Edição 1250

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Diário da Cuesta

GRANDE EVENTO NO CENTRO CULTURAL LUSO BRASILEIRO

A Caridade Portuguesa anuncia a abertura de nova exposição em seu Instituto da Cultura Luso Brasileira. Com o título “Humanos que Florescem”, a exposição convida o público a refletir sobre o conceito de florescer, tanto individual quanto coletivamente e, como a arte pode capturar e retratar este processo.

“Repensar o conceito de Florescer é especialmente relevante diante dos desafios urgentes que enfrentamos hoje, coo mudanças climáticas, desigualdade social, a crise de saúde mental e a evolução tecnológica constante”, esclarece a curadora Adriana Scartaris. Página 2

Caridade Portuguesa Maria Pia recebe a exposição

“Humanos que Florescem”

A Caridade Portuguesa anuncia a abertura de nova exposição em seu Instituto da Cultura Luso Brasileira. Com o título “Humanos que Florescem”, a exposição convida o público a refletir sobre o conceito de florescer, tanto individual quanto coletivamente e, como a arte pode capturar e retratar este processo.

“Repensar o conceito de Florescer é especialmente relevante diante dos desafios urgentes que enfrentamos hoje, coo mudanças climáticas, desigualdade social, a crise de saúde mental e a evolução tecnológica constante”, esclarece a curadora Adriana Scartaris.

Os temas abordados na exposição incluem etarismo, igualdade de gênero, equidade, mudanças climáticas, justiça social, saúde mental, identidade, diversidade, desigualdade econômica, política e memória coletiva.

A exposição “Humanos que Florescem” será aberta ao público no dia 09 de novembro, das 15 às 18h, na sede da Caridade Portuguesa. Cada um destes tópicos contribui para uma reflexão abrangente sobre o significado de florescer e como podemos trabalhar juntos para criar um futuro mais sustentável, inclusivo e significativo.

Todos estão convidados a participar deste momento especial e a explorar as belas obras dessa incrível exposição.

Sobre Adriana Scartaris:

Adriana Scartaris, designer de interiores com 39 anos de experiência, tendo concluído mais de 307 mil m² de obras em todo o Brasil e no exterior. Com sede em São Paulo, atende um público de alto padrão com projetos e consultorias em todo o mundo.

Para promover conexões entre o Brasil e Portugal pelo mercado criativo, conta com o projeto Coletivo 284 em Lisboa, num espaço com o propósito de aproximar artistas, designers, indústrias e público por meio da arte. Atualmente, é líder de um projeto inclusivo de formação para artistas e jovens profissionais, chamado Clube de Artistas Oficial. (Acontece Botucatu)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

PROSA PUXA PROSA

Quando escrevi meu livro “Momentos Felizes 9” pg 14/16, mencionei a presença de um dupla que fez muito sucesso musical, música raíz, em Botucatu e São Paulo, mas em especial na capital. Tratava-se de uma homenagem aos Botucatuenses Raul Torres (1906-1970) que em companhia de Antenor Serra (19171978)/Serrinha, foram pioneiros nas composições e cantorias da música genuinamente brasileira conhecida como música caipira e modernamente sertaneja.

Anteriormente aos dois, já havia aportado em Botucatu aos 6 anos de idade, ele que se tornou um dos maiores compositores e violeiros do Brasil da também chamada Música Regional, Angelino de Oliveira (1889-1964) natural de Itaporanga-SP. “Botucatu no início do século XX conviveu com esse trio de homens que tinham em seu sangue o gosto pela música chamada caipira e dedicaram-se profundamente à sua arte – da Botucatu antiga considerada “boca do sertão” formaram um painel artístico de quase um século da música e da cultura brasileira” . Portanto, esta crônica é uma grande homenagem ao trio mais famoso de Botucatu no campo da cultura musical: – ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E ANTENOR SERRA. (1)

Lendo esta introdução minha mente viajou e viajou muito ! – O trio formado por esses homens de Botucatu que levaram a música sertaneja para todos os recantos do Brasil e também para o exterior quando as Rádios de maior potência entraram no ar (1930) a fabricação dos discos de vinil tomou conta do mercado, a memória entrou em ebulição e na agitação do espírito foram surgindo um número infinito de trios que eu passo a enumerar, apenas alguns, para não cansar o eventual leitor desta crônica.

- Quando menino e coroinha havia uma fixação quando Jesus se definiu como o Caminho, Verdade e Vida, seguida de Pai, o Filho e o Espírito Santo; não havia como esquecer do Céu, Purgatório e Inferno e no dia 6 de Janeiro a lembrança dos Reis Magos como Gaspar, Belchior e Baltazar mantendo sempre a Fé, Esperança e Caridade como ensinamentos perpétuos.

Nos tempos do Colégio (1954) como narrado para o próximo livro, a professora dona Heliodora , lecionando História Geral, falava da Roma antiga evocando a figura do Imperador Júlio Cesar informava que o arrogante Cesar, voltando vitorioso da Gália proclamou alto e solenemente: Vim, Vi e Venci; dizia também que na lógica de Aristóteles, as operações da mente, resumidamente eram: apreensão, raciocínio e juízo; Comentando sobre os Faraós e Pirâmides Gizé citava sempre as mais famosas: Quéops, Quéfren e Miquerinos); em época mais recente (165 anos) para ser exato trazia para os alunos a Revolução Francesa (1789) com seu famoso bordão: Liberdade, Igualdade, Fraternidade e em Minas Gerais o triângulo dos Inconfidentes ficou sendo este: Libertas,

Quaesera Tamen. Quando concluí meu curso universitário, a indumentária para a colação de grau e baile era obrigatório a calça, colete e paletó. A Diretoria permitia que na sala de lazer, em espaço aberto seria permitido o cigarro, o cachimbo e o charuto; no dia seguinte, no grande almoço em churrascaria da cidade, o comensal poderia optar entre o filé bem passado, filé malpassado e filé ao ponto.

Voltando ao início desta terceirizada crônica, a memória não se esquece de que: alguns trios da chamada música caipira (modernos não aceitam o adjetivo – só aceitam sertanejos) ficaram famosos e a até hoje são lembrados: Raul Torres formou trio com Florêncio e Rieli; Serrinha formou trio com Rielinho e Caboclinho ficando conhecido como os “3 batutas do sertão”. Em conclusão aos triunviratos famosos posso acrescentar um que é assustador: o Triângulo das Bermudas!; como adoçante para terminar o Trio Irakitan, Trio Esperança, Trio Los Panchos e os Três Tenores ficando assim quase moderno.

(1). Excerto do Livro “Eu nasci naquela serra”, Paulo de Oliveira Freire, Ed. Paulicéia, 1996, 1ª ed.S.Paulo.

Viagens # Fé

Sobre a Ponte Romana, em Cangas de Onís

Celebrizada como a Ponte Romana, também chamada de “Puente Vieyu” ou Puentón, é um dos símbolos mais emblemáticos do Principado de Astúrias, norte da Espanha. Por essa passagem pictórica se entrava em Canicas, nome primitivo da atual de Cangas de Onís, então vista como “a menor das cidades, a maior das capitais” no seu brasão de armas.

Com Regina Célia avistei a ponte sobre o rio Sella, que substituiu a primitiva, erguida há mais de dois mil anos, sendo que a que lá vemos é da época medieval, construída no final do século XIII. Estilizada e mítica, a ligação tem três arcos desenhados com traços do estilo românico de transição ao gótico, que são levemente apontados.

No arco central da ponte há uma reprodução da famosa Cruz da Vitória, obra de ourivesaria do começo do século X, guardada na Catedral de Oviedo. A rara peça traz no verso a seguinte frase latina: “Hoc signo tvetvr pivs. Hoc signo vincitvr inmicvs” (Com este sinal o piedoso é protegido. Com este sinal o inimigo é vencido).

Além do mais, a cidade é lembrada por sediar a Batalha de Covadonga em maio de 722, fato que representou o início do processo de reconquista da Península Ibérica pelos católicos, após a invasão islâmica no início do século oitavo. Essa guerra auxiliou na criação da lenda em torno do rei Pelayo (685-737) e da formação do Reino das Astúrias, com sede em Cangas de Onís. Portanto, esta singular localidade ganhou

nesse tempo o seu maior destaque e se tornou a capital. Porém, apenas em 1908 lhe foi concedido o título de cidade pelo rei Alfonso XIII, em reconhecimento à sua contribuição para a história espanhola.

Com tranquilidade caminha-se pelas suas poucas ruas e, na praça central, fica a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, edificada sobre um antigo templo medieval, reformada no século dezoito e que sofreu danos durante a Guerra Civil Espanhola. O templo tem seis sinos e belos vitrais.

Com pouco mais de seis mil habitantes, hoje Cangas de Onís é descrita como uma localidade régia e histórica, montanhosa e serrana, comercial e ribeirinha. E mais: é uma terra de pastores, de bons queijos, situada na porta de entrada dos Picos da Europa

• Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

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