Diário da Cuesta
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Três anos de vitórias consecutivas... Com dois destaque emblemáticos:
1 - Em 1932, o Palmeiras/Palestra Itália foi o único time da história do futebol paulista que venceu com 100% de aproveitamento;
2 – alguns resultados que ficaram na história e nunca superados:
1932
Palmeiras 7 x 0 Atlético Santista
Palmeiras 9 x 1 Pinheiros
Palmeiras 8 x 0 Santos
1933
Palmeiras 8 x 0 Corinthians
1934
Palmeiras 7 x 1 Ypiranga
Palmeiras 6 x 0 Sírio
Palmeiras 5 x 0 Santos
Palmeiras 3 x 1 Corinthians
ANO IV Nº 1066 SEGUNDA-FEIRA , 08 DE ABRIL DE 2024
TRICAMPEÃO PAULISTA - 2022/23/24 PÁGINA 2
Tricampeonato
2024
PALMEIRAS
90 Anos do
Paulista!!! 1934 -
Dante Delmanto (primeiro à direita) levou o Palestra ao Tricampeonato Paulista 1932/33/34
PÁGINAS 3 e 4
Palmeiras vence Santos em final eletrizante e é tricampeão do Paulistão
Gols foram marcados por Raphael Veiga e Aníbal Moreno
Escrito por Rafael Oliva
O Palmeiras venceu o Santos por 2 a 0 neste domingo (7), virou o placar agregado e conquistou o tricampeonato consecutivo do Paulistão. A partida aconteceu no Allianz Parque, e os gols foram marcados por Raphael Veiga e Aníbal
O Verdão chegou ao 26º título estadual e está atrás somente do Corinthians em número de taças da competição. O Peixe
COMO FOI A PARTIDA?
O Santos começou melhor do que o Palmeiras, aproveitando contra-ataques e anulando a tentativa de pressão do rival. Ambos tiveram boas oportunidades para abrir o placar, até que Weverton achou Endrick em belo lançamento, e João Paulo cometeu pênalti. Veiga cobrou e converteu. Depois, o Verdão cresceu e “asfixiou” o Peixe no campo de defesa, ficando próximo de ampliar o marcador.
O clássico seguiu “lá e cá”, com os rivais empilhando chances. O Palmeiras era ligeiramente melhor e ampliou: Endrick tomou a bola no campo de ataque, Piquerez fez jogadaça pela esquerda e cruzou. Flaco López ajeitou de cabeça, e Aníbal completou para o fundo das redes. Verdão e Peixe ainda assustaram muito os respectivos goleiros, mas o placar se manteve em 2 a 0.
Palmeiras e Santos disputaram fi nal do Paulistão (Foto: Ett ore Chiereguini/AGIF)
FICHA TÉCNICA
Palmeiras 2 x 0 Santos
Campeonato Paulista - Final (volta)
Data e horário: domingo, 7 de abril de 2024, às 18h (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Arbitragem: Raphael Claus (Árbitro); Danilo Ricardo Simon Manis e Neuza Ines Back (Assistentes); Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (VAR)
Cartões amarelos: Zé Rafael, Mayke e Endrick (Palmeiras); Morelos, Gil e Aderlan (Santos)
Cartões vermelhos: -
Gols: Raphael Veiga e Aníbal Moreno (Palmeiras)
ESCALAÇÕES
PALMEIRAS
Weverton; Mayke, Gustavo Gómez (Luan), Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Ríos) e Raphael Veiga; Lázaro (Luis Guilherme), Endrick (Marcos Rocha) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira
SANTOS
João Paulo; Aderlan (JP Chermont), Joaquim, Gil e Felipe Jonatan (Hayner); João Schmidt, Diego Pituca (Patati), Giuliano, Otero (Pedrinho) e Guilherme; Morelos (Furch). Técnico: Fábio Carille. (Fonte: Lance)
ENDRICK : A REVELAÇÃO DO VERDÃO
O Palmeiras se tornou tricampeão paulista com uma grande contribuição de Endrick. Aos 17 anos, o camisa 9 comandou a vitória por 2 a 0 sobre o Santos, no Allianz Parque, e deixou o gramado emocionado na última final disputada antes da despedida para o Real Madrid.
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Veiga anotou o primeiro do Alviverde (Foto: Ett ore Chiereguini/AGIF)
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HISTÓRICO DO TRI – FOTOS DOS ÍDOLOS
1934: PALMEIRAS TRI-CAMPEÃO PAULISTA
O ano de 1934 nasceu com um grande sonho da intelectualidade paulista, o governador Armando de Salles Oliveira criou, em 25 de janeiro a Universidade de São Paulo, a USP, que iria tornar-se, com o passar do tempo, uma das mais importantes universidades do mundo.
No dia 1º de abril do mesmo ano, o Palestra fazia a sua estréia no Campeonato Paulista, goleando o Ipiranga por 7 a 1. Na semana seguinte mais uma goleada (6 a 0 no Sírio) e uma estréia: o goleiro Aymoré. Na outra semana, dia 15 de abril, outra vitória (3ª 0 em cima do Santos) e mais uma estréia: o médio Zezé. Eram os dois irmãos: Aymoré e Zezé Moreira. Ambos pertenciam ao Botafogo carioca que não havia aderido ao profissionalismo.
Assim, a campanha do tri-campeonato começou mais fácil do que se supunha. O time base era o mesmo que havia conquistado os títulos de 1932 e 1933, mas agora contava com dois reforços consideráveis.
O Palestra continuou sua marcha firme para o único tricampeonato de sua gloriosa história. E o título veio com uma campanha brilhante: 12 vitórias, um empate e apenas uma derrota. Além de brilhante, a conquista chegou por antecipação: na penúltima rodada, do domingo, dia 26 de agosto, com a vitória de 3 x 1 sobre o Paulista, time da Capital, em jogo realizado no estádio Antônio Alonso, que ficava na rua da Mooca. Para completar, o segundo quadro (mais tarde aspirantes) também foi campeão. Barba e cabelo, como dizia na época. Era o terceiro ano consecutivo de festas para a torcida palestrina.
ROMEU PELLICCIARI: Artilheiro por inteiro
No único tricampeonato paulista conquistado pelo Palestra/Palmeiras, o artilheiro foi um dos maiores jogadores de sua história: Romeu Pellicciari. Nascido em Jundiaí, SP, em 26 de
março de 1911, chegou ao clube em 1930, após ter atuado no Barranco e no São João de sua cidade
Depois de conquistar esses três títulos, tranferiu-se, em 1935, para o Fluminense, onde foi campeão mais cinco vezes. Em 1942, em função do falecimento de seu pais, retornou a São Paulo, onde participou de mais um feito histórico: o primeiro título do Palestra como Palmeiras. No ano seguinte, encerrou sua carreira atuando pelo Comercial da Capital. Além de ter sido um dos principais jogadores da Copa do Mundo de 1938, um outro fato importante marcou sua trajetória: assinalou quatro gols na maior goleada que o time aplicou até hoje no seu arqui-rival, o Corinthians: 8 x 0, em 5 de novembro de 1933
Assim era Romeu. Hábil no drible, mas sempre jogando para a equipe Meio gordinho, meio careca, mas um atilheiro por inteiro Faleceu em 15 de julho de 1971
HINO DO PALMEIRAS
Letra: Gennaro Rodrigues Música: Antônio Sergi
Quando surge o alviverde imponente No gramado em que a luta o aguarda Sabe bem o que vem pela frente Que a dureza do prélio não tarda
E o Palmeiras no ardor da partida Transformando a lealdade em padrão Sabe sempre levar de vencida E mostrar que de fato é campeão
Defesa que ninguém passa Linha atacante de raça Torcida que canta e vibra
Por nosso alviverde inteiro Que sabe ser brasileiro Ostentando a sua fibra
Palmeiras de 2024 tem semelhanças com time de 90 anos atrás tricampeão paulista e tenta repetir feito único na história do clube
Atual bicampeão paulista em 2022 e 2023, o Palmeiras inicia o Estadual de 2024 em busca de um tricampeonato que só ocorreu uma vez na história do clube. Há exatos 90 anos, em 1934, o então Palestra Itália conquistava o terceiro título estadual consecutivo, algo que nunca mais se repetiu.
Apesar do futebol como um todo ter sofrido grandes transformações nos últimos 90 anos, há, curiosamente, semelhanças que unem o Palestra Itália de 1934 e o Palmeiras de 2024 além da busca pelo feito em comum.
A ESPN conversou com Fernando Galuppo, historiador do clube alviverde, para entender melhor o cenário futebolístico, administrativo, histórico e estrutural do Palmeiras, que, na época de seu último tri, tinha menos de 20 anos de existência.
A princípio, o time de 1934, assim como nos anos anteriores, era comandado por um treinador de filosofia estrangeira. O técnico era o uruguaio Humberto Cabelli. Na época, os profissionais argentinos
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e uruguaios eram considerados como os principais da América do Sul por conta da formação técnica e tática.
A situação se assemelha de certa forma à vivida pelo Palmeiras desde 2020, quando o clube anunciou a chegada de Abel Ferreira, que faz parte de uma escola portuguesa que se tornou popular em clubes europeus, brasileiros, além da Ásia e do Oriente Médio, se consolidando como uma das melhores do mundo nas últimas décadas.
Abel Ferreira
Tal qual Abel Ferreira, Cabelli deu um padrão ao time do Palestra Itália nos anos 1930 e hoje é o 6° treinador mais vitorioso da história da instituição, com quatro taças (três edições do Campeonato Paulista
– 1932, 1933 e 1934, além do Rio-São Paulo, em 1933).
Além de contar com o trabalho longevo de um treinador, o Palestra Itália tinha ainda uma “espinha dorsal” que dava solidez ao time, assim como acontece hoje em dia com os comandados de Abel Ferreira. Nos últimos anos, o torcedor se acostumou a ter uma escalação na ponta da língua, com direito a algumas variações.
Na época, o Palestra Itália era escalado no 2-3-5, com o goleiro Nascimento tendo atuado nas conquistas de 1932 e 1933 e no início do título de 34, sendo substituído por Aymoré Moreira durante a campanha. Na sequência, o time contava com uma defesa composta por Carnera e Junqueira.
O meio-campo mais sólido era formado geralmente pelo trio Tunga, Dula, Tuffy. Com Imparato, Romeu Peliciari e Carazo, com algumas variações e alterações na época, era quem formavam o time-base do Palestra Itália.
Outro fator de semelhança com o Palmeiras atual é o fato do time do século passado contar com uma joia “diferenciada” em seu time titular. Dadas as devidas proporções, o “Endrick da época” do Verdão era o zagueiro Junqueira. Em 1934, ele já tinha 24 anos, mas o defensor atuou somente pelo clube ao longo de toda a carreira.
Os melhores Estádios de São Paulo
Mas, as semelhanças entre as duas “eras” vão além dos gramados. Estruturalmente, o clube também se modernizava. No início dos anos 1930, o então Palestra Itália passou por uma grande reforma e se tornou o primeiro estádio de São Paulo a ter arquibancadas de concreto armado.
Histórico: em 1917 o Palestra Itália passou mandar seus jogos no Parque da Antarctica. O contrato previa que o América utilizaria o campo nas terças, quintas, sábados, domingos e feriados na parte da manhã, enquanto o Palestra Itália utilizaria nos mesmos no período da tarde, tanto para treinos como para as partidas oficiais.
Em 1920, o Palestra Itália (com o apoio da Cia Matarazzo) efetuou a compra do campo de futebol e de grande parte do terreno do Parque da Antarctica, pelo valor total de 500 contos de réis (algo em torno de R$600.000,00), sendo 250 contos à vista, e outras duas parcelas anuais de 125 contos cada, além de um contrato perpétuo de venda dos produtos da Companhia Antarctica nas dependências do estádio.
Em cerca de 13 anos o clube investiu em grandes reformas –incluindo a reforma da arquibancada geral, ainda de madeira, e a construção de uma imponente tribuna social, reservada aos associados do clube – constrói grandes arquibancadas em concreto armado e em 13 de Agosto de 1933, na partida Palestra Itália 6 x 0
Bangu (tendo Gabardo assinalado o primeiro gol), pelo Torneio Rio-São Paulo, inaugura o “Stadium Palestra Itália”: maior e mais moderno estádio de futebol do país (na época), com capacidade para 30 mil torcedores. Neste mesmo período, a sede social do clube foi transferida do centro da cidade para o entorno do estádio.
Se o Estádio Palestra Itália foi considerado o maior e mais moderno estádio de futebol do país, na época, hoje o Allianz Parque, inaugurado em novembro de 2014, é considerado como a arena mais moderna do país e o mais espetacular do mundo. O estádio tem capacidade para 42.000 pessoas, sendo todas as arquibancadas cobertas e com tecnologia de ponta. A partir da nova casa, o clube alviverde iniciou sua melhor fase desde Era Parmalat. O Estádio já foi palco de cinco títulos do Verdão: Copa do Brasil de 2015 e 2020; Campeonato Brasileiro de 2016 e 2018 e Campeonato Paulista 2020 e de 2022/23.
Os Presidentes do Verdão nas duas conquistas
Registro: O Verdão contou até com o mesmo presidente no período do tri do Paulistão. O mandatário da época era Dante Delmanto, que esteve à frente do clube até 1934, antes de deixar a cadeira para Raphael Parisi. Ao mesmo tempo, Dante Delmanto participava desde 1932, das atividades esportivas do clube de futebol da colônia italiana: o Palestra Itália. Integrado ao grupo Matarazzo e particular amigo da família, Dante exerceu a presidência do Palestra Itália, de 1932 a 1934.
Conseguiu o único tri-campeonato paulista do Palmeiras (Palestra Itália): nos anos de 1932/33/34, dando ao alvi-verde o 1º título de Campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/São Paulo), além de Campeão do Campeonato Brasileiro de Basquete (1933). Administrativamente, a compra e construção do Estádio Palestra Itália, com seu Jardim Suspenso, sempre com o apoio do Grupo Matarazzo, consagraram a sua gestão.
E em 2024, a história se repete: o mesmo presidente!
Leila Mejdalani Pereira é uma empresária, advogada, jornalista e dirigente esportiva brasileira. [] Ficou conhecida por presidir a financeira Crefisa e pelas atividades na Sociedade Esportiva Palmeiras, a qual é presidente desde 2021
No Palmeiras, Leila se tornou a patrocinadora do clube por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas. A parceria deu início em 2015, e Leila tornou-se conselheira do clube, chegando à presidência
Desde o início da parceria com a Crefisa, o Palmeiras conquistou feitos importantes, incluindo dois títulos da Copa Libertadores da América. O clube conseguiu ainda mais três títulos do Campeonato Brasileiro.
Em 2022, a Forbes listou Leila Pereira como a quinta mulher mais rica do Brasil. Outra coincidência: o poderio do Grupo Matarazzo no anos 30 e, agora, através da Crefisa, o grande apoio financeiro.
Em 2024 se tornou a primeira mulher a ser “Chefe de delegação” da seleção brasileira.
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