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Diário da Cuesta
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DIA DAS MÃES
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Tradicional evento da Rádio Emissora de Botucatu – PRF-8
Rádio AM, a PRF-8 mobilizava a população botucatuenses com suas promoções festivas. Era assim com “O REINO DA GURIZADA”, as “OLIMPÍADAS INFANTIS” e com a tradicional comemoração do “DIA DAS MÃES”... E tendo à frente, no comando, o radialista PLÍNIO PAGANINI que contava com dedicada equipe para agilizar os eventos. Um desses fiéis colaboradores de PLÍNIO foi o radialista Elias Francisco Ferreira.
Para o DIA DAS MÃES, a mobilização começava com muita antecedência, com a equipe da F-8 visitando as escolas, com a sua famosa Komb, para o Concurso do Dia das Mães: cada aluno preenchia a inscrição, da qual constava o nome da mãe, o nome do filho e o endereço. E os alunos faziam recortes de folhas de revistas e de jornais referentes ao tema, fazendo envelopes trabalhados e enfeitados que seriam sorteados e concorriam a inúmeros prêmios. A cada dia da semana os alunos de determinada escola prestavam a suas homenagens às Mães, através da declamação de poesias e de músicas.
Sempre no 2º domingo do mês de maio (Dia das Mães) ou no sábado da véspera, era realizado o grande evento com sorteio de prêmios para as crianças que haviam enviado milhares de cartas e participado das apresentações culturais e musicais.
O DIA DAS MÃES acontecia precedido de intensa propaganda e era sempre sucesso absoluto. A Praça Coronel Moura (Largo do Paratodos) ficou marcado por essas festividades comandadas por Plínio Paganini, na Concha Acústica do Largo do Paratodos. Sucesso que encantou legiões de crianças e sensibilizou as suas mães, com a admiração da comunidade botucatuense.
É REGISTRO HISTÓRICO
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A BANDA NA PRAÇA
Em comemoração ao Dia das Mães, a Secretaria Municipal de Cultura de Botucatu traz no próximo sábado (11) o Projeto Banda na Praça. O evento será realizado na Praça Emílio Peduti (Praça do Bosque) às 10 h. O projeto tem a apresentação especial da Banda Sinfônica Municipal de Botucatu, sob a regência do Maestro Franklin Ramos. A atividade é gratuita. (Acontece Botucatu)
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Diário da Cuesta
DIA DAS MÃES
Dia das Mães:
como surgiu a comemoração no Brasil
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ELDA MOSCOGLIATO
Contam as antigas crônicas que a rainha Helena, ao ser-lhe tirado dos braços o filho recém-nascido para que a ama o alimentasse, volveu-se no leito, ainda gemente e débil, e num gesto de extremo sacrifício tomou-o de novo em seu seio, exclamando exaltada:- “É filho de minhas entranhas! Eu só, hei de amamentá-lo!” Essa criança, mais tarde, foi o grande São Luís, rei de França.
Mais do que os laços da carne, a interação mãe-filho tem algo de misterioso e divino que a linguagem humana não alcança traduzir. O amor materno preenche a literatura de todos os tempos e desde a Bíblia, as narrativas ilustram as páginas mais comoventes da humanidade.
A sublimidade do amor materno concentra-se na figura admirável de Maria – “que tudo guardava em seu coração!” E a grandeza do amor filial se perpetuou na frase dorida do alto do Calvário: “Eis aí, tua mãe !” Por isso, o mês de Maio exalta afigura da Mãe
Velha crônica nos fala de Beatrice Snipes. Criminosa confessa, guardava na penitenciária americana o termo de sua gravidez para em seguida sofrer a pena condenatória da cadeira elétrica. Comoveu-se a sociedade estadunidense e com ela, o mundo inteiro. Uma onda de ternura envolveu o pequenino ser que nasceria já órfão. Houve apelos de todos os países. Em favor do bebê, a pena foi comutada. O filho salvou a mãe.
Naquela manhã, a introdução materna despertara a velha duquesa tornando-a mais triste e alquebrada. No exílio voluntário do severo e vetusto castelo, ela recusou, com o semblante trespassado de tristeza e de dor, o carinhoso desvelo da criadagem fiel. O filho, o Duque D’Aosta, lutava na África. O dia todo, ela o passou na solidão da capela, frente ao S. Sacramento.
À tarde, um telegrama fatídico chegou ao castelo. Coube ao mordomo levá-lo. Ela ainda rezava. Recusou abrí-lo, dizendo simplesmente: - Pode lê-lo, meu caro. Meu filho está morto! E voltou à oração.
Há na história romana, a narrativa admirável de Coriolano. O herói, banido de Roma, jurou vingar-se. Fora dos muros, arregimentou um aguerrido exército e marchou contra a cidade, ameaçada de total destruição. Nem dele-
EXPEDIENTE
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gação de paz, nem emissário neutro lograram demovê-lo. Sua vitória era iminente.
Eis que surge à sua frente, a figura admirável de Veturia. A eloquência materna fê-lo levantar o cerco. Roma estava salva.
Há muitos anos atrás, incendiou-se de forma trágica, a famosa barca de Niterói, que levava em seu limitado bojo, número excessivo de passageiros. Ao primeiro sinal de fogo, estabeleceu-se o pânico. Houve muita morte.
Uma pobre senhora grávida, sem que o percebesse, foi atirada às águas. Não sabia nadar e no auge do desespero, desmaiou. Quando deu acordo de si, estava num leito de hospital. O ventre enorme dos oito meses de gestação, serviu-lhe de bóia. Ao seu lado, agora, estava o recém-nascido.
Mais uma vez, o bebe salvara a mãe.
Uma das mais trágicas e emocionantes reportagens dos tempos modernos foi há pouco tempo divulgada através de uma foto dramática: Aterradas pela miséria e pela fome, as populações etíopes demandavam outras plagas à procura de abrigo e pão, varando as inóspitas regiões africanas.
Em meio, a figura sofrida e silenciosa de uma mãe, jovem, bela e humilde, aguentando em seu mísero regaço, um esquálido bebê moribundo. O trágico desse grupo comoveu o mundo inteiro.
( A Gazeta de Botucatu - 09/05/1986 )
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Plínio Paganini foi o grande e competente comandante da Rádio Emissora de Botucatu. Desde a criação do programa "O PALANQUE", em 1964, além do já tradicional "Reino da Gurizada" e da realização dos eventos radiofônicos que ficaram tradicionais em Botucatu, como o "Dia das Mães" e as "Olimpíadas Infantis Plínio Paganini". É registro histórico.
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Elias Francisco Ferreira e Plinio Paganini em evento do Dia das Mães (10/05/1981)
LEITURA DINÂMICA
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1
– A MÃE DE JESUS - Ser mãe vem ao encontro da plenitude do ser feminino. Toda mulher é chamada a gerar um novo ser humano, seja física ou espiritualmente. Com Maria, Mãe de Jesus, também foi assim. Ela foi escolhida por Deus para uma gravidez incomum, em que o fruto de seu ventre traria a vida eterna para toda a humanidade. Para isso, Nossa Senhora contou com auxílio do Céu, nasceu imaculada para o propósito divino de ser geradora do Salvador, mas o Pai a dotou de virtudes naturais, que são inerentes ao ser mulher e, na maior parte dos acontecimentos de sua vida.
2
– A Princesa Isabel é considerada a Mãe dos Escravos. A Princesa Isabel era filha de Dom Pedro II, Imperador do Brasil entre 1840 e 1889, e é uma figura extremamente conhecida de nossa história por ter assinado a lei que Aboliu a Escravatura do Brasil – a Lei Áurea.
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3
– A Mãe das Águas! Iemanjá é a divindade que exerce domínio sobre todas as águas. Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes representam a mesma divindade.
5
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4
– Irmã Henriqueta: Mãe Espiritual de Botucatu. Botucatu tem o privilégio de ser sede da fundação de uma Congregação Religiosa: CONGREGAÇÃO DAS SERVAS DO SENHOR. E Dom Henrique trouxe como Reitora sua irmã biológica, Irmã Henriqueta, que pertencia à Congregação das Irmãs da Divina Providência.
– O Diário registrou as comemorações do Dia das Mães em Botucatu. Sempre um sucesso. No auditório “Angelino de Oliveira”, da Rádio PRF-8 ou na Concha Acústica, no Largo do Paratodos
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