Diário da Cuesta
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DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Sim, conhecida por “Rua do Sapo”, pois é a primeira rua paralela ao Ribeirão Lavapés! Mas é registrada, com muita honra, como RUA RANGEL PESTANA Valoroso e atuante advogado e jornalista. Republicano que liderou seus pares.Politicamente foi desde Vereador até Senador, presidente do Banco do Brasil ...e rejeitou ser nomeado para o STF –Supremo Tribunal Federal! Sócio do jornal “Província de São Paulo” (“O Estado de São Paulo”), definiu sua linha jornalística e política. Foi uma liderança de destaque. Um Vencedor! Página 2
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Filho de João Jacinto Pestana, um imigrante da Ilha da Madeira, e de Dona Luisa Rangel Pestana, nasceu em Iguassu, a atual Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, no dia 26 de novembro de 1839. Após iniciar os estudos na cidade natal, fez o ensino secundário no Colégio Curiáceo e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Foi para São Paulo no início de 1857, visando entrar na Faculdade de Direito de São Paulo, o que consegue em 1859, aos 19 anos. Se forma em 1863
Início no jornalismo e nas ideias repúblicanas
Durante o Império, entretanto, seguiu outra carreira: a de Jornalista. Antes mesmo de deixar a Faculdade de Direito, foi redator do jornal O Lírio, participou ativamente da fundação do jornal Timbira e também participou de outros periódicos, como Futuro e Época Ainda em 1863 funda o Partido Radical, que seria um ancestral do Partido Republicano.
Após se formar, volta a morar no Rio de Janeiro para tentar ser promotor, sem sucesso. Lá, Zacarias de Góis e Vasconcelos, o Conselheiro Zacarias, o convidou para ser redator do Diário Oficial. Em 1866, se junta aos amigos Limpo de Abreu e Monteiro de Souza, o jornal Opinião Liberal, e em 1868, cria o Correio Nacional, não tendo seus interesses satisfeitos por nenhum dos periódicos. Foi Signatário do Manifesto Republicano em 1870, que foi publicado no jornal A República - fusão dos periódicos anteriores - e defendia ideias nos seus jornais que se tornariam parte do programa republicano, como a descentralização, substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, ensino livre, sufrágio direto, o cargo de senador temporáriona época, era vitalício - e a independência da magistratura.
Em 1871, casou-se com Damiana Quirino dos Santos, filha do capitão Joaquim Quirino dos Santos. Eles tiveram treze filhos. Voltou para a província de São Paulo na década de 1870, para a cidade de Campinas, onde abre um escritório de advocacia e a Escola do Povo, iniciativa de cursos gratuitos - ele defendia o ensino público e a educação feminina. Também passa a dar aulas de retórica e português no Colégio Americano Internacional Morton em 1874. Não abandonou o jornalismo, escrevendo para a Gazeta de Campinas. Se torna redator chefe do A Província de S. Paulo, jornal de tendências republicanas, após sua criação em 1875, sendo considerado um dos fundadores deste jornal por fazer parte de sua sociedade gestora. Passa a dar aulas também no Colégio Florence e em 1876, cria, junto com sua esposa Damiana, uma escola secundária voltada a meninas, o Colégio Pestana, que acaba fechando em 1879 por dificuldades financeiras.
Em 1882, passa a ser o maior cotista da sociedade gestora do A Província de S. Paulo ( futuro Estadão). Se torna deputado provincial de São Paulo pela primeira vez. Após idas e vindas de investidores, em 1888 a propriedade do jornal fica com Rangel Pestana & Cia. e Júlio Mesquita.
Em 1884, foi eleito pela primeira vez para o cargo de deputado representando o Rio de Janeiro.
República
Com a chegada da República, Francisco passou a dirigir a província de São Paulo em um breve triunvirato em que também
DIRETOR:
faziam parte Prudente de Morais e o coronel Joaquim de Sousa Mursa. Em 1890, o Governo Provisório o nomeou como membro da comissão encarregada de elaborar o projeto e a Constituição da República, o que o leva a Petrópolis e o afasta do A Província de S. Paulo, que devido as mudanças políticas havia sido recém renomeado para O Estado de S. Paulo,deixando o jornal para Júlio Mesquita, orientando as diretrizes a distância.
Foi eleito Senador por São Paulo, ficando no cargo entre 1890 e 1892, tendo sido signatário da Constituição de 1891. Se afasta do O Estado de S. Paulo, vendendo sua participação, após se desiludir com os rumos da república, o que só piora com a dissolução do Congresso Nacionalpelo Marechal Deodoro da Fonseca. Seu futuro sucessor, Floriano Peixoto, indica Rangel para ministro do Supremo Tribunal Federal, o que ele recusa.
Foi eleito novamente ao Senado em 1893, mas perde o cargo após aceitar o cargo de vice-presidente do Banco da República do Brasil, oferecido por Deodoro. Este banco, resultado da fusão do Banco do Brasil de 1808 e do Banco da República dos Estados Unidos do Brasil, equivale ao Banco do Brasil atual, tendo voltado a usar o nome em 1906. Em 6 de setembro de 1893 ele assume a presidência do banco interinamente, ficando novamente no cargo entre janeiro e abril de 1894 e entre abril de 1894 e setembro de 1895.
Foi eleito vereador e voltou para São Paulo, em 1896, fixando sua residência definitivamente na cidade. Foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 1899, tendo sido reeleito em 1900 e 1901. Em 1902, se torna vice-presidente do Rio de Janeiro e consegue uma vaga no Senado Federal.
Rangel acabaria falecendo no dia 17 de março de 1903 na cidade de São Paulo.
Armando Moraes Delmanto
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A Cultura Artística celebrou em julho de 2019 o final da 1ª fase da reconstrução de sua sede na Rua Nestor Pestana. Patrimônio histórico tombado nas esferas federal, estadual e municipal, o Teatro Cultura Artística está previsto para reabrir em 2022, oferecendo à São Paulo e seus habitantes um local único na cidade que vai reunir o melhor da música e da performance ao lado de um restaurante, lojas e atividades educativas. Estão contemplados no projeto o emblemático afresco de Di Cavalcanti localizado na fachada do prédio e já restaurado, os foyers do primeiro e segundo pisos, além de um novo foyer de vidro de quatro andares voltado à Praça Roosevelt. As obras, a cargo da construtora HTB, começaram em março de 2018.
A primeira fase envolveu fundações, estrutura e vedação do prédio, ao custo de R$ 50 milhões. A partir do encerramento da primeira fase, a Cultura Artística inicia um forte movimento voltado à captação de recursos para a etapa de acabamentos a fim de reinaugurar o Teatro no segundo semestre de 2022. A meta é arrecadar junto a empresas e à sociedade civil os R$ 50 milhões restantes para o término das obras. O concerto de Maria João Pires marca a primeira ação desta campanha.
O novo Cultura Artística terá quatro andares e um total 7,6 mil m2 de área construída. Serão duas as salas de espetáculo: a principal, com capacidade de 750 lugares, e uma segunda sala, que será um auditório flexível com 200 assentos. Para gerar a versão final do projeto, técnicos de restauro juntaram-se às equipes que vinham trabalhando no desenho do novo edifício, que ficou mais compacto que o projetado anteriormente e agora mantém as mesmas proporções do edifício histórico inaugurado em 1950. Assinado por Paulo Bruna e concebido com o apoio de consultores internacionais especializados em salas de espetáculo e acústica, o novo Cultura Artística mantém um diálogo próximo com o original de Rino Levi, buscando preservar e valorizar as características que fizeram do antigo teatro um importante marco da arquitetura moderna da cidade de São Paulo, com suas áreas comuns tombadas em nível municipal, estadual e federal.
te de modernização: na lateral esquerda, foi pensado o foyer Roosevelt, um vão envidraçado que ocupará os quatro andares do edifício, dando ao público do Cultura Artística acesso visual à praça. Este espaço terá ainda modernos elevadores, escadas de emergência e banheiros. O foyer térreo também dará acesso a um auditório de 200 lugares, que abrigará apresentações musicais, palestras, projeções e espetáculos experimentais.
Foyer superior e sala de concertos
O foyer superior também será recuperado como originalmente concebido e abrigará um restaurante aberto ao público durante todo o dia. Ele dará acesso à entrada principal da sala de concertos.
Ponto de maior relevância do projeto, a sala de apresentações ficará localizada no 1º andar e receberá espetáculos de música acústica e sonorizada, e contará com modernos recursos técnicos para receber apresentações de música de câmara dos mais variados estilos. O palco terá capacidade para até 80 músicos, com espaço de coro de 45 lugares. A plateia terá 750 poltronas, sendo 400 destas dispostas na plateia central, com 14 fileiras, e um pavimento de balcão, ou plateia alta, no 2º andar, com 350 lugares e nove fileiras.
Segunda Fase: resgate da arquitetura original e diálogo com o entorno
Fachada, foyer térreo e auditório
A intervenção dos técnicos em restauro resultou na proposta de recuperar todas as características originais da fachada e do foyer térreo. Além do maior painel existente de Di Cavalcanti, já totalmente restaurado pela Oficina de Mosaicos, as lojas nas laterais idealizadas pelo arquiteto Rino Levi voltam à cena, com um café do lado direito e uma livraria na lateral oposta, ambos com entradas por dentro e por fora do prédio.
As cores e revestimentos do piso e das colunas também serão os mesmos do edifício inaugurado em 1950 e há um componen-
Foyer do segundo andar e áreas técnicas
O foyer do segundo andar dará acesso ao balcão superior da sala de concerto e às quatro salas multiuso, espaços que poderão ser utilizados para ensaios e eventos, além de receber atividades educacionais como cursos, masterclasses e palestras. Nesta área o prédio abrigará as atividades do Cultura Artística Educativo, concentrando e expandindo os programas de difusão da música e formação de jovens músicos.
Além disso, uma nova ala de quatro andares ocupará a área direita do terreno, anteriormente utilizada como doca. Nesta ala estarão reunidos uma nova doca coberta, estacionamento, depósito de instrumentos, oito camarins, green-room, escritórios, salas de reunião e acervo histórico da instituição.
‘A vida é feita de partidas e chegadas...
De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. ‘’
Richard SimonettiAo começarmos a vida vamos passando por muitos e valiosos aprendizados.
Conhecemos alguns grandes amores que pensamos em nossa vã filosofia, que se cultivarmos como um belo jardim de flores, estará sempre conosco, ali enfeitando e perfumando nossas vidas.
Vem os ventos, as tempestades, o sol inclemente e algumas plantas não resistem e se vão.
Revolvemos a terra, adubamos, plantamos novas sementes e aguardamos pacientemente.
Um belo dia algo brota e nos enchemos de esperança.
Voltamos lá inúmeras vezes como se o nosso olhar fosse o elemento responsável pelo seu crescimento.
Na verdade através desse olhar o amor fazia florescer.
E seguimos a vida dando boas vindas, e adeus às pessoas que passam pelas nossas vidas.
Aprendemos com muita dor no coração a deixá-los ir e seguir suas vidas, alguns fora do país, a muitos quilômetros e oceanos de distância.
O que é verdadeiro não morre.
Mas precisa de novas terras e novos ares, lugares onde a neve e o gelo sejam imprescindíveis.
O grande aprendizado é se desfazer dos apegos e deixar os pássaros alçarem seus voos em outros céus, novas dimensões, sempre acreditando que durante o convívio fizemos o que julgamos ser suficiente e cuidamos deles com amor.
Alguns se vão para sempre, nunca mais voltamos a ouvir falar deles.
A distância e o tempo não matam o que é real.
Tal como as amarilis lançam novas folhas e lindas flores, renascendo como fênix.
O grande aprendizado é amar a ponto de deixar ir.