Edição 1220

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Diário da Cuesta

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É EMBLEMÁTICO: SÃO FRANCISCO !!!

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São Francisco de Assis, foi um frade católico nascido na atual Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Nascimento: Assis, Itália; Falecimento: 3 de outubro de 1226, Assis, Itália. Pais: Pica de Bourlemont, Pietro di Bernardone.

Em 4 de outubro comemora-se o Dia Mundial dos Animais e Dia de São Francisco, data escolhida em memória ao dia do falecimento de São Francisco, que ocorreu em 3 de outubro de 1226

INCÊNDIO CRIMINOSO?

Incêndio de grandes proporções, na quarta-feira, destruiu área de vegetação e se aproximou de residências no bairro Lavapés, em Botucatu. As chamas tiveram início por volta das 13 horas e se espalharam rapidamente às margens da Rodovia Marechal Rondon. A intensidade das chamas atingiram um condomínio, com as chamas derretendo a cobertura do estacionamento. Um bambuzal atrás de escola também foi consumido. Os alunos foram dispensados. Corpo de bombeiros, Defesa Civil e populares cambateram as chamas controladas por volta das 18 horas. Um homem de 42 anos foi detido pela Guarda Civil Municipal, apontado como possível autor do incendio. (Fonte: Notícias Botucatu)

Foto Acontece Botucatu

“Digressão”

“A felicidade está nas coisas calmas, ordinárias. Uma mesa, uma cadeira, um livro com um cortador de cartas enfiado nas páginas. A pétala que cai da rosa, e a luz baluginante enquanto sentamos em silêncio ou, talvez, lembrando-nos de alguma besteira, de repente nos rimos.”

Woolf

Saboreando um capuccino e ouvindo uma música, nesta tarde chuvosa, voltei no tempo. Um tempo não muito longínquo.

E aí sorrio pensando o que seria esse tempo?

Lembrei de um comentário a um post sobre o Dia do Idoso, que por acaso comemora-se hoje.

Em seu comentário o amigo, apesar de sua idade, não se sentia um idoso e percebi que concordo com ele, também não me sinto uma.

Houve um tempo em que saia cedo de casa e descia da minha casa até a Rua Amando.

Dava uma parada na loja do Boticário para comprar algum presente.

Depois seguia caminho até uma loja de aviamentos que ficava numa esquina da General Telles.

Às vezes comprava uma baguete recheada e um delicioso bolo de frutas na Padaria Jacarandá.

Seguindo a caminhada descia a Quintino Bocaiuva e indo até a Rua Amando dava uma parada na Lojika.

Isso antes da boa reforma que fizeram lá.

As vezes encontrava algumas amigas pelo caminho e conversávamos um pouco.

Depois ia ao Banco.

Aproveitava para almoçar num restaurante em frente o Café do Ponto.

Sempre encontrava por lá um ou outro conhecido.

De lá passava pelas Lojas Pernambucanas e atravessava a rua para comer um petit-gateau no Chiquinho.

Tudo muito apreciado e saboreado com aquela leveza do dia de férias.

E só então retornava para casa.

E a sensação era daquela felicidade das coisinhas simples em minha própria companhia.

E vinha a hora da sesta, Mindy deitada ao lado do meu cadeirão recebendo de vez em quando um ou outro afago, ao que se espreguiçava sorrindo.

Então vinha a hora de assistir um capítulo de uma das minhas séries favoritas.

Básicamente muito disso mudou.

Dia desses dei-me conta que preciso retomar esses programinhas matutinos, nem que seja para ficar na fila do Idoso no Banco

Buscando quadros de idosos para ilustrar a crônica, percebi que poucos se atrevem a pintar rostos de idosos.

Meditei sobre isso intrigada, e cheguei a uma conclusão simples.

Quem se atreveria a tentar reproduzir tantos intrincados caminhos, experiências de vida em seus sulcos e rugas?

Aventurar-se a perder entre os claros e escuros das marcas que o tempo criou?

Acabar esquecendo uma só dessas tantas e belas inusitadas cores de uma vida?

É preciso muita sensibilidade para adentrar nesses intrincados e lindos rostos para reproduzir com um mínimo de autenticidade as muitas lições e sensações que os anos ali esculpiram a ferro e fogo.

Há que se pedir licença e benção ao ser humano á nossa frente e tentar com muito carinho e cuidado desvendar cada sorriso, brilho de olhar longínquo que conseguir captar.

Identificar na paleta a verdadeira cor desse semblante em sua suave e desvanescente pele que as muitas manchas das inúmeras primaveras, verão, outonos sombrios e invernos com seus ventos ali o cinzel do tempo esculpiu.

É EMBLEMÁTICO: SÃO FRANCISCO !!!

Nasceu em Assis (Itália), em 26 de setembro de 1181, com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone. Sua família era rica e tinha muito prestígio.

A Conversão

Conta-se que em 1206, orando na capela de São Damião, em Assis, Francisco ouviu de Deus as seguintes palavras: “Vá, Francisco, e restaure a Minha Casa!”. Imaginando tratar-se de reconstruir a Capela, volta para casa, vende boa parte dos tecidos do pai, e entrega-se ao serviço de Deus e dos miseráveis.

Em 1208, afinal compreende o sentido da mensagem: restaurar a igreja como instituição, uma vez que ela havia se desviado dos ensinamentos de Cristo e vivia cercada de opulência. Faz votos de pobreza e começa a pregar sua doutrina.

Francisco de Assis, decidido a cumprir as Escrituras Sagradas, passa a viver voltado apenas para o espírito. Seus sermões eram cada vez mais frequentados, sua fama vai se espalhando e as pou-

cos já tinha seguidores, dispostos a formar uma nova ordem religiosa.

Em 1208, pede autorização ao papa para fundar uma irmandade mendicante. Em 1219 estava fundada a “Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis”, que se instalou em cabanas no alto dos montes e no interior das cavernas, renunciando qualquer forma de propriedade.

Quando visitei a túmulo de São Francisco, em Assis, tive a mais intensa comoção. Espontânea. Num ambiente discreto tinha destaque a túnica de São Francisco...

São Francisco era mal visto e invejado pela Igreja como um todo. “Um frade maltrapilho envergonha a Igreja!”

Mas o Papa Inocêncio III aprovou a congregação de Francisco e lhe deu a missão de pregar a conversão, e aos frades que o acompanharam, permitiu que fizessem os votos clericais para que pudessem pregar a palavra divina.”

A Igreja Católica Romana passava naquela época pela mesma provação por que passa agora. Era um período onde a descrença e a grande diminuição da sua interação com seus fiéis eram uma realidade.

Tema para meditação!!! (AMD)

A túnica de São Francisco de Assis

Viagens # Fé

Uma mística visita ao belo Santuário de Lourdes

De Paris, pegamos o TGV, trem de alta velocidade que percorreu pouco mais de 800 quilômetros, em seis horas e meia, para nos conduzir ao belíssimo santuário mariano encravado nos Pirineus franceses. Hoje, com pouco mais de 15 mil habitantes, a pequena cidade de Lourdes, onde em 1858 uma adolescente de 14 anos teve seguidas visões de Nossa Senhora, abriga um dos maiores centros de peregrinação do mundo católico.

Sexagenário , pessoalmente para lá me dirigi em busca da renovação do meu batismo, que é uma grande graça pessoal e nisso os católicos pouco pensamos durante a vida. Quis ir a Lourdes para agradecer e para aprender a sair de si para rezar, para avaliar mais os bens espirituais e pedir pela conversão de quem amamos.

Acompanhou-me

Regina Célia, impressionada com a beleza das paisagens e com a grandeza do complexo mariano e de suas três basílicas, que ocupam uma área de 53 hectares, onde são celebradas 10 mil missas por ano. A propósito, o título basílica dado a uma igreja é uma distinção papal.

dimensões (12 mil metros quadrados e capacidade para 20 mil fiéis), é subterrânea e estende-se ao longo da grande esplanada das procissões, inaugurada em 1958.

Cada basílica de Lourdes foi construída em resposta ao crescente número de peregrinos: desde as aparições à Bernadete Soubirous até o início dos anos 1960. Cada uma tem uma arquitetura particular e única e é decorada com arte.

Numa das capelas do imenso templo mariano, tive a honra de conhecer o Padre Paulo Dalla Dea, brasileiro que há alguns meses atende os peregrinos de língua portuguesa, cujo número tem aumentado. Ouvindo-o com atenção entendi ser a espiritualidade de Lourdes profundamente batismal, leiga e feminina, por ser protagonizada por duas mulheres: Maria e Bernadete. Portanto, lá tudo tem base na oração, na conversão espiritual. Também nossa ida foi neste sentido, o que implicava em rezar por mim, para me converter. E converter, penso, nada mais é do que voltar ao primeiro amor, voltar ao primeiro toque de Deus na nossa própria vida.

Entrando no Santuário de Lourdes pela Porta de São Miguel, o peregrino encontra as duas primeiras basílicas. Aliás, a primeira capela, pedida pela Virgem Maria durante a 13ª aparição, é agora a Basílica da Imaculada Conceição, iniciada em 1866 com estilo neogótico, que fica acima da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, de estilo romano-bizantino, inaugurada em 1901. A terceira, a Basílica de São Pio X, uma proeza arquitetônica pelas suas

Então, creio que muitos peregrinos que vão para lá querem é voltar ao primeiro amor, renovar sua vida cristã, a sua vida batismal. Foi o que pretendi… Nem vou me estender porque Lourdes é algo inefável, infinito, de difícil descrição. Talvez algumas das imagens do painel possam traduzir nossas emoções.

Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

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