Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Foto: Colagem/Jornal Audácia
O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano. A sexta edição do evento, realizada em 1964, há sessenta anos, premiou dois botucatuenses ilustres: Maria José Dupré, pelo infantil “O Cachorrinho Samba na Rússia”, e Francisco Marins, pelo romance “Grotão do café amarelo”. PÁGINA 2
A botucatuense, Ana Maria Gatin, tem 72 anos, viúva, atleta na AAB a 35 anos, sendo 21 anos como competidora de levantamento terra, supino e power bíceps. Tendo alcançado, passo a passo, os títulos de Campeã Paulista, Brasileira e Mundial. É Registro Histórico!
O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.
A sexta edição do evento, realizada em 1964, há sessenta anos, premiou dois botucatuenses ilustres: Maria José Dupré, pelo infantil “O Cachorrinho Samba na Rússia”, e Francisco Marins, pelo romance “Grotão do café amarelo”. Saiba mais sobre as obras e seus autores abaixo:
O Cachorrinho Samba na Rússia é um livro infantil da escritora botucatuense Maria José Dupré, integrante da série que narra as aventuras do cão Samba. De caráter educativo, a obra ensina sobre a história do país mais extenso do mundo e suas diferenças culturais com o Brasil.
Em certo trecho, Samba se recorda que “ouvira falar nos romances russos, onde as personagens tinham nomes difíceis, difíceis para nós, brasileiros” e que sabia que a Rússia “ficava muito longe e que havia neve nesse país. A neve caía noite e dia e cobria as cidades e as ruas. As árvores e os telhados. Ai, que frio!”.
Samba estreou nas páginas da obra As Aventuras de Vera, Lúcia, Pingo e Pipoca, de 1943, e também figurou nos livros A Mina de Ouro (1946), O Cachorrinho Samba (1949), O Cachorrinho Sam-
ba na Floresta (1952), O Cachorrinho Samba na Bahia (1957), O Cachorrinho Samba na Rússia (1964), O Cachorrinho Samba Entre os Índios (1965) e O Cachorrinho Samba na Fazenda (1967).
Grotão do Café Amarelo
Francisco Marins
Grotão do Café Amarelo é o segundo livro da série “O Homem e a Terra”, considerada pelo escritor Péricles da Silva, da União Brasileira de Escritores (UBE), como “a experiência mais convincente dentro da ficção e a mais completa já realizada em nossa literatura, visando ao abarcamento de um largo processo social, político, humano e econômico, de profundas raízes e de largas repercussões na própria história do País”.
Os livros que compõem a série são Clarão na Serra (1963), Grotão do Café Amarelo (1964), …E a Porteira Bateu! (1968), Atalhos sem Fim (1980) e O Curandeiro dos Olhos em Gaze (2004).
Em “Grotão do Café Amarelo”, Francisco Marins dá continuidade à narrativa desenvolvida em Clarão na Serra, romance histórico que se passa no interior do estado de São Paulo no século XIX. Nesta obra, Marins retrata o início do apogeu das plantações do café entre 1889 e 1904 na cidade fictícia de Santana, onde os protagonistas buscam se adaptar à revolução econômica que o café-amarelo trouxe à região. (MATEUS CONTE/JORNAL AUDÁCIA)
EXPEDIENTE DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Agradeço seu empenho mas já tenho Deus e me basta. Ele ora me aquieta ou me inquieta pelo que faço ou deixo de fazê.
Agradeço mas já tenho minhas verdades sobre o bem e o mal e são diferentes das suas, as quais respeito.
Agradeço suas falas sobre o amor. São bonitas e ricas. As minhas são simples, mas tão sinceras quanto as suas.
Agradeço a honestidade desse nosso momento. Eu sei e você sabe: eu não vou no seu velório e você não vai no meu.
Faltou pra nóis proximidade e afinidades. Vidas diferentes, diferentes destinos e valores diferentes.
Só não podemos esquecer que somos humanos e conscientes de nossa finitude, embora contraditórios e incoerentes. Que você seja feliz e eu também, cada um a seu modo.
Hoje cada qual na sua querência! Quem sabe um dia sejamos próximos no sentido bíblico. Simples assim.
O ano era de 1954, mês de agosto para ser correto. O jovem era bancário e se preparava para incorporação ao Exército e nisso, chega a notícia de que o Presidente da República havia dado um tiro no coração e se encerrava um período que os mais letrados davam o nome de período Vargas. Ele não acompanhava muito a vida política citadina e sequer a federal mas a morte de um Presidente mexe com as atenções da sociedade. A partir desse momento ele passou a ver diariamente em jornais expostos nas Bancas as manchetes que davam os maiores destaques. Nomes de autoridades foram chegando aos olhos e ouvidos tornando-se fiel acompanhante dos fatos que abalavam a nação. João Café Filho que era vice de Vargas assumiu a Presidência até as próximas eleições que seriam disputadas em 1955 por Juscelino Kubitschek e João Goulart e outros. O Jornalista Carlos Lacerda diretor da Tribuna da Imprensa, adversário de Goulart, divulgou um documento chamado “Carta Brandi” e nessa carta fazia referências a uma ligação desse candidato com o governo de Juan Peron, da Argentina e pelo conteúdo revelava-se o intuito de se iniciar uma revolução armada e de implantar uma república sindicalista no Brasil. Provou-se mais tarde que a tal carta era documento falso.
Eleições realizadas em 3 de outubro de 1955 teve como vencedor Juscelino e seu vice João Goulart. A UDN que era um partido de oposição aos eleitos procurou por todos os meios impedir a posse sob a alegação de que as eleições contaram com apoio de Luiz Carlos Prestes conhecido líder comunista. Em verdade o que desejava a oposição era alijar do poder os partidos PTB e PSD ambos da antiga política de Vargas. Essas eleições agitaram os meios políticos e militares que em 31 de outubro por ocasião do sepultamento do General Canrobert Pereira da Costa, o Coronel Jurandir de Bizarria Mamede proferiu violento discurso, pronunciando-se ampla e favoravelmente a uma reação militar contrariando o resultado das eleições que, segundo alegações, JK não havia alcançado a maioria absoluta dos votos e que, no caso, a posse seria ilegítima . Esse discurso inflamado, foi a chama que incendiou o radicalismo no Brasil entre oposição e situação. NOTA: JK faleceu em 22 de agosto de 1976 em acidente de carro na Rodovia Dutra, acidente até hoje não bem esclarecido, gerando especulações as mais desencontradas.
ESTES FATOS ENVOLVENDO MILITARES E POLÍTICOS DERAM INÍCIO AO QUE SE CHAMOU “NOVEMBRADA” Em uma semana o Brasil teve três Presidentes. Café Filho por estar doente foi afastado, assumindo o Presidente da Câmara Carlos Luz; Este, por divergências com militares descumprindo determinações teve contra si, aplicada a lei do “impeachment”; Nereu Ramos que era Presidente do Senado assumiu a Presidência da República e decretou o Estado de Sítio que vigorou até a posse de JK e Goulart em 31 de janeiro de 1956.
O Memorialista voltando ao tempo de bancário, assustado com a tal de “novembrada” que não sabia muito bem como havia começado e como iria terminar, avisa seus familiares de que no dia 7 de janeiro deverá ser incorporado às fileiras do Exército em uma Unidade de Infantaria na cidade de Lins. Notícias de jornais e Rádios mantém o Brasil em polvorosa e a família do futuro recruta, sem saber o que fazer em caso de um enfrentamento entre civis e militares.
O Quartel do 4º Batalhão de Caçadores, com seus 300 homens em estado de Prontidão recebeu os novos recrutas. Incorporado às fileiras, envergando seu primeiro uniforme de soldado , passando pelos primeiros exercícios de acampamentos, marchas e tiros com fuzil, capacete de aço, mosquetão mauser, modelo 1908 remodelado em 1934, uma arma de repetição, ponto trinta. Considerava-se um guerreiro pronto para o combate; seus Instrutores eram veteranos que retornaram da Itália após a 2ª Guerra. No Quartel, o
uso do telefone estava proibido e a Família em Bauru sem saber o que acontecia com a efervescência dos movimentos militares em todo Brasil. Com a posse de JK e Goulart a vida na caserna volta à normalidade com a suspensão do estado de prontidão. O Recruta que até então estava assustado, recobrou suas atenções aos estudos das rotinas militares e foi promovido a graduação de Cabo; continuando suas tarefas na tropa, na 4ª Companhia de Comando e Serviços foi promovido à 3º Sargento, permanecendo em Lins até 1960 quando solicita sua transferência para a cidade de Bauru em uma Unidade, a 6ª Circunscrição do Serviço Militar. Transferido, mantém sua origem de Infantaria só que, doravante, deixaria de lado o fuzil, o capacete, o coturno, a gandola e usaria um novo uniforme – camisa e gravata bege, calça de vicunha, sapatos pretos, quepe e túnica com quatro botões dourados, área de trabalho uma mesa com cadeiras, máquina de datilografia “Remington”, arquivo, lápis preto e lápis vermelho, borracha, e em todo mês cumprir uma escala de plantão de 24 horas como comandante da guarda ou da Patrulha. Basicamente atendendo jovens e seus familiares, confeccionando relatórios, preenchendo fichas de pessoas em fase de recrutamento, de seleção e de incorporação às fileiras do Exército. No período de 1961 até 1964 o Brasil volta com suas instabilidades militares e políticas com a renúncia de Jânio Quadros; Embora Brasília fosse a nova capital o Rio de Janeiro continuava a ser as capital política. Militares não permitiram a posse do Vice Goulart, sob os mesmos argumentos de ser simpatizante do sistema comunista e assim foi votado no Congresso Nacional o Parlamentarismo. Realizado Plebiscito, opção pelo sistema republicado e assim toma Posse João Goulart – (ele aí, de novo...!) governando sob suspeita de ser implantado um regime socialista/comunista. Desnecessário dizer que os quarteis e repartições militares em continuada prontidão culminando com o movimento militar de 31 de março. Novamente as agitações políticos/militares colocam o Brasil nas manchetes, sua população preocupada e as famílias dos militares esperando sempre o pior. De fato, piorou e piorou muito... João Goulart que sempre foi considerado suspeito acabou sendo deposto em 1º de abril, decretada vacância do cargo; com sua deposição Goulart refugiou-se em asilo no Uruguai. Tropas oriundas de vários Estados se deslocaram para o Rio de Janeiro, então centro das decisões; nomes de militares do alto Comando vão surgindo para colocar ordem no País sendo, de início formado um governo de transição com a certeza de que um novo governo republicano seria instalado; Em 9 de abril o Marechal Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 1 (no total foram 17) Mantém os efeitos da CF/1946 até 1967. Investido de plenos poderes e governa através de Atos Institucionais até 1967. A chamada Carta de 1967 convalida todos os atos praticados pelos governantes que, pela ordem, foram após Castelo, Costa e Silva, Garrastazu Médice, Ernesto Geisel e o último João Baptista Figueiredo.O chamado período militar vigorou de 1964 até 1985, ou seja 21 anos! Em novembro de 1968 por interesse próprio apresentei Requerimento pedindo exoneração e que foi deferido. Mesmo sob vozes contrárias posso afirmar que durante minha permanência nas fileiras não presenciei atos desabonadores aos militares; nessas duas épocas de instabilidades havia necessidade do impedimento da ascensão comunista/socialista e o impedimento foi necessário e correto, o remédio era amargo mas imprescindível para a saúde brasileira. Considerei meu tempo no serviço ativo (12 anos) como ter estado em uma sensacional Escola que preserva os princípios da moralidade pública, do patriotismo do civismo, dos deveres, todos esses valores mui carentes nos dias de hoje 60 anos após...
Fonte: Wikipédia