Edição 105

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Nº 105

QUINTA-FEIRA, 11 de março de 2021

UAN DO? ENGOLINDO SAPO!!!

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ano I

Prefeitura adquire tanque de oxigênio para abastecimento de leitos Covid no Hospital do Bairro A Prefeitura de Botucatu adquiriu um tanque de oxigênio para abastecimento de leitos no Hospital do Bairro e no Pronto Socorro Pediátrico. O equipamento, que já foi instalado, tem capacidade para armazenar até 5 mil litros de O² e substituirá o antigo sistema através de cilindros. “Essa melhoria dá muito mais segurança para o funcionamento do Hospital do Bairro e atendimento de pacientes no PSP. Nosso trabalho tem sido insistente na busca por melhorar cada vez mais a infraestrutura hospitalar da Cidade”, afirmou o Prefeito Mário Pardini. A cada recarga de 5 mil litros de oxigênio, o tanque garantirá o funcionamento dos sistemas do Hospital do Bairro e do PS

Pediátrico por 30 dias. O investimento da Secretaria Municipal de Saúde gira em torno dos R$ 130 mil. Desde o último mês de fevereiro, a Prefeitura, em parceria com o Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu e a OS Pirangi, vem ocupando de 4 a 6 leitos de enfermaria no Hospital do Bairro, que passarão para 10 após instalação do tanque. Outros 8 leitos foram abertos no Pronto Socorro Adulto. “Esse investimento ficará de forma permanente no local e nos dá condições inclusive para, se preciso, ampliar o número de leitos no Hospital do Bairro”, finalizou André Spadaro, Secretário Municipal de Saúde. (ACONTECE BOTUCATU)


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Diário da Cuesta

artigo

SOBRE AS OBRAS DE PAULO SETUBAL ELDA MOSCOGLIATO

Poeta, jornalista, cronista, historiador de profundas raízes, eis que descendia das remotas monções paulistas, Paulo Setúbal firmou-se como romancista, pela “Marquesa de Santos”, seguindo-se-lhe uma larga série de valiosas obras firmadas todas elas na vida colonial brasileira. A critica severa aponta-lhe deslises pois que a criatividade assenhoreia-se dos fundamentos históricos e retoca-lhes os contornos com excessiva fantasia. Não trataremos do historiador. Seduz-nos em Paulo Setúbal o homem integro, o espírito superior, o intelectual autêntico de linguagem escorreita, amena e sedutora, de pensamentos lúcidos, de expressões elegantes, de sintaxe pura. Sobretudo, sua alma admirável. E chegamos ao “Confiteor”. É o testemunho de um cristão autentico. Embora escrito há várias dezenas de anos, é livro atual. É para o momento. Para o exato momento histórico que atravessa não só nosso país como toda a humanidade. Em que a crise religiosa em pós de um progressismo desenfreado e atordoante, viu abalados os alicerces de uma civilização duas vezes milenária. “Confiteor” é um convite à introspecção. Resume todos os problemas individuais que atordoam o homem moderno. É o livro do momento. Porque pressente-se que tendo chegado à beira do abismo, a humanidade tende, neste ou naquele pálido ângulo, aqui ou ali, a regenerar-se. Por-

que além do que já foi, não é mais possível avançar. Provê-se um retrocesso, ou destruição final. Então, há de se pensar numa volta. A volta pela renovação dos costumes. Então, aqui se conta com a juventude de hoje, humanidade do amanhã. Seu Autor foi um homem do século. Um jovem igualzinho ao jovem atual. Palmilhou todos os caminhos a que leva a mocidade. Melhor, a que leva o intelectualismo arrogante e ateu. Pois bem : aí está o testemunho de um homem do século. Um moço que viveu plenamente a mocidade. Um intelectual que se empolgou do universalismo voltaireano, que se afundou deliciado em Guerra Junqueiro. Que conheceu o supremo sarcasmo de rir de Deus. Para quem o “pecado era belo, a violência era bela, tudo o que afirma a vida é belo”. Afundou-se no conhecimento kantiano, leu e releu Schopenhauer, deliciou-se com Zaratustra e se desvincilhou como inútil, das raízes de berço, dos ensinamentos maristas do colégio que o educou. E um dia, encontrou a sua estrada de Damasco. Vivera a vida com intensidade, sofreguidão, com ardor. E de repente . . . o golpe terrível que o aturde, que o confun-

de, que o emociona. Estivera cego, de uma cegueira moral, perniciosa. Vivera como bruto, como animal. Era necessário despertar para o Alto, para as grandezas do Criador. A acordou, realmente, para a Vida. “Confiteor” tem páginas admiráveis. Há tipos perfilados que por si sós, são uma lição moral de grandiosidade infinita. O retrato belíssimo de “Seu Chico”, o professor humilde que fundou o asilo de velhinhos de Tatuí, é uma obra prima de grandeza espiritual. É página antológica que deveria figurar nos compêndios escolares como luminoso exemplo de humildade e nobreza. Moderno Agostinho, o Autor revive no “Confiteor”, as páginas evangélicas. Como Agostinho, ele tem também a sua Mônica. As preces fiéis e profundamente repetidas longos e longos anos no silencio das horas mortas atingiem as culminâncias de Deus. O filho pródigo volta ao lar cristão. A ovelha tresmalhada retorna,ferida e sofredora, ao antigo aprisco. E nos braços amorosos do Pai, ele deixa os rascunhos, abandona a caneta e repousa, para sempre, em seu seio Protetor. “Confiteor” é obra póstuma. Foram encontradas suas páginas, no fundo de uma gaveta e, tal como estavam, foram impressas pos-morte, numa homenagem muito sentida a seu Autor. É uma mensagem de Fé. É o testemunho inconteste da grandeza de Deus. Vale a pena ser lido. Acervo Peabiru

Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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artigo

CADERNETA E COFRINHO NANDO CURY

Já ouvimos várias estórias sobre pessoas que guardavam dinheiro embaixo ou dentro de seus colchões. Um dos rituais mais antigos da economia doméstica é, sem dúvida, o hábito de fazer poupança. Historicamente, no Brasil, um decreto de D.Pedro II criou a Caixa Econômica Federal e a Caderneta de Poupança, em 1861. E em algumas décadas, como as de 80 e 90, a Caderneta virou febre nacional. Milhares de pessoas abriam e depositavam uma quantia fixa na conta poupança, ganhando um tantinho de dinheiro a mais, baseado em taxas (Selic) e correções (TR). Este investimento sofreu mudanças e hoje apresenta baixíssimo rendimento, mas é ainda referência na economia do país. Duas grandes, e não mais existentes empresas, reinaram nesse segmento. Deixaram como testemunhas seus criativos comerciais publicitários. A Haspa, com sua Poupança Premiada, usou uma paródia da cena clássica de Geny Kelly: Cantando na chuva. E trouxe os slogans: “Com Haspa vai tudo bem” e “Haspa esse nome dá dinheiro”. O concorrente mais forte da Poupança Haspa era a Poupança Bamerindus que contra-atacou com filmes, onde o extraordinário Trio Três do Rio, fez engraçadas interpretações, consagrando o refrão: “O tempo passa, o tempo voa e a Poupança Bamerindus continua numa boa. É a Poupança Bamerindus”.

O hábito de poupar foi, então, reforçado pela proliferação de objetos poupadores pessoais, com “roupagem” afetiva. Surgiram, os cofrinhos de gesso e de louça na forma de porquinhos – os mais populares – gatos, cachorros, corujas, tucanos, patos – lembrando Tio Patinhas. Todos preparados com uma estreita fenda, para a inserção de moedas. E os mascotes poupadores receberam nomes carinhosos. Na época do boom das cadernetas, imaginamos os funcionários das agências bancárias se especializarem em atender os clientes poupadores: gerenciando suas contas- poupança, fazendo o acolhimento nas agências, preparando filas exclusivas para pessoas com cofrinhos. Em especial, dando apoio psicológico às crianças, adolescentes e pessoas sensíveis, muito apegadas aos seus mascotes. É que alguns cofrinhos ficavam tão cheios, que era impossível abri-los, para contar as moedas, sem quebrar algum pedaço. Os funcionários desenvolveram o know how da abertura do cofrinho, usando delicadas ferramentas que proporcionavam trauma e choro mínimos. E iam além. Quando a afeição era muito forte, podiam orientá-los na restauração das peças. Dentro do ritual da poupança pessoal, o momento mais emocionante é o da abertura do cofrinho para a contagem das moedas. Pode envolver apostas e desafios entre familiares ou amigos. Por isso, é indispensável a apresentação de um

comprovante. Pode ser o recibo de depósito em conta poupança ou a presença de uma testemunha. Alguns momentos de abertura de cofrinhos já receberam ampla divulgação e visitação nas mídias sociais. Como fez a youtuber Jully Mollina com seu ex grande cofrinho, o porco Afonso, cuja dramática abertura à martelo, foi acompanhada e registrada em vídeo por sua equipe de apoio. As economias da estrela, através do uso do mascote, chegaram a R$ 1.104,00 reais. Ficou pro final a pergunta que deveria ser a primeira ou a segunda. Pra onde vão os valores poupados nos queridos cofrinhos? Após guardar na conta poupança, outros destinos nobres tem sido a aquisição de livros, de pacotes de músicas (como assinar apps de streaming; antes se comprava discos, CDs), ou de pacotes de filmes (como assinar canais de TV, antes iam para DVS). Outra ideia que alguns poupadores adotaram é levar as moedas para dar de entrada na troca de um novo aparelho de celular. E aí, como vão as economias no seu cofrinho mascote poupador?

Rua José Dal Farra, 493 - Vila dos Médicos - Botucatu - SP - E-mail: femmena@clinicadelmanto.com.br

Fones (14) 3882-7083 - 3815-3057 - 99651-4603


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ACONTECÊNCIAS

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Beatriz Soares

DICAS E RECADOS

ENTREVISTA A entrevista de hoje é com a Dra. Renata Carolina Piffer, farmacêutica. Iremos explorar um pouquinho do seu ramo! Bora lá! Qual sua profissão, quando se formou? Sou formada em Farmácia (2000) com habilitação em Farmácia Industrial (2001) pela UNIMAR. Possuo Mestrado em Farmacologia (2004) e Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica (2009) pela UNESP. Atuo como docente e coordenadora do Curso de Farmácia no Centro Universitário Sudoeste Paulista (UniFSP) no município de Avaré/SP, desde 2008. Como é dar aulas hoje com a pandemia? A pandemia nos mostrou que somos capazes de nos adaptar a diferentes situações. Uso de tecnologias e ferramentas da Internet foram extremamente importantes para um bom funcionamento das aulas remotas, ou seja, conseguimos ministrar as aulas em tempo real para nosso alunos sem prejuízo de conteúdo. Recentemente voltamos com as aulas presenciais e também estamos transmitindo as aulas ao vivo para os alunos que optaram em permanecer com aulas remotas, ou seja, estamos novamente nos adaptando a este formato de aulas. Como está o ramo hoje da farmácia? Muitas pessoas acham que o farmacêutico atua apenas em farmácias e drogarias. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o farmacêutico pode trabalhar em 135 especialidades, entre elas: Drogaria ou Farmácia sem manipulação, Farmácia de Manipulação, Homeopática, Farmácia Hospitalar, Farmácia Pública, Farmácia Clínica/Consultório Farmacêutico, Acupuntura, Farmácia Estética, Indústrias de Medicamentos, Cosméticos, Alimentos e Fitoterápicos, Laboratórios de Análises Clínicas e Toxicológicas, Ensino, Pesquisa, Vigilância Sanitária, entre outras. Ou seja, o mercado de trabalho é bastante amplo. Costumo dizer para meus alunos que estamos vivenciando um momento histórico, onde noticiários do mundo todo só falam de medicamentos, vacinas, testes pré-clínicos, testes clínicos, desenvolvimento de fármacos, tratamento, prevenção, ou seja, a profissão farmacêutica está em evidência e na linha de frente ao combate do coronavírus. Qual conselho daria para quem quer ser farmacêutico? Para ser farmacêutico tem que gostar de estudar, é muito importante sempre se atualizar, ser curioso, comunicativo e trabalhar em equipe. Escolha uma Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo MEC! Verifique no site do MEC/INEP as avaliações das Instituições antes da matrícula, somente assim poderá verificar a qualidade do Curso e da Instituição.

PERSONALIDADES

Cezinande de Meira, atual diretor da FMVZ (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP – Botucatu). Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (1982), mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990), residência (1984) e doutorado (1995) em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-UNESP, Botucatu e Pós-doutorado pela Universidade de Wisconsin-Madison, E.U.A (2002), em 2006 realizou concurso de Livre-Docência obtendo o título de Livre Docente em Fisiologia e Biotecnologia da Reprodução Animal. Atualmente exerce a função de Prof. Adjunto na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-UNESP, Botucatu no De-

partamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária. Possui experiência na área de Reprodução Animal, com ênfase em Biotecnologia da Reprodução, atuando principalmente nos seguintes temas: Biotecnologia de embriões eqüino e aspectos fisiopatológicos da reprodução.

Em períodos de temporais, é importante se lembrar de fechar janelas, desconectar aparelhos da tomada, limpar calhas e ralos, investir em manutenção periódica do imóvel. Anote aí!

OLHO NO DIREITO

Tenho vocação para ser político. Como posso me candidatar? Umas das dúvidas mais frequentes da população é essa. Como se tornar um político? A Constituição Federal no Capítulo IV, “Dos direitos políticos”, artigos 14 a 16 diz que podem se alistar para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador, quem tiver a idade mínima de 35 anos. Já, para Governador, Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, 30 anos. Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de paz, é necessário a idade mínima de 21 anos. E por fim, para Vereador, 18 anos. Agora, regra especial para quem é militar: pode se eleger, desde que, se tiver menos de 10 anos de serviço, tem de se afastar das atividades. Se tiver mais de 10 anos, se for eleito, passa a ser inativo. Para se candidatar a vereador, por exemplo, é necessário, além da idade mí-

nima de 18 anos, que tenha domicílio eleitoral na cidade em que pretende concorrer a pelo menos 6 meses antes da eleição. Além disso, precisa estar filiado a um partido político (obs. candidaturas avulsas são vedadas); ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizado, estar em dia com a Justiça Eleitoral. Se for homem, precisa do certificado de reservista. Cada câmara pode ter no mínimo 9 e no máximo 55 vereadores, a depender do tamanho da população da cidade. Os partidos políticos fazem o pedido de registro de candidatura ao juiz eleitoral por um prazo estipulado. Caso o partido não registre o pedido da candidatura, o próprio candidato poderá fazê-lo, desde que escolhido em convenção. Junto do Requerimento de Registro de Candidatura, o candidato ainda deve apresentar a sua declaração de bens, cópia de seu documento de identificação, certidões criminais para fins eleitorais, prova de alfabetização e de desincompatibilização de cargo ou função pública, se for o caso, e as propostas que defende. E é neste momento que o candidato escolhe o número e o nome pelo qual quer ser identificado na urna eletrônica. Esse nome pode ser o seu próprio nome ou um apelido. Também deverá entregar uma foto, que será a que o eleitor verá na urna eletrônica.

SOCIAL

Marco Bertolini e Dra. Simone Alves Firmino no estúdio da Tattoo Wave!!! Ficou show!!! Parabéns!!! Sucesso sempre!!!

Mari Corso e Wilson Ceranto – casal top!!! Parabéns!!!

Marcos Paulo Soares, Francisco Soares, Tulio Werner Soares Filho, Luís Felipe Soares e Mario Soares Neto na inauguração da escola em homenagem a Mariazinha Jacomino Vendito. Merecido!!! Parabéns!!!


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