Edição 126

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 126

SEGUNDA-FEIRA, 5 de ABRIL de 2021

A HISTÓRIA DE BOTUCATU DESENHADA

Comemoramos no próximo dia 14 de Abril mais um aniversário de Botucatu: 166 Anos! E vamos publicar e RESGATAR um trabalho histórico de ilustração do MARCO ANTONIO SPERNEGA feito para a revista PEABIRU e para o primeiro volume do livro “Memórias de Botucatu”. Procuramos resgatar, até 1995, os PREFEITOS (que exerceram a Prefeitura por 2 vezes), os VEREADORES (que exerceram a presidência da Câmara Municipal por 2 ou mais vezes), os DEPUTADOS ESTADUAIS e os DEPUTADOS FEDERAIS, os BISPOS e os ARCEBISPOS DA ARQUIDIOCESE DE BOUCATU. Trabalho de “bico de pena” do SPERNEGA que juntamente com SEBASTIÃO PIRES MENDES e o mestre VINICIO ALOISE colaboraram e enriqueceram a HISTÓRIA DE BOTUCATU !


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PETS EM AÇÃO Bora falar um pouquinho sobre algumas das mini raças de cachorros! Beatriz Soares YORKSHIRE TERRIER : um dos mini prediletos, especialmente para quem não tem muito espaço em casa ou a p a r ta m e nto . Facilmente reconhecido por sua pelagem comprida e seu rostinho fofinho que exige muito cuidado. Possui em média 22 cm e 4kg. É uma raça nova com provável descendência de cães Terrier escoceses e malteses. O que se deve atentar com essa raça é que possui intestino sensível, sendo assim necessário cuidado com sua alimentação. Pode ocorrer também luxação patelar. CHIHUAHUA : é o campeão de popularidade de raças pequenas. Muito conhecido por sua personalidade e tamanho. Tem em média 20cm e pesa 3kg aproximadamente. Sua origem é discutida entre os historiadores. Alguns acreditam ser descendente da China e outros, do México. Detalhe para uma cachorra que entrou no livro dos recordes : a chihuahua Milly, com menos de 10 cm! Imaginem a fofura! Diferente de outras raças, possui uma saúde de ferro e normalmente não possui problemas congênitos. Porém, deve-se atentar aos dias mais frios, já que sua pelagem é curtinha. Sendo bem tratado, pode viver em torno de 20 anos com sua família!

POODLE TOY: O Poodle Toy, um dos cachorro mais populares e apreciados devido à sua boa personalidade e aparência adorável. Atualmente, existem 4 variedades de Poodle: o grande ou padrão, o médio, o anão ou mini Poodle e o toy, ou Poodle Toy. No caso do Poodle toy, é uma raça com menos de 28 centímetros na cernelha e, quando adulto, pesa entre 2 e 2,5 kg. É um cachorro muito obediente, ativo e inteligente, o qual o torna um cachorro fácil de treinar e educar. É considerado o segundo cachorro mais inteligente do mundo. LULU DA POMERÂNIA: Outra das raças de cachorro toy mais populares atualmente, especialmente em países Europeus, é o Lulu da Pomerânia, um pequeno cachorro com aparência de leão. Com um peso entre 1,8 e 2,5 kg, o Lulu da Pomerânia se caracteriza por possuir uma pelagem longa e

sedosa, e por ser um cachorro hipoalergênico. No passado, o Lulu da Pomerânia pesava cerca de 23 kg e era usado como cão de gado e, posteriormente, como cão de trenó. Mais tarde, tornou-se popular na Grécia antiga e em Roma, especialmente entre as damas da alta aristocracia. Foi nessa época que decidiram fazer a criação seletiva para obter um cachorro menor com um caráter nobre. Foi assim que surgiu o Lulu da Pomerânia que conhecemos hoje. BICHON MALTÊS : O Bichon Maltês é outro do menores cachorros do mundo, pesando cerca de 3 kg. Com uma personalidade alegre e divertida, o Bichon Maltês é um cachorro muito amoroso com seus donos. De fato, é um cachorro que precisa de companhia constante. Embora as origens exatas do Bichon Maltês sejam desconhecidas, o que sabemos é que no Egito era uma raça extremamente venerada. No túmulo de Ramsés II, por exemplo, foram encontradas estatuetas de pedra na forma do atual Maltês. E então, já escolheu o seu? Bora adotar, sempre com responsabilidade aos nossos pets!

Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade. DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

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QUE QUER DIZER BOTUCATU ?!?

Não é pacífica a interpretação do real significado do topônimo BOTUCATU. Pelo menos três interpretações procuram esclarecer o assunto e muitas formas gráficas trazem à luz a grande variedade e evolução das formas encontradas através dos tempos. 1. BONS ARES A Interpretação Etimológica é a que busca a análise termo a termo do texto, atendendo à pontuação, à colocação dos vocábulos, à origem etimológica destes e outros dados dessa natureza. A interpretação etimológica é a que tem encontrado maior acolhida nos últimos tempos. A posição do Prof. Plínio Airosa,da Universidade de São Paulo, é clara: “botu” e “catu” surgiram de “ybytu” e “katu”. Segundo Plínio Airosa, “ybytu” significa “hálito da terra”, “ar corrente”, ou seja, “aragem”, “vento”, e “katu”significa “bem” ou “bom”. Teríamos então “vento bom” ou “bons ventos”, ou seja, “bons ares”. 2. SERRA GRANDE A Interpretação Histórica nos remete ao ensinamento do Superior dos Jesuítas no Brasil, o Tenente Estanislau de Campos, nos idos de 1719 : IBITICATÚ teria se formado pelo elemento “ibiti” que significa “serra” e “catú” que significa “grande” ou “boa”. Isso nos daria SERRA GRANDE. Morador que foi daqui, na Fazenda Botucatu, da Companhia de Jesus, era grande conhecedor da língua gentílica. De Ibiticatú apareceu mais tarde a palavra Hubutucatú, ao depois Votucatú e, finalmente, Botucatu. No “ALMANACK DE BOTUCATÚ”, publicado em 1920, por Augusto de Magalhães, essa era a interpretação predominante e que traduzia “fielmente a realidade de nossa natureza”. Na busca da interpretação histórica do significado da denominação “IBITICATÚ”, nada mais certo do que se procurar a reconstituição das aspirações do momento em que surgiu a necessidade de se denominar a região e do porquê historicamente tenha sido adotada a denominação e o que significava para os que a utilizavam no dia-a-dia de então. Por esse prisma, o real significado da denominação IBITICATÚ será o de SERRA GRANDE, segundo ensinamento do Superior dos Jesuítas, eis que ele vivenciou o fato, ou seja, utilizou juntamente com os demais jesuítas a denominação com a interpretação dada. É o valor histórico da interpretação que supera a interpretação etimológica ou gramatical, que se funda sobre as regras da Linguística. 3. TEMPLO DA SERPENTE Interpretação Mística? Ou sonho? Ou lenda? Frei Fidélis Maria Di Primiero, capuchinho que veio para Botucatu em 1952, era um historiador e um estudioso de nossas lendas. Um dos poucos historiadores que dominava a língua SUMÉRIA, tinha uma concepção completamente revolucionária para explicar

o povoamento das Américas : o povoamento teria ocorrido por pessoas de cultura suméria, praticantes do culto à Serpente Negra. A tradução suméria nos daria o seguinte : “BUT UK” como “TEMPLO DA SERPENTE” e “A TU” como “ESCAVADO NA ROCHA”. A verdade é que essa é a tradução literal da língua suméria. Dizia Frei Fidélis que “no Brasão da cidade de Botucatu (o 1º Brasão) notamos ao lado das Três Pedras, uma estrada que os autores do escudo entendiam relacionada com um caminho que os Brasis denominavam PEABIRU e que os Jesuítas deram como “Caminho de São Tomé”. Os estudos do capuchinho centraram-se nas Três Pedras, às quais interpretou que eram formação rochosa (uma delas, a Pedra do Meio, com formato fálico) e seriam um “EX-TU” : TEMPLO NEGRO FÁLICO, catalisando em torno de si energias cósmicas profundas, constituindo-se em verdadeiro epicentro de fenômenos misteriosos. Para Frei Fidélis, o TEMPLO NEGRO FÁLICO não seria composto de formação rochosa natural e, sim, um templo construído 5.000 mil anos atrás para ser o centro de um culto negro e que teria sido destruído por XUMÉ ou SUMÉ, Grão Sacerdote Sumério. Frei Fidélis dizia que o “Peabiru” era um caminho encontrado antes da vinda dos conquistadores europeus, caminho aberto miraculosamente pela passagem do Apóstolo São Tomé, o grande missionário das Índias, caminho largo, uns oito palmos, a estender-se por mais de duzentas léguas, desde a Capitania de São Vicenteaté as margens do Paraná, passando pelos rios Tibagy, Itahy e Pequery”. O PEABIRU ia de São Vicente a Cusko, no Peru. UMA GRANDE FAZENDA No ano de 1719, A Companhia de Jesus, através do Tenente Estanislau de Campos, Superior da Ordem no Brasil, partia para a formação de duas fazendas, objetivando a susten-

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tação do Colégio de São Paulo em termos de alimentos e renda originada da comercialização dos produtos: as Sesmarias que seriam a base para as fazendas de Guareí e Botucatu. A Fazenda de Botucatu era voltada à pecuária, com currais e ranchos de moradia, sendo que sua população oscilava sempre entre dez a vinte pessoas. Por 40 anos ela floresceu fornecendo carne para o Colégio de São Paulo e comercializando gado para todo o sertão. Desde o seu início até o leilão público, fruto da implacável perseguição do Marquês de Pombal aos jesuítas, a fazenda teve vida própria. OS PRIMEIROS BOTUCATUENSES nasceram na Fazenda Botucatu dos padres jesuítas, segundo pesquisa do historiador Hernâni Donato nos arquivos de Sorocaba, então Matriz de toda a região. Segundo relato de Hernâni Donato em seu “Achegas”, a extensão da Fazenda Botucatu era grande: «...por um lado, a fazenda chegava ao Paranapanema enquanto do outro, conforme anota a doação de Campos Bicudo, tocava o Tietê. Para o sul, ligava-se à fazenda também jesuítica de Guareí”. Em 1760, os jesuítas tiveram seus bens confiscados pelo Marquês de Pombal - o todo poderoso Ministro de Portugal - e foram expulsos dos territórios portugueses e, portanto, do Brasil. As benfeitorias (currais e ranchos rústicos), os escravos (13), as 440 cabeças de gado e os 43 cavalos dos padres ficaram como a mostrar que a fazenda tinha vida própria. Os índios catequizados fugiram, assim como muito gado escapou para o sertão. SOB O SIGNO DA CRUZ Citada por Hernâni Donato a posição de historiadores que reivindicam para os jesuítas os méritos maiores de povoadores e remotos fundadores de Botucatu, como Plínio Airosa : “...antiga fazenda, confiscada aos padres jesuítas em 1759, a origem do mesmo município.” Em outras palavras : Botucatu teria sido uma fazenda, uma GRANDE FAZENDA JESUÍTA e os padres da Companhia de Jesus SEUS FUNDADORES, sendo certo, por registro passado e sacramentado, que os PRIMEIROS BOTUCATUENSES nasceram na Fazenda Jesuíta. Nascida sob o signo da cruz e desbravada pela competente e elitizada ordem religiosa dos jesuítas, a FAZENDA BOTUCATU era parte de real importância no “CAMINHO DO PEABIRU”, na “TRILHA DO SUMÉ” que ia de São Vicente até Cusko, no Peru


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Os Deputados de Botucatu e suas grandes conquistas!

“Tudo o que Botucatu possui está ligado à atuação desses ilustres botucatuenses. Os fracassos e as derrotas pegaram Botucatu órfã, sem o seu representante, sem o seu Deputado...” (AMD)

Na matéria “NOSSOS DEPUTADOS”, temos o registro histórico completo sobre a nossa representação parlamentar e a sua importância, com a colocação de temas importantes como o VOTO DISTRITAL e a lembrança dos suplentes que chegaram a exercer o cargo de deputado e dos deputados botucatuenses que foram eleitos por outras cidades e, portanto, representaram essas cidades e regiões. Havia uma lacuna em nossa história política. Não havia registro à respeito de nossos representantes - os DEPUTADOS - nestes anos todos de pleno exercício da cidadania pelos botucatuenses participantes. Além da minuciosa pesquisa, analisando livros históricos e arquivos de jornais, pudemos levantar o quadro político de Botucatu durante todo o período republicano.

Para efeito didático, separamos o período republicano em dois: o da 1a República (desde a Proclamação da República, a 15 de novembro de 1989, até a Revolução de 1930, com o rompimento da estrutura política existente) e o da 2a República (com início em 1930 com a subida ao Poder do gaúcho Getúlio Vargas, Chefe Supremo da Revolução, passando pela Revolução Constitucionalista de 1932, a Constituinte de 1934, o período ditatorial de 1937/45 até os nossos dias, englobando o período militar de 1964/85). Nesse período de mais de 100 Anos de República, Botucatu contou com apenas 5 DEPUTADOS ESTADUAIS ELEITOS: O Cel. ANTÔNIO CARDOSO DO AMARAL, o Cel. AMANDO DE AMARAL BARROS. o Dr. DANTE DELMANTO e os Drs. JAYME DE ALMEIDA PINTO e MILTON FLÁVIO LAUTENSCHLAGER. Na 1a República, chegou a exercer o mandato de deputado Estadual o Dr. Antônio do Amaral César e, na 2ª República, também chegou a exercer o mandato de parlamentar o Dr. Vasco Bassoi. Nessa pesquisa de como era o Poder Político de Botucatu (o que propiciou a que chegássemos a tantas conquistas) registramos que a nível federal tivemos 3 DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS: O Dr. JOSÉ CARDOSO DE ALMEIDA, na 1a República, e o Dr. ANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRÉ e BRAZ DE ASSIS NOGUEIRA, na 2a República, aos quais também faremos referência. Nesse período chegou a assumir uma cadeira de Deputado Federal, na 2a República, o Dr. Antônio de Andrade.

(ilustrações de Marco Antonio Spernega para o livro “Memórias de Botucatu, 1990)

1a REPÚBLICA - 1889 a 1930 CEL. ANTÔNIO CARDOSO DO AMARAL Irmão do Dr. José Cardoso de Almeida, eram botucatuenses de nascimento, filhos do Cel. Antônio Joaquim Cardoso de Almeida, nascido em Portugal, mas que chegou a exercer a vereança em nossa cidade. Como irmão do botucatuense que mais destaque obteve a nível estadual e federal, o Cel. Antônio Cardoso do Amaral dedicou-se mais à nossa cidade, à política municipal, enquanto o irmão atuava politicamente no plano estadual e federal. O Cel. Antônio Cardoso do Amaral foi Presidente da Câmara Municipal, Prefeito Municipal e deputado Estadual. Foi Chefe Político do 5Q Distrito (antiga divisão política à qual Botucatu pertencia e liderava) e teve grande atuação na fundação da Misericórdia Botucatuense e na criação da ESCOLA NORMAL, sendo que a fundação e instalação da Companhia de Força e Luz de Botucatu (base da futura CPFL) foi a sua grande conquista. CEL. AMANDO DE BARROS Político dos mais ilustres, sendo piracicabano de nascimento revelou-se botucatuense de coração. O Cel. Amando de Barros atuou em nosso Legislativo, foi Prefeito Municipal, Deputado Estadual e Chefe Político do 5S Distrito. Com atuação destacada a nível estadual, exerceu efetiva liderança política em nossa cidade e região onde gozava de expressivo prestígio. Prematuramente falecido deixou, em testamento, numerário para a construção de um orfanato (atual Casa das Meninas “Amando de Barros”) além de inúmeras conquistas para a nossa cidade sendo que a instalação da ESCOLA NORMAL teve nele um de seus mais valorosos defensores. DR. DANTE DELMANTO O mais jovem de todos, tendo chegado a deputado estadual com 28 anos de idade e com a maior votação do Estado. Foi o único Deputado Estadual CONSTITUINTE que tivemos (CONSTITUINTE de 1934, após a Revolução de 1932). Deputado até 1937, representou a nossa cidade em uma época de ouro, pois tínhamos também um Deputado Federal, o Dr. Antônio Carlos de Abreu Sodré, e no Governo do Estado, o Dr. Cantídio de Moura Campos como Secretátio da Educação e Saúde. Dante Delmanto dedicou-se também à advocacia criminal elevando, a nível nacional, o prestígio de nossa cidade. Foram duas as conquistas de Dante Delmanto dentre tantas outras: a criação da ESCOLA PROFISSIONAL (depois Escola Técnica Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”, hoje “Domingos Minicucci”) que era conquista almejada por todas as cidades do interior, e a FAZENDA LAGEADO, famosa por sua extensão de terras e sua plantação de café (chegando a ter mais de 1milhão de pés), a fazenda que era de particulares, passou por sérias dificuldades na crise de 1929, tendo o Deputado conseguido, em 1934, com que o Departamento Nacional do Café (depois Instituto Brasileiro do Café - IBC) a expropriasse e a transformasse em FAZENDA EXPERIMENTAL DO CAFÉ, posteriormente integrada à UNESP. Nesse trabalho, Dante Delmanto contou com a ajuda importante de seu colega e então MINISTRO DA JUSTIÇA, VICENTE RAO. Amigo pessoal do ex-Governador Carvalho Pinto, teve atuação certa na conquista de nossas Faculdades de Medicina, Med. Veterinária, Biologia e Agronomia (FCMBB). DR.JAYME DE ALMEIDA PINTO Político de projeção em nossa cidade, advogado conceituado, teve participação ativa a nível estadual. Mesmo antes de formado, o Dr. Jayme Pinto atuou na política local, elegendo-se Vereador em 1936, pela pri-

meira vez. Eleito Deputado Estadual, conseguiu expressiva atuação na Assembléia Legislativa o que levou o seu partido (PSD) a indicá-lo, em composição política, para o secretariado do Governo de Jânio Quadros. Exerceu o cargo de Secretário da Agricultura. Colega de Carvalho Pinto, ajudou na conquista de nossas faculdades (FCMBB - Medicina, Med. Veterinária, Biologia e Agronomia). DR. MILTON FLÁVIO LAUTENSCHLAGER Foi estudante de nossa Faculdade de Medicina em seus primórdios (FCMBB), participando com seus colegas da luta pela viabilização e consolidação da faculdade que encontrou, na “Operação Andarilho”, seu ponto de maior participação e sucesso. Com a consolidação dos cursos universitários em Botucatu, já médico e docente, Milton Flávio fez rápida carreira universitária nos anos 70, chegando à Direção do Hospital de Clínicas. Na prefeitura municipal (1993/96), assumiu a Coordenadoria de Saúde do Município e foi escolhido pelo situacionismo político (PSDB) para representar a cidade na Assembléia Legislativa. Eleito Deputado Estadual, assumiu a liderança partidária na Assembléia. A criação da FATEC (complementando a ESCOLA INDUSTRIAL) foi concretizada com sua efetiva participação. A nível federal, os nossos representantes ajudaram Botucatu a garantir as suas conquistas e ampliá-las. Vejamos.

1a REPÚBLICA - 1889 a 1930 DR. CARDOSO DE ALMEIDA O botucatuense que mais destaque obteve. Ocupou praticamente TODAS as Secretarias do Governo Estadual, especialmente as da Justiça e da Fazenda. Foi Presidente do Banco do Brasil. Criou a Força Pública (hoje Polícia Militar). Criou a Caixa Econômica Estadual. E tantas outras conquistas. Dele, dizem, não foi Governador (Presidente da Província) porque não quis. Em 1930 , era o todo poderoso da república e liderava a maioria do Governo de Washington Luiz na Câmara dos Deputados, quando eclodiu a Revolução de 1930. A construção do Fórum, a criação da ESCOLA NORMAL e a construção do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes são algumas das conquistas (das mais expressivas além de trazer para Botucatu as sedes das repartições federais) desse grande botucatuense. 2a REPÚBLICA - 1930 a 1989 DR. ANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRÉ Exercendo o cargo de Promotor Público na Comarca de Botucatu, o Dr. Antônio Carlos de Abreu Sodré teve destacada atuação política no final da 1a República e na implantação da 2a República, até a Ditadura Getulista. Líder estadual do Partido Democrático e do Partido Constitucionalista, gozou de grande prestígio político em toda a região de Botucatu. As mais expressivas conquistas de nossa cidade, no período em que exerceu o seu mandato, contaram com certeza, com sua atuação decisiva. Exerceu também o cargo de Vereador Municipal. BRAZ DE ASSIS NOGUEIRA Empresário rural de efetiva participação, liderou os agricultores e pecuaristas de nossa cidade, chegando a representá-los em nossa Câmara Municipal. Filho de tradicional família, Braz Nogueira conseguiu excelente relacionamento na esfera federal, tendo cursado a Escola Superior de Guerra. Conseguiu, como Deputado, a transferência da Fazenda Experimental do Lageado (hoje Presidente Medici) do Governo Federal para o Governo Estadual, mediante troca pela Ilha Anchíeta (1972), integrando-a à UNESP. Toda esta matéria tem por objetivo alertar a nossa população, especialmente a nossa população jovem, quanto à importância de termos a nossa representação, de termos o nosso Deputado.


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