Síria: o Final da Primavera Árabe



Envolto numa Guerra Civil há mais de 13 anos, agora se despede de regime tirânico que durou meio século. Tomada por rebeldes com interesses distintos, a Síria encara um recomeço cheio de incertezas. Deposto do Poder, Bashar al-Assad se tornou vítima do mesmo destino que ele impôs a milhões de sobreviventes da Guerra Civil na Síria, deflagrada em 2011: tornou-se ele também um refugiado em Moscou, onde foi acolhido por “razões humanitárias’, segundo uma fonte do Kremlin citada pelas agências de notícias Tass e Ria Novosti. Histórico da Sangrenta Ditadura Síria na página 2
Frank Sinatra:
“The Voice”,
“The Blue Eyes”
Francis Albert Sinatra, mais conhecido pelo seu nome artístico, Frank Sinatra, foi um cantor, ator e produtor estadunidense, sendo considerado um dos maiores artistas de todos os tempos. Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis)... Foi um dos músicos recordistas de vendas com mais de 150 milhões de cópias mundialmente. Nasceu em 12 de dezembro de 1915, falecendo em 14 de maio de 1998. Página 3
Síria: o Final da Primavera Árabe

As origens da SÍRIA remontam a 5 mil anos! A cidade de DAMASCO é reconhecida como uma das mais antigas e importantes do mundo. Depois da 1ª. Grande Guerra Mundial, passou para o domínio da França até sua independência, em 1946. Há 41 anos está sob a DITADURA CRUEL E SANGRENTA da família al-Assad. De 1970 a 2000, o DITADOR foi Hafez al-Assad. De 2000 a 2011, seu filho, Bashar al-Assad permanece no poder. Agora, o FINAL DAS TREVAS! Agora a PRIMAVERA ÁRABE!!!
A Síria é último grande país a sofrer as transformações trazidas pela chamada PRIMAVERA ÁRABE. Mas ainda tem o IRAN! Sim, o IRAN é um caso à parte e o seu futuro já está definido há muito tempo pelo Ocidente: mudança radical, voltando ao padrão anterior à época (1979) do Xá da Pérsia, Mohammad Reza Pahlevi...
Mas sempre voltamos à heróica tentativa de Unificar o Povo Árabe, levada a efeito por Lawrence da Arábia, durante e ao final da Primeira Grande Guerra Mundial. Mas as grandes potências estavam interessadas no rico solo árabe, com seu gás e petróleo e o Rei Faiçal estava apenas interessado em uma independência relativa... Assim, o link sobre Lawrence da Arábia, no final do post, precisa ser lido com cuidado, entendendo até o que traz nas entrelinhas...
Como resultado da ganância das grandes potências e da ausência de vontade política do Rei Faiçal para construir a Grande Nação Árabe, vimos por quase um século, aquele povo ser isolado, dominado e mantido no atraso, por sobas, reis de francaria e ditadores da pior espécie e das mais cruéis violências contra seus próprios irmãos árabes!
A ESCRAVIDÃO DO POVO ÁRABE E OS DITADORES
Impossível deixar de lembrar a importância da união do povo árabe, durante a 1ª. Grande Guerra Mundial, com o idealismo e a liderança de Lawrence da Arábia. A união das muitas tribos esparsas que, ao depois, transformadas em Nações, foram mantidas exploradas e isoladas como colônias e por ditaduras cruéis e por seus falsos líderes.

“Precisaríamos ser cegos ou preconceituosos para não perceber que o motor secreto desse movimento é um instinto de liberdade e de modernização...” diz Mario Vargas Llosa, que nos mostra que o desejo de liberdade e de modernização, difundidos via internet, é que vem motivando as populações desses países e, especialmente, os jovens É dele, também, está análise do movimento libertário:

“A revolução da informação foi esburacando por toda parte os rígidos sistemas de censura que os governos árabes haviam instalado para manter os povos que exploravam e saqueavam, na ignorância e no obscurantismo tradicionais Hoje, porém, é muito difícil, quase impossível, um governo submeter a sociedade inteira às trevas mediáticas para manipulá-la e enganá-la como outrora.A telefonia celular, a internet, os blogs, o Facebook, o Twitter, as redes internacionais de televisão e demais recursos da tecnologia audiovisual levam a todos os rincões do globo a realidade de nosso tempo e forçam comparações que
por certo mostraram às massas árabes o anacronismo e barbárie dos regimes que sofriam e a distância que os separa dos países modernos. ” (Mario Vargas Llosa, ganhador do Nobel de Literatura -“Estadão”, 20/02/11).
As melhores cabeças pensantes do mundo estão analisando a onda de movimentação da massa social que ocorreu em vários países e que continua ocorrendo, sob a influência da globalização e da informação via internet. Sem viés ideológico, vem atingindo governos ditatoriais tanto da esquerda quanto da direita. Regimes autoritários com décadas de solidez perdem, em semanas, toda a sua segurança e prepotência. Uns ainda tentam reagir pela força...em vão...

O FINAL DA PRIMAVERA ÁRABE
Dessa forma, a Síria é o último grande país que sofrerá transformações através desse movimento, dessa “onda mágica” que abalou o Mundo Árabe e vem provocando mudanças nas estruturas de poder, dando voz e direitos à grande massa popular que descobriu uma nova realidade através da PRIMAVERA ÁRABE! Os jovens querem participar da onda de desenvolvimento gerada pela globalização e os avanços tecnológicos mais recentes. O Planeta Terra transformou-se , realmente, na Aldeia Global! E a Síria vem de uma tradição e de uma cultura de 5 mil anos, passou pela invasão e domínio de muito povos e, após a 1ª. Grande Guerra, passou ao domínio da França na partilha dos territórios árabes. Em 1946, consegue a sua independência. O domínio da família al-Assad começa em 1970, quando Hafez al-Assad ocupou o poder, através de um Golpe de Estado, até o ano de 2000, quando faleceu. Foi sucedido por seu filho, Bashar alAssad. Recebido como uma promessa de abertura política e de liberdade democrática, revelou-se seguidor do modêlo ditatorial de seu pai

Como as demais ditaduras árabes, manteve a população em um atraso cultural assustador, sendo, hoje, esse o maior impeçilho para a constituição de nações sólidas no que restou do desmonte das ditaduras. Povo empobrecido, separados em tribos primitivas, estão tendo um “choque de civilização”, mas a transposição da era das trevas para a realidade em que vivem os povos do ocidente está sendo extremamente difícil.
Como os outros Ditadores que cairam acreditando até o último momento na própria salvação, Bashar al-Assad tem promovido verdadeira carnificina, um “banho de sangue”, matando cerca de 2.500 civis da forma mais violenta. De nada serviu os exemplos de Saddan Hussein, Musbarack e Kadafi, para citar apenas os ditadores dos maiores países árabes que foram derrotados pelos movimentos populares.

O ciclo está se fechando. A ONU tem cortado o crédito e isolado a Síria A Liga Árabe já se posicionou contra o massacre de civis e deu prazo a Bashar. As principais nações da Comunidade Européia já pediram a renúncia da Bashar. Até a posição “neutra” da Rússia e da China está ficando insustentável
O FINAL DOS MOVIMENTOS DA PRIMAVERA ÁRABE SERÁ FEITO COM A LIBERTAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA SÍRIA!!! (Blog do Delmanto, 21/11/2011)
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Frank Sinatra, um século de magia
Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro de 1915
FERNANDO NAVARRO
Custa muito imaginar um mundo sem as canções de Frank Sinatra. É como imaginar Nova York de noite sem luzes. Há algo poderosamente belo e mágico em seu melhor cantor, com essa melancolia arrebatadora em sua voz terna e apaixonada, dando sentido e brilho a nossos sentimentos mais fortes.

Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis), Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro há justamente um século em um humilde apartamento de Hoboken, em Nova Jersey. Foi difícil sair o homem que chegaria ao topo com sua voz aveludada: o médico o tirou com fórceps e, segundo sua avó, teve de colocá-lo com o rosto e o corpo machucados em uma bacia com água gelada para ativar sua circulação. Filho único de um casal de imigrantes italianos, o fanfarrão Sinatra sempre falou de uma infância de penúria, mas esse relato era dramatizado para se apresentar como um lutador. Fazia sentido: os vocalistas eram secundários em relação aos instrumentistas no jazz dos anos 30. Por isso, teve que de se valorizar muito desde que deixou o colégio aos 16 anos e decidiu dedicar-se à música, apesar da desaprovação do pai, que o expulsou de casa e lhe disse que acabaria sendo “um vagabundo”.
Acabou em Nova York, onde cantou em clubes até ser o vocalista da fantástica big band de Tommy Dorsey. Sob sua batuta, desenvolveu um fraseado único, inspirado nas nuances de Billie Holiday e Louis Armstrong e conseguido através de muito exercício físico, mas, tomando como modelo seu adorado Bing Crosby, deixou a orquestra e partiu para voo livre. Podia ter se saído mal, mas se tornou uma celebridade. O jovem e charmoso Sinatra era o garoto do bairro que tinha uma legião de admiradoras. Hoje poucos se lembram: Blue Eyes inaugurou o fenômeno das fãs no início dos anos 40, antes de Elvis Presley e dos Beatles. Apelidadas de bobby soxers por seu estilo colegial de saias longas e meias soquete brancas, suas seguidoras adolescentes chegaram a criar a Sighing Society of Sinatra Swooners (associação de suspiradoras desmaiadas de Sinatra). Nascia o mito do Swoonatra (jogo de palavras entre swoon, que significa desmaiar, e Sinatra) nos shows. Também dos assentos mijados porque muitas fanáticas preferiam molhar-se e continuar vendo o cantor do que ir ao banheiro. O novo ídolo era espevitado. Soube fazer da rádio o passaporte para a fama. Em tempo de Segunda Guerra Mundial, não eram muitos os que poderiam permitir-se ir ao cinema. As ondas do rádio se tornaram o meio mais eficaz para chegar ao coração de todo o país. Entre 1942 e 1955, Sinatra chegou a ser a estrela de nove programas e a voz mais popular com suas canções, mas também com sua desenvoltura acompanhando grandes humoristas como Bob Hope ou o duo de George Burns e Gracie Allen. Tudo correu bem para ele no mundo do espetáculo nesse período em que se transformou na trilha sonora dos norte-americanos, com seus discos na Columbia e na Capitol, e um dos rostos mais amados do cinema, chegando a ganhar o Oscar por A um Passo da Eternidade
Era a imagem viva da América triunfante, mas também da arrogante e hedonista. Suas explosões de temperamento e raiva eram contadas às deze-

nas, como os casos amorosos. Casado com Nancy Barbatto, mãe de seus três filhos, a popularidade o tornou um mulherengo. Protótipo do homem conquistador apegado à fama e uma garrafa, exemplificado ao máximo no grupo Rat Pack, formado com seus colegas Dean Martin, Jerry Lewis, Sammy Davis Jr, Humphrey Bogart, duas frases que se tornaram célebres em sua boca e definiram o estilo do homem que se apossou de My Way: “Só se vive uma vez, e da maneira que vivo, uma basta”, e “o álcool pode ser o pior inimigo do homem, mas a Bíblia diz que se deve amar o inimigo”. Sinatra, que se casou com Mia Farrow e Barbara Marx –viúva de Zeppo Marx–, e sabe-se de romances dele com Judy Garland, Kim Novak e Lauren Bacall, amou seu inimigo, mas não tanto como à vulcânica Ava Gardner, que o deixou louco, transformando o frívolo libertino em uma pessoa ciumenta.

Ator famoso, dançando com Gene Kelly em filme de sucesso. O músico adorava o poder, fosse legítimo ou ilegítimo. Por isso teve sua própria companhia discográfica, a Reprise, e numerosas amizades na política e na máfia, dois mundos com os quais nem sempre pôde lidar como quis. Reconhecido como um democrata progressista, que se manifestou contra o racismo, teve uma estreita relação com John F. Kennedy, que costumava hospedar-se em sua mansão de Palm Springs, na Califórnia, até que o presidente cortou os vínculos com ele por sua ligação com o capo de Chicago, Sam Giancana. O cantor nunca o perdoou e, abalado por seu assassinato e à deriva social, deu seu apoio aos republicanos Richard Nixon e Ronald Reagan.
Um passo que demonstrou também sua defasagem com a cultura popular. Desde finais dos 60, tentou manter-se à tona em um país mudado por completo social e musicalmente. E não era o porta-bandeiras da modernidade. Desde que fez seu famoso show de despedida em 1971 –nunca foi o último porque regressou dois anos depois–, passou quase três décadas sendo A Voz, uma glória viva de outro tempo. Mas já naquela época parecia que ele era o único destinado a cantar o hino da cidade que nunca dorme. New York, New York soou pletórica em sua garganta. E continua sendo, mesmo que se escute um milhão de vezes e faça parte de cada novo disco que se edite todos os anos de Sinatra nos natais. Porque, um século depois de seu nascimento, todos sabemos: o mundo não brilharia do mesmo jeito sem suas canções.
NECESSIDADE DA VIOLÊNCIA

Bahige Fadel
Desde os primórdios da história, sempre houve violência. Todos os tipos de violência: coletiva, individual, física, psicológica, social, filosófica, ideológica, sexual, familiar, política... Violência pelo poder. Violência pelo prazer. Violência pela violência. Primeira guerra mundial, segunda guerra mundial, guerras napoleônicas, guerra dos cem anos, guerra dos trinta anos. guerra, guerra, guerra... A história do mundo se faz pelas guerras perdidas e vencidas. Guerra entre gangues. Guerra entre religiões (nem parece que todas têm o mesmo Deus). Guerra entre grupos sociais. Guerra entre grupos econômicos. Parece que o homem só encontra soluções para seus problemas se fizer uma guerra.
Mas será que tem que ser assim? Não há outro jeito de se solucionarem os problemas? Não é possível uma solução pela paz? Não é possível uma solução pelo diálogo, pelo entendimento entre as partes, pelo acordo entre os interessados?
Vamos pensar um pouco no que fez Mahatma Gandhi? Ele tinha tudo para liderar uma guerra, mas optou por defender a paz. Forma-se em direito em Londres, vive na África do Sul, onde enfrenta o racismo e volta para a Índia, para defender a independência do país. ‘A violência é o medo dos ideais do outro.’ Ele não exerceu a violência, pois não acreditava em soluções violentas. Conseguiu unir indus e muçulmanos em torno de um ideal: a independência da Índia E sem pegar em armas, libertou seu país dos ingleses. Para acalmar os não cristãos e evitar um conflito, declarou: ‘Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De fato, não há nada de errado no cristianismo.’
Vamos pensar um pouco em Martin Luther King Jr? É considerado o maior líder dos direitos civis dos Estados Unidos. Além disso, líder pacifista, defendeu os princípios da liberdade e igualdade entre as pessoas. Combateu o preconceito racial e, por isso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Importante refletir sobre uma de suas fra-




ses mais famosas: “Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo.” Para ele, trágico é ser omisso, trágico é ser alienado e, pior, trágico é ter a consciência de que não se está fazendo o que é certo. E ele fez o que é certo pela igualdade racial, sem disparar uma arma, sem agredir um adversário. Apesar disso, foi assassinado. Foi vítima de um ato de violência, contra o que lutava.
Nelson Mandela defendeu pacificamente a resistência civil contra o regime do apartheid. Ficou preso durante vinte e sete anos. Libertado, viu a deterioração da segregação racial em seu país. Para isso, não pegou em armas, não agrediu ninguém. Para não dizer que não falei de brasileiros, vamos nos lembrar de Betinho, líder pacifista, que ficou conhecido pelas campanhas contra a fome. Caramba! Por que nossos líderes preferem se espelhar nos piores exemplos que o mundo lhes oferece a seguir Luther King, Gandhi, Betinho ou Mandela?

