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Diário da Cuesta

Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, remonta à história de que um bispo, de nome Valentim, que durante o século III, lutou contra as ordens do Imperador Cláudio II, que tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, acreditando que os solteiros seriam melhores combatentes e que se concentrariam mais facilmente na guerra e na vida militar.

Contra a ordem do imperador, o bispo continuou com a celebração de matrimônios. Quando a prática foi descoberta, foi preso e condenado à morte. Enquanto preso, eram vários os jovens anônimos que, em demonstração de apoio e compaixão, lhe enviavam flores e bilhetes, afirmando continuarem a acreditar no amor, explicando assim a troca de postais e cartas que se proliferou até à atualidade.

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Dia de São Valentim: Uma Lenda Repleta de Tradição

“Amor com amor se paga” é a tradição de tratar com carinho a pessoa que se gosta. Surpreenda-se com as tradições por trás do Dia de São Valentim.

POR NATIONAL GEOGRAPHIC

Há histórias de amor que nascem de brincadeiras de crianças. Há também as histórias que nascem de grandes batalhas. Outras, de paixões atrapalhadas. Em todas elas, a paga é o amor. No Dia de São Valentim, o amor exalta-se das mais diversas formas.

Entre arrancar pétalas a um malmequer, fazer figas, pedir desejos a estrelas cadentes ou fontes de água milagrosas, fazer promessas ou trocar cartas e postais de amor, estes são exemplos das tradições e rituais que se mantêm ao longo de gerações.

As origens

Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, remonta à história de que um bispo, de nome Valentim, que durante o século III, lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, acreditando que os solteiros seriam melhores combatentes e que se concentrariam mais facilmente na guerra e na vida militar.

Contra a ordem do imperador, o bispo continuou com a celebração de matrimônios. Quando a prática foi descoberta, foi preso e condenado à morte. Enquanto preso, eram vários os jovens anônimos que, em demonstração de apoio e compaixão, lhe enviavam flores e bilhetes, afirmando continuarem a acreditar no amor, explicando assim a troca de postais e cartas que se proliferou até à atualidade.

A história do amor de Valentim

Durante o seu período encarcerado, conta a lenda que o bispo se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e que, milagrosamente, lhe devolveu a visão. Antes da sua execução, Valentim escreveu uma mensagem de despedida na qual assinou como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”. O dia da sua execução tornou-se num tenebroso dia de jejum, em sua homenagem.

A associação com o amor e o romantismo chega-nos depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado. O bispo Valentim foi considerado mártir pela Igreja Católica. A data da sua morte, 14 de fevereiro, marca também a véspera da festa anual, celebrada na Roma Antiga, em honra da deusa Juno e ao deus Pan, onde um dos rituais incidia sobre a fertilidade. São várias as versões sobre o surgimento desta data No século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como união do Dia dos Namorados. A data foi adotada, um século depois, nos Estados Unidos, como Saint Valentine’s Day.

Um casal namora num banco de um parque. FOTOGRAFIA DE WINFIELD PARKS/NATIONAL GEOGRAPHIC CREATIVE

Idade Média dizia-se, ainda, que o 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por esse motivo, os namorados desses tempos utilizavam a ocasião para deixar mensagens de amor na porta do seu amado. A partir de 1969, a Igreja Católica decidiu não celebrar os santos cujas origens não seriam claras, sendo que, neste caso, identifica três santos diferentes como São Valentim. Mesmo retirado do calendário dos santos, o santo padroeiro dos namorados continua a ser celebrado por todo o mundo.

Namorados da era moderna

A história no seu formato mais moderno, afirma que a tradição surgiu em 1840 quando, nos Estados Unidos, Esther Howland vendeu mais de 5000 dólares em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. A tradição dos cartões foi crescendo desde então até que, no século XX, se espalhou por todo o mundo. Atualmente, o Dia de São Valentim é associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. A prática das mensagens manuscritas deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em grande escala e aos presentes, como símbolo de carinho e demonstração de amor pelo outro.

Data mundialmente especial

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é comemorado um pouco por todo o mundo, geralmente a 14 de fevereiro. No Brasil, a data surge a 12 de junho, no dia que antecede o dia de homenagem ao padroeiro dos casamentos, Santo António Neste dia é demonstrado o carinho, amor e reconhecimento entre casais. As imagens que se associam a este festejo são de corações e de cúpidos, sendo a cor predominante o vermelho e as flores magistrais, as rosas.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Na

As hárpias e a cerveja”

O gavião real ou hárpia é para muitas tribos indígenas brasileiras a personificação dos caciques, símbolo da avidez e da força.

Tem a visão 8 vezes mais potente que a humana.

Esta ave é um dos caçadores mais temido das florestas brasileiras.

Tem garras tão grandes quantos á de um urso pardo.

Pode carregar um animal de até 10 kg.

Seu habitat natural são as selvas da América Central e do Sul.

São capazes de exercer pressão suficiente para apanhar macacos e preguiças.

Suas fêmeas são as maiores da espécie e podem chegar a pesar ate 9 quilos, sendo as aves mais pesadas.

Podem se manter imóveis por horas.

São verdadeiras mestras em sigilo e precisão.

Com o desmatamento, sua espécie está ameaçada, e foram criados órgãos para a proteção dessa espécie, a UICN União Internacional para a Conservação da Natureza, e Projeto Hárpia.

Hárpias são criaturas mitológicas representadas como aves de rapina com um rosto de mulher e seios

Monstros alados com rosto de mulher e corpo de abutre ,unhas em garra, que personificam as tempestades e a morte.

Parece ser um personagem que saiu das estórias mais fascinantes da Mitologia grega.

Para muitas etnias indígenas é considerada “pai de todos os pássaros”.

Alguns acreditam que ela possa atacar pessoas, mas não existe nenhum relato do tipo no Brasil.

A pergunta que não quer calar: o que a hárpia tem a ver com a cerveja?

A Cervejaria Antuérpia usa o desenho de uma hárpia no rótulo dos seus produtos.

Justificam que por ser uma ave imponente, ela representa os sabores e aromas dessas cervejas, que evocam sentimentos através do paladar.

É a referência a cultura brasileira para todo o processo do desenvolvimento de produção das suas cervejas artesanais.

Esse enfoque muda a antiga visão de que as hárpias seriam mensageiras de destruição .

Seriam semideuses, os cães de Zeus, seguiriam suas ordens , regularmente punindo pessoas, levando coisas da terra,incluindo comida.

Levando as pessoas culpadas para o submundo para julgamento.

Aparecem no Mito de Jason e os Argonautas a procura do Vê-lo Dourado. Conta a Mitologia, que o Rei Phineas da Trácia recebeu o dom de ver o futuro e, acidentalmente falou demais gerando a fúria de Apolo que o deixou cego.

As hárpias foram enviadas para roubar a comida do rei cego.

Os Boreads, filhos do vento do Norte, colocaram armadilhas para apanharem as hápias.

Assim que saíram do céu para roubar a comida do Rei, os Boreads decolaram depois deles, levando Hermes a interferir e prometer que as hárpias não mais o atormentariam

Voltando ao melhor da estória, descobrimos que os egípcios já fabricavam cerveja usando cevada e “emmer” (espécie de trigo).

Era rica nutrientes e consumida não só pelos adultos.

Tinha baixo teor alcoólico, fornecia calorias essenciais e hidratação em seu ambiente árido.

Era muito mais segura de beber do que a água do Nilo que poderia estar contaminada.

Considerada uma bebida sagrada, tinha significado espiritual, sendo associada aos deuses, em especial a Hathor, que era a Deusa da alegria, da dança e da fertilidade.

Poderíamos dizer que a cerveja ajudou a construir as Pirâmides do Egito.

E já que hoje é sábado, dia de ir para a balada, vamos lá tomar uma estúpidamente gelada !

Viagens # Fé

Uma agradável visita a Guimarães, a cidade berço de Portugal

Associada à fundação da nacionalidade portuguesa, a fascinante Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país. Teve, há um milênio, papel crucial na formação de Portugal, quando ainda era designada como Vimaranes. Ela foi palco, em 1128, dos principais acontecimentos políticos e militares, os quais levaram à independência e ao nascimento de uma nova nação. Por este motivo, lemos em alguns lugares da localidade, a expressão “Aqui nasceu Portugal”.

Foi desde então estabelecido em Guimarães o centro administrativo do Condado Portucalense e lá nasceu Dom Afonso Henriques, herói nacional e primeiro rei do país. Com efeito, as suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita, tanto que é uma cidade tranquila para morar.

No passeio a pé, Regina Célia e eu apreciamos muito a visita a um monumento icônico: a Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, chamada popularmente de Igreja de São Gualter. Erguida no século XVII, em estilo barroco, hoje é o templo que capta a atenção dos turistas, impressionados com as suas torres gêmeas e com o seu acesso florido que vem desde o coração da cidade.

Entra-se nesse templo por uma pequena escadaria. Bem decorado internamente, pode-se notar a sua planta retangular e o seu belo retábulo em madeira policromada. Num dos altares laterais fica a urna mumificada de São Gualter, frade enviado em missão a Portugal pessoalmente por São Francisco de Assis, em 1217.

Desde 1906, no primeiro fim-de-semana de agosto anualmente são promovidas as “Festas Gualterianas”. Embora não seja o padroeiro local (esse título cabe a Nossa Senhora da Oliveira), este foi um santo que granjeou ao longo do tempo a devoção dos vimaranenses,

muito por conta dos milagres que lhe foram atribuídos.

Como cidade de dimensão média, Guimarães tem uma vida cultural interessante. Para além dos museus, monumentos, associações culturais, galerias de arte e festas populares, dispõe do Centro Cultural Vila Flor, que tem dois auditórios, um parque expositivo, e um café-concerto. Tanto que em 2012 a cidade se tornou a Capital Europeia da Cultura.

Aliás, desde 2001 Guimarães está inscrita na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, o que a torna definitivamente num dos maiores centros turísticos do distrito nortista de Braga com laços ainda na antiga província do Minho.

Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 53 livros sobre a história regional.

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