Vereador Sargento Laudo e a Escola Cívico-Militar em Botucatu
O Diário da Cuesta tem acompanhado a atuação parlamentar do Vereador Sargento Laudo. Desde o posicionamento firme e corajoso na defesa da lisura das Eleições e da defesa da Democracia e do Pleno Estado de Direito, o Vereador Laudo tem apresentado um trabalho constante na defesa dos animais, da área verde de nosso município, da educação com destaque para as Escolas de Tempo Integral e para a implantação da Escola Cívico-Militar, a concessão da Bolsa Esporte, a assistência aos desvalidos, às crianças e aos idosos, enfim, com uma atuação modelar no exercício da representatividade legislativa em Botucatu. Páginas 2 e 3
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Diário da Cuesta 2
Escola Cívico-Militar será instalada em Botucatu
(Foto: Marcos Filho/Jornal Audácia)
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Com 78% de aprovação, comunidade escolar da EMEF Luiz Tácito apoia adoção do modelo cívico-militar
A EMEF Luiz Tácito Virgínio dos Santos recebeu, na noite deste sábado (12), uma consulta pública acerca da instalação do modelo cívico-militar na escola, localizada no Jardim Flamboyant
Estiveram presentes a secretária de educação de Botucatu, Cristiane Amorim, o vereador Sargento Laudo, o diretor escolar Ananias Lira, a representante de pais e responsáveis Patrícia Batista Pinto, a representante do corpo docente e redatora da ata oficial da audiência Kátia Generoso Portella e o representante de alunos, que é menor de idade.
Além destes, esteve presente o deputado estadual Tenente Coimbra, coordenador da Frente Parlamentar pela Implementação das Escolas Cívico-Militares no Estado de São Paulo
A reunião se iniciou com a elucidação de dúvidas dos pais e mestres presentes na audiência. Logo em seguida, ocorreu a votação para verificar a adesão da comunidade ao modelo de ECIM.
Com 60 votos favoráveis e 17 votos contra (totalizando 78% de aprovação) a população decidiu que a escola municipal receberá o projeto, que tem previsão de ser implantado ainda no primeiro semestre de 2022.
Após a votação, a Secretária Municipal de Educação, Cristiane Amorim, manifestou o apoio da Prefeitura à implantação do projeto: “Sendo a vontade da comunidade escolar da escola Luiz Tácito, nós, da secretaria de educação, apoiaremos integralmente este programa”.
Além de Botucatu, os municípios de Americana, Caçapava, Guaratinguetá, Pedro de Toledo, Piracicaba e São José do Rio Pardo devem receber uma unidade de ECIM. Em nossa cidade, o valor do investimento deverá ser em torno de R$ 1 milhão.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, que apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa com a participação de militares da reserva nas escolas públicas de ensino regular, nas etapas Ensino Fundamental II e/ou Ensino Médio.
Neste sistema, os militares não atuam em sala de aula e não ocupam as funções dos profissionais de educação, mas apoiam no acolhimento e preparo dos alunos na entrada dos turnos, no intervalo de aulas e nos períodos de encerramento dos turnos. Vale ressaltar que nenhum deles estará armado
Militares colaborarão também nos projetos educativos extraclasses e na busca ativa dos alunos. Quanto à grade curricular, as escolas que adotam o sistema continuam com a programação curricular e normativos conforme as secretarias de educação orientam.
EXPEDIENTE
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Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação, as escolas cívico-militares têm uma nota 20% maior no Ideb, que mede a qualidade do ensino. A reprovação dos alunos reduz em 37% e a evasão escolar despenca em 77%.
Por outro lado, o professor Erasto Fortes Mendonça, especialista em políticas públicas de educação pela Universidade Federal de Goiás e pesquisador da militarização de escolas, afirma que “essas escolas têm um padrão bom, mas isso acontece porque há um recurso extraordinário que elas recebem, não pela inclusão de militares”. A assessoria do deputado Tenente Coimbra, no entanto, aponta que os alunos custam em média 6% a 8% a mais nas escolas públicas. ( Jornal Audácia/ Mateus Conte)
NOTA: O Brasil ocupa os últimos lugares na avaliação de desempenho escolar feito pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Em 2022 tivemos o início da mobilização em nossa cidade a favor das Escolas Cívico-Militares. Com a mudança de Governo (Federal), houve um desaceleramento desse programa retomado, agora, pelo Governo do Estado, conforme a publicação na terceira página.
Vereador Sargento Laudo – trabalhos parlamentares: Com 28 anos no policiamento de rua, possui formação em segurança pública, sendo auxiliar de enfermagem e consultor na área de segurança. Participou de diversos projetos em parceria com a Prefeitura Municipal de Botucatu, como construção da represa do Rio Pardo, implantação do Distrito Industrial IV, reforma do Hospital Sorocabano/ Hospital do Bairro, revitalização das margens do rio Lavapés, tendo atuado também em projetos de segurança pública, como a implantação da atividade delegada e câmeras de monitoramento.
Tem se posicionado contra a ideologia de gênero nas escolas e apoia o conceito tradicional de família. Na vereança, trouxe mais de 2 milhões em recursos para o Município, incluindo equipamentos de saúde, viaturas, viaturas para a defesa civil e verbas para o asfaltamento.
Criou o projeto Bolsa Atleta, beneficiando cerca de 100 atletas. Está comprometido em melhorar o sistema de saúde com mais tecnologias e médicos, revisar o acesso aos serviços públicos e construir espaços públics de multiuso para a juventude e eventos.
Destinou emendas impositivas para várias entidade e secretarias como ADEFIB, APAE, ASSOCIAÇÃO CRIARE, FUNDO SOCIAL DE ASSISTÊNCIA, FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTES, FUNDO MUNICIPAL DE SEGURANÇA, NUTRAS e NÚCLEO ASSISTENCIAL JOANNA DE ÂNGELIS.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
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Projeto que cria Escola Cívico-Militar proposto pelo
Governo
de SP é aprovado na Alesp
O Projeto de Lei Complementar 9/2024, que cria o Programa Escola Cívico-Militar proposto pelo governador Tarcísio de Freitas, foi aprovado nesta terça-feira (21) pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A proposta foi enviada para o parlamento paulista no início de março. Aprovado, agora segue para sanção do governador.
“Firmamos esse compromisso e estamos avançando. A comunidade vai votar e, de acordo com a votação de pais de alunos e professores, a gente transforma a escola em cívico-militar com policiais militares da reserva que vão atuar na disciplina e no civismo, e os profissionais da Educação ficam com a parte pedagógica”, destacou o governador, Tarcísio de Freitas
A proposta tem como objetivos a melhoria da qualidade do ensino com aferição pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o enfrentamento à violência e a promoção da cultura de paz no ambiente escolar. O programa será desenvolvido sob responsabilidade das secretarias estaduais da Educação e da Segurança Pública.
Como será implantado o Programa Escola Cívico-Militar
Com a aprovação do projeto, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) dará início à implantação do programa ainda neste ano em unidades com índices de rendimento escolar inferiores à média estadual, atrelados a índices de vulnerabilidade social e fluxo escolar (aprovação, reprovação e abandono). A expectativa é que de 50 a 100 escolas adotem o modelo no Estado. Para ser implantado, o programa Escola Cívico-Militar precisará passar pelo consentimento das comunidades escolares, que serão consideradas por meio de consultas públicas. Um aviso deverá ser
publicado no Diário Oficial com pelo menos 15 dias de antecedência de cada consulta às comunidades escolares.
O programa prevê que pais de alunos e professores sejam ouvidos para definir sobre a transformação da instituição em escola cívico-militar com policiais militares da reserva atuando na disciplina e no civismo, sem impacto na parte pedagógica.
As unidades educacionais do programa poderão ser implantadas em prédios escolares já existentes ou em novas, de forma gradual. Além das escolas estaduais, municípios também poderão aderir à iniciativa do governo paulista.
A implantação do novo modelo não exclui nenhum programa da Secretaria de Educação em andamento nas escolas. A proposta é complementar as ações pedagógicas da Seduc e visa compartilhar com os estudantes valores como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito.
A Educação de SP será responsável pelo currículo das unidades cívico-militares e a formação de professores. Caberá à Secretaria da Segurança Pública a indicação dos policiais militares da reserva que atuarão como monitores nessas unidades de ensino, pelo desenvolvimento de atividades extracurriculares na modalidade cívico-militares, organização e segurança escolar.
A nova legislação prevê um processo seletivo dos policiais da reserva que atuarão no programa e o pagamento de seus salários por parte da Educação. Será ao menos um PM por escola. No caso de escolas municipais, a Segurança Pública colabora com as prefeituras e a seleção fica a critério das secretarias municipais.
O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O impacto orçamentário já está incluso no custo de pessoal da pasta, cujo valor de R$ 7,2 milhões será destinado, anualmente, para o pagamento dos militares. (PORTAL DO ESTADO)
“O curió do Cido”
LUIZ CARLOS CASEMIRO
O passarinho adora cantar para o povo
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Cido é barbeiro. Não que ele dirija mal um automóvel, tem salão na principal rua da cidade de Lins, no interior paulista. Há poucos dias estive lá para aparar o pouco de cabelos que me resta na cobertura craniana. Descobertura seria termo melhor empregado! Divirto-me com o Cido na hora do pagar: rogo desconto, pois me cabe o direito à meia, o serviço foi pela metade. Ele sorri da brincadeira. Tem ótima freguesia e o salão sempre cheio. De fora sua competência, ele é alegre, bom de prosa, contador de piadas. Podemos dizer aqui sem medo de errar: piadas de salão.
Barbearia sempre lotada. Alguns nem vão cortar cabelo, aparecem para um dedo de prosa ou filar leituras de jornais da capital que aqui chegam à tarde. Período em que o salão se enche de fofoqueiros para discussões: políticas, religiosas e de preferências futebolísticas.
Nem pensar que se chega à barbearia e já se vai acomodando na cadeira giratória. Ninguém escapa de espera. Dois fregueses na minha frente e, em dez minutos, mais dois atrás. Contratara um auxiliar no ano passado para dividir o serviço, mas não obteve sucesso e foi necessário dispensá-lo, pois a escolha é sempre de ser atendido pelo Cido.
Sentei-me para esperar minha vez e, nesse tempo, aproveitei apreciar a barbearia que tem as paredes repletas de quadros e cartazes. Ao redor do espelho central, quase à frente do cadeirão, estão colados lado-a-lado os distintivos do Linense e do Flamengo. Cido agora é mais do Mengo, pois o “Elefante da Noroeste” (Clube Atlético Linense) vai mal das pernas. Despertam curiosidades as duas molduras envidraçadas que expõem cédulas antigas de Cruzeiro. Getúlio, Cabral, Deodoro, Dom Pedro II, Princesa Isabel, Tiradentes, Barão do Rio Branco, Duque de Caxias, Ruy Barbosa, marcam suas presenças à frente do Cido.
Hum! Hum! O que vejo bem escondidinho no canto da barbearia! Curió empoleirado na gaiola. Passarinho triste, encorujado... jururu... caidinho.
Pergunto ao Cido se o curió está na muda. (Período quando os pássaros trocam as penas e se calam).
-- Não! Ele faz greve quando o deixo aqui dentro do salão. Quer ouvi-lo?
-- Sim, claro, adoro o canto dos curiós. Quando são bons nisso, seus filhotes são valiosos.
Retirou a gaiola e levou-a para fora. Prendeu-a em um gancho na parede da calçada. Rua muito movimentada, ainda mais agora, quatro horas da tarde. Que beleza! O curió de pronto entabulou cantar repertório variado de trinados, a emendar um canto a outro, enquanto se posicionava em diferentes poleiros. Trocava de lados na gaiola para atender à toda a assistência das pessoas que paravam para admirá-lo cantar.
O curió era fenômeno, poucas vezes escutei uma ave cantar tão bonito. Comentei que ouvira numa entrevista do craque Rivelino em que ele confessara adorar curiós bons de canto. Numa das respostas disse que passa horas se distraindo a limpar gaiolas, fornecer rações, cuidar dos ninhos e das cruzas. Ele é reconhecido como
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futebolista fabuloso e, também, lembrado por ser criador de curiós. Comenta-se que em certa ocasião pagou cinquenta mil reais por um curió que gorjeava divinamente. Se o Rivelino vier a Lins, passar uns dias no resort e vir ao Centro, ouvir o canto maravilhoso do seu pássaro já ante-ouço o diálogo: “Colega, sou como tu, admirador de curiós. Adorei o canto desse seu pássaro. Quer me vender? Gostei muito dele!”
-- Cido, você vende o Curió?
-- Posso vender o salão, mas o curió, jamais. Reforçou a negativa com sonoro “jamé”! Acrescentou: -- O Riva é gente boa, posso até emprestar o curió por uns dias, para ele admirar o canto. Pode até cruzá-lo. Vender, não vendo; já tive propostas. Amigos meus têm levado o curió emprestado para acasalar com curiolas. O danado gosta dessas escapadas, mas nenhum filhote saiu ao pai, no canto.
Se o Rivelino ler esta crônica (sei, é muita pretensão deste escriba) que fique prevenido, alertado e avisado. Poderá levar o afetuoso por uns dias. Se tiver sorte pode sair um curiozinho igual ao do Cido. Nesse caso o “Reizinho do Parque”, terá momentos de grandes alegrias, talvez iguais àqueles de quando balançava as redes adversárias e corria aos seus companheiros de equipe, balançando seus braços para cima, para baixo, como o voo de um pássaro.
Privilégio meu: vi Rivelino jogar no Pacaembu. Privilégio meu: ouvi o curió do Cido.
Sou corintiano; o Cido é flamenguista; e o curió? Do povo Linense.
Luiz Carlos Casemiro – Professor pelo Instituto de Educação Cardoso de Almeida, em Botucatu. Geógrafo pela USP. Lecionou em Cursinhos Pré-vestibulares. Aposentado pelo Banco Central do Brasil. Cronista premiado em “Talentos da Maturidade” do extinto Banco Real. Teve a honra de vencer em 1º lugar o Concurso de Crônicas/ Nacional da AEPTI (Associação de Escritores, Poetas e Trovadores de Itatiba) em 2019, crônica “O Jabuti do tio Celeste”.