Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE
E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br
ALBERTO DINES E A “NOVA VISÃO DO PARAÍSO”
ALBERTO DINES representou o melhor do jornalismo brasileiro. Quer como jornalista competente à frente do “JORNAL DO BRASIL”, quer, ao depois, como maestro no “OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA”, que mudou a crítica positiva dos trabalhos da imprensa...
ALBERTO DINES - com certeza! - deixa-nos um legado valioso sobre a liberdade de imprensa e a importância da abordagem de temas que realmente interessem ao Brasil e aos brasileiros Assim, o trabalho pioneiro de Alberto Dines, publicado nas revistas “Pau Brasil” e “Peabiru”: “POR UMA NOVA VISÃO DO PARAÍSO”, terá, nesta edição, colocada a sua importância e dimensão na imprensa brasileira.
Ainda bem que temos jornalistas conscientes e comprometidos com a melhoria do meio ambiente, da informação objetiva e cidadã e com o envolvimento da sociedade organizada na defesa de um mundo melhor para a humanidade. Os nomes de Alberto Dines, Claudio Willer, Newton Rodrigues, Miguel Abellá, Ênio Squeff, João Pedro Costa, Washington Novaes e tantos outros representam um raio de esperança na boa orientação da sociedade brasileira para que participe consciente de temas vitais para o nosso futuro. Muito boa a lembrança do trabalho pioneiro de Alberto Dines e das revistas “Pau Brasil” e “Peabiru”.
A importância fundamental da liberdade na mídia tem marcado a atuação de líderes democratas através dos tempos. Benjamin Franklin, considerado um dos pais fundadores dos Estados Unidos foi um dos autores da Declaração da Independência. Também fundou a Universidade da Pensilvânia, tendo sido o primeiro embaixador dos Estados Unidos na França. A sua aproximação com a maçonaria americana colaborou para a construção da primeira biblioteca pública da Filadélfia.
A sua famosa frase “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”, repercutiu e influenciou movimentos democráticos no mundo todo e, no Brasil, passou a ter o lema de um jornal carioca, o “Tribuna da Imprensa”, inspirado em sua frase libertária: “Quem troca liberdade por um pouco de segurança, não merece liberdade e nem consegue segurança”.
Carlos Lacerda, ao fundar o jornal “Tribuna da Imprensa” tinha por objetivo aglutinar democratas na fase do processo político de consolidação da democracia brasileira, em 1949. E essa bandeira democrática mobilizou movimentos por todo o Brasil. E, em Botucatu, no interior de São Paulo, um grupo de estudantes elevou a frase/lema do jornal carioca para o seu jornal estudantil: “Tribuna do Estudante”: “Quem troca a liberdade por um pouco de segurança, não merece liberdade e nem consegue segurança”.
Ao fundar a Tribuna foi constituído um Conselho Consultivo composto por Adauto Lúcio Cardoso, Alceu Amoroso Lima, Gustavo Corção, Heráclito Fontoura, Sobral Pinto e Luís Camilo de Oliveira Neto. Foi animador esse lançamento com tão expressivo conselho consultivo. Após Lacerda, a “Tribuna da Imprensa” atuou sob a direção de Hélio Fernandes, aguerrido e conceituado jornalista.
E todos que militamos no jornalismo defendemos o Direito à Liberdade da Imprensa. Assim, reveste-se de importância o registro histórico do jornal estudantil “A Tribuna do Estudante” que levava com destaque, acima de seu título, a frase inspirada no ensinamento de Benjamin Franklin: “Quem troca a liberdade por um pouco de segurança, não merece liberdade e nem consegue segurança”.
A Direção.
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
“Por uma nova visão do Paraíso”
A preocupação com a ecologia, hoje, tem destaque e apoios no mundo todo Mas, nem sempre foi assim... O mundo passou a “pensar” a ecologia com seriedade e preocupação em meados dos anos 60. Os EUA e a Europa foram os primeiros a sentirem a “explosão da ecologia”, preocupação que só chegou até nós em meados dos anos 70. Nessa época eram pouquíssimas as associações (ONGs) que tratavam desse grande problema para a humanidade. Hoje, a proliferação de entidades e associações que “cuidam” do assunto é gigantesca, forçando a que haja uma pesquisa relativa à confiabilidade das ONGs e ao engajamento concreto de seus dirigentes
Em seu emblemático artigo “Por uma nova visão do Paraíso” (revista Pau Brasil, julho/agosto de 1984 e revista cultural Peabiru, janeiro/fevereiro de 1999), Alberto Dines nos trazia a sua preocupação com o tema, resgatando a peça fundamental de qualquer “brasiliana”, escrita por Sérgio Buarque de Hollanda, em 1931: “Visão do Paraíso” (Editora José Olympio,1932).
Na obra, destaca Dines, o historiador procura o cenário do Novo Mundo que seria ocupado pelos europeus, especialmente pelos espanhóis e pelos portugueses, sendo certa a diferença da visão que eles tinham do “paraíso”, com o pragmatismo dos espanhóis e com o caráter imaginativo dos portugueses, traços particulares
seus mecanismos. Resgatá-la, passou a ser um dos primeiros compromissos deste novo ser humano, alquebrado e iluminado, machucado e pertinaz.”
E diz mais: “Ecologia, que há 20 anos era apenas a ciência que estudava o relacionamento entre os seres vivos e seu meio ou ambiente, transformou-se em cruzada. Saiu das universidades, centros de pesquisas para ganhar foros de religião, mística, culto, ideologia.
da formação espiritual desses dois povos E isso seria marcante na atuação de ambos no continente americano.
Dines diz que “a recuperação do meio ambiente é uma das missões cruciais na pauta deste (novo) renascimento. A natureza é a própria representação do Paraíso, seja no seu visual - bucólico ou agreste – seja na simplicidade dos
Na fulminante trajetória do progresso, cujo apogeu resume-se ao curto período de três mil anos, a cada avanço tecnológico ou científico corresponde sempre um gesto de defesa. Do alfabeto à TV – para mencionar apenas o processo de comunicação – cada passo adiante foi recebido com dúvidas e ressentimentos. Era o medo do aprendizado, medo do desconhecido, insegurança Não se discutia o progresso, mas suas conveniências.” Hoje, o mundo todo vive essa preocupação concreta com a preservação do meio ambiente. E o avanço tecnológico ou científico - que hoje pode ser do alfabeto à revolução da informação pela internet – consolida cada vez mais parcelas conscientes dos mais variados povos compromissados com a ecologia e com o resgate do “Paraíso” que idealizamos para as gerações vindouras (AMD)
Comentários: 1 -Ainda bem que temos jornalistas conscientes e comprometidos com a melhoria do meio ambiente, da informação objetiva e cidadã e com o envolvimento da sociedade organizada na defesa de um mundo melhor para a humanidade. Os nomes de Alberto Dines, Claudio Willer, Newton Rodrigues, Miguel Abellá,

Ênio Squeff, João Pedro Costa, Washington Novaes e tantos outros representam um raio de esperança na boa orientação da sociedade brasileira para que participe consciente de temas vitais para o nosso futuro. Muito boa a lembrança do trabalho pioneiro de Alberto Dines e das revistas “Pau Brasil” e “Peabiru”. Valeu! (haroldo-leao@hotmail.com) 2 - Atenção!!! Existe uma organização denominada “CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL” sediada na SUIÇA. Essa organização tem 6 entidades em sua direção: “Comitê International de la Defense de l´Amazon”; “Inter-American Indian Institute”; “The International Ethnical Survival”; “The International Cultural Survival”; “Workgroup for Indigenous Affairs” e “The Berna-Geneve Ethnical Institute”. Está estranhando? Pois tem mais! No seu estatuto, o item I, diz o seguinte: “É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico”. Que os políticos brasileiros, mas principalmente, que a sociedade organizada fique atenta para essas ONGs “fajutas” cheias de gringos que estão vendendo, esse é o termo exato, vendendo o Brasil para os estrangeiros. (pinto. rodolfo28@yahoo.com.br)

MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
“Se você pretende Saber quem eu sou Eu posso lhe dizer. Entre no meu carro Na estrada de Santos E você vai me conhecer”
Experimente um dia viajar pela estrada de Santos, com um ótimo motorista, daqueles que se prepara para lhe proporcionar uma deliciosa viagem. Ele prepara o carro, abastece, revisa pneus, mandar lavar os vidros, verifica o óleo. Faz uma seleção das melhores músicas, prepara um bornalzinho com balinhas, bolachinhas, lanchinhos, água...
Verifica se o ar condicionado está funcionando bem. Se atrasa pelo menos meia hora para arrumar as bagagens, mas coloca tudo de maneira perfeita no bagageiro. Todos a bordo, bem instalados?
E lá vamos nós...
Dá a partida, liga o som, olha pelo retrovisor, e a aventura começa. Vamos pela estrada que vamos apreciar melhor a paisagem. Chegando na cuesta vai num ritmo que todos possam ver as maravilhas ali expostas. Ensina as crianças, dá os dados de cada lugar. Ensina como dirigir na chuva, sobre o melhor uso dos faróis na estrada. Se encontrar um lugar perto da mais bonita paisagem estaciona com segurança para que todos possam apreciar melhor a beleza do lugar.
E descem todos respirando o ar puro. Minutos depois seguimos viagem. A música vai tocando suave... O saquinho com as balas passando de mão em mão.. São muitas horas de viagem, então quando vê se aproximar um bom posto na estrada, pergunta se alguém precisa ir ao banheiro. E pára ali sem pressa para que todos possam movimentar as pernas. E voltando á estrada continua com segurança e determinação mas sempre apreciando o caminho, a companhia... Conhece bem as estradas, sabe cada lugar turístico e vai citando sem afetação de quem se vangloria, apenas mostra.
Respeita o sono dos passageiros, diminuindo o som, mudando para uma música tranquilizante.
Passando por São Paulo já estão todos mais animados, logo estaremos chegando.
Santos, praia, sol, caminhadas na orla com os pés nus na areia... Já vamos antevendo os próximos dias felizes.
As curvas da estrada de Santos, a vegetação, a Biquinha, os túneis e logo o mar...
O cheiro da maresia, aquele calor, e toda aquela beleza se descortinando aos nossos olhos.
Conheci um dia um motorista assim que nos levou pelas estradas de Santos.