A cidade de São Manuel recebeua visita de Silvia Renate Sommerlath e Rei Carlos XVI Gustavo, membros da realeza da Suécia.
A Rainha e o Rei, acompanhados também do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, participaram da inauguração da estação ferroviária do município, que leva o nome da mãe de Silvia, Alice Soares de Toledo. Durante a visita, a comitiva real também esteve na Igreja Matriz de São Manuel, em um abrigo para idosos e na casa onde o bisavô da Rainha morou. Em discurso, a Rainha agradeceu as autoridades pela homenagem e destacou que a estação foi a porta de entrada para São Manuel, onde guarda muitas lembranças. A comitiva foi embora ao final do dia.
Silvia nasceu na Alemanha, em 1943, e é filha do empresário alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo, que é natural de São Manuel. Ela se casou com o Rei Carlos XVI Gustavo em 1976 e os dois têm três filhos.
Realeza Sueca visita São Manuel
Realeza Sueca visita São Manuel e participa de cerimônia emocionante em homenagem a Alice Soares de Toledo Sommerlath
No último dia 5 de novembro, São Manuel recebeu uma visita de grande importância histórica e cultural: o Rei Carl XVI Gustaf e a Rainha Silvia Renata de Toledo Sommerlath, da Suécia. Acompanhada por familiares, a Rainha veio a São Manuel para agradecer pessoalmente pela homenagem prestada à sua mãe, dona Alice Soares de Toledo Sommerlath, que em outubro deste ano teve seu nome dado à histórica Estação Ferroviária da cidade. Na ocasião da inauguração, a Rainha não pôde estar presente, mas foi representada por familiares, mantendo viva a ligação entre São Manuel e a família Toledo. A visita de cunho familiar teve o apoio do Diretor de Comunicação da Prefeitura, Neto Jacóia, amigo próximo da família. Ele alinhou os detalhes do roteiro que incluiu um percurso pelas raízes familiares da Rainha. Recepcionada pelo anfitrião, o prefeito Ricardo Salaro, a comitiva foi conduzida desde o aeroporto até locais históricos.
A primeira parada foi na Pousada da Colina, um momento particularmente significativo, pois a Rainha Silvia é fundadora da Stiftelsen Silviahemmet, uma organização sueca que iniciou em 1996, dedicada ao cuidado e à capacitação no tratamento de pessoas com demência. Com vasta experiência no tema, Sua Majestade ressaltou que o conhecimento é a ferramenta fundamental para compreender, ajudar e responder adequadamente às necessidades de uma pessoa com demência, o que tornou essa visita ainda mais especial.
Em seguida, o casal real visitou a Igreja Matriz, um importante marco religioso e arquitetônico, e o Museu Histórico e Pedagógico “Pe. Manoel da Nóbrega”, onde viram fotografias históricas do bisavô da Rainha. Passaram também pela casa onde morou seu avô, Arthur Toledo, mantendo viva a memória da família. O ponto culminante foi a cerimônia de agradecimento na Estação Ferroviária “Alice Soares de Toledo Sommerlath”. Com muita emoção, a Rainha Silvia e seus familiares se emocionaram ao recordar a trajetória de dona Alice, levando-os às lágrimas. A solenidade também contou com a presença de um convidado especial, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil e bisneto da Princesa Isabel, reforçando a importância histórica da ocasião.
Encerrando a visita, o casal real e seus familiares participaram de um almoço na Fazenda Saltinho com autoridades, amigos e familiares, onde puderam desfrutar de momentos de convívio e despedida, antes de seguirem de volta ao aeroporto. O prefeito Ricardo Salaro,
Da esquerda para a direita: Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, Rainha Silvia Renate Sommerlath e Rei Carlos XVI Gustavo e o Prefeito de São Manuel, Ricardo Salaro.
representando o povo de São Manuel, expressou gratidão pela visita e destacou o orgulho de receber tão ilustres visitantes.
A Rainha Silvia já visitou São Manuel de forma anônima em outras ocasiões, inclusive na companhia do Rei Carl e das Princessas Victoria (herdeira do trono) e de Madeleine. Em 2011, realizou uma visita formal à cidade, acompanhada de seu irmão Walter, já falecido. A presença real reafirma os laços afetivos e culturais com São Manuel, enaltecendo a história e a identidade local, agora enriquecidas com esse momento único.
(Divulgação/Prefeitura Municipal de São Manuel)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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A CASA DA RAINHA
José Luiz Ricchetti
A rua tranquila, envolta pelas sombras das árvores do jardim, guarda uma história que ecoa desde os tempos em que São Manuel era apenas uma cidadezinha de fazendeiros. Lá, ao final de uma alameda que ainda carrega o nome de seu bisavô, ergue-se, como um monumento discreto, a casa onde Dona Alice viveu seus primeiros anos. Casa antiga, cheia de alma, essa moradia esconde em suas paredes e janelas a simplicidade de uma infância passada entre os campos de café e os dias ensolarados da fazenda Cafezal. É uma casa que guarda um tempo que apenas os mais antigos podem recordar, um tempo em que ainda se podia ouvir o sino da igreja ecoando pelos morros ao longe.
Dona Alice, que ali nasceu em 15 de maio de 1906, teve seus pés fincados na terra vermelha, sua pele tocada pelo sol e sua infância colorida pelas plantações da família. Os pais, Arthur e Elisa, proprietários da fazenda, nunca imaginariam que a menina que corria entre os cafezais algum dia seria mãe de uma rainha. Nas entrelinhas dessa vida está o destino desenhado com sutileza e força, como um fio de ouro que se entrelaça em silêncio pelas gerações.
o seu Brasil. Teve quatro filhos, entre eles, a pequena Silvia, que um dia teria o seu próprio destino entrelaçado com o da realeza sueca. Mas antes disso, Dona Alice ainda voltaria ao Brasil, em São Paulo, e traria consigo os traços de sua vida estrangeira, misturados ao português doce que nunca deixou de falar.
Os anos se passaram, as décadas também. Dona Alice descansa hoje ao lado do marido, em Heidelberg, mas sua história continua viva na memória das casas e dos caminhos que ela percorreu. E a Rainha Sílvia, sua filha, leva consigo essa herança brasileira, um coração que, como ela mesma diz, carrega a alma do Brasil e o rigor germânico, com a serenidade do povo sueco.
Essa casa em São Manuel ainda vive, enquanto os habitantes, vez ou outra, veem a Rainha retornando para visitar os recantos de sua família. Em cada visita, dizem que sua simpatia e simplicidade encantam a todos. Ela caminha pelas ruas de São Manuel como uma filha da cidade, saudosa da infância brasileira da mãe, como se aqui encontrasse um pedaço de suas raízes, de sua própria história.
Mais tarde, a menina de São Manuel cruzou o oceano, casando-se com o empresário alemão Walther Sommerlath e, com ele, levou consigo as lembranças de sua terra natal, mas sem jamais esquecer
A casa permanece. Suas paredes guardam o tempo, os segredos da menina que um dia foi mãe de uma rainha. E São Manuel se orgulha em segredo, sabendo que, nas terras desse pequeno município, o destino e a história se entrelaçaram, em um conto que se desenrola sob o sol ardente e os cafezais intermináveis.
(José Luiz Ricchetti – 05/11/24)
A R T I G O
“Tchau..”
José Maria Benedito Leonel
Eu confesso, gosto de aprendê e de quem gosta de aprendê.
Por que isso agora?
Porque tô sem entendê a indisposição das pessoas pra aprendê um pouco mais sobre a organização social e política da sociedade, conforme os preceitos da Constituição Federal. Pronto, o assunto já ficô chato!
A verdade é que,muitas vezes, depois que aprendi, perdi a discussão.E também perdi as minhas certezas absolutas, mas erradas.
Muitas vezes depois que aprendi, vi a ingenuidade ou a superficialidade dos meus conhecimentos.
E reconheci, com a necessária humildade e honestidade intelectual, os erros de meus pensamentos e argumentos.
O que tenho feito é carregá na vida,o conselho do véio pai: o que se aprende pro bem, mal não faz.
Agora se você veio pra prosa mas não qué aprendê nada, mas sim discutí, polemizá, engrossá o cardo, ganhá a parada no grito, basta tratá o assunto superficialmente, mas de forma incisiva, contundente, sem nenhuma serenidade e seriedade. Nesse trajeto da fala vale mentiras, ironias e fakes!
Assim, se ninguém aprendê nada, melhor é, não é?
Tá bão, então...Eu, que vim aqui só pra aprendê tô indo embora.
Tchau e me descurpe o mau jeito, como se diz na minha terra. Simples assim.