Onde Estão As Nossas Raízes...?
Cláudio de Almeida Martins
Posso estar sendo muito bairrista, mas considero que, nós Botucatuenses, somos privilegiados por termos nascido sob a tutela de uma história muito rica.
Possuímos história de desbravadores corajosos.
Possuímos história de região tocada pela mão divina quanto à sua arquitetura natural.
Possuímos a beleza de nossa “Cuesta”.
Temos as nossas cachoeiras, nossas matas, nossa fauna e, principalmente, nossa brisa “serrana”.
Devemos ainda, apor às glórias conquistadas, as inteligências que aqui aportaram e difundiram seus conhecimentos, formando um corpo intelectual formidável que transpôs fronteiras nacionais e impôs um reconhecimento de cidade das Boas Escolas. O povo, habitante desta cidade, tornou-se conhecido em especialidades virtuosas das diversas áreas, tais como: Pintores, Escultores, Poetas, Músicos, Mestres de sala de aula, Historiadores, Escritores, Médicos, Políticos e outras tantas que fica difícil registrar.
Aqui, em Botucatu, foram criadas Instituições, que além de serem pioneiras, deixaram marca indelével em registros que enaltecem a nossa comunidade.
Coloquem lado a lado os nossos símbolos primeiros e últimos, e peçamos para que o povo escolha quais devem permanecer.
Temos a certeza absoluta, de que a beleza natural dos primeiros, contagiará àqueles que não tiveram oportunidade de reverenciá-los.
Pelo retorno de meus amores antigos tão presentes na nossa realidade.
Pela Bandeira e pelo Brasão dos nossos antepassados.
Pela volta do antigo tão rico e pelo louvor à nossa história tão presente nos símbolos que ainda não esquecemos.
Isso é um pouco do que foi construído, mas tem algo que gostaria de ressaltar: existiam símbolos que agregavam as forças de nossa cidade. Esses símbolos faziam com que nos peitos dos botucatuenses fosse vivificado o passado de glórias de seus pioneiros.
Nossos antepassados partiram;
Nossos pioneiros se tornaram história;
Nossas Instituições contruíram um legado legítimo de reconhecimento;
Nossos símbolos* que representavam a aliança do novo eom a história de glória, foram alterados.
Deixaram, no caminho, através de pegadas, que foram sendo apagadas com a chuva e com o vento, suas façanhas, seus amores, seus desatinos, suas derrotas vitoriosas, suas glórias intangíveis, seus suores engrossados com a terra, sua liberdade impressa com sangue e com devoção.
Tiraram de nós aquilo que unia o espírito ancestral com os novos corações que brotavam desta terra fecunda.
O nosso “Brasão”, a nossa “Bandeira” podiam ter «defeitos» técnicos ; preciosistas, mas tinham, em compensação, ; a “alma” da história.
Sei que o nosso “Brasão” possuía erros, segundo os especialistas, na questão da “Heráldica”, mas se esqueceram que o homem é imperfeito, e se assim ele o é reconhecido, sua obra não poderia deixar de acompanhá-lo. É certo que, seguindo a linha da ciência, comprovou-se o desacerto, mas, esqueceram que a história não se apaga com o acerto científico.
Esqueceram-se que a história não pode ser substituída.
Esqueceram-se que os desenhos grafados nos nossos símbolos, não só representavam a beleza gráfica, mas também o amor pulsante de patriotas.
Substitui-se as formas gráficas, mas a história continua inalterada.
Trocam-se os emblemas, mas por| detrás dos novos, viceja a auréola dos primeiros.
Quero meu “Brasão” primeiro de volta.
Quero minha bandeira primeira de volta.
Quero a alma de meus antepassados de volta.
Quero a beleza interna dos meus símbolos primeiros èscancarada
Quero meu arado de volta;
Quero meus três morros de volta; Quero minha jgrejinha de volta; Quero meu ramo de café de volta;
Quero meu ramo de algodão de volta;
Quero meu “Báculo” de volta;
Quero meu livro de volta;
Quero meus rios de volta; Quero minha torre de volta.
Convém acrescentar aqui, que entendo os três morros representando a nossa “Serra”, hoje reconhecida como “Cuesta”, e também, que o algodão, segundo os entendidos teve lugar aqui na região também.
Penso, que a substituição foi feita com consentimento popular.
Penso que a idéia dos idealizadores da renovação dos símbolos, foi dirigida para enquadrá-los em critérios de modernidade.
Imagino, que nossos novos símbolos, foram pensados para serem perfeitos em sua simetria, em seu enquadramento científico, em sua adaptação à qualquer momento.
Imagino que foi pensado em tudo.
Menos em um aspecto: A história não pode ser substituída, mesmo para acertar seus desacertos.
E, quer queiram ou não, os símbolos primeiros são os que marcam.
As questões de simbologia não podem ser tratadas com caráter estético puro. Não podem ser vistas com olhos de modernidade, porque isso é o que menos o símbolo representa, a não ser que sejam criados para representar o.moderno.
O símbolo é : criado em conjunto com os ideais e nunca podem ser substituídos porque o ideal não muda^
Peço desculpas àqueles que assim não entendem, e reconheço seus valores pelo seus espíritos adiantados, mas esclareço, que em termos de símbolos, continuo amando aqueles que foram criados pelos homens da época e que traduzem, não em sua fidedignidade estética, mas em suas figuras simples, os valores de uma história poderosa em patriotismo e em reconhecimento às coisas da terra.
EXPEDIENTE
Sei, que os motivos que levaram os nossos cidadãos experientes a propor e, através de esforços imensos, confeccionar novo Brasão foram da mais alta envergadura idealista e repletos de amor pela cidade.
Sei, que o Brasão original, projetado e desenhado pelos nossos notáveis historiadores Hernâni Donato e o saudoso Gastão Dal Farra, continha distorções segundo a “Heráldica”.
Segundo os entendidos, a Torre estava em perspectiva enquanto o correto seria a forma plana. Segundo os entendidos, a “Bácula”, aquele cajado de Bispo, estava encostado na linha do Brasão. Segundo os entendidos, as folhas dos ramos do café e do algodão estavam murchas. Segundo os entendidos, em Botucatu o algodão não poderia estar sendo representado, pois não era dá região. Segundo os entendidos, os Três Morros não poderiam fazer parte do Brasão porque já não pertenciam mais ao município de Botucatu. Segundo os entendidos, essas distorções são execradas pela “Heráldica”. Não discuto o fato de que o nosso Brasão, segundo a aplicação da “Heráldica; não tivesse sido idealizado nas “Leis” próprias da confecção desse símbolo, e nem desqualifico os esforços sérios dos responsáveis pela criação de um Brasão que estivesse dentro das “regras” da “Heráldica”, mas eu quero meu Brasão com defeitos de volta. Imaginem os Senhores e Senhoras, que um dos nossos antepassados, aquele que foi o iniciador conhecido de um império familiar, tenha escolhido um símbolo para representar o nome dentro de determinado segmento. Nessa escolha, devido a uma menor habilidade, tenha desenhado um círculo torto e repetido esse sinal por décadas, ficando esse sinal reconhecido como a qualidade de determinado produtos
Chega, então o tataraneto, e observa que o seu antepassado, na realidade, queria representar um círculo, e, por aquilo que expusemos, o faz defeituoso. Não concorda e, por amor à perfeição, resolve corrigir e faz um círculo perfeito.
Eu pergunto: Corrigiu a história? Recuperou um erro de falta de habilidade? Melhorou a consideração dos clientes em relação ao produto que o sinal representa?
Eu respondo: Não, em nenhuma situação! Na realidade é a distorção que o fez ser reconhecido, e, além disso, o diferencial era o desvio.
Não estou apregoando que deve-se distorcer as regras para ser reconhecido, estou apenas mostrando que, apesar de conter erro, um sinal carrega mais que a perfeição gráfica, ele, com certeza absoluta, traduz um momento, e, como momento, ele não pode ser substituído
Vamos demonstrar por outro lado: O homem e a mulher tem uma imagem considerada a perfeita, dentro dos estudos que contemplam a harmonia, o equilíbrio e etc... Então, pergunto: As pessoas que não estiverem dentro desse perfil devem ser reformuladas? Devem passar por aperfeiçoamentos estéticos e mentais? Devem se submeter a encurtar o nariz, a reduzir suas orelhas, aumentar sua musculatura? É evidente que não! Então, porque temos que substituir um símbolo que tão bem representou nossas aspirações, nossa história, nossos avós, nossos pais, apesar de não estar condizente com as regras de uma ciência. É evidente que estou falando pela questão sentimental e não pelo lado científico. É evidente que valorizo muito mais o esforço de irmãos Botucatuenses em criar um símbolo que represente a galhardia de antepassados do que responder às questões da perfeição técnica.
Concordo que, a partir de um determinado momento, onde tenhamos o domínio de uma ciência, passemos a organizar nossas atividades dentro dos preceitos corretos, mas, não concordo que isso venha a dar direito de alterar aquilo que já fez história Sei que foi em 1952 que o nosso Brasão primeiro foi idealizado, portanto, temos a idade de 46 anos, e para realmente ser história, precisaria no mínimo de 100 anos, mas, para nós, com uma vida tão curta, escolhida com sabedoria pelo nosso “Deus”, queremos poder viver a nossa história com aquilo que ajudou a representar a história.
Com os devidos respeitos àqueles que tão sabiamente. e lutaram para a criação do novo símbolo e de maneira perfeita, eu me digno a manifestar que o nosso símbolo, quer queiram quer não, é aquele que traduz em seu desenho a imperfeição humana, o que, na realidade, é a melhor representação do Ser humano.
Devemos ter em mente, que a nossa tão querida Bandeira brasileira também tem falha e permanece sem ser tocada, graças a Deus. Segundo os especialistas, a estrela intrometida, aquela que fica quase no centro do Cruzeiro do Sul, deveria estar à direita e não à esquerda.
E daí?
Vamos propor reformá-la?
Em nem uma mente consciente passaria esse pensamento.
Quando se estuda a história, nunca é para tentar modificá-la, e sim para se utilizar dela a fim de realizar novos acertos ou para corrigir o presente e o futuro, nunca para mudá-la. Você pode corrigir a história em termos de fatos e conhecimentos que não representaram a verdade, apondo os fatos corretos, o que não é o nosso caso, pois aqui, o Brasão é concreto
Quero meu Brasão de volta...
Caso não consiga, o que é o mais certo, eu terei na minha casa, na minha sala, c no meu coração o verdadeiro Brasão.
Somente uma explicação: Não sou versado em “Heráldica”, por isso posso até cometer erros na análise dessa “arte ou Ciência”, mas, com certeza absoluta, entendo de sentimento de amor à nossa história. (Acervo PEABIRU)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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O Simbolismo Cívico de Botucatu - Registro Histórico.
O Brasão de Botucatu
Os Símbolos do Município de Botucatu tem sido, nos últimos tempos, objeto de acaloradas discussões, protestos e movimentos organizados. Isso revela que a nossa simbologia cívica está necessitada de uma maior adequação à história botucatuense
Foram 3 os Brasões de Botucatu:
O 1º Brasão - o Brasão do Centenário - foi o que mais permaneceu oficialmente Surgiu por ocasião das comemorações de nosso 1º Centenário A municipalidade atendeu às reivindicações das forças representativas da comunidade e à necessidade de o município elaborar o seu símbolo representativo, designando o escritor botucatuense Hernâni Donato e o professor Gastão Dal Farra para que elaborassem o Brasão de Botucatu Como era o nosso primeiro Brasão, contou com a entusiástica colaboração do Prof. Sebastião de Almeida Pinto O Brasão elaborado trazia em seu bojo a história de Botucatu, tendo passado pelo crivo exigente do Prof. Sebastião de Almeida Pinto, destacado historiador botucatuense, do Prof. José Pedretti Neto, também destacado estudioso de nossa história e do parecer minucioso de nosso 1º Arcebispo - Dom Henrique Golland Trindade. Na perspectiva do preciosismo da heráldica, com certeza, em alguns aspectos técnicos do brasão, haveria falha técnica em sua elaboração. É compreensível. No entanto, destaque-se o encontro perfeito e completo de nossa história com o simbolismo gráfico do brasão.
O 2º Brasão surgiu no final dos anos 70. Foi uma grita geral Após 26 anos, as autoridades constituídas resolveram mudar o Símbolo Oficial do Município A ausência de participação dos botucatuenses e a pressa na mudança foi destacada por pronunciamentos dos Vereadores e claro posicionamento das Entidades representativas, com destaque para a Academia Botucatuense de Letras Trabalho do Sr. Lauro Escobar, especialista em heráldica, o nosso 2º Brasão foi elaborado na mesma época que o Brasão da vizinha cidade de Anhembi Eram parecidos Nosso 2º Brasão estava condenado a ter vida curta...
No ano de 1983, a Prefeitura Municipal de Botucatu patrocinou nova mudança em nosso Símbolo Municipal.
Nosso 3º Brasão surgiu de consulta pública, sob a coordenação da Prefeitura Municipal e colaboração da Academia Botucatuense de Letras.
Embora aberta à participação da comunidade, a elaboração do 3º Brasão de Botucatu não empolgou, eis que não houve motivação suficiente para que os botucatuenses se mobilizassem.
É sabido que não basta ser perito em heráldica para ser capaz de compor um Brasão É preciso ir além É preciso conhecer o espírito do povo, a sua história, para que o Símbolo Oficial a ser elaborado seja, realmente, o intérprete desses fatores, quer sob o aspecto histórico, quer sob o aspecto de sua plasticidade técnica Um perito em português, é sabido, nem sempre faz a melhor poesia... Optou-se pela mudança , mais uma vez...No entanto, o 3º Brasão não empolgou a população , nem durante a sua feitura e, o que é mais grave, nem depois que se transformou, por força de lei, em Símbolo Municipal De uma técnica perfeita e de uma plasticidade inatacável, o nosso 3º Brasão é irritantemente insípido e frio e vazio, em termos de mensagem e simbolismo. O movimento pró-retorno do Brasão do Centenário continua...Isso é significativo. Por ocasião das discussões à respeito da mudança de nosso Brasão, o historiador botucatuense escreveu vigoroso artigo e deixou o seu alerta: “...Em futuro não remoto, a Academia, o Centro Cultural, a Casa de Cultura, os jornais e as rádios bem que poderiam levar o assunto à tribuna irrecorrível: o plebiscito...” Breve, Botucatu estará comemorando o seu 159ºaniversário. Quem sabe será uma oportunidade para que haja o tão esperado casamento entre os nossos Símbolos Municipais e a História deste povo que soube construir, no cimo da serra, uma comunidade participativa e orgulhosa de seu passado, vivenciando o seu presente e construindo o seu futuro.
ouro sobre sinople, a palavra “Botucatu”.
Justificativa: O escudo português, redondo, liga a origem da cidade e o povoamento do município à tradição lusitana no Brasil. No primeiro quartel, à dextra, as montanhas heraldicas mostram a Serra de Botucatu, balisa no caminho dos bandeirantes, principal distintivo geográfico da região e primeiro elemento da mesma que compareceu na História. O caminho ascendente lembra as estradas coloniais que fizeram da serra um carreadouro de civilização e de povoamento, a ponto de haver um governador da província determinado que a ida ou o retorno do sertão se fizesse atravessando aquelas serras. A capela ensina que a primeira construção e tentativa de povoamento é devida aos padres da Companhia de Jesus que ali mantiveram uma fazenda de criar, de 1719 até 1760, na qual fazenda nasceram os primeiros botucatuenses cristãos. A capela mostra ainda que a cidade nasceu para a civilização, tal como o Brasil e São Paulo, sob o signo da Cruz de Cristo. O campo em sinople relembra as pastagens que constituiram o motivo, a formação das primeiras fazendas e núcleos populacionais. Na parte da senextra, o campo blau diz da pureza do clima que veio dar o nome à região, sabido que Botucatu significa bons ares. A estrela, símbolo das virtudes teologais afirma que a cidade e o povo foram sempre firmes em sua Fé erguendo inúmeros templos de várias profissões religiosas; constante na sua caridade, mantendo asilos e casas de abrigo, e da sua permanente Esperança nos dias futuros. Os rios paralelos que são o Tietê e o Pardo, confirmam o ensinamento de que Botucatu cumpriu desde os seus primeiros dias a missão de conduzir através de seu território a civilização e a conquista. O Tietê conquistou o sertão do Brasil, nos séculos XVII e XVIII e o Pardo povoou o sertão de São Paulo no século XIX. No segundo quartel, o livro, o báculo e o arado dizem que a projeção da cidade e do município veio do seu trabalho profícuo e da sua atividade espiritual pois durante meio século Botucatu foi o maior centro educacional do sudoeste paulista e do território de sua diocese é que sairam os territórios de várias outras dioceses paulistas. Na coroa, em escudete, o fuso, significando atividade matriarcal, demonstrando que o orago da cidade é Sat´Anna. Como suportes, à dextra um ramo de café frutado lembrando que o município não só foi grande produtor de café mas também origem de uma importante variedade: o “café amarelo” ou “café de Botucatu”. À senextra, um ramo florido de algodão que foi outro importante produto agrícola da região. A final, é consignado o nome do município no listél, objetivando bem individualizar o brasão.”
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SUGESTÃO: Já demos a nossa sugestão e vamos repetí-la: que se mantenha o atual Brasão e se eleve a nível de BRASÃO DO CENTENÁRIO o nosso Brasão Histórico, elaborado por Hernâni Donato e Gastão Dal Farra. Nos links apresentados na abertura “O Brasão de Botucatu I e II”, apresentamos toda a luta pela manutenção do Brasão do Centenário, com o o artigo do Hernâni Donato, os discursos dos vereadores e artigo dedicado ao nosso símbolo municipal. Vale a leitura
A seguir, daremos os aspectos técnicos de cada Brasão.
O Brasão do Centenário
1º Brasão (de 1952 a 1978): riado pela Lei nº 273, de 28/08/52, o 1º Brasão de Botucatu foi elaborado pelo historiador botucatuense Hernâni Donato e desenhado pelo também botucatuense Prof Gastão Dal Farra. Prefeito: Emílio Peduti
“Descrição : Escudo redondo português encimado pela coroa mural da municipalidade, dividido em dois quartéis sendo o primeiro cortado. No primeiro quartel, na parte de dextra, em sinople, três montanhas heraldicas, cortadas do leste para o oeste geográficos por um caminho em ascensão e ao pé das montanhas uma capela rústica encimada por uma cruz. No primeiro quartel, na parte de senextra, em blau, da esquerda para a direita um sol e uma estrela sobre dois rios paralelos. No segundo quartel, um livro, um báculo e um arado manual. Na coroa, em escudete, um fuso encimado pelo seu significado de atividade matriarcal, o orago da cidade. Como suportes, à dextra, um ramo de café frutado em goles, à senextra um ramo florido de algodão em cor natural. No listél, em letras de
2º Brasão (de 1978 a 1983) - Criado pela Lei nº 2.130, de 12/03/78, foi elaborado porLauro Ribeiro Escobar Prefeito: Luiz Aparecido da Silveira
“Descrição : Escudo ibérico, de blau, com um monte de três cabeços de jalde, movente da ponta, carregado de um fuso de goles, um aquilão de argente sainte de nuvens do mesmo, movendo do ângulo sinistro do chefe e bordadura de goles, carregada em chefe de uma cruz flordelizada, acompanhada em orla de sete flores de liz, tudo de jalde. O escudo é encimado de coroa mural de argente, de oito torres, suas portas abertas de goles e tem como tenentes, à dextra, a figura de um bandeirante e à sinistra, a figura de Minerva, em trajes característicos, ambos de carnação. Listél de blau, com o topônimo “BOTUCATU” e letras de jalde.
Justificativa :Escudo ibérico, em azul, usado em Portugal à época do descobrimento do Brasil, evoca os primeiros colonizadores de Botucatu; um monte de três cabeças - em amarelo - simboliza a Serra de Botucatu; aquilão prateado, saindo das nuvens, simboliza o topônimo Botucatu: “Ybiti”, ventos, ares, e “Katu”, bons; fuso em vermelho, evoca Santana, padroeira da cidade; coroa prateada significa emancipação política do Município; bandeirante, à direita, evoca os bandeirantes que tinham seu marco na Serra de Botucatu, em sua caminhada para oeste; Minerva, à esquerda, deusa da Sabedoria representa o centro de cultura, que é Botucatu, pelas famosas escolas; listél com topônimo Botucatu, em amarelo.”
3º Brasão (desde 1983): Criado pela Lei nº 2.397, de 10/11/83, foi elaborado a partir do concurso aberto, sob a Coordenação da Prefeitura e Academia Botucatuense de Letras, buscou, em substituição ao 2º Brasão, a elaboração de um brasão tecnicamente bem elaborado. Prefeito: Antonio Jamil Cury.
“Descrição: Escudo português. Portas abertas das torres Campo azul Fuso de prata Terra do verde Perfil da cuesta e ramos de café amarelo.
Justificativa: O escudo português indica a cultura que fundamenta a comunidade pátria e a local, cuja categoria de município é atestada pela coroa mural. As portas das torres, abertas em azul, asseguram a hospitalidade aos que chegam. O campo azul reflete o céu e o clima que inspiraram ao indígena o nome ybytukatu, significando bons ares. O fuso de prata, símbolo do trabalho e de Sant´Anna, a Padroeira, nele reverencia os fundadores da cidade e nela celebra as virtudes da Mãe e Mestra. O verde do terrado acentua a fertilidade da terra e evoca o dilatado território original botucatuense, matriz de muitos outros municípios. A faixeta de prata evidencia o perfil da cuesta, impressiva característica geográfica da região, recordando, ainda, caminhos que mesmo antes do descobrimento do Brasil, cruzando o chão municipal, serviam de intercâmbio de conhecimentos e riquezas, os ramos de cafeeiro, frutificados em amarelo ouro, realçam a variedade chamada “Café Amarelo” ou “Café Botucatu”, privilégio das lavouras locais. O topônimo “Botucatu”, em prata listél azul, valoriza o respeito dos municípios pelos legados do passado, reafirma o seu zelo pelas singularidades da terra e a perseverança nos valores espirituais e fraternos e garantias de futuro melhor.” (AMD)
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