da Cuesta
Acompanhe as edições anteriores em:
Acompanhe as edições anteriores em:
João Passos passou a ser o principal referencial de uma Liderança Positiva . Presidiu a Associação Comercial de Botucatu em 1949 , e de 1955 a 1969 . Como Diretor Presidente da Cinematográfica Araujo & Passos , tinha uma presença sempre forte na defesa dos interesses dos comerciantes. Ao mesmo tempo, presidiu e viabilizou o Botucatu Tênis Clube – BTC , como o melhor clube da cidade e, como rotariano, presidiu e foi Governador do Rotary Clube . PÁGINA 3
Era o ano de 1951... Na década das mudanças com a criação de Brasília, do Ibirapuera, o surgimento de Elvis Presley, de James Dean, com a batida mágica da Bossa Nova, ganhávamos o nosso primeiro arranha-céu”: o Peabiru Hotel - a cidade dos bons ares também evoluía e tinha a noção da importância da sua história... Dela nascia o herói, o vilão, as lembranças alegres e as lembranças tristes, daí vinha o orgulho de pertencer àquele lugar, de ser parte daquele povo.
A História de Botucatu é assim, cheia de conquistas... Por isso, viva o povo botucatuense! Que é tão rico em seu passado e soube, assim, fazer o seu presente, incomparável!
No início dos anos 50, em Botucatu, o “point” da comunidade era o BTC. Lá é que acontecia tudo... Era a construção da CIDADANIA... Era a estruturação do esporte de quadra: o Basquete, o Vôlei e, também, a Natação... E foi assim que se elegeu a 1ª RAINHA DO BTC, com direito à presença da Miss Brasil, Jussara Marques, para a coroação da vencedora...
Sede Esportiva do BTC
Os clubes sociais sempre tiveram um papel fundamental na história das pequenas cidades do interior. Mais do que meros locais de lazer, esses espaços funcionam como verdadeiros celeiros de cidadania e desenvolvimento comunitário. Ao longo dos anos, tornaram-se pontos de encontro onde a incipiente sociedade local se congrega, promovendo não apenas a formação de atletas, mas também a integração social positiva de seus jovens.
As quadras esportivas e piscinas desses clubes são palco de inúmeras histórias de superação e conquistas. É ali que muitos atletas dão seus primeiros passos, desenvolvem suas habilidades e aprendem o valor do esporte e do trabalho em equipe. Essas experiências não apenas moldam futuros campeões, mas também formam cidadãos mais conscientes e saudáveis, que levam consigo valores de disciplina, respeito e perseverança.
Paralelamente, os clubes desempenham um papel crucial na socialização dos jovens. Em um mundo cada vez mais digital e isolado, os encontros festivos e bailes promovidos por essas instituições oferecem um espaço seguro e acolhedor para que os jovens interajam, formem amizades duradouras e construam memórias que levarão para toda a vida. Esses eventos contribuem significativamente para a coesão social, fortalecendo os laços comunitários e promovendo um ambiente de respeito e convivência harmoniosa.
Sede Social do BTC - projeto arquitetônico do botucatuense Zenon Lotufo, professor catedrático da FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
Além disso, os clubes do interior frequentemente servem como centros culturais e sociais, onde tradições são preservadas e novas iniciativas são incentivadas. Eles são o coração pulsante da comunidade, impulsionando a vida local e proporcionando um espaço onde todos, independentemente de sua origem ou condição social, podem se sentir parte de algo maior.
É imperativo reconhecer e valorizar o papel dessas instituições na construção de uma sociedade mais integrada e saudável. Os clubes sociais não apenas oferecem lazer e entretenimento, mas também desempenham uma função educadora e formativa, essencial para o desenvolvimento de cidadãos conscientes e participativos. Que continuemos a apoiar e fortalecer esses pilares de nossa comunidade, garantindo que possam seguir cumprindo sua missão por muitas gerações.
Obrigado pioneiros que construíram essa realidade primeira, o BTC, a impulsionar a nossa sociedade botucatuense. Hoje, a somar na construção da cidadania, temos com destaque a atuação da AAB e da AAF
Obrigado a todos!
Sucesso!
AVANTE!
A DIREÇÃO
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Em uma entrevista que dei ao saudoso amigo Jaime Sanchez, para a sua revista “Boca de Cena”, em novembro de 1998, falando sobre o Comércio de Botucatu e a falta de novos líderes, eu citava o nome de JOÃO PASSOS: “...O Comércio local está meio à deriva...Esse é o meu ponto de vista (1998). O que eu acho é que é uma atuação limitada e provinciana. O comércio de Botucatu está buscando um novo João Passos, um novo Emílio Peduti, um novo Octácilio Paganini...”
Realmente, João Passos passou a ser o principal referencial de uma Liderança Positiva. Presidiu a Associação Comercial de Botucatu em 1949, e de 1955 a 1969. Como Diretor Presidente da Cinematográfica Araujo & Passos, tinha uma presença sempre forte na defesa dos interesses dos comerciantes. Ao mesmo tempo, presidiu e viabilizou o Botucatu Tênis Clube – BTC, como o melhor clube da cidade e, como rotariano, presidiu e foi Governador do Rotary Clube. Na presidência do Rotary Clube de Botucatu, com a ajuda dos rotarianos e de sua esposa Marina Fagundes Passos, fundou a CASA DA ESPERANÇA, para a reabilitação física das pessoas. João Passos tem sido, sempre, homenageado pelos rotarianos.
Ex-presidentes do Rotary Clube prestando homenagem à João Passos, ex-presidente e ex-governador do Rotary.
João Passos era casado com Marina Fagundes Passos e teve um único filho, o arquiteto Ronaldo Passos que deu continuidade à sua atividade profissional e foi o autor do projeto arquitetônico do CINE TEATRO NELLI, considerado o teatro com a melhor acústica da região e da CASA DA ESPERANÇA.
Dona Marina Passos, elegante e discreta, era voltada à cultura, tendo sido uma das fundadoras da ABL – Academia Botucatuense de Letras, como Membro Honorário.
Em 1972, no jornal “VANGUARDA DE BOTUCATU”, de 18 de agosto, escrevi o artigo “JOÃO E MARINA”, em homenagem ao casal amigo e destacando a importância da inauguração da CASA DA ESPERANÇA, em 12 de Abril de 1970.
Uma das casas mais românticas e simpáticas de que tenho lembrança de minha infância. Era uma casa branca com um maravilhoso jardim. Os donos, um casal amigo, tinham a alma pura e branca como a casa...
Hoje, a casa está sem seu dono; a rua leva o seu nome; a população guarda a sua imagem com indelével carinho...
Já se disse que para falar sobre uma cidade é preciso amá-la. Diria eu, complementando, que para falar sobre qualquer coisa é preciso, antes, sentir amor por ela. Ora, falar do Sr. João Passos e de D.Marina é muito fácil. Eles foram amor. Viveram com amor. E, com amor, construíram uma obra de amor: a CASA DA ESPERANÇA.
Eu, particularmente, sinto-me à vontade para falar desse magnífico casal. Nossas famílias foram muito amigas. Tivemos uma agradável convivência.
Várias vezes tratamos de assuntos de interesse da coletividade. Pois, a verdade é que o Sr. João foi um incansável batalhador da causa pública. Juntos assinamos convênio com a Caixa Econômica do Estado de São Paulo para a conclusão da sede do BTC. Tive a oportunidade de acompanhá-lo em sua luta para a conclusão e consolidação da CASA DA ESPERANÇA, obra que retrata a sua disposição para as grandes realizações.
Na ocasião, atestei que o Sr. João a todos cativava como um gentleman, assim, o Dr. Felício Castellano, Secretário da Promoção Social, o Dr. Nelson Marcondes do Amaral, Secretário Particular e o Prof. Francisco Carlos Sodero, Assessor (Governo Abreu Sodré) e representante do mesmo na inauguração da CASA DA ESPERANÇA, todos eles foram tomados de vivo entusiasmo por essa magnífica obra.
Junto com D. Marina ele concluiu a CASA DA ESPERANÇA. Os dois, sempre juntos, lideraram os rotarianos na consecução desse grande objetivo. Hoje, a CASA DA ESPERANÇA é uma realidade e um modelo de organização e uma certeza de que muitos seres humanos lá encontrarão a ajuda humana e a recuperação técnica de que necessitam.
O Sr. João Passos, chamado por Ele para seu prematuro porém merecido descanso. D. Marina, pelos dois, continua a construir com amor uma obra digna de amor com que agradecida, toda Botucatu lhes devota.
Eu fico feliz em ter podido conviver com ambos. Compreensivo, justo, paternal, amigo e honesto, o Sr. João Passos e D. Marina serão, sempre, para mim, o exemplo de como um casal viveu com amor e de como o amor os uniu, e de como fez com que dessem amor e construíssem obras de amor...
Perco-me em minhas lembranças... Aquela casa branca...O amor que constrói...Sr. João Passos e D. Marina... Um casal de alma pura e branca como a casa... A CASA DA ESPERANÇA.
HISTÓRICO DA CASA DA ESPERANÇA:
Conta D. Marina Fagundes Passos, os dois motivos mais fortes que levaram João Passos e ela a construir a Casa da Esperança:
1º “O meu pai, com 71 anos, teve um acidente vascular cerebral, ficando hemiplégico. Fui para Avaré para cuidar dele, pois tínhamos muita afinidade e ele
me atendia muito. Comecei a fazer exercícios com ele, muitos por intuição e outros orientados pelo José Oscar Guimarães, quando o encontrava aqui. O restabelecimento foi rápido, e alguns meses após, meu pai já estava capacitado a comer sozinho, cortar carne, vestir-se, tomar banho, enfim auto-suficiente para uma vida quase normal. Comprovamos, assim, quanto pode um atendimento imediato, na maioria dos casos responsáveis por inválidos e infelizes”;
2º “Algumas visitas que fizemos às Casas da Esperança de Santos e Santo André, também fundações do Rotary, onde vimos rotarianos e senhoras abnegadamente trabalhando onde centenas de crianças e adultos se recuperavam de deficiências motoras. O João, na sua ânsia de servir, já havia, com outros companheiros, construído a sede esportiva do BTC, proporcionando à infância e à juventude botucatuense, meios para praticarem esporte, ocupações sadias, deixando assim de frequentarem snokers, o que era muito frequente e comum.”
“Depois, a construção da sede social do BTC, a sala de visitas de Botucatu. Chegou a vez de fazer alguma cousa para os menos afortunados, pelos incapacitados permanente ou temporariamente. Começou a luta pela Casa da Esperança. A compra do terreno, os estatutos, a construção. A luta tremenda para conseguir recursos financeiros. As campanhas encabeçados pelo João: bailes da cerveja, bazares da pechincha, feijoadas, campanha dos boizinhos, campanha para sócios contribuintes. Os primeiros donativos, 30 mil do Governo Sodré, a planta feita pelo Ronaldo (Passos) depois de várias visitas com o João e o Dr. Costa a outros Centros de Reabilitação. A compra de equipamentos, alguns aparelhos importados. Foram companheiros atuantes desde o primeiro dia: Luiz Chiaradia, como tesoureiro; Pedro Tôrres – depois Manoel Pinhão, como secretário; Dr. Costa, como vice-presidente e médico responsável. Inaugurada a 12 de abril de 1972, como comemoração do aniversário da cidade, contou com a presença do Secretário da Promoção Estadual – Dr. Castellano e do Professor Francisco Carlos Sodero, representante do Governador Sodré. Começou a funcionar a 29 de julho de 1970 e está cumprindo sua finalidade, dando atendimento a todos que dela necessitam, gratuitamente aos impossibilitados de pagar. Fornece lanches às crianças em tratamento e sopa aos pacientes que vem de cidades vizinhas, permanecendo muitas horas na Clínica. Está dando atendimento também aos pacientes encaminhados pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas, que ainda não possue esse Departamento. Na sua curta história de menos de dois anos, conta com casos maravilhosos de reabilitação, como o da Rosângela Aliberti Bauer, aqui em Botucatu mesmo. Está muito bem equipada e organizada, funcionando com a colaboração voluntária dos srs. José Medaglia, Luiz Chiaradia e assistência médica e gratuita dos drs. Costa e Lunardi.”
NOTA: Artigo de 1972 (“Vanguarda”, de 18/08/72 - publicado no livro “Crônicas da Minha Cidade”, de 1976) retrata o que foi essa empreitada social de grande sucesso. No local funcionou a APAPE – Associação de Pais e Amigos das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (Reabilitação, Habilitação, Estimulação, Intervenção e Inclusão Social).
NOTA: O Patrimônio Cultural de Botucatu precisa ser preservado...e conhecido. Hoje, escrevemos sobre o saudoso João Passos. Já o fizemos o mesmo para Emílio Peduti, Dom Henrique Golland Trindade, Domingos Alves Meira, Elda Moscogliato, Progresso Garcia e tantos outros ilustres cidadãos. E vamos continuar. Na ausência do poder público é preciso somar esforços da “intelligentzia botucatuense” na construção da sua Cidadania (AMD)
Alcino Pellegrini, o Professor Alcino ou “Veio? (pelos cabelos brancos desde muito cedo), inesquecível preparador físico do Santos nos anos 60, morreu no dia 29 de janeiro de 2001, aos 83 anos, em Santos (SP).
Nascido em Casa Branca, no interior de São Paulo, no dia 21 de setembro de 1917, Alcino se formou na Escola Superior de Educação Física, hoje a Faculdade de Educação Física da USP.
Casou-se com Dona Maria Elisa, teve uma filha (Marilisa) e mimou com toda paixão suas três netinhas.
Abaixo, confira texto que recebemos do advogado Eduardo Menezes Serra Netto contando a bonita história de Alcino Pellegrini.
“Apaixonado por todos os esportes, Alcino dedicou-se principalmente ao basquete, inicialmente jogando no time da ACCP (Associação Casabranquense de Cultura Phisica). Já em São Paulo, como universitário, jogou no Esperia, no São Paulo, no Palestra Itália, na Federação Universitária e integrou a seleção paulista e a seleção brasileira, conquistando os títulos de campeão nacional universitário (em Belo Horizonte-MG); bicampeão Fupe (Federação Universitária Paulista de Esportes) pela Escola Superior de Educação Física; três vezes vice-campeão paulista pelo Palestra; duas vezes vice-campeão brasileiro, uma vez campeão paulista e uma vez campeão brasileiro pelo São Paulo. Pela seleção brasileira, foi terceiro colocado no Sul-americano do Uruguai e vice-campeão do Sul-americano da Argentina. Como professor, concursado de Educação Física do Ensi-
no Oficial do Estado de São Paulo, lecionou na antiga Escola Normal de Botucatu (SP) e no então Ginásio Diocesano daquela cidade, integrando sempre as equipes de basquete, vôlei, tênis e natação, como atleta e como técnico. Também trabalhou como preparador físico da Ferroviária de Botucatu, onde jogavam Cação (ex-Palmeiras) e Ganxuma (ex-Lusa e Palmeiras)
Transferido para Santos a pedido da Secretaria de Educação, passou a exercer o cargo de Delegado Regional de Educação Física e Esportes e de 1958 a 1964 foi o preparador físico da Vila Belmiro, trabalhando no Santos FC ao lado do técnico Lula e do massagista Macedo. Nessa época áurea, de infindáveis vitórias do Peixe, Alcino Pellegrini colecionou 37 troféus e 38 medalhas (inclusive do bicampeonato da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 1962 e 63).
Como Delegado Regional de Educação Física e Esportes era frequentemente convocado pelo DEFE (hoje Conjunto Esportivo Baby Barioni) para dirigir os Jogos Abertos do Interior, em razão de seus profundos conhecimentos de regras e regulamentos de todos os esportes, mas principalmente por sua reconhecida capacidade disciplinadora.
Alcino manteve sempre contato com alguns de seus antigos pupilos, como Pepe, Zito, Formiga e Leão, e se gabava do tratamento carinhoso que sempre lhe dedicou um certo Édson Arantes do Nascimento, também conhecido como Rei Pelé, de quem ganhou, entre outros presentes, um relógio de pulso (de prata) que usou até morrer. Na urna funerária, sobre seu tórax, repousou o indefectível apitou com que comandou energicamente tantas horas dedicadas à Educação Física, nas escolas e no gramado da Vilas Belmiro.
Mas Alcino levou para o túmulo uma única e forte mágoa, pois seu nome não está incluído na placa de bronze, que está no portão 16 da Vila Belmiro, e que comemora o bicampeonato da Libertadores e do Mundial de Clubes (1962/63) com o nome de todos os integrantes daquele inesquecível time do Peixe.
Porém, para compensar, uma das dependências do Centro de Treinamento do Santos FC leva o nome de Professor Alcino Pellegrini.?
(Por Gustavo Grohmann)
No desfile do centenário
CORREIO DE BOTUCATU
Era o ano de 1951, 1º de Maio, e a sociedade botucatuense elegia como sua 1ª RAINHA DO BTC, a jovem Fióca Helena Moraes Delmanto, a Fióquinha. Já em 1952, a eleita foi Deise Pires de Campos Zucari. Hoje, brilham na parte social tanto a AAB como a AAF, mas naqueles tempos só estavam voltadas para o futebol e para a rivalidade que tanto empolgou a nossa gente.
Através dos jornais “FOLHA DE BOTUCATU” e “CORREIO DE BOTUCATU”, o grande evento ficou registrado e pesquisado no CENTRO CULTURAL DE BOTUCATU com as notícias referentes à vinda da Miss Brasil e à coroação da RAINHA DO BOTUCATU TÊNIS CLUBE.
O BTC tinha um reconhecido e competente presidente: JOÃO PASSOS! Sempre com seu parceiro Pepino Lunardi (José Paolini) e uma dedicada Diretoria, estava construindo um Clube Social e Esportivo. A coroação da RAINHA DO BTC em maio e já em 2 de junho era inaugurada com toda a repercussão para toda a nossa região, a piscina própria para o preparo dos futuros campeões. Na ocasião, a presença do Capitão Sylvio Magalhães Padilha, dirigente estadual do esporte e o Campeão Sulamericano, Tetsuo Okamoto, que deu um show de natação na nova piscina.
O GRANDE EVENTO SOCIAL
Através das notícias dos dois jornais é possível dimensionar a grande expectativa e participação, principalmente dos jovens na coleta dos votos das candidatas. Até a última apuração o resultado estava imprevisível.
“Foi fixada em 1º de maio de 1951, a data para o baile de coroação da rainha, baile animado pela “Orquestra Continental de Jaú”, com a presença de Jussara Marques, Miss Brasil. Foi eleita Rainha do BTC, Fióquinha Delmanto. Houve coquetel na casa de João Passos, às 16 h do dia 1º , estando presente várias autoridades e a Miss Brasil, Jussara Marques. O evento foi filmado por empresa cinematográfica do Rio de Janeiro e exibido em jornais que eram apresentados nos cinemas do Brasil, antes dos filmes.” (“Dados para a História do Botucatu Tênis Clube”, livro de Fúlvio José Chiaradia e Joel Spadaro).
Considerada “a personificação da beleza indígena!”, a MISS BRASIL, JUSSARA MARQUES encantou os botucatuenses com a sua simpatia e carisma.
A eleita, Fióquinha Delmanto era uma associada que representou muito bem as conquistas do BTC, desde o seu famoso e concorrido Carnaval, os esportes agora acrescido do conjunto aquático e de seus famosos Bailes, admirados em toda a região.
As comemorações dos 100 ANOS DE BOTUCATU marcaram as festividades da cidade, em 1955. Sob o comando do PREFEITO EMÍLIO PEDUTI, tivemos concorrido desfile, eleição da Miss Centenário, Baile comemorativo, Sessão Solene, enfim a data máxima do CENTENÁRIO foi coroada pelo BRASÃO DO CENTENÁRIO DE BOTUCATU, brasão oficial, de autoria de Gastão Dal Farra, Hernâni Donato e de Dom Henrique Golland Trindade.
SESSÃO SOLENE
A PRIMEIRA RAINHA
DO BTC
A vitoriosa foi a jovem Fióquinha Delmanto. No ano seguinte, a vitoriosa, como RAINHA DO BOTUCATU TÊNIS CLUBE, foi a jovem Deise Pires de Campos.
Na mesma obra citada, encontramos o relato preciso: “Em 02/04/1955 - Rainha do Centenário, no auditório da Rádio Emissora de Botucatu - PRF8, idealizado pelo BTC As eleitas: rainha - Maria Aparecida Carvalho Vieira (Antonangelo); princesas - Ivanildes Fernandes Vieira e Céres Maria Caccace.”
Fruto de minuciosa pesquisa no CENTRO CULTURAL DE BOTUCATU, esta matéria registra esse momento tão importante para a História de Botucatu
SALVE O BTC!
SALVE BOTUCATU! (AMD)
Hoje estamos aqui para homenagear uma mulher que sempre esteve à frente de seu tempo: Vera Alice Rebello.
Em uma época em que esportes eram mais destinados aos meninos, uma linda menina de cabelos longos pulava a janela de seu quarto para jogar basquete escondida no clube que havia em frente à sua casa, na cidade de Promissão.
Mal sabia seu pai, Luizinho, que ali começaria uma carreira esportiva ímpar e, por que não dizer, uma linda história de amor pelo esporte.
Aos 13 anos de idade, Verinha mudou-se para Botucatu e passou a treinar Basquete no “nosso BTC”. Sagrou-se campeã 8 vezes consecutivas. Foi considerada a Melhor atleta feminino dos Jogos Regionais da Sorocabana, em 1963, e então foi convocada para treinar junto à seleção brasileira com os técnicos Almir e Mané.
No ano seguinte, foi campeã no III Torneio Internacional das Estrelas, sendo novamente convocada para compor a seleção nacional em 1966, e em 1968. Ficou conhecida como “SPUTNIK”, sendo considerada a estrela da seleção brasileira. Lá, fez muitas amizades, e depois de jogar, passou a auxiliar as treinadoras Maria Helena e Heleninha, com seu olhar aguçado, capaz de identificar potenciais jogadoras e encaminhar à essas treinadoras.
Um “breve” hiato na carreira esportiva foi necessário, pois, desse período, vieram as três filhas dessa campeã, criadas em arquibancadas, quadras de tênis e piscina, estimuladas pela família esportista.
E então, aos 35 anos de idade, após o nascimento da terceira filha, Verinha estreou no tênis de campo Jogou durante 28 anos tênis pela cidade, em Jogos Regionais e Abertos. Inspirou e ensinou muitos, levando,
inclusive, alguns para seguirem seus passos nos campeonatos. Arrisco dizer que não há sócio sequer que não conheça a nossa Verinha!
Aos 46 anos jogou seu primeiro Mundial Seniors de Clube na Argentina, onde por 7 anos seguidos participou desse campeonato. Também participou de Jogos Sul americanos na Argentina e Uruguai durante muitos anos.
Um dos pontos mais altos de sua carreira foi a conquista de 3o lugar em equipe em Campeonato Mundial acima de 50 anos. (Divulgação)
entre
púpilos, o Rei Pelé!
A ele devemos, também, a montagem da bem sucedida da Equipe Feminina de Basquete do BTC, que entre brilhantes atletas, teve a revelação da Verinha que iria, logo em seguida, para a Seleção Brasileira de Basquete
De justiça a lembrança da nossa vitoriosa equipe de natação do BTC que tanto brilhou no final dos
João Passos
Nos anos 50/60 Botucatu passou a curtir e a viver o Carnaval no BTC, sob o comando seguro do saudoso empresário João Passos. A AAB e a AAF vieram depois com suas atividades sociais. Era o carnaval das famílias, com lança perfume e serpentina, tudo sob controle e a alegria e o divertimento imperavam... A foto dos moços dos anos 50, vestidos de bailarinas, impactou em uma época em que isso era bem pesado... O sensacional Bloco das Nêgas Malucas fez sucesso e alegrou a festa carnavalesca no final dos anos 60; a ideia foi trazida por Wanda Delmanto do Clube Atlético Paulistano e implementada por Carmem Amat. Sucesso. Carnavais família como esses não existem mais... Vejam as outras fotos, as garotas em seu bloco, o entusiasmo dos foliões...
casal Vilaulbo Vicentini e Zoza Peduti ladeando o Bloco das Nêgas Malucas
casal Pedro Peduti e Inês, Maria Helena Amat e a jovem Anna Maria Amat. Ao fundo, Nilde Sab e Yara do Amaral Pricoli
Em pé: Vilaulbo e Zoza, Inês Peduti, Adolpho Dinucci Venditto e Silvia Amaral Amando de Barros. Sentados: Joaquim Amat, Carmem Amat, Iracema Bertochi Amat e foliões do Bloco das Nêgas Malucas.
“Bailarinas”: Zé Amat, Pedro Peduti, Pedrinho Eichenberger, Zé Fiuza e Miro Fernandes
Até acrobacias...
Bloco Carnavalesco das Garotas...
Em 1º de Abril de 1967 foi realizada a inauguração da nova sede social Projeto do arquiteto e professor Zenon Lotufo, da FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP
Descerramento da placa de inauguração da sede social; vice-presidente José Paolini
Solenidade de inauguração. Discurso do presidente João Passos, ao lado de sócios e de autoridades locais.
Baile das Debutantes – 1967. Patrono: Governador Paulo Pimentel
Cenas do baile de formatura da 1ª turma da FCMBB, realizado em 02 de fevereiro de 1969.
Baile de Formatura da 1ª Turma da Faculdade de Medicina (FCMBB) 1969
NOTA: Fotos e registros históricos do livro “Dados para a História do Botucatu Tênis Clube”, de Fulvio José Chiaradia e Joel Spadaro
– AS PISCINAS OLÍMPICAS
DO BTC: Sob o comando seguro de João Passos, o BTC constituiu uma Comissão para a Construção das Piscinas, em 1948/1949, composta pelo prefeito municipal, Renato de Oliveira Barros; pelo presidente da Câmara Municipal, Antônio Delmanto; pelo presidente da CCE, Jorge Lavras; por Emílio Peduti e João Lumina Júnior. Sendo escolhido como caixa da construção o sócio José Paolini (Pepino Lunardi). A Votorantin, através do Sr. José Ermírio de Moraes embarcou a quantidade de cimento necessária para a conclusão da concretagem da piscina, concedendo ao BTC preços e condições especiais. A inauguração festiva deu-se no dia 20 de outubro de 1951, com a presença de Sylvio de Magalhães Padilha, do Departamento de Esportes do Estado e, posteriormente, Secretário de Esportes do Estado de São Paulo e do famoso nadador, maior expressão na época, Tetsuo Okamoto, Campeão Sulamericano que fez bela apresentação.
2
– O jovem Sergio Benfica conseguiu organizar equipe de natação em condições de concorrer nos principais torneios do Estado. Nessa época foi contratado o técnico Reynaldo Astolphi, e graças à dedicação do técnico e dos nadadores da época, fomos vencedores em importantes torneios regionais.
3
– Nos IX Jogos Abertos da Alta Sorocabana, realizados em Ourinhos em 1958, tivemos o destaque, entre outros, do atletas Ferdinando Cesar Lunardi, Alfredo Colenci e José Norberto Nogueira Rodrigues.
4
– O perfil de esportista vocacionado do professor Alcino Pellegrini sempre foi destacado. A implantação da prática do Tênis de Campos como uma das principais atividades do BTC, contou com a idealização e atuação técnica de Alcino. De justiça a lembrança de sua colaboração técnica na implantação dos Departamentos de Atletismo e de Basquete na AAB – Associação Atlética Botucatuense na gestão de Antônio Delmanto Nas fotos, ao lado de praticantes do tênis, vemos o Dr. Antonio Gabriel Marão (Juiz de Direito) e de Armando Joel Nelli da CCE –Comissão Central de Esportes de Botucatu.
5
– Preparador físico do Santos F. C. e, claro, do Rei Pelé. Foram amigos e companheiros nas grandes vitórias do clube santista.