Edição 108

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 108

SEGUNDA-FEIRA, 15 de março de 2021

DR. COSTA LEITE:

PRIMEIRO MÉDICO DE BOTUCATU E FUNDADOR DA MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE PÁGINA 4

BOM DIA BOTUCATU Hoje faz um ano que estamos vivendo a pandemia do coronavírus, e, mesmo depois de tanto tempo, se prevenir é mais simples do que você imagina. Além de usar a máscara e manter o distanciamento, é importante higienizar as mãos. A higienização das mãos é importante que seja frequente, pois o vírus pode estar em objetos que tocamos e usamos no dia a dia. A lavagem com água e sabão e o uso de álcool em gel são indispensáveis para reduzir a transmissão e o contágio por meio das mãos. Essa é uma das três medidas simples e suficientes para conter o avanço da Covid-19 em Botucatu e logo vencer essa doença. O combate ao coronavírus é um dever de todos.

EVITE AGLOMERAÇÃO FAÇA DISTANCIAMENTO SOCIAL


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RICO

Ó REGISTRO HIST

A Misericórdia Botucatuense, fundada em 1893, completou em 1993 - para júbilo geral! -, seu 1º. Centenário. Um século. Uma vida de bons e inestimáveis serviços prestados a Botucatu. Entre os botucatuenses que colaboraram desde o início, destacamos a presença e liderança do médico Antônio José da Costa Leite. Baiano de nascimento, formou-se médico em Salvador e veio ajudar na construção do Estado do Bandeirantismo, tornando-se botucatuense de coração. A influência do Dr. Costa Leite na cidade de Botucatu foi marcante. Como único médico da cidade e de toda uma grande região, Costa Leite gozava de efetivo prestígio. Botucatu era considerada “Boca do Sertão” e a rota dos tropeiros que rasgavam o solo paulista em direção a Mato Grosso e ao norte do Paraná. Àquela época, o médico diplomado exercia verdadeiro fascínio e admiração junto à população. Tratado com especial deferência, era tido como alguém possuidor de poderes especiais, quase como um representante dos deuses, dos quais receberia poderes mágicos... Antes da entrada do novo século, a pequena Botucatu já possuía o seu primeiro médico. E haveria de ser ele a liderar amplo movimento para a construção de nosso primeiro hospital: a Misericórdia Botucatuense.

Na história das instituições filantrópicas, ao menos em suas origens e primeiros tempos, duas características são sentidas: a presença constante de crises financeiras e a obtenção de melhorias tecnológicas graças ao prestígio e relacionamento desses profissionais da medicina, verdadeiros sacerdotes da saúde, junto às suas comunidades Assim ocorreu com a nossa Misericórdia. O Dr. Costa Leite obtém junto à matriarca Dona Isabel Franco de Arruda, rica proprietária que para aqui veio, nascida na Vila da Constituição (Piracicaba), a expressiva doação de dez contos de réis. Dez contos de réis! Com esse primeiro capital, o Dr. Costa Leite lançou-se à luta. Antônio Ferreira da Silva Veiga Russo e Domingos Soares de Barros doaram ao novo empreendimento parte de suas propriedades, para a localização e construção das obras. Domingos Soares de Barros além dessas terras, doou propriedades na cidade como primeira fonte de renda da Misericórdia. O prestígio do Dr. Costa Leite estava viabilizando o hospital. Na galeria dos colaboradores iniciais, vemos os nomes de Antônio Joaquim Cardoso de Almeida (fundador do clã que tantos benefícios trouxe para Botucatu) português de nascimento e que chegou a exercer a vereança em nossa cidade, Floriano Simões, Monsenhor Paschoal Ferrari (idealizador de nossa Diocese), Raphael de Moura Campos, Antônio Cardoso do Amaral (ou Antônio Cardoso Almeida), José Cardoso de Almeida (Jucá), Armindo Cardoso de Almeida, Amando do Amaral Barros, João Mora-

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DR. COSTA LEITE

to Conceição, Brazil Gomes Pinheiro Machado, José Paes de Almeida, João Rodrigo de Souza Aranha, Antônio Amaral César, Luiz Ayres de Almeida Freitas, Raphael Nigro, Henrique Reis, João Morethzorn, Joaquim Benedito da Costa, Alberto Pereira, Luiz Augusto Tavares, Cândido Cyríaco Martins, Caetano Caldeira, Napoleão de Barros, Samuel Levy, Joaquim Francisco de Paula Eduardo, José A. Camargo, Manoel Pinto Costa, José Moraes Costa, Francisco da Rocha Campos Bicudo, Manoel Theodoro de Aguiar, Fernando José Teixeira Guimarães, José Elias Marins, Francisco Antunes de Almeida, José Cláudio Pereira, Júlio C. Oliveira e José Pires de Almeida Moura. A primeira Ata de Fundação e Constituição do novo e benemérito empreendimento é datada de 02 de janeiro de 1893. A primeira Diretoria constituída é composta, além do comando do Dr. Costa Leite, dos Senhores Antônio César, Amando do Amaral Barros, João Rodrigo e Floriano Simões. O Juiz de Direito, Dr. Luiz Ayres de Almeida Freitas, que por 20 anos dignificou a justiça em Botucatu, foi o primeiro Provedor da Misericórdia Botucatuense, tendo na administração o Sr. Antônio Ignácio de Oliveira. A oito de dezembro de 1901, a Misericórdia foi oficialmente inaugurada. Seu benemérito, Dr. Costa Leite, assim relatou: “...no dia da inauguração enfeitei muito bem o prédio, iluminei-o com gás acetileno, deixei tudo pronto e fugi. Fui para o Lageado e só voltei à noite, quando tudo estava terminado. No início tivemos que vencer grandes dificuldades. Quase tudo parou. Mas, o sempre caridoso povo de Botucatu veio em meu auxílio.” (Folha de Botucatu, 14/12/1941). Na inauguração do Hospital, a eficiente pesquisa do Sr. Luiz Baptistão (Gazeta de Botucatu/edição No. 1.699), nos dá a exata dimensão dessa solenidade: “Enfim, no dia 8 de dezembro de 1901, no edifício do Hospital, reunidas a Diretoria, Exmas. famílias, Associações, autoridades e grande massa popular... Houve discurso do Agente Consular Italiano, do Representante da Sociedade Italiana “Pró-Pátria”, do “Círculo Filo-Dramático Paulo Ferrari”, do representante da Sociedade “Casa de Savoia”, do representante da Loja Maçônica “Guia do Futuro” e “Sociedade de Caridade Maria Pia”. O Dr. Costa Leite foi maçon e venerável. No artigo “CENTENÁRIO DA MAÇONARIA EM BOTUCATU” (http://blogdodelmanto.blogspot.com. br/2011/06/centenario-da-misericordia-botucatuense.html), publicado pela revista botucatuense de cultura PEABIRU, de setembro/ outubro de 1998, numa iniciativa da LOJA GUIA REGENERADORA, foi cedido para publicação e divulgação a ficha cadastral do Dr. Costa Leite: O Hospital sempre enfrentou dificuldades financeiras. Para efeito didático, dividimos em 2 fases a história da Misericórdia Botucatuense: a 1a. Fase desde a sua fundação, em 1893, até o ano de 1937, quando houve a gravíssima ruptura entre o Corpo Clínico e a Diretoria Administrativa (com a demissão do Corpo Clínico) e, a 2a. Fase, a partir de 1937 até os nossos dias. 1ª. FASE: Na principal fase, a da consolidação do empreendimento, além dos beneméritos já citados, é preciso citar a presença dos médicos que vieram prestar a sua colaboração à Misericórdia. É preciso que se destaque que durante a primeira fase e até meados dasegunda fase a colaboração médica era SEM REMUNERAÇÃO, era o verdadeiro sacerdócio médico. Afinal, a Misericórdia era e é uma Instituição de Benemerência... À partir de meados da 2a. Fase, com as modificações do setor de saúde, com a crescente socialização da medicina e maior presença estatal na assistência médica, a Misericórdia passou a

atuar como um hospital conveniadocom os Institutos Federais de Previdência. No entanto, NUNCA deixou de existir o espírito que norteou a sua fundação: amparar a todos que necessitem de apoio médico, notadamente aos mais carentes. O primeiro médico a colaborar com o Dr. Costa Leite foi o Dr. Miguel Zacharias de Alvarenga. Ao depois, os Drs. Carvalho Barros, Vital Brasil, José Procópio Teixeira Guimarães, Aristides Franco Meireles, Vicente Vianna Júnior, Francisco Rodrigues do Lago, Jorge Vianna Bittencourt, Paschoal e Paulo Rugna, Miguel Losso, José Maria de Freitas, Moacir Corte Brilho, Jacinto Gomes, Marco Túlio de Carvalho, Antônio Gióia, Francisco Figueira de Mello, Horácio Figueiredo, Nestor Seabra, Edmundo de Oliveira e Darwin do Amaral Viegas. Segundo relato do Dr. Olívio Stersa (Memórias da Misericórdia Botucatuense - 1988), temos a presença de médicos italianos atuando na Misericórdia: “...Entre os italianos que também freqüentavam o nosocômio, podemos citar os doutores Maggiore, Thadei, Antônio Gioia, os irmãos Paschoal e Paulo Rugna e Miguel Losso.” Em 1948, com a chegada do novo Bispo Diocesano, Dom Henrique Golland Trindade, aconteceu o “encontro histórico” entre o grande chefe maçon e o chefe da Igreja Católica: O FAMOSO TEATRO ESPÉRIA O Sr. Luiz Baptistão, que foi Provedor da Misericórdia, realizou importante pesquisa relativa à história desse hospital beneficente. Recentemente, através da «GAZETA DE BOTUCATU», de 12/03/93, trouxe ao conhecimento da comunidade botucatuense que “...os valorosos homens públicos, no correr dos tempos, antes já haviam pensado com que recursos financeiros contaria a Misericórdia para se manter em funcionamento, com as despesas de funcionários, cozinha, medicamentos, rouparia, limpeza, tudo enfim. Ocorreu-lhes, pois, a ideia, de ao mesmo tempo em que construiriam o hospital, erigiriam um teatro destinado a proporcionar alegrias e divertimento ao povo em geral, mediante pagamento de uma taxa por sessão de espetáculo, com função permanente, em proveito das finanças do hospital.”

visita do Maestro Villa-Lobos a Botucatu, no Teatro Espéria. Essa é a origem do Teatro Santa Cruz , em terreno de propriedade do hospital, ao depois Cine Es-


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Pioneiros do Tênis em Botucatu: Da esquerda: DeoclesianoPontes, Ester Portela Pontes, (?), Antônio José da Costa Leite, Augusto Viana Junior, Virgínia Neves Costa Leite, (?), Aníbal Costa Leite. (“Achegas”, Hernâni Donato, 1985)

péria e sede da Sociedade Italiana de Beneficência, que o comprou da Misericórdia. A sua construção teve também projeto do Arquiteto Francisco B. Soler e a Comissão que administrou a construção do teatro era constituída do Dr. Antônio José da Costa Leite (Presidência), Armindo Cardoso de Almeida e Amando de Barros. No ano de 1954, um incêndio destruiu o teatro. Não foi reconstruído. A bela arquitetura de sua fachada ficou registrada nas fotos da época... Mas nessa pesquisa, o Sr. Luiz Baptistão nos dá, também, uma sinalização da situação e mando político da época, visto a reunião da Diretoria da Misericórdia ter ocorrido, sob a presidência do “...incansável Dr. Antônio José da Costa Leite, no Salão de Leitura do “Gabinete Literário e Recreativo de Botucatu”(o mesmo prédio que sedia a Rádio Emissora de Botucatu S.A., na Rua Marechal Deodoro, 320 - antiga e linda sede do Partido Cardosista).” Realmente, a personalidade do Dr. Costa Leite era marcante. A par de seu desempenho como médico, era ele verdadeira locomotiva de nossa sociedade. Amante do teatro, além do empreendimento acima, participava ativamente de grupos teatrais amadores da cidade e patrocinava a vinda de companhias de fora. No esporte, foi responsável pela introdução da prática do tênis de campo em Botucatu. Liderando destacadas personalidades de nossa sociedade, Costa Leite introduziu a prática desse esporte entre nós. As quadras então existentes situavam-se próximas das atuais quadras do BTC, ao lado do Centro Cultural e da Prefeitura Municipal. INTRODUZIU O TÊNIS DE CAMPO Mas o pacificador e benemérito da Misericórdia Botucatuense teria que comparecer mais uma vez para garantir a estabilidade do Hospital. O risco de uma paralização era eminente. Pela “FOLHA DE BOTUCATU”, de 17/03/37, a notícia de que o Dr. Costa Leite, mesmo com idade e já afastado do exercício da profissão, assumia a direção clínica do Hospital: “MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE” Acaba de assumir a direção da Misericórdia Botucatuense o Dr. Costa Leite, o venerando facultativo a quem se deve a existência desse modelar estabelecimento de caridade em nossa cidade. Tendo agora como operador o Dr. Cyro de Oliveira Guimarães de quem fazemos referências em outra parte, está a Misericórdia Botucatuense perfeitamente aparelhada para continuar a sua rota sem tropeços, fazendo o bem e minorando os sofrimentos daqueles que necessitarem dos recursos médicos”. No final de sua 1a. Fase, a Misericórdia conseguia atravessar esse sério obstáculo pelas mãos seguras do Dr. Costa Leite. A 2a. Fase começou em 1937, com Emílio Peduti no comando administrativo da entidade e com a convocação do Dr. Antônio Delmanto para o corpo clínico. Emílio Peduti, bem sucedido capitalista, teve por incumbência a gestão administrativa e a grave crise financeira que abalou a instituição. A Antônio Delmanto, com a colaboração inicial de pouquíssimos colegas (com especial destaque para a presença sempre firme do Dr. Antônio Pires de Campos), coube a função de reestruturar o Corpo Clínico, diante do afastamento ocorrido de toda a equipe médica que atuava no hospital.

Mesmo local das atuais quadras do BTC. Os primeiros tenistas. Aníbal Costa Leite é o quarto a partir da esquerda. (“Achegas”, Hernâni Donato, 1985)

CONSIDERAÇÕES FINAIS O Dr. Antônio Delmanto que exerceu a Diretoria Clínica da Misericórdia Botucatuense, de 1937 a 1952, quando teve a oportunidade de abrigar o Dr. Costa Leite como morador do Hospital, prestou este depoimento: “Tivemos o ensejo de conviver com o saudoso Dr. Costa Leite, fundador de nossa Misericórdia e, conhecendo-o bem, pudemos admirá-lo mais ainda: homem bom, com sólida cultura médica, dedicado, grande amigo e benfeitor de Botucatu. Foi na sua época um grande médico. Depois de encerrar sua profissão, comparecia sempre ao seu Hospital, a Santa Casa, a sua Santa Casa, a Casa que ele fundou e onde viveu seus últimos anos, morrendo pobre, muito pobre.” (do livro “Memórias de Botucatu 2”, de Armando M. Delmanto, 1993)

O 1o.Centenário é sempre motivo de orgulho e comemoração para qualquer instituição pública ou privada. É uma vitória. De todos os envolvidos. E o futuro ? A cidade de Botucatu tem convicção de que será novamente vencedora. Que se multipliquem os futuros Costa Leites. E mais importante: que existam os futuros Costa Leites... Que do mercantilismo primitivo e selvagem que grassa em todo mundo, haja um pequeno espaço - pequeno que seja ! -, para o sonho e o sacerdócio médico Que se multipliquem os bons filhos e os cidadãos prestantes. Que seja glorioso e benemérito o futuro do “projeto social” MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE! (AMD)


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GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE

HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU!

COSTA LEITE, O MAIOR

A antiga rua da Misericórdia, chama-se rua Dr. Costa Leite. Na ajardinada praça dona Izabel, há um busto do Dr. Costa Leite. O pavilhão de homens da Misericórdia Botucatuense chamase “Dr. Costa Leite”. E este nome encima o prédio do grupo escolar noturno, mantido pela Municipalidade. Quem era este cidadão tão homenageado? No “Almanak de Botucatu”, editado em 1.919 pelo jornalista Augusto de Magalhães, às páginas 178 e 179, está escrito: “Dr. Antônio José da Costa Leite. Um dos vultos mais proeminentes de Botucatu. Há mais de trinta anos que reside nesta cidade. É o médico da pobreza, o benfeitor, o humanitário que não se cansa de levar aos que sofrem o bálsamo que suaviza. Quantos dos casebres ou dos leitos hospitalares, lhe não coroam sentidamente, com bênçãos, a transparência de seu coração piedoso! O Dr . Costa Leite tem o nome preso à Misericórdia Botucatuense. Foi ele quem se manifestou primeiro por essa fundação de caridade, entregando-se de corpo e alma para que ela ganhasse vulto e se erguesse dos alicerces, como braços estendidos à multidão dos deserdados. Não se pontuam nisso os feitos de todos os matizes por ele disseminados. O que fez, aí estão... Dr. Costa Leite é natural da Bahia, por cuja Faculdade de Medicina se formou no tempo do Império. Fez seu curso com raro brilhantismo, assinalado com muitas distinções . O povo botucatuense rende-lhe a maior estima que é dado a um profissional desta natureza alcançar . E é-lhe justa e merecedora!”. Isso foi escrito em 1.919. Agora, em 1971, posso dizer mais coisas sobre o médico e homem, que, sendo um agnóstico, praticava o BEM pelo BEM, sem esperar recompensas do mundo ou do céu. Nasceu na cidade de Salvador,

em 19-4-1860. Formado em medicina, transferiuse para o Estado de São Paulo . Em 1886, o jovem baiano começou a clinicar na pequenina Botucatu. Durante mais de sessenta anos, exerceu o seu abençoado mister. Faleceu em 15-6-1.953, aos noventa e três anos de idade, sendo sepultado na necrópole local. Dorme o sono eterno na cidade que tanto amou e bem serviu. Sempre ouvi falar e depois constatei pessoalmente, que da medicina o Dr. Costa Leite fez um sacerdócio. Foi um justo, de mão aberta. Pai da pobreza. Por isso, morreu pobre. Dizia ele, já na Misericórdia (que fundara e servira dedicadamente) que ele era o indigente número um daquela casa de solidariedade humana . O único bem imóvel que possuiu, a casa de morada, foi-lhe dada pelo povo, por subscrição popular. Curando, lenindo, amparando financeiramente até, os desprotegidos DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

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da fortuna, Costa Leite se tornou figura lendária na vasta zona, onde ele foi, por muitos anos, o único médico a fazer clínica médico-cirúrgica. Naqueles velhos tempos, naquela rudeza do sertão, que começava a ser devastado, para melhor servir e cuidar dos sofredores, grandes e pequenos, principalmente os mais humildes, fundou a MISERICÓRDIA BOTUCATUENSE, o primeiro hospital da zona. Foi em 1.893 que Costa Leite lançou os fundamentos daquela, que não sendo Santa Casa, é uma Casa Santa. Em 8 de dezembro de 1901, o hospital foi inaugurado graças ao apoio decidido que recebeu de dona Izabel Franco de Arruda, Antônio Ferreira da Silva Veiga Russo, Domingos Soares de Barras, Floriano Simões e outros bons colaboradores, numa demonstração de ecumenismo. Dr. Costa Leite foi cidadão emérito. Em vida ainda, recebeu a medalha “HONRA AO MÉRITO”, somente concedida aos grandes benfeitores da Humanidade. E fez júz à distinção. Quando moço, espírito sociável, dirigia grupos de AMADORES teatrais, animava os esportes, era diretor de sociedades recreativas. Maçon graduado, foi venerável da Loja “Guia do Futuro”. Pouco militou em política . E esta só lhe trouxe aborrecimentos e dissabores . Mas, firme no seu apostolado ele sempre ficou acima das mesquinharias do mundo. Do seu casamento com dona Cândida Costa Leite, baiana como ele, nasceram os filhos: Dr. Aníbal, cirurgião dentista; Dr. Orlando, advogado; Carlos César; Elvira (laia), que foi casada com Carlos Veiga Russo. Todos são falecidos. Nenhum descendente do Dr. Costa Leite reside em Botucatu. Um dos seus netos, Carlos Leite César, é o presidente da Bolsa do Café, em Santos.” (SEBASTIÃO DE ALMEIDA PINTO)

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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