Edição 106

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 106

SEXTA-FEIRA, 12 de março de 2021

O NAZISMO SE APROPRIOU DA SUÁSTICA?!? A suástica, por exemplo, presente nas mais diversas culturas da antiguidade, como a indiana, a chinesa, a marajoara e a tolteca, representa em sua origem o movimento perpétuo das coisas, que cria e destroe. Um segmento de reta horizontal simboliza o repouso, a quietude, a ausência, a estática e a tese. Um traço vertical que o corta, faz nascer a cruz, símbolo de criação, da expansão do Universo, da pluralidade, do positivo e do fértil. É o símbolo da vida, que ao se deslocar ao redor de seu ponto central, significa multiplicidade. Acrescido de segmentos em suas extremidades, indica a direção desse giro, para a direita ou para a esquerda. Por isso a suástica se chama também cruz gamada, isto é, formada pela letra gama do alfabeto grego. Deve-se atentar para a direção do movimento: a mão direita sempre foi considerada o símbolo do trabalho, e por isso a direção para a direita lembra operosidade, multiplicidade, antítese e dinâmica. Não foi com outra intenção que Hitler escolheu esse símbolo para seu domínio, significando assim uma reação em cadeia de sua política totalitária. Se invertermos as hastes para a esquerda, temos o movimento em sentido contrário, rumo ao caos. O famigerado emblema nazista acabou sendo identificado com a destruição e o mal, porque traiu o verdadeiro sentido do símbolo, que é altamente positivo. PÁGINA 2

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SUÁSTICA: SÍMBOLO MAÇÔNICO ?!?

José Sebastião Pires Mendes A importância da imigração italiana em Botucatu é conhecida. No entanto, vale destacar a atuação desses valorosos pioneiros imigrantes na Maçonaria. Primeiramente, os peninsulares se reuniram na Loja Guia do Futuro e, mais tarde e com o crescimento deles, partiram para a sua própria loja maçônica : Loja Silvanno Lemmi. Durante anos tiveram destaque na comunidade botucatuense, principalmente nos primeiros anos deste nosso século. Na Loja Guia Regeneradora encontra-se primorosa bandeira estandarte da loja italiana, assim como medalhas e ritos maçônicos (a loja italiana era subordinada diretamente a Roma, tendo seu rito todo em italiano e dependendo de correspondência epistolar para o recebimento de orientações, decisões e normas diretamente da Itália). Tudo isso dificultava o normal desempenho da loja italiana. No primeiro decênio deste século, através de iniciativa particular de seu Venerável Mestre Pedro Delmanto, a loja maçônica italiana conseguiu sua sede, especialmente construída para essa finalidade. No frontespício da Loja, ainda hoje pode-se notar a presença de simbolismo gráfico a representar a presença maçônica. Hoje, no local, funciona uma loja comercial, esquina da Rua Curuzu com Rua Monsenhor Ferrari.

Releitura da Arquitetura Maçônica - Com o objetivo de resgatar a presença da Loja Maçônica Italiana, procuramos ajuda junto ao artista plástico e intelectual botucatuense, José Sebastião Pires Mendes, para que se pudesse “visualizar” em sua originalidade o prédio da Loja Italiana, construído especialmente para a finalidade de, lá, cultuar-se a maçonaria. Com maestria, temos a reconstituição do Templo Maçônico, com toda sua originalidade. O destaque maior, fica por conta dos símbolos artisticamente gravados em seu frontespício. Nesses símbolos vê-se, com destaque, a suástica. No entanto, destaque-se que o prédio data de quase duas décadas antes do advento do nazismo! Da mesma forma, destaque-se que a suástica gravada no prédio está em sua forma original, ou seja, reta. Anos depois, ao ser apropriada e elevada a símbolo nazista, a suástica foi estratégicamente inclinada para, simbolicamente, representar movimento maior e mais agressivo...Hoje, é como a suástica é mundialmente conhecida. Para conhecimento de todos, a Revista Peabiru solicitou do artista a reconstituição do estilo original do prédio do Templo Maçônico, bem como um ensinamento didático referente à suástica e todo o simbolismo que representa:

O Símbolo Em um mundo tão conturbado como o que vivemos, torna-se imperioso procurar parâmetros para que não nos percamos nesse tão profundo emaranhado de acontecimentos. Dir-se-ia que se faz mister criar um novo cartesianismo filosófico, do qual possamos extrair coordenadas eficientes que nos ajudem a navegar por estes mares, sem correr o constante risco de ver vagar sem rumo nossa tão solapada nave. Surgem então propostas oportunistas, sugestões de boa fé ou aventuras quixotescas do pensamento que apelam para as mil facetas de um ecletismo tão atuante quanto antigo. Refiro-me aos movimentos que surgem e ressurgem, oriundos das várias crenças e religiões, dos diversos ramos do esoterismo ou das próprias religiões convencionais. A busca de uma razão de ser nunca foi tão urgente. Nesse contexto, não seria em vão considerarmos alguns aspectos dessa busca, sem nos enveredarmos pelos labirintos da metafísica ou nos domínios do dogma. Um facho de luz nos ilumina gradativamente as trevas: o símbolo. Levando-se em conta que todas as relações sociais são feitas através dos símbolos, é notório que eles constituem uma das camadas mais importantes da realidade social. Gurvitch diz que eles são ao mesmo tempo, produtos e produtores dessa realidade. São produtos, porque foram criados pelos homens para se comunicarem entre si, e são produtores porque através deles os homens se comunicam e se realizam. Apresentam dois aspectos, isto é, de conteúdo e de instrumento. O conteúdo é sempre uma mensagem convencional, como por exemplo a estátua de Joana D’Arc, cujo conteúdo é a lembrança da resistência francesa contra os invasores estrangeiros. Como instrumento, o símbolo estabelece um contacto íntimo entre o emissor e o receptor. Tomando o mesmo exemplo, vemos que a estátua transmite às gerações que se sucedem iguais sentimentos de patriotismo e de coragem, inerentes ao povo francês. Durante séculos, vários povos usaram a suástica como símbolo, ao qual atribuíam diversos significados. Para alguns índios norte-americanos, por exemplo, ela representava o ciclo da vida. Mas, depois de Hitler adotá-la como símbolo do partido nacional-socialista, passou a significar apenas uma coisa: o nazismo. Através dos tempos os símbolos sempre trouxeram à baila um acontecimento esquecido, reavivaram sentimentos, e estabeleceram pontes entre uma civilização e outra, como a retomar um diálogo interrompido. Pela interpretação dos símbolos da escrita cuneiforme, Rawlison estabeleceu bases para a elucidação dos enigmas das civilizações mesopotâmicas. Usando a analogia, Champolion reuniu os quebra-cabeças dos caracteres gregos DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

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e egípcios e contou-nos, pela decifração da pedra de Roseta, a história perdida do Egito. Os símbolos sempre foram uma liguagem universal natural e formam, a despeito de sua convencionalidade, o mais primitivo sistema de comunicação. As idéias milenares sobre a origem do Universo estão cheias de pontos comuns exteriorizados nos diversos símbolos. A suástica, por exemplo, presente nas mais diversas culturas da antiguidade, como a indiana, a chinesa, a marajoara e a tolteca, representa em sua origem o movimento perpétuo das coisas, que cria e destroe. Um segmento de reta horizontal simboliza o repouso, a quietude, a ausência, a estática e a tese. Um traço vertical que o corta, faz nascer a cruz, símbolo de criação, da expansão do Universo, da pluralidade, do positivo e do fértil. É o símbolo da vida, que ao se deslocar ao redor de seu ponto central, significa multiplicidade. Acrescido de segmentos em suas extremidades, indica a direção desse giro, para a direita ou para a esquerda. Por isso a suástica se chama também cruz gamada, isto é, formada pela letra gama do alfabeto grego. Deve-se atentar para a direção do movimento: a mão direita sempre foi considerada o símbolo do trabalho, e por isso a direção para a direita lembra operosidade, multiplicidade, antítese e dinâmica. Não foi com outra intenção que Hitler escolheu esse símbolo para seu domínio, significando assim uma reação em cadeia de sua política totalitária. Se invertermos as hastes para a esquerda, temos o movimento em sentido contrário, rumo ao caos. O famigerado emblema nazista acabou sendo identificado com a destruição e o mal, porque traiu o verdadeiro sentido do símbolo, que é altamente positivo. Com a mesma profunda significação temos o círculo, símbolo do infinito, encontrado na tradição antiga como uma serpente que morde a sua cauda. É a continuidade das coisas, como dizia Lavoisier, em que nada se cria, nada se perde, mas tudo se transforma. É o moto-contínuo, animado pelas forças invisíveis da Natureza. E na analogia dos contrários, que estabelece a tese, a antítese e a síntese, encontramos a harmonia e o equilíbrio. Do centro à periferia partem raios que se movem num vórtice dinâmico, como na teoria da expansão do Universo, como se fosse um grande coração pulsando de amor. E chegamos ao máximo significado da cruz de Cristo, sobre cujos madeiros superpostos se imola o Filho de Deus, para a vida dos mortais, tornando-os imortais. É a rosa mística do amor que desabrocha do sofrimento. O lótus que emerge do lodo, a paz que vence a guerra. É o grande Hércules que perpassa o misterioso portal entre as colunas de Gilbratar. É o vencedor que culmina na exaltação suprema do trabalho e do sacrifício, a apoteose de uma humanidade a caminho de Deus. E quedamo-nos na certeza de que, sejam quais forem as adversidades deste novo tempo, se tivermos fé, não seremos aniquilados. E a realidade social que vivemos poderá ser outra, se nos comunicarmos sob a égide desse símbolo. José Sebastião Pires Mendes.”

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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OKTOBERFEST EM MUNIQUE, NA BAVIERA

Marcelo Delmanto Era final de setembro, quando meu amigo Duilio, que morava comigo em Bolonha, me disse que o amigo dele, Fabiano, que tinha passado alguns dias conosco, tinha feito um convite para festejarmos a Oktoberfest com ele em Munique, visto que ele já morava lá há um bom tempo e poderia auxiliar-nos para aproveitarmos bem a festa sem nos preocupar com a comunicação. A Oktoberfest (também conhecida como “Wiesn” em Munique), muito famosa no mundo inteiro é um festival de cerveja originado em Munique, Alemanha. Foi criado pelo rei bávaro, Luís I, para celebrar o seu casamento em 1810. A Oktoberfest é também uma feira de produtos e diversões celebrada em Munique (München), no estado da Baviera (Bayern), no sul da Alemanha, e disseminada por vários lugares do mundo. A Oktoberfest é frequentada anualmente por seis milhões de visitantes de todo o mundo e se inicia, desde 1872, sempre no sábado depois do 15 de Setembro, às 12h00 horas, com a tradicional cerimônia de abertura “O’zap� is”. Termina duas semanas mais tarde, no primeiro domingo de Outubro - daí o nome Oktoberfest (em alemão, “Oktober” significa outubro, “Fest”, festa ou festival, literalmente “Festa de Outubro”). Quando nós chegamos era a véspera da festa, ficamos todos no apartamento do Fabiano, ou seja, ele próprio, eu, o Duilio, e o Chicão, outro amigo deles que estava estudando no Reino Unido. O Chicão ainda não tinha chegado, mas mesmo assim o Fabiano nos levou a um bar onde estava rolando uma verdadeira “Festa de Arromba”, com muito música, gente dançando, algumas até em cima das mesas, um festão!!! Fiquei pensando o que as pessoas diziam dos alemães que eram frios e sisudos, daí que fiquei sabendo que no meio dos locais que estavam presentes no bar, tinha

um pequeno grupo de brasileiros, cujo o clima de festa contagiou a todos. Uma moça chegou para mim e pediu que eu batesse uma foto dela e das amigas, me falando em Alemão, eu, sem pensar, respondi em português: - Eu não entendo Ela me olhou muito surpresa e disse; -Você é brasileiro? Ótimo então, por favor, bate essa foto pra mim e curta a festa!!! Ficamos até tarde nessa festa antes de voltarmos ao apartamento, coisa que não devíamos ter feito pois caía uma garoa fina e fazia muito frio e tudo isso somado, nos deixou sem fala quando voltamos pra Bolonha. No dia seguinte pela manhã fomos a uma padaria vizinha para tomarmos um café-da-manhã, curioso é que se, em Munique, você não fala alemão, podendo muito bem se comunicar em inglês pois é um idioma que a maioria população fala e esse era o caso do dono dessa padaria. Em seguida fomos até a estação ferroviária buscar o Chicão que estava chegando do Reino Unido. Todos fomos juntos a um Relógio animado!!! Os Novos Paços do Concelho ou Novo Paço Municipal (em alemão: Neues Rathaus) é o edi�cio-sede do governo municipal de Munique, localizado na Marienplatz. Foi construído entre 1867 e 1908 em estilo Neogótico. Tem uma área total de 9.159 m² com 400 divisões. No rés-do-chão está situado o restaurante Ratskeller. A principal atração é o Rathaus-Glockenspiel um relógio e carrilhão com figuras animadas. Nessa noite fomos à Oktoberfest. Chegamos pela manhã, comemos alguns Kasslers com Salsichões, juntamente com um copo de um litro de Cerveja, que de acordo com relatos de monges alemães que o consumiam durante o tradicional jejum da quaresma. Como não podiam

comer pão nesse período, substituíam-no pela cerveja, que ficou conhecida como pão líquido. Inclusive, nos dias atuais, há um tipo de cerveja chamado doppelbock, elaborado em Munique, que busca manter as características da época, resultando no pão líquido clássico, com elevado teor de malte e muito denso, vez que não se consegue ver nada através do copo. Eu contei até oito copos de cerveja, que já eram oito litros, depois nem quis contar mais, dançamos um pouco, visitamos todos os barracões de cada cervejaria e fomos embora quase dez horas da noite. No dia seguinte almoçamos na casa de umas amigas do Fabiano que moravam em Munique e na mesma tarde, para voltarmos a Bologna, aceitamos a oferta de carona de uma italiana, amiga do Fabiano, que estava indo pra cidade dela. Então, retornamos a Bologna de carro, pela autoestrada, passando pela Áustria, onde pode-se ver as montanhas de pedra, em tons de cinza, com o topo sempre branco porque tem neve na maior parte do ano. O Chicão voltou com a gente, ficou uns dias em Bologna e depois voltou para o Reino Unido. Nós sempre aproveitamos esse período na Itália para viajar, uma vez que é muito fácil e mais barato, mas com a mesma emoção de sempre.

Rua José Dal Farra, 493 - Vila dos Médicos - Botucatu - SP - E-mail: femmena@clinicadelmanto.com.br

Fones (14) 3882-7083 - 3815-3057 - 99651-4603


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Meus pés pelo mundo

Torre de Observação

Lilian Inacio

PALENQUE

As diversidades entre os estados do México despertam o interesse dos turistas que vão até este país em busca de um turismo bem abrangente. Do luxo da Riviera maia, passando pela região central e mais populosa, ao norte com uma região mais desértica e chegando ao estado que faz divisa com a Guatelama, Chiapas, podemos destacar o grande atrativo desta região: o sitio arqueológico de Palenque. Muitos afirmam ser o mais belo sitio arqueológico pré-hispânico de origem maia existente no país e tenho que concordar com o fato. Inserido em meio a uma região de mata nativa, próximo ao Rio U s u m a c i nta , com belos gramados e aves exuberantes e outros animaizinhos pulando de árvore em árvore, Palenque tem ruínas que datam de 226 A.C, porém seu apogeu se deu no século 7 e hoje é considerado o sitio mais importante da América Central, devido a sua arquitetura, expressões ar�sticas e religiosas. Ficou recoberta pela mata desde sua queda nos anos de 1123 e hoje encontra-se totalmente escavada e restaurada. Em 2005 deu-se por encerrada as restaurações, mas acredita-se que menos de 10% esteja visível aos turistas, restando mais de mil estruturas encobertas pela vasta vegetação. O local é repleto de edi�cios inovadores para a época, com destaque para o Palácio, cujo teto é recoberto de argamassa de conchas moídas e sal, com figuras de governantes e deuses. Foi utilizado pela aristocracia para ce-

rimônias ritualísticas, diversão e funções burocráticas. Já o Templo das Inscrições, edi�cio principal, é um dos mais estudados do mundo maia, devido não somente ao fato de ter sido o túmulo do Rei Pakal, mas também por conter as inscrições mais importantes e detalhadas dos maias. A tampa do túmulo descoberta em 1952 é cercada por uma grande lenda onde dizem haver inscrições e desenhos extraterrestres. O livro “Eram os deuses astronautas?” relata teorias sobre as pirâmides do Egito, as linhas de Nazca, os moais da Ilha de Páscoa e do rei Pakal, que seria um astronauta com mascara espacial pilotando uma nave extraterrestre e que tais registros seriam facilmente interpretados nos desenhos da tampa do túmulo. Há ainda o Palácio dos Governadores, onde detalhes nas paredes falam da captura de prisioneiros pelos grandes guerreiros de Palenque. Neste conjunto fica a Torre de Observação e os Arcos de Corbel. Menores mas não menos importantes, encontram-se os Templos do Grupo de Las Cruces, que ficam em cima das pirâmides. Sítio Arqueol ó

Pátio interno donque Palácio de Pale

gico

Esta região é extremamente úmida e quente e a floresta com o barulho dos bugios fascina os turistas de todos os lugares do mundo que veem em busca de conhecer um pouco mais sobre as histórias e lendas do mais importante governante dos Maias. Grande parte da história de Palenque foi reconstruída devido à tradução e interpretação das inscrições encontradas no local. Muitas lendas fazem parte da história de Palenque, como a tumba da Reina Roja (Rainha Vermelha) que ficou assim conhecido pelo fato do túmulo conter mercúrio para que ninguém roubasse. Dizem os guias que neste local,

grande parte das fotos tiradas por turistas ficam com um pequeno ponto luminoso, que seria o espírito da rainha que ainda reside na tumba. Inacreditavelmente, uma das pessoas do meu grupo ficou com todas as fotos ali tiradas com um pontinho luminoso. O passeio fica mais mágico ainda se o turista se hospedar entre Palenque cidade e Palenque ruínas, numa área de pousadas e campings no meio da floresta, no El Pachán, onde cabanas duplex próximas às arvores e em meio a riachos faz o hospede se sentir em meio ao cenário do filme Jurassic Park, principalmente El Pachán

ao cair da noite, com pouca luz elétrica, quando se ouve os gritos assustadores dos bugios. Comidas: a culinária da região de Chiapas também se diferencia do restante do México. Encontra-se os pratos tradicionais de todo o país, porém, as iguarias regionais são um pouco mais ousadas como os Frijoles negros con carne (Feijões pretos com carne), Caldo de Shuti (caldo de caracol de rio), Tamal de Jacuané (prato a base de milho, erva santa, pimenta e camarão seco em pó) Tamales de iguana (prato a base de milho com carne de lagarto). Bebidas: Devido a tradição herdada dos maias, algumas das bebidas levam cacau em sua receita e quase todas tem o milho como base, como por exemplo o Tascalate (bebida a base de milho, pinhão, canela e chocolate), Atole agrio (uma bebida preparada somente para comemorações commo o Dia dos Mortos, também tem como base o milho) e Pinole (bebida a base de farinha de milho, água, canela e mel).

Meus pés pelo mundo: um pouco de cultura, arte, arquitetura, turismo e enologia

Lilian Inacio, Arquiteta Urbanista formada na UNESP, escreveu matérias sobre viagens para revistas, jornais, portais e blogs na região e para todo Brasil. Apaixonada pelas artes, estudou línguas, enologia, música, dança e se graduou também em guia de turismo. Sua grande paixão é o mundo e suas diferentes culturas. Nos últimos 14 anos esteve em mais de 200 cidades diferentes no mundo. Seu objetivo é trazer um pouco do que existe neste mundo tão grande aos seguidores do Diário da Cuesta para que todos possam viajar juntos com a leitura dessas matérias com informações confiáveis e pessoais. lilianinacioviagens @lilianinacioviagens contato@lilianinacio.com.br


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