Edição 233

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 233

SÁBADO E DOMINGO, 07 e 8 de AGOSTO de 2021

Pardini pede o comparecimento de todos para a segunda Dose O Prefeito de Botucatu, Mário Pardini e Secretário da Saúde, André Spadaro, fizeram o pedido de comparecimento da população no domingo (dia 8). Pardini destacou que “Botucatu é a cidade com maior cobertura vacinal e proteção contra a Covid-19 no mundo! Um privilégio que temos que agradecer a Deus, mas é importante também cumprir o nosso papel: se vacinar!”


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Diário da Cuesta

ARTIGO

VICENTE MOSCOGLIATO – MEU PAI Elda Moscogliato

Papai: Como Deus foi bom! Dotou-lhe o humano coração com os raios de Sua Munificência divina e expandiu em sua alma pura e reta os reflexos de Sua Infinita Perfeição. Como agradecer-Lhe, Papai? Ele não lhe permitiu as dores cruciantes de uma longa e cruel enfermidade; não lhe consentiu agonia, Papai! Após os albores da aurora, o senhor ainda leu o “Estadão”, comentou o editorial do dia. Ensaiou uma programação para as horas seguintes, tomou sua primeira refeição no leito e já se preparava para levantar-se. Tudo foi tão rápido, tão duro para nós, mas tão suave para o senhor! Não houve despedidas. Apenas o declinar da cabecinha branca nos braços do Antoninho, sob os olhares carinhosos de Mamãe! Deus abriu os braços a mais um Vicente de Paulo. E acolheu-o, carinhosamente, em Seu Seio. O senhor conservou na fisionomia risonha, a alegria profunda da última chamada telefônica dos netinhos. Lá de longe, a vozinha deles, cada um a sua vez : “ Vovô, quero ir aí” Como seu coração se encheu de emoção, Papai! Que incrível carisma o senhor possuía, Papai! Os médicos vieram ao senhor, não o senhor foi a eles! Como explicar os cuidados amoráveis do Dr. Antonio e do Dr. Aleixo, que viam no senhor, quem sabe, o próprio Pai? Que fez o senhor ao Dr. Chamma, ao Dr. Ubajara, ao Dr. Renê, que sacrificaram justos lazeres, para estudar-lhe a velhice em declínio? Como explicar o filial e dedicado desvelo do Dr. Samuel, a quem o senhor na flauta, pela última vez, num canto de cisne, trilou gorjeios e tercinas, sem cansar-se? Como explicar, Papai, que um meni-

no, a quem um dia, o senhor ministrou os rudimentos da Música, voltasse agora, profissional respeitável, tendo a sedimentar-lhe a Ciência Médica, um quinhão profundo de despreendimento e nobreza que só o berço faculta? Como explicar, senão pelo seu carisma pessoal, Papai, que o Dr. Fernando se integrasse a nossa família, a ponto tal, de sacrificar o domingo do jovem, para levar a passeio, em seu carro, um ancião alquebrado? Como agradecer tudo isso, Papai? Que iremos dizer doravante, aos seus múltiplos alunos de flauta, violão, dos

seis aos cinqüenta anos, que lhe vinham beber não só a Música, como a palavra amiga? Como explicar ao Batistão, ao Prof. Aécio, ao Paulo Ciaccia, ao Dr. Marão, ao Ângelo Albertini, ao Sr. Lourenço, ao Dr. Tilio, que o senhor “foi ao Banco e já volta” quando na realidade, o senhor partiu e já não há retorno? E ao Dr. Dalton? Não haverá mais “gancho de poço”? A flauta emudeceu. O violoncelo cabisbaixo voltou à estante. Os selos recolheram-se aos álbuns, as peças de xadrez encerraram-se em definitivo no estojo. Não haverá mais música nas salinhas de aula. Nem o folhear paciente dos livros filatélicos. Não haverá o doce ócio no terraço enDIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

tre os filhos, os familiares, os amigos e os alunos. Oh! Papai! Tão perto ainda e já tão longe vai o senhor, para Deus! Tão logo o senhor repousou, Dom Zioni e Monsenhor Violante vieram. Imediatamente autorizou Dom Zioni a Missa de corpo presente, concelebrada aqui em casa por Mons.Violante e o querido Pisani. Como foi linda, Papai! Uma revoada de hábitos brancos rodeou-lhe o esquife franciscano. O Santa Marcelina interrompeu o retiro espiritual e a Revda. Madre Superiora, tão amiga, com um coro de anjos puros, veio rezar a Meditação do Terço, cantando após : “ Nó céu, com minha Mãe estarei. . .” Quanta bondade, Papai! Como agradecer a esses amigos? Amigos? O senhor sentiu o terno calor intimo da última vigília, na madrugada lá fora frigida, acalentada aqui dentro pelo afeto incontável de seus amigos? Como agradecer a tudo isso? A Academia, a Sta. Casa, o La Salle, na pessoa do Dr. Marão, do cavalheiresco Pedro Losi, do Dr. Agnelo, de Irma Célia, Irmãos Laurentino e Hilário, tributaram-lhe sua homenagem. As Irmãs Servas do Senhor, meditaram conosco em suas orações. A rua Curuzu chorou, Papai, e seus antigos colegas barbeiros disseram adeus ao seu “decano”. O Presidente da Câmara Municipal esteve presente, Papai. De Santos, de Bauru, de Curitiba, de Lençóis Paulista, a DRT 7, o PF, o IAPAS, também local, tributaram-lhe homenagens. De Araçatuba, a Segurança Pública esteve presente. Os telefonemas estrugiram e de São Paulo e de todos os recantos do Estado, os sobrinhos acorreram chorosos, para receber a última benção do patriarca do imenso clã. Como o senhor os amou, Papai! Pela madrugada da última vigília, um jovem adentrou a casa e pediu-nos para colocar em suas mãos inertes, uma rosa. Entendemos, papai! Era a gratidão da legião imensa daqueles que se beneficiaram da anônima caridade que lhe enriqueceu, para Deus, os seus oitenta e nove anos vividos. Como o senhor foi bom, Papai!

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

Meu Pai! Meu Amigo! Antônio Delmanto (1905/1994) Saudosismo? Sim. Mas leve, com lembranças boas e retempero para continuar a caminhada... Em 2005, no Centenário de seu nascimento, publiquei uma edição especial da revista PEABIRU dedicada a ele: “Médico Cidadão”. Na abertura da revista, eu escrevi nas “primeiras palavras”: “Esse o retrato que gostaria de apresentar a todos os botucatuenses: o retrato do Médico Cidadão. O retrato daquele que tinha a profissão, de fato, como um sacerdócio e o exercício da política, como uma tarefa, exatamente isso: uma tarefa a ser cumprida!” DOIS MOMENTOS: E, nas “palavras finais”, completando o trabalho sobre sua vida, eu escrevi: “No ano de 1976, eu lançava o meu primeiro livro sobre Botucatu. “Crônicas da Minha Cidade, e fazia a seguinte dedicatória: “Para Antônio Delmanto: meu pai, meu amigo, meu exemplo.” Hoje, é para ele e sobre ele todo o trabalho. Missão cumprida... Esse trabalho que dedico a meu pai é – com certeza! – o mais importante que escrevi em toda a minha vida e ao qual dediquei todo o meu entusiasmo de filho e cidadão. Saudades!” Ontem, passei um bom tempo percorrendo meus registros do passado: fui a Vitoriana onde ele tinha um sítio, onde íamos nos finais de semana; passei na Misericórdia onde ele clinicava e operava; passei no clube (AAB); passei pelo sobrado na Praça do Paratodos; passei pelo Albergue Noturno que ele construiu e doou ao Município... Saudosismo? Acredito que sim. Mas uma coisa leve, com lembranças boas e retempero para continuar a caminhada. Para encerrar, vou relatar as palavras registradas no meu livro, lançado em 2010: “ História da Vitória Política Paulista: 1934”: “Eu me lembro de um fato ocorrido em 1994, quando eu fui candidato a Deputado Federal pelo PDT de São Paulo, tendo conseguido a legenda graças à interferência do jornalista amigo, Roberto D’Avila, então Secretário do Meio Ambiente do Rio. No absurdo da estrutura política brasileira, os parti-

dos tinham e tem donos e, os não apadrinhados, só participam quando ocorre uma oportunidade dessas... Pois bem, fui até meu pai, político forjado no Partido Democrático, que se transformou depois no Partido Constitucionalista e acabou por formar a base da União Democrática Nacional, para pedir, como sempre, seus conselhos. Fui direto na minha dúvida: “Olha pai, eu fui convidado para sair candidato pelo PDT a deputado federal. Mas, está difícil. Eles (do PSDB) estão com a prefeitura municipal (Botucatu), deputado estadual, governador do estado e presidente da república... Está duro. Não sei se vale a pena...” Eu tinha, na época, os meus 47/48 anos. E levei um “pito”! Ele, com seus 89 anos: “Olha aqui, se eu tivesse 10 anos menos, eu sairia candidato. Você tem que levantar a bandeira, rapaz! Senão, como é que vai ter mudança?” Então, eu me senti deste tamanhinho... Sai candidato. Foi uma vitória inesperada: 12 mil votos, só em Botucatu! Fui eleito 3º suplente (há + de 20 anos!). Não gastei um tostão... Quer dizer, fui candidato numa época em que não acreditava e a eleição foi uma surpresa... Meu pai me deu aquela lição de cidadania, aquele inesquecível “pito” e...morreu... Morreu em agosto e não chegou a ver o resultado da eleição... Então, eu repito: É claro que vale a pena! Vale a pena lutar! Vale a pena viver! É isso que tenho procurado fazer durante toda a minha vida. Confesso que sem o desempenho contínuo que a cobrança paterna me teria feito... Mas tenho procurado fazêlo. Este livro faz parte desse esforço.” É isso. Saudades!


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ARTIGO

O ACORDO

Roberto Delmanto No sistema legal brasileiro, defensor e promotor pouco conversam fora dos autos na área criminal. Ainda hoje, apenas se falam quando do oferecimento de transação penal ou de suspensão condicional do processo, e mais recentemente, no acordo de não persecução penal, ocasião em que o advogado pode, e deve, discutir com o representante do M. Público as condições propostas, para bem avaliá-las e aconselhar o cliente a aceitar ou não. Antigamente, quando tais institutos não existiam, só conversavam no dia do júri, antes do seu início, na busca de uma eventual tese comum. Mas era preciso cuidado. Em um julgamento, com promotor e advogado de defesa experientes, o primeiro concordou com o segundo que, embora tivessem existido indícios de autoria do homicídio que justificaram a pronúncia do acusado, para uma condenação não havia prova concreta, idônea e suficiente. Tal posicionamento, quando ocorre, dignifica a conduta do Parquet na condição de defensor da sociedade, pois, como o próprio nome diz, ele é promotor de justiça, ou seja, um promovedor de Justiça. Após chegarem a tal consenso antes do júri começar, confiantes no alto conceito que desfrutavam no antigo I Tribunal do Júri de São Paulo, ambos, naquele dia, acharam que não necessitavam fundamentar em Plenário, com detalhes, o acordo a que haviam chegado. Falaram brevemente, sem adentrar muito à prova dos autos. O promotor pediu a absolvição e o defensor, após elogiá-lo, endossou o pedido.

Ao se apurarem os votos na sala secreta, todos, inclusive o juiz presidente, tiveram a maior surpresa: por expressiva maioria, os jurados condenaram o réu. Certamente, não se haviam convencido do acerto, e talvez da lisura, do acordo. O causo entrou para o anedotário forense e, ao que consta, não mais se repetiu. A partir de então, nas vezes em que chegam a um consenso, acusação e defesa não mais deixam de bem explicar aos juízes de fato a razão da tese em comum...

Que a Cuesta é a forma de relevo escarpada em um dos lados e apresentando um declive suave do outro? Este verdadeiro “degrau”, que popularmente era conhecido como “serra”, passou a ser conhecido pelo nome da cidade próxima da qual assume proporções mais gigantescas: Cuesta de Botucatu. A Cuesta de Botucatu marca o início do Planalto Ocidental Paulista. Ela tem, na sua escarpa, o limite físico e humano entre o leste e o oeste do estado; só o rio Tietê a ultrapassa (fenda natural); rodovias e ferrovias que a cruzam serpenteiam por entre seus patamares mais suaves para atingir o topo e, depois, deslizar suavemente em direção aos limites com Mato Grosso e Paraná. No seu topo, a suavidade de um tipo climático que talvez tenha induzido os povoadores a reconhecerem ali os “bons ares”. Assim é a CUESTA: um relevo característico de regiões mexicanas, espanholas, francesas, sul-africanas e indianas, mas a Cuesta de Botucatu tem a sua identidade; por sua história, por seu significado; inclusive porque a partir dela se internacionalizou o nome “cuesta” e por se constituir, em nossa região, o espaço mais significativo e marcante do relevo paulista, ela é, por todos os aspectos um patrimônio natural, cultural, histórico, geológico e até artístico – fonte de inspiração para muitos artistas de nossa região.


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Prefeito Pardini:

“Botucatu é a cidade com maior cobertura vacinal e proteção contra a Covid-19 no mundo! Um privilégio que temos que agradecer a Deus, mas é importante também cumprir o nosso papel: se vacinar!”

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COMENTA Rodrigo Scalla

Ao Dia dos Pais um presente especial para eles Sempre com muito carinho Sra. Carolina me recebe em sua aconchegante floricultura na cidade “ Ophicina de Flores”. Dona Carolina adotou Botucatu para viver e trabalhar há muitos anos. Desde quando era adolescente ia com mamãe apreciar e presentar amigos dela com encantadoras flores da floricultura que mais se parece com um boutique de flores tal a elegância do.loval. Dona Carolina sempre gentil e amável sempre nos deixa a vontade para escolher o que há de mais lindo no local. Vai caminhando e mostrando cada de lor e explicando sobre ela, uma entendida no assunto. Já na entrada você se depara

com uma fonte linda de água que é um calmante para nossos ouvidos e posteriormente você vai viajando no mundo das cores. Nesse mês do “ Dia dos Pais” você pode encomendar ou até mesmo pedir a ela para montar uma cesta com vinho e muito mais objetos direcionados para o seu papai que merece presente muito especial. Não tenho meu pai aqui, mas desejo que Deus abençoe todos os papais nesse de dia tão significativo , e abençoe essa amiga tão querida que só exala amor, simpatia e amizade com todos seus fidedignos clientes e futuros clientes que certamente virão. Parabéns!

Senhora Carolina, proprietária da Oficina das Flores

Linda fachada da Floricultura localizada a Rua Dr. Costa Leite

Destaque Social, empresarial e no�cias Pique - pique : Essa semana quem comemorou idade nova na Hípica de Botucatu foi minha adorável titia Anna Maria Amat. Foi oferecido a ela pela sobrinha Maria Emília Amat Puoli um almoço mais que especial. Parabéns, felicidades e muitos anos de vida. Parabéns a Maria Emília por fazer essa homenagem notável a titia também. Palmas efusivas! Gracinha: Sempre bem disposta e com um coração imenso a manicure ,a minha manicure Ivanilda fazendo um passeio gostoso ao lado do ,” amor” comemorando mais um ano de love. Ivanilda merece tudo de bom nessa vida por seu grande coração e alma sempre falando de Deus e ajudando pessoas. Dia desses fui visita- lá e estava tão frio que acabamos vendo a novela embaixo das cobertas , rindo, contando “ causos” . IVANILDA ladeada por mim e seu love. Teve até pipoca.

Destaque empresarial para Diego , proprietário da banca de eletrônicos ao lado do Supermercado Central a Avenida Leonardo Villas Boas. Parabéns, Diego é Gente que Brilha! @ Vale ressaltar que a vacinação em massa será no próximo domingo dia 8 incluindo todos do dia 9. Segundo Spadaro foi um erro e todos devem comparecer no dia 8 para a segunda vacinação em Botucatu. Será um sucesso! Deus seja louvado.

Destaque empresarial para a Thai Toyota de Botucatu que apresenta o novo Corolla Cross várias cidades da região como foi o caso de São Manuel na quarta- feira passada. Parabéns!

No�cias @ Aguardem entrevista com o diretor da FCA nos próximos dias. Vamos saber verdadeiramente qual a realidade do local.


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