Edição 1015

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Diário da Cuesta ANO IV

Nº 1015 QUINTA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2024

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br

Em Botucatu:

Handebol tem futuro certo!!! Professor José Nelson

Atenção: SELETIVA NO SÁBADO, 17 DE FEVEREIRO ÀS 9:00H. Nos últimos dias a notícia movimentou a cidade e o cenário esportivo de Botucatu. O Handebol de Botucatu viverá um novo momento e terá a sua frente um dos nomes mais importantes da modalidade em nossa cidade. Fora das quadras há 7 anos, o professor José Nelson está de volta! Com amplo apoio da imprensa, tem dado entrevistas às rádios e agências de notícias sobre a importância do Handebol e sobre a Seletiva que será realizada no sábado (17/2). Leia matéria na página 3

James Deam (8/2/1931 – 30/9/1955)

James Byron Dean foi um ator estadunidense. Considerado um ícone cultural da moda, desilusão adolescente, do distanciamento social, conforme expresso no título de seu filme mais célebre, Rebel Without a Cause (A JUVENTUDE TRANSVIADA), no qual estrelou como o adolescente problemático Jim Stark. Jim Stark (James Dean) é um jovem problemático e, por sua causa, os pais se mudam de uma cidade para outra, até se fixarem em Los Angeles. Certo dia ele é preso por embriaguez e desordem e, no distrito policial, conhece Judy (Natalie Wood), uma jovem revoltada com o pai, e Platão (Sal Mineo), um rapaz que atirou em alguns cães. Após ser libertado, tenta se aproximar de Judy, mas cria um desentendimento com o namorado de Judy, que é o líder de uma gangue do colégio. Esta rivalidade vai gerar algumas situações com trágicas consequências.


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PODEMOS TER ESPERANÇA? Roque Roberto Pires de Carvalho Estamos em fevereiro de 2024 ! – No calendário recebido de uma empresa amiga foi marcado o dia 13 em vermelho dizendo que será terça-feira de carnaval, o tão esperado feriado no “País do carnaval” obra imortal de Jorge Amado escrito em 1930 e queimado em praça pública em 1937 por seu conteúdo considerado obsceno pelo regime ditatorial de 1937/1945. O obsceno de ontem é o mesmo obsceno que hoje se verifica no mundo político vulgarizando os sentimentos humanos, em muitos segmentos sociais. O mundo político brasileiro aflora muito mais explícito neste período de carnaval quando vemos uma apologia à insensatez e a tudo que é contrário às leis da natureza, da moral via corrupção dos costumes. Pseudos líderes fabricados pela mídia corrupta, manipulam seus seguidores; apresentam-se como inovadores e propõem comportamentos agressivos induzindo, especialmente os jovens e arrastando multidões de desavisados. Quem tomou conhecimento ou assistiu o lançamento do CONAE (Conferência Nacional de Educação/2024) iniciada em setembro/23 e seu encerramento em 30/1/24 não deve ter ficado otimista com os rumos da educação brasileira pelas sugestões feitas ao Novo Ensino Médio e Base Nacional Comum. O material colocado à disposição dos congressistas para manuseio e exame, bem como os discursos de autoridades educacionais é de estarrecer espíritos conservadores. É preciso mudar e adaptar-se ao mundo novo ? Essas mudanças precisam ocorrer, com certeza, porém obedecendo padrões de éticas e comportamentos sociais e profissionais, políticos e religiosos. As drogas já invadiram as grandes cidades do mundo e em nosso país não é diferente; cidades de médio porte já enfrentam o que sempre é associado a promiscuidade sexual. Programas televisivos declaradamente pornográficos, período de carnaval é oportuno para isto, nos seus encontros festivos com sugestões ao álcool e sensualidade, levam para dentro dos lares o que há de mais pernicioso. No mercado das competições, ídolos de barro em descontrole emocional são devorados pelas máquinas eletrônicas deixando sequelas na sociedade, ceifando esperanças em floração nas gerações novas. Há exceções... temos que admitir ! – Não obstante, muitos criticam os padrões da família tradicional como abusiva e castradora, sugerem o rompimento dos laços da afetividade biológica e, materialistas confessos combatem

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

com firmeza qualquer postura religiosa, considerando-a como ultrapassada e obsoleta. Esta crônica expondo assuntos do cotidiano em época de carnaval, colocou no alto, como título: PODEMOS TER ESPERANÇA ? - Se depender das novas sugestões educacionais – Não ...! - Pelo panorama da atualidade brasileira, nestes dias de incertezas que devastam a cultura, a arte, a educação, os ideais superiores tem-se a impressão de que o caos substitui a ordem e a indignidade vence os sentimentos de honradez. No país do carnaval o suborno, a impunidade, a corrupção e a desfaçatez abraçam os Poderes outras Instituições da república e predominam, com exceções compreensíveis, enquanto inviabilizam a construção da nova sociedade; o ensino fundamental , médio e superior nas escolas públicas e particulares serão as primeiras vítimas. Todavia é inevitável o progresso intelecto-moral da humanidade e, assim sendo é forçoso repetir: PODEMOS TER ESPERANÇA ? – neste caso SIM...! A esperança, irmã gêmea da Fé é a faculdade que infunde coragem e impele a conquista do bem. Observa-se um novo renascimento nas artes e o Prêmio Nobel de 2023 é o melhor exemplo; o progresso das ciências médicas e biológicas; a física e química, economia, paz e literatura atestam esses avanços. Espíritos nobres do passado estão renascendo com a missão de promover a beleza e os encantamentos pelas manifestações simples e enriquecedoras da vida em harmonia com a Natureza. Emissários de Jesus reencarnados e desencarnados trabalham incessantemente pela renovação emocional e espiritual das criaturas que se entregaram aos comportamentos perversos e agora, tocados pelas mãos do Divino Mestre para o rumo certo em plenitude, aceitam a redenção pessoal e geral sem qualquer resistência.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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ESPORTE: HANDEBOL – JOSÉ NELSON ESTÁ DE VOLTA ÀS QUADRAS Nos últimos dias a notícia movimentou a cidade e o cenário esportivo em Botucatu. O Handebol de Botucatu viverá um novo momento e terá a sua frente um dos nomes mais importantes da modalidade em nossa cidade. Fora das quadras há 7 anos, o professor José Nelson está de volta! O convite foi feito por apoiadores e empresários da cidade que estão constituindo uma Associação chamada Liga Botucatuense de Desportos que tem por objetivo reconduzir o handebol para as principais disputas do estado em 2024. A LBD – Liga Botucatuense de Desportos tem por principio levar os atletas para as principais competições do nosso Estado. A principio serão formadas equipes cadetes masculino e feminino e juvenil masculino e feminino. “Nossa ideia com a LDB é dar continuidade ao trabalho que já existe hoje no município de Botucatu com a Associação Botucatuense de Handebol (AbHb), projeto este que possui chamamento público e atende muitas crianças em pólos em nossa cidade. O que trabalharemos são as equipes de competição”. Explica nosso presidente, André Camargo. “Ter a possibilidade de viver tudo isso novamente, e proporcionar aos jovens da nossa cidade a experiência de competir entre os melhores do estado, me deixou muito motivado e animado com o projeto. Viagens, treinamentos, jogos, isso tudo tem um papel fundamental na formação desses jovens e não apenas para a formação de atletas, mas de cidadão melhores no futuro”, destacou José Nelson. A comissão técnica contará com profissionais com larga experiência, a principio serão: Marcos Fracaroli (Studio Forma), como preparador físico, Prof. Sabiá (Studio Deltha 7), técnico, Prof Igor Mendes, técnico e José Nelson (Studio Deltha 7), como técnico. A ideia desta comissão é que o trabalho seja integrado para que haja harmonia no treinamento das equipes. Além destes nomes nossa equipe ainda contará com alguns professores de Ed. Física que atuarão como olheiros caçando novos talentos para a modalidade em nossa cidade, são eles: Naudimar Oliveira (Professor na rede pública municipal), Jonas Gomes (professor na escola La Salle) e André Messias, o Foguinho (Professor Colégio Embraer). Para participar dessa grande festa que marca o início de uma nova fase para o handebol de nossa cidade, você deve se inscrever em nossa Seletiva que acontecerá no próximo dia 17/02 a partir das 09h da manhã no Ginásio Heróis do Araguaia. Link para inscrição ( https://forms.gle/C3GrMCavuLtXS9VW9) O projeto contará com o apoio de patrocinadores que poderão fazer parte dessa história e deste novo momento para a modalida-

Professor José Nelson

de.

“A ideia de patrocinar uma equipe como esta, não é apenas o recurso, mas a possibilidade de atrelar sua marca ou sua empresa com o esporte que sabemos é agente transformador de nossa cidade. Além de colocar sua marca em evidência nos principais locais da nossa cidade ou estado. Imagina sua marca rodando em clubes como EC Pinheiros, Corinthians ou São Paulo, em ações pela nossa própria cidade, tudo isso é parte da estratégia para que faça sentido ao nosso parceiro fazer parte dessa história. O Nosso apoiador poderá contar uma estratégia de marketing de divulgação esportiva para que haja do esporte a contrapartida do recurso investido na equipe”, ressaltou Paulo Daniel, responsável pelo marketing da equipe. Se você deseja ser um apoiador entre em contato conosco e siga-nos nas redes sociais: @ligabotucatuense e @handebolbotucatu.


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LEITURA DINÂMICA

Celeiro de Atletas?!?

Nas reportagens do Diário da Cuesta encontramos o destaque para o Handebol. A descoberta de novos e valorosos atletas tem sido uma constante em nossa cidade. E na nova fase do Handebol, sob a coordenação do professor José Nelson, Botucatu terá orgulho desse trabalho profissional e cidadão! AVANTE!

O GIGANTE DEITADO

(ilustração de Vinício Aloise ao pé do Gigante, as Três Pedras)


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Do Brasil: “Olho de Boi” a primeira série de selos das Américas Edil Gomes Os selos postais vieram para regulamentar o sistema de entrega de correspondências que é uma atividade bem antiga, remonta os primeiros séculos, adotado principalmente pelos romanos, sendo a forma de enviar informações a regiões distantes. Já no sistema moderno, nos chamados pré-filatélicos, as correspondências eram pagas na entrega, o que gerava dificuldades principalmente quando não se encontrava o destinatário ou este se recusava a receber, dentre outros problemas relatados e que se aproveitavam. No Brasil, a empresa dos Correios tem a marca da mais antiga em atividade, tendo início em 25 de janeiro de 1663, com o Correio-Mor. A utilização do selo veio bem depois, como forma de padronizar e aperfeiçoar a cobrança desses serviços. Surgiu na Inglaterra em janeiro de 1837, sendo proposto por Rowland Hill a criação do pré pagamento da taxa postal e sua uniformização, e após estudos foi aprovado em 1839, sendo criado oficialmente em 6 de maio de 1840 o primeiro selo do mundo, o One Penny Black, com a efígie da Rainha Vitória, que era fixado nas correspondências de acordo com o peso. No Brasil o selo foi adotado e lançado oficialmente em 1 de agosto de 1843, antecedendo seu lançamento, foi autorizado pela lei 243, de 10 de novembro de 1841, pelo Congresso Brasileiro, descrito no artigo 17, semelhante ao modelo adotado na Inglaterra. Foi regulamentado posteriormente pelos Decretos 254 e 255 de 29 de novembro de 1842, assinado por Cândido José de Araújo Viana com a rubrica do Imperador Dom Pedro II, em melhoria do serviço postal, obtendo assim a marca do primeiro selo das Américas e o segundo do mundo. Existe divergências que sugerem ser a Suíça o segundo, contudo oficialmente só foi adotado naquele país em 1848, o que foi lançado é um selo regional em Zurich. Hoje esse sistema é utilizado em todo o mundo, dando assim origem a filatelia como conhecemos em seus diversos segmentos. O decreto de criação do selo no Brasil estabelecia uma tarifa postal levando-se em conta o peso da carta, independente das distâncias percorridas: “Os portes das cartas conduzidas por correios de terra e mar são fixados pela maneira seguinte: De terra de mar Não excedendo 4 oitavas...................... 60 Rs. 120 Rs. Excedendo de 4 até 6 ditas.................... 90 Rs. 180 Rs. De 6 até 8 ditas...................................... 120 Rs. 240 Rs.” Para fácil compreensão cada oitava pesava 3,585 gramas. Determinava ainda que progressivamente fossem acrescentando ao envio de terra por cada 2 oitavas 30 réis e de mar 60 réis, regulamentando dessa forma a utilização do selo postal.: “Os portes serão pagos em papel selado, ou selo do valor de 30, 60 e 90 Rs., na forma constante do modelo nº1”. Decreto 255, artigo 5. Ficou encarregada pela impressão dos selos a Casa da Moeda do Brasil, que utilizou a gravação por talho doce e impressão calcográfica, nos valores de 30 e 60 réis utilizadas para correspondências em território nacional e 90 réis para as correspondências destinadas ao exterior. Foram impressos na oficina de apólices da Casa da Moeda, sob a direção do provedor Camilo João Valdetaro, sendo utilizado papéis de vários tipos, cuja espessura varia de 60 a 100 micras. Por ser algo inédito e a legislação ainda levantava algumas dúvidas, principalmente o tipo que seria utilizado nos primeiros selos, o provedor da Casa da Moedas consultou o presidente do Tesouro, em oficio encaminhado em 13 de fevereiro de 1843, que inclusive levanta a questão da não utilização da efígie de Dom Pedro II nos selos: “llmo. e Exmo. Sr. O artigo 16 do decreto de 29 de novembro próximo passado, n.° 254, determina que os portes das cartas sejam pagos adiantados e em papel selado — e os arts. 5.° e 11 do Decreto n.° 255, da data supra, tratam sempre de papel selado e que haverá três selos, um no valor de trinta, outro de sessenta e outro de noventa réis — e do enunciado da maior parte dos três artigos, se depreende que a intenção do Govêrno não foi receber o porte das cartas por meio de papel selado, mas sim por meio de pequenas estampas, que se devem fixar nas cartas, equivalentes às suas respectivas taxas. Na Inglaterra se faz uso promiscuamente de uma e outra coisa, mas consta que o papel selado é tido como objeto de luxo, e como nesta repartição é onde, naturalmente, se hão de fazer os selos ou chapa segundo V. Ex.a ordenar, por isso julguei de meu dever levar ao conhecimento de V. Ex.a esta dúvida, em que me pôs a leitura dos mencionados decretos, e permita-me V. Ex.a que aproveitando a oportunidade, quer se decida que se façam selos, quer chapas, será mister adotar modelos que dificultem a falsificação e sejam conformes aos nossos costumes. Na Inglaterra se usa em tais selos e estampas a efígie da Rainha com o valor da respectiva taxa, isto ali pode ser muito próprio — e sou levado a crer que é fundada em utilidade pública — mas entre nós, além de impróprio, pode dar lugar a continuadas falsificações e as razões em que me baseio são estas: usa-se aqui por princípio de dever a respeito pôr a efígie do Monarca só em objetos perduráveis e dignos de veneração e nunca naqueles que por sua natureza pouco tempo depois de feitos têm de ser necessariamente inutilizados; e de mais a mais acresce a facilidade que há de se copiar um retrato por todos conhecido, coisa que pode ser executada por quem tem habilidade suficiente, o que não acontece com trabalhos meditados e complicados, que além da perícia do artista exigem maquinismos próprios para se levarem a efeito — e quando se adota êste último expediente, que me parece muito mais consentâneo e

conveniente do que o primeiro, ainda assim será preciso de tempos a tempos mudar de padrão para vedar-se a falsificação estrangeira, pois não devemos temer a nacional, ao menos enquanto as artes não saírem do estado de infância em que jazem por ora entre nós. Deus guarde a V. Ex.a — Casa da Moeda, 13 de fevereiro de 1843. — O Provedor: Camilo João Valdetaro.’’ Após esses questionamentos, o presidente do Tesouro Nacional Joaquim Francisco Viana, solicita urgência na confecção das chapas conforme os decretos e quanto ao modelo que seriam adotados, deixa a arbítrio para a Casa da Moeda escolher o que mais difícil fosse de ser falsificado. Antecedendo a sua impressão, em 29 de abril de 1843, o provedor da Casa da Moeda enviou ao presidente do Tesouro o documento que representa o marco da história filatélica do Brasil: “Em conformidade com a portaria de 23 de fevereiro passado, tenho a honra de levar a presença de V. Exa. As respectivas provas, a chapa para as estampas das taxas do correio que mandam fazer nesta repartição. Escolhi um modelos singelo, porém dificil de se falsificar entre nós, por quanto, segundo a opinião o mestre de gravura, não pode ser imitado, senão empregando-se certos e determinados meios que por ora ainda não estão vulgarizados no paiz, e quando menos se tornar conhecidos, exigem despesas tais, que naturalmente devem conter os especuladores de semelhantes falsificações. Deus Guarde a V. Exa. Casa da <peda, 29 de abril de 1843. (a) Valdetaro”. Foram impressos em folhas de 54 unidades em três painéis de dezoito selos de 30, 60 e 90 réis, enquadrados por linha retangular e separados entre si por outra linha horizontal. A chapa do segundo era idêntica a anterior, mas eram somente de selos de 30 réis. A chapa do terceiro tipo continha apenas 60 estampas de selos de 30 réis, sem a linha divisórias das chapas dos outros tipos e por fim as do quarto tipo eram iguais às do terceiro, com estampas somente de 60 réis. Essa primeira série de selos ficou conhecida popularmente como “olhos de boi”, possuem a dimensão de 29x65,5mm com pequenas variações, já que eram cortados, podendo ter suas margens alteradas. Foram gravadores dos primeiros selos do Brasil Carlos Custódio de Azevedo e Quintino José de Faria. Os selos dessa série foram impressos na cor preta, apenas em 1843 e 1844 e infelizmente essas chapas foram descartadas em 1844 para aproveitamento do material, como era de praxe na época: “Em virtude do despacho de 17 do corrente do D. Conselheiro Inspetor Geral, remeta-se a Casa da Moeda as chapas dos selos dos portes do Correio da primeira estampa, para ser aproveitado o metal, a saber, duas de 60 réis e duas de 30 réis. Rio de Janeiro, 28 de junho de 1844 – Diretor da oficina das apólices. (ass.) Guilherme Jacques Godfloy.”. Essa primeira série ficou em vigência pouco tempo e parte deles foi incinerado. O valor de 30 réis, foram impressos 1.148.944 selos, desses 292.337 foram incinerados e 856.617 foram distribuídos. O valor de 60 réis foi o que mais circulou, dos 1.502.142 impressos, 166.277 foram incinerados e 1.335.856 foram distribuídos e por último o valor de 90 réis que era utilizado nas correspondência enviadas a outros países, foram impressos 249.182 selos, incinerados 8.057 e distribuídos 341.125 selos. Por essas quantidades fica claro hoje a diferença dos valores dos selos disponibilizados nos catálogos. Esse incineração dos selos ocorreu em 30 de março de 1846, em cumprimento a lei de fevereiro do mesmo ano, nesse período já estava em circulação a série de selos denominada “olho de cabra” inclinados, sem picote, criado em 1844, nos valores de 10, 30, 60, 90, 180, 300 e 600 réis, em formato menores, para não ocupar muito espaço nos envelopes, principalmente quando eram utilizados mais de um. A partir daí novas séries foram criadas como os “olho de cabra” em algarismos verticais em 1850 a 1866 todos sem picotes, somente em 1866 estendendo-se até 1883 foram emitidos selos com a efígie do Imperador D. Pedro II, em cores, picotados ou cortados em linha facilitando assim a sua separação, nessa fase foram gravados e impressos nos Estados Unidos pela American Bank Note Co. Para a inutilização do selos, foram criados carimbos obliteradores, impossibilitando que fossem reutilizados. Referências Casa da Moeda do Brasil:290 anos de história, 1694/1984, Gonçalves, Cleber Baptista, 2 ed. Ver. Ampl., Rio de Janeiro, 1989 Legislação Informatizada – Câmara dos Deputados Revista do serviço Público, Origem e Evolução do Sistema Postal Brasileiro, Vitorino de Oliveira, 1954.


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