Edição 6

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Diário da Cuesta

Nº 06 SEGUNDA-FEIRA 16 de novembro de 2020

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Ele é o Eleito!

O prefeito Mário Pardini consegue a sua reeleição (2020/2024) à Prefeitura Municipal de Botucatu. Desde o início da campanha, Pardini vinha despontando na preferência do eleitorado botucatuense. Executivo da SABESP, teve destaque por sua capacidade positiva à frente 35 municípios. Durante seu mandato, Pardini enfrentou as inundações que ocorreram em Botucatu com queda de pontes e estragos generalizados e, em sequência, teve que enfrentar a pandemia do vírus chinês... Ufa... Botucatu acompanhou o seu trabalho à frente de uma equipe capacitada e, nas Eleições Municipais, RENOVOU a sua confiança! ELE É O ELEITO !

OS CONSTRUTORES DO FUTURO DE BOTUCATU – DINUCCI & PARDINI – Na página 3, leia o histórico que traz as profundas raízes da família PARDINI com Botucatu. Uma viagem fantástica através de um pingo d’água que busca sua folha mãe em uma Embaúba no cume da Cuesta de Botucatu... (leia na quarta página “Cuesta Rasgada”)


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Diário da Cuesta

A RTIGO

VEREADOR: CARGO VIROU EMPREGO, VAMOS MUDAR ISSO ?!?

É pacífica a opinião pública de que o VEREADOR não tem função relevante, mas poderia ter... Esvaziaram as suas funções legislativas e, hoje, o vereador, principalmente dos pequenos e médios municípios, precisam viver como “agregados” do Prefeito Municipal... Mas poderia ser diferente... A remuneração dos vereadores dos pequenos e médios municípios é o PRINCIPAL fator a descaracterizar as funções da vereança.Municípios de até 200 mil habitantes, com sessões semanais de rápida duração, NÃO poderiam remunerar seus vereadores. Virou emprego. E os vocacionados são atropelados pelos “profissionais”. Vejam bem: nos pequenos e médios municípios, são realizadas, em média, 1 (uma!) sessão por semana que raramente ultrapassa 2 (duas) horas de duração. Ora, 4 sessões mensais, em média, de 2 (duas) horas de duração CORRESPONDEM a 1 (um!) DIA DE TRABALHO!!! Sim, esses privilegiados vereadores RECEBEM o salário que é, também

em média, de 5 vezes o salário mínimo! Proporcionalmente, é o maior salário do país!!! E cada um continua com sua profissão anterior a eleição... E como os “profissionais” inibem e superam os “vocacionados”, a suas respectivas atuações são insípidas e limitadas... É isso. Sem essa “polpuda” remuneração, SOMENTE os vocacionados seriam candidatos, os chamados “profissionais” fugiriam rapidinho dessa ”fria”... Mas como a legislação não vai mudar, exatamente porque não é do interesse dos políticos, vamos, pelo menos, procurar fazer o melhor por Botucatu na busca dos cidadãos prestantes. Que cada VEREADOR ELEITO seja um agente transformador dessa imagem negativa. Que os novos componentes de nossa Câmara Municipal assumam com destemor uma posição transformadora no exercício cívico de suas funções legislativas para o engrandecimento de nossa Pátria Pequena: BOTUCATU!!!

Comentário no Facebook de...

Ok de Antonio Carlos Santos, em 17/03/2017: Antonio Carlos Santos OkOk – Na Junção do Rio Capivara com o Alambary, antes de chegar em Vitoriana, existe um embaubal (o resto é canavial). Antes da linha férrea fazer a curva do Rio Capivara, existia a Estação de Embaúba, Km 273.336 – altitude 471 – fundada em 1924 – recebeu esse nome devido a grande quantidade de embaúba nessa região. Ok”

Você Sabia ??

Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.

EXPEDIENTE

RESULTADO DAS ELEIÇÕES Na Edição de terça-feira, traremos a relação completa dos vereadores eleitos e suas respectivas votações, assim como a votação dos 4 candidatos a prefeito municipal.

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689


Diário da Cuesta

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DINUCCI & PARDINI:

Os Construtores do Futuro de Botucatu! O bom da pesquisa histórica é a descoberta de fatos originais e inéditos. No levantamento dos dados referentes à Misericórdia Botucatuense, encontramos a presença do Engº Camilo Fernandes Dinucci nas obras de expansão do hospital. O mesmo com relação ao histórico da Casa de Saúde “Sul Paulista” (ao depois, denominada de Casa de Saúde “Nossa Senhora Menina”), temos a presença do construtor Adolpho Dinucci na ampliação do prédio e na construção do bloco central. Para completar, o “gigante” de Rubião Júnior, a sede �sica de nossa Faculdade de Medicina, com 40.000 metros quadrados de área construída, foi fruto do trabalho de Adolpho Dinucci para o Governo do Estado. A sua posterior adaptação, ficou sob a responsabilidade dos Engenheiros Camilo Dinucci e Geraldo Magela Rezende. Não é brincadeira. Dirão alguns que são serviços de empreitada e que eles recebiam por isso. E dai?!? É a presença certa na construção do progresso de Botucatu. Só isso basta. Esses dados nos causaram grande impressão. Mas mais descobertas estavam por vir ao pesquisarmos sobre a “história” do velho Dinucci. Aí entra a presença forte, definidora de rumos e precocemente falecida de Adolpho Pardini. “Dinucci & Pardini”, empreiteiros de obras. Essa história merece ser contada. A presença dos dois Adolphos e a presença da família Dinucci, em continuidade, são de real importância na estruturação do setor médico-hospitalar de Botucatu. E mais, é importante em toda a história de conquistas de nossa cidade. A municipalidade local está

Adolpho Pardini devedora de uma homenagem maior a esses dois Adolphos, além de dar nome em rua em nossos bairros. São exemplos para a juventude, são cidadãos prestantes. Ambos eram naturais de Lucca/Itália, imigrantes pioneiros. Adolpho Pardini veio para o Brasil em 1890, localizando-se em Poços de Caldas. Mais ou menos na mesma época, Adolpho Dinucci veio com os irmãos para o Brasil, localizando-se em São Paulo. Em Poços de Caldas, os dois Adolphos se conheceram e passaram a viver uma grande amizade e a realizar um trabalho profissional conjunto. Adolpho Pardini foi para São Paulo e passou a trabalhar com os Irmãos Dinucci (Adolpho e Torelo), em uma firma de construção. Aí entra outra coincidência. Como construtores foram trabalhar, empreitando obras, para o escritório de Engenharia e Arquitetura do Dr. Ramos de Azevedo. Ramos de Azevedo é o autor dos mais belos prédios de nossa Capital. Pois bem, o nosso principal político naquela época (1890/1930), era o Dr. José (Juca) Cardoso de Almeida, várias vezes Secretário de Estado e Chefe Político do PRP – o todo poderoso Partido Republica-

O GIGANTE DEITADO (ilustração de Vinício Aloise ao pé do Gigante, as Três Pedras)

Adolpho Dinucci no Paulista. O Dr. Cardoso de Almeida era cunhado do Dr. Ramos de Azevedo, casado com Dona Ismênia Ramos de Azevedo Cardoso de Almeida. Assim, entre outras empreiteiras, os dois Adolphos passaram a trabalhar com o Dr. Ramos de Azevedo. O Dr. Sebastião de Almeida Pinto cita especificamente os prédios do Instituto de Educação “Caetano de Campos”, na Praça da República e a Escola “Ramos de Azevedo”, como duas obras nas quais atuaram os dois Adolphos. Mas, o Dr. Cardoso de Almeida era de Botucatu e o desafio da construção do majestoso prédio de nosso Fórum e Cadeia Pública estava preocupando o nosso líder político. A presença dos já afamados construtores Dinucci & Pardini em Botucatu, era a garantia de sucesso. E foi o que ocorreu. Foram os desbravadores da construção civil em Botucatu. Foram os Construtores do Futuro! Entre outras obras na cidade, os 2 Adolphos contruiram a Igreja e Convento “Nossa Senhora de Lourdes, dos Frades Capuchinhos, totalmente às expensas do Dr. Cardoso de Almeida, como prova de confiança e estreita ligação entre eles (1911/1918).

A amizade de ambos com o Dr. Alcides de Almeida Ferrari, o primeiro advogado botucatuense e que chegou a Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça, posto máximo da Magistratura também teve a sua origem. O Dr. Alcides de Almeida Ferrari (que hoje é o nome de nosso Fórum) era primo do Dr. Cardoso de Almeida. É a própria história de São Paulo e de Botucatu se entrelaçando. São os homens pioneiros do final do século retrasado e início do século passado a somarem seus esforços em pról da construção da grande Capital e da cidade dos “Bons Ares e das Boas Escolas”. Meu avô paterno, Pedro Delmanto, sempre contava histórias a respeito dos 2 Adolphos. Particularmente de Adolpho Dinucci ele contava que pela amizade de ambos, o Sr. Adolpho solicitou que ele indicasse uma pessoa de absoluta confiança, idônea, apresentável e com formação para trabalhar em seu escritório. Meu avô indicou um seu funcionário e amigo, o Sr. Francisco Vendi�o. Algum tempo depois, o Vendi�o se casava com Dona Palmyra, filha do Dinucci e se integrava à família. Depois, aquela irmandade familiar. As famílias Dinucci e Pardini moraram sempre juntas. Aquela simbiose familiar. Aliás, �pica da gente peninsular. Mas, sem dúvida, exemplar. Após o falecimento prematuro do amigo Pardini, o Dinucci continuou como construtor vindo, após alguns anos, a contar com a ajuda de seu filho Camilo, já formado Engenheiro. Entre os prédios construídos pelos Dinucci, podemos citar: o Hospital de Rubião Júnior; o bloco central da Casa de Saúde; o Hospital Regional Sorocabana, e a construção parcial do prédio da APAE, etc.


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CUESTA RASGADA

Diário da Cuesta

Cláudio de Almeida Martins

No princípio de uma manhã, soltei-me da ponta de uma folha de embaúba, lá do cimo da Cuesta. No início, quase devagar e flutuando, meu corpo começou a girar e a cair. Não havia escolhido o percurso a seguir e nem aonde queria chegar, mas, mesmo assim, atirei-me ao desafio que o destino havia escolhido, com a vontade férrea, que é comum aos seres determinados. Ao primeiro balanço da folha, dei um leve rodopio no ar e já pude divisar, do alto em que me encontrava, um cenário antes nunca imaginado. Pude observar, com os olhos de um menino curioso, os contornos de uma Cuesta extraordinária. À medida que eu viajava, pude ver a união exuberante da natureza. Eram árvores frondosas, médias, miúdas, todas em perfeita harmonia. Eram flores grandes e pequenas, frutos bonitos e outros nem tanto, mas o conjunto dessas diferenças, mostrava um resultado indescritível, uma aquarela divina, que jamais um ser humano conseguiu registrar numa tela ou num escrito. E fui caindo. E fui descendo. Quanto mais ia me aproximando das copas das árvores, pude ir distinguindo as peculiaridades de cada uma. Era o amarelo puro de um Ipê, o rosado de uma Paineira, o verde claro de um Pau-de-Santo, as rugas de um Barbatimão, as folhas enfileiradas de um Cedro, o tronco tortuoso e comprido da Bracatinga, as bolinhas do Cinamomo, o amarelo do Bambu Canário, os espinhos da Mamica de Porca, o brilho das folhas miúdas do Sangue Negro, as vagens do Ingazeiro, as folhas de sobre tom da Fruteira de Lobo, a cor branca dos frutos do Salta Martim. Nesse meu vôo livre, pude perceber, que por entre todo esse emaranhado de árvores e de vegetação rasteira, outro tipo de vida existia. Eram Preás em atividades incessantes, Pacas num contínuo remoer, Veados em bandos, Tamanduás escarafunchando cupinzeiros, Cachorros do Mato em matilhas, Gatos do Mato ariscos no

ambiente, Capivaras no tijuco, Sanhaços nos pés de amora, Sabiás, Coleira, Laranjeira e Póca nos pés de Guabiroba, Almas de Gato com ares de sonhadores, Jandaias arrelientas, Siriemas correndo atrás de pequenos insetos, e pude ouvir o zumbido do frenético vai e vem das abelhas e sentir o aroma do mel que produziam. E fui descendo em queda livre até que toquei numa folha de amendoizeiro e escorri pelo seu tronco. Dali, precipitei-me novamente no vazio. Agora minha viagem já se fazia mais rápida. Fui girando. Fui dando voltas e mais voltas. Sabia que estava bem mais próximo a ter contato com uma nova realidade antes nunca experimentada. E cheguei. Bati numa rocha de cor escura e pelas suas fendas fui deixando parte de mim. Deslizei rápido, mas não tão rápido que me impedisse de observar a realidade que se mostrava. Passei por grotas maravilhosas e encantadoras, que, se vistas por poetas ou escritores, com certeza se tornariam o centro de uma obra prima. Despenquei de uma pedra lisa para a imensidão, não sei precisar quanto tempo fiquei no ar, mas foi o suficiente para ver que por um pequeno vão da mata, um grupo de pessoas caminhava. Consegui observar que não eram mais que três figuras e não estavam sós. Junto a eles, cinco animais caminhavam. Eram burros carregados com tralhas, pelo que pude perceber, bem pesadas. Os homens caminhavam lentamente, e de forma ritmada buscavam o acesso mais fácil não tocando nas vegetações à volta. Verifiquei que respeitavam-se mutuamente, a natureza permitia a passagem deles e eles, em contrapartida, não a agrediam. Sei que não é possível, mas senti lágrimas correrem de mim, um casamento perfeito. De repente, deixei de ver os homens e pude sentir que estava en-

trando em contato com outros iguais. Entrei num turbilhão de irmãos. Todos unidos, presos a um só rumo. Segui, não me opus. Com essa união me senti mais forte e mais rápido, a cada momento sentia encantamento diferenciado. Em determinado momento estava no centro de um redemoinho, em outro fazia parte de uma correnteza, em outro nas voltas dos remansos e, num relance, fui sumindo. E fui me desfazendo. Fui me sentindo mais leve. Alcei vôo por entre as árvores em forma de neblina e fui alcançando suas copas. E fui caminhando. Num relance, senti que estava vendo a folha da Embaúba que me recolhera. Fui-me distanciando. Subi. Viajei. E como viajei. Não sei quanto tempo girei pelos ares e por onde, só sei que divisei mundos diferentes, mundos verdes, secos, floridos, frios, agradáveis e indiferentes. Não sei se foi por causa do meu nascimento, mas nunca deixei de pensar na minha folha de Embaúba e da Cuesta de minha infância. Nunca achei outra vista tão bela quanto àquela da primeira experiência. Num momento, que para mim foi mágico, fui me formando como no início. Senti que tomava corpo. Senti que os meus pedaços estavam se unindo novamente. Em meio a fortes barulhos e clarões pude ir distinguindo meus novos rumos. Foi rápido. Desci felozmente num redemoinho e parei sobre uma superfície lisa. Quando abri os olhos novamente, vi que me encontrava numa folha de embaúba, no cimo da Cuesta. Fiquei radiante de alegria. Até que enfim estava de volta ao lugar que mais me agradava. Aguardei ansioso para a viagem que por certo iria fazer. Fiquei por um bom tempo repousando na minha folha mãe, sentindo a ternura e a carícia do amor materno. Enfim o momento tão aguardado chegou. Soltei-me com o maior prazer no devido momento, agora iria rever o meu cenário de sonho. Eu queria ver minha natureza estampada na retina dos meus olhos. Onde, onde se escondera a minha infância? Não conseguia mais ver muitas das árvores, irmãs de nascimento. Aonde estavam os Sangues de Negro, as Paineiras, os Gravatás, os Ingazeiros? Aonde estavam? E os Sanhaços, os Bem-te-vis? Cadê as Codornas, as Perdizes, cadê? Muito pouco pude encontrar em meu retorno, e o que encontrei, estava todo escondido, camuflado, amedrontado.

Procurei pelas flores, pelos frutos e nada. O muito pouco é o nada para mim. Vestígios, nada mais que vestígios. Dos homens, que observei respeitando o meu mundo, nem os rastros. Agora, percebi cicatrizes imensas encravadas na carne de minha Cuesta. Pude sentir o cheiro acre da poluição que as máquinas deixam ao subir pelas costas desse corpo sagrado. As comitivas se tornaram predadoras. Minha Cuesta foi rasgada. Tiraram dos meus olhos a beleza da minha infância e, em seu lugar, nada puseram. Desta vez foi rápido. Não consegui caminhar devagar, não tinha onde me segurar, desci velozmente. Minha Cuesta, sou um pequeno pingo d’água que perdeu seu brilho porque você foi violentada, foi açoitada e não consegue mais mostrar sua beleza natural. Minha Cuesta, você foi rasgada e não consegue mais viver feliz. Eu também não consigo mais viver, não consigo mais completar meu ciclo natural de vida. Tudo mudou. Os meus irmãos não podem ser normais, eles vivem se alternando, mudando suas trajetórias. E assim ocorreram as inundações, surgiram os estios infernais, e minha Cuesta nunca mais foi igual. Estou em peregrinação constante pelos céus, atento a tudo que acontece na terra. No dia em que minha Cuesta receber o curativo, para fechar a sua ferida, volto à minha folha mãe, da Embaúba, e começo minha vida de pingo d’água, feliz, brilhante, e sei que, meus irmãos, generosos como são, se unirão a mim e assim retornarão as estações normais na Cuesta. Eu fui um pingo d’água e hoje sou vapor, mas posso retornar se você trabalhar para reunir meus pedaços. As feridas podem ser curadas e para isso necessitam de muito amor e carinho. Sei que cicatrizes ficam, serão restos de uma história infeliz, da ação de ignorância violenta. Espero que, em minha próxima viagem, possa descer tranquilamente em minha folha mãe, e nunca tenha que atravessar um buraco de telhado para repousar, sobre a tela de quadro de Museu, que tenta retratar uma folha de Embaúba...extinta. S. O .S. S. O .S.....Cuesta Cláudio de Almeida Martins (Acervo Peabiru)


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