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Considerado o maior comunicador do rádio brasileiro no século XX, o saudoso HÉLIO RIBEIRO foi ator, cantor, compositor, jornalista, advogado e professor. Seu programa “O PODER DA MENSAGEM” foi líder absoluto de audiência. A ele a nossa homenagem no Dia Nacional do Rádio.
A Rádio Emissora de Botucatu – PRF 8 foi a primeira rádio de Botucatu, em 30 de outubro de 1939. Essa rádio AM foi uma verdadeira escola que formou inúmeros radialistas e teve, para orgulho nosso, Angelino de Oliveira como seu Diretor Artístico.. Leia artigo na página 3
Uma experiência na pioneira PRF 8
EXPEDIENTE
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Revista PEABIRU, nº 26, de setembro de 2008
EMÍLIO PEDUTI: EMPREENDEDOR PIONEIRO EM COMUNICAÇÕES !
Homem de visão e voltado ao entretenimento, Emílio Peduti queria para Botucatu uma rádio como estava ocorrendo na capital da república (Rio de Janeiro) e em São Paulo. Em parceira com os Irmãos Bacchi, Emílio Peduti idealizou a criação, mediante ações participativas da população, de uma emissora de rádio O controle acionário era dele e dos Bacchi. E a 30 de outubro de 1939, surgia a Rádio Emissora de Botucatu – PRF-8. Tudo era novidade para Botucatu que se orgulhava dessa importante conquista. Com programas musicais, rádionovelas e programas de auditório, a PRF-8 ia fazendo sucesso. Um de seus diretores foi Angelino de Oliveira, consagrado compositor brasileiro.
RÁDIO EMISSORA DE BOTUCATU - PRF-8
Com a política muito forte na região, eis que era de São Manuel o governador Adhemar de Barros, a rádio que surgira de uma subscrição popular, mas com o controle dos capitalistas Bacchi e Peduti, foi vendida para o “esquema político” do governador, em nome de seu irmão Geraldo de Barros, sendo posteriormente passado o controle acionário para a família Paganini. O jornal “DEMOCRACIA”, de 08/01/1950, trazia a notícia:
“A venda da Rádio Emissora repercutiu mal nos meios pessedistas locais. Como noticiamos em nosso número anterior, a Rádio Emissora de Botucatu, sociedade anônima cujas ações estavam em sua quase totalidade em mãos de dois capitalistas botucatuenses, próceres do PSD, foi vendida pela vultuosa e absurda quantia de 1.400.000,00 cruzeiros, quando seu valor real não passa de 400.000, quando muito...” E arrematava: “O pasmo
dos pessedistas locais tem sua razão de ser, ainda mais, pelo fato da venda ter-se realizado na ocasião mesma em que se anunciava com grande estardalhaço a coligação de diretórios com o fito de obter grande vitória eleitoral para o partido, resultante da união de forças e de interesses, para o qual é essencial um bom veículo de propaganda, qual seja a nossa PRF-8”
De fato, acordou-se a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Botucatu, em 1949, lançamento de candidato único a Deputado Estadual na região (quando foi eleito o vereador Jayme de Almeida Pinto) e a eleição para Prefeito Municipal, em 1951, tudo com o APOIO DO ESQUEMA ADEMARISTA.
E Emílio Peduti se elegeu Prefeito Municipal em 1951 e viu a importância que teve a rádio em sua campanha. O apoio do esquema do Governador Adhemar fechava com o apoio a Adhemar nas próximas eleições. Peduti não apoiou Adhemar...
Peduti voltou a se eleger Prefeito de Botucatu nas eleições de 1959. Foi uma eleição difícil. Os ademaristas lançaram o candidato a vice-prefeito, Plínio Paganini, com José da Silva Coelho para Prefeito. Era grande a popularidade de Coelho. Dizem que Coelho perdeu a eleição poucos dias antes: Coelho e os ademaristas encheram a Praça do Paratodos, com a multidão indo até o Hotel Paulista. Pois esse foi o motivo da derrota. Alertados pela derrota que se aproximava, o esquema de Peduti passou um “pente fino” com argumentos persuasivos pelos bairros da cidade. E, como jogada final, Peduti trouxe para animar seu último comício, simplesmente o maior ídolo do cinema nacional: MAZZAROPI! Peduti ganhou as eleições, mas a oposição conseguiu eleger o vice-prefeito. Quando estava à frente da Prefeitura, pela segunda vez, em 1962, Emílio Peduti (eleito em 1959), Pedutão sentia que as coisas não andavam bem... Já adoentado, Pedutão enfrentava feroz oposição... O recrudescimento da oposição poderia ser classificado por um observador mais otimista como feroz, mas realmente era desumano e cruel... E Peduti via,ao mesmo tempo, a volta triunfal do velho Adhemar... O acerto de contas estava começando... Alguns vereadores situacionistas já começavam a formar o Bloco Independente PEDUTI COMEÇAVA A FICAR SÓ...Era pouco apoiamento político que dispunha. A partir de janeiro/1963, Adhemar Pereira de Barros já exercia novamente o cargo de Governador de São Paulo. Em 04/03/1963 Pedutão faleceu...
RÁDIO MUNICIPALISTA DE BOTUCATU
Foi antes do agravamento de seu estado de saúde, que Emílio Peduti realizou, em 1962, mais um grande empreendimento: a fundação da RÁDIO MUNICIPALISTA DE BOTUCATU. Era importante a atuação de uma emissora junto à população. Em sua primeira eleição, Peduti já sentira isso Agora, em uma fase difícil na política, chegara à conclusão que precisava contrabalançar as forças da comunicação radiofônica E pela segunda vez, fundou uma rádio em Botucatu. Foi um grande empreendedor no ramo das comunicações.
LEITURA DINÂMICA
1
- DIA DO RADIALISTA - homenagem ao saudoso ADALBERTO MATOS, consagrado comunicador do rádio botucatuense, tendo atuado por 40 anos na PRF-8! (Publicação de 21 de setembro de 2019, no Facebook)
Comentários:
Jacira Amaral: Foi considerado a voz mais bonita da Região, lider em comunicação.
José Maria Benedito Leonel: Esse foi mestre.Saudade.
Rene Alves de Almeida: Adalberto.Mattos de Almeida...... grande mangueira.... Fui feliz em trabalhar juntos na f 8... . sequência de sucessos.... encontro da tarde.....Elias Francisco Ferreira....Chico Ferreira... Nossa como a f 8 fez gente importante no mundo do rádio....…
Suely Vidotto Bassetto: Ouvia diariamente o programa dele.
Bahige Fadel: Grande cara e excelente radialista.
Liliane Antunes: A voz mais bonita do rádio botucatuense
Neder Filho Quanta lembrança. Sequência de sucesso programa que começava meio dia e ia até duas horas. Os discos chegavam e somente ele podia tocar. A discoteca era perfeita. Quanta saudade.
2– A F 8 sempre fez cobertura política na eleições e o debate entre os candidatos era muito esperado pela população, lembro quando atuei como mediador do debate dos candidatos a Prefeito Municipal de Botucatu (2008): Waldemar Pinho, Bosco, João Cury e Panhozi. As fotos registram esses acontecimentos da tradicional PRF-8 de Botucatu.
A primeira rádio da cidade continua, assim, a marcar a vida de nossa sociedade civil, levantando as suas reivindicações e os seus caminhos políticos em busca do desenvolvimento sustentável.(AMD)
3
– Plínio Paganini foi o grande e competente comandante da Rádio Emissora de Botucatu. Desde a criação do programa “O PALANQUE”, em 1964, além do já tradicional “Reino da Gurizada” e da realização dos eventos radiofônicos que ficaram tradicionais em Botucatu, como o “Dia das Mães” e as “Olimpíadas Infantis Plínio Paganini”. É registro histórico.
MEUS MEDOS
Bahige Fadel
Eu, como a maioria das pessoas, sempre tive meus medos. Desde criança até agora. Medos pequenos, medos maiores. Pequeno, na viagem ao Brasil, o medo do mar. Aquelas ondas gigantes, aquela agitação do navio, os enjoos. Dias e dias a fio só vendo água e tendo enjoos. E eu tinha apenas cinco anos. Meu Deus! Quando isso vai acabar? Mas acabou. Sobrevivi. No Brasil, o medo do novo e do estranho. Tudo era novo e estranho. A língua. Como iria aprender aquela língua estranha? Somente algumas palavras parecidas, nada mais. Arroz, açúcar. Mais tarde, fiquei sabendo que o português tem várias palavras árabes. No entanto, foi mais fácil do que imaginava. Os novos amigos brasileiros ajudaram muito. Superei.
de meus pais, apenas. Medo de tomar a decisão errada. Medo de não superar a dificuldade. É barra, amigo! E eu era apenas um adolescente. Tornar-me radialista ajudou muito em minhas decisões. Descobri qualidades que poderia utilizar em minha vida profissional.
Depois, o medo da cidade grande. De Pardinho, vim para Botucatu. Na minha visão de menino de onze anos, cidade gigantesca. E sem a presença dos pais. Mas tinha que vir para estudar. Meu pai dizia que não tinha vindo ao Brasil para ter filho burro. O medo era quase insuportável, amenizado pela presença de meu irmão de treze anos de idade. Nessa época, vivi os maiores medos de minha vida. Sobrevivi.
Logo depois os medos das incertezas do futuro. O que fazer para superar as dificuldades financeiras da família? Meu medo talvez fosse menor que o medo
Veio a idade adulta. Vários medos, mas em condições melhores. Afinal, um adulto com boa formação e uma família bem estruturada ajudam. Na vida profissional, no início, o medo de não conseguir aulas suficientes para sustentar a família. Mas para quem tem a esposa que eu tenho, tudo fica mais fácil. Fomos vencendo as dificuldades, uma a uma, e superando os medos. Sacrificar alguns luxos e prazeres foi a grande virtude. Nessa época, vieram os medos do regime militar. Eu era jornalista e professor. Duas atividades perigosas para a época. Lembro-me de quando fui ameaçado ao noticiar uma greve de estudantes. Foi terrível. Na sala de aula, todos os cuidados possíveis. Seguir as regras foi meu segredo. E as regras eram claras. Aguardar o momento oportuno para lutar pelas mudanças. Conhecer suas forças e limitações era fundamental. Nunca abrir mão da verdade e nunca enfrentar o impossível. E assim o tempo foi passando. Veio a velhice. É inevitável. Parecia que os medos tinham ficado no passado. Fim de todos os medos, pensei. Ledo engano. Nunca imaginei que voltaria a sentir medo. E hoje tenho muito medo de expressar minhas ideias. É um medo triste. Angustiante. Medo de dizer o que se pensa é um dos piores medos que uma pessoa pode sentir. Mas estou certo de que isso também vai passar. Como diz o dito popular: Como não há bem que sempre dure, também não há mal que nunca se acabe. Esse medo também vai passar. Disso eu tenho certeza.
"Extremos"
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
"Viver é como caminhar em uma corda bamba entre o caos e a ordem. Precisamos do caos para criar, para questionar, para nos reinventar. Mas também precisamos de ordem para nos mantermos de pé, para não nos perdermos em nossos próprios labirintos. O equilíbrio é frágil, e a vida é essa constante dança entre os extremos.”
– Milan Kundera
A Insustentável Leveza do Ser
Pés no chão e foco, que agora começamos nova etapa.
Baixando da nuvem, e depois de muita reflexão, cheguei a algumas conclusões vitais.
Sempre soube que nada é por acaso.
Muitos me perguntaram: Como e porque você escolheu a sua editora?
Parei e pensei : porque foi mesmo?
A primeira resposta foi prática; achei que era a mais barata.
Básicamente foi isso.
Já tinha contatado algumas editoras e cheguei até a enviar um texto para uma editora do Rio de Janeiro no ano de 2022.
Mas não deu certo, mais que por insegurança minha.
Hoje posso dizer que foi um grande aprendizado desde a escolha da editora, como todo o trabalho que fizemos juntos posteriormente.
Eles me enviaram uma jovem porta-voz a Maria Fernanda, que me aguentou todos estes meses.
Eu tive que eleger entre as minhas muitas crônicas, ou mesmo entre as minhas pequenas novelas, fazer o PDF de todas elas,
enumerá-las, resolver se queria ilustração, o design da capa, enfim tudo o que compôs o meu primeiro livro.
Tivemos muitos percalços, e muitos acertos.
Hoje posso dizer com muita certeza que nada é por acaso.
Não foi o preço, porque agora sei que posso editar livros sem custo e colocá-los á venda nas plata-
formas digitais.
Descobri que a Filos Editora-"Projetando pensamentos": da qual, tenho muito orgulho de fazer parte agora, além de todo o trabalho com escritores e a impressão dos seus livros, tem um trabalho filantrópico que ultrapassa as fronteiras do estado de São Paulo e do Brasil junto às crianças.
O projeto se chama "Dando asas á imaginação", que visa transformar crianças e jovens em escritores.
Esse trabalho é feito em comunidades indígenas, favelas, aonde as nossas crianças mais precisam de apoio e orientação e principalmente: abrir portas para a realização de sonhos.
Esta editora transformou meu sonho em realidade palpável, colocou meu primeiro livro : "Da Pandemia á Academia "na badalada 27a Bienal do Livro em São Paulo.
Para só terem uma mínima idéia do que foi essa Bienal, em matéria de frequência: esteve com os ingressos esgotados em todos os dias.
Quando escutávamos que alguma livraria fechou suas portas e tristemente achávamos que os dias dos livros estariam contados, vemos que é todo o contrário!
Filos Editora vai buscar novos e jovens escritores, e no meu caso, da "melhor idade" e proporcionar a realização de sonhos e melhorar a educação e meio de vida das crianças e jovens brasileiros.