Edição 1146

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O PERFIL DE BOTUCATU Qual

Botucatu teria um perfil industrial? Acreditamos que não. Em que pese a presença de grandes indústrias NÃO poluidoras em nossa cidade... Os nossos 3 Ciclos Industriais estão a atestar essa afirmativa. Sempre serão bem-vindas indústrias não poluidoras para a nossa cidade, mas Botucatu – com certeza! – não é um polo industrial. É de outra INDÚSTRIA que Botucatu está precisando: a INDÚSTRIA DO TURISMO! Página 3

E D I T O R I A L AVENIDA TURÍSTICA DA CUESTA DE BOTUCATU

A futura AVENIDA TURÍSTICA DA CUESTA DE BOTUCATU a ser construída no TOPO DA CUESTA (ligando Vitoriana à Rodovia Marechal Rondon) será o “POINT” turístico de Botucatu. É preciso destacar a situação de descuido de toda a área de nossa Cuesta. Sim, a CUESTA DE BOTUCATU , em todo seu entorno e nas proximidades de sua ESCARPA, não vem recebendo do Poder Público os cuidados indispensáveis para a sua PRESERVAÇÃO ECOLÓGICA

A AVENIDA TURÍSTICA DA CUESTA DE BOTUCATU – projetada para o TOPO da CUESTA – pode e deve ser construída pela Prefeitura Municipal em parceria com a iniciativa privada, respeitando e resguardando a ecologia local. Com a reserva das áreas adjacentes devidamente com projetos de ocupação racional e ecológica, destinando essas áreas para mirantes turísticos, restaurantes, áreas de lazer, etc.

Todas essas providências são necessárias se quisermos que Botucatu passe a desfrutar de lugar de destaque na classificação das MELHORES CIDADES PARA SE VIVER! Tudo o mais é enganação e esse assunto – vital para nosso futuro! – estaria sendo tratado com descaso e irresponsabilidade dos órgãos públicos.

Hoje, a ECOLOGIA é considerada a CIÊNCIA DA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE. Daí a importância que se tem dado à quali-

dade de vida de cada comunidade, à preservação de seu meio ambiente e de suas riquezas naturais. Não é de hoje que em Botucatu a preocupação com o meio ambiente e a qualidade de vida de seus habitantes tem chamado a atenção dos segmentos engajados de nossa sociedade.

É preciso que haja um trabalho de arborização, aumentando na cidade o percentual da área verde por habitante: o PARQUE MUNICIPAL precisa ser incrementado; alguns bairros periféricos – encabeçados pelo bairro de nome bonito mas de péssimas condições de vida! – o “JARDIM SANTA ELISA”, precisa receber as condições mínimas de qualidade de vida a nível mínimo de aceitação por qualquer comunidade; o “CEMITÉRIO JARDIM” precisa obter certificado de entidade ambiental que a sua localização NÃO está comprometendo, de forma irreversível, o LENÇOL FREÁTICO nele localizado; a população de modo geral e os pequenos proprietários ribeirinhos de nosso município precisam ser conscientizados da necessidade de recomposição da MATA CILIAR, enfim, já nas proximidades das ELEIÇÕES MUNICIPAIS é preciso que os candidatos apresentem projetos adequados para a preservação, defesa e ocupação racional da CUESTA DE BOTUCATU!

A Direção.

EXPEDIENTE

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

AVENIDA TURÍSTICA DA CUESTA DE BOTUCATU

A futura AVENIDA TURÍSTICA DA CUESTA DE BOTUCATU a ser construída no TOPO DA CUESTA (ligando Vitoriana à Rodovia Marechal Rondon) será o “POINT” turístico de Botucatu.

O PERFIL DE BOTUCATU

Qual a vocação de Botucatu?!?

Botucatu teria um perfil industrial? Acreditamos que não. Em que pese a presença de grandes indústrias NÃO poluidoras em nossa cidade...

Os nossos 3 Ciclos Industriais estão a atestar essa afirmativa. Sempre serão bem-vindas indústrias não poluidoras para a nossa cidade, mas Botucatu – com certeza! – não é um polo industrial.

É de outra INDÚSTRIA que Botucatu está precisando: a INDÚSTRIA DO TURISMO!

Sim, esse o caminho a seguir.

Botucatu encontrando o seu perfil, Botucatu encontrando a sua vocação!

O PERFIL DE BOTUCATU é o de um grande centro universitário, caracterizado pela excelência da qualidade de suas Unidades de Ensino e, também, por possuir um grande centro turístico, aproveitando o magnífico potencial que a natureza lhe agraciou somado à tradição das Comitivas e dos Tropeiros.

Botucatu possui em sua área territorial o Rio Tietê e o Rio Pardo No Rio Bonito há uma procura espontânea pelo lazer e pelo turismo Mas é uma procura absolutamente desarticulada de qualquer orientação ou coordenação do Poder Público, como seria uma política voltada para o turismo. A implantação de um grande empreendimento turístico em área ainda preservada poderia ser sucesso garantido. E sem dinheiro público, apenas contando com a orientação

e coordenação da municipalidade. A iniciativa privada com a segurança oferecida pelo apoio logístico do poder público abraçaria esse projeto empreendedor. Assim, a implantação de um Hotel Resort no Rio Bonito, com certeza, seria um empreendimento que traria desenvolvimento e riqueza para o nosso município. No Rio Pardo teremos a Grande Represa que trará turismo de alto nível, garantia de abastecimento de água por 100 anos!

E a CUESTA DE BOTUCATU, além de exclusiva é de uma beleza impactante. Já temos a prática de voos na Cuesta. A AVENIDA TURÍSTICA (projetada pelo Monteferrante) para o Topo da Cuesta (ligando Vitoriana/Rio Bonito à Rod. Marechal Rondon), pode e deve ser construída pela Prefeitura em parceria com a iniciativa privada, respeitando e resguardando (através de normas rígidas) a beleza da Cuesta e a ecologia local. A atuação do poder público propiciará, através de projeto urbanístico e ecológico, a implantação de mirante, teleférico, restaurantes e parques para a população.

Todas essas providências são necessárias se quisermos que Botucatu passe a desfrutar lugar de destaque na classificação das melhores cidades para se viver! Tudo o mais é enganação e esse assunto – vital para as nossas famílias! – estaria sendo tratado sem a devida responsabilidade.

O futuro está em nossas mãos. AVANTE! (AMD)

“O paraíso das mulheres”

Estou assistindo uma série italiana “Il paradiso delle signore” e estou gostando muito.

A estória se passa na Milão dos anos 50, numa linda loja de roupas femininas: o paraíso das mulheres, claro !

Sabe que soltou mulher numa loja de roupas, num cabelereiro, elas ficam felizes!

Encontram as amigas, ficam sabendo das fofocas, e de passo se cuidam.

As vendedoras da loja eram escolhidas com muito cuidado como se faziam a seleção para aeromoças ou misses.

Inclusive elas se vestiam com roupas todas iguais ao uniforme das aeromoças, um vestido que chamávamos “tubo” ou seja um vestido azul justo com o logo da loja bordado na altura do peito.

Elas não podiam ser casadas, nem ter filhos.

cava crespo por uns meses, e iam ficando lisos alguns meses depois, novamente mas, com as pontas queimadas e secas.

Feita a permanente no final de semana, tirei os bigudis e me olhei no espelho e me vi com os cabelos enroladinhos como pelo de um carneirinho.

Deviam usar os cabelos longos penteados num comportado coque ( cabelo preso no que denominávamos “banana” antigamente, pois lembrava uma dessas frutas), sem um único fio rebelde, solto. Coitadinhos dos cabelos rebeldes.

Um dos que trabalhavam com a publicidade da loja era um Conde, família nobre italiana).

O dono da loja era um ex-combatente e herói da 2a.Guerra Mundial, com terríveis lembranças do campo de concentração.

Todas as noites quando as vendedoras saiam da loja uma multidão de homens jovens estavam á sua porta, esperando para vê-las sair e tentar convidá-las para um encontro.

Volto no tempo aos anos 70, quando comecei a trabalhar no Banco Itaú. Não podíamos usar calça comprida.

Anos depois foi liberada.

As moças que começaram a trabalhar lá comigo, eram todas moças bonitas de famílias conhecidas, diria escolhidas “a dedo”.

Usei por muitos anos os cabelos lisos e longos.

Quando sai do Banco, trabalhei por uns meses na Escola Cirandinha

Eu recebia as crianças e as encaminhava ás suas classes.

Resolvi naquela época cortar os cabelos bem curtos e fui fazer “permanente” na Lena cabeleireira

As amigas “vintage” vão se lembrar do processo: os cabelos eram enrolados em “Bigodís”, bobis bem fininhos de metal presos por um elástico e se passava um líquido muito mal cheiroso que iria converter os cabelos lisos em crespos por um tempo.

Feito o processo a cabelereira colocava uma rede sobre os “bigudís” algodões nos ouvidos, e a cliente ia para baixo de um daqueles secadores grandes antigos, onde sua cabeça ficava encoberta para secarem os cabelos.

Parecia que iam fritar seus miolos.

A cliente deveria ficar com os bigudis por uma noite, e não podiam lavar a cabeça por uns 2 dias.

O resultado era que o cabelo fi-

Fiquei desesperada e lavei a cabeça várias vezes primeiro para tirar o cheiro e ver se conseguia um efeito mais natural. Não tive muito resultado de forma que fui trabalhar na escola com aquele cabelinho pinxaim.

Vocês sabem como são as crianças, reagem imediatamente e com sinceridade quando veem algo engraçado.

Não são como os adultos que sabem filtrar suas emoções.

Fui receber as crianças na porta da escola.

Acho que nunca vou me esquecer quando uns meninos chegaram para a aula naquele dia.

Olharam para mim e começaram a apontar para o meu cabelo e riam muito.

Apesar de tudo ainda consegui rir com eles.

Lembro que tínhamos uma técnica para alisar cabelos crespos e se chamava “touca”, ainda não tínhamos a escova progressiva.

Fiz muita touca nos meus cabelos naqueles dias, tentando domá-los.

Nunca mais fiz essa loucura, pois além de estragar os cabelos, davam uma falsa imagem.

Finalmente reconheci que os meus cabelos lisos tinham o seu valor e me reconciliei com minha imagem.

Quando minha mãe era viva, uma vez ao mês minha irmã a levava ao Rielli’s para a Tata cortar seu cabelo.

Quando ela voltava de lá vinha toda sorridente e eu brincava com ela:

“Quem é essa mulher linda? Meu Deus trocaram minha mãe! Vou lá na Tata reclamar minha mãe de volta.”

Ela ria gostoso.

Nada como um Shopping, uma loja de roupas, sapatos, um SPA, cabelereiro, manicure, para mudar a vida das mulheres. Os homens também procuram nas suas barbearias esse atendimento especial, e também tiram um momento especial para suas compras.

Há um tempo que vemos barbearias que buscam proporcionar a seus clientes momentos de descanso e prazer para fazer a barba e o corte dos cabelos. Voltamos a ver senhores com as barbas crescidas e tratadas, aparadas a gosto do freguês.

A moda é assim, podem surgir novos modelos, novas técnicas, o que é clássico sempre se usará, mas o que permanece é a feira das vaidades humanas.

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