Edição 1257

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Livro escrito pela tataraneta de Prudente de Moraes, Thereza Christina Rocque da Motta, preenche lacunas que tinhamos sobre esse republicano que promulgou a 1ª Constituição da República quando presidia o Senado Federal tendo sido o 1º Governador eleito de São Paulo e o 1º Presidente eleito do Brasil. Página 2

PRUDENTE DE MORAES

Quando Prudente de Moraes se candidatou à Presidência em 1894, ele venceu Floriano e começou uma administração que parecia impossível. Os florianistas deixaram o governo depauperado. Floriano não esteve presente à posse de Prudente. Ele assumiu no Senado e entrou no Palácio Itamaraty tão lépido quanto havia saído de Piracicaba. Pelo trabalho exaustivo de reconciliação de opostos, foi chamado “O Pacificador”. José do Patrocínio devotava-lhe uma extrema admiração. E foi, naquele momento, o único elo entre os extremistas. Reconciliou o Brasil com Portugal, pôs um fim à Revolução Federalista, deixando o país pronto para recomeçar, quando adoeceu. Ao se ausentar da presidência em licença médica, em novembro de 1896, seu vice, Manoel Vitorino, baiano, deu início à refrega que custou a vida de muitos: a Guerra de Canudos, quando Prudente sofreu um atentado, que vitimou o Ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, no regresso das tropas da Bahia. Teve de mandar prender os conspiradores que tramaram matá-lo.

O assassino do marechal foi encontrado morto na cela dois meses depois e nada mais se apurou. Mas os golpistas ainda esta-

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vam perto. Ao sobreviver, a popularidade de Prudente aumentou e, um ano depois, deixou o cargo, com a aclamação do povo. Retornou a Piracicaba, onde reassumiu a banca de advogado, até vir a falecer, em 3 de dezembro de 1902. Este foi o homem que enfrentou golpes de todo tipo, o primeiro presidente civil eleito por voto direto: Prudente José de Moraes Barros. No livro, Prudente surge como personagem central e nevrálgico de todo o processo de transição do Império para a República, ao lado de outros tantos nomes que compunham o cenário da Proclamação até sua consolidação no governo de Prudente de Moraes. O papel de cada um, tão bem delineado, mostrou como esses homens traçaram os caminhos do Brasil. Outro personagem que se destaca é Bernardino de Campos, braço direito do presidente, além de Campos Salles, ambos colegas de Prudente, na Faculdade de Direito de São Paulo. Tudo o mais é História que precisa ser lembrada e relembrada, como matriz de nossa nacionalidade.

Thereza Christina Rocque da Motta nasceu em São Paulo, em 1957, é trineta de Prudente de Moraes pelo lado materno, descendendo da filha primogênita, Maria Amélia de Moraes Barros, casada com o médico João Baptista da Silveira Mello, pais de Maria Thereza Silveira de Barros Camargo, casada com o engenheiro Trajano de Barros Camargo, pais de Maria Thereza de Barros Camargo, mãe da autora, que é advogada, tradutora, poeta e editora da Ibis Libris

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Thereza Rocque da Motta

e d i t o r i a l

A nossa história esta a nos mostrar, com fatos, que é pura fantasia a afirmação de que o brasileiro é passivo e pacífico...

O primeiro ATENTADO A UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA, a Guerra de Canudos e a Revolução Constitucionalista de 1932, fora outras revoltas e rebeliões são a prova provada de que tudo tem um limite e que a Pátria Amada não suporta

a r t i g o

desaforos e traições

E será mera coincidência a tentativa de morte a um Presidente da República e a tentativa de morte a um praticamente eleito Presidente da República?!?

E, em ambos os crimes, o nome do autor ser BISPO?!?

A Direção.

Um atentado à vida do Presidente da República do Brasil pelo criminoso

SIM , tentaram matar o Presidente da República do Brasil!

O criminoso tem o nome de BISPO!

Foi o Adélio Bispo de Oliveira?!?

NÃO... Também a vítima não foi o candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro!

Esse crime político ainda está sem solução, mas a verdade prevalecerá...

“Um atentado à vida do Presidente da República do Brasil pelo criminoso BISPO” remonta ao início da República Brasileira...

Foi contra o primeiro civil eleito Presidente da República e o primeiro eleito em eleição direta, em 1897.

Após ter sido também o primeiro Presidente (Governador) eleito de São

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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

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Paulo e após presidir o Congresso Nacional e ter promulgado a 1ª

CONSTITUIÇAO DA REPÚBLICA DO BRASIL , elaborada pelo Jurista e Senador

Ruy Barbosa e aprovada pelo Congresso. O Presidente da República do Brasil que sofreu um atentado de morte foi PRUDENTE JOSÉ DE MORAES BARROS.

Bispo...

E o criminoso BISPO foi o soldado MARCELINO BISPO DE MELO , durante uma cerimônia militar na qual o Presidente da República recepcionaria dois Batalhões do Exército Brasileiro que retornavam da Guerra de Canudos . O criminoso encostou uma pistola no peito de Prudente de Moraes.

O Presidente da República foi rápido e, com a cartola, conseguiu afastar a arma. O soldado BISPO , então, sacou um punhal e matou o Ministro da Guerra, o Marechal Carlos Machado de Bittencourt, que saíra em defesa de Prudente, que saiu ileso . Ficou também ferido o Coronel Luiz Mendes de Moraes, Chefe da Casa Militar , na defesa do Presidente. Prudente , então, decreta Estado de Sítio e diante da tentativa de linchamento do assassino BISPO , o Presidente da República declarou com firmeza: ele pertence à Justiça!

Dois meses depois, o criminoso foi encontrado enforcado com um lençol na cela em que estava preso.

PRUDENTE: 1º Governador

Eleito de São Paulo

tirada na época do governo de Prudente em São Paulo, logo depois da Proclamação da República, em 15/11/1889. Aparecem o Dr. Antônio Caetano de Campos (18441891), diretor da Escola Normal e reformador do ensino público; Antônio Mercado (Antônio Maria Honorato Mercado, 1853-1937), Secretário do Governo; Engenheiro Paula Souza (Antônio Francisco de Paula Souza, 18431917) diretor da Escola Politécnica e da Superintendência de Obras Públicas; Prudente José de Moraes Barros (1841-1902), Governador da Província de São Paulo e depois Presidente da República; Bernardino de Campos (Bernardino José de Campos Júnior, 1841-1915), chefe da Polícia; Peixoto Gomide, na época Presidente do Conselho da Caixa Econômica do Estado, e Coronel Lisboa (João Nepomuceno Pereira Lisboa, 1852-1917) Comandante da Força Pública (acervo do Dr. Modesto Carvalhosa).

No século 19, era costume não olhar diretamente para a câmera. Embora a maioria esteja com os olhos voltados para o fotógrafo, Prudente e Bernardino de Campos olham para a esquerda. Prudente não se demorou no governo de SP, por ter sido eleito para o Senado, e para lá ele foi assumir a 1a. Legislatura, como presidente da Assembleia Constituinte de 1891 que se formava, dois anos após a Proclamação da República. Por mais que eu seja avessa à forma como a República se instalou (mais para uma quartelada do que uma mudança adequada de forma de governo), Prudente seguiu o que ele acreditava fosse o melhor caminho para o Brasil. Porém, passados sete meses da Constituinte, chamando à atenção os colegas deputados e senadores que se demoravam para terminar os trabalhos, Prudente, para urgir a conclusão do texto, disse que iria chamar de volta D. Pedro II e devolver-lhe o trono, já que não conseguiam ultimar a redação a 1a. Constituição do Brasil. É como lembrar que a Constituição anterior, a Carta Outorgada, de 25 de março de 1824, foi feita de próprio punho por D. Pedro I, justamente porque os então deputados haviam se demorado para concluí-la. Tantas Constituições depois, ainda nos perguntamos se será a última.

Thereza Rocque da Motta
Foto

“Prudente, O Pacificador”

Em 4 de outubro de 1841, no mesmo ano da coroação de Pedro II, nasceu Prudente José de Moraes Barros, meu tataravô, que em 1894 assumiu a presidência da República por 4 longos anos, sofreu um atentado e foi salvo pelo seu amigo e Ministro da Guerra, Marechal Bittencourt. Ano que vem serão 180 anos do seu nascimento. Para isso estou me munindo de todos os livros, fotos, e documentos possíveis para concluir sua biografia, para narrar um lado mais humano,

menos político da carreira de Prudente, um homem acima de tudo fiel à sua proposta de vida: manter a verdade a qualquer custo. Rodrigo Octavio Filho fez neste pequeno livro uma apresentação lida no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na sessão de 4/10/1941, comemorando o 1o. centenário do nascimento de Prudente de Moraes. Seu pai, Rodrigo Octavio, foi secretário do presidente, como um tipo de chefe da Casa Civil Era o primeiro governo eleito

por voto direto, era o primeiro presidente civil, que antagonizou os florianistas, e por isso chegava ao Rio pouco acreditado. Diz Rodrigo Octavio: “Quando Prudente José de Moraes Barros, no dia 15 de novembro de 1894, assumiu a Presidência da República, era tão agitado o ambiente político, que poucos brasileiros havia que acreditassem pudesse ele se manter no governo”. E para desfazer essa descrença, saiu do governo carregado pelo povo, pois devolveu a paz

que havia sido sublevada nos primeiros anos da República, e por isso recebeu o nome de “Prudente, o Pacificador”. Consegui num sebo o livro autografado pelo avô de minha amiga Rita Moutinho, que trabalhou na Academia Brasileira de Letras, para a qual ele foi eleito para a cadeira de seu pai, em 1944. Parabéns a Prudente, e a todos os descendentes de sua numerosa família.

Thereza Rocque da Motta Editora de Livros e Poetisa

BOTUCATU NA CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA

A Republica, em 1889, nasceu de maneira assaz curiosa, muito simples mesmo, quasi de surpresa. Ninguém esperava. Os boatos alarmantes de uma conspiração de Oficiais do Exército liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, anoavam na boca do povo, desde muito tempo. No dia anterior ao da proclamação da República, estalava o movimento: sublevavam-se o 1ºRegimento de Cavalaria e, logo em seguida, o 2º Regimento de Campanha, os alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, da Escola Superior do Exército, marcharam todos para o Campo de Santana. Tudo isto, na calada da noite, enquanto a cidade indiferente ao movimento dormia.

do clima ameno, indiferente ao que se passava na Corte.

Em São Paulo os sentimentos republicanos eram antigos. A famosa ‘CONVENÇÃO REPUBLICANA em Itu já havia consolidado os alicerces do famoso PRP em 1873. Eram ao todo 136 delegados, entre eles: Bernardo Augusto Rodrigues da Silva, Domingos Soares de Barros e José Rodrigues Cesar representavam Botucatu. Já nessa época o sentimento republicano na cidade era forte.

liticas se tornaram constantes na cidade.

Em abril de 1889 o Movimento Republicano Botucatuense através de a “TRIBUNA” – órgão da imprensa republicana – publicava um manifesto contrário à visita do Conde D’EU, genro de Dom Pedro II.

cia da Proclamação encontrou uma multidão fremente de botucatuenses nas ruas. E logo nos ares, beijada pela brisa suave da serra às auras perfumadas de Botucatu, a bandeira republicana.

O nosso Imperador veraneava, a esse tempo, com a sua família em Petrópolis, entregue aos seus livros, preso aos seus estudos, longe do bulício da política, gozando as delícias

A cidade pequenina movimentava-se, agitava-se, criava vida, justamente por ocasião das propagandas abolicionistas e republicanas, que trouxe para estas paragens, o famoso caifaz Dr. Antônio Bento, formando-se, desde a famosa CONVENÇÃO, uma verdadeira legião de proselidos. Dois partidos dividiam a pequena povoação serrana: monarquistas e republicanos. Dissenções po-

Raiava a madrugada de 15 de Novembro. Resolveram os Ministros do Império então se reunir no Quartel do Exército, no Campo de Santana. Já era tarde. Estavam todos cercados e presos. A praça regorgitava de tropa revoltada. A festa era geral. Deodoro, embora combalido pela doença, à frente da Tropa, exigiu a demissão imediata do Ministério Ouro Preto.

Realmente, naquele instante histórico. Deodoro, sob aclamações da tropa e do povo que ali acorrera, proclamava a Republica Brasileira. Eram 9 horas da manhã de15 de novembro de 1889.

Hernâni Donato em seu “ACHEGAS” relata que a chegada, pelo telégrafo, da notí-

O Delegado de Polícia, Pedro Egídio, monarquista convicto, acompanhado de forte contingente de força armada, mandou fechar a principal via, a tradicional rua do Comércio (hoje Amando de Barros). De nada adiantou. Os soldados aderiram ao movimento popular confraternizaram todos. E, a Câmara Municipal tendo como Presidente José Pires de Camargo Rocha redigiu uma Ata, verdadeira manifestação de apoio ao novo governo, que foi assinada por todos os vereadores e cidadãos da cidade. Foi, portanto, ativa a participação de botucatuenses na consolidação da República, “não de quinze de novembro para cá, mas de muito antes”.

Olavo Pinheiro Godoy do Centro Cultural de Botucatu

NO TÚNEL DO TEMPO FAMILIAR

Sou descendente, pelo lado materno, de tradicionais troncos paulistas da família Moraes Barros. Sendo meu ascendente o Senador Manoel de Moraes Barros, irmão de Prudente José de Moraes Barros – 1º presidente civil do Brasil, ambos maçons e republicanos, sendo o Senador Manoel de Moraes Barros avô de meu avô materno, Manoel de Camargo Moraes. O

SENADOR MORAES BARROS E O PRESIDENTE PRUDENTE DE MORAES ERAM CASADOS , NO MESMO DIA, COM DUAS IRMÃS GÊMEAS...

Na minha infância ia todo ano de férias para São Pedro e Piracicaba. Quando ia com meu avô “Caturra” (Manoel de Camargo Moraes), apelidado por meu pai porque era muito teimoso... Piracicaba era então uma grande cidade e muito calma ainda... Tinha o bonde, a Esalq, e o maravilhoso Mirante, com seu restaurante servindo o “pintado no espeto”, pescado ali no rio... A penúltima vez que estive em Piracicaba, junto com os professores Francisco Carlos Sodero e Jair de Moraes Neves, de origem piracicabana, em 1968, almoçamos no Restaurante Mirante Inesquecível.

Em 2006, portanto mais de 35 anos após a última visita, lá estava eu de novo... Com a Beth e o Marcelo fomos em busca de registros familiares. Almoçamos no Mirante e comemos o “pintado na brasa”, só que os peixes, nessa época, vinham do Mato Grosso, a poluição do Rio Piracicaba já era uma realidade. E tivemos sorte. Pouco tempo depois foi fechado o famoso restaurante do Mirante. Depois de um tempo, consta que foi reaberto. Pois bem, além do almoço, fizemos a nossa peregrinação: fomos ao “MUSEU HISTÓRICO E PEDAGÓGICO PRUDENTE DE MORAES”, localizado na antiga residência do Primeiro Presidente Civil do Brasil, com rico acervo museugráfico e museológico contemplando a vida pública do ilustre homenageado, além da História de Piracicaba. Na ocasião, obtive da coordenadora, a informação preciosa de que familiares dos Moraes Barros vieram, no início da colonização, da cidade deViseu/Portugal.

Após visita ao Museu, em 2006, fomos ao Cemitério visitar o túmulo de meus avós (Manoel de Camargo Moraes e Isaura Telles de Moraes) e conhecer os túmulos de Prudente e Manoel de Moraes Barros. É imponente, verdadeiro mausoléu a perpetuar a história desses ilustres brasileiros!

Restaurante Mirante - Piracicaba/2006 Marcelo, Beth e Armando.
Mirante rio Piracicaba
Museu Histórico e Pedagógico PRUDENTE DE MORAES. Repara na minha testa e na do busto...
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros /Marcelo
Mausoléu de Manoel de Moraes Barros/Armando.
Mausoléu de Prudente de Moraes/Marcelo

LEITURA DINÂMICA

1

– No Museu

Histórico e Pedagógico

Prudente de Moraes, em Piracicaba, o busto do primeiro presidente civil do Brasil.

2

– Os dois irmãos, Prudente José de Moraes Barros e Manoel de Moraes Barros, tiveram uma trajetória política de destaque no Estado de São Paulo e na consolidação da República no Brasil. Ambos advogados, formados pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), lutaram sempre pelo Estado Democrático de Direito.

3

– “O Senador Manoel de Moraes Barros está ligado à história de Botucatu, mesmo tendo sido, junto com seu irmão, chefe político em Piracicaba. Hernâni Donato ao focalizar em seu “Achegas”, com a costumeira precisão, o período de nossa cidade dominado pelo Capitão Tito Correia de Melo, genro do benfeitor José Gomes Pinheiro, nos relata: “Lamentou s.ex. a impunidade em que até hoje tem vivido os autores dos atentados praticados pela horda contra o juiz de direito Ernesto Xavier, contra o juiz municipal Marcelino de Carvalho, contra o Dr. Barros Barreto, contra o Dr. Rocha, assassinado; contra muitos outros.

Declarou que Botucatu, por causa desses mandões, nem tem garantida a justiça, nem tem crédito rural, nem cousa nenhuma;

- que não há caixeiros que vão lá proceder cobranças, porque seriam logo colocados na alternativa de fugir ou morrer;

- que o Banco de Crédito Rural não empresta dinheiro a fazendeiros de Botucatu porque lá não existe justiça, mas arbítrio e garrucha; - que não há advogados que aceitem o patrocínio de causas naquele fôro, de medo de serem expulsos ou assassinados, etc. etc.

Terminou o Sr, Moraes Barros denunciando a tentativa de assassinato de que foi vítima no dia 27 do corrente o atual promotor dr. Christiano Ritt, e requereu informações ao Governo.”

4

– O advogado Marcelo Delmanto em visita ao Cemitério da Saudade/Piracicaba (2006), aos túmulos do presidente Prudente de Moraes e de seu irmão, o senador Manoel de Moraes Barros.

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