Edição 1244

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Origem da Festa de Todos os Santos

A ideia de homenagear todos os santos teria começado por volta do século IV, na Antioquia, quando se recordavam os santos mártires no primeiro domingo após Pentecostes. Mais tarde, no ano 835 d.C, o papa Gregório IV decide dedicar o dia 1º de novembro a todos aqueles que tiveram uma vida santa, mas não foram lembrados ao longo do ano, ou mesmo não foram reconhecidos como santos oficialmente pela Igreja. De acordo com as tradições da Igreja Católica, após a celebração da Festa de Todos os Santos (Festum Omnium Sanctorum, em latim) em 1º de novembro, celebra-se o Dia de Finados, em 2 de novembro Todos

IGREJA PROTESTANTE INDEPENDENTE - IPI

No dia 30 de outubro a Igreja Presbiteriana Independente – IPI, comemorou seus 120 Anos de existencia. Sua história é entrelaçada com a de seus pastores e membros que, em todos esses anos, testemunharam a fé reformada em Botucatu e deixaram as suas marcas na sociedade. Deus sustentou e tem sustentado essa igreja, por isso, cremos ela ser projeto de Deus para a nossa cidade. Fica aqui nosso convite para você caminhar conosco. IGREJA A GENTE VIVE!

(divulgação/Márcia Guedelha Blasi)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

DIA DE TODOS OS SANTOS

A Enciclopédia Católica define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, certos de que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão (o templo romano em honra a todos os deuses) a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: «Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa. ”

A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741) dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro . Não se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. A Enciclopédia

da Religião afirma: “O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os povos celtas durante todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha

A Igreja britânica tentou desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain . É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.”

Markale menciona a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De modo similar, a Nova Enciclopédia Católica afirma: “Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.

"Novembro"

Entre pasma e assustada adentro novembro sob os auspícios e bênçãos neste Dia de Todos os Santos

E como quem anda para trás e para os lados é caranguejo, só tem um caminho : seguir em frente.

Olhos cravados no horizonte, esperança enchendo o peito, fazendo planos bonitos e muito felizes para o futuro que está logo ali.

Não pude deixar de me visitar no passado, olhando algumas fotos de um casamento que ocorreu na família.

Aquelas fotos em branco e preto que fui virando com extremo cuidado e carinho, diria que com reverência e apreço por aqueles que já não estão entre nós.

Sentindo os olhos se marearem com lágrimas de saudades.

Me vi jovenzinha, magrinha, bonitinha, sentindo muita saudade daquela jovem que fui.

E viro a página resoluta e grata, com toda certeza que amei quem fui, mas adoro esse ser que me tornei.

Não voltaria nunca no tempo a menos que fosse com essa sabedoria que adquiri a duras penas.

E me vi rindo, querendo dar zoom em algumas fotos para aproximar tentando reconhecer algumas pessoas das fotos.

Olhei com amor, respeito e admiração aquelas que estavam ali estampadas e que não mais estão conosco, e as que permaneceram cruzando o tempo e espaço com a mesma amizade nos seguindo presentes pela vida, e sei que mesmo não nos vendo com frequência, quando nos encontrarmos o abraço será apertado.

Aquelas crianças das fotos que hoje são pais e mães de família com seus filhos e netos.

Aquele garotinho lindo e loiro passando o dedinho no enorme bolo branco sob o olhar e sorriso complacente dos noivos, hoje brinca com seus netinhos.

Uma coisa me passou pelo pensamento olhando aquela jovem e linda noiva levada pelo braço do pai, entrando na igreja depois de mim, sua dama de honra; nunca me vi nessa situação de noiva.

Fazer planos e sonhos, desenhar o vestido, imaginar sabores de bolos e uma bela festa com muitos convidados.

Plantar o sonho no futuro.

Não sabia ainda como.

Hoje entendo o porque sem nenhum pesar mágoa, sofrimento.

Simplesmente não era para ser.

O agora e o futuro está aí para criarmos e vivermos com a ajuda de Todos os Santos.

Viagens # Fé

Na Catedral de Santa Maria, em Burgos, terra do lendário guerreiro El Cid

Conhecida por seu cenário pitoresco no meio da Cordilheira Cantábrica, Burgos é uma bela comunidade autônoma de Castela e Leão, na Espanha. O seu nome oriundo do gótico significa cidade murada. E o mais impressionante é a quantidade de bens culturais e naturais, a começar de sua imponente catedral.

Demos nossos primeiros passos e logo, Regina e eu nos postamos diante do Arco de Santa Maria, portal imenso que cruza o rio Arlanzón, na entrada da parte antiga, precedida por uma ponte de pedestres. Cruzado o arco, como num túnel do tempo, vemos a Catedral de Santa Maria, inspirada no modelo francês de Reims, que também traz traços germânicos.

Erguida a partir de 1221, durante o reinado de Fernando III, aquele que os espanhóis chamam de “El Santo”, é uma verdadeira obra-prima gótica, reconhecida pela Unesco em 1984 como patrimônio da humanidade.

Outra atração próxima: o belo púlpito da igreja de São Lesmes de Abad, padroeiro de Burgos, nela sepultado e que, em vida, dedicou-se aos peregrinos do Caminho de Santiago, cuja rota passa por lá. E a poucos metros do templo ficam as estátuas de bronze de “Los Gigantillos”, figuras típicas que desfilam nas festas da cidade. Historicamente a vibrante capital castelhana me traz à lembrança a história de seu herói medieval, El Cid, descrito num filme épico de 1961, dirigido por Anthony Mann, e estrelado pelo ator estadunidense Charlton Heston (1923-2008) e pela atriz nonagenária italiana Sophia Loren. Ele faz o papel do guerreiro Rodrigo Diaz de Bivar (1043-1099), chamado de campeador (ou campeão) e ela, sua mulher, a bela Doña Jimena, representada na escultura de Joaquín Luccarini, de 1954, erguida numa ponte burgalesa. Nascido perto de Burgos no século 11, El

Cid procurava manter a paz entre os membros da realeza visando promover a unificação da Espanha, sendo depois chamado para comandar a resistência contra os invasores mouros.

Mais recentemente, Burgos, cujo centro tem um passeio arborizado (Paseo de Espolón) no qual se destacam os famosos “plátanos de sombra”, foi a capital da porção nacionalista rebelde da Espanha no decorrer da Guerra Civil, entre 1936 e 1939, sendo a sede do governo do general Francisco Franco (1892-1975), num dos períodos mais conturbados da história contemporânea.

• Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

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