Edição 1213

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Prédio onde funcionou a Boate Floriano desaba na região central da Cidade deixando vítimas

Um dos prédios mais conhecidos de Botucatu, onde funcionou, por vários anos na década de 2000, a Boate Floriano, na Avenida Floriano Peixoto, região central da Cidade, desabou na tarde desta terça-feira (24). As causas do desabamento serão investigadas.

Como naquele trecho da avenida o número de pessoas e de veículos é bastante acentuado, várias testemunhas ouviram e presenciaram a queda do prédio. Em frente ao prédio está instalado um ponto de ônibus.

A queda do prédio deixou um saldo de três pessoas feridas, uma de natureza grave, que foram conduzidas pela equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC), da Unesp, em Rubião Júnior

A Defesa Civil do Município, assim como a Guarda Civil Municipal (GCM) compareceram ao local e fizeram o isolamento da área. Também os peritos da Polícias Técnica Científica foram acionados para coletar dados e registrar imagens do prédio desabado e confeccionar o laudo pericial. (Tribuna de Botucatu)

Como naquele trecho da avenida o número de pessoas e de veículos é bastante acentuado, várias testemunhas ouviram e presenciaram a queda do prédio

“Máximas”

“Sabe porque você incomoda? Você não pede! Não finge! Não depende!”
“Autor desconhecido”

Eis a questão!

O colibri entrou pela janela e não pressentiu que tinha sido atraído para a armadilha da gaiola dourada.

Ficou um bom tempo se preparando para bebericar o néctar da linda flor ali á sua frente.

Encorajou-se, seguiu em frente, sugou delicadamente para não ferir a delicada flor.

Foi quando se deu conta do engodo.

Tinha entrado deliberadamente na armadilha dourada que docemente o atraíra com sua beleza e encanto.

Desesperado, percebeu-se sem saída.

Sua primeira tentativa foi debater-se muito, até suas pequenas asas o deixarem totalmente exausto.

Buscou um remanso no lustre de cristal.

Ficou ali para um descanso, preparando-se para uma tentativa estratégica e sair livre.

Não conseguia ver saída para o jardim pelas janelas totalmente abertas para o seu voo.

Buscou dentro da armadilha encantada um pouso seguro, para mais tarde buscar sair.

Nas várias tentativas que se seguiram deixou um fino rastro de sangue das suas pequeninas asas feridas no teto branco.

Não percebeu em sua ânsia de prisioneiro, que havia no beiral de uma das janelas um copinho com água doce e algumas migalhas de pão para saciar sua fome e sede.

Alguém deixou estrategicamente, mostrando bem a frente a liberdade.

Demorou a entender a oportunidade.

Quantas vezes na vida nos sentimos atraídos para uma armadilha atraente.

Nos machucamos tentando agradar nossos juízes, submetendo-nos a intrincados voos desnecessários.

Sabemos que toda experiência dolorosa faz parte de um crescimento e expansão de consciência.

Machucamos nossas asas.

O ânimo fica abatido, mas as etapas do medo e do aprendizado, do conhecimento, nos faz superar as barreiras, tanto que vamos além das fronteiras conhecidas.

Depois ficamos ali lambendo as feridas, nos curando silenciosos.

Nada é em vão, pois mostramos: primeiro para nós mesmos, que nada poderá nos deter e depois aos outros, que se arvoram em nossos juízes, que o céu é o limite.

O universo está ali nos dando a chave.

Demoramos a entender que não dependemos de subterfúgios, nem de títulos honoríficos, nem de aparências.

Nos tornamos imortais.

Como diz meu guru, Mario Quintana:- “Eles passarão, eu passarinho”.

O sol, o ar fresco, a liberdade nos aguarda ali à frente.

Basta deixar as amarras ...

Viagens # Fé

Na Matriz de Saint-Pierre-Saint-Paul, única erguida na Revolução Francesa

Admito que entrei nessa igreja só porque fica perto do hotel onde nos hospedamos na capital francesa. Lugar calmo, bom para meditar, lá descobri algo curioso: a Église Saint-Pierre-Saint-Paul de Courbevoie (Igreja de São Pedro e São Paulo) é rara por ter sido a única erguida durante a Revolução Francesa, quando houve grande perseguição aos cristãos.

O templo atual fica no topo de uma estrada curva existente desde a época romana, que vai das margens do Rio Sena ao planalto de Courbevoie, na estrada para Saint-Germain-en-Laye. Esse lugar de culto sempre houve ali, ininterruptamente, durante cerca de 500 anos. Tanto que existiu uma capela primitiva, demolida na Guerra dos Cem Anos

Entre 1790 e 1791 outra igreja foi ali erguida, graças à determinação e fé do seu construtor, o Padre Pierre Hébert, vigário de Courbevoie, que acabou guilhotinado em julho de 1794, por ter sido injustamente acusado de conspirador.

E importante é lembrar que o templo que hoje se vê foi feito em três períodos distintos: durante o Renascimento (uma capela), depois em meio ao período revolucionário (a rotunda elíptica e o peristilo) e, por último, no fim do século 19 (a atual nave e o coro).

Artisticamente, a igreja mantém na entrada do coro, duas telas representando seus patronos: à esquerda, o óleo “São Paulo pregando diante do Areópago”, de Édouard Debat-Ponsan, de 1877; e à direita, o “Livramento de São Pedro”, tela pintada por Louis Auguste Lombard, em 1871.

Em 1872, foram instalados nos corredores seis vitrais grisaille executados por Louis Chovet, os quais foram destruídos na 2a Guerra, durante bombardeio em 1943. Já

o órgão do templo é novo, de 2011, inspirado nos do século XII, construído por Bertrand Cattiaux.

No seu interior, do alto do púlpito, no domingo, 31 de janeiro de 1954, o Padre Henri Antoine Groués (1912-2007), mais conhecido por Abbè Pierre, fundador do Movimento Emaús (organização que luta contra a exclusão social), fez um apelo para angariar ajuda aos desabrigados que sofriam num inverno rigoroso. O apelo por generosidade, retransmitido pelo rádio, arrecadou 500 milhões de francos.

Classificada como monumento histórico em 1971 e listado como bem do patrimônio arquitetônico francês, a igreja de São Pedro e São Paulo faz parte do patrimônio da cidade de Courbevoie, situada ao norte de Paris, na zona de La Défense (A Defesa), um dos distritos de negócios mais importantes da Europa.

* Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

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