Edição 1209

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Diário da Cuesta

No dia 27 de setembro, sexta-feira, às 20h, Botucatu receberá um dos mais importantes grupos corais do Brasil: o Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo, sob a regência da maestra botucatuense Maira Ferreira. O concerto, que acontecerá no Teatro Municipal de Botucatu, será uma oportunidade única para a nossa cidade apreciar um repertório com obras de grandes compositores brasileiros e estrangeiros, como Angelino de Oliveira, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Oswaldo Lacerda, Morten Laurindsen, Josef Rheinberger e Carlos Guastavino.

A entrada para o evento é gratuita, sujeita a lotação do Teatro Municipal de Botucatu Um Coral com História e Tradição Fundado em 1936 por iniciativa do intelectual Mário de Andrade, o Coral Pau-

listano tem como missão incluir a música brasileira nas apresentações do Teatro Municipal. A criação do coral foi parte dos esforcos do movimento nacionalista que dominava a cena artística brasileira na época, especialmente entre os compositores. Esse coral se tornou um marco na história da música de São Paulo e um desdobramento importante da Semana de Arte Moderna de 1922.

Ao longo de sua trajetória, o Coral Paulistano foi dirigido por alguns dos maiores nomes da música brasileira, incluindo Camargo Guarnieri. Fructuoso Vianna. Miquel Arqueróns e Naomi Munakata. Hoje, sob a batuta da maestra Maira Ferreira, o grupo segue com a missão de interoretar arandes obras corais. levando a música erudita a públicos diversificados.

Geraldo Cunha: Bossa e Primavera

Era o preferido dos universitários nos anos 60/70...Com muita inspiração e competência acompanhou Maysa por todo o Brasil. Em Sampa, tocava na noite, como a maioria dos cantores e cantoras brasileiros. Compôs em parceria com Pery Ribeiro. Na bossa nova era Mestre.

Era, na PRIMAVERA DA VIDA, a bossa romântica...

Jovens, percorríamos os “points” da bossa nova: “BarBossinha”, ”IIIºWhisky” e “Jogral”, nos quais o Geraldo Cunha se apresentava. O “Rancho das Namoradas”, “Duas Contas” e “Este Seu Olhar”, ele já tocava assim que via a turma de universitários (as) chegando...

Quem diria: não sou CUPIDO mas atirei a flecha...rsrsrs

Rosemary Ventura disse...

Antes de conhecê-lo era sua fã de carteirinha. Fui conhecer o Bar Jogral e quando o vi pedir para ele cantar “Rancho das namoradas”.

Resultado: Estamos casados há 45 anos. Foi um tempo fértil de boas músicas. Inesquecível. Muito grata por esta postagem, Delmanto. Estamos fora da mídia vivendo em Guarapari/ES. Vou acompanhar o seu blog. Um abraço.

EXPEDIENTE

17 de junho de 2016 17:47

Delmanto disse... Valeu, Rosemary. Seu comentário enriquece a minha matéria. Que bom que sua história com o Geraldo Cunha tenha começado com a música “Rancho das Namoradas”. A minha geração foi fã de Geraldo Cunha. Um referencial na canção brasileira. Um grande abraço no Geraldo Cunha e em você. Sucesso. Saúde. Felicidades. Já somos amigos virtuais.

18 de junho de 2016 12:38

RESUMINDO: HÁ 45 ANOS ( OU + OU -) NA

SAUDOSA CASA DE SHOWS “O JOGRAL”, NA RUA AVANHANDAVA, EU PEDIA AO GERALDO CUNHA QUE CANTASSE “O RANCHO DAS NAMORADAS”, E VEJAM NO QUE DEU...(AMD)

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

E VIVA A PRIMAVERA!

Ah, a Primavera & o Amor, o Amor Primavera...

“Acorda, que lindo...

Mesmo a tristeza está sorrindo

Entre as flores da manhã se abrindo nas flores do céu.”

(Ary Barroso e Vinicius de Moraes)

Em plena primavera é bom relembrar a parceria de Vinicius de Moraes e Ary Barroso. O nosso poeta teve muitas parcerias, mas com Ary Barroso ficou marcada a linda canção “Rancho das Namoradas”. É um hino ao amor:

Rancho Das Namoradas (Vinicius de Moraes/Ary Barroso)

Já vem raiando a madrugada

Acorda, que lindo

Mesmo a tristeza está sorrindo

Entre as flores da manhã se abrindo nas flores do céu

O véu das nuvens que esvoaçam

Que passam pela estrela a morrer

Parecem nos dizer que não existe beleza maior do que o amanhecer

E no entanto maior, bem maior do que o céu

Bem maior do que o mar, maior que toda natureza

É a beleza que tem a mulher namorada

Seu corpo é assim como aurora ardente

Sua alma é uma estrela inocente, seu corpo uma rosa fechada

Em seus seios pudores renascem das dores

De antigos amores que vieram mas não era

Um amor que se espera, o amor primavera

São tantos os encantos que para os comparar

Nem mesmo a beleza que tem as auroras do mar

2 comentários:

1 - Dois dos melhores compositores do Brasil. Ary Barroso com músicas consagradas e o nosso poeta Vinicius de Moraes, marcando o “amor primavera” no coração de todos que estão sintonizados com a vida...

E vai num crescendo, crescendo até o clímax. O Quarteto in Cy e o MPB4 dão excelente roupagem vocal à poesia de Ary e Vinicius.

É uma viagem... (carla.bueno2011@bol.com.br)

2 - Linda, linda!!!

Uau! Viajei...Voei...Eu quero...

Estou com saudades do amor...o amor primavera... (mariceiaoliveira@yahoo.com.br)

A R T I G O

“Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira”

Fervi canela em pau e alguns cravos da Índia e depois aspergi aquela água perfumada por toda a casa.

Dizem que traz bom augúrio, dizia uma amiga.

Hoje resolvi fazer.

A gente sempre acaba lendo alguma coisa e respeito dessas mezinhas de outro ra mas, nunca realmente faz, ou por falta de tempo ou por puro esquecimento.

Nem a Mindy escapou, pois me acompanhou curiosa pela casa toda. E ficou farejando o perfume e lambendo as gotículas que caíram em seu focinho.

Durante essa benção pela casa, fiquei me lembrando de uma flor seca guardada cuidadosamente entre as folhas de um livro de poesias que abri por acaso.

Não me lembro dos versos daquela página, mas deviam falar do anseio no coração do poeta.

Pensava que quem a guardou com tanto cuidado oculta, tinha especial carinho por quem lhe deu a flor, quem sabe num passeio pela praça numa tarde onde encontrou-se com aquela pessoa especial.

Essas coisas que acontecem justamente na primavera, caminhando sonhadora por um tapete de flores.

Talvez fosse guardado por uma das tias, flores de aço, que se mantiveram lindas e cálidas, apesar dos ventos e tempestades em suas vidas.

Uma pequena flor seca contando um segredo protegido entre páginas, num livro da estante.

Numa penúltima visita que fiz a uma delas, enquanto tomávamos um sorvete, naquela sua sala muito limpa e toda adornada de toalhas de crochê impecáveis, flores, fotos e bibelôs.

De repente, com olhos sonhadores, olhou pela janela, se fez saudosa de sua juventude e começou a me contar de um namorado que teve.

E que a presenteava com doces, flores e livros.

Só que ao mesmo tempo, depois surgiu um amor fulminante pelo meu tio, que era muito bonito e galante, e os doces encontros com o outro rapaz ficaram para trás perdidos na memória.

E varrido da memória por novos e vigorosos ventos de mudança.

Veio logo o casamento, filhos, vida difícil na fazenda.

E o moço sonhador ficou nas páginas do livro, como lembrança naquela florzinha seca.

ADELINA

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