da luta popular de massas, o que não se via já há algum tempo, desde o golpe de Estado alijou do poder, de forma despótica, arbitrária e fraudulenta, o governo eleito em 2014. Essa grande disposição de luta demonstrada, evidencia, de forma muito clara e inequívoca, uma clara tendência das amplas camadas populares no sentido de um enfrentamento direto contra o regime burguês golpista, contra o governo em seu conjunto e tudo o que ele representa, O pavio foi aceso pelos setores ligados à Educação, mas o desejo da população de colocar abaixo toda a apodrecida estrutura golpista; a mais do que legítima vontade popular em dar um fim ao regime que ataca os direitos e as conquistas mais elementares da população, extrapolou a limitada (embora justa) luta setoriza-

da; foi além da oposição aos cortes no orçamento, nas bolsas universitárias e nas pesquisas científicas. O que se viu em todos os atos em todas as regiões foi a mais contundente demonstração de repúdio não só a Bolsonaro e seu governo, mas a tudo o que os golpistas estão fazendo com o País, expressos no aumento do desemprego, da fome e da miséria, na destruição do ensino, nos ataques à previdência pública; na violência policial perpetrada contra a juventude pobre da periferia das grandes cidades; na declaração de guerra de Bolsonaro contra os sem terra e povos indígenas; nos assassinatos de negros e mulheres, etc. Por mais que haja um esforço – por um lado da direita golpista e por outro de um setor da própria esquerda – em não querer ver as grandes mobilizações como uma luta da população contra o regime político de fome e miséria instalado no país, é evidente que as duas enormes manifestações expressaram de maneira muito clara a tendência do movimento de luta no pais a se enfrentar com a burguesia, o grande capital e o imperialismo. O retorno da ocupação das ruas de todo o País pela juventude e pelos trabalhadores coincide impulsiona e re-

flete a rápida erosão da base de apoio do fraudulento governo Bolsonaro, expressos no declínio da popularidade do ex-capitão do Exército, com os índices de desaprovação do seu governo já são superiores à sua aprovação. As desmoralizadas e raquíticas “manifestações” de “apoio” ao seu governo no último domingo, dia 26, deixaram transparente a enorme fraude que representou a eleição de Bolsonaro – um expediente tampão de última hora da burguesia e do grande capital imperialista -, que foi saudado não só por toda a direita e a extrema direita como o representante da “nova política”, mas também por setores da própria esquerda, que chegaram a desejar “boa sorte” ao seu governo. Esse enorme fator de confusão presente nas “análises” de um importante setor da esquerda nacional é hoje um dos elementos que impedem e bloqueiam o desenvolvimento ainda maior da luta para colocar abaixo o regime de ataque às massas populares; de destruição da soberania nacional; o responsável pelo maior flagelo social do momento, a imensa massa de desempregados (cerca de 15 milhões de almas) que dormem em filas quilométricas em busca de um mísero emprego

que lhes garanta uma sobrevivência mínima. Impedir a derrubada e o fim de um regime que é um verdadeiro estado de genocídio contra a população pobre, se utilizando para tanto de argumentações as mais abstratas e pueris, é anular-se enquanto movimento político que ostenta o rótulo de esquerda (ainda que seja somente um rótulo, uma chancela…como de fato é). A esquerda não pode e não deve atuar neste momento particularmente importante e decisivo da luta de classes no País como salvadora e sustentáculo dos náufragos golpistas e das suas “alternativas” para a situação. A tarefa que está colocada para o conjunto das forças de esquerda, dos sindicatos, dos movimentos populares, sindical e operário; das organizações democráticas e progressistas é ajudar na organização e no impulsionamento de um amplo movimento para fortalecer ainda mais as mobilizações, a luta contra Bolsonaro e seu governo obscurantista. Essa deve ser a orientação que precisa guiar os mais amplos setores dos movimentos de luta para o dia 14 de junho, dia nacional de paralisação, da greve geral, contra o regime golpista.

COLUNA

Agora, é parar o País no dia 14 de junho, pelo fora Bolsonaro e pela liberdade de Lula Por Antônio Carlos Silva

O

s grandes atos, dos dias 15 e 30 de Maio, realizados em mais de 300 cidades, de todos os Estados do País evidenciaram, ainda que parcialmente, a enorme disposição de luta presente entre os trabalhadores e a juventude, contra o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e seus ataques contra todo os explorados do País. Uma situação que mostra a evolução de uma tendência que vinha dando sinais expressivos desde o carnaval, nos primeiros atos contra a “reforma” da Previdência etc. Ao contrário do que procura induzir a imprensa golpista (Globo e Cia.), seus “analistas” e “ventríloquos” da esquerda burguesa e pequeno burguesa, os educadores, estudantes e muitos outros setores dos explorados não saíram às ruas em gigantescos atos apenas para protestar contra os cortes na Educação, mas diretamente contra o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e seus ataques contra o povo trabalhador. Tanto nos dias 15, como no dia 30, as manifestações superaram, de longe, os esvaziados atos coxinhas, do último dia 26, de apoio a Bolsonaro – quando os golpistas se dividiram no apoio à manifestação – evidenciando que a polarização política está sendo puxada pela evolução à esquerda de

amplas massas que vão concluindo, claramente, que a alternativa diante dos ataques do regime golpista, é colocar para correr o atual governo e abrir caminho para uma alternativa própria dos explorados diante da crise. Os atos também expuseram a crise do regime e a fragilidade da operação de “salvação” ou sobrevida para o governo Bolsonaro que os diversos setores golpistas procuram colocar em marcha, desde o começo da última semana, em torno do anunciado “pacto”, envolvendo os chefes dos poderes do moribundo Executivo (dividido entre suas diversas alas), do reacionário e corrupto Legislativo (dominado pelo “centrão”) e do golpista e imperial Judiciário (claramente tutelado pelos militares), tendo como objetivos imediatos manter a ofensiva contra os trabalhadores (“reforma” da Previdência, cortes etc.) e impedir a queda, ao menos por hora, do governo que mostrou um apoio político pequeno, mas que é maior do que do que o dos outros setores tradicionais da política burguesa tão ou mais desgastados do que o “bolsonarismo”. Em todas esses episódios ficou por demais evidenciada a fragilidade da política reacionária de setores da esquerda burguesa e pequeno-burguesa que, aceitando a orientação, disfarçada de análise, da imprensa golpista, buscaram repetir a falsificação de que

os atos seriam apenas pela Educação e não contra o governo e pela sua derrubada, como se dá no mundo real. isso porque essa esquerda atua amparada em uma política de conciliação e entendimento com o regime golpista, como se viu nessa semana quando dirigentes da ala direitista do PT (Haddad e outros) e do PCdoB (Flávio Dino) se reuniram com o chefe histórico dos tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para debater a “frente ampla” com a qual buscam uma “saída” para a crise que não passe pela derrubada do governo pela mobilização popular e que aponta no sentido de colaborar com a “reforma” da Previdência e esperar pelas próximas eleições. Para essa esquerda, os estudantes, os trabalhadores e todos os explorados vítima do aumento do desemprego, da fome, dos brutais cortes na Educação, Saúde etc. podem esperar e conter sua revolta, esperando pelas eleições. Nada poderia estar mais distante do estado de ânimo presente entre os explorados, expresso – apenas parcialmente – nas mobilizações. Os grandes atos do dia 30, deram sequência à mobilização espetacular do dia 15, impulsionando as tendências de luta, agora, dirigidas para o dia nacional de paralisação, a greve geral, do dia 14 de junho. Que pode ser um primeiro passo para uma greve geral de verdade, por tempo indetermina-

do, até a derrota cabal dos ataques do governo Bolsonaro e sua queda. Para o ativismo que cresce nas mobilizações atuais, a tarefa central é impulsionar uma intensa campanha nos locais de trabalho, estudo e moradia, para parar todo o País, reforçar a unidade dos trabalhadores e da juventude, enterrar a perspectiva fracassada de conciliação com os golpistas e fortalecer a luta por uma alternativa dos explorados e de suas organizações de luta: a derrubada do governo Bolsonaro e de todos os golpistas, a conquista da liberdade de Lula e de eleições gerais, com Lula candidato.


4 | POLÍTICA

IMPRENSA

Globo dá a linha para a esquerda, também sobre o desarmamento

O

jornal O Globo, publicou no dia 30 de maio uma matéria de opinião sobre o porte de armas. O editorial intitulado “No país das chacinas, ampliar acesso a armas é um contrassenso”, mostra de onde a esquerda pequeno-burguesa busca seus argumentos contra o armamento geral da população: do principal órgão de propaganda da burguesia golpista. A matéria começa relatando a chacina ocorrida em São Gonçalo no último domingo (26), na qual quatro pessoas morreram e 11 foram baleadas. A suspeita é de que seria uma briga entre traficantes e a milícia. Mais dois exemplos foram usados: 19 de maio, em Belém no Pará, 11 mortos, onde três dos seis suspeitos apreendidos eram cabos da polícia militar e 18 de maio, com 6 mortos, em Lauro Freitas, região metropolitana de Salvador. A imprensa usa esses exemplos para fazer campanha contra o decreto de Jair Bolsonaro, que pretende flexibilizar o porte e a posse de armas. Um dos grandiosos argumento foi o de que “é certo que eles [os atentados] foram praticados com armas de fogo, legalizadas ou não. E são um reflexo incontestável do arsenal em circulação”. A ideia de que maior flexibilidade na aquisição de armas de fogo favorece a criminalidade e “criam ambientes propícios a crimes como os de São Gonçalo, Belém e Lauro de Freitas”, é uma

ideia contraditória. Basta pegarmos os exemplos usados pelo Globo. Em dois dos ocorridos, temos o envolvimento confirmado da polícia, ou seja, do aparato repressivo do Estado, no crime. Em Lauro Freitas, três cabos da PM estavam envolvidos, e em São Gonçalo quem organizou a matança foi a milícia, também com públicas e notórias ligações com o aparato repressivo estatal, pois como todos sabem, a milícia, é composta por quadros das forças repressivas da burguesia, policiais, militares etc., e agem como um braço clandestino dessas organizações. Ou seja, um grupo organizado e monitorado pelo Estado e que detém os meios da violência, e no caso do Brasil, onde o porte de armas é proibido para a imensa maioria da população, detém o monopólio das armas. As organizações criminosas do Brasil, têm todas, em diferentes graus, um envolvimento com a polícia para conseguir seu arsenal. Sendo assim, mesmo sem o armamento, o Estado burguês provem para os setores mais reacionários da população as ferramentas para perpetuar o domínio da força sobre os outros setores. Se lembrarmos do acontecimento em Suzano, onde estudantes, simpatizantes do nazismo, entraram em uma escola municipal e mataram um grande número de alunos e funcionários, lembraremos também a campanha

que a esquerda pequeno burguesa fez junto com a burguesia contra o armamento da população, usando como argumento de que chacinas como essa seriam mais recorrentes se o porte fosse legalizada. Essas alegações não fazem muito sentido. O Brasil é um dos países com mais homicídios por armas de fogo, mas não por porte legal ou não das aramas, mas pelo fato de é um dos países mais desiguais do mundo, ou seja, que possui um dos níveis mais elevados de exploração capitalista. O direito ao armamento é um direito democrático que deveria ser universal. A burguesia através do Estado detém o monopólio sobre as armas e com isso consegue perseguir os trabalhadores e a esquerda. A intervenção militar mostrou como funciona esse mecanismo, o Exército entra nas comunidades e faz um verdadeiro massacre contra a população trabalhadora sem

que esses possam se defender. Os casos de estupros, roubos e homicídios cometidos pelas forças de repressão são exemplos bem claros disso. Quando os trabalhadores estão armados e organizados, a polícia e o exercito não tem tanta tranquilidade em agir com truculência. Em épocas de crise o desarmamento da população permitiu o avanço do fascismo. A esquerda desorganizada e desarmada não conseguiu lutar contra a extrema-direita organizada e equipada pela burguesia pois, como agora, reverberava os argumentos dos editoriais dos grandes jornais da burguesia e não revidava nem reivindicava pelo direito de se armar. O agentes da burguesia têm o encobrimento da justiça e as armas, a esquerda deve adquirir o apoio das massas armadas e mobilizadas para derrotar a ofensiva da direita e a exploração capitalista.

MOVIMENTOS POPULARES

Após o dia 15 e o dia 30, organizar a greve geral de 14 de junho

O

s dias 15 e 30 de maio foram marcados por grandes atos nacionais que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas do País, nos quais foram mobilizados os estudantes, professores e demais trabalhadores, contando com a presença importante dos sindicatos, partidos de esquerda e movimentos populares. O dia 15, conhecido como o dia da greve geral da Educação, teve como estopim os cortes de 30% da verba para o ensino superior público por parte do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro. Os atos do dia 30 (última quinta-feira) foram uma continuidade desses protestos. Entretanto, ao contrário do que se tem propagado, esses atos não são algo surgido do nada. Fazem parte do desenvolvimento da luta popular contra a direita golpista, que começou por volta de 2013 e 2014. Isso porque, apesar do imobilismo das direções, o povo iniciou uma etapa de mobilização e reação aos golpistas, processo que foi se desenvolvendo e se aprofundando conforme aumentava a crise do golpe, com a implantação de Michel Temer e depois de Bolsonaro no poder, passando pela prisão ilegal do ex-presidente Lula. Tais atos são uma resposta não somente aos ataques de Bolsonaro à

educação, mas ao conjunto dos ataques aos direitos democráticos promovidos pelo presidente fascista e os golpistas, aprofundados nos últimos meses. Por isso, na mesma medida, se desenvolveu a grande indignação popular contra o governo ilegítimo, em exigências cada vez mais frequentes e radicalizadas pelo “Fora Bolsonaro”. Isso foi visto tanto nos atos do dia 15 como do dia 30. Embora a imprensa burguesa e a esquerda pequeno-burguesa (que segue a cartilha do monopólio das comunicações) tenham querido passar a propaganda de que os atos foram exclusivamente relativos à educação, a verdade é que a população por todo o País demonstrou que os atos foram diretamente contra o governo. Em diversas cidades, das maiores às menores, viram-se faixas, cartazes e bandeiras com inscrições do tipo “Fora Bolsonaro” e ouviram-se gritos e cânticos como o famoso “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*” ou o próprio “Fora Bolsonaro”. Tal tese falsa da direita e da esquerda pequeno-burguesa pode ser desmascarada de maneira irrefutável ao percebermos que esses dois atos serão seguidos da greve geral do próximo dia 14 de junho. A própria esquerda admite (de maneira contraditória com sua propaganda ou mesmo sem

perceber) que os atos de maio são uma espécie de preparação para a greve geral. Mas, se a greve geral não é pela educação, então esses protestos de maio também não foram apenas pela educação. São movimentos que se enquadram na luta geral de massas contra o governo Bolsonaro e o golpe em seu conjunto. São movimentos contra o conjunto das políticas destrutivas de Bolsonaro contra o povo. Logo, conclui-se que, para derrotar esse conjunto de medidas, não se pode lutar apenas contra uma política isolada e parcial. É preciso fazer como a própria população

está fazendo: lutar pela derrubada do governo Bolsonaro. Lutar pelo Fora Bolsonaro. A greve geral de 14 de junho é mais uma grande oportunidade da esquerda, dos sindicatos e dos movimentos populares para organizarem a população no sentido de derrubar Bolsonaro. É necessário levar essa palavra de ordem aos locais de trabalho e estudo, fazendo uma ampla agitação e propaganda demonstrando a necessidade da greve geral e da organização coesa da classe trabalhadora para por um fim ao governo ilegítimo inimigo de toda a população.


OPINIÃO E POLÊMICA| 5

"CAMPO PROGRESSISTA"

Tábata Amaral, um embuste da direita para enganar eleitores de esquerda C

iro Gomes, o abutre dos votos de Lula, chocou um ovo no Congresso. Trata-se da deputada por São PauloTábata Amaral, também no PDT. Esta semana, Tábata Amaral apareceu em um blog do Estado de S. Paulo defendendo cortes na Educação durante uma entrevista, desde que isso seja feito com “critério”. A deputada de São Paulo afirmou o seguinte: “Não estou criticando ele por estar cortando das universidades, estou criticando por estar cortando sem nenhum critério, por razões ideológicas.” Ou seja, se a direita apresentasse razões supostamente técnicas para os cortes, Tábata Amaral sequer fingiria estar contra os cortes. E não para por aí, a deputada levanta alternativas para o financiamento do ensino público: “Vamos pensar em novas formas de financiamento, tipo endowments (fundos patrimoniais) que o governo não quer implementar sabe-se lá Deus por quê.” É aí que mora o perigo. Por trás de palavras como endowment, que seria um fundo “filantrópico”, abre-se a brecha para grandes capitalistas comecem a se apoderar das

universidades públicas por meio da pressão do dinheiro, minando a autonomia universitária. Essa é uma velha reivindicação de direitistas infiltrados no corpo discente das universidades públicas. Partido do Lemann Tábata Amaral e Ciro Gomes. De fato, estão atualmente no mesmo partido, o PDT. Mas deve-se lembrar que

Ciro troca muito de partido, e a legenda em que ele está hoje, amanhã ou depois não faz muita diferença. No final o que conta mais são ligações como a que Ciro tinha com o empresário e vice-presidente da FIESP, Benjamin Steinbruch, da CSN, para quem trabalhou por dois anos até 2016. Steinbruch foi cotado para ser vice de Ciro nas últimas eleições, e chegou a deixar o cargo na diretoria da FIESP para o caso de se candidatar. Steinbruch é o autor dessas frases, ditas em entrevista para Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo: “Você vai nos Estados Unidos, vê o cara almoçando, comendo sanduíche com a mão esquerda, e operando a máquina com a mão direita. Tem 15 minutos para o almoço, entendeu? Eu acho que se o empregado se sente confortável em diminuir esse tempo, porque a lei obriga que tenha que ter esse tempo (uma hora de almoço)?” FIESP e Steinbruch são muito mais relevantes para entender figuras como Ciro Gomes do que a legenda sendo usada no momento. No caso de Tábata Amaral, a relação

não é diferente. E isso ajuda a explicar suas posições direitistas. Tábata foi financiada por Jorge Paulo Lemann, por meio de uma fundação que tem seu nome. Além dela, outros quatro deputados eleitos, incluindo dois membros do Novo, também tiveram o mesmo “apadrinhamento”. Lemann, dono da Ambev, tem sua própria bancada no Congresso. Um grande capitalista ligado a empresários estrangeiros, ele mesmo meio suíço. Trata-se de uma infiltração na política nacional a serviço de interesses de capitalistas estrangeiros. Quem paga a banda escolhe a música Diante disso, é preciso denunciar a tentativa de apresentar essas figuras como se fossem de esquerda, ou do “campo progressista”. É uma manobra eleitoral da burguesia para tirar votos da esquerda nas eleições e deslocar o regime como um todo um pouco mais à direita. Essas figuras não têm políticas de esquerda. São diretamente ligados a grandes empresários, e não representam nenhuma base social. Constituem uma fraude política e não devem ser confundidos com a esquerda. É preciso denunciar esse truque e combater a confusão gerada por ele.

"CAMPO PROGRESSISTA"

A direita quer explorar o atraso contra os partidos de esquerda e sindicatos

A

sucursal brasileira da imprensa imperialista britânica BBC News publicou na quinta-feira (30), dia do ato que lotou as ruas de todo o País contra o governo Bolsonaro, matéria chamada “Presença de partidos, sindicatos e ‘Lula Livre’ causa divergências em ato pela educação em SP”. Típica matéria intrigante da imprensa capitalista que falsifica as informações com um objetivo de político bem claro. E o objetivo, nesse caso, é dar uma orientação política oposta à que a maioria do povo está pedindo nas ruas. Diante da incapacidade de simplesmente esconder os enormes atos, a imprensa golpista e imperialista quer transformar a mobilização de esquerda, contra o governo, em um ato coxinha. Muito parecido com o que foi feito durante as manifestações de 2013, quando diante do colapso do governo Alckmin que havia reprimido violentamente os manifestantes, a direita tratou de sequestrar as manifestações, infiltrando coxinhas e policiais e fazendo usando a imprensa golpista para mudar o conteúdo da manifestação. Dessa vez, no entanto, a tarefa da direita é mais complicada, já que o próprio movimento evoluiu com a

experiência política, a crise do regime político golpista é profunda e as reivindicações e palavras de ordem do movimento são mais claras. Para fazer a intriga, a reportagem da BBC apresenta um grupo de cinco estudantes adolescentes que no meio da manifestação de mais de 20 mil pessoas em São Paulo diziam ser contra os sindicatos, os partidos políticos e os “corruptos”. Logicamente que num universo de dezenas ou até centenas de milhares de pessoas, é impossível que todos pensem iguais, mas para a

imprensa golpista a opinião de cinco parece ser o tom de toda a manifestação. A direita utiliza o atraso político de setores da população para atacar os partidos de esquerda e os sindicatos. A tentativa é em primeiro lugar reforçar essa política conservadora e em segundo lugar colocar a própria esquerda na defensiva. A direita tem clareza que o principal perigo dessas enormes mobilizações são as organizações de esquerda, que orientam politicamente o movimento – por mais

que possamos ter divergências políticas com elas – e são capazes de mobilizar amplas massas. A direita quer uma manifestação sem bandeira, sem partido e sem sindicato para poder ela mesma controla-lo de acordo com a sua política. O mesmo conteúdo tem a rejeição da palavra de ordem em defesa da liberdade de Lula. A reportagem da BBC falsifica a realidade para convencer o povo de que a maioria, apesar de ser contra Bolsonaro, não é a favor de Lula. Isso porque a luta pela liberdade de Lula representa também um perigo político para os interesses da direita que vê seu governo e todo o regime político ruir. Lula é a alternativa natural das massas nesse momento. A esquerda pequeno-burguesa não só capitula diante dessa intriga da direita como procura adaptar sua política a essa campanha que na realidade é uma falsificação grotesca. Por isso é tão comum entre as organizações da esquerda pequeno-burguesa a ideia de que não se deve levar bandeiras, de que não se deve ter carro de som para orientar o ato e “inovações” que na realidade são velhas tentativas de estrangular um movimento de luta.


6 | POLÍTICA

PELA LIBERDADE DE LULA

Amanhã é o festival Lula Livre: mais uma oportunidade para lutar pela liberdade de Lula N

este domingo (2), ocorrerá, em São Paulo, o Festival Lula Livre. Com início marcado para as 13h, o evento acontecerá na Praça da República e reunirá dezenas de artistas de esquerda e que são identificados com a luta pela liberdade de Lula. O festival será mais uma oportunidade para agrupar os ativistas da campanha pela liberdade de Lula e para exigir a imediata soltura do maior líder popular do país. Diferentemente do que aconteceu nos atos de primeiro de maio, quando centrais sindicais pelegas, como a Força Sindical, impuseram à CUT a contratação de artistas bolsonaristas, o Festival Lula Livre será composto apenas por artistas que não estão dispostos a colaborar com o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro.

Entre os nomes de artistas e grupos já confirmados, estão Emicida, Rael, Criolo, Baiana System, Aíla, Dead Fish, Chico César, Filipe Catto, Mombojó, Odair José, Otto, Thaíde, Junu, Everson Pessoa, Unidos do Swing, Francisco El Hombre, Arnaldo Antunes, Slam das Minas, Bia Ferreira, Doralyce Soledad, Lirinha, Ilú Oba de Min, André Frateschi e banda, Márcia Castro, Zeca Baleiro, Isaar, Junio Barreto, Fernanda Takai, MC Poneis, Tulipa, Chico Chico e Duda Brack, Mistura Popular, Triz, Anelis Assumpção e Drik Barbosa. Além das apresentações artísticas, o festival contará com um documento elaborado por artistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais e políticos, como Chico Buarque, Martinho da Vila, Leonardo Boff e Leci Brandão.

BOLSONARO E MACRI

No Brasil, não podemos aguentar 4 anos de devastação

D

esde que venceu as eleições presidenciais na Argentina, Mau­ ricio Macri foi incensado pela direita brasileira, exaltado como uma espécie e salvador do povo argentino contra os males que o peronismo teria produzido naquele país ao longo de sua existência. O Movimento Brasil Livre (MBL), por exemplo, fez pesada propaganda do presidente argentino, sugerindo que deveríamos ter um Macri brasileiro, um neoliberal que salvaria o País e aos continente latino-americano das políticas bolivarianas que a esquerda teria implementando na América Latina e, segundo o MBL, prejudicado nosso desenvolvimento. Parece que, hoje, nem o MBL, nem mais ninguém da direita brasileira está disposto a defender o fracassado presidente patagão, muito menos os próprios argentinos. Foram cinco greves gerais, sendo a última iniciada essa semana, a maior até agora, caracterizada por uma união sindical inédita no país. Foi convocada por todas as centrais de trabalhadores, apoiada por todas as organizações empresariais (de pequenas e médias empresas) e por todos os movimentos sociais no país. Até mesmo Hugo Moyano, líder do poderoso sindicato dos caminhoneiros, após ter apoiado Macri, volta-se para o “kirchnerismo”. É importante lembrar que o poder de mobilização dos caminhoneiros é gigantesco, afetando a distribuição de alimentos, de combustível e até de dinheiro nos caixas eletrônicos, além da coleta de lixo. A greve paralisou Buenos Aires, afetando inclusive voos internacionais, isso faltando apenas cinco meses para as eleições presidenciais. O que, afinal de contas, produziu o neoliberal Mauricio Macri para deixar os argentinos tão desesperados a pon-

to de promoverem cinco greves gerais e manter mobilizações enormes nas ruas? Vamos citar algumas das “conquistas” da política neoliberal da Casa Rosada sob comando de Macri: •As tarifas administradas pelo governo, como transporte, energia elétrica, água e gás, sofreram aumentos de mais de 2000%. • A reforma previdenciária proposta pelo neoliberal Macri elevou o tempo de trabalho e modificou a fórmula de cálculo das aposentadorias, o que provocou, somente em 2018, uma perda real no valor do benefício de 17%. • Eliminou benefícios a idosos e jovens, acabou com medicamentos gratuitos para idosos e a distribuição de notebooks a alunos da rede pública de

ensino, por exemplo. • O salário mínimo foi reduzido de 650 dólares para 242 dólares em três anos e meio de governo. • O peso argentino teve desvalorização recorde e a inflação foi a 54%, nos últimos 12 meses. • Houve fechamento de mais de 6 mil pequenas e médias empresas e uma das maiores quedas na produção industrial do país. Ao mesmo tempo, o governo promoveu a isenção total de impostos para setores concentrados da economia, como o do agronegócio e o da mineração. O resultado na vida do povo argentino é o aumento do desemprego e da pobreza, com a maior queda no consumo que o país já registrou. Um desastre absoluto que travou o

país, elevando seu endividamento externo também a níveis recordes, promovendo fuga de capitais, e fazendo o país perder totalmente o acesso a crédito no exterior. Nessas condições, o presidente recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), de forma submissa e maléfica para os argentinos, pois o próprio Fundo é promotor de uma fuga recorde de dólares da Argentina, além de exigir contrapartidas políticas de “ajustes” duríssimas, ou seja, um enorme ataque contra os trabalhadores. Para blindar-se, Mauricio Macri promoveu interferência direta no Poder Judiciário, contando com o apoio do Grupo Clarín (a “Globo argentina”) e de jornalistas amigos. Isso soma-se a operações de inteligência, chantagens, ameaças e extorsões a juízes considerados “inimigos” do governo. É isso que o Brasil deve esperar de Bolsonaro, que continua com a política de destruição do país iniciada por Michel Temer, uma cópia daquela de Macri, e os golpistas que tomaram o poder em 2016. Assim como a Argentina, porém, nenhum país aguenta isso, por mais rico que seja. O Brasil não aguenta quatro anos de política neoliberal, Bolsonaro não sobreviverá, assim como Macri, a esse tipo de política. A violência e o uso do Estado para tentar conter os sindicatos, a oposição, os movimentos sociais, tem um limite, assim como a paciência do povo é limitada. Os argentinos querem seu país de volta e devem tomá-lo, nas ruas. No Brasil, se mantivermos as mobilizações e abandonarmos as ilusões de que haverá uma saída institucional para o golpe, o povo também vai tomar o País de volta. Fora Bolsonaro, fora toda política neoliberal, fora todos os golpistas. Rumo à greve Geral, novas eleições já. Lula Livre e candidato.


POLÍTICA E CIDADES| 7

BOLSONARISTAS

Depois do “chora mais” dos bolsonaristas, quem mais chora é Bolsonaro

J

air Bolsonaro declarou, em entrevista à revista Veja, que tem passado noites em claro chorando nesses cinco meses, angustiado. E no programa do reacionário humorista Danilo Gentilli, ele disse que sentar na cadeira de presidente “é barra pesada”, sentindo o peso do cargo. Em ambas as entrevistas e também em outras oportunidades recentes, o presidente ilegítimo já revelou que não fazia ideia das dificuldades que enfrentaria e reconheceu que não estava preparado para o posto. Um dia desses, Bolsonaro, sentindo-se deprimido e acuado, aparentou chorar em público, emocionado, por meia dúzia de fãs ainda o chamarem de mito na rua. O lado bom disso tudo seria a constatação – no caso das lágrimas serem verdadeiras – de que os brutos e os mitos também choram, seja lá para que isso sirva. Cinco meses depois de empossado, ouvir o presidente dizer que chora pelos cantos e dizer que descobriu que não sabia o que era ser presidente, não chega a ser surpresa, já que ele também não sabia se comportar como deputado federal, Resultado de imagem para bolsonaro dormindo no plenáriotampouco como oficial do Exército etc. Nos 28 anos de manda-

to parlamentar, por exemplo, não teve projetos aprovados e passava as sessões dormindo pesadamente, de boca aberta, como mostram as fotos que o flagraram.

Acontece que Bolsonaro está aposentado como militar desde que tinha 33 anos de idade. Porquê? Por terrorismo. Foi descoberto um plano do capitão Bolsonaro, com esquemas desenha-

Bolsonaro afirmou, outro dia, em uma solenidade pública na presença de seus ministros e aliados militares, cometendo mais um “sincericídio”, que não nasceu para ser presidente da República, mas sim para ser militar.

dos, de plantar bombas em quartéis e no Resultado de imagem para bolsonaro capitão da reservaabastecimento de água do Rio de Janeiro, um verdadeiro motim, como forma de pressão por melhores condições de trabalho e salariais para baixo oficialato.

Jair foi preso e escapou da corte marcial porque alguém no comando das Forças Armadas “passou um pano” no assunto, mas o forçou à aposentadoria quase que por insanidade. Então ele foi mal militar. Foi mal deputado. Esperava um milagre? A transformação em um estadista? Virar o Lula? A entrevista em que anuncia o choro, foi divulgada, quem sabe por mais uma das “conhecidências” que envolvem a vida do presidente, menos de 24 horas depois da segunda jornada de manifestações que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas contra seu governo, tendo como hino principal “fora Bolsonaro”. Motivos para chorar, portanto, não faltam, ao presidente ilegítimo, cujo governo faz chorar todos os dias milhões de brasileiros lançados no desemprego, na fome e na miséria, pelo regime golpista que ele encabeça, nesse momento. Tudo bem que o choro é livre e o melhor que o Bolsonaro sabe fazer é chorar mesmo. Mas não vai aliviar muito essa angústia. Em vez de chorar, Jair, pede para sair e volta a jogar vídeo game e passar o tempo no Twitter que vai ser melhor para todo mundo. Não corra o risco do alívio aquoso nas madrugadas passar do choro para golden shower no colchão do Alvorada.

FORTALEZA

Fascista ameaça manifestantes com arma de fogo em ato contra Bolsonaro

A

s manifestações contra o governo golpista do presidente Jair Bolsonaro no dia 30 de maio aconteceram em quase 200 cidades brasileiras (informações da UNE) incomparavelmente maiores do que as minúsculas manifestações dos bolsonaristas no último dia 26. Em Fortaleza-CE não foi diferente: trabalhadores e estudantes partiram da Praça da Gentilândia e marcharam pela avenida 13 de Maio, da Universidade, Carapinima até a Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará. O ato estava se encaminhando bem até aparecer um fascista de moto com sua esposa no cruzamento da Av. 13 de Maio com a Carapinima. Segundo relato de Fernando Marques, professor que estava na manifestação e presenciou a ameaça do fascista, o motociclista quis passar por entre os manifestantes mesmo com o trânsito impedido no cruzamento em decorrência da marcha contra o governo do Bolsonaro. Não conseguindo, o fascista sacou o revólver e gritou que tinha o direito de ir e vir. Por conta dessa ameaça contra os manifestantes, o motorista conseguiu cruzar a avenida. É preciso chamar a atenção para as organizações de trabalhadores e da juventude sobre o caráter fascista da ameaça violenta do motociclista. Se esse acontecimento passar batido pelo movimento organizado, qualquer

bolsonarista poderá alegar o tal “direito de ir e vir” e ameaçar e atacar as mobilizações. O discurso sobre o pacifismo e diálogo levantado pela esquerda pequeno-burguesa não condiz com a realidade da ameaça fascista. Quando os bolsonaristas vão às manifestações, parte deles vão armados de facas, revólver, spray de pimenta, aparelho de

choque, entre outros. Nesse sentido, eles estão preparados para o ataque. Se a esquerda abaixar a cabeça para essas ameaças, abrirá as portas para a invasão de sindicatos, diretórios acadêmicos, partidos políticos e ataque aos seus membros. Para o próximo ato da greve geral do dia 14 de junho e para os demais, torna-se fundamental a organização

de Comitês de Autodefesa e Contra o Fascismo para reagir à altura contra a violência dos grupos fascistas. Em cada sindicato, escola, diretório estudantil, bairro e sede de partido político deve-se discutir e organizar esses comitês para garantir a segurança das organizações de esquerda e para não deixar o fascismo levantar a cabeça.


8 | MOVIMENTO OPERÁRIO

"INOCENTES ÚTEIS"

Bolsonaro acusa professores de “doutrinação”

C

om apenas cinco meses de governo, o ilegítimo presidente Jair Bolsonaro atacou os professores após duas manifestações em maio contra o seu mandato e pedindo o Fora Bolsonaro. Em entrevista que foi ao ar no dia 31 de maio, no programa de seu fiel apoiador, Danilo Gentilli, atacou os docentes e estudantes dizendo aqueles são “doutrinadores” e estes “inocentes úteis”. O canal do Silvio Santos, mais uma vez dando uma “ajudinha” ao governo Bolsonaro. Vale lembrar que o primeiro ato, o do dia 15, foi chamado primeiramente pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e depois encampado pelos estudantes da UNE, APEOESP, e por diversos setores da classe trabalhadora. A população, e não apenas os trabalhadores da educação, já entendeu

Caneca de porcelana - 300ml

Caneca térmica - 420ml

Camisetas personalizadas (silk e tranfer)

que apenas com o Fora Bolsonaro é que é possível barrar todos os retrocessos desse governo inimigo do povo pobre e da classe operária. Setores amplos da esquerda pequeno-burguesa estão dando sustentação ao governo golpista e fraudulento de Jair Bolsonaro ao não pedir a derrobada desse governo golpista e procurar uma política institucional e de aliança com setores golpistas. A população e os ativistas devem superar a confusão e paralisia das organizações que não querem chamar o Fora Bolsonaro e colocar um fim nesse governo que é a continuidade do golpe de 2016. Dias 15 e 30 mostraram o caminho, devemos intensificar as manifestações e construir a partir do 14 de Junho uma greve geral por tempo indeterminado. Pela liberdade de Lula e eleições gerais.

Squeeze - 500ml

Caderninhos

Botons (redondos e quadrados)

Posters A3

CONHEÇA E DIVULGUE OS PRODUTOS DA LOJA VIRTUAL DO PCO. FAÇA SEUS PEDIDOS ATRAVÉS DO TELEFONE: (11) 9 4999-6537



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.