Diário da Cuesta
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Esteja preparado para uma experiência única de fé e tradição em São Manuel! No dia 30/05, o Corpus Christi celebra 76 anos de devoção, atraindo turistas e fiéis de todo lugar. Este ano, o tema “Fraternidade e Amizade Social” promete encantar a todos, com o lema “Vós Sois Todos Irmãos e Irmãs” ecoando em nossos corações.
A Missa Campal no Santuário de Santa Terezinha, às 15h, marcará o início das celebrações, seguida pela emocionante Procissão com o Santíssimo. Os tapetes e passadeiras, uma tradição, adornarão as ruas, culminando no majestoso “Altar Monumento” na Rua 7 de Setembro, enfrente a Matriz de São Manuel.
No dia 30 de maio, a cidade de São Manuel celebra o Corpus Christi, evento que completa 76 anos de devoção e tradição. Este momento único, realizado pela Administração Municipal, através da Diretoria Municipal de Turismo com as Paróquias São Manuel, Consolata e do Santuário Nossa Senhora Aparecida atrai turistas e fiéis de todas as partes, prometendo uma experiência de fé e fraternidade.
Com o tema “Fraternidade e Amizade Social” e lema “Vós Sois Todos Irmãos e Irmãs”, o Corpus Christi em São Manuel promete encantar a todos. A celebração terá início com a Missa Campal no Santuário de Santa Terezinha, às 15h, seguida pela emocionante Procissão com o Santíssimo. As ruas serão adornadas com tapetes e passadeiras, em uma tradição que culmina no majestoso “Altar Monumento” na Rua 7 de Setembro, enfrente a Matriz de São Manuel.
Além disso, haverá Praça de Alimentação das Entidades, tornando a festa ainda mais especial. Os visitantes terão a oportunidade de explorar a feira e desfrutar das atrações musicais como Juninho Cassimiro (Dia 29, às 21h) e Ministério Adoração e Vida (Dia 30, após a Procissão).
Para dar um toque de modernidade à tra-
dição, a Administração Municipal, através da Diretoria de Turismo disponibilizará todas as informações sobre o evento online, com QR Code ao longo do trajeto. Além disso, o Município de São Manuel oferecerá internet wi-fi gratuita em toda a festa, garantindo que os participantes estejam sempre conectados.
Venha celebrar o Corpus Christi em São Manuel e vivencie uma experiência que une fé, tradição e modernidade. Não perca essa chance de se envolver em um evento marcado pela devoção e pela fraternidade, que já encanta há 76 anos.
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Todas as quintas-feiras, depois da oitava de Pentecostes, a Igreja celebra a festa de Corpus Christi, mas nem sempre foi assim. Vejamos, então, como essa festa tomou a proporção que ela tem hoje.
Uma primeira coisa a saber é que não existe registro do culto ao Santíssimo Sacramento fora da Missa no primeiro milênio. Nesse período, a Eucaristia ministrada fora da Missa era somente para os doentes.
A partir do segundo milênio, no entanto, por meio de um movimento eucarístico, cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124, pelo Bispo Albero em Liége, na Bélgica, podemos constatar costumes eucarísticos: exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e, consequentemente, a festa do Corpus Christi
A Solenidade em honra ao Corpo do Senhor –“Corpus Chisti” –, que hoje celebramos na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, mais precisamente depois da festa da Santíssima Trindade, é oficializada somente em 1264 pelo Papa Urbano IV.
Como bem sabemos, Deus costuma se revelar aos humildes e pequenos, e Ele se utilizou de uma simples jovem para lhe revelar a festa de Corpus Christi. Segundo os registros da Igreja, Santa Juliana de Cornillon, em 1258, numa revelação particular, teria recebido de Jesus o pedido para que fosse introduzida, no Calendário Litúrgico da Igreja, a Festa de Corpus Domini
Santa Juliana nasceu, em 1191 , nos arredores de Liège , na Bélgica . Essa localidade é importante, e, naquele tempo, era conhecida como “cenáculo eucarístico”. Nessa cidade, havia grupos femininos generosamente dedicados ao culto eucarístico e à comunhão fervorosa .
Tendo ficado órfã aos cinco anos de idade, Juliana , com a sua irmã Inês , foram confiadas aos cuidados das monjas agostinianas do convento-leprosário de Mont Cornillon . Mais tarde, ela também uma monja agostiniana , era dotada de um profundo sentido da presença de Cristo , que experimentava vivendo, de modo particular, o Sacramento da Eucaristia .
Nos meus tempos de menina era muito comum levar as crianças ás benzedeiras, mulheres que com galhos de louros imersas em água de orvalho as abençoava, ou davam-lhes colheradas de água de cinza.
Davam receitinhas caseiras para vermes, nós nas tripas, olho gordo, febres, xarope para tosses, e outras pequenas mazelas.
Em Avaré tinha uma benzedeira muito afamada, que morava lá para os lados da Estação Ferroviária.
Era conhecida da amigada ( se falava entre dentes nas conversas de familia) do meu tio-avô, irmão mais novo do Vô Gijo.
Era uma mulher negra, muito boa que cuidava da Nona.
Quando íamos visitar, ela estava sempre perto do fogão a lenha, Tio Tóne estava sempre a seu lado, sentado conversando com ela.
O Sirvio, irmão mais novo do Vô Gijo, em pé perto da porta De longe se ouvia as vozes, da italianada em tom sempre alto, gesticulando muito.
,"Ma che!"
Parecia que brigavam, mas era o normal.
Minha Nona morava num quartinho pequeno, ao lado da porta tinha um pé de peras, aquelas durinhas, que davam uma compota deliciosa.
Era separada da casa dos filhos, onde tinha apenas a sua cama e uma cômoda de madeira maciça, envernizada, feita pelo meu avô, com três gavetas grandes.
Na parede sobre a cama, tinha um retrato daqueles antigos com a foto da Nona e seu finado marido.
Embaixo da cama uma comadre e um penico de ágata branca, muito limpos.
As roupas de cama alvíssimas e perfumadas que a Luzia, quarava ao sol em bacias, e depois enxaguava num riacho ali perto.
Quando chegávamos ela nos olhava nos fundos dos olhos e dizia com sua voz grossa:
" Xii essa menina está com bicha, precisa levar lá na Tunica para benzer, viu Gijo!".
E como ficava no caminho, meu avô pegava minha mão na sua mão calosa, e já iamos na casa da Tunica.
Ela morava numa pequena casa de madeira muito simples, e subindo três degraus já estávamos na cozinha onde guardava as ervas medicinais que pegava pelos matos ali perto, penduradas para secar, perto da porta o fogão a lenha tinha sempre um tacho de conteúdo desconhecido fervendo.
Parecia casa de bruxa.
Ela mesma não era nada bonita.
Tinha um cabelo castanho escuro preso num coque, e algumas madeixas que escapavam dos lados, presos por um lenço de cor desconhecida entre o bege e o cinza.
Roupas enormes descoradas pelo uso, com remendos, envolviam o seu corpo magro.
O rosto longo, olhos escuros e penetrantes, nariz grande com uma verruga na ponta.
A boca meio desdentada, de onde só se via os caninos grandes.
Já conhecia o meu Vô Gijo, me olhava e ia buscar uma colher grande de páu com uma água de cinzas para eu beber.
Depois me benzia três vezes com o galho de louro falando uma reza.
Só sei que depois disso eu melhorava, acho que as bichas fugiam de susto de ver a cara da Tunica Enviado do meu iPhone