Diário da Cuesta
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Sidney Schechtel, mais conhecido como Sidney Sheldon, foi um escritor e roteirista norte-americano. Durante sua vida, Sheldon publicou 18 romances; todos alcançaram a lista de mais vendidos do jornal The New York Times. Eles totalizaram 300 milhões de cópias vendidas. É considerado o escritor mais traduzido do mundo. Ganhou o OSCAR como melhor Roteiro Original, em 1947, pelo filme “O Solteirão cobiçado”.(Wikipédia)
Nascimento: 11 de fevereiro de 1917, Chicago, Illinois, EUA. Falecimento: 30 de janeiro de 2007, Eisenhower Health, Rancho Mirage, Califórnia, EUA. Página 3
Foi assim que Roberta Saraiva Coutinho, uma das curadoras da exposição “Brasil! Brasil! The birth of Modernism” (“Brasil! Brasil! O nascimento do modernismo”), apresentada para a imprensa na última quinta-feira (23) na Royal Academy of Arts, de Londres, resumiu à agência de notícias AFP a importância da mostra:
— Um momento único para ver as obras-primas de um país magnífico.
A exposição, que ficará aberta ao público entre a próxima terça-feira (28) e 21 de abril, reúne mais de 130 obras de dez artistas do modernismo brasileiro, um movimento cultural iniciado no país no começo do século XX.
— A mostra é uma espécie de relato narrativo que abrange cerca de 60 anos da história da arte brasileira — explica Adrian Locke, da Royal Academy of Arts, um dos outros curadores da exposição, que reúne trabalhos produzidos entre 1910 e 1970.
O movimento nasceu com a chegada de correntes culturais e artísticas iniciadas na Europa, como o cubismo, o futurismo, o dadaísmo, o expressionismo e o surrealismo, mas com foco nos elementos da cultura brasileira.
A exposição, principalmente de pinturas e com artistas de renome como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Lasar Segall, Vicente do Rego Monteiro, Flávio de Carvalho, Cândido Portinari e Djanira conta também com fotografias de Geraldo de Barros e esculturas de Rubem Valentim.
A exposição teve sua estreia europeia no Zentrum Paul Klee, na cidade suíça de Berna, entre setembro de 2024 e janeiro de 2025, e agora é recebida pela Royal Academy of Arts de Londres, que já havia apresentado em 1944 uma mostra sobre o modernismo brasileiro.
— Reunimos dez protagonistas-chave da arte brasileira da época. Cada um deles é apresentado individualmente com suas contribuições, mostrando a extraordinária vitalidade e diversidade da arte brasileira durante esse período — afirmou Andrea Tarsia, diretor de exposições da Royal Academy of Arts.
Roberta Saraiva Coutinho, ex-diretora do Museu Lasar Segall, em São Paulo, e que atualmente dirige o Museu da Língua Portuguesa, também na capital paulista, acredita que esta exposição ajudará a divulgar mais a arte brasileira na Europa.
— Tenho certeza de que essa exposição vai fazer com que mais pessoas conheçam esses artistas brasileiros. O fato de a exposição estar aqui já é um sucesso. É importante que o Brasil seja reconhecido
também por sua arte — afirma.
A brasileira é uma das curadoras da exposição, ao lado de Fabienne Eggelhoffer, do Zentrum Paul Klee de Berna, e de Adrian Locke e Rebecca Bray, da Royal Academy of Arts de Londres.
— A exposição optou por mostrar individualmente a trajetória de cada artista. É possível ver o desenvolvimento do modernismo desde a década de 1920 até os anos 1950 — afirma Roberta Saraiva Coutinho.
Dez artistas mais representativos
Tudo começou quando Fabienne Eggelhoffer, do Zentrum Paul Klee de Berna, esteve no Brasil, em 2019.
—Ela viu a arte brasileira e pensou: “É linda, temos que fazer algo.” Demorou muito tempo, pesquisa, negociações, esforço e comunicação. Depois, a Royal Academy of Arts se juntou ao projeto e percebemos que seria magnífico — explica a brasileira.
A mostra presente em Londres vem, sobretudo, de instituições públicas e colecionadores do Brasil.
— São verdadeiras obras-primas provenientes dos museus mais importantes do Brasil, como a Pinacoteca, o Museu de Arte Moderna, o Museu Nacional de Belas Artes. Podemos considerar que estes são os dez artistas mais representativos do modernismo do meu país — acrescenta Roberta.
Rebecca Bray, da Royal Academy of Arts, outra das curadoras da mostra, aponta que o fato de já terem recebido a exposição sobre o modernismo em 1944 os motivou a se juntar ao projeto de trazer para a Europa uma nova exposição:
— Considerando nossos próprios vínculos históricos com o tema, estávamos muito interessados que ela viesse aqui porque, em 1944, organizamos a primeira exposição de modernismo brasileiro no Reino Unido, e por isso parece que, de certa forma, ela está voltando para casa.
Sidney Sheldon (19172007) foi um escritor e roteirista norte-americano. Considerado pelo Guinness, o escritor mais traduzido no mundo, publicou 18 romances, 250 roteiros para a televisão, seis peças para a Broadway e 25 filmes. É o autor da série para televisão “Jeannie é um Gênio”, apresentada entre 1965 e 1970.
Sidney Sheldon nasceu em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos, no dia 17 de fevereiro de 1917. Filho de Otto Schechtel e Natalie Marcus, descendentes de judeus. Seu pai era vendedor e viajava com frequência, o que permitiu o filho morar em várias cidades. Segundo ele, isso o transformou em uma pessoa tímida e um pouco solitária.
Aos 12 anos, escreveu sua primeira peça, que ele também produziu, dirigiu e estrelou. Frequentou a Northwestern University, em Chicago, aonde participava ativamente de debates.
Depois de terminar a faculdade, aos 22 anos, Sidney Sheldon mudou-se para Hollywood com a esperança de entrar no show business. Escreveu alguns roteiros e enviou para diversos estúdios, mas só não obteve resposta de um deles.
Roteirista
Começou a trabalhar até que chegou aos estúdios 20th Century-Fox, onde impressionou a todos com seu talento e logo conseguiu um emprego de roteirista.
Sidney Sheldon escreveu diversos filmes de sucesso, até chegar a TV onde produziu “The Patty Duke Show”, em 1963. Essa série fez muito sucesso durante 03 anos.
A partir daí, Sidney adquiriu experiência para a sua grande obra televisiva: “Jeannie é um Gênio”, transmitida de 18 de setembro de 1965 até 26 de maio de 1970, composta de cento e trinta e nove capítulos. Criou ainda duas outras séries: “Nancy”, nos anos 70, e “Hart to Hart”, nos anos 80
Livros
Sidney Sheldon contava que enquanto trabalhava na TV, ele não tinha a menor vontade de escrever um livro e nem se achava capaz. Em 1969, algumas ideias começaram a surgir, e finalmente acabou escrevendo seu primeiro livro, “The Naked Face”. Passou então a dizer que adorava escrever livros, pois não havia colaboradores, e ele podia fazer tudo exatamente do jeito que queria. Ele falava: “Ninguém sabe de onde vem a inspiração”. “Eu acho que a criatividade é um dom. Nós devemos trabalhar muito para desenvolvê-la.”
Pelos seus trabalhos como escritor, ele recebeu um Oscar por “The Bachelor and The Bobby-Soxer”, um prêmio Tony, de teatro, e uma indicação para o Emmy, pelo seu trabalho em “Jeannie”. Recebeu ainda o Prêmio Edgar de literatura de suspense.
Sidney Sheldon publicou 18 romances, 250 roteiros para a televisão, 6 peças para a Broadway e 25 filmes. Oito de seus livros se transformaram em minisséries de sucesso nos Estados Unidos
Sidney e sua terceira esposa, Alexandra Kostoff, viveram entre a Califórnia e um apartamento em Londres. Seu primeiro casamento, com Jane Harding Kaufman em 1945, terminou em divórcio dois anos depois. Teve uma filha, Mary, do seu segundo casamento, com a atriz Jorja Curtright, que morreu em 1985.
Sua atitude em relação à vida era simples: “As pessoas geralmente são negativas e sem coragem. Lembre-se disso: Nada pode impedi-lo quando você estabelece um objetivo. Ninguém pode impedi-lo, a não ser você mesmo. Eu acredito nisso”, afirmava Sidney.
Sidney Sheldon faleceu de pneumonia, em Los Angeles, Estados Unidos, no dia 30 de janeiro de 2007.
Obras de Sidney Sheldon
A Outra Face (1970)
O Outro Lado da Meia Noite (1974)
Um Estranho no Espelho (1976)
Linha de Sangue (1977)
A Ira dos Anjos (1980)
Mestre do Jogo (1982)
Se Houver Amanhã (1985)
Capricho dos Deuses (1987)
As Areias do Tempos (1988)
Memórias da Meia Noite (1990)
O Reverso da Medalha (1991)
As Estrelas Cadentes, 1992
Nada Dura para Sempre (1994)
Manhã, Tarde e Noite (1995)
O Plano Perfeito (1997)
Conte-me Seus Sonhos (1998)
O Céu Está Caindo (2000)
Quem Tem Medo do Escuro? (2004)
O Outro Lado de Mim (2005)
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Naquela tarde quente, final de verão ele saiu de sua casa grande recolhendo-se à sombra de uma árvore, árvore muito verde... muito linda e muito alta! Sua sombra amiga refrescava seu corpo quente e agora, livre das gravatas e dos paletós cotidianos, tinha o privilégio de apreciar o belo espécime da natureza. Recostado em uma touceira de capim-cidreira, olhava para o robusto tronco dessa árvore e sua imensa folhagem de cobertura. Era oportuno recordar sua vida, sua família, seus colegas, seus alunos e a imensa legião de amigos conquistados nas jornadas por este mundo de Deus. Quando lembrou-se dos amigos fixou seus olhos na frondosa copa dessa árvore carregada de tantas folhas, muitas folhas verdes e outras tantas amareladas, já demonstrando o cansaço em suas tarefas de enfeitar a natureza e ao prestar atenção, fixando mais fortemente sua visão deixou sua memória trabalhar... Com as folhas mais próximas fez uma comparação com seus amigos de todos os dias e assim, podia vê-los, cumprimentá-los e desejar-lhes todo sucesso em
Roque Roberto Pires de Carvalho
seus afazeres. Nas folhas mioleiras, amigos encontrados pelas cidades ou novos amigos conhecidos nas viagens que fazia. Na copa da grande árvore, as folhas verdes nas pontas dos galhos eram seus amigos e familiares mais distantes. Ao final daquela tarde, quase na despedida do sol, algumas folhas receberam o vento forte, fustigadas pelo vento mostravam outras tantas folhas, seus possíveis novos amigos. O mesmo vento que invadia os ninhos dos passarinhos derrubava algumas folhas que, para ele, essas folhas tratava-se dos amigos tão queridos e tão ausentes... As folhas caídas ficaram bem próximas do seu corpo e nelas ele via o alimento das novas raízes. Despencando dos galhos em direção ao chão ele comparou essas folhas mortas com os seus tantos amigos perdidos que um dia qualquer cruzaram pelo seu caminho...