Edição 1160

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Diário da Cuesta

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DIA DE SANT’ANA 26 DE JULHO

Conheça o histórico da imagem de Sant’Ana – Avó de Jesus! - do século XIX.

Esculpida em terra cota, data do século XIX e após pertencer ao escritor e folclorista Alceu Maynard de Araújo, desde 1962 estava sob a guarda da família do escritor Francisco Marins.

Num dia dedicado a Sant’Ana, a imagem foi introduzida no nicho principal da Catedral. Dentro do artefato, cujo interior é oco, está condicionada a carta original, datada de 1962, em que Alceu Maynard de Araújo explica os motivos que o levou a passá-la à guarda de Marins:

“...era de Vovó Rita, esta imagem de Santana que deve ter agora perto de 200 anos. Depois de eu ter lido “Clarão na Serra”, já não me pertence mais, é sua, oferto-a de todo coração. A saga dos pioneiros de Botucatu tomou posse dela. Hoje ela é sua – uma terra cota centenária”.

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IMAGEM DE SANT'ANA

Pensam muitos, enganosamente, que a belíssima Imagem da Senhora Sant’Ana que está na Basílica Menor, em nicho caprichosamente iluminado, foi sempre a mesma desde a fundação da cidade.

Não é bem assim.

A primeira Imagem foi outra. Pequenina, tosca, em terracota, mal pintada, tem aproximadamente uns vinte centímetros de altura. Dizemos “tem” porque, por um estranho milagre subsistiu até hoje e se conserva entre nós.

Apagadinha e humilde ela faz parte do precioso acervo histórico do casal Dr. Francisco - Dona

Elvira Marins. Sempre ocupou um lugar especial entre os muitos objetos históricos que constituem - entre tantos outros - o patrimônio artístico da mansão do ilustre e querido casal.

Aparentemente é uma imagenzinha grotesca. Nem sequer são bem nítidas e bem contornadas as feições da Santa. O passar do tempo desmaiou-lhe a côr das vestes. É mais uma obra artesanal do que propriamente artística. Tem, porém, a seu favor, a marca do tempo.

Traz ainda, em seu potencial histórico a autenticidade legitima da primeira Santa que subiu a serra no século passado, e que teve o soberano poder de se tornar a Santa Padroeira da cidade e da região arquidiocesana.

Tomá-la nas mãos, examinar-lhe os delicados contornos, causa-nos inevitavelmente arrepios de comoção e verdadeira unção. Pensar-se que se está sentindo entre os dedos o lento perpassar de um século no dia-a-dia de uma freguesia que se foi aumentando, crescendo e ganhando foros de cidade.

Como teria ela chegado até o cimo da serra? Em que circunstâncias? Como foi instalada para a decorrente devoção de seus fiéis?

Conta-nos Donato, na primeira edição de seu “Achegas” que ao doar Gomes Pinheiro terras para a freguesia nascente, impôs como condição, mudar a Padroeira Nossa Senhora das Dores de Cima da Serra ( capela dos Costas ), para Nossa Senhora Sant’Ana, em homenagem a sua esposa Ana Florisbela Machado.

A Santinha ( e aqui vai o nosso afetivo tão religioso, tão terno para com a Senhora ) já existia no rude lar do colonizador. Ocupava por certo, o quarto do casal, em nicho devocional sob o reflexo da chama viva da lamparina votiva. Ali certamente, todas as noites, reunida a família, desfiar-se-iam Os Pais Nossos, as Ave-Marias e os Glória,

invocando a proteção divina contra tantos perigos do sertão imenso.

Fora trazida de longes terras sulinas, em meio às alfaias da jovem desposada que, acompanhando o marido na aventura colonizadora, trocara por amor, o conforto de um centro mais desenvolvido pelas agruras do sertão paulista.

A viagem naturalmente fora difícil, penosa e demorada, no lombo de muares suarentos. Aqui chegou inteira, graciosa, leve, exibindo em cores vivas a coloração feita de origem. Colocada ternamente em nicho de honra, na intimidade do quarto do casal, iluminou-lhe os passos no sentido da vida e da grandeza do lugar.

Daí para o altar tosco da capelinha da freguesia foi ato de pura devoção e desprendimento do casal.

Hoje, depois de cento e trinta e tantos anos de passar de mão em mão, está muito bem colocada entre o acervo e propriedade do casal Marins. Essa por certo, é a trajetória histórica da Imagenzinha da sra. Sant’Ana, nossa Augusta Padroeira.

A outra, a soberba e bela imagem, hoje ocupa o nicho central da nossa Catedral, é, segundo os entendidos, de madeira maciça, carvalho secular, esculpida com arte, procedente de Portugal. Mas essa é outra história.

(A Gazeta de Botucatu - 21/07/1989)

A R T I G O

Há trezentos e setenta e cinco anos, o maior dramaturgo de todos os tempos lançava à posteridade, numa sequência de versos admiráveis, todo o trágico drama da velhice desamparada. Senhor absoluto do teatro grego, dando novas formas à tragédia clássica, ele se imortalizava nos palcos precários daquela época elisabetana fazendo rolar de seus lábios –que ator também ele o era – o amargo solilóquio que eternizaria pelos séculos em fora, a figura simbólica do Rei Lear chorando pelos corredores ora vazios de seu imenso castelo, a indiferença e o esquecimento a que o relegaram suas ingratas filhas e genros. Ninguém, como o poeta de Stratford-on-Avon, retratou tão bem esse drama universal.

Estamos às vésperas do Dia do Ancião Nosso pequeno preâmbulo desenrola-nos à meditação o magno problema atual da velhice desamparada. Tão grande, de tão profundas raízes é ele, que a própria Ciência abriu-se num capítulo amplo, particular, para dedicar-se à Gerontologia. O que é a Gerontologia? É o estudo biológico, social e econômico das pessoas idosas. Segue-se então, que Geriatria é, mais pormenorizadamente, o estudo das doenças dos velhos.

Tudo se faz hoje, no campo cientifico, para pesquisar as causas do envelhecimento, deter-lhe o rápido avanço ou pelo menos, retardar-lhe os assaltos. Mas, verdade cediça mesmo é que “desde que se nasce, já se começa a morrer”. A velhice é o preâmbulo da morte. Os anos passam inapelavelmente e a velhice rouba a fibra ao mais heróico campeão.

Socialmente falando, a velhice repre-

A N C I Ã O

senta um quinhão respeitável no exército já denso da população marginalizada. Esse é o grande problema da atualidade, preocupando seriamente a todos os países desenvolvidos. Estudos iterativamente publicados dão-nos conta de que no Brasil, cerca de 5,6% da população é representada por pessoas idosas, máxime nas grandes capitais.

Os imperativos da vida moderna apontam os velhos como um fator negativo a pesar na esfera familiar. A proscrição se faz hoje friamente e o pobre velho é logo relegado para os asilos e casas de repouso. Quantos dramas vêm-nos ao conhecimento, de pessoas antes válidas, participantes ativas no mundo familiar e que acabaram seus dias na melancólica agonia dos quartos de asilo, esquecidas e abandonadas à caridade de estranhos.

Um recente estudo fala-nos do tratamento dispensado aos velhos nos países do Oriente. Na China e no Japão, a vida útil dos velhos é reconhecida e respeitada. Lá, os anciãos, ao contrário do Ocidente, são a figura central da sociedade familiar.

O imenso clã vai crescendo, multiplicam-se as famílias, cresce a infância, girando tudo ao redor da figura patriarcal do avô. À matriarca do clã são entregues as crianças. Enquanto os pais saem para o trabalho, a avó cuida dos netos.

Naqueles países os velhos são o espelho em que se mira, com respeito profundo e inteira dedicação, a juventude que lhe vai crescendo ao redor. Aos avós, cabe a formação primeira da infância.

No patriarcalismo italiano, hoje decadente, verifica-se a mesma estrutura familiar. Os “nonos” centralizam, ou melhor, centralizavam o polo familiar. Bem poucas famílias , nos nossos dias, vivem ainda esse maravilhoso aspecto do lar. Mas, lá se foram os bons tempos.

A tendência moderna é hoje, na sua crua realidade, uma demonstração patente de que os velhos, relegados como seres já vencidos, são dominados pela conceituação fria e indiferente que o humor negro dos nossos dias qualificou dos “já eram”. O problema da velhice é amplo, profundo e farto. Fiquemos por aqui.

É bom saber. O artista plástico e conhecido webdesigner botucatuense Marco Antonio Spernega, foi quem idealizou a Cuesta de Botucatu estilizada e com todo o seu simbolismo: a escarpa, o verde representando as nossas matas e o azul do céu... A criação do Spernega valorizou a nossa CUESTA que teve, em sua estilização, o impacto que as obras dos grandes artistas tem. Vejam no Expediente o logotipo do Diário da Cuesta! Marco Spernega tem exposto seus trabalhos em concorridas exposições. Esta ilustração é uma obra de arte e de simbolismo histórico!

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Conselho dos Sábios Anciãos & a “Juventude Acumulada”...

Os Sábios Anciãos!

“...o saber não pode ser descartado por uma legislação que menospreza o talento...”

Prof. Jacques Marcovitch – ex-Reitor da USP Com as aposentadorias compulsórias , o tema sobre o Brasil que esbanja talentos, cultura e bons serviços como se o país estivesse cheio deles, voltou a ser objeto de análise.

A verdade é que desde os índios Sioux dos EUA, passando pelos Maias, pelos Incas, passando pelos nossos Guaranis e Xavantes e chegando até os Hunos, os Chineses e os Japoneses, vamos encontrar a resposta para tudo isso. A resposta é que o mais experiente, o mais idoso foi para todos os citados e para os não citados motivo de respeitosa reverência, fonte segura de aprendizado, garantia de sapiência. Os Romanos, com seu domínio imperial levaram a todos os cantos os fundamentos de sua civilização, também ela fruto de outras civilizações grandiosas e que tinham na sabedoria dos mais idosos a sua pedra de toque. A magistral criação da figura do SENADOR é fruto da civilização romana que procurava dar consistência, espaço e efetiva atuação aos idosos, aos mais experientes.

E o Brasil, apesar de ter sido colonizado por Portugal, não seguiu seu modelo institucional. Os portugueses jamais implantaram um Senado, utilizando até os nossos dias, o sistema unicameral. Graças às influências recebidas da Inglaterra e da França, além dos Estados Unidos, foi fundamental para que o Brasil fizesse a escolha do sistema bicameral, composto do Senado e da Câmara dos Deputados. O Senado deve ser a Casa dos Mais Sábios da Federação!

Foi lembrado que a 1ª. Constituição Republicana de 1891, NÃO estabelecia limite para a permanência no Supremo Tribunal Federal. Na Constituição de 1934, estabeleceu-se um limite de 75 anos. Na Constituição de 1969, esse limite caiu para 68 anos. E, com a Constituição de 1946 e a “Constituição Cidadã” de 1988, esse limite foi fixado em 70 anos. Hoje, por Emenda Constitucional, o limite é a idade de 75 anos.

A sabedoria do autor de nossa 1ª. Constituição Republicana – Rui Barbosa! – atentou para esse aproveitamento da experiência dos mais idosos, NÃO limitando a idade para o exercício do cargo de ministro do STF. Inspirou-se, Rui Barbosa, na Constituição Liberal dos Estados Unidos. Nos EUA, em sua Suprema Corte não há limite. Em 2010, o juiz John Paul Stevens aposentou-se, por iniciativa própria, aos 90 anos!

O Prof. Jacques Marcovitch com quem trabalhei na equipe de Gestão Empresarial quando ele foi presidente da Energia de São Paulo (CESP, CPFL, Eletropaulo e Comgás), escreveu sobre o tema quando foi Reitor da USP (“Estadão”, 17/03/1998), onde destacava a importância da presença dos professores aposentados nas atividades acadêmicas. Des-

tacava que a nossa legislação aposenta compulsoriamente as pessoas aos 70 anos, provocando uma situação no mínimo absurda. Assim, para enfrentar esse problema, a Universidade de São Paulo criou a figura do Professor Honorário, numa tentativa de manter os grandes mestres próximos da Academia. Em sua gestão, foram acolhidos, como Professores Honorários, os professores Antônio Cândido, Crodowaldo Pavan e Pachoal Senise, do Instituto de Estudos Avançados da USP.

O então Reitor da USP sugeria a atuação dos “docentes inativos” nas salas de aulas e laboratórios e declarava que “é inconcebível que tão grande reserva de inteligência continue ausente da Academia”.

Lembra o ilustre professor que: “Cervantes contava 68 anos quando terminou o Dom Quixote. As composições de Bach em idade provecta são as melhores. Beethoven superou a si mesmo nos derradeiros quartetos Rembrandt passava dos 60 anos quando pintou seus quadros mais importantes. A última Pietá de Michelangelo é a mais bela. Galileu, aos 72, mostrou ao mundo sua obra definitiva, Diálogos das Ciências Novas. A Mecânica Celeste foi completada por Laplace quando ele já contava 79 anos de idade.”

Aqui no Brasil, temos o nosso exemplo Em 1985 elegeu-se, por si e seu carisma, Prefeito de São Paulo, o ex-presidente Jânio Quadros. Quase 30 anos depois o mito voltava, triunfante. Deixou exemplar modelo de administrador honesto e trabalhador. Em sua última gestão, em 1985, novamente como Prefeito da Capital (com mais de 70 anos), marcou seu desempenho idealizando túneis modernos, transportes sobre trilhos aéreos, boulevards idealizados por Oscar Niemeyer (que idealizou o Ibirapuera na primeira gestão de Jânio), restauração de monumentos históricos e para facilitar o trânsito, os ônibus de 2 andares, investimentos maciços no metrô, novas e modernas avenidas... Ao ter seu Secretário do Planejamento casando-se com sua filha, Tutu, exigiu a sua demissão e afastamento imediato da Prefeitura. Exemplar. Poderia ser demagogia... Será? Único ex-presidente da República (repe-

tindo: ÚNICO!) vivo a recusar a pensão oferecida pela União aos ex-Presidentes da República. É Registro Histórico!

É importante a presença daquele que já vivenciou, já pesquisou, já errou e se corrigiu, já experimentou uma, duas, n vezes, já realizou, já sonhou e, hoje, está pleno de sabedoria para conviver com os professores mais jovens e com a juventude universitária.

E esse aproveitamento, no caso dos professores universitários, precisa ser feito com muita cautela. Roberto Pompeu de Toledo, em artigo na revista VEJA (05/09/2012), capta essa problemática: “Nas carreiras mais prestigiosas, como a dos magistrados, diplomatas e professores universitários, domina o empurrão dos que vêm de trás, para afastar os da frente.”

De fato, há que se encontrar na estrutura funcional dessas carreiras uma colocação para os “funcionários inativos”, quer como “Professores Honorários” ou “Ministros Honorários” ou “Diplomatas Honorários” de tal forma a NÃO inibir a carreira dos mais jovens MAS sem perder o potencial a ser aproveitado dos que estão “Acumulados de Juventude”, com muita experiência, sapiência e produtividade. A Nação Brasileira precisa do concurso de todos. A “intelligentzia brasileira” precisa se mobilizar para levar a bom termo esta questão. Não se pode dar ao luxo de manter uma legislação obsoleta que discrimina, que segrega, que emburrece a cultura nacional. Todos precisam dar a sua cota de participação para que se construa um país mais viável e para que tenhamos um povo menos sofrido e menos injustiçado. Sigamos os exemplos legados por quase todos os povos. Sigamos o exemplo positivo legado por todos os povos que deixaram a sua marca positiva na evolução da humanidade. E esse exemplo nos ensina que os mais idosos precisam ser reverenciados e ouvidos.

Se o século XX preocupou-se com a criança e o adolescente, podemos considerar o século XXI como o século do idoso.

Estudos sobre o envelhecimento da população no Brasil - pessoas com mais de 60 anos de idade - mostram que essa população tem crescido de modo acelerado. A expectativa é de que no ano 2025 teremos um contingente de idosos de, aproximadamente, 32 milhões de pessoas. É preciso uma decisão nesse sentido das autoridades competentes. Primeiramente, restabelecendo os termos de nossa 1ª. Constituição Republicana – fruto da genialidade de Rui Barbosa – que NÃO estabelecia limite de idade para os Ministros do Supremo Tribunal Federal Fazendo, para as outras carreiras, principalmente a universitária e a diplomática, um aproveitamento funcional que não os limite a serem apenas figuras honorárias. O Brasil e suas novas gerações serão – com certeza! – os maiores beneficiados! (AMD)

Prof. Jacques Marcovitch

“Dia do Escritor”

Como cicatrizes

“Aquele que ouve

Ecos de vozes proféticas

Ao ler mensagens

Dos grandes pensadores

Que sente gravar-se

Em seu coração

Com caracteres profundos

O seu clamor visionário e divino

Que se extasia contemplando

As supremas criações plásticas

Que sente íntimos calafrios

Em face das obras primas

Acessíveis aos sentidos

E se entregar á vida

Que nelas palpita

E se comove até que seus olhos se encham de lágrimas

E o seu coração irrequieto

Seja arrebatado por febres de emoção

Tem um nobre espírito

E pode alimentar o desejo

De criar coisas tão grandes

Como as que sabe admirar.”

José Ingenieros

Descobri que hoje se comemora o “Dia Nacional do Escritor”, da mesma forma como de repente me vi escrevendo.

E num desses revival da infância, me vi dizendo menina, a quem me perguntasse:“O que vai ser quando crescer?”

Eu respondia: Escritora.

E em todos os lugares acabava me perdendo nos detalhes, formatos de nuvens, e sentindo presença de anjos nas penas brancas no meu jardim.

Lia e relia os versos prediletos de amor de grandes poetas, copiando em folhas do caderno.

Trechos preferidos da Bíblia.

Relendo até as páginas amarelarem e ficarem amarrotadas.

Repetia muitas vezes até decorar.

Andei mesmo escrevendo hai kai em guardanapos.

Entre os livros que tínhamos na estante de casa, tínhamos um caderno em capa de couro e na frente uma pintura de um botão de rosa.

E curiosa o abri, para descobrir que minha mãe, escrevia ali suas poesias quando jovem, com a sua caneta tinteiro e letra bonita.

Li inúmeras vezes “O Pequeno Príncipe”,”Terra dos Homens”

Sentindo aquela afinidade mãe/filha, e tentando também ter estilo e letra, ali deixei alguns dos meus primeiros versos.

Dia desses busquei esse caderno, mas não encontrei.

Tenho desde março deste ano, quando comecei as “Memórias Pandêmicas “, uma febre diária que me toma logo cedo, como se fosse uma necessidade física.

Penso que já fui um escriba que com sua pena de ganso e tinta extraída de alguma planta, contava a vida daquele tempo imemorial.

Busco imagens, memórias, sons e de repente toma forma e as palavras se juntam às ideias.

Só não imaginava que teria hoje toda essa estrutura que utilizo e que em seguida tenho o feedback do que escrevo, o que é extremamente gratificante.

E mais, me descubro realizada.

Os dias tem objetivo e encanto.

E me pergunto atônita: desde quando me tornei escritora?

Agora posso dizer com certeza.

Quando assinei meu contrato com a Filos Editora, estava lá com todas as letras: escritora

Tenho meu primeiro livro, está aí! Não paro de admirá-lo.

Esses dias falando ao telefone com a minha Tia Lucilla, 88 anos, e contando a ela sobre o meu livro, ela ficou uns segundos quieta e depois me soltou esta:

-”Maria, agora você é escritora! “

Eu respondi: pois é tia, com 74 anos me tornei escritora.

E contei a ela, que Cora Coralina, a querida poetisa goiana, que tanto admiro, também lançou seu primeiro livro com mais de 70 anos.

E vamos ter lançamento do livro.

E quando setembro vier, vamos para a Bienal do Livro no Anhembi, em São Paulo!

MARIA

Festa de Sant’Ana será entre 23 a 28 de julho com diversificadas atividades recreativas e religiosas

Para realização desse evento centenas de voluntários da comunidade se propuserama colaborar trabalhando nos mais diferentes setores para prestar atendimento à comunidade

A Festa de Sant’Ana 2024 em Botucatu, um dos mais tradicionais eventos de Botucatu e que ocorre desde 1999, vai acontecer entre os dias 23 a 28 de julho com diversificadas atividades recreativas e religiosas

Para realização da festa, de acordo com dados da organização, centenas de voluntários da comunidade vão colaborar trabalhando nos mais diferentes setores para prestar atendimento à comunidade.

Para a parte religiosa a organização preparou o tríduo e a solenidade da padroeira, ações e missas que serão desenvolvidas de 23 a 26 de julho, com a preparação do tríduo e a homenagem à Solenidade da Padroeira, além da benção aérea no município de Botucatu.

Na grande tenda montada em frente à Catedral Metropolitana está programada entre os dias 25 a 28, uma gama diversificada de atividades com praça de alimentação, exposições, shows com diferentes artistas, entre outras opções.

Programação recreativa

25/07 (quinta-feira)

20 horas: 4 no sertão

26/07 (sexta-feira)

12 horas: Ricardo e Natália

18 horas: VOX DEI (cristão)

20 horas: Vavá e Márcio (Karametade)

27/07 (sábado)

20 horas: Milton Guedes

28/07 (domingo)

12 horas: Isac Ferraz e Denise Amaral

20 horas: Banda ABR3. (Tribuna de Botucatu)

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