Edição 1190

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Diário da Cuesta

Será lançado o “Catálogo Moedas com Erros 4”

Gesiel Júnior: novo colunista do

Diário da Cuesta

O Diário da Cuesta comunica a seus leitores que o nosso colaborador, Gesiel Júnior inicia, hoje, a sua colaboração semanal com o nosso jornal. Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

O design gráfico, numismata e escritor botucatuense Edil Gomes, que já diagramou diversos jornais de Botucatu e livros de autores locais, tem contribuído com a numismática nacional, sendo autor de livros e artigos do segmento. Desta vez está dando continuidade ao catálogo ilustrado “Moedas com Erros 4”, edição de 2025, que será lançado em dezembro.

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Viagens # Fé

Na imponente igreja de La Madeleine, em Paris

Como ainda é impossível entrar na Catedral de Notre Dame, quis conhecer – por conta da minha mais nova herdeirinha – uma igreja parisiense muito bonita e que arquitetonicamente mais parece um templo grego por conta da colunata que se impõe na perspectiva das grandes avenidas que a circundam: La Madeleine. Pessoalmente, aliás, aprendi a admirar Santa Maria Madalena ao longo da vida. E recentemente, por conta da festa que lhe propôs o Papa Francisco, a primeira a ver o Ressuscitado teve sua vida clareada devido aos enganos havidos, no passado, quanto à sua verdadeira identidade.

Que mulher! Portanto, ao saber que minha segunda neta teria o seu nome (e, de fato, a menina nasceu em 22 de julho, no Dia de Santa Madalena) fiz questão de conhecer a igreja que lhe é dedicada em Paris.

A rigor, devemos a Napoleão esse feito, embora o imperador nem pretendesse que a mesma, a princípio, fosse um templo religioso, mas sim uma homenagem a coragem e heroísmo de seus soldados (e claro, de si mesmo). Feito um concurso venceu o projeto do arquiteto Pierre-Alexandre Vignon, mas o mesmo ficou engavetado, até que o rei Luís XVIII o retoma mas decide transformá-lo numa igreja em memória de seu irmão e da rainha Maria Antonieta, ambos decapitados, como sabemos, próximo dali, na Place de la Concorde.

Passam mais alguns anos até que, em 1824, o templo é aberto e dedicado à Santa Maria Madalena, pois uma parte do relicário da Apóstola é dada de presente ao Reino da França. Uma tradição oral diz que a mulher que primeiro viu Jesus ressuscitado teria vindo ao sul francês no fim de sua vida, e lá teria tido visões nas quais era amparada por anjos, que elevavam sua alma aos céus.

Com efeito, a escultura do altar do belo templo nos impressiona, pois recebe uma iluminação direta que contrasta com a penumbra da

nave central e, quando nos aproximamos, temos a impressão de que os anjos dançam ao redor de Madalena, que ascende aos céus.

A decoração interna de La Madeleine se inspira nas termas romanas antigas e no Pantheon de Roma. Seu interior é iluminado por três grandes cúpulas e dos dois lados da nave central nichos abrigam as estátuas dos santos. A porta monumental em bronze é maior do que a de Basílica de São Pedro e nela vemos cenas bíblicas dos Dez Mandamentos.

Em suma, conhecer La Madeleine foi uma honra. E lá adquiri pequeno ícone para guardar para a minha pequenina Madalena.

Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas

Será lançado o "Catálogo Moedas com Erros 4"

O design gráfico, numismata e escritor botucatuense Edil Gomes, que já diagramou diversos jornais de Botucatu e livros de autores locais, tem contribuído com a numismática nacional, sendo autor de livros e artigos do segmento.

Desta vez está dando continuidade ao catálogo ilustrado "Moedas com Erros 4", edição de 2025, que será lançado em dezembro, mas que já iniciou a sua pré-venda.

Na coleção de moedas com erros, o autor tem sido referência, já lançando outras obras como o "Manual de Erros em Moedas" em duas edição, um dos livros da "Série Coleções - Erros e Anomalias" e anteriormente três catálogos de moedas com erros que precifica as principais moedas com anomalias da numária nacional, única publicação no Brasil e que se tornou referência.

O Catálogo é feito em coautoria com Lucimar Bueno, de Curitiba. A cada nova edição atendendo a pedidos de colecionadores e vem trazendo novos estudos e precificação de erros que são incorporados ao catálogo, sendo assim abrangente, englobando moedas de 1918 (Réis) a 2024 (Plano Real), com valores também das moedas sem erros do período.

"Além das atualizações tanto de valores quanto de novos erros, o catálogo traz de forma retroativa moedas de 1918 (Réis) a 2024 (Real) e também valores das moedas sem erros, não é apenas uma alteração de valores, tem muita novidade, dicas e páginas adicionais, sendo essencial para quem coleciona, comercializa e manuseia moedas no dia a dia", destaca o autor Edil Gomes.

Conta com mais de 220 páginas em papel couchê, todo ilustrado e colorido. Por ser de tiragem limitada, já foi aberta a pré venda entre os comerciantes, sendo o lançamento na primeira semana de dezembro.

Edil Gomes também é o diagramador do Jornal "Diário da Cuesta", desde sua primeira edição.

Já recebeu homenagem na Academia Botucatuense de Letras com menção honrosa, Prêmio Mérito Numismático do Clube Numismático do Estado do Rio de Janeiro, medalha da Sociedade Numismática Brasileira como autor do ano de 2020, medalha melhor artigo do ano da Revista Numismática Brasileira de 2020, Livro do ano de 2020 (Manual de Erros em Moedas 2), Livro do ano de 2023 "1932: IV Centenário da Colonização do Brasil" e autor do ano de 2023, tendo recebido indicações em diversos anos no prêmio Literário Florisvaldo dos Santos Trigueiros, da Sociedade Numismática Brasileira, além das já citadas premiações.

O autor também contribui com o design gráfico de livros do segmento de outros autores e da editora Veritas, voltados a numismática, também é responsável pela diagramação do Boletim semestral da Sociedade Numismática Brasilera, entidade que completou seu centenário esse ano e da publicação científica Revista Numismática Brasileira, que iniciou em 1933 e atualmente traz artigos padronizados de forma acadêmica do segmento numismático.

Além do segmento das moedas com erros, também tem outros livros lançados com outros temas também ligados a numismática brasileira e no próximo dia 13 de setembro também lançará o livro "Medalha calendário", voltado a medalhística nacional.

Edil Gomes Gilberto Tenor
O Império Brasileiro retratado através de uma enigmática medalha de

PERDI O BONDE E A ESPERANÇA

O leitor deve conhecer um famoso poema de Carlos Drummond de Andrade, cujo título é SONETO DA PERDIDA

ESPERANÇA:

Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum auto passaria sobre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta em que os caminhos se fundem. Todos eles conduzem ao princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo ou se é alguém que se diverte por que não? na noite escassa

com um insolúvel flautim. Entretanto há muito tempo nós gritamos: sim! ao eterno.

Como se vê, o poeta mineiro revela uma desilusão muito grande. O primeiro verso é significativo. Nada deu certo e não vai dar certo. É inútil continuar tentando. E eu pergunto: O que leva uma pessoa a isso? O que leva uma pessoa a esse desânimo? O que leva uma pessoa a essa sensação de inutilidade? De fragilidade? De impotência? É só poesia ou é a vida? Com certeza, é a vida.

você seja tão masoquista, que sinta prazer em sofrer, em se sentir derrotado. O lógico é você cruzar os braços e ver o que pode acontecer sem a sua ação.

Quando você percebe que uma ação sua pode trazer mais coisas ruins do que boas, o que faz? Realiza a ação assim mesmo? Claro que não. Seria insano. A não ser que

Confesso que muitas vezes me sinto assim. Sem forças para reagir. Sem vontade de reagir. É que há tanta coisa errada, tanta coisa desonesta, tanta coisa maldosa, sem punição, sem condenação, sem revolta, que percebo ser inútil reagir. Tudo é relativizado para justificar o erro. Roubo nem sempre é crime, para uma conhecida autoridade. Se a pessoa nada tem, pode roubar o relógio de um rico. Mas pode mesmo? Se o rico tem muito com o trabalho que realizou, o que nada tem pode conquistar algo com o trabalho que deveria realizar. Mas o que nada tem prefere ter algo que não lhe pertence. E a autoridade acha normal que isso aconteça.

Atualmente, não sei se é em todos os lugares, parece que conquistar algo é crime. A pessoa diz: Aquele cara está bem de vida. E não diz isso como um elogio, mas como uma crítica. É como se dissesse: Por que ele tem o que eu não tenho? Ele poderia pensar de maneira diferente: O que eu tenho que fazer para ter o que ele conseguiu? Mas isso dá trabalho, né? Tem que estudar pra caramba, levantar cedo, comer o pão que o diabo amassou, vencer obstáculos, ser competente, criativo, perseverante... Um monte de coisas difíceis. É mais fácil e rápido tirar daquele que fez tudo isso para conquistar o que conquistou. E com o apoio de autoridades.

Volto ao poeta: ‘Entretanto há muito tempo/ nós gritamos’. É, há muito tempo, eu gritei. Achei que podia mudar o mundo. Algum exemplo bom eu deixei. Mostrei que o trabalho vale a pena. Mostrei que o estudo vale a pena. Mostrei que a honestidade vale a pena. Mostrei que a empatia vale a pena. Mostrei que a educação vale a pena. Tomara que algumas pessoas tenham visto e acreditado.

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