Diário da Cuesta
TERIA NASCIDO EM BOTUCATU O SENADOR PINHEIRO MACHADO, O TODO PODEROSO DA 1ª REPÚBLICA ?!?
É uma dúvida que intriga até hoje os botucatuenses. O Benfeitor de Botucatu – Capitão José Gomes Pinheiro – constituiu família em Itapetininga e Botucatu. Casado com Anna Florisbella Machado, foi o Patriarca da Família Pinheiro Machado Doador de terras para a criação da Freguesia de Sant’Anna de Botucatu, seria também ascendente do famoso Senador Pinheiro Machado, expoente do ramo da família Pinheiro Machado que se constituiu no Rio Grande do Sul?!?
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Quatro ônibus elétricos são entregues pela Caio à cidade de Porto Alegre (RS)
A Caio, maior fabricante de ônibus elétrico do Brasil e da América do Sul, entregou na última terça-feira, 23 de abril, durante um coquetel, quatro ônibus urbanos completos elétricos, modelo eMillennium, piso baixo, para a empresa Sudeste Transportes Coletivos Ltda., de Porto Alegre, RS. Estiveram presente no evento, o vice-presidente industrial da Caio, Sr. Maurício Lourenço da Cunha, Sr. José Gildo Vendramini (Zezinho), gerente nacional de vendas da Caio, o prefeito Sebastião Melo, secretário de transporte, presidente da EPTC, autoridades, empresários da empresa Sudeste e de outras empresas, representantes da Eletra, MBB/Mecasul e da WEG.
O produto é desenvolvido com tecnologia 100% brasileira, com tração elétrica e eletrificação da Eletra, motor e baterias Weg e kit plataforma Mercedes-Benz 0500-U, preparada para elétrico.
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO IV Nº 1083 SÁBADO E DOMINGO , 27 E 28 DE ABRIL DE 2024 Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br
MONUMENTO DE PINHEIRO MACHADO NO RIO DE JANEIRO
É BOTUCATUENSE OU NÃO O FAMOSO SENADOR PINHEIRO MACHADO?!?
No dia 10 de agosto de 1993, recebia carta do conceituado advogado e jurista Dr. Carlos Eduardo de Camargo Aranha, ex-Secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo e ex-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Descendente (neto) de Américo Brasiliense, o saudoso Dr. Camargo Aranha sempre fora ligado aos assuntos históricos. Nessa carta, o levantamento da dúvida:
“Prezado Armando. Recebi seu livro, gostei muito, pois como tenho fazenda em Avaré, me sinto atraído por Botucatu. Gostaria, nesta oportunidade, de levar a você um fato que eu acho muito interessante e, você poderá, com a sua competência, estuda-lo a fundo, que é o seguinte: o ilustre saudoso Desembargador Pinheiro Machado, certa vez me contou que o Senador Pinheiro Machado teria nascido em Botucatu e com menos de um ano foi levado para o Sul, onde foi registrado em uma pequena paróquia daquele Estado, mas na verdade era filho desta grande cidade que é Botucatu. Este é um tema que você, como historiador, poderá desenvolver e tirar esta dúvida histórica. Um grande abraço e felicitações pelo livro. Atenciosamente. Carlos Eduardo de
OCamargo Aranha”.
Recebida a correspondência, tirei cópias e enviei, tempos depois, para Hernâni Donato, historiador botucatuense. Com a sua sempre gentil atenção, Hernâni nos respondeu (18/09/95) a carta e, entre outros assuntos, escreveu: “...Bem: e o fascinante assunto do “General” Pinheiro Machado! Sabia do fato, ouvido, há decênios pela primeira vez, exatamente do Desembargador Pinheiro Machado. O Adolfo e o
GIGANTE DEITADO
Jorge, perguntados, não sabiam nada positivo. Aquelas professoras que por quase ½ século habitaram a casa fronteira ao Convívio do Francisco Marins, tinham “ouvido dizer”. Não lhes senti consistência. Já agora, disperso o clã (ainda há Pinheiro Machado em Botucatu?) fica difícil o levantamento. Mas se há alguém talhado e posicionado para tal pesquisa, é você. Faça-a. De mim – que me havia desligado por completo, prometo reler biografias do Senador. Quaisquer referências são úteis, nessas procuras...”.
Fica o desafio a todos: vamos pesquisar? Vamos conseguir dados que comprovem ou, ao menos, nos tragam indícios de que o Senador Pinheiro Machado é botucatuense?!?
A verdade é que, com o passar do tempo, as verdades “guardadas” ou os “segredos” assumidos dificilmente são completamente desvendados.
Mas que fique o desafio. Nada é impossível quando se quer, se pesquisa e se vai em busca da comprovação do fato objeto da dúvida. Fica o desafio aos pesquisadores e interessados na história de Botucatu e no registro e destaque de seus filhos mais ilustres. (AMD)
Diário da Cuesta 2 EXPEDIENTE DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689 NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
CHEFÃO SECRETO DA REPÚBLICA VELHA
Influente e implacável, o senador, assassinado em 1915, mantém o título de homem mais poderoso da República
Claudia Giudice
Francisco Manço de Paiva, 33 anos, entrou desapercebido pela porta da frente do Hotel dos Estrangeiros, localizado na Praça José de Alencar, Lapa, no Rio de Janeiro. Inaugurado em 1849, o hotel era considerado o melhor da cidade, logo, do Brasil. Foi um dos primeiros a ter banheiros com ducha, lavanderia, restaurante e telefone com linha exclusiva para os hóspedes ilustres. Rapidamente, se tornou ponto de encontro de empresários e políticos da capital federal. Por esse motivo, inclusive, Paiva estava lá, esperando. Escondido.
Naquela manhã de 8 de setembro, Pinheiro Machado não teve um dia bom Estava frustrado porque não conseguiu quórum na sessão que confirmaria o expresidente Hermes da Fonseca, seu candidato, como senador pelo Rio Grande do Sul. Depois do almoço, deixou o Palácio do Conde dos Arcos, sede do Senado Federal, no campo de Santana, para se reunir com o adversário político e ex-presidente paulista Albuquerque Lins.
Às 16 horas e 30 minutos, conforme o combinado, chegou ao saguão do Hotel dos Estrangeiros fazendo barulho. Estava em casa. Lá era seu endereço preferido para encontros de política. Segurava o senador Rubião Júnior, do PRP (Parti-
do Republicano Paulista) de São Paulo, pelo braço e era seguido de perto pelos deputados paulistas, Cardoso de Almeida e Bueno de Andrade. O vai e vem dos hóspedes parou quando ouviu-se o grito: “Ah, canalha. Fui apunhalado pelas costas”.
A frase era literal. Aos 63 anos, conhecido por ser a eminência parda da República Velha e um dos mais poderosos políticos do país, o senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado foi ferido de morte pelo jovem Paiva, um padeiro desempregado, desertor do Exército e ex-cabo da polícia, natural do Rio Grande do Sul.
O assassino confesso não fugiu nem tentou se livrar da culpa. Entregou a faca suja de sangue nas mãos de Cardoso de Almeida e esperou a polícia. Foi condenado a 30 anos de prisão e indultado pelo presidente Getúlio Vargas em 1935. Até a morte, na década de 1960, declarou ter agido por conta própria, e não a mando de alguém.
v O assassino justificou o crime como a salvação do Brasil e se disse inspirado pela leitura de um artigo publicado naquele dia no jornal Gazeta de Notícias. Nele, Pinheiro Machado era acusado de ter braço longo e de querer mandar em todos os assuntos da República.
O padeiro afirmou também que pretendia se vingar do fato de o senador ter sido responsável pela morte de um estudante em Porto Alegre que protestara contra a decisão dele, Machado, de eleger Hermes da Fonseca para o Senado.
Faz 103 anos que essa cena aconteceu
Faz 103 anos, também, que o advogado, general e senador previu a própria morte Escreveu uma carta-testamento, entregue à sobrinha e afilhada Maria José Azambuja, na qual previa um fim trágico para si. Meses depois, declarou ao jornalista João do Rio, um dos mais influentes de sua época, a seguinte frase:
“Morro na luta. Matam-me pelas costas, são uns pernas finas. Pena que não seja no Senado, como César ”. Sim, ele era odiado porque tinha poder demais. Era famoso por fazer presidentes, realizar acordos de bastidores impublicáveis e por ser implacável com seus desafetos.
Desde a proclamação da República, nenhum outro senador ou deputado teve, por tanto tempo, igual domínio sobre a política brasileira. O ex-senador gaúcho e fundador do PMDB Pedro Simon, autor da coletânea Discursos de Pinheiro Machado, de 2005, da Editora do Senado, registra:
“José Gomes Pinheiro Machado era um político afastado dos holofotes, mais voltado para a atividade de gabinete e totalmente interessado nas manobras de bastidores e na costura dos grandes acordos políticos. Era uma eminência parda. Rui Barbosa foi o nosso grande patrono no Senado, mas como político foi um homem de derrotas. Perdeu duas vezes a eleição para presidente da República e não tinha influência no governo. Quem mandava e elegia presidentes era o Machado, um dos mais influentes políticos da República, de quem hoje ninguém fala.”
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ARTIGO
“A alma rasgava, e eu a costurava .
O coração descosia, e eu o remendava .
O corpo desalinhava, e lá ia eu, realinhá-lo.
Passamos a vida toda assim: Costura daqui, remenda dali.”
Laura Méllo
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
Se tem algo que eu aprendi com a minha mãe foi a arte de remendar, cerzir.
Pregar botões, fazer acabamento.
Essa arte não se aplicava só a roupas, mas a objetos, eletrodomésticos.
Com a idade aprendi que a energia de uma casa, seu ambiente precisa que se limpe, se arrume, inclusive se jogue fora, ou doar o que não nos serve mais.
Mas o mais di�cil é nos relacionamentos amorosos.
Nunca tentei remendar.
Tinha mais facilidade em deixá-los ir com a minha benção para que fossem muito felizes.
Acredito que não tem maior infelicidade que tentar atar alguém a outra pessoa que não retribui um sentimento, seja de amizade ou amor.
Deixar ir, agradecer, abençoar, desejar o melhor, aprender com ela, e o mais di�cil entender e perdoar.
Muitas vezes nos sentimos enredados em teias muito semelhantes.
Situações que se repetem indefinidamente como círculos viciosos.
E nos sentimos estagnados.
Nos perguntamos: “até quando vais me tentar Catilina?”
E de novo as situações se repetem sucessivamente.
Parecemos mendigos batendo a portas que nunca vão se abrir para nós.
Não somos merecedores ? Nos perguntamos frequentemente.
Se não aprendemos com as lições, repetimos aquela matéria na escola da vida.
E muitas vezes se não aprendemos pelo amor, aprendemos pela dor.
Então após quase 70 anos de vida entendi que tem a ver com energia.
Não se trata de ser a pessoa mais bonita, boa, rica, perfeita. Nada disso!
Pode ser até um ponto de atração para alguns.
Se a pessoa não o reconhece deixe-a seguir.
O mais estranho que possa parecer é que a energia não é impedida de chegar ao seu destino por nada deste mundo.
Ninguém tem poder sobre ela.
Você poderá estar em outro país, as ondas energéticas se propagarão.
Lembro-me do que dizia sabiamente o “Sanatório”, um ex-noivo, estudante de veterinária e com muita propriedade do assunto na sua área profissional :- “um boi preto cheira o outro”.
Você quer atrair passarinhos? Plante flores em seu jardim.
Papo manjado, mas efetivo!
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