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Diário da Cuesta

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O Dia do Publicitário é comemorado anualmente em 1º de fevereiro

A data homenageia os profissionais de comunicação social que são responsáveis em pensar, criar e desenvolver campanhas publicitárias destinadas a promover ideias, lugares, empresas, organizações, produtos, pessoas e etc. Os publicitários trabalham tendo como principal característica a criatividade, por causa disso são considerados profissionais “despojados”, “jovens” e sem horários fixos. A construção de um bom ambiente de trabalho é essencial para o desenvolvimento da inspiração necessário para o publicitário criar suas peças e projetos.

Duas criativas e premiadas peças publicitárias: a do Conde Francesco Matarazzo (Portfolio/Alltype) e a do lançamento da TV Cultura ( Norton Publicidade). É Registro Histórico.

O tempo que passô não volta mais...

Quantas vezes já dei balanço na vida? Quantas vezes as contas não fecharam, o laço não teve as braças necessárias e o mestiço foi embora, mato a dentro?

Quantas vezes engoli a seco, mastigando lerdo uma hora dura? Só a gente sabe o que gente passa. Assim é a vida, nem sempre há crédito no saldo.

Ano que termina. Novo ano por chegar. Agora é tempo de salgá os cochos, lamber as feridas, pensá no que foi...

O feito tá feito, o tempo que passô não volta mais. Sabe, leite derramado, derramado tá. O que sei é que não planejei maldades, não semeei discórdias,não armei arapucas para aprisionar os sonhos de ninguém. Certamente que errei bastante, coisinhas miúdas, mas errei. Só não errei deliberadamente. Não magoei querendo magoá, não menti pra enganá, não tripudiei sobre as fraquezas alheias, não agi com soberba sobre os humildes.

Mas o que digo de mim, posso dizer de tanta gente. Pense em você. Você também não quis magoar ninguém.

Acho que a vida é assim e às vezes tem umas pegadinhas, uns acidentes de percurso. Há que se ter cuidado com o que se pensa, com o que se fala, com o que se faz.

Em sendo assim, que venha 2022. Vamos praticar o bem, zelando do coração alheio, porque nele ninguém anda. E nem no meu.

No fim, a vida é isso, um tempo de aperfeiçoamento. Simples assim...

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

O BEM E O MAL

O bem sempre existiu. O mal sempre existiu. Os bons e o maus sempre conviveram num mesmo espaço. Às vezes, uns vencem e dominam. Às vezes, os outros vencem e dominam. Não há domínio permanente. Não há submissão permanente. Há, ainda, o fato de, às vezes, os bons virarem maus e os maus virarem bons. São casos raros, mas existem. O que existe com maior frequência é acharmos que os maus são bons ou que os bons são maus. São situações históricas e inevitáveis. Independente de nossa vontade, elas sempre existirão. A realidade, então, não é acabar com o mal. Não conseguiremos. Mais racional é evitar que o mal consiga sobrepujar o bem. Se o mal so-brepujar o bem, teremos muitos problemas. Assim, o desejável é lutar para que o bem lidere todas as ações possí-veis.

Parece simples, né? Mas não é. Ao contrário, é muito difícil. A dificuldade mais notável é saber o que é o bem e o que é o mal. Para simplificar, poderia dizer que o bem está relacionado às boas ações e que o mal está relacionado às más ações. Simples. Ocorre que o que é uma boa ação para uma pessoa pode representar uma ação má para outras. Outra dificuldade é que, na maioria das vezes, o bem e o mal estão na mesma pessoa. É muito difícil uma pessoa ser apenas boa e outra ser apenas má. Sei que alguns dirão que Deus só tem o bem. Mas vamos falar de seres humanos. Desses que estão atuando na sociedade,

nos governos, nos clubes esportivos, nas igrejas, nos supermercados... Em todos os lugares.

Já que é impossível debelar o mal, vamos diminuí-lo com boas ações, para que ele não tenha forças para dominar. E como se faz isso? Em primeiro lugar, anulando suas ações em nós mesmos. Impedindo que esse mal nos domi-ne, atue sobre nós. Depois, ajudar os outros a dominarem o mal. Uns fazem isso com orações. Outros com refle-xões. Outros, ainda, fazem isso com ações. Agir para o bem corresponde a aprimorar as suas boas qualidades e a estimular que as boas qualidades dos outros prevaleçam. Na política, por exemplo, como é que se faz isso? Se você se julgar capaz de melhorar a sociedade com a política, participe. Seja atuante. Pode ser candidato a um cargo público ou pode ser um bom eleitor. Atue sempre com empatia. Coloque-se no lugar dos outros e veja o que deve ser feito pelo outro. Impeça que os maus políticos (o mal) vençam os bons. E se os maus políticos já estiverem no poder, dificulte as suas ações.

Há várias maneiras para se fazer isso. A primeira é o exemplo. Seja bom, com boas ações e ideias, e faça-se notar, para que os outros percebam que ser bom vale a pena. Depois, estimule a educação. A educação se faz pelo exem-plo e pelos conhecimentos. Um não pode estar dissociado do outro. O bom exemplo auxilia a pessoa a transformar o conhecimento em sabedoria. E essa sabedoria acompanhada do bom exemplo é que tranformará o mundo.

Tudo isso é muito difícil, mas não é impossível. É lento, mas pode ocorrer. Não é preciso ter pressa. O bem nunca será perfeito. Portanto, haverá sempre algo a fazer por ele. Mãos à obra!

Bosquejo de História Postal em Botucatu (Parte

Ângelo Albertini do Amaral

Continuando a série sobre a história postal em Botucatu e região, trazemos mais um complemento sobre o início do Correio em Botucatu.

Vemos, pois, que naquela época “freguesia” é termo eclesiástico, significando território paroquial. “Comarca” é termo jurídico.

Confesso que sou leigo no assunto e até hoje não consegui ver claro, nem encontrei quem me pudesse dar uma orientação segura.

Eclesiasticamente, parece que temos em ordem de grandeza: Capela – Curato – Paró-quia (=freguesia) – Diocese.

Mas, já o termo “freguesia” confunde porque também é termo usado na divisão de administração civil: 1873, o Brasil tenha 642 municípios com 209 cidades e 433 vilas, 1473 freguesi-as e 28 curatos;

Na organização judiciária, tivemos, naquele ano, 245 comarcas, sendo 139 de primeira, 78 de segunda e 28 de terceira entrância. A unidade inferior à comarca é “termo”.

E distrito? Onde entra o conceito de “distrito”?

Todo o município tinha uma “sede”, que era vila ou cidade. A vila tinha 7 e a cidade 9 ve-readores.

Toda a freguesia tinha um juiz de paz, pois em qualquer demanda tinha de ser primeiro tentada uma conciliação antes que o assunto pudesse ser levado ao foro, onde então, atuavam os juízes de direito.

Ficam pois convidados, os entendidos no assunto a esclarecer melhor esta intrincada questão de divisão eclesiástica, judiciária e de administração civil.

Se o autor diz que não tem luz para o assunto, de nossa parte estamos mais opaco do que meia noite e ponto, em lugar bem êrmo.

Mas a nossa curiosidade é mesmo com a palavra “freguesia”, cuja frequente leitura nos trazia à imaginação a ideia de uma violentíssimo, enormíssima, invasão otomana por todo o terri-tório do país.

Valeu a leitura do tópico acima. Deu para saber que a “freguesia” de Botucatu, até 1855, foi de um juiz de paz e de um padre. E os “turcos” que foram chegando depois, tiveram que an-gariar a sua, batendo matraca, e com muito esforço.

Com referência a carimbos do pouco que conhecemos do as-

suntos nos parece que a agência não foi pródiga em tipos e embora toda literatura acima, nos parece que se produziu em quantidade que muito pouco chegou para o desfrute do presente.

O nosso primeiro carimbo, penso, é o comprido com cercadura: “BUTUCATU”. E andou ele em companhia de algum “mudo” e de algum “francês”?

Os entendidos no assunto apontam como sendo o período áureo do tipo carimbo mu-do, ou instrumento especial, quando entraram em circulação os selos vindo dos Estados Unidos, os que mostram a efígie do imperador D. Pedro II, portanto de 1866 em diante.

Existe a hipótese de que o carimbo tipo francês seja também desse tempo e portanto caminhou mais ou menos passo a passo com o “mudo”.

E dentro dessa hipótese o seguinte: o instrumento especial carimbando a efígie do im-perador e no envelope, o carimbo com o nome da localidade, simplesmente um “falado”, ou um circular datador.

Essa hipótese só se comprovará em peça de inteiro, um envelope, um bilhete postal, ou então, pelo menos um fragmento em bom estado.

Mas isso, sem dúvida é material para coleções de peso, opulentas.

De nossa parte conhecemos o comprido e nos é mais familiar o que chamam de co-mum, aquele circular datador, sem estrela. Aliás, estrela em Botucatu, só vemos no céu, com luar, ou quando inadvertidamente martelamos o dedo. E de muitas.

Uma só, no carimbo, ainda não. Mas deve aparecer um dia.

O s que conhecemos e os que supôs, por não conhecer, foram aplicados naquela agên-cia que “andou de déu em déu”, por falta de um ponto fixo, até localizar-se na antiga cadeia, cujo prédio se demoliu por vetusto, para não enfeiar o venusto, que se construía, para abrigar o Tea-tro Santa Cruz.

Derradeiramente chamava-se Espéria. Ficava na frente de onde hoje está a fonte lumi-nosa, na Praça Emílio Peduti, o popular jardim do bosque, com suas árvores, talvez coevas desta história.

Esse velho teatro pegou fogo, quando já sem dar espetáculos , ironicamente abrigava a biblioteca do centro Cultural de Botucatu, e no salvamento, os livros jogados pelas janelas se arrebentavam no ladrilho da praça, mas salvos, não muitos são, das labaredas.

Continua...

& EVENTOS

Notas&Fotos

MEMÓRIAS CINEMATOGRÁFICAS

TORCIDA NACIONAL

O país inteiro torce para que "Ainda Estou Aqui", filme do renomado diretor, Walter Salles e atuação da talentosa atriz, Fernanda Torres levem o Oscar para casa! Prêmio mais cobiçado do cinema. Com isso o Cinema Nacional estará em evidência no cenário internacional. Essa produção brasileira conquistou crítica e público por sua intensidade emocional e narrativa envolvente.

Tamara Rocha (direção de arte), Renato Scorsato (logger), Douglas Iglesia (produtor), Marcos Araujo, Empresário, Daniel Kojak (Diretor) Fernando Parré (som), Edgard (direção de arte) e Flávio Kenji (Direção de Fotografia) –Equipe do documentário

Fausto Viterbo curtindo bons momentos com os filhos, Rodrigo, Fernanda, Tomaz, Lucas, Fausto e a nora Vanessa Bonzanini

MÚSICA&ANIMAÇÃO

No dia 15 de fevereiro o Teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci sediará a exibição do documentário – “Botucatu – Território Cinematográfico”, dirigido por Daniel Kojak. O documentário inspirado no livro dos escritores Adriana Donini e Luiz Roberto Coelho Gomes (Zulo) e conta a história da cinematografia desde as décadas de 20 a 70, período de grande efervescência e abrangência das empresas cinematográficas locais. Informações sobre o lançamento na edição do dia 8 de fevereiro.

Rodrigo Lopes e Giuliana Davatz, residentes em Portugal passando férias com as famílias na Terrinha

O “Grito de Carnaval”, sábado na sede do Botucatu Tênis Clube aconteceu com muita energia. Num espaço decorado de forma vibrante, os presentes se entregaram à folia ao som da Banda Karisma, de Miguel Galvani. O evento, que teve início com o tradicional “grito de carnaval” deu o pontapé inicial para as festividades de Momo na cidade de Botucatu.

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