Diário da Cuesta
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O Kasato Maru foi originalmente um navio russo chamado Kazan que foi utilizado como navio-hospital durante a Guerra RussoJaponesa. No final da guerra, passou para os japoneses como indenização de guerra ou capturado. Foi adaptado para ser navio de passageiros e transportou os soldados que tinham combatido na Manchúria de volta para o Japão Em seguida, passou a ser utilizado para transporte de imigrantes japoneses para o Havaí, em 1906, e para o Peru e o México, em 1907. Em 1908, trouxe o primeiro grupo oficial de imigrantes japoneses para o Brasil. A viagem começou no porto de Kobe e terminou, 52 dias depois, no Porto de Santos em 18 de Junho de 1908. Vieram 165 famílias (781 pessoas) que foram trabalhar nos cafezais do oeste paulista
Representantes de 48 cidades que participarão dos 66º Jogos Regionais da 3º Região em Botucatu estarão reunidos na próxima terça-feira, dia 18, no Congresso Técnico para definir as diretrizes da competição. O encontro está marcado para acontecer a partir das 15 horas, no auditório da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu, na Avenida Universitária, nº 3780, região do Altos do Paraíso. A cerimônia de abertura com desfile das delegações, juramento do atleta e acendimento da pira olímpica está marcada para o dia 03 de julho, a partir das 19h30, no Ginásio Municipal “Mário Covas Junior”. Competições acontecem entre 3 a 13 de julho. Nos Jogos de Botucatu, aproximadamente, 5 mil atletas representarão suas respectivas cidades em 25 modalidades em disputa. Botucatu estará representada por 450 competidores. (Fonte: Tribuna de Botucatu)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Dia dos namorados, da troca de carinho, de presentes e principalmente do Amor.
E a estória veio do Japão.
Houve uma época que intrépidas mulheres das aldeias costeiras do Japão, denominadas as Ama
Elas mergulhavam seminuas nas águas geladas do Oceano Pacífico atrás de ostras e caracóis, vestidas só de tanga e munidas de máscaras e facas.
Após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento do turismo, o olhar dos forasteiros começou a erotizar a nudez até então inocente dessas mulheres sereias.
Fiz grandes e queridos amigos que vieram da Terra do Sol Nascente
E dessas queridas pessoas amorosas e sinceras recebi presentes.
D. Kyoko que toda semana me regalava uma revistinha do Acendedor da Seicho-no-ie, repleta de ensinamentos.
O Sr. Ueno, muito simples e trabalhador, com suas mãos calejadas e carcomidas da terra nos trazia aqueles pêssegos enormes e deliciosos da Colônia Santa Marina.
O Dr. Milton Yoshida que conheci lá na UNESP, que fazia o intercâmbio de estudantes e pesquisadores entre os dois países.
Tem também o Anilton Mar�m , querido amigo que casou-se com a Marcia Japonesa e foram viver no Japão.
Ele me mandava lindos cartões postais de lá.
Quando regressou fez-me uma visita e deu-me de presente um cordão de ouro com uma linda pérola
Quando mostrava o presente aos meus sobrinhos netos contava a lenda das sereias caçadoras de pérolas do Japão
Eu considero que essas amizades são símbolos que guardo como lindos tesouros no fundo do coração como as pérolas cul�vadas nas ostras.
– Entre os agricultores pioneiros, estava Sazuko Sawabe, responsável pelo desenvolvimento de uma variedade que, no ano de 1959, recebeu oficialmente o seu nome: pêssego Sawabe. E foi tão grande a aceitação dessa variedade pelos brasileiros que a mesma passou a ser cultivada em todo o país. O pêssego Sawabe divulgou a Colônia Santa Marina de Botucatu em todo o Brasil.
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– Destaque especial para as condecorações recebidas no Centenário da Imigração Japonesa a nível nacional, municipal e internacinal.
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– Nas comemorações do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil, em 18 de Junho de 1988, a comunidade japonesa de nossa cidade, unida e coesa, prestou expressiva homenagem às mais idosas representantes da colônia residentes em nosso município: Carmem Gushiken, 98 anos; Kunie Kiy, 88 anos e Fumilko Sakata, 87 anos. Sendo que Carmem Gushiken era considerada e reconhecida até no Japão como a nissei mais idosa do Brasil, tendo nascido depois da chegada do navio Kasato-Maru que trouxera seus pais.
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– Natural de Kaganva Sem – Ilha Shihoho/Japão , Seiichi Konishi nasceu em 06/02/1913. Chegou ao Brasil em 1931, trabalhou um ano na lavoura como imigrante. Veio para Botucatu mais ou menos por volta de 1932, onde trabalhou como proté�co, profissão iniciada no Japão. Foi o 1º proté�co de Botucatu. Trabalhou como Den�sta prá�co Casou com Dona Dinah, em 1946, tendo 4 filhos (2 casais). Foi membro do Lions Clube e atuou na Comissão Municipal de Esportes. Foi o primeiro descendente japonês a receber a Cidadania Botucatuense.
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– O então prefeito Luiz Aparecido da Silveira, recebeu (1980) comitiva de autoridades estrangeiras lideradas pelo Sr. Minoru Satake, em visita oficial. Na oportunidade, o presidente da Associação Botucatuense de Cultura Japonesa colocou a pedra fundamental da Praça Brasil Japão.
Ele era um menino de 9 anos. Seus pais roceiros de um sítio qualquer, não tinham as condições necessárias para oferecimento de uma educação escolar mínima que fosse. Em face dessa situação ele foi encaminhado para uma cidade onde ficaria sob a guarda de uma tia e poderia ser matriculado em um curso primário que, na época, era o que existia em termos de educação. Matriculado, frequentava assiduamente suas aulas e pelos Boletins mensais era considerado um razoável aluno pelos professores e pela Diretoria. Nos finais de semana, geralmente aos domingos sua tia proporcionava alguns trocados e ele ia ao matinê assistir filmes do Tarzã, do Sabu, do Gordo e o Magro, e seriados do Flash Gordon, do Fantasma, Perigos de Nyoka e alguns filmes do “Far West” americano, faroeste para os tapuias, rol no qual se incluía. Na calçada sempre havia uma tabuleta escrita com giz tratar-se de uma exibição da ETP, sigla da qual não sabia de que se tratava, e isso também não o incomodava. Assistia aos filmes, fazia a troca de gibis com alguns colegas e sentia-se muito feliz. Longe dos pais e na companhia de uma tia que só tinha um filho, “de maior” esse primo não era companhia para ele. Seus companheiros e amiguinhos eram os colegas da escola. Em um final de semana qualquer, ele em companhia da sua tia foi visitar um outro tio, tio por parte do pai e tinha o nome de Moisés que era casado com sua tia de nome Dulce mas para os íntimos era chamada de Dulcinha. Era um casal já idoso e sem filhos. O nome não se reportava ao Moisés da Bíblia, aquele que conduziu seu povo do Egito para a região do leste, onde estava a “Terra da Promissão”, se bem que Promissão era uma cidade próxima da qual se encontrava, nada, nada em comum. Ele respeitava esse tio como respeitava a história daquele Moisés, colocado por sua mãe, numa cestinha de papiro, nas águas do Nilo. Quando ele
chegou na casa desse tio a primeira pergunta que teve de responder era onde teria ido no domingo à tarde e a resposta, de pronto, foi essa, tinha ido ver um filme chamado “Tarzã contra o mundo”. A seguir, o tio perguntou-lhe se gostaria de ganhar algum presente e ele respondeu que tinha visto em uma vitrine um boneco igualzinho ao Tarzã. O tal tio Moisés na revolução paulista tinha sido Sargento da infantaria e se vangloriava de ter em seu capacete, mossas das balas alvejadas em combate na divisa de Itararé. Exibia para ele e a sua tia, capacete, uniformes e sobrecasacas, polainas,e restos de um morteiro desativado bem como as medalhas de campanha. Gabava-se de ter sido o último a queimar cartuchos em Itararé pois, a seguir, chegou o armistício com a suspensão das hostilidades. Todas essas informações era para desmotivar o pedido feito pelo sobrinho. Afinal, como já se viu, um tio tão importante como ele ter um sobrinho querendo um boneco do Tarzã? Ora, impossível atender um pedido desses! - Se você menino, com seus nove anos já escolhe bonecos, estou a imaginar como será você aos vinte, trinta anos! - Se você quiser de presente um caminhãozinho, um tanque militar com soldadinhos e outras coisas próprias dos meninos da sua idade, não faço nenhuma restrição, mas, boneco? - Não, não conte com o seu tio. Ouvindo tamanha repreensão, segurou o choro e tomou uma resolução: esquecer o boneco da vitrine e conheceu nesse dia o amargo da sua primeira renúncia. Muitos anos após, sentindo saudades do seu velho tio foi procurá-lo.
Encontrou no cemitério da cidade uma simples lousa e nela estava escrito:
Aqui jaz
Moisés Anzol
Sargento de Infantaria
Herói de 1932
Ao lado, um velho pé de bananeira, já sem nenhum cacho. Esse pé foi plantado por alguém, em atendimento à sua última vontade pois, irreverente como era, daria uma banana para quem o visitasse.